Diário do Comércio - setembro 2008

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Ano 84 - Nº 22.698

PINTASSILGO Carduelis magellanica O comércio clandestino de aves silvestres reduziu a população da espécie, admirada por seu canto. Pintassilgos foram vistos em nove pontos da Cidade.

www.dcomercio.com.br

Conclusão: 23h30

Jornal do empreendedor

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São Paulo, sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A I L Í S BRA elha do Guiness.

Hr mascote para a R

Alex Grimm/Reuters

Mrampos: a maior or E G O OT D epública dos G

Melho

DE ORELHA EM PÉ

PUXÃO DE ORELHA

Os grampos contra o presidente do STF e vários senadores, revelados por Veja, põem a democracia brasileira "à beira do precipício" protestou ontem o DEM, em nota oficial. A oposição está propondo a demissão de toda a diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ameaça até um processo de impeachment contra Lula.

O grampeado presidente do STF, Gilmar Mendes, queria convocar Lula mas foi convencido a recuar, aceitando ir se encontrar com ele, hoje, no Palácio do Planalto. Os juízes do STF vão debater os grampos. Páginas 5 e 6 Orlando Kissner/Parceiro/Ag. O Glogo

Gustav, o furacão do século. A 1ª vítima foi a festa de McCain. A grande fuga, pág. 9 Apu Gomes/Folha Imagem

Marta hoje na ACSP Ex-prefeita participa do ciclo de debates. A partir das 17 h. Pág. 4

Vitória fora de casa. Até isso. Diego Souza (foto) reencontra seu futebol, faz 2 contra 1 do Atlético-PR e fortalece Palmeiras no Brasileirão. Esporte

CAIXA 1 Divulgação

Entrevista: a São Paulo de Maluf. Maluf explica a sua idéia para o trânsito. Página 8

Entrevista:o livro-bomba de Brasil Vita Após o 11º mandato. Na 7

Pablo de Sousa/Cia de Luz

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 11º C.

Epitácio Pessoa/AE

HOJE Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 10º C.

Bolsa: de melhor a pior aplicação. Em 3 meses cai 22%. Economia 1 a 5

Os novos Mille e Focus Mille: mais econômico. Focus: todo renovado.


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Ambiente Educação Compor tamento Saúde

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sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PAIS DEVEM FILTRAR A PROGRAMAÇÃO

Para professor da ESPM, a proposta que limita a publicidade voltada ao público infantil é radical.

Publicidade infantil, liberar ou limitar O projeto de lei 5.921/2001, em discussão no Congresso, proíbe a publicidade de produtos voltados a menores de 12 anos. A proposta é polêmica e já divide opiniões. Rejane Tamoto

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

A

s coloridas e animadas – mas nem sempre inofensivas – publicidades de produtos para crianças correm o risco de sumir da telinha, do rádio, e até das gôndolas dos supermercados. Claro, se o projeto de lei 5.921/2001 do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) for aprovado no Congresso Nacional. O projeto polêmico passou pela Comissão de Defesa do Consumidor e está agora na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. O assunto ainda passará por muitas discussões, pois seguirá para a Comissão de Ciência e Tecnologia e para Comissão de Constituição e Justiça. Mesmo assim, já provoca discussões no meio publicitário e entre advogados, psicólogos e educadores. O projeto de lei proíbe a publicidade de produtos voltados a menores de 12 anos. Além disso, proíbe a utilização da imagem de crianças e personagens (heróis e ídolos infanto-juvenis) para divulgar produtos, além de músicas, efeitos especiais e excesso de cores. Até a participação de apresentadores de programas infantis em publicidade pode ser vetada. Eles também seriam proibidos de fazer merchandising de produtos durante a programação. Proibição – A proposta é proibir a publicidade 15 minutos antes e depois e durante a programação infantil em TV, rádio e internet. A exceção seria aberta às campanhas de utilidade pública, que veiculem informações sobre boa alimentação, segurança, educação e saúde, entre outros temas. A punição prevista para a n ã o o b s e rA propaganda vância dos limites é multa mostrava um brinquedo que de um mil a voava. Mas ele três milhões de Unidade era movido Fiscal de Reà corda. Isso ferência deixou meu (Ufir), impofilho muito sição de confrustrado. trapropaganNoemí Friske da e divulgaMomberger, ç ã o d e c a madvogada p a n h a s d e utilidade pública. O projeto de lei agrada educadores, psicólogos e advogados ligados à defesa da infância, mas preocupa a indústria, já que as crianças influenciam cerca de 60% as compras de itens de consumo das famílias, que vão de automóveis a televisores. "As empresas que fabricam produtos infantis esperam prejuízo, mas ainda não sabem de quanto. A proposta é radical e deveria prever restrições caso a caso", disse o professor de Comunicação Social da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialista em Marketing Infantil, João Matta. Debate – Segundo ele, a lei deveria apenas proibir as propagandas realmente abusivas, que estimulam o 'eu tenho, você não tem'. "Elas são imperativas para crianças, que não têm tantos recursos para reagir a esse tipo de estímulo. Sou favorável ao debate e à regulamentação", disse Matta. Conar – A advogada e coordenadora geral do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, Isabella Henriques, considera a lei importante porque elimina o aspecto subjetivo na análise da publicidade infantil. "Hoje isso depende de interpretação", disse. Segundo ela, o Instituto Alana já encaminhou 30 de-

Com exceção das campanhas de utilidade pública, o merchandising e a publicidade para o público infantil seriam proibidos 15 minutos antes, depois e durante a programação infantil em televisão, rádio e internet

Aos pais, um apelo ao bom senso Especialistas advertem que cabe à família definir regras e estabelecer limites de exposição à mídia

E

xpor ou não a criança a publicidade de produtos infantis. A questão será decidida pelo poder legislativo, mas coloca em xeque outras questões, como o papel da família. Para quem trabalha no setor, como o especialista em marketing infantil João Matta, a proibição de publicidade a crianças é radical. Para ele, o problema não está na publicidade e sim na família. "Os pais precisam voltar a ter um papel forte de filtro na vida das crianças. Estão querendo jogar tudo para cima da publicidade, que não é anjo nem demônio", disse. Para especialistas em infância, educadores e psicólogos, a lei pode ser positiva, já que a maioria dos pais trabalha e as crianças têm meio turno de aula. "Os pais chegam cansados e preferem que a criança fique quietinha em frente à TV. É por isso que a publicidade tem de ser proibida, como em outros países", disse a advogada Noemí Friske Momberger. O projeto de lei que proíbe a publicidade a crianças se ampara em artigos da Constituição Federal, do Código de Defesa do Consumidor e do Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar). Ele foi inspirado na legislação adotada em países como Alemanha, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Portugal, Estados Unidos, Canadá e Chile, entre outros. Na Suécia, é proibida a publicidade para crianças de até 12 anos no horário diurno. Coação – A relatora do projeto de lei 5.921/2001, deputada Maria do Carmo Lara (PTMG), argumenta que a publicidade para crianças, principalmente aquela que envolve ídolos infantis, se transformam em "coação" e "chantagem" para a compra do produto que, às vezes, são desnecessários e incompatíveis com a capacidade financeira da família. Segundo ela, as crianças de até oito anos ainda não têm capacidade de núncias de abusividade de consumo de produtos a Ministérios Públicos Federais, Estaduais, Procons e Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, e também de propagandas consideradas

Andrei Bonamin/Luz - 08/08/2008

Lajonquière: os pais tendem a encurtar a infância Mário Miranda/Luz - 11/08/2008

Ana: é necessário proteger a criança da pressão para o consumo

reflexão crítica ou não têm torno de 60% do tempo ocioso condições de discernir entre o (fora da escola) em contato que é ou não publicidade. com a mídia, seja a TV ou a inEmbora a idade varie de ternet e, assim, exposta a todo acordo com cada criança, o li- tipo de publicidade, sem o mite para que ela atinja tal ma- acompanhamento dos pais. turidade se"Para a ria aos 12 criança, o ato anos, segunde brincar do o Estatuestá vinculato da Criando à televiMuitos pais assumiram ça e do Adosão e ao anique dão muitos objetos, mal de estilescente roupas e brinquedos aos (ECA). mação. A mífilhos para suprir sua Para a prodia virou um ausência física e afetiva. fessora de br inquedo", políticas púconstatou Maria Ângela Barbato, blicas de Ângela, após professora de políticas educação ina n a l i s ar a públicas de educação infantil fantil da pesquisa A Pontifícia Descober ta Universidade Católica de São do Brincar, da Unilever. O estuPaulo (PUC), Maria Ângela Bar- do, publicado em 2007, reuniu bato Carneiro, até uma certa entrevistas, levantamentos de idade a criança é como uma es- grupos e análises quantitatiponja. "O que ela vê e gosta, as- vas. "Muitos pais assumiram sume, imita e quer", disse. Se- que dão muitos objetos, rougundo ela, a criança passa em pas e brinquedos aos filhos painadequadas a crianças ao Conselho Nacional de AutoRegulamentação Publicitária (Conar). No Conar o Instituto conseguiu tirar do ar o comercial do brinquedo Hot Wheels Crashers, da fabricante Mat-

tel. A alegação: o anúncio era abusivo porque mostrava carrinhos em alta velocidade que colidiam e estimulariam a destruição dos brinquedos. Procurada pelo Diário do Comércio, a Mattel informou que

ra suprir sua ausência física e afetiva", disse. Relacionar o amor à gratificação é um dos grandes equívocos da sociedade atual, na visão da psicanalista e especialista em neuropsicologia infantil pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ana Olmos. Este equívoco, segundo ela, recai principalmente sobre alguns grupos considerados "de risco", como os pais que trabalham muito, os que são separados e os que têm filho único. "É preciso proteger a criança da pressão para o consumo. É a mesma pressão que ela sofre para se sentir amada e incluída nos grupos", disse. Segundo Ana, a publicidade avaliza um comportamento que já existe na sociedade. "Cada vez mais cedo a criança usa o 'ter' como critério de inclusão e exclusão de um grupo", afirmou. O professor do Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais da Infância da faculdade de Educação da USP, Leandro de Lajonquière, não é a favor nem contra o projeto de lei. Para ele, a questão ultrapassa a idade. "As crianças não são passivas. O que acontece é que durante um tempo certas coisas eram proibidas a elas. Sempre houve uma 'quarentena' de assuntos que mudam conforme a sociedade muda". Entre o final do século 19 e início do século 20, as três coisas proibidas às crianças eram o sexo, a política e o trabalho. A partir dos anos 50, esta 'quarentena' começou a diminuir. "As crianças não são tontas. Elas percebem e entendem as entrelinhas do que se passa no mundo adulto e isto as influencia", disse. Segundo Lajonquière, atualmente os adultos tendem a encurtar a infância e as crianças percebem e fazem o que eles querem. "Quem decide o que comprar ainda é o adulto. Mas quando ele dá tudo de mão beijada, a criança enlouquece e perde a noção dos limites", disse. está avaliando a denúncia recebida pelo Conar e vai se manifestar oportunamente. Regras – As regras impostas pelo projeto de lei, embora se concentrem nos comerciais de rádio e TV, também abrangem

sites na internet, embalagens de produtos e anúncios impressos. "O problema é que a lei não foca problemas reais, como a propaganda de produtos que levam à obesidade. Por isso, ela pode restringir muita coisa que pode ser benéfica para a criança. Não vejo nada de mau no fato de haver a maçã com o personagem da Turma da Mônica. É até bom, porque convence as crianças a ter hábitos saudáveis, como comer frutas", opinou Matta. Para a advogada e autora do livro "A Publicidade dirigida às Crianças e Adolescentes: Regulamentações e Restrições", Noemí Friske Momberger, o projeto de lei deveria proibir também o uso da imagem de crianças em publicidade de produtos nos quais elas não tenham interesse natural. "Isso é import a n t e p o rq u e n o B r a s i l a s crianças são utilizadas para fazer publicidade de produtos que jamais teriam interesse em consumir. Exemplo é a propaganda de desodorizador de ar, na qual uma criança pede para usar o banheiro da casa do amigo", disse. Merchandising –Por outro lado, a advogada elogia a proibição de merchandising voltado à criança e ao adolescente. "Isso já está no Código de Defesa do Consumidor. O merchandising fere o artigo 36, que diz que a publicidade deve ser veiculada de forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal", afirmou. Noemí estuda o tema há 8 anos, depois de acompanhar de perto os efeitos da propaganda sobre seu filho, que à época tinha 5 anos. "Ele via o produto ser anunciado e já começava a pedir insistentemente. Eu observava a influência da publicidade sobre a vida e o comportamento dele. Isso me deixou irritada e pensei que deveria haver uma lei", conta. Frustrado – O estopim, segundo Noemí, foi a publicidade de uma marca de leite, que prometia um brinquedo de brinde a crianças que juntassem tampinhas e pagassem um determinado valor. "Precisei juntar mais tampinhas do que as que vinham na embalagem. A propaganda mostrava um brinquedo que voava, mas que na realidade era movido à corda e mal andava. Isso deixou meu filho muito frustrado. Comparei os gastos com a promoção com o preço do brinquedo e descobri que o brinde ficava mais caro", disse.


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5 Pablo Jacob/AOG

Exame conta pontos em vestibulares e no ProUni.

AMAZÔNIA FOI TEMA DA REDAÇÃO

ENEM: PROVA ATRAI QUATRO MILHÕES

A

Ó RBITA

QUEDA DE PALCO

O

escolha, foi realizada em 1.418 municípios. O Enem é um exame voluntário, mas bate recordes de inscrições desde a sua criação. Isso porque sua nota é aproveitada em centenas de vestibulares do País. Em São Paulo, ele acrescenta pontos ao candidato nos exames das três universidades públicas. Além disso, a nota no Enem é essencial para que o estudante participe do Programa Universidade para Todos (ProUni), do governo federal, que concede bolsas em faculdades e universidades privadas para alunos de escolas públicas. (AE)

Epitácio Pessoa/AE

excesso de peso pode ter provocado a queda do palco do Teatro Municipal de Catanduva (SP), na noite de sábado. Segundo o Corpo de Bombeiros, no momento do acidente se apresentavam no local um professor e 28 integrantes de um grupo de dança. Todos ficaram feridos. Cerca de 400 pessoas estavam na platéia, mas ninguém foi atingido. (AOG)

10.ª edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve o meio ambiente como tema da redação. Os cerca de quatro milhões de estudantes que fizeram a prova ontem tiveram de fazer uma dissertação sobre o desmatamento na Amazônia. "É um tema atual que facilita a dissertação", disse Amanda Romero, de 18 anos, que fez a prova na Capital. Podem participar do Enem estudantes que terminam o ensino médio em 2008 ou que já concluíram em anos anteriores. A prova, com questões de múltipla

JARDIM SUSPENSO – O Elevado Costa e Silva, o Minhocão, transformou-se ontem de manhã em um imenso jardim. A Comissão Municipal de Direitos Humanos realizou um evento pela paz, colocando várias mudas de árvores no Elevado. As mudas serão plantadas no Parque Anhangüera, na zona oeste.

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Andrei Bonamin/Luz

TRABALHO INTEGRA PROJETO 6EMEIA

A caneca de chopp enfeita bueiro da Barra Funda. Bichos, piratas e fumantes também inspiram artistas.

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Na rua Norma Pieruccini Gianotti, esquina com a rua Cruzeiro, também na Barra Funda, a boca de lobo se transformou em um isqueiro cujo pavio aceso cria a metáfora de uma cidade mais colorida e, portanto, mais quente. O inusitado trabalho em grafite tem a aprovação dos moradores do bairro e cada sessão de criação reúne muitos curiosos.

Na avenida Rudge, na Barra Funda, o hidrante vira uma tela alternativa e se transforma em um cogumelo de ferro que surpreende o pedestre e enfeita a cidade: intervenções criativas e bem humoradas dão vida nova a paredes degradadas do bairro de origem fabril.

Dupla reinventa o grafite. Em bueiros.

Dois grafiteiros da Barra Funda, dão novo colorido ao bairro paulistano de origem fabril e exportam sua arte para outros pontos da cidade, onde os bueiros viram telas Fotos Andrei Bonamin/Luz

Rita Alves

F

oi-se o tempo em que as paredes eram os únicos locais visados pelos grafiteiros. Hoje as tintas escorreram dos muros e foram parar nos bueiros. Eles ganharam novas caras em alguns bairros da cidade como Barra Funda, Bom Retiro, Capão Redondo e Santa Cecília, graças aos jovens artistas Leonardo Delafuente e Anderson Augusto, criadores do projeto 6emeia (www.6emeia.com). Moradores dos bairros do Bom Retiro e da Barra Funda, tiveram a idéia de grafitar os bueiros durante um batepapo. “Não tem como falar que a idéia foi minha ou do Leonardo. Ela surgiu numa conversa, quando estávamos fazendo um esboço de um outro projeto nosso. O que ajudou muito a idéia a nascer é que nós sempre buscamos sair da mesmice, sempre estávamos procurando novos rumos, trilhar novos caminhos. Seguir a tendência é muito fácil e cômodo. Não gostamos disso”, conta Augusto. Os dois se conheceram na escola e o gosto em comum por desenho foi fundamental para que eles se tornassem amigos. Delafuente diz que logo que pintaram o primeiro bueiro, em 2006, já tinham em mente vários outros desenhos. “A Barra Funda sempre foi um lugar com muitas fábricas, algumas até abandonadas, sempre teve paredes degradadas, então a gente decidiu mudar esse visual com o nosso trabalho”. Piratas, fumantes, pintores, animais e algumas personalidades estão entre as criações dos grafiteiros. Durante a pintura dos bueiros não faltam curiosos e admiradores. “A gente sempre gostou da idéia de interagir com as pessoas e isso sempre foi o mais importante”, conta Delafuente. “Só uma vez a chuva nos impediu de terminar um desenho. A água lavou o que a gente tinha feito”. O bueiro fumante, localizado na rua do Bosque

Anderson Augusto (à esq.) e Leonardo Delafuente, criadores do projeto "6emeia": grafiteiros que procuram sair da mesmice

Sempre estávamos procurando novos rumos, trilhar novos caminhos. Seguir a tendência é muito fácil e cômodo. Não gostamos disso. Anderson Augusto com a rua Boracéia, faz sucesso entre os pedestres. Impossível também não ficar encantado com os pintores Jackson Pollock e Van Gogh, juntos em um par de bueiros. Mas os artistas contam que não são todos os passantes que notam rapidamente a arte terrestre da dupla. O farmacêutico Javier Yebra Terron, da Magis Pharma, é um deles. “Eu não tinha notado. Nas paredes, o desenho chama mais a minha atenção. Normalmente as pessoas não ficam olhando para o chão. Só vi o bueiro pintado depois que as pessoas vieram comentar”. Terron conta que gosta desse tipo de iniciativa. “É muito melhor ver o desenho do que a tampa cinzenta”. E na opinião dele

A preço acessível, os frangos assam na tampa de uma caixa de telefonia (na foto acima). Na foto à esquerda, outra tampa, desta vez de uma caixa de inspeção, se transforma em um peixe.

até as calçadas deveriam ser pintadas. “No bueiro o espaço fica muito limitado”, opina. Quem também é fã do trabalho do 6emeia é o vendedor Osvaldo Santana de Oliveira, que trabalha na rua do Bosque. “Acho bonito, chama a atenção. E é cultura”. Ele conta que não é difícil ver pessoas parando para admirar os desenhos. Oliveira só lamenta o fato de a Prefeitura ter apagado algumas pinturas no mês passado. “Pintado fica muito mais bonito, muda a paisagem”.

Artistas da Barra Funda prestam homenagem a dois colegas famosos: é impossível não ficar encantado com os pintores Jackson Pollock e Van Gogh, cujos rostos estão reproduzidos em um par de bueiros


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10 - LOGO

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Na Suazilândia, os súditos participam da cerimônia de dança que permite ao rei escolher sua nova esposa. O rei Mswati tem atualmente 13 mulheres.

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SETEMBRO

Siphiwe Sibeko/Reuters

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Dia da Bailarina

C OMÉRCIO EXTERIOR M ÚSICA

Vendendo para a China

Morre o precursor do 'manguebeat' Mestre Manoel Salustiano Soares – o Mestre Salu, considerado um dos precursores do manguebeat – morreu de arritmia cardíaca provocada pela doença de Chagas por volta das 7h30 de ontem, no Pronto-socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape). O artista estava com 62 anos. O velório acontece na Casa da Rabeca, em Olinda, espaço onde mestre Salu tocava e levava diversos representantes da cultura popular. Mestre de nomes como Siba, Antônio Nóbrega e Chico Science, Mestre Salu foi um dos grandes responsáveis pela

preservação de manifestações culturais da Zona da Mata, como ciranda, coco, maracatu e caboclinho. Mestre Salu é considerado uma das maiores autoridades em cultura popular no Estado. Ele foi o criador do maracatu Piaba de Ouro, um dos mais premiados do carnaval de Pernambuco. Em 1965, Salustiano foi agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco e já percorreu, com a sua arte, a maioria dos estados brasileiros, além de países como a Bolívia, Cuba, França e EUA.

A

lgoz das indústrias brasileiras de têxteis e calçados, a China pode se transformar em mercado promissor para sapatos, confecções, produtos de higiene, cosméticos, metais e pedras preciosas do Brasil. Produtos para um mercado de cerca de 5,8 milhões de famílias chinesas que já possuem o estilo ocidental de consumo e renda superior a US$ 10 mil por ano.

Para entrar nesse mercado, entretanto, o País deverá fazer um rigoroso e desgastante dever de casa. É o que diz um estudo inédito da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) denominado Oportunidades de Negócios para os setores de moda brasileira na China. Parte do dever de casa é enfrentar o que o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confec-

ção (Abit), Fernando Pimentel, classifica como relações comerciais desequilibradas: a depreciação do yuan, frente ao dólar e o real valorizado, o que reduz a competitividade de produtos do Brasil. Para conseguir entrar no mercado chinês - e aproveitar a ocidentalização dos hábitos de consumo -, a Apex explica que o empresário brasileiro terá de enfrentar alguns desafios: o

Jadson Marques/AOG

E M

Caçada a Jack, o Estripador

o assassino, se transformaram em um lucrativo negócio pelo qual mais de dez empresas se digladiam. Mais de um milhão de pessoas participam a cada ano dos passeios. Cada uma delas paga cerca de seis libras (US$ 11) para participar da caçada de Jack. Os passeios começam na estação de metrô de Tower Hill e acabam perto do pub vitoriano Ten Bells, freqüentado pelas vítimas e, supostamente, pelo próprio criminoso. Após duas horas de passeio, os "excursionistas do crime" costumam se refrescar com uma cerveja no pub, que aparece em Do Inferno (2001), filme sobre "Jack, o Estripador" protagonizado por Johnny Depp.

SEM RUMO - Um leão-marinho, de 2,5 metros e cerca de uma tonelada, invadiu ontem a varanda de uma casa em Sepetiba (RJ). Trinta salva-vidas, um veterinário e um biólogo participaram do resgate.

E UA

Um poodle eleito para Obama

T URISMO

CHECK - IN

Um gênio do banco brasileiro

O

site especializado em viagens norte-americano Luggage elaborou um ranking dos 20 hotéis mais bizarros do mundo. Muitos dos locais da lista nada tenha de bizarros, apenas sejam altamente luxuosos ou com apelo artístico especial, a lista, na maioria das vezes, acerta na classificação. São lugares da Índia, Japão, França, Suécia, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e EUA que certamente exigem do turista uma certa propensão à aventura e o desejo de abdicar de superficialidades como uma banheira de hidromassagem. Como o Ice Hotel, na Suécia, onde até o quarto é de gelo. Ou ainda o Woodlyn Park, na Nova Zelândia, onde você dorme em aviões ou trens em destroços e toma seu banho em galpões (foto abaixo, à direita).

ÁUSTRIA - Daspark Hotel

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A

ANH

A TÉ LOGO

O jornal espanhol El País destacou no fim de semana a morte de Olavo Setúbal, "o gênio dos banqueiros brasileiros". O jornal resumiu toda a trajetória pessoal e profissional de Olavo Setúbal para mostrar que ele não "era um banqueiro, nem um político qualquer. Filho do historiador e novelista Paulo Setúbal, por onde passava marcava sua presença com seu vozeirão e suas gargalhadas", o que teria lhe rendido, entre os jornalistas, o apelido de Olavão. "Chegou a banqueiro por acaso. Doutorou-se em engenharia, a contragosto da família. Era inarredável em suas decisões. Quando ganhou os primeiros US$ 10 mil, montou uma pequena fábrica de fechaduras com um amigo: um sucesso. Mas foi como líder do Banco Itaú que se revelou um gênio". I NTERNET

Seu sobrenome dá a volta ao mundo

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Adélia Klinke exibe 40 trabalhos em aquarelas sobre papel, acrílica sobre papel e acrílica sobre tela. Na Mônica Filgueiras Galeria de Arte, rua Bela Cintra, 1.533, tel.: 30825292. Grátis. B RAZIL COM Z

Reproduções

O poodle é a raça de cachorro ideal para a família do candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, segundo uma enquete do American Kennel Club. A organização explicou em comunicado que teve a idéia de consultar os norte-americanos ao saber que Obama prometeu a suas filhas Malia e Sasha, de dez e sete anos, que compraria um cachorro para elas depois das eleições. Para realizar a enquete, o clube fez uma pré-seleção dos candidatos a se tornar o cão da família Obama, levando em conta que as filhas do candidato democrata sofrem com alergias. Outros requisitos eram que deveria ser de uma raça sociável com as crianças, um bom companheiro de viagem a bordo do avião presidencial Air Force One, ter um nível de energia moderado e um temperamento estável. Participaram da votação, em que participaram mais de 42 mil pessoas.

C A R T A Z

VISUAIS

H ISTÓRIA

Cento vinte anos depois do assustador "Outono do Terror" de 1888, quando o criminoso que passou para a história com o macabro apelido de "Jack, o Estripador" ("Jack, The Ripper", em inglês) cometeu assassinatos horrendos que aterrorizaram a sociedade vitoriana, a verdadeira identidade do autor das mortes permanece sendo um mistério. Mas todas as noites centenas de turistas que estão em Londres participam de uma "caçada" ao assassino no bairro de Whitechapel. Esses passeios pelos passos de "Jack, o Estripador", guiados às vezes por "ripperólogos", como são conhecidos os detetives que investigam os casos envolvendo

tempo de maturação após a entrada e início da expansão do negócio é de pelo menos cinco anos e só depois vem o retorno. A compreensão da cultura chinesa e de seu marco regulatório, a análise dos riscos associados à entrada no mercado, o desenvolvimento de um planejamento flexível e a adaptação ao pragmatismo dos empresários daquele país são algumas das recomendações. (AOG)

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Lo City

NOVA ZELÂNDIA - Woodlyn Park

CHECK - OUT Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Teatro Municipal ganha sede definitiva para central técnica dedicada à preservação de sua memória

Estudo aponta que empresas britânicas devem reduzir a emissão de CO2 nos próximos dois ou três anos

Escritor Luis Fernando Verissimo lança amanhã o livro "O Mundo É Bárbaro", o 86º título assinado por ele

Geógrafos da University College London, na GrãBretanha, criaram um website que identifica em quais países um determinado sobrenome pode ser encontrado. O Public Profiler reuniu 10,8 milhões de sobrenomes usando informações de registros eleitorais e listas telefônicas. O site cobre um bilhão de pessoas em 26 países, mostrando a origem dos nomes e para onde eles se espalharam, mas ainda não inclui o Brasil. A idéia é mostrar como a informação histórica determinados sobrenomes que surgem em determinados locais - pode se tornar também uma informação geográfica a partir do movimento de migração dos indivíduos ao longo de várias décadas. www.publicprofiler.org/worldnames


Nº 235 São Paulo, 01 de setembro de 2008

DCARR

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MILLE E FOCUS

AGORA AINDA MELHORES Ford já realizou mudanças no Troller T4 e promete mais para o Salão do Automóvel. Nas páginas 9 e 10.

PÁGINAS 4, 5, 6 E 7


Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

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ACSP Higienópolis: um casarão e dois destinos

O casarão de Higienópolis (nas fotos ao lado e abaixo), com arquitetura eclética e vitrais coloridos, foi sede da Custódia da Polícia Federal e abrigou alguns presos ilustres. Em processo de tombamento pelo Conpresp, a mansão está no meio de uma disputa: ou vira batalhão da PM ou um espaço para a comunidade.

Fotos: Fábio de Castro/Hype

Antiga mansão do bairro, que pertence ao INSS e está fechada há 5 anos, pode virar batalhão da PM. Os moradores, no entanto, querem fazer do espaço um centro cultural para guardar acervo histórico. André Alves

U

m belo casarão de 1910 erguido na esquina das ruas Piauí e Itacolomi – no central e bem localizado bairro de Higienópolis –, e que atualmente pertence ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vai mudar de mãos, mas ainda não se sabe quem tomará conta do imóvel histórico. A mansão poderá ter dois destinos diferentes: o 7º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana tem interesse em ocupar o imóvel, mas a idéia não agrada a Associação de Moradores e Comerciantes do Bairro de Higienópolis (AMCBH). Contrária à proposta, a instituição deseja transformar o espaço em um centro cultural para abrigar o acervo histórico do bairro. A disputa promete ser dura. O casarão – definido como de arquitetura eclética, pintado nas cores azul e branco e adornado com vitrais coloridos – está desocupado há cinco anos. Ao longo dos tempos, no entanto, teve grande importância histórica. A mansão pertenceu à família do ex-presidente Rodrigues Alves, virou sede da Custódia da Polícia Federal em 1964 e já abrigou presos ilustres, como o mafioso italiano Tommaso Buscetta, o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e o ex-senador Luiz Estevão. O imóvel está desocupado desde 2003, quando a Po-

lícia Federal se mudou para a Lapa, na zona oeste. Em 2004, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (Conpresp) abriu processo de tombamento do casarão, ainda em curso. Acervo - O comerciante e presidente da AMCBH, Fuad Sallum, morador do bairro há 53 anos, quer evitar que o batalhão da PM ocupe o histórico imóvel. Ele alega que o bairro de Higienópolis possui espalhados documentos que restaram sua história e não tem um local ideal para expor o acervo que mostra a importância do seu processo de urbanização e riqueza arquitetônica. "A comunidade precisa ter um espaço para reunir todo o acervo, atualmente em posse dos moradores mais antigos do bairro. A PM é bem-vinda, porém há equipamentos e edificações mais apropriados para suas atuais necessidades operacionais e atividades. Certamente ali é o menos adequado", ressalta. Para o diretor de Relações Públicas da AMCBH, Fábio Fortes, o casarão tem uma grande importância por ser um remanescente da primeira ocupação do bairro. O casarão é um dos mais antigos da região. "Além de um centro cultural, ele deve ser um espaço de integração comunitária. Isso será bom para o bairro e para a cidade", diz. Fortes se preocupa com o atual estado do imóvel, que apresenta rachaduras e desgaste na pin-

Pela sequência de fotos: avenida Higienópolis no início do século 20; rua Dona Veridiana, uma das mais conhecidas, no final do século 19; e casarão de influência florentina na avenida Angélica, hoje uma das mais importantes do bairro.

tura externa. "Infelizmente ele está em condições de abandono", afirma. Estudo - O superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcelo Flora Stockler, defende um estudo mais aprofundado sobre as condições físicas do casarão para saber se o imóvel apresenta ou não condições de receber um batalhão da PM. "A princípio sou contra a instalação da PM. Devido à importância histórica e arquitetônica do imóvel, acredito que um centro cultural seja mais compatível com o perfil do lugar. Existem outros espaços que podem receber o batalhão", diz. A Polícia Militar, por sua vez, afirma que tem interesse pelo imóvel, mas não quis fornecer maiores detalhes. O INSS não revela que destino pretende dar ao casarão. Em nota, o Instituto cita que a construção foi alienada, em 1990, para a construtora Encol. Após uma ação civil pública contra a venda, o imóvel voltou para a posse do INSS. Fuad não descarta a realização de futuras manifestações dos moradores do bairro contra a possível instalação do batalhão da PM. His tória – Higienópolis, entre os séculos 16 e 18, pertencia à Sesmaria do Pacaembu, doada aos jesuítas por Martim Afonso de Souza. Expulsos de Portugal e de suas colônias, os jesuítas tiveram seus bens, no Brasil, confiscados e vendidos. Nos altos de Santa Cecília, algumas famílias da aristocracia paulistana, construíram suas chácaras, promovendo as primeiras ocupações da antiga sesmaria. No final do século 19, com a rápida expansão da cidade devido à riqueza do ciclo do café e da nascente industrialização, as antigas chácaras foram loteadas. Foi lançado então o empreendimento imobiliário Boulevard Bouchard, dos comerciantes alemães Martinho B u rc h a rd e Vi c t o r N o r t hmann. Os lotes eram destinados a um público de alto poder aquisitivo e possuíam água, esgoto, iluminação (a gás), arborização e linha de bonde. O bairro foi, durante um longo período, o lugar

A comunidade precisa ter um espaço para reunir todo o acervo.

Fuad Sallum, presidente da associação de moradores e comerciantes

predileto da aristocracia do café, prósperos comerciantes e também de profissionais liberais. No início do século 20, as principais ruas de Higienópolis foram pavimentadas e arborizadas. No final da década de 20, encerrou-se o seu período nobre. A crise de 1929 e a Revolu-

GIr Agendas da Associação e das distritais

Hoje ■ Plenária – O presidente da

ACSP, Alencar Burti, coordena reunião plenária com a presença da candidata à prefeitura de São Paulo Marta Suplicy para o Ciclo de Debates. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. ■ Tatuapé – Das 18h às 22h30, o Fórum de Jovens Empreendedores da ACSP, em parceria com o Sebrae, realizará o curso Fluxo de Caixa – Como Administrar. As aulas acontecem até o dia 5. Inscrições pelo site: www.fjeacsp.com.br. Praça Silvio Romero, 29.

Além de um centro cultural, o local deve ser um espaço de integração comunitária.

Fábio Fortes, Relações Públicas da mesma associação

ção de 1930 abalaram as grandes fortunas e a influência paulista no cenário político. Na década de 50, surgiram na região os primeiros edifícios de apartamentos mais amplos e com área de lazer comum. Nos anos 60, Higienópolis passou a receber grande n ú m e ro d e m o r a d o re s d a

classe média alta e de origem israelita, colônia que ainda prevalece no bairro hoje.

Amanhã

extraordinária do Fórum Urbanístico de São Miguel sobre a reforma do Mercado Municipal Américo Sugai, do bairro. Avenida Marechal Tito, 1042. ■ Pirituba – 19h30, 22ª Reunião ordinária. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678.

■ São Miguel – Das 8h30 às

18h, o Fórum de Jovens Empreendedores da ACSP, em parceria com o Sebrae, realizará o curso Saber Aprender. As aulas seguem até o dia 4. Avenida Marechal Tito, 1042. ■ Pirituba – Das 9h às 12h, acontece a oficina Planeje sua empresa. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ Pinheiros – 19h, reunião ordinária do Conselho Diretor. Rua Simão Álvares, 517.

Quarta

■ Pirituba – Das 8h30 às

17h30, II módulo do Curso Ideal – Políticas Públicas. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ Santo Amaro – 19h, 28ª Reunião ordinária da Diretoria Executiva e Conselho Diretor. Avenida Mário Lopes Leão, 406. ■ São Miguel – 19h, reunião

As fotos antigas foram reproduzidas do livro Higienópolis - Grandeza e Decadência de um Bairro Paulistano, de Maria Cecília Naclério Homem

Quinta

■ Santana – 10h, a Comissão

Cívica da Distrital Santana promoverá cerimônia comemorativa de 7 de setembro. Rua Jovita, 309. ■ Santo Amaro – Das 15h às 17h, terceira aula do curso de Etiqueta para Bem Viver e Conviver no Dia-a-Dia, promovida pelo Conselho da Mulher e ministrada por Carlota Baukelmann. São quatro encontros que tiveram início dia 21. Inscrições limitadas. Valor R$ 50,00. Informações pelo telefone 5521-6700. Avenida Mário Lopes Leão, 406.


DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

índice NOVO SEDAN - 4 e 5 Focus sedan, que chega para concorrer com Corolla, Civic e Vectra, terá preço a partir de R$ 59.690.

LANÇAMENTO - 6 e 7 Para se adequar às novas normas de emissão de poluentes, Mille ganha novo motor, mais econômico.

RALI - 8 e 9 Realizada em Betim, a Copa Troller apresentou trilhas diversificadas e belas paisagens de Minas.

MERCADO - 10 Montadoras intensificam estratégia de lançar carro novo e manter uma versão velha à venda.

DA ARGENTINA - 12 Citroën inicia, na Argentina, produção da versão hatch do Citroën C4, que chega ao Brasil em março.

Um mês por ano no trânsito aGenDa

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á pouco tempo, vi uma pesquisa que me chamou muito a atenção. Segundo o estudo "Longe do Caminho Batido", do Citigroup, o tempo médio gasto por dia pelo brasileiro no trânsito é de 2,6 horas. Em países desenvolvidos, essa média é de 1 hora. Se multiplicarmos esse valor por 22 dias úteis e por 12 meses, temos praticamente 1 mês de vida dentro de um carro! Essa pesquisa comprova que o congestionamento reduz a produtividade do trabalhador em 5%, o que equivale a US$ 919,50, em média, segundo cálculos do Citigroup. O trânsito ruim já afeta 20,5% da população do País. As concessionárias estão oferecendo automóveis com melhores formas de pagamento, o que estimula a compra do veículo próprio, uma vez que os gastos com transporte público são altos e, em muitos casos, geram resultados insatisfatórios. Quem mais sofre são os profissionais que realizam trabalhos externos e os executivos de uma forma geral. O tempo gasto com deslocamento reduz sua produtividade e aumenta os custos para a empresa. Muitos até chegam a fazer hora extra por conta disso, marcando compromissos em horários em que o tráfego é menor, isto é, além do expediente. A conseqüência é o stress gerado por muito trabalho e poucas realizações. Muitos se questionam sobre como é

possível manter a produtividade, as pendências em dia e o equilíbrio, pessoal ou profissional, com tantos deslocamentos. Quanto a isso, sugiro formas básicas e eficientes de aproveitar esse momento: Crie novas idéias - Pense em novas idéias para o trabalho ou crie maneiras de solucionar aquele problema que costuma lhe tomar algum tempo durante sua rotina. Nesses momentos, em que estamos "livres" dos escritórios, é que produzimos mais e nem nos damos conta. Busque informações - Muitas pessoas reclamam que não têm tempo para ler jornal ou assistir a um noticiário na TV. Aproveite o momento que você está no carro para sintonizar uma rádio diferente e ouvir notícias ou até mesmo a situação do trânsito. Desse modo você atende às suas duas necessidades de uma só vez. Invista em você mesmo - Aprimorar seus conhecimentos é sempre bom, no meu caso, comprei um curso de inglês que, além dos livros, possui um CD interativo. O áudio book também é uma ótima saída para aproveitar as viagens de carro para uma satisfação pessoal. A idéia é utilizar o tempo no carro para fazer alguma coisa importante para a sua vida, mas isso depende da necessidade de cada um. Sempre use o tempo ao seu favor. Christian Barbosa, especialista em gerenciamento de tempo

4 de setembro Realiza-se em São Paulo, no Centro Empresarial, o Fórum Volvo de Segurança no Trânsito 2008.

5, 6 e 7 de setembro O São Paulo Moto Festival vai reunir no Autódromo de Interlagos, o que há de melhor no segmento de duas rodas, incluindo modelos customizados.

7 a 11 de outubro O Parque Anhembi será palco da Automec Pesados & Comerciais, que abre ao público de terça a sextafeira das 10h às 19h e, no sábado, das 9h às 17h.

Fotos de capa: Uno (Divulgação); Focus (Pablo de Sousa/Cia de Luz)

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Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José S. Coelho Diagramação Renato B. Gaspar Ilustração Abê / Alfer / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Facesp nterior

Divulgação

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado

Comércio de Jundiaí oferece descontos de 10% a 60%

D As sedes de antigas fazendas de café atraem visitantes interessados em turismo rural. Ao lado, uma cavalgada ao luar na Fazenda Pirahy, uma das mais conhecidas da cidade. Abaixo, vista do município de Itu, que fica a 90 quilômetros da capital, e o famoso orelhão gigante, uma de suas marcas registradas.

Cidade do exagero abre espaço para o turismo rural

ACE de Ourinhos prepara a Semana do Consumidor

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Itu, conhecida pelos objetos maiores do que o habitual, agora recebe turistas que vão atrás dos campings, fazendas históricas e pesqueiros André Alves

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uando se fala em Itu, cidade localizada no interior do Estado, a 90 quilômetros de São Paulo, logo se pensa em objetos e equipamentos públicos muito maiores do que o habitual, instalados no município: orelhões, semáforos e todo tipo de souvenires. Este cenário, no entanto, está mudando rapidamente. O município não é mais visitado somente pela fama de que lá tudo é grande. Cerca de 70% dos turistas se dirigem a Itu em busca do turismo rural, graças aos campings, resorts e fazendas históricas transformadas em hotéis. Itu começou a ganhar fama nacional no final da década de 60, quando um humorista que participava do programa Praça da Alegria se vestia de caipira e contava para todos que em Itu tudo era grande, com tamanho maior do que o habitual. "Com o aumento da audiência, a antiga companhia telefônica do estado, a Telesp, fez uma campanha de marketing para divulgar o DDD e instalou um grande orelhão na cidade, de onde veio a fama do exagero", explica Fábio Luís Grizoto, guia de Turismo da Prefeitura de Itu. Segundo Grizoto, o boom de turistas que se dirigiam à cidade apenas para contemplar os objetos em tamanho exagerados se deu principalmente entre as décadas de 70 e 80. "A mídia teve um papel decisivo para espalhar essa fama, que continua até hoje, porém mais fraca que antigamente. Com isso, as indústrias também aproveitaram para fabricar artigos em tamanho maior". Campings - A partir da década de 1990, começou a aumentar o número de campings em Itu. Atualmente a cidade conta com 10 deles. Além disso, aumentou o interesse pelos pontos históricos da cidade, como os antigos casarões e os museus, entre eles o Museu Republicano, onde foi assinada a Convenção de Itu, em 1873. "Geralmente os turistas que se hospedam nos cam-

Os turistas não costumam gastar muito, apesar dos bons restaurantes. Mesmo assim o comércio está em crescimento. Flávio Antunes, presidente da Acii pings preferem ficar descansando e não visitam o centro histórico", afirma Grizoto. O turismo rural, por sua vez, começou a ser divulgado no município a partir de 2001, por meio da visitação das fazendas históricas da época do ciclo da

cana-de-açúcar e do café. Atualmente, estão surgindo muitos pesqueiros na cidade, que atraem principalmente turistas da grande São Paulo. Comércio - O perfil do comércio de Itu acompanhou a demanda e as prioridades dos

turistas. "Atualmente apenas quatro lojas comercializam artigos em tamanho grande, como lápis, telefones e baralhos, entre outros objetos", explica Flávio Antunes, presidente da Associação Comercial e Industrial de Itu (Acii). As grandes lojas de magazines são as mais visitadas, principalmente pelos moradores locais. "Os turistas não costumam gastar muito na cidade, apesar da existência de bons restaurantes. Mesmo assim o comércio está em crescimento", diz.

Os próximos projetos da prefeitura municipal incluem a instalação de uma Maria Fumaça em um trajeto que liga Itu até a cidade de Salto, em um trecho de sete quilômetros. "Até o final do ano queremos construir a Praça dos Exageros, distante do centro histórico. É uma forma de centralizar tudo que existe em Itu em tamanho exagerado. Também trabalharemos para fortalecer ainda mais o turismo rural, por meio da visitação das fazendas históricas", conclui Grizoto.

Itu é chamada de Berço da República Divulgação

tu – do indígena Itu-Guaçu ou Utu-Guaçu, que quer dizer cachoeira grande – foi ponto de apoio e ligação para as expedições, pois em suas terras existiam caminhos terrestres e fluviais. A cidade, bem como a região (próxima a Sorocaba), começou a ser povoada no final do século 16. Já os colonos portugueses chegaram em Itu em 1604, quando iniciaram a construção de capela dedicada a Nossa Senhora da Candelária. A capela, que deu início ao povoado, foi inaugurada em 1610. Somente em 1657 chegou à categoria de vila, passando a ter poder administrativo local. Itu participou do movimento bandeirista, abrigou o movimento de organização das Monções e foi berço

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Igreja N. Sra. da Candelária

da Convenção Republicana, cultivando até hoje o título de Berço da República. O povoado se formou ao lado da capela Nossa Senhora

e quarta-feira a sábado acontece o Liquida Jundiaí, uma mega liquidação envolvendo todos os segmentos do comércio, com descontos de 10% a 60%. A iniciativa é da Associação Comercial Empresarial (ACE) da cidade. As lojas vão estar identificadas com balões nas cores da ACE (verde e amarelo) e com o cartaz promocional. Os personagens Precinho e Preção percorrerão as ruas. Esta é primeira vez que uma liquidação acontece simultaneamente no comércio de Jundiaí. As lojas interessadas em participar devem ligar para 3308-4342. No último dia de descontos acontece o Dia da Moda, com um desfile da coleção Primavera/Verão 2009. O evento será na praça Governador Pedro de Toledo, em frente à Catedral, das 11h às 13h. As lojas interessadas em participar do desfile devem ligar para 3308-4319.

da Candelária que, de 1653 a 1657, foi a Igreja Matriz. Durante quase 100 anos (de 1657 a 1750), Itu não passou de um pequeno núcleo. Alguns anos depois, com o crescimento das lavouras do açúcar e do algodão, a vila cresceu. A fase de maior crescimento da cidade foi entre 1836 e 1854. Nessa época, Itu era a vila mais rica de toda a Província, tendo, desde o início do século, importante participação na vida política e econômica. Em 1842, a vila foi elevada à condição de cidade. Em 1860, ocorreu uma grande crise no mercado internacional do açúcar. O plantio da cana-de-açúcar entrou em decadência, causando, com o tempo, um conflito entre os políticos e os fazendeiros itua-

nos contra o governo Imperial. A partir daí, cresceu em Itu o movimento republicano, que resultou, em 1873, na realização da Primeira Convenção Republicana do País, a Convenção de Itu. Nessa época, o açúcar começou a ser substituído pelo café, que foi a base da economia do município até 1935, decaindo depois pela concorrência de outras áreas de plantio e pelo esgotamento de suas terras. Mas foi em 1950 que várias indústrias começaram a se instalar na cidade. Em 1968, com a inauguração da rodovia Castelo Branco, novas indústrias instalaram-se em Itu, principalmente às margens de suas estradas de acesso, o que trouxe desenvolvimento para o município. (AA)

pós as boas vendas do Dia dos Pais, os lojistas de Ourinhos já se preparam para mais uma maratona de ofertas. É a tradicional Semana do Consumidor, que acontece de 13 a 20 deste mês. A iniciativa é da Associação Comercial e Empresarial (ACE), em parceria com seus associados. Realizada anualmente, a ação promocional é responsável por um aumento médio de 10% nas vendas, em comparação com os meses sem datas comemorativas. A expectativa dos dirigentes lojistas é de que os números cresçam neste ano. Segundo a ACE, o mês de setembro já se tornou tradicional em Ourinhos devido à Semana do Consumidor. Para que o consumidor possa aproveitar as compras com mais tranqüilidade, o comércio estará aberto nos sábados, dias 6, 13 e 20, das 9h às 17h.

São Caetano e Sebrae preparam vendas do Dia das Crianças

O

Sebrae traz para São Caetano, na região do ABC paulista, o Programa Venda Melhor, uma série de palestras gratuitas com temas direcionados à melhoria do comércio para o Dia das Crianças, comemorado em outubro. As atividades acontecem do dia 22 ao dia 26 deste mês na Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul (Aciscs). Confira a programação do evento: Dia 22, Prepare sua loja para vender mais; Dia 23, das 9h às 11h, Como estimular suas vendas; Dia 24, das 14h às 16h, Entendendo e atendendo o cliente; Dia 25, das 9h às 11h, Como atrair clientes; e dia 26, das 14h às 16h, Como contratar mão-deobra temporária. A Aciscs fica na rua Amazonas, 318, Centro de São Caetano. As inscrições podem ser feitas na própria entidade pelo telefone 6888-3400. Informações no site www.aciscs.com.br.


São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

DCARRO

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sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fernando Vieira

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CANDIDATO TENTA O SEU 11° MANDATO

Brígida Rodrigues /e-SIM

Pena que não posso contar o que sei. Mas tudo vai ser publicado nas minhas memórias. Será uma bomba. Vereador Brasil Vita, anunciando o livro em preparação.

rais em que não saiu vitorioso. A primeira, em 1994, com a candidatura ao Senado. "Estudava muito. Falava na campanha sobre atribuições de senador. Já meus concorrentes falavam sobre coisas das quais não tinham competência, como melhorar a segurança. Era o que queriam ouvir (os eleitores)", analisa. Suplência – Já a segunda e inesperada derrota aconteceu nas eleições de 2000 para a Câmara. Foi-se então o maior "reinado" no Legislativo municipal. Durante os quatro anos seguintes, Brasil Vita ficou na suplência e até chegou a assumir por um curto período, que se entrar na conta, pode ser considerado como o 11º mandato. "Política é aritmética: ganha quem tem mais votos. Eu tive menos", diz, tentando simplificar com a matemática, o que significou o mais duro golpe na antiga lenda da Câmara. E que foi sentido. Hoje, aparentemente, ainda guarda mágoa de alguns antigos aliados. Como ex-líder da administração Celso Pitta – com quem mantém amizade, mas de quem evita falar –, Brasil Vita foi o responsável por barrar a derrubada do então prefeito, diante dos sucessivos escândalos da máfia dos Fiscais, que começaram a aparecer em 1998. "Não podia abandoná-lo. Era uma questão de caráter. Aqui (no Brasil) todo mundo vota em ladrão e safado, sabe disso e continua. Eu, que tenho caráter por manter minha posição de líder de governo, fui

O mundo está cheio de pessoas insubstituíveis, só que no cemitério. Brasil Vita

tivo: a rua não era oficial. "Mandei logo preparar um decreto e com uma canetada oficializei seis mil ruas", conta. Ele tinha vontade de continuar no cargo, mas diz que "faltou oportunidade". Conta que algumas pessoas sugeriram a permanência dele, mas não convenceram o governador Laudo Natel. Nos anos seguintes, o veterano vereador não te-

N

inguém conhece como ele os bastidores tanto do poder Legislativo quanto do Executivo paulistano. Aos 86 anos de idade, o advogado João Brasil Vita passou quase metade da vida como vereador e observou de perto a troca de cadeiras entre 18 prefeitos, incluindo ele próprio. Desistiu da disputa apenas nas últimas eleições municipais. Mas o que parecia ser a aposentadoria das urnas, agora tem mais um jeitão de férias. Afinal, ele quer retornar ao cenário político – e novamente como representante na Câmara Municipal. Diante desse histórico, uma entrevista com o candidato Brasil Vita (PTB), o ex-vereador que mais tempo permaneceu na Câmara Municipal, poderia ser altamente reveladora. Frases de efeito, incisivas, irônicas e de conteúdo. Seria possível pôr abaixo histórias construídas por alguns conhecidos personagens e passagens da construção da maior cidade do País, em quase meio século de história. Seria. "Pena que não posso contar tudo o que sei", faz mistério. "Mas tudo vai ser publicado nas minhas memórias. Será uma bomba", promete Brasil Vita, que diz ter registros de toda trajetória política dele. Guardados a sete chaves, é claro. O difícil deve ser a seleção do que contar. Ironicamente, ele entrou tarde na política, aos 37 anos. Mas, depois disso, foram quatro décadas de mandatos consecutivos, a partir de 1960. "Sempre ganhei com os pés nas costas", diz. Ao longo da carreira política, coleciona apenas duas investidas eleito-

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Aqui todo mundo vota em ladrão e safado, sabe disso e continua. Eu, que tenho caráter por manter minha posição de líder de governo, fui punido. Idem

Pronto para outra: o veterano vereador avisa que é candidato mais uma vez, e não teme uma derrota. "Sempre ganhei com os pés nas costas".

PROFISSÃO: VEREADOR Aos 86 anos, o mais antigo ocupante de uma cadeira na Câmara dos Vereadores acompanhou a trajetória de 18 prefeitos. E promete grandes revelações, em livro.

punido", justifica o posicionamento, se referindo depois à derrota nas urnas na eleição seguinte. Se ele se arrepende pelas conseqüências pessoais? "Fiz o certo. Não havia prova plena de que ele (Pitta) fosse culpado." Me lho re s – Recordando o governo anterior, o ex-homem forte de Paulo Maluf na Câmara fala, agora, que a relação com o ex-prefeito "é apenas cordial e ponto". Não adianta insistir no assunto. Mas quando questionado sobre quais os melhores prefeitos com quem trabalhou no poder público, Brasil Vita cita Maluf, ao lado de Prestes Maia, Faria Lima, Figueiredo Ferraz, Olavo Setúbal e Jânio Quadros. "Não posso apontar qual o melhor, cada um teve

Prefeito por seis dias – entre 22 e 27 de agosto de 1973 –, Brasil Vita descobriu endereços clandestinos. "Mandei logo preparar um decreto e com uma canetada oficializei seis mil ruas".

ne à disposição para contato dos munícipes. E um telefonema chamou a atenção. Era a reclamação de uma paulistana de que o caminhão de lixo não passava na rua de casa. Ruas oficiais – O então prefeito Brasil Vita, no período entre 22 e 27 de agosto de 1973, foi atrás do caso e descobriu o mo-

Na foto, risadas. Nas urnas, a punição.

Sérgio Castro/AE - 23.02.99

Política é aritmética: ganha quem tem mais votos. Eu tive menos. Idem, sobre a derrota nas urnas na eleição de 2000, um fato que ele nunca assimilou por completo.

mérito diferente, com grandes obras". Com tantos prefeitos pelo caminho de vereança, foram 18, incluindo a suplência no governo de Marta Suplicy. Até o próprio Brasil Vita permaneceu no principal posto do poder executivo municipal por longínguos seis dias. Segundo ele, a primeira iniciativa como prefeito foi colocar um telefo-

A gargalhada sugeriu deboche. E custou caro a todos – Wadih Mutran, Vicente Viscome e ele próprio.

ve "sustentação política para a candidatura majoritária". Ao longo da trajetória política mudou de partido cinco vezes, entre PST, Arena, PTB, PPB, e novamente PTB. "Cumpri meu papel", acredita. Brasil Vita destaca entre os principais projetos que apresentou e conseguiu aprovação, a lei que exige uma área destinada a velório em cemitérios particulares e a que permite a instalação de caixas eletrônicos em vias e áreas públicas. Além disso, a criação de uma escola de jardinagem, nos tempos de Olavo Setúbal. "Foi a semente da defesa do meio ambiente na cidade. Era mais do que uma escola, era filosofia de vida", acredita ele. Teatro – Apesar da idade avançada, Brasil Vita mantém uma disposição invejável. O segredo de vitalidade, ele revela vir dos exercícios físicos, três vezes por semana, com uma fisioterapeuta e uma personal trainner. Enquanto fora da Câmara, cumpre expediente diário no escritório de advocacia, em um prédio clássico da praça Ramos de Azevedo, no Centro. O edifício Glória é de 1935 e tem a vista privilegiada: o Teatro Municipal, apreciado das janelas da sua sala. Viúvo há 17 anos, ele tem um filho, que não quer saber de política. Já ele... "Sou candidato a vereador por amor a São Paulo", repete o jargão. Ao avaliar a sua atuação, Brasil Vita se dá nota sete. Espera subir a média, se (re)eleito, com a tese da humanização. "Acho que São Paulo está muito desumana, é preciso torná-la menos agressiva e menos agressora. É preciso propostas que possam humanizar a cidade". Falar numa eventual terceira derrota, também não é problema. "Na minha idade estou preparado para tudo". E Brasil Vita é resoluto: "O mundo está cheio de pessoas insubstituíveis, só que no cemitério".

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ma Foto. Brasil Vita atribui a uma única imagem publicada na imprensa a derrota para a reeleição na Câmara Municipal em 2000. Nela, ele aparece rindo ao lado de outros dois vereadores governistas da época– Wadih Mutran e Vicente Viscome, que acabou cassado e preso – como se todos estivessem zombando dos cidadãos que apoiavam a instalação da CPI. “Houve maldade. Como poderia rir da CPI na qual eu era membro?”, alega. “Depois disso, me afastei nas últimas eleições, justamente, por causa da decepção com a imprensa, com parte dela, a que muda os fatos”, completa. Segundo ele, o famoso e negativo flagrante da gargalhada foi motivado por uma piada: “Dou minha palavra de honra. Ríamos de uma piada”, reforça. Ele não consegue se lembrar qual era.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

LANÇAMENTO

Fotos: Pablo de Sousa / Cia de Luz

Um Focus verdadeiramente novo Ford apresentou a versão sedan do novo Focus e mostrará o hatchback ainda esta semana. Modelo antigo continua. inalmente a família Focus chegará renovada ao Brasil, mas esperar valeu a pena. Com apresentação oficial marcada para ocorrer entre os dias 3 e 6 de setembro na cidade de São Carlos de Bariloche, na Patagônia Argentina, o novo Focus foi mostrado parcialmente durante a última semana em São Paulo, ou seja, por enquanto só pudemos conferir como ficou a versão sedan, que deve dar muito trabalho a concorrentes "de peso", como Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Vectra, entre outros. Com preços atrativos que vão de R$ 59.690, na versão de entrada do sedan (GLX) 2.0 com câmbio manual, até R$ 74.900 na top (Ghia) 2.0 com câmbio automático, o novo Focus terá por enquanto a companhia do carro antigo, que continuará a ser vendido somente com motorização 1.6 e câmbio manual, tendo seu preço mantido próximo à casa dos R$ 50 mil, para o sedan (veja matéria sobre a manutenção de modelos antigos no mercado na página 10).

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Congresso Planalto Entrevista CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

MALUF PROPÕE FREE-WAYS COMO SOLUÇÃO

De forma humilde afirmo: os melhores prefeitos de São Paulo são engenheiros. Paulo Maluf (PP-SP)

Monalisa Lins/e-SIM - 30/07/2008

Paulo Maluf acena: tem a solução para o trânsito

Maluf: "Ou você é homem público, ou não é. Fui duas vezes prefeito e deixei uma marca positiva na cidade".

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ngenheiro e administrador público, o deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PP, Paulo Maluf, diz ter em seu programa de governo a solução para o caótico trânsito da cidade: a construção de supervias expressas sobre os rios Tietê e Pinheiros. Seriam seis pistas em cada uma das margens. "Onde está o grave problema da cidade? Nas marginais. A espinha dorsal dos congestionamentos são elas. Vou resolver o problema do trânsito em quatro anos", garantiu Maluf ao Diário do Comércio, na qual apresenta, também, suas principais propostas. Sergio Kapustan

Diário do Comércio – Por que votar em Paulo Maluf? Paulo Maluf – De forma humilde afirmo: os melhores prefeitos de São Paulo são engenheiros. Alguns são de saudosa memória: Prestes Maia, Faria Lima e Mário Covas. Outros estão vivos : Reynaldo de Barros e Gilberto Kassab. (Olavo Setúbal, que havia sido lembrado por Maluf entre os vivos, veio a falecer dias depois, na semana passada) Por que ser prefeito ? A vida pública é uma opção. O homem público não é um calendário eleitoral. Ou você é homem público ou não é. Fui duas vezes prefeito e deixei uma marca positiva na cidade. DC – O que diferencia o sr. de Marta, Alckmin e Kassab? Maluf – Eu não quero falar de ninguém. Cada um no seu tempo. A Marta diz que fez 21 CEUs (Centros Educacionais Unificados). Se eu fosse prefei-

to naquela ocasião (ela foi prefeita de 2001 a 2004), teria feito 42. Por quê ? Na Grande São Paulo tem 700 escolas construídas por Paulo Maluf. Geraldo Alckmin: nada contra ele porque foi um bom governador . Agora, se eu fosse repetir o que o Jânio Quadros disse sobre FHC : "Se soltar o Fernando Henrique em Sapopemba, ele não vai voltar para a casa dele (imita a voz de Jânio)". Eu conheço a cidade e duvido que o Alckmin conheça tão bem quanto eu. Kassab: gosto dele não porque ele é candidato agora. Ele foi vereador na minha última gestão e tem uma vida pública respeitada. Kassab é um bom prefeito. Se eu, por merecimento, não tenho precedência por ele, por antigüidade eu tenho. Com todo o respeito aos candidatos, eles pregam, eu faço. Construí o Metrô, corredores de ônibus e terminais que outros prefeitos continuaram.

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DC – Como atrair o eleitor que não vota em Maluf? Maluf – Eu não tenho eleitor. Eu tenho cabo eleitoral. Exemplo: estive quarta-feira passada no Butantã e vi uma mulher com uma criança no colo chorando. Era um lugar pobre e pensei que ela estava chorando por uma necessidade física. Evidentemente eu não daria um auxílio porque poderia constituir crime eleitoral. Eu a abracei e ela me disse : "Dr. Paulo, a minha mãe só votava no senhor. Meu pai vivo e eu só votamos no senhor. Que alegria vê-lo aqui", disse ela. Isso me comoveu. Ela é um cabo eleitoral e vai influenciar o bairro dela. Eu não tenho dúvida de que, quando o horário eleitoral gratuito mostrar o que eu fiz e o que vou fazer, o paulistano consciente vai votar para si mesmo. E votar pra si, com toda a humildade, é votar em Paulo Maluf. DC – Qual é a sua principal bandeira de campanha? Maluf – São muitas. Não vou descuidar da saúde, educação, habitação, segurança, cultura e do meio ambiente. Mas acho que o câncer da cidade de São Paulo é o transporte coletivo e o trânsito.

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DC – O sr. disputa a eleição contra duas máquinas: federal e municipal. Isso não complica a campanha? Maluf – São Paulo é ultra-independente. Jânio Quadros derrotou (em 1953) Francisco Antonio Cardoso, que tinha o apoio do governador Adhemar de Barros e 11 partidos. O Jânio fez a campanha do tostão contra o milhão e virou prefeito, governador e presidente da República. Em 1988, o candidato do PMDB, João Leiva, com o apoio do governador Quércia, ficou em terceiro lugar. Em 1996, o ministro José Serra, do PSDB, com apoio do governador Covas e do presidente Fernando Henrique, não foi para o segundo turno. Quando iniciar a campanha, de 80% a 90% dos eleitores votarão em quem tem melhores condições de ser prefeito. Isso está provado e comprovado.

DC – Como conciliar carro e ônibus no trânsito? Maluf – Isso é uma discussão inútil. As duas coisas são completamente independentes. Não se pode fazer um Metrô particular da casa de cada habitante para o trabalho dele. Tem gente que precisa circular de carro. É assim em Nova York, Tóquio, Paris e Buenos Aires. Na medida em que o trânsito fluir, o transporte coletivo também fluirá. Vou construir pistas sobre os rios Pinheiros e Tietê para melhorar o trânsito. Toda vez que se pensa em fazer uma avenida é uma briga porque envolve desapropriação. Qual é a vantagem dessas pistas? Desapropriação zero. Você faz a obra em cima do rio. Onde está o grave problema da cidade? Nas marginais. A espinha dorsal dos congestionamentos são elas. Vou

resolver o problema do trânsito em quatro anos. Será um desafio maior que a construção do Metrô ou do Aeroporto de Guarulhos. Não esqueçam: construí o Minhocão em apenas 13 meses. DC – O sr. fala em qualidade de gestão pública. Pode explicar o conceito ? Maluf – Quem tem condições de fazer a gestão da cidade? Quem tem condições de cortar gastos, não aumentar impostos e deixar recursos para investimentos? Uma coisa é dizer, a outra é o que se vai fazer. Na minha gestão, o orçamento da prefeitura era de R$ 6 bilhões. Hoje, é de R$ 25 bilhões. A Câmara Municipal custava no meu tempo R$ 80 milhões. Hoje, custa cerca de R$ 320 milhões. O Tribunal de Contas do Município (TCM) custava R$ 30 milhões e hoje custa mais de R$ 120 milhões. Depois de mim, as despesas subiram de maneira não justificada e a imprensa livre não cobrou dos governantes. Eu vou cobrar. DC – Os poderes são independentes. O sr. vai negociar os cortes com o Legislativo? Maluf – Eu acho que se você

Mário Covas era R$ 40 bilhões. Eu não investi no Metrô não foi porque eu não quis. Primeiro, porque ele não pediu. Em segundo, não é a pulga que deve ajudar o elefante. Agora, se o Serra pedir R$ 1 bi e houver a disponibilidade, eu dou. Eu vou ajudar o governador e acho que o prefeito Kassab está fazendo certo. DC – O sr. vai manter a parceria com o governador Serra ? Maluf – Não tenho a menor queixa do falecido governador Mário Covas. Tudo que São Paulo precisou nós trabalhamos em conjunto. O Serra se dá bem com o Lula. As pessoas acham que pessoas de partidos diferentes precisam pegar metralhadora. DC – Como avalia o rodízio de caminhões. O que pensa fazer? Maluf – Eu acompanho pelos jornais a experiência do prefeito. Quero até felicitar ele pela coragem porque em véspera de eleição ninguém faz experiência. Agora, se der certo, o mérito é dele. Se não, ele vai ter inteligência e sensibilidade para voltar atrás. Ninguém pode criticar a vontade do prefeito de inovar. DC – O que sr. fará na saúde ? Vai

Não é a pulga que deve ajudar o elefante. Se o Serra pedir R$ 1 bi e tiver disponibilidade, dou. Vou ajudar o governador e acho que o Kassab está fazendo certo. mostrar para a opinião pública que aquilo (Câmara e TCM) é um cabide de empregos, a mídia vai fazer eles cortarem um pouco. Eu lembro que uma vez o Ministério Público questionou a Câmara e eles (vereadores) criaram um pouco de abstinência (cortaram gastos). DC – A prefeitura tem 18 secretarias. O que o sr. pretende fazer? Maluf – Algumas secretarias, como alguns ministérios do governo Lula, foram criados para satisfazer amigos. Tem secretaria que não tem o que fazer. Souberam da Matilde Ribeiro (ex-secretária nacional de Igualdade Racial) depois que ela gastou pouco mais de dinheiro no cartão corporativo. Vou reduzir despesas correntes para fazer investimentos. Numa empresa o empresário diminui as despesas para ter lucro. O poder público não precisa ter lucro, mas precisa resolver o problema do povo. DC – Kassab vai investir R$ 1 bilhão no Metrô. O sr. vai manter o investimento? Maluf – Eu fui prefeito com um orçamento de R$ 6 bilhões. O orçamento do governador

manter o atual modelo ou pensa na volta do PAS que foi alvo de denúncias ? Maluf – No meu tempo de prefeito não houve denúncias de corrupção no PAS. Ao contrário, o Datafolha deu 79% de aprovação e o Ibope mais de 90%. Depois ele se desvirtuou. O meu sucessor (Celso Pitta) fez uma repartição política. Alguns vereadores indicaram coordenadores e o sistema degringolou. O que degringolou não foi o sistema, mas a gestão. Se a gestão não for honesta, não tem sistema que perdure. Nas regiões pobres que estou visitando recebo queixas do atendimento de saúde e eu res-

pondo que vou implantar o PAS. Todo mundo bate palmas. Digo: eleito, vou implantar o PAS de novo, com profissionais do setor e com auditorias do TCM e particular. DC – O sr. vai manter as AMAs? M a l u f – Vo u m a n t e r a s AMas porque é um bom projeto. A pessoa vai a uma unidade, faz uma triagem para saber se o paciente precisa ser internado. É evidente que tiram a sobrecarga dos hospitais. DC - O PAS funcionaria no antigo modelo de cooperativas? Maluf – Uma cooperativa ou o modelo das AMAs, de parceria com entidades filantrópicas e hospitais. As AMAs não deixam de ser um PAS. Elas têm administrações descentralizadas como era o PAS. DC - O PAS foi criticado porque não integrava o Sistema Único de Saúde (SUS) adotado no País. Maluf – Ficar dentro ou fora do SUS era só um problema de briga. Se o doente era federal, estadual ou municipal. Isso é um briga burra porque o doente é doente. A questão da subvenção é outro problema. DC - Como o sr. vai combater o comércio ilegal? Maluf – Em primeiro lugar, polícia foi feita para perseguir bandido. Prenderam Law Kin Chong (empresário chinês) e levaram 100 toneladas de mercadoria. Quatro caminhões encostaram depois no depósito da prefeitura e levaram as mercadorias. Eu juro que 90% voltaram para o mercado. Alguns fiscais da prefeitura fazem a defesa pública de estoques apreendidos, que depois voltam para o mercado. O que eu defendo é o meio-termo. O comerciante que paga os seus impostos não quer ver um bando de assaltantes na sua porta para roubar a mercadoria da loja. Tem gente que é honesta e que não consegue trabalhar. Precisamos verificar quantos camelôs são regularizados. A Guarda Civil não vai perseguir trabalhador. Ela dará garantia para ele trabalhar. DC - Como o sr. nomeará os subprefeitos? Maluf – Como sempre fiz: priorizando a competência e honestidade. Os cargos mais importantes não têm nomeação política. Eu não fiz nomeações políticas nas 27 regionais. Pouca gente lembra que troquei 68 regionais.

"O poder público precisa resolver o problema do povo e não de lucro"


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Pablo de Sousa/Cia de Luz

São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Integrado ao painel totalmente renovado, o console central traz o botão do sistema Ford Power que permite a partida sem a utilização da chave, desde que ela esteja dentro do veículo. O console ainda possui descanso de braço com um compartimento que esconde a entrada USB e um "porta-iPod".

O carro, que está sendo lançado simultaneamente na Europa, utiliza uma plataforma global que, por enquanto, só não é usada na América do Norte. Ela compartilha tecnologias com o recém- lançado europeu Ford Kuga, o Mazda 3 e o Volvo C30. Da marca sueca, inclusive, foram herdadas algumas linhas, o que é facilmente observado em seu capô. Mas no todo, seu desenho é bastante harmonioso e, apesar da traseira do sedan ser tradicional, o conjunto ficou ousado. Internamente o novo Focus também está totalmente remodelado e já não traz mais o antigo painel com desenho ousado e diferenciado. Possui linhas mais tradicionais e com a utilização de algumas peças na cor "silver metalic". O console integrado ao painel possui uma cobertura deslizante para servir como descanso de braço e manter a ergonomia independente do tamanho do motorista e esconde, ainda, um compartimento com entrada USB e um "porta-iPod" para manter o aparelho longe dos olhares de quem está fora do carro. Mimos - Para agradar aos ocupantes nada como transformar tecnologia em conforto, para isso a montadora utilizou no novo Focus o sistema Ford Power que

permite a partida sem a utilização da chave, desde que ela esteja dentro do veículo. Além disso, incluiu sensor de estacionamento, sistema de áudio Sony com MP3 com 2 woofers 6", 2 tweeters e 2 fullrange 6", entrada auxiliar, conexão para USB, iPod e comando de voz, além de conexão Bluetooth para celular. Como detalhe negativo ficou a continuidade do uso da chave para abrir o compartimento do motor. O que já era incômodo piorou agora, já que com o sistema Ford Power a chave não precisa ser utilizada para partida, a mesma não é do tipo canivete e possui um pequeno sistema manual e pouco prático para retirar a peça metálica da chave, necessária para abrir o capô. Rodando - Com um nível de ruídos e de vibrações bastante satisfatório, andar com o Focus, que já era prazeroso, ficou ainda melhor e o veículo continua impressionando pelo desempenho e pela boa estabilidade. Para aumentar ainda a sensação de prazer, a Ford passou a oferecer, no modelo, três padrões de assistência - Normal, Conforto e Esporte -, que podem ser utilizados de acordo com o estilo de dirigir de cada motorista. Anderson Cavalcante

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


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São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mille ganha motor mais econômico S

LANÇAMENTO

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Fotos: Divulgação

As mudanças técnicas atendem aos novos níveis de emissão de poluentes que entrarão em vigor em 2009

A marca italiana instalou no Mille Economy um indicador de consumo instantâneo no novo painel de instrumentos para mostrar ao motorista o quanto ele está economizando. Segundo a marca o Economy está 10% e o Way 5% mais econômicos que o modelo anterior.

e alguém pensava que a Fiat iria desistir do Mille após a renovação do Palio, lançamento do Punto e a expectativa da chegada do seu carro de luxo, em setembro, o Linea, enganou-se. A italiana mexeu no motor de um de seus campeões de venda, para enquadrá-lo nos níveis de emissão de poluentes que entrarão em vigor no Brasil em 2009 (Fase V do Proconve), e o tornou ainda mais econômico. Foram feitas também algumas modificações na estética, mas nada muito marcante. Não valeria a pena. Chamado Fire Economy 1.0 Flex, o novo motor, ao lado de um conjunto de soluções mecânicas, ficou cerca de 10% mais econômico que o modelo anterior. A versão Way surgiu em função do sucesso do Kit Way, que responde por cerca de 30% das vendas do modelo. São, agora, quatro opções: Mille Fire Economy, com duas portas, por R$ 23.240, e com quatro (R$ 24.790), e Mille Way, que não tem a denominação Economy, mas que ficou cerca de 5% mais econômico e é vendido a, respectivamente, R$ 23.740 e R$ 25.740. O modelo pode receber, como opcional, o pacote que contém direção hidráulica, arcondicionado, vidros e travas elétricos, custando R$ 5.380, menor que os valores do mercado, acima dos R$ 6 mil, segundo Lélio Ramos, diretor comercial da marca. Os números de vendas o colocam entre os modelos mais vendidos do País. Foram quase três milhões de unidades comercializadas desde 1985, quando do seu lançamento, e mais de 85 mil no primeiro semestre deste ano. No mundo inteiro, foram produzidos, aproximadamente, 9 milhões de Unos. Curiosamente, o modelo foi lançado no Cabo Canaveral, em 1983, na Flórida, Estados Unidos, mercado com o qual a marca não tem a menor intimidade e vendas. Ao falar de lideranças, o presidente da Fiat, C. Belini, afirmou que o melhor é ter "lideranças de resultados e não apenas do mercado ou alguns de seus segmentos". Ele também lembrou que diminuir o custo dos veículos brasileiros é algo muito viável, mas lembra que o preço não, em razão do Brasil abrigar os maiores impostos do mundo. Referindo-se aos grandes problemas de trânsito das nossas maiores cidades, Belini ressaltou que durante muitos anos elas não receberam obras de infra-estrutura e que agora este problema pesa efetivamente na

vida do cidadão. As mudanças no motor do Mille foram desenvolvidas pela FPT Powertrain Technologies. Ao mesmo tempo a quinta marcha foi alongada. Antes ela tinha a relação de 0,872:1 e no modelo 2009 passou para 0,838:1. Isso garante a utilização do motor em menor regime de rotações nas estradas e grandes avenidas, melhorando os padrões de consumo. Para cumprir a promessa, o motor exige óleo de lubrificação diferente do anterior, o 5W30 Low Friction, de baixíssimo atrito. É um lubrificante que reduz o atrito interno do motor, pela sua base especial de menor viscosidade, e com aditivação específica. A fábrica também mexeu na suspensão dianteira, que recebeu nova configuração em sua geometria. Os números de convergência e câmber foram modificados. Assim eles registram menor resistência de rolamento, melhorando valores de economia do carro, na cidade ou na estrada. Ele também ganhou pneus com banda de rodagem projetada para reduzir a resistência ao rolamento.

Econômetro - Para mostrar ao motorista que ele está economizando com as modificações, a Fiat instalou no Mille Economy indicador de consumo instantâneo no novo painel de instrumentos. Segundo a fábrica, "ele ensina o

motorista a forma mais econômica de dirigir gastando o mínimo de combustível". Funcionando eletronicamente, ele é exato nas indicações, somando as informações de consumo instantâneo de combustível e velocidade do veículo, fornecidas pela central de injeção. Componentes do motor estão mais leves para ajudar na economia e sua calibragem refeita, com a marcha lenta baixando de 850 para 750 rpm. No quesito design, o Mille agora tem nova grade dianteira na cor cinza e frisos cromados. As lanternas traseiras são fumê e os pára-choques da mesma cor da carroceria. Por dentro, o painel central de instrumentos está com cor diferente, assim como o tecido da forração dos bancos e painel das portas. Além das modificações mecânicas, a marca italiana também se preocupou com a preservação do meio ambiente. Informações sobre como economizar, fazendo 25km/l na estrada e 15 km/l na cidade constam em uma manual de oito páginas impressas em papel reciclado. Técnicos da Fiat garantem que o uso adequado do carro dará excelentes resultados no consumo e também na questão do meio ambiente. E esta é a principal arma do modelo para atrair frotistas, os maiores de seus compradores. chicolelis

Nem Giugiaro acreditaria

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ontratado para desenhar o Uno, em 1983, o famoso designer de automóveis Giorgetto Giugiaro recebeu da Fiat uma tarefa ousada: teria que fazer um carro cujo desenho durasse dez anos no mercado sem que a empresa precisasse fazer alterações. Assim nasceu o Uno, um carro revolucionário para a época e que, realmente, durante dez anos se manteve inalterado e fazendo sucesso em vários países. Mas num deles a expectativa foi muito além da conta. Nem Giugiaro, nem a Fiat poderiam supor que o Uno (que passou a se chamar Mille) estaria fazendo sucesso no Brasil depois de 24 anos de mercado. E com o mesmo desenho, a mesma cara, apenas pequenas mudanças para sinalizar ao mercado que o produto ainda está vivo e que a empresa não tem a menor intenção de tirar o carro de linha. Agora a Fiat deu um novo fôlego à sua galinha de ovos de ouro. O Mille 2009 teve um acerto no motor, ganhou pneus que provocam menos atrito e passou a ter um econômetro no painel, para ajudar o motorista a controlar o pé no acelerador e economizar até 10% de combustível. Pouco investimento para um produto que poderia estar morto, mas no entanto tem um desempenho formidável de vendas, com mais de onze mil unidades mensais, superado por apenas três concorrentes, mais modernos, que recebem mais investimentos e que exigem gastos enormes em publicidade para se manter em pauta. Coisa que o Mille não precisa. Joel Leite

Motor exige óleo de lubrificação de baixíssimo atrito, diferente do anterior


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

NEM UNIÃO, NEM PETROBRÁS SOZINHAS TERÃO CAPACIDADE FINANCEIRA PARA O MEGA-PROJETO DO PRÉ-SAL

PRÉ-SAL: POUCA RACIONALIDADE

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uatro pontos fundamentais têm ficado à margem da discussão oficial. O primeiro deles é que não há necessidade de alterações profundas no marco regulatório do setor. O segundo ponto refere-se aos investimentos necessários à exploração do petróleo, nas difíceis condições em que as jazidas se encontram. Somente para os sete blocos já licitados, incluindo-se os campos de Iara e Guará, cuja reserva potencial é estimada entre 50 e 70 bilhões de barris, calcula-se que serão necessários investimentos em torno de US$ 600 bilhões, ou perto de 40% do PIB. A questão é: de onde vêm esses recursos? O governo federal tem realizado investimentos totais anuais equivalentes a menos de 1% do PIB – ou seja, não chegam a US$ 15 bilhões por ano – e não teria condições de bancar sozinho projeto dessa magnitude. A conclusão é clara: nem a União nem a Petrobrás sozinha terão capacidade financeira de empreender megaprojeto como esse. Será necessário contar com decisiva participação do setor privado, nacional e internacion a l , p a ra q u e a s o n h a d a "renda" do Pré-sal se torne realidade. Por seu turno, o setor privado só estará disposto a investir dentro de regras do jogo estáveis, previsíveis e confiáveis. E, é claro, se o projeto oferecer lucro. O ruído e as incertezas que vêm sendo criados pelo governo Lula certamente não concorrem para isto. O terceiro ponto a ser destacado é o da "santidade" dos contratos, como dizem os britânicos. Embora o governo venha afirmando que todos os contratos já celebrados serão respeitados, o barulho criado pelos pronunciamentos de integrantes do alto escalão da administração federal, desde que as descobertas foram anunciadas, preocupa os atuais e os futuros investidores no setor. A idéia (equivocada) implícita nessas declarações é a de que, como o risco de prospecção e exploração caiu verti-

JOÃO DE SCANTIMBURGO É PROIBIDO FUMAR

● Sem exageros,

o projeto será inviável. E a racionalidade econômica acabará prevalecendo.

M Obama, o enigma

calmente com a comprovação das jazidas, seria necessário mudar as regras do jogo para evitar ganhos extraordinários aos agentes privados - investidores em geral e acionistas privados da Petrobrás. Ora, se o risco caiu, este fato se refletirá, como já dissemos, nos leilões competitivos das concessões. O quarto (e último) ponto relaciona-se com a suspeita geral de que a criação de uma empresa estatal para gerir as novas jazidas poderá aumentar a ineficiência, já espantosa, do setor público federal, tornar-se novo cabide de empregos e, principalmente, administrar mal os investimentos. O chamado modelo norueguês, que alguns representantes do governo contemplam como paradigma, tem a ver com outra realidade econômica e social, bem distinta das condições brasileiras.

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ertamente ainda há muita água para rolar em torno deste tema. De qualquer modo, a racionalidade econômica acabará prevalecendo, por uma razão muito simples: existe limite econômico para o governo avançar nas receitas do petróleo. Se houver exagero, o projeto será inviável, não surgirão investidores interessados e o petróleo permanecerá nas profundezas da camada do Pré-sal. É claro que governo nenhum optará por esse caminho, pois nada terá a ganhar. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

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Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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esmo na hipótese altamente improvável de que Barack Hussein Obama venha a tirar da cartola uma certidão de nascimento autêntica e demonstrar enfim sua condição legal de cidadão americano, restará sempre o fato comprovado de que uma certidão falsa foi apresentada ao público, oficialmente, pela sua campanha eleitoral (v. a análise irrespondível de um perito forense em http://atlasshrugs2000.typepad.com/atlas_shrugs /2008/07/atlas-exclusive.html). Crime é crime, e não deixa de sê-lo pelo simples fato de a conduta do acusado vir eventualmente a mostrar, ex post facto, que foi um ato desnecessário e prejudicial a ele mesmo. Se Obama for eleito, será o primeiro presidente americano que é empossado trazendo nas costas um processo criminal que impugna a sua presença no cargo. Embora abafado até o extremo limite do possível pela grande mídia e nem de longe mencionado durante a Convenção que sacramentou entusiasticamente Barack Obama como candidato democrata oficial, o processo já está correndo (v. www.obamacrimes.com). Foi movido num tribunal federal da Filadélfia pelo advogado Philip Berg, um militante clintoniano cuja única intenção, segundo ele diz, foi a de poupar ao seu partido o dano incomparavelmente maior de eleger com grande esforço e sacrifício um presidente que já no dia seguinte poderá ser demitido por justa causa. A pergunta que não me sai da cabeça é: por que os líderes do Partido Democrata estão aceitando, aparentemente sem grande preocupação, o risco desse vexame colossal? É impossível que não saibam da certidão forjada, é impossível que não saibam que estão correndo o risco de eleger um inelegível, é impossível não perceberem que estão arriscando a sorte do seu partido no blefe mais vulnerável de todos os tempos. É impossível, sobretudo, que o próprio Obama não saiba dessas coisas.

● Uma hipótese plausível para

a indicação de Barack Obama é a de que se trata de um cálculo maquiavélico, para dar a presidência dos EUA ao tarimbado Joe Biden. Por Olavo de Carvalho

Uma hipótese plausível é a de que tudo seja um cálculo maquiavélico para dar a presidência não ao inexperiente Obama e sim ao tarimbado Joe Biden. O Partido Democrata terá colocado no cargo um presidente capaz de governar em vez de um Messias de programa de auditório, com a vantagem adicional de entrar para a História como a agremiação heróica que elegeu o primeiro presidente negro dos EUA, infelizmente retirado do poder – oh, mundo cruel! - por uma vasta conspiração direitista de advogados e juízes. Obama será jogado fora como um preservativo usado, mas levando como prêmio de seus esforços a recordação dos quinze minutos de fama e um cronograma garantido de conferências acadêmicas milionárias pelos próximos dez ou vinte anos.

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trêfega adesão dos Clintons a uma candidatura que até a véspera não aceitavam de maneira alguma fala em favor dessa hipótese. Biden é amigo do casal há décadas, e na campanha pelas eleições primárias ele cortejou Hillary o tempo todo, na óbvia expectativa de um cargo ministerial. Biden na presidência seria o retorno póstumo da Era Clinton em forma de resíduo fantasmal, como numa sessão espírita.

Do caos ao equilíbrio MARCOS CINTRA

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elizmente, a saúde financeira da Prefeitura de São Paulo vem se recuperando durante a gestão Serra/Kassab, após se encontrar em situação falimentar quatro anos atrás. Segundo o relatório de gestão fiscal apresentado pela Secretaria das Finanças do município, o resultado primário (diferença entre a arrecadação de tributos e as despesas, sem o serviço da dívida) caiu durante a gestão petista a níveis extremamente críticos, passando de R$ 1,5 bilhão em 2001 para R$ 612 milhões em 2004. Vale citar que a situação só não foi pior no último ano do período analisado porque houve forte elevação da carga tributária municipal, em razão da criação de taxas e contribuições. Em 2001, a dívida consolidada da prefeitura paulistana representava 193% da receita corrente líquida. Nos anos seguintes, ela passou para 236% em 2002, 245% em 2003 e 247% em 2004. Mas a pior herança foi a dívida oculta com fornecedores, com a Eletropaulo, com a Sabesp e com o Iprem, cujo montante chegou a R$ 2,2 bilhões. A partir de 2005, após a derrota do PT, iniciou-se um programa de recuperação financeira na cidade de São Paulo e já naquele exercício o saldo primário saltou para R$ 1,8 bilhão, mesmo com a extinção de tributos como a taxa do lixo e a isenção da taxa da luz para imóveis localizados em

● A dívida consolidada

da prefeitura representava 247% da receita em 2004. Mas a pior herança do PT foi a dívida oculta com fornecedores.

logradouros sem iluminação pública. Nos dois anos seguintes, o resultado manteve-se na casa de R$ 1,7 bilhão, e, em abril deste ano, já na gestão Kassab, a prefeitura registrou um superávit primário superior a R$ 2,9 bilhões. Em 2005, a relação dívida/receita corrente líquida caiu para 221% e nos anos seguintes manteve uma trajetória decrescente. Foi para 197% em 2006, 189% em 2007 e em 2008 está em 186%. Ainda há questões a serem equacionadas para que o Executivo eleve o nível dos investimentos. A dívida ainda preocupa porque não foi exercida pelo governo petista a opção de amortização extraordinária de 20%, o que elevou os juros cobrados pela União de 6% para 9%. Ademais, a correção pelo IGP-DI não permite a redução do saldo devedor. Além disso, o Executivo e o Legislativo devem atuar em conjunto para reduzir tributos para algumas atividades, como,

por exemplo, para os representantes comerciais, que poderiam ter as alíquotas do ISS revistas dos atuais 5% para 2%. A prefeitura não perderia receita, já que profissionais que hoje se estabelecem em cidades vizinhas, mesmo prestando serviço em São Paulo, voltariam à cidade e passariam a recolher o tributo nela.

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umpre ressaltar que a recuperação financeira de São Paulo ocorreu concomitantemente a importantes reduções de tributos. Foi reduzido o ISS para instituições de ensino, para empresas de informática e outras mais; o IPTU caiu até 100% para contribuintes que se adequaram à Lei Cidade Limpa, e houve isenção desse imposto para imóveis prejudicados por enchentes. A boa saúde financeira da principal economia do País interessa a todos e os dados mostram que ela tem melhorado, principalmente nos últimos dois anos. Ainda há muito para ser feito, mas passos importantes foram dados para que a prefeitura aumente seus investimentos (como vem sendo feito no Metrô), sem novos aumentos da carga tributária para o contribuinte paulistano.

ais uma lei será baixada no estado para impedir o consumo. O uso do cigarro vem desde o Descobrimento, fumado pelos índios com piteira de barro, até os dias atuais. Não será novela, portanto, supor que seja proibição de um hábito de nossos dias. Contemporânea é a indústria do tabaco, que ganhou escala mundial, levando há pouco temo os governos a proibirem o uso e o abuso do cigarro. Não se pode negar que a indústria de cigarros dá grande lucro. É sabido que não prevalece o temor do fumo nas pessoas viciadas, que sabem do risco que correm, podendo contrair câncer em várias partes do corpo; muitas vezes, o prejuízo ao fumante pode ser diagnosticado tarde demais, não dando tempo para a cura. Não há quem desconheça alguém que se dedique ao hábito de fumar, deixando de lado suas obrigações. É um hábito terrivelmente infiltrado nos meios sociais, obrigando o viciado a manter seu vício contra interesses mais ativos e mais producentes, que deveriam primar sobre o nefando hábito, que todos os anos leva ao cemitério milhares de pessoas.

● É um hábito

terrivelmente infiltrado nos meios sociais. O viciado mantém seu vício contra interesses mais produtivos.

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ão há dúvida de que há fumantes resistentes, incapazes de interromper o curso do fumo, contra todas as proibições. Conhecemos pessoas que usam e abusam do vício do fumo, embora sejam proibidas de usá-lo em lugares fechados. É um mal tremendo esse, contra o qual não vemos solução, por enquanto, levando o viciado a reincidir no hábito que o levou ao vício. Em quase todos os lugares vemos fumantes, hoje em dia; vemos muitas mulheres fumando por motivo de elegância, ou até mesmo por questão estética muitas acreditam que o cigarro emagrece. É muito difícil, hoje em dia, encontrar uma mulher que não fume, contra os seus interesses e contra o interesse do ambiente. Importam-se cigarros provenientes do Paraguai quase que diariamente, entrando facilmente no circuito do contrabando, onde tem lugar autoridades que se enriquecem facilmente pela mão dadivosa do câmbio negro, e com isso incorporando mais algumas centenas de viciados, inclusive jovens e adolescentes. O vício de fumar advém do exemplo dos mais velhos e por imitação dos familiares. Na semana do Dia Nacional de Combate ao Fumo, o governador de São Paulo, José Serra, enviou à Assembléia projeto que proíbe o uso de cigarros em ambientes fechados, somente podendo usufruir de seu vício dentro da própria casa ou em lugares livres e arejados. O assunto é vastíssimo, deixando pegadas inapagáveis em quem contraiu o vício. JOÃO DE SCANTIMBURGO

MARCOS CINTRA É

É MEMBRO DA

VICE-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

GETULIO VARGAS.


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São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 2008

FORA DE ESTRADA

Fotos: Donizetti Castilho/Troller

Êta trilha pra lá de boa, sô! A etapa da Copa Troller realizada em Betim teve muita poeira e travessia de riachos. Tudo entre belas paisagens de Minas Gerais.

Apesar da suspensão um pouco dura, o Troller T4 possui ótimo ângulo de ataque e saída para ultrapassar obstáculos como buracos, valetas e pedras. O jipinho também não se intimida com a água, ele segue sua trilha e vai embora.

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trem bão que é andar nesse negócio, uai. A Copa Troller Sudeste foi realizada pela primeira vez na cidade de Betim e os mineiros prepararam uma bela festa para receber os participantes de diversos Estados do Brasil que pretendiam competir em um animado e muito bem organizado rali de regularidade. Entre os 176 competidores havia alguns com veículos 4x4 de outras marcas, que integravam a categoria Amigos (convidados por "troleiros"). Predominaram, porém, os modelos Troller T4, incluindo alguns já da linha 2008, que recebeu alterações realizadas pela Ford, que adquiriu a fábrica cearense em janeiro deste ano. Estas mudanças, apesar de bastante discretas, já se faziam necessárias, como

EÇÃ DIRFENSIVO DE

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a instalação de um maior reservatório do lavador do pára-brisa, ampliado de 1.5 litro para 3 litros, algumas pequenas evoluções no acabamento e em peças que não se mostravam tão eficientes e foram substituídas por componentes da marca Ford. Entre elas, a troca do módulo do vidro elétrico, que muitas vezes apresentava problemas e desobedecia os ocupantes do veículo, fazendo subir o vidro quando era para descer ou abrindo a janela quando era para fechar. Com estas alterações ficou ainda mais gostoso participar da competição, já que os obstáculos proporcionados pelas trilhas são apropriados para apimentar a viagem em meio à natureza e possuem um grau de dificuldade na medida para ser ultrapassado por inexperientes ou

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por veteranos "troleiros". Fazendo jus à fama de bom jipe o T4 faz o piloto, navegador e outros ocupantes sofrerem ao passar por buracos, pedras e outras imperfeições, já que sua suspensão é bastante dura e no final da competição o sentimento é muito parecido ao de ter passado uma forte competição esportiva: dores no corpo e um cansaço que faz a pessoa se sentir ainda "mais viva". Salão do automóvel - A Ford ainda não adianta nenhuma das próximas alterações no jipinho cearense, mas o que se sabe é que em outubro, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, a marca apresentará um novo T4 ainda mais

reformulado. Apesar de a montadora não querer criar grandes expectativas quanto às mudanças, o que se espera é que seja mantido o mesmo motor 3.0 turbodiesel MWM-International que gera 163 cv de potência e torque, de 32,7 para 38,8 mkgf, já que ele atende perfeitamente às necessidades do jipe e é o mesmo já utilizado pela montadora na picape Ranger. O visual do T4 também não está ultrapassado, ou seja, o que pode realmente chegar de novo são pequenas alterações em equipamentos que provinham de outras marcas e um novo acabamento interno para deixar o T4 com mais cara de Ford. Afinal, com os mais de R$ 84 mil cobrados pelo T4, imagina-se que a montadora conseguirá oferecer um pouco mais

de conforto, mesmo que esta não seja uma grande exigência dos troleiros. O campeonato Sudeste da copa Troller segue com sua quarta etapa do ano na cidade de Penedo (RJ), no dia 13 de setembro, e encerra sua edição 2008 na

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capital paulista ou em cidades vizinhas no dia 29 de novembro, data em que provavelmente já conheceremos o novo Troller T4 da Ford. Anderson Cavalcante

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TECNOLOGIA

Divulgação

Enxergando além da curva O farol direcional disponível no Citroën C4 Pallas elimina zonas que antes ficavam na escuridão

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estrada, apesar de uma descida de serra, não tem curvas acentuadas, roda-se praticamente dentro de túneis em todo o seu trecho e a ação do farol é imperceptível. Mas ao se entrar na pista que serpenteia o litoral, em direção ao Norte, percebe-se claramente a vantagem do farol direcional disponível no Citroën C4 Pallas, o mesmo que equipa os modelos C5 e o C6, do segmento de luxo. Custa R$ 3.500. Ele acompanha o movimento do volante, iluminando a zona normalmente escura da parte interna de cada curva ao longo do caminho. A ação alcança ângulos que podem chegar a 15° (8° para o farol externo à curva e até 15° para o farol interno). Este é um fator importante de segurança, já que trafegando a 110 km/h cada segundo corresponde a uma distância percorrida superior a 30 metros, de acordo com a fábrica.

Xenônio - Além de direcional, o novo farol disponível para o C4 Pallas apresenta a vantagem das lâmpadas de xenônio de dupla função (posição farol baixo e alto), que dão melhor visibilidade ao motorista e diminuem o cansaço ao dirigir à noite. Ele produz 200% a mais de luz do que os equipados com lâmpadas convencionais. Seu fluxo é de 3.150 lumens, enquanto as halógenas possuem apenas 1.500 lumens. Mais potente, o sistema exige regulagem automática de altura em função da carga transportada pelo veículo, para evitar que a forte luz cegue o motorista que viaja no sentido contrário. As lâmpadas de xênon também são muito mais duráveis que as comuns: sete vezes maior (1.500 horas), garante a Citroën.

O sistema possui dois sensores de altura ligados na barra estabilizadora. Eles medem a altura da carroceria em relação ao solo. O calculador, no farol esquerdo, deduz a inclinação do veículo, corrigindo a altura do fluxo e inclinando (para mais ou menos) o suporte da lâmpada. A regulagem do Azimut depende do ângulo do volante, do engate da ré, da velocidade do veículo etc. Há uma estratégia de segurança em caso de defeito (fluxo para posição baixa e reta). Como funciona? - Não pense que é um processo simples, já que existem muitas lojas vendendo faróis de xe-

NOVIDADE

Divulgação

Vem aí o C4 hatch. Em março. Fábrica da Citroën argentina começou produção do modelo que chegará ao Brasil no primeiro semestre de 2009 omeçou na semana passada, na fábrica de El Palomar, em Buenos Aires, na Argentina, a produção da versão hatch do Citroën C4, que será comercializado no Brasil a partir de março de 2009, conforme anunciou na semana passada o diretorgeral Mercosul do Grupo PSA Peugeot, Vincent Rambaud. No primeiro semestre deste ano, o grupo produziu, na Argentina, 78.264 unidades, um crescimento de 47% em relação ao mesmo período de 2007. Com a entrada em linha do C4 hatch, que permitirá otimizar a capacidade instalada daquela unidade industrial, a meta é somar 205 mil unidades em 2009. Além de incrementar suas vendas nos mercados brasileiro e argentino, o grupo quer também ampliar suas exportações para os demais países do Mercosul e de outros continentes. Do total de C4 hatch a ser produzido em El Palomar, 55% serão destinados ao exterior.

nônio como se fossem realmente o sistema. "O sistema - esclarece portavoz da marca francesa - é baseado na geração de um arco elétrico entre dois eletrodos (a lâmpada não possui filamento). Para evitar sua queima, eles são mantidos dentro de um ambiente blindado e preenchido com gás neutro (xenônio). O farol é um todo, sem abrigar uma lâmpada convencional. Para iniciar o arco elétrico são geradas tensões que podem chegar até 25.000 volts". Apesar disso, a potência consumida pela lâmpada é quase a metade que uma halógena: 35 watts no xênon contra 60 watts para a halógena.

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Visto deste ângulo, a traseira do novo C4 hatch chega muito perto do design do seu irmão menor, o Citroën C3


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MERCADO

"Velho" vende mais que novo Montadoras mudam o modelo, mas mantêm o antigo. O Focus vai se unir às versões velhas do Corsa, Palio, 206 e Gol.

Pioneira - Quem começou essa história foi a Fiat, quando, em 2000, lançou o Palio novo mas deixou a versão com carroceria velha no mercado, que passou a ser chamado Fire. A estratégia funcionou desde o início: com o preço mais competitivo, o Palio antigo continuou fazendo sucesso e chegou a ter 75% das vendas totais do modelo. A mesma estratégia chegou ao sedan Siena no final de 2003; a montadora mudou o desenho do carro mas manteve o velho em produção, com o nome de Siena Fire. E em 2005 foi a vez de se adotar a mesma estratégia para a Strada. Segundo a montadora, essa medida visa oferecer uma gama maior de oferta aos consumidores, mantendo modelos que têm grande volume de vendas e onde há muita concorrência. O segmento de hatch pequeno tem 60% do mercado, então, quanto maior a oferta, maior a possibilidade de faturamento da empresa. O mesmo vale para o caso do Siena. No caso da Strada, o modelo velho é destinado principalmente ao uso para o trabalho, onde não há tanta exigência em relação à atualidade do veículo, mas uma

Fotos: Divulgação

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arece uma punição para o consumidor com menor poder aquisitivo ou que não quer investir muito num zero. Se não é essa a intenção de algumas montadoras, o resultado é exatamente esse: só quem está no segundo degrau do consumo pode comprar um carro moderno. Os menos afortunados têm que comprar o modelo velho. Quando apresentam "o seu mais novo produto" as montadoras fazem um estardalhaço, destacam as melhorias em relação ao antigo, valorizam as mudanças tecnológicas, mas condenam o seu fiel consumidor a continuar comprando o "outro", que a própria fábrica considera defasado (caso contrário, não teria investido nas mudanças). Em todos os casos existentes hoje no mercado - Corsa, Palio, Peugeot 206 e Gol - as fábricas não dispõem de uma versão de entrada do modelo novo, por isso, quem quiser um veículo sem equipamentos, mais barato, terá que engolir a carroceria velha. E a maioria se submete a isso, por uma questão de preço. Tanto Corsa Classic, quanto Palio e Siena Fire são mais vendidos do que as versões novas correspondentes: Corsa sedan, Palio e o Siena ELX. A Peugeot lançou o 207 em maio, mas deixou em linha o 206 básico e a Volkswagen manteve uma versão com a carroceria do Gol velho depois de lançar o novo em junho.

O Corsa Classic já é considerado outro modelo pela marca, sempre vendendo mais que o Corsa sedan

Fiat foi a pioneira em 2000 quando lançou o Palio novo e manteve versão com carroceria velha para o Palio Fire

pequena diferença de preço é importante fator de decisão de compra. A Strada nova mais barata custa R$ 36 mil, enquanto a versão velha sai por R$ 32,3 mil. Seguindo os passos da Fiat, a Ford "lançou" uma versão velha do Fiesta (para os modelos hatch e sedan), a Street, em 2002, quando chegou o Fiesta com nova carroceria. A hatch permaneceu em linha até 2006, e o sedan ficou até 2004. O Classic é o caso mais curioso de carro velho no mercado. Para disfarçar junto ao consumidor, a GM deu um nome novo ao carro velho. Tirou a denominação "Corsa" e o modelo velho passou a se chamar simplesmente Classic. Mesmo defasado, o carro é sucesso de vendas, está sempre entre os cinco primeiros do ranking e recebe um cuidado da montadora, que a cada ano faz pequenas mudanças no acabamento. Estratégia se repete - A Volkswagen já usou a estratégia em 1999, quando lançou a Geração 3 do Gol e manteve a

versão velha, com o nome de Gol Special (G2). O carro durou até 2005. Depois disso, o Special mudou a carroceria e manteve o interior velho. Agora, com o lançamento do Gol novo, o NF, a situação se repete. O velho continua em linha, com o codinome de Gol City, na versão duas portas, custando R$ 27,1 mil, enquanto o novo mais barato tem quatro portas e custa R$ 28,9 mil. A Ford vai fazer o mesmo com o Focus, que muda no mês que vem: o modelo velho vai continuar em linha com uma versão básica com motor 1.6 (veja matéria nas páginas 4 e 5). A estratégia de manter carro velho em linha não é exclusiva do mercado brasileiro. Há casos semelhantes na Itália, França e em outros países. Mas aqui as montadoras exageram na dose. Virou rotina: quando há um lançamento

na categoria dos pequenos, o consumidor é bombardeado com uma campanha publicitária anunciando as novidades, as linhas mais modernas, os novos equipamentos, a tecnologia de ponta. Mas na hora de comprar, leva para casa o velho. Joel Leite, da Agência AutoInforme


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PESADOS

Novos caminhões off-road da Volks

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CUMMINS: RECEITA VAI SUPERAR US$ 1 BILHÃO

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São modelos 6x4 com cabine estendida de série Volkswagen Caminhões e Ônibus está ampliando a sua linha de caminhões Constellation off-road 6x4, com o lançamento dos modelos 26.260 e do 31.260, que têm motorização eletrônica Common Rail e recebem a cabine estendida como item de série. A oferta da versão com leito e teto alto deverá ser previamente consultada junto a uma das 143 revendas autorizadas da marca. Protetor do radiador, tomada de força no motor – repto (como opcional) e freios reforçados complementam as novidades da família Constellation. Os dois novos modelos 6x4 são equipados com os motores eletrônicos MWM International 6.12 TCE, com seis cilindros, turbo e intercooler, com potência de 260 cv, torque de 900 nm, camisas úmidas removíveis e cabeçotes individuais. Entre as características desta motorização estão o seu baixo nível de ruído, a autoproteção que acusa falhas e evita danos e riscos graves e o máximo torque tanto em altas como em baixas rotações. O motor pode ser adequado a usos e vocações especiais, graças ao controle de recursos como

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rotações e velocidade. Com piloto automático, os novos caminhões são equipados com uma caixa de transmissão Eaton 8908-LL com ótimo escalonamento de dez marchas não-sincronizadas à frente e três à ré. A embreagem é Eaton com disco simples confeccionado em material orgânico e funciona hidraulicamente, com assistência a ar. Seu diâmetro é de 395 mm, com fácil acionamento. Um protetor de série evita que o radiador seja danificado numa atividade fora de estrada. O conjunto chassi dos novos veículos é confeccionado em aço de alta resistência – LNE 28, com longarinas duplas e travessas que proporcionam alta resistência e flexibilidade. O peso bruto total técnico é de 26.300 kg para o 26.260, e de 30.500 kg para o 31.260. O PBT legal de ambos é de 6.000 kg na dianteira e de 17.000 kg na traseira, num total de 23.000 kg.

Cummins, subsidiária brasileira da líder mundial em produção de motores diesel independente, deverá entrar, este ano, no seleto clube das empresas brasileiras com faturamento bilionário. Tudo indica que sua receita em 2008 vai superar US$ 1 bilhão, mais do que o triplo do que obteve há cinco anos, quando faturou US$ 300 milhões. Com fábrica em Guarulhos, na Grande São Paulo, a empresa também conseguiu um salto ex-

pressivo em sua produção neste mesmo período, passando de 30 mil para 90 mil motores diesel por ano. E a safra de boas notícias para a Cummins continua, pois suas projeções apontam para uma produção da ordem de 110 mil motores em 2012. A companhia atende segmentos variados, entre os quais os de caminhões, ônibus, geração de energia, tratores, máquinas de construção e barcos.

BB LIBERA MAIS DE R$ 5 BILHÕES

RANDON COMEMORA

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EXCELENTES RESULTADOS

Banco do Brasil ultrapassou a marca de R$ 5 bilhões de saldo na carteira de veículos da pessoa física. Com estoque de 290 mil contratos nas modalidades de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing, o banco registrou, em junho, o expressivo crescimento de 147% nas operações relativas ao setor automotivo na comparação com o mesmo mês do ano passado. A performance contribuiu para elevar a participação de mercado do Banco do Brasil de 2,4% para os atuais 5% (não inclui o leasing). Só no mês de julho, o banco contratou 25 mil novas operações de financiamento a veículos, com desembolso total de R$ 530 milhões.

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Randon S/A Implementos e Participações fechou o primeiro semestre de 2008 com crescimento em todos os indicadores de desempenho no comparativo com igual período do ano passado. Entre os destaques do balanço da companhia, um aumento de 25% em sua receita bruta, que atingiu R$ 2,12 bilhões. A receita líquida cresceu 22,2%, num montante de R$ 1,45 bilhão, e o lucro líquido subiu para R$ 121,6 milhões, 45,8% a mais do que o obtido em idêntico período do ano passado. As vendas externas, destinadas a países de todos os continentes, totalizaram US$ 138,4 milhões, o que representou crescimento de 37% no mesmo comparativo.

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LUXO NO PAÍS CRESCE A UMA TAXA DE 25%

São Paulo é sede de conferência sobre luxo

Nos EUA, dinheiro é para ser usado, inclusive em causas sociais. No Brasil, isso ainda é visto com desconfiança. Carlos Ferreirinha, da MCF

Fotos: Fábio D'Castro/Hype

Evento deve ter conferencistas nacionais e internacionais que ditam os rumos desse mercado Masao Goto Filho/ e-Sim

Kety Shapazian

C

omeça hoje em São Paulo a 1ª Conferência Internacional do Negócio do Luxo da América Latina, a Atualuxo 2008, que reúne até quarta-feira, no Hotel Renaissance, executivos de algumas das principais empresas e marcas que comandam esse exclusivo mercado. Dos 35 conferencistas, 30 são internacionais, dos quais 28 jamais fizeram palestras em algum país da América Latina. Para Carlos Ferreirinha, organizador do evento realizado pela MCF Consultoria e Conhecimento, é difícil dizer quem é a grande estrela que falará a executivos, empresários e empreendedores. "Mas temos algumas surpresas", afirmou. Ele destacou a presença de Will Collin, sócio-fundador da agência Naked Communications, que falará sobre o futuro da comunicação para as marcas de luxo; do presidente mundial da grife Stella McCartney, Marco Bizzarri, que vai abordar o luxo e a sustentabilidade; e de Vinod Nair, do Hindustan Times. Nair comentará os desafios e oportunidades do negócio do luxo na Índia. "Ele é uma autoridade no assunto. A Índia e o Brasil são mercados semelhantes –

Ferreirinha: produtos e serviços devem chegar ao nível da excelência

temos o mesmo tipo de estrutura social, com processos burocráticos e muita interferência dos governos", afirma. Segundo Ferreirinha, o luxo de produtos e serviços tem a ver com as atividades de negócios voltados para a excelência, a precisão, a qualidade surpreendente e, acima de tudo, o tratamento dos detalhes. "Essa visão do luxo ligado ao dinheiro sempre foi real. Hoje, vivemos a escola do luxo. Produtos e serviços, independentemente das sensações que proporcionam, devem alcançar o nível máximo de excelência", disse. "O luxo no País tem crescido em média 25% nos últimos seis anos. Escolhemos o Brasil e, especificamente, a cidade de São Paulo como sede desse evento pelo fato de o País faturar

anualmente US$ 2,3 bilhões; e São Paulo representa, aproximadamente, 72% dessa fatia", ressaltou. Apesar de a cidade ser a capital do luxo no Brasil, outros mercados, como Rio de Janeiro e Distrito Federal, têm se expandido, segundo estudo recente feito pela própria MCF Consultoria, em parceria com a GFK Indicator. P úb li co -a lv o – De acordo com a pesquisa, quase a totalidade do público consumidor possui nível superior completo (91%), é formado por mulheres (58%), com idade entre 26 e 35 anos (40%), é casada (48%) e sem filhos (66%). Do universo de produtos apresentados, cerca de 70% estão relacionados com a moda. Atualmente, o segmento movimenta cerca de US$ 210

bilhões ao ano em todo o mundo, cabendo ao Brasil apenas 1% desse faturamento. China, Rússia e Índia apresentam crescimento anual em torno de 98%, 62% e 44%, respectivamente. Já no Brasil, essa média não ultrapassa 17%. "O segmento do luxo tem demonstrado um crescimento contínuo, refletindo o processo de amadurecimento do mercado, capaz de se expandir mesmo em situações adversas, como elevada tributação, dificuldade de importação e volatilidade cambial", descreveu o consultor. Mesmo assim, Ferreirinha destacou que o brasileiro ainda tem de amadurecer muito. "Estamos muito longe de algumas realidades. Nos Estados Unidos, dinheiro é para ser usado, inclusive em causas sociais. No Brasil, isso ainda é visto com desconfiança." GPS – Os palestrantes estrangeiros serão rastreados por meio de GPS durante os dias em que estiverem na cidade. A organização do evento vai oferecer a cada uma dessas 30 pessoas um aparelho celular com chip embutido – a tecnologia permite indicar a localização exata dos profissionais. O preço para participação nos três dias de conferência é, por falta de melhor palavra, um luxo: R$ 3.950. Pagamentos à vista garantirão um desconto especial de R$ 500.

Especialistas analisaram as oportunidades do varejo brasileiro

Durazzo: hora de investir.

Regimbeau: concorrência ruim.

Grandes redes estão de olho no Brasil investidores. Esse dinheiro já começou a aparecer com os anúncios de aportes de granBrasil está a um passo des redes presentes no Brasil, de começar a receber como Carrefour e Wal-Mart", uma avalanche de in- observou o diretor. A pesquisa leva em considevestimentos de grandes companhias do varejo mundial, de ração quatro critérios. O priolho no crescimento do merca- meiro é o risco país medido pedo interno e, principalmente, la Euromoney; o segundo é a na nova classe média formada atratividade de mercado – pelo acesso ao crédito dos con- equivalente ao total de consusumidores C e D. A avaliação, midores e o potencial de cresformulada na última sexta-feira cimento; o terceiro, o índice de – no último dia do Congresso de saturação – que leva em conta a Cartões de Crédito ao Consu- concentração do setor e o demidor (C4 2008) –, é o resultado senvolvimento do varejo; e o do aprofundamento e contex- tempo de pressão – que avalia tualização da pesquisa "Índice quão iminente é a janela de de Desenvolvimento do Varejo oportunidade de investimenGlobal", apresentada no Brasil to no varejo de cada país. O há dois meses pela consultoria Brasil é líder em atratividade de mercado, com 60 pontos nuA.T.Kearney. "Um grande volume de in- ma escala de 0 a 100. O maior entrave brasileiro vestimentos para aquisições e implantação de lojas chegará para os investidores estranem breve, e as empresas locais geiros, no entanto, segundo o devem estar preparadas para sócio-presidente da GR Intermediação de isso, ou vão Negócios, perder terreG e o r g e s R eno", disse o digimbeau, é o retor da conrisco Brasil. sultoria, Celso Nesse quesito, Durazzo. está embutido De acordo um dos maiocom a pesquires receios dos sa, o varejo i n v e s t i d o re s , brasileiro suque é o de disb i u 11 p o s iputar mercado ções num ranc o m a e c o n oking de atratimia informal. vidade e de"É uma concorsenvolvimento rência com a e n t re 3 0 n aqual os grandes ç õ e s e m e rSolimeo: v a r e j o s m u ngentes no petemor diais não estão ríodo de 2004 por gastos. acostumados a a 2007. Com dados de 2007, o estudo mostra lidar", disse. "O Brasil também desestique o País está hoje atrás apenas do Chile (8º); Arábia Saudi- mula o investimento externo ta (7º); Marrocos (6º); Egito (5º); se levados em conta a corrupChina (4º); Rússia (3º); Índia ção, os custos administrativos e a carga tributária, além (2º); e do líder, Vietnã. Para o Brasil chegar ao atual da burocracia. Ainda falta ao patamar de atração de investi- Brasil fazer a lição de casa", mentos, segundo Durazzo, os completou Émerson Kapaz, nove primeiros colocados no diretor-executivo do Instituranking foram divididos em to para Desenvolvimento do três blocos. O primeiro reúne Varejo (IDV). Deixa de fazer a lição de casa Índia, Rússia e China, que já passaram pelo ponto máximo o governo federal, de acordo do processo e já entraram no com Gustavo Franco, ex-presideclínio dos investimentos. O dente do Banco Central. Para segundo, formado por Egito, ele, neste momento de econoMarrocos e Arábia Saudita, es- mia em expansão no País, e com tá entrando agora no ciclo de os ventos econômicos internacaptação de capital. Esse pro- cionais favoráveis, deveria ser cesso demora para se concreti- a hora de redução de gastos e zar, em média, entre cinco e equilíbrio nas cotas internas dez anos. O terceiro bloco, for- para controle da inflação. "Isso se o governo não comemado por Chile e Brasil está dentro da classificação "segun- çar a gastar por conta dos futuros dividendos da exploração da onda" de novos recursos. "Temos hoje no Brasil diver- do petróleo da descoberta do sos fatores de atração, além do pré-sal", completou o diretor do crescimento do consumo: uma Instituto de Economia Gastão população urbana densa e com Vidigal da Associação Comerclasse média emergente for- cial de São Paulo (ACSP), Marmada em sua maioria por jo- cel Solimeo. Franco e Solimeo vens. Isso sem considerar que a participaram de outro debate pesquisa foi fechada antes dos no encerramento do C4, sobre a graus de investimentos que o crise do subprime, nos EUA, a País recebeu, fator que ajuda inflação e as expectativas da muito a chamar a atenção dos economia brasileira para 2009.

Mário Tonocchi

O


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ECONOMIA - 11

PSA FINANCE ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. CNPJ 03.502.968/0001-04 Rua Miguel Yunes, 351 - CEP 04444-000 - São Paulo - SP RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em cumprimento as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos relativo aos semestres findos em 30 de junho de 2008 e 2007. São Paulo, 15 de Agosto de 2008 A ADMINISTRAÇÃO DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais ATIVO Circulante ....................................................................... Disponibilidades ...................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez .................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................ Operações de arrendamento mercantil .................................. Setor privado ........................................................................ Rendas a apropriar de arrendamento mercantil .................. Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ........................................................ Outros créditos ........................................................................ Diversos ................................................................................. Realizável a longo prazo ............................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez .................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................ Operações de arrendamento mercantil .................................. Setor privado ........................................................................ Rendas a apropriar de arrendamento mercantil .................. Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ...................................................... Outros créditos ........................................................................ Diversos ................................................................................. Permanente .................................................................... Imobilizado de uso ................................................................. Outras imobilizações de uso ................................................ Depreciações acumuladas .................................................... Imobilizado de arrendamento ................................................ Bens arrendados ................................................................... Depreciações acumuladas .................................................... Diferido ................................................................................... Gastos de organização e expansão ..................................... Amortizações acumuladas .................................................... Total do Ativo .................................................................

2008 6.541 1.344 5.188 14.389 (8.906)

2007 PASSIVO 2.808 Circulante ........................................................... 521 Depósitos ................................................................... 1.939 Depósitos interfinanceiros ....................................... 1.939 Outras obrigações ...................................................... 17 Fiscais e previdenciárias ........................................... 3.450 Diversas .................................................................... (3.326) Exigível a longo prazo ....................................... Depósitos ................................................................... Depósitos interfinanceiros ....................................... (107) 331 Outras obrigações ...................................................... 331 Fiscais e previdenciárias ........................................... 13.941 Diversas .................................................................... 14.009 Patrimônio líquido ............................................. 14.009 Capital (68) De domiciliados no país .......................................... 2.199 De domiciliados no exterior .................................... (2.199) Reserva de lucros ....................................................... Lucros acumulados .................................................... (68) 11.611 11.611 15.458 (3.847) 1 (1) 28.360 Total do Passivo .................................................

(295) 9 9 8.291 (1.698) 82.833 (82.833) (1.698) 9.989 9.989 512.440 3 4 (1) 512.428 510.215 2.213 9 15 (6) 527.272

2008 129.676 126.179 126.179 3.497 174 3.323 371.488 125.089 125.089 246.399 11.310 235.089 26.108

2007 2.682 2.682 855 1.827 2.210 2.210 2.210 23.468

2 12.361 958 12.787

2 12.361 826 10.279

527.272

28.360

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais Capital social Capital realizado 12.363 -

Reserva de lucros Legal 781 -

Em 31 de dezembro de 2006 ..................................................... Lucro líquido do semestre ................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ............................................................ 45 Em 30 de junho de 2007 ............................................................ 12.363 826 Em 31 de dezembro de 2007 ..................................................... 12.363 848 Lucro líquido do semestre ................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ............................................................ 110 Em 30 de junho de 2008 ............................................................ 12.363 958 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Lucros acumulados 9.413 911

Total 22.557 911

(45) 10.279 10.689 2.208

23.468 23.900 2.208

(110) 12.787

26.108

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Contexto operacional A PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. tem como objetivo a realização de operações de arrendamento mercantil, principalmente de veículos das marcas Peugeot e Citröen. Foram realizados e assinados contratos com o Grupo ABN Amro, nos quais esse se compromete com a prestação de serviços relacionados à gestão/ controle operacional das operações de arrendamento mercantil realizadas através da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. Além disso, também foi firmado acordo operacional entre as partes pelo qual, mensalmente, os resultados das operações são rateados proporcionalmente, 50% para cada empresa, baseado no resultado econômico de cada carteira, com base em fórmula de cálculo específica definida no referido acordo operacional. Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis Para a elaboração das demonstrações financeiras foram adotadas as práticas contábeis adotadas no Brasil, que emanam das disposições da Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do BACEN, considerando os efeitos do Comunicado n° 16.669 do BACEN que dispensou a elaboração, remessa e publicação de demonstrações contábeis intermediárias elaboradas de acordo com as alterações introduzidas pela Lei 11.638/07, até adequação das normas consubstanciadas no COSIF. Apuração do resultado É apurado pelo regime de competência de exercícios e segundo a Portaria MF nº 140/84, que considera: • As receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pela exigibilidade das contraprestações no período; • O ajuste ao valor presente das operações de arrendamento mercantil; • Os rendimentos, encargos e variações monetárias, a índices e taxas oficiais incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo. Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de aquisição, incluindo, os rendimentos calculados em base “pro rata temporis” e as variações cambiais auferidas, e ajustado ao valor de mercado ou de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros no prazo de até 5 anos, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto a realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros. Ativo permanente O imobilizado de arrendamento, demonstrado ao custo, é reduzido pela depreciação acumulada, quando aplicável calculada de forma acelerada e segundo determinação da Portaria MF nº 140/84 com redução de 30% da vida útil. Conseqüentemente, a instituição, visando atender ao regime de competência, constituiu, nos semestres findos em 30 de junho de 2008 e 2007, superveniência de depreciação, no montante de R$ 34.374 (2007 - R$ 632) classificada em “Rendas de arrendamento mercantil”, equivalente ao ajuste ao efetivo valor presente dos fluxos futuros da carteira de arrendamento mercantil, com base nas taxas implícitas de retorno de cada operação, conforme Circular nº 1.429/89 do BACEN. Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, inclusive, encargos. As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídas às alíquotas vigentes à época, ambas sobre o lucro tributável, incluindo-se a provisão para imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação, apresentado na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”, no passivo circulante.

3

• •

(a)

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Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa Mediante a Resolução nº 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do Conselho Monetário Nacional - CMN e o BACEN, os parâmetros para a classificação das operações de arrendamento mercantil e constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa são os seguintes: As operações de arrendamento mercantil são classificadas em nove níveis. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do cliente nos níveis de riscos definidos pela resolução. Essa classificação leva em consideração, entre outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do histórico do cliente e das garantias obtidas, quando aplicável. Os valores demonstrados nos quadros a seguir estão apresentados pelo valor presente das operações. Composição da carteira de arrendamentos a receber por tipo de operação Descrição 2008 2007 Pessoa física ........................................................... 253.453 300 Indústria ................................................................. 3.894 537 Comércio ................................................................ 11.443 2.927 Intermediários financeiros ...................................... 44 20 Outros serviços ....................................................... 11.725 3.990 Total ............................................................... 280.559 7.774 Composição da carteira de arrendamentos a receber por faixa de vencimento das parcelas Descrição 2008 2007 Vencidas ......................................................... 1.024 602 De 1 a 14 dias ...................................................... 342 57 Mais de 14 dias .................................................... 682 545 A vencer ......................................................... 279.535 7.172 De 0 a 30 dias ...................................................... 7.348 406 De 31 a 60 dias .................................................... 7.227 380 De 61 a 90 dias .................................................... 7.323 376 De 91 a 180 dias .................................................. 22.633 1.135 De 181 a 360 dias ................................................ 45.025 1.895 Mais de 360 dias .................................................. 189.979 2.980 Total ............................................................... 280.559 7.774 Composição da carteira de arrendamentos a receber por faixa de vencimento das operações Descrição 2008 2007 Vencidas ......................................................... 14.375 798 De 1 a 14 dias ...................................................... 9.088 393 Mais de 14 dias .................................................... 5.287 405 A vencer ......................................................... 266.184 6.976 Total ............................................................... 280.559 7.774 Concentração do risco de crédito Descrição 2008 2007 Principal devedor .................................................... 1.920 324 Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................................ 0,68 4,17 20 maiores devedores ............................................ 5.034 2.526 Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................................ 1,79 32,49

Semestres findos em 30 de junho 2008 2007 42.078 4.159 42.078 3.042

Semestres findos em 30 de junho 2008 2007 427.052 4.972 2.416 911 2.137 (632) 424.475 120 224.246 200.229 120 183 81 102 2.577 2.253 2.577 2.253 426.150 4.655 688 (2.208) (31.478) 34.374 413.885 4.352 3 413.882 4.352 9 11.568 303 303 2.590 8.978 902 317

Lucro líquido do semestre ................................. 2.208 911 Lucro líquido por ação do capital social - R$ .............. 178,63 73,69 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Origens de recursos ........................................... Lucro líquido ajustado ................................................. Lucro líquido .............................................................. Depreciações e amortizações .................................... Superveniência de depreciação ................................. Aumento dos subgrupos do passivo ........................... Depósitos ................................................................... Outras obrigações ...................................................... Diminuição dos subgrupos do ativo ............................ Operações de arrendamento mercantil ..................... Outros créditos ........................................................... Alienação de bens e investimentos ............................. Imobilizado de arrendamento ................................... Aplicações de recursos ...................................... Prejuízo ajustado .......................................................... Lucro líquido .............................................................. Depreciações e amortizações .................................... Superveniência de depreciação ................................. Inversões em ................................................................ Imobilizado de uso .................................................... Imobilizado de arrendamento ................................... Aplicações no diferido ................................................. Aumento dos subgrupos do ativo ............................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ..................... Operações de arrendamento mercantil ..................... Outros créditos ........................................................... Aumento ou diminuição das disponibilidades Modificações na posição financeira No início do semestre .............................................. 442 204 No fim do semestre ................................................. 1.344 521 Aumento ou diminuição das disponibilidades 902 317 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

(e)

(b)

Receitas da intermediação financeira ............. Operações de arrendamento mercantil ..................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários ................................................

-

1.117

Despesas da intermediação financeira ............ Operações de captação no mercado ......................... Operações de arrendamento mercantil ..................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........

(39.902) (6.873) (31.478) (1.551)

(2.236) (2.138) (98)

Resultado bruto da intermediação financeira

2.176

1.923

Outras receitas (despesas) operacionais ......... Receitas de prestação de serviços ............................. Outras despesas administrativas ............................... Despesas tributárias ................................................... Outras receitas operacionais ..................................... Outras despesas operacionais ...................................

169 1.394 (2.154) (917) 3.950 (2.104)

(505) (464) (163) 155 (33)

Resultado operacional ...................................... Resultado não operacional ..........................................

2.345 328

1.418 (56)

Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ....................................... Provisão para imposto de renda e contribuição social Ativo fiscal diferido ......................................................

2.673 (9.064) 8.599

1.362 (489) 38

(f)

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais 1

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais

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Composição da carteira de arrendamentos a receber e correspondente provisão para devedores duvidosos nos prazos e níveis de risco estabelecidos pela Resolução nº 2.682 em 30 de junho de 2008 e 2007 2008 2007 Total das Provisão Total das Provisão Nível de risco operações Constituída operações constituída A ........................... 274.618 1.373 7.347 37 B ........................... 3.012 30 142 1 C ........................... 1.808 54 75 2 D ........................... 490 49 65 6 E ........................... 142 43 F ........................... 89 44 33 17 H ........................... 400 400 112 112 Total .................. 280.559 1.993 7.774 175 Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa Semestres findos 2008 2007 Saldo inicial ............................................................... 454 83 Constituições ........................................................... 2.116 98 Reversões ................................................................ (565) Créditos baixados para prejuízo .............................. (12) (6) Saldo final ........................................................ 1.993 175 No semestre findo em 30 de junho de 2008 foram recuperados créditos baixados para prejuízos, no montante de R$ 62 (2007 - R$ 43). Imobilizado de arrendamento 2008 2007 Veículos e afins (taxa de depreciação - 20% a.a.) ..... 510.215 15.458 Superveniência de depreciação .................................. 40.034 2.058 Depreciação acumulada ............................................. (37.821) (5.905) Total ................................................................... 512.428 11.611 As operações de arrendamento têm cláusulas de opção de compra, de taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas e de seguros dos bens objetos de arrendamento, a favor do arrendador. Os valores residuais de opção de compra antecipados pelos clientes, no semestre somam R$ 2.271 (2007 - R$ 1.751), registrado em “Outras obrigações - diversas” no passivo circulante e R$ 235.089 (2007 - R$ 2.210), registrado em “Outras obrigações - diversas” no exigível a longo prazo. Patrimônio líquido O capital social está dividido em 12.361 (2007 - 12.361) ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo anual mínimo de 5% do lucro deduzido da reserva legal. Transações com partes relacionadas 2008 2007 Passivo (Despesas) Ativo Receita Banco PSA Finance Brasil S.A. Aplicações em depósitos interfinanceiros ...................................... (55.895) (775) 15.948 1.117 As transações com partes relacionadas foram contratadas as taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações levando-se em consideração a redução de risco. Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, baseados em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto à realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros, a valores presentes com base em taxas médias de captação e/ou custo de capital para os períodos projetados. Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre estão demonstrados a seguir: 2008 2007 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .. 2.673 1.362 Total dos encargos ................................................................. (1.057) (451) Imposto de renda à alíquota de 15% .................................... (401) (204) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) ............................................. (255) (124) Contribuição social à alíquota de 9% até março e 15% a partir de maio (*) ........................................ (401) (123) Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões temporárias .......................................... 592 Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos ............................ (465) (451) A alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL das instituições financeiras passou de 9% para 15 % a partir de 1 de maio de 2008.

A DIRETORIA

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(*) (d) 8 (a)

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(c)

(d) (e)

(f) 9.

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Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em Saldo em 31/12/2007 Constituição Reversão30/06/2008 Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........... 161 851 (203) 809 Outros ....................................... 66 150 216 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .. 227 1.001 (203) 1.025 Prejuízos fiscais ......................... 7.801 7.801 Total dos créditos tributários 227 8.802 (203) 8.826 Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Diferenças temporárias Imposto Contribuição Valor derenda social Total presente(*) 1 ano .............................. 8.195 373 8.568 7.582 2 anos ............................ 224 10 234 183 3 anos ............................ 23 1 24 17 Total ........................... 8.442 384 8.826 7.782 O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação (13% a.a.). Imposto de renda passivo O imposto de renda diferido passivo relativo a superveniência de depreciação é de R$ 9.839 em 30 de junho de 2008 (2007 - R$ 502). Outras informações Outras despesas administrativas 2008 2007 Serviços prestados - ABN AMRO-(Nota 1) .................. 1.551 406 Despesas de comunicações ....................................... 396 Outras despesas administrativas ................................ 207 58 Total ................................................................... 2.154 464 Outras receitas operacionais 2008 2007 Juros de mora sobre contratos de arrendamento ...... 223 40 Divisão de resultados - Grupo ABN - Amro ................ 767 88 Taxa de abertura de crédito ....................................... 2.927 27 Outras ......................................................................... 33 Total ................................................................... 3.950 155 Outras despesas operacionais 2008 2007 Comissão por obtenção de operações de arrendamento (877) (20) Divisão de resultados - Grupo ABN - Amro ................ (1.227) (13) Total ................................................................... (2.104) (33) Resultado não operacional refere-se ao resultado da alienação de bens recuperados de contratos de arrendamento mercantil. Outros créditos - diversos 2008 2007 Créditos tributários ..................................................... 8.826 90 Antecipações de imposto de renda e contribuição social 1.163 240 Outros créditos ........................................................... 9 1 Total ................................................................... 9.998 331 Não existiam instrumentos financeiros registrados em 30 de junho de 2008, cuja divulgação seria requerida pelo BACEN. Passivos contingentes A provisão para contingência no montante de R$ 1.000 mil é avaliada pela administração, com base nas opiniões dos consultores jurídicos da instituição. Em 30 de junho de 2008 e 2007, não haviam saldos de passivos contingentes provisionados nos balanços. Outras informações Em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei n° 11.638, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2008. Essa Lei alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei n° 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e provocou mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Embora a referida Lei já tenha entrado em vigor, algumas alterações por ela introduzidas dependem de normatização por parte do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil para serem integralmente aplicadas pelas instituições por eles reguladas. Dessa forma, nessa fase de transição, o Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado n° 16.669, de 20 de março de 2008, permitiu a não-aplicação das disposições da Lei n° 11.638/07 na preparação, em 2008, das demonstrações contábeis intermediárias. Assim, as informações contábeis contidas nas demonstrações financeiras para o semestre findo em 30 de junho de 2008 foram elaboradas de acordo com instruções específicas do Banco Central do Brasil e não contemplam as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei n° 11.638/07. A Administração considera que as alterações promovidas pela Lei n° 11.638 não ocasionarão efeitos relevantes no patrimônio líquido e no resultado da instituição para o exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2008, todavia, permanece acompanhando as normatizações que estão sendo elaboradas pelos órgãos reguladores para determinar os eventuais efeitos da adoção plena da nova lei.

CONTADOR: ADOR: Julio Takechi Katsuda - CRC 1SP 162781/O-4 CONT

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 3. 30 de junho de 2008 e 2007, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaboradas sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das instituições, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela 4.

administração da instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. A instituição registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil, como superveniência de depreciação, classificado no ativo permanente (Nota 2(c)). Essas prá- 5. ticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas em 30 de junho de 2008 e 2007 de acordo com a Lei nº 6.099/74, para as rubricas de ativo permanente e realizável a longo prazo e receitas (despesas) de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil anteriormente à promulgação da Lei 11.638/07. Em nossa opinião, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo 3, as refe-

A empresa Wilson Braga, CNPJ 05423373/0001-99, comunica a perda e extravio das Notas Fiscais Mod. D1 de 101 a 500 AIDF nº 2795; 1001 a 1500 AIDF nº 5948; Notas Fiscais Mod.1 de 001 a 250 AIDF nº 2714, 251 a 750 AIDF nº 5793, 751 a 1250 AIDF nº 5949.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

CONSÓRCIO ESTACIONAMENTO TAMBORÉ CNPJ em constituição – NIRE 35500052793 – CERTIDÃO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO Instrumento de Constituição arquivado na JUCESP em 07/08/2008. Auto Posto Vila Mariana Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação 31003146, c/ val. até 13/11/2011, para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, Av: Vergueiro, 3950 - 04102-020 - Vl. Mariana - São Paulo - SP.

BRASMETAL WAELZHOLZ S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO torna público que requereu à CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, as Licenças Prévia e de Instalação para novos equipamentos em sua unidade de Decapagem de Metais na Rua Goiás nº 504 - Vila Oriental - Diadema - SP.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI-MIRIM EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 006/2008 Objeto: Aquisição dos equipamentos cardiotocógrafo e regulador com fluxômetro para oxigênio. Recebimento das propostas comerciais a partir do dia 04/09/08 até às 16:30 hs. Do dia 15/09/08. Abertura e julgamento das propostas: das 08:00 hs às 09:00 hs do dia 16/09/08. Abertura dos lances a partir das 09:01 horas do dia 16/09/2008. Retirada do Edital: Diretamente no site www.bbmnet.com.br e ou gratuitamente através do site www.mogimirim.sp.gov.br para consulta. Demais Informações: Departamento Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 38141046/1052/1060. Pregoeira.

2') 575 +08'56+/'0615 .6& CNPJ/MF nº 05.403.896/0001-73 - NIRE 35.217.919.137 - “Sociedade” ATA DE REUNIÃO DE SÓCIOS - Dia, Hora e Local: Às 10h do dia 29/8/08, na R. Joaquim Floriano, 466 - 17º andar, cj. 1703, CEP 04534-002, em SP/SP. Convocação: dispensada a convocação ante a verificação da presença de sócios representando a totalidade do capital social da Sociedade, conforme faculta o §2 do art. 1.072 do Código Civil e §4° do art. 124 da Lei 6404/76. Presença e Quorum de Instalação: sócios representando a totalidade do capital social, a saber: Antonio Marino Boralli, bras., cas., empresário, RG 3.511.538-SSP/SP, CPF/MF 347.465.448-91 e Julian Augusto Boralli, bras., solt., maior, engenheiro, RG 28.258.9016-SSP/SP, CPF/MF 291.938.788-00, neste ato representado p/ seu bastante procurador, o Sr. Antonio Marino Boralli, acima qualificado, consoante instrumento de procuração lavrado no 16º Tabelião de Notas de São Paulo/SP em 14/07/2008 e registrado no Livro 3292, pgs. 277/278, ambos c/ endereço comercial nesta Capital, na R. Joaquim Floriano, 466 - 17º andar, cj. 1703. CEP 04534-002. Mesa: Presidente: Antonio Marino Boralli;Secretário: Osmar Simões. Ordem do Dia e Deliberações Tomadas p/ Unanimidade: Aprovar a redução do capital social no montante de R$ 13.523.941,00 (treze milhões, quinhentos e vinte e três mil, novecentos e quarenta e um reais), mediante o cancelamento de 13.523.941 (treze milhões, quinhentos e vinte e três mil, novecentas e quarenta e uma) quotas. Com a redução aqui referida, o capital social da Sociedade, totalmente subscrito e integralizado, que era de R$ 20.760.000,00 (vinte milhões, setecentos e sessenta mil reais), passa a ser de R$ 7.236.059,00 (sete milhões, duzentos e trinta e seis mil e cinqüenta e nove reais), redução de capital essa atribuída proporcionalmente à atual participação dos sócios na Sociedade. A redução de capital ora aprovada será realizada uma vez que os sócios pretendem reestruturar determinados negócios da Sociedade e p/ decorrência entendem que o capital social atual é excessivo p/ o desenvolvimento das atividades da Sociedade nos novos moldes, nos termos do art. 1.082, II, do Código Civil (Lei 10.406, de 10/01/02). Tendo em vista a deliberação acima, foi aprovada a publicação da Ata da presente reunião, nos termos do art. 1.084 do Código Civil, aguardando-se o prazo legal de 90 dias p/ conhecimento e possível manifestação de eventuais credores da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, lavrando-se a presente ata no Livro próprio, que, depois de lida e aprovada, foi p/ todos assinada. Mesa: Antonio Marino Boralli - Presidente; Osmar Simões - Secretário; São Paulo/SP, 29/8/08. Certificamos que a presente é cópia da arquivada no livro próprio.

ridas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2008 e 2007 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. Conforme mencionado na nota explicativa 14, em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei n° 11.638, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2008. Essa Lei alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei n° 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e provocou mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Embora a referida Lei já tenha entrado em vigor, as alterações por ela introduzidas dependem de normatização por parte do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil para serem inte-

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de serviços para Elaboração de Projeto Executivo: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO – ÁREA DO PROGRAMA (m²) - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 46/1382/08/02 - Prédio Administrativo Sede da Secretaria de Estado da Educação – Praça da República, 53 - Centro - São Paulo / SP - 90 – 13.700 m² - 09:30 – 17/09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 01/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na Supervisão de Licitações, na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

Fazenda Sete Lagoas Agrícola S/A CNPJ nº 52.746.419/0001-90 - NIRE 35300026683 Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 18/07/2008 - 14h00 Data, Hora e Local: 18/07/2008 – 14h00, em sua sede social à Av. Prefeito Nelson Cunha, 800 – Frente – Sala 1 – Bairro Jardim São Luiz, Conchal - SP. Presença: com a presença de conselheiros representando a totalidade dos membros do Conselho de Administração. Mesa: Sra. Liliane J F Van Parys – Presidente e Miklós J Náday - secretário. Deliberações: 1) exoneração da Sra. Anne Caroline J P D Van Parys P M Thomas, brasileira, casada, bióloga, RG nº 8.895.453-5-SSP/SP, CPF-MF nº 249.368.188-60, residente e domiciliada em Conchal (SP), do cargo de Diretora Técnica, nomeada em 26/02/2008. Os Senhores Conselheiros aprovaram a exoneração da referida Diretora, consignando votos de louvor pelos relevantes serviços prestados à Companhia; 2) nomeação do Sr. Alexander Edmond Paulus Van Parys Piergili Mezzaroma, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, RG n° 11.222.169-5-SSP/SP, CPF/ MF n° 253.373.698-81, residente e domiciliado em Santo Antonio do Pinhal (SP), para o cargo de Diretor Técnico, indicado pela Sra. Marie Anne Berthe Liliane Frederica Van Parys, Conselheira Titular; 3) o diretor ora eleito exercerá seu mandato no período de 18/07/2008 até 28/02/2011, ou até a posse de seu substituto; e 4) ratificaram a remuneração mensal de R$2.100,00 (dois mil e cem reais) para o Diretor ora eleito e para os demais Diretores da Companhia. Encerramento: Não havendo qualquer outro pronunciamento, a Sra. Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente ata que lida e achada de conforme, segue assinada pelos presentes. Conchal (SP), 18/07/2008. Assinaturas: Liliane J F Van Parys; Miklós J Náday; Marie Anne B L F Van Parys representada por seu suplente Alexander E P Van Parys P Mezzaroma. A presente Ata encontra-se registrada na JUCESP sob nº 262.576/08-9 em 14/08/2008.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 061/2008-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 487/2008-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 052/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 01 a 16 de setembro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 061/2008-FAMESP/ HEB, PROCESSO Nº 487/2008-FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE BOBINA PEAD, SACO DE PEAD, SACO PLÁSTICO, ETC... PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE E UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 17 de setembro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, C.E.P. 17.033-360. Botucatu, 29 de agosto de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor Presidente - FAMESP

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

gralmente aplicadas pelas instituições por eles reguladas. Dessa forma, nessa fase de transição, o Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado n° 16.669, de 20 de março de 2008, permitiu a não aplicação das disposições da Lei n° 11.638/07 na preparação, em 2008, das demonstrações contábeis intermediárias. Assim, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 foram elaboradas de acordo com instruções específicas do Banco Central do Brasil e não contemplam as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei n° 11.638/07. São Paulo, 15 de agosto de 2008 Mazars & Guérard Aristeu Tsutomu Shimabukuro Auditores Independentes Contador CRC 2SP011901/O-6 CRC 1SP130458/O-0

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de agosto de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Paramount Têxteis Indústria e Comércio S/A - Requerida: Ideal Distribuidora de Fios e Armarinhos Ltda. - Rua Pais Barreto, 129 2ª Vara de Falências Requerente: Carlos Alberto Alves Rodr igues Requerente: Daniel do Prado Alves Requerente: Sueli Alves

Rodr igues Neves Requerente: Adr iana Klein Moreira Requerente: Claudia do Prado Alves - Requerido: Pedra Rio Comércio de Materiais para Construção Ltda. Avenida Coronel Octaviano de Freitas Costa, 472 - 1ª Vara de Falências

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Nacional Tr i b u t o s Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ACSP FINCA BASES NO CONTINENTE ASIÁTICO

Ação da plenária do Comus deve reduzir em 25% o tempo de estadia das embarcações no Porto de Santos.

Escritório da ACSP N gócios em Macau já funciona oportunidades Agora, empresários brasileiros e de países lusófonos têm suporte especializado para entrar na China. Leonardo Rodrigues/e-Sim

Sonaira San Pedro

A

gora é oficial: o escritório da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em Macau já começou a funcionar. Na semana passada, na capital paulista, o vicepresidente da ACSP Alfredo Cotait e a diretora executiva do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (Ipim), Dra. Echo Chan, assinaram um termo de instalação do escritório em evento que teve a participação do cônsul da China em São Paulo, Sun Rong Mao. A representação na China é a primeira iniciativa internacional da ACSP, que escolheu Macau pela importância estratégia da região no continente asiático. "Lá, as barreiras da língua, da cultura, da distância e da legislação são transpostas mais facilmente", disse Cotait. Isso porque, em Macau, os contratos são assinados em português e mandarim, as línguas oficiais. O porto franco livra o empreendedor do pagamento de taxas, pois as mercadorias originárias da região são isentas de direitos aduaneiros. "Macau mantém a legislação dos tempos em que era colônia

Mao, Chan e Cotait na abertura oficial do escritório da ACSP em Macau

de Portugal, que é muito parecida com a portuguesa, e garante o cumprimento dos contratos", disse Cotait. Mais do que facilitar o acesso do empreendedor brasileiro a todo o continente asiático, o escritório da ACSP também abre as portas aos mercados dos países que falam português. Porque, por ser sede do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Macau também ajuda a promover negócios com Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, TimorLeste e São Tomé e Príncipe. "Entre os países que falam português, é o Brasil que lidera as

Cotait homenageado com Marco da Paz

trocas comerciais com a China", afirmou Echo Chan. "E o governo chinês elegeu Macau como plataforma de acesso à China para os países lusófonos." Os empreendedores que procurarem o escritório terão à disposição acompanhamento completo para participação de eventos, seminários e feiras, além de consultoria para a realização de negócios. "Macau está a cerca de 300 quilômetros de Ganzhou, onde é realizada a principal feira multissetorial da Ásia, a Canton Fair", disse o representante legal do escritório, Carlos Amaral. "Temos uma rede de relacionamento muito extensa na China, que nos ajuda a encontrar parce-

rias significativas, e também auxiliamos o empreendedor, desde a inspeção dos produtos negociados até o embarque das mercadorias, além da abertura de empresa." E os empresários macauenses que vieram para o lançamento do escritório surpreenderam-se com o potencial de negócios que enxergaram entre Brasil e China. "Queremos conhecer melhor o jeito brasileiro de se fazer negócio, que é um tanto diferente do chinês", disse o gerente de vendas da trader Goldman, Victor Tong. "A economia do Brasil é muito mais dinâmica do que imaginávamos, e este país tem de ser parceiro, e não concorrente." Economia em franca expansão, Macau registrou crescimento de 27,3% no Produto Interno Bruto entre 2006 e 2007. A cidade, conhecida como a Las Vegas do Oriente, já passou a norte-americana em arrecadação com cassinos. Os 26 milhões de turistas que a visitaram no ano passado apostaram US$ 10,4 bilhões, cerca de 30% a mais que no badalado ponto dos Estados Unidos. Até o final do próximo ano, 21 novos hotéis cinco estrelas e cassinos serão inaugurados por lá, como os luxuosos Grand Hyatt e o Four Seasons.

Leonardo Rodrigues/e-Sim

M

omento de destaque na cerimônia de lançamento do escritório em Macau foi a homenagem do presidente da ACSP, Alencar Burti, ao vicepresidente Alfredo Cotait, com a entrega do Marco da Paz (foto à dir.), com o título de Mensageiro da Paz. "É uma retribuição à colaboração de Cotait para a melhoria da qualidade de vida da população", disse Gaetano Branco Luigi, assessor especial da presidência. Por tradição, foi ele quem entregou a homenagem ao vicepresidente da ACSP. Alencar Burti não pôde participar do evento por estar no México em viagem de negócios.

Nilani Goettems/e-Sim

G

Pierdomênico: menos papéis.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS COMUNICADO - ABERTURA DE LICITAÇÃO. Processo nº 2007-0.113.088-8 - Encontra-se aberta na Subprefeitura de Itaquera - SP/IQ, licitação na modalidade TOMADA DE PREÇOS nº 04/2008, tipo menor preço global, para CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS DE REFORMA E ADEQUAÇÃO DO CLUBE DA CIDADE RUMI DE RANIERI, LOCALIZADO NA AV. AFONSO SAMPAIO E SOUSA, S/Nº - ITAQUERA, SP, OBEDECENDO AS ESPECIFICAÇÕES CONTIDAS NO ANEXO III - MEMORIAL DESCRITIVO E ANEXO II PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS. O Edital poderá ser adquirido no site da Prefeitura do Município de São Paulo, no endereço eletrônico: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou na sede da Subprefeitura de Itaquera, à Rua Gregório Ramalho, nº 103 - Itaquera, São Paulo, mediante apresentação de um CD novo ou pagamento do preço público. A realização do certame será dia 12/09/2008 às 10:00 horas, na Assessoria Jurídica da Subprefeitura de Itaquera, no endereço acima.

A

Associação Comercial e Industrial de Piracicaba – Acipi, promove a segunda Rodada de Negócios Internacionais para empresas de Piracicaba e região que tenham interesse em negociar os produtos relacionados. Para exportar: rum, cachaça envelhecida, coquetéis de cachaça, cachaça, polipropileno, flake de PET, realtak, celofane (poli), polietileno, reipel sedapel (seda), realpaper, reipel setpel (color set), cartolina, papel dobradura, cristal impermeável, papel ouro kraft, reipel monopel plus (dobradura espelho), reipel recycle crepe natural (papel crepado), reipel duplexpel (cartão cartaz fosco), papel micro-ondulado, reipel italian crepe (sup. Crepon italiano), reipel micropel (papel micro ondulado), reipel crepe master (super crepom), reipel crepe (crepom), reipel crepe plus (crepom impermeável), papel crepado industrial, papel camurça, papel couché, reipel starpel (papel couché), cartão, reipel flocpel (papel camurça), papéis crepon e seda, reipel recycle ouro (monolúcido ouro), tecido veludo, correntes industriais, partes de correntes (rolo, garra, elo e bucha), cartolina laminada, reipel lumicrepe (crepom metalizado), papel laminado, partes de transportador (Talisca e eixo), pulverizadores, conjunto de lubrificação, hilo, guindas-

A

Geriane Oliveira

lo (Comus) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na semana passada. Cerca de 30 pessoas entre integrantes do comitê e empresários de comércio exterior participaram do evento. Segundo Pierdomênico,

Piracicaba promove rodada internacional tes, rolos de tungstênio, terraceadores, grades, sulcadores, plantadoras, distribuidores, transbordos, cultivadores, compostadores, peças, colhedora de cana, equipamentos florestais, embolsadeira de grãos (armazenamento, silo, bolsa), maquina de tratamento de sementes, sonda oblíqua, mancal, bucha de bronze, engrenagem e pinhão, roldanas e polias e equipamentos eletrônicos de medição. Para importar: polipropileno, polioetileno, papel glassini, garrafas, rolete de guia de tungstênio, rolo de carboneto de tungstênio, rolete de guia de tungstênio, ferramentas para usinagem de fresar, suporte de ferramenta, tampas de metal para garrafas, bombas pulverizadoras, conexões de pulverizadores, mangueira de lubrificação utilizada em cassetes, câmbio de redução utilizado em cassetes, corrente elástica para alicate, laminadores de metais, pino d e re f r i g e r a ç ã o c o m p l e t o com porcas e conexões, mancal e equipamentos eletrônicos para medição. O encontro será realizado no próximo dia 18, às 9 horas, em sua sede, na Rua do Rosário, 700, centro. Empresas interessadas em participar devem contatar a ACIPI, com Júnior Furlan, pelo telefone (19) 3417-1766, ou pelo email: dci@acipi.com.br.

Um seminário sobre Cuba

Porto digital deve acelerar processos anhos operacionais de até 60% durante as operações portuárias e a informatização dos sistemas logísticos do transporte marítimo em todo o País são os objetivos do projeto Porto Sem Papel (PSP). Em fase de formatação, o projeto é uma das principais ações promovidas pela Secretaria Especial de Portos (SEP) para elevar a competitividade das mercadorias brasileiras no mercado internacional. As diretrizes do PSP foram apresentadas pelo subsecretário de planejamento e desenvolvimento da SEP, Fabrizio Pierdomênico, em encontro promovido pelo Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Pau-

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além de estabelecer uma padronização internacional, com a criação de um documento digital de via única, eliminando o uso de papéis, a proposta do projeto deve reduzir em torno de 25% o tempo de estadia das embarcações nos portos. "O conceito desenvolvido se resume em agilidade, segurança, confiabilidade e competitividade", disse. Para a implementação desse modelo de porto informatizado, Pierdomênico disse que a fase é de debate com a Secretaria da Receita Federal. Apesar disso, a previsão de início está estimada em 15 meses. De acordo com o coordenador do Comus, José Cândido Senna, que conduziu a reunião, a iniciativa é bem-vinda porque deve contribuir com as

ações do projeto Porto 24 Horas, também em processo de viabilização, que visa aperfeiçoar o processo de embarque e desembarque de mercadorias das empresas exportadoras e importadoras, como, por exemplo, agendar pela internet as operações de desembarque. "Vamos caminhar paralelamente ao PSP, encaminhando as freqüentes reclamações dos empresários", afirmou. Também estiveram no encontro os presidentes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Joaquim da Silva Marques Neto; do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha; da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Glen Gordon Findlay; e a superintendente técnica da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Germaine Lillian Robinson.

Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (ApexBrasil) promove seminário para apresentar as oportunidades que o mercado cubano oferece para os produtores brasileiros. Durante o seminário será exposta a Feira Internacional de Havana (Fihav), a mais importante da ilha e do mercado caribenho, que será realizada entre os dias 3 e 8 de novembro de 2008, na capital, Havana. O programa contempla as seguintes apresentações: Abertura com a Embaixada de Cuba no Brasil e ApexBrasil; Oportunidades de negócios para produtos brasileiros no mercado cubano – Apex-

Brasil; Estratégias de acesso ao mercado cubano – Ministério do Comércio Exterior de Cuba; Financiamento para Cuba – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Relatos e experiências de empresas brasileiras que exportam para Cuba; Apresentação do Centro de Negócios em Havana e do Pavilhão Brasileiro na Feira Internacional de Havana – Fihav. O encontro será realizado no próximo dia 16 de setembro de 2008, a partir das 14 horas, no Auditório Giorgi do Hotel Intercontinental, na Alameda Santos 1123. A participação é gratuita requisitando-se inscrição prévia, pelo e-mail s oraya.brum@apexbrasil.com.br ou pelo telefone (61) 3426-0306.

Lula vai em missão ao Canadá

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presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva visitará o Canadá nos dias 23 e 24 de setembro de 2008, com escala inicial em Toronto, onde, no dia 23, está prevista a organização de seminário e de workshops setoriais sobre turismo, biocombustíveis e investimentos. Existe a possibilidade da organização de novos encontros entre os empresários, no dia 25, em Montreal.O comércio bilateral Brasil-Canadá cresce a taxas significativas. Entre os anos de 2002 e 2007, a corrente comercial das duas nações passou de US$ 1,522 bilhão para US$ 4,070, um aumento superior a 167%. No mesmo período, as exportações brasileiras para o Canadá elevaram-se de US$ 783 milhões para US$ 2,361 bilhões, ampliandose em mais de 200%.

A área de inteligência comercial do Itamaraty identificou os seguintes setores como os mais interessantes para o estabelecimento de parcerias e incremento do comércio bilateral: automobilístico e autopeças, aeroespacial, infra-estrutura, turismo, biocombustíveis, energia, químico, petroquímico e farmacêutico, alimentos, tecnologia da informação e mineração. O programa da delegação empresarial está sendo coordenado com as autoridades canadenses e será veiculado pela B r a z i l Tr a d e N e t ( w w w . btn.gov.br). As inscrições podem ser feitas nesse mesmo site. Dúvidas poderão ser esclarecidas no endereço eletrônico da Divisão de Promoção Comercial do Itamaraty: doc@mre.gov.br.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Diego Souza tem talento, mas se escondia por causa do Valdivia. Agora ele está sendo mais importante para o time.” Vanderlei Luxemburgo

Esporte

1 José Luis da Conceição/AE

Heuler Andrey/AE

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O São Paulo não pode jogar a toalha. Ainda tem muito jogo, muito campeonato pela frente.” Hernanes

ERA O QUE FALTAVA

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altava ao Palmeiras ganhar jogando fora de casa, coisa que o time havia conseguido apenas duas vezes ao longo de todo este Brasileiro, contra o Vasco (2 a 0, em junho) e contra o Ipatinga (2 a 1, no início de agosto). Não falta mais. Faltava, também, ao meia Diego Souza mostrar o bom futebol do ano passado, quando defendia o Grêmio. Também já não falta mais. Pelo menos a julgar pelos 2 a 1 de ontem, sobre o Atlético-PR, em Curitiba, o Palmeiras conseguiu tudo o que lhe faltava. E segue firme na perseguição ao líder Grêmio, com a diferença mantida em cinco pontos. O grande nome do jogo foi mesmo Diego Souza, que começa a ocupar o lugar deixado pela transferência de Valdivia para o Al-Ain, dos Emirados Árabes. Ele marcou o primeiro gol, aos 20 minutos do primeiro tempo, completando de cabeça um cruzamento de Sandro Silva. O Atlético ainda chegou a empatar, aos 14 minutos do segundo tempo, com Alan Bahia cobrando um pênalti em que o árbitro Sandro Meira Ricci considerou intencional o choque do braço do palmeirense Jumar com a bola dentro da área. Mas aos 27 minutos Diego Souza apareceu novamente, dessa vez para deixar dois adversários caídos com seus dribles e marcar um golaço, garantindo, assim, a vitória por 2 a 1, primeira do Palmeiras na Arena da Baixada desde a construção do estádio, há nove anos. “O meu futebol está crescendo junto com o dos companheiros”, comemorou Diego Souza ao final do jogo. Ele explicou que foi feliz ao conseguir sair da marcação atleticana, que estava muito forte. Desde que chegou ao clube, no começo do ano, Diego Souza não conseguiu manter uma regularidade de boas atuações. Foram muitos momentos de baixa para poucos de alta. Mas agora pretende levantar a cabeça e mostrar seu valor. “Eu só tenho a agradecer a Deus, ao professor Luxemburgo e ao Mello (preparador físico), que vêm fazendo um bom trabalho comigo para que eu possa estar em condições”. Ele revelou que nunca desanimou, apesar das críticas, e que sempre apostou que os bons ventos voltariam a soprar para o seu lado. “Sabia que uma hora as coisas iriam dar certo. Nada mais justo do que ajudar meus companheiros com esses dois gols. Em ou tras p artidas, quando eu não estava bem, eles vinham me ajudando.” O técnico Vanderlei Luxemburgo disse que o resultado colocou a equipe na briga pelo título: “Teremos um jogo em casa (contra o Sport, na quinta-feira) e o Grêmio joga fora (com o Fluminense, no sábado). Estamos vivos na competição”. Quem parece cada vez menos vivo neste Brasileiro é o São Paulo. Ontem, no Morumbi, no clássico contra o Santos, o time não conseguiu ir além de um empate em 0 a 0. O resultado também desagradou aos santistas, que lutam desesperadamente para sair da zona de rebaixamento. “Precisamos ser realistas. Nossa primeira meta é entrar no G-4 e depois pensar no Grêmio”, assumia no vestiário o zagueiro André Dias. Já o técnico santista Márcio Fernandes, depois de completar quatro jogos sem perder, preferiu adotar um discurso mais otimista: “O time cumpriu bem tudo o que pedimos, está ganhando corpo. Assim, temos tudo para sair logo das últimas colocações”.

Orlando Kissner/Agência O Globo

Eduardo Nicolau/AE

Diego Souza reencontra seu bom futebol, marca dois gols e o Palmeiras volta a vencer fora de casa: 2 a 1 no Atlético-PR, em Curitiba. A perseguição ao líder Grêmio continua. No Morumbi, o empate (0 a 0) entre o São Paulo do zagueiro Rodrigo e o Santos do meia Michael foi ruim para os dois times.

NÚMEROS

✓ Quatro derrotas e dois

empates. Esse era o fraco retrospecto do Palmeiras nos jogos contra o AtléticoPR na Arena da Baixada antes da vitória de ontem. ✓ Os 2 a 1 de ontem deram ao

Palmeiras, também, a liderança do segundo turno, com três vitórias e uma única derrota em quatro jogos. ✓ Nenhuma alteração nas

quatro primeiras posições, que continuam sendo ocupadas por Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Botafogo. ✓ A diferença entre Grêmio e

Palmeiras continua sendo de cinco pontos, mas o Alviverde conseguiu aumentar sua vantagem sobre Cruzeiro (de um para três pontos) e Botafogo (de dois para quatro). ✓ Pela 19ª rodada, sendo 18

seguidas em 23 disputadas neste Brasileiro, o Santos segue na zona de rebaixamento. ✓ No empate de ontem entre

Cruzeiro e Coritiba (1 a 1), o atacante Guilherme perdeu um pênalti, defendido pelo goleiro Fábio. Se tivesse convertido, subiria na artilharia, onde ocupa a 5ª posição, com 11 gols.


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A GUERRA FISCAL EM DEBATE NA ACSP Tenho sorte em assumir a Acrefi neste momento Adalberto Savioli

Toda a sociedade perde com a guerra fiscal entre os estados

Fotos: Fábio D´Castro/Hype

Os estados do Nordeste e CentroOeste, os maiores praticantes da guerra fiscal, vão reagir fortemente à proposta de reforma tributária que acaba com ela.

questionáveis. E quando não se cumprem essas disposições, o tomador do crédito pode ser autuado e obrigado a devolver o imposto creditado, com multa e acréscimo moratório.

O tema será objeto de seminário a ser realizado pela ACSP na quarta-feira. O advogado Luiz Mussolini Júnior fala sobre o assunto e as dificuldades para a aprovação da reforma tributária. Silvia Pimentel

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A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo (ACSP) vai promover na próxima quarta-feira o seminário "Guerra Fiscal - Impactos sobre os Contribuintes", tema sempre polêmico no meio jurídico e empresarial. Na mesa de debates, estarão sentados quatro juízes do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) do Estado de São Paulo. Dois são representantes do fisco paulista. Os outros defendem os interesses dos contribuintes. "Será um seminário rico e espera-se muita faísca", afirma o advogado Luiz Mussolini Júnior, do escritório Piazzeta, Boeira, Rasador e Mussolini Advocacia Empresarial, um dos participantes do encontro. Na opinião do advogado tributarista, a guerra fiscal é um instrumento injusto e causador de insegurança nas rela-

A guerra fiscal é um instrumento injusto e gera insegurança nas relações entre quem paga o imposto e os estados. ções entre os contribuintes e os estados. No final das contas, ninguém ganha com essa disputa por investimentos. Na entrevista abaixo, Mussolini afirma que o projeto de reforma tributária enviado pelo governo federal ao Congresso pode colocar um ponto final na disputa entre os estados por mais investimentos. Mas não será fácil aprová-lo. Ainda se pratica guerra fiscal no País ou a disputa entre os

estados por investimentos já foi mais acirrada no passado? A guerra fiscal continua cada vez mais intensa. E está generalizada pelo País. O próprio Estado de São Paulo pratica essa disputa, na visão de outros estados. Recentemente, por exemplo, o governo paulista foi acusado de ser protagonista dessa guerra devido aos incentivos fiscais oferecidos à indústria automotiva. Se a conduta é correta ou não, é uma questão a ser examinada. Quais os principais danos causados aos estados? Quem perde com a guerra fiscal? Todo mundo perde. Os estados que oferecem incentivos fiscais à margem do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), obviamente, atraem investimentos para seu território. Mas correm o risco de terem esses incentivos considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, portanto, podem

Os estados que praticam a guerra abrem mão de receitas para o atendimento da população em troca de investimentos, cuja maturação é demorada. ser obrigados a cobrar dos contribuintes que usufruíram dessas regalias. Há precedentes nesse sentido no Estado do Pará, por exemplo. Outro problema: a guerra fiscal gera um

crescimento artificial nos estados onde é praticada. Eles abrem mão de receitas destinadas ao atendimento das necessidades da população em troca da fixação de investimentos, cuja maturação é demorada. Em outras palavras, o retorno é lento e incerto, já que o empreendimento pode ou não ser bem sucedido. E para os contribuintes, quais os prejuízos? Hoje, a maioria dos estados estabelece restrições aos créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tomados pelos contribuintes nas transações com empresas localizadas em estados que oferecem incentivos

Quais os riscos para o contribuinte que atua no estado que oferece o incentivo fiscal? O contribuinte que vende a mercadoria e usufrui do benefício pode ser cobrado no futuro, caso a norma estabelecendo o incentivo seja julgada inconstitucional. Em resumo, a guerra fiscal é um instrumento injusto e gera insegurança nas relações entre quem paga o imposto e os estados. Ela não faz bem a ninguém. É um problema mundial, tanto político quanto econômico. Na sua opinião, a proposta de reforma tributária enviada ao Congresso Nacional pelo governo contempla uma "paz fiscal"? O grande objetivo da reforma é acabar com a guerra fiscal por meio da criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal e estadual, a ser cobrado no estado de destino. É provável que o espaço para essa disputa seja reduzido. Por essa razão, está muito difícil de a reforma passar no Congresso Nacional. Os estados do Nordeste e do Centro-Oeste, os maiores praticantes dessa guerra, vão reagir fortemente.

Acrefi dará prioridade ao cadastro positivo Roseli Lopes os 39 anos de idade, Adalberto Savioli vai comandar pelos próximos dois a Associação Nacional das Instituições de Crédito e Financiamento (Acrefi), que reúne 64 instituições financeiras do País de pequeno e grande porte. É o mais jovem presidente a ocupar o cargo nos 50 anos de história da Associação. "Tenho sorte em assumir a Acrefi neste momento", disse durante entrevista, na última quinta-feira, apenas oito dias depois de tomar posse. Sua frase faz sentido. Em 2008, o volume de crédito no Brasil bateu no R$ 1 trilhão, alcançando 37% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Um recorde. Nunca os bancos emprestaram tanto. Mais: nunca emprestaram tanto para as pessoas físicas. É justamente aqui que entra a "sorte" de Savioli. De seus 39 anos, 25 Savioli passou dentro do mercado financeiro, mais especificamente na área de risco de crédito do Banco Panamericano, onde entrou aos 14. Acostumado a lidar com risco de crédito, o novo presidente da Acrefi entrou no comando da Associação com uma bandeira antiga, defendida também por seus antecessores: a da implantação do cadastro positivo. A diferença, agora, é que, com o aumento significativo do volume de empréstimos concedidos, a possibilidade de os credores se interessarem e aderirem a essa ferramenta, diz ele, crescerá. "O cadastro positivo não é apenas importante porque vai permitir que o volume de crédito continue crescendo. É essencial neste momento porque possibilita que o crédito cresça de forma saudável, sem o risco

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Para Savioli, cadastro permitirá que crédito cresça de forma saudável.

de uma grande inadimplência", diz Savioli. A implantação do cadastro será a principal atuação de sua gestão. Crescimento – Na última sexta-feira, ao apresentar sua proposta orçamentária para 2009, o governo embutiu nela uma dose de otimismo em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano: entre 4,5% e 5%. Parte desse otimismo está escorada nos resultados do crédito registrados em 2008, que, na avaliação do governo Lula, poderá ser sustentado pelo aumento do consumo, puxado, justamente, pela boa oferta de dinheiro. Manter esse movimento de alta, no entanto, requer mais do que condições macroeconômicas favoráveis, na opinião de Savioli. "Não existirá um crescimento sustentado se não tivermos, na contrapartida, uma ferramenta que dê segurança a essa expansão, como o cadastro", defende.

A evolução do crédito também passou a exigir um cadastro mais dinâmico, mais completo e principalmente mais transparente. Principalmente porque o nível de informalidade no Brasil cresceu nos últimos anos. O que torna difícil a muitos consumidores comprovar renda. A entrada, no consumo, de novos consumidores, de classes com menor renda, também exige nova avaliação. Novo olhar – Por isso, mais importante do que onde o consumidor mora, se ele tem carro ou casa própria, diz Savioli apontando para o modelo antigo de consulta de dados dos consumidores, é conhecer seu comportamento em relação às suas dívidas. Principalmente porque boa parte desses consumidores atuais não tem registro em carteira, o que torna esse modelo falho. É um novo olhar sobre o consumidor, mais transparente. "Se os credores atuais usassem o cadastro positivo na ho-

ra de conceder um crédito veriam que muitos desses consumidores que tiveram sua ficha aprovada não deveriam ter recebido o empréstimo, e outros tantos para quem os bancos estão recusando deveriam estar sendo aprovados", diz Savioli. Tudo porque a busca por informações é incompleta, se tornou obsoleta hoje. Savioli entende que o papel da Acrefi é justamente esse: fazer com que o credor enxergue de forma mais transparente o tomador do empréstimo. "Vamos levar a proposta para nossas associadas. Das 64 ligadas à Acrefi, 14 já aderiram ao cadastro positivo. Com o cadastro, diz ele, o custo do dinheiro ficaria entre 10% e 15% mais barato para o brasileiro. O que remeteria o País a uma modernidade já vista em países com PIBs inferiores ao brasileiro, mas que já usam o cadastro na concessão do crédito. Estudos – Adalberto Savioli fala que a Acrefi passará, ainda em 2008, a elaborar estudos bimestrais sobre o mercado de crédito e seus apêndices, sob a coordenação do economista Istzvan Karoly Kasznar, da Fundação Getúlio Vargas. O primeiro estudo, previsto para ser divulgado em outubro, deverá abordar a inadimplência. A escolha, diz Savioli, tem mais a ver com o momento de crescimento do crédito e o projeto de implantação do cadastro positivo do que propriamente uma preocupação com o não-pagamento de dívidas. "Vamos mostrar o perfil dos consumidores inadimplentes e o motivo pelo qual ele deixou de pagar dívidas. Isso é importante porque, segundo o Banco Central, hoje, 45% da composição dos juros são calculados com base na inadimplência. Queremos dar subsídios para o mercado trabalhar", disse.

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úvidas sobre a substituição tributária adotada em São Paulo devem ser encaminhadas ao em a i l s u b s t i t u i ca o t r i b u t ari a @ d co m e rc i o. co m . b r. As questões serão respondidas pelo Sindicato das Empresas de Contabilidade no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e publicadas às segundas-feiras no Diário do Comércio. Os Protocolos ICMS 42, 43 e 44 dispõem sobre a substituição tributária nas operações com lâmpadas elétricas, pilhas e baterias elétricas, disco fonográfico e fita virgem ou gravada. Os protocolos produzem efeito a partir de 1º de maio de 2008. O Decreto 53.065, de 6 de junho de 2008, do Estado de São Paulo, prevê a substituição tributária desses produtos nas operações entre remetentes localizados em outra unidade federada com destino a estabelecimento paulista. Assim sendo, a substituição tributária produziria efeito a partir de 1º de maio de 2008, conforme estabelecido pelos protocolos e editado no Decreto 53.065, ou a partir da publicação do Decreto, ou seja, 6 de Junho de 2008? O Protocolo ICMS nº 44/2008, cujos efeitos valem desde 1º de maio, altera o Protocolo nº 19/85, que trata da

substituição tributária para disco fonográfico, fita virgem ou gravada e outros suportes para reprodução ou gravação de som ou imagem. Ele estabelece que os estados signatários também deverão aplicar a substituição tributária quando enviarem mercadoria para o Estado de São Paulo. Isso também ocorre com os produtos relacionados no Protocolo ICMS nº 42/2008 (lâmpada elétrica) e Protocolo ICMS nº 43/2008 (pilhas e baterias elétricas), ou seja, os efeitos valem desde o dia 1º de maio. Para uma empresa EPP optante pelo Simples Nacional, como fica o recolhimento da diferença de alíquota do ICMS de mercadorias adquiridas de outro estado, cuja alíquota é diferente? A mercadoria adquirida é para revenda. O diferencial de alíquota previsto no art. 115, XV-A, "a" do Regulamento do ICMS, será o valor resultante da diferença entre a aplicação da alíquota interna prevista para a mercadoria no Estado de São Paulo e a alíquota interestadual de 12% pela base de cálculo da operação. O recolhimento deve ser feito em GARE-ICMS, com código 0632 (recolhimentos especiais), até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente ao da entrada.


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Série B Série C Corinthians Sul-Americana

DIÁRIO DO COMÉRCIO Júnior Lago/AE

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Vou continuar com meu sistema retrancado, bem fechadinho, porque eta retranca boa essa, né?” Mano Menezes

TIME CHEGA AOS 100 GOLS EM 2008

SÉRIE B

SEMANA DE GOLS

Nélson Antoine/AE

Cinco no Gama, quatro no ABC. E o líder Corinthians chega aos 100 marcados em 2008

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oi uma semana de muitos gols para o Corinthians. Jogando duas vezes seguidas no Pacaembu, o time ganhou ambas, manteve-se firme na liderança e voltou a ter o melhor ataque da Série B, com 47 marcados contra 45 do Avaí. Na terça-feira, goleou o Gama por 5 a 0. No sábado, no jogo número 1.500 de sua história no estádio municipal, fez 4 a 0 no ABC e completou a marca dos 100 gols em 53 jogos neste ano. A partida contra o ABC foi extremamente fácil para os corintianos, que chegaram à vitória com dois gols marcados no primeiro tempo, por Elias, aos 20, e Douglas, aos 27, e outros dois gols na segunda etapa, de André Santos, aos 20, e Chicão, de pênalti, aos 40. O zagueiro Chicão retornava após sete partidas afastado por lesão e retomou seu lugar, que vinha sendo ocupado por Fábio Ferreira. Ele foi um dos destaques da partida. “Lesões acontecem, mas é muito bom voltar assim, fazendo um gol importante”, disse, após o jogo. Com o resultado, o Corinthians volta a abrir uma diferença de seis pontos em relação ao segundo colocado, o Avaí, e está a 12 do quinto, o Barueri, que hoje não subiria para a Série A. Para o próximo jogo, sábado, contra o Fortaleza, no Ceará, o Corinthians terá dois desfalques, o volante Nilton e o atacante Herrera. Nilton não joga por ter sido expulso con-

tra o ABC, devido a uma entrada violenta na qual quebrou a perna do zagueiro Paulo César. Em seu lugar deve jogar o garoto Cássio, que estreou contra o Gama, na semana passada. Outra opção é a entrada de Perdigão, que atuou alguns minutos contra o ABC. Na vaga do argentino Herrera, suspenso pelo terceiro cartão

amarelo, Mano Menezes deve escalar Dentinho, recuperado de lesão. As outras opções seriam a entrada de Bebeto ou até a estréia de Otacílio Neto. “O time ideal é sempre o que está jogando”, disse Mano Menezes, satisfeito com o rendimento do time até aqui. “Aos poucos eu vou achando novas alternativas para a equipe.”

SÉRIE C

Dois paulistas garantidos

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uaratinguetá e Guarani são os dois times paulistas garantidos na terceira fase da Série C, em que 16 equipes disputarão as quatro vagas de acesso para a Série B de 2009. Em contrapartida, Ituano e Noroeste de Bauru já estão eliminados. Guará e Guarani juntam-se a outros sete times de outros estados também já classificados com uma rodada de antecipação: Rio Branco-AC, AtléticoGO, Paysandu-PA, Duque de Caxias-RJ, Ituiutaba-MG, Confiança-SE e Marcílio DiasSC. Restam, portanto, apenas sete vagas, a serem decididas na última rodada da segunda fase, a ser disputada no próximo fim de semana. Além da vaga na próxima fase, os 16 classificados já têm presença garantida na Série C do ano que vem, caso o acesso não venha, pois em 2009 a competição será composta por 20 times, por conta da criação de uma quarta divisão, a Série D . Os grupos 22 e 23, onde estão os paulistas Guaratinguetá e Guarani, são os primeiros a confirmar seus classificados.

No Grupo 22, o Duque de Caxias-RJ derrotou o AméricaMG, por 2 a 0, e lidera com 12 pontos. A segunda posição já é do Guará, que goleou o Boavista-RJ, por 4 a 1, no Rio de Janeiro, e chegou, assim, aos dez pontos. América-MG, com 4 pontos, e Boavista-RJ, com 3, estão eliminados. No Grupo 23, o ItuiutabaMG empatou com o Noroeste, em Bauru, em 0 a 0. Com o resultado, o time mineiro, ainda invicto ao longo de toda a competição, chegou a 11 pontos. O Guarani, ao vencer o Ituano por 2 a 0, chegou a 10 pontos e não pode mais ser alcançado pelo Noroeste, que tem apenas 6 pontos. Outros resultados: Grupo 17 - Luverdense-MT 5 x 2 Rio Branco-AC e RemoPA 0 x 1 Holanda-AM. Grupo 20 - Confiança-SE 2 x 0 ASA-AL e Itabuna-BA 2 x 1 Vitória da Conquista-BA. Grupo 21 - Mixto-MT 2 x 1 Atlético-GO e Itumbiara-GO 3 x 2 Dom Pedro II -DF. Grupo 24 - Caxias-RS 1 x 2 Marcílio Dias-SC e Toledo-PR 1 x 3 Brasil-RS.

COPA SUL-AMERICANA

Três dentro e três fora

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rês equipes brasileiras seguem na Copa SulAmericana, enquanto outras três foram desclassificadas. As vagas foram decididas na semana passada. Quarta-feira, no Morumbi, o time reserva do São Paulo, reforçado apenas pelo goleiro Rogério Ceni, voltou a empatar com o Atlético-PR em 0 a 0, mesmo resultado do jogo de ida, em Curitiba. Com isso, a decisão da vaga foi para os pênaltis, e, nela, o time paranaense foi mais feliz, fazendo 4 a 3. Também na quarta-feira, no Mineirão, o Botafogo poderia perder pela diferença de até

um gol, pois havia vencido o Atlético Mineiro no jogo de ida por 3 a 1. Mas acabou vencendo novamente, dessa vez por 5 a 2, resultado que classificou o time carioca com sobras. Na quinta, no estádio Olímpico, Grêmio e Internacional empataram por 2 a 2 em um jogo que o Inter vencia por 2 a 0 até a metade do segundo tempo. Como no Beira-Rio o empate havia sido em 1 a 1, o Inter acabou se classificando por ter marcado mais gols fora de casa. Palmeiras e Vasco farão o jogo de volta somente no dia 17 de setembro. Na partida de ida, no Rio, deu Vasco, 3 a 1.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ECONOMIA - 9

BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. CNPJ 03.502.961/0001-92 Rua Miguel Yunes, 351 - CEP 04444-000 - São Paulo - SP RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em cumprimento as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos relativos aos semestres findos em 30 de junho de 2008 e 2007. GERENCIAMENTO E CONTROLE DO RISCO OPERACIONAL O Banco, em atendimento à Resolução 3380/2006 do Banco Central do Brasil, instituiu um Programa de Gerenciamento e Controle do Risco Operacional.

Esse programa formaliza a atuação de uma Estrutura Organizacional constituída em dezembro/06 e reformulada em 2007. Responde pela gestão dessa estrutura o Sr. François Jean Huteau, Presidente em exercício do Banco. O Gestor de Riscos-Officer do Risco Operacional é o Sr. Julio Macedo, assim designado pelo Conselho de Administração realizado em 05 de dezembro de 2007. Demais informações podem ser obtidas através dos sites: http://carros.peugeot.com.br/servicos/financiamento/popgerenciamento .jsp www.citroen.com.br/_v2/servicos/financiamento.aspx

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais ATIVO Circulante .............................................................................. Disponibilidades ......................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................................ Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................. Títs. valores mobiliários instrumentos fin. derivativos .................. Instrumentos financeiros derivativos ......................................... Operações de crédito .................................................................. Setor privado ............................................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .......................... Operações de arrendamento mercantil ........................................ Setor privado ............................................................................ Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ......................... Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ........................................................... Outros créditos ............................................................................ Diversos .................................................................................... Outros valores e bens .................................................................. Outros valores e bens ................................................................ Despesas antecipadas ............................................................... Realizável a longo prazo ...................................................... Operações de crédito .................................................................. Setor privado ............................................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .......................... Operações de arrendamento mercantil ........................................ Setor privado ............................................................................ Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ......................... Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ........................................................... Outros créditos ............................................................................ Diversos .................................................................................... Outros valores e bens .................................................................. Despesas antecipadas ............................................................... Permanente .......................................................................... Investimentos .............................................................................. Outros investimentos ................................................................ Imobilizado de uso ...................................................................... Outras imobilizações de uso ...................................................... Depreciações acumuladas ......................................................... Imobilizado de arrendamento ..................................................... Bens arrendados ....................................................................... Depreciações acumuladas ......................................................... Diferido ....................................................................................... Gastos de organização e expansão ........................................... Amortizações acumuladas ........................................................ Total do Ativo .......................................................................

Consolidado Banco operacional 2008 2007 2008 2007 1.283.832 862.211 1.234.478 863.080 19.679 19.705 21.023 20.226 55.895 9.501 9.501 55.895 9.501 9.501 178 178 178 178 1.195.979 830.176 1.195.979 830.176 1.208.809 842.976 1.208.809 842.976 (12.830) (12.800) (12.830) (12.800) 5.188 17 14.389 3.450 (8.906) (3.326) 12.220 12.220 59 33 26 599.878 580.966 591.473 (10.507) -

196 196 2.455 27 2.428 529.197 512.686 519.407 (6.721) -

(295) 12.229 12.229 59 33 26 608.169 580.966 591.473 (10.507) (1.698) 82.833 (82.833)

(107) 527 527 2.455 27 2.428 529.129 512.686 519.407 (6.721) (68) 2.199 (2.199)

PASSIVO Circulante .............................................................................. Depósitos .................................................................................... Depósitos interfinanceiros ......................................................... Depósitos a prazo ..................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ...................................... Empréstimos no exterior ............................................................ Instrumentos financeiros derivativos ........................................... Instrumentos financeiros derivativos ......................................... Outras obrigações ....................................................................... Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados ................. Fiscais e previdenciárias ............................................................ Diversas .................................................................................... Exigível a longo prazo .......................................................... Depósitos .................................................................................... Depósitos interfinanceiros ......................................................... Depósito a prazo ....................................................................... Outras obrigações ....................................................................... Fiscais e previdenciárias ............................................................ Diversas .................................................................................... Patrimônio líquido ............................................................... Capital De domiciliados no país ............................................................ De domiciliados no exterior ....................................................... Reserva de capital ....................................................................... Reserva de lucros ........................................................................ Lucros acumulados .....................................................................

(1.698) (68) 18.912 15.911 28.901 15.911 18.912 15.911 28.901 15.911 600 600 600 600 1.353 1.667 513.793 13.278 380 291 380 291 380 291 380 291 973 1.376 976 1.376 1.803 2.140 1.807 2.140 (830) (764) (831) (764) - 512.428 11.611 - 510.215 15.458 2.213 (3.847) 9 170 170 185 171 (170) (170) (176) (171) 1.885.063 1.393.075 2.356.440 1.405.487 Total do Passivo .................................................................... As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Consolidado Banco operacional 2008 2007 2008 2007 1.029.073 674.551 1.102.854 675.294 910.149 584.015 980.433 582.076 857.201 549.758 927.485 547.819 52.948 34.257 52.948 34.257 80.545 39.464 80.545 39.464 80.545 39.464 80.545 39.464 1.728 1.728 1.728 1.728 36.651 51.072 40.148 53.754 2.272 808 2.272 808 1.125 3.354 1.299 4.209 33.254 46.910 36.577 48.737 636.545 577.315 1.008.033 565.516 625.749 576.007 750.838 561.998 424.977 425.624 550.066 411.615 200.772 150.383 200.772 150.383 10.796 1.308 257.195 3.518 10.088 21.398 708 1.308 235.797 3.518 219.445 141.209 245.553 164.677 2 157.531 353 4.350 57.209

2 100.653 265 2.882 37.407

4 169.892 353 5.308 69.996

4 113.014 265 3.708 47.686

Banco Em 31 de dezembro de 2006 ......................................................................... Aumento de capital ................................................................................................ Atualização de títulos patrimoniais ......................................................................... Lucro líquido do semestre ....................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ................................................................................ Em 30 de junho de 2007 ................................................................................ Em 31 de dezembro de 2007 ......................................................................... Aumento de capital ................................................................................................ Atualização de títulos patrimoniais ......................................................................... Lucro líquido do semestre ....................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ................................................................................ Em 30 de junho de 2008 ................................................................................ Consolidado operacional Em 31 de dezembro de 2006 ......................................................................... Aumento de capital ................................................................................................ Atualização de títulos patrimoniais ......................................................................... Lucro líquido do semestre ....................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ................................................................................ Em 30 de junho de 2007 ................................................................................ Em 31 de dezembro de 2007 ......................................................................... Aumento de capital ................................................................................................ Atualização de títulos patrimoniais ......................................................................... Lucro líquido do semestre ....................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal ................................................................................ Em 30 de junho de 2008 ................................................................................

Capital realizado 75.655 25.000 -

Aumento de capital 25.000 (25.000) -

Reserva de capital

Reserva de lucro

Outras 211 54 -

Legal 2.490 -

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais

Receitas da intermediação financeira ........................... Operações de crédito ............................................................. Operações de arrendamento mercantil ................................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários ...... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ............... Despesas da intermediação financeira ......................... Operações de captação no mercado ....................................... Operações de empréstimos, cessões e repasses ....................... Operações de arrendamento mercantil ................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ....................... Resultado bruto da intermediação financeira ............. Outras receitas (despesas) operacionais ...................... Receitas de prestação de serviços ........................................... Despesas de pessoal .............................................................. Despesas administrativas ....................................................... Despesas tributárias ............................................................... Outras receitas operacionais .................................................. Outras despesas operacionais ................................................ Resultado operacional ................................................... Resultado não operacional ....................................................... Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ...................................... Provisão para imposto de renda e contribuição social .............. Ativo fiscal diferido .................................................................. Participações ............................................................................ Lucro líquido do semestre ............................................. Lucro líquido por ação do capital social - R$ ............................

Consolidado Banco operacional Semestre Semestre Semestre Semestre Findo em findo em findo em findo em 30 de 30 de 30 de 30 de junho junho junho junho de 2008 de 2007 de 2008 de 2007 154.164 123.370 195.467 126.412 156.839 129.496 156.839 129.496 42.078 3.042 1.082 283 307 283 (3.757) (6.409) (3.757) (6.409) (93.349) (77.013) (132.476) (78.132) (81.730) (68.400) (87.828) (67.283) (1.163) (1.695) (1.163) (1.695) (31.478) (2.138) (10.456) (6.918) (12.007) (7.016) 60.815 46.357 62.991 48.280 (39.805) (32.655) (39.636) (33.160) 7.373 9.227 8.767 9.227 (2.616) (2.066) (2.616) (2.066) (11.155) (11.253) (13.309) (11.717) (4.340) (4.421) (5.257) (4.584) 3.456 8.034 7.406 8.189 (32.523) (32.176) (34.627) (32.209) 21.010 13.702 23.355 15.120 (62) (268) 266 (324) 20.948 (10.088) 4.472 (125) 15.207 96,53

13.434 (2.429) (2.924) (250) 7.831 77,80

23.621 (19.152) 13.071 (125) 17.415

14.796 (2.918) (2.886) (250) 8.742

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais

1.885.063 1.393.075 2.356.440 1.405.487

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais Capital social

OUVIDORIA Por determinação da Resolução CMN nº 3477, o Banco, instituiu componente organizacional de Ouvidoria compatível com a natureza de suas operações. Com objetivo de aprimorar o relacionamento do Banco com seus públicos, a Ouvidoria atua como canal de comunicação entre os cidadãos e a instituição, principalmente no tratamento de reclamações, denúncias, sugestões e elogios que não sejam solucionados pelos canais habituais de atendimento do Banco. São Paulo, 15 de agosto de 2008. A ADMINISTRAÇÃO

Lucros acumulados 29.968 7.831

Total 133.324 54 7.831

100.655 100.655 56.878 -

50.000 (50.000) -

265 265 88 -

392 2.882 3.590 -

(392) 37.407 42.762 15.207

141.209 197.272 6.878 88 15.207

157.533

-

353

760 4.350

(760) 57.209

219.445

88.018 25.000 -

25.000 (25.000) -

211 54 -

3.271 -

39.381 8.742

155.881 54 8.742

113.018 113.018 56.878 -

50.000 (50.000) -

265 265 88 -

437 3.708 4.438 -

(437) 47.686 53.451 17.415

164.677 221.172 6.878 88 17.415

169.896

-

353

870 5.308

(870) 69.996

245.553

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Origens de recursos ....................................................... Lucro líquido ajustado ........................................................... Lucro líquido ........................................................................ Depreciações e amortizações ............................................... Superveniência de depreciação ............................................ Recursos de acionistas ........................................................... Aumento de capital social .................................................... Recursos de terceiros originários de ........................................ Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo ..................................... Depósitos ......................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ........................... Instrumentos financeiros derivativos ................................ Outras obrigações ............................................................ Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo .................................. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .............................. Operações de arrendamento mercantil ............................. Outros créditos ................................................................ Outros valores e bens ....................................................... Alienação de bens e investimentos ...................................... Imobilizado de uso ............................................................ Imobilizado de arrendamento ............................................ Aplicações dos recursos ................................................. Inversões em .......................................................................... Imobilizado de uso .............................................................. Imobilizado de arrendamento .............................................. Aplicações no diferido ........................................................... Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo ...................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez .............................. Operações de crédito ......................................................... Operações de arrendamento mercantil ............................... Outros créditos ................................................................... Outros valores e bens ......................................................... Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e realizável a longo prazo ...................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ............................. Instrumentos financeiros derivativos .................................. Outras obrigações .............................................................. Aumento (redução) das disponibilidades ..................... Modificações na posição financeira No início do semestre ........................................................... No fim do semestre .............................................................. Aumento (redução) das disponibilidades .....................

Consolidado Banco operacional Semestre Semestre Semestre Semestre Findo em findo em findo em findo em 30 de 30 de 30 de 30 de junho junho junho junho de 2008 de 2007 de 2008 de 2007 244.209 221.270 618.030 225.819 15.394 8.031 14.706 10.447 15.207 7.831 17.415 8.742 187 200 31.665 2.337 (34.374) (632) 6.878 6.878 6.878 6.878 221.397 213.042 593.329 212.922 170.958 124.978 43.878 1.583 519

185.043 185.043 -

542.890 296.681 43.878 1.583 200.748

184.740 184.740 -

50.439

27.999

50.439

28.182

50.002 437 540 540 242.576 446 446 -

25.003 2.996 197 197 221.820 -

50.002 437 3.117 540 2.577 615.495 414.331 449 413.882 9

25.003 81 3.098 2.450 197 2.253 226.052 4.352 4.352 -

242.130 52.543 178.210 11.377 -

110.598 9.501 101.068 29 -

201.155 178.210 2.590 20.355 -

110.598 9.501 101.068 29 -

1.633

111.222 13.025 1.198 96.999 (550)

2.535

111.102 13.025 1.198 96.879 (233)

18.046 19.679 1.633

20.255 19.705 (550)

18.488 21.023 2.535

20.459 20.226 (233)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais 1

2

(a)

(b)

(c)

(d)

4

5

Contexto operacional O Banco PSA Finance Brasil S.A. e a PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. operam como banco múltiplo com as carteiras de investimento; crédito, financiamento e investimento e empresa de leasing. Foram realizados e assinados contratos com o Grupo ABN-Amro, nos quais este se compromete com a prestação de serviços relacionados à gestão/controle operacional das operações de crédito e arrendamento a serem realizadas através do banco e da leasing. Além disso, foi firmado acordo operacional entre as partes, pelo qual, mensalmente, os resultados das operações são rateados proporcionalmente, 50% para cada instituição, baseado no resultado econômico de cada carteira, com base em fórmula de cálculo específica definida no referido acordo operacional. Principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam das disposições da Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do BACEN, considerando os efeitos do Comunicado nº 16.669 do BACEN que dispensou a elaboração, remessa e publicação de demonstrações contábeis intermediárias elaboradas de acordo com as alterações introduzidas pela Lei 11.638/07, até adequação das normas consubstanciadas no COSIF. Apuração do resultado É apurado pelo regime de competência de exercícios e segundo a Portaria MF nº 140/84, que considera: • As receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pela exigibilidade das contraprestações no período; • O ajuste ao valor presente das operações de arrendamento mercantil; • Os rendimentos, encargos e variações monetárias, a índices e taxas oficiais incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo. Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de aquisição, incluindo, os rendimentos calculados em base “pro rata temporis” e as variações cambiais auferidas, e ajustados ao valor de mercado ou de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros no prazo de até 5 anos, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto a realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros. Ativo permanente O imobilizado de arrendamento, demonstrado ao custo, é reduzido pela depreciação acumulada, quando aplicável calculada de forma acelerada e segundo determinação da Portaria MF nº 140/84 com redução de 30% da vida útil. Conseqüentemente, a instituição, visando atender ao regime de competência, constituiu, nos semestres findos em 30 de junho de 2008 e 2007, superveniência de depreciação, no montante de R$ 34.374 (2007 - R$ 632) classificada em “Rendas de arrendamento mercantil”, equivalente ao ajuste ao efetivo valor presente dos fluxos futuros da carteira de arrendamento mercantil, com base nas taxas implícitas de retorno de cada operação, conforme Circular nº 1.429/89 do BACEN. Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, inclusive, encargos. As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídos às alíquotas vigentes à época, ambas sobre o lucro tributável. Incluindo-se, no consolidado operacional, a provisão para imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação, apresentado na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”, no passivo circulante.

(e) Instrumentos financeiros derivativos De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (hedge). As operações que utilizam instrumentos financeiros, efetuadas por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros e que sejam (i) altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e (ii) considerados efetivos na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como “hedge” de acordo com sua natureza: (i) “Hedge” de risco de mercado - os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. (ii) “Hedge” de fluxo de caixa - a parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, deduzidos quando aplicável, dos efetivos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. 3 Demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional) As demonstrações financeiras combinadas foram elaboradas em consonância com os princípios de consolidação normatizados pelo BACEN, por intermédio das Resoluções nºs 2.723, de 31 de maio e 2.743 de 28 de junho de 2000, as quais requerem a consolidação das demonstrações financeiras das instituições financeiras integrantes de um mesmo grupo financeiro, independente de haver participação acionária entre as mesmas, e abrangem as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A., que não possuem participação direta uma na outra. O processo de consolidação operacional das contas patrimoniais e de resultado corresponde à soma horizontal dos saldos das contas do ativo, do passivo, das receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementada com a eliminação dos saldos de contas correntes e outras contas integrantes do ativo, passivo ou resultado, mantidas entre as instituições cujos balanços patrimoniais foram consolidados. A conciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido do Banco PSA Finance Brasil S.A. com aqueles do consolidado operacional pode ser assim demonstrada: Patrimônio líquido Lucro líquido ........................................................................................ 2008 2007 2008 2007 Banco PSA Finance Brasil S.A. ............................................... 219.445 141.209 15.207 7.831 PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. ............................. 26.108 23.468 2.208 911 Consolidado operacional .............................................. 245.553 164.677 17.415 8.742

Instrumentos financeiros derivativos De acordo com a Circular 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, o banco vem registrando sua operação de “swap”, como negociação. O quadro a seguir resume o valor referencial atualizado ao preço de mercado e as respectivas exposições líquidas no balanço patrimonial. Valores à mercado Data Valor referencial Valor referencial Diferencial a Data início vencimento dos contratos em R$ dos contratos em EURO Ativo Passivo receber/ (pagar) 02/06/2008 02/06/2009 63.302 25.000 62.693 64.032 (1.339) 02/06/2008 02/06/2009 17.552 6.931 17.382 17.771 (389) 80.854 31.931 80.075 81.803 (1.728)

Operações de crédito e arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa Mediante a Resolução nº 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do Conselho Monetário Nacional - CMN e o BACEN, os parâmetros para a classificação das operações de crédito e de arrendamento mercantil e constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa são os seguintes: • As operações de crédito e de arrendamento mercantil são classificadas em nove níveis. • A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do cliente nos níveis de riscos definidos pela Resolução. Essa classificação leva em consideração, entre outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do histórico do cliente e das garantias obtidas, quando aplicável. Os valores demonstrados nos quadros a seguir estão apresentados pelo valor presente das operações. (a) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por tipo de operação 2008 2007 Descrição Banco Consolidado Banco Consolidado Pessoa física ................................................ 1.006.468 1.259.921 908.110 908.410 Indústria ...................................................... 3.894 537 Comércio ..................................................... 793.814 805.257 454.273 457.200 Intermediários financeiros ............................ 44 20 Outros serviços ............................................. 11.725 3.990 Total ....................................................... 1.800.282 2.080.841 1.362.383 1.370.157 (b) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por faixa de vencimento das parcelas 2008 2007 Descrição Banco Consolidado Banco Consolidado Vencidas ...................................................... 43.946 44.970 38.898 39.500 De 1 a 14 dias ............................................ 4.076 4.418 3.907 3.964 Mais de 14 dias .......................................... 39.870 40.552 34.991 35.536 A vencer ....................................................... 1.756.336 2.035.871 1.323.485 1.330.657 De 0 a 30 dias ............................................ 279.836 287.184 175.338 175.744 De 31 a 60 dias .......................................... 282.473 289.700 167.598 167.978 De 61 a 90 dias .......................................... 273.356 280.679 164.661 165.037 De 91 a 180 dias ........................................ 121.641 144.274 109.206 110.341 De 181 a 360 dias ...................................... 207.557 252.582 187.275 189.170 Mais de 360 dias ........................................ 591.473 781.452 519.407 522.387 Total ....................................................... 1.800.282 2.080.841 1.362.383 1.370.157

Indexador ativo EURO + 5,9230% EURO + 5,9230%

Indexador passivo 101.85% CDI 102.60% CDI

(c) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por faixa de vencimento das operações 2008 2007 Descrição Banco Consolidado Banco Consolidado Vencidas ...................................................... 130.947 145.322 106.272 107.070 De 1 a 14 dias ............................................ 61.925 71.013 43.090 43.483 Mais de 14 dias .......................................... 69.022 74.309 63.182 63.587 A vencer ....................................................... 1.669.335 1.935.519 1.256.111 1.263.087 Total ....................................................... 1.800.282 2.080.841 1.362.383 1.370.157 (d) Concentração do risco de crédito Banco Descrição 2008 2007 Principal devedor ............................................................................................... 77.517 16.259 Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................................ 4,31 1,19 20 maiores devedores ........................................................................................ 401.648 199.087 Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................................ 22,31 14,61 (e) Composição da carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil e correspondente provisão para devedores duvidosos nos prazos e níveis de risco estabelecidos pela Resolução nº 2.682 em 30 de junho de 2008 e 2007 2008 Banco Consolidado Total das Provisão Total das Provisão Nível de risco operações constituída operações constituída A .................................................................. 1.709.096 8.543 1.983.714 9.916 B .................................................................. 30.502 305 33.514 335 C .................................................................. 37.275 1.119 39.083 1.173 D .................................................................. 6.780 678 7.270 727 E .................................................................. 2.811 844 2.953 887 F .................................................................. 2.460 1.230 2.549 1.274 G ................................................................. 2.470 1.730 2.470 1.730 H .................................................................. 8.888 8.888 9.288 9.288 Total ....................................................... 1.800.282 23.337 2.080.841 25.330

2007 Banco Consolidado Total das Provisão Total das Provisão Nível de risco operações constituída operações constituída A .................................................................. 1.292.356 6.462 1.299.703 6.499 B .................................................................. 24.588 246 24.730 247 C .................................................................. 18.420 552 18.495 554 D .................................................................. 9.753 975 9.818 981 E .................................................................. 4.834 1.450 4.834 1.450 F .................................................................. 4.076 2.038 4.109 2.055 G ................................................................. 1.860 1.302 1.860 1.302 H .................................................................. 6.496 6.496 6.608 6.608 Total ....................................................... 1.362.383 19.521 1.370.157 19.696 (f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa - Banco Semestres findos 2008 2007 Saldo inicial ....................................................................................................... 20.954 19.076 Constituições ................................................................................................... 20.514 13.276 Reversões ......................................................................................................... (10.059) (6.358) Créditos baixados para prejuízo ....................................................................... (8.072) (6.473) Saldo final ................................................................................................ 23.337 19.521 No semestre findo em 30 de junho de 2008 foram recuperados créditos baixados para prejuízos, no montante de R$ 2.775 (2007 - R$ 2.119). 6 Imobilizado de arrendamento - consolidado operacional 2008 2007 Veículos e afins (taxa de depreciação - 20% a.a.) ............................................... 510.215 15.458 Superveniência de depreciação .......................................................................... 40.034 2.058 Depreciação acumulada ..................................................................................... (37.821) (5.905) Total ......................................................................................................... 512.428 11.611 As operações de arrendamento têm cláusulas de opção de compra, de taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas e de seguros dos bens objetos de arrendamento, a favor do arrendador. Os valores residuais de opção de compra antecipados pelos clientes, são de R$ 2.271 (2007 - R$ 1.751), registrado em “Outras obrigações - diversas” no passivo circulante e R$ 235.089 (2007 - R$ 2.210), registrado em “Outras obrigações - diversas” no exigível a longo prazo. 7 Obrigações por empréstimos e repasses O saldo é composto por captações para as operações de “floor plan” no montante de R$ 80.545. O quadro a seguir resume os valores e condições contratuais: Valor Valor Receita/ referencial referencial (despesa) dos dos Valor Encargos variação Data contratos contratos contábil juros cambial Encargos dos Data início vencimento em R$ em EURO R$ R$ R$ contratos 03/06/2008 03/06/2009 81.056 32.000 80.545 344 (855) 5,7170% a.a.+ variação EURO .............................................................. Receita/(despesa) .............................................................. Ativo Receita semestre findo .............................................................. (passivo) (despesa) em 30 de junho de 2008 Operações ativas vinculadas (1) Financiamentos floor plan - SHC ............... 80.545 3.204 3.204 Banque PSA Finance S.A. - Holanda (2) Empréstimos no exterior ........................... (80.545) 750 750 (1) Operações classificadas conforme circular nº 3.233 de 8 de abril de 2004 e atualizada pela circular nº 3.360 de 14 de setembro de 2007. (2) Juros: (R$ 1.163) e variação cambial: R$ 1.912. 8 Outras obrigações - Diversas O saldo de outras obrigações - diversas é composto, principalmente, por saldo a pagar à montadora no montante de R$ 28.151 (2007 - R$ 41.947) relativo a operações de “floor plan” em 30 de junho de 2008 e 2007. 9 Transações com partes relacionadas 2008 2007 Ativo Receita Receita (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) Banco PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. Depósitos interfinanceiros ................................ 55.895 775 (15.948) (1.117) Peugeot do Brasil Automóveis Ltda. Outras obrigações diversas (nota 8) .................. (28.151) (41.947) Despesas com ressarcimento ............................ (360) (150) Banque PSA Finance S.A. - Holanda Empréstimos no exterior ................................... (80.545) 750 (39.464) 3.361 As transações com partes relacionadas foram contratadas as taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações levando-se em consideração a redução de risco. 10 Patrimônio líquido O capital social do banco está dividido em 157.532 (2007 - 100.654) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo anual mínimo de 5% do lucro deduzido de reserva legal. 11 Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto à realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros, a valores presentes com base em taxas médias de captação e/ou custo de capital para os períodos projetados.

continua


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DOMINGO QUE VEM TEM BRASIL X CHILE

FUTURO EM JOGO Paulo Pinto/AE

O

Jogos contra Chile e Bolívia podem decidir destino de Dunga, que chamou Nilmar de última hora

OS CONVOCADOS - GOLEIROS: Júlio César (Inter de Milão) e Renan (Valencia). LATERAIS: Maicon (Inter de Milão), Rafinha (Schalke 04), Juan (Flamengo) e K léber (Santos). ZAGUEIROS: Lúcio (Bayern de Munique), Alex Silva (Hamburgo), Juan (Roma) e Luisão (Benfica). VOLANTES: Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Lucas (Liverpool) e Anderson (Manchester United). MEIAS: Diego ( Werder Bremen), Elano (Manchester City), Ronaldinho Gaúcho (Milan) e Júlio Baptista (Roma). ATAC ANTES: R obinho (Real Madrid/Chelsea), Luís Fabiano (Sevilla), Jô (Manchester City) e Nilmar (Internacional).

R

onaldinho estreou ontem pelo Milan, como titular e vestindo a camisa 80, e até jogou bem, mas o resultado ficou longe do esperado: o time perdeu em casa para o Bologna, por 2 a 1, e viu que a tarefa de reconquistar o título italiano, prioridade para a temporada em que o time está fora da Liga dos Campeões, não será fácil. Menos mal que os outros favoritos só empataram por 1 a 1: a Inter de Milão diante da Sampdoria, a Roma com o Napoli e a Juventus contra a Fiorentina. Na Espanha, a primeira temporada do Barcelona pós-Ronaldinho também começou mal: perdeu por 1 a 0 para o Numancia, que voltou à primeira divisão após oito anos. O Real, que vive crise com Robinho (leia abaixo), também perdeu: 2 a 1 para o La Coruña. O destaque foi o Atlético de Madrid, que marcou 4 a 0 no Málaga. Marcos Senna fez um gol, mas o Villarreal não passou de um empate por 1 a 1 com o Osasuna - mesmo caso de Luis Fabiano, que anotou pelo Sevilla no 1 a 1 diante do Racing Santander.

O dono do milhão

N

ão deu nem para o bicampeão Cacá Bueno, nem para o líder Ricardo Maurício ou seu companheiro Marcos Gomes. A vitória na Corrida do Milhão da Stock Car foi de Valdeno Brito, que cruzou a linha de chegada em primeiro, em Jacarepaguá, no Rio, conquistou sua primeira vitória na categoria e embolsou a bagatela de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,6 milhões). Para a prova especial, a Stock fez algumas mudanças, como aumentar a duração da prova e o número de pit stops. E o prolongamento foi fatal para Cacá Bueno, que largou na pole position e liderou a prova até algumas voltas antes do

fim, quando teve um problema elétrico e viu o carro perder rendimento. Conseguiu continuar na pista, mas ficou apenas com o nono lugar. Valdeno aproveitou. “Já tive muitos momentos como esse, de estar entre os primeiros e ter algum problema no carro. Felizmente foi a minha vez de tirar vantagem”, disse. Vibrando com o resultado histórico, o paraibano Valdeno contou que vai dividir o dinheiro do prêmio milionário com os colegas de equipe. A parte que lhe cabe será utilizada para quitar a compra de uma casa. “Não preciso nem dizer como estou feliz com a minha primeira vitória. É o ápice da minha carreira.”

Único nordestino da categoria, Valdeno levou a bandeira da Paraíba ao pódio e falou da dificuldade para se manter no automobilismo. “Em 1998, parei de correr por falta de patrocínio. Meu pai, que bancava a minha carreira, não tinha mais condições”, contou. Seis anos depois, conseguiu apoio do governo paraibano para disputar quatro etapas. Numa delas, largou na primeira fila e mostrou seu talento. Com a vitória, Valdeno está em quinto na temporada, com 61 pontos. Luciano Burti chegou em segundo e Marcos Gomes em terceiro, assumindo a liderança, com 126 pontos, contra 113 de Ricardo Maurício, apenas o 20º colocado.

OUTROS CAMPOS

✓ Maria Elisa e Val

Milan perdeu do Bologna na estréia de Ronaldinho

PELO MUNDO Paul Hanna/Reuters

✓ Robinho deu entrevista

Fábio Motta/AE

uma pessoa manda, é o Ricardo Teixeira”, disse na semana passada, em sua chegada ao Brasil desde Pequim. A seleção se junta amanhã, com uma alteração em relação à lista original, anunciada por Dunga ainda na China: o atacante Nilmar substitui Rafael Sóbis, contundido. A seleção se junta amanhã de manhã, no Rio, e fica na Granja Comary, em Teresópolis, até sexta, quando segue para o Chile. O jogo será às 22 horas (de Brasília), e a Seleção volta no dia seguinte ao Brasil, fazendo apenas mais um treino antes de enfrentar a Bolívia, partida que será disputada no Engenhão.

Alessandro Garofalo/Reuters

Mau começo

Empatar de vez em quando não é nenhum problema, mas o time precisa jogar melhor.” Felipão

Valdeno Brito venceu pela primeira vez na Stock Car, bem na corrida que tinha prêmio de US$ 1 milhão Jefferson Bernardes/ Preview.com

s jogos contra o Chile, no próximo domingo, em Santiago, e a Bolívia, no dia 10, no Rio, serão decisivos para o futuro de Dunga como técnico da Seleção Brasileira. E também são fundamentais para a classificação da equipe nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Após seis rodadas, o Brasil tem apenas 9 pontos, quatro a menos que o líder Paraguai, e ocupa o modesto quinto lugar, que não classifica diretamente para a Copa, mas obriga à disputa da repescagem contra uma seleção da Concacaf - o que seria um fato inédito para a Seleção Brasileira, a única a estar presente nos 18 Mundiais já disputados. A situação de Dunga, que já não era das melhores, piorou com a não conquista da medalha de ouro na Olimpíada de Pequim - com direito a eliminação diante a rival Argentina nas semifinais. O técnico se irritou com o que vê como “campanha” contra seu trabalho e até alfinetou Vanderlei Luxemburgo, um dos candidatos a seu cargo. “O Vanderlei já esteve lá, teve um ano para preparar a seleção olímpica e não trouxe uma medalha. Tudo pode acontecer, mas na seleção só

3

Glyn Kirk/AFP

Futebol europeu Stock Car Eliminatórias Outros campos

se o negócio não for fechado hoje, o brasileiro terá de permanecer na Espanha pelo menos até janeiro. “Minha cabeça está no Chelsea”, disse.

ontem, horas antes do jogo do Real, e reiterou que ✓ O time de Felipão perdeu deseja deixar o clube ontem o aproveitamento espanhol para defender o de 100% no Campeonato Chelsea. O problema é que,

Inglês ao empatar em casa com o Tottenham, 1 a 1. Belletti marcou pelo Chelsea e Bent empatou. O time ainda lidera a competição, com 7 pontos, ao lado do Liverpool.

ganharam seu primeiro título no Circuito Mundial de Vôlei de Praia, no sábado, na etapa de Kristiansand, na Noruega. Entre os homens, Billy e Bruno Schmidt foram vicecampeões. As duplas brasileiras que foram aos Jogos de Pequim não participaram do torneio.

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mundo, joga hoje pelas oitavas-de-final contra o americano Sam Querrey. O agora número 2, Roger Federer, se classificou ontem para essa fase, ao bater o checo Radek Stepanek por 6/3, 6/3 e 6/2.

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vivos no US Open, o último Grand Slam da temporada. Marcelo Melo e André Sá jogam pelas oitavas-de-final do torneio de duplas contra o espanhol Tommy Robredo e o argentino Sergio

✓ O Bayern de Munique

conquistou ontem sua primeira vitória no Alemão: 4 a 1 sobre o Hertha Berlim.

✓ O russo Nikolai

✓ Três brasileiros seguem

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - ECONOMIA

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

continuação

BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007 Em milhares de reais (a) Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre são demonstrados a seguir: 2008 Banco Consolidado Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................ 20.948 23.621 Participações estatutárias nos lucros .................................................................. (125) (125) Base de cálculo .................................................................................................. 20.823 23.496 Total dos encargos ............................................................................................. (7.814) (8.871) Imposto de renda à alíquota de 15% .................................................................. (3.123) (3.524) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) ............ (2.070) (2.325) Contribuição social à alíquota de 9% até março e 15% a partir de maio (*) ....... (2.621) (3.022) Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões permanentes ..................................................................... 337 337 (Adições) / exclusões temporárias ....................................................................... 1.828 2.420 Outras ................................................................................................................ 33 33 Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos (5.616) (6.081) (*) A alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL das instituições financeiras passou de 9% para 15% a partir de 1 de maio de 2008. 2007 Banco Consolidado Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................ 13.434 14.796 Participações estatutárias nos lucros .................................................................. (250) (250) Base de cálculo .................................................................................................. 13.184 14.546 Total dos encargos ............................................................................................. (4.472) (4.923) Imposto de renda à alíquota de 15% .................................................................. (1.978) (2.182) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) ............ (1.306) (1.430) Contribuição social à alíquota de 9% ................................................................. (1.188) (1.311) Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões permanentes ..................................................................... (911) (911) Outras ................................................................................................................ 30 30 Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos (5.353) (5.804) (b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Banco Saldo em Saldo em 31/12/2007 Constituição Reversão 30/06/2008 Provisão para créditos de liquidação duvidosa ..................... 9.161 11.435 (8.433) 12.163 Outros ................................................. 1.169 1.632 (163) 2.638 Total dos créditos tributários ...... 10.330 13.067 (8.596) 14.801

Saldo em 31/12/2007

Consolidado Saldo em Constituição Reversão 30/06/2008

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ..................... 9.322 12.286 Outros ................................................. 1.235 1.782 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ...................... 10.557 14.068 Prejuízos fiscais ................................... 7.801 Total dos créditos tributários ...... 10.557 21.869 (c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias

(8.636) (163)

12.972 2.854

(8.799) (8.799)

15.826 7.801 23.627 Banco

1 ano ................................................. 2 anos ................................................ 3 anos ................................................ Total ..............................................

Diferenças temporárias Imposto Contribuição de renda social 6.400 3.840 2.094 1.256 757 454 9.251 5.550

Total 10.240 3.350 1.211 14.801

Valor presente(*) 9.062 2.624 839 12.525 Consolidado

Diferenças temporárias Imposto Contribuição Valor de renda social Total presente(*) 1 ano ................................................. 14.594 4.214 18.808 16.644 2 anos ................................................ 2.318 1.266 3.584 2.807 3 anos ................................................ 780 455 1.235 856 Total .............................................. 17.692 5.935 23.627 20.307 (*) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação (13% a.a.). (d) Consolidado: O imposto de renda diferido passivo relativo a superveniência de depreciação é de R$ 9.839 em 30 de junho de 2008 (2007 - R$ 502). 12 Outras informações (a) Outras despesas administrativas Banco Consolidado 2008 2007 2008 2007 Serviços prestados - ABN Amro-(Nota 1) .............................. 3.919 3.716 5.470 4.122 Serviços técnicos especializados .......................................... 670 496 670 505 Processamento de dados ..................................................... 1.283 704 1.283 704 Despesas de seguro ............................................................. 498 199 498 199 Serviços do sistema financeiro ............................................. 650 309 650 309 Serviços de terceiros ............................................................ 337 107 337 107 Viagem ............................................................................... 374 558 374 558 Promoções e relações públicas ............................................ 982 2.938 982 2.938 Comunicações ..................................................................... 855 936 1.251 936 Despesas com cartório ......................................................... 649 470 649 470 Depreciação e amortização ................................................. 187 200 187 200 Outras despesas administrativas .......................................... 751 620 958 669 Total ............................................................................. 11.155 11.253 13.309 11.717

(b) Outras receitas operacionais

Variação cambial positiva das obrigações por empréstimos e repasses ............................................... Juros de mora sobre contratos de arrendamento .................. Divisão resultados - Grupo ABN - Amro ................................ Tarifa de abertura de Leasing .............................................. Taxa de antecipação de quitação ........................................ Recuperação de encargos e despesas .................................. Outras ................................................................................. Total ............................................................................. (c) Outras despesas operacionais

Comissões por obtenção de operações crédito ..................... Divisão de resultados - Grupo ABN - Amro ........................... Ressarcimento Peugeot do Brasil ......................................... Total ............................................................................. (d) Outros créditos - diversos

2008

Banco 2007

Consolidado 2008 2007

1.913 115 477 67 884 3.456

5.057 241 2.445 149 142 8.034

1.913 223 882 2.927 477 67 917 7.406

2008 27.729 4.434 360 32.523

Banco 2007 28.835 3.191 150 32.176

Consolidado 2008 2007 28.606 28.868 5.661 3.191 360 150 34.627 32.209

5.057 40 329 31 2.445 149 138 8.189

Banco Consolidado Créditos tributários ............................................................................................. 14.801 23.627 Antecipações de imposto de renda e contribuição social .................................... 4.110 5.273 Outros créditos ................................................................................................... 12.221 12.230 Total ......................................................................................................... 31.132 41.130 (e) O Banco é participante do PGBL do HSBC Vida e Previdência (Brasil) S.A, que tem por objetivos principais a suplementação da aposentadoria dos empregados. Durante o semestre, o Banco contribuiu com R$ 63. 13. Passivos contingentes O Banco constitui provisão para fazer face a passivos contingentes, referentes a processos atuais e trabalhistas no montante de R$ 708 (2007 - R$ 1.308). 14. Outras informações Em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei nº 11.638, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2008. Essa Lei alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e provocou mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Embora a referida Lei já tenha entrado em vigor, algumas alterações por ela introduzidas dependem de normatização por parte do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil para serem integralmente aplicadas pelas instituições por eles reguladas. Dessa forma, nessa fase de transição, o Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado nº 16.669, de 20 de março de 2008, permitiu a nãoaplicação das disposições da Lei nº 11.638/07 na preparação, em 2008, das demonstrações contábeis intermediárias. Assim, as informações contábeis contidas nas demonstrações financeiras para o semestre findo em 30 de junho de 2008 foram elaboradas de acordo com instruções específicas do Banco Central do Brasil e não contemplam as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/07. A Administração considera que as alterações promovidas pela Lei nº 11.638 não ocasionarão efeitos relevantes no patrimônio líquido e no resultado da instituição para o exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2008, todavia, permanece acompanhando as normatizações que estão sendo elaboradas pelos órgãos reguladores para determinar os eventuais efeitos da adoção plena da nova lei.

CONTADOR: Julio Takechi Katsuda - CRC 1SP 162781/O-4

A DIRETORIA PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banco PSA Finance Brasil S.A. 1. Examinamos as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. em 30 de junho de 2008 e 2007, e as demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional - Nota 3) do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. nessas mesmas datas. Essas demonstrações foram elaboradas sob a responsabilidade da administração das instituições. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das instituições, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração das instituições, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, que requerem o ajuste ao

4.

5.

valor presente da carteira de arrendamento mercantil, como superveniência de depreciação, classificado no ativo permanente (Nota 2(c)). Essas práticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a Lei nº 6.099/74, para as rubricas de ativo permanente e realizável a longo prazo e receitas (despesas) de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil anteriormente à promulgação da Lei 11.638/07. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco PSA Finance Brasil S.A. em 30 de junho de 2008 e 2007 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em nossa opinião, também, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo 3, as demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional) apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira combinada do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2008 e 2007 e os resultados combinados das operações, as mutações combinadas do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos combinadas dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas específicas do BACEN (Nota 3).

6.

Conforme mencionado na nota explicativa 14, em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei nº 11.638, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2008. Essa Lei alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei nº 6.404/ 76 (Lei das Sociedades por Ações) e provocou mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Embora a referida Lei já tenha entrado em vigor, as alterações por ela introduzidas dependem de normatização por parte do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil para serem integralmente aplicadas pelas instituições por eles reguladas. Dessa forma, nessa fase de transição, o Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado nº 16.669, de 20 de março de 2008, permitiu a não aplicação das disposições da Lei nº 11.638/07 na preparação, em 2008, das demonstrações contábeis intermediárias. Assim, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 foram elaboradas de acordo com instruções específicas do Banco Central do Brasil e não contemplam as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/07. São Paulo, 15 de agosto de 2008 Mazars & Guérard Auditores Independentes CRC 2SP011901/O-6

Aristeu Tsutomu Shimabukuro Contador CRC 1SP130458/O-0

Consumidor ganha portabilidade Mario Miranda/Luz

Kelly Ferreira

C

om a nova lei de portabilidade, a concorrência para manter clientes será uma tarefa árdua para as operadoras de telefonia fixa e móvel em todo o Brasil. A portabilidade numérica, permissão para mudança de operadora sem alterar o número do telefone, começou a vigorar hoje em oito regiões brasileiras. As estratégias de mercado, como as campanhas de fidelização, não são reveladas pelas empresas, porém a qualidade de prestação de serviço será um diferencial decisivo. Algumas vêm investindo fortemente na informatização de seus sistemas. A Oi, a primeira companhia a aderir ao desbloqueio gratuito de celulares, investiu R$ 400 milhões na implantação. "A liberdade de escolha do consumidor, uma bandeira da Oi na defesa do desbloqueio de aparelhos, será agora ampliada com o benefício da portabilidade. Defender a portabilidade, mas manter aparelhos bloqueados é oportunismo. O movimento pró-competição e pró-consumidor, que foi pioneiramente inaugurado pela Oi com a campanha Bloqueio Não, somente é completo com a portabilidade total", disse o diretor de Mercado para a Região III, Roderlei Generali. Para a TIM, que opera no Brasil inteiro, uma das possibilidades de diferenciar a atuação será sobretudo na telefonia fixa, segmento com pouca concorrência, segundo a empresa. A companhia limitou-se a informar que "a portabilidade trará competição sadia ao mercado. Os usuários serão os maiores beneficiados, pois, ao manter o mesmo número de telefone, terão a opção de mudar para a operadora que prestar o serviço mais adequado". L ib e rd a de – Já a Claro, de acordo com o presidente da empresa, João Cox, diz que a confiança na qualidade de atendimento aos seus clientes

Estande da operadora Oi na estação Sé do metrô paulistano oferece desbloqueio gratuito para celulares

e no alto nível dos serviços pode levar o custo das operaque oferece serão os segredos ções a R$ 45,6 milhões. para competir no novo cenáR e g ra s – De acordo com o rio de total liberdade de esco- presidente da Agência Naciolha aberto pela portabilidade. n a l d e Te l e c o m u n i c a ç õ e s A empresa também salienta (Anatel), Ronaldo Sardenberg, que, há dois anos, definiu co- o usuário que quiser trocar de mo ponto estratégico a satis- operadora sem alterar o númefação de seus clientes, con- ro terá que pagar uma taxa de centrando-se em três funda- R$ 4 para a prestadora para a mentos: inovação, qualidade qual está mudando. O custo toe promoção. tal é de R$ 4,90, mas as operaA Vivo, líder de mercado doras vão absorver a parcela de R$ 0,90, cocom mais de 40 milhões de mo forma de clientes, prefeatrair clientes. Operadoras de re apostar na Inici almencelulares e fixos qualidade do te, a portabilidizem que novo serviço. Sem dade numéricitar números c a s e r á i msistema vai acirrar a d e i n v e s t iplantada para concorrência mento, o dire16 milhões de tor da empreusuários nas sa no Estado re g i õ e s c o m de São Paulo, Carlos Cipriano, DDD 14 (SP), 17 (SP), 27 (ES), disse apenas que a operadora 37 (MG), 43 (PR), 62 (GO), 67 irá manter o compromisso de (MS) e 86 (PI). Na capital pauqualidade de sinal. "A concor- lista, com DDD 11, o sistema rência será mais acirrada, mas começa a vigorar a 28 de fevea diferença estará na qualida- reiro de 2009. A previsão é de de do serviço. Por isso, desde o que até março do próximo ano ano passado investimos forte- o sistema esteja disponível em mente em sistemas. A união de todo o País. mercado competitivo agregaO presidente da Anatel disse do ao sistema de qualidade é a também que as 12 operadoras garantia de atrair clientes. Fora que apresentaram mais proisso, continuaremos com as blemas para efetivar a portabicampanhas de ofertas", disse. lidade assumiram o comproNo primeiro ano de vigência misso de elaborar medidas inda portabilidade numérica, ternas para casos de falhas técdevem ser beneficiados cerca n i c a s . " I s s o n o s d á u m a de 11 milhões de usuários de tranqüilidade maior e nos pertelefonia fixa e móvel, o que mite saber que existe um pla-

Permissão para mudança de operadora sem alterar o número do telefone começou a vigorar em oito regiões brasileiras. Na região de São Paulo (DDD 11) vai valer em final de fevereiro de 2009.

nejamento das empresas no caso de problemas", explicou. Na telefonia fixa, o cliente que mudar de bairro poderá manter o mesmo número de telefone. Mas o serviço não estará disponível para quem mudar de Estado ou de município, mesmo em região que possua o mesmo prefixo de DDD. O usuário pode desistir da mudança em até dois dias úteis, a partir da solicitação. A migração do número para a nova operadora acontecerá em até cinco dias úteis. Se houver problemas, respondem pelos danos, segundo o Código de Defesa do Consumidor, todas as empresas envolvidas, sem necessidade de demonstração de quem é o culpado.

Dresdner Bank vendido

A

seguradora alemã Allianz SE, a maior da Europa em capitalização de mercado, anunciou ontem a venda do Dresdner Bank AG ao Commerzbank AG, numa transação avaliada em 9,8 bilhões de euros (US$ 14,406 bilhões). Segundo a Dow Jones, o negócio é um dos maiores movimentos na consolidação do sistema bancário alemão – unirá a segunda e a terceira instituições do país e criará um rival mais formidável para o líder Deutsche Bank AG. O acordo será realizado em duas etapas, até o fi-

nal de 2009. O Commerzbank financiará a aquisição com a emissão de novas ações, algumas das quais serão vendidas no mercado e outras que serão dadas à Allianz como parte do acordo. A Allianz disse que o Commerzbank pagará 2,5 bilhões de euros em dinheiro vivo na transação e que deve economizar 5 bilhões de euros em sinergias, após os custos de reestruturação. O Commerzbank informou que a fusão levará à eliminação de 9 mil dos 67 mil empregos atuais dos dois bancos. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPORTE

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Em obras Com uma simples placa de "estádio em obras", no portão da avenida Francisco Matarazzo, o Palmeirase e a construtora WTorre dão início, hoje, à transformação do Palestra Itália numa arena multiuso.

É o horário de Chile x Brasil no próximo domingo, dia 7 www.dcomercio.com.br/esporte/

DE VOLTA À TERRA OURO E BRONZE NA PASSARELA Samir Baptista/AE

✓ Depois de

desfilar na passarela do Hair Fashion Show, no Jockey Club de São Paulo, o nadador César Cielo, ouro e bronze na Olimpíada de Pequim, é festejado por ilustre tiete: a primeira-dama Marisa Letícia.

A semana da estrela Maurren A primeira brasileira a ganhar o ouro olímpico no atletismo vive dias de festa em São Paulo Samir Baptista/AE

J.F.Diorio/AE

Quinta-feira, 28

É O FIM

José Roberto já sente saudade de Fofão Sérgio Neves/AE

Miguel Schincariol/AE

D

e volta ao Brasil, ao lado do técnico José Roberto Guimarães, a levantadora Fofão confirma o anúncio que fizera em Pequim: a conquista do ouro marcou sua despedida da seleção feminina de vôlei. Aos 38 anos, 17 dedicados à seleção brasileira, cinco olimpíadas disputadas e três medalhas (além do ouro, duas de bronze), Fofão deixa saudade: "Trocar de levantadora é como trocar o coração do time. E substituir alguém como a Fofão não é simples. Ela foi a alma da equipe", derrama-se o técnico. Quarta-feira, 27

ALEGRIA PASSAGEIRA

Cristiane estréia e marca a despedida Epitácio Pessoa/AE

M

edalha de prata e artilheira dos Jogos Olímpicos de Pequim, Cristiane, apresentada na véspera como reforço do Corinthians no Campeonato Paulista, estréia com um gol nos 3 a 1 sobre o São José, em jogo disputado no Centro de Treinamento de Itaquera. A passagem da atacante de 23 anos, eleita a terceira melhor jogadora do mundo em 2007, será alegria passageira para os corintianos, no entanto. Em dezembro, ela vai embora: "Infelizmente, não posso ficar mais. Meu clube na Suécia (Linkopings) quer que eu volte. E também tenho propostas para jogar na liga dos EUA, que vai ser reativada."

Samir Baptista/AE

Evelson de Freitas/AE

Mara Mourão/AE

Sábado, 30

GATESHEAD NÃO É PEQUIM

Agora é tarde, Jadel Craig Brough/AFP

D

ez dias depois da frustração olímpica com o sexto lugar em Pequim, Jadel Gregório vence a prova do salto triplo no Meeting de Atletismo de Gateshead, na Inglaterra, com a marca de 17,13 metros. Debaixo de chuva, o brasileiro ganha a prova até com certa facilidade. O britânico Phillips Idowu, prata na Olimpíada, ficou em quarto lugar, com a marca de 16,42 metros. Já o português Nelson Évora, campeão olímpico com o salto de 17,67 metros, não foi a Gateshead. Domingo, 31

almanaque

O ouro conquistado no salto em altura transformou Maurren Maggi na mais importante e festejada personagem brasileira da Olimpíada de Pequim. Desde o desfile no carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas de São Paulo, na terça-feira, a atleta coleciona emoções em seu retorno ao Brasil. Nem todas felizes: na quarta à noite, viu o seu São Paulo ser desclassificado da Copa Sul-Americana. A quinta, porém foi só de alegria e paparicação, com direito a badalado desfile no Hair Fashion Show, com direito à companhia da filha, Sofia. Na sexta, em gravação de um programa na Globo, divertiu-se ao ver a filha trocar a sua medalha de ouro pela prata ganha por Cristiane no futebol. No sábado, finalmente, pôde desembarcar em São Carlos, de novo em carro dos Bombeiros,com direito a carreata pelas ruas de sua cidade natal.

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

U

Celso Unzelte

Polêmica dos pênaltis completa 20 anos

H

á exatos 20 anos, no fim de semana de 3 e 4 de setembro de 1988, começava o Campeonato Brasileiro. E com uma novidade: a obrigatoriedade das cobranças de pênaltis para definir um vencedor nos jogos que terminassem empatados. Quem ganhasse fazia dois pontos e quem perdesse, apenas um. Fluminense e Botafogo empataram (1 a 1), mas recusaramse a executar as cobranças, como protesto contra o regulamento.

Não nos tínhamos preparado para as cobranças.” Sérgio Cosme, então técnico do Fluminense, justificando o fato de seu time deixar o campo sem cobrar os pênaltis exigidos pelo regulamento após o empate com o Botafogo em 1 a 1.

m mês depois, a CBF obrigou os dois times a voltarem a campo no Maracanã, com portões abertos ao público, na tarde de 5 de outubro de 1988, uma quarta-feira, só para executar os pênaltis que ficaram devendo. Aí, deu Fluminense, 5 a 4. Na foto, o goleiro Ricardo Pinto, do Flu, defende a cobrança de Renato. Washington, Dago, Édson Mariano, Romerito e Alexandre fizeram os gols do Fluminense. Gilmar, Josimar, Wilson Gottardo e Delei, os do Botafogo. Naquele mesmo dia, em Brasília, Ulysses Guimarães promulgava a nova Constituição Federal.

1.033 após pênaltis foram batidos os jogos empatados do sses, Brasileiro de 1988. De e 270 763 foram conver tidos r das desperdiçados. A parti lvendo quar tas-de-final, envo Grêmio, Vasco, Inter, or t, Flamengo, Cruzeiro, Sp Bahia e Fluminense, os pênaltis foram abandonados.

CURTA

✓ Na semana passada,

morreram de câncer, no Rio, dois ex-jogadores. Na terça-feira, o exzagueiro Moisés, 59 anos, campeão brasileiro em 1974 pelo Vasco e paulista em 1977 pelo Corinthians. Na sexta, o ex-volante Alcir Portela, terceiro jogador a vestir mais vezes a camisa do Vasco, em 508 jogos de 1963 a 1975. Alcir tinha 64 anos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

SOBERANIA INDIVIDUAL É UM ESPAÇO ÍNTIMO QUE NENHUMA SOBERANIA NACIONAL PODE VIOLAR

Lucy Nicholson/REUTERS

DELFIM NETTO

PROBLEMAS DA RIQUEZA

O

O MELHOR DA OLIMPÍADA É A LIBERDADE Kobe Bryant (foto), Becky Hammon e Chow Liang restauraram o verdadeiro significado dos Jogos Olímpicos, derrubando a barreira nacionalista. Por Alvaro Vargas Llosa

T

AFP

rês imagens dos Jogos Olímpicos de Beijing ficaram em minha mente: Becky Hammon (mais americana impossível) ganhando uma medalha de bronze com a equipe de basquete feminina russa; Chow Liang, treinador chinês da equipe de ginástica feminina dos Estados Unidos, abraçando seu pupilo Shawn Johnson, que ganhou uma medalha de ouro por seu desempenho no peso após derrotar um concorrente chinês, e Kobe Bryant, a estrela da NBA, falando às tevês européias em italiano e espanhol. No ano passado, Hammon, de 30 anos, jogando no San Antonio Silver Star, sabia que esta seria a última possibilidade de alcançar a glória olímpica. Foi quando percebeu que não faria parte da equipe dos Estados Unidos. Jogando pelo CSKA Moscow

fora de campeonato da WNBA, foi oferecida a ela a cidadania russa, e, desse modo, poderia jogar com a equipe russa (mesmo assim ela reteve sua cidadania americana). Era a única maneira de competir em Beijing e política era a última coisa em que pensava. Então, não perdeu a oportunidade. Mas Hammon foi crucificada por muitas pessoas no mundo dos esportes, incluindo Anne Donovan, a treinadora da seleção de basquete feminino dos Estados Unidos, que disse que ela "não é uma patriota"! A decisão de Hammon de jogar com as russas contém uma mensagem moral: soberania individual, isto é, um espaço íntimo que nenhuma força coletiva deve violar. Remontar a noções nacionalistas para condenar a vontade de uma mulher de alcançar um sonho que não vai causar dano algum a ninguém, significa pôr a soberania nacional acima da soberania individual - a semente da ideologia totalitária. Hammon não vai amar menos seus antepassados, sua família, seus colegas do San Antonio Silver Star ou

suas amigas da seleção nacional de basquete porque aproveitou a chance tão sonhada de jogar em Beijing. "Isto é um jogo de basquete," disse, ao defender sua decisão; "isto não é um caso de vida ou morte." Uma traidora? Não. Antes, uma herdeira da maior tradição da América: o direito de conquistar a felicidade.

E

sta mesma tradição permitiu que Chow, antigo campeão de ginástica chinês, fosse para os Estados Unidos e treinasse a equipe norte-americana de ginástica contra seu país natal, a China, e competisse em sua própria terra contra seu próprio país, enfrentando o julgamento de milhões de conterrâneos. Felicitando ou consolando seus pupilos americanos em Beijing, atuou como se nada no mundo fosse mais importante do que isso. Não era um ato de traição à China, mas, sim, uma lição de liberdade individual. Mesmo com a ampla abertura econômica, o governo chinês ainda esconde a opressão que exerce sobre a liberdade individual com sua propaganda nacionalista. Precisamente por causa disso o gesto de Chow, abraçando Shawn Johnson, depois que esse ganhou a medalha de ouro, é um ato mais poderoso do que os protestos daqueles que estavam tentando boicotar a trajetória da tocha olímpica para denunciar a repressão no Tibete. Por último vem Kobe Bryant falando com os jornalistas europeus em italiano (idioma que ele aprendeu por ter sido criado na Itália) e espanhol, que seu colega do Los Angeles Lakers, Pau Gasol, está lhe ensinando. Faz isso numa época em que fortes correntes nacionalistas nos Estados Unidos estão influenciando os deba-

tes políticos, expressado sentimento antiimigração, o protecionismo contra a globalização ou a controversa ascendência multicultural de Barack Obama, candidato democrata à presidência dos Estados Unidos. Seria Bryant menos americano por abraçar parte de sua herança cultural e dar declarações numa língua que aprendeu quando criança? Vá e pergunte isso aos milhões de norte-americanos que vibraram com a vitória sobre a Espanha, em que a estrela da NBA e o resto da equipe de basquete dos Estados Unidos ganharam a medalha de ouro olímpica.

A

pesar das melhores intenções de Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, que relançou os Jogos Olímpicos no século 19, a competição internacional tem muito mais a ver com um coletivismo nacionalista do que com a fraternidade universal. Qualquer ato individual - de qualquer modo, pequeno ou grande - que retire a barreira nacionalista durante os Jogos Olímpicos deve ser aplaudido como restaurador do verdadeiro significado dos jogos. Em Saudação ao Mundo, no livro Folhas da Relva, o poeta Walt Whitman escreveu: "Vejo cores, barbarismos, civilizações, e vou por entre eles, me misturo indiscretamente, e saúdo todos os habitantes da terra." Neste mesmo espírito, Hammon, Chow e Bryant deram-nos algo para recordar dos Jogos de Beijing. ALVARO VARGAS LLOSA É DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL

PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP

Cresce o discurso antiimigração nos EUA. Mas Kobe Bryant fala em italiano e espanhol.

professor Ricardo Hausmann, ex-ministro da Fazenda da Venezuela e hoje diretor de um centro de estudos na Universidade de Harvard, é um economista muito qualificado que é sempre ouvido com especial atenção quando trata dos problemas do aproveitamento dos recursos naturais no processo de desenvolvimento. Em recente palestra no Brasil ele falou da "maldição" que recai sobre países exportadores de recursos minerais e declarou que "é fácil criar miséria a partir do petróleo", o que é uma realidade. Muitos países que são ricos em petróleo descuidaram-se de construir ou expandir uma estrutura industrial capaz de fortalecer seus mercados internos, acreditando poderem viver eternamente daquela riqueza, ignorando que ela é finita. As exportações do petróleo acabam determinando a taxa de câmbio, que se torna extremamente valorizada, o que prejudica o desenvolvimento das atividades industriais e demais serviços. Quando a riqueza mineral começa a diminuir ou acaba, o país paga o preço de não ter desenvolvido o seu mercado interno. A Venezuela é um pouco o exemplo disso, como o são países árabes e africanos. A Noruega e a Holanda talvez sejam as grandes exceções.

D

evemos ter essas questões em mente no momento em que a sociedade brasileira vai discutir o aproveitamento das novas jazidas de petróleo. Primeiro, precisa extrair o petróleo que está a 200 quilômetros da praia e a 6 mil ou 7 mil metros de profundidade. Temos o domínio da tecnologia para tirá-lo, de forma que este não é o maior problema, nem creio que haja dificuldade para encontrar o melhor modelo que pode ser o de concessão ou de participação, que é uma probabilidade. A questão é que vamos precisar de um montante de recursos que nem o governo nem a Petrobrás dispõem, de forma que será necessário cooptar os capitais nacional e estrangeiro para extrair o petróleo e processá-lo no País, de preferência a exportar a matéria-prima. O segundo fator é saber como vamos distribuir a nova riqueza, pensando que esta é uma decisão crucial não apenas para a atual geração de brasileiros. Não podemos consumir isso agora e descuidar do futuro: em 2025 teremos provavelmente 240 milhões de habitantes e vamos ter que dar emprego a pelo menos 140 milhões de cidadãos e cidadãs entre 15 e 64 anos.

● Não podemos

consumir a riqueza que virá com o petróleo e descuidar do futuro. Uma política correta deve impedir que os novos recursos supervalorizem o câmbio e destruam a indústria.

A

qui se coloca a questão se nós seremos capazes de expandir os setores industriais (a começar pela indústria do petróleo) e de serviços de forma a absorver esse enorme contingente de mão-de-obra com empregos decentes. Usada de forma inteligente, em lugar de "criar miséria do petróleo", essa nova riqueza permitirá reconstruir a infraestrutura que ajudará a expansão e fortalecimento do mercado interno, a maior integração regional e a melhoria da renda das pessoas. Finalmente, uma terceira questão: depois de saber como vão ser distribuídos os benefícios à sociedade brasileira como um todo, é a escolha das políticas corretas que vão impedir que o ingresso de novos recursos do exterior se transforme numa supervalorizaçao cambial permanente. Aqui, efetivamente, se situará a decisão crucial que vai nos levar à posição de potência econômica mundial ou se vamos correr o risco de desmontar o parque industrial construído nos últimos 50 anos pela atual geração de brasileiros. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP, EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Quando for apoiar um candidato petista, Lula não fará caminhadas: usará um tipo de carro já batizado de Lulamóvel.

gibaum@gibaum.com.br

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3 Não é um vôo de galinha. É uma águia. Fotos: PaulaLima /Divulgação

O Comitê Olímpico Brasileiro - COB - está esclarecendo que, dos R$ 650 milhões gastos no ciclo olímpico 2005-2008, culminando com a Olimpíada de Pequim (recursos de loterias, patrocínio de estatais, fundo de incentivo fiscal e programa especial do Ministério do Esporte), repassou R$ 160 milhões para as Confederações Olímpicas Brasileiras, através da lei Agnelo/ Piva e do convênio com a Petrobras, via lei de incentivo ao esporte. No total, estava incluída preparação de atletas para os Jogos Panamericanos do Rio 2007 e Jogos Olímpicos de Pequim. Se a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal quiser conferir onde foram gastos os restantes R$ 490 milhões, o COB está à disposição, “como sempre esteve”.

SORRISO-MÓR O maior sorriso, diante das últimas pesquisas sobre a corrida municipal em São Paulo, que revelam nova queda de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab em plena ascensão, estava estampado, nas últimas horas, no rosto do governador José Serra. E em se tratando de Serra, sorrir não é exatamente uma coisa habitual.

Debezerroa vôoacrobático

No terceiro leilão beneficente Dia de Fazer a Diferença, promovido pela Rede Record, em São Paulo, um fim de semana com Luciano Szafir na Ilha de Caras, com direito a sair na revista, quase ficou sem comprador. Edu Guedes levou um bezerro, doado pelo sogro Ivan Zurita. Maria Candida levou um vôo acrobático em um dos aviões da Esquadrilha da Fumaça, da FAB. Foram arrecadados R$ 400 mil. No evento, entre tantas, da esquerda para a direita, Giselle Bolla, mulher do restaurateur Giancarlo Bolla, a ex-miss Brasil, Natália Guimarães, a apresentadora Eliana (arrematou um reveillon com Cláudia Leite), e Fabiana Scaranzzi, ex-global e agora apresentando Domingo Espetacular.

Afarra dos juros

Só nos primeiros sete meses deste ano, o governo gastou com juros da dívida pública, hoje encostada em R$ 1,4 trilhão, nada menos do que R$ 106,8 bilhões, ou 6,54% do PIB. Mantendo o mesmo ritmo, os juros, até dezembro, poderão alcançar R$ 180 bilhões. Para comparar: em 2009, somando-se verba do orçamento e a parte correspondente às estatais, os investimentos na PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - chegarão a R$ 71,3 bilhões. Em 2007, os juros pagos pelo governo chegaram a R$ 160 bilhões, ou 7,66% do PIB e neste ano, o Bolsa-Família distribuirá R$ 10,9 bilhões. Desde a posse de Lula, em 2003, ou seja, nos últimos cinco anos, o Brasil destinou mais de R$ 851 bilhões para pagamento dos juros da dívida: é como se cada um dos 186 milhões de brasileiros tivesse desembolsado R$ 4,57 mil. Esse montante, a propósito, equivale a 22 vezes o que o governo pretendia arrecadar, só neste ano, com a extinta CPMF.

Garoto-propaganda

ATÉ BANDA Além dos R$ 78,4 milhões que as prefeituras transformaram em banheiros fantasmas, a ControladoriaGeral da União acaba de apurar que, também em diversas cidades, cerca de R$ 70,3 milhões, entre 2003 e 2007, foram torrados em outras despesas. Dos 1.341 relatórios fiscalizados pela CGU, houve, pelo menos, 1.105 episódios em que prefeitos utilizaram recursos públicos para outros fins. Entre tantos gastos ilegais, estão despesas com bar, yoga, cachê de banda, cartão de Natal, tarifa de cheque especial, multas de carro, verduras, chocolates, notebooks, conta de luz, gasolina, ar condicionado e xerox.

Noite de jóias

Evento ou campanha que se preze deve ter a participação de celebridades, instantâneas ou duradouras: na ausência de Gisele Bündchen, sua contratada, que aparecerá no catálogo de Natal, a Vivara apresentou sua nova coleção, no Iguatemi, em São Paulo, contando com Taís Araújo (ao centro, acima), a Alicia de A Favorita como atração principal. E tratou de reforçar com Mariana Weickert (à esquerda), apresentadora da GNT e com a modelo Elisa Joenck, agora apontada como reserva técnica de Bruno Gagliasso (à direita).

AcoleçãodeSetúbal Nos últimos dez anos, Olavo Setúbal vinha se dedicando a uma Brasiliana , ou seja, mais de mil peças, entre mapas, quadros, livros e documentos raros sobre o país. Ainda este ano, arrematou em leilões de Nova York e Paris, raridades do século 19: um desenho de Rugendas e uma vista do Maranhão, assinada pelo italiano Righini. Pelas duas obras, Setúbal pagou US$ 350 mil. Agora, tudo poderá virar livro escrito e editado por Pedro Corrêa do Lago.

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As diversas entidades de classe da Polícia Federal é que pagarão grande campanha, a ser iniciada dentro de pouco tempo, até com filmetes na televisão, defendendo a autonomia da instituição, nos moldes do Ministério Público Federal. No Congresso, já existe um projeto de lei estabelecendo essa autonomia, que contaria até com a escolha de um Delegado Nacional de Polícia, que teria de ser aprovado pelos parlamentares. Aí, surpresa: o delegado Protógenes Queiróz, ofereceu-se para ser o garotopropaganda da campanha. Mas, as entidades de classe, polidamente, preferiram declinar da oferta. Cheiraria a provocação.

Tiago Queiroz/AE - 07.07.08

Cassino viciado

LULA // dando sua visão, com direito a muitas penas, do crescimento do Brasil.

COB quer explicar

MAIS:e já estreou em São Paulo. Fica lá em cima, bem distante, acenando e em baixo, uma legião de seguranças.

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Cabelos suavemente ondulados

Cabelos lisos (pior com chapinha)

OUT

Cansada de guerra A ministra-candidata e ex-guerrilheira Dilma Rousseff (ao lado, no traço do excelente Kacio, de Brasília) dá sinais de cansaço – e estafa total. Não agüenta o ritmo de viagens de Lula e ao mesmo tempo, administrar crises e a agenda diária da Casa Civil, onde sua lugartenente Erenice Guerra resolve até onde pode. Na semana passada, andou sentindo tonturas. Inicialmente, o diagnóstico indicou sintomas de labirintite. Os médicos do Planalto, depois, resolveram partir para uma série de exames que, de cara, revelaram oscilações na pressão arterial.

O mercado financeiro está contribuindo para o enriquecimento de seleto grupo de brasileiros. O estudo Os Ricos do Brasil , do Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - informa que cerca de 20 mil clãs familiares (grupos compostos por 50 membros de uma mesma família) apropriam-se de 70% dos juros que o governo paga aos detentores de títulos da dívida pública. Mais: no ano passado, com o real se valorizando 20% frente ao dólar, o investidor estrangeiro que, no início de 2007, trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira, ganhou, durante o ano, 13% de média em juros, mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Ou seja: no ano, uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano.

Marta Suplicy promete reduzir o ISS e ampliar isenção de IPTU

Marta Suplicy hoje na ACSP

ATÉAFRITADA Para o ciclo olímpico 20052008, o Ministério do Esporte, através do programa BrasilCampeão, entrou com R$ 107 milhões, fora investimentos de quase R$ 1 bilhão, a partir de 2004, para o programa Rumoao Pan 2007 . Mesmo assim, na Olimpíada de Pequim, esclarecendo nota dada anteriormente sob o título Quem pagou, o COB informa que as despesas do ministro Orlando Silva e assessores em Pequim, incluindo-se a famosa fritada de passarinho, foram pagas pelo Ministério do Esporte.

MISTURA FINA O ARQUITETO Marcelo Rosenbaum, que ganhou popularidade em todo o Brasil devido à sua participação no quadro Lar Doce Lar do programa de Luciano Huck, será a estrela de nova campanha da Leroy Merlin, que incluirá uma ação comercial inédita: uma publicação chamada Revista da Casa! No varejo, poderá significar um novo marco, com tiragem superior à dos três maiores jornais do país. DIA 7 de Setembro, a presidente Cristina Kirchner estará no Brasil e fará, em Brasília, apenas duas visitas: uma, para o presidente Lula e outra, para Garibaldi Alves, presidente do Senado. O GOVERNADOR Sérgio Cabral, do Rio, foi participar de uma inauguração em Cabuçu, em Nova Iguaçu, cujo prefeito é Lindberg Farias, um dos queridinhos do PT e acabou recebendo a maior vaia dos petistas que estavam lá. Cabral não entendeu, subiu nas tamancas e se defendeu: “Duvido que exista aqui alguém mais Lula do que eu!”. AS IRMÃS Gretchen e Sula Miranda andam se estranhando e tudo por causa de Carol Miranda, apresentada como sobrinha e herdeira da primeira e que, na verdade, é sobrinha de Denis, seu novo (e nono) marido. Ou seja: Carol usa o sobrenome, mas não tem nenhum parentesco com Sula Miranda.“Tenho 22 anos de carreira e nunca precisei dizer que era irmã de Gretchen. Eu sou uma Miranda”. FAFÁ de Belém vai ser filha da pajé Zeneida Lima no filme Amazônia Caruana, de Tizuka Yamazaki, com filmagens no Pará. Zeneida é que inspirou o roteiro do filme através de seu livro O mundo místico dos Caruanas da Ilha de Marajó. Fafá, a propósito, é muito amiga da pajé, que costuma prever o futuro no fundo de uma cuia. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Ex-prefeita participa do ciclo de palestras Sergio Kapustan

L

íder nas pesquisas de intenção de votos, a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, visita hoje, às 17h, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para debater as propostas que têm para governar os paulistanos pela segunda vez. Durante duas horas, a petista apresentará na plenária da entidade as principais diretrizes de seu plano de governo, discutirá os problemas da cidade e responderá perguntas dos associados e convidados. O evento faz parte do ciclo de palestras da ACSP com os prefeituráveis. Antes de Marta, estiveram na plenária o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf (PP). Na próxima segunda-feira, 8, a convidada é Soninha Francine (PPS) e, no dia 15, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) encerra a série. Com o tucano, serão totalizados cinco encontros com os mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos. Segundo especialistas, debates com entidades de classes são importantes para atrair os votos de formadores de opinião (principalmente lideranças empresariais e sindicais) e de indeci-

sos porque o contato acontece de forma direta. De acordo com o presidente da ACSP, Alencar Burti, o ciclo de palestras mostra o caráter apartidário da entidade e o forte compromisso com o destino da cidade. L ul a – Ex-prefeita e exministra do Turismo, Marta colou sua candidatura à imagem do presidente Lula. No sábado, os dois, pela primeira vez, fizeram campanha juntos na zona leste. Além da capital, Lula esteve no ABC para ajudar candidatos petistas. A petista governou a cidade de 2001 a 2004. Ao final do governo ela foi criticada por criar novas taxas e se desgastou com a classe média. Agora, a candidata diz que estuda reduzir o ISS e ampliar a faixa de isenção do IPTU. Além de reduzir impostos, Marta promete investir pesado no Metrô e em corredores de ônibus para melhorar o fluxo do trânsito na capital.

ELEIÇÕES

O sobe e desce das pesquisas

M

esmo com metodologias diferentes, Ibope e Datafolha divulgaram pesquisas com resultados semelhantes no último sábado. Em ambos os levantamentos, a candidata Marta Suplicy (PT) caiu dois pontos, de 41% para 39%. Pelo Ibope, o candidato Geraldo Alckmin caiu de 28% para 24%; já o Datafolha indica que o tucano estacionou em 24%. E o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, cresceu nas duas pesquisas: 4 pontos no Ibope (de 8% para 12%) e 2 pontos no Datafolha (14% para 16%). Num cenário de segundo turno, o Datafolha registrou empate técnico entre Marta e Alckmin, em

46% cada. Entre Marta e Kassab, a petista venceria por 49% a 41% Aprovação – A pesquisa Datafolha trouxe ainda um número animador para Kassab: a aprovação do governo municipal subiu de 40% para 44%. E a rejeição ao prefeito recuou de 32% para 26%. Kassab subiu quatro pontos entre os eleitores com renda inferior a dois saláriosmínimos, chegando a 13%. Marta caiu de 54% para 49% e Alckmin recuou de 19% para 15%. O Ibope ouviu 1.001 eleitores entre os dias 26 e 18 de agosto e a pesquisa tem margem de erro de três pontos. Já o Datafolha ouviu 1.082 pessoas no dia 29 de agosto e tem margem de dois pontos. (DC)


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5 Valter Campanato/ABr

Política Escutas podem custar

Se (Lula) continuar calado e omisso, ficará como responsável e terá de responder com base na lei do impeachment. Rodrigo Maia (DEM-RJ)

caro ao governo

Oposição ameaça denunciar Lula por crime de responsabilidade, o que abriria caminho para impeachment

Que crime praticamos para ter a nossa terra retalhada?

Roosewelt Pinheiro/Ag.Senado - 27.06.07

Dida Sampaio/ AE - 02.07.08

Geraldo Magela/Ag.Senado - 11.03.08

Geraldo Magela/Ag.Senado - 14.12.07

Beto Barata/AE

Joênia Batista Carvalho, índia wapichana e advogada, em defesa da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em área contínua.

As autoridades do país já poderiam estar resolvendo outros assuntos de interesse do Brasil. Para que esperar tanto? Para que pedidos de vista?

Dionito José de Souza, coordenador-geral do Conselho Indígena de Roraima, referindo-se à demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em análise pelo governo.

A

lém de pedir a demissão de toda a diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a oposição ameaça denunciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crime de responsabilidade, abrindo caminho para um processo de impeachment por conta da escuta clandestina da agência nos telefones dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). "Ou o presidente toma uma atitude rápida e aponta os responsáveis pelo grampo, ou, se continuar calado e omisso como está, ficará como responsável perante a sociedade e terá de responder por isto com base na lei do impeachment", advertiu o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). "O presidente Lula tem que dar uma satisfação imediata à sociedade, ou então permitirá a dedução de que ele é conivente com a realidade policialesca que teima em tentar se instalar no Brasil, fato que parece ser verdade, já que ass i n o u m e d i d a p ro v i s ó r i a criando cerca de 400 cargos para a Abin", cobrou ontem com a mesma ênfase, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP). "O que a lei diz é que, ou o presidente é o res-

A decisão do Supremo (sobre o nepotismo) tem força de lei. Não creio que qualquer parlamentar ou qualquer tribunal não vá cumprir a lei. O nepotismo tem acontecido em todos os Poderes.

Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara dos Deputados.

Imagina se eu exigisse que o Chico Buarque entrasse no meu partido? Certamente, ficaria mais chato. Imagina se o Caetano Veloso entra no PSDB, ele ficaria mais chato. Fábio Pozzebom/ABr

Presidente Lula, no discurso de posse de Juca Ferreira (PV-BA) no Ministério da Cultura, ao defender a pluralidade partidária no governo.

Teremos um novo ciclo em que os produtos terão, claramente, as cores brasileira e francesa.

Ministro Nelson Jobim (Defesa), justificando a aquisição de caças Mirage para o patrulhamento aéreo nacional.

Em nome de uma boa prática médica, entendemos que o Supremo deve considerar esse caso, para que não fiquemos à mercê do Judiciário e do juiz de plantão naquele dia. É uma situação de angústia. Estamos reféns de uma decisão definitiva de que estamos fazendo o bem e não um crime.

Deputado Ciro Gomes (PSB-CE), virtual candidato à sucessão do presidente Lula.

ponsável, ou alguma autoridade de seu governo o é", completou, referindo-se à Lei nº 1.079/50, que embasou o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. O artigo 7º da Lei do Impea-

Celso Júnior/AE

Ú

nico petista que entrou na lista dos grampos telefônicos ilegais da Abin, divulgada pela revista "Veja", o senador Tião Viana (AC) suspeita da existência de uma "organização criminosa paralela ao Estado" que teria obtido a "tecnologia da escuta telefônica em função pública" e agora a usa de forma ilegal em busca de informações para um esquema de chantagem. "Telefonei para o Luiz Fernando (Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal) e ele disse que afastava completamente a possibilidade de ser um ato institucional da Abin, mas que o fato é grave e merece esclarecimento", revelou.

chment estabelece que é crime de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais "servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autorida-

Alex Grimm/Reuters

As orelhas do basset, de tão grandes, se arrastam pelo chão

A

O cãozinho orelhudo

s grandes orelhas dos cães da raça basset hound – que se arrastam pelo chão – já renderam até um comentário poético de Shakespeare: "Orelhas que varrem o orvalho da manhã". O cão de patas curtas, olhar melancóli-

Tião Viana credita culpa a organização paralela

Roberto Luiz D'Ávila, médico cardiologista membro do Conselho Federal de Medicina, a respeito da avaliação do STF sobre a interrupção de gravidez em casos de anencefalia.

Quem já foi candidato a presidente duas vezes não pode andar por aí dizendo que não é candidato, sob pena de não respeitar a dignidade das pessoas.

Grampeados pela Abin, segundo denúncia de "Veja": Da esquerda para a direita, Arthur Virgílio, Gilmar Mendes ( STF), Tasso Jereissati e Álvaro Dias

José Cruz/ABr

Viana: petista grampeado

Tião Viana acredita que entrou na lista dos grampeados pela condição de potencial candidato a presidente do Senado em fevereiro do ano que vem, sucedendo Garibaldi Alves (PMDB-RN), que também foi vítima da escuta ilegal. "Não faço parte de nenhuma facção de poder na República nem no PT. Sou dos independentes", disse. (AE)

co e muito dócil tem origem francesa. Antes usado para caça, por causa do seu faro aguçado, virou cão de companhia. Seu temperamento manso chegou a conquistar o ex-presidente dos Estados Unidos, George Washington.

des o pratiquem sem repressão sua". Também define como crime "violar patentemente qualquer direito ou garantia individual". O DEM quer se articular com o PSDB, para que a oposição tome uma posição conjunta. Os tucanos marcaram para esta quarta-feira, em Brasília, uma reunião da Executiva Nacional, "para discutir o momento político", diante da denúncia publicada pela revista "Veja", de que três senadores do PSDB teriam sido grampeados – Tasso Jereisatti (CE), Álvaro Dias (PR) e o líder Arthur Virgílio (AM) . Em tom bem mais agressivo, a nota do DEM diz que a democracia brasileira encontra-se "à beira do precipício" do momento em que "órgão sob o comando do presidente da República" faz escutas ilegais. O PPS também divulgou nota oficial de "repúdio à espionagem". No documento assinado pelo presidente do partido, Roberto Freire, o PPS pede que sejam demitidos os diretores da Abin e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Felix. Reunião às pressas – Lula e Gilmar Mendes, do STF, vão se reunir hoje, às 9h, no Palácio do Planalto. Eles conversarão sobre as denúncias da revista "Veja" contra a Abin, subordinada à Presidência. (AE)

Chinaglia admite que situação é grave

O

presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia disse ontem, em Santo André (SP), que considera "extremamente grave" a denúncia feita pela revista "Veja" de que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi interceptado em uma conversa telefônica pela Abin. "Se não havia autorização, se é um grampo ilegal, é extremamente grave porque é grave fazer contra qualquer cidadão. E fazer contra duas autoridades, um senador e um presidente do Supremo, é inacreditável", disse , após comício em Santo André (SP). O presidente da Câmara relatou ainda ter conversado

Ed Ferreira/ AE - 19.08.08

Arlindo Chinaglia (PT-SP)

por telefone com Gilmar Mendes e acertado uma reunião em Brasília para discutir as medidas a tomar. Segundo ele, será preciso esclarecer os fatos, apontar os responsáveis e tomar as providências necessárias . "Se alguém agiu errado, vai ter que pagar por isso", afirmou. "Sou contra o vazamento de informações". (ABr)


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Congresso Planalto Grampos CPI

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Fabio Pozzebom/ABr

TARSO COLOCA PF À DISPOSIÇÃO

Aquela clandestinidade sinaliza descontrole por parte dos escalões superiores. Carlos Ayres Britto

Eymar Mascaro

Mel na chupeta

O

engajamento do presidente Lula na campanha de Marta Suplicy pode ajudar a petista a crescer nas próximas pesquisas, mas mesmo assim o PT não acredita em vitória já no primeiro turno. O partido trabalha com a hipótese de que a eleição em São Paulo será decidida em dois turnos. Para se eleger ainda no primeiro turno seria necessário que Marta alcançasse mais votos do que a soma de votos dos adversários. Mas o PT admite que sua candidata assegura antecipadamente passagem para o segundo turno: Marta está alcançando cerca de 40% de intenção de votos nas pesquisas.

EMPURRÃO O apoio de Lula pode representar mais votos das classes média e baixa para Marta. As pesquisas têm ressaltado a popularidade do presidente. Para Lula, é fundamental para o PT reconquistar a Prefeitura paulistana.

LADO A LADO Lula escalou alguns municípios para se apresentar ao lado de candidatos petistas e aliados. Além da Capital paulista, Lula decidiu prestigiar candidatos petistas, por exemplo, nos municípios do ABCD.

VOTOS

ATAQUE Gilberto Kassab tem intensificado a campanha nos bairros da zona leste e em outros da periferia da zona sul. O propósito do prefeito é evitar que o PT avance nos dois redutos.

VISITA Também Geraldo Alckmin resolveu visitar a zona leste com mais intensidade. As últimas

pesquisas revelaram que o tucano não está bem colocado na região. Alckmin adota na região a campanha do corpo-a-corpo.

PROMESSAS Além da presença física, os três principais candidatos à Prefeitura têm feito promessas pelo rádio e televisão de que olharão com atenção especial pela periferia. Os candidatos estão de olho nos votos dos eleitores das classes C e D.

MAIORIA

A zona leste, escolhida pelo PT para Lula aparecer ao lado de Marta, representa um dos principais redutos eleitorais da Capital. Marta está bem situada na zona leste, mas quer impedir o avanço de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab na região.

Antonio Cruz/ABr

Não há contaminação de toda a Abin, nem de todo o Ministério Público, de todo o governo ou de toda a magistratura. Marco Aurélio Mello

Do total de votos na Capital, mais de 8 milhões, cerca de 60%, estão concentrados nas zonas leste e sul. Historicamente, o candidato que vencer a eleição nas duas regiões via de regra se elege prefeito.

CRÍTICA Os programas de campanha de Alckmin e Kassab das últimas horas revelam que os candidatos resolveram atacar Marta Suplicy. O objetivo é o mesmo: polarizar a campanha com a candidata.

DISPUTA Alckmin e Kassab disputam votos na mesma área. Um deles deve enfrentar Marta no segundo turno. As pesquisas indicam que não existe possibilidade de outro candidato surpreender e passar para o turno final.

Tarso tenta se isentar

E

scaldado pelas acusações de partidos de oposição de que usaria a Polícia Federal para atingir adversários políticos, o ministro da Justiça, Tarso Genro, agiu rápido para afastar de sua pasta qualquer suspeita sobre a responsabilidade pelo grampo ilegal feito nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Tarso não só lembrou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é subordinada ao gabinete da Segurança Institucional, do Palácio do Planalto, como pôs a Polícia Federal à disposição de todas as autoridades para apurar os fatos. A PF está à disposição do Ministério Público, da Presidência da República e da Abin para fazer as investigações que forem necessárias, informou ontem a assessoria do minis-

tro. O mesmo comunicado foi impactante, mas não podemos feito pessoalmente por Tarso complicar ainda mais o conGenro ao presidente Luiz Iná- texto. Não cabe chamar o presidente da República ao Suprecio Lula da Silva. Da parte do Supremo Tribu- mo", ponderou, ao saber que nal Federal (STF), dois minis- Gilmar Mendes queria convotros assumiram posições opos- car Lula. "Não estou de bombeiro, mas tas na crise. Marco Aurénão cabe inMarco Aurélio Mello cendiar", afirlio Mello, que costuma agir mou ainda. interveio quando Já o presicomo incenGilmar Mendes diário, desta dente do Tribunal Supevez atuou pacogitou a idéia de rior Eleitoral ra acalmar os convocar Lula (TSE), minisânimos. Astro Carlos Aysim que foi res Britto, que c o mu n i ca d o de que o presidente do Supre- é sempre ponderado e costumo convocara uma reunião mava tratar o assunto grampo emergencial da Corte, ele con- com certo menosprezo, resolversou com Gilmar Mendes e v e u a g o r a m u d a r o t o m . ponderou que não era hora de "Aquela clandestinidade de atacar nem responsabilizar o escutas telefônicas sinaliza topresidente Lula pelos gram- tal descontrole por parte dos próprios escalões superiores pos ilegais. "A indignação primeira é de órgãos como a PF e a Abin",

disse ele. "A minha preocupação é tanto maior quando se sabe que a Abin não é polícia judiciária e, portanto, não pode fazer investigação criminal. Sendo assim, nem por ordem judicial ela poderia interceptar comunicações telefônicas", afirmou. Juntamente com Mendes e Peluso, Ayres Britto participa hoje da reunião com o presidente Lula, quando o assunto será o grampo. Marco Aurélio acha que o cenário é de crise institucional e, exatamente por isto, diz que é preciso ter "serenidade" para saber que as instituições e órgãos de inteligência têm que ser mantidos. Ele entende que o melhor caminho é não generalizar. "Não há contaminação de toda a Abin, nem de todo Ministério Público, de todo o governo ou de toda a magistratura", disse ele. (AE)

Milani Goettems/e-Sim

Especialistas dão dicas para Marta e Kassab, que estiveram ontem na Beauty Fair: creme para o rosto do prefeito e novo tom para os cabelos da petista

Reunião Plenária (Informações, debates e busca de soluções)

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a)

Candidatos em dia de vaidade Vanessa Rosal

de São Paulo

CONVIDADA

Marta Suplicy

Dia: 01 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

U

m dos mais completos eventos de beleza da América Latina está atraindo a atenção de políticos. Realizada no pavilhão de exposições do Expo Center Norte, a 4ª edição da Beauty Fair recebeu no fim de semana os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM). Hoje é a vez de Lu Alckmin, esposa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), marcar presença na feira de cosméticos. O Brasil consome cerca de 1,4 milhão de toneladas de produtos de beleza e higiene pessoal por ano, ocupando o 3º lugar no ranking mundial de produtos para cabelos e o 6º no caso de higiene pessoal. De acordo com Kassab, São Paulo é o maior pólo consumidor

destes itens. Despojado, usando jeans e jaqueta marrom, ele participou da abertura da Beauty Fair. "O mercado da beleza movimentou R$ 22 bilhões em 2007. Vamos buscar novas oportunidades para o setor", disse o prefeito. No entanto, Kassab confessou não gostar de usar cosméticos. Com exclusividade à reportagem do Diário do Comércio, ele disse não se importar muito com o próprio visual. Para manter a aparência elegante, apenas xampu e cortes esporádicos no cabeleireiro. "Não sou vaidoso. Mas admiro muito aqueles que são". Já a candidata Marta Suplicy nunca escondeu da imprensa sua vaidade. Cremes, maquiagem e horas a fio em salões de beleza conceituados fazem parte do seu cotidiano. Vestindo um tailleur cinza quadriculado e um vistoso colar de pé-

rolas, Marta foi conhecer as novidades da feira. Com esmalte vermelho e maquiagem discreta, ela chamou atenção nos corredores da feira por onde passou. O casal de franceses Jacques Goossens e Janine, proprietários da famosa rede de salões de beleza Jacques Janine, sugeriu ao prefeito o uso de filtro solar no rosto, "para se proteger do sol e deixar a pele mais bonita". Para a hairstylist Luciana Rosa, responsável pelo look dos modelos que participaram do evento, Kassab deveria ainda usar um pouco de gloss e finalizador nos cabelos, para suavizar o visual. E, sobre Marta, propôs mudanças: "Ela, sem dúvida, tem estilo. Mas poderia mudar a cor dos cabelos. Um tom mais para o cobre, ou o mel, a deixaria mais bonita", disse Luciana.


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'Esta é a mãe de todas as tempestades'

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Sean Gardner/Reuters

Internacional

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ilhares de mora- tadual da Louisiana, o coronel dores de Nova Mike Edmondson, disse que Orleans, no esta- mais de 90% da população cosdo norte-ameri- teira do estado deixou suas cacano de Louisiana, abandona- sas - a maior evacuação na hisram ontem a cidade nas véspe- tória do estado. ras da chegada do furacão O Gustav atingiu o território Gustav. Lojas, hotéis e restau- cubano com ventos de 230 quirantes fecharam as portas, lômetros por hora no sábado. transformando Nova Orleans O temporal matou até 86 pesnuma cidade fantasma. A or- soas ao passar pela República dem de desocupação foi feita Dominicana, Haiti e Jamaica. pelo prefeito Ray Nagin, que A previsão é de que o Gustav se advertiu: "Esa prox i ma ri a ta é a mãe de Adalberto Roque/AFP do centro de todas as temLouisiana copestades". mo categoria "Vocês de4 (de acordo vem se preocom a escala cupar, devem S affi r-S im ptirar o traseiro son, que vai do lugar e sair até 5) até da cidade já", amanhã e Gustav despejou disse Nagin com força 30 centímetros de na sede da igual ou chuva em Cuba maior do que prefeitura. "Esta é a temo furacão Katrina há três anos. pestade do século". Os residentes têm a opção de Várias empresas evacuaram ficar para trás e enfrentar a plataformas de produção de tempestade, mas "seria um dos petróleo no Golfo, entre elas a maiores equívocos que se po- Petrobras, que produz 3 mil de cometer nesta vida", decla- barris diários da commodity no rou o prefeito, que decretou campo de Cottonwood. um toque de recolher aos que A ordem de desocupação foi permaneceram e alertou os sa- a primeira em Nova Orleans queadores que eles serão ime- desde que o furacão Katrina diatamente presos se forem devastou a cidade do sul dos surpreendidos. EUA em 2005. O governo mudou as faixas A investida do Katrina romdas rodovias, com o fluxo ape- peu diques e alagou 80% da cinas para a saída da cidade, e dade. Nova Orleans mergumilhares de carros rumavam lhou no caos enquanto vítimas ontem em direção ao norte. ilhadas esperavam por resgate O comandante da polícia es- durante dias. (Agências)

GEÓRGIA

Rússia adverte que responderá se for atacada Vano Shlamov/AFP

Moradores de Nova Orleans fazem fila nas estações de trem e rodoviárias após o prefeito impor ordem de retirada Rick Wilking/Reuters

A agenda da Convenção Republicana foi modificada devido à chegada do furacão; o presidente George W. Bush cancelou a sua participação.

Gustav estraga festa republicana O furacão Gustav causou estragos antes mesmo de chegar aos EUA. O Partido Republicano decidiu cancelar boa parte dos eventos do primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, previsto para começar hoje, na qual confirmaria a candidatura de John McCain à Presidência do país. "Temos que agir como norte-

FIM À VIOLÊNCIA

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Medvedev ainda defendeu a contra-ofensiva russa, que em 8 de agosto expulsou forças georgianas da Ossétia do Sul. A Geórgia havia atacado a província no dia anterior. Segundo ele, a ação da Geórgia foi "idiota". As declarações de Medvedev foram feitas um dia antes do encontro entre líderes da União Européia para decidir como reagirão às ações de Moscou na Geórgia. Medvedev aproveitou para alertar Washington que a Rússia não aceitará o domínio norte-americano sobre o mundo. "O mundo precisa ser multipolar, o domínio é inaceitável", afirmou. Mas ele insistiu que a Rússia quer ter boas relações com os EUA e o Ocidente. "A Rússia não quer se engajar em uma confrontação com ninguém, a Rússia não quer se isolar", disse. (Agências)

Ó RBITA

O presidente do México, Felipe Calderón, prometeu ontem adotar várias medidas para combater a criminalidade, depois que mais de 100 mil mexicanos saíram em passeata nas maiores cidades do país no sábado. Entre as medidas está a criação de um grupo para monitorar o governo na sua luta contra o crime, a melhora no recrutamento e reequipagem de policiais.

O governo Bush foi repetidamente responsabilizado pelo mau manejo da crise provocada pela passagem do Katrina em 2005. Bush foi muito criticado porque, enquanto as águas submergiam Nova Orleans, ele visitava McCain e os dois comeram um bolo em comemoração ao 69º aniversário do senador pelo Arizona. (Agências)

Muçulmanos de todo o mundo iniciaram na noite de ontem as celebrações do Ramadã, o mês mais sagrado no calendário islâmico. O Ramadã começa oficialmente antes do alvorecer da noite, com o nascimento da lua. Por um mês, os muçulmanos devem abster-se de comida, bebida e relações sexuais do alvorecer ao pôr-do-sol. A prioridade é dada às orações.

TERREMOTO Um terremoto de 6,1 graus na escala Richter atingiu as províncias de Sichuan e Yunnan, no sul da China, matando 27 pessoas. O tremor de sábado destruiu 180 mil residências e afetou pelo menos 800 mil residentes, informou a mídia estatal ontem. Em maio, Sichuan foi atingida por outro terremoto, que matou 70 mil pessoas.

sua vice, Sarah Palin, aparecerão na convenção em St. Paul, no estado de Minnesota, para aceitar a sua nomeação. O atual presidente dos EUA, George W. Bush, e seu vicepresidente, Dick Cheney, não devem comparecer ao evento de quatro dias para se concentrar na supervisão dos trabalhos em relação ao furacão, prestes a atingir Louisiana.

MÊS SAGRADO

Sigit Pamungkas/Reuters

Cartaz em Tbilisi, na Geórgia, pede fim à agressão russa.

presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, anunciou ontem que prestará assistência militar às províncias georgianas da Ossétia do Sul e da Abkházia e alertou que o domínio dos EUA na política mundial não é aceitável. Medvedev insistiu que não quer confronto com o Ocidente, mas responderá se for atacado. "Nós providenciaremos todo o tipo de assistência a essas repúblicas", disse o presidente russo. A decisão de Medvedev de reconhecer a independência das duas províncias georgianas provocou fortes críticas na comunidade internacional. Ele reafirmou que o reconhecimento russo à independência das duas regiões é o suficiente para elas iniciarem sua existência como Estados independentes. "Nós tomamos nossa decisão e não voltaremos atrás", declarou.

americanos", disse McCain. Segundo ele, apenas as atividades essenciais da abertura da convenção foram mantidas. "Não seria apropriado ter uma ocasião festiva enquanto uma tragédia possível está próxima", afirmou McCain em entrevista ontem à Fox News. Por causa do furacão, diversas perguntas permaneciam no ar, inclusive se McCain e


Economia

AGENDA

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Terça-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

O IBGE divulga o resultado da produção industrial em julho. Previsão de alta de 7,8%.

Sai nos EUA o Livro Bege, com análise do banco central (Fed) sobre a economia.

IBGE divulga o IPCA de agosto. Previsão dos analistas é de 0,32%, ante 0,53% de julho.

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sábado e domingo, 30 e 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Bolsa despenca 22% em três meses Volatilidade fez investimento passar de melhor aplicação do ano em maio para a pior em agosto FERNANDA PRESSINOTT

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trocadilho que diz que agosto é o mês do desgosto foi real para os investidores da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Pelo terceiro mês consecutivo, o Ibovespa – o principal indicador do mercado acionário brasileiro – apresentou desempenho ruim (queda de 5,25% até o dia 28), o que o faz somar uma baixa ao redor de 22% em três meses. As principais causas disso foram a queda nos valores das commodities metálicas e do petróleo no mercado internacional. Em contrapartida, o recuo desses preços gerou alívio temporário na inflação global. Aqui no Brasil, o primeiro indicador de custo de vida de agosto divulgado, o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), teve recuo de 0,32%, ante alta de 1,72% em julho. Com isso, os juros reais da economia ficaram maiores e as aplicações atreladas a eles, como fundos DI, renda fixa ou poupança, se sobressaíram em agosto (veja ranking ao lado). Isso não significa, porém, que o investidor deva largar de vez a bolsa de valores e aplicar apenas em produtos financeiros mais conservadores. "Não se sabe a duração da baixa da Bovespa. Quem aplicou para curto prazo está desesperado mas, para quem pensa no longo prazo, esse é o momento de comprar", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. Entretanto, afirma, para os que têm muita posição assumida na bolsa paulista é hora de avaliar se vale ainda ficar exposto às recentes oscilações ou se não é o momento de assumir algum prejuízo. Perspectivas Para os próximos 12 meses, a estimativa do administrador, com 95% de confiança, considerando a volatilidade do último ano e a inflação projetada, é de uma média de 53.400 pontos para o Ibovespa, com máxima de 90.500 e mínima de 31.500 pontos. Para este mês, o desempe-

tica do Banco Central. Mas permanecem como opções de diversificação para investidores moderados e agressivos. E a poupança, que rendeu 0,66% para o aniversário em 1º de agosto, também é válida como investimento para os mais moderados, principalmente para aqueles que não têm acesso a taxas administrativas de renda fixa e DI abaixo de 2,5%. Inflação em baixa

nho dos preços das commodities, indicadores da economia norte-americana e o resultado das empresas e bancos dos EUA continuarão influenciando o comportamento dos diversos mercados. Em função disso, Colombo diz acreditar que as bolsas mundiais permanecerão apresentando resultados ruins em setembro, inclusive a Bovespa. As opções com maior potencial de retorno são as bolsas do Japão, Áustria, Reino Unido e França (países desenvolvidos) e Malásia, Chile, Cingapura e Hong Kong (emergentes). No Brasil, a confirmação de recuo da inflação (a estimativa é de que o indicador oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA – desacerele para 0,32% neste mês) e expectativas sobre os próximos passos do Banco Central devem tomar a atenção dos analistas. Alguns acreditam que o ciclo de alta da taxa básica (Selic) deva parar; outros apostam em alta para até 14,25%

(hoje está em 13%). Com elevação ou manutenção da Selic, os fundos DI continuam uma opção interessante, pois seguem a política de juros do Banco Central. "Com o

recuo da inflação, os juros reais devem se tornar atraentes nos próximos meses. Em setembro, o rendimento bruto dos DIs deve ficar entre 0,7% e 1,05%, dependendo da taxa de

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administração", diz Colombo. Os fundos de renda fixa, que em agosto apresentaram rendimento pouco inferior aos DI, tendem a continuar oscilando com as incertezas sobre a polí-

Se por um lado a queda da inflação ajuda investidores de DI, renda fixa e poupança, é vilã para quem coloca o dinheiro em títulos indexados a indicadores de preços. Os atrelados ao IGP-M, por exemplo, tiveram péssimo resultado em agosto, por causa do recuo de 0,32% do indicador no mês. Mas ainda têm rendimento na faixa de 6,5% a 7,5% ao ano, além da variação do IGP-M, para quem aplicou há certo tempo. Os títulos indexados à variação do IPCA também não devem se mostrar tão rentáveis com as perspectivas de baixa do indicador. Entretanto, são importantes para diversificação de portfólio de investimentos, uma vez que estão rendendo de 7,5% a 9% ao ano, além da variação do IPCA. Em relação aos fundos cambiais, o mês passado mostrou um excelente resultado para os aplicadores: o dólar foi o campeão do ranking de investimentos. A razão foi sua forte valorização frente à maioria das moedas, inclusive o real. "Os fundos cambiais continuam como opção para diversificação de portfólio, como uma forma de seguro, para investidores com perfil conservador e moderado, com visão de longo prazo, caso o cenário fique mais incerto", avalia Fábio Colombo. O ouro teve queda forte no mês de agosto, de 3,23% (até a última quinta-feira), por causa do recuo da cotação no mercado internacional. Similar aos fundos cambiais, porém, continua uma opção conservadora para diversificação.


2 - ECONOMIA

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sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008


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ECONOMIA - 3

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Trajetória do cheque passo-apasso Saber como ocorrem as transações pode ajudá-lo a evitar problemas futuros NEIDE MARTINGO

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ocê sabe quando o cheque cai na minha conta? A pergunta é tão antiga quanto o uso de cheques no Brasil, mas a resposta gera dúvidas. Segundo o assessor técnico da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Walter Tadeu Pinto de Faria, o sistema de compensação é de responsabilidade do Banco do Brasil (BB). "Se o cheque tiver valor maior que R$ 300, o total será liberado na contacorrente de quem o recebeu em um dia útil. Se for inferior a essa quantia, o prazo é de dois dias. Mesmo nesse caso, o dinheiro sai da conta do emitente do cheque no dia seguinte, de-

pois de 'passar a noite' na compensação", afirma. Faria diz que 85% dos cheques compensados têm valores abaixo de R$ 300. "Por isso, os bancos precisam de um dia a mais para a compensação. O volume é muito grande, não há como fazer de forma mais rápida." Falta de fundos Ele afirma que o dinheiro sai da conta-corrente do emitente no dia seguinte ao depósito, mesmo que extrapole o limite, mas só vai para quem recebeu em dois dias. Isso porque o cliente que deu o cheque tem

esse dia adicional para depositar o valor que falta. Se isso não ocorrer ou houver algum outro problema, o banco precisará fazer a devolução. "O di-

Os motivos de devolução

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total aumenta", diz o assessor técnico da Febraban, Walter Tadeu Pinto de Faria. O código 11 corresponde à primeira apresentação de um cheque por falta de recursos do emissor. Já o 12 refere-se à segunda apresentação pelo mesmo motivo. "O cheque é depositado, vai para a compensação e é devolvido já no dia seguinte. O documento pode ser reapresentado no mesmo dia", diz Faria. O Banco Central cobra taxas da instituição em que o emissor tem conta. Na primeira de-

volução, R$ 0,35; na segunda, o valor é acrescido de R$ 6,82 – taxas repassadas aos clientes. Se não regularizar a situação em até 15 dias, o cliente pode ter o nome incluído no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). Os principais motivos, além dos códigos 11 e 12 são: conta encerrada (13), prática espúria (cheque clonado ou com adulteração, código 14); folha de cheque cancelada por solicitação do correntista (20), cheque sustado (21) e divergência de assinatura (22). DC

á várias razões para a devolução de um cheque. As mais comuns são as classificadas pelos números 11 e 12, usados para a falta de fundos. Só em junho deste ano, foram devolvidos 115 milhões de cheques no Brasil, 5,17% deles por esse motivo, de acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). "O número de devoluções de documentos por insuficiência de fundos é sazonal. Quando há volume grande de compras, como no Dia das Mães, o

nheiro fica em uma conta chamada reserva. Se o montante for liberado de forma imediata, como o banco vai fazer para retirar da conta do cliente, se quem emitiu não tinha fundos? Assim, o valor aparece bloqueado no extrato de quem depositou o documento." No caso de praças diferentes, os prazos para compensação são de três a quatro dias úteis. Se o acesso à praça do cheque for muito difícil, a compensação pode levar até 20 dias úteis. Segundo Faria, enquanto o dinheiro não cai na conta do favorecido, fica bloqueado também no banco do credor. "Os valores não podem ser utilizados pela instituição financeira", diz.

favorecido, cruzar os cheques emitidos, evitar canetas cedidas por estranhos e não utilizar as que possam ter a tinta facilmente removida. Além disso, é importante não deixar nenhum espaço em branco, para evitar inserções indevidas. "Cruzar o cheque é uma segurança a mais para quem o emite. Se a pessoa não tiver fundos, terá tempo de fazer o depósito do valor em sua conta, já que o cheque cruzado não pode ser sacado na boca do caixa, só depositado", afirma.

Já se você quiser sacar um cheque de valor alto no caixa, a recomendação é sempre avisar um funcionário da agência em que será feita a operação com um dia de antecedência. "A equipe de cada banco estabelece qual exatamente é um 'valor alto'. Mas, por motivo de segurança, as agências procuram não manter grandes quantias em dinheiro", diz Faria. Vale ainda lembrar que um cheque vale por 180 dias. Depois disso, será devolvido pelo motivo de cheque prescrito, modalidade pouco usada no meio bancário.

Previna-se Qualquer que seja o caso, os especialistas recomendam alguns cuidados para evitar problemas. Entre eles estão: habituar-se a preencher o nome do

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4 - ECONOMIA

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Ganhos com a recompra de ações Além da valorização dos papéis, operação beneficia investidor na hora de receber dividendos. Leonardo Rodrigues/e-SIM - 19/10/2007

SONAIRA SAN PEDRO

Q

uem investe em ações deve ficar atento aos anúncios de recompra de papéis feitos pelas companhias, que dispararam nesses tempos de alta volatilidade das bolsas de valores. Quando uma empresa decide comprar as próprias ações, é sinal de que ela acredita que o preço atual não reflete com justiça seus balanços e fundamentos econômicos. Além disso, mostra que espera lucrar com esses papéis quando os investidores perceberem o real valor que eles têm. Ou seja: a empresa considera seus papéis subvalorizados e deseja tirar vantagem disso. Das companhias que fazem parte da carteira do Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, que tem as ações mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), 15 estão em processo de recompra dos próprios papéis. Entre elas, Bradesco, Ambev, Duratex, Itaú e Sadia (veja detalhes das operações no quadro nesta página). "Isso porque elas realmente apostam em seu crescimento", afirma o operador sênior e c o n s u l t o r f i n a n c e i ro d a Tov Corretora de Valores, Decio Pecequilo. Para avaliar o negócio, o especialista afirma que é preciso observar a quantidade de ações que a empresa pretende recomprar e quanto dinheiro vai investir nessa operação, além do período em que vai acontecer esse processo de compra dos papéis. "Quanto maior o valor envolvido nessa op eração, melhor p ara os investidores", completa Pecequilo.

Os dividendos por ação aumentam quanto mais papéis a empresa adquirir. ALCIDES LEITE, PROFESSOR DE MERCADO FINANCEIRO

Paulo Pampolin/Hype - 27/07/2007

Entenda o processo A recompra de ações funciona da seguinte maneira: quando uma empresa com bons fundamentos econômicos considera que seus papéis estão sendo negociados no mercado por um valor muito abaixo do que calcula ser justo – e acredita que o preço subirá – ela avalia a possibilidade de recompra. Então, por lei, é obrigada a notificar os acionistas sobre como pretende adquirir os papéis, a quantidade que será comprada e em que prazo isso ocorrerá.

Bradesco Vida e Previdência S.A. CNPJ n o 51.990.695/0001-37 - NIRE 35.300.006.020 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Ata da 28a Assembléia Geral Ordinária realizada em 28.3.2008

Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de março de 2008, às 10h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesco Seguros S.A., única acionista da Sociedade. Verificou-se também a presença dos senhores Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, e Edison Arisa Pereira, representante da empresa Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Marcos Suryan Neto. Convocação: Dispensada a convocação por Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404, de 1976. Ordem do Dia: I. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007; II. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de dividendos; III. eleger os membros da Diretoria da Sociedade; IV. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social; V. designar o Diretor responsável pelo cumprimento do disposto na Resolução no 143, de 27.12.2005, que trata dos registros de apólices e endossos emitidos e dos cosseguros aceitos; VI. ratificar as seguintes designações: 1. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003: a) do Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Seguros; b) do Diretor responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) do Diretor responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei no 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 2. de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, do Diretor responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 3. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, do Diretor responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Deliberações: Pelo único acionista da Sociedade, foram tomadas as seguintes deliberações: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007, de conformidade com a publicação efetivada, em 28.2.2008, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 56 a 60; e “Diário do Comércio”, páginas 22 a 25; II. aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 26.3.2008, para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de dividendos, conforme segue: “Tendo em vista que a Sociedade obteve no exercício social encerrado em 31.12.2007 lucro líquido de R$1.394.902.345,40, propomos que seja destinado da seguinte forma: R$69.745.117,27 para a conta “Reserva de Lucros Reserva Legal de 2007”, e, adicionando-se a realização da Reserva de Reavaliação no valor de R$454.122,84, R$166.462.115,57 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007”; e R$1.159.149.235,40 para pagamento de dividendos, os quais foram pagos em 29.2.2008.”; III. para composição da Diretoria, foram reeleitos, com mandato de 1 (um) ano, até 28.3.2009, os senhores: Diretor-Presidente: Marco Antonio Rossi , brasileiro, casado, securitário, RG 12.529.752/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Diretor Gerente: Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794/SSP-SP, CPF 014.196.728/ 51, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Diretores: Eugênio Liberatori Velasques, brasileiro, casado, engenheiro, RG 07.293.428-4/IFP-RJ, CPF 445.999.357/00, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900; Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20; Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, Registro n o 44.902/OAB, CPF 770.025.397/87, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925; Jair de Almeida Lacerda Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 30.784.795-0/SSP-SP, CPF 750.204.247/49; Jorge Pohlmann Nasser , brasileiro, casado, securitário, RG 36.651.358-8/SSP-SP, CPF 399.055.270/87; Lúcio Flávio Condurú de Oliveira , brasileiro, divorciado, securitário, RG 1.692.514/SSP-PA, CPF 236.703.472/91; e Samuel Monteiro dos Santos Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826/IFP-RJ, CPF 032.621.977/34, todos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925, os quais permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2009 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos preenchem as condições previstas na Resolução no 136, de 7.11.2005, da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV. fixados: a) o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$8.000.000,00 (oito milhões de reais), a ser distribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social; b) a verba de até R$4.000.000,00 (quatro milhões de reais), destinada a custear os Planos de Previdência Complementar Aberta dos Administradores dentro do Plano de Previdência destinados aos Funcionários e Administradores da Organização Bradesco; V. designar o senhor Jair de Almeida Lacerda Júnior, Diretor, como responsável pelo cumprimento do disposto na Resolução no 143, de 27.12.2005, que trata dos registros de apólices e endossos emitidos e dos cosseguros aceitos; VI. ratificadas as seguintes designações: 1. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, os senhores: a) Jair de Almeida Lacerda Júnior, Diretor, como Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Seguros; b) Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, como responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei no 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 2. de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, o senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 3. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, o senhor Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. Assinaturas: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Marcos Suryan Neto; Administrador: Lúcio Flávio Condurú de Oliveira; Acionista: Bradesco Seguros S.A., representada por seus procuradores, senhores Carlos Laurindo Barbosa e Johan Albino Ribeiro; Auditor: Edison Arisa Pereira. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. aa) Jair de Almeida Lacerda Júnior e Eugênio Liberatori Velasques. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 262.419/08-7, em 14.8.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

As Lojas Americanas, por exemplo, acabaram de sair de um processo de recompra de 19,4 milhões de papéis diretamente do mercado. A operação durou um ano, de 30 de agosto de 2007 até a última sexta-feira. Há duas alternativas de procedimento. A compra de ações no pregão, diretamente do mercado, pode forçar os preços para cima. Como as aquisições têm de ser feitas em determinado período de tempo e o anúncio de recompra acaba valorizando os papéis, é possível que a empresa

tenha de pagar preços cada vez mais altos, beneficiando os investidores. Outro meio de recompra inclui uma oferta pública. Nesse caso, a companhia geralmente oferece por ação um valor mais alto que o predominante no mercado, para convencer os acionistas a vendê-las. Aposta no potencial "É importante considerar que a recompra de ações é a consciência do crescimento potencial futuro que a empre-

sa tem dela mesma, além da valorização do preço do papel no mercado", afirma Pecequilo. "No caso de bolsa de valores em baixa, a recompra indica que a queda pode estar perto do fim." Em situações de estresse e de desvalorização no mercado, programas de recompra tendem a reduzir perdas, já que a própria companhia se mostra como a primeira a garantir a demanda pelo papel sempre que os preços estiverem atraentes. Lucros e dividendos

A recompra é a consciência do crescimento potencial da empresa e valoriza o papel.

Quando uma companhia decide usar os recursos em caixa para adquirir suas próprias ações, ela distribui esse montante entre seus acionistas, mesmo que de forma indireta. Isso porque, depois de recompradas, essas ações são canceladas, o que diminui o número total de papéis no mercado e aumenta o valor de cada uma que continua sendo negociada. É bom lembrar que a cotação de uma ação é o resultado da divisão do valor da empresa pelo número de papéis negociados. Na hora de a companhia de capital aberto dividir os lucros e pagar os dividendos, como há menos papéis no

mercado, os acionistas ganham mais por cada papel. "Os dividendos por ação aumentam quanto mais papéis a empresa recomprar", diz o professor de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite. "Já o preço em que a ação será negociada depois disso dependerá do humor do mercado."

ÍNDICES

OS PREFERIDOS

DECIO PECEQUILO, OPERADOR SÊNIOR

Bolsa de Mercadorias s cartões do Banco do A O e Futuros e Bolsa de Brasil são os Valores de São Paulo preferidos na região (BM&FBovespa) lança hoje dois novos índices de ações. O primeiro, BM&FBovespa MidLarge Cap, reunirá as empresas de maior valor de mercado, que representam cerca de 85% da capitalização total da bolsa. Já o segundo, BM&FBovespa Small Cap, medirá o retorno das empresas de menor capitalização. As ações serão selecionadas de acordo com sua liquidez e serão ponderadas pelos papéis que estão em circulação no mercado (free float).

Sudeste do País, com 78,2% de escolha na base local de possuidores de cartão. A conclusão é de uma pesquisa feita pelo Instituto Medida Certa e divulgada semana passada no C4 - Congresso de Cartões de Crédito ao Consumidor. No ranking dos "mais queridos" vêm, na seqüência, os plásticos do Unibanco, Bradesco, Itaú, Real, Citibank e CEF. Entre os cartões de loja, a C&A lidera, seguida por Renner e Wal-Mart. A pesquisa foi feita em 10 regiões metropolitanas do País.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ECONOMIA - 5

Economia

CAIXA 1 O seu consultor financeiro Fotos: Milton Mansilha/LUZ

Franquia de alimentação ganha as ruas

Quase não há diferença entre o faturamento das lojas que estão dentro ou fora dos shoppings.

Surgem cada vez mais oportunidades fora dos shopping centers NEIDE MARTINGO

E

scolher o ponto é uma das questões mais difíceis para quem quer ter um negócio próprio. Tradicionalmente, abrir as portas dentro de um shopping center era o que buscava a maioria dos aspirantes a empreendedores. Mas essa tendência está mudando. De acordo com George Alexandre, gerente de operações da rede Bon Grillê, franquia do segmento de alimentação especializada em grelhados, existem boas oportunidades de negócios fora dos centros de compras. "Das 53 lojas da nossa rede, 50 estão em shoppings. Nos próximos três anos, no entanto, 25% das unidades estarão nas ruas", afirma. "O custo de operação, cobrado pelos shoppings, chega a 20% do aluguel do espaço. Esse gasto que não existe se a loja estiver na rua", observa Alexandre. "E quase não há diferença entre o faturamento das lojas que estão dentro ou fora dos shoppings", acrescenta o gerente de operações. Segundo ele, o faturamento da rede neste ano deve ter um crescimento de 12% em comparação com o resultado do ano passado. "Os consumidores estão comendo fora de casa com mais

GEORGE ALEXANDRE

freqüência. E o aumento da renda fez com que pessoas pertencentes à classe C começassem a sair para fazer refeições", afirma. A primeira loja de rua da rede Bon Grillê foi aberta há pouco mais de uma semana pelo franqueado Fernando Santos. A unidade pioneira fica no bairro do Brooklin, na zona sul da capital paulista. Ele já tem duas outras lojas em shoppings, no D&D e no Internacional de Guarulhos. "Se estivesse no shopping, a nova unidade teria custado 30% mais. Há seis anos, instalar uma unidade em um centro de compras era muito mais barato. O investimento foi ficando cada vez mais alto", diz o franqueado. A expectativa do empresário é muito positiva. "O desafio dessa empreitada é o fato de que o próprio shopping atrai o movimento para a loja. Já quem está na rua tem a missão de despertar o interesse do cliente", afirma. Tendência Pesquisa realizada pela ECD, consultoria especializada em serviços de alimentação, a pedido da Associação Brasileira de Franchising (ABF), mostra que a presença das lojas de alimentação no shopping deve cair. Em

GR

SERVIÇO

Das 53 lojas Bon Grillê, 50 estão em shoppings. Em três anos, 25% das unidades estarão nas ruas.

compensação, há forte tendência do crescimento de abertura de unidades nas ruas. Em 2006, do total de empresas desse segmento, 56,8% estavam em shoppings. Esse índice poderá cair para 50,4% neste ano e para 39% em 2010. Já as lojas nas ruas, que tinham participação de 33,4% em 2006, podem passar para 41,3% neste ano e chegar a 55,6% em 2010. "Os custos de ocupação em shoppings estão muito altos. A economia está crescendo, mas não é possível absorver o reajuste desses valores", afirma o coordenador do levantamento, João Baptista da Silva Júnior. "Os empresários registram queda na rentabilidade porque não podem repassar para o consumidor as altas de despesas de ocupação e dos preços das commodities." Apesar desses problemas, a expectativa para este ano é positiva. "Em 2006, os empresários das redes de alimentação previam crescimento de receitas para 2007 de 13%. Mas o índice

chegou a 18%. No ano passado, a projeção para 2008 também indicava 13%, patamar que deverá ser novamente ultrapassado", diz Silva Júnior. Novos mercados O coordenador da pesquisa diz que estão surgindo novos mercados para os empresários do setor. "As refeições coletivas também são rentáveis. Algumas companhias compram franquias de redes conhecidas e instalam uma loja dentro de determinada empresa para atender os funcionários", afirma. Para o levantamento, foram ouvidas 41 empresas, que têm 3.572 lojas, responsáveis por 64% do faturamento das franquias do setor de alimentação. Em 2007, todo o segmento de franchising registrou faturamento de R$ 46 bilhões. As 241 redes de alimentação, com 7.046 pontosde-venda, responderam por 17% do valor, com R$ 7,5 bilhões. "A alimentação é o segmento em franquias que

mais oferece rentabilidade. Logo depois aparece esporte, saúde, beleza e lazer, com R$ 6,7 bilhões. Em terceiro lugar está a área de educação e treinamento, com R$ 4,7 bilhões", destaca.

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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado e domingo, 30 e 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2008

1 O governo só se preocupa com a Cracolândia. Donizetti Massa Medeiros, comerciante

Fotos de Mario Miranda/Luz - 28/08/2008

Comerciantes da tradicional rua do Centro querem que a via, conhecida pelo comércio de equipamentos fotográficos, volte a viver seus dias de glória, transformando-se em um bulevar. Projeto de revitalização, orçado em cerca de R$ 2 milhões, prevê exposições fotográficas, troca do piso e abertura do calçadão para veículos de serviços.

Até a década de 80, a rua Conselheiro Crispiniano reunia cerca de 70 lojas de equipamentos fotográficos. Aluguel caro espantou os comerciantes.

Conselheiro Crispiniano quer sair bem na foto Rejane Tamoto

A

rua Conselheiro Crispiniano, no Centro, quer voltar a respirar fotografia como há 40 anos, quando ganhou a fama de endereço comercial de materiais fotográficos para profissionais e amadores. O projeto, do presidente da Ação Local Ramos de Azevedo da Associação Viva o Centro, Márcio Arroyo, de 57 anos, é transformar a rua em um bulevar, com a abertura do calçadão para a passagem de veículos de serviços, troca de piso e a instalação de painéis onde serão expostas cerca de 70 fotografias por mês. A idéia é buscar patrocinadores com o mesmo gestor de captação de recursos que viabilizou o projeto de reforma que está em andamento na praça da Liberdade. O custo das obras na rua Conselheiro Crispiniano está estimado entre R$ 1,5 e R$ 2 milhões. O projeto ainda será apresentado oficialmente aos órgãos responsáveis da Prefeitura. "Já tivemos um contato inicial e a Prefeitura autorizou a colocação dos painéis removíveis aos sábados para expor as fotografias. A previsão é montar a primeira exposição em setembro ", disse Arroyo. Bondes – Segundo ele, a abertura do calçadão remontaria aos tempos em que a via era aberta à circulação de bondes. "Antigamente, fazíamos exposições na galeria da loja Cinótica e muitos fotógrafos paravam para observar e discutir os aspectos técnicos das fotos. Eram discussões de altíssimo nível. É isso o que eu quero resgatar", disse Arroyo. O projeto, diz ele, também resgata o trabalho de seu pai, Alberto Arroyo (1916-2008), o primeiro comerciante de materiais fotográficos da rua. "Ele começou como sócio da Fotóptica em 1950, no número 49 da rua

Conselheiro Crispiniano. Naquela época, ele decidiu investir no Centro Novo. Em 1960, passou a comerciante e abriu a Cinótica, que foi vendida em 1994", contou. Segundo Arroyo, o auge da fama de rua da fotografia da Conselheiro Crispiniano ocorreu ao longo da década de 70 até o começo dos anos 80. "A rua reunia 70 empresas do ramo de fotografia, entre a rua Sete de Abril e a praça Ramos. Aos sábados, sempre fervilhava de pessoas do interior paulista e de todo o Brasil para pesquisas e compras", conta. Êxodo – De acordo com o proprietário da loja Chromur, Donizetti Massa Medeiros, de 53 anos, a atual quantidade de estabelecimentos que vendem materiais fotográficos é apenas de 10% do que havia há 32 anos, quando ele começou a trabalhar na rua Conselheiro Crispiniano. O que levou ao êxodo destes comerciantes na região, na opinião de Medeiros, foram vários fatores, que passam pela concorrência desleal do comércio informal de materiais fotográficos da rua 25 de Março e pela valorização do valor do aluguel das lojas da rua. A chegada do formato digital também mudou o perfil dos estabelecimentos, que precisam cada vez menos de espaço. "O valor do aluguel de uma loja na rua chega a R$ 9 mil/mês. Muitos comerciantes não agüentaram e aqui, que sempre foi a rua da fotografia, está virando a rua das lanchonetes", disse. Com cerca de cinco portas de comércio fechadas, a rua Conselheiro Crispiniano foi ocupada por outros tipos de estabelecimentos, como os de alimentos e de eletrodomésticos. O calçadão, que é o alvo de revitalização pela Ação Local Ramos de Azevedo, ainda é ocupado por cerca de 10 barracas de ambulantes e grupos de moradores de rua. "Há tam-

Márcio Arroyo: resgate do movimento de consumidores de todo o País

bém um prédio público abandonado. É preciso revitalizar esta rua do Centro, mas o governo só se preocupa com a Cracolândia", disse. Mesmo com todos esses problemas, Medeiros acredita na reviravolta, já que a rua ainda é a da fotografia. "Eu atendo

clientes que vêm do interior e a maior parte são estudantes universitários, que buscam material de fotografia branco e preto", disse. Segundo ele, o bulevar deve resgatar justamente este comércio tradicional de fotografia e atrair não só clientes mas também lojistas.

Segundo comerciantes, a rua da fotografia virou a "rua das lanchonetes"


Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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INVASÃO TELEFÔNICA É REPUDIADA

Políticos e instituições reagem aos grampos

Que aprendam a lição. O telefone do presidente também não está a salvo. Arthur Virgílio

Geraldo Magela

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Andre Dusek/AE - 12.12.07

Espionagem telefônica no STF e no Senado provoca indignação, revolta e cobrança de providências

O

presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), defendeu ontem o afastamento de todos os suspeitos envolvidos no episódio da suposta escuta telefônica ilegal envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "Mais uma vez, é uma crise criada dentro do próprio governo", afirmou. Segundo ele, "nem medidas nem suspensões temporárias resolvem". Ele se referia a uma especulação que circulava no Congresso de que o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, poderia ser afastado do cargo somente até a conclusão das investigações. "O governo deve punir. A anarquia chegou ao limite. É preciso fazer uma limpeza geral com o afastamento de todos os suspeitos." Sérgio Guerra confirmou

Guerra: "O governo deve punir. A anarquia chegou ao limite. É preciso fazer uma limpeza geral".

para amanhã a reunião da executiva do PSDB, quando será analisado o episódio. 'Abominável' – O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), classificou ontem o caso como "abominável" e pediu punição exemplar para os responsáveis pela espionagem telefônica. Com base no que leu sobre as suspeitas de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) esteja por trás de grampos ilegais, Aécio disse que é preciso precaução para que órgãos de inteligência "não se transformem em instrumentos de ataque, de atentado e de instabilidade ao estado de direito". Ele lembrou a manifestação feita na véspera pelo vice-presidente da República, José Alencar, que considerou a espionagem ilegal uma "prática intolerável num regime democrático". "Qualquer tipo de intromissão na vida pessoal de qualquer cidadão, seja ele uma figura pública ou não, é abomi-

Pedro Silveira/AE

Aécio: "Intromissão na vida de qualquer cidadão é abominável"

nável e deve ser repelido com absoluto rigor pelo próprio governo e pelos outros poderes constituídos do País", afirmou o governador mineiro. "Estamos vivendo um momento delicado e tenho certeza que o próprio governo compreende que isso é contra o estado de Direito. É preciso que o Congresso Nacional, o Poder

Judiciário e que o próprio Poder Executivo encontrem caminhos para inibir esse tipo de intromissão na vida individual de quem quer que seja". Grampeados reagem – O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que teve grampeada uma conversa com o presidente do STF, Gilmar Mendes, exigiu do presidente

Luiz Inácio Lula da Silva que se antecipe a tudo e anuncie medidas que restabeleçam a credibilidade do governo. "O presidente tem de provar que controla a situação, que não é refém de um grupo de bandoleiros, renegados, bandidos e malfeitores hoje instalado no serviço de inteligência". Demóstenes disse que vai conversar com o presidente do Senado, Garibaldi Alves, para estudar o que fazer. "Nós vamos reagir". Ele não propõe o fim da Abin, porque acha que a agência é necessária para qualquer governo. Só não aceita que seus integrantes fiquem fazendo grampos ilegais. "Alguém tem de explicar qual é a razão por terem grampeado o presidente do Supremo e um senador, e mais senadores e ministros, e altas autoridades do governo. Querem investigar o quê?" Arthur Virgílio – "Nós, do PSDB, oferecemos ao PT e ao

presidente Lula uma bela transição com democracia consolidada. Não se ouvia falar disso no governo FHC", lembra o líder Arthur Virgílio (AM), que foi ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso e que também teria sido grampeado por arapongas. Ele considera inadmissível essa invasão de privacidade e sugere ao presidente Lula que aproveite o momento para fazer "uma grande reflexão". O tucano entende que foi a forma como o governo tratou a informação que gerou "o monstro" que está aí. A seu ver, tudo isso é fruto do equívoco que praticam quando desmontam as agências reguladoras e colocam apadrinhados para comandá-las. "Que aprendam a lição. O telefone do presidente não está a salvo, porque o presidente é seu secretário particular, seu ajudante de ordens, seu chefe da Casa Civil", adverte o senador. Indignação – A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) avalia que a escuta telefônica clandestina que atingiu o STF "demonstra o descontrole do governo sobre seu serviço de inteligência". Em nota, a entidade, que abriga 15 mil juízes, manifestou ontem "indignação e preocupação com os grampos ilegais que se alastram no País". Mozart Valadares, presidente da AMB, considera que "essa prática afronta a população como um todo, pois coloca em risco as liberdades individuais e coletivas duramente conquistadas após anos de ditadura". Para Valadares, o grampo no STF pode representar "a tentativa de se implantar no país ações policialescas e nefastas ao Estado Democrático de Direito". (AE)

CNJ deve criar central de registros de escutas legais

Espionagem telefônica é fácil de fazer. E não é crime

Conselho Nacional de Justiça quer reunir informações para evitar abusos

Comprar aparelhos para grampear o telefone alheio é simples. Até pela internet

discutir os últimos detalhes de uma resolução que deverá ser aprovada na próxima semana, em reunião do Conselho. Há um consenso de que as decisões judiciais que determinam as interceptações são, em geral, muito genéricas e têm problemas de fundamentação. Também não existem estatísticas sobre as decisões que ordenam essas interceptações. Amanhã é provável que sejam divulgadas por esse comitê recomendações aos juízes que ordenam grampos telefônicos. Nessas recomendações, deverão ficar claros os parâmetros para que seja autorizado um grampo. Na próxima terça-feira, o CNJ, que também é presidido por Gilmar Mendes, deverá

aprovar uma resolução específica sobre grampos. Também deverá ser criada uma central no Conselho com informações sobre todas as interceptações determinadas pela Justiça. Entre essas informações estarão a quantidade de grampos em andamento no País e o tempo de duração deles. Essa central será inspirada em um trabalho já realizado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Tribunais em todo o país estão autorizando grampos. Está ainda em discussão no CNJ a criação de um braço na corregedoria do órgão para cuidar das suspeitas de eventuais desvios cometidos pela PF ou outros órgãos na execução de interceptações telefônicas. (AE)

Governo evoca transparência para justificar decisão na Abin Em nota, Planalto pede que Congresso agilize trâmite de lei sobre grampos

E

m nota oficial, na qual justifica o afastamento temporário de toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o que atinge o diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, o Palácio do Planalto informa sobre a abertura de inquérito policial para investigar as denúncias que saíram na imprensa e anuncia medidas de combate a grampos ilegais. O exemplo citado é o da elaboração de um projeto de lei que "agrave a responsabilidade administrativa e penal dos agentes públicos que cometerem ilegalidades no tocante a interceptações telefônicas". O texto da nota à imprensa relembra ainda os direitos do cidadão à privacidade e intimidade.

Leia a íntegra: Nota à imprensa O Presidente da República, após ouvir a coordenação de governo sobre a denúncia de interceptação ilegal de telefonema do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, decidiu: 1) referendar o pedido do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Felix, ao ministro da Justiça, Tarso Genro, de abertura de inquérito policial pela Polícia Federal para investigar os fatos; 2) para assegurar a transparência do inquérito, afastar temporariamente a direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) até o final das investigações; 3) manifestar a expectativa

de que o Congresso Nacional aprove o mais rápido possível o PL 3272/08, de iniciativa do Poder Executivo, que regula e limita as escutas telefônicas para fim de investigação policial; 4) determinar ao Ministério da Justiça a elaboração, em conversações com o Supremo Tribunal Federal, de projeto de lei que agrave a responsabilidade administrativa e penal dos agentes públicos que cometerem ilegalidades no tocante a interceptações telefônicas e de qualquer pessoa que viole por meio de interceptação o direito de todo cidadão à privacidade e à intimidade. Brasília, 1º de setembro de 2008 Secretaria de Imprensa da Presidência da República

Fernando Vieira

Q

ualquer um pode se tornar um araponga ou – por que não? – um agente da Abin em tempos de escutas no Planalto. Grampear um telefone ficou fácil e hoje, praticamente, ao alcance de todos. Os equipamentos são encontrados sem esforço em muitas lojas de produtos eletrônicos e em milhares de sites que surgem na tela do computador, apenas com uma busca simples na rede mundial de computadores. O preço varia bastante e tem até delivery. Vai do gosto do cliente. Em cerca de uma hora de procura na rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, foi possível encontrar sete pontos de venda de equipamentos de escutas telefônicas. Os modelos são variados assim como os preços. O equipamento mais comum funciona por radiofreqüência. A caixinha com o transmissor é pequena e mede em torno de dois por dois centímetros com um de altura. Dela saem dois fios: um deve ser conectado na linha e outro é o terra, segundo o vendedor. "Pode ser colocado em qualquer ponto da linha, desde a central telefônica", explica. A partir daí, a conversa já está grampeada. Para ouvir o que se fala, basta sintonizar a radiofreqüência indicada no equipamento em qualquer aparelho de rádio. O raio de alcance mínimo é de 50 metros e o máximo de 80 metros. Não existe interferência na linha: "Não dá para perceber. A pessoa fala normal e sem ruído", garante o vendedor. O preço médio da "caixinha do grampo" é de R$ 450,00. Se precisar do rádio, será preciso investir mais R$ 200,00. Tudo sem pechincha.

Milton Mansilha/LUZ- 08/07/2005

O

Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo do Judiciário, vai apressar a decisão de criar uma central de registro dos grampos autorizados pelo Judiciário. E pode, ainda, criar um braço de correção da PF dentro do próprio Conselho para evitar abusos. Diante do escândalo da intercepção de uma conversa telefônica envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o CNJ decidiu acelerar a aprovação dessas regras a serem seguidas por juízes para decretar interceptações telefônicas. Um grupo de conselheiros do CNJ vai se reunir hoje para

Em outra loja, a vendedora não tinha o equipamento, mas se apressou em dizer que poderia fazer a entrega posterior, na casa do cliente. Internet –O delivery também funciona, principalmente, via internet. Existem sites

nacionais e estrangeiros, onde são encontrados diversos modelos. Dependendo da tecnologia, o céu é o limite quando o assunto é preço. Existem ainda modelos bem mais baratinhos. Porém, indiscretos e até ultrapassados. Exemplo disso é o "kit grampo" formado por uma espécie de adaptador com duas entradas para o fio da linha. Entre eles, deve ser conectado um gravador, que pode ser o tradicional K7 ou o digital. O primeiro kit custa R$ 100,00 e, o segundo, o dobro. O inconveniente é ter de disparar a gravação manualmente nesses casos. Seja moderno ou antigo, é importante destacar que o comércio de equipamento de escuta não é proibido. O crime está na interceptação telefônica realizada contra terceiros sem autorização da Justiça, que tem pena prevista de dois a quatro anos de reclusão, de acordo com a Lei 9296/96.

VOTORANTIM FINANÇAS S.A. Companhia Aberta - CVM nº 01898-8 CNPJ nº 01.386.256/0001-41 - NIRE nº 3530018054-2 Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.954, 10º andar, conjunto 104, parte, CEP 01451-000, São Paulo - SP

FATO RELEVANTE Nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM“) nº 358, de 30 de janeiro de 2002, conforme alterada, e para os fins do disposto no artigo 7º da Instrução da CVM nº 471, de 6 de agosto de 2008 (“Instrução CVM 471“), Votorantim Finanças S.A. vem ao público comunicar que, em assembléia geral extraordinária realizada em 26 de agosto de 2008, foi aprovada, por unanimidade, a realização da quinta emissão de debêntures pela Companhia para distribuição pública (“Oferta“), e que, nesta data, foi protocolado perante a Associação Nacional dos Bancos de Investimento - ANBID (“ANBID“) o pedido de registro da Oferta, que será submetido ao procedimento simplificado previsto na Instrução CVM 471 e no convênio celebrado entre a CVM e a ANBID para tal fim. A Companhia informa, ainda, que o início da Oferta será divulgado após o registro da Oferta pela CVM, por meio de anúncio de início de distribuição. São Paulo, 2 de setembro de 2008 Milton Roberto Pereira Diretor de Relação com Investidores


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

CANDIDATOS SE DIVIDEM ENTRE PLENÁRIA E AS RUAS

Marta diz que Sonho renovado Kassab O esqueceu dos transportes

CENAS DE CAMPANHA

Eymar Mascaro

s democratas ainda comemoram a queda no índice de rejeição a Gilberto Kassab (de 32% para 26%), como constatou a pesquisa Datafolha no último fim de semana. Além disso, os democratas enalteceram o crescimento no índice de aprovação ao prefeito, que passou de 40% para 44%. Em outra pesquisa, a do Ibope, o prefeito cresceu quatro pontos. Em contrapartida, a liderança continua com Marta Suplicy, apesar de ter oscilado dois pontos para baixo (de 41% para 39%). No Datafolha, Alckmin alcançou os mesmos 24% da pesquisa anterior; mas, no Ibope, o tucano fechou com 22% de intenção de voto.

PROJEÇÃO A pesquisa Datafolha revelou ainda que, num eventual segundo turno, Marta e Alckmin alcançariam 46% da votação cada um. O tucano melhorou em relação à pesquisa anterior.

ATAQUE Kassab vai continuar atacando a candidata do PT, ainda com o objetivo de polarizar a campanha com Marta. A petista está forte nas duas principais regiões eleitorais do município, as zonas leste e sul.

PONTOS Curiosamente, Kassab cresceu dois pontos no Datafolha – foi de 14% para 16% – enquanto Marta caiu de 41% para 39%. Os democratas preferem acreditar que a polarização entre o prefeito e a petista está dando certo.

DECISÃO Os partidos admitem que os apoios de Lula a Marta e o de Serra a Alckmin e Kassab podem ajudar a decidir a eleição. Detalhe: o apoio de Serra continua sendo explorado mais pelo prefeito do que pelo tucano.

POPULARIDADE Lula e Serra são os principais líderes do PT e PSDB, respectivamente. O governador promete entrar de corpo e alma na campanha no segundo turno, seja em apoio a Alckmin, seja ao lado de Kassab. Por enquanto, prefere ficar distante.

CAUTELA O presidente Lula está apoiando Marta, mas com muito cuidado. O presidente tem medo de misturar a ação de governo

com apoio pessoal. Em tempo: a candidata explora a imagem de Lula nas campanhas de rua, no rádio e na televisão.

ANÁLISE Pelos cálculos dos democratas, se Kassab crescer mais quatro pontos em cima de Alckmin, empata o jogo com o tucano, porque a diferença entre os dois no Datafolha caiu para oito pontos.

CRÍTICA Kassab, contudo, não pretende mudar o rumo da campanha. O prefeito não pensa em atacar Alckmin. Seu objetivo é continuar fustigando Marta. Kassab insiste em comparar sua gestão com a da petista.

PREFERÊNCIA Marta também escolheu o prefeito para polarizar a campanha. A petista acredita que, num eventual segundo turno, seria mais fácil enfrentar Kassab do que Alckmin.

DIVULGAÇÃO Geraldo Alckmin vai insistir em divulgar seu programa de governo com as melhores propostas. O tucano é de opinião de que o eleitor não aceita ofensas pessoais entre os candidatos. Alckmin vai continuar apontado os problemas fundamentais da cidade.

CANDIDATURA O deputado Ciro Gomes (PSB) voltou a admitir que pode ser candidato a presidente pela terceira vez. O deputado foi além, admitindo que Lula pode ter mais de um candidato de sua base em 2010.

Danilo Verpa/FI

Para a candidata do PT, faltou percepção ao prefeito

A

candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, disse, ontem, que o prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), não teve a percepção da crise de transportes que atinge a cidade. "Todo mundo acreditou que São Paulo iria crescer, menos a Prefeitura de São Paulo", disse ela, destacando que houve falta de planejamento nesse setor. "Deixaram a CET sucatear", disse a petista, classificando de "um horror" a tentativa fracassada da atual administração em fazer um corredor exclusivo para motos na Avenida 23 de Maio. As críticas foram feitas durante uma sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo, que se repetirá com os demais candidatos. Além de falar mal sobre a atual gestão municipal, Marta disse que o Estado de São Paulo é governado há 14 anos pelo PSDB e, além disso, o partido governou o País por oito anos

(gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e nem por isso houve melhorias significativas na área de transporte na capital paulista. Sem culpa – Marta eximiu sua administração de responsabilidade por não ter alocado recursos para a expansão do metrô, sob o argumento de que herdou uma prefeitura muito endividada, tendo, portanto, de organizar as finanças. A candidata petista voltou a criticar a administração do atual prefeito, dizendo que Kassab preferiu acumular superávit (de cerca de R$ 2 bilhões) em vez de investir mais nos transportes, em especial no metrô. Na sabatina, a candidata do PT disse também que fez mais creches do que as gestões anteriores. "Sei, como psicóloga, da importância de uma creche decente. Vou fazer o máximo que puder", disse Marta, reiterando que "não pretende fazer promessas que não pode cumprir, mas pretende fazer o melhor que puder".(AE)

Candidata cancela debate na Associação Comercial de São Paulo

Moacyr Lopes Jr./FI

Valéria Gonçalves/AE

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT), acima, Geraldo Alckmim (PSDB), na foto do meio, e Gilberto Kassab (DEM), ao lado, cumpriram à risca o ritual quase obrigatório dos que disputam um cargo público: mostrando disposição, começaram a semana percorrendo as ruas da cidade, se misturando à população e disputando a atenção num corpo-a-corpo com os eleitores. Patrícia Santos/AE

Marta seria a terceira candidata a expor programa

M

arta Suplicy, que concorre à Prefeitura de São Paulo pelo PT, cancelou a participação que teria ontem no ciclo de palestras que vem sendo realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com os candidatos à Prefeitura paulista. Já participaram das palestras Gilberto Kassab (DEM) e Paulo Maluf (PP). A candidata do PT, que lidera as pesquisas de intenção de votos, recebeu o convite por ofício. Sua assessoria de imprensa, no entanto, informou ontem que enviou um e-mail para a Associação Comercial com data do último dia 26 de agosto, sexta-feira, cancelando o compromisso. O que causou estranheza dentro da ACSP, uma vez que a própria assessoria não confirmou, com a Associação, o recebimento do e-mail na data informada.

O e-mail enviado não foi identificado pela ACSP, que apenas ontem, às 15 horas (a palestra estava marcada para às 17 horas), tomou conhecimento do cancelamento, após ter feito uma ligação feita para a assessoria de Marta Suplicy com o intuito de acertar detalhes da recepção à candidata na sede da ACSP. A plenária da qual Marta Suplicy participaria tem duração de duas horas, durante as quais o candidato tem a oportunidade de apresentar as principais diretrizes de seu plano de governo, discutir os problemas da cidade e responder às perguntas dos associados. Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o ciclo de debates atesta o caráter apartidário e democrático da Associação. "Lamentamos a ausência da candidata Marta Suplicy no debate", disse. (DC)

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INDEFINIÇÃO A segunda vaga no segundo turno está indefinida e, pelas pesquisas, é disputada entre Alckmin e Kassab. A outra vaga está sendo assegurada por Marta Suplicy. A candidata petista mantém cerca de 40% de preferência eleitoral em todas as pesquisas.

O que eu não queria era ser expulso do PT, partido do qual sou apaixonado Deputado Jorge Babu

Petista Jorge Babu, acusado de liderar milícia, tem punição branda

A

cusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por formação de quadrilha e extorsão, o deputado estadual Jorge Babu (PT) teve punição branda determinada ontem pela executiva regional do partido: suspensão dos direitos partidários por dois meses. Ontem mesmo foi aberto processo na comissão de ética, que terá o mesmo prazo para apresentar o parecer final. Presente à reunião, Babu, suspeito de liderar uma milícia na zona oeste, comemorou o resultado. Questionado sobre a suspensão, disse estar "muito satisfeito". "O que eu não queria era ser expulso do PT, do partido pelo qual sou apaixonado. Queria tempo para me defender, eu quero ser investigado. Não sou miliciano", declarou. O presidente do PT fluminense, Alberto Cantalice, disse que a suspensão "é a punição máxima" prevista pelo estatuto, nesta altura do processo, quando ainda não há uma recomendação da comissão de ética. "O estatuto não prevê expulsão sumária", explicou. A suspensão dos direitos partidários significa que Babu não pode participar de reuniões do

PT nem se apresentar como representante do partido. Segundo Cantalice, a bancada petista na Assembléia Legisladecidirá os limites da atuação do deputado como representante do PT no Legislativo. Efeito – Há pouco efeito prático na punição. Babu já não participava das reuniões com os colegas deputados e não seguia a orientação da bancada nas votações. Na votação que decidiu pela soltura do deputado Álvaro Lins (PMDB), suspeito de corrupção, lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e formação de quadrilha, Babu votou a favor do peemedebista, contrariando a orientação da bancada. Lins foi solto, teve o mandato cassado e voltou para a cadeia. A reunião de ontem expôs as divergências internas do PT do Rio. Um dos integrantes da executiva acusou a direção estadual de não levar adiante processos contra petistas, incluindo Babu. Em 2004, após ser preso pela Polícia Federal em uma rinha de galo, Babu, então vereador, foi expulso pelo PT municipal. Recorreu ao PT Nacional, que devolveu o caso à executiva regional. Ainda não há decisão. (AE)


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nacional Finanças Negócios Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BRASILEIROS QUEREM FAZER ACORDO COM BRITÂNICOS

244,8

mil carros foram vendidos no mês de agosto. A expectativa inicial era de venda de 265 mil.

Yoshikazu Tsuno/AFP

André Penner/e-Sim

Sem Doha, hora de acordos bilaterais. mpresários brasileiros pediram ontem ao E ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, o início de negociações para um acordo bilateral com o Reino Unido. Com o fracasso da Rodada Doha, eles sugeriram que o acordo seja feito nos mesmos moldes que o fechado pelo México, que prevê redução de impostos no comércio bilateral. Jorge afirmou que

CONSTRUTORA TENDA E GAFISA JUNTAS incorporadora Gafisa e a construtora Tenda anunciaram ontem um acordo para a integração societária das atividades da Tenda e da Fit Residencial Empreendimentos Imobiliários, subsidiária da Gafisa. Concluída a operação,

a Gafisa passará a ser dona de 60% do capital total e votante de Tenda. Na semana passada, o diretor da Tenda, André Vieira (foto), disse que a empresa ainda estava analisando as melhores opções para levantar recursos.

Ações

Portabilidade

Visanet protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro para realizar uma oferta pública secundária de ações. A operação será coordenada pelo Banco Bradesco de Investimentos.

Agência Nacional de TeA lecomunicações (Anatel) informou que no primeiro dia

A

A

de implementação da portabilidade numérica foram registrados 1.208 pedidos de troca de companhia telefônica com a manutenção do número do telefone. A região que registrou maior volume de solicitações de mudança foi Goiás (DDD 62), com 357 solicitações de troca de operadora.

Pablo de Sousa/Cia de Luz – 6/3/2006

ÍON CONTRA GRIPE AVIÁRIA – A fabricante de equipamentos eletrônicos japonesa Sharp anunciou ontem o "plasmacluster". O produto é capaz de eliminar do ar o vírus H5N1, causador da gripe aviária, em dez minutos.

Reviravolta

M

RECORDE DE VENDAS NO BRASIL PSA Peugeot Citroën informou ontem que registrou em julho o melhor desempenho de vendas de veículos desde que se instalou no Brasil, em 2001. No mês passado, o grupo comercializou 15.861 carros de passeio e comerciais leves de suas marcas no mercado brasileiro, batendo o antigo recorde de 14.457 unidades, de abril de 2008. As vendas representam um aumento de 44,6% em relação a igual mês do ano passado, quando a empresa vendeu 10.968 unidades.

A

Vendas de carros caíram 15%

A

s vendas de veículos somaram 244,8 mil unidades no mês passado, um recuo de 15% em relação a julho, mês recorde para o setor, com 288,1 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Ainda assim, foi o melhor agosto da história da indústria automobilística brasileira. O setor iniciou o mês passado com projeções de vender 265 mil veículos. No ano, as vendas acumulam aumento de 26,3% na comparação com o período de janeiro a agosto de 2007, ante um crescimento que vinha sendo mantido na casa dos 30%. De janeiro a agosto, as vendas somam 1,94 milhão de unidades, sendo 1,84 milhão de

automóveis e comerciais leves (15,3% menos que em julho) e o restante de caminhões e ônibus. Os dados consolidados do setor, incluindo produção e exportações, serão divulgados no dia 4 pela Anfavea, entidade que representa as montadoras. Na comparação com agosto de 2007, quando foram vendidos 235,2 mil veículos, as vendas aumentaram 4%. No setor de automóveis e comerciais leves, a alta foi de 3,2%, com 331,3 mil unidades vendidas. Para setembro, as montadoras apostam que os resultados serão melhores que os de igual mês de 2007, quando os negócios atingiram 204 mil veículos. Peças – Já o Sindicato Nacional da Indústria de Componen-

encaminhará o pedido ao Ministério das Relações Exteriores, mas já adiantou a reivindicação empresarial ao ministro de Negócios, Empreendimentos e Reforma Regulatória do Reino Unido, John Hutton. Segundo Jorge, a corrente comercial entre os dois países é de US$ 5,2 bilhões. "O desafio é dobrar esse volume em cinco anos", afirmou o ministro.

enos de cinco meses depois de comprar a Poços de Caldas da Danone, o fundo de investimentos Laep, controlador da Parmalat, anunciou a venda da empresa para a Laticínio Morrinhos. Controlada pelo GP investimentos, a goiana Morrinhos pagou R$ 50 milhões pela marca e pela fábrica de requeijão, o mesmo valor que havia sido pago pelo Laep em abril.

Global Risk Meeting 2008, evento voltado para gestão de riscos, idealizado pela Daryus Consultoria e Treinamento, será realizado no próximo dia 11 e está com inscrições abertas. O encontro reunirá os principais executivos do País de diversas áreas, entre elas finanças, recursos humanos, tecnologia e segurança da informação. Para saber mais: www.globalriskmeeting. com.br

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tes para Veículos Automotores (Sindipeças) reviu para cima suas projeções para 2008. O faturamento das cerca de 500 empresas associadas ao sindicato deve crescer 29,3% neste ano, para US$ 46,5 bilhões. A previsão anterior era de alcançar uma receita de US$ 44,1 bilhões (alta de 22,7%). O ajuste devese ao dólar médio previsto para o período. Medido em reais, o resultado das vendas permanece em R$ 76,7 bilhões, o que representa uma alta de 9,6%. Outra mudança nas projeções diz respeito à balança comercial. A nova estimativa prevê exportações de US$ 10,8 bilhões (alta de 18,3%) e importações de US$ 13 bilhões (aumento de 41,1%). (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ECONOMIA

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO ◆ DOUTRINA ◆ JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa

AGENDA TRIBUTÁRIA FEDERAL - SETEMBRO/2008 MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria da Receita Federal do Brasil ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 47, DE 27 DE AGOSTO DE 2008.

A COORDENADORA-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA SUBSTITUTA, no uso de suas atribuições, declara: Art. 1º Os vencimentos dos prazos para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos por esse órgão, definidas em legislação específica, no mês de setembro de 2008, são os constantes do Anexo Único a este Ato Declaratório Executivo (ADE). § 1º Em caso de feriados estaduais e municipais, os vencimentos constantes do Anexo Único a este ADE deverão ser antecipados ou prorrogados de acordo com a legislação de regência. § 2º O pagamento referido no caput deverá ser efetuado por meio de: I - Guia da Previdência Social (GPS), no caso das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas, por lei, a terceiros; ou II - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), no caso dos demais tributos administrados pela RFB. § 3º A Agenda Tributária será disponibilizada na página da RFB na Internet no endereço eletrônico <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Art. 2º As referências a "Entidades financeiras e equiparadas", contidas nas discriminações da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 3º Ocorrendo evento de extinção, incorporação, fusão ou cisão de pessoa jurídica em atividade no ano do evento, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar: I - até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon); II - até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao do evento: a) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal); ou b) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Semestral (DCTF Semestral); III - a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) até o último dia útil: a) do mês de maio, para eventos ocorridos nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril do respectivo ano-calendário; ou b) do mês subseqüente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de maio a 31 de dezembro; IV - o Demonstrativo do Crédito Presumido do IPI (DCP) até o último dia útil: a) do mês de março, para eventos ocorridos no mês de janeiro do respectivo anocalendário; ou b) do mês subseqüente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro. Parágrafo único. A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ, da DCTF Mensal e Semestral e do Dacon, na forma prevista no caput, não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. Art. 4ºOcorrendo evento de extinção, incorporação, fusão ou cisão de pessoa jurídica que permanecer inativa durante o período de 1º de janeiro até a data do evento, a pessoa jurídica extinta, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento. Art. 5º No caso de extinção, decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relativa ao respectivo anocalendário, até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento. Parágrafo único. A Dirf, de que trata o caput, deverá ser entregue até o último dia útil do mês de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário. Art. 6º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio, a Dirf de fonte pagadora pessoa física, relativa ao respectivo ano-calendário, deverá ser apresentada: I - no caso de saída definitiva do Brasil, até: a) a data da saída do País, em caráter permanente; e b) trinta dias contados da data em que a pessoa física declarante completar doze meses consecutivos de ausência, no caso de saída do País em caráter temporário; II - no caso de encerramento de espólio, no mesmo prazo previsto para a entrega, pelos demais declarantes, da Dirf relativa ao ano-calendário.

Art. 7º A Declaração Final de Espólio deverá ser apresentada até: I - o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subseqüente ao da: a) decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados, que tenha transitado em julgado até o último dia do mês de fevereiro do ano-calendário subseqüente ao da decisão judicial; b) lavratura da escritura pública de inventário e partilha; II - sessenta dias contados da data do trânsito em julgado, quando este ocorrer a partir de 1º de março do ano-calendário subseqüente ao da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados. Art. 8º A Declaração de Saída Definitiva do País, relativa ao período em que tenha permanecido na condição de residente no Brasil: I - no ano-calendário da saída, bem como as declarações correspondentes a anos-calendário anteriores, se obrigatórias e ainda não entregues, deverão ser apresentadas: a) até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário da saída definitiva, caso esta ocorra até esta data; b) na data da saída definitiva, nas demais hipóteses; II - no ano-calendário da caracterização da condição de não-residente, deverá ser apresentada: a) até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário da caracterização da condição de não-residente, caso esta ocorra até 31 de março do referido anocalendário; b) até trinta dias contados da data em que completar doze meses consecutivos de ausência, nas demais hipóteses. Art. 9º No caso de incorporação, fusão, cisão parcial ou total, extinção decorrente de liquidação, a pessoa jurídica deverá apresentar a Declaração sobre a Opção de Tributação de Planos Previdenciários (DPREV), contendo os dados do próprio ano-calendário e do ano-calendário anterior, até o último dia útil do mês subseqüente ao de ocorrência do evento. Art. 10. Nos casos de extinção, fusão, incorporação e cisão total da pessoa jurídica, a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob) de Situação Especial deverá ser apresentada até o último dia útil do mês subseqüente à ocorrência do evento. Art. 11. No recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes de Reclamatória Trabalhista sob os códigos 1708, 2801, 2810, 2909 e 2917, deve-se considerar como mês de apuração o mês da prestação do serviço e como vencimento a data de vencimento do tributo na época da ocorrência do fato gerador, havendo sempre a incidência de acréscimos legais. Parágrafo único. Na hipótese de não reconhecimento de vínculo, e quando não fizer parte do acordo homologado a indicação do período em que foram prestados os serviços, deve ser considerado como mês de apuração o mês da homologação do acordo, ou o mês do pagamento, se este anteceder aquela, e como vencimento o dia dois do mês subseqüente. Art. 12. Nos casos de extinção, cisão total, cisão parcial, fusão, incorporação ou exclusão do Simples Nacional, a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) deverá ser entregue até o último dia do mês subseqüente ao do evento. Parágrafo único. Excepcionalmente, para os eventos referidos no caput que ocorreram durante o segundo semestre de 2007, a DASN deverá ser entregue até 30 de junho de 2008, e para os eventos que ocorrerem durante o ano-calendário de 2008, deverá ser entregue até 31 de março de 2009. Art. 13. A Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof) deverá ser entregue: I - até o último dia útil do mês de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior; e II - até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano em curso. Parágrafo único. Excepcionalmente, em relação ao primeiro semestre de 2008, a Dimof poderá ser apresentada até o dia 15 de dezembro de 2008. Art. 14. Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a Escrituração Contábil Digital (ECD) deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento. Parágrafo único. Excepcionalmente, em relação aos fatos contábeis ocorridos em 2008, o prazo de que o caput será até o último dia útil do mês de junho de 2009. Art. 15. Este ADE entra em vigor na data de sua publicação.

NEUZA MARIA TORQUATO DA SILVA (Fl. 1 do Anexo Único ao Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 27 de agosto 2008.)

ANEXO ÚNICO

Agenda Tributária Setembro de 2008 Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Data de Vencimento Diária

Diária

Diária

Tributos

Código Código Darf GPS

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos do Trabalho Tributação exclusiva sobre remuneração indireta Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Royalties e pagamentos de assistência técnica Renda e proventos de qualquer natureza Juros e comissões em geral Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas Fretes internacionais Remuneração de direitos Previdência privada e Fapi Aluguel e arrendamento Outros Rendimentos Pagamento a beneficiário não identificado Imposto sobre a Exportação (IE)

5217 0107

FG ocorrido no mesmo dia Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha se verificado 15 dias antes

Cide - Combustíveis - Importação - Lei nº 10.336/01 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível.

9438

Importação, cujo registro da declaração tenha se verificado no mesmo dia

Contribuição para o PIS/Pasep Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diária Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diária (até 2 Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol dias úteis após Profissional - Receita Bruta de Espetáculos Desportivos - CNPJ a realização Retenção e recolhimento efetuado por entidade promotora do do evento) espetáculo (federação ou confederação), em seu próprio nome.

2063

FG ocorrido no mesmo dia

0422 0473 0481 5192 9412 9427 9466 9478

FG ocorrido no mesmo dia “ “ “ “ “ “ “

Diária

Diária (até 2 Pagamento de parcelamento de clube de futebol - CNPJ - (5% dias úteis após da receita bruta destinada ao clube de futebol) a realização do evento) Data de Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/Pasep vencimento do tributo na época

5434

FG ocorrido no mesmo dia

5442

FG ocorrido no mesmo dia

2550 4316

1708

Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento) Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento) Mês da prestação do serviço

Data de Vencimento da ocorrência do fato gerador (vide art. 11 da ADE Codac no 47/2008)

Tributos

Código Darf

Reclamatória Trabalhista - CEI Reclamatória Trabalhista - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Reclamatória Trabalhista - CNPJ Reclamatória Trabalhista - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) OU 2 (dia 2 do mês Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/Pasep subseqüente ao mês da homologação do acordo ou do pagamento (vide parágrafo único art. 11 da ADE Codac no 47/2008)) Reclamatória Trabalhista - CEI Reclamatória Trabalhista - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Reclamatória Trabalhista - CNPJ Reclamatória Trabalhista - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) 3 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital

Código GPS

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

2801

2810 2909

“ “

2917

1708

Mês da homologação do acordo ou mês do pagamento, se não houver vínculo ou não houver indicação de período da prestação do serviço

2801

2810 2909

“ “

2917

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557

21 a 31/Agosto/2008 “ “ “ “ “ “

5706 5232 0924

“ “ “ (Continua na página seguinte)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ECONOMIA - 9

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO ◆ DOUTRINA ◆ JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa (Continuação da página anterior)

Agenda Tributária Setembro de 2008 Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Data de Vencimento 3

3

3 5

10

10

10

10

10

10

10

15

15

Tributos Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi Comprev- recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ - estoque Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Aluguéis e royalties pagos a pessoa física Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Rendimentos do Trabalho Trabalho assalariado Trabalho sem vínculo empregatício Resgate previdência privada e Fapi Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho Outros Rendimentos Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring Pagamento PJ a cooperativa de trabalho Juros e indenizações de lucros cessantes Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) Indenização por danos morais Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal Juros de empréstimos externos Demais rendimentos Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicavel às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o PIS/Pasep Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Simples - CNPJ Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física. Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transportador rodoviário autônomo. Empresas em geral - CNPJ Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 Empresas em geral - CEI Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 Filantrópicas com isenção - CNPJ Filantrópicas com isenção - CEI Órgãos do poder público - CNPJ Órgãos do poder público - CEI Órgãos do poder público - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física Órgão do Poder Público - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transporte rodoviário autônomo Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol Profissional Receita Bruta a Título de Patrocínio, Licenciamento de Uso de Marcas e Símbolos, Publicidade, Propaganda e Transmissão de Espetáculos - CNPJ - retenção e recolhimento efetuado por empresa patrocinadora em seu próprio nome. Comercialização da produção rural -CNPJ Comercialização da produção rural - CNPJ- pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CNPJ Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço CNPJ (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CEI Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço CEI (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Comercialização da produção rural - CEI Comercialização da produção rural - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia - Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro

Código Código Darf GPS

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento 15

5286

21 a 31/Agosto/2008

0490 9453

“ “

0916 8673 9385

21 a 31/Agosto/2008 “ “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

21 a 31/Agosto/2008 “ “ “ “ “ “ “

1020 0668

21 a 31/Agosto/2008 “

15

7307

1o a 31/Agosto/2008

7315

3208 3277

Agosto/2008 “

0561 0588 3223 5565 5936

Agosto/2008 “ “ “ “

1708 5944 3280 5204 6891 6904 5928 5299 8045

Agosto/2008 “ “ “ “ “ “ “ “

4095

Agosto/2008

4112

4095

Agosto/2008

4153

4095

Agosto/2008

4138

15

15

15

15

15

15 4095

Agosto/2008

4166 2003

“ 1o a 31/Agosto/2008

2011

2020 2100

“ “

2119

2143 2208

“ “

2216

2240 2305 2321 2402 2429

“ “ “ “ “

2437

2445

15

15

19

19

2500 2607

“ “

2615

2631

22

2640

2658

2682 2704

“ “

2712

2852

Diversos

2879

2950

2976

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557

1o a 10/Setembro/2008 “ “ “ “ “ “

5706 5232 0924

“ “ “

24

24

24 5286

1o a 10/Setembro/2008

0490 9453

“ “

0916 8673 9385

1o a 10/Setembro/2008 “ “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

1o a 10/Setembro/2008 “ “ “ “ “ “ “

30

30

30

Tributos

Código Código Darf GPS

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi 1020 Bebidas do capítulo 22 da Tipi 0668 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi 5110 Todos os produtos, com exceção de: bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi 5123 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (- station wagons -) e os automóveis de corrida; 0676 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 0676 84.29 - Bulldozers -, - angledozers -, niveladores, raspo-transportadores (- scrapers -), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 1097 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 1097 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 1097 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 1097 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 1097 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 1097 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 1097 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. 1097 Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5979 Retenção - Aquisição de autopeças 3770 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5960 Retenção - Aquisição de autopeças 3746 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5987 Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível. 9331 Cide - Remessas ao Exterior - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas hipóteses tratadas no art. 2º da Lei nº 10.168/2000, alterado pelo art. 6º da Lei nº 10.332/2001. 8741 Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação DAS de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e (Doc. Empresas de Pequeno Porte de Arrecad. do Simples Nacional) Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - com dedução de 45% (Lei no 9.876/99) - NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Facultativo - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Facultativo - Opção: aposentadoria apenas por idade - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Especial - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Empregado Doméstico - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Cooperativa de Trabalho - CNPJ - contribuição descontada do cooperado - Lei nº 10.666/2003 Contribuição para o PIS/Pasep Faturamento 8109 Folha de salários 8301 Pessoa jurídica de direito público 3703 Entidades financeiras e equiparadas 4574 Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária 8496 Combustíveis 6824 Não-cumulativa 6912 Venda à Zona Franca de Manaus (ZFM) - Substituição Tributária 1921 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Entidades financeiras e equiparadas 7987 Demais Entidades 2172 Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária 8645 Combustíveis 6840 Não-cumulativa 5856 Venda à Zona Franca de Manaus (ZFM) - Substituição Tributária 1840 Pagamento de parcelamento administrativo - número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de dívida ativa parcelamento - referência (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - parcelamento de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física 8053 Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica 3426 Fundo de Investimento - Renda Fixa 6800 Fundo de Investimento em Ações 6813 Operações de swap 5273 Day-Trade - Operações em Bolsas 8468 Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados 5557 Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) 5706 Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas 5232 Demais rendimentos de capital 0924 Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo 5286 Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos 0490 Juros remuneratórios de capital próprio 9453 Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios 0916 Prêmios obtidos em bingos 8673 Multas e vantagens 9385 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica 1150 Operações de Crédito - Pessoa Física 7893 Operações de Câmbio - Entrada de moeda 4290 Operações de Câmbio - Saída de moeda 5220 Aplicações Financeiras 6854 Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) 6895 Seguros 3467 Ouro, Ativo Financeiro 4028 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi 1020 Bebidas do capítulo 22 da Tipi 0668 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário - Rendimentos e Ganhos de Capital Distribuídos 5232 Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) Recolhimento mensal (Carnê Leão) 0190 Ganhos de capital na alienação de bens e direitos 4600 Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações e resgates de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira 8523 Ganhos líquidos em operações em bolsa 6015 6a quota do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual 0211 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Entidades Financeiras

Período de Apuração do Fato Gerador (FG) 1o a 10/Setembro/2008 “ Agosto/2008 “

Agosto/2008 “

Agosto/2008

“ “ “ “

“ “ 16 a 31/Agosto/2008 “ “

16 a 31/Agosto/2008 “ “ 16 a 31/Agosto/2008 “

Agosto/2008

Agosto/2008

1007

Agosto2008 1o a 31/Agosto/2008

1120

1163 1406

“ “

1473 1503 1600

“ “ “

2127

“ Agosto/2008 “ “ “ “ “ “ “ Agosto/2008 “ “ “ “ “

4308

Diversos

6106

6505

“ 11 a 20/Setembro/2008 “ “ “ “ “ “ “ “ “ 11 a 20/Setembro/2008 “ “ 11 a 20/Setembro/2008 “ “ 11 a 20/Setembro/2008 “ “ “ “ “ “ “ 11 a 20/Setembro/2008 “

Agosto/2008 Agosto/2008 “ “ “ Ano-Calendário de 2007

(Continua na página seguinte)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - ECONOMIA

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO ◆ DOUTRINA ◆ JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa (Continuação da página anterior)

Agenda Tributária Setembro de 2008 Data de vencimento: data em que se encerra o prazo legal para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Data de Vencimento

Tributos

Código Código Darf GPS

Balanço Trimestral (3a quota) Estimativa Mensal PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Demais Entidades Balanço Trimestral (3a quota) Estimativa Mensal PJ não obrigadas à apuração com base no lucro real Optantes pela apuração com base no lucro real Balanço Trimestral (3a quota) Estimativa Mensal Lucro Presumido (3a quota) Lucro Arbitrado (3a quota) Renda Variável FINOR/Balanço Trimestral - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 (3a quota) FINOR/Estimativa - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 FINAM/Balanço Trimestral - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 (3a quota) FINAM/Estimativa - Opção art. 9º da Lei no 8.167/91 FUNRES/Balanço Trimestral - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 (3a quota) FUNRES/Estimativa - Opção art. 9o da Lei no 8.167/91 Ganho de Capital - Alienação de Ativos de ME/EPP optantes pelo Simples Nacional Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (3a quota) Estimativa Mensal Demais Entidades Balanço Trimestral (3a quota) Estimativa Mensal PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (3a quota) Programa de Recuperação Fiscal (Refis) Parcelamento vinculado à receita bruta Parcelamento alternativo ITR/Exercícios até 1996 ITR/Exercícios a partir de 1997

30

30

30

30

30

30

30

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento

1599 2319

Abril a Junho/2008 Agosto/2008

30

0220 2362

Abril a Junho/2008 Agosto/2008 Abril a Junho/2008 Agosto/2008 Abril a Junho/2008 “ Agosto/2008

30 30 30

9004 9017

Abril a Junho/2008 Agosto/2008 30

9020 9032

Abril a Junho/2008 Agosto/2008 30

9045 9058

Abril a Junho/2008 Agosto/2008

0507

5952 5979 3770

1o a 15/Setembro/2008 “ “

5952 5960 3746

1o a 15/Setembro/2008 “ “

5952 5987

1o a 15/Setembro/2008 “

2030 2469

Abril a Junho/2008 Agosto/2008

6012 2484

Abril a Junho/2008 Agosto/2008

2372

Abril a Junho/2008

9100 9222 9113 9126

Diversos “ “ “

Código Darf

Parcelamento Especial (Paes) Pessoa física Microempresa Empresa de pequeno porte Demais pessoas jurídicas Paes ITR Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 1º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Demais pessoas jurídicas Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 8º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 9º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 3º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 4º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Imposto Territorial Rural (ITR) 1ª quota ou quota única do ITR relativo ao exercício de 2008 Acréscimos Legais de Contribuinte Individual, Doméstico, Facultativo e Segurado Especial - Lei nº 8.212/91 NIT/PIS/Pasep GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico, Segurado Especial) DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) ACAL - CNPJ ACAL - CEI GRC Contribuição de empresa normal - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - CNPJ (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito administrativo - Número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Depósito Recursal Extrajudicial Número do Título de Cobrança Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal (CDC=104) Pagamento de Dívida Ativa Débito Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Ação Judicial - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Cobrança Amigável - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Parcelamento - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa não parcelada de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência

30 3373 5993 2089 5625 3317

Tributos

30

Código GPS

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

7042 7093 7114 7122 7288

Diversos “ “ “ “

0830 0842

Diversos “

1927

Diversos

1919

Diversos

0285

Diversos 4324

1070

Diversos 1º/Janeiro/2008

1759

Diversos

1201 3000 3107

“ “ “

3204

4006

4103

4200

4995

6009

6203

6300

6408

6513

Agenda Tributária Setembro de 2008 Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil sem a incidência de multa. Data de Apresentação

Declarações, Demonstrativos e Documentos

Período de Apuração

De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social Dacon Mensal - Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Mensal DCTF Mensal - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - Mensal Envio, pelo Municipío, da relação de todos os alvarás para construção civil e documentos de habite-se concedidos DCide - Combustíveis - Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e Cofins DIF Bebidas - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação das Bebidas

5 5 5 10 25 30

Data de Apresentação 30

o

1 a 31/Agosto/2008 Julho/2008 Julho/2008

30 30 30 30

Declarações, Demonstrativos e Documentos

Período de Apuração

DIF Cigarros - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação de Cigarros DIPI - TIPI 33 - produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais DOI - Declaração de Operações Imobiliárias PERC - Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais

1o a 31/Agosto/2008 30 Setembro/2008 5 Agosto/2008

De Interesse Principal do Proprietário de Imóvel Rural DITR - Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural De Interesse Principal das Pessoas Físicas GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social

Agosto/2008 Julho e Agosto/2008 Agosto/2008 Agosto/2008 Exercício - 2006 Ano Calendário - 2005 Exercício - 2008 1o a 31/Agosto/2008

RECURSOS SERÃO DESTINADOS À AMPLIAÇÃO DA PRODUÇÃO DA SUBSIDIÁRIA DO GRUPO SIDERPERU

GERDAU INVESTE US$ 1,4 BI NO PERU

A

Gerdau anunciou ontem um plano de investimentos de US$ 1,4 bilhão para sua subsidiária peruana Siderperu, localizada na cidade de Chimbote. A intenção do grupo é aumentar em mais de seis vezes a capacidade de produção. Com o investimento, ela será a maior produtora de aços longos e planos do Peru. "A Siderperu será líder em produtos de aços longos e planos no país, abastecendo o mercado interno e exportando, preferencialmente, para os países andinos", afirmou o diretor-executivo da Siderperu, Luiz Polacchini. Segundo a siderúrgica, a capacidade de produção de aço crescerá para 1,5 milhão de toneladas em 2011 e alcançará 3 milhões de toneladas em 2013. Em uma primeira etapa,

será desenvolvido um estudo de viabilidade técnica, com a avaliação para a construção e instalação de equipamentos, necessidades de logística, de infra-estrutura, energia e meio ambiente, entre outros. A Gerdau informou que o projeto deve gerar 4 mil empregos durante a etapa de construção e mais 2 mil empregos diretos. "O Peru é um país estratégico para a Gerdau por ser um mercado com grande potencial e boas possibilidades de desenvolvimento. Esse projeto consolidará o crescimento da companhia no setor siderúrgico sul-americano", afirmou, por meio de nota, André Gerdau Johannpeter, presidente da empresa. Atualmente, a Gerdau está investindo US$ 122 milhões para modernizar o Complexo Siderúrgico da Siderperu. (AE)

Trip : expectativa de uma nova aquisição.

O

presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli, e o presidente do Conselho Administrativo da empresa, Renan Chieppe, reúnem hoje a imprensa em São Paulo para anunciar novidades. O tema do encontro não foi revelado, mas a expectativa de especialistas é de que a companhia, que detém 70% do mercado de a v i a ç ã o re g i o n a l n o P a í s , anuncie uma aquisição.

No último mês de junho, a companhia fechou contrato com a Embraer para a compra de cinco jatos Embraer 175, por US$ 167,5 milhões. O negócio envolve ainda a opção de compra de outras dez aeronaves. Atualmente, a frota da Trip tem 18 aeronaves modelos ATR-42 e ATR-72. A companhia tem rotas entre 69 municípios – das quais só a metade tem operações aéreas da empresa. (AE)

Níquel em baixa reduz preço do aço inox produzido no Brasil Neste ano, desvalorização do aço inoxidável no Brasil já atinge 16%. Expectativa é de novas quedas.

A

queda das cotações do níquel, um dos principais insumos do aço inoxidável, está forçando as siderúrgicas a reduzir seus preços no mercado internacional e também no Brasil. Neste ano, os preços do aço inox caíram 16% no mercado interno com o repasse da desvalorização do níquel. O metal, negociado na Bolsa de Metais de Londres, caiu cerca de 30% desde março, passando de US$ 30 mil para de US$ 20 mil a tonelada. Depois dos ajustes, o tipo mais vendido de inox (304) chegou a US$ 5 mil por tonelada e existe expectativa de que os preços caiam mais 8% em outubro, segundo Carlos Alberto Faria da Veiga, diretor comercial da Feital, distribuidora da ArcelorMittal Inox Brasil (ex-Acesita), maior produtora do País. O preço atual é o mais baixo registrado desde fevereiro de 2004. Por trás dos ajustes do inox está o temor relativo ao desaquecimento da economia mundial, que também derrubou o níquel. Outro fator que

30

70

por cento é a desvalorização acumulada pelo níquel desde março na Bolsa de Metais de Londres.

por cento é a atual participação da ArcelorMittal no mercado interno de aço inox. Há dois anos, era de 90%.

pressiona os preços em todo o mundo é o alto nível de estoques das siderúrgicas na China e na Europa. Segundo Sérgio Mendes, diretor comercial e de serviços da ArcelorMittal Inox Brasil, houve armazenamento nessas regiões por causa do período de verão no Hemisfério Norte. Como esses estoques foram formados com base nos preços antigos, mais elevados, as usinas estão fazendo um esforço para desovar as reservas, o que provoca um excesso de oferta momentâneo. "Isso deve pressionar os preços

do inox em todo mundo pelo menos durante mais seis meses", diz Mendes. Nova estratégia – Diante do novo cenário internacional, a ArcelorMittal Inox Brasil está revendo sua estratégia de preços no mercado interno. Nos últimos dois anos, a companhia cobrou valor 20% mais alto nas suas vendas internas em comparação com seus preços de exportação. Isso estimulou a entrada de aço importado e levou a companhia a perder participação de mercado. A fatia da siderúrgica passou de 90% a 70% nesse período.

De acordo com Veiga, da Feital, as importações saltaram de 2 mil toneladas mensais para aproximadamente 5 mil toneladas mensais nesse período, principalmente da Ásia. Isso equivale a 20% do consumo interno, que chega a cerca de 25 mil toneladas mensais. Para evitar o agravamento desse quadro, a companhia optou por reduzir seus preços internos, mas as medidas tomadas até o momento podem não ser suficientes. Mesmo depois da queda deste ano, o produto vendido pela ArcelorMittal Inox no Brasil ainda está quase 10% mais caro do que o produto importado, que custa cerca de US$ 4,6 mil, incluindo os encargos de importação. Antes, essa diferença era de 20%. "É possível que a empresa precise reduzir os preços ainda mais", disse Veiga. A ArcelorMittal Inox exporta cerca de metade da produção. O diretor comercial da siderúrgica admite que a concorrência acirrada das importações de inox deve dificultar a recuperação das usinas brasileiras – Acesita e Gerdau. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Imagem da sonda Phoenix que trabalha em escavações no solo de Marte para obter mais informações sobre a presença de água no planeta. A "montanha" da foto tem apenas dez centímetros de altura.

Nasa/AFP

www.dcomercio.com.br/logo/

SETEMBRO

10 - LOGO

2 Dia do Pastor

H ISTÓRIA E M

C A R T A Z

VISUAIS Memória restaurada

A

Exposição "Flavio-Shiró, pintor de três mundos: 65 anos de trajetória" apresenta obras de todas as fases da carreira do artista. Instituto Tomie Ohtake, Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés), tel.: 2245-1900. Grátis.

s fotografias das estrelas de cinema e crianças, os trabalhos artísticos e o quarto onde a menina Anne Frank viveu escondida dos nazistas foram todos restaurados, anunciou ontem o museu que tem seu nome em Amsterdã. A restauração foi o primeiro passo para uma nova exposição no museu, que marcará os 65 anos da descoberta do anexo secreto em que

Reprodução

AFP

Fotografias na parede do quarto de Anne Frank no anexo secreto de Amsterdã: restauração fiel do ambiente do esconderijo

Anne e sua família viveram por cerca de dois anos durante a Segunda Guerra Mundial. Anne Frank relatou os detalhes da vida no esconderijo em seus diários, que foram transformados em livro após sua morte, em 1944, em um campo de concentração. As fotos com que Anne decorava seu quarto eram de crianças e estrelas de Hollywood, recortadas de revistas da época.

Jose Cabezas/AFP

Uma das fotos mais famosas de Anne Frank: sonho de se tornar escritora

Yoshikazu Tsuno/AFP

Vida longa para quem sobe escada

Iraque com técnico brasileiro

Estudo divulgado pela Sociedade Européia de Cardiologia, na Alemanha, e realizado na Suíça mostrou que subir de escada em vez de usar o elevador no trabalho pode aumentar a expectativa de vida. Substituir o elevador e as escadas rolantes pelos degraus ajudaria a reduzir em 15% o risco de morte prematura por qualquer tipo de doença e ainda melhora a condição física, diminuir a gordura corporal, reduzir o tamanho da cintura e diminuir a pressão sangüínea, mostrou a pesquisa. Os cientistas avaliaram as condições de saúde de 69 pessoas que tinham estilo de vida sedentário e que, ao longo de 12 semanas, usaram exclusivamente as escadas em vez do elevador. Em média, elas subiram 23 degraus por dia.

A agência de notícias britânica Reuters destacou ontem a decisão do técnico Jorvan Vieira de, pouco mais de um ano após levar a seleção de futebol do Iraque ao título inédito da Copa da Ásia, voltar ao comando da equipe. Vieira deixou o cargo logo depois de conquistar o título na final contra a Arábia Saudita, na qual o Iraque venceu por 1 a 0. Seu sucessor, o iraquiano Adnan Hamad, foi demitido em junho deste ano, após perder a vaga na Copa do Mundo de 2010. Há quase duas décadas, o Iraque não treina nem atua no país por causa das freqüentes ameaças de atentados e seqüestros. Os locais preferidos pelo time são a Jordânia, o Catar e os Emirados Árabes.

LEMBRANÇA - Menino fantasiado participa da 'La Recuerda', festival tradicional de São Salvador que relembra a erupção do vulcão Nejapa em 1658.

B RAZIL COM Z

S AÚDE

LIÇÃO DE VIDA - Crianças do ensino básico do Japão aprenderam ontem a se proteger em caso de terremotos país. Cerca de 600 mil pessoas participaram do treino.

D ESIGN

A

I NTERNET

designer espanhola Julia Mariscal criou a "Cuchara para Escribir" a partir de uma incisão especial em uma colher comum. A idéia é transformar o talher em uma caneta que pode ser usada com líquidos coloridos, feitos ou não com alimentos. A idéia foi tão bem recebida pelo chef e grande estrela da gastronomia espanhola

C INEMA

Palmas para os índios do Brasil O novo filme italiano Birdwatchers, que aborda o conflito entre índios e fazendeiros no Brasil, explorando o choque entre dois mundos sobre o pano de fundo das disputas pela terra, o encolhimento das florestas e a miséria foi aclamado ontem na mostra competitiva do Festival de Cinema de Veneza. Ambientado em Mato Grosso do Sul, o filme, diretor italiano Marco Bechis, mostra um grupo de índios guarani-kaiowá que não têm outra perspectiva na vida senão trabalhar para fazendeiros, em condições de escravidão, e ganhar alguns trocados posando para fotos com turistas. Mistura de documentário e ficção, o filme traz 230 guaranis em seu primeiro trabalho nas telas, ao lado de atores italianos e brasileiros.

No Google e pelo Google O Google lançará um navegador de internet chamado Google Chrome para competir com o Internet Explorer da Microsoft, informou ontem o jornal norteamericano The Wall Street Journal. O lançamento do navegador deve ser anunciado logo, disse o jornal. O Google não comentou a notícia e convocou a imprensa, inclusive brasileira, para um anúncio mundial que acontecerá hoje, mas não quis revelar o tema.

Reproduções

N IGÉRIA

Ferran Adriá que ele resolveu incluir a criação de Julia em sua linha de artigos para cozinha. Cada uma dessas colherescanetas custa cerca de US$ 30 no site de Adriá. Mas a maior diversão é ver o vídeo que mostra como ela pode ser usada para escrever e desenhar com café, azeite, molhos diversos, no papel, no prato, na bandeja...

G @DGET DU JOUR

Para acordar malhando O despertador Shape Up, criado pelo designer Yuk Wang, combina a forma e o peso de um haltere com uma pequena tela LCD com relógio. Quando o despertador toca, só silencia depois de levantado 30 vezes. Informações como preço e peso de cada um desses despertadores só estão disponíveis sob consulta.

No alto, Julia Mariscal e Ferran Adriá, parceiros no primeiro produto comercializado pela jovem designer... Logo abaixo, outros desenhos feitos com a colhercaneta para a promoção das vendas.

www.juliamariscal.com/blog www.facesdesign.com/indexf.html

Acima e ao lado, traços feitos com a "Cuchara para Escribir"

www.worldwidefred.com/

Campeão de divórcios O nigeriano Mohammed Bello Abubakar, de 84 anos, casado com 86 mulheres, aceitou se divorciar de 82 de suas esposas, mantendo apenas quatro. Segundo a BBC, na semana passada, um dos principais grupos islâmicos na Nigéria, o Jamatu Nasril Islam, condenou o ex-professor e pregador muçulmano à morte por causa do número excessivo de esposas. A sentença foi retirada, mas as autoridades ameaçaram despejálo de sua casa se ele não se divorciasse. A regra local é de que um homem pode ter até quatro mulheres, desde que possa dar o mesmo tratamento a todas elas. L OTERIAS

shapeup.htm

Concurso 354 da LOTOFÁCIL

Reprodução/site

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Pressionado após Jogos Olímpicos de Pequim, Dunga reúne seleção brasileira na Granja Comary

Depois de 11 meses de obras, Casa do Grito, no Ipiranga, reabre com exposição arqueológica

Rufus, cavalo do brasileiro Rodrigo Pessoa é flagrado no exame antidoping dos Jogos de Pequim

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

gibaum@gibaum.com.br

3 Deus cuida de todos os países, mas parece que resolveu morar no Brasil.

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*LED8P

Salvatore Cacciola, acusado, ao lado de Jerominho e Natalino, de comer lagosta no presídio Bangu 8, está revoltado.

LULA // comemorando sua popularidade, entre comícios de

Marta Suplicy, em São Paulo e Luiz Marinho, no ABC. Fotos: Business News

Numa conversa franca com o presidente Lula, sua pré-candidata à sucessão presidencial em 2010, Dilma Rousseff, tratou de colocar para o chefe, seus problemas de campanha. Já havia dito a Lula que não tem paciência para ouvir petistas se lamentarem e só pedirem verbas para suas cidades e nomeações para seus correligionários. Agora, foi mais direta ainda: Dilma acha que não leva jeito para “cair nos braços do povo” (o que Lula sempre fez), ou seja, beijar e dar apertos de mão, além de distribuir sorrisos. E mais do que isso: Dilma acha que não consegue beijar criancinhas ou carregá-las no colo. Lula entendeu: só que, antes, acabou dando muitas risadas.

NA MANTEIGA A revista Sexy está negociando com Roberta Close, 44 anos, ex-travesti (hoje, operada) muito popular nos anos 80. Quer Roberta em suas páginas, exibindo totalmente o resultado de sua cirurgia de mudança de sexo. Roberta acha que “deverá ser um ensaio que fique na lembrança das pessoas, para comprar e guardar”. Até agora, não recebeu nenhuma proposta do cinema pornô nacional mas aceitaria, “se fosse alguma coisa no estilo de O Último Tango em Paris ”. O filme de Bernardo Bertolucci, de 1972, teve uma cena que ganhou popularidade no mundo: é quando Marlon Brando, ao sodomizar Maria Schneider, usa manteiga.

Vôos fretados A propósito de nota dada pela coluna, segundo a qual o COB - Comitê Olímpico Brasileiro - poderia ter economizado se tivesse fretado aviões para levar os atletas à Olimpíadas, a entidade esclarece que essa opção seria impossível. Cada uma das modalidades teve datas de embarque e desembarque específicas para os Jogos Olímpicos de acordo com o início e fim de suas disputas, mais período de preparação e aclimatação. Fora que muitos atletas embarcaram e desembarcaram em diferentes pontos do mundo.

SRA. MEIRELLES O novo espetáculo de Ivaldo Bertazzo, Noé, Noé! Deu a Louca no Convés , em cartaz no Tuca, em São Paulo, inspira-se no teatro musical. Entre os personagens, tem de tudo: prostitutas, cafetões e estivadores. No elenco, tem da soprano Celine Imbert à bailarina indiana Kanchan Maradan. E, de quebra, a atriz-bailarina Ciça Meirelles, que é a mulher do cineasta Fernando Meirelles.

A cantora Madonna, que vai apresentar, entre São Paulo e Rio, quase às vésperas do Natal, seu novo show Sticky and Sweet Tour, aparece, no programa do espetáculo, transformada numa boxeadora. Nas fotos de Ton Munro, a cinquentona mostra o corpão sarado (e de busto nu diante de um espelho) e até aparenta ter levado um golpe, que quase a abate, em pleno ringue (à direita, um pouco de água para refrescar). O programa do espetáculo é quase um livro, será vendido e tem a direção de arte assinada pelo brasileiro Giovanni Bianco.

Madonna no ringue

Wanderley Luxemburgo, que tem exibido suas estratégicas surpresas a cada jogo do Palmeiras, para começar a conversar com a CBF sobre a possibilidade de assumir o lugar de Dunga (se não ganhar contra o Chile, dia 7 próximo, em Santiago, voa) tratou de colocar na mesa um salário de US$ 350 mil. Afinal, no Palmeiras, ele ganha R$ 500 mil mensais, ou seja perto de US$ 312 mil. O salário de treinador da seleção mais alto já pago pela CBF foi para Carlos Alberto Parreira: ganhava em torno de US$ 250 mil. O salário de Dunga, até agora, foi abaixo de US$ 150 mil. E, apenas à titulo de comparação, Luis Felipe Scolari, o Felipão , ganha atualmente, no Chelsea, o equivalente a R$ 1,9 milhão por mês.

Quanto custa Luxemburgo

Em alta, a atriz e cantora Emanuelle Araújo, que faz sucesso na novela A Favorita como a garota de programa Manu , aparece no site Paparazzo, em seu primeiro ensaio sensual. Ela é mãe de uma garota de 15 anos de idade, fruto de seu namoro (depois, casamento) com o economista Sérgio Bulhões (hoje, separada, namora o ator Rogério Romera). Sua banda é a Moinho, da qual é vocalista, tendo ao lado Toni Costa e Lan Lan. Hoje, aos 32 anos, o que mais a preocupa é dar conta das duas carreiras, ao mesmo tempo. Detalhe: apesar de baiana, é amarrada em comida japonesa.

Primeira viagem

Estafa:mais um Depois de Dilma Rousseff, que andou sentindo tonturas e teve como diagnóstico estafa (e reduziu sua agenda), agora, também o ministro Nelson Jobim, da Defesa, está adotando o mesmo procedimento. No caso dele, quem exigiu menos compromissos e menos viagens, não foram seus médicos. Sua mulher, Adriana Sena, é a responsável pela redução da agenda do marido. Nesse caso, Jobim não tem nem direito à discussão. Já confessou, publicamente, que “quem manda em mim é minha mulher”.

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Transparências no verão.

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Não leva jeito

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Tecidos lisos no verão.

Espiandoa vice Internautas do mundo inteiro e, claro, especialmente os americanos, estão revirando a vida da candidata a vicepresidente na chapa de John McCain, Sarah Palin (pronuncia-se “peilin”), 44 anos, mãe de cinco filhos (o último, Trig, é portador da Síndrome de Down), ex-miss, evangélica, conservadora, radicalmente contra aborto e casamento gay e defensora do porte de armas. Aparecem fotos se sua vida, até jogando basquete, com o filho Trig no supermercado, pescando e até usando uma camiseta rosa, no peito está estampada uma frase, onde ela se orgulha de “seus grandes seios”.

MAIS: o ex-dono do Banco Marka avisa que não gosta do crustáceo. "Isso é coisa para novo rico e emergente se exibir".

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Contra-ataque Paulo Lacerda, diretorgeral da Abin - Agência Brasileira de Inteligência mesmo disposto a instalar sindicância entre seus arapongas para ver quem gravou e quem vazou a conversa entre Gilmar Mendes, presidente do Supremo e o senador Demóstenes Torres, está plenamente convencido de que o lance publicado por Veja é o resultado de gravações feitas por seus adversários. Ele não fala oficialmento sobre suas suspeitas que se dividem em dois grupos: o bloco da Polícia federal interessado em derrubálo e o bloco supostamente integrado por desafetos, como Daniel Dantas, por exemplo. E sabe também que, protegida pela lei, Veja jamais revelará sua fonte, apresentada na revista como “um agente da Abin”.

ESTILO GATES O bilionário Eike Batista já avisou que será “mais rico do que Bill Gates” e, por enquanto, trata de seguir os passos do criador da Microsoft , hoje aposentado e dedicando-se a causas sociais. Na semana passada, no Rio, Eike ganhou uma missa em ação de graças, mandada celebrar por entidades que já ajudou: ABBR, Casa da Criança, Hospital da Criança, Pré-Criança Cardíaca, Retiro dos Artistas, Renascer, Cruzada do Menor, Cidade de Deus e outras. Eike, tímido, não foi à missa na Candelária: mandou, como representante, a namorada, Flávia Sampaio.

MISTURA FINA O LEÃO do Imposto de Renda está devorando, furiosamente, o que sobrou da classe média: de 1996 a 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a tabela apresenta defasagem de 43,4%, consideradas a correção e a inflação do período. Para quem não sabe: a classe média responde por 60% da mordida do Leão. OUTRO TIPO de mordida: segundo o site AutoInforme, nos últimos sete anos, o preço dos automóveis subiu 75% no país, contra 51,9% da inflação. UMA MATÉRIA no site da revista Newsweek descreve o esforço do Rio de Janeiro para levantar sua imagem, atingida pela violência (inclusive, policial), corrupção, narcotráfico e balas perdidas. Título: “Ressurreição do Rio: a luta para reerguer a lendária cidade do Brasil”. NAS LIVRARIAS e em sites de vendas pela Internet, o livro Transformando Suor em Ouro, do técnico da seleção de vôlei Bernardinho, logo depois da Olimpíada, caiu de R$ 24,90 para R$ 14,70. A PETROBRAS quer construir um aeroporto particular em Farol de São José, em Campos, no Rio, que considera um passo estratégico fundamental para atender às plataformas em alto-mar, especialmente diante das descobertas do pré-sal. O projeto prevê pista à beira-mar, pátio para helicópteros e um terminal de porte médio. Tudo dependerá da decisão de Lula. NA CAMPANHA municipal em Natal, no Rio Grande do Norte, o candidato que desperta maiores gozações na disputa de uma cadeira na Câmara Municipal de lá, aparece na televisão com o nome de Cornelson. Usa dois chifres e promete acabar “com o vício das mulheres de traírem seus maridos”. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Dilma: "É impossível, sob qualquer aspecto, aceitar grampo".

Dilma compara excesso de grampos ao nazismo Ministra diz que a espionagem é inaceitável

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ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, defendeu ontem uma regulamentação das condições em que a Justiça define a possibilidade de escutas telefônicas e comparou esse tipo de invasão de privacidade ao nazismo. "Primeiro pegam os judeus, depois as pessoas contrárias ao regime e depois o povo inteiro", afirmou. Dizendo não ter conhecimento sobre o afastamento temporário da cúpula da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), por ter saído mais cedo de Brasília para evento de apoio à reeleição do prefeito de Vitória, Dilma disse a jornalistas que o Brasil vive hoje uma situação democrática, mas que requer aperfeiçoamento. "A gente não pode achar que está tudo bem. Acredito que esses aperfeiçoamentos são fundamentais para que haja uma situação de legalidade, de democracia", disse a ministra ao chegar a Vitória para o jantar de adesão à candidatura do atual prefeito, João Coser. "Nós estamos vivendo um momento em que se divulga qualquer coisa e qualquer pessoa hoje tem acesso aos instrumentos de controle, de monitoramento de longa distância, o que necessita ser regulado. É essencial que haja um processo de regulamentação para evitar os excessos". De acordo com Dilma,

casos como o da escuta da Abin causam um desequilíbrio nas instituições da República, "como é o caso desse absurdo, feito (supostamente por arapongas da Abin) no Supremo Tribunal Federal". A ministra disse desconhecer se as conversas dela também foram gravadas, mas que, se isso ocorresse, não haveria nenhum problema. "O que eu falo por telefone é passível de ser escutado, porque é o dia-a-dia do exercício da minha função". Ela alertou, porém, que as pessoas podem ter acesso a informações que podem ser usadas indevidamente. "É impossível, sob qualquer aspecto, aceitar grampo. Não só de ministro de Estado como do cidadão comum, porque afeta um direito máximo constitucional", afirmou Dilma. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ontem afastar temporariamente toda a cúpula da Abin, após denúncias de escutas telefônicas ilegais (veja na página seguinte). O afastamento é temporário até que a investigação sobre os supostos grampos, a ser feita pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, seja concluída. A avaliação do Planalto foi a de que o afastamento teria um alto custo político, mas era necessário para afastar um risco de crise institucional. (Reuters)

Garibaldi atende ao STF. E exonera o sobrinho.

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sobrinho do presidente do Senado, Garibaldi Alves, foi exonerado do cargo de assessor técnico de gabinete após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe a prática de nepotismo nos Três Poderes. A norma (Súmula Vinculante nº 13) passou a valer na última sexta-feira, quando foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico 162/08. A exoneração de Carlos Eduardo Alves Emerenciano foi publicada no Boletim Administrativo do Pessoal do Senado. "Conforme eu tinha dito, saiu a demissão do meu sobrinho. Agora vamos aguardar que os demais senadores tomem essa iniciativa, se for o caso, para não gerar o constrangimento de recebermos denúncias de que eles estão ainda

trabalhando com os seus parentes", afirmou Garibaldi, em entrevista, ontem à tarde. De acordo com o texto da súmula, "a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição federal". (AE)


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Saúde Educação História Ambiente

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

As nascentes do Riacho do Ipiranga, no Parque Zoológico, estão preservadas.

IPIRANGA SIGNIFICA RIO VERMELHO

Riacho do Ipiranga grita por respeito O bicentenário da Independência, em 2022, não está tão longe. Seria um belíssimo presente para o Brasil se, até lá, o Riacho do Ipiranga estivesse despoluído. Fotos de Andrei Bonamin/Luz

Geriane Oliveira aso d. Pedro fosse proclamar nossa independência nos dias de hoje, teria de fazê-lo tapando o nariz. O seu olfato, embora de sangue azul, não seria diferente do metalúrgico Cléber Iwao de Jesus, que mora pertinho do Riacho do Ipiranga e que, farto do mau cheiro constante, também faz uma proclamação indignada. "O cheiro do córrego é horrível e piora cada vez que as pessoas atiram mais lixo nas su as águas", afirma ele. As narinas da funcionária municipal Maria José Gaudino também são vítimas dos gases emanados do riacho. "Incomoda muito quem precisa passar o dia inteiro por ali", diz ela. Maria José fala com conhecimento de causa, pois é responsável pelo portão de uma escola da Prefeitura. O funcionário público Danilo Camargo Nonato, que mora próximo ao riacho, reclama do acúmulo de sujeira. "O descaso com este patrimônio mostra que a nossa história não é valorizada", desabafa. Hino – Decorridos 186 anos desde que o então príncipe-regente deu o grito de Independência, as margens do Riacho do Ipiranga podem, talvez, continuar plácidas, como cantou Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927), no verso que abre o nosso Hino Nacional, mas de bucólica em 1909, quando seu extenso poema foi oficializado como um dos símbolos da Pátria, não tem mais nada, pelo menos nos cerca de sete quilômetros e meio em que corre pelo bairro para desaguar na margem esquerda do Tamanduateí. Naquele sábado em que o calendário anotava a data de 7 de setembro de 1822 a paisagem desenhava um campo praticamente intocado desde os tempos do Descobrimento, a mesma que o pintor Pedro Américo (1843-1905) fixou na sua famosa tela que está no Museu do Ipiranga. Nunca é demais lembrar que ele morava em Florença, na Itália, quando foi contratado, em 1886, por d. Pedro II para fazer o quadro e que, nesse sentido, passou dois meses aqui fazendo minuciosa pesquisa de campo – tons da terra e da vegetação, luminosidade do céu – que registrou judiciosamente com seus pincéis. Alerta vermelho – A poluição que contamina o riacho histórico, de certa forma também está ficando histórica, se considerarmos a passagem do tempo como critério para semelhante qualificação. Vem varando décadas a partir de meados do século passado, impulsionada e alimentada pela expansão descontrolada do parque industrial e da especulação imobiliária. A herança dessa desordem são as tubulações que lançam esgoto doméstico e todo tipo de dejetos industriais no pequeno rio. Não é por acaso que está se aproximando da marca determinada pela Sabesp – 70 miligramas/litro - para classificar uma bacia hidrográfica como poluída; anda na casa dos 62 mg/litro. "Boa parte dessa contribuição é de material orgânico", informa Antonio Simões, engenheiro do departamento de planejamento da empresa. Portanto, a luz vermelha está acesa e isso não deixa de ser irônico, pois a palavra ipiranga, em tupi-guarani, significa "rio vermelho". Mal sabiam que, ao batizá-lo assim, os índios estavam sendo de certo modo premonitórios. Nos anos 80, uma indústria despejou nele um corante que avermelhou suas águas em todo o trajeto. De cima, era até algo

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Guilherme Domenchelli: nascentes estão preservadas

Maria José Gaudino: mau cheiro incomoda quem passa o dia por ali

Danilo Nonato: um descaso com o patrimônio e com a história

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O Riacho do Ipiranga nasce num dos lagos do Parque Zoológico ...

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... corre por toda a extensão da avenida Ricardo Jafet ...

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... corta a Saúde, o Jardim da Saúde, o Jardim da Glória ...

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... e passa bem ao lado do Monumento à Independência.

Ao longo de seu curso, o Riacho do Ipiranga recebe poluentes

bonito de se ver, conforme revelaram as fotos dos jornais e imagens da televisão na época. Em tempos mais recentes, em 16 de outubro de 2006, devido a um entupimento no cano de descarga de uma lavanderia, novo corante tingiu o riacho, desta vez de azul. O derrame ocorreu no cruzamento da avenida Tereza Cristina com a rua Hipólito Soares. Contudo, há um lugar onde o Riacho do Ipiranga continua puro: os olhos d'água que formam suas nascentes, dentro do Parque Zoológico. O cenário é relaxante e convidativo. "As nascentes estão preservadas", afirma o biólogo Guilherme Domenichelli, que trabalha no Zôo. Uma estação de tratamento faz contínua filtragem da água para livrá-la de impurezas provenientes de animais e deposição de material orgânico, como folhas secas. Dali as águas rolam pela área em que a Rodovia dos Imigrantes começa; cruzam a avenida Abraão de Moraes (pelos bairros da Saúde, Bosque da Saúde e Jardim Glória) até acompanhar o trajeto da avenida Ricardo Jafet e chegar ao Parque da Independência, bordejando o local onde d. Pedro desembainhou sua espada. A partir daí vão se tornando mais agudos os problemas de poluição e do mau cheiro. Em busca do mar – E por falar em maus odores, por incrível que pareça, o publicitário Reinaldo Bernardes, que trabalha em um estúdio bem em frente ao museu e próximo ao córrego, acostumou-se com eles. É verdade que atormentam seu nariz há 20 anos. Mas é natural que Reinaldo tenha se habituado, pois o que não tem remédio, remediado está. No entanto, definitivamente, ele não consegue se adaptar às enchentes do riacho, que paralisam a avenida Ricardo Jafet. "Quando chove forte, ela fica intransitável, é um caos", queixa-se. "Para mim, esse é o maior problema do Ipiranga". Em todo caso, trata-se, sem dúvida de uma escolha difícil: mau cheiro ou enchente? Acresce que as enchentes trouxeram na sua esteira uma irritação suplementar às pessoas que moram e/ou trabalham por ali: as intermináveis obras para combatê-las. As margens, há mais de 10 anos, parecem estar com obras permanentes, sugerindo descaso. Mas nessa questão agiganta-se, sobretudo, a incapacidade dos prefeitos das últimas décadas em aplicar um manejo integrado ao córrego, de modo a integrá-lo harmoniosamente à cidade, como bem merece esse marco da nossa História. Cada um foi inventando seus jeitos de eliminar as inundações, que se revelaram inúteis. Dias melhores – Basearamse em ações pontuais, do tipo cobertor curto: puxa daqui, descobre o pé ali. Contudo há boas notícias: o atual programa de despoluição de 42 córregos, no qual o Ipiranga está incluído, mais o projeto da Secretaria de InfraEstrutura Urbana e Obras (Siurb), que atuará simultaneamente em toda a sua bacia, prometem dias melhores. Com isso, da eternidade, o imperador poderá lançar novo brado, desta vez de regozijo. Enquanto isso, o riacho prossegue em frente. Corre num leito de mais ou menos 10 metros de largura, com profundidade média de 3,5 m, abarcando uma bacia de 60 km². Despeja 110 m³ de água por segundo no Tamanduateí, cujo destino é o Tietê, que vai cair no Paraná, ajudando a formar o rio da Prata, que formará o Oceano Atlântico, segundo os argentinos. Talvez eles tenham razão. E, claro, o Ipiranga tem parte nisso.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Informática

Alvo certo com a Web 2.0 FÁBIO PELLEGRINO E REGIANE BOCHICHI

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omo alcançar a informação que realmente interessa a cada indivíduo ou empresa? Essa sempre foi a questão principal que dominou as reuniões técnicas dos desenvolvedores na última década em busca de novas soluções para a internet e o emaranhado de conteúdos que se formou. Tais soluções contribuíram para se criar também o conceito da Web 2.0, considerado um avanço tecnológico sobre a rede tradicional. Além de cortarem o caminho até a informação adequada, as ferramentas Web 2.0 privilegiam a interatividade e a troca de opiniões entre usuários – fatores que ditam a geração de novos negócios e aperfeiçoam a qualidade dos serviços. Tratado por alguns como golpe de marketing, o Web 2.0 veio para ficar e dominar o mundo contemporâneo. Leia nas páginas 2 e 3 GASTRONOMIA MONITORADA

TV NA TELINHA DO CELULAR

Graças a um software de circuito fechado de tevê, a rede Habib's gerencia as informações captadas pelas câmeras . Um programa faz reconhecimento biométrico da face em certos ambientes mais restritos. Leia Pág. 4

A Telegent Systems desenvolveu um microchip que vai embarcado nos telefones móveis, permitindo a recepção dos canais da TV aberta em qualquer lugar – um antigo sonho de consumo. Leia Pág. 6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

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Política Lula afasta

Será que o diretor da Abin não sabia? Não viu, não ouviu nem falou nada? Nota da Federação Nacional dos Policiais Federais

Ed Ferreira/AE

cúpula da Abin. Temporariamente. Presidente faz o possível para evitar o agravamento da crise entre os poderes

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou ontem toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), incluindo o diretor-geral Paulo Lacerda, por conta da escuta ilegal feita nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Mesmo sem culpar Lacerda pela espionagem, o presidente reconheceu que a situação da direção da Abin era insustentável. Lula sabia também que só uma decisão desse tipo reduziria a pressão política feita por integrantes do Poder Judiciário e pela oposição. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Jorge Armando Félix, órgão ao qual a Abin é subordinada, colocou o cargo à disposição do presidente. Mas, segundo relato de um participante da reunião, Lula afirmou que não era preciso e colocou nas mãos de Félix a decisão de definir quem deixará a cúpula da Abin. No sábado (30), edição da revista 'Veja' revelou que a Abin gravou pelo menos uma conversa telefônica entre Gilmar Mendes e o senador Demóste-

nes Torres (DEM-GO). Informado da comprovação da espionagem, Mendes cancelou uma viagem oficial que faria à Coréia do Sul e decidiu procurar o presidente Lula, pedindo providências. Ainda no fim de semana, os dois acertaram um encontro e o presidente acionou seus auxiliares. Abin X PF – Quando entrou na sua primeira reunião, ontem, o presidente já tinha decidido enquadrar a Abin. No entanto, o governo avalia que uma guerra de bastidor entre a Abin e a PF pode estar por trás das escutas clandestinas que atingiram o presidente do STF. A hipótese é levantada em conversas reservadas no Palácio do Planalto por causa de informações recebidas no governo desde que estourou a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas. Em três reuniões realizadas ontem, Lula reiterou a confiança em Lacerda e disse não acreditar que ele tenha mandado grampear Mendes. "Ele é um homem de bem", afirmou o presidente. De qualquer forma, para evitar o agravamento da crise entre os Poderes, Lula determinou o afastamento

temporário de toda a cúpula da Abin. "A situação é extremamente grave", afirmou. Com a atitude, o presidente atendeu aos apelos de Gilmar Mendes, que, antes mesmo de se dirigir ao Planalto, telefonou para vários senadores e, nervoso, disse que era preciso exigir providências enérgicas. Lula tentou evitar o afastamento de Lacerda – homem da confiança do ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos –, mas acabou cedendo diante da gravidade do quadro. O presidente não acredita, porém, que o diretor da Abin esteja envolvido na bisbilhotagem das conversas de Mendes, de senadores e até mesmo da ministra Dilma Rousseff. Hipóteses Na reunião, Jorge Félix, disse que o governo trabalha com outras três hipóteses para as escutas clandestinas. Uma delas seria a "degeneração" de algum agente ou setor da Abin, que teria agido sem o conhecimento de Lacerda. Félix também levantou a possibilidade de haver um aparelho de grampo no Senado e, ainda, de tudo ter sido planejado pelo próprio Daniel Dantas para desviar o foco das investigações. (AE e ABr)

Paulo Lacerda, diretor da Abin e ex-diretor-geral da PF: concentração de poder mobilizou seus desafetos

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Reunião tensa com Gilmar Mendes sela o destino de arapongas

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Lula Marques/ Folha Imagem - 21.08.08

Paulo Lacerda: influência na PF gera divisão interna oder demais sobre investigações sigilosas colocou o diretor afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, em rota de colisão com a cúpula da Polícia Federal. Na gênese da crise está o papel que Lacerda desempenhou na Operação Satiagraha, conduzida oficialmente pela PF. Por meios oficiosos, Lacerda atraiu para sua órbita a parte mais secreta da rumorosa operação, que culminou na prisão do banqueiro e fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, além do investidor financeiro Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Mesmo no comando da Abin, que por definição não conduz investigações policiais, Lacerda passou a ter acesso aos grampos e documentos apreendidos pela PF. Na prática, comandava os arapongas da Abin e os arapongas da PF.

Gilmar Mendes, presidente do STF: telefonemas para vários senadores exigindo providências enérgicas

O poder de Lacerda sobre um grupo de delegados é histórico. Ele, quando era diretor da PF, foi responsável pela montagem de delegacias especializadas de combate ao crime organizado e fortaleceu a área de Inteligência. O episódio, no entanto, deixou a descoberto a existência de duas polícias, uma comandada pelo diretorgeral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e outra por Lacerda. O conflito entre Lacerda e a PF ganhou capítulo adicional na tarde ontem. A Federação Nacional dos Policiais Federais divulgou nota com críticas ao diretor da Abin: "Será que o diretor da Agência Brasileira de Inteligência não sabia? Será que o doutor, que tudo sabia quando era diretor-geral da PF, agora não viu, não ouviu nem falou nada?", questiona a nota. Além da disputa com a PF, Lacerda viu seu comando sobre os agentes da Abin minado. Renato Porciúncula, que migrou para Abin com

Lacerda, é um especialista em ações sigilosas. Quando esteve à frente da poderosa Diretoria de Inteligência, comandou boa parte das interceptações telefônicas realizadas pelos federais. Mas apenas dois meses depois de alojado na Abin, Porciúncula foi alvo de um dossiê atribuído a arapongas insatisfeitos com o novo comando do órgão. Em dezembro do ano passado, o delegado foi flagrado ao volante de uma BMW X5 de quase R$ 300 mil. O carro, confiscado de um traficante, deveria ser utilizado pela PF em ações de combate ao tráfico. O delegado, no entanto, utilizava o veículo para se deslocar de casa para a Abin. A denúncia contra o delegado teria partido dos famosos R2, agentes a serviço da agência de inteligência remanescentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI), insatisfeitos com a concentração de poder. (AE)

ma reunião tensa no Planalto, com uma trombada ent re o s m i n i s t ro s Nelson Jobim (Defesa) e o general Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional) e um desabafo do presidente da República, queixando-se de que teve a família e seu chefe de gabinete grampeados, selou o destino da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A reunião abriu a agenda do Planalto, ontem, e levou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), horas depois, a evitar um confronto com o Executivo e, cautelosos, a esperar uma medida concreta do governo antes de endurecer o discurso. No Planalto, o presidente do STF, Gilmar Mendes, relatou que, sob o comando de Paulo Lacerda, a Polícia Federal vazou informações erradas durante a Operação Navalha para, supostamente, prejudicálo. Durante as investigações, agentes disseram que Gilmar Mendes recebia presentes do dono da empreiteira Gautama, Zuleido Veras, pivô do escândalo. Depois, descobriu-se que se tratava de um homônimo. Desta vez, com Lacerda no comando da Abin, surgiu a denúncia de que teria sido grampeado, inclusive com uma conversa transcrita. E avisou: o tribunal não aceitaria uma investigação, uma sindicância interna que não desse resultado. O ministro Jobim capitaneou as cobranças em cima do general Félix. Ex-presidente do STF, ele disse que a Abin está fora de controle - o general tentou pedir tempo para uma investigação detalhada sobre o grampo, mas o clima da reunião já era, como queriam os ministros do STF, a favor de uma medida concreta. Lula reclama – Coube ao presidente Lula apaziguar os ânimos e mostrar a Gilmar Mendes que estava, tanto quanto ele, incomodando com os grampos. O presidente reclamou que um de seus irmãos, Genival Inácio da Silva, o Vavá, teve conversas grava-

das pela PF e que o chefe de seu gabinete, Gilberto Carvalho, também foi grampeado. À tarde, na reunião do Conselho de Ministros do STF, poucos insuflaram para que fosse dada uma resposta dura ao governo, estes capitaneados pelo vice-presidente do tribunal, Cezar Peluso. Ele sugeriu a divulgação de uma nota pública. Mas a maioria dos ministros, a começar pelos dois mais antigos da Corte, Celso de Mello e Marco Aurélio, preferiu aguardar os desdobramentos do caso para então pensarem em uma resposta crítica ao governo. Defenderam que o Supremo precisava ser "sereno" e zelar pelas instituições. Não poderia atuar co-

O que se praticou (o grampo) foi um crime muito grave. O episódio revelou que há um descontrole no aparato estatal do País. Gilmar Mendes

mo incendiário de uma crise institucional. A sugestão foi acatada por todos os dez ministros, inclusive por Gilmar Mendes e Peluso, a quem coube redigir a frase divulgada à imprensa, que informava que o Supremo "decidiu aguardar as providências exigidas pela gravidade dos fatos". A única ausência foi a da ministra Carmen Lúcia, que alegou razões pessoais para não estar no encontro. Nas entrelinhas, os ministros do Supremo deixaram claro que não aceitariam uma operação abafa e deram o aviso para o governo de que providências poderiam ser tomadas se nada fosse feito, a começar pela demissão de Paulo Lacerda, diretor da Abin. Os grampos nos gabinetes do STF, inclusive no dele próprio, deixaram o ministro Gil-

mar Mendes profundamente irritado. O presidente do STF disse que o País vive "um quadro preocupante de crise institucional." De acordo com matéria publicada pela revista "Veja" desta semana, o gabinete de Gilmar Mendes foi grampeado por agentes da Abin. "O próprio presidente Lula deve ser chamado às falas", disse. Segundo Mendes com os grampos, há uma "prática continuada, reiterada de violação dos termos da Constituição". De acordo com a revista, também foram grampeados o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Álvaro Dias (PSDB-PR), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tião Viana (PT-AC). "O episódio revelou que há um descontrole no aparato estatal do País", disse Mendes. O presidente do STF manifestou ainda grande preocupação em relação a um "Estado policialesco" que está se instalando no País. Por fim, ele confirmou o conteúdo da conversa que teve com o senadores Demóstenes Torres o que, para ele, dá sinais evidentes de que seu telefone foi realmente grampeado. Víti mas – Outras vítimas dos grampos foram os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, além de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não há detalhes das conversas deles capturadas pelo serviço de espionagem. A prova de que Gilmar Mendes foi mesmo vítima do grampo é a transcrição de uma conversa de cerca de dois minutos entre ele e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), ocorrida às 18h32 do dia 15 de julho. No telefonema, Demóstenes pede a Gilmar ajuda contra a decisão de um juiz de Roraima que teria impedido uma importante testemunha de depor na CPI da Pedofilia, da qual é relator. (AE)


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Mercado On Inter net Te c n o l o g i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Google oferece diversos aplicativos online, acessados de qualquer computador na rede

EMPRESAS USAM RECURSOS DA WEB 2.0

Surfando na Web 2.0 Os consumidores mais jovens vão à rede buscar informações sobre uma empresa. Quem ficar fora será esquecido FÁBIO PELLEGRINO

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ssencialmente, o conceito da Web 2.0 está ligado à interatividade entre aqueles que usam a internet. Graças às novas tecnologias e ao crescente surgimento de novos meios de comunicação, aplicações dão voz aos usuários e a possibilidade de um entendimento maior das suas necessidades, inclusive com finalidade de resolver problemas, analisar a aceitação de um determinado produto ou mesmo gerar novos negócios ou canais. O que antes era algo apenas para se ver, hoje, graças às redes de relacionamentos e ferramentas de interatividade, como blogs, fóruns e sites colaborativos, como a Wikipédia – uma enciclopédia que reúne informações postadas pelos próprios usuários – é possível ter a informação, perceber o mercado, buscar conhecimento, entender os concorrentes e, principalmente, o que os clientes pensam da sua empresa. É claro que não se resume apenas a isso. A Web 2.0 traz ferramentas de trabalho e apresenta serviços que podem ajudar a diminuir a barreira do tempo, distância e dinheiro. Ela dá flexibilidade e mais formas de acesso à informação, ou torna as tarefas mais fáceis de serem resolvidas. Os buscadores são bons exemplos. São poucos hoje os que abrem uma lista telefônica à procura de uma empresa para fazer determinado serviço. Ir à biblioteca ou comprar um livro especializado para entender um assunto já é coisa do passado. É verdade que aí mora um perigo: é preciso tomar cuidado com a origem das informações para não serem "equivocadas". A internet está tão à mão que novas teorias surgem como certas. A Teoria da Nuvem, por exemplo, encabeçada pelo Google, sugere que as informações e aplicativos

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ocê sabia que 20% do tempo dos desenvolvedores do Google devem ser utilizados em trabalhos pessoais, muitos na área de tecnologia? Isso faz parte da política dessa empresa, uma das que mais se destacam em inovação. Esse incentivo permite a criação de dezenas de ferramentas, que são agregados ao serviço, para ajudar os usuários da internet a resolverem problemas e desempenhar suas tarefas do diaa-dia com mais agilidade. Ou seja, o Google não se resume a um site de busca, de relacionamento ou gerenciamento de contas, mas na soma de tudo isso em um constante ciclo de inovação. A idéia da empresa é deixar tudo sempre à disposição do internauta, de maneira que sua “vida” possa ser controlada e armazenada na rede mundial de computadores de qualquer lugar

Captura de tela

Twitter: nova sensação, o serviço é um misto de blog, chat e site de relacionamento, que permite interações e trocas de informações, inclusive pelo celular

não estejam mais instalados em uma máquina, em casa ou no trabalho: ficariam na web. Isso quer dizer que o modelo de negócio de venda de software, em CD ou DVD, praticado pela maioria das empresas de desenvolvimento – inclusive a gigante Microsoft –, estaria com seus dias contados. Pode ser. Hoje já é possível usar aplicações na web que se encaixam perfeitamente às necessidades de uma pequena empresa, como o Google Docs, que permite a elaboração de documentos, planilhas e apresentações, com a possibilidade de armazená-los ou editá-los em colaboração com outros usuários. Ferramentas como blogs, comunidades e sites de relacionamento

têm sido outros meios de interação e comunicação com o cliente. Grandes empresas direcionam parte de seus esforços de comunicação para esse canal ou procuram responder às criticas de seus consumidores de forma online. Aliás, recentemente a Nestlé pôde provar a força da Web 2.0. A empresa foi alvo de severas manifestações no site de relacionamentos Orkut, em relação a um dos seus mais antigos produtos: o Nescau. Mais de 50 mil usuários se manifestaram contra a mudança do sabor do achocolatado, fazendo uma dura pressão sobre a fabricante, que havia retirado de linha o sabor tradicional. O resultado? O próprio presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, res-

pondeu aos usuários que o produto voltará às prateleiras em setembro deste ano. Já a Tecnisa, uma das maiores construtoras de São Paulo, se orgulha em ser inovadora em soluções digitais. Afinal, não poderia ser diferente. Segundo pesquisa elaborada pela própria empresa, aproximadamente 85% dos compradores passaram pelo menos uma vez pelo site da construtora para obter informações. Além disso, a internet é uma ferramenta importante para a captação de clientes e já responde por 30% das vendas totais da companhia. Depois de criar um dos primeiros blogs corporativos do mercado imobiliário, inserir vídeos no

Youtube e criar podcasts, a empresa decidiu entrar na onda da nova sensação entre os jovens: o Twitter. Febre nos Estados Unidos, começa a se popularizar no Brasil. Trata-se de um micro blog que traz informações rápidas para seguidores de um perfil, seja uma pessoa ou empresa. Sua única restrição é que só é possível mandar 140 caracteres de cada vez. "Por ter um DNA de internet muito apurado, a Tecnisa está sempre por dentro das tendências. A mais nova é o Twitter, um misto de blog, chat e site de relacionamento, que permite interações, inclusive pelo celular", informa Romeo Busarello, diretor de Marketing da Tecnisa.

A Tecnisa também reviu sua estratégia de uso de links patrocinados no Google e aumentou em 56% o seu pacote, atingindo 25 mil palavras ou expressões. O website já recebe 500 mil visitas por mês. "Estimamos que 50% deste tráfego sejam gerados pelos links patrocinados", diz Busarello. Para Marcelo Coutinho, diretor de Análise de Mercado do Ibope Inteligência, a empresa que não entrar nesta onda de comunicação interativa pode correr o risco de ser esquecida. "Os consumidores mais jovens vão à rede como um meio para buscar informações sobre uma empresa. Se ela ficar fora desse espaço, pode não existir na mente desses consumidores em 5 a 10 anos. Além disso, lá estão as principais tendências de mercado de consumo e a web pode funcionar como sistema de aviso ao executivo ou como SAC para essa geração digital", explica. Segundo o diretor do Ibope, uma recente pesquisa realizada pela Edelman, consultoria de Relações Públicas dos EUA, chamada de "Barômetro da Confiança", sinalizou essa importância ao perguntar aos jovens americanos qual a credibilidade de cada fonte de comunicação sobre uma empresa? "Em primeiro lugar ficaram as revistas de negócios, em segundo a Wikipédia, depois foram outras fontes digitais, como os blogs e o Youtube. Em último ficaram as propagandas tradicionais", afirma. A interatividade deve ter sua parcela de participação ainda mais ampla. "Acredito que aplicativos Web 2.0 para aparelhos celulares, o acesso às plataformas sociais por aparelhos móveis, devem ser vistos como tendência. Mas vale lembrar que acabou o controle sobre a opinião dos consumidores. E se não tem controle, é preciso diálogo", completa.

Um verdadeiro escritório virtual do planeta. Isso traz mobilidade, interatividade e facilidades que divertem e, principalmente, economizam tempo e dinheiro. Um bom exemplo de economia e facilidade é a ferramenta Google Docs (docs.google.com). Nela, o usuário pode rapidamente criar, editar e importar seus documentos (textos, planilhas e apresentações existentes) sem a necessidade de comprar ou instalar qualquer software. Isso permite que sejam usados os arquivos ou criar novos sem a necessidade de ter uma suíte de aplicativos para escritório naquela máquina. Além disso, o documento pode ser editado por mais de uma pessoa, de forma online. Esquecer a agenda também não vai ser mais motivo para cancelar uma reunião. Graças ao GoogleAgenda (calendar.google.com) é possível criar uma agenda virtual, ver a

Captura de tela

Google Mapas: serviço para usuário final e empresas permite localizar um endereço e até traçar rotas entre origem e destino.

programação de amigos e familiares junto com a sua ou adicionar rapidamente eventos salvos em outros aplicativos. Aliás, ao compartilhar seu dia com amigos, você permite que eles enviem convites e reservem horários para reuniões e encontros. O sistema também auxilia a planejar um evento, criando convites, notas e enviar lembretes sobre o que falta, além de ver quem enviou as confirmações de presença, tudo online. Aliás, o usuário pode configurar notificações automáticas para eventos e abrir qualquer item da sua agenda imediatamente, usando a ferramenta de pesquisa integrada. Se lembrar do evento era um problema, imagine chegar ao local em uma cidade gigante e complicada como São Paulo. Para aqueles que não conhecem as ruas dessa imensa metrópole ou buscam um caminho alternativo mais rápido, a solução é pesquisar no Google Mapas

(maps.google.com.br). O buscador mostra a rua e como chegar até o ponto do encontro. É fácil de ser usado e pode, até mesmo, auxiliar empresas que desejam fazer entregas, criando rotas, sem precisar pedir ajuda ou se arriscar com os conhecidos “chapas”, pessoas que ficam nas estradas e avenidas principais das cidades, cobrando para dar informações sobre caminhos ou que levam o motorista ao local desejado. Para aqueles que pensam que o gerenciador de e-mail Gmail é apenas para administrar as mensagens que chegam não sabem o que estão perdendo. O sistema de administração de contatos do site é uma importante forma de organizar suas fontes, amigos e clientes. Nele é possível guardar diversas informações, criar grupos de mensagens ou mesmo adicionar observações sobre a empresa ou pessoa. Quando o assunto é entretenimento, o Google também dá uma mãozinha. As fotos digitais

são boas, mas estão sujeitas a serem perdidas, em caso de dano ao disco rígido. Com o Picasa (http://picasaweb.google.com.br) você fica protegido. É possível criar álbuns, fazendo upload de suas fotos, ou mesmo compartilhar suas imagens com seus amigos e sua família. Também é possível torná-las públicas, caso seja a sua vontade. O Google tem uma outra solução para aqueles que gostam de utilizar o post it. O sistema Notebook é um serviço que permite ao usuário armazenar links, imagens e textos com apenas um clique do mouse ou guardar lembretes acessando o site (www.google.com.br/notebook). Eles ficam guardados na web e acessíveis para serem lidos a partir de qualquer computador conectado à rede. É possível criar vários "blocos" de notas que funcionam paralelamente, e até torná-los públicos. Outra ferramenta promete ajudar os universitários ou

curiosos. O Google Books (books.google.com.br) traz a opção de fazer buscas em conteúdos de livros. Na verdade, o serviço é chamado de Pesquisa de Livros e conta com partes do conteúdo do livro digitalizado em português dentro da base do Google, que é global. Apesar de a portabilidade trazer benefícios, muitos não utilizam as ferramentas online por acharem que estão expondo suas informações ao mundo. Mas a maioria dos aplicativos está ligada à identificação no Google, que é a criação de conta de e-mail no Gmail. No Google Docs, por exemplo, essa identificação é utilizada para proteger o documento criado contra acesso não autorizado. Para o diretor de Comunicação do Google no Brasil, Felix Ximenes, o temor é uma idéia ultrapassada. “É preciso aproveitar as oportunidades e segurança que o Google traz e deixar de lado essa sensação de insegurança. Temos uma cultura de armazenar as informações em nosso HD porque estão protegidas, debaixo dos nossos olhos. É algo que trazemos do passado, antes mesmo da utilização do computador, quando podíamos levar nossos textos – datilografados à máquina de escrever – sob o nosso braço. As informações na rede nos dão mobilidade e nos garantem mais segurança, graça ao sistema de backup. Muitas das aplicações que o Google oferece desoneram empresas de investimento em sistemas e hardwares”, explica. Esses são apenas alguns dos aplicativos, mas há muitos outros em fase final de testes. Conheça essas e outras ferramentas no endereço: www.google.com.br/about.html.


Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

OS CONFLITOS SE AMPLIAM NA ABIN José Cruz/ABr

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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Felix, deve depor hoje à CPI dos Grampos.

'Abin é um monstro sem controle' Políticos do governo e da oposição falam sobre os conflitos internos da agência e da falta de controle; procurador vê dificuldades em descobrir autor do trampo

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Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é um ninho de conflitos internos e um "monstro sem controle", na opinião de políticos do governo e da oposição. Acusada pela revista "Veja" de espionar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e outros integrantes do Executivo e do Legislativo, o órgão está no epicentro de várias denúncias e sob a mira das instituições atingidas. "Parece haver uma guerra fria interna lá. Parece que há igrejinhas lá dentro disputando poder e isso fragiliza a direção da Abin, como está acontecendo agora", afirmou o senador governista Renato Casa-

A Abin tem que perder a ala do SNI (serviço secreto do regime militar). O corpo pode até ser novo, mas o espírito é velho. Renato Casagrande

grande (PSB-ES). "A Abin tem que perder a ala do SNI (serviço secreto do regime militar). O corpo pode até ser novo, mas o espírito é velho", acrescentou o senador. Independente de ter ou não participação no episódio de escutas ilegais, há na agência uma briga cristalizada. O setor de operações, coração do serviço secreto e área responsável pelas investigações da instituição, é alvo de disputas entre diversos grupos. Nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Lacerda assumiu a diretoria-geral da Abin no ano passado com a incumbência de exercer mais controle sobre ela. De lá para cá, a agência já foi envolvida em dois casos rumoro-

Agência lidera gastos com cartões corporativos

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sos. No primeiro, por ocasião da operação Satiagraha, Lacerda negou o uso de grampos para contribuir com a Polícia Federal. Agora, o tema de escuta ilegal volta à berlinda. Remanescentes do SNI – Autor do livro "Ministério do Silêncio" sobre a história do órgão, o jornalista Lucas Figueiredo afirma que "uns conspiram contra os outros" dentro da Abin. Segundo ele, os mili-

tares, alguns ainda remanescentes do antigo SNI, têm muita força no departamento de operações. Os servidores da reserva, também chamados de R2, não ficam atrás. De acordo com Figueiredo, os maçons também exercem excessiva influência interna. "A gente tem um serviço secreto que está há 80 anos sem nenhum controle externo. Tem grupos internos que se digla-

Todos os presidentes tiveram problemas com o serviço secreto. A Abin é um órgão com muita autonomia que ninguém nunca conseguiu enquadrar. Lucas Figueiredo

Valeria Gonçalvez/AE 04.04.08

Souza: não há indícios de participação de funcionários públicos

diam pelo poder. Todos os presidentes da República, de Castelo Branco para cá, tiveram problemas com o serviço secreto. A Abin é um órgão com muita autonomia que ninguém nunca conseguiu enquadrar", argumentou o escritor. Para ele, a Abin tem ainda mais poder que antiga KGB, polícia secreta da antiga União Soviética, pois esta era controlada pelo governo. Criada para fiscalizar as ações do órgão, a Comissão Mista de Controle da Atividade de Inteligência, do Congresso Nacional, nunca exerceu este papel. Agora, senado-

res da oposição já pensam em acioná-la para discutir o episódio atual. "Infelizmente, aquilo é um monstro descontrolado", avaliou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que teve telefonema seu para o presidente do STF grampeado. Por conta da reportagem de "Veja", a agência abriu sindicância interna e pediu que o Ministério Público e a Polícia Federal apurem o caso. Identificação difícil – O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, admitiu ontem que vai ser muito difícil descobrir quem supostamente grampeou Gilmar Mendes. "Toda investigação de quebra de sigilo provoca uma grande dificuldade em identificar a origem", afirmou, destacando que, por enquanto, não há indícios de participação de autoridades ou funcionários públicos no grampo ilegal. "Não tenho certeza da participação de servidor público e não há nenhuma informação de que tenha havido uma ação de autoridade submetida ao STF", disse. (AE/Reuters)

uspeita de ter participação nas escutas ilegais feitas nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é campeã de gastos secretos e saques em dinheiro com cartão corporativo. Segundo dados atualizados ontem pelo "Portal da Transparência", a Abin sozinha pagou em 2008 cerca de 13,5% de todas as despesas do cartão. Este ano, até o fim de julho, a agência já tinha usado seus cartões num total de R$ 3.695.702,77, gasto superior ao da Secretaria da Presidência da República – R$ 3.052.800,58. Parte de sua prestação de contas, aliás, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), há duas semanas. A Abin foi censurada por usar dinheiro vivo, sacado com cartões, para pagar 99,9% das despesas. Entre os problemas detectados estava a "aquisição irregular de material permanente e pagamentos e gratificações a informantes e colaboradores eventuais". Nos últimos anos, as despesas da Abin com cartões só têm aumentado. Em 2002, foram de R$ 1,7 milhão. Em 2005, ocorreu o primeiro grande salto, com as contas passando para R$ 5,2 milhões. Um ano depois, chegaram a R$ 5,5 milhões. (AE)

Apenas a PF tem respaldo para grampear telefones Reunião Plenária (Informações, debates e busca de soluções)

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a)

CONVIDADA

Soninha Vereadora

Dia: 08 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

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cusada em reportagem da revista "Veja" de grampear o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não tem respaldo legal para fazer escutas telefônicas. Caso a instituição esteja envolvida na escuta, os responsáveis terão cometido crime. No governo federal, só a Polícia Federal pode, com autorização judicial, monitorar e gravar conversas. O sistema oficial e regular de "grampos" da PF é operado por um programa de computador chamado "Guardião". Desenvolvido pela empresa Dígitro, de Santa Catarina, o software é acoplado a uma espécie de central telefônica que tem capacidade de monitorar e gravar centenas de ligações simultaneamente. O sistema Guardião é um dos principais produtos da empresa, que também fabrica centrais telefônicas. Só no ano passado, a Dígitro recebeu da União R$ 13,8 milhões. Deste total, R$ 9 milhões foram para aparelhar a PF em operações de inteligência e segurança durante os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro. O Guardião também é usado por instituições como a

Para fazer as escutas, a PF precisa de autorização de um juiz. Com o despacho judicial, a PF contata as empresas de telefonia para iniciar o trabalho.

Universidade de Brasília (UnB) para detectar transmissões ilegais durante vestibular. Além da PF, polícias estaduais também usam o sistema. Para fazer as escutas, a PF precisa ter autorização de um juiz. Com o despacho judicial, a PF entra em contato com as empresas de telefonia para iniciar o trabalho de escuta. O Guardião capta as conversas a partir dos "links" fornecidos pelas empresas de telefone. O trabalho das escutas é todo gravado digitalmente. As fitas cassetes já foram abolidas há tempos. Dependendo da natureza da operação, a PF coloca agentes para acompanhar em tempo real as conversas. Nesses casos, equipes vão às ruas para seguir os passos de quem está grampeado e flagrar algum ato criminoso, como ocorreu na operação

Navalha, em que uma equipe fazia a escuta e outra seguia malas de dinheiro de supostos pagamentos de propina. A PF mantinha em Brasília um sistema que concentrava todas as escutas feitas nas grandes operações. Mas o trabalho já foi descentralizado. Superintendências da PF em vários estados já adquiriram o sistema Guardião. CPI – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos da Câmara, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), marcou para as 14h30 de hoje o depoimento do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Armando Felix, que comanda o gabinete ao qual está subordinada a Abin. O general será ouvido sobre os supostos grampos ilegais nos telefones do presidente do STF. O requerimento de convocação do ministro já havia sido aprovado na CPI, por causa de suspeitas de outras escutas ilegais da Abin, mas faltava marcar a data. Com as novas informações, o deputado Itagiba decidiu antecipar o depoimento. O ofício de convocação já foi e a presença do ministro foi confirmada. (AOG e AE)


terça-feira, 2 de setembro de 2008

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web atingiu mais de 1.000.000.000.000 de páginas. São tantos zeros que fica até difícil de contar. Essa marca de um trilhão de páginas na internet foi computada pelos sistemas do Google, encarregados de processar os vínculos na web para descobrir qualquer novo conteúdo. Os números espantaram até os engenheiros do popular site de busca. Jesse Alpert e Nissan Hajaj, engenheiros de software da equipe de infra-estrutura de busca comentaram no blog da empresa que "esse diagrama de um trilhão de URLs é semelhante a um mapa composto por um trilhão de cruzamentos. Assim, fazemos múltiplas vezes por dia o equivalente computacional de explorar totalmente cada cruzamento de cada estrada nos Estados Unidos. Com a diferença de que esse mapa seria mais ou menos 50 mil vezes maior que o dos Estados Unidos, com 50 mil vezes mais estradas e cruzamentos." No dia-a-dia, os internautas entram neste megacruzamento e não sabem muito o que fazer. A primeira saída é mesmo o Google, mas só este tipo de serviço não é suficiente para escolher um caminho e encontrar o que realmente interessa. Por isso, nasceram os sites que possibilitam organizar desde um bookmark (sites favoritos) até as notícias prediletas, passando, é claro, pela customização de sua homepage. O próprio Google oferece o iGoogle (www.google.com/ig), no qual se pode montar uma página com temas exclusivos, notícias dos principais jornais, previsão do tempo, fases da lua, fotos etc. O líder de projetos de ERP, Michael Duarte Correia, mantêm o iGoogle como página principal. "Gosto dessa facilidade de ver as últimas notícias sempre que abro o browser, a temperatura e ani-

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On Inter net Te c n o l o g i a Segurança

RECEBA APENAS CONTEÚDOS DE SEU INTERESSE

Captura de tela

A interface do Regator (acima) é bastante fácil de usar e intuitiva. Há na lateral esquerda uma lista de assuntos com mais de 500 categorias. Ao lado, homepage do escritor Paulo Coelho, bastante acessada.

Conteúdo desejado ao alcance das mãos Sites como Netvibes podem economizar até meia hora de navegação sem direção e dar mais tempo para o internauta REGIANE BOCHICHI

versários pela integração com o Orkut", comenta. O N e t v i b e s ( w w w. n e t v ibes.com) foi o primeiro site que permitia personalizar a homepage. Com milhões de usuários em mais de 150 países, possibilita em

Sites que facilitam a sua navegação

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m dos costumes bem brasileiros são os restaurantes por quilo. Vamos usar esse hábito para fazer uma analogia com os sites que facilitam a navegação na internet. Geralmente, na hora do almoço, as pessoas se deparam com um sem número de opções de comida e vão misturando carne, com peixe, com massa, com arroz, com tomate, com alface e depois, pesa aquela mistura, que nem sempre é a mais saudável e equilibrada. Imagine se você tivesse um método que listasse as fibras, os carboidratos, as proteínas e ainda quais são suas preferências, o que come mais, o que seus amigos gostam e indicam, o que o seu corpo está precisando mais no momento etc. As filas, com certeza, andariam mais rápidas e a alimentação seria mais sadia. Para não se empanturrar de informações que crescem sem controle na web (sem contar que muita coisa que é publicada na rede é puro lixo, com informações incorretas e de fontes duvidosas), o internauta pode dispor de sites que o ajudam a por um pouco de ordem na "Festa de Babete" de notícias, blogs e favoritos. Um das ferramentas mais populares é o RSS (Really Simple Syndication), que permite selecionar e receber em suas máquinas notícias e atualizações de blogs. A sigla está presente na maioria dos portais e funciona com a última versão dos navegadores Internet Explorer ou Firefox (um navegador gratuito, desenvolvido pela comunidade de código aberto, que tem se mostrado rápido e também seguro, pois os hackers geralmente criam ferramentas para explorar falhas do Internet Explorer, da Microsoft). As manchetes ficam dentro da pasta de favoritos. Para ler a notícia completa é só clicar e ir até o site. É um shortcut, rápido e eficiente. Páginas pessoais - Mas digamos que no seu prato não podem faltar blogs. Essa nova mania da internet é responsável pela proliferação do conceito de Web 2.0. Para lhe facilitar a encontrar o que

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quer ler ou até divulgar blog, o ideal é acessar o site Regator (www.regator.com). A interface é bastante fácil de usar e intuitiva. Há na lateral esquerda uma lista de assuntos com mais de 500 categorias. Basta escolher o que mais lhe interessa e juntar tudo em uma só página personalizada, a gosto do freguês. Um ponto a favor: assim como o Dailyme (ver matéria acima), existe a figura do editor, que dá destaques para os blogs mais importantes, bem atualizados e com uma boa escrita. David de Oliveira Lemes, especialista em tecnologias de aprendizagem interativa do Ibmec São Paulo, é um heavy user e como trabalha com tecnologia, está sempre buscando novidades. Desde 2006, usa o Delicious (delicious.com) para manter agrupados todos os sites favoritos online. O serviço agrada tanto que foi comprado pelo portal Yahoo! e teve recentemente a interface atualizada, o que o deixou ainda mais prático. "Quando preciso de um conteúdo muito específico e que não consigo achar no Google, procuro no Delicious", conta Lemes. "A principal vantagem deste tipo de site é o acesso preciso às informações selecionadas. Ou seja, você lê e acessa aquilo que quer em um único lugar". E ainda dá para dividir a sua seleção com os amigos, ver sites mais acessados e as tags mais procuradas. O arroz e feijão desta categoria de site é o Digg (www.digg.com). São milhares de usuários que dividem suas preferências não só gastronômicas, mas do mais variados assuntos. A comunidade do site vota pela notícia, quanto mais "diggs" tiver, mais chances de ser promovida ao topo da homepage. É possível ainda acrescentar fotos, vídeos e de novo, compartilhar tudo com a turma por meio de links e de redes sociais, como o Facebook e o Myspace. Um dos features exclusivos são os cardápios com os temas mais acessados. É feita uma infinidade de conexões e deixa todo mundo com gostinho de quero mais. (R.B)

um único espaço reunir os seus widgets, websites, blogs, contas de email, rede sociais, mecanismos de busca, instant messengers (como o MSN), fotos, vídeos e podcasts prediletos. Essa opção também pode ser

acessada por meio do celular (m.netvibes.com). Uma outra vantagem é publicar sua homepage e dividi-la com os amigos. No Public Netvibes, dá até para encontrar a homepage editada pelo escritor Paulo Coelho.

Direto ao assunto - Segundo uma pesquisa do Ibope/NetRatings, em média, os brasileiros passaram 24 horas no mês de julho conectados na internet. Naturalmente, muitos ficam conectados batendo papo no MSN ou

Ferramentas como RSS avisam o internauta quando há atualizações nos sites favoritos

atualizando páginas no Orkut, mas também há aqueles que usam a internet como fonte de pesquisa ou para se manterem informados. Com tantas páginas, dica difícil encontrar conteúdos de qualidade. Sites como Netvibes podem economizar até meia hora de navegação sem direção e dar mais tempo para o internauta usufruir do que realmente gosta de fazer na rede. Foi a falta de tempo que fez Correia optar por sintetizar as notícias de seu interesse por meio do site Dailyme (www.dailyme.com). "O DailyMe me manda de forma organizada um resumo das notícias que solicitei todos os dias, sempre às 23h", conta. "Quando chego em casa para me atualizar, tenho tudo que me interessa em um site só". No Dailyme, a customização é elevada ao quadrado. Se escolhe o tipo de notícia que vai receber, o horário da atualização e como será entregue. As fontes de informação vão desde de jornais como Chicago Tribune, Los Angeles Times, USA Today, New York Newsday e Boston Herald, às agências de notícias como Reuters, The Associated Press, BBC, além de magazines e publicações especializadas em diversos assuntos. Para receber, o internauta pode optar por e-mail, por celular e outros PDAs, por PDF para imprimir ou ainda impressão automática. A seleção da homepage é feita por um time de editores, há ainda as principais notícias escolhidas pela comunidade e por fim, de forma aleatória, por um sistema algoritmo. "Você pode imaginar o Dailyme como um serviço três em um: DailyMe + New York Times + Digg", explica o o CEO da empresa, Eduardo Hauser. "O conteúdo da web tem crescido exponencialmente e fontes confiáveis que façam uma seleção prévia serão ainda mais necessárias".


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Internacional Reuters

O furacão foi rebaixado para a categoria 1 ao chegar no continente norte-americano, mas provocou fortes pancadas de chuva ao se aproximar de Nova Orleans.

Gustav perde Novo furacão abala força, para convenção republicana alívio dos EUA

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f u r a c ã o G u s t a v pacto semelhante ao Katrina, perdeu força ao que matou 1,6 mil pessoas. O aproximar-se dos Gustav, porém, chegou como Estados Unidos de categoria 2 e logo foi rebaiontem, dissipando os temores xado para de categoria 1. Autoridades demonstrade que provocaria grandes danos em Nova Orleans, que ain- vam confiança de que os dida se recupera dos estragos ques que romperam durante a provocados pelo furacão Ka- passagem do furacão Katrina trina de 2005. Gustav foi rebai- funcionariam dessa vez. xado para a categoria 1 na escaO Gustav deve despejar enla Saffir-Simpson após entrar tre 15 e 30 centímetros de chuno continente, mas provocou va em Nova Orleans. Os ventos que atingiram a cifortes chuvas ao se aproximar da cidade. dade derrubaram árvores e arEnquanto Gustav enfraque- rancaram luminosos de lojas. cia, a tempestade tropical Han- Cerca de 700 mil pessoas ficana ganhou força de furacão de ram sem energia elétrica na recategoria 1 no Oceano Atlânti- gião. (Agências) c o . H a n n a p o d e r á Reuters avançar sobre os EUA esta semana. Além do fortalecimento de Hanna, uma nova tempestade, Ike, formou-se ontem, no Oceano Atlântico. Os meteorologistas temiam que o Gustav chegasse aos EUA como um furacão de categoria 4. Com isso, poderia causar im- Gustav deve trazer até 30 cm de chuva

Anúncio surpresa da gravidez da filha solteira de Sarah Palin, vice de McCain, eclipsou a abertura das comemorações; primeiro dia foi reduzido a eventos de arrecadação de doações às vítimas do Gustav

G

ustav não foi o ú n ico furacão a atrapalhar a abertura da Convenção Nacional do Partido Republicano. A nomeação do senador John McCain como candidato do partido à presidência dos EUA foi eclipsada por outra novidade: o anúncio de sua vice-presidente, Sarah Palin, de que sua filha solteira de 17 anos, Bristol, está grávida. A governadora do Alasca e seu marido revelaram que sua filha solteira está no quinto mês de gravidez, terá o bebê e se casará com o pai da criança. A campanha de Palin, escolhida por seu perfil conservador e contrário ao aborto, informou que o anúncio foi feito para refutar boatos de que o filho mais novo da governadora, Trig, nascido em abril, seria na verdade filho de Bristol. "Nós estamos orgulhosos da decisão

Atentado mata 4 em Cali elo menos quatro pessoas morreram e 20 ficaram feridas por causa da explosão de um carro-bomba à meia-noite do domingo, em frente ao Palácio da Justiça de Cali, na Colômbia. Autoridades ofereceram uma recompensa equivalente a US$ 55 mil (R$ 90,2 mil) por informações que levem à prisão dos responsáveis. As vítimas fatais eram quatro homens, incluindo um motorista que passava pela área no momento da explosão. "As vítimas ficaram totalmente irreconhecíveis, com queimaduras em seu corpo, alguns deles ficaram totalmente mutilados", disse o prefeito de Cali, Jorge Iván Ospina. Imagens de emissoras locais mostraram restos do veículo que explodiu, provavelmente uma caminhonete, da qual só restaram pedaços do motor e ferros retorcidos. Fachadas de

Reuters

P

Carro-bomba destruiu fachadas

lojas e do palácio tiveram vidros quebrados e paredes também sofreram danos. Segundo Ospina, a cidade

não era palco de um atentado similar desde abril do ano passado, quando um carro-bomba explodiu frente a uma delegacia e matou uma pessoa. O prefeito avaliou que ainda não era possível indicar o grupo responsável pelo atentado. Alguns policiais atribuíram a autoria a milícias urbanas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Apenas os terroristas das Farc poderiam ter feito isso", afirmou o general da polícia Gustavo Ricaurte. O governador estadual, Juan Carlos Abadía Campo, revelou ainda que uma mulher morreu perto do local, pouco após a explosão. Campo disse que delinqüentes tentaram roubar e saquear lojas perto do Palácio de Justiça, o que gerou uma troca de tiros entre os ladrões e a polícia que atingiu a mulher. Ele não deu outros detalhes. (Agências)

de Bristol ter o seu bebê e mais orgulhosos ainda porque seremos avós", informou o casal em um curto comunicado. Na época em que concorria à vaga de governador, Palin disse que apoiaria a criação de fundos para a educação em favor da abstinência entre jovens, segundo o grupo conservador Eagle Forum Alaska, citado pela rede de TV CNN. A campanha de McCain declarou que o senador já sabia da gravidez de Bristol antes de nomear Palin como sua vice e decidiu revelar a notícia para colocar um fim aos rumores. Os republicanos ainda tiveram que se preocupar com alterações na convenção. A abertura de ontem, em St. Paul, no Minnesota, foi reduzida e as comemorações foram substituídas por eventos de doações às vítimas do Gustav. O partido foi acusado de inépcia quando o furacão Katrina devastou Nova Orleans em 2005. Cumprindo a programação,

AFP

Bristol, de 17 anos, está no quinto mês de gravidez (abaixo, com o irmão Trig).

a primeira-dama, Laura Bush, e a mulher de McCain, Cindy, subiram ao palco para pedir fundos. "Queremos que as pessoas afetadas saibam que viemos aqui fazer o necessário", disse Laura, representando seu marido, George W. Bush, que não compareceu ao evento. Tanto o presidente quanto McCain estão prestando apoio às vítimas do Gustav. O planejamento para o resto da convenção ainda é incerto. "Estamos fazendo os planos dia-a-dia", disse Rick Davis, gerente de campanha de McCain. (Agências)

Reuters

Reuters

APAGÃO capital venezuelana A Caracas e outras cidades importantes do Ó RBITA

TAILÂNDIA primeiro-ministro da O Tailândia,Samak Sundaravej, declarou estado

INGRID E O PAPA

O

papa Bento XVI recebeu ontem em seu palácio em Castelgandolfo a ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt. Ingrid, que foi mantida refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por mais de seis anos, atribuiu a sobrevivência na selva a sua fé religiosa. (AE)

de emergência no país na madrugada da terça-feira (horário local), após uma pessoa ter sido morta ontem em lutas políticas nas ruas. Manifestantes ocupam o escritório do premiê há uma semana como forma de pressionar pela sua renúncia. A crise se agravou depois que sindicatos de funcionários de 43 estatais ameaçaram uma paralisação. Cerca de 400 soldados foram mobilizados para ajudar a polícia a conter as manifestações. (Agências)

país foram atingidas ontem por uma grande blecaute, pela segunda vez no ano. Falhas numa linha de alta tensão teriam provocado o apagão temporário que atingiu Caracas e, possivelmente, 25% do país, disseram autoridades venezuelanas.

GEÓRGIA União Européia A decidiu ontem adiar as negociações sobre um

novo acordo econômico e político com a Rússia, marcadas para o próximo dia 15, caso até lá Moscou não tenha retirado suas tropas da Geórgia. Os líderes europeus, no entanto, descartaram sanções contra a Rússia.


4

Inter net Te c n o l o g i a Segurança Te l e c o m

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

FIQUE ATENTO ÀS AMEAÇAS QUE CHEGAM POR E-MAIL

Segurança e bom senso E-mail sugere assistir um vídeo e script leva usuário a baixar programa malicioso. Este tipo de mensagem deve ser deletada

O

VANDERLEI CAMPOS

usuário recebe um email de um remetente desconhecido, mas resolve dar uma olhada. O conteúdo apresenta um template de uma página do YouTube. Ao clicar no link, é exibida uma mensagem que recomenda a atualização do Flash Player e direciona a uma página falsa da Adobe Brasil, que contém o instalador de um malware, baixado espontaneamente pela vítima. A nova modalidade de golpe foi divulgada na semana passada, pelo Security Lab, da Websense (http://securit y l a b s . w e b s e n s e . c o m / c o ntent/Blogs/3164.aspx). Como normalmente ocorre com o estelionato no mundo presencial, a vítima desse tipo de golpe tem, ao longo do processo, vários indícios que fariam a prudência vencer a curiosidade. Quem é sensato, simplesmente deleta a mensagem. Caso leia, vai pelo menos verificar onde os links levam, antes de clicar. E se cair na página falsa, terá que ignorar várias advertências do browser para prosseguir com a instalação. "Hoje, muitos hackers americanos se concentram em regiões como o Brasil, onde funcionam golpes como envio de cartões virtuais e links por e-mail", constata Graziani Pengue, engenheiro da Websense. As marcas do Google e da Adobe foram exploradas pelos fraudadores, mas as companhias não têm nenhum controle ou responsabilidade em relação a esse incidente. "Injetar código malicioso com scripts no YouTube é difícil. O caminho mais curto é falsificar sites de empresas em que o usuário confia. Com 'engenharia social', o fraudador tenta direcionar o

Captura de tela

usuário ao site falso e fazê-lo instalar seu malware", explica Pengue. "Ferramentas como anti-spam ou filtros de ULR atuam após o problema ser identificado. Isso minimiza o risco, mas o usuário deve ter o mínimo de cuidado", observa gerente-geral da Fortinet Brasil. "Se quiser baixar um plugin, vá no site original do fornecedor (Adobe, Microsoft etc.). E antes de executar o instalador, verifique o certificado de identidade do site", recomenda. José Matias, ge- Em sites como o da Adobe, da Microsoft ou da Apple, o browser reconhece o editor e a certificação rente de suporte da McAffee, nota que o incidente de- pequenos escritórios, a reação a Flash Player – são suficientes", obmonstra a importância de manter ameaças leva mais tempo. O usuá- serva Graziani Pengue, da Webo firewall ativo e atualizado, como rio final deve manter seu ferra- sense. "Quem está acostumado a última camada de defesa. Mesmo mental de segurança. Mas nada navegar no YouTube, sabe que o que a mensagem passe pelo anti- substitui o bom senso", resume. site não exige baixar nenhum pluspam e o código malicioso não seja Nada de pânico - Mesmo os gin", menciona. reconhecido pelo antivírus, o fi- usuários mais prudentes hoje preEm contrapartida à padronizarewall impede a finalização da cisam de acréscimos freqüentes ção, os usuários mais dependenmaioria dos golpes, cujo objetivo é em suas configurações para apro- tes de software inovador precisam roubar dados ou usar a máquina veitar as novas aplicações e servi- estabelecer outros mecanismos de como instrumento para outras ços na web. Ainda assim, é reco- confiança. Em sites como o da ações criminosas. "Mesmo que o mendável evitar sites cujos con- Adobe, da Microsoft ou da Apple, malware seja desconhecido, o ata- teúdos exijam extensões muito es- o browser reconhece o editor e a cante não consegue ver a máquina pecíficas ao browser. Isso não certificação. No entanto, alguns infectada", esclarece. apenas por segurança, mas tam- produtos de alta demanda não "Há dias em que temos mais de bém para punir a falta de elegân- contam com essa referência. Por 50 atualizações (de listas de spa- cia do web master, que se preocu- exemplo, quem for baixar o Open mers, assinatura de vírus etc.) nos pou mais em mostrar virtuosismo Office, da BrOffice.org, terá que equipamentos de segurança dos do que lhe prestar o serviço. "Hoje, confiar no site, pois o instalador clientes empresariais", conta Fer- tudo é mais padronizado e os plu- informa "editor desconhecido" na nando Barreto, gerente-geral da gins mais comuns – Media Player, classificação. Barracuda no Brasil. "Em casa, ou QuickTime, Acrobat Reader e "Nossos parceiros são empre-

sas de alta tecnologia e costumam ser os primeiros usuários de novas ferramentas de apresentação e colaboração em conteúdo. Isso torna inevitável acrescentarmos extensões no browser", conta Francisco Camargo, diretor da CLM, especializada em consultoria de segurança. "Algumas vezes, até por serem coisas muito novas, o fornecedor não é creditado pelo browser. É preciso ponderar o risco caso a caso, para não cairmos na história do pastor e do lobo (em que vários avisos falsos tiravam a credibilidade do alarme no caso real)", compara. Apenas na semana passada, Camargo teve que acrescentar dois plugins para abrir documentos e vídeos compactados por um de seus parceiros. No entanto, ele enfatiza que essas extensões só foram admitidas por necessidades específicas do negócio. Para serviços ao público, ele recomenda respeito aos padrões. A exigência de instalar componentes específicos de software para rodar determinado conteúdo não é uma deselegância exclusiva do mundo web. Recentemente, o estudante Leonardo Santana comprou o CD "Os Tribalistas" e, quando tentou ouvir em seu PC, descobriu que não tocava no Media Player e requeria a instalação de um software desconhecido. O disco foi imediatamente devolvido à loja. "Se os artistas e os produtores me vêem de forma tão hostil a ponto de me impor um ônus injustificável pela 'possibilidade' de pirataria, não há razão de confiar neles a ponto de permitir a instalação de um software. O melhor é ficar cada um do seu lado", conclui o executivo.

A rede de fast food árabe Habib's instalou 164 câmeras de alta resolução para monitorar lojas

Conteúdo útil ou um grande risco?

A

possibilidade de publicar aplicativos nas redes sociais tem um enorme potencial de enriquecer o conteúdo, a interatividade e a colaboração. Evidentemente, essa evolução aprofunda a contrapartida de risco. Ou seja, rodar aplicativos de terceiros exige muito mais "intimidade" do que compartilhar fotos ou vídeos. No Termo do Compromisso para desenvolvedores do Orkut, o Google avisa que "se reserva o direito, mas não tem a obrigação, de revisar, assinalar, filtrar, modificar ou remover qualquer aplicativo publicado no Orkut". O mesmo documento diz que "o desenvolvedor tem exclusiva responsabilidade pela aplicação". Os conservadores de plantão poderiam tentar aproveitar a questão de segurança como argumento para políticas restritivas, tanto na empresa quanto na internet. Ao mesmo tempo em que apontam ferramentas como MSN e YouTube como ralos de produtividade, agora usam o risco para defender proibições. Contudo, em vários casos, essas aplicações são usadas efetivamente no trabalho. A própria Websense publica tutoriais de segurança no YouTube, assim como outras indústrias sérias. ( V.C.)

Câmeras monitoram o Habib's U

Fotos: Divulgação

Graças ao software de circuito fechado de tevê, é possível gerenciar todas as informações captadas pelas câmeras e traçar planos de ação dentro da empresa. O software ISS faz o reconhecimento biométrico da face para avaliar se as pessoas podem estar naquele ambiente monitorado.

m software russo e 164 câmeras de alta resolução estão monitorando e gerenciando as instalações centrais, a cozinha e o estacionamento do Habib's, a maior rede nacional de fast food com 305 lojas no País. A empresa instalou câmeras IP da sueca Axis que são controladas pelo software da ISS Art, da Rússia. Mas não só para a segurança patrimonial e de seus funcionários, pois com a ajuda dessas câmeras e vídeos, o Habib's vigia também a qualidade da preparação dos alimentos na sua cozinha industrial e produz pequenos filmes para treinamentos de seus colaboradores. O diretor de Tecnologia do Habib's, Geraldo Santo, lembra que a central de produção dos lanches da rede de fast food precisa seguir um rígido controle de qualidade. "Graças ao monitoramento por vídeo 24 horas é possível avaliar se a manipulação dos alimentos é feita de forma adequada, se os funcionários estão vestidos com seus uniformes e luvas, se os produtos são embalados e estocados de acordo com as normas padronizadas". O projeto, instalado em maio último, foi integrado pela Axis em parceria com a Mersh Automação de Sistemas.

164 câmeras estão monitorando as instalações centrais, a cozinha e o estacionamento

Esses vídeos da cozinha, do escritório e da movimentação dos caminhões que chegam e saem com os alimentos (e também dos carros dos funcionários) nas unidades de Itapevi (na Grande São Paulo) e no bairro do Morumbi, na capital, são de alta resolução, capturados pelas câmeras IP. Eles ficam armazenados por 15 dias nos servidores para serem acessados remotamente, segundo Santo. Além disso, graças ao software de circuito fechado de tevê, é possível gerenciar todas as informações captadas pelas câmeras e traçar planos de ação dentro da empresa. "Não seria possível fazer o gerenciamento dessas imagens de 164 câmeras se não fosse esse software inteligente", diz Santo. O ISS faz o reconhecimento biométrico da face para avaliar se as pessoas podem estar naquele ambiente monitorado, uma espécie de cerca virtual. Se alguém entrar nos limites dessa cerca sem ser reconhecido pelo sistema, a câmera emitirá um alerta sonoro para a sala de monitoramento remoto do Habib's, com quatro televisores de LCD de 42 polegadas. Segundo Santo, serão adicionados novos recursos na captura de imagens: a

contagem de pessoas e a identificação de placas de automóveis. As imagens da cozinha industrial e movimentação dos caminhões com mercadorias são enviadas para os três servidores Dell, com capacidade para armazenar 6 TB (TeraBytes) de dados, em Itapevi, e as do escritório do Morumbi, com estacionamento dos carros dos funcionários, para os dois servidores com 4 TB, do Morumbi. Todo o sistema foi integrado à plataforma de TI digital do Habib's, com vídeos, voz e dados conectados à rede Ethernet de 10 Gigabits, da Nortel. Apesar do objetivo principal do projeto instalado na rede de fast food ser a segurança patrimonial e o monitoramento remoto da linha de produção, as câmeras também servem para a produção de vídeos de treinamento a chefs, garçons, supervisores e funcionários das 140 lojas do Habib's de São Paulo e 305 no País. "Esses vídeos são gravados e posteriormente distribuídos aos franqueados em DVD ou acessados remotamente pela internet", explica Santo. O material pode ser visualizado em rede até 15 dias após as gravações e, depois disso, só por backup, onde fica armazenado por 60 dias. (B.O.)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

1 O Brasil responde por 1% do comércio mundial de itens de luxo. Índice deve dobrar em 15 anos.

A VENDA DE PRODUTOS DE ALTO VALOR CRESCE, MAS EMPRESÁRIOS RECLAMAM DOS IMPOSTOS BRASILEIROS.

CARGA TRIBUTÁRIA LIMITA O LUXO Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Neide Martingo

O

Para quem pode: óculos de sol importado de umas das 27 empresas representadas pela italiana Sáfilo.

Ferreirinha: apesar do crescimento, Brasil só responde por 1% do bolo.

retor da MCF Consultoria, organizadora da conferência, Carlos Ferreirinha. Algumas empresas aproveitaram o evento e expuseram produtos, como a importadora Sáfilo, que traz óculos escuros de 27 grifes, como Gucci, Marc Jacobs e Yves Saint Laurent. Nos últimos sete anos, a companhia italiana registrou alta nas vendas de 25% ao ano. Em 2008, o índice deve chegar a 30%. "A vantagem é que a renda da população brasileira está crescendo. Além da classe alta, mais pessoas têm acesso aos produtos chamados exclusivos", diz o diretor da Sáfilo, Rui de Souza Lima Júnior. "O que atrapalha é a carga tributária. Aproximadamente 60% do preço do produto são impostos. No México são 20%." A marca alemã Puma aproveitou para lançar a linha de tênis Black Label. "O produto terá quantidade limitada, design e acabamento diferenciados. Por isso, o preço pode ser até quatro vezes maior do que

o de um item de mercado, chegando a mais de R$ 1 mil", afirma a gerente de produto, Audrey Vargas. "Em um ano, a Black Label representará 15% de nossas vendas no Brasil." A Claro A é o segmento que atende os consumidores "selecionados" pela operadora de telefonia. Os usuários contam com um "concièrge", que dá orientações aos clientes com exclusividade. E tem também um "personal mobile", que ensina o usuário a mexer no telefone. A Audi levou ao evento veículos com preços a partir de R$ 120 mil. "O consumidor encontra a linha premium. Se compararmos os primeiros semestres de 2006, de 2007 e deste ano, a alta de vendas chegou a 150%", diz o gerente de marketing, Felipe Gomes. Apesar da aclamada "democratização", a consultora de moda Gloria Kalil esclarece: "O item raro, exclusivo, de qualidade, custa caro. E isso não mudará."

Para Fecomercio, alta foi de 3,9%.

O

comércio varejista de São Paulo registrou em julho uma alta de 3,9% no faturamento na comparação com igual mês de 2007. De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) feita pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no acumulado do ano a elevação nas vendas corresponde a 5,3%.

O maior avanço foi verificado no segmento de concessionárias de veículos, que apresentou no mês crescimento de 29,4%, em relação a igual período de 2007. No acumulado do ano, a alta foi de 16,5%. A Fecomercio-SP destaca que nos sete primeiros meses do ano passado o segmento registrava aumento real de vendas bastante significativo, de 19,3%, ou seja, os resultados

estão sendo comparados com uma base muito elevada. Também tiveram alta os segmentos de vestuário, tecidos e calçados (19,3%), móveis e decorações (13,2%), material de construção (13,1%), eletroeletrônicos (7,6%), farmácias e perfumarias (2,8%). Já os supermercados e as lojas de departamentos tiveram retração de 11,2% e 12,9%, respectivamente. (AE)

Vendas a crédito cresceram 3,7% em relação a agosto de 2007 Paula Cunha

A

s consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), correspondentes a vendas a crédito, tiveram aumento de 3,7% em agosto sobre igual mês de 2007, mas as vendas à vista (UseCheque) tiveram retração de 0,2%. A desaceleração registrada em relação a julho (-6,7% e -5,3%, respectivamente) é conseqüência da redução de dias úteis em agosto em comparação com julho. Entretanto, o presidente da ACSP, Alencar Burti, lembrou que a queda foi compensada pelo crescimento das médias diárias de consultas de 7,6% no SCPC (o que indica aumento nas vendas a prazo). Elas mantêm a média do movimento nos meses anteriores. Para Burti, "os dados mostram que a queda dos preços dos produtos alimentícios e a redução no ritmo das vendas no varejo trazem a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) modere a alta da taxa de juros, porque o impacto das elevações anteriores não se fez sentir inteiramente sobre o mercado". O economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal Emílio Alfieri explica que, em razão desse quadro, a elevação de 14,4% dos registros re-

cebidos em agosto, que são as o c o r rê n c i a s d e c a r n ê s e m atraso, está dentro das expectativas do mercado, devido à alta dos juros. Para compensar, os registros cancelados, que indicam dívidas quitadas, cresceram 14,9% em agosto sobre o mês anterior e de 10,1% em comparação com agosto de 2007. Protestos e perspectivas – Os números de agosto totalizaram 41.806 títulos protestados, 44,1% acima dos registros de julho. Alfieri ressaltou que o d a d o n ã o é p re o c u p a n t e ,

quando se lembra que em julho ocorreu a greve dos Correios, o que comprometeu a base de comparação. Isso também se aplica ao total de concordatas requeridas: nove em agosto, ante duas em julho. A análise indica que esse resultado inclui quatro empresas do mesmo grupo e, por isso, não se trata de uma projeção negativa para o mercado. Quanto às perspectivas para as pessoas físicas, Alfieri esclareceu que elas devem ter uma posição cautelosa quanto à possibilidade de assumir novos compromissos.

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luxo começou a ser democratizado. A melhora de alguns índices da economia fez com que a renda dos consumidores crescesse. Resultado: pessoas da classe média conseguiram acesso a produtos antes restritos a poucos – os happy few. O que atrapalha, de acordo com empresários do setor, é a elevada carga tributária. Paulo Carramenha, coordenador da GFK Indicator, que realizou uma pesquisa sobre o mercado de luxo, diz que o crescimento do segmento no País teve início na década de 1990. Em 2005, o setor faturou US$ 2,95 bilhões; em 2006, US$ 3,9 bilhões; e no ano passado, US$ 5 bilhões. Em 2008, a cifra pode chegar a US$ 6 bilhões. "A alta, em 2007, foi de 17%, em comparação a 2006. No período, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 5,4%. O setor cresceu 17%, três vezes mais." Os números foram apresentados ontem em São Paulo, durante a Atualuxo, a primeira conferência internacional do negócio no País. "Um dos maiores entraves para os negócios é a tributação. Em 2006, mais de 70% dos empresários ouvidos disseram ser essa a maior preocupação", afirma Carramenha. A pesquisa mostra que 68% dos consumidores de luxo têm, em média, 39 anos. A moda aparece em primeiro lugar na preferência, com 30% das compras. Depois vêm alimentos e bebidas e saúde e cosméticos, com 14%. "A marca internacional mais lembrada foi a Louis Vuitton, com 27%. O primeiro lugar no ranking brasileiro é ocupado pela H.Stern, com 31%. O levantamento mostra que 29% das pessoas compram pelo menos uma vez por semana; 16%, a cada 15 dias; e 26%, uma vez por mês." "O Brasil é responsável por 1% das vendas dos itens de luxo no mundo. Em 15 anos, o índice vai dobrar. O Estado de São Paulo é responsável por 65% dos negócios. Mas outras regiões, como a Nordeste, estão se destacando", afirma o di-


terça-feira, 2 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


2 - ECONOMIA

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COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008


terça-feira, 2 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Segurança Te l e c o m Mercado On

7 Conheça blogs que aproximam as empresas e os representantes comerciais

FRANQUIA CRESCE NO SETOR DE TECNOLOGIA

Aposta em franchising Empresas de tecnologia e internet adotam franquias para expansão de negócios INALDO CRISTONI

O

que abrange análise da concorrência direta, posicionamento do cliente nos sites de busca, campanhas de mídia online e estratégias de usabilidade. Esse serviço é realizado diariamente e, ao final de cada mês, é feito relatório com todas as análises a partir do qual são propostas ações online para melhorar o desempenho do cliente na web. A Magoweb desenvolve, também, soluções para internet, como CRM, intranet, e-commerce, sites e newsletter. De acordo com Generh, o franqueado assume a responsabilidade pela consultoria de marketing digital, implantação das soluções de internet, comercialização e manutenção de sites. As franquias da Magoweb saem por valores que oscilam entre R$ 45 mil e R$ 75 mil, dependendo do investimento feito em equipamentos e no ponto comercial. A taxa de franquia gira em torno de R$ 35 mil. Projeção nacional - O Nesta Cidade, site de busca de produtos e serviços na região de Blumenau (SC), também aposta na franquia como forma de tornar a marca reconhecida e disputar espaço com outros grandes do gênero que atuam no mercado, como ListaAmarela, Guia Fácil Online e TeleListas. O planejamento estratégico delineado pelo diretor Alexandre Dias de Oliveira tem um horizonte de três anos e a expectativa

de atingir um faturamento anual de R$ 200 mil, no mínimo. O Nesta Cidade entrou no ar há pouco mais de um mês. Tem catalogado um guia com 205 categorias de produtos e serviços disponíveis na cidade e conta com uma carteira superior a 300 empresas assinantes. "Esse número vai crescer porque o site está no ar há pouco tempo e a cidade de Blumenau tem comércio e indústria fortes", diz Oliveira. Para atrair anunciantes, a estratégia consiste em oferecer preços mais acessíveis. O anúncio padrão, por exemplo, custa R$ 20 por mês, valor que, segundo Oliveira, é cerca de 70% inferior que o praticado por um de seus concorrentes. Já o franqueado é seduzido pelo baixo investimento necessário para fazer parte da rede e pela perspectiva de ficar com toda a receita. O sistema de busca inteligente já está montado. Ele precisa apenas partir para conquista de novos clientes e cuidar da divulgação. O valor da franquia será definida conforme o tamanho e o potencial de negócio da cidade. Oliveira estima que em cidade pequenas, com o porte de Blumenau, o franqueado tenha que desembolsar o equivalente a R$ 30 mil na concessão da marca e em torno de R$ 15 mil em marketing. www.nestacidade.com.br www.magoweb.com.br

Aqui se fecham negócios

C

onsolidar um espaço para o relacionamento entre empresas e representantes comerciais. Esse papel vem sendo cumprido com sucesso pelo blog da Representação Comercial há aproximadamente dez meses. A iniciativa de Jair Soares deu tanto resultado que o blog foi desmembrado em dois. Quem navegar no www. representacaocomercial.blog.br encontrará uma relação de mais de 3 mil empresas interessadas em comercializar seus produtos e serviços em outras regiões. Já na página www. representantecomercial.blog.br figuram os profissionais oferecendo serviços de representação comercial. As negociações entre as duas partes se desenrolam em torno de um catálogo com mais ou

menos 200 categorias de produtos e serviços, correspondentes a 150 ramos de negócios diferentes, de abrasivos e artesanatos a balanças e bebidas, de refrigeração e publicidade a soluções de voz sobre IP. Os campeões de procura são os itens da categoria cosméticos, responsáveis por 20% dos anúncios. Por causa disso, Soares decidiu apostar na segmentação, criando um blog específico para esse ramo (www.cosmeticos.blog.br), que já está no ar. Outros itens com alto nível de acesso são confecções e alimentos. O universo é muito grande e o índice de fechamento de negócios, satisfatório. "Os clientes dizem que o retorno é muito bom. Dos 3 mil anúncios, foram realizados no mínimo 30

mil negócios", estima Soares. Esse nível de retorno alimenta a expectativa de atrair um número maior de patrocinadores, principal fonte de receita dos dois blogs, já que o cadastro, tanto de produtos e serviços quanto dos representantes, é gratuito. Atualmente, existem dois patrocinadores, mas Soares acredita que a tendência é atrair mais patrocinadores com o amadurecimento do projeto. A idéia é investir em propaganda e partir para outra etapa, que consiste na inserção de anúncios de empresas de outros países, como Angola, Argentina, Espanha e Estados Unidos interessadas em contratar representantes comerciais no Brasil ou, no caso de Angola, fechar acordo para atuação no país de origem. (I.C.)

DC

modelo de negócio baseado em franquias está ganhando a preferência de prestadores de serviços de internet, empenhados em expandir suas atividades no mercado. Para muitas empresas, iniciantes ou não, essa é a melhor forma de aumentar o faturamento e difundir a marca, ao invés de investir em operações próprias para cobrir outras regiões. A opção pelo franchising cresce à medida que as empresas aceleram a portabilidade dos negócios para o ambiente virtual. A Magoweb, que já conta com uma rede de 15 franqueados no País para prestar consultoria de marketing digital e desenvolver soluções de internet preferencialmente para empresas de pequeno e médio porte, planeja aumentar sua rede para 25 parceiros até o final do ano. A dificuldade em atender os clientes a distância foi um dos fatores determinantes para adoção da franquia. "A qualidade do atendimento cai se não houver uma proximidade com o cliente", explica Átila Generh, diretor da Magoweb. Isso é tanto mais crítico na forma de atuação da empresa, de alavancar a estratégia digital dos clientes. Sediada na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, a Magoweb lançou recentemente o combo Inteligência Competitiva Digital,

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - INFORMÁTICA

terça-feira, 2 de setembro de 2008

POLAROID AGAIN!

GRAVAÇÃO NA HORA

Acredite ou não, vem aí a Polaroid PoGo ProSeries, mas só em 2009. Com Bluetooth e conexões USB para impressora, também terá entrada para flash externo e resolução acima de 5 MP.

ASony lançará o VDR-MC10, que permite ligar a handycam para reproduzir imagens gravadas e, ao mesmo tempo, gravar seus DVDs. (US$ 410).

n

Velocidade integrada

GAGDET

GAGDET

Novos laptops vêm com tecnologia 3G embarcada que permite conexão em alta velocidade

GPS com bafômetro

IMAGEM

Câmeras com maquiagem

A

s novas Casio Exilim Zoom EX-Z300, de 9,1 MP e Casio Exilim Zoom EX-Z250, de 10,1 MP vêm com a função maquiagem. Têm microchips internos, que permitem "tornar os rostos das pessoas mais bonitos". Primeiro, o sistema reconhece o rosto, depois, ao otimizar o foco e a exposição, ativa a função que suaviza as linhas e as possíveis sombras da face. Os modelos serão lançados na feira da Photokina, na Alemanha, em setembro próximo. TECNOLOGIA

IBM em busca de novos talentos

C

om o objetivo de contribuir com a formação profissional de estudantes que desejam ingressar na área de Tecnologia, a IBM realiza o 2º Concurso de Mainframes para Estudantes do Brasil. Os alunos não precisam ter conhecimento técnico na plataforma para participar, mas é necessário cursar Ensino Técnico ou Superior e ter mais de 18 anos. Os interessados devem se inscrever pelo site www.ibm.com/br/systems/z/ concursomainframe.

P520 da Kodak, mostrada na semana passada em Nova York, é mais uma moldura digital e que possui botões para controles e ajustes, possibilitando até a navegação entre as fotos. O sistema para essa opção foi batizado de Quick Touch Border technology, ajudando o usuário a editar e melhorar as fotos, usando um programa de manipulação embutido no aparelho que, ainda promove um show de slides. Tem visor de 5 polegadas e custa US$ 80.

P

ara os consumidores vorazes por tecnologia, que se interessam pelo que é novo e não se importam de pagar mais caro, já estão nas lojas de São Paulo e Rio de Janeiro os novos notebooks com tecnologia 3G integrada ao hardware. São eles o Microboard Elitte 3G, que usa os serviços de terceira geração da Claro, e o HP Compaq 6910b, que utiliza os da TIM. Ambos os equipamentos estão aptos a se conectados em qualquer lugar onde a rede esteja disponível, e, por usarem o modem embutido, não precisam de fios ou adaptadores. A sigla 3G quer dizer "terceira geração" de tecnologia de comunicação sem fio. Segundo a 3G Américas, associação comercial que apóia a indústria sem fio n o c o n t in e n t e a m e r i c ano, o Brasil já tem quase 2 0 0 m i l usuários de serviços 3G H S D PA (High Spee d D o w nlink Packet Access). O Microboard Elitte 3G custa R$ 3 . 9 0 0 e p oderá ser parcelado em até 10 vezes sem juros. Nesse valor está incluso um ano de banda larga 1Mbps gratuita. O equipament o é e n t r eg u e t o t a lmente pronto para navegação

Nova moldura com botões

A O HP Compaq 6910b 9 (ao lado), utiliza os serviços de terceira geração da TIM e custa R$ 2.999. Já o Microboard Elitte 3G (abaixo) custa R$ 3.900, valor que inclui um ano de banda larga 1Mbps gratuita.

SEGURANÇA Divulgação

A

Americanas.com colocou no mercado um GPS com bafômetro. Segundo a empresa, é o único aparelho no mundo que permite que o usuário saiba se está apto a dirigir com segurança. Um dispositivo na lateral do GPS permite o teste de álcool no sangue e indica na tela o percentual aceitável ou não para dirigir permitido por Lei. O produto sai por R$ 999 (ou em até 12x R$ 83,25). Site www.americanas.com.br

ALEX SEVERIANNI

Eficiência contra fraudes

O Web e o usuário já sai da loja conectado, com acesso a Internet em alta velocidade em toda a área de cobertura 3G da Claro. O chip 3G da Claro é destinado apenas para o acesso de dados. O Microboard Elitte 3G pesa 1,8 Kg e vem equipado com processador Intel Core 2 Duo, 2GB de memória, tela de 12 polegadas, câmera embutida, Sim Card NP (chip que armazena os dados) inserido dentro do modem e garantia de um ano. Conforto e inovação Enrico Parado, diretor de Negócios Corporativos da Microboard, observa que os laptops 3G com modem integrado são uma tendência e vão ao encontro de usuários exigentes que desejam conforto e inovação. "É um equipamento voltado para um público ávido por mobilidade e que preza máquinas com bom desempenho. São consumidores que usam conexão de alta velocidade para se comunicar o tempo todo, de qualquer lugar, seja de casa,do trabalho, do trânsito ou

até mesmo de um parque, por exemplo", ressalta. O outro notebook que sai de fábrica já com o chip da operadora incorporado ao hardware, o HP Compaq 6910b, utiliza os serviços de terceira geração da TIM. Esse equipamento vem com processador Core 2 Duo, 2GB de memória RAM, 120GB de HD, DVD-RW, monitor de 15,4 polegadas, áudio de alta definição, câmera VGA e sistema operacional Windows Vista Business. O equipamento custa R$ 2.999 e quem adquiri-lo terá 90 dias para experimentar gratuitamente o serviço TIM Web Banda Larga, com conexão ilimitada de velocidade de até 1Mbps. Após este período, o serviço poderá ser contratado pelo usuário ao preço de R$ 99,90 por mês. Modem integrado é diferencial O gerente de notebooks da HP Brasil, Cláudio Carneiro, ressalta que o público que desembolsa essa

quantia para ter um notebook 3G é formado por usuários que necessitam de mobilidade no seu dia-adia. São pessoas que estão constantemente em movimento, mas que precisam ou gostam de estar conectadas durante esse período. "É um perfil de profissional que passa muito tempo fora do escritório, como vendedores, profissionais liberais, jornalistas, escritores, e de usuários que utilizam constantemente o equipamento para ler notícias, baixar músicas, trafegar grandes volumes de informação e imagem, entre outros finalidades", diz Carneiro. O modem 3G integrado ao notebook é outro diferencial. "O usuário pode se conectar à internet de qualquer lugar", diz o gerente. Ele acrescenta que em relação aos laptops que trazem modems 3G externos, ou seja, que precisam de um adaptador para se conectar, as vantagens são várias: simplicidade de uso, durabilidade e a garantia do notebook (de 1 a 3 anos com atendimento no local) que abrange automaticamente o modem, já que ele vem integrado ao notebook.

token Digipass GO 7 é o mais novo lançamento da Vasco Data Security International Inc. (www.vasco.com). Segundo a empresa, permite aos usuários ingressarem remotamente em aplicações, sites ou redes corporativas. Além disso, possibilita aos bancos combaterem a fraude interna a partir da substituição da senha estática ou dos cartões impressos por uma senha dinâmica, que pode ser utilizada uma única vez , sistema OTP (One Time Password). BLOG PAPER

Curtindo um barato no PC

D

eu no blog Gizmodo: um aparelho semelhante a um pirulito, promete causar efeitos alucinógenos, por impulsos elétricos, ao ser colocado na língua e conectado via USB ao computador. Confira em: http://gizmodo.com/ 5043052/hallucinogeniceye-candy-usb-lollies-takeyour-brain-to-that-specialplace-for-real

Segura a rede!

ACESSÓRIOS

D

Sergio Kulpas

sergiokulpas@gmail.com

Aumenta o interesse pelos RFIDs "Telescópio" para o iPhone

C

olocado na pequena objetiva do badaladíssimo Iphone 3G, uma espécie de telescópio aumenta o poder de zoom do aparelho, podendo ampliar em até seis vezes o assunto a ser fotografado. Só por causa de seu preço bem em conta – US$ 19 – especialistas norteamericanos e europeus estão perguntando se o acessório é bom mesmo quanto promete. A princípio, as fotos saíram sem aberrações e as lentes internas são de crystal e não de plástico, o que já é um bom sinal. Dê uma olhada em: www.gearlog.com/apple_ iphone/

S

egundo um novo estudo da Computing Technology Industry Association (CompTIA), o interesse por etiquetas de identificação por rádio-freqüência (RFID) está aumentando em escala global. A pesquisa da CompTIA aponta que 46% dos clientes das empresas de TI implementaram sistemas de RFIDs este ano, um crescimento de 34% em relação a 2007. Os clientes dessas empresas estão em vários setores, como varejo, serviços, administração pública, atendimento de saúde, finanças, comunicações e manufaturas. O uso mais comum dos RFIDs é para monitorar o trânsito de mercadorias, com 32% das respostas. Em seguida surgem identificação de pessoal (28%); cadeia de suprimentos (25%); marketing de varejo (15%); e produção em "closed loop" (9%).

Um outro estudo aponta a crescente importância dos RFIDs na logística de bens e mercadorias. A pesquisa “Get a Grip: The CDW-G Federal IT Asset Management Report” mostra que disparou o número de agências governamentais dos EUA que usam a tecnologia para monitorar o trânsito de itens valiosos: cerca de 37% das agências usam RFIDs. Mas os códigos de barras ainda são a tecnologia dominante (57% do total). "Dores de crescimento" – Já a empresa de pesquisas Gartner detectou que a adoção dos RFIDs está passando por "dores de crescimento" na operações de varejo, especialmente no que se refere à adoção universal de etiquetas em caixas de produtos. Segundo o estudo da Gartner, há dois anos ocorreu um "pico" de adoção de RFIDs nas caixas enviadas para as redes varejistas, e esse pico

agora entrou em declínio. A Gartner define esse período como um momento de amadurecimento da adoção da tecnologia, onde "as iniciativas pioneiras estão se confrontando com os desafios da realidade". Ela estima que esse é período crítico para as empresas que fabricam e vendem soluções de RFIDs – um ambiente "darwinista" de negócios, onde só os fortes vão sobreviver e prosperar. Segundo o estudo, os investimentos nessa tecnologia serão direcionados apenas para aquelas empresas que se mostrarem mais eficientes em custos e funcionalidade. Segundo John Davison, analista da Gartner, 24% dos grandes varejistas pretendem ampliar seus testes com RFIDs e investir fortemente nessa tecnologia nos próximos anos. A "desilusão" com uma nova tecnologia é parte normal do amadure-

cimento industrial e comercial, segundo o estudo da Gartner. O estudo de "Hype Cycles" da Gartner identifica cinco estágios de maturação para uma nova tecnologia, partindo do "Technology Trigger", quando uma nova tecnologia é identificada, até o "Plateau of Productivity", que marca a adoção generalizada dessa tecnologia. Esses estágios estão cada vez mais acelerados, observa Davison. A "desilusão" é o estágio intermediário do ciclo, o que indica que a adoção generalizada dos RFIDs deve ocorrer entre 5 e 10 anos. Segundo a Gartner, a penetração dos RFIDs em caixas de produtos no varejo está entre 1% e 5% no mundo todo. Davison disse ainda que as projeções de crescimento do uso de RFIDs confirmam a previsão do início do ano: a tecnologia movimentará US$ 1,2 bilhões até o final do ano.

eixar o site da sua empresa fora do ar pode resultar em prejuízos de venda e comunicação. Por isso, é necessário manter um software de acompanhamento do seu website. Aqui vai uma lista de 13 deles baratos ou até gratuitos: http://mashable.com/2008/ 08/25/free-and-cheapwebsite-monitoringservices/

Gerencie mudanças

F

azer mudanças em chefias e na forma de lidar com a equipe nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais na área de vendas. Veja um passo-apasso de como lidar com isso fazendo as perguntas certas e escutando os envolvidos. www.allbusiness.com/ company-activitiesmanagement/sales-sellingsales/11480034-1.html


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A META DO GOVERNO ERA COLOCAR O SALÁRIO MÍNIMO EM US$ 100. ULTRAPASSOU. VAI PARA US$ 285.

PARCELAMENTO DE DÍVIDAS

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou ao presidente da República um novo pacote de sugestões, objetivando o saneamento das dívidas tributárias do setor privado, hoje estimadas em R$ 1,3 trilhão. Desse total, acredita-se, grande parte seja irrecuperável ou de recuperação dificílima. A proposta inclui a extinção das dívidas até o valor de R$ 10 mil vencidas há mais de cinco anos, novos parcelamentos, com prazos dilatados, juros reduzidos, descontos nos pagamentos à vista, anistia para as multas por descumprimento de obrigações acessórias, entre outras. Em alguns setores, a proposta levantou duras críticas, com base na tese, discutível, de que qualquer tipo de anistia tributária incentiva os maus pagadores. Na realidade, se levado em conta o emaranhado tributário brasileiro, onde dezenas de leis são contestadas na Justiça, a questão vai muito além do bom ou mau pagador. A proposta segue a tendência inaugurada em 2000, com o Programa de Recuperação Fiscal (Refis), cujo parcelamento não tinha limite de tempo, e os contribuintes pagavam parcelas com base em um percentual - 0,3% a 1,5% da receita bruta. Em 2003, criou-se o Parcelamento Especial (Paes), impondo-se um limite de 180 parcelas (15 anos); em 2006, foi a vez do Parcelamento Excepcional (Paex), prevendo a possibilidade do parcelamento entre 120 e 130 meses, conforme a data do vencimento do débito, e a redução de 80% na multa e 30% nos juros, para o pagamento à vista ou em até seis vezes. Em que pese o declarado propósito do governo de arrecadar tributos, trata-se de uma nova oportunidade para aquelas empresas que possuem débitos tributários, o que, hoje em dia, representa um grande entrave ao exercício da atividade empresarial: ao contribuinte em débito com o Fisco é negada a chamada Certidão Conjunta de Débitos, documento es-

LUIZ OLIVEIRA RIOS

ESCRAVIDÃO FISCAL (3)

● As empresas

precisam avaliar se vale a pena parcelar os débitos tributários.

sencial à participação em licitações, contratação com órgãos do governo, obtenção de financiamento junto aos órgãos estatais, sem contar a possibilidade da inclusão do nome do contribuinte no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - CADIN, o que pode afetar inclusive a obtenção de recursos junto aos bancos privados.

É

preciso analisar, no entanto, qual será o alcance efetivo do benefício, já que o crédito tributário decorrente de dívidas vencidas há mais de cinco anos poderá encontrar-se extinto, pela decadência ou prescrição, de modo que a extinção da dívida seria inócua. O contribuinte deverá avaliar, ainda, se vale a pena prosseguir no questionamento judicial de determinadas teses, como a questão do crédito de Imposto sobre Produtos Industrializados-IPI , incidente sobre a aquisição de insumos e matérias-primas não tributadas ou tributadas à alíquota zero, ou do crédito prêmio do IPI concedido às empresas exportadoras, visto que diversos contribuintes obtiveram liminares ou sentenças para que os referidos créditos pudessem ser compensados com outros tributos ou com o próprio IPI. A primeira questão já foi decidida desfavoravelmente ao contribuinte, a segunda encontra-se pendente de análise do Supremo Tribunal Federal, de modo que os débitos originados nessas teses poderão ser objeto do novo parcelamento, dependendo do benefício concedido. PAULO HENRIQUE BRASIL DE CARVALHO, DO ESCRITÓRIO LOWENTHAL ADVOGADOS

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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Orçamento 2009 quer O gastar o que não tem

O

orçamento proposto pelo governo para 2009 é gastador. Gastador e perdulário. E vai custar caro no bolso do contribuinte. Os fatos o atestam. É mais gastador do que parece porque o crescimento do PIB talvez esteja superestimado no Orçamento; a taxa de inflação usada para fazer as contas talvez esteja subestimada; o aumento do funcionalismo aprovado pelo Senado provavelmente não está contemplado na proposta e o novo salário mínimo (R$ 464,72) trará elevação de custos para as empresas e para a Previdência. O governo está estimando que o PIB cresça 4,5% em 2009. A maioria dos analistas, nacionais e estrangeiros, contudo, imagina que o PIB de 2009 desacelere de 4,8% este ano para 4% no ano que vem. A diferença não é pequena e faz diferença do ponto de vista do Orçamento. Todas as estimativas de arrecadação de impostos e contribuições partem da estimativa do PIB média no próximo ano. Se a estimativa de crescimento do PIB está superestimada, também estará superestimada a estimativa da arrecadação. Mais imposto permite orçar mais despesas, o que gera aumento na participação dos gastos do governo no PIB – como se essa participação já não fosse quase o dobro entre os países com o nosso nível de renda. O governo está estimando no Orçamento que a inflação ficará em 4,5% em 2009. Ninguém, fora do governo, tem essa estimativa, que corresponde ao centro da meta de inflação para o próximo ano. Se a inflação ficar, por exemplo, em 5% ou 5,5%, a arrecadação tributária será maior que a prevista no Orçamento, permitindo aumentar gastos na proporção do aumento da arrecadação. O aumento dos servidores é outro ponto relevante da proposta orçamentária apresentada pelo Executivo. Com o aumento aprovado pelo Senado, a despesa com os servidores deverá chegar (ou até ultrapassar) 10% da arrecadação. Trata-se, além disso, de aumento real permanente de despesa, já que vale para 2009 e todos os anos subseqüentes. Se já não estiver contemplado no orçamento proposto, implica em adicionar aos gastos já orçados mais 7,5 bilhões de reais. O aumento do salário mínimo é uma injeção na veia das despesas da Previdência Social, já que a maioria dos benefícios é corrigida pelo salário mínimo. Trata-se de aumento de 12%, quando o aumento do custo de vida em 2008 deverá ser inferior a 6,5%.

● O projeto de lei orçamentária

prevê despesas e receitas crescendo mais que o PIB. Zerar o déficit vai exigir mais impostos. Por Roberto Fendt

O ganho na redução do déficit previdenciário, decorrente do maior número de contribuintes com carteira assinada este ano, vai perder-se com esse reajuste do salário mínimo. Não deixa de ser curioso, por outro lado, que a meta do atual governo era colocar o salário mínimo em 100 dólares tenha acabado por colocá-lo em 285 dólares. Sei que é possível argumentar que isso ocorreu porque o real valorizou-se frente ao dólar; mas o fato é que 465 reais compram exatamente 285 dólares.

O

conteúdo da proposta orçamentária, juntamente com algumas declarações das autoridades na semana passada, traçam um quadro preocupante para o cidadão. Afirma-se que é objetivo do governo zerar o déficit nominal do governo em 2009 e convertê-lo em superávit em 2010. Ora, com despesas e receitas crescendo mais que o PIB, zerar o déficit nominal vai requerer mais impostos que o previsto, provavelmente em decorrência de uma inflação maior que a utilizada na elaboração do Orçamento. Isso quer dizer que sobrará menos dinheiro no bolso do contribuinte – se é que não é de extremo mau gosto dizer que impostos coletados compulsoriamente dos cidadãos sejam pagos por "contribuintes" – para pagar suas despesas e de sua família. Por fim, com o salário mínimo em 285 dólares, provavelmente mais trabalhadores de baixa qualificação reverterão à informalidade, justamente no momento em que cresce a proporção dos trabalhadores com a sonhada carteira assinada. Ainda há tempo para o Congresso Nacional modificar o projeto de lei orçamentária, cortando o que for possível nos gastos correntes do governo e evitando os maiores malefícios do Orçamento da União para 2009.

Reforma do Milênio BENEDITO FERNANDES Informe 2008 da Organização Mundial do Comércio (OMC), que antecedeu à fracassada tentativa de evitar a implosão da Rodada Doha, demonstra que a abertura dos mercados no contexto da globalização permitiu a muitas nações obter benefícios do aporte tecnológico e desenvolver a economia de escala, produzindo de maneira eficaz. Tudo isso seria melhor ainda, não fosse um pequeno detalhe apontado pelo próprio relatório, denominado O comércio mundial em um mundo em processo de globalização: numerosas são as pessoas, de distintos países, em todo o mundo, que têm desfrutado pouco ou nada desses benefícios. “Os desafios dos governos para administrar a globalização são formidáveis, e para que se estenda a prosperidade a camadas mais amplas das populações, requer-se decidida estratégia no Cumprimento de Metas", acentua o estudo. Essa ressalva explica em grande parte o porquê de estar a um passo do fracasso, somando-se aos escombros da Rodada Doha, outro acordo muito importante no contexto das Nações Unidas: os Objetivos do Milênio, firmados em 2000 por 191 países-membros da ONU. Como se sabe, trata-se de pacto quanto à sustentabilidade do Planeta, abrangendo inclusão social,

O

educação, saúde, qualidade de vida e melhoria do meio ambiente. Já se passaram oito anos desde a assinatura do tratado, do qual o Brasil é signatário, e as estatísticas mais atualizadas são o prenúncio de mais uma frustrada tentativa de vencer as agruras do subdesenvolvimento. Sem otimismo irresponsável, é possível, contudo, melhorar os processos de inclusão social e os indicadores de qualidade da vida.

● Para cumprirmos

as metas da ONU, a reforma tributária precisa distribuir mais recursos para os municípios. É no município que se torna mais viável solucionar os problemas da exclusão social e todas as suas conseqüências. Esta lógica deve expressar-se em termos práticos, como ocorre na maioria dos países mais prósperos, na divisão do bolo tributário, que deveria ser mais proporcional às responsabilidades do poder público municipal. Esse desequilíbrio, entretanto, não justifica omissão e desres-

peito aos princípios básicos da governança pública, que incluem, necessariamente, a probidade na gestão dos recursos e a eficiência administrativa. É interessante notar que alguns municípios apresentam posições muito positivas. É o caso de Indaiatuba, São Caetano do Sul, Jaguariúna, Barueri e Santana de Parnaíba, os cinco com melhor índice de desenvolvimento em todo o Brasil, conforme trabalho da Firjan. Todos têm bons indicadores no tocante à mortalidade infantil, a exemplo de Santana de Parnaíba, segunda menor taxa da Grande São Paulo, e São Caetano do Sul, terceiro melhor na região. análise de todos esses dados permite concluir que a gestão pública municipal eficaz é o grande atalho para o cumprimento dos Objetivos do Milênio. Assim, é imprescindível considerar essa questão no trâmite do projeto de reforma tributária no Congresso Nacional, da mesma forma que cabe à sociedade cobrar cada vez mais eficácia dos gestores municipais. Afinal, essa é uma prerrogativa da sociedade e um dever dos que se submetem ao voto livre e soberano dos cidadãos. BENEDITO FERNANDES É O PREFEITO DE SANTANA DE PARNAÍBA (SP)

A

Padre Antônio Vieira, no Sermão da Sexagésima, proferiu uma assertiva imorredoura: "Para falar ao vento, bastam somente palavras; para falar ao coração, requer-se ação". Quanto tempo faz que inúmeros políticos, muitos deles fazendo caras e bocas, falam em "Reforma tributária" no Brasil? Cortar tributos é sinônimo de cortar despesas governamentais, e isto ninguém da cúpula quer. É algo parecido como querer lutar contra a volta da inflação, porém com estratégias ineficazes. O que o governo faz de efetivo? Eleva os juros bancários, como se apenas isto fosse suficiente para evitar a volta da ciranda inflacionária, mas não se ouve sequer um "til" em relação ao governo apresentar um plano de cortar seus próprios gastos. E quem, em sã consciência, acredita na elevação pura e simples dos juros como sendo uma medida "genial" no combate à elevação dos preços? As pessoas que assumem o poder não são corrompidas pelo poder em si mesmo, mas é o poder que revela quem de fato é a pessoa no seu íntimo. Mesmo quando tentadas, a usar uma palavra do universo teológico, as pessoas têm o livre-arbítrio para dizer "não", ou "sim", mas tais atitudes já estão plasmadas no âmago do indivíduo como ele é na sua essência enquanto ser humano -, as circunstâncias apenas revelam o que ela já é.

● Tiradentes

morreu. A história da luta contra a tirania dos impostos acabou? Não.

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iradentes, cônscio de que perderia a vida, estava convicto de que a causa pela qual lutava era justa: não se corrompeu, sequer tentou negociar ou implorar perdão. Já o Traidor, débil no caráter e corrompido no espírito, mentia e negociava privilégios escusos para si próprio. Nos dias em que vivemos, infelizmente, na seara política encontramos vários tipos que são fac-símiles do Traidor, capazes de vender a alma ao Estado em detrimento dos anseios da Nação. Tiradentes morreu. A história da luta contra a tirania dos impostos acabou? Não. Muito pelo contrário: as batalhas recrudesceram. Menos de dez anos depois dos trágicos acontecimentos em Minas explode na Bahia a Inconfidência Baiana, agora liderada pelo jornalista Cipriano Barata. O curioso nesse movimento é que, se na Inconfidência Mineira, seus integrantes eram pessoas com nível intelectual mais elevado, e talvez pessoas de maiores posses materiais, na Inconfidência Baiana gente muito humilde a integrava, como por exemplo sapateiros, pedreiros e soldados. Essa revolta também ficou conhecida como a Conjuração dos Alfaiates. O que queriam os inconfidentes baianos? (Continua) LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


terça-feira, 2 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Finanças Nacional Agronegócio

3 O segmento infantil já representa 25% do faturamento total da Biotropic

SETOR DE COSMÉTICOS FATUROU R$ 20 BI EM 2007

NESTA EDIÇÃO DA BEAUTY FAIR, FABRICANTES APRESENTAM AS NOVIDADES DO SETOR DE COSMÉTICOS.

Beleza inspirada em drinques e íons Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

Vanessa Rosal

A

indústria brasileira de cosméticos levará para as pratel e i r a s d o v a re j o produtos feitos com óleo de avestruz, tutano de boi, água ionizada e inspirados nos famosos drinques do cinema. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abithec), esse segmento movimentou R$ 20 bilhões em 2007. Hoje, o País ocupa o terceiro lugar no ranking global de beleza. As novidades para a temporada primavera-verão são apresentadas na 4ª edição da Feira Latina-Americana de Cosméticos e Beleza (Beauty Fair), que termina hoje no Expo Center Norte, na capital paulista. O presidente de honra do evento e fundador da Ikesaki, Hirofumi Ikesaki, disse que a expectativa do setor é de movimentar R$ 22,5 bilhões neste ano. Com quatro lançamentos na feira, a Aroma do Campo espera um aumento de vendas na faixa de 20% em relação ao ano passado. A aposta principal da

A

empresa é a linha de produtos Bio H2O, feitos à base de água aditivada com minerais ionizados. Segundo o gerente de marketing Cláudio Alonso, da mesma forma que o corpo, os cabelos precisam de água para se hidratar, mas com adição de vitaminas. "Incluímos cálcio, manganês e fosfato nos produtos", disse. Pensando em inovar, a Valmari lançou o conceito de tratamento Beauty Food com as linhas Skin's Drinks e Hair's Drinks. Segundo o diretor comercial, Silvestre Mendonça de Resende, cerca de R$ 500 mil

É a vez do público infantil

indústria brasileira de cosméticos está investindo em licenciamento para atrair as crianças nos pontos-de-vendas. No último fim de semana, personagens infantis e super-heróis invadiram os corredores da 4ª edição da Feira Latino-Americana de Cosméticos e Beleza (Beauty Fair). Estampados em embalagens de xampus e condicionadores, e em brindes e embalagens coloridas, eles chamaram a atenção dos visitantes. Segundo a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), em 2007 o faturamen-

E

Bronzeamento sem sol

foram investidos em pesquisa e desenvolvimento. Os drinques bloody mary (o preferido de Marilyn Monroe), piña colada, mojito e margarita compõem a linha de "cosméticosbebidas" da empresa. "Eles têm perfume, cor e embalagens que remetem a famosos drinques do cinema", diz. Já a Belaskin aposta em cosméticos feitos com óleo de avestruz, com propriedade hidratante, cicatrizante e antienvelhecimento. Na Beauty Fair, a empresa lançou sete produtos e se prepara para apresentar outros sete itens no final do ano. "Até 2010, a expectativa é ter 40 produtos na nossa linha", disse o presidente, Sulino Camargo de Oliveira, que investiu R$ 500 mil em estudos fora do Brasil. Para este ano, a Embelleze espera alta de 28% no faturamento. Uma das apostas é a linha de xampu, condicionador, máscara de tratamento e creme para pentear Tutane Força, com cálcio e tutano de boi na composição. A Beauty Fair reúne aproximadamente 300 expositores e 600 marcas nacionais e internacionais. A expectativa é receber 85 mil pessoas.

to do setor alcançou R$ 3 bilhões, com 450 licenças disponíveis e royalties variando de 4% a 12%. Para este ano, a entidade prevê receitas de R$ 3,2 bilhões, podendo chegar a R$ 3,4 bilhões em 2009. De olho nesse nicho de mercado, a Helcla aderiu ao segmento infantil e lançou as linhas Mila para meninas e Jotapê para meninos. No conceito da marca, os personagens são irmãos e espelham um ritmo de vida muito sadio. Para o diretor de marketing, Cláudio Linhares, a novidade deverá impulsionar as vendas em 30%

neste ano. "O segmento infantil cresce 16% acima da expansão do mercado." A Biotropic lançou produtos com a marca Bob Esponja, além da boneca Barbie e dos carros HotWheels, sucesso garantido entre os meninos. De acordo com o diretor-presidente Marconi Arruda Leal, o segmento infantil já representa 25% do faturamento total da empresa. "Investimos cerca de R$ 1,5 milhão em projetos de licenciamento", disse. A expectativa da fabricante é a de que as vendas aumentem 60% neste ano em relação a 2007. (VR)

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epois de pisar no freio para arrumar a casa neste ano, o Grupo Pão de Açúcar, a segunda maior rede de supermercados do País em faturamento (com vendas de R$ 17 bilhões em 2007), e o presidente do Conselho de Administração do Grupo, Abílio Diniz, têm planos arrojados para 2009. A companhia vai investir R$ 1 bilhão em 100 novas lojas e está estruturando um novo negócio, uma divisão imobiliária para tornar rentáveis os ativos, que somam R$ 2 bilhões. Não está descartada a exploração de edifícios comerciais, residenciais e até shoppings centers. Conhecido pelo perfil austero, Diniz, por sua vez, pretende ter um programa de TV voltado para qualidade de vida. Na semana em que o Grupo completa 60 anos, ele não esconde o entusiasmo com a nova fase da companhia e a dele, como empresário. A reestruturação da empresa, iniciada no fim do ano passado com a chegada de Cláudio Galeazzi para ocupar a presidência executiva já deu frutos. "Nosso ebitda (geração de caixa) vai crescer neste ano muito, mas muito, muito mais do que nos anos

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anteriores", afirma Diniz. No segundo trimestre, o ebitda aumentou 33% e atingiu R$ 303,7 milhões, com margem de 7,2%. O lucro líquido totalizou R$ 60,4 milhões no período, um crescimento de 118,9% na comparação com o segundo trimestre de 2007.

2

bilhões de reais é o valor dos ativos da rede de supermercados. A empresa vai criar uma divisão imobiliária com os ativos rentáveis. Diniz admite que o plano para 2009 será bastante ambicioso. Ele pondera que 2008 foi um ano muito importante, apesar de a companhia ter abortado parte do plano de investimentos que previa um aporte de R$ 700 milhões. Segundo Galeazzi, 2008 foi um período de adequação.

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"Sacrificamos o presente para crescer mais em 2009, com abertura de lojas e o fortalecimento das áreas de tecnologia da informação e logística." Além de reforçar as áreas que são, segundo Galeazzi, a espinha dorsal do varejo, a companhia está mais descentralizada do que no fim do ano passado, quando ele assumiu a presidência. Hoje, o grupo se divide em quatro centros administrativos regionais: São Paulo, Centro-Oeste, Rio de Janeiro e Nordeste. "No passado, existiam as regionais, mas não era dada autonomia para elas", afirma o executivo. Essa mudança de perfil significa, por exemplo, descentralização na hora de fazer as compras de produtos mais adequados ao consumidor de cada região. "Trabalhamos com clusters." Apesar da redução no ritmo de crescimento para se reestruturar, a empresa não demonstra preocupação com o avanço dos concorrentes, que estão investindo maciçamente na busca de mercado. Galeazzi diz que tem uma boa idéia dos resultados das outras redes e que arriscaria dizer que os prejuízos acumulados devem ser muito significativos. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

LIVROS ESCOLARES DIZEM QUE ELEIÇÕES SERVEM PARA SE DECIDIR SOBRE O FUTURO. O MUNDO REAL É DIFERENTE.

Como fingir que se pretende cortar impostos Por Robert Samuelson

O ● I.O.U.S.A. é um documentário de 85 minutos dirigido pelo casal Patrick Creadon e Christine O'Malley Conta a história dos "Quatro Déficits" que abalam os EUA. ● Dois americanos fazem uma peregrinação avisando sobre um terremoto financeiro nos EUA. ● A Fiscal

C

or bi

s

Wake-up Tour foi encabeçada por David Walker, ex-auditor das contas públicas.

que temos nos EUA nesse momento - para pegar emprestada uma fala do filme antigo Rebeldia Indomável - é uma falha de comunicação. Deveríamos estar assistindo a um caloroso debate sobre o papel do governo. O que ele deve fazer, para quem e por quê? O que podemos gastar? Quem deve pagar? Essas questões indicariam uma campanha que tratasse o futuro com seriedade. Mas, em vez disso, temos uma disputa de lances entre candidatos para ver quem consegue prometer o pacote mais sedutor com novos programas de despesas e cortes nos impostos. Vendo as convenções dos democratas e dos republicanos , temos de admitir que entramos na era das políticas imaginárias. Como o futebol americano e o beisebol imaginários, a política imaginária é um exercício de fingir que se pretende manter os jogadores ocupados e deixar os vencedores felizes. Barack Obama e John McCain mostram slogans e programas que, na maioria das vezes, são desconectados dos verdadeiros problemas do país que eles vão encontrar no gabinete de trabalho. Na semana passada, eu vi I.O.U.S.A., um documentário de 87 minutos explorando o nebuloso aspecto do Orçamento.

São orçamentos desequilibrados que, de muitas formas, definem o impasse político. A persistência de déficits durante tantos anos (42 nos últimos 47) pode ter só uma causa básica: políticos de ambos os partidos preferem gastar a cobrar impostos. Como todo mundo sabe, a desconexão vai piorar porque os baby boomers envelhecidos vão inchar os gastos da Previdência Social, do Medicare e do Medicaid. Esses programas já chegam a quase dois quintos dos gastos federais de US$ 2,9 trilhões em 2008. Os responsáveis pelo documentário esperam despertar a opinião pública para as questões do Orçamento, como Uma Verdade Inconveniente fez com o aquecimento global. Talvez, mas estou cético. E não é simplesmente porque icebergs se derretendo são imagens mais irresistíveis do que gráficos com a crescente dívida do governo. O desencontro entre os compromissos de gastos do governo e a atual base tributária é tão grande que não podemos sim-

Obama e McCain fizeram gestos simbólicos, sugerindo que tomaram decisões difíceis. OK, vamos eliminar as emendas orçamentárias dos políticos! OK, vamos bater nos ricos!

BENEDICTO FERRI DE BARROS

O DESAMPARO DOS SUPERDOTADOS

plesmente consertar um pouco o governo. Em 2030, os impostos federais poderão estar 50% maiores se todos os programas com gastos sejam mantidos no piloto automático, observa Andrew Yarrow em seu livro Forgive Us Our Debts ("Perdoe Nossas Vítimas"). Isso seria, acredito, uma carga extorsiva para os trabalhadores (os principais contribuintes) e uma enorme ameaça à economia.

D

urante anos, propus mudanças para amenizar esses riscos. A idade de qualificação para a Previdência Social e o Medicare deveria gradualmente aumentar para 70 anos, atualmente as pessoas vivem mais e devem trabalhar mais. Os prêmios do Medicare para os aposentados ricos e a classe média devem crescer; os jovens não deveriam ficar responsáveis pela maior parte dos custos crescentes com a saúde. Os programas do governo que sobreviveram a sua utilidade ou estão desperdiçados devem acabar: os subsídios agrícolas e a Amtrak, por exemplo. Mas I.O.U.S.A. apenas cita escolhas e soluções. Idealisticamente, é claro, nossos líderes deveriam assumir a missão de escolher. Infelizmente, não fazem. A análise mais completa das propostas orçamentárias de McCain e Obama que eu encontrei vem do Tax Policy Center, patrocinado conjuntamente pelo Urban Institute e pela Brookings Institution. É uma leitura desanimadora. Embora os detalhes se diferenciem, nenhum dos planos limitaria realisticamente os gastos ou eliminaria os déficits. Por exemplo, ambas as propostas para a Saúde custariam bem mais do US$ 1 trilhão durante uma década, afirma o Tax Policy Center. Obama e McCain fizeram gestos simbólicos que erroneamente sugerem que eles tomaram decisões difíceis. Os democratas responsabilizam os cortes de impostos dos ricos feito por Bush e

a Guerra do Iraque pelos déficits. OK, vamos bater nos ricos! Obama iria restaurar as alíquotas de Imposto de Renda de 36% e 39.6% para casais com rendas tributáveis acima de US$ 200.300 e US$ 357.700. Ele sugeriu impostos maiores para ganhos de capital e impostos de Previdência Social para quem tiver renda maior de US$ 250 mil. Juntas, essas mudanças devem gerar aproximadamente US$ 80 bilhões de receita em 2010, afirma o Tax Policy Center. Para comparação, o déficit no Orçamento de 2008 está previsto em US$ 389 bilhões. Até economizar US$ 125 bilhões ao acabar com a Guerra do Iraque uma previsão bastante otimista – não iria apagar o déficit. McCain denuncia o desperdício de gastos, citando os congressistas; são projetos na maioria das vezes propostos individualmente por membros de Congresso para seus distritos. OK, vamos eliminar todos eles! Em 2008, os marcos já chegaram ao número 11.610 e custam US$ 17,2 bilhões, calcula o Citizens Against Government Waste. Isso é menos do que 1% dos gastos federais.

A

s eleições servem, nos livros cívicos, para se chegar a decisões coletivas sobre o futuro. O mundo real é diferente. Muitas propostas de campanha são tão irreais ou indesejadas que talvez nunca sejam executadas. McCain poderia cortar impostos novamente para os ricos. Isso é necessário ou adequado? Não. Obama poderia criar mais deduções tributárias especiais para proprietários de casa, universitários, trabalhadores e aposentados, entre outros - mais confusão num sistema fiscal já complexo. Tudo isso faz sentido apenas como política imaginária. As propostas não são necessariamente apresentadas para serem adotadas. Elas são escolhidas para ganhar aplausos e agradar aos eleitores - como os zagueiros, no futebol imaginário, são escolhidos por seu esforço. Em novembro, um candidato vai ganhar o jogo. Mas o país como um todo pode perder. ROBERT J.SAMUELSON É COLUNISTA DA REVISTA

NEWSWEEK (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Entramos na era das políticas imaginárias. As propostas não são necessariamente apresentadas para serem adotadas. Elas são escolhidas para ganhar aplausos e agradar aos eleitores. Mas o buraco entre os compromissos de gastos do governo e a base tributária pode engolir o país.

É

um fato, embora inexistam estatísticas (ou pelo menos as ignoro) que a espécie humana de todos os tempos produz uma infra-infinitésima porcentagem de homens geniais. Independe de estatísticas saber que só fortuitamente o homem comum produz algo de valor cultural transcendente, ainda que a somatória da contribuição de todos eles possa representar um montante significativo para o progresso humano. Trata-se de uma contingência biogenética: os gênios são raridades. E é a eles que devemos os inventos e as obras que criam os grandes valores culturais. Valores lógicos, éticos e estéticos que diferenciam a espécie humana das demais e desenvolvem aquilo que denominamos de civilização. São eles, os homens geniais, seus produtores. A infinita maioria humana é constituída de consumidores. Indivíduos cuja existência transcorre sem deixar legado cultural relevante. No mundo inteiro essa realidade é conhecida e reconhecida como um problema merecedor de cuidado e para minorá-lo tão somente, (visto que é impossível extingui-lo) nele se investem somas gigantescas. Economicamente trata-se de um investimento para financiar um passivo. Não consta que se faça o mesmo para desenvolver o ativo representado pelos indivíduos de inteligência excepcional. São inumeráveis as instituições e dotações que subsidiam estudos de homens comuns e as que premiam realizações excepcionais em todos os campos. Mas ignoro existir alguma que se dedique especificamente a prospectar gênios e fornecer toda espécie de estímulo e apoio ao seu desenvolvimento. E como os gênios são raridade, monetariamente o montante desse investimento seria muito menor.

A

idéia está posta. Vamos apresentá-la em linguagem econômica por ser esse o esperanto do pensamento corrente. O critério universalmente dominante do Custo x Benefício. Com o colocar essa idéia nessa linguagem apenas se sugere um melhor aproveitamento do potencial humano e se ressalta o beneficio resultante para toda a sociedade, principalmente para seus "consumidores". Essa colocação pode ser ideologicamente desqualificada como elitista e rejeitada principalmente por aqueles países de governos esquerdistas, onde ela seria mais útil e produtiva. Tal postura em nada invalida a utilidade da idéia em si mesma nem impede que ela venha um dia a ser implementada nos países mais desenvolvidos não só econômica como culturalmente. E como a cultura sempre se globaliza, os benefícios serão gerais para todos. É, aliás, o que tem ocorrido até aqui.

● O sistema

educativo é um investimento para financiar um passivo. Não se criou ainda uma estrutura para prospectar o capital humano de maior potencial, o superdotado.

Q

uando se busca uma explicação para a ausência (o mínimo intrigante) de qualquer estrutura em qualquer país voltada para a prospecção e apoio de seus indivíduos intelectualmente excepcionais desde sua infância, a primeira coisa que nos ocorre é que isso é uma das inumeráveis conseqüências do fato histórico magno que deu origem à Época Contemporânea: a Revolução Francesa. Sua fundamentação ideológica foi a democracia, o igualitarismo e por generalização a anatematização das elites. Em si mesma, essa revolução poderia não ultrapassar os limites de um fato provinciano, não fosse ela magnificada pelos feitos de um homem genial, Napoleão Bonaparte, que nada tinha de democrático. Do igualitarismo democrático ao socialismo integral, não há intelectual e factualmente mais do que um passo (que, diga-se de passagem, Babeuf tentou dar como seqüela abortada).

S

ó nos últimos decênios as restaurações políticas têm indiretamente contribuído para reabilitar as elites e aliviar a pecha de rejeição que pesa sobre elas. Essa pecha é uma falsidade ideológica, pois qualquer sistema social se baseia na seleção e hierarquização dos indivíduos por sua capacidade e todo indivíduo normal luta para se tornar melhor e superior e se puder, para integrar a elite de seu setor. O antielitismo é, portanto, apenas, das inumeráveis inadvertências, inconseqüências, falsidades e desperdícios dos sistemas e estruturas das sociedades humanas. Como desperdício, talvez o maior e o mais hipócrita. Subsiste, entretanto, o fato de que não se chegou ainda a criar nenhuma estrutura social que, enfrentando essa falsidade, trate de prospectar e apoiar desde a infância seu capital humano de maior potencial produtivo, os indivíduos intelectualmente superdotados. Desamparados, eles podem aplicar seus dons excepcionais para colecionar bobagens sem nenhum valor, seja para eles próprios, seja para a sociedade. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ECONOMIA

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO ◆ DOUTRINA ◆ JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO Coordenação: Carlos Celso Orcesi da Costa

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA - SETEMBRO/2008 COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Comunicado CAT - 47, de 28/8/2008 (DOE 29/8/2008) O Coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de setembro de 2008, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa. O Decreto 45.490, de 30/11/2000 - DOE de 1°/12/2000, que

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 229

aprovou o RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV os prazos do

dastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ

vidades Econômicas ali indicadas.

Classificação de atividade econômica

O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabele-

Código de prazo de recolhimento

cidos pela Lei n° 10.175, de 30/12/98 - DOE de 31/12/98, e demais acréscimos legais.

CNAE

mento do ICMS devido, na condição de sujeito passivo por

Regime periódico de apuração Recolhimento do ICMS

CPR

08/2008

07/2008

Dia

Dia

substituição, pelas operações subseqüentes com as mercadoitens 11 a 23 do § 1° do artigo 3° do referido anexo, fica prorrogado para o último dia do segundo mês subseqüente ao da apuração (Decreto nº 52.825, de 20-03-2008; DOE 21-03-2008 e Decreto nº 52.943, de 29-04-08; DOE 30-04-08). A prorrogação de prazo citada anteriormente aplica-se também ao contribuinte sujeito às normas do Simples Nacional (Decreto nº 53.172, de 26-06-08; DOE 27-06-08 e Decreto nº 53.173, de 26-06-08; DOE 27-06-08). INFORMAÇÕES ADICIONAIS: DO IMPOSTO RETIDO ANTECIPADAMENTE POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS): DIA 03 ◆ cimento - 1031; ◆ refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; ◆ álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes deri-

vados de petróleo - 1031; DIA 9 ◆ veículo novo - 1090; ◆ veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da

NBM/SH - 1090; ◆ pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha - 1090; ◆ fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; ◆ tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090; ◆ energia elétrica - 1090; ◆ sorvete de qualquer espécie e preparado para fabricação

de sorvete em máquina - 1090; ◆ medicamentos e contraceptivos referidos no § 1° do ar-

tigo 313-A do RICMS - 1090; ◆ bebida alcoólica, exceto cerveja e chope - 1090; ◆ produtos de perfumaria referidos no § 1° do artigo 313-E

RICMS - 1090; ◆ produtos de higiene pessoal referidos no § 1° do artigo

313-G do RICMS - 1090; ◆ ração tipo “pet” para animais domésticos, classificada

na posição 23.09 da NBM/SH - 1090; ◆ produtos de limpeza referidos no § 1° do artigo 313-K do

RICMS - 1090; ◆ produtos fonográficos referidos no § 1° do artigo 313-M

do RICMS - 1090; ◆ autopeças referidos no § 1° do artigo 313-O do RICMS -

1090; ◆ pilhas e baterias novas, classificadas na posição 85.06 da

NBM/SH - 1090; ◆ lâmpadas elétricas referidas no § 1° do artigo 313-S do

RICMS - 1090; ◆ papel referido no § 1° do artigo 313-U do RICMS - 1090

OBSERVAÇÕES EM RELAÇÃO AO ICMS DEVIDO POR ST:

DOE 05/09/2007)

Fato gerador

O prazo previsto no Anexo IV do RICMS para o recolhi-

rias sujeitas ao regime da substituição tributária referidas nos

(12.345.678/xxxx-yy). (Portaria CAT - 85, de 4-9-2007 -

MÊS: SETEMBRO DE 2008 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

recolhimento do imposto em relação às Classificações de Ati-

10333, 11119, 11127, 11135, 11216, 11224, 17109, 17214, 17222, 17311, 17320, 17338, 17419, 17427, 17494, 19101, 19217, 19225, 19322; 20118, 20126, 20134, 20142, 20193, 20215, 20223, 20291, 20312, 20321, 20339, 20401, 20517, 20525, 20614, 20622, 20631, 20711, 20720, 20738, 20916, 20924, 20932, 20941, 20991, 21106, 21211, 21220, 21238, 22218, 22226, 22234, 22293, 23206, 24113, 24121, 24211, 24229, 24237, 24245, 24318, 24393, 24415, 24431, 24491, 24512, 24521, 25110, 25128, 25136, 25217, 25314, 25322, 25390, 25411, 25420, 25438, 25501, 25918, 25926, 25934, 25993, 26108, 26213, 26221, 26311, 26329, 26400, 26515, 26523, 26604, 26701, 26809, 27104, 27210, 27317, 27325, 27333, 27511, 27597, 27902, 28135, 28151, 28232, 28241, 28518, 28526, 28534, 28542, 29107, 29204, 29506; 30113, 30121, 30318, 30504, 30911, 32124, 32205, 32302, 32400, 32507, 32914, 33112, 33121, 33139, 33147, 33155, 33198, 33210, 35115, 35123, 35131, 35140, 35204, 35301; 46214, 46222, 46231, 46311, 46320, 46338, 46346, 46354, 46362, 46371, 46397, 46419, 46427, 46435, 46443, 46451, 46460, 46478, 46494, 46516, 46524, 46613, 46621, 46630, 46648, 46656, 46699, 46711, 46729, 46737, 46745, 46796, 46818, 46826, 46834, 46842, 46851, 46869, 46877, 46893, 46915, 46923, 46931, 49302, 49507; 50114, 50122, 50211, 50220, 50912, 50998, 51111, 51129, 51200, 51307, 53105, 53202; 60217, 60225, 63917. 01113, 01121, 01130, 01148, 01156, 01164, 01199, 01211, 01229, 01318, 01326, 01334, 01342, 01351, 01393, 01415, 01423, 01512, 01521, 01539, 01547, 01555, 01598, 01610, 01628, 01636, 01709; 02101, 02209, 02306; 03116, 03124, 03213, 03221; 05003; 06000; 07103, 07219, 07227, 07235; 07243, 07251, 07294; 08100, 08916, 08924, 08932, 08991; 09106, 09904; 12107, 12204; 23915, 23923; 33163, 33171; 41204, 42111, 42120, 42138, 42219, 42227, 42235, 42910, 42928, 42995, 43118, 43126, 43134, 43193, 43215, 43223, 43291, 43304, 43916, 43991, 45111, 45129, 45200, 46117, 46125, 46133, 46141, 46150, 46168, 46176, 46184, 46192, 47318, 47326, 49400; 50301, 52117, 52125, 52214, 52222, 52231, 52290, 52311, 52320, 52397, 52401, 52508, 55108, 55906; 62015, 62023, 62031, 62040, 62091, 63119, 63194, 63992, 64107, 64212, 64221, 64239, 64247, 64310, 64328, 64336, 64344, 64352, 64361, 64379, 64409, 64506, 64611, 64620, 64638, 64701, 64913, 64921, 64930, 64999, 66134, 69117, 69125, 69206; 70204, 71111, 71120, 71197, 71201, 73114, 73122, 73190, 73203, 74102, 74200, 74901, 75001, 77403, 78108, 78205, 78302, 79112, 79121; 80111, 80129, 80200, 80307, 81214, 81222, 81290, 81303, 82113, 82199, 82202, 82300, 82911, 82920, 85503, 86101, 86216, 86224, 86305, 86402, 86500, 86607, 86909, 87115, 87123, 87204, 87301, 88006; 95118; 60101, 61108, 61205, 61302, 61418, 61426, 61434, 61906; 10538; 36006, 37011, 37029, 38114, 38122, 38211, 38220, 39005; 41107, 45307, 45412, 45421, 45439, 47113, 47121, 47130, 47229, 47237, 47245, 47296, 47415, 47423, 47431, 47440, 47512, 47521, 47539, 47547, 47555, 47563, 47571, 47598, 47610, 47628, 47636, 47717, 47725, 47733, 47741, 47814, 47822, 47831, 47849, 47857, 47890, 49116, 49124; 56112, 56121, 56201, 59111, 59120, 59138, 59146; 65111, 65120, 65201, 65308, 65413, 65421, 65502, 66118, 66126, 66193, 66215, 66223, 66291, 66304, 68102, 68218, 68226; 72100, 72207, 77110, 77195, 77217, 77225, 77233, 77292, 77314, 77322, 77331, 77390, 79902; 81117, 81125, 82997, 84116, 84124, 84132, 84213, 84221, 84230, 84248, 84256, 84302, 85112, 85121, 85139, 85201, 85317, 85325, 85333, 85414, 85422, 85911, 85929, 85937, 85996; 90019, 90027, 90035, 91015, 91023, 91031, 92003, 93115, 93123, 93131, 93191, 93212, 93298, 94111, 94120, 94201, 94308, 94910, 94928, 94936, 94995, 95126, 95215, 95291, 96017, 96025, 96033, 96092, 97005, 99008; 25225, 28119, 28127, 28143, 28216, 28224, 28259, 28291, 28313, 28321, 28330, 28402, 28615, 28623, 28631, 28640, 28658, 28666, 28691; 10112, 10121, 10139, 10201, 10317, 10325, 10414, 10422, 10431, 10511, 10520, 10619, 10627, 10635, 10643, 10651, 10660, 10694, 10716, 10724, 10813, 10821, 10911, 10929, 10937, 10945, 10953, 10961, 10996, 15106, 15211, 15297, 16102, 16218, 16226, 16234, 16293, 18113, 18121, 18130, 18211, 18229, 18300, 19314; 22111, 22129, 22196, 23117, 23125, 23192, 23303, 23494, 23991, 24423, 27228, 27406, 29301, 29417, 29425, 29433, 29441, 29450, 29492; 30326, 30920, 30997, 31012, 31021, 31039, 31047, 32116, 33295, 38319, 38327, 38394; 47211, 49213, 49221, 49230, 49248, 49299; 58115, 58123, 58131, 58191, 58212, 58221, 58239, 58298, 59201; 13111, 13120, 13138, 13146, 13219, 13227, 13235, 13308, 13405, 13511, 13529, 13537, 13545, 13596, 14118, 14126, 14134, 14142, 14215, 14223, 15319, 15327, 15335, 15394, 15408; 23419, 23427; 30415, 30423, 32922, 32990; Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacio-

siva por substituição, observado o disposto no artigo 566,

nal" deverá efetuar até esta data os seguintes recolhimentos:

registro eletrônico deverá ser efetuado em até 4 (quatro) dias contados da emissão do documento fiscal. (Portaria CAT-127/07, de 21-12-2007; DOE 22-12-2007). 3) DIA 11 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de agosto de 2008, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do

1031

3

-

O contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto ferentes aos fatos geradores do mês de agosto de 2008 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/96, de 12/8/96 - DOE de 27/8/96 - Retificada em 31/8/96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02). 5) DIA 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: O produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até

1100 1150

10 15

-

6) DIA 15 - Arquivo com Registro Fiscal: 6.1) Contribuintes do setor de combustíveis: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda, utilizando o programa TED (Transmissão Eletrônica de Dados), arquivo com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título

1200

22

-

no mês de agosto de 2008:

1220

22

-

de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açú-

a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados car e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas - TRR (art. 424-B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/2003, DOE de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003).

1250

25

-

sumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139

2100

-

10

IPVA O recolhimento dos valores correspondentes ao IPVA

art. 21 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de

20/12/07 – DOE 21/12/07, Retificação DOE 29/12/2007;

IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de

2006);

Resolução SF 59, de 30/10/07 – DOE de 31/10/07.

jeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta

b) O valor do imposto correspondente à diferença entre OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

115, inciso XV-A, do RICMS (Portaria CAT-75, de 15-5-

1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA

2008);

A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser

por substituição, nos termos do § 2º do Artigo 268 do RICMS.

apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto

por cento) do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador -

Fabricantes de celular, latas de chapa de

45.490, de 30/11/00 - DOE de 1º/12/00 - Portaria CAT 92,

CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspon-

alumínio ou painéis de madeira MDF - CPR 2100

de 23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 - DOE de 27/06/01).

dente mês - CPR 1100;

b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para con-

qüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo

c) O valor do imposto devido na condição de sujeito passivo

tiva relação referente ao mês de agosto de 2008 (art. 70 do de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03).

31/10/07 – DOE de 01/11/07; Comunicado CAT 64, de

1. no que se refere ao imposto retido, na qualidade de su-

essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respecRICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE

deverá seguir o calendário previsto no Decreto 52.324 de

e suas bases, observar-se-á o que segue:

de 1°/12/00).

Fiscal do seu domicílio os respectivos demonstrativos re-

a) DAS referente ao período de agosto de 2008 (art. 16 da

b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo

RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE 4) DIA 15 - Demonstrativos do Crédito Acumulado:

Resolução CGSN nº 005, de 30 de maio de 2007 e Inciso III do

a alíquota interna e a interestadual, nos termos do Artigo

ICMS, cujo campo "destinatário" indique pessoa jurídica,

indique valor igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais), o

jeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subse-

46.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/01).

ração - RPA, de que trata o artigo 87 do Regulamento do

Pessoas Jurídicas - CNPJ, e cujo campo "valor total da nota"

deverá recolher o imposto retido antecipadamente por su-

30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto

tida por contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apu-

ou entidade equiparada, inscrita no Cadastro Nacional de

a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que

não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição pas-

OBS 1 - Na hipótese de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emi-

de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). 6.2) SINTEGRA: Os contribuintes usuários de sistema eletrônico de processamento de dados remeterão até essa data às Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação das unidades da Federação, utilizando o programa TED (Transmissão Eletrônica de Dados), arquivo magnético com registro fiscal das operações e prestações interestaduais efetuadas no mês de agosto de 2008. O contribuinte notificado pela Secretaria da Fazenda a enviar mensalmente arquivo magnético com registro fiscal da totalidade das operações e prestações fica dispensado do cumprimento desta obrigação (art. 10 da Portaria CAT 32/96 de 28/03/96, D.O. de 29/03/1996). NOTAS GERAIS: 1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP

2. no que se refere ao imposto decorrente das operações pró-

DIA 10 - O estabelecimento com atividade preponderan-

Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação di-

prias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º

te de fabricação de telefone celular, de latas de chapa de alu-

vulgou o valor da UFESP que, para o período de 1°/1/2008

dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador -

mínio ou de painéis de madeira MDF, independente do có-

a 31/12/2008, será de R$ 14,88 (Comunicado DA 53, de

CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente

digo CNAE em que estiver enquadrado, deverão efetuar o

19/12/07 – DOE 20/12/07).

mês - CPR 1100.

recolhimento do imposto apurado no mês de julho de 2008

3. no que se refere ao imposto repassado a este Estado

até esta data.

2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, será facul-

por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de

FEIRA ABIÓTICA:

Caso o dia do vencimento para apresentação indicado

tada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo

cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador

Fica prorrogado para o dia 1º (primeiro) de setembro de

recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada

consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$

- CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescen-

2008 o prazo para o recolhimento do ICMS incidente nas

por meio da Internet no endereço h ttp :// www. faz en-

7,00 , no período de 1°/1/2008 a 31/12/2008 (Comunicado

tado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02).

saídas de mercadorias decorrentes de negócios firmados

da.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br

DA 54, de 19/12/07 - DOE 20/12/07).

durante a realização do evento “FEIRA ABIÓPTICA 2008”,

Simples Nacional: DIA 15 - O contribuinte enquadrado no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

realizada entre os dias 16 e 19 de julho de 2008, no Transa-

3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legisla2) Registro eletrônico de documentos fiscais na Secretaria da Fazenda

ção vigente em 28/08/2008.

mérica Expo-Center, Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodri-

Os contribuintes sujeitos ao registro eletrônico de docu-

4. A Agenda Tributária em formato permanente encontra-se dispo-

gues, 387, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (De-

mentos fiscais devem efetuá-lo nos prazos a seguir indica-

nível no site da Secretaria da Fazenda (www.fazenda.sp.gov.br) no mó-

creto nº 53.067, de 6-06-08; DOE 07-06-08).

dos, conforme o 8º dígito de seu número de inscrição no Ca-

dulo Legislação Tributária - Agendas, Pautas e Tabelas.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Empresas Finanças Tr i b u n a i s Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Manifestação foi em frente à Secretaria da Justiça, em São Paulo. E continua neste mês.

SENTENÇA INÉDITA ANULA PAGAMENTO DE PRÊMIO

MINISTROS DO STJ INCLUÍRAM O USO DO ÁLCOOL COMO FATOR AGRAVANTE NO RISCO DE SEGURO DE VIDA

Embriaguez determina perda do seguro Leonardo Rodrigues/e-Sim

Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

Sílvia Pimentel

A

família de um motorista que morreu em acidente de trânsito, embriagado, perdeu o direito de receber o prêmio do seguro de vida no valor de R$ 25 mil. A decisão é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O fato de os ministros incluírem a embriaguez como fator agravante no risco de seguro indica uma nova posição do tribunal. E deixa em alerta motoristas que hoje podem sofrer punições impostas pela Lei nº 11.705, conhecida como Lei Seca, que estabelece multa para quem for flagrado dirigindo veículo, alcoolizado. O processo judicial foi iniciado pela família do motorista depois que a Santander Seguros se recusou a pagar o prêmio, sob a alegação de que o segurado havia agravado o risco de morte. Recentemente, o processo foi levado à Terceira Turma pelo ministro Ari Pargendler, que modificou sua decisão. Na primeira ocasião, o

Além da Lei Seca, agora o seguro.

ministro baseara seu entendimento na jurisprudência da Turma, segundo a qual a ingestão de bebida alcóolica não seria suficiente para deixar de pagar o prêmio ao segurado. Pela jurisprudência antiga, valia a indenização, ainda que a dosagem de álcool estivesse acima do permitido pela legislação de trânsito. Os ministros entendiam que o juiz deveria analisar caso a caso para saber se a ingestão de álcool era a causa determinante do sinistro. Nesse caso, o segurado tinha dosagem de 2,4 gramas de álcool por litro de sangue.

O ministro ressaltou que sua nova decisão não tem relação com a Lei Seca, já que o processo é anterior à sua edição. A lógica do agravante do risco tem o respaldo do antigo Código Civil, para quem segurado e segurador são obrigados a manter boa-fé e veracidade no contrato. "A seguradora não pode suportar riscos de fato ou situações que agravam o seguro, ainda mais quando o segurado não cumpriu com o dever de lealdade." Exagero – Na opinião do advogado especialista em seguros Ernesto Tzirulnik presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Seguro (IBDS), a decisão é preocupante, porque leva em conta um conceito de agravante de risco muito amplo e o aplica para um tipo de seguro (de vida) em que até o suicídio está coberto, depois de passado o período de carência. "Não é uma decisão saudável para o mercado segurador", afirma. De acordo com o especialista, o novo entendimento do tribunal pode desestimular as pessoas a contratar seguro, principalmente o de vida. "Comportamentos ocasionais não são agravantes de risco", conclui.

ALL é investigada no MS

O

Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul instaurou inquérito civil, com base em representação do deputado Paulo Roberto Duarte, líder do PT na Assembléia Legislativa local, para apurar possível ofensa à ordem econômica pela empresa América Latina Logística (ALL). Segundo o MPF, a ALL, desde que assumiu em 2006 a concessão do ramal ferroviário que liga Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, a Bauru, no interior de São Paulo, não fez os investimentos es-

perados na malha ferroviária. Conforme o MPF, a falta dos investimentos teria causado acidentes envolvendo funcionários da empresa e prejudicado o projeto turístico Trem do Pantanal, que ligaria Campo Grande a Corumbá com serviço de passageiros. Também será investigado o cumprimento do termo de compromisso de desempenho (TCD), em que a ALL garante ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), atingir metas de volume de carga transportada por distância percorrida. Trata-se de in-

dicador do efetivo repasse para os clientes da eficiência econômica da empresa. Se comprovadas, as irregularidades poderão ser sanadas por meio de termo de ajustamento de conduta (TAC) ou de ação de competência da Justiça Federal. A ALL, em nota, rebate as acusações e informa que desde que assumiu a malha no Mato Grosso do Sul implantou medidas para melhorar tanto a produtividade e segurança da operação ferroviária quanto as condições de trabalho de suas equipes. (AE)

Manifestação dos defensores por mais vagas e salários melhores

Defensores estaduais protestam Renato Carbonari Ibelli

D

efensores públicos do Estado de São Paulo protestaram ontem em frente à Secretaria de Justiça por aumento no quadro de profissionais e reposição salarial. A categoria tentou entregar suas reivindicações ao secretário Luiz Antônio Marrey, que, segundo assessores, não estava no local por problemas de saúde. Sem avançar nas negociações, os defensores tentam agora agendar uma audiência com o governador José Serra para este mês. Uma das reivindicações é a criação de 400 cargos em quatro anos, o que dobraria o atual

90% do povo teria direito

O

defensor público atua na defesa de cidadãos que não podem contratar um advogado privado. Por lei, esse tipo de serviço pode ser requisitado por pessoas que ganham até quatro salários mínimos ou que comprovem

quadro de defensores no estado. Segundo Juliana Belloque, presidente da Associação Paulista de Defensores Públicos (Apadep), eles estão sobrecarregados. Cada um é responsável por 2 mil processos, sendo que, para cada defensor, existem 58.130 potenciais usuários. "Mais da metade do quadro atua na cidade de São Paulo. A região metropolitana, e, principalmente o interior estão desprotegidos", diz. O quadro de defensores também é reforçado por advogados que podem se cadastrar para prestar serviço de orientação judicial gratuita a quem não pode contratar um advogado. Essa possibilidade existe por meio de convênio firma-

do entre a defensoria pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo a presidente da Apadep, os custos envolvidos nesse convênio evidenciam a falta de prestígio dos defensores. Segundo ela, o convênio onera o estado em R$ 272 milhões, enquanto para a manutenção da estrutura da defensoria são destinados R$ 58 milhões. O salário inicial de um defensor é de R$ 5.045,42, o terceiro pior piso do País para a categoria, segundo Juliana. "É a metade do salário de um procurador geral do estado. A defensoria pública nasceu em 2006 como desmembramento da procuradoria, mas acabou sendo deixada para trás."

não dispor de recursos suficientes para pagar um profissional. Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 90% da população poderia usar o benefício. O trabalho do defensor costuma ser lembrado só no âmbito do direito criminal, mas sua atuação é mais ampla. Inclui representação em ações

civis e de direito da família, como investigação de paternidade, fixação de pensão, inventário, cobrança de dívida, despejo ou ações de garantia de medicamentos. Apesar de prevista na Constituição, a defensoria funciona hoje em apenas 40% das comarcas brasileiras e não existe em muitos estados. (RCI)

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6

Nacional Empresas Finanças Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

0,14

IPC-S SUBIU 4,53% EM OITO MESES

por cento foi a alta do indicador na quadrissemana encerrada no dia 31

ALTAS MENOS INTENSAS DOS GRUPOS HABITAÇÃO E VESTUÁRIO FIZERAM O INDICADOR SUBIR MENOS

IPC-S É O MENOR DESDE MARÇO

C

Marcelo Min/e-Sim

om alta menos in- legumes (-7,08% para -8,54%), tensa de preços de arroz e feijão (-1,76% para produtos dos seg- -3,49%), laticínios (-0,84% para mentos de habita- - 1 , 3 9 % ) e c a r n e s b o v i n a s ção e cuidados pessoais e com (-0,41% para -0,51%). Segundo deflação no preço dos alimen- a Fundação Getúlio Vargas tos, o Índice de Preços ao Con- (FGV), houve também deflasumidor - Semanal (IPC-S) su- ções em tomate (-39,6%), batabiu 0,14% até a quadrissemana ta-inglesa (-8,44%) e leite tipo terminada em 31 de agosto, longa vida (-3,18%). Já mamão apresentando desaceleração da Amazônia (25,14%) e ceboem relação à alta de 0,24% la (18,1%) foram os produtos registrada na prévia até o dia que tiveram as maiores altas, 22 de agosto. junto com os O resultapreços de tado, o menor rifa de telefodesde a prine fixo remeira semasidencial na de março (avanço de de 2008, ficou 2,11%) por cento é o teto no piso das O s o u t ro s es tim ativ as grupos apreda estimativa de de uma acelesentaram acefechamento do IPC-S ração da inlerações ou neste ano, segundo a flação entre quedas mais 0,14% e 0,22% fracas de preFundação Getúlio no período. ços. É o caso Vargas (FGV). A desacelede vestuário ração do indi(de -0,27% para -0,23%), cador foi resultado de aleducação, leitas menos intensas e queda de tura e recreação (de 0,06% para preços de três das sete classes 0,26%), transportes (de 0,18% de despesa usadas para cálculo para 0,21%) e despesas diverdo IPC-S. Foram os casos de ha- sas (de 0,97% para 1,04%). bitação (de 0,85% para 0,72%), O IPC-S acumulou alta de saúde e cuidados pessoais (de 4,53% nos oito primeiros me0,54% para 0,43%) e alimenta- ses do ano. De acordo com o coção (de -0,45% para -0,71%). ordenador nacional do indicaMais uma vez o grupo dos dor, Paulo Picchetti, a expectaalimentos foi destaque entre as tiva para a o fechamento de classes de despesa, com a 2008 é de variação de 4,5% a maior influência para a taxa 5%. A taxa máxima prevista menor do índice. Em alimen- pela FGV é inferior à acumulatos, houve quedas e desacele- da nos 12 meses anteriores a rações de preços de hortaliças e agosto, de 5,93%. (AE)

5

Mercado reduz projeção para IPCA pela quinta vez

P O tomate teve deflação de -39,6% no mês de agosto, segundo a FGV.

Valor da cesta básica cai na maioria das capitais

F

inalmente as variações negativas apresentadas pelos indicadores de preços, especialmente os voltados para o consumidor, chegaram à cesta básica que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula mensalmente em 16 capitais do País. Em agosto, o preço da alimentação básica ficou mais baixo em 15 das 16 capitais pesquisadas. Esse movimento é bem diferente do verificado no último mês de julho, quando o preço da cesta básica aumentou em 14 das praças que fizeram parte do levantamento. Das 16 capitais que compõem o Índice Cesta Básica do

Dieese, apenas Goiânia teve valor maior em agosto. A variação na cidade foi de 1,15%. As quedas superiores 10% foram registradas em Recife (-10,77%), Natal (-10,73%), Fortaleza (-10,59%) e Rio de Janeiro (-10,56%). As menores quedas da cesta, de acordo com os técnicos do Dieese, foram apuradas em Belém (-2,27%) e Brasília (-3,18%). Mesmo com o movimento de queda dos preços no País, a cesta básica em Porto Alegre continuou sendo a de preço mais alto do País. Segundo o Dieese, o valor médio da cesta básica na capital do Rio Grande do Sul no mês passado era de R$ 241,16. (AE)

ela quinta semana consecutiva, o mercado reduziu a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 e manteve a estimativa do indicador abaixo do teto da meta de inflação para este ano, de 6,5%. Segundo a Pesquisa Focus, compilada das principais projeções macroeconômicas de instituições financeiras, divulgada ontem pelo Banco Central, o IPCA deve encerrar 2008 em 6,32%, ante previsão de 6,34% na semana passada. Já para 2009, a estimativa permaneceu em 5% pela sétima vez seguida. Em ambos os casos, no entanto, as previsões para o IPCA permanecem acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A margem de tolerância é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima, ou seja, entre 2,5% e 6,5%. Para os Índices Gerais de Preços (IGPs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que acompanham os preços no atacado e as variações das tarifas públicas e de serviços, as previsões também caíram. O mercado espera agora que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerre 2008 em 10,31%, ante 10,38% na previ-

são anterior. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve ficar em 10,37% neste ano, ante expectativa de 10,73% na semana passada. Para 2009, a projeção para o IGP-DI caiu de 5,3% para 5,29% e a do IGP-M passou de 5,5% para 5,48%. Juros – Na semana que antecede o sexto encontro do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado manteve a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) em 2008 e em 2009, em 14,75% e 14% anuais, respectivamente. Hoje, a Selic está em 13% ao ano. O próximo encontro do Copom está marcado para a terça e quarta-feira da próxima semana (dias 9 e 10). Após essa reunião, o comitê terá ainda mais dois encontros neste ano, em outubro e dezembro. O mercado elevou as previsões para as taxas de câmbio no fim de 2008 e de 2009 para R$ 1,63 e R$ 1,73, de R$ 1,62 e R$ 1,72, respectivamente. Já a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2008 não mudou, e a projeção do mercado permaneceu em expansão de 4,8%, pela décima primeira semana consecutiva. Para 2009, o mercado reduziu a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) pela quarta vez seguida, para 3,6%, de 3,65%. (AE)


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nacional Empresas Infra-estrutura Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11

16,9

ITAIPU CONTINUA SEM NOVO ACORDO

bilhões de dólares é o resultado, até agosto, da balança comercial brasileira.

ESTRELLA, DIRETOR DA PETROBRAS, ADMITE QUE OS VALORES ATUAIS DA COMMODITY VIABILIZAM PRÉ-SAL.

A NOVA ERA DO PETRÓLEO BRASILEIRO

O

Itamar Miranda/AE

US$ 2,269 bilhões: superávit 35,92% inferior ao de agosto de 2007.

Superávit de agosto é menor que o de 2007

A

b a l a n ç a c o m e rc i a l brasileira fechou o mês de agosto com um superávit de US$ 2,269 bilhões, resultado de exportações de US$ 19,747 bilhões (média diária de US$ 940,3 milhões) e importações de US$ 17,478 bilhões (média diária de US$ 832,3 milhões). Com esse resultado, até o mês de agosto, a balança comercial re g i s t r a u m s u p e r á v i t d e US$ 16,907 no ano e de US$ 29,481 bilhões em 12 meses. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Na última semana do mês passado (25 a 29 de agosto), a balança registrou um superávit de US$ 990 milhões, com exportações de US$ 4,823 bilhões (média diária de US$ 964,6 milhões) e importações de US$ 3,833 bilhões (média diária de US$ 766,6 milhões).

O superávit de US$ 2,269 bilhões na balança comercial de agosto é 35,92% menor que o resultado obtido em agosto de 2007, quando o superávit foi de US$ 3,541 bilhões. Na comparação com o acumulado do ano, o superávit de US$ 16,907 bilhões é 38,43% menor que o saldo positivo registrado em igual período do ano passado, que foi de US$ 27,461 bilhões. Segundo o Mdic, as importações no mês e a média diária de agosto apresentaram o melhor resultado no ano, confirmando a tendência de aumento mês a mês, desde abril. Em relação ao mês de agosto do ano passado, a média das importações cresceu 65,6%, enquanto a das exportações aumentou 43,2%. Na comparação com o mês anterior (julho), a média das importações cresceu 11,6%, enquanto a média das exportações aumentou 5,8%. (AE)

Brasil e Paraguai ainda não discutem revisão

O

diretor-geral brasileiro da usina de Itaipu, Jorge Samek, e o representante paraguaio, Carlos Mateo Balmelli, coordenaram ontem, na sede da hidrelétrica, em Foz do Iguaçu (PR), a segunda reunião mensal ordinária do conselho administrativo da binacional. Apesar da forte pressão do governo vizinho, a proposta de revisão do Tratado de Itaipu não fez parte da agenda oficial do encontro. Firmado em 1979 e válido até 2023, o acordo entre o Brasil e o Paraguai para a construção da binacional é rígido; qualquer alteração precisaria ser aprovada pelo Congresso Nacional dos dois países. Antes disso, o Paraguai deveria formalizar no Ministério das Relações Exteriores o interesse de discutir o tema e caberia ao governo brasileiro, se disposto a dialogar, a criação de um grupo de trabalho. Se, por um lado, o Brasil se

apóia no próprio Tratado de Itaipu para manter as regras, o Paraguai aposta na necessidade de revitalização. "Esse tema precisa ser encarado sob a ótica da integração para que possamos alcançar juntos a atualização dos instrumentos jurídicos que regem o acordo. Itaipu e o tratado estão obsoletos, foram criados sob outra lógica, outro contexto político e econômico", ressaltou Balmelli na sexta-feira, durante a visita do presidente Fernando Lugo a Ciudad del Este. Por meio da proposta de revisão, o governo paraguaio tenta conseguir o que considera "um preço justo" pela energia excedente vendida ao Brasil e o livre acesso à geração. Toda a produção é dividia igualmente entre os dois países, mas o Paraguai utiliza apenas 5% do que tem direito. O restante repassa ao Brasil como parte do pagamento da dívida pela construção da usina. (AE)

Mantega feliz com o RS

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, demonstrou ontem otimismo com o ajuste fiscal dos estados, prevendo que suas condições devem melhorar. "A tendência é de que os estados estejam todos melhorando sua situação fiscal", avaliou, depois de participar de evento em que o Rio Grande do Sul oficializou a contratação de financiamento de US$ 1,1 bilhão com o Banco Mundial (Bird). Na avaliação de Mantega, o estado já saiu da estatística que o colocava entre os campeões de desequilíbrio fiscal no País. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou que o governo federal discute operações semelhan-

tes à do Rio Grande do Sul com Bahia e Alagoas. Em um dos casos, deve ser buscado empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e, no outro, uma possível parceria, também envolvendo o Bird. De acordo com o secretário do Tesouro, as dívidas dos governos regionais vêm caindo. Ele citou uma queda equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2006 e junho de 2008. Para viabilizar o empréstimo ao governo gaúcho, Mantega lembrou que foi necessário "esforço", por causa das condições fiscais do estado, com problemas em seqüência e estiagens que comprometeram a produção agrícola. (AE)

diretor de Exploração e Produção da P e t r o b r a s , G u ilherme Estrella, disse ontem que o início das operações na área pré-sal do campo de Jubarte, na costa do Espírito Santo, que será celebrado hoje com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "marca uma nova era do petróleo no Brasil". "Estamos como na década de 1980, quando começamos a retirar o óleo dos campos de Albacora e Marlim, que hoje são gigantes", disse o gerente-executivo do pré-sal, José Formigli. Segundo ele, tanto o início da operação no pré-sal de Jubarte quanto o teste de longa duração em Tupi, previsto para começar em março de 2009, são a base para determinar as características do óleo do présal, o tipo de equipamento a ser usado e a forma de desenvolver os campos. Preço – Estrella disse ainda que a atual cotação internacional do petróleo viabiliza "de longe" a produção na chamada camada de pré-sal. O executivo, entretanto, não revelou qual é o piso para o preço da

Etanol continua competitivo

M

esmo com a recente alta dos preços do álcool hidratado (utilizado nos veículos a álcool ou flex fuel),

Wilton Junior/AE

commodity com o qual a Petrobras realizou seus cálculos. Ele afirmou que os sócios privados da empresa no campo de Tupi também avaliaram como viável o preço do petróleo para iniciar, a partir do ano que vem, o teste de longa duração. Estrella também não falou sobre qual seria o montante de aumento de capital da Petrobras necessário para que a estatal possa investir na exploração do pré-sal. Com relação às recentes declarações do senador Aloizio Mercadante (PTSP) sobre o destino dos blocos

da União que são vizinhos aos blocos já licitados, o diretor limitou-se a dizer que tem conversado com Mercadante e que o senador "é um homem qualificado para contribuir nesse processo". "Esses temas estão em debate na comissão interministerial, e essa discussão não está liberada para ser feita publicamente", disse. Estrella ressaltou que as informações atuais da estatal indicam que a área do pré-sal – que se estende do Espírito Santo a Santa Catarina – deve conter acumulações dispersas de

petróleo. "A interpretação geológica varia, mas a primeira informação é de que são campos separados uns dos outros. O mais provável é que não seja um mar único de petróleo com 800 quilômetros de extensão por 200 de largura", disse. Com relação à possibilidade de alguns dos nove blocos já licitados "vazarem" para áreas vizinhas que ainda não foram leiloadas, o que obrigaria o governo a fazer a chamada "unitização", Estrella disse que o governo tem até dezembro de 2010 para decidir o que vai fazer. "Apenas em dezembro de 2010 terminaremos a fase de avaliações de Tupi. Para começar a produção precisamos ter a "unitização", mas provavelmente, até lá, isso já vai estar resolvido", completou. O executivo, no entanto, afirmou que, apesar de a "unitização" ter de ser definida antes do início da produção, a extração pode começar antes disso (da definição dessas regras). "A produção não precisa começar abrangendo toda a área "unitizada", mas pode ser iniciada em um núcleo central", disse. (AE)

que atingiu 13% no mês de agosto em Goiás e 7,3% no Paraná, o combustível continua competitivo em relação à gasolina em 14 estados do País, principalmente para o consumidor de Mato Grosso,

São Paulo, Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Nesses estados, a relação entre os preços médios do etanol e da gasolina varia entre 46,5% e 63%. Em outros 13 estados brasileiros, a gasolina já é mais

competitiva que o etanol. Os lugares em que a relação mais favorece a gasolina são Amapá (91,32%), Roraima (80,24%), Paraíba (78,36%) e Pará (76,95%). As informações são da Agência Nacional do Petróleo (ANP). (AE)

Estrella: pré-sal não é um grande mar único de petróleo.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - PROCESSO N.º 7338/2008 - TOMADA DE PREÇOS Nº 037/ 2008 - ERRATA DE PUBLICAÇÃO - O PREFEITO MUNICIPAL, no uso das atribuições que lhe confere a lei, torna público que será retificado a Homologação da Tomada de Preços supracitada no seguinte termo: Onde se lê: “PROCESSO ADMINISTRATIVO – 7388/2008”. Leia-se: “PROCESSO ADMINISTRATIVO – 7338/2008”. Ficam ratificados todos os demais termos da Homologação, que não conflitarem com o presente. São Carlos, 01 de setembro de 2008. NEWTON LIMA NETO - Prefeito Municipal DIXIE TOGA S.A. - Companhia Aberta - CNPJ nº: 60.394.723/0001-44 - NIRE: 35.300.027.175 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação Em cumprimento ao disposto no artigo 135 da Lei 6.404/76, ficam convocados os Senhores acionistas da Dixie Toga S.A. (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, às 8h30 do dia 15 de setembro de 2008, na sede social da Companhia, situada na Rua Paes Leme, nº 524, conjunto 151, Pinheiros, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Ordem do Dia - (i) aprovar a alteração da sede administrativa da Companhia, a partir do mês de janeiro de 2009, para a Avenida Mário Haberfeld, 555, Térreo - Setor A, Parque Novo Mundo, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP. 02145-000, com a conseqüente alteração do caput do Art. 2º do Estatuto Social da Companhia que dispõe: “A sociedade tem sede na Rua Paes Leme, 524, conjunto 151, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo”; e (ii) autorizar a venda do imóvel de propriedade da Companhia, situado na Avenida Guido Caloi, 864 - Bairro do Socorro, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com área construída de 14.479,00m² e 25.861,48m² de terreno, pelo valor de R$ 18.700.000,00 (dezoito milhões e setecentos mil reais). Instruções Gerais - (i) Os documentos pertinentes às matérias da Ordem do Dia estão à disposição dos Senhores acionistas na sede da Companhia. (ii) Os instrumentos de mandato de representação dos acionistas deverão ser depositados na sede social até 48 (quarenta e oito) horas antes da realização das Assembléias. Tratando-se de acionista pessoa jurídica, a procuração deverá vir acompanhada dos atos constitutivos. (iii) Os acionistas participantes da Custódia Fungível de Ações Nominativas das Bolsas de Valores que desejarem participar da Assembléia deverão apresentar extrato emitido até 2 (dois) dias úteis antes da sua realização, contendo a respectiva participação acionária, fornecido pelo órgão custodiante. São Paulo, 29 de agosto de 2008. Henry Theisen - Conselho de Administração (29,02,03)

Horácio Sabino Coimbra - Comércio e Participações Ltda. CNPJ/MF nº 59.359.364/0001-05

Comunicado

Horácio Sabino Coimbra - Comércio e Participações Ltda., com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima nº 3.900 - 1º andar, Conjunto 101, São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 59.359.364/0001-05, nos termos da Instrução CVM nº 358/02, declara que adquiriu 117.200 (cento e dezessete mil e duzentas) ações preferenciais escriturais da Companhia Cacique de Café Solúvel, em operação regularmente realizada no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA do dia 22/08/2008, passando a ser detentora de 5.265.857 (cinco milhões, duzentas e sessenta e cinco mil e oitocentas e cinquenta e sete) ações ordinárias escriturais e 4.993.852 (quatro milhões, novecentas e noventa e três mil e oitocentas e cinqüenta e duas) ações preferenciais escriturais. Por ser a acionista controladora da Companhia Cacique de Café Solúvel, a aquisição das referidas ações não tem por objetivo modificar a estrutura de administração da Companhia, estando de acordo com a sua política de investimentos e finalidades sociais. Declara, ainda, que não detém bônus de subscrição, direitos de subscrição de ações e de opções de compra de ações, por espécie e classe, ou qualquer outro tipo de valor mobiliário conversível em ações de emissão da Companhia Cacique de Café Solúvel. Por fim, declara que não firmou nenhum acordo, tampouco celebrou qualquer instrumento contratual regulando o exercício do direito de voto, ou mesmo a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Companhia Cacique de Café Solúvel. São Paulo, 28 de Agosto de 2008 Horácio Sabino Coimbra - Comércio e Participações Ltda.

Itautec S.A. - Grupo Itautec CNPJ 54.526.082/0001-31 Companhia Aberta NIRE 35300109180 EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 7.8.2008 Instalação: 7.8.2008, às 16:30 horas, na sede social e sob a presidência do VicePresidente Dr. José Carlos Moraes Abreu. Deliberação: aprovado, por unanimidade e “ad referendum” da Assembléia Geral: 1. pagar, até 30.12.2008, juros sobre o capital próprio de R$ 0,67 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,5695 por ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos; 2. o crédito correspondente foi efetuado nos registros contábeis desta companhia em 8.8.2008, de forma individualizada a cada acionista, com base na posição acionária final de 8.8.2008, sendo as ações a partir de 11.8.2008 negociadas “ex” esses juros sobre o capital próprio. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio e arquivada conforme seguinte: CERTIDÃO - “Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o nº 271.116/08-0, em 19.8.2008.(a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.” REDE BRASILEIRA DO TERCEIRO SETOR - REBRATES

CNPJ 03.858.380/0001-98 Assembléia Geral Extraordinária – CONVOCAÇÃO De acordo com o art. 21, inciso I, do Estatuto Social da Rede Brasileira do Terceiro Setor – REBRATES (Rua Boa Vista, 76 – 5º andar, São Paulo, Capital) ficam os Srs. representantes das entidades associadas à REBRATES, convocados a participarem da Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 18 de setembro de 2008, às 10h00 na Rua Nestor Pestana, 147 – 1º andar , nesta Capital, no Auditório Ítalo Brasil Portieri, da Associação Cristã de Moços de São Paulo – ACM, que será instalada com a presença mínima de dois terços dos associados, ou, com qualquer número, em segunda convocação, trinta minutos após o horário previsto, de acordo com o Art. 23 do Estatuto, para tratar da seguinte Ordem do Dia: 1) Apreciar e aprovar a reforma estatutária. São Paulo, 02 de setembro de 2008 Dorina de Gouvêa Nowill REDE BRASILEIRA DO TERCEIRO SETOR - REBRATES

CNPJ 03.858.380/0001-98 Reunião Conselho Gestor – CONVOCAÇÃO De acordo com o art. 27 e seus parágrafos do Estatuto Social da Rede Brasileira do Terceiro Setor – REBRATES (Rua Boa Vista, 76 – 5º andar, São Paulo, Capital), ficam os Srs. Conselheiros convocados para a Reunião do Conselho Gestor que será realizada no dia 18 de setembro de 2008, às 09h30, na Rua Nestor Pestana, 147 – 1º andar, nesta Capital, no Auditório Ítalo Brasil Portieri, da Associação Cristã de Moços de São Paulo – ACM, para tratar da seguinte Ordem do Dia: 1) Projeto de Lei 3021/08; 2) Apresentação das Atividades realizadas no 1º semestre de 2008; 3) Apresentação de Relatório Financeiro relativo ao 1º semestre de 2008; 4) Palavra Livre. São Paulo, 02 de setembro de 2008 Dorina de Gouvêa Nowill

A empresa Wilson Braga, CNPJ 05423373/0001-99, comunica a perda e extravio das Notas Fiscais Mod. D1 de 101 a 500 AIDF nº 2795; 1001 a 1500 AIDF nº 5948; Notas Fiscais Mod.1 de 001 a 250 AIDF nº 2714, 251 a 750 AIDF nº 5793, 751 a 1250 AIDF nº 5949.

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BRASQUIP AMBIENTAL S.A. CNPJ nº 96.472.485/0001-95 NIRE 3530022517 CERTIDÃO Ata da Assembléia Geral Ordinária de 31/08/2006. Publicado no jornal Diário do Comércio, dia 04/10/2007, Caderno Econômia - página 02. JUCESP - Certifico o Registro sob nº 272.784/06-2 em 30/10/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral

VOTORANTIM INVESTIMENTOS LATINO-AMERICANOS S.A.

CNPJ/MF Nº 06.276.938/0001-15 - NIRE 35300320956 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 14 DE AGOSTO DE 2008 1. DATA, HORÁRIO E LOCAL - Dia 14 de agosto de 2008, às 09:00 horas, na sede social nesta Capital, na Rua Amauri, nº 255, 13º andar, conjunto “B”. 2. CONVOCAÇÃO - Dispensada em virtude da presença da totalidade dos acionistas. 3. PRESENÇA - Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no livro “Presença de Acionistas”. 4. MESA DIRIGENTE – Alexandre Silva D’Ambrosio, Presidente e Luis Felipe Schiriak, Secretário. 5. DELIBERAÇÕES - a) Foi aprovado o aumento do capital social de R$1.108.059.994,00 (um bilhão, cento e oito milhões, cinqüenta e nove mil, novecentos e noventa e quatro reais) para R$1.432.939.994,20 (um bilhão, quatrocentos e trinta e dois milhões, novecentos e trinta e nove mil, novecentos e noventa e quatro reais e vinte centavos), mediante a emissão de 54 (cinqüenta e quatro) novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, no valor total de R$324.880.000,20 (trezentos e vinte e quatro milhões, oitocentos e oitenta mil reais e vinte centavos), a serem subscritas e integralizadas em dinheiro, neste ato, pela acionista BRADESPLAN PARTICIPAÇÕES LTDA, devendo o valor total ser destinado à conta capital social. O preço de emissão das ações foi fixado com base no inciso I do parágrafo 1º do artigo 170 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. b) Os acionistas Votorantim Metais Zinco S.A. e Votorantim Participações S.A. renunciam expressamente ao seu direito de preferência à subscrição das ações emitidas e subscritas pela Bradesplan Participações Ltda. a fim de permitir o ingresso desta na Companhia. c) Conseqüentemente, fica alterada a redação do “caput” do artigo 5º, do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5º - O capital social totalmente subscrito é de R$1.432.939.994,20 (um bilhão, quatrocentos e trinta e dois milhões, novecentos e trinta e nove mil, novecentos e noventa e quatro reais e vinte centavos), representado por 492 (quatrocentas e noventa e duas) ações ordinárias, nominativas sem valor nominal. Parágrafo único – Cada ação ordinária dará direito a um voto nas deliberações das assembléias gerais.” 6. OBSERVAÇÕES FINAIS - a) Em todas as deliberações deixaram de votar os legalmente impedidos; b) O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação; c) Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais acionistas presentes. (a.a.) Alexandre Silva D’Ambrosio, Presidente e Luis Felipe Schiriak, Secretário; p. Votorantim Participações S.A., Adriano Pascoaloto e Carlos Eduardo de Arruda Boggio; p. Votorantim Metais Zinco S.A., Adriano Pascoaloto e Carlos Eduardo de Arruda Boggio; p. Bradesplan Participações Ltda., José Luiz Acar Pedro e Milton Amilcar Silva Vargas. São Paulo, 14 de agosto de 2008. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. SECRETARIA DA FAZENDA – JUCESP – JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CERTIDÃO – Certifico o Registro sob o nº 275.599/08-5 em 25.08.2008 (a) Cristiane da Silva F. Corrêa, Secretária Geral.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1927/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Irma Gabriela Maria Elisabeth Wienken - Av. José Barbosa de Siqueira, s/n - Jd. Padroeira - Osasco/SP - 120 - R$ 29.340,00 - $ 2.934,00 - 09:30 - 18/ 09/2008. 05/1948/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Pref. Antonio Zanaga Av. Cândido Portinari, 801 - Antonio Zanaga - Americana/SP - 120 - R$ 28.894,00 - R$ 2.889,00 - 10:00 - 18/09/2008. 05/1960/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Joaquim Ribeiro Rua Seis, 437 - Centro - Rio Claro/SP - 90 - R$ 34.510,00 - R$ 3.451,00 - 10:30 - 18/09/2008. 05/1961/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Helena Jose Bonfa - B. Visconde de Soutelo, KM-42 - Visconde de Soutelo - Socorro/SP - 90 - R$ 23.449,00 - R$ 2.344,00 - 11:00 - 18/09/2008. 05/1989/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Nilo Santos Vieira - Rua Salvador, 345 - Vista Alegre - Guaratinguetá/SP; EE Prof. Sylvio José Marcondes Coelho - Rua João Darrigo Filho, 101 - Santa Luzia - Guaratinguetá/SP - 120 - R$ 67.907,00 - R$ 6.790,00 - 11:30 - 18/09/2008. 05/2004/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Rev. Mathathias Gomes dos Santos - Rua Manoel Duarte Ferro, s/nº - Vila Itaim Paulista - São Paulo/SP - 120 - R$ 32.529,00 - R$ 3.252,00 - 14:00 - 18/09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Avenida São Luis, 99 - República - São Paulo - SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 02/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 17/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84, INFORMAMOS QUE NO DIA 01 DE SETEMBRO DE 2008 NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL


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Nacional Finanças Agronegócio Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008 Itamar Miranda/AE

CRESCEM RECEITAS EXTERNAS DO AGRONEGÓCIO

Um programa para promover a legítima mussarela de búfala

Grande parte da mussarela de búfala à venda no mercado é feita com mistura de leites

Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

Apenas nove laticínios têm o selo de qualidade da associação de criadores Adriana David

D

ivulgar as vantagens do programa Selo de Pureza 100% Búfalo, criado pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), e incentivar profissionais de gastronomia a elaborar pratos inovadores com mussarela de búfala foram os objetivos de evento realizado no final da semana passada na Universidade Anhembi Morumbi, na capital paulista. Alunos dos cursos de gastronomia assistiram a palestras e receberam informações sobre toda a cadeia produtiva do setor. Os professores de culinária italiana da escola, Marcelo Neri e Daniel Frenda, criaram pratos originais com o produto. Receitas como filé à parmegiana, salada de rúcula com cenoura, tomate cereja e ovas salgadas de tainha seca, bolinho feito com o queijo e presunto cru e uma entrada com tomate caqui, pimentão em tiras e atum, apresentadas no curso, podem ser acessadas pelo site da ABCB (ww.bufalo.com.br/mozzarellabufala/mozzarella.asp). Incentivo – Com o evento, a entidade iniciou ações para aumentar o mercado de derivados do leite de búfala. O programa terá continuidade com a divulgação do selo de pureza em outras escolas de gastrono-

Aulas nos cursos de gastronomia, como a do professor Marcelo Neri, da Universidade Anhembi Morumbi, na semana passada, fazem parte da ação organizada pela ABCB.

O produtor Cláudio Varella diz que a mussarela de búfala falsa é semelhante à original

mia, entre chefs de cozinha e restaurantes. O alvo é o mercado comprador. Segundo o presidente do conselho administrativo da ABCB, o produtor Otávio Bernardes, para expandir o segmento comercial dos derivados de búfalo, é preciso vender produtos com qualidade. "Hoje, o comércio vende muita mussarela que não é fabricada apenas com o produto legítimo. A proposta do selo não é agregar valor, mas tornar transparente e honesta a comunicação com os consumidores." Segundo o presidente do conselho da entidade, mui-

Produção cresce no Sudeste

tos laticínios lesam o comprador acrescentando leite de vaca ao de bubalinos. A estimativa da ABCB é de que a produção de leite de búfala no País seja de 92,3 milhões de litros; e o rebanho, de cerca de 82 mil animais. A associação afirma que, das cerca de 150 indústrias de derivados desse tipo de leite no Brasil, apenas nove utilizam o selo de garantia de qualidade em seus produtos. Dos laticínios certificados, seis estão localizados em São Paulo e os outros nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte. A mussarela corresponde a cerca de 70% da produção de derivados de leite de búfala. Só obtêm o selo da ABCB os produtos com leite de bubalina sem qualquer tipo de mistura. Segundo a associação, há várias empresas que dão informação falsa em suas embalagens sobre a origem da mussarela. De acordo com Cláudio Varella, proprietário do laticínio La Vera – filiado ao programa do selo de pureza – a falsa mussarela de búfala tem aparência semelhante à legítima. Os fraudadores usam descorantes para o leite de vaca ficar tão branco como o de búfala. Varella explicou aos alunos, durante a palestra, que a fiscalização da qualidade do leite é feita por médicos veterinários contratados pela própria ABCB. Os laticínios brasileiros transformam anualmente 45 milhões de litros de leite de búfalas em 18,5 mil toneladas de derivados, o que gera um faturamento anual de R$ 55 milhões para a indústria e de R$ 17 milhões para os criadores. Entre as ações para expandir o mercado, os produtores estão investindo para tornar viável o transporte do leite da região Norte para São Paulo.

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mil búfalos formam o rebanho nacional da espécie. O segmento produz 92,3 milhões de litros de leite por ano.

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produção de derivados de leite de búfala não é o forte da criação de búfalos no Brasil. Enquanto a mussarela na Itália, que tem um rebanho dois terços menor que o brasileiro, gera 500 milhões de euros anuais, os produtos derivados do rebanho brasileiro geram menos de um terço disso. Isso ocorre porque a maior parte dos animais está na região Norte do País, onde o mercado para o consumo de laticínios é pequeno. Desde os anos 1990, a produção vem sendo deslocada para a região Su-

deste, especialmente para São Paulo. O representante da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) Otávio Bernardes informa que 50% dos derivados de leite de búfala são processados no estado. Há oportunidades no mercado externo. A Itália, maior produtor mundial, não consegue atender a demanda européia. Países asiáticos, como Índia, Paquistão e China, têm grande produção, mas ela é usada internamente. O Brasil tem potencial para produzir mais, porém não tem estrutura nem qualidade para exportar.

As empresas estão aumentando a variedade de produtos. O laticínio Di Búfala lançou o doce de leite cremoso. A Almeida Prado, que produz mussarela de búfala em bolinhas, ricota, frescal, próvola e manteiga, também quer produzir o doce de leite, depois de fazer análises do mercado. Segundo a proprietária e coordenadora da comissão executiva do selo de pureza, Maria Cecília Almeida Prado, outro plano é a produção de iogurte. "Aí teremos de enfrentar concorrência forte com grandes empresas", diz. (AD)

Soja: volume menor e preço maior.

A

exportação de soja do Brasil na atual safra deverá ficar bem abaixo das estimativas iniciais, informou ontem a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A previsão de receitas, entretanto, é de alta. Com o maior preço dos produtos do complexo soja nesta temporada, o setor deverá obter US$ 18,8 bilhões com as exportações neste ano, ante US$ 11,3 bilhões no ano passado. Já a previsão de exportação foi reduzida para 25,7 milhões de toneladas, ante 26 milhões de toneladas previstas no início do mês passado. As estimativas vêm decrescendo em relação às previsões do início do ano. Em abril, as exportações chegaram a ser calculadas em 27,3 milhões de toneladas. Ainda

assim, o volume embarcado deve ser recorde, superando as 23,8 milhões de toneladas da safra passada. "Foi um ajuste. À medida que recebemos mais informações, percebemos que o número não estava adequado. O volume de 26 milhões não deverá mais ser atingido", afirmou o diretor-executivo da Abiove, Fábio Trigueirinho. O diretor disse que a redução na previsão ocorre apesar do forte ritmo de embarques do grão neste ano. No balanço divulgado ontem, a associação não alterou sua previsão da colheita, que foi estimada em agosto em 60,3 milhões de toneladas. A soja que está sendo exportada deste ano até o próximo foi colhida nos primeiros meses de 2008. Com a redução nos números de exportação, a associação

ampliou os dados de estoques totais da safra atual de 2,8 milhões para 3,1 milhões de toneladas, incluindo a soja nas mãos de produtores. A Abiove manteve as estimativas de produção e exportação de farelo e óleo de soja. A estimativa de processamento no Brasil da safra 2008/2009 foi mantida em 32,4 milhões de toneladas (ante 31,5 milhões em 2007/2008), apesar de o esmagamento entre fevereiro e julho ter ficado em 15,1 milhões de toneladas, ante 16,5 milhões em igual período do ano passado. O Brasil deverá exportar no ano industrial 13,3 milhões de toneladas de farelo, ante 12,9 milhões de toneladas na temporada anterior, e embarcar 2,15 milhões de toneladas de óleo, ante 2,52 milhões de toneladas um ano antes. (Reuters)

Etanol em alta

Mais vendas de carne

produção total de etanol brasileiro pode triplicar até 2020, afirmou ontem u m a re p re s e n t a n te d a i n d ú s t r i a , acrescentando que as exportações do biocombustível subiram neste ano. "Entre o primeiro semestre de 2007 e o primeiro semestre deste ano nossas exportações globais de etanol subiram 20%. O aumento das vendas para os Estados Unidos foi um pouco menor", afirmou Geraldine Kutas, diretora da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em evento na Eslovênia. As exportações para os Estados Unidos representam 50% do volume total de vendas externas, disse Kutas . Ela informou também que o alto custo do produto americano permitiu que o Brasil enviasse metade das exportações aos EUA diretamente, apesar das altas tarifas, enquanto a outra metade foi via Caribe. (Reuters)

s exportações brasileiras de carne bovina in natura tiveram desempenho positivo em agosto em relação a julho, tanto em volume quanto em receita. O resultado sinaliza que, mesmo com preços elevados, ainda há demanda internacional para o produto. Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), no mês passado o Brasil exportou 96,1 mil toneladas de carne bovina, volume 2,9% superior ao que foi registrado em julho, de 93,4 mil toneladas. Em relação a agosto do ano passado, no entanto, o volume representa uma queda de 13,1%. Já em total de receitas, os embarques de agosto renderam US$ 417,1 milhões ao País, o que significa aumento de 6,7% em comparação a julho deste ano e de 36,1% em relação a agosto do ano passado. (AE)

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Ano 84 - Nº 22.699

GAMBÁ-DE-ORELHA-PRETA Didelphis aurita Entre os mamíferos silvestres, o gambá é o mais adaptado à presença humana e foi visto em toda a Cidade. Tem hábitos noturnos e gosta de revirar lixo doméstico.

Conclusão: 23h55

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Jornal do empreendedor

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São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 2008

SOLUÇÃO-TAMPÃO Pressionado por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e por lideranças parlamentares, o presidente Lula afastou ontem o diretor-geral Paulo Lacerda e toda cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), colocando tampões provisórios nos arapongas acusados de realizar escutas telefônicas em gabinetes de Brasília. Transcrição de diálogo pela revista Veja mostrou que Gilmar Mendes, presidente do STF, teve conversa com senador gravada. Mendes diz que "Estado policialesco" está se instalando no País. Páginas 5, 6 e 7 Andrei Bonamin/LUZ

O novo grito do Ipiranga

Andrei Bonamin/LUZ

Imagine o poluído Riacho Ipiranga (foto) recuperado em 2022. Novinho para o bicentenário da Independência! C 4

O Riacho continua puro só nas suas nascentes, no Parque Zoológico.

CONSUMO CRESCEU 3,7% EM 12 MESES Consultas ao SCPC registraram este índice em agosto de 2008 sobre igual período de 2007 e redução de 0,2% no UseCheque. E 1 Stephen Morton/AFP

Paulo Pampolin/Hype

Nova Orleans preocupada com o nível das águas

Gustavinho prega um susto O furacão Gustav perdeu força ao chegar aos EUA. Mas conseguiu atrapalhar os republicanos. Pág. 9 Nilani Goettems/e-SIM

Mussarela de búfala se aprende na escola Professor Neri (foto) mostra a alunos de Gastronomia potencial da iguaria. Economia 12

Democracia do luxo tropeça nos tributos Produtos como os óculos da Sáfilo (foto) chegam à classe média. Mas impostos castigam empresários. E 1

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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Garoto de 3 anos cai do sexto andar e morre no Centro

1 Mãe do garoto que caiu da janela pode responder criminalmente pela tragédia.

Werther Santana/AE

Alcides Fortunato Júnior estava sozinho em casa. Tragédia foi no domingo à noite.

O

menino Alcides Fortunato Júnior, de 3 anos, morreu anteontem à noite após cair da janela do apartamento onde morava com a mãe e dois irmãos, no sexto andar de um prédio na esquina da avenida Rio Branco com a rua dos Gusmões, no Centro. A mãe, Sheila Alves Moreira, de 25 anos, que trabalhava na portaria do edifício no momento da queda, disse à polícia que o garoto fora deixado dormindo no apartamento aos cuidados do irmão J., de 12 anos. O menino mais velho, porém, "resolveu descer para sair" e deixou as chaves com a mãe na portaria. Instantes depois, Alcides foi encontrado caído na calçada. O caso foi registrado no 3.º Distrito Policial (Santa Ifigênia) como morte suspeita. Segundo Sheila, Alcides dormia em uma cama encostada à parede onde fica a janela. Não havia grade nem tela de proteção. Entre o térreo do edifício e o primeiro andar de apartamentos há uma marquise de cerca de 2 metros de largura. O garoto, porém, foi encontrado no chão, a cerca de 3,5 metros da base do edifício. Na marquise não havia marcas de sangue. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local durante a madrugada do acidente e o laudo deverá ser concluído em 30 dias. Da portaria onde a mãe estava não era possível ver o local onde a criança caiu. Ao perceber a movimentação de polícia e do Corpo de Bombeiros, Sheila deixou o posto de trabalho. "Ela viu o corpo no chão e perguntou três vezes: 'É meu filho?' Quando percebeu que era mesmo, se desesperou e queria pegar o menino no colo, chorava muito", disse Márcio de Souza Júnior, recepcionista do hotel que fica ao lado do prédio. Ele chegava ao trabalho quando viu "um vulto negro caindo no chão". "Só ouvi um barulho bem forte, acho que ele caiu direto no chão, não vi bater na marquise", disse o recepcionista. Alcides foi socorrido, mas morreu a caminho da Santa Casa, na região central. Em estado de choque, Sheila passou a noite no hospital e foi liberada pela manhã. Ela ficou o

Fotos: Hélvio Romero/AE

Irene, síndica do prédio e avó do menino: acidente foi uma fatalidade

resto do dia em casa, sob efeito de medicamentos. A família vive no local há cerca de quatro meses, quando vieram de Santa Catarina. O pai do garoto, Alcides Fortunato, vive no Sul e chegou a São Paulo ontem à tarde, para acompanhar o enterro. Irene Alves Moreira, avó materna de Alcides, é síndica e zeladora do edifício. Emocionada, ela classificou a ocorrência como "fatalidade". "O menino não costumava subir na janela. Deve ter acordado, se sentido sozinho. Ninguém podia prever", disse. Investigação – No domingo à noite, o delegado Fábio Hayayuki Matsuo, do 3.º Distrito Policial (Santa Ifigênia), determinou a instauração do inquérito policial para investigar a morte do garoto Alcides. No boletim de ocorrência, a natureza do caso consta como "morte suspeita". Segundo investigadores do 3.º DP, os familiares do garoto e as pessoas que presenciaram a queda – os dois recepcionistas do hotel que fica ao lado do edifício de onde a criança caiu, por exemplo – serão chamados para prestar depoimento ao longo da semana. Para o advogado e coordenador do Núcleo de Criminalidade Infanto-Juvenil da Comissão de Direito Criminal da Ordem dos Advogados do Brasil, Leonardo Pantaleão, a mãe de Alcides pode responder criminalmente pela morte do filho. "Há uma violação das obrigações legais impostas

Família morava há cerca de quatro meses no prédio da rua dos Gusmões

aos pais, mas, se ficar comprovado que ela sabia do risco de acontecer um acidente e que ela assumiu o risco, poderá ser indiciada por homicídio", explica. Na esfera civil, ela pode até perder a guarda dos outros dois filhos, se ficar comprovado que pode expor as outras crianças a situações de risco. "Se isso for demonstrado, ela pode perder a guarda", afirma Pantaleão. (AE) Na página 2, dicas de segurança

Alcides Júnior caiu da janela do apartamento onde morava com a família na avenida Rio Branco: morte suspeita


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Ambiente Educação Prevenção Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Grades e redes nas janelas são medidas básicas de segurança.

QUEDAS LIDERAM ESTATÍSTICAS

Acidentes: o perigo mora dentro de casa Mais de um milhão de crianças entre 1 e 14 anos morrem anualmente em todo o mundo em decorrência de quedas, queimaduras, intoxicações e afogamentos Fotos de Hélvio Romero/AE

Maristela Orlowski

A

s estatísticas sobre quedas, queimaduras, intoxicações e afogamentos na infância estão cada vez mais assustadoras. Acidentes desse tipo provocam, anualmente, a morte de mais de um milhão de meninos e meninas, com idades entre 1 e 14 anos, em todo o mundo. No Brasil, resultam em sete mil mortes e 140 mil internações hospitalares ao ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Quedas lideram as hospitalizações em todas as faixas etárias, respondendo por 55% dos casos. O segredo para evitar o cenário é simples: prevenção. No ambiente doméstico, os vilões que ameaçam as crianças não andam armados. Eles vivem escondidos por todos os cômodos e podem assumir inúmeras formas, ora aparecendo como uma janela aberta e sem rede de proteção, um vidro de remédio aberto, uma panela quente com o cabo voltado para fora do fogão ou uma tomada aparentemente inofensiva. Segundo especialistas, os lugares mais propícios para a ocorrência de acidentes, por ordem de risco, são: cozinha, banheiro, escadas e corredores, quintal e outros cômodos. O pediatra Wilson Maciel, co-autor do livro Crianças e Adolescentes Seguros, concorda. Segundo ele, é na cozinha que ocorre a maioria dos casos de queimaduras, lesões

Janela de onde caiu o menino de três anos em São Paulo: medidas simples podem evitar tragédias

cortantes, lacerações, intoxicações e quedas. “Aliás, a queda é um acidente doméstico muito freqüente, seja na escada, no banheiro, na cozinha, no quintal, da janela ou do berço. Depois, temos queimaduras, intoxicação (por produtos de limpeza e medicamentos) e introdução de objetos estranhos em orifícios”, observa o especialista. Aliás, não é mito quando se fala que a cabeça da criança pesa mais que o corpo. As crianças tem a cabeça desproporcional ao resto do corpo, o que muda o centro de gravidade para o centro do peito e facilita o desequilíbrio. Conhecer as particularidades e diferentes características do

Bandeira rasgada pelo vento será trocada amanhã

desenvolvimento de uma criança também é um bom caminho para compreender a incidência de determinados acidentes nesse processo. Com o passar do tempo, os pequenos passam a desenvolver suas habilidades motoras, cognitivas e sensoriais. Mas, enquanto este processo não está completo, a criança fica vulnerável a uma série de perigos exigindo, portanto, cuidados especiais e atenção. Mundo real – “As crianças menores, de até 4 anos, não conhecem o perigo, vivem entre o lúdico e o real. A partir dos 5 anos, elas passam a ter mais autonomia, querem explorar o mundo ao seu redor e estão sempre prontas para encarar desafios”,

comenta Ingrid Stammer, coordenadora de projetos da ONG Criança Segura. “Uma coisa é certa: até que a criança possa cuidar de sua segurança, ela tem que ser supervisionada por um adulto. Este, por sua vez, deve estar sempre atento e reconhecer os riscos de acidentes presentes tanto no ambiente doméstico como em outros locais, como na casa de familiares, por exemplo”, acrescenta. Proteção – Manter o ambiente protegido com barreiras como grades ou redes de proteção nas janelas e sacadas, portões nas escadas, corrimão bilateral e quinas de móveis protegidas, entre outros, são algumas medidas básicas para quem tem

criança em casa. Mas, além disso, é importante também educar a criança visando a prevenção de acidentes, respeitando sua capacidade de compreensão, para que ela mesma mude de comportamento e também passe a identificar as situações perigosas, evitando-as. Ingrid estima que 90% dos acidentes, pelo menos, podem ser prevenidos com ações

educativas, modificações no meio ambiente, criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas. Segundo ela, a morte não é o único desfecho. Estimativas mostram que a cada morte relatada, outras quatro crianças ficam com seqüelas permanentes. “Isso não afeta somente as vítimas, mas também traz conseqüências emocionais, sociais e financeiras à família e à sociedade.”

Fotos de Andrei Bonamin/Luz

Na praça da Bandeira, um novo símbolo nacional Geriane Oliveira

E

m plena Semana da Pátria, os paulistanos estão indignados: desde quarta-feira, a ONG Educa São Paulo vem alertando a Prefeitura de São Paulo para as péssimas condições de conservação da Bandeira Nacional hasteada até ontem na Praça da Bandeira, no Centro. A bandeira estava rasgada e ontem pela manhã foi retirada de seu mastro, numa operação realizada pelo Corpo de Bombeiros. "Como a bandeira é um símbolo nacional, o fato de estar velha e rasgada é um desrespeito com a memória histórica de nosso País e com os paulistanos, porque aqui é a grande metrópole do Brasil, berço da Independência. E retirar a bandeira sem substituí-la é um absurdo", desabafou Devanir Amâncio, presidente da ONG. Segundo ele, a Educa São Paulo fez várias reclamações junto à Prefeitura. "Diziam que não havia uma bandeira para reposição nem recursos para comprar uma nova". Diante da resposta, Amâncio conta que sugeriu à Prefeitura pedir uma bandeira ao Exército. Excluída essa possibilidade, a ONG ofereceu doar o valor para a confecção da bandeira, entre R$ 800 e R$ 900. "Então, me pediram para deixar o telefone", afirmou. Resposta –Na tarde de ontem, a Secretaria Municipal de

Coordenação da Subprefeitura (SMCS) informou ao Diário do Comércio que a substituição da bandeira não foi feita porque os ilhoses (prendedores) que ligam o tecido ao novo mastro da praça da Bandeira (instalado em fevereiro) não eram compatíveis. Por isso, a secretaria adiou para amanhã à tarde a operação de troca da bandeira. A secretaria informou ainda que a bandeira anterior foi rasgada pela ação do vento. De acordo com a SMCS, a bandeira a ser hasteada amanhã segue o padrão oficial, confeccionada em tergal de primeira linha (73% poliéster e 27% viscose). Seu tamanho é de 12 metros de altura por 17,5 metros de largura. Em comemoração ao 7 de Setembro, no próximo domingo, a ONG Educa São Paulo começará a ornar a praça Silva Teles, no Itaim Paulista, na zona leste da cidade, com inúmeras bandeirinhas do Brasil. Também distribuirá 20 mil bandeiras para os moradores e transeuntes do bairro. "A idéia é despertar em crianças e adultos o sentimento cívico e o amor aos símbolos da Pátria", concluiu Amâncio. A ONG Educa São Paulo também prepara a instalação de três mastros para o hasteamento das bandeiras Nacional, a do Estado e do Município na mesma praça. A ação tem o apoio da subprefeitura do Itaim Paulista.

Soldados do Corpo de Bombeiros retiraram ontem do mastro a bandeira que foi rasgada pelo vento. Um problema nos ilhoses da nova bandeira forçou o adiamento da operação para amanhã .


Ambiente Educação Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OBRAS SERÃO CONCLUÍDAS ATÉ DEZEMBRO

Oscar Freire: novo trecho em reforma Comerciantes vão investir R$ 1,5 milhão na revitalização da rua comercial Leonardo Rodrigues/e-SIM - 14/02/2008

Rejane Tamoto

M

ais um trecho de um dos principais endereços do comércio de luxo da Capital – a rua Oscar Freire – passará por reformas, em continuidade à revitalização realizada em cinco quadras em 2006. Esta semana começa a reforma do quarteirão da rua Oscar Freire, no trecho compreendido entre a rua Padre João Manoel e alameda Ministro Rocha Azevedo. "Este quarteirão ficará idêntico ao trecho já reformado da Oscar Freire, entre as ruas Melo Alves e Padre João Manoel", explicou o subprefeito de Pinheiros, Nilton Nachle. A reforma deve ser concluída até o final do ano. Segundo Nachle, o termo de cooperação assinado com o Hotel Emiliano estabelece que os comerciantes da rua investirão R$ 1,5 milhão para a instalação de fiação elétrica subterrânea e troca de calçadas, além da instalação de mobiliário urbano como bancos, lixeiras, totens informativos e plantio de árvores. O mobiliário urbano, disse Nachle, também deverá ter logomarcas, mas dentro da Lei Cidade Limpa. "O detalhamento da publicidade ainda será analisado", disse. A subprefeitura de Pinhei-

Novo quarteirão da rua vai ficar idêntico ao que já foi revitalizado

ros, por outro lado, investirá R$ 150 mil na substituição de guias e sarjetas, instalação de postes de iluminação e construção de baias de estacionamento, que terão o piso de bloco intertravado. As calçadas deste trecho terão rampas de acessibilidade e serão alargadas nos primeiros 25 metros a partir da esquina. O subprefeito explica que a Prefeitura trabalha, no momento, na aprovação de alvará para a Eletropaulo. "Como o número de lojas é menor neste trecho, será mais simples do que a reforma feita anteriormente", disse. Investimentos –Com esta obra na Oscar Freire, a subprefeitura de Pinheiros atinge mais de 80 termos de cooperação em vigor com a iniciativa privada para a reforma de espaços públicos. O último ter-

mo de cooperação de grande porte – cerca de R$ 3 milhões – foi assinado entre a subprefeitura e a fabricante de cerveja Ambev, para transformar em bulevar as ruas Wisard e Aspicuelta, entre as ruas Mourato Coelho e Harmonia, na Vila Madalena. "A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) trabalha na mudança de sentido da Wisard e Aspicuelta. Depois disso, as obras começam", disse o subprefeito. Ele cita também acordos firmados para a revitalização das passarelas Marcelo Frommer (Juscelino Kubitschek) e da Ponte Eusébio Matoso pelos bancos Santander e Unibanco, respectivamente. "Há também a praça Victor Civita. Ela está sendo construída pelo Grupo Abril e a previsão de conclusão é em outubro", disse.

3 Paulo Pampolin/Digna Imagem

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Reforma inclui instalação de novos postes e fiação subterrânea.


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Te c n o l o g i a Segurança Te l e c o m Mercado

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Lumix DMC FX500 oferece resolução de 10 MP e possui monitor de 3 polegadas touch screen

CHIP PERMITE ASSISTIR TV NO CELULAR

Fotos: Divulgação

Em sondagem realizada no mercado brasileiro, 77% dos entrevistados manifestaram desejo de ter TV móvel. O principal interesse é acompanhar o noticiário, novelas e eventos esportivos.

TV na telinha do celular

O

radinho de pilha, que era usado principalmente para ouvir jogos de futebol, evoluiu. O telefone celular virou televisão e a cena do torcedor acompanhando o lance ao vivo em todos os lugares deve se tornar mais comum. Não parece novidade, já que a tecnologia de terceira geração (3G) permite às operadoras oferecerem uma variedade de serviços. Mas a Telegent Systems, empresa norte-americana de semicondutores, propõe agora ao mercado brasileiro a recepção gratuita dos canais abertos de TV em aparelhos 3G mais simples, acessíveis à maioria da população. A solução se baseia em um microchip embarcado nos telefones móveis – por enquanto a ZTE é a fabricante que homologou seus aparelhos na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) – ,que permite a recepção dos canais da TV aberta em qualquer lugar do mundo. A programação que estiver sendo exibida nas residências será possível de ser vista na tela do celular. De acordo com Carlos Kirjner, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Telegent, há pratica-

A Telegent Systems desenvolveu um microchip que vai embarcado nos telefones móveis, permitindo a recepção dos canais da TV aberta em qualquer lugar do mundo. A programação que estiver sendo exibida nas residências será possível de ser vista na tela do celular. Alguns aparelhos foram distribuídos para jornalistas que cobriram os Jogos Olímpicos de Pequim, que puderam acompanhar as competições enquanto estavam em trânsito ou em outros locais dos jogos MARCELO DANIL

mente 90 milhões de brasileiros que não terão acesso à TV digital, que começa a se estabelecer. Por isso, ele aposta no potencial de mercado que a TV analógica ainda tem no Brasil. "Quantas cidades do País terão sinal digital de TV no primeiro momento?", questiona o executivo, afirmando que há muitos modelos de negócios a serem propostos às operadoras de telefonia móvel com o

relação à sua tecnologia se baseia na experiência que teve na Ásia, Oriente Médio, África e Europa, continentes que já contam com mais de 5 milhões de aparelhos dotados de TV móvel com a tecnologia da Telegent. Em sondagem do mercado brasileiro, o executivo afirma que 77% dos entrevistados manifestaram desejo de ter TV móvel. O principal interesse é

acompanhar o noticiário, novelas e eventos esportivos. A expansão do mercado brasileiro de telefonia móvel, quinto maior do mundo, incentivou a Telegent a instalar um escritório em São Paulo para oferecer a TV móvel aqui. A percepção da empresa e de sua parceira no País, a ZTE Brasil, é de que a programação da televisão aberta é a principal fonte

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serviço gratuito de TV. E aponta outra vantagem para as operadoras: "Eles não precisam investir em infra-estrutura, pois o chip vem embarcado no aparelho a um custo menor de 10 dólares". A Telegent já negocia com mais três fabricantes de aparelhos móveis no Brasil e também apresentou sua tecnologia a três operadoras. A visão otimista de Kirjner em

de informação e entretenimento para consumidores da América Latina. Segundo dados da Anatel, há mais de 135 milhões de linhas de telefonia móvel em operação no Brasil, o que representa densidade de 70,5 aparelhos por cada 100 habitantes. Testes na Olimpíada - A Telegent distribuiu aparelhos da ZTE e Alcatel incorporados com sua tecnologia de TV móvel a jornalistas de vários países que fizeram a cobertura dos jogos da última Olimpíada. Os profissionais tiveram a experiência de acompanhar e se manterem informados sobre o andamento das competições quando estavam em trânsito entre os locais dos jogos. Ou mesmo se informar sobre o status de apresentações esportivas simultâneas às que eles estavam cobrindo. Outro ponto destacado foi a alta longevidade da bateria, que permitiu acessarem as transmissões pelo tempo desejado, sem se preocuparem com o tempo de duração da carga. "Dependendo do modelo do aparelho, a bateria suporta de quatro a seis horas de programação de TV", afirma Kirjner.

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M

ais uma compacta de 10,1 MP (3.648 x 3.432 pixels) chega ao mercado brasileiro, trazendo como novidade o monitor de 3 polegadas touch screen, o que permite comandar os ajustes com uma caneta para operação sensível a toque. Esse sistema já é uma tendência das compactas e, tecnicamente, é realizado por um circuito eletrônico, que faz a varredura da tela. A base é o nível de energia dos sensores ou condutores impressos nas camadas, quase invisíveis que compõem o elemento sensível ao toque. Quando você aperta uma certa região dessa película na tela, surge uma alteração da capacitância e um software embutido na câmera lê e transmite as informações como se fosse o clique do mouse. A tecnologia é muito usada, por exemplo, em quiosques multimídia para orientar o público em shopping centers e em caixas automáticos de bancos (ATM - Automatic Teller Machine). Graças à parceria da Panasonic com a Leica alemã, realizada há cerca de oito anos, a Lumix DMC FX500 vem com objetiva zoom Leica DC Vario-Elmarit, que vai de uma potente grande angular de 25 mm até uma meia tele de 125 mm (zoom óptico de 5 vezes), e com estabilizador Mega O.I.S, que compensa as tremulações das mãos para evitar o problema das fotos borradas. Esse sistema foi desenvolvido pela própria Panasonic, que pertence ao grupo industrial da Matsushita Electric, depois da junção com a Leica. As duas companhias passaram a se ajudar mutuamente, trocando in-

Divulgação

As fotos saíram razoavelmente boas em relação à definição e cores formes sobre lentes e componentes eletrônicos. Se você acompanha a evolução digital, vai notar que cada câmera da Leica tem uma correspondente na Panasonic. Não são exatamente gêmeas idênticas, mas a marca Leica praticamente procura garantir que seu equipamento seja comercializado por quase o triplo do preço da irmã japonesa menos famosa. O novo modelo possui a abertura máxima do diafragma de f/2,8, para uso na grande angular. Para

Lumix DMC FX500: compacta no tamanho, mas o preço é salgado, apesar dos recursos oferecidos.

uma compacta, os modos de velocidade de disparo entre 60 segundos e 1/2000 de seg. é coisa meio rara por conta dos sensores muito pequenos. Já a velocidade ISO é padrão, vai de ISO 100 a ISO 1600, e no modo HighISO Auto pode variar entre 1600 e 6400. Há um pequeno detalhe que o fotógrafo deve levar em conta: a definição das fotos cai muito com ISO muito alto. Para atenuar a situação, a Panasonic agregou o processador Vênus Engine IV, que diminui o ruí-

do de imagem, provocado principalmente em fotos noturnas (ou ISOs muito altos). Aperfeiçoou as cores, além de ter dispositivos que economizam a bateria e controlam o consumo da tela. A FX500 produz vídeo em High Definition, com resolução 1.280 x 720 pixels, e registra fotos no formato 16:9, imagens ideais para serem vistas em uma HDTV. Desempenho - Para conhecer a compacta, fotografamos uma festa no Círculo Italiano (SP), que apresentou uma homenagem a Oswaldo Sargentelli (1924-2002), radialista, apresentador de televisão e empresário da noite brasileira. Sua sobrinha, Sandra Sargentelli, fez um remake de suas "Mulatas". Algumas foram fotografadas com HighISO Auto, devido às baixas condições de luz, e saíram razoavelmente boas em relação à definição e cores. As melhores foram tiradas com a Seleção Inteligente de Cena automática para retrato noturno. A câmera teve bom desempenho no geral, e é indicada, sobretudo para quem não quer preocupações com exposições. O único escorregão da FX500 ocorreu ao se "embaralhar" quando a cor do fundo era a mesma da dançarina. Causou desfoque. Ana Maria Guariglia

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 Fernando Rodrigues/Hype

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

São esperadas pelo menos 50 mil assinaturas a favor da unificação do sistema de cartões

EMPRESÁRIOS FAZEM PRESSÃO POR MÁQUINA COMPARTILHADA Sindicato do comércio de papelaria lançou abaixo-assinado a favor do projeto de lei unificando máquinas de cartões de crédito e débito

Andrei Bonamin/Luz

Crescimento de uso de cartões em todos os tipos de comércio levou ao desenvolvimento da tecnologia Fotos: Divulgação

Fernando Rodrigues/Hype

Patrícia Büll

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ada vez mais empresas de comércio e serviços se unem para pressionar as administradoras de cartões de crédito e débito para que adotem a unificação dos sistemas de cobrança, o que geraria uma economia de 65% no custo do serviço. Durante a abertura da feira Escolar Paperbrasil (leia mais na pág. E4), ontem, o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa-SP) iniciou a campanha de apoio ao Projeto de Lei 677, do senador Adelmir Santana (DEMDF), que prevê a unificação dos sistemas. A ação foi iniciada com um abaixo-assinado dos empresários participantes do evento. "Encerrada a mostra, iremos atuar junto aos micros e pequenos empresários do setor que, só na cidade de São Paulo somam 4 mil empreendedores, para que eles levem os formulários para o próprio estabelecimento e tentem angariar assinaturas de comerciantes de sua região", disse A n t ô n i o M a rtins Nogueira, presidente do Simpa-SP. A expectativa é de obter de 50 mil a 100 mil assinaturas. A campanha vai durar 30 dias, após os quais a diretoria do sindicato deverá encaminhar as assinaturas ao Congresso Nacional e ao presidente do Banco Central Henrique Mei-

Chedid, da Visa: mobilidade.

Sistema Mobile Pay é pioneiro

BB e Visa: compra por celular.

Lojistas querem sistema único para cartões. É 65% mais econômico.

reles, pressionando para a imediata aprovação do projeto. "Com a economia que a unificação dos sistemas vai gerar, os lojistas poderão, por exemplo, investir em melhorias das papelarias e contratação de mais mão-de-obra." Estudo realizado pela Fecomercio-SP aponta que os comerciantes teriam uma

Cliente só precisa citar o número

economia de 65% nos gastos para o uso de cartões a partir da unificação dos sistemas de cobrança e a imposição de um limite de 2% sobre o valor de vendas repassado às administradoras. O teto faz parte do PL 3499/08, do deputado Talmir Rodrigues (PV-SP) em tramitação na Câmara dos Deputados. "Isso mostra o peso que essas cobranças têm para o pequeno empresário", disse Nogueira. Em média, as empresas de c a r t õ e s c obram taxa de ad mi ni st ração de 6%. Mas esse valor varia de a c o rd o c o m n e g o c ia ç õ e s feitas com o varejo, que levam em conta o porte e o setor em que o lojista atua.

C

lientes Ourocard Visa do Banco do Brasil (BB) já podem efetuar suas compras com cartões de crédito e débito pelo telefone celular de qualquer operadora. Em vez do número do cartão, o cliente só precisará indicar o do seu celular e confirmar a compra por meio de mensagem de texto que receberá pelo aparelho. Lançado ontem em São Paulo, primeira cidade da América Latina a receber a nova tecnologia, o Visa Mobile Pay será inicialmente aceito em estabelecimentos que trabalham com delivery, venda direta e porta-a-porta e pelos feirantes. De acordo com Eduardo Chedid, diretor executivo sênior da Visa, a intenção é oferecer mais uma forma de pagamento aos comerciantes que necessitam de mobilidade e segurança por não dispor de um terminal de cobrança. Agilidade e conveniência são as principais promessas dos parceiros no novo serviço.

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De acordo com Paulo Guzzo, diretor da Visanet Brasil, responsável pela implementação da ferramenta no País, foram necessários dois anos para o desenvolvimento da tecnologia. A captura da transação no estabelecimento poderá ser realizada por meio do site www.visanet.com.br ou pelo celular do estabelecimento, que terá uma aplicação específica previamente instalada pela Visanet. "Inicialmente, fizemos uma parceria com a operadora Claro, que vai ceder o celular para os estabelecimentos, sem nenhum custo adicional", garantiu Guzzo. As taxas de cobrança são as mesmas dos demais serviços já usados pelo comércio. Hoje, a taxa de administração de cartões varia de 2% a 6%, de acordo com o porte da empresa e o tipo de negócio. A taxa de utilização do serviço – cobrada em cada venda efetuada – também

varia segundo o tamanho da empresa. Os executivos que anunciaram o serviço não souberam precisar o percentual de cada uma. "Isso depende da negociação realizada entre a administradora e o estabelecimento filiado", disse Guzzo. Cadastro – O cliente Ourocard Visa deverá se cadastrar no internet banking (www.bb.com.br) uma única vez. "Depois disso, ao fazer o pedido de compra pelo telefone fixo, celular ou pessoalmente, só precisará informar o número da linha e o banco emissor", explicou Denilson Gonçalves Molina, gerente executivo de Cartões do BB. Assim que o pagamento for processado, o portador recebe uma mensagem de texto para confirmar o valor da compra, que será limitada a R$ 100 por dia. O BB possui 75 milhões de cartões Ourocard – 1 milhão de clientes já compram por celular. (PB)

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2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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COMÉRCIO

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O BRASIL NÃO É PROBLEMA, É FONTE DE SOLUÇÕES. MAS O URGENTE SE SOBREPÕE AO RELEVANTE.

ANÚNCIO SOCIAL OU ELEITORAL?

A

s eleições pedem cuidado redobrado dos agentes públicos para cumprir o disposto na Lei nº 9.504/97, que estabelece normas para as eleições. Devem ainda, observar as disposições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a propaganda eleitoral e as condutas vedadas em campanha eleitoral. No entanto, as leis que estabelecem restrições, caso da 9.504/97, devem ser analisadas de forma limitada por que só alcançam casos expressamente previstos no texto legal. A lei eleitoral é norma federal, cogente, de ordem pública, que não pode ser desrespeitada, nem pelo acordo entre as partes, sob pena de nulidade do ato praticado em sentido contrário. Ao dispor sobre as condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais, a referida lei estabeleceu uma série de restrições que devem ser observadas pelas autoridades públicas. Ora, por ausência de previsão constitucional anterior, que regulamentasse a publicidade da atuação do Poder Público, tornou-se generalizada a prática de grandiosas e complexas promoções pessoais de autoridades públicas, em especial dos próprios chefes do Poder Executivo, nas três esferas da Federação, realizadas às custas do Erário. E mesmo nas hipóteses em que a publicidade com caráter não obrigatório é permitida, ainda assim tal divulgação deverá, necessariamente, ter caráter educat i v o, i n f o r m a t i v o o u d e orientação social, não podendo em nenhuma hipótese ser desvirtuada desses parâmetros, sob pena de caracterizar-se o vício do desvio de finalidade, o qual conduz, como se sabe, à nulidade do ato e à responsabilização de quem o ordenou. De maneira que é o próprio texto constitucional que demarca, com nitidez, os limites a que está sujeito o agente público no que concerne à divulgação de seus atos ou obras, ou de seus serviços. A divulgação terá ca-

LUIZ OLIVEIRA RIOS

ESCRAVIDÃO FISCAL (4)

● Em ano eleitoral,

as autoridades públicas não podem divulgar na imprensa suas obras, serviços, atos ou campanhas.

ráter educativo, informativo ou misto e ainda poderá ser de orientação social quando seu objetivo for tão somente de conscientizar a população acerca de fatos e/ou valores relevantes para a comunidade, tais como a cidadania, as liberdades públicas, o direito de voto. Ressalta-se que o desrespeito aos requisitos constitucionais caracteriza ato de improbidade, legitimando o M i n i s t é r i o P ú b l i co, n o exercício da competência contemplada no art. 129, II e III, a exercer a fiscalização do cumprimento constitucional e a aplicação das sanções previstas, constitucional e legalmente, independentemente da utilização da ação popular para anulação do ato.

E

m suma, não pode o agente político divulgar, mediante publicação na imprensa suas obras, serviços, atos ou campanhas quando estas não tiverem caráter educativo, informativo ou de orientação social, nem de forma explícita, nem implicitamente, mediante subterfúgios ou eufemismos, como as aludidas “prestações de contas” ou “compras de espaço” para preenchimento posterior com notícias que, na verdade, visam o seu próprio benefício. Em outras palavras, é recomendável que o agente político haja de forma criteriosa e verdadeiramente excepcional, imprescindível à salvaguarda do interesse público, especialmente para se acautelar contra eventuais questionamentos do Tribunal Superior Eleitoral.

O silêncio dos candidatos

A

campanha dos candidatos à presidência dos Estados Unidos continua sendo a apoteose dos marqueteiros. Quem, senão eles, poderia transformar a convenção republicana em um espetáculo de outra natureza, mas não menos impressionante que o monumental espetáculo do senador Barack Hussein Obama? A quem ocorreria melhor solução para retirar do palanque os impopulares presidente Bush e vice Cheney? A solução encontrada é de gênio: primeiro, cria-se um furacão, que caprichosamente é dirigido para a Louisiana, passando bem perto de Nova Orleans. Desta vez, escaldado, e em benefício de McCain, o presidente Bush afasta-se de Minnesota e desloca-se para o Texas, aparecendo no centro de operações de emergência em Austin para acompanhar as ações de atendimento às vítimas do furacão. E, enquanto a imensa bandeira norte-americana tremula no descomunal telão, o candidato McCain aparece aos espectadores em meio aos voluntários, hands on, como dizem os americanos, ativamente participando das operações de evacuação dos moradores em Nova Orleans. Tudo isso é muito interessante e instrutivo. A tendência contemporânea de fazer de tudo – da política à religião – um espetáculo faz parte do show. A questão que nos interessa é outra: o que pensam os candidatos sobre a América Latina, e em especial sobre nosso país? Sim, a pergunta é essa, já que no mais provavelmente teremos mais do mesmo. No sistema americano, o Congresso é rei e a única coisa espetacular que um presidente pode fazer é iniciar uma guerra. E, mesmo assim, com o beneplácito do Congresso. No entanto, é possível introduzir na agenda temas novos que, se não são centrais, ainda assim podem ter importância. O Brasil pode ser um desses temas para a política externa americana e por essa razão me pergunto o que pensam a nosso respeito os candidatos a presidente americano. Sei que é cedo para fazer esse tipo de pergunta, mas sei também que se nenhum dos dois se manifestar agora, dificilmente se manifestarão depois de eleitos. O problema é que tudo o que temos até agora é o silêncio dos candidatos. Deveríamos ter mais atenção? É certo que teríamos muita atenção se fossemos um espírito de porco, como o gauleiter Chávez. Com o nosso tamanho, se fossemos como Morales e Correa estaríamos no centro das preocupações do Departamento de Estado norte-americano. Seria bom se os

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candidatos pensassem um pouco em nós. Pela graça de Deus e a tecnologia brasileira, em breve poderemos ser um fornecedor de petróleo mais confiável que a Venezuela. Se os candidatos pudessem refletir nos ganhos para os consumidores (eleitores) americanos de importar álcool do Brasil, todos ganhariam; os SUV continuariam a rodar impávidos pelas ruas e estradas americanas e os brasileiros estariam produzindo e vendendo uma energia renovável.

S

em agredir o meio ambiente. Se os candidatos usassem os deslocamentos aéreos para pensar no Sul, perceberiam que o Brasil quase viabilizou o marco de discussões da Rodada Doha da OMC. Estivemos muito próximo a fazê-lo, ao definir praticamente os grandes temas para o detalhamento da agenda a perseguir no futuro próximo. Porque, como os americanos, acreditamos que é do nosso maior interesse um sistema multilateral de comércio, onde impere o Estado de Direito nas relações comerciais e de serviços internacionais. Como os americanos. Finalmente, os candidatos, durante o serviço religioso de domingo, ao dar graças ao Senhor por tudo de bom que receberam, individualmente e por seu país, deveriam lembrar que o Brasil não é fonte de problemas, mas de soluções. Somos nós que estamos, não de agora, mas de sempre, liderando os vizinhos em busca de soluções consensuais para os problemas deles, como estamos atualmente fazendo no Haiti, em missão de paz, com mandato da ONU. Tudo isso seria bom, mas é compreensível que por ora os candidatos estejam voltados exclusivamente a ganhar a eleição. E assim vão se perdendo as oportunidades no nosso caso, em outros temas igualmente importantes -, porque sempre o urgente se sobrepõe ao relevante.

MILTON FLÁVIO

D

Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio

da agenda de política externa da campanha norte-americana. Mas não é. O que pensam os dois candidatos sobre a América Latina, e em especial sobre nosso país? Por Roberto Fendt

Lula pode?

ROSELY LEMOS, ADVOGADA DO FERREIRA NETTO ADVOGADOS

Presidente Alencar Burti

● O Brasil poderia ser um dos temas

epois de muitas idas e vindas, insinuações e desmentidos, o presidente Lula, confirmando o que a imprensa anunciava desde o início de julho, entra de forma mais decisiva e pessoal na campanha dos candidatos do PT, nas cidades de maior importância eleitoral, sobretudo em São Paulo. Muito se questiona sobre a participação do presidente da República em campanhas de âmbito municipal, mesmo em horários que habitualmente não estão reservados para as atividades burocráticas nas repartições públicas. Como os chefes do executivo disputam a reeleição permanecendo no exercício efetivo do mandato, justificara o fato com o argumento de que faz ou fará campanha apenas em horários de almoço, após o expediente e nos fins de semana. A pergunta que não cala e dificilmente poderá ser respondida é se em algum período ou horário esses políticos, que ocupam cargos tão relevantes para a vida do cidadão comum, se desobrigam de cuidar dos assuntos que mais interessam à população. Onde está escrito que das 12 às 14 horas, depois das 18 horas e/ou nos fins

de semana ele está liberado de suas funções administrativas e pode dedicar-se, sem culpa e integralmente, aos seus interesses pessoais e/ou partidários? Isto se torna particularmente dramático e mais grave quando se trata da figura do presidente da República. Além da complexidade dos problemas e responsabilidades que lhe estão afetos, ao fazer a campanha para candidatos ● Deslembrado dos

discursos que fazia quando era oposição, Lula usa e abusa do cargo para impor um tom de campanha às suas falas. do seu partido e aliados em cidades importantes de estados, muitas vezes longínquos, se afasta por tempo prolongado do exercício da Presidência. Muitos dirão que no passado outros se comportaram da mesma forma. Eu relembraria que nestas ocasiões foram muito criticados pelos petistas. O PT, na época, regurgitava seu pseudo-ódio às praticas abusivas do poder, inclusive

com ações que tramitaram na Justiça com pedidos de cassação de candidaturas e ressarcimento dos cofres públicos. Hoje, deslembrado destes discursos e de outros princípios e escrúpulos, o presidente Lula usa e abusa de seu cargo para, mesmo em cerimônias oficiais, impor um tom de campanha às suas falas. Desafia impunemente, mais do que adversários, as leis eleitorais, e manda às favas a ética na política. Mais, Lula usa o momento atual, para testar, treinar e dar experiência a sua ministra Dilma que, com sorte, divide com ele a paternidade do PAC. Enquanto isso o STF autoriza a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do agora licenciado secretário de Assuntos Institucionais do PT, Romênio Pereira, flagrado em conversas suspeitas com empresários e lobistas. Nenhuma novidade. Em campanha, Lula provavelmente se repetirá, dizendo que nada sabe porque ninguém nunca lhe contou. Terá, quem sabe, uma nova desculpa: estava fazendo a campanha dos cumpanheros. Afinal, como sempre e por enquanto, o Lula pode. Pode? MILTON FLÁVIO FOI DEPUTADO ESTADUAL-PSDB

V

imos anteriormente que a morte de Tiradentes não encerrou o desassossego dos brasileiros de boa vontade, corajosos, que combatiam os desmandos da Coroa Portuguesa. Sob a liderança de Cipriano Barata, a Inconfidência Baiana, ou Conjuração dos Alfaiates, lutava para abolir a escravidão negra (outro cancro que maculou o Brasil) e – vejam bem – melhorar o salário dos soldados! (não custa repetir: desde aquele tempo os policiais já ganhavam mal). Os movimentos sociais, quando isentos do proselitismo político envenenador, podem ser temporariamente abafados pela força tirânica de governos déspotas (e não devemos nos esquecer de que o despotismo pode também possuir verniz democrático), mas vão eclodindo aqui e ali, até porque, bem no íntimo de cada homem, independentemente de seu credo religioso, existe o discernimento do que é justo e de que a vida somente tem sentido quando todos vivem sob a égide da igualdade gerada pelas oportunidades garantidas pelo Estado de Direito. ● As revoltas

do Século 19 no Brasil tinham algo em comum: combater os impostos tirânicos. A Revolta de Vila Rica, a Inconfidência Mineira, a Co n j u ra ç ã o Baiana, a Revolução Pernambucana e outros movimentos menos famosos – talvez meros anseios - enfim, todos tinham algo em comum: combater os impostos tirânicos. Aliado aos impostos impagáveis, o Estado português manteve um regime de terror, agindo como se os governantes fossem demiurgos, donos inclusive da própria natureza. Eles determinavam onde e quando se podia fazer a prospecção de diamantes, sob quais condições, tudo calculado para servir de base tributária do imposto a ser pago.

G

rosso modo, o que o governo atual faz no Brasil? O faturamento das empresas é tributado – e qualquer primeiranista de Administração sabe que faturamento não é lucro, assim como salário não é renda! A Coroa Portuguesa tinha ojeriza de fazer cortes nos gastos próprios para ajustar-se à realidade econômica da sua época; hoje, o governo brasileiro possui comportamento similar: que medidas o governo tomou, ele próprio, para equilibrar seus próprios gastos e deixar a nação respirar? Nenhuma. Mesmo com o dinheiro saindo "pelo ladrão" (às vezes literalmente!) dos cofres públicos, o governo quer cobrar mais impostos, seja aumentando as alíquotas dos já existentes, seja criando novos tributos. A carga tributária brasileira impede o povo do Brasil de ser mais empreendedor e crescer de maneira sustentável através do trabalho gerador de riquezas e simultaneamente erradicador dos bolsões de pobreza(que nenhum programa de cesta-básica resolverá). (continua) LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Nacional Finanças Empresas Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

COMÉRCIO ESPERA AUMENTO DE 12% NAS VENDAS

Vestidos longos e soltos fazem parte da coleção primaveraverão da C&A

PEÇAS COLORIDAS, COM MUITAS ESTAMPAS, XADREZES E BRILHOS, JÁ ESTÃO NAS VITRINES DAS REDES.

Moda primavera-verão chega às lojas Divulgação

Fotos: Mario Miranda/Luz

Vanessa Rosal

F

As roupas femininas da C&A: para mulheres elegantes e sensuais.

Muito rosa e vestidos soltinhos, tendências para a moda deste verão.

Importações e impostos prejudicam a produção

A

lém das importações em grandes volumes, a alta carga tributária e o peso dos encargos trabalhistas prejudicaram a indústria brasileira de roupas neste ano. O setor, que apresentava superávit de US$ 500 milhões em 2006, deverá fechar 2008 com déficit de US$ 1,5 bilhão. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção e de Vestuário (Sindivestuário), Ronald Masijah, o resultado, caso se concretize, será o pior de toda a história. "Bateremos um triste recorde." As estatísticas são desanimadoras. Em 1994, por exemplo, o setor empregava 2 milhões de trabalhadores em 34 mil empresas, com faturamento aproximado de US$ 40 milhões. Hoje, o número de empregos caiu para 1,1 milhão em

20 mil empresas, com receita em torno de US$ 18 milhões. "A inflação acumulada no período foi de 192,3%, enquanto o reajuste nos preços dos produtos foi de apenas 16,8%. Esse foi um dos setores que influenciou negativamente o faturamento do setor, um dos principais fatores da crise", diz Masijah. Segundo ele, o nível de emprego deve registrar nova queda neste ano, de 7%. Os grandes fabricantes são os que mais sofrem com a concorrência dos produtos asiáticos e com a carga tributária. Para driblar a crise, muitos deles terceirizam o serviço ou se unem a outros para dividir os custos dos tributos. "Esse valor chega a 42% do preço final das peças. É um absurdo. Impossível sobreviver em um mercado assim", afirma o presidente do Sindivestuário. (VR)

A padronização ainda longe de consenso Kelly Ferreira

A

norma 13.377, da Associação Brasileira de N o r m a s Té c n i c a s (ABNT), que estabelece padrões de medidas para roupas femininas, masculinas e infanto-juvenis, promete dar muito "pano pra manga". De um lado, a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) aposta na transformação da norma em lei em dois anos. Por outro, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção e de Vestuário (Sindivestuário) é contra a padronização. Segundo o presidente da Abravest, Roberto Chadad, os produtores foram comunicados quanto às mudanças no número de roupas, centímetro a centímetro. "Cerca de 60% das fábricas estão cumprindo a norma. Por enquanto, não é obrigatório, mas acredito que, em no máximo dois anos, os outros 40% irão aderir, e a padronização será transformada em lei", disse. A certeza de Chadad é tanta que, desde o ano passado, a entidade realiza um bazar de roupas fora de padrão. "Em dois meses, novembro e dezembro, vendemos cerca de 50 mil peças. Neste ano, estamos fazendo o segundo bazar desde julho. A expectativa é ultrapassar as vendas do fim de 2007. Com a desova dos estoques, fica mais fácil se adequar

à norma ABNT", disse. Para o Sindivestuário, a padronização de medidas vai interferir no estilo das roupas, no diferencial de cada marca. "O setor de vestuário segue e cumpre as normas e não a padronização. Se assim não fosse, as pessoas sairiam às ruas como 'soldadinhos-de-chumbo', todas uniformizadas. É um absurdo, todos andariam com calças, camisas, vestidos, iguais", disse o empresário e presidente do Sindivestário, Ronald Masijah, sobre a obrigatoriedade de padronização das medidas. A técnica em legislação do Sindivestuário, Maria Thereza Pugliesi, defende a não-padronização. Ela alega que não existem máquinas adequadas, do tipo body scanner, para colher as medidas no Brasil. "Além disso, se fossem 'medir' o brasileiro para produzir roupas padronizadas não haveria nenhum consenso devido às diferenças consideráveis entre os biotipos existentes nas diferentes regiões do País. Seriam necessários pelo menos entre 100 e 150 scanners para todos os estados. Afinal, cada marca tem seu estilo: cintura alta, baixa, larga; pernas alongadas, outras mais curtas; infantil normal ou com estilo de juvenil. Há uma infinidade de medidas, cortes, acabamentos, designs e não seria lógico acabar com isso para impor a padronização", disse.

oi dada a largada para as vendas da moda primavera-verão nas grandes redes varejistas. Peças coloridas, com flores, estampas, xadrezes e muito brilho já enfeitam as vitrines das lojas em shoppings e ruas comerciais da cidade. De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim), Sylvio Mandel, a expectativa é de as vendas das novas coleções aumentarem 12% em relação a 2007. O segundo semestre é o período mais comemorado pelas empresas do setor, segundo ele. "No verão, a produção é bem maior, já que 100% dos casacos de inverno são importados da China e dos Emirados Árabes." Das cerca de 6 bilhões de peças confeccionadas no Brasil, 5,2 bilhões são da moda primavera-verão. Apesar do aumento de 7% na produção de roupas neste ano em relação a 2007, a rentabilidade do setor não chegou a 3%, segundo o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad, . "De novo, fomos obrigados a baixar o preço por causa dos chineses. Ainda bem que chegou o calor, período no qual as vendas aumentam". As grandes redes comemoram a proximidade dos dias mais quentes do ano. A Marisa, por exemplo, investiu em um roteiro ousado de propa-

Na Marisa, lingeries clássicas, com peças sensuais em renda, nas cores branca, vermelha e preta.

ganda. O novo filme, "Enterro", leva o ator Wagner Moura até um cemitério para sepultar as roupas de inverno e celebrar o nascimento da nova coleção. O calor chega às vitrines com vestidos floridos, muito corde-rosa, batas xadrezes, blusas mais soltas e lingeries clássicas, em peças rendadas nas cores branca, preta e vermelha. A previsão da Renner para a próxima temporada é de tardes floridas e noites muito quentes. O verão chega muito rico em cores e estampas, vibrante como o estilo da estação. Dos tons pastéis ao néon, dos florais liberty (flores pequenas) às maxiflowers (flores grandes), há opções de visuais para agradar a todas as idades. Vestidos curtos, longos, largos, justos, lisos e estampados são algumas das opções disponíveis nas 102 lojas da rede em todo o Brasil.

Coleção masculina da C&A

Dos anos 1970, vêm as calças pantalonas, batas, franjas, e muita referência indiana, como mostraram os desfiles da última São Paulo Fashion Week. A Renner traz ainda de volta os anos 1960, em uma releitura divertida em peças como shorti-

nhos, minissaias, vestidinhos, tops e calças, inspiradas na irreverência do néon. A C&A também preparou coleções coloridas para suas marcas. Criada para mulheres que enfrentam o dia-a-dia das grandes metrópoles, sem perder a elegância e a sensualidade, as peças da grife Yessica City foram buscar inspiração nas tribos primitivas e em elementos naturais. A cartela de cores mescla tons vibrantes, como limão e tangerina, com neutros, como o areia e o verde militar. A marca Clock House se inspirou no movimento hippie, do final dos anos 1970, e no dancing days. Vestidos longos com estampas florais e batas são as principais apostas da marca . A cartela de cores mescla tons de turquesa, rosa-chiclete, laranja, verde e branco, para criar desenhos psicodélicos e misturas harmoniosas.


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Ambiente Educação Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

OCUPAÇÃO VAI REVITALIZAR O CENTRO

Obras para adaptação do prédio do antigo hotel estão estimadas em de R$ 14 milhões.

Até novembro, novos hóspedes no Hilton Rebatizado de MMDC, prédio do antigo hotel, na avenida Ipiranga, está sendo reformado para abrigar gabinetes dos desembargadores do Tribunal de Justiça Rubens Marujo

Fotos de Mario Miranda/Luz

U

ma boa notícia para quem defende o processo de revitalização do Centro: até meados de novembro, parte do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) estará funcionando no edifício de número 135 da avenida Ipiranga onde, há cinco anos, funcionava o antigo Hilton Hotel. Rebatizado com o nome de MMDC, sigla que identifica o Movimento Constitucionalista de 1932, o prédio vai abrigar 119 gabinetes dos desembargadores da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça e parte da Secretaria Estadual de Administração e Secretaria de Orçamento e Finanças. Quem passa pela avenida Ipiranga já percebe as mudanças significativas que foram feitas até agora na região: a avenida ganhou mais uma faixa, para uso exclusivo dos ônibus, e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) promoveu algumas alterações viárias na área, para melhorar o tráfego de veículos. O contrato de locação foi assinado pela antiga gestão do Tribunal de Justiça, em julho do ano passado. Como o imóvel necessitava de algumas alterações na planta, de modo a As obras não adaptá-lo às ficaram reais conforme necessidades estavam previstas e dos novos foram ocupantes, paralisadas de ele está janeiro a abril passando por deste ano. reformas José Câmara Jr., para abrigar juiz os gabinetes dos magistrados. Os custos da reforma, estimados em cerca de R$ 14 milhões, estão sendo pagos pelo próprio dono do imóvel (pertencente a um grupo estrangeiro), conforme explica o juiz-assessor da presidência do TJ, José Maria Câmara Júnior. "Isso ocorreu porque as obras não ficaram conforme estavam previstas e foram paralisadas de janeiro a abril deste ano. Em vez de pagar o aluguel, o locador ficou responsável pelas obras", explicou Câmara Júnior. O atual prédio do Tribunal de Justiça, que possui 75 anos de idade e que fica na praça da Sé, será utilizado apenas para julgamentos. O juiz Paulo Galízia, também assessor da presidência do Tribunal, explicou que os 119 gabinetes de desembargadores sairão da avenida Paulista, na região central, e passarão para a avenida Ipiranga. Também deixarão a praça da Sé os cartórios que ocupavam quatro andares e provocavam a circulação diária de 5 mil pessoas, interessadas em verificar o andamento dos processos. "Como se vê, o Tribunal de Justiça de São Paulo está sendo usado de forma inadequada", lembra o juiz. Ele também explicou que já está sendo discutida a necessidade de conseguir outro prédio para reunir os cartórios de segundo grau e desocupar, assim, parte do Fórum João Mendes, na praça João Mendes, que também está funcionando de forma inadequada.

Ocupação do imóvel vai ajudar no processo de revitalização do Centro da cidade Paulo Pampolin/Digna Imagem - 20/04/2005

Prédio do Hilton, na avenida Ipiranga: antigos quartos serão transformados em gabinetes

Palácio da Justiça, na praça da Sé, será utilizado apenas para os julgamentos dos processos

Em discussão, a nova São Paulo-Rio Governadores discutem construção de uma nova estrada para ligar as duas capitais, que seria continuação da Rodovia Carvalho Pinto

E

m cerca de dois anos estará pronto o projeto que vai viabilizar a construção de uma nova rodovia ligando o Rio a São Paulo. A nova estrada, que teria cerca de 135 quilômetros do lado fluminense e 135 do paulista, custaria cerca de R$ 3,1 bilhões. Ela começaria na Rodovia Carvalho Pinto, em São Paulo, e continuaria com um traçado paralelo ao da Via Dutra. Após uma conversa entre os governadores José Serra e Sérgio Cabral, a idéia está sendo estudada pelo vice-governador fluminense Luiz Fernando Pezão, que também é secretário de Obras, e pelo secretário estadual de Transportes de São Paulo, Mauro Arce. "Liguei para o Sérgio Cabral na semana passada para sugerir que a gente estudasse a viabilidade de fazer uma outra ligação São Paulo-Rio, aproveitando a Ayrton Senna. Mediante mecanismos de concessão, é possível arrecadar recursos que financiariam, pelo menos parcialmente, a obra. Isso está sendo estudado", afirmou Serra. "É algo que em dois anos poderia estar viabilizado", completou. De acordo com a concessionária da Via Dutra, a NovaDutra, de março de 1996 a dezembro de 2007 foram injetados na rodovia, em valores atuais, R$ 5,6 bilhões, dos quais R$ 2,095 bilhões em obras e equipamentos e R$ 2,8 bilhões em operações e manutenção. Segundo o secretário paulista de Transportes, há mais de 30 anos já se reconhece a necessidade de uma nova rodovia. "Não conheço a demanda. Diria que, para nós, já está na hora de chegar até Aparecida e daí para frente", disse. Trem-bala – A idéia da nova estrada, garantiu Serra, não compete com a construção do trem-bala entre as duas capitais. O projeto segue em estu-

Lucas Lacaz Ruiz/AE - 24/03/2008

do e, segundo o secretário estadual de Transportes do Rio, Júlio Lopes, vai de vento em popa. "Esta semana entreguei o projeto ao BNDES, orçado em aproximadamente R$ 20 bilhões. Acredito fortemente em sua viabilidade" disse Lopes. Um consórcio japonês já apresentou proposta para desenvolver o trem-bala, mas ainda são aguardados grupos coreanos, franceses e alemães. Em outubro, será apresentada a versão final do estudo de viabilidade. A licitação para as obras deve ser realizada no início de 2009. "O trem-bala é outra coisa. É algo rápido, que não vai ficar parando em cada cidade. A estrada é sempre regional, pára em cada cidade. E a experiência mostra: a Dutra já está superlotada no trecho que não tem a Ayrton Senna. E se a gente pensar no número de anos que demora para ter essa estrada nova, para ter trem-bala etc. é perfeitamente adequado se imaginar essa espécie de duplicação da Dutra até o Rio", afirmou Serra. A proposta é considerada "bem-vinda" pelo seu colega do Rio, Sérgio Cabral. (Agências)

Rodovia Presidente Dutra: nova estrada desafogaria a principal ligação entre o Rio de Janeiro e São Paulo


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

QUEM ESTÁ NO JOGO DA ARAPONGAGEM NAMORA O PERIGO. NÃO HÁ GESTO GRATUITO NESTE PANTANAL.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Fotos: Reuters

Novo tango em Paris Aos tapas e beijos, a Argentina encerra sua discussão com os membros do Clube de Paris, condição para voltar ao mercado internacional de crédito.

ENTRE O LOBO E O CÃO

O

Por Rodrigo Lara, da AméricaEconomia

dançarinos disputam a sexta edição do campeonato Tango Dance World, em Buenos Aires.

● Faça seu comentário direto no site do DC ● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

O

Clube de Paris é uma associação muito especial. Não tem sede (e, portanto, nem restaurante nem serviço de bar). Não dispõe de pessoal jurídico. E nenhuma de suas duas categorias de sócios está muito contente de pertencer a ele. É o que se pode chamar de clube informal. Sua finalidade é cobrar as dívidas bilaterais que os países pobres, ou "empobrecidos", algum dia deixaram de pagar aos 19 membros credores. Por isso tornou-se uma das organizações informais mais poderosas do planeta. Para entender sua natureza, ao mesmo tempo prática e esquiva, costuma-se repetir a citação de um ex-funcionário seu: “Ele não é uma instituição, é uma não-instituição. Não tem nem estatutos nem manual. Mas tem regras não-escritas”. O desejo da Argentina era precisamente desobedecer uma delas. Mas como há resistência de alguns dos sócios, a negociação pelo pagamento de US$ 6,2 bilhões parece uma relação de amor e ódio, com gentilezas se alternando com pisões. As sutilezas e as portas na cara resultaram num nó górdio. Para se acertar com o Clube, este pede que a Argentina honre uma regra de “condicionalidade”, que consiste em que o país credor condiciona o ato de aceitar a reestruturação da dívida do devedor a um ajuste ou uma revisão de sua economia por parte do FMI. As autoridades argentinas disseram que jamais aceitarão isso. Argumentam que Angola, Cuba, Indonésia e Iraque foram dispensados de cumpri-la. O Clube responde que Angola e Iraque estavam em guerra ao renegociar, que Cuba não era membro do FMI e que a situação da Indonésia era totalmente diferente, pois acabara de ser atingida por um tsunami arrasador.

E a Argentina? “O governo argentino demonizou o FMI junto à opinião pública, mas fez um grande esforço para pagar a dívida que tinha com ele, ao mesmo tempo em que dizia aos argentinos que as políticas do Fundo são ruins para a nação”, diz Joydeep Mukherji, chefe de classificação soberana da Standard & Poor’s. Assim, “seria muito difícil para ele dar um passo atrás e dizer às pessoas que o país tem um novo acordo com o FMI”.

S

ob outra ótica, a economista argentina e diretora da Consultora CERX Victoria Giarrizo levanta dúvidas sobre se o governo não gosta de ser o menino mau "que busca mostrar que há outras formas de fazer as coisas”, e, portanto, acertar as coisas com o Clube de Paris não poderia estar entre suas prioridades. Mesmo que, “se negociasse com o Clube e tivesse mais credibilidade”. Para Victoria, também não se pode descartar o fato de que o atual conflito com os produtores agropecuários “consome muitos recursos humanos” do governo. Além disso, “a situação fiscal é apertada”. Cristina Kirchner está sob pressão internacional para que saia do default com os hold outs (proprietários de bônus que não entraram na renegociação da dívida) e com o Clube de Paris, mas “não o fará se isso complicar seu caixa”.

O

desencontro é também efeito de profecias auto-cumpridas. Governos como o japonês e o italiano não querem que a Argentina receba mais nenhum favor que a faça sentir-se diferente, por ter declarado default e ter saído relativamente incólume. Muitos traders que perderam dinheiro e prestígio com a suspensão dos pagamentos esperam

que um novo desastre confirme sua visão do país como incorrigível. “No interior da Argentina se diz que quem se queima com empanada sopra até melancia”, comenta o analista político Roberto Bacman, para quem o governo sabe que o selo de condenação “não desaparecerá com o simples fato de pagar o Clube de Paris”. Pague ou não, “muitos investidores já não querem nada com a Argentina”. Se é assim, então, por que pressa em consertar as coisas com o Clube? “Porque não temos financiamento barato que poderíamos ter para certos investimentos por parte dos países-membros”, responde Aldo Abram, da consultoria Exante. De fato, estar no azul com o Clube poderia fazer uma diferença importante agora que acabou “a época do dinheiro internacional fácil, que durou até meados do ano passado, em que se investia em qualquer lugar”, diz. Segundo Abram, a abundância de capitais levou a que “acreditássemos que não havia um custo de credibilidade por deixar de pagar alguém, mas há”. A prova é que, sobre a Argentina, “a curva de percepção de risco no curto prazo hoje é alta, mas no longo prazo é muito, muito alta”. Francisco Larios, economista-chefe para mercados emergentes da Decisión Economics, pensa na mesma linha: “Neste momento, cons e g u i r f i n a n c i amento não é um assunto de vida ou morte para a Argentina”; não obstante, “o cenário de risco está aumentando no mundo e o país deveria aproveitar as

atuais circunstâncias para melhorar sua relação com os mercados internacionais”. Mukherji, da Standard & Poor’s, também identifica a necessidade de se preparar para futuros temporais. “Há algumas semanas designamos um negative outlook para a classificação da dívida argentina”, afirma, porque “nos pareceu que há um perigo maior, devido às expectativas de maior inflação e de maior volatilidade econômica”.

A

bram, como outros economistas críticos do governo, garante que existe um elemento extra que pode complicar tudo: a brecha entre a inflação oficial e a real. A diferença faz com que os bônus da dívida emitidos, que são ajustados por um índice relacionado à inflação, o CER, rendam menos. “É um default. Estamos promovendo uma nova tapeação”, diz indignado. Victoria Giarrizo vê essa situação como o equivalente à de um malabarista que começa a equilibrar muitos pratos no ar... que estão interconectados: Clube de Paris, hold outs, necessidade de investimentos em energia e infra-estrutura. “Se o governo confessasse a inflação, teria de pagar um montão a mais pelos bônus ajustados pelo CER”, afirma. E não sobraria dinheiro para pagar o Clube.

Cristina Kirchner (acima) tenta acertar o passo com os credores dos bônus - que não entraram na renegociação da dívida - e com os credores do Clube de Paris. Mesmo pagando a dívida, muitos investidores temem dançar outra vez na Argentina.

(C) AMERICA ECONOMIA

AFP

● Duplas de

s tempos, naturalmente, são outros. Distintas t a m b é m s ã o a s c i rcunstâncias nas quais as duas histórias se desenvolveram, distantes mais de 30 anos uma e mais de 20 anos a segunda. Porém, neste momento em que o Brasil assiste à quase rotina de grampos ilegais originadas nas tocas do Estado, é bom relembrá-las, para que os homens do poder vejam que as primeiras e maiores vítimas das arruaças institucionais podem ser eles mesmos e não se rendam a tentação de apropriar-se da ocasião ou depositar o lixo debaixo de algum tapete. O episódio da arapongagem nas conversas do presidente do Supremo Tribunal Federal, de parlamentares, e de gente até da cozinha da República, mesmo que as "rigorosas" investigações instaladas venham a determinar que não partiram da Abin ou de alguns agentes desgarrados, tem ingredientes demais para mostrar, como disse o grampeado ministro Gilmar Mendes, que há um "descontrole do aparelho estatal". Há algo de podre no reino secreto do Planalto que, se não for contido, atingirá a autoridade presidencial. Não é momento para tergiversações, para os tais "rigorosos inquéritos" que não levam a nada, criados para dar em "rigorosamente" coisa nenhuma e menos ainda para as velhas teorias conspiratórias de aloprados ou infiltrados, explicações cunhadas em Brasília para a mala de dinheiro que desembarcou em São Paulo para influir na eleição estadual e para a montagem do dossiê-chantagem com os gastos do casal FHC na Presidência.

E

ste jogo não é de amadores, como o próprio Palácio admitiu levantar a suposição que pode ter sido trabalho de "velhos agentes" de informação insatisfeitos com se sabe lá o que: com os seus chefes, com os seus ganhos, com a situação, ou coisas tais. Seja o que for, há uma contestação às autoridades legais, uma anarquia num setor sensível, estratégico e capaz de provocar tsunamis se fugir das rédeas. Sem contar a agressão ao Estado Democrático de Direito. A que propósitos, com que interesses, para atingir quem? Não há gestos gratuitos neste pantanal. Nos anos 70, o então presidente general Ernesto Geisel, armado com uma autoridade incontrastável em seu meio e tendo o AI-5 na ponta do rebenque, enfrentou uma contestação dessas contra seu projeto de abertura lenta e gradual do regime. Ficou quase de joelhos com os assassinatos nos porões paulistas do mundo da informação (ou inteligência!!!) do jornalista Vladmir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho. Teve de demitir sumariamente o comandante do Exército em São Paulo depois da morte de Vlado e Fiel, mas somente recupe-

● O lobo muda

de pele, suaviza a voz, mas é sempre lobo. Geisel e Figueiredo são exemplos de como Lula deve e não deve agir agora.

rou o controle do processo dois anos depois, quando demitiu também sumariamente - o ministro do Exército, general Sylvio Frota. Parte do seu projeto político, administrativo e mesmo econômico, entretanto, ficou perdido no caminho, por causa desses conflitos. Lula, crítico dele no passado, hoje o considera um estadista.

N

o outro extremo, o general João Batista Figueiredo, escolhido a dedo por Geisel para sucedê-lo, o bonachão que pretendia passar à História como o presidente que restaurou a democracia no País, tropeçou nas bombas do Riocentro e nunca mais se reergueu. Preferiu abraçar-se à bandeira do SNI, com um inquérito que bisonhamente concluía que o artefato que explodiu no colo de um militar do Exército era cria de alguma organização de esquerda, e acabou seu governo pedindo para ser esquecido e saindo do Palácio do Planalto pela porta dos fundos. Um desastre políticoeconômico que o revisionismo petista - até agora, pelo menos - não conseguiu transformar em coisa de estadista. Naquelas ocasiões, a ameaçada era a democracia. Geisel tinha a força, mas usou poderes discricionários para fazer avançar a Aber tura. Figueiredo sonhou em um momento em protelar o desfecho do processo, porém não teve amparo, mesmo com o SNI a seu lado, porque o regime se deteriora. Perdeu apenas a autoridade, o que não foi pouco.

N

ão que haja aqui, nesse momento, nem de longe, ameaça ao regime democrático. Mas que há, porém, insatisfações e propósitos continuístas, não há dúvidas. Causar confusões no crepúsculo, estar entre o lobo e o cão, serve aos dois. Quem está jogando este jogo, está namorando o perigo e pode ser o primeiro engolfado. O lobo muda de pele, suaviza a voz, mas é sempre lobo. Geisel e Figueiredo são dois exemplos de modos diferentes de agir quando a comunidade se assanha. É pegar ou largar. Vale encerrar repetindo a pergunta lá de cima: a quem aproveita? JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

AFP

Logo Logo

O Victoria and Albert Museum, da Grã-Bretanha, comprou em um leilão nos EUA a logomarca "Lábios e Língua" usada pelos Rolling Stones desde os anos 70. O valor da obra, vendida pelo criador John Pasche: US$ 92,5 mil.

www.dcomercio.com.br/logo/

SET EMBRO

10 - LOGO

3 Dia do Biólogo

C OMPORTAMENTO C INEMA 1

B RAZIL COM Z

Campeões de otimismo

Alberto Pizzoli/AFP

Estudo aponta que jovens brasileiros são os mais otimistas sobre futuro

O

Brasil é o país em que os jovens têm mais esperança no futuro. A conclusão é do Instituto Gallup World Poll, que pesquisou o chamado "índice de felicidade presente e futuro" em 132 países. A pesquisa foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com o estudo, apesar de viver em um país que ocupa a 52ª posição em renda per capita no mundo, o brasileiro de 15 e 29 anos é o jovem mais otimista quando pensa em sua vida daqui a cinco anos. Os brasilei-

Alessandra Negrini, protagonista de 'A Erva do Rato', novo filme de Julio Bressane, ontem, no Festival de Veneza. O filme é inspirado em dois contos do escritor brasileiro Machado de Assis: 'Um esqueleto' e 'A causa secreta'.

ros jovens lideram o ranking do otimismo, seguidos pelos norte-americanos, venezuelanos, franceses, dinamarqueses e canadenses. Os jovens foram perguntados como classificavam sua expectativa em relação ao futuro em uma escala de zero a 10. A média dos jovens brasileiros ficou em 9,29. Na população até 80 anos, os brasileiros também estão em primeiro lugar em otimismo, com uma média de 8,29 na escala da pesquisa. O pesquisador da FGV, Marcelo Néri, ressalta que o otimismo pode ser resultado do cres-

cimento da renda dos jovens, que, segundo ele, é conseqüência direta de sua maior presença no mercado de trabalho e também do aumento da escolaridade. Entusiasmado com os dados que mostram a evolução dos jovens no estudo e no trabalho, o pesquisador criticou o tratamento dado pela sociedade às pessoas dessa faixa etária. "Tratamos o jovem como problema quando ele é parte da solução. Agora, que superamos o desemprego, o momento é de qualificar estas pessoas para combater o apagão da mão-de-obra". (AE)

Futebol, caixinha de fraudes A publicação alemã Der Spiegel publicou ontem uma entrevista com o jornalista canadense Declan Hill que revelou uma máfia de apostas no futebol. Hill tem evidências de que o resultado da partida das oitavas-de-final Brasil 3 x Gana 0, na Copa do Mundo de 2006, foi manipulado. Ele revela o responsável: um chinês, cujo nome ele mantém em sigilo, que manipula jogos há 15 anos e que teria feito um acordo com Gana. "Passes ruins, defesa descuidada, a equipe levando três gols estúpidos", diz ele, foi tudo resultado do acordo. Cada jogador de Gana teria recebido US$ 30 mil do tal "manipulador".

VIDA LONGA - Mulher hindu pinta a palma da mão com henna durante o festival Teej, em Allahabad, na Índia. Com as pinturas, as mulheres pedem às divindades vida longa para seus maridos.

C INEMA 2

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

No estado de São Paulo, número de motoristas cresce em ritmo mais rápido do que a população Ronaldo treinará a partir de amanhã no Flamengo para a recuperação de nova cirurgia no joelho

www.leski.com.au

A TÉ LOGO

E M

norte-americana que foi convidado a ir ao set depois de Monroe ter visitado sua base em San Diego. Com a morte do oficial, o filme, ainda em sua caixa Kodak original, foi dado a sua filha, que vive em Melbourne, Austrália e decidiu colocá-lo à venda, achando que talvez tenha significado para o mundo do cinema. O lote composto pelo filme original, uma cópia em CD e outra em DVD, além dos direitos plenos de comercialização das cenas tem valor estimado entre US$ 17 mil e US$ 25,5 mil.

Um filme amador da legendária atriz de Hollywood Marilyn Monroe, feito no set de Quanto Mais Quente Melhor, foi descoberto na Austrália, quase 50 anos depois de rodado, e será leiloado pela casa Charles Leski. O filme, em cores e rodado em 8mm, tem cerca de 2,5 minutos de duração mostra Marilyn e o ator Tony Curtis antes da filmagem de uma cena na praia em que a atriz brinca com uma bola para chamar a atenção do ator. As imagens, que também mostram o diretor Billy Wilder, foram feitas no início de 1959 por um oficial da Marinha

Jitendra Prakash/Reuters

Marilyn Monroe em cenas inéditas

Para Embrapa, 7% do Bioma Amazônia é passível de ocupação econômica industrial ou agrícola

C A R T A Z

VISUAIS

G ASTRONOMIA

'Recall' de receita venenosa A revista sueca de gastronomia Matmagasinet fez um recall de sua mais recente edição depois de constatar que uma de suas receitas envenenou pelo menos quatro pessoas. As pessoas sofreram de overdose de um tipo de noz moscada que tem efeitos alucinógenos quando ingerida em excesso. Em vez de "duas pitadas" do ingrediente, um erro na receita indicava "20 pitadas".

Esculturas do coreano Sang Won Sung e pinturas do uruguaio Diego Piriz estão expostas na Galeria Thomas Cohn. (Na foto obra de Sang Won). Avenida Europa, 641. Grátis.

L OTERIAS Concurso 688 da DUPLA SENA Primeiro sorteio 03

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Segundo sorteio 01

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Concurso 1947 da QUINA 10

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T URISMO Divulgação

JUMBO HOTEL erá inaugurado em dezembro, na Suécia, Jumbo Hostel, o primeiro avião-hotel do mundo. O avião - um Boeing 747, o famoso Jumbo, construído em 1976 - ficará posicionado em terra firme, na entrada do aeroporto internacional de Arlanda, em Estocolmo. O hotel terá 25

S

quartos, incluindo uma suíte de luxo localizada no cockpit do jato, com visão panorâmica do tráfego aéreo em Arlanda. A iniciativa é do empresário sueco Oscar Diös, dono de uma rede de pequenos hotéis, que quis expandir seu negócio com o avião, que estava desativado. www.jumbohostel.com

Ao lado, o velho 747 transformado em hotel. Acima, o interior da aeronave que não sairá do chão.


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Nacional Finanças Lançamentos Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A Escolar Paper Brasil deve receber 50 mil compradores neste ano

GOOGLE LANÇA SEU NAVEGADOR, O CHROME.

O CHROME, NOVO BROWSER DE CÓDIGO ABERTO, É LANÇADO SIMULTANEAMENTE EM MAIS DE 100 PAÍSES.

GOOGLE NA GUERRA DOS NAVEGADORES Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

Paulo Liebert/AE

Fábio Pellegrino

O Linha Jumbo, da Faber Castell, tem lápis com novo desenho, feitos com madeira de reflorestamento.

Produtos para o prazer de estudar Vanessa Rosal

L

ápis, borrachas e teclados de computador adaptados ao público infantil são algumas das apostas da 22ª edição da Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelarias (Escolar PaperBrasil), que começou ontem e vai até sexta-feira no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A proposta dos participantes é facilitar a integração das crianças no ambiente escolar, incentivando o estudo com muito estilo e diversão. O "volta às aulas" – que no varejo representa o período de dezembro a fevereiro e o mês julho – responde por 70% das vendas anuais de material escolar e livros didáticos. Segundo o presidente da Francal Feiras, organizadora do evento, Abdala Jamil Abdala, cerca de 50 mil compradores visitarão a feira neste ano. O segmento de

papelaria movimenta quase R$ 4 bilhões por ano no Brasil, de acordo com dados do Instituto Direkt. Só os itens de papelaria são responsáveis por 77% do total do faturamento. De olho nesse nicho de mercado, a Mercur realizou um estudo comportamental para atrair o público teen. Borrachas, corretivos líquidos e colas escolares ganharam estampa personalizada e até aroma de rosas. Segundo o diretor comercial Jorge Hoelzel Neto, as informações foram levantadas em uma pesquisa com estudantes entre 9 e 12 anos. "Descobrimos que essa galerinha adora desenhar nas borrachas. Então, criamos um modelo com sistema exclusivo de encaixe e ainda um divertido jogo de 'sim e não'". A expectativa da empresa é faturar R$ 117 milhões em 2008. Para aquecer o setor, que reúne 26 mil lojas em todo o País, a Faber-Castell apresenta novidades para crianças na pré-escola. O EcoLápis de cor

Grip Jumbo, por exemplo, possui maior diâmetro que os tradicionais, formato triangular e esferas antideslizantes para facilitar o manuseio do público infantil. Segundo a gerente de marketing Elaine Mandado, os formatos especiais ajudam o desenvolvimento da garotada na pré-escola. "Além disso, trabalhamos com o conceito 'eco', de só usar madeira reflorestada nos nossos lápis. As crianças aprendem a preservar a natureza desde cedo." Os lançamentos da feira não se restringem aos cadernos, borrachas e lápis. Como as crianças começam a usar o computador cada vez mais cedo, a distribuidora Softronic apresentou o primeiro teclado infantil do mercado nacional. Com teclas coloridas e duas vezes maior do que as convencionais, possui letras grandes para ajudar na visualização. "A partir do dia 20 de outubro, os consumidores poderão conferir o produto no varejo", disse o diretor Jacques Storch. Pensando em aumentar as vendas em 30% neste ano, a Bic entrou para o segmento de cadernos. Conhecida pelas tradicionais canetas "Cristal", que faz sucesso há 50 anos, a empresa começará a distribuir a marca chilena Rhein, com linhas exclusivas para os públicos teen e adulto. Segundo o gerente de marketing Rogério de Andrade, a expectativa é a de os produtos estarem disponíveis no varejo até o final do ano, aproveitando o gancho do volta às aulas 2009.

Google entra na disputa por internautas com o lançamento de um navegador (browser), que promete ser mais rápido, seguro e estável que os existentes. Chamado Chrome, o programa de código aberto traz recursos inovadores e um sistema de inteligência aprimorado. Seu desenvolvimento durou cerca de um ano, e o anúncio foi realizado ontem, de forma simultânea, em mais de 100 países. Ele está disponível em 43 idiomas, incluindo o português. Segundo o diretor de comunicação do Google Brasil, Felix Ximenes, a empresa não criou o software com o objetivo de concorrer diretamente com o Internet Explorer, da Microsoft. "Queremos oferecer ao internauta uma opção que ofereça estabilidade, segurança e rapidez. Os browser existentes foram desenvolvidos para a visualização de páginas estáticas. Hoje, temos outra realidade na rede, que necessita de um browser desenvolvido para ela. Queremos fomentar a utilização da rede; assim todos ganham", explica Ximenes. De olho ou não na disputa, a Microsoft, líder absoluta nesse segmento, se defende. Para a empresa, a nova versão do Internet Explorer, que também já pode ser baixada, trará funcionalidades permitindo maior controle das informações, facilidade de uso, além da livre escolha do usuário e a proteção de suas informações. "O mercado de browsers é altamente competitivo, mas as pessoas optarão pelo Internet Explorer 8 pelo modo como ele oferece os serviços e pelo respeito às escolhas pessoais, deixando a critério do usuário a definição de como o seu browser deve ser. Além disso, o IE8 permite total controle das informações pessoais online", explica Priscyla Alves, gerente-geral de Windows da Microsoft Brasil. O Google aposta que, graças à força de sua marca, muitos internautas pelo menos irão experimentar o novo aplicativo. Em teste, o programa apresentou um desempenho

CONFIRA AS NOVIDADES!!!

Ximenes, diretor de marketing da Google: opção para nova realidade. Paul Sakuma/Associated Press

Paul Sakuma/Associated Press

Sergey Brin, sócio do Google

Larry Page, outro fundador

superior até mesmo ao Mozilla Firefox 3, reconhecido pela comunidade de código aberto como o mais veloz entre os browsers. O melhor desempenho do Chrome está relacionado a uma nova ferramenta de JavaScript, a V8, que não apenas torna as aplicações da web mais rápidas, mas também proporciona a criação de novas aplicações online. Outras facilidades do Firefox foram aprimoradas e incorporadas ao Chrome, como o sistema de guias de navegação. Aliás, cada aba opera de modo independente – caso o usuário tenha problemas de conexão, fazendo com que uma aba congele ou não funcione de modo apropriado, as outras continuam estáveis e em funcionamento. Isso permite ao usuário continuar trabalhando sem ter de reiniciar o navegador – pode encerrar apenas a aplicação com problema. O navegador também não traz barra de busca. Uma com-

binação de barra de endereço mais busca leva rapidamente os usuários ao endereço desejado. Além disso, ao abrir o navegador, o internauta encontra uma guia agregadora de conteúdo, com imagens dos sites mais visitados, buscas recentes e favoritos. Aberto a todos – Segundo o Google, o lançamento do Chrome com código aberto tem como objetivo ajudar a fazer um navegador cada vez melhor. "Ao mesmo tempo em que nós encaramos o Chrome como uma mudança fundamental no jeito de as pessoas navegarem na internet, entendemos que não poderíamos criar nosso browser sozinhos", afirma Linus Upson, diretor de engenharia do Google. "Por isso, o Chrome foi construído com código aberto, um modelo que tem ajudado a impulsionar a inovação e a competição nesse ramo". O Chrome para Windows pode ser baixado no endereço www.google.com/chrome e no site www.dcomercio.com.br. Versões para usuários de Mac e Linux estarão disponíveis nos próximos meses.

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ambiente Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

DANIELE FOI ESPANCADA NA CADEIA

Mãe acusada de morte é inocentada Dona de casa ficou presa por denúncia de cocaína no leite da mamadeira da filha

A

dona de casa Dan i e l e To l e d o d o Prado, de 23 anos, que em outubro de 2006 ficou 37 dias presa, acusada de matar a filha Victoria Maria do Prado Iori Camargo, de 1 ano e 3 meses, com overdose de cocaína misturada no leite da mamadeira, foi inocentada pela Justiça, na sexta-feira. O juiz Marco Antônio Montemór, da Vara Criminal de Taubaté, no Vale do Paraíba, considerou a denúncia improcedente. Em sua sentença, o magistrado diz que não foi convencido da materialidade do crime e não há provas diretas ou indiretas que incriminem a acusada. A absolvição de Daniele foi pedida, inclusive, pelo promotor João Carlos Camargo Maia, que a havia denunciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel, pedindo pena de 280 anos de cadeia. A denúncia, na época, foi feita com base em laudo preliminar, que acabou desqualificado quando o Instituto Médico Legal e uma contraprova deixaram claro que não havia cocaína na mamadeira. Victoria morreu em 29 de outubro de 2006. A causa da morte não pôde ser identificada pelos legistas. A criança

CONTRABANDO A Polícia Federal apreendeu uma carga de cigarro contrabandeado no Mato Grosso do Sul.

Rivaldo Gomes/Folha Imagem - 05/12/2006

Daniele no enterro de Victoria: laudo preliminar foi desqualificado

apresentava quadro convulsivo havia quatro meses e tomava, por prescrição médica, o psicotrópico Fernobarbital, além da substância Carnitina, para o metabolismo. Ao ver resquícios do remédio na boca da menina, uma médica avisou a polícia e acusou a mãe. O laudo preliminar deu positivo para cocaína porque, segundo especialistas, o reagente utilizado é para pó e não leite. Indenização – A advogada de Daniele, Gladiwa de Almeida Ribeiro, afirmou que vai entrar na Justiça com pedido de indenização, por danos morais e materiais. Durante o período em que ficou presa, Daniele foi espancada pelas presas, ficou com 85%

Ó RBITA

GRANADAS Um homem foi preso com 23 granadas dentro de um ônibus em Araçatuba (SP).

STJ REDUZ PENA DE PIMENTA NEVES

O

jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves conseguiu, no STJ, reduzir de 18 para 15 anos sua pena pelo assassinato da jornalista Sandra Gomide, em agosto de 2000. Ex-namorada de Pimenta Neves, Sandra foi morta após romper o relacionamento. Assassino confesso, Pimenta foi

condenado a 19 anos e dois meses de reclusão, mas conseguiu que o Tribunal de Justiça de São Paulo reduzisse a pena para 18 anos, pois confessou o crime, o que seria um fator atenuante. Ele queria o anulamento do julgamento. Os ministros recusaram o pedido, mas decidiram reduzir a pena. (AE)

STF NEGA LIBERDADE AOS NARDONI

O

Supremo Tribunal Federal (STF) negou ontem pedido de habeascorpus para Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados pela morte da menina Isabella, de 5 anos, em março, em São Paulo. Esse é o quarto pedido de liberdade do casal negado pela Justiça.

Em sua decisão, o ministro Joaquim Barbosa sustenta não haver ilegalidade na prisão que leve o STF a rever uma decisão do STJ, que já havia negado a liberdade. Alexandre, pai de Isabella, e Anna Carolina, madrasta, respondem por homicídio doloso triplamente qualificado. (AE)

Apu Gomes/Folha Imagem

VIGA PREJUDICA CIRCULAÇÃO DA CPTM

A

circulação de trens entre as estações Francisco Morato e Baltazar Fidélis da CPTM foi interrompida ontem de manhã, por causa de uma viga de 16 toneladas que caiu sobre a linha, durante a madrugada. Pela manhã, os passageiros enfrentaram

longas filas para pegar os ônibus oferecidos pela CPTM para fazer o percurso no sentido Luz. Diariamente, 40 mil pessoas utilizam a Estação Francisco Morato. Apenas entre as 4h, quando a estação abre as portas, e as 8h30, são 16 mil passageiros. (Agências)

3 Rivaldo Gomes/Folha Imagem - 05/12/2006

da visão e 70% da audição comprometidos no olho e ouvido direitos. Hoje, usa aparelho para surdez, doado por uma pessoa que ficou sensibilizada com o sofrimento dela, e só consegue ver vultos. A dona-de-casa também ficou muito tempo sem sair de casa e sem poder trabalhar porque as pessoas na rua a ameaçavam e xingavam. A própria advogada conta que chegou a receber ameaças de morte por diversas vezes e, certa vez, foi agredida em um supermercado. "Uma senhora atirou uma cebola nas minhas costas e perguntou se eu conseguia dormir em paz por compactuar com uma assassina", lembra Gladiwa. (AOG)

Dona de casa ficou com a visão prejudicada por causa dos maus tratos na prisão.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

*LED8P

Cresce, a cada dia, o grupo dos chegados a Lula que querem derrubar Tarso Genro. Gilberto Carvalho e Dilma Rousseff lideram.

gibaum@gibaum.com.br

MAIS: José Dirceu, que ainda tem muita influência e não tolera Genro, agora está convencendo Nelson Jobim a entrar no bloco.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008 Miro Kuzmanovic/Reuters

STICKY & SWEET São Paulo, Morumbi, 18 e 20 de dezembro. A venda de ingressos (de R$ 160 a R$ 600) começou hoje à 0h, pela internet. www.ticketsforfun. com.br. Desde as 6h, podem ser adquiridos pelo call center (11- 40051525). Pontos-devenda (Ginásio do Ibirapuera e Parque Antártica) e a bilheteria oficial (Av. das Nações Unidas, 17.981) serão abertos hoje às 12h .

3 Com 400 mil telefones grampeados no país, se o meu não estiver, Adeus ao silicone «

vou me sentir desprestigiado.

MICHEL TEMER // deputado e presidente

nacional do PMDB, sobre a onda de grampos que assola o país. Fotos: PaulaLima /Divulgação

A adoção do casual day, às sextas-feiras, em muitas empresas brasileiras, incluindo grandes bancos, está gerando excessos que, dependendo do local, criam um ambiente semelhante ao de baladas ou barzinhos de calçada. Algumas companhias, por enquanto em caráter de recomendação, estão distribuindo mini-cartilhas para serem seguidas no casual day. São praticamente proibidos: jeans com recortes, rasgos, lavagens exageradas (ideal é o black jeans); camisetas com grandes estampas ou malhas stonadas; blusões tipo agasalho (ideais são jaquetas de tecido liso); meias esportivas e especialmente brancas; e tênis coloridíssimos e cheios de detalhes (também nesse caso, melhor tênis preto).

BIOGRAFIA

De início, a conversa entre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, depois de ter sido revelado por Veja que suas conversas eram grampeadas, com o presidente Lula, foi em clima tenso e um tanto dura. Aos poucos, Gilmar Mendes foi fazendo alguns esclarecimentos e até aconselhando o Chefe do Governo. Por exemplo: se algum grampo ilegal chegasse às mãos do presidente, seria crime. Depois, Gilmar provou para Lula que, do jeito que as coisas vão, o estado policialesco acabaria fazendo parte de sua biografia.

Cena parecida A corrida à prefeitura paulistana, com três candidatos principais – Marta, Alckmin e Kassab – lembra muito a eleição governamental em São Paulo em 1986, também com três candidatos fortes: Antonio Ermírio, Paulo Maluf e Orestes Quércia. Ermírio saiu disparado na frente, seguido à distância por Maluf e em terceiro, subindo lentamente, Quércia. Na época, Quércia dizia que o adversário não era Antonio Ermírio mas Maluf. E quando Maluf fosse alcançado, iria buscar Antonio Ermírio. E ganhou a eleição.

MÃO GRANDE Amigo desta coluna ganhou um cartão American Express azuldamulher,nacondiçãode adicionaldocartão(golden)dela. Usou pouco tempo,nãogostou dos juros e ficou devendo cerca de R$ 3.000. Aí, não usou mais e começou a pagar apenas o mínimo, variável entre R$ 350 e R$ 400 mensais. Então, decidiu encerrar o cartão e solicitou ao Amex parcelamento do que ainda devia. O Amex não parcela cartões azuis. Se parcelasse, significaria o recolhimento do cartão (golden) da titular. O amigodestacolunacontinuou pagando o mínimo, sem usar: em 18 meses, pagou de juros cerca de R$ 5.400 sobre uma dívida de R$ 3.000. Agora, recebeu uma fatura-extra: R$ 30 pela não utilização do cartão.

No Hair Fashion Show, no Jockey Clube de São Paulo, quando cabeleireiros exibiam novas tendências e até penteados criativos, tipo espetáculo, a grande atração foi mesmo a presença da primeira- dama Marisa Letícia (primeira foto, à esquerda), depois de retoque no mini-lifting, novo preenchimento no rosto e novo corte e cores em seus cabelos (ficou muito parecida com Marta Suplicy). Além de Mariana Ximenes (segunda foto), exibindo novo penteado (o corte original é de Alê de Souza), Mariana Weickert (terceira foto), mostrava enlouquecido arranjo e até os atletas Maurren Maggi e César Cielo (à direita) participaram do evento.

Atração especial

Assim como deverá acontecer com a CPI dos Grampos, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga repasse público às ONGs, já apelidada de CPI do Acórdão (governistas e oposição fizeram um pacto para blindar possíveis constrangimentos à autoridades), também não dará em nada, nem mesmo na apresentação de uma regulamentação com efeitos práticos que iniba a gastança no segmento. O Brasil tem cerca de 276 mil ONGs, entre fundações e associações sem fins lucrativos e 77% delas não tem sequer um funcionário. Só de Direitos Humanos, existem 8.600 e de defesa do Meio Ambiente, 2.562. Por ano, o Governo Federal distribui cerca de R$ 2,8 bilhões para ONGs que, segundo relatório final da CPI, em vez de exigir critérios mais rígidos na fiscalização, isentará as entidades de controle. Quem viver, verá.

A pizza das ONGs

Em outubro, na próxima edição do Tim Festival, haverá a participação do grupo americano The Gossip, cuja estrela maior é sua vocalista, Beth Ditto, a mais improvável popstar do planeta. Ela tem 99 quilos e mede 1,57 m de altura, usa roupas agarradas, algumas produções especiais e já posou sem roupa. É agitada, dona de voz potente e muito pessoal. Detalhe: todas as vezes que o grupo toca seu maior hit, Standing in the way of control, no final, Beth Ditto costuma se jogar nos braços do pessoal das primeiras filas.

Robusta popstar

Maletaisraelense De cara, nos primeiros passos da investigação sobre a possibilidade da Abin ter grampeado Gilmar Mendes, foi afastada a hipótese da Polícia Federal, em parceria, ter usado o sistema Guardião para gravar conversas do presidente do Supremo. O mais provável é que tenham sido usadas as maletas israelenses, também da PF, que gravam sem precisar da companhia telefônica.

0 IN

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Casual em excesso

Palha: bolsas, sapatos e pulseiras.

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Bolsas e sapatos de tecido estampado.

Campeãdeacessos Entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, o campeão de acessos na Internet continua sendo Marta Suplicy e sua famosa recomendação, então no Ministério do Turismo e no auge do apagão aéreo, para que os brasileiros deveriam “relaxar e gozar”. Na época, mais de 100 mil acessos; hoje, uma média diária em torno de mil. Há também vídeos de Marta, de sua época de TV Mulher quando, na condição de sexóloga, recomendava a sodomia como fórmula de planejar a natalidade no país. Outro vídeo de Marta muito acessado é um, de seus tempos de prefeita, que mostra vaia que ganhou no Dia do Trabalho da Força Sindical, liderada por Paulinho Pereira da Silva, do PDT, que hoje apóia sua candidatura.

É a última novidade na Europa, que logo deverá estar chegando ao Brasil: com uma injeção de gel, as européias estão aumentando o volume de seus seios sem a necessidade de colocar próteses de silicone ou enxertos de gordura. Inicialmente, o método começou a ser usado no Japão (lá, as mulheres primam por busto pequeno e derrière chata), onde muitas já colocaram entre 50 e 150 mililitros do novo produto nos seios. O gel é uma versão diferente do ácido hialurônico, substância já conhecida dos dermatologistas e cirurgiões plásticos como preenchedor de rugas da face. Chama-se macrolane e também pode ser usado nos glúteos. Detalhe: não podem ser injetados mais do que 240 mililitros e, a cada ano e meio, a área deve ganhar uma dose de reabastecimento.

NAMORADO 10

Enquanto as colunas de potins informam que Naomi Campbell está procurando apartamento para comprar no Rio de Janeiro, o New York Post garante que a modelo acaba de ganhar de seu namorado russo, Vladimir Doronin, uma penthouse nos Jardins, em São Paulo, no valor de US$ 18,5 milhões (perto de R$ 30 milhões). E informa que, preocupada em recuperar sua imagem, Naomi está disponível para ser fotografada ou comparecer a qualquer evento de caridade.

MISTURA FINA EM MÉDIA, cada um dos 85 deputados federais que são candidatos nas eleições municipais embolsa R$ 5,4 mil por mês em transportes e estadias. Os senadores-candidatos gastam, em média, R$ 8 mil por mês igualmente em transportes e estadias. AS FILMAGENS começam apenas no ano que vem, mas o filme-biografia do médium Chico Xavier, considerado um sucesso antecipadamente, já tem data de estréia: será dia 2 de abril de 2010, quando ele estaria completando 100 anos (e será uma Sexta-Feira Santa). O roteiro é de Marcos Bernstein, direção de Daniel Filho e no papel de Chico Xavier adulto, o ator Nelson Xavier. NO PASSADO, ele já havia pensado em sair candidato à prefeitura de Salvador e agora, transferidos muitos de seus negócios para o Rio de Janeiro e promovendo em setembro o evento Rio Summer, os amigos mais chegados de Nizan Guanaes apostam que, no futuro, ele quer mesmo é ser prefeito de lá. DEPOIS DE Robinho, é praticamente certa a ida de Ronaldo para o Manchester City. Agora, sua guerra em Ibiza é para perder peso no menor período de tempo, fechando a boca e intensificando os exercícios. AOS 72 anos, Tom Zé resolveu tomar aulas de inglês, tem novas apresentações marcadas nos Estados Unidos e não agüenta mais dar entrevistas em português. Por enquanto, já sabe falar good morning, com sotaque meio baiano, meio paulista. A FAMOSA Universidade de Stanford, na Califórnia, se fosse um país, teria ficado em nono lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim, à frente da Itália. Atuais e antigos atletas que passaram por Stanford levaram nada menos do que 24 medalhas – 8 de ouro, 12 de prata e 4 de bronze. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Madonna, música, cabala e yoga Neide Martingo

J

Nos Estados Unidos, pesquisa realizada em fevereiro deste ano mostrou que a população investe US$ 5,7 bilhões anualmente na atividade, incluindo aulas, produtos, equipamentos, livros, revistas e DVDs. Isso representa um crescimento de 87% em comparação a fevereiro de 2004. “O avanço mundial da yoga tem a ver com Madonna. Ela tem 50 anos de idade e revela um corpo em plena forma. As pessoas olham e ficam inspi-

á não há mais ingressos para o show que Maddonna fará no Rio em dezembro. As vendas em São Paulo começaram hoje. Mas a expectativa com a vinda da cantora ao Brasil não parte apenas dos fãs. Como a artista é boa de marketing, tudo o que usa – e faz – vira moda. Não é segredo que Madonna pratica yoga. E as escolas por aqui já se preparam para receber novos interessados na atividade. A professora de yoga e fundadora do Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda, o Ciyman, Márcia De Luca afirma que, a partir de novembro, o número de alunos, que atualmente é de 150, deverá subir 20%. “A responsável pelo boom da yoga nos anos 90 foi Madonna. Ela é um ícone e as pessoas se espelham na popstar”, diz Márcia, que faz Maná: para chegar aos 50 como Madonna yoga há 29 anos. Para ela, um bom lugar para Ma- radas”, diz o idealizador do donna praticar, além do Ciy- Yoga Pela Paz, Fran Bueno. man, seria o Parque do Ibira- “Ela aproxima a yoga do púpuera. “O lago foi energiza- blico. Há escolas que chegam do quando aconteceu a Yoga a ter aumento de 25% no núPela Paz, no início deste mês, mero de alunos todo ano”. evento que reuniu cerca de 15 A paisagista Maringá Câmil pessoas”. mara já passou dos 50 anos e No Brasil, aproximada- não abre mão da yoga. “Não mente cinco milhões de pes- sou fã da Madonna. Porém, o soas praticam alguma das 30 corpo magro, mas forte que modalidades de yoga – são ela exibe é um convite à prádois milhões só em São Pau- tica", diz. “Madonna é um lo. Há duas mil academias es- exemplo a ser seguido. Tepecializadas no país. Não nho 30 anos e quero chegar existem números gerais dos como ela aos 50”, diz a fotónegócios da yoga no Brasil. grafa Maná Soares. nistrou um curso que unia o judaísmo à yoga. “A prática faz com que a pessoa tenha consciência de todas as partes do corpo, preparadas pacabala é outra prática ra louvar. O espírito não é que ganhou impulso alheio ao corpo. O corpo e o mundial pelas mãos de Ma- espírito são uma unidade”, donna. Mas poucos sabem explica o rabino. “Tanto o juexplicar o que ela significa. A daísmo quanto a yoga procabala pode ser chamada da curam a boa convivência de parte mística do judaísmo. cada parte do ser humano”. Para o rabino Sternschein, “Ela é dividida em três caminhos principais: o estudo, a a “propaganda” que Madonação e a meditação dos códi- na faz da cabala é bem-vinda, se ela estiver gos da Torá”, Nilani Goettems/e-SIM procurando a detalha o raespiritualidabino Ruben de. “A tradição Ster nschein, não pode ser da Congregab a n a l iz a d a . ção Israelita Esse é o desaPaulista (CIP). fio do judaísSegundo ele, mo – passar os a mística exisensinamentos te em todas as Rabino Sternschein para quem os religiões. “Tudo o que acontece no mun- quer conhecer”. “Às vezes vemos pessoas do tem o lado oculto e o visível. As pessoas entram em fazendo marketing de coisas contato primeiramente com que não sabemos se elas acreo que é percebido pela razão ditam ou não. Mas imagino – o equivalente à ponta de que, se alguém divulga deterum iceberg. A parte maior fi- minada prática, é porque pelo ca oculta. É o que os psicólo- a menos a essência dela foi asgos chamam de inconscien- similada”. O rabino diz que a te. A mística pode fazer com meditação pode ser feita em que o que está oculto seja qualquer lugar: “Na visita ao Brasil, Madonna pode medientendido”, diz o rabino. Sternschein viveu muitos tar na sinagoga, no parque, anos em Jerusalém. E lá, mi- no hotel”. (NM)

Meditação sob a Torá

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Andrei Bonamin/LUZ

4 - GERAL


DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOVOS MEIOS PARA COMUNICAR AÇÕES

O supermercado Atacadão ocupa o primeiro lugar no ranking de menores preços em nove estados

Novas técnicas de comunicação vão aposentar cartazes e folhetos

Pro Teste aponta melhores preços

O

bom e velho conselho de pesquisar antes de comprar continua sendo válido. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Pro Teste, mostra em quais supermercados brasileiros é possível encontrar os melhores preços. O levantamento é dividido em dois grupos: Cesta 1, com produtos de marcas conhecidas; e Cesta 2, com itens que podem ser adquiridos com os menores valores. O supermercado Atacadão aparece em primeiro lugar no ranking brasileiro de melhores preços. A pesquisa foi realizada em 1.010 estabelecimentos, onde foram coletados 136 mil

preços em 13 cidades de nove estados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. "Os gastos mensais com alimentação, produtos de higiene e limpeza ultrapassaram 31% das despesas fixas das famílias", afirma a estatística da Pro Teste, Michelle Marques. Segundo ela, os preços variam tanto que, às vezes, atravessar a rua pode representar uma economia e tanto. "Na Avenida Imirim, na zona norte de São Paulo, a Cesta 1 variou 20 pontos percentuais. Ela custava R$ 111 no supermercado Dia %, no número 1.532, e R$ 131, no Kanashiro, no número 1.197", disse. O Atacadão é o supermercado com menor valor para a Cesta 1, no Rio de Janeiro, e para a Cesta 2, em São Paulo, onde custa R$ 136.

Atacadão corta custos

Comprar pela internet, em São Paulo, pode ser uma opção. Quem escolher o Pão de Açucar, gastará 4 pontos percentuais a mais pelas mercadorias do que nas lojas na rede. Além disso, há cobrança de uma taxa que pode chegar a R$ 13,90, dependendo do horário. Michelle lembrou que os consumidores devem fazer lista de compras, e ficar de olho nos produtos, já que os de maior valor estão "sempre à mão", enquanto os de menor ficam nas prateleiras mais altas. O Paraná foi o estado onde as cestas variaram menos em relação aos preços apurados no ano passado: 9,43%. O índice em Santa Catarina apresentou variação de 10%; em São Paulo, de 10,71%; e no Rio de Janeiro, de 13,01% no período.

Andrei Bonamin/Luz

D

e acordo com o diretor-geral do Atacadão, José Roberto Müssnich, a empresa adotou medidas para ter os menores preços. "As sacolas de plástico são vendidas a R$ 0,17 a unidade. O dinheiro arrecadado com isso é doado aos Doutores da Alegria. Os clientes podem também utilizar as caixas de papelão que vêm das fábricas. É um conceito de sustentabilidade, que não dá mordomia, mas oferece preços mais em conta", disse. Ele diz que os consumidores do Atacadão esperam um pouco mais pelo atendimento nos caixas, mas não reclamam. "A maioria dos supermercados oferece até 80 check-outs. No Atacadão, existem, em média, 30. E os 15 mil funcionários trabalham motivados", conclui.

O supermercado Atacadão reduz custos operacionais para garantir menor preço

A REVOLUÇÃO DIGITAL CHEGA AO PONTO-DE-VENDA E MUDA VAREJO

Marcelo Min/AFG

Neide Martingo

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Andrei Bonamin/Luz

Nacional Finanças Va r e j o Estilo

Müssnich: aqui não há mordomia, e o cliente aprova.

Divulgação

Mário Tonocchi

A

nova onda mundial de comunicação entre os pontos-de-venda (PDV) e o consumidor está chegando ao Brasil: interatividade e mobilidade em sistemas completamente digitais capazes de alterar, em segundos, toda a programação visual de acordo com o direcionamento das promoções. Os novos sistemas, que incluem redes internas de TV para apresentar os produtos – já em teste nas grandes redes varejistas –, foram discutidos, ontem, no 17º Congresso PDV no Marketing Mix realizado pelo Popai Brasil – The Global for Marketing at Retail e Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). O encontro termina hoje no shopping Frei Caneca, em São Paulo. O custo dos sistemas digitais de comunicação deve ser reduzido com a escala de implementação, podendo chegar, inclusive, aos pequenos varejos a preços acessíveis, observou o presidente do Popai Brasil, Chan Wook Min. "Os novos meios vão substituir cartazes e folhetos de promoções dentro e fora das lojas", disse. De acordo com ele, a modernização do PDV é necessária para acompanhar os novos consumidores que, em dez anos – avaliaram especialistas – darão preferência aos telefones celula-

res para pagamento de compras (leia mais na pág. E1). "O tempo cada vez mais curto das pessoas é que vai determinar essas mudanças", afirmou. Pesquisa do Popai Brasil mostra que em 1988 o consumidor de São Paulo gastava, em média, 1h09min dentro dos supermercados. Esse tempo passou para 42 minutos em 2004, uma redução de 40%. Nos caixas, a diminuição do tempo entre 1988 e 2004 caiu de nove para seis minutos. "Com a escassez de tempo, os consumidores estão cada vez mais objetivos nas compras", disse Min. A percentagem de quem entra no varejo apenas para comprar o que está na lista passou de 25% em 1988 para 44% em 2004. O pequeno varejo também registrou redução de tempo nas compras pelos consumidores. Em 2004, apontou

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Min: modernização é necessária para acompanhar o novo consumidor.

P ir âm id e

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

a pesquisa, o consumidor gastou seis minutos, em média, a cada 16,5 vezes que foi às compras em um mês. Pontos-de-venda modernos e eficientes, entretanto, não negociam os produtos sozinhos. As marcas são fundamentais nesse processo, de acordo com Alfredo Muccino, executivo de marketing e membro do Popai North America. "O importante na marca é desenvolver um relacionamento duradouro com o consumidor e acompanhar as mudanças no decorrer do tempo", disse. Para ele, o sucesso do varejo, em qualquer lugar do mundo, depende de investimento constante no design da loja, nas promoções, eventos, treinamento de atendentes e merchandising. "No Brasil, do pouco que conheci, percebi que as lojas são muito caóticas", observou.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Fico contente por trabalhar, ajudar a família e mostrar ao mundo que sou capaz. Celina Parri Marques, recepcionista na ADD

Empresas investem na contratação de deficientes

Fotos: Nilani Goettems/e-SIM

Empreendedores não se limitam à aplicação das cotas, contratam deficientes e os auxiliam na capacitação, em parceria com ONGs. Na ACSP 45 funcionários têm algum tipo de deficiência. Isso representa 6,4% do total de contratados. Celina (acima), de 22 anos, já trabalha como recepcionista na ADD e Thiago (à esquerda) participa do projeto esportivo como jogador de basquete e frequenta os cursos de capacitação. Abaixo, Elisabeth Fernandes e Fernando Maia, que trabalham na coordenação dos cursos da ADD.

Uni Sant'Anna e X-9: dia para cuidar da saúde

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Uni Sant’Anna e a X-9 Paulistana promovem, dia 14, o X em Ação, evento de orientação e auxílio na área de saúde. O tema deste ano é Qualidade de Vida e a estimativa é que 4 mil sejam atendidas, das 9 às 17h, na quadra da X-9, na Parada Inglesa, zona norte. Cerca de 250 voluntários, alunos dos cursos de enfermagem e fisioterapia da Uni Sant’Anna, sob a orientação dos professores, farão exames de pressão arterial, colesterol, diabetes e avaliação do grau de estresse, além de orientações para o autoexame da mama e cuidados com a pele. Conforme o resultado, o paciente será encaminhado para hospitais e postos de saúde. A X-9 fica na avenida Luiz Dumont Vilares, 324. Os interessados devem levar RG, CPF e comprovante de residência.

Fundo Comgás Sociocultural abre inscrições

A

Comgás lançou a 2ª edição do Fundo Comgás de Patrocínio Sociocultural. Serão destinados recursos de R$ 1,5 milhão a projetos de desenvolvimento sustentado das comunidades das áreas de concessão da Comgás – Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Região Administrativa de Campinas. Os projetos receberão verbas a partir de R$ 50 mil. O regulamento do fundo e ficha de inscrição estão no www.fundocomgas.com.br. Os projetos apresentados devem estar habilitados conforme o artigo 18 da Lei Rouanet. A avaliação e a seleção serão realizadas por especialistas externos, pela Comissão de Seleção da Comgás, constituída especialmente para este fim, pelo Comitê de Comunicação e pela Diretoria da Comgás.

Paula Cunha

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a esteira das paraolímpiadas que acontecem em Pequim, especialistas garantem que o momento é ideal para a integração de portadores de deficiência ao mercado de trabalho e à sociedade. Esta, pelo menos, é a opinião das entidades que atuam na defesa dos deficientes em parceria com as empresas que precisam cumprir a Lei 8.213, que estabelece a contratação de funcionários nessas condições. A opinião é compartilhada por técnicos de ONGs e pelos próprios deficientes, que vislumbram mais possibilidades de encontrar trabalho e qualificação. Existem 25 milhões de portadores de deficiências no Brasil, segundo dados do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurados no censo de 2.000. Deste total, pouco mais de 9 milhões trabalham no País. No estado de São Paulo, eles somam 1,4 milhão. Mobilização – Diante deste quadro, segundo o diretor técnico do Instituto Paradigma, Danilo Namo, a lei é importantíssima para a inclusão e as empresas já assumem o cumprimento da lei como parte de um processo que mobiliza a sociedade como um todo. A ONG trabalha com inclusão e capacitação de deficientes. Segundo Namo, nos últimos anos, houve uma mudança sensível na postura de empresas e de portadores de deficiências. No início das fiscalizações para verificar a aplicação da lei, as e m p re s a s p ro c u r a v a m a s ONGs com o objetivo de cum-

prir a lei, sem interesse em aproveitar o potencial dos contratados. Agora, no entanto, os funcionários são mantidos e treinados, visando seu progresso. Nos últimos três meses, 59 empresas procuraram o Paradigma, buscando orientação para contratação de profissionais com deficiência e sua integração. Cursos – Com o amadurecimento do processo de aplicação da lei, o instituto aprimorou os cursos para deficientes e para as empresas. Atualmente, além das orientações técnicas de adaptação de espaços físicos para receber cadeirantes, usuários de muletas e deficien-

tes auditivos e visuais, oferecem orientações para a integração do novo funcionário. O Paradigma também ministra cursos de qualificação profissional em três módulos: desenvolvimento de habilidades sociais para o trabalho; desenvolvimento de competências técnicas específicas, relacionadas às atividades que serão desenvolvidas; e atualização do nível de escolaridade dos portadores de deficiência através da suplência do ensino fundamental e aulas de inglês. ADD – Outra entidade que investe na qualificação é a Associação Desportiva para Deficientes (ADD) que, em 2001, criou um programa de capacitação para os jovens que praticavam esportes na instituição e

não encontravam trabalho devido à falta de capacitação. Assim surgiram os cursos de inclusão digital (com certificação da Microsoft), práticas administrativas e oficinas de geração de renda. Estas últimas com aulas de artesanato e culinária, visando uma atividade que gere renda enquanto não acha uma vaga no mercado de trabalho. A coordenadora dos programas de capacitação da ADD, Elisabeth Fernandes, explica que todos os cursos são gratuitos para os portadores de deficiência e 30% das vagas são destinadas a desempregados que vivem no entorno da entidade. "Encontramos uma maneira de atuar mais amplamente no campo da inclusão no mercado de trabalho", diz. Fernando Maia, assistente de coordenação da ADD, ressalta que o conteúdos dos cursos são permanentemente atualizados Thiago Fernando de Oliveira, que participa do projeto esportivo da ADD no time de basquete, faz os cursos de capacitação para, no futuro, sair em busca em emprego. "Tenho uma bolsa para o projeto esportivo. Quando acabar, vou atrás de emprego". Celina Parri Marques, de 22 anos, que tem uma pequena dificuldade de locomoção, passou pelos cursos da ADD e há um ano trabalha como recepcionista na própria entidade. Com o ensino médio completo, agora pretende cursar psicologia ou algo ligado ao ramo de Recursos Humanos. "Tenho facilidade em lidar com o público", diz. A jovem conta, orgulhosa, que já ajuda a ajuda a mãe no sustento da casa. "Fico contente por poder trabalhar, ajudar a família e mostrar ao mundo que sou capaz", conclui.

Apae orienta na hora de empregar

A

Petropasy é um exemplo de empresa que buscou orientação para elaborar um processo de inclusão social. Atuando no setor de tecnologia de poliuretanos, decidiu incluir portadores de deficiência mesmo sem a obrigação de cumprir a lei, já que possui menos de 50 funcionários. Buscou a ajuda da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, onde está instalada sua sede. Segundo a gerente de Recursos Humanos da empresa, Ana Maria Martins de Caires, quando surgiu a vaga no setor administrativo da empresa, a Apae foi procurada para prestar a devida orientação. A Apae, segundo sua coordenadora Eneida Grama Lima, acompanha os deficientes encaminhados por três meses. A entidade formata um projeto de integração do candidato para capacitá-lo a obter autonomia e a alcançar um bom nível de convívio com os colegas. Sonia Barros, também coordenadora da Apae de Barueri, ressalta que, atualmente, os empresários se

Michelle (acima) passou pelos cursos de capacitação da Apae e hoje é arquivista. Abaixo, Sonia e Eneida, coordenadoras da Apae, e Ana Maria, da Petropasy: a empresa buscou na instituição ajuda para contratação. Existem 25 milhões de deficientes no País, pouco mais de 9 milhões trabalham. Fotos: Newton

informam mais sobre os melhores métodos de integrar os deficientes ao mercado de trabalho. Michelle Oliveira da Silva, de 22 anos, passou pelo programa de capacitação da Apae, inicialmente no curso de jardinagem. Depois, realizou um curso de capacitação para trabalhar em escritórios e há um atua ano no arquivo, guardando documentos como holerites, cartões de ponto e de atendimento dos funcionários.

Cursando o segundo ano do ensino médio, Michelle deu um grande passo na direção da independência e já ajuda a mãe a sustentar a casa e seus quatro irmãos. Além de se responsabilizar por grande parte das despesas de casa, a jovem conta, orgulhosa, que já comprou um telefone celular, roupas e uma pia para a casa que divide com a mãe. "Quero estudar informática", conclui Michelle. Na ACSP – A Associação

Comercial de São Paulo (ACSP) já concluiu o seu programa de contratação de portadores de deficiência e ultrapassou a quota estabelecida pela lei. Com um total de 700 funcionários, possui 45 com algum tipo de deficiência. Este número equivale a 6,4% do total de contratados e ultrapassa o número exigido

Santos/Hype

pela lei, que determina que corporações que possuem de 500 a 1000 funcionários devem manter 5% de deficientes em seus quadros. A ACSP mantém um programa permanente de treinamento para estes funcionários, que participam de todas as oficinas e cursos ministrados pela entidade. (PC)


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Fabio Pozzebom/ABr

Não vislumbroa alegada inconstitucionalidade capaz de, por si só, dar suporte à suspensão. Joaquim Barbosa

TSE PROÍBE PROPAGANDA NA INTERNET

Dilma é recebida como candidata em Vitória, mas segue negando

Evelson de Freitas/AE

Ciro será sempre uma das minhas hipóteses para qualquer cargo que concorra. Dilma Rousseff

Cerca de 800 pessoas ovacionaram a ministra com brados de "Dilma presidente"; ela descartou a hipótese

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a noite da última segunda-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teve um ensaio de uma campanha eleitoral. Ela foi ovacionada com brados de "Dilma presidente" por cerca de 800 pessoas durante cerimônia em que firmou seu apoio ao candidato à reeleição em Vitória (ES) pelo Partido dos Trabalhadores, João Coser. Dilma apenas sorriu e não fez nenhuma alusão ao fato de ser um dos principais nomes do partido para a campanha presidencial de 2010. Entre os que puxaram o coro estavam políticos locais, empresários da capital capixaba e representantes de classes sindicais que pagaram R$ 100 por cabeça para participar do jantar realizado em uma casa de festas fechada por Coser. Ontem, Dilma voltou a negar a possibilidade. "Já expliquei que não sou candidata", disse a jornalistas durante evento realizado na capital paulista para comemorar os 40 anos da revista "Veja". Ainda no jantar em Vitória,

logo depois de falar ao público local por quase meia hora – num discurso em que citou o desenvolvimento do Brasil nos últimos anos como sendo "irreversível" –, a ministra posou para fotos com candidatos a vereador ou às prefeituras da região e até com "fãs" locais. Emocionou-se ao encontrar um companheiro da guerrilha que a chamou por "comandante Wanda", citando seu codinome na época. E até tocou um reco-reco que chegou às suas mãos, ao final da noite, ensaiando passos de dança. Futuro – Apesar de não confirmar a intenção de concorrer à sucessão presidencial em 2010, Dilma fez discurso de candidata ontem, em São Paulo, durante o evento da revista "Veja", ao mencionar mais de uma vez que ela já está no futuro por participar do governo do presidente Lula. "Eu venho de uma certa forma do futuro. Eu venho de Jubarte, onde jorrou o primeiro petróleo do pré-sal", disse Dilma. A ministra referia-se à cerimônia de extração do primeiro petróleo localizado na camada de pré-sal, de onde se prevê a produção de óleo em larga escala. O campo de Jubarte fica localizado no litoral do Espírito Santo. "O futuro já começou, vem sendo construído pelo governo Lula", declarou Dilma, mencionando o crescimento econômico com distribuição de renda e justiça social e a mobilidade social, com a ascensão

de parcela das camadas D e E a uma nova classe média. Ela também afirmou que não se trata de optar entre um Estado mínimo e um Estado máximo. "Estado precisa de mais recursos e mais bem destinados, e não de menos recursos", defendeu. A ministra despistou todas as perguntas sobre sua eventual candidatura, chegando a

Eu não trabalho com hipóteses. Eu sou ministra experiente o suficiente para nunca me enrolar com vocês da imprensa. Idem

tual composição com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Ciro frisou que, apesar dos dois serem amigos, militam em diferentes esferas políticas, o que dificultaria uma eventual aliança partidária. "O Ciro é um grande amigo meu, considero que foi isso o que aconteceu", minimizou a ministra Dilma, ao ser questionada sobre a proposta do deputado cearense. "Tenho o maior respeito por ele, e o Ciro vai ser sempre uma das minhas hipóteses de votação para qualquer cargo que concorra", continuou. Participaram também do seminário outros nomes que já começam a surgir como possíveis candidatos para disputar a vaga presidencial em 2010, como Aécio Neves, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o próprio Ciro Gomes. (AE) José Luís da Conceição/AE

dizer que não cairia em armadilhas dos jornalistas. "Eu não trabalho com hipóteses. Eu sou ministra experiente o suficiente para nunca me enrolar com vocês da imprensa." Ciro na chapa – O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) admitiu ontem a possibilidade de compor uma chapa eleitoral com Dilma para disputar a sucessão presidencial de 2010. Ciro destacou que não seria difícil uma composição política com ela: "A ministra Dilma é uma pessoa extraordinária". O parlamentar foi questionado também sobre uma even-

Dilma Roussef e Ciro Gomes se encontraram durante o evento de comemoração dos 40 anos da revista "Veja", em São Paulo. Foi quando o deputado cearense lançou a possibilidade de lançar uma chapa encabeçada pela ministra. Dilma, que voltou a desmentir a candidatura, fugiu do assunto e disse que Ciro era "um grande amigo"

Aécio nega chapa com Serra para Presidência

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governador de Minas Gerais, Aécio Neves, afirmou ontem que não acredita ser viável que o PSDB lance como chapa para a sucessão presidencial em 2010 o seu nome junto ao do atual governador de São Paulo, José Serra. "O PSDB não pode ser tão autosuficiente e acreditar que pode ganhar as eleições sem uma composição mais ampla. Acredito que, para atingir esse objetivo, será necessária a participação de outros partidos que compartilhem do mesmo projeto para o País. Portanto, essa (candidatura Serra-Aécio) é uma perspectiva muito distante", argumentou. Aécio disse que, se o PSDB escolher Serra para concorrer pelo partido para a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, ele o apoiará integralmente,

assim como acredita que Serra também o fará se o indicado pelo partido for ele. "Não é hora de pensar em quem será o candidato. É hora de o PSDB discutir o projeto para o Brasil e mostrar para a sociedade que pode governar melhor do que o PT vem fazendo e que pode apresentar melhores resultados do que o atual governo", afirmou. O governador de Minas disse que uma eventual chapa da situação composta pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e a ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como admitiu ontem Ciro Gomes em São Paulo (veja reportagem acima), será formada por administradores de alta qualidade. "Eu tenho tanto com um como com o outro uma excepcional relação.

Tenho comigo uma característica que é não considerar alguém que está na oposição recheado de defeitos. E tampouco aqueles que estão ao meu lado serem apenas cobertos de virtudes". Grampo – O governador mineiro também condenou a escuta telefônica ilegal sofrida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, por ser uma afronta às liberdades individuais dos cidadãos. "Defendo que o Congresso aprove com urgência uma legislação rigorosa capaz de coibir atos ilegais como este. O governo federal adotou uma atitude correta ao afastar a diretoria da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e acredito que os responsáveis por esse crime serão exemplarmente punidos". (AE)

Propaganda eleitoral na internet? Não pode, diz TSE Pedido foi negado e caso segue tramitação para uma decisão final

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urante o período eleitoral, o portal da internet iG está impedido de publicar opiniões favoráveis e contrárias a candidatos e de vender espaço publicitário relacionado às propagandas partidárias e eleitorais. O vicepresidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Joaquim Barbosa, rejeitou um pedido de liminar do iG para que fossem liberadas as veiculações desse tipo de material ou propaganda na web. Agora, o Ministério Público

Eleitoral deverá emitir um parecer sobre o assunto e em seguida o plenário do TSE, também integrado por Barbosa e outros seis ministros, julgará o mérito da ação. No processo – um mandado de segurança – o iG pedia uma liminar para liberar a comercialização de espaço publicitário relacionado às propagandas partidárias e eleitorais, para permitir a publicação de entrevistas com candidatos, de opiniões favoráveis e contra políticos e partidos e para manter o funcionamento de blogs, inclusive de candidatos, e de salas de bate-papo. Sem regulamentação – As restrições à propaganda e veiculação de opiniões estão pre-

vistas em uma resolução do TSE deste ano. Em seu despacho, o vice-presidente do TSE afirmou que ainda não há na Constituição e na legislação brasileira dispositivo que estabeleça regras específicas para o uso da internet para veicular propaganda eleitoral. "A despeito de todo o alegado pela impetrante, as razões apresentadas não traduzem violação a direito líquido e certo suficiente para afastar a aplicação da resolução do Tribunal Superior Eleitoral", afirmou o ministro, no despacho. "Não vislumbro, no momento, a alegada inconstitucionalidade capaz de, por si só, dar suporte à suspensão", disse Joaquim Barbosa. (AE)

MP defende perda de mandato de Clodovil por infidelidade

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Ministério Público Eleitoral deu parecer favorável à perda do mandato do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) por infidelidade partidária. O pedido de cassação, que está sendo analisado pelo ministro Caputo Bastos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi feito pelo PTC, legenda pela qual o deputado foi eleito em 2006, mas se desfiliou posteriormente para ingressar no PR. Clodovil alegou que mudou de partido porque foi perseguido e também porque houve total abandono e conduta antiética da sigla partidária a que pertencia. O PTC sustenta que não houve justificativa para a desfiliação e, de acordo com resolução do TSE, pede que seja reconhecido que o mandato pertence ao partido e não ao deputado. Além disso, esclarece que as alterações necessárias no estatuto do partido ocorreram quando da mudança da sigla PRN para PTC, fato anterior ao ingresso de Clodovil na

legenda, ocorrida em 2005. O MP entendeu que os argumentos de Clodovil não são razoáveis. E avaliou que a justificativa do deputado de que foi eleito com votos próprios e que

não precisaria da legenda, não procede. "Não existe a figura do candidato avulso. Para concorrer a cargo eletivo é necessária a filiação partidária", afirma o MP. (AOG)

VOTORANTIM FINANÇAS S.A. Companhia Aberta - CVM nº 01898-8 CNPJ nº 01.386.256/0001-41 - NIRE nº 3530018054-2 Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.954, 10º andar, conjunto 104, parte, CEP 01451-000, São Paulo - SP

FATO RELEVANTE Nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 358, de 30 de janeiro de 2002, conforme alterada, VOTORANTIM FINANÇAS S.A. vem ao público retificar o fato relevante publicado em 2 de setembro de 2008 e comunicar que o pedido de registro da quinta emissão de debêntures pela Companhia para distribuição pública, conforme aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária da Emissora realizada em 26 de agosto de 2008 (“Oferta”), não foi protocolado perante a Associação Nacional dos Bancos de Investimento - ANBID naquela data. Referido protocolo será comunicado ao mercado por meio de novo fato relevante, a ser publicado em conjunto com o aviso ao mercado da Oferta, nos termos do artigo 7º, §1º, da Instrução da CVM nº 471, de 6 de agosto de 2008. São Paulo, 3 de setembro de 2008 Milton Roberto Pereira Diretor de Relação com Investidores


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Política Ministro não

5 Divulgação

Este fato (grampo) não é um ato de governo. Se ocorreu, os responsáveis têm de ser punidos. José Antonio Toffoli, AGU

Ed Ferreira/AE

descarta atuação de servidores

Jorge Félix, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ao qual está subordinada a Abin, isenta Paulo Lacerda, mas admite ação de funcionários infiéis

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o depoimento à ra evitar ações inadequadas Comissão Parla- por parte dos servidores. mentar de InquéO ministro se negou a corito das Escutas mentar os assuntos debatidos Telefônicas Clandestinas da na reunião de segunda-feira Câmara dos Deputados, o mi- com o presidente Luiz Inácio nistro-chefe do Gabinete de Lula da Silva, convocada após Segurança Institucional, Jorge a divulgação de uma conversa Félix, reiterou que não descon- telefônica entre o presidente sidera um possível envolvi- do Supremo Tribunal Federal, mento de servidores da Agên- Gilmar Mendes, e o senador cia Brasileira de Inteligência Demóstenes Torres (DEM(Abin) em grampos ilegais, GO), obtida supostamente a apesar de reforpartir de gramçar a confiança po ilegal e publino diretor Paulo cada pela revista Lacerda. "Veja". "Nós não des- Temos quatro ou cinco Segundo o mic a r t a m o s n e- sindicâncias buscando nistro, a escuta nhuma hipóte- caracterizar (o envolilegal, se tiver de se, nem mesmo fato ocorrido, foi vimento de servidores essa. A Abin cofeita sem respalmo instituição é da Abin), mas do institucional. uma coisa, mas nunca conseguimos Ele inocentou o s e r v i d o re s d a comprovar. diretor-geral Abin são seres afastado da General Jorge Félix humanos, sujeiAbin, Paulo Latos a erros e acercerda. tos", afirmou Félix. Lula – O general relatou ain"Temos quatro ou cinco sin- da que já ocorreu um caso de dicâncias buscando caracteri- gravação de conversa telefônizar isso (o envolvimento de ca do presidente Luiz Inácio servidores da Abin em espio- Lula da Silva. A uma pergunta nagem ilegal), mas nunca con- sobre o assunto feita pelo relaseguimos uma comprovação", tor da CPI, deputado Nelson acrescentou. Pellegrino (PT-BA), o ministro Apesar da incapacidade de respondeu: "Eu diria que sim, comprovar os desvios de con- mas (o grampo) foi absolutaduta, Félix destacou que há mente desmontado". mecanismos de segurança e Félix contou que o episódio contra-inteligência usados pa- ocorreu durante uma viagem José Cruz/Ag.Senado - 10.06.08

Em depoimento à CPI do Grampo, Jorge Félix, admite que até Lula já foi grampeado. No exterior.

de Lula ao exterior, mas não forneceu detalhes a respeito. "Isso não depende de nossa competência, porque é uma coisa lá de fora", limitou-se a dizer. Antes, em resposta a uma pergunta de outro deputado sobre versão de que o presidente teria sido "grampeado" durante visita ao Rio de Janeiro, quando hospedado no Hotel Glória, Félix afirmou que isso não aconteceu. "Simplesmente porque o presidente não se hospedou no Hotel Glória. Foram duas comitivas presidenciais que se hospedaram lá." Co lab or açã o – Jorge Armando Félix também justificou a colaboração prestada pela Abin à Polícia Federal durante a Operação Satiagraha. Segundo o general, não é apenas a Abin que colabora com a Polícia Federal. Ele disse que outros órgãos do governo também o fazem, tais como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o Banco Central (BC), "cada um dentro de sua área específica". O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ao qual está subordinada a Abin, insistiu na afirmação de que a agência não faz interceptações de conversas telefônicas. Controle – O controle sobre as ações da Abin, de acordo com o general, é feito semanal-

Servidores da Abin são seres humanos. Pode ser alguém da agência? Grau de probabilidade baixa para mim porque os chefes têm controle. Idem mente, "duas ou até três vezes por semana", quando ele se reúne com os diretores da agência, geralmente às terças e quintas-feiras. O general Félix confirmou que a Abin tem grande autonomia operacional e disse que reafirma sua confiança nos servidores do órgão. O ministro destacou a atuação de Paulo Lacerda, o qual, segundo ele, tem "uma das mais belas" folhas de prestação de serviços públicos. Em resposta a uma pergunta do presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDBRJ), o ministro-chefe confirmou que, entre os modernos equipamentos de gravação de conversas, existe um sistema de interceptação chamado "maleta". E observou que, na internet, há pessoas que afirmam que se trata de sofistica-

do aparelho de monitoramento de conversas. Itagiba lhe perguntou se essa "maleta" seria utilizada em órgãos públicos. O general respondeu que só quem tem a atribuição de fazer interceptações de conversas são as polícias estaduais e a Polícia Federal (PF). "E a Polícia Federal possui essa maleta?", perguntou o deputado. Félix respondeu que não sabe. Itagiba questionou, então, se esses equipamentos teriam sido utilizados por autoridades durante os Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, e mais uma vez o general respondeu que não sabe a resposta. Difícil comprovar – A Abin será investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, além de promover sindicância interna, sobre a acusação de escuta telefônica ilegal. Mas o chefe do Gabinete de Segurança admitiu que é tecnicamente difícil comprovar a participação de integrantes da Abin em vazamento de informações. E embora tenha demonstrado interesse de levar até o fim as investigações sobre grampos contra autoridades dos Três Poderes, o ministro disse que o histórico da agência revela essa dificuldade de comprovação. "Há precedentes de (suspeita de) vazamento de informa-

ção e uma dificuldade muito grande de se comprovar que isso aconteceu. É uma situação difícil porque gera um clima de desconfiança, é um dilema que nós vivemos", afirmou à CPI do Grampo. Grupo infiel – Segundo o general Félix, desde 2003 há quatro ou cinco sindicâncias internas para provar vazamentos, mas nunca houve comprovação. O ministro comentou que um grupo de servidores já foi condenado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas recorreu à Justiça e continua na Abin até o fim do processo. Exatamente por isso o grupo possui acesso limitado às informações. O ministro defendeu a Abin como instituição, mas admitiu que um de seus integrantes possa ter cometido alguma irregularidade. "Servidores da Abin são seres humanos. Pode ser alguém da agência? Grau de probabilidade baixa para mim, porque os chefes têm controle", disse Félix, destacando que as pessoas se conhecem há muito tempo e que dificilmente alguém rompe a confiança. Imagem negativa – "A Abin já foi acusada antes. Nada foi comprovado, mas a imagem negativa ficou", declarou o ministro. O general afirmou que é preciso aguardar a conclusão das investigações sobre o caso e ponderou que há muitas perguntas a serem respondidas. Ele ressaltou que não está claro se a ligação entre Gilmar Mendes e Demóstenes Torres foi grampeada no STF, no Senado ou em outro local. E argumentou ainda que não se sabe quem a interceptou, a mando de quem e com qual objetivo. Félix afirmou que a Abin só age dentro dos limites da legislação brasileira, mas reconheceu que as autoridades que ficaram indignadas pela notícia estão "com toda a razão". Félix se recusou a responder se teria colocado o cargo à disposição de Lula. "Reservo-me o direito de não comentar sobre isso", afirmou. (AE)

Presidente do Supremo vai depor em inquérito sobre grampo Gilmar Mendes poderá designar algum funcionário do STF para acompanhar investigações

O Garibaldi Alves ouvirá hoje sugestão de Demóstenes Torres

Congresso estuda comissão para fiscalizar Abin e a PF

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Congresso poderá criar um novo órgão de controle externo sobre toda a área de inteligência do governo federal. O senador Demóstenes Torres (DEMGO) vai apresentar hoje ao presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), proposta criando uma comissão especial de controle dos serviços de inteligência, formada por não políticos. Pelo projeto, a comissão – que funcionaria como um corpo subordinado ao Congresso – teria sete integrantes, indicados pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público. Cada membro teria um mandato de cinco anos. Seus representantes teriam o poder de acompanhar e de fiscalizar todas as atividades de investigação promovidas por órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal, além

de serviços de inteligências das Forças Armadas. Hoje, o Congresso tem uma comissão de controle de órgãos de inteligência que não funciona na prática, segundo avaliação de parlamentares. Como é formada por deputados e senadores, a comissão acaba acompanhando à distância os trabalhos dos setores de inteligência. O novo modelo colocaria não políticos na função, que fariam reuniões a cada 15 dias para discutir as atividades do setor. Ontem, Demóstenes ligou para Garibaldi e para o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), descrevendo sua sugestão. Ambos aceitaram discutir o assunto. "O controle externo dos serviços de inteligência é feito em vários países do mundo. Não se trata de impedir o trabalho, mas de controlar o trabalho", defendeu. (AE)

presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, será ouvido no inquérito que foi aberto ontem pela Polícia Federal (PF) para investigar grampos ilegais contra autoridades. Como presidente do STF, Mendes poderá escolher local, data e hora para falar aos dois delegados designados para comandar as investigações: William Morad e Rômulo Berredo. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa, esteve na tarde de ontem no gabinete de Mendes para apresentar os delegados e dizer que o presidente do STF pode designar algum funcionário para acompanhar as investigações. "Vim colocar à disposição a polícia e demonstrar que a PF está pronta e preparada para fazer uma investigação na medida do que a sociedade espera", afirmou Correa ao final da reunião. Além do depoimento, a PF deve fazer varreduras para identificar os supostos grampos telefônicos. Para fazer isso no Supremo, precisará da autorização formal de Gilmar Mendes para atuar nas dependências do tribunal. Por lei, o inquérito tem prazo de 30 dias prorrogáveis por mais 30, mas a investigação pode continuar depois desse período a depender do andamento do caso.

Beto Barata/AE

Luiz Fernando Correa (da PF), em encontro com Gilmar Mendes

Senado – O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), determinou uma varredura nas instalações da Casa para checar se procede uma das hipóteses ditas pelo ministro-chefe do Gabinete Institucional da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, de o grampo ter partido dali. A informação do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, é que a perícia técnica efetuada nas outras vezes em que foi investigada a possibilidade de instalação de grampos nas dependências do Senado constatou que a central telefônica da Casa está bem protegida. E, segundo ele, se houvesse alguma tentativa de instalar grampos, os caracteres do interceptador ficariam registrados nos equipamentos.

Tese do MP – No Ministério Público, ganha força a hipótese de que os grampos foram feitos por aparatos tecnológicos, de aparência simular a uma maleta, com capacidade de realizar interceptações de telefones sem o auxílio das operadoras. O equipamento, utilizado sobretudo em Israel e nos Estados Unidos, custa cerca de US$ 500 mil e, segundo o MP, teria sido adquirido pela Polícia Federal – para interceptar conversas nos presídios – e também pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). AGU – O ministro da Advocacia Geral da União, José Antonio Dias Toffoli, disse ontem que o suposto grampo feito nos telefones de Gilmar Mendes de outras autoridades não foi "um ato de governo". Toffoli também afastou a

possibilidade de crise política. "Este fato não é um ato de governo. Se ocorreu um ato criminoso, ele tem responsáveis e esses responsáveis têm que ser punidos. Aqueles que tenham cometido esses atos responderão por isso", afirmou, durante seminário "O Brasil que queremos ser", realizado pela revista "Veja", em São Paulo, em comemoração aos 40 anos da publicação da Editora Abril. No fim de semana, a oposição reagiu à notícia do suposto grampo falando em "impeachment" do presidente. "Não é o caso de crise política. É óbvio que a oposição está no papel dela, de tirar proveito dessa situação. Agora, o mais correto é fortalecer as instituições para que este tipo de situação não saia do controle", disse Toffoli. "Tem que ter uma polícia e uma agência de inteligência que funcione para o Estado, e não para seus servidores." Presente no seminário, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, se disse indignado com o suposto grampo. Para ele, a interceptação de conversas telefônicas "rasga a Constituição e invade a privacidade das pessoas". O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Brito, disse que o momento é "grave" e que é "fundamental que haja punição aos responsáveis". (Agências)


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Empresas Finanças Energia Va r e j o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008 Rafael Andrade/FI

Autoridades comemoraram a extração do óleo da camada de pré-sal no campo de Jubarte

ETANOL PODE VIRAR CASO NA OMC

ESSE FOI O TOM DO DISCURSO DE LULA, E DEMAIS AUTORIDADES, NO DIA EM QUE O ÓLEO DO PRÉ-SAL JORROU.

PETROBRAS É A "MÃE DA INDÚSTRIA"

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Brasil vai acionar EUA na OMC

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B r a s i l p o d e a p r esentar em dois meses uma ação contra os Estados Unidos na Organização Mundial de Comércio (OMC) devido à taxa sobre as importações de etanol, afirmou ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Amorim considerou "indevida" a taxa aplicada pelas autoridades norte-americanas,

mas disse que uma avaliação jurídica está sendo finalizada "para não entrar levianamente em um caso". "Minha leitura é a de que é um caso muito forte, e sendo um caso muito forte existe uma boa chance de que iremos entrar", completou Amorim em entrevista à imprensa. Não existem prazos para a demanda, mas "pode ocorrer em um mês, dois meses", de-

pendendo da "avaliação final" que o Brasil fizer com produtores e advogados. Os EUA cobram uma tarifa de 54 centavos de dólar por galão importado, o que é visto pelos produtores como um obstáculo para as exportações de álcool feito a partir de cana-deaçúcar para o mercado norteamericano. O biocombustível dos EUA é produzido a partir do milho. (Reuters)

o evento que marcou a extração do primeiro petróleo da camada présal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou a Petrobras como a "mãe" da indústria do País, que para ele deve ser usada para desenvolver a economia brasileira. Em meio a especulações da criação de uma nova estatal para cuidar do pré-sal, o presidente criticou os que dizem que a Petrobras "vai ser abandonada", o que, segundo ele, é uma preocupação também do presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli. "É como se eu dissesse que minha mãe não presta, que eu quero outra, porque a Petrobras é uma mãe para a indústria do País", disse Lula. O presidente participou, a bordo do navio-plataforma JK (P-34), do início da extração em Jubarte. Ele acompanhou o processo e sujou as mãos com o petróleo extraído, carimbando em seguida os macacões das autoridades presentes no campo de Jubarte, na bacia de Campos, em frente ao Espírito Santo. No momento de carimbar a ro u p a d a m i n i s t r a D i l m a Rousseff (Casa Civil), colocou as mãos nas costas da presidenciável para 2010. Também ressaltando as importantes descobertas na camada de présal, Dilma, recorreu ao escritor Monteiro Lobato, que militou em defesa do petróleo brasileiro. "O Brasil é o Sítio do PicaPau Amarelo. Achamos petróleo atrás do galinheiro", disse, citando trecho do livro O poço do Visconde, no qual Dona Benta vê jorrar petróleo em seu quintal. "Estamos como Dona Benta, repetindo para a Emília: me belisca, me belisca." Indústria naval – Lula citou os investimentos bilionários da Petrobras nos próximos anos, dizendo que nos próximos anos a empresa vai precisar de 200 plataformas , 38 sondas e mais uma série de bens e serviços para desenvolver os campos descobertos. Ele disse que, frente ao papel

Jamil Bittar/Reuters

Troféu: Lula ergue a "taça" cheia da riqueza indefinida do pré-sal.

desenvolvimentista da Petrobras para o País, não adianta a estatal economizar US$ 100 milhões contratando estaleiros de Cingapura, em vez de fomentar a indústria nacional. O presidente voltou a afirmar que os recursos do pré-sal vão ser usados para acabar com a pobreza e para pagar a dívida com a educação pública. Gabrielli fez questão de frisar que, apesar de a empresa ser a principal responsável pela descoberta do pré-sal, essa riqueza deve ser usada para o crescimento do País, deixando claro que está afinado com o discurso de Lula. Segundo ele, a exploração no campo do Jubarte será muito útil para as futuras produções em todas as áreas do pré-sal. O campo de Jubarte teve descobertas em águas rasas e perto da costa, com uma espessura muito menor – apenas 200

metros de sal, ante os mais de 2 quilômetros de Santos, onde está Tupi. Os testes de longa duração em Jubarte, que começou ontem a produzir cerca de 18 mil barris diários de petróleo de alta qualidade (30 graus API), serão fundamentais para a obtenção de dados para a exploração da reserva de Santos. A estatal ainda não sabe o tamanho da reserva de Jubarte, que já produz 35 mil barris de petróleo por dia na camada pós-sal. Com o pré-sal, o Brasil pode se tornar uma potência mundial se forem confirmadas as estimativas para toda a área, que se estende do Espírito Santo a Santa Catarina, e que talvez contenha bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural). Somente em Tupi, o volume seria entre 5 e 8 bilhões de barris, cerca de metade das atuais reservas provadas pela Petrobras. (Agências)

Vice pede respeito aos contratos

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Brasil não pode, "de forma alguma", desrespeitar os contratos já firmados na questão da exploração das reservas de petróleo na camada do pré-sal na Bacia de Santos. A afirmação foi feita ontem pelo vice-presidente da República. "A Petrobras alcançou um patamar de

conhecimento tecnológico que é de fazer inveja no mundo inteiro, principalmente na exploração de óleo em águas profundas", destacou. Alencar evitou dizer se é contra ou a favor da criação de uma nova estatal para administrar os recursos provenientes da exploração do petróleo

SECRETARIA DO GOVERNO COMUNICADO REF.: 2º leilão para alienação das Reduções Certificadas de Emissão - RCE (Créditos de carbono) 1. A Prefeitura do Município de São Paulo, por intermédio da Secretaria do Governo Municipal, vem comunicar a todos os interessados que os prazos constantes dos itens 3.2.4 e 3.2.8 do Edital de Leilão nº 01/2008, para alienação das Reduções Certificadas de Emissão - RCE, serão prorrogados conforme segue: a) item 3.2.4 - de 16 dias úteis anteriores à data para realização do leilão para 12 dias úteis anteriores à data para realização do leilão. b) item 3.2.8 - de 11 dias úteis antes da data de realização do leilão para 10 dias úteis antes da data de realização do leilão. 2. Permanecem inalterados os demais prazos constantes do Edital. STELA GOLDENSTAIN Secretária Adjunta Secretaria do Governo Municipal

SECRETARIA DE GESTÃO COORDENADORIA DE GESTÃO DE BENS E SERVIÇOS Acha-se aberta licitação na modalidade PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS N° 043/2008 CGBS - Processo Administrativo nº 2007-0.368.925-4, que tem por objeto o FORNECIMENTO DE DOCE DE LEITE EM PASTA. A abertura será procedida pela CPL2, no dia 01/10/2008 às 10:30 horas, na Rua Líbero Badaró, nº 425, 3º andar. Acha-se aberta licitação na modalidade PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS N° 044/2008 CGBS - Processo Administrativo nº 2008-0.201.896-0, que tem por objeto o FORNECIMENTO DE ARROZ - LONGO FINO - TIPO 1 e ARROZ - LONGO FINO TIPO 2. A abertura será procedida pela CPL, no dia 02/10/2008 às 10:30 horas, na Rua Líbero Badaró, nº 425, 3º andar. Acha-se aberta licitação na modalidade PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS N° 045/2008 CGBS - Processo Administrativo nº 2008-0.195.205-7, que tem por objeto o FORNECIMENTO DE MISTURA PARA O PREPARO DE CANJICA. A abertura será procedida pela CPL2, no dia 07/10/2008 às 10:30 horas, na Rua Líbero Badaró, nº 425, 3º andar. Os Editais e seus anexos poderão ser adquiridos pelas interessadas no horário das 09h30 às 15h30, até o último dia útil que anteceder a abertura, mediante o recolhimento aos cofres públicos da importância de R$ 0,15 (quinze centavos) por folha, por meio da DAMSP que será fornecida no DGSS.21, na Rua Líbero Badaró, 425, 3º andar, Centro, ou através da Internet pelos sites http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br. e www.comprasnet.gov.br.

abaixo da camada de sal. "A forma que se vai explorar é muito simples: seguindo a orientação da Petrobras." Sem sal – A festa armada em torno do projeto recebeu críticas, uma vez que o País já produz petróleo no pré-sal desde a década de 1960, em campos terrestres e na Bacia de Campos. "O Brasil conhece o pré-sal há mais de 30 anos. A única novidade são as grandes reservas de Santos", afirma o geólogo Giuseppe Bacoccoli, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bacoccoli lembra que alguns dos primeiros projetos a entrar em operação na Bacia de Campos, ainda na década de 1970, como Badejo e Enchova, produzem óleo de reservatórios abaixo do sal. Para eles, mesmo em jazidas acima da camada de sal, avaliações precipitadas podem trazer surpresas desagradáveis. Como no campo de Golfinho, na Bacia do Espírito Santo, que teve viabilidade confirmada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2004. Mas, no ano passado, os técnicos perceberam que o volume de água extraído pelos poços era cada vez maior, reduzindo o potencial de produção de óleo. Atualmente, Golfinho produz 50 mil barris por dia, cenário que levou a estatal a deslocar uma das plataformas para o projeto Cachalote, próximo a Jubarte. (AE)


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Locomotivas

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ais uma pesquisa, a Datafolha, revela que o presidente Lula e o governador José Serra são os principais cabos eleitorais de seus candidatos à Prefeitura de São Paulo. Os governos de ambos são aprovados por 49% e 39% da população, respectivamente, em São Paulo. Lula já participou da primeira carreata com sua candidata, Marta Suplicy, na zona leste. Mas Serra ainda não saiu a tiracolo com nenhum candidato. O governador continua apoiando Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab no primeiro turno. Lula e Serra podem ser decisivos na campanha do segundo turno, pois as pesquisas indicam que a eleição em São Paulo deve ser resolvida em dois turnos. participação de José Serra na campanha do exgovernador ainda no primeiro turno. Em princípio, Serra deseja participar diretamente da campanha apenas no segundo turno, apoiando o adversário de Marta Suplicy: Alckmin ou Kassab.

DECISÃO

Na carreata que fez com Marta, o presidente voltou a ressaltar a "fase ótima" que o País atravessa. O presidente considera fundamental para a campanha presidencial do PT em 2010 o partido reconquistar a Prefeitura paulistana.

EMPURRÃO As próximas pesquisas vão revelar até que ponto é importante a participação de Lula na campanha de Marta. A petista continua liderando as pesquisas, seguida de Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Paulo Maluf, pela ordem.

ATRAÇÃO

SINTONIA Apesar de Marta anunciar que o município terá mais verbas do governo federal se ela ganhar a eleição, também Gilberto Kassab lembra o eleitor que existe perfeita sintonia entre a União e a Prefeitura paulistana.

VOTOS Kassab garante que, se for reeleito continuará administrando o município com a colaboração dos governos federal e estadual. O prefeito ressalta, por exemplo, que está aplicando R$ 1 bilhão nas obras de ampliação do Metrô.

APOIO Os aliados de Geraldo Alckmin estão à espera da

Os eleitores paulistanos vão assistir a um duelo importante entre Lula e Serra no segundo turno. Os petistas acham que Marta levará vantagem sobre o adversário devido à alta popularidade de Lula.

CONVENCIMENTO Os alckmistas lembram que Serra deve ser o candidato presidencial do PSDB. Por isso, é fundamental para o partido se reconquistar a Prefeitura de São Paulo. Detalhe: em 2010, a Capital paulista deve concentrar 10 milhões de eleitores.

COLIGAÇÃO

Com a presença de Lula ao seu lado, Marta espera conquistar votos nas classes média e baixa. A candidata continua tentando convencer o eleitor de que é importante para São Paulo o PT ganhar a eleição.

O objetivo de José Serra, por sua vez, é salvar a coligação PSDB/DEM no segundo turno. O governador não deseja correr o risco de perder o apoio dos democratas na eleição Presidencial. Serra não quer que Alckmin e Kassab se agridam mutuamente, a ponto de tornar a coligação improvável no turno final.

BRIGA José Serra disputa a legenda presidencial do PSDB com outro governador, Aécio Neves (MG). Por enquanto, o governador paulista vem liderando as pesquisas para o Planalto com 40% de intenção de voto.

INDECISÃO A direção nacional do PSDB acha que é cedo demais para decidir se a escolha do candidato tucano à presidência levará em conta a posição dos pretendentes nas pesquisas. Se depender de Aécio Neves, a indicação será feita por meio de prévia.

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Aqui você encontra o DC

Presidentes, governadores e prefeitos construíram 50 km de metrô. Como ela vai construir 60? Paulo Maluf

ALCKMIN RETOMA CRÍTICAS A MARTA

Eymar Mascaro

APELO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008 Djalma Vassão/Folha Imagem

Alckmin nega haver divisão dentro do PSDB

CENAS DE CAMPANHA Helvio Romero/AE

Partido seguirá unido, diz. Kassab (DEM) evita comentar jantar de apoio de Serra a Alckmin

O

candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou, ontem, que seu partido esteja dividido. "O DEM (partido do prefeito e também candidato Gilberto Kassab) tem todo o direito de ter candidato. O PSDB também tem (esse direito). Temos muito mais condições de vencer o PT. Não desmereço ninguém (em relação ao Kassab), mas temos chances de vencer no segundo turno o PT." Alckmin abriu ontem o segundo dia de sabatinas do Grupo Estado com os candidatos à Prefeitura da Capital. Geraldo Alckmin preferiu relevar as questões de disputas internas de seu partido, afirmando que são naturais e que o PSDB marchará unido. "É melhor disputar do que ter de mão beijada", disse, acrescentando que, se for eleito, pretende ficar os quatro anos na Prefeitura e dará "todo o apoio" a José Serra na corrida à Presidência da República. O prefeito e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, evitou ontem comentar a informação de que o PSDB estaria organizando um jantar para oficializar o apoio do governador José Serra a Alckmin. Questionado sobre o assunto, Kassab voltou a insistir: "Importante são as propostas". E a pouco mais de um mês das eleições, disse que "a campanha ainda está no início". 'Meu querido' – Apesar de tentar demonstrar indiferença diante do possível engajamento de Serra na campanha tucana, Kassab voltou a classificar o governador de "meu querido governador José Serra", ao falar sobre suas propostas para a cidade. Kassab fez as declarações após assistir à missa de sétimo dia do banqueiro e político Olavo Setúbal. O prefeito de São Paulo mostrou naturalidade ao comentar a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em campanha junto com a candidata Marta Suplicy (PT) no fim de semana, disse ter "um lado em São Paulo". Para Kassab, "isso (a declaração) não causa surpresa a ninguém. Todos sabem que o presidente declarou seu apoio à ex-prefeita Marta", disse. Kassab citou sua boa aprovação, e lembrou que vem subindo nas pesquisas. Pediu que o eleitor compare as gestões anteriores com a dele. "O eleitor deve comparar o que foi feito na nossa gestão e o que ela (Marta) fez. Ao identificar a nossa candidatura com nossa gestão, vai fazer a pergunta: 'se está bom, por que mudar?'". Atrasada – Já Geraldo Alckmin, ao falar das pesquisas de intenção de voto, criticou a realizada pelo Ibope, que registrou duas quedas seguidas de seu nome. Para ele, a pesquisa do Ibope "está atrasada em 15 dias" e ainda não captou o crescimento que sua candidatura está tendo. Sobre o Datafolha (na qual ele aparece estável), o tucano disse que está mais perto da realidade. "Vou trabalhar para ir ao segundo turno, que é uma outra eleição".

Luiz Carlos Murauskas/FI

Distante da petista Marta Suplicy, Alckmin admite que o PT tem força na cidade, mas avalia que a votação da candidata deva ser menor. "Na pesquisa anterior, estava em 41%, agora está em 39%". Segundo o candidato, a vantagem de Marta nas pesquisas eleitorais deve-se à propaganda do PT, e a população só começa a se interessar pelas eleições após 7 de Setembro. "Acho que o resultado da eleição em 5 de outubro será bem diferente", completou. Evelson de Freitas/AE

A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Marta Suplicy (acima), mantém a liderança nas pesquisas de intenção de votos. E se mantém, também, como alvo preferido dos candidatos que vêm imediatamente a seguir nas pesquisas. Caso de Geraldo Alckmin (PSDB), vice nas intenções, que durante uma sabatina promovida pelo jornal "O Estado de S. Paulo", criticou a ex-prefeita. Enquanto os dois primeiros colocados ficaram entre tapas e beijos, Gilberto Kassab, candidato pelo DEM, marcou presença na missa de sétimo dia do banqueiro Olavo Setúbal. Valéria Gonçalvez

Na visão de Alckmin, a transferência de votos do presidente Lula para Marta já aconteceu e não tem grande efeito. "O presidente tem todo o direito de apoiar a candidata de seu partido. Não há nenhum fato novo, há quatro anos já fez isso. Não teve efeito nenhum, (Marta) perdeu a eleição (a reeleição em 2004). Submarino atômico – O candidato do PP, Paulo Maluf, que também participou da missa de sétimo dia de Olavo Setúbal, acusou, à saída, a candidata Marta Suplicy (PT) de mentir ao prometer construir 63 quilômetros de metrô na cidade até 2014, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo. "Todos os presidentes, governadores e prefeitos juntos construíram 50 quilômetros de metrô. Como ela vai construir 60 quilômetros sozinha, se essa nem é a atribuição dela? É absoluta mentira", disse Maluf. "É como se ela prometesse construir o submarino atômico para a Marinha." Maluf ironizou os planos da petista para alterar o projeto de expansão do metrô. "É muito fácil pegar a planta da cidade, fazer oito rabiscos e dizer 'aqui vai passar a linha do metrô'". A petista tem sido alvo preferencial dos ataques do candidato. No horário eleitoral de segunda-feira, a campanha de Maluf usou a frase "relaxa e goza" dita por Marta quando ministra do Turismo no ano passado em meio à crise do setor aéreo. A Justiça Eleitoral, no entanto, concedeu ontem liminar determinando que a propaganda que contém a frase seja retirada do ar. A decisão de proibir a veiculação foi tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a partir de representação do PT. (Agências)

Ida de Lula a Belo Horizonte mobiliza candidatos

A

primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Belo Horizonte, após o início oficial da campanha eleitoral, mobilizou os principais candidatos a prefeito da capital mineira, que tentam colar suas imagens na popularidade do presidente. Está prevista para o início da noite de amanhã a presença de Lula na sessão especial da 7ª edição do Festival Lixo e Cidadania, quando será assinado um convênio de cooperação técnica e desenvolvimento tecnológico entre a Itaipu Binacional e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Na campanha em Belo Horizonte, as referências ao presidente estão concentradas nas candidaturas de Márcio Lacerda (PSB), Jô Moraes (PC do B) e Leonardo Quintão (PMDB), respectivamente os três pri-

meiros colocados nas pesquisas de intenção de voto. Apesar do alerta da Secretaria Geral da Presidência da República de que trata-se de um ato oficial e a Lei Eleitoral impede a participação de candidatos, Quintão e Jô já disseram que pretendem comparecer ao evento. "Estarei junto com o Lula em qualquer lugar. Onde o Lula subir, eu subo atrás. O Lula é de todos, ele é querido e bem-vindo em qualquer palanque. Não se pode apropriar do presidente", ressaltou, numa referência a Lacerda – apadrinhado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT ), que procura difundir nos programas eleitorais o apoio de Lula à sua candidatura. "O Lula depende muito do PMDB e ele é sábio nesses momentos", reforçou Quintão. (AE)


Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Se algum de vocês souber (o autor do grampo), a gente pode resolver logo o problema. Presidente Lula

Ricardo Stuckert/AFP

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DILMA AFASTA CRISE INSTITUCIONAL

Lula: afastamento demonstrou 'transparência'

José Luís da Conceição/AE

Presidente pede a jornalistas que revelem o autor do grampo no Supremo

O Alencar: "Falo tranqüilamente ao telefone, mas às vezes me lembro: posso estar sendo grampeado" Evelson de Freitas/AE

Para a ministra, é um absurdo considerar os grampos como falta de controle do governo sobre a Abin

Dilma nega crise institucional Ministra diz que governo está em "pleno exercício da sua administração"

A

despeito das críticas que o governo vem sofrendo no caso dos grampos de telefonemas de representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que o governo está em pleno exercício da sua administração. "Não existe a menor crise institucional. O governo está em pleno controle da situação", afirmou Dilma, após participar de evento realizado em São Paulo para comemorar os 40 anos da revista "Veja". Para ela, é um absurdo os críticos do governo considerarem um episódio como este como falta de controle sobre a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Vivemos um dos melhores momentos que esse País já passou", afirmou. "O afastamento da diretoria da Abin é um cuidado para garantir a lisura das investigações, nada mais nada menos." Ela não quis fazer comentários a respeito da responsabili-

dade ou não da direção da Abin neste caso e afirmou que o episódio vai exigir investigação. "Vivemos numa democracia que garante o direito de defesa. Primeiro as pessoas são consideradas inocentes", afirmou. Para a ministra, o afastamento da diretoria da Abin deve-se a este cuidado do governo em garantir a lisura das investigações. "Até onde sei, o governo fez o afastamento. Não sei se houve da parte do delegado Paulo Lacerda a iniciativa também", disse. Dilma afirmou não ter condições de informar se também foi grampeada. "Até agora não tenho elementos para dizer. Se isso se confirmar, acho um absurdo da mesma forma que achei quando se tratou do (ministro do STF) Gilmar Mendes e acharei um absurdo quando se tratar de qualquer cidadão brasileiro", salientou. Ela voltou a citar a época da ditadura, em que não havia a garantia dos direitos individuais. Para a ministra, a democracia deve ser preservada por

todos. "A nossa reação não é a de achar que não há democracia. A democracia sempre deve ser construída." Questionada pelos jornalistas se esse não era um discurso pro forma de um ministro, ela respondeu: "Não, meu querido, esse é um discurso de ministra-chefe da Casa Civil, absolutamente consciente de que o governo está de fato realizando seu compromisso." Futuro – A ministra mostrou-se entusiasmada em participar da extração dos primeiros volumes de óleo do pré-sal do campo de Jubarte, na bacia de Campos, no Espírito Santo. "O pré-sal pode colocar gás no desenvolvimento econômico", disse Dilma, acrescentando que o País já está no caminho do crescimento, possui uma nova classe média e perspectivas de investimentos privados da ordem de R$ 1,4 trilhão até 2013 já mapeados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "O País está hoje em situação de tranqüilidade." (AE)

'Grampo é insulto à democracia'

O

governador de São Paulo, José Serra (PSDB), classificou o episódio envolvendo a escuta telefônica ilegal do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes –

conforme denúncia da revista ''Veja'' – de "deplorável". Na sua avaliação, essa prática, além de deplorável, deve ser combatida com energia. "Isso fere a democracia. É um insulto à

Evelson de Freitas/AE

"Esse aparato ganhou vida própria", afirmou o governador

democracia a existência de forças paralelas clandestinas fazendo esse trabalho de escuta. Tem que ter mudanças legais que tragam mais proteção à sociedade contra atos clandestinos", afirmou o tucano. O governador disse não acreditar que o grampo ilegal do telefone do presidente do STF possa ter sido cometido sob o comando de alguma autoridade governamental, de algum ministro ou do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas o fato é que esse aparato ganhou vida própria", criticou Serra, defendendo o combate a essa prática por refletir a existência de "forças paralelas" que não respeitam a lei nem as instituições. (AE)

afastamento do diretor Paulo Lacerda e de toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi uma ação "para demonstrar que há transparência" na investigação sobre grampos contra autoridades dos três Poderes, justificou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente disse aos jornalistas que, se eles souberem quem fez a gravação e disserem a ele, ficará mais fácil. "A fonte falou com jornalistas, não foi comigo. Se algum de vocês souber e quiser facilitar a investigação, a gente pode resolver logo o problema. Se não, teremos que investigar com muita profundidade", afirmou Lula. Com base em agente anônimo da Abin, a revista "Veja" publicou matéria com transcrição de uma gravação de telefonema entre Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e acusou a agência como responsável. 'Pela raiz' – Escutas telefônicas sem autorização do Judiciário são uma violência, uma ilegalidade e, portanto, um crime. A afirmação foi feita ontem pelo vice-presidente da República, José Alencar, após participar de evento da comemoração dos 40 anos da revista 'Veja'. "É preciso cortar isso pela raiz", afirmou. O processo de investigação de grampos telefônicos sem autorização do Judiciário será feito da forma mais rápida possível, garantiu Alencar. Ele admitiu que hoje não há segurança de nenhum brasileiro em relação a telefone, internet, e-mail ou "coisa que o valha". Segundo Alencar, há mais de 400 mil telefones rastreados por esse tipo de técnica, mas fez questão de enfatizar que há duas formas de fazê-lo. A primeira seria por meio do grampo oficial, com permissão do Judiciário e objetivo de elucidar algo que está sendo escamoteado. "Isso é válido", afirmou. Há também, conforme Alencar, um sem-número de pessoas sem vínculo com nenhuma instituição pública, mas que podem ser especialistas em grampear telefonemas para depois vender os grampos para uso político ou empresarial. A saída para resolver a questão, na opinião do vice-

Lula Marques/Folha Imagem 30.10.06

Garcia suspeita "daqueles que têm hábito de privatizar o Estado"

presidente, é por meio da tecnologia. "Se a tecnologia nos levou a isso, é preciso usar a tecnologia para bloquear e dar segurança ao uso de todos os aparelhos", considerou. Para José Alencar, também é necessário construir uma legislação capaz de punir os culpados. "Eu falo tranqüilamente ao telefone, mas às vezes me lembro: posso estar sendo grampeado", afirmou. "Tenho tomado mais cuidado quando falo com as namoradas", brincou, reforçando que a sua esposa não se incomodará com a piada porque têm quase 50 anos de casamento.

Se a tecnologia nos levou a isso (grampos), é preciso usar a tecnologia para bloquear e dar segurança ao uso de todos os aparelhos. José Alencar 'Fato inaceitável' – O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que a prática de grampo, que atingiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, "é um fato inaceitável". De acordo com ele, o grampo não é uma iniciativa da Abin. "Talvez seja de pessoas da Abin", afirmou. Garcia defendeu as investigações "não só para expurgar pessoas abrigadas no Estado para atentar contra a democracia, mas também para esclarecer quais interesses estão em jogo".

Sérgio Lima/Folha Imagem

Chinaglia: lei para punir escutas é 'conversa mole'

O

"Tem que apurar e punir, isso é foco", afirmou

De acordo com ele, quem está interessado em promover escuta clandestina não é o Estado Brasileiro, nem o governo, nem os poderes Legislativo e Judiciário. Segundo ele, o interesse "pode ser daqueles que têm hábito de privatizar o Estado". O assessor especial evitou responder se o interesse seria de algum dos envolvidos na operação Satiagraha da Polícia Federal, que incluiu as prisões temporárias do sóciofundador do Opportunity, Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Garcia deu as declarações em entrevista coletiva durante intervalo do seminário comemorativo dos 10 anos do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Palácio Itamaraty, no Rio. Trezza assume – O secretário de Planejamento, Orçamento e Administração da Abin, Wilson Roberto Trezza, responderá pelo órgão até o término das investigações sobre a responsabilidade pelo grampo telefônico no STF. A portaria do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Em outra portaria, o Gabinete determinou o afastamento "preventivo" do diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, do diretor-geral adjunto, José Milton Campana, e do diretor de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Pinto. Os três, segundo a portaria, passam a responder "pelo expediente" no Gabinete de Segurança Institucional. O afastamento dos diretores foi definido na segundafeira, após reunião no Palácio do Planalto que contou com a participação de ministros do Supremo. (AE)

presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou ontem que há lei em vigor que permite punir os responsáveis por realização de escutas ilegais e que não se deve, neste momento, tentar desviar o foco, defendendo a votação de projetos neste sentido. "Isso é conversa mole. Se há crime, tem que ser investigado e apurado. Existe lei e a lei pune com dois a quatro anos de prisão. Misturar os dois assuntos seria tentar arranjar uma desculpa. Tem que apurar e punir, isso é foco", disse o presidente da Câmara. Chinaglia, no entanto, não descartou a possibilidade de o Congresso discutir e votar aperfeiçoamento da lei. Segundo ele, existe um projeto de autoria da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que poderia nortear a discussão. Ele se disse incomodado com tantas autorizações judiciais para escutas, sem qualquer tipo de controle. (AOG)


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Empresas Finanças Nacional Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PARALISAÇÕES EM MONTADORAS PODE CRESCER

8,5

por cento foi o crescimento da indústria brasileira em relação a julho do ano passado

EFEITOS NEGATIVOS DOS JUROS NÃO APARECERAM, E INSUMOS LEVARAM À ALTA DA PRODUÇÃO.

SETOR INDUSTRIAL ACELERA O RITMO

A

Nerivelton Araújo/AAN

Greve na Samsung de Campinas e em outras empresas. No ABC, não houve acordo com sindicato patronal.

Metalúrgicos mantêm aviso de greve

D

epois de uma tarde de negociações com o Sindicato Nacional das Indústrias de Veículos Automotores (Sinfavea), os metalúrgicos do ABC paulista mantiveram o aviso de greve feito às montadoras no último domingo. A conversa terminou ontem "sem grandes avanços" para os trabalhadores, de acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre. O Sinfavea propôs a reposição da diferença da inflação nos salários, mais aumento real de 1,25%. "A proposta avançou um pouco em relação ao valor de 0,5% sugerido na negociação anterior, mas é insuficiente", disse Nobre. Nova rodada de negociações está agendada para as 14 horas de hoje. Como o prazo do aviso de greve de 48 horas se encerra antes disso, é possível que haja

manifestações em algumas fábricas. "Não será greve geral. Mas, como estamos longe de acordo, vamos demonstrar nosso descontentamento." O sindicalista alegou que, com os recordes sucessivos de vendas da indústria automobilística, é possível melhorar a proposta. "Todos os economistas têm dito que o crescimento se deve à recuperação do poder de compra e dos salários. Não reajustar significa jogar contra o crescimento", disse. O Sinfavea não quis se manifestar sobre a rodada. No Vale do Paraíba, interior de São Paulo, os trabalhadores estão mobilizados para paralisar as atividades nas empresas caso não haja acordo. Ontem, houve nova rodada de negociações convocada pelos sindicatos patronais. "A greve é quase irreversível, pois não acreditamos numa nova pro-

posta convincente dos patrões", disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates. A categoria reivindica 18,83% de reajuste salarial, reposição das perdas cada vez que a inflação atingir 3% e piso de R$ 1.450. Em Jacareí, cerca de 600 trabalhadores da Wirex Cable cruzaram os braços. Os metalúrgicos também ameaçam parar a General Motors por 24 horas, depois de duas paralisações-relâmpago, ocorridas na sexta-feira e na segunda-feira. Nas fábricas da Volkswagen e da Ford em Taubaté, os trabalhadores entraram em estado de greve depois de paralisarem as atividades, na manhã de ontem. No Paraná, cerca de 8 mil metalúrgicos decidiram ontem paralisar as atividades nas montadoras Renault-Nissan e Volkswagen-Audi. (AE)

União homoafetiva passa no STJ Sílvia Pimentel

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Justiça fluminense será obrigada a julgar ação que pede o reconhecimento de união homossexual movida por um agrônomo brasileiro e um canadense que vivem juntos há quase 20 anos. Porém, os ministros do Superior Tribunal de Justiça não se manifestaram sobre a legalidade ou não desta união. A decisão, obtida por um placar de 3 votos a 2, é da Quarta Turma do STJ, ao analisar recurso do casal contra decisão da Vara de Família, mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que extinguiu o processo sob a alegação de "impedimento jurídico" de ação do gênero. Esta é a primeira vez que o STJ analisa processo envolvendo direitos de um casal formado por pessoas do mesmo sexo no âmbito do Direito de Família. Terceira apelação – O casal ingressou com a ação de reconhecimento de união estável de quase 20 anos na 4ª Vara de Família de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, com o objetivo de obter visto permanente para o canadense morar no Brasil. Os dois se casaram legalmente no Canadá. Como o pedido foi negado, eles recorreram ao Tribunal de Justiça do Rio de Ja-

neiro, que também rejeitou a solicitação por entender que não há previsão legal para a união. Derrotados mais uma vez, eles apelaram ao STJ. O voto decisivo e favorável ao pedido do casal, que buscava o reconhecimento da união na Vara de Família, foi dado pelo ministro Luís Felipe Salomão. Antes, os ministros Pádua Ribeiro, relator do processo, e Massami Uyeda, já haviam se pronunciado no mesmo sentido, pois entenderam que, na legislação brasileira, não há impedimento ao reconhecimento da união estável entre homossexuais. Mas os ministros Fernando Gonçalves e Aldir Passarinho Junior votaram pela extinção do processo. Na opinião da advogada Sylvia Maria Mendonça do Amaral, do escritório Mendonça do Amaral Advocacia, a decisão da Turma foi acertada e positiva. " Os ministros se limitaram a analisar a possibilidade jurídica de ingressar com ação de reconhecimento da união estável, que era o objeto do recurso", explica. Para a advogada Sylvia, a posição do tribunal deverá servir de parâmetro para as decisões futuras dos juízes de primeira instância, que passarão, ao menos, a analisar sob a ótica do Direito de Família os pedidos de reconhecimento de uniões homoafetivas. Na área

MAIS NA INTERNET: www.dcomercio.com.br ❏ Fenasucro ganha impulso com onda do etanol

do direito patrimonial, já há decisões desse tribunal reconhecendo o direito dos homossexuais de receberem pensão por morte e metade dos bens nos casos de separação.

produção de bens intermediários, especialmente de insumos para a construção civil e agricultura, e o maior número de dias úteis impulsionaram a alta da produção industrial em julho, que apresentou crescimento de 1% em relação a junho, 8,5% em relação a julho do ano passado, 6,6% no ano e 6,8% em 12 meses. Para o coordenador de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Silvio Sales, o setor mostrou "resultados amplamente positivos" em julho, que "confirmam um momento de elevação de ritmo produtivo". Segundo ele, a indústria vinha apresentando estabilidade até maio e, a partir de junho, voltou a mostrar sinais de aceleração, confirmados em julho apesar do aperto na política monetária a partir de abril. "Os efeitos dos juros chegariam antes no varejo e isso não apareceu ainda", afirmou. Ele disse que, na indústria, os juros afetariam primeiro decisões de investimentos, mas os dados de bens de capital mostram que isso não ocorreu. De acordo com Sales, não há sinal de arrefecimento da demanda. Para reforçar essa tendência, ele argumentou que a produção industrial acumula, em junho e julho, alta de 3,9%, aumento não registrado em dois meses acumulados desde outubro de 2003. Segundo ele, os bens intermediários lideraram a expan-

Alimento derruba inflação em SP

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inflação na cidade de São Paulo até a quarta quadrissemana de agosto, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) e que registrou taxa de 0,13%, foi a menor registrada desde a terceira semana de março deste ano, quando subiu 0,11%. A informação foi dada pelo economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. De acordo com ele, esse cenário de inflação baixa na capital paulista foi resultado da

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - TOMADA DE PREÇOS Nº 040/2008 - PROCESSO Nº 14.796/2008 - CANCELAMENTO DE LICITAÇÃO - OBJETO: Contratação de empresa para execução de serviços de controle tecnológico em obras ou serviços de pavimentos flexíveis novos, recuperação de pavimentação existente (tapa buraco) e pavimentação rígida; controle tecnológico de aterros e controle tecnológico de execução de obras de concreto armado. Cancelo o procedimento licitatório na modalidade Tomada de Preços, com fundamento no Artigo 49 da Lei Federal nº 8.666/ 93 e alterações posteriores, considerando as razões apresentadas constantes no processo supracitado. São Carlos, 02 de setembro de 2008. Newton Lima Neto - Prefeito.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO - site: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 034/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma no Núcleo Municipal de Reabilitação. Sec. Mun. Saúde. Limite p/entrega dos envelopes 18/09/2008 às 17:00h e abertura dia 19/09/2008 às 08:30h. MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 035/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para instalação de novo sistema de iluminação pública da Avenida Fernando Costa. Limite p/ entrega dos envelopes 18/09/2008 às 17:00h e abertura dia 19/09/2008 às 09:00h. MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 036/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma geral da E.M. José Barbar Cury. Sec. Mun. Educação. Limite p/ entrega dos envelopes 18/09/2008 às 17:00h e abertura dia 19/09/2008 às 08:30h.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE - PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 107/2008 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1389/2008. Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se acha aberto o Pregão Eletrônico nº 107/2008, tendo como objeto a aquisição de dois veículos tipo utilitário, para transporte e distribuição de medicamentos, conforme características, especificações e quantidades constantes dos anexos II e III. O Edital, na íntegra, poderá ser obtido no site www.bb.com.br, opção Licitações. O recebimento das propostas dar-se-á até as 9:00hs do dia 16 de setembro de 2008 e o início da sessão de disputa dar-se-á as 14:30hs do dia 16 de setembro de 2008. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350. São Carlos, 02 de setembro de 2008. Cristhian Jesus dos Santos - Pregoeiro ALVORECER - ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS CNPJ. (MF) n° 62.511.019/0001-50

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

O Alvorecer - Associação de Socorros Mútuos, pelo seu presidente do Conselho de Administração, e atendendo às disposições estatutárias (Art. 21, § 1° - letra a ), convoca a todos (as) os (as) Associados (as) para a Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no dia 27 de setembro de 2.008, à Rua Viri,425 (Clube Escola Jardim São Paulo) - Jardim São Paulo, às 8:30 horas em 1ª convocação, com a presença de 1/3 dos associados, ou às 09:00 horas em 2ª convocação, com qualquer número (Art. 23 do Estatuto), tendo como pauta os seguintes: a) Leitura da Ordem do Dia; b) Composição da Mesa (Presidente e Secretaria); c) Leitura, discussão e votação da Ata da Assembléia Geral anterior; d) Debater assuntos diversos de interesse social. Participação de associados maiores de 18 (dezoito) anos de idade e em dia com suas obrigações estatutárias. Silvio José Ferraz Tavares-Presidente do Conselho de Administração.

PREFEITURA DE FRANCA AVISO DE REABERTURA DE LICITAÇÃO Processo nº 12.308/08 – Concorrência nº 023/08 – Aquisição de material de limpeza. O Sr. Presidente da Comissão Permanente de Licitações torna público que ficam habilitadas a prosseguirem no certame as licitantes Marita Comércio e Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda., Peg Lev Secos e Molhados Ltda., Papalix Plásticos Descartáveis Ltda., Ultra Produtos de Limpeza Ltda.EPP, Comercial João Afonso Ltda., Dorival Stuginski Junior & Cia Ltda., SS Silveira Comercial Ltda., Nutricionale Comércio de Alimentos Ltda., FF Pereira Alimentos-ME, Rodrigo Garcia Cáceres Barion-EPP, Gimenes e Pavan Ltda.-ME, Super Serv Secos e Molhados Ltda. Fica agendada a data de 10 de setembro de 2008, às 15h30, a abertura dos envelopes “propostas”, na Sala de Licitações desta Prefeitura, na Rua Frederico Moura, 1517 – 1º andar do Paço Municipal. Franca, 02 de setembro de 2008. Sérgio Luiz Romero Gerbasi - Presidente da Comissão Permanente de Licitações

❏ Analista elogia mudança de contabilidade fiscal da União ❏ Governo vai criar balança de serviços em 2009 ❏ Banco do Brasil vai reforçar apoio a esporte ❏ BNDES vai desembolsar R$ 8,4 bilhões para energia

são da produção industrial, junto com bens de consumo duráveis e bens de capital – que já vinham na liderança. Os bens intermediários respondem por cerca de 60% da estrutura industrial e vinham apresentado resultados modestos mas, segundo Sales, houve a confirmação de um ganho de ritmo dessa categoria em ju-

lho, com expansão de 1,1% ante junho e de 7,5% ante julho do ano passado. Segundo ele, ainda que estejam muito vinculados às exportações, já que incluem commodities como minério de ferro, os intermediários estão sendo puxados especialmente pelo mercado interno, sobretudo os insumos para construção e agricultura. Metalurgia – Na comparação com julho de 2007, a alta na produção de bens intermediários foi gerada, principalmente, "pelos itens associados à metalurgia básica (10%), indústrias extrativas (8,6%), outros produtos químicos (7,8%) e minerais não-metálicos (10,5%). De acordo com o IBGE, houve boa contribuição "vinda dos insumos para construção civil com crescimento de 14,4%, melhor resultado desde julho de 1996 (16,8%)." Já a produção de bens de consumo registrou queda de 0,3% em julho ante junho, e aumento de 6,1% em relação a julho de 2007. No ano, houve alta de 4,8% e em 12 meses, de 5,2%. Dentro dos bens de consumo, os duráveis registraram queda de 5,2% na produção em julho ante junho. Sales sublinhou que esse recuo na produção de bens de consumo duráveis está muito mais relacionada ao aumento das importações do que à diminuição da demanda. "No caso dos duráveis, é preciso olhar para o varejo; não há arrefecimento da demanda." (AE)

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queda de 0,64% nos preços dos alimentos – a queda mais intensa desde a segunda semana de março deste ano, quando o setor de alimentação teve deflação de 0,78%. O economista informou que, em São Paulo, houve intensificação nas quedas de preços de arroz e feijão (de -1,29% para -2,46%); hortaliças e legumes (de -5,76% para -6,78%); laticínios (de -1,17% para -2,07%) e massas e farinhas (de -0,84% para -1,02%). "Houve quedas de preços tanto nos ali-

mentos processados quanto nos in natura", comentou. De acordo com Braz, o grupo dos alimentos foi responsável pelas desacelerações ou deflações mais fracas em seis das sete capitais brasileiras pesquisadas, entre a terceira e a quarta quadrissemana de agosto. "Com certeza o setor de alimentação foi determinante para esse cenário", disse. A continuidade nesse cenário de desaceleração poderá continuar ocorrendo, segundo o economista. (AE)

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS TOMADA DE PREÇOS Nº 045/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 12934/2008 Faço público, de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a contratação de empresa especializada de engenharia para execução de serviços de construção da CEMEI Deputado Vicente Botta no Bairro Jardim Ipanema com fornecimento de mão-de-obra e material, conforme Memorial Descritivo, Planilha de Orçamento Básico e Projeto, constantes dos Anexos IV a VI do presente edital, que serão fornecidos em CD-ROM. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Episcopal, 1.575 – 3º andar, Centro, São Carlos, fone (16) 3362-1162, a partir do dia 03 de setembro de 2008 até o dia 19 de setembro de 2008, no horário das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidas na Sala de Licitações até 09:00 horas do dia 19 de setembro de 2008, quando após o recebimento, iniciar-se-á a sessão de abertura. São Carlos, 02 de setembro de 2008. João Carlos Pedrazzani - Presidente da Comissão Permanente de Licitações

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/0569/08/05 OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE KITS DE SEGURANÇA PARA EQUIPAMENTOS MULTIMÍDIA E FORNECIMENTO DE CAIXA DE SOM, MICROFONE E CABOS PARA AS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para o fornecimento e instalação de kits de segurança para equipamentos multimídia e fornecimento de caixa de som, microfone e cabos para as Escolas da Rede Pública Estadual do Estado de São Paulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 03/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Avenida São Luis, 99 - Centro - São Paulo/SP - CEP 01046-001, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 16/09/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

DIXIE TOGA S.A. - Companhia Aberta - CNPJ nº: 60.394.723/0001-44 - NIRE: 35.300.027.175 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação Em cumprimento ao disposto no artigo 135 da Lei 6.404/76, ficam convocados os Senhores acionistas da Dixie Toga S.A. (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, às 8h30 do dia 15 de setembro de 2008, na sede social da Companhia, situada na Rua Paes Leme, nº 524, conjunto 151, Pinheiros, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Ordem do Dia - (i) aprovar a alteração da sede administrativa da Companhia, a partir do mês de janeiro de 2009, para a Avenida Mário Haberfeld, 555, Térreo - Setor A, Parque Novo Mundo, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP. 02145-000, com a conseqüente alteração do caput do Art. 2º do Estatuto Social da Companhia que dispõe: “A sociedade tem sede na Rua Paes Leme, 524, conjunto 151, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo”; e (ii) autorizar a venda do imóvel de propriedade da Companhia, situado na Avenida Guido Caloi, 864 - Bairro do Socorro, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com área construída de 14.479,00m² e 25.861,48m² de terreno, pelo valor de R$ 18.700.000,00 (dezoito milhões e setecentos mil reais). Instruções Gerais - (i) Os documentos pertinentes às matérias da Ordem do Dia estão à disposição dos Senhores acionistas na sede da Companhia. (ii) Os instrumentos de mandato de representação dos acionistas deverão ser depositados na sede social até 48 (quarenta e oito) horas antes da realização das Assembléias. Tratando-se de acionista pessoa jurídica, a procuração deverá vir acompanhada dos atos constitutivos. (iii) Os acionistas participantes da Custódia Fungível de Ações Nominativas das Bolsas de Valores que desejarem participar da Assembléia deverão apresentar extrato emitido até 2 (dois) dias úteis antes da sua realização, contendo a respectiva participação acionária, fornecido pelo órgão custodiante. São Paulo, 29 de agosto de 2008. Henry Theisen - Conselho de Administração (29,02,03)

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 02 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Reqte: Comwatts Distribuidora Ltda. Reqdo: Elétrica SM Ltda. - Rua Vinte e Um de Abril, 1.000 - 2ª Vara de Falências Reqte: Anaconda Industrial e Agrícola de Cereais S/A - Reqdo: Mafeme Comércio de Produtos Alimentícios Ltda. - Rua Vergueiro, 7.014 - 2ª Vara de Falências

Reqte: Carotti Eletricidade Industrial Ltda. - Reqdo: Valcont Válvulas Conexões e Tubos Ltda. - Av. Alcântara Machado, 94 - 2ª Vara de Falências Reqte: H Betarello Curtidora e Calçados Ltda. - Reqdo: Centro Calçadista das Américas Ltda. - Av.Washington Luis, 5.685 - 1ª Vara de Falências


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Estilo Finanças Nacional

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MEIRELLES DEFENDE META DE INFLAÇÃO

bilhões de reais deve ser o volume total da oferta inicial de ações da Visanet na BM&F Bovespa

QUEDA DO PRODUTO INFLUENCIOU RECUO DAS COMMODITIES E, CONSEQÜENTEMENTE, DO IBOVESPA.

PETRÓLEO FAZ BOLSA CAIR 1,37% Visanet deve estrear com volume recorde

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mercado de capitais brasileiro, que passa por um período de entressafra, deve ganhar novo impulso com a abertura de capital da Visanet na BM&FBovespa. A companhia protocolou na última segunda-feira pedido de registro de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). A expectativa é de que essa seja a maior operação desse gênero na bolsa brasileira, movimentando R$ 7 bilhões. A principal concorrente da Visanet, a Redecard, estreou na bolsa no ano passado. Seu IPO movimentou R$ 4,642 bilhões – maior operação de abertura de capital registrada

até então. Depois vieram outras operações vultosas, como OGX (R$ 6,711 bilhões), Bovespa Holding (R$ 6,6 bilhões) e BM&F (R$ 5,983 bilhões). Fundada em 1995, a Visanet é responsável pela captura e processamento de transações e pela gestão da rede do sistema Visa no Brasil. A companhia se diz líder do setor de cartões de pagamento no Brasil, em termos de volume financeiro, com participação de 45,3%. O segmento movimentou R$ 176,2 bilhões no primeiro semestre de 2008, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). (AE)

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Chip East/Reuters

Furacão menos intenso que o esperado mexeu com os negócios em NY

Para Mantega, inflação está sendo "debelada".

O Parcelamento de dívidas

dispensa certificação digital Adriana David

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s contribuintes que querem aderir ao parcelamento simplificado de débitos de até R$ 100 mil da Receita Federal pela internet, iniciado no último dia 1º, não precisarão da certificação digital. A adesão pode ser feita com um código gerado após a indicação de documentos – Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o objetivo é facilitar o processo de início do parcelamento, até então trabalhoso por causa da obrigatoriedade da certificação digital. Antes, se empresa não tivesse o documento eletrônico, devia procurar as unidades da Receita Federal para aderir. "A Receita quer evitar que as pessoas procurem os postos de atendi-

mento", diz o consultor tributário Flávio de Oliveira. A certificação digital já é obrigatória para as empresas que recolhem tributos pelo lucro real. "No entanto, as empresas que têm mais débitos são as de pequeno porte, que não aderiram à certificação digital por causa do custo, de cerca de R$ 250", afirma Oliveira. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar, concorda que a Receita criou essa opção justamente para atender as empresas que não têm a certificação. Mas ele diz que as pessoas jurídicas de todos os portes deveriam ter certificação digital. Ela permite que o contribuinte tenha acesso a todo seu banco de dados. "O valor da certificação ainda está alto, mas não é caro pelos benefícios que oferece", diz Chapina.

ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a inflação já está sendo debelada no País. "Todos os índices estão caindo, mês a mês. Estamos muito satisfeitos." De acordo com ele, a desaceleração dos preços significa que a meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste e nos próximos dois anos "é correta, adequada". Mantega participou em São Paulo do seminário "O Brasil que queremos ser", em comemoração dos 40 anos da revista "Veja". O ministro citou a pesquisa semanal Focus, que mostrou que o mercado prevê taxa inferior a 6,5% para o indicador em 2008, abaixo do teto da meta. "Esse dado é importante num ano em que a inflação disparou em todo o mundo", disse. Mantega, no entanto, evitou comentar se o IPCA do próximo ano convergirá para o centro da meta no primeiro ou no segundo semestre. "Quem cuida disso é o Banco Central." No mesmo evento, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez uma defe-

sa veemente do regime de metas de inflação. "Esse é o melhor modelo do mundo", disse, contestando a tese de que o ciclo de alta da taxa básica seria inócuo diante de uma inflação "importada", resultado de alta mundial de commodities. Segundo ele, a influência externa sobre os preços é importante, mas o consumo interno aquecido "adiciona certa complexidade ao processo". A análise de Meirelles é bem diferente da do vice-presidente da República, José Alencar, outro conferencista no evento. "Há um diagnóstico seguro de que a pressão inflacionária é provocada pelas commodities. Não é o aumento do juro que vai conter essa pressão", afirmou. Para ele, o Brasil ainda tem um enorme contingente de pessoas que consomem apenas o básico. Portanto, juros mais altos não seriam capazes de inibir esse consumo. "Combate à inflação se faz com equilíbrio fiscal, e esse equilíbrio é prejudicado em parte pelos juros altos, que aumentam o peso do serviço da dívida pública", disse o vicepresidente, crítico constante da política do BC. (Agências)

en f r aq u e ci m e nt o Na bolsa paulista, os destado furacão Gustav ques de quedas na sessão de fez as cotações do ontem foram Petrobras ON petróleo fecharem (2,39%) e PN (3,22%) e Vale ON com forte baixa, carregando (2,31%) e PNA (1,63%). Os paconsigo os preços das commo- péis das companhias siderúrdities metálicas. Esse movi- gicas também operaram em mento influenciou negativa- baixa, mas as ações dos bancos, mente a bolsa paulista, que ter- que acompanharam os papéis minou o pregão em queda com do setor nos Estados Unidos e a desvalorização das ações da ainda reagiram ao anúncio de Petrobras e da Vale. A baixa só que a Visanet fará uma Oferta não foi maior porque o setor Pública Inicial no mercado (leia bancário operou em alta, dan- mais nesta página), deram aldo algum suporte ao principal gum alívio ao Ibovespa, ao feíndice do mercado brasileiro. charem com valorização. Pela terceira sessão seguida, Em Nova York, o índice Dow o Ibovespa, índice que serve de Jones terminou o dia em baixa referência para o mercado bra- de 0,23%, o S&P perdeu 0,41% sileiro de e o Nasdaq reações, recuou cuou 0,77%. 1,37%, para Balanço – 54.404 pontos. No fim de Durante a sesa g o s t o , são, o indica5 2 9 . 0 8 9 p e sdor oscilou soas físicas inmil pessoas entre mínima vestiam em físicas investiam de 54.207 ponações na bolsa tos (baixa de no mercado brasileiro brasileira, an1,73%) e máxite 528.769 em de ações no fim ma de 55.412 julho. De acordo com levanpontos (avando mês passado, ço de 0,45%). tamento da mostra balanço da B M & F Bo v e sNo mês, o IboBM&FBovespa. vespa acumupa feito com l a p e rd a s d e base em dados 2,29%. O giro d a C o m p afinanceiro totalizou R$ 4,2 bi- nhia Brasileira de Liquidação e lhões, mais que o dobro do re- Custódia (CBLC), 48,8% dos gistrado anteontem, mas ain- investidores do mercado acioda abaixo da já fraca média de nário brasileiro são de São Pausetembro, de R$ 4,8 bilhões. lo. Em seguida, vêm os aplicaOs investidores nos Estados dores do Rio de Janeiro, que reUnidos voltaram do feriado do presentam 25,36% do total. Dia do Trabalho ontem dispos- Os homens ainda são maioria tos a devolver todo o prêmio (76,34% dos investidores). que embutiram nos preços do O número de pessoas que enpetróleo antes que o Gustav traram na bolsa até agosto é atingisse as instalações no Gol- maior do que em 2007. fo do México. Como os estraA B M & F B o v e s p a i n f o rgos foram menores do que os mou que a contagem do núesperados, a correção foi forte. mero de aplicadores é feita O contrato para outubro da por Cadastro de Pessoa Física commodity, negociado no pre- (CPF) registrado em cada um gão da Nova York Mercantile dos agentes de custódia; porExchange (Nymex), recuou tanto o mesmo investidor po4,98%, para US$ 109,71 no fe- de ser contabilizado mais de chamento – menor cotação uma vez, caso utilize mais de desde o dia 8 de abril. uma corretora. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

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Internacional

Hemisfério Norte no olho dos furacões

AFP

Após o Gustav, outras quatro tempestades tropicais ameaçam o Caribe e os EUA AFP

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Os fortes ventos trouxeram prejuízos para Nova Orleans

temporada de furacões no hemisfério Norte atingiu o seu ápice em setembro. O temido furacão Gustav provocou mortes e destruição no Caribe, mas perdeu força ao atingir os EUA. No entanto, outras quatro tempestades tropicais já se formaram - Hanna, Ike, Josephine e Karina - e mantêm os norte-americanos sob alerta. "Com base nos indícios climáticos colhidos em agosto, prevemos que setembro será bastante ativo", disse Bill Gray, fundador do grupo de pesquisa sobre furacões da Universidade Estadual do Colorado. Dos quatro furacões previstos pela equipe para setembro, ao menos dois devem ser intensos ou "grandes", com ventos de mais de 170 km/h. Os grandes furacões são os que ficam na Categoria 3 a 5 da escala Saffir-Simpson, que possui cinco níveis. Segundo os cientistas, o maior número de furacões decorre de temperaturas da superfície do oceano maiores que o normal, nenhum sinal do fenômeno El Niño no Pacífico e pressões mínimas na superfície do Atlântico tropical. O ano de 2008, que já teve dez tempestades batizadas, viu o surgimento do furacão Gustav, que perdeu força após atingir o litoral de Louisiana (EUA) como um furacão de categoria 2. O sistema de barragens de Nova Orleans, devastada pelo Katrina em 2005, manteve a cidade seca. Apesar disso, as autoridades pediram para que os 2 milhões de moradores ainda não retornassem, pois a energia elétrica precisava ser restaurada. As seguradoras avaliam que o prejuízo atinja até US$ 10 bilhões (R$ 16,6 bilhões). Houve oito mortes atribuídas à tempestade nos EUA e mais de 60 no Caribe.

O furacão Gustav perdeu força, mas provocou enchentes

As atenções também estavam voltadas para o furacão Hanna, de categoria 1, que estacionou sobre as Bahamas. O fenômeno causou enchentes e matou pelo menos 11 pessoas até agora. O Centro Nacional de Furacões dos EUA advertiu que Hanna poderia passar como um furacão pelo país em até dois dias. Outra tempestade recém-formada é a Ike. A previsão era de que o fenômeno poderia se tornar um furacão ainda hoje e se aproximaria das Bahamas no domingo. Mais à leste, a tempestade tropical Josephine se formou ontem e se dirigia a oeste com ventos de 65 quilômetros por hora. Essa poderia se tornar um furacão hoje ou amanhã. No Pacífico, a tempestade Karina se formou ao sul da península da Baja Califórnia (México). A previsão era de que ela não atingisse terra firme. (Agências)

AFP

EUA precisam de McCain, diz Bush Presidente norte-americano diz que republicano protegerá o país na ofensiva Reuters

Calendário da convenção, com duração de quatro dias, volta ao normal após passagem do furacão

Cresce oposição contra Morales Agora é a vez da Justiça Eleitoral barrar os projetos do presidente boliviano

A

Justiça Eleitoral boliviana suspendeu o referendo convocado por decreto pelo presidente Evo Morales para que a população ratifique ou rejeite uma nova proposta de Constituição para o país. A resolução, tomada pela Corte Nacional Eleitoral na noite de segunda-feira, foi rechaçada pelo governo da Bolívia, adicionando uma disputa jurídica ao amplo conflito político que atinge o país. Os juízes alegaram motivação jurídica para se oporem à consulta popular. De acordo com a Justiça boliviana, a convocação de referendo é atribuição do Poder Legislativo e não do Executivo. "Nós suspendemos o referendo por causa de impedimentos jurídicos", disse o juiz eleitoral José Luis Exeni, presidente do tribunal. A convocação, segundo ele, "está nas mãos do Congresso". Morales aprovou a realização do referendo na semana passada, a pedido de sindicatos e entidades sociais. Segundo a ordem de Morales, a votação ocorreria em dezembro. Analistas acreditam que a decisão da Justiça adia por tempo indeterminado a realização do referendo, uma vez que seria improvável uma

AFP

No Irã, Morales acusou os juízes de se 'subordinarem aos neoliberais'

aprovação da matéria pelo Congresso no curto prazo. Enquanto a Câmara dos Deputados é dominada por parlamentares governistas, o Senado está nas mãos da ferrenha oposição a Morales. O ministro da Casa Civil, Juan Ramón Quintana, e o ministro de apoio às nacionalizações, Héctor Arce, sustentaram que a decisão da corte não tem "efeito jurídico" e, portanto, não invalidaria a realização do referendo. Em visita oficial ao Irã, Morales acusou os magistrados de se "subordinarem à direita neoliberal", que, segundo ele, busca "prejudicar o processo de mudança".

O embate entre o governo e a Corte Nacional Eleitoral surge enquanto a oposição de direita, forte nas regiões mais ricas do país, anuncia a realização de protestos contra o referendo. Por meio dessa consulta popular, Morales pretende sancionar um projeto de Constituição de viés socialista. Junto com a consulta sobre a nova Constituição, que, segundo a oposição, tentaria transformar a Bolívia em uma nova Cuba, Morales também convocou eleições para substituir algumas autoridades regionais destituídas de seus cargos no referendo de confirmação de mandato realizado em agosto. (Agências)

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Convenção Nacional Republicana voltou a ter agenda normal ontem, um dia após o furacão Gustav ter encurtado a sessão de abertura do encontro que formaliza a candidatura do republicano John McCain à presidência dos EUA. O destaque de ontem foi o atual presidente norte-americano, George W. Bush, que ressaltou a segurança nacional e falou aos delegados, via satélite, sobre a capacidade de McCain de substituí-lo na Casa Branca. Bush buscou atrair apoio a McCain e afirmou que os EUA precisam de alguém que "proteja" o país. "Precisamos de um presidente que entenda as lições (dos atentados) de 11 de setembro de 2001: que para proteger a América precisamos ficar na ofensiva, conter os ataques antes que ocorram, e não esperar para sermos atingidos outra vez", alertou Bush, via satélite, aos republicanos no Centro Xcel, em Saint Paul, em Minnesota. "O homem que precisamos é John McCain", concluiu o presidente, da Casa Branca.

Bush destaca liderança de McCain

A decisão de Bush não aparecer na convenção parece se acomodar aos interesses da campanha de McCain, que desde o início tenta se dissociar do impopular presidente. Por causa dos atrasos provocados pelo furacão Gustav, boa parte do calendário da convenção ainda está incerta. A companheira de chapa de McCain, Sarah Palin, está programada para fazer seu discurso hoje, na mesma noite em que deve ocorrer a votação do candidato presidencial por aclamação. McCain deverá fazer seu discurso amanhã. Dias após McCain anunciar que havia escolhido a quase desconhecida governadora do Alasca, Sarah Palin, para ser a candidata a vice-presidente, uma série de revelações - in-

cluídas a que sua filha adolescente e solteira estaria grávida e que seu cunhado foi preso ao dirigir bêbado - alimentou especulações que a equipe do candidato republicano fracassou em escolher o vice. Mas McCain disse ontem que está satisfeito que a biografia de Palin tenha sido verificada, ao dizer aos repórteres em Filadélfia que "o processo foi completo e eu estou agradecido pelos resultados." Protestos - A polícia do Estado de Minnesota informou ontem que deteve 286 pessoas durante protestos contra a guerra realizados em Saint Paul, onde ocorre a convenção. Entre os detidos estava um fotógrafo da A s s oc i a t e d Press, liberado algumas horas após a prisão. No total, quatro jornalistas foram detidos; todos foram libertados. Os violentos protestos contrastam com a relativamente pacífica Convenção do Partido Democrata, que ocorreu na semana passada em Denver, e na qual 152 pessoas foram detidas, em quatro dias de eventos. (Agências)

AFP

HOMENAGEM Pedreiros iniciaram ontem a construção do Museu e Memorial 11 de Setembro no Marco Zero, local onde ficavam as Torres Gêmeas antes dos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York. O museu fará homenagem às 3 mil vítimas dos ataques.


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Finanças Tr i b u t o s Estilo Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Além da enciclopédia, Barsa tem em catálogo 18 itens, especiais para médicos e crianças.

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A velha e boa enciclopédia conquista adeptos na era da internet

Fotos: Fábio D'Castro/Hype

Interesse de pais em garantir aos filhos acesso a informações confiáveis mantém vendas. Mas também há editoras que se renderam à rede de computadores.

A

pesar de a internet ser um instrumento cada vez mais presente no cotidiano escolar, muitas famílias continuam investindo na boa e velha coleção de livros. Apenas neste ano, a editora Barsa Planeta – responsável pela enciclopédia Barsa, lançada no Brasil em 1950 – deve vender cerca de 65 mil coleções, com 18 volumes cada uma, 10 mil a mais do que em 2007. Uma das hipóteses para o sucesso, em plena era da tecnologia, é a preocupação dos pais com a veracidade do conteúdo pesquisado na internet. Pelo menos essa é a opinião do militar Douglas Santarelli e da mulher, a desenhista Andrea Mitiyo Hirai, que aproveitaram a última edição da Bienal do Livro para comprar produtos Barsa para os filhos Leonardo, de cinco anos, e Jú-

Vanessa Rosal

A vendedora Andrea apresenta volumes da Barsa à mulher e aos filhos do militar Santarelli na Bienal

Fotos: Divulgação

Larousse investe nas crianças

Volume de ciências

Sandra, da Barsa: clientes índios.

lia, de 12. "Tínhamos em casa uma coleção de 1980, muito desatualizada. Então, decidimos fazer o investimento", diz Santarelli. Para adquirir a enciclopédia, é preciso desembolsar cerca de R$ 5 mil. "Mas vale a pena. É cultura", acrescenta. Segundo Santarelli, além de divulgar informações duvidosas, a internet não substitui o prazer da pesquisa nos livros.

Outro detalhe: no computador existe a possibilidade de "copiar e colar", que ele vê como prejudicial ao aprendizado das crianças. "Quando eu era garoto, adorava folhear as enciclopédias, procurar os assuntos no índice por ordem alfabética. Faz parte do nosso desenvolvimento escolar, e é isso que eu quero para meus filhos", afirma o militar.

A diretora de treinamento e marketing da Barsa Planeta, Sandra Cabral, diz que as famílias que compram enciclopédias buscam informação confiável. "Mas elas não abrem mão de tecnologia", afirma. Por isso, a empresa oferece conteúdo impresso com 132 mil verbetes, DVD e internet, na Enciclopédia Barsa Universal Multimídia.

As atualizações do DVD podem ser feitas no site da Barsa, com senha fornecida na compra. E as vendas não se restringem às famílias das grandes capitais. Sandra conta que há clientes até em tribos indígenas do Amazonas. "Vendemos para uma tribo que fica a 400 quilômetros de Manaus. O pajé pagou com cartão de crédito, e o representante precisou andar 12 quilômetros na mata para fazer a entrega." Acontecimentos curiosos como esse evidenciam a necessidade que o ser humano tem de se informar. "Na tribo, os índios tinham até computador, mas reclamavam da falta de internet. Nessa situação, a enciclopédia era muito importante", afirma Sandra. Outro motivo para o crescimento da Barsa, segundo ela, é a capacitação dos representantes comerciais da empresa.

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SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº 001/SMSP/SP-IT/2008 REPUBLICAÇÃO PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2008-0.175.430-1 OBJETO: IMPLANTAÇÃO DO PARQUE LINEAR ÀS MARGENS DO CÓRREGO ÁGUA VERMELHA - 2ª FASE, SOB JURISDIÇÃO DESTA SP-IT 1. A SUBPREFEITURA ITAIM PAULISTA, da Prefeitura do Município de São Paulo, com sede na Av. Marechal Tito, 3012, Jd. Miragaia, Itaim Paulista - São Paulo - Capital, doravante denominada SP-IT, TORNA PÚBLICO, para conhecimento de quantos possam se interessar que, por meio da Comissão Especial de Licitação, doravante denominada COMISSÃO, constituída nos termos da Portaria 013/2008/SP-IT/GAB, integrante deste processo administrativo, fará realizar licitação na modalidade CONCORRÊNCIA PÚBLICA, nos termos e condições fixados no Edital e em seus anexos. 2. LOCAL: SUBPREFEITURA DO ITAIM PAULISTA (SP-IT) Av. Marechal Tito, 3012, Jd. Miragaia, Itaim Paulista - São Paulo - Capital. 3. LOCAL, HORÁRIO E DATA PARA O RECEBIMENTO DOS ENVELOPES: SP-IT, Av. Marechal Tito, 3012, Jd. Miragaia, Itaim Paulista, ATÉ ÀS 09:30 HORAS DO DIA 06 DE OUTUBRO DE 2008. 4. LOCAL, HORÁRIO E DATA DA SESSÃO DE ABERTURA: Auditório, Av. Marechal Tito, 3012, Itaim Paulista, ÀS 10:00 HORAS DO DIA 06 DE OUTUBRO DE 2008. 5. PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO DE: 04 DE SETEMBRO DE 2008 A: 01 DE OUTUBRO DE 2008 6. O extrato do instrumento convocatório encontra-se afixado em local visível na Praça de Atendimento, situada no saguão de entrada da Subprefeitura e será disponibilizado na internet na página http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/. 7. O projeto executivo não estará disponibilizado na internet. 8. O “Caderno de Licitações”, composto do Edital, Anexos, e o Projeto Executivo objeto da licitação encontram-se à disposição dos interessados no Setor de Licitações da SP-IT, no mesmo endereço citado acima, no horário das 10:00 às 15:30 horas, A PARTIR DE 04/09/08 ATÉ O TERCEIRO DIA ÚTIL ANTERIOR À DATA DESIGNADA PARA ABERTURA DO CERTAME, mediante o recolhimento, na rede bancária credenciada, através de Guia de Arrecadação, da importância correspondente a R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos), por cópia, por página, conforme item 18 da Tabela integrante do Decreto 49.065/2007. 8.1. O “Caderno de Licitações” e o projeto executivo não serão disponibilizados na internet. 8.2. As informações administrativas relativas ao presente certame poderão ser obtidas no local indicado no item 2, ou pelos telefones 6561-6064 r. 2059 ou, no caso de informações de caráter técnico, na Coordenadoria de Projetos e Obras, no mesmo endereço do item 2, no horário das 10h00 às 16h00 - Tel. 6561-6064 r. 2024 - ENGº AGUINALDO. 9. VISITA TÉCNICA 9.1. As empresas interessadas em participar desta licitação ESTARÃO OBRIGADAS A REALIZAR VISITA TÉCNICA ao local de execução das obras, emitindo um Relatório com pelo menos quatro fotografias, devidamente assinado. 9.1.1. A visita deverá ser realizada pelos responsáveis técnicos ENGENHEIRO ELÉTRICO; ENGENHEIRO CIVIL E/OU ARQUITETO, REGISTRADOS E COM SITUAÇÃO REGULAR JUNTO AO CREA, que deverão assinar o Relatório técnico. 9.1.2. As visitas deverão ser feitas no decorrer do prazo legal de divulgação da C.P. até 01/10/2008, prazo máximo para consultas. 9.1.3. As despesas decorrentes da visita, bem como as demais incorridas na fase de elaboração da proposta, correrão por conta da empresa interessada, sem qualquer direito a indenização, reembolso ou compensação a qualquer título. O licitante não poderá alegar, à posterior, desconhecimento de qualquer fato. 9.2. O Relatório Técnico integra o item 15.4 (Qualificação Técnica), devendo ser juntado à Documentação de Habilitação.

Quem ultrapassa a meta chega a receber até R$ 20 mil mensais – 30% da venda total. A vendedora Andrea de Pinho Reis, que é economista, por exemplo, foi eleita por quatro anos consecutivos a melhor vendedora do Brasil na categoria "venda por venda". "Procuro sempre fazer vendas casadas de enciclopédias com outros produtos da editora", diz. Além da enciclopédia, há no catálogo 18 itens, voltados para médicos e crianças. Entre eles, o Atlas de Anatomia, que já vendeu 2 milhões de unidades. Segundo o diretor operacional, Nereu Clovis Redivo, os novos produtos contribuem para a expansão dos negócios e já representam 30% do faturamento da Barsa Planeta. Fora do mercado Apesar de os executivos da Barsa apresentarem dados positivos em plena era da internet, outras enciclopédias deixaram de ser produzidas por causa da web. A editora francesa Larousse praticamente se despediu dos livros tradicionais neste ano ao lançar uma ambiciosa versão online, que pretende brigar no mercado de língua francesa com a líder mundial Wikipedia. O chefe do projeto, Sebastien Capelin, diz que já não há mercado para as extensas edições de 30 ou 40 volumes que antes decoravam as estantes das casas. Desde que entrou no ar, em 15 de maio, o site recebe 30 mil visitas diárias. No entanto, há investimentos na área infantil. A Larousse tem atualmente uma coleção de enciclopédias para crianças, intituladas "Meu primeiro Larousse". As publicações ensinam os pequenos sobre o mundo dos animais, da ciência, da língua portuguesa e da geografia. Quem não se lembra também da famosa enciclopédia Conhecer, lançada em fascículos no final da década de 1960? Organizada por temas, tornou-se obra indispensável para pesquisas escolares. Recorde absoluto de vendas, em 30 anos teve treze edições, com cerca de 100 milhões de exemplares vendidos. Virou raridade, mas ainda é comercializada em sites como o Mercado Livre, onde há coleções inteiras sendo vendidas por R$ 70. Desde a Antigüidade, a humanidade procurou agregar o conhecimento em obras que pudessem ser consultadas pelo maior número possível de pessoas. A primeira enciclopédia de que se tem notícia, a "Suda", foi feita por sábios bizantinos no século 10 depois de Cristo e é responsável por grande parte do conhecimento da cultura grega antiga que se tem hoje. Já a "Encyclopédie", de Diderot e D'Alembert, publicada na França no fim do século 18, inaugurou a era dos grandes números do conhecimento: um total de 28 volumes, 71,8 mil artigos, 2,9 mil ilustrações, 16,5 mil páginas e 140 colaboradores.


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Nacional Empresas Negócios Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008 Valéria Gonçalves/AE

800 pessoas participaram da missa de 7º dia de Olavo Setubal.

FORD APOSTA EM EXPANSÃO NO MERCOSUL

Pal Pallai/AFP

De volta a Doha

O Ford Focus chega mais cedo ao Mercosul

P

ela primeira vez, um carro desenvolvido e produzido pela Ford na Europa chega às linhas de montagem do Mercosul apenas cinco meses após o lançamento internacional. Normalmente, o prazo médio para início da produção em países emergentes varia de dois a três anos. "Às vezes, bem mais que isso", diz o presidente da Ford do Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira. O novo Focus, com início de vendas em outubro, será feito na Argentina com 60% da produção destinada ao

mercado brasileiro. O carro é exemplo da confiança depositada pela matriz americana na região da América do Sul, que tem registrado sucessivos lucros operacionais, enquanto nos Estados Unidos o grupo enfrenta grave crise, fechamento de fábricas e corte de pessoal. Oliveira lembra ainda que o momento econômico brasileiro é positivo para o mercado de veículos mais caros, do segmento chamado pela indústria de C, com produtos acima de R$ 50 mil.

Mike Stobe/AFP

Ikesaki: loja de beleza com novo visual.

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Ikesaki Cosméticos, localizada no bairro da Liberdade, na capital paulista, passou por uma reforma e já atende o público com a fachada totalmente repaginada. Os objetivos da reestruturação são tornar a circulação do público mais confortável, ampliar o atendimento e entrar no espírito das comemorações dos 100

anos da imigração japonesa. A loja é famosa pelos cursos e workshops que realiza para divulgar novas técnicas na área de tingimento, além do setor de equipamentos, móveis e da elaboração de design de ambientes. Eles atraem profissionais de beleza de diversas cidades de todo o País. A inauguração oficial será em duas semanas.

OURO E US$ 1 MILHÃO – Em razão das oito medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Olímpicos de Pequim, o nadador norteamericano Michael Phelps recebeu US$ 1 milhão da Speedo, patrocinadora do atleta. Ele agora pretende criar uma fundação.

GM: bem na Índia.

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General Motors abriu sua segunda fábrica na Índia, com capacidade de produção de 300 mil carros ao ano. A unidade recebeu investimentos de US$ 300 milhões e fará carros menores e mais econômicos, como o Spark. O presidente da empresa, Frederick Henderson, disse que a companhia vai bem na Ásia porque os aumentos de preços de combustíveis tiveram pouco impacto nos países emergentes.

Dívida paga

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presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse que o país pagará a dívida de cerca de US$ 6,7 bilhões com o Clube de Paris. "Eu assinei um decreto ontem que autoriza o ministro de Economia a usar os recursos das reservas de livre disponibilidade do Banco Central para pagar a dívida com o Clube de Paris", disse a presidente, durante discurso em cadeia nacional.

BÚSSOLA

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Apple está planejando um evento para 9 de setembro, em San Francisco, com o tema "Let's Rock", fomentando especulações de que a fabricante do iPod e do iPhone apresentará novos produtos.

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Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a Etihad Air Ways, a Air Arábia e a Rak Air Ways, dos Emirados Árabes, a voarem para o Brasil, dentro do acordo bilateral reformulado entre os dois governos.

Com AE, AG e Reuters. Colaborou Paula Cunha.

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governo brasileiro quer aproveitar a abertura da Assembléia Geral da ONU, neste mês, para tentar retomar negociações da Rodada Doha, disse o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais Marco Aurélio Garcia. Segundo ele, podese tentar um "acordo de princípios" entre os líderes mundiais.

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São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 2008

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PIROTECNIA ANTIGRAMPO

Ed Ferreira/AE

nflamado, Lula disse que acabar com a crise dos grampos depende de Veja: se ela revelar a fonte da escuta, "resolve logo o problema". Ele e a ministra Dilma, no pré-sal, e o assessor Marco Aurélio, o general Félix (foto) e o vice José Alencar, em Brasília, atuaram como bombeiros: os arapongas podem até ser da Abin, mas a Abin não mandou espionar o STF, nem senadores. Palavra de ordem de Lula: transparência. Págs 5, 6

'O Brasil é o Sítio do Pica-Pau Amarelo' Depois que o presidente Lula, a bordo de navio plataforma da Petrobras, extraiu e exibiu o primeiro petróleo da camada pré-sal, em Jubarte, na Bacia de Campos, a ministra Dilma citou trechos do livro 'O Poço do Visconde', de Monteiro Lobato, e como Dona Benta, pediu: "Me belisca, me belisca!". E 6 Marcelo Carnaval/Agência O Globo

O novo Google Ao lançar o navegador Chrome, promete mais estabilidade, rapidez e segurança na guerra para desbancar Internet Explorer e Firefox. E 4

Enciclopédia de papel Mesmo com a expansão da internet, a velha Barsa, lançada no Brasil em 1950, deve vender 65 mil coleções em 2008: 10 mil amais do que em 2007. E 10

HOJE Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ

Kimberly White/Reuters

Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 14º C.

Zona Azul: comércio protesta Mudança na Teodoro complica operação de carga e descarga. C 1

Vários cartões, uma máquina Lançado abaixo-assinado de apoio ao projeto de lei que prevê a unificação dos sistemas de máquinas de cartões de crédito e débito. E 1


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

1 Faixa da CET informa motoristas sobre as novas restrições ao estacionamento.

Zona Azul: nova regra irrita comércio na Teodoro Sampaio Para lojistas, descarregar caminhões de mercadorias ficou bem mais difícil Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Maristela Orlowski

A

s novas regras que restringem o estacionamento na Zona Azul, impostas pela Prefeitura de São Paulo em 13 vias da Capital, já causam controvérsias. Se, por um lado, as mudanças visam à melhor fluidez do trânsito, por outro, não agradam aos comerciantes locais, que sentem os efeitos da exclusão das vagas e áreas de carga e descarga. Sônia Mari Onishi Ide não pode contar mais com as duas vagas em frente a seu estabelecimento, uma papelaria e informática localizada na rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, zona oeste. Tampouco seus clientes. "Agora, o freguês que vem de carro não tem muita alternativa por perto. Ou ele deixa o carro em estacionamento ou em alguma rua bem mais afastada. Se parar aqui em frente, corre o risco de receber multa", diz. Mais tempo – Segundo ela, é preciso mais tempo para avaliar se as modificações das regras vão alterar ou não os negócios. Mas, em dois dias de vigência, Sônia já verificou dificuldade para descarregar as mercadorias de sua loja. "Tivemos de parar o caminhão em outra via mais afastada e trazer tudo em carrinho o mais depressa possível. Deixamos tudo aqui na frente da loja, porque se levarmos até os fundos, demora mais ainda. É um transtorno", conta. Uma alternativa, para a comerciante, seria criar Zona Azul na rua Capote Valente, a travessa mais próxima de seu estabelecimento. "Mas lá o estacionamento é livre e nunca há vaga." As manobras que os lojistas têm de fazer a partir de agora para descarregar as mercadorias poderá interferir no bolso do cliente, segundo Ricardo Paisana, proprietário da Look

Sônia Onishi Idi: "freguês que vem de carros fica sem muita alternativa"

Reclamações dos comerciantes são as mesmas: perda de vagas na rua

Cosméticos, também na Teodoro Sampaio. "As novas regras só vieram para atrapalhar. No fim das contas, o custo das mercadorias aumentará e isso terá de ser repassado ao consumidor", diz. Quanto ao trânsito, o comerciante acredita que a melhoria não deverá ser tão expressiva. "Vem aqui em horário de pico para ver como é. Não há muita diferença." Quem quiser comprar uma bateria ou um teclado na Super Brasil, loja de instrumentos musicais, também não encontrará mais vaga na rua do estabelecimento, que, até semana passada, era Zona Azul. "Isso vai dificultar bastante nosso trabalho.

As caixas são muito pesadas e teremos de levá-las até o carro do cliente, que não pode mais estacionar em frente", diz o vendedor Deyvis Antônio dos Santos. Problemas já existiam mesmo quando havia vagas para estacionar no outro lado da rua. "Os clientes já reclamavam antes. Quero ver agora." Ele conta, que, há algum tempo, um cliente estacionou em frente para retirar um equipamento e acabou levando uma multa. "Foi coisa de poucos minutos. No fim, tivemos de renegociar o valor da compra com ele, com um desconto, para ressarcir o prejuízo da multa", lembra. Nem a vaga da farmácia esca-

Estacionar na rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, ficou mais difícil, depois das restrições à Zona Azul

pou. "Acredito que haverá uma diferença no movimento a partir de agora. Quem passar por aqui não vai encontrar mais a vaga e não vai ficar rodando até achar outra", diz o proprietário Ney Barbosa. Regras - As mudanças na regulamentação de estacionamento em ruas dos bairros de Pinheiros, Vila Olímpia e Moema feitas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começaram a valer segunda-feira. A intenção é de que, com as alterações, as condições de circulação de veículos e a fluidez do tráfego melhorem nos bairros. Segundo a CET, ação é parte de um programa de readequa-

ção das regras de estacionamento no município, similar ao que foi feito nas regiões do Jardim Paulista e da Consolação. Em Pinheiros, a intenção é de que as mudanças beneficiem o fluxo nas ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde e na avenida Henrique Schaumann. Em alguns trechos será adotada a proibição de estacionamento ou a ampliação do horário de restrição nos períodos de maior movimento. Ao longo das ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde serão excluídas as áreas de carga e descarga. As alterações na Vila Olímpia têm o objetivo de melhorar o fluxo nas ruas internas do bairro. As

ruas principais serão beneficiadas: Funchal, Helena, Rócio, Elvira Ferraz, Gomes de Carvalho e nas avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek. Em Moema, a CET pretende melhorar a circulação na Ibirapuera e na alameda dos Nhambiquaras e na alameda dos Maracatins. A CET implantará cem novas vagas de Zona Azul na Vila Olímpia e em Moema. Também serão criadas onze vagas específicas para carga e descarga nessas regiões. Na Augusta, a mudança nas regras de estacionamento reduziu de 50 para 40 minutos o tempo que os ônibus levam para percorrer toda a extensão da rua, de acordo com a CET.

Uma nova bandeira já tremula na praça Equipe do Corpo de Bombeiros instalou a nova Bandeira Brasileira no mastro da praça da Bandeira. A antiga estava rasgada e foi substituída após denúncias. Geriane Oliveira

Fotos de Brígida Rodrigues/e-SIM

U

ma equipe do Corpo de Bombeiros fez ontem a substituição da Bandeira Brasileira que tremula na praça da Bandeira, no Centro de São Paulo. A operação levou mais de duas horas e envolveu dois carros e 15 homens da corporação, incluindo os funcionários da São Paulo Transportes (SPTrans) e da Subprefeitura da Sé. Segundo o encarregado geral de obras da Subprefeitura da Sé, Nésio Sebastião Alves, a bandeira antiga foi trocada porque acabou rasgada depois de enganchar em um poste de luz localizado no Terminal Anhangabaú, poucos dias depois de ter sido hasteada a meio mastro, em memória do ex-prefeito Olavo Setúbal, que morreu na semana passada. Responsável por mais quatro bandeiras na região do viaduto do Chá, Alves conta que sua troca é feita assim que necessária. "O tempo de vida

No mastro da praça da Bandeira, no Centro de São Paulo, a nova Bandeira Brasileira já tremula

útil da bandeira é de aproximadamente sete meses", informou. Como a bandeira é de porte gigante, a Prefeitura mantém uma unidade em estoque. "A gente troca a bandeira da praça toda vez que ela fica velha, suja ou rasgada",

informou o encarregado. Ele explicou ainda que o símbolo nacional não sofre ações de vandalismo, uma vez que tremula a 60 metros de altura. Anteontem, os bombeiros tiveram de adiar a substituição da bandeira devido a uma incompatibilidade de distância

entre os ilhoses (prendedores) da bandeira nova, de 43 centímetros, e o mastro. A troca da bandeira foi impulsionada por ação e denúncias da ONG Educa São Paulo, indignada com a permanência de uma Bandeira Brasileira danificada no mastro.

Equipe dos Bombeiros levou duas horas para fazer a substituição


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empreendedores Empresas Finanças Nacional

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1,678

BANCOS APOSTAM NA ALTA DO DÓLAR

reais foi a cotação de fechamento do dólar comercial ontem, a maior desde o dia 9 de maio.

SAÍDA DE INVESTIDORES ESTRANGEIROS FAZ MERCADO DE AÇÕES VOLTAR AO PATAMAR DE 18 DE AGOSTO

BOLSA CAI MAIS 1,61% E DÓLAR SOBE P 0,33

Chip East/Reuters

Receio de enfraquecimento da demanda mundial fez preço do petróleo recuar no mercado de Nova York

Fluxo cambial positivo em agosto

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fluxo cambial brasileiro encerrou o mês de agosto positivo em US$ 1,94 bilhão, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O resultado interrompe a seqüência de dois meses de saldos negativos: junho (US$ 877 milhões) e julho (US$ 2,49 bilhões). Em agosto do ano passado, o fluxo cambial havia ficado positivo em US$ 6,84 bilhões. Em agosto, a conta financeira teve peso negativo de US$ 2,15 bilhões, decorrente de compras de US$ 47 bilhões e vendas de US$ 49 bilhões. Em igual mês de 2007, o resultado foi negativo: US$ 39 milhões.

Na conta comercial, foram registrados ingressos de US$ 4,09 bilhões, resultado de exportações de US$ 16,02 bilhões e importações de US$ 11,927 bilhões. Em agosto do ano passado, o fluxo comercial havia ficado positivo em US$ 6,88 bilhões. Nos oito primeiros meses deste ano o fluxo cambial acumula entrada líquida de US$ 14,38 bilhões, resultado de contribuição positiva de US$ 36,28 bilhões da conta comercial e saída líquida de US$ 21,89 bilhões da conta financeira. Em igual período de 2007, o fluxo estava positivo em US$ 70,05 bilhões

Bancos – Os bancos aumentaram suas posições compradas em dólar no mês de agosto para US$ 3,75 bilhões, informou o BC. No mês de julho, essa posição cambial estava em US$ 2,98 bilhões. Com isso, as instituições financeiras mantêm essa estratégia há 13 meses seguidos, desde agosto de 2007, quando estavam comprados em US$ 1,723 bilhão. No jargão do mercado financeiro, manter posição comprada no câmbio corresponde a aposta na subida das cotações da moeda americana. Estar vendido, portanto, representa aposta na queda do dólar. (AE)

ela quarta sessão consecutiva, o Ibovespa, principal referência do mercado acionário brasileiro, fechou o pregão em queda. Na sessão de ontem, o indicador perdeu 1,61%, fechando em 53.527 pontos, a menor pontuação desde o último dia 18 de agosto. A fuga de estrangeiros diante do aumento do temor de recessão global provocou venda generalizada de papéis, com poucas exceções no índice. Com o resultado, o Ibovespa ampliou a desvalorização acumulada em setembro para 3,87%. No ano, a queda é de 16,21%. O índice oscilou entre mínima de 52.891 pontos (queda de 2,78%) e máxima de 55.241 pontos (alta de 1,54%). O volume financeiro totalizou R$ 5,087 bilhões, giro um pouco melhor do que os registrados nos pregões anteriores. As ações da Vale foram destaque do pregão, liderando o giro. A publicação especializada Steel Business Briefing informou que a mineradora brasileira teria conseguido reajuste extra de 20% no preço do minério de ferro que vende para a China, fazendo as ações dispararem. O Ibovespa conseguiu se sustentar em alta numa parte do dia por conta desses ganhos, que ultrapassaram os 4%. À tarde, entretanto, a empresa desmentiu a informação, e as ações devolveram instantaneamente a alta, fechando em queda, de 0,48% (papéis ON) e 0,65% (PNA).

por cento foi a queda do preço do petróleo negociado em Nova York. Contratos para outubro terminaram o dia a US$ 109,36.

Tirando o efeito Vale, a bolsa acompanhou o mercado internacional, com o agravamento dos temores de recessão mundial depois da divulgação de fracos indicadores da economia da Europa. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve, pela primeira vez, retração. A queda no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro foi de 0,2%. Também desagradou os investido-

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de São Paulo

res a queda maior que a estimada das vendas no varejo. Esse cenário fortaleceu o dólar ante o euro e levou os investidores a se desfazerem de algumas commodities. No caso do petróleo, o receio de enfraquecimento da demanda também ajudou a empurrar os preços para baixo. Na Nymex, o contrato para outubro perdeu 0,33%, fechando a US$ 109,36. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou com elevação de 0,14%, enquanto o Nasdaq perdeu 0,66%. Dólar – No Brasil, o dólar comercial voltou a fechar com valorização, pela quinta sessão consecutiva. A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 1,676 para compra e a R$ 1,678 para venda, com alta de 0,9% sobre o fechamento anterior. São os valores mais elevados desde o dia 9 de maio. O volume financeiro do mercado de câmbio brasileiro somou ontem US$ 5,07 bilhões. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

RENUNCIAR À POLÍTICA É UM CRIME CONTRA A NACIONALIDADE. OU SONHAR COM SALVACIONISMOS.

INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL

O

s investimentos externos estão diretamente ligados a uma preocupação mundial: o meio ambiente. Investidores estão procurando empresas que se preocupam com o meio ambiente, e, isso está fazendo com que as companhias mudem a cultura corporativa e se preparem para ir às vitrines internacionais através da elaboração de relatórios de sustentabilidade. Na Bovespa, por exemplo, existe uma carteira de empresas que fazem parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) - que apresenta as companhias socialmente responsáveis. O ISE obteve um crescimento de mais de 103% desde que foi criado, em dezembro de 2005. Muitas empresas já estão fazendo a lição de casa. O IBGE divulgou na primeira quinzena de agosto os números do crescimento da produção industrial em 14 locais distintos do país onde a pesquisa é realizada. Com taxas de dois dígitos destacaramse: Espírito Santo (16,1%), Paraná (11,3%) e Goiás (11,1%). Em seguida, vieram São Paulo (9,8%), Pernambuco (7,9%), Amazonas (7,5%) e Minas Gerais (6,6%). Em outra pesquisa, aplicando metodologia desenvolvida pelo Banco Mundial, identificou pela primeira vez, alguns municípios do Rio de Janeiro que têm os maiores potenciais de emissão industrial de poluentes atmosféricos. A identificação da localização e da concentração dessa poluição em potencial pode facilitar o seu monitoramento e controle pelos órgãos ambientais. A poluição industrial é apenas um dos problemas que estamos vivendo. Os efeitos do desequilíbrio ecológico aumentam diariamente; não é de agora. A indústria brasileira cresceu 6,3% em 2007 em muitos setores, como os de bens de capital, que fabricam máquinas e equipamentos para a indústria, e os de bens de consumo duráveis (produtos com vida longa, como carros e eletrodomésticos). A promessa para os próximos anos é de mais expansão.

LUIZ OLIVEIRA RIOS

ESCRAVIDÃO FISCAL (FINAL)

● Algumas empresas

estão conscientes de que a sustentabilidade é o caminho para negócios perenes.

Um levantamento da CNI mostrou que 42% de mais de 1.600 indústrias pesquisadas têm intenção de investir em máquinas e equipamentos nos próximos meses, o que é ótimo para o crescimento do país e uma boa notícia é que essa expansão do setor vem acompanhada de uma boa intenção: fabricação de produtos que não prejudiquem o meio-ambiente. Hoje, algumas empresas são conscientes de que a sustentabilidade é o caminho para a perenidade dos negócios. Outra boa notícia é que o mercado de trabalho para profissionais que desenvolvem e atuam em projetos e programas sustentáveis, está muito valorizado. Algumas pesquisas mostram que profissionais como estes, em níveis de gerencia, chegam a ganhar perto de R$ 20 mil mensais.

A

creditamos que um planejamento macro de marketing muito forte há que ser feito para conscientizar a população da importância do nosso meio ambiente. O que falta ainda é educação. Nosso grande marketing para o planeta, apesar de ainda vivermos individualmente como citamos no parágrafo acima, é nossa fonte de energia renovável: o etanol, que ainda engatinha mas caminha para o sucesso. Nós temos um grande trunfo nas mãos para dar exemplo ao mundo que ainda utiliza combustíveis fósseis não renováveis e muito poluidores como o petróleo. Mas, para isso, precisamos nos reeducar.

MAURO AMBRÓSIO, SÓCIO-DIRETOR DA BDO TREVISAN

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046

Pagando pedágio para viver

A

imprensa brasileira não deu muito atenção ao fato. Nem a chamada mídia impressa, nem a chamada mídia eletrônica se interessaram, Dos grandes veículos brasileiros, apenas um registou o fato. Com foto. E a foto é dessas de chamar a atenção, sempre rendem uma boa exposição na primeira página, nem que seja só para tornar a diagramação mais atraente. Uma pena! A exposição do fato com seu impressionante registro fotográfico poderia gera um debate muito útil para entendermos melhor o momento em que vive a nossa sociedade. Vamos ao fato. Na cidade do México, num sábado nada agradável, com fortes chuvas, 150 mil pessoas vestidas de branco, com velas, reuniram-se na praça central, o Zocalo, para protestar contra a violência que assola a capital mexicana. Convocadas por 10 ONGs, as manifestações ocorreram simultaneamente em outras 70 cidades, sempre com audiências maciças. Acuado, o presidente Felipe Calderón convocou imediatamente uma reunião com membros do governo para discutir novas medidas para conter conter a escalada da violência urbana ligada ao crime organizado, um surto gravíssimo de assassinatos e seqüestros. Somente este ano, 2.700 pessoas foram mortas na Cidade do México, vítimas do avanço do narcotráfico. O número de seqüestros já chega a 300. Na semana retrasada, num crime que chocou a opinião pública, 16 corpos decapitados apareceram na província de Yucatã. Uma descrição mais ou menos parecida com esses horrores, guardadas as devidas proporções, pode ser feita sobre a violência em algumas das grandes cidades brasileiras. Com alguns agravantes, como no Rio, onde o tal crime organizado se assenhoreou de alguns territórios, se sobrepôs ao Estado e a ele substitui na "prestação de serviços à comunidade". E a ainda disputa o poder com as instituições políticas formais. É pouco? Não, é muito, mas não é tudo. E, no entanto, quais a reação dos brasileiros diante de tal quadro? Nada digno de nota. Apenas uma indignação difusa, sem efeitos práticos, cujo único resultado visível é o recolhimento, o alheamento do debate social, e um ódio sem consequência contra a política e os políticos. Um comportamento de rebanho bovino, triste e conformado.

● Para mudar o que está podre

é preciso meter a mão na podridão. Ainda que seja tapando o nariz. Se aqueles que estão aptos a discutir e comandar as transformações do País escondem-se, o espaço público fica para os menos aptos. Por José Márcio Mendonça

Uma ONG carioca, a Sou da Paz, na região brasileira onde, talvez, a sociedade esteja mais acuada, de quando em vez tenta convocar manifestações como a mexicana- não alcança reunir nem um quinto do que os mexicanos conseguiram.

O

brasileiro dedica hoje mais de um terço do seu esforço de trabalho para para pagar impostos e receber em troca, quando recebe, serviços de péssima qualidade. Quem já conseguiu em São Paulo reunir mais de 10 pessoas num movimento público para pedir a inversão dessa equação - menos impostos e serviços mais dignos? O que caber perscrutar, olhando o exemplo mexicano, é porque o brasileiro, de todas as classes sociais, está tão conformista, tão anestesiado. Chega ao máximo à perplexidade e à catatonia. Alguns parecem conformados com o pouco que recebem na troca com o Estado. Outros, ficam com ações individuais e grupais que mitigam certas mazelas, mas não transformam o País, a sociedade. Essa transformação não se faz, porém, fora da política. Pensar diferente é sonhar com salvacionismos ou com soluções de viés autoritário. A renúncia à política é um crime contra a nacionalidade. Se aqueles que estão aptos a discutir e comandar as transformações de que o País precisa e urge escondem-se em seus conformismos e interesses, o espaço público fica para os menos aptos. Depois, não vamos nos queixar de que estamos pagando pedágio ao crime para viver. A porta do aeroporto não será suficiente para todos. Para mudar o que está podre é preciso meter a mão na podridão. Ainda que seja tapando o nariz.

Pirataria, não. Falsificação! ROBERTO MONTEIRO mercado de autopeças tem sofrido muito com a pirataria. Em defesa dos que produzem e comercializam autopeças dentro da lei, muitas revistas, jornais, profissionais e entidades do setor têm corretamente se posicionado e vêm fazendo pressões junto às autoridades para que providências sejam tomadas contra essa prática. Todavia, tem havido confusão por parte de alguns sobre o que efetivamente se enquadra como pirataria. A pirataria que assola o setor de autopeças é a da falsificação. É a do produto produzido por verdadeiras quadrilhas que se apropriam ilegalmente da marca alheia, se escondem por trás de empresas tradicionais e fogem da responsabilidade perante a qualidade dos produtos que vendem. Enganam e prejudicam o consumidor lesando empresas idôneas por desviarem ilegalmente sua clientela e causando danos à sua imagem. Nada disso ocorre com as peças visuais independentes. Essas são produzidas por empresas tradicionais, reconhecidas pelo mercado em que atuam e possuem identificação de procedência. As empresas que as produzem não se utilizam da marca dos fabricantes originais, muito menos têm a intenção de enganar ou confundir o consumidor. Ao con-

O

trário, têm orgulho de suas próprias marcas. A Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças é contra a pirataria, a favor da lei de patentes, não defende nem representa piratas e condena, assim como as demais entidades do setor, tal prática. Defendemos, sim, o direito que sempre tiveram as empresas que fabricam e comercializam autopeças visuais e contestamos o uso abusivo que Fiat, Volkswagen e Ford fazem de seus registros de design. Essas montadoras se aprovei● A pirataria que

assola o comércio de autopeças é falsificação pura. As produtoras independentes não enganam o consumidor. tam de uma interpretação da Lei de Propriedade Industrial dissociada dos princípios da defesa do consumidor e da livre concorrência, pois registram como sua propriedade os desenhos dos componentes visuais dos automóveis, com o único propósito de tornar reféns os consumidores, instaurando um monopólio num mercado onde não haveria produtos substitutos.

design do automóvel, tal qual o de muitos produtos, é muito importante, sendo um forte apelo de venda e obviamente deve estar protegido. Já o design de seus componentes, como partes que são, não possui o mesmo caráter. Para efeito de reposição, o design desses componentes não possui autonomia estética, portanto não tem razão de estar protegido. O desenho nesse caso não tem nenhum apelo comercial. Em outras palavras, o consumidor não pode optar por um desenho diferente. A forma, o desenho, na reposição tem uma função fundamentalmente técnica e nada ornamental. Em resumo, entendemos -assim como entendem as autoridades italianas, espanholas, americanas, inglesas e alemãs - que nenhum fabricante de um produto complexo, como por exemplo automóveis, casas, eletrodomésticos, roupas ou quaisquer que sejam, tem o direito de impedir a concorrência no mercado de partes componentes para reposição e restauração da aparência original do mesmo. É essa a causa que defende a Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças e que deve ser defendida por todo o setor. ROBERTO MONTEIRO É DIRETOR-EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE AUTOPEÇAS

O

A

cobrança extorsiva de impostos pela Coroa Portuguesa foi o que desencadeou inúmeros movimentos revoltosos no Brasil Colônia. Esses clamores por independência, no entanto, principalmente a Inconfidência Mineira, composta por poetas e intelectuais, já eram, sem dúvida, influenciados pelos ideais de liberdade soprados pela França. O mundo estava mudando. Naquela época, a Inglaterra exportava seus produtos para Portugal e recebia como pagamento barras de ouro (por isso nosso ouro não ficava em Portugal e sim na Inglaterra). Ora, com a queda da prospecção em nossas terras gerais, ia ficando cada vez mais difícil para Portugal pagar os seus débitos. O quadro se agravava dia após dia. Impostos nas alturas. Terrorismo fiscal e suplícios físicos. Confiscos. Falência sobre falência. Proibida toda e qualquer ação empreendedora. O abismo logo à frente. Tiradentes, o quarto filho de sete irmãos, foi Alferes do Regimento dos Dragões de Minas (sendo militar, Tiradentes não poderia ser retratado como um homem de longas barbas, cabelos compridos e túnica branca estilo "pregador" bíblico - inclusive, como prisioneiro, teve o cabelo cortado: foi decapitado careca). Muitos mistérios ainda encobrem a epopéia da Inconfidência Mineira. Esses mistérios provavelmente nunca serão decifrados. O que se tem como certezas absolutas: a morte de Tiradentes na forca e o degredo de seus companheiros . ● Uma nova

Lei Áurea, para libertar os escravos do Fisco brasileiro.

N

enhum brasileiro de consciência cidadã é contra pagar os impostos devidos. Nenhuma empresa quer deixar de pagar os seus respectivos impostos. O problema está no valor exorbitante desses impostos, na cobrança em cascata, na quantidade dos impostos, na complexidade de se apurar os impostos devidos, na incompetência crônica do governo gerenciar o montante desses recursos e nos desvios de verba por conta da corrupção que grassa no Brasil do Oiapoque ao Chuí. O governo diz nada ver, nada saber. Até quando? No passado, os líderes dos movimentos contra os impostos infames foram enforcados. Nos dias que correm, pelo tamanho da farra fiscal feita pelo governo em cima dos segmentos produtivos brasileiros (enquanto o sistema bancário aufere lucros megastronômicos– mas isso é tema para outro estudo), se nada for feito de efetivo pela sociedade para combater tal descalabro, o Brasil inteiro estará enforcado. Eis porque todas as pessoas de bom senso buscam de fato e de direito uma nova Lei Áurea – com foco na libertação dos escravos do Fisco brasileiro. LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tr â n s i t o Transpor te Av i a ç ã o Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Almeida Rocha/Folha Imagem

O bico do avião bateu no muro de proteção do aeroporto, bem sobre o logotipo da Infraero.

CAUSA DO ACIDENTE SERÁ INVESTIGADA

Susto: nova derrapagem em Congonhas Um bimotor King Air com três pessoa a bordo quase cai sobre a avenida Washington Luís, depois de derrapar na pista de Congonhas. Não houve feridos graves.

P

na zona sul. Estavam no bimotor o piloto Hadi Sani Yones, de 41 anos, o co-piloto Maurício Nunes Dias, de 33, e o passageiro Ronaldo Mendes da Silva, de 38. Yones e Silva passaram por exames e receberam alta ainda durante a tarde. Já Dias, que teve um corte na cabeça, foi transferido no início da noite para o Hospital Vera Cruz, em Campinas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que tanto a habilitação dos pilotos quanto as licenças da aeronave estão em dia. Para evitar mais transtornos, técnicos da Infraero optaram por rebocar o avião depois das 23h, quando o aeroporto é fechado. A investigação do caso já está sendo conduzida por militares do 4º Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa 4). Propriedade – O avião acidentado tinha como destino São José dos Campos, a 91 quilômetros da Capital. Segundo a assessoria de imprensa da Anac, o bimotor está registrado em nome da Ultrafarma Saúde S.A. Em nota, porém, a rede de farmácias e drogarias informou que, em 28 de agosto, a aeronave foi negociada com a Líder Táxi Aéreo, "se encontrando, desde essa data, sob sua responsabilidade". Também em nota, a Líder afirmou que o avião, prefixo PT-PAC, "não pertence à frota da empresa, que não tem nenhuma responsabilidade sobre o evento e nenhum de seus funcionários estava a bordo". (AE)

Rubens Cavallari/Folha Imagem

Por muito pouco o avião bimotor, da rede Ultrafarma, não caiu sobre a avenida. As causas da derrapagem ainda serão investigadas.

DC

ouco mais de um ano após a tragédia com o Airbus A320 da TAM, o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, voltou ontem a ser palco de um acidente aéreo. Durante o procedimento de decolagem, um bimotor com três pessoas a bordo varou os 1.940 metros da pista principal. O muro do aeroporto impediu que a aeronave modelo King Air C-90, Raytheon Aircraft, caísse sobre a Avenida Washington Luís. Os tripulantes (piloto, co-piloto e um passageiro) não tiveram ferimentos graves. O acidente ocorreu às 14h36, na cabeceira que margeia a Washington Luís e a avenida dos Bandeirantes. Segundo fontes da Aeronáutica, o piloto decidiu abortar a decolagem ao perceber uma pane no motor esquerdo. Ao tentar frear o turboélice, teria perdido o controle da aeronave e só conseguiu parar depois de bater no muro do aeroporto. Pousos e decolagens foram imediatamente suspensos - tanto na pista principal quanto na auxiliar - para o trabalho das equipes de resgate. Às 16h16, o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), órgão militar encarregado do controle do tráfego aéreo, autorizou a retomada das operações. Os três tripulantes do avião foram levados por ambulâncias da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) para o Hospital Municipal Artur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara, também

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4

Tr i b u t o s Finanças Nacional Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

TARIFAS PRESSIONAM IPC-FIPE

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

26,3

por cento é o aumento das vendas de veículos nos oito primeiros meses deste ano

DE ACORDO COM A CNI, USO DA CAPACIDADE INSTALADA EM JULHO CHEGOU A 83,5%, NÍVEL RECORDE.

ATIVIDADE INDUSTRIAL SURPREENDE

A

TRIGO

Lucas Lacaz/Folha Imagem

N

ovos indicadores O emprego na indústria, por e c o n ô m i c o s d i- sua vez, subiu 0,6% em julho vulgados ontem, ante junho. Na comparação agora pela Confe- com igual mês de 2007, o emderação Nacional da Indústria prego cresceu 4,4%, mesmo ín(CNI), comprovam o forte dice acumulado no ano. A crescimento da indústria em massa salarial real subiu 3,5% julho. Esse comportamento, em julho, ante junho, sem ajusde acordo com a entidade, é es- te sazonal. Na comparação pecialmente relevante quando com julho de 2007, a alta da considerada a forte base de massa salarial foi de 5,7% e no comparação. Em julho, a utili- acumulado do ano, de 5,6%. zação da caApesar do recorde no nípacidade instalada da invel do uso da capacidade dústria de instalada, o trans formaeconomista ção atingiu da CNI Paulo 83,5%, maior nível desde o Mol disse que por cento foi o o crescimento início da série aumento do histórica, em é moderado, faturamento da diante da "ex2003. No mês anterior, o nípansão intenindústria em julho, sa" das horas vel do uso da na comparação capacidade trabalhadas e do emprego havia sido de com igual período 83,3% e, em na indústria. do ano passado. Segundo ele, igual período isso significa do ano passado, de 82,5%. que existe O faturamento real da in- maturação dos investimentos. Embora reconheça que a utidústria de transformação cresceu 0,2% entre junho e julho e lização da capacidade instalaavançou 13,2% na comparação da está em nível alto, Mol com julho de 2007, segundo a considerou que o indicador esCNI. No ano até julho, o fatu- timula investimentos. "A priramento real subiu 9% sobre os meira condição para investisete primeiros meses de 2007. mento é o empresário perceber As horas trabalhadas aumen- que precisa realizá-lo. Com o taram 0,5% de junho para julho uso da capacidade instalada e subiram 72% em relação a ju- em 83,5%, o industrial percebe lho do ano passado. Neste ano, que precisa investir", afirmou a alta é de 6,1%. o economista. (AE)

São Paulo aumenta área e colheita Adriana David

13,2

Estado ainda puxa o País economia de São Paulo chegou a 2008 com vigor renovado e está impulsionando todos os bons indicadores nacionais. Só no caso da produção industrial, o crescimento paulista no primeiro semestre esteve 56% acima da média nacional,

a maior distância do estado para a média apurada pelo IBGE desde o início da série, em 1992. Os dados paulistas ficam acima da média também em indicadores como os de emprego metropolitano, trabalho industrial e varejo. (AE)

E PRODUÇÃO PARADA – Para pressionar as montadoras a aceitar reivindicações salariais, metalúrgicos interromperam ontem a produção em fábricas como a da GM em São José dos Campos.

Vendas de carros em "acomodação" Alzira Rodrigues

O

mercado de venda de veículos começa a se estabilizar. A análise é do presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave), Sergio Reze. Dados divulgados ontem pela entidade mostram que em agosto foram vendidos 231.063 carros e comerciais leves, queda de 15,34% em relação a julho. Na comparação com igual mês de 2007, no entanto, houve crescimento de 3,19%. No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, a alta é de 26,3%, com 1.842.067 unidades comercializadas. "O que está havendo é uma acomodação do mercado sobre novos patamares de vendas", afirmou Reze. "O crescimento no ano, que era de 30% até julho, caiu um pouco e a tendência é de encerramento do ano com alta na faixa de 20%, com cerca de 2,8 milhões de carros e comerciais leves emplacados no País." Reze disse não ver qualquer indício de retração do mercado e informou que o índice de inadimplência caiu de 3,2% para 2,8%. Ele admitiu que os ban-

cos estão mais restritivos, mas não acredita que essa posição ou a alta dos juros tenham sido responsáveis pelo desempenho de agosto. "É simplesmente uma estabilização do mercado, conforme já estávamos prevendo que aconteceria neste segundo semestre." O surpreendente, na verdade, foi o desempenho do mercado em julho, que bateu re-

231

mil carros e veículos comerciais leves foram vendidos em agosto no País, segundo dados da Fenabrave.

corde histórico de todos os tempos, com a venda de 288 mil veículos, incluindo caminhões e ônibus. O presidente da Fenabrave lembrou que apesar de o mês passado ter sido pior que julho, foi o melhor

agosto da história da indústria, assim como o resultado dos primeiros oito meses. O comportamento das vendas de carros e comerciais leves se repetiu nos demais segmentos do setor automotivo. As vendas de caminhões caíram 6,93% na comparação de agosto com julho (11.401 unidades ante 12.250) e as de ônibus decresceram 22,97% (respectivamente 2.344 e 3.043). Também o mercado de motos teve retração, de 12,59%, com a venda de 173.657 unidades em agosto, ante 198.663 em julho. Mas todos eles tiveram expansão em relação a agosto do ano passado e desde janeiro. Ranking – O Gol continua disparado na liderança do ranking por modelo, com 27.113 unidades vendidas em agosto. Em seguida, vêm o Palio (15.780) e o Corsa Sedan (12.371). Mas a Fiat se mantém em primeiro lugar entre as marcas, com 47.266 veículos comercializados em julho (participação de 25,11%). A Volkswagen ficou muito próxima da líder, com 47.016 unidades e fatia de 24,98% no total. Na seqüência vêm General Motors (21,64%), Ford (9,01%) e Renault (5,33%).

Deflação de alimentos faz IPC-Fipe desacelerar em agosto Patrícia Büll

O

Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encerrou agosto com alta de 0,38% na cidade de São Paulo, ligeira desaceleração em relação a julho, quando subiu 0,45%. "O resultado confirma a tendência de queda da inflação, mas em um ritmo mais lento. A previsão é de estabilidade daqui até o fim do ano", disse o professor Antonio Evaldo Comune, responsável pela divulgação do IPC-Fipe. O grupo alimentação, que neste ano tem sido o vilão da alta do custo de vida, foi o responsável pela redução do índice no mês, com deflação de 0,49%, ante alta de 1,07% em julho. Foi o menor resultado para o grupo desde junho de 2006, quando teve queda de 0,36%. "Há dois anos alimentação não apresentava uma baixa tão acentuada. Apesar disso e de ainda haver margem para novas quedas, acredito que os preços entrarão em um período de estabilidade."

Do lado oposto, o grupo habitação foi o que mais pressionou o índice. Em agosto, a variação foi de 1,03%, ante baixa de 0,09% em julho. No grupo, energia foi o item que mais pressionou, com alta de 5,05%. Comune disse que essa pressão deve desaparecer neste mês e ser substituída pelas tarifas de água e telefonia. Apesar disso, ele estimou IPC entre 0,35% e 0,4% nas próximas semanas, encerrando o ano com taxa de 6,4% – "raspando" no teto da meta de inflação (6,5%), estabelecida para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008.

Juros – Embora nas últimas semanas os índices de preços tenham indicado desaceleração da inflação, o economista Juarez Rizzieri, professor da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que o Banco Central (BC) vai manter os aumentos do juro básico (Selic). Segundo Rizzieri, desde que iniciou o aumento da Selic, o BC deixou claro que sua preocupação não era com a pressão dos preços internacionais, mas com a demanda interna. "Embora os preços de alimentos tenham entrado em trajetória de queda, a demanda interna continua muito aquecida, como mostram a expansão do crédito e das vendas. Não houve mudança na preocupação do BC. Portanto, a dúvida não é se o Copom (Comitê de Política Monetária) vai aumentar novamente a taxa em sua próxima reunião, mas qual será a dose de aumento", disse. O professor acredita que a elevação ficará entre 0,5 e 0,75 ponto percentual. "A sociedade já absorveu a idéia de juro alto, e o Copom deve subir o juro até o fim deste ano, mirando na inflação de 2009."

mpresários da cadeia produtiva do trigo comemoram o sucesso do programa Trigo Paulista com Qualidade, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Sindicato das Indústrias do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), lançado no final de 2007. Das cerca de 200 mil toneladas de trigo a serem colhidas no estado neste ano, 50 mil serão originárias do programa. Segundo a parceria, a Secretaria da Agricultura repassa sementes específicas para as necessidades das indústrias e estas as vendem para os agricultores, que pagam com a própria produção – na compra de 100 kg de semente, por exemplo, o agricultor envia ao moinho 200 kg de trigo. O presidente do Sindustrigo, Luiz Martins, afirma que a secretaria já pleiteou verba para a compra de volume maior de sementes no próximo ano. A produção da safra atual subiu 108% sobre a anterior, e a área cultivada cresceu 74,2%, para 70 mil hectares. Além da melhoria da qualidade do trigo, o programa incentiva o aumento da área cultivada. Martins afirma que o estado tem 400 mil hectares de terras adequadas à cultura. O compromisso do triticultor é vender, no mínimo, 50% da produção para a indústria a preço de mercado. Nesse caso é usado o valor da Bolsa de Rosário, da Argentina, mais 10%, que equivale ao frete. A vantagem para o produtor é receber mais. Segundo Martins, a indústria paga R$ 540 pela tonelada de trigo do programa, acima dos R$ 500 pagos aos demais fornecedores. Ele diz que em alguns anos o Brasil poderá ser auto-suficiente em trigo. Para o empresário, o segundo maior produtor do cereal no Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul está distante do padrão ideal. Ele diz que, dos 2 milhões de toneladas de trigo colhidos naquele estado, metade não é de boa qualidade. Com o sucesso do programa em São Paulo, o Sindustrigo e a Associação Brasileiro de Trigo (Abitrigo) querem levar a iniciativa para o Rio Grande do Sul. Hoje, vão se reunir com a Câmara Setorial gaúcha para apresentar a proposta. Cerca de 10% da farinha de trigo consumida no Brasil neste ano virá da Argentina, enquanto a capacidade ociosa dos moinhos brasileiros chegou a 40%, segundo o representante do setor. PIS/Cofins – Martins também informa que a Câmara dos Deputados votou ontem a Medida Provisória 433/08, que acaba com as alíquotas do Programa de Integração Social e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre os produtos que entram na elaboração do pão comum (trigo, farinha de trigo e pré-misturas) até 30 de junho de 2009. Ele acredita que a isenção tributária permanecerá mesmo depois dessa data. A emenda que estendia a isenção para os biscoitos, no entanto, foi retirada.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

ESCONDER A CONTROVÉRSIA E FAZER-SE DE APÓSTOLO DO ACESSO À INFORMAÇÃO É TRAPAÇA.

O sonho acabou. Ou mudou?

A antiga fúria americana, em frente à Bolsa de Nova York.

NÓS QUEM, CARA PÁLIDA? (FINAL)

A

A nova geração de norte-americanos abriu mão mesmo da ambição de ganhar o mundo?

Reuters

Por Paulo Brito

Q

uem já esteve numa mesa com negociadoWe'll Be: res norte-americanos, The Zogby sabe que lidar com eles é uma taReport refa no mínimo complexa. É preon the ciso administrar certa arrogânTransformation cia, um tanto de impaciência e compreender que a ambição deof the les provavelmente já está escrita American num contrato pronto para ser coDream ● Random locado à mesa no momento apropriado. Mas John Zogby, um House, 235 experiente pesquisador da opipáginas, nião pública americana, acha US$ 26,00 que o comportamento do americano está mudando. Em The Way We'll Be: The Zogby Report on the Transformation of the American Dream ele conclui que a arrogância e outras posturas habituais estão se alterando, por força das mudanças que o mundo vem experimentando ao longo dos últimos 30 anos. Zogby é bem conhecido na tevê – aparece com freqüência no The Daily Show With Jon Stewart para explicar tendências da opinião pública e foi um dos poucos que previu a vitória de Barack Obama no caucus de Iowa. Exprofessor de Ciência Política, ganhou notoriedade com seus acertos nas pesquisas eleitorais. Desta vez, sua pesquisa traz uma previsão boa para o futuro da nação: Zogby garante que o país está no meio de uma transformação social em termos de atitude da população - ao mesmo tempo em que assume novas verdades: está muito esperançosa de que tudo melhore.

● The Way

OLAVO DE CARVALHO

Entre as novas verdades, a principal é a de que há limites cada vez mais claros para o que se pode ou se deve consumir; para o que a economia pode crescer; e para o poder de barganha do país em relação ao resto do mundo. Em outras palavras: há limites para o poder americano. E apesar disso tudo, o público está perfeitamente confortável com o assunto. É por isso que a arrogância está em baixa.

A

s milhares de entrevistas feitas para a pesquisa convenceram Zogby de que "estamos no meio de uma reorientação do caráter americano", exatamente na direção oposta do que se conheceu até agora como padrão desse povo: "Dizer que os EUA estão isolados do mundo, politicamente fragmentados e inclinados para o prazer material, não é apenas um raciocínio falho – pode estar apontando numa direção oposta à verdade". Nessa reorientação detectada pelo estudo, Zogby prevê um recuo do consumismo, em direção a uma atitude mais responsável em relação à cidadania (não só nacional como também mundial), por causa da limitação de recursos. Isso quer dizer que os cidadãos americanos estão se adaptando a circunstâncias restritivas, coisa que só costumava acontecer a outros povos. Crises financeiras, desemprego, ataques terroristas, antrax pelo cor-

A arrogância está em baixa nos EUA. Entre as novas verdades aceitas, a principal é a de que há limites para a economia crescer e para o poder de barganha em relação ao resto do mundo. Há limites para o poder americano. reio, perda de liderança industrial, declínio da criatividade, furacões, tudo isso teve um efeito de longo prazo na atitude americana: "As pessoas que perderam ou estão perdendo seus empregos estão também se ajustando, reformando suas ambições para alinhá-las com a realidade de suas vidas".

O que ele detectou nesse assunto em particular é que os cidadãos também se conformaram com as diferenças entre ricos e pobres, e que ao invés de se enfurecerem com o fato de uns terem tanto e outros tão pouco, a maioria parece aceitar a presença de bilionários.

C

hama a atenção o fato de que, além de terem reconhecido novos limites para sua existência, os americanos reconhecem também a diversidade, preocupam-se com seu conforto espiritual e exigem ética na política e nos negócios. Boa parte dessas tendências está sendo carregada pelos jovens, que certamente aprenderam tudo isso no berço – são pessoas abertas às mudanças, e com um espírito nômade em relação ao trabalho e à vida. Para essa gente, o trabalho é apenas um jeito de conseguir dinheiro; a realização e a auto-definição deles virão daquilo que fizerem com o resto de suas vidas. Zogby acha que esses cidadãos serão os primeiros, desde os soldados que venceram a II Guerra Mundial, a entregaremse de corpo e alma para tornar o mundo um lugar melhor para viver. Tomara que saiam desse grupo os políticos que guiarão o país no futuro. PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS

maneira mais óbvia e tradicional de sonegar uma informação é fazer de conta que ela não existe e saltar direto para a conclusão que ela impugna, fingindo que essa conclusão jamais foi contestada por ninguém. Washington Novaes , no site de apresentação do seminário Veja 40 anos (www.veja40anos. com.br), definindo a “tarefa do jornalismo”, só inova ao dizer que isso é “ampliar o acesso à informação”. Normalmente, onde há uma questão controversa, cabe aos jornalistas informarem ao público a substância das opiniões em confronto, para que ele as julgue por si. Para Washington Novaes, ampliar o acesso à informação consiste em dar sumiço à controvérsia, fazendo como se uma das idéias imperasse sozinha sobre o horizonte do pensamento humano. Por mais que Novaes aprecie a explicação do aquecimento global inventada pelo Intergovernmental Panel on Climate Change(IPCC ), resta o fato incontornável de que ela foi subscrita por 2.500 indivíduos, muitos deles meros funcionários da ONU, alheios a estudos climatológicos, e imediatamente rebatida por um abaixoassinado de 17.000 cientistas de profissão, em nada se assemelhando portanto a um consenso científico universal, diante do qual não restasse aos jornalistas senão sacramentá-lo com um unânime e altissonante Amém. Pelo menos dois documentários ilustram o que estou dizendo: The Great Global Warming Swindle (“A Grande Patifaria do Aquecimento Global”), produzido pelo Canal 4 da TV inglesa, e Global Warming or Global Governance? (“Aquecimento Global ou Governança Global?”), da Sovereignity International. Em ambos, a tese da origem humana do aquecimento global é não só contestada, mas denunciada como uma fraude proposital. Uma das provas mais eloqüentes é que o ex-presidente americano Al Gore exibe por toda parte um gráfico da evolução comparativa das emissões de CO2 e do aumento da temperatura global ao longo de 400 mil anos, daí concluindo triunfalmente que o primeiro desses fenômenos causa o segundo. Toda a credibilidade dessa conclusão advém de um pequeno detalhe: Gore mostra as duas curvas separadamente. Quando as superpomos, verificamos que as elevações de temperatura não se seguem aos aumentos nas emissões de CO2, mas os antecedem. O espertinho simplesmente trocou a causa pelo efeito.

E

sconder a controvérsia e ao mesmo tempo fazerse de bem intencionado apóstolo da “ampliação do acesso à informação” é trapaça, evidentemente. Mas as fraudes científicas seriam impotentes se não secundadas pelas frau-

● Se a imprensa

brasileira fosse uma das melhores do mundo, a coluna do Reinaldo de Azevedo seria desnecessária. Ela existe para dizer o que o resto da mídia não diz, isto é, quase tudo o que interessa. des jornalísticas que lhes dão credibilidade popular. Essa é a missão do jornalismo segundo Washington Novaes. Mas ele não está sozinho nisso. Outra frase inspiradora, no site do seminário, vem do economista Sérgio Besserman Viana: "As próximas décadas serão de profundas transformações econômicas, sociais, políticas e no pensamento humano, tendo como eixo a construção da sustentabilidade nas relações da humanidade com os limites do planeta.” Al Gore não diria isso melhor. A quarentona Veja, ao mesmo tempo que desanca o comunismo na educação, parece ter subscrito alegremente o programa do burocratismo ecológico global, o qual nada mais é senão um upgrade póssoviético do bom e velho plano comunista do Estado mundial controlador de tudo. Lembro-me de, nos anos 70, ter lido numa revista cultural brasileira um ensaio de Jack Jones com o título O conservacionismo, uma ideologia pós-marxista? Naquela época, em que o ecologismo ainda atendia pelo nome de conservacionismo, essa transmutação do comunismo já era nítida. Entre os atuais “formadores de opinião” no Brasil, ela ainda continua invisível ao ponto de que a mera sugestão da sua existência é repelida como teoria da conspiração – objeção ao alcance de qualquer cérebro atrofiado ao qual tenha chegado notícia de um filme com esse título.

O

painel sobre Imprensa poderia salvar do inevitável mergulho na nulidade o seminário de Veja, se Reinaldo Azevedo fosse ali designado para enfrentar o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos na questão do controle estatal da mídia. Veja preferiu desperdiçar o valente colunista, colocandoo na posição desconfortável e paralisante de mediador. Dito isso, aproveito a ocasião para discordar radicalmente do meu notável colega quando ele diz, no vídeo de apresentação do seminário, que “o Brasil tem uma das melhores imprensas do mundo”. Se tivesse, a coluna do próprio Reinaldo seria desnecessária, pois ela existe precisamente para dizer o que o resto da mídia não diz, isto é, quase tudo o que interessa. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A aranha gigante instalada no edifício Concourse, em Liverpool, na Inglaterra, faz parte da promoção de um espetáculo da companhia de teatro francesa La Machine. A aranha de 37 toneladas, pendurada a 50 metros de altura, se movimentará pela cidade nos próximos três dias graças a um controle remoto.

I NTERNET E M

C A R T A Z

VISUAIS

Fernando Soutello/Reuters

DC superatualizado Novo site do Diário do Comércio tem atualização 24 horas e novas seções

O

site do Diário do Com é rc i o na internet entra esta semana em uma nova fase: mais informações, com noticiário ágil e atualizado 24 horas por dia, 7 dias por semana, além de um conteúdo diversificado, com maior utilização de vídeos, áudios e links. "É uma nova etapa do site, que entra na era do noticiário em tempo real e da informação ágil, características que os leitores pediam", explica

o editor sênior de Internet do DC, Luiz Octavio de Lima. O site será alimentado constantemente com informações apuradas pelos repórteres do DC, que publicarão as notícias diretamente do local onde acontecerem os fatos, e também com material das agências de notícias. O objetivo é destacar as informações de interesse dos comerciantes e empresários. Para facilitar a navegação, o site ganhou novas seções na

área de economia: comércio, empresas, tributos e mercados. Outra novidade é a maior participação dos internautas, que poderão comentar cada notícia diretamente pelo site. O sistema de busca foi reformulado para oferecer maior precisão e o público poderá, ainda, ler o Diário do Comércio todos os dias pelo site, na versão digital que reproduz a paginação da versão impressa.

F UTEBOL

Ronaldo no Flamengo O atacante Ronaldo, que está sem clube desde junho, quando terminou seu contrato com o Milan, vai continuar no Flamengo seu processo de recuperação de uma cirurgia no joelho esquerdo em fevereiro. Com o retorno aos gramados programado para novembro, o jogador, de 31 anos, pediu ao Flamengo para seguir o tratamento nas instalações do clube, sob supervisão do médico do time e da seleção brasileira, José Luiz Runco. Ronaldo ainda não entrará em campo, mas a equipe declarou interesse em contratá-lo.

www.dcomercio.com.br

Susana Vera/Reuters

Emoção é tema de mostra que reúne obras de Antônio Hélio Cabral, Naji Ayoub e Ivo Perelman. Espaço Cultural Citi, av. Paulista, 1111, tel.: 4009-3000. Grátis.

H ISTÓRIA

Muralhas entre Cristo e Herodes

Debate sobre o espaço brasileiro

Arqueólogos israelenses descobriram no Monte Sião vestígios da face sul da muralha que cercava Jerusalém entre 518a.C e 70 d.C., por onde passaram personagens históricos como Jesus Cristo e Herodes. Após um ano e meio de escavações, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, em inglês) revelou partes da muralha que cercava a Cidade Santa e que tinha mais de três metros de altura.

Paulo Mendes da Rocha, um dos mais importantes arquitetos brasileiros, o antropólogo John Monteiro e Vallandro Keating e Ricardo Maranhão, autores do livro Caminhos da Conquista - A formação do espaço brasileiro (Ed. Terceiro Nome) participam hoje de mesa-redonda para refletir sobre a história e a arquitetura no Brasil. Livraria da Vila. Rua Fradique Coutinho,

M ÚSICA 1

Vanguarda em cena

A RQUEOLOGIA

915, Vila Madalena. Às 19h30. Retirar senhas com uma hora de antecedência.

B RAZIL COM Z

Tropa de Elite 'pega geral' na França

ALERTA - Em Madri, na Espanha, uma ativista de defesa dos diretos dos animais coberta de tinta vermelha fez um protesto contra a caça de baleias e golfinhos no Japão. A cada ano, entre outubro e março, milhares desses animais são mortos por pescadores.

A RQUITETURA

Cara travessia de Veneza

A imprensa francesa destacou ontem a estréia do filme do diretor brasileiro José Padilha, Tropa de Elite, na França. "Filme de recrutamento para 'brutos fascistas', de 'extrema direita', 'hipermacho'" foram algumas das críticas feitas ao filme que o jornal francês Les Echos fez questão de desconstruir. O jornal mostrou que as cenas de violência do filme revelam uma realidade social brasileira e a violência policial das cenas é a mesma enfrentada nas comunidades pobres: polícia corrupta e violenta. O Les Echos elogia a direção do filme, o estilo que mistura ficção e documentário, a construção do personagem principal, Capitão Nascimento, e faz um "último aviso: seria um erro ver este filme como algo exótico, distante. É mais uma antecipação. Quem pode garantir que amanhã tais cenas não se repitam nos bairros [parisienses]?"

Esta cama flutuante foi desenhada pelo matemático e designer Max Longin depois que ele visitou uma ponte suspensa. Ele reproduziu na cama o movimento suave que percebeu na ponte e que, segundo ele, é perfeito para embalar o sono. A cama se mantém suspensa graças a quatro cabos de aço e custa US$ 6,2 mil. www.yankodesign.com:80/ 2008/09/02/float-on-to-sleep/

www.festivalmusicanova.com.br

Divulgação

M ÚSICA 2

Sebastiano Casellati/AFP

Diversidade sonora e étnica

G @DGET DU JOUR

Dormir flutuando

O Festival Música Nova chega a sua 43ª edição com uma programação que incluirá, além de concertos, seminários sobre a música contemporânea. Entre hoje e 5 de outubro, se apresentarão nos palcos de três cidades - São Paulo, Santos e Campinas - 16 atrações que apresentarão um recorte da produção atual. A abertura acontece hoje, às 21h, com apresentação do Coro de Câmara da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo no Sesc Vila Mariana. Programação completa no site.

O

arquiteto espanhol Santiago Calatrava defendeu-se ontem da polêmica em torno da bela ponte que construiu sobre canal de Veneza. A obra é alvo de polêmica na Itália, por três motivos: ausência de via para deficientes físicos, falta de segurança da estrutura e elevado custo final da construção, que passou de 7,2 milhões de euros para 11,2 milhões. O arquiteto espanhol se defendeu, afirmando que projetou a obra e não é responsável pela execução ou pelo custo. A TÉ LOGO

O pianista Marcelo Bratke e a cantora Fortuna encerram hoje a turnê A esquina das crianças - área de risco, uma volta ao mundo contemporâneo pela música. O show apresenta as sonoridades das diversas etnias, povos e religiões apresentando a música como um meio de comunicação entre católicos, judeus, muçulmanos, budistas... Centro de Cultura Judaica, às 20h30. Rua Oscar Freire, 2.500, Sumaré. Tel.: 3065-4333. Entrada franca mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.

L OTERIAS Santiago Calatrava, projeto da ponte sobre o canal de Veneza foi elogiado, mas a execução duramente criticada.

Concurso 859 da LOTOMANIA 08

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Governo anuncia a abertura de mais 44 mil vagas em universidades federais a partir de 2009

Estudo do IBGE revela que Brasil importa cerca de 80% dos insumos para fabricação de remédios

Bolsa de Arte realiza seu primeiro leilão com 150 fotografias neste fim de semana em São Paulo

Concurso 1001 da MEGA-SENA 12

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Outra campeã latinoamericana de plástica, botox e preenchimento de rugas é a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

MAIS: o jornal Página 12 fez um balanço: dois mini-liftings, plástica nos olhos, botox e dose-extra de gordura nos lábios, estilo Marta.

3 Por isso que a água é salgada? É por causa do pré-sal? Eu pensei que

Marido:procura-se

fosse por causa do xixi que as pessoas fazem na praia, no domingo.

Bonita, 24 anos, 1,80m, a velejadora Isabel Swan, que conquistou a primeira medalha feminina para a vela brasileira com Fernanda Oliveira, quer navegar emoutras áreas.Decara, pretende terminar afaculdadede cinema da Universidade Federal Fluminense. No futuro, sonha mesmo ser cineasta e começará com um documentário contando a saga que terminou com a conquista do bronze em Pequim. Até os quinze anos, tinha feito trabalhos como modelo. Agora, avisa que está solteiríssima: “O maridão tem que ser corajoso. Eu sou grandona e o eventual candidato deve ser um homão”.

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gibaum@gibaum.com.br

LULA // na inauguração do primeiro poço a extrair petróleo da camada pré-sal. Fotos: Divulgação

Supostamente, arapongas da Abin, o serviço secreto do Planalto, grampearam os telefones de Gilmar Mendes, presidente do Supremo, do ministro Marco Aurélio Mello, mais dois ministros de Estado e cinco senadores da República. Outros tantos ministros, precavidos, não falam ao telefone: usam celulares de amigos ou assessores. O próprio Gilmar Mendes, hoje, troca de celular quatro vezes por semana. Dilma Rousseff e José Dirceu têm certeza de que são grampeados e agora, também Luiz Dulci. Fora Erenice Guerra, chefe de gabinete de Dilma e das assessoras Clara Ant e Miriam Belchior, que têm contato pessoal com Lula.

POPULARIDADE No livro A Cabeça do Eleitor, do cientista político Alberto Carlos Almeida, há um levantamento sobre resultados eleitorais entre 2000 e 2004, onde registra-se que todos os prefeitos candidatos à reeleição que estavam com aprovação abaixo dos 40%, perderam. E todos – sem exceção – que estavam acima de 45% ganharam. Na faixa intermediária, outras variáveis prevaleceram. Hoje, com viés de alta, a aprovação de Gilberto Kassab em São Paulo está em 44%. Outros analistas políticoseleitorais acreditam que se a popularidade de Kassab crescer mais 7%, ele passaria Alckmin e iria para o segundo turno com Marta Suplicy. Aí, o governador José Serra entraria, para valer, na campanha ao lado dele.

Save the males! Kathleen Parker, que tem uma coluna publicada em 350 jornais americanos, acaba de lançar um livro chamado Save the males! Why men matter, why women should care. Ela quer resgatar a autoconfiança e a masculinidade dos homens, abalada pela cultura ocidental que só enaltece as mulheres e diminui a importância masculina. Kathleen acha que, em vez de neutralizar os homens, as mulheres devem enaltecer seu papel na sociedade. Em meio a textos mais sérios, ela faz algumas brincadeiras. Uma delas: “Afinal, vamos reconhecer que são eles que chamamos quando aparece uma barata em casa”.

Estilo pin-up

Além de agentes públicos que têm legalmente o monopólio da violência, no Ministério Público e até no Judiciário, que começam a exorbitar na utilização da escuta telefônica e outros recursos de investigação, veteranos do extinto SNI - Serviço Nacional de Informação - um dos pilares do regime militar, mantêm mais do que ativa a velha “comunidade de informações”. Nesse bloco, poderiam também estar concentrados interessados em flagrar altas autoridades do país em atividades pouco recomendáveis. Os ex-arapongas estão, hoje, espalhados por todo o país.

Ex-SNI naativa

Até Lulinha Antes da reunião com o General Jorge Felix, da Segurança Institucional e com o ex-diretor da Abin, Paulo Lacerda, Lula ficou um tempo sozinho com o ministro Nelson Jobim. Confessou-se constrangido e até humilhado: “Eu tenho certeza que grampearam o Fábio”. Referia-se a Fábio Luis, o Lulinha, seu filho.

A pré-estréia de Linha de Passe, novo filme dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas (à esquerda), foi mais do que movimentada: novas gerações de atores e atrizes misturavam-se com nomes veteranos do cinema. A atração especial era Sandra Corveloni (centro), que levou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes (quando recebeu a notícia, disse: “Jesus, esse mundo tá perdido”) e à direita, nomes respeitados como Domingos de Oliveira e Paulo José. No filme, trabalha também Vinicius de Oliveira, hoje com 19 anos, que Walter Salles dirigiu em Central do Brasil, quando tinha nove anos.

Noite de cinema

Talento de araponga Na recente Operação Satiagraha, se a Polícia Federal não tivesse prendido o banqueiro Daniel Dantas em seu apartamento no Rio, tinha uma informação fornecida pela Abin - Agência Brasileira de Inteligência - de que ele poderia estar escondido num sítio de sua propriedade em Petrópolis. Dava nome e localização. Na verdade, era a Fazenda Marambaia, do ex-banqueiro Luiz César Fernandes.

0 IN

Calcinha Preta.

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Festa do grampo

Enquanto ainda não tem definido seu futuro na televisão, a apresentadora Adriane Galisteu, contratada do SBT e namorada de Alexandre Iódice, acaba de ser transformada pelo fotógrafo André Schiliró numa verdadeira pin-up dos anos 40 e 50. Depois, as fotos viraram tatuagens (montagem) em corpos masculinos super-musculosos e se tornando grandes painéis que enfeitam as vitrines do Ritz, um dos mais conhecidos restaurantes de São Paulo.

OUT

Mastruz com Leite.

EXCESSO O mercado editorial dedicado a revista de celebridades começa a dar sinais de saturamento. Caras tevequedadecirculaçãoeestá em 285 mil exemplares, Quem teve queda de menos 12% e está com 86 mil exemplares de circulaçãoe Flash,queestava quase chegando aos 10 mil semanais, teve sua publicação descontinuada.

Vai moraremSãoPaulo Depois de muitos anos no Rio, Roberto Carlos acaba de comprar um apartamento no bairro do Itaim, em São Paulo. Está decorando, fazendo a instalação de cozinha, armários e tudo mais. Quer ir ficando cada vez mais em São Paulo, até se mudar definitivamente. Roberto, no começo da carreira, nos tempos da Jovem Guarda, morava num grande casa na rua Avanhandava, perto do centro. Lá, tinha uma piscina em forma de guitarra. Detalhe com direito a emoções: a mudança pode estar ligada à uma nova namorada do cantor.

INCREDIBLE! Nos anos 80, a rede americana ABC mantinha um programa chamado That’s Incredible!, líder de audiência e, nos anos 60 e 70, jornais do mundo inteiro publicavam uma espécie de quadrinho chamado Ripley’s Believe it or not, inclusive no Brasil. Depois, fatos e situações inacreditáveis viraram até museus (o de Ripley é em São Francisco). Agora, aos 50 anos, Michael Jackson poderia ser enquadrado em qualquer uma das alternativas: ele estaria namorando com Pamela Anderson.

MISTURA FINA É O PAÍS da piada pronta: o vice-diretor da Abin - Agência Brasileira de Inteligência - também afastado, temporariamente, ao lado do delegado Paulo Lacerda e do diretor de Contra-Espionagem, Paulo Maurício, chama-se José Milton Campana. É variante do verbo acampanar, que significa “seguir alguém, ficar de olho, vigiar”, segundo o Houaiss. NA ASSEMBLÉIA Legislativa de São Paulo, os 28 parlamentares-candidatos são indenizados, em média, em quase R$ 4 mil por mês por despesas de consultoria e divulgação. Já vereadores paulistanos recebem, todos os meses, em média, R$ 6,3 mil por cabeça com consultorias e divulgação. Seis deles gastaram R$ 100 mil em onze meses nessa rubrica. EM NOVO repeteco da histórica foto de Getulio Vargas com as mãos sujas de petróleo, as mãos de Lula e de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, na plataforma P-4, no campo de Jubarte, não foram sujas com óleo do pré-sal. Usou-se o convencional. O material do présal in natura contém grande dose de ácido sulfúrico: é corrosivo e cancerígeno. A CHINA quer leiloar perto de 20 milhões de objetos relacionados aos Jogos Olímpicos de Pequim. O fetiche mais cobiçado, entre os chineses, é a cama onde a estrela do basquete Yao Ming, de 2,26 metros de altura, dormiu durante a Olimpíada O DELEGADO Protógenes Queiróz foi afastado para fazer seu curso, o delegado Paulo Lacerda também está afastado do episódio do grampo da Abin no telefone de Gilmar Mendes e agora, o delegado Sérgio Menezes, da Polícia Federal, foi transferido pelo diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, para São Paulo. Ele era o responsável pelo inquérito que apura o envolvimento de Dilma Rousseff na elaboração e divulgação do dossiê FHC, sobre despesas do expresidente e de Ruth Cardoso. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

quinta-feira, 4 de setembro de 2008 Sergio Barzaghi/Diário de S.Paulo/AOG - 15.01.05

Rodovia Raposo Tavares próximo a entrada de SP: perigo

O golpe da boa vontade na Raposo Motoristas são abordados por 'homem de bem' Neil Ferreira

abrir o capô de um carro da Volkswagen, e sempre pedia oro num pequeno alguma coisa, um pano, um condomínio fe- tapete para deitar-se e olhar chado chamado embaixo do carro sem sujar a "Granja Velha", dentro da roupa, parece que era para Granja Viana, no km 22,8 da afastar-nos de perto dele – e rodovia Raposo Tavares. A de fato era. Finalmente, "conseguiu" Raposo há 34 anos é parte da rotina da minha família. Se abrir o capô e falou: "olha eu fizer a conta com uma cal- caiu o módulo da ignição". culadora chegarei à conclu- Claro que eu e minha esposa são de que passei muitos olhamos e não vimos nada anos dentro do carro, indo fora de lugar. Então ele disse: para São Paulo e voltando, ou "trabalho numa revenda metido nos congestionamen- Bosch aqui pertinho posso ir tos constantes. Vi quase de buscar a peça e colocar para tudo acontecer nessa rodo- vocês". Quando ouviu falar a palavia, inclusive um ou outro desastre pavoroso, princi- vra "Bosch", minha mulher palmente às sextas e sábados falou para ele: "ah, falta peça, à noite, quando a garotada então vamos chamar o segusai para as baladas – e muitos ro", e entrou no carro, pegou não voltam. Já compareci a o celular e chamou o seguro, missas de 7º dia, de jovens e que chegou em 20 minutos. Pode ser coincidência (eu amados filhos de queridos não acredito em coincidênvizinhos. Mas nunca tinha ouvido cias, pero que las hay las hay), falar no que aconteceu comi- mas o "anjo da guarda" simgo, ao meio-dia e meia, em plesmente desapareceu copleno sol de lascar neste in- mo havia aparecido, não saverno quente e seco, como bemos de onde veio nem para aonde foi. não via há muitos anos. O senhor do caminhão do Na altura do km 18, um pouco depois do posto da seguro achou uma tampinha Guarda Rodoviária, ouvi branca sob o nosso carro e uma forte pancada que me guardou-a no bolso. Levoupareceu ser sob o carro e disse nos ao mecânico do nosso para minha mulher, que bairro, o Sérgio, da "Mecâniguiava: "acho que você atro- ca Polo", que conhecemos há uns 20 anos. pelou uma pedra enorme". Sérgio e o seEla, que tinha nhor do seguro também percebitrocaram algudo o barulho, dismas palavras e rese que não tinha velaram o "misténotado nada fora Olha a rio". do normal sob o O senhor havia carro e continuafumaça, socorrido vários mos mais uns 100 vocês estão segurados com metros. vendo a histórias pareciOutro baque. fumaça? das e três clientes Nesse momento, Caiu o do Sérgio apareum senhor num módulo da ceram na oficina Escort meio ignição... dele também com amarrotado cor a mesma história. de chumbo buziO golpe é mais nava para o nosso carro, fazendo sinais de que ou menos o seguinte: Alguém de carro na estraalgo grave acontecia. Pode ser coincidência (eu da emparelha com o seu e jonão acredito em coincidên- ga uma pedra ou até mais de cias, pero que las hay las hay) uma, depois dá sinal de que havia uma pequena via mar- há um problema no seu carro ginal à rodovia, lugar perfei- e some. Você estaciona e o cúmplito para estacionar um carro com problema, bem na entra- ce, com a maior educação e da da tristemente famosa cara de honesto deste mundo curva do km 21, onde tomba dá um jeito de esvaziar uma bisnaguinha de alguma coisa um caminhão por dia. Paramos, descemos os que dá o maior cheiro de dois, cada um olhou um lado queimado no seu carro e – a do carro, os dois juntos olha- mão mais rápida que os mos a frente e atrás, e nada! olhos – desconecta um cabo Pode ser coincidência (eu não sei do quê e o seu carro não acredito em coincidên- não dá mais a partida. Daí... tenta empurrar a hiscias, pero que las hay las hay) apareceu como caído do céu tória da Bosch, que a minha um senhor jovem, corpulen- mulher estranhou porque tito, digamos mais para gordo nha ouvido alguém contar mesmo, oferecendo ajuda coisa parecida. Mas imagine com a maior educação e gen- a nossa situação. Se não tivéstileza, dizendo: "olha a fuma- semos seguro, teríamos caíça, vocês estão vendo a fuma- do no conto porque tudo o que queríamos naquele moça ?" Não estávamos. Tenho, como disse, 34 anos mento era sair de lá, ir para de Raposo Tavares, já furei casa correndo. Tome cuidado com barupneu de madrugada, o carro já enguiçou à meia-noite e lho de pancada sob o carro e nunca apareceu nenhuma não pare com sinais de descoboa alma para ajudar-me, es- nhecidos, pare num posto de sa foi a primeira vez, eu deve- gasolina nem que estrague ria desconfiar, mas tenho fé alguma coisa no carro até chegar lá. na espécie humana. Os caras estão dando nó Pediu licença várias vezes para abrir o capô e não conse- em pingo d´água e nós soguia, imagine, não conseguia mos os otários.

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


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Ambiente Educação Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Nova área verde vai integrar toda a área revitalizada do Parque Dom Pedro II.

DESAPROPRIAÇÕES ESTÃO NA JUSTIÇA

Após demolição, São Vito vai virar praça Prefeitura promete implodir o São Vito, o Edifício Mercúrio e 23 imóveis da região até o fim do ano. Obras fazem parte do projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II. Fotos: Milton Mansilha/Luz - 02/09/2008

Rejane Tamoto

O

projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II, no Centro, deve sair do papel até o final deste ano. O secretário-adjunto da Secretaria Municipal de InfraEstrutura Urbana e Obras (Siurb), Marcos Rodrigues Penido, informou que a concorrência para a implosão do viaduto Diário Popular – que começa na avenida Mercúrio e termina no Parque Dom Pedro II – já está em fase final. Segundo ele, a implosão do viaduto está prevista para dezembro, quando os pontilhões que substituirão o fluxo viário do viaduto estiverem prontos. Só para implodir o viaduto, os edifícios São Vito e Mercúrio, além de 23 imóveis, a Prefeitura gastará R$ 13 milhões. "Primeiro vamos terminar as obras de construção dos pontilhões, que estão em fase de fundação, para evitar problemas ao trânsito local", afirmou o secretário-adjunto. A previsão, segundo Penido é que dentro de um mês seja publicado no Diário Oficial do Município o edital de licitação para escolher a empresa que fará a demolição dos edifícios Mercúrio, São Vito e de 23 imóveis das duas quadras próximas a estes prédios. Os imóveis, no entanto, ainda não estão vazios. Segundo a Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos, existem 142 ações de desapropriação distribuídas entre as 14 varas da Fazenda Pública de São Paulo. Praça – Com o tráfego liberado e os imóveis implodidos, a proposta da Prefeitura p a r a re v i t a l i z a r o P a rq u e Dom Pedro II é construir uma praça que vai integrar o Palácio das Indústrias ao Mercado Municipal. O Palácio das Indústrias também passa por obras para se transformar no Museu da Criança. Segundo a Secretaria de Estado da Cultura, as salas estão sendo montadas e o museu deve ser inaugurado em outubro. A novidade, porém, é que a praça que será construída no Parque Dom Pedro II terá três subsolos. Em um deles, haverá um espaço para atividades multidisciplinares de cunho social e cultural. O segundo e terceiro subsolos serão ocupados por garagens subterrâneas. "Este estacionamento suprirá a carência de vagas no Centro, mas não exclui outros projetos de garagens subterrâneas que já existem para a região. A praça será um pólo gerador de movimento de visitantes no Museu da Criança e no próprio Parque Dom Pedro II", disse Penido. Segundo o diretor de Desenvolvimento e Intervenções Urbanas da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), Rubens Chammas, a praça será construída nas quadras atualmente ocupadas pelos prédios São Vito, Mercúrio e outros 23 imóveis. "O projeto não está fechado e ainda vamos definir o modelo de custeio, ou um termo de cooperação ou uma Parceria Público-Privada", disse Chammas. Implosão – Segundo o secretário-adjunto de Siurb, a implosão do viaduto será feita com explosivos e seguirá normas técnicas, para não haver o risco de prejudicar o entorno nem o Mercado Municipal. Os estudos técnicos para as implosões estão prontos, já que esta é uma medida prometida pela Prefeitura desde o início da gestão dos prefeitos José Serra/Gilberto Kassab. Um dos edifícios que serão derrubados, o São Vito, come-

Antonia, que aguarda indenização: dois endereços

Fachada dos edifícios São Vito e Mercúrio, no Centro: projeto esbarra em problemas com a desapropriação dos apartamentos.

Palácio das Indústrias será transformado em museu

Jorge Simões, morador: indenização é insuficiente

Destino do Edifício São Vito se arrasta há anos. Agora, Prefeitura promete implodir o prédio e construir uma praça no lugar.

Novas cores para o Jardim Pantanal Projeto-piloto promoveu a pintura de quatro casas do bairro, sob o comando de Ruy Ohtake. Agora, proposta vai ser estendida.

A

casa do pintor Ivanaldo Alves de Souza, de 54 anos, ilustrava bem o ditado popular "casa de ferreiro, espeto de pau", já que, nove anos depois de construída, ainda não estava com a fachada pintada. "Estava só no reboco, por causa das condições financeiras", explicou. Mas agora o morador da rua Papiro do Egito, que fica em União de Vila Nova, uma das favelas do Jardim Pantanal, na zona leste da cidade, conseguiu pintar sua casa graças a um projeto-piloto que coloriu quatro casas na rua, sob o comando do arquiteto Ruy Ohtake, de 70 anos. A exemplo do que fez na favela de Heliópolis, em 1995, Ohtake projetou a pintura da fachada de 300 imóveis que ficam nas ruas Catléias, Papiro do Egito, Adão Manoel, do Parque, 1º de Março e Denner, todas na favela União de Vila Nova, no Jardim Pantanal, área localizada na várzea do rio Tietê, entre a Rodovia Ayrton Senna e uma linha de trem da CPTM. O trabalho deve ser concluído em oito meses. "Isto não é apenas inser-

çou a ser desapropriado em 2004 e atualmente está lacrado. Por ser anexado ao São Vito, o edifício Mercúrio também será implodido, mas os moradores relatam problemas com o processo de desapropriação conduzido pela Prefeitura. M or a d or e s – A proprietária do apartamento de um dormitório no Mercúrio, a autônoma Antonia Leite, de 48

Luiz Prado/AE

ção social, é a inserção espacial de um bairro na cidade", afirmou o arquiteto. Segundo Ohtake, a comunidade escolheu as casas que seriam pintadas – as que podem ser vistas pelo viaduto que liga a Jacu-Pêssego à Rodovia Ayr-

ton Senna – e cada morador escolheu a cor que queria. "Eu trabalhei as tonalidades até chegar a algo poético, artístico e característico da comunidade. Afinal, cada pessoa tem uma cor. É como time de futebol", explicou. As tintas serão doa-

das pela Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas (Abrafati). Nos próximos 30 dias, a entidade capacitará os moradores a executar a pintura das fachadas corretamente. Cidade Limpa – Outra novidade do projeto apresentado

por Ohtake é a definição de uma comunicação visual para o comércio da rua Catléias, que reúne cerca de 60 lojas. Os estabelecimentos serão pintados e terão uma placa de 1,10 m de altura que vai conter nome do comércio em mosaico. "O tamanho do nome da loja será de acordo com a Lei Cidade Limpa", disse o arquiteto. O secretário estadual de Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl, anunciou que investirá em tintas para pintar todas as casas até o final da gestão do governador José Serra. Este foi o prazo que o secretário deu à população para a conclusão das obras de urbanização do bairro, que compreendem pavimentação, construção de unidades habitacionais e construção de uma travessia sob as vias da CPTM, além de adequação do sistema viário dos bairros. As obras, orçadas em R$ 51,8 milhões, estão em licitação e serão executadas nas favelas União de Vila Nova, Vila Jacuí e Vila Nair, que formam o Jardim Pantanal, onde vivem 8 mil famílias. (RT )

anos, aguarda a indenização para poder deixar o prédio. Por enquanto, ela e mais de 30 vizinhos se dividem entre este endereço e outro, um prédio da Cohab na rua Riachuelo, no Centro. "Nos ofereceram um apartamento lá como alternativa, mas terei de pagar prestações de R$ 300 por 25 anos, além do condomínio, de R$ 100", disse.

Ao final deste prazo, Antonia terá pago R$ 90 mil pelo apartamento. Ela receberá R$ 26 mil pelo seu imóvel no edifício Mercúrio. "Outro problema é que o prédio na rua Riachuelo está com os elevadores quebrados e sem porteiro", disse. O ambulante Jorge Simões de Almeida Pina, de 54 anos, também está morando nos dois prédios. "Os apartamen-

tos da Cohab ainda não têm cabo telefônico nem antena para TV", disse. O que Jorge lamenta, no entanto, é ter de sair do Mercúrio, onde mora há 4 anos. "A localização é muito boa e a região é valorizada. Estou esperando os R$ 21 mil de indenização. Mas isso não dá pra nada", reclamou. Para o porteiro do Mercúrio, o aposentado Aparecido Sto-

cho, de 62 anos, a maioria dos moradores ainda não aceitou a idéia de sair do prédio, que possui 138 apartamentos. "São pessoas que trabalham no Mercado Municipal, no Brás e na rua 25 de Março e que pagam as contas em dia. Elas não querem sair. Por isso, entraram com uma ação na Justiça", disse Stocho, que mora no prédio há mais de 20 anos.

Ivanaldo Souza: após nove anos, pintor conseguiu pintar a própria casa, com a assinatura de Ruy Ohtake


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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

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Política Lula manda Leopoldo Silva/AE

Trata-se de uma espionagem chapabranca, a partir do Planalto, através da Abin. Álvaro Dias

Alan Marques/Folha Imagem

investigar as 'maletas' da Abin Nelson Jobim diz que Exército comprou máquinas no valor de US$ 20 mil, cada, para uso exclusivo da Abin

O Presidente Lula ordena sindicância sobre compra de equipamentos para a Abin. Quer saber se dispositivos tecnológicos possibilitam grampos.

PSDB vai pedir CPI Mista sobre grampo Oposição pede investigação independente do Ministério Público e cobra posição do governo

O

PSDB decidiu ontem colocar em prática quatro medidas como reação à escuta telefônica clandestina envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, de acordo com o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O partido vai apresentar requerimento ao Congresso pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara e Senado, ou seja, mista, para tratar especificamente do grampo telefônico envolvendo o presidente do STF e o senador Demóstenes Torres (DEMGO) e divulgado pela "Veja".

O PSDB Câmara e também vai Senado para O PSDB decidiu entrar com que detalhe as usar o episódio da representação providências escuta telefônica no junto ao tomadas em presidente do STF procuradorrelação ao em seus programas geral da grampo República, telefônico, uma de propaganda Antonio vez que o alvo eleitoral. Fernando de da espionagem Souza, pedindo foi também um que o Ministério Público senador da República. investigue a escuta telefônica Além disso, o PSDB decidiu clandestina. O objetivo é que usar o episódio da escuta se faça uma investigação telefônica em seus programas independente. de propaganda eleitoral. Os tucanos também vão Ao detalhar essas decisões, pedir ao presidente do o senador Álvaro Dias Senado, Garibaldi Alves considerou que o Congresso (PMDB-RN), que convoque não reagiu à escuta telefônica uma sessão conjunta da ilegal e que a estratégia do

PSDB tem o objetivo de combater a paralisação que o governo estaria fazendo em relação ao episódio. Ele afirmou ainda que o governo vem colocando em prática manobras "diversionistas" tentando retirar da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a responsabilidade sobre a escuta telefônica clandestina, citando a tentativa de apontar outros responsáveis, como o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, que teria interesse direto. "Trata-se de uma espionagem chapa-branca, a partir do Planalto, através da Abin", acusou Álvaro Dias. (AE)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a sindicância aberta na Polícia Federal para apurar grampos ilegais investigue também a compra de maletas de interceptação telefônica para uso por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A informação sobre as maletas partiu do ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante reunião da última segundafeira, no Palácio do Planalto, para discutir a denúncia de grampo ilegal que gravou uma conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Naquela reunião, Jobim relatou que o Exército adquiriu maletas por cerca de US$ 20 mil cada, para uso da Abin. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, argumentou durante depoimento na CPI dos Grampos, na Câmara dos Deputados, que o equipamento não era usado para grampear telefonemas, m a s s i m p a r a i n t e rc e p t a r grampos. E pediu ao Exército que cedesse três técnicos para analisar a máquina.

Félix tenta provar que o equipamento só faz varredura, ou seja, vasculha se tem alguém monitorando os telefones, mas não faz grampos. A polêmica foi travada entre Jobim e Félix durante a reunião com Lula. Na mesma linha que Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, admitiu que o governo vai avaliar se os equipamentos comprados pela Abin são destinados a escutas clandestinas. "Vamos avaliar todo o quadro da Abin, todo o quadro do grampo – se houve grampo ou se não houve – e, dentro desse contexto, os equipamentos serão considerados e balanceados", afirmou a ministra, no Palácio do Planalto. A revelação de que os telefones do presidente do STF foram grampeados acirraram a guerra travada entre a PF e a Abin, no rastro da Operação Satiagraha, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, em julho. Questionada se a compra do equipamento pela Abin era grave, Dilma não quis entrar na polêmica. "Eu não vou avaliar se é grave a compra de um equipamento ou não", disse, ao acrescentar que o governo examinará toda a situação. (AE)

ESPAÇO

Ano III - Nº 164 4 de setembro de 2008

SESCON-SP

Regime de caixa: mais uma grande vitória para a micro e a pequena empresa

dicas&notas

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foi aprovada a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, que tem por Þnalidade proporcionar aos seus usuários uma base para avaliar a capacidade da entidade em gerar caixa e equivalentes, bem como suas necessidades de liquidez. As decisões econômicas tomadas por esses usuários exigem a avaliação dessa capacidade, bem como da época e do grau de segurança na geração de tais recursos.

dessa causa. Chapina Alcazar: um pioneiro na Segundo o empresário e líder setorial, o regime defesa do regime de caixa de competência, única forma de recolhimento para o segmento até agora, consiste em uma das maneiras mais cruéis de o empreendedor bancar o governo brasileiro. “O Estado não precisa desse Þnanciamento, em contrapartida, os contribuintes merecem esse alívio em seu ßuxo de caixa”, salienta ele, argumentando que agora os empresários terão novos caminhos para o desenvolvimento ao ter mais oportunidades para investir, planejar e fazer crescer o seu negócio. O regime de caixa poderá ser adotado pelas micros e pequenas empresas a partir de 1° de janeiro de 2009.

CVM - Demonstração dos Fluxos de Caixa - Pronunciamento Técnico – Aprovado o Pronunciamento Técnico CPC 03 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, anexo à Deliberação CVM nº 547/2008, que tratou da Demonstração dos Fluxos de Caixa. Tal Pronunciamento é de uso obrigatório para as companhias abertas. A Deliberação CVM nº 547/08 deve ser aplicada aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2008.

Sindicato e Secretaria Municipal do Trabalho reafirmam parceria

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m 2007, a ação “Desenhando o Futuro”, do Programa Sescon Solidário, capacitou profissionalmente 268 jovens e agora, com aulas ministradas também no Centro de Atendimento ao Trabalho da Luz, a meta é fechar o segundo ano de atividades praticamente dobrando esse número. Ao visitar a sede do SESCON-SP anteontem, o secretário municipal do Trabalho, Nelson Hervey Costa, falou da importância de parcerias como essa para a diminuição da informalidade na capital paulista. “Precisamos de medidas que incentivem os cidadãos a buscar sua qualificação”, destacou ele, enfatizando que mais de 40% dos desempregados da cidade têm menos de 24 anos de idade. Já o presidente do Sindicato, José Maria Chapina Alcazar, lembrou ser fundamental a iniciativa privada descruzar os braços. “Não devemos ficar reclamando e cobrando atitudes apenas do governo, mas sim fazer também a nossa parte: empresas, entidades e INICIATIVAS

população”, destacou. O “Desenhando o Futuro” objetiva qualificar jovens de baixa renda na faixa Nelson Hervey Costa e Chapina Alcazar etária entre 16 e 18 anos para o primeiro emprego. Já a Secretaria do Trabalho tem a missão de fazer a intermediação entre essa mão-de-obra e as empresas interessadas. As primeiras turmas do CAT Luz inscritas nos cursos “Departamento Pessoal” e “Escrita Fiscal” iniciaram as aulas na primeira semana de agosto e novas salas serão abertas em 15 de setembro e 27 de outubro. Das 500 qualiÞcações previstas para 2008, cerca de 200 devem ser viabilizadas por meio dessa parceria entre SESCON-SP e SMTrab. Os interessados em participar podem obter mais informações ligando para: (11) 3224-6115.

Av. Tiradentes, 960 - Luz - São Paulo - SP (a 50 m da estação Armênia do metrô) Tel. (11) 3304-4400 - Fax. (11) 3304-4510 Envie sugestões para: espacosesconsp@sescon.org.br www.sescon.org.br

Fonte: Fiscosoft – www.fiscosoft.com.br

CFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa – Por meio da Resolução nº 1.125/08,

Após meses de reivindicação do SESCON-SP em nome do empreendedorismo brasileiro, o Comitê Gestor do Simples Nacional finalmente regulamentou a admissão do recolhimento de impostos pelo regime de caixa para as empresas do sistema simplificado de tributos esde a promulgação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em dezembro de 2006, o Sindicato tem lutado insistentemente pela regulamentação desse dispositivo, considerado um dos maiores benefícios da nova legislação. Com o regime de caixa, o recolhimento de tributos deixa de ser feito com base no mês em que as vendas são efetivadas, ou seja, na emissão da nota Þscal, e passa a ter como referência o momento em que a empresa recebe pelo produto ou serviço fornecido. “O pequeno empresário precisa de fôlego Þnanceiro para comprar a mercadoria, produzir, pagar suas contas e dar um prazo de pagamento ao seu cliente para, somente depois, quitar seus impostos. Certamente essa é uma grande conquista dos empreendedores e a correção de uma injustiça tributária em nosso país”, comemora o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar, um dos grandes defensores

Próxima edição: dia 11, quinta-feira

AGENDA DE CURSOS

O papel da Unisescon é promover atividades compatíveis às múltiplas possibilidades da educação permanente, que levem os profissionais a se atualizarem conceitual e tecnicamente. Os cursos, seminários, palestras e workshops da Unisescon contribuem para modernizar conceitos e técnicas profissionais, sendo o meio mais rápido e inteligente de alcançar os padrões de qualidade do PQEC.

> Direito Tributário para Contadores > Escrita Fiscal Informatizada

15 de setembro, das 9h às 18h 16 a 18 de setembro, das 9h às 18h

> Empresas Familiares: Gestão com Ênfase à

17 e 18 de setembro, das 18h às 22h

Sucessão > Ferramenta para Planejamento Empresarial Contábil > Consolidação das Demonstrações Contábeis > Nova Lei das Sociedades Anônimas Lei 11.638/07

Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo Presidente: José Maria Chapina Alcazar - Gestão: 2007/2009

17 e 18 de setembro, das 18h às 22h 18 de setembro, das 9h às 18h 19 de setembro, das 9h às 18h


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Finanças Tr i b u t o s Empresas Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Inauguração de lojas em massa levou à contratação de 2 mil funcionários

REDE ORIGINÁRIA DO INTERIOR PAULISTA JÁ É A 3ª DO PAÍS

Magazine Luiza anuncia 120 lojas na Grande São Paulo até 2010

Mário Miranda/Luz

É o número necessário para enfrentar os concorrentes, diz Luiza Trajano.

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ção

shoppings centers que estão sendo construídos nas periferias da Grande São Paulo e que devem estar prontos em 2009", disse a superintendente. Outras lojas devem ser abertas com a compra ou aluguel de instalações de antigas redes. Entre as 50 unidades que começam a funcionar ainda neste mês, 35 foram compradas da rede Kolumbus. Somente para essas primeiras unidades foram treinadas e

lvaro M

C

om investimentos de R$ 150 milhões, a rede de varejo popular de Franca, interior paulista, Magazine Luiza, planeja instalar 120 lojas na Grande São Paulo até 2010. No ano passado, a rede anunciou que chegaria à capital e cidades da vizinhança neste ano, abrindo 50 lojas em um mesmo dia e hora. "Já estamos com 45 lojas prontas, 20 delas com as mercadorias, esperando apenas o sinal verde para as vendas. Vamos abrir todas as 50 ainda neste mês", disse ontem a superintendente da rede, Luiza Helena Trajano. Provavelmente no próximo dia 18, segundo a superintendente, será realizada a entrevista coletiva com a imprensa para marcar oficialmente a abertura das novas unidades. Cinco dezenas de lojas no mercado da Grande São Paulo, no entanto, é muito pouco para o Magazine Luiza, afirmou a

empresária. "É a partir de 2010, quando todas as 120 lojas estiverem em funcionamento, que estaremos plenamente no negócio por aqui. Deste ano até 2010 não esperamos retorno substancial do investimento", observou. A principal concorrente do magazine na capital e região metropolitana, a Casas Bahia, tem hoje 150 lojas na Grande São Paulo com faturamento previsto de R$ 14 bilhões em 2008. Na guerra pelo cliente, o Magazine Luiza deve investir R$ 60 milhões em publicidade neste ano. A abertura do capital da rede, informou Luiza, também vai depender dos resultados obtidos na cidade de São Paulo e municípios vizinhos. De acordo com Luiza, para o ano que vem já estão confirmadas as aberturas de outras 30 a 40 lojas da cota total de 120. "Já temos os contratos com seis

Foto: Á

Mário Tonocchi

Fachada de unidade nova na Praça da Árvore. Serão 50, ao todo, em funcionamento até o final do mês.

contratadas 2 mil pessoas. Considerando uma média de 40 pessoas por unidade, as próximas 70 inaugurações devem absorver outros 2,8 mil trabalhadores. Além das contratações diretas, as lojas que abrem neste mês terão o apoio de um serviço terceirizado de 420 caminhões para fazer

a reposição de mercadorias. Após o projeto que está sendo iniciado na Grande São Paulo, o Magazine Luiza estuda entrar nas regiões de Brasília e Goiânia. Mais tarde, a intenção é chegar também ao Nordeste. Já contando com as 50 novas lojas da Grande São Paulo, chega a 14 mil o número de funcionários em sete estados do Sudeste, Sul e CentroOeste. A rede deve faturar R$ 3,5 bilhões neste ano e ocupa a terceira posição no ranking das maiores do País. H is t ó ri a – A trajetória de Luiza Trajano começou em 1957, com a abertura da primeira loja, em Franca. Para chegar a São Paulo, a hoje bemsucedida empreendedora teve de superar preconceitos sobre a origem interiorana. "As pessoas me diziam: você, do interior, vai para a capital e não sabe como será recebida. Mas o nosso negócio é feito com o co-

ração, e com isso você é sempre bem recebido, onde quer que vá", definiu. Luiza Trajano participou do quarto fórum da revista Exame PME, realizado ontem no Centro de Convenções Amcham, em São Paulo, para lançar a pesquisa da publicação "100 pequenas e médias empresas que mais crescem". O ranking abrange empresas com expansão de receita líquida entre 2005 e 2007 de R$ 5 milhões a R$ 150 milhões. Concorreram 508 companhias. O estudo mostra que a "governança corporativa" é fundamental para a transparência e o crescimento das empresas. "Não basta ter uma boa governança. O mundo tem de saber que você tem essa transparência para ser confiável', observou Elismar Álvares da Silva Campos, especialista em "governança corporativa" da Fundação Dom Cabral.

E-mail publicitário veio para ficar e-mail. Hoje, as pequenas e médias também têm acesso a essa tecnologia. Um exemplo de empresa que ocê vai receber em sua caixa de e-mails um utiliza o e-mail marketing para número crescente de promover seu sistema de franmensagens oferecendo produ- quias é a rede de livrarias Notos e serviços. A boa notícia é bel. O analista de marketing que esse marketing será cada Denis Kraiser disse que há vez mais bem planejado. A in- três anos a rede divulga os formação faz parte da pesqui- workshops para interessados sa da consultoria WBI Brasil, na franquia – são enviadas até de planejamento de marketing três tipos de mensagens por sedigital. O diretor Paulo Kend- mana para um banco de dados zerski disse que no ano passa- de 8 mil possíveis candidatos. do 54,4% das empresas pes- "Em São Paulo e no Rio de Jaquisadas afirmaram utilizar neiro, uma média de 20 pessoas uma ferramenta de e-mail comparecem ao workshop marketing – um crescimento mensal", acrescentou Kraiser. Para divulgar livros, CDs e de 108% sobre 2003, quando foi DVDs, a rede feito o primeinão envia er o l e v a n t amails para mento. Na pessoas físiépoca, 26,12% cas, mas para das corporaclientes do ções utilizaatacado (ouv a m a f e r r apor cento das tras livrarias). menta. Em empresas A diretora de 2007, apenas produção, Vi12,5% das empesquisadas numa vian Valli, diz presas não a amostra da que as 180 liadotavam. O executivo consultoria WBI Brasil vrarias da rede recebem explica que o dizem que usam mensagens intrabalho pase-mail marketing. formativas sosou a ser bre lançamenorientado por tos. "O retorno consultores, e as mensagens são criadas para tem sido muito rápido." Uma das empresas do grupo cada tipo de produto. A pesquisa mostra que, em 2003, criado por Howard Hugues, a 50,15% das empresas envia- Hugues, atua no ramo de covam as mensagens de 30 em 30 municação por satélite em dias. No ano passado, o envio banda larga no Brasil. Ela utilisemanal atingiu 23,82% dos e- za e-mails marketing para dimails; e o diário, 22,49%. Os vulgar eventos nos campos fidias preferidos são as segun- nanceiro e de educação. Rafael Guimarães, diretor de markedas e terças-feiras. Os responsáveis pela elabo- ting, disse que o layout da ração das campanhas de divul- mensagem é diferenciado para gação pertencem à área de ne- cada evento, para não ser congócios e inteligência. Eles pro- fundido com spam. "Temos uma equipe que escuram detectar as necessidacreve um texto enxuto e claro. des dos consumidores. Nobel – O diretor da WBI Com isso, o encontro do mês lembrou que, no início da pes- passado atraiu 120 pessoas, de quisa, apenas as grandes em- um total de 500 mensagens enpresas usavam a ferramenta viadas", concluiu.

Paula Cunha

V

54,4


DIÁRIO DO COMÉRCIO

UM DOS DOIS Até prova em contrário, a segunda vaga no segundo turno será decidida entre Alckmin e Kassab. Se a eleição fosse hoje, o adversário de Marta seria o tucano, mas o prefeito está em fase de crescimento.

CONFRONTO A campanha de Kassab continua insistindo em estabelecer uma comparação entre sua administração e a gestão de Marta Suplicy. O prefeito está convicto de que sua obra ganha da administração da petista.

POLARIZAÇÃO

sua campanha. Lula, no entanto, prefere intensificar a campanha de candidatos do PT no ABCD, onde a disputa é mais aguerrida.

ESPERANÇA Marta, Geraldo e Kassab estão à espera de novas pesquisas, principalmente do Ibope e Datafolha, que devem ser divulgadas nos próximos dias. Alckmin espera ter conseguido estancar sua queda. Marta quer saber se vai ter segundo turno e Kassab se abocanhou mais votos.

NO RASTRO Em contrapartida, Geraldo Alckmin continua visitando os bairros e fazendo a campanha corpoa-corpo. Além de se estabilizar em segundo lugar nas pesquisas, o tucano deseja recuperar os pontos que perdeu para Kassab nas pesquisas anteriores.

A intenção de Kassab é sustentar a polarização da campanha com Marta. Na última pesquisa Datafolha, o prefeito arrancou 16% de preferência eleitoral, contra 24% do tucano Geraldo Alckmin.

EVIDÊNCIA Kassab se convenceu de que para chegar ao segundo turno precisa continuar crescendo em cima de Alckmin. O prefeito precisa arrancar, no mínimo, mais quatro pontos do tucano, se quiser empatar o jogo.

EXPLORAÇÃO Marta já jogou no ar o filme de Lula participando da carreata da candidata na zona leste. Discursando no comício organizado pelo PT, Lula pediu votos para Marta. A candidata espera ganhar votos das classes média e baixa.

REPETECO Ainda não está prevista outra aparição de Lula ao lado de Marta, mas a candidata promete sensibilizar o presidente a voltar a São Paulo e participar novamente de

SONDAGEM A rádio Jovem-Pan iniciou uma enquete sobre a preferência dos eleitores para a Prefeitura. No primeiro dia, Alckmin saiu na frente, seguido por Gilberto Kassab. Marta Suplicy apareceu na terceira posição.

RESPOSTA Ao afastar alguns diretores da Agência Brasileira de Inteligência, devido ao grampo denunciado pela revista "Veja" contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O presidente Lula estancou as críticas que se avolumavam da oposição. O presidente sossegou os opositores.

Pesquisas internas do partido de Marta Suplicy apontam prefeito em alta

A

campanha da candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, já começa a trabalhar nos bastidores com a possibilidade de disputar um segundo turno com o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e não mais com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), apesar de Alckmin permanecer no segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. M e s m o b a t alhando para vencer no primeiro turno, a equipe de Marta avalia que Kassab já avançou o suficiente para ser considerado um provável rival, se houver um segundo turno, em novembro. A nova avaliação tem por base pesquisas internas realizadas pelo PT que apontam Kassab se aproximando de Alckmin e a caminho de ultrapassá-lo nas próximas semanas. Na última sondagem do Ibope, encomendada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Globo, Kassab avançou 4 pontos, alcançando a marca de 14%. Geraldo Alckmin, que tinha 26% no levantamento anterior, caiu para 22%. Já Marta se mantém na liderança mesmo com a queda de dois pontos, ficando com 39%.

Ataque – Em resposta ao fortalecimento do prefeito, Marta parou de ignorar os sucessivos ataques de Kassab e passou a responder publicamente às provocações. Ontem, no horário eleitoral gratuito de tevê, Marta disse que que revitalizou o centro da cidade na sua gestão e em seguida um locutor afirmou: "Bastou a Marta sair da Prefeitura e o centro foi abandonado. Os sucessores de Marta não souberam empregar os US$ 100,4 milhões que ela conseguiu com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para revitalizar o centro de São Paulo". Já Kassab, que afirma que irá para o segundo turno com a candidata do PT, foi enfático nas críticas a Marta, durante sua participação de sabatina no jornal O Estado de S.Paulo: "ela não gosta de assumir a responsabilidade pelo que não fez". Também refutou as críticas feitas por Marta de que essas escolas foram criadas na gestão de Pitta, quando Kassab era secretário de Planejamento. "Não tem nada a ver", respondeu, ressaltando que foi sua gestão e a de José Serra que pôs fim a esse tipo de escola. Para Kassab, Marta Suplicy não se reelegeu em 2004 porque foi reprovada pelo eleitorado e não conseguiu fazer o que prometeu. Diferentemente da petista, Kassab disse que aceitará qualquer apoio num eventual segundo turno. (AE)

Evelson de Freitas/AE

G

CENAS DE CAMPANHA

Raimundo Paccó/AE

eraldo Alckmin voltou a explorar a imagem de José Serra na campanha de televisão, porque o governador foi apontado em pesquisa Datafolha como um dos dois mais eficientes cabos eleitorais. O outro é o presidente Lula. Alckmin iniciou a campanha na TV, em 19 de agosto, ao lado do governador, mas nos programas seguintes, Serra sumiu de cena. Volta agora, após a constatação de que é um bom puxador de votos. É provável também que Gilberto Kassab volte a se exibir ao lado do governador, porque Serra continua apoiando as duas candidaturas. Uma coisa está decidida: Lula e Serra deverão propiciar um duelo na campanha do segundo turno. O presidente ao lado de Marta e Serra apoiando Alckmin ou Kassab.

PT trabalha com hipótese de Kassab no segundo turno

Clayton de Souza/AE

Volta por cima

DISPUTA

Ela (Marta Suplicy) não gosta de assumir a responsabilidade pelo que não fez Gilberto Kassab

CAMPANHA DE MARTA ENXERGA NOVO RIVAL

Eymar Mascaro

Alckmistas e democratas continuam convencidos de que Marta Suplicy passará para o segundo turno. Com cerca de 40% de intenção de votos, a petista espera pela definição da outra vaga no turno final.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Paulo Maluf pede votos de presente de aniversário

O

candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, completou 77 anos ontem. E aproveitou o horário eleitoral gratuito na tevê para pedir votos como presente de aniversário. Questionado se não seria a hora de se aposentar, respondeu: "Daqui a 30 anos vou pensar na sua pergunta. A minha família toda é muito longeva. Vão todos para 95, 100 anos". Maluf havia anunciado, quando lançou sua candidatura, que, se eleito, este seria seu último mandato, com direito à reeleição. Ontem, foi sua estréia no horário eleitoral gratuito.

Depois de investir, sem muitos resultados, no eleitorado da periferia de São Paulo, onde a adversária do PT, Marta Suplicy, é mais forte, a campanha do candidato do PSDB à prefeitura da capital, Geraldo Alckmin, entra numa nova fase e direciona os esforços neste último mês de disputa ao convencimento da classe média. A mudança de foco trará também um novo discurso, dizem os alckmistas, com uma maior polarização com Marta no horário eleitoral no rádio e na tevê. Alckmin voltou a mostrar o governador José Serra em sua campanha. (AE)

Aqui você encontra o DC

Vanessa Carvalho/FI

Congresso Planalto Eleições CPI

Pça. D. José Gaspar, nº 106

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A candidata do PT, Marta Suplicy, (primeira foto acima) preferiu atacar, ontem, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM) (segunda foto acima), que já está no calcanhar do candidado do PSDB, Geraldo Alckmin (terceira foto, de cima para baixo). Maluf (acima) ganhou cumprimentos.

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Congresso Planalto Abin CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Se tiver paredes, vidros, portas não passa de 25 metros, 30 metros. Otávio Carlos Cunha da Silva

A CAÇA AOS AUTORES DO GRAMPO

'É quase impossível coibir grampos ilegais', diz Campana

Ed Ferreira/AE

Diretor afastado diz em CPI que nem sabe se ele mesmo está sendo grampeado

A

fastado há três dias do cargo, o diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), José Milton Campana, admitiu ontem que o equipamento da Abin é capaz de fazer escutas em um raio de, no máximo, 100 metros. Os equipamentos da Abin estão sendo vistoriados por uma comissão de engenheiros e técnicos do Comando do Exército para averiguar se as chamadas "maletas de varredura" limitam-se a vasculhar a existência de grampos, conforme garantiu o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, a quem a Abin é subordinada. "Os equipamentos não teriam capacidade de qualquer escuta a mais de 100 metros. Estamos com uma comissão do Exército na Abin e pelo que ouvi preliminarmente em um terreno limpo, sem nenhuma barreira, poderia acontecer alguma coisa", disse Campana, ao depor ontem na CPI dos Grampos. No depoimento, o diretor afastado da Abin, que foi agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), afirmou ainda que "não tem dúvidas" que está grampeado. Ele argumentou que é praticamente impossível detectar escutas telefônicas clandestinas. "É quase impossível a Abin coibir grampos ilegais". No depoimento, Campana garantiu que as maletas servem apenas para fazer varreduras ambientais. "A Abin não atua à revelia da legislação pertinente. Não fez e não faz interceptação telefônica. A Abin não atua no submundo,

de forma sub-reptícia; não trabalha contra o Brasil. Ao contrário, dedica-se a contribuir para a segurança do Estado brasileiro", afirmou o diretor afastado. "A Abin não realizou, não patrocinou ações espúrias", completou. Para esclarecer o funcionamento do aparelho, foi chamado à mesa da CPI o diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Segurança das Comunicações da

Os equipamentos da Abin não teriam capacidade de qualquer escuta a mais de 100 metros. José Milton Campana, diretor adjunto da Abin Abin, Otávio Carlos Cunha da Silva. Segundo ele, o equipamento não serve para fazer interceptações telefônicas. "É impossível fazer interceptação telefônica de celular com esse tipo de equipamento", garantiu Otávio Carlos. Mas ele admitiu que o equipamento de varredura da Abin é capaz de fazer escuta ambiental desde que haja um "transmissor de alta potência" no ambiente grampeado. "Se tiver paredes, vidros, portas não passa de 25 metros, 30 metros", observou. Ele explicou que o máximo que o aparelho poderia fazer era detectar que se realizava uma ligação telefônica dentro de um determinado espaço, mas não seria possível ter acesso ao seu conteúdo. Para detec-

tar o conteúdo e realizar o grampo seria necessária a instalação de um software, o que, segundo o técnico, não seria possível no aparelho comprado pela Abin. O equipamento da Abin é o Omni Spectral Correlator – OSC 5000 que, segundo Campana, foi adquirido em 2006 para o trabalho de inteligência e contra-espionagem para os Jogos Pan-Americanos, que ocorreram em julho de 2007, no Rio de Janeiro. Essas maletas pesam 13 quilos, de acordo com o diretor Otávio Carlos, e custam com todos os acessórios cerca de US$ 30 mil. "As maletas que interceptam ligações telefônicas têm quebra de algoritmo, o que permite escutar as conversas", explicou o diretor de Comunicações. "Compramos esse equipamento com a finalidade de fazer varreduras, que freqüentemente são solicitadas à Abin", disse Campana. A participação do órgão nas investigações da Operação Satiagraha, segundo ele, foi no sentido de confirmar endereços e de checar como os nomes dos investigados aparecem na base de dados da Justiça e do sistema financeiro. "Atuamos na verificação de endereços, consultas a banco de dados, registros nos tribunais, Serasa e vários outros órgãos", disse Campana, que negou ainda a existência de disputa entre a Abin e a direção da Polícia Federal. "A relação é de cooperação", destacou. O Departamento de Inteligência Policial (DIP), da PF, faz parte do Sistema Brasileiro de Inteligência, da mesma forma que a Abin", disse. (Agências)

Reunião Plenária (Informações, debates e busca de soluções)

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a)

CONVIDADA

José Nilton Campana: " A Abin não atua no submundo, de forma sub-reptícia; não trabalha contra o Brasil." Antonio Cruz/ABr - 14.08.08

Ministro da Justiça garante que investigações não serão comprometidas com aprovação da lei do grampo

Tarso Genro: governo age em três 'fronts' para disciplinar escutas

O

ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que o governo, para disciplinar os grampos, está trabalhando em três "fronts" (frentes de batalha) relacionados aos diferentes tipos de interceptações que ocorrem no País. Os monitoramentos, segundo ele, serão feitos "de acordo com a lei que está sendo discutida e será aprovada" pelo Congresso. A proposta que o governo enviará ao Legislativo, segundo Genro, está em minutas elaboradas pelo Ministério da Justiça, Ministério Público Federal e Supremo Tribunal Federal. O ministro disse também que desconhece a informação de que a Abin teria comprado maletas sofisticadas que fazem varredura de grampos e, ao mesmo tempo, gravações de conversas. O primeiro tipo de grampo, disse o ministro, é a gravação

legal, autorizada pelo Poder Judiciário nos termos da Constituição. O segundo é o grampo ilegal feito "por algum agente público, que terá de responder duramente por isso." E o terceiro tipo é a gravação ilegal feita por particulares. Para esse terceiro caso, disse Genro, existe hoje tecnologia que "qualquer pessoa" pode adquirir, como fazem, por exemplo, escritórios de detetives particulares. Particulares – Segundo o ministro, esse é um crime grave que ocorre "em abundância e é mais difícil de controlar" que um eventual grampo ilegal que possa ter sido feito por agentes do Estado. "Vamos atacar nos três fronts", enfatizou Genro. Ele disse que as medidas para disciplinar os grampos não inibirão as investigações da polícia. "Essa lei preserva a capacidade investigativa da

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL Nº 67/SME/2008 - 2007-0.262.296-2 - AQUISIÇÃO DE MINIDICIONÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA - SME/CONAE O credenciamento e os envelopes nº 01 (proposta) e envelopes nº 02 ( documentação) deverão ser entregues até às 10:30 horas do dia 18/09/2008, no Auditório, situado na Rua Dr. Diogo de Faria, 1247 - 1º andar - Vila Clementino. O Edital e seus Anexos poderão ser obtidos, até o último dia que anteceder a abertura, mediante recolhimento de guia de arrecadação, ou através da apresentação de CD ROOM gravável no Setor de Licitação - CONAE 151 - sala 201 B, ou no site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, bem como, as cópias do Edital estarão expostas no mural do Setor de Licitação.

Soninha Vereadora

Dia: 08 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

SECRETARIA DE PARTICIPAÇÃO E PARCERIA A SECRETARIA Municipal de PARTICIPAÇÃO E PARCERIA, comunica aos interessados, que está aberta a seguinte licitação: PREGÃO PRESENCIAL Nº: 016/SMPP/2008 Processo 2008-0.169.652-2 Objeto: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de soluções para documentos compreendendo a produção de serviços de pré-impressão e impressão de material colorido e monocromático, padronizado e realizado em off-set, para atender as necessidades do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, das Coordenadorias, Conselhos e Gabinete da Secretaria Municipal de Participação e Parceria - SMPP. O RECEBIMENTO DOS ENVELOPES E A SESSÃO PÚBLICA DE PREGÃO, será realizada na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Participação e Parceria, à Rua Líbero Badaró, 119 térreo, às 10:00 horas do dia 17/09/2008. Os interessados poderão consultar ou obter o edital completo e seus anexos, na Rua Líbero Badaró, 119 - 4º andar - das 09:00 às 16:00 horas, até o último dia útil que anteceder a abertura do certame, mediante o recolhimento da importância de 0,55 (Cinqüenta e cinco centavos de real) por folha, através de Guia de Recolhimento que será fornecida pela Administração de Compras e Contratos ou através do site da prefeitura de São Paulo (e_negocios). Maiores informações pelo Tel.: (11) 3113-9940.

polícia e só reduz algumas lacunas onde haveria dúvida. Fica muito claro que o agente público pode continuar esse tipo de investigação – sempre controlado pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. E quem tem competência para fazer isso é a Polícia Federal, não é outro organismo qualquer.". Defesa – O ministro também defendeu o diretorgeral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado federal Paulo Lacerda, afastado temporariamente do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a denúncia de interceptação ilegal de conversa telefônica entre o presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEMGO). "Lacerda é um homem sério. Pelo que conheço de sua história, de seu currículo, ele não determinaria qualquer ação ilegal como essa", afirmou o ministro. CPI – A CPI dos Grampos aprovou ontem a convocação do ministro da Defesa, Nelson Jobim; do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa; e do diretor afastado da Abin, Paulo Lacerda. A convocação foi feita com o aval do Palácio do Planalto: os requerimentos são de autoria de deputados da base aliada e todos foram aprovados simbolicamente (sem necessidade de votação nominal). A convocação de Jobim foi sugerida pelo petista Nelson Pellegrino (BA), relator da CPI, e por Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), presidente da comissão, autores do requerimento. Integrantes da CPI vão hoje ao STF convidar o ministro Gilmar Mendes para ir à comissão de inquérito falar do grampo telefônico de que foi alvo. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A

o contrário do que ocorre na maioria dos países desenvolvidos, onde a administração pública financia grande parte das despesas com saúde, no Brasil, de cada R$ 10 gastos no setor, as famílias pagaram R$ 6,02 e o governo, R$ 3,88, de acordo com dados de 2005. O restante vem de instituições sem fins lucrativos. O padrão nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é de, no mínimo, 70% de financiamento público, com exceção dos Estados Unidos e do México, onde é de 45%. A pesquisa Economia da Saúde, Perspectiva Macroeconômica do Setor entre 20002005, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou

Saúde: família gasta mais. Pesquisa do IBGE mostra que as famílias brasileiras superaram os gastos do governo nessa área em 2005 que o gasto médio das famílias com saúde correspondeu a 8,2% de tudo o que elas consumiram em 2005. Essas despesas foram principalmente com remédios (35%) e outros serviços, como consultas e exames feitos fora do hospital (34%). O crescimento dos serviços ambulatoriais, em detrimento das internações hospitalares (só 1,9% do consumo das famílias), é uma tendência mundial. O total dos gastos com saúde em 2005, incluindo famílias, governos e instituições, foi de R$ 171,6 bilhões – 8% do Produto Interno Bruto (PIB).

Hopi Hari S.A.

CNPJ nº 00.924.432/0001-99 Convocação - Assembléia Geral de Debenturistas da 2ª Emissão Ficam convocados os Srs. Debenturistas a se reunirem em Assembléia Geral a ser realizada em 19/09/2008 às 10:00 h, em 1ª convocação, na sede da Emissora, na Estrada Municipal Vinhedo/Itupeva, 7001, Vinhedo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Apreciação pelos debenturistas de proposta da Emissora quanto à prorrogação da data de vencimento das debêntures, e do pagamento do valor nominal das debêntures acrescido da remuneração, vencíveis em 01/10/2008; b) Autorizar o Agente Fiduciário a celebrar, em conjunto com a Emissora e a Interveniente Garantidora, aditamento à escritura de emissão face às deliberações da Assembléia. Vinhedo, 04/09/2008. Marcelo França de Lima - Diretor de Relações com Investidores.

Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504 Edital de Convocação - Reunião do Conselho de Administração: Ficam convocados os Senhores Conselheiros a reunirem-se no próximo dia 16/09/2008, às 13:00 horas, no endereço social da Cia, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para apreciar e deliberar a seguinte ordem do dia: (i) Ação Ordinária e Ação de Execução entre a Companhia e a Furukawa Industrial Produtos Elétricos S.A.; (ii) Substituição ou renovação dos contratos da Diretoria Estatutária da Cia (vencimento dos contratos em 15/08/2008); (iii) Outros assuntos de interesse (04,05,06/09/2008) geral da Cia. João Carlos Saad - Presidente do Conselho de Administração. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO REDESIGNAÇÃO DE DATAS Site: www.riopreto.sp.gov.br Modalidade: TOMADA DE PREÇOS Nº 034/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma no Núcleo Mun. de Reabilitação. Sec. Mun. Saúde. Limite p/ entrega dos envelopes 19/09/2008 às 17h00min e abertura dia 22/09/2008 às 09h00min. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA ENTREGA IMEDIATA PREGÃO Nº 026/2008-FAMESP PROCESSO Nº 282/2008-FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 04 a 16 de setembro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 – ramal 111 - FAX (0xx14)3882-1885 – ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 026/2008 - FAMESP, PROCESSO Nº 282/2008 - FAMESP, que tem como objetivo AQUISIÇÃO DE VENTILADOR PULMONAR, PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DA DIVISÃO DE ENFERMAGEM DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 17 de setembro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 03 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP.

PREFEITURA DE FRANCA AVISOS DE LICITAÇÃO Processo nº 22.791/08 - Concorrência nº 033/08. Aquisição de pães, leite e margarina para o café da manhã dos servidores. O Sr. Presidente da Comissão Permanente de Licitações torna público que, fica agendada a data de 11 de setembro de 2008, às 15h30, a abertura dos envelopes “propostas”, na Sala de Licitações desta Prefeitura, na Rua Frederico Moura, 1517 - 1º andar do Paço Municipal. Franca, 03 de setembro de 2008. Sérgio Luiz Romero Gerbasi - Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

DaimlerChrysler Leasing Arrendamento Mercantil S.A.

(Em processo de alteração da denominação para Mercedes-Benz Leasing do Brasil Arrendamento Mercantil S.A.) CNPJ/MF nº 00.162.760/0001-03 - NIRE 35.300.139.691 Ata da Assembléia Geral Ordinária Realizada aos 30 (trinta) dias do mês de Abril de 2008, às 10:00 horas, na sede social à Alameda Rio Negro, 585, 2º Andar, salas 25 a 28, Edifício Jaçari, Alphaville, Barueri, Estado de São Paulo. Presença: Acionistas da Sociedade representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no “Livro de Presença de Acionistas”. Publicações Prévias: Dispensada a publicação do Edital de Convocação na forma do § 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404 de 15/12/76 com alterações posteriores. As Demonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2007 foram publicadas no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” no dia 27/03/2006 e no “Valor Econômico” no dia 27/03/2007, dispensada, na forma do § 5º do artigo 133 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, a publicação dos anúncios de que trata o “caput” do citado Artigo 133. Mesa: Presidente: Dr. José Roberto Fadon Vicente Secretária: Dra. Ruth Petrocelle. Ordem do Dia: (a) Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; (b) Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31/12/2007; (c) Eleger os membros da Diretoria; e (d) Outros assuntos de interesse da Sociedade. Quorum das Deliberações: Todas as deliberações foram tomadas por unanimidade de votos dos acionistas presentes. Deliberações: (a) Aprovadas, sem reservas, as contas dos administradores e as Demonstrações Financeiras acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes e do Relatório da Administração relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2007; (b) No exercício social encerrado em 31/12/2007 foi apurado um prejuízo líquido no montante de R$ 9.349.326,89 (nove milhões, trezentos e quarenta e nove mil, trezentos e vinte e seis reais e oitenta e nove centavos), não havendo, portanto, a deliberação sobre a destinação de lucros pelas Acionistas; (c) Aprovada a eleição dos membros da Diretoria da Sociedade, com mandato até a realização da Assembléia Geral Ordinária que vier a deliberar sobre a aprovação das contas do exercício social que se encerrar em 31/12/2008. Eleitos os Srs. Gerhard Haggenmiller, alemão, solteiro, bancário, portador do RNE nº 526.541-B e do CPF nº 233.060.518-88 para o cargo de Diretor Presidente e Milton Seiki Inoue, brasileiro, casado, bancário, portador do RG nº 11.125.399-8 e do CPF nº 990.897.428-91 para o cargo de Diretor sem Designação Especial. Reeleito o Sr. José Francisco Fernandes Ribeiro, brasileiro, divorciado, bancário, portador do RG nº 39.698.002-8 e do CPF nº 519.935.116-87 para o cargo de Diretor sem Designação Especial. Todos domiciliados à Av. do Café 277, Torre A - 6º andar, São Paulo - Capital. Os nomes dos diretores eleitos/reeleito serão levados à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2009 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Agradecimentos: O acionista presente manifestou os seus agradecimentos pelos brilhantes e valorosos serviços prestados à Sociedade pelos Srs. Kurt Michael Kempa, Xavier P.C. Accariès e Andréas Barschkis, que não foram reeleitos para cargos na Administração da Sociedade. Declaração dos Membros Eleitos: Os membros eleitos/reeleito para integrar a Diretoria da Sociedade atendem todas as condições e requisitos previstos no Artigo 147 da Lei nº 6.404 de 15/12/79 com a redação dada pela Lei nº 10.303 de 31/10/01, bem como os requisitos previstos na Resolução do CMN nº 3041 de 28/11/2002 e na Circular do Bacen nº 3172 de 30/12/2002. Nada mais havendo a tratar, deu a acionista por encerrada a presente Assembléia, dela lavrando-se a presente ata sob a forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme autorizado pelo § 1º letra “a” do artigo 130 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, a qual lida e aprovada foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 de Abril de 2008. Assinaturas: Presidente: Dr. José Roberto Fadon Vicente e Secretária: Dra. Ruth Petrocelle. Acionista: Starexport Trading S.A. representada por seus Diretores, Sr. Lister Coury Filho e Sr. Luiz Carlos Gomes de Moraes; Banco DaimlerChrysler S.A. (em processo de alteração da denominação para Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A.) representada por seus Diretores, Sr. Xavier P.C. Accariès e José Francisco Fernandes Ribeiro. Registrada na JUCESP sob nº 285.982/08-4 em 01/09/2008.Cristiane da Silva F. Corrêa.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 03 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Reqte: Invest Santos Negócios Administração e Participação S/A - Autofalência - Reqte: E-Financial Tecnologia e Serviços Ltda. – Autofalência - Reqte: Laspar Participações e Administração Ltda. - Autofalência - Reqdo:Invest Santos Negócios Administração e Participação S/A – Autofalência - Rua Local Incerto e não sabido - Reqdo: E-Financial Tecnologia e Serviços Ltda. – Autofalência - Rua Local Incerto e não sabido - Reqdo: Laspar Participações e Administração Ltda. - Autofalência - Rua Local Incerto e não sabido - 2ª Vara de Falências Reqte: Intermédica Sistema de Saúde S/A Reqdo: Salvaguarda Serviços de Segurança Ltda. - Rua Carlos Escobar, 86 - 2ª Vara de Falências Reqte: Marmindústria Ltda. - Reqdo: Granirosa Granitos e Mármores Ltda. - Rua Tobias Barreto, 192 - 1ª Vara de Falências Reqte: Belém Comércio e Importação de Máquinas de Costura Ltda. - Reqdo: Evan’s Comércio de Máquinas de Costura Ltda. - Alameda Santo Amaro, 293 - 1ª Vara de Falências Reqte: Rodi Cobranças Ltda. Reqdo: Repromax Copiadora Ltda. - Avenida Eusébio Matoso, 177 - 2ª Vara de Falências Reqte: Activa Card Comércio e Serviços de Identificação LtdaME - Reqdo: Gradiente Eletrônica S/A - Avenida Chedid Jafet, 222 - 2ª Vara de Falências

ECONOMIA - 9

Os dados sobre despesa média mensal familiar com saúde revelam que os 10% mais ricos gastavam R$ 376, quase 13 vezes mais do que os 40% mais pobres (R$ 28). A pesquisa indicou também uma diferença na forma de gastar. A maior despesa no grupo dos mais ricos foi com planos e seguros de saúde (R$ 144,41), remédios (R$ 97,78) e consultas e tratamentos dentários (R$ 43,98). Já os mais pobres gastaram com remédios R$ 19,19. Planos de saúde e consultas vêm em seguida, com valor mínimo. As despesas com saúde so-

maram 15,6% (R$ 66,6 bilhões) de tudo o que o governo gastou em 2005 – os dados ainda serão detalhados. A maior parte, R$ 56,6 bilhões, foi consumida pela saúde pública, que inclui desde atendimentos individuais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até distribuição e produção de medicamentos. Nos cinco anos do estudo, o setor cresceu menos do que a média da economia. Entre 2004 e 2005, houve uma tendência de recuperação, com uma taxa de aumento real de 3% e 5,9%, respectivamente. Neste período, foram criados 660 mil novos

Automotivo Tangerinas Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença Prévia e Licença de Instalação 29000152, e requereu Licença de Operação, para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, R:Tangerinas, 353 - 02521-080 - Tatuapé - São Paulo - SP. PROGRESSO E HABITAÇÃO DE SÃO CARLOS S/A - PROHAB SÃO CARLOS Tomada de preço 002/2008. Mara Gomes, Diretora Presidente da PROHAB SÃO CARLOS, tendo em vista os documentos constantes do Processo 525/2008, decide pela inabilitação da empresa Provac Serviços Ltda. no processo licitatório em epígrafe. Ficam as demais empresas participantes do certame convocadas para a sessão de abertura dos envelopes de Proposta, no dia 04/09/2008, às 14:30 horas, na sede da PROHAB SÃO CARLOS. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1.978/2008 - SMS - CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 007/2008 Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se encontra aberta licitação na modalidade de CONCORRÊNCIA PÚBLICA, do TIPO MENOR PREÇO, tendo como objeto a contratação de empresa de engenharia para execução das obras de ampliação do Hospital Escola de São Carlos, conforme Memorial Descritivo, Cronograma Físico-Financeiro, Planilha de Orçamento Básico e Projetos, constantes dos anexos IV a VII do presente Edital, que serão fornecidos em CD-ROM. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Comissão Permanente de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Episcopal nº 1.575, 3º andar, Centro, São Carlos, fone 3362-1162, a partir do dia 04 de setembro de 2008 até o dia 13 de outubro de 2008, no horário das 09:00h às 12:00h e das 14:00h às 16:30h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Comissão Permanente de Licitações até às 14:30 horas do dia 13 de outubro de 2008, quando, após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. São Carlos, 03 de setembro de 2008. João Carlos Pedrazzani Presidente da Comissão Permanente de Licitações

2') 575 +08'56+/'0615 .6&

CNPJ/MF 05.403.896/0001-73 - NIRE 35.217.919.137 ATA DE REUNIÃO DE SÓCIOS - “SOCIEDADE”. Dia, Hora e Local: Às 10h do dia 29/8/08, na R. Joaquim Floriano 466 - 17º andar, cj. 1703, CEP 04534-002, em SP/SP. Convocação: dispensada a convocação ante a verificação da presença de sócios representando a totalidade do capital social da Sociedade, conforme faculta o § 2º do art. 1.072 do Cód. Civil e § 4º do art. 124 da Lei 6.404/76. Presença e Quorum de Instalação: sócios representando a totalidade do capital social, a saber: Antonio Marino Boralli, bras., cas., empresário, RG 3.511.538-SSP/SP, CPF/MF 347.465.448-91 e Julian Augusto Boralli, bras., solt., maior, engenheiro, RG 28.258.901-6-SSP/SP, CPF/MF 291.938.788-00, neste ato representado p/ seu bastante procurador, o Sr. Antonio Marino Boralli, acima qualificado, consoante instrumento de procuração lavrado no 16º Tabelião de Notas de São Paulo/SP em 14/7/08 e registrado no Livro 3292, pags. 277/278, ambos c/ endereço comercial nesta Capital, na R. Joaquim Floriano 466 - 17º andar, conj. 1703, CEP 04534-002. Mesa: Presidente: Antonio Marino Boralli; Secretário: Osmar Simões. Ordem do Dia e Deliberações Tomadas p/ Unanimidade: Aprovar a redução do capital social no montante de R$13.523.941,00 (treze milhões, quinhentos e vinte e três mil, novecentos e quarenta e um reais), mediante o cancelamento de 13.523.941 (treze milhões, quinhentas e vinte e três mil, novecentas e quarenta e uma) quotas. Com a redução aqui referida, o cap. soc. da Sociedade, totalmente subscrito e integralizado, que era de R$14.560.000,00 (quatorze milhões, quinhentos e sessenta mil reais), passa a ser de R$1.036.059,00 (um milhão, trinta e seis mil e cinqüenta e nove reais), redução de capital essa atribuída proporcionalmente à atual participação dos sócios na Sociedade. A redução de capital ora aprovada será realizada uma vez que os sócios pretendem reestruturar determinados negócios da Sociedade e p/ decorrência entendem que o cap. soc. atual é excessivo p/ o desenvolvimento das atividades da Sociedade nos novos moldes, nos termos do art. 1.082, II, do Cód. Civil (Lei 10.406, de 10/1/02). Tendo em vista a deliberação acima, foi aprovada a publicação da Ata da presente reunião, nos termos do art. 1.084 do Cód. Civil, aguardando-se o prazo legal de 90 dias p/ conhecimento e possível manifestação de eventuais credores da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, lavrando-se a presente ata no Livro próprio, que, depois de lida e aprovada, foi p/ todos assinada. Mesa: Antonio Marino Boralli - Presidente; Osmar Simões - Secretário. São Paulo/SP, 29/8/08. Certificamos que a presente é cópia da arquivada no livro próprio. “Esta publicação substitui e torna sem efeito a publicação anterior, realizada em 30/8/08, p/ motivo de incorreção”.

Banco Daimlerchrysler S.A.

(Em Processo de Alteração da Denominação para Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A) CNPJ/MF nº 60.814.191/0001-57 - NIRE 35.300.010.752 Ata da Assembléia Geral Ordinária Realizada aos 30 (trinta) dias do mês de Abril de 2008, às 09:00 horas, na sede social à Avenida do Café, 277, Bloco A, 6º andar, São Paulo - SP. Presença: Acionista da Sociedade representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no “Livro de Presença de Acionistas”. Publicações Prévias: Dispensada a publicação do Edital de Convocação na forma do § 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, com alterações posteriores. As Demonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2007 foram publicadas no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” no dia 27/03/2008 e no “Valor Econômico” no dia 27/03/2008, dispensada, na forma do § 5º do artigo 133 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, a publicação dos anúncios de que trata o “caput” do citado artigo 133. Mesa: Presidente: Dr. José Roberto Fadon Vicente - Secretária: Dra. Ruth Petrocelle. Ordem do Dia: (a) Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; (b) Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31/12/2007; (c) Eleger os membros da Diretoria, e (d) Outros assuntos de interesse da Sociedade. Quorum das Deliberações: Todas as deliberações foram tomadas por unanimidade de votos da acionista presente. Deliberações: (a) Aprovadas, sem reservas, as contas dos administradores e as Demonstrações Financeiras acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes e do Relatório da Administração relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2007; (b) No exercício social encerrado em 31/12/2007 foi apurado um lucro líquido no montante de R$ 34.866.078,52 (trinta e quatro milhões, oitocentos e sessenta e seis mil, setenta e oito reais e cinqüenta e dois centavos), sendo que os acionistas presentes, na forma do inciso II do § 3º do artigo 202 da Lei nº 6.404 de 15/12/76 com a redação dada pela Lei nº 10.303 de 31/10/01, deliberaram não distribuir dividendos, tendo sido deliberado ainda a seguinte destinação do lucro apurado no exercício: R$ 1.743.303,93 (um milhão, setecentos e quarenta e três mil, trezentos e três reais e noventa e três centavos) para a constituição da reserva legal (correspondente a 5% do lucro líquido); e o saldo de R$ 33.122.774,59 (trinta e três milhões, cento e vinte e dois mil, setecentos e setenta e quatro reais e cinqüenta e nove centavos) para a conta “Lucros Acumulados” para futura deliberação pelos Acionistas; (c) Aprovada a eleição dos membros da Diretoria da Sociedade, com mandato até a realização da Assembléia Geral Ordinária que vier a deliberar sobre a aprovação das contas do exercício social que se encerrar em 31/12/2008. Eleitos os Srs. Gerhard Haggenmiller, alemão, solteiro, bancário, portador do RNE nº, 526.541-B e do CPF nº 233.060.518-88 para o cargo de Diretor Presidente e Milton Seiki Inoue, brasileiro, casado, bancário, portador do RG nº 11.125.399-8 e do CPFnº 990.897.428-91 para o cargo de Diretor sem Designação Especial. Reeleito o Sr. José Francisco Fernandes Ribeiro, brasileiro, divorciado, bancário, portador do RG nº 39.698.002-8 e do CPF nº 519.935.116-87 para o cargo de Diretor sem Designação Especial. Todos domiciliados à Av. do Café, 277, Torre A - 6º andar, São Paulo - Capital. Os nomes dos diretores eleitos/reeleito serão levados à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2009 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Agradecimentos: O acionista presente manifestou os seus agradecimentos pelos brilhantes e valorosos serviços prestados à Sociedade pelos Srs. Kurt Michael Kempa, Xavier P. C. Accariès e Andréas Barschkis, que não foram reeleitos para cargos na Administração da Sociedade. Declaração dos Membros Eleitos: Os membros eleitos/reeleito para integrar a Diretoria da Sociedade atendem todas as condições e requisitos previstos no artigo 147 da Lei nº 6.404 de 15/12/79 com a redação dada pela Lei nº 10.303 de 31/10/01, bem como os requisitos previstos na Resolução do CMN nº 3041 de 28/11/2002 e na Circular do Bacen nº 3172 de 30/12/2002. Nada mais havendo a tratar, deu a acionista por encerrada a presente Assembléia, dela lavrando-se a presente ata sob a forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme autorizado pelo § 1º letra “a” do artigo 130 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, a qual lida e aprovada foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 de abril de 2008. Assinaturas: Presidente: Dr. José Roberto Fadon Vicente e Secretária: Dra. Ruth Petrocelle. Acionista: Starexport Trading S.A. representada por seus Diretores, Srs. Lister Coury Filho e Luiz Carlos Gomes de Moraes. Registrada na JUCESP sob nº 285.981/08-0 em 01/09/2008. Cristiane Almeida da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Mediservice - Administradora de Planos de Saúde Ltda.

CNPJ no 57.746.455/0001-78 - NIRE 35.219.447.062 Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social - Alteração – 29.4.2008

Pelo presente Instrumento Particular, Bradesco Seguros S.A., com sede na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925, CNPJ no 33.055.146/0001-93, NIRE 35.300.329.091; e Bradesco Saúde S.A., com sede na Rua Barão de Itapagipe, 225, parte, Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20261-901, CNPJ no 92.693.118/0001-60, NIRE 33.300.159.541, por seus Diretores, senhores Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794-SSP/SP, CPF 014.196.728/51, e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925, Sócias-Cotistas representando a totalidade do Capital Social da Mediservice - Administradora de Planos de Saúde Ltda., com sede na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 2 o andar, parte, Jardim São Luiz, São Paulo, SP, CEP 05805-000, CNPJ no 57.746.455/0001-78, NIRE 35.219.447.062, deliberam, por unanimidade, o seguinte: 1) transformar o tipo societário de sociedade limitada em sociedade anônima, observadas as disposições em vigor, modificando a sua denominação social para Mediservice - Administradora de Planos de Saúde S.A., informando que a operação de transformação se concretizará observadas as seguintes condições: I) as atuais 4.051.682 (quatro milhões, cinqüenta e uma mil, seiscentas e oitenta e duas) cotas, do valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, representativas do Capital Social de R$4.051.682,00 (quatro milhões, cinqüenta e um mil, seiscentos e oitenta e dois reais), serão transformadas em 4.051.682 (quatro milhões, cinqüenta e uma mil, seiscentas e oitenta e duas) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo atribuídas aos acionistas, preservando a atual proporção, da seguinte forma: 4.051.681 (quatro milhões, cinqüenta e uma mil, seiscentas e oitenta e uma) ações à Bradesco Seguros S.A. e 1 (uma) ação à Bradesco Saúde S.A., já qualificadas; II) a Sociedade manterá a mesma escrituração comercial e fiscal, e os negócios sociais não sofrerão qualquer solução de continuidade; 2) aprovar e transcrever, na íntegra, o Estatuto Social pelo qual a Sociedade passa a reger-se: “Mediservice - Administradora de Planos de Saúde S.A. Estatuto Social - Título I - Da Organização, Duração e Sede - Art. 1o) A Mediservice - Administradora de Planos de Saúde S.A. doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 2 o andar, parte, Jardim São Luiz, São Paulo, SP, CEP 05805-000, e foro no mesmo Município. Art. 4o) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Sucursais, Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, a critério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais - Art. 5o) A Sociedade tem por objeto: a) a assessoria, consultoria, planejamento e administração de planos de saúde e de benefícios de terceiros; b) processamento de dados pertinentes ao ramo; e c) a participação em outras sociedades, na qualidade de sócia ou acionista. Título III - Do Capital Social - Art. 6 o) O Capital Social é de R$4.051.682,00 (quatro milhões, cinqüenta e um mil, seiscentos e oitenta e dois reais), dividido em 4.051.682 (quatro milhões, cinqüenta e uma mil, seiscentas e oitenta e duas) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato da subscrição a parcela mínima exigida em lei, e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - Da Administração - Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 4 (quatro) a 10 (dez) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, 1 (um) Diretor Geral, 1 (um) Diretor Gerente e de 1 (um) a 7 (sete) Diretores sem designação especial. Art. 8 o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro – Dependerá de prévia autorização do Conselho de Administração do controlador direto ou indireto: a) a aquisição, alienação e a oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não-permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do respectivo Patrimônio Líquido, nos casos de operações com empresas não integrantes da Organização Bradesco; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo – A Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores, devendo um deles estar no exercício do cargo de Diretor-Presidente ou Diretor Geral. Parágrafo Terceiro - A Sociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo. Parágrafo Quarto – A Sociedade poderá ainda ser representada isoladamente por qualquer membro da Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: a) mandatos com cláusula “ad judicia”, hipótese em que a procuração poderá ter prazo indeterminado e ser substabelecida; b) recebimento de citações ou intimações judiciais ou extrajudiciais; c) participação em licitações e leilões, públicos ou privados; d) em Assembléias Gerais de Acionistas ou Cotistas de empresas ou fundos de investimento de que a Sociedade participe, bem como de entidades de que seja sócia ou filiada; e) perante repartições, instituições e órgãos, públicos ou privados, desde que não implique na assunção de responsabilidades e/ou obrigações pela Sociedade; f) em depoimentos judiciais. Parágrafo Quinto - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7 o, deste Estatuto. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dos seus membros; b) ao Diretor Geral, colaborar com o Diretor-Presidente no desempenho de suas funções, e supervisionar e coordenar as diversas áreas de atividades sociais; c) ao Diretor Gerente, desempenhar as funções que lhe forem atribuídas, reportando-se ao Diretor-Presidente e ao Diretor Geral; d) aos Diretores sem designação especial, colaborar com o Diretor-Presidente e o Diretor Geral no desempenho de suas funções e coordenar e dirigir as atividades das áreas que lhes ficarem afetas. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados os seus membros

postos de trabalho, cuja média salarial foi de R$ 15,9 mil/ano, superior à nacional. O setor oferecia 3,9 milhões de postos de trabalho, o correspondente a 4,3% do total de vagas do País. A pesquisa também mediu o valor econômico do setor, que gerou R$ 97,3 bilhões em 2005. A atividades de maior valor foi a saúde pública, que participou com 33,4%. "A saúde é uma mola propulsora do desenvolvimento", disse Elias Jorge, diretor de Economia da Saúde e Desenvolvimento do Ministério da Saúde. Para a pesquisadora da Fundação

Oswaldo Cruz, Angélica Borges dos Santos, as famílias gastaram mais porque houve aumento de renda. Para ela, o SUS tem insuficiências em algumas áreas, mas, em outras, como na distribuição de remédios para aids e hepatite, consegue atender a todos. Para a pesquisadora Ligia Bahia, do Laboratório de Economia Política da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o consumo das famílias com saúde não é relacionado ao crescimento das clínicas de estética. "A maior causa de morte são as doenças crônicas; e os maiores gastos, com remédios", disse. Inédito, o estudo compilou pesquisas de indústria e comércio, assistência médico-sanitária e dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar. (AE)

EMPREITEIRA SOUZA LTDA., CNPJ nº 49.506.173/0001-75, DECLARA que foi extraviada as 2 vias da 8ª Alteração Contratual, reg. 2º Cart. de Guarulhos sob nº 19.958 de 09/03/2006.

Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504

Edital de Convocação-Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os senhores acionistas para se reunirem no dia 16 de setembro de 2008, às 10 horas, no endereço social da Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para apreciar e deliberar a seguinte ordem do dia: (i) eleição de novos membros do Conselho de Administração da Companhia e respectivos suplentes que renunciaram ao cargo; (ii) retificação da Ata de Assembléia Geral Extraordinária datada de 13 de fevereiro de 2008 que deliberou sobre a alteração da sede social da Companhia, dentre outras matérias; (iii) Contingências e Passivos da Companhia; (iv) Resultados Operacionais de 2008 e aprovação das contas e das demonstrações financeiras de 2006; (v) Proposta de aquisição recebida pela Companhia; e (vi) outros assuntos de interesse geral da Companhia. Informamos que a cópia das demonstrações financeiras e o parecer dos auditores independentes sobre as contas relativas ao exercício findo em 2006 encontram-se à disposição dos acionistas no endereço social da Companhia, cujas cópias também foram enviadas aos acionistas em setembro de 2007. Informamos, ainda, que os instrumentos de mandato com poderes especiais para representação na Assembléia Geral a que se refere a presente convocação deverão ser depositados no endereço social da Companhia com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas da realização da assembléia, devendo atender especialmente aos requisitos do parágrafo 1º do artigo 126 da LSA. São Paulo, 03 de setembro de 2008. João Carlos Saad - Presidente do Conselho de Administração. (04,05,06/09/2008)

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 062/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 488/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 02 a 22 de setembro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 FAX(0xx14)3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 062/2008- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 488/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE POLTRONA RECLINÁVEL COM RODÍZIOS, PARA AS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 23 de setembro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1.100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 03 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente FAMESP

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que achase aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1865/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Eng. Francisco Prestes Maia - Av. Alvaro Guimarães, 350 Planalto - São Bernardo do Campo/SP - 150 - R$ 42.261,00 – R$ 4.226,00 – 09:30 – 22/09/2008. 05/1921/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Nelson Girard - Rua João Marquezi, 20 - Jardim Hedy - Mogi Guaçu/SP – 150 – EE Cel. Joaquim Leite de Souza - B. Nova Louza, s/nº - Nova Louza - Mogi Guaçu/SP – 120 – R$ 61.974,00 – R$ 6.197,00 – 10:00 – 22/09/2008. 05/1929/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Iijima - Rua Kango Takeuti, 100 - Vila do Americano - Ferraz de Vasconcelos/SP - 150 - R$ 39.563,00– R$ 3.956,00– 10:30 – 22/09/2008. 05/1930/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Diadema - Rua Antonio Doll de Morais, 76 - Jardim Danini Diadema/SP - 120 - R$ 37.572,00 – R$ 3.757,00 – 11:00 – 22/09/2008. 05/1943/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Jose Leite Pinheiro Junior - Pça. Guanabara, 91 - Brasil - Itú/SP; EE Profª Esther Maurino Rodrigues - Rua Felix Rocco, 203 Jd. Vante Angelieri - Porto Feliz - 120 - R$ 70.700,00 – R$ 7.070,00 – 11:30 – 22/09/2008. 05/1966/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Achiles Rodrigues - Rua Antonio Cortez, 18 – CHB Homero C. Leite – Vargem Grande do Sul/SP – 120 - EE Profª Stella Couvert Ribeiro - Rua Francisco Dessimone, 260 – Sto. Antonio – São José do Rio Pardo/SP - 90 - R$ 59.552,00– R$ 5.955,00– 14:00 – 22/09/2008. 05/1883/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Prof. João Apocalipse - Praça Nossa Senhora de Lourdes, 50 Centro - Pedra Bela/SP - 180 - R$ 27.090,00 – R$ 2.709,00 – 14:30 – 22/09/2008. 05/1942/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Profª Sonia Maria Maschio Baptista - Rua Adelia Bellonci Thomazin, 222 - Jd. Amelia - Sumaré/SP; EE NHB Jose Paulino Nogueira Rua Rio de Janeiro, 70 - NHB José Paulino - Paulínia/SP; EE Marinalva Gimenes Colossal da Cunha - Rua Antonio Menuzzo, s/nº - Parque do Jatobá – Sumaré - 90 - R$ 83.749,00– R$ 8.374,00– 15:00 – 22/09/2008. 05/1945/08/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Walter Carrer - Rua Abilio Ramos Filho, s/n – CHB CDHU II – São Manuel/SP - 120 - R$ 36.335,00 – R$ 3.633,00 – 15:30 – 22/ 09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – Centro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 04/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 19/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Da Assembléia Geral - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (1%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do capital social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações.”. 3) tendo em vista a transformação em sociedade anônima, considerar vencido o mandato dos atuais Diretores, senhores Heráclito de Brito Gomes Júnior e Márcio Serôa de Araújo Coriolano; 4) eleger, para compor a Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2009, os senhores Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio e residência na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Diretor Geral: Heráclito de Brito Gomes Júnior, brasileiro, casado, médico, RG 2.159.183/IPM-BA, CPF 226.814.505/00; Diretor Gerente: Marcio Serôa de Araujo Coriolano, brasileiro, divorciado, economista, RG 2.686.957/IFP-RJ, CPF 330.216.357/68, ambos com domicílio e residência na Rua Barão de Itapagipe, 225, Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ; Diretores: Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20; Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, RG 44.902/OAB, CPF 770.025.397/87, ambos com domicílio e residência na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Manoel Antonio Peres, brasileiro, casado, médico, RG 8.014.301.397/SSP-RS, CPF 033.833.888-83, com domicílio e residência na Rua Barão de Itapagipe, 225, parte, Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20261-901; Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794/SSP-SP, CPF 014.196.728/51; Samuel Monteiro dos Santos Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826/IFP-RJ, CPF 032.621.977/34, ambos com domicílio e residência na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Azoury Galvão, brasileiro, casado, médico, RG 5.232.261-2/CRM-RJ, CPF 344.270.237/ 20; e Jackson Fujii, brasileiro, casado, securitário, RG 05.783.872-4, CPF 864.908.267/04, ambos com domicílio e residência na Rua Barão de Itapagipe, 225, parte, Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20261-901, os quais permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2009 e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores eleitos preenchem as condições previstas na Resolução Normativa n o 11, de 22.7.2002, da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. Em seguida, os Diretores: 1) declararam: a) sob as penas da lei, não estarem impedidos de exercer a administração de sociedade por lei especial, ou condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública, ou a propriedade; b) que abrem mão do direito ao recebimento de qualquer valor a título de remuneração, posto que já recebem honorários de outra Empresa da Organização Bradesco; 2) assinaram a presente Ata, que vale como termo de posse; 5) designar: I. senhor Domingos Ciongoli Neto, brasileiro, casado, médico, RG 3.540.641/SSP-SP, CPF 253.710.968-68, com domicílio na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 2 o andar, parte, Jardim São Luiz, São Paulo, SP, como responsável pela Área Técnica; II. senhor Marcio Serôa de Araujo Coriolano, Diretor Gerente, como: a) Diretor de Relações com a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS; b) Responsável pelo cumprimento das obrigações estabelecidas na Resolução Normativa no 117, da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, de 30.11.2005, que estabelece medidas para prevenir e combater os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; III. senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade, de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; 6) fixar o montante global anual para remuneração dos Administradores no valor de até R$45.000,00, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social, a ser distribuída em reunião da Diretoria; 7) escolher, de conformidade com o disposto no “caput” do Artigo 289, da Lei no 6.404/76, os jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio” para a Sociedade efetuar as publicações ordenadas pela referida Lei. E por estarem assim justos e contratados, as Sócias-Cotistas, por seus representantes legais, e os diretores ora eleitos, assinam o presente Instrumento Particular, impresso em 3 (três) vias de igual forma e teor, com 2 (duas) testemunhas, autorizando, desde já, o seu arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo, para os fins e efeitos de direito. São Paulo, SP, 29 de abril de 2008. Sócias-Cotistas: Bradesco Seguros S.A. e Bradesco Saúde S.A., por seus Diretores, senhores Marcos Suryan Neto e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa; Diretores eleitos: Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente, Heráclito de Brito Gomes Júnior - Diretor Geral, Marcio Serôa de Araujo Coriolano - Diretor Gerente, Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Ivan Luiz Gontijo Júnior, Manoel Antonio Peres, Marcos Suryan Neto, Samuel Monteiro dos Santos Júnior, Sérgio Azoury Galvão e Jackson Fujii - Diretores; Testemunhas: Ariovaldo Pereira - RG 5.878.122/SSP-SP - CPF 437.244.508-34; Ismael Ferraz - RG 8.941.370-2/SSP-SP - CPF 006.404.048-80. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo Certifico o registro sob no 258.811/08-0 e NIRE 35.300.360.249, ambos em 7.8.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

7

2,4

PETROBRAS TERÁ 15 USINAS ATÉ 2012

bilhões de dólares é quanto a Coca-Cola vai pagar por fabricante chinesa de sucos

credito

Corrida

C Petrobras vai construir 15 usinas de etanol

A

Petrobras pretende construir pelo menos 15 usinas de etanol até 2012, para atingir sua meta de produção, que é de 4,7 bilhões de litros. Segundo o diretor de abastecimento e refino da estatal, Paulo Roberto Costa, o projeto seguirá o modelo da parceria com a Mitsui e a Itarumã Açúcar e Álcool realizado para a construção de uma unidade em Goiás, na qual a estatal e a trading detêm 20% do capital cada uma. O modelo de participação minoritária nas usinas de etanol também será adotado para o projeto do

alcoolduto que ligará Senador Canedo (GO) a Paulínia (SP). Nessa parceria, a participação de cada sócio será dividida igualmente. Assim, um terço caberá à Petrobras, e a mesma fatia, para cada um dos demais sócios, a japonesa Mitsui e a construtora Camargo Correa. O transporte de álcool contempla a maior parte dos investimentos da empresa para o setor de biocombustível, com 46% do orçamento de US$ 1,5 bilhão. A empresa busca como mercados prioritários o Japão, a Coréia do sul, Estados Unidos, Europa e Noruega.

Yoshikazu Tsuno/AFP

Coca-Cola: compra bilionária na China. a maior aquisição de uma empresa chinesa N por capital estrangeiro, a Coca-Cola anunciou ontem que vai pagar US$ 2,4 bilhões pela fabricante de sucos Huiyuan, líder de mercado no país asiático. O objetivo da Coca-Cola é diversificar suas atividades e aproveitar o rápido crescimento desse segmento na China, com expansão prevista de 16% em 2008. O movimento acompanha a estratégia global da empresa, de reduzir sua dependência dos refrigerantes e aumentar sua participação nos produtos "saudáveis". O negócio é o segundo maior da Coca-Cola, depois dos US$ 4,1 bilhões na compra da Energy

Brands, uma fabricante de água e bebidas energéticas, no ano passado. A Coca-Cola começou a operar na China em 1979, logo depois do início do processo de reforma e abertura econômica do país. Desde então, o investimento acumulado da companhia foi de US$ 1,25 bilhão, cerca de metade do valor da compra anunciada ontem. A China é o quarto maior mercado da Coca-Cola, atrás dos Estados Unidos, México e Brasil. Segundo os analistas, o país asiático assumirá a terceira posição até 2010. O preço pago pela Huiyuan é três vezes maior que o valor de mercado da empresa chinesa antes do anúncio do negócio.

SADIA AVANÇA NO EXTERIOR

A PUDIM GIGANTE – A fabricante de brinquedos japonesa Tomy vai lançar no mercado no mês de outubro uma super sobremesa. O pré-lançamento do pudim gigante foi feito ontem na Tokio International Gift Show.

Sadia decidiu instalar sua segunda fábrica no exterior em Abu Dabi, no Oriente Médio. Segundo o presidente do conselho de administração da Sadia, Walter Fontana Filho, a decisão foi tomada devido à importância comercial da região. "Iniciaremos as obras entre novembro e dezembro",

afirma. A conclusão da fábrica deve levar cerca de um ano. Assim como a primeira unidade da Sadia no exterior, construída na Rússia em 2007, a unidade do Oriente Médio produzirá 50 mil toneladas de industrializados de frango e bovinos. Os investimentos somarão R$ 150 milhões.

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om investimentos de R$ 34 bilhões até 2010, o governo lançou ontem a Estratégia Brasileira de Exportação. O objetivo é ampliar a participação das vendas externas para 1,25% das exportações mundiais. O programa prevê o aumento de 10% no número de micros e pequenas empresas exportadoras, que saltaria dos atuais 11 mil para 12,1 mil.

Opep

O

ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, convidou o País a entrar na Opep, como exportador que já é, embora em pequena escala. O ministro respondeu que o governo brasileiro vai estudar a idéia.

Drawback

O

secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, acredita que o número de empresas que operam dentro do regime de drawback deve saltar de 1,3 mil para 5 mil quando entrar em funcionamento o chamado drawback verdeamarelo. O atual regime concede a suspensão de tributos sobre insumos importados para utilização em produto a ser exportado. O drawback verde-amarelo permitirá a isenção tributária na compra de insumos no mercado interno para serem usados na fabricação de produtos para o mercado externo.

A

10ª Rodada de Licitações de Áreas para exploração de petróleo deverá ser realizada no dia 18 de dezembro e irá leiloar 171 blocos em 12 estados.

A

SkyWest, maior empresa aérea regional americana, anuncia hoje a compra de 20% do capital votante da Trip, maior empresa aérea regional brasileira. ciranda@dcomercio.com.br

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

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Internacional

Os EUA enviam ajuda humanitária, dinheiro e até o vice em apoio a Tbilisi

Mustafa Ozer/AFP

O

s Estados Unidos lançaram ontem uma ofensiva diplomática e financeira em defesa da Geórgia. No mesmo dia em que o vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, visitava o Cáucaso, a Casa Branca anunciou um pacote de ajuda de US$ 1 bilhão para a reconstrução da Geórgia. Desconfiado, Moscou acusou os EUA de alimentarem a instabilidade na ex-república soviética. Em visita ao Azerbaijão, Cheney reiterou o apoio norte-americano aos aliados do Cáucaso. "O presidente (George W.) Bush me mandou

aqui com uma mensagem clara e simples para o povo do Azerbaijão e de toda esta região: os EUA têm um profundo e constante interesse no seu bem-estar e segurança." Cheney disse que a viagem ocorria "sob a sombra da invasão russa na Geórgia", apontando que

a integridade territorial do país está ameaçada. O giro de Cheney inclui a Geórgia e a Ucrânia. Moscou demonstrou desconfiança com a viagem de Cheney. O chefe do poderoso Conselho de Segurança do presidente russo, Nikolai Patrushev, acusou Cheney de ter um outro motivo: garantir os suprimentos de energia. Tropas da Geórgia atacaram a província separatista da Ossétia do Sul no dia 7 de agosto. No dia seguinte, as forças russas expulsaram os georgianos. O conflito na Após o presidente Ossétia do Sul francês Nicolas Sardeixou milhares kozy ter conseguido de desabrigados u m c e s s a r- f o g o , a Rússia reconheceu a independência da Ossétia do Sul e de outra região separatista, a Abkházia. Em declarações ao jornal The Guardian, o embaixador russo na Grã-Bretanha, Yuri Fedotov, afirmou ontem que a Rússia só vai retirar suas tropas da "zona tampão" na Geórgia quando elas fo-

Bulent Kilic/AFP

Zarpando para a Geórgia

rem substituídas por forças internacionais de paz e quando o governo de Tbilisi assinar um pacto de não-agressão com as regiões separatistas. Na Casa Branca, o presidente dos EUA, George W. Bush, também manifestou seu apoio à Geórgia. Ao anunciar o pacote de US$ 1 bilhão, Bush afirmou que os fundos ajudarão a Geórgia "a se recuperar do assalto contra o país e continuar a construir uma próspera economia". Moscou reagiu dizendo que os EUA contribuíram com o conflito ao não conter o líder georgiano. "Essas declarações... não promovem de forma alguma a estabilização da região", disse o portavoz da chancelaria russa, Andrei Nesterenko. Até agora, Washington já providenciou US$ 30 milhões em emergência humanitária à Geórgia. Sublinhando o apoio dos EUA à Geórgia, o navio de comando USS Mount Whitney encontra-se a caminho da Geórgia carregado com mais de 17 toneladas de material de ajuda humanitária. Além da ajuda dos EUA, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ontem um empréstimo de US$ 750 milhões à Geórgia. (Agências)

Brian Snyder/Reuters

A FAMÍLIA PALIN ENTRA EM CENA

A

Levi Johnston queixou das reportagens que abordaram vários aspectos das suas origens desde que ela foi indicada candidata a vice. "Eis uma nova noticia para todos esses repórteres e comentaristas: não estou indo a Washington em busca da ótima opinião deles; estou indo a Washington para servir ao povo deste país." O interesse no discurso de Palin aumentou, à medida que detalhes da sua vida foram divulgados. No início desta semana, Palin anunciou que sua filha solteira, Bristol, está no quinto mês de gestação. A governadora de Alasca, de 44 anos, é uma conservadora convicta e é contra o sexo antes do casamento e contra o aborto. Também foram levantadas outras questões sobre o passa-

Bristol Palin do político da governadora como prefeita de uma pequena cidade de 7 mil habitantes no Alasca, antes de 2006, ela tentou obter milhões de dólares em ajuda federal, e seu marido Todd foi inscrito em um partido com tendências separatistas. Todd também foi preso por dirigir bêbado. Ela também está sendo investigada por abuso de poder, após ter pressionado pela demissão de seu excunhado da Polícia. McCain chegou ontem à convenção em Saint Paul, no estado de Minnesota, e se encontrou com Palin. Ele abraçou a governadora e trocou cumprimentos com sua filha Bristol e com o namorado da adolescente, Levi Johnston. Bristol planeja se casar com o namorado, disse a família. (Agências)

John McCain

Todd Palin

Sarah Palin Erika Santelices/AFP

companheira de chapa do senador John McCain, Sarah Palin, fez ontem o discurso mais esperado da Convenção Nacional Republicana. A vida pessoal da candidata à vice-presidência à Casa Branca aterrissou no centro do palco após o anúncio de que sua filha solteira de 17 anos está grávida. Com o apoio da família presente no evento, Palin fez uma forte crítica à mídia do país e defendeu as suas credenciais de administradora. Ovacionada por diversos minutos durante seu discurso, Palin buscou reforçar que possui experiência e preparou uma alfinetada contra o democrata Barack Obama que foi líder comunitário em Chicago. "Antes de ser governadora do grande estado do Alasca, eu fui prefeita da minha cidade natal. E desde que nossos rivais nessa eleição parecem ter começado a menosprezar essa experiência, me deixem explicar a eles o que esse trabalho significa", afirmou. "Eu acho que o prefeito de uma cidade pequena é um tipo de 'líder comunitário', só que com responsabilidades verdadeiras." Dizendo não ser membro da "elite de Washington", ela se

Ó RBITA

COLÔMBIA m tribunal regional da U Colômbia ordenou ontem a prisão, por três

dias, do presidente do país, Álvaro Uribe, por desobedecer uma decisão judicial que o obrigava a revisar os salários dos funcionários do Poder Judiciário. Uribe disse que vai recorrer da decisão.

FURACÕES NO CARIBE tempestade tropical moradores da região. A Hanna se afastou ontem Logo atrás vem o Ike, que da República Dominicana virou ontem um furacão de (acima) e do Haiti, após provocar 60 mortes e obrigar a retirada de cerca de 7,5 mil

categoria 3, e a tempestade Josephine, que está perdendo força.


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Nacional Finanças Empreendedores Negócios

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A qualidade da minha comida e do meu serviço é uma das melhores de São Paulo. Reinaldo Abramovay, chef

EMPRESA VAI INVESTIR EM JANTAR DANÇANTE

A paixão irrestrita de um empresário pela gastronomia

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Chef entregou a administração da Vila dos Ipês a parentes e ficou só na cozinha

R LETREIRO

A

o colocar seu sobrenome à frente do bufê, Abramovay quis demonstrar a existência de uma tradição culinária muito forte na família. "Nós sempre trabalhamos com comida. Meu primo-irmão, Roberto Bielawski, é dono do Viena e do Ráscal. Eu nunca fiz propaganda, mas as pessoas pesquisam. Meus clientes sempre foram os de boca a boca. Nosso nome é sinônimo de cuidado e de qualidade em gastronomia." Bielawski, fundador do Grupo Viena, é considerado um dos melhores operadores de food-service do Brasil. Suas marcas mais conhecidas do grande público são Viena, Viena Express e Ráscal.

M

SEGREDO uito trabalho, ser honesto com os clientes e cuidar dos detalhes são essenciais no dia-a-dia do chef. "Eu atendo Volkswagen, Mercedes-Benz, grandes bancos. Tem de ser muito transparente com todos. Vamos fazer um evento da Coca-Cola em dezembro para 14 mil convidados. Devemos ter cuidado com a saúde das pessoas." Abramovay não diferencia uma festa para 100 pessoas de outra, maior, porque a filosofia de atendimento é a mesma. "Mas não é fácil. Se fosse, todo mundo fazia", diz.

Kety Shapazian

einaldo Abramovay can- "Fiquei cansado de fazer tudo. sou de ser dono do pró- Era o dono, o cozinheiro, o prio negócio. Para mui- chef. Em 2004, propus a meu irtos, pode parecer loucura, mão e à minha esposa abrirem mas ele está adorando. uma empresa. Eu ficaria resDeixar o irmão e a mu- ponsável pela cozinha. Eles lher à frente da Vila dos Ipês, adoraram! " Saiu de cena o Ateespaço para eventos na Vila liê e entrou a Abramovay GasLeopoldina, na zona oeste, o li- tronomia, que nasceu fazendo berou para o que mais gosta de grandes eventos VIPs. Apesar fazer: ficar na cozinha. A pai- do sucesso, não havia perspecxão pelas panelas é antiga, dos tiva de crescimento. tempos de menino, quando via "Perdíamos negócios pora avó e o pai criarem delícias da que não tínhamos espaço próculinária judaica. prio. Como existia uma carên"Olha, que engraçado! Eu cia de lugares grandes em São amava teatro e sonhava em ser Paulo, comecei uma pesquisa ator quando tinha 20 anos de 'by myself', saindo de carro peidade", conta Abramovay. Mas la Vila Olímpia, Campo Belo, seu dia-a-dia não era tão gla- Chácara Santo Antônio e Vila moroso. Enquanto cursava Leopoldina. Optamos pela ViPsicologia, cuidava de uma la Leopoldina, porque o acesso banca de secos e molhados no é ótimo. Estou a apenas sete Mercado Muminutos do nicipal de São shopping Paulo, no cenIguatemi." tro da cidade. Chamado Aos 21, uma de Soho paude suas clienlistano, o tes lhe fez um bairro na zoconvite irrena oeste é sistível. Ele u m a d a s relargou os esgiões que tudos e venmais crescem deu a banca na cidade de para virar sóSão Paulo, recio da doceria gistrando um Amor aos Peboom de landaços – na çamentos época, em imobiliários e 1 9 8 5 , a e matraindo inpresa era uma ve st im en to s. pequena loja. Preparativos para uma festa O antigo deLevou com pósito de paele diversas receitas de bolo pel na avenida Mofarrej gaaprendidas com a avó. nhou um banho de loja no vaA sociedade com Ivani Cala- lor de R$ 1,5 milhão e virou um rezi cresceu quando a irmã de local de festas para até 3,8 mil Abramovay, Silvana Marmon- pessoas em pé ou 1,7 mil conti, juntou-se à dupla. Nos anos vidados sentados. seguintes, aquela lojinha mulDas duas cozinhas saem tiplicou-se e virou uma rede de criações do chef para deliciar o franquia. "Como eu queria público, que dança ao som de morar fora do Brasil, abrimos Lulu Santos, Seu Jorge, Jorge lojas em Portugal. Depois, le- Benjor e Daniela Mercury – tovamos o Amor aos Pedaços pa- dos já se apresentaram na Vila, ra os Estados Unidos." Após cantando em grandes casainaugurar franquias da 'Love mentos, formaturas e festas de in Pieces' em Miami e Chicago, empresas. "O nosso tamanho Abramovay voltou ao Brasil. acabou tornando o espaço seEm 1997, se desligou da rede e letivo", acredita. "Além disso, abriu três pizzarias em shop- não somos um bufê barato." E o ping centers de Santo André, que seria um bufê barato? São Bernardo e Guarulhos. "Aquele no qual o jantar custa As casas iam muito bem, de R$ 60 a R$ 80 por pessoa. quando Abramovay se lançou Nós cobramos de R$ 120 a em outro empreendimento – o R$ 180." Uma festa na qual só bufê Ateliê de Gastronomia. é servido coquetel custa entre

EMPREENDEDORES A atração do chef Reinaldo Abramovay pelas panelas vem da infância, quando via a avó e o pai cozinharem.

O salão da Vila dos Ipês, preparado para receber os convidados de uma festa de casamento.

R$ 65 e R$ 90 por convidado, mais caro que o jantar do tal "bufê barato". "A qualidade da minha comida e do meu serviço é uma das melhores de São Paulo. Modesto, não? Antes eu não falava assim, mas os clientes acham que eu devo fazer mais propaganda de mim mesmo", diz o chef. Ele prefere as mu-

lheres para atender as mesas. "Elas são menos profissionais que os homens, mas têm um sorriso mais legal. E tiram de letra as cantadas", comenta. Agora, ele procura um espaço para outro buffet. O novo negócio servirá para atender eventos de menor porte – no máximo, 400 convidados. Outra novidade serão os shows com jantar na

Vila dos Ipês. "É um nicho malaproveitado no País, mas popular no mundo." Os jantares dançantes serão realizados uma vez por mês, aos sábados, e custarão em média R$ 120 por pessoa.

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ara Reinaldo Abramovay, o mais difícil é formatar certos tipos de eventos, como o jantar dançante, por exemplo. "Esse tipo de proposta é muito trabalhosa. Envolve cachê de artista, programação diversificada, arrumar um patrocínio bem 'amarrado', porque os R$ 120 do convite não bancam tudo isso. Queremos fazer parte da SP Turismo como uma das atrações da cidade, e que essas noites sejam um cartão de visita para o público do interior", afirma. O primeiro jantar dançante, evento aberto ao público em geral, com uma atração musical, deverá ser realizada ainda neste ano.


8 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

1 O contribuinte é quem paga a conta de benefícios concedidos por entes federativos em guerra fiscal. Antonio Carvalho, juiz do TIT-SP

SIMPÓSIO DEFENDE A REFORMA TRIBUTÁRIA PARA CONTER OS "INCONSTITUCIONAIS" INCENTIVOS FISCAIS

ESTADOS ESTÃO EM PÉ DE GUERRA Fotos: Andrei Bonamin/Luz

Renato Carbonari Ibelli

A Rosa: estados desprezam Confaz.

Simões: parcelamento é guerra.

Regime de caixa em vigor a partir de janeiro Silvia Pimentel

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Comitê Gestor do Simples Nacional regulamentou ontem o uso do chamado regime de caixa para o cálculo do imposto. Com ele, as micros e pequenas empresas optantes pelo Supersimples passarão a calcular o imposto levando em conta o recebimento pelas vendas do produto ou prestação do serviço. Pelo método atual, conhecido como regime de competência, o imposto é calculado no momento da emissão da nota fiscal, ou seja, o empresário recolhe o tributo aos cofres públicos antes de receber pelas transações comerciais efetuadas. A mudança está prevista na resolução nº 38 do Comitê Gestor, publicada ontem no Diário Oficial, e entra em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2009. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar, comemora a regulamentação, há muito tempo aguardada pelo segmento das micros e pequenas empresas. "É uma grande conquista e o primeiro passo para que empresas deixem de financiar o Estado e

ganhem competitividade, podendo investir mais no seu próprio negócio", disse. Na opinião do consultor tributário do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em São Paulo, Júlio Durante, o novo regime para o cálculo do imposto vai oferecer aos empresários um controle de caixa mais adequado às necessidades do negócio, como o pagamento aos fornecedores e compra de matéria-prima. "É uma medida importante para o empreendedor que, pela metodologia atual, financia os fornecedores e o fisco", explicou. O Comitê Gestor também publicou as resoluções 39, 40 e 41, que tratam de questões operacionais. Entre elas, a mais importante (41) estabelece um prazo maior, de 30 dias, para o contribuinte fazer a opção ao Simples Nacional a partir da inscrição da empresa nos órgãos públicos. Hoje, o prazo é de apenas dez dias, a partir do deferimento da última inscrição, no estado ou município. "A alteração é igualmente positiva, já que o empresário pode encontrar problemas em algum órgão e, com isso, perder o período de enquadramento no regime tributário", explicou Durante.

reforma tributária é tida como a melhor opção para conter a guerra fiscal travada de forma cada vez mais acirrada entre os estados. O problema é que poucos juristas e empresários são otimistas em vislumbrar um desfecho rápido para essa tão esperada reforma. Enquanto isso, contribuintes continuarão sendo alvo de restrições aos créditos, frutos de transações com entes federativos que oferecem incentivos discutíveis. E estados, como São Paulo, continuarão prejudicados economicamente com a perda de empresas para localidades que concedem benefícios. Essas são algumas das conclusões apresentadas ontem, durante o seminário Guerra Fiscal, Impacto para os Contribuintes, realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Alencar Burti, presidente da ACSP, lembrou, durante o encontro, que os incentivos fiscais enfraquecem toda a estrutura econômica do País, pois levam as empresas a escolher localizações menos racionais para se instalar, reduzindo assim a produtividade. "Os incentivos fiscais também distorcem a concorrência entre as empresas, gerando injustiça para aquelas que não obtiveram o benefício", disse Burti. Essa injustiça, lembra José Roberto Rosa, Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo (TIT-SP), ocorre porque os estados passam por cima da Constituição Federal ao desprezarem a representatividade do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Rosa diz que os incentivos fiscais, sejam para atrair empresa ou impedir que deixem o estado, são concedidos à revelia do Confaz. "Legalmente, o

Burti: incentivos fiscais enfraquecem a estrutura econômica do País.

estado pode baixar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com aval da Assembléia legislativa. Mas, para reduzir a base de cálculo, é preciso unanimidade no Confaz. Esse tipo de inconstitucionalidade é comum", diz o juiz. Mas algumas formas de benefícios fiscais são mais sutis, e despertam longas d i s c u s s õ e s j u r í d i c a s . D ur a n t e o s e m i n á r i o , A rg o s Campos Ribeiro Simões, também juiz do TIT-SP, comentou sobre os longos parcelamentos concedidos por alguns estados para o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Pelo entendimento do Confaz, parcelamento em até 60 meses, com as devidas cor-

reções monetárias, não são considerados incentivos fiscais. O problema é que alguns estados extrapolam esses parâmetros. Alagoas, por exemplo, concede a alguns setores 180 meses para pagamento do tributo. Apesar de acreditar que a reforma tributária possa contribuir para acabar com esse tipo de inconstitucionalidade, Simões descrê de uma solução imediata. "Essas situações fazem com que acreditemos que alguns políticos estão acima da Constituição. Isso só reforça minha convicção de que não se cumpre nem o que ainda não foi modificado, levando a crer que pode continuar a ser descumprido depois da reforma", disse Simões. Para Rosa, a maior expressão de inconstitucionalidade

Revogada isenção de ICMS

O

governo do Estado de São Paulo revogou a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que concedia ao transporte intermunicipal de cargas, seja para o modal rodoviário,

Mecânica Nicola e Auto Peças Peças e Serviços - Iveco - Volvo - Scania - MBB Especializado em Motor, Câmbio e Diferencial

ferroviário ou aquaviário. Desde o dia primeiro de setembro, essas operações passam a ser tributadas com alíquota de 12%, e as empresas contratantes do serviço poderão ter créditos do ICMS. (RCI)

praticada por um estado é personificada pelo Termo de Acordo de Regime Especial (Tare) em voga no Distrito Federal. Por meio do Tare, o Distrito Federal incentiva que empresas instalem uma filial naquele estado usando como chamariz a alíquota reduzida de ICMS de 1%. "O problema é que essas empresas vão vender a mercadoria em São Paulo, e quando os produtos entram nesse estado, são autuados tendo como parâmetro a diferença de alíquota de 11%", disse Rosa. O Estado de São Paulo é o que mais perde empresas para benefícios fiscais concedidos por outras regiões. Mas para Antonio Augusto Silva Pereira de Carvalho, também juiz do TIT-SP, o governo paulista não é nenhum mártir. Carvalho admite que São Paulo tem prejuízo econômico ao perder empresas para outros estados, mas a contrapartida disso é a política paulista de glosa de crédito oriundo de incentivos considerados ilegais concedidos por outros estados. "Ao fazer a glosa desses créditos, o governo paulista pratica enriquecimento ilícito. O pior é que o contribuinte é que acaba pagando a conta de benefícios concedidos por outros entes federativos", disse. Para o advogado Luiz Fernando Mussolini Junior, a guerra fiscal é inerente aos estados, "seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na União Européia". Para ele, a reforma tributária seria a solução definitiva para o problema, por meio da criação do Imposto Sobre valor Agregado (IVA) federal e estadual. O problema, admite Mussolini, é que a reforma dificilmente passará no Congresso Nacional, devido à pressão de alguns estados, principalmente do Nordeste e do Centro-Oeste, que mais tiram proveito da guerra fiscal.

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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Dança da Periquita: PM corta asas de soldado-bailarino

Vídeo de 27 segundos pode ter sido feito por colega do soldado e constrangeu cúpula da PM.

Policial Queiroz é tido como um brincalhão

H

á 25 anos na Polícia M i l i t a r, o s o l d a d o Queiroz sempre foi visto por seus colegas como um brincalhão. Mas isso mudou. Desde a ampla divulgação do vídeo da "dança da periquita", da reação da cúpula da PM e de sua punição, o humor do policial mudou. Ele anda recluso. De acordo com o capitão Armando Silva Moreira, dos 25 anos de serviço na PM, os últimos três foram cumpridos por Queiroz na base comunitária da 2ª Companhia do 9º Batalhão. "Ele é querido pelos colegas da base. Porém, a conduta (a dança) não confere com a figura de um policial", disse Moreira. Colegas do 9º Batalhão afirmam que uma possível transferência de Queiroz para uma base na zona sul da Capital pode ser vista como uma punição branda, perto de outras previstas no Código Militar. É o que explicam a assessoria de imprensa da PM e o capitão Armando Moreira. "Temos várias punições. Há desde de uma advertência, a uma detenção", explicou o oficial. "Foi esse espírito brincalhão que minimizou a punição", afirmou um colega do soldado Queiroz. (IV)

Vídeo de dança com conotação sexual vai parar na internet e vira sucesso no País Fotos: Reprodução da internet

Ivan Ventura

O

gingado é típico de um dançarino experiente, mas a roupa não nega que o soldado Queiroz é um policial militar e que, por enquanto, ainda trabalha na 2.ª Companhia do 9.º Batalhão, localizado na região da Cachoeirinha, na zona norte da Capital. O PM ficou famoso ao exibir sua familiaridade com a chamada "dança da Periquita", música da banda paraense Katrina. Na internet, o vídeo virou sucesso e já foi visto por mais de 70 mil pessoas do Brasil e até do exterior. O problema é que a PM não aprovou a performance do soldado. O policial militar é mais um exemplo de celebridade relâmpago que aparece e some com a mesma velocidade no site de compartilhamento de vídeos You Tube. Há inúmeros vídeos com a mesma dança, mas o mais antigo foi colocado no dia 20 de agosto. Porém, o vídeo é anterior e foi feito em maio deste ano. A dança foi feita à tarde, dentro da base comunitária da PM localizada na Praça Manoel da Costa Negreiro, conhecida também como Largo do Japonês. O local é movimentado e alguns freqüentadores juram que viram a performance ao vivo. No vídeo de 27 segundos, Queiroz recebe um sinal para que dê início à dança. Ao som da música com duplo sentido de "quem vai querer a minha periquita", Queiroz mostra o gingado e realiza movimentos com conotação sexual com as mãos apoiadas a uma mureta da base comunitária da PM. Ontem, vários policiais do 9.º Batalhão afirmaram que possuem uma cópia do vídeo gravado nos celulares. O alcance foi tão grande que PMs de outras cidades também disseram que viram o vídeo e também armazenaram as imagens no telefone. Alguns freqüentadores da praça juram ter visto a performance ao vivo. No Youtube, após os milhares de acessos, a mesma dança ganhou uma versão em ritmo funk. Processo – O sucesso do vídeo só não agradou o comando da PM, que abriu um processo administrativo pela conduta de Queiroz. O comandante da 2.ª Cia do 9.º Batalhão, Capitão da PM Armando da Silva Moreira, afirma que Queiroz está constrangido com o vídeo e

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Em www.dcomercio.com.br, a dança do soldado Queiroz Imagens mostram soldado Queiroz no vídeo que foi parar na internet

que não pode conceder entrevistas. "Ele não esperava essa repercussão e sequer sabia que o vídeo estava na internet. Virou notícia até na Europa", afirmou o comandante. O Capitão Armando afirma que a conduta é imprópria para um policial militar, que possui um código de conduta muito rígido. "O policial é um agente da segurança pública. Porém, sobre a conduta do soldado Queiroz antes da dança, não há nada que o prejudique", afirma. Seja como for, a "dança da periquita" provocou o afastamento do policial dos serviços que ele realizava na base comunitária do Largo do Japonês. No momento, ele realiza trabalhos internos dentro do 9.º Batalhão até o final da instauração do inquérito. Comenta-se que ele será transferido para o 36.º Batalhão, na região de Cidade Dutra, no extremo sul da capital. O Capitão da PM afirma que o autor do vídeo ainda está sendo investigado, mas colegas de Queiroz afirmam que as imagens foram feitas por outro soldado e que, provavelmente, também será transferido para outro batalhão. Os mesmos policiais chamaram o PM que filmou as cenas e as colocou no Youtube como X-9, que na gíria policial quer dizer dedo-duro.

Sala da base comunitária onde o soldado PM fez a dança da periquita

'Cenário' foi a base comunitária no Largo do Japonês, na zona norte


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Educação Saúde Polícia Justiça

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Os três inocentes presos por um crime que não cometeram querem agora retomar suas vidas.

GOVERNADOR QUER APURAR TORTURA

Serra manda indenizar três inocentes Depois de cumprirem dois anos de prisão por um crime que não cometeram, Renato, William e Wagner recuperam a liberdade. Maníaco de Guarulhos assumiu o crime. Vanessa Rosal *

Fotos de Andrei Bonamin/Luz Andrei Bonamin/Luz

A

o som de aplausos e gritos de "justiça!", os três rapazes acusados de matar a jovem Vanessa Batista de Freitas, em 2006, saíram ontem do Centro de Detenção Provisória (CDP), em Guarulhos, na Grande São Paulo. Durante dois anos, Renato Correia de Brito e William César de Brito Silva e Wagner Conceição da Silva ficaram detidos por um crime que não cometeram. A reviravolta aconteceu nesta terça-feira, quando Leandro Basílio Rodrigues, de 19 anos, apontado pela polícia como o maníaco que estuprava e matava mulheres em Guarulhos, confessou o crime. Ontem, o governador José Serra determinou que o Estado indenize os três inocentes presos (mas que ainda serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri de Guarulhos). A revelação foi feita pelo secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão. Ele contou que recebeu um telefonema em que o governador também mandou apurar responsabilidades. "Comprovada a tortura, os policiais serão processados e expulsos." Inquérito – O coronel Wagner Cesar Gomes, comandante do Policiamento de Área Metropolitano-7 (região de Guarulhos) determinou afastamento das ruas de um sargento e de um soldado, responsáveis por apresentar os presos à Polícia Civil. Ele determinou a abertura de inquérito para apurar o caso. O Ministério Público Estadual (MPE) suspeita que policiais de cinco equipes do 15º Batalhão da PM teriam sido coniventes com a tortura. Os PMs teriam levado dois dos acusados, Renato Correia de Brito, ex-namorado de Vanessa, e William César Brito da Silva, à Cachoeira da Macumba, no bairro do Cabuçu, em Guarulhos, onde submeteram ambos a espancamento, até Renato confessar. Disse ainda que foi torturado por um delegado no 1º Distrito Policial, para onde foi levado pelos Pms. O núcleo de Guarulhos da Corregedoria da Polícia Civil decidiu pedir o afastamento dos quatro policiais que estavam de plantão no 1º DP em 19 de agosto de 2006, quando os inocentes foram apresentados por policiais militares. "Não sou lixo" – A saída dos jovens da prisão foi marcada por lágrimas e desabafo de amigos e familiares. Um fax com o alvará de soltura, ordem judicial que determinou a libertação, chegou ao CDP por volta do meio-dia. Era a senha para a li-

Wagner (camisa branca), Renato (de camisa azul) e William (de camisa amarela) deixam o CDP de Guarulhos Danilo Verpa/Folha Imagem - 27/08/2007

Leandro Basílio Rodrigues (esq.), que assumiu o estupro e o assassinato atribuídos aos três rapazes libertados ontem, depois de passarem dois anos presos: advogados consideram pedido de indenização.

William César de Brito Filho

Wagner Conceição da Silva

Renato Correia de Brito

berdade: cerca de três horas e meia depois, os três saíram emocionados, falando pouco e chorando muito. "Eu não sou um lixo. Vivi os piores dias da minha vida, mas saio de cabeça erguida", disse William. Amparado pela mãe, a donade-casa Maria Aparecida Correa de Brito, ele desabafou: "Não existe começo que não tenha fim. Provamos a nossa inocência, graças a Deus". Segundo William, foram tempos difíceis, de muito sofrimento para a família. "Essa humilhação jamais será apagada da nossa história.

É uma dor muito grande. Agora eu quero abraçar muito o meu filho Cauã, que tinha apenas um aninho quando eu fui preso". Seu pai, Laerte de Moura, contou ao Diário do Comércio que ficou doente e passou mal uma semana após a prisão do filho e do sobrinho, no dia 19 de agosto de 2006. "Eu não comia direito, não me senti bem enquanto dirigia e sofri um terrível acidente. Fiquei três meses internado e perdi a visão do olho direito. Estávamos vivendo um inferno". Wagner Conceição da Silva, de 25 anos, também chorava

muito. Ao sair do centro de detenção de Guarulhos, ele ergueu os braços e comemorou muito, sem conseguir conter as lágrimas de satisfação por abraçar amigos e familiares. "Ainda não sei como retomarei a minha vida. Quero estudar, quero trabalhar muito. Sofri demais. Agora chega", disse Wagner. Renato Correia de Brito, que é primo de William e tinha um filho com a vítima, disse estar aliviado. "A justiça foi feita". Ele era o principal suspeito, acusado de matar a ex-namorada por ciúmes. (* Com AE)

Tráfico usa jacaré para intimidar Animais foram encontrados ontem em batida policial na favela da Coréia, no Rio de Janeiro Wilton Junior/AE

U

ma megaoperação da Polícia Civil, com cerca de 200 agentes, para prender um dos traficantes mais procurados no Rio terminou ontem com a apreensão de dois pequenos jacarés na favela da Coréia, em Senador Camará, na zona oeste. Segundo a polícia, os animais eram usados pelos traficantes locais para amedrontar moradores, devorar partes de corpos de rivais mortos e ameaçar vítimas de crimes como seqüestros. "Há muito tempo, escutávamos uma lenda de que criminosos usavam jacarés para proteger paióis de armas, por exemplo. Hoje, conseguimos um indício deste cri-

Um dos jacarés encontrados durante ação para prender traficantes

me. Um morador relatou que uma vítima de um seqüestro relâmpago foi levada para a favela de carro, obrigada a

entregar o cartão e enquanto um bandido sacava o dinheiro de sua conta foi ameaçada de ser jogada aos

jacarés por outro comparsa", disse um policial. Embora desconheça o interesse em manter os jacarés na favela, a bióloga Denise Monsores, do parque Chico Mendes, para onde foram levados os animais apreendidos, discorda da teoria da polícia. "Não é hábito dessa espécie comer carne humana. Nunca ouvi falar de um caso assim. Eles se alimentam de peixes, crustáceos, pequenos roedores e aves. A agressividade também não é uma característica destes jacarés. Eles fogem do homem e estão ameaçados de extinção. O momento em que eles ficam mais ariscos é quando protegem o ninho". (AE)

Wagner, um dos inocentes, abraça sua mãe ao sair do presídio

Jovens afirmam que confessaram sob tortura

D

or, sofrimento, tortura. Após a libertação, os três rapazes de Guarulhos querem esquecer o mal que sofreram em 19 de agosto de 2006, dia da fatídica abordagem policial. Foram presos e não tiveram a mínima chance de se defender. Ontem, depois de deixar o Centro de Detenção Provisória, os jovens se encontraram na casa de Wagner, no bairro Continental 4. Com medo de represálias da polícia e atendendo às recomendações de seus advogados, fizeram poucos comentários sobre as agressões. "Só soube que minha ex-namorada tinha morrido quando cheguei à delegacia. Não me explicaram nada, eu não sabia o que estava acontecendo", relembrou Renato Correia de Brito. "Namoramos pouco tempo e ela engravidou. Quase não ficamos juntos". Wagner disse que no momento da prisão estava em casa, dormindo. "Invadiram meu quarto. Não gosto nem de lembrar o susto que passei. A Justiça foi feita e só quero ficar com a minha família". Ele relatou ainda que foi agredido a tapas, socos e pontapés na delegacia, dez dias depois de ter feito exame de corpo de delito. Muito emocionado e com o filho de três anos no colo, Wil-

liam preferiu não entrar em detalhes sobre a violência dos policiais. "Eles cercaram o meu carro, enquanto eu trabalhava. Eu fazia propagandas para lojas aqui da região em um carro de som", disse ele, que afirmou ter sido levado para o mato, onde foi agredido. "De lá, eu ouvia também os gritos do Renato. Mas não sabia o que estava acontecendo com ele". Os jovens disseram ter confessado o crime sob tortura. O promotor Marcelo Oliveira, que denunciou os três jovens há dois anos, é o mesmo que pediu a libertação. Na noite de terça-feira, ele falou sobre o erro. "A tortura é o maior meio de injustiça que pode haver. Ela contamina todo o processo e esse processo, depois desses indícios de que a confissão foi obtida mediante tortura, está completamente fadado ao insucesso, à improcedência". A denúncia de agressão contra os três rapazes será apurada pela Promotoria de Guarulhos. Os policiais envolvidos no caso serão chamados para depor. Enquanto isso, a Polícia Civil investiga se o homem de 19 anos que assumiu o crime, suspeito de ter cometido estupros em série, é responsável por outras 11 mortes além de sete já confirmadas. (VR)


Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PF descarta varredura em linhas do Congresso Luiz Fernando Corrêa disse que medida não deve der adotada quando as investigações ainda estão no início; Demóstenes será o primeiro a ser ouvido

O

diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, descartou ontem a possibilidade de a PF realizar uma varredura nos telefones do Congresso. Ele disse que essa medida é uma ação preventiva e, normalmente, não é utilizada no início de uma investigação. A varredura chegou a ser proposta por alguns parlamentares. Uma das hipóteses é de que o grampo que interceptou a conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), tenha partido do Senado, e não do STF. Corrêa esteve na Câmara, acompanhado dos delegados responsáveis pelo inquérito que vai investigar o grampo o caso. Os delegados comunicaram ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o

7 O Ministério Público só atua em procedimentos lícitos e com autorização judicial. Antonio Fernando de Souza

OPOSIÇÃO QUER AÇÃO ENÉRGICA DO MP

início das investigações. O encontro faz parte de uma série de visitas que o diretor e os dois delegados estão fazendo para informar ao Congresso e ao Judiciário como será realizada a investigação e articular a participação do STF, da Câmara e do Senado no trabalho. Na terça-feira eles estiveram no STF e ontem pela manhã se reuniram com o presidente do Senado, Garibaldi Alves. Depoimentos – Corrêa ainda informou que o primeiro a ser ouvido será o senador Demóstenes Torres, que teve trechos de suas conversas telefônicas com Gilmar Mendes divulgadas. Ele disse que vai agendar uma reunião com o parlamentar para marcar uma data para o depoimento. Corrêa também colocou a PF à disposição da Câmara para acompanhar o andamento da investigação. (Ag. Câmara)

Sergio Lima/Folha Imagem

Oposição quer ampliar ação contra grampo

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Corrêa e o presidente do Senado, Garibaldi Alves discutem como será feita a investigação

OAB critica "Estado de bisbilhotagem"

O

presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, criticou ontem, em discurso durante a posse do ministro César Asfor Rocha na presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que qualificou de "uso perdulário" do grampo telefônico autorizado, que transformou o Brasil, segundo ele, "de Estado democrático de Direito em Estado de bisbilhotagem." Na avaliação de Britto, é do Judiciário a responsabilidade final pelas autorizações de gravações de conversas telefônicas. Segundo o presidente da OAB, é especialmente grave a gravação clandestina de uma conversa telefônica entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador De-

Marcello Casal Jr/ABr

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Britto: afronta à democracia

móstenes Torres (DEM-GO). "É o Estado da bisbilhotice, permitido, cobiçado e estimulado a provocar um dos mais graves ataques à República e à democracia de que temos notícia", disse, referindo-se ao fato do presidente da mais alta corte do Judiciário ter sido vítima

de gravação ilegal. MP reage – O procuradorgeral da República, Antonio Fernando de Souza, rebateu as declarações de Britto. "O presidente da OAB fez um discurso, no meu modo de ver, de quem desconhece o Ministério Público", afirmou. "O Ministério Público só atua em procedimentos lícitos e com autorização judicial", completou. Em rápida entrevista após a posse do presidente do STJ, Antonio Fernando disse que não se pode atribuir ao Ministério Público práticas ilícitas. "Essa história de grampo é atividade de quem age de forma ilícita", afirmou. E completou: "O Ministério Público, nos procedimentos que utilizam interceptação telefônica, sempre está subordinado ao crivo do Judiciário." (AE)

m nota oficial conjunta divulgada no início da noite de ontem, o PSDB, o DEM e o PPS pedem ao Ministério Público "que se engaje definitivamente na apuração dos fatos delituosos" identificados com a estuda telefônica clandestina que envolveu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Além disso, pedem que o Congresso saia da "letargia" e atue essencialmente como uma instância de legitimação e apoio às investigações necessárias à defesa da democracia. Na nota, os três partidos definem como "atentado a dois dos principais pilares do Estado Democrático de Direito" o episódio da escuta telefônica. Apontam a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como autora do grampo telefônico. Afirmam ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebia relatórios periódicos baseados nesses grampos. "É preciso que o presidente assuma sua autoridade e seu comando", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (CE). Ao defender a apuração dos episódios pelo Ministério Público, os três partidos afirmam que "cai a zero" a confiança na capacidade do Poder Executivo de se auto-investigar. Os três partidos declararam ainda indignação diante da "reação frouxa" do presidente da República e de seus auxiliares imediatos. "É preciso buscar nas próprias instituições o antídoto contra o veneno do autoritarismo."(AE)


Ano 84 - Nº 22.701

MORCEGO-BEIJA-FLOR Glossophaga soricina Pequeno, forte, habita cerrados e florestas. Alimenta-se de néctar, frutos e insetos. Em São Paulo, foi capturado e solto nos Parques do Ibirapuera e do Trianon.

Conclusão: 23h55

Jornal do empreendedor

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São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tom Grill/Corbis

s o d i v u o o d o t é l i s a r B o a r o g .A

Psiu..

O ministro da Defesa, o diretor afastado da Abin e o diretor da PF serão ouvidos na Câmara. Ministros do STF e senadores estão convidados a falar. A Procuradoria também iniciou uma investigação. Vai ser pedida a quebra de sigilo das operações Satiagraha e Chacal, da PF. Cresce a crise dos grampos. Páginas 5 a 7

Reprodução

O avião parou aqui. Mas desdobre o jornal.

Soldado bailarino vira celebridade na internet Vídeo com performance do PM Queiroz na Dança da Periquita chega ao Youtube: 70 mil já o assistiram. Comando da PM reage. C 1 Almeida Rocha/Folha Imagem

Andrei Bonamin/LUZ

Andrei Bonamin/LUZ

Nova derrapagem em Congonhas. Desta vez, só um susto: o bimotor King Air quase caiu sobre a pista marginal da Av. Washington Luís. Não houve feridos. C 3 HOJE Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 14º C.

Reforma tributária para conter a guerra fiscal Incentivos fiscais enfraquecem economia disse ontem Alencar Burti em simpósio na ACSP. E 1

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Livres! 2 anos de cadeia à-toa Os três admitiram um crime sob tortura. E o assassino apareceu. Eles vão ser indenizados. C 2

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LAZER/TURISMO - 7

MAIS DICAS SOBRE O DESTINO EUROPEU CIDADE DOS FESTIVAIS

PANORAMA

No outono chegam a Lodz fãs de revistas em quadrinhos, design moderno e arte utilitária. Um dos eventos em voga é a mostra Fluo-Session – Exposição Internacional de Nova Arte Fluorescente (www.ldk.lodz.pl). Durante a exposição verificamos como é incrível o efeito que as luzes fluorescentes exercem nas figuras e nos cenários. Outro evento famoso na Europa é o Festival Internacional de Revistas em Quadrinhos ( ww w. fe stiwalko miksu.prv.pl), que apresenta um fórum com os mais notáveis roteiristas e desenhistas poloneses e estrangeiros. Além de promover o encontro de roteiristas com o público, tem oficinas de desenho e cenário, nas quais se ensinam aplicações da linguagem dos quadrinhos. E há

Fotos: Divulgação

Divulgação/Agência Córdoba de Turismo

concurso de mini quadrinhos. Todo ano são recebidos aproximadamente 100 trabalhos de participantes do mundo todo. O festival também apresenta concertos musicais, simpósios de quadrinhos e sessões

de autógrafos. Neste ano terá a participação de ilustres artistas dos quadrinhos. Será possível encontrar com Jean "Moebius" Giraud da França, Milo Manara e Gaetano "Tanino" Liberatore da Itália.

DESIGN Design é a cara de Lodz. Tanto é que a cidade é pioneira na Polônia neste tipo de festival (www.lodzdesign.com). Dedicado aos mais vastos conceitos de design, o objetivo do Lodz Design, que ocorre em outubro, é mostrar os mais novos rumos dos projetos do mundo inteiro, apresentação de conceitos e visões para o futuro do designer e das empresas do ramo e apresentação de protótipo. No futuro, o evento vai incluir projetos industriais, tendências em moda, arquitetura de interiores, impressões utilitárias (incluindo outdoor), tipografia, identificação gráfica de empresas e instituições. Neste ano os organizadores planejam grandes atrações: Mostra de Escolas da Polônia e Outros Países, Concurso Make-me!, oficinas e discussões, além de exibição de filmes e muito mais.

Córdoba para estudar No coração da Argentina, a província de Córdoba (foto acima) se firma como destino para estudar espanhol: registrou 2.050 estudantes no ano passado, ante 1.829 em 2006. Pensando no potencial do lugar para atrair mais jovens, sobretudo brasileiros (que representam um quarto dos visitantes que procuram cursos), uma missão promocional visitou São Paulo na semana passada. Adrián Bozzoletti, gerente de Produtos Turísticos da Agência Córdoba Turismo, destacou o atraente preço semanal do curso (20 horas a US$ 120), a proximidade da capital paulista (3h30 de avião), a qualidade do ensino, além da vida noturna e as belezas naturais, perfeitas para a prática de esportes como escaladas e trekking. Site www.cordobaturismo.gov.ar.

Lagiewnicka é considerada a maior floresta dentro de uma cidade da Europa. Ocupa uma área de 1.200 hectares, dentro da qual foi formada uma reserva natural. Nela, os turistas encontram um mosteiro franciscano da época do barroco e duas capelas de madeira de 1676 e 1703. Imperdível! Mais informações sobre a Polônia no site www.poland-tourism.pl

Munique ganha Museu BMW Novidade em Munique, na Alemanha, é o Museu BMW (foto abaixo). Construção do arquiteto vienense Karl Schwanzer, com formato de taça e 5 mil metros quadrados, o lugar permite compreender a evolução do know-how da marca. No acervo de 120 peças, incluindo modelos de série e de competição, há ícones da história da montadora, como a BMW R32, a BMW 507 e a lendária BMW 2002. Site www.bmw-museum.de.

Novo explora Atacama Um dos hotéis mais cobiçados do Deserto de Atacama, no Chile, o explora – Hotel de Larache celebra 10 anos com uma grande renovação, a ser conferida a partir de 15 de setembro.

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Produto inédito para golfistas é novidade da Assist Card

tenta às especificidades que envolvem mium e Euro Premium) agregados, além da coa viagem de um golfista – principal- bertura regular (assistência médica internaciomente para o exterior –, duas especia- nal, atendimento odontológico, assistência jurílistas uniram o know-how específico dica, indenização por perda de bagagem, reemem seus segmentos para criar um produto até b o l s o d e d e s p e s a s d e v i d o à d e m o r a n a então inédito no mercado brasileiro, o Golf Travel localização de bagagem, traslado familiar e exeAssistance by Assist Card, que surge ancorado na cutivo em caso de emergência, reembolso de plataforma de serviços disponibilizados pela As- despesas por atraso ou cancelamento de vôo, assist Card por meio de 49 centrais de atendimento sistência em casos de roubo ou extravio de doem todo o mundo, mas com uma formatação ex- cumentos, entre outros), a itens exclusivos como clusiva, desenhada em conjunto com a Golf Tra- um seguro de responsabilidade civil de até R$ 50 vel, com base nas necessidades muito particula- mil – extensivo aos familiares –, cobertura de até res desse público. "O mercado de golfe é um dos R$ 5 mil em caso de roubo, furto ou perda de mais aquecidos e movimenta centenas de espor- equipamentos, e ainda um reembolso de R$ 1,5 tistas em todo o mundo. Buscamos oferecer um mil quando, neste caso, o golfista precisar alugar serviço inédito nesse mercado para um público novos equipamentos para seguir no jogo. que também é exclusivo", explica o diretor-geral "Pensamos nesse detalhe porque de nada adianda Assist Card no Brasil, taria pagar um seguro em Marco Antonio Oliva. caso de roubo ou qualquer E o momento não podeoutro incidente, se a falta ria ser mais oportuno, como dos equipamentos inviabiexplica Fábio Mazza, lemlizasse a continuação da brando que entre 24 e 27 de viagem. O golfista não é um setembro, a operadora reaturista que joga durante a liza, em conjunto com a GT viagem, ele viaja para jogar, Golfe, o Brasil Golf Show, na o que faz do seu equipaCosta do Sauípe, na Bahia. mento um item essencial "Há tempos vínhamos busda bagagem", completa Marco Antonio Oliva e Peterson Barros, da cando um produto inédito Peterson Barros, gerente para esse nicho e com a As- Assist Card, com Fabio Mazza, da Golf Travel Trade Brasil da Assist Card. sist Card encontramos a idéia e a parceria ideal", “Um cliente que se programa e investe em uma viaafirma Mazza. O evento será palco do lançamento gem de golfe não pode estragá-la por conta de aloficial do cartão, que será apresentado durante um gum incidente. Nosso objetivo é manter nossos workshop dirigido a agentes de viagens baianos. clientes tranqüilos, caso haja algum problema com Ainda em setembro, o mercado paulista também seu equipamento”, completa Fábio Mazza. terá um evento de apresentação do produto. “Estes Até o lançamento, durante o evento na Bahia, o workshops têm um propósito específico. A Golf cartão – que inicialmente foi formatado para viaTravel desenvolveu esse produto em parceria com gens internacionais – terá também uma versão a Assist Card, mas ele não se aplica exclusivamente doméstica. Segundo Mazza, os principais destiaos nossos pacotes, ele também será comercializa- nos internacionais de golfe são Punta del Este, no do junto aos clientes de outras agências de viagens Uruguai, Buenos Aires e Bariloche, na Argentina, no mercado. Portanto, é importante que elas sai- Flórida, nos Estados Unidos, Algarve, em Portubam que também poderão oferecer esse serviço gal, Costa do Sol, na Espanha, além de outros desaos seus clientes golfistas”, esclarece Christiane Tei- tinos na França, África do Sul e no Reino Unido. xeira, sócia da Golf Travel e responsável pelo desenMais informações sobre o Panrotas Corporativo volvimento do produto. no site www.panrotas.com.br. Assinaturas Os diferenciais – Para esse público, a Assist pelo tel. (11) 2764-4816 ou 2764-4800, Card vai destinar dois dos seus produtos (Pre- e-mail assinaturas@panrotas.com.br. Divulgação/Panrotas

FLORESTA

SP-Dubai-Europa Que tal visitar Dubai e um destino da Europa na mesma viagem? A Emirates Airline facilitou esse percurso ao passageiro. "Estabelecemos uma tarifa triangular, em parceria com a TAM, para que os clientes tenham a possibilidade de ir para Dubai no nosso vôo direto e depois aproveitar as inúmeras conexões que a Emirates oferece para visitar a Europa", explica Ralf Aasmann, diretor-geral da empresa no Brasil. No retorno, basta escolher uma das cidades atendidas pela TAM (Paris, Milão ou Londres) e voar direto para São Paulo (ou vice-versa). Até 31 de março de 2009, a partir de US$ 1.509. Tel. (11) 5503-5000.

Pernambuco online Para quem pretende visitar Pernambuco, o Estado lançou o Portal iPernambuco (www.ipernambuco.com.br). Criado pela Secretaria Estadual de Turismo em conjunto com o trade turístico, o portal reúne informações sobre os principais eventos, hospedagem, restaurantes, bares, destinos, agências de viagens, locadoras e conteúdos jornalísticos que destacam o diferencial turístico e cultural das cidades.

CEMITÉRIO Fazer turismo num cemitério? Em Lodz é imprescindível. A cidade sedia o maior cemitério judaico da Europa (www.jewishlodzcemetery.org). Construído em 1892 na Rua Bracka, com 41 hectares, o lugar hoje abriga 180 mil tumbas. O primeiro cemitério judaico da cidade surgiu em 1811 na Rua Wesola. Mas como a população judaica só crescia logo o cemitério ficou pequeno e foi necessário fundar outro. Durante mais de 100 anos de sua história, muitas personalidades, entre cientistas e políticos, foram enterrados lá. Seus túmulos são verdadeiras obras de arte. Ali também estão as vítimas de um dos acontecimentos mais trágicos da história dos judeus poloneses: o extermínio no Ghetto Lodz. Testemunho desta tragédia é o imenso campo Ghetto Field.

A reforma inclui lobby, restaurante, living, bar, cozinha, área de piscinas, quartos e hall de entrada. Os quartos, por exemplo, estão sendo redecorados e haverá quatro novas suítes, com living e terraço. Nas áreas comuns, novo mobiliário e iluminação. Na área externa, duas grandes jacuzzis. E o restaurante agora permitirá que os hóspedes assistam a tudo o que acontece na cozinha. Site www.explora.com


Logo Logo 10 - LOGO

www.dcomercio.com.br/logo/

DIÁRIO DO COMÉRCIO Criações do estilista Oscar Leon apresentadas na semana de moda de Barcelona, ontem: a moda como protesto social.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fotos: Reuters e AFP

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SETEMBRO Dia da Amazônia

H ISTÓRIA H OLANDA

Danceteria ecológica A discoteca Watt , em Roterdã, na Holanda, reabriu ontem as portas com um novo slogan: a casa noturna "mais verde do mundo". Os proprietários da dizem que a casa é a primeira a seguir todos os critérios estabelecidos pelo Sustainable Dance Club (SDC), um conceito criado na Holanda há dois anos para estimular discotecas a utilizarem fontes alternativas de energia. Os próprios freqüentadores serão a principal matriz energética da danceteria. energia é captada por sensores instalados por baixo da pista convertida para alimentar a iluminação do ambiente. Ao dançar na pista, uma pessoa pode produzir de 5 a 10 watts, dependendo de seu peso.

Escapada do criminoso

AFP

Israel esteve a ponto de capturar Josef Mengele, mas deixou que escapasse

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Mossad, serviço secreto israelense, cancelou na última hora uma operação, em 1960, para capturar o médico nazista alemão Josef Mengele, chamado de "Anjo da morte", quando ele estava na Argentina. A informação foi anunciada esta semana e ontem foram divulgados documentos que mostram que a "trajetória" de Mengele após sua fuga era conhecida. Mengele fez experiências médicas sádicas com judeus e ciganos do campo de extermínio de Auschwitz e participou na seleção de milhares de enviados para as câmaras de gás durante a Segunda Guerra Mundial. O Mossad encontrou pistas de Men-

gele enquanto vigiava em Buenos Aires Adolf Eichman. Os documentos comprovam que Mengele vivia com um nome falso: usou um passaporte com o nome de Gregor Helmut e casou-se no Uruguai, em 1958, com a viúva de seu irmão, Marta Maria Will. Alguns dias antes da captura de Eichman, em maio de 1960 - ele foi julgado e capturado em maio de 1962, em Israel -, o então chefe do Mossad, Isar Harel, cancelou a realização do plano de captura do "Anjo da Morte" por temer que colocaria em perigo a operação contra Eichman. Mengele morreu no Brasil em 1979. Testes de DNA de seus filhos em 1992 confirmaram sua identidade.

Proclamas do casamento de Mengele no Uruguai, em 1958, e atestado de óbito de seu irmão, de 1949, expedido na Alemanha.

Reuters

B RAZIL COM Z

Grampos destrutivos

E SPANHA

O jornal francês Le Monde explicou ontem aos leitores do país o escândalo de escutas ilegais que envolve membros da cúpula do Estado brasileiro e que "conduziu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em nome da transparência, a afastar Paulo Lacerda, o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Este último foi substituído, na terça-feira, 2 de setembro, por um dos seus colaboradores". O jornal fala do fato de as escutas não constituírem novidade no país e afirma: "de modo corriqueiro, as gravações costumam ser destruídas após terem sido aproveitadas".

Imigrantes barrados O governo espanhol anunciou ontem que deverá acabar, a partir de 2009, com a emissão de vistos para imigrantes contratados em seus países de origem para trabalhar na Espanha. O ministro do Trabalho e da Imigração, Celestino Corbacho, afirmou que "não parece razoável" as empresas na Espanha contratarem imigrantes se o país vive um momento de alta no desemprego, com cerca de 2,5 milhões de pessoas sem trabalho. Corbacho disse que espera que os espanhóis que estão perdendo seus empregos possam preencher as vagas de trabalho tradicionalmente ocupadas pelos imigrantes. C A R T A Z

O adeus de Waldick Soriano ▲

E M

M ÚSICA 1

FILHINHOS DE PAPAI - Pais - e mães - dos calouros de uma universidade chinesa na província de Hubei dormem depois de acompanharem seus filhos no primeiro dia de aulas. A universidade instalou cerca de 350 colchonetes no ginásio para abrigar os familiares dos estudantes. A RQUITETURA

CERCAS

s cercas mais estranhas encontradas mundo afora estão no A site Dark Roasted Blend. Embora não sejam exatamente peças arquitetônicas no sentido estrito da palavra, revelam a criatividade de quem quer proteger sua propriedade.

www.darkroastedblend.com/2008/08/some-of-worlds-strangest-fences.html

Após três anos de batalha contra o câncer, morreu na madrugada de ontem, aos 75 anos, o cantor e compositor baiano Waldick Soriano. Ele passou os últimos dias internado no Hospital do Câncer, em Vila Isabel, na zona norte do Rio. Retratado no documentário Waldick - Sempre no Meu Coração, de Patrícia Pillar, Waldick é o autor de canções de sucesso nacional a partir dos anos 70, como Eu Não Sou Cachorro Não, e ganhou status de cult no cenário da música romântica brasileira.

LACAZ

Veja mais em 'Metrópole'.

Guto Lacaz comemora 30 anos de carreira e 60 de vida no palco, com três performances teatrais. Teatro Aliança Francesa, rua General Jardim, 182, Vila Buarque, tel.: 3188-4141. R$ 10.

M ÚSICA 2

Guitarra eternizada

Reproduções/site

Peças íntimas, cacarecos, placas de trânsito e uma imensa variedade de objetos podem ser usados para definir limites e manter estranhos fora do caminho

G @DGET DU JOUR

Apague o estresse Se o produto cumpre a promessa, só testando para saber, mas este aparelhinho, alimentado por pilhas AAA, teoricamente ajuda a "apagar" seu estresse ao ajudando a controlar o ritmo respiratório. É o velho "respire fundo" em versão tecnológica e custa US$ 299. www.amazon.com:80/dp/ B000NWJL14/ref=nosim/kkorg-20

A TÉ LOGO

A primeira guitarra incendiada por Jimi Hendrix em um palco foi vendida por 280 mil libras (cerca de R$ 830 mil) em um leilão ontem, em Londres. A guitarra foi "redescoberta" no ano passado na garagem da casa de Tony Garland, exassessor de imprensa de Jimi Hendrix, e ainda exibe as marcas da performance. O instrumento modelo Fender Stratocaster foi queimado por Hendrix em um show em Londres, em 1967. Foi a primeira vez que o guitarrista fez a performance que ficaria eternizada no famoso vídeo gravado durante o Festival de Monterey, no mesmo ano. L OTERIAS Concurso 355 da LOTOFÁCIL 02

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Desmatamento na Amazônia em julho foi 71% menor que mesmo período de 2007, segundo Imazon

Luís Fabiano e Ronaldinho falam da luta da seleção para acabar com incômodo jejum de gols no Chile

Professores da rede estadual de ensino em início de carreira serão avaliados a partir de outubro

Concurso 1948 da QUINA 16

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

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Política Jobim reafirma que Abin

"Na relação dos aparelhos há uns que têm essas características de intercepção telefônica. Ministro Nelson Jobim

Reprodução

tem aparelho de escuta

O material teria sido adquirido por meio da Comissão de Compra do Exército Brasileiro em Washington

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ministro da Defesa, Nelson Jobim, reafirmou ontem que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) possui aparelhos capazes de fazer escutas telefônicas, o que não faz parte das atribuições legais do órgão. Jobim disse que o material foi adquirido por meio da Comissão de Compra do Exército Brasileiro em Washington, que também é utilizada quando outros órgãos do governo precisam de equipamento. "Na relação dos aparelhos adquiridos há uns que têm essas características de intercepção telefônica. Essa relação que entreguei ao presidente tem uns que têm varredura, outros que a menção do aparelho é de interceptação e há aqueles que são de audiência ambiental", disse. Na quarta-feira, o comandante do Exército, general En-

zo Martins Peri, confirmou que o Exército comprou, a pedido do Gabinete de Segurança Institucional, um equipamento de varredura de grampos telefônicos usado pela Abin. O general, que é subordinado a Jobim, garantiu, no entanto, que o equipamento só detecta grampos e não pode fazer escutas telefônicas No mesmo dia, em depoimento na CPI dos Grampos, o diretor do Centro de Pesquisa Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações da Abin, Otávio Carlos Cunha da Silva, negou que o aparelho usado pela agência para fazer rastreamentos seja a mesma maleta que a Polícia Federal utiliza para grampear conversas por meio de celulares. Ele disse que o aparelho só pode ser usado para captar conversas transmitidas por microfones ou outros equipamentos de escuta ambiental.

"O máximo que vai conseguir é saber que no ambiente há vários celulares transmitindo ondas", disse Silva, que também argumentou que as maletas usadas para grampear celulares são do modelo 007 e passam despercebidas, enquanto o equipamento comprado pela Abin pesaria 13 quilos e não poderia ser transportado com tanta facilidade. Questionado, o ministro não quis responder se o Exército também tem aparelho de escuta, já que intermediou a compra da Abin. Segundo ele, as capacidades do Exército e da agência de inteligência de fazer gravação são coisas completamente distintas: "Não estamos discutindo o Exército, estamos discutindo a Abin. O foco é a Abin." Jobim também reclamou de ter sido convocado pela CPI dos Grampos. Ele teve a sua presença solicitada na quarta-

Lula Marques/Folha Imagem

Ministro diz que entregou a relação de euipamentos comprados pela agência ao presidente Lula

feira para falar sobre as suspeitas de que a Abin teria gravado a conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEMGO), cuja transcrição foi publicada pela revista "Veja". O ministro disse que não conhece nada sobre as escutas ilegais ou sobre quem grampeou autoridades do Legislativo e do Judiciário, tendo sua participação sido apenas de entregar a relação de bens adquiridos pela Abin ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também foram convocados Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, e Paulo Lacerda, diretor-geral afastado da Abin. A CPI dos Grampos também aprovou a quebra de sigilo das operações Chacal e Satiagraha, deflagradas pela PF. O objetivo é ter acesso a toda documentação, inclusive o conteúdo das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Convite – Deputados integrantes da CPI dos Grampos e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado formalizaram ontem o convite para que Gilmar Mendes compareça à Câmara para prestar informações sobre a interceptação de uma conversa entre ele e Demóstenes. Segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), Mendes demonstrou disposição de ir. "Ele reiterou que houve escuta na casa da (ex-presidente do STF) Ellen Gracie e escuta ambiental no Supremo. Ele também relatou fatos sobre a articulação de segmentos da área de informação da polícia e inclusive de setores do Judiciário para produzir resultados jurídico-policiais", afirmou Jungmann. (AOG)

Tarso propõe maior punição para 'grampos' ilegais Caso o responsável seja servidor público, além do processo criminal ele pode ser demitido do cargo

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ministro da Justiça, Tarso Genro, informou ontem que já entregou ao Palácio do Planalto a minuta do anteprojeto de lei que agrava as punições para quem pratica grampo ilegal. Se o responsável for servidor público, ele responderá, além do processo criminal, a uma ação de improbidade administrativa, podendo até mesmo ser demitido e ficar impedido de concorrer a eleições. O anteprojeto, segundo o ministro, não criminaliza o jornalista ou o veículo de comunicação que divulgar o conteúdo do grampo. "A imprensa tem o direito de exercer o segredo de fonte, um abrigo constitucional. Nós temos que tratar, sim, é daquele que comete irregularidades para obter informação, daquele que é o responsável", explicou. O anteprojeto é uma resposta do governo à crise provocada por escutas ilegais contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. A iniciativa de ampliar as punições a infratores, segundo o ministro, é para corrigir omissões na legislação atual. Depois de passar pela análise jurídica da Casa Civil, o documento será enviado como Projeto de Lei ao Congresso e tramitará paralelo ao de nú-

mero 3272, que regulamenta as escutas telefônicas, também de autoria do Executivo, já em apreciação na Câmara. Genro falou à imprensa de-

pois de participar da Conferência Nacional para Superação da Violência e Promoção da Cultura da Paz, que se realiza na sede da Ordem dos Ad-

Fábio Motta/AE

O foco: "quem comete irregularidades para obter informação"

vogados do Brasil (OAB), em Brasília. O ministro embarcou em seguida para o Rio, onde participaria do fórum especial "Como ser o melhor dos Brics", que se realiza na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Hipóteses – O ministro informou mais tarde que a Polícia Federal (PF) trabalha com três hipóteses sobre o suspeito da escuta ilegal do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. A primeira ele chamou de terceirização: "Uma articulação política de alguém de dentro de alguma instituição que tenha contratado alguém de origem privada para fazer o grampo". Outra é de que algum funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) "tenha desviado sua conduta" e feito o grampo. A terceira é que "alguém de alguma agência tenha feito algum contato para fora mediante coação, chantagem para criar alguma crise com alguém ou alguma instituição". Genro também afirmou que é necessário fazer uma minuciosa perícia sobre o suposto equipamento usado para o grampo, "para ver se foi comprado para esse fim ou se foi adaptado por alguém de forma ilegal para fazer escuta clandestina" (Veja detalhes nesta e na próxima página). (AE)

Principal função: varredura de grampos telefônicos em aparelhos fixos ou móveis.

Oscor-5000, a maleta que pode virar um agente duplo Fernando Vieira

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á dois anos, a Agência Brasileira de Informação (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) compraram o OSC- 5000 Omni Spectral Correlator, um equipamento digno dos filmes de James Bond. Aparentemente é uma maleta comum, mas dentro dela estão antenas, retransmissores, monitores, gravador, impressora, fone de ouvido, um conjunto de cabos, além de um computador para o controle de todos os itens. Polêmicas à parte sobre o uso dado ao equipamento, segundo especialistas, o Oscor-5000, como também é chamado, não tem por função grampear telefones. Pelo contrário. Trata-se de uma ferramenta de segurança que serve especialmente para varreduras contra espionagem. Detecta a existência de transmissores de áudio e vídeo nos ambientes e depois armazena automaticamente todos os sinais encontrados para análise. O modelo mais recente do equipamento já traz interface de programa para PC (computador tradicional). Entre as vantagens do "produto" anunciadas pelos revendedores está a fácil portabilidade do conjunto de itens, que "pode ser transportado facilmente no carro, ônibus ou avião, até como bagagem de mão". Mas em se tratando de uso destinado a fazer escutas, em vez de rastreá-las, o Oscor5000 não seria o mais indicado. Embora prático, o

equipamento não é tão discreto quando o assunto é espionagem e nem tem alcance suficiente para fazer o monitoramento à longa distância. O raio de varredura fica em torno de 100 metros e pode haver diminuição em função de obstáculos, como paredes. Portanto, a maleta precisa estar próxima do espionado para funcionar. Ela se conecta, sem fio, como um celular, à estação radiobase (equipamento da operadora que liga o aparelho móvel à rede de telefonia) e consegue gravar ligações de celulares atendidos pela mesma estação. O peso também atrapalharia a atividade de um suposto araponga, já que tem aproximadamente 13 quilos. Mas é possível, sim, que este mesmo equipamento também faça o contra-serviço do que se propõe. Afinal, com a instalação de transmissores a maleta é capaz de captar os sinais e armazená-los. E, em vez de denunciar, espionar. "Basta que o responsável pela instalação do transmissor seja o mesmo que faça o monitoramento com a maleta, é claro", diz um especialista em segurança. "Mas exclusivamente para o grampo de telefonia ou ambiental existem equipamentos bem mais 'enxutos', justamente por não concentrar tantas funções", completa. O preço anunciado em um site na internet para a maleta completa é de cerca de US$ 60 mil, ou seja, em torno de R$ 102 mil. Segundo informações de revendedores, por sua eficiência o equipamento já foi comprado por mais de 100 governos. (Com AE)

Virgílio teme que Abin vire uma 'SS sem Hitler'

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líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse ontem que não quer que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) "vire uma SS sem Hitler", em referência ao ditador alemão Adolf Hitler e à polícia nazista. Segundo ele, a Abin veio para substituir aquela "coisa asquerosa" que era o SNI (Serviço Nacional de Informações)". "Não veio para ser asquerosa também", afirmou. Virgílio participou do Fórum Especial, promovido pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio.

O senador considera que a Abin é indispensável para informar ao presidente da República sobre ameaças como uma greve geral ou a presença de terroristas no Brasil. "Mas não pode ser usada como instrumento de perseguição a quem quer que seja, ou acaba ouvindo o secretário particular da Presidência da República". Ele se referia ao episódio em que foi gravada uma conversa do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, com o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. "O compromisso do governo é respeitar e aprofundar a democracia", afirmou Arthur Virgílio. (AE).


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Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Pau a pau

sonho de Gilberto Kassab é arrancar o empate técnico com Geraldo Alckmin nas próximas pesquisas. A última pesquisa Datafolha indicou que Alckmin estava com 24% de intenção de voto contra 16% de Kassab. Para empatar com o tucano, o prefeito precisa crescer alguns pontos, esperando por nova queda do ex-governador. Kassab e Alckmin disputam uma das vagas no segundo turno, convencidos de que a outra ficará com Marta Suplicy, que vem obtendo cerca de 40% nas pesquisas. Kassab confia na força de sua campanha na televisão para crescer. O prefeito tem o privilégio de usar a tevê por mais tempo do que os adversários.

ALEGRIA O prefeito anda sorridente e os adversários acham que ele deve estar crescendo nos levantamentos. Mas os tucanos admitem que o seu candidato se estabilizou e conseguiu estancar a queda nas pesquisas.

MUTIRÕES Os democratas estão fazendo campanha maciça nos bairros da periferia, região em que Marta reina de forma absoluta. A intenção do prefeito é sustentar a polarização da campanha com a petista.

PREFERÊNCIA Tucanos e democratas estão concentrando as campanhas de Alckmin e Kassab nas zonas leste e sul. As duas regiões somam mais de 60% do total de votos na Capital. Se a eleição fosse hoje, Marta venceria nas duas regiões.

ATUAÇÃO Kassab e Alckmin continuam prometendo obras reivindicadas por eleitores das zonas leste e sul, sobretudo nas áreas de saúde e educação. Além disso, prometem melhorar o trânsito nas duas regiões e aprimorar o transporte coletivo.

COINCIDÊNCIA Os dois candidatos – Alckmin e Kassab – paparicam José Serra, ambos prometendo que serão cabos eleitorais do governador em 2010. Detalhe: os dois confiam que Serra será o presidenciável tucano.

POPULARIDADE O governador José Serra é o tucano mais popular em São Paulo. Seu governo é aprovado por cerca de 40% da população. Por isso, seu apoio é disputado a ferro e fogo por Alckmin e Kassab.

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senador Demóstenes Torres (DEMGO), que teve uma conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, gravada irregularmente, prestou depoimento ontem aos delegados da Polícia Federal (PF) responsáveis pelas investigações dos grampos telefônicos. Ele disse acreditar que o grampo foi feito por algum funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em desvio de função e acrescentou que a PF trabalha com a mesma hipótese. "O foco principal é que eles contam mesmo com essa possibilidade inicial de ter sido algum espião absolutamente desviado de suas funções dentro da Abin", afirmou. Demóstenes disse ainda acreditar que a gravação da conversa tenha sido feita a partir de um grampo no celular de Gilmar Mendes, e não do telefone fixo do seu gabinete. "Pelas circunstâncias do telefonema, que não estava previsto, o mais provável é que ele (Gilmar Mendes) tivesse sendo monitorado indevidamente. É mais fácil de fazer a escuta lá do que num fixo daqui, que passa por PABX", disse. Enquanto prestava depoimento aos delegados, técnicos da Polícia Federal fizeram uma perícia nos telefones do

nas suas caminhadas pelos bairros, como fez Lula com Marta Suplicy.

NA RUA O que está certo é que Serra participará diretamente da campanha no segundo turno, seja ao lado de Alckmin, seja apoiando Kassab. No primeiro turno, o governador continua apoiando os dois candidatos.

CONFRONTO Na campanha do segundo turno, Serra e Lula vão se enfrentar em São Paulo. PT e PSDB lutam para reconquistar a Prefeitura paulistana, considerada peça fundamental na campanha presidencial de 2010.

CHAPA Repercutiu no PT o comentário do deputado Ciro Gomes (PSB) de que poderia compor uma chapa presidencial com a ministra Dilma Rousseff. O deputado socialista, porém, não revelou qual dos dois seria o cabeça de chapa.

Celso Jr/AE

O democrata se prontificou à comparecer à CPI, contanto que o presidente do Supremo esteja presente

gabinete e na central telefônica do Senado. Demóstenes afirmou que, por enquanto, nada foi encontrado. A mesma perícia já havia sido feita pela Polícia Legislativa da Casa na quarta-feira. "Não foi encontrado nada pela perícia do Senado Federal", comentou. Segundo Demóstenes Torres, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDBRN), autorizou a PF a fazer perícias no sistema telefônico da Casa. "Eles já fizeram o serviço aqui e vão voltar a meu pedido.

O mais provável é que ele (Gilmar Mendes) tivesse sendo monitorado indevidamente Demóstenes Torres As portas foram abertas à Polícia Federal", disse. O senador se colocou à dis-

posição para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara. Mas disse que só irá comparecer se o presidente do Supremo também estiver presente. "Se o Gilmar Mendes for, eu vou com prazer", garantiu. Ele afirmou viver uma "sensação de paranóia de grampo". Mas algo concreto, foi a primeira vez. A expectativa é de que a investigação da PF seja concluída de 30 a 60 dias. (ABr)

Sérgio Lima/Folha Imagem

APOIO Ciro Gomes acha difícil que venha a se compor, por exemplo, com o tucano Aécio Neves, caso o governador mineiro seja o escolhido presidenciável pelo PSDB. Ciro lembra que seria mais coerente fechar a chapa com a candidata do PT.

DECISÃO Para o deputado socialista, Lula continua privilegiando a ministra Dilma. Ciro não tem dúvida de que a ministra é a virtual candidata do PT ao Planalto. Detalhe: Lula continua levando Dilma a tiracolo nas visitas aos estados.

ESCOLHA O PT admite que Dilma enfrentará Serra em 2010. Para os petistas, o governador paulista levará vantagem sobre Aécio Neves na hora em que o PSDB tiver de escolher o seu candidato. Serra lidera todas as pesquisas presidenciais. Tucanos mineiros continuam rechaçando a idéia de Aécio Neves vir a ser candidato a vice na chapa encabeçada por Serra. Para os mineiros, Aécio disputará a convenção do partido para ser candidato a presidente. Se possível, através de prévia.

Aqui você encontra o DC

Av. Paulista, nº 1949

A VOLTA

Demóstenes suspeita de 'desvio de função' na Abin Senador acredita que conversas foram grampeadas por espião da Abin agindo fora de suas atribuições

NA CABEÇA

O candidato tucano voltou a explorar a imagem de Serra na campanha na televisão. Alckmin, contudo, espera mais: quer a participação do governador

Eles (PF) já fizeram o serviço aqui e vão voltar a meu pedido. As portas foram abertas à Polícia Federal. Demóstenes Torres

DEMÓSTENES TORRES É OUVIDO PELA PF

Eymar Mascaro

O

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Raul Jungmann, Gilmar Mendes e Marcelo Itagiba: críticas a juízes, procuradores e policiais federais que estariam agindo como "milícias"

Para Mendes, grampo foi em celular Convidado para ser ouvido na CPI, presidente do STF diz que irá primeiro consultar os demais ministros

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presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, acredita que a espionagem de sua conversa com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi feita no seu aparelho de telefone celular. Em conversa com parlamentares, ontem, Mendes disse que a ligação foi feita do celular que utiliza para o gabinete do senador goiano quando estava em trânsito no seu carro oficial. Se essa avaliação estiver correta, a escuta feita sobre sua ligação poderia ser do tipo móvel. Ou seja, isso abriria a possibilidade, inclusive, para que esse monitoramento ilegal estivesse sendo feito dentro de algum veículo adaptado para a função. Nesse caso, poderia até estar seguindo o carro do ministro ou estacionado próximo do local por onde passava. A opinião do ministro é compartilhada pelo próprio Demóstenes. Ontem o senador foi ouvido pelos delegados da Polícia Federal que investigam o grampo ilegal e afirmou que não acredita que a escuta tenha sido montada no seu gabinete ou em algum telefone do Senado (veja matéria acima). Gilmar Mendes confirmou a

disposição de ir ao Congresso Nacional para falar sobre o grampo telefônico. Ressaltou, porém, que antes ouvirá a opinião dos ministros do STF. Ele recebeu pela manhã, em seu gabinete, os deputados da Comissão de Segurança Pública e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo, que lhe fizeram o convite. A idéia, segundo um dos participantes do encontro, deputado Raul Jungmann (PPSPE), é promover uma audiência conjunta da Câmara e do Senado para ouvir o ministro. Os parlamentares falaram da importância do depoimento do presidente do Tribunal, dada a gravidade do episódio. Além de Jungmann, estiveram no STF integrantes das duas comissões, como o presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), e o relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA). Mílicia – Durante a conversa com os parlamentares, Mendes criticou a existência de grupos de juízes, procuradores e policiais federais que atuariam, segundo o ministro, como uma espécie de "milícia", distorcendo o correto processo investigativo e legal no País. Gilmar se referiu especifica-

mente às Varas Judiciais que tratam de crimes de lavagem de dinheiro, onde a proximidade entre esses profissionais atrapalha o processo. Em tom de desabafo, o ministro disse que isso não poderia continuar acontecendo. O ministro disse que essa força-tarefa de juízes, integrantes do Ministério Público e policiais federais acaba misturando as fases de instrução judicial, coleta e produção

de provas e levando ainda à autorização excessiva de escutas telefônicas. Segundo Mendes, esses grupos fazem pressão em juízes para eventuais decisões, criando um clima de terror. Mendes voltou a criticar a condução da Operação Satiagraha, que já gerou bate-bocas públicos. Ele, por exemplo, trocou farpas com o juiz De Sanctis, que cuidou do caso na esfera judicial. (Agências)

Casos levam STF a reforçar segurança no prédio

N

a semana em que ficou público que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, teve conversas telefônicas gravadas, a mais alta Corte de Justiça do País decidiu intensificar a segurança do prédio onde está localizado o plenário e o gabinete da Presidência. Foi instalada uma espécie de recepção na portaria do edifício-sede do Supremo. Somente pode ingressar no prédio quem se identifica para as recepcionistas. Com o

caso do grampo, além da identificação, a pessoa tem de passar por um detector de metais. As malas e bolsas têm de ser vistoriadas por um aparelho de raio X. O STF também tem adotado medidas como alugar carros blindados para transportar seus ministros em cidades consideradas violentas, como Rio de Janeiro e São Paulo. Recentemente, o STF recebeu uma carta com pó suspeito e ameaças a Gilmar Mendes. Um laudo indicou que o pó era, na realidade, lactose. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Os trens atrasam. A multidão se revolta.

9

Enrique Marcarian/Reuters

Internacional

Cansados de esperar, passageiros depredam vagões em estações nos arredores de Buenos Aires; empresa responsável admite que está 'num beco sem saída'. O governo argentino afirma que o incidente foi premeditado.

M

ilhares de passageiros enfurecidos com a demora em um serviço de trens urbanos na Grande Buenos Aires incendiaram os vagões e instalações das estações de trens dos municípios de Castelar e Merlo. A polícia, que interveio duas horas após iniciada a rebelião, dispersou os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Doze pessoas foram detidas. Os incidentes iniciaram na estação de Castelar, quando os passageiros, irritados pelos atrasos, incendiaram os vagões de um trem. Uma hora depois começaram os protestos em Merlo, onde os passageiros apedrejaram a estação e os vagões. Os comércios das estações também foram depredados. Nos incidentes, oito passageiros (sete idosos e uma criança) foram feridos. A empresa privada que opera o serviço é alvo freqüente de reclamações dos usuários. Embora tenha admitido a demora e compreendido a irritação dos passageiros, a companhia se opôs veementemente ao ato. "Entendemos a irritação que as pessoas podem ter porque o serviço foi interrompido ou está demorado, mas de maneira nenhuma podem atentar contra um serviço público", disse Gustavo Gago, porta-voz da empresa TBA, à TV local. O ministro da Justiça argentino, Aníbal Fernández, atribuiu as ações a militantes de

esquerda com conhecimentos sobre os trens. "Foi uma ação armada e premeditada", disse ele a jornalistas. De acordo com o ministro, foram destruídos oito vagões. Os serviços ferroviários na Argentina estão, em sua maioria, nas mãos da iniciativa privada desde a década de 1990, mas são alvo constante de reclamações dos usuários, que se queixam das demoras e de viajar "como gado" dos arredores de Buenos Aires até a cidade. Eles também afirmam que a maioria dos vagões não conta com vidros nas janelas e que as poltronas estão destruídas. Desde o início das privatizações, o número de trens na malha ferroviária caiu 80%. O total de quilômetros de ferrovias em uso caiu de 36 mil quilômetros em 1990 para apenas 14 mil quilômetros atualmente. Em 2005, os passageiros incendiaram vagões da mesma linha ferroviária, também por causa dos atrasos. "O serviço está saturado. Não podemos aumentar a freqüência dos trens e a verdade é que estamos num beco. É difícil continuar a prestar o serviço nas atuais condições", anunciou o porta-voz da TBA. A oposição criticou o governo da presidente Cristina Kirchner, que em vez de investir na decadente malha ferroviária, prefere desenvolver o projeto de um trem-bala que unirá as cidades de Buenos Aires, Rosário e Córdoba. (Agências)

AFP

Republicano pede ao país para que deixe o rancor de lado

YES! McCain 'paz e amor'

N

o último dia da Convenção Nacional do Partido Republicano, o senador John McCain confirmou ontem sua nomeação à candidatura para a Presidência dos EUA. Diante de uma multidão ainda em polvorosa por causa do discurso da vice, Sarah Palin, no dia anterior, McCain fez um apelo para os norte-americanos deixarem de lado o "rancor entre os partidos" em favor do país. "O constante rancor partidário que nos impede de resolver problemas não é uma causa, é um sintoma", disse McCain. "Cada vez mais, eu tenho trabalhado com integrantes dos dois partidos para resolver problemas que precisam ser resolvidos", afirmou. "É assim que eu governarei

como presidente. Eu vou estender minha mão a qualquer um que me ajude a colocar esse país de novo em movimento", prometeu o candidato. O apelo de McCain foi feito uma noite após a sua candidata a vice-presidente, Sarah Palin, ter conquistado a multidão. A antes pouco conhecida governadora do Alaska passou a ser o centro das atenções nos últimos dias depois que detalhes de sua vida particular foram revelados pela mídia. McCain voltou a defender a sua vice. "Eu não posso esperar para apresentá-la a Washington", disse o senador. "Deixemme oferecer um alerta aos velhos, gastadores, ineptos e egoístas da multidão de Washington: a mudança está chegando." (Agências)

A demora dos trens nos arredores da capital argentina é um velho problema conhecido dos moradores, que se queixam de viajar 'como gado'.

Haiti, no rastro da tempestade Hanna Pelo menos 136 pessoas morreram por causa das inundações provocadas pelo fenômeno; o presidente haitiano, René Préval, diz que a situação é 'catastrófica'. Depois da passagem da Hanna, é a vez do Ike, que chega como um violento furacão de categoria 4.

O

Haiti mal teve tempo de se recuperar do furacão Gustav quando se viu arrasado pela tempestade tropical Hanna. Pelo menos 136 pessoas morreram por causa das enchentes. O presidente do país, Rene Preval, qualificou a situação como "catastrófica". A agência de proteção civil do Haiti disse que 37 mortes ocorreram em Gonaives. Os moradores da cidade portuária continuavam isolados no teto de suas casas dois dias depois da elevação do nível das águas. Esta é a terceira vez em menos de um mês que o empobrecido país enfrenta uma tempestade. O Hanna passou ao leste das Bahamas e deve chegar amanhã aos EUA. Outro perigo, porém, está a caminho: o Ike, um violento furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson. Especialistas dos EUA afirmam que Ike poderá atingir as Bahamas na segunda-feira. (Agências)

Reuters

Quatro tempestades se formaram no Atlântico

P

AF


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 Maurício Lima/AFP Photo

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Investidores aguardam novos números da economia dos EUA

BOLSAS DESABAM EM TODO O MUNDO Temor de desaceleração da economia mundial provocou quedas nos principais mercados mundiais. Com queda de 3,96%, Ibovespa voltou ao nível de agosto de 2007.

I

Clayton de Souza/AE

Dia de nervosismo: dados negativos de atividade econômica nos EUA e na Europa influenciaram negócios.

Unctad critica juro alto na AL

O

braço para o desenvolvimento das Nações Unidas fez ontem forte crítica à política monetária adotada por países como o Brasil. Em relatório, a entidade afirma que as taxas de juros na América Latina são "consideravelmente elevadas" e que os bancos centrais da região "são exclusivamente interessados no controle da inflação", comportamento que afeta o crescimento econômico. No documento, as projeções de expansão em 2008 mostram desaceleração, inclusive nos países emergentes. No estudo, economistas da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) afirmam que os juros dos países latinoamericanos geram baixas taxas de investimento. Isso fez com que a região crescesse em ritmo menor que o de outras regiões nos últimos 20 anos. Em 1998, por exemplo, o juro real girava em torno de 20% na América Latina. No período, a economia da região cresceu perto de 2,5%. Na Ásia, o juro era de cerca de 5% e a economia avançou quase 10%. O texto não cita o aumento dos juros básicos iniciado em abril pelo Banco Central do

Brasil. Mas a projeção para o crescimento da economia nacional já embute o aperto monetário. Para o órgão, o País deve crescer 4,8% em 2008, inferior aos 5,4% de 2007. Em contraponto à estratégia latino-americana, a Unctad elogia a Ásia, onde há "juros baixos e intervenção do gover-

2,9

por cento deve ser o crescimento da economia mundial neste ano, de acordo com projeção da Unctad, órgão da ONU. no no mercado financeiro". Para a entidade, a ação gera forte crescimento da economia. Para tentar mudar a situação no Brasil e nos vizinhos, a Unctad sugere que esses países adotem uma "política econômica coordenada" de redução dos juros, para dificultar as operações de arbitragem, em

Impacto menor

O

Brasil está entre os países com menor sensibilidade à desaceleração nos EUA e na Europa, diz o especialista em mercados emergentes do banco ING, Charles Robertson. De acordo com ele, os ativos brasileiros devem apresentar melhor desempenho em um ambiente global mais difícil. Na América Latina, os mais expostos em relação aos EUA são o México e a Venezuela, enquanto o Chile está "surpreendentemente" comprometido com a Europa. (AE)

que especuladores se aproveitam da diferença entre as taxas de juros internas e externas. Restrições – Polêmica, outra proposta é a de criação de restrições para a circulação de capitais externos. A entidade cita como exemplo a necessidade de novas regras globais para taxas de câmbio e políticas financeiras e até a criação de uma espécie de Organização Mundial do Comércio (OMC) especial para a movimentação financeira. O órgão prevê tempos "sombrios" para a economia mundial, cenário que gera "riscos consideráveis" para países em desenvolvimento. Esse quadro negativo é gerado pela crise imobiliária iniciada no ano passado nos Estados Unidos e pela evolução dos preços das commodities, como o minério, petróleo e grãos. Para a Unctad, os países emergentes devem crescer 6,4% em 2008, ritmo inferior aos 7,3% do ano passado. Mesmo assim, a expansão esperada é quatro vezes maior que a prevista para os países ricos, que devem crescer 1,6% no ano. A Unctad afirma que a economia global deve crescer 2,9% em 2008, taxa inferior aos 3,8% de 2007. (AE)

Saques em fundos

A

captação líquida dos fundos de investimento no País ficou negativa em R$ 10,72 bilhões em agosto, o quinto mês consecutivo em que as saídas de recursos superaram os aportes, segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). As aplicações em renda fixa e multimercados lideram os resgates em agosto e no ano por causa da concorrência dos bancos, que ampliaram a captação por certificados de depósitos (CDBs) para atender à demanda por crédito. (AE)

ndicadores divulgados ontem no exterior intensificaram o temor de uma desaceleração mais forte da economia mundial e provocaram uma onda de nervosismo nos mercados financeiros. Os preços das principais commodities, como petróleo e soja, tiveram forte recuo; o dólar subiu; e as bolsas desabaram ao redor do mundo. No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) despencou 3,96%, para 51.408 pontos – o menor nível desde 21 de agosto de 2007. Foi a quinta queda consecutiva, que elevou a desvalorização do mercado acionário brasileiro para 19,53% no ano. A bolsa paulista até ensaiou recuperação no início da manhã, mas sucumbiu às notícias externas e passou a cair. Na mínima do dia, chegou a perder 4,43%. Outro sinal do nervosismo dos investidores foi o avanço do dólar ante o real. A moeda americana ultrapassou a barreira de R$ 1,70 (leia mais nesta página). O movimento no mercado interno refletiu o comportamento do dólar americano em relação a quase todas as moedas no mundo. "Há um forte movimento de desmontagem de posições feitas recentemente contra o dólar", afirma o sócio da Paraty Investimentos, Marco Franklin. Com a moeda americana

em alta, a queda das commodities foi inevitável. Os contratos de petróleo para outubro caíram US$ 1,46 (1,34%) e fecharam em US$ 107,89 por barril. Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 2,99% e o Nasdaq caiu 3,2%. Desempenho semelhante teve o mercado acionário europeu, com fortes baixas em Paris (3,22%), Frankfurt (2,91%) e Londres (2,5%).

7,67 por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa em setembro. Desvalorização no ano já chega a 19,53%.

O mau humor dos investidores começou ainda de manhã, com a divulgação de uma seqüência de dados ruins da economia americana. Primeiro foi anunciado o número de vagas cortadas no setor privado, acima das previsões dos analistas. O número de pedidos de auxílio-desemprego também não agradou. Subiu cerca de 15 mil, para 444 mil,

enquanto o mercado esperava queda de 5 mil. O cardápio de más notícias foi incrementado pela revisão para baixo das projeções de crescimento econômico na zona do euro, afirma o economista da Umuarama Corretora, Rafael Moysés. Economia fraca – O Banco Central Europeu (BCE) anunciou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco econômico deve apresentar avanço entre 1,1% e 1,7% em 2008. A estimativa anterior estava entre 1,5% e 2,1%. Para 2009, a projeção foi alterada para alta entre 0,6% e 1,8%, ante previsão anterior de 1% a 2%. Na visão dos investidores, o risco de o enfraquecimento da economia americana atingir o resto do mundo ficou mais claro. O nervosismo pode aumentar ainda mais hoje, dependendo dos resultados de criação de emprego nos Estados Unidos. O economista-chefe e estrategista do Asset Management do banco Real, Hugo Penteado, afirma que esse dado poderá mostrar se o risco de recessão no país está maior. "Um resultado ruim será mais um sinal inequívoco de que a economia nos EUA está muito frágil e que a recuperação pode levar algum tempo." Segundo ele, a recuperação só virá com o fim da crise imobiliária, o que não deve ocorrer nos próximos 12 meses. (AE)

Dólar sobe e passa de R$ 1,71

O

dólar fechou ontem em forte alta, ultrapassando o patamar de R$ 1,71 pela primeira vez desde abril, com a deterioração do cenário externo. A moeda americana subiu 2,32%, a maior alta percentual desde o último dia 21 de janeiro. No fechamento, o dólar valia R$ 1,719. Em apenas quatro sessões, a divisa já acumula alta de 5,21%. N a a v a l i ação de Marcelo Vo s s , e c o n omista-chefe da corretora Liquidez, "parece que agora os in vest idores perceberam que realmente haverá desaceleração da economia mundial". "A situação está muito ruim na Europa, o que mexe com as cotações do euro e, conseqüentemente, com os valores do dólar, disse Marcos Forgione, analista da Hencorp Commcor Corretora. Na tarde de ontem, o dólar atingia seu maior patamar do ano em relação ao euro. Na

comparação com uma cesta de moedas fortes, a divisa subia mais de 0,6%. Nos países emergentes a alta era ainda maior, e a moeda chegou a avançar 1% em relação à lira turca e ao peso mexicano. Forgione ressaltou ainda a queda dos preços das commodities, principalmente do petróleo, como f a t o r d e i nfluência sobre o s n e gó c io s . De acordo com ele, é provável que a tendência de alta do dólar no mercado de câmbio brasileiro continue nos próximos dias. O analista afirmou, no entanto, que se recursos de exportadores entrarem em grande volume no mercado a moeda americana pode voltar a recuar. Outro fator importante de atração de divisas é a esperada elevação da taxa básica de juros (Selic), que deve ser determinada na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom).

No meio da turbulenta sessão de ontem no mercado cambial, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A autoridade monetária estabeleceu taxa de corte em R$ 1,69, e aceitou, segundo operadores, três propostas. (Reuters)


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nacional Finanças Tr i b u t o s Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Milton Mansilha/Luz

Em SP, quem acumular R$ 100 em notas fiscais, concorrerá a até R$ 50 mil em prêmios.

CLONAGEM DE CARTÃO É GOLPE COMUM

ATUALMENTE, AS FRAUDES COM CARTÕES REPRESENTAM 25% DO TOTAL DAS OPERAÇÕES REALIZADAS.

AUMENTAM AS PERDAS COM FRAUDES Fotos: Newton Santos/Hype

Adriana David

A

fraude vai existir s e m p re , m a s t emos de aprender a conviver com ela para não perder tanto. A afirmação é de Eduardo Daghum, sócio da consultoria Horus Prevention, especializada em prevenção de fraudes em meios eletrônicos de pagamentos. Ele participou de um curso dirigido a jornalistas sobre Gestão de Golpes e Fraudes, realizado ontem na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ao longo dos últimos anos, muitas fraudes em cheques foram descobertas e, a cada momento, novas são praticadas. "O brasileiro é muito criativo. E mesmo os cartões com chips, apesar de mais seguros que os com tarjas magnéticas, não estão imunes ao problema, e já há registros de ocorrências com eles", afirma Daghum. Estima-se que 10% dos 500 milhões de cartões de créditos e débitos no Brasil tenham chip. Para o especialista , mesmo se houvesse uma migração total, as fraudes continuariam a existir, porque nenhum meio

Daghu, da consultoria Horus Prevention, alerta que nenhum meio eletrônico é 100% seguro.

eletrônico é 100% seguro. Profissionais das áreas de varejo, concessão de créditos, instituições financeiras e administradoras de cartão procuram soluções para acabar com as fraudes ou, pelo menos, reduzir seus impactos. "O Brasil está na frente em tecnologia e conhecimento entre os países da América Latina e Europa", diz Daghum. Hoje, 70% das perdas por fraudes vêm da falsificação ou clonagem de cartões de crédito

e débito. Apesar das ações de prevenção, elas têm aumentado. Em dezembro de 2005, eram da ordem de 15% do total das operações. Atualmente, representam 25%. Geralmente, a responsabilidade recai sobre as instituições financeiras, mas o varejo tem de tomar cuidados, como verificar a autenticidade de documentos. Segundo o consultor da Senarc Cobrança & Contact Center, Celso Amâncio, que já trabalhou na Casas Bahia e no Banco Carrefour, há muita displicência nos balcões de crédito das lojas. "Outro dia, usei o cartão da minha esposa, assinei, e ninguém percebeu", disse. A superintendente de marketing e serviços da Associação Comercial, Roseli Garcia, concorda. "Não basta olhar o documento, é necessário checar as informações." O consultor da Senarc relatou alguns tipos de fraudes realizadas com cheques. Segundo levantamento da Federação do comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), nesse meio de pagamento elas somaram R$ 83 bilhões apenas em julho. A Senarc treina os atendentes de crediário para detectá-las nas próprias empresas.

Peça nota fiscal e ganhe prêmios Sílvia Pimentel

P

ara aumentar o controle da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o governo estadual vai sortear prêmios aos consumidores que pedirem a Nota Fiscal Paulista. A partir de outubro, quem acumular R$ 100 reais em cupons fiscais terá direito a concorrer a prêmios de até R$ 50 mil em dinheiro. Hoje, a emissão do documento gera créditos do imposto até o limite de 30% do valor recolhido pelo estabelecimento comercial. Mas, nas compras de uma extensa lista de produtos incluídos no regime de substituição tributária, como carros, combustíveis, cosméticos e material de construção, não há devolução do imposto. O sorteio de prêmios foi a opção encontrada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) para compensar a restrição aos cré-

ditos e as críticas feitas ao programa da nota fiscal. Outra novidade: o consumidor, pessoa física, que não quiser fornecer o número do CPF para a emissão do documento, poderá destinar o crédito do imposto a uma instituição de caridade cadastrada na Sefaz no momento da compra. Até ontem, 372 mil estabelecimentos comerciais haviam se cadastrado para emitir a nota eletrônica, pouco mais da metade do número esperado pelo fisco, de 750 mil empresas. Em junho, cerca de 7 milhões de contribuintes, entre pessoas físicas e jurídicas, receberam créditos do ICMS no valor de R$ 67 milhões. Desde o início do projeto, em outubro do ano passado, já foram distribuídos R$ 165 milhões. O fisco paulista também está fechando o cerco à sonegação do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). Esse imposto e mais o ICMS respondem por uma evasão de R$ 1 bilhão por ano.

A intenção do governo é coibir o emplacamento de veículos fora do estado, mas que rodam em São Paulo, com o objetivo de recolher alíquota menor do imposto. A proposta de mudança na legislação do IPVA será encaminhada à Assembléia Legislativa até o final do ano. A idéia é criar um cadastro nos mesmos moldes do banco de dados do Departamento de Trânsito (Detran) para controlar a circulação de carros de outros estados. Sobre o IPVA, o governo deverá regulamentar em breve o novo programa de parcelamento para quem possui débitos contraídos até 31 de dezembro de 2006, conhecido como PPD. Poderão ser incluídas nesse programa as dívidas com licenciamento. Os débitos poderão ser pagos de uma só vez, com redução de 75% no valor da multa e 60% no dos juros. Se parcelados, a redução será de 50% na multa e 40% nos juros, calculados até o momento do ingresso do devedor no programa.

Roseli, da ACSP: necessidade de checar documentos.

Amâncio, da Senarc: treinamento de atendentes.

700 BI O Leão está cada vez mais voraz

O

Brasil vai começar a próxima semana com uma arrecadação tributária acumulada de R$ 700 bilhões. O valor representa tudo que foi arrecadado pelas t rê s e s f e r a s d e g o v e r n o – União, estados e municípios – desde o primeiro dia de 2008 e pode ser visualizado em tempo real no Impostômetro, painel eletrônico instalado em frente à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ou no site www.impostometro.com.br . Em 2007, esse montante foi alcançado no dia 14 de outubro. Com R$ 700 bilhões, é possível construir mais de 52 milhões de casas populares, 8,7 milhões de quilômetros de re-

des de esgoto e 2,75 milhões de postos de saúde totalmente equipados. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), responsável pelo levantamento dos valores arrecadados, até o fim do ano entrará nos cofres do governo R$ 1,045 trilhão em impostos. No ano passado, a receita foi de R$ 926,842 bilhões. O presidente ACSP, Alencar Burti, vê com preocupação os números do Impostômetro. "Confirma-se, mês a mês, um avanço substancial no montante de impostos arrecadados no País", afirmou. "Ou seja, continua crescendo a transferência de recursos do setor privado

Risco de exclusão

para o Estado, sem a contrapartida da melhoria nos serviços e prejudicando a competitividade do produto nacional. " Para Burti, mudar a gestão dos recursos pode representar uma oportunidade para reverter essa situação e contribuir para o desenvolvimento nacional. "Como a concorrência não é mais entre empresas, mas entre países, e aproveitando as perspectivas favoráveis geradas pelas descobertas de petróleo no pré-sal, se os governos adotarem agora um estilo de gestão empresarial, em todos os níveis, teremos uma chance real de ver o Brasil ingressar no rol das economias desenvolvidas", disse. (AD)

Novo lote do IR

C

hega a 400 mil o número de empresas que podem ser excluídas do Simples Nacional por falta de pagamento de impostos, segundo informou a Receita Federal. Os procedimentos para exclusão já foram iniciados, com a emissão de Atos Declaratórios Executivos (ADE). O documento enviado aos contribuintes em dívida com o Fisco contém todas as informações necessárias para a regularização dos débitos. O prazo para as empresas recorrerem é de um mês. As que não resolverem as pendências serão automaticamente excluídas do Simples Nacional a partir de 1º de janeiro de 2009 . (AE)

A

Receita Federal divulga na próxima segunda-feira, na internet, o quarto lote de restituição do Imposto de Renda deste ano. A consulta também poderá ser feita por telefone, no número 146. Nos dois casos, é preciso informar o número do CPF. O contribuinte com direito a restituição poderá sacar o valor a partir do próximo dia 15. Têm prioridade na restituição os contribuintes com mais de 60 anos e quem enviou as informações no início do prazo pela internet, desde que todos os dados estejam corretos. As consultas pela internet são feitas no site www.receita.fazenda.gov.br. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LAZER - 1

Fotos: Universal Studios/Divulgação

CINEMA

COM O DIABO NO CORPO, O JUSTICEIRO HELLBOY FAZ A LIÇÃO DE CASA E CONQUISTA O CÉU NOS BRAÇOS DA MULHER-FOGUEIRA. ME CHAMA, ME CHAMA, ME CHAMA!!! Hellboy II e seu mundo de seres bizarros entram em cartaz na Cidade Lúcia Helena de Camargo

E

m uma elegante sala de leilões, o invasor chega de surpresa, abre uma caixa e anuncia aos ricos senhores e senhoras presentes: "Agora vocês vão saber por que têm medo do escuro". E a carnificina tem início. A cena espetacular é protagonizada pelo príncipe Nuada (Luke Gross), vilão de longos e alvos cabelos cujo objetivo é acabar com a humanidade. A seqüência funciona como ponto de partida para a caçada que se segue em Hellboy II O Exército Dourado, estréia desta sexta (5) nos cinemas brasileiros. Seqüência de Hellboy (2004), o filme é baseado nos quadrinhos de Mike Mignola, publicados inicialmente em 1994 pela Dark Horse Comics. O cartunista colaborou na produção dos longas, ambos dirigidos pelo mexicano Guillermo Del Toro, que se tornou mais conhecido depois de fazer O Labirinto do Fauno (2006), sobre uma menina de dez anos que se envereda por um mundo fantástico de contos de fadas. Hellboy II exibe um pouco da infância de Hellboy, menino que gostava de ouvir histórias antes de dormir e odiava escovar os dentes. Seria absolutamente normal, não tivesse um rabo e chifres na cabeça. Criado por Trevor Bruttenholm (John Hurt), a quem chama de pai, ouve ainda criança a lenda do Exército Dourado. Corta para a fase adulta e Ron Perlman assume o papel-título. Iconoclasta e nada afeito seguir regras, ele é casado com a bela Liz Sherman (Selma Blair), que também seria normalíssima, não fosse por um detalhe: ela pega fogo, literalmente. As chamas brotam de seu corpo quando sofre alterações de humor. E isso ocorre com a grande freqüência em que – é consenso mundial – são processadas as transformações no estado de ânimo feminino. Com clara inspiração na fábula A Bela e a Fera, o casal passa por altos e baixos, contando sempre com a ajuda do

Hellboy: ele passa por problemas no casamento, tem desavenças com o chefe, gosto por charutos cubanos e cerveja gelada. É um sujeito comum. Com rabo e chifres.

amigo e apaziguador Abe Sapien (Doug Jones), uma figura, digamos, meio azulada. Para quem não viu o primeiro filme, é dado um pequeno histórico de Hellboy, trazido de sua dimensão durante a Segunda Guerra Mundial como uma arma secreta. E hoje trabalha para a Agência de Pesquisa e Defesa de Paranormais. A entidade é convocada para capturar e desarmar o príncipe, que não medirá esforços para encontrar o mapa que o guiará até o exército dourado, um contingente militar formado por dezenas de milhares de soldados construídos de metal não corrosivo, escondidos por séculos em algum lugar do planeta. Depois de achado o exército, ele precisará de uma parte da coroa que pertence à sua irmã gêmea, a princesa Nuala (Anna Walton) para fazer os soldados voltarem à vida. A moça, porém, não facilitará as coisas. A perseguição passará pelo mercado troll, freqüentado por seres bizarros que lembram aquela turma que bate cartão no bar de Guerra nas Estrelas. Entre a grande variedade de bichos estranhos, há um tumor falante e uma velhinha aparentemente inofensiva que se transforma em uma selvagem e medonha criatura comedora de gatos. Enquanto isso, Hellboy procura achar uma forma de convivência pacífica em seu casamento (de preferência sem precisar lavar a louça) e tenta se desvencilhar das exigências do novo chefe, Johan Krauss (dublado por John Alexander, James Dodd e Seth MacFarlane). Isso tudo arranjando sempre um tempinho para fazer o que realmente gosta: fumar charutos cubanos e tomar cerveja. Em Hellboy II - O Exército Dourado há batalhas fenomenais e ação de primeira, mas felizmente o embate entre humanidade e aberrações do submundo é entremeado por tiradas de bom humor, tornando tudo muito mais divertido.

É POSSÍVEL SONHAR EM SÃO PAULO?

W

alter Salles possui uma habilidade fora do comum para retratar anseios e problemas de gente sofrida. Seu novo longa, Linha de Passe, cuja direção é compartilhada com Daniela Thomas, traz o dia-a-dia da família de quatro irmãos, uma mãe grávida, nenhum pai, que vive em uma modesta casa na periferia paulistana. Nenhum deles é coitadinho, porém. Levam a vida com força no olhar e muita personalidade. A atuação de Sandra Corleonni, no papel da mãe e empregada doméstica Cleusa, rendeu-lhe o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Cannes. A atuação do quarteto de jovens também nada deixa a desejar. O mais novo é o briguento Reginaldo (Kaique Jesus Santos), que procura o pai entre motoristas de ônibus. Vinícius de Oliveira (Central do Brasil) vive Dario, rapaz com ambições futebolísticas, mas que ao completar 18 anos vê na idade um empecilho para iniciar a carreira profissional. Há Dinho (José Geraldo Rodrigues), frentista em um posto de gasolina e fervoroso evangélico recém-convertido; e Dênis (João Baldasserini), o mais velho, que trabalha como motoboy, já tem um filho com a namorada (Ana Carolina Dias), além de mais energia do que planos. Sem violência explícita, há em Linha de Passe cenas carregadas de tensão, que parecem traduzir o ódio concentrado da luta de classes. O motoqueiro aponta uma suposta arma para o executivo engravatado e diz: “Olha pra mim, playboy. Você tá olhando pra mim?” O homem, que trêmulo de medo dirige sua SUV, responde "sim" com um fio de voz e oferece o palmtop, os car-

Daniela Thomas/Divulgação

Quando Abe, por exemplo, é acometido de uma paixonite pela princesa Nuala, ele finge ouvir música clássica recolhido em seus aposentos, mas é pego em flagrante curtindo um CD de baladas açucaradas, com destaque para a melosa canção Can't smile without you, na voz de Barry Manilow. A fotografia é sombria, como convém à trama, ambientada em becos, túneis debaixo da terra e ruas escuras. Mas há também imagens exuberantes, que retratam o fantástico com maestria. Del Toro fez aqui seu trabalho mais interessante. Talvez resultado de maturidade cinematográfica e por acreditar sem re-

servas em seu personagem. "Hellboy é um cara legal com uma atitude de operário e um coração grande com sua família de monstros. me identifico 100% com ele", declarou o diretor. A última parte da trilogia já deve estar a caminho. Hellboy II - O Exército Dourado (Hellboy II: The Golden Army, Estados Unidos, 2008, 90 minutos). Direção e roteiro de Guillermo del Toro. Com Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, James Dodd, John Alexander, Luke Goss, Thomas Kretschmann, John Hurt, Jeffrey Tambor.

Selma Blair no papel de Liz Sherman: ela pega fogo.

Samba, memória, cinema. Página 2.

tões de crédito, o dinheiro. Mas fica evidente que o rapaz quer saber mesmo é se o 'bacana' algum dia na vida já olhou de verdade para alguém como ele, se encarou a pobreza e o desespero tão de perto. Uma feliz constatação é a falta de apelo ao piegas. Os diretores não caem na tentação de incutir no espectador a idéia-clichê de que apesar de tudo os integrantes da família são unidos e felizes, coisa e tal. Não. Eles brigam por questões comezinhas, sentem a falta de dinheiro corroendo os sonhos. Em determinado momento, a pia entupida com água engordurada parece ser a metáfora para a vida empacada, como se as potencialidades de todos estivessem represadas. Mas quando finalmente flui, no entanto, não é necessariamente para tirar do caminho a sujeira e abrir espaço para a plenitude. Pode-se apenas dizer cada um deles acaba, de certa forma, por cumprir o próprio destino. Antenadíssimo com estes novos tempos de valorização da consciência ambiental, o longa informa, no final dos créditos, que todas as emissões de gases foram compensadas com reflorestamento. Louvável exemplo a ser seguido, já que rodado na poluída São Paulo. (LHC)

Os quatro irmãos batem bola e sonham com o futuro: o aspirante a craque, o crente, o pivete e o motoqueiro.

Linha de Passe (Brasil, 2008, 108 minutos). Direção: Walter Salles e Daniela Thomas. Com Sandra Corveloni, Vinícius de Oliveira, José Geraldo Rodrigues, Kaique Jesus Santos, João Baldasserini, Ana Carolina Dias.


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2 - LAZER

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

VOLTA AO CARTAZ A PEÇA "AS PESSOAS DE DRUMMOND". Monólogo de Fernando Silveira, encenado pelo próprio autor, sobre Carlos Drummond de Andrade. Teatro Comune. Rua da Consolação, 1218. Sexta (5). 21h. R$ 20. Fotos: Reprodução

LEITURA

Um romance popular com técnica e grande arte Renato Pompeu

E

ste romance Os Inomináveis, do suíço Hansjörg Schertenleib, foi considerado em seu país e na Alemanha uma obra de grande arte, tanto que ganhou os prêmios de melhor livro das cidades de Zurique e de Berna, e ainda o prestigioso Prêmio da Fundação Schiller, tendo sido filmado pela TV alemã. Agora, foi lançado no Brasil pela Grua, com apoio da Fundação Pró-Helvetia, empenhada na difusão da cultura da Suíça. Mas é na verdade uma obra de cunho popular, sobre uma seita de fanáticos que quer matar o papa João Paulo 2º (foto). Está assim bem dentro da recente corrente de best-sellers que têm como tema o misticismo religioso no mundo ultratecnologizado de hoje e que ainda confundem personagens fictícios com personagens reais, querendo criar no leitor a impressão de que está apresentando o relato de uma história realmente acontecida. Afinal, a grande arte tem como tema a condição humana universal e eterna, particularizada, com emoção discreta, nas dimensões nacionais e de momento – e tem, como característica imprescindível, a de transcender o momento e as condições em que foi criada e perdurar durante séculos. Ora, o livro de Schertenleib, ao que tudo indica, será muito pouco lido, digamos, daqui a meio século. Está irremediavelmente preso à situação contemporânea, em que todas as utopias foram para o brejo, com exceção das milenares utopias religiosas, adaptadas porém aos novos tempos, em que as pessoas tendem a perder o senso comunitário e a adotar ou concepções estritamente individualistas, ou a se inserir em pequenos grupos. Mas acontece que Schertenleib escreve com todas as técnicas da grande arte em que foi treinado em academias suíças de belas-artes pelas quais passou. Ele escreve com o auxílio luxuoso de uma prosa requintada, na descrição de ações e de paisagens mais rurais que urbanas, na percepção íntima da psicologia de seus personagens. Sentimos na pele quando brilha o sol em suas descrições, ou sentimos perpassarem por nossos corpos as sombras das folhagens e galharias dos bosques na Irlanda e na França. Fruímos as delicadas insinuações de um erotismo transgressor, dignas da pena dos melhores grandes mestres da literatura universal; nos horrorizamos com as cenas de violência, descritas com discrição e sutileza. O autor detém todas as propriedades de escritor de grande arte, com sua técnica apurada e com sua sensibilidade aguçada, mas quis ser lido nesta época de mercado editorial conturbado, em que a qualidade permanente da grande arte interessa menos do que a legibilidade momentânea, a adequação aos gostos predominantes no momento. Assim, mesmo sendo simplesmente mais um candidato a best-seller (o que em si não é ilegítimo; atender aos gostos da maioria, afinal, tem um sentido eminentemente democrático – o que acontece é que os gostos da maioria são mutáveis por excelência e as obras que se impõem rapidamente também desaparecem rapidamente), Os Inomináveis é um romance de alta qualidade técnica. No entanto, a alta qualidade técnica, se pode criar obras de grande interesse num determinado momento da vida social, não basta para criar grande arte. Mas é suficiente para criar, como o livro de Schertenleib, um livro que merece leitura atenta e agradável. E que cumpre algumas das funções da grande arte, como a purgação de nossos pecados, por meio da vivência emocional dos pecados da seita que é o verdadeiro personagem central do livro.

Versão pós-guerra: nova ponte é reservada para trens e pedestres.

Ponte Hohenzollern, Colônia, Alemanha: destruição após bombardeio em 1942.

Caen, Normandia, França: chuva de bombas em 1944, durante a Batalha de Caen.

Reconstrução: bandeiras celebram a sobrevivência da cidade.

TERRA EM TRANSE Rita Alves

P

oluição, aquecimento global e mudanças no meio ambiente são temas cada vez mais freqüentes nos noticiários. E as previsões para o futuro, nada animadoras. O autor Fred Pearce sabe bem disso e decidiu fazer seu discurso por meio de imagens. O resultado está em Terra Ontem e Hoje – O Planeta e as Marcas Deixadas pelo Homem (Editora Larousse, 288 páginas, R$ 119), traduzido por Débora Ginza. O livro traz 250 fotografias que mostram os efeitos da urbanização, mudanças no meio ambiente, a força da natureza, transformações do solo, guerras e conflitos. São imagens clicadas de um mesmo ângulo que mostram o antes e o depois de numerosas regiões do planeta. Em alguns lugares as transformações aconteceram

no decorrer de anos. Já em outros levaram décadas. Mas independente do tempo, a diferença é sempre um choque. O derretimento das camadas polares no Oceano Ártico, o desaparecimento de geleiras na Antártica e as queimadas na floresta de Sakhalin na Rússia são exemplos de imagens produzidas por satélites que também foram incluídas no livro. “Quem disse que uma foto é capaz de substituir muitas palavras certamente se referia a este: Terra Ontem e Hoje. As imagens apresentadas aqui falam muito”, escreve o ecologista Zac Goldsmith no prefácio do livro. Ele ainda informa que de acordo com uma extensa pesquisa feita em 2007 pelo Departamento Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas,

é possível ter 90% de certeza de que os seres humanos são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas ocorridos nos últimos 50 anos. Exemplos? No capítulo Mudanças no Meio Ambiente, Fred Pearce fala a respeito do Coral Carysfort, que atualmente faz parte do Santuário Marinho Nacional dos Recifes da Flórida. Desde os anos de 1970 o coral já foi atingido por duas doenças: a peste branca e a black band disease (BBD, doença da lista negra). Também foi vítima da poluição e de outras atividades humanas que provocaram o crescimento de algas. Hoje o local já perdeu 90% dos seus corais, destruição nítida vista nas páginas que mostram uma fotografia de 1975 e outra atual.

Em Guerras e Conflitos é possível ver a destruição de parte da cidade de Colônia, na Alemanha, na foto da Ponte Hohenzollern, no rio Reno. Bombardeada duas vezes, em 1942 e 1945, hoje a versão pós-guerra ficou reservada para trens e pedestres. O Brasil não ficou de fora da seleção de Pearce. No capítulo dedicado à urbanização o autor mostra o crescimento da cidade de São Paulo, considerada, agora, uma das três maiores metrópoles do mundo. A imagem da revolução urbana escolhida por ele exibe a favela de Paraisópolis, atualmente com 60 mil habitantes. Quem preferir observar a transformação ocorrida na Avenida Paulista pode ver a diferença nas fotos de 1902 e outra nos dias de hoje.

MEMÓRIA João luis Soares

O samba, no chão da passarela.

Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O Mundo Como Obra de Arte Criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.

André Domingues

Mônica Zarattini/AE

É

bom Marisa Monte cuidar dos seus agudos, pois, do jeito que as coisas vão, ainda vai acabar como pastora da Portela. Seu aprofundamento no universo do samba, especialmente no da sua escola de coração, salta aos olhos cada vez mais. Agora, inclusive, literalmente, com a entrada em cartaz do documentário O Mistério do Samba, dirigido por Lula Buarque de Hollanda (seu cunhado e sobrinho de Chico) e Carolina Jabor (filha de Arnaldo), em que conduz entrevistas, canta e, de quebra, participa da produção, da elaboração do roteiro e da pesquisa musical. A relação de Marisa (acima, com Monarco; ao lado de Paulinho no detalhe) com o samba e a Portela nasceu de um hábito familiar, sobretudo em função de seu pai ter sido diretor da escola quatro décadas atrás. Mas a paixão foi além do hábito e se desdobrou por toda a sua carreira. Logo no primeiro disco, em 1988, gravou Candeia, um dos nomes sagrados

da escola azul e branco, dando nova vida ao bonito Preciso Me Encontrar. No seguinte, de 1991, chamou as pastoras portelenses para o coro de Ensaboa, e no ótimo Cor de Rosa e Carvão, de 1994, convidou toda a Velha Guarda para participar de Essa Melodia. Algo muito maior, porém, ainda estava por vir. Em 1999, Marisa produziu o álbum Tud o Bruno Veiga Azul, da Velha Guarda da Portela, e, na seqüência, os dois únicos (e preciosos) registros solo dos já falecidos veteranos Jair do Cavaquinho e Argemiro Patrocínio. Sem falar no disco Universo ao Meu Redor, de 2006, que dedicou apenas ao samba, confessadamente inspirada pelo convívio com os sambistas de Osvaldo Cruz. O salto para o cinema foi, portanto, uma derivação natural de um interesse antigo. O projeto, aliás, vinha sendo desenvolvido há dez anos, quando a can-

tora começou a pesquisar o repertório de Tudo Azul. O Mistério do Samba ressalta uma característica muito positiva de Marisa: a sua recusa a assumir o papel de diva. Ela se coloca claramente em segundo plano para que fiquem como verdadeiros protagonistas os veteranos da Portela: Monarco, Jair, Argemiro, Casquinha, Casemiro da Cuíca, Áurea Maria, Tia Eunice, Tia Doca, Tia Surica. As seqüências são colagens de seus sambas e relatos, traçando uma história da escola não de forma explicativa, mas pela soma das memórias da comunidade. Um ponto alto, por exemplo, é octogenária a pastora Eunice ensinando como se faz o famoso passo ‘miudinho’, sem tirar os pés do chão e levantando a saia apenas o suficiente para mostrar bordados da anágua. Marisa Monte não se seduz nem pe-

la figura salvadora de uma grande benemérita. Pelo contrário. Faz questão de dar voz, no documentário, a dois outros artistas de renome que, como ela, têm se aplicado na divulgação dos sambas portelenses: os sempre simpáticos Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Juntos, eles representam uma saudável ala da MPB que vê as escolas de samba não do alto do carro alegórico, mas do chão da passarela. (Um aviso: o documentário não tem nada a ver com o consagrado livro homônimo do antropólogo Hermano Viana, ainda que reflita a aproximação de intelectuais e artistas populares, tão bem descritas nas páginas desse estudo.) O Mistério do Samba (Brasil, 88 minutos). Documentário, página 8.

MÚSICA DE NINO ROTA NO POCKET TRILHA DO CCBB Projeto das terças faz revival com mestres das trilhas de cinema. Rua Álvares Penteado, 112. Tel. 3113-3651. Terça (9), 13h e 19h30. R$ 6.


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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LAZER - 3

Fotos: Fábio D'Castro/Hype

Pondo os pés pelas mãos

A

Tom & Vinicius chega aos palcos com um elenco de 14 atores, seis músicos e uma partitura que engloba 27 clássicos da bossa-nova.

TEATRO Helô Bortz

Os amigos Tom e Vinícius. (Música à parte.)

Olhe-se no espelho, rapaz.

A

diretora Ariela Goldmann chamou para si o desafio de dar a resposta a todos os espetáculos em cartaz na cidade que retratam o universo feminino: ela decidiu estrear como dramaturga, carreira que promete não levar adiante, amparada nas agruras e também nos prazeres do mundo dos homens. Narcisianas, seu primeiro texto teatral, é composto de 11 pequenas histórias em que os homens são os únicos protagonistas. Com uma pegada contemporânea, Goldmann descreve o homem viciado em internet, o homem que faz de tudo para conseguir uma promoção na empresa, o mulherengo, o gay que quer dar a palavra final em todos os seus encontros e outros tantos tipos usados pela autora com a finalidade de mostrar que as relações pessoais atravessam um momento de profunda crise. Ariela, que construiu uma sólida carreira na cena paulistana a partir de direções decisivas em espetáculos como Novas Diretrizes em Tempos de Paz, O Acidente e Edmond, não economizou em sua estréia como autora: convocou 11 jovens atores para dar vida a cada uma de suas historietas. O espetáculo, em cartaz no Espaço dos Satyros Um, convida o público a se acomodar no palco, enquanto os atores distribuem-se pela platéia do teatro. No momento de dar sua fala, cada ator contempla o público de cima, como se estivesse diante da superfície de um lago, para reforçar o mito de Narciso. Ou, como sugere a autora, que também assina a direção, cada ator deve imaginar-se diante do espelho, único cenário em que a intimidade masculina encontra alguma chance de extravasar. Para que cada história adquirisse uma personalidade própria, Ariela decidiu ensaiar os atores separadamente – o elenco todo só foi reunido às vésperas da estréia. (SR) Narcisianas. Em cartaz no Espaço dos Satyros Um. Praça Roosevelt, 214, tel.: 3258-6345. Segunda e terça, 21h. Ingressos: R$ 20.

Sérgio Roveri

I

ndependentemente da colossal performance que eles tiveram na consolidação da música e da poesia brasileiras, Tom & Vinicius, o Musical, que estréia nesta sexta (5), no Teatro Copa Airlines, é um espetáculo basicamente sobre a amizade de dois grandes homens. Mas, justiça seja feita: quando os homens em questão são o maestro e compositor Antonio Carlos Brasileiro Jobim (1927-1994) e o poeta Vinicius de Moraes (1913-1980), a prudência ordena que a obra que eles deixaram seja obrigatoriamente inserida neste tratado sobre os anos dourados de dois amigos. Superprodução gestada ao longo dos últimos quatro anos, Tom & Vinicius focaliza uma década de convivência entre os dois compositores - de 1956, quando Vinicius é apresentado a Tom e encontra nele o compositor ideal para assinar a trilha sonora de sua peça Orfeu da Conceição, prestes a estrear, até 1966, quando a bossanova já estava sedimentada como o movimento que projetaria a cultura brasileira aos quatro cantos do planeta. Com texto a cargo dos dramaturgos Daniela Pereira de Carvalho e Eucanaã Ferraz e direção de Daniel Herz, Tom & Vinicius chega aos palcos com um elenco de 14 atores, seis músicos e uma partitura que engloba 27 clássicos da bossanova executados ao vivo, entre eles Insensatez, Desafinado, Samba de Uma Nota Só e Garota de Ipanema. Coube ao ator Marcelo Serrado o desafio de dar vida a um jovem e ainda esguio Tom Jobim, a circular timidamente pelo palco de violão em punho e camisetas de gola pólo, enquanto que o papel de Vinicius de Moraes foi para as mãos de Thelmo Fernandes, escolhido em uma concorrida audição da qual participaram mais de 200 candidatos – pesou em sua escolha a aprovação incondicional de Suzana de Moraes, a filha mais velha do poetinha. As duas mulheres que Vinicius de Moraes teve naquele período, Lila Bôscoli e

Lúcia Proença, são interpretadas pela atriz Guilhermina Guinle. “O espetáculo quer demonstrar que Tom e Vinicius tiveram uma relação essencialmente poética”, diz o diretor Daniel Herz. “A totalidade do texto segue à risca aquilo que eles disseram. Não há frases na peça que eles não tenham realmente proferido em algum momento”. Durante os quatro meses de ensaios do espetáculo, realizados no Rio de Janeiro, os atores receberam alguns visitantes ilustres, como Nelson Motta e Roberto Menescal, de quem ouviram novas e intermináveis histórias sobre os dois homenageados – nem todas, porém, foram acrescentadas à versão final da peça. “É inevitável esta sensação de sacrifício, esta idéia de que poderíamos ter colocado mais elementos no espetáculo”, diz Herz. “Mas há dezenas de coisas que não podemos compartilhar com o público. A convivência dos dois oferece material suficiente para dez musicais”. Embora traga vinte pessoas em cena, Tom & Vinicius tenta ser fiel à bossa-nova no quesito simplicidade. O diretor acredita que se tivesse empregado soluções muito requintadas e luxuosas, teria traído o espírito banquinho e violão que norteou o movimento. E ainda que Tom e Vinícius fizessem poesias com a facilidade de uma pedra de gelo que se deixa derreter num copo de uísque, o texto do espetáculo, para não se aproximar de um recital, também emprega diálogos mais próximos do cotidiano.

Tom & Vinicius tenta ser fiel à bossa-nova no quesito simplicidade.

Sons da vanguarda

O

compositor paulistano Sílvio Ferraz, atuante pesquisador e pensador da música contemporânea, lança na próxima quinta (11) o álbum Trópico das Repetições em uma performance que faz parte do 43º Festival de Música Nova. Ferraz, responsável pelos efeitos eletrônicos, participará do espetáculo ao lado de Lídia Bazarian (piano), Fábio Presgreve (cello) e Luís Afonso Montana (clarinete). No programa, entre outras peças: Tríptico das Casas (piano solo); Lamento Quase Mudo (cello solo); ... Poucas Linhas de Ana Cristina (clarinete e eletrônica); eTríptico das Linhas (cello e piano). Sesc Consolação - Teatro Sesc Anchieta. Rua Dr. Vila Nova, 245. Tel.: 3234-3000. Ingressos: R$ 10. Festival de Música Nova - Já em sua 43ª edição, começou nesta quarta (4) e

continua até 5 de outubro. Fiel à proposta de oferecer o que existe de mais polêmico na produção de música contemporânea do Brasil e do exterior, reunirá o francês S:IC. Situation: Interprètes et Compositeus; o grupo espanhol Ensemble Espai Sonor e o irlandês Syrius Trio. Da cena nacional, destacam-se o Percorso Ensemble; o Coro de Câmara da Osesp; a pianista Beatriz Roman; a Sinfônica de Santos e a Ocam (Orquestra de Câmara da USP). Concertos em ^três cidades: São Paulo; Campinas e Santos (sede). Na Capital: Sesc Consolação; Sesc Vila Mariana; Auditório Camargo Guarnieri (USP); Centro Universitário Maria Antonia e Auditório do Masp; Campinas: Espaço Cultural CPFL; Santos: Teatro Coliseu. Com direção artística de seu fundador, o compositor santista

Gilberto Mendes, o festival promoverá também seminários, um painel de debates sobre os rumos da vanguarda musical e uma homenagem ao compositor Willy Corrêa de Oliveira. O próximo concerto está marcado para domingo (7), no Centro Universitário Maria Antônia. Programa: Escorbuto - Cantos da Costa - músicateatro de Gilberto Mendes sobre fragmentos do poema-livro de Flávio Amoreira. Participam: Gilberto Mendes (direção geral); Antonio Eduardo (piano); Alessandro Atanes (violão); Sandra Cabral (bailarina); Flávio Moreira (narrador). (MMJ) Centro Universitário Maria Antônia. Rua Maria Antônia, 294. Tel.: 3255-7182. Domingo (7). 19h. Grátis.

Tom & Vinicius, o Musical, estréia nesta sexta-feira (5), no Teatro Copa Airlines, terceiro piso do Shopping Eldorado, tel.: 4003-2330. Sexta e sábado às 21h30, domingo às 18h. Ingressos de R$ 60 a R$ 100.

escritora e apresentadora de TV Fernanda Young parece que pegou mesmo gosto pelo teatro. Depois de ficar três meses em cartaz como atriz no monólogo A Idéia, texto de sua autoria, ela agora volta como autora na comédia de tom cabeça Vergonha dos Pés, que reúne no palco do Teatro Folha os jovens atores Priscila Fantin e Danton Mello. A peça é baseada no livro homônimo, o primeiro da escritora, publicado pela Ediouro em 1996. A própria Young se encarregou da adaptação e convocou para a direção o mesmo Alexandre Reinecke que a dirigiu em A Idéia. Vergonha dos Pés é um texto em que realidade e imaginação caminham juntas o tempo todo. A heroína da história é Ana, uma jovem com alguma queda para a literatura que infelizmente ainda não aprendeu a separar os personagens que vivem apenas em sua mente daqueles que circulam pelo mundo real. O título da peça é, por sinal, indício do seu maior recalque: Ana costuma culpar seus pés, que calçam 33, pelo colapso que é sua vida social e amorosa. Mas ela ainda encontra tempo para carregar um trauma extra: o de jamais ter conseguido publicar uma linha. A confusão entre realidade e fantasia, passatempo predileto da personagem, tende a aumentar quando ela conhece o estudante Jaime (Danton Mello), por quem se apaixona logo de cara. Para criar os dois mundos em que Ana transita, Alexandre Reinecke emprega sucessivas trocas de roupas e cenários, projeção de vídeos e até manipulação de bonecos. (SR) Vergonha dos Pés. Estréia nesta sexta (5). Teatro Folha, segundo piso do Pátio Higienópolis, tel.: 3823-2323. Sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 20h. Ingressos: R$ 50.


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4 - ESPECIAL

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fábio D'Castro/Hype

O

s primeiros pontos de táxi surgiram por volta de 1940, sinal de progresso em qualquer bairro de São Paulo, e não foi diferente no Tatuapé. Os táxis levavam gente que precisava trabalhar no centro e trazia olheiros e empreendedores de outros locais. Foram esses empreendedores que perceberam, pela primeira vez, o potencial do bairro para o ramo imobiliário. Meia dúzia de imobiliárias logo se instalou no Tatuapé, vendendo casas e sobrados, depois construindo pequenos imóveis, em seguida sobradinhos e, mais tarde, vilas inteiras. No fim da rua Serra do Japi, lembra o historiador Pedro Abarca, entre as ruas Itapeti, Emílio Marengo e Itapura, ergueu-se o conjunto Acrópole, o primeiro conjunto de casas, que deu impulso à construção civil no bairro. Logo começaram a pipocar os prédios de apartamentos, primeiro para a classe média e média baixa – o que significava, na época, dois ou três dormitórios grandes, mas sem nenhum dos equipamentos hoje comuns, como piscina. Apenas uma portaria simples. Os prédios mais simples foram construídos perto da linha do trem, mais tarde também linha do metrô. Ficaram conhecidos como os "prédios do Jânio Quadros", então prefeito da cidade, entre 1953 e 1954. Com a sobra de terrenos no Jardim Anália Franco, começou a se desenvolver uma construção de melhor padrão. Aí apareceram os primeiros apartamentos maiores, um por andar, já com playground, churrasqueira e piscina. Era natural que os empreendedores e construtores de prédios se voltassem para o Tatuapé. Mooca e Brás já estavam ocupados por casario baixo. O Tatuapé ainda tinha suas antigas chácaras. "De certo momento em diante", diz Abarca, "com a supervalorização dos terrenos, já não valia a pena fazer prédios para a classe média baixa. Só com apartamentos de luxo seria possível pagar o investimento". Para especialistas, os bairros da Mooca, Tucuruvi, Santana e Tatuapé estão no perfil de muita procura e preço relativamente baixo. Edson Grandesso nasceu no Belezinho, mas veio para cá em 1956, quando seu pai abriu a imobiliária Boa Sorte. Menino, ele viu a Mata Paula Souza, ou Matão, se transformar em Jardim Anália Franco. No tempo apropriado, tomou conta do negócio do pai, que inicialmente vendia casas e sobrados na Cidade Mãe do Céu e no Parque São Jorge. Edson viu a onda imobiliária seguir para o que se considera hoje o Alto Tatuapé – da Sílvio Romero para cima. Depois vieram os prédios, que ocuparam os grandes terrenos vagos. Hoje, as casas já estão sendo demolidas para dar lugar aos apartamentos. Segundo Grandesso, os preços altos às vezes inviabilizam negócios das incorporadoras. Como não há mais grandes áreas, é preciso compor vários terrenos menores. "O metro quadrado está entre R$ 4 mil e R$ 5 mil em torno da praça Sílvio Romero, mesmo preço do Jardim Anália Franco", diz ele. Em Higienópolis, o bairro mais caro da cidade, o metro quadrado está em torno de R$

Fábio D'Castro/Hype

Pipocam os apartamentos mais caros do que no Morumbi O bairro das chácaras e das fábricas – e de muitos terrenos grandes – tornou-se o local por excelência da explosão imobiliária. A infra-estrutura é ótima, com duas estações do metrô

8.300, segundo a Embraesp Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio. No Tatuapé, com boa infra-estrutura e duas estações de metrô, os preços estão altos, mas ainda se encontra imóvel entre R$ 2.400 e R$ 2.900. Não, claro, em qualquer parte do luxuoso Jardim Anália Franco, também chamado de "Morumbizinho". Nestes casos, é mais do que no Morumbi, onde se pode comprar apartamento por R$ 3 mil o metro quadrado. Preços assim significam pagar perto de R$ 300 mil por um apartamento acima de 100 metros quadrados nos bairros mais tradicionais; e R$ 1,5 milhão e até R$ 3 milhões nos bairros emergentes. Nada disso assusta a clientela. A demanda está em alta, de acordo com o corretor Reis Ferreira da Silva, representante do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) na região. "Vende-se muito apartamento aqui. A procura é grande". Segundo pesquisa Datafolha do ano passado, o Tatuapé está no segundo lugar entre os bairros preferidos pelos paulistanos para morar.

"É o bairro que mais tem imobiliárias em São Paulo", garante o corretor Edson Grandesso. "Todos vendem porque há muita procura. E não só de residências, como de conjuntos comerciais. O mercado está em crescimento. Aparecem dois, três empreendimentos nas principais ruas de um ano para outro." É alta a demanda, principalmente, porque as pessoas não querem só uma residência, hoje. Querem, também, bons serviços bem perto de casa. Qualidade de vida, segundo corretores como Ferreira da Silva, traduz-se desse modo, pela economia de tempo para se locomover, para o trabalho ou para o lazer. Por isso, o Tatuapé tornou-se um bairro emergente do ponto-de-vista imobiliário: oferece lazer, serviços e transporte. Não àtoa, o Tatuapé teve cerca de 170 lançamentos de prédios nos últimos anos. No ano passado, foram lançados 415 novos empreendimentos em toda a cidade – mais de um por dia –, de acordo com a

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Menino ainda, Edson Grandesso viu a Mata Paula Souza, ou Matão, se transformar em Jardim Anália Franco

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Embraesp. No total, 35 mil unidades. Este ano, o Secovi, sindicato das construtoras, prevê 40 mil apartamentos. Um dos últimos lançamentos, em julho, foi o Tatuapé Condominium Club, da Brascan. É o primeiro empreendimento com esse conceito na região. Segundo a Brascan, há mais de vinte opções de lazer no conjunto, entre áreas como Espaço Mulher, campo de futebol, cinema, lan house, tenda zen, piscina resort e redário. Os apartamentos têm entre 106 m2 e 215 m2, de três ou quatro dormitórios, com valores em torno de R$ 300 mil. Sem dúvida, bem diferente dos primeiros prédios de apartamentos. Foi com a construção dos prédios mais sofisticados que surgiram os primeiros shoppings, ocupando muitos dos locais antes pertencentes aos cinemas. Com isso, o Tatuapé viu avançar a infraestrutura comercial e de serviços. (LCA e EP)

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Uma ponte estaiada no Tatuapé

E

stá em curso o processo de desapropriação de cerca de 60 imóveis em dois quarteirões, 22.000 m2, para a construção do Complexo Viário Padre Adelino, no Tatuapé. A idéia do complexo, que vai custar R$ 77 milhões, é desafogar o trânsito na Radial Leste. Inclui a construção de dois viadutos de 120 metros sobre a avenida Salim Farah Maluf (um deles, estaiado como a ponte da Zona Sul) e de duas alças para facilitar o acesso à Radial Leste nos dois sentidos da Marginal do Tietê. Serão trinta mil veículos por dia, o que ajudaria a diminuir o fluxo de 120 mil carros/dia pela Radial Leste. A obra está marcada para fevereiro. Em audiências desde o fim do ano passado, representantes do Fórum Urbanístico do

Tatuapé e do Rotary Clube local manifestaram sua posição contra a obra. Só a construção de duas alças na Padre Adelino, argumentam as entidades, já ajudaria a melhorar o trânsito e evitaria a remoção das famílias. Durante as audiências, os moradores também chegaram a defender um viaduto na avenida Celso Garcia, sobre a Salim Farah Maluf. O viaduto Pires do Rio também será alargado em nove metros e terá cinco faixas, no lugar das três de hoje. O segundo viaduto, que ligará as ruas Catiguá e Engenheiro Balem, terá largura de 18 metros e também três faixas para carros, facilitando os deslocamentos entre os bairros do Tatuapé e do Belém. (LCA e EP)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008 Mario Miranda/LUZ

ESPECIAL - 5

Os shoppings vieram para melhorar o comércio de rua O comércio tradicional no entorno da praça Sílvio Romero se preparou para enfrentar a concorrência dos grandes shoppings. Mas é o setor de serviços que registra a maior taxa de crescimento Fábio D'Castro/Hype-17/10/2007

N A capital da Zona Leste

C

omparado a todos os bairros de todo o País, acredita José Garris del Valle, não há nada que ostente o desenvolvimento do Tatuapé. Garris del Valle sabe do que fala: ele é o diretor-superintendente da Distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo. Por força de seu conhecimento da área, del Valle está certo de que nada pode parar o desenvolvimento do bairro. Avisa que o bairro reúne grandes e pequenos comerciantes e mais uma área completa de prestação de serviços. E se mostra orgulhoso em dirigir a distrital em um bairro que, ele enumera, tem três grandes shopping centers, duas estações de metrô, teatro, o parque do Piqueri, universidades, vida noturna intensa, finos restaurantes e grandes clubes como o Sampaio Moreira e o Corinthians. "Tem uma classe média e média alta que mostra bem o que é o bairro. Um bairro diferenciado, pronto para morar, para quem deseja serviços, lazer, qualidade de vida, segurança, bem-estar e convívio social. É a capital da Zona Leste". A Associação Comercial de São Paulo existe há 114 anos. A distrital está no bairro desde 1991 e tem sido um ponto de apoio ao desenvolvimento do bairro. Zela não só pelo ambiente comercial do bairro como pelos compromissos de cunho social: “Esse comprometimento deriva da própria concepção de nossa organização, que representa o mundo dos empreendedores econômicos. Nós cultuamos a propagação dos valores cívicos cujo principal objetivo é difundir os valores cívicos ao jovem brasileiro nas escolas e apoiar o Exército a disseminar e manter dentro das normas legais a utilização da nossa querida bandeira nacional”. Dezenas de comissões dentro da Distrital fazem

esse comprometimento social. Além de trabalhar em defesa do micro, pequeno e médio empresário, a entidade tem esse comprometimento com a causa social, política urbana, cultura e civismo. Há comissões que tratam de assuntos da mulher, do varejo, do meio ambiente, entre outras: "Temos nos dedicado nesta gestão ao apoio ao jovem empreendedor. Eles são o cerne e a força empreendedora para que haja a efetivação de todos os atos de comércio". Também recentemente, o bairro todo – com o apoio da Distrital – engajou-se na campanha para tornar a cidade mais bonita em razão da pela Lei Cidade Limpa. Os comerciantes promoveram a limpeza de todas as suas fachadas, o que – suspira del Valle – fez retornar aquele ar do passado, "mais limpo e mais agradável". Para dar esse cunho social, Del Valle está empenhado, ultimamente, em instituir o primeiro desfile cívico-militar do Tatuapé, em comemoração aos 340 anos do bairro. Será no dia 20 setembro, das 8h às 12h, na esquina da rua Francisco Marengo com Tijuco Preto. O desfile seguirá na direção da rua Apucarana: "Nesse desfile, teremos dois temas: meio ambiente (tema atual e brilhante e consciente preocupações) e do centenário da imigração japonesa", diz del Valle. Toda essa dedicação ao bairro começou com um superintendente que, originalmente, veio do Ipiranga. Mas conheceu sua mulher no Parque São Jorge, que freqüentava. E casou-se na igreja do Largo São José do Maranhão. Seu sogro, Nélson Azalin, de 83 anos, que foi jardineiro do conde Francisco Matarazzo, chama o Parque São Jorge de "A Pérola do Tatuapé". Como del Valle, é um entusiasta do bairro. (LCA e EP)

Serviços já predominam No Tatuapé, porém, o comércio perdeu seu predomínio para o setor de serviços, que vem registrando as maiores taxas de crescimento. Os prestadores de serviços já são 70% dos 1.700 associados da distrital da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A porcentagem de indústrias também é maior, cerca de 10% a mais nos últimos três anos. A praça Sílvio Romero já oferece uma grande quantidade de agências bancárias e outras empresas do ramo financeiro, como companhias de seguro, câmbio e financiamento. O engenheiro Roberto Watanabe prevê – pela proximidade

Fábio D'Castro/Hype-17/10/2007

O shopping trouxe consumidores de toda a cidade. E eles se espalharam para comprar também nas ruas ao redor do metrô: bom para todo o comércio

do aeroporto internacional – que a região do Tatuapé perto do rio Tietê vai concentrar escritórios de multinacionais, sedes de indústrias localizadas no Vale do Paraíba e Sul de Minas, centros de comércio, hotéis de luxo e espaços para congressos e convenções. Esses novos empreendimentos, diz ele, atrairão outros relacionados, como restaurantes de alto nível, locadoras de veículos e agências de viagens. Ambulantes, sempre Também nessa região, assim como em outros centros comerciais da cidade, os ambulantes representam um grande problema para os comerciantes. Em portaria publicada no ano passado, o subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, proibiu o comércio ambulante na rua Tuiuti onde, apesar das constantes ações da fiscalização, ocorriam abusos. Pouco antes, além das apreensões roti-

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neiras, foram fechados dois depósitos clandestinos de produtos piratas que abasteciam os camelôs da região. Devido à proximidade com a estação de metrô Tatuapé e com o terminal de ônibus, o comércio irregular se amontoava entre a Radial Leste e a praça Silvio Romero. Com a intensificação das blitze, todos os que desrespeitarem a portaria estarão sujeitos ao recolhimento de suas barra-

cas e mercadorias. Uma das últimas blitze ocorreu em junho último. A Subprefeitura Mooca, com as polícias Militar, Civil e Guarda Metropolitana, atacou duas feiras do rolo. Nesse dia, a operação apreendeu 105 sacolas de 100 litros com produtos, 65% deles eletrônicos, a maioria DVDs e celulares. Foi necessário um caminhão da Subprefeitura para recolher os produtos ilegais. (LCA e EP)

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Garris del Valle: "O Tatuapé é um bairro diferenciado"

esse cantinho de S ã o P a u l o d e sponta o comércio, do qual o apaixonado tatuapeense garante que não deve nada a qualquer outro bairro da cidade, por mais sofisticado que seja ou por maior variedade que tenha. Muitos desses apaixonados dizem que é possível viver uma vida inteira sem ter de sair do bairro para nada – comprar ferramentas ou roupa de grife. "Aqui as pessoas fazem questão de serem bairristas", diz o corretor de imóveis Edson Grandesso. Sem dúvida, existem tipos de comércio no Tatuapé que atendem a todos os gostos. Para os que preferem a calma do bairro antigo, há o comércio tradicional, que se concentra em torno da praça Sílvio Romero e em ruas comerciais conhecidas e antigas, como a Antônio de Barros. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), há no bairro pelo menos 4.703 pequenas empresas, do vestuário à informática, das farmácias ao material de construção, das quitandas às livrarias, dos móveis aos veículos – além de 1.059 pequenas indústrias e 3.491 empreendimentos de serviços. As lojas são tão sofisticadas quanto se queira, algumas tanto quanto as de bairros tidos como mais nobres. E, nesse caso, em geral, é melhor procurar os shoppings. São três grandes no bairro – Metrô Tatuapé, Boulevard Tatuapé e Anália Franco – e outros menores, mas não menos luxuosos como o Sílvio Romero Plaza Shopping e um dedicado a flores e jardinagem, o Tatuapé Garden. Mas foram exatamente os vários shoppings instalados na região que contribuíram para melhorar o comércio de rua. Antes da chegada do Metrô Tatuapé, os comerciantes estavam temerosos com o que poderia acontecer, acreditavam que suas vendas seriam drasticamente reduzidas e teriam de fechar as portas. Mas ocorreu o contrário. O shopping trouxe consumidores de toda a cidade para cá, que aproveitam para comprar nas ruas ao redor do metrô, segundo diagnosticou a Distrital da ACSP.

45678 COLIGAÇÃO SÃO PAULO NA MELHOR DIREÇÃO - PSDB - PTB - PSL - PHS - PSDC


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O ESTADO BRASILEIRO NASCEU ANCORADO NAS COSTAS DOS CONTRIBUINTES E APARTADO DA SOCIEDADE

INDEPENDÊNCIA OU MORTE. E ADULTÉRIO.

O

que a Semana da Pátria tem a ver com o Direito de Família? A princípio, nada. Mas se pensarmos um pouco na figura mais emblemática de nossa Independência, o imperador D. Pedro I, algumas associações tornamse inevitáveis. O nobre português não se notabilizou apenas por sua participação no processo de separação entre Brasil e Portugal. D. Pedro é notório também por seus casos extra-conjugais, que garantiram um lugar na história para a mais famosa de suas amantes, a Marquesa de Santos. E quando o assunto é adultério... Bem, aí já entramos na seara do Direito de Família. Até recentemente, o adultério – ou infidelidade conjugal – era crime previsto pelo Código Penal Brasileiro. E o adúltero, ou adúltera, estavam sujeitos a penas que poderiam ir de quinze dias a seis meses de prisão. Desde março de 2005, porém, devido a alterações introduzidas no Código Penal por meio da Lei 11.106/05, o adultério deixou de ser crime. A mudança, é claro, teve como objetivo acompanhar a evolução dos costumes. Afinal, há formas mais civilizadas de tratar a infidelidade conjugal. Imaginem o que seria de nosso sistema carcerário se as cadeias, já superlotadas, tivessem de abrigar também maridos e mulheres acusados de pular a cerca... Quer dizer que os adúlteros já podem respirar aliviados? Nada disso. Embora não seja mais crime, o adultério ainda é assunto sério. Ele continua sendo uma violação do dever de fidelidade conjugal, dever este que é fixado pelo novo Código Civil Brasileiro como uma das obrigações do casamento. O não cumprimento desse dever é aceito pela lei como motivo de separação. E, é importante ressaltar, tanto faz que o adultério tenha sido

ARNALDO NISKIER VALORES ÉTICOS

O Estado paralelo

● D.Pedro I podia

valer-se de sua posição para colecionar amantes, mas, hoje, a história da Imperatriz Leopoldina teria desfecho diferente.

cometido pelo marido ou pela mulher – a infração é a mesma, e suas conseqüências no que diz respeito à desestruturação da família e ao fim do casamento também. Afinal, pelo menos no que tange à lei, já não vivemos mais numa sociedade patriarcal, onde alguém como D.Pedro I podia valer-se de sua posição e de seu sexo para colecionar amantes ante o silêncio submisso de sua desamparada esposa, a Imperatriz Leopoldina. Tivesse ocorrido nos dias de hoje, a história poderia ter um desfecho muito diferente, com dona Leopoldina levando o marido prevaricador aos tribunais, num rumoroso processo de separação litigiosa.

P

ara concluir, vale lembrar que a traição também é legalmente aceita como motivo de separação para casais que vivem em união estável. Embora não se possa falar em infidelidade conjugal na união estável, já que não existem cônjuges, mas companheiros, esse tipo de relação é definido como um relacionamento duradouro e monogâmico, devendo os parceiros ser leais um ao outro. Portanto, esqueça a idéia de que quem não casou no papel está livre para pular a cerca. Se o relacionamento for uma união estável, o parceiro ou parceira que cometer adultério também pode acabar nos tribunais. IVONE ZEGER, ADVOGADA ESPECIALISTA EM

DIREITO CIVIL E DE FAMÍLIA WWW.PARASABERDIREITO.COM.BR

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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A

democracia exige, acima de tudo, responsabilidade. Principalmente de quem ocupa cargos públicos, com enorme poder de decisão nas mãos. Os homens públicos da Pátria (cito homem me referindo ao gênero humano) carecem de tradição e educação de base, fundamentadas na evolução através do tempo dos costumes e valores nacionais. A curta história do Brasil e as más influências que recebeu ao longo de seu avanço nos seus cinco séculos, não contribuíram - sob o ponto de vista político e de gerenciamento da coisa pública - para que chegássemos à atualidade tendo nos principais postos-chave do poder público, pessoal qualificado para estar à altura das demandas de seriedade que uma nação do porte da nossa exige. Sabemos que o Estado brasileiro nasceu antes da construção da Nação brasileira (fato social, político, econômico e educacional ainda em andamento). O Estado brasileiro veio à luz de cima para baixo, imposto por decretos reais de D. João VI, acolitado no patropi com sua corte, precisando ter uma estrutura sobre a qual governar. Impôs um Estado antes que o País houvesse se constituí-se como Nação. Se foi bom de um lado, por permitir o avanço da morosa e restrita colônia, foi ruim demais de outro, por criar um país que até hoje depende da vontade dos poderosos nos cargos públicos, onde não houve a participação da vontade popular nos destinos de todos não foi disseminada , o que só agora começa a ocorrer, com a sedimentação (ainda atrasada) do processo eleitoral livre. A grosso modo, nessa explicação simplista, o Estado brasileiro nasceu pesado, ancorado nas costas dos contribuintes e de maneira equivocada, permitindo que se espraiasse em nossos mais de 14 milhões de quilômetros quadrados o sentimento de que o Estado é apartado da sociedade e deve tutelá-la. Raramente passa pela cabeça de quem senta numa cadeira de cargo público que é um empregado da população, um servidor público, alguém que está ali para atender aos interesses da sociedade, que constituiu esse Estado para conviver de forma organizada. Ao contrário, a adequação do glúteo ao assento promove automaticamente uma sensação de ser donatário, poderoso e eterno. Por isso a luta política no Brasil, nas disputas por cargos, é tão intensa, ao mesmo tempo em que é rudimentar. O Estado, em vez de ser um meio de organização, promoção de igualdade, justiças

● Membros do aparato de inteligência

estatal espionam autoridades de todos os Poderes, um flagrante do Estado paralelo dominado pelo crime. É possível que todos estejam espionando todos, enquanto a sociedade em geral agoniza nas migalhas. Por Paulo Saab

e oportunidades iguais, torna-se um instrumento aliado aos detentores do poder que - também por vício cultural e falta de espírito democrático - dele não querem se afastar. Entre outras razões, esta é uma das causas responsáveis pela crise de Estado que acomete profundamente o Brasil nesse momento. Membros do próprio aparato de inteligência estatal espionam autoridades de todos os Poderes, um flagrante de que existe um Estado paralelo, dominado pelo crime, que se organizou mais e melhor do que o Estado oficial e dele está se apropriando, via corrupção, propinas, e até tentando de forma "legítima" - pela via eleitoral pôr seus representantes no comando do País.

T

udo isto está muito errado. A tal ponto que as infiltrações, escutas, espionagens, traições, assassinatos, passaram a ser "naturais". Isto não é normal, mas assim está sendo tratado pela mídia, pela sociedade brasileira, incapazes de reagir por falta de lideranças comprometidas com o Bem. O que ocorre neste momento - em relação à espionagem que o Executivo faz ao Judiciário, pode ser apenas a ponta do iceberg. É possível que todos estejam espionando todos, enquanto a sociedade em geral agoniza nas migalhas da administração ineficaz da coisa pública, enquanto o grosso é objeto da disputa executada de forma cada vez mais vil longe dos votos do eleitor. Controlando-se a máquina pública, com o dinheiro emanado da camada produtiva da população brasileira, se controla a vontade do eleitor. Está tão claro. Quem deveria ou poderia ver, não vê ou finge que não vê. Porque também precisa das migalhas?

Como a galinha vermelha JOÃO CRESTANA

H

á muito tempo, li um texto intitulado A Fábula da Galinha Vermelha. Hoje, ao ver o projeto de Reforma tributária, aquele texto voltou-me à lembrança. A personagem central da mencionada fábula encontrou alguns grãos de trigo. Empreendedora, rapidamente disse aos seus vizinhos: “Se plantarmos teremos pão para comer. Alguém me ajuda?, convidou. Nenhum animal se moveu, e a galinha plantou os grãos, sozinha. O trigo cresceu, chegou a hora da colheita. Novamente, a galinha vermelha pediu ajuda. Ninguém se mexeu, o mesmo se repetindo na hora de preparar e assar o pão. Ela se incumbiu das tarefas, com disposição. Porém, depois de tudo pronto, ao ver o cesto com cinco belos pães todos exigiram uma parte. “Não é justo, eu plantei, colhi, preparei e assei. Eles me pertencem”, revoltou-se a galinha. Diante da resposta, patos, porcos e cavalos se mobilizaram. “Egoísta, capitalista, lucros excessivos...”, acusaram. Decidiram protestar, distribuindo faixas, panfletos e bloqueando o acesso ao galinheiro. Então, o governo local determinou que a galinha vermelha dividisse o fruto de seu trabalho e suor com quem nada fez. Todos os animais comeram e, depois, voltaram a se acomodar, à espera de outra galinha vermelha que viesse a fazer por eles aquilo que se recusavam a fazer por si próprios.

Apesar de alguns méritos com vistas à simplificação, o governo apresenta um projeto de Reforma tri butá ria que pretende regulamentar o imposto sobre fortunas o que é um retrocesso. Além disso, trabalha pela volta da CPMF (agora com o nome de CSS), contrariando totalmente a vontade popular. Quando o governo monta uma proposta de reforma que contemplando um imposto sobre fortunas, qualquer um de nós, que trabalhou, poupou e conquistou legitimamente uma condição de vida estável, vê-se como a galinha vermelha. ● Ao ler a proposta

de reforma tributária, quem trabalhou e poupou para ter uma condição de vida estável sente-se como a galinha vermelha. Já ouvi dizer que, no corpo geral do projeto esse imposto não é imprescindível. Mas quem garante isso? Aliás, como se definirá o que é uma “fortuna”? Mais ainda: já não cuida o Imposto de Renda de tributar, corretamente, progressivamente, aqueles que ganham mais? E os impostos sobre o consumo, muito mais justos? Que se aperfeiçoem estes tributos!

O imposto sobre poupança acumulada, ou fortuna, malogrou na maioria dos países onde tentaram implantá-lo. Convidava ao consumo excessivo (poupar para quê?), desestimulava o investimento, a busca pela prosperidade e a luta pelo sucesso. Descobriram, logo, que não é possível construir uma nação contando unicamente com a boa vontade das galinhas vermelhas. A questão da CSS lembra igualmente a fábula. Finalmente, convém lembrar que enquanto se discute isto, a arrecadação de tributos acumula recordes de volume, sucessivamente, semestre a semestre. Quousque tandem abutere Catilina patientia nostra! - Até quando, senhores governantes (do Executivo, Legislativo, Judiciário), vão abusar da imensa paciência e tolerância deste povo sensato e pacífico? Lembrem-se que não concordamos com desmandos, com corrupção, com a ilegalidade e com gastos crescentes. São itens que desqualificam qualquer gestão pública, as quais terminam caracterizadas pela ausência de eficiência (agilidade e economia) e pela baixa eficácia (resultados e serviços de péssima qualidade). Tudo isto, incessantemente introduzindo novas maneiras de tributar a cidadania que produz. Está na hora de a sociedade se fazer ouvir. JOÃO CRESTANA É PRESIDENTE DO SECOVI-SP

S

e é verdade que o homem só se torna homem pela educação, devemos estar empenhados na sua melhoria. Em nossa sociedade pluralista, há diferentes formas de valoração, reconhecido que não podemos viver sem um sistema adequado de crenças e valores. A crise atual pela qual passa a Educação coloca esse processo diante de uma indesejável ruptura. Os conceitos teóricos levaram a uma série de considerações práticas, em que não basta obter êxito a qualquer preço, mas é essencial respeitar os valores éticos reconhecidos. Dentro desta linha de raciocínio, defendemos o ensino da Filosofia no ensino médio, quando estávamos à frente da SEE/RJ, experiência vitoriosa no sistema público de ensino, no Rio de Janeiro, no período de 1980/1982. Não houve o risco do proselitismo, nem as aulas se limitaram a transmitir conhecimentos de História. Os professores dedicaram-se efetivamente a abrir para os seus alunos perspectivas de raciocínio mais adequado, o que se fez também através da valorização da Lógica tão próxima da Mate mática. Hoje, a disciplina continua na grade curricular. O que ocorre é a falta de docentes com a formação devida. ● O sucesso

do Sistema S é uma realidade. A identidade social do ensino médio sofre de indefinição.

U

ma das razões relevantes da situação que ora vivenciamos é a indefinição da identidade social do ensino médio brasileiro. O financiamento obrigatório sempre foi para o ensino fundamental. A partir da década de 70, precisamente após a Lei no 5.692/71, ainda nos voltamos para o debate sobre o verdadeiro objetivo da última etapa da educação básica, hoje obrigatória. Houve um ensaio de obrigatoriedade do ensino profissionalizante, mas a falta de estrutura do sistema levou à derrocada. O ensino médio viveu durante muitos anos, e ainda vive, em algumas situações, a característica de ser basicamente propedêutico. O mercado passou por novas formas de produção e organização empresarial. Aponta-se para modificações imprescindíveis na estruturação pedagógica e no financiamento do ensino médio. A atual LDB – Lei no 9.394/96 na sua publicação inicial, não considerou como objetivo do ensino médio a formação de trabalhadores em coerência com as exigências do mercado de trabalho. As escolas técnicas, principalmente as federais, aumentaram a procura, com um leque de oferta de cursos profissionalizantes cada vez maior e melhor. O sucesso do Sistema S é uma realidade nacional. É importante ressaltar que dois terços das vagas em cursos técnicos do SENAI e do SENAC serão destinados a pessoas de baixa renda, de acordo com recente acordo. É um bom caminho. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PRESIDENTE DO CIEE/RJ ANISKIER@IG.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ESPECIAL

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Luxo e bons serviços neste passeio pelos centros de compra De um lado e de outro da estação de metrô ou ali perto, no Jardim Anália Franco, o Tatuapé tem shoppings para atender a mais de quatro milhões de consumidores da Zona Leste Divulgação

E

les são os grandes pontos de comércio no Tatuapé, um dos bairros que mais concentram shopping centers em São Paulo. Os shoppings do Tatuapé estão de olho não só nos mais de 550 mil consumidores residentes próximos do local, em volta da Radial Leste, mas também num mercado potencial de quatro milhões de moradores de toda a Zona Leste. Essas pessoas têm renda per capita de R$ 2.500; 70% residem em casas próprias, segundo levantamentos feitos pelo Shopping Boulevard pouco antes de sua construção, em 2007. O Shopping Metrô Tatuapé é o maior do bairro. Em 121 mil m2, conta com mais de 300 lojas de praticamente todos os segmentos, além de uma praça de alimentação com capacidade para 1.200 pessoas, em quatro pavimentos. No estacionamento, cabem dois mil veículos. Entre as grandes lojas estão C&A, Renner, Centauro, Ri Happy, Nobel, Extra Eletro, Ponto Frio e Lojas Americanas. Oferece ainda o centro de diversões Playland e oito salas de cinema da rede Cinemark. Está integrado à estação Tatuapé do metrô (fica do lado Sul), da linha Leste-Oeste, em que 1,5 milhão de passageiros passa diariamente. Foi inaugurado em 1997 e oferece hoje, além das lojas, uma série de serviços. Entre eles, agências de viagens, assistência técnica, cabeleireiro, consertos de relógios, floricultura, ortodontista e uma agência da Polícia Federal, para emissão de passaportes. Serviços e lojas levam cerca de 600 mil pessoas por semana ao shopping, fluxo que deve aumentar ao longo deste ano, por força de um reposicionamento de marketing. No ano passado, ao completar dez anos, mudou sua estratégia de marketing com a contratação da atriz da Globo Grazi Massafera como sua garotapropaganda. Há uma nova assinatura na propaganda do empreendimento: "Simplesmente tudo", o que vem ao encontro do que o próprio morador do Tatuapé pensa a respeito de seu bairro. No recente lançamento da coleção de moda para o Verão 2009, foi introduzido o slogan "O sol nasce no Leste. As tendências que vão entrar na moda saem daqui". Com isto, o Shopping Metrô Tatuapé atraiu 8% mais em público e aumentou 16% nas vendas.

r i s a , P r e ç o l â n d i a e C i n emark), tem praça de alimentação com dois restaurantes, em dois pavimentos. Entre as ruas Tuiuti, Catiguá, Almirante Calheiros e Gonçalves Crespo, o novo shopping deu vida a uma região um tanto abandonada do bairro. Construído pela Hochtief do Brasil, o shopping tem corredores espaçosos e o interior claro e arejado, graças à arquitetura, assinada pelo escritório Botti Rubin, que aproveita a luz natural. Na praça de alimentação é possível, por exemplo, ver o pôrdo-sol e até as torres da avenida Paulista. E tem uma programação permanente de cultura: neste ano, já foi apresentado um show para comemorar o centenário da imigração japonesa e outro para lembrar os 50 anos da bossa nova, com Simoninha, Miele e outros. Os dois shoppings ligados ao metrô garantem renda extra não-tarifária à Companhia do Metropolitano. As empresas que gerenciam os dois shoppings têm concessão por 50 anos, até 2047, com possibilidade de renovação. Com essa parceria, o Metrô estima arrecadar mais de R$ 2 milhões por ano.

Ligados ao metrô Do lado Norte da estação de metrô fica o Metrô Boulevard Tatuapé, inaugurado em 2007, que consumiu R$ 120 milhões em investimentos. Os dois centros comerciais se ligam por uma passarela à estação. A idéia inicial era denominá-lo Shopping Metrô Tatuapé 2. Mas como era menor (150 lojas) e com uma proposta ligeiramente diferente, o nome acabou mudado para Boulevard Tatuapé para dar idéia de um centro mais sofisticado. Além das 150 lojas – cinco lojas-âncora (Besni, Casas Bahia, Ma-

O mais sofisticado Inaugurado em novembro de 1999, o Shopping Anália Franco fica no limite dos distritos do Tatuapé e da Vila Formosa, gerenciado pelo grupo Multiplan, o mesmo do MorumbiShopping. Está próximo do antigo Lar Anália Franco, atualmente campus da Universidade Cruzeiro do Sul. Abriga as lojas e serviços mais sofisticados da região, como Zara, Saraiva Megastore, Viamar, Fast Shop e Outback Steakhouse. A promoção de atividades culturais e da cidadania é um diferencial do shopping. Entre outras ações,

Sapataria M. Rios

O Metrô espera arrecadar mais de R$ 2 milhões por ano com a concessão dos dois shoppings ao lado de sua linha no Tatuapé. E o Anália Franco ganha fama com sua programação cultural

Nilani Goettems/e-SIM-23/07/2008

Comércio, ontem e amanhã N

realiza o Projeto Grandes Encontros, com nomes consagrados da MPB, que em junho último reuniu Paulo Tatit e Sandra Peres com o show Carnaval e Sucessos da Palavra Cantada. Também desenvolve com exclusividade eventos infantis como a Cidade do Livro e o Festival de Teatro Infantil, movimentando mais de 40 instituições educacionais. A idéia de um shopping no Jardim Anália Franco demorou cerca de dez anos para maturar. Durante a administração Jânio Quadros, 1985-1989, houve um projeto inicial para a construção do prédio, no terreno em que havia um antigo lixão da Vila Formosa. Roberto Watana-

be, o engenheiro apaixonado pelo Tatuapé, lembra que ele participou de uma visita à prefeita seguinte, Luiza Erundina, para tentar mudar o zoneamento do local e, assim, permitir a construção. Mas só em 1999 a idéia saiu de fato do papel. O novo shopping foi recebido com entusiasmo pela população de um recanto do Tatuapé, então com uma estrutura de comércio e serviços incipiente, formada basicamente por salões de beleza, escolas de inglês, concessionárias de carros e imobiliárias. Outro motivo de agrado foi o foco nas classes A e B, o que não era o objetivo dos demais shoppings da região. (LCA e EP)

a década de 1940, entre as matinês do Cine São Jorge e a visita às duas grandes padarias do bairro, chamadas São Paulo e Rio de Janeiro, o centro comercial do Tatuapé ficava na rua Antônio de Barros, onde existia até um mercado municipal. A Celso Garcia era local de fábricas e passagem obrigatória para quem demandasse o extremo Leste de São Paulo, incluindo Penha e Ermelino Matarazzo. No trecho da ferrovia entre Brás e Penha, surgiram por volta de 1886 as estações intermediárias da Mooca, do Belenzinho, 4ª Parada, 5ª Parada e 6ª Parada. Essas estações correspondem hoje às ruas do Hipódromo, Silva Jardim, avenida Álvaro Ramos, Tuiuti e Antônio de Barros. Mais tarde, com a extinção da Parada da rua Tuiuti, a da rua Antônio de Barros passou a ser denominada de 5ª Parada e concentrou o comércio. Em 1892, o banco Evolucionista iniciou um grande loteamento das terras ao lado da linha férrea, das atuais ruas Tuiuti até a Antônio de Barros, na Vila Gomes Cardim. Assim, surgiram pelo menos dois pontos comerciais no bairro – um na rua Tuiuti (e, mais tarde, na praça Sílvio Romero), outro na Antônio de Barros. Mas o comércio estava em todo lugar,

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Parabeniza o Tatuapé pelo seu aniversário, presenteando os moradores com 20% de desconto em toda linha de multifocais varilux e óculos de sol. Desta forma, comemoramos juntos esta data especial para todos nós neste bairro tão maravilhoso.

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perto das pessoas – mercearias, armazéns, farmácias, açougue. Ainda hoje o historiador Pedro Abarca, que está no bairro desde a década de 1940, desce do seu apartamento, na rua Serra de Bragança, e encontra no térreo do prédio mercado, farmácia e açougue. Se ouvir o engenheiro Roberto Watanabe, aprenderá que não deve contar com esse tipo de comodidade em um futuro breve. Watanabe, especialista em planejamento urbano, antevê que a praça Sílvio Romero, por exemplo, sofrerá completa remodelação e juntará todos os quarteirões próximos em um grande calçadão. Os comerciantes, diz ele, terão de se unir em pequenos centros comerciais. Na sua previsão, a região que ladeia as ruas Emília Marengo, Eleonora Cintra e João de Oliveira Torres, já sofisticadas, receberão casas das mais altas grifes. Restaurantes, ateliês de alta costura, escolas de línguas, trading companies e outras casas com características nobres, típicas ou de sofisticação irão preferir esta região para a instalação de suas filiais: "E irão divulgar, com muito orgulho, o lema "Filial Tatuapé". O nome Tatuapé, por si só, será uma grife de renome internacional". Watanabe não deixa por menos. (LCA e EP)

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Nacional Finanças Empresas Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A qualidade das cordas brasileiras já se igualou à das importadas. Norberto Panciarelli, da K2

FEIRA DEVE MOVIMENTAR R$ 95 MILHÕES

Mercado de esportes de aventura está aquecido

Fotos: Mario Miranda/Luz

Marco Antonio Romano (à esq.) lançou o Trasnfit. Acima a XBike e, ao lado, Georgio José Volpão, da Território Mountain.

Adventure Sports Fair reúne empresas do setor na capital paulista Vanessa Rosal

E

quipamentos de segurança com tecnologia brasileira para turismo de aventura, suplementos alimentares e moda esportiva para quem gosta de caminhar em montanhas são alguns dos destaques da 10º edição da Adventure Spots Fair, que vai até domingo na Expo Imigrantes, na capital paulista. A expectativa dos organizadores da feira é de que os lançamentos do setor gerem negócios na ordem de R$ 95 milhões em quatro dias de evento. Otimistas, os expositores esperam aumentos significativos de até 100% nas vendas em relação ao ano passado. Sinal de que o mercado está aquecido. De acordo com o gerente da Território Mountain, loja de Curitiba especializada em montanhismo, George José Volpão, o faturamento da empresa dobrou nos primeiros

Feira tem parede de escalada

seis meses do ano sobre o mesmo período de 2007. "Temos planos de vir para São Paulo. Esse será o nosso próximo passo." Na lista de novidades, uma linha francesa de roupas esportivas com preços 30% menores do que o da concorrência. O segredo? "Fizemos alguns acordos com o importador. Ninguém vende a marca Petzl – tão cobiçada en-

tre os aventureiros – mais barato que a gente." A produção de cordas para rapel, arvorismo e outros esportes de aventura também está crescendo no Brasil. O gerente da loja K2 Casas das Cordas, em São Paulo, Norberto Panciarelli, diz que os pedidos dos revendedores aumentou cerca de 15% nos primeiros oito meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. "A qualidade das cordas brasileiras já se igualou à das importadas. A vantagem é que elas custam 30% menos", disse. O resultado é o crescimento também das exportações, que hoje já representam 30% dos negócios da empresa. Produzidas em Iguape, no litoral sul de São Paulo, as cordas agüentam até 3,5 toneladas e são consideradas tão resistentes quanto as fabricadas nos Estados Unidos, país especializado na modalidade esportiva. O lançamento principal da K2 neste ano é a cadeira de resgate para rapel, que rece-

beu um toque de conforto a mais. Revestida com espuma, ela não machuca o praticante de esportes radicais. "O produto pode ser usado durante horas e horas, porque é bem macio", garante. Mas garantia de diversão é com o professor de educação física Marco Antônio Romano, que desenvolveu um produto inusitado, com patente registrada e tudo. Durante a Adven-

ture Sports Fair, ele apresenta o "transfit", equipamento que permite "andar" sobre as águas. "Tenho certeza de que as pessoas vão adorar o produto, porque é divertido, e queima muitas calorias". A expectativa é de que mil itens sejam vendidos por mês até o final do ano, a R$ 1,4 mil cada. Bike elétrica – Pensando em uma alternativa divertida e ecologicamente correta para a

locomoção dos brasileiros, a Sundown lançou cinco modelos diferentes de bicicletas elétricas. "A idéia é que ela seja usada como uma bicicleta normal. Porém, se o ciclista precisar percorrer grandes distâncias ou de ajuda para subir ladeiras, basta acelerar que tudo será possível", disse o gerente de marketing da Brasil & Movimento, detentora da marca Sundown, Paulo Penido.

Agora é a vez do ecoturismo

O

mercado de turismo de aventura tem tudo para embalar no Brasil. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), o segmento deve faturar neste ano cerca de R$ 490 milhões, impulsionado por cidades cada vez mais equipadas para a prática de esportes radicais. O diretor da Adventure Sports Fair, Sérgio Franco, aponta

Brotas, Socorro e Petar (Parque Estadual do Alto do Ribeira), em São Paulo, como grandes destinos turísticos. Segundo ele, a preservação da natureza e o contato com suas maravilhas são alguns dos motivos pelos quais o turista se encanta. O estudo apontou ainda que, em 2007, cerca de 4 milhões de turistas (brasileiros e estrangeiros) foram atendidos por operadoras de aventura

em todo o País – o número dobrou em relação a 2006. Outro estudo sobre a demanda turística internacional, feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), aponta que 19,5 % dos estrangeiros que vieram ao Brasil em 2006 disseram ter escolhido o País pela "natureza, ecoturismo ou aventura". O mercado já tem 1,5 mil empresas do setor, que empregam 8 mil funcionários. (VR)

Reprodução

A Brahma agora terá serviço pela internet que dá descontos em corridas de táxi

Táxi mais barato, para vender chope. Paula Cunha

A

Ambev anunciou ontem parceria com 526 bares em São Paulo e no Rio de Janeiro para o lançamento do Facilitômetro, endereço eletrônico que mapeia bares nas duas cidades, calcula o trajeto e a distância entre o estabelecimento escolhido e a residência do freqüentador e oferece 10% de desconto na corrida de táxi. N o w w w. c i d a d e d o c h o p p . com.br/facilitometro, o freqüentador de bares encontrará a lista de todos os participantes. Na capital paulista, 244 estabelecimentos já fazem parte do grupo. Alexandre Loures, gerente de responsabilidade social corporativa e de comunicação da Ambev, disse que a empresa fez visitas a vários bares e detectou que os mais afetados pela Lei Seca são os freqüentados pelas classes A e B e que oferecem chope", disse. Segundo Loures, a Ambev vai avaliar o impacto da iniciativa e expandir o serviço para as capitais das regiões Sul e Sudeste até o final do ano. Em São Paulo, a central de táxi parceira é a Serv Táxi; e no Rio de Janeiro, a escolhida é a Coopertam. Ao entrar no site, o interessado deve inserir o endereço de saída. Encontrará um mapa com todos os bares próximos ao local digitado, além de informações sobre eles. O passo seguinte será telefonar para a

central de táxi e identificar-se como usuário do Facilitômetro Chopp Brahma, e o veículo irá ao local indicado e o levará até o bar escolhido. O pagamento com desconto será feito diretamente ao motorista. O horário de funcionamento será de segunda a sextafeira, das 18 horas às 5 horas, e aos sábados e domingos, das 12 horas às 5 horas. Com uma redução de até 50% no movimento desde a vigência da Lei Seca, em julho, os bares paulistanos buscam formas de reduzir os prejuízos. Fernando Costa Netto, proprietário das duas unidades do Salve Jorge, do Posto 6, José Menino e Patriarca, resolveu divulgar os pontos de táxi próximos aos seus estabelecimentos, na Vila Madalena. Segundo ele, apenas o Salve Jorge localizado no centro da capital não foi afetado. No Bar do Alemão, nas imediações do Parque Antártica, a queda no movimento foi de 50%. Para o proprietário Flávio Chaves, a solução foi firmar um convênio com um ponto de táxi em frente ao bar, que oferece 20% de desconto na bandeira, o que está trazendo de volta os clientes. A Estalagem Chopperia, em Moema, teve redução de 30% no movimento. Para atrair os clientes de volta ao estabelecimento, o bar dispõe de um serviço de manobrista que leva os clientes em casa, a uma distância de até 10 quilômetros.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

PRODUTORES DE PETRÓLEO ARRECADAM NOS EUA PARA PAGAR A PROPAGANDA E O TERROR

A interpretação revolucionária do mundo real pode inverter os fatos compulsivamente, detalhe por detalhe, e criar um sistema de erros que parece a mais alta expressão do bem e da virtude.

T

anto em artigos de jornal como em aulas e conferências, tenho exposto algumas conclusões de um longo estudo empreendido sobre a mentalidade revolucionária. As principais são as seguintes: 1. A mentalidade revolucionária, tal como aparece documentada nos escritos e atos de todos os líderes revolucionários desde o século XV, sem exceção notável, não consiste na adesão a esta ou àquela proposta político-social concreta, mas numa certa estrutura de apreensão da realidade, caracterizada pela inversão da ordem temporal e causal e da relação sujeito-objeto, daí decorrendo uma variedade de inversões secundárias. 2. Essas inversões não configuram apenas uma “doença espiritual”, no sentido que F. W. von Schelling e Eric Voegelin dão ao termo, mas uma doença mental em sentido clínico estrito. A mentalidade revolucionária é uma variante específica do delírio de interpretação, síndrome descrita pioneiramente pelo psiquiatra Paul Sérieux em seu livro clássico Les Folies Raisonnantes. Le Délire d'Interprétation (Paris, Alcan, 1909; acessível online em http://we b2.bium.univ-paris5.fr /livanc/?cote=61092&p=1&do=page). Observações do dr. Sérieux: “Enquanto em geral as psicoses demenciais sistematizadas repousam sobre perturbações sensoriais predominantes e quase permanentes, todos os casos que aqui reunimos são, quase que exclusivamente, baseados em interpretações delirantes; as alucinações, sempre episódicas quando existem, não desempenham neles papel quase nenhum... A ‘interpretação deli-

A INVERSÃO OLAVO DE CARVALHO

DA REALIDADE

● Para Boff (abaixo), a balcanização com domínios regionais podem gerar uma solução extrema. ● A solução extrema é o socialismo planetário.

Paulo Pinto/AE

rante’ é um raciocínio falso que tem por ponto de partida uma sensação real, um fato exato, o qual, em virtude de associações de idéias ligadas às tendências, à afetividade, assume, com a ajuda de induções e deduções erradas, uma significação pessoal para o doente... A interpretação delirante distingue-se da alucinação e da ilusão, que são perturbações sensoriais. Difere também da idéia delirante, concepção imaginária, inventada ponto por ponto, não deduzida de um fato observado.” Difere ainda, segundo o autor, da mera interpretação falsa, isto é, do erro vulgar, por duas razões: (1) “O erro é, no mais das vezes, retificável; a interpretação delirante, incorrigível.” (2) “O erro permanece isolado, circunscrito; a interpretação delirante tende à difusão, à irradiação, ela se associa a idéias análogas e se organiza em sistema.”

N

outro artigo explicarei a diferença específica entre a mentalidade revolucionária e as demais variedades de delírio de interpretação. Aqui pretendo apenas ilustrar algo que tenho dito e repetido dezenas de vezes: a inversão da realidade é um fator tão constante e onipresente no pensamento revolucionário de todas as épocas, que praticamente podemos encontrar amostras dele no que quer que os portavozes de ideologias revolucionárias digam sobre assuntos do seu interesse político. A quantidade de exemplos disponíveis é tão imensa, que a única dificuldade para o pesquisador é o embarras de choix, a escolha dos casos mais óbvios e ilustrativos. Seleciono aqui, a esmo, um artigo do sr. Leonardo Boff publicado no último dia 14 (v. http://jbonline.terra.com.br/editorias/pais/papel/2008/07/ 14/pais20080714007.html). Citando Arnold Toynbee, o autor diz que uma constante na decadência das civilizações é a ruptura do equilíbrio entre a quantidade de desafios e a capacidade de resposta de cada civilização. “Quando os desafios são de tal monta que ultrapassam a capacidade de resposta, a civilização começa seu ocaso, entra em crise e desaparece.” Aplicando esse conceito à descrição do panorama atual, diz o sr. Boff: “Nosso paradigma civilizacional elaborado no Ocidente e difundido por todo o globo, está dando água por todos os lados. Os desafios globais são de tal gravidade, especialmente os de natureza ecológica, energética, alimentar e populacional que perdemos a capacidade de lhe dar uma resposta coletiva e includente. Este tipo de civilização vai se dis-

solver.” Após resenhar, com a ajuda de Eric Hobsbawm e Jacques Attali, algumas possibilidades de desenvolvimento catastrófico da situação, o sr. Boff enuncia a única esperança que resta, no seu entender: “A humanidade, se não quiser se autodestruir, deverá elaborar um contrato social mundial com a criação de instâncias de governabilidade global com a gestão coletiva e eqüitativa dos escassos recursos da natureza.” Em suma: governo mundial socialista. Todos os fatos mencionados no artigo são reais, mas colocados sistematicamente nos lugares errados. 1. Os desafios que o sr. Boff menciona para ilustrar a tese de Toynbee não a ilustram, mas vão parar muito longe dela. O que Toynbee tem em vista não são dificuldades materiais como as citadas, mas acima de tudo a pressão simultânea de um proletariado interno e de um proletariado externo, ambos empenhados em destruir a civilização visada. O primeiro pode ser exemplificado pelos imigrantes ilegais que recebem do governo americano toda sorte de benefícios (negados até aos residentes legais) e com isso se fortalecem para hostilizar a cultura local e lutar pelo desmembramento dos EUA. O proletariado externo é representado pela multidão de organizações empenhadas numa violenta e incessante campanha de anti-americanismo, na qual o próprio sr. Boff é uma voz de destaque, ao menos na escala brasileira. A ação dos dois proletariados é intensamente fomentada e subsidiada pelos adeptos do governo mundial, que em seguida apresentam o decorrente enfraquecimento dos EUA como um fenômeno impessoal e involuntário, camuflando a profecia auto-realizável mediante o apelo a “constantes históricas”. 2. Dos quatro desafios citados pelo sr. Boff - crise ecológica, alimentar, populacional e energética -, os três primeiros afetam muito menos o Ocidente do que os países comunistas e islâmicos e suas respectivas áreas de influência. Nunca houve desastre ecológico que se ombreasse aos efeitos da explosão em Chernobyl ou da poluição geral na China, nem há drama populacional que se compare com o chinês, nem carência alimentar tão assustadora quanto se observa nos países da África sob domínio islâmico e comunista (Sudão, Zimbábue). Se um paradigma foi algum dia ameaçado pelos três problemas que o sr. Boff assinala, é o paradigma anti-ocidental da China, da Rússia, dos países islâmicos. No Ocidente, em vez de superpopulação, o que há hoje é despopulação; em vez de carência alimentar, obesidade endêmica; e em nenhuma parte do mundo os riscos ecológicos, reais ou imaginários estão sob controle tão estrito quanto nos países capitalistas desenvolvidos. Como poderia uma civilização encontrar-se ameaçada de extinção iminente por desafios que nela estão ausentes ou sob controle? E como poderia ser substituída com vantagem por um novo paradigma inspirado justamente nas nações que sucumbem inermes ante esses mesmos desafios? A inversão da realidade é aí tão simétrica, tão patente, tão literal, tão ingênua até, que não se poderia desejar um exemplo mais claro e didático do delírio de interpretação. Quanto à crise energética, ela não existe nos EUA mas é um risco possível, que se torna iminente graças à ação... de quem? Dos mesmos adeptos do governo mundial, as Pelosis e Obamas, que bloqueiam por todos os meios a abertura de novos poços de petróleo, fazendo com que a nação proprietária das maiores reservas de petróleo do mundo se torne dependente de fornecedores estrangeiros. Estes, por sua vez, com o dinheiro que arrecadam do seu maior cliente, financiam não só campanhas de propaganda contra ele, mas até mesmo movimentos terroristas, ao mesmo tempo que eles próprios se armam até os dentes para a guerra do povo inteiro (expressão do general Giap adotada por Hugo Chávez) contra o “dominador imperalista” que os alimenta. Em resultado da “quebra da ordem imperial – são palavras do sr. Boff - entra-se num processo coletivo de caos... A globalização continua, mas predomina a balcanização com domínios regionais que podem gerar conflitos de grande devastação... Esta situação extrema clama por uma solução também extrema”.

A

solução extrema é, evidentemente, aquela acima apontada, o socialismo planetário. Ou seja: dos quatro “desafios” que segundo o sr. Boff inviabilizam a civilização do Ocidente e clamam pelo advento do governo mundial, três só existem entre os inimigos do Ocidente e o quarto é inoculado no Ocidente por eles mesmos na base do espalhar doenças para vender remédios. O sr. Boff, sendo ele próprio um dos agentes da operação – ainda que dos mais modestos --, sabe de tudo isso. Sua percepção dos fatos é exata. Sua interpretação do quadro é que é toda invertida, detalhe por detalhe, compulsivamente, para criar um sistema de erros no qual a perfídia revolucionária possa parecer a mais alta expressão do bem e da virtude. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

NEIL vade retro, satã

FERREIRA LULLA NÃO QUER SÓ ELEGER A PROMESSONA, LULLA QUER REELEGER O PROMESSÃO.

J

á dá para vislumbrar umas coisas no horário político. A promessona martaxa relaxa e goza chegou pilotando a Mentirobrás com 41 do Ibope e subindo. Tenta esconder a arrogância travestida de martinha paz e amor, cópia xerox do estelionato eleitoral lullinha paz e amor de 2002. Usa todo o bafo do lulla, bate firme no Kassab e poupa Alckmin. O seu alvo é Kassab e não o Alckmin. Caiu para 39. (39 no Datafolha). Alckmin partiu de 29 e caindo. Aparece como o habitual bom moço. Critica na área da educação a prefeitura que o PSDB do Serra ganhou, um dos pontos mais fortes das promessas relaxantes e gozantes. Poupa a promessona. O seu alvo é Kassab e não martaxa relaxa e goza. Caiu para 22. (24 no Datafolha). Kassab faz uma campanha certinha, sem chispas, igual a do Serra para prefeito e depois governador, acho que são os mesmos marqueteros, veio lá de baixo comendo pelas beiradas, apresenta sua administração, que tem alta aprovação e baixa rejeição. Bate firme na mentira Medalha de Ouro da promessona relaxa e goza. A gata véia promete construir 47 km de metrô (ou 63, há controvérsias) em 4 anos "com a ajuda do lulla e do BNDES", que não deram um real ao metrô e sabotaram o rodoanel nos 4 anos em que a capital relaxou e gozou nas garras da bruxa essa. Escolheram ajudar o cumpañero metrô de Caracas, a quem deram 600 milhões de dólares. Subiu para 12 (16 no Datafolha), reduziu para 10 a diferença em relação a Alckmin (8 no Datafolha). Só Kassab subiu neste Ibope, Alckmin se perguntará em qual cumbuca macaco tão velho enfiou a mão. Foi a primeira queda da promessona depois da subida provocada pela malhação do Alckmin no Kassab. Período em que lulla mergulhou de cabeça na campanha, o que prova a baixa temperatura do seu pé, que já tinha dado uma rasteira no coitadinho do Diego Hypólito. Joga-se nesta eleição não só quem vai sentar na sétima cadeira mais poderosa deçepaíz. A primeiríssima é a do presidente da Rede Globo, a segundona é a do presidente do Bradesco, a terceira a do presidente do Itaú, a quarta a do presidente do córintcha, a quinta a do presidente do Brasil, a sexta a do governador do Estado de São Paulo e a sétima a do prefeito da capital. Daqui sairá quem senta na quinta cadeira mais poderosa, a do presidente do Brasil.

● Se ganhar

pela primeira vez em São Paulo, nada impedirá o plebiscito ou que nova lei garanta o terceiro mandato do Promessão. O lulla "já está sentado lá" dirão os que Nelson Rodrigues apodou de idiotas da objetividade -, mas nunca tenha escondido que sonha mais alto, quer a cadeira de presidente do córintcha. A candidatura da promessona relaxa e goza é apenas um meio espúrio justificado pelo fim maior, o pudê eterno, não importa o desastre que a sua eleição possa significar para a cidade e seus habitantes. O lullismo entrega sem pejo às desastradas mãos da madama de validade vencida o terceiro maior orçamento d e ç e pa í z , menor apenas do que o federal (que não dedica um tostão ao metrô) e o do estado de São Paulo.

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Premero Tornero sabe q u e é i m b a t í ve l n a Grande Nação do Norte. Padim Padi Ciço rediv ivo, obra milagres e mantém a massa dos Sem Nada encabrestada e zonza de goró com o bolsaesmola, beijando o solo sagrado em que pisa. Hipnotiza a massa dos Sem Alfabeto, mantendo-a em cega obediência, se matam, se Seu Amo mandar. Mas ao sul de Queluz, o buraco é mais ao sul. É um derrotado contumaz, principalmente na capital, a maior cidade nordestina do mundo. Apanhou do collor até na cova do dente dois turnos, em 1989. Do FHC nos dois primeiros turnos, 1994 e 1998. Dois turnos do Serra, 2002. Dois turnos de novo do Serra, quando com maluf apoiou a martaxa , 2004. Outro cacete do Serra de cara no primeiro turno, com o dossiê-fajuteiro mercadante, 2006. Até o frágil Alckmin deulhe duas surras, nos dois turnos de 2006. Se ganhar pela primeira vez em São Paulo, não haverá o que impeça o plebiscito ou a nova lei que garante o 3º. Mandato ao Pro me ss ão . Esse o perigo real e imediato de uma vitória da martaxa relaxa e goza: lullismo até o fim dos tempos. MARTAXA É COMO A TORTURA, NUNCA MAIS. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

ESPECIAL - 7

UMA VISITA AOS PONTOS DO TATUAPÉ Escolha seu ponto neste bairro: 25 milhões de pessoas gostam daquela camisa preta e branca e do Parque São Jorge, mas nem todos moram lá. Os tatuapeenses gostam de tudo, gostam de seu bairro Timão de 25 milhões de fiéis

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erto de completar seu centenário – foi fundado em 1º de setembro de 1910 –, o Sport Club Corinthians Paulista é o mais famoso clube do Tatuapé. Ultrapassa qualquer fronteira e junta 25 milhões de fiéis torcedores em todo o País. Não é, porém, o único clube do bairro, que segundo o historiador Pedro Abarca, abriga mais de 150 clubes e associações, como o E. C. Sampaio Moreira, o Destemidos, Grêmio Maranhense, Primeiro de Maio, Mãe do Céu, Quinta Parada e muitos outros. Mas o maior, sem dúvida é o "Timão". O Corinthians começou no bairro do Bom Retiro, mas em 1927 mudou para o Parque São Jorge. O terreno foi comprado do Esporte Clube Sírio e pago ao longo de dez anos. Aí foi construída a sede social – 158 mil m2, quadras poliesportivas, dois ginásios, um dos maiores parques aquáticos do País, restaurante e o estádio Alfredo Schürig, batizado por ele próprio, e carinhosamente conhecido como "Fazendinha". S. C. Corinthians Paulista Rua São Jorge, 777 Parque São Jorge

Piqueri, uma herança do conde

N

a foz do ribeirão do Tatuapé, em 1927, o conde Francisco Matarazzo ergueu uma casa sede, pomar, granja, área para criação de búfalos, lhamas e veados, além de uma fábrica de queijos. Foram plantadas mais de 50 espécies de árvores nativas e exóticas. Era a Chácara Piqueri (em homenagem aos índios da região), que deu origem ao parque. Em 1954, uma parte da chácara foi vendida e, em 1971, o restante foi declarado de utilidade pública pela municipalidade, em reação aos atos de depredação da vegetação que ocorriam no local. Em 1976, a área foi definitivamente incorporada ao patrimônio municipal. A inauguração do parque ocorreu em 16 de abril de 1978. Parque do Piqueri Rua Tuiuti, 515 Chácara do Piqueri Horário: 6h19h no verão; 6h- 18h no restante do ano.

O Ceret vai virar parque

E

m maio, o governador José Serra transferiu o antigo Centro Educativo, Recreativo e Esportivo do Trabalhador - Ceret para a Prefeitura. Com essa iniciativa, São Paulo terá um novo parque público, o Complexo Esportivo Parque do Trabalho. Nada muda, na prática: o Ceret, com 286 mil m2, já é considerado o maior complexo esportivo da cidade, bem no coração do Jardim Anália Franco, com pistas de corrida e caminhada, ginásio e quadras e uma das maiores piscinas da América Latina. Como parque, será a sexta maior extensão arborizada da Capital, com mais de 80% da área constituída de bosques. Complexo Parque do Trabalho (Ceret) Rua Canuto de Abreu s/nº Jardim Anália Franco

Nossa história na Casa do Tatuapé

C

asa colonial brasileira que pertenceu ao padre Matheus Nunes Siqueira. As paredes são de pau-a-pique e taipa de pilão. Tem seis cômodos e dois sótãos, com telhado de duas águas. Há poucos objetos de época, mas é possível ver pontos da parede em que se nota a treliça de madeira amarrada com cipós, base da parede, que

depois recebia barro. O local foi fazenda e olaria e propriedade de uma empresa têxtil, que a doou à Prefeitura. Rua Guabiju, 49 Piqueri Horário: terça a domingo, 9h-17h

Praça Sílvio Romero, o point

N

os finais de semana (muitas vezes, também no meio da semana), jovens estudantes acorrem aos bares da praça Sílvio Romero e ruas em torno. É o point, que ganhou nova iluminação (28 postes metálicos de cinco e sete metros de altura) e revitalização da paisagem. O local, de 7.890 m2, tem 5 mil m2 só de áreas verdes. Aí, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) propôs uma "praça das bandeiras" regional. Como a praça já tem quatro mastros, a idéia da ACSP Distrital instituiu a troca de bandeiras a cada 90 dias, com incineração solene. "É a única incineração em praça pública da cidade", diz o engenheiro Roberto Watanabe. O 8º Batalhão da Po-

lícia Militar fornece um incinerador portátil para a cerimônia. Alunos das escolas do bairro são convidados a assistir ao evento. O objetivo, segundo o superintendente da Distrital, José Garris del Valle, é incutir o civismo no bairro. O nome da praça se deve ao crítico literário, poeta, ensaísta, filósofo, professor e político Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851-1914), nascido em Sergipe. Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, exerceu o cargo de juiz em Parati (RJ) e dedicouse ao magistério. Sua poesia foi influenciada pela obra de Victor Hugo. Um dos primeiros pensadores a se interessar por Antônio Conselheiro, o qual via como missionário vulgar que agregara em torno de si fanáticos depredadores. Mas Romero dependia de seu amigo Euclides da Cunha, enviado para Canudos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ao voltar, Cunha tinha um livro, Os Sertões, e pôde esclarecer o amigo. Região comercial da praça Sílvio Romero Quadrilátero entre

ruas Padre Adelino, Coelho Lisboa, Serra de Bragança e Tuiuti.

Hospital referência em queimados

O

Hospital Municipal Cármino Caricchio – mais conhecido como Hospital Tatuapé – foi inaugurado em 1969 e realiza em média 110 mil procedimentos, 50 mil exames e 34 mil consultas por mês. Atualmente passa por diversas reformas para melhorar o atendimento. O hospital tem uma clínica de queimados considerada referência na cidade: possui 20 leitos de enfermaria e 04 de UTI. O Pronto-Socorro de Queimados atende, em média, 160 pacientes por mês, todos casos graves. Destes, 33,3% são menores de 15 anos e 6,3% estão acima dos 60 anos. A maioria dos casos de queimaduras na infância é por escaldo (água fervente) e, em adultos, por acidentes com álcool ou inflamáveis. Hospital Tatuapé Av. Celso Garcia, 4.815 Entre as ruas Santo Elias e Coronel Gustavo Santiago

Eis Anália, a grande educadora

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oça e magra, modesta e altiva, que já era poeta e jornalista, ela mendigava quando preciso e deixava atônita e com raiva a sociedade do final do século 19. Assim que foi promulgada a Lei do Ventre Livre, em 1871, a professorinha, então com 15 anos, recolheu os filhos de escravas que andavam abandonados pelas ruas. Fundou uma escola para os enjeitados com dinheiro de seu próprio bolso, porque não podia imaginar ninguém sem educação formal. Em 1911, com a ajuda de senhoras da elite paulistana, conseguiu adquirir a Chácara Paraíso, 75 alqueires de terras que pertenceram a uma figura da História do Brasil, Diogo Antônio Feijó, o regente. Nessa fazenda, ela fundou a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de São Paulo. Seus objetivos eram claros: proteger e educar as crianças pobres e auxiliar mães solteiras e órfãos. Por seu caráter caridoso e pelas ligações políticas estabelecidas por sua líder, a associação recebeu

desde sua fundação apoio do governo, que lhe concedeu uma pequena verba para suas atividades e cedeu prédios para funcionamento das escolas e liceus. Dedicou-se às crianças pobres por toda a sua vida. Fundou 71 escolas, dois albergues, uma colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para órfãos, uma banda musical, uma orquestra, um grupo dramático, além de oficinas artesanais em 24 cidades. A Chácara Paraíso mudou com o tempo e foi desapropriada pela Prefeitura de São Paulo; com o dinheiro, a obra continuou no município de I tapetininga, no Interior de São Paulo, e ali atende a doze mil pessoas. Mais tarde, a Universidade Cruzeiro do Sul adquiriu o casarão da associação e lhe deu o nome que tem até hoje: Edifício Anália Franco, também nome do bairro, no Alto do Tatuapé, que homenageia uma das maiores educadoras do Brasil, Anália Emília Franco, nascida em 1856 e falecida em 1919. Edifício Anália Franco (Unicsul) Av. Regente Feijó, 1.295 Jardim Anália Franco (LCA e EP)


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Negócios Finanças Nacional Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 André AZ/AE

No Rio de Janeiro, 2 mil metalúrgicos protestaram na porta da Petrobras.

12,3% DOS DISSÍDIOS EMPATARAM COM A INFLAÇÃO

LEVANTAMENTO DO DIEESE MOSTRA QUE 73,5% DAS NEGOCIAÇÕES TIVERAM REAJUSTE ACIMA DA INFLAÇÃO

MAIS DINHEIRO PARA O TRABALHADOR José Luis da Conceição/AE

Fátima Lourenço

O

Metalúrgicos em campanha salarial fazem manifestação em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista.

Metalúrgicos fazem passeatas

E

nquanto aumentam as greves em diversos estados, cerca de 5 mil metalúrgicos ligados à Força Sindical no Estado de São Paulo realizaram ontem passeata saindo de vários pontos da capital até a sede da Fiesp, na Avenida Paulista. O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva participou da manifestação. "Essa é uma importante campanha salarial, porque os milhões de trabalhadores com data-base neste segundo semestre terão como parâmetro o reajuste da categoria", afirmou Paulinho. Entre as principais reivindicações estão o aumento salarial de 20%, a jornada de 40 horas sem redução de salários, valorização do piso salarial, fim da terceirização e do traba-

lho precário. O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Cláudio Magrão, enfatizou que "nunca os patrões ganharam tanto. Hoje, tivemos uma grande demonstração de força e iremos lutar por aumento real". Eleno José Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, ressaltou, "que os trabalhadores darão prazo de 15 dias para os empresários negociarem, senão vamos começar com as greves pipoca, e cada dia paralisar uma empresa diferente." A campanha envolve 54 sindicatos de metalúrgicos no estado, representando cerca de 700 mil trabalhadores, com database em 1º de novembro.

Nacionalismo – No Rio de Janeiro, cerca de 2 mil manifestantes saíram ontem de Niterói para um ato de protesto em frente à sede da Petrobras. Eles reivindicavam a construção da plataforma P-62 no estaleiro Mauá, em Niterói, em vez do afretamento no exterior. Uma comissão de sindicalistas, representando os trabalhadores, foi recebida por assessores da diretoria e teve a resposta de que a decisão seria tomada ao longo da próxima semana. A manifestação, que durou mais de duas horas, obrigou a Petrobras a fechar suas entradas principais, para se prevenir contra eventuais atos de violência. A polêmica em torno da construção da P-62 se arrasta há pelo menos seis meses. (Agências)

Comércio: impasse nas negociações.

O

presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, não descarta a possibilidade de a categoria ir a dissídio e até entrar em greve se não houver, por parte dos patrões, disposição para conceder cesta-básica e aumento real de salários. Ao final da segunda reunião, ocorrida na manhã de ontem, não houve consenso, e Patah considerou a negociação encerrada. Já está agendada uma mesa-redonda na Delega-

cia Regional do Trabalho para a próxima quinta-feira. O presidente do Conselho de Relações do Trabalho, da Federação do Comércio (Fecomercio), Ivo Dall'Acqua, diz que a concessão de um aumento real não está descartada, mas que é preciso conversar sobre o valor e a forma de concedê-lo. A Fecomercio, explica, representa cerca de 31 sindicatos. A dinâmica, agora, implica voltar a consultá-los. Dall´Acqua não sabe se poderá

apresentar nova proposta antes da reunião da DRT. Se o encontro do dia 11 não resultar em conciliação, será a segunda vez que os comerciários de São Paulo irão a dissídio. Com data-base fixada em primeiro de setembro, a categoria já tem garantido, por consenso, a reposição da inflação do período, de 7,41%. A pauta de reivindicação inicial pedia 5% de aumento real, índice revisto para 2,5% no decorrer das negociações. (FL)

balanço das negociações salariais do primeiro semestre mostra que 85,8% dos acordos coletivos asseguraram pelo menos a reposição das perdas com a inflação acumulada entre a data-base de 2007 e 2008. Em 73,5% dos casos, os trabalhadores conseguiram ganhos reais. Esses percentuais, ainda que inferiores aos de igual período de 2007 – de 96,6% e 87,1%, respectivamente – não sinalizam um segundo semestre desfavorável às negociações salariais, conforme análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pelo trabalho. "A inflação é uma variável importante, mas não há evidências de que ela esteja pressionando os salários. Os indicadores demonstram que o aumento dos índices não é de demanda, mas em função do reajuste das commodities agrícolas. Os números do balanço apontam para uma trajetória de melhoria dos salários", afirma o Coordenador de Relações Sindicais da entidade, José Silvestre Prado de Oliveira. Pesam a favor das negociações, comenta, os indicadores macroeconômicos, como os relativos à indústria, com cresci-

mento das taxas de investimento e de produtividade. Comparações – O Dieese analisa o comportamento dos reajustes salariais desde 1996. Segundo Oliveira, os números do primeiro semestre deste ano representam o terceiro melhor desempenho da série, depois de 2007 e 2006. Naqueles anos, as negociações com reajustes acima da inflação oficial representaram 87,1% e 84,4% dos casos, respectivamente, ante os atuais 73,5%. "É importante olhar como isso se distribui em termos de

faixas salariais", recomenda o coordenador do Dieese. No primeiro semestre de 2007, por exemplo, os ganhos reais superiores a 4,01% ocorreram em 3% das negociações, ante 0,03% dos casos deste ano, ampliando o número de pessoas com menor ganho real. Neste ano, sintetiza Oliveira, a maioria dos acordos – quase 76% dos casos – obteve ganho real na faixa de até 1,5% acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, o balizador do governo para a inflação.

Situação atual favorece greves

O

momento atual de economia aquecida e produção recorde de carros – ainda que em agosto tenha ocorrido uma desaceleração das vendas – desencadeou um movimento grevista nesse segmento que pode se transformar num dos mais fortes protestos por salários desde 2001. Naquele ano, as principais montadoras brasileiras ficaram paradas por uma semana. Paralisações parciais estão ocorrendo desde o início desta semana, mas há ameaça de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 8. Ontem, representantes das montadoras e dos metalúrgicos se reuniram em São Paulo para tentar um acordo que pusesse fim à ameaça de greve. O encontro ainda não havia terminado às 20 horas. O movi-

mento ocorre entre trabalhadores das montadoras de São Paulo e Paraná, que respondem por 63% da produção nacional e que têm data-base a partir de 1° de setembro. Os metalúrgicos aproveitam o bom momento do setor para reivindicar reposição das perdas e aumento real. Eles não falam em índices, mas acharam "insignificante" a oferta de 1,25% apresentada pelas montadoras. "No ano passado, tivemos 2,5% de aumento real. Como as empresas podem oferecer menos agora, se a produção aumentou, houve ganho de produtividade e nós estamos trabalhando mais?", questiona Moisés Selerges, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. No Paraná, as linhas de montagem da Volkswagen e

da Renault/Nissan estão paradas desde segunda-feira. A Volvo, fabricante de caminhões, abandonou o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) e negociou à parte com seus 2,6 mil funcionários. A empresa ofereceu reajuste de 10,1% e abono de R$ 1,5 mil, aceito em assembléia ontem. O p r e s i d e n t e d o S i n f avea/Anfavea, Jackson Schneider, disse que as negociações não podem ter como base apenas o momento atual, mas o longo prazo. "Precisamos pensar nas condições de competitividade dessas regiões e também da competitividade que nossa indústria tem no mundo", disse. "Com o real valorizado, qualquer aumento real específico significará alta de custo".(AE). (Leia mais na pág. E6.)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ESPECIAL

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Essa gente apaixonada pelo Tatuapé Um historiador, um engenheiro, um cineasta, quatro músicos amadores, cada qual com sua maneira de expor a paixão pelo Tatuapé. São assim os moradores deste bairro Fábio D'Castro/Hype

Luiz Prado/LUZ

Watanabe, engenheiro: poluição é fama injustificada

Abarca, historiador, mudou o aniversário do bairro

A

té a década de 1990, o Tatuapé comemorava seu aniversário no dia 4 de outubro, data da criação do Cartório Civil no bairro, em 1934. "Misturaram tudo", diz Pedro Abarca, historiador do Tatuapé, que tinha pesquisas e mais pesquisas que não batiam com essa data. Embora tenha trabalhado 4 2 a n o s c o m o p ro j e t i s t a , Abarca, filho de imigrantes espanhóis (o pai tinha um negócio de sacaria de juta), tornou-se o historiador do bairro. Quando se aposentou, resolveu que não ia parar. "Sou um idoso atípico", diz ele aos 77 anos. "Gosto muito de tevê, de cinema, de dirigir meu carro, de computador e de intern e t . Te n h o a t é m e u s i t e www.abarcasite.com". Casado com dona Laura, seu Pedro tem dois filhos, Marcos, um empresário de 48 anos, e Telma, de 46, administradora de empresas. A família vive no Tatuapé desde sempre. Ele também é um apaixonado pelo bairro, como qualquer tatuapeense. Ao se aposentar, voltou-se para a literatura, de que sem-

E

Pedro Abarca: “No próprio arquivo da Prefeitura havia história de todos os bairros, menos do Tatuapé"

pre gostou: "Quando fiz primeiro livro, 'Ruminâncias de Um Camelo Aposentado', me perguntaram se eu sabia algo sobre o bairro. Fui pesquisar e descobri que pouco se sabia. No próprio arquivo da Prefeitura havia história de todos os bairros, menos do Tatuapé". Depois que começou a pesquisar já juntou três livros sobre o Tatuapé (Tatuapé - Uma História Fascinante, Tatuapé Ontem e Hoje e Tatuapé - A História de um Povo). São nove livros publicados no total e mais três a publicar. "Noventa por cento das mentiras do bairro sou eu que origino", diz ele, bem-humorado. Quando fez suas primeiras pesquisas em livros, documentos antigos e arquivos, aprendeu detalhes adicionais sobre o padre Matheus Nunes de Siqueira, hoje considerado

o fundador do bairro, na década de 1660. Por volta de 1668, em que Nunes de Siqueira era o dono da região, foi construída a Casa do Tatuapé. Abarca descobriu um documento guardado em arquivos municipais em que o padre pede que a Câmara de São Paulo lhe conceda um terreno atrás da sua casa, na propriedade que, então, não chegava ao rio Tietê. Era um terreno sem uso, que o padre pretendia usar para plantio. A Câmara concedeu o terreno, outros moradores chegaram e o bairro praticamente começou. Está no documento: 5 de setembro de 1668. É a certidão de nascimento do Tatuapé. Com a ajuda do vereador José Monteiro (Zé Índio), Abarca levou o caso à Câmara. E a data de aniversário do Tatuapé mudou. (LCA e EP)

Leonardo Rodrigues/e-SIM

Bezerra, cineasta, reproduz a história do bairro

Roberto Watanabe: “Consigo enxergar por cima da mesquinhez de cada um"

Cantareira. Mas os ventos na cidade, explica Watanabe, são predominantemente de Sudeste para Noroeste, isto é, grosso modo, neste caso, da Vila Prudente para Santana. Como nesse caminho estão os rios Aricanduva e Tamanduateí, os ventos têm estrada livre para correr e, assim, arrastar a poluição para longe do Tatuapé. Ainda havia muita poluição na década de 1970, quando as medições da Cetesb indicavam altos níveis de concentração de poluentes na Celso Garcia, perto do Hospital São José do Brás, pela qual passavam praticamente todos os ônibus para a Zona

Leste, e nos pontos onde ficavam as indústrias (nem todas era poluentes). É dessa época que vem a fama – "injustificada", diz Watanabe – de bairro mais poluído de São Paulo. Primeiro, organizações do bairro pediram a retirada do ponto de medição da Celso Garcia – era um local que falseava o resultado. Depois, com a chegada do metrô e dos trens urbanos e a fuga de indústrias para cidades do Interior, atrás de incentivos fiscais e terrenos mais amplos e baratos, a poluição – qualquer que fosse o nível – acabou praticamente desaparecendo. (LCA e EP)

Newton Santos/Hype

Montecristo: cinqüentões se reúnem pelor amor à música

E

le nasceu na Beneficência Portuguesa, na Bela Vi s t a . A f a m í l i a é d e Santana. E quando começou a trabalhar na área de criação, o emprego era na Mooca. Quando decidiu morar sozinho, como tinha muitos amigos no Tatuapé, mudouse, já faz 15 anos. Aqui, montou seu estúdio de publicidade e criação e nunca mais saiu do bairro. Hoje, por todas as medidas, Fernando Bezerra é um tatuapeense de quatro costados. Tanto que está produzindo um filme sobre o Tatuapé. É um apaixonado por cinema. Mesmo quando trabalhava com publicidade, sonhava, melhor, montava roteiros dentro de sua concepção de que o cinema é o ponto mais alto da criação: "É desse modo que se pode juntar todas as artes". Em 2003 começou a produzir programas de TV. No ano passado, resolveram – ele, sua mulher, e dois filhos, um menino de 9 anos e uma menina de 2 anos – partir de vez para o cinema. Fundou a FB Filmes, em uma casa no Tatuapé. Foi no começo do ano passado que fez seu primeiro curta, "A Última Corrida", sobre um motoboy. Ganhou prêmio no Festival de Curtas de Atibaia. Na seqüência, já fez seu segundo roteiro, "Conseqüências", uma crítica à banalização sexual. Entre março e maio de 2007, já estava com este segundo filme produzido. O terceiro, "A Lenda", foi produzido pela Secretaria Municipal de Cultura de Atibaia. Foi um golpe de sorte: para sobreviver, Fernando produzia programas de TV na cidade. Em janeiro deste ano, disseram-lhe que ele tinha cinco minutos para apresen-

ngenheiro especialista em planejamento urbano, Roberto Massaru Watanabe é um daqueles apaixonados pelo bairro. Nasceu aqui, há 61 anos, cresceu, estudou e, como ele diz, provavelmente vai morrer no Tatuapé. Por ser especializado, Watanabe tem suas razões para adorar o bairro. Razões técnicas – além daquelas do coração. Watanabe sabe bem do que fala: afinal, já construiu uma cidade. Trabalhou no projeto de Tucuruí, no rio Tocantins. A 400 km de Belém, no meio do mato, ele teve de construir uma cidade para os operários – com casas, serviços, abastecimento, cinema e hospital. Foi o coordenador geral do projeto. Por isso, conhece bem técnicas de planejamento, atribuição de responsabilidade: "Tenho uma certa facilidade. Consigo enxergar por cima da mesquinhez de cada um". Também foi subprefeito em Itaquera, que tem 520 mil habitantes. Em Tucuruí, para construir sua cidade, teve de levar tudo em conta: o terreno, as fontes de abastecimento de água e os ventos, que determinam a dispersão de eventuais poluentes. É o caso do Tatuapé: por esse tipo de conhecimento, Watanabe diz poder provar que a poluição é bem menor aqui do que costumam dizer. São Paulo fica em um buraco entre as serras do Mar e da

Q

Fernando Bezerra: “Nosso foco não é destrinchar temas, mas mostrar os pontos de evolução do bairro”

tar alguma coisa no festival. Está montando um documentário sobre o Troféu Sapuari. Sapo ari é endêmico na região. Ao correr atrás disso, constatou que não existia informação alguma. Não tem no Museu de História Natural de Atibaia. Não tem fotos na internet. Assim, criou uma comédia, uma sátira da situação. Não podia usar o nome Sapuari, que era registrado. Criei um personagem japonês, que fala "Olha o Sapo ali", o que foi uma forma engenhosa de citar o nome do festival. Descobriu, nesse meio tempo, como funcionam as leis de incentivo ao cinema. E montou sua própria estratégia: atrai empresas para financiar trechos do filme. Só filma quando o trecho está pago, embora cerca de R$ 100 mil estejam sendo assumidos pela

sua produtora. No filme sobre o Tatuapé, usou muita computação gráfica, em especial para mostrar as caravelas de Martim Afonso de Souza. Um tatu montado em computação é seguido pela câmera o tempo todo. A cada momento, o tatu ou entra nu buraco ou emerge. Ao emergir está em outra época da história do Tatuapé. "Nosso foco não é destrinchar temas, mas mostrar os pontos de evolução do bairro, de todos os pontos de vista possíveis, como o futebol varzeano, a época das chácaras e outros. Cada um é um filme em si". Dentro de dois ou três meses, o filme estará pronto. E será vendido em livrarias e bancas de jornais. Depois, quem sabe, a cidade e o mundo. (LCA e EP)

uem entrar em um bar ou restaurante do Tatuapé e eventualmente ouvir o som do Creedence Clearwater Revival (1959-1972) não deve imaginar que John e Tom Fogerty, Stu Cook e Doug Clifford voltaram à ativa (ou à vida, no caso de Tom). Não deve imaginar, igualmente, que outros conjuntos e outras músicas dos anos 1960 e 1970 – como Johnny Rivers, Rolling Stones, Bob Dilan, America, Eric Clapton, Hermann Hermits ou Beatles – ganharam mais uma banda cover. A banda Montecristo, legítima tatuapeense, não é cover de ninguém – são apenas amigos, todos cinqüentões, que tocam habitualmente por prazer. E tão bem que muitas vezes são convidados para fazer temporadas na noite. Foram eles que abriram o show de Paulo Ricardo, exRPM, em uma apresentação no Corinthians, recentemente. O baterista Gilberto comentou sobre a banda com um amigo. Acabaram contratados para o show de abertura: duas horas de música para 1.500 pessoas no salão nobre do Corinthians. Daí em diante, ficaram conhecidos, o que é uma injustiça: eles tocam como amadores em bandas diversas, mas sempre com muito apuro, há mais de 40 anos. "Somos amadores", diz o engenheiro elétrico Evadne Castelli, 56 anos, guitarra e vocal: "Mas tentamos não al-

Kosmos, João, Gilberto, Wagner e Evadne: a banda Montecristo é um sucesso

terar demais a música original. Muitas vezes me coloco como ouvinte: gosto de ouvir a música no andamento que conhecemos". A banda ainda tem o contabilista Wagner Caldeira, 59 anos, igualmente guitarra e vocal; e o administrador de empresas Gilberto Ferreira Cândido, 63 anos, bateria. No momento, a banda está passando por uma reformulação. Saiu o baixista Paulo Edson Melro (57 anos), entrou João Eduardo Pato, médico ortopedista, caçula do grupo com 46 anos de idade. E adicionaram o tecladista Kosmos, também do bairro, que já é veterano da noite paulistana. Kosmos viu uma reportagem sobre eles na Revista do Tatuapé e ficou encantado: pediu uma vaga. Todos eles já tocaram em outros grupos. E já apareceram em programas de TV do passado. Paulo Melro, o que acabou de sair da formação, chegou a tocar em programas da época da Jovem Guarda. Gilberto participou de programas na TV Record, ainda menino, quando tocava bongô. Wagner cantou na TV Globo e na TV Bandeirantes e ganhou festivais na Zona Leste.

Ainda hoje, Wagner toca em eventos da Prefeitura e dá aulas para crianças especiais em uma escola do Tatuapé. A Montecristo começou por acaso. Evadne foi pagar um apartamento que havia comprado. Na construtora, comentou com a pessoa que o atendia que gostava de tocar e que era difícil gente ligada para valer em música. O atendente segredou-lhe que o tio do dono da construtora estava exatamente procurando músicos para formar uma banda. Da noite para o dia, a banda se formou. São amadores,mas encaram a música com jeito profissional. Reúnem-se duas ou três vezes por semana para ensaiar em um estúdio na rua Euclides Pacheco. Apuram seus sons e agregam mais músicas, sempre daquela época. "Nossa proposta é tocar essas músicas do passado, com o arranjo original, em inglês. Essas músicas são da época em que a gente se apaixonava. Todo mundo da nossa faixa de idade sente falta disso". Só tocam o que gostam. Se em alguma apresentação alguém pedir músicas diferentes, avisam que essa não é sua praia. (LCA e EP)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Negócios Imóveis

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Marcos D'Paula/AE

As exportações cresceram de 62.981 veículos em julho para 67.937 em agosto (mais 7,9%).

MOVIMENTO NA AVIAÇÃO REGIONAL

Fotos: Divulgação

A

UM TI-TI-TI FASHION

entrada do publicitário baiano Nizan Guanaes, que comanda o Grupo ABC, controlador de agências como Africa, MPM, DM9DDB, Loducca, Tudo, entre outras, no mundo fashion, está dando o que falar. Bem que Nizan tentou dizer que não entrava no negócio da moda, com a Rio Summer, que se realiza entre os dias 5 e 8 de novembro, para competir ou dividir, mas para somar. Procurou atrair para o negócio Paulo Borges, da São Paulo Fashion Week, e Eloysa Simão, do Fashion Rio. Esforço e diplomacia em vão. Agora, Borges e Simão, para enfrentar Nizan e seu Rio Summer, começam a anunciar eventos paralelos. A SPFW, por exemplo, acaba de se aliar ao poderoso grupo InBrand, que reúne grifes como Ellus, 2nd Floor e Isabela Capeto (curiosamente presença confirmada na Rio Summer), que passa a ter participação nos desfiles, na revista Mag!, no SPFW Journal e nos produtos de internet, além dos badalados eventos. O valor do negócio não foi revelado. Mas se Nizan tem como parceiros os fundos administrados por Armínio Fraga e o Icatu de Kátia Braga, Paulo Borges tem o apoio dos fundos do UBS Pactual, dono do InBrand. Já no campo temático, quem saiu na frente foi Eloysa Simão. A mulher que comanda o Fashion Rio realiza a partir das 18 horas do dia 10 de setembro o desfile Talentos do Brasil, projeto que leva às passarelas armadas na Marina da Glória a coleção de peças feitas por agricultoras-artesãs

INDEPENDÊNCIA em turfe

GRANDE PRÊMIO

P

ara divulgar o Grande Prêmio Ipiranga, do dia 6 de setembro no Jockey Club de São Paulo, a agência Neogama/BBH buscou inspiração na famosa tela de Pedro Américo, Independência ou Morte. Só que em vez de D. Pedro I e tropa, aparecem jóqueis e o valor do prêmio, que fará a independência dos apostadores. O anúncio (ou melhor, a pintura de Pedro Américo) é belo.

PEN DRIVE VIROU MÍDIA

N

ão se assuste se começar a receber pen drive com informações sobre bancos, supermercados, etc. O instrumento está virando febre, tendência que já tomou conta do Japão. É que a turma do marketing direto percebeu que cartas, por mais belas, com fitas e tudo, não fazem mais o mesmo efeito. Esse "presentinho" obriga quem o recebe a ver o conteúdo, mesmo que para jogar fora.

TRIP

de 12 estados brasileiros, com auxílio e orientação de oito estilistas, como Jun Nakao, Ronaldo Fraga e Renato Loureiro. Detalhe: hoje Eloysa Simão é muito diferente daquela que conheci, anos atrás, quando militava no MR-8, uma das organizações revolucionárias que combatia a ditadura militar no País e com quem, na escassez dos tempos de estudante, cheguei a dividir um apartamento. Mas até aí, tudo bem. Miuccia Prada deixou as fileiras do Partido Comunista

Italiano direto para as passarelas da sua grife, a Prada. O desfile promovido por Eloysa é parte da programação da 5ª Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária, e a intenção dela é que ele se traduza em oportunidade para que as mulheres do campo reaproveitem matérias-primas, como juta, sisal, buriti e couro de peixe para produzir peças que ganhem as passarelas. Nizan Guanaes já tinha cantado a bola de que pretende realizar um Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

O grupo SkyWest Inc. anunciou aporte de US$ 30 milhões na companhia brasileira. O valor permitirá que a empresa dobre de tamanho até 2011.

Expansão de aérea regional

A

Trip Linhas Aéreas, controlada pelos grupos Caprioli e Águia Branca, anunciou ontem a venda de 20% do seu capital para o grupo norte-americano SkyWest Inc – holding que controla as companhias

SkyWest Airlines e Atlantic Southeast Airlines. A operação, que levou 16 meses para ser concluída, prevê aportes de US$ 30 milhões na empresa brasileira até o início de 2010. O presidente da Trip, José Mário Caprioli, disse que os

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO PRESENCIAL 315/2008-SMS.G, processo 2008-0.231.387-2, destinado ao registro de preços de ANTI-SÉPTICOS E VASELINA LÍQUIDA EM ALMOTOLIAS DESCARTÁVEIS COM 100ml, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 07 de outubro de 2008. AMOSTRAS deverão ser entregues até o dia 06/10/2008, no horário das 08 às 15 horas na Rua General Jardim, 36, 3º andar - Vila Buarque, conforme instruído no edital. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro da 1ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde, no momento da abertura da sessão pública de pregão. O edital do pregão acima, poderá ser consultado e/ou obtido pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização do pregão, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 230/2008-SMS.G, processo 2008-0.192.085-6, destinado ao registro de preço de TUBO DE LÁTEX PARA GARROTEAMENTO para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 25 de setembro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 237/2008-SMS.G, processo 2008-0.186.659-2, destinado ao registro de preço de ELETRODO DESCARTÁVEL PARA MONITORIZAÇÃO CARDÍACA CONTÍNUA EM NEONATO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 26 de setembro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 257/2008-SMS.G, processo 2008-0.201.128-0, destinado ao registro de preços de RESINA FOTOPOLIMERIZÁVEL, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Odontológico, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 29 de setembro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

planos para abrir capital entre 2010 e 2011 não mudam com a entrada da SkyWest na empresa. "Com o novo sócio conseguiremos aumentar nossa escala, melhorar nossas margens e com isso estar mais bem preparados para o IPO", disse. De acordo com Caprioli, a entrada dos recursos se dará em três fases, sendo a primeira ainda em setembro, a segunda em fevereiro de 2009 e a última em fevereiro de 2010. Os recursos serão utilizados, principalmente, como capital de giro. O pedido de autorização para a primeira etapa já foi protocolado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "A partir de agora, eles são oficialmente nossos sócios", afirmou. Apesar de não falar em valores, ele disse que as sinergias com o novo sócio trarão "grande economia para a Trip", principalmente, nos custos com seguros internacionais, serviços de manutenção e processos operacionais, além de maior eficiência na gestão. O executivo informou que os planos de expansão da Trip para os próximos anos não mudam. "O novo sócio, na verdade, dá mais segurança para a nossa estratégia de crescimento, que é bastante agressiva", disse. A Trip programa chegar em 2011 com uma frota de 41 aeronaves, ante as 19 mantidas atualmente. A expansão será feita com aviões modelo 175, da fabricante brasileira Embraer, e com aviões modelo ATR, de origem européia. A programação é chegar ao final de 2008 com 20 aeronaves, elevar o número para 24 em 2009, 32 em 2010, alcançando então 41 unidades em 2011. (AE)

grande seminário sobre sustentabilidade, paralelamente aos desfiles da sua Rio Summer, possivelmente sobre água. Eloysa saiu na frente. Nesse cenário, agulhadas e alfinetadas já começam a ser "plantadas" nas colunas sociais, especialmente as do Rio. Tudo porque o publicitário baiano escalou o hotel Fasano, em Ipanema, como o QG de seu evento. Não existe nada mais paulista na praia carioca do que esse hotel e seus restaurantes. Tudo bem que Nizan Guanaes vai realizar os desfiles no belo cenário do Forte de Copacabana e que promete eventos no Copacabana Palace, símbolo do balneário carioca, mas não faltam notas o apresentando como paulista e como garoto-propaganda da moda de São Paulo no cenário carioca. Explica-se: a maioria das grifes convidadas para o evento, que deve consumir R$ 10 milhões, é paulista, entre as quais a Rosa Chá de Amir Slama e a 284, da Daslu. O carioca prefere dar força para a moda da Daspu. O investimento na Rio Summer deve ser dividido em cinco cotas, e a Citröen já comprou a sua. Para uma consultora de moda, badalada, que pede anonimato, a Summer Rio é uma mostra de negócios. Nizan quer rivalizar o estilo de vida do Rio com o de Miami, referência mundial em moda praia, e ganhar dinheiro. É certo que irá atrair mídia e patrocínio. E como bom filho de Xangô, do terreiro baiano do Gantois, ele promete quebrar pedra por pedra. E a turma fashion promete o ti-ti-ti afiado das línguas, das agulhas e dos alfinetes.

15 SEGUNDOS são suficientes para uma idéia, aposta agência.

A BELEZA DOS PÉS

A

atriz Taís Araújo, que interpreta a vaidosa Alícia da novela global "A Favorita", é a estrela de comercial das Havaianas que estréia no próximo domingo, dia 7. Criado pela agência AlmapBBDO, o comercial inova no formato, ao usar apenas 15 segundos para dar seu recado.

Nele, ela está se arrumando, quando a campainha toca e vai atender à porta. O namorado nem percebe, pois só tem olhos para os pés da moça e a convida para sair com máscara facial e de roupão. A agência quer mostrar que é possível criar comerciais em 15 segundos.

TERRA DE TITÃS

A

Honda CG 150 Titan reforça seu posicionamento como líder absoluta no Brasil. Criado pela DM9DDB, o comercial começou a ser veiculado nesta semana. Criado por Sergio Valente, Rodolfo Sampaio e Julio Andery, o comercial mostra brasileiros orgulhosos ao lado de sua Titan. O conceito "Brasileiro é um Titan" faz uma analogia com o nome da moto mais vendida da Honda em todos os tempos, reforçando os 37 anos de história no Brasil.

HONDA Titan: a mais vendida.

QUARENTÕES

L

íder do mercado mundial de leite fermentado, a Yakult está investindo R$ 4 milhões no lançamento no País do Yakult 40. Isso mesmo. Um produto voltado para quem tem mais de 40 anos, que contém 40 bilhões de lactobacillus Casei shirota por frasco e é indicado para pessoas que levam uma vida agitada. A agência GP7 assina a campanha. Para quem não conhece, a GP7 é a agência da CVC.

Cresce o estoque de veículos nas concessionárias Alzira Rodrigues

O

estoque de veículos nas montadoras e redes de concessionárias cresceu em agosto, atingindo 251.327 unidades, o equivalente a 30 dias de produção. Em julho, ele era de 23 dias ou 217.078 unidades. Apesar da alta de 30% em número de dias, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, disse ontem que o estoque atual está em um nível razoável, enquadrando-se nos padrões mundiais do setor. A produção de veículos em agosto teve pequena queda de 1% com relação a julho, totalizando 314.695 unidades, ante 317.777 no mês anterior. As vendas internas sofreram decréscimo mais acentuado na mesma comparação, de 15,1%, com, respectivamente, 244.791 e 288.137 unidades. As exportações cresceram de 62.981 veículos em julho para 67.937 em agosto (mais 7,9%). Schneider, assim como o presidente da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave), Sérgio Reze, considera natural a queda das vendas em agosto com relação a julho, quando o setor bateu recorde histórico mensal

Renner compra lojas Leader

O

diretor-presidente da Lojas Renner, José Galló, disse ontem que a incorporação da rede Leader possibilitará à empresa ampliar sua atuação nas classes C e D. Segundo ele, a expectativa é de que no longo prazo o ritmo de inaugurações de lojas com a

No comparativo de agosto com igual mês do ano passado, o setor registrou alta de 12,6% na produção e de 4% nas vendas internas. No acumulado do ano já foram produzidos 2.324.916 veículos, volume 20,3% superior ao de idêntico período de 2007. O fato de a produção ter registrado queda menor que o mercado local justifica, em parte, o aumento dos estoques.

Na indústria, o volume de carros nos pátios subiu de 5 para 6 dias de produção, ou de 46.143 para 53.159 unidades. A alta maior foi nas concessionárias. Havia 170.935 veículos estocados em julho (18 dias de produção), número que subiu para 198.168 em agosto (24 dias). Schneider disse que este é um dado que o setor acompanhará a partir de agora, mas ressalta que não se pode considerá-lo uma tendência, até porque um estoque de 30 dias sempre foi usual. Sobre os movimentos trabalhistas que estão ocorrendo no setor (houve paralisações esporádicas nas fábricas do Paraná, interior de São Paulo e na região do ABC), o presidente da Anfavea afirmou estar confiante de que o diálogo prevalecerá entre as indústrias e os trabalhadores, chegando-se a um consenso que contemple os interesses das duas partes. O executivo lembrou que o setor continua ampliando seu quadro de mão-de-obra, tendo contratado mais 1 mil trabalhadores no mês passado, com um efetivo, agora, de 130,4 mil emp regados. A p rodu ção anualizada da indústria automotiva brasileira (setembro de 2007 a agosto de 2008) já chega a 3,37 milhões de veículos, volume 21,4% superior ao dos 12 meses anteriores.

bandeira Leader possa superar o da Renner. "O potencial de aumento da Leader é superior por sua atuação estar concentrada no mercado de consumo que mais vem crescendo." Galló destacou que, inicialmente, a projeção da companhia é de que sejam inauguradas anualmente 12 lojas Leader, número que deve ser ampliado a partir da oficialização do negócio, que

precisa ser aprovado por reunião do conselho de administração da companhia, marcada para próximo dia 15 de outubro. Segundo ele, a abertura dos pontos-de-venda da Leader ocorrerá em cidades com até 200 mil habitantes. Já para realizar a abertura de uma loja da Renner, a companhia opta por municípios com, no mínimo, 400 mil pessoas. (AE)

em todas as áreas em que atua. "Nós já vínhamos prevendo um crescimento mais cadenciado para este segundo semestre", comentou Schneider. "Atingimos patamares nunca vistos no País e, agora, a base de comparação é outra, o que levará a índices mais modestos de crescimento".

21,4

por cento foi o crescimento da produção anualizada da indústria automotiva brasileira nos últimos 12 meses


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Empresas Imóveis Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

EM SÃO PAULO, DESTAQUE É SETOR AUTOMOTIVO.

10,9

por cento foi a expansão da indústria paulista em julho, acima da média nacional.

PESQUISA DO IBGE MOSTRA EXPANSÃO CONSISTENTE NOS ÚLTIMOS 12 MESES. EM JULHO, ALTA FOI DE 1%.

INDÚSTRIA CRESCE EM 10 REGIÕES Inflação menor

A

queda de 1,35% nos preços dos alimentos em agosto, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPCC1), foi a mais intensa desde junho de 2006, quando os preços dos alimentos caíram 1,67%, segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. Eles foram os responsáveis pela deflação de 0,32% registrada em agosto pelo IPC-C1, que é calculado com base nas despesas de consumo das famílias de menor renda, cuja faixa de renda está entre 1 a 2,5 salários mínimos mensais, ou de R$ 415 a R$ 1.037,50. (AE)

A

produção industrial brasileira cresceu em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em julho, na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Os aumentos foram apurados em Goiás (3,1%); Pará e Amazonas (ambos com 2,3%); Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo (todos com 2,1%); Minas Gerais (1,8%); Bahia (1,5%); Rio de Janeiro (0,6%) e São Paulo (0,3%). Já os resultados negativos em julho, ante o mês anterior, ficaram com Pernambuco (-3,2%), Ceará (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,1%) e região Nordeste (-1%). Na média nacional, a produção industrial cresceu 1% em julho ante junho. Na comparação ante julho de 2007, 13 dos 14 locais pesquisados elevaram a produção. Os maiores aumentos nessa base de comparação, com

EMPREITEIRA SOUZA LTDA., CNPJ nº 49.506.173/0001-75, DECLARA que foi extraviada as 2 vias da 8ª Alteração Contratual, reg. 2º Cart. de Guarulhos sob nº 19.958 de 09/03/2006. MGI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO LTDA. torna público que requereu na CETESB a Licença de Operação, para Aparelhos e Instrumentos de Medida, teste e controle - exclusive equipamentos, sito à Rua Padre Mauricio nº 160, Vila Diva, CEP 03351-000, São Paulo/SP.

Hopi Hari S.A. CNPJ nº 00.924.432/0001-99 Convocação - Assembléia Geral de Debenturistas da 2ª Emissão Ficam convocados os Srs. Debenturistas a se reunirem em Assembléia Geral a ser realizada em 19/09/2008 às 10:00 h, em 1ª convocação, na sede da Emissora, na Estrada Municipal Vinhedo/Itupeva, 7001, Vinhedo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Apreciação pelos debenturistas de proposta da Emissora quanto à prorrogação da data de vencimento das debêntures, e do pagamento do valor nominal das debêntures acrescido da remuneração, vencíveis em 01/10/2008; b) Autorizar o Agente Fiduciário a celebrar, em conjunto com a Emissora e a Interveniente Garantidora, aditamento à escritura de emissão face às deliberações da Assembléia. Vinhedo, 04/09/2008. Marcelo França de Lima - Diretor de Relações com Investidores.

Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504 Edital de Convocação - Reunião do Conselho de Administração: Ficam convocados os Senhores Conselheiros a reunirem-se no próximo dia 16/09/2008, às 13:00 horas, no endereço social da Cia, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para apreciar e deliberar a seguinte ordem do dia: (i) Ação Ordinária e Ação de Execução entre a Companhia e a Furukawa Industrial Produtos Elétricos S.A.; (ii) Substituição ou renovação dos contratos da Diretoria Estatutária da Cia (vencimento dos contratos em 15/08/2008); (iii) Outros assuntos de interesse geral da Cia. João Carlos Saad - Presidente do Conselho de Administração. (04,05,06/09/2008) PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 038/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma geral da E. M. Luiz Jacob. Sec. Mun. Educação. Limite p/ entrega dos envelopes 22/09/2008 às 17:00h e abertura dia 23/09/2008 às 09:00h.

PREFEITURA DE FRANCA AVISOS DE LICITAÇÃO Processo nº 26.513/08 – Tomada de Preços nº 038/08 – Contratação de empresa de engenharia civil para construção de creche no Bairro Santa Luzia, na Rua Raul Montes Torres, nº 790 – Conceição Leite. Os envelopes I) Documentação e II) Proposta de Preço deverão ser entregues na Sala de Licitações desta Prefeitura, na Rua Frederico Moura, 1517 – 1º andar do Paço Municipal, até às 9h00 do dia 23 de setembro de 2008, a abertura dar-se-á no mesmo dia e local às 9h30. O Edital e seus anexos estarão disponíveis na Divisão de Compras e Licitações pelo valor de R$ 64,78 (sessenta e quatro reais e setenta e oito centavos). Processo nº 22.561/08. A PREFEITURA DE FRANCA faz público que se encontra aberto o PREGÃO PRESENCIAL Nº 007/08, tipo MENOR PREÇO. Objeto: Aquisição de veículos tipo caminhão, furgão e veículos de passeio. A entrega dos envelopes contendo a proposta e habilitação será na Divisão de Compras e Licitações, situada na Rua Frederico Moura, 1517 – 1º andar do Paço Municipal - Cidade Nova, até às 9h00 do dia 18 de setembro de 2008, onde ocorrerá o processamento do Pregão. O Edital, com todas as informações, está à disposição no site desta Prefeitura, www.franca.sp.gov.br. Franca, 04 de setembro de 2008. Sérgio Luiz Romero Gerbasi - Presidente da Comissão Permanente de Licitações e Pregoeiro

PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE 35.300.174.569 Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 28 de março de 2008 Data, Hora e Local: 28 de março de 2008, às 13:00 horas, na sede social da PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A (“Sociedade”), localizada à Rua Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), Cidade e Estado de São Paulo. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. O Conselheiro Herve Jean Jacques Guyot não compareceu à reunião, no entanto, foi cientificado da sua realização e matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, como Presidente e José Francisco Gouvêa Vieira, como Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26 de junho de 2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco de mercado, deliberar sobre a (i) ratificação da definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação; (ii) a sua efetiva implementação. Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26 de junho de 2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco de mercado, os Conselheiros presentes, sem qualquer ressalva: (i) Ratificam a definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação, cujos documentos e relatórios se encontram arquivados na sede da Sociedade. (ii) Informam que nesta data se encontra efetivamente implementada a estrutura de gerenciamento do risco de mercado da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, José Francisco Gouvêa Vieira - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, José Francisco Gouvêa Vieira, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 286.107/08-9 em 01.09.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE 35.300.174.569 Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 28 de março de 2008 Data, Hora e Local: 28 de março de 2008, às 12:30 horas, na sede social da PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A (“Sociedade”), localizada à Rua Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), Cidade e Estado de São Paulo. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria, consoante dispõe o Artigo 19 do seu Estatuto Social. Mesa: François Jean Huteau, como Presidente e Joelcyr Carmello Filho, como Secretário. Ordem do Dia: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26 de junho de 2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco de mercado, deliberar sobre a (i) ratificação da definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação; (ii) a efetiva implementação. 2) Deliberar sobre a submissão das matérias ora deliberadas aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Deliberações: Foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Nos termos da Resolução de nº 3.464, de 26 de junho de 2007, emitida pelo Banco Central do Brasil, com relação a implementação da estrutura de gerenciamento do risco de mercado, os Diretores, sem qualquer ressalva: (i) Ratificam a definição da sua política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários à sua implementação, cujos documentos e relatórios se encontram arquivados na sede da Sociedade. (ii) Informam que nesta data se encontra efetivamente implementada a estrutura de gerenciamento do risco de mercado da Sociedade. 2) Aprovam a submissão das matérias ora deliberadas, nesta data, aos membros do Conselho de Administração da Sociedade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho e Gustavo Aurelio da Silva Walch. Mesa: François Jean Huteau - Presidente. Joelcyr Carmello Filho - Secretário. Diretoria: François Jean Huteau, Joelcyr Carmello Filho, Gustavo Aurelio da Silva Walch. JUCESP nº 286.106/08-5 em 01.09.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ASSEMBLÉIA GERAL – EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Pelo presente edital, ficam convocados os associados desta Associação para participarem da Assembléia Geral Ordinária para ratificarem, se for o caso, da decisão conjunta do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, em cumprimento ao art. 29, alínea “a” do Estatuto Social, a realizar-se no dia 24/09/08, às 19:00 horas, em 1ª convocação e meia hora depois em 2ª Convocação, em sua sede, à rua Conselheiro Furtado, nº 93, 3º andar. São Paulo, 05 de setembro de 2008. (a) JOSE GOZZE, Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 04 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Intermédica Sistema de Saúde S/A - Reqdo: Newtime Serviços Temporários Ltda. - Rua Vinte e Quatro de Maio, 276 - 3º andar - 1ª Vara de Falências Reqte: Paulo Roberto Costa Melo - Reqdo: Banco HNF S/A - Av. Ipiranga, 103 - 7º andar - 2ª Vara de Falências Reqte: Brag-Moto Comércio de Veículos e Máquinas Ltda. - Reqdo: Via Motos Ltda. - Rua Clélia, 1.985 - 1ª Vara de Falências

expansões acima da média nacional, de 8,5%, foram apurados em Goiás (17,6%), Paraná (15,1%), Espírito Santo (14,3%), São Paulo (10,9%), Pará e Minas Gerais (ambos com 8,6%). Outras altas foram registradas no Amazonas (8,5%), Ceará (6,3%) e Rio Grande do Sul (6,2%). "A pesquisa confirma os resultados positivos e os destaques estão nos locais onde os segmentos que estão impulsionando a indústria nacional têm mais peso", disse a economista Isabella Nunes, da coordenação de indústria do IBGE. Ela sublinhou que, na comparação com junho, a indústria de Minas Gerais foi a que teve maior peso no resultado nacional, enquanto São Paulo foi o destaque em todos os dados comparativos a igual mês do ano passado. Segundo Isabella, o fato de que todas as regiões apresentaram aumento da produção no acumulado do

ano e em 12 meses mostra a consistência dos bons resultados industriais. A indústria de São Paulo continuou apresentando resultados acima da média nacional na maior parte das bases de comparação em julho. Na comparação com julho de 2007, a indústria paulista cresceu 10,9% – acima da média do Brasil, de 8,5%. No acumulado do ano até julho, o aumento foi de 10%, ante média nacional de 6,6%, e, no acumulado dos últimos 12 meses até julho, 9,3%, ante média do País de 6,8%. Porém, na comparação entre julho e junho, o setor industrial no estado cresceu abaixo da média: 0,3%, ante 1% no indicador nacional. Na comparação com julho do ano passado, 18 das 20 atividades da indústria paulista tiveram taxas positivas. Entre elas, a maior contribuição veio de veículos automotores (19,1%). (AE)

Mantega quer mais controle sobre Receita

N

a esteira da mudança no comando da Receita Federal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer concentrar maiores poderes e tenta esvaziar a esfera de competência da secretaria, desidratando algumas de suas funções, por exemplo a área técnica de estudos sobre tributação. Mantega quer integrar os setores de política tributária, previsão e análise à secretaria de Política Econômica (SPE) e unificar a assessoria parlamentar, que ficaria subordinada a seu gabinete. Hoje, a assessoria parlamentar da Receita atua de forma autônoma em relação ao ministério da Fazenda.

Mantega aposta em maior eficiência e quer evitar a sobreposição de funções. Essa situação é recorrente sempre que o ministério analisa uma medida para a desoneração tributária: a SPE e a Receita elaboram pareceres distintos e, muitas vezes, conflitantes. Não há ainda uma determinação para que a integração ocorra, mas o movimento já causa inquietação entre funcionários da Receita. Para eles, desde que a nova secretária, Lina Vieira, assumiu a secretaria, está em curso um processo de esvaziamento do órgão. Assessores de Mantega rechaçam essa hipótese. Eles dizem que o objetivo é a eficiência. (AE)

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/0642/08/05 OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para a contratação de empresa para locação de equipamentos de informática e prestação de serviços. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 05/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Avenida São Luis, 99 - Centro - São Paulo/SP - CEP 01046-001, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 19/09/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente

Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504

Edital de Convocação-Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os senhores acionistas para se reunirem no dia 16 de setembro de 2008, às 10 horas, no endereço social da Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para apreciar e deliberar a seguinte ordem do dia: (i) eleição de novos membros do Conselho de Administração da Companhia e respectivos suplentes que renunciaram ao cargo; (ii) retificação da Ata de Assembléia Geral Extraordinária datada de 13 de fevereiro de 2008 que deliberou sobre a alteração da sede social da Companhia, dentre outras matérias; (iii) Contingências e Passivos da Companhia; (iv) Resultados Operacionais de 2008 e aprovação das contas e das demonstrações financeiras de 2006; (v) Proposta de aquisição recebida pela Companhia; e (vi) outros assuntos de interesse geral da Companhia. Informamos que a cópia das demonstrações financeiras e o parecer dos auditores independentes sobre as contas relativas ao exercício findo em 2006 encontram-se à disposição dos acionistas no endereço social da Companhia, cujas cópias também foram enviadas aos acionistas em setembro de 2007. Informamos, ainda, que os instrumentos de mandato com poderes especiais para representação na Assembléia Geral a que se refere a presente convocação deverão ser depositados no endereço social da Companhia com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas da realização da assembléia, devendo atender especialmente aos requisitos do parágrafo 1º do artigo 126 da LSA. São Paulo, 03 de setembro de 2008. João Carlos Saad - Presidente do Conselho de Administração. (04,05,06/09/2008)

Sindicato da Indústria do Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel, no Estado de São Paulo

C.N.P.J. N°. 60.976.487/0001-74 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Pelo presente Edital, ficam convocados todos os Associados deste Sindicato, quites e em pleno gozo de seus direitos, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 16 de setembro de 2008, às 16,00 horas, em primeira convocação, na Rua Olimpíadas, 66 - 9º. andar - Vila Olímpia, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Eleger a Comissão de Negociação; b) Ratificar a Proposta Patronal; c) Assegurar a Data Base da Categoria; d) Aprovar o Calendário das Negociações. Não havendo, no horário acima indicado, número legal de associados para a instalação dos trabalhos em primeira convocação, a Assembléia será realizada uma hora após, ou seja, às 17,00 horas, no mesmo dia e local, em segunda convocação, com qualquer número de associados presentes. São Paulo, 05 de setembro de 2008. Marco Fábio Ramenzoni - Presidente.

Interchange Serviços S.A. CNPJ/MF nº 66.649.955/0001-82 - NIRE 35.300.135.709 Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 19 de Julho de 2008 Data, Hora e Local: Aos 19 (dezenove) dias do mês de julho de 2008, às 15:00 hs, na sede da Companhia, localizada na Rua Bela Cintra, nº 1.149, 3º andar, Consolação, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01415-002. Mesa: (i) Presidente: Marcos Matioli de Souza Vieira; e (ii) Secretário: Roberto Moron Martins Junior. Presença: Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração em exercício, dispensadas, portanto, as formalidades da convocação. Ordem do Dia: (i) Reeleição do Diretor Presidente e nomeação de procurador corporativo. Dando início aos trabalhos, foi lida e discutida a matéria constante da Ordem do Dia, e foi tomada a seguinte deliberação: Deliberação: (i) Os conselheiros reelegem como Diretor Presidente, para o período de 02 (dois) anos, a começar no dia 19 de julho de 2008 e a terminar no dia 19 de julho de 2010, de conformidade com o artigo 18 e seus parágrafos do Estatuto Social, o Senhor Roberto Moron Martins Junior, brasileiro, separado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 17.744.322 (SSP/SP), inscrito no CPF/MF sob o nº 147.274.938-37, com domicílio comercial na Rua Bela Cintra, 1149, 3º andar, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o qual, excepcionalmente, será diretor único, devendo, no entanto, exercer os poderes constantes no artigo 20, caput, e artigo 21 do Estatuto Social, em conjunto com o senhor Rogério Aneas Buldo, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 11.923.363-0 (SSP/SP), inscrito no CPF/MF sob o nº 060.498.988-12, com domicílio comercial na Rua Bela Cintra, 1149, 3º andar, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o qual fica nomeado como procurador corporativo para, excepcionalmente, exercer os poderes, anteriormente citados, pelo período de 02 (dois) anos, a contar do dia 19 de julho de 2008 com término no dia 19 de julho de 2010, em conjunto com o Diretor Presidente. O Diretor foi empossado em seu cargo nos termos das disposições legais a respeito. A seguir, o membro da Diretoria ora eleito declarou, sob as penas da lei, que não está impedido, por lei especial, de exercer a administração da sociedade e nem condenado ou sob efeitos de condenação, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. Quorum da Deliberação: A deliberação foi tomada por unanimidade de votos. Encerramento: Findos os assuntos da Reunião de Conselho de Administração da sociedade Interchange Serviços S.A. e nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, lavrando-se a presente ata em livro próprio, a qual, depois de lida e achada conforme, foi aprovada em todos os seus termos, sendo assinada e rubricada em todas as suas folhas pelos Conselheiros Marcos Matioli de Souza Vieira, Cristiana Maria Najm Ferrari de Almeida Pires, Júlio Almeida Gomes e Chu Tung. A presente ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. São Paulo, 19 de julho de 2008. Marcos Matioli de Souza Vieira - Presidente; Roberto Moron Martins Junior - Secretário. JUCESP nº 271.387/08-7 em 19/08/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa Secretária Geral.

Banco PSA Finance Brasil S.A. CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 18.04.08 Aos 18.04.08, às 10hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º Andar (parte), Bairro de Interlagos, Cidade e Estado de SP, reuniram-se os Acionistas, representando a totalidade do capital social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”). Tendo em vista a presença da totalidade dos Acionistas, a assembléia instalou-se regularmente, nos termos do disposto no § 4º, Art. 124, Lei 6.404/76. Assumiu a presidência da assembléia François Jean Huteau, que convidou a mim, Márcia Regina Celentano, para servir como Secretária, ficando assim constituída a mesa, nos exatos termos do Estatuto Social. Dando início aos trabalhos o Presidente esclareceu que esta assembléia tem por objetivo: 1) Tomar as contas da Diretoria, bem como examinar, discutir e deliberar acerca das demonstrações financeiras relativas ao exercício da Sociedade encerrado em 31.12.07 e o Parecer dos Auditores Independentes. 2) Deliberar sobre a destinação dos resultados apresentados pela Sociedade referente ao exercício social encerrado em 31.12.07. 3) Aprovar o plano anual de negócios e o orçamento estratégico da Sociedade para o ano de 2008. 4) Eleger os membros para compor o Conselho de Administração da Sociedade. Após terem sido discutidas as matérias constantes da ordem do dia, os Acionistas, por unanimidade e sem reservas, ressalvas ou restrições, deliberaram: 1) Dar por sanada a falta de publicação dos anúncios de que trata o Art. 133, Lei 6.404/76. 2) Aprovar as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31.12.07, bem como o Parecer dos Auditores Independentes, publicados no DOESP e Diário do Comércio, em suas edições de 13.03.08. 3) Aprovar a destinação ao lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.07, no montante de R$ 21.986.365,05, neste já incluídos os valores a título de juros sobre o capital próprio no montante de R$ 8.091.921,00 que foram destinados ao aumento do capital social, deliberado na AGE realizada em 17.01.08, consoante a seguir exposto: (a) R$ 1.099.318,25, correspondente a 5% do lucro líquido, para constituição da reserva legal de que trata o Art. 193, Lei 6.404/76 e Art. 33, alínea “a” do Estatuto Social, e (b) R$ 12.795.125,80, correspondente ao saldo remanescente do lucro líquido, será destinado à conta de “Lucros Acumulados”. 4) Aprovar o plano anual de negócios e o orçamento estratégico da Sociedade para o ano de 2008, cujas cópias ficarão arquivadas na sede da Sociedade. 5) Eleger como membros do Conselho de Administração da Sociedade, com mandato até primeira AGO que se realizar no ano de 2011, (i) Hervé Jean Jacques Guyot, francês, casado, executivo, passaporte francês nº 02XD48052, CPF/MF 231.656.118-74, residente e domiciliado em Paris, França, com endereço comercial na 75 Avenue de La Grande Armée 75116, Paris, França. (ii) François Jean Huteau, francês, casado, executivo, identidade de estrangeiro nº V507170-R DPF, CPF/MF 232.592.978-71, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, Cidade e Estado de SP. (iii) Laurent Pierre Marie Taste, francês, casado, executivo, identidade de estrangeiro nº V-192441-L DPF, CPF/MF 214.371.868-31, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, Cidade e Estado de SP. (iv) José Francisco Gouvêa Vieira, brasileiro, casado, advogado, OAB/RJ nº 23.198, CPF/MF 011.531.107-68, residente e domiciliado na Rua Humaitá, 66, fundos, Cidade e Estado do RJ. As posses dos Conselheiros ocorrerão mediante assinaturas destes nos Termos de Posse a serem lavrados em livro próprio, somente após o despacho homologatório do ato de eleição pelo Banco Central do Brasil. Nada mais havendo a tratar, a assembléia foi suspensa para lavratura desta ata no livro competente, que, lida, foi assinada por todos os presentes. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Márcia Regina Celentano, Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance, por sua procuradora Márcia Regina Celentano; Herve Jean Jacques Guyot, por sua procuradora Márcia Regina Celentano; François Jean Huteau; Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira, por seu procurador François Jean Huteau. Ass.: Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Márcia Regina Celentano - Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance pp. Márcia Regina Celentano, Herve Jean Jacques Guyot pp. Márcia Regina Celentano, François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste, José Francisco Gouvêa Vieira pp. François Jean Huteau. JUCESP nº 274.003/08-9 em 21.08.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

CNPJ/MF nº 66.649.955/0001-82 - NIRE 35.300.135.709 Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 04 de Julho de 2008 Data, Hora e Local: Aos 04 (quatro) dias do mês de julho de 2008, às 15:00 hs, na sede da Companhia, localizada na Rua Bela Cintra, nº 1.149, 3º andar, Consolação, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01415-002. Mesa: (i) Presidente: Marcos Matioli de Souza Vieira; e (ii) Secretário: Roberto Moron Martins Junior. Presença: Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração em exercício, dispensadas, portanto, as formalidades da convocação. Ordem do Dia: (i) Encerramento da filial da sociedade situada na cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo. Dando início aos trabalhos, foi lida e discutida a matéria constante da Ordem do Dia, e foi tomada a seguinte deliberação: Deliberação: (i) Encerrar a filial da sociedade situada na cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, na Avenida Francisco Prestes Maia, nº 275, 10º andar, conjunto 101, Centro, CEP 09770-000, inscrita no CNPJ/MF nº 66.649.955/0004-25, NIRE nº 35903086459. Quorum da Deliberação: A deliberação foi tomada por unanimidade de votos. Encerramento: Findos os assuntos da Reunião de Conselho de Administração da sociedade Interchange Serviços S.A. e nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, lavrando-se a presente ata em livro próprio, a qual, depois de lida e achada conforme, foi aprovada em todos os seus termos, sendo assinada e rubricada em todas as suas folhas pelos Conselheiros Marcos Matioli de Souza Vieira, Cristiana Maria Najm Ferrari de Almeida Pires, Júlio Almeida Gomes e Chu Tung. A presente ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. São Paulo, 04 de julho de 2008. Marcos Matioli de Souza Vieira - Presidente; Roberto Moron Martins Junior - Secretário. JUCESP nº 271.386/08-3 em 19/08/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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FDE AVISA:

TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio(s) Escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO -PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1928/08/02 - EE Chac. Marta - Av. Ulisses Guimarães, 1.976 - Vila Guilherme - Francisco Morato/SP - 120 - R$ 27.152,00 - R$ 2.715,00 - 09:30 - 23/09/2008. 05/1935/08/02 - EE República da Venezuela - Rua Campo Alegre s/nº - Jardim Arapongas - Guarulhos/SP - 120 - R$ 18.851,00 - R$ 1.885,00 - 10:00 - 23/09/2008. 05/1947/08/02 - EE Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos - Rua Sta Tereza, 174 - Centro - Ilhabela/SP - 90 - R$ 32.531,00 - R$ 3.253,00 - 10:30 - 23/09/2008. 05/1953/08/02 - EE Pe. Mario Briatore - Av. Rangel Pestana, 607 - Centro - Salto Grande/SP - 90 - R$ 31.162,00 - R$ 3.116,00 - 11:00 - 23/09/2008. 05/1954/08/02 - EE Ataliba Leonel - Rua Nene Freitas, 494 - Centro - Piraju/SP - 120 - R$ 26.630,00 - R$ 2.663,00 - 11:30 - 23/09/2008. 05/1955/08/02 - EE Profa Rosaria Januzzi - Est. Apiaí-Iporanga, KM 03 - Palmital Apiaí/SP - 120 - R$ 35.900,00 - R$ 3.590,00 - 14:00 - 23/09/2008. 05/1956/08/02 - EE João Moretti - Rua João Marcon, 815 - Águia do Castelo - Boituva/SP - 120 - R$ 35.900,00 - R$ 3.590,00 - 14:30 - 23/09/2008. 05/1957/08/02 - EE Prof. Octavio de Almeida Bueno - Rua Gerson de Souza Lima, 1.041 - Santo Antonio - Itaporanga/SP - 120 - R$ 27.240,00 - R$ 2.724,00 - 15:00 - 23/09/2008. 05/1958/08/02 - EE Prof. João Evangelista Mariano da Costa Lobo - Rua Buenos Ayres s/nº - Jd. Cerejeiras - Atibaia/SP - 120 - R$ 36.759,00 - R$ 3.675,00 - 15:30 - 23/09/2008. 05/1962/08/02 - EE Profa Maria Ester das Neves Dutra Damasio - Rua Olavo Bilac, 350 - Morro do Algodão - Caraguatatuba 120 - R$ 34.428,00 - R$ 3.442,00 - 16:00 - 23/09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Avenida São Luis, 99 - Centro - São Paulo - SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 05/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 22/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente

Banco PSA Finance Brasil S.A. - CNPJ/MF nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551 Ata de Reunião do Conselho de Administração de 18.04.08 Data, Hora, Local: 18.04.08, às 12hs., na sede social do Banco PSA Finance Brasil S/A (“Sociedade”), localizada à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), Cidade e Estado de SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau e Laurent Pierre Marie Taste. Os Conselheiros Herve Jean Jacques Guyot e José Francisco Gouvêa Vieira não compareceram à Reunião, no entanto, declararam-se cientes da sua realização e das matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, como Presidente e Laurent Pierre Marie Taste, como Secretário. Ordem do Dia: 1) Deliberar sobre a eleição dos membros da Diretoria da Sociedade. 2) Deliberar sobre a eleição do Presidente do Conselho de Administração da Sociedade. 3) Discutir sobre outros assuntos de interesse da Sociedade. Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Autorizar a lavratura desta ata em forma de sumário. 2) Eleger os membros da Diretoria, com mandato até a realização da primeira RCA da Sociedade que se seguir à AGO a ser realizada no ano de 2011: (I) François Jean Huteau, francês, casado, executivo, identidade de estrangeiro nº V507170-R DPF, CPF/MF 232.592.978-71, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, Cidade e Estado de SP, o qual ocupará o cargo de Diretor Geral. (II) Joelcyr Carmello Filho, brasileiro, casado, engenheiro, RG 10.479.450-SSP/SP, CPF/MF 052.592.248-25, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Cidade e Estado de SP, o qual ocupará o cargo de Diretor Financeiro. (III) Gustavo Walch Aurélio da Silva, brasileiro, solteiro, engenheiro, RG 22.309.488-2 - SSP/SP, CPF/MF 176.089.648-98, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Cidade e Estado de SP, o qual ocupará o cargo de Diretor sem designação específica. 2.1.) Declarar vagos os demais cargos da Diretoria. 2.2.) Consignar que as posses dos Diretores eleitos ocorrerão mediante as assinaturas dos Termos de Posse, os quais serão lavrados no livro competente, imediatamente após o despacho homologatório do ato de eleição pelo Banco Central do Brasil. 3) Eleger Hervé Jean Jacques Guyot, francês, casado, executivo, passaporte francês nº 02XD48052, residente e domiciliado em Paris, França, com endereço comercial na 75 Avenue de La Grande Armée 75116, Paris, França, para o cargo de Presidente do Conselho de Administração. O mandato do Presidente ora eleito se estenderá até a realização da primeira RCA da Sociedade que se seguir à AGO a ser realizada no ano de 2011. 3.1.) Consignar que a posse do Presidente ora eleito ocorrerá imediatamente após o despacho homologatório do ato de sua eleição pelo Banco Central do Brasil. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau e Laurent Pierre Marie Taste. Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Laurent Pierre Marie Taste - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 274.004/08-2 em 21.08.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Interchange Serviços S.A. CNPJ/MF nº 66.649.955/0001-82 - NIRE 35.300.135.709 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 12 de Junho de 2008 Data, Hora e Local: Aos 12 (doze) dias do mês de junho de 2008, às 17:00 hs, na sede da Companhia, localizada na Rua Bela Cintra, nº 1.149, 3º andar, Consolação, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01415-002. Convocação: Dispensada a convocação, nos termos do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Presença: Presentes os acionistas representando a totalidade do capital social com direito a voto, conforme lista de presença de acionistas anexa e assinaturas lançadas no Livro de Presença de Acionistas. Ordem do Dia: (i) Reeleição dos membros efetivos e suplentes do Conselho de Administração da Companhia. Mesa: Presidente: Marcos Matioli Souza Vieira; Secretário: Roberto Moron Martins Junior. Ata: Lavrada em forma de sumário, nos termos do artigo 130, parágrafo 1º da Lei 6.404/76. Deliberações Tomadas por Unanimidade dos Presentes: (i) Deliberam os acionistas reeleger como membros do Conselho de Administração, de acordo com os artigos 11 e 12 do Estatuto Social, para um mandato de 2 (dois) anos contados da presente data, a se encerrar quando da realização da Assembléia Geral Ordinária que examinar as contas do exercício social findo em 31 de dezembro de 2009, os seguintes senhores: 1) Cristiana Maria Najm Ferrari de Almeida Pires, brasileira, casada, administradora de empresas, portadora da cédula de identidade R.G. nº 9.821.448-2 SSP-SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 064.457.228-06, domiciliada na Avenida Paulista, nº 1111, 14º andar, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, como membro efetivo, e Ricardo Augusto Nora Rogano, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade R.G. nº 11.328.032 SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 083.738.798-11, domiciliado na Avenida Paulista, nº 1111, 12º andar, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, como respectivo suplente, ambos indicados pela acionista FNC - Comércio e Participações Ltda.; 2) Marcos Silva Massukado, brasileiro, casado, bancário, portador da cédula de identidade R.G. nº 15.709.683-X e inscrito no CPF/MF sob o nº 144.101.198-69, domiciliado na Avenida Eusébio Matoso, nº 891, 3º andar, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, como membro efetivo, e Júlio Almeida Gomes, brasileiro, divorciado, engenheiro, portador da cédula de identidade R.G. nº 07.590.823-6 e inscrito no CPF/MF sob o nº 520.995.046-87, domiciliado na Avenida Eusébio Matoso, nº 891, 3º andar, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, como respectivo suplente, ambos indicados pelo acionista Unibanco Participações Societárias S.A.; 3) Marcos Matioli de Souza Vieira, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da cédula de identidade R.G. nº 4.831.494-2 IFP-RJ e inscrito no CPF/MF sob o nº 735.597.687-72, domiciliado na Avenida Paulista, nº 1374, 3º andar, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, como membro efetivo, e Gustavo José Costa Roxo da Fonseca, brasileiro, casado, engenheiro eletrônico, portador da cédula de identidade R.G. nº 15.643.174-9 SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 149.225.568-85, domiciliado na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, nº 1813, 15º andar, Bloco A, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, como respectivo suplente, ambos indicados pelo acionista Banco ABN Amro Real S.A.; e 4) Chu Tung, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade R.G. nº 2.698.859 SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 063.032.428-04, domiciliado na Estrada Samuel Aizemberg, nº 1707, Cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, como membro efetivo e Luiz Carlos Rodrigues, brasileiro, casado, portador da cédula de identidade R.G. nº 15.651.643-3 SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 082.390.408-37, domiciliado na Estrada Samuel Aizemberg, nº 1707, Cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, como membro suplente, ambos indicados pela acionista EDS - Electronic Data Systems do Brasil Ltda. Os membros ora reeleitos para o Conselho de Administração declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos, por lei especial, de exercer a administração da Companhia e nem condenados, ou sob efeitos de condenação, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. Tendo em vista que os Conselheiros (efetivos e suplentes) foram reeleitos e que, desta forma, já se encontram devidamente empossados, conforme Termos de Posse lavrados no Livro das Atas das Reuniões do Conselho de Administração da Companhia, não haverá necessidade da lavratura de novo Termo de Posse para referidos Conselheiros. Conselho Fiscal: Não houve manifestação do Conselho Fiscal, por se tratar de órgão de caráter não permanente e que não se encontra em funcionamento. Nada mais havendo a tratar, a respectiva ata foi lida e achada conforme por todos. São Paulo, 12 de junho de 2008. (ass.) Presidente: Marcos Matioli de Souza Vieira; Secretário: Roberto Moron Martins Junior. Acionistas Presentes: Banco ABN AMRO Real S.A.: (p. Marcos Matioli de Souza Vieira e Gustavo José Costa Roxo da Fonseca); FNC - Comércio e Participações Ltda.: (p. William Meissner e Ricardo John Arroyo); Unibanco Participações Societárias S.A.: (p. Claudia Politanski); EDS - Electronic Data Systems do Brasil Ltda.: (P. Chu Tung); Cristiana Maria Najm Ferrari de Almeida Pires; Ricardo Augusto Nora Rogano; Marcos Silva Massukado; Júlio Almeida Gomes; Marcos Matioli de Souza Vieira; Gustavo José Costa Roxo da Fonseca; Chu Tung; Luiz Carlos Rodrigues. A presente é cópia fiel da Ata lavrada no Livro de Atas de Assembléias Gerais da Companhia. São Paulo, 12 de junho de 2008. Mesa: Marcos Matioli de Souza Vieira - Presidente; Roberto Moron Martins Junior - Secretário. JUCESP nº 271.385/08-0 em 19/08/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

GASTRONOMIA

Pastel crocante em 30 versões Lúcia Helena de Camargo

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astel Croc 30 traz, no nome da casa, o resumo daquilo que oferece: pastel crocante, com 30 centímetros de altura. Em dois endereços na cidade, o empreendimento surgiu em outubro de 2006, quando foi inaugurada a primeira loja, na zona leste de São Paulo. Em maio de 2007 seria aberta a segunda, agora na Vila Clementino, na zona sul. Entusiasmados pelo Pastel do Trevo de Bertioga, litoral do Estado, os empresários Ronaldo Bernardino e Roberto Magalhães chegaram a comprar um licenciamento dessa marca. Mas depois decidiram começar

um negócio próprio, com objetivo de servir pastéis de maneira elegante, no prato, usando ingredientes de primeira. O cardápio inclui três dezenas de sabores de pastéis salgados e nove opções de doces. Há desde os tradicionais de carne (carne moída e azeitona sem caroço) e queijo (mussarela), vendidos a R$ 7,50 cada, até o sofisticado Bacalhau à Moda do Chef (R$ 16,90), feito com bacalhau do porto puxado no azeite, alho frito, grão de bico, cebola na manteiga, ovo cozido e azeitonas. Em qualquer pedido é possível incluir recheio extra, que pode ser de mussarela (R$ 2,50); catupiry (R$ 3,80);

Fotos: Mário Miranda/LUZ

Pastel Croc da Vila Clementino: em uma esquina tranqüila.

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pode ir de coxinhas especiais, nos sabores frango (R$ 3,60); frango com catupiry (R$ 3,90); carne seca (R$ 4,50); camarão (R$ 4,50) e bacalhau (R$ 4,90). Sanduíches - E para aqueles que não podem nem ouvir falar em frituras há os lanches prensados feitos com os mesmos recheios dos pastéis. Entre as versões mais procuradas estão Maracangalha, de pernil desfiado puxado no azeite acompanhado de molho à base de tomate, cebola e pimentão refogados, servidos no pão de ciabata, e o carne louca: carne bovina desfiada no azeite com molho de tomate, cebola e pimentão refogados, também servido no pão ciabata. Ambos a R$ 9,80. O preferido das crianças é o Croc Gelato (foto), com três opções de recheios (chocolate com morango, banana com Nutela ou banana caramelada), servido acompanhado de duas bolas de sorvete nos sabores creme, morango ou chocolate, regadas com calda de caramelo (R$ 12,90). A outra preferência

agradar ao paladar dos pequenos. Além disso serão dados de brinde squeezes, para aqueles que consumirem os itens da promoção. Com 60 lugares, a filial da Vila Clementino está localizado em uma esquina tranqüila, faz entregas na região e funciona, assim como a matriz, todos os dias, das 10h à meia-noite. "Podem vir que estamos sempre abertos, do café da manhã ao jantar", diz Magalhães. Pastel Croc 30 - loja 1 na rua Ibirarema, 255 (esquina com Avenida Ricardo Jafet), tel.: 5594-4045. E loja 2 na rua Sena Madureira, 450, tel.: 5084-7880.

ADEGA

José Guilherme R. Ferreira

PARADOXOS

Glass-Breast Connection". Pouco anos antes de perder a cabeça, Maria Antonieta teria recebido um conjunto em cerâmica de Sèvres para seu dia a dia no refúgio de Rambouillet, não muito distante de Versalhes. Aí sim, as peças para o leite teriam a forma das mamas da agitada rainha, taça com base trípode, cabeças de bode fazendo papel de cariátides. Batizadas de jattes tetons, agora podem ser vistas no Musée National de Céramique de Sèvres, em Paris. (Parte do estilo Maria Antonieta transbordou para a moda, nos soutiens meia-taça.) As taças são usadas hoje em evidente clima retrô já que nas últimas décadas perderam terreno para as longilíneas flutes. Afinal, as "banheiras", de grande diâmetro, apressam o fim das borbulhas, enquanto as taças altas, esguias, até afuniladas, as preservam por mais tempo, retêm os aromas despertados. Soubesse disso Maria Antonieta...

Música na veia Aquiles Rique Reis

Cida Moreira presta tributo a Cartola: intérprete com força de atriz.

tem sabor diferenciado. Mas, para o bem do trabalho gravado, o conjunto de canções do CD não se restringe ao reconhecido como cartão de visitas de Cartola. Vai além. Traz outras músicas pouco conhecidas ou quase desconhecidas do público. Ao fazê-lo, Cida permite que viajemos pelo mundo musical que Cartola criou e nele se instalou para de lá lançar-nos prazeres musicais excepcionais. Em Feriado na Roça, canção de melodia e harmonia simples, com versos trágicos; Nós Dois, com harmonia e melodia mais rebuscadas; Sala de Recepção, samba em homenagem à Mangueira, naquele seu velho e bom jeito de compor; e Autonomia, acompanhado apenas do piano e do violão, Cida demonstra o acerto

Sergio de Paula Santos

CARTOLA

http://www.musee-ceramique-sevres.fr/pages/page_id19225_u1l2.htm

uando se comemora o centenário de nascimento de Angenor de Oliveira (1908 – 1980), toda homenagem que se lhe prestar será, ainda assim, pouco. Mas, sem dúvida, a que lhe presta Cida Moreira é desde já um marco nesse festival de tributos a Cartola, um dos maiores compositores brasileiros. Angenor, simplesmente assim, é o nome do álbum lançado pela Lua Music e que traz 16 das canções que marcaram a trajetória deste compositor que a Estação Primeira de Mangueira deu ao Brasil. A escolha do repertório é de extrema felicidade. Ao cantar sucessos como Alvorada (Cartola, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Cachaça), Sim (Cartola e Oswaldo Martins), ou Cordas de Aço, Acontece e O Mundo É Um Moinho, as três só dele, Cida Moreira nos conduz a alegres lembranças passadas, nas quais cada uma dessas músicas teve e

infantil é o cornetinho (R$ 3,50), pequeno cone de massa recheado de chocolate ou doce de leite. Para beber: refrigerantes, cervejas e sucos, servidos na jarra de 750 ml, adoçados com caldo de cana, como o de maçã com gengibre e erva doce e o de abacaxi com hortelã, vendidos a R$ 9. Novidades - De 15 em 15 dias são lançados novos sabores no cardápio. E em todas as datas comemorativas aparecem promoções especiais ou são oferecidos mimos aos clientes. No Dia dos Namorados, por exemplo, foi servido o pastel em formato de coração. E para o Dia das Crianças os sócios planejam uma embalagem especial em formato de boneco para o "Croquinho", pastel fininho, de 20 centímetros, para

Conexão Maria Antonieta las reinavam absolutas nas cristaleiras dos anos 60. Festivas, davam mais vida a ponches de aniversários e formaturas. Só elas eram capazes de brilhar em números circenses de equilíbrio e cascatas. Foram vistas nas mãos de Nixon e Chou En-Lai em 1972, num brinde à visita do primeiro presidente dos EUA à República Popular da China. De Baccarat saíram peças adornadas a ouro, decoração inspirada em vidros de perfume da Belle Époque. Sobre essas taças para champanhe, rasas, com boca escancarada, desde o final do século XVIII corre o mundo uma lenda de apelo sensual: as peças teriam sido moldadas à semelhança dos seios de Maria Antonieta, a rainha consorte da França de Luís XVI. De comprovado mesmo, só a queda da rainha por borbulhas. Há, entretanto, uma pista que os almanaques não cansam de explorar e que o escritor Tony Perrottet chama de "The Champagne

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cheddar (R$ 3,80); gorgonzola (R$ 3,80), tomate seco (R$ 4,40), entre outros. Doces - Entre os doces, faz sucesso o de banana com Nutela (R$ 8,90), preparado com pedaços de banana sobrepostos a uma farta camada de Nutela. E a novidade é o saboroso Andrea Pansa (R$ 8,90), pastel que leva chocolate meio amargo, damasco, queijo tipo mascarpone, um toque de contreau, tudo polvilhado com açúcar. Foi assim chamado porque Bernardino, após passar uma temporada na Costa Amalfitana, na Itália, apaixonou-se pelos doces da confeitaria que tinha esse nome e inspirou-se. "Nós fazemos aquilo que gostamos de comer", explica o outro sócio, Magalhães. Embora com dimensões nada modestas, o pastel da Pastel Croc 30 tem, segundo os donos, apenas 300 calorias cada, em média. E há ainda a versão light (foto à direita), com recheio de ricota fresca, peito de peru, champignon, tomate, azeitona e manjericão (R$ 12), que fica em 150 calorias. Além disso, eles asseguram que todo o óleo utilizado para a fritura é livre de gordura trans. Quem prefere um salgado menor

de buscar momentos de Cartola dos quais o grande público pouco ouviu falar. A voz desta mulher, ela que canta como se sempre interpretasse um texto de musical densidade dramática, se presta à perfeição para exibir Cartola. Poucas outras poderão fazê-lo como fez Cida em Angenor, disco que já é referência para os que quiserem se aprofundar na música de Cartola. Os arranjos têm rara envergadura. Baseados em violão (Camillo Carrara e Omar Campos), piano (Keco Brandão) e contrabaixo (Renato Loyola), têm também clarinete (Chiquinho de Almeida), trombone (Passarinho), percussão (Adriano Busko), flauta (Toninho Carrasqueira), cello (Mario Manga) e viola caipira (Omar Campos), e

traduzem absolutamente todo o feitiço musical de Cartola. Comovente é a sua leitura de O Mundo É Um Moinho. Importandose mais em “falar” os versos, até deixando propositalmente a melodia em segundo plano, Cida demonstra coragem, o que, junto a seus tantos outros atributos, capacita-a ser uma das grandes intérpretes de Cartola. Cida Moreira, para além de parecer nascida para cantar o mestre, vive um momento de rara grandeza vocal. Seus falsetes vêm íntegros, suas divisões rítmicas saem leves como as melodias de Cartola e sua afinação rima com a dramaticidade dada a cada verso. Assim, feita para a música, a "cantriz" reverencia Angenor de Oliveira, dando o seu máximo a ele e aos que a escutam.

Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4.

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ode-se dizer que em todas as idônea na produção e divulgação de atividades do homem ocorrem vinhos corretos. Por outro temos fatos e circunstâncias notado também uma grande paradoxais. No mundo do vinho ou da movimentação de gente menos restauração não seria diferente. Com informada, sobre vinhos-livros, cursos, relação ao vinho, o mais conhecido e palestras, degustações, apresentadas divulgado é o paradoxo francês. por "conhecedores", sommeliers-deDá-se a denominação de "paradoxo três-aulas, aspones, professores, francês" ao dado estatístico que ocorre importadores etc etc ligados ao vinho. na França, em que a população fuma Apesar de toda essa movimentação, dos mais, tem vida sedentária e come tanto produtores e dos que procuram se ou mais gorduras que seus vizinhos e promover com o vinho, o consumo que os norte-americanos, mas sofre nacional do mesmo permanece significativamente menos de afecções paradoxalmente inalterado. cardiovasculares que os outros. O paradoxo chinês é bem mais O fato, como todos os baseados em recente e está relacionado à Olimpíada estatísticas, é discutível e discutido há de Pequim para a qual o Brasil enviou muito tempo. O paradoxo francês 277 atletas e 200 dirigentes-turistas, à ganhou um importante apoio há cerca custa do governo, ou seja, à nossa custa. de dez anos, com a divulgação dos Lembre-se inicialmente que a escolha trabalhos de uma equipe médica norteda China como sede dos Jogos americana dirigida pelo professor Curtis Olímpicos foi por interesse econômico. Ellison, do Serviço de Medicina Como potência de economia crescente Preventiva e Epidemiologia da Escola de e poderosa a todas interessa uma Medicina da Universidade de Boston, que aproximação. Chefes de Estados de trabalhou com seu colega francês Serge vários países, inclusive do nosso, foram Renaud, do Iserm, Instituto Nacional de ao beija-mão de Pequim. Saúde e Pesquisas Médicas de Paris. Na condição de evento esportivo, o Criteriosamente documentado o estudo maior planeta, divulga-se o esporte, a concluiu que o consumo moderado de vida saudável e naturalmente a saúde. álcool, principalmente sob a forma de Pois esse mesmo evento teve como um vinho tinto, pode reduzir em 50% o risco de seus patrocinadores o McDonald's, a de moléstias cardíacas e vasculares, nefasta rede de lanchonetes de conclusão a que na alimentos realidade já haviam engordurados e chegado vários padronizados. pesquisadores há Seria ocioso Apesar de toda a muito tempo. O repetirmos aqui o que estudo de Curtis temos dito e escrito movimentação de Ellison e Serge sobre os insalubres produtores, o Renaud teve grande fast food, bastando consumo nacional divulgação nos citar a recente decisão segue inalterado. Estados Unidos, e da Câmara de em todo mundo, Vereadores de Los por ter aparecido no Angeles, na Califórnia, programa 60 Minutes, da CBS, do que vem de proibir "a abertura de jornalista Morley Safer, de grande lanchonetes de fast food na zona sul da audiência na televisão do país. cidade, que concentra a população de Já o paradoxo brasileiro é mais baixa renda e tem um índice de recente e relaciona-se ao nosso obesidade superior ao dos outros consumo de vinho. Segundo o Cadastro bairros" (revista Veja, edição 2073, de 13 Vinícola do Rio Grande do Sul, que de agosto de 2008). mede as áreas de vinhedos comerciais, As autoridades chinesas, que tanto em 2005, o vinhedo gaúcho era de se preocuparam com a poluição do ar 35.263 hectares, dos quais 6.955 de sua capital, parece que não se deram hectares (19,7%) de variedades conta ou não quiseram se dar conta da viníferas. Se levarmos em conta que o poluição alimentar de sua população e vinhedo daquele estado corresponde a da de seus visitantes. 90% do nacional, temos para o País uma Justamente a China, que tem uma extensão de 39.181 hectares, bem cozinha tão rica e refinada. Casa de inferior à cifra de 60 mil hectares, ferreiro, espeto de pau. informada pela Organização Sergio de Paula Santos Internacional do Vinho (OIV). Nosso é médico e crítico de vinhos. consumo médio anual per capita é Membro-Fundador da Federação inferior a dois litros, relativamente baixo Internacional dos Jornalistas e em relação aos nossos vizinhos. Escritores do Vinho (Fijev), é autor Temos notado, entretanto, nos de livros sobre vinhos, o último dos últimos anos, um grande empenho de quais, Memórias de Adega e Cozinha, vinhateiros brasileiros, do sul e do Senac, São Paulo, 2007. nordeste, de gente competente e


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Nacional Empresas Imóveis Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Como não há terrenos, tem de se considerar o custo de demolir. Celso Amaral, da Amaral d'Avila Engenharia

PANORAMA OTIMISTA INFLUENCIOU IPOs

Escassez de terrenos em SP eleva preço de apartamentos

Fotos: Divulgação

Em bairros das zonas sul e oeste, novas construções dependem de demolições. Kelly Ferreira

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m apartamento no condomínio Vitta Moema, na zona sul, com 187 metros quadrados, quatro dormitórios ou três suítes, terraço com churrasqueira e piscina com raia olímpica custa a partir de R$ 990 mil. Em Pinheiros, na zona oeste, apartamentos de 120 metros quadrados do Edifício 360 Graus, no estilo casa suspensa com varanda, são negociados a partir de R$ 500 mil. Além da localização e dos benefícios, o que faz um bairro ter apartamentos tão valorizados em São Paulo? Para Fábio Rossi, diretor de marketing da Itaplan, que comercializa o Vitta Moema, o preço daquele imóvel não é tão alto para a região, que vive um momento de valorização. Ele explica que o valor da construção é o mesmo para qualquer bairro; porém, a diferença é a localização e o preço do terreno. "Quanto melhor situada e mais qualidade de vida oferecer, mais a região será valorizada. Os edifícios próximos a parques, shoppings, serviços, metrô e empresas têm a área mais cara." O valor do metro quadrado do Vitta Moema é de R$ 5.294, dividindo-se o preço do apartamento pela área. Rossi afir-

ma que essa cifra ainda está abaixo da média do bairro, que é de R$ 7 mil para um apartamento do mesmo nível. "Pela localização e pela média da região, o valor está excelente. Bairros bons estão cada vez mais valorizados porque, simplesmente, não há disponibili-

360 Graus: alta valorização

dade de terrenos. Não se pode destruir um shopping ou um parque para construir", diz. O diretor da Stan Desenvolvimento Imobiliário, André Neuding Filho, responsável pela construção do Edifício 360 Graus, salientou que o valor do metro quadrado do empreendimento (R$ 4.166) está compatível com o que está sendo comercializado na região. "Apesar de ter todo um

estilo próprio e diferenciado, conseguimos manter a média do mercado na questão da área. A valorização será cada vez maior em bairros onde não há tanta disponibilidade de terrenos", disse. Na opinião do engenheiro Celso Amaral, da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações, a questão é simples: como não há terrenos, tem de se considerar o custo de demolir casas e construções comerciais, que é alto. "A tendência é isso acontecer na capital paulista como um todo, principalmente nos bairros com melhor localização. Nas regiões de Paraíso e Perdizes, isso já está acontecendo. Terreno, hoje em dia, é material escasso." O engenheiro acredita que, dentro de algum tempo, será necessário reciclar os prédios antigos, como ocorre em alguns países. "Hoje o terreno está valendo mais do que a construção. Vai ficar cada vez mais restrita a construção dirigida à classe média. Com isso, a solução será investir em bairros menos favorecidos, expandindo a cidade como um todo." Usados – Segundo a última pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-SP), a maioria dos apartamentos usados vendidos em julho em São Paulo também teve preços superiores aos de junho. Foram 13 ocorrências de alta e apenas quatro de baixa. A maior alta, de 24,89%, foi registrada na Zona D, onde estão agrupados b a i r ro s c o m o Á g u a R a s a , Americanópolis e Aricanduva. O preço médio do m² de apartamentos de padrão médio com oito a 15 anos de idade aumentou de R$ 1.822,14 para R$ 2.275,68 no período. A área mais cara da cidade está na Zona A, em bairros como Alto da Boa Vista, Alto de Pinheiros, Cidade Jardim, Higienópolis e Itaim Bibi. Lá o m² de apartamentos de até 7 anos chegou a R$ 3,6 mil em julho. "Os imóveis novos valem mais pela sofisticação e equipamentos de lazer, além de estar em áreas onde não há terrenos disponíveis. Essa valorização não é boa para o mercado. Os preços restringem cada vez mais as ofertas a uma determinada classe social", disse o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.

O m² de um apartamento no edifício Vitta Moema vale mais de R$ 5 mil. Preço médio no bairro é maior.

Sofisticação e equipamentos de lazer elevam a faixa de preço. Características da localização também.

No lançamento de ações, manobras especulativas. Rubens Marujo

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esquisa feita pelo Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP, divulgada ontem, mostra que muitos dos IPOs (sigla em inglês do lançamento inicial de ações no mercado) de empresas do setor imobiliário (real estate, em inglês) residencial, ocorridos a partir de 2005, foram meramente especulativos. Valendo-se da análise das taxas de retorno, o trabalho concluiu que, das 15 ofertas estudadas, nove apresentaram taxas inferiores a 8% ao ano (taxa setorial para investimentos de longo prazo de maturação, como edifícios de escritórios) e apenas quatro obtiveram valorização de preço comparativamente ao Ibovespa no ciclo analisado, ou seja, preço de colocação das ofertas em outubro de 2007. "Isso significa que as ofertas foram colocadas na condição de overpriced (supervalorizadas), quando analisamos a capacidade de geração de renda a partir dos desempenhos históricos das emp re s a s " , e x p l i c a C a ro l i n a Andréa Garisto Gregório, uma das autoras da pesquisa. Segundo a pesquisadora, o IPO é um importante meio de captação de recursos novos para as empresas aumentarem sua capacidade produtiva e uma opção aos financiamentos e títulos de dívida: "No caso

D´Paula Santos Projetos de Regularização de Obra Vendas Compras Administração

Imóveis CRECI: 70918 Fone: (11)

2743-5100

das empresas de imóveis residenciais, que praticaram ofertas especulativas e sem sustentação, esse importante meio de captação pode estar comprometido, em função da baixa atratividade que o investimento nas ações tem apresentado", diz a engenheira. As expectativas quanto à captação de recursos por meio de IPOs foram atendidas, já que as empresas obtiveram êxito. Porém, as ofertas (volume e

As empresas amargam, agora, expressivas quedas nos preços de suas ações. Carolina Gregório, da Escola Politécnica da USP preços) se apoiaram em cenários extremamente otimistas, bem diferentes do desempenho histórico das empresas. "As empresas amargam, agora, expressivas quedas nos preços de suas ações, e os novos acionistas cobram resultados. Isso leva a uma busca acirrada por terrenos, com consequente aumento de seus valores e elevação nos custos de construção. Tudo isso gera impactos negativos nas margens e taxas de re-

torno dos novos empreendimentos lançados", observa a Carolina Gregório. Apesar de tudo, a autora ressalta que não se trata de falta de maturidade do mercado, mas de uma oportunidade que as companhias vislumbram, em função do momento de alta liquidez global e da atratividade dos investimentos no mercado brasileiro (função das taxas de juros praticadas e da maior estabilidade econômica). De acordo com ela, "as empresas aproveitam as boas condições macroeconômicas e lançam suas ações nesse cenário". A engenheira lembra, ainda, que 75% do volume captado veio dos investidores estrangeiros. Entre os riscos dos investimentos em ações de empresas do segmento imobiliário estão as possíveis distorções nos parâmetros dos preços, velocidade de venda, custos de produção dos empreendimentos e a variação da capacidade de geração de resultado das empresas. "Isso causa impacto nos preços das ações das empresas e nas taxas de retorno esperadas pelos investidores." A queda de preço e a dilatação dos prazos de venda também causam impacto na qualidade dos empreendimentos e, conseqüentemente, nas margens operacionais das empresas, afetando negativamente os preços das ações, conclui Carolina Gregório.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LAZER - 5

VEJA UM FAUSTO PAULISTANO EM "ENSAIO FAUSTO.ORG" Montagem inspirada no Fausto, de Goethe. Teatro Coletivo Fábrica. Rua da Consolação, 1623. Tel.: 3255-5922. Quarta (10), quinta (11). 21h. R$ 20. TV Globo/Divulgação

Fotos: Newton Santos/Hype

Erasmo Carlos, fiel parceiro de Roberto na Jovem Guarda: homenagem na Globo.

TELEVISÃO

É a vez do Tremendão Regina Ricca

Igreja de São Bento, no Largo de São Bento: imponente.

CIDADE TEMÁTICA São Paulo, passado e presente: programe um passeio histórico. Armando Serra Negra

M

arcas do tempo. Quantas edificações e logradouros importantes são destruídos, para alocarem outros pelos mais diversos motivos? É o moderno que vem, a memória que vai. Esse é o caso, por exemplo, do histórico e imponente Palacete Santa Helena. Na praça Clóvis Bevilaqua – centro velho de São Paulo – foi reduto dos mais importantes pintores na década de 30, como Clovis Graciano, Francisco Rebolo, Alfredo Volpi, Mário Zanini, Fúlvio Penacchi, e Aldo Bonadei, entre outros – teve seu destino selado em 1971, para dar lugar à estação Sé do metrô. "O metrô é um dos principais responsáveis pela mudança panorâmica da cidade", pondera o arquiteto Cleiton Honório de Paula, estudioso do assunto. Contudo, uma outra transformação ainda mais radical, na capital dos paulistas, ocorreu por motivos políticos, quando da proclamação da República (15/11/1989). "Os republicanos demoliram a arquitetura colonial e imperial, a fim de apagar o passado da memória do povo", diz ele. Mas, esse é seu único lamento, um republicano de carteirinha que aponta a grande virtude da "re-fundação" do País: "Movida pelo idealismo, a República começou a delinear uma nova cidade, voltada exclusivamente para o povo, obedecendo ao conceito inerente ao novo regime estabelecido". Do latim, res (coisa), publica (do povo). Contraditoriamente às demais revoluções, essa não partiu de uma manifestação popular, mas fruto da própria elite do século XIX. "Antonio da Silva Prado (1840-1929), o primeiro e mais longevo intendente (prefeito) de São Paulo (permaneceu 11 anos no cargo), pertencia à aristocracia cafeeira paulista, exercendo importantes cargos para coroa, além de ter sido o autor da Lei Áurea; foi sob seu governo que houve a grande transformação visual da cidade". O próprio D. Pedro II era um entusiasta da causa, chegando a patrocinar jornais sobre o tema. Mas, do mesmo modo que foi condenado ao exílio, em Paris, tudo o que lembrasse os velhos tempos foi banido. "O estilo colonial foi substituído pelo ecletismo europeu, o signo universal da modernidade", explica o arquiteto. Aqui, a expressão maior dessa escola foi Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851-

Cleiton Honório de Paula: o metrô mudou o panorama da Cidade.

Interior da cripta da Catedral da Sé

1928), projetando a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal, o Mercado Municipal, o Palácio das Indústrias etc. "Ele na verdade era um grande empresário, criando, de importantes edifícios, a mansões (como o atual Museu Casa das Rosas, na avenida Paulista) e casas populares". Embora tal revolução urbana tenha acontecido, curioso é o fato de que várias construções – principalmente as igrejas – depois de demolidas, fossem reerguidas no mesmo local, apenas seguindo a nova proposta arquitetônica. Pode-se citar o Mosteiro e a Igreja de São Bento, a Catedral da Sé, sendo a Igreja de São Paulo – no Páteo do Colégio – um caso especial: "Ela foi demolida em fins do século XIX, cedendo espaço para o Palácio do Governo, depois transferido para os Campos Elísios", relata. Nessa ocasião, o Páteo do Colégio foi rebatizado como Largo do Palácio, sendo "páteo" uma palavra de conotação religiosa, quando "largo" remete à urbanidade. "Em 1960 o palácio foi novamente demolido, para a reconstrução do colégio e da igreja, simples réplicas". No interior do Restaurante do Páteo ainda se pode admirar um pedaço do antigo muro, devidamente conservado. Uma exceção ao cuidado de reconstruir as novas igrejas no mesmo lugar das antigas, é a da N. S. do Rosário dos Homens Pretos (século XVII), originalmente na atual Praça Antônio Prado, deslocada para o Largo do Paissandu. Uma pitada da arquitetura pré-republicana ainda pode ser apreciada nas Igrejas das Ordens 1ª e 3ª de São Francisco, no largo homônimo, e no Solar da Marquesa de Santos, Domitila de Castro e Canto Melo (17971867), na Rua Roberto Simonsen 136, próximo ao páteo. Não se pode julgar os fatos sem enfocar os valores morais inerentes à época; o que hoje é politicamente incorreto, correto pode ter sido outrora. Imbuídos de idealismo, os republicanos tristemente apagaram boa parte da história, para iniciar, com alegria, um novo capítulo. Passeios temáticos - Cleiton de Paula convida para uma Caminhada Noturna, promovida pela Ação Local Barão de Itapetininga, uma ONG ligada à Associação Viva o Centro, realizando passeios temáticos pela cidade, com s a í d a s n a s q u i n t a s - fe i ra s à s 2 0 h , em frente ao Teatro Municipal.

O

meu amigo.....Erasmo Carlos!!! Era assim, com pausa longa e voz fanhosa, que o Rei Roberto Carlos apresentava o parceiro compositor aos fãs da Jovem Guarda, movimento musical que agitou as tardes de domingo dos "rebeldes comportados" da década de 1960. Era ali, no palco do Teatro Record, que a garotada vestida com a roupa e acessórios da marca Calhambeque se divertia ouvindo canções-baladas, cujo tempero rock and roll era oferecido pelo Tremendão Erasmo. A Globo vai fazer uma festa de arromba para saudar Erasmo, esse incorrigível roqueiro tupiniquim, que já avisou “querer estar com 80 anos, de bengala, em cima do palco, cantando rock and roll”. E a festa, aberta a todos os convidados, vai ao ar hoje, sexta (5), durante o Som Brasil, logo após o Programa do Jô. O horário é ingrato, mas o convite imperdível. Além de ser uma figura simpática e querida por 10 entre 10 músicos brasileiros, Erasmo deu uma contribuição importante à MPB, com seu mix de bossa-nova e rock and roll, que no show de hoje ganharão intérpretes da nova safra, como Fernanda Takai, Sílvia Machete, Andréia Dias, a banda Autoramas e o filho do Tremendão, Alexandre Pessoal. Erasmo confessa que sempre assiste ao Som Brasil, e ficou imaginando se algum dia seria uma das figuras homenageadas. O dia chegou quando ele recebeu uma ligação do diretor de Núcleo Luiz Gleiser e do produtor Guto Graça Mello. “Fiquei muito emocionado. É sempre bom ver uma música da gente vista de um ângulo diferente, com outra roupagem. É o que faz uma música ficar”, conta o Tremendão, que este ano completou 67 anos. O programa foi gravado nos dias 21 e 22 de julho, nos estúdios da Central Globo de Produção, no Rio de Janeiro. Na platéia estavam o outro filho de Erasmo, Léo Esteves, e o neto, Daniel. Ali eles viram o pai e avô interpretar um medley de Minha Fama de Mau e Eu sou Terrível, Gatinha Manhosa e Minha Superstar com a banda carioca Autoramas, e com a cantora carioca Silvia Machete ele entoar algumas de suas canções mais divertidas, como Ilegal, Imoral ou Engorda e Sou uma Criança não Entendo Nada. Com Fernanda Takai, dona de uma voz suave, Erasmo se juntou para cantar as inesquecíveis Sentado à Beira do Caminho e Do Fundo do meu Coração, e com o filho Alexandre Pessoal ele brindou a platéia com outra pérola de seu repertório, Coqueiro Verde. Uma noite com gosto nostálgico sim, mas que promete bons momentos para os fãs do Tremendão. Divulgação

Frangos, favela etc.

O

filme Cidade dos Homens ganha a tela do Telecine Premium neste sábado (6), às 22h. Esperando repetir o sucesso do seriado de mesmo nome exibido pela TV Globo e a dose espetacular de bilheteria de Cidade de Deus, o filme (também produzido pela produtora O2, de Fernando Meirelles) do diretor Paulo Morelli não conseguiu repetir o feito produzido por Cidade de Deus. Isso não quer dizer que não seja um momento dos bons do cinema nacional, que narra os novos conflitos de Laranjinha e Acerola, que chegam à maioridade e enfrentam novos problemas. Laranjinha procura o pai que o abandonou na infância, enquanto Acerola precisa assumir seu próprio filho, que está prestes a ser rejeitado. Em meio a esses conflitos pessoais, explode uma guerra na favela, e a violência toma conta da tela. Ou seja, Cidade dos Homens não vai falar de tráfico e violência, mas sobre paternidade e responsabilidade. Talvez tenha sido isso que afugentou o espectador das salas de cinema, o que foi uma pena. E no Jantar Penoso de Jamie, que vai ao ar pelo GNT também amanhã, sábado, às 20h, a diversão será acompanhar o charmoso chef inglês Jamie Oliver (foto) revelar como é cruel o abate de frangos no Reino Unido. Sempre irreverente, Jamie promove um jantar de gala com convidados influentes da terra de Sua Majestade para alertar sobre a indústria e estimular o consumo de quality food. O programa é interessante porque serve como alerta não só aos consumidores das mesas britânicas, mas também aos que se deliciam com franguinho nosso de cada dia aqui nos trópicos. (RR)

ALAÍDE COSTA E FÁTIMA GUEDES NO TEATROP FECAP Interpretam canções de Sueli Costa e Tom Jobim. Ao piano, Itamar Assiere. Av. Liberdade, 532. Tel.: 3188-4149. Sexta (5), sábado (6), 21h; domingo (7), 19h. R$ 30.


Jornal do empreendedor

Ano 84 - Nº 22.702

MARTIM-PESCADOR-GRANDE Ceryle torquatus Caranguejos, peixes e até insetos fazem parte da dieta da espécie, também conhecida como matraca, registrada em 16 áreas da Cidade. Chega a medir 42 cm de comprimento.

Conclusão: 23h55

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São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 2008

EXTRA! Tatuapé, bairro que nasceu 154 anos antes do Grito do Ipiranga, faz aniversário. Caderno Especial

Newton Santos/Hype

Independência ou Morte!, de Pedro Américo, é a estrela do Museu do Ipiranga que atrai 10 mil visitantes em Dia da Pátria. Foi pintado há 120 anos. Cidades 4

NO GRITO

Independência, ou Leão! Impostômetro chega mais cedo a 700 bi, na 2ª feira. E 3 Escravidão Fiscal, dossiê histórico de Luiz Oliveira Rios, entra no ar domingo, no novo www.dcomercio.com.br

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FURACÃO NO MERCADO DÓLAR DISPARA ão

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A maleta dos grampos

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BOA VIAGEM! Na polonesa Lodz, um calçadão de arte e história

HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 14º C.

Universal Studios/Divulgação

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Temor mundial de desaceleração derruba bolsas. Ibovespa cai 3,96%, nível de agosto de 2007. O dólar sobe e ultrapassa R$ 1,71. Economia 1

Divulgação

ME CHAMA! (E bom fim de semana) O endiabrado Hellboy quer ser chamado para tudo. Na guerra é feroz justiceiro. Na paz atira-se aos braços da amada, uma mulher-lança-chamas. A nova aventura desse herói de HQ chega aos cinemas: diversão garantida no seu fim de semana. Mais: estréia também o filme Linha de Passe, com a premiada Sandra Corveloni; na TV, Erasmo, o Tremendão. Gula? Experimente pastéis. E Roda do Vinho.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER/TURISMO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Esta é mais uma matéria de uma série especial dedicada ao Velho Continente. EUROPA NOTA 10 traz, na primeira sexta-feira de cada mês de 2008, dez destaques – de eventos a atrações turísticas – de uma determinada cidade européia. Todo mês, um país diferente. Boa viagem!

LODZ: HISTÓRIA E ARTE NA POLÔNIA. ARQUITETURA

Fotos: Divulgação

Situada no coração da Polônia e da Europa, Lodz é um destino muito peculiar. Viveu o seu auge no século XIX e fez fama como o centro da indústria de algodão. O resultado? Edifícios de várias fábricas e palácios que pertenceram a ricos industriais, os "reis do algodão", compõem um visual de beleza única que impressiona o visitante. Lodz não foi destruída na Segunda Guerra Mundial e preserva preciosos exemplos de arquitetura industrial.

RUA PIOTROWSKA

HOLLYLODZ Amdrzej Lew

Construída por poloneses, alemães, judeus e russos, Lodz até hoje emana uma atmosfera multicultural e a herança de um passado industrial, características que servem como um ímã para atrair turistas de todo o mundo. A Rua Piotrkowska, um dos grandes destaques locais, corta a cidade de norte a sul e é considerada o mais longo calçadão da Europa. Ali, cada pátio, cada portão oculta um segredo, como galerias de artes fora do comum, ateliês de roupas, bares de vanguarda e restaurantes. Não perca!

SHOPPING E DIVERSÃO

Outro lugar de plena badalação em Lodz é o Centro Comercial-RecreativoCultural Manufatura. Após a restauração dessa construção do antigo império da família Poznanski, o lugar adquiriu uma nova imagem. Restaurantes, lojas, museus, espaço para crianças, cinema, parede de escalada, boliche e outras diversas atrações fizeram com que a construção da fábrica abandonada proporcionasse uma nova vida, intensa e colorida como nunca.

Lodz é conhecida, sobretudo, como a cidade da vanguarda e do cinema. "Me apaixonei por esta cidade!", declarou o cineasta David Lynch (à esq.). "Sempre que vou para Lodz me alegro. Esta cidade me inspira. Aqui tem um clima que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo". Lynch, que atualmente está estabelecendo por lá, em uma antiga termoelétrica, um estúdio de filmagens, chegou à cidade pela primeira vez para o Festival Internacional de Arte de Autores de Fotos Cinematográficas, o Plus Cameraimage (www.camerimage.pl; foto à esq.), o maior do mundo e mais conhecido evento dedicado à arte de autores de fotos cinematográficas. Todo ano, entre novembro e dezembro, Lodz vivencia uma verdadeira invasão. Enquanto as outras cidades próximas mergulham no sono do inverno, ela reúne uma multidão de adoradores do cinema de todo o mundo, incluindo vários astros como Julia Ormond, Ang Lee, Roman Polanski e Diane Kruger.

ESCOLA Poucos sabem que Lodz é o endereço de uma das mais célebres escolas de cinema do mundo. Na Instituição Nacional de Ensino Superior de Cinema, Televisão e Teatro L. Schiller estudaram gênios como Roman Polanski (foto) e Andrzej Wajda. A escola organiza, em outubro, o Festival Inter-

nacional Estudantil de Cinema e Televisão Mediaschool (www.filmschool.lodz.pl). E em novembro, durante o Festival de Mídia Pessoa em Ameaça (www.festiwalmediow.art.pl), é possível conhecer o resultado dos documentários de artistas que registraram as condições humanas na sociedade.

CAPITAL CULTURAL Lodz se caracteriza por ser uma cidade de inspiração para artistas, amantes do cinema, teatro e fotografia, viajantes e músicos. Está à disposição de todos os amantes de cultura e arte. Todo ano a oferta de eventos culturais e artísticos vem se enriquecendo e com isso a cidade polonesa aspira à denominação de Capital Cultural Européia em 2016 (www.lodz2016.com).


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - LAZER

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DOCUMENTÁRIO Arquivo DC

Diretor Rodolfo Nanni retoma projeto de 50 anos e realiza Aos 83 anos, Rodolfo Nanni, (ao fundo) participa da vida dos moradores do sertão

O Retorno Erika Corrêa

A

través das lentes do fotógrafo Sebastião Salgado, entre as linhas da obra-prima de Graciliano Ramos, Vidas Secas ou no samba mangueirense histórico de Gordurinha Súplica Cearense, a miséria e as mazelas do sertão do nordeste brasileiro foram representadas diversas vezes na literatura, no cinema, na pintura e nos palcos mundo afora. A obra de Graciliano Ramos, escrita em 1938, ganhou uma versão cinematográfica, 25 anos mais tarde, nas mãos de Nelson Pereira dos Santos - um marco no cinema brasileiro que, ao lado de outras produções, criava o Cinema Novo. O que poucos sabem, é que antes de filmar Vidas Secas, Nelson Pereira dos Santos embrenhou-se no sertão ao lado do cineasta Rodolfo Nanni como seu assistente, para realizar o documentário O Drama das Secas. Era o ano de 1958 e o filme deveria fazer parte de um projeto internacional comandado pelo cineasta italiano Roberto Rossellini. Intitulado Geografia da Fome, o roteiro baseava-se no livro do pernambucano Josué de Castro, na época dirigente da FAO (órgão da ONU ligado ao combate da fome). O projeto como um todo jamais ficou pronto, mas, persistentemente, Rodolfo Nanni percorreu o sertão ao lado do assistente e do fotógrafo Ruy Santos, durante quarenta dias em um jipe cedido pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e documentou a fome e as filas de retirantes nas estradas empoeiradas do sertão nordestino. A fita de 17 minutos chegou a ser exibida em alguns festivais na Europa, mas ficou esquecida no tempo. Meio século depois, Rodolfo Nanni, hoje octagenário, retornou à região com o propósito de desnudar as mudanças ocorridas, lançando o novo documentário O Retorno, de 75 minutos. "Agora se trata da miséria em cores" , comentou Nanni. Apesar de não apresentar mais seca rigorosa e êxodo significativo, os pequenos lavradores continuam a lutar pela sobrevivência de suas famílias e sofrem com questões básicas como moradia, educação e saúde. "Não dá para falar que não houve mudanças nesse espaço de tempo. Hoje existe a Bolsa-Família, que ajuda mas não não resolve. As pessoas não estão na beira da estrada famintas, mas estão desprovidas de recursos básicos", disse. Diferentemente do primeiro trabalho, onde a câmera apenas revelava o cenário sem muita interferência do cineasta, desta vez, Rodolfo Nanni interage com os moradores, entrando em suas

Sons que traduzem uma riqueza cultural

M

uito mais do que romper silêncios ou ser uma atração adicional, a trilha sonora escolhida para compor uma produção cinematográfica tem papel fundamental no andamento da narrativa. Não é exagero dizer que no caso de O Retorno, a música é que destaca o conteúdo emocional do documentário e nos transporta às peculiaridades da vida do sertão nordestino. A musicista Anna Maria Kieffer, esposa e companheira de Rodolfo Nanni há 40 anos, é responsável pela construção desta brilhante trilha sonora. "Realizamos diversas pesquisas sobre os instrumentos e sons do sertão. É incrível, mas nesta região miserável existe uma riqueza cultural imensa", comenta Anna. O ponto de partida foi escolher canções que contradissessem a seca. Assim foram selecionadas cantigas de fonte, gêneros de matrizes ibéricas na qual a água funciona como metáfora da vida, como as

famigeradas A fonte do Salgueirinho e Senhora Santana. Os instrumentos também são peculiares. A rabeca bastante utilizada é tocada por artistas tanto populares como eruditos. Ainda aparecem: o pife, uma flauta de madeira tradicional parecida com o travesso barroco; a sanfona de botões sem teclado e violas de várias épocas, como a viola de arame (guitarra barroca). Ao lado de todo esse tesouro tradicional de tradição oral, estão presentes, a música eletrônica dos forrós urbanos, interpretados pelas bandas Aviões do Forró e Caviar com Rapadura. Quando perguntada se essa riqueza musical irá se transformar em CD, Anna é categórica: "Campus essa trilha para dialogar com a imagem, ela a contradiz, sublima e amplia a imagem. As composições aparecem ora em seu estado puro, ora mesclados a outros trechos, cheios de efeitos eletroacústicos e ruídos da natureza. Por isso não foi criada para se tornar um disco".

Retirante, na câmera de Nanni em 1958: O Drama das Secas.

Em O Retorno, realizado meio século depois do primeiro filme, o diretor não encontrou retirantes, mas as condições básicas eram precárias.

casas, participando do seu cotidiano. E essa gente humilde cativa o espectador. "Minha intenção não era fazer um filmedenúncia, mas ele acabou por se tornar uma espécie de denúncia por meio do afeto", explicou. Estão ali os açudes como um "mar inútil" sem que haja um processo de irrigação, plantações sem qualquer controle de uso de agrotóxicos, feiras livres onde tudo é trazido de fora, água sem nenhum tratamento. O que a câmera de Nanni mostra não é, no entanto, inusitado: crianças barrigudas de verminose, casas de taipa, gado magrelo, solo árido e gente muito humilde - hoje cenas conhecidas em todo o País e no mundo. A audácia está no tempo: um intervalo de cinqüenta anos que delata a omissão de governos sucessivos. "A água no sertão é mais valiosa do que dinheiro. Muitos candidatos levam carros-pipas às regiões mais inóspitas em troca de votos", comenta um parlamentar nordestino que não quis se identificar. "Mais do que uma cultura assistencialista, estamos diante de uma política corrompida", acrescenta. O Retorno, às vezes, peca pelo didatismo, com a narração em off do próprio Nanni. Ele funciona mais enquanto documento histórico do que como cinema em si. Mas vale ressaltar que acima de tudo é parte de um projeto de vida do diretor. Descendente de italianos, Rodolfo Nanni nasceu de parteira na sua casa da Rua Oscar Freire, em São Paulo. Primo do pintor Victor Brecheret, chegou a estudar pintura com Anita Malfati. Seu primeiro filme, O Saci (1953) foi o pioneiro do cinema infantil brasileiro e um marco na produção independente paulista. Também dirigiu a ficção Cordélia Cordélia (1971) que trazia como protagonista Lilian Lemmertz. Se alguém o aponta como diretor de poucas obras, Nani mostra uma diversidade de roteiros prontos e projetos que não decolaram por falta de recursos. Dentre eles a adaptação de Mar Morto, de Jorge Amado e A Travessia, filme que contaria a façanha de Amyr Klink ao cruzar o Atlântico solitário em um veleiro. Mesmo assim, ainda cheio de energia ele se empenha em outras produções que acredita que vai realizar em breve. Uma delas é um filme sobre a vida da pintora Tarsila do Amaral e outra um filme sobre a cosmopolita cidade de São Paulo. Muito fôlego e disposição, sem dúvida, um exemplo aos seus 83 anos. O Retorno (Brasil/2008 75 minutos. Direção: Rodolfo Nanni)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

1 Ontem, os três ex-presos e seus familiares deram entrevista a uma emissora de televisão.

Ontem, a liberdade. Agora, irão a Júri. Os três rapazes libertados depois de dois anos presos passaram o dia com suas famílias e deram entrevistas. Mesmo livres, irão a julgamento pelo Tribunal do Júri. Fotos de Nilani Goettems/e-SIM

Maristela Orlowski

A

s primeiras 24 horas de liberdade dos três homens que estavam detidos desde 2006 pela morte de uma jovem em Guarulhos foram de alívio e alegria. Renato Correia de Brito, William César de Brito Silva e Wagner Conceição da Silva deixaram o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos 1 (CDP1), na quarta-feira. "Pedi para Deus devolver a alegria a meu coração, e isso aconteceu anteontem", disse Maria Aparecida Corrêa Brito, mãe de William e tia de Renato. "Não foi surpresa. Eu já esperava que fossem soltos e tinha convicção da inocência deles." Depois de horas de entrevistas e flashes, que seguiram até as 20h da noite de quarta-feira, as três famílias reuniram-se em uma pizzaria para comemorar a liberdade dos rapazes. "Foi uma maravilha estar ao lado novamente de minha família, minha mulher Natália e meu filho Cauã", disse William. Renato aproveitou o restante da noite na casa do tio, com quem viu futebol na TV. Wagner passeou pelo shopping acompanhado de sua noiva. "Me senti um pouco perdido", disse. Café da manhã – Depois de dois anos mal dormidos em uma cela de 5 por 10 metros, dividindo o espaço com outras 45 pessoas, a cama parecia o céu. No café da manhã, todos

Renato de Brito, William César de Brito e Wagner Conceição da Silva durante entrevista

reunidos novamente, com direito a pão, ovos e biscoitos de polvilho direto de Minas Gerais. "Minha avó, que mora lá, mandou", disse Renato. Para William, a melhor coisa foi ser acordado pelo filho pulando na cama. "Dei banho nele e o arrumei para a escolinha", disse. Ontem, acompanhados pelos advogados Augusto Tolentino e André Troesch Oliveira, os três rapazes seguiram para o Fórum para assinar os documentos da soltura. Com os papéis em mãos, seguiram para a Rede TV, onde, à tarde, participaram de um programa. Foi nos bastidores que eles almoçaram. No cardápio: arroz, feijão, carne e frango assado e salada. "Depois de dois anos, foi o primeiro almoço decente que

Ernesto Rodrigues/AE - 27/08/2008

Leandro Basílio Rodrigues, que teria confessado o assassinato

MP quer confirmar se jovens foram torturados

O

Ministério Público Estadual pediu a reabertura das investigações contra os policiais que prenderam e teriam torturado três jovens acusados de matar Vanessa, de 22 anos. Renato Correia de Brito, exnamorado da jovem, e seus amigos William Cesar de Brito Silva e Wagner Conceição da Silva estavam presos desde 2006 e foram soltos depois de Leandro Basílio Rodrigues, de 19 anos, confessar ter matado Vanessa e mais cinco mulheres em Guarulhos. Ele revelou ter feito 18 vítimas: 14 mulheres e quatro homens, em São Paulo, no Rio e em Minas. Vanessa foi encontrada morta no dia 19 de agosto de 2006 No mesmo dia, seu ex-namorado foi detido por policiais militares e levado ao 1º DP de Guarulhos, onde foi autuado em flagrante sob a acusação de ser o mandante do crime. Brito confessou o crime ao ser preso e apontou seus amigos como executores do estupro e morte de Vanessa. Ao ser ouvido novamente no inquérito, ele e William contaram que foram levados para a Cachoeira da Macumba, onde foram torturados por PMs. O espancamento teria prosseguido no 1º DP. Essa mesma versão os jovens narraram ontem na TV. O inquérito sobre a denúncia de tortura havia sido concluído em julho. Agora, ele será retomado. Para os promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o fato de Renato ter confessado um crime que não cometeu

é um indício fortíssimo da existência de tortura. Os promotores do Gaeco de Guarulhos só acreditaram na confissão de Rodrigues, apontado como o maníaco, depois que ouviram seu depoimento e ele ter confirmado o que já havia dito à polícia, ao assumir o assassinato de Vanessa: "Se há pessoas presas, são inocentes. Quem matou fui eu." Condutas – Os promotores do Gaeco de Guarulhos pediram ontem à Corregedoria da Polícia Civil que realize uma série de diligências com o objetivo de individualizar as condutas de cada policial suspeito no caso. Saber o que cada um fez é essencial para que os promotores possam denunciar os acusados. Para tanto, os três jovens devem tentar reconhecer os policiais suspeitos das agressões. Os policiais serão também ouvidos, além de testemunhas das prisões. Os quatro que estavam de plantão no 1º DP quando eles foram detidos já foram afastados do trabalho e estão em funções burocráticas. O mesmo ocorreu com dois PMs suspeitos de tortura. O caso, que estava com o Núcleo de Guarulhos da Corregedoria, passou para a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, em São Paulo. O órgão havia decidido ontem transformar a apuração preliminar sobre a tortura em processo administrativo. É esse processo que poderá determinar a expulsão, a suspensão ou advertência dos policiais, caso fique comprovada a tortura. (AE)

estou comendo", comentou William. "Fazia tempo que não sentava para almoçar em uma mesa", acrescentou Renato. Ao lado dos parentes, os rapazes aproveitavam o momento para conversar. Angústia – Dois anos foram uma eternidade, tanto para os três rapazes quanto para seus familiares. No início, sete dias depois de presos, o pai de William sofreu um acidente. "Ele dormiu ao volante e bateu o carro em uma árvore. Ficou em coma no hospital. Foi muita correria atender meu marido e meus filhos ao mesmo tempo", lembrou Maria Aparecida, que, praticamente, criou Renato, órfão de pai e mãe. "Hoje, estou feliz. Só o fato de não precisar voltar àquele presídio é um alívio. Só eu sei as hu-

Na Rede TV ex-presos e suas famílias almoçaram arroz, feijão, carne, frango e salada

milhações que passei por lá cada vez que ia visitar meus filhos." No último domingo, ela conta que pediu a Deus: "Senhor, tomara que eu não tenha de voltar mais a este lugar. Ele me ouviu." Todos passaram por momentos cruciais. Para William, o momento mais difícil nesse tempo todo em que ficou preso foi quando o filho adoeceu. "Meu filho teve tuberculose e eu não podia estar ao lado dele e de minha esposa para dar apoio e levá-lo ao médico", contou. O estresse da prisão fez Wagner emagrecer muito. "Pesava 95 quilos. Hoje, ainda não me pesei, mas estou muito mais magro. Tive de tomar vitaminas para conter os problemas da saúde", disse. Esperança – Os rapazes disseram que sempre estiveram

convictos de que tudo acabaria bem. "Os advogados eram como nossa família. Eram nossos braços aqui fora, que nos sustentavam, nos deram força para acreditar e esperar", contaram. "Nossa satisfação é muito grande. Acompanhamos todo o sofrimento da família", disse Augusto Tolentino. "Da última vez que estive na prisão, em fevereiro, eu disse que só voltava para levá-los embora. Foi muito gratificante receber o abraço deles quando saíram de lá", contou o advogado. Para André Troesch Oliveira, a absolvição não será pela falta de provas, como diz o Ministério Público, mas porque os jovens são inocentes. Segundo ele, há distorções e absurdos na história. "Existe acusação de distor-

ção sobre o Renato, por exemplo. Ele trabalhava de bico e recebia menos de R$ 400 mensais. Mesmo assim, foi acusado pela Polícia Militar de extorsão de R$ 20 mil", contou. Júri – A preocupação agora é a realização do Júri, a sessão plenária, que é o procedimento que encerra o processo. "A partir disso, vamos pensar na forma em que o Estado deverá repará-los. Existe já manifestação do Secretário de Segurança Pública e, conforme ouvi dizer, o próprio governador José Serra já designou que faça o pagamento de indenização por danos morais e materiais. Existe uma dificuldade muito grande para quantificar esse valor. Afinal, quanto vale a sua liberdade? Quanto custa dois anos de sua vida?"


DIÁRIO DO COMÉRCIO

gibaum@gibaum.com.br

3 Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma «

quem é viciado. E na minha sala, sou eu quem mando.

LULA // afirmando que decreto que proíbe fumo no Planalto, não vale em seu gabinete. Fotos: Business News

O depoimento do exnúmero dois da Abin, José Milton Campana, na CPI dos Grampos, teve algumas surpresas: primeiro, ele disse ser quase impossível à agência saber quem faz escutas ilegais; depois, garantiu que ele mesmo está sendo grampeado; e por fim, confessou que, com as maletas, que gravam conversas a 100 metros de distância sem precisar de operadoras de telefonia, o presidente ao Supremo, Gilmar Mendes, poderia ter sido grampeado de sua antesala ou mesmo do banheiro coletivo mais próximo.

NÃOVOLTA Nos tempos de Itamar Franco, seu braço-direito Henrique Hargreaves, acusado de irregularidades, foi afastado e depois, comprovando-se sua inocência, voltou ao governo. No caso do afastamento do delegado Paulo Lacerda da Abin, mesmo se a intenção fosse parecida com o caso de Hargreaves, é quase certo que ele não retornará à Agência Brasileira de Inteligência. O ministro Tarso Genro e o general Jorge Felix, da Segurança Institucional, não abrem a boca e o próprio Lacerda acha que seu desgaste foi grande e não teria condições de continuar no comando da agência.

Deus, estadista O bispo Edir Macedo, dono da Record e da Igreja Universal do Reino de Deus, lança, nos próximos dias, seu livro Plano de Poder. Nele, apresenta Deus como “um grande estadista, expert em planejamento”. Mais: Edir vem adotando, cada vez mais, modernos equipamentos eletrônicos para passar a lição de casa, todos os meses, para seus quase 200 templos no Brasil e outros tantos em 172 países. Usa o método de vídeoconferência ou, em algumas regiões, vídeos que podem ser acessados por qualquer laptop.

EMEXTINÇÃO Amanhã, comemora-se o Dia do Alfaiate, uma profissão, lamentavelmente, quase em extinção no Brasil. A Associação dos Alfaiates de São Paulo, presidia por Alexandre Mircai, promove um evento de confraternização de classe. O estado de São Paulo, hoje, tem perto de 1.500 alfaiates e– surpresa– com média de idade de 70 anos. Para quem não sabe: na história dos grandes alfaiates paulistas o maior nome foi mesmo de Rafaelle Minelli, que chegou a ter uma rede de lojas. Na cidade, o profissional mais conhecido (e discípulo de Minelli) é Milton Silva. Entre seus clientes, de José Serra a Fausto Silva.

Primeiro time

Em sua reentrée na mídia mundial, depois da maternidade (teve gêmeos), a atriz a cantora Jennifer Lopez ocupa capa e recheio da nova edição da Elle americana, numa grande matéria onde é fotografada ao lado do primeiro time de estilistas mundiais, usando uma de suas criações. Participaram do super-ensaio, entre outros, Karl Lagerfeld, Diane Von Furstenberg, Oscar de la Renta, Domenico Dolce e Stefano Gabbana e, da esquerda para a direita, Jennifer aparece com a inglesa Georgina Chapman (Marchesa), com vestido inspirado na Maria Antonieta, de Sophia Coppola; com Donatela Versace; e num clássico para viagens, com Michael Kors.

A ex-prefeita Marta Suplicy lança, dia 10 próximo, seu livro Minha Vida de Prefeita – O que São Paulo me Ensinou. Não será totalmente dedicado ao período (2001-2004) em que ocupou a prefeitura da cidade. Também fará revelações sobre sua vida pessoal, incluindo a morte de sua irmã Irene Cristina, que se tratou em Paris, vítima de um angioma. Na época, sua outra irmã, Tetê Smith de Vasconcelos era quem cuidava de Irene lá e conheceu Luis Favre, já em seu quarto casamento. Muita gente espera que Marta esclareça se, naquela época, Favre, com quem veio a casar, teria ou não namorado Tetê (ela teve um romance com o ex-cunhado dele, o mineiro Fábio Andrade). Também há muita expectativa em torno de uma possível revelação sobre sua campanha à prefeitura, em 2000. Ás vésperas das eleições, Marta fazia caminhada, no velho centro de São Paulo, de braço dado com o marido, senador Eduardo Matarazzo Suplicy, enquanto, supostamente (e o livro, trancado a sete chaves, poderá esclarecer), já estaria namorando Luis Favre, às escondidas.

Segredos de Marta

A atriz Priscila Fantin, contratada para ser a Golden Girl da mineradora sul-africana AngloGold Ashanti, acaba de posar, literalmente, em berço de ouro. Ela foi fotografada por Bruno Astuto deitada num colchão formado por 55 barras de ouro de 24 quilates, o equivalente a R$ 40 milhões. Priscila, na condição de embaixadora do grupo, promove a 4ª edição do concurso de novos talentos da joalheria, que acontece no Brasil, China, Índia e África do Sul. A final brasileira acontece em novembro, em Belo Horizonte.

Golden Girl

Tabu Um assunto que Marta Suplicy, com certeza, não abordará em seu livro será sobre as eventuais relações de Luis Favre com o investidor Naji Nahas junto às empresas de lixo que operavam em São Paulo. Favre, na época, era consultor internacional do PT e um dos grandes colaboradores da campanha de Lula à Presidência em 2002.

0 IN

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Até do banheiro

A volta das pregas.

OUT

Calças sem pregas.

Dabananaaoabacaxi Proliferam os nomes das mulheresfrutas: começou com a Mulher-Samambaia do Pânico na TV, esticou pela Mulher-Melancia, Mulher-Jaca, Mulher-Moranguinho, Mulher-Melão e agora, apareceu a Mulher-Banana. É um travesti conhecido como Pablo, dançarino do MC Bola de Fogo, autor do funk Atoladinha. Agora, ao lado do MC Pixadão, apareceu a Trepadeira do Funk (Jaqueline Sant’Anna) que, na Unidos do Tucuruvi, desfilou no carnaval com o corpo pintado de plantas. E nos círculos políticos, cada vez mais, Dilma Rousseff é apontada como a Mulher-Abacaxi ( ao lado, no traço de Kácio).

MAIS: dependendo do dia, Marisa Letícia chega a fumar um maço e meio e entre seus filhos e noras, a grande maioria é fumante.

Rogério Assis/Folha Imagem-22/6/1995

Milhões sigilosos Desde o começo do governo Lula, as verbas para a Abin crescem, ano a ano: no ano passado, com orçamento de R$ 272 milhões, os gastos chegaram a R$ 226 milhões, significando um aumento de 44% em quatro anos. No cartão corporativo, nos últimos seis anos, os gastos pularam de R$ 2,9 milhões para R$ 12,8 milhões em 2007. Hoje, 180 funcionários da agência possuem cartão corporativo e todas as despesas da Abin são protegidos por sigilo, devido à “garantia da segurança da sociedade e do Estado”.

Divulgação

INICIAÇÃO Na segunda edição do Brazil’s Next Top Model, que está começando, uma das tarefas iniciais das candidatas é se deixar fotografar com os seios de fora. No ano passado, além do busto nu, elas eram obrigadas a posar com uma cobra no corpo. Na última edição do America’s Next Top Model, exibido no Brasil pela Sony, as candidatas posavam só de tanga e transformadas em doces. Tinha de sorvete a chocolate.

MISTURA FINA AS BRASILEIRAS acabam de se tornar referência no verão das européias. A nova edição da Cosmopolitan francesa dedica uma matéria para ensinar suas leitoras a serem Belles comme une Carioca. E, entre os segredos revelados, a revista acredita que o suco de açaí e os esportes ao ar livre estão na fórmula do sex appeal das mulheres nacionais. NÃO CONVIDEM para o mesmo jantar o general Jorge Felix, da Segurança Institucional e o ministro Nelson Jobim, da Defesa. Quando Jobim rumou para a reunião que afastou Paulo Lacerda, foi assessorado (e muito) previamente pelos setores de inteligência dos comandos militares. EM ARACAJU, um candidato a vereador usa o codinome de Robin, veste-se como ele e promete ser “um super-herói” na Câmara Municipal de lá. Em Canoas, no Rio Grande do Sul, outro candidato usa o codinome Pateta . Na televisão, aparece ao lado de um boneco, igual ao famoso personagem de Walt Disney. O PRÓPRIO Honorilton Gonçalves, o bispo todopoderoso da Record, foi, pessoalmente, ao apartamento de Jô Soares, convidá-lo para se mudar para a emissora que dirige. Garantiu sua entrada no ar às 23 horas e ofereceu R$ 1,5 milhão por mês. PARA QUEM está fazendo dieta e exercícios para emagrecer e recuperar sua forma (e, eventualmente, ser contratado pelo Manchester City), Ronaldo Fenômeno não é exatamente um exemplo de atleta esforçado. Há dias, numa churrascaria do Rio, bebeu duas garrafas de cerveja e foi embora, altas horas, em sua Land Rover, com um segurança à bordo e mais dois num Santana que ia logo atrás. ESSA HISTÓRIA de Dilma Rousseff ter desencavado personagens de Monteiro Lobato no Sitio do Picapau Amarelo, há dias, num evento de pré-sal, já inspira ironias. Na Internet, blogueiros apresentam alguns dos que poderiam ser adotados na campanha de Dilma como mascotes : da travessa Emilia até o Saci Pererê . Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Torres: 60 anos de carreira, ao lado da mulher.

Palco perde Fernando Torres Ator, morto aos 80 anos, será cremado no Rio. Lúcia Helena de Camargo*

M

orreu ontem, aos 80 anos, o ator, produtor e diretor Fernando Torres, em sua residência, no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro. A causa da morte teria sido insuficiência respiratória. Ele sofria do pulmão há alguns anos. Seu corpo será velado hoje na capela do cemitério Memorial do Carmo, no bairro do Caju, zona portuária do Rio. A cerimônia será restrita apenas a parentes e amigos. Às 17h, o corpo seguirá para o cemitério São Francisco Xavier para ser cremado. Nascido na capital carioca em 14 de novembro de 1927, Fernando Torres foi ator de teatro, cinema e televisão. Antes disso trabalhou como locutor da Rádio MEC, onde conheceu Fernanda Montenegro, com quem casaria em 1952 e ficaria até a morte. Era pai da atriz Fernanda Torres e do cineasta Claudio Torres. Um dos fundadores do Teatro dos Sete, Torres fez sua primeira aparição nos palcos em 1949, na peça A Dama da Madrugada, de Alejandro Casona. Em 1958 assinou pela primeira vez a direção de um espetáculo – Quartos Separados – quando trabalhava no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Em O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, Torres foi premiado como diretor revelação. Como ator, ele recebeu prêmio por Seria Cômico.... Se Não Fosse Sério. Fez direção, produção e atuou na peça A Mais Sólida Mansão. E na década de 1980 produziu os espetáculos Dona Doida; Um Interlúdio e Su-

burbano Coração, estrelados por Fernanda Montenegro. No dia 22 de agosto, ao lado da mulher e dos filhos, o ator fez sua última aparição pública na exposição de fotos em sua homenagem, no restaurante La Fiorentina, no Leme. Amigos e colegas de profissão prestaram solidaCristina Granato/Agência O Globo

*LED8P

Quando Lula defende o uso do fumo em qualquer lugar, defende também seus familiares, a começar pela primeira-dama.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Arquivo/Agência O Globo

4 - GERAL

Trio de Fernandos (alto) e com a companheira, nos anos 70.

riedade à família e deram depoimentos emocionados sobre Torres. "Era um ator inspirado, talentoso. De uma cidadania muito intensa", disse a atriz Eva Wilma. O ator Tony Ramos lembrou o veterano, com quem contracenou na novela Baila comigo, ressaltando seu "humor inteligente e cultura ímpar". E o diretor Miguel Falabella declarou: "Ele era sempre muito curioso. Trabalhou em todos os veículos, mas deixa um legado forte para o teatro." (*com agências)

da Mulher-aranha Redentor (1984), de Hector E depois foi o último Babenco. participou de A Ostra e o nto (1997), de Walter filme do ator Ve Lima Jr. Suas últimas

A

lém do teatro, Fernando Torres atuou no cinema em Em Busca do Tesouro; Jerry, a Grande Parada (1967); Golias Contra o Homem das Bolinhas (1969) e A Penúltima Donzela (1969). Nos anos de 1970 participou de Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade. Em 1984 atuou em O Beijo

participações no cinema foram Ação entre Amigos (1998) e Redentor (2004), filme de estréia de seu filho Cláudio Torres. Na TV, atuou em Laços de Família (2000), sua derradeira atuação em vídeo. Antes, apareceu, entre outras, em Zazá (1997); Sétimo Sentido (1982); Terras do Sem-fim (1981) e Simplesmente Maria.


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Ambiente Educação Saúde Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008 Fabio Pozzebom/ABr

Eu defendo o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado. Lula, em entrevista

TEMPORÃO AMENIZOU DECLARAÇÕES

Antitabagistas reagem a cigarro de Lula Defensores do projeto que proíbe o fumo em lugares fechados querem que presidente "dê bom exemplo", pare de fumar cigarrilhas e se engaje no movimento

D

efensores do combate ao tabagismo e integrantes do Ministério da Saúde classificaram ontem como "individualistas" e "autoritárias" as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor do fumo em locais fechados. Eles cobraram que o chefe do Executivo dê um "bom exemplo" à população brasileira, abolindo o hábito de fumar sua cigarrilha no Palácio do Planalto. Na quarta-feira, durante entrevista a jornalistas de jornais populares do País, Lula foi questionado sobre o projeto de lei que proíbe o fumo em locais fechados, encaminhado recentemente à Assembléia Legislativa pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e fez uma defesa direta do seu hábito: "eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado", declarou o presidente, durante a entrevista. Segundo relatos de repórteres, o presidente fumava sua cigarrilha durante a entrevista, o que contraria legislação atual que permite o hábito ape-

nas em fumódromos. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou as declarações na tarde de ontem e informou que o presidente não comentaria as críticas. "Ele já expressou sua opinião, não há o que agregar", informou a assessoria. "Me parece que será muito bom se todos os ambientes governamentais forem livres de fumo. Será bom para todos, independentemente da posição que ocupam", afirmou a oncologista Nise Yamaguchi, representante do Ministério da Saúde em São Paulo. Exemplo – Ela destacou, no entanto, que sua posição condiz com sua história de luta contra o tabagismo. "Existe a necessidade de coibir o fumo para proteger a pessoa e as famílias. Eu não sei se ele desconhece isso, mas o presidente vai se beneficiar se passar um bom exemplo à nação", continuou Nise, que já aconselhou diretamente o presidente a parar com o fumo. Segundo ela, nos momentos em que fez a sugestão, o presidente estava cercado de outras pessoas, riu e desconversou. "A população vai se benefi-

ciar se o presidente buscar ajuda para parar de fumar, o Brasil ganharia muito. É bom para ele e para o povo brasileiro que não fume, porque ele é uma pessoa muito especial", comentou Nise. Temporão – "A proibição total do fumo em ambientes fechados é um passo que tem de ser dado. O projeto de lei vai ser encaminhado e vamos dar esse passo importante para a saúde pública brasileira, tenho certeza disso", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ontem. Ele disse considerar que o comentário do presidente foi feito em um contexto totalmente diferente. O fumo em ambientes fechados, mesmo em locais separados para esse fim, como fumódromos, é condenado por convenção internacional da ONU, reconhecida pelo Congresso Nacional em 2005. Artigo sobre esse tema foi ratificado mais uma vez pelo País em julho do ano passado. "Estamos rindo para não chorar. Esperamos que ele reveja essa posição. Não faz sentido falar algo 'autoritário' e 'individualista', sendo que é presidente de um país signatá-

rio de convenção internacional que defende o fim do fumo em locais fechados", afirmou Paula Johns, socióloga e diretoraexecutiva da Aliança de Controle do Tabagismo. "Ficamos pensando se, de repente, o presidente não pensa nas pessoas que entram e saem de seu gabinete. É um absurdo que ele defenda a sua necessidade contra os direitos dos outros", completou a socióloga. A ONG solicitou ontem mesmo uma audiência de um grupo de entidades antitabagistas com o presidente, para esclarecê-lo sobre os males do fumo passivo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, o fumo passivo mata sete pessoas por dia. Militantes lembram que não é a primeira vez que o governo Lula toma atitude contrária ao movimento antitabagista. Em 2003, para garantir a permanência do circuito de Fórmula-1 no País, o governo editou Medida Provisória flexibilizando as regras da propaganda de cigarro durante o evento. Na época, a opinião contrária do Ministério também foi ignorada. (AE)

Patrícia Santos/Folha Imagem - 02/10/1998

Presidente mantém o hábito de fumar, inclusive no Palácio do Planalto

Teatro Cultura Artística: remoção do entulho e demissão de funcionários

Werther Santana/AE

Oito pessoas foram demitidas ontem. Sociedade de Cultura Artística tenta recolocá-las no mercado.

N Local onde os moradores de rua foram alvejados: um deles morreu

Quatro moradores de rua sofrem atentado a tiros

Q

uatro carroceiros moradores de rua foram baleados na madrugada de ontem, na Lapa, zona oeste da cidade. As vítimas estavam dormindo sob a marquise de uma agência do Unibanco quando um veículo passou e seus ocupantes começaram a atirar. Um dos moradores de rua morreu na manhã de ontem. Segundo informações da a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o carroceiro morto não foi identificado. Mesmo ferido, uma dos moradores de rua atravessou a rua correndo, para tentar pedir

socorro no Fórum Regional da Lapa, localizado em frente à agência bancária. Duas dos feridos foram levados para o Hospital das Clínicas, em estado grave. Outro morador de rua foi levado para o H o s p i t a l S o ro c a b a n o . A quarta vítima foi encaminhada para o Hospital Geral de Vila Penteado. Um dos moradores de rua, identificado como Ceará, teria se envolvido em uma discussão em um bar nas proximidades, pouco antes do crime, de acordo com informações dadas por policiais que atenderam o caso. (AE)

Laticínios Nishitani

a próxima semana vai começar a remoção dos entulhos do Teatro Cultura Artística, atingido por um incêndio no dia 17 de agosto. Ontem, oito funcionários do local foram demitidos por causa do encerramento das atividades do teatro. A direção agora estuda o que fazer com os 42 empregados restantes, enquanto planeja a reconstrução do local. Para iniciar a retirada do entulho, a administração do Cultura Artística teve de pedir permissão ao Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Por estar em processo de tombamento, o teatro necessita de autorização especial para qualquer obra que envolva a estrutura interna. O pedido foi protocolado em 29 de agosto e concedido no início desta semana, de acordo com Gérald Perret, superintendente da Sociedade de Cultura Artística. "Tivemos de aguardar a liberação da Defesa Civil e da seguradora para iniciar a limpeza", diz. A liberação veio depois de confirmado o fim de risco de retorno do fogo. Mesmo depois de controlado o incêndio, as chamas voltaram ao local por duas vezes, segundo o superintendente. Perret explicou que os vizi-

nhos reclamam do cheiro de fuligem. "Vamos retirar os escombros o mais rápido que pudermos para evitar o mal-estar dos moradores." Ontem, Perret se reuniu com o arquiteto responsável pelo projeto de reconstrução do teatro, Paulo Bruna. "Ele apresentou várias idéias, mas ainda não temos nada decidido", diz. A decisão cabe à diretoria da Sociedade de Cultura Artística e depende ainda de autorização do DPH. O superintendente espera que o espaço revitalizado seja inaugurado antes de 2012, ano do centenário da instituição. Há duas semanas, a administração da Sociedade de Cultura Artística se mudou para uma sala comercial na rua Nestor Pestana, a poucos metros do antigo endereço. A frente do teatro permanece coberta com um tapume de madeira. Os funcionários temem novas demissões. Dos oito demitidos, três tinham mais de dez anos de casa. Dois tinham pedido desligamento antes da tragédia. A diretoria tenta a recolocação dos funcionários em outras casas de espetáculos. "Entramos em contato com parceiros para que essas pessoas não fiquem desempregadas", diz Perret. Ele ainda não sabe o destino dos demais funcionários. (AE)

Valéria Gonçalvez/AE

Incêndio destruiu o Teatro Cultura Artística no dia 17 de agosto. Sociedade começa a estudar o projeto de reconstrução do local, que depende do aval do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH).

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde

CABO DE AÇO SEGURARIA AVIÕES

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Werther Santana/AE - 04/09/2008

Após acidente ocorrido na quarta-feira, ministro da Defesa, Nelson Jobim, solicitou às autoridades aeronáuticas estudos para aumentar proteção no Aeroporto de Congonhas.

Nelson Antoine/AE Priscila Jacintho/Futura Press

Ó RBITA

CALOR RECORDE

A

Capital paulista registrou ontem a segunda temperatura mais alta do ano. Segundo a Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Mirante de Santana, na zona norte, apontou 32,4º C. O recorde pertence ao dia 12 de fevereiro, quando os termômetros na cidade marcaram 32,8ºC. Com o calor, a umidade relativa do ar chegou a 15,9%, a mais baixa do ano. De acordo com o CGE, a passagem de uma frente fria de fraca intensidade deve amenizar a temperatura hoje. (Agências)

ESTUDANTE FICA PRESO EM BANCO

U

m estudante de 18 anos ficou cinco horas trancado dentro de uma agência bancária no centro de São Carlos, a 232 km da Capital, ontem de madrugada. Ele leu na fachada que a agência, do Banco Real, é interligada à rede 24 Horas e tentou fazer um depósito, pouco antes das 23 horas. Porém, nenhum equipamento estava em funcionamento. O problema

foi quando, ao ir embora, a porta do banco travou e as luzes apagaram. Ele só conseguiu ser liberado cinco horas depois, quando o gerente do banco foi encontrado. O alarme não disparou e o Banco Real informou que vai investigar as causas do problema. O estudante conta que só conseguiu comer biscoitos e bebeu refrigerante (foto) por um canudinho que passou pela fresta do vidro. (Agências)

Bimotor que abortou a decolagem e quase caiu na avenida Washington Luís foi removido ontem de madrugada

Congonhas pode ter rede de proteção Ministério da Defesa estuda projetos para evitar acidentes na pista do aeroporto

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que já solicitou às autoridades aeronáuticas que estudem mecanismos de proteção para serem instalados na pista do Aeroporto de Congonhas, para impedir acidentes com aeronaves que eventualmente ultrapassem a cabeceira da pista. A informação foi fornecida pelo ministro ao comentar o acidente ocorrido na quarta-feira, quando um avião de pequeno porte ficou pendurado no muro de proteção de Congonhas. Jobim observou que a proteção não pode ser um muro e sim algum outro tipo de mecanismo. O ministro citou a possibilidade de instalação de uma rede. Sobre a possibilidade de instalação de um concreto poroso na pista para interromper o percurso do avião, Jobim observou que isso exigiria uma ampliação do comprimento da pista em uma área de grande densidade de edificações. Tela – O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, também citou a possibilidade de um concreto poroso e a instalação de

uma tela de aço. Gaudenzi, que conversou com repórteres ao sair do Ministério da Defesa, comentou que o acidente com o táxi aéreo não teve relação com as características da pista. Disse que, embora a apuração das causas do acidente ainda não tenha sido concluída, o acidente está relacionado a problemas ocorridos com o avião. Gaudenzi afirmou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já tem estudos destinados à melhoria da segurança no Aeroporto de Congonhas. O presidente da Infraero ressaltou, porém, que a implantação de medidas de segurança não é algo que possa ser feito rapidamente. A discussão sobre a construção de uma área de escape em Congonhas foi retomada depois do acidente de quarta-feira com o bimotor. Porém, a proposta apresentada pela Prefeitura de São Paulo de estender a área de escape do Aeroporto de Congonhas, feita no fim do ano passado, depois do acidente com o Airbus da TAM, parou no Ministério da Defesa, que descartou a idéia. A Prefeitura chegou a enviar o plano de desapropriação de 2

mil imóveis para a ampliação da pista, mas, segundo a assessoria de imprensa do ministério, "foi avaliado que não haveria infra-estrutura urbana que comportasse o aumento no movimento de automóveis e passageiros na região do aeroporto". De acordo com a assessoria de imprensa do prefeito Gilberto Kassab, não seria possível dar início às desapropriações se o governo federal não fosse parceiro no projeto, que custaria R$ 500 milhões. Priv atizaç ão – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou ontem que recebeu um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmando que o governo federal vai permitir a concessão à iniciativa privada do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) e do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Conforme Cabral, Lula afirmou no telefonema que se reuniu com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta semana e que o modelo de concessão deve ser finalizado nas próximas semanas. O processo ficará sob a responsabilidade de Jobim. (AE)

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Andre Dusek/AE

É definitivamente a volta do SNI por decreto. Deputado José Aníbal

DEFINIDA A ATUAÇÃO DE TROPAS NO RIO

Lacerda descarta participação de Dantas em grampo

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr 12.03.08

Diretor afastado da Abin diz que comparecerá à CPI "sempre que for chamado"

O José Cruz/ABr 22.08.07

Paulo Lacerda disse ter confiança no esclarecimento dos fatos e, com isso, no seu retorno ao comando da Abin e que já conversou com o presidente Lula sobre as denúncias de escutas ilegais; Aécio Neves defendeu a adoção de leis com punições mais severas – demissão e ação penal – para funcionários públicos que adotem a prática clandestina.

PSDB quer limitar o poder da Abin

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líder do PSDB, deputado federal José Aníbal (SP), apresentou ontem à Mesa da Câmara projeto de decreto legislativo para revogar um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, segundo o parlamentar, determina o compartilhamento dos bancos de dados secretos do governo, fortalecendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "É definitivamente a volta do SNI por decreto", reagiu o líder tucano,

numa referência ao antigo Serviço Nacional de Informação. Para ele, a iniciativa do governo é "um fato gravíssimo", uma vez que prevê a quebra de sigilo de informações sem autorização judicial. O decreto de Lula altera o decreto 4.376, de 2002, que trata do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), instituído em dezembro de 1999, pela mesma legislação que criou a Abin. Foi incluído um dispositivo que dá aos representantes

do SISBIN a prerrogativa de acessar, por meio eletrônico, as bases de dados de seus órgãos de origem, "respeitadas as normas e limites de cada instituição e as normas legais pertinentes à segurança, ao sigilo profissional e à salvaguarda de assuntos sigilosos". José Aníbal explicou, contudo, que essa nova mudança feita pelo governo "criou uma central de investigação dentro do SISBIN", ao estabelecer o compartilhamento. (AE)

Lula Marques/Folha Imagem

diretor afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, disse ontem não acreditar que o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, esteja por trás das escutas clandestinas no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ressaltou que pretende comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo, na Câmara, para prestar depoimento sobre suspeitas de interceptações clandestinas. "Eu irei à CPI quantas vezes me chamarem", afirmou "No que pudermos colaborar, vamos colaborar." Em rápida entrevista no Planalto, Lacerda disse que aguarda o resultado das investigações da Polícia Federal, que apura a autoria das escutas nos telefones de autoridades como o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEMGO). "A PF tem todas as condições de esclarecer os fatos, é o que a gente espera", disse. Quando questionado sobre o suposto envolvimento de Daniel Dantas nas escutas, como cogitaram setores do governo e da Abin, Lacerda disse: "Não acredito". Lacerda, embora afastado temporariamente da Abin, está vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional, órgão que funciona no Palácio. O ga-

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Tropas federais vão atuar em 24 áreas no Rio Mapeamento inclui Duque de Caxias e outras comunidade do Grande Rio

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presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, desembargador Roberto Wider, encaminhará hoje ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório complementar com quatro novas áreas onde deverão atuar as tropas militares que devem chegar na semana que vem ao Rio. Agora, no total, o tribunal tem um mapa indicando 24 comunidades que estariam sendo controladas por milicianos ou traficantes que estariam impondo o apoio a certos candidatos nas eleições e cerceando a liberdade dos eleitores. O relatório do TRE deverá chegar a Brasília pelas mãos do desembargador Alberto Motta de Moraes.

Atuação dinâmica – Roberto Wider informou que os militares não farão ocupações nessas comunidades, mas atuarão de forma dinâmica, realizando operações especificamente nas áreas em que o juiz eleitoral Luiz Márcio Pereira, coordenador da fiscalização de propaganda no Estado, julgar necessário que haja o policiamento ostensivo. O presidente do TRE não detalhou quais áreas novas foram mapeadas em relação ao levantamento anterior, e disse apenas que entre elas está o município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Essas são comunidades carentes que não são atendidas pelo poder público em suas necessidades sociais, e que ficam

com um espaço vazio e organizações criminosas o fazem. Essas organizações, para se perpetuarem, vão buscando adquirir poder", explicou. O desembargador disse ainda que os candidatos a eleição presos, como a candidata a vereadora Carmem Guinâncio Guimarães, a Carminha Jerominho, podem ser eleitos mesmo que estejam na prisão. "Nós tentamos fazer uma interpretação que vedasse que essas pessoas pudessem ser eleitas, mas não foi isso que prevaleceu. Estamos trabalhando num outro tipo de objetivo, que é a conscientização do eleitor. É o eleitor que tem obrigação de não votar em candidatos ruins, que não estejam em moralidade". (AE)

Estou com 62 anos, já não tenho motivos para ficar chateado; essas coisas (denúncias sobre grampos ilegais) acontecem. Paulo Lacerda Ele salientou estar tranqüilo em relação às denúncias e à repercussão política das suspeitas de grampos. "Estou com 62 anos, já não tenho motivos para ficar chateado; essas coisas acontecem", disse. Lacerda confirmou ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes do afastamento da Abin. "Ele (Lula) disse apenas que espera que o fato seja esclarecido completamente", completou. Na última segunda-feira, o Planalto divulgou nota ressaltando que Lula afastou temporariamente o diretor da Abin para dar "transparência" às investiga-

ções da Polícia Federal. Alvo – O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que acredita já ter sido alvo de grampo. "Eu devo ter sido. Senão, eu seria talvez a grande exceção no meio político brasileiro", afirmou. Aécio condenou a "bisbilhotagem", classificando-a como um retrocesso após a conquista democrática. Para o governador, que participou da solenidade de posse do novo presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado, desembargador Sérgio Rezende, o problema não está apenas no "número excessivo" de escutas ilegais. "Obviamente, eu nunca tive uma informação objetiva em relação a mim, mas o que todos nós ouvíamos é que havia realmente um número excessivo não só de autorizações judiciais, que acabavam desencadeando grampos em pessoas que não tinham absolutamente nada a ver com inquéritos que estavam ali em curso", disse. Aécio cobrou uma legislação severa para inibir a prática clandestina. "É preciso que haja uma legislação que garanta, além da demissão sumária de agente público que faça grampo ilegal, um processo penal com penas vigorosas", disse. Ele acredita que, após o episódio envolvendo Mendes, está "havendo um certo freio de arrumação". (AE)

TRE identifica novos currais eleitorais do crime Tr i b u n a l R e g i o n a l Eleitoral do Rio de Janeiro identificou mais quatro áreas onde funcionam currais eleitorais, em que traficantes de drogas ou milícias obrigam os moradores a votar em candidatos ligados ao crime e proíbem outros candidatos de fazer campanha. No total, já são 24 os locais identificados pelo TRE e que serão monitorados por tropas federais que chegam ao Rio na

Ministros do TSE recebem Jobim: envio de tropas para assegurar eleições no Rio já está delineado

binete é chefiado pelo ministro Jorge Felix. Ao ser indagado se espera retornar ao comando da Abin daqui a dois meses, ao final da sindicância, Lacerda respondeu apenas que está confiante de que o fato será esclarecido.

semana que vem. Pela primeira vez, o TRE identificou um curral eleitoral fora da capital. "Nossas investigações apontam agora para Duque de Caxias, estendendo (essa situação) para o Grande Rio", disse o desembargador e presidente do TRE-RJ, Roberto Wider, que preferiu não revelar as outras localidades onde estaria ocorrendo cerceamento a candidatos.

Wider disse ainda que o TRE vai participar de reunião em Brasília, na próxima semana, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, na qual apresentará relatório com essas 24 áreas que deverão contar com a presença das Forças Armadas. "O planejamento é para que (as tropas) cheguem em menos de uma semana", anunciou. (AE)

TRF mantém prisão de Lins e outros presos em operação Tribunal se julgou incompetente para julgar denúncia contra ex-deputado

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Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) se considerou incompetente para apreciar a denúncia da Procuradoria Regional da República na Operação Segurança Pública S/A, que envolve o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, o ex-chefe de Polícia Civil e ex-deputado estadual Álvaro Lins e o sogro dele, Francis Bullos, que é vereador em Barra Mansa, município no Vale do Paraíba. Apesar de se declarar incompetente, o pleno do tribunal manteve as oito prisões preventivas decretadas em maio pela relatora do caso, a juíza convocada Marcia Helena Nunes. Com a decisão do TRF, a denúncia contra os 16 acusados será apreciada pelo juízo da 4ª Vara Federal Criminal. Na denúncia, os procuradores acusam Garotinho, Lins e os demais de formar uma quadrilha

que loteava os cargos de chefia das delegacias e lavava o dinheiro das propinas. Com isto, continuam presos, além de Lins, o seu substituto

na chefia de Polícia Civil, delegado Ricardo Halaak, os também delegados Luiz Carlos dos Santos e Daniel Goulart , além de 4 policiais. (AE)

Michel Filho/AOG 07.01.05

Lins e os demais são acusados de formar quadrilha para lotear cargos


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Saúde Educação História Urbanismo

sexta-feira, 5 de setembro de 2008 Newton Santos/Hype

A denominação Casa do Grito nasceu da imagética popular. Cecília Helena de Salles Oliveira, diretora do museu

OBRA FOI PINTADA EM FLORENÇA

Tela de Pedro Américo, a jóia do Ipiranga Pintado entre 1886 e 1888, o quadro 'Independência ou Morte', com com 7,5 m X 4,11 m, chega a atrair de 10 mil visitantes ao Museu Paulista no Dia da Pátria Geriane Oliveira

Fotos de Newton Santos/Hype

odestamente, o quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, empresta ao Museu do Ipiranga a mesma importância oferecida pela Monalisa, de Leonardo da Vinci, ao Louvre, em Paris. Os visitantes vão admirá-lo antes de mais nada para, depois, se interessar pelo resto do acervo. (É oportuno lembrar que seu mais próximo rival é o quadro Inundação da Várzea do Carmo, de Benedito Calixto). Esta preferência fica particularmente marcante nesta Semana da Pátria, quando o museu vê seu público crescer em 30%, boa parte engrossada por delegações escolares. No caso da obra de Pedro Américo, segundo registros da casa, no 7 de Setembro dez mil pessoas, em média, desfilam diante dela. "É um momento lúdico e de prazer que já se tornou Durante a Semana da Pátria, o Museu Paulista vê seu público crescer em 30%, boa parte engrossada por delegações escolares tradicional, quase um ritual", conta a historiadora Cecilia Helena de Salles OliveiSéquito ilustre - Na sua criação artística, Pedro aspecto muito particular em termos de pintura", ra, diretora do museu . Américo anteviu uma comitiva com mais de 40 ho- afirma Cecília. O gigantesco painel, com 7,5m X 4,11m , demo- mens da guarda de honra do imperador, além de Aqui é importante assinalar que o quadro oberou dois anos para ser pintado, entre 1886 e 1888. serviçais de sua casa. É uma galeria interessante na dece aos padrões europeus da época, vinculado à Num primeiro momento, o autor fez pesquisa de qual se misturam Luiz Filipe Saldanha da Gama, chamada escola histórica, tão bem encampada campo no local onde a Independência foi procla- mais conhecido como Marquês de Taubaté, o Ca- pela Academia Imperial de Belas Artes, atual Escomada, para captar os tons da luminosidade do céu pitão-Mor Manuel Marcondes de Oliveira e Melo, o la de Artes da Universidade Federal do Rio de Jae da sua paisagem. Também entrevistou vetera- Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão (que funda- neiro, onde o pintor havia iniciado seus estudos. nos que participaram da comitiva de D. Pedro na- ria a cidade de Campos do Jordão) e o célebre seAo mar - Após colocar um ponto final no seu traquele dia. De posse desses elementos, deu forma cretário particular de Sua Alteza, Francisco Gomes balho, Pedro Américo enrolou sua imensa tela e a ao quadro no seu ateliê em Florença, onde morava da Silva, que entrou para a história sob o apelido despachou de navio para Santos. Aqui já a esperava Explica-se: ele havia ganho uma bolsa de estudos de Chalaça. Para os iniciados no assunto, uma cu- a moldura dourada, feita em gesso pelos artesãos do próprio imperador D. Pedro II para aperfeiçoar riosidade salta à vista: Pedro Américo colocou seu do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, assim coseu talento na Itália. o próprio rosto na figura que se posta perto da ca- mo o suporte de madeira para sustentá-la. Também Camisão – Independência ou Morte é uma cria- sa de pau-a-pique, à margem da cena principal, co- deveria aguardá-la uma sala no Museu do Ipiranga, ção artística de Pedro Américo, pois detalhes va- nhecida popularmente como Casa do Grito. A pro- quando do seu desembarque em julho de 1889, riados na representação dos personagens não cor- pósito, a diretora Cecília Helena de Salles Oliveira cerca de três meses antes da proclamação da Repúrespondem à realidade da época. A roupagem do tem um esclarecimento relevante a fazer: essa casa blica. Por isso, ficou guardada em uma sala da Faentão príncipe regente não era uma farda, como não existia em 1822, é de 1880. O pintor decidiu culdade de Direito do Largo São Francisco. Somenestá apresentada no quadro. "Diversos estudos aproveitá-la, mesmo contrariando a verdade his- te seis anos depois iria para seu lugar definitivo, apontaram que D. Pedro I usava um chapéu de tórica, para colocá-la como elemento de fundo à com a inauguração do museu em sete de setembro abas largas, vestia uma calça folgada, camisão obra, em uma função rigorosamente estética. "A de 1895. Pedro Américo era um homem de múlticom um poncho comprido por cima e calçava bo- denominação Casa do Grito nasceu da imagética plos talentos. Nasceu Pedro Américo de Figueiredo tas pretas de cano longo, com fivelas. Era roupa de popular", explica ela. e Melo em Areias, Paraíba, no ano de 1843. Além dos tropeiro", informa o historiador Antonio Penteado Américo trabalhou com tinta a óleo sobre linho pincéis, dedicou-se à música e doutorou-se em fide Mendonça, do Instituto Histórico e Geográfico. e ele próprio fabricou os pigmentos (cores) que fo- losofia. Despediu-se do mundo em 7 de outubro de (Leia mais na coluna Metrópole). ram utilizados. "Queria que o quadro tivesse um 1905 na sua amada Florença.

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A Casa do Grito ainda não existia na época Nelson Perez/Agência Estado

CACOS NO CHÃO

xatamente 10 anos após a prisão do motoboy Francisco de Assis Pereira (agosto de 1998) que ficou tristemente famoso como "Maníaco do Parque", outro psicopata parece imitar os seus passos. Tratase de Leandro Basílio da Silva, 19 anos, que também já está ganhando fama sob o apelido de "Maníaco de Guarulhos". Ele foi preso na semana passada e se suas confissões forem confirmadas, aproximase de Francisco numa disputa aterradora: seis mulheres mortas contra nove do outro oficialmente reconhecidas. E como ocorreu com o "Maníaco do Parque" na época, suas vítimas vão sendo descobertas paulatinamente, produzindo sucessivos sobressaltos de horror. No momento, ninguém pode garantir que não venha, tetricamente, a ultrapassar Francisco.

Quer dizer que Dom Pedro cavalgava um muar ao proclamara nossa Independência? É certo que sim. Será que o seu burro abaixou as orelhas no momento do grito? Não há registro a respeito. (Antônio Penteado de Mendonça, 55 anos, historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico, morador no Butantã)

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Os maníacos, do Parque e de Guarulhos: disputa aterradora. Danilo Verpa/Folha Imagem

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Renata Freitas/Folha Imagem

CLONE MACABRO (1)

A viagem de volta foi tranqüila? Pelo que se sabe, foi. É oportuno lembrar que o percurso da subida da serra, que acompanhava mais ou menos o traçado da Estrada Velha do Mar, era extremamente rude. Era praticamente uma trilha no meio da floresta. A viagem era tão difícil que cavalos não tinham condições físicas para suportá-la. Era tarefa para burros, animais mais rústicos e resistentes.

o entanto, as coincidências, ou similaridades, não se encerram por aí. Leandro disse à polícia que em certos dias despertava com a vontade de matar. Igual impulso foi freqüentemente constatado pela psicóloga Adelaide Freitas Cayres em Francisco de Assis Pereira, durante as entrevistas feitas para compor seu perfil psicopatológico, por determinação da Justiça, no sentido de dar-lhe assistência adequada. Adelaide, hoje aposentada, pertencia aos quadros do Instituto Médico Legal. Seus estudos revelaram que Francisco tentava, sem sucesso, sufocar seu impulso homicida e que o esforço tornava-o superiormente agressivo no ataque à próxima vítima. Segundo informações imprecisas, o "Maníaco do Parque" estaria cumprindo sua vastíssima pena, que supera 200 anos, num presídio em Aguaí, interior paulista. Tem no momento 40 anos. Provavelmente as semelhanças entre ambos não são ocasionais. Existe aí a matriz de um comportamento que pode iluminar horríveis patologias da nossa mente.

lha Ima raújo/Fo

Metrópole - Há 186 anos Dom Pedro, que ainda não era primeiro e sim príncipe-regente, proclamava nossa Independência. Se fosse possível retroceder no tempo, exatamente em 5 de setembro de 1822, o que estava acontecendo nesse dia? Antônio Penteado de Prof. Penteado de Mendonça - No ano de 1822, o Mendonça cinco de setembro caiu em uma quinta-feira. Nesse dia, Dom Pedro estava viajando para Santos com sua comitiva. Ia visitar a família Andrada, leia-se os três irmãos: José Bonifácio, Martim Francisco e Antônio Carlos. Ele estava em São Paulo desde 25 de agosto, vindo de Guaratinguetá. Regressaria à São Paulo no sábado, dia 7. Por volta das 16 horas proclamou a Independência nas margens do Ipiranga.

Newton Santos/Hype

Somente um orelhudo agüentava subir a serra naquela época

Jorge A

A LIBERDADE VEIO EM LOMBO DE BURRO

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m assessor de Geraldo Alckmin que lhe é bem próximo disse à coluna que a campanha está utilizando apenas 30% do real poder de fogo que estaria à disposição de um candidato tucano à Prefeitura, leia-se apoio de forças e instituições expressivas da sociedade, doação de recursos etc. Motivo: o racha do PSDB. A propósito, com a vitória ou derrota de Alckmin, será muito difícil, quase impossível, juntar os cacos do partido aqui em São Paulo após a eleição. Vai espirrar gente fora.

RÉQUIEM PARA WALDICK SORIANO (Caitité,1933-Rio,2008)

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erta vez fui entrevistá-lo. Ao ouvir o nome da revista Manchete que naqueles anos 70 ordinariamente só tratava de belos, ricos e famosos e não de cantores bregas como ele, ficou intimidado e fechou-se em um silêncio autista. Queria ver-me longe. Resisti. Lá ficamos, trocando grunhidos no seu casarão no Jardim São Bento, Zona Norte. Como o tempo não pára, ele viu-se obrigado a convidar-me para o almoço. Acomodou-se na cabeceira, correu a mão direita por baixo da cadeira e levantou um garrafão de vinho Sangue de Boi de cinco litros. Quebrou o lacre branco de gesso que envolvia o gargalo e secou instantaneamente o primeiro de uma série de copos em sonoros gorgolejos. Em pouco tempo tagarelava com o ardor de um bentevi trinando ao sol. Contou em tom de segredo que suas roupas, invariavelmente pretas, vinham do seu sonho infantil de querer ser Durango Kid. E por que não Jerônimo, o herói do sertão, perguntei-lhe. E eu sou lá homem de perseguir cabra de Lampião, que é o único fora-da-lei no Nordeste, perguntou respondendo. Fazia sentido.

O GAECO EM MOVIMENTO

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Gaeco está passando por uma grande reformulação. Seus 15 escritórios distribuídos pelo Estado deixam de ser unidades autônomas para se transformar em agências subordinadas a um coordenador, no caso, Luiz Alberto Bevilacqua, nomeado por Fernando Grela, procurador-geral de Justiça. Com isso as investigações devem ganhar mais agilidade e eficiência, pois os escritórios terão mais facilidade para trocar informações entre si e formar forças-tarefa se o assunto exigir, livres do vai-e-vem burocrático de requerimentos e ofícios.


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

PSDB QUER SERRA E ALCKMIN JUNTOS AGORA

Jantar vai oficializar apoio de Serra a Alckmin

Tem de relembrar esse povo do que eu fiz e do que os outros não fizeram Paulo Maluf (PP-SP)

CENAS DE CAMPANHA Paulo Liebert/AE

Candidato tucano à Prefeitura paulista, Geraldo Alckmin entrou na disputa com o partido dividido.

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ada de palanques, nem campanhas de rua. Um jantar previsto para cerca de 400 pessoas, a um custo individual de R$ 1 mil, foi a forma escolhida pelo PSDB para anunciar, oficialmente, o apoio do governador José Serra ao tucano Geraldo Alckmin, candidato à Prefeitura de São Paulo. O evento está previsto para a próxima quarta-feira, dia 10, no Jockey Club. Em queda nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin entrou na disputa com o PSDB dividido. Serra defendeu, desde o início, que o partido abrisse mão de indicar um candidato próprio em prol do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Em 2006, José Serra deixou a Prefeitura para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Seu vice, Gilberto Kassab, assumiu. O jantar está sendo organizado pelo secretário de Relações Institucionais do governo paulista, José Henrique Reis Lobo, um dos secretários do núcleo político de Serra. O jantar, no entanto, está sendo contabilizado como ação do partido e não da campanha, explicou Lobo, presidente do PSDB paulistano. Segundo ele, até agora não há nenhuma agenda de rua com Serra e Alckmin. Lobo disse não ser muito "o estilo do governador" participar desse tipo de atividade.

Empate técnico – O jantar não é o principal assunto que tem dominado as conversas no comitê de campanha do candidato do PSDB. A subida de Kassab nas pesquisas também está nas discussões. Por enquanto, o prefeito está em terceiro lugar. De acordo com os últimos levantamentos, o prefeito de São Paulo aparece atrás de Marta Suplicy, que lidera a corrida, e de Alckmin, que é o segundo. Entretanto, pesquisas internas tanto do DEM quanto do PT apontam para um empate técnico entre o tucano e Kassab. Na última sondagem do Ibope, encomendada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela tevê Globo, Kassab avançou 4 pontos, alcançando a marca de 12%. Alckmin, que tinha 26% no levantamento anterior, caiu para 22%. É justamente por conta desse avanço de Kassab nas pesquisas que tem feito com que a candidata do PT, Marta Suplicy, volte sua artilharia para o prefeito. Ontem, Marta voltou a criticar o candidato do DEM: "A única coisa nova que foi feita pelos demo-tucanos (numa re f e rê n c i a à g e s t ã o D E M -

PSDB) foi o Cidade Limpa, que é um bom projeto. Agora, a Cidade Limpa não fez uma escola melhor, não melhorou o transporte, não melhorou a saúde", disse a petista, após participar de evento de apoio no Sindicato dos Bancários, no centro da cidade. Marta disse desconhecer as propostas de Kassab, "porque eles só fizeram o que a gente fez". Entretanto, Marta afirmou que sua idéia não era polarizar com ninguém, e ficar apenas em uma campanha propositiva. "Mas quando você vê reiteradas vezes inverdades serem ditas, você acaba tendo que falar que não é bem assim", afirmou. Adversário – A candidata do PT evitou comentar sobre qual seria o melhor adversário para um eventual segundo turno. "Para nós, tanto Alckmin quanto Kassab vão ser adversários difíceis", afirmou, e voltou a dizer que "a gente não escolhe adversário". Mesmo assim, Marta acha que o fato de Kassab estar disputando a reeleição e ter o controle da máquina pública não o torna um adversário mais difícil. "O que nós temos é de esperar para ver

quem é o adversário", disse. "Nervosinha" – Kassab respondeu às críticas de Marta: "Convido-a a elevar o nível da campanha. Marta anda muito nervosa, ela precisa ficar mais calma. Ela está nervosinha", disse o prefeito. Caneta – Paulo Maluf, candidato do PP, lembrou que o eleitor manifesta seu desejo apenas nos últimos dias antes do pleito e que por isso, a despeito das pesquisas que colocam seu nome em quarto lugar na preferência dos entrevistados, disse que espera estar no segundo turno. "Se for prefeito, na minha idade (completou 77 anos na quarta-feira), quero ser o melhor", destacou durante a sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo. Maluf reconheceu, no entanto, que sua campanha é pobre e que enfrenta enfrenta dois candidatos financiados pela máquina: Marta, pelo governo federal, e Kassab, pela prefeitura e pelo governo do Estado. "Quem tem a caneta tem mais facilidade de arrecadar, se alguém disser que não é assim não fala a verdade", falou. Outra dificuldade apontada por Maluf, no entanto, é o eleitor. Quem vai votar pela primeira vez hoje, disse, tinha quatro anos quando ele foi prefeito. "Tem de relembrar esse povo do que eu fiz e do que os outros não fizeram", disse. (AE)

Raimundo Paccó/FI

Joel Silva/FI

Antonio Milena/AE

A um mês das eleições, os candidatos à Prefeitura intensificam campanhas na rua, enquanto aguardam nova pesquisa sobre a intenção de voto dos eleitores da Capital. Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) escolheram a zona sul da cidade, enquanto a candidata do PT, Marta Suplicy, esteve em Ermelino Matarazzo, na zona leste, onde voltou a disparar críticas ao prefeito. Ontem, foi a vez do candidato Paulo Maluf (PP) ser sabatinado na sede do jornal O Estado de S.Paulo.


Suplemento Especial ● São Paulo, 5 de setembro de 2008 Fábio D'Castro/Hype

A alegria de viver

Tatuapé em muita gente que sai de casa e nem tranca a porta; afinal, é um lugar com boa segurança e as pessoas ainda conversam nas ruas. Essa gente tem paixão pelo bairro, parece cidade do Interior. E, ao mesmo tempo, é uma cidade grande, com o comércio desenvolvido e uma explosão imobiliária inigualável: um bom apartamento custa mais caro do que no Morumbi. Assim é este canto da cidade, que sabe conciliar sua calma com os embalos da noite de seus estudantes. E hoje é dia de festa: o Tatuapé completa 340 anos

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Leonardo Rodrigues/e-SIM

Eis o Tatuapé com o dominó dos aposentados na praça Sílvio Romero. Visto de cima, o bairro é uma grande cidade, com pressa, correria e tensão

A pacífica convivência dos embalos com a paz de Interior O Tatuapé cresceu muito, abriga universidades e o movimento é intenso com seus embalos à noite. Mas preserva a calma de cidade pequena, sua gente conversa nas ruas e ninguém se lembra de trancar a porta

isto de suas praças e das ruas nas quais ainda se agüentam as casinhas de uma família só, este bairro é exatamente como uma cidade do Interior. As pessoas param no meio da rua, se cumprimentam, conversam e trocam pequenos favores. Donos de açougues e de farmácias conhecem os fregueses – não clientes – pelo nome. Visto de cima dos prédios de apartamentos, de shopping centers locais e das duas estações de metrô, já é uma grande cidade, com pressa, correria e tensão. Tudo convive aqui agora no Tatuapé, que comple ta 340 anos neste 5 de setembro e que, todo mundo concorda, é um ótimo lugar para morar. Tem sua razão de ser essa maneira de viver que em outro lugar seria simplesmente esquizofrênica: e no Tatuapé é pura alegria de viver. No passado, este foi o bairro das chácaras,

quando o vizinho Brás já havia se industrializado. E foi, logo depois, o bairro das olarias e dos estaleiros, das fábricas de grandes empresas ao lado dos bondes na Celso Garcia e dos treinos e jogos na Fazendinha, estádio do Corinthians, time de 25 milhões de torcedores. Sempre calmo, às vezes apressado. O desenvolvimento ocorreu de maneira desigual. Dividido ao meio pela ferrovia, que hoje serve ao metrô e aos trens da CPTM, o bairro viu se instalar, do lado Norte, indústrias do porte do Grupo Vicunha, Bosch do Brasil, Itautec/Philco e Souza Cruz; do lado Sul, permaneceu rural, em que os grandes terrenos acabariam dando lugar aos prédios de apartamentos. Entre a parte mais alta do Tatuapé, a dos grandes descampados, 800 metros acima do nível do mar, perto do Ceret, e a mais baixa, 720 metros, às margens do rio Tietê, não há mais que 80 metros. É o suficiente, porém, para o Tatuapé ter sido dividido, durante muito tempo, entre o de cima e o de baixo ou a turma

Presidente Alencar Burti

Editor de Fotografia Alex Ribeiro

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Editor de Arte José Coelho

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Diagramação Hedilberto Monserrat Junior

Editor Luciano Ornelas

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. ( 3244-3122)

LUIZ CARLOS DE ASSIS E ELIANA PRADO

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Chefe de reportagem Arthur Rosa Repórter Eliana Prado e Luiz Carlos de Assis

Impressão

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de lá e a turma de cá – o ponto de separação sempre foi a linha do trem, que mais tarde passou também a Radial Leste. O Tatuapé é delimitado pela Marginal do Tietê e ruas Salim Farah Maluf, Antônio de Barros e Regente Feijó. Há quem prefira delimitar o Tatuapé dito "verdadeiro" – o bairro, não o distrito – como o quadrilátero formado pelas ruas Tuiuti, Salim Farah Maluf, Celso Garcia e Marginal do Tietê. Até 1990, o distrito abrangia também os atuais distritos de Vila Carrão, Aricanduva e Vila Formosa, que se emanciparam por decreto da prefeita Luiza Erundina. Isso fez com que o distrito do Carrão perdesse sua estação de metrô – que passou a pertencer ao Tatuapé por questão de metros. Assim, o Tatuapé é hoje o único bairro que tem duas estações em sua área (a outra é a estação Tatuapé, naturalmente). E que não tem nenhuma favela ou cortiço. Nesse espaço, que administrativamente pertence à Subprefeitura da Mooca, convivem cerca de 110 mil pessoas, segundo o último censo do IBGE, com salário médio de R$ 4 mil e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevadíssimo, 0,936. O IDH vai de 0 a 1 e quanto mais perto de 1, melhor. Nos próximos dois anos, dizem os corretores, historiadores e estudiosos da região, com os novos empreendimentos imobiliários em curso, o bairro deve receber mais 50 mil pessoas, o que talvez atrapalhe um pouco o trânsito e o abastecimento e perturbe a vida pacata da grande população de idosos (segundo o Atlas do Trabalho e Desenvolvimento

da Cidade de São Paulo, em 2007, o bairro de Vila Azevedo, na região central do distrito, oferece a expectativa de vida mais elevada do município de São Paulo, 80 anos). O bairro do agito Quando esse novo contingente de 50 mil pessoas chegar, certamente o bairro vai se tornar ainda mais agitado – se já não o fosse. Aqui, concentramse escolas e quatro universidades: Paulista (Unip), São Marcos e Cruzeiro do Sul (Unicsul), Universidade da Cidade (Unicid), além de faculdades como a Drummond. E, por isso mesmo, há bares e restaurantes, que transformaram a região da praça Sílvio Romero em um point em que ferve a garotada não só da terra como de outros bairros, atraídos pelas baladas e pelo agito geral. Eles se espalham por bares na Coelho Lisboa, Euclides Pacheco e Itapura, produzindo reclamações dos vizinhos quanto ao barulho, principalmente nos finais de semana. Sem falar, claro, no Grêmio Recreativo e Escola de Samba Acadêmicos do Tatuapé, fundada em 1952, a azul e branco, que em 2008 disputou o campeonato de acesso e ficou em 6º lugar. Concorreu com o enredo " P o r m a re s n a v e g u e i , e m Águas Claras eu cheguei e no Tatuapé de felicidade transbordei..." No ano que vem, o enredo será "Tatuapé somos nós", cujos ensaios periodicamente agitam as noites da rua Melo Peixoto, a três quadras do metrô Carrão, mas está mais para os de vida mais tranqüila do que para a garotada das baladas.

Caça ao tatu, a pé ou a cavalo?

O

nome Tatuapé ainda dá lugar a discussões. Sem dúvida, havia tatus na região. Há quem cite uma possível conversa entre caçadores, que discutiam sobre a conveniência ou não de caçar tatus a cavalo ou a pé, concluindo que só era possível caçá-lo sem nenhuma montaria, para não assustar a caça. Uma outra versão aponta moradores da parte baixa, perto do rio, referindo-se às caçadas ao tatu na parte alta, de mata mais densa (onde hoje é o Jardim Anália Franco). No meio da mata, teriam dito, só caçando a

pé. Na origem tupi-guarani, de certo modo o nome dá razão a qualquer uma das versões: Tatuapé quer dizer "caminho do tatu", de acordo com o já finado professor da Universidade de São Paulo (USP) Silveira Bueno. Em seu Vocabulário Tupi-Guarani-Português, explica o professor: tatu é nome geral das várias espécies de mamíferos da ordem dos dasipodídeos, com casco encorpado e encouraçado. E apé é caminho, estrada. Logo, Tatuapé só pode ser caminho do tatu. Mas não há mais tatus caminhando no Tatuapé.

Nem trancam a porta de casa

M

uita gente, no Tatuapé, deixa o portão destrancado o tempo todo. E não há especial predileção pelos muros altos, cercas elétricas nem câmeras de vigilância. Tem gente que sai de casa para ir à padaria e nem tranca a porta de casa. Muitos não levam celular no bolso. Pode parecer descaso, mas os dados da Secretaria da Segurança Pública dão razão aos "descuidados": os números apontam redução da criminalidade, no Tatuapé e em áreas adjacentes nos últimos tempos. Está na planilha de diagnóstico e planejamento da polícia. O documento, que traz informações de 1º de abril a 30 de junho, reúne os resultados das ações do 30º DP e da 1ª Cia. do 8º BPM/M. Nesse período, o índice de homicídios dolosos foi zero.

No caso dos roubos, houve queda de 2,84%. Com relação aos furtos, os índices caíram mais de 4%. Os roubos de veículos despencaram 26% – ótima notícia, pois o bairro chegou a ser conhecido como um dos de maior incidência desse tipo de crime. Foi implementado também o Programa de Policiamento de Trânsito para prevenir a criminalidade vinculada ao trânsito. Segundo o 30º DP, tem sido contida a ação de motoqueiros com garupas, principalmente na porta de bancos. A localização e o trajeto das viaturas obedecem a programação fixada a partir das incidências criminais. Um sistema de videomonitoramento funciona com equipamentos nos cruzamentos apontados com maior índice de criminalidade.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

ESPECIAL - 3

Brás Cubas apreciava um bom vinho. E plantou ali suas videiras Complicado encontrar no Brasil de 1560 bons vinhos para acompanhar as refeições do bandeirante. Então ele escolheu aqueles campos de terra argilosa e mole – e assim começa a história deste lugar chamado Tatuapé

Fotos: Luiz Prado/LUZ

E

le foi garimpeiro, fundador de vilas e de hospitais, desbravador, bandeirante e viticultor. Fundou a cidade de Santos, no litoral, instalou ali a primeira Santa Casa de Misericórdia do País. Como garimpeiro, chegou à Serra da Mantiqueira e ao rio São Francisco e trouxe muito ouro. Não dispensava um copo de vinho às refeições, o que não era muito fácil no Brasil de 1560. Talvez tenha sido esse um dos motivos que o levaram a subir a serra – além de procurar ouro, queria plantar sua própria uva. Em Piratininga, descobriu o lugar perfeito. O fidalgo e visionário português Brás Cubas (1507-1592) escolheu os campos de terra argilosa e mole que desciam de onde seria Itaquera (pedra dura) até às margens do rio Grande (Tietê) que banhava a pequena aldeia. Escolheu o Tatuapé. No ponto em que o ribeirão Tatu-apé encontrava-se com o rio Grande – hoje, a avenida Salim Farah Maluf, na divisa com o Belenzinho -, Brás Cubas, Luís Martins e grande criadagem montaram um rancho e fizeram uma ermida devotada a Santo Antônio. Pacificaram os índios Piqueris, da família dos Guaianases. E, em breve, surgiram diversas casas e um curral em que se desenvolveram criações de bois e porcos e as culturas de cana – e de uva. Uvas Marengo Brás Cubas acabou indo para o Rio de Janeiro e lá combateu franceses invasores. As terras do Tatuapé continuaram a produzir uvas e vinho, mas caíram nas mãos de Rodrigo Álvares e, em seguida, de seu filho. Em 1655, foram compradas pelo padre licenciado Matheus Nunes de Siqueira. Muito rico, com criados e índios escravos, o padre desenvolveu intenso trabalho agrícola. Mas acabou vendendo a propriedade, que por volta de 1818 prestava obediência administrativa à Freguesia do Senhor Bom Jesus de Matosinho do Brás. As uvas continuavam lá, mas sem expressão. Foi preciso aparecer um imigrante ita-

Pedro Abarca, o historiador do bairro, vasculhou tudo, descobriu as videiras, as olarias, a fabricação de barcos, o estaleiro no Tietê

liano, Benedetto Marengo, nos últimos anos do século 19, para a uva ressurgir. Ele instalou uma grande chácara e trouxe mudas de parreiras dos Estados Unidos. As mudas desenvolveram-se tanto que as uvas nascidas no Tatuapé eram apreciadas e constituíram uma casta, conhecida como uva Marengo. Era dele uma chácara no Jardim Anália Franco, de 90.000 m2, e outra na rua Serra de Bragança, de 4.000 m2, onde mora Pedro Abarca. Abarca, hoje com 76 anos, ficou conhecido como historiador do bairro. Por força de suas pesquisas, descobriu detalhes sobre a família Marengo, a que plantava uvas, e as olarias à beira do Tietê, surgidas por volta da proclamação da República, em 1889. Eram vinte olarias desde a Penha – metade delas no Tatuapé, pertencentes às famílias Manella, Carlini, Mastrobuono e outras. Também descobriu mais sobre a fabricação de barcos, que se seguiu, nas mãos da família Frassi, em um estaleiro ao lado do porto do Matarazzo. Com a retificação do Tietê, o porto do Piqueri, ou do Matarazzo, deixou de existir, assim como as olarias e a necessidade de barcos. A chácara do Matarazzo virou o Parque do Piqueri. Até 1930, o Tatuapé foi um

bairro tipicamente rural, na verdade um amontoado de casas. Em 1934 passou a distrito de paz. As olarias trouxeram imigrantes italianos e portugueses para bairros novos como São José do Maranhão, Vila Gomes Cardim, Cidade Mãe do Céu e outros. Depois, até 1975, virou um bairro operário, por conta do surto industrial. As indústrias saíram do Brás e da Mooca para o Tatuapé, em busca de terrenos mais baratos. Ali, como as chácaras estavam sendo desativadas, muitos terrenos tornavam-se vagos. Graças aos terrenos grandes e baratos, o Tatuapé industrializou-se com fábricas como a dos colchões Probel e de louça sanitária Celite, além de muitas tecelagens, fundições, fábricas de móveis e de artigos mecânicos. O bairro ficou muito poluído, nessa época, mas as indústrias afinal trouxeram a infra-estrutura que faltava: água encanada, luz nas casas e nas ruas, escolas para os filhos dos operários. Quermesse e balão Entretenimento era futebol, sempre nos domingos de manhã. Mulheres não passavam perto dos campos, eram proibidas pelos pais. Longe dos olhares das meninas, os garo-

tos do Tatuapé tomaram os terrenos fartos e deram lugar a um forte celeiro de jogadores de futebol: havia nada menos que 150 campos de várzea entre as décadas de 1940 e 1960. No 27º Cartório de Registro Civil, na rua Coronel Luiz Americano, uma paralela da Tuiuti, registra-se um grande número de nascimentos de jogadores de futebol. Têm seus nomes lá Marcelinho Carioca, Viola, Elano e o goleiro Ronaldo. Recentemente, de acordo com o Cartório, foram registrados os casamentos de Renato, ex-Santos e da Seleção, e de Rosinei, ex-Corinthians. Os cinemas apareceram na década de 1930: o Cine São Luís, o São Jorge, perto da Antônio de Barros. Os prédios ainda existem, segundo Pedro Abarca: um é forró; o outro, uma loja de sapatos. O primeiro cinema da parte alta apareceu só em 1953, o Cine Leste, na Sílvio Romero. Na avenida Celso Garcia, havia o Cine Aladim, de 1956. Depois dele, surgiram o Japi, na rua Emílio Marengo, e o Pajé, na rua Azevedo Soares. Nas épocas juninas, havia quermesses nas igrejas, pátio iluminado com lâmpadas penduradas, bandeirolas, tômbola, coelhinho e bandinhas. As fogueiras eram enormes, de até seis metros de altura, em ruas de terra, fora os balões. Os clubes de futebol, conta Abarca, faziam bailes e peças de teatro. "Honrarás tua Mãe" era uma peça muito concorrida, lembra ele: "Os Dois Sargentos", outra. Muitos clubes tinham seus elencos de teatro amador. Depois da peça, começava o baile, que também era comum em casas de vizinhos. De vez em quando chegava um circo mambembe – do Simplício, do Laurindo, do Rapa-Rapa, do Nino Nello. Alguns artistas veteranos, como Amácio Mazzaropi, atuaram inicialmente no Nino Nello. Quando as indústrias foram embora, pelos mesmos motivos que as tiraram do Brás, sobraram grandes terrenos que ainda mantinham o caráter rural do Tatuapé. Depois, vieram os empreendedores imobiliários. E o bairro se transformou. (LCA e EP)

Um museu espremido na Guabiju

N

a altura do número 3.200 da Celso Garcia, ao entrar pela rua Igarassu, depois na Guabiju, no número 49 se encontra, no meio de outras residências, uma casa colonial brasileira muito bem conservada que pertenceu ao padre Matheus Nunes de Siqueira. Ali existiu uma capela, em chão de terra batida, quando havia mata e índios. É o Museu Casa do Tatuapé – parte do Museu da Cidade de São Paulo, um conjunto de casas históricas, entre elas a Casa do Grito, a Casa do Bandeirante, a Casa da Marquesa, o Sítio da Ressaca e outras. Passou às mãos de Elias Quartim de Albuquerque, que ali viveu até sua morte. Na casa, há uma foto dele com a família, no ano de 1896. Foi fazenda e olaria e terminou, em 1945, adquirida pela Tecelagem Textilia, que afinal a doou ao patrimônio público. Como a Prefeitura demorou a

incorporar a Casa e os terrenos vizinhos, o local foi loteado e a construção ficou espremida por outras casas, apenas com uma calçada em volta e um pequeno gramado. Mas a estrutura de madeira original está em perfeito estado, bem como janelas e portas. As paredes, parte de pau-a-pique, parte taipa de pilão. Tem seis cômodos e dois sótãos sob um telhado de duas águas, o que não era comum no período colonial. Pode-se ver pontos deixados a propósito em que se nota a treliça de madeira amarrada com cipós, base da parede depois recoberta de barro. No interior, não há muito que ver: são poucos os objetos de época. Mesmo assim, a Casa recebe cerca de 20 pessoas por semana e visitas de escolares. O Museu Casa do Tatuapé fica na rua Guabiju, 49. Abre de terça a domingo, das 9h às 17h. (LCA e EP) DC

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São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

DCARRO

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REMANUFATURADOS

DCARRO POR AÍ

BLINDADO PARCELADO EM 24 VEZES

A

Guard Blindagens firmou parceria com o Banco Panamericano e está colocando no mercado um plano de Crédito Direto ao Consumidor (CDC), através do qual o cliente poderá parcelar o serviço em até 24 vezes. O Panamericano já atuava no varejo com carteiras nas áreas de pneus e peças para lojas cadastradas. "Agora criamos uma nova modalidade, um comitê de crédito que cuidará especificamente da

análise das propostas para o segmento de blindagem automotiva", explica Marilena Villa, gerente do banco para o CDC Lojista, da região São Paulo. Atualmente, o preço médio para blindar um carro sedan é de R$ 45 mil (blindagem Nível III-A), com garantia de três anos. Essa parceria com o Panamericano ajudará a Guard a atingir a meta de aumentar em 10% os serviços de blindagem este ano.

DO BRASIL PARA O

PNEU

MUNDO

ECONÔMICO

O

Grupo Izzo, representante exclusivo da Harley-Davidson no Brasil, anunciou a exportação de roupas e acessórios da marca para a América Latina e Ásia. A criação e o desenvolvimento de produtos, roupas e acessórios da marca americana são realizados no Brasil pela equipe de Motorclothes, liderada por Carlos Byron. O Brasil é o primeiro País a receber permissão para essa atividade fora dos Estados Unidos. A produção nacional de roupas e acessórios, totalmente avalizada pela grife internacional, deve crescer 15%, para atender à demanda internacional.

Bridgestone desenvolveu com exclusividade para a Fiat o pneu B250 série 70 (175/70 R 13) para atender às necessidades no desenvolvimento do novo Mille Fire Economy. Ele contribui com uma redução de combustível da ordem de 3% e, como conseqüência, com a redução da emissão de poluentes. A banda de rodagem do pneu foi projetada, com polímeros de última geração aliados a uma redução de 5% no peso do pneu, para reduzir a resistência ao rolamento que, em trânsito lento, é o item de maior impacto no consumo de combustível.

SCOOTER

NO LUGAR CERTO

VINTAGE

ma promoção que oferece descontos aos consumidores que já foram multados por transportar de maneira incorreta seus animais de companhia possui o título sugestivo, "Multa Nunca Mais". A promoção oferece desconto de 10% na compra de grades adaptáveis a automóveis. Para participar, o consumidor precisa comprovar a infração, postando a imagem digitalizada da multa em qualquer blog ou site da internet e encaminhando o link para o site do produto, www.doggieblockers.com.br.

A

té o final deste ano, a Iros Motos lançará a Vintage 150, uma scooter com design dos anos dourados do motociclismo. O modelo será apresentado com motor quatro tempos, monocilíndrico, OHC, duas válvulas no cilindro, arrefecido a ar, 149 cm³ com potência de 9,5 cv a 7.000 rpm e torque de 0,83 kgm a 6.500 rpm. A scooter virá equipada também com câmbio CVT (automático variável), partida elétrica, rodas aro 12" em liga leve e estará disponível nas cores amarela, prata e preta.

MÚSICA NA PONTA DOS DEDOS

O

DXZ 585 USB é um lançamento da Clarion compatível com diversos reprodutores portáteis, já que possui a flexibilidade de conexão USB e saída auxiliar. Lê arquivos MP3/WMA/CDR/RW/AAC. Possui controle remoto, amplificador Mosfet de 212 W (53 W x 4 canais) com baixa distorção harmônica e memória para padronização dos recursos de áudio. É compatível com a tecnologia Bluetooth utilizando a interface Clarion

Participação de remanufaturados aumenta no setor Divulgação

A

SEU PET

U

Crescem as vendas no mercado interno

BLT370, vendida separadamente como opcional, disponibilizando para o consumidor o Áudio Streaming para reprodução das músicas diretamente do celular e do viva-voz. Possui sistema Slidetrack que permite que funções básicas como volume, mudança de faixa e arquivo de música sejam controladas com a ponta dos dedos que deslizam sobre a tela. Já disponível no mercado, tem preço sugerido de R$ 789.

Motores e câmbios recuperados e vendidos, com garantia a bom preço

É

crescente a demanda por produtos remanufaturados da linha Renov da Mercedes-Benz. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a montadora comercializou mais de 2.800 motores deste tipo, elevando para cerca de 12.000 o volume comercializado desde 2004, quando o produto foi lançado no mercado brasileiro. "A demanda por motores remanufaturados atualmente é de cerca de 400 unidades por mês", informa Ari de Carvalho, diretor de Pós-Venda da Mercedes-Benz do Brasil. "Os números mostram que o mercado está reconhecendo cada vez mais as vantagens deste tipo de produto. A ótima relação custo/benefício proporcionada aos clientes contribui para a maior rentabilidade dos seus

negócios de transporte". A partir de 2006, a linha Renov passou a oferecer também a opção de compra de câmbios remanufaturados, num total de 12 modelos para caminhões e ônibus. De janeiro a julho deste ano, foram vendidas mais de 500 unidades destes câmbios no País, com a média mensal tendo sido triplicada em julho comparativamente a janeiro. Realizada com a aplicação de 100% de peças genuínas, a remanufatura assegura a qualidade do produto da marca, aumentando também o seu valor de revenda. Outra vantagem para o cliente é que o agregado usado serve como parte do pagamento da peça remanufaturada, que conta com garantia de 12 meses, podendo ser solicitada em qualquer concessionário Mercedes-Benz do País.

os e gam os e r t En talam Ins

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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

CLASSE C

Divulgação

Sedan esportivo com motor V6 e 272 cv

Mercedes-Benz amplia a linha com o C 350 Sport, que chega ao Brasil custando R$ 275 mil

A

gama de produtos da linha Classe C, da Mercedes-Benz, está sendo ampliada no mercado brasileiro com a chegada do sedan C 350 Sport, que oferece mais potência e esportividade para clientes que gostam de veículos com este perfil e podem desembolsar R$ 275 mil pelo modelo. “Essa versão esportiva reforça o conceito de produto de múltiplas facetas da atual geração da Classe C, atendendo às expectativas dos mais variados públicos-alvos”, diz Jens Israng, diretor de Vendas e PósVenda de Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. Equipado com motor V6 de 3.5 litros, que oferece potência de 272 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 350 Nm entre 2.400 e 5.000 rpm, o C 350 Sport acelera de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos, alcançando uma ve-

locidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. O câmbio 7G-Tronic assegura rápidas arrancadas e retomadas, com reduzido consumo de combustível e um alto nível de conforto na mudança de marchas. As características esportivas do modelo alemão destacam-se externamente pela grade dianteira de três lâminas com a estrela de grande dimensão, pára-choques dianteiro e traseiro e spoilers laterais esportivos, suspensão mais baixa, freios e rodas AMG de 17 polegadas. Pacote amplo - O C 350 Sport traz volante multifuncional em couro com teclas para mudança de marcha, pedais cromados e bancos dianteiros esportivos, além do acabamento em alumínio. Seu pacote de série é amplo, incluindo equi-

pamentos como faróis de bixenônio, sistema Parktronic de auxílio de estacionamento, air bags dianteiros de dois estágios, air bags nas portas dianteiras e traseiras, windowbags, sensor de chuva, piloto automático e limitador de velocidade. Tem, ainda, ar-condicionado Thermotronic de 3 zonas, bancos dianteiros com ajuste elétrico e memória, estofamento de couro, teto solar de vidro com ajuste elétrico e conectividade via Bluetooth para telefone celular. A linha de produto do Classe C é formada hoje, no mercado brasileiro, pelos modelos C 200 Kompressor, versões Classic e Avantgarde; C 280 Avantgarde e C 63 AMG. Desde seu lançamento no Brasil, em maio do ano passado, as vendas da atual geração desta linha já ultrapassaram 2.100 unidades.

Com interior luxuoso, o sedan da Mercedes-Benz tem volante multifuncional em couro e câmbio 7G-Tronic


DCARR São Paulo, 8 de setembro de 2008

Nº 236

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mais um Mercedes na praça. Agora é a vez do C 350 Sport, com 272 cv. Na página 8.

Rodrigo Crins

PEUGEOT 407

UM SENHOR AUTOMÓVEL PÁGINAS 4 E 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

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Fotos: Divulgação

Internacional

O Big Brother não está só Organizações não-governamentais realizarão protestos em mais de 30 países contra a vigilância dos governos e das empresas Cintia Shimokomaki

A

invasão de privacidade não é um problema só das autoridades brasileiras. Pessoas comuns podem ser alvos de espionagem e o mais assustador é que a vigilância está protegida por lei. O "Big Brother" não está só; ele recebe o apoio de "Little Brothers": governos e empresas em vários países estão autorizados a monitorar o que as pessoas fazem na internet, telefone e e-mail. Preocupadas com o cerco à liberdade individual, dezenas de organizações não-governamentais e associações ao redor do mundo iniciaram uma campanha global contra o monitoramento excessivo das autoridades e das corporações. No dia 11 de outubro, serão realizados protestos simultâneos em várias capitais da Europa e das Américas sob o lema "Freedom not fear - Stop the surveillance mania!" ("Liberdade sem medo - Detenham a mania de vigilância!"). Os organizadores do movimento alegam que a vigilância global está se expandindo. Segundo eles, o monitoramento beira a paranóia: não importa o que fazemos, com quem falamos por telefone, com quem conversamos, aonde vamos, quem são os nossos amigos, quais são os nossos interesses, em quais grupos p a r t ic ip a mo s - o go ve r n o ("Big Brother") e as empresas ("Little Brothers") sabem cada vez mais a nosso respeito. A conseqüência dessa vigilância exacerbada é a falta de privacidade e confidencialidade, que coloca em risco a liber-

dade de culto, de expressão e até a de trabalho de profissionais como médicos, advogados e jornalistas. O movimento começou em setembro do ano passado, quando o Grupo de Trabalho em Retenção de Dados (A rbeitskreis Vorratsdatenspeicheru ng , em alemão) organizou uma manifestação em Berlim contra uma lei alemã que autoriza as empresas de telecomunicações a armazenar, por um período de seis meses, informações de usuários de telefo-

nes, celulares e e-mails. Mais de 15 mil pessoas participaram do evento - o maior protesto no país em 20 anos, de acordo com os organizadores. Em maio deste ano, o evento cresceu: milhares de manifestantes participaram de protestos em 30 cidades alemãs. Desta vez, a mobilização será global. No dia 11 de outubro, o movimento contará com mais de 30 países participantes. Apenas Argentina e Equador promoverão a campanha na América Latina. Até agora, nenhuma organização brasileira tomou a iniciativa de organizar um protesto por aqui. Entre as reivindicações das organizações estão: proibir o

monitoramento de computadores particulares e de passageiros de aviões, abolir a retenção de dados no sistema de telecomunicações, cortar o financiamento para o desenvolvimento de novas técnicas de vigilância, etc. A lei alemã foi criada para atender a uma diretiva da União Européia de 2006, o que implica que todos os países-membros do bloco europeu devem obedecer a essa norma. Nos Estados Unidos, essa regra é conhecida como a Lei Patriot (Patriot Act), de 2001. Ambas as leis foram criadas para combater atividades terroristas. No Brasil, o terrorismo está longe de ser um problema. O grampo legal é freqüentemente utilizado no País para identificar corruptos. No entanto, as escutas telefônicas vêm sendo realizadas de maneira indiscriminada, atingindo até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No caso da Guatemala, a espionagem tornou-se tão crônica que o presidente Álvaro Colom recorreu ao Exército para proteger a Casa Presidencial na semana passada. Os organizadores da campanha mundial anti-espionagem afirmam que a retenção de dados não previne o terrorismo nem o crime - os bandidos podem facilmente contornar a situação. Além disso, os encargos financeiros passam a ser maiores, tanto para as empresas como para os consumidores. E, por fim, é uma violação à privacidade e prejudica a sociedade livre.

A campanha critica o governo alemão em panfleto que diz: 'Você é um terrorista potencial. Quero os seus dados.'

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AFP

AFP

TERROR Ataque suicida em quartel de polícia no Afeganistão deixa dois mortos e 37 feridos.

Ó RBITA

COMBUSTÍVEL Iraque aprova acordo de gás natural com a Shell para exploção no sul do país.

Cairo: escombros e temor de novos deslizamentos

FURACÃO CHEGA MAIS FRACO A CUBA

DESLIZAMENTO MATA 32 NO CAIRO

Abdeljalil Bounhar/AP/AE

Grandes ondas atingem Baracoa, em Cuba, no domingo.

furacão Ike foi rebaixado evacuadas em Cuba e O da categoria quatro para colocadas em abrigos. Ao três, e deve se aproximar hoje norte, moradores da costa da do leste de Cuba com menor intensidade. Movendo-se a 193 quilômetros por hora, continua a se afastar das Bahamas. Centenas de milhares de pessoas foram

Flórida seguiram por estradas locais, temendo que o furacão atinja a região na terça. Ao menos 48 pessoas morreram no Haiti devido aos ventos e chuva provocados pelo Ike.

CANADÁ O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, dissolveu ontem o Parlamento e antecipou para outubro as eleições gerais no país.

RICE ENCERRA VISITA À ÁFRICA secretária de Estado da África. Na Líbia, ela teve americana, Condoleezza um encontro histórico com o A Rice (à esquerda na foto) e o líder Muammar Kadhafi. ministro das Relações Exteriores marroquino, Taieb Fassi-Fihri, concederam entrevista em Rabat, no Marrocos, neste domingo, ao término de sua visita ao norte

Depois passou pela Argélia e pediu mudanças democráticas na Tunísia. No Marrocos, a pauta foi a luta contra o terrorismo no conflito do Saara Ocidental.

polícia egípcia começou de pessoas presas sob os A a retirar ontem os escombros. A retirada moradores de uma continua em meio a temores densamente povoada favela do Cairo onde um deslizamento de pedras ocorrido no sábado deixou pelo menos 32 mortos e um número ainda desconhecido

de que mais pedras rolem da instável encosta no sopé da qual jaz a favela. Moradores e agentes do governo fazem o resgate usando apenas as mãos e ferramentas rústicas.

ISRAEL A polícia israelense recomendou o indiciamento do primeiro-ministro Ehud Olmert em meio a uma série de escândalos de corrupção.


São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

DCARRO

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SALÃO DO AUTOMÓVEL

na tabela ao lado. Menores de 5 e maiores de 65 não pagam. As vendas antecipadas fazem parte do site que neste ano estabelece interatividade com o internauta, trazendo ferramentas como um Blog, que apresenta resumo das principais atividades do salão. A Twitter (a rede social para microblogging) será utilizada para o envio de mensagens curtas em tempo real (menos de 140 caracteres via SMS e mensageiro instantâneo - MSN); uma comunidade no Orkut; e vídeos oficiais da feira no My Space, FaceBook e Youtube. No Salão na Mídia, presente no site, os internautas poderão ver também as matérias publicadas sobre o salão na imprensa em geral. Serviço - O 25° Salão Internacional do Automóvel acontece de 30 de outubro a 9 de novembro, sendo que até o dia 8 abre das 14h às 22h, com entrada até às 21h. No dia do encerramento o horário é das 11h às 19h, com entrada até às 17h. Será no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana, São Paulo. Durante o evento, serviço de ônibus gratuito, entre o Terminal Rodoviário do Tietê e o Anhembi.

Cláudio Teixeira/AE

O

próximo Salão do Automóvel, em sua 25ª edição, deverá ser um dos maiores da história da mostra. Os números de vendas do setor e as novidades a serem apresentadas pelas montadoras - modelos recém-lançados e outros que serão conhecidos lá pelo público - levam a esta expectativa. Por isso, se você quer ir ao Anhembi de 30 de outubro a 9 de novembro, pagando preços promocionais, entre no site www.salaodoautomovel.com.br e compre seu ingresso agora. Eles são ofertados nas seguintes categorias: Econômico, válido somente nos dias 3 e 4 de novembro; Grupos, com lote contendo 10 ingressos válidos para qualquer dia; Pacote Família, com dois ingressos para adultos e dois para menores de 5 a 12 anos, válidos para qualquer dia; Pacote Vip, com três ingressos válidos para qualquer dia, estacionamento Vip, transfer deste estacionamento para o pavilhão, Acesso Rápido, Acesso ao Vip Lounge, camiseta edição especial e catálogo oficial; e o Pacote Fã, dois ingressos válidos para duas visitas em qualquer dia, Acesso Rápido, Camiseta Edição Especial e Catálogo Oficial, com valores de R$ 17 a R$ 350, mais taxas de conveniência. Todos preços

Para pagar menos pelos ingressos no Salão do Automóvel, compre-os antecipadamente

Neste ano o número de visitantes deverá ser maior que o de 2006

Salão da Motocicleta no Expo Center Norte Antes do Salão do Automóvel virá o de Motos, de 21 a 26 de outubro, promovido por Emerson Fittipaldi

A

ntecipando o Salão do Automóvel, o Expo Center Norte abrigará, entre 21 e 26 de outubro, o Salão da Motocicleta, o primeiro evento exclusivo de motos no Brasil, organizado pelo bicampeão Emerson Fittipaldi, pela empresa Megacycle e pela Anfamoto (Associação Nacional dos Fabricantes Atacadistas de Motopeças). A feira reunirá as principais montadoras, distribuidores e fabricantes do

mercado brasileiro e internacional do setor. Já estão confirmadas as presenças da Suzuki, Ducatti, Harley-Davidson, Triumph, Buell, MVAgusta, Bridgestone, Michelin, entre outras líderes do mercado. A organização espera a presença de cerca de 250 marcas. Todos os expositores têm seu nome listado no site www.salaodamotocicleta.com.br, que também abriga outras informações sobre o evento.


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

DCARRO

5

AVALIAÇÃO

407, um sóbrio e

elegante francês

Rodrigo Crins

Para quem busca um carro agradável, competente e discreto: preste atenção neste modelo

A elegância e a beleza do modelo francês escondem a potência do seu motor V6 e abrigam grande conforto

M

esmo não sendo o maior carro da marca no mundo, o Peugeot 407 é o top no mercado nacional. Assim como os demais modelos da montadora francesa, se destaca pelo design elegante, bonito e discreto. Ele é o primeiro "rebento" do Centro de Design da PSA, criado para dar identidade própria aos modelos das marcas Peugeot e Citroën, substituindo os projetos encomendados para os Estúdios Pinin Farina e Italdesign. Do projeto do Peugeot 407 saíram, e vão sair, todos os demais veículos da empresa. Tendo como concorrentes modelos de peso como o Volkswagen Passat V6, Honda Accord V6, Toyota Camry e o Citroën C5 V6, do qual, por conta da PSA, é co-

irmão no projeto, no motor e no câmbio. Destaca-se na traseira pelas lanternas que se aliam com perfeição às linhas, mas seu grande trunfo está mesmo na dianteira longa e com faróis esguios avançando ao longo do capô. O símbolo da marca, o leão em pé, tradicionalmente na grade, sai e está agora acima do párachoque. A linha de cintura, curiosamente mais alta na dianteira que na traseira, se "funde" perfeitamente com a enorme coluna de trás. O conjunto confere grande esportividade, com enorme entrada de ar na dianteira, dando o toque máximo. Internamente - Por dentro o acabamento é muito bom. Todo em couro de excelente qualidade, o modelo avaliado é o top da linha e, por conta disso, é

completo e muito distinto. No console central, além do bom aparelho de som com rádio e CD Player, o 407 ainda dispõe do ar-condicionado digital dual zone e um computador de bordo. Apesar de ter boas informações, o computador poderia ser mais fácil de manusear. O volante com diversos controles, tem bom tamanho e pega. Como convém a qualquer automóvel, e em especial a um modelo que custa mais de R$ 158 mil, todos os controles estão ao alcance das mãos, sem exigir grandes malabarismos para os controlar. Os bancos são amplos e muito confortáveis. Com os diversos ajustes elétricos, achar a posição mais adequada para dirigir com prazer é fácil. Atrás os passageiros também não têm do

que reclamar, pois o espaço é bom e sobra conforto. Mas uma falha é grave: apesar de ter alguns porta-objetos, o modelo não tem de fácil acesso um lugar onde o motorista e ocupante possam "estacionar" o celular ou uma carteira, por exemplo. Tem um bom compartimento debaixo do apoio central do braço, mas aí não é local certo para algo que tem que estar ao alcance das mãos. O painel é bonito e completo, com todas as informações necessárias. Além do velocímetro e conta-giros, o modelo ainda dispõe de marcador da quantidade de combustível, temperatura do motor e da temperatura do óleo. O porta-malas, com capacidade de 468 litros, tem bom acesso e também pode ser invadido do interior do veículo, por uma portinhola no banco traseiro.

Prazer - Acelerando o Peugeot 407 não decepciona. O motor V6, de 3.0 litros, 24 válvulas, injeção eletrônica multiponto, ganhou em relação ao modelo anterior. Tem comando de válvula variável, coletores de admissão de plástico, leves e com superfície menos porosa, novo mapeamento de injeção, e coletores de escape com geometria variável. Essas modificações garantiram um acréscimo de potência e hoje o 407 desenvolve 211 cavalos a 6.000 rpm. O câmbio automático de seis marchas faz um bom conjunto com o motor e ainda goza da opção de troca manual. Se bem que, mesmo na posição manual, ele se mantém indiferente à vontade do motorista e troca de marchas quando bem deseja. Então, a troca manual é

argumento de marketing, sem função lógica. O Peugeot 407 V6 sedan atingiu a velocidade máxima de 235 km/h e acelerou de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos. O consumo agrada com médias de 7,7 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada. Isso, vale destacar, andando manso. Se for aproveitar toda a vontade e disposição do motor, e ele tem de sobra, "carcando" o acelerador, essa média cai e muito. E se quiser acelerar pode, pois o equilíbrio do modelo é muito bom. Em qualquer velocidade, passa tranqüilidade e confiança. A suspensão fourlink, multibraços, muito comum nos carros de rally da marca, contam com gerenciador eletrônico de resistência dos amortecedores, um a um, com nove programações diferentes, que variam de

acordo com a velocidade, o ângulo de esterçamento do volante e a inclinação da carroceria. Conforto em pisos bons - Para ajudar, o motorista - através de um botão no interior do veículo - pode escolher uma regulagem mais esportiva e adequada à tocada que vai imprimir ao carro. Mas é no modo conforto a maneira mais agradável de andar no 407. O carro é muito silencioso e confortável rodando no piso bom. Quando é ruim, a suspensão sente e os barulhos aparecem, como na maioria dos importados. Os freios a disco ventilados nas quatro rodas, são muito eficientes e param o 407 sem desvios ou sustos. O carro conta com praticamente toda a eletrônica possível

hoje no mercado, como Controle de Estabilidade (ESP), freios ABS, sistema antipatinagem das rodas (ASR), sistema auxiliar para frenagens de emergência (AFU) e do calculador de controle de estabilidade (CRC), que capta por meio de sensores os movimentos de esterçamento do volante, evitando o "pêndulo". Curioso é o limitador de velocidade. Se você o coloca na máxima de 80 km/h na descida da pista nova da Imigrantes, por exemplo, e tira o pé do acelerador, ele "desembesta" e passa deste limite nos trechos mais inclinados. Na segunda descida a Santos, mantivemos o pé no acelerador e o carro não ultrapassou o limite máximo estabelecido. Antônio Fraga


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

ERRAMOS EM MUITAS QUESTÕES (VENEZUELA NO MERCOSUL), MAS NÃO ESTAMOS ERRADOS EM TUDO.

ACADEMIA DE MUSCULAÇÃO

O

presidente Lula demorou mais de 48 horas para agir no caso dos grampos ilegais. E tergiversou muito antes de optar pelo afastamento "temporário" de Paulo Lacerda e dois auxiliares. De qualquer forma, agiu de forma mais cirúrgica do que em episódios outros graves em sua gestão, como os de José Dirceu e Antônio Palocci, nos quais passou a mão na cabeça dos acusados até operar. Tentou agora também. Recusou inicialmente pedido de demissão de Lacerda. Fez circular a versão de que tanto a coisa poderia ter saído da Abin quanto da PF e até de um "infiltrado", tese também defendida por ocasião da confecção do dossiê sobre os gastos do casal FHC na presidência. Até o onipresente Daniel Dantas apareceu, na visão do chefe mais direto da Abin, general Jorge Félix como um possível mandante dos grampos. Prevaleceram, porém, as pressões do Judiciário e do Congresso, e a sensação entre conselheiros de Lula que va i u m a d is t â n c ia m u it o grande entre um Dirceu e um Palocci e os arapongas da Abin e os "rebeldes" da PF. No caso, finja o Palácio do Planalto o que quiser fingir o que estava/está em jogo é a autoridade do presidente Lula. Daquela velha triste comunidade não resta mais nada. No entanto, uma nova está se formando e ganhando musculatura, mais sutil, menos violenta na ação física, mas não menos ameaçadora para a democracia e o Estado de Direito. Não estamos falando de "simples mensalão" ou dossiês contra adversários. O jogo é mais pesado. O governo não deveria ter se surpreendido com a revelação de que os telefones de um ministro do Supremo, de senadores e até de graduados funcionários do Executivo estavam (se ainda não estão) sendo grampeados clandestinamente. Todos fomos devidamente alertados pelo ministro da Justiça Tarso Genro de que deveríamos ter cuidado ao falar nesses "malditos" aparelhos...

JOÃO DE SCANTIMBURGO A HISTÓRIA

É dando que se recebe

● Está ganhando

músculos uma nova comunidade de informações. Mais sutil, mas não menos ameaçadora para o Estado de Direito.

A

gravidade do noticiário dando conta de gravações da ABIN dos telefonemas do ministro Gilmar Mendes também exige que algumas respostas sejam perseguidas : (1) Qual o interesse da ABIN nas conversas do presidente do STF? Havia alguma evidência de que o alto magistrado mereceria ser investigado? (2) O interesse pelas conversas do ministro Mendes surgiram somente quando este emitiu dois HCs em favor de Daniel Dantas? (3) Há alguma evidência de qualquer tipo de relacionamento do presidente do STF com Daniel Dantas ? Este relacionamento, caso tenha existido, é absolutamente ético e legal? (4) Há uma "lógica" na série de escutas da Abin ? Ou seriam tais escutas baseadas em interesses específicos de cada um dos espionados? (5) O presidente da República sabia das escutas ? A PF sabia das escutas? (6) Desde quando as escutas da Abin são realizadas? Contra quem? Com que base legal? (7) Qual foi efetivamente o tipo de relacionamento funcional entre o delegado Protógenes Queiroz e o diretor da Abin Paulo Lacerda? Tal relacionamento entre os dois delegados e as duas instituições é legal? (8) Como prosseguirá a investigação se a fonte de Veja é anônima ? A Abin tem todos os controles para proceder a uma investigação efetiva? Quem fará a investigação?

É

compreensível que haja certo furor contra o multilateralismo, agora que as chances de retomar pelo menos a discussão de um marco negociador na Rodada Doha tenha se tornado impraticável. Vamos voltar à estaca zero, quando a praia já estava à vista, para usar uma metáfora do gosto de velejadores e náufragos. Em três semanas, não vamos atravessar o caminho minado que não conseguimos transpor em todos esses anos de negociação da Rodada. É também compreensível que o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador José Serra reclamem da falta de acordos bilaterais de comércio, já que teríamos nos concentrado quase que unicamente na busca de um acordo global na OMC. É da política. Quando o PT era oposição, ambos também eram atacados pelo que faziam e deixavam de fazer. É compreensível, por fim, que o chanceler Celso Amorim arque com a maior parte dos custos de a Rodada ter fracassado, já que o chanceler ficou associado à negociação multilateral. Fixou-se na mente de quase todos que a integração continental - no âmbito do Mercosul e da América do Sul, mais genericamente - era atribuição de outros atores. O problema é que não há necessariamente uma oposição entre multilateralismo e blocos regionais ou acordos bilaterais de comércio. Todos os instrumentos de negociação são válidos quando o objetivo é ampliar o espaço do livre comércio. Contudo, há certas questões que os acordos bilaterais ou regionais são incapazes de resolver. Para essas questões, somente um acordo abrangente, multilateral, envolvendo todos os países-membros da Organização Mundial de Comércio (OMC) é capaz de dar solução. A principal dessas questões, obviamente, é a supressão dos subsídios às exportações. Lenta e gradual que seja, pelo prazo que seja necessário para o conforto de todas as partes envolvidas, porém finito no tempo, é indispensável a eliminação dos subsídios. O problema não é fácil de resolver, caso contrário já teria tido solução. Ele tem raízes profundas, que datam a criação do Tratado Geral de Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês, com que o acordo era mais conhecido). Então, no final da década de 1940, os países europeus negavam-se a assinar o tratado se os produtos agrícolas não fossem excluídos de suas disposições. E assim foi, porque se acreditava que era melhor ter algum acordo que nenhum acordo, e retornar à guerra

DO PETRÓLEO

H

● Os acordos bilaterais

de comércio podem trazer muitas vantagens para o País, mas o acordo global traria muito mais. Acordos podem até reduzir barreiras, mas não subsídios. Por Roberto Fendt

protecionista que antecedeu a Segunda Guerra. À proteção à atividade agrícola interna - na Europa, mas também no Japão e nos Estados Unidos seguiu-se a praga dos subsídios agrícolas. Europeus e americanos passaram, ao longo do tempo, a expandir seus subsídios às exportações, ao mesmo tempo em que continuavam a praticar, de forma genérica no caso dos países europeus, e seletiva no caso dos americanos, a proteção aos seus mercados agrícolas internos.

A

vantagem comparativa brasileira mais óbvia é justamente no segmento do agronegócio. Juntamente com as atividades centradas em recursos naturais, e agora em insolação e disponibilidade de água (como no caso da cana de açúcar e do álcool) é onde somos imbatíveis. Exceto pela presença dos subsídios às exportações de outros países ou pela falta de acesso de nossos produtos, mais competitivos, a seus mercados. Portanto, é indispensável, mais cedo ou mais tarde, que o comércio internacional de produtos do agronegócio seja liberalizado. Acordos bilaterais podem até reduzir barreiras à entrada, nunca subsídios. Porque, para que A reduza seus subsídios, B tem que fazer o mesmo simultaneamente, caso contrário não terá qualquer incentivo a fazê-lo. Esse é precisamente o nó que se estava tentando desatar em Genebra e que quase se conseguiu, não fosse a questão das salvaguardas indiana e chinesa à sua produção agrícola, que bloqueou o acordo. O fato de que estamos errados em muitas outras questões - como, por exemplo, a entrada da Venezuela no Mercosul -, não implica que estejamos errados em todas. Especialmente nas vantagens para o País de um acordo multilateral de comércio, que se perdeu por pouco e que nos dará tanto trabalho retomar.

Terminais para ro-ro MILTON LOURENÇO

TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DO BLOG MIGALHAS HTTP://WWW.MIGALHAS.COM.BR

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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N

a atual discussão em torno da necessidade de mais terminais privados e públicos para escapar de um previsível apagão logístico, há um detalhe que vem sendo esquecido: a importância de terminais que recebam navios da categoria roll on-roll off, os chamados ro-ro, ou seja, embarcações em que é possível carregar quase tudo que puder subir a bordo rodando através das rampas de popa (traseira) ou de meia nau (lateral e mais ou menos no "meio"), tendo rodas ou não, e respeitados os limites de peso e altura. Em outras palavras: são navios que transportam cargas que não podem ser acondicionadas em contêineres, especialmente mercadorias de alto valor agregado, como máquinas, equipamentos, madeiras, automóveis e cargas de projeto - ou seja, fábricas inteiras. Segundo dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), os embarques e desembarques de cargas ro-ro no Porto de Santos movimentaram em 2007 cerca de 265 mil toneladas. Para 2008, a empresa estatal prevê um crescimento de 65% nessa movimentação, estimando um total de 440 mil toneladas, já descontada uma presumível queda de 8% nas exportações de veículos. A esses números deve ser acrescida também a movimentação de 18 mil

contêineres que chegam ou partem em navios ro-ro. De acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos últimos cinco anos as cargas nãoconteinerizadas foram responsáveis por 23,5% das exportações e por 23,2% das importações. Portanto, é inegável a importância desse tipo de navio, o que torna incompreensível a excessiva preocupação da Codesp e demais companhias docas do País com projetos de terminais que movimentam apenas contêineres. ● Os contêineres

dominam o espaço nos portos. É urgente ampliar a área para mercadorias de alto valor agregado . No Porto de Santos, por exemplo, só há dois berços para a atracação de navios ro-ro: o Terminal de Exportação de Veículos (TEV), na margem esquerda, no Guarujá, administrado pela operadora portuária Santos-Brasil; e o terminal da Deicmar, na margem direita, em Santos. Tradicionalmente, as operações dessa empresa são feitas no ponto 1 do Cais do Saboó, um terminal público, espremido entre

dois terminais de contêineres, enfrenta problemas para receber navios de maior porte. E que, por opção da Codesp, dá prioridade à atracação de navios que transportam suco a granel.

É

fundamental que a Secretaria Especial dos Portos (SEP) passe a exigir dos administradores portuários do País - especialmente dos novos diretores da Codesp -- maior preocupação com a criação de espaços para os navios ro-ro, sob o risco de o Brasil alcançar em dois ou três anos o limite de sua capacidade de atendimento a esse segmento. Se, ainda assim, esse argumento catastrófico não for suficiente para despertar as companhias docas, basta lembrar que os navios ro-ro, por seu desenho, podem atracar sem maiores problemas em portos com pouca profundidade de calado. Portanto, no caso de Santos, torna-se imprescindível que no Projeto Barbabé-Bagres haja um terminal especializado nesse tipo de carga. E que o terminal no Saboó também fique exclusivo para ro-ro. Caso contrário, o caos logístico pode chegar logo no começo da próxima década. MILTON LOURENÇO É DIRETOR-PRESIDENTE DA FIORDE

LOGÍSTICA INTERNACIONAL

istórias envolvendo o petróleo ainda não tiveram fim. São dessas histórias que exigem um cérebro extraordinário, criador, para dar vazão ao que pode ser falado e escrito no século XXI - mais do que foi nos séculos XIX e XX - sobre o tema. Nem mesmo o cérebro de Vitor Hugo conseguia dar vazão a opulência histórico-romanesca. É pouco dizer isso, mas já dissemos muito a respeito do petróleo, que fez fortunas crescerem e morrerem, aparecerem e desaparecerem. Podemos citar os magnatas que surgiram através da riqueza do petróleo nos Estados Unidos. Toda a grandeza americana se deve ao petróleo e ao cinema, mas o petróleo em primeiro lugar. É um óleo que parece tocado pela varinha mágica dos árabes ricos, que faz brotar pencas de ouro por onde passam. Uma figura nos EUA ficou famosa por causa dele, John D. Rockefeller, que multiplicou a sua fortuna várias vezes, exclusivamente na esteira do petróleo.

● O petróleo

continua a fazer fortunas onde é descoberto e como tal chegou a vez do Brasil. A última vítima da guerra do petróleo foi o Xá da Pérsia, isso para ficarmos num dos magnatas que enriqueceram e tornaram ricos numerosos amigos, sem tempo para tipificá-los. De par com os estados petrolíferos, temos produtores de petróleo como os árabes, no Golfo Pérsico, que não se deixam ameaçar sob forma alguma, e que quando vão à Paris alugam um andar inteiro cinco estrelas para abrigar seus confidentes. Tudo produto do petróleo, que é um litro que custa uma fortuna para nós, pobretões do Atlântico Sul.

A

história do petróleo no Brasil vem da segunda metade do século XX. Até então, não havia crítica mais contundente do que a questão do petróleo, do qual se falava muito, mas não se tinha notícia. Finalmente, Getúlio Vargas deu a origem à Petrobras e mesmo com ajuda externa (e interna) pôde demarrar a empresa por vinte anos, chegando a essa soberba situação, de ser uma empresa livre. O petróleo continua a fazer fortuna onde é descoberto e como tal chegou a vez do Brasil. A vez é nossa e de numerosos sonhadores, que pensaram sobre o petróleo, mas não chegaram a definição dele como tal. Escritores como Monteiro Lobato, preso por ter escrito a favor do petróleo. Assim é essa riqueza e sobre ela há ainda muito o que dizer. É por isso que Getúlio Vargas teve a idéia de criar a Petrobras, que vai nos encher de dinheiro. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OPINIÃO - 3

FÓRMULA DE SUCESSO: FIEL A VALORES E TRADIÇÕES SE APRESENTA COMO AGENTE DE MUDANÇAS

Como um conservador pode ficar longe de George W. Bush

A FÓRMULA

SARKO ● Faça seu

V

amos supor que John McCain não seja louco comentário e que deseje mostrar direto no aos Estados Unidos que ele vai site do DC conduzir a política externa por um caminho diferente do de ● Ou envie George Bush, enquanto permaum e-mail: doispontos@ nece fiel aos valores e tradições de seu partido. Como ele faz isso? dcomercio. Como pode se apresentar tanto com.br como um agente da mudança quanto uma força da mudança? Existe um modelo interessante para McCain na França, no notável realinhamento que o presidente Nicolas Sarkozy realizou na política externa no último ano. Jovem e dinâmico, e acompanhado por sua famosa mulher, Sarkozy pode parecer, em estilo, mais perto de Barack Obama. Mas ele é um conservador, um rebelde e um homem com um temperamento notadamente explosivo. Esta é a semana de McCain - então vamos imaginar como o candidato republicano poderia se parecer com uma mudança à la Sarkozy. Sarkozy sucedeu a um Jacques Chirac bastante impopular, cujo governo conservador estava praticamente morto, afastado de muitos de seus aliados e ligado a idéias que viveram bem mais que suas utilidades. Sarkozy enfureceu Chirac e muitos outros conservadores durante anos com seu estilo rebelde e sua recusa em aceitar a disciplina partidária bastante parecido com a forma que McCain fazia no Senado. O povo francês sabia que, ao votar em Sarkozy em 2007, estava optando pela mudança - ele falou da necessidade de ruptura na vida política e econômica da França -, mas também pela continuidade do governo conservador. Ele teve capacidade de mostrar sua rival, a glamorosa candidata socialista Ségolène Royal, como inexperiente, distante e uma escolha arriscada, sem ofender os que estavam orgulhosos de que ela era a primeira mulher com chances de chegar à Presidência da França.

votou em Sarkozy optando pela mudança

AFP

● O francês

McCain crê que ele fará o terceiro mandato de Bush. Isso é fatal.

Reuters

● O eleitor de

Obviamente, isso não é diferente do desafio de McCain. A vantagem de Sarkozy como um agente de mudança era que todo mundo na França sabia que ele odiava seu antecessor, que tentou destruí-lo e fracassou. Suspeita-se que McCain, se recebesse o soro da verdade, diria algumas coisas bem duras sobre George Bush e outros republicanos, que ele agora está tentando fingir que são velhos companheiros. Não está funcionando muito bem; isso deixa McCain parecendo falso e torna o próprio candidato irritado, a julgar pela última entrevista à revista Time.

O

verdadeiro modelo para McCain é o que Sarkozy fez após assumir em maio de 2007. Enquanto dizia que estava mantendo os fundamentos da política francesa, ele modificou muitos dos sinais visíveis. Sarkozy parou de brigar com os Estados Unidos, levou a França de volta integralmente à Otan e alterou a tendência pró-árabe da política francesa no Oriente Médio.

● Mostrar ser

a opção pela mudança, sem deixar de ser conservador. ● Mostrar que é o homem que pode reorganizar as coisas ● Realinhar a diplomacia Ao fazer essas mudanças, Sarkozy atacou (bem furtivamente) o legado da estratégia comum sobre política externa conhecida como gaullismo. Essa abordagem tendia a definir os interesses franceses em reação (e freqüentemente em oposição) aos dos Estados Unidos. Esse estilo arrogante custava caro e Sarkozy decidiu livrar-se dele. Sua França voltaria a ser um jogador do time. Sarkozy mobilizou a diplomacia para o que se provou ser uma notável reviravolta.

Subitamente, emissários franceses estavam em todos os lugares: em Trípoli, organizando a libertação de prisioneiros e um avanço nas relações com a Líbia; em Doha, ajudando o Catar a negociar uma nova relação com divisão de poderes para o Líbano que acabasse com o impasse mortal; em Damasco, explorando um acordo para iniciar negociações de paz diretas entre Israel e Síria; em Moscou e Tbilisi, negociando um acordo de seis pontos para a retirada das tropas russas da Geórgia. E, com todas essas maquinações, os franceses estão em contato diário com Washington para coordenar estratégias. Eles mantêm uma rede kinssingeriana de contatos alternativos, por intermédio do chefe-de-gabinete de Sarkozy, Claude Gueant, e seu conselheiro diplomático, JeanDavid Levitte. Essa equipe interna incorpora algo que McCain precisa seriamente - assessores discretos e de confiança que consigam expressar de forma clara mensagens de um homem cujo círculo de assessores às vezes deixa dúvidas sobre quais são precisamente seus pontos de vista.

V

amos admitir, McCain não vai ganhar ponto algum argumentado que ele pode ser um Sarkozy norte-americano. Mas seu desafio é muito parecido com o que o novo presidente francês enfrentou. - e o sucesso da Fórmula Sarkô é difícil de contestar. McCain precisa mostrar que ele é o homem que pode reorganizar as coisas - enquanto as mantém sob controle. Do contrário, o rótulo de que está tentando um terceiro mandato de Bush vai pegar - e isso é fatal. POR DAVID IGNATIUS, DA NEWSWEEK (C) THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

O desafio de McCain é muito parecido com o que Sarkozy enfrentou. Para ganhar o voto moderno, sem perder o conservador, o candidato precisa investir no estilo rebelde híbrido, de temperamento forte.

DELFIM NETTO

ECONOMIA DE JUROS

O

Brasil mantém há 14 anos a maior taxa de juros real do mundo. Não há uma explicação razoável para este fato. As justificativas que ouço e leio por todo esse tempo não são nada convincentes. Na próxima quarta-feira, o Conselho de Política Monetária se reúne para mais uma decisão sobre a taxa Selic. No verdadeiro cabo-de-guerra permanente entre Banco Central e Fazenda, discute-se, ainda, se a taxa deve subir mais, o que é um perfeito absurdo. Parece algo incompreensível a discussão desse fenômeno, que não tem a ver com a estrutura econômica do Brasil de hoje. Na realidade, a origem do problema está no erro de política monetária cometido há quinze anos, quando começamos a financiar a dívida externa com papéis de prazos muito curtos, vencidos quase todos os dias. Um erro de política que não corrigimos e que foi capaz de produzir uma espécie de milagre ao reverso, a manutenção da maior taxa de juros real do mundo pelo período mais longo da história de nossa economia.

● Não houve,

nem há, excesso de demanda que justifique a elevação dos juros. Estou convencido que o Banco Central exagerou.

T

odas as explicações que os economistas dão para este fato não mudam a história: há um erro de política monetária e ponto final. O Banco Central se defende da acusação de continuar com uma política demasiadamente agressiva em matéria de juros, argumentando que se trata de uma atitude tempestiva para impedir a inflação produzida pelo excesso da demanda interna. Ele tem razão de se preocupar com a inflação planetária, como todos nós, mas há profundas divergências sobre o diagnóstico. Em primeiro lugar, as demonstrações apresentadas sobre os efeitos do "excesso de demanda" são muito tênues. Estão fora do contexto, na realidade. Os dados do comportamento do consumo no mercado interno mostram que não houve, nem há, um excesso de demanda que justifique a defesa dramática da elevação dos juros por parte do Banco Central. Em segundo lugar, esta foi uma inflação importada do resto do planeta. Os preços subiram lá fora e é evidente que sobre eles não temos comando. Houve aqui uma valorização do real, de forma que esses preços foram internalizados em condições até mesmo suaves. Não há divergência sobre o fato que temos um sistema bastante razoável de metas de inflação e que o Banco Central tem mesmo que ser autônomo. Ele é uma agência independente e, afinal, fará o que quiser, porque tem o mandato para fazê-lo.

Não vejo impedimento, porém, de que haja uma discussão mais séria sobre o fato que não só temos a mais alta taxa de juros do mundo, como fomos o país que mais subiu os juros desde que apareceram os sinais dessa inflação planetária.

E

stou hoje convencido que o Banco Central exagerou. Uma coisa é certa: se o Copom, em lugar de ter aumentado em 175 pontos o juro nesses últimos meses, tivesse feito um aumento de apenas 75 pontos, o resultado seria rigorosamente o mesmo em matéria de inflação. O problema fiscal, contudo, teria sido melhor resolvido e haveria uma enorme economia de dispêndio de juros por parte do Tesouro. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP, EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - LOGO

Logo Logo

Pascal Deschamps/Reuters

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sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

"Dedico essa canção ao Papa porque eu sou uma filha de Deus. E todos vocês são filhos de Deus", disse a pop star Madonna no início da canção "Like a virgin", aos 60 mil fãs que assistiam seu show Sticky & Sweet, em Roma, na Itália.

SETEMBRO

8

Dia Internacional da Alfabetização

7 DE SETEMBRO C OMPORTAMENTO

Faça amor. Ecológico. A seção mexicana da organização não-governental Greenpeace lançou em seu site uma cartilha para fazer a vida sexual daqueles que estão preocupados com o meio ambiente. A página, uma das mais acessadas do site da organização, traz dicas de sexo "ecológico" com bom humor. "Cuidar da terra nunca foi tão erótico", diz o texto. O primeiro mandamento do sexo ecológico orienta os amantes a apagar as luzes como uma forma de economizar energia. Os alimentos afrodisícos são abordados no segundo mandamento do decálogo. A ONG orienta que os amantes utilizem frutas como o

guaraná, cerejas e framboesas com procedência orgânica e livres de pesticidas. Ostras, mariscos e camarões não são recomendados. A procedência da madeira com que é feita a cama e até instrumentos usados em relações sadomasoquistas também devem ser levada em consideração pelos ecologistas na hora do amor. A organização recomenda que estes materiais devem possuir certificados ambientais que garantam que venham de processos de extração sustentável de madeira. www.greenpeace.org/mexico/ news/c-mo-enverdecer-tu-vida-sexu

Desfile reúne 30 mil em Brasília

O

desfile com representações variadas da cultura popular brasileira, como o bumba-meu-boi, capoeira e quadrilha empolgou as cerca de 30 mil pessoas que foram ontem assistir ao tradicional evento em comemoração ao Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do desfile cívico-militar, acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia. Na tribuna de honra ao lado de Lula, estava a

presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e várias autoridades nacionais. O desfile contou com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, dos veteranos da 2ª Guerra Mundial e de tropas da Marinha, Exército e Aeronáutica. As jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino, medalha de prata na Olimpíada de Pequim, também participaram da cerimônia. Este ano, as comemorações em Brasília custaram aos cofres públicos R$ 1,6 milhão, enquanto que no ano passado o

preço foi de R$ 2,2 milhões. Pelo País – Em São Paulo, assistiram juntos ao desfile das Forças Armadas, no Sambódromo (zona norte), o governador José Serra (PSDB) e o prefeito da capital e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM). O desfile reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. No Rio de janeiro, o sol forte e a temperatura de 30 graus não afastaram as 7 mil pessoas que assistiram ao desfile por um trecho de 5 quilômetros na Avenida Presidente Vargas, no

centro da cidade. Após o encerramento do desfile oficial, pouco antes do meio-dia, o 7 de Setembro ganhou um tom de protesto, durante a 14ª edição do Grito dos Excluídos. Integrantes de movimentos sociais marcharam pela avenida carregando bolas vermelhas, faixas e cartazes pedindo o fim das injustiças sociais. O mesmo protesto, que neste ano teve como tema "Vida em primeiro lugar, direitos e participação popular", contou com 2 mil participantes em Belo Horizonte. (Agências)

Alan Marques/Folha Imagem

E M

C A R T A Z C OMÉRCIO

PORTRAIT

Renda extra para ambulantes A festa do Dia da Independência é uma oportunidade para muitas pessoas aumentarem o orçamento doméstico. Ambulantes aproveitaram a movimentação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para vender todo tipo de produto – água, alimentos, brinquedos, roupas, bijouterias e CDs. Luciene Barbosa Lisboa disse que o grande movimento de pessoas é uma chance de obter uma renda extra. "Estou desempregada no momento. Participo da festa e aproveito para ganhar um dinheiro". Veteranos da 2ª Guerra Mundial e tropas da Marinha, Exército e Aeronáutica desfilaram em Brasília

D ESIGN

SENTE-SE A"reinvenção" da cadeira sempre foi um desafio para os designers. Recriar o que a humanidade conhece há milênios é como dar nova forma ao cotidiano aproveitando materiais, tecnologias ou idéias inovadoras. Dois mestres do assunto: no século 20, o holandês Gerrit Rietveld, no século 21, o japonês Tokujin Yoshioka. www.modernfurnitureclassics.com www.tokujin.com

Roda Viva entrevista Fernando Meirelles

Igor Lowen Sahr, paranaense de nove anos de idade e atual campeão brasileiro de construção de Lego, vai representar o País no campeonato mundial, que começa na Dinamarca em 12 de outubro. Ele conquistou o título na final disputada em São Paulo, na última quarta, ao superar 20 concorrentes, construindo em 45 minutos miniaturas de diversos monumentos históricos do País. O segundo lugar ficou com Pedro Henrique Estevão Caixeta, de Pernambuco e o terceiro com José Goes de Araujo Neto, da Bahia.

O entrevistado de hoje do Roda Viva, da TV Cultura, será o cineasta Fernando Meirelles, que fala sobre seu novo filme, Ensaio sobre a Cegueira, cuja estréia nos cinemas será na próxima sexta, dia 12. O programa vai ao ar às 22h10. Na entrevista, ele conta detalhes da nova produção, incluindo relatos sobre testes com platéia, novidade em sua carreira, e que o levou a fazer alterações de cenas. Meirelles comenta ainda o cenário cinematográfico brasileiro atual e fala sobre a produção de filmes infantis no País.

G @DGET DU JOUR

B RAZIL COM Z

Bites & bytes embalam a soneca

Invasão brasileira

Quem gosta tirar um cochilo no trabalho ou na escola vai adorar esta capa de laptop que funciona como travesseiro. Chamado de Napbook – trocadilho "nap" (soneca em inglês), vem em diversas cores. Por enquanto, disponível apenas na Islândia, mas há planos de vendê-lo no resto do mundo.

Em reportagem publicada no fim de semana, o diário argentino Clarín destacou "o avanço das empresas brasileiras sobre os principais setores da economia argentina não se detêm". Segundo o jornal, que cita investimentos do grupo Bom Retiro, "depois de comprar os grandes nomes do petróleo, siderurgia, frigoríficos, bebidas, calçados, roupas e materiais de construção, os próximos desembarques (na Argentina) serão nas tecelagens".

Divulgação

http://www.gearlive.com/news/

Acima, duas criações de Tokujin Yoshioka, o "bloco de´água", feito em material plástico transparente e a Pane, inspirada em massa de pão.

Tokujin Yoshioka trabalha em uma cadeira de cristal natural, sua mais recente criação

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Igreja é condenada a pagar R$ 2 mil para casal, porque padre celebrou casamento em apenas cinco minutos. Faturamento dos bancos com cobrança de tarifas cresce 2,3% no segundo trimestre e alcança o valor de R$ 14,4 bilhões.

Paranaense entre os craques do Lego

T ELEVISÃO

B LOCOS

Ao lado, a famosa cadeira ZigZag de Gerrit Rietveld, criada em 1934. Abaixo, sua outra criação famosa, a cadeira Azul e Vermelho, inspirada em Mondrian

Reproduções

Artistas de diversos estilos e origens estão reunidos na mostra coletiva "Portrait II", cujo tema é o retrato. Galeria Leme, rua Agostinho Cantu, 88, tel.: 3814-8184. Grátis.

Montadoras brasileiras dizem que é inviável economicamente produzir carros elétricos no País.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

MERCADO

Gol vende quase o dobro do segundo colocado O modelo da Volkswagen chegou a 27 mil unidades comercializadas em agosto, contra 15,7 mil do Fiat Palio

R

enovado, o Volkswagen Gol passou a vender quase o dobro do segundo colocado. Em agosto, o campeão atingiu 27.008 unidades, enquanto o seu mais próximo concorrente, o Fiat Palio, totalizou apenas 15.747. De janeiro a agosto o Gol já chegou a 196.980 unidades, ante 148.683 do vice-líder. O Mille, também da Fiat, surge na terceira colocação em agosto, com 11.461 unidades, embora no acumulado do ano o terceiro posto seja do Chevrolet Celta. A disputa pela posição pode ser favorável para o carro da montadora italiana daqui para a frente, pois as vendas do Mille devem subir com a chegada ao mercado, este mês, do modelo Economy, linha 2009, que vem com econômetro, pneus que proporcionam menor contato no asfalto e promessa de consumo 10% menor.

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Mudança de posição - Fox, Corsa Classic, Siena, Ka, Strada e Fiesta completam a lista dos "dez mais" do mercado brasileiro. Na 11ª posição, em agosto, uma surpresa: o Corolla tirou o lugar do Civic, vendendo 109 carros a mais. Mas, no acumulado dos oito primeiros meses do ano, o carro da Honda está bem à frente do concorrente produzido pela Toyota. São 41.217 unidades do Civic ante 26.250 do Corolla. De qualquer forma é sinal de uma recuperação, depois de quase um ano de vendas em baixa. Resta saber se o Corolla vai conseguir manter o ritmo de vendas e efetivamente começar a brigar pela liderança do segmento. Entre os primeiros 20 mais vendidos, apenas quatro carros não são das grandes montadoras (Volkswagen, Fiat, General Motors e Ford). Além de Corolla e Civic estão dois da Renault: o Sandero aparece em 15º lugar, com 3.730 carros no mês e 26.068 no acumulado, e o Logan, em 19º lugar, com vendas de 3.146 unidades em agosto e 25.669 no acumulado do ano. Ranking por marca - Os números de agosto repetiram o que vem acontecendo a cada mês, com a Fiat na liderança, seguida por Volkswagen e Chevrolet. A montadora de Betim cravou 24,1% de participação do mercado de carros e comerciais leves no mês enquanto a Volks ficou com 22,7%. Foi uma diferença de 3.383 veículos, pequena graças às boas vendas do Gol. A Chevrolet ficou com 20,8% e 4.379 carros a menos do que a montadora alemã. No acumulado do ano, a Fiat tem 25% das vendas, e uma folga de mais de 57 mil carros em relação à Volks, segunda colocada. O destaque em agosto foi a Renault, que passou a Honda no mês e no acumulado. A Toyota vendeu mais carro do que a Peugeot, mas no acumulado ela ainda fica atrás da marca francesa. Agência AutoInforme

Inflação do Carro tem a menor alta do ano

F

icou mais barato andar e manter o carro em agosto, conforme apurou pesquisa mensal da Agência AutoInforme, que mede o IMC, Índice de Manutenção do Carro. O resultado de agosto apontou um índice praticamente estável, com alta de apenas 0,08%, o menor do ano. Houve picos de alta em janeiro, abril e junho, mas nas duas últimas apurações nota-se que há uma tendência de acomodação nos preços dos itens que compõem a cesta de produtos e serviços necessários para andar e fazer a manutenção do veículo. É uma boa notícia para o consumidor. Mas considerando o ano todo, o IMC, também conhecido como inflação do carro, ainda está elevado. De janeiro a agosto, o motorista está pagando 4,19% mais caro para manter o seu automóvel.

O índice levanta os preços de produtos, serviços, impostos e seguro, sendo que o que mais está pesando neste ano é o setor de serviços, que já subiu 8,04%. O preço do seguro ficou 6,85% mais caro. Os produtos acumulam alta menor que a média, apenas 1,99%. É neste item que estão os combustíveis, que representam o maior gasto do motorista e que tiveram queda de preço no ano. O preço da gasolina caiu 0,61% e do álcool 2,28%. No mês passado, a pastilha de freio foi o item que mais subiu, ficando 3,19% mais cara. O jogo de velas veio em seguida, com alta de 2,32%, enquanto o kit de embreagem e a correia dentada tiveram uma alta de 1,56%. A lona de freio, item que mais subiu no ano, teve queda de preço em agosto: - 5,23%.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P gibaum@gibaum.com.br

Depois de achar que Dilma Rousseff é o nome ideal para sua sucessão, Lula agora pensa no governo de São Paulo.

3 A mulher pode usar de tudo, menos calcinha bege. Isso é uma praga «

igual a garrafa pet. Fotos: PaulaLima /Divulgação

Poderosas da moda Gisele Bündchen permanece em alta: na lista das 50 pessoas mais poderosas no mundodamoda,elaboradapelo New York Daily News , ela aparece em quarto lugar. No topo, está a editora da Vogue América, Anna Wintour, que inspirou o livro (e filme) O Diabo Veste Prada e, em segundo, o designer da Gap, Patrick Robinson. Em terceiro lugar, o estilista Marc Jacobs (Louis Vuitton). Em quinto, depois de Gisele, vem Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, seguido de Fern Mallis, vice-presidente senior da IMG Fashion e considerada a criadora do formato mundialmente conhecido (e copiado) da New York Fashion Week .

NOVO ATOR Quando estrear no Brasil o filme Gringos no Rio, do americano Jonathan Nossiter e tendo no elenco, Irene Jacob e Charlotte Rampling, o público notará um ator estreante: o famoso cirurgião plástico Ivo Pitanguy. Ele aparecerá, com direito a falas e tudo mais, no papel de um médico, atuando ao lado da italiana Nicoletta Maraschio, sua antiga namorada no filme. Ele teve cenas na Santa Casa de Misericórdia do Rio e – surpresa – gostou muito de seu debut como ator.

85 anos bem vividos

QuandooCopacabana Palace Hotel, um dos símbolos do Rio de Janeiro, comemorou 60 anos, ganhou uma campanha cujo slogan era: “60 anos bem vividos”. O hotel que mais estrelas internacionais hospedou, chega agora aos 85 anos, ou seja, com mais 25 anos bem vividos. Na semana passada, uma grande festa à rigor, comandada por Phillipe Carruthers, reuniu celebridades do Rio para as devidas comemorações, com direito a tapete vermelho e muito champanhe. Da esquerda para a direita: Narcisa Tamborindeguy e Maitê Proença, Denise Dumont (mora em Nova York, onde já filmou com Woody Allen) e Daniel Filho; Walter Rosa e Lilibeth Monteiro de Carvalho; e, para ganhar mais flashes , Hebe Camargo beijando Glória Maria.

Terra de monstruosos

O The New York Times já havia dedicado grande matéria ao assunto e agora, o serviço para a América Latina da Bloomberg garante que “no sonho de Detroit, todos os SUVs vão para o Brasil”. Para a agência, que mantém seu noticiário diário da TV fechada brasileira, que igualmente abordou o tema, na semana passada, “foi a saída para manter abertas as fábricas que produzem todos aqueles utilitários esportivos monstruosos”. Os grandes consumidores são os 220 mil milionários brasileiros (e estão chegando mais 90 mil), volume que cresce a cada ano: eles estão largando seus sedãs e migrando para os SUVs, apelido de Sport Utilitary Vehicle , que são grandes consumidores de gasolina. Os americanos, ao contrário, estão comprando carros menores por causa da disparada da gasolina. E lá 25% da frota é constituída de SUVs, alvo de forte campanha dos ambientalistas.

Para entender

GRAMPINHO Um dos políticos brasileiros que querem passar longe dessa novela do grampo no Supremo é o deputado ACM Neto, líder do DEM na Câmara e favorito, diante das últimas pesquisas, para a prefeitura de Salvador. Se algum repórter cobra de ACM Neto qualquer resposta sobre a grampolândia nacional, ele escapa: “Nada a declarar”. É que o parlamentar não quer ver ressuscitado seu apelido de Grampinho, surgido na época dos grampos telefônicos determinados pelo avô, Antônio Carlos Magalhães, em Salvador.

Rebelde e clássico

Um dos nomes mais respeitados de Londres, o canadense e designer de sapatos Patrick Cox, que sempre lançou coleções entre o rebelde e o clássico (feminino e masculino), é o novo diretor criativo da grife francesa Charles Jourdan, que quer recuperar o terreno perdido nos últimos anos. Lá, Cox – sem deixar de produzir suas próprias coleções – tentará atrair o consumidor cool e os fashionistas sem perder do foco a clientela tradicional da marca. Mais: sua nova e polêmica campanha é das mais criativas e bem resume a cabeça de Patrick.

Tudo blindado Os utilitários-esportivos são considerados, no Brasil, produtos destinados exclusivamente ao mercado de luxo, mesmo com planos diversos de pagamentos parcelados. Entre os emergentes tupiniquins, esses jipões são sinônimos de poder. Eles são vendidos na faixa entre R$ 90 mil e até R$ 180 mil. Só que os bandidos também sabem que os SUVs só carregam milionários e a saída é a blindagem. Para um utilitário de R$ 120 mil, blindá-lo significa, pelo menos, mais R$ 70 mil.

0 IN Pagode.

0

O equipamento americano Oscor 5000, composto de um computador portátil do tamanho de uma maleta 007 não é exclusividade da Abin, da Polícia Federal ou do Exército. A ProcuradoriaGeral da República tem dois Oscors, o STF e o Senado, entre outros órgãos, também tem. Só que o equipamento que, supostamente, a Abin tem e não quer confessar é a famosa maleta israelense, que faz escutas de celular de 100 metros até um quilometro de distância. Custa entre R$ 500 mil e R$ 1,5 milhão. E só pode ser comprada por instituições policiais. Para fazer a escuta, basta saber o número e a localização aproximada do celular. O sistema indica na tela todos os celulares em uso em determinada área.

OUT

Funk.

Ninguémesquece Washington Olivetto lança, hoje, no restaurante do Museu de Arte Moderna, no Ibirapuera, seu livro O Primeiro a Gente Nunca Esquece , inspirado no famoso comercial que criou para a Valisere, quando uma adolescente aparecia de sutiã diante de um espelho e em off se dizia: “O primeiro sutiã a gente nunca esquece”. No livro, uma série de textos de figuras famosas que, em algum momento, usaram a frase para falar sobre outros assuntos (entre eles, Elio Gaspari, Arnaldo Jabor, Ayrton Senna e Pelé). A estrela do comercial (colocado no ar em 1986), Patrícia Lucchesi(hoje com 33 anos), tinha 11 anos na época.

MAIS: nem imagina a candidatura Marta (ganhe ou não em outubro). O presidente vai insistir com Antônio Pallocci em 2010.

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008 J.F.Diorio/AE - 31.07.08

Alasca em alta O estado da Alasca, que vinha sendo governado por Sarah Palin, candidata a vicepresidente na chapa de John McCain, nunca teve grande projeção nos Estados Unidos. Contudo, nos últimos tempos, vinha ganhando popularidade devido a uma série da ABC, Men in Trees, exibido no Brasil pela Sony e com ação numa pequena cidade do Alasca. Sua protagonista, aliás, é Anne Heche que, há anos, mantinha um romance com a apresentadora Helen Degeneres, lésbica assumida, agora apresentando um show de sucesso na televisão americana.

NÃOÉTÃOFÁCIL A privatização dos aeroportos de Viracopos e Galeão, anunciada pelo governo, não pode ser feita de uma hora para outra, sem maiores problemas. Especialistas na área alertam que é necessário mudar o marco regulatório da aviação, um processo demorado. Mesmo assim, Sérgio Cabral já garante que tem investidores alemães e, entrando em cena agora, também Sérgio Gaudenzi, da Infraero, tem outros planos para o Galeão. Viracopos, por enquanto, não desperta grandes paixões.

MISTURA FINA PRIMEIRO, o governador Sérgio Cabral pede reforço do Exército para garantir as eleições no Rio de Janeiro. Agora, o general Jorge Felix, da Segurança Institucional, acaba de pedir ao mesmo Cabral a sessão de policiais militares do Rio, para integrarem, sob o comando do Exército, as tropas federais que reforçarão a segurança na semana do pleito. Aí, Cabral ficou sem entender nada. APÓS insistentes negociações que não chegaram ao resultado pretendido junto ao grupo Unip/ Objetivo, de João Carlos di Gênio, poderosos investidores americanos começaram a conversar com Edevaldo Alves da Silva, dono da FMU/FIAM. O primeiro grupo educacional que teve parte vendida a investidores americanos foi o AnhembiMorumbi, de Gabriel Mário Rodrigues, que continua reitor. DEPOIS de Andressa Soares, a Mulher-Melancia, a próxima edição de Playboy terá na capa e recheio Yani de Simone, conhecida como a Mulher-Filé, dançarina do funkeiro Mr. Catra. Ela ganhou popularidade devido à dança da “piscadinha do bumbum”. AOS 75 anos, com status de cult e brega, o baiano Waldick Soriano, que foi lavrador, engraxate e garimpeiro antes de começar a cantar, desaparece de cena em decorrência de um câncer de próstata. Detalhe: considerado um machão do showbiz , Waldick nunca quis se submeter ao exame preventivo de toque, como acontece com milhões de brasileiros. Quando capitulou, o avanço do câncer era impossível de ser revertido. NA COLUNA anterior, por um erro de digitação, saiu que a Igreja Universal do Reino de Deus tem 200 templos no Brasil: na verdade, esses 200 estão apenas em São Paulo. Em todo o Brasil, são mais de dois mil templos. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Soninha Francine é a convidada de hoje do debate na ACSP

Hoje é a vez de Soninha Francine na ACSP Candidata é a mais jovem a concorrer por SP Fernando Vieira

A

vereadora e candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PPS, Soninha Francine, participará hoje, às 17 horas, de um debate na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) sobre as eleições municipais de 2008. Ela é a penúltima convidada entre os cinco principais candidatos ao executivo paulistano que já participaram, considerando-se os que mais se destacam nas pesquisas de intenção de votos. A série de debates, promovida pela ACSP, tem por objetivo abrir espaço para a apresentação de propostas e para a discussão de alternativas para solucionar os problemas da cidade. Cada candidato expõe suas idéias e, em seguida, associados e convidados presentes podem fazer perguntas. Já participaram o prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) e o deputado federal Paulo Salim Maluf (PP). Embora tenha sido convidada e até confirmado a participação, a exprefeita Marta Suplicy, que atualmente lidera as pesquisas de intenção de votos, cancelou sua presença na véspera da data marcada, na semana passada. Jovem – Aos 40 anos, Soninha Francine é a mais jovem candidata à Prefeitura de São Paulo entre os cinco principais candidatos. Foi eleita vereadora nas últimas eleições municipais pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mas trocou de filiação durante o mandato, segundo ela, por discordar de po-

líticas internas petistas. Com duras críticas ao Legislativo paulistano, Soninha se diz decepcionada com a experiência por causa da inexistência de debates entre os vereadores sobre os projetos de lei apresentados. "A Câmara é um lugar onde se constroem acordos para votação. Não importa o conteúdo do projeto", dispara Soninha. Entre os principais projetos para o Executivo defendidos pela candidata do PPS está a reorganização dos espaços urbanos, com políticas de incentivo de criação de empregos fora do centro expandido. Prevê ainda o incentivo ao uso alternativo de meios de transporte, como a bicicleta, com a construção de ciclovias. Também há um projeto polêmico: a implementação do pedágio urbano, com a construção de bolsões de estacionamento nas áreas próximas às estações de metrô e também junto aos terminais de ônibus, como parte de sua política de melhor integração dos estacionamentos ao trânsito para reduzir o problema dos congestionamentos. O próximo convidado, na semana que vem, será o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que encerrará a série de debates com candidatos, promovida pela ACSP.

Kassab diz que é cedo para comemorar empate

O

prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), disse considerar prematuro comemorar o empate técnico com o candidato Geraldo Alckmin (PSDB), apontado na pesquisa Datafolha divulgada no sábado e que o levaria a um eventual segundo turno. "É muito cedo para eu afirmar algo sobre o segundo turno, mas a expectativa é de muito otimismo", afirmou o prefeito, após assistir ao desfile cívico do dia da Independência, no Sambódromo, zona norte da cidade. Já o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que também

assistiu ao desfile, evitou fazer qualquer comentário. A pesquisa Datafolha apontou a candidata Marta Suplicy (PT) na liderança, com 40% das intenções de voto. Em seguida aparecem Alckmin, com 22%, e Kassab, com 18%. Como a sondagem possui uma margem de erro de 3 pontos percentuais, para cima ou para baixo, tecnicamente o candidato tucano está empatado com o democrata. No histórico de quatro pesquisas anteriores, Kassab estava em terceiro lugar. Segundo Kassab, o que o surpreendeu foi o nível de rejeição de seu nome, que caiu de 26% para 24%. (AE)


sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

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Política Presidente Lula reforça Nunca tive a imprudência de dar impressão pessoal sobre a política argentina Presidente Lula

integração com Argentina

Celso Júnior/AE

É o Estado da bisbilhotice, permitido, cobiçado e estimulado a provocar um dos mais graves ataques à República e à democracia de que temos notícia.

Cezar Britto, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Valéria Gonçalvez/AE

Vamos avaliar todo o quadro da Abin, todo o quadro do grampo. Se houve grampo ou se não houve e, dentro desse contexto, os equipamentos serão considerados e balanceados.

O governo federal adotou uma atitude correta ao afastar a diretoria da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e acredito que os responsáveis por esse crime serão exemplarmente punidos.

Dilma Rousseff, ministra chefe da Casa Civil

Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e um dos grampeados

Antonio Cruz/ABr

Pensem num cabra feliz, olhem para cá, sou eu. Eu tenho vivido alguns momentos que eu só posso acreditar que tenha um dedo de Deus apontando e nos empurrando para eu assitir e presenciar o que está acontecendo no nosso querido país.

Presidente Lula

Wilson Dias/ABr

Eu não conheço nada do assunto dos grampos. A minha participação em relação a esse problema foi entregar ao presidente da República a relação dos aparelhos adquiridos pela Abin. Só isso.

Em entrevista ao jornal Clarín, Lula diz que os dois países devem se ver como sócios

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ontem ser " muito importante que o Brasil e a Argentina não vejam um ao outro como concorrentes, mas sim como sócios". A fala de Lula saiu na forma de uma entrevista concedida ao jornal portenho Clarín e publicada ontem. Com ela o presidente brasileiro reforçou sua intenção de aprofundar a integração política e comercial com o país vizinho. Segundo Lula, os dois países não devem encarar eventuais divergências como situações de conflito, mas como situações de diferenças. Na entrevista, a primeira longa e exclusiva que concede a um jornal argentino desde que chegou ao poder, em 2003, Lula ressaltou que a Argentina está no meio de um processo de reindustrialização, após a grave crise de 2001-2002. "Em função dessa realidade argentina, o Brasil tem consciência do papel que tem na Rodada de Doha e de como combinar isso com a cooperação com Argentina para sua recuperação industrial. Por isso, não há nenhuma possibilidade de o Brasil jogar sozinho, porque sabe que quanto mais sua relação com a Argentina for harmônica e produtiva mais contribuirá para fortalecer o Mercosul e a integração sul-americana". Segundo Lula, "a Argentina tem de olhar para o Brasil como um mercado de 190 milhões de habitantes, com o qual tem fronteira", afirmou o presidente, após destacar que neste ano o comércio entre os dois países deverá chegar ao valor recorde de US$ 30 bilhões.

Lula nega ter telefonado para Cristina Kirchner (na foto acima à esquerda) pedindo que não renunciasse

Renúncia – Em julho passado, informações extra-oficiais indicaram que a presidente Cristina Kirchner esteve a ponto de renunciar após a derrota de seu governo no Senado. Na ocasião, por causa do voto de Minerva do vice-presidente Julio Cobos (presidente do Senado) o Senado derrubou o projeto de "impostaço agrário" de Cristina, que ficou politicamente debilitada. Os rumores no âmbito político sustentaram que o presidente Lula telefonara para Cristina a fim de dissuadi-la da idéia de renunciar. "Não. Não é verdade", disse Lula ao Clarín. "Olhe, o senso comum não me permitiria tal ousadia, semelhante interferência na política argentina. Não é verdade que Cristina Kirchner me ligou e que eu a chamei. Conversei com Cristina para prestar minha solidariedade, mas nunca tive a imprudência de dar nenhuma impressão pessoal sobre a política argentina". Também veio do Clarin a notícia de que o Banco Nacional

Dida Sampaio/AE

Para ele, o assunto diz respeito à Polícia Federal

Ministro Jobim evitou fazer qualquer comentário sobre reportagem

Mangabeira Unger tropeça na etiqueta de cerimonial

O

senador Demóstenes Torres (DEM-GO)

ministro do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, destacouse, ontem, na cerimônia do Dia da Independência, por dois motivos. O primeiro por ser o único a usar uma faixa repre-

sentando a medalha Ordem do Mérito da Defesa com todos os medalhões. O segundo, não tão nobre: vestiu a faixa no sentido contrário ao que determina a regra do cerimonial, que manda pô-la do ombro direito para o lado esquerdo da cintura, cruzando o corpo. (AE)

Celso Júnior/Aecredito

José Cruz/ABr

Wilson Dias/ABr

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Pelas circunstâncias do telefonema, que não estava previsto, o mais provável é que ele [Gilmar Mendes] tivesse sendo monitorado indevidamente. É mais fácil de fazer a escuta lá do que num fixo daqui que passa por PABX.

José Milton Campana, diretor adjunto da Abin

É definitivamente a volta do SNI por decreto.

Deputado José Aníbal, líder do PSDB, sobre o decreto do governo que determina o compartilhamento dos bancos de dados secretos com a Abin.

Fundo Soberano), que enviamos com regime de urgência constitucional. Espero que o Congresso o vote e, assim, poderemos consolidar o BNDES como uma agência de financiamento além do Brasil." O sistema prevê a injeção de recursos do FSB no BNDES que, em contrapartida, entregaria debêntures ao Fundo. A área internacional do BNDES poderia ainda receber recursos captados no Exterior pela futura subsidiária em Londres, cuja criação depende da aprovação da Medida Provisória (MP) 429 pelo Congresso. A subsidiária em Montevidéu, inaugurada em dezembro por Lula, deverá se encarregar dos pedidos de crédito provenientes dos países vizinhos. O novo esquema pode trombar com o Congresso, onde o projeto que cria o fundo tranca a pauta de votações desde o dia 2 último. A expectativa do Palácio do Planalto é de aprovação do projeto em outubro, logo depois das eleições municipais do dia 5. (AE)

Escutas ilegais na Abin? Jobim não dá ouvidos

Nelson Jobim, ministro da Defesa

Os equipamentos não teriam capacidade de qualquer escuta a mais de 100 metros. Estamos com uma comissão do Exército na Abin e, pelo que ouvi preliminarmente em um terreno limpo, sem nenhuma barreira, poderia acontecer alguma coisa.

de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estaria apto a financiar, diretamente, empresas de capital argentino e de outros países com recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB). A nova atribuição do BNDES, hoje limitada a promover apenas projetos de companhias brasileiras, foi confirmada pelo presidente Lula ao jornal ontem, primeiro dia da visita oficial da presidente Cristina Fernández de Kirchner a Brasília. Nova área – Na entrevista, Lula disse que será criada uma área internacional no BNDES que se encarregaria dessas operações de financiamento a "empresas estrangeiras, de novas plantas e de sociedades entre companhias", nas suas palavras. "Com o Fundo (soberano)", disse Lula, "poderemos usar parte do dinheiro no BNDES para que a instituição faça empréstimos, incluindo os feitos a empresas estrangeiras". "O Congresso brasileiro pode aprovar antes do fim do ano esse projeto (de criação do

Unger (segundo da esq. para a dir.): sobram medalhões, falta regra.

ministro da Defesa, Nelson Jobim, evitou ontem comentar as denúncias de que agentes de Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam auxiliado o delegado Protógenes Queiroz, dentro da sede da Polícia Federal (PF), durante as investigações da Operação Satiagraha e também feito escuta telefônica de parlamentares, ministros e autoridades do Judiciário, conforme denúncia feita pela revista Isto É na edição desta semana. "Essa é uma questão que vai ser resolvida pelo inquérito da Polícia Federal. É assunto exclusivamente para o inquérito. O ministro da Defesa não tem nada a dizer a respeito", afirmou, em rápida entrevista coletiva, após a cerimônia de comemoração do Dia da Independência. Indagado se o episódio do grampo telefônico e o das denúncias de que o comando da PF bloqueou recursos da Operação Satiagraha, disse: "Não há hipótese de fazermos qualquer manifestação. Quem vai resolver isso e esclarecer é o inquérito". E acrescentou: "o assunto está encerrado". Questionado por uma repórter se teria medo de ser

grampeado, respondeu: " Não, só por ti". Ele destacou a presença da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na cerimônia. "É importante mostrar a integração entre Brasil e Argentina e a integração sulamericana", disse. Excluídos – Mais empregos para os jovens de periferia, reforma das políticas públicas, demarcações de terras indígenas, o risco do desabastecimento de alimento no País, além de muitas críticas à violência nos grandes centros marcaram as discussões do 14º Grito dos Excluídos, realizado ontem no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida do Norte, São Paulo. O ato foi realizado em conjunto com a 21ª Romaria Nacional dos Trabalhadores e reuniu cerca de 40 mil pessoas na basílica. O movimento começou às 6 horas com uma caminhada de quase dez quilômetros do Porto de Itaguaçu ao pátio do santuário, onde foi registrado o grito. Segundo a organização dos dois movimentos, o evento foi pacífico. "Nosso objetivo é chamar a atenção das autoridades para nossas denúncias. Clamamos por mais moradias, mais empregos e uma distribuição de renda justa". (AE)


Congresso Planalto Justiça CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

TRANSMISSÕES DO STF INCOMODAM LULA

Eymar Mascaro

O bote

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gora, o objetivo de Geraldo Alckmin é o de substituir Gilberto Kassab na polarização da campanha com Marta Suplicy. Os tucanos ligados ao ex-governador chegaram à conclusão de que o prefeito pode estar crescendo nas pesquisas porque conseguiu polarizar a campanha com a petista. Marta está obtendo cerca de 40% de intenção de voto, por isso, seus principais adversários já admitem que ela tem presença assegurada no segundo turno. Ao tentar a polarização da campanha com a petista, Alckmin tem por meta desalojar Kassab do turno final. O PT já está admitindo que Marta pode disputar o segundo turno com o candidato democrata.

AVANÇO As pesquisas que o PT recebe como rotina estariam indicando que Kassab continua avançando e ameaçando o segundo lugar de Geraldo Alckmin. Os petistas acham que a segunda vaga no segundo turno continua indefinida.

ATAQUE A campanha de Marta na televisão vai intensificar os ataques à administração de Kassab. Marta acha que o prefeito está conseguindo polarizar a campanha com ela porque conseguiu estabelecer a comparação entre as duas gestões.

DUELO Kassab admite que só sustentará a polarização da campanha com Marta se conseguir manter a comparação entre sua administração e a gestão da petista. Por enquanto, o prefeito está conseguindo seu objetivo.

BAIRROS Os democratas admitem que a campanha de Kassab está dando certo porque o prefeito está conseguindo penetrar no eleitorado da periferia, principalmente nas zonas leste e sul, dois dos principais redutos eleitorais da Capital.

CURIOSIDADE As últimas propagandas de Alckmin e Kassab na televisão apresentaram um ponto em comum: os dois candidatos se exibiram ao lado de José Serra. Detalhe: a popularidade do governador está alta nas pesquisas.

SINTONIA Alckmin tenta convencer o eleitor de que se ganhar a eleição, Prefeitura e Estado se unirão para executar obras importantes que o município reclama. O curioso é que Kassab "vende" o mesmo peixe na TV a nas caminhadas.

NA TRILHA Também Alckmin resolveu incentivar a campanha na periferia, sobretudo nos bairros em que Marta está mais forte.

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008 Fabio Braga/Futura Press

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O defile dos candidatos no 7 de Setembro Foi bom para o prefeito Gilberto Kassab (DEM): além de subir nas pesquisas e empatar com o exgovernador Geraldo Alckmin, posou ao lado do governador tucano José Serra no desfile de ontem.

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agenda de campanha dos 11 candidatos à Prefeitura da capital paulista foi bem diversificada ontem, 7 de Setembro, Dia da Independência. Mas se alguém saiu-se bem foi, com certeza, o candidato pelo DEM, Gilberto Kassab. Ele participou pela manhã, como prefeito, do desfile cívico em comemoração à Independência do Brasil, ao lado do governador tucano José Serra, no Anhembi. E certamente obterá bom proveito político do encontro e das fotos nas jornais. À tarde, Kassab inaugurou o comitê de campanha de Vila Prudente. Hoje, está prevista para as 10 horas uma vistoria ao departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) de Campos Elíseos. Uma hora depois, Kassab inaugurará o comitê de campanha de Paraisópolis e, às 18 horas, participará de debate realizado no Colégio Bandeirantes. O candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin, iniciou as atividades de campanha, ontem, de forma silenciosa e tranquila. Na busca por votos, sobretudo da classe média, depois

O tucano não quer perder mais espaço para seus adversários na região.

POPULARIDADE Se Alckmin e Kassab se exibem na TV ao lado de Serra, Marta Suplicy faz o mesmo ao aparecer acompanhada do presidente Lula. A petista continua insistindo na tese de que, se for eleita, São Paulo receberá mais verbas do governo federal para a execução de obras.

FILME Marta vai continuar exibindo na TV o filme em que ela e Lula aparecem juntos, na carreata e no comício da zona leste. A candidata quer convencer o presidente a participar com ela de nova caminhada, agora na zona sul.

FUÇA-FUÇA Está previsto um duelo entre Lula e Serra, mas na campanha do segundo turno. O presidente apoiando Marta e o governador ao lado de Alckmin ou Kassab. PT e PSDB lutam pela reconquista da Prefeitura paulistana.

INTROMISSÃO Os alckmistas ficaram indignados com a declaração de Marta, segundo a qual, Serra perderia a condição de presidenciável do PSDB, se Alckmin se eleger prefeito. Os alckmistas garantem que o ex-governador fecha com Serra.

ADVERSÁRIO Para Marta Suplicy, se Alckmin ganhar a eleição, o beneficiado seria o governador de Minas, Aécio Neves. A petista admite que Alckmin trabalharia para Aécio, para se vingar do apoio de Serra a Gilberto Kassab.

REIVINDICAÇÃO Enquanto os serristas se preparam para defender a tese de que o candidato a presidente pelo PSDB deve ser aquele que estiver na frente nas pesquisas, os mineiros pregam a realização de uma prévia.

Ivan Valente (PSol): manhã do domingo reservada para gravação de programas eleitorais.

Marta tem reunião hoje na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e se encontra com o secretário Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.

de se convencer da vantagem de Marta Suplicy nas regiões mais pobres, ele participou de um mutirão no bairro de Itaquera, na zona leste. Em seguida, no mesmo bairro, se reuniu com integrantes do Movimento Popular de Habitação. No início da tarde, foi para o bairro de José Bonifácio, onde também participou de um mutirão. Dia livre – Marta Suplicy, que concorre à vaga pelo PT, não teve agenda de campanha neste feriado. De acordo com a assessoria de imprensa da candidata, hoje ela terá reunião com representantes da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, às 15h30, e participará de plenária com o ministro

CENAS DE CAMPANHA Evelson de Freitas/AE

da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República , Paulo Vannuchi, às 19 horas. A agenda da candidata Soninha Francine (PPS) começou com uma reunião entre ela e lojistas da Rua 25 de Março. Às 13h30, assistiu à final do campeonato de futebol da comunidade do M'Boi Mirim com o candidato a vereador do seu partido, Haroldo Guerra. Às 17h30, teve encontro com representantes da comunidade da região do Grajaú para tratar Moacyr Lopes/AE

Marta veste kimono no bairro da Liberdade, no sábado. Ontem, teve o dia de folga. Já Kassab acompanhou o desfile do Dia da Independêndia ao lado do 'padrinho político' – o governador tucano José Serra. Sem o reforço da imagem de Serra, o seu antecessor, Geraldo Alckmin, com o braço direito na tipóia, brincou com um periquito na outra mão, durante caminhada na zona leste da cidade. Eder Medeiros/Folha Imagem

do programa Defesa das Águas e, às 22 horas, participou de uma festa na casa noturna A Loca. Edmilson Costa, que concorre pelo PCB, participou da manifestação do Grito dos Excluídos pela manhã até as 14 horas, numa marcha que saiu da Praça da Sé, na região central da cidade, e seguiu até o Museu do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. Em seguida, ele almoçou com apoiadores e, à tarde, gravou programa eleitoral de rádio e televisão. Hoje, Costa dará aulas pela manhã e à noite e, à tarde, está prevista uma caminhada pelo centro da cidade. Gr avaç ões – Ivan Valente, que disputa a vaga pelo PSol, aproveitou a manhã do domingo para gravar o programa eleitoral de rádio e televisão. Às 12 horas, ele também participou da marcha do Grito dos Excluídos e, às 18h30, compareceu a uma reunião com a equipe que coordena sua campanha. Já o candidato do PRTB, Levy Fidélix, fez carreata por vários bairros de São Paulo ao longo do dia. O itinerário começou no Brooklin, passou por Santo Amaro, Campo Limpo, Jabaquara, Vila Mariana e Avenida Paulista. Depois continuou

Gilberto Kassab faz hoje vistoria na AMA de Campos Elíseos, inaugura comitê em Paraisópolis e participa de debate no Colégio Bandeirantes. pela Aclimação, Cambuci e Museu do Ipiranga, onde ocorria a manifestação do Grito dos Excluídos. No início da noite, Fidélix foi visitar a base do candidato a vereador da cidade pelo mesmo partido Cleber Araújo, no bairro Educandário, na zona oeste da cidade. Entrevistas – Renato Reich-

mann, que disputa a vaga pelo PMN, participou desde as 11 horas até o final da tarde de atividades no bairro Jardim Ângela. Hoje, ele terá uma reunião com a coordenadora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ana Penido. E às 16 horas, está prevista entrevista para o jornal Folha Dirigida e, às 18h30, para a TV Globo. A candidata Anaí Caproni (PCO) não teve atividade de campanha ontem, segundo informou sua assessoria de imprensa. Hoje está prevista uma reunião de Anaí com a direção do partido, pela manhã. A agenda da candidata para a tarde ainda não tinha sido definido ontem. (AE)

Julgamentos na TV irritam presidente

Aqui você encontra o DC

R. Oscar Freire, nº 2035

Transmissões ao vivo das discussões e votações no STF expõem mais as críticas ao governo, acha Lula

Aberturas e Encerramento de Firmas - Alterações - Assistência Contábil Documentos em Geral - Declarações de IR (Física e Jurídica) - CNPJ Folha de Pagamento - Cálculo Trabalhista - Adequação ao Novo Código Civil

contalife@uol.com.br Tel./Fax: (11) 5686-2991 ou 3462-5267

CONTALIFE CONTABILIDADE LTDA.-ME Largo Treze de Maio nº 206 - 2º andar - sala 21 - Santo Amaro/SP

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva está incomodado com a transmissão ao vivo das sessões de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele sugeriu ao presidente do STF, Gilmar Mendes, que os julgamentos sejam editados e veiculados apenas os trechos considerados importantes. No ar desde 11 de agosto de 2002, a TV Justiça transmite, às quartas e quintas-feiras, ao vivo, a íntegra dos julgamentos realizados no plenário do Supremo. No início da TV, havia uma certa resistência de alguns ministros às transmissões. Mas esses ministros já se aposentaram. A atual composição do STF não levanta obstáculos à veiculação dos julgamentos, nem mesmo quando são flagrados batebocas entre ministros, o que vem se tornando freqüente no tribunal. Para Lula, o fato de os julgamentos serem televisionados estimula os ministros do Supremo a falar mais sobre os processos e a fazer mais críticas ao governo. O presidente acha

Jamil Bittar/Reuters

Lula: sessões viram 'espetáculos'

mesmo que os ministros aproveitam a transmissão ao vivo para fazer "discursos inflamados". Na conversa com interlocutores do Planalto, Lula avalia que a TV virou "um elemento a mais" nos julgamentos do Supremo. Na visão dele, o julgamento se transforma em um espetáculo, influenciando o comportamento dos ministros. O presidente observa com freqüência que em nenhum outro País há esse tipo de transmissão de julgamento ao vivo. "Nem nos Estados Unidos", costuma frisar. Apesar das críticas de Lula, não há sinais de que o Supremo modificará a grade de programação da TV Justiça. O atual presidente do tribunal, Gilmar Mendes, é a favor da transmissão dos julgamentos ao vivo e sem edições. A emissora está sediada no edifício-sede do Supremo, em Brasília O sinal da TV Justiça pode ser captado por cabo, satélite e antena parabólica. A TV veicula telejornais e notícias sobre todo o Poder Judiciário. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

BLINDAGEM DE VEÍCULOS CRESCE 13% EM 2008 Divulg

Finanças Nacional Empresas Energia

ação

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Há 21 anos é publicado o Anuário Bríndice, catálogo dos fornecedores e fabricantes do setor.

ESCOLHA DO PRESENTE DEVE LEVAR EM CONTA UTILIDADE NO DIA-A-DIA E O PERFIL DO CLIENTE

EMPRESA DEVE APRENDER A DAR BRINDE Fotos: Andrei Bonamin/Luz

Kety Shapazian

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setor de brindes no Brasil deve movimentar neste ano R$ 6,3 bilhões, acima dos R$ 5,7 bilhões de 2007. Apesar de o setor não parar de crescer, o professor de promoção de vendas e merchandising da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Claudio Mello, diz que a grande maioria ainda não sabe dar brindes porque compra em grande quantidade, preferindo o produto mais barato possível. Para não errar na escolha do brinde, Mello sugere um exercício dos mais simples: coloque-se no lugar do cliente e pergunte-se se gostaria de ganhar isto ou aquilo. Consulte mais três ou quatro pessoas e não fique no "achismo". Não existe brinde perfeito, mas aquele que tocar a alma do cliente chega muito perto do alvo. "É o artigo que nós não jogamos fora. Ele tem de acertar em cheio no coração, ser inteligente, ter uso no cotidiano e estar em sinergia com a imagem da marca, para gerar uma boa impressão", define. Mello também diz que a ferramenta não é essencial para a empresa – é apenas mais uma modo de chegar a um objetivo. "Ninguém perde terreno por não distribuir brindes." Para o professor, seria muito mais estratégico olhar a qualidade do que a quantidade – presentear dez clientes é me-

Jonas Bechelli: datas comemorativas são bons pretextos para brindes.

lhor do que presentear 100. "Está errado dividir a verba pelo número de clientes para, assim, procurar um brinde que se encaixe naquela faixa de preço." O professor não descarta, porém, o uso de canetas, bonés ou camisetas – considerados por muitos como sem graça e comuns. Para ele, a distribuição de canetas num congresso é mais que válida ("é perfeita"), mas num encontro de médicos, por exemplo, o brinde deve ser mais sofisticado. Agulha e linha – Jonas Bechelli, diretor presidente da Doctor Feet, faz questão de escolher pessoalmente os brindes distribuídos pela rede, e descarta de imediato os produtos sem uso no dia-a-dia e aqueles que não fidelizam a marca. "Datas especiais, como Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, Natal e Páscoa, merecem ser lembradas com brindes", diz o empresário.

Duas lembrancinhas que agradaram recentemente foram o espelhinho feminino para a bolsa e o kit costura. "Fizeram um sucesso tremendo. Toda mulher quer um espelho na bolsa, e o kit a salva na hora de um aperto. Quem nunca perdeu um botão?", indaga. Para Bechelli, o cliente que visita um dos endereços da rede se surpreende com o brinde. "Sempre temos produtos à disposição, porque encomendo grandes quantidades. As datas são apenas um pretexto para brindar." Hoje, quem for a uma das lojas Doctor Feet leva para casa o kit costura. O brinde é uma verdadeira pérola para aumentar as vendas da empresa ou para uma campanha promocional. Quem afirma é Luiz Roberto Salvador, diretor da Bríndice Editora e Propaganda. Há 21 a n o s a e m p re s a p u b l i c a o Anuário Bríndice, catálogo

que reúne fornecedores, fabricantes e importadores do setor. A última edição, lançada em julho, teve de ser dividida em dois volumes, somando 940 páginas e 537 anunciantes – um crescimento de 7% comparado ao ano anterior. "Sempre fica anunciante de fora porque, uma hora, temos de parar de aceitar, senão não damos conta", diz o diretor. O anuário cresce de 5% a 7% de uma edição para outra. Para Salvador, o brinde é a alma do negócio. "É a grande solução do mercado, porque gera outros negócios." Nos últimos anos, o brinde promocional – usado até então apenas nos fins de ano – invadiu outras datas, de janeiro a dezembro. Ainda assim, as vendas de produtos promocionais no segundo semestre representam entre 60% e 65% do total movimentado pelo mercado. Tendências – O presente ecologicamente correto mostra que veio para ficar. Todos querem sacolas retornáveis, agendas com capa 100% alumínio, caneta com corpo de papel... "São as bolas da vez", afirma Salvador. O pen drive, maior sucesso dos últimos dois anos e ganhador do prêmio Top Brinde em 2007 e 2008, continua sendo muito procurado. "Mas não existe brinde ideal – a ação promocional é que deve ser boa. Por incrível que pareça, ainda tem gente que faz campanha errada e dá cachecol no verão", diz o empresário.

Doctor Feet teve bom retorno com os presentes para as clientes Maurício Lima/AFP

Veículos de valor médio agora recebem esse tipo de proteção

Serviço de blindagem agora pode ser parcelado Renato Carbonari Ibelli

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veículo blindado ainda é um produto que está fora do alcance da maioria dos brasileiros. E é fácil entender o motivo: o gasto médio para se blindar um carro é de R$ 51,5 mil. No entanto, recentemente, o mercado passou a propor facilidades para o consumidor – linhas de financiamento que estendem o prazo de pagamento pelo serviço para até 72 meses. Com isso, segundo Fifo Anspach, vice-presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), o público que busca esse tipo de proteção vem se expandindo. Há pelo menos dois anos, o preço do serviço se mantém estável e, segundo Anspach, não há perspectiva de queda. No entanto, as previsões do setor são otimistas. Ao longo de 2007, foram blindados 5.312 veículos, montante que reflete a produção dos 22 associados da Abrablin, e que representa 70% do mercado. Para 2008, a previsão é de que o número de carros com essa proteção no País cresça 13,6%. "Percebo a classe média entrando nesse mercado", diz Anspach. Outra mudança no perfil do segmento diz respeito ao tipo de veículo que passou a ser blindado. Há alguns anos, apenas carros de luxo recebiam a proteção. Hoje, proprietários de sedans intermediários são os que mais requisitam o serviço. Isso mostra que o consumidor prefere economizar no valor do carro para poder arcar com a blindagem. Segundo a Abrablin, o Toyota Corolla, que está na faixa de preço dos R$ 60 mil, é o modelo

que mais recebe a proteção. Parceria – Até mesmo o consumidor de produtos de luxo é adepto do parcelamento. Pesquisa feita por concessionárias BMW mostrou que, de cada dez veículos novos vendidos, oito são financiados. Foi esse fato que levou a blindadora Guard a firmar parceria com o banco Panamericano para lançar, há cerca de um mês, sua linha de financiamento. Ela permite ao cliente parcelar o serviço em até 24 vezes, com taxas de juros que variam de 1,9% a 2,5%, de acordo com o número de parcelas. Ao longo dos 30 dias em que a facilidade vigora, segundo Wanderley Câmara, gerente de marketing e desenvolvimento estratégico da empresa, duas vendas parceladas foram feitas. A blindadora costuma fazer entre oito a dez blindagens por mês. "O comum no mercado, até então, era o financiamento de um carro já comprado com a proteção. Mas o ideal é que o processo seja feito depois da compra, em uma empresa de confiança ", diz Câmara. A maioria dos veículos é blindada posteriormente. O custo é menor do que adquirir um protegido. Em média, a execução do serviço leva um mês. Segundo a Abrablin, 90% das blindagens feitas no País são do nível 3-A, que protege o veículo para armas de uso permitido. O serviço inclui proteção para os vidros, lataria, colunas, pneus e, em alguns casos, para o capô. São Paulo lidera o ranking dos veículos blindados, com 40% dos carros em circulação, seguido por Rio de Janeiro, com 28%. Hoje, o País possuí cerca de 60 mil veículos blindados.

Newton Santos/Digna Imagem/12/3/2004

São Paulo lidera o ranking de veículos blindados no Brasil


Nacional Empresas Compor tamento Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

FUNCIONÁRIOS PREFEREM FAZER ACORDOS

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Leonardo Rodrigues

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Roupas adequadas ajudam a construir uma boa imagem no ambiente de trabalho

Funcionários "plugados" 24 horas podem exigir hora extra? É cada vez maior a discussão desse tema na Justiça do Trabalho Marcelo Min/AFG

Renato Carbonari Ibelli

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comum encontrar na Justiça ações movidas por empregados que alegam ser obrigados a trabalhar em horário extra porque foram instruídos a manter o celular constantemente ligado ou o e-mail vigiado. Embora a legislação trabalhista brasileira não faça nenhum tipo de menção a esse tipo de circunstância específica, o entendimento dos magistrados tem se baseado em fatos bem definidos por essa mesma legislação, entre eles, o cargo que o funcionário possui e se, de fato, houve esforço laboral para executar a tarefa fora do expediente. O advogado trabalhista Guilherme Miguel Gantus, do escritório Gantus, lembra que é preciso diferenciar hora extra de jornada de sobreaviso. Nesta segunda modalidade, o trabalhador fica conscientemente à disposição do empregador a qualquer hora, por meio de celular, bip, e-mail ou outros meios. É o caso do funcionário de uma empresa de vigilância, por exemplo. No caso de jornada de sobreaviso, o contrato de trabalho precisa prever o pagamento de adicional fixo mensal, independentemente de o funcionário ter ou não demanda após o expediente. O adicional varia de acordo com a categoria. Jornada extra – O problema aparece no caso das horas extras e sua devida interpretação. Ou seja, até que ponto receber uma ligação proveniente do trabalho após o expediente pode ser considerada jornada adicional. De acordo com Gantus, para que as horas a mais sejam configuradas é preciso que a ligação ou e-mail desencadeie esforço laboral. Ainda assim, é preciso que a empresa obrigue o funcionário a ficar de prontidão após o trabalho. "Se o empregado atender o telefonema de um cliente de maneira voluntária depois do expediente, isso não se reflete necessariamente em hora extra, a

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Planeje as tarefas e ganhe tempo Kelly Ferreira Algumas empresas exigem que o funcionário fique ligado na internet

não ser que o empregador exija essa atenção aos clientes mesmo fora do expediente", diz. A questão passa a ser prova se o funcionário foi designado para ficar de plantão ou se só atendeu um telefonema, ou abriu um e-mail, por conta de uma eventualidade. Não é simples juntar provas. Segundo Gantus, o Judiciário não leva em consideração e-mails do empregador enviados para o

O principio fundamental que rege a Justiça do Trabalho é o acordo. É isso o que costuma acontecer. Maria Pellegrina, do Opice Blum Advogados empregado, pois esses documentos podem ter os horários adulterados facilmente. Provas testemunhais também são frágeis, e ordens de quebra de sigilo telefônico não são facilmente requisitadas. Acordos são comuns – A maioria das ações com esse perfil termina em acordo, segundo a ex-desembargadora federal do trabalho Maria Pellegrina, que hoje presta serviços para o escritório Opice

Blum Advogados. "O principio fundamental que rege a Justiça do Trabalho é o acordo. É isso o que costuma acontecer", reforça a ex-desembargadora. Em paralelo a essa discussão, há outro fator que pesa na eventual concessão de hora extra. A ex-desembargadora lembra que funcionários com cargo de confiança não têm direito de receber remuneração adicional. A definição de cargo de confiança já é outra discussão jurídica. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), um trabalhador com essa atribuição deve ter salário diferenciado, necessariamente ter poder de gestão e, preferencialmente, a função de confiança tem de estar anotada na carteira de trabalho. Essas exigências dão segurança tanto ao empregador como ao empregado. É comum encontrar ações movidas por funcionários registrados como possuidores de cargo de confiança, mas que na prática trabalham em desacordo com o previsto na CLT. Nesses casos, os empregadores atribuem esse tipo de atividade ao funcionário para justificar jornada extra sem o pagamento relativo a ela. Nesses casos, o empregado pode provar que suas atribuições não condizem com o cargo ocupado e conseguir o pagamento da remuneração extra.

Hora de contratar trainees Patrícia Büll randes empresas de todos os segmentos econômicos já iniciaram o processo seletivo de seus programas de trainees – jovens recém-formados ou cursando o último ano de faculdade, com perfil de líderes. Inglês fluente, português perfeito e raciocínio lógico são os requisitos básicos para quem quer pleitear uma dessas vagas. Em alguns casos, elas são mais concorridas que os principais cursos universitários. No programa da C&A, por exemplo, a seleção realizada no primeiro semestre teve 15 mil inscritos para 25 vagas, ou 600 candidatos concorrendo pelo mesmo posto. Para se ter uma idéia, o vestibular da Fuvest para jornalismo – o curso mais concorrido em 2008 – teve 42 candidatos por vaga.

"Esse profissional precisa ser recebido por alguém que conheça todos os setores da firma. Mathias Wolff, da Methow Consultoria Empresarial

Para as empresas que não fazem parte do seleto grupo que ocupa o topo da pirâmide de faturamento do País, também é possível atrair talentos e aplicar algumas das técnicas utilizadas nos programas de trainees das grandes. Segundo Mathias Wolff, diretor da Methow Consultoria Empresarial, o mais importante é preparar a empresa para receber o novo profissional, seja ele um

trainee ou um contratado. "Esse trabalhador precisa ser recebido por alguém que conheça todos os setores da firma e tenha tempo para apresentá-lo aos outros e mostrar o funcionamento do negócio. Fazer o trabalho de inclusão e deixar claro o que a empresa espera dele", diz Wolff. Outra orientação é destinar um "mentor" para acompanhar o funcionário nos primeiros dias. "Se a empresa for dividida por setores, pode ser o superior de onde ele ficará locado. Se não houver setores específicos, esse orientador poderá ser o funcionário que tenha a melhor relação interpessoal na empresa", explica Wolff. Caso contrário, corre-se o risco de o profissional ser mal aproveitado, o que significa aumento de custo para a empresa, pois levará mais tempo para ele se inteirar das atividades que lhe cabem e ser realmente produtivo.

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uantas vezes ouvimos algumas pessoas dizerem que não têm tempo, que terão de fazer isto ou aquilo na hora de almoço ou no fim do dia, ou ainda, que um dia deveria ter 48 horas? Para elas, um dia inteiro muitas vezes não é suficiente para executar as tarefas rotineiras. Aprender a administrar o tempo no trabalho não é algo exclusivamente profissional, algo que dá vantagens apenas para a empresa. Uma boa gestão do tempo ajuda a vida como um todo e significa mais tempo livre e distância de situações que causam estresse. Em uma pesquisa realizada pelo site ww w.a d mi n i st r ad ores.com.br com 2.002 entrevistados, 45% disseram saber administrar seu dia "mais ou menos", mas que gostariam de ter mais folga para realizar todas as tarefas rotineiras. Outros 35% têm sempre a impressão de que falta tempo, e apenas 20% disseram conciliar bem os horários com as tarefas diárias. De acordo com o especialista em Gerenciamento de Tempo e Produtividade Pessoal e Empresarial, Christian Barbosa,

da consultoria Tríade do Tempo, saber administrar a agenda diária é essencial para o profissional do século 21. "A pessoa precisa decidir adotar boas práticas de produtividade no dia-a-dia. Sem isso, será apenas mais um curso em sua vida. Outro fator essencial é que a pessoa tenha uma metodologia de realização de suas funções que se adapte ao seu estilo e necessidade", disse. Uma hora por dia – Segundo o consultor, com práticas simples, organização e disciplina é possível ganhar, em média, uma hora por dia para gastar com lazer, repouso ou atividades extras. Outra dica importante de Barbosa é o planejamento com antecedência. "Nunca use a memória para registrar o que deve ser feito. É preciso se dedicar a uma atividade por vez e planejar com pelo menos três dias de antecedência. É importante aprender a eliminar os assuntos e atividades desnecessários do dia. A arte de organizar, programar e orçar o próprio tempo acaba não só tornando o dia mais produtivo, como a vida mais saudável e livre do estresse", salientou Barbosa. Na opinião do sócio-diretor da consultoria Ateliê RH, Ro-

berto Affonso Santos, um erro é ficar pensando em fazer e não planejar. " O planejamento das tarefas do dia-a-dia não é perda de tempo. Sem ele, é muito fácil ocorrerem os retrabalhos. O ideal é utilizar uma hora no domingo à noite para listar as metas semanais. Em no máximo uma hora, a pessoa consegue se organizar e ganhar tempo nas tarefas. Isso não deve ser feito apenas no trabalho. Com um bom planejamento pessoal, é possível ter tempo para cuidar do corpo, de descansar, curtir a família e ter convívio social", disse. O planejamento, de acordo com Santos, deve conter, em primeiro lugar, as tarefas importantes e urgentes, seguidas das menos prioritárias. "Com essa sinalização, fica mais fácil evitar a realização de várias atividades ao mesmo tempo e, no fim do dia, descobrir que se cansou e não finalizou nenhuma das tarefas. As pessoas, muitas vezes, preferem começar pelas tarefas mais simples, mas nem sempre é o melhor caminho. Fazer o trivial e deixar os itens mais difíceis para depois pode acarretar menos tempo para a execução e gerar o estresse", disse o consultor.

A roupa certa para o trabalho

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uem terá mais chance de crescer na carreira? Uma pessoa que se veste bem, ou uma que se arruma mal? Consultores de estilo e imagem dizem que a boa aparência é uma aliada importante na hora de conseguir um emprego ou de receber aquela tão sonhada promoção. "Quando a pessoa se veste de forma adequada com a mensagem que a empresa quer passar, as chances de ser valorizada são muito maiores. Mas isso não está limitado apenas às roupas. Inclui também o modo de falar. A linguagem também deve ser adequada", explicou a consultora de imagem Sabina Donadelli. Ela dá algumas dicas de como não pecar na hora de se vestir para o trabalho. Na opinião da consultora, por mais que o ambiente de trabalho seja informal, é preciso evitar minissaias, blusas que deixem a barriga de fora (mulheres), camisas abertas (homens), maquiagem pesada e calça muito apertada, principalmente, para quem trabalha no comércio e tem que subir e descer escadas, por exemplo. Além disso, o modo de tratar o cliente é primordial para o crescimento dentro da empresa. "Informa-

lidades, como chamar o cliente de fofo (a), lindo (a), não devem nunca fazer parte do comportamento de quem quer uma promoção." A consultora de estilo e autora do livro Acessórios, da Editora Senac, Titta Aguiar, vai além nas recomendações. "O estilo sexy, principalmente para as mulheres, com renda, transparência, frente única, brilho e decote grande devem ser evitados. Para os homens, o estilo largado, como as calças jeans rasgadas, deve ser usado apenas se estiver em sintonia com a empresa." O uniforme, que na opinião de muitas empresas é uma solução, na opinião das consultoras pode não ser uma boa idéia.

"É complicado impor o uso de uniforme. Quem não gosta, sempre dá um jeito de fazer uma adaptação. Apertando um pouquinho aqui, encurtando um pouco ali. Além disso, as roupas devem ser feitas com bons tecidos, que não inibam a transpiração e que sejam confortáveis ", disse Sabina. Segundo o coordenador do Programa de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração, Claudio Felisoni, uma pesquisa do Provar e da Felisoni Consultores mostra que 64,2% dos consumidores entrevistados voltam a comprar no estabelecimento quando o atendimento é ótimo; 27,7%, quando é bom; e 6,6%, quando é razoável. (KF)


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Varre, varre vassourinha; varre, varre a bandalheira; que o povo já tá cansado; de sofrer dessa maneira. Trecho do jingle de Jânio Quadros à presidência em 1960

A HISTÓRIA DAS CAMPANHAS ELEITORAIS

Campanhas contam um pouco da história política do Brasil

Reprodução DC

O consultor político Carlos Manhanelli reuniu em um acervo todo material possível sobre campanhas políticas; as imagens e os jingles contam a trajetória das eleições no Brasil e como os candidatos e partidos se adaptaram às situações políticas – democráticas ou não, com jingles de sucesso ou apenas o currículo do candidato – desde o começo do século XX. Newton Santos/Hype

Sergio Kapustan

E

m 1960, quando a televisão ainda dava os primeiros passos no Brasil, foi mostrada a primeira campanha eleitoral na tela: um filme de 30 segundos onde aparece um casal e um filho reunidos em volta da mesa da cozinha. O casal comenta sobre o novo aumento do preço do leite. E o marido, mostrando inconformismo com a situação, diz à esposa: "É, o jeito é votar no Jânio!". O filme faz parte de um vasto acervo do consultor político Carlos Manhanelli, que há mais de 30 anos coleciona e estuda jingles, debates e programas eleitorais. Para montá-lo, Manhanelli vasculhou arquivos de cinemas, emissoras de televisão e gravou por conta própria. O acervo, que fica na sede da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), da qual o Manhanelli é presidente, tem pelo menos 400 fitas em VHS com toda a pesquisa do consultor. Entre os destaques do acervo estão imagens da campanha do paulista Artur Bernardes, no Rio de Janeiro, em 1922, quando foi hostilizado por eleitores que, cansados da política "café-com-leite" – onde representantes dos estados de São Paulo e Minas Gerais se revezavam no governo federal –, apoiavam o candidato oposi-

Primeira campanha publicitária, em 1960 é de Jânio. Família comenta aumento do leite. Slogan diz: "O jeito é Jânio".

O consultor político Carlos Manhanelli faz de hobby a sua profissão e ajuda a contar a história do País

cionista Nilo Peçanha. Manhanelli mostra com orgulho as gravações digitalizadas e até canta os jingles das campanhas de Júlio Prestes (1929) e Getúlio Vargas (1950), ambas gravadas pelo imortal Francisco Alves, o Chico Viola. A marchinha do paulista Júlio Prestes – "Seu Julinho vem" –, de Eduardo Souto, caiu no gosto popular. A letra criticava o presidente de Minas, Antônio Carlos de Andrada, então adversário de Prestes. A canção se refere a Antônio Carlos como "Toninho da terra do leite grosso". Em 1950, o jingle da campa-

nha de Vargas, a marchinha "Retrato do velho", de Haroldo Lobo e Marino Pinto, foi cantada pelo povo no carnaval de 51 e entrou para a história. E quem não se lembra do jingle da campanha de Jânio Quadros, em 1960, a famosa "Varre, vassourinha"? Censura – Com a ditadura militar (1964-1985), foram proibidas as eleições diretas para presidente da República e governadores. Diretas, só para o Senado, Câmara Federal, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. Na nova fase, veio o horário eleitoral. As regras da propaganda

Reunião Plenária (Informações, debates e busca de soluções)

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a)

CONVIDADA

Soninha Vereadora

Dia: 08 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Símbolo do MDB e a campanha de Ulysses Guimarães em 1978, após lei que limitou o horário eleitoral gratuito: mini currículo

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eleitoral foram alteradas de acordo com o momento político. Em 1974, com espaço livre para falar na televisão (havia cerca de nove milhões de aparelhos de tevê no País) o MDB, de oposição, elegeu 16 senadores contra seis da Arena. O governo sentiu o golpe e, em 1976, editou a Lei Falcão, que proibiu a propaganda eleitoral pelo rádio e pela televisão, permitindo apenas a divulgação do currículo sumário dos candidatos. Democracia – Com o fim da ditadura, começou um período de jingles políticos famosos lembrados até hoje. Nas eleições de 1985 para prefeito, ficaram guardados na memória os dos candidatos Luiz Eduardo Suplicy ("Experimente Suplicy, é diferente de tudo que está aí") e a adaptação que Chico Buarque fez da sua canção "Vai passar" para o então candidato do PMDB, Fernando Henrique Cardoso. Os jingles da candidatura de Orestes Quércia ("É hora, é hora, é hora de Quércia" e "O solnasceu pra todos e também para você") e Paulo Maluf ("Bandido é na cadeia, gente boa é na rua") para governador também ficaram famosas. Um dos campeões, porém, é o de José Maria Eymael (PSDC), "o democrata cristão", que utiliza o mesmo jingle em todas as disputas até hoje. As eleições presidenciais de 1989 reuniram o melhor conjunto de jingles entre os candidatos. Naquele ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva imortalizou a canção "Lula-lá". O ex-deputado Ulisses Guimarães fez história com a sua canção "Bote fé no velhinho". E Guilherme Afif Domingos, então candidato pelo PL, fez sucesso com o jingle-bordão "Juntos chegaremos lá". Personalismo – "A política brasileira nas últimas três décadas assistiu ao enfraquecimento dos partidos e ao fortalecimento do personalismo", avalia Manhanelli. "O voto obrigatório e a infidelidade partidária levaram o político a investir muito na construção de uma imagem. Se não existe ideologia e partido, como no passado, o voto do eleitor passa a ser individual", destaca o consultor.

Recursos gráficos em 1989. Bandeira do Brasil avermelhava para ilustrar a ameaça comunista enquanto tucano voava livre.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Esporte

Acho que agora o presidente Lula está contente, não é?” Dunga

1 Vanderlei Almeida/AFP

Marcos D'Paula/AE

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Jogamos muito bem, com todo mundo correndo e se ajudando. O time está de parabéns.” Júlio César

DE SEXTO A SEGUNDO Fotos: Marcos D'Paula/AE

Rival chega na lanterna

A

Seleção Brasileira vinha de uma campanha de bronze no futebol olímpico, decepcionante para quem almejava o inédito ouro. Tinha seu técnico, Dunga, criticado e ameaçado de demissão. E enfrentava o Chile, uma equipe até então classificada à sua frente nas Eliminatórias, fora de casa. Por tudo isso, só mesmo o torcedor mais otimista poderia esperar uma vitória por diferença de dois ou mais gols, com pelo menos três marcados, que catapultaria o time direto da sexta para a segunda colocação na classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2010. Mas foi exatamente isso o que aconteceu ontem à noite, em Santiago. Nem sempre acertando, mas jogando para a frente do início ao fim do jogo, com Robinho e principalmente Luís Fabiano alternando-se na tarefa de preocupar os defensores chilenos (e, muitas vezes, atuando juntos nessa missão), o Brasil chegou aos 3 a 0 com uma certa facilidade. Deu-se até ao luxo de desperdiçar um pênalti, cobrado por Ronaldinho Gaúcho e defendido pelo goleiro Bravo no primeiro tempo, quando o resultado ainda era de apenas 1 a 0. Assim, o Brasil chegou aos 12 pontos. Ficou a apenas dois do líder Paraguai, alcançando a Argentina na pontuação e superando-a no saldo de gols (sete contra seis). E entra com mais tranqüilidade para o jogo de quarta-feira, no estádio Engenhão, no Rio, contra a Bolívia, a última colocada das Eliminatórias. Entre os jogadores do trio avançado, formado por Robinho, Luís Fabiano e Ronaldinho Gaúcho, Luís Fabiano foi o grande nome da partida. Foi dele o primeiro gol, marcado aos 21 minutos do primeiro tempo. No segundo gol, ainda no primeiro tempo, aos 44 minutos, foi ele que ganhou a bola da zaga chilena pelo alto, dominou e rolou para Robinho marcar. Por fim, aos 37 do segundo, Luís Fabiano apareceu novamente para aproveitar um cruzamento de Maicon, novamente superar a marcação e fazer o terceiro gol. Ronaldinho Gaúcho acabou substituído para a entrada de Juan, sacrificado pela expulsão do lateral-esquerdo Kléber no início do segundo tempo. Mas o ex-palmeirense Valdivia, que entrou durante a partida, também foi expulso, igualando as coisas. E facilitando a vida do novo segundo colocado das Eliminatórias.

O

próximo adversário do Brasil nas Eliminatórias é a Bolívia, que ocupa a lanterna da competição, com 4 pontos, e chega aos frangalhos para o jogo de quarta-feira, às 21h50, no Engenhão. O time perdeu por 3 a 1 do Equador, no sábado, e ainda perdeu o volante Alejandro Gomez, que foi expulso assim como o técnico Erwin “Platini” Sanchez, um dos craques do time que foi à Copa de 1994, mas hoje está sendo crucificado pela imprensa local. “Nossa situação na tabela é ruim, mas nem por isso vamos mudar a linha de trabalho. A seleção está passando por um processo de renovação”, disse Sanchez, que no jogo de sábado promoveu a estréia de quatro jogadores. Para o jogo de quarta-feira, uma das mudanças deve ser a entrada do atacante Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro e hoje no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Ele entrou apenas aos 20 minutos do segundo tempo na partida contra os Equador, e pode começar no time titular. Em Quito, a Bolívia foi amplamente dominada pelos donos da casa desde o início do jogo. Caicedo abriu o placar aos 20 minutos, e nem o gol de empate boliviano, marcado aos 39 minutos, por Botero, serviu para equilibrar as coisas. No segundo tempo, o Equador desempatou logo a 5 minutos, com Méndez, e matou o jogo com Benítez, aos 29. O duelo no Engenhão será o quinto jogo da Bolívia como visitante. Até agora, foram quatro derrotas, com apenas 4 gols marcados e 16 sofridos.

Com dois gols de Luís Fabiano, que ainda deu o passe para Robinho fazer outro, o Brasil venceu o Chile por 3 a 0, ontem, em Santiago, e assumiu a segunda posição das Eliminatórias Sul-Americanas, a dois pontos do líder Paraguai

Paraguai lamenta empate

O

empate contra a Argentina, 1 a 1 em Buenos Aires, manteve o Paraguai na liderança isolada das Eliminatórias, com 14 pontos, mas não foi festejado pelo técnico Gerardo Martino. “O Paraguai perdeu uma chance histórica para derrotar a Argentina. Parece que até tivemos medo de vencer”, reclamou. De fato, o Paraguai saiu na frente, graças a um gol contra de Heinze, num lance em que o goleiro Abbondanzieri saiu machucado. E viu Tevez ser expulso ainda no primeiro tempo. Mas a Argentina, mesmo com um a menos, reagiu na etapa final e chegou ao gol de empate com Agüero.

“Temos de levar em consideração que a Argentina tem bons valores”, consolou-se Martino, que deve contar com o atacante Cabañas, recuperado de uma lesão muscular, para o jogo de amanhã, contra a Venezuela, em Assunção, que abre a oitava rodada. Na Argentina, o técnico Alfio Basile lamentou o começo ruim da equipe. “No segundo tempo criamos várias chances, antes e depois do gol de Agüero”, afirmou o treinador. A equipe, que agora está em terceiro lugar, atrás do Brasil no saldo de gols, joga na quarta contra o Peru, em Lima, e não terá Mascherano, que levou o segundo cartão amarelo.

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Massa se definiu como “um bundão” na Bélgica, mas foi com esse estilo contido que o brasileiro herdou a vitória, após a punição de Hamilton, e ficou a apenas dois pontos de voltar à liderança

combatividade tradicional de Felipe Massa foi trocada, no GP da Bélgica, por uma postura mais tranqüila, até passiva, que incomodou o próprio piloto. “Parecia um bundão guiando.” Mas ele reconhece: “Valeu a pena ter pensado dessa maneira.” E olha que ele disse isso logo depois de descer do pódio, comemorando o segundo lugar que havia caído do céu - passou a corrida inteira em terceiro lugar e aproveitou o acidente do companheiro Kimi Raikkonen, que não conseguiu controlar o carro com a chuva que caiu nas voltas finais, para somar pontos preciosos na briga com Lewis Hamilton pelo título do Mundial de Pilotos. Felipe mal sabia que, duas horas e meia depois, seria aclamado o vencedor da prova,

graças a uma punição aplicada a Hamilton, que teve tratamento de vencedor: ouviu o hino britânico no pódio, estourou a champanhe e recebeu o troféu maior. Depois, porém, teve 25 segundos acrescentados a seu tempo por uma manobra irregular a duas voltas do fim, quando tentou passar Kimi Raikkonen na Bus Stop, uma das curvas mais tradicionais de Spa-Francorchamps, o circuito favorito dos pilotos. Ele não conseguiu passar, perdeu o controle do carro e saiu da pista - o que acabou sendo vantajoso, já que saiu à frente do finlandês. Deixou Raikkonen voltar à frente, mas atacou de novo em seguida e conseguiu passar, na abertura da penúltima volta. Hamilton ainda perdeu o controle do carro e saiu da pista, mas conseguiu se segurar; já o campeão

de 2007 rodou uma vez e voltou à pista, mas em seguida acelerou demais e bateu no muro, abandonando a prova. Assim que a prova acabou, no entanto, a Ferrari protestou contra a ação de Hamilton, alegando que ele não devolvera de fato a primeira posição a seu piloto. Os comissários da prova deram razão aos italianos e tiraram a vitória de Hamilton, que saiu bravo do circuito, sem falar com a imprensa. Massa também não falou, mas devia se sentir como o mais feliz dos homens: além de herdar a vitória, viu Hamilton cair para o terceiro lugar, atrás de Nick Heidfeld. O brasileiro agora soma 74 pontos, só dois a menos que o inglês. E pode retomar a liderança se vencer o GP da Itália, domingo que vem, em Monza, diante da fanática torcida ferrarista.


sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Nacional Empresas Finanças Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 Nossa economia e nossos mercados não se recuperarão se o mercado de habitação não for corrigido. Henry Paulson, secretário do Tesouro

EUA INTERVÊM EM EMPRESAS DE HIPOTECAS

EUA: um resgate sem precedentes

Joshua Roberts/Reuters

Aplausos para a medida até da oposição Paulson e Lockhart anunciaram a medida inédita na manhã de ontem

Governo dos Estados Unidos determina intervenção bilionária nas duas maiores empresas de hipotecas

O

governo dos Estados Unidos anunciou ontem a intervenção nas gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, dando início ao que pode ser o maior resgate financeiro federal da história do país. A medida tem por objetivo sustentar o segmento imobiliário dos EUA e afastar maiores turbulências do mercado financeiro mundial – o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, iniciou as operações em alta de 2,51%. Os principais executivos das duas companhias foram demitidos e o governo americano nomeou interventores para controlá-las – Herb Allison, exvice-presidente do Merrill Lynch, foi escolhido para dirigir a Fannie Mae, no lugar de Daniel Mudd, e David Moffett, ex-vice-presidente do US Bancorp, será o responsável pela

Freddie Mac, substituindo Richard Syron. A intervenção foi planejada pelo Departamento do Tesouro dos EUA e pela Agência Federal de Financiamento de Habitação. Essa foi a segunda tentativa do Tesouro, em pouco mais de seis semanas, para salvar as duas companhias. Em 26 de julho, o Senado dos Estados Unidos aprovou um grande pacote de ajuda para o mercado imobiliário, sancionado pelo presidente George W. Bush, oferecendo um financiamento emergencial para a Fannie Mae e a Freddie Mac, e formando um fundo de US$ 300 milhões para ajudar proprietários de imóveis endividados. Correção de rumo – "Nossa economia e nossos mercados não se recuperarão se a correção do mercado de habitação não for realizada", disse o secretário do Tesouro, Henry

Paulson. "A Fannie Mae e a Freddie Mac são cruciais para uma virada na crise de habitação." Segundo o secretário do Tesouro, a intervenção foi necessária porque "a Fannie Mae e a Freddie Mac são tão grandes e estão tão entrelaçadas ao sistema financeiro que um eventual erro de qualquer uma delas é capaz de causar enorme turbulência nos mercados financeiros tanto dos EUA quanto do exterior". As duas empresas juntas possuem ou garantem cerca de US$ 5 trilhões em hipotecas residenciais, quase metade do total nos EUA, de US$ 12 trilhões. Para o governo, as perdas registradas pelas companhias, estimadas em US$ 14 bilhões no ano passado, ameaçam a vitalidade do país, em uma época em que outras fontes de financiamento imobiliário se torna-

ram escassas. O Tesouro afirmou que vai investir imediatamente US$ 1 bilhão em cada uma das empresas, por meio da compra de ações preferenciais seniores. Mas, se necessário, poderá aumentar sua aplicação para até US$ 100 bilhões em cada uma ao longo do tempo, para manter as companhias em funcionamento. Em troca, vai receber garantias permitindo-lhe comprar participações de propriedade de 7,9% tanto na Fannie Mae quanto na Freddie Mac. Algumas autoridades afirmaram que o Departamento do Tesouro planeja ainda comprar US$ 5 bilhões em dívidas lastreadas em hipotecas das duas companhias, provavelmente até o fim deste mês. Em comunicado conjunto, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e ou-

tros órgãos reguladores federais afirmaram que "um número limitado de instituições pequenas" detém valores significativos de ações ordinárias e preferenciais da Fannie e Freddie, e que os órgãos reguladores estão "preparados para trabalhar com elas para desenvolver planos de restauração do capital". Segundo James Lockhart, diretor da Agência Federal de Financiamento de Habitação, o pagamento de dividendos de ações ordinárias e preferenciais será eliminado, o que representará uma economia de US$ 2 bilhões por ano. Para analistas, a iniciativa deverá ajudar a aumentar a confiança nos mercados de crédito e reduzir os custos das hipotecas. "O governo tinha que fazer alguma coisa para eliminar a incerteza", disse Peter Goldman, da Front Barnett Associates. (Agências)

52 milhões de casas em tributos Arrecadação não pára de crescer e deve fechar o ano em R$ 1 trilhão

O

fisco atinge hoje a arrecadação de R$ 700 bilhões em tributos. Tudo o que a União, estados e municípios receberam dos contribuintes desde o primeiro dia de 2008 pode ser visualizado em tempo real no Impostômetro, painel eletrônico instalado em frente à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ou no site www.impostometro.com.br . A fome do Leão está cada vez maior, já que, em 2007, esse montante foi alcançado no dia 14 de outubro, mais de um mês depois. EMPREITEIRA SOUZA LTDA., CNPJ nº 49.506.173/0001-75, DECLARA que foi extraviada as 2 vias da 8ª Alteração Contratual, reg. 2º Cart. de Guarulhos sob nº 19.958 de 09/03/2006. Centro Automotivo Redmix I Ltda, torna

público que requereu na Cetesb a Licença Prévia e

de Instalação, para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, R. Silva Bueno,

De acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), responsável pelo levantamento dos valores arrecadados, até o fim do ano deverão entrar nos cofres do governo R$ 1,045 trilhão em impostos. No ano passado, a receita tributária foi de R$ 926,842 bilhões. Com R$ 700 bilhões, é possível construir mais de 52 milhões de casas populares, 8,7 milhões quilômetros de redes de esgoto e mais de 2,7 milhões de postos de saúde equipados. Veja mais no www.dcomercio.com.br.

Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504 Edital de Convocação - Reunião do Conselho de Administração: Ficam convocados os Senhores Conselheiros a reunirem-se no próximo dia 16/09/2008, às 13:00 horas, no endereço social da Cia, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para apreciar e deliberar a seguinte ordem do dia: (i) Ação Ordinária e Ação de Execução entre a Companhia e a Furukawa Industrial Produtos Elétricos S.A.; (ii) Substituição ou renovação dos contratos da Diretoria Estatutária da Cia (vencimento dos contratos em 15/08/2008); (iii) Outros assuntos de interesse geral da Cia. João Carlos Saad - Presidente do Conselho de Administração. (04,05,06/09/2008)

45 - CEP 04208-050 - Ipiranga - São Paulo -SP. PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA

Posto de Serviços Nova Jerusalém Ltda, torna

público que requereu na Cetesb a

Licença Prévia , para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, R. dos Continentesm 444 - Cep: 06868-010 - Vila Ré - São Paulo - SP.

Hopi Hari S.A. CNPJ nº 00.924.432/0001-99 Convocação - Assembléia Geral de Debenturistas da 2ª Emissão Ficam convocados os Srs. Debenturistas a se reunirem em Assembléia Geral a ser realizada em 19/09/2008 às 10:00 h, em 1ª convocação, na sede da Emissora, na Estrada Municipal Vinhedo/Itupeva, 7001, Vinhedo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Apreciação pelos debenturistas de proposta da Emissora quanto à prorrogação da data de vencimento das debêntures, e do pagamento do valor nominal das debêntures acrescido da remuneração, vencíveis em 01/10/2008; b) Autorizar o Agente Fiduciário a celebrar, em conjunto com a Emissora e a Interveniente Garantidora, aditamento à escritura de emissão face às deliberações da Assembléia. Vinhedo, 04/09/2008. Marcelo França de Lima - Diretor de Relações com Investidores.

POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO O Dirigente da UGE 180170 torna público que encontra-se aberto na Diretoria de Finanças da Polícia Militar/SP, o Pregão Eletrônico nº DF-043/20/2008, destinado à aquisição de Roupa de Combate a Incêndio, do tipo MENOR PREÇO. A realização da sessão será no dia 19/09/2008 e horário 09:00 hs, no endereço eletrônico: www.bec.sp.gov.br.

POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO O Dirigente da UGE 180170 torna público que encontra-se aberto na DIRETORIA DE FINANÇAS, o Pregão Eletrônico nº DF-019/20/2008, destinado à aquisição de 40 (quarenta) unidades de desencarcerador hidráulico pequeno, do tipo MENOR PREÇO. A realização da sessão será no dia 22/09/2008 e horário 09:00 hs, no endereço eletrônico: www.bec.sp.gov.br

AVISO DE LICITAÇÃO Fica prorrogada a abertura do edital, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 039/2008, que visa o “registro de preços para compressa de gaze hidrófila 7,5 cm x 7,5 cm”. Abertura das Propostas às 08:30 hs do dia 18 de Setembro de 2008. Início da Sessão de Disputa de Preços: Às 09:30 hs do dia 18 de Setembro de 2008. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. Araraquara, 05 de Setembro de 2008. LÚCIA REGINA ORTIZ LIMA Secretária Municipal de Saúde

Televisão Cidade S.A. CNPJ/MF Nº 01.673.744/0001-30 - NIRE 35.300.170.504

Edital de Convocação-Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os senhores acionistas para se reunirem no dia 16 de setembro de 2008, às 10 horas, no endereço social da Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco B, 5º andar, Jardim São Luis, para apreciar e deliberar a seguinte ordem do dia: (i) eleição de novos membros do Conselho de Administração da Companhia e respectivos suplentes que renunciaram ao cargo; (ii) retificação da Ata de Assembléia Geral Extraordinária datada de 13 de fevereiro de 2008 que deliberou sobre a alteração da sede social da Companhia, dentre outras matérias; (iii) Contingências e Passivos da Companhia; (iv) Resultados Operacionais de 2008 e aprovação das contas e das demonstrações financeiras de 2006; (v) Proposta de aquisição recebida pela Companhia; e (vi) outros assuntos de interesse geral da Companhia. Informamos que a cópia das demonstrações financeiras e o parecer dos auditores independentes sobre as contas relativas ao exercício findo em 2006 encontram-se à disposição dos acionistas no endereço social da Companhia, cujas cópias também foram enviadas aos acionistas em setembro de 2007. Informamos, ainda, que os instrumentos de mandato com poderes especiais para representação na Assembléia Geral a que se refere a presente convocação deverão ser depositados no endereço social da Companhia com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas da realização da assembléia, devendo atender especialmente aos requisitos do parágrafo 1º do artigo 126 da LSA. São Paulo, 03 de setembro de 2008. João Carlos Saad - Presidente do Conselho de Administração. (04,05,06/09/2008)

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI-MIRIM

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 070/2008 Objeto: Fornecimento parcelado do medicamento mabthera. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 19/09/2008, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 18/09/2008. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 071/2008. Objeto: Fornecimento parcelado de materiais de construção. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 23/09/2008, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 22/09/2008. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 072/2008. Objeto: Fornecimento parcelado de materiais de limpeza e utensílios domésticos. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 24/09/ 2008, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 23/09/ 2008. Pregoeira.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/0642/08/05 OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para a contratação de empresa para locação de equipamentos de informática e prestação de serviços. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 05/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Avenida São Luis, 99 – Centro – São Paulo/SP – CEP 01046-001, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 19/09/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894

www.dcomercio.com.br

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 05 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Santana Factoring Fomento Comercial Ltda. - Requerido: Thauany Comércio e Montagem de Brinquedos Ltda.-EPP Avenida Lasar Segall, 149 - 1º andar - 2ª Vara de Falências

P

ara o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a histórica intervenção temporária do governo na Freddie Mac e na Fannie Mae foi necessária por causa do "risco inaceitável" de que elas não conseguiriam continuar a operar corretamente. Para ele, colocar as duas empresas em condições sólidas é "essencial para a saúde de nosso sistema financeiro". Bush afirmou que a medida foi tomada depois de os órgãos reguladores federais determinarem que as gigantes hipotecárias "não poderiam continuar a operar com segurança e solidez". Para o presidente, tal incerteza resultaria em um "risco inaceitável para o sistema financeiro e para a nossa economia". Segundo Bush, deixar a situação das empresas piorar ainda mais "poderia causar prejuízos para o nosso mercado hipotecário residencial e ainda enfraquecer outros mercados não diretamente relacionados com o imobiliário". "Os americanos precisam acreditar que as medidas adotadas agora vão fortalecer nossa capacidade de corrigir os rumos do mercado imobiliário", declarou. Dois lados – O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgou comunicado concordando com a necessidade de alguma forma de intervenção. "Vou revisar os detalhes do plano do Tesouro e monitorar seu impacto para determinar se ele alcança os principais pontos para resolver a crise." Já o candidato presidencial republicano John McCain defendeu, no sábado, a possibilidade de o governo intervir na Freddie Mac e na Fannie Mae. "Devemos fazer tudo para que as pessoas possam ficar em suas casas", afirmou McCain. (Agências)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1981/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Professora Amelia Massaro - Rua G - Lote Nossa Senhora de Lourdes, 26 - Posses - Serra Negra/SP; EE Santo Antonio - Rua Miguel Russo, 231- Centro - Santo Antonio de Posse/SP - 120 - R$ 61.066,00 - R$ 6.106,00 - 09:30 - 24/09/2008. 05/1991/08/02 - Construção de ambientes complementares e reforma de prédio escolar - EE Prof. Paulo Francisco de Assis - Rua Prof. José Oliveira Barreto, 172 - Centro - Barra do Chapéu/SP - 150 - 10,45 - R$ 28.672,00 - R$ 2.867,00 10:00 - 24/09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - São Paulo - SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 08/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 23/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 065/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 507/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 08 de setembro a 18 de novembro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX(0xx14)38821885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 065/2008- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 507/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o registro de preços para aquisição de CATETER DUPLO, KIT CATETER, ETC PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE, UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO E HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 19 de novembro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 05 de setembro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice-Presidente FAMESP

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 064/2008- FAMESP/HEB PROCESSSO Nº 506/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 08 de setembro a 08 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 064/2008- FAMESP/HEB, PROCESSSO Nº 506/2008 - FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE CATETER PICC. PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMERICO BRASILIENSE E UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 09 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 05 de setembro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi, Diretor Vice Presidente - FAMESP.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

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1 Clayton de Souza/AE - 26/02/2007

Ministério da Defesa estuda instalação de redes de aço para segurar aviões com problemas.

Um porta-aviões chamado Congonhas Reprodução/Google Earth

O acidente com o bimotor King Air, na semana passada, reacendeu o medo de viver perto do Aeroporto de Congonhas. Debate-se também que a operação de grandes aeronaves não é compatível com pistas que mais têm jeito de porta-aviões

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Aeroporto de Congonhas, encravado entre os bairros da zona sul: especialistas do setor aéreo defendem a operação apenas de aeronaves de pequeno porte

Rejane Tamoto oi por um triz que o bimotor King Air, que iria de São Paulo para São José dos Campos, não caiu sobre a avenida Washington Luís, na última quarta-feira. O acidente, que está sendo investigado pelo 4º Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, ocorreu pouco mais de um ano após a tragédia com o Airbus A320 da TAM, que deixou 199 mortos em julho de 2007. O incidente com o bimotor foi um susto que não deixou mortos, mas reacendeu o sentimento de insegurança em quem convive com o aeroporto. Espremido na zona sul da cidade, em Congonhas não é permitido nenhum problema na aeronave nem erro dos pilotos. "Qualquer falha simples pode levar a uma catástrofe", disse o diretor de segurança de vôo do Sindicato dos Aeronautas, Carlos Camacho. Para alguns pilotos, operar em Congonhas é como pousar em um porta-aviões. O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um estudo para aumentar a segurança do aeroporto. Uma das alternativas é a colocação, no fim das pistas, de redes de aço ou um tipo de concreto chamado EMAS (Engineered Material Arresting System) – utilizado nos aeroportos dos Estados

Unidos. Os dois sistemas são capazes de desacelerar aviões. Embora os especialistas considerem a criação da área de escape uma medida positiva para a segurança no aeroporto, defendem em coro a mudança no porte dos aviões que operam em Congonhas. "A pista é desproporcional ao tamanho das aeronaves", disse Camacho. No caso do bimotor, a pista, segundo ele, não foi fator contribuinte. "A aeronave teve problemas no motor, o piloto tentou ficar no solo e perdeu o eixo da pista. Parou no muro porque estava em baixa velocidade. Se fosse um avião maior, em alta velocidade, poderia ter acontecido outra catástrofe", disse Camacho. Segundo ele, Congonhas deveria operar apenas com modelos da Embraer e Boeing 737500, com capacidade para cerca de 100 passageiros. As duas pistas têm 1.640 metros (principal) e 1.345 metros (auxiliar). A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) Claudio Jorge Pinto Alves. Ele lembra que uma das medidas anunciadas após a tragédia da TAM foi a diminuição da distância dos vôos de Congonhas. "A Anac havia colocado um limite até Brasília. Mas, aos poucos, houve flexibilização", disse. Mais informações na página 4

Eugênio Goulart/AE - 17/07/2007

Tragédia da TAM: restrição de operações no aeroporto foi flexibilizada


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Nacional Empresas Consumo Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ESTUDAR NO EXTERIOR PODE SER MAIS BARATO

milhões de reais foram utilizados no cheque especial a cada hora no mês de julho.

Estude com mil euros por ano Dívidas no cheque especial alcançam os R$ 20,7 bilhões

Cresce o número de opções de cursos fora do Brasil. Em 2007, 80 mil brasileiros estudaram no exterior. Fotos: Andrei Bonamin/LUZ

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Andrea Fujii: instituições devem ser reconhecidas aqui no Brasil.

Sonaira San Pedro

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ursar faculdade em uma das melhores escolas de negócios da Suíça, a University of St. Gallen, custa 1 mil euros por ano, o mesmo preço para se tornar design pela Politécnico de Milano. Ou seja: uma pechincha em comparação à mensalidade das faculdades paulistanas. Na canadense Fairleigh Dickinson University, em Vancouver, estudante brasileiro tem até 50% de desconto e desembolsa a partir de US$ 9 mil anuais. Estudar espanhol em Buenos Aires é mais barato do que ir para as salas de aula do Brasil. Fo-

ram essas as descobertas de quem visitou a Expo Estude no Exterior, que aconteceu no final de semana no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Representantes de 43 instituições de ensino de 21 países trouxeram para o evento os cursos que mais de adaptam ao gosto e ao bolso do brasileiro. "Se você souber onde procurar, vai perceber que o sonho de fazer um curso intensivo de férias fora do País ou um mestrado torna-se realidade com um pouco de planejamento financeiro", afirmou a diretora do evento Daniella Ronchetti. "A desvalorização do dólar em relação ao real e a competição cada vez mais acirrada entre as escolas estrangeiras de idio-

William Carreira pesquisou por dois anos e se decidiu pelo Canadá

mas facilitaram a vida dos 80 mil brasileiros que embarcaram em 2007 para estudar." Foram esses fatores que adiantaram a ida do engenheiro William Carreira ao Canadá para aprimorar o inglês. "Pesquisei por quase dois anos a qualidade do ensino das escolas e os preços, e o custo-benefício quase que dobrou nesse período", disse ele. "Quando voltar, vou me preparar para um mestrado fora do país." Como Carreira, quase metade dos brasileiros que viajam para estudar procuram cursos de línguas: especialmente o inglês, no Canadá e Estados Unidos, de acordo com pesquisa realizada pela organização da Expo Estude no Exterior. Entre

esses estudantes, 71% têm entre 21 e 30 anos e 59% são mulheres. E a qualidade do ensino (37%) é mais importante que o preço do curso (29%). "Se saio do País para estudar, é para eleger o melhor", disse . Para os estudantes de primeira viagem, a representante da canadense Fairleigh Dickinson University no Brasil, Andrea Fujii, dá as dicas. "Só escolha instituições reconhecidas pelos órgãos de educação no país e peça, na escola ou universidade, o contato de brasileiros que já passaram por lá para quem você tenha uma noção da experiência dessas pessoas", disse Andrea. Mais informações no site: www.estudenoexterior.com.

m tempos de juros altos e restrição ao crédito, os brasileiros têm se endividado como nunca no cheque especial. Dados do Banco Central (BC) mostram que, em julho passado, quem estourou as contas precisou usar R$ 20,7 bilhões do limite do especial oferecido pelas instituições financeiras. Esse recorde no uso desse tipo de crédito – o mais caro do sistema financeiro – é 4,5% maior na comparação com junho e 12,3% superior ao registrado há um ano. O uso do cheque especial tem crescido, gradativamente, desde o fim de 2007. Julho foi o primeiro mês na história em que a aplicação desse crédito superou os R$ 20 bilhões – isso quer dizer que brasileiros tomaram emprestados quase R$ 28 milhões do cheque especial a cada hora de julho, ou R$ 8 mil por segundo. Um pouco mais barato que o cheque especial, o cartão de crédito como alternativa de empréstimo também tem aumentado. Em julho, o total de compras parceladas somado ao uso do crédito rotativo atingiu R$ 10,7 bilhões. O valor é 6% maior que o do mês anterior e representa um salto de 33,2% ante julho de 2007. Em julho, cheque especial e

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úvidas sobre a substituição tributária adotada em São Paulo devem ser encaminhadas ao em a i l s u b s t i t u i ca o t r i b u t ari a @ d co m e rc i o. co m. b r. As questões serão respondidas pelo Sindicato das Empresas de Contabilidade no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e publicadas às segundas-feiras no Diário do Comércio. Estão sujeitas à substituição tributária mercadorias (peças no varejo e atacado) revendidas para pessoa física fora do Estado de São Paulo? Nas vendas de mercadorias destinadas à pessoa física situada fora do estado, foi criado o CFOP 6.108, que é específico para venda a não contribuinte do imposto. Vejamos: 6.108 – venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada a não contribuinte. Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização ou comercialização, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento, destinadas a não contribuintes. Qualquer operação de venda destinada a não contribuintes deverá ser classificada nesse código. Contudo, considerando que o estabelecimento remetente da mercadoria seja contribuinte substituído, existe ainda o CFOP 6.404 destinado a contribuinte substituído. Vejamos: 6.404 – venda de mercadoria

cartão responderam, juntos, por mais da metade (cerca de 60%) de todos os recursos tomados pelas famílias no mês. A contratação de recursos mais baratos – como o crédito consignado – tem caído. Segundo o professor de finanças Fábio Gallo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, "há sinais de algum descontrole entre os clientes que tomaram empréstimo nos últimos meses e, com o recente aumento dos gastos, o orçamento apertou e eles tiveram de usar as linhas de crédito mais fáceis, mas que são as mais caras". O economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), diz que o ambiente menos favorável, com alta de inflação, foi diagnosticado pelo varejo e há expectativa de medidas restritivas. "Como há previsão de que o aumento do juro deve continuar, teremos a redução do prazo dos financiamentos do comércio. Isso vai acontecer porque o custo de captação maior (causado pelo Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, Selic) aumenta os riscos da operação e, para se proteger, o banco ou o varejista reduz o tamanho da operação", afirma. (AE)

sujeita ao regime de substituição tributária, cujo imposto tenha sido retido anteriormente. Classificam-se neste código as vendas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de substituto tributário, exclusivamente na hipótese em que o imposto já tenha sido retido anteriormente. Por falta de posição oficial sobre qual CFOP deve ser utilizado (6.108 ou 6.404), recomendamos consulta ao fisco estadual para evitar problemas. Na venda interestadual a não contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), seja pessoa física ou jurídica, não será aplicada à substituição tributária, devendo o remetente utilizar-se da alíquota interna para tributação. Na nota fiscal, será indicado no campo de informações complementares a expressão "imposto recolhido por substituição tributária conforme art. .... do RICMS/SP – Decreto 45.490/00" – art. 274 do RICMS/00. Ressaltamos que o Decreto 52.847/08 disciplina o recolhimento de ICMS relativo ao estoque de autopeças recebido antes do início da vigência do regime de retenção antecipada por substituição tributária. Essa norma se aplica ao comerciante atacadista e varejista que possua em seu estoque mercadorias sujeitas à substituição tributária, recebidas antes da entrada em vigor deste novo regime de tributação.


Série A Série B Palmeiras Série C

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

DISTÂNCIA EM RELAÇÃO AO LÍDER É DE 6 PONTOS

André Lessa/AE

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Os times na nossa frente estão dando chance, temos de aproveitar.” Muricy Ramalho

SÉRIE A

O PALMEIRAS AGRADECE

P

Wilton Junior/AE

oderia ter sido pior. Essa foi a impressão que ficou para o torcedor do Palmeiras após a rodada do Brasileiro, que por causa do jogo da Seleção Brasileira, ontem, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, teve seus jogos distribuídos pela quarta, pela quinta e pelo sábado. Na quinta, ao perder para o Sport por 3 a 0, no Parque Antarctica, o Alviverde correu o sério risco de ver a diferença que o separa do líder pular de cinco para oito pontos. Isso se os gaúchos tivessem derrotado o Fluminense, sábado, no Maracanã. Mas como os dois tricolores ficaram no 0 a 0, a diferença entre Grêmio e Palmeiras aumentou para apenas seis pontos. Menos mal para as pretensões palmeirenses, embora nessa rodada a equipe também tenha perdido a viceliderança para o Cruzeiro no saldo de gols (em relação aos mineiros, tem atualmente o mesmo número de pontos, 43, e vitórias, 13, porém apenas 9 gols de saldo contra 13). “Não vamos desanimar de jeito nenhum. São 42 pontos em disputa e nós já provamos que somos fortes nos momentos de adversidade”, acredita o goleiro Marcos. “Temos um elenco preparado, experiente e à altura de brigar até o final pelo título.” Marcos aprova a iniciativa do técnico Vanderlei Luxemburgo, que hoje leva todo o elenco para um hotel-fazenda em Atibaia. A idéia é, sob um regime de concentração total, preparar o time para a reta final do Brasileirão. “Já fomos outras vezes para Atibaia e deu resultado. O clima é diferente. Teremos a oportunidade de treinar muito, descansar e nos alimentar melhor. E também vamos conversar bastante, porque faremos um jogo muito difícil contra o Cruzeiro. É o momento de o time se acertar mais uma vez.” O maior problema para Luxemburgo é achar uma nova dupla de ataque. Com Kléber e Alex Mineiro suspensos pelo terceiro cartão amarelo, o treinador terá de escolher dois substitutos entre Denilson, Maicosuel, Lenny, Jorge Preá e Thiago Cunha. O principal atacante cruzeirense, Guilherme, também terá de cumprir suspensão automática. Outro time paulista que nesta rodada recuperou o direito de sonhar foi o São Paulo, ape-

Líder Grêmio fica no empate com o Fluminense (0 a 0), no Rio, e torna um pouco menos complicada a situação do vice-líder Palmeiras, que na quinta-feira havia perdido em casa para o Sport (3 a 0)

sar de também não ter ido bem. Na quarta, apenas empatou com o Atlético, no Mineirão, em 1 a 1. Mas nos dias seguintes viu tanto o Palmeiras quanto o Grêmio perderem pontos. Agora, enfrenta o Flamengo, no domingo, no Morumbi. As duas equipes brigam ponto a ponto por um lugar entre os quatro primeiros que se classificam para a Libertadores do ano que vem. Caso vença, o São Paulo automaticamente rouba o quinto lugar do adversário, e não vê as equipes que estão no topo da tabela se distanciarem. Mas ainda não será na próxima rodada, em caso de vitória, que o time paulista entrará entre os quatro primeiros, já que, no máximo, empataria em pontos com o Botafogo, que leva vantagem no número de vitórias, o primeiro critério de desempate. “Estamos desperdiçando pontos para equipes inferiores a nós e isso tem atrapalhado para que a gente deslanche”, afirma o zagueiro Miranda, que ontem completou 24 anos. Ele se refere principalmente aos empates em casa contra Ipatinga e Coritiba, mas também a outros, como visitante, diante de times que estão bem abaixo na tabela. Resultados que impediram uma arrancada no Brasileirão e deixam o São Paulo cada vez mais longe da disputa pelo título, com o

aproveitamento de apenas 54% dos pontos disputados. A situação do São Paulo só não é pior porque o time, se por um lado empatou muito, por outro não perdeu tanto. Com apenas cinco derrotas, é o segundo que menos perdeu, atrás somente do Grêmio, derrotado em três partidas. Hoje, o São Paulo se reapresenta e volta a trabalhar visando ao jogo contra o Flamengo. A comissão técnica comemora a paralisação de dez dias no Brasileiro por causa dos jogos da Seleção. Dessa forma, teve condições de recuperar alguns jogadores que têm sentido o ritmo dos jogos, como Jorge Wagner. Na outra ponta da tabela, o Santos passou a respirar um pouco mais aliviado após os 2 a 0 de quarta-feira, contra o Vitória, na Vila Belmiro, com mais dois gols de Kléber Pereira, artilheiro do time e do próprio campeonato. O resultado, somado à goleada sofrida pelo Atlético-PR para o Goiás, na mesma noite, por 4 a 0, ao empate do Fluminense com o Grêmio e à vitória do Inter sobre a Portuguesa, no sábado, ajudou a enfim tirar o Santos da zona de rebaixamento. Os jogadores e o técnico Márcio Fernandes apontam o sistema de marcação como o principal fator da melhora do time. São cinco jogos de invencibilidade, com duas vitórias nas últimas

SÉRIE B

uatro vitórias em quinze rodadas, ou doze dos próximos 45 pontos a serem disputados. É disso, na pior das hipóteses, que o Corinthians precisa para garantir sua volta à Série A do Brasileiro no ano que vem. Sábado, a equipe conquistou sua quarta vitória em quatro jogos no segundo turno da Série B, a quinta consecutiva, por 3 a 1, sobre o Fortaleza, no Ceará. Chicão, de pênalti, e Preto, contra, ambos no primeiro tempo, e André Santos, na segunda etapa, fizeram os gols corintianos. Bambam, de cabeça, chegou a descontar para o Fortaleza no segundo tempo, quando a vantagem alvinegra já era de 2 a 0. Se o time vencer seus próximos quatro compromissos, a volta corintiana para a Série A pode acontecer ainda em setembro, contra o Bragantino, no dia 23, no Pacaembu, pela 27ª rodada.

Jarbas Oliveira/AE

Questão de tempo Q

Corinthians faz 3 a 1 no Fortaleza e fica a 12 pontos do acesso

O Corinthians tem 51 pontos ganhos. Pelas contas do técnico Mano Menezes, são necessários 63 para assegurar o acesso, ao menos em quarto lugar. A distância para o vice-líder Vila Nova é de sete pontos e a diferença para o Barueri, o primeiro fora da zona de acesso, é de 12. O time enfrenta agora

um “míni Campeonato Paulista”. Dos próximos sete jogos, seis são contra adversários do Estado. No sábado, o rival é o Barueri, no Pacaembu. Em seguida, viagem para pegar o Brasiliense. Depois, mais dois jogos em casa, contra Ponte e Bragantino, ambos também no Pacaembu.

três partidas. “O posicionamento agora é outro. Sabemos que, se marcarmos bem, temos um meio-de-campo criativo e o artilheiro do campeonato. O time cria muitas chances. Com marcação forte, a vitória estará

sempre a caminho”, analisa Fabiano Eller, um dos líderes da retaguarda. Já a Portuguesa não vem tendo a mesma sorte: com mais uma derrota, ocupa agora a penúltima posição, à frente apenas do Ipatinga.

SÉRIE C

Dois paulistas na 3ª fase

G

uaratinguetá e Guarani são os dois times paulistas que seguem na disputa da terceira fase da Série C, que terá 16 times divididos em quatro grupos de quatro. Os dois primeiros de cada grupo classificam-se para o octogonal decisivo, do qual os quatro primeiros colocados subirão para a Série B de 2009. Classificados com uma rodada de antecipação, Guará e Guarani estiveram em campo no sábado. O Guará venceu o Duque de Caxias-RJ por 1 a 0, em casa, e terminou como primeiro de seu grupo. O Duque de Caxias foi segundo. O Guarani perdeu fora para o Ituiutaba por 1 a 0, mas se classificou, em segundo. Os mineiros terminaram em primeiro. Os grupos da terceira fase são: Grupo 25 - Rio Branco-AC, Luverdense-MT, Águia-PA e Paysandu-PA. Grupo 26 - Sa lgueiro -PE, Campinense-PB, ASA-AL e Confiança-SE. Grupo 27 - A tl é t i c o- G O , Mixto-MT, Guaratinguetá-SP e Duque de Caxias-RJ. Grupo 28 - I t ui ut a ba - MG , Guarani-SP, Marcílio Dias-SC e Caxias-RS.


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Nacional Empresas Comércio Exterior Compor tamento

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

A América do Sul representa 6% da indústria mundial de fitness, metade disso está no Brasil.

EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA EM ALTA

A MALHAÇÃO DA INDÚSTRIA PARA GANHAR MERCADOS Produtoras de equipamentos para fitness ainda sofrem com a alta especialização da concorrência externa Fotos: Helcio Toth/Hype

Mário Tonocchi

O

Brasil importa o dobro do que exporta no setor de equipamentos para ginástica. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre julho do ano passado e julho deste ano, entraram no País US$ 12,4 milhões, enquanto as vendas das empresas nacionais foram de US$ 6,9 milhões. As importações se aceleraram nos últimos dois anos e tendem a crescer. Segundo levantamento da International Health Racquet and Sportsclub Association (IHRSA), o número de freqüentadores de academias no Brasil aumentou, em média, 8%, desde 2006. Com a procura, somente em 2007, o número de academias passou de 7,4 mil para mais de 12 mil unidades. "De olho nesse crescimento, os chineses estão chegando com preços muito mais competitivos mas, no caso dos equipamentos de ginástica, com materiais de qualidade", disse o presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Ginástica da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimac), José Manuel Correia. De acordo com ele, a indústria nacional ainda não está preparada nem mesmo para atender a demanda interna dos produtos de fitness. "Nosso parque industrial é formado, em sua maioria, por pequenas empresas que estão investindo para ampliar e moderniz a r a p ro d u ç ã o . S o m e n t e depois dessa modernização, que deve demorar entre dois e três anos, teremos condições de começar a competir no mercado interno e alcançarmos o patamar de exportadores. Ho-

O Brasil é visto como mercado promissor para a indústria do fitness

N gócios

&

oportunidades

Feira de Nova York: soluções para o varejo

A professora Carolina Neves demonstra ação de Postural Flex durante a IHRSA Fitness Brasil, em SP.

A

América do Sul representa 6% das vendas globais, afirma Machado.

je, temos apenas iniciativas isoladas na exportação", observou o Correia. A carga tributária é outro quesito que pesa muito nas contas dos fabricantes de equipamentos de ginástica, afirma o presidente da Câmara Setorial. Para amenizar isso, representadas pela Abimaq, as 93 empresas do setor

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO ELETRÔNICO 316/2008-SMS.G, processo 2008-0.244.380-6, destinado ao registro de preços de COMPRESSA DE GAZE ESTÉRIL E COMPRESSA DE GAZE COM MANTA DE ALGODÃO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 22 de setembro de 2008, a cargo da 2ª Comissão de Julgamento Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 326/2008-SMS.G, processo 2008-0.249.970-4, destinado ao registro de preço de CONTRACEPTIVO INJETÁVEL, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 23 de setembro de 2008, a cargo da 2ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital. Os editais e seus anexos, acima relacionados, poderão ser visualizados e/ou retirados pelos interessados, pelos sítios: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, www.comprasnet.gov.br.

articulam várias ações desde 2005 para conseguir redução de impostos, mas até agora sem resultados. "Do governo federal, a redução deve ser de 20% para 5% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Sem essa alteração, não temos como competir com as indústrias de fora, que, em geral, são isentas de imposto. Equipamento para ginástica, em todo o mundo, é considerado fator de saúde e, por isso, livre de taxas, inclusive para as exportações", disse. O mercado brasileiro é promissor para o representante da marca italiana Technogym, que participou da 9ª edição da IHRSA/Fitness Brasil realizada em São Paulo na semana

passada. De acordo com o diretor financeiro da importadora, Walace Machado, a América do Sul representa 6% das vendas totais de equipamentos da indústria no mundo. "O Brasil comercializou metade do que foi vendido nos países sulamericanos", observou. A Technogym exporta 85% de sua produção para 100 países. Somente o Brasil representa 6% do faturamento de 334 milhões de euros registrado em 2007. A Movement, uma das maiores empresas nacionais, espera crescer, neste ano, 20% em faturamento. A receita prevista para 2008 é de R$ 120 milhões, sendo que 4% correspondem a vendas externas. Mas a expectativa da empresa é dobrar esse volume até 2010.

ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:

Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. SP, 05/09/2008.

Empresários cubanos em SP

A

São Paulo Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) está incumbida de preparar as agendas de encontros para empresários cubanos que estarão em São Paulo nos próximos dias 17 e 18 de setembro. O primeiro será para empresas visitantes que querem importar produtos brasileiros; e o segundo, para exportadores cubanos. A pauta de produtos demandados é bastante extensa, incluindo desde equipamentos para indústria farmacêutica (pasteurizador, máquinas para produção de comprimi-

E

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3

PREGÃO PRESENCIAL 310/2008-SMS.G, processo 2008-0.243.243-0, destinado ao registro de preço de COLETOR DE URINA SISTEMA FECHADO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 08 de outubro de 2008, a cargo da 1ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde.

Show e visitas guiadas a lojas conceituais em Nova York. Depois, o grupo se deslocará para Las Vegas, onde haverá rodadas de negociação com instituições locais e visitação a shopping centers de referência naquela cidade. Durante o seminário será feita a apresentação da feira e de todos os envolvidos na missão: a Comissão de Varejo da ACSP, a São Paulo Chamber of Commerce, o US Commercial Service, o representante da Southern States University (apoiadora em Las Vegas) e a operadora de viagem. O encontro será realizado na próxima segunda-feira, dia 15 de setembro, a partir das 9h30, na sede central da ACSP. A participação é gratuita, sendo necessária confirmação pelos telefones 3244-3182 com Glória, e-mail gkang@ acsp.com.br, ou 3244-3127, com Rebeca, e-mail rsilva @acsp.com.br.

dos), cabos e acessórios de fibra ótica, autopeças, embalagens de vidro e polpa de frutas, dentre outros, enquanto do lado cubano há exportadores de sementes e fertilizantes, rum e cervejas, estojos de diagnóstico para programas de saúde, serviços de informática e outros. A lista completa das empresas e produtos está disponível no link Missão de Cuba, no site www.spchamber.com.br. Os encontros serão realizados no Hotel Intercontinental, na Alameda Santos, 1123, sendo necessária a inscrição prévia (de acordo com ficha no site).

O valor do design, em Jundiaí.

SECRETARIA DA SAÚDE

PREGÃO PRESENCIAL 301/2008-SMS.G, processo 2008-0.207.333-2, destinado à aquisição de APARELHO DE RAIO X ARCO C MÓVEL DIGITAL, para a SMS-G/Coordenadoria de Apoio e Desenvolvimento à Gerência Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 22 de setembro de 2008, a cargo da 1ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde.

Comissão de Varejo d a A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo – A C S P, c o m o a p o i o d o U S Commercial Service, promove seminário para apresentação da Big Show 2009 e lançamento da missão comercial que visitará uma das feiras mais importantes do mundo em soluções para o varejo, na cidade de Nova York (EUA), entre os dias 11 e 14 de janeiro de 2009. A Big Show, em sua 98ª edição, é organizada pela National Retail Federation (NRF), compreende exposição de produtos e tecnologias de última geração, de aplicação em todos os segmentos de varejo, bem como seminários, fóruns e apresentação de experiências e m p re s a r i a i s c o n h e c i d a s mundialmente. O pacote de viagem elaborado pela São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo, compreende a participação na Big

Para Soares, saúde e bem-estar conquistam espaço em academias.

Novos paradigmas

O

crescimento do setor de ginástica tanto no Brasil como no mundo vai ocorrer nos próximos anos acompanhando o envelhecimento da população. Isso vai impor mudanças nos conceitos das academias, hoje voltadas para o culto do corpo perfeito entre jovens. "A nova onda é a saúde e o

bem-estar. São academias voltadas para a terceira idade, as mulheres e as crianças, dentro do conceito de saúde e não apenas da estética", disse um dos principais precursores do fitness brasileiro, Waldyr Soares, presidente do Instituto Fitness Brasil, voltado para a promoção da ginástica e de hábitos de vida saudável. (MT)

m seqüência ao evento de mobilização "Exportar para Crescer", promovido no último mês de junho, em Jundiaí, como parte do Projeto "Exporta, São Paulo", a Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí, oferece o workshop "Design e a Agregação de Valor", com palestra de Renata de Souza Ramos, do Centro São Paulo de Design - CSPD. O objetivo do evento é mostrar a importância do design de produtos como valioso instrumento de agregação de va-

lor, conferindo-lhes diferencial e competitividade em mercados globais. A l g u n s t ó p i c o s a s e re m apresentados são Conceito do Design, Design estratégico, Mercado e público-alvo, Formas e implementação do Design e discussão de casos. O workshop será realizado na próxima quarta-feira, dia 10 de setembro, a partir das 9 horas, na ACE Jundiaí, na Rua Rangel Pestana, 533, 1º andar. Inscrições gratuitas pelo telefone 3244-3043 ou pelo e-mail fernanda-exp@sii-facesp.com.br.

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Paraolimpíada Eliminatórias Outros campos Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Robson Fernandjes/AE

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

FOFÃO DIZ ADEUS COM TÍTULO NO CEARÁ

A seleção brasileira é minha vida. Adoro fazer isso, e adoro vencer.” José Roberto Guimarães

OBRIGADO, FOFÃO!

ELIMINATÓRIAS Yiorgos Karahalis/Reuters

Alexandre Arruda/CBV

ábado, na rodada de abertura das Eliminatórias européias, jogando fora, pelo Grupo 8, a Itália sofreu, mas conseguiu derrotar Chipre por 2 a 1. Os dois gols foram marcados pelo atacante Di Natale. O gol que valeu a vitória aconteceu já aos 47 minutos do segundo tempo. O melhor resultado foi obtido pela Alemanha, que pelo Grupo 4, jogando fora, fez 6 a 0 em Liechtenstein. Podolski, com dois gols, foi o artilheiro da partida. Rolfes, Hitzlsperger, Schweinsteiger e Westermann completaram o marcador. A maior decepção ficou por conta da França, derrotada pela Áustria, em Viena, por 3 a 1, pelo Grupo 7. Atual campeã européia, a Espanha fez 1 a 0 na Bósnia, em Murcia, jogando pelo Grupo 5. O gol foi de David Villa, que antes havia perdido um pênalti. Pelo Grupo 6, a Inglaterra passou por Andorra, 2 a 0, no Estádio Olímpico de Montjuic, em Barcelona, onde o adversário manda seus jogos. Joe Cole marcou ambos os gols ingleses. Portugal também estreou bem, goleando Malta fora de casa por 4 a 0 pelo Grupo 1. Said (contra), Hugo Almeida, Simão e Nani fizeram os gols lusos. No sábado também realizaram-se jogos pelas Eliminatórias dos outros continentes. Na África, onde as partidas também são classificatórias para a Copa Africana de Nações, a ser disputada em Angola, em 2010, destaque para a derrota da África do Sul do técnico brasileiro Joel Santana, para a Nigéria, por 1 a 0. Os sulafricanos estão praticamente fora da competição continental, porém classificados para a Copa do Mundo como paíssede. Na Ásia, o Japão fez 3 a 2 no Bahrein, fora de casa, e a Coréia, 2 a 1 nos Emirados Árabes. Na Oceania, a Nova Zelândia fez 3 a 1 na Nova Caledônia, fora, e agora espera o quinto colocado das Eliminatórias da Ásia, com quem disputará na repescagem uma das vagas no Mundial.

A levantadora se despediu da seleção com a conquista de mais um título, o Final Four, em Fortaleza

a jogadora, feliz por poder dizer adeus à seleção atuando no Brasil. ”Esse momento me marcará pelo resto da vida.” O técnico José Roberto Guimarães se derreteu em elogios a Fofão. “Eu a conheci menina, acompanhei sua carreira por onde ela passou. Sempre foi uma pessoa humilde e de personalidade marcante.”

A líbero Fabi, que diz ter tido o "privilégio" de ser a primeira a comemorar o título olímpico após o fim do jogo contra os Estados Unidos, fez coro ao treinador. “Naquele momento disse a ela o quanto sempre fui e vou continuar sendo sua fã, não só pelo título olímpico, mas também por realizar vários sonhos de uma vez só. Vou

O primeiro ouro paraolímpico David Gray/Reuters

D

aniel Dias é o primeiro herói paraolímpico do Brasil em Pequim. Ele não só ganhou ontem a medalha de ouro nos 100m livre, categoria S5 (para atletas com limitações físico-motoras), como bateu o recorde mundial da prova, com o tempo de 1min11s05. “Fiquei surpreso com o tempo. Realmente não esperava nadar nesse nível”, afirmou. Clodoaldo Silva, que teve de disputar essa classe em vez da S4, para atletas com limitação maior, chegou em sexto lugar. “Estou nadando sob protesto”, disse Clodoaldo, que reclamou muito da reclassificação às vésperas dos Jogos. “Estou sendo punido por minha evolução técnica.” O primeiro dia da Paraolimpíada de Pequim teve mais duas medalhas para o Brasil, ambas no judô feminino: Carla Cardoso levou a prata na categoria até 48kg e Michelle Ferreira ficou com o bronze na categoria até 52 kg.

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ontem a última etapa da Fórmula Indy, em Chicago, mas foi vice-campeão - o título ficou com o neozelandês Scott Dixon.

Murray fazem hoje a final do US Open, a partir das 18 h (de Brasília), adiada por causa das chuvas que caíram no sábado. Federer bateu Novak Djokovic nas semifinais, enquanto o britânico Murray bateu o número 1, Rafael Nadal, em jogo encerrado ontem.

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Daniel Dias conquistou o primeiro título para o Brasil em Pequim

será capaz de substituí-la. Todas vamos sentir sua falta. A Fofão é amiga de todo mundo. Aprendi muito com ela”, contou a oposto Sheilla. “A Fofão serviu de exemplo todos esses anos. Quem jogou com ela jogou. Quem não jogou não joga mais. Me sinto muito feliz por ter tido essa chance”, concluiu a ponteira Jaqueline.

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poder contar para todo mundo que eu passei e defendi para ela”, afirmou. Entre as jogadoras que ficam, a sensação é de que Fofão vai fazer falta. “Nunca vi ninguém com tanta bondade e humildade A Fofão vale ouro, acho difícil aparecer outra como ela”, previu a atacante Mari. “Como jogadora ninguém

Isabel viu seus três filhos que jogam vôlei de praia conquistarem títulos no Circuito Mundial. As irmãs Maria Clara e Carol, treinadas pela mãe, venceram em Myloswice, na Polônia. Pedro e o parceiro Harley foram campeões em Mallorca, na Espanha, e são candidatos ao título da temporada.

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Itália sofre, Alemanha goleia

F

ofão teve uma despedida digna de campeã olímpica. Em seu jogo de número 340 pela seleção brasileira feminina de vôlei, a levantadora conduziu a equipe ao título do Torneio Final Four, com a vitória por 3 a 0 sobre a República Dominicana (25/21, 25/17 e 25/18) e se despediu da equipe nacional aplaudida em pé pelos milhares de torcedores que gritavam seu nome no ginásio Paulo Serasate, em Fortaleza. Logo após o último ponto, no qual levantou de manchete uma bola para Sheilla cravar na quadra dominicana, Fofão foi jogada ao alto pelas companheiras, que ensaiaram um tímido pedido de “fica”. Rejeitado pela jogadora, que passou 17 de seus 38 anos na seleção e se despede com o ouro olímpico conquistado em Pequim, mais duas medalhas de bronze, nos Jogos de Atlanta/1996 e Sydney/2000, além de seis dos sete títulos de Grand Prix que o Brasil já conquistou. “Agradeço a Deus por ter me dado a chance de defender o Brasil e chegar a este momento. Comecei a jogar sem pretensão alguma, e participei de cinco Olimpíadas. Hoje olho para trás e vejo que tudo valeu a pena, e que nenhum momento foi tempo perdido”, afirmou

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Tr â n s i t o Transpor te Av i a ç ã o Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Área onde caiu o Airbus da TAM pode virar uma praça, mas ainda não existe uma decisão.

EXISTE RECEIO DE NOVOS ACIDENTES

João Weiner/Folha Imagem - 22/03/2006

Danilo Verpa/Folha Imagem - 16/07/2007

Nelson Antoine/AE - 04/09/2008

MARÇO DE 2006 – Como num filme visto e revisto, vários aviões já derraparam em Congonhas, como o BRA acima

JULHO DE 2007 – Avião bimotor da Pantanal também

SETEMBRO DE 2008 – Na última quarta-feira o bimotor King Air quase cai sobre a avenida Washington Luís

derrapou numa operação de pouso em Congonhas

Vizinhos vêem progresso, mas têm medo No Jardim Aeroporto, Parque Jabaquara e Campo Belo, áreas sob a rota dos aviões e de helicópteros, alguns moradores já pensam em procurar outros bairros para viver Antonio Milena/AE - 31/07/2007

Rejane Tamoto

Luludi/Luz

A

portuguesa Maria Madalena Pereira de Carvalho, de 65 anos, reza para que um avião nunca caia sobre a sua casa, que fica na rota das aeronaves que partem do aeroporto de Congonhas, no Parque Jabaquara. "Moro há 40 anos aqui e nunca ninguém da minha família acordou por causa do barulho dos aviões. Não tenho medo porque sou católica", conta. Madalena é uma das moradoras conscientes de que o Aeroporto de Congonhas chegou ao bairro bem antes dela e que, afinal, trouxe melhorias como asfalto e água encanada. "O bairro ficou bom. Mas nem por isso mais seguro", disse. Depois de tantas derrapagens de aviões nas pistas ela conta que um dos moradores reclamou à Infraero, mas sem sucesso. "Não temos associação de moradores", disse. Sua vizinha de frente, na rua Acácio Vasconcelos, a auxiliaradministrativo Camila Alves Reina, de 23 anos, disse que a família vai colocar a casa à venda por causa do perigo de morar sob a rota de aviões. "Os vizinhos estão indo embora por causa disso. Em pouco mais de um ano foram dois acidentes em Congonhas. Do lado em que eu moro, um avião derrapou na pista há cerca de 4 anos", conta. Camila, que mora com a mãe e dois irmãos no Parque Jabaquara há 12 anos, até se acostumou com o barulho das turbinas. "O barulho não preocupa, o problema é a segurança. Estamos pesquisando casas nos bairros Saúde e Praça da Árvore", disse. Testemunha –O êxodo de moradores do Parque Jabaquara já havia começado an-

Fotos de Luludi/Luz

Ismael Maiolo: "espaço está abandonado e picharam os tapumes"

Praça em homenagem a vítimas divide opiniões

A O Aeroporto de Congonhas (na foto ao alto) trouxe progresso aos bairros do entorno, mas também gera receios. Camila Alves Reina (acima, à esquerda) diz que sua família vai por a casa à venda. Maria Madalena (foto acima) diz não ter medo: "sou católica". Alício Santos (à esquerda), testemunhou dois acidentes e confessa que tem medo.

tes, no Campo Belo, bem em frente ao aeroporto de Congonhas, que foi palco dos últimos dois acidentes, o da TAM, em julho do ano passado, e o com o bimotor King Air, na última quarta-feira. O manobrista de uma locadora de veículos, Alício Santos Moreira, de 32 anos, assistiu e gravou com seu celular os dois acidentes. "Tomara que eu não veja mais nenhum", disse. Embora tenha levado um susto com o último, ele teme que ocorra algo grave e que não possa escapar. "Se aconte-

cer algo, não conseguiremos ouvir por causa do barulho do aeroporto", disse. O presidente da Associação de Moradores Pró-Campo Belo, Silvio de Freitas, disse que alguns moradores estão com receio de mais acidentes. Segundo ele, muitas pessoas e estabelecimentos comerciais já deixaram a região porque viviam em função do depósito da TAM. "Além disso, vão embora pelo medo de outro acidente", disse. Helicópteros – Entre mora-

dores do Jardim Aeroporto, que não estão sob a rota dos aviões, o receio recai sobre os helicópteros. "É questão de tempo para acontecer um acidente. Pelo fato de os helicópteros não poderem voar na rota dos aviões, eles ficam parados em cima das casas do bairro", disse o diretor da Associação dos Verdadeiros Amigos e Moradores do Jardim Aeroporto, Eduardo Moreira. Segundo ele, como o tema não é regulamentado, há um jogo de empurra-empurra entre Prefeitura e Infraero.

Metrô de SP: último no ranking

O

s planos da administração José Serra (PSDB) para expansão do Metrô paulistano até 2010 serão insuficientes para tirar São Paulo da última colocação no ranking de extensão da Comunidade de Metrôs (CoMET), que reúne as 11 principais redes metroviárias do planeta. Informações extraídas do banco de dados inglês mostram que, mesmo em caso de estagnação dos outros dez maiores metrôs do mundo – improvável – a capital continuará atrasada em relação aos "concorrentes". Atualmente, a penúltima colocação é ocupada pelo metrô de Santiago, no Chile, com 83,7 quilômetros de linhas. Daqui a dois anos, conforme o plano de expansão da Secretaria Estadual dos Transpor-

tes Metropolitanos, São Paulo terá 80,5 quilômetros de trilhos. Fazem parte desse cálculo a inauguração da Linha 4-Amarela, que ligará a Vila Sônia, na zona sul, à Luz, no centro, e a extensão da Linha 2-Verde até Vila Prudente, na zona leste. O principal entrave para o aumento no ritmo de construção do metrô é o elevado custo da obra. Cada quilômetro da Linha 4 custou em torno de R$ 179,6 milhões, isso sem incluir a compra dos trens. O mais lotado – De acordo com o ranking da CoMET, o metrô paulista é o mais lotado do mundo. A Companhia do Metropolitano de São Paulo transporta 10 milhões de passageiros por quilômetro de linha, ante os 8,6 milhões registrados em Moscou, na Rússia. Em terceiro aparece Xangai,

na China, com 7 milhões de pessoas para cada quilômetro de trilhos. A superlotação em São Paulo pode ser explicada por dois fatores. De um lado, houve acréscimo de 750 mil passageiros por dia com a adesão ao bilhete único, em 2006. Só a Linha 3-Vermelha, a mais movimentada, ganhou, em média, 70 mil novos passageiros por dia. Nos horários de pico, os vagões passaram a receber até 8,6 passageiros por metro quadrado o limite "suportável" é de 6 pessoas por metro quadrado, segundo padrões internacionais. Por segurança, a companhia reduziu em 10% a velocidade média das composições, elevando em até quatro minutos o tempo de viagem. O outro aspecto que ajuda a entender a superlotação é o tamanho da rede – a menor

entre as 11 maiores do mundo. Os 11 milhões de habitantes de São Paulo têm à disposição 61,3 quilômetros de linhas. Com 5,5 milhões de moradores, Santiago, no Chile, oferece 83,2 quilômetros. Detalhe: os dois sistemas começaram a ser construídos juntos, na década de 1970. Lado bom – As vantagens do metrô paulistano em comparação aos demais pesquisados estão na limpeza e segurança. Com 4 mil agentes treinados para coibir atitudes suspeitas, os agentes do metrô de São Paulo andam à paisana e conseguem um dos mais baixos índices de criminalidade. Em relação a limpeza, embora tenha sido terceirizada, a Companhia Metropolitano fiscaliza o contrato com rigorosidade e já foi copiada pelo metrô de Paris. (AE)

área de 12 mil m², cercada de tapumes azuis e que poderá se transformar em uma praça em memória às 199 vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, na avenida Washington Luís, ainda está à espera de uma definição da Prefeitura. A Secretaria Municipal de Governo analisa um projeto apresentado pela Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054). O projeto é uma alternativa à Praça dos Ipês Amarelos, proposta pela Prefeitura. "É um projeto doado pelo arquiteto Ruy Ohtake, com bastante área verde e um espaço para homenagear as vítimas. Será um local de reflexão, para que as pessoas não esqueçam do que houve", disse o presidente da Afavitam, Dário Scott. O coordenador da Comissão do Memorial da Afavitam, Sérgio Palmieri, explica que os familiares querem que a praça tenha um espaço para atividades culturais diurnas e noturnas. O projeto deve ser concre-

tizado por meio da lei Rouanet. "Os moradores do bairro estão entusiasmados, porque temem que a praça vire um local de prostituição e de uso de drogas. Aguardamos a aprovação da Prefeitura", disse. Segundo ele, a segurança do local está nas mãos do governo municipal, já que no aniversário de um ano do acidente, no dia 17 de julho, a TAM entregou o terreno à Prefeitura e deixou de fazer a segurança. Desde então, foram roubados os holofotes que iluminavam a Bandeira do Brasil, já retirada pela Afavitam. Atualmente, o espaço está com um dos tapumes derrubados, o que permite a circulação de pessoas. O comerciante Ismael Maiolo, de 53 anos, que trabalha em frente a área, reclamou da presença de moradores de rua e usuários de drogas no local, à noite. "O espaço está abandonado, picharam os tapumes de novo", disse. A Prefeitura não comentou sobre a segurança da área, até o fechamento desta edição. (RT)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPORTE

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008 Márcio Fernandes/AE

Agora, ele é só professor Carlos Alberto Parreira não anunciou publicamente, mas já tomou a decisão: ao assumir o cargo de diretor técnico da Traffic, responsável pela formação de novos jogadores e comissões técnicas nos centros de treinamento da empresa, desistiu de comandar times dentro das quatro linhas. Parreira agora é só professor. www.dcomercio.com.br/esporte/

PERSONAGEM PARA SEMPRE, LONGE DAS PISCINAS

Uma semana inesquecível Robinho muda de emprego e de país antes de ajudar o Brasil a se recuperar nas Eliminatórias Marcos D'Paula/AE

Fotos Ivan Alvarado/Reuters

✓ Rebeca Gusmão é banida das competições pela Federação Internacional de Natação em consequência dos resultados positivos nos exames antidoping do torneio José Finkel de 2006 e do Pan-Americano de 2007. A atleta entrou com recurso na Corte Arbitral do Esporte, última chance de se manter na natação. Sexta-feira, dia 5

EMPREGO DE RISCO

Brasileiro reassume seleção do Iraque

P

ouco mais de um ano após levar a seleção do Iraque ao título inédito da Copa da Ásia, o técnico brasileiro Jorvan Vieira reassume o comando da equipe. Seu sucessor e agora antecessor, o iraquiano Adnan Hamad, foi demitido em junho, ao perder

a classificação para a Copa do Mundo de 2010. A próxima competição da equipe será a Copa das Confederações, em 2009, na África do Sul. O Iraque treina e manda seus jogos na Jordânia, no Catar ou nos Emirados Árabes.

Roberto Candia/AE AE

André Mourão/

Segunda-feira, dia 1º

ENTRE JAMAICANOS Giampiero Sposito/Reuters

Asafa Powell ganha sem melhorar tempo

S

em a concorrência do compatriota Usain Bolt, Asafa Powell tinha prometido baixar seu recorde pessoal nos 100m rasos no Meeting de Rieti, na Itália. Ganhou a prova, à frente dos também jamaicanos Michael Frater e Ainsley Waugh, mas ficou a cinco centésimos de seu melhor tempo, fazendo 9s77 na eliminatória. Na final, marcou apenas 9s82. Domingo, 7

na/AFP

Claudio Santa

Marcelo Régua/AE

DÍVIDA PERIGOSA

Leão é agredido na Vila Belmiro

E

merson Leão é agredido ao sair da Vila Belmiro depois de fazer um acordo para receber R$ 700 mil que o Santos ainda lhe deve. Leão acusa um grupo liderado por Marcos Antônio Castelão, ex-segurança do clube.

"Fui agredido pelas costas com um soco na cabeça, consegui me defender, mas por pouco não fui atingido por uma barra de ferro" disse ao delegado João Milhan Gonçalves, no 2º Distrito Policial. Quinta-feira, 4

Ricardo Saibun/AE

A semana começou bem diferente do que estava em seus sonhos: no último dia de transferências entre clubes da Europa, o Real Madrid aceitou deixá-lo sair, mas para o Manchester City e não para o Chelsea, como queria Robinho. Resolvida a questão, o craque brasileiro deu uma rápida passada por Londres e, na quarta, finalmente desembarcou em Teresópolis para se encontrar com a Seleção de Dunga e Ronaldinho Gaúcho. Os dias de alegria se estenderam a Santiago, desde a chegada na sexta-feira, passando pela paparicação dos fãs nos treinos de sábado, até acabarem na festa deste domingo: os 3 a 0 sobre o Chile que deixam o Brasil em segundo lugar nas Eliminatórias, a dois pontos do líder Paraguai. Com direito a um gol dele, o sétimo de Robinho em cinco jogos contra o Chile.

almanaque

Dava até medo. Víamos aqueles argentinos pendurados no alambrado e pensávamos: ‘Meu Deus, e se eles vierem pra cima da gente?’ José Macia, o Pepe, ponta do Santos, lembrando o clima de guerra na final da Libertadores de 1963

Celso Unzelte

Há 45 anos, o Santos era bi na Libertadores

D

ia 11 de setembro de 1963. No estádio de La Bombonera, o até hoje temido campo do Boca Juniors, em Buenos Aires, o Santos enfrentava o time da casa, precisando do empate para ser bi na Libertadores. Mas acabou confirmando seu título com uma rara vitória por 2 a 1. Na foto, o volante Zito afasta o perigo de sua área, cercado pelos argentinos Angel Rojas e Menéndez e por seu companheiro Geraldino (3).

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

C

ampeão da Libertadores pela primeira vez em 1962, o Santos lutava, naquele ano, pelo bi. No primeiro jogo da decisão, no dia 4 de setembro, no Maracanã, o time brasileiro havia vencido por 3 a 2, com dois gols de Coutinho e um de Lima. Sanfilippo marcou os dois gols do Boca. Naquela segunda partida, em Buenos Aires, o Boca Juniors saiu na frente logo no primeiro minuto do segundo tempo, com mais um gol de seu artilheiro Sanfilippo. O Santos, porém, não se intimidou: chegou ao empate com Coutinho, aos 5, e à vitória com um gol de Pelé, aos 37 minutos.

CURTAS

30 anos se passaram até que o Boca fosse novamente derrotado em seu estádio em um jogo da Liber tadores. O autor da façanha foi o Cruzeiro, que venceu por 2 a 1, em 16 de março de 1994.

✓ Em 11 de setembro de

1997, Edmundo estabelece o recorde de gols de um mesmo jogador em um jogo do Brasileiro: seis, na vitória do Vasco por 6 a 0 sobre o União São João de Araras. ✓ Em 12 de setembro

de 1990, Falcão estréia como técnico do Brasil com derrota para a Espanha: 3 a 0.


Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sábado, domingo e segunda -feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

ACSP Andrei Bonamin/Luz/20/11/07

Uma das idéias é fazer da usina de compostagem (ao lado) uma área verde, levando lazer para uma região que passou por processo acelerado de verticalização (mais à direita) nos últimos anos. Abaixo, à direita, a marginal Pinheiros, que poderá ganhar novas pontes.

Alex Ribeiro/DC/11/01/06

Operação Urbana muda bairros da zona oeste

Alex Silva/AE/15/01/07

GIr

Agendas da Associação e das distritais

A região de Vila Leopoldina/Jaguaré já tem um projeto inicial para a Operação Urbana. As melhorias previstas podem atingir uma área de 10 milhões de metros quadrados da Subprefeitura da Lapa. O documento começou a ser discutido por moradores e comerciantes.

Hoje ■ África – O vice-presidente da

ACSP Luiz Roberto Gonçalves recebe o cônsul-geral da África do Sul, Yusuf Omar. Às 14h, rua Boa Vista, 51/11º, sala Tadashi. ■ Plenária – O presidente da ACSP Alencar Burti, coordena reunião plenária com a presença da candidata à Prefeitura de São Paulo Sonia Francine, para o Ciclo de Debates. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. ■ Pinheiros – Das 18h30 às 22h30, o Sebrae, em parceria com o Fórum de Jovens Empreendedores (FJE) da Associação Comercial de São Paulo, promove o curso Como desenvolver lideranças e estimular a motivação. De hoje até o dia 12. Taxa R$ 50,00. Inscrições pelo sitewww.fjeacsp.blogspot.com. Vagas Limitadas. Rua Simão Álvares, 517.

Fotos: Divulgação

André Alves

A

Operação Urbana V i l a L e o p o l d ina/Jaguaré já tem um projeto inicial. O documento foi apresentado para a comunidade em reunião realizada na Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e dirigida a moradores e comerciantes da região. Compreendendo uma área de 10 milhões de metros quadrados da Subprefeitura da Lapa, o projeto visa propor melhorias urbanas para uma região ocupada por antigas indústrias e o entorno da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O intenso processo de verticalização da Vila Leopoldina e o abandono paulatino das atividades industriais que ali se desenvolviam foram os principais motivos para a elaboração do projeto, que ainda receberá um estudo de impacto ambiental antes de virar um projeto de lei. Uma Operação Urbana visa promover melhorias em regiões pré-determinadas, por meio de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada. Cada área de uma Operação Urbana conta com uma lei que estabelece metas a serem cumpridas, bem como mecanismos de incentivos e benefícios. "Entre outros aspectos, esta Operação Urbana pretende oferecer alternativas à questão do tráfego na marginal Tietê e na região, que está sendo agravado pela permanente verticalização da Vila Leopoldina. Temos por objetivos valorizar os espaços públicos e criar ambientes urbanos de qualidade e de convívio social", disse Marcelo Bernardini, coordenador do plano de intervenção e ordenação urbanística da Operação Urbana Vila Leopoldina/Jaguaré. Sistema Viário - A Operação Urbana prevê uma série de intervenções no sistema viário da região. Entre elas, destacam-se a construção de novas pontes sobre os rios Tietê e Pinheiros, ligando a área à rodovia Anhanguera e à zona norte da cidade. Também contempla a melhoria da ligação com a rodovia Raposo Tavares, por meio do prolongamento da avenida Escola Politécnica, através de ponte sobre o rio Pinheiros, aliviando o tráfego pesado na avenida Jaguaré e na rua Alvarenga. A avenida Alexandre Mackenzie deverá ser beneficiada pelo prolongamento da rua

Acima e à direita, maquete da Operação Urbana Vila Leopoldina/ Jaguaré. Projeto deverá estar aprovado pela Câmara em um ano e meio

Hayden, por meio de uma ponte sobre o rio Pinheiros, associado a um projeto de substituição dos antigos usos industriais no Jaguaré por atividades diversificadas, principalmente residenciais. Está prevista a criação de uma avenida paralela à marginal do Tietê, fazendo a ligação entre a ponte dos Remédios e a Lapa de Baixo, além da avenida Marquês de São Vicente, complementando a ligação entre a região e o centro da cidade. A Operação Urbana contempla ainda a realocação das estações de trem da CPTM da área, principalmente as estações Ceagesp e Villa Lobos, construindo-se uma ligação por meio de passarela com a Cidade Universitária. Também pretende viabilizar a localização de estações das futuras linhas do metrô.

Amanhã

■ Pirituba – Das 9h às 12h, a

Meio Ambiente - A criação de novas áreas verdes também faz parte da Operação Urbana. "Elas desempenham um importante papel na revitalização do local, que tem características industriais e é deficitário de áreas verdes e equipamentos públicos", afirmou Bernardini. São propostos dois novos parques públicos, nas antigas áreas da Usina de Compostagem da Vila Leopoldina e da Sabesp, com cerca de 255 mil metros quadrados, que deverão ser unificados e comportar programas voltados ao atendimento da população do entorno, possivelmente com equipamentos voltados para educação ambiental. Em um trecho próximo ao final da Rodovia Castelo Branco, é proposto um outro parque, com 194 mil metros quadrados, voltado à futura popu-

lação que deve se instalar na área das antigas indústrias. Completam o projeto a criação de dois espaços públicos, ao longo do eixo Alexandre Mackenzie - rua Hayden, com 157 mil metros quadrados, além da descanalização dos córregos Alexandre Mackenzie e Hayden, para a melhoria do sistema de drenagem local. "A proposta de descanalização dos córregos é uma das mais interessantes do projeto e uma das tendências atuais do urbanismo", destacou Larissa Campagner, coordenadora da Comissão Técnica de Política Urbana (CTPU) da ACSP. Habitação - O projeto propõe o adensamento habitacional em toda a área da Vila Leopoldina e Jaguaré, além da execução de obras de melhorias na Favela do Jaguaré. Também está prevista a criação da "Cidade do Tênis" em um terreno de cerca de 150 mil metros quadrados nas proximidades do Parque Villa Lobos, além da revitalização do Museu de Tecnologia, hoje praticamente abandonado. Existe ainda a possibilida-

de do deslocamento das atividades da Ceagesp. "No entanto, o projeto trabalha com a hipótese da permanência da Ceagesp no local onde está hoje, embora tenha que passar por um processo de reestruturação de sua atividade", ressaltou Bernardini. Para o coordenador da Comissão de Política Urbana (CPU) da ACSP, Antonio Carlos Pela, o projeto da Operação Urbana é muito interessante e coerente. "Foi feito um estudo bem aprofundado de todos os detalhes envolvidos. Para que seja aprovado em sua totalidade, deve haver uma maior integração entre os diversos órgãos do governo na elaboração do projeto final". A mesma opinião de Pela é compartilhada pelo superintendente da Distrital Lapa da ACSP, Lys dos Santos. "O êxito do projeto vai depender muito da movimentação política da comunidade local. Nossa casa estará sempre aberta para discutir os problemas e propostas para a melhoria das condições de vida da população da região", completou.

Ocupação deve aumentar na região

A

expectativa de custos de obras públicas do projeto é de aproximadamente R$ 480 milhões, enquanto que a de recursos provenientes de contrapartidas é de R$ 482 milhões. A Prefeitura paulistana pretende incentivar o aumento da ocupação da área por meio da emissão de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção). Ao comprar um Cepac, a empresa pode construir no terreno mais do que permite a lei de zoneamento da área, tornando o empreendimento mais

Leonardo Rodrigues/e-SIM

rentável. Hoje com 50 mil habitantes, a região prevista na Operação Urbana deve chegar a ter 230 mil pessoas, segundo estimativas do projeto. "O projeto ainda não está fechado. Em breve o relatório de impacto ambiental será contratado e, quando pronto, será elaborado um projeto de lei que posteriormente irá para a Câmara Municipal. Estamos abertos a sugestões da comunidade. Se tudo correr bem, espero que o projeto seja aprovado em um ano e meio", concluiu o arquiteto Marcelo Bernardini.

Arquiteto Marcelo Bernardini expõe o projeto na Distrital Lapa

distrital, em parceria com o Sebrae, promoverá a oficina Habilidades para gerenciar um empreendimento. Das 9h às 12h. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ Conselho – O conselheiro da ACSP Hélio Nicoletti coordena reunião do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio com palestra do Embaixador da China no Brasil, Chen Duqing. Às 12h, Rua Boa Vista, 51/12º andar, Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre). ■ Jabaquara – Às 14h30, projeto do Conselho da Mulher: Oficina do Artesão. Avenida Santa Catarina, 641. ■ Pirituba – 16h, reunião do Natal Iluminado com comerciantes da avenida Eliseo Cordeiro de Siqueira. Val Grill, avenida Eliseo Cordeiro de Siqueira, 698.

Quarta

■ Jabaquara – Às 17h, reunião

do Comitê Técnico de Política Urbana da distrital. Avenida Santa Catarina, 641. ■ Mooca – Às 19h, 24ª reunião ordinária com o tema Como obter alvará de funcionamento pela internet. Rua Madre de Deus, 222. ■ Pirituba – Das 19h às 21h, oficina Entendendo custos, despesas e preços de venda. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678.

Quinta

■ Pirituba – Às 14h30, reunião

do Natal Iluminado com comerciantes da avenida Benedito de Andrade. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ Santo Amaro – Das 15h às 17h, quarta aula e encerramento do curso de Etiqueta para Bem Viver e Conviver no Dia-a-Dia, promovido pelo Conselho da Mulher e ministrada por Carlota Baukelmann, em quatro encontros, que tiveram início em 21 de agosto. Inscrições Limitadas. Valor R$ 50,00. Informações pelo telefone 5521-6700. Avenida Mário Lopes Leão, 406.


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sábado, domingo e segunda -feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Facesp nterior LITORAL: QUASE TUDO PRONTO PARA O VERÃO

Arquivo/PMG

Santos, Guarujá e Praia Grande fazem investimentos para garantir conforto e bons serviços aos turistas. O comércio do litoral sul também está otimista. Antonio Vargas

André Alves

O

Jairo Marques

Tadeu Nascimento

Até o final do ano chegaremos a 100 quilômetros de ciclovias.

José Alonso Júnior, secretário de Turismo da Praia Grande

Marcelo Martins

Acreditamos em um crescimento nas vendas entre 5% e 7%.

À esquerda, pela ordem, o bondinho turístico de Santos, que leva a um passeio no centro histórico; navio chegando ao porto para mais um cruzeiro; e a orla no bairro Caiçara, um dos mais movimentados da Praia Grande. Ao alto, a Praia de Pitangueiras, no Guarujá, que tem surfe noturno. Ao centro, o jardim do calçadão de Santos e acima, vista aérea do aquário, na mesma cidade. As prefeituras dos três municípios esperam milhões de turistas na alta temporada.

pessoas, o que significa um crescimento de 7% em relação à última temporada". Otimismo - Com os investimentos na infra-estrutura da cidade, o comércio de Santos está otimista. Segundo o presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), José Moreira da Silva, as vendas nesta temporada devem crescer de 10% a 20% em comparação ao ano passado. "Os lojistas já receberam as coleções primavera/verão e trabalham para a formação de estoques. Muitos estabelecimentos estão sendo reformados e novos hotéis e pousadas estão em construção. Além disso, os turistas dos cruzeiros também gastam no comércio local", afirmou Moreira. Os investimentos públicos no Guarujá para a alta tempo-

rada também já começaram. A cidade espera atrair cerca de 3 milhões de turistas entre dezembro deste ano e o carnaval de 2009, um crescimento de 5% em comparação ao mesmo período do ano passado. "Estamos finalizando o Centro Metropolitano de Informações Turísticas na entrada da cidade. Até o final de dezembro também pretendemos entregar a reforma do calçadão da Praia da Enseada", ressaltou Valter Batista, secretário de Turismo do Guarujá. Além de uma base fixa, a prefeitura iniciará em breve a implantação de uma central itinerante de informações turísticas, que circulará por toda a orla da cidade. Como até o final do ano não há feriados prolongados, Batista acredita

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado

São Carlos promove Xô Inadimplência

A

sexta edição da Campanha Xô Inadimplência – realizada pela Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), por meio do SCPC/Recuperação – oferece vantagens aos consumidores inadimplentes que desejam renegociar suas dívidas e recuperar o crédito. Segundo o presidente da Acisc, José Eduardo Casemiro, durante a campanha não há a cobrança de juros nos pagamentos à vista, somente uma taxa pelas despesas do procedimento. "No caso do parcelamento dos débitos, a taxa de juros é prédeterminada pela empresa participante", disse. O SCPC/Recuperação possui uma

equipe de cobrança especializada, que verifica com o consumidor e a empresa a melhor forma para a quitação dos débitos. "Os acordos são feitos de maneira rápida e simples, na Unidade Acisc do Mercado Municipal", afirmou. Os comerciantes que aderem à Campanha Xô Inadimplência também desfrutam de uma série de vantagens, pois passam a ter acesso a um serviço informatizado, conectado à Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic). Mais informações podem ser obtidas no SCPC/ Recuperação, localizado na Unidade Acisc do Mercado Municipal (Box 2) ou pelos telefones (16) 3501-5444 e 3501-5252.

que se o clima ajudar e estiver sol, os fins de semana de outubro e novembro já começarão a receber uma grande quantidade de turistas. "Já começamos a discutir as operações de segurança para o Festival de Verão, além das autorizações para as empresas realizarem eventos musicais". Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial do Guarujá, João Marcelo Stuque, os empresários já estão contratando e treinando novos funcionários. "Os setores que mais se beneficiam da alta temporada é o de hotéis, com cerca de 9 mil leitos, além dos restaurantes. Acredito que o comércio deve faturar 10% a mais do que na temporada passada", comentou Stuque. O mesmo otimismo é com-

Ubatuba investe em cursos e palestras

A

Associação Comercial e Industrial de Ubatuba (Aciu) promoveu, de janeiro a agosto, 15 palestras e 9 cursos, com o apoio de empresas parceiras. Segundo o presidente da Aciu, Ahmad Khalil Barakat, os eventos priorizaram a qualificação e capacitação de empresários e moradores. "Procuramos sempre trazer temas de diferentes segmentos e atingir um grande público", disse. Conheça alguns dos próximos eventos da Aciu: palestra Administrando estoques e processos

adequadamente (dia 23, 16h, gratuita); curso Qualidade máxima no atendimento ao cliente (de 6 a 10 de outubro, das 18h30 às 22h30, R$ 50); palestra O marketing de relacionamento da conquista e manutenção de clientes (27 de outubro, 16h, gratuita); curso Estratégia de Marketing: O sucesso de vendas da sua empresa (de 3 a 7 de novembro, das 18h às 22h, R$ 50); e a palestra Entendendo custos, despesas e preço de venda (10 de novembro, 16h, gratuita). Mais informações no telefone (12) 3834 1445.

partilhado pelos comerciantes da Praia Grande, um dos principais destinos turísticos na alta temporada. "Com base no crescimento comercial ocorrido na temporada passada e diante das obras de infra-estrutura que o município sofreu ao longo do ano, acreditamos em um crescimento entre 5% e 7% nas vendas", salientou o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) da cidade, José Augusto Soares. Empregos - Com relação à geração de empregos, Soares espera que se repita a contratação de mão-de-obra temporária dos anos anteriores, aproximadamente 1,1 mil vagas, principalmente nos setores de alimentação, bares, restaurantes e hotéis. "A ACE está fazendo a sua parte. Por

Newton Santos/Hype

Sérgio Furtado

José Augusto Soares, presidente da ACE de Praia Grande

Jairo Marques

fim do ano já está perto e, com ele, chega a alta temporada nas cidades da orla paulista. Os municípios do litoral sul, como Santos, Guarujá e Praia Grande, já começaram a se preparar para receber milhões de turistas – entre dezembro deste ano e fevereiro de 2009 –, por meio de investimentos em novos equipamentos públicos e obras de infra-estrutura. O comércio, por sua vez, está otimista com as férias de verão. Melhorias nos estabelecimentos, capacitação e contratação de funcionários temporários e formação de estoques já estão sendo realizados. Uma das cidades que mais está recebendo investimentos é Santos. São esperados mais de três milhões de turistas na alta temporada. Diferentemente de outros municípios do litoral sul, Santos se destaca não apenas pelas suas praias, mas também pelo seu centro histórico e pelos inúmeros atrativos culturais. E é exatamente no turismo histórico que se concentra as maiores novidades para o final do ano. Bonde - De acordo com a secretária de Turismo de Santos, Miriam Azevedo, a linha do bonde que passa no centro histórico, que atualmente percorre 1,7 quilômetros, até dezembro passará a percorrer 5 quilômetros em um percurso de uma hora, e terá quatro pontos de parada, no Outeiro de Santa Catarina, Teatro Coliseu, Monte Serrat e Santuário Santo Antonio do Valongo. "Queremos triplicar os atuais 8 mil visitantes que se utilizam do bonde por mês. Também instalaremos uma linha turística de trólebus que sairá da praia e irá até o centro", disse Miriam. Outros projetos para atrair mais turistas contemplam a construção de um parque em cima da plataforma do Emissário Submarino, a instalação de aproximadamente 500 placas de sinalização bilíngue português/inglês por toda a cidade, além da ampliação de dias e horários de visitação do aquário municipal e do orquidário. "Não podemos nos esquecer dos cruzeiros marítimos. Para esta temporada, sairão de Santos 14 navios com 630 mil

Muitos estabelecimentos estão sendo reformados e novos hotéis e pousadas estão em construção.

José Moreira da Silva, presidente da AC de Santos

meio do Programa Empreender estamos realizando cursos de capacitação, como manipulação de alimentos, panificação, confeitaria industrial, atendimento ao cliente, plano de negócios, entre outros. O objetivo é preparar os empresários e seus colaboradores para a temporada", disse. Entre os programas da prefeitura da Praia Grande para atrair mais turistas é investir em ciclovias. Atualmente o município conta com 50 quilômetros de ciclovias, 22,5 na orla da praia. "Até o final do ano chegaremos a 100 quilômetros. Também está sendo reurbanizado o portinho na entrada da cidade, uma grande área de lazer da Praia Grande", concluiu José Alonso Júnior, secretário de Turismo da Praia Grande.

Pit Stop gratuito em Marília

A

s 12 empresas de automecânica de Marília que integram o Núcleo Intermec (Integração das Automecânicas Marília) realizarão, dias 25 e 26, o Segundo Pit Stop, oferecendo inspeção veicular completa e gratuita para a população. O evento acontece em frente à Igreja São Bento, centro da cidade. "As pessoas não só terão uma revisão nos componentes do carro, como receberão instrução de saúde e segurança", disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho. O Núcleo Intermec é resultado do Programa Empreender desenvolvido pela Acim, numa parceria com a

Facesp e o Sebrae. O evento terá o apoio da Prefeitura, Unimed, Bombeiros, Câmara Municipal e do Grupo de Apoio a criança com câncer e hemopatias (Gacch). "A função também é social", explicou Giani Faccin, responsável pelo Programa Empreender na Acim. Contando com a participação de empresas dos ramos de pastilhas de freios, óleos lubrificantes, baterias, velas, pneus, amortecedores, escapamentos e catalizadores e aditivos de radiadores, a mecânica preventiva no Pit Stop será das 9h às 19h. Serão verificados mais de 30 itens considerados de grande importância para a manutenção de um automóvel.


sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Lula, em 1989, ao lado da filha Lurian, defendendo-se dos ataques de Collor, de que teria sugerido o aborto da filha.

CONSULTOR DESTACA DEBATES MAIS IMPORTANTES

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Arquivo /AE - 04.12.99

Os debates mais marcantes da TV

Ao lado, Lula e Collor no histórico debate de 1989, em que o candidato alagoano usou a ex-namorada do petista como arma para atacá-lo. Nove anos depois, Covas e Maluf (abaixo), em debate na TV Cultura, trocaram ofensas o tempo todo e se xingaram de "ignorante" e "mentiroso"

Franco Montoro x Jânio Quadros (1982); Fernando Collor x Lula (1989); e Mário Covas x Paulo Maluf (1998). Foram esses os debates mais importantes selecionados pelo consultor Carlos Manhanelli.

Eduardo Knapp/Folha Imagem - 27.09.98

C

om o fim do governo militar (19641985), o País aprendeu a conviver com o calendário eleitoral, a propaganda dos candidatos, as entrevistas e os debates. O consultor Carlos Manhanelli destaca três debates que marcaram a história: Franco M o n t o ro e J â n i o Q u a d ro s (1982), Collor e Lula (1989) e Mário Covas e Paulo Maluf (1998). Em cada eleição, o debate de idéias e a experiência dos candidatos se somaram. O embate de Montoro e Jânio na TV Bandeirantes ao governo estadual, por exemplo, até hoje é lembrado como o primeiro debate do período democrático e com momentos hilariantes. Num deles, Montoro nega resposta ao adversário porque não havia mais tempo de réplica e tréplica. Ao seu estilo, Jânio respondeu : "Me mandou calar a boca?". Montoro se elegeu governador. Três anos mais tarde, em 1985, uma outra figura política importante da República entrou numa fria por uma trapalhada em debate: Fernando Henrique Cardoso. Perguntado pelo mediador do debate, o jornalista Boris Casoy, se acreditava em Deus, o tucano, então filiado ao PMDB, reclamou

que a pergunta estava fora do acordo. "Bóris, nós combinamos que não falaríamos de religião no debate", cobrou o candidato. Grande parte do eleitorado entendeu que FHC era ateu e, segundo especialistas, foi o que o levou à derrota para Jânio Quadros, que marcava mais uma vez a história de São Paulo. Marketing em série – De acordo com Manhanelli, a campanha eletrônica em rede nacional e a figura do "marketólogo" (ele rejeita a nomenclatura de "marqueteiro"), que vão trabalhar os "candidatos de laboratório", explodiu em 1989. Os profissionais foram cuidar da produção de programas e orientar os candidatos em debates. Tudo foi planejado para conquistar o voto pelo impacto visual.

O computador é um instrumento de criação a serviço dos profissionais de marketing. As técnicas desenvolvidas, especialmente a exibição de comícios e montagens, foram proibidas em eleições posteriores. O exemplo clássico de marketing exagerado durante uma campanha eleitoral, segundo Manhanelli, é o do expresidente Fernando Collor de Mello. Governador de Alagoas, Collor se lançou na polí-

artpesca

tica nacional como "caçador de marajás" pelo obscuro PRN. Ele usou o horário político para consolidar a imagem de um político incorruptível e que mudaria a forma de governar os brasileiros. Líder nas pesquisas e primeiro colocado no primeiro turno, Collor enfrentou o petista Luiz Inácio Lula da Silvano segundo turno. O candidato do PT subiu nas pesquisas e encostou no adversário. Dian-

te da ameaça, Collor subiu o tom da campanha no horário gratuito: mencionou a ligação do PT com o comunismo, pintando a bandeira nacional de vermelho com recursos de computador e boatos de confisco da poupança se espalharam no País. A estocada final foi o depoimento da ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro, no programa eleitoral do PRN. Foi exibido um vídeo em que ela

acusava o antigo namorado de sugerir o aborto de Lurian, filha do casal. Lula apareceu depois na tevê junto com a filha para se defender. Abatido, foi atacado por Collor no segundo debate e o resultado nas urnas foi confirmado: vitória do caçador de marajás. Velhos adversários, Mário Covas (PSDB) e Paulo Maluf (PP) disputaram em 1998 o segundo turno da eleição ao governo do estado. Candidato à reeleição, Covas ficou atrás de Maluf após uma disputa acirrada com Marta Suplicy (PT). O segundo turno virou a favor dos tucanos e os debates esquentaram. No último, a troca de insultos foi constante. Os dois trocaram expressões como "ignorante" e "mentiroso". Valeu até Maluf lembrar que a adversário transpirava muito no final do debate, o que seria a prova de nervosismo. Covas deu o troco ao comentar a queixa de Maluf que o tucano estava baixando o nível do debate. "Baixar o nível não é falar de sua história. Sua história é que é de baixo nível." Covas se reelegeu governador. Segundo Manhanelli, as imagens dos últimos 30 anos são reveladoras. "É um lado da história política contada principalmente pela TV. São debates e programas eleitorais que exigiram de partidos e candidatos uma estratégia diferente para conquistar o voto do eleitor", destacou o consultor, que tem 34 anos de trabalho.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

ECONOMIA - 3

Economia

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ABF e FIA reúnem executivos do setor em um MBA para discutir melhorias na gestão das redes KETY SHAPAZIAN cário), Cristina Franco (sóciadiretora da Bit Company), João Batista da Silva Junior (diretor de franquias do Rei do Mate), além de outros executivos, tarimbados consultores do setor e diretores da ABF. Todos são alunos do primeiro MBA de Gestão de Franquias, promovido pela Fundação Instituto de Administração (FIA) em parceria com a ABF e coordenado pelo Programa de Administração do Varejo (Provar). O curso vai custar R$ 22,6 mil (matrícula mais 19 parcelas) e já tem programada uma segunda turma

MBA de Gestão de Franquias Duração: 24 meses (500 horas), com aulas a cada quinzena. O curso é dividido em três módulos: ● 260 horas de Gestão de Negócios (Marketing,

Finanças, Recursos Humanos, Ambiente Econômico, Estratégia e Operações). ● 120 horas de Gestão de Varejo (Estratégia de

Internacionalização, Técnicas de Negociação etc). ● 120 horas de Gestão de Franquias (Gestão e

Aulas acontecem às sextas e sábados, quinzenalmente, na sede da ABF. Na primeira turma, treinamento é dado para 30 alunos.

para março de 2009, quando haverá provavelmente um reajuste no preço, "um acréscimo de cerca de 10%", segundo Marcos Luppe, coordenador e professor do curso. Ele ministra a disciplina Jogos de Empresas: uma simulação com equipes, cada uma com diretores comercial, financeiro, de compras e recursos humanos. "No final, o aluno consegue ter uma visão sistêmica do negócio – a que preço comprar, vender etc. Na simulação, existe a oportunidade de errar. Na vida real, não", afirma Luppe. As aulas estão acontecendo na ABF porque a nova sede da FIA ainda não está pronta. Assim que o prédio for liberado, 70% dos encontros serão lá.

Multiplicação de Conhecimento pela Rede e Estudo de Franquiabilidade). ● Mais 100 horas de estudos e pesquisas fora da

sala de aula, com visitas técnicas a empresas e elaboração do projeto final. Mais informações no site www.provar.org

Debate sobre o sistema João Batista da Silva Junior, diretor de franquias do Rei do Mate, responsável por cursos e eventos da ABF e também um dos idealizadores desse projeto, está acompanhando as au-

las do MBA como aluno. "Estamos proporcionando um debate do sistema. Acho que o mercado precisava discutir o franchising e nós temos o conhecimento prático e retórico, enquanto a FIA possui as ferramentas adequadas para melhorar a gestão. Com treinamento e informação, conseguimos melhorar o negócio", diz Silva Junior. "Quanto mais players para fomentar o sistema, melhor", acrescenta. Ele afirma que aproximadamente 90% dos alunos do MBA são donos de redes ou executivos do segmento, todos associados da ABF (um dos requisitos para matrícula no curso). "Estamos lá para aprender mais ainda. A grande vantagem do conhecimento é que quanto mais você sabe, mais quer aprender", observa o diretor de franquias do Rei do Mate. "Somos muito exigidos e precisamos cada vez mais melhorar a gestão do negócio. Não é fácil administrar uma rede com centenas de franqueados", afirma o executivo.

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virá para aprimorar relacionamentos com outros executivos de franchising. "É o primeiro MBA desse tipo, de que tenho conhecimento, na América Latina. Como temos planos de abrir 30 lojas na Grande São Paulo, vou conciliar as aulas com as visitas à cidade", afirma o engenheiro civil que, na última quinta-feira, estava no Rio de Janeiro checando outro endereço da Casa do Construtor. A rede, que tem sede em Rio Claro, no interior do estado, tem 40 lojas franqueadas e quer fechar o ano com mais dez pontos-de-venda. Já a sócia-diretora da Bit Company, Cristina Franco, franqueadora há 15 anos, acha que "voltar à escola" e fazer um MBA é fundamental. "Renova nossas energias e pode significar quedas de paradigmas. É importante se atualizar. Afinal, é o que eu prego aqui na empresa com meu público. Para mim, será um desafio. Trabalho 14 horas por dia e o sábado era sagrado. Agora, tenho de estar na escola às oito da manhã", diz.

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a última sexta-feira, 30 pessoas prestavam muita atenção à disciplina Política Macroeconômica e Mercado de Consumo, na sede da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Foram oito horas de estudos naquele dia e mais quatro no sábado. A lista de presença mostra "quem é quem" no mercado de franquias: Luis Henrique Stockler (diretor de marketing e expansão da Multicoisas), Altino Cristofoletti (sócio-fundador da Casa do Construtor), Sérgio Barbi (gerente de franchising de O Boti-

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ECONOMIA

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Economia

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Clube é opção para entrar na bolsa

M

uitos pensaram que as recentes oscilações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fossem afastar os investidores, mas os últimos dados referentes à criação de clubes de investimento mostram exatamente o contrário. Apesar do vaivém das ações, 79 novos registros de clubes foram feitos apenas em julho e 617 neste ano. Com isso, eles já são 2.560 no total na bolsa paulista, com 153.434 cotistas e R$ 17,6 bilhões de patrimônio. Os fatores que levam os participantes desses clubes a ainda acreditar no desempenho do mercado acionário são diversos. Entre eles estão o crescimento econômico do País; a diminuição das taxas de juros em relação aos últimos anos e a conseqüente queda no rendimento das aplicações menos arrojadas; o retorno do mercado de capitais em um período mais longo apesar das quedas recentes; os programas de popularização da Bovespa; a redução nos custos da aplicação com o fim do pregão viva-voz; e o interesse da mídia pelo assunto, o que popularizou esse mercado. "O investidor está mais maduro e entendeu que a bolsa é arriscada e oscila mesmo, mas que nem por isso ele deve tirar o dinheiro correndo. É preciso aguardar e manter a estratégia inicial", diz o assessor de relações institucionais da BMFBovespa, José Roberto Muraback. Além disso, este é o momento de seguir o

Apesar do recente vaivém do mercado acionário, 79 novos registros foram feitos só em julho FERNANDA PRESSINOTT famoso conselho do megainvestidor norteamericano Warren Buffet: "Devemos comprar quando todos estão querendo vender e vender quanto todos estão querendo comprar". A melhor opção Segundo Muraback, os clubes de investimento são a escolha perfeita para quem está começando a entender o mercado de capitais. Basta reunir um grupo de pessoas com algo em comum – amigos, colegas de trabalho, parentes – e procurar uma corretora para estruturar o clube. Todas as decisões de risco e o funcionamento do mercado são explicados para os interessados antes de o clube começar a operar. "Neste momento, os mais conservadores descobrem se querem ou não se arriscar", diz. O processo de abertura leva cerca de 20 dias úteis. O clube pode ter de três a 150 cotistas e deve ser formado por pessoas com interesses em comum. Não é permitida a entrada de estranhos, para que não se torne um fundo de investimento. Cada um dos membros não pode ter mais de 40% do total de cotas em nenhum momento e 67% da carteira precisa ser composta por ações. As regras de funcionamento são estabelecidas em um estatuto social e determinam, por exemplo, a política de investimento usada pelo gestor, as normas para entrada de novos participantes e a taxa de administração. As vantagens dos clubes são várias. A principal delas

é a redução de custo em comparação com os fundos e carteiras administradas. Isso porque os clubes são dispensados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de passar por auditoria e ter custódia externa e não precisam publicar balanços em jornais. "Para igualar as vantagens econômicas de um clube, um fundo precisa de patrimônio mínimo de R$ 900 mil", diz o diretor da corretora Spinelli, Manuel Lois. Na Spinelli, o home broker (quem investe sozinho) paga R$ 16,90 por operação (venda ou compra de ação); para as demais modalidades, a cobrança é pela tabela de corretagem da Bovespa, que varia conforme os valores transacionados. A taxa de corretagem de um clube nessa corretora varia de 1% a 3% ao ano, conforme o patrimônio. Diversificação Outra vantagem é a possibilidade de diversificação maior das aplicações por causa do volume maior originado

pela soma dos recursos de cada integrante. A possibilidade de participação ativa nas decisões do grupo também é um fator extremamente interessante para quem quer aprender mais sobre o mercado de capitais. Nos Estados Unidos, diz o assessor de relações

institucionais da Bovespa, os investidores costumam entrar no mercado pelos clubes e depois, com mais experiência, montam suas próprias carteiras. Nos fundos, as regras são mais rígidas e o cotista não tem qualquer participação nas decisões. "Já o home broker é para quem conhece

bem esse mercado porque, apesar de as corretoras darem orientações, a pessoa está sozinha nas decisões do grupo", alerta Muraback, da BMFBovespa. A ressalva em relação ao clube é para aqueles que não têm tempo ou não querem controlar as ações dos gestores ou as decisões. Neste caso, o fundo ou a carteira administrada podem ser soluções mais adequadas. Em relação ao Imposto de Renda, tanto os investidores dos fundos quanto os dos clubes pagam alíquota de 15% no resgate se houver ganhos. No caso de manter uma carteira administrada pela corretora, o investidor paga 15% de IR para cada movimentação acima de R$ 20 mil, quando houver ganho nas operações. Outra ressalva para participar dos clubes é a mesma para qualquer aplicação no mercado de capitais: "Investir em ações é comprar o patrimônio de boas empresas e esse investimento é para vida, não pode ser feito no curto prazo", diz Lois, da Spinelli.

EVENTO

LEILÃO

Expo Money, evento de O educação financeira e investimentos, terá sua

Caixa Econômica A Federal fará leilão de jóias de contratos de penhor

edição paulistana entre os dias 17 e 19 deste mês, no Transamérica Expo Center. Totalmente voltado para a pessoa física, o encontro é gratuito e traz diversos expositores do mercado de capitais, desde corretoras de valores, BM&F Bovespa, bancos e empresas de capital aberto, até agentes do setor. Executivos de Relações com Investidores estarão disponíveis para conversar e apresentar detalhes sobre sua empresa. Mais informações e inscrições no site www.expomoney.com.br.

POUPANÇA MAIS GORDA As cadernetas de poupança encerraram agosto com captação líquida positiva de R$ 1,43 bilhão, segundo o Banco Central. Os depósitos somaram R$ 90,8 bilhões, superando os saques (R$ 89,4 bilhões). Os poupadores tiveram rentabilidade de R$ 1,59 bilhão.

amanhã, na Agência Sé, em São Paulo. Serão oferecidos 7.980 lotes de contratos que venceram há mais de 30 dias. O menor lote disponível tem lance mínimo de R$ 60 e é composto de dois anéis. O maior, a partir de R$ 30 mil, possui um colar de platina, ouro branco e diamantes. As jóias ficarão expostas das 10 às 15 horas, na Praça da Sé, 111. Os lances poderão ser feitos até as 20 horas, em qualquer agência da CEF. Mais informações no site www.caixa.gov.br

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ECONOMIA - 5

Economia

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Novos índices, mais referências

Fábio D'Castro/Hype

Bolsa de valores lança indicadores que acompanham o desempenho de empresas médias e pequenas

Com a tendência de queda do mercado acionário, é recomendável comprar papéis com maior liquidez.

SONAIRA SAN PEDRO

O

mercado acionário brasileiro ganhou nova referência para acompanhar o desempenho dos papéis das pequenas e médias empresas listadas na bolsa de valores: os índices Small Cap e MidLarge Cap. Com o lançamento desses dois indicadores e as companhias menores em maior evidência, as instituições financeiras devem lançar fundos que usem como base os papéis listados nos novos índices. A dúvida do pequeno investidor é se deve direcionar também suas aplicações para as empresas menores – seja em fundos de investimentos ou em compras diretas de ações – ou se deve comprar papéis das empresas maiores e mais negociadas no pregão. "Não é porque as ações entraram para um índice que elas estão melhor ou pior para negociação", afirma o responsável pela área técnica da corretora Magliano, Francisco Barbosa. "É possível criar índices de tudo, de empresas de setores específicos e até de companhias que têm o nome começado com a letra A. Essa é apenas uma maneira de se avaliar a carteira criada." A função desses indicadores, de acordo com o especialista, é servir de termômetro para

que o mercado avalie com mais clareza o comportamento de determinado setor ou de uma carteira de ações. Já são 12 os índices da bolsa brasileira: há desde os que reúnem os papéis com maior peso nas negociações (Ibovespa), ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), com as empresas que adotam políticas de responsabilidade. São, portanto, diferentes olhares sobre o mercado acionário nacional.

EDSON HYDALGO JÚNIOR, DO CRUZEIRO DO SUL

de mercado total da bolsa, com 69 papéis de 58 empresas, como Petrobras e Vale. Já o Small Cap (SMLL), que reúne 71 empresas menores, agrega os outros 15%. Para integrar um índice, a companhia precisa ter ao menos 98% das ações negociadas e ter tido seus ativos comercializados em todos

ganharem visibilidade e liquidez", afirma o diretor de produto da BM&FBovespa, Murilo Robotton. Antes do lançamento dos indicadores, já existiam 28 fundos classificados como "small caps", de acordo com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). "Os novos índices são mais uma referência para o investidor que, especialmente em relação às ações de empresas com menor valor de mercado, não tinha muito parâmetro. Agora, já dá para comparálos aos Ibovespa, por exemplo", observa Robotton. Comparação

Capitalização No caso desses novos índices, a capitalização de mercado é a referência oficial para a formação das carteiras. O MidLarge Cap (MLCX) reúne os ativos de companhias maiores que somam 85% do valor

os pregões dos 12 meses anteriores ao início de vigência da carteira, que será revista a cada quatro meses. "Quando uma empresa é listada em um índice, as instituições financeiras criam produtos que utilizam a marca como referência, o que faz os papéis

Comparando os dados prévios dos indicadores desde 30 de abril, quando a base dos novos índices foi fixada em mil pontos, já se pode observar tendências. Até o pregão da última sexta-feira, enquanto o índice SMLL fechou em 809 pontos, com 19,1% de desvalorização desde abril, o MLCX, composto praticamente por ações da carteira do Ibovespa, marcava 758 pontos, perdendo 24,2%. O Ibovespa, principal indicador do mercado acioná-

rio brasileiro, acumula queda de 23,5% no mesmo intervalo. Independentemente dos resultados e comparações entre quaisquer uns dos 12 índices da bolsa de valores, para o chefe dos corretores do Banco Cruzeiro do Sul, Edson Hydalgo Júnior, o momento é de investir somente em papéis de

primeira linha. "Com a tendência de queda com que o mercado de ações convive hoje (perda de 18,47% desde o começo do ano), é recomendável comprar papéis de empresas com maior liquidez", diz. "Em momentos de crise, elas são as últimas a cair, e as primeiras a retomar a recuperação."

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O medo pousa de novo em Congonhas A derrapada do bimotor PT-PAC trouxe o medo de volta aos vizinhos do "porta-aviões" Congonhas. C 1 e 4

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O 'personal' do seu bolso Agora, Campos (foto) já pensa num veleiro

S.O.S. hipoteca de US$ 200 bi nos EUA A falência de uma das duas gigantes das hipotecas dos EUA abalaria o mercado global. Bush resolveu socorrê-las. A bolsa de Tóquio já abriu em alta. E 11


sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Nacional Empresas Energia Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

HÁ NECESSIDADE DE UMA NOVA ESTATAL?

"O governo colocou a discussão do pré-sal no palanque"

9 Com a estatal, o governo terá mais liberdade de gastar a riqueza do pré-sal em projetos políticos eleitoreiros. Adriano Pires

Divulgação

Entenda o pré-sal

A

camada pré-sal se estende por cerca de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina. Engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nessa área está a profundidades abaixo de 7 mil metros, localizado sob uma extensa camada de sal. Vários campos e poços já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Também já foram nomeados os campos Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

Especialista em infra-estrutura alerta para os perigos dos planos governamentais Wilson Júnior/AE

Mário Tonocchi

A

o politizar a discussão sobre os dividendos das descobertas do petróleo na camada do pré-sal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva coloca em risco os investimentos e resultados da descoberta. A opinião é do especialista em infra-estrutura, Adriano Pires, sócio da Consultoria e Informação em Economia da Indústria de Energia (CBIE), do Rio de Janeiro. Ex-assessor do diretor-geral e superintendente das áreas de importação, exportação e abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o especialista critica a posição do governo de criar uma nova empresa para controlar a exploração do présal. Para ele, a iniciativa privada é fundamental para dividir os riscos e lucros da nova riqueza natural. Leia os principais trechos da entrevista. Como o senhor vê essa descoberta do pré-sal? Ela poderá ser um marco no desenvolvimento do Brasil. Hoje, o País possui uma reserva de petróleo de 14 bilhões de barris. Com o pré-sal, elas podem ser multiplicadas por quatro. Entretanto, a discussão está sendo muito malconduzida pelo governo federal, que colocou o pré-sal no palan-

Para o especialista, nada justifica a criação de nova empresa estatal.

que. E isso é muito perigoso. Corremos o risco de o pré-sal, em lugar de ser um presente de Deus, ser uma obra do diabo. Para evitar isso, é necessário tomar algumas providências imediatamente. A primeira: devemos ser menos ufanistas, e o nosso presidente, menos populista, e tratarmos esse assunto com toda cautela e precaução. Ou seja, vamos deixar de lado a discussão política e ideológica e substituí-la por uma mais técnica. Para transformar o pré-sal de potencial em uma verdadeira riqueza, teremos de enfrentar dois grandes desafios. O primeiro é o tecnológico. A profundidade em que se encontram os reservatórios fará com que a exploração dos campos seja um dos maiores entraves já enfrentados pelas empresas de petróleo. O segundo é de ordem econômica: como e onde conse-

guir recursos para transformar o pré-sal em riqueza. Muita gente esquece que essa gigantesca reserva não vale nada se continuar embaixo da terra. Os investimentos necessários, calculados por bancos e por inúmeros especialistas, são a s t ro n ô m i c o s . Va r i a m d e US$ 600 bilhões a US$ 1 trilhão nos próximos 30 anos. Essa variação depende das estimativas de volumes de petróleo a serem extraídos. As estimativas variam de 50 bilhões de barris a 100 bilhões, a um custo de capital da ordem de US$ 12 por barril. Isso significa de 40% a 60% do Produto Interno Brasileiro (PIB) brasileiro. Como o senhor vê a proposta do governo federal de criar uma nova empresa para gerenciar a descoberta? Não há nenhuma razão de ordem técnica para ser criada

A criação de uma nova estatal não tem fundamento econômico nem estratégico. A única motivação é a política. Adriano Pires, consultor

uma nova estatal. O atual regime jurídico das concessões dá garantias aos investidores, permite parcerias com a Petrobras e é transparente no que se refere à captação e distribuição da renda petrolífera em poder do estado brasileiro. A criação de uma nova estatal não tem fundamento econômico nem estratégico. A única motivação é política. Com essa estatal, o governo teria mais liberdade de gastar a riqueza do pré-sal em projetos políticos eleitoreiros, ou seja, a nova empresa faz parte de um projeto de poder da atual administração. E, com certeza, o pré-sal será um dos grandes temas da próxima eleição presidencial. Quando o

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governo afirma se basear no modelo da Noruega para a criação da nova estatal, tenta nos seduzir com um exemplo de país com uma realidade desejada para o Brasil. Porém, conhecemos as diferenças geográficas, de atitudes e culturais entre os dois países. Na realidade, as declarações de nossas autoridades justificando a criação da estatal lembram mais o modelo venezuelano do que o norueguês. O governo, necessariamente, precisa de parceiros da iniciativa privada para explorar as descobertas e dividir os riscos? Com certeza. É um mito afirmar que a exploração no présal não tem riscos – tanto os tecnológicos como os financeiros são imensos. Portanto, é fundamental estimular a participação das empresas privadas. Não podemos voltar ao passado, ao tempo em que a Petrobras era monopolista. O debate politico da questão, pode, de alguma forma, assustar os investidores? A criação de uma nova empresa pode lembrar a questão da Bolívia? O atual debate calcado qua-

se que exclusivamente em aspectos políticos e ideológicos assusta o investidor. Um assunto da complexidade do pré-sal tem de ser discutido com toda cautela e precaução. Posições nacionalistas lembram a Bolívia e a própria Venezuela. Por enquanto, a empresa mais prejudicada em função da condução inadequada do debate é a Petrobras. O mercado precifica as declarações das autoridades e isso resulta na queda nos cotações das ações da Petrobras. Como senhor vê os novos leilões, que oferecem área de exploração apenas em terra? É uma boa notícia a realização da décima rodada. Mas, para o mercado, foi frustrante o leilão não oferecer áreas em águas rasas. No fundo, o governo não queria fazer rodada nenhuma. Mas, com a pressão do mercado, saiu com essa alternativa. As grandes empresas petrolíferas não terão motivação para participar. A própria Petrobras só deverá entrar no leilão se o governo obrigar. Essas áreas em terra são residuais e não despertam quase nenhum interesse.

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São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 2008

índice SALÃO DO AUTOMÓVEL - 3 Já está à venda, pela internet, convites para o salão que acontece no Anhembi a partir de 30 de outubro.

AVALIAÇÃO - 4 e 5 Com motor V6, o 407 atinge velocidade de 235 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos.

MERCADO - 6 Com novo design, o Gol amplia espaço no mercado e vende quase o dobro do segundo colocado.

REMANUFATURA - 7 Aumenta procura por peças remanufaturadas , com garantia de fábrica oferecida pela Mercedes-Benz.

Ao falar de pirataria não erre o alvo mercado de autopeças tem sofrido muito com a pirataria. Em defesa dos que produzem e comercializam dentro da lei, a Imprensa, profissionais e entidades do setor têm corretamente se posicionado, fazendo pressões junto às autoridades para que providências sejam tomadas contra essa prática. Todavia, existe confusão por parte de alguns sobre o que efetivamente se enquadra em pirataria. Ela, que assola o setor de autopeças, é a falsificação. É aquilo produzido por verdadeiras quadrilhas que se apropriam ilegalmente da marca alheia, se escondem por trás de empresas tradicionais e fogem da responsabilidade sobre a qualidade dos produtos que vendem. Fazendo-se passar por outros, enganam e prejudicam o consumidor lesando empresas idôneas por desviarem ilegalmente sua clientela e causando sérios danos à sua imagem. Nada disso ocorre com as peças visuais independentes. Essas são produzidas por empresas tradicionais, reconhecidas pelo mercado em que atuam e possuem identificação de procedência. As empresas que as produzem não se utilizam da marca dos fabricantes originais muito menos têm a intenção de enganar ou confundir o consumidor. Ao contrário, têm orgulho de suas próprias marcas. A Anfape – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças, contra a pirataria, a favor da lei de patentes, não defende nem representa piratas e condena, bem como demais entidades do setor, tal prática. Defendemos o direito que sempre tiveram as empresas que fabricam e comercializam autopeças visuais e contestamos o uso abusivo que Fiat,

O

Volkswagen e Ford fazem de seus registros de design. Elas se aproveitam de interpretação da lei de propriedade industrial dissociada dos princípios da defesa do consumidor e da livre concorrência, pois registram como sua propriedade os desenhos dos componentes visuais dos automóveis, com o propósito de tornar reféns os consumidores, criando monopólio num mercado onde não haveria produtos substitutos. O design do automóvel, tal qual o de muitos produtos, é muito importante, sendo um forte apelo de venda e obviamente deve estar protegido. Já o design de seus componentes, como partes que são, não possui o mesmo caráter. Para efeito de reposição, o design deles não possui autonomia estética, portanto não tem razão de estar protegido. O desenho nesse caso não tem nenhum apelo comercial. Em outras palavras, o consumidor não pode optar por um desenho diferente. A forma, o desenho, na reposição tem uma função fundamentalmente técnica e nada ornamental. Em resumo, entendemos, assim como entendem as autoridades italianas, espanholas, americanas, inglesas e alemãs, que nenhum fabricante de um produto complexo, como por exemplo automóveis, casas, eletrodomésticos, roupas ou quaisquer que sejam, tem o direito de impedir a concorrência no mercado de partes componentes para reposição e restauração da aparência original do mesmo. É essa a causa que defende a Anfape e que deve ser defendida por todo o setor. Roberto Monteiro, diretor-executivo da Anfape

LANÇAMENTO - 8 Sedan esportivo com motor V6 e 272 cv, o 350 C Sport chega ao mercado custando R$ 275 mil.

aGenDa 7 a 11 de outubro Acontece a Automec, feira internacional especializada em peças, equipamentos e serviços para veículos pesados e comerciais, de terça a sexta, das 10h às 19h, e no sábado, das 9h às 17h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

30 de outubro a 9 de novembro Também no Pavilhão de Exposições do Anhembi, o Salão Internacional do Automóvel deve receber mais de 600 mil visitantes. Ingressos promocionais já podem ser adquiridos pela internet, no site www.salaodoautomovel.com.br.

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José S. Coelho Diagramação Renato B. Gaspar Ilustração Abê / Alfer / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


Economia

AGENDA

CAIXA 1 O seu consultor financeiro

08

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10

Segunda-feira

Quarta-feira

Quarta-feira

A FGV divulga o IGP-DI de agosto. Previsão é de deflação de 0,35%

Sai o resultado do Produto Interno Bruto do 2º trimestre. Expectativa é de alta de 5,2%.

O Comitê de Política Monetária divulga nova Selic. Alta deve ser de 0,75 p.p.

1

sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de setembro de 2008

Andrei Bonamin/LUZ

Fábio D'Castro/Hype

Fazemos três perguntas antes de comprar qualquer coisa: Eu preciso disso? Tenho dinheiro? Tem que ser hoje? MAURO SÉRGIO CAMPOS, ENGENHEIRO CIVIL

É preciso ter reservas, não extrapolar o limite do cartão de crédito nem pagar juros escorchantes. LOUIS FRANKENBERG, CONSULTOR FINANCEIRO

NEIDE MARTINGO

A

s orientações de uma consultora de finanças mudaram a vida do engenheiro civil Mauro Sérgio Campos. Há dois anos ele coloca todos os gastos em uma planilha. Antes, todo mês pedia empréstimos ao banco para viver até o salário seguinte. Hoje, guarda 10% do que ganha. A economia é para realizar o sonho de comprar um veleiro para, no futuro, passear com a família. Campos tem três filhos e sua mulher não trabalha fora. "Fazemos três perguntas antes de comprar qualquer coisa: Eu preciso disso? Tenho dinheiro? Tem que ser hoje? Se alguma das respostas for não, a aquisição não é feita e o dinheiro vai para a renda fixa", afirma. "Paguei R$ 75 por mês para a consultora, por seis meses. Ela foi à minha casa e conversou comigo e com minha mulher. O investimento valeu a pena." A consultora que atendeu Campos foi Viviane Farah Martinez. "O importante é levantar todos os gastos da família, até o cafezinho. Todos têm de se envolver, senão um guarda e o outro gasta", diz. Profissionais como ela estão cada vez mais requisitados. São conhecidos como personal finance, consultor pessoal de finanças ou, simplesmente, o encarregado de dar "sacudidelas"

Seu sonho nas mãos de um "personal" Consultores pessoais de finanças conquistam os clientes que têm dinheiro e os que correm atrás dele ou um "soco no estômago" de quem o contratou. Eles dão orientações para quem está endividado, quem tem dinheiro e não sabe onde investir ou precisa de "piroctenia" financeira para atingir algum objetivo. Segundo Louis Frankenberg, pioneiro da função no Brasil, o importante é educar as pessoas na arte do consumo. "É preciso ter reservas, não extrapolar o limite do cartão de crédito, não pagar juros escorchantes", diz. Ele cita dois casos

que atendeu. "Um casal, ele com 76 anos, ela com 80, veio ao escritório. Possuíam 20 imóveis e nenhuma reserva. A indicação era conseguir liquidez. Já pensou se um ficasse doente? Como iria pagar o tratamento? O casal, rapidamente, vendeu 15 imóveis", lembra. "Outro caso era de um homem que tinha uma Ferrari na garagem, mas pagava aluguel do imóvel. E arcava com o seguro altíssimo do veículo. Ele queria comprar uma casa pró-

pria. O trabalho de um consultor não é mágico, não é para deixar milionário. É preciso saber o que as pessoas querem e como alcançar isso", ensina. Médico das finanças Para o planejador financeiro Marcelo Angulo, seu trabalho pode ser comparado ao de um clínico geral. "O profissional é um generalista. Precisa entender de tributos, processo sucessório, gestão comportamental, áreas que influenciam as finanças das pessoas", afirma. Segundo ele, existem três tipos de clientes: os endividados, os que querem auxílio para se planejar melhor e os milionários. O trabalho surge da necessidade de cada um. Um plano é criado a partir dos objetivos do cliente, com a definição do melhor caminho para se chegar ao resultado desejado. "Quem está endividado quer ficar com as contas em dia. Há os que querem aprender a gerir o patrimônio e os que não sabem o que fazer com uma herança", diz o consultor. "A cobrança pela assessoria é por hora, mas o atendimento não é padronizado. Há casos que podem ser resolvidos com apenas um encontro. Outros são mais complicados." Um dos clientes que mais marcaram sua carreira foi uma senhora que tinha uma renda

alta, mas gastava 20 vezes o que recebia. "A missão era pagar a dívida ou aumentar a renda. Ela optou por mudar seus hábitos de consumo. Em um ano, acertou a vida e, em três, quitou as pendências." Correndo atrás de metas O consultor financeiro pessoal Raphael Cordeiro resume de forma didática seu trabalho. "O objetivo é fazer um planejamento, ajudar na conquista de metas financeiras e patrimoniais." Desde 2002, já atendeu mais de 100 pessoas e cobra de R$ 150 a R$ 500 por hora. "Mas o preço, em média, fica em R$ 200 a hora", afirma. A maioria de seus clientes é da classe média alta, com imó-

vel próprio, carro quitado, renda familiar em torno de R$ 5 mil e que precisa de informações sobre como construir uma outra casa sem se endividar ou comprometer a aposentadoria. "As pessoas se preocupam com o futuro e a velhice. Querem saber qual o melhor investimento e quais impostos vão pagar em cada um para decidir onde colocar o dinheiro", diz o consultor, que só tem espaço na agenda para novos clientes em novembro. "Os endividados representam 30% dos que me procuram. Mas apenas a metade deles consegue sucesso depois das orientações. Isso porque, para mudar a situação, é preciso alterar hábitos de consumo, ou seja, as orientações mexem com o comportamento. Nem todos aceitam." Não é difícil o consultor fazer o papel de psicólogo, o que torna o atendimento bastante difícil. "Tem gente que não aceita as sugestões de quem está contratando. Alguns querem ouvir a saída que já têm na cabeça – que nem sempre é a mais correta." Ele dá uma dica para quem se preocupa com o assunto. "É preciso saber o que se quer da vida. Quem ganha R$ 5 mil não pode gastar R$ 10 mil por mês. Ou corta despesas, ou arruma outro emprego."

Categoria nova

Q

uem "inventou" a profissão de personal finance no País foi o consultor Louis Frankenberg. Ele fundou o Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), divisão brasileira da norte-americana Financial Planning Standards Board (FPSB). "A certificação surgiu em 1986, nos EUA, para assegurar aos investidores a atuação com qualidade dos profissionais de planejamen-

to financeiro pessoal", diz. Ele teve a idéia de oferecer um serviço "personalizado" quando era gerente-geral de vendas de um banco. "Os clientes não são bem informados. Fui para o exterior, conheci a profissão e a trouxe. Hoje, quem quer ter a certificação tem que atender com ética, fazer um exame e comprovar experiência." Atualmente existem 300 profissionais certificados no Brasil.

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Tr i b u t o s Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMMODITIES EM QUEDA AFETAM BOLSA

"De fora da festa", Bovespa fecha em baixa de 2,35%.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

5,02

por cento foi a queda das ações preferenciais da Petrobras no pregão de ontem da Bovespa.

Fotos: Jason Reed/Reuters

Socorro a agências hipotecárias nos EUA fez bolsas subirem no resto do mundo

A

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ficou de fora da festa que a ajuda do governo norte-americano às agências de hipotecas Freddie Mac e Fannie Mae garantiu ontem às bolsas mundiais. Depois de chegar a uma alta superior a 3% na abertura dos negócios, a bolsa brasileira mudou de rumo perto do início da tarde, com o enfraquecimento principalmente de ações da Petrobras, da Vale e de empresas siderúrgicas. O Ibovespa, índice que serve de referência para o mercado acionário nacional, encerrou o pregão com desvalorização de 2,35%, em 50.718 pontos – o menor nível registrado desde 21 de agosto do ano passado. Em setembro, o indicador já acumula perdas de 8,91%. Desde o início deste ano, a queda já atinge 20,61%. Os operadores citaram vários motivos para explicar o comportamento da Bovespa ontem. Entre eles, realização de lucros dos investidores, vendas de ações por estrangeiros e enfraquecimento dos preços das commodities no mercado internacional. Mas o fator mais significativo talvez seja a interpretação de alguns analistas de que a ajuda do governo dos Estados Unidos às agências não encerra a crise que o país atravessa há pelo menos um ano. Mesmo sabendo disso, os investidores no exterior aproveitaram a boa notícia do fim de semana para comprar ações que estavam baratas.

20,6 por cento é a desvalorização acumulada pelo Ibovespa desde o início deste ano. Perdas no mês chegam a 8,9%.

"Na avaliação de muitos agentes do mercado financeiro, as medidas anunciadas pelo governo americano não são suficientes para enfrentar a desaceleração econômica, ainda que evitem uma crise financeira mais grave", comentou a sócia-gestora da Global Equity, Patrícia Branco. Segundo ela, como a recessão continua em pauta, o cenário é de aversão ao risco, "o que determina a queda da bolsa brasileira". Reflexos – A notícia da ajuda de até US$ 200 bilhões às agências hipotecárias norteamericanas fez o dólar se fortalecer ontem em relação a outras moedas no mundo (l ei a mais sobre o mercado brasileiro de câmbio na página E2). O socorro governamental às instituições financeiras também derrubou o preço do petróleo durante a maior parte do dia. O contrato para outubro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), no entanto, recuperou-se no final

e subiu 0,1%, para US$ 106,34. A discreta alta não foi suficiente para garantir um bom desempenho das ações da Petrobras, que caíram 4,65% (ON) e 5,02% (PN) na Bovespa. Os papéis PNA da Vale recuaram 3,46% no fechamento e os ON perderam 3,63%. Acompanhando o bom desempenho das ações de bancos nos Estados Unidos, papéis do setor financeiro tiveram altas ontem na Bovespa, amenizando a queda do principal índice. Os destaques no setor foram Bradesco PN (2,15%), Itaú PN (1,01%) e Unibanco Units (1,18%). Com queda de 2,44%, Banco do Brasil ON destoou entre as ações do setor. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones terminou em alta de 2,58%, enquanto o Nasdaq teve elevação de 0,62%. Na Europa, o desempenho foi parecido, com ganhos em Paris (3,42%), Frankfurt (2,22%) e Londres (3,92%). "O pacote do governo foi positivo, mas a sensação predominante no mercado é que a ajuda esconde os problemas embaixo do tapete", comentou Rafael Moysés , gestor da corretora Umuarama. Por isso, os efeitos iniciais positivos do socorro podem se dissipar rapidamente, com os investidores novamente operando com base nos velhos problemas de liquidez do sistema financeiro americano. Não está descartada, portanto, a possibilidade de nesta terça-feira os mercados acionários voltarem a apresentar instabilidade. (AE)

Governo dos Estados Unidos anunciou ajuda financeira a agências hipotecárias, como a Freddie Mac.

Socorro pode chegar a US$ 200 bilhões, mas nada garante que mercados mantenham a alta de ontem.

Pacote e liberalismo em discussão

O

pacote do governo americano, que assumiu as companhias de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddy Mac e nelas

injetou US$ 200 bilhões foi positivo, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Um problema sério com esses fundos poderia comprometer a economia americana." O pacote, os limites do liberalismo e da presença do Estado na economia foram o tema no primeiro dia de debates sobre os desafios do

Ministério da Fazenda. Para o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, as medidas anunciadas no domingo não deixam dúvidas. "O neoliberalismo acabou", disse. Igual opinião tem a professora Maria da Conceição Tavares. "É fantástico o país mais liberal do mundo precisar estatizar", destacou. (AE)

Mantega exalta economia do País Na comemoração dos 200 anos da Fazenda, ministro disse que Brasil vive um de seus melhores momentos.

E

m um discurso com tom político, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, abriu ontem o seminário de comemoração dos 200 anos do Ministério da Fazenda afirmando que o Brasil vive atualmente um dos melhores momentos de sua história econômica. Ele destacou que, desde o primeiro mandato do presidente Lula, o "Brasil avança a passos largos" nas esferas econômica e social. Segundo ele, o País está produzindo mais riqueza que no passado e a pobreza está sendo reduzida rapidamente, diminuindo a desigualdade. "Os brasileiros, em todos os segmentos sociais, estão mais felizes", afirmou o ministro. Ele disse que novos desafios continuam surgindo, citando a conjuntura externa desfavorável, com instabilidade dos preços das commodities. Por isso, destacou, o governo fez uma poupança adicional de 0,5

Ailton de Freitas/Agência O Globo

Ex-ministros da Fazenda participaram da comemoração de 200 anos

ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para formação do Fundo Soberano do Brasil (FSB). Mantega afirmou que essa é uma das maiores crises do capitalismo, mas que o Brasil está sabendo enfrentá-la de forma bastante adequada. O ministro lembrou da conquista da classificação de grau de investimento.

História – Mantega afirmou que este é um momento de festa para o Ministério da Fazenda, lembrando que, desde sua criação, 148 ministros enfrentaram as mais variadas dificuldades. Os titulares da pasta na época do Império, de acordo com o ministro, não poderiam imaginar que o Brasil iria superar Portugal e o Reino Unido

em dinamismo e crescimento. Ele disse que o País deixou de ser apenas ex-colônia para se transformar em potência emergente classificada entre as dez maiores do mundo. Mantega observou que o Brasil é uma potência emergente graças às políticas do atual e de governos anteriores, que fortaleceram os fundamentos econômicos. Segundo ele, isso faz com que a economia esteja sob controle, mesmo com um quadro econômico internacional adverso. Ele aproveitou para mandar um recado ao Banco Central (BC), na semana em que será discutida a taxa básica de juros (leia mais sobre o encontro na página E1). Segundo ele, a oferta tem acompanhado o crescimento da demanda, o que limita a pressão inflacionária. O Ministério da Fazenda foi criado em 1808, com a chegada da Família Real, com o nome de Erário Régio. (AE)

Fundos buscam novas estratégias Resgates de aplicações dos fundos de investimentos tradicionais têm exigido dos gestores de recursos maior criatividade nos últimos meses

O

s resgates de aplicações dos fundos de investimentos tradicionais têm exigido das gestoras de recursos maior criatividade nos últimos meses. Enquanto as carteiras de renda fixa e multimercados registram saída de recursos, ganham

espaço na indústria os portfólios de crédito, como os imobiliários e de capital garantido. Na avaliação de Luciane Ribeiro, da Comissão de Administração de Recursos de Terceiros da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid), o

cenário de incerteza obriga os gestores a buscar alternativas. "É preciso aproveitar a oportunidade e lançar produtos diferenciados." Algumas grandes instituições têm apostado nos fundos de capital protegido. Nessas carteiras, os investidores têm garantidos,

integral ou parcialmente, os recursos aplicados e a proteção do capital é feita com a ajuda dos derivativos, por meio de contratos de opções sobre ações. Essas carteiras acumulam um patrimônio de R$ 3,164 bilhões, um crescimento de 82,6% no ano. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr i b u t o s Agronegócio

AÇÃO FAVORÁVEL A CONTRIBUINTES DE 1987

Consenso pode fazer MEI sair do papel

A

CEF vai pagar Plano Bresser em São Paulo

A

Senador Aldemir Santana, do DEM, e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae: votação acelerada.

(PT-SP) e Patrícia Soboya (PDT-CE), que presidem as duas comissões. "É uma matéria de consenso entre todos os partidos. Uma matéria do País", disse o senador, ao ressaltar que, dentro e fora do Congresso, não existe qualquer resistência na sua aprovação. "O objetivo não é arrecadatório, mas de inclusão de pequenos empreendedores na formalidade", completou o senador Aldemir Santana, ao classificar o MEI como o maior processo de legalização do País. Antes de chegar ao Senado, a proposta já havia sido discutida e aprovada pelos Ministérios da Previdência e da Fazenda, além do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A criação do MEI é a grande novidade do PLC nº 128, que também faz ajustes no Simples

A maior VARIEDADE de cofres de São Paulo

Nacional, tornando-o mais serviços, por carnê. atrativo e abrangente por perOs optantes só poderão conmitir o ingresso de setores eco- tratar um funcionário e, nesse nômicos que antes não podiam caso, recolherão mais R$ 12,45 pedir o enquadramento no re- à Previdência. O registro nos órgãos públicos será simplifigime tributário. A categoria vai abarcar pe- cado. Além disso, os contribuintes estarão quenos empredispensados de endedores que e m i t i r d o c uganham até R$ 36 mil por ano mento fiscal nas vendas aos cone vivem atual- O objetivo não é mente na infor- arrecadatório, mas de s u m i d o re s f inais. malidade. Eles inclusão de pequenos vão recolher vaA incorporação da categoria lores fixos men- empreendedores na do MEI deverá sais de R$ 45,65 formalidade. para o Instituto Senador Aldemir p o s s i b i l i t a r a Nacional de SeSantana formalização de 10 milhões de guro Social negócios que (INSS) – 11% do hoje são tocados salário mínimo –, R$ 1 de Imposto sobre Circu- em todo o País na clandestinilação de Mercadorias e Servi- dade, por autônomos, por cauços (ICMS) e R$ 5 referentes ao sa da alta carga tributária e buImposto sobre Serviços (ISS) – rocracia excessiva. Só no Estado de São Paulo, o exigências para prestador de Estamos preparando a maior feira de destilados e fermentados do Brasil

DC

criação de uma nova categoria no Simples Nacional, conhecida como Microempreendedor Individual (MEI), deverá ser votada entre hoje e amanhã no Senado. A informação foi dada pelo senador Aldemir Santana (DEM-DF), presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com informação do parlamentar, com o objetivo de acelerar a votação da matéria, os relatórios emitidos pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Assuntos Sociais (CAS) deverão ser lidos em plenário, como foi acordado entre o presidente do Senado, Garibaldi Alves, e os senadores Aloízio Mercadante

O secretário Guilherme Afif Domingos iniciou entendimentos do MEI em 2004.

Márcia Kalume/ Agência Senado

Nova categoria do Simples que deve trazer 10 milhões de autônomos para a formalidade, a do Microempreendedor Individual, pode ser votada no Senado entre hoje e amanhã. Sílvia Pimentel

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potencial de inclusão chega a 3,5 milhões de trabalhadores, segundo o secretário licenciado de Trabalho e Emprego do governo de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. A idéia de uma nova faixa no Simples Nacional, voltada aos microempreendedores, com tratamento simplificado na abertura do negócio e cobrança simbólica de tributos, foi apresentada há cerca de quatro anos por Afif Domingos, que então presidia a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ao presidente Lula. Com a nova faixa, poderão ingressar no Simples Nacional, por exemplo, ambulantes, pipoqueiros, cabeleireiros, limpadores de piscinas, guardas de rua, carpinteiros, entre outros trabalhadores.

juíza federal Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Federal de São Paulo, decidiu ontem que todas as pessoas que residem no estado e tinham caderneta de poupança da Caixa Econômica Federal, com aniversário entre os dias 1 e 15 do mês em junho de 1987 terão direito à correção do Plano Bresser. A decisão é resposta a uma ação civil pública proposta pela Associação de Defesa e Proteção dos Direitos do Cidadão (Defende). As solicitações relativas ao Plano Bresser garantem ao poupador a correção de 26,06% nas contas com aniversário em junho de 1987. Na época, devido a mudanças nas regras, as cadernetas receberam correção abaixo deste percentual. De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, cabe recurso à decisão, pois ela é de primeira instância. Entretanto, a assessoria destaca que já existe o entendimento de instâncias superiores de que o poupador foi prejudicado pela mudança de regras do Plano Bresser. (AG)

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Nacional Finanças Empresa Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Depois da Lei Seca, cerveja sem álcool é uma boa oportunidade para aumentar as vendas. Geraldo Guitti, empresário

EMPRESA INVESTIU 3% DO FATURAMENTO

Cara nova para ganhar mais espaço no mercado

Fábio D´Castro/Hype

A Bebidas Convenção investiu em novos produtos Vanessa Rosal

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e olho na expansão do mercado brasileiro de refrigerantes, que movimentou R$ 19 bilhões em 2007, a marca de refrigerantes Convenção investiu 3% do seu faturamento em ações de marketing e desenvolvimento de novos produtos. Embalagens mais modernas, com personagens para o público infantil, e o conceito saudável do novo guaraná com zero de açúcar devem alavancar em 30% as vendas da empresa em relação ao ano passado. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não-alcoólicas (Abir), as bebidas gaseificadas e prontas para beber (sucos, refrescos, chás, mate e água de coco) tiveram crescimento de 14% nos últimos cinco anos, com destaque para os refrigerantes. Com consumo per capita de aproximadamente 70 litros por ano, o Brasil

Novo guaraná da Convenção

O presidente Guitti afirma que o guaraná é o carro-chefe

ocupa a 3ª posição do ranking mundial, perdendo apenas para os EUA e o México. O segmento de guaraná é o segundo maior do mercado, com 25% do volume total, segundo dados da ACNielsen. De acordo com o presidente da Convenção, Geraldo Guitti, a empresa ocupa a quarta posição no ranking das vendas. "Esta bebida é nosso carro-chefe, representando 40% do faturamento", diz. Na fábrica de Caieras, no interior de São Paulo, são produzidas 22 mil garrafas pet de guaraná por hora e 20 mil latas de cerveja. Entre os lançamentos, estão o Guaraná Amazon Convenção, que será exportado; a cerveja alemã Bitburger e o Chinotto, um refrigerante com receita original da Itália, composto de extratos vegetais aromáticos, sem conservantes. "Também estendemos a nossa linha com a água mineral natural Doce Vida, nas versões sem gás e com gás, e a Cerveja Guitt´s, em nova embalagem long neck, nas versões pilsen e malzbier". Até o final do ano a empresa lançará ainda a cerveja versão sem álcool. "Depois da Lei Seca, é uma boa oportunidade para aumentar as vendas", afirma Guitti. Outra novidade, é o relançamento das embalagens dos refrigerantes das marcas Convenção e Vitt's. Ambas passaram por reformulações e agora têm design prático, moderno e rótulos metalizados. O Chinotto, único refrigerante digestivo do mercado brasileiro, também ganhou nova embalagem com layout que destaca a origem italiana da bebida. Além disso, a empresa aposta no guaraná zero açúcar, lançado há dois meses, e se prepara para entrar no segmento infantil, com desenhos de personagens nas embalagens. Cerveja Premium – Desde 2001, a Convenção atua no mercado de cervejas com a marca Guitt's. Agora, lança um produto Premium, voltado para a classe A. De acordo com o mestre cervejeiro Ricardo Ne-

A fábrica de Caieiras, no interior de São Paulo, produz 22 mil garrafas pet de guaraná por hora e 20 mil latas de cerveja.

Produtos ganham novas embalagens, mais modernas.

Uma convenção histórica Negretto, mestre cervejeiro: a Bitburger é bem mais encorpada

gretto, a Bitburger se diferencia da pilsen por ter sabor mais encorpado, com 100% de malte. O produto chega às gôndolas brasileiras graças a uma parceria com a empresa alemã de mesmo nome. "Nossa capacidade de produção, hoje, é de cinco milhões de litros de cerveja por ano", diz. Por enquanto, o produto poderá ser encontrado nas versões garrafa 600 ml e long neck. "Em breve, lançaremos em lata também".

Fundada em 1817 por Johann Wallenborn, a marca Bitburger é a líder de mercado em bares e restaurantes na Alemanha, com vendas anuais de 4,12 milhões de hectolitros. É produzida pela mesma família há sete gerações e obedece à Lei de Pureza Alemã de 1517. Ela estabelece que a bebida seja fabricada apenas com água, malte de cevada e lúpulo, isenta de qualquer aditivo capaz de mudar seu sabor.

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undada em 1951, na cidade de Itu, interior de São Paulo, a Refrigerantes Convenção iniciou suas atividades como destilaria. Ou seja, produzia, envasava e distribuia bebidas alcoólicas. Mais tarde, passou a produzir refrigerantes em garrafas de vidro de 600 ml. A empresa recebeu esse nome em homenagem à

Cinzeiro vira peça de decoração Com restrição ao fumo, a produção despencou. Mário Tonocchi

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as últimas duas déc a d a s , o s m a i o re s pólos brasileiros de produtos cerâmicos, nas cidades de Pedreira, Santa Gertrudes e Porto Ferreira, interior paulista, registraram queda de mais de 90% na produção e venda de cinzeiros de mesa. No início dos anos 1960, quando o cigarro ainda estava na moda, eram produzidas cerca de 20 milhões de

unidades anuais, de acordo com o Sindicato da Indústria da Cerâmica da Louça de Pó de Pedra, da Porcelana e da Louça de Barro no Estado de São Paulo (Sindilouça). Os cinzeiros representavam cerca de 13% do pólo. A redução na demanda do produto recebeu o primeiro grande baque em 29 de agosto de 1986, quando foi criado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Desde então, foram criadas diversas leis coibindo o vício, como, por exemplo, a

propaganda do cigarro nos meios de comunicação e o patrocínio de eventos culturais e esportivos pelos fabricantes. "O setor de cerâmica precisou se adaptar, ante a contínua redução do mercado. Hoje, as peças utilizadas para produzir os cinzeiros são as mesmas usadas na fabricação de potes para patês. Quando chega um pedido de cinzeiro, basta fazer

os cortes laterais", diz o empresário Carlos Eduardo Alves da Cunha, sócio-proprietário da Geni Porcelanas Ltda, instalada desde 2001 em Pedreira. Apesar da drástica queda na produção, de acordo com Maurício Daldosso, diretor do Sindilouça, as vendas permanecem estáveis nos últimos dois anos. Para tornar o produto mais atraente, eles são enfei-

tados por empresas como a Cerâmica São Joaquim e vendidos como peça de decoração. Tiro no pé – Na última investida contra o fumo, o governador José Serra (PSDB) quis atirar no vício, mas deve acertar nos bares e restaurantes, segundo representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Projeto de lei enviado para a Assem-

"Convenção de Itu". O encontro reuniu um grupo de paulistas partidários da derrubada do regime monárquico, em 1873. Essas pessoas eram, em sua maioria, fazendeiros, comerciantes, profissionais liberais e beneficiários dos negócios da enorme produção de café do Estado. Nesse encontro, foram propostos novos princípios para a organização do País e lançadas as bases do movimento republicano. Esse evento histórico inspirou a criação da marca Convenção. bléia Legislativa prevê sanções pesadas contra os estabelecimentos comerciais que tolerarem o fumo, embora não puna os fumantes. As multas podem variar de R$ 220 a R$ 3,2 milhões. O projeto prevê até a cassação da licença de funcionamento. "Essa proposta só pode ser marketing. Em um País onde já existem nove leis federais e estaduais restringindo o fumo, a nova lei do governador só servirá para penalizar os bares e restaurantes porque seus clientes fumam", observou Percival Maricato, diretor jurídico da Abrasel. Atuando pela associação, Maricato foi um dos primeiros advogados a conseguir um habeas corpus preventivo para a pessoa se negar a fazer o teste do bafômetro nas blitze de fiscalização da Lei Seca, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro, tornando o consumo de bebidas alcoólicas pelos motoristas rigorosamente proibido. A mudança na legislação, segundo Maricato, afetou profundamente o movimento de bares e restaurantes.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Agronegócio Finanças Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ADESÃO AO SISTEMA É FACULTATIVA

por cento das transações bilaterais devem ser feitas com o novo sistema adotado pelos países.

Brasil e Argentina dispensam dólar Novo sistema, que começa em outubro, permite que exportadores dos dois países negociem contratos em real e peso, sem intermediação da moeda americana. Dida Sampaio/AE

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Cristina e Lula assinaram ontem em Brasília acordo que facilita comércio bilateral. Novo sistema deve diminuir custos das exportações.

Pool para financiar infra-estrutura

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Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco de Integração e Comércio Exterior da Argentina (Bice) e Banco da Nação Argentina (BNA) celebraram ontem, em

Brasília, acordo de cooperação para financiar projetos de infraestrutura regional. O objetivo é aumentar as exportações dos dois países, ampliar e modernizar a capacidade de produção e fortalecer as cadeias produtivas. Desde 1997, o banco estatal brasileiro financiou US$ 3,2 bilhões em operações de exportações para a América do Sul, dos quais

Lula chama vizinha para trabalhar Presidente quer que a indústria naval de Cristina Kirchner ajude a explorar o pré-sal

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indústria naval da Argentina poderá fornecer equipamentos e embarcações para a exploração de petróleo na camada présal no Brasil. O acerto foi assunto de boa parte das conversas ontem entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e a argentina Cristina Kirchner, no Palácio do Planalto. Em dez dias, a Casa Rosada deverá encaminhar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) um estudo sobre a capacidade atual de produção dos estaleiros argentinos e a necessidade de investimentos para sua modernização. O objetivo será integrar a produção naval dos dois países e incentivar investimentos de lado a lado para garantir, na própria região, o fornecimento de parte dos equipamentos necessários para a exploração no pré-sal. "A Argentina pode e deve participar da construção da grande infra-estrutura necessária à exploração do petróleo brasileiro na camada présal", discursou Lula no almoço oferecido a Cristina no Itamaraty. "A Petrobras está fazendo uma grande encomenda de navios petroleiros, sondas, plataformas, e o presidente Lula deseja que a Argentina, na medi-

R$ 1,3 bilhão foram para a Argentina, incluindo financiamento para a expansão dos gasodutos TGS e TGN, Albanesi e Cammesa. Os financiamentos do BNDES para a Argentina devem aumentar de forma significativa, independentemente do acordo com o Bice e o BNA. A atual carteira do BNDES de financiamento a exportações brasileiras para a

Argentina – incluindo as operações em perspectiva (que ainda não tiveram o pedido formal feito ao banco) e as contratadas – soma cerca de US$ 6 bilhões, alavancando investimentos de aproximadamente US$ 12 bilhões. Os principais setores a que se destinam as exportações são gasodutos e usinas hidrelétricas, água e saneamento básico e transporte urbano. (AE)

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 037/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para construção da linha de desvio em Eng. Schmitt, referente ao projeto turístico cultural “TREM CAIPIRA”. Sec. Mun. Desenv. Econ. Neg. Turismo. Limite p/ entrega dos envelopes 24/09/2008 às 17:00h e abertura dia 25/09/2008 às 08:30h.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 108/2008 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1.448/2008 Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se acha aberto o Pregão Eletrônico nº 108/2008, tendo como objeto a contratação de empresa especializada para realização de exames de endoscopia, colonoscopia e polipectomia para atender as necessidades dos usuários do Sistema Único de Saúde-SUS residentes no Município de São Carlos/SP, conforme características e especificações constantes no anexo II. O Edital na íntegra poderá ser obtido no site www.bb.com.br, opção Licitações. O recebimento das propostas dar-se-á até as 9:00hs do dia 22 de setembro de 2008 e o início da sessão de disputa dar-se-á as 14:30hs do dia 22 de setembro de 2008. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350. São Carlos, 08 de setembro de 2008. Cristhian Jesus dos Santos - Pregoeiro

Associação dos Escreventes Técnicos Judiciários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

da do possível, participe desse esforço oferecendo seus serviços técnicos para operar no pré-sal, no futuro", resumiu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Passo-a-passo – No terceiro encontro entre Lula e Cristina neste ano, o plano de cooperação em 17 projetos comuns, traçado em fevereiro passado, avançou um passo. Os dois governos decidiram encurtar o prazo para a conclusão dos estudos sobre a construção da hidrelétrica binacional de Garabi, na fronteira, de 30 meses para 24 meses. Lobão informou que a intenção é adiantar esse processo para apenas 20 meses – para maio do ano que vem – com início das obras, no máximo, no fim de 2010. Também avançou o projeto de licitações conjuntas para as obras de pontes sobre o rio Uruguai, no segundo semestre de 2009. No próximo dia 31 de outubro será aberta a licitação para os estudos de viabilidade. Como lembrou Cristina Kirchner em seu discurso, até meados dos anos 1980, quando os dois países viviam sob ameaça de conflito, as pontes tinham espaços para a colocação de explosivos – uma precaução para o caso de invasão de lado a lado. (AE)

Convocação de Reunião da Diretoria Executiva Ivo Ribeiro de Oliveira, Presidente da Associação dos Escreventes Técnicos Judiciários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no uso das suas atribuições, nos termos do artigo 22 dos Estatutos da Entidade, e visando dar a devida formalidade determinada no processo judicial nº 182253-6, em trâmite na 32ª Vara Cível da Capital e que em decisão liminar suspendeu as eleições que seriam realizadas pela entidade no dia 15 de agosto de 2008, comunica aos membros da Diretoria Executiva e para ciência dos seus associados, que será realizada reunião no dia 17/09/2008, na Sede social na Praça da Sé, 96 - 2º andar, conj. 201, às 10:00hs. para discussão e deliberação dos seguintes assuntos: a) escolha e nomeação da comissão eleitoral; b) designação de nova data para a realização das eleições; c) outros assuntos de interesse. São Paulo, 05 de setembro de 2008. Ivo Ribeiro de Oliveira - (a) Presidente.

QUEIROZ GALVÃO SABIÁ EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. CNPJ/MF Nº 08.814.046/0001-56 - NIRE 35.300.349.041 Extrato da 1° Ata da Assembléia Geral Ordinária 1. Local: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.015, 12º andar, conjuntos 121 e 122, CEP 01452000. 2. Data e Horário: 16 de julho de 2008 às 11:30 horas. 3. Quorum: Totalidade dos acionistas. 4. Deliberações tomadas por unanimidade: Item 1 - Aprovadas as demonstrações financeiras acompanhadas do parecer dos auditores independentes e do relatório da administração referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007; Item 2 - Distribuição de dividendos no valor total de R$ 324.134,37 (trezentos e vinte e quatro mil, cento e trinta e quatro reais e trinta e sete centavos); Item 3 - Mantidos para o exercício seguinte, os diretores Fernando de Queiroz Galvão e Luis Gustavo Dalla Vario no cargo de Administradores. São Paulo, 16 de julho de 2008. (aa) Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário Ltda., Votorantim Finanças S.A., Sabiá Empreendimentos Imobiliários Ltda., Fernando de Queiroz Galvão, Presidente da mesa, e Luiz Gustavo Dalla Vario, Secretário. Texto integral lavrado em livro próprio e arquivado na sede da Companhia, cuja cópia fiel, lavrada e autenticada pelo Secretário, foi registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o número 239.020/08-0.

PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A - CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE 35.300.174.569 Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 18.04.08 Data, Hora, Local: 18.04.08, às 17hs., na sede social do PSA Finance Arrendamento Mercantil SA (“Sociedade”), localizada à R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º andar (parte), Cidade e Estado de SP. Presença: Os Conselheiros François Jean Huteau e Laurent Pierre Marie Taste. Os Conselheiros Herve Jean Jacques Guyot e José Francisco Gouvêa Vieira não compareceram à Reunião, no entanto, declararam-se cientes da sua realização e das matérias a serem deliberadas. Mesa: François Jean Huteau, como Presidente e Laurent Pierre Marie Taste, como Secretário. Ordem do Dia: 1) Deliberar sobre a eleição dos membros da Diretoria da Sociedade. 2) Deliberar sobre a eleição do Presidente do Conselho de Administração da Sociedade. 3) Discutir sobre outros assuntos de interesse da Sociedade. Deliberações: Foram deliberadas pelos Conselheiros presentes, por unanimidade, as seguintes matérias: 1) Autorizar a lavratura desta ata em forma de sumário. 2) Eleger os membros da Diretoria, com mandato até a realização da primeira RCA da Sociedade que se seguir à AGO a ser realizada no ano de 2011: (I) François Jean Huteau, francês, casado, executivo, identidade de estrangeiro nº V507170-R DPF, CPF/MF 232.592.978-71, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, Cidade e Estado de SP, o qual ocupará o cargo de Diretor Geral. (II) Joelcyr Carmello Filho, brasileiro, casado, engenheiro, RG 10.479.450-SSP/SP, CPF/MF 052.592.248-25, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Cidade e Estado de SP, o qual ocupará o cargo de Diretor Financeiro. (III) Gustavo Walch Aurélio da Silva, brasileiro, solteiro, engenheiro, RG 22.309.488-2-SSP/SP, CPF/MF 176.089.648-98, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Cidade e Estado de SP, o qual ocupará o cargo de Diretor sem designação específica. 2.1.) Declarar vagos os demais cargos da Diretoria. 2.2.) Consignar que as posses dos Diretores eleitos ocorrerão mediante as assinaturas dos Termos de Posse, os quais serão lavrados no livro competente, imediatamente após o despacho homologatório do ato de eleição pelo Banco Central do Brasil. 3) Eleger Hervé Jean Jacques Guyot, francês, casado, executivo, passaporte francês nº 02XD48052, residente e domiciliado em Paris, França, com endereço comercial na 75 Avenue de La Grande Armée 75116, Paris, França, para o cargo de Presidente do Conselho de Administração. O mandato do Presidente ora eleito se estenderá até a realização da primeira RCA da Sociedade que se seguir à AGO a ser realizada no ano de 2011. 3.1.) Consignar que a posse do Presidente ora eleito ocorrerá imediatamente após o despacho homologatório do ato de sua eleição pelo Banco Central do Brasil. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Reunião foi suspensa para lavratura da presente ata que foi lida e assinada pelos presentes. Presentes: François Jean Huteau e Laurent Pierre Marie Taste. Mesa: François Jean Huteau - Presidente. Laurent Pierre Marie Taste - Secretário. Conselheiros Presentes: François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste. JUCESP nº 294.071/08-8 em 03.09.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84, INFORMAMOS QUE NO DIA 09 DE SETEMBRO DE 2008, NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL-SP.

sistema de paga- do câmbio) no mercado finanmentos que dis- ceiro, o que reduz custos. Para pensa o dólar no um pequeno ou médio producomércio bilateral tor brasileiro, que tem todos os entre Brasil e Argentina entra- seus custos em real, é sempre rá em operação no próximo dia melhor fugir dessas incertezas 3 de outubro, informou o Ban- e ter a garantia de receber o vaco Central (BC). O acordo, assi- lor combinado previamente na nado ontem pelos presidentes moeda local. Atualmente, o dos dois países, Luiz Inácio real vale 1,53 peso. Lula da Silva e Cristina KirchCustos menores – Além disner, permite que exportadores so, o SML pode reduzir custos brasileiros e argentinos nego- em cerca de 4%, avaliam os técciem seus contratos em real e nicos do BC. Essa estimativa, peso, sem intermediação da ainda bastante preliminar, está moeda americana. baseada em dois componentes A diretora de Assuntos In- presentes hoje nas transações ternacionais do BC, Maria Ce- em dólar entre os dois países: lina Berardinelli primeiro, o chaArraes, explicou mado "spread" que a adesão ao entre compra e Sistema de Pagavenda de moeda m e n t o d o C o- Os bancos centrais dos (o preço do dólar mércio Bilateral dois países farão um sempre é mais alem Moedas Loto para quem acerto de contas diário compra do que cais (SML) é voluntária, ou seja, das operações. para quem venos exportadores Maria Celina de); segundo, a dos dois países Berardinelli , diretora diferença entre p o d e m c o n t ido Banco Central as taxas de balnuar recebendo cão (oferecidas pelos bancos ine m d ó l a re s , s e quiserem. A optermediários ao ção de usar dólar ou moeda lo- exportador ou importador) e cal deve ser feita no momento as taxas interbancárias (negoda assinatura de um contrato ciadas entre esses bancos e ou do preenchimento da guia seus respectivos BCs, no Brasil de exportação. ou na Argentina). De acordo com ela, grandes A diretora do BC advertiu, exportadores que têm parte entretanto, que a transação em dos seus custos em dólar po- moeda local também exigirá dem preferir manter suas tran- uma intermediação bancária e sações em moeda americana; que esse serviço terá custo para por isso, a expectativa inicial é as partes envolvidas no negóde que apenas 10% a 30% do cio. Espera-se que essa tarifa comércio bilateral seja feito seja menor do que a atual despor meio do SML. pesa com transações em dólar, A vantagem do novo siste- mas isso não está garantido. ma é que ele permite ao exporDiariamente, de acordo com tador fazer cotações de seu Maria Celina, "os bancos cenproduto na moeda do próprio trais dos dois países farão um país, sem precisar se preocu- acerto de contas, garantindo par com a flutuação da taxa de que o país com superávit de câmbio ou precisar fazer as transações em cada dia receba chamadas operações de hedge uma depósito equivalente em (um seguro contra oscilações dólares". (AE) KICASA Comercial e Importadora S/A. CNPJ nº 60.619.673/0001-56 - NIRE: 35.300.040.830 Ata de Assembléia Geral Extraordinária da Sociedade Empresária Organizada sob a Forma de Sociedade Anônima denominada Kicasa Comercial e Importadora S.A 1 - Data, hora e local da AGE: Aos dezesseis dias do mês de junho, de dois mil e oito, às 9:30 horas, na sede social situada na Rua Direita, nº 247, 2º andar, nesta capital do Estado de São Paulo. 2 - Convocação e quórum de instalação: dispensada a publicação dos editais de convocação, em face da presença dos acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes do “Livro de Registro de Presença de Acionistas” e nos termos da permissão contida no art. 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. 3 - Mesa dos Trabalhos: Diretor Presidente - Alexandre Bossolani, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº 3.403.386-5 pela SSP/SP, CPF sob nº 057.982.058-00, residente e domiciliado na Rua Araguari, nº 679, 15º andar, Moema, nesta Capital do Estado de São Paulo, CEP 04514-041; e Diretor Superintendente - José Cláudio Magalhães Castro, brasileiro, casado, economista, portador do RG nº 3.277.700-0, CPF sob nº 048.757.028-68, residente e domiciliado na Alameda dos Guaicanans, nº 790, Planalto Paulista, São Paulo/ SP, CEP 04064031. 4 - Ordem do Dia: a) Leitura e deliberação acerca das condições de diretoria da Companhia, retirando-se o acionista Diretor Superintendente Sr. José Cláudio Magalhães Castro, cedendo e transferindo o total, ou seja 1% (um por cento) de suas ações ordinárias nominativas e sem valor, ao acionista remanescente Diretor Presidente Alexandre Bossolani, dando à Companhia a mais ampla, geral, irrevogável e irretratável quitação. b) O acionista Diretor Presidente Alexandre Bossolani, cede e transfere parte de suas ações, ou seja 1% (um por cento) de suas ações ordinárias nominativas e sem valor, ao acionista ora admitido na Companhia Sr. Jailson Gabriel de Araújo, brasileiro, casado em regime de comunhão parcial de bens, comerciário, portador do RG nº 1.312.960 expedida pela SSP/SP, CPF sob nº 897.952.534-68, residente e domiciliado na Rua Archote do Perú, nº 200, apto. 34, Parque Árvores, CEP 04824-100, nesta Capital do Estado de São Paulo, nomeado Acionista sem funções diretivas ou ligadas a administração da empresa. 1 - Declarações: a) Em decorrência das deliberações ora aprovadas, o capital social da Companhia, totalmente subscrito e integralizado é de R$ 7. 333. 252,58 (sete milhões, trezentos e trinta e três mil, duzentos e cinqüenta e dois reais e cinqüenta e oito centavos), representado por 6. 314.148 (seis milhões, trezentas e quatorze mil, cento e quarenta e oito) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Os Diretores na presente assembléia declaram sob as penas da lei e para os fins do disposto no artigo 1.011, § 1º do Código Civil, não estarem incursos em nenhum dos crimes previstos em lei, que os impeçam de assumir os cargos para os quais foram nomeados e de exercerem as funções a eles relativas, não estando assim impedidos de exercerem a administração da Companhia, por lei especial ou em virtude de condenação criminal ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra nomes de defesa da concorrência, contra as RELAÇÕES DE CONSUMO, A FÉ PÚBLICA OU A PROPRIEDADE. 2 - Quórum de deliberações: Todas as decisões foram tomadas por unanimidade de voto da Ata da Assembléia Geral Extraordinária. 3 - Encerramento e aprovação da ata: esgotada a “Ordem do dia”, os trabalhos foram encerrados, tendo sido lida, aprovada e assinada a presente ata na forma prevista no § 1º, do Art. 130, da Lei nº 6. 404/ 76. 4 - Acionistas presentes: Alexandre Bossolani, José Cláudio Magalhães Castro e Jailson Gabriel de Araújo. Declaramos que a presente, é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 16 de junho de 2008. Alexandre Bossolani, Diretor Presidente, Jailson Gabriel de Araújo, Acionista, José Cláudio Magalhães Castro, Diretor Superintendente. Assembléia Geral Extraordinária realizada em 16/06/2008. Quadro de Ações: até 16/06/2008 Antiga Diretoria, Acionista Alexandre Bossolani Quantidade de ações 6. 251. 006; Participação (%) 99%, Acionista: José Cláudio Magalhães Castro; Quantidade de ações 63. 142, Participação (%) 1%, Total Quantidade de ações 6.314.148; Participação (%) 100%, Quadro de Ações após 16/06/2008 Atual Diretoria, Acionistas: Alexandre Bossolani. Quantidade de ações 6.251. 006. Participação (%) 99%, Acionistas: Jailson Gabriel de Araújo Quantidade de ações 63.142 Participação (%) 1%, Total Quantidade de ações: 6.314.148. Participação (%) 100%. Declaramos que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Assembléia Geral Extraordinária realizada em 16 de junho de 2008. Lista de Presença de Acionistas. Acionistas Alexandre Bossolani, Diretor Presidente, Jailson Gabriel de Araújo, Acionista, José Cláudio Magalhães Castro, Diretor Superintendente. Declaramos que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 16 de junho de 2008. Alexandre Bossolani, Diretor Presidente, Jailson Gabriel de Araújo, Acionista.

PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A CNPJ/MF nº 03.502.968/0001-04 - NIRE 35.300.174.569 Ata de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 18.04.2008 Aos 18.04.08, às 15hs., na R. Miguel Yunes, 351, Prédio 1, 1º Andar (parte), Bairro de Interlagos, Cidade e Estado de SP, reuniram-se os Acionistas, representando a totalidade do capital social do PSA Finance Arrendamento Mercantil S/A (“Sociedade”). Tendo em vista a presença da totalidade dos Acionistas, a assembléia instalou-se regularmente, nos termos do disposto no § 4º, Art. 124, Lei 6.404/76. Assumiu a presidência da assembléia François Jean Huteau, que convidou a mim, Márcia Regina Celentano, para servir como Secretária, ficando assim constituída a mesa, nos exatos termos do Estatuto Social. Dando início aos trabalhos o Presidente esclareceu que esta assembléia tem por objetivo: 1) Tomar as contas da Diretoria, bem como examinar, discutir e deliberar acerca das demonstrações financeiras relativas ao exercício da Sociedade encerrado em 31.12.07 e o Parecer dos Auditores Independentes. 2) Deliberar sobre a destinação dos resultados apresentados pela Sociedade referente ao exercício social encerrado em 31.12.07. 3) Renunciar ao recebimento do dividendo obrigatório mínimo referente ao exercício social encerrado em 31.12.07, ao qual teria direito, conforme estabelecido na alínea “b”, Art. 33 do seu Estatuto Social. 4) Aprovar o plano anual de negócios e o orçamento estratégico da Sociedade para o ano de 2008. 5) Eleger os membros para compor o Conselho de Administração da Sociedade. 6) Aprovar a alteração da sede da Sociedade e, por conseqüência, alterar o Artigo correspondente no Estatuto Social. Após terem sido discutidas as matérias constantes da ordem do dia, os Acionistas, por unanimidade e sem reservas, ressalvas ou restrições, deliberaram: 1) Dar por sanada a falta de publicação dos anúncios de que trata o Art. 133, Lei 6.404/76. 2) Aprovar as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31.12.07, bem como o Parecer dos Auditores Independentes, publicados no DOESP e Diário do Comércio, edições de 13.03.08. 3) Aprovar a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.07, no montante de R$ 1.342.713,61, consoante a seguir exposto: (a) R$ 67.135,68, correspondente a 5% do lucro líquido, para constituição da reserva legal de que trata o Art. 193, Lei 6.404/76 e Art. 33, alínea “a” do Estatuto Social, e (b) R$ 1.275.577,93, correspondente ao saldo remanescente do lucro líquido, será destinado à conta de “Lucros Acumulados”. 4) Os Acionistas renunciam ao recebimento do dividendo obrigatório mínimo referente ao exercício social encerrado em 31.12.07, ao qual teriam direito, conforme estabelecido na alínea “b” do Art. 33 do seu Estatuto Social. 5) Aprovar o plano anual de negócios e o orçamento estratégico da Sociedade para o ano de 2008, cujas cópias ficarão arquivadas na sede da Sociedade. 6) Eleger como membros do Conselho de Administração da Sociedade, com mandato até primeira AGO que se realizar no ano de 2011, (i) Hervé Jean Jacques Guyot, francês, casado, executivo, passaporte francês nº 02XD48052, CPF/MF 231.656.118-74, residente e domiciliado em Paris, França, com endereço comercial na 75 Avenue de La Grande Armée 75116, Paris, França. (ii) François Jean Huteau, francês, casado, executivo, identidade de estrangeiro nº V507170R DPF, CPF/MF 232.592.978-71, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, Cidade e Estado de SP. (iii) Laurent Pierre Marie Taste, francês, casado, executivo, identidade de estrangeiro nº V-192441-L DPF, CPF/MF 214.371.868-31, residente e domiciliado na Cidade e Estado de SP, com endereço comercial na R. Miguel Yunes, 351, Interlagos, Cidade e Estado de SP. (iv) José Francisco Gouvêa Vieira, brasileiro, casado, advogado, OAB/RJ nº 23.198, CPF/MF 011.531.107-68, residente e domiciliado na R. Humaitá, 66, fundos, Cidade e Estado do RJ. As posses dos Conselheiros ocorrerão mediante assinaturas destes nos Termos de Posse a serem lavrados em livro próprio, somente após o despacho homologatório do ato de eleição pelo Banco Central do Brasil. 7) Aprovar a alteração da sede da Sociedade para Av. Prefeito João Villalobo Quero, 1.160 (parte), sala 1, Cidade de Barueri/SP e, consequentemente, alterar o Art. 2º do Estatuto Social que vigerá consoante a redação a seguir: “Artigo 2º - A Companhia tem sede e foro na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, na Av. Prefeito João Villalobo Quero, 1.160 (parte), sala 1”. Nada mais havendo a tratar, a assembléia foi suspensa para lavratura desta ata no livro competente, que, lida, foi assinada por todos os presentes. Mesa: François Jean Huteau, Presidente e Márcia Regina Celentano, Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance, por sua procuradora Márcia Regina Celentano; Herve Jean Jacques Guyot, por sua procuradora Márcia Regina Celentano; François Jean Huteau; Laurent Pierre Marie Taste e José Francisco Gouvêa Vieira, por seu procurador François Jean Huteau. Assinaturas: Mesa: François Jean Huteau - Presidente, Márcia Regina Celentano - Secretária. Acionistas: Banque PSA Finance - pp. Márcia Regina Celentano, Herve Jean Jacques Guyot pp. Márcia Regina Celentano, François Jean Huteau, Laurent Pierre Marie Taste, José Francisco Gouvêa Vieira - p.p. François Jean Huteau. JUCESP nº 294.070/08-4 em 03.09.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Finanças Agronegócio Nacional

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O mercado está acomodado por falta de novidades. Alberto Allende, da Agromar

ETANOL IMPULSIONA PRODUÇÃO DE CANA E MILHO

Safra recorde terá 145,1 milhões de toneladas

Fotos: Nilani Goettems/e- Sim

A soja continua sendo o principal produto da colheita, mas o destaque é do milho, que cresceu 13%, para 58,57 milhões de toneladas no total.

O

Instituto Brasileiro com aumento de 13% ante o rede Geografia e Es- sultado anterior. O gerente de t a t í s t i c a ( I B G E ) agricultura do IBGE, Mauro manteve pratica- Andreazzi, diz que a expansão mente estável a projeção da sa- da produção de etanol nos Esfra 2008 de grãos, que deverá tados Unidos está elevando os alcançar 145,1 milhões de to- preços no mercado internacioneladas, segundo o Levanta- nal e estimulando os produtomento Sistemático da Produ- res. Do total da atual safra bração Agrícola (LSPA), relativo a sileira de milho, cerca de 14,5 agosto, divulgado ontem. A milhões serão destinadas à exestimativa representa uma sa- portação. Até dois anos atrás, o fra 9% maior do que a de 2007, produto era destinado apenas que foi de 133,1 milhões ao consumo interno. Armando Favaro/ AE - 11/11/2001 de toneladas. A área a ser colhida é estimada em 47,4 milhões de hectares (cada hectare tem 10 mil metros quadrados), 4,4% maior do que a da safra do ano anterior. A colheita de grãos brasileira 2007/2008 deve atingir 143,87 milhões de toneladas, 9,2% maior O milho já tem 40% do total da colheita. que no ciclo anterior, seA soja permanece como gundo o levantamento, também divulgado ontem, da principal produto da safra naC o m p a n h i a N a c i o n a l d e cional, com 41,3% do total, mas Abastecimento (Conab), do perdeu fatia em relação à safra anterior, quando tinha 43,5%. Ministério da Agricultura. De qualquer modo, soja e Milho e cana – Um dos principais destaques da safra atual milho apresentam produção é a perda de participação da so- recorde e aumento. O resultaja para o milho no total produ- do total da soja na colheita será zido. O aumento do consumo de 59,99 milhões de toneladas, de etanol impulsionou o milho 3,5% maior que o do ano antee a cana-de-açúcar, que vão rior. A safra de cana-de-açúcar – chegar a volumes recordes. A produção de milho vai contri- contabilizada à parte dos buir, sozinha, com 40,4% da sa- grãos – deverá alcançar o refra total de grãos. A colheita corde de 591,4 milhões de todessa cultura deverá alcançar neladas, com aumento de 58,57 milhões de toneladas, 14,7% ante 2007. (AE)

Energia de bagaço de cana Tractebel e Usina Andrade anunciam parceria

A

Tractebel, maior empresa privada de geração de energia do Brasil, e a Usina Andrade, da Guarani Açúcar, formalizaram uma parceria para a geração e venda de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A operação será feita por meio de uma usina termelétrica que utilizará o insumo como combustível. A construção da usina, que deverá ser inaugurada em abril de 2010, no município de Pitangueiras, interior de São Paulo, próxima à usina Andrade, ficará por conta da multinacional francesa Areva Koblitz. O anúncio da parceria aconteceu na Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira (Fenasucro) 2008, realizada na cidade de Sertãozinho. O contrato entre a Areva e a Tractebel é de R$ 87 milhões. As primeiras obras já começaram e a capacidade instalada será de 33 MW. Esta é a primeira vez que a Guarani vai trabal h a r e m p a rc e r i a c o m u m

player do setor. Para a Tractebel, o negócio também é uma novidade, já que será sua primeira usina de bagaço. Potencial – De acordo com o diretor presidente da Areva Koblitz, Luiz Otávio Koblitz, o mercado de energia renovável no Brasil tem um grande potencial, com uma crescente capacidade de pelo menos 5% (ao ano, 5 mil MW). "A cogeração de bagaço de cana-de-açúcar é atualmente o maior mercado de biomassa, e está crescendo constantemente. As usinas que não investirem em energia ficarão para trás. Acredito que esse segmento deverá representar entre 25% e 30% do negócio em alguns anos." Em janeiro deste ano, a Areva, com fábricas em mais de 41 países, adquiriu 70% da brasileira Koblitz. A empresa resultante é o braço de bioenergia da Areva, e já é líder na geração de sistemas de cogeração e de fontes renováveis no País.

Café: boas estimativas

últimos dez anos – perde apenas para a de 2002/2003, com 48 milhões de sacas. O bom manejo e as chuvas regulares nos estados produtores colaboraram para o quadro positivo, de acordo com o Ministério da Agricultura. (AE)

C

om 27,1% a mais de produtividade, a safra de café deste ano deverá atingir 45,85 milhões de sacas de 60 quilos, a segunda maior dos

André Alves

O empresário Alberto Allende, à esquerda, que fornece ostras de Santa Catarina e o chef Alan Vila Espejo, do Al Mare, de Moema.

Novas maneiras de gostar de ostra Acordo entre criador de Santa Catarina e restaurante paulistano promove receitas inéditas Adriana David

S

ão pratos muito apreciados pelos mais sofisticados. No primeiro, a ostra é a inteira, de sabor tradicional. No segundo vem apenas o miolo; no terceiro, a ostra tem só dois meses e é suave, e no quarto vem a membrana, fibrosa e um pouco amarga. A diferença de sabores entre os cortes das ostras oferecidas no Ciclo de Ostras Gourmet, que será realizado até o dia 30 de setembro no restaurante Al Mare, em Moema, na capital paulista, é nítida para todos, tanto para apreciadores quanto para leigos. As variedades foram criadas para conquistar fãs. Ostras de oito meses, ostras novas, de dois meses, com molho de tamarindo ou de maracujá. No final, o garçon traz os moluscos sendo defumados em gelo seco. A iniciativa de oferecer novas formas de preparar ostras foi desenvolvida pelo empresário Alberto Allende, da Agromar, que distribui o produto de Florianópolis em São Paulo. Ele diz que suas receitas são inéditas no mundo e com elas objetiva aumentar o consumo do produto, que está estagnado. "O mercado está acomodado por falta de novidades", diz Allende que tam-

Antes, dominava a variedade brasileira. Hoje, a japonesa.

Ostra defumada com caviar de tapioca: a ordem é inovar.

bém vende mexilhões, vôngoles e vieiras. Até cerca de 15 anos atrás, os paulistas consumiam principalmente a ostra originária da região de Cananéia, que é a variedade brasileira, com sabor mais adocicado. Há dez anos, as fazendas de cultivo em Santa Catarina profissionalizaram o fornecimento e a ostra de origem japonesa, introduzida naquele estado, ganhou o mercado consumidor. Hoje, é a mais vendida no Brasil. A ostra sempre foi item de alta gastronomia nas opções clássicas – fresca, servida na concha com limão e gratinada. Atualmente, o produto é vendido em 350 restaurantes de São Paulo. O número de clientes da empresa de Allende, a Agromar, varia entre 60 e 80, conforme a época do ano. O incentivador desse mercado vende 20 mil dúzias por mês, provenientes de oito fazendas catarineneses. Ele concorre, na capital paulistana, com mais dez fornecedores. Alguns especialistas em frutos do mar dizem que a ostra de Santa Catarina é a melhor do mundo. Exportar? "Apesar de os métodos de congelamento estarem evoluindo, vender para o exterior ainda é pouco viável pelo fato de a ostra ser dos alimentos mais perecíveis do mundo", afirma Allende.

Matrizes vieram do Pacífico Variedade foi adaptada às aguas catarinenses

O

proprietário do restaurante Al Mare, o chef Alan Espejo, acredita que o festival de ostras, em parceria com a distribuidora Agromar, a ser realizado na Avenida Pavão, em Moema, até o dia 30 de setembro, vai impulsionar o consumo. Com isso, a produção dos moluscos vai ser incentivada. O Al Mare vende 300 dúzias de ostras mensalmente e projeta um aumento de 20%, a partir do final do mês. Hoje, o estado de Santa Catarina produz 1 milhão de unidades por ano, uma produção ainda pequena.. Segundo o proprietário da Agromar, há potencial para expandir o cultivo para 5 milhões. Em Santa Catarina, os pescadores recebem as sementes de ostra do governo estadual.

A produção da variedade japonesa no estado começou em 1991, com matrizes trazidas do Oceano Pacífico. Em 1997, foi criado o Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que adaptou a espécie às águas catarinenses. Florianópolis é hoje considerada a capital nacional da ostra. Para o chef Alan Espejo, o produto, como ainda é preparado e vendido, não tem apelo. "Como está sendo apresentada no festival, fora da concha, a ostra é mais apetitosa, mais higiênica." O empresário diz que algumas pessoas pensam que a ostra está viva na concha. Espejo também acredita que o festival favorece o consumo pela possibilidade de o cliente pedir meia porção. (AD)


Ano 84 - Nº 22.704

GAVIÃO-DE-RABO-BRANCO Buteo albicaudatus Ave de rapina de porte compacto foi registrada em apenas um ponto da zona norte da Cidade. Pratica a caça de espreita lançando-se sobre a presa de um galho, tronco ou mesmo de postes de iluminação.

Conclusão: 23h45

Jornal do empreendedor

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São Paulo, terça-feira, 9 de setembro de 2008

+ 0,75 na Selic = + protestos Se a Selic subir 0,75 ponto, como prevê o mercado, os títulos protestados, em queda em SP, aumentarão. E 1

Ibovespa em baixa no mundo em alta As bolsas no mundo fecharam em alta com o socorro dos EUA às agências hipotecárias. Só Ibovespa caiu, 2,35 %. E 4

Araponga abre o bico e pode salvar Daniel Dantas

Lula não quer mais ouvir falar de escuta Presidente avalia comportamento do alto escalão na polêmica dos grampos ilegais. E declara que é hora de baixar a temperatura: "chega de divergências". Página 5

ONGs brasileiras vão a protesto mundial

Um araponga aposentado da Aeronáutica, Francisco Ambrósio do Nascimento, admitiu ter espionado para a Operação Satiagraha. Foi uma benesse para o banqueiro Daniel Dantas, agora em condições de requerer a nulidade do inquérito em que é acusado. Página 6

Organizações não-governamentais aderem ao movimento antigrampos gerado na Europa e EUA. O grande protesto será no dia 11 de outubro, com manifestações simultâneas em todo o mundo. O não brasileiro à invasão do novo Big Brother, página 6.

Andrei Bonamin/LUZ

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Um lugar? Só no metrô de 2010 Onde deveriam caber 6 passageiros por metro quadrado se apertam 8,3. E assim o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo. Cidades 2

Na ACSP, Soninha prega fim das diferenças regionais Candidata à prefeitura de São Paulo, vereadora quer equilíbrio entre Centro e periferia. Burti, presidente da ACSP, enalteceu importância dos debates. Pág. 7 Reprodução

Na ponta dos dedos. É o adeus ao mouse. Mova programas com agito das mãos. Tem mais!

Defenda seu micro de um bando de bactérias

Saiba como evitar invasão de microorganismos no seu computador. Informática

Chávez ancora revide russo contra EUA Navios russos e venezuelanos farão exercício no Caribe. É a forra ao apoio dos EUA à Georgia. Pág. 9

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Nacional Finanças Negócios Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A operação de compra da rede varejista está sendo avaliada em cerca de US$ 300 milhões.

NOVA CHANCE DE RESOLVER IMPASSE DE DOHA

Indústria de máquinas comemora

Reprodução

A Fotos: Stan Honda/AFP

Brendan McDermid/Reuters

Rodada de Doha: mais uma tentativa.

O

s sete principais atores das negociações comerciais voltarão a se reunir hoje, em Genebra, para tentar retomar a Rodada Doha, que fracassou em julho na Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil, juntamente com a Austrália, poderá apresentar uma nova proposta para tentar solucionar pelo menos um dos impasses envolvendo as barreiras dos países emergentes aos produtos

agrícolas, como a criação de salvaguardas. Hoje, devem ocorrer reuniões bilaterais. Amanhã, todos os membros do G7 se encontrarão pela primeira vez depois do fracasso. Agora, porém, a reunião não ocorrerá na sede da OMC, mas longe das câmeras e envolverá apenas os principais negociadores de cada país, sem a presença dos ministros. O Brasil será representado pelo embaixador Roberto Azevedo.

Luís Alvarenga/AG

BOTTICELLI PRÊT-À-PORTER

A

estilista venezuelana Carolina Herrera apresentou o desfile mais esperado no 4° dia da Semana de Moda de Nova York, que mostra as coleções de prêt-à-porter feminino para a temporada primavera-verão 2009. Os

looks: terninhos de cetim para o dia e vestidos de festa, longos e curtos, para a noite. A linha foi inspirada nas tela do pintor italiano Alessandro di Mariano Filipepi, conhecido como Sandro Botticelli (1445-1510).

Gás natural

Excesso de petróleo?

Vale comprou da Repsol 25% de participação no bloco exploratório BM-S-47, na Bacia de Santos, área com potencial para descoberta de gás natural.

A

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) poderá diminuir a produção de petróleo para evitar excesso do produto no mercado.

A

pesar das queixas com o aumento expressivo das importações, propiciadas em boa parte pela taxa de câmbio, os fabricantes de máquinas e equipamentos mecânicos registraram em julho um faturamento bruto de R$ 6,6 bilhões, marca 33% superior ao apurado em igual mês de 2007, em termos nominais. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), descontada a inflação, o setor registrou uma expansão de 27% nas suas vendas. De janeiro a agosto, o faturamento da indústria de máquinas apresentou um incremento real de 23% em relação a igual período do ano passado. Os segmentos que apresentaram melhor desempenho foram os fabricantes de máquinas e os de implementos agrícolas (47,95%).

Correção JUSTIÇA DECRETA FALÊNCIA DA VASP

O

Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou ontem a decisão do juiz titular da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Alexandre Alves Lazzarini, de decretar a falência da Viação Aérea de São Paulo (Vasp). A sentença foi proferida na última quintafeira, quando o juiz afirmou que a companhia não tinha condições de implementar o plano de recuperação judicial,

iniciado há três anos, quando sofreu intervenção, em julho de 2005. A medida foi promovida pelo Ministério Público do Trabalho e pelos sindicatos dos trabalhadores e decretada pela 14ª Vara de Justiça do Trabalho de São Paulo. Os donos e executivos da empresa, entre eles Rodolpho, Wagner e Cesar Canhedo, foram intimados a depor em outubro e, segundo a sentença, podem ser presos.

o contrário do que foi publicado na reportagem "A paixão irrestrita de um empresário pela gastronomia", no dia 4/9/2008, o Grupo Viena foi fundado por Roberto Bielawski, porém, em 2007, foi vendido à International Meal Company (IMC), empresa que atua no setor alimentício. Bielawski é hoje proprietário apenas do restaurante Ráscal.

A

Com AE, AG e Reuters.

NOVOS DONOS

A

Advent, gestora de fundos de private equity (que compram participação em empresas), anunciou ontem a sua maior aquisição no País. Após dez meses de negociações, assumiu o controle da rede gaúcha de varejo de eletroeletrônicos e material de construção Quero-Quero, com 170 lojas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A operação é avaliada em US$ 300 milhões. A rede tem uma financeira e uma empresa de cartão de crédito (VerdeCard) com 2 milhões de usuários.

BÚSSOLA Aeiou, antiga Unicel, lançou ontem, em escala comercial, as operações de telefonia móvel na região metropolitana de São Paulo. A estréia ocorre com 500 mil linhas telefônicas.

A

Magnesita, maior empresa de refratários do Brasil e a 10ª do mundo, anunciou ontem a compra da alemã LWB, por 657 milhões de euros. A operação fará da Magnesita a terceira maior do mercado mundial de refratários.

A

ciranda@dcomercio.com.br


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

1 Objetivo da Prefeitura com a restrição é liberar as vias e melhorar o fluxo do trânsito na cidade.

Sem vagas para estacionar, clientes somem da Augusta Comércio da tradicional rua de compras lamenta mudanças e prevê desemprego Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Ivan Ventura

A

s mudanças nas regras de estacionamento e extinção de vagas de Zona Azul na região dos Jardins, na zona sul, podem reduzir em até 70% as vendas aos sábados no comércio da rua Augusta, em ambos os lados. Justamente aos sábados, o dia da semana com o maior movimento do comércio local e o único em que os clientes podiam estacionar sem o receio das multas aplicadas pelos marronzinhos da Companhia de Engen h a r i a d e Tr á f e g o ( C E T ) . Diante da queda, os comerciantes já falam na extinção de 20 mil empregos diretos e indiretos nos mais de 500 estabelecimentos da Augusta. O início de queda nas vendas e, como conseqüência, a ameaça de desemprego para os funcionários das lojas do corredor comercial começou em 4 de agosto deste ano. Foi o dia em que a CET iniciou as m u d a n ç a s d o s e s t a c i o n amentos e extinção de vagas de Zona Azul, com o objetivo de melhorar o trânsito na região da avenida Paulista. No caso específico da rua Augusta, a CET proibiu o estacionamento em qualquer dia da semana em quase toda a extensão da via. A exceção é o lado par da rua, entre a rua Estados Unidos e alameda Santos, com a proibição, de segunda a sábado, das 7h às 22h. Antes, eram permitidos os estacionamento aos sábados. Passeata – Sem essas vagas, os consumidores sumiram, segundo os lojistas. De acordo com o diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Antonio Rabino Cabral, a queda foi de 70% e há possibilidade de extinção de 20 mil empregos. "São empregos diretos e indiretos. Os diretos são 8 mil", afirmou Cabral. Com esses dois argumentos, cerca de 100 comerciários realizaram uma passeata na Augusta, no último sábado. Para os comerciantes, o fim das vagas e a diminuição de oferta na Zona Azul (das 1.902 vagas existentes, 636 serão desativadas e outras 123 criadas) aumentou a procura pelos estacionamentos. "O cliente não pode parar em frente à loja e tem que procurar os caros estacionamentos da região. Isso afastou os fregueses e, por isso, as vendas caíram 30% aos sábados", disse o dono da loja de bolsas Golden Bell, Tae Do Yeo, de 48 anos. A dona de uma loja de calçados da galeria Ouro Fino, Isabel Gonçalves de Carvalho, a Bel Zowie, de 52 anos, disse que a queda nos negócios foi de 60%. E assim como Do Yeo, ela culpa a ausência de vagas nas ruas e os altos preços cobrados pelos estacionamen-

tos. "R$ 10 pela primeira hora e olha que no sábado o valor é ainda maior. Sem as vagas nas ruas, os donos de estacionamentos estão cobrando preços ainda maiores", afirma Zowie. O supervisor da rede de estacionamentos Multipark, Eduardo de Castro, de 34 anos, afirmou que não houve aumento da procura nos finais de semana. "Desde novembro do ano passado cobramos os mesmos R$ 10 nos dias úteis e domingos, e R$ 12 aos sábados. O que aumentou foi a procura de vagas para mensalistas, sendo que muitos dos interessados são os próprios comerciantes e os funcionários das lojas", disse Castro. Para o diretor do sindicato dos comerciários, o valor do estacionamento poderá prejudicar até os estacionamentos. "Eles precisam entender que os clientes procuram o tradicional comércio da rua Augusta. Com o alto preço, os clientes deverão migrar para os shoppings centers, cujos estacionamentos cobram R$ 4 ou R$ 5. De qualquer maneira, a Prefeitura deveria rever a proibição na Augusta", afirmou Cabral. Multa – Enquanto o debate sobre a proibição se desenrola, clientes assíduos da Augusta já contabilizam prejuízos com a multa por desrespeito às novas regras de estacionamento. Foi o caso, ontem, da nutricionista Maria Cecília Veiga de Oliveira Vasconcellos, de 45 anos. "Desci para tomar um café e, em quinze minutos, tomei a multa. Não era assim", disse Maria Cecília, que estacionou o veículo em frente ao número 118, na esquina da Augusta com a alameda Tietê.

Eles (estacionamentos) precisam entender. Com o alto preço, os clientes deverão migrar para os shoppings centers. Antonio Rabino Cabral, diretor do sindicato

O cliente não pode parar em frente à loja e tem que procurar os caros estacionamentos. Isso afastou os fregueses e as vendas caíram. Tae Do Yeo, comerciante

Caminhão não respeita novas regras de estacionamento na Augusta

Com as novas regras de estacionamento nas ruas, caiu o movimento no comércio da rua Augusta, por causa da dificuldade em parar o carro para as compras sem ter de gastar com estacionamentos. Bel Zowie (à esquerda), comerciante da rua, sentiu queda de até 60% nas vendas em sua loja de calçados.


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Urbanismo Tr â n s i t o Transpor te Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Estação São Bento, ontem, às 18h22: lotação máxima e muito aperto.

NOS VAGÕES, 8,3 PASSAGEIROS POR M²

Sufoco no metrô só melhora em 2010 Em dois anos, Companhia do Metrô espera ter ampliado sua rede de 61,3 km para 80 km. Até lá, São Paulo terá o metrô mais lotado do mundo, diz pesquisa da CoMET Fotos de Andrei Bonamin/Luz

Rejane Tamoto

C

alor, queda de pressão e compressão. Todos os dias essa é a rotina da supervisora de cobrança Cláudia Pereira, de 25 anos, às 18h, quando sai do trabalho e pega o metrô na estação Trianon-Masp (Linha 2-Verde) e segue para a Corinthians-Itaquera (Linha 3-Vermelha), na zona leste da Capital. "Há seis meses passei mal dentro do metrô, minha pressão caiu", conta. Segundo ela, que repete esse percurso há um ano, o metrô está cada vez mais cheio. "Eu levava menos tempo para passar a catraca", lembra. A constatação de Claudia não é apenas uma impressão. O metrô tem hoje 800 mil passageiros a mais por dia do que há 2 anos e meio, quando foram implementados o Bilhete Único e a integração gratuita entre trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e metrô. "Esse número equivale à lotação de dois metrôs do Rio de Janeiro", diz o diretor de Operações do Metrô, Conrado Grava. Atualmente, as linhas de metrô de São Paulo levam 8,3 passageiros por m², acima do padrão recomendado, de 6 passageiros por m². De acordo com a entidade internacional CoMET (Comunidade de Metrô, em inglês), o metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo, com 9,9 milhões de passageiros por quilômetro de linha/ano. A lotação em São Paulo, onde há apenas 61,3 km de linhas de metrô, supera – e muito – a de Santiago (Chile) que tem uma rede um pouco maior, de 83,2 km de linhas, mas que leva apenas 3,9 milhões de passageiros por quilômetro de linha/ano. "A meta é que em 2010 os trens do Metrô e da CPTM levem uma quantidade não superior a 6 passageiros por m² que é o número considerado internacionalmente adequado para sistemas de grande capacidade como o nosso", explicou Grava. Expansão – A promessa da Companhia do Metropolitano para atingir esse padrão em 2010 é expandir sua rede de 61,3 km para 80 km, com a conclusão da linha 4-Amarela (Vila Sônia-Luz), expansão da li-

Estação Sé, ontem, pouco depois das 18h: plataformas lotadas, vagões lotados e horários prejudicados por portas abertas

Meta é atingir a média aceitável de 6 passageiros por metro quadrado

nha 2-Verde (Vila MadalenaAlto do Ipiranga), com a inclusão das estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente, além da construção das estações Adolfo Pinheiro e Campo Belo da linha 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze). Além disso, o plano de expansão prevê a modernização de 160 km de trilhos da CPTM, a ponto de conferir-lhes a mesma qualidade do metrô em termos de tempo de viagem, segurança, limpeza e atendimento. Ao todo, entre investimentos na CPTM e no Metrô seriam 240 km de trens com a mesma qualidade, sob investi-

mento de R$ 19 bilhões. "Já começamos com a compra de 99 trens", disse Grava. Segundo ele, nove deles chegaram à CPTM e, no começo do ano, serão 16 para a linha 2-Verde do Metrô. Em 18 meses, entram em operação sete trens na linha 1-Azul e mais 10 para a linha 3Vermelha, que são as duas mais lotadas do sistema. A chegada dos novos trens deve amenizar a lotação e diminuir de 14 a 17 segundos o atual tempo de intervalo entre os trens do metrô. Embarque – A linha 3-Vermelha, a campeã de lotação do sistema, leva 283 milhões de

O tempo de passagem pelas catracas também aumentou

passageiros/ano e, no horário de pico, é a que mais apresenta problemas no embarque, já que é preciso esperar 10 minutos para entrar no trem. "Nunca consegui sentar neste horário", conta a operadora de cobrança, Caterine Alfim, de 21 anos, que diariamente pega três linhas de metrô (1-Azul, 2Verde e 3-Vermelha). Além de potencializar o cansaço que ela sente no fim do dia, a lotação também faz com que haja atrasos. Na noite de ontem, um trem do metrô ficou com as portas fechadas, lotado, por 10 segundos antes de partir da estação Sé. Os trens trabalham

com um controle automático que, se afetado, segura todos os demais. Segundo Grava, há muitos casos de pessoas que seguram a porta no embarque. Por isso, explica, na linha 3-Vermelha há os orientadores de fluxo – barras de ferro – que têm a função de organizar o embarque e o desembarque. Há também 48 funcionários que auxiliam nos horários de pico. "Vamos instalar portas de vidro de alta resistência em quase todas as estações da linha 3-Vermelha", disse o diretor. O sistema já estará implementado na linha 4Amarela e nas três estações

que serão inauguradas na linha 2-Verde. As portas de vidro funcionarão como um bloqueio, evitando que os passageiros segurem as portas dos trens, impedindo sua saída. Transporte – A tendência de lotação no metrô acompanha um aumento no uso do transporte coletivo e já supera o do transporte individual. É o que revela o estudo Origem-Destino, feito na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo o vice-presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô (AEAMESP), Emiliano Stanislau Affonso, a rede metro-ferroviária de São Paulo é muito pequena, está aquém da necessidade da população, embora seja a mais segura e limpa do mundo. Segundo ele, a modernização de sistemas de controle e de sinalização, além do aumento da frota de trens, em andamento, deve reduzir para até 80 segundos o intervalo entre os trens. "Isso aumentará em 20% a oferta à população", disse o vice-presidente. Segundo ele, o problema do metrô é a média histórica de crescimento. "A questão é o ritmo de expansão. Nos últimos 40 anos a rede do metrô cresceu, em média, 1,5 km por ano. Para resolver a lotação, é preciso ampliar a rede", explicou Affonso. Segundo ele, para atender a demanda de passageiros, o metrô deve atingir 163 km de rede construída em 2025. "Por isso tem de haver aumento da velocidade de expansão da rede com a construção de 6 km por ano. O governo afirma que quer atingir essa meta, mas não temos garantias concretas, já que isso dependeria de outras gestões estaduais", disse o vice-presidente. Affonso avalia que, embora seja prioridade do governo do Estado, é necessária a manutenção do apoio da Prefeitura e a entrada de recursos do governo federal. "A ausência de um transporte de qualidade na cidade torna-a menos eficiente e com menor capacidade de atrair investimentos", disse. A preocupação da entidade, segundo ele, é a ausência de apoio do governo federal. "Em 2009, teremos 'zero' de recursos da União para o investimento na rede metroferroviária de São Paulo", afirmou Affonso.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Saúde Educação Polícia Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MENINOS DE 12 E 13 ANOS ERAM MALTRATADOS

Prisão temporária para pai e madrasta Casal teria matado, esquartejado e jogado corpos de dois meninos no lixo

J

oão Alexandre Rodrigues, de 40 anos, e Eliane Aparecida Antunes Rodrigues, de 36, tiveram a prisão temporária por 30 dias decretada ontem pela Justiça. Eles são acusados de matar, esquartejar, queimar e jogar no lixo os corpos dos filhos de Rodrigues, João Victor, de 13 anos, e Igor Giovani, de 12 anos. Para a polícia, com bases nas investigações já realizadas, as crianças "atrapalhariam a relação do casal" e, por isso, foram mortas. O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) deve entrar com pedido na Corregedoria do Tribunal de Justiça e no Ministério Público de São Paulo, para apurar os procedimentos adotados pela Vara da Infância e da Juventude de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, e pelo Conselho Tutelar do município. Maus-tratos – Há pelo menos três anos, tanto a Justiça como o Conselho Tutelar de Ribeirão Pires conheciam a situação de abandono e maustratos enfrentada pelos dois garotos que foram esquartejados. Na polícia daquele município foram registrados dois boletins de ocorrência, o primeiro em 2005 e um segundo no ano passado, relatando esse quadro. De acordo com a polícia, Eliane confessou o

3 Ricardo Trida/Diário do Grande ABC

Ricardo Trida/Diário do Grande ABC

João Alexandre Rodrigues cumprirá prisão temporária por 30 dias

crime, mas o pai negou participação. A mãe biológica dos meninos os entregou aos cuidados do pai em 2001, alegando não ter condições financeiras para cuidar dos filhos. Em 2005, Eliane Aparecida, a madrasta, foi condenada a prestar serviços comunitários por maus-tratos praticados contra os dois. De abril de 2007 a maio deste ano, João Victor e Igor Giovani moraram, por ordem judicial, no Abrigo Novo Rumo, em Ribeirão Pires. Relatavam que ficavam sozinhos o dia todo, de castigo dentro de casa, em meio a sujeira e sem comida. Em maio, os dois meninos foram desabrigados porque uma equipe de psicólogos e assistentes sociais da

instituição entendeu que os dois "manipulavam a verdade para contemplar seus desejos pessoais". Na última quarta-feira, ao serem abordados por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Ribeirão Pires nas ruas, os dois irmãos afirmaram que fugiriam de casa. Os GCMs encaminharam os garotos para o Conselho Tutelar de Ribeirão Pires, que os reencaminhou para a casa do pai. "Não se trata de prejulgamento. Mas é um caso complexo que exige a análise de todos os procedimentos", disse o advogado Ariel de Castro Alves, secretário-geral do Condepe. Procurada, a conselheira tutelar de Ribeirão Pires, Edna Aparecida Ribeiro, não retornou as ligações. (AE)

Eliane Aparecida Antunes Rodrigues, a madrasta, quando foi presa, na última sexta-feira.


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Ambiente Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008 Werther Santana/AE

No celular do sargento da FAB foram encontradas fotos de crianças nuas e mensagens de pedofilia.

MENOR TINHA PARTE DO CORPO À MOSTRA

Werther Santana/AE

Marcelo Ximenez/AE - 05/09/2008

Marcelo Ximenez/AE - 05/09/2008

O sargento da Aeronáutica Danilo Dias Craveiro (primeira foto à esquerda) foi preso no domingo, acusado de pedofilia. No seu celular foram encontradas fotos de crianças. Na sexta-feira, o engenheiro Marcelo Adriano Barbosa (ao lado) já tinha sido preso na Mooca, acusado de molestar crianças. Com ele, foi apreendido vasto material, como DVDs (acima).

Sargento da FAB é preso por pedofilia Danilo Dias Craveiro é acusado de molestar sexualmente várias crianças em Diadema, na Grande São Paulo. Ele confessou que pagou R$ 30 para fotografar menina nua.

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m sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) foi preso em flagrante no domingo à noite, em Diadema, na Grande São Paulo, acusado de pedofilia. Danilo Dias Craveiro, de 41 anos, foi preso após tirar fotos de um menino de 8 anos e de uma garota de aproximadamente 13. O menino aparece vestido, mas a garota tem os seios à mostra. O oficial é suspeito de aliciar crianças de 5 a 12 anos para fotografá-las nuas. Eram 19h40 de domingo quando policiais militares foram abordados por uma testemunha que disse ter visto Craveiro fotografando as crianças no Parque Pousada dos Jesuítas. No celular do sargento, os

PMs acharam as fotos. Ele foi levado para o 1.º Distrito Policial de Diadema. Em depoimento, contou ter pago R$ 30 à menina para fotografá-la nua e confessou sentir atração por menores de idade. "Ele disse que passou a se interessar por crianças há dois anos, mas nunca teve relações sexuais com elas", explicou o delegado Jorge Guerreiro Filho. O celular do sargento, que trabalha no Aeroporto de Congonhas, foi apreendido. Nele também havia mensagens de texto referentes a ações de pedofilia e nomes e idades de crianças gravados na agenda. Na casa dele, a polícia recolheu três DVDs pornográficos, uma pasta com re-

cortes de mulheres nuas e um computador. O material produzido com as crianças seria divulgado na internet, mas a polícia não encontrou fotos no computador dele. A polícia suspeita que Craveiro aliciava crianças de rua. "Ele contou que, quando chegou ao parque, as crianças foram correndo até ele. Já o conheciam". Mãe – Ada Craveiro, mãe do sargento, disse ter ficado chocada com a prisão. "Ele é uma pessoa caseira. Pediu desculpas e disse que o negócio dele é tirar fotos, mas não abusar das crianças." O sargento morava com a mãe, três irmãos e a sobrinha de 9 anos. A menina disse que o tio "nunca tentou passar a

mão ou tirar fotos dela." Craveiro está preso na Base Aérea de Cumbica, em Guarulhos. Caso seja condenado, poderá pegar de 1 a 4 anos de reclusão. A assessoria de imprensa da Aeronáutica informou ontem que o sargento Craveiro poderá ser expulso da FAB. Segundo a Aeronáutica, o sargento tem mais de 20 anos de serviço e continuará preso na base aérea, em Guarulhos, na Grande São Paulo. De acordo com a assessoria, a A e ro n á u t i c a i r á a p e n a s acompanhar as investigações, que ficarão a cargo da Justiça comum. A instituição informou que somente no decorrer do processo é que irá tomar as medidas cabíveis, caso o sargento seja julgado culpado. Entre as punições previstas, está a expulsão. Se for condenado, o sargento irá para uma prisão comum. Engenheiro – Foi o segundo caso de prisão por pedofilia na Grande São Paulo em menos de uma semana. O engenheiro elétrico e consultor de informática em escolas infantis particulares, Marcelo Adriano Barbosa, de 42 anos, foi preso na sexta-feira em seu apartamento de classe média na Mooca, zona leste de São Paulo, acusado de abusar de meninas de 4 a 12 anos. Ao menos 14 fitas de vídeo com gravações de abusos, feitas pelo próprio acusado, foram apreendidas. Outra fita já estava em poder da polícia havia uma semana. Ainda se investiga se Barbosa atuava sozinho ou fazia parte de uma rede de pedofilia pela internet, uma vez que num computador apreendido na casa dele foram encontrados 212 emails de crianças. O acusado teve a prisão temporária de 30 dias decretada pelo juiz Eduardo Pereira Santos Júnior e deve responder por atentado violento ao pudor. O delegado Carlos Eduardo Carvalho, titular da Delegacia de Repressão a Fraudes do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), disse que, na fita apreendida na semana passada, o engenheiro abusa de quatro meninas. "Mas pode haver muito mais vítimas",

Em Minas, mexicano é preso pela PF

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afirmou. Pelas datas dos novos vídeos, a polícia acredita que Barbosa pratica crimes sexuais há oito anos. C a r r os s e l – Em busca de computadores de pessoas suspeitas de praticar pedofilia pela internet, a Polícia Federal deflagrou, na quarta-feira passada, a Operação Carrossel 2, para executar 113 mandados de busca e apreensão em 17 estados e no Distrito Federal. A Operação Carrossel 2 partiu de investigações independentes da Polícia Federal, mas todas as informações do inquérito serão encaminhadas à CPI da Pedofilia, que está sendo realizada no Senado. A operação ainda não tem relação direta com a Operação Carrossel 1, deflagrada em dezembro, que prendeu três pessoas. No entanto, durante a análise dos computadores apreendidos, a polícia pretende averiguar se há ligação entre os envolvidos nas duas operações. (Agências)

Marcelo Ximenez/AE - 05/09/2008

Engenheiro gravava os próprios abusos, cujas fitas foram apreendidas

m mexicano naturalizado norte-americano, acusado de pedofilia e foragido da Justiça do Texas, nos Estados Unidos, foi preso anteontem em São Sebastião do Paraíso (MG). Alejandro Jorge Martinez, de 35 anos, foi detido pela Polícia Militar quando desembarcava, acompanhado da mãe, na rodoviária da cidade mineira. Contra ele havia um mandado de prisão expedido em 2004 pela Justiça norte-americana. Martinez é acusado de abusar sexualmente de uma criança de 4 anos. Ele vivia ilegalmente Brasil e estava sendo investigado pela Polícia Federal há cinco meses. Martinez e a mãe retornavam do Rio de Janeiro, onde solicitou cidadania por ter se casado com uma brasileira. Os PMs apreenderam na casa do mexicano um computador portátil e equipamentos de informática. Após a prisão, o delegado federal Robinson Fuchs, da superintendência regional da PF em Minas – que responde pela Interpol no Estado –, seguiu para São Sebastião do Paraíso. A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia anônima. Como é naturalizado norteamericano, Martinez possui também um passapor te com o nome de George Alexander Reed. Segundo a PM, ele pretendia retornar para o México em outubro. Martinez foi levado para a PF em Belo Horizonte e ontem seria transferido para uma prisão. Embora seja casado com uma brasileira, com quem tem um filho recémnascido, a expectativa é que o mexicano seja extraditado. A decisão caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF). Martinez era policial nos EUA. Ele se estabeleceu há pelo menos um ano e meio na cidade mineira, onde trabalhava em uma escola de idiomas. Em São Sebastião do Paraíso, enquanto aguardava a chegada de uma equipe da PF, o mexicano se defendeu da acusação de pedofilia. Ele afirmou que já cumpriu pena de três meses nos Estados Unidos. "Eu já paguei por isso". Na PF, porém, apresentou outra versão. "Primeiramente, ele disse que cometeu o fato, mas foi condenado a três meses e já cumpriu. Posteriormente, ele disse que apenas confessou porque o advogado assim o orientou", disse o delegado. (AE)


Suzanne Plunkett/Reuters

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

"O sonho", uma das peças criadas pelo artista Damien Hirst para uma exposição seguida de leilão na Sotheby's de Londres.

9 Dia do Veterinário

SETEMBRO

Logo Logo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - LOGO

I NTERNET C A R T A Z

Entre passado e futuro

Exposição 300% Spanish Design mostra objetos assinados por mestres como Antoni Gaudí, Salvador Dalí [na foto, lâmpada concebida pelo artista] e Pablo Picasso. Sesc Avenida Paulista, 119, tel.: 3179-3700.

Google digitaliza jornais antigos e adquire plataforma para colocar servidores no mar

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Google ampliou os esforços para digitalizar dezenas de jornais históricos e tornar as imagens originais dessas publicações disponíveis na internet. A empresa informou a novidade em seu blog e explicou que o objetivo é tornar os jornais antigos disponíveis online por meio de parcerias com as editoras responsáveis pelas publicações para digitalizar milhões de páginas de arquivos de notícias. O esforço envolve os arquivos de vários títulos de jornais e amplia o empenho de dois anos do Google em trabalhar com os dois maiores jornais norte-americanos - The New York Times e The Washington Post - para indexar antigas notícias no Google News Archive. "Não apenas será possível encontrar essas notí-

Reprodução

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cias, mas também visualizá-las exatamente da forma como elas foram publicadas na época, com fotogramas, títulos, artigos, anúncios e tudo", disse Punit Soni, gerente de produto do Google no blog. O trabalho envolve desde o Pittsburgh Post-Gazette ao Quebec Chronicle-Telegraph, que foi publicado por 244 anos, tornando-se o mais antigo jornal da América do Norte. Os primeiros parceiros da iniciativa de digitalização do Google são dos EUA e Canadá.

No mar - O jornal norteamericano The New York Times divulgou também que o Google adquiriu os direitos de uso de plataformas marítimas para um "centro de dados". Com isso, a empresa poderá colocar servidores, sistemas de armazenamento de dados e rede em embarcações ou outras plataformas. Os equipamentos ficariam instalados em contêineres dentro das embarcações, que utilizariam a energia natural das ondas se chocando contra o casco para produzir eletricidade. A energia produzida serviria tanto para manter o funcionamento das máquinas quanto para o sistema de resfriamento do centro de computação. O Google entraria, assim, na era da energia "limpa". http://news.google.com/archivesearch

Jo Yong-Hak/Reuters

C INEMA

Spielberg contra Hitchcock Um processo judicial aberto ontem em Nova York acusa o cineasta Steven Spielberg, e três estúdios de Hollywood - a Viacom, a Dreamworks e a Universal Pictures - de terem se apropriado indevidamente da trama do clássico Janela Indiscreta (1954), de Alfred Hitchcock, para a produção de Paranóia sem a autorização prévia dos detentores dos direitos. Segundo o Sheldon Abend Revocable Trust, autor da ação, a base para o filme de 1954 foi o conto Homicídio de um Ponto de Vista Fixo, de Cornell Woolrich. Hitchcock e o ator James Stewart obtiveram os direitos do conto em 1953, e os autores da ação alegam que a Dreamworks deveria ter feito o mesmo. Assessores de Steven Spielberg não quiseram comentar e os advogados dos estúdios envolvidos não foram imediatamente localizados. B RAZIL COM Z

Revolução na América do Sul C IÊNCIA

A imprensa norte-americana destacou ontem o lançamento do livro Revolution! South America and the Rise of the New Left (Revolução: a América do Sul e a ascensão da nova esquerda), do jornalista Nikolas Kozloff. O livro aborda desde a formação do PT no Brasil e a eleição do presidente Lula até a ação política do presidente da Venezuela Hugo Chávez.

Salvação no deserto vapor. O vapor resfria a temperatura dentro do local em até 15 graus e favorece o crescimento da lavoura. Do outro lado da estufa o vapor é condensado, transformando-se em água limpa que serve para regar as plantações. A quantidade de água obtida é cinco vezes maior do que a necessária para molhar as plantas, produzindo um excedente que pode ser usado em cultivo de pinhão (para produzir biodiesel) e para mover turbinas acopladas aos painéis que captam a energia solar, gerando energia que poderá ser enviada para a Europa por meio de um conversor.

F RANÇA

L OTERIAS Concurso 356 da LOTOFÁCIL

Engenheiros e arquitetos britânicos combinaram tecnologias para transformar imensas áreas do deserto do Saara em terrenos férteis para produzir comida, água limpa e fontes alternativas de energia. O projeto Sahara Forest (Projeto Floresta Sahara), da empresa Seawater Greenhouse, prevê a construção de estufas para obter água limpa e cultivar alimentos. As estufas seriam cobertas por painéis solares. As complexas construções utilizariam uma técnica que consiste em instalar evaporadores na entrada da estufa que converterão a água do mar em

TESTANDO - Modelo F-4E coberto de gelo durante um teste de resistência á neve e ao frio no Centro de testes e Avaliações de Seosan, na Coréia do Sul. O centro é dedicado ao desenvolvimento da tecnologia aeroespacial para condições climáticas extremas.

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A polêmica mamãe de trigêmeos Uma mulher de 59 anos deu à luz trigêmeos num hospital parisiense após fazer um tratamento de fertilização no Vietnã, informou ontem uma porta-voz do hospital. Na França é ilegal dar tratamento de fertilidade a mulheres que não têm mais idade para procriar naturalmente e o fato gerou polêmica na mídia e na igreja católica. Os bebês nasceram após uma cesariana na tarde de sábado, realizada no hospital de Cochin. São dois meninos, pesando 2,3 kg e 2,1 kg, e uma menina com 2,4 kg.

Os artistas Ingrid Falk e Gustavo Aguerre fizeram uma torradeira com torradas de diversos tons para a Bienal de Arte de Buenos Aires, em 2001. Curiosidade do museu.

Futuristas, tecnológicas, em porcelana, em inox... o mundo das torradeiras é fascinante e diversificado, prova o criador de um museu só para elas

G @DGET DU JOUR

Para receber os amigos

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ocê considera o passatempo de colecionar torradeiras estranho? Então, junte-se a um numeroso grupo de pessoas que incomoda profundamente Jens Veerbeck, o alemão que criou o Museu das Torradeiras. Foi justamente por causa das pessoas que os consideravam esquisito que ele reuniu as fotos de sua coleção na internet. São centenas de modelos, de todas as épocas.

A Fire & Ice Coffee Table tem design inovador e permite reunir em uma só mesa duas utilidades: em uma ponta, o fogo necessário para preparar um prato quente e rápido, na outra, o gelo para uma garrafa de vinho ou champanhe.

www.toastermuseum.com Reproduções

http://bblinks.blogspot.com/2008/09/ fire-ice-coffee-table.html

Modelo All-Rite, dos EUA, adquirida por US$ 3 mil

A TÉ LOGO

Porcelier, dos EUA, dos anos 1920, vale US$ 2.775

Modelo da alemã Therma dos anos 1920

A holandesa Molly fabricava este modelo em 1930

Adacrisp, francesa, também da década de 1920

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Prefeitura de Estocolmo, na Suécia, homenageia o diretor de cinema Ingmar Bergman dando seu nome a uma rua e uma praça

Emprego em programa culinário na TV ameaça primeiro-ministro da Tailândia. Lei proíbe acumular cargos público e privado

Stella Caymmi lança livro em que detalha a relação da obra de seu avô, o compositor Dorival Caymmi, com a bossa nova


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

O Supremo Tribunal Federal acaba de empenhar R$ 1,6 milhão para a compra de 11 Omegas 3.6, V6.

gibaum@gibaum.com.br

MAIS: importado, cada carro sairá por R$ 145 mil, todo equipado. Ou seja, cada ministro da Corte logo estará de borracha nova.

terça-feira, 9 de setembro de 2008 Matthew Stockman/Getty Images/AFP

3 Quando o economista é oposição, ele tem solução para tudo. Quando Bibas roliças

Em todos os eventos sociais de Brasília, quando ministros comparecem acompanhados de suas mulheres, Adrianne Jobim, mulher do ministro da Defesa, Nelson Jobim, é a mais requisitada pelas mulheres de outros ministros. Querem saber qual é sua fórmula para controlar o marido com mão deferro,oqueelepróprio reconhece. Adrianne controla atéopesodo maridão efoiquem lhe tirou da cabeça a idéia de disputar a Presidência em 2010. Guida,mulher doministroCarlos Minc, do Meio Ambiente, já recebeu alguns ensinamentos ehoje,emqualquer lugar, patrulha o marido: nada de carne com gordura e menos ainda, sobremesa. Ela anda descontente com a barriga dele.

Não é ele quem paga Na Copa de 2006, depois que Lula afirmou que Ronaldo Fenômeno estava gordo, o jogador retrucou: “Assim como ele fala que estou gordo, dizem que ele bebe”. Agora, depois de elogiar Messi, Julio César recomendou que ele “virasse argentino, morasse na Argentina e renunciasse” porque, dessa forma, “talvez o Brasil melhorasse alguma coisa”. Só que Lula não sossega e na festa dos 60 anos do Pão de Açúcar voltou a investir contra os jogadores brasileiros: “Eu acho é que essa moçada ficou rica muito cedo, sabe?” Esqueceu-se de acrescentar que essa conta milionária, lá fora, não é ele que paga.

BICHINHA No final de semana passada, em meio a vôos pelo nordeste brasileiro, o presidente Lula acompanhava a movimentação de Dilma Rousseff, pré-candidata à sua sucessão. Desembaraçada, falava sobre quaisquer assuntos. Depois, na frente dos governadores Jaques Wagner e Eduardo Campos, mais os ministros José Múcio e Edison Lobão, Lula não agüentou: “Estão vendo a animação da Dilma? A bichinha está gostando”.

Em 2003, logo depois de assumir a Presidência da República, Lula citou Deus 36 vezes em seus primeiros 30 discursos. De lá para cá, das citações recorrentes, Deus continua sendo a mais freqüente: foi Deus que o colocou na Presidência, graças a Deus o dólar caiu, Deus abençoe a todos, se Deus quiser e outras tantas. Este ano, só no primeiro semestre, de cada dois discursos de improviso, um ganhava uma referência a Deus. E no último mês, já citou Deus mais de 20 vezes em discursos em torno do pré-sal. A última citação: “Agora, como Deus deu uma passadinha pelo Brasil e fincou o pé no mar brasileiro, descobriu-se o pré-sal”. Os religiosos mais ortodoxos reclamam: nas Tábuas da Lei, de Moisés, um dos primeiros mandamentos é “Não tomar seu santo nome em vão”.

Escolhido por Deus

A mais venerada parceria da música popular brasileira acaba de se transformar em musical, no Teatro Copa Airlines, no Shopping Eldorado, em São Paulo: Tom & Vinicius – O Musical, idealizado por Marcelo Serrado (primeira foto à esquerda, com a mulher Ana, que também está no elenco) que, no palco, revive Jobim, prefere mostrar a dupla ainda jovem. Thelmo Fernandes faz Vinicius de Moraes e Guilhermina Guinle (segunda foto) interpreta duas mulheres dele, que teve nove casamentos. Na pré-estréia, com muita gente conhecida, Daniela Procópio (terceira foto) e a produtora Cíntia Abravanel (à direita, com a filha Vivian).

Eterna dupla

Super-herdeiro A modelo Raica Oliveira não deixa por menos: depois do fracassado romance com Ronaldo Fenômeno, ela agora namora (eles estão em romântica circulada em Roma) o bilionário herdeiro Nathaniel Rothschild, filho de Nathaniel Charles Rothschild que, entre outros negócios, tem no grupo a produção de caríssimos vinhos Chateau Lafite e Chateau Mouton Rothschild. Dependendo da safra, cada garrafa desses vinhos, varia entre R$ 3 mil a R$ 18 mil.

0 IN

Flower power (romântico).

OUT

Hippie, tipo bicho-grilo.

Juros: R$ 1,2 trilhão O vice-presidente José Alencar volta a atacar a Selic, em entrevista à revista da Federação das Indústrias do Distrito Federal: “A taxa básica no Brasil é mais de seis vezes superior à taxa básica real média do mundo”. Depois, calibra a metralhadora giratória e dispara, lembrando que a dívida pública brasileira caminha para R$ 1,4 trilhão: “Não temos tido responsabilidade fiscal quando permitimos que haja no orçamento de despesas da União uma rubrica que vai nos levar, em oito anos, R$ 1,2 trilhão de despesas na rolagem da dívida”. Ou seja: quase o valor da própria dívida. Na média estimada, R$ 12,5 bilhões por mês ou ainda, R$ 415 milhões por dia.

MISTURA FINA E NEM poderia se esperar uma ação diferente: os advogados do banqueiro Daniel Dantas planejam anular as acusações contra ele, preso duas vezes durante a Operação Satiagraha, caso seja confirmada a participação irregular dos arapongas da Abin nas investigações da Polícia Federal. NO CUMPRIMENTO do mandado de busca e apreensão na casa e no escritório de Naji Nahas em São Paulo, os agentes federais da Operação Satiagraha não levaram apenas todos os automóveis que encontraram. Apreenderam também todos os quadros valiosos que o mega-investidor tinha nos dois locais. E na casa de Naji, chegaram a revistar o closet de sua mulher, Sula, que estava fora, inclusive gavetas que continham peças intimas. A PRIMEIRA-dama Marisa Letícia usou chapéu no desfile de Sete de Setembro, em Brasília, por recomendação de seu cirurgião plástico e sua dermatologista. Depois das últimas intervenções no rosto, Marisa Letícia não deveria expor a área ao sol, em nenhuma hipótese. Ela obedeceu e só tirou o chapéu, no palanque, quando a posição do sol foi mudando. DEVERÁ ser assinado, nas próximas horas, um super-negócio: o grupo CVC de viagens e turismo pode levar todos os hotéis da Costa do Sauipe, cujos prejuízos somados, desde a construção até agora, já teriam encostado em R$ 1 bilhão. A maior parte desse mega-rombo ficou mesmo para os cofres da Previ, o maior fundo de pensão do país, dos funcionários do Banco do Brasil. ATÉ HOJE, Lourdes Catão, uma das maiores socialites cariocas entre os anos 60 e 80, não conseguiu o teste de paternidade que confirmaria que um de seus filho, Álvaro Luiz, não é filho de seu marido Álvaro e sim, de seu cunhado Francisco. Ela própria confirmou a história em 2001, depois da morte de Francisco Catão. Mas, a viúva dele, Angela Catao, briga na justiça: afinal, está em disputa uma fortuna estimada em US$ 10 milhões. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Federer levanta o troféu nos EUA: a quinta vez consecutiva.

Federer é penta no US Open Tenista suíço vence o britânico Andy Murray

C

omo Fênix, que res- nha), pequenos demais pasurgiu das cinzas, ra suas ambições. "Nunca tiRoger Federer está ve dúvidas de que ele (Fedede volta. Com a classe e cate- rer) é o melhor do mundo", goria dos grandes gênios, o afirmou Murray. "Mas hoje suíço derrotou ontem o britâ- (segunda) pude comprovar nico Andy Murray por 3 sets sua força". a 0 (parciais de 6/2, 7/5 e 6/2) A vitória no US Open copara conquistar o 5.º título loca Roger Federer como consecutivo do US Open. Es- um dos maiores vencedores te é também o seu 13.º troféu de Grand Slam e encosta, assim, no recorde de 14 do norte-americano Pete Sampras. Pelo título, o suíço embolsou um cheque de US$ 1,5 milhão (R$ 2,595 milhões), mas o seu maior prêmio Comemoração: 13° troféu de Grand Slam. parecia ser outro, muito maior. "Este título sig- do Aberto dos Estados Uninifica o mundo para mim", dos. Iguala a marca dos anos disse Federer, de volta aos 20 de Bill Tilden, que tamsorrisos. "Certamente não bém venceu por cinco vezes vou parar neste 13.º título". seguidas, mas numa época A conquista aparece num em que o equilíbrio entre os momento crítico. Até então, jogadores não era tão ameaesta vinha sendo a pior tem- çador como hoje. porada dos últimos anos paApesar da vitória nos Esra um tenista apontado por tados Unidos, Roger Fedemuitos como o melhor da rer ainda não reconquista a história, de todos os tem- liderança do ranking munpos. Este ano só havia venci- dial, que continuará nas do dois torneios (Estoril, em mãos do espanhol Rafael Portugal, e Halle, na Alema- Nadal. (AE)

faleconosco@dcomercio.com.br

Dança do PM

A

s pessoas falam que o militarismo é coisa arcaica e que a polícia deveria ser mais humana, próxima do povo. Daí aparece um policial de bem com a vida e as pedras continuam a ser atiradas. O povo é falso mesmo, né? Murilo Gomes

N

ão há nada de mais neste vídeo. Ele só mostra que o soldado em questão tem disposicão bastante pra correr atrás de bandido. Afinal, é preciso estar em forma pra fazer esses movimentos. Pior é a corrupção, e muita gente faz vista grossa. Isso sim é uma vergonha.

DC de 3/9 contou história do PM bailarino

S

ei bem como isso acontece. Você fica ali esperando o pior, sempre na expectativa, com a adrenalina à flor da pele. Se não descarregar isso em um momento de descontração assim, a pessoa fica louca. Fernando L. Gonçalo

H

ilário, somente, nada vergonhoso. Vergonhoso é punir o soldado e deixar impune a deputada Ângela Guadagnin (PTarabéns ao soldado, isso mostra SP) que dançou no plenário da Câmara após ouvir o anúncio da que a nossa policia é gente como a gente, aproxima a polícia da absolvição do colega João Magno (PT-MG), acusado de receber sociedade, e acaba com o mito de que os policiais são todos corruptos. dinheiro do valerioduto. Maria Costa São pessoas que trabalham para o bem da sociedade, mas com bom humor e disposição. Márcio Morelato cho que não tem nada de mais neste vídeo. Mostra apenas um momento de descontração do soldado, que ele é ue coisa, né? Enquanto extrovertido. Deveriam é se trabalhamos para pagar os preocupar com a corrupção e com impostos que pagam o salário deste policial para nos defender, ele coisas mais importantes, deixando o soldado Queiroz em paz. dança no local de trabalho. Manoel Passos Viana

P

A

Q

Josefa Santos Cardoso

Leandra M.S.

Timothy A. Clary/AFP

MÃO DE FERRO

Estilo Panteras

A candidata à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, não recebeu ainda nenhum convite para ir ao programa de Jô Soares. E se receber, vai pensar duas vezes se aceitará ou não. Da última vez que esteve lá, o apresentador perguntou: “E você usa calcinha vermelha?” Marta reclamou no ar: “Você está entrevistando a prefeita de São Paulo. Por que me pergunta essa bobagem?”

intern et

Esta semana, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do qual o ministro Tarso Genro, da Justiça, tem muito orgulho, será apresentado a 68 países da Declaração de Genebra , escolhido como o melhor programa do gênero. No Brasil, por enquanto, o programa mal saiu do papel. De 2008 a 2012, os investimentos previstos são de R$ 6,7 bilhões. Este ano, de R$ 1,4 bilhão previsto em orçamento, foram desembolsados apenas R$ 135 milhões, estimando-se que até dezembro chegue em R$ 230 milhões, ou seja, 16% do total. Mantendo-se esse ritmo, o Pronasci precisará de 26 anos para ser implantado.

0

Daqui a 26 anos

ão da

CALCINHADOPT Carolina Dieckmann, Giovanna Antonelli e Cláudia Abreu (primeira foto) foram as donas da festa de lançamento da novela Três Irmãs, no Iate Clube do Rio de Janeiro, posando juntas – e desfazendo boatos que estavam se desentendendo – logo no começo da noite e até incorporando o estilo das Panteras. De todos os mais recentes lançamentos de novelas globais, esse foi o mais animado, com o elenco todo dançando na pista do clube, convocado pela atriz Vera Holtz (à direita, com Cláudia Abreu).

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LULA // sobre a eficácia dos economistas que participam de seu governo. Fotos: PaulaLima /Divulgação

Orlando Almeida, que há mais de 20 anos organiza o concurso Miss Gay, no Rio, agora vai promover, dia 20, na quadra da escola de samba Paraíso do Tuiuti, uma competição de beleza dedicada apenas aos homossexuais mais gordinhos. O concurso será chamado de Miss Fofa e só poderão concorrer candidatos com mais de 80 quilos. Não haverá desfile de maiô mas todos deverão apresentar uma performance especial. Uma das bibas inscritas já escolheu: vai dublar a cantora lírica (e roliça) Montserrat Caballé.

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«

chega ao governo, ele não tem solução para nada.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

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Política Lula tenta apagar 'incêndio' na Abin Evaristo SA/AFP

Lula quer o tema dos grampos fora do noticiário e dá bronca em três ministros.

Presidente avalia que comportamento de três ministros pôs ainda mais combustível na polêmica sobre os grampos ilegais e faz o que pode para esfriar o caso

D

agência. Na semana passada, os dois chegaram a se reunir no Planalto com o ministro Franklin Martins (Secretária de Comunicação) para chegar a um entendimento. De forma reservada, assessores palacianos e ministros avaliaram no domingo que a notícia divulgada pela revista "Isto É" de que o agente aposentado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Francisco Ambrósio do Nascimento, teria montado uma central clandestina de escutas telefônicas para auxiliar o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, nas investigações da Operação Satiagraha, reforçou uma suspeita já existente. Mesmo assim, a ordem oficial é de cautela. A avaliação é de que será necessário identificar o responsável para encerrar o episódio de forma definitiva. Um auxiliar direto do presidente Lula chegou a afirmar

Pessoalmente, fico preocupado com o descontrole. Grampo só pode ser feito mediante autorização judicial. Carlos Ayres Britto, ministro do STF que a confirmação de que um araponga aposentado da Abin teria feito o grampo não deve prejudicar o governo. Isso porque, além de ter afastado imediatamente o diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, o Planalto ainda pode alegar que nesse episódio foi vítima de servidores que extrapolaram suas funções. Antes mesmo da

Laudo preliminar aponta: Senado não tem grampos

Fabio Pozzebom/ABr

epois de uma semana de polêmicas e desencontros entre ministros que atuam no setor de inteligência do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o fim da divergência pública entre os integrantes do primeiro escalão. Ao mesmo tempo, o Palácio do Planalto decidiu apostar no depoimento do ministro da Defesa, Nelson Jobim, à CPI dos Grampos, marcado para amanhã, para tentar diminuir o potencial de crise política. A determinação é que, diferente da semana passada, Jobim tente baixar a temperatura da crise. A definição dessa estratégia não foi por acaso. A percepção no núcleo do governo é de que a denúncia de que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi grampeado só ganhou novo fôlego com a divisão explícita do governo por causa da polêmica instalada sobre a aquisição pela Abin de equipamentos capazes de fazer escutas ilegais. Por isso mesmo, a expectativa é de que Jobim evite entrar na polêmica sobre a maleta de rastreamento. Afinado com a determinação palaciana, Jobim disse no domingo que considera encerrada a polêmica sobre a existência ou não de aparelhos capazes de fazer escutas. Ele não quis revelar se tratou do tema com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix, que negou a prática de grampo na

divulgação desta notícia, a avaliação palaciana era de que havia um núcleo paralelo de inteligência na Abin, desde que Lacerda deixou o comando da Polícia Federal e entrou no órgão. Em depoimento à CPI dos Grampos, Lacerda negou a existência de investigação clandestina por integrantes da Abin.

Apesar dessa negativa, havia forte contrariedade no gabinete presidencial com a participação de agentes da Abin na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, no que foi considerado um desvio de função do órgão de inteligência. Já naquela ocasião, assessores do Planalto passaram a suspeitar de arapongagem dentro do governo. Nos grampos da Satiagraha, há conversas entre Gilberto Carvalho com o advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Há suspeitas de que outras conversas de Carvalho tenham sido gravadas fora do grampo autorizado pela Justiça nos números telefônicos de Greenhalgh. O governo ainda ficou incomodado com a divulgação de conversas telefônicas em que a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi citada em diálogos entre lobistas ligados ao banqueiro Daniel

Dantas, do Opportunity. Independente do resultado da investigação, o presidente Lula enquadrou três ministros: o general Jorge Félix, o titular da Justiça, Tarso Genro, além do próprio Jobim. Visivelmente desconfortável, Lula quer o tema fora do noticiário. O governo avalia que as opiniões desencontradas ocorrem até mesmo dentro dos ministérios. Por isso, a opção na última sexta-feira foi de que o Gabinete de Segurança Institucional divulgasse uma nota para evitar novas polêmicas. Mesmo assim, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, disse que qualquer um que afirme que um agente do Estado foi responsável pelo grampo ilegal do presidente do STF estaria falando em tese, em hipótese. Sendo que o ministro da Justiça, Tarso Genro, já havia afirmado que a PF trabalha com três linhas na investigação e que uma delas é que a interceptação telefônica teria sido feita por um agente da Abin. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo, Carlos Ayres Britto, disse ontem que, mais importante que descobrir quem comandou os grampos ilegais, é questionar o descontrole dos órgãos policiais e de inteligência do País. "Pessoalmente, fico preocupado com o descontrole. Grampo só pode ser feito mediante autorização judicial. Se por um lado o Estado tem o dever de combater a criminalidade, de outro lado a vida privada é um direito fundamental", afirmou. O ministro também rebateu as informações, publicadas no jornal "O Estado de S. Paulo", de que Lula estaria incomodado com as transmissões ao vivo pela TV Justiça das sessões do STF. "Transmitir ao vivo as sessões do Supremo Tribunal Federal é um avanço democrático e representa um caminho sem volta", afirmou. (AOG)

OS DESTINATÁRIOS Marcelo Casall Jr/ABr

Vivi Zanatta/AE

Valter Companato/ABr

NELSON JOBIM - O ministro da Defesa divulgou à imprensa a compra de maletas de US$ 20 mil cada, pela Abin, capazes de grampear telefonemas.

TARSO GENRO - 0 ministro da Justiça admitiu que entre as hipóteses investigadas está a suposta ação de um agente da Abin nos grampos ilegais.

JORGE FÉLIX - O chefe do Gabinete de Segurança Institucional rebateu Jobim publicamente e deu informações sobre o equipamento.

Esta foi a constatação da Polícia Legislativa. Falta o laudo da Polícia Federal.

N

ão há violação na central telefônica do Senado e nem indícios de escuta ambiental nas dependências da Casa. É o que afirma o laudo preliminar entregue ontem pela Polícia Legislativa ao presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN) e que só hoje, após reunião da Mesa Diretora, será conhecido na íntegra. De acordo com o diretor da Polícia Legislativa da Casa, Pedro Araújo, a conclusão é fruto de varredura nos gabinetes de s e n a d o re s s u p o s t a m e n t e grampeados e das perícias técnicas realizadas nos equipamentos da central telefônica.

Ele explicou que a avaliação é preliminar porque aponta apenas o resultado do trabalho interno e não o da Polícia Federal, igualmente encarregada de checar a origem do grampo que flagrou a conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), e que foi divulgada pela revista "Veja". "Os indícios apontam que o grampo foi feito fora do Senado", informou Araújo. Além do gabinete de Demóstenes, houve varredura nos gabinetes de Garibaldi e dos senadores Tião Viana (PTAC) e os tucanos Álvaro Dias

Ricardo Marques/ Folha Imagem - 09.07.08

Presidente do Senado Garibaldi Alves (PMDB-RN) viu o relatório

(PR), Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE). Araújo disse que não se surpreendeu com o resultado. "A central telefônica do Senado é muito moderna e, para grampeá-la, seria necessário um aparato enorme de pessoas e equipamentos", justificou. Além do laudo da PF, a Polícia Legislativa deve solicitar a uma terceira entidade para que investigue a existência de grampos na Casa com o objetivo de descartar qualquer escuta no sistema telefônico do Senado. Carvalho assegurou que a telefonia fixa do Senado está livre de grampos. Ele negou informação publicada na imprensa de que todas as ligações realizadas na Casa são gravadas. E explicou que isso só ocorre com o serviço 0800 – de pesquisa e de comunicação com o público. Grampo antigo – Mas nem sempre foi assim. Os servidores mais antigos contam que a antiga central telefônica do Senado foi trocada há cerca de 15 anos, depois da prisão do então servidor José Carlos Alves. Investigado pela CPI dos Orçamento, ele também foi preso pelo assassinato de sua mulher. Sua participação como mandante chegou à Polícia Civil graças ao grampo colocado em seu gabinete, que o interceptou conversando com os executores do crime. (AE)

Jobim tenta adiar depoimento

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presidente da CPI dos Grampos da Câmara, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), defendeu que seja mantido para amanhã o depoimento do ministro Nelson Jobim (Defesa). O ministro pediu o adiamento para que possa viajar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Amazonas, mas Itagiba pede que o presidente libere o ministro. "Eu já conversei com o ministro e disse que, na atual conjuntura, é mais importante ele ir à CPI do que ir para a Amazônia. Por isso, eu faço um apelo para que o presidente da República o libere dessa viagem e o depoimento possa ocorrer na quarta-feira, como já estava marcado", disse. (AOG)

Associação

Comercial

DE SÃO PAULO

Diretoria Plena

Convocação Ficam convocados os senhores membros da Diretoria Plena, da Associação Comercial de São Paulo, para a reunião a realizar-se no dia 15 de setembro de 2008 (segunda-feira), às 16h30, no 9º andar do edifício-sede da Entidade, na Rua Boa Vista, 51, para deliberarem sobre a seguinte: Ordem do Dia I - Exame e votação da proposta da Diretoria Executiva para a criação da Comissão do Setor de Serviços da Associação Comercial de São Paulo, nos termos do artigo 28 do Estatuto Social; II - Outros assuntos. São Paulo, 8 de setembro de 2008. Alencar Burti Presidente


Congresso Planalto Privacidade CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MENDES DESCONFIAVA DO GRAMPO

Araponga admite ter participado da Satiagraha

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Marcelo Min/AFG

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Se fosse político, eu teria receio em falar ao telefone porque a vulnerabilidade é grande. Claudio Weber Abramo

Dida Sampaio/AE

Francisco Ambrósio do Nascimento é suspeito de grampear autoridades

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m depoimento sigiloso de mais de duas horas no último sábado para os delegados Rômulo Berredo e William Morad, na Polícia Federal, o araponga aposentado Francisco Ambrósio do Nascimento confirmou ter participado da investigação da Operação Satiagraha, a convite do delegado Protógenes Queiroz, titular do inquérito. Servidor aposentado da Aeronáutica, Ambrósio nunca foi funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele disse que já colaborou em outras investigações da PF, algumas a convite de Protógenes, mas negou que tenha feito grampos ilegais contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, parlamentares ou jornalistas, como foi publicado na imprensa no fim de semana. Espião experiente, Ambrósio é suspeito de estar por trás da escuta de 18 senadores, 26 deputados, ministros do governo Lula e das mais altas autoridades do Judiciário. Longe de atenuar a crise, porém, a notícia trouxe um agravante e a PF já trabalha com a hipótese de refazer a operação Satiagraha. Sendo Ambrósio aposentado, sua presença no inquérito é ilegal. Se estivesse na ativa, sua participação seria defensável, uma vez que a lei ampara a requisição de servidores por um delegado. A PF vai consultar a Justiça e o Ministério Público para evitar que os erros da primeira fase do inquérito beneficiem o grupo desbaratado na operação, que seria chefiado pelo banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity.

A nulidade do inquérito, segundo um delegado com acesso à investigação, será fatalmente requerida pelos advogados dos réus, por vício de prova. Principal suspeita de ter patrocinado o grampo contra o presidente do STF e outras autoridades, a Abin informou ontem que Ambrósio não pertence a seus quadros.

Gilmar Mendes, do STF, disse à PF estar desconfiado de que seus telefonemas estão sendo monitorados desde a Operação Navalha, em 2007. Membro da comunidade de i n f o r m a ç õ e s , A m b ró s i o é egresso da Aeronáutica e serviu ao órgão central da repressão política do regime militar, o Serviço Nacional de Informações (SNI). Com a extinção do SNI, em 1990, ele foi lotado no órgão sucessor, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), no qual se aposentou em 1998. Berredo e Morad determina-

ram uma auditagem no Guardião, poderoso equipamento de grampos da PF, capaz de interceptar centenas de ligações simultâneas, utilizado na operação por Protógenes e arapongas recrutados por ele. Decidiram também requisitar as maletas de varredura antigrampo, adquiridas pela Abin, alvo de denúncia do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que estariam sendo usadas ilegalmente para fazer escutas clandestinas. Como a primeira iniciativa não foi atendida, a PF vai insistir no envio dos equipamentos e, caso perceba alguma resistência, não descarta o uso da via legal. Ou seja, pode apelar para um pedido judicial de busca e apreensão dos equipamentos. Desconfiança – O presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, prestou depoimento ontem à PF no inquérito que apura o grampo sofrido por ele. Disse que desconfia que tem suas conversas telefônicas gravadas desde a Operação Navalha, em 2007, que investigou supostas fraudes em licitações em obras públicas. A desconfiança surgiu na época da Operação Navalha, quando Mendes recebeu uma ligação de uma jornalista perguntando sobre uma conversa telefônica que ele tinha tido cerca de duas horas antes com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. A jornalista teria indagado sobre detalhes da conversa com o procurador. "A mencionada jornalista informou-me que fontes da PF comentaram que eu iria libertar todos os presos da Operação Navalha", disse. (AE)

Reunião Plenária (Informações, debates e busca de soluções)

Mendes: jornalista relatou conversa que tivera com procurador, obtida através de fontes da PF

Brasil também protesta contra a onda de bisbilhotagem Fábio D'Castro/Hype

Sergio Kapustan

S

e depender da Transparê n c i a B r a s i l e i r a , d o Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE) e do presidente da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima (PSDB), o Brasil participará, no dia 11 de outubro, dos protestos simultâneos "anti Big Brother" em capitais da Europa e América. Sob o lema "Freedom not fear - Stop the surveillance mania!" ("Liberdade sem medo Detenham a mania de vigilância!"), os organizadores do movimento alegam que a vigilância global está se expandindo. Para ele, o "Big Brother" não está só, pois recebe o apoio de "Little Brothers": governos e empresas em vários países estão autorizados a monitorar o que as pessoas fazem na internet, telefone e e-mail. Organizações não-governamentais e associações vão protestar contra o monitoramento excessivo das autoridades e das corporações na internet, telefone e e-mail. Segundo as entidades, os excessos prejudicam a privacidade e a confidencialidade. Nenhuma associação brasileira manifestou interesse em participar do protesto ainda, mas, de acordo com os dirigentes da Transparência e do PNBE e do presidente do Legislativo paulista, a utilização indiscriminada do grampo telefônico em Brasília, que atingiu até o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), credencia o Brasil ao evento. "Está na hora de o brasileiro se conscientizar da gravidade do problema", alerta o diretorexecutivo da Transparência

Vaz de Lima: "O grampo precisa de um limite para se evitar abusos"

Brasil, Claudio Weber Abramo, ao manifestar o apoio e o interesse em participar da manifestação mundial. "Se fosse político, eu teria receio em falar ao telefone porque a vulnerabilidade é muito grande", completa Abramo. O coordenador geral do PNBE, Mario Ernesto Humberg, acha que o protesto brasileiro seria a forma de se iniciar a discussão de um tema que afeta o governo e a sociedade. "O grampo ajudou a combater o crime de colarinho branco e o tráfico de droga que funcionam de forma oculta", ressalva Humberg. Ele afirma, no entanto, que o direito do cidadão à privacidade é inquestionável. "É limitar ações de fundo autoritário". De sua parte, Vaz de Lima diz que não se preocupa com o grampo porque "usa o telefone para tratar de questões institucionais", mas também defende a participação do Brasil no protesto mundial. "O grampo precisa de um limite para se evitar os abusos de autoridade e da ação do Estado", explica. Já o presidente da Ordem

dosa Advogados do Brasil, seccional São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso, afirma que a protesto é pertinente e que, no caso brasileiro, o grampo tornou-se instrumento de investigação perigoso. Segundo D´Urso, utilizamse as escutas de forma exagerada e em detrimento aos instrumentos normais de uma investigação. "A vida de uma pessoa é vasculhada até se achar alguma coisa contra ela. Isso é um aberração ao Estado de Direito", protesta. A manifestação terá a participação de várias cidades européias, entre elas Berlim, Roma, Paris e Londres; além das Américas, como Buenos Aires, Washington e Manta (Equador) O movimento começou em setembro do ano passado, quando o Grupo de Trabalho em Retenção de Dados organizou uma manifestação em Berlim contra uma lei alemã que autoriza as empresas de telecomunicações a armazenar, por seis meses, informações de usuários de telefones, celulares e e-mails. (AE)

Misturador de voz garante sigilo Rubens Marujo

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a) de São Paulo

CONVIDADO

Geraldo Alckmin

Dia: 15 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

E

ssa história de grampo telefônico está deixando todo mundo de orelha em pé. O número de consultas a aparelhos misturadores de voz, que impede qualquer escuta telefônica, aumentou de duas para cerca de seis a oito por mês, segundo o empresário João Pinto, da Jeptron Inteligência e Sistemas, que atua na área há 23 anos representando empresas estrangeiras. Já o número de vendas que era de quatro por mês, pode passar de dez. "Antes desse assunto ganhar a manchete dos jornais, só executivos de grandes companhias me procuravam. Como toda essa agitação é recente, acredito que posso vender mais de dez por mês. E se você me perguntar como sei se é de empresa ou de políticos é fácil entender: empresários parecem ter mais conhecimento e já

pedem dois aparelhos; políticos ou lobistas pedem apenas um. Com apenas um aparelho não dá resultado", explica o empresário. Os misturadores de voz só funcionam desde que as duas pessoas que estejam conversando tenham o aparelho: "E posso dizer mais. Isso não é coisa para amador, curioso, ou detetive particular. Um sistema desses é caro, só mesmo grandes empresários ou o governo podem adquiri-los. Os preços variam de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. Além disso, esses aparelhos são importados, não existe um fabricante nacional, e Israel detém a tecnologia mais avançada nessa área". Também é bom deixar claro que o celular exige um tipo de sistema antigrampo completamente diferente do telefone fixo. Desse modo, quem exige proteção total vai precisar de um aparelho para cada linha e a outra pessoa com que conversar, idem.

Um deles, o mais simples, é o Scrable, um misturador digital de freqüência de voz. A comunicação entre a origem e o destino é praticamente livre de grampos, por utilizar um método inovador de sincronização das unidades. Se uma terceira unidade tentar "escutar", mesmo operando em idêntico grupo algorítmico e com os mesmos parâmetros de comunicação, não tendo autorização prévia, não conseguirá ouvir a conversação. Na opinião de João Pinto o criptador é mais seguro porque possui várias freqüências, com sofisticados algoritmos. "A voz se transforma em números e ele é o preferido pelos grandes executivos industriais que gostam de conversar seguramente, para evitar a espionagem industrial, entre outras coisas", diz ele. Cada ponto não sai por menos de R$ 5 mil. Por questão de segurança, o empresário não gosta de ser fotografado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

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Reuters

Internacional

Navios de guerra russos em águas do Caribe Exercício militar com a Venezuela será realizado no final do ano

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Seguindo o conselho do ex-presidente Fidel Castro, cubano protege sua casa antes da chegada do furacão

Rússia informou ontem que enviará uma esquadra e aviões de patrulha às águas do Caribe a fim de realizar uma manobra militar com a Venezuela - algo não visto no Hemisfério Ocidental desde a Guerra Fria. A medida, aparentemente retaliatória, foi anunciada em um clima de tensões entre Moscou e Washington, após os EUA terem enviado navios militares para a entrega de ajuda humanitária à Geórgia, um mês após o exército russo ter derrotado o país do Cáucaso em uma guerra de cinco dias. O porta-voz do Ministério do Exterior da Rússia, Andrei Nesterenko, insistiu ontem que a decisão foi tomada antes da guerra entre Rússia e Geórgia. "Esse movimento foi planejado com antecedência e não tem relação com a atual situação política e os acontecimentos no Cáucaso", disse. Mas o anúncio ocorreu apenas uma semana após o premiê russo Vladimir Putin ter alertado que a Rússia daria uma resposta (que ele então não especificou) à recente entrega de ajuda humanitária norte-americana à Geórgia, feita por navios militares dos EUA. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um crítico descontrolado dos EUA, aludiu no domingo à noite às manobras militares, confirmadas ontem pelos russos. Questionado sobre os planos da manobra militar conjunta entre Rússia e Venezuela, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Bryan

Haiti e Cuba, na mira do Ike

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'As armas vão se calar', promete o presidente Sarkozy (dir.)

MOSCOU PROMETE RETIRAR TROPAS EM OUTUBRO presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse ontem que retirará suas tropas da Geórgia depois que a União Européia enviar, em outubro, 200 monitores para observar as fronteiras das regiões separatistas da Ossétia do Sul e da Abkházia. O anúncio foi feito após uma reunião com seu colega francês, Nicolas Sarkozy.

Enquanto a Rússia busca se conciliar com a UE, as relações com os EUA se deterioram. Insatisfeito, Washington anunciou a rescisão de um acordo nuclear civil bilateral. A Geórgia e a Rússia iniciaram ontem uma nova batalha, desta vez na Corte Internacional de Justiça em Haia. Tbilisi acusou Moscou de realizar uma "campanha de perseguição", enquanto a Rússia alegou que a Geórgia praticou crimes contra a humanidade durante a guerra no mês passado. (Agências)

Whitman, disse que o Pentágono não está preocupado. Ele disse que os EUA conduzem exercícios em várias regiões do planeta com outros países, e assim fazem várias nações. Nesterenko disse que o cruzador "Pedro o Grande" e três outros navios russos estarão na Venezuela antes do final deste

ano e serão alcançados por aviões de patrulha que atuam contra submarinos. Ele não disse quantos aviões serão enviados e limitou-se a informar que as aeronaves ficarão numa "base aérea da Venezuela." Chávez informou que os navios aportarão no país entre novembro e dezembro. (Agências)

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EFEITO PALIN

Furacão perde força, mas provoca destruição no Caribe epois de provocar chuvas torrenciais e inundações no Haiti e Cuba, o furacão Ike começou a se deslocar ontem para o Golfo do México. O fenômeno perdeu força, primeiro da categoria 3 par a a 2 n a e s c a l a d e S a ff i rSimpson, depois para a categoria 1. No entanto, os ventos de 130 quilômetros por hora foram fortes o suficiente para matar ao menos 58 pessoas no Haiti e outras quatro em Cuba. Além disso, pelo menos 1,5 milhão de cubanos teve que deixar as suas casas. A TV cubana mostrou casas destruídas, cidades inundadas com até 25 centímetros de água, além de postes e árvores caídos. Vários rios do país transbordaram, e há ressaca em toda a costa. O ex-presidente Fidel Castro alertou os cubanos em comunicado a buscarem abrigo e tomarem medidas de segurança. "Foi uma enorme retirada", disse Mirtha Pérez, uma moradora de Camaguey, de 65 anos, que aguardava com outras mil pessoas a passagem do furacão em uma escola. Mais de nove mil turistas europeus e canadenses foram retirados pelas autoridades locais dos hotéis no balneário de Varadero, ao leste de Havana. No Haiti, as inundações provocadas pelo furacão derrubaram uma ponte que era a única via de acesso à cidade de Gonaives, seriamente afetada. Alguns habitantes foram obrigados a subir nos telhados das casas para sobreviver, pela segunda vez em uma semana. Os habitantes de Gonaives, contudo, sofreram um pouco

AFP

McCain supera Obama, segundo pesquisa Robyn Beck/AFP

AFP

A Cubanos tentam caminhar em rua de Baracoa, após passagem do Ike

pós meses à sombra do democrata Barack Obama, o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, assumiu a liderança nas intenções de voto, segundo pesquisa USA Today/Gallup divulgada ontem. O motivo: a escolha certeira de Sarah Palin como sua vice-presidente

na corrida à Casa Branca. A sondagem do USA Today/Gallup, realizada logo depois do encerramento da convenção nacional do Partido Republicano, mostrou McCain à frente do Obama com 50% a 46% entre eleitores registrados, dentro da margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

U m a p e s q u i s a U S A Today/Gallup realizada no fim de semana anterior, logo depois do fim da convenção do Partido Democrata, mostrava Obama sete pontos porcentuais à frente de McCain. De acordo com o cientista político norte-americano Larry Sabato, ouvido pelo USA Today, a virada de McCain seria um efeito da convenção republicana. "A convenção dos republicanos foi um sucesso e, pelo menos inicialmente, a escolha de Sarah Palin (como vice na chapa de McCain) está fazendo a diferença", disse o especialista. (AE)

Evans Felix/Reuters

AL-QAEDA Em gravação, o número 2 da Al-Qaeda, Ayman alZawahiri, acusou o Irã de se aliar aos EUA na ocupação do Iraque e do Afeganistão.

ITAIPU O presidente paraguaio, Fernando Lugo, pedirá a renegociação do tratado de Itaipu durante visita a Brasília, no dia 17.

Ó RBITA

'PREMIÊ-CHEF'

Reuters

primeiro-ministro O tailandês, Samak Sundaravej, pode ser Forças de paz da ONU ajudam crianças a atravessar rio no Haiti

menos na manhã de ontem, à medida que a chuva parou e as águas começaram a baixar. Moradores da cidade que haviam fugido para as montanhas voltavam para suas casas cheias de barro e sujeira. No total, quatro devastadores temporais em menos de um mês mataram ao menos 319 pessoas no Haiti, o país mais pobre do hemisfério ocidental. Por sua vez, as autoridades

norte-americanas suspenderam ontem a ordem de evacuação que vigorou sobre o Flórida Keys no final de semana. O Centro Nacional de Furacões dos EUA disse que a tendência atual é de que o Ike atinja o leste do Texas, mas não está descartado que ele passe sobre Nova Orleans, cidade da Louisiana devastada pelo furacão Katrina em 2005 e levemente afetada pelo Gustav. (Agências)

afastado do cargo por comandar um programa culinário na televisão. A Corte Constitucional julgará hoje se ele descumpriu uma proibição de não manter um emprego privado, enquanto ocupa um cargo público. A paixão de Samak pela culinária é bem conhecida no país. O premiê, que tem entre suas especialidades as pernas de porco na coca-cola, preparou um jantar para a delegação tailandesa durante a Olimpíada de Pequim.

BOLÍVIA oposição ao presidente A boliviano, Evo Morales, tomou ontem postos da

Há duas semanas, o primeiro-ministro enfrenta protestos nas ruas pedindo a sua deposição.

fronteira com o Brasil nos departamentos (Estados) de Santa Cruz, Beni e Pando. A medida busca pressionar Evo a restituir os recursos dos impostos sobre gás e petróleo que foram usados para financiar uma pensão para idosos e a desistir de fazer um referendo sobre um projeto de Constituição. O ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, disse que garante as exportações de gás para o Brasil e a Argentina.


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 A falta de controle no aumento das taxas de juros vai levar à inadimplência. Emilio Alfieri, economista.

Luiz Prado/Luz

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fotos: Nilani Goettems / e-Sim

O setor têxtil enfrenta a forte concorrência de produtos importados. Por isso, em agosto, 889 estabelecimentos foram protestados em SP.

Assis, da Tecidos Mariel: a indústria deve reduzir a margem de lucro.

PROTESTO DE TÍTULOS EM QUEDA NA CIDADE

Taxa básica deve subir 0,75 ponto

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Empresários da indústria, comércio e serviços foram menos acionados pelos cartórios. Contudo, varejo de autopeças e tecidos não se beneficiaram. Mário Tonocchi

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alta na taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central para enfrentar a crise econômica mundial e o aumento do índice de inflação brasileiro, ainda não afetou a saúde financeira das empresas em São Paulo. Uma das maneiras de se constatar essa informação é através do número de títulos protestados, no mês passado, na capital, divulgado pelo boletim do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação

Comercial de São Paulo (ACSP). O levantamento mostra que, entre janeiro e agosto, o volume de títulos protestados caiu de 394 mil no ano passado para 301 mil em igual período deste ano. Somente no varejo, a redução foi de 52,4%. "Nosso sinal de alerta, no entanto, é que a falta de controle no aumento das taxas de juros vai certamente levar à inadimplência e à conseqüente desestabilização no caixa das empresas. É preciso moderar as altas dos juros, defende a Associação Comercial de São Paulo", disse o economista do IEGV, Emilio Alfieri.

A Selic, divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), está atualmente em 13% ao ano. A próxima reunião do Comitê acontece hoje e amanhã, em Brasília. O mercado espera outro aumento nos juros, de 0,75 ponto percentual. Apesar da queda geral no número de títulos protestados, há, no comércio, setores que mantêm elevação nesses papéis em cartório. É o caso de tecidos, armarinhos e artefatos para tecidos que, em agosto, registraram 889 títulos protestados na cidade de São Paulo. Em julho, esse volume chegou a 606 papéis. A indústria têxtil acompanha

esse ritmo. No mês passado, foram 308 protestos ante 139 em julho. "É um setor que sofre com o câmbio e a entrada descontrolada de produtos asiáticos com preços inferiores ao custo das empresas brasileiras", observou o economista. O setor de varejo de peças para veículos também tem elevada taxa de títulos em protesto, mas por outros motivos. Neste caso, o setor passou de 317 protestos em julho para 517 em agosto. "Os comerciantes de peças enfrentam a forte venda dos carros novos e a baixa utilização de oficinas para consertos", completou Alfieri.

"Tem que fazer uma boa compra dos fornecedores para efetuar uma boa venda. E isso significa negociar descontos no pagamento à vista", é a receita do gerente da loja Tecidos Mariel, da rua 25 de Março, Vicente Paulo Assis. Para ele, o auge da crise do setor, com a chegada dos produtos asiáticos, já passou. Com as vendas no varejo aquecidas, o mercado se estabilizou, mas o custo dos tecidos importados continua menor. "O cliente vai pelo preço e a indústria tem que se adaptar reduzindo a margem de lucro ou até mesmo a qualidade do tecido para competir", observou Assis.

pesar de os últimos índices de preços divulgados terem mostrado desaceleração da inflação, a maior parte dos analistas do mercado financeiro mantém a aposta de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, vai elevar em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros do País (Selic) na reunião que começa hoje e termina amanhã. Com isso, a taxa iria para 13,75% ao ano. Os especialistas apostam que nos últimos encontros deste ano (em outubro e dezembro), o comitê vai determinar mais duas altas de 0,5 ponto percentual, o que levaria a Selic para 14,75% anuais no fim de 2008. Em contrapartida, o mercado passou a acreditar em alívio da política monetária no próximo ano, em intensidade maior que a anteriormente esperada. A expectativa para o juro em dezembro de 2009 caiu de 14% para 13,75% anuais. O Banco Central sempre ressalta que um de seus objetivos com a política monetária é diminuir a expectativa do mercado para o centro da meta inflacionária, de 4,5% em 2009. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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COMÉRCIO

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terça-feira, 9 de setembro de 2008


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nacional Empresas Tr a b a l h o Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Setor do vestuário quer redução de impostos para enfrentar problemas

ONU RECONHECE AVANÇO DO BRASIL

QUEDA DE VAGAS NO SETOR FOI DE 4,7%, ENQUANTO O EMPREGO INDUSTRIAL COMO UM TODO SUBIU 4,4%.

EMPREGO NO VESTUÁRIO CAIU Eduardo Nicolau/AE

Patrícia Büll

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Divulgação

Sylvio Mandel, da Abeim, não quer protecionismo.

ONU: acesso ao trabalho decente faz a diferença.

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experiência brasileira mostra que o crescimento econômico é necessário, mas não suficiente para melhorar o desenvolvimento humano, segundo relatório divulgado ontem, em Brasília, por três agências da Organização das Nações Unidas (ONU): a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD). Só o acesso a trabalho decente pode fazer

oportunidades iguais de acesso ao emprego", diz o relatório "Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente". Apesar de a taxa de emprego ter aumentado, o mercado de trabalho ainda é desigual. "Grandes médias estatísticas camuflam as misérias", disse a representante do PNUD no Brasil, Kim Bolduc. A taxa média anual de expansão da ocupação no País foi de 2,5% entre 2000 e 2006, ante 1,4% entre 1993 e 1999. Mas as negras com 15 anos de estudo ganham 42% do salário dos brancos com a mesma escolaridade. (AE)

a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) traduzirse em melhoria do bemestar social, assinala o estudo. "A ênfase na geração de postos de trabalho pode contribuir para elevar o nível de desenvolvimento humano, sobretudo quando essa geração está associada às outras dimensões do trabalho decente: ausência do trabalho infantil ou forçado; nível adequado de remuneração, respeito aos direitos trabalhistas e

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a contramão da expansão da maioria dos segmentos econômicos, com geração recorde de empregos, o setor de vestuário enfrenta o fechamento de vagas. Enquanto o emprego industrial cresceu 4,4% de janeiro a julho, na comparação com igual período de 2007, o vestuário teve queda de 4,7%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Importação em grande escala, cópias ilegais de roupas e encargos tributários e trabalhistas que chegam a 42% do valor final das peças são os principais motivos desse recuo, afirma Ronald Masijah, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de São Paulo (Sindivestuario). "O crescimento econômico propiciou uma expansão também da classe D para C, o que gerou aumento de demanda. Mas ao contrário do que isso pode sugerir, a indústria de vestuário não cresceu no mesmo ritmo", diz Masijah. Em contraste com o faturamento do setor, que de janeiro a julho subiu 17,9% sobre igual período do ano passado, as horas trabalhadas na indústria de vestuário caíram 3,1%. Nem mesmo o aumento da alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) de 20% para 35% para produtos de vestuário dentro do Mercosul foi sufi-

ciente para frear as importações. "A valorização do real em relação do dólar acabou por anular o efeito do aumento da TEC. O resultado é que continua sendo amplamente vantajoso importar vestuário", diz o presidente do Sindivest. Para tentar ajudar o setor, o Congresso aprovou em junho uma medida que altera a tributação sobre a importação de 11 produtos. Se passar como está, será criada uma tarifa específica, de até R$ 15 por unidade de medida, em substituição às tarifas atuais, que incidem sobre o valor importado. Se isso é um alívio para os industriais do setor, preocupa a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim), que reúne as principais redes do País. "Trata-se de um excesso de protecionismo à indústria nacional, justamente nos segmentos em que a produção interna é deficiente, em especial nas roupas de inverno", diz Sylvio Mandel, presidente da Abeim. Ele lembra que as importações ajudam a equilibrar os preços do mercado interno. Além da China – Mas na avaliação do presidente do Sindivestuario, os problemas enfrentados por essa indústria vão muito além das importações. "O Brasil precisa realizar uma redução drástica dos tributos que recaem sobre o setor, para que ganhe competitividade. Caso contrário, corre-se o risco de essa indústria desaparecer dentro de 20 anos", observa Masijah.

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

1 Redução de custos com um sistema multiusuário da Ory, adotado pelo call center. Leia na pág. 7

Foto: Mário Nagano

está com os dias contados Ativar comandos no computador por meio de ondas cerebrais, como faz o sistema Emotiv EPOC (ao lado), e mover programas com o agito das mãos e à distância, são inovações que prometem aposentar de vez o velho "rato" MÁRIO NAGANO

P

or enquanto, o sistema "toque e arraste", celebrizado no filme de ficção científica Minority Report, já está disponível no mercado consumidor em sua versão mais simples, na qual o usuário toca a tela do PC com as pontas dos dedos e arrasta programas e arquivos sem a ajuda do mouse convencional. São produtos de grandes marcas como Dell e HP. É verdade que as penas ópticas, usadas até hoje em handhelds, já anteciparam o conceito algumas décadas atrás. Tudo indica que a redescoberta da tela multitoque está associada aos atuais avanços na chamada computação visual principalmente em equipamentos cada vez menores e mais velozes. Boa parte do crédito é também do sucesso do sistema de tela do badaladíssimo iPhone da Apple. Já o Dell Latitude XT é o primeiro notebook "tablet" da marca. Outro bom exemplo, em breve no mercado nacional, é o HP To u c h S m a r t IQ50 – um desktop também equipado com uma interface gráfica baseada em toque. O To u c h S m a r t j á vem com um pacote de programas para gerenciar recursos de multimídia (imagens, vídeos e músicas). Fim da tendinite? Ainda não; talvez quando a digitação incessante no teclado for substituída por comandos cerebrais, como o sistema que vem sendo testado pela Emotiv EPOC e que foi apresentado em um evento na Califórnia. Pela velocidade das pesquisas, trata-se de um futuro nada distante. Leia na página 4

NESTA EDIÇÃO AS NOVAS GERAÇÕES A IFA 2008, feira de eletrônicos realizada em Berlim, mostrou as novas gerações de TVs, câmeras digitais e eletrodomésticos. Os destaques foram as telas gigantes, equipamentos ultra slims, inovações de conectividade, além de sistemas inteligentes para facilitar as tarefas domésticas e vários eletrodomésticos que economizam energia. Leia Pág. 6

BROWSERS EM GUERRA O Google está agora na briga de mercado de navegadores, dividido por Microsoft e Mozilla, ao lançar o Chrome, que promete mais rapidez e segurança na internet. A velocidade do novo browser do Google ficou por conta do desenvolvimento do engine Virtual Machine, em JavaScript, chamado V8, uma clara analogia ao poder dos potentes motores de automóveis. Leia Pág. 2


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O GOOGLE ENTRA NO SEGMENTO DE NAVEGADORES

Google inicia nova guerra de browsers

No fim da década de 90, a Microsoft jogou duro com a Netscape, que teve de sair do mercado

Fábio Pellegrino

Empresa lançou o Chrome, que promete mais rapidez e segurança na internet FÁBIO PELLEGRINO

A

velha guerra entre os programas para navegação na internet ganha mais um adversário. Na semana passada, o gigante Google, líder em serviço de busca, anunciou o lançamento do seu browser, chamado Chrome. O software veio com a promessa de ser o mais veloz, seguro e estável navegador para utilizar a rede. O desenvolvimento do programa durou cerca de um ano e o anúncio foi realizado de forma simultânea em mais de 100 países. Na apresentação da nova solução, Felix Ximenes, diretor de Comunicação do Google Brasil, afirmou acreditar que a forte marca do buscador fará com que os internautas experimentem o novo aplicativo, principalmente aqueles que gostam de inovação. "Nossos engenheiros viram que poderiam programar algumas facilidades que ajudariam no dia-a-dia. Os browsers tinham como modelos plataformas já existentes, desenvolvidas para sites estáticos. Atualmente, temos outras aplicações que necessitam de uma arquitetura pensada em sistemas de multimídia modernos e no que pode vir no futuro. Os jovens brasileiros são inovadores e acredito que muitos irão querer experimentar", explica. Segundo o executivo, o nome Chrome se origina do que os programadores chamam de "estrutura inicial". Isso quer dizer que o navegador foi arquitetado do zero, em um esqueleto principal, sem qualquer ícone ou usando como base um modelo que já existia, apesar de o programa parecer uma colcha de retalhos. A velocidade ficou por conta do desenvolvimento do engine (mo-

tor, em português) Virtual Machine, em JavaScript, chamado V8 (uma clara analogia ao poder dos potentes motores de automóveis). Além de acelerar processos, essa tecnologia deverá permitir o desenvolvimento de novos aplicativos para a internet. "Os navegadores mudaram aos poucos e trouxeram novidades interessantes, mas ninguém parou para fazer uma releitura completa. O desenvolvimento do V8 foi feito por nossa equipe da Dinamarca, que se empenhou muito para fazer com que essa diferença de velocidade fosse perceptível", afirma Ximenes. De fato, o Chrome tem características que empolgam à primeira vista, mas é bom saber que ainda nem tudo funciona a mil maravilhas. Além disso, muitos dos seus recursos já estavam disponíveis em outros navegadores, como Opera, Safari e, fundamentalmente, no Firefox 3, de quem a companhia copiou a maioria das facilidades com alguns aperfeiçoamentos, como o sistema de abas (também copiadas pelo Internet Explorer) e a busca dos últimos sites navegados diretamente na barra de endereço. O projeto também se baseou no sistema WebKit, mecanismo de renderização de páginas do Safari, da Apple. Além disso, a idéia era a de tornar o navegador o mais simples e "limpo" possível, não poluindo a tela com muitos botões e ser mais intuitivo. Com essa simplicidade e limpeza do visual, a empresa pode ter pecado um pouco. Ícones, como imprimir, favoritos e históricos não ficam assim tão à mão – ou estão dentro de um menu ou na página inicial. Isso sem contar alguns recursos que o navegador não apresenta. A opção "enviar a

página por e-mail", por exemplo, não existe. Alguns entraves também devem segurar o salto do Chrome, pelo menos por enquanto. O fato de ser beta é um deles, já que muitas empresas não se arriscam a instalar uma versão nessas condições. A incompatibilidade com aplicações da Microsoft é outro problema: alguns recursos de programas online, como o Exchange, não funcionam direito. Além disso, há uma má integração em aplicações em sites de instituições bancárias, principalmente para uso corporativo. Prós – Do lado das vantagens, não há dúvidas de que o Chrome é mais rápido do que seus concorrentes. Em testes, o navegador se saiu bem melhor do que o Internet Explorer 8 e o Firefox 3. Outro destaque é como as abas e aplicações online fazem o acesso diferenciado à memória, de forma independente. Isso é importante, já que se uma janela congela é possível utilizar o gerenciador de tarefas para finalizar apenas a aba que apresentou a falha, ou mesmo a aplicação. Pode ser um travamento de um vídeo do Youtube, por exemplo, ou o acesso à página de um banco. Detalhe: o Internet Explorer 8 já faz isso. "Acredito que uma velocidade de visualização superior e a possibilidade de fechar a aba com problema, sem influenciar nas outras, vão fazer a diferença no futuro", disse Marcelo Quintella, gerente de Produto do Google. O programa, que é de código aberto, está disponível em 43 idiomas, entre eles o português, para usuários do Windows. Para baixar acesse o site: www.google . com/chrome.

Alguém se lembra da Netscape?

Q

uem vê a Microsoft e o Google nesse duelo pelo mercado de navegadores pode até imaginar que é algo novo, mas não é. A guerra dos browsers já aconteceu uma vez – e não foi há muito tempo –, com conseqüências negativas para uma das empresas. Foi uma batalha muito dura e uma virada histórica. A primeira briga foi entre a empresa Microsoft e a Netscape, que dominava o mercado de browser com o navegador Netscape Navigator. A empresa crescia de maneira espantosa, na medida em que mais pessoas passavam a acessar a internet. Dados da empresa de pesquisas Zona Research detalham que, em 1994, o Navigator era usado por 87% dos internautas. Quando a empresa imaginava estar tranqüila na liderança, a Microsoft se interessou no mercado e lançou, em 1995, o Internet Explorer. Além da distribuição gratuita, serviu-se da possibilidade de embutir seu

navegador diretamente no pacote de aplicativos do sistema operacional Windows. Com isso, trouxe a comodidade aos usuários da rede, que não precisavam mais baixar o software da concorrente para navegar, que era pago. Sentindo a queda de sua presença na rede mundial de computadores, a Netscape passou a oferecer seu software gratuitamente e recorreu à justiça em um processo contra a Microsoft, alegando táticas monopolistas para ganhar o mercado de browsers (processo antitruste) e por práticas comerciais ilegais. Uma tentativa em vão, já que a empresa de Bill Gates já tinha conseguido presença em grande parte dos computadores em todo o planeta. Finalmente, no final da década de 1990, a Netscape foi vendida para America Online pela bagatela de US$ 4,2 bilhões, que decidiu, ao invés de continuar o desenvolvimento do navegador, apoiar a iniciativa da construção de um

navegador de código livre. Mas a marca Netscape teve sua morte concretizada apenas em março deste ano, quando a AOL informou aos órfãos do navegador que não daria mais suporte ou faria atualizações de segurança, recomendando o uso do Firefox, navegador que apresenta uma boa taxa de crescimento. Como se pode ver, a guerra dos browsers está ressurgindo, mas agora a realidade é outra. O navegador Firefox 3, que é um dos frutos do projeto Mozilla, tem ganhado mercado, e o lançamento do Chrome, pelo Google, caiu como uma bomba no mercado. Só para se ter uma pequena idéia do estrago, segundo dados da consultoria Predicta, especializada na análise do comportamento de navegação dos internautas brasileiros, nos dois primeiros dias de uso, o Google Chrome já representou 1,11% dos acessos à internet brasileira, tornando-se o terceiro browser mais utilizado, à frente de concorrentes antigos como o Apple Safari e o Opera. (F.P.)

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busca de oportunidades de negócios em mercados emergentes faz parte dos objetivos estratégicos traçados por médias empresas para os próximos anos e tem nos investimentos em tecnologia um importante aliado. É o que indica o estudo "A empresa do futuro", que acaba de ser divulgado pela IBM, com base em pesquisa mundial com 140 executivos de organizações de médio porte em 40 países, entre eles o Brasil. De acordo com o levantamento, boa parte dos executivos revelou a pretensão de aumentar em 20% o volume de investimentos nos próximos três anos para conquistar novos mercados, sobretudo em países que vem apresentando poder de compra cada vez maior, enquanto outros querem elevar em 22% o orçamento destinado ao desenvolvimento de produtos e serviços para atender a demanda de consumidores bem informados e colaborativos. "A globalização representa uma grande oportunidade para as médias empresas", afirma Luís Bovi, diretor para pequenas e médias empresas da IBM Brasil. Segundo ele, a pesquisa mostrou que os executivos não alimentam mais dúvidas quanto à necessidade da globalização. A questão gira em torno de quando esse processo deve ser desencadeado. "Metade acha que deve começar agora, enquanto outra metade prefere esperar um pouco mais", completa. O estudo elaborado pela IBM, que tem como objetivo compreender os desafios enfrentados pelos executivos e seus impactos para os

negócios, define o conceito de empresa do futuro com base em cinco características: ela precisa ser ávida por mudanças, inovadora além da imaginação do cliente, globalmente integrada, desbravadora por natureza, e genuína e não somente generosa. De acordo com Bovi, a pesquisa deixou claro que muitos executivos (86%) acenam com a perspectiva de fazer diversas modificações operacionais e comportamentais para ampliar a integração global, aprender como se tornar responsável socialmente, dar mais ênfase às estratégias de parcerias de negócios e conhecer melhor os seus clientes, tornando-os parte fundamental dos negócios e do processo de tomada de decisão.

O principal obstáculo, entretanto, é como elas se preparam para gerenciar as mudanças necessárias no modelo de negócio. "As médias empresas têm menos confiança em relação a sua capacidade de gerenciar de forma efetiva seu processo de mudança", revela Bovi. Nova classe de consumidores O estudo faz referência ao surgimento de uma nova classe de consumidores: os "famintos por informação", que têm acesso mais fácil a outras fontes de informações sobre produtos – e não apenas as fornecidas pelo vendedor – e costumam compartilhar dados com outras pessoas, utilizando a internet como principal canal para comparar preços e funcionalidades de produtos, difundir idéias e

expectativas. As médias empresas consideram esses consumidores atraentes para os seus negócios e estão direcionando os investimentos para tirar proveito das mudanças de hábitos de compra decorrentes do surgimento dessa nova classe para se diferenciar da concorrência, justificar seu posicionamento e estratégia de preços. Os investimentos em infra-estrutura tecnológica são considerados fundamentais para flexibilização do modelo de neg ó c i o e r e l a c i o n amento com esses novos consumidores. O estudo não faz menção às prioridades tecnológicas. Mas Bovi acredita que a tendência é a adoção de soluções de arquitetura aberta e com capacidade de integração, para permitir maior proximidade com os clientes e suportar o crescimento. A qualificação da força de trabalho desponta como outro grande desafio para a empresa do futuro. Na avaliação do executivo da IBM, as empresas que partirem para a globalização vão precisar de profissionais com experiência em mercado externo. "A disputa por capital humano tende a ser mais intensa, exigindo mais atenção por parte dos executivos", acredita Bovi. (I.C.)


terça-feira, 9 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

On Inter net Hardware Te c n o l o g i a

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O TECLADO OCUPA O 2º LUGAR NO RANKING DE SUJEIRA

Seu micro repleto de bactérias

Grupo de usuários americanos acredita que a conexão sem fio e celular fazem mal à saude

Ana Maria Guariglia

Teclados, mouses e celulares, se não forem higienizados, transmitem doenças ANA MARIA GUARIGLIA

J

á imaginou o número de bactérias que você tem contato no dia-a-dia trabalhando com PCs, mouses, notebooks, telefones e celulares? Dizem que usar o notebook sentado em um vaso sanitário é até mais higiênico do que o teclado de um computador no escritório. Essa revelação não é nova, mas só há pouco tempo começou a despertar a atenção das pessoas. Para tirar algumas dúvidas, o Diário do Comércio co nver sou com o biomédico e consultor Roberto Martins Figueiredo, diretor técnico da Microbiotécnica, Centro de Assessoria em Higiene e Saneamento Ambiental, também conhecido como "Dr. Bactéria", da TV. Segundo ele, os eletrônicos podem servir de albergue para microorganismos, inclusive patogênicos (que dão doenças), como vírus do resfriado e do Staphylococcus Aureus, que provoca laringite, sinusite, espinha e outras infecções e doenças alimentares. O teclado dos PCs, por exemplo, ocupa o 2º lugar no ranking dos campeões da sujeira (o 1º lugar fica com os carrinhos de supermercados). O teclado está na frente até dos estribos dos metrôs e dos

ônibus, com mais de 3.295 germes, que podem causar gripes e infecções na garganta, permanecendo vivos por quase 30 horas. "Em hospitais, inclusive, podem servir de transmissores das chamadas "superbactérias", diz. Nas UTIs de hospitais norte-americanos foi comprovada a falta higiene. O médico examina um paciente, digita suas ordens no teclado, em seguida consulta outro paciente, aí vem o enfermeiro que também digita outra coisa, e vem outro médico... no final, se forma uma cadeia de transmissões, em que as superbactérias mudam de um lugar para outro, causando moléstias durante as caronas. Atenção para os os mouses, são mais de 1.676 micoorganismos, enquanto no bocal do celular, transitam 25.127 germes recenseados por polegada quadrada. Figueiredo aconselha asseio e limpeza: "Comece a pensar sobre isso, e lave sempre as mãos, antes de começar a digitar e depois disso. Não emprestem celulares e conduzam os processos de higienização. Nos celulares, um pano umidecido em álcool isopropílico. Para as pessoas ligadas à saúde, uma vez ao dia, para outras pes-

O campo magnético causaria tontura, enjôo, amnésia, falta de concentração, irritabilidade.

Contra internet sem fio

O

fato pode até ser uma paranóia, mas um grupo de Santa Fé, no Novo México (EUA), que se autodescreve como "eletro-sensitivo", diz que está sendo discriminado porque não entra em locais públicos que possuem internet WiFi, por ser esta causadora de malefícios à saúde. Enquanto o grupo briga para banir o sistema de internet nesses locais, o procurador da cidade Ron Trujillo está analisando o caso e aguardando uma resolução do governo. A história toda começou com Arthur Firstenberg, escritor norteamericano, ativista do projeto contra "A Hipersensibilidade Eletromagnética" e autor do livro "Microwaving Our Planet: The Impact of the Wireless Revolution" (Nosso Planeta num Microondas: O Impacto Ambiental da Revolução Sem Fio, 1997). É também presidente da Cellular Phone Taskforce, uma espécie de ong que troca informações sobre os efeitos nocivos dos sinais emitidos pela internet sem fio e celulares. Segundo ele, cerca de dez mil pessoas morreram devido a esses sinais. "Pessoas que vivem numa área de cem metros de um

gerador de campo magnético se queixam frequentemente de tontura, enjôo, amnésia, falta de concentração, irritabilidade, pressão nos olhos, dores nas articulações e na base dos pés, zumbidos nos ouvidos. Os eletromagnéticos possibilitam a avaria do DNA na formação do feto, cujo sistema de imunização não está desenvolvido". Para ele, as leis existentes não são suficientes para proteger o coração, o sistema nervoso humano e outros sistemas biológicos. Numa ação contra a Federal Communications Comission (Comissão Federal das Comunicações), representando milhares de pessoas sensíveis aos fenômenos elétricos da internet WiFi e celulares, Firstenberg solicitou o cancelamento das atuais normas de seguranca em relação às redes magnéticas e instalação de outras. (A.M.G.)

SERVIÇO Para saber mais: http://educa-yourself.org/cn/ wirelessandcellphone dangers05oct07.shtml

soas, uma vez por semana. Nos PCs e notebooks, jato de ar com um secador de cabelos, passando um pano umidecido com álcool isopropílico um vez ao mês". Para limpeza básica, Figueiredo explica que o álcool isopropílico ou Isopropanol é o mais apropriado. Diferentemente do álcool etílico, tem menos de 1% de água, não oxidando as peças de metal. Afastar os maus hábitos - Enquanto Figueiredo viaja pelo País com palestras e consultorias, nos EUA, Charles Gerba, médico da área da microbiologia da Universidade do Arizona, afirma que é possível encontrar em materiais de escritório mais micróbios do que nos assentos dos sanitários. Em média, a quantidade de germes presente em locais de trabalho é 400 vezes superior ao que se encontra em um banheiro. Em uma de suas pesquisas, relatou que "as mesas dos escritórios são verdadeiras cafeterias de bactérias, uma vez que nelas se almoça e se lancha, levando em conta que as pessoas passam cada vez mais tempo no emprego". Um funcionário que está gripado e espirra e tosse, sem proteger o nariz e a boca, está contribuindo

Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria: os eletrônicos podem servir de albergue para microorganismos para a multiplicação de micróbios e para a contaminação de quem estiver perto. A falta de asseio é tão problemática que a Secretaria de Saúde norte-americana faz uma verdadeira blitz em prol da higiene, apontando o álcool isopropílico como principal cuidado. Gerba conduziu um estudo sobre os germes em locais de trabalho e seus assistentes colheram um total de 7 mil amostras de bactérias de escritórios em Nova York, São Francisco, Tampa e Tuc-

son, espalhados pelos PCs, teclados, telefones, bebedouros e portas de microondas, usado para aquecer alimentos no escritório. Mas ninguém deve virar um paranóico por causa desse circo de horrores, sobretudo sabendo que temos antídotos para acabar com os micróbios da era cibernética. Além do álcool básico, existem produtos mais sofisticados, como o mini aspirador e jateador Master Sux, que custa cerca de R$ 100. Você também pode utilizar pin-

céis e lenços umedecidos usados para limpar a bundinha do nenê ou aqueles de avião, é suave, dá para limpar a tela dos monitores e não deixa aquela marca de pano úmido. Saem por R$ 4. O spray de ar comprimido, habitualmente empregado para limpar equipamentos fotográficos, como os da da Falcon (em torno de R$ 20) tem jato forte que espalha bem a poeira acumulada embaixo do teclado, além de remover parte do que fica grudado no fundo do periférico.


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Inter net Hardware Te c n o l o g i a Evento

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O NVISION 2008 foi o primeiro evento especialmente voltado para computação visual

O COMANDO ESTÁ NA PONTA DO DEDO

O dedo virou mouse Começa uma nova era na informática, em que os usuários passam a interagir com o computador através de toques dos dedos MÁRIO NAGANO

P

Fotos: Mário Nagano e Divulgação

ara aqueles que viram o filme Minority Report (2002) e se impressionaram com o ator Tom Cruise manipulando dados numa grande tela de computador – literalmente com a ponta dos dedos – talvez não precise esperar até 2054 para ter algo semelhante na sua casa, escritório ou mesmo no bolso. De fato, a idéia de usar o dedo para apontar algo é mais velha do que a fala e seu correspondente no mundo dos computadores – como as penas ópticas, stylus (usados até hoje em handhelds ou PDAs) ou mouses – surgiram nos anos 60, um pouco antes dos hippies surgirem na Terra. Logo, a redescoberta da tela multitoque talvez esteja mais associada aos atuais avanços na chamada computação visual, onde equipamentos cada vez menores, mais econômicos e velozes são capazes de fazer impressionantes malabarismos visuais na tela do computador, o que enriquece ainda mais a experiência de uso e do envolvimento do usuário com esses equipamentos. O exemplo mais óbvio talvez seja o iPhone da Apple que, na sua versão 3G, deve chegar em breve e oficialmente ao Brasil. Ou o futuro Windows 7, que alguns dizem chegar ao mercado já em 2009. A boa notícia é que várias empresas já tiram proveito dessa tecnologia em produtos que até já se vende no Brasil, como o Dell Latitude XT, o primeiro notebook "tablet" da marca. O curioso é que apesar de o XT já estar no mercado

Dell Latitude XT, o primeiro que cria novos comandos usando os dedos médio e indicador, como o scroll (toque de tela com os dedos lado-a-lado e puxando a imagem para qualquer lado) e o zoom (toque com os dedos juntos para, em seguida, abrí-los e ampliar a imagem na tela)

desde janeiro desse ano, somente em 14 de julho o recurso de multitouch foi anunciado e instalado nos modelos de linha. E aqueles que adquiriram o mesmo antes desta data, podem visitar o site da Dell (www.dell.com.br) e baixar o aplicativo gratuitamente (na página inicial, preencha o campo de pesquisa no site com as palavras "NTrig Multi-Touch"). Observe porém que esse programa não funciona em tablets da concorrência, já que a tela LCD precisa ser de um tipo especial, capaz de perceber o

toque e o movimento dos dedos do usuário. Além de apontar, clicar e arrastar objetos na tela com um dedo, o multi-touch da Dell implementa novos comandos usando os dedos médio e indicador: o scroll (tocase a tela com os dedos lado-a-lado e puxa-se a imagem para qualquer lado), o zoom (toca-se a tela com os dedos juntos e os abre para ampliar a imagem na tela, ou ao contrário para diminuí-la) e o doubletap programável (bater na tela com os dois dedos ao mesmo tempo para ativar um comando ou

programa). Para quem não sabe, a função de "botão direito" do mouse funciona como no stylus, ou seja: toque e mantenha pressionado o dedo na tela e espere a mesma reagir ao comando. O multi-touch da Dell funciona tanto no sistema operacional Windows XP quanto no Vista de 32 bits. Concorrência em alerta - Outro exemplo impressionante que deve chegar em breve no mercado local é o HP TouchSmart IQ50x, um desktop do tipo tudo-em-um, também equipado com uma interface gráfica baseada em toque. Se

comparado com o tablet da Dell, o TouchSmart já vem com um pacote de programas para gerenciar recursos de multimídia (imagens, vídeos e músicas) desenvolvidos pela própria empresa e que rodam somente sobre o Windows Vista Premium. A beleza deste conceito não está na idéia em si e sim na maneira como ela foi implementada: seu generoso monitor LCD possui uma placa de vidro, cuja superfície é monitorada por câmeras capazes de ler a posição e o movimento dos dedos sobre a superfície, conver-

tendo isso em informações que podem ser entendidas pelo Windows como comandos de mouse (selecionar, arrastar e clicar, rolar a tela, marcar uma área, reescalar etc). Por enquanto, o TouchSmart entende apenas o movimento de um ou no máximo de dois dedos, mas as próximas versões poderão trabalhar até com as duas mãos ao mesmo tempo. O curioso é que a primeira idéia desse produto nasceu como um PC para a cozinha, onde os comandos de toque facilitariam a vida da dona de casa, dispensando o mouse e o teclado.

Fotos: Mário Nagano

Comando por gestos: o usuário mostra a mão e o PC reage ao seu movimento

A tecnologia da Edge 3 é possível graças a um processamento das placas NVidia

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urante o NVISION 2008, o primeiro evento especialmente voltado para o mercado de computação visual e que ocorreu no fim de agosto em San Jose, na Califórnia, duas demonstrações chamaram a atenção. No primeiro dia, Jeff Han

E com relação ao futuro? (www.cs.nyu. edu/~jhan/), consultor do departamento de ciência da computação da Univ e r s i d a d e d e N o v a Yo r k (NYU) roubou o show do CEO da NVidia, Jen-Hsun Huang, ao demonstrar sua tela multitoque capaz de interagir com até duas pessoas ao mesmo

tempo, ou seja, um verdadeira demo realizada a quatro mãos. Toda essa pesquisa levou à criação de uma nova empresa conhecida como Perceptive Pix e l ( w w w. p e r c e p t i v e p ixel.com). Na área de exposições do evento, várias empresas demonstravam sistemas de reconhecimento de objetos a partir de webcams convencionais e estéreo (duas lentes e dois sensores de imagens montados lado-a-lado) permitindo ao computador perceber, além de formas e movimentos, a distância relativa e a direção por meio de telemetria. Assim é possível identificar a aproximação de pessoas ou mesmo acompanhar o movimento de olhos, cabeças e mãos, permitindo assim converter tal informação em comandos para o computador. Numa demonstração realizada pela empresa Edge 3 Technologies (www.edge3technologies.com), o usuário mostra a palma da mão direita para a câmera do computador a dois ou três metros de distância da tela e o mesmo reage ao seu movimento, permitindo

Jen-Hsun demonstrou sua tela capaz de interagir com duas pessoas ao mesmo tempo

rolar uma carreira de fotos simplesmente mexendo a mão para a direita ou para a esquerda. E tem mais: se o usuário fizer um movimento com o antebraço esquerdo "chamando" a imagem em sua direção, o computador preenche a tela com a imagem selecionada ou retorna a mesma para sua posição original, com o movimento contrário. Tudo isso é possível graças a um intenso

processamento paralelo realizado, não pela CPU do PC, mas sim pelo processador gráfico das novas placas de vídeo da NVidia, tecnologia conhecida como CUDA. Finalmente, durante a apresentação de Justin Rattner durante o último dia do Intel Developers Forum (IDF), realizado também em agosto passado em São Francisco, nos EUA, foi apresentado o Emotiv EPOC,

uma interface neural e sem fio desenvolvida pela empresa Emotiv Systems (www.emotiv.com) capaz de ativar comandos no computador por meio de ondas celebrais. Com ele, o demonstrador foi capaz de interagir com um jogo 3D em primeira pessoa, onde o personagem conseguia levitar objetos para construir uma ponte sobre o penhasco apenas com bastante pose e a força do cérebro. (M.N.)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Hardware Te c n o l o g i a Evento Solução

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

EM BREVE, ELES ESTARÃO DENTRO DA SUA CASA

O Roomba, é um robô aspirador de pó redondinho, que desliza limpando a casa

Tecnologia dentro de casa A IFA 2008, feira de eletrônicos realizada em Berlim, mostrou as novas gerações de TVs, câmeras digitais e eletrodomésticos elas gigantes em plasma, LCD e OLED, Full HD (alta definição), equipamentos ultra slims, conectividade sem fio, grande quantidade de pixels em câmeras digitais, Bluray, sistemas inteligentes controlando eletrodomésticos com economia de água e energia, notebooks mais compactos e levíssimos, robôs fazendo o trabalho de casa. Parece mais do mesmo, principalmente para quem tem acompanhado as últimas feiras de tecnologia pelo mundo, mas foram essas as tendências mostradas em um dos maiores eventos de eletrônicos de consumo do mundo, a IFA 2008, realizada em Berlim na semana passada. A feira alemã superou em tamanho os anos anteriores. Teve 122 mil m², ocupados com 1.245 expositores de 63 países. Além do apelo dos equipamentos eletrônicos e de entretenimento com novos recursos, tamanhos e capacidades, o destaque da 48ª edição da IFA foi o setor de eletrodomésticos. Chamou atenção o grande número de equipamentos (geladeiras, fogões, lavadoras, secadoras, aspiradores de pó, robôs) de última geração, com chips, sensores inteligentes e cada vez mais ecológicos Na sala ou no home theater reinam absolutas as tevês de telas planas e mais fininhas. Alguns modelos de LCD mostrados pela JVC Super Slim tinham 3,9 cm de espessura (na parte mais fina) e que consomem 20% a menos de energia do que a concorrência, garante a fabricante. No geral, todos os fabricantes lançaram modelos de LCD e plasma mais econômicos, tanto na espessura como no gasto energético, em média 25% abaixo dos aparelhos lançados há dois ou três anos. A Samsung mostrou três famílias novas de tevês, sendo que os modelos da série 8, de 40 a 52 polegadas, têm apenas 4,4 cm de espessura, e a série 7 traz conteúdos internos (programas de arte, culinária, yoga e jogos para crianças), além de acesso à internet para previsão do tempo, notícias e finanças. A LG esteve com vários tipos de telas, mas o destaque ficou com a série PG 7000 de plasma (de 50 e 60 polegadas) e LCD (de 32 a 52 polegadas), com conexão Bluetooth para a visualização de fotos, vídeos e músicas armazenadas em outros dispositivos com a mesma tecnologia, ou para conectar fones de ouvido sem fio. As tevês de plasma PG 7000 são Full HD (1080p) e trazem um incrível contraste de 1.000.000:1, contra as já tradicionais taxas de 10.000:1 ou 50.000:1 de modelos de alta definição existentes no mercado. A tecnologia de imagem que promete ser o xodó nos próximos anos é a OLED, cuja tela com diodos orgânicos de luz ganha a qualidade das cores e meio tons. Com a OLED, as cores são mais naturais e o preto é preto. Os equipamentos em OLED também são mais leves que os outros. A Sony já havia

BÁRBARA OLIVEIRA Fotos: Divulgação

Entre as atrações da IFA 2008 estavam as telas gigantes, os equipamentos ultra slims, conectividade sem fio, grande quantidade de pixels em câmeras digitais, Blu-ray, home theater, sistemas inteligentes para facilitar as tarefas domésticas, eletrodomésticos que economizam energia.

mostrado seu modelo XEL-1, de 11 polegadas, na CES de Las Vegas, no começo do ano. Depois de ser vendido nos Estados Unidos e Canadá, a tevê da Sony chegará à Europa. A Samsung expôs seus protótipos OLED de 14,1 e 31 polegadas, que deverão estar no mercado europeu e norte-ameri cano em meados de 2009. No Brasil, só em 2009 desembarcam as novas tevês da Philips lançadas na feira alemã. Elas fazem parte da família Essence,

com 3,8 cm de espessura, resolução de 1080p, freqüência de 100 Hz e velocidade de atualização das imagens de 2 milissegundos, o que é ótimo para programas esportivos, pois evitam-se possíveis borrões na tela. Para combinar com tanta elegância e tecnologia, nada como imagens de alta resolução dos aparelhos Blu-Ray e sistemas de home theater de última geração. É o caso de CinemaOne, da Philips, um produto com formato com-

pacto e arredondado, com apenas 27,2 cm de largura. Ele traz leitor de DVD, CD, base para iPod, amplificador de quatro canais, seis caixas acústicas e subwoofer, tudo dentro de uma caixinha pequena. Ainda no quesito imagens, as câmeras digitais chamaram a atenção na IFA 2008. A da Sony Cyber-shot T700, com 10,1 Mpixel e zoom óptico de 4x, deu show com seu recurso Smile Shutter, que dispara automaticamente quando a pessoa sorri. O outro modelo, T500, tem zoom óptico de 5x e aciona o foco do objeto a ser fotografado assim que o usuário toca em um ponto da tela de 3,5 polegadas. Ela também grava vídeos em alta resolução. A NV100HD, da Samsung, com sensor de 14,7 Mpixel, também captura imagens e filma em HD (720p). Eletrodomésticos - Entre as curiosidades da feira de eletrônicos estava um espelho "mágico" que modificava a cor e a estampa de uma roupa que era refletida na frente do tal espelho. A dúvida sobre o invento é sobre sua real utilidade. Os robôs da iRobot divertiram os visitantes do estande da fabricante. Um deles, o Roomba, é um aspirador de pó redondinho, que desliza pela casa limpando os cô-

modos e seus cantinhos e cuja bateria tem autonomia de 100 minutos. Quando a carga acaba ele retorna à base para recarregar. O Roomba ainda possui sensores para não cair nas escadas e é programável. A máquina dos sonhos de qualquer dona-de-casa ou solteiro é a E l e c t ro l u x L a v a t h e r m ProSteam que usa o vapor da água para secar e até passar a roupa, ou pelo menos deixá-la menos amassada. Basta pendu-

rar por alguns minutos e pronto. Mesmo as camisas podem ser vestidas sem passar a ferro. A fabricante eslovena de eletrodomésticos de luxo Gorenje demonstrou geladeiras com docking station para iPod, forno com Wi-Fi e um módulo no formato de um cubo, que integra fogão e geladeira e que podem ser movidos da cozinha para outro ambiente, ou pendurados na parede. Por ser compacto, o módulo é uma boa solução para pequenos espaços.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Te c n o l o g i a Evento Solução On

7 Um PC pode ser o "host computer" de 10 ou mais usuários de aplicações comuns na administração

COMPARTILHE RECURSOS DO COMPUTADOR

Economia com eficiência MARCELO DANIL

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Redução no custo de manutenção de equipamentos e com a energia elétrica são as vantagens do sistema multiusuário da Ory, adotado pelo call center

Divulgação

m call center com 110 p o s i ç õ e s d e a t e n d imento (PA), cada qual com um computador e um monitor ligados, gera um consumo de energia elétrica e exige refrigeração de custos bem elevados para uma empresa começar a se estabelecer no mercado. Porém, num período de dois anos, um investimento de aproximadamente R$ 90 mil trouxe a possibilidade à Teleeventos de administrar suas 110 PAs com apenas cinco computadores. A solução encontrada por Eduardo Rocha, sócio-diretor da Teleeventos, embora pareça algo pouco provável, é muito simples. Trata-se do sistema multiusuário da Ory Solutions Group, uma empresa brasileira que oferece a alternativa de um só computador administrar e processar o trabalho dos aplicativos de vários usuários ao mesmo tempo. Segundo Rocha, a economia mais significativa que ele pôde perceber num primeiro momento foi a de consumo da energia elétrica. "Economizamos praticamente 10% da conta de energia elétrica por ano, se compararmos o consumo de 110 computadores, monitores e refrigeração que esse ambiente necessita, com um sistema de quatro ou cinco computadores atuando como servidores de todos as PAs", revela o executivo. Atualmente, toda a operação do call center da Teleeventos está equipada com o sistema da Ory. Outra vantagem apontada é a diminuição do nível de ruído. O sistema depende de uma pequena caixa ligada ao monitor, te-

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André Mendes de Oliveira, da Ory: a arquitetura multiusuário possibilita amortizar o custo de depreciação dos caros computadores , que pode chegar a 30% ao ano

Oportunidade de negócios

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empresa gaúcha Ory Solutions Group detectou, em 2005, que o sistema multiusuário criado pela NComputing, da Califórnia (EUA), seria uma tendência de bom potencial de mercado no Brasil. "A começar pela grande capacidade de processamento e memória dos novos computadores, que geralmente são subutilizados, achamos que a maioria das aplicações poderia ser compartilhada por vários usuários, sem que fosse necessário adquirir um PC para cada um", explica André Mendes de Oliveira, diretor-presidente da Ory. O executivo afirma que a

arquitetura multiusuário abre a possibilidade de amortizar o custo de depreciação dos caros computadores , que pode chegar a 30% ao ano, e também economizar muita energia elétrica. "Um PC ligado consome entre 100 e 140 KW/h, enquanto nossos equipamentos L 130 e L 230 consomem de 3,5 a 4,5 KW/h", afirma Oliveira. Um PC pode ser o "host computer" de 10 ou mais usuários de aplicações comuns na administração de empresas como, por exemplo, o pacote MS Office. Não há necessidade, portanto, de cada funcionário ter um computador. (M.D.)

DC

O sistema depende de uma pequena caixa ligada ao monitor, teclado e mouse, e um software que faz a virtualização do sistema de informática na empresa

clado e mouse, e um software que faz a virtualização do sistema de informática na empresa. Com isso, otimiza-se o uso dos computadores, que hoje têm grande capacidade de processamento e geralmente não são exigidos totalmente. De acordo com Eduardo Rocha, a Teleeventos, quando começou a atuar no segmento de confirmaç ã o d e p re s e n ç a e m e v e n t o s (RSVP), tinha 50 computadores e um grande problema de gastos com energia elétrica, um grande custo inicial de aquisição, rápida obsolescência dos equipamentos e também alto custo de manutenção de todo o sistema. "Adotei o sistema da Ory e optei por computadores mais potentes, para funcionarem como servidores de 25 PAs, o que me deu segurança para aumentar o número das posições de atendimento sem gastos elevados de equipamento e manutenção", afirma Rocha. O executivo afirma que a caixa da Ory o ajudou a baixar o custo de manutenção de informática e atualização do parque de computadores em até 70% desde que adotou o sistema, há cerca de dois anos. O investimento no sistema, segundo Rocha, parece alto no início, já que os computadores necessários para a operação precisam ser mais potentes mas em longo prazo é possível perceber a vantagem. "Com a redução de custos, tivemos aumento na rentabilidade e pudemos crescer de acordo com a demanda. Não seríamos a mesma empresa hoje se tivéssemos mantido a arquitetura de um PC para cada atendimento."

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 O que está havendo em São Paulo é uma terceirização forçada e a privatização da saúde. Ivan Valente

SONINHA EM DEBATE NA ACSP

Soninha quer equilíbrio entre Centro e periferia

Masao Goto Filho/e-SIM

Para candidata, fim das desigualdades é o ponto de partida do plano de governo Fernando Vieira

O

c o m b a t e à d e s igualdade regional é o principal desafio a ser enfrentado em São Paulo. A opinião é da candidata à Prefeitura pelo PPS, a vereadora Soninha Francine, que participou ontem do ciclo de debates com os cinco primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos na disputa eleitoral, promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Durante duas horas, Soninha fez uma análise do panorama geral da cidade, tendo sempre como pano de fundo o reequilíbrio entre o Centro e periferia. Ela organiza sua proposta de programa de governo a partir dos princípios de repovoamento da região central e de diminuição do adensamento populacional nos extremos da cidade. "A desigualdade regional é o ponto de partida para pensar em outras questões. É preciso tratar esse problema que está por trás de todos", afirmou. Segundo Soninha, a população encolheu em cerca 400 mil pessoas nos últimos 11 anos na região central, que é mais bem servida em infra-estrutura, com uma série de equipamentos públicos e privados. Também no Centro estão concentrados em torno de 600 mil empregos diretos. Em contrapartida, as áreas periféricas chegam a crescer 10% ao ano, especialmente nos limites noroeste e leste da capital. "Esse crescimento se dá jus-

tamente onde não há infra-estrutura nem empregos. E isso gera um custo que não é só financeiro, mas para a vida da cidade, com relação direta na sobrecarga do sistema de transporte e na necessidade de investimentos em saúde que não estavam previstos", observou. Para combater o que a candidata define como desigualdade regional, Soninha defende dois tipos de incentivos municipais. O primeiro refere-se ao estímulo para a criação e reocupação de moradias na região central, focado especialmente

na parte da população da periferia que já trabalha no Centro. O segundo incentivo do poder público deve ser destinado aos empreendedores, para levar indústrias, comércio e serviços para além dos limites do centro expandido. Para Soninha, a readequação do espaço urbano terá como uma de suas conseqüências mais nítidas o reflexo direto sobre o trânsito, com a diminuição no número de deslocamentos pela cidade. "Se não fizermos a reorganiza-

ção, com a demanda que temos hoje, não haverá sistema de transporte que dê conta, mesmo com o aumento da oferta", afirmou a candidata. B ic i cl e ta – Ainda sobre o deslocamento, Soninha pregou o uso alternativo de meios de transporte como a bicicleta – veículo com o qual ela chegou para o debate na Associação Comercial – com a construção de ciclovias pela cidade. Defendeu ainda a implementação do pedágio urbano no Centro, como mecanismo de "desestímulo ao uso supérfulo do automóvel particular". O recurso arrecadado, segundo ela, seria carimbado e vinculado ao investimento em melhorias para o trânsito. A candidata também se comprometeu em lutar contra uma queixa comum do empresariado: a burocracia. Soninha pretende simplificar e racionalizar procedimentos municipais. "A burocracia gera um prejuízo generalizado e se torna foco de corrupção, justamente pela tentação de encurtar caminhos". Aos 40 anos, Soninha disse que a busca por uma vaga no Executivo pautará seu futuro político e que não pretende concorrer novamente a um cargo parlamentar. Mas adianta que pode mudar de idéia. Sobre a importância do ciclo de debates, o presidente da ACSP, Alencar Burti, afirmou que a possibilidade de ouvir os candidatos é fundamental para formar a convicção de em quem votar nas próximas eleições, independentemente das preferências individuais.

Forças Armadas podem ficar no Rio até o segundo turno A missão dos militares começa esta semana e terá efetivo de 450 a 900 homens

A

Justiça Eleitoral e as Forças Armadas estudam manter as tropas federais no Rio até a conclusão do segundo turno das eleições municipais, revelou ontem o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Alberto Motta Moraes. A Justiça Eleitoral decidiu pedir ao Executivo o envio das forças federais ao Rio, depois que candidatos e a imprensa foram intimidados por traficantes de drogas durante a campanha eleitoral. Outra preocupação é com a atuação de milícias, que também esta-

ria pressionando os eleitores. De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a missão dos militares no Rio começará nesta semana, será itinerante e contará com um efetivo de 450 a 900 homens. "A grande área de atrito está na eleição proporcional, mas a idéia é que possa ter também até o segundo turno (a presença dos militares). Isso não está definido", declarou Moraes, após se reunir com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto. Segundo o vice-presidente do TRE, as regras de engaja-

mento das tropas ainda não foram definidas. No dia das eleições, no entanto, os soldados do Exército e os fuzileiros navais enviados ao Rio terão de seguir as mesmas normas fixadas à polícia. Os militares não poderão, por exemplo, permanecer a menos de 100 metros das zonas eleitorais. Perguntado se os militares enfrentarão resistências de milicianos e traficantes, Moraes demonstrou otimismo. "A possibilidade de confronto sempre há, mas acredito que ela seja muito remota", respondeu. (Reuters)

E

Readequação do espaço urbano trará benefícios inclusive para o trânsito, avaliou Soninha

Corregedoria vai ouvir candidata sobre 'toma lá dá cá'

A

pedido dos vereadores paulistanos, a corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo convoca hoje a vereadora Soninha (PPS), que é candidata à Prefeitura, para prestar esclarecimentos sobre as declarações de que a aprovação de projetos na Casa só ocorre mediante acordos previamente firmados, sem importar o conteúdo das propostas, e com trocas de favores entre Executivo e Legislativo. "É o toma lá dá cá, benefícios de um lado para o outro", disparou em entrevistas. Soninha não ficou intimidada

Antonio Milena/AE

Candidato do PSol critica diminuição da verbas de educação na gestão Marta

O

candidato do PSol à Prefeitura, Ivan Valente, garantiu ontem que, se for eleito, terá uma relação respeitosa com a Câmara de Vereadores e que evitará o fisiologismo. "Vamos respeitar todos os representantes do povo, mas não vamos aceitar chantagem e nem que o fisiologismo vire a marca da relação. Ou seja, não vamos aceitar que a Câmara vire um balcão de negócios", afirmou ele, durante sabatina promovida pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Para Ivan Valente, a questão do transporte e do trânsito na capital paulista é muito complexa e chegou ao colapso. "Certamente a cidade chegou a um colapso e, para situações como essa, quem disser que tem uma solução imediata não está falando a verdade", declarou. Sua proposta é aumentar os subsídios para o transporte

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inexistência de debates sobre os projetos no Legislativo. Em relação à suposta compra de votos por dinheiro, ela disse ser a hipótese mais grave das situações, mas que desconhece nomes daqueles que já podem ter tido essa conduta. "Se soubesse os nomes, já teria denunciado, sob pena de cometer um crime com o meu silêncio." Ela explicou, no entanto, que a prática não é exclusiva da Câmara, e sim do próprio Poder Legislativo. O vereador Carlos Apolinário (DEM) reagiu formalmente e já ingressou na Câmara com uma representação contra Soninha.

Ivan Valente critica propostas dos adversários. Até do PT.

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e reafirmou que não disse uma novidade. "Não tem como negar que tudo depende de acordos e troca de favores", repetiu ontem, após plenária na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). E completou: "Existe, sim, a troca de votos por cargos. Tem vereador dizendo isso textualmente na tribuna. Então, talvez eu responda à Corregedoria com a pergunta: fui eu quem disse pela primeira vez?". Soninha faz críticas há tempos sobre os "costumes" da Câmara. Em entrevista ao Diário do Comércio, ela já havia afirmado que se decepcionou com a

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Valente diz que não aceitará "balcão de negócios" na Câmara

público para que, gradativamente, a tarifa chegue a zero. Ao falar sobre saúde, o candidato criticou os adversários. "Temos que acabar com essas siglas PAS, SIM", alfinetou, em referência às propostas de Paulo Maluf (PP) e Geraldo Alckmin (PSDB), respectivamente. "O que está havendo em São Paulo é uma terceiriza-

ção forçada e a privatização da saúde", criticou. Em relação à educação, Valente criticou a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), que reduziu os gastos com educação de 30% para 25% do orçamento municipal, medida mantida pela atual gestão. "Nossa primeira medida será retornar aos 30%", prometeu. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - INFORMÁTICA

ENTRADA SEM CONFLITOS

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O USB Hub da Timevision (www.timevision.com.br) transforma uma entrada USB em quatro, tornando possível instalar vários periféricos no PC. Custa R$ 29,90 no site da loja virtual.

Apresentadora do Esporte Espetacular, da Rede Globo, Cristiane Dias não deixa de acessar o G1 (www.g1.globo.com), o site do EE (http://esporteespetacular.globo.com/) e usa muito o MSN.

Leves e por táteis

E

las têm visual de um rádio portátil, com botões de ajustes e tudo o mais. Mas são as novas impressoras Selphy ES3 e ES30 da Canon. Portáteis e leves, têm leitor para 15 tipos diferentes de cartões de memória, assim pode imprimir seus arquivos e fotos sem a necessidade de um computador. Possuem monitor de 3,5" e são compatíveis com PictBridge. Custam respectivamente US$ 149,99 e US$ 199,99 nos EUA. GAGDETS

Novo aparelho Nextel atende o mercado corporativo e tem formas que lembram o carro Maserati Birdcage BÁRBARA OLIVEIRA

R

ed by Pininfarina é a grife do novo aparelho i877 lançado pela Motorola em parceria com a Nextel para o mercado corporativo e aos consumidores apreciadores de design arrojado. A empresa italiana criou um celular com formas aerodinâmicas que lembram o famoso carro Maserati Birdcage 75th, e na cor vermelha. O estúdio Pininfarina é também conhecido por ter desenhado carros da Ferrari, Alfa Romeo e da própria Maserati. O primeiro modelo da série Pininfarina foi o i833, nas cores chumbo e preta. O novo i877 Red também teve a colaboração de um brasileiro na

Os diamantes são eternos

A

mania de transformar eletrônicos em jóias e com edição limitada não é privilégio da Canon e da Leica, nos anos 90. Veja os iPods. Depois de fabricar um modelo em ouro puro, agora é o de diamantes, com nada menos do que 430 deles, formando 18 quilates, criado pelo designer de jóias inglês John Harrington. As funções do iPod continuam as mesmas, o que difere é o preço: cerca de US$ 40 mil!

O

W6, da Motorola, é dedicado aos esportistas. O aparelho traz um software embarcado que permite ao usuário inserir informações pessoais (nome, idade, sexo, peso e altura) e cria um programa de treinamento para ser acessado do telefone. O W6 traz cronômetro para calcular a velocidade de acordo com a distância percorrida e uma aplica-

E A

Canon japonesa lançou em Nova York a coleção Diamante representada pela câmera Powershot SD1100s, dedicada à tenista Maria Sharapova – cada uma com 88 diamantes brancos encrustados ao redor da objetiva, num total de 2,22 quilates. É possível concorrer ainda a uma dessas máquinas ao se inscrever no site: www.usa.canon.com/app/ html/CenterCourt/index.html? refId=39#/enter

á pensou como é legal você ser avisado quando a chuva vai cair? A nanotecnologia conseguiu fabricar esse guarda-chuva, que avisa minutos antes do temporal. O Ambient Forecasting Umbrella, tem um receptor wireless embutido, que se liga ao site accuweather.com e recebe diariamente informações e previsões sobre o tempo. Em caso de chuva, uma luz azul pisca na parte inferior do guarda-chuva. Preço: US$ 100.

operadora tem serviço de conexão direta – rádio bidirecional para comunicação entre usuário da mesma cidade ou localidades diferentes, sem custos adicionais, e com um simples toque no botão. O mesmo vale para a comunicação entre países com cobertura Nextel Brasil, Argentina, Peru, Chile, México, Estados Unidos e Canadá. O usuário também acessa e envia mensagens de texto ou fotos, arquivos de áudio e serviços de dados, como correio eletrônico e internet. O produto já está disponível no varejo por R$ 899.

Com funções push-to-talk, o i877 tem botão de abertura rápida na lateral

ção para a criação de uma base de dados. Nela, o usuário armazena a duração de seus exercícios aeróbicos e queima calórica e exporta essas informações, em Excel para o PC, para a produção de relatórios de performance. Ta n t o o d e s i g n , o software de fitness e as

aplicações voltadas para o treinamento físico foram desenvolvidas aqui mesmo pela equipe da Motorola da fábrica de Jaguariúna (SP). O aparelho será lançado na América Latina nas próximas semanas, e só depois chegará aos mercados europeu e norteamericano. O W6 tam-

3250 (R$ 800) é uma alternativa tanto para quem quer migrar de jato de tinta para laser, quanto para quem quer cor sem os altos custos de suprimentos. "O uso de cor é o futuro dos documentos. A cor aumenta a atenção, reduz ambigüidades e vende", define Luiz Henrique Alves, gerente de marketing da Xerox. Alto rendimento – Além da velocidade de 30 ppm (páginas por minuto), a 3250 vem com recursos econômicos/ecológicos, como impressão em frente e verso e toner de alto rendimento (5 mil páginas). Para quem não precisa de cor, neste mês a Xerox lança a Phaser 3100 (R$ 500) e anuncia um módulo USB opcional para conectividade Wi-fi. Jé em outubro, lança a

Sergio Kulpas

Phaser 3635 MFP (R$ 9 mil), a primeira multifuncional de médio porte com o recurso EIP (Extensible Interface Platform). Na prática, isso permite que se coloquem aplicações, desenvolvidas em Java ou HTML, em uma tela de cristal líquido. "O usuário pode fazer portais de listas de documentos, ou segunda via de contas, e fazer tudo na própria multifuncional", exemplifica Alves. Outro lançamento é a Phaser 8860 (R$ 7 mil), um produto com a exclusiva tecnologia de cera sólida da Xerox. O grande diferencial do equipamento é o custo por página, que chega a R$ 0,07 em cor e R$ 0,019 em preto. Além da economia financeira, a tecnologia reduz o custo ambiental. "A impressão de 100 mil páginas a laser gera 90

Divulgação

O

por dia e por horário do dia. O sistema será operado pela Premier Retail Networks da Thomson, que já opera o sistema atual de tevê da rede. Mas em vez de apresentar comerciais e outros conteúdos criados para a TV tradicional, o sistema do WalMart vai exibir uma programação exclusiva, criada pela empresa Studio2. A Studio2 está desenvolvendo a programação em parceria com os maiores anunciantes que vendem seus produtos no Wal-Mart. O monitoramento da relação entre a programação nas telas e as vendas será feito pela DS-IQ, uma empresa criada há cinco anos por executivos e engenheiros que trabalharam na Amazon.com e na Microsoft. Grande onda – Tom Opdycke, executivo-chefe da DS-IQ, disse que a tendência de usar tecnologias digitais no marketing in-store é "a nova

bém traz recursos musicais, com tecla dedicada para acesso rápido à lista de músicas, além de identificar o nome do cantor, álbum e nome da música, característica de vários aparelhos multimídia à venda. A câmera é de 1,3 Mpixel e a capacidade de armazenamento é de 20 MB internos, ou até 2 GB com cartão microSD. O produto ainda não tem preço definido. (B.0.)

Kg de resíduos, contra 3 Kg com cera sólida", compara o gerente. Com velocidade de 50 ppm em tamanho tablóide, impressão em frente e verso, recursos de acabamento e custo por página de R$ 0,03, a Phaser 5550 MFP (R$ 8 mil) é indicada para maiores volumes de digitalização e impressão. Diretores financeiros, ativistas ecológicos e gestores de inovação têm um consenso: é preciso gastar menos papel. Uma alternativa óbvia é passar a guardar e circular cópias digitais dos documentos em papel, com o uso de scanners ou das multifuncionais. Neste mês, a Xerox lança o scanner 7600 (R$ 250), que recebe energia da própria conexão USB, e o DocuMAte 262i, que digitaliza até 76 imagens coloridas por minuto.(V.C.)

sergiokulpas@gmail.com

grande onda do varejo", com o potencial de criar uma grande vantagem competitiva no setor. Segundo Opdycke, se a rede interna de TV exibir um conteúdo atraente e relevante, o varejista poderá sentir um crescimento significativo nas vendas. O novo sistema do Wal-Mart foi desenvolvido com um financiamento inicial de US$ 10 milhões dos principais anunciantes. É um bom investimento por parte dessas empresas: a promessa de um modo mais eficiente de medir o impacto das mensagens publicitárias dentro das lojas, usando tecnologias que registram a direção do olhar dos consumidores e câmeras digitais que mapeiam o trânsito dos clientes pelos corredores e gôndolas do supermercado. O sistema do Wal-Mart atende a uma crescente necessidade dos anunciantes de anunciar seus pro-

O mouse que imprime

O

Label Mouse Printer, da Casio, é um mouse USB, que permite imprimir etiquetas instantaneamente. Não deixa de ser prático e barato – nos EUA, US$ 29. A diminuta impressora é térmica, faz etiquetas adesivas a partir de uma fita que fica no seu interior e possui vários templates para enfeitar os dizeres que vão ser impressos. Cada impressão tem no máximo 8 mm de largura e 5 mm de comprimento, e cada fita refil sai por US$ 14. A novidade multifuncional pode ser conferida no site : http://tinyurl.com/2trc3w

Vírus disfarçado de antivírus

A

Wal-Mart: rede inteligente de mídia Wal-Mart acaba de anunciar a implementação de uma nova rede de mídia digital para suas lojas nos Estados Unidos. A varejista começou a instalar uma "smart network", em substituição ao sistema interno de TV que era usado até então. A nova rede permite que cada televisor seja programado individualmente, de acordo com sua posição dentro da loja. O sistema também será conectado aos dados dos caixas nas lojas, criando uma análise em tempo real do impacto da programação exibida nas TVs sobre as vendas – o que vai ajudar os anunciantes a medir a eficiência das campanhas in-store. O Wal-Mart informou que o sistema terá 27 mil televisores em 2.700 lojas, e vai funcionar como uma rede inteligente de mídia, captando informações relevantes por loja, por tela,

PERIFÉRICOS

SEGURANÇA

Impressões inteligentes

m meados desta década, as grandes companhias perceberam o prejuízo de ter muitas impressoras dispersas e partiram para a centralização do serviço em equipamentos de tecnologia superior. Embora caras na aquisição, as lasers reduzem em até 90% o custo por página. Com as multifuncionais, a economia é ainda maior, pois o bom uso do scanner e da transmissão digital de documentos evita a impressão de milhares de páginas por ano. Para estender essas vantagens às pequenas e médias empresas, a Xerox anunciou novas linhas de scanners, multifuncionais e laser, que oferecem os recursos de produtividade e economia às pequenas e médias empresas. Entre os lançamentos, a Phaser

GAGDETS

Guarda-chuva meteorológico

concepção das formas: Cláudio Ribeiro chefe da equipe de design da Motorola nos Estados Unidos. Com funções Push-to-Talk, o i877 tem botão de abertura rápida na lateral e câmera de 1,3 Mpixel com flash para fotos e vídeos. Ele traz conexão Bluetooth estéreo para uso de acessórios (fone de ouvido compatível, por exemplo) e entrada para cartão de memória MicroSD, MP3 player, reprodutor de podcasts, alto-falante estéreo e GPS integrado. O fã da marca italiana também poderá fazer downloads de imagens dos produtos. Quem achar o vermelho muito berrante, pode escolher a cor preta. Com o Nextel, o assinante da

Para os esportistas

CÂMERA

Os diamantes são eternos 2

n

Aparelhinho turbinado de grife

IMPRESSORAS

J

terça-feira, 9 de setembro de 2008

dutos nos locais onde eles são vendidos, em um momento onde a publicidade tradicional vive um momento de forte crise nos EUA. Segundo Laura Davis-Taylor, da Retail Media Consulting, iniciativas como esse sistema do Wal-Mart terão impacto significativo nessa relação entre investimento e retorno da publicidade. Segundo ela, sistemas digitais que relacionem as mensagens publicitárias com as vendas serão mais confiáveis que as atuais relações de confiança entre os anunciantes e as empresas de marketing. Opdycke, da DS-IQ, ressaltou que o uso de dados dos caixas nas lojas é um modo menos invasivo do que outras técnicas de "vigilância" dos clientes. O Wal-Mart vai iniciar a implementação do sistema este mês, e espera completar o programa em todas as lojas até 2010.

Fortinet anunciou as dez ameaças mais ativas de agosto. Os cavalos de tróia W32/Multidr.JD! e HTML/Agent HFZ!phish – disfarçado dos antivírus XP 2008 e XP Security Center – ficaram nas duas primeiras posições no ranking dos 10 maiores códigos maliciosos do mês de agosto, com quase 20% das atividades. O W32/Multidr.JD se proliferou com um único dia de ataque. Para ler o relatório, acesse: www.fortiguardcenter.com/ reports/roundup_aug_ 2008.html

BLOG PAPER

Reorganize suas dívidas

E

ssa dica é para saber qual o tamanho real de sua dívida pessoal e como pode pagar de forma organizada, usando uma planilha excel. Baixe esse software e tenha tudo em mãos para poder planejar suas contas e colocá-las em ordem. http://www.vertex42.com/ Calculators/debt-reductioncalculator.html

Segredos do seu banco

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blog que indicamos é americano, mas suas informações valem para qualquer lugar do mundo. Nele, estão listados o que realmente um banco faz, como ganha dinheiro em serviços e como trata realmente os seus clientes. www.smartmoney.com/ 10things/index.cfm?story= august2008-10-thingsbanks-will-not-tell-you

Marketing pessoal

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m um mercado tão competitivo, criar uma marca pessoal pode fazer a diferença na hora de procurar uma nova colocação. A expert Catherine Kaputa ensina como aplicar os conceitos de marketing em benefício próprio. http://shiftingcareers.blogs. nytimes.com/2008/08/11/5ways-to-develop-your-ownbrand/


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Serra vem aí

A

direção municipal do PSDB organizou um jantar para amanhã para propiciar o ingresso de José Serra na campanha de Geraldo Alckmin. Os tucanos querem que o governador se envolva diretamente da campanha de seu candidato, porque Gilberto Kassab empatou o jogo com o tucano, segundo pesquisa Datafolha. Até agora, Serra vinha apoiando os dois candidatos, mas o governador tem medo de ser responsabilizado por uma derrota de Alckmin. O risco do candidato tucano continuar perdendo pontos nas pesquisas existe e, com isso, Alckmin pode perder a vaga no segundo turno para o democrata.

CONJUNTO

ATAQUE

Os caciques tucanos organizaram o jantar também para arrecadar dinheiro para a campanha de Alckmin. Quem quiser participar do evento, terá de pagar R$ 1 mil. Os filmes da reunião serão exibidos na tevê, mostrando que Alckmin e Serra estão no mesmo barco.

Coincidentemente, Alckmin e Kassab estão intensificando a campanha na periferia, reduto em que Marta está forte. O tucano e o democrata brigam para polarizar a campanha com a petista, de olho em uma das vagas no segundo turno.

DIVISÃO

AVANÇO As pesquisas que petistas e democratas recebem rotineiramente já revelavam que Kassab empataria a sucessão com Alckmin, como constatou o Datafolha. É possível que o prefeito leve vantagem porque tem mais tempo de campanha na tevê do que os adversários.

MÉDIA As pesquisas indicam também que Kassab está tirando votos de Alckmin na classe média. A ordem no tucanato é recuperar os pontos perdidos, a começar pelo engajamento de Serra na campanha de Alckmin.

Não vou ficar me envolvendo em assuntos de outros partidos Gilberto Kassab

PESQUISA ACENDEU A LUZ AMARELA NO PSDB

Eymar Mascaro

A presença de Serra no jantar não impede que Gilberto Kassab continue se exibindo na televisão ao lado do governador. O prefeito transmite a mensagem de que, se vier a ser reeleito, continuará administrando o município em sintomia com o governo do Estado.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

GARANTIA Os petistas trabalham com a certeza de que sua candidata tem passagem assegurada para o segundo turno. Marta continua alcançando 40% de preferência do eleitor, contra 22% de Alckmin e 18% de Kassab (margem de erro de três pontos).

REAÇÃO Marta está preocupada com a decisão do PSDB de recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a participação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em sua campanha. Dilma participou do programa de Marta e prometeu verbas federais para obras de ampliação do Metrô.

PROMESSA Marta continua prometendo a construção de 47 quilômetros de Metrô nos próximos quatro anos. Mas, para conseguir cumprir a promessa, seria necessário que o governo federal injetasse um bom dinheiro nos cofres municipais.

MÉDIA

IMAGEM

As pesquisas indicam também que Kassab está tirando votos de Alckmin na classe média. A ordem no tucanato, portanto, é recuperar os pontos perdidos, a começar pelo engajamento de Serra na campanha de Alckmin.

Apesar da reação do PSDB, os petistas vão continuar usando a imagem do presidente Lula na campanha de Marta. A candidata ainda tenta convencer o presidente a caminhar com ela por bairros na zona Sul.

PSDB já fala em mudanças na campanha de Alckmin Partido não esconde insatisfação com pesquisa que apontou empate técnico com o prefeito Gilberto Kassab

A

confirmação, no último fim de semana, do empate técnico entre o candidato à Prefeitura de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o p re f e i t o G i l b e r t o K a s s a b (DEM), segundo pesquisa do Datafolha, só fez aumentar o clima de insatisfação dentro da cúpula do partido, que já cogita fazer mudanças na equipe responsável pelo programa de rádio e tevê do tucano no horário eleitoral. Alguns alckmistas mais radicais chegaram a defender a troca do marqueteiro, Lucas Pacheco. Outros falam em contratar um assessor para Pacheco mais alinhado ao que pensa o comando da campanha uma vez que o partido também considera a hipótese de que a troca a menos de 30 dias da eleição seria um tiro no pé. Apesar do empenho do PSDB em aproximar Alckmin e o governador José Serra, a cúpula de campanha da petista Marta Suplicy disse não estar preocupada com a possibilidade de um avanço do rival tucano. Ontem, a apenas dois dias do jantar que marcará o apoio formal de Serra a Alckmin, aliados de Marta avaliavam que o evento não terá nenhum efeito prático nas pesquisas de opinião, tampouco impulsionará a entrada de recursos nos caixas tucanos. A tese, na equipe petista, é de que a simples realização de um jantar será insuficiente para convencer empresários, candidatos a vereador e mesmo adversários de que Serra de fato trabalhará pela candidatura de Alckmin. Dividido entre Kassab e Alckmin, Serra apareceu no último sábado fazendo campanha para candidatos do partido em duas cidades do ABC. Chama a atenção o fato de que nas duas cidades onde esteve – São Bernardo do Campo e Diadema – o PSDB está coligado ao DEM, o partido de Gilberto Kassab. Até hoje o governador de São Paulo não participou de nenhum ato de campanha dE Alckmin à Prefeitura. A primeira aparição foi agendada para amanhã, no jantar marcado pelo diretório municipal do PSDB, no Jockey Club. "Coisas menores" – O prefeito Gilberto Kassab desqualificou, ontem, as críticas feitas por Geraldo Alckmin aos tucanos que apóiam a sua reeleição "São coisas menores", disse o prefeito. "No decorrer da campanha, as manifestações acontecem conforme o ambiente", minimizou o prefeito. "Não vou ficar me envolvendo em assuntos de outros partidos.", concluiu. Segundo Kassab, que foi eleito vice-prefeito de José Serra em 2004, o histórico de boas parcerias entre o PSDB e o DEM vai se sobrepor aos eventuais desentendimentos da campanha em São Paulo. "É uma aliança histórica, já temos caminhado juntos faz muitos anos. Seja com o Fernando Henrique na Presidência, seja fazendo oposição ao governo federal, seja elegendo Serra governador e prefeito" O governador José Serra foi o maior defensor de que o PSDB não deveria sair com um candidato próprio e sim apoiar a candidatura de Gilberto Kassab. Mas foi voto vencido.

Barrados – O desconforto que hoje toma conta do PSDB devido a essa divisão de opiniões poderá ficar ainda mais explícito nesta quarta-feira. Notícias de que a cúpula do PSDB não descarta a hipótese de barrar no jantar de amanhã a presença dos vereadores do partido que não aderiram à campanha de Alckmin circularam ontem, embora o organizador do evento tenha negado tal determinação. O jantar está previsto para reunir entre 300 e 400 convidados, que pagarão R$ 1.000 cada um. Nesta mesma quarta-feira, Marta Suplicy lançará um liv ro s o b re s u a experiência na prefeitura. Ao contrário do candidato tucano, ontem, ao participar à tarde de um encontro com a Fundação Abrinq, a candidata petista exaltou o apoio que receb e u d o p r e s idente Luiz Inácio Lula da Silva. "As pesquisas também mostram que o Lula é muito bem avaliado. É o presidente mais popular das últimas décadas no Brasil e provavelmente isso ajuda o candidato dele", disse Marta. A ex-ministra disse que Lula deixou claro, em visita a São Paulo no final do mês passado, que "tem lado". Questionada se faltou a Serra deixar claro seu lado, a petista riu e devolveu: "Acho que essa pergunta é bem colocada". Após participar de um encontro com líderes da Fundação Abrinq, Marta também voltou a comemo-

CENAS DE CAMPANHA Ernesto Rodrigues/AE

Luiz Carlos Murauskas/FI

Márcio Fernandes/AE

Marta Suplicy (PT) participou ontem de um encontro com lideranças da Fundação Abrinq e voltou a comemorar sua liderança nas pesquisas. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) (foto do meio, acima) inaugurou outro comitê de campanha. Tentou minimizar as críticas feitas pelo candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, aos tucanos que apóiam a candidatura do prefeito. Já Alckmin caminhou pelo Jardim Bonfiglioli, na zona oeste, onde tomou café.

rar sua liderança na corrida municipal. Citando sua performance nas últimas pesquisas de opinião, ela disse ter sido capaz de ficar na frente, apesar dos constantes ataques dos rivais. "Com toda a surra, com eles batendo em mim, a gente continua com 40%." Vetada – O juiz auxiliar da propaganda da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Francisco Carlos Shintate, determinou que o candidato Paulo Maluf (PP) tire de seu site a propaganda com a expressão "relaxa e goza, porque depois você esquece de todos os seus transtornos", acolhendo pedido da candidata Marta Suplicy (PT). A frase foi dita pela candidata enquanto era ministra do Turismo do governo Lula, referindo-se aos transtornos por que passageiros passavam nos aeroportos de todo o País. Para o juiz, a frase vetada fora de contexto é trucagem (edição manipuladora), o que é proibido por lei. Marta e a coligação pediram também a suspensão de outras quatro expressões da propaganda eleitoral de Maluf, mas Shintate entendeu que elas fazem parte do embate político de uma campanha. (Agências)

Ciro: chapa com Dilma 'vai de vento em popa'

O

deputado federal, exministro da Fazenda e potencial candidato ao Palácio do Planalto Ciro Gomes (PSB-CE) deu a entender ontem que considera ter amplificado a versão de que ele estaria entusiasmado com a idéia de formar uma chapa com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na campanha presidencial de 2010. Ciro já havia admitido o interesse de disputar, mais uma vez, a presidência, mas que também aceitaria de bom grado o 'casamento' político com Dilma, identificada por Lula como a "mãe do PAC" - o Programa de Aceleração do Crescimento do governo. Em resposta a uma pergunta sobre eventual negociação com vistas à formação da dobradinha, o deputado respondeu: "Está de vento em popa. Na imprensa. Nem eu nem ela (Dilma) podemos assumir que somos candidatos, ainda. Só temos clareza de que o Brasil, de

Beto Barata/AE - 08.02.06

Ciro: "Ainda não podemos admitir que somos candidatos"

onde está, não pode andar para trás". Na terça-feira da semana passada, em São Paulo, Ciro Gomes admitiu a possibilidade de compor chapa com Dilma e a qualificou de "uma pessoa extraordinária". Indagado se uma chapa formada pelo deputado e pela ministra teria força suficiente para assegurar a vitória deles na sucessão do presidente Lula, Ciro respondeu: "Dilma é muito forte". Ele não quis, no entanto, avançar mais nesse assunto. (AE)


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nacional Finanças Montadoras Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Renault mundial poderá recorrer a milhares de demissões voluntárias.

VOLKSWAGEN ENFRENTA GREVE PARCIAL

Greve na VW continua só no Paraná

Luiz Prado/LUZ

Operários de São Bernardo aceitaram proposta

O Metalúrgicos da unidade da Volkswagen em São Bernardo concordaram com o aumento de 11,01% oferecido pela montadora na sexta-feira.

A

direção da Renault se reunirá hoje, em Paris, com os sindicatos de seus trabalhadores para apresentar um plano de redução de pessoal envolvendo 4 mil postos. Segundo o jornal Le Monde, a intenção do grupo é cortar 3 mil cargos por meio de demissões voluntárias, e 1 mil da área não produtiva na

DC

Divulgação

a alta expressiva das matériasprimas e os atrasos em alguns projetos da companhia na Ásia. De acordo com o presidente da Renault, Carlos Ghosn (foto), a alta das matérias-primas representará um custo adicional de 1,2 bilhão de euros em 2008, e de 2,2 bilhões em 2009, enquanto o impacto da queda da competitividade na zona do euro sobre a margem operacional será de 434

milhões e 634 milhões de euros, respectivamente. Em julho, Ghosn informou que o seu grupo não conseguiria atingir o objetivo de produzir 3,3 milhões de veículos neste ano, ficando 300 mil abaixo da meta. Um dos modelos que não estão correspondendo à expectativa de venda é o sedã Laguna. A montadora esperava vender 200 mil Lagunas este ano, mas revisou para 99 mil. Além disso, os projetos de expansão na Coréia do Sul e Índia estão enfrentando problemas. (Agências)

Estilo Organizações

Renault pode cortar até 4 mil postos

fábrica de Sandouville. Os pedidos de demissão com benefícios extras serão aceitos até abril próximo. O grupo, que tem 26 mil empregados, pretende "preservar o o aparelho industrial para colocar a empresa entre as montadoras européias mais competitivas". Nesse sentido, 14.687 empregos são considerados intocáveis. Segundo a imprensa francesa, os planos de desenvolvimento traçados pelo grupo em 2005 não atingiram seus objetivos por dois motivos principais:

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dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka. Os metalúrgicos querem 5% de aumento real, mais os 7,15% da inflação e um abono de R$ 1.500. A nova assembléia está marcada para as 5h30 desta manhã, em frente à montadora, em São José dos Pinhais. Os termos de reajuste propostos pela Volkswagen no Paraná foram aceitos no final de semana pelos trabalhadores da empresa em São Bernardo do Campo. Os empregados dessa unidade, que produz os modelos Gol, Fox, Polo, Saveiro e Kombi, ameaçavam parar as atividades ontem, caso não se chegasse a um acordo. O índice de 11,01% de reajuste, além de ser aceito na região metropolitana do ABC paulista, também foi acatado em assembléias nesta segunda-feira por trabalhadores de cidades do interior de São Paulo como São José dos Campos, onde há duas fábricas da General Motors . Os trabalhadores dessas unidades exigiam 18,83% de aumento. Nas rodadas iniciais de negociação, as montadoras, por meio de seu sindicato, haviam oferecido 0,5% de aumento real. (Agências)

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s trabalhadores da f á b r i c a d a Volkswagen no Paraná rejeitaram ontem nova proposta da empresa para reajuste salarial com base em acerto fechado neste fim de semana por montadoras com os metalúrgicos de São Paulo. Os 4 mil operários da fábrica da VW em São José dos Pinhais, que produz o compacto Fox e o hatch Golf, rejeitaram oferta de aumento real de 3,6%, mais reposição de inflação de 7,15% e abono salarial de R$ 1.450, a ser pago no próximo dia 22. Com a rejeição do acordo em assembléia realizada na manhã de ontem, os metalúrgicos da Volkswagen no Paraná completam o sexto dia de paralisação. Até sexta-feira, 4,2 mil veículos deixaram de ser fabricados nessa unidade. Na sexta-feira, a montadora entrou com um pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). "Aguardamos uma nova oferta da Volks para ser colocada em votação na assembléia de amanhã (hoje). Tentar resolver as coisas por dissídio é um retrocesso", disse, em comunicado, o presidente do Sindicato

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

DEIXAR DE VOTAR NAQUELES QUE TÊM PISADO NA BOLA, QUE NÃO JOGAM COM GARRA PELO PAÍS.

LICENÇAMATERNIDADE

H

á impactos positivos e negativos, tanto para as mulheres como para os empregadores, na ampliação facultativa da Licença-maternidade. Ocorrerá, com certeza, o fortalecimento da relação mãe-filho no aspecto afetivo; a saúde da criança, que terá a mãe próxima para amamentação, e cuidados específicos com o recém-nascido; e, por conseqüência, a redução da mortalidade infantil. Entretanto, esta lei estimula a maternidade e por isso perguntamos: se, hoje, menos de 25% da população brasileira têm acesso a creches públicas, como ficarão as mamães e seus bebês com a Licença prorrogada? E, ainda, mesmo com o benefício fiscal que o governo dará aos empregadores, na maioria dos casos haverá mais gastos, pois o empregador terá que contratar uma terceira pessoa para o lugar da nova mamãe, deverá treiná-la, pagar suas verbas trabalhistas e, quando a empregada grávida retornar, por vezes, dispensará a nova contratada devendo pagar os direitos desta não mais sobre 120 dias, mas sobre 180, o que, dependendo do salário irá ser mais caro do que receber benefício fiscal do governo. Suponhamos que a empregada mamãe de uma empresa não-optante pelo Simples tivesse salário de R$ 1000,00, logo receberá R$ 1000,00 de Salário-Maternidade. Contrata-se uma terceira pessoa por R$ 1000,00, quando esta for demitida para retorno da empregada afastada, o empregador deverá indenizar a dispensada num total de, no mínimo, R$ 2.361,00. Levando-se em conta que ele só abateu R$ 2000,00 (R$ 1000,00 por mês, referente aos dois meses a mais de salário maternidade) que seria o salário da empregada mamãe, o custo de R$ 2.361,00 da nova empregada ficará todo a seu encargo. Caso se mantivesse nos 120 dias de salário maternidade, arcaria com aproximadamente R$ 1.972,18. Isto sem falar na multa pela demissão, INSS mensal, mul-

LUIZ OLIVEIRA RIOS FALHAS NOSSAS

● Prós e contras

na lei que amplia a LicençaMaternidade. Mesmo com o benefício fiscal, haverá mais gastos.

ta pelo FGTS, e demais encargos sobre a verba rescisória. A lei não fala nada sobre se a pessoa jurídica tiver prejuízo; ou seja, não tendo IR a recolher, como ficará a sua situação, pois não possui valor do que abater?

O

afastamento de mães vitais a determinados setores de uma empresa poderia ser contornado se elas ficassem à disposição on-line, mas isto fere toda a regra do SalárioMaternidade. A nova lei veda expressamente à mulher exercer qualquer atividade remunerada enquanto estiver em licença. Destaque-se que a funcionária não pode ser dispensada durante a gravidez, nem cinco meses após dar à luz, mas como a Licença ultrapassaria em 1 mês a estabilidade da mamãe, surge mais um problema: a probabilidade de não ter para onde retornar. De forma direta, como o próprio ministro da Fazenda já afirmou, a renúncia fiscal chegará a cerca de R$ 800 milhões por ano para a Receita Federal. De forma indireta, como há estímulo à maternidade, aumentarão os custos com saúde das futuras mamães e recém-nascidos, bem como necessidade de ampliação imediata de creches. Por fim, resta-nos refletir por que não aumentar também o a Licença-Paternidade, uma vez que no mundo inteiro já restou comprovado o reflexo positivo da proximidade entre mãe e pai por ocasião do nascimento do filho: a constituição de uma família efetiva. MELISSA FOLMANN, PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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DE CADA DIA

Puxando orelhas

U

ma grande polêmica envolveu na semana passada o presidente da República, o goleiro Júlio Cesar e o técnico da seleção, Dunga, quando Lula elogiou Messi, o craque argentino, e puxou as orelhas dos jogadores brasileiros por falta de empenho nas eliminatórias da Copa, que encontramos sobrando no atacante portenho. Condoídos, os brasileiros sugeriram até a renúncia de Lula - propondo exílio na Argentina, ou coisa assim -, montados em brios. Mais tarde, porém, pediram desculpas, solicitando do presidente que também se desculpasse, e no fim tudo pareceu abafado pela turma do deixa disso. A mídia chegou a relembrar que o presidente chamou Ronaldo Fenômeno de gordo e este retrucou dizendo que também chamavam o presidente de, digamos, entusiasmado consumidor da bebida que passarinho não bebe... A exemplo do bate-boca da semana passada, manchetes ocorreram, alimentadas pela irresistível paixão do jornalismo pátrio pelas futricas de ocasião, e o assunto ficou para trás, empurrado por outros mais novos. Disso tudo, nota-se duas coisas. Primeira, a forma já um pouco desgastada de atenção que a mídia dá às opiniões popularescas do presidente. Caem no campo do ele é assim mesmo, o que o favorece; a vida como ela é. A segunda, diz respeito ao que se viu no jogo do Brasil com o Chile, no domingo à noite. Nunca, em tempos recentes , os badalados jogadores, celebridades globais fora do campo de futebol, correram tanto, se empenharam com tamanha determinação, em busca de uma vitória, batendo no peito e beijando a camisa verde-amarela. Gloriosa como só ela. Pode ter sido só coincidência, mas o puxão de orelhas do presidente, feito em forma de comentário irônico, de desdém, funcionou mais que uma semana de treinamento. O time, se não foi brilhante, ao menos atacou, jogou bola, do jeito como nos tornamos pentacampeões mundiais, no jogo técnico e ofensivo.

● O puxão de orelhas do presidente

Lula na seleção de futebol funcionou melhor que uma semana de treinos. Por que não puxar a orelha dos candidatos aos cargos públicos, por exemplo? Por Paulo Saab

O que nos leva a pensar: esse tipo de cobrança não mexeria com os brios das autoridades dos Três Poderes, e faria com que trabalhassem com igual empenho e vontade de servir ao Brasil? Por que não ironizamos a atuação de políticos sem raça, de policiais, de servidores públicos, de negociantes, de toda sorte de brasileiros, nas mais diversas atividades humanas, sem espírito de luta, empenho ou coragem?

S

e um puxão de orelhas - mesmo na base do ridendo castigat mores (brincando se dizem as verdades) - pôs em brios os jogadores da seleção brasileira, por que não puxamos as orelhas dos candidatos a cargos públicos, por exemplo, ou dos que já estão no poder? Puxar as orelhas dos candidatos é mais fácil, no momento, por estarmos em plena campanha eleitoral. E qual o melhor modo de efetivamente executarmos essa forma de punição e intimidação? É deixarmos de votar naqueles e naquelas que têm pisado na bola, que não jogam ou jogaram com garra pela cidade, pelo País, jogando apenas para a torcida. Fazem embaixadinhas, com chuteiras lustrosas, são bons de entrevista, mas ou são frangueiros ou perdem gol dentro da pequena área. Perdem pênalti que a simpática senhora mãe do Ronaldinho Gaúcho marcaria com os olhos fechados.

A paz faz a diferença CARLA DÓREA BARTZ

P

ara quem não se lembra, a Assembléia Geral da ONU, através da UNESCO, estabeleceu, em 1998, que a década em que vivemos fosse dedicada à promoção da Cultura de Paz e da Nãoviolência. O período que compreende os anos de 2001 a 2010 foi batizado de International Decade for a Culture of Peace and Non-Violence for the Children of the World. Cultura de Paz, segundo a resolução que estabeleceu este programa, consiste em valores, atitudes e comportamentos que refletem e inspiram integração e cooperação social baseadas nos princípios da liberdade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, solidariedade e que, acima de tudo, rejeita a violência como forma de solução de conflitos. A Cultura de Paz promove o respeito pela vida e pela dignidade de cada ser humano, sem preconceito ou discriminação de qualquer tipo e reconhece o papel da educação para mudanças de atitudes e da consciência coletiva e individual. Seu objetivo principal é diminuir o enorme sofrimento imposto principalmente às crianças de todo mundo, através de diferentes formas de violência, em todos os níveis sociais. A criança e a educação são o seu foco. Já estamos em 2008 e várias questões se colocam: com a década passando tão rápido, como está o programa? Ele evoluiu? Saiu do papel e das cartas de boas intenções? De que forma ele nos atingiu? Há o que comemorar? A resposta é simples: sim, a Década da Paz e da Não-Violência é uma realidade. Mas como? No jornal e na televisão, a única coisa que ouvimos todos os dias é sobre o aumento dos conflitos armados, sobre a violência e a

falta de segurança das cidades, sobre as crises econômicas e misérias de todos os tipos. Na verdade, muito além dos programas governamentais ou das páginas dos noticiários, o que aconteceu nos últimos anos – e ainda acontece - foi uma incrível mobilização e cooperação em torno da Cultura de Paz, organizadas por cidadãos anônimos ou instituições que atuam em suas comunidades, seguindo os princípios do Manifesto 2000. Assinado por mais de 75 milhões de pessoas (15 milhões de brasileiros) ao longo daquele ano, o Manifesto era uma carta de compromissos que cada participante assumiu e que incluía: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, ouvir para compreender, preservar o planeta e redescobrir a generosidade. ● Década da

Cultura da Paz trouxe mudanças de atitudes concretas: a responsabilidade é de cada um de nós. Esses seis pontos fizeram surgir centenas de iniciativas autônomas e anônimas ao redor do mundo, muitas e muitas delas no Brasil. São ações e atitudes que estão fazendo a diferença em comunidades inteiras, coordenadas por pessoas que não fazem parte necessariamente das esferas políticas, acadêmicas ou midiáticas, mas incluíram no seu dia-a-dia mudanças concretas e assumiram de fato os preceitos lançados em 2000. Todos os dias, mais e mais pessoas se tornam adeptas ou criam suas próprias atividades

de ensino e promoção da Cultura de Paz. Por exemplo, projetos para proteção de florestas, controle de poluição e reciclagem, ecovilas, atividades artísticas, estímulo ao escambo e ao consumo responsável, trabalhos nas áreas de saúde, educação e cidadania, e muitos outros. Aqui na cidade de São Paulo, por exemplo, há as iniciativas da Brahma Kumaris, da Willis Harman House, da Unipaz, do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz, do Instituto de Estudos do Futuro, da Associação Palas Athena e de muitas outras organizações.

O

fato é que cada um de nós pode ser um facilitador de Cultura de Paz. Isso pode acontecer em casa, na rua onde se mora, no bairro, na empresa que se dirige ou se trabalha, na organização de classe, na escola ou faculdade, nas diferentes manifestações religiosas, na internet (uma ferramenta cada vez mais importante), enfim, em qualquer lugar onde as pessoas podem se encontrar, discutir e planejar eventos com este objetivo em comum: mudar para que as crianças e as futuras gerações possam viver com dignidade, em um planeta justo. No dia 21 de setembro será comemorado o Dia Internacional da Paz. Para saber mais sobre este assunto, visite o www.redepaz.org. Você também pode registrar um projeto e os seus resultados. A Rede Paz ou Education for Peace Globalnet foi fundada em 2000 e reúne cerca de 250 trabalhos focados em Cultura de Paz no Brasil e no mundo. É uma maneira de ficarmos unidos e informados. É claro que ainda falta muito. É um processo lento. Mas a mudança só é efetiva quando acontece de dentro para fora.

A

busca da perfeição só serve para uma coisa: gerar neuroses. Existiria pior tortura do que trabalhar (ou viver) ao lado de alguém com mania de perfeição? No âmbito da organização, o bom profissional não é aquele que não erra nunca, mas é aquele que, quando erra, assume os erros (não os transfere para terceiros) e possui h u m i l d a d e s u f i c i e n te p a ra aprender com seus próprios erros. Conforme estudiosos do comportamento humano, existem três categorias de erros - ou falhas - humanos, e para cada uma dessas categorias se faz necessária uma abordagem diferente: erros cometidos por ignorância; erros oriundos da negligência e erros dolosos. Os erros ligados à ignorância, embora não eximam os praticantes de serem responsabilizados por esses erros, são mais facilmente corrigidos, através de bons programas de treinamento e desenvolvimento. Os erros por negligência (culposos) são mais graves e podem exigir punição conforme as diretrizes legais. Por isto as causas reais da negligência precisam ser convenientemente investigadas. ● Empresas

bem resolvidas não fazem caça às bruxas, mas abrem espaço para as pessoas errarem. O busílis do problema está nos erros dolosos. São gravíssimos, posto que reveladores da qualidade do caráter do indivíduo. De fato, o ato doloso é adrede planejado, ou seja, o indivíduo, de forma consciente - fria e calculista, diriam os cronistas policiais - quis cometer o erro, sabendo de antemão das conseqüências deletérias de suas ações. Tanto no âmbito particular quanto no contexto de uma empresa, os erros dolosos não podem ser tolerados sob nenhuma hipótese. Se errar é humano, o erro doloso revela com clareza um defeito grave no caráter do indivíduo - não um mero trinco.

A

s empresas bem resolvidas no quesito administração de Recursos Humanos não fazem "caça às bruxas" quando erros são cometidos, mas avaliam com precisão a natureza do erro, sopesam suas conseqüências e, quando precisam tomar decisões drásticas, fazem-no respeitando as diretrizes éticas que envolvem o lidar com as pessoas em situações de exceção. Embora seja paradoxal, abrir espaço para as pessoas errarem no curso de determinadas ações - com exceção, é claro, dos erros dolosos - é uma boa política psicopedagógica. Urge dizer, porém, que cometer erros por pura insensatez é extremamente perigoso, até porque, dependendo do grau do erro cometido, as conseqüências podem ser para a vida inteira, ou, pior, podem custar a própria vida. Bom-senso e caldo de galinha - eis bela máxima popularesca - nunca fizeram mal a ninguém. LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 9 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

QUEM DETÉM A ESCRITURA DE UMA PROPRIEDADE, ESTENDE SEU DOMÍNIO ABAIXO DA SUPERFÍCIE.

Reuters

BENEDICTO FERRI DE BARROS

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POR UMA NOVA TEVÊ (2)

S

O petróleo é do índio? Na Amazônia peruana, 300 mil índios vivem em pobreza degradante. No subsolo há petróleo e gás. A terra é do índio, mas o governo é dono do subsolo. ● Alan García (abaixo) quer que as comunidades indígenas vendam suas terras.

Por Alvaro Vargas Llosa

P

ouca atenção internacional tem sido dada ao recente conflito entre o governo peruano e milhares de índios da região amazônica rica em ● Para os petróleo por causa da tentativa do críticos, presidente Alan García de tornar sem as leis mais fácil às comunidades indígeprotecionistas nas venderem suas terras. A quesos nativos tão contém lições para todo o conseriam tinente - no qual as tensões entre manipulados modernidade e tradições são uma e os projetos fonte recorrente de discórdia. de energia Em maio e junho deste ano, o devastariam governo peruano emitiu dois dea floresta cretos que diminuíram o quórum e seus necessário para que comunidades camponesas, incluindo aldeias, habitantes. vendam suas terras, de uma maioria de dois terços para metade dos participantes numa assembléia aberta. As normas, destinadas a comunidades nativas em todo o país, desencadearam uma rebelião monumental na floresta amazônica, uma região rica em hidrocarReuters boneto que em grande parte está destinada à exploração de petróleo e gás e onde aproximadamente 300 mil índios vivem em pobreza degradante. Sob pressão de organizações não-governamentais e

líderes de movimentos indígenas, o Congresso do Peru anulou os decretos, mas o governo está tentando salvar parte de suas propostas com alguma forma de negociação. As autoridades argumentam que modificar as leis protecionistas conduziria à modernização de algumas das áreas mais pobres do país com grandes investimentos privados. Os críticos alegam que os nativos seriam facilmente manipulados pelas grandes empresas, cujos projetos de energia devastariam o meio-ambiente e os habitantes da floresta tropical A confrontação política ofuscou o problema real, que é o que concerne sobre os direitos de propriedade quando afetam o subsolo. Como em outras regiões da América Latina, o governo peruano há muito tempo alega ser proprietário do subsolo. A implicação é que, ao contrário dos Estados Unidos, por exemplo, se uma pessoa, uma família ou uma comunidade detêm uma escritura de um pedaço de terra, elas não possuem o que está debaixo dela.

E

ssas alegações oponentes são uma receita para o desastre. Toda vez que um governo deseja estimular o desenvolvimento econômico convidando uma empresa de energia ou mineração, nacional ou estrangeira, para investir num projeto, os moradores e os vizinhos da área relevante se sentem ameaçados. Como a única forma para eles protestarem efetivamente é se organizaram por trás de políticos e grupos de pressão

que falam em nome deles, os moradores, na maioria das vezes camponeses, também quase sempre, vão em bando atrás de pessoas que estão interessadas em suas próprias noções socialistas de desenvolvimento ou em suas próprias carreiras.

A

propriedade governamental do subsolo está fundamentada em leis seculares que, segundo Enrique Ghersi, um pesquisador peruano que defende do fim da propriedade do subsolo para o Estado, têm sido mal-interpretada grosseiramente. Princípios universais da propriedade que se originam do Direito romano reconhecem que pessoas que detêm a escritura de uma propriedade estendem seu domínio para abaixo da superfície. No caso do conflito peruano, outra questão de princípio está em jogo. As leis que atualmente exigem maioria de dois terços de uma comunidade para vender a terra são uma imposição coletivista, cujas raízes ancestrais são extremamente suspeitas. Enquanto elas têm origem na época colonial, quando, sob pressão da Igreja Católica, a Coroa espanhola procurou proteger a população nativa dos abusos privados dos colonizadores, nos tempos modernos, os arranjos legais foram estabelecidos por experiências socialistas que impediram o desenvolvimento dos peruanos nativos. Os líderes indígenas que invocaram a t ra di çã o para manter a maioria dos

dois terços estão, é claro, apavorados de deixar que seu próprio povo escolha livremente. Nesse aspecto, Alan García está certo em querer dar mais liberdade de escolha aos membros das comunidades nativas. Mas, como o governo é dono do subsolo, o que deveria ser uma disputa entre camponeses desejando exercer seus direitos individuais e líderes comunitários se pondo no caminho deles, tornou-se uma luta pela sobrevivência dos índios contra um governo querendo deixar o Grande Petróleo, desejoso de usurpar seu torrão.

S

e os camponeses fossem proprietários do subsolo e de seus recursos, pode-se imaginar a rebelião que ocorreria em muitas das comunidades dos Andes e da Bacia Amazônica contra os líderes de organizações como a Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Floresta Peruana, que têm estado na última batalha contra as autoridades. Como elas poderiam dizer a um camponês, que está sentado em cima de petróleo e gás que valem bilhões de dólares, desejoso de vender, se associar ou dá uma concessão a um investidor privado, que a tradição exige que ele continue miseravelmente pobre? ALVARO VARGAS LLOSA É DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA (C) THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP

AFP

Os presidentes latino-americanos têm que administrar a tensão entre modernidade e tradições

exo, violência, gritaria e sensacionalismo são o estilo dos meios de comunicação na atualidade brasileira. No mais poderoso de todos, que é a TV, com o maior número de usuários, inclusive crianças, os programas de maior audiência são as novelas, muitas das quais exibem seqüências de sexo explicito. Não assisto a novelas, disso estou fora, mas sei que é assim. Ouvi de criança de nove anos que assiste a novelas o juízo final de que nelas o mal é sempre vencedor. E a pergunta que fica é se é isto o que pretende a elite responsável pela formação das novas gerações, nas quais seus próprios filhos e netos se acham incluídos. Desconheço a programação das tevês estrangeiras, mas duvido que elas repitam o padrão de alienação ética que predomina na nossa.

● Desconheço

a programação das tevês estrangeiras, mas duvido que elas repitam o padrão de alienação ética que predomina na nossa.

O

que assisto, sim, é jogos entre bons times, embora não torça para nenhum e também esteja por fora do esquema de campeonato que põe em confronto times de Caixaprego com times de primeira linha. Ainda assim é raro se ver uma goleada dos grandes times contra os insignificantes, embora não seja surpreendente nanicos baterem os gigantes. Isso dá para compreender. É que mal surge um grande jogador no País e ele é importado pelos grandes do primeiro mundo, e temos que incessantemente renovar nosso plantel. Mas também aqui há outra bronca contra os dirigentes da TV. É que o locutor comentarista permanece na Era do Radialismo, quando ainda não se tinha televisão e ele tinha de falar sem parar. Isso não faz sentido na tevê que permite que se veja tudo o que passa. O comentarista devia, como nas transmissões do primeiro mundo, só falar quando se trata de esclarecer alguma coisa. Aqui o locutor acha que é sua obrigação não parar de falar, zumbindo o tempo todo abobrinhas que ao ocupar nossos ouvidos perturbam nossa concentração visual, dividindo nossa cabeça entre os olhos e os ouvidos. No que se fere ao caso Isabella, é desnecessário que me inclua fora disso. Há muito estou fora. E só me atenho ao aspecto do escândalo sadomasoquista nauseante com que os meios de comunicação se atiraram ao caso.

P

essoa que convive no plantel dos meios de comunicação me informou que alguns dirigentes desses meios, ao terem acesso acidental aos seus produtos (!) , jornais, revistas, noticiário dos canais

de televisão ficam assustados com o que se veicula sob sua responsabilidade. E quando manifestei meu espanto por tamanha enormidade, meu interlocutor me informou que os dirigentes se ocupavam de assuntos de cúpula e não tinham tempo a perder com os erros e tolices servidos ao público. Mesmo porque o público brasileiro aceita tudo e eles têm mais o que fazer do que perder tempo com bobagens. Cruz credo! Até parece o mandato de Lula, onde o presidente continua na sua tournée pelo mundo, diz uma coisa e seus ministros dizem outras, o interino diz que ele está errado e inobstante é a favor de um terceiro mandato. Suponho que nesta altura fica suficientemente explicado porque me incluo fora dessas . BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Digesto: Por que as empresas brasileiras têm investido mais no exterior nos últimos anos? É para ganhar escala para competir no mercado internacional, por causa da retração do mercado interno ocorrido no período de 2003 até 2005, ou é pelas maiores facilidades propiciadas pela globalização e a grande liquidez internacional? Furlan - Eu diria que, em primeiro lugar, foi pela necessidade. Quando Lula assumiu e me escolheu para ministro, eu dispunha de informações de que havia uma perda acumulada de poder aquisitivo da população laboriosa de 25%. Problemas que se acumularam desde 1999 fizeram com que a massa disponível de renda encolhesse 25%. O que eu propus naquela época para o presidente Lula e o ministro Palocci foi que o único modo de reativar a economia a curto prazo era a exportação. O presidente concordou. Foi assim que reformamos a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Essa agência era dirigida pela Dorotéia Werneck, pessoa muito competente, tinha sido ministra. Mas a Apex era praticamente um órgão catequético, voltado para o interior do Brasil. Propus ao presidente que a Apex se voltasse para fora do Brasil. Eu acompanhei muitas reuniões internacionais promovidas pelo Itamaraty e sempre constatei que eram reuniões pouco profissionais, às vezes extremamente confusas e mal preparadas. O que fizemos foi profissionalizar a Apex. A Apex não precisa fazer o que podia ser bem-feito pelo Sebrae, pelas federações etc. Comparando com as armas do Exército, a Apex tinha de ser a cavalaria: identificar os alvos e ser agressiva. No final de 2002, as empresas estavam com grande capacidade ociosa. Foi quando investimos maciçamente em missões internacionais, rodadas de negócios para vender a capacidade ociosa das empresas. Fizemos tudo profissionalmente e o resultado foi o entrosamento das empresas, apoiadas pelo governo, com o surgimento de amplas oportunidades de bons negócios, em constante processo de melhoria. O presidente

Antonio Milena/ABr 24/03/2004

percebeu que esse era um campo que gerava temas positivos para o governo, acabando com a proverbial choradeira empresarial. Esse modelo foi estendido para reuniões de investimentos, com dados estatísticos confiáveis sobre o país, identificação de nichos e propostas factíveis a curto, médio e longo prazo. Fizemos 126 viagens internacionais para promoções desse tipo, muitas delas com o presidente, que tem sido um verdadeiro 'caixeiro viajante' do Brasil. Devo acrescentar: conheci todos os presidentes das últimas décadas e Lula é o único que não tem nenhum complexo ou preconceito; ele é capaz de pegar o telefone e falar com Bush ou com quem quer que seja, de igual para igual, para promover uma empresa brasileira, seja ela estatal, seja ela privada. Isso no passado era algo considerado impuro... Achávamos natural que o presidente da França ligasse para cá para vender helicópteros, ou que o presidente americano quisesse reforçar a venda do sistema Sivam... mas achávamos errado que o nosso presidente fizesse 'lobby', por exemplo, para uma empresa brasileira vender um sistema de votação para governo estrangeiro. Na Líbia, vi o presidente Lula convencer o presidente Kadhafi sobre a qualidade dos automóveis de empresas nacionais. Lula sempre soube que era um bom negociador, desde os tempos de sindicalista; acabou se dando conta de que a capacidade de negociador é muito próxima da capacitação para vendedor.

Lula, porém, processa as informações de modo muito rápido e surpreendentemente incorpora coisas novas com muita naturalidade. Quem poderia imaginar, por exemplo, há cinco anos, que Lula viria a ser protagonista da rodada de Doha?

Digesto: No caso da Líbia, Lula foi um bom negociador. Mas no caso da Bolívia, terá sido igualmente um bom negociador? Afinal o governo da Bolívia invadiu propriedades brasileiras, colocando em risco o fornecimento de algo vital para nossa economia. Furlan - Nesse caso o Evo Morales tinha razão. O que ele pediu foi a antecipação da revisão do preço do gás. A visão do presidente é diferente da nossa. É a primeira vez que temos um presidente que vem da base, sem vínculos com a aristocracia européia. O presidente bo-

Furlan e o ministro paraguaio Ernst Bergen fecham acordo comercial.

Presidente Lula brinda com o ministro chinês Li Zhaoxing.

AFP 02/03/2005

Lula e o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, em visita à Ambev. Washington Alves/Reuters 16/12/2004

JULHO/AGOSTO 2008 DIGESTO ECONÔMICO

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liviano certamente fez alguma bobagem: mesmo já eleito, continuou e continua como se fosse candidato. Mas, na visão de Lula, se o Brasil tiver de brigar, que seja com alguém de seu tamanho. Lula deve olhar Morales como um irmão mais novo, que precisa de orientação; segura suas pontas até que consiga acertar o passo. Mas não nos iludamos. Ao mesmo tempo Lula chamou o presidente da Petrobras e mandou que fossem feitos os estudos e tomadas as providências para que o Brasil se torne o menos dependente possível do gás boliviano. Publicamente, Lula contemporizou, procurou pacificar o governo vizinho; mas foi suficientemente realista para medir as conseqüências e começar a agilizar o que é necessário para o nosso futuro em termos de independência energética, para não ficarmos na mão do fornecedor. Felizmente, logo em seguida se descobriu gás em nosso litoral, embora o seu aproveitamento requeira ainda muito tempo. Digesto: E os episódios do Brasil na última reunião da rodada de Doha? O Brasil não foi solidário com o Mercosul. Furlan - Eu cansei de ver o oposto acontecer, e exemplifico com um fato ocorrido em 2004. Participei de uma reunião de presidentes do Mercosul; um pequeno país que não tinha mandado o presidente à reunião não quis assinar um acordo que estava praticamente finalizado com a União Européia. A UE havia pedido uma cota de 75 mil carros por ano livres de impostos, e eles nos fariam uma série de concessões para compensar, um pacotão excelente. De 65 mil acertamos baixar a cota para 38 mil carros. Mas a Argentina, através do ministro da Economia Roberto Lavagna, fincou o pé: 25 mil carros e nada mais. Liguei para o ministro e propus que o Brasil ficasse com os 13 mil carros a mais (para o nosso mercado isso era mais que aceitável), mas o ministro foi irredutível, 25 mil carros e nada mais. Perdemos a efetivação de um bom negócio com a UE, sabendo que daí a 3 meses iria mudar a presidência da UE e seria criada uma nova comissão negociadora. Depois entraram mais países para a UE (de 15 países passaram para 27, vários deles com produto agrícola relevante). Vai ser muito difícil retomar acordos com a UE. Se o Brasil não fosse do Mercosul, teria assinado ótimo acordo com os europeus. Entretanto, com a criação do G-20, graças ao esforço do ministro Celso Amorim, o Brasil sentou-se na mesa, ainda que pequena, das negociações. E dois dos países do G-20 (Brasil e Índia) passaram a fazer parte dos cinco negociadores da OMC. Hoje, o Brasil é menos dependente das finalizações da rodada de Doha do que há al-

gum tempo. As conquistas do agro-negócio brasileiro nos últimos 5 anos nos fazem ficar otimistas. Digesto: Quais as barreiras que os investidores estrangeiros apontam no Brasil? Furlan - Há dois temas principais. Primeiro: chegou-se a dizer que, o que o Brasil oferecia em matéria de redução de tarifas era cortar na água. A nossa tarifa consolidada na OMC é 35%. A média da nossa tarifa aplicada para exportação é 12%. Na prática, nada mudaria se baixarmos a tarifa externa para 18%; mas para 80% dos produtos você corta na água, isto é, não corta substância. Outro tema: os serviços. O Brasil foi sempre muito restritivo, historicamente, para abrir o nosso mercado para serviços. Minha tese era de que o Brasil precisava rever a sua estratégia na área de serviços, seja porque a negociação, uma vez consolidada, é prevista para entrar em vigor integralmente muitos anos depois; seja porque o Brasil, em diversos setores, já é muito competitivo (por exemplo: serviços bancários, informática, telecomunicações etc); as negociações devem prosseguir não em base ao passado, mas em relação ao futuro. A abertura de serviços deve ser vista prospectivamente e estou certo que poderemos ser competitivos na área de serviços, desde que haja reciprocidade. O Brasil tem espaço para fazer mais concessões, isso tem sido sinalizado, se bem que neste momento devemos entrar numa espécie de compasso de espera, por causa das eleições americanas. Digesto: O sr. acha que o Barack Obama tem chance? Furlan - Claro, chance ele tem, mas vamos esperar. Aquilo que a gente pensa ser muito fácil, nem sempre o é. Interessante verificar o nosso relacionamento com os EE.UU. ultimamente. Os americanos protagonizaram um afastamento intencional com o Brasil e fizeram a política de cercar o Brasil. Fizeram aproximação com o Uruguai, com a Colômbia, com o Chile, alguns países do Caribe; sinalizaram tratamento especial para algumas nações. No crescimento do comércio exterior, a participação do comércio com os EE.UU. caiu de 22% para 15%; com a Europa ficou estável, 25, 24; subiu muito com a América Latina: 22, 23, ultrapassando a Europa; subiu também com a Ásia e a África: 5,6 e Médio Oriente: 5%. A nossa dependência no caso da crise americana é menor. Já quanto à crise européia, eu me preocupo. Estive há pouco tempo na Espanha e fiquei impressionado com o pessimismo que está grassando na Europa. O mercado de construção

Everett K. Brown/Reuters 12/04/2006

Presidente Lula com o vice-primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert.

Desembarque do presidente Lula no aeropor to de Abuja, na Nigéria. Luiz Furlan, Celso Amorim, o ex-primeiro ministro japonês Junichiro Koizume e Hélio Costa.

Celso Júnior/AE 07/03/2005

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Joedson Alves/AE 11/04/2005

DIGESTO ECONÔMICO JULHO/AGOSTO 2008


DIGESTO ECONÔMICO - JULHO/AGOSTO 2008 - ANO LXIII - Nº 449

JULHO/AGOSTO 2008 ANO LXIII Nº 449 – R$ 4,50

O homem que exportou o Brasil para o mundo O novo capitalismo brasileiro, segundo o ex-ministro Luiz Fernando Furlan


Investimentos de Destaque

Aquisição da argentina Mirab pela Marfrig em 2008 (8) De acordo com pesquisa da KPMG Corporate Finance Brasil, as transações anunciadas de fusões e aquisições envolvendo empresas Brasileiras continuaram a crescer em 2007 e estabeleceram novo recorde anual, com crescimento expressivo de 48% em relação ao ano anterior. De janeiro a dezembro, foram realizadas 699 transações, 226 a mais do que no ano anterior. A conjuntura econômica local favoreceu o nível de atividade desses setores em virtude da expansão do consumo, aumento da oferta de crédito, redução das taxas de juros ao longo do ano, redução do Risco País e o aumento das reservas internacionais. Além disso, a continuidade do desenvolvimento do mercado de capitais deixou as companhias nacionais capitalizadas para investir. Os últimos anos foram representados por um marco importante no processo de internacionalização de empresas do País, pois, o fluxo de investimentos para o exterior é cada vez maior e mais intenso. As transações anunciadas em que empresas brasileiras adquiriram empresas no exterior registraram crescimento de 40% em 2007. As transações desta natureza triplicaram nos últimos 4 anos, tendo sido registradas 22 operações em 2004, 24 em 2005, 47 em 2006 e 66 operações em 2007.

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DIGESTO ECONÔMICO JULHO/AGOSTO 2008

Aquisição da americana Swift Foods Company pela Friboi em 2007 (9) Aquisição da Chaparral Steel Company pela Gerdau em 2007 (10) Aquisição da colombiana Acerías Paz del Rio, da americana U.S. Zinc e a compra de 27% do capital da argentina Aceros de Bragado (AcrerBrag) pelo Grupo Votorantim em 2007 (11) Construção de fábrica na Rússia pela Sadia em 2007 (12) Aquisição da canadense INCO em 2006 e da australiana AMCI Holdings em 2007 pela Vale (13) Joint venture com Tata Motors em 2006 para construção da maior fábrica de ônibus do mundo na Índia pela Marcopolo (14) Aquisição da argentina Loma Negra pela Camargo Corrêa em 2005 (15)


Arquivo pessoal

Para Furlan, Lula tem sido um verdadeiro caixeiro viajante do Brasil. Na foto, visita ao Reino Unido em março de 2006.

Europa tem 0,13% de suas florestas antigas. A América do Norte tem 19%. O mundo tem uma visão distorcida e exagerada do que se passa na Amazônia brasileira. Digesto: Que tipo de proteção os países oferecem às empresas, ou elas têm de arcar sozinhas com todos os custos, quando desejam se internacionalizar? Furlan - Isso varia muito de mercado para mercado. O presidente Gerdau me disse que em todas as suas aquisições no exterior, ele colocou, na média, 20% de capital e financiou 80%. Depois amortizou os empréstimos com

Miguel Rojo/AFP 26/03/2007

Reuters 15/01/2008

Luiz Furlan participa de coletiva de imprensa no Uruguai.

Fidel Castro brinca de fotografar Lula durante encontro em Havana.

o crescimento da operação local. Há países que exigem que se tenha um sócio local: Oriente Médio, China até há pouco tempo, até o Brasil tem exigências nesse sentido (comunicação, transporte aéreo etc). O certo é que as companhias estão descobrindo os caminhos, há escritórios especializados que as apóiam, e há empresas que formaram seus grupos especializados para fazer análises, auditorias, avaliar os riscos. O governo espanhol, por exemplo, assume o risco em até 50% do investimento de suas empresas no exterior, é uma das formas de apoiar as empresas que querem se internacionalizar.

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, e o presidente Lula.

Tiziana Fabi/AFP 02/06/2008

JULHO/AGOSTO 2008 DIGESTO ECONÔMICO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O TOTAL DE SERVIDORES ATIVOS NO EXECUTIVO FEDERAL JÁ VAI ULTRAPASSAR O MILHÃO

O COPOM E O FREIO DO NAVIO

LUIZ OLIVEIRA RIOS PROFISSIONALISMO

É

natural que o mercado comece a especular sobre o perfil temporal da política monetária para o próximo ano. O cenário que temos considerado como o mais provável assume que a taxa Selic atinja o pico de 15% em dezembro, mantenha-se inalterada até outubro de 2009, quando começaria a cair novamente, fechando o próximo ano em 14%. A pergunta que vem sendo feita é a seguinte: não seria possível ao Banco Central começar a queda da taxa básica de juro antes de outubro, caso se consolide a tendência de queda de preços de commodities no futuro próximo? No front externo, há indicações de que o ajuste internacional à crise inflacionária produzida pelo aumento de preços de commodities já estaria em marcha na grande maioria dos países, com a exceção mais notável da China Os indicadores analisados sugerem que as taxas de crescimento do PIB estariam caindo na maioria dos países da OECD e nos países emergentes de maior peso econômico (com exceção da China, novamente). A dúvida é se essa tendência resulta da própria ascensão da inflação - como mecanismo de racionamento de demanda - ou já reflete o efeito de políticas monetárias e/ou fiscais intencionalmente restritivas. Provavelmente, ambos os efeitos estão sendo captados pelos dados. É verdade que nas últimas quatro semanas têm ocorrido uma queda ligeira de preços de commodities (medidos pelo índice CRB spot) e mais acentuada do preço do petróleo, o que é consistente com a desaceleração observada na economia mundial. Entretanto, ainda é muito cedo para extrair daí um prognóstico seguro sobre a evolução dos preços de commodities no curto e no médio praz o. N o f r o n t d o m é s t i c o, também existem sinais de que a demanda estaria crescendo em menor ritmo: redução da confiança de consumidores e empresários, ligeira

● Política monetária

demora nove meses para surtir efeito. É como frear navio. Olhando 2009, o BC não poderia derrubar a Selic já?

desaceleração das vendas no comércio e menor expansão do crédito à pessoa física. Mas devemos lembrar que a defasagem no efeito da política monetária é da ordem de nove meses e que os primeiros impactos começam a aparecer a partir do terceiro ou quarto mês do aperto. Ou seja, os sinais observados até aqui podem referir-se ainda ao efeito da aceleração inflacionária sobre a demanda, a exemplo do que tem ocorrido na economia mundial. É provável que, já no terceiro trimestre, esses sinais de contenção de demanda se ampliem e fique mais claro o efeito da política monetária. Somente então será possível avaliar com maior confiança um cenário alternativo em que o ciclo de aperto seja mais curto do que o que assumimos neste momento.

A

dúvida neste momento é se a convergência de expectativas se fará na direção da moda de 5,5% ou da moda de 5%. Por exemplo, num cenário otimista em que a convergência para 5% ocorre até o final de 2008, a taxa de inflação prevista por nossos modelos VAR para 2010 ficaria abaixo da meta de 4,5%. Nesse cenário, seria possível ao Banco Central antecipar a reversão para baixo da Selic. Mas, como o leitor atento terá notado, há uma série de "se" envolvidos nesse bom cenário. De qualquer maneira, como conclusão, parece válido afirmar que dificilmente a política monetária terá que receber aperto maior. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES

EM VENDAS

Pôr pra trabalhar gente O que nunca trabalhou

D

ados divulgados na última semana pelo Ministério do Planejamento dão conta de que, ainda este ano, o total de servidores na ativa do Executivo federal deverá ultrapassar o número de um milhão (são atualmente 998 mil). A esses, deve-se agregar o número de aposentados (506 mil) e pensionistas (438 mil) da União, chegando a um total de 1,942 milhão de servidores na ativa, aposentados e pensionistas. Do total de servidores na ativa, 529 mil são servidores civis na administração direta, 424 mil são militares e 44 mil estão em empresas públicas. O que está em questão não é saber se são muitos ou poucos; está em questão o crescimento de 27% no número de servidores na ativa relativamente ao total que a atual administração encontrou ao final da administração FHC (781 mil). A questão não se esgota no número de servidores ou na sua rápida expansão, considerando-se que os números se referem ao saldo líquido, depois de preenchidos com novos servidores o número de vagas deixadas por aposentadoria, falecimento e pedidos de demissão de funcionários. Está em questão também a política salarial do Executivo, que agrega aumentos reais de salários ao crescimento mais que vegetativo do número de servidores. O Orçamento da União autorizou despesas com pessoal no exercício de 2008 da ordem de 153 bilhões de reais. O valor autorizado para despesas com pessoal é 3,7 vezes maior que as despesas autorizadas para os investimentos da União (aí incluído o Programa de Aceleração do Crescimento) e é praticamente idêntico às despesas previstas com a rolagem da dívida pública. Combinados os dois efeitos — aumento em 91 mil cargos criados na atual administração e aumentos salariais acima da inflação — os gastos totais com pessoal da União haviam chegado a 80 bilhões de reais pagos até o dia 25 de agosto último, de acordo com o site Contas Abertas. Esse aumento de gastos com pessoal da União tem caráter permanente. A ele deve-se agregar os novos aumentos decorrentes da criação de 15 mil novos cargos na administração em 2009 e da contratação de 50 mil novos servidores, somente no Executivo, parte dos quais substituirá pessoal terceirizado contratado pela União. É muito, é pouco? Nos Estados Unidos, em 1990, o número total do pessoal civil e militar era de 3,7 milhões de servidores. Desse total, 1,2 milhão era

● É possível aumentar a

produtividade do servidor público no mesmo ritmo do setor privado. É tudo questão de encarar o serviço público como um serviço ao público e não como cabide de emprego. Por Roberto Fendt

de funcionários militares na ativa, 1,6 milhão de funcionários militares da reserva e da Guarda Nacional e 931 mil eram civis. Cinco anos depois, em 1995, o número total de funcionários mantinhase aproximadamente o mesmo (3,4 milhões), mas o total de militares na ativa havia sido reduzido em 8%, o de funcionários civis em 17% e o de reservistas e militares da Guarda Nacional em 2,5%. Finalmente, em 2005, dez anos depois, o total de servidores do governo federal americano situava-se em 2,8 milhões. Comparado com o total de servidores em 1990, o número era 845 menor (redução de menos 23%). O número de militares na ativa praticamente se manteve constante entre 1990 e 2005 (1,185 milhão em 1990 e 1,143 milhão em 2005), embora tenha chegado a 984 mil em 2000. De qualquer forma, impressiona que após o 11 de setembro de 2001, a guerra no Afeganistão (a partir de 2001) e a guerra no Iraque (a partir de 2003). O pessoal civil totalizava 639 mil em 2005, versus 931 mil em 1990 (menos 292 mil).

É

difícil argumentar que os serviços públicos americanos tenham se deteriorado de forma marcante entre 1990 e 2005, em decorrência da redução do número de servidores. Ao que tido indica, pela queixas da população, talvez o mesmo não possa ser dito com relação aos nossos. Às vezes, é bom copiar as experiências bem sucedidas dos outros. É possível aumentar a produtividade dos servidores públicos pelo menos no mesmo ritmo do aumento da produtividade dos empregados no setor privado. É tudo questão de encarar o serviço público como um serviço ao público, e não como cabide de emprego.

Fim do adicional de 10% sobre a multa do FGTS JOSÉ MARIA CHAPINA ALCAZAR

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Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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Comissão do Trabalho, de Administração e Serviço P ú b l ic o da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar 378/06, que propõe o fim do adicional de 10% sobre a multa do FGTS paga pelo empregador em caso de demissão sem justa causa, uma antiga reivindicação do empreendedorismo brasileiro que agora está mais próxima de ser atendida. Criado em 2001, com o objetivo de cobrir parte das despesas do governo com o ressarcimento aos trabalhadores dos expurgos da inflação nas contas do FGTS, durante os Planos Verão e Collor I, esse pagamento há muito atingiu seu objetivo legal, mas continua sendo um entrave ao desenvolvimento dos mais variados negócios. Resta agora ao Congresso Nacional prosseguir nesse ímpeto de avanço e, finalmente, extinguir essa flagrante injustiça que tem prejudicado o crescimento econômico por uma de suas vias mais naturais: a geração de novos empregos e renda. No mesmo campo trabalhista, também é digno de comemoração o parecer contrário da Comissão de

Relações Exteriores e de Defesa Nacional à Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, igualmente objeto de luta de entidades como a nossa. Enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva às Casas Legislativas, no início deste ano, a matéria sugere a criação de barrei-

burocrático, dentre tantos outros. Tolher o legítimo direito de as empresas adequarem seus recursos humanos às reais necessidades cotidianas equivale a impedir o mercado de fazer as suas mais soberanas escolhas. Talvez por isso apenas 34 dos 180 países integrantes da OIT tenham ratificado essa polêmica Convenção.

●Nas mãos de Lula,

que o Brasil realmente necessita está no sentido diametralmente oposto de propostas assim, que simplesmente substituem a dinâmica saudável do desenvolvimento pelo ato de engessar alguns de seus princípios basilares. Portanto, está mais uma vez nas mãos do Legislativo decidir se finalmente começa a construir um ambiente mais propício ao desenvolvimento ou então continua relegando o Brasil à condição de retardatário na marcha exuberante das nações emergentes.

o fim dessa flagrante injustiça, que tem prejudicado a geração de novos empregos. ras e condições específicas para as dispensas imotivadas, o que acaba ferindo da mesma forma conceitos elementares da livre iniciativa. Certamente os trabalhadores brasileiros merecem garantias especiais, mas não à custa de novas condições restritivas ao desenvolvimento de um problemático setor produtivo, que já convive no seu dia-a-dia com os fantasmas da alta carga tributária e do excesso

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problema de inúmeros vendedores é o famigerado preço na hora de fechar um negócio. E por que isto geralmente acontece? Em primeiro lugar, porque muitas pessoas estão vendedoras, mas não são vendedoras com o nível profissional que os mercados exigem; segundo, porque muitas empresas não investem num programa de treinamento e desenvolvimento de novas habilidades em negociação e vendas do seu pessoal. Resultado? Equipe estressada, pressionada por metas absurdas, desmotivada e repetindo bordões ineficazes nas abordagens. Numa palavra: várias dessas empresas não possuem profissionais de vendas e, sim, tiradores de pedidos. Por incrível que pareça, num mercado cada vez mais exigente, ainda existe um sem-número de vendedores amadores. Ora, como amadores eles desconhecem muita coisa, como, por exemplo, que produto não tem preço e, sim, valor. Há casos, é verdade, que a equipe de vendas é muito boa, porém a empresa não sabe formar o seu preço de venda. O pessoal de vendas já chega em desvantagem no mercado. Neste particular, qual é o erro de muitas empresas? É fixarem o markup para que o produto gere lucro, quando o correto é gerar margem de contribuição.

● Várias empresas

não possuem profissionais de vendas, mas tiradores de pedidos.

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emos aqui um fenômeno interessante: se a empresa formar o seu preço de maneira errada, ou não venderá caso de os preços estarem acima do poder aquisitivo do respectivo público-alvo -, ou venderá muito e acumulará prejuízos - no caso de a margem de contribuição dos produtos não cobrir os custos e as despesas de vendas. Perceberam como, nos dias atuais, a empresa - qualquer ramo - precisa contar com pessoal qualificado no exercício dessa ou daquela função? Nunca é demais repetir: enviar o pessoal de vendas para assistir a uma palestra-show, por melhor que essa modalidade de evento venha a ser (cuidado, pois algumas dessas palestras-show são ministradas por gente que nunca exerceu a profissão de vendedor), não resolverá o problema das deficiências técnicas dos membros da equipe, nem entraves administrativo-gerenciais que emperram a dinamização dos negócios. O que é preciso, então? Um acurado levantamento das reais necessidades do público-alvo e a elaboração de um bom programa de treinamento e desenvolvimento com metodologia psicopedagógica e andragógica de suporte ao fechamento de negócios e ao bom gerenciamento da força de vendas. Sem isto, tudo continuará como antes "no quartel dos Abrantes" ... LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS

JOSÉ MARIA CHAPINA ALCAZAR É PRESIDENTE DO SESCON-SP E DA ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS

EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

O JOVEM NOS EUA PREFERE UMA GRADUAÇÃO RÁPIDA, PARA ESCAPAR DA ESCOLA RAPIDAMENTE

Os EUA se perderam em práticas

Americanos trabalhando. Em busca da inovação perdida. Por Richard Elkus Jr All: How Competitiveness Shapes the Fate of Nations, livro de Richard J. Elkus Jr.

● Basic Books, 272 páginas, US$ 27,00

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s Estados Unidos já foram o paraíso da inovação. Ali nasceram os telefones, os computadores, a microeletrônica, o teflon, os transistores e tantas outras coisas que permitiram avanços magníficos em tecnologia, capazes de beneficiar o bem estar e a saúde de gente no mundo inteiro. Mas com o passar do tempo o ritmo da inovação caiu e nos últimos 30 anos o país perdeu o passo. Os EUA já não fabricam mais máquinas fotográficas, aparelhos de TV, tocadores de MP3 nem de DVD, telefones celulares - a fabricação está no Oriente ou na América Latina, em países onde a mão-de-obra é barata. Os empregos foram exportados e junto com eles foi embora a capacidade de inovação, segundo Richard J. Elkus Jr., que discute o assunto em Winner Take All : How Competitiveness Shapes the Fate of Nations. O autor trabalhou durante muito tempo como executivo em empresas do Vale do Silício, na Califórnia, de onde se originou muito da tecnologia digital e de computação disponível hoje no planeta, e ele acha que os mercados (leia-se Wall Street), ávidos por inovações e por produtos que façam sucesso rapidamente, estão à míngua. O que virá, então, para ser desenvolvido, aperfeiçoado, vendido? Outro Google? Outro FaceBook? Mais uma rede social? Essa experiência Wall Street já viveu dez anos atrás e o resultado foi desastroso – a maioria desses recursos pode ser divertida para as pessoas mas poucos são de fato valiosos por aumentarem a produtividade, darem empregos e lucro. O desastre foi a supervalorização de operações na Internet que não passavam de entusiasmo dos investidores, demonstrado em anúncio e aparições na mídia, até que tudo virasse pó em maio de 2001 com a queda dos índices da Nasdaq.

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palpite de Elkus é que as inovações realmente valiosas e capazes de recolocar os EUA na liderança precisam ser baseadas em ciência e em tecnologia; e que se o país quiser manter-se à frente precisa ter uma participação relevante em cada estágio da cadeia de recursos da inovação, incluindo-se aí a manufatura. “A inovação”, diz ele, “é baseada numa infra-estrutura ativa de

conhecimento e experiência, tanto em desenvolvimento de produto quanto em fabricação (...) E quando a infra-estrutura some, a inovação vai junto”. Se ele estiver certo, os EUA têm de investir mesmo é em educação e a tarefa não é simples. Neste momento, só 7% dos estudantes do país estão matriculados em cursos de Engenharia e Ciência da Computação. Os grandes números estão com Administração de empresas (25%) e Ciências Sociais (13%). Aqueles que se formarem e derem mais sorte irão trabalhar em bancos, mas os outros... O que a população comenta sobre essas escolhas é que elas são as mais simples e portanto levam aos menores salários: os

frouxa. Virar o jogo vai custar caro. Amanhã, o novo substitui o antigo. Por Guy Sorman

POLÍTICA

DO ESPETÁCULO estudantes querem iPods, iPhones, celulares da Samsung, navegar na internet... Mas, graduação em exatas... Não, o que eles preferem é uma graduação rápida, de modo que possam escapar da escola rapidamente. O resultado dessas escolhas pode estar representado na lista dos 10 homens mais ricos do mundo: são quatro da Índia, um da Rússia, um da Alemanha, um do México, um da Suécia; e dos EUA, apenas dois: Bill Gates e Warren Buffett. Justamente na Índia, China e Rússia, a maioria dos estudantes está optando pelas carreiras de exatas como Física, Engenharia, Ciência da Computação, Tecnologia da Informação e por último finanças e administração de negócios.

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s caminhos que o país trilhou para chegar a isso passaram por práticas de negócios equivocadas e governança frouxa, e virar o jogo vai custar bastante caro. Claro que os empresários não são ingênuos e nem o governo americano é. Já houve muitas tentativas de reação mas faltou uma política de Estado para administrar o problema. Quando a indústria japonesa de máquinas e de automóveis atacou os mercados ocidentais (e especialmente o americano) no início da década de 80, os EUA reagiram reestruturando suas manufaturas e adotando várias das práticas orientais. A indústria automobilística, principalmente, fez grandes mudanças para atualizar seus carros em ta-

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manho, conforto, preço e economia de combustível ao que o Japão estava fabricando. Mas tudo parece ter perdido força quando a economia japonesa desacelerou-se no início dos anos 90. Agora, o fantasma voltou para os americanos.

escritor argentinocanadense Alberto Manguel está com novo livro lançado no Brasil, A Cidade das Palavras – As histórias que contamos para saber quem somos. Homem de vasta erudição, tem, entre outros objetos de estudo, exatamente a palavra, o livro, a biblioteca, analisados em centenas de trabalhos, entre os quais três outras obras já traduzidas no Brasil: A biblioteca à noite, Uma História da Leitura e Os Livros e os Dias. Recentemente, publicou também, no campo da ficção, O Dicionário das Línguas Imaginarias". No centro das preocupações do escritor está a preocupação com a degradação, com a corrupção do uso da linguagem como elemento básico, primordial de comunicação humana e transmissão de conhecimento. Uma corrupção que pode vir por desconhecimento, mas que também pode ser deliberada, quando ela se transforma num instrumento de poder e de manipulação política. Denuncia Manguel: "Não é apenas por censura a línguas inteiras que os governos totalitários tentam impor restrições ao pensamento: usando-se determinas palavras em contextos específicos e inventando-se termos que denotem supostos direitos e privilégios, pode-se criar a impressão de que o está sendo dito nesse novo vocabulário é intrinsecamente verdadeiro apenas porque há palavras para dizê-lo – palavras como democracia, liberdade de expressão, igualdade, liberal, são bons exemplos." Nestas plagas do lado de baixo do Equador, tudo é republicano para Brasília, por exemplo. Em outro trecho do livro, o escritor lamenta que tais distorções sejam a "própria essência da linguagem demagógica [aqui entendida como o uso da linguagem na política] e comercial, voltada para vender uma idéia ou produto sobre cuja verdade não [grifo do autor] devemos refletir". Alguma semelhança com o nosso modo especial de fazer política e com as nossas campanhas eleitorais? Difícil é encontrar algo diferente, que tenha algo a ver com a realidade cotidiana.

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o início dos anos 80, um professor de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP comentava, durante uma entrevista, que seu departamento não tinha mais um curso de Televisão e que, dentro de pouco tempo, não haveria mais engenheiros brasileiros especialistas nesse assunto. A razão para isso é que as TVs eram projetadas no Japão e montadas em Manaus (praticamente como hoje) e que, portanto, não havia lugar na indústria para engenheiros de TV. Se o governo brasileiro quisesse criar uma indústria sólida nesse setor, deveria ter investido na infraestrutura e na mãode-obra. O endereço das fábricas mudou, mas o fluxo de material e a organização da infra-estrutura são os mesmos. Elkus tem certeza de que uma estratégia capaz de reverter essa ordem deve ser eleita pelo presidente e abraçada pela indústria, pelos acadêmicos e pelo povo, como aconteceu com a indústria aeroespacial quando John Kennedy era presidente. E que certos setores estratégicos devem receber investimentos ainda que não rendam dividendos para seus investidores, sejam eles indivíduos, instituições ou o próprio governo. Nessa lista estão a eletrônica, a tecnologia da informação, as telecomunicações, a indústria aeroespacial e a tecnologia nuclear. RESENHA DE PAULO BRITO, JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS

Manifestação de grevistas em frente à Boeing, ontem: ávidos por inovações e produtos que façam sucesso rapidamente, os mercados abandonaram algumas indústrias. Richard Elkus espera que o setor aeroespacial receba investimentos, ainda que não rendam dividendos.

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ão é à toa que o governo aumentou suas previsões de gastos com publicidade em 39% em 2009 ante o orçado para este ano. A mesma providência foi tomadas tomada em São Paulo e Minas Gerais, por coincidência estados governados por postulantes a uma candidatura presidencial. É a política do espetáculo, dos palanques eternos e da mídia – especialmente a eletrônica.

AFP

● Winner Take

de negócios equivocadas e em governança

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

● Confusões

deliberadas, discursos vazios, promessas difíceis ou impossíveis. Assim começa a corrupção: pela língua.

A corrupção pela linguagem está em cada discurso, em cada entrevista. Peguemos apenas um caso de São Paulo, pois ele é significativo demais. A ex-prefeita Marta Suplicy, que passou quatro anos na prefeitura sem botar um mísero centavo nas obras do Metrô, passou a apregoar em sua campanha que agora o governo Lula vai repassar o dinheiro. Insinuando, aliás, que ele fará isto se ela for eleita. Como os adversários reagiram, e mostraram que o Orçamento da União de 2009, já enviado ao Congresso, não prevê verbas para o Metrô da capital paulista, Marta deu a entender inicialmente que não era problema, pois o Orçamento ainda não foi aprovado pelo Congresso e, portanto, pode ser alterado. A explicação não convence muito. Então, surgiu no programa eleitoral obrigatório, a ministra Dilma Roussef, a preferido de Lula para sucedê-lo, explicando que os tais recursos virão em forma de financiamentos de organismos federais como o BNDES e outros.

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arece a mesma coisa, mas não é. Botar dinheiro, como Marta apregoava, significa ajudar na construção. Financiar significa emprestar, recursos que posteriormente deverão ser pagos pelo Estado, ao qual o Metrô pertence. E como os respectivos juros. No primeiro caso haveria uma parceria, uma contribuição do governo federal para a população paulistana, a maior pagadora de impostos para Brasília. No segundo, há uma operação financeira, o que o governo estadual pode realizar com instituições financeiras e organismos internacionais. São confusões deliberadas, discursos vazios, promessas difíceis – se não impossíveis – de cumprir. Uma tentativa de engabelar o eleitor-cidadão, "vender" a ele o que não se tem ou não se pode entregar. Valham-nos os cultores da velha flor do Lácio, inculta e bela para nos livrar dessa corrupção, já que nossos homens públicos não estão nos valendo muito para nos livrar de outras mais custosas. JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

A declaração de bens, no registro de candidaturas do TSE, do ex-secretário da Educação de São Paulo, escritor e grande amigo de Geraldo Alckmin, Gabriel Chalita, candidato a vereador, alcança R$ 7 milhões. Entre outros ítens, uma BMW de R$ 255 mil, um apartamento no Rio de R$ 900 mil, R$ 160 mil em poder do contribuinte, CDB/RDBs no Amro/Real de mais de R$ 300 mil, R$ 410 mil no fundo de investimento do Bradesco, um apartamento em Higienópolis em São Paulo de R$ 3,5 milhões e um flat em Santos de R$ 200 mil.

Fugindo do grampo O mercado de produtos anti-grampo começa a crescer entre Brasília e São Paulo, especialmente a procura por serviços de varredura, equipamentos e blindagem acústica. Para blindar um ambiente onde nenhuma ligação pode ser gravada, hoje, o custo médio é de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. E os telefones criptografados (Marta Suplicy só fala com o marido Luis Favre e mais dois assessores usando esse equipamento) custam em torno de R$ 1,5 mil. Mas, são totalmente seguros só se a ligação for para aparelho igual.

LONGO PRAZO Longe das declarações do governador Sérgio Cabral e do ministro Nelson Jobim, a Infraero prepara uma mudança de gestão comercial. E só depois começará a discutir a possibilidade de passar à iniciativa privada a administração dos aeroportos. Hoje, a Infraero cuida de 67 terminais e só 10 são lucrativos – e sustentam os outros 57. A estatal prevê, em projeto, privatizar metade dos aeroportos e, claro, os que dão prejuízo. No BNDES, o que existe é apenas iníciode umplanode suportepara o processo de privatização. E tudo isso só acontecerá depois que o Congresso mudar o marco regulatório e fixar regras claras na concessão.

Corrupção vs.educação

Hoje, no mundo inteiro, aplicações no ensino fundamental representam 74% do custo anual da corrupção no planeta, estimada em mais de US$ 1 trilhão pelo Banco Mundial. O gasto com o ensino entre a primeira e a nona série fica em torno de US$ 741 bilhões, ou seja, US$ 259 bilhões menor do que a dinheirama da corrupção. Mais: a educação equivale a 1,3% do PIB mundial e as perdas com as práticas ilegais, cerca de 2%. Atualmente, apenas em países emergentes, perde-se entre US$ 20 e US$ 40 bilhões em ações de corrupção. E sonegação mais corrupção em todo o mundo podem chegar a US$ 1,6 trilhão por ano e só na África, US$ 148 bilhões, equivalentes a 25% do PIB do continente. No mundo inteiro, 77 milhões de crianças que deveriam estar na educação primária, estão fora da escola.

Esta semana, no MAM – Museu de Arte Moderna – no Ibirapuera, em São Paulo, o publicitário Washington Olivetto (àesquerda,aoladodafervorosa admiradora Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha), recebeu uma legião de amigos para o lançamento do livro O primeiro a gente nunca esquece, inspirado na campanha O primeiro sutiã a gente nunca esquece (com textos de gente famosa usando o slogan para outros assuntos). Presentes, entre muitos, Glorinha Kalil, ao lado da talentosa Ana Carmen Longobardi (centro) e Eleonora Rosset, primeira-dama da Valisère.

Do sutiã aolivro

Coisa de comunista Há dias, falando a universitários do Vale de São Francisco, o presidente Lula não deixou por menos: “Nos anos 70, fui o melhor dirigente sindical deste país”. Pode até ter sido, dependendo de sua própria avaliação e de outros sindicalistas do ABC da época. O que pouca gente sabe é que Lula, durante muito tempo, recusou-se a entrar no mundo do sindicalismo. Quem conseguiu levá-lo para o Sindicato dos Metalúrgicos, quase à força, foi mesmo seu irmão Frei Chico, que lembra: “Ele achava que sindicalismo era coisa de comunista”.

0 IN

Grandes colares (vale tudo).

OUT

Colares com peças miúdas.

Na lama com Amy A nova edição da Rolling Stone dedica capa e grande matéria à Amy Winehouse. A chamada de capa é: “Na lama com Amy Winehouse” e, num certo trecho, a repórter Claire Hoffman, que passou uma noite na casa dela, em Londres, descreve: “Tudo à sua volta é uma bagunça desastrosa: sacos de batatinha vazios, bolinhas amassadas de papel alumínio, cervejas, caixas de lingerie e velhos cartões de créditos espalhados”. Aí, Amy: “Estou numa dieta restrita a pizza. É para ganhar peso”. O nome do marido Blake Fielder-Civil está tatuado, em forma de bolso, no peito dela e Amy lamenta sua prisão: “É como se não houvesse razão para viver”.

Zélia Cardoso de Mello ainda defende o confisco

UM E OUTRO Historiadores e jornalistas bem informados acham que há um paralelo entre as trajetórias de Paulo Lacerda e J. Edgar Hoover, chefe do FBI durante décadas. Vivo, era endeusado por seu combate ao crime. Depois de morto, com a abertura dos arquivos secretos do órgão, Hoover desmoronou. Descobriu-se que fazia grampos ilegais, plantava provas contra inimigos e produzia dossiês políticos. Em quase 50 anos, Hoover espionou 883 senadores e 722 deputados americanos. Detalhe: era gay . Nesse quesito, nada a ver com Lacerda.

MISTURA FINA O MINISTRO Nelson Jobim, da Defesa, até queria ser presidente nacional do PMDB, há algum tempo: perdeu para Michel Temer. Sua mulher, Adrianne Sena, está avisando que, depois desse ministério, “ele vai para casa”. Mas, não é exatamente o que um grupo de tucanos começa a pensar para ele, em 2010: Jobim poderia ser o vice de José Serra na corrida à Presidência. São antigos amigos, já repartiram um apartamento funcional em Brasília e Serra foi padrinho de casamento de Jobim com Adrianne, que já trabalhara com ele. DANIELA Cicarelli, que agora namora Dinho Diniz, filho de Alcides Diniz, freqüenta, regularmente, a missa das 19 horas, aos domingos, na igreja de São José, no Jardim Europa, em São Paulo. Toda a família Diniz (Pão de Açúcar) freqüenta as missas dessa igreja: uma parte, ao meio-dia; outra, às 19 horas. A primeira vez que Daniela cruzou olhares com Dinho foi numa missa e agora, Dinho a acompanha aos domingos. O PRÓPRIO marqueteiro de Marta Suplicy, João Santana, que cuidou da campanha de reeleição de Lula, começa a traçar nova estratégia para a candidata do PT diante da ascensão das intenções de voto (e popularidade) do prefeito Gilberto Kassab. Santana acha que falta pouco para Kassab ir para o segundo turno com Marta quando, sem nenhum esforço, levaria os votos de Paulo Maluf. AUTORA da frase “A mulher pode usar de tudo, menos calcinha bege. Isso é uma praga igual a garrafa pet” (dia desses, a coluna publicou sem a devida citação de seu nome), a atriz e escritora Patricya Travessos, que transformou seu livro Monstra em peça de teatro, sapeca mais uma: “Homem gostoso tem que usar jeans atochado, mas tem que tomar cuidado com o gancho para não dividir as bolas, um erro muito comum nas duplas sertanejas”. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Beto Barata/ AE

Dezoito anos depois, ex-ministra de Collor diz que "medida foi necessária"

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economista Zélia Cardoso de Mello ouviu ontem duras críticas à sua passagem pelo Ministério da Fazenda em evento que celebrou os 200 anos da instituição. Marcílio Marques Moreira, que sucedeu Zélia no comando do ministério (1990-1992), citou o fato de a inflação elevada na Alemanha ter contribuído para alimentar o apoio da classe média ao nazismo e fez uma alusão ao Plano Collor, por meio do qual o governo promoveu o confisco de depósitos bancários, em 1990. Os ex-ministros Paulo Roberto Haddad e Fernando Henrique Cardoso também destacaram, em mensagens gravadas e exibidas no evento, a preocupação que tiveram em não "quebrar contratos", como havia sido feito no Plano Collor. FHC afirmou que os planos econômicos anteriores ao Real, lançado em 1994 quando ele era ministro, foram definidos sem consultas públicas e provocaram "susto" à população. "Mas o susto maior foi o confisco do presidente Collor", disse. Zélia argumentou que o confisco da poupança promovido após a posse de Collor foi uma medida "pragmática e necessária frente ao processo inflacionário". "Naquele momento, tomamos as medidas que tínhamos que tomar para fazer frente à realidade", afirmou. "Houve um diagnóstico de que aquilo tinha de ser feito", acrescentou, quando questionada se ela se arrependia da iniciativa.

Os planos econômicos antes do Real causaram susto. Mas o susto maior foi o confisco do presidente Collor. FHC Beto Barata/ AE

MILIONÁRIO

O artista plástico filipino Noel Cruz começou fazendo retratos e, aos poucos, passou a trabalhar com bonecos, inspirados em seus próprios desenhos. Depois, decidiu fazer bonecas e bonecos com cara, cabelos e até roupas de alguns personagens de filmes de celebridades do showbiz. Agora, suas criações viraram hit de consumo na internet: no e-Bay, uma boneca de Angelina Jolie (primeira à esquerda) foi vendida por US$ 3,3 mil. E entre outros tantos, da segunda foto da esquerda para a direita, Celine Dion, Johnny Deep e Cristina Aguilera e sua famosa boina.

Paulo Haddad, Zélia e Guido Mantega no Ministério da Fazenda

(O confisco) Foi uma medida pragmática e necessária frente ao processo inflacionário. Zélia Cardoso de Mello

Zélia citou ainda o apoio que recebeu de Collor para adotar as medidas "antipopulares, mas necessárias" e seu papel na abertura comercial do País. (Reuters)

e dent Presi a re Collo a tr i min s ois d a i l Zé es s ant e s e m i únc o do an isco nf do co

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O ministro Carlos Lupi (PDT) quer que o presidente Lula decrete que, doravante, a presidência permanente do Codefat – Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador – fique com o titular do Trabalho, começando por ele. Seis representantes das centrais sindicais teriam assento no Conselho, mas não haveria mais rodízio na presidência. Hoje, o presidente é o assessor de comunicação de Paulinho Pereira da Silva, Luis Fernando Emediato que, saindo o decreto, seria afastado. O feudo é bilionário: este ano, o FAT tem um orçamento de R$ 33,9 bilhões. Para o ano que vem, R$ 38,2 bilhões.

Boneca de luxo

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Cobiçando o FAT

Marco Aurélio de Barros, ou melhor, Lacraia Perigueti , candidata a vereador em São Paulo pelo PTB de Campos Machado, vice de Alckmin, acaba de ter seu filme pornô espalhado pela internet. Lacraia divide cenas com Mônica Mattos, atriz pornô que recebeu, recentemente, o Oscar desse segmento, nos Estados Unidos, e que gosta das mesmas coisas que o candidato petebista gosta. Há também a participação de outro travesti. Em alguns filmetes, no final, aparece a frase Vai, Lacraia ! E com o número de sua candidatura.

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sobre as escutas ilegais no Supremo, Senado, Câmara Federal e Ministérios. Fotos: Business News

Lacraia na rede

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MIRO TEIXEIRA // ex-ministro e deputado federal (PDT-RJ),

Beto Barata/ AE

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3 Substituíram a escopeta pelo grampo. Milícia não tem só no Rio.

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gibaum@gibaum.com.br

MAIS: o local é o supermercado Santa Luzia, nos Jardins, em São Paulo, onde ele chega dirigindo seu possante Ford Ka, 2006.

1.01

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Quase todas as sextasfeiras, final de tarde, o ex-governador Cláudio Lembo vai às compras com a mulher Renéia.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

em - 2 Imag Folha

4 - GERAL

Zélia e Bernardo Cabral (à direita) em reunião com líderes do Congresso

Wilson Pedrosa/AE - 08.03.1990


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Política 'Vá perguntar

5 Geraldo Magela/Ag.Senado

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Me respeite (sic), que eu não sou seu preso e não estou no pau-de-arara. Arthur Virgílio

Beto Barata /AE

ao Jobim', diz Lacerda sobre maleta Paulo Lacerda nega com veemência que a Abin tenha aparelhos que realizem grampos

O

diretor afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda negou ontem que a agência teria equipamentos capazes de fazer interceptações telefônicas. "Afirmo, como diretor da Abin, que ela não possui. Se o ministro Jobim falou, o senhor deve perguntar a ele", respondeu ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional. Na semana passada, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou que a agência teria adquirido os equipamentos, que seriam maletas para varreduras de ambientes e que também fariam grampos, apesar de não ser a sua função primordial. Segundo Lacerda, o aparelho é usado apenas para varreduras. "A Abin não possui equipamentos para ouvir ou realizar gravações, apenas para fazer varreduras", disse. Lacerda voltou a dizer que não teve participação na interceptação telefônica de autoridades. "Não comandei, não participei, não compactuei e muito menos tomei conhecimento de qualquer ilegalidade por parte da Abin. Quero deixar clara a minha repulsa quanto a isso", disse. "Não existe prova da participação da Abin em escutas ilegais", completou. Paulo Lacerda afirmou nunca ter sido condenado por atividades realizadas ao longo de sua carreira. "Jamais fui condenado por qualquer prática. Não existe no meu currículo absolutamente nada de que pudesse me envergonhar. Não confundam a minha postura profissional com o acobertamento de irregularidades". Bate-boca – Paulo Lacerda não conseguiu, porém, evitar um bate-boca com o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio

O

(AM). O atrito começou quando Lacerda defendia a Abin e negava veementemente que essa instituição tivesse participado da realização de interceptações e gravações clandestinas de conversas de autoridades. Em uma referência à declaração do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que a Abin teria comprado no Exterior um equipamento conhecido como maleta de dupla face, que serve ao mesmo tempo para fazer varredura contra "grampos" telefônicos e para gravar conversas, Lacerda afirmou que a agência não possui aparelhos capazes de realizar gravações clandestinas, e sim equipamentos destinados justamente a impedir ações invasivas. À veemência da negativa de Lacerda seguiu-se uma intervenção irônica do senador Virgílio, que lhe perguntou se o ministro Jobim havia mentido. Lacerda, irritado, reagiu: "Vá perguntar ao Jobim", declarou. O senador do PSDB, sentindo-se ofendido, retrucou: "Me respeite (sic), que eu não sou seu preso e não estou no pau-de-arara". Houve intervenções apaziguadoras de outros senadores. O senador Romeu Tuma (DEM-SP) sugeriu à comissão fazer uma diligência utilizando um perito próprio, para saber quem tem razão e averiguar se as maletas da Abin fazem ou não escuta telefônica. Segundo Lacerda, a Abin colaborou com as investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF), atendendo a uma solicitação do delegado federal Protógenes Queiroz, mas em momento algum realizou qualquer atividade para as quais não tivesse respaldo legal. Lacerda disse ainda que nem a Abin nem seus servidores legalmente cedidos à PF – a título de cooperação – fizeram escutas ilegais. (ABr/AE)

STJ anula dois anos de escutas da PF Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou ontem dois anos de escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal no processo que condenou dois empresários gaúchos por fraudes fiscais e importações irregulares. Os quatro ministros da sexta turma, em votação unânime, entenderam que as escutas foram renovadas diversas vezes sem fundamentação jurídica suficiente. A decisão, no julgamento de um habeas corpus, é inédita no STJ e reforça o recente movimento no Judiciário para impor limites às interceptações telefônicas em meio a denúncias de que grampos ilegais teriam atingido o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Durante o julgamento, os ministros chegaram a classifi-

car como uma "devassa" a interceptação nesse caso, que chegou a durar dois anos, um mês e 12 dias, e criticaram o uso exagerado de escutas telefônicas nas investigações policiais. "Não podemos compactuar com a quebra de um valor constitucional. Dois anos é devassar a vida desta pessoa de uma maneira indescritível. Esta pessoa passa a ser um nada", declarou o ministro Paulo Gallotti. "Haveremos de pagar um preço para que possamos viver em condições democráticas. Que tudo se faça, mas de acordo com a lei", disse o ministro Nilson Naves, presidente da turma e relator do caso. Naves e a ministra Maria Thereza de Assis Moura defenderam que as escutas obedeçam a um prazo claramente definido. (AE)

Paulo Lacerda (Abin) e o general Jorge Félix (GSI) depõem em Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional

Jorge Félix e Luiz Fernando Corrêa negam ilegalidades

Beto Barata /AE

Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da PF, diz que órgão não faz espionagem. Produz provas. "Estamos no campo da legalidade. O que não concordamos é colocar a instituição no mesmo campo de quem atua no campo da ilegalidade. Temos capacidade de auditar tudo", afirmou.

O

ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix, negou com veemência aos deputados e senadores da Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha feito escutas ilegais durante a Operação Satiagraha, realizada pela Polícia Federal (PF). De acordo com o depoimento do general, a Abin, enquanto instituição, limitou-se a atender a um pedido da PF para prestar colaboração de rotina durante a operação. "Não há, até agora, qualquer prova de envolvimento da Abin em escutas ilegais. O que houve foi uma cooperação legítima com os trabalhos da Polícia Federal", afirmou. Félix disse que, quando se grampeia, as primeiras suspeitas recaem sobre um lado, ou

sobre o outro, ou sobre a operadora de telefonia, a qual, em mais de 90% dos casos, propicia a interceptação, com autorização judicial. O ministro afirmou que, se há alguém da Abin envolvido na gravação ilegal de conversa telefônica do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), foi um comportamento clandestino. O general afirmou que, "institucionalmente, a Abin não teve envolvimento e, como em

outras ocasiões, vem sofrendo acusações injustas e precipitadas". Félix disse que a situação começa a clarear e pediu um pouco de paciência aos parlamentares até a conclusão do inquérito que está sendo feito pela Polícia Federal sobre os grampos. Polícia Federal – Em depoimento à CPI dos Grampos, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, afirmou que as discussões sobre grampos ilegais não podem levar a restrições que acabem impedindo o desenvolvimento de investi-

gações que envolvam escutas legais, autorizadas pela Justiça. "Nosso objetivo não é fazer espionagem, mas produzir provas", afirmou Corrêa, ao lembrar que provas obtidas por meio de grampos ilegais são invalidadas . "Estamos no campo da legalidade. O que não concordamos é colocar a instituição no mesmo campo de quem atua no campo da ilegalidade. Temos capacidade de auditar tudo", afirmou. Outra parte do depoimento ocorreu à portas fechadas. (AE/ABr)

CNJ cria regras para evitar abusos Quem tiver acesso ao conteúdo de emails, comunicadores instantâneos e escutas legais será credenciado

O

Conselho Nacional de Justiça ( C N J ) , ó rg ã o d e controle externo do Judiciário, aprovou ontem regras para disciplinar as decisões judiciais que determinam escutas telefônicas e quebras de sigilo de sistemas de informática e de mensagens eletrônicas como e-mail e "MSN". Os principais objetivos da resolução são garantir que apenas serão grampeadas as pessoas citadas nas decisões judiciais, manter em sigilo as informações resultantes das interceptações e identificar responsáveis por eventuais vazamentos, sejam eles juízes ou servidores. A norma também prevê que os juízes informarão todos os meses às corregedorias dos tribunais a quantidade de interceptações em andamento e o número de ofícios expedidos às operadoras de telefonia. Isso permitirá que o CNJ tenha um raio X das interceptações decretadas no País. Há grande preocupação em manter em segredo as informações. A resolução estabelece que, em caso de violação, o juiz responsável pela quebra do sigilo determinará a imediata apuração dos fatos. "Não será permitido ao magistrado e ao servidor fornecer quaisquer informações, direta ou indiretamente, a terceiros ou a

órgãos de comunicação social, O juiz terá de deixar clara a de elementos contidos em pro- "vedação de interceptação de cessos ou inquéritos sigilosos, outros números não discrimisob pena de responsabiliza- nados na decisão". ção", prevê a resolução. Empresas de telefonia – A Para garantir o sigilo, a reso- resolução prevê obrigações lução prevê uma série de cui- das operadoras de telefonia. dados. No transporte do pro- Ao receberem um ofício do cesso para lugares fora dos juiz, as operadoras deverão prédios do Poder Judiciário, confirmar com a Justiça os núpor exemplo, os documentos meros dos telefones cuja interceptação foi auserão colocados em envelopes torizada e a data duplos. "No enem que isso deve velope externo ocorrer. não constará ne- Os mexeriqueiros "A operadora indicará em ofínhuma indica- pós-modernos são os ção do caráter sicio apartado os arapongas. Nem na nomes das pesgiloso e do teor do documento", ditadura abusou soas que tiveram estabelece a re- tanto da questão conhecimento solução. da medida defedos grampos. No mes – Ao rida e os dos resTécio Lins e Silva, ponsáveis pela determinar uma conselheiro do CNJ operacionalizaquebra de sigilo, o juiz responsáção da intercepvel pelo caso tação telefôniterá de indicar em sua decisão ca", estabelece a resolução. a autoridade que pediu a meApenas um dos conselheidida, os números dos telefones ros do CNJ votou contra a resoou nome de usuário, e-mail ou lução. Felipe Locke disse que a outro identificador no caso de resolução não resolve o probleinterceptação de dados, o pra- ma das escutas ilegais. "E, no zo da interceptação, os titula- tocante às legais, gera desconres dos números intercepta- fiança", opinou. Ele afirmou dos, os nomes das autoridades ainda que a resolução cria alpoliciais responsáveis pela in- gumas obrigações para terceivestigação e que terão acesso ros, especialmente para as aos dados e os nomes dos fun- operadoras de telefonia. Secionários do cartório ou da se- gundo o conselheiro, o assunto cretaria que manusearão o in- deveria ser disciplinado pelo quérito ou o processo. Congresso Nacional.

O conselheiro Técio Lins e Silva afirmou que "os mexeriqueiros pós-modernos são os arapongas." "Nem na ditadura abusou tanto da questão dos grampos", afirmou. Ele aprovou a resolução, mas disse que ela não chega no verdadeiro problema das interceptações. Segundo o conselheiro, há abusos por parte de juízes que determinam quebras de sigilo sem critérios e cuidados e de autoridades policiais que iniciam as investigações a partir de interceptações. "E abuso de organismos que detêm esses softwares capazes de promover a interceptação legal e ilegal", afirmou. Vítima de um grampo, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que a resolução garante a independência dos juízes que determinam interceptações telefônicas. Mendes observou que dentro de 180 dias o conselho avaliará a eficácia das medidas tomadas e, se for o caso, tomará medidas para aprimorar a resolução. O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, ressaltou que a resolução vai responsabilizar quem contribuir com a "fofoca nacional". "Todas as pessoas que tiverem acesso às conversas protegidas pelo sigilo precisarão ser credenciadas pelo juiz". (AE)


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Finanças Estilo Nacional Indústria

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

CERCA DE R$ 9 BILHÕES ENTRAM NA ECONOMIA

6,6

por cento foi o crescimento da folha de pagamentos no período de janeiro a julho.

EM JULHO, O AUMENTO FOI DE 0,7% EM RELAÇÃO A JULHO, A MAIOR EXPANSÃO EM QUATRO ANOS

EMPREGO INDUSTRIAL TEM ALTA DE 2,8%

C

José Luis da Conceição/AE - 04/09/2008

Metalúrgicos conquistaram 11% de aumento e devem estimular campanha de outras categorias, colocando mais dinheiro na economia.

A arte de enxugar gelo com pano BC aumenta juros para frear o consumo, enquanto cerca de R$ 9 bilhões vão circular na economia

A

economia brasileira recebe, ainda neste mês, uma injeção de recursos de aproximadamente R$ 9 bilhões. Com mais dinheiro no bolso, os consumidores podem seguir gastando, para alegria do comércio e da indústria. Esse dinheiro coloca mais lenha no consumo, exatamente no momento em que Banco Central (BC) e o Mi-

nistério da Fazenda estão divididos quanto às causas da inflação – hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve determinar nova alta na taxa básica de juros, na casa dos 13% ao ano. A Previdência gastou cerca de R$ 7 bilhões a título de antecipação da 1ª parcela do 13º salário a 22,1 milhões de pensionistas e aposentados. Na

Brasil é crucial para setor automotivo

O

Brasil está se tornando um mercado crucial para o setor automotivo global. "O País é, definitivamente, uma peça importante do xadrez global da indústria automotiva", disse Guido Vildozo, analista da consultoria americana Global Insight. Com as vendas em apuros em mercados tradicionais, as empresas do setor estão despejando dinheiro no Brasil. A indústria automotiva deve atrair US$ 23 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos, elevando a capacidade total em 2,5 milhões de veículos, para 6 milhões Bicicletas Monark S.A.

CNPJ/MF 56.992.423/0001-90 - NIRE 35.300.021.93-2 Extrato de Ata de Assembléia Geral Extraordinária Data e Local - Aos 25/08/2008, às 15 horas, na sede social. Deliberação - Foi deliberado aprovar a venda do imóvel de propriedade da sociedade, situado na Rua Engenheiro Mesquita Sampaio nº 782 - São Paulo/SP, ao proponente que apresentou a melhor proposta financeira e, tão logo a transação seja concretizada, será informada ao mercado. Nada mais. Sylvio Marzagão - Presidente. JUCESP nº 296.831/08-6 em 08/09/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

próxima semana, também será liberado o 4º lote da restituição do Imposto de Renda, que soma R$ 1,2 bilhão. Além de conseguir reajuste salarial de 11%, os 32 mil metalúrgicos do ABC Paulista receberão um abono de R$ 46,4 milhões, a ser pago no dia 22. Essa conquista deve facilitar a negociação de outras categorias, como bancários e petro-

químicos. Pa r a o c o o r d e n a d o r d a Tendências Consultoria Integ r a d a , M á r c i o N a k a n e, o maior volume de dinheiro em circulação dificulta o trabalho do BC de esfriar a economia para segurar a inflação. Ou seja, terá de elevar os juros, caso queira manter afinadas as políticas monetária e fiscal. (AE)

de unidades por ano, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A General Motors espera investir cerca de US$ 3 bilhões nos próximos cinco anos. Para a companhia, o País se tornou o terceiro mercado mais importante, além de base importante de engenharia. A Ford, que já considerou sair do Brasil, planeja investir US$ 1,6 bilhão nos próximos quatro anos em desenvolvimento de produtos e aumento de capacidade. A Volkswagen vai investir cerca de US$ 1,86 bilhão até 2011 no País, onde vende mais carros do que na Alemanha. "Hoje, para nós, os dois países mais importantes são a China e o Brasil", disse Flávio Padovan, vice-presidente de vendas e marketing. (Reuters)

PREFEITURA MUNICIPAL DE CERQUEIRA CÉSAR

REPUBLICAÇÃO DE AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL Nº 007/2008 Motivo: Falta de proponente interessado na sessão pública. Objeto: Aquisição de 01 (um) veículo OK, tipo utilitário, 1.8 cilindros, direção hidráulica, bicombustível (flex), com capacidade de no mínimo 07 lugares. Vencimento: às 13:30 horas do dia 24 de setembro de 2008. Edital e informações: Setor de Licitações da Prefeitura Municipal de Cerqueira César, na Rua Profª Hilda Cunha, nº 58, Centro, Cerqueira César/SP. Fone/Fax: (14) 3714-7200 - Ramal 220. Prefeito Municipal.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 027/2008 - FAMESP PROCESSO Nº 296/2008 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 10 a 22 de setembro de 2008, das 08:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 027/2008 - FAMESP, PROCESSO Nº 296/2008 - FAMESP, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE ARMÁRIOS, CADEIRAS, MESAS, ETC, PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DO NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 23 de setembro de 2008, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 09 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor Presidente - FAMESP PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE COMUNICADO - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 040/2008 - PROCESSO LIC. Nº 041/2008 Objeto: registro de preço de órtese e prótese. Com referência à licitação supra, solicitamos observar que: Fica suspensa a abertura do edital que estava marcada para 10/09/08 as 14 :30 hs devido a retificação do edital e proposta de preço. Já fica designada a nova data de abertura para: ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 hs do dia 22 de setembro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 14:00 hs do dia 22 de setembro de 2008. A informação dos dados para acesso deve ser feita no e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br ou diretamente no site do Banco do Brasil: www.licitacoes-e.com.br. Araraquara, 9 de setembro de 2008 WAGNER DOS SANTOS TEDESCO - PREGOEIRO

Requerente: Lauro Alves do Nascimento - Requerido: Neatness Limpeza e Conservação Ltda. - Rua Cegonha, 74 - 2ª Vara de Falências Requerente: Gerdau Aços Longos S/A - Requerido: Treliaço Comércio de Produtos Siderúrgicos Ltda. Endereço: Nada Consta - 1ª Vara de Falências

Requerente: Trefilaço Trefilação de Aços Ltda. - Requerido: Treliaço Comércio de Produtos Siderúrgicos Ltda. - Endereço: Nada Consta - 1ª Vara de Falências Requerente: ZFAC Comercial Ltda. - Requerido: Alto Nível Comércio de Alimentos Ltda. - Rua Aguiar de Barros, 72 - térreo - 2ª Vara de Falências

Extravio de Livros Fiscais Maria de Lurdes Souza de Rodrigues-ME, CNPJ: 00.343.165/0001-66, IE: 114.239.154.114, declara terem sidos extraviados os livros fiscais: Mod. 6, Reg. Entradas de Mercadorias, Registro de Inventário.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

ÁTILA HOLDINGS S.A.

CNPJ/MF Nº 07.305.671/0001-00 - NIRE 35300329473 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, REALIZADA EM 19 DE AGOSTO DE 2008 1. DATA, HORÁRIO E LOCAL - Dia 19 de agosto de 2008, às 10:00 horas, na sede social, na Av. Luis Carlos Berrini, nº 1.297/1.307 na Capital do Estado de São Paulo. 2. CONVOCAÇÃO - Dispensada em virtude da presença da totalidade dos acionistas. 3. PRESENÇA - Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no livro “Presença de Acionistas”. 4. MESA DIRIGENTE – Alexandre Silva D’Ambrosio, Presidente e Otávio Carneiro de Rezende, Secretário. 5. DELIBERAÇÕES - a) Foi aprovada a alteração da sede social desta Companhia, localizada na Av. Luis Carlos Berrini, nº 1.297/1.307, no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, para Rua Amauri, nº 255, 12º andar, conjunto “C”, CEP: 01448-000, São Paulo/SP, bem como o artigo 3º do Estatuto Social, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 3º - A sociedade tem sua sede social e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Amauri, nº 255, 12º andar, conjunto “C”. b) Fica a Diretoria, na forma do Estatuto Social, autorizada a assinar toda a documentação necessária para a alteração do endereço da sede social acima deliberada, na devida ocasião. 6. ENCERRAMENTO - a) Em todas as deliberações deixaram de votar os legalmente impedidos; b) O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação; c) Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais acionistas presentes. (a.a.) Alexandre Silva D’Ambrosio, Presidente; Otávio Carneiro de Rezende, Secretário; p. Votorantim Investimentos Industriais S.A., Alexandre Silva D’Ambrosio e Luis Felipe Schiriak; p. Votorantim Investimentos Energia S.A., Alexandre Silva D’Ambrosio e Luis Felipe Schiriak, acionistas. São Paulo, 19 de agosto de 2008. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. SECRETARIA DA FAZENDA – JUCESP – JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CERTIDÃO – Certifico o Registro sob o nº 287.459/08-1 em 03.09.2008 (a) Cristiane da Silva F. Corrêa, Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 09 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

om a aceleração da transporte (9,6%), máquinas, p ro d u ç ã o i n d u s- aparelhos eletroeletrônicos e trial, o nível de em- de comunicações (11,6%) e prego cresceu 0,7% produtos químicos (11,1%). em julho em relação a junho, o Na direção contrária, as contrimaior aumento na evolução buições negativas mais signifimensal desde maio de 2004, cativas vieram das fábricas de quando a criação de emprego calçados e artigos de couro havia crescido 1%. Em relação (9,8%), vestuário (4,7%), têxtil a julho de 2007, o nível de ocu- (6,2%) e madeira (8,2%). pação aumentou 2,8%, com Mais dinheiro – O valor da uma seqüência de 25 resulta- folha de pagamento dos trabados positivos na comparação lhadores da indústria teve um anual. Até julho, o emprego in- reajuste real de 1,3% em julho dustrial acumula alta de 2,8% em comparação a junho, no no ano, e de 2,9% nos últimos terceiro mês consecutivo de 12 meses. aumento. Em relação a julho "A indústria mostrava esta- do ano passado, o resultado bilidade em patamar elevado também é positivo, com alta de no mercado 6,9%. Assim, de trabalho e, no acumulaagora, regisdo do ano de tra aceleração janeiro a juno emprego, A indústria mostrava lho, o valor da que responde estabilidade em patamar folha de paao ritmo mais gamento teve elevado no mercado de f o r t e d o s eexpansão de trabalho e, agora, registra 6,6% e, nos últor", afirmou a economista aceleração no emprego, timos 12 meIsabella Nu- que responde ao ritmo ses até julho, nes, da coor- mais forte do setor. de 6,4%. Para Isabella, o núdenação de Isabella Nunes, do IBGE mero de horas indústria do pagas em juInstituto Brasileiro de lho, com auGeografia e Estatística (IBGE). mento de 0,9% ante junho e de O número de vagas cresceu 2,7% em relação a igual mês do em 11 das 14 áreas pesquisadas ano passado, pode configurar em julho em relação a igual uma tendência de "aumento de mês do ano passado, com des- estoque de pessoal mais à frentaque para São Paulo (4,3%), te" – os dados dos próximos Minas Gerais (6,6%) e regiões meses poderão confirmar a Norte e Centro-Oeste (2,8%). perspectiva. Por outro lado, foram observaNo que diz respeito aos audas reduções em Pernambuco mentos na folha de pagamento (4,4%), Santa Catarina (1,1%) e real do setor, Isabella explicou região Nordeste (0,3%). que os segmentos que mais esNa mesma base de compara- tão contratando são também ção, o pessoal empregado au- os que pagam os maiores salámentou em 13 dos 18 setores da rios. Resultado: esse fator acaeconomia, especialmente em ba influenciando positivaindústrias de máquinas e equi- mente os dados da massa salapamentos (12,3%), meios de rial da indústria. (AE)

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/0576/08/05 OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE IMPRESSORA LASER E FORNECIMENTO DE TRANSFORMADOR DE ENERGIA PARA ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para o fornecimento e instalação de impressora laser e fornecimento de transformador de energia para Escolas da Rede Pública Estadual do Estado de São Paulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 10/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 23/09/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que achase aberta licitação para execução de Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1920/08/02 - EE. Peixoto Gomide - Av. Peixoto Gomide, 198 - Centro - Itapetininga/SP; EE. Prof Abilio Fontes Rua João Batista Macedo Mendes, s/nº - Vila Rosa - Itapetininga/SP - 120 - R$ 64.443,00 – R$ 6.444,00 – 09:30 – 26/09/2008. 05/1922/08/02 - EE. Profª Leonor Oliveira Martins - Est. Municipal Antonio Vichi, s/nº - Leites - Piedade/SP; EE. Prof Wilson Prestes Miramontes - Rua Levante Santucci, s/nº - Pq. Jatai – Votorantim/SP - 120 - R$ 61.850,00 – R$ 6.185,00 – 10:00 – 26/09/2008. 05/1923/08/02 - EE. Dr. Pereira de Mattos - Rua São Luís, 1.000 - Jd. Shangrila - Caçapava/SP; EE. Eng. Urbano Alves de Souza Pereira - Rua Antonio Rodrigues Miranda, 170 - Jd. Nely – Taubaté/SP; EE. Miguel Pistilli - Rua Miguel Pistilli (Dist Quiririm), 142 – Piracangaguá - Taubaté/SP - 120 - R$ 101.765,00 – R$ 10.176,00 – 10:30 – 26/09/2008. 05/1924/08/02 - EE. Prof. Cláudio Ribeiro da Silva - Pça. XV de Novembro, s/nº - Centro - Salto/SP - 90; EE. Prof. Acylino Amaral Gurgel - Rua Winston Churchyll, 490 - Pq. Bela Vista - Salto/SP - 120; EE. Profª Otília de Paula Leite Rua África, 51 - Jd. Elizabeth - Salto/SP - 120 - R$ 101.137,00 – R$ 10.113,00 – 11:00 – 26/09/2008. 05/1925/08/02 - EE. Prof. Abigail de Azevedo Grillo - Av. Dr. João Theodoro, 1.485 - Nho Quim - Piracicaba/SP; EE. Prof. Dr Joao Chiarini - Rua Jordão Martins, 280 - N. Sra. de Fátima - Piracicaba/SP; EE. Prof. José Martins de Toledo - Rua Cinco, s/nº - Artemis - Piracicaba/SP - 90 - R$ 76.414,00 – R$ 7.641,00 – 11:30 – 26/09/2008. 05/1926/08/02 - EE. João Pacheco de Almeida Prado - Rua Antonio Antoniassi, s/nº - Pouso Alegre Baixo - Jaú/SP; EE. Profª Lucia Sampaio Galvão - Rua Augusto Furia, 55 - Olaria - Jaú/SP - 90 - R$ 64.725,00 – R$ 6.472,00 – 14:00 – 26/09/2008. 05/1939/08/02 - EE. N. Sra. Navegantes - Rua Orlando Botelho Ribeiro, 2008 - Pq. Navegantes - Guarujá/SP; EE. Prof Lucas Nogueira Garcez - Av. das Mangueiras, s/nº - Praia Pernambuco - Guarujá/SP - 120 - R$ 74.085,00 – R$ 7.408,00 – 14:30 – 26/09/2008. 05/1983/08/02 - EE. Prof. Dr. Paulo Mangabeira Alvernaz - Rua Jair Jorge Bosco, 15 - Nova Aparecida - Campinas/ SP; EE. Rev. Prof. José Carlos Nogueira - Rua dos Ipês Amarelos, 111 - Boa Vista - Campinas/SP; EE. Prof. Luiz Gonzaga da Costa - Av. Amoreiras, s/nº - Viracopos - Campinas/SP - 120 - R$ 88.589,00 – R$ 8.858,00 – 15:00 – 26/ 09/2008. 05/1990/08/02 - EE. Prof. Suetônio Bittencourt Júnior - Praça Visconde de Ouro Preto, s/nº - Estuário - Santos/SP 150 - R$ 52.364,00 – R$ 5.236,00 – 15:30 – 26/09/2008. 05/2075/08/02 - EE. José Antonio de Mendonça - Rua São João, 112 - Centro - José Bonifácio/SP - 150 - R$ 34.302,00 – R$ 3.430,00 – 16:00 – 26/09/2008. 05/2082/08/02 - EE. Dagoberto Nogueira da Fonseca - Rua Padre de Conde, s/n - Vila Suarão - Itanhaém/SP; EE. Milton Martins Poitena - Rua Joaquim Pedro do Nascimento, s/n - Jd. Ivoty - Itanhaém/SP; EE. Dr. Reynaldo Kuntz Busch - Praça Guarani, 31 - Boqueirão - Praia Grande/SP - 120 - R$ 106.429,00 – R$ 10.642,00 – 16:30 – 26/09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – CEP 01046-001 – São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 10/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 25/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima - Presidente


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Congresso Planalto Justiça CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O envolvimento (do exaraponga) é grave e pode gerar a nulidade de todo o procedimento. Paula Sion, advogada

DEPOIMENTO COLOCA OPERAÇÃO EM XEQUE

Satiagraha: anulação de provas?

José Luís da Conceição/AE - 09.07.08

Defesa de Daniel Dantas contesta a confissão de araponga aposentado

O

engajamento de um araponga aposentado do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) no inquérito Satiagraha pode provocar a nulidade das principais provas que a Polícia Federal colheu durante a investigação sobre organização criminosa supostamente dirigida pelo banqueiro Daniel Dantas e pelo investidor Naji Nahas. A avaliação é dos advogados dos maiores alvos da polêmica missão desencadeada em 8 de julho. A partir do relato de Francisco Ambrósio do Nascimento, o ex-agente que admitiu ter colaborado com o delegado da PF Protógenes Queiroz – cérebro da Satiagraha –, alguns defensores já articulam recorrer à Justiça para pedir anulação de peças cruciais do caso, até mesmo os grampos telefônicos, alma de todo o inquérito. "É comportamento que transgride a lei e tem que ser apurado porque repercute intensamente na credibilidade da prova", declarou o criminalista Nélio Machado, advogado do controlador do Grupo Opportunity. "Talvez isso anule todas as escutas e o inquérito sem o grampo não vale nada. O Ministério Público, que se coloca como fiscal da lei, no mínimo tem que apurar a conduta

do delegado (Protógenes) e sua isenção, até mesmo com relação ao sigilo que impôs aos advogados. Não tivemos acesso a coisa alguma enquanto pessoa estranha à PF atuou como um dos bisbilhoteiros". Adriano Salles Vanni, advogado que compõe o bloco de defesa do grupo de Naji Nahas, sustenta que a participação do ex-tira do SNI carac-

teriza quebra de sigilo funcional. "Quem tem poder para investigar é a PF, logo um terceiro que não pertence aos seus quadros tomou conhecimento de dados protegidos pelo sigilo, inclusive da identidade de investigados. São vícios que contaminam toda a investigação, irregularidades insanáveis. Nem que o araponga fosse da ativa poderia participar

do inquérito". "Toda a operação está sendo questionada", disse Paula Sion, advogada do ex-prefeito Celso Pitta, também na mira da Satiagraha. "O envolvimento (do ex-araponga) é bastante grave e pode gerar a nulidade de todo o procedimento". Corregedoria – "O fato de alguém de fora dos quadros da PF ter auxiliado por si só não gera nulidade de provas, até porque todas as interceptações telefônicas foram produzidas com base em autorização judicial", rebate o procurador da República, Rodrigo de Grandis, acusador da Satiagraha. "A participação (de ex-araponga) deve ser resolvida no âmbito funcional, no nível de corregedoria da polícia, mas não acarreta nulidade. É diferente de uma prova produzida sem ordem judicial ". Grandis lembra que não é nova a informação sobre atuação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência no caso. O próprio delegado Protógenes, em depoimento à Justiça, admitiu que profissionais da Abin o auxiliaram. "Tem que ver o que ele (Ambrósio) realmente fez. Todos os fatos devem ser apurados de forma isenta, na forma da lei. Se houve quebra de sigilo funcional, quem tem que responder é quem propiciou que isso ocor-

Gilberto Kassab enfrenta a homofobia...

Thiago Queiroz/AE -18.07.08

resse. Se houve ilegalidade, deve ser objeto de investigação e punição". Ministros – Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consultados em caráter reservado pela 'Agência Estado' confirmaram que, se ficar provada a participação ativa de integrantes da Abin na Operação Satiagraha, os atos praticados por esses agentes poderão ser anulados, porque são considerados irregulares. Ou seja, se um araponga participou de interceptação telefônica autorizada judicialmente, o conteúdo, mesmo comprometedor, poderá ser descartado. Um dos ministros disse que, quando um juiz autoriza quebra de sigilo telefônico num inquérito penal, apenas a Polícia Federal, no âmbito da União, e a Civil, nos Estados, podem atuar como órgãos ativos de investigação criminal. Segundo esse ministro, jamais um

Nélio Machado, advogado do banqueiro, (acima, à esq.) refuta o trabalho do araponga Francisco Ambrósio do Nascimento, que confessou a 'colaboração' a pedido do delegado Protógenes Queiroz (à esquerda)

juiz pode autorizar um agente da Abin a fazer escuta telefônica. Ele lamentou o fato de que a eventual participação ativa de um agente da Abin tenha colocado em xeque a Operação Satiagraha. Há um entendimento pacífico, inclusive no STF, segundo a qual somente podem partici-

par de investigações criminais policiais civis e federais. Por causa exatamente dessas atribuições, as polícias Civil e Federal são consideradas as polícias judiciárias. Já a Abin é um órgão de inteligência e não deve se dedicar a investigações criminais, na avaliação de integrantes do STF. (AE)

Paulo Liebert/ AE

Prefeito é 'convidado' a assinar abaixo-assinado contra a lei de homofobia

D

epois de ouvir a pregação contra o homossexualismo do pastor Jorge Linhares, presidente do Conselho dos Pastores de Minas Gerais, e os pedidos do deputado estadual Waldir Agnelo (PTB), pastor da Igreja Quadrangular, para que os presentes à abertura da 7ª Expocristã assinassem um abaixo-assinad o c o n t r a o p ro j e t o d e l e i 122/06 que tramita no Senado e que "proíbe a livre manifestação dos evangélicos" contra os homossexuais, com penas de um até três anos de prisão, o prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) manifestou posição contrária a dos evangélicos. No culto que antecedeu a cerimônia de abertura da Expocristã, Jorge Linhares condenou o homossexualismo. "O homem não foi feito para ter outro homem montado nele. O único ser que tem relações sexuais de frente é o homem. Os animais é que têm relações por trás", defendeu o pastor de Belo Horizonte. Na manifestação contra o projeto que criminaliza a homofobia, o deputado e pastor Waldir Agnelo defendeu uma tomada de posição imediata dos evangélicos contra o avanço do homossexualismo. "O momento de tomarmos uma atitude é agora. Se essa atitude não for tomada agora pode ser tarde demais", argumentou. Diversidade sexual – Kassab não mencionou o assunto ao subir ao palco. Ele cantou o hino nacional acompanhado dos organizadores do evento e depois pediu aos pastores que orem pela cidade de São Paulo e por seu prefeito. Na saída, ao ser questionado sobre sua posição em relação ao convite, Kassab disse que não assinaria o abaixo-assinado e reafirmou sua posição em favor da diversidade sexual.

"A minha posição é a favor da diversidade sexual. Tenho em todos os momentos me manifestado como cidadão e como prefeito", disse o prefeito e candidato. Mera coincidência – Agnelo, cujo partido integra a base de apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin, concorrente de Kassab na disputa pela Prefeitura de São Paulo, disse que o lançamento do abaixo-assinado já estava programado. Segundo ele, os discursos e o lançamento do abaixo-assinado durante a visita do candidato à reeleição não tiveram a intenção de forçá-lo a apoiar a causa. Foram "mera coincidência".

M or d aç a – O PLC 122, de 2006, tramita no Senado. A redação propõe a criminalização da homofobia, prevendo a detenção de um a três anos "para quem for condenado por injúria ou intimidação ao expressar um ponto de vista moral, filosófico ou psicológico contrário ao dos homossexuais". A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende que o projeto fere a liberdade de expressão e impõe uma verdadeira lei da mordaça às religiões cristã, judaica e muçulmana que condenam a prática do homossexualismo em seus textos sagrados. (AOG)

Vereadora se defende: "Vários já levantaram suspeitas, isso já foi dito aqui mesmo várias vezes"

... e Soninha enfrenta a ira dos vereadores

Márcio Fernandes/AE

Candidata entrou no plenário escoltada por policiais; discursos rebateram acusações

A

Kassab na Expocristã: "Não assino. Sou a favor da diversidade sexual."

s acusações da vereadora e candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PPS, Soninha Francine, reverberaram pelos corredores da Câmara Municipal, que segundo ela costuma aprovar projetos em troca de cargos, favores e até de propina. Antes de ir a plenário, a candidata foi acuada na porta do banheiro feminino da Casa pela vereadora Claudete Alves (PT). "Você vai ter que provar!", gritou a vereadora, que ainda a acusou de perpetrar uma jogada eleitoral. A discussão terminou quando Soninha entrou no banheiro, amparada por três policiais militares. A candidata permaneceu mais de 20 minutos no banheiro e só voltou ao plenário escoltada por policiais que fazem parte do quadro de PMs da Casa. No púlpito, o clima era de resposta às acusações feitas pela candidata na sabatina do 'Grupo Estado' realizada na última sexta-feira – raiz do imbróglio na Casa.

Na ocasião, ela disse que parlamentares das casas legislativas brasileiras – entre elas a Câmara Municipal – votam a favor de um projeto "em função do que ficar combinado que eles receberão em troca". "No pior dos mundos, recebese dinheiro", declarou. O vereador Farhat (PTB) disse em seu discurso não acreditar que Soninha tenha "baixado o nível de sua campanha para levantar o Ibope". Gilson Barreto, do PSDB, foi ainda mais incisivo. "Eu precisei convencer alguém de maneira espúria para aprovar um projeto? E alguém aqui precisou de artimanhas para aprovar um projeto? É inconcebível", discursou. "Não podemos passar por tanto sacrifício, e um ou outro vem tentar enlamear essa Casa." Quando Carlos Apolinário (DEM) subiu ao púlpito, já no fim da sessão, Soninha pediu aparte. Apolinário discursava sobre o sistema de aprovação de projetos na Casa e emendou

em referência direta às profissões da candidata: "Alguém tem capacidade para ser jornalista, mas não para ser vereador. Alguém tem capacidade de ser comentarista de futebol, mas não para ser vereador." Soninha respondeu com críticas ao método da Casa, e reafirmou que a base para a aprovação de projetos é o acordo político, sem debates sobre a relevância dos temas. "A Casa funciona assim e não vai mudar", rebateu Apolinário. Explicações – Claudete Alves, pivô do bate-boca, disse que teve uma conversa "de mulher para mulher" com a candidata. "Ela acusou todo o contexto, e eu faço parte dele", explicou. Soninha, por sua vez, diz não entender por que a reação contra ela foi tão grande. "Parece que só eu não posso falar de indícios de negociações em torno de aprovação de projetos. Vários vereadores já levantaram suspeitas, isso já foi dito aqui mesmo várias vezes". (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Estilo Indústria

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O APELO AO EMOCIONAL, O CHAMADO SHOW OFF

Não dá para comparar com a Itália. Mas o País está se tornando um centro de excelência em design. Gustavo Chelles

Fotos: Divulgação

Lavadora de roupa da Samsung: projeto sofisticado para consumidores muito exigentes.

Refrigerador e fogão ganham novos visuais, enquanto o popular PopTank, da Mueller, com projeto assinado pela Chelles & Hayashi, fatura prêmio de design do Museu da Casa Brasileira

TV "Touch of Color" da Samsung: cor do gabinete muda de tonalidade conforme luz local

Kety Shapazian

S

e não podemos fugir das tarefas do dia-a-dia, que elas sejam feitas com eletrodomésticos coloridos, com design especial e super-arrojados. Fazer os clientes se sentirem recompensados por lavar uma camisa ou preparar o almoço é a missão de designers e fabricantes. A Electrolux tem cinco centros de design no mundo e um deles está no Paraná. Em Curitiba, são projetados os produtos a serem vendidos na América Latina. Deixar gregos e troianos satisfeitos está longe de ser uma tarefa fácil. Segundo Júlio Bertola, diretor geral do Centro de Design de Curitiba, as influências regionais são enormes e é impor-

Eletrodomésticos com grife Fabricantes investem em design e tecnologia para fazer os consumidores comprarem por puro prazer tante respeitar cada cultura. "É preciso um equilíbrio para agradar ao cosmopolita, ao regional e ao mercado como um todo. Tem de inovar, respeitando o consumidor." O fogão da Electrolux vendido na Argentina tem bandeja e grelha para os hermanos prepararem a parrilla. Nos Estados Unidos, os refrigeradores e freezers mais procurados são os "lado a lado". Na Europa, o comum é o freezer embaixo (bottom freezer). No Brasil, o módulo fica em cima da geladeira. "As dimensões também são

diferentes. Na Europa, os produtos são mais estreitos porque lá se vai ao supermercado diariamente. No Brasil, fazemos compras mensais e semanais. Além do mais, temos o hábito de congelar comida", afirma. Um dos fogões comercializados na Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra jamais faria sucesso no País – os botões de comando ficam atrás das bocas. "Aqui, seria um fracasso total!" A partir do momento em que a cozinha evoluiu do íntimo para o social, a empresa

com sua alça comprida pode fazer bonito numa recepção, se um dos convidados derrubar um canapé, obrigando a dona da casa a um rápido momento de limpeza. "Ao exibi-lo, a pessoa demonstra ser antenada e se sente recompensada por cumprir uma tarefa. Vira prazer porque apela ao emocional. Isso é show off". Tanquinho O primeiro projeto do estúdio Chelles & Hayashi foi a lavadora Nina, em 1995, para a Mueller. De lá para cá, a parceria entre Gustavo Chelles, Ro-

deu mais ênfase a produtos capazes de integrar o ambiente a outras partes da casa. "O refrigerador não pode mais fazer aquele barulho altíssimo para não atrapalhar quem está na sala depois de a parede entre os ambientes ter sido derrubada", diz o diretor. Até o sem graça aspirador de pó entrou na roda e virou uma peça "exibida" – a Electrolux chama esse tipo de produto, como oErgorapido, de show off. Disponível nas cores pink, damasco, grafite e champanhe, o aparelho cheio de estilo

SECRETARIA DE NEGÓCIOS JURÍDICOS EDITAL DE CITAÇÃO COM PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS PARA CONHECIMENTO DE TERCEIROS - PROC. Nº 583.53.2007.140324-9 - nº ordem 2637/2007. O DR. RANDOLFO FERRAZ DE CAMPOS, Juiz de Direito da DÉCIMA QUARTA Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital de São Paulo na forma da Lei, Faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dela conhecimento tiverem e interessar possa que perante este Juízo e Cartório respectivo, é promovida uma ação de Desapropriação requerida pela Municipalidade de São Paulo contra o Sr. Aldemir dos Santos, objetivando o imóvel localizado nesta Capital na Av. do Estado, nº 3.163, apartamento 236, contribuinte nº 002.034.0772-5. Aceito o preço oferecido pela Municipalidade, no valor de R$ 20.095,11, já depositado em 22-01-2008, foi pleiteado o levantamento de 100%, razão pela qual determinou o MM. Juiz a expedição do presente edital, com prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 34 do Decreto-lei nº 3.365/41, citando-se os interessados, contando o prazo da primeira publicação no I. O. E., após o que, sem impugnação referida quantia será levantada. São Paulo, 29 de agosto de 2008.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO ELETRÔNICO 299/2008-SMS.G, processo 2008-0.228.469-4, destinado ao registro de preços de MEDICAMENTOS ESSENCIAIS VII, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 25 de setembro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital. O edital e seus anexos poderão ser visualizados e/ou retirados pelos interessados, pelos sítios: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, www.comprasnet.gov.br.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 247/2008-SMS.G, processo 2008-0.197.931-1, destinado ao registro de preço de BOLSA PARA OSTOMA URINÁRIO ADULTO para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 03 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 300/2008-SMS.G, processo 2008-0.197.935-4, destinado ao registro de preços de FIO DE CATGUT SIMPLES, para a Seção Técnica de Estoque Central SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 07 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 293/2008-SMS.G, processo 2008-0.214.104-4, destinado ao registro de preços de SONDA DE ASPIRAÇÃO TRAQUEAL COM VÁLVULA E DRENO DE TÓRAX, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 10 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 267/2008-SMS.G, processo 2008-0.180.764-2, destinado ao registro de preços de BOTA DE UNNA E HIDROGEL, para a Seção Técnica de Estoque Central SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 15 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

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my Hayashi e a empresa catarinense cresceu e rendeu prêmios, alguns internacionais, como o Silver Award na categoria utensílios domésticos do International Design Excelence Awards (Idea). A empresa venceu com a lavadora SuperPop – em maio, o mesmo projeto levou ouro no Idea/Brasil, na primeira vez em que o concurso foi realizado fora de seu país de origem, os Estados Unidos. "O mercado para as classes C e D é c o m p l icado porque exist e m m u itos fabricantes e uma guerra de preços. A Mueller quis agregar valor à marca porque, depois do preço, o consumidor considera o design", afirma Chelles, designer de produto e engenheiro. Segundo ele, o mercado não valorizava artigos com desenho diferenciado porque pensa: "a pessoa é de baixa renda e qualquer coisa serve". Outro eletrodoméstico da Mueller com projeto assinado pela Chelles & Hayashi, a PopTank (ganhador do Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira), era exibido ao lado das lavadoras automáticas. Isso irritou a Mueller. A empresa queria ver a PopTank, um campeão de vendas, disputando clientes com outros produtos da mesma faixa de preço. "Não dá para comparar com a Itália. Mas o País está se tornando um centro de excelência em design", declara Chelles. Tem consumidora querendo levar a lavadora de roupas K4, da Samsung, para a sala de estar. E colocá-la ao lado da TV da linha 650 com design "Touch of Color" – a cor do gabinete muda de tonalidade de acordo com a iluminação do ambiente. O diretor da divisão de eletrônicos de consumo, Eduardo Mello, se diverte com a idéia. "O projeto da máquina é sofisticado porque os consumidores estão mais exigentes." As cores chegaram para ficar. O executivo cita o preto brilhante (black piano), usado numa impressora e num refrigerador da marca. "Foi um grande sucesso no mundo inteiro. A concorrência copiou", afirma. Transformar uma impressora num artigo quase de decoração – e levar o consumidor a gastar dinheiro não por necessidade, mas por prazer – é o desejo dos fabricantes .

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Carlos Vaca/Reuters

Internacional Opositores ao governo do presidente Morales entram em confronto com soldados em Santa Cruz, um dos cinco departamentos (estados) que reivindicam maior autonomia

Bolivianos tentam fechar torneira de gás ao Brasil

AFP - 25.09.07

Manifestantes invadem estação de gás, mas fornecimento não foi interrompido

D Bush anunciou a retirada de apenas 8 mil dos 146 mil soldados norte-americanos no Iraque

PLANO DE RETIRADA

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presidente dos E U A , G e o rg e W. Bush, anunciou ontem que planeja retirar 8 mil tropas do Iraque até fevereiro de 2009, por causa da melhoria na segurança na região. Em contrapartida, 4,5 mil soldados devem ser enviados ao Afeganistão, refletindo a crescente instabilidade no país. A decisão de retirar as forças do Iraque, considerada tímida demais pelo Partido Democrata, deve deixar a decisão sobre a saída definitiva ao sucessor de Bush. O líder norte-americano disse que a queda na violência verificada no Iraque permitiria aos EUA enviar soldados ao Afeganistão, onde

haveria "imensos desafios". "Apesar de todo o bom trabalho que realizamos naquele país, está claro que precisamos nos esforçar mais", afirmou Bush, em discurso na Universidade de Defesa Nacional. "Conforme aprendemos no Iraque, a melhor forma de restabelecer a confiança da população é retomar a segurança básica - e isso exige mais soldados." Bush admitiu que mais tropas podem ser retiradas, caso as condições melhorem. Há 146 mil soldados dos EUA no Iraque. Mas essa decisão será tomada pelo seu sucessor - o republicano John McCain ou o democrata Barack Obama. Bush deixa o cargo em janeiro, após

as eleições de 4 de novembro. Obama, que prometeu retirar os soldados do Iraque nos primeiros 16 meses de seu mandato, disse que os planos de Bush demorariam demais para levar mais militares ao Afeganistão. Por sua vez, McCain disse que o anúncio de Bush "mostra o que o sucesso de nossos esforços pode parecer". O senador pelo Arizona também se disse favorável à ampliação das tropas no Afeganistão, e aproveitou para atacar o democrata: "O senador Obama acredita que precisamos perder no Iraque para vencer no Afeganistão." Obama pediu o envio de mais 7 mil soldados para enfrentar o Talibã. McCain sugere o envio de menos homens. (Agências)

A

Reforma - A invasão à estação de gás ocorreu poucas horas depois que Morales anunciou uma grande reforma ministerial. Três ministros foram substituídos e outros dois trocaram de pasta. Entre os afetados está o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, substituído pelo dirigente da situação Saúl Avalos. Villegas voltou à pasta de Planejamento do Desenvolvimento. As mudanças devem pavimentar o caminho para o "Plano Estratégico de Desenvolvimento" que Morales afirma será feito em colaboração entre o governo federal, os governadores dos departamentos, prefeitos e sindicatos. As mudanças foram vistas como uma tentativa do presidente boliviano em dialogar com os cinco governadores. No Brasil, a esperança é que não falte gás para a seleção brasileira, que joga hoje contra a Bolívia, no Rio de Janeiro, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2010. (Agências)

s 60 anos de fundação da Coréia do Norte foram comemorados com uma enorme parada militar ontem. O fato mais intrigante, porém, foi a ausência do presidente norte-coreano, Kim Jong-il. O serviço secreto dos EUA afirmou haver motivos para acreditar que o recluso líder tenha adoecido, e citou a

possibilidade de Kim ter sofrido um derrame. O estado de saúde de Kim é um dos segredos mais bem guardados da primeira dinastia comunista do mundo. O líder de 66 anos não é visto em público há quase um mês. Até agora, Kim não deu nenhum sinal sobre um possível sucessor. (Agências)

Reuters

AFP

Palin vira referência de moda entre os japoneses, que correm para comprar óculos similares

Chiquié acrescentou que uma informação preliminar dos operadores do gasoduto indicou que as exportações para Argentina e Brasil "não sofreram alteração". O Ministério de Minas e Energia do Brasil informou que está monitorando a crise boliviana, mas que até o momento o fornecimento de gás da Bolívia está normal. A tentativa de sabotagem ao fornecimento de gás para o Brasil coincidiu com uma onda de invasões de prédios públicos nos cinco departamentos dominados pela oposição no leste da Bolívia. As cinco regiões iniciaram processos de autonomia, em meio a uma tentativa de reforma constitucional por Morales. Outros grupos militantes bloquearam as rodovias no leste da Bolívia, parando caminhões que transportavam gás liquefeito de petróleo e diesel. Com os protestos, houve desabastecimento de combustíveis e gás de cozinha em algumas regiões do país.

Onde está Kim? O

Palin adota órfãs de Hillary indicação de Sarah Palin como vicepresidente ajudou o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, a disparar na preferência das eleitoras brancas, segundo pesquisa Washington Post/ABC News divulgada ontem. Antes das convenções partidárias e da indicação de Palin, no final de agosto, Obama liderava por oito pontos percentuais (50% a 42%) entre as eleitoras brancas. Agora, o republicano está 12 pontos à frente (53% contra 41%). A conservadora Palin, 44 anos, até então a desconhecida governadora do Alasca, foi muito elogiada no seu discurso na convenção republicana da semana passada, quando ridicularizou a atuação e experiência de Obama. O democrata se tornou candidato da oposição depois de vencer as eleições primárias contra a ex-primeira-dama Hillary Clinton, um resultado que frustrou muitos eleitores dela, especialmente mulheres. A insatisfação dos simpatizantes de Hillary cresceu pelo fato de a senadora não ter sido escolhida como candidata a vice do Partido Democrata, preterida pelo veterano senador Joe Biden. (Reuters)

epois de promover bloqueios nas rodovias, militantes opositores ao governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, invadiram ontem uma planta de distribuição de gás natural em Villamontes, ao sudeste de La Paz, ameaçando cortar as exportações ao Brasil. Apesar dos distúrbios, a distribuidora franco-brasileira de gás Transierra e o governo brasileiro afirmaram que o fornecimento de gás ao País não sofreu redução. Um executivo da Transierra, Jorge Boland, disse que a invasão da unidade em Villamontes não afeta o abastecimento de gás ao Brasil, que depende do suprimento boliviano para abastecer indústrias e residências em São Paulo. "Os manifestantes não conseguiram fechar as válvulas. Acredito que se deram conta que isso poderia ser um risco às suas próprias vidas", disse Leonardo Chiquié, diretor-jurídico da Superintendência de Hidrocarbonetos da Bolívia.

Eu uso óculos!

A

candidata a vice-presidente dos Estados Unidos pela chapa republicana, Sarah Palin, cativou o público não só com o poder de oratória, mas pelo estilo de vestir. Seus óculos de titânio viraram moda no Japão, onde são fabricados pela Masunaga Optical Manufacturing. A empresa comemora o aumento de vendas do modelo, desenhado por Kazuo Kawasaki. O recluso ditador foi a grande ausência nas comemorações do aniversário de fundação da Coréia do Norte


Ano 84 - Nº 22.705

CUÍCA-DE-QUATRO-OLHOS Philander frenatus As duas manchas claras sobre os olhos são responsáveis pelo nome popular da espécie, que tem hábitos noturnos e solitários e foi registrada na zona norte da Cidade.

Conclusão: 23h45

Jornal do empreendedor

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R$ 1,40

São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

- 4,5% IBOVESPA Foi o 3º maior tombo de 2008. De 20 de maio, o pico mais alto, até ontem, Ibovespa já caiu 34%.

US$ 1 =

R$ 1,772 A alta de 2,07% elevou o dólar ao patamar de 30/1. E o preço do petróleo voltou ao nível de abril Economia 4

Retrato do mercado global ontem. Socorro dos EUA às agências hipotecárias não parece ser a solução.

Investidores estrangeiros em fuga, o valor das empresas listadas na Bovespa caiu do US$ 1trilhão

Chip East/Reuters

Ernesto Rodrigues/AE

MAS NEM TUDO É PESSIMISMO (ABAIXO DA DOBRA)

CONFIANÇA DO CONSUMIDOR CONTINUA ALTA Economia 1

Carlos Hugo Vaca/Reuters

Andrei Bonamin/LUZ

Bolívia: oposição sabota distribuição de gás para o Brasil

A tragédia de dois garotos por trás desta porta

Manifestantes invadem estação de gás, mas não conseguem bloquear fornecimento. Nas ruas, adversários de Morales desafiam a polícia. Pág. 9

Os irmãos João Vitor, 13 anos, e Igor, 12, foram mortos pela madrasta, e esquartejados, depois de rejeitados pela mãe ainda pequenos. Reportagem, C 1

HOJE AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 15º C.

Luís Fabiano quer invadir gol da Bolívia Seleção confiante para jogo de hoje. O treino em Logo, pág. 8, e em www.dcomercio.com.br

Wilton Jr./AE

Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 14º C.


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

1 A região Sudeste é a que apresenta maior confiança, com 150 pontos, em 200 possíveis.

Continua alta a confiança na economia

Fotos: Brígida Rodrigues/ e- Sim

Thaís Mattos se prepara para conseguir um emprego temporário

Pesquisa mensal da Associação Comercial de São Paulo e do Instituto Ipsos indica que a confiança do brasileiro em agosto estava em 139 pontos, mesma faixa de avaliação desde maio deste ano. Mário Tonocchi

O Hora de treinar o temporário Alshop faz parceria com shopping center para cursos de qualificação Paula Cunha

C

om a proximidade do Natal, a data mais importante para o varejo, os shopping centers e o comércio de rua estão se preparando para a contratação e o treinamento de funcionários temporários. A Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) aumentou o número de cursos rápidos oferecidos pelo Treinashop, departamento criado especialmente para a qualificação. O Sindicato dos Comerciários de São Paulo estima que o comércio paulistano deverá contratar de 25 mil a 30 mil funcionários temporários para o final do ano. A expectativa é de que até 10% desse total obtenha efetivação. Em 2007, foram 15 mil temporários e a efetivação após o fim do contrato oscilou entre 5% e 10%. A gerente do Treinashop, Elisete Hid, diz que o programa capacitou 146 mil pessoas nos últimos seis anos. Em 2008, já foram treinadas 287 turmas e a expectativa é de encerrar o ano com número superior às 307 do ano passado. São 17 os profissionais responsáveis pelos cursos e seleção de candidatos. A equipe espera oferecer funcionários capacitados em diversas áreas e em condições de se transformar em efetivos após o fim do ano. Elisete lembra que 90% das vagas são preenchidas nessa época. Segundo a gerente, os lojistas e diretores dos shoppings estão conscientes da necessidade de constante atualização do pessoal em razão do crescimento da concorrência. Os cursos mais procurados são os de gestão e atendimento. Atualmente, a carência

maior é na área de vitrinistas. A Alshop oferece um curso rápido de 12 dias de montagem de vitrines. Para outras áreas, como praça de alimentação, a entidade firmou parcerias com Roberto Martins Figueiredo, o Doutor Bactéria do programa Fantástico da Rede Globo, e com o designer Luís Travassos, que dará informações sobre tendências do visual das lojas. São oferecidos também serviços de consultoria personalizada após o treinamento, com o objetivo de esclarecer dúvidas de lojistas e funcionários. Informações podem ser obtidas no site da Alshop ( www.alshop.com.br.). Na prática – Um exemplo de investimento em qualificação é o do Shopping Taboão, em Taboão da Serra, Grande São Paulo. O centro criou um programa de capacitação destinado a jovens da região com a meta de contratar, até o final do ano, 2 mil funcionários. Além da Alshop, o programa fez parceria com a prefeitura de Taboão, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que encaminha candidatos ao primeiro emprego e desempregados. No curso para vendedores, a instrutora Maria Hele-

na Magalhães ensina técnicas de abordagem dos consumidores, de venda e de est ra t é g i a d e n e g o c i a ç ã o. Segundo ela, as simulações de situações do dia-a-dia ajudam os alunos a entender a rotina do atendimento. Um dos exercícios consiste em simular uma compra, com comentários sobre os erros e acertos na abordagem e na conversa com os clientes. "Com os exercícios, estimulamos a confiança", diz. A aluna Thaís Mattos tem grandes esperanças de utilizar os conhecimentos adquiridos para obter uma vaga no Shopping Taboão. Ela diz que conheceu o curso através da prefeitura e viu nele uma oportunidade de encontrar trabalho na área em que já tem experiência. Aos 28 anos, formada em Recursos Humanos, ela conta que o curso ensina o vendedor a estimular o cliente a voltar à loja. "Acho que a profissão de vendedor é importante e tenho planos de alcançar o posto de gerente." O Sindicato dos Comerciários oferece cursos vocacionais para jovens, treinamento permanente em informática e cursos de práticas de vendas e de neurolingüística durante todo o ano.

Curso em Taboão da Serra em parceria com a prefeitura

Masao Goto Filho/ e-Sim

A segurança no emprego, maior responsável pela confiança do brasileiro nos últimos meses, continuou se refletindo nessa última pesquisa. Alencar Burti, da ACSP

pouco menos à vontade para comprar produtos desse segmento. Em julho, a pesquisa mostrou 45% na faixa dos confiantes e 36% na dos menos confiantes para comprar. Em maio, o registro havia sido de 44% confiantes e 29% um pouco menos. Panorama – O INC é o resultado de mil entrevistas realizadas mensalmente em 70 cida-

des de todo o País, incluindo nove regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza). O levantamento de dados é feito nos domicílios. A margem de erro é de três pontos percentuais com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram feitas entre 23 e 29 de agosto.

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Índice Nacional de Confiança (INC), – indicador mensal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e do Instituto Ipsos para medir a avaliação do brasileiro sobre a economia nacional, registrou 139 pontos em agosto. De acordo com o levantamento, o comportamento do brasileiro mantém-se estável e otimista desde maio deste ano, oscilando dentro da margem de erro. O INC vai de 0 a 200 pontos. Acima de 100, o índice indica otimismo e pessimismo abaixo desse número. Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, a segurança no emprego, maior responsável pela confiança do brasileiro nos últimos meses, continuOU se refletindo nesta última pesquisa. Dentro da estabilidade dos últimos quatro meses, o nível de confiança no mês passado registrou oscilação positiva em relação ao de igual mês do ano passado, quando chegou a 126 pontos. Segundo o levantamento, a região Sudeste teve o registro mais otimista no mês, com 150 pontos. As regiões Norte e Centro-Oeste, que em julho apresentaram 158 pontos, em agosto caíram para 146. Já a região Nordeste registrou elevação para 135 pontos, acima dos 126 pontos de julho. Moradores da região Sul são os menos otimistas, com 107 pontos. Nas cidades do interior, agosto teve a maior alta na confiança dos moradores desde abril, com média de 142 pontos. Nas regiões metropolitanas o índice foi ligeiramente inferior no mês passado, com 136 pontos mas, ainda assim, maior que o registrado nas capitais, onde chegou a 134 pontos, na média. A alta nos preços dos alimentos pode ser a explicação para a menor confiança dos moradores das capitais e regiões metropolitanas. Com a segurança de que deve manter o emprego pelo menos nos próximos seis meses, os brasileiros ainda estão animados para fazer compras de eletrodomésticos. A pesquisa de agosto aponta que 48% estão muito mais à vontade ou um pouco mais à vontade para comprar eletrodomésticos, ante 45% que se mostraram muito menos à vontade ou um


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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COMÉRCIO

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008


C idades As crianças que DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

ninguém queria Ricardo Trida/Diário do Grande ABC

1

Andrei Bonamin/Luz

A casa onde moravam os dois irmãos está com suas paredes pichadas com frases de protesto.

Apesar de integrar a Grande São Paulo, Ribeirão Pires até parece cidade de interior. Mas o assassinato e esquartejamento dos irmãos João Vitor, de 13 anos, e Igor Giovani, de 12, mudou a rotina local. Seus habitantes tentam entender o que aconteceu no dia 5, quando lixeiros encontram um pé humano em um saco. Em seguida, outros sacos e outros pedaços de corpos. Os irmãos, rejeitados pela mãe, pelo pai e pela madrasta, estavam mortos. Andrei Bonamin/Luz

Ricardo Osman

N

a soleira da porta de entrada da casa foram deixadas três rosas vermelhas. As paredes marrons estão pichadas e um lacre avisa que o delegado Ailton Moraes Muniz interditou aquela residência no sábado, dia 6 de setembro. A companhia de água, ignorando o que ali se passou, enviou a conta, fincada no vão da porta. A casa, nos fundos de uma vila da rua Cândido Mota, em Ribeirão Pires, município da Grande São Paulo, é o local da tragédia que todos tentam entender como pôde acontecer. Ali foram mortos, na sexta-feira, dia 5, pela madrasta, e possivelmente, pelo pai, dois irmãos, João Vitor dos Santos Rodrigues, que tinha 13 anos, e Igor Giovani Santos Rodrigues, de 12 anos. Eram crianças que ninguém queria. A madrasta, a mineira Eliane Aparecida Antunes Rodrigues, de 36 anos, confessou o crime, descreveu como asfixiou as crianças e diz que agiu coagida pelo pai dos garotos, o paulista João Alexandre Rodrigues, de 40 anos, vigia noturno de uma empresa de São Bernardo do Campo. Ambos estão presos na delegacia de Ribeirão Pires. “O pai ainda não confessou”, diz o delegado responsável pelo caso, Luiz Carlos dos Santos. “Mas também não esboça nenhuma reação, nem de raiva.” Hostilidades – O caso chama atenção pela semelhança com o da menina Isabella Nardoni. Eliane e João Alexandre moravam juntos (e com as crianças) há pelo menos quatro anos, segundo vizinhos. Aparentemente, levavam uma vida normal. Eliane gostava de ir ao salão de cabeleireiro bem em frente à vila e falar de coisas banais. João, nos dias de folga, costumava lavar seu Gol. Não eram vistos brigando um com o outro. O que era notório na comunidade e no Conselho Tutelar do município eram as hostilidades de Eliane contra as crianças. “Há poucas semanas, ouvi ela dizer, novamente, que os garotos não iriam estragar seu casamento”, disse uma moradora da rua Cândido Mota. A mãe dos irmãos, Claudia Lopes dos Santos, os rejeitou cedo, segundo as investigações, alegando não ter condições de criá-los. Os irmãos foram morar na casa do pai e da madrasta. Mas lá não foram bem-vindos. No final de 2006, por decisão da Vara da Infância e da Juventude, seguiram para um abrigo em Ribeirão Pires. Lá ficaram por todo o ano de 2007. “Eles se negavam a sair do abrigo”, conta hoje o delegado. Mas em janeiro deste ano, por decisão da Vara da Infância e da Juventude, onde o processo dos irmãos corria, e a partir de relatórios de psicólogos, os garotos foram enviados para a casa do pai e da madrasta. O drama – Começa aí a crônica de duas mortes anunciadas. Na quarta-feira, 4 de setembro, eles experimentaram mais um drama: a madrasta colocou-os para fora de casa e, segundo disseram, lhes teria dado dinheiro para que fossem para bem longe, talvez para São Paulo. João Vitor e Igor não ultrapassaram os limites da cidade. Guardascivis encontraram os dois vagando, à noite, pelas ruas e os levaram à delegacia. Foi aberto um Boletim de Ocorrência contra Eliane e o pai por “abandono de incapaz”.

Ricardo Trida/Diário do Grande ABC

Ricardo Bakker/AOG

Igor e João Vitor (acima), assassinados, esquartejados e jogados no lixo. Acima, à direita, a casa pichada. Ao lado, de camisa azul, João Alexandre, o pai, e Eliane Aparecida, a madrasta.

O pai ainda não confessou. Mas também não esboça nenhuma reação, nem de raiva. Luiz Carlos dos Santos, delegado que cuida do caso em Ribeirão Pires

É difícil julgar a decisão da conselheira, mas causa estranheza o fato de ela ter se baseado em pareceres de janeiro deste ano. Idem

A Conselheira Tutelar da cidade, Edna Aparecida, foi chamada à delegacia. Ela já conhecia a história dos garotos, que, nesse momento, pediam para seguir para o abrigo e não de volta para casa, conforme consta no boletim. Mas a conselheira tomou outra decisão. Tudo foi registrado na polícia: “Na versão dos menores, o pai de ambos é omisso em relação às atitudes da madrasta, apoiando-a em tudo, (mas) acrescentam que não foram agredidos neste dia. Foram entregues à Conselheira Tutelar do município, Edna Aparecida, a qual deliberou por devolver as crianças ao casal de indiciados, apesar de ambos (os meninos) demonstrarem desejo de ir para um abrigo...” À noite, os irmãos foram deixados de volta na casa da vila. “É difícil julgar a decisão da conselheira, mas causa estranheza o fato de ela ter se baseado em pareceres de janeiro deste ano”, diz o delegado Santos. Na cidade, alguns defendem uma discussão severa sobre a atuação do Conselho Tutelar de Ribeirão Pires. É o caso de Cristina França, de 35 anos, moradora da cidade, que se diz integrante da Pastoral da Criança. “O Conselho mostrou, neste caso, que não funciona.” Advogado – “Ainda vi Eliane na quinta-feira dizendo que iria procurar um advogado para se defender”, conta sua cabe-

leireira, que preferiu não se identificar. Da vida de Eliane, pouco se sabe na cidade. Tem um filho de 20 anos, que o delegado Santos vai ouvir no inquérito, e trabalhou até recentemente como ajudante de cozinha em uma empresa de Ribeirão Pires. Já João Alexandre tem irmã e pais na cidade, onde nasceu e cresceu, completando apenas o segundo grau. Lixo – Os irmãos eram inseparáveis. Iam todos os dias juntos para a escola estadual Dom José Gaspar, localizada no fim da rua Cândido Mota, onde estudavam. Perderam no último ano o gosto de soltar pipa e a alegria no rosto, segundo colegas. A tragédia abalou o colégio. Os alunos fixaram cartazes nas paredes da entrada, lamentando as mortes e clamando por Justiça. O crime foi descoberto na noite de sextafeira, dia 5, por lixeiros que encontraram um pé em um saco de lixo deixado na entrada da vila. Em outros sacos, estavam partes dos corpos dos dois garotos. Depois de asfixiados, foram esquartejados nos fundos da casa de paredes marrons, hoje pichadas por vizinhos revoltados. Um pichador fez uma defesa tardia dos irmãos: “Eles não pediram para nascer”, escreveu no muro da frente da vila. Os corpos de João Vitor e Igor Giovani serão ainda sepultados. O delegado aguarda a conclusão de novos exames.

A INDIGNAÇÃO /Luz

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Na escola onde João Vitor e Igor Giovani estudavam o clima é de revolta e tristeza. Seus colegas tentam compreender o que aconteceu com os dois meninos. Sem respostas, decidiram protestar por meio de cartazes espalhados pelas paredes, nos quais pedem justiça (foto à esq.). Na foto abaixo, flores deixadas junto à porta da casa onde moravam e onde foram assassinados, esquartejados e jogados no lixo.

A

Andrei Bonamin/Luz

AS ARMAS Anderson Prado/AOG

A MÃE Ricardo Bakker/AOG Ricardo Trida/Diário do Grande ABC

Depois de asfixiados, os meninos João Vitor e Igor Giovani foram esquartejados e jogados no lixo. Acima, a faca utilizada pelos assassinos. Na foto à esquerda, uma foice e uma pá usadas para cortar os corpos das duas crianças.

Claudia Lopes dos Santos, mãe dos irmãos João Vitor e Igor Giovani, rejeitou os meninos muito cedo, segundo as investigações. Ela alegou não ter condições financeiras para criá-los. As crianças, então, foram morar na casa do pai e da madrasta. Mas lá não foram bem-vindas. Foram assassinadas.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um reforço aos não transgênicos

Nacional Finanças Indústria Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

24

MAIS EFICIÊNCIA, MENOS MATÉRIAS-PRIMAS

Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

A

Patrícia Büll

pelo marketing da empresa no Brasil, a vantagem é que, além de diminuir a quantidade de uem nunca se sur- matéria-prima, o engarrafap re e n d e u c o m a s dor utiliza as mesmas máquigarrafas plásticas nas que já possui – o que muda q u e s u rg e m a p ó s é o equipamento do processo inundações, ou com a quanti- de sopro para a moldagem. Outro que buscou na redudade de resíduos que invadem diariamente os aterros sanitá- ção de tamanho da embalagem rios das grandes cidades? Pois a saída para a economia de maa indústria de alimentos, bebi- téria-prima foi a Closure Sysdas e embalagens parece estar tems International (CSI), antidespertando para a sua res- ga divisão de tampas da Alcoa, empresa que fornece tampas ponsabilidade nesse cenário. As empresas estão cami- plásticas com rosca para 50% nhando para buscar soluções das indústrias de bebidas no que, se não podem eliminar, ao País. A empresa apresentou a menos minimizam esses efei- Extra lok mini, uma tampa tos sobre o meio ambiente. mais baixa que a tradicional, Garrafas pet que economizam que proporciona uma econoaté 40% de resina e tampas mia de 1,5 grama de matériaplásticas com redução de 25% prima no gargalo da pet. "Emno uso de matéria-prima fo- bora pareça pouco, esse voluram alguns dos lançamentos me representa muito em escala apresentados durante a feira industrial", afirma Rodolfo Expo IS, Food Tech e Tecno Be- Haenni, responsável pelo marketing da CSI para a bida, que acontece América do Sul. até amanhã no Segundo ele, o Transamérica Expo, de sen vo lvi men to em São Paulo. da nova tampa le"Cada vez mais as vou um ano de estuempresas estão inodos e foi resultado vando para que o da demanda de um processo de seus cliente da empresa produtos cause o no México. No Bramínimo de impacto sil, o lançamento foi no meio ambiente", feito durante a feira afirma Lígia AmoMarta: menos e Haenni acredita rim, diretora-geral da Nielsen Business matéria-prima sem que, a partir de agoMidia, empresa res- grandes alterações ra, a substituição de ponsável pela reali- nos equipamentos. um modelo pelo outro se tornará uma zação da mostra. Neste ano, 133 marcas partici- tendência. "A migração total pam do evento, um crescimen- da tampa tradicional para a to de 15% em relação ao ano mini deverá levar um período passado. "A expansão do con- médio de cinco anos", afirma. Fazer para crer – A Nilsen sumo de alimentos tem reflexo direto na feira. Os visitantes Business Media passou a adobuscam aqui não apenas solu- tar a reciclagem de todo o lixo ções modernas para seus pro- gerado durante a montagem, cessos, mas alternativas para realização e desmontagem dos que o faturamento também au- eventos que produz. A primeimente", explica Lígia. Para ra experiência, realizada em atender a esse cliente, a Sidel, maio, gerou 4.678 toneladas de empresa que fornece equipa- resíduos, o que garantiu o susmentos e máquinas para en- tento de cerca de 70 famílias. garrafamento de líquidos e ali- De acordo com a diretora da mentos, apresentou a NoBot- Nielsen, os resíduos foram retle, garrafa plástica ultraleve, sultado de quatro dias de monde 9,9 gramas para 500 milili- tagem, três dias de evento e tros, que promete economia de dois de desmontagem. Serviço – Expo IS, Food Tech e até 40% na quantidade de resina utilizada para a fabricação Tecno Bebida. Local: Transamérida embalagem. De acordo com ca Expo Center, até 11 de setemMarta Ferreira, responsável bro, das 12 horas às 19 horas.

Novas formas de produção e matérias-primas mais eficientes são apresentadas em feira de alimentos e bebidas

A NoBottle, garrafa plástica ultraleve, garante economia de até 40% na quantidade de resina utilizada.

Inovação em rosca

U

ma empresa que adquire mil tampas plásticas vai utilizar menos 15 quilos de matéria-prima para a fabricação dessa mesma quantidade com o novo formato. Financeiramente, isso significa uma economia de US$ 2 mil por tonelada de pet.

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milhões de toneladas de soja não transgênica devem ser produzidas, no Brasil, neste ano.

Indústria busca meios para Q reduzir impacto

Adriana David Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), fundada pelas empresas Caramuru Alimentos, Grupo André Maggi, Brejeiro, Imcopa e Vanguarda há 20 dias, em Foz do Iguaçu (PR), pretende mostrar ao mercado internacional que está preparada para atender a demanda. Em outubro, seus representantes irão para a Europa divulgar os atributos produtiv o s , a mPaulo Pampolin/Hype bientais e sociais a varejistas, p ro du to re s de queijos, ração, suínos e companhias de trading da Borges, Bélgica, presidente da França, Inentidade, vai glaterra e premiar os A le m an ha . produtores que aderirem à idéia. " En q ua nt o o mercado estiver interessado em não transgênicos, também estaremos. Não é nada ideológico. O mercado é soberano", afirma César Borges de Sousa, presidente da associação e vice-presidente do Conselho de Administração da Caramuru. Segundo Johnny Dreschner, executivo da Imcopa e vicepresidente da Abrange, as estimativas são de que o mercado mundial demande 20% de soja não transgênica. A produção brasileira do grão neste ano deve ser próxima de 60 milhões de toneladas e a expectativa é de que 24 milhões sejam de soja não transgênica, sendo que 6 a 8 milhões de toneladas pertencem ao grupo da Abrange. Os produtores que aderirem à produção de não transgênicos receberão uma bonificação em dinheiro, um prêmio da Abrange, mas o valor não foi divulgado.

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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Helcio Toth/Hype

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pátio de estacionamento de aeronaves no Campo de Marte passará de 22 para 27 posições.

NOVO HELIPONTO SERÁ CONSTRUÍDO

Até 2011, novos ares ao Campo de Marte Aeroporto responsável pela aviação executiva passará por reforma completa de suas instalações, para acomodar o movimento cada vez maior de aeronaves. Divulgação/Infraero

Rejane Tamoto

O

quinto aeroporto com o maior número de pousos e decolagens do País, o Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da Capital, passará por uma reforma de revitalização. Nos últimos três anos, o terminal da aviação executiva teve o seu movimento aumentado não só por jatos executivos nacionais e internacionais – cada vez maiores – como também por helicópteros, que respondem hoje por 70% do movimento de pousos e decolagens. "Eu fiz uma pesquisa com as empresas que vendem helicópteros e descobri que existem encomendas de 82 aeronaves para os próximos cinco anos. São Paulo é a primeira cidade do mundo em movimento de helicópteros e já passou Nova York e Tóquio ", disse o superintendente do Aeroporto Campo de Marte, Alex Barroso Júnior. Segundo ele, a reforma de revitalização do Aeroporto Campo de Marte, orçada entre R$ 50 e R$ 60 milhões, deverá durar cerca de três anos e vai priorizar a segurança. As intervenções começarão no início de 2009, com a construção de uma nova torre de controle ao lado do terminal de passageiros, orçada em R$ 15 milhões. "A torre substituirá a atual, que fica do outro lado da pista e é prejudicada pela presença de imóveis. A nova será mais segura, com ganho de visualização", explicou Barroso. Segundo ele, além de nova estrutura e equipamentos, a nova torre também terá controladores diferentes dos atuais. "O controle aéreo passará a ser feito pela Infraero e não mais pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), da Aeronáutica", disse. Em função das mudanças, a nova torre de controle só entrará em operação em 2011. Pistas – Um ano antes, em 2010, é a previsão de início das obras nas pistas, que estão em projeto. Segundo o superintendente, a reforma das pistas não está ligada só ao crescimento de 35% no movimento de pousos e decolagens do aeroporto, em relação a 2007. O número de passageiros, entre julho do ano passado e deste ano, cresceu 57%. "A maioria dos vôos executivos que eram feitos em Guarulhos e Congonhas já vieram para Marte. A tendência é que este fluxo se concentre no Campo de Marte, que é central e pode atender bem a aviação executiva", disse o superintendente. Barroso explica que o aeroporto precisava de manutenção, pois algumas medidas mudaram desde que o Campo de Marte foi construído, há 88 anos. Entre elas, a pista de táxi aéreo (taxiway), que terá de ser alargada. Atualmente, esta pista tem 7,8 metros de largura e é considerada pequena demais para o tamanho das aeronaves executivas. Com a reforma, ela passará a ter 28 metros de largura. "Isso é importante por causa da segurança das distâncias entre os eixos das aeronaves. Há alguns anos, só pousavam monomotores e bimotores. Hoje, os jatos são grandes e levam até 30 passageiros", disse. A pista principal para pousos e decolagens tem 1600 metros por 45 metros, mas apenas 1150 metros são utilizados. O restante é o recuo de segurança. As pistas pelas quais passam 284 aeronaves por dia passarão por recapeamento completo, receberão um novo sistema de drenagem e terão balizamento e cabeamento elétrico. "São medidas para me-

Campo de Marte, na zona norte da Capital: quinto maior aeroporto do País em número de pousos e decolagens do País passará por reforma completa, que inclui adequação das pistas

60,4

mil aeronaves pousaram ou decolaram no Aeroporto do Campo de Marte, entre os meses de janeiro e julho deste ano.

145

mil passageiros embarcaram ou desembarcaram no Aeroporto Campo de Marte, entre os meses de janeiro e julho deste ano. Helcio Toth/Hype

93,4

432

mil vôos foram realizados no Aeroporto do Campo de Marte no ano passado, um crescimento de 9,7% em relação a 2006.

vôos internacionais utilizaram o Campo de Marte em 2007, mais do que o dobro de 2006, quando foram registradas 147 aeronaves.

32,4

278

mil helicópteros pousaram ou decolaram do Aeroporto de Campo de Marte nos primeiros seis meses de 2008.

aeronaves militares pousaram ou decolaram das pistas do Aeroporto Campo de Marte nos primeiros seis meses deste ano.

lhorar a segurança", disse. Além disso, Barroso explica que mais um heliponto será inaugurado para atender a demanda crescente de helicópteros. Entre janeiro e julho deste ano, foram 32.452 pousos e decolagens de helicópteros. I nt e rn a ci o na i s – Outro tipo de operação que está aumentando no Campo de Marte são as aeronaves vindas do exterior. "Primeiro elas passam por um aeroporto internacional brasileiro para se-

rem 'nacionalizadas' e depois podem operar em Marte por até 30 dias", explicou Barroso. O número de aeronaves estrangeiras que passou pelo Campo de Marte, no ano passado, foi de 432 ante as 147 em 2006. Com a revitalização, a proposta é aumentar o espaço para elas. O pátio de estacionamento de aeronaves passará de 22 para 27 posições. Além disso, serão licitados 14 novos hangares, que ocuparão uma área total de 210 mil

Acima, Alex Barroso, superintendente do Campo de Marte. Segundo ele, o novo centro comercial que será construído no aeroporto também poderá atender a população que mora na região de Santana. Este novo centro comercial, de acordo com o superintendente, também poderá ser expandido e transformado em um novo shopping center, que será expandido pelos quarteirões além do terminal.

metros quadrados. Os hangares serão construídos em uma área de mata do aeroporto, que será compensada ambientalmente. Atualmente, o Campo de Marte tem 22 hangares e mais um em construção. "O aeroporto está ficando saturado e o maior interesse de quem tem avião ou helicóptero é ter uma garagem e alguém que faça a manutenção da aeronave", disse Barroso. Comércio – Outra mudança prometida para o Campo de

Marte é a criação de um centro comercial, que será instalado em um prédio de três andares em uma área mínima de 12 mil metros quadrados. A proposta, explica Barroso, é que este centro reúna escritórios, consultórios médicos, farmácias, centro de convenções, restaurantes e lanchonetes, entre outros. "Pensamos até em um shopping, pois esta área seria criada para também atender a população de Santana", disse. A idéia é que o Campo de

Marte tenha um comércio similar ao de Congonhas e Guarulhos. Se o projeto crescer, a previsão é que as lojas saiam dos limites do centro comercial e se espalhem para vários locais do Campo de Marte. Uma portaria exclusiva, na avenida Olavo Fontoura, seria aberta à população. "É importante porque temos apenas uma lanchonete e lojas de materiais e roupas para pilotos, além de oficinas para aeronaves", afirmou.


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Estilo Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Temor de retração da economia mundial voltou a ganhar força, afetando as bolsas de valores e os preços das commodities em todo o mundo. O Ibovespa perdeu 4,5% no fechamento, terceira maior queda deste ano. O dólar subiu para R$ 1,772, valor mais alto desde 30 de janeiro.

U

24,1

AÇÕES DA PETROBRAS DESPENCARAM

Onda de pânico nos mercados mundiais

ma onda de pânico que ontem atingiu os mercados financeiros globais fez novos estragos no Brasil. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) perdeu 4,5%, terceira maior queda de 2008. O dólar subiu 2,07%, para R$ 1,772, valor mais alto desde 30 de janeiro. Entre 20 de maio, quando atingiu a pontuação máxima, e ontem, o Ibovespa caiu 34%. A moeda americana avançou 13% ante a brasileira desde a menor cotação dos últimos anos, registrada no dia 31 de julho (R$ 1,562). No exterior, o otimismo da segunda-feira, provocado pelo socorro do governo dos EUA às agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, foi substituído por um sentimen-

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

to que muitos analistas chamaram de realismo. Segundo essa avaliação, as perspectivas para a economia global são as piores desde o início da década. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, despencou 2,43% e o Nasdaq perdeu 2,64%. O CAC-40, da Bolsa de Paris, recuou 1,08% e o FTSE, de Londres, 0,56%. Se já não bastasse o pessimismo com a situação econômica mundial, o temor em relação à saúde do banco de investimentos americano Lehman Brothers voltou com força. O expresidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) Alan Greenspan disse que a falência de mais bancos comerciais no país é "inevitável", principalmente por causa do excesso de empréstimos.

por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa desde o início deste ano. No mês, perda é de 13%.

Ernesto Rodrigues/AE

Operadores no pregão da BM&F: investidores estrangeiros vendem ativos brasileiros para cobrir perdas nos mercados internacionais.

A expectativa de menor crescimento global em 2008 e 2009 voltou a castigar as principais commodities. O barril

do petróleo negociado em Nova York caiu para o menor preço desde 1º de abril, cotado a US$ 103,26 (leia mais sobre o pe-

tróleo nesta página). Com isso, as ações PN da Petrobras perderam 6,27% e as ON, 6,63%. O economista-chefe do BES Investimento, Jankiel Santos, destacou que muitas economias da Europa, além do Japão, já enfrentam retração. Nos Estados Unidos, a recuperação da atividade econômica levará mais tempo do que se pensava. "Ganhou força a percepção de que os emergentes não vão segurar esse rojão", afirmou Santos. Por isso, nas últimas semanas, os investidores estrangeiros têm saído em massa do Brasil. Prejuízos – O valor de mercado das empresas com capital aberto listadas na Bovespa caiu abaixo de US$ 1 trilhão, depois de 12 meses acima desse patamar, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica. O total registrado até ontem somou US$ 972 bilhões, montante próximo ao de agosto de 2007. O ponto mais elevado foi apurado no fim de maio deste ano, quando atingiu US$ 1,4 trilhão. Desde então, as empresas perderam US$ 432 bilhões. A chamada capitalização das companhias na bolsa cai há quatro meses consecutivos. Petrobras e Vale, as duas maiores empresas por valor de mercado, têm queda de US$ 184 bilhões no período de maio a setembro – queda de 38,9% da capitalização consolidada, de acordo com a Economatica. Entre maio e o dia 8 deste mês, a Petrobras teve queda de US$ 117 bilhões, enquanto a Vale registrou desvalorização de US$ 67 bilhões. (AE)

Para Mantega, tendência de baixa é passageira

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a tendência de queda na bolsa brasileira, provocada pela redução dos preços das commodities, é passageira. "O mercado sempre maximiza os movimentos dos preços desses produtos", afirmou. De acordo com ele, existe a possibilidade de o mau momento da bolsa brasileira ser resultado de "repatriação de capital". O ministro disse que fundos de investimento podem estar remetendo dinheiro para o exterior, por acharem que as commodities não terão desempenho favorável no futuro ou porque precisam honrar outros compromissos. Dólar – Mantega disse também que a valorização do dólar ante o real deve permitir ao Brasil exportar mais produtos manufaturados. Segundo o ministro, o Brasil é forte nesse segmento e interessa ao País vender mais carros, aviões, eletroeletrônicos, bens de capital (máquinas e equipamentos) e caminhões.

Chip East/Reuters

Barril caiu 29% desde recorde

Petróleo recua para o nível de abril

O

s preços do petróleo fecharam ontem no menor nível dos últimos cinco meses, refletindo aposta do mercado na manutenção dos atuais níveis de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que estão reunidos na Áustria. Em Nova York, o barril do petróleo WTI encerrou o pregão a US$ 103,26, com queda de 2,9%. Em Londres, o Brent caiu 3,08%, para US$ 100,34. Durante o dia, o Brent chegou a ser negociado abaixo dos US$ 100 (a mínima foi de US$ 99,04), rompendo a barreira que, até um ano atrás, era considerada limite para a alta no preço da commodity, então na casa dos US$ 70. O petróleo negociado em Nova York tem queda de 29% desde o recorde de US$ 145,29 registrado em 3 de julho. (AE) "Essa nova tendência do câmbio é bastante favorável para melhorarmos as contas externas brasileiras. Espero aumentar as exportações de manufaturados", afirmou. Segundo Mantega, as exportações estão crescendo à taxa de 25% ao ano, mas isso ocorre principalmente por causa dos preços das matérias-primas (commodities). O ministro disse que, como esses valores estão em queda, é necessária compensação com um maior aumento das exportações de manufaturados. O ministro afirmou ainda que, observando o cenário internacional, o dólar chegou ao patamar máximo de desvalorização e agora inicia trajetória contrária. "O que se espera é que o dólar se valorize um pouco mais", afirmou. No Brasil, na avaliação de Mantega, a pressão da alta da moeda americana sobre a inflação será neutralizada pela redução nos preços das commodities. Ele disse que um dos itens que mais elevaram as importações brasileiras foi o preço do diesel. Por isso, a queda das commodities teria impacto positivo nas contas externas brasileiras. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO Divulgação

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Laerte, o criador de Rê Bordosa, é também personagem do falso documentário Dossiê Rê Bordosa, tema da seção Em Cartaz, de hoje.

SETEMBRO

10 - LOGO

10 Em 1808, era lançada a Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil

I NTERNACIONAL C A R T A Z

Fronteira antiecológica

RÊ BORDOSA

E M

Muro entre os EUA e o México causará danos ao meio ambiente, diz especialista

O

muro na fronteira entre Arizona, nos Estados Unidos, e Sonora, no México, causará danos ao meio ambiente ao ameaçar o corredor ecológico da região. A opinião é do especialista Sergio Ávila. "Há várias coisas que devemos considerar, mas acho que atualmente já existe um impacto ecológico desde o momento que começou a construção", explicou Sergio Ávila, biólogo e educador ambiental. O biólogo, da organização Sky Island Alliance, com sede em

Exposição retrata o processo de construção do curta-metragem Dossiê Rê Bordosa, dirigido por César Cabral. Sesc Pompéia, rua Clélia, 93, tel.: 3871-7700. Grátis.

Tucson, informou que a região fronteiriça entre Arizona e Novo México é um corredor importante de biodiversidade que inclui zonas montanhosas e desertos que abrigam uma ampla variedade de animais e plantas. "Os animais não conhecem fronteiras, ao bloquear estes corredores biológicos corremos o risco de afetar o ciclo de reprodução e os processos de distribuição natural e controle de população de presas", comentou. Atualmente estão em andamento vários projetos

para ampliar o muro fronteiriço ao longo dos limites entre EUA e México, como parte de uma resolução aprovada pelo Congresso federal e assinada em 2006 pelo presidente americano, George W. Bush. Na prática, deverão ser construídos dois muros, um de 4,5 metros seguida de outra de 3,3 metros na fronteira com o México. O objetivo dos muros é impedir a entrada de imigrantes ilegais, sobretudo mexicanos e centro-americanos, em território dos EUA.

Fernando Soutello/Reuters

L EILÃO

O valor do tempo é relativo O relógio de Albert Einstein, cujas teorias revolucionaram a relação tempo-espaço, irá a leilão no dia 16 de outubro, em Nova York, na casa Antiquorum. O relógio deve receber lances entre 14.000 e 21.000 euros. O lote também terá várias fotografias de Einstein usando o relógio. O Longines de ouro 14 quilates não possui nada de especial, exceto o fato de ter pertencido a Einstein, e é isto que confere valor ao objeto. Em 1905, Einstein escreveu seu tratado sobre a relatividade estipulando que o tempo se acelera ou desacelera em função da velocidade de deslocamento de um objeto no espaço em relação à posição de outro objeto. B RAZIL COM Z

Zico na mira dos ingleses

C INEMA

E quem vai para o Oscar é... e Paulo Sérgio Almeida - e presidida pelo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Da-Rin. Os filmes que disputam a indicação são: A Casa de Alice, de Chico Teixeira; A Via Láctea, dirigido por Lina Chamie; Chega de Saudade, dirigido por Laís Bodanski; Era Uma Vez, de Breno Silveira; Estômago, de Marcos Jorge; Meu nome não é Johnny, de Mauro Lima; Mutum, dirigido por Sandra Kogut; Nossa vida não cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro; Olho de Boi, de Hermano Penna; Onde andará Dulce Veiga?, dirigido por Guilherme de Almeida Prado; O Passado, de Hector Babenco; Os Desafinados, dirigido por Walter Lima Júnior; O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli; e Última Parada 174, de Bruno Barreto.

O Ministério da Cultura divulgou ontem os 14 filmes candidatos a representar o Brasil na disputa pelas indicações de Melhor Filme em Língua Estrangeira na 81ª edição do Oscar, em 2009. O prazo para as inscrições foi encerrado ontem. O título da produção nacional escolhida será divulgado no dia 16 de setembro, no Rio de Janeiro. A cerimônia de entrega do Oscar acontecerá no mês de fevereiro. Os filmes serão analisados por uma comissão que indicará o longa brasileiro para concorrer à seleção internacional, composta por seis profissionais da área audiovisual Antonio Alfredo Torres Bandeira, Cleber Eduardo Miranda dos Santos, Silvia Maria Sachs Rabello, Maria Dora Genis Mourão, Giba Assis Brasil

TREINO TRANQÜILO - Depois de uma semana turbulenta, a seleção brasileira treinou ontem no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, para a partida de hoje contra a Bolívia. Tranqüila e favorita, a equipe quer alcançar a liderança das Eliminatórias da Copa de 2010.

A LEMANHA

G @DGET DU JOUR

Estoure bolhinhas todos os dias O Bubble Calendar é incrível para os viciados em estourar plástico bolha. Nada como uma desculpa para estourar uma bolhinha por dia. os calendários são feitos manualmente em Nova York com as datas impressas em papel ou plástico e têm duas versões: vertical ou horizontal. Os preços variam entre US$ 30 e US$ 50, já para 2009. www.bubblecalendar.com

Aposto que não vai dar certo...

Ao lado, Stephen Hawking, descrente. Abaixo, o Grande Colisor de Hádrons.

A

Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern) ligará hoje (às 4h30 de Brasília) o acelerador de partículas Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), a máquina mais potente já construída pelos físicos. O LHC vai acelerar partículas subatômicas a uma velocidade próxima à da luz (300 mil quilômetros por segundo) para produzir o que alguns chamam de recriação do Big Bang. Mas pelo menos um cientistas se manifestou incrédulo. O astrofísico Stephen Hawking diz que apostou o equivalente a US$ 170 contra o colisor. Os cientistas esperam que o LHC permitirá encontrar a "partícula de Higgs", conhecida como "partícula de Deus", que daria massa a tudo o que existe no Universo. Hawking aposta que o acelerador não vai encontrá-la. Mas, no fundo, ele apóia o projeto. "O que quer que o LHC encontre, os resultados vão nos dizer muito sobre a estrutura do universo. O LHC

Twitter bloqueado. Ou quase.

C IÊNCIA

Tudo por uma cerveja

Fotos: AFP

O Hamburgo, da Alemanha, inaugurou ontem um cemitério para seus torcedores, ao lado da sede do clube, a Nordbank Arena. O local é integrado ao cemitério municipal de Altona e tem formato de estádio. Os torcedores, que já podem reservar seus túmulos, poderão ser enterrados com caixões com as cores e o escudo do clube. Apesar do apoio ao projeto, o Hamburgo afirmou que não ganhará dinheiro com o cemitério e que a receita vinda dos direitos de uso do escudo serão revertidos para o local. A idéia da construção do espaço dedicado aos torcedores surgiu após um dos jardineiros do cemitério de Altona ouvir constantemente perguntas de torcedores sobre a possibilidade de comprarem túmulos perto do estádio.

I NTERNET

Liminar concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o objetivo de inibir a criação de perfis falsos de políticos no Twitter, serviço de mensagens curtas, resultou ontem no bloqueio de um blog homônimo mantido por usuários brasileiros. O Twitter é uma rede social na qual os internautas postam mensagens instantâneas curtas, de até 140 letras. Mas o bloqueio aconteceu no Twitter Brasil, um blog de usuários do sistema que aborda as novidades do serviço e que não tinha conteúdo sobre eleições.

F ÍSICA

Nem a morte os separa

O nome de Zico aparece como principal candidato para assumir o comando do Newcastle após a saída do técnico Kevin Keegan, segundo o jornal britânico Daily Mail. O jornal publicou uma entrevista com Zico, na qual ele afirmou que seria uma honra ser técnico do Newcastle e que um dos seus objetivos é treinar uma equipe do Campeonato Inglês. Porém, o Galinho nega que tenha sido contatado. "Ninguém falou diretamente comigo, mas nunca escondi que o futebol inglês é hoje um dos que mais gosto de acompanhar e teria prazer em desenvolver um trabalho por lá", disse ele em seu site oficial.

vai aumentar quatro vezes a energia com que podemos estudar interações entre partículas", disse. Ele também defendeu o experimento dos cientistas que dizem que o experimento criará um buraco capaz de "engolir" o planeta e o resto so sistema solar. O LHC foi construído em

um gigantesco túnel circular de 27 quilômetros de comprimento, sob a fronteira entre Suíça e França a uma profundidade de 50 a 120 metros. Apesar da descrença de Hawking, os cientistas que criaram o experimento não se deixaram intimidar: "São 27 quilômetros e haverá defeitos

que corrigiremos pelo caminho. Faremos o primeiro disparo, os prótons entrarão, se perderão, mas conseguiremos ver onde e como se perderam e faremos as remodelações necessárias do controle central, para depois voltarmos a tentar", explicou o engenheiro Antonio Vergara.

O homem se tornou agricultor há cerca de 10 mil anos, iniciando a Revolução Neolítica, para beber cerveja e se embriagar, e não para melhorar ou garantir sua alimentação. A afirmação é do biólogo alemão Josef H. Reichholf em seu novo livro Warum die Menschen sesshaft wurden ("Por que os homens se tornaram sedentários", em tradução livre). O alemão assegura que a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência". L OTERIAS Concurso 690 da DUPLA SENA Primeiro sorteio 08

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Campanha de vacinação contra a rubéola, que impede doações de sangue por 30 dias, esvazia estoques de hemocentros

Governos podem economizar oferecendo tratamento antitabagismo para a população, diz pesquisa feita em sete países

Robinho não promete goleada e pede 15 minutos de paciência à torcida brasileira em jogo de hoje contra a Bolívia

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Concurso 1950 da QUINA 07

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ambiente Educação Administração Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ATÉ DEZEMBRO, PROJETO CHEGARÁ À SÉ

Prefeitura amplia alvará eletrônico Benefício é estendido a outras atividades e estabelecimentos comerciais maiores Fábio D'Castro/Hype

Ivan Ventura

C

omeçou oficialmente ontem a segunda etapa do programa de emissão do alvará de funcionamento pela Internet. A promessa da Prefeitura é reduzir de dois anos para 15 minutos o tempo de obtenção do documento, indispensável para abertura de um negócio na Capital. Nessa nova fase, sacramentada pela assinatura de um novo convênio entre Prefeitura e o International Finance Corporation (IFC, entidade ligada ao Banco Mundial), está prevista a ampliação do tamanho dos estabelecimentos que podem ser licenciados pela Internet, passando dos atuais 150 metros quadrados para 1.500 metros quadrados. Pelas normas do novo termo de cooperação, está prevista ainda a inclusão das atividades dos graus de risco três e quatro, tais como postos de gasolina e revendedoras de gás de cozinha. Ampliação – O novo convênio entre o IFC e a Prefeitura deverá durar 14 meses. De acordo com o secretário especial de Desburocratização, Rodrigo Garcia, a ampliação do programa dos 150 m² para 1.500 m² deverá ocorrer até o final deste ano. Com a mudança na metragem, estima-se que 70% dos mais de 200 mil estabelecimentos comerciais da Capital sejam contemplados com a mudança, número superior aos 30% previstos na atual metragem do programa. "É a continuidade da expansão do programa. Agora, além da ampliação dos imóveis e da permissão aos comércios de riscos mais altos, queremos criar regras claras e estabelecer

GIL RUGAI O estudante Gil Rugai, acusado de matar os pais em 2004, foi preso ontem.

Pela internet, prazo de emissão cai de até dois anos para quinze minutos

prazos para o alvará de obras emitido pela Prefeitura. Quer dizer, órgãos da Prefeitura terão prazos predeterminados para dar uma resposta ao interessado", afirmou Garcia. Para o oficial de projeto da IFC, Francisco Lanza, a implantação do programa atendeu a expectativa inicial, que previa a emissão de alvarás em 15 dias. Em alguns casos, pode ser obtido em menos de 30 minutos. O problema é que a emissão do alvará online ainda é desconhecida por grande parte dos comerciantes. Desde o dia 5 de maio até o último dia 2, apenas 290 comerciantes entraram com o pedido de alvará pela internet, ou seja, pouco mais de dois pedidos por dia. Desse total, apenas 20 conseguiram o documento pelo meio eletrônico. "O programa teve pouca repercussão na mídia. Além disso, com a ampliação dos 150 m² para 1.500 m² haverá um número maior", afirmou Lanza. Desvinculação – A criação de um projeto de lei (seja por iniciativa de um vereador da Câmara Municipal ou do prefeito) que desvincula a atividade comercial do imóvel foi

Ó RBITA

DINHEIRO FALSO A Polícia Federal prendeu ontem uma quadrilha que falsificava dinheiro em São Paulo.

Dago Nogueira/Agência Bom Dia

CHOQUE ENTRE ÔNIBUS: 1 MORTO ma pessoa morreu e pelo menos 35 ficaram feridas após acidente entre dois ônibus em Jundiaí (SP), ontem de manhã. Os dois veículos, de empresas particulares, colidiram no cruzamento das avenidas Antônio Segre e Antônio Frederico Ozanan e pegaram fogo. O acidente ocorreu por volta de 5h e até o meio-dia funcionários do Departamento de Trânsito da cidade trabalhavam no local. O trecho é rota de ônibus que servem a dois terminais urbanos. Um dos ônibus, da

Dago Nogueira/Agência Bom Dia

U

empresa Picolotur, ficou com a dianteira pendurada à beira do rio Jundiaí. Dentro dele estava apenas o motorista, que conseguiu descer do veículo. Já o ônibus da viação Caieiras, que transportava funcionários da empresa Duratex à cidade, bateu num poste após a colisão. Até o início da noite, o passageiro morto não tinha sido identificado. (AE)

apontada pelos responsáveis pelo alvará pela Internet como um assunto ainda "prematuro" ou "uma possibilidade futura". Algo que preocupa o comerciante, que vê no PL uma forma de agilizar a regularização da atividade comercial. "Não podemos tirar uma conclusão com apenas três subprefeituras (Santo Amaro, Lapa e Mooca). Temos que aguardar a implantação do programa em outras subprefeituras", afirmou Garcia, que na semana que vem inaugura o programa na subprefeitura de Santana. No início de outubro será a vez da Vila Mariana. Até dezembro, o programa atinge as subprefeituras da Sé e Pinheiros.

3 Fábio D'Castro/Hype - 08/07/2008

Na próxima semana, serviço será inaugurado na subprefeitura de Santana, na zona norte.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Exportações de pequenas empresas serão incentivadas

FIGURA DO MEI EMPERRA NO SENADO

Criação do MEI fica para julho de 2009 Com emendas apresentadas pelo governo federal e alguns estados, a figura do microempreendedor individual não surgirá em janeiro, como previsto. Fabio Pozzebom/ABr

Andrei Bonamin/LUZ

Silvia Pimentel

P

or pressão do Ministério da Fazenda e de secretários estaduais da Fazenda, a criação da figura do Microempreendedor Individual (MEI) no Simples Nacional será efetivada só em julho, adiando a formalização de cerca de 10 milhões de autônomos, sendo 3,5 milhões apenas no Estado de São Paulo. Essa é uma das alterações a serem apresentadas ao projeto 128/08, em tramitação do Senado. Pelo texto originário da Câmara dos Deputados, a nova categoria de tributação para empreendedores informais que ganham até R$ 36 mil por ano entraria em vigor em 1º de janeiro de 2009. Até a última segunda-feira, havia consenso em torno do projeto, que também faz ajustes no regime tributário voltado às micros e pequenas empresas. De acordo com o relator da matéria no Senado, Aldemir Santana (DEM-DF), as emendas foram discutidas ontem com vários secretários da Fazenda e representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Com as emendas, o texto voltará a ser apreciado pelo

plenário da Câmara dos Deputados só depois das eleições municipais. "Estamos trabalhando para colocar a matéria em votação no Senado o mais rápido possível", informou o parlamentar. A alteração na data foi pedida porque não haveria tempo para uma mudança nos sistemas do Fisco. "É lamentável esse atraso", disse o secretário estadual licenciado do Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. De acordo com Afif – que apresentou ao governo a idéia da criação do MEI há quatro anos, quando era presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) –, não há justificativa para esta solicitação, porque há muito tempo a Receita Federal vinha sendo alertada para a possibilidade de a matéria ser aprovada este ano. "Na hora de beneficiar, a Receita nunca está preparada. Mas para prejudicar, o planejamen-

Telefonia: STJ deverá julgar em massa

O

Afif: "Na hora de beneficiar, a Receita Federal nunca está preparada".

ção mais onerosa – para o anexo III, uma das emendas a serem apresentadas no Senado estabelece que a categoria passará a ter um compromisso le-

gal na formalização de negócios no âmbito do MEI. Os microempreendedores poderão recorrer a escritórios de contabilidade na inscrição.

BB vai apoiar comércio das pequenas

Banco do Brasil pretende reforçar a sua atuação junto a micros e pequenas empresas de base exportadora, visando elevar a participação desse segmento no volume total embarcado pelo País, que hoje é de 2%. A informação é do gerente executivo de Micro e Pequenas Empresas do BB, Kedson Pereira Macedo. Ele destacou ontem que a medida se insere na nova política de desenvolvimento produtivo do governo federal.

A carteira de crédito do banco para as micros e pequenas exportadoras ainda é pequena, disse Macedo. O total financiado especificamente para a atividade da exportação é de R$ 400 milhões. "Ainda, no nosso ver, é uma carteira muito pequena, se você comparar com volumes destinados ao segmento em outros países", declarou. Segundo ele, na Itália, 80% das exportações totais são feitas por empresas de pequeno porte. O banco trabalha no de-

senvolvimento de produtos diferenciados e na busca por mais acesso a mercados, para alcançar a meta. E procura identificar em outros países empresas que possam fazer parcerias com as brasileiras. O Banco do Brasil trabalha com a possibilidade de aumentar a carteira de crédito para as micros e pequenas empresas em outros projetos, além da exportação. Segundo Macedo, estima-se um crescimento de 40% ainda neste ano na carteira de crédito

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para esse segmento, em relação a dezembro de 2007. Espera-se chegar ao final do ano com R$ 33 bilhões em operações de crédito contratadas junto a micros e pequenas empresas. No ano passado, o BB fechou as operações de financiamento para o segmento com um total de R$ 23,6 bilhões. Em 2009, a perspectiva é crescer mais 35%. Macedo avaliou que a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa beneficiou o setor, ao introduzir a preferência desse

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Santana anuncia o atraso.

to é feito com antecedência", criticou Afif. Não apenas a entrada em vigor do MEI, mas as alterações propostas no Simples Nacional que vinham sendo negociadas desde o ano passado, para torná-lo mas atrativo, também sairão do papel no segundo semestre de 2009. Uma das mais importantes é a que prevê a possibilidade de as micros e pequenas empresas optantes do Simples Nacional transferirem créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas transações com empresas não enquadradas nesse regime tributário. Atualmente, de acordo com o consultor tributário do Sebrae, Bruno Quick, só os estados de Santa Catarina, Piauí e Bahia permitem o aproveitamento dos créditos do imposto. Segundo o consultor, por pressão dos secretários da Fazenda estaduais, será suprimida do texto a concessão de um crédito adicional relativo ao ICMS contido nas matérias-primas. "Havia o receio de que esse benefício incentivasse a guerra fiscal entre os estados", disse. Como contrapartida à transferência do setor de contabilidade do anexo X da tabela do Simples Nacional – de tributa-

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segmento nas compras governamentais nos três níveis – federal, estadual e municipal. "Isso tem elevado em muito os volumes de recursos de vendas das pequenas empresas para o governo federal, por exemplo," disse. Há dois anos, em 2006, as micros e pequenas empresas venderam ao governo federal R$ 2 bilhões. Esse volume subiu, em 2007, para R$ 9,2 bilhões. A previsão é de que o número chegue a R$ 15 bilhões, até o fim do ano. (AE)

Superior Tribunal de Justiça (STJ) submeteu as ações que contestam a cobrança de assinatura básica de telefonia fixa à Lei de Recursos Repetitivos (de nº 11 672/08), que entrou em vigor em agosto. Dessa forma, o STJ poderá julgar em massa os recursos que tratarem de questão idêntica. Isso significa que as ações que versam sobre a mesma questão serão analisadas e condensadas em uma decisão que será replicada aos demais recursos, como explicou Daniel Alves Ferreira, sócio do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida, Esteves Advogados. O caso será analisado pela Primeira Seção. O ministro Teori Albino Zavascki constatou que caberia aplicar a Lei de Recursos Repetitivos neste caso ao examinar a hipótese de um recurso especial vindo da Paraíba. Trata-se de um recurso da Telemar Nor te Leste (Grupo Oi) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Estado que favoreceu uma consumidora. A usuária contestou a cobrança de assinatura básica mensal e foi atendida pelo Judiciário paraibano. Zavascki encaminhou ofícios a todos os Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais para relatar a suspensão dos recursos que tratam da matéria até o julgamento pelo rito da nova lei. O Ministério Público Federal terá vista dos autos. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cheguei aqui sem nada e fui acolhida mesmo assim. Célia Chagas de Oliveira, atendida pelo AM

Coração de mãe: Amparo faz 1,2 mil partos por mês

Célia, ex-usuária de drogas, hoje trabalha no próprio Amparo Maternal como auxiliar de limpeza

O Amparo Maternal, atolado em uma dívida de R$ 8 milhões, atende mulheres e jovens carentes. A maioria chega apenas com a roupa do corpo. Para sobreviver, o AM recebe verba do SUS e doações da Igreja Católica e da iniciativa privada. Geriane Oliveira

E

m quase 70 anos de atividades, o Amparo Maternal (AM) se tornou a maior maternidade de mães carentes do País. Apesar de sua importância, sobretudo para a cidade de São Paulo, a entidade filantrópica da Arquidiocese de São Paulo, onde já nasceram mais de 650 mil crianças, enfrenta há décadas uma séria crise financeira. A dívida atual da entidade chega a R$ 8 milhões. Mesmo com o déficit, a direção do AM garante que nunca um paciente deixou de ser atendido. "Mas não conseguimos sair do vermelho", disse a irmã Maria Enir Loubet, diretora da instituição. A maternidade, que fica na zona sul, é conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, os recursos da União não cobrem nem 60% das despesas do hospital. Segundo irmã Enir, a verba anual, em torno de R$ 607 mil, representa "a metade do valor dos partos". O restante dos custos é coberto com doações da Igreja Católica e com bazares e campanhas, como a Novena de Natal. Além disso, o orçamento é engrossado por doações de empresários e produtos enviados por entidades privadas, como a Associação Comercial de São Paulo. "Sempre lutamos com muita dificuldade, mas, ultimamente, o custo do projeto aumentou", disse a irmã. "Vamos pagando a dívida conforme há dinheiro em caixa".

Fotos: Luiz Prado/Luz

Objetivo é a construção de uma nova vida

C

élia Chagas de Oliveira, de 36 anos, tem dois filhos e, nove meses atrás, chegou ao alojamento do Amparo Maternal com quatro meses de gestação. Exusuária de drogas, ela já tinha um filho de 10 anos, que é criado pelos avós. Com a acolhida do AM, Célia começou uma vida nova, depois de começar um tratamento de dependência química, que não largou até hoje. Morando no alojamento, recebeu apoio psicológico e fez alguns cursos profissionalizantes oferecidos às grávidas. "Cheguei aqui sem nada e fui acolhida mesmo assim. Me ampararam em tudo", disse. Hoje, Célia está completando dois meses de trabalho como auxiliar de limpeza no próprio hospital. A carteira assinada permitiu sua independência. "Aluguei uma casinha e estou vivendo com o meu bebê. Tenho gratidão ao trabalho do Amparo". "A proposta é voltar à família"

Sempre lutamos com muita dificuldade, mas, ultimamente, o custo do projeto aumentou. Irmã Maria Enir Loubet, diretora do Amparo Maternal 1,2 mil crianças nascem por mês Com 150 leitos, hoje o hospital recebe, em média, 100 grávidas por dia. Trata-se de uma maternidade onde nascem aproximadamente 1,2 mil crianças por mês, registrando 7,2% dos nascimentos da Região Metropolitana de São Paulo. "É um número alto, se considerarmos que nos últimos anos foram construídas muitas maternidades na periferia", avaliou a diretora. Segundo a assistente social Marlene Beatriz Novaes, que há 16 anos trabalha no AM, o número de atendimentos diários é em torno de 60 grávidas para o pré-natal e 40 para partos. A maioria delas é de mulheres desassistidas socialmente, entre 10 e 46 anos. No Amparo Maternal, o número de atendimentos por convênio médico não chega a 8%.

Diante de situações como a de Célia, a obra que incorpora a assistência humana e a caridade cristã vai além da sustentação às mães carentes. "A primeira providência no alojamento é o atendimento médico", explica a assistente social Marlene Beatriz Novaes. "Aos poucos trabalhamos a inserção na casa e nas atividades domésticas, sempre com o auxílio de palestras ministradas por enfermeiras e pelos cursos de alfabetização, culinária e informática oferecidos no alojamento", explicou. Segundo ela, ao conhecer a história da mãe, a entidade começa a ajudar na busca uma vida digna e segura para a ela e o seu filho. "A principal idéia é refazer o vínculo com a família de origem", disse irmã Enir. Caso isso não seja possível, o AM busca outra maneira de assegurar uma nova vida para a atendida. Para isso, conta com uma equipe de 268 funcionários, entre médicos, enfermeiras, assistentes sociais e nutricionistas, além de 80 voluntários, todos empenhados na reconstrução das vidas. Até hoje, cerca de 58 mil mães já foram amparadas pela instituição. Desse grupo, o AM estima em torno de 70% aquelas que saíram do projeto com a vida reestruturada, sendo que 60% foram conduzidas às famílias. O tempo médio de permanência no alojamento é de sete meses. "Ficamos felizes com a transformação na vida dessas mães, a começar pela auto-estima. Apesar dos dissabores e das dificuldades, contamos com a providência divina. Deus está presente em nossa missão de resgatar, defender e promover a vida", finalizou irmã Enir.

Em quase 70 anos de atividades, o Amparo Maternal já possibilitou a realização de mais de 650 mil partos. Com 150 leitos, hoje o hospital recebe, em média, 100 grávidas por dia. À esquerda, a assistente social Marlene Beatriz Novaes com as mamães que deram à luz semana passada.

"Toda doação é bem-vinda" Segundo irmã Enir, hoje, todo tipo de doação é bem-vinda. "Precisamos de leite em pó, fraldas, lençóis, material de limpeza e remédios. Tudo o que uma maternidade com alojamento necessita, sobretudo, de parcerias com empresas que possam nos ajudar mensalmente", disse. Baseado nos princípios da Igreja Católica, o AM foi fundado para dar assistência social à mãe em qualquer fase da gravidez, sem distinção de raça ou credo. Porém, com as dificuldades de atendimento em hospitais particulares e até públicos, foi necessário construir também uma área hospitalar. Além da acolhida, a missão incorpora a busca de todos os meios adequados para a reabilitação social dessas mães. Atualmente, cerca de 800 grávidas passam por mês pelo alojamento da entidade. Em setembro, 63 pessoas, entre adolescentes, mulheres e bebês, estão morando na casa-abrigo, denominada Projeto Mãe/Pai Canguru. De acordo com Marlene, essas mulheres che-

gam ao AM geralmente encaminhadas por órgãos municipais, como o Conselho Tutelar, a Vara da Infância e da Juventude ou a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, representações da Igreja Católica ou ainda pelas próprias famílias que conhecem o trabalho filantrópico desenvolvido pelo Amparo. A maioria é moradora de rua Por volta de 70% das mulheres e jovens atendidas na casa-abrigo do AM são migrantes, deficientes físicas ou dependentes químicas em situação de rua. Outras são filhas de famílias carentes que chegam à instituição sem marido e, devido à falta de recursos financeiros, geralmente agravada por desemprego, não têm condições de cuidar delas e nem dos bebê. Marlene também observou que, no último semestre, houve um aumento no número de adolescentes grávidas. Porém, sendo jovens ou adultas, o que mais chama sua atenção é o fato de que "muitas chegam aqui somente com a roupa do corpo".

Mais informações sobre o Amparo Maternal no telefone (11) 5089-8277 ou pelo site www.amparomaternal.org

Fundações realizam encontro sábado

Dora Silvia Cunha Bueno é presidente da Associação Paulista de Fundações, a APF

R

essaltar a transparência da atuação das fundações e discutir sua atuação prática na sociedade tanto no Brasil quanto no mundo. Estes são os objetivos do 4º Encontro Paulista de Fundações que será realizado sábado (13), em São Paulo. O evento é organizado pela Associação Paulista de Fundações (APF) e sua presidente, Dora Silvia Cunha Bueno, afirma que o encontro é importante para todos os participantes, vindos de diversos Estados, troquem informações e experiências sobre sua atuação. O principal tema abordado durante o encontro será A transparência e o sucesso das fundações, no qual será lembrado que seu estatuto exige essa condição de transparência e que todas as suas ações são fiscalizadas diretamente pelo Ministério Público. O discurso inicial ficará a cargo do desembargador e presidente da Academia Paulista de Letras, José Renato Nalini. Ele falará sobre as fundações e a solidariedade humana para

ressaltar que as fundações possuem um papel ativo na sociedade e desempenham um papel importante na transformação social do País. Em seguida, haverá um painel especial para explicar o funcionamento das fundações. Nele, serão apresentadas estatísticas sobre a sua atuação no Brasil e no mundo. Segundo a presidente da APF, através dos exemplos de atuação de fundações brasileiras e estrangeiras, o encontro deverá estimular e incentivar ações práticas das fundações. O Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, será o convidado que abordará os aspectos que caracterizam uma fundação de utilidade pública e sua importância para a sociedade. Informações – Ao mesmo tempo, o encontro reforçará o caráter didático das edições anteriores ao enfatizar a necessidade de divulgar informações sobre as principais normas que regem as fundações e suas diferenças em relação às associações e outras instituições. Por is-

so, haverá uma palestra especial, ministrada por José Maria Alcazar Chapina, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP). Batizada "As Fundações e a Legislação Tributária", ela abordará as transformações legislativas e tecnológicas pelas quais a legislação tributária passou nos últimos anos e como ela afeta a atuação das fundações atualmente. Segundo a presidente da APF, ao final do evento os participantes participarão da elaboração da Quarta Carta de São Paulo, onde os princípios teóricos e práticos que regem as fundações serão descritos e os envolvidos se comprometem a divulgar suas ações. Dora Silvia lembra que, neste ano, as inscrições serão gratuitas e que a expectativa é de que o encontro conte com aproximadamente 500 participantes. Mais informações sobre o encontro, que acontece no Colégio Rio Branco, veja no www.apf.org.br. Paula Cunha

Newton Santos/Digna Imagem/13/02/04

Mais de 500 pessoas de todo o País devem comparecer ao evento. Objetivo é trocar informações e experiências.


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CAMPANHA DE ALCKMIN PODE MUDAR Tania Rego/LUZ

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Não pago. Teria de ganhar o convite, porque R$ 1 mil é muito caro para esse jantar. Gilberto Natalini

Clayton de Souza/AE

Eymar Mascaro

Pé na tábua s democratas já estão admitindo que Gilberto Kassab é o segundo colocado nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo. O partido continua recebendo levantamentos quase que diariamente, com números que sustentariam a afirmação. Mas, na pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana, o prefeito está tecnicamente empatado com Geraldo Alckmin. O tucano arrancou 22% de intenção de voto contra 18% do democrata, mas a margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. Alckmin e Kassab disputam a segunda vaga no segundo turno. A outra vaga está sendo garantida por Marta Suplicy, que tem 40% de preferência.

O Campanha de Alckmin nas ruas: mais modesta que a dos adversários

Jantar tenta resgatar apoio a Alckmin

O cardápio descartou opções de comida árabe ou frutos do mar, especialmente lula; o evento, por sua vez, dispensou a presença de tucanos dissidentes Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem

Todos os 400 convites foram vendidos; recursos vão reforçar o caixa de campanha do ex-governador

VOTO A VOTO

É HOJE

Alckmin e Kassab intensificaram a campanha de rua, pois a conquista de votos é importante no instante em que os dois candidatos procuram se fixar no segundo lugar nas pesquisas.

Tucanos admitem que o jantar programado para hoje servirá não só para arrecadar doações para a campanha de Alckmin, mas sobretudo para integrar Serra na campanha do candidato do seu partido.

AVANÇO

CAMPANHA

As pesquisas estão apontando que o crescimento de Kassab se deve, principalmente, à sua campanha na televisão. O prefeito dispõe de mais tempo de campanha na tevê do que seus principais adversários.

Kassab decidiu continuar sua campanha anti-Marta nos bairros da periferia. O prefeito acha que seu crescimento nas pesquisas ocorreu devido ao confronto que sustenta com a candidata petista.

APROVAÇÃO Fernando Vieira

U

m cardápio refinado para tentar evitar uma possível indigestão política. Em tempos de uma campanha tucana nada ortodoxa, sentarse à mesa ao lado de correligionários de partido para uma festa significativa, em comemoração aos 20 anos do PSDB, pode ganhar o sentido de jantar com o inimigo. O racha tão anunciado antes mesmo das convenções partidárias parece ter se transformado em abismo para a candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura. Na operação de salvamento do ex-governador, o resgate começa hoje pelo paladar, que está sendo preparado para agradar ao tucanato em geral, ind e p e n d e n t emente da esp é c i e o u l inhagem. Segundo o diretório municipal de São Paulo do P S D B , r e sponsável pela o rg a n iz a çã o do jantar que celebra duas décadas de fundação do partido, são esperadas cerca de 400 pessoas, no restaurante Badebec, no Centro da capital. Os convites estavam quase esgotados até o final da tarde de ontem e foram todos vendidos ao preço de R$ 1 mil cada. O valor deverá ser utilizado para matar a fome de recursos da campanha tucana em São Paulo. Entrará via partido e poderá ser direcionado para o comitê financeiro eleitoral, segundo o presidente do diretório municipal, José Henrique Reis Lobo. A última informação fornecida pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dizia que Alckmin havia arrecadado – e gasto na íntegra – R$ 4,2 milhões. A campanha do tucano das ruas tem sido visivelmente mais modesta do que a dos adversários Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM). Nos bastidores políticos, o comentário recorrente era de que a dificuldade de arrecadação limitou as ações de divulgação da candidatura de Alckmin, abrindo espaço para o crescimento do adversário "direto", que disputa votos no mesmo ninho: o prefei-

to Gilberto Kassab. Para o evento, que tem forte apelo de demonstração de apoio a Alckmin, já estão confirmadas as presenças de alguns dos principais nomes do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador José Serra. Aliás, este será o primeiro encontro público entre o atual e o ex-governador desde o início da campanha. E espera-se mais do que isso. A expectativa é que o encontro marque a "entrada de Serra na campanha", revelou uma fonte ligada à coordenação do PSDB. Mas, se ainda der certo, Alckmin não deverá ver por perto outros importantes nomes da ala serrista, que escolheram Kassab como candidato e não abriram mão da posição por causa da candidatura tucana. O distanciamento voltou a ficar evidente nesta semana, quando Alckmin reclamou novamente desse grupo. "Realmente não é esse o PSDB que eu defendo. Tucano que defende o DEM tem outro tipo de interesse que não é o partidário", afirmou. E o jantar de hoje, ao invés de aproximar alas, também já traz efeitos indigestos antes mesmo de ser servido. A postura da organização do evento foi de deixar mesmo de lado a parte dissidente. Conseqüência: o vereador e candidato à reeleição, Gilberto Natalini, já dava ontem sinais da indisposição. "Esta fração partidária que dirige o município de São Paulo não me convidou", disse. Perguntado se ele iria caso tivesse sido convidado, ele respondeu apenas que o se "não habita mais o coração de um homem experiente". E ainda se queixou do preço, embora soubesse que se trata de um evento para arrecadar fundos: "Não pago. Teria de ganhar o convite, porque R$ 1 mil é muito caro para esse jantar", disse Natalini, líder da bancada tucana. Com os últimos ajustes no cardápio, a organização do evento pelo menos acertou no menu, evitando a escolha de comida árabe ou frutos do mar, especialmente pratos recheados com lula.

Além disso, a administração de Kassab é aprovada por 45% da população. O prefeito tem por meta atingir os 50% nas próximas pesquisas. É intenção de Kassab manter a polarização da campanha com Marta Suplicy. Dona Lu: almoço na unidade do Bom Prato, em São Miguel Paulista

A 27 dias da eleição, tucano quer mudar campanha

O

candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu ontem que vai se esforçar para melhorar sua campanha na rua e na televisão. O empenho começa hoje, em jantar organizado pelo diretório municipal do partido (veja matéria ao lado). Segundo o candidato, serão distribuídas tarefas de campanha aos correligionários. "É um encontro de companheiros para que a gente avance. Vamos procurar que o PSDB todo entre na campanha", explicou Alckmin. Com perda de 10 pontos de julho até a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada no último sábado, Alckmin admitiu: "Vamos procurar melhorar o máximo, fazer um esforço na área de comunicação e um esforço na rua". A 27 dias das eleições, Alckmin enfrenta críticas dentro do próprio partido para tornar mais convincente seu programa de TV. Haveria pressões até pela saída do marqueteiro Lucas Pacheco – possibilidade rebatida hoje pelo candidato, em evento da Federação Paulista de Futebol, na zona norte da cidade. "Não tem nenhuma procedência. O Lucas Pacheco está se esforçando, fazendo um bom trabalho". Sem assumir equívocos em sua campanha, o candidato resumiu o problema à duração de seu programa eleitoral. "Temos uma dificuldade na TV. Nosso tempo é menor que o dos concorrentes. Mas também sou bastante conhecido em São Paulo", explicou. E esforçou-se em mostrar confiança. "Temos todas as condições de ir para o segundo turno e vencer as eleições". Metrô – Alckmin questio-

nou as promessas da petista Marta Suplicy de construir 63,1 quilômetros de metrô até 2014, quando o Brasil sediará a Copa do Mundo. Com planos bem mais modestos, de colocar em operação os 12,8 km da Linha 4 até 2012, Alckmin subiu o tom das críticas. "Sessenta quilômetros de metrô até 2014 baseados em quê?", questionou. "Ela suprime uma linha importante (Linha 6), cria uma linha superposta e o Governo Federal manda uma proposta orçamentária para o Congresso com zero de recursos para o Metrô. O discurso não está batendo com a prática". (AE)

CONSELHO Para evitar que continue perdendo pontos nas pesquisas, assessores de peso estão aconselhando Alckmin a voltar a criticar a gestão de Gilberto Kassab. Mas, até agora, o tucano tem resistido à idéia de atacar o prefeito.

COLIGAÇÃO Alckmin tenta evitar criticar Kassab porque acha que chegará no segundo turno e deseja restabelecer a coligação PSDB/DEM. Isto é, o ex-governador espera pelo apoio dos democratas se ficar para decidir a eleição com Marta Suplicy.

MESMA LINHA Também o governador José Serra não concorda com eventuais ataques de Alckmin a Kassab. Candidato ao Planalto em 2010, o governador é o maior interessado na volta da coligação dos dois partidos no segundo turno da eleição de prefeito.

PERIFERIA As pesquisas ainda sustentam que Marta está forte nos bairros da periferia das zonas leste e sul, dois dos mais importantes redutos eleitorais da cidade. Ambos representam mais de 60% do total de eleitores na Capital.

DESVIO Assessores tucanos desejam que Alckmin, além de criticar Kassab, polarize a campanha com Marta Suplicy. Os tucanos não querem que Alckmin deixe Kassab brigando sozinho com a petista.

COMO ESTÁ Se sustentar o índice de 40% de preferência eleitoral até o dia da eleição, Marta passará para o segundo turno com mais de 2,5 milhões de votos. Se as eleições fossem hoje, Alckmin e Kassab teriam 1,5 milhão de votos cada um.


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Nacional Finanças Negócios Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Queda nas vendas faz Apple mudar de estratégia e renovar produtos.

EQUADOR QUER INDENIZAÇÃO DE US$ 12 MILHÕES

Armando Fávaro/ AE

Justin Sullivan/AFP

Equador dá ultimato à Odebrecht

Odebrecht. O governo do país quer uma indenização por danos causados pela paralisação de uma central hidrelétrica, sob pena de iniciar ações legais, encerrar contratos e expulsar a companhia de seu território. As autoridades equatorianas pediram uma indenização de US$ 12 milhões pela paralisação da usina hidrelétrica San Francisco, construída pela empresa brasileira ao custo inicial de US$ 300 milhões. A usina, segunda maior do país, foi inaugurada no ano passado, mas desde 6 de

junho vem apresentando falhas técnicas que a obrigaram a interromper a geração, colocando em risco o abastecimento de energia. "Se a Odebrecht não acatar as exigências, terá que sair do país porque todos os seus contratos serão encerrados", afirmou o presidente da estatal Fondo de Solidaridad, Jorge Glas. "O consórcio concedeu garantia de cinco anos para os trabalhos que se realizam atualmente no projeto, apesar da obrigação contratual determinar 180 dias", informou a Odebrecht em nota publicada em meios locais, que não faz referência às ameaças do governo.

Falta inovação

Escassez

Equador impôs ontem um ultimato para a O construtora brasileira

O Preços menores para vender mais

A

Apple revelou uma nova série de seu tocador de músicas iPod e uma agressiva estratégia de preços. Em um evento em San Francisco (EUA), a empresa anunciou modernizações em seu iPod clássico e versões redesenhadas do pequeno

Nano e do site de músicas iTunes. A Apple afirmou que vai oferecer iPods clássicos com 120 gigabytes de armazenagem por US$ 249. Já o modelo Nano de 8 gigabytes será vendido por US$ 149 e o de 16 gigabytes, por US$ 199.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançará hoje em Brasília estudo mostrando que as empresas brasileiras avançaram nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Mas o Brasil reserva apenas 1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para essa finalidade.

O

mundo terá de aumentar a produção de alimentos em 50% até 2030 e dobrá-la até 2050 para evitar a escassez nas próximas décadas. O alerta é do relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à alimentação, Olivier de Schutter.

Cresce exportação de arroz brasileiro

O

Brasil exportou 400 mil toneladas de arroz até agosto, um aumento de 153% ante o resultado obtido em 2007. O volume representa 57% do total estimado para o atual ano agrícola e confirma o bom desempenho das vendas do cereal beneficiado, informou o Instituto Rio-

Grandense do Arroz (Irga). Foram embarcadas 267 mil toneladas do produto no período. A exportação chegou a quase todas as regiões importadoras de arroz, destacou o assessor do Irga, Marco Aurélio Tavares, com exceção da Ásia, que é grande fornecedora.

Licença de 6 meses

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que amplia o prazo da licençamaternidade de quatro para seis meses. Para que as mães obtenham o novo benefício, elas terão que negociar com as empresas a ampliação, já que a medida é opcional para os patrões. A nova legislação passa a valer a partir de 2010. Para usufruir da licença de seis meses, a trabalhadora terá que requisitá-la até o fim do primeiro mês depois do parto e a medida também vale para adoção. Com AE, AG e Reuters.

BÚSSOLA

A

inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), da pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), dobrou entre a última semana de agosto e a primeira semana de setembro, de de 0,13% para 0,26%.

O

Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revisou as estimativas de investimentos do setor de US$ 42 bilhões para US$ 57 bilhões até 2012, montante que deve abranger 48 projetos. ciranda@dcomercio.com.br


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Talvez não seja tão ruim ter a minha versão Marta Suplicy, sobre lançamento de seu livro

SITE MOSTRA QUEM ESTÁ EM DÉBITO COM JUSTIÇA

Paulo Maluf é líder. Em processos na Justiça.

Ricardo Matsukawa/Futura Press

Informação consta do site do Congresso em Foco e cita também sua vice Segundo as informações do Congresso em Foco, dentre os processos de Maluf que correm no STF um se refere a uma ação penal por crime de responsabilidade e outros três por crimes contra o sistema financeiro nacional. O candidato do PP é alvo ainda de investigação em um inquérito no Supremo Tribunal Federal também por crime contra o sistema financeiro nacional.

Assessoria de imprensa do candidato diz que Maluf tem processos na Justiça, mas nenhuma condenação Demandas – No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Maluf tem seu nome em 21 ações populares e duas por improbidade administrativa. Na Justiça Federal de São Paulo ele responde a uma ação civil pública por repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS), uma ação penal por falsidade ideológica e crime contra a fé pública e a um processo de usucapião. Em segunda ins-

tância, Maluf apelou contra nove processos por responsabilidade civil, referentes a indenização por danos morais. Já sua vice, Aline Corrêa, responde no Supremo Tribunal Federal por uma ação penal por crimes contra a paz pública, quadrilha ou bando, crimes contra a fé pública, falsificação de documento público, crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos ou valores. No Tribunal de Justiça de São Paulo a vice de Paulo Maluf responde a uma ação de falência e duas execuções de título extrajudicial. Aline Corrêa apela em dois processos que tramitam em segunda instância. O levantamento mostrou também que dos 594 parlamentares do Congresso (513 deputados e 81 senadores), 88 disputam as eleições municipais deste ano e 53 respondem a processos na Justiça. O número representa 60,2% dos parlamentares que estão disputando cargos. Juntos, eles são alvo de 321 processos, sendo 37 deles no Supremo. A lista foi elaborada a partir de informações disponíveis nos sites do Supremo Tribunal Federal, da Justiça Federal e dos tribunais de Justiça estaduais. (AE)

Maluf, candidato que disputa a Prefeitura de São Paulo pelo PP teve seu nome ligado a quase 50 processos Joel Silva/FI

Tudo o que a imprensa não contou sobre a gestão de Marta

A

candidata da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoBPDT-PTN-PRB-PSB) à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, disse ontem que seu livro, intitulado Minha vida de prefeita – o que São Paulo me ensinou, com lançamento marcado para hoje, ajudará a explicar muito do que aconteceu em sua gestão, entre 2001 e 2004. Na sua avaliação, essa será uma oportunidade para que ela narre histórias que a imprensa não publicou. "O livro conta certas coisas que não saíram na imprensa e que vivi como autoridade." A candidata do PT citou o evento da guerra contra os perueiros durante a implantação do Bilhete Único, que a obrigou a utilizar um colete à prova de balas durante as negociações. No livro, ela diz que ceder às reivindicações dos perueiros significaria o fim do Bilhete Único. "Isso não sai no jornal, não sai, por exemplo, eu num

Candidata do PT diz que quer passar sua impressão como prefeita

palco com colete de segurança tendo de pular que nem um canguru porque avisaram que tinha gente lá para dar tiro", afirmou Marta, após visitar a "Vila dos Idosos", no Pari, região central de São Paulo. Sofrimento – Marta Suplicy disse que começou a escrever o livro quando perdeu as últimas eleições e que não conseguiu finalizá-lo porque lhe causava muito sofrimento. O trabalho foi retomado em outubro do ano passado e concluído há três semanas. "Eu comecei a pensar que ia ter eleições e que eu tinha uma versão do que senti como prefeita, do que aconteceu e das coisas que foram ditas e não consegui explicar na época",

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O

candidato do PP à Prefeitura paulistana, Paulo Maluf, é o parlamentar disputando as eleições municipais deste ano que responde ao maior número de processos na Justiça. O dado consta do levantamento feito pelo site Congresso em Foco divulgado ontem. Maluf responde a um total de 49 processos, sendo cinco no Supremo Tribunal Federal (STF), três na Justiça Federal e 41 em primeira instância. A deputada federal Aline Corrêa (PP), vice na chapa de Maluf, também aparece na lista com um total de quatro processos: um no STF e três em primeira instância. Segundo a assessoria de Maluf, o candidato "tem processos na Justiça, mas nenhuma condenação penal". Além disso, sua campanha ressaltou que a maioria de seus processos tramita em primeira instância e corresponde a ações populares – instrumento constitucional utilizado por cidadãos com o objetivo de questionar judicialmente a validade de atos considerados lesivos. A candidata Aline Corrêa não foi encontrada para comentar o assunto.

contou, citando especificamente o que chamou de "campanha de terror", quando o então prefeito José Serra (PSDB) assumiu o cargo e afirmou que a cidade estava falida. "Ficou pronto bem em cima da hora", disse ela, sobre o efeito do livro nas eleições. "Por um lado, é um pouco delicado lançar um livro desses às vésperas da eleição. Por outro, como a campanha se acirra mesmo no final, talvez não seja tão ruim ter a minha versão." Para Marta, se o livro conseguir que assuntos de interesse das pessoas sejam esclarecidos, em vez de apenas estimular fofocas, o resultado já terá sido muito bom. (AE)

Educação é discutida em São Paulo por candidatos dos candidatos que Q uatro disputam a Prefeitura de

São Paulo participaram, ontem, de um debate sobre educação promovido pelo Movimento Nossa São Paulo, na região central da cidade. Soninha Francine, do PPS, Ivan Valente, do PSOL, Edmilson Costa, do PCB, e Renato Reichmann, do PMN, falaram sobre a importância de colocar em prática um plano municipal de educação. Marta Suplicy, da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoBPDT-PTN-PRB-PSB), Geraldo Alckmin, da "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTBPHS-PSL-PSDC), e Gilberto Kassab, da "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDBPRP-PV-PSC), enviaram representantes ao evento. Soninha propôs mais autonomia às escolas para que desenvolvam projetos de acordo com a situação do ensino em cada região sem abrir mão de metas comuns ao sistema municipal. Valente, da coligação "Alternativa de Esquerda para São Paulo" (PSol-PSTU), citou a importância de recursos e da participação popular para que se cumpra o plano de educação. Costa também defendeu um diálogo com a sociedade por meio de conselhos populares de educação. Reichman destacou o papel das creches na formação de crianças. (AE)


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 A AMB não faz oposição ao monitoramento, mas de onde vem a decisão (CNJ). Mozart Valadares

URNAS PODEM SER GRAMPEADAS?

Grampo: urnas podem ser investigadas Envolvimento da Abin em suposto esquema de escutas ilegais levantou a suspeita de que as urnas eletrônicas também poderiam ser grampeadas

O

suposto envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com escutas ilegais pode colocar sob suspeita as urnas eletrônicas utilizadas nas próximas eleições. Parlamentares da oposição, integrantes da CPI dos Grampos Telefônicos, procuraram o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, pedindo a realização de uma auditoria externa para assegurar a segurança do módulo de criptografia inserido nas urnas eletrônicas. A preocupação dos parlamentares é porque essa criptografia – um dos instrumentos técnicos que garante o sigilo do processo – é elaborada justamente pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc), órgão que faz parte da Abin. Na avaliação desses parlamentares, é necessário que se reforce a prevenção sobre as urnas, depois da revelação da revista 'Veja' dando conta que a Abin pode ter participado de escutas telefônicas clandestinas em pelo menos uma conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "Não temos evidências que apontem para a existência de fraude envolvendo as urnas. Mas é importante que tomemos medidas preventivas.

Porque a Abin disse que não tinha equipamentos para fazer grampos e ficamos sabendo depois que ela tinha. Disse também que não estava envolvida com as escutas e as evidências indicam que estava.

Queremos um acompanhamento externo desse trabalho para termos a certeza que (as urnas) são protegidas contra fraudes. Gustavo Fruet

Então, queremos um acompanhamento externo desse trabalho com a segurança das urnas para ter certeza que são totalmente protegidas de fraudes", afirmou o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), autor do pedido junto de Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Raul Jungmann (PPS-PE), todos integrantes da CPI.

A conversa dos parlamentares com Britto ocorreu na semana passada com a presença também do membro honorário vitalício do Conselho Federal da OAB, Rubens Approbato Machado, e do conselheiro federal pelo Piauí e presidente da Comissão Nacional de Legislação da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coelho. O presidente da OAB afirmou que vai pedir informações ao governo e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o sistema de segurança das urnas eletrônicas. Segundo Britto, "as urnas devem ser sagradas e invioláveis". "Temos que ter essa certeza para que elas reflitam a vontade do soberano povo", acrescentou. Oficialmente, a Abin informa que não se manifestará sobre a posição dos parlamentares e da OAB, cabendo ao TSE, como cliente do serviço, se pronunciar ou não. Informalmente, porém, técnicos da Abin avaliam que a preocupação sobre a criptografia usada nas urnas é desnecessária, uma vez que o sistema utilizado é referência internacional tamanha a sua qualidade e proteção. O TSE, por intermédio da assessoria de imprensa, afirmou que o Cepesc faz a criptografia dos dados eleitorais desde a implementação das urnas eletrônicas e que a Abin, por sua vez, não tem qualquer acesso aos programas utilizados na votação. (AE)

Alan Marques/Folha Imagem

O projeto, de autoria de Jarbas Vasconcelos (à esquerda), foi aprovado com 17 votos favoráveis

CCJ do Senado aprova penas mais duras para escutas ilegais

A

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem o projeto de lei que criminaliza os grampos ilegais, prevendo penas de dois a seis anos de prisão para quem executá-los. A proposta também proíbe a comercialização de aparelhos de escuta e estabelece reclusão de dois a quatro anos para quem fizer chantagem a partir de material fruto de escutas tanto legais quanto sem autorização. Se o acusado de grampo for um servidor público, a pena pode chegar a

sete anos e meio. O projeto, de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), foi modificado para chegar ao modelo atual após sugestões do relator, Demóstenes Torres (DEMGO), e do Ministério da Justiça. Com 17 votos favoráveis a uma abstenção do presidente da CCJ, Marco Maciel (DEM-PE), a medida segue agora para análise da Câmara. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) protestou contra o fato do projeto modificar os prazos de

autorização de grampos. Pela proposta, as escutas podem ser autorizadas por 60 dias, podendo ser renovadas desde que justificadas – por outros 60, com limite máximo de 360 dias. Para Dornelles, tais prazos são muito exagerados. Hoje o prazo é de 15 dias renováveis por outros 15, até o limite de 45 dias. Não houve acordo quanto à sugestão do senador, já que outros membros da CCJ argumentaram que o governo chegou ao prazo de 60 dias com base na experiência da polícia. (AOG)

Magistrados contra o CNJ Entidade contesta resolução que trata da decretação de escutas telefônicas

A

Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) estuda contestar no Supremo Tribunal Federal (STF) a validade da resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que criou uma central para controle de grampos no País e definiu regras mais rígidas para a decretação de escutas telefônicas e que-

bras de sigilo de e-mails, disse ontem o presidente da entidade, Mozart Valadares. Pela resolução, todos os juízes do País que determinarem quebra de sigilos telefônicos e de e-mail têm de encaminhar mensalmente à corregedoria de seu tribunal a lista dos grampos ordenados e o total de ofícios enviados para em-

presas de telefonia. Para a AMB, o CNJ é um órgão encarregado de tomar apenas decisões administrativas e não deve se envolver com matérias jurídicas, o que seria o caso das interceptações telefônicas. "A AMB não faz oposição ao monitoramento, mas de onde vem a decisão", afirmou Valadares. (AE)

Tem araponga no Palácio dos Bandeirantes Todo dia um 'elemento suspeito' voa ao redor do gabinete de José Serra Christian Frisch

José Maria dos Santos

U

m araponga está voejando com certa insistência em torno do Palácio dos Bandeirantes nos últimos dias. No entanto, o governador José Serra pode dormir sossegado, se é que costuma fazê-lo – conforme sugere sua larga fama de notívago – pois não há risco de sofrer alguma escuta clandestina. Este araponga, ao contrário dos "sherlocks" de calças compridas que aguçam suas orelhas a serviço da Abin, tem o corpo coberto de belas plumas impecavelmente brancas. De modo que suas arapongagens se limitam ao canto áspero e estridente que lembra um ferreiro malhando na sua bigorna. Caso as cortinas beges do seu gabinete, no segundo andar, estejam abertas, Serra até poderá vê-lo através das janelas que se abrem para a Avenida Morumbi, pois é deste lado, na face sudeste, que o araponga costuma se movimentar ao longo do dia. Invariavelmente acorda na Reserva Ecológica do Morumbi, um nicho da Mata Atlântica que se ergue próximo ao Clube Paineiras. Dali vai dar algumas bandas, ora no Parque Alfredo Volpi, ora na Fundação Oscar Americano até se recolher com o entardecer.

A ave acorda na Reserva Ecológica do Morumbi, dá algumas bandas no Parque Alfredo Volpi e na Fundação Oscar Americano até o entardecer.

Trata-se de um legítimo exemplar do gênero P ro cnias nudicollis, que habita a costa brasileira desde o Nordeste até o Rio Grande do Sul. E é macho, segundo denunciam suas penas alvas, pois a fêmea exibe um tom esverdeado. Como sabemos disso tudo? Foi o ornitólogo Dalgas Frisch, 78 anos, que nos contou. Ele mora na Praça do Uirapuru, em Cidade Jardim, uma região intensa-

Araponga vem a São Paulo para recuperar forças e acasalar

mente arborizada, rica em pássaros. Faz parte do hábito espioná-los, por prazer e interesse científico. Dalgas sabe tudo o que se passa nesse meio. Sempre é o primeiro a anotar a chegada de aves migratórias à Cidade, como é o caso do araponga. Como faz todo ano, ele chegou em fins de agosto. Deverá ir embora nos próximos 20 ou 30 dias. Da Serra do Mar – Dalgas vem paquerando este araponga desde o ano 2000, quando o surpreendeu voando nos céus da zona sul pela primeira vez. Não lhe foi difícil deduzir que ele vem das matas da Serra do Mar, rumo a Santos, atraído pela profusão de frutos que encontra por aqui neste início de primavera em direção ao verão. "A reserva e o Bosque do Morumbi têm muita fruta silvestre. Além disso, também há muito pé de amora, de pitanga e principalmente de piracanta nos jardins das casas", diz ele. Quem conhece o ciclo biológico das arapongas poderá julgar, com razão, que este aporta por aqui com a intenção de acumular forças e energia para a animada tarefa de procriar. Vem em busca de uma dieta rica e farta por curto período, ao fim do qual volta para suas origens, pois a fase de acasalamento se dá entre o fim da primavera e início do verão.

Como é a fêmea que dá as cartas, pois é ela quem escolhe o parceiro, nosso araponga tem uma dura disputa pela frente que exige sobretudo boa apresentação. Superado esses obstáculos, se tudo correr bem, em 26 dias, a partir da postura dos dois ovos, a floresta da Serra do Mar terá mais um par de araponguinhas, que é a medida de cada ninhada. Essas informações são necessárias e oportunas, para que o pássaro não seja confundido com os "arapongas" que ouvem conversas alheias, e receba intimação para depor a parlamentares numa CPI.

A espécie tem o corpo coberto de belas plumas brancas. O canto é áspero e estridente E lembra um ferreiro malhando na sua bigorna.

A fotografia foi feita por Christian Dalgas Frisch, filho e companheiro de Dalgas. Capturou-a com uma potente teleobjetiva digital de 250mm na Reserva Ecológica. )


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Nacional Finanças Empreendedores Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Empreendimento oferece edições específicas, algumas com tiragens limitadíssimas.

NO BUTANTÃ, UMA LIVRARIA ESPECIAL

Uma livraria voltada para pesquisadores

Nilani Goettems/e-SIM

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A SBS, aberta em agosto, tem livros em aproximadamente 80 idiomas.

Variedade dos temas e idiomas chega a surpreender o cliente habitual

O português José Manuel Ribeiro Vicente, sócio do empreendimento.

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Livraria Internacional SBS, aberta em agosto, fica num quarteirão sem graça da barulhenta Avenida Vital Brasil, na zona oeste. Mas, mal inaugurou e já faz um sucesso danado. O interessado em aprender urdu (língua oficial do Paquistão) ou wolof (falado no Senegal, Gâmbia e Mauritânia) tem à disposição dicionários e livros de introdução aos idiomas. E isso nem é o forte da Internacional SBS, que nasceu para atender à demanda de pesquisadores, com exemplares científicos, técnicos e profissionais. Dez mil títulos de livros, dos universitários à ponta da pesquisa científica, são encontrados na SBS. Volumes sobre física quântica, nanotecnologia, obstetrícia, genética e química forense estão espalhados pelos 450 m², a poucas quadras da Universidade de São Paulo (USP), onde acontece 28% da pesquisa realizada no País inteiro. "Mas temos capacidade para oferecer 15 mil títulos. Hoje, o universo editorial é gigantesco. Temos de ir ao encontro do que os clientes querem", diz o português José Manuel Ribeiro Vicente, que fala quatro idiomas. "Quatro não, três. Porque hoje não falo mais o português de Portugal e nem o português do Brasil", brinca. Vicente veio ao Brasil em 1989 para montar uma filial de um grupo editorial português. Era para ficar apenas

icente diz que o nome diz tudo sobre a empresa. "SBS, de Special Book Services. É especial porque o cliente sempre teve uma grande satisfação com a qualidade do serviço. É em inglês porque já nasceu com esse foco. Ainda é o idioma dominante, mas o cliente que procura chinês merece de nossa parte o mesmo nível de atenção." O endereço no Butantã acrescentou Internacional ao SBS porque a proposta é vender produtos de qualquer parte do mundo. "Importamos, com frequência, livros de 30 países e trabalhamos com português para estrangeiros." O título BemVindo! é usado em cerca de 40 países, segundo o empresário.

Numa área de 450 m², a Livraria Internacional SBS oferece 10 mil títulos, mas tem capacidade para 15 mil.

um ano, mas não foi mais embora. Casou-se com uma brasileira e comprou a SBS, uma pequena empresa com apenas dois funcionários. Em 19 anos, a editora, importadora e distribuidora especializada em títulos de idiomas virou uma rede com 58 lojas próprias – 35 no Brasil, 10 na Argentina e 13 no Peru. São livros em aproximadamente 80 idiomas para todos os níveis da educação e todas as faixas etárias, inclusive para quem quer aprender sozinho ("O que eu não recomendo") e sobre técnicas de ensino para professores. "Agora, adicionamos uma nova especialização", afirma Vicente. A SBS incorporou a M&F Academic Book Services, de Celso Fonseca, que virou parceiro do empresário português na livraria do Butantã. Fonseca montou a M&F p a r a t r a b a l h a r n a á re a d e ciência tecnológica, importando livros da Inglaterra e

ocê quer uma lista?", diz Vicente, respondendo à pergunta sobre qual seria a maior dificuldade da empresa com outra indagação. "Acho que somos nós. Andamos a mil – tão veloz que a equipe não consegue acompanhar. O ser humano tem tendência a procurar uma zona de conforto e a empresa introduziu muitos elementos novos. Agora, temos uma zona de desconforto que deve ser ajustada." Já Celso Fonseca acredita que essa dificuldade é inerente ao empreendedorismo. "Você acaba encontrando dificuldades quando busca qualidade em empreendimentos diferenciados", afirma.

Celso Fonseca, a respeito do sócio: "Estávamos em mundos paralelos".

Estados Unidos. "A M&F tem um percurso acadêmico – ela nasceu num seminário, em 1991, na USP, chamado As Editoras Universitárias na Inglaterra e no Brasil. Conheci o Vicente nessa época, no começo dos anos 90, mas estávamos em mundos paralelos", diz Fonseca. "Só agora descobrimos como temos coisas em comum", completa Vicente. Eles dizem que a livraria na Vital Brasil é apenas a primeira experiência, resultado da vontade de união entre os dois parceiros. "A idéia era ter um empreendimento mais direcionado para quem faz pesquisa. O País tem um concentração grande de pesquisadores espalhados, não é um fenômeno apenas da Região Sudeste. As estatísticas apontam um alto nível de pesquisa nessa região em razão das universidades federais, mas há centros de excelência espalhados por todo o Brasil – no Amazonas, Pará, Pernambuco. Tanto que o maior centro de neurociência está em Natal", afirma Fonseca sobre o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra. O projeto no Rio Grande do Norte só aconteceu "graças à generosa doação provida pela sra. Lily Safra (a

maior na história da ciência brasileira) e às parcerias com instituições públicas e privadas", segundo o site do instituto (www.natalneuro.org.br). Como um dos lemas da dupla é criar oportunidades conforme os clientes demandam, a SBS expôs em um encontro da Sociedade Brasileira de Botânica, na capital potiguar, em agosto, quase 800 títulos sobre a disciplina. Os participantes, cerca de 3 mil pessoas com titulação mínima de mestrando, adoraram. Algumas tiragens exclusivas saem com apenas 200 exemplares. Nos dias 15 e 16 deste mês, a livraria vai participar do 54º Congresso Brasileiro de Genética, levando mil títulos sobre o assunto. "Dentro da especialização, temos um universo de 500 mil produtos disponíveis. Trabalhamos com outros conteúdos – CD-Rom, multimídia... Não estamos restritos ao livro impresso", diz Vicente, que traduz assim a parceria com Fonseca: "Trouxemos os ativos para dentro da SBS e a M&F deixa de ter passivos".

SERVIÇO www.sbs.com.br

SEGREDO

S

egundo Vicente, três fatores foram determinantes para o crescimento da SBS. Reunir uma equipe inteligente ("O fator humano"), escutar os clientes ("Eram mal atendidos, as necessidades eram muitas e as oportunidades mais ainda") e capacidade de antecipar mudanças ("Econômicas, tecnológicas, de tendências"). Hoje, a empresa tem 340 funcionários no Brasil, 80 no Peru e 70 na Argentina.

Livro em wolof, idioma falado em três países agricanos.


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Nacional Finanças Va r e j o Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

NO NATAL, SERÃO CRIADAS 113 MIL VAGAS TEMPORÁRIAS

Shoppings: mais que um canal de venda

O shopping precisa se preparar para receber o anunciante. Sérgio Amado, publicitário

Newton Santos/Digna Imagem

O uso dos centros comerciais como mídia já responde por 13% do faturamento. E a tendência é de crescimento. Patrícia Büll

M

ais do que um canal de venda, os shopping centers se consolidam como uma importante forma de comunicação com o cliente. Pesquisa do Ibope, encomendada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), aponta que 13% dos resultados dos empreendimentos são provenientes de seu uso como mídia – desse resultado, 67% vêm do merchandising e locação no Dia das Mães e no Natal. "Os números mostram o potencial dos shoppings, principalmente depois da Cidade Limpa. Com a lei, cerca de R$ 400 milhões/ano deixaram de ser gastos com mídia externa em São Paulo. Essa receita deve migrar para outras formas de publicidade e os centros de compra podem conquistar uma participação importante nela", afirmou Alex Dumborsck, diretor de merchandising da Ancar, empresa administradora de shoppings, durante o 10º Congresso Internacional de Shopping Centers e Conferência das Américas,

realizado em São Paulo. Na opinião de Sérgio Amado, presidente da agência de publicidade Ogilvy Brasil, a participação da mídia nos resultados poderia ser maior se os administradores não enxergassem os empreendimentos apenas como um canal do varejo. "O shopping precisa se preparar para receber o anunciante. Para isso, é preciso uma reestruturação de seu departamento comercial. Atualmente, eles se vendem como uma canal de mídia, mas entregam às agências um contrato de locação, dificultando bastante a entrada dos grandes anunciantes", afirmou Amado. Segundo a revista Meio e Mensagem, o bolo publicitário brasileiro gira em torno de

O comércio responde por 13,8% das contratações de temporários

R$ 26 bilhões/ano. "Mas na distribuição por tipo de mídia, os shoppings sequer aparecem", reforça Dumborsck. Para Andréa Cordeiro, da Visa Brasil, a comunicação nos empreendimentos se tornou estratégica porque os shoppings se transformaram em pequenas cidades. "As pessoas vão lá para comprar, se divertir, passar o tempo. Toda oportunidade de consumo tem a ver com nosso negócio. Por isso, realizamos campanhas promocionais e ações de merchandising com esses centros." Segundo a executiva, 14% das transações com o Visa são realizadas em shoppings.

BMC Previdência Privada S.A.

CNPJ no 07.622.099/0001-02 - NIRE 35.300.325.770 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 10.9.2007

Data, Hora, Local: realizada aos 10 dias do mês de setembro de 2007, às 15h, na sede social, Avenida das Nações Unidas, 12.995, 26o andar, parte, São Paulo, SP. Presença: representantes do Banco BMC, único acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Lúcio Flávio Condurú de Oliveira. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei n o 6.404/76. Ordem do Dia: I. apreciar e aprovar o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Sociedade, incluindo o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, referentes ao período compreendido entre 1 o de janeiro e 30 de junho de 2007; II. reformular o Estatuto Social, procedendo-se, em seguida, à sua consolidação, destacando-se as seguintes modificações: a) estabelecer que a Sociedade passará a adotar a forma escritural para as suas ações; b) dar nova regulação à composição e competência da Diretoria; c) especificar as situações em que a Sociedade poderá ser representada isoladamente por Membro da Diretoria ou Procurador; III. registrar pedidos de renúncia formulados por membros da Diretoria; IV. eleger novos membros para compor a Diretoria; V. designar: 1) de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003: a) responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei no 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; b) responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Previdência; 2) de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis; 3) de conformidade com o disposto na Resolução n o 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; VI. optar, de conformidade com o disposto no Artigo 14, da Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, pela utilização de Comitê de Auditoria Único, constituído pelo Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira líder do Conglomerado Financeiro Bradesco. Deliberações: as matérias constantes da ordem do dia foram colocadas em discussão e votação, tendo sido tomadas as seguintes deliberações: I. aprovados integralmente o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Sociedade, incluindo o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, referentes ao período compreendido entre 1o de janeiro e 30 de junho de 2007; II. aprovada a reformulação do Estatuto Social da Sociedade, para adequá-lo ao das demais Sociedades integrantes da Organização Bradesco, procedendo-se, em seguida, à sua consolidação, destacando-se as seguintes modificações: a) estabelecer que a Sociedade passará a adotar a forma escritural para as suas ações; b) dar nova regulação à composição e competência da Diretoria; c) especificar as situações em que a Sociedade poderá ser representada isoladamente por Membro da Diretoria ou Procurador. Em conseqüência, o Estatuto Social da Sociedade, consolidado, passará a vigorar com seguinte redação: “BMC Previdência Privada S.A. - Estatuto Social - Título I - Da Organização, Duração e Sede - Art. 1o) A BMC Previdência Privada S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede na Avenida das Nações Unidas, 12.995, 26o andar, parte, Chácara Itaim, São Paulo, SP, CEP 04.578-000, e foro no mesmo Município. Art. 4o) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Sucursais, Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, a critério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais - Art. 5 o) A Sociedade tem por objeto a instituição e execução de quaisquer planos de benefícios de caráter previdenciário autorizados pelo órgão regulador e a prática de qualquer outra atividade própria às entidades abertas de previdência complementar. A Sociedade será organizada de forma complementar e autônoma em relação ao regime geral da previdência social, podendo participar de outras sociedades. Título III - Do Capital Social - Art. 6 o) O Capital Social é de R$7.200.000,00 (sete milhões e duzentos mil reais), dividido em 7.200.000 (sete milhões e duzentas mil) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, a parcela de, pelo menos, 50% (cinqüenta porcento) será realizada no ato da subscrição e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, no Banco Bradesco S.A., em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - Da Administração Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 3 (três) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, 1 (um) Diretor Gerente e de 1 (um) a 7 (sete) Diretores sem designação especial. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de prévia autorização do Conselho de Administração do acionista controlador, direto ou indireto: a) a aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do Patrimônio Líquido da Sociedade, nos casos de operações com empresas não integrantes da Organização Bradesco; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - Ressalvadas as exceções previstas expressamente neste Estatuto, a Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores, devendo um deles estar no exercício do cargo de Diretor-Presidente ou Diretor Gerente. Parágrafo Terceiro - A Sociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo. Parágrafo Quarto - A Sociedade poderá ainda ser representada isoladamente por qualquer membro da Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: a) mandatos com cláusula “ad judicia”, hipótese em que a procuração poderá ter prazo indeterminado e ser substabelecida; b) recebimento de citações ou intimações judiciais ou extrajudiciais; c) participação em licitações; d) em Assembléias Gerais de Acionistas ou Cotistas de empresas ou fundos de investimento de que a Sociedade participe, bem como de entidades de que seja sócia ou filiada; e) perante órgãos e repartições públicas, desde que não implique na assunção de responsabilidades e/ou obrigações pela Sociedade. Parágrafo Quinto - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7 o, deste Estatuto. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dos seus membros; b) ao Diretor Gerente, auxiliar o Diretor-Presidente no desempenho de suas funções e supervisionar as diversas áreas de atividades sociais; c) aos Diretores sem designação especial, colaborar com o Diretor-Presidente no desempenho de suas funções e coordenar e dirigir as atividades das áreas que

Fischer S.A. - Comércio, Indústria e Agricultura

CNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 11 de Agosto de 2008 Dia, Hora e Local: 11 de agosto de 2008, às 08:00 horas, na Rua João Pessoa, 305, na cidade de Matão-SP. Convocação e Presença: Convocação dispensada nos termos do parágrafo 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404/76, em face da presença da totalidade dos acionistas da Companhia, conforme se verifica pelas assinaturas no “Livro de Presença de Acionistas”. Mesa: Presidenta: Maria do Rosário Fischer; Secretário: Julio Alvarez MBoada.Ordem do Dia:Eleição dos membros do Conselho de Administração.Deliberações Tomadas, por Unanimidade dos Votos e sem Reservas: (i) - Eleger para o Conselho de Administração, com mandato até 21 de agosto de 2009, os seguintes membros: Maria do Rosário Fischer, brasileira, viúva, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 2.493.154 e do CPF nº 023.417.617-20, domiciliada na Avenida Circular Dr. Gastão Vidigal, nº 452, Araraquara-SP, CEP.: 14802-408 - Presidenta do Conselho de Administração; Bianca Helena Fischer de Moraes, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 07.470.471-9 e do CPF nº 928.171.817-00, domiciliada na Rodovia Brigadeiro Faria Lima, Km 297, s/nº, Matão-SP, CEP: 15992-100 - Conselheira; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade IFP/RJ nº 08.179.683-1 e do CPF nº 011.060.107-60, domiciliada na Rodovia Deputado Victor Maida, s/nº, SP-331, Km 5, Gavião Peixoto-SP, CEP: 14813-000 - Conselheira; Alessandra Fischer de Souza Santos, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 09.112.764-7 e do CPF nº 014.145.057-60, domiciliada na Rodovia Deputado Victor Maida, s/nº, SP-331, Km 5, Gavião Peixoto-SP, CEP: 14813-000 - Conselheira; e Renata Fischer Fernandes, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 11.131.165-0 e do CPF nº 085.760.577-19, domiciliada na Avenida Circular Dr. Gastão Vidigal, nº 452, Araraquara-SP, CEP: 14802-408 - Conselheira. (i.i) - As Conselheiras eleitas tomarão posse de seus cargos nesta data. Firmarão o termo de posse no “Livro de Atas de Reunião do Conselho de Administração”. (ii) - Aprovar a remuneração global mensal do Conselho de Administração, no valor total de R$ 140.024,45 (cento e quarenta mil, vinte e quatro reais e quarenta e cinco centavos) e da Diretoria, no valor total de R$ 342.527,99 (trezentos e quarenta e dois mil, quinhentos e vinte e sete reais e noventa e nove centavos). Declarações: Os membros do Conselho de Administração eleitos nesta Assembléia declaram, sob as penas da Lei, que não estão sendo processados e nem foram condenados por crimes que impeçam o exercício de atividades mercantis. Encerramento: E, nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, dos quais se lavrou, a presente ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes. (aa) Presidenta: Maria do Rosário Fischer; Secretário: Julio Alvarez Boada. Acionistas presentes e Conselheiras eleitas: (aa) Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão/SP, 11 de agosto de 2008.Maria do Rosário Fischer Presidenta; Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 295.769/08-7 em 05/09/2008. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secr. Geral.

Contratações temporárias em alta Esse tipo de emprego é considerado a porta de entrada no mercado para os jovens Paula Cunha

A

s empresas brasileiras estão aprendendo a u t iliz ar o t r a b a lh o temporário como uma ferramenta para treinar e efetivar novos funcionários – o setor cresce 7% ao ano no Brasil. O faturamento deste ramo e dos serviços terceirizáveis é de R$ 58,9 bilhões ao ano. E não falta espaço para sua ampliação, impulsionada pelo aumento do trabalho formal. Os números foram divulgados ontem pelo Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-deObra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo

(Sindeprestem). O estudo "O trabalho temporário e o setor de serviços tercerizáveis no Brasil (2007/2008)" foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Manager (Ipema). Outra boa notícia: a base de remuneração do trabalho temporário no Brasil cresceu 12% em 2008 ante 2007 e situa-se em R$ 860. A informação foi divulgada por Vander Morales, diretor de comunicações da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Tercerizáveis e d e Tr a b a l h o Te m p o r á r i o (Aserttem), que também participou do levantamento. A ampliação da economia formal no País e a adoção das modalidades de contratos temporários e de serviços terceirizados estão contribuindo

lhes ficarem afetas. Parágrafo Único - A Assembléia Geral designará dentre os Diretores da Sociedade os que devam ocupar as funções específicas instituídas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, quais sejam: I. Diretor Responsável pelas Relações com a SUSEP: responderá pelo relacionamento com a Autarquia, prestando, isoladamente ou em conjunto com outros Diretores, as informações por ela requeridas; II. Diretor Responsável Técnico: supervisionará as atividades técnicas, englobando a elaboração de produtos, respectivos regulamentos, condições gerais e notas técnicas, bem como os cálculos que permitam a adequada constituição das provisões, reservas e fundos; III. Diretor Responsável Administrativo-Financeiro: supervisionará as atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; IV. Diretor Responsável pelo Cumprimento do Disposto na Lei n o 9.613, de 3 de março de 1998, que Dispõe sobre os Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores: terá a incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância das disposições estabelecidas na referida Lei e respectiva regulamentação complementar; V. Diretor Responsável pelos Controles Internos: terá a incumbência de adotar estratégias, políticas e medidas voltadas à difusão da cultura de controles internos, mitigação de riscos e zelar pelo cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de DiretorPresidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados os seus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Da Assembléia Geral - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços ao fim de cada semestre, nos dias 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço semestral ou anual, e após as deduções das reservas e provisões técnicas e outras com a observância das prescrições legais, terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 25% (vinte e cinco porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (25%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do capital social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações.”. III. considerando a transferência do controle acionário do Banco BMC S.A., controlador da Sociedade, para o Banco Bradesco S.A., e a aprovação da reformulação do Estatuto Social, registrar os pedidos de renúncia formulados pelos atuais Diretores, senhora Andrea Capelo Pinheiro e senhores Yochio Kuratani e Wagner Marchiori, em cartas desta data, cujas transcrições foram dispensadas, as quais serão levadas à registro juntamente com esta Ata, consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante suas gestões; IV. eleitos, para compor a Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, os senhores: Diretor-Presidente: Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, securitário, RG 12.529.752/SSP-SP, CPF 015.309.538/55; Diretor Gerente: Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794/SSP-SP, CPF 014.196.728/51; Diretores: Eugênio Liberatori Velasques, brasileiro, casado, engenheiro, RG 07.293.428-4/IFP-RJ, CPF 445.999.357/00; Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20; Ivan Luiz Gontijo Júnior , brasileiro, casado, advogado, OAB/RJ 44.902, CPF 770.025.397/87; Jair de Almeida Lacerda Júnior , brasileiro, casado, securitário, RG 30.784.795-0/SSP-SP, CPF 750.204.247/49; Jorge Pohlmann Nasser, brasileiro, casado, securitário, RG 36.651.358-8/SSP-SP, CPF 399.055.270/87, Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, brasileiro, divorciado, securitário, RG 1.692.514/SSP-PA, CPF 236.703.472/91; e Samuel Monteiro dos Santos Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826/IFP-RJ, CPF 032.621.977/34, todos com domicílio na sede social, Avenida das Nações Unidas, 12.995, 26o andar, parte, São Paulo, SP, os quais permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2008 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores eleitos preenchem as condições previstas na Resolução no 136, de 7.11.2005, da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; V. designados: 1) de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, os senhores: a) Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, como responsável pela observância das disposições sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; b) Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômicofinanceiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) Jair de Almeida Lacerda Júnior , Diretor, como responsável pela Área Técnica de Previdência e como Diretor de Relações com a SUSEP; 2) de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, o senhor Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis; 4) o senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade. Na seqüência dos trabalhos, deliberou-se também, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, que doravante as publicações legais da Sociedade serão efetuadas nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Aprovação e Assinatura da Ata: lavrada e lida, foi esta Ata aprovada por todos os presentes e assinada. aa) Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Lúcio Flávio Condurú de Oliveira; Acionista: Banco BMC S.A., representado por seus Diretores, senhora Andrea Capelo Pinheiro e senhor Yochio Kuratani. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. BMC Previdência Privada S.A. aa) Andrea Capelo Pinheiro e Yochio Kuratani. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 87.101/087, em 20.3.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Fischer S.A. - Comércio, Indústria e Agricultura

CNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724 Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 11 de Agosto de 2008 Dia, Hora e Local: 11 de agosto de 2008, às 09:00 horas, na Rua João Pessoa, 305, na cidade de Matão-SP. Presença: Presente a totalidade dos membros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário. Deliberações Tomadas, por unanimidade dos votos dos Conselheiros e sem reservas: Nos termos do Artigo 14 do Estatuto Social, eleger para a Diretoria, com mandato até 21 de agosto de 2009, os seguintes membros: Tales Lemos Cubero, brasileiro, casado, industriário, portador da carteira de identidade RG nº 4.161.907 SSP/SP e CPF nº 193.666.208-68, domiciliado na Av. Pasteur, nº 110, 10º andar, Rio de Janeiro-RJ, CEP: 22290-240 - Diretor-Presidente; Guilherme de Souza Santos, brasileiro, casado, industriário, portador da Carteira de Identidade nº 06.688.555-9 IFP/RJ e do CPF nº 829.188.487-00, domiciliado na Rodovia Deputado Victor Maida, s/nº, SP-331, km 5, Gavião Peixoto-SP, CEP: 14813-000 - Diretor; Antonio Francisco Armelin Gomes, brasileiro, casado, engenheiro mecânico, portador da Carteira de Identidade RG nº 5.765.392 SSP/SP e CPF nº 567.282.048-49, domiciliado na Rua João Pessoa, 305, Matão-SP, CEP: 15990-902 - Diretor; José Lopes Celidônio, brasileiro, casado, industriário, portador da Carteira de Identidade RG nº 6.333.432 SSP/SP e CPF nº 762.458.618-53, domiciliado na Rua João Pessoa, 305, Matão-SP, CEP: 15990-902 - Diretor; e Maurílio Lobo Filho, brasileiro, casado, engenheiro de alimentos, portador da Carteira de Identidade nº 8.047.285-0 SSP/SP e do CPF nº 024.692.828-02, domiciliado na Rua João Pessoa, 305, Matão-SP, CEP: 15990-902 - Diretor. Os Diretores eleitos tomarão posse de seus cargos nesta data. Firmarão o termo de posse no “Livro de Atas de Reunião da Diretoria”. Declarações: Os Diretores eleitos nesta Reunião declaram, sob as penas da Lei, que não estão sendo processados e nem foram condenados por crimes que impeçam o exercício de atividades mercantis. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dos membros do Conselho de Administração houvesse desejado fazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. (aa) Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário; Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Diretores Eleitos: Tales Lemos Cubero; Guilherme de Souza Santos; Antonio Francisco Armelin Gomes; José Lopes Celidônio, e Maurílio Lobo Filho. Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão-SP, 11 de agosto de 2008. Maria do Rosário Fischer - Presidenta; Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 295.770/08-9 em 05/09/2008. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secr. Geral.

tanto para a inclusão dos jovens quanto de pessoas acima de 50 anos no mercado de trabalho. "Para cada vaga formal, cria-se uma informal", lembrou o presidente das duas entidades, Jan Wiegerinck, para reforçar a necessidade de estimular o setor. A expectativa é que 37% dos temporários, ou 42 mil trabalhadores, sejam efetivados até o final de 2008, ante 34% em 2007 (veja outros números no quadro) Com o alto índice de contratações de temporários, e de sua posterior efetivação, a massa salarial do setor é de R$ 8,65 bilhões/ano. O volume de recursos recolhidos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) alcança a cifra de R$ 735,2 milhões/ano, enquanto o montante de contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é de R$ 1,73 bilhão/ano.

NATAL Mais vagas neste ano

O

Natal é a época na qual se registra o maior índice de contratação de trabalhadores temporários em São Paulo. Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), 43% dos comerciantes contrataram esse tipo de funcionário em 2007, ante 37% em 2006. Neste ano, a expectativa é de um novo crescimento, de 8%, com a criação de 113 mil vagas. Essa expansão é explicada pelo aumento do poder aquisitivo da população, pela ampliação na oferta de crédito e pelas ações de fiscalização do Ministério do Trabalho e do Emprego. Os trabalhadores interessados em postos temporários de fim de ano devem acessar o site do Sindeprestem (www.sideprestem.com.br). Esses funcionários têm todos os direitos trabalhistas dos demais, com exceção do aviso prévio, porque o prazo de contratação foi definido previamente. (PC)

Fischer S.A. - Comércio, Indústria e Agricultura

CNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724 Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 18 de Agosto de 2008 Dia, Hora e Local: 18 de agosto de 2008, às 11:00 horas, na sede social, na Rua João Pessoa, 305, na cidade de Matão/SP. Presença: Presente a totalidade dos membros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário. Deliberações Tomadas, por Unanimidade dos Votos dos Conselheiros e sem Reservas: Nos termos do Artigo 14 do Estatuto Social desta Sociedade, autorizar a permuta com a Prefeitura Municipal de Matão/SP (“Prefeitura”) das seguintes áreas: (i) uma área de terras de 2.060,84 m² de propriedade desta Sociedade, a ser desmembrada da matrícula nº 1.051 do Cartório de Registro de Imóveis de Matão/SP. Em contrapartida, a Prefeitura isentará esta Sociedade, de taxas e contribuição de melhoria em face da execução das obras de infra-estrutura a serem realizadas pela Prefeitura na área objeto da referida permuta, a qual será destinada à construção de uma rotatória que ligará a Rodovia Carl Fischer ao Bairro Vila Maria em Matão/SP; (ii) uma área de terras de 14.845,27 m² de propriedade desta Sociedade, localizada entre as vias públicas Avenida Ludwig Eckes, Rua Paulo Manzi e Alameda da Saudade, a ser desmembrada da matrícula nº 29.203 (área anteriormente objeto da matrícula nº 6.464) do Cartório de Registro de Imóveis de Matão/SP. Em contrapartida, a Prefeitura irá transferir para esta Sociedade os seguintes imóveis de propriedade da Prefeitura: (a) área de 1.556,259 m² - Av. José da Costa Filho, localizada no Loteamento Bernichi; (b) área de 1.140,263 m² - Av. Antonio Lian, localizada no Loteamento Bernichi; e (c) área de 2.770,807 m² - Rua Alberto Bernichi. As três áreas da Prefeitura são vias públicas confrontantes com imóvel desta Sociedade; e (iii) em conseqüência das deliberações acima, ficam os membros da diretoria autorizados a promoverem todos os atos necessários para a efetivação da deliberação ora aprovada, inclusive assinar quaisquer documentos. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dos membros do Conselho de Administração houvesse desejado fazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. (aa) Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário; Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão/SP, 18 de agosto de 2008. Maria do Rosário Fischer - Presidenta; Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 295.771/08-2 em 05/09/2008. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secr. Geral.


Ano 84 - Nº 22.706

CÁGADO-PESCOÇO-DE-COBRA Hydromedusa tectifera Espécie de água doce tem pescoço longo que é recolhido na lateral da carapaça. Foi registrada nos parques da Luz, Ibirapuera e Anhanguera.

Conclusão: 00h30

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

R$ 1,40

São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ed Ferreira/AE

´ BRASIL COM TODO GAS PIB

6

Será o início do espetáculo do crescimento?

Fila do gás na Amazônia

Economia 1

Primeiro da fila (foto acima), Lula foi visitar o gasoduto Urucu-CoariManaus, que será inaugurado em 2009. E 3

,1%

Juros sobem com força: 0,75 ponto.

Burti, presidente da ACSP, lamenta aumento: poderia ser menor, pois já há sinais de desaceleração do consumo. E 4

ABAIXO DA DOBRA, MENOS GÁS David Mercado/Reuters

O Exército de Protógenes: 52 agentes da Abin Fortunato Pinto, diretor afastado da Abin, confirma existência desse batalhão de espiões à CPI dos Grampos, na Câmara dos Deputados. Pág. 8

E 7 anos após os ataques às torres de NY, os EUA têm "a" arma contra Bin Laden. Págs. 5 e 6

Terror na Bolívia. Vítima: Brasil. Oposição a Evo Morales explode gasoduto. E o Brasil perde 10% de gás. Pág. 7 Sergio Leal/AFP Christian Frish

11/9 CAVERNAS DA PAULISTA Pai confessa: matou o filho

Araponga ronda o palácio de Serra

Tragédia dos meninos esquartejados: o pai sufocou Igor. A madrasta esfaqueou João Victor. Reportagem, Cidades 1

O araponga em ninho tucano foi descoberto pelo ornitólogo Dalgas Frisch. Página 9

Planos da prefeitura: aproveitar 9 mil m2 de áreas abandonadas da avenida e nelas abrigar comércio e cultura. C 4

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Festa boliviana, vaias para o Brasil Seleção de Luís Fabiano e Maicon (foto) ficou no 0 a 0 contra a Bolívia, lanterna das eliminatórias. No Engenhão, torcida revoltada gritou em coro: "Fora, Dunga!". Logo, pág. 12

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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

SONINHA 'COMPRA BRIGA' NA CÂMARA

Marqueteiro deixa campanha de Alckmin

Luiz Prado/LUZ

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Marlene Bergamo/Folha Imagem - 15.08.08

Lucas Pacheco (à esquerda) atribui o mau desempenho da candidatura de Alckmin (abaixo) na televisão "ao conteúdo, não à forma". Raul Cruz Lima assume a campanha com a missão de estimular a campanha do tucano, que ainda não alçou vôo nas pesquisas.

Criticado pelos tucanos, Lucas Pacheco decidiu sair do comando do programa

O

publicitário Lucas Pacheco saiu da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Prefeitura de São Paulo. Segundo o coordenador, deputado Edson Aparecido, foi Pacheco quem decidiu se afastar e em seu lugar assume Raul Cruz Lima. Aparecido nega que a saída abale a candidatura do tucano e diz estar "confiante no segundo turno". "Não abala. Para você ter uma idéia, o Geraldo (Alckmin) já está no estúdio gravando", afirmou. Integrantes mais radicais do comando de campanha vinham defendendo a saída de Pacheco, principalmente após a queda de Alckmin nas últimas pesquisas e o empate técnico com Gilberto Kassab (DEM) no segundo lugar. Uma das principais queixas do núcleo político da campanha era a de que o marqueteiro não utilizava, como deveria, imagens de Alckmin inaugurando obras quando era governador, estratégia repetida à exaustão na TV nos programas de Kassab e da adversária petista, Marta Suplicy. Na semana passada, o núcleo político da campanha teve

Ernesto Rodrigues/AE

uma reunião com o marqueteiro. Pacheco foi advertido sobre o descontentamento do partido com o modelo adotado na publicidade no rádio e na TV. Mudanças foram solicitadas. Falta conteúdo – Enquanto os tucanos reclamam de um la-

do, Pacheco também tem suas queixas de outro. Em conversas reservadas, o marqueteiro tem atribuído aos problemas de "conteúdo, não de forma" o fraco desempenho do candidato do PSDB nos programas de televisão. Ele tem dito a amigos que, por falta de discurso, o grupo político do candidato passou então a criticar questões técnicas do programa, como iluminação, cenário

e edição. Críticas – Lucas Pacheco foi criticado por tucanos, ontem. "Foi uma declaração infeliz. Ele pode ser um excelente marqueteiro, mas não entende nada de política", criticou o vereador Gilberto Natalini, líder da bancada do PSDB na Câmara de Vereadores, que acompanhou a visita de Kassab ao Clube Escola Jorge Bruder, em Santo Amaro. Mesma base eleitoral – Natalini ressaltou ter alertado Alckmin, da coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDBPTB-PHS-PSL-PSDC), sobre a necessidade de manter a aliança com o DEM. "Do contrário, seriam dois candidatos de uma mesma base, disputando o mesmo eleitorado, sendo que Kassab tem um governo bem avaliado", disse. O secretário municipal de Esportes, Walter Feldman (PSDB), outro tucano aliado de Kassab, se manteve na maior parte do tempo ao lado do prefeito, com quem simulou uma luta de boxe e jogou vôlei e basquete, modalidades oferecidas no Clube Escola. "O pior momento na vida é buscar culpados. Antes de procurar fora, é preciso fazer a autocrítica",

Marta lança livro e petistas comentam crise no PSDB Reprodução

Partido já aposta em Kassab no segundo turno

A

crise tucana foi o tema dominante das conversas paralelas no lançamento do livro da candidata à Prefeitura de São Paulo do PT, Marta Suplicy, "Minha vida de prefeita – o que São Paulo me ensinou", ontem à noite, na livraria Cultura. Líder nas pesquisas, Marta afirmou que não estava preocupada com "o problema do PSDB". Já o presidente municipal do PT, José Américo, projetava o prefeito Gilberto Kassab (DEM) como adversário da candidata no segundo turno. De acordo com o petista, a grande maioria tucana identificada com Kassab e José Serra "cristianizou" o ex-governador. Ele se referiu ao termo utilizado em 1950, quando o PSD abandonou a candidatura presidencial de Cristiano Machado em favor de Getúlio Vargas. "As pesquisas mostram a consolidação da candidatura Mar-

Na minha opinião, Marta nunca teria esses índices nas pesquisas se a candidatura fosse única. Walter Feldman

O livro escrito pela ex-prefeita

ta e a reação de Kassab. Isso tem uma explicação: a maioria tucana, principalmente os candidatos a vereador, esvaziaram a campanha de Alckmin", declarou o presidente do PT. Com a subida do democrata, o comando do PT já trabalha com uma campanha de ataques no segundo turno. "Por sua história, o governador Alckmin faria uma campanha mais light", afirmou o deputa-

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do Simão Pedro, um dos coordenadores da campanha. O candidato a vice-prefeito Aldo Rebelo (PCdoB) ficou em cima do muro. Segundo Aldo, o crescimento de Kassab é real, mas Alckmin não está morto. O vice justificou que o tucano tem um nome consolidado na capital, o que significa poder de reação, e já mudou sua campanha na TV. Reflexão - O livro de Marta narra sua experiência no executivo municipal de 2001 a 2004, fatos de sua vida pessoal, sua trajetória na política (quando se elegeu deputada federal em 1994) e o fracasso da reeleição com a derrota para o tucano José Serra. O livro enfoca o combate à máfia dos transportes e a implantação dos programas de sua gestão, como Renda Mínima, Bilhete Único e os CEUs (Centros Educacionais Unificados (CEUs) que, segundo a candidata, mudaram a história da cidade. Na parte negativa, ela reconhece erros como a política tributária de sua gestão, e lamenta a repercussão negativa de sua separação do senador Eduardo Suplicy, após 37 anos de casamento, e a união com Luis Favre. "Ninguém me defendeu. Eduardo mostrou seu sofrimento em público e eu remoí minhas aflições em particular. Com isso, me tornei a megera da história", diz um dos trechos do livro. Além de Favre, estiveram no evento de Marta ex-secretários municipais, deputados e aliados da coligação, entre eles o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, alvo de denúncias na Câmara . "Quando você é prefeita, se aprende muito no cargo. E depois que você deixa o cargo, se aprende muito mais porque há tempo de fazer a reflexão", afirmou a candidata, ao apresentar o livro.

Foi uma declaração infeliz. Ele pode ser um excelente marqueteiro, mas não entende nada de política. Gilberto Natalini, líder do PSDB na Câmara

disse Feldman. "Nós apresentamos desde o início que a candidatura de Alckmin teria dificuldades", declarou. Na avaliação do secretário, as disputas na capital paulista tendem a se polarizar entre situação e oposição – o que deixou Alckmin numa situação delicada, já que qualquer crítica à gestão de Kassab, que concorre pela coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PRPMDB-PRP-PV-PSC), seria também uma crítica aos tucanos, que ocupam posições importantes no governo deixado por José Serra. "Quando a luta política é clara, o trabalho do marqueteiro é mais fácil." Essa divisão, segundo Feldman, auxilia a campanha da

petista Marta Suplicy – "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT- PCdoB-P DT-PTN- PRBPSB) –, que lidera as pesquisas de intenção de voto. "Por isso, sempre defendemos a candidatura única, porque sabíamos que isso iria acontecer. Na minha opinião, Marta nunca teria esses índices nas pesquisas se a candidatura fosse única. Não tem lógica haver dois candidatos quando um governo vai bem", argumentou. "É uma situação surreal, mas nós avisamos que era natural que isso fosse acontecer", concordou Natalini. Jantar – O presidente municipal do PSDB de São Paulo, Jo-

sé Henrique Reis Lobo, disse não ver "divergências concretas" entre Alckmin e o prefeito Kassab. "Não podemos dizer que há diferenças insuperáveis. Elas não existem, na verdade", afirmou. As declarações foram feitas na chegada ao jantar apresentado oficialmente como comemoração dos 20 anos do PSDB, que deveria reunir na noite de ontem os principais apoios à candidatura do ex-governador na sede do Jockey Club, na Rua Boa Vista, centro da capital. Fernando Henrique e José Serra chegaram às 22h. Até as 22h25 os jornalistas não haviam tido acesso à sala. (AE)

Soninha sofre representação por declarações polêmicas Masao Goto Filho/e-Sim 08.09.08

Fernando Vieira

A

vereadora Soninha Francine, candidata à Prefeitura pelo PPS, foi notificada ontem da representação apresentada contra ela pelo vereador Carlos Apolinário (DEM), em que pede-se a apuração das declarações de que na Câmara Municipal "recebe-se dinheiro para votar projetos e que as votações só são definidas por arranjos políticos". O documento encaminhado à corregedoria da Câmara exige ainda "a aplicação de medidas cabíveis" em dois sentidos: se a vereadora tiver provas, "deveremos cassar os corruptos"; caso contrário, "ela feriu o decoro parlamentar, por cometer crimes de calúnia, injúria e difamação". A representação foi encaminhada ao corregedor-geral da Casa, o vereador Wadih Mutran, na última segunda-feira. Com a notificação de Soninha, até a semana que vem deverá ser nomeado um relator para apurar os fatos. Ele poderá ouvi-la sobre as declarações dadas – no prazo de dez dias, prorrogáveis por mais dez – e contar ainda com as cópias das entrevistas publicadas nos jornais para concluir o relatório. A decisão final pode ir desde a indicação de arquivamento até a de penalidade máxima, que é a cassação do mandato. Segundo o vereador Apolinário, uma eventual retratação de Soninha poderia colocar um ponto final na representação. "Basta ela dizer que falou besteira, estava com sono, cansada por causa da campanha. Existe a possibilidade de se retratar e acabar o processo com o reconhecimento do erro", disse. "Os vereadores podem ainda fazer com que acabe em advertência verbal", completou Apolinário.

Candidata não quer se retratar

O líder do Democratas, no entanto, é enfático ao dizer que, se a vereadora reafirmar que "tem ladrão na Câmara e não provar, ela merecerá um castigo justo", referindo-se textualmente à cassação do mandato. E disparou: "Não se pode jogar fezes na cabeça de todo mundo e sair dando risada, assim não dá". Crítica ácida – Para Apolinário, Soninha não entende bem o funcionamento do parlamento: "Ou faz acordo ou não consegue votar. Isso é assim no mundo inteiro. E os debates não são feitos no plenário, mas nas comissões de Justiça, Finanças e mérito". Ele disse ainda que a vereadora do PPS, que é candidata à Prefeitura, apenas usou do artifício para aparecer na mídia e, agora, sinaliza meia-volta sobre as declarações. Do outro lado, Soninha negou que a acusação aos representantes do Legislativo se trate de estratégia para ganhar espaço na imprensa. "Se fosse candidata à reeleição para vereadora, precisaria me matar para aparecer. Mas sou candidata à prefeita e já estou todos os dias na televisão. Tem mais: não plantei notícia e sempre falei disso em várias entrevistas".

Ela disse ainda que não pretende se tratar e reafirmou que "a aprovação de projetos está sujeita a trocas, seja mais vinculada ao interesse público, menos vinculada ou nada relacionada". Soninha rebateu a idéia de que não entenda o funcionamento da Casa, respondendo que apenas faz críticas ao que se tornou "um costume e que, na verdade, a Câmara funciona muito mal". A vereadora fez questão de lembrar situações vividas no plenário, diante de projetos polêmicos encaminhados pelo Executivo, para comprovar as acusações: "Tem discursos gravados em que os vereadores dizem claramente: 'somos da base do governo, se arcamos com o ônus, temos que ter o bônus'. Então o que é o bônus, meu Deus?”, indaga a vereadora, dizendo que a passagem mencionada era um recado para o prefeito. Sobre a possibilidade de ser cassada, Soninha se indigna e usa da ironia: "Se o plenário da Casa tiver a cara-de-pau de me cassar, eu realmente vou merecer ficar sem direitos políticos por oito anos. Praticamente ninguém é cassado por nada neste mundo e eu seria porque disse que a pior troca de todas é aquela por dinheiro. Eles discordam?". Hostilidade – Na terça-feira, Soninha bateu boca no banheiro feminino da Câmara com a vereadora Claudete Alves (PT), que cobrou esclarecimentos "cara a cara" da candidata. "Você vai ter que provar!", gritava a vereadora. O presidente da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues (PR), teve que entrar no banheiro para conter a discussão entre as duas, uma vez que era possível ouvi-las do plenário, o que levou a interrupção da sessão. Soninha teve ser escoltada por policiais.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O pai confessa: ajudou a matar os filhos e foi trabalhar

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Brígida Rodrigues/e-SIM

Técnicos da polícia de São Paulo fizeram ontem exame de corpo de delito em João Alexandre, o pai.

Na madrugada de ontem, João Alexandre Rodrigues confessou ter assassinado seu filho mais novo, Igor Giovani, de 12 anos, sufocando-o com um saco plástico. Seu outro filho, João Victor, de 13 anos, teria sido morto pela madrasta, Eliane Aparecida, com uma facada na barriga. Ambos foram esquartejados e jogados no lixo. Na terça-feira à noite, peritos foram à casa onde Rodrigues morava com os filhos e a madrasta. Lá descobriram marcas de sangue no chão e nos chinelos dele. Não houve como negar o crime. Agora, o pai diz estar arrependido.

Ricardo Trida/Diário do Grande ABC - 08/09/2008

Ricardo Osman

N

o início da madrugada de ontem, o delegado Luiz Carlos dos Santos, responsável pela investigação da morte dos irmãos João Vitor dos Santos Rodrigues, de 13 anos, e Igor Giovani Santos Rodrigues, de 12 anos, ocorridas na semana passada, decidiu interrogar mais uma vez o pai das crianças, o paulista João Alexandre Rodrigues, de 40 anos. Preso na delegacia de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, suspeito de participar da morte dos filhos, Rodrigues foi confrontado com fatos considerados irrefutáveis. O delegado mostrou a ele as sandálias que usara na sextafeira, dia 5, data do assassinato dos meninos, cujo exame com uma substância chamada de luminol, revelou estarem cobertas de sangue. Santos também levou para o interrogatório a irmã de Rodrigues, Laura, que lhe fez um apelo: "Conta toda a verdade, seja ela qual for", disse Laura para o irmão, segundo relatam os que estavam na sala. A verdade veio. Rodrigues, que até então negava participação no crime, desde a prisão no sábado, dia 6, passou a chorar e contou como Lopes dos Santos, que rejeitara matou os filhos com a ajuda da as crianças alegando não ter madrasta das crianças, Eliane condições de criá-las)", disse o Aparecida Antunes Rodri- delegado. "Foi o que ele contou gues, de 36 anos. no depoimento". O delegado Na cozinha – O primeiro Luiz Carlos dos Santos deve menino a ser assassinado foi fazer a reconstituição do crime Igor, o mais jovem. Depois de amanhã, para elucidar um ou nova discussão dentro de casa, outro detalhe. "Mas o crime já na rua Cândido Mota, em Ri- está esclarecido", diz ele. "O beirão Pires, na tarde de sexta- que o deflagrou tudo foi a brifeira, Rodrigues puxou Igor ga na quarta-feira". pelo braço e levou-o até a coziIndiciados – Na noite do dia nha. Disse que estava transtor- 3 de setembro, os irmãos João nado com o menino, conforme Vitor e Igor foram mandados depôs, por ter ouvido dele embora de casa pela madrasta. uma resposta "malcriada". Ro- Mas não foram longe. A Guarda drigues revelou que falava, na- Civil do município os enconquele momento, da sua inten- trou vagando pelas ruas e os leção de se separar da mulher vou para a delegacia, onde o pai por causa das está preso. Na deconstantes brilegacia, a consegas desta com lheira tutelar de seus filhos. A Ribeirão Pires, gota d'água te- Eles achavam Edna Aparecida, ria sido uma redecidiu devolver cente briga na que iriam conseguir as crianças à resinoite da quarta- fazer os corpos dência do pai, feira, dia 3. apesar dos apedesaparecer em um Na cozinha, monte de cinzas. los delas em conRodrigues petrário. Queriam Luiz Carlos dos Santos, ir para o abrigo gou um saco delegado responsável Novo Rumo, loplástico, desses pela investigação calizado em um de supermercados, e sufocou o bairro próximo, garoto. Nesse no qual moraram momento, João Vitor correu da em 2007 por decisão da Vara da sala para o quarto da casa, mas Infância e da Juventude. Nafoi perseguido por Eliane que, quela quarta-feira, Eliane e Rosegundo descreveu Rodri- drigues foram indiciados por gues, atingiu seu filho mais ve- "abandono de incapaz". lho com uma faca na barriga. "Arrependido" – A partir Eliane já havia confessado o daí, as brigas se intensificacrime, embora dissesse que ram. A quinta-feira foi marcaagira sob coação do marido. da por ameaças contra as Lixo – Na Polícia, nada fala- crianças. A sexta, pela tragéra sobre a facada. Em seguida, dia. No meio da madrugada de o casal decidiu queimar os cor- ontem, somente duas horas pos nos fundos da casa. "Eles depois de iniciado o depoiachavam que iriam conseguir mento, Rodrigues pareceu refazer os corpos desaparecer fletir sobre o que fez: "Estou arem um monte de cinzas", conta rependido", disse. o delegado. Frustrados com o Ontem, no Conselho Tutelar resultado, Rodrigues e Eliane de Ribeirão Pires, ninguém levaram os corpos para a cozi- quis dar entrevista. O Conselho nha, onde fizeram o esquarte- funciona no terreno da Secretajamento. Os pedaços foram co- ria Municipal de Promoção Solocados em sacos plásticos e cial. Em conversas informais deixados para os lixeiros leva- com os motoristas dos veículos rem. Em seguida, Rodrigues do Conselho, percebe-se que os foi para o trabalho. Era vigia garotos eram conhecidos de tonoturno de uma empresa de dos ali. Mas são descritos como São Bernardo do Campo. crianças normais, comporta"Eliane tinha ciúmes do rela- das, exatamente como falam cionamento de Rodrigues com deles os funcionários do abrigo a mãe dos meninos (Claudia Novo Rumo.

João Alexandre Rodrigues, no dia em que foi preso, em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. Pai de Igor Giovani e de João Vitor, Rodrigues sempre negou participação no assassinato e esquartejamento das crianças. Na madrugada de ontem, confrontado com provas técnicas (sangue em sua sandália), Rodrigues confessou que sufocou Igor, seu filho mais jovem, de 12 anos, com um saco plástico. Disse que João Vitor foi morto a facadas pela madrasta Eliane Aparecida.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Planalto Congresso Eleições Corr upção

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EDUCAÇÃO FOI MUNIÇÃO DE ATAQUE DE CANDIDATOS

Economizo no supérfluo e gasto no essencial Paulo Maluf, explicando como geriu São Paulo

Na tevê, duelo de Kassab e Não dá liga Marta são os CEUs... G

Eymar Mascaro

Candidata do PT disse que candidatos tentam se apropriar de seus projetos enquanto prefeita de São Paulo Luiz CarlosMurauskas/FI

ilberto Kassab não tem interesse em responder aos ataques de Geraldo Alckmin, porque prefere continuar polarizando a campanha com Marta Suplicy. O candidato tucano resolveu criticar a administração Kassab depois da divulgação de mais uma pesquisa Datafolha, apontando que ele e Kassab estão tecnicamente empatados no segundo lugar. Alckmin foi aconselhado por assessores a dirigir suas críticas à atual administração, na tentativa de recuperar pontos perdidos para o prefeito. Os democratas estão eufóricos, entendendo que o seu candidato já teria superado Alckmin nas pesquisas.

VANTAGEM Alckmin passou a defender a tese de que teria mais condições de derrotar Marta Suplicy no segundo turno. O tucano lembra que sua taxa de rejeição é a menor entre os três principais candidatos a prefeito.

A

educação foi o tema predominante, ontem, do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio dos candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM). A petista chamou a atenção para a "tentativa de alguns candidatos de se apropriarem do que ela fez no passado", referindo-se à época em que foi prefeita da cidade, conforme um locutor. Nos últimos dias, Marta tem criticado Kassab de se apoderar de obras de governadores e prefeitos com "cópias malfeitas". A candidata aproveitou para exaltar os Centros Unificados Educacionais (CEUs), iniciados em sua gestão, e que, na sua visão, são hoje "unanimidade nacional e internacional". A candidata afirmou que os CEUs construídos na gestão seguinte, de Kassab, são de qualidade inferior e apresentam "muitos problemas". Não citou, entretanto, quais seriam esses problemas aos quais estaria se referindo. Essa não foi a primeira vez que os dois candidatos trocam a c u s a ç õ e s e m re l a ç ã o a o s CEUs. O atual prefeito afirmou, tempos atrás, que foi em sua gestão que os Centros Educacionais foram entregues em substituição às antigas escolas de lata construídas por Marta,

NO PIO

Gilberto Kassab (à esquerda) ironizou Marta, dizendo que não adianta ter dinheiro se não souber gastar

que, para Kassab, prejudicaram 75 mil alunos. Gestão anterior – Já Gilberto Kassab atacou em seu programa a administração anterior. "Não adianta ter dinheiro se não sabe gastar, se não souber gastar vai fazer túnel malfeito e plantar coqueiros", disse, referindo-se aos túneis construídos e à arborização de avenidas feitas pela petista no período em que ficou à frente da Prefeitura, entre os anos de 2001 e 2004. Kassab aproveitou para afirmar que, se reeleito, estará levando cursos profissionalizantes para os CEUs. Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, usou seu programa de ontem para apresentar propostas. Em meio à crise por que passa seu partido, o tucano evitou adotar uma postura agressiva com os outros candidatos. Preferiu falar de seu plano para a segurança da cidade, atribuiu a queda nos índices de violência em São Paulo às medidas tomadas em sua gestão à frente do governo do Estado,

entre os anos 2001 e 2006. Alckmin limitou-se a críticas moderadas à atual administração, de Gilberto Kassab. "O trabalho da nossa Guarda Civil (Metropolitana) tem muito valor, mas precisa melhorar", avaliou. Ele prometeu aumentar o contingente da GCM de 6 mil para 10 mil homens, instalar 18 mil câmeras de vídeo na cidade e implantar a Secretaria da Segurança Urbana e Cidadã. Resposta – O tempo do programa de Levy Fidelix (PRTB), foi dado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) a Geraldo Alckmin a título de direito de resposta do tucano. Alckmin defendeu seu projeto para o metrô, que havia sido criticado por Fidelix. A candidata Soninha Francine (PPS) falou sobre moradia em seu programa, apresentando suas propostas de governo. O candidato do PP, Paulo Maluf, se defendeu afirmando que não enriqueceu ao longo de sua vida pública. "Já morava nessa casa antes de

entrar para a política. Nesses 40 anos, meu patrimônio não aumentou", repetiu, e prometeu a construção da auto-estrada junto às marginais e a volta do Programa de Atendimento à Saúde (PAS), se eleito. Ivan Valente, do PSOL, disse que a saúde foi "privatizada" e prometeu centralizar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Edmilson Costa, do PCB, afirmou ver uma "crise no sistema capitalista" e atacou os "marginais de colarinho branco, que dirigem parte da mídia e dos negócios". Anaí Caproni, do PCO, defendeu a estatização do transporte público. Renato Reichmann (PMN) prometeu promover licitações de ônibus com "valores realistas e salários dignos (para os motoristas)". E Ciro Moura (PTC) atacou a candidata do PT, Marta Suplicy. Falou que, nesta eleição, Marta "ficou boazinha, nem parece a Dona Marta", e disse que ela "faz e fala o que quer, depois pede desculpas". (AE)

O objetivo de Alckmin é chamar Kassab para a briga, mas o prefeito prefere ignorar os ataques do tucano. Kassab quer aproveitar a boa fase para consolidar a polarização da campanha com a petista.

PREFERÊNCIA Os petistas preferem que sua candidata enfrente Kassab no segundo turno, sobretudo porque o Datafolha revelou que no turno final, Marta alcançaria 50% dos votos contra 43% do democrata.

SEM SUSTO Os democratas, no entanto, não se assustam com a projeção do Datafolha. Dizem que o segundo turno é uma nova eleição. Kassab está em fase de crescimento e os democratas desejam manter a linha ascendente do candidato nas pesquisas até o dia da eleição.

ATRITO Convicto de que estará no segundo turno, Kassab não pretende se atritar com os

alckmistas. O prefeito espera salvar o restabelecimento da coligação PSDB/DEM no segundo turno.

COLIGAÇÃO O restabelecimento da coligação dos tucanos com os democratas é desejado também por José Serra. O governador é o principal presidenciável do PSDB e quer sustentar o apoio dos democratas à sua eventual candidatura ao Planalto.

RIXA Mas Alckmin e Kassab vivem um instante de disputa acirrada pela segunda vaga no segundo turno. Como a rixa existe, é provável que os dois não se entendam no segundo turno. O perdedor pode não apoiar o vencedor.

MANUTENÇÃO Os levantamentos que os partidos continuam recebendo indicam que Marta Suplicy mantém o índice de 40% de intenção de voto. Este índice garante a passagem tranqüila para o segundo turno.

REGIÕES Ainda de acordo com as pesquisas, Marta continua forte na periferia, principalmente nas zonas leste e sul, que representam cerca de 60% do total de eleitores na Capital. Marta tem boa avaliação entre eleitores das classes C e D.

...enquanto no rádio, críticas vão para as escolas de lata Tanto Marta quanto Kassab tentaram se eximir da responsabilidade das escolas

A

s acusações entre o prefeito e candidato à re e l e i ç ã o G i l b e r t o Kassab (DEM) e Marta Suplicy, que concorre pelo PT, se repetiram no horário eleitoral gratuito de rádio. Ambos tentaram se desvincular das precárias salas de aula, construídas em caráter emergencial durante a gestão de Celso Pitta. "Kassab acabou com aquela vergonha que eram os contêineres de crianças", afirmou o locutor, destacando que Marta nada fez para substituí-las por escolas de alvenaria. Em sua defesa, a petista lembrou que o atual prefeito era secretário de Planejamento de Celso Pitta quando as escolas foram criadas. E que, portanto, essa seria mais uma das "cascatas" do candidato do DEM. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que vem perdendo pontos nas pesquisas, aproveitou o horário eleitoral para falar sobre o transporte coletivo e manteve a mesma linha adotada desde o início da propaganda eleitoral, sem críticas aos adversários. O locutor destacou valores do candidato, como a força, a coragem e a determinação de Alckmin, que prometeu ar condicionado nos ônibus e a criação de novas linhas do metrô.

Reunião Plenária

Luiz Carlos Murauskas/FI

(Informações, debates e busca de soluções)

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a) de São Paulo

CONVIDADO Prefeito de São Paulo passou a bola da responsabilidade para petista

Para o ex-governador Paulo Maluf (PP), foi ele quem mais obras realizou em relação a seus principais adversários juntos. Fez com menos recursos, destacou. "Economizo no supérfluo e gasto no essencial", afirmou o candidato. Maluf alertou para o crescente trânsito da cidade e prometeu construir a freeway e mais dez importantes obras "para que os carros continuem a andar". Soninha Francine (PPS) propôs que a prefeitura financie a compra de moradias para a baixa renda e incentive o mer-

cado a produzir para esse público, enquanto Ivan Valente (PSOL) defendeu a universalização dos direitos, a distribuição de renda e a justiça social. Edmilson Costa (PCB) prometeu o fim do trabalho aos domingos, Renato Reichman (PMN) disse que irá licitar novas linhas de ônibus e melhorar os salários dos motoristas. Já Ciro Moura (PTC) criticou Marta Suplicy, se disse "espantado" com as promessas da exprefeita. Anaí Caproni (PCO) e Levy Fidélix (PRTB) não participaram do horário. (AE)

Geraldo Alckmin

Dia: 15 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Antonio Cruz/ ABr

Talvez o crescimento em 2008 seja parecido com o do ano passado, de 5,4%. Guido Mantega

AVANÇO DO PIB NO 1° SEMESTRE CHEGA EM 6% Investimentos e agropecuária levaram à maior alta do produto em quatro anos

Jonas Oliveira/ Folha Imagem - 28-3-2005

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2008 indica que a economia brasileira deve fechar este ano com um crescimento entre 5% e 5,5%, maior que a previsão inicial do governo, que era em torno de 5%. "Talvez tenhamos um crescimento em 2008 parecido com o do ano passado, que foi de 5,4%", afirmou. De acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB terá que acumular uma expansão de 4% no segundo semestre – bem abaixo, portanto, da alta de 6% do primeiro semestre – para chegar a um crescimento total de 5% em 2008. Mantega avaliou que o crescimento econômico tem qualidade melhor do que em outros períodos porque vem junto com a desaceleração da inflação. Já a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, lembra que a taxa de crescimento do segundo semestre dependerá do efeito da alta dos juros sobre a economia. (AE)

Clayton Souza/ AE

Para ministro, crescimento pode ser de 5,5%

Mantega: acima do previsto

C

1

A

Produção industrial e agrícola foram puxadas pelo mercado interno

Agricultura fez a sua parte

afé, milho, arroz e soja foram destaque na alta da agropecuária, de 7,1% no segundo trimestre em relação ao mesmo período e as quatro culturas têm safra importante também no segundo semestre, observou a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis. Ela citou dados da pesquisa de safra do IBGE que indicam para este ano aumentos de 27,7% na produção nacional de café, de 12,8% na de milho, de 9,6% para arroz e de 3,6% na de soja. Rebeca comentou que café e milho tiveram ganhos de produtividade importantes, que são considerados na pesquisa do PIB. O pesquisador Celso Vegro, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria

de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, disse que "a produção de café este ano é a segunda maior de todos os tempos", o que explica a boa participação do produto na alta do PIB da agropecuária. Na segunda-feira, o IBGE anunciou que a safra brasileira de café em 2008 deverá alcançar cerca de 46,33 milhões de sacas de 60 kg, representando elevação de 28% sobre o ano anterior. O resultado é recorde histórico, só inferior à safra de 2002, quando a colheita foi de 48,5 milhões de sacas. O pesquisador pondera, no entanto, que a produção de café, em particular da variedade arábica, que representa cerca de 75% do total nacional, é caracterizada pela bienalidade, ou seja, grandes colheitas se alternam com safras menores a cada ano. A safra de 2008 é vo-

lumosa, mas deverá ser menor no ano que vem. Apesar disso, Vegro considera que a pesquisa brasileira com café tem permitido "uma revolução tecnológica no campo". "A produtividade do café cresce uma saca de 60 kg a cada três safras, o que é extraordinário, sem comparação no mundo", comenta. Ele observa, ainda, que todo produto econômico está sujeito a ciclos. Com o aumento da produção de café, há uma tendência de encolhimento da margem de rentabilidade do setor produtivo, "que se desloca para a ponta do varejo". No entanto, com a crise global de oferta de alimentos, a agricultura brasileira tem a oportunidade de deixar de subsidiar o crescimento econômico, para virar setor de sustentação do crescimento. (AE)

economia brasileira cresceu mais que o esperado no segundo trimestre deste ano, impulsionada pelos investimentos, pelo setor agropecuário e pelas despesas e contratações do governo. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País, somou R$ 716,9 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 6,1% em relação a igual período do ano passado e 1,6% em relação ao primeiro trimestre. Com esse desempenho, o PIB acumula R$ 1,38 trilhão nos primeiros seis meses do ano, crescimento de 6%, na maior variação semestral desde o primeiro semestre de 2004, quando a expansão foi de 6,6%. No ano passado, o PIB no primeiro semestre crescera 4,9%. Segundo a gerente de contas trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, o resultado do segundo trimestre apresentou "pequena aceleração" em relação à expansão do primeiro trimestre, apesar do aumento da taxa básica de juros (Selic) de 11,2% ao ano no primeiro trimestre para 11,7% no segundo. "A alta dos juros leva um tempo para ter efeito." De acordo com Rebeca, há duas atividades que foram responsáveis pela aceleração do aumento "que não têm muito a ver com juros", que são a agropecuária, que apresentou alta de 3% no primeiro trimestre e de 7,1% no segundo, e as despesas de administração pública, com expansão de 1,1% no primeiro trimestre ante igual período do ano anterior, para 2,3% no segundo trimestre. Eleições – Segundo Rebeca, o aumento dessas despesas responde especialmente ao aumento de contratações. Como em ano eleitoral as contratações públicas têm que ser encerradas até 5 de julho, acabam tendo efeito sobre o PIB do primeiro semestre. Ela sublinhou também o forte efeito do consumo das famí-

lias, impulsionado pela massa salarial e os investimentos na produção de bens, de máquinas e equipamentos e da construção civil. Investimentos – Os investimentos, computados pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), foram recorde no segundo trimestre em comparação com igual período do ano passado, com aumento de 16,2%. O coordenador de contas nacionais do IBGE, Roberto Olinto, disse que mais importante do que essa expansão recorde é a FBCF ter crescido trimestralmente a taxas acima de 13% desde 2007 e no patamar de dois dígitos desde o quarto trimestre de 2006. "É um período bastante grande de crescimentos elevados, só equivalente ao que ocorreu em 2004", disse Olinto. Construção – A construção civil foi o segmento de maior destaque na indústria no segundo trimestre, com crescimento de 9,9% na comparação com o segundo trimestre de 2007. "Esse crescimento foi muito influenciado pelas obras públicas. No primeiro trimestre, a alta da construção civil também foi próxima de

nove", disse Rebeca. Ela citou também que houve crescimento do crédito direcionado à habitação de 26,7% no período. "A população ocupada na construção está crescendo 5%", disse. A indústria extrativa mineral cresceu 5,3% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2007, influenciada, principalmente, pelo setor de petróleo e gás, de maior peso, que se expandiu 5,1%. A extração de minério de ferro aumentou 7,3% nessa comparação. O setor externo não contribuiu para o PIB no segundo trimestre. Contribuições negativas sobre o produto vêm sendo registradas desde o início de 2006, segundo Rebeca, porque as importações são contabilizadas com sinal negativo no cálculo e estão crescendo mais que as exportações. As importações cresceram 22,4% no primeiro semestre e 22,2% em 12 meses. No primeiro semestre, o aumento das exportações foi de 1,6% e, em 12 meses, de 2,8%. No primeiro trimestre, as exportações tiveram queda de 2,1%, enquanto as importações aumentaram 18,9%. (AE)

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2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

3

3,5

EM 12 MESES, IMPOSTOS CRESCERAM 9,2%

bilhões de reais é o investimento da Petrobras na obra.

Lula visita obra e elogia prefeito ,1% Impostos crescem mais que o PIB acusado pela PF

6

Tributação sobre valor agregado cresceu 8,5% no segundo trimestre deste ano

O

s impostos sobre valor agregado cresceram 8,5% no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado e 8,3% no primeiro semestre, segundo a pesquisa do PIB do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. No acumulado de 12 meses, os tributos aumentaram 9,2%. As informações se referem à arrecadação e não necessariamente à alta de alíquotas ou base de contribuição. O IBGE não computa os impostos na série com ajuste sazonal,

que compara o trimestre com o imediatamente anterior. Em parte, o aumento vem do crescimento da importação, já que aí entra também o imposto sobre produtos comprados no mercado externo. Os impostos sobre produtos têm tido variação maior que sobre a indústria, serviços e agropecuária, nas últimas pesquisas do PIB, e dessa vez não foi diferente. O valor adicionado pelos três setores no segundo trimestre em relação a igual período de 2007 foi de 5,7%, acumulando 5,6% no ano e

Gasoduto, com 661 km, só vai operar comercialmente em setembro de 2009

5,4% no ano. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o crescimento do PIB de 6,1% foi um bom resultado, mas a nota negativa relativa às contas nacionais foi o crescimento da arrecadação de impostos sobre produtos e serviços, que aumentou 8,5% na mesma base de comparação. "A expansão dos impostos acima do PIB mostra que estávamos certos no ano passado, quando defendemos o fim da CPMF", disse. (AE)

Burti comemora avanço Alencar Burti: com menos gastos e burocracia, País poderá crescer como a China.

produtivo". Segundo Burti, os números comprovaram as previsões da ACSP. "O Brasil é hoje quase um oásis em meio a crise deflagrada

pela economia americana". Mas ele disse que é preciso ter cautela, pois embora o quadro seja positivo, com inflação controlada, as vendas internas apontam alguma acomodação e a elevação da Selic é preocupante. "Se o governo souber controlar seus gastos, manter a estabilidade institucional, reduzir a carga tributária e burocrática, poderemos entrar num ciclo que nos levará a um crescimento como da China ou da Coréia."

Lula visita obras de gasoduto da Petrobras com a ministra Dilma

lítica no município onde estão localizadas as obras de Petrobras, Lula chamou o prefeito de "nosso companheiro" e o parabenizou por sua administração. Em sua visita a Coari, o presidente inaugurou um Centro de Formação Tecnológica (Cefet) e um campus da Universidade Federal do Amazonas. Nas ruas, faixas e cartazes lembravam a operação Vorax, da Polícia Federal, que em maio prendeu o vice-prefeito e candidato à sucessão municipal, Rodrigo Alves, parentes e assessores de Pinheiro. O prefeito é acusado de ter organizado festas em barcos no Rio Soli-

mões com menores. O Ministério Público investiga as denúncias. Pinheiro não quis comentar as suspeitas, embora tenha dado uma entrevista na terça-feira à Radiobrás para rebater as denúncias. No discurso em que chamou o prefeito de "nosso companheiro", Lula pôs a culpa nas mazelas sociais do interior do Amazonas a ex-governantes. "O problema não é dinheiro, mas quem governou este País", disse o presidente. O presidente Lula, a todo momento, insistia para a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) aparecer nas imagens dos fotógrafos e cinegrafistas. (AE) DC

O

presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, comemorou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre com um alerta: "Todos nós devemos aproveitar com responsabilidade as oportunidades que esse crescimento oferece e o governo deve tratar o País como uma empresa, contendo gastos, reduzindo a burocracia e estimulando o investimento no setor

Newton Santos/Hype

Presidente da ACSP diz que todos devem agir com responsabilidade

O

Clóvis Miranda/AE

presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou ontem um dos canteiros de obras do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, localizado a 282 quilômetros da capital amazonense. Durante a vistoria, Lula conferiu o andamento das obras e manuseou uma das sondas usadas pela Petrobras. O gasoduto terá extensão d e 6 6 1 q u i l ô m e t ro s e v a i transportar gás natural extraído na Bacia do Solimões (AM), a segunda maior reserva do País. A previsão é de ele começar a operar em comercialmente em setembro do próximo ano. O investimento da Petrobras nas obras é de R$ 3,5 bilhões. À noite, o presidente fez uma visita à Feira Internacional do Amazônia, antes de voltar a Brasília. Antes de deslocar de helic ó p t e ro p a r a o c a m p o d e Urucu, Lula visitou a cidade de Coari, onde enfrentou vários protestos de rua contra o prefeito Adail Pinheiro, acusado pela Polícia Federal (PF) de desviar verbas públicas e montar uma rede de exploração sexual de crianças. Num momento de tensão po-

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A AMEAÇA DE MAIS DERRAMA ESTÁ EMBUTIDA NA REFORMA TRIBUTÁRIA QUE LULA ENVIOU AO CONGRESSO

O (AB)USO DAS ALGEMAS

N

ão é a primeira vez que o Supremo Tribunal Federal faz uso de súmula vinculante para regulamentar, de forma genérica, determinado assunto que foi deixado de lado pelo legislador em evidente ato de omissão. Certamente, este procedimento cada vez mais usual por parte de nossa Suprema Cor te, tem maior relevância do que o próprio assunto do uso das algemas, uma vez que tal prática tem imensurável impacto sobre o Princípio Fundamental do Estado de Direito que é a Separação das Funções do Estado, a chamada Separação dos Poderes. É patente a omissão do Legislador a respeito do uso de algemas, haja vista que a matéria necessita de regulamentação desde a vigência da Lei de Execução Penal, Lei 7.210 de 11 de julho de 1984. Em São Paulo, o uso de algemas é regulado pelo Decreto nº 19.903 de 30 de outubro de 1950, bem como pela Resolução 41 da Secretaria de Segurança Pública que, dentre outras providências, exige a manutenção de um livro de registro de uso de algemas em cada delegacia de polícia. Assim, da análise conjunta das normas que tratam sobre o assunto, fica claro que o uso de algemas consiste em verdadeira exceção e somente pode se dar quando presentes ao menos dois requisitos: necessidade e razoabilidade. Ou seja, quando for facilmente constatada a necessidade da medida, por motivo de segurança dos próprios agentes policiais, da comunidade ou do próprio preso, ou ainda, para evitar a fuga do conduzido, o que acarretaria a frustração da aplicação da Justiça Criminal. Contudo, mesmo sendo a medida necessária, deve ela ser pautada pelo princípio da Razoabili da de pois sempre haverá um verdadeiro conflito de princípios constitucionais. A Lei Penal pode restringir a liberdade do indivíduo, mas não suprimir a sua Dignidade. Não é justificável tratar o indivíduo que está sob a tutela do Estado como um ani-

LUIZ OLIVEIRA RIOS

QUESTÃO DE ETIQUETA

● O uso de algemas

é uma verdadeira exceção e exige pelo menos dois requisitos: necessidade e razoabilidade

mal acorrentado, a fim de causar odiosa exposição pública, tal qual fosse ele um prêmio obtido em uma caçada. A exposição e humilhação públicas não são finalidades do Direito Penal que tem como escopo suprimir a liberdade daquele que cometeu fato criminoso a fim de manter a paz social e retribuir de forma proporcional o mal praticado; o seu fim nunca será o escárnio público.

O

uso deste importante instrumento que é a algema não pode ser realizado com os evidentes abusos que presenciamos diuturnamente através dos mais variados meios de comunicação. O agente público que desta forma age o faz em patente Abuso de Autoridade, previsto nos artigos 3º, "i" e 4º "b" da Lei 4.898/65 e, assim, se confunde com a própria figura do criminoso algemado. A regulação do uso de algemas pelo Supremo Tribunal Federal, apesar de não ser o modo mais correto de regular a matéria, encontra guarida na própria omissão legislativa e talvez seja o estopim para a necessária produção de uma lei específica. Contudo, os fins não justificam os meios e não deve o Supremo agir como "legislador suplementar", trazendo para si competência que a própria Constituição Federal não lhe confiou. JOSÉ LUIZ SOUZA DE MORAES, PROCURADOR DO ESTADO DE SÃO

PAULO E MEMBRO DAS COMISSÕES ESTADUAIS DE EX-PRESOS POLÍTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, DA COMISSÃO ESTADUAL DE ENTORPECENTES E DO CONSELHO CURADOR E FISCAL DA FUNDAÇÃO PROCON/SP.

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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PIB novo, nova derrama

N

esta hora, em que o Impostômetro instalado pela ACSP no centro da capital para medir o tamanho da derrama aplicada sobre a colônia de cidadãos e empresas - atingiu fantásticos R$ 700 bilhões na terça-feira, um mês antes do que havia marcado a mesma cifra em 2007, é bom meditar com vagar a respeito do alerta lançado pelo professor de Direito Tributário da Universidade de Brasília, Osires Lopes Filho, polêmico secretário da Receita Federal no governo Itamar Franco, quando revelou-se excelente coletor de tributos um profissional que sabe dessas coisas com conhecimento de causa. O butim que os governos - União, estados e municípios - praticam pode não parar no nível em que está agora e chegará, num futuro não muito distante, bem próximo dos 40% do PIB anuais. Inexoravelmente; tão certamente quanto o dia sucede a noite. Aliás, parte desse aumento já está anunciado no próprio projeto de Orçamento da União de 2009. A peça enviada ao Congresso pelo Ministério do Planejamento prevê que a arrecadação federal no ano que vem crescerá mais do que deverão crescer a inflação e economia nacional somados. E como nestas plagas dos trópicos ainda não se inventou uma tecnologia capaz de fazer deputados e senadores recusarem sugestões de aumento do bolo da receita - pelo contrário, a que existe é preparada para rechear sempre mais os cofres públicos e para pendurar despesas no Orçamento - pode-se dar como certo que o que está previsto virará realidade certamente.. Talvez até um pouquinho mais real, mais balofa. Osires, porém, não está se referindo a isto. Ou a apenas isso. A ameaça de mais derrama, que o ex-secretário da Receita antevê, está embutida de forma disfarçada na reforma tributária que Lula enviou ao Congresso e a Câmara promete começar a votar depois das eleições. Ela vem no jeito de cobrar o Imposto de Valor Agregado Federal. O IVA-F se assemelharia ao atual ICMS e substituiria uma série de impostos federais cobrados hoje em cascata. A pegadinha está na proposta de cobrar o imposto "por dentro". No jargão da área, significa que o próprio valor do imposto integraria a base de cálculo do imposto. Ou seja, a pessoa paga imposto sobre o imposto. O que tornar a alíquota nominal, aquela "confessada" pelo Fisco menor do que a alíquota

● O butim praticado pelos governos

federal, estadual e municipal pode chegar bem próximo dos 40% do novo PIB. Por José Márcio Mendonça

real que o contribuinte paga. Para entender melhor a manobra, leitor, pegue sua conta de luz, por exemplo, e confira. Imagine que você gastou de serviços R$ 100. O ICMS, neste caso de 25%, deveria ser R$ 25, e a conta total R$ 125. Você verá, no entanto, que estão cobrando mais de R$ 130. Alíquota real: 30 e poucos por cento. Sem direito a choro ou ação na Justiça. É pagar e pagar. Este será o IVA-F. Respire fundo, caro leitor, ainda não acabou. Outra paulada pode vir a unificação das alíquotas do ICMS, para simplificar o sistema de cobranças. Das mais de 50 de hoje, restarão cinco e uma ou outra exceção. Sabe-se que para mesmo setor, os estados cobram taxas diferentes. Exemplo: a estratégica área de telecomunicações tem alíquotas que variam de 25% a mais de 40%. Como será a fusão. Pela menor? Pela maior? Pela média? Pela mediana? Não é necessário ser bem informado para saber qual a tendência. Ainda mais que o valor da alíquota não estará no corpo da reforma. Virá por legislação complementar.

É

ingenuidade acreditar que governos que dizem não ter dinheiro para a Saúde e a Educação - embora tenham para aumentar salários de funcionários e para publicidade - e para quem, segundo Lula, governar é empregar (no governo...) encarem qualquer mudança do sistema de cobrança de imposto como uma maneira de aliviar a vida dos colonos. Há uma bela cereja no bolo - simplificação - mas a massa vem amarga. Mais amarga quanto mais a sociedade se omitir, cada um só cuidar de si e de seus interesses. A sorte é que a disputa pela butim é tão grande entre os coletores, e o Congresso tão lerdo, que esse projeto ainda vai longe. Dá tempo para os agentes econômicos e os cidadãos se organizarem de verdade. Caso contrário, registraremos ainda muitos outros recordes no Impostômetro, tal como anteontem.

Desperdiçando vidas EMÍLIO ZILLI

O

Brasil possui segundo o IBGE 191 milhões de habitantes . Deste total, 95 milhões são do sexo masculino e 38 milhões possuem entre 25 e 59 anos de idade . É uma população , ainda jovem, quase igual à de toda Argentina, por exemplo. Nossa expectativa de vida está hoje em torno dos 70 anos. Entretanto, esta população representa quase 27% de toda mortalidade masculina. A mortalidade global da população masculina no Brasil é hoje em torno de 52,5% do total de todos os óbitos no País. E deste total, quase a metade morre de doença cardiovascular. E, pasmem, 40% na faixa etária de 20-60 anos. É um enorme desperdício de vidas, principalmente, se levarmos em conta que, nesta idade, o ser humano está no pleno desenvolvimento de sua experiência e capacidade. E por quê? Em primeiro lugar, porque não são controlados os principais fatores que levam a esta enorme e absurda mortalidade. Hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, diabetes, colesterol elevado e obesidade são causas conhecidas e controláveis. Se controlássemos apenas o tabagismo e o sedentarismo, já poderíamos diminuir estas taxas em 12% - quase 300.000 vidas.

Em segundo lugar, o fato é que o homem, nesta idade, não procura médico. “Eu não preciso “! Se conseguirmos levar estes indivíduos (nossos pais, companheiros, tios e irmãos ) para uma simples avaliação médica anual, estas cifras diminuiriam em 500% . Impressionados? Pois é para ficar mesmo! A Organização Mundial de Saúde nos vaticina prognósticos terríveis. Em 2040 (logo ali, à nossa frente ) seremos os campeões na ● Sempre se achou

que homem morre pela próstata e a mulher pelo útero. Mas, morremos mesmo (e muito) é pelas doenças do coração. incidência de doença cardiovascular. Provavelmente, teremos que descobrir uma jazida pré-sal por ano, para poder pagar esta fatura! Perder todo ano esta enorme quantidade de vidas! Me desculpem, mas isto não tem preço ! Desperdiçar esta imensa quantidade de recursos para tratamento - quase R$ 400 milhões com doença coronariana, quase R$ 200 milhões com Acidente Vascular

Cerebral (”derrames”)- somente em 2006 ? Será que não há alguma coisa errada com a Saúde ?

E

m bom momento , o Ministério da Saúde resolve desenvolver a Política Nacional para a Saúde do Homem pois, até agora, não existia nada semelhante . É incrível, não é? Mas é verdade! Pela primeira vez uma política será desenvolvida e especificamente voltada para esta realidade, para os homens desta faixa etária! A Sociedade Brasileira de Cardiologia desde há muito alertava para este ponto. Sempre se achou que o homem morria pela próstata (e é verdade, mas depois de 60 anos ), da mesma maneira que a mulher pelo útero! Mas morremos mesmo, e muito, pelas doenças do coração. Mais que nunca, é chegada a hora de darmos um basta nesta situação. Chega de morrer inutilmente. Chega de morrer por nada. Convocamos o governo e a população para esta cruzada! Que cada um faça a sua parte ! Vamos discutir de novo daqui a dois anos! Eu vou mostrar as estatísticas, mas todos nós estaremos comemorando. EMILIO ZILLI É DIRETOR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

C

om o advento de todo um novo "ferramental" da tecnologia de apoio ao processo de comunicação entre as pessoas e as organizações, a velocidade nos contatos interpessoais aumentou vertiginosamente, assim como parece ter diminuído desproporcionalmente a educação entre os cidadãos. De fato, as mais comezinhas regras de etiqueta, que deveriam nortear as relações humanas, têm sido desrespeitadas amiúde. O campeão no incentivo a esse desrespeito vem sendo o telefone celular. A celularmania, que em alguns casos já virou mesmo um vício, tem ocasionado as mais esdrúxulas situações - ou, melhor dizendo, situações de grosserias tecnológicas Vamos começar pelo som do toque de chamada desses celulares modernosos. Tem de tudo. Só falta som de um jumento zurrando ou o gargalhar de uma hiena. O berro do Tarzan já tem. Um inferno. Ironias à parte, o exagero é patente. Na hora do almoço, no jantar, em sala de aula, ao volante (dane-se a lei!), no teatro, no cinema, nos velórios, na entrevista com o cliente. Será que ninguém percebe que atender ao celular em determinados momentos é pura falta de educação? ● Zumbis on-line

estão sempre plugados numa geringonça qualquer e passam pela vida sem (con)viver Pessoas educadas desligam o celular quando em reuniões, quando conversam com alguém, ou quando adentram locais de eventos, onde não é de bom-tom falar ao celular. Na hipótese de se estar na expectativa de vir a receber uma chamada telefônica que de fato não se pode adiar, posto que essencial, a recomendação é que se programe o celular a não "emitir sinais sonoros", e discretamente a pessoa se retira do ambiente em questão a fim de não incomodar os demais, objetivando assim atender a chamada inadiável. O problema é que muita gente simplesmente nunca ouviu falar na palavra discrição...

E

a internet, então? Muita gente insiste em mandar para outras pessoas mensagens não solicitadas, tais como rezas, pensamentos (geralmente "filosofismos"), correntes da fortuna, fotos dos netos; enfim, um entulho de coisas que o outro não pediu e nem tem tempo para a vagabundagem eletrônica. O uso de notebooks pode também configurar um grande problema de falta de educação. Você precisa escolher: ou dá atenção ao seu interlocutor ou fica digitando no seu notebook de última geração. As duas coisas juntas não podem, pois são mutuamente excludentes. A moderna tecnologia é sem dúvida muito benéfica. O problema está no seu lado viciante. Com esse cipoal eletrônico, as pessoas parecem Zumbis on-line: sempre plugadas numa geringonça qualquer, passando pela vida sem (con)viver. LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


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Urbanismo Saúde Ambiente Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SINTOMAS APARECEM EM ATÉ 21 DIAS

Rivaldo Gomes/Folha Imagem - 14/08/2008

Lixo e esgoto jogados diariamente nas águas tornam o Tietê um rio morto, no trecho que cruza a Capital

Beber água do rio Tietê: um brinde nada saudável Mesmo por acidente, entrar em contato com a água do rio, pela boca ou pele, pode resultar em diversas doenças Filipe Araújo/AE - 05/09/2008

C

ólera, febre tifóide, disenteria. Malária, escabiose, gastroenterite. Tétano, leptospirose e poliomielite. Esse festival de enfermidades até pode lembrar a música O Puls o, dos Titãs, mas é somente uma amostra do que pode acontecer a alguém que cai dentro de um rio poluído. Na semana passada, o técnico em química Éder Carlos Ferreira Júnior caiu com o carro dentro do rio Tietê, próximo à Ponte Aricanduva, na zona leste da Capital. O motorista, que disse ter sido fechado por outro carro, conseguiu escapar pela janela e saiu sem nenhum ferimento. No entanto, ele engoliu água. E, com ela, uma mistura nada saudável de metais pesados, material orgânico e inorgânico e outros produtos derivados de esgoto e toda espécie de lixo. De acordo com a infectologista Thais Guimarães, coordenadora de divulgação da Sociedade Brasileira de Infectologia, ao ter contato com a água poluída de um rio como o Tietê, a pessoa pode contrair problemas dermatológicos e alérgicos. Mas, se o contato for além da pele, ou seja, se chegar a engolir água, os problemas podem variar de uma simples diarréia até algo mais grave. "As três principais doenças transmitidas pela água contaminada são gastroenterite, hepatite A e leptospirose (a doença transmitida pela urina do rato). Nesse último caso, a bactéria do gênero leptospira pode infectar o indivíduo através de mucosas (boca, narinas e olhos) e pela pele. Mas é possível contrair também verminoses, salmonela e cólera, embora o Brasil já não tenha mais casos registrados", explica a médica. Não é sempre que alguém cai em um rio poluído. Mas, se um dia isso acontecer, a probabilidade de contágio depende de uma série de fatores. Tomar um bom banho e procurar auxílio de um médico é o primeiro passo. Os sintomas das doenças podem aparecer em até 21 dias, mas, geralmente, iniciam dentro de sete. É preciso ficar atento. "A imunidade do indivíduo colabora, assim como medidas profiláticas. O uso de antibióticos pode prevenir o aparecimento de algumas doenças, inclusive da leptospirose. No entanto, não há como prevenir casos de diarréia e disenteria. Nesses casos, somente um tratamento de acordo resolve", diz a infectologista.

Ao entrar em contato com a água poluída, é necessário tomar um bom banho e procurar um médico.

Luiz Prado/Luz - 18/09/2006

Concentração de algas no rio Tietê, por causa da poluição: água contém mistura de metais pesados e lixo

Maristela Orlowski

quinta-feira, 11 de setembro de 2008 Luiz Prado/Luz - 18/09/2006

Na semana passada, motorista caiu com o carro no rio e, apesar de não ter ficado ferido, bebeu água poluída Luiz Prado/Luz - 18/09/2006

O Tietê, no trecho urbano de São Paulo, tem uso previsto apenas para navegação e harmonia paisagística. Lilian Barrella Peres, gerente da Cetesb Em alguns trechos, paisagem do rio Tietê é um amontoado de lixo

Rio morto – Só quem passa pela marginal Tietê, ou mesmo a Pinheiros, tem idéia do que são as águas negras e fétidas que correm nos rios Tietê e Pinheiros. Conforme explica Lilian Barrella Peres, gerente da Divisão Qualidade das Águas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o Tietê, no trecho que cruza a Capital, é um rio praticamente morto. Ele recebe classificação quatro na escala de qualidade. Quanto maior a classe, menor a qualidade das águas. "O Tietê, no trecho urbano de São Paulo, tem uso previsto apenas para navegação e harmonia paisagística. É impróprio para abastecimento, banho ou recreação", diz. "Além de metais pesados, materiais e compostos orgânicos e inorgânicos, ele possui altas concentrações de coliformes termotolerantes, o que indica contaminação por bactérias de origem fecal, provenientes de esgoto doméstico não tratado", explica a especialista. Embora a Cetesb faça monitoramentos bimestrais no trecho da Ponte Aricanduva, não dá para dizer exatamente que agentes patogênicos po-

Milton Mansilha/Luz - 10/05/2006

Quem passa pelas marginais Tietê e Pinheiros convive com a sujeira

dem ser encontrados no rio. Mas eles estão lá. De acordo com a Companhia, a detecção desses agentes, principalmente bactérias, protozoários e vírus, em uma amostra de água (100 ml) é difícil. Na verdade, esse tipo de monitoramento não é realizado. No entanto, a determinação da potencialidade de um corpo d'água ser portador de agentes causadores de doenças pode ser feita de forma indireta, através dos organismos indicadores de contaminação fecal do grupo dos coliformes. "Isso também indica

que podem existir agentes patogênicos que são veiculados pelas fezes, como tifo e hepatite, entre outros." De modo geral, nas águas para abastecimento o limite de coliformes fecais legalmente tolerável não deve ultrapassar 4 mil coliformes fecais em 100 ml de água em 80% das amostras colhidas em qualquer período do ano no reservatório. Segundo relatório da Cetesb, a quantidade de coliformes no trecho da Ponte Aricanduva é de aprox i m a d a m e n t e 4 8 0 mil/100ml.


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Empreendedores Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

10,8

COMITÊ VOLTA A SE REUNIR EM OUTUBRO

Sem surpresa, Copom eleva Selic em 0,75 ponto

por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa, referência do mercado, neste mês.

Mario Tama/AFP Photo

Taxa básica subiu para 13,75% ao ano. Empresários criticaram decisão.

O

Comitê de Política M o n e t á r i a ( C opom), do Banco Central (BC), decidiu ontem elevar em 0,75 ponto percentual o juro básico (Selic). Com isso, a taxa passou para 13,75% anuais. A decisão não foi unânime: cinco integrantes do comitê votaram por alta de 0,75 ponto e os outros três preferiam aumento menos intenso, de 0,5 ponto. A próxima reunião está marcada para os dias 28 e 29 de outubro. Segundo comunicado divulgado depois do encontro, o Copom pretende "promover tempestivamente a convergência da inflação para a trajetória de metas". A alta de 0,75 ponto já era esperada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro. A alta foi a quarta consecutiva.

Críticas – O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, lamentou a decisão, lembrando que as altas anteriores ainda não tiveram impacto sobre a atividade econômica. Para ele, o Copom poderia ter determinado aumento menor, para poder avaliar melhor os cenários interno e externo. Burti afirmou que, embora o consumo ainda esteja forte, já há sinais de desaceleração do ritmo de crescimento das vendas. Outras entidades que representam empresários e trabalhadores também criticaram a escolha do Copom, principalmente por causa do recuo dos índices de preços. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, "persistir no erro é burrice".

Já na avaliação de especialistas do mercado financeiro, o Copom acertou. Embora os índices de preços tenham recuado desde a última reunião, as expectativas para o próximo ano não cederam e permaneceram "teimosamente" em 5%. Uma das explicações para a queda da inflação nas últimas semanas está no recuo das cotações das commodities agrícolas, mais especificamente do milho e da soja no mercado internacional, afirmou o economista da Modal Asset Management, Alexandre Póvoa. E esse movimento pode mudar, voltando a pressionar os preços no Brasil. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, Walter Machado de Barros, "na dúvida, o Banco Central preferiu ser conservador." (DC/AE)

Plano de recuperação financeira do banco americano Lehman Brothers foi uma das boas notícias do dia

Bovespa sobe 2,47%, mas cenário ainda preocupa

I

nfluenciada pelo bom desempenho das ações da Vale, da Petrobras e de empresas siderúrgicas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de recuperação, que, entretanto, nem de longe apagou as perdas da véspera ou do mês. De qualquer maneira, a alta foi firme e chegou a 2,47% – a maior desde o último dia 20 de agosto (3,24%) e a segunda registrada neste mês (o Ibovespa havia subido apenas no dia 5). A sessão, no entanto, foi muito volátil, com o índice oscilando cerca de 2,3 mil pontos entre as pontuações máxima e a mínima. O Ibovespa variou de 47.606 pontos (queda de 1,71%) a 49.957 pontos (alta de 3,14%), para fechar em 49.633 pontos. Em setembro, as perdas caíram para 10,86% e, no ano, para 22,31%. O dólar comercial, por sua vez, teve alta de 0,73%, para R$ 1,7850 – maior valor desde 25 de janeiro deste ano, quando fechou cotado a R$ 1,787.

SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA URBANA DIVISÃO TÉCNICA DE LICITAÇÕES COMUNICADO A SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA URBANA E OBRAS - SIURB, comunica aos interessados que os CADERNOS DE LICITAÇÕES poderão ser obtidos gratuitamente mediante download na página http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br ou, mediante entrega de 01 (um) CDROM virgem, para cada edital, na Divisão Técnica de Licitações - G.2, situado na Avenida São João, 473 - 13º andar - Edifício Olido, no horário das 09:30 às 11:30 horas e das 13:30 às 16:00 horas, a partir do dia 12/09/2008. Estarão à disposição, para consulta, os cadernos de licitações abaixo, na Divisão Técnica de Licitações - G.2, no endereço acima mencionado, no horário das 09:30 às 11:30 horas e das 13:30 às 16:00 horas, a partir do dia 12/09/2008. Concorrência nº C012/EDIF/SIURB/08 Processo Administrativo nº 2008-0.153.375-3 Objeto: Execução de serviços e obras para 2ª fase da implantação do CENTRO DE CONVIVÊNCIA EDUCATIVA E CULTURAL DE HELIÓPOLIS, situado na Estrada das Lágrimas x Rua São João Climaco - SP/IP. PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: de 12/09/2008 até 13/10/2008. DATA PARA VISITA TÉCNICA: dia 14/10/2008 das 10:00 às 11:00 horas. ASSINATURA DO MEMORANDO CAUÇÃO: até 14/10/2008. LIMITE PARA A EFETIVAÇÃO DA CAUÇÃO EM SF/SUTEM/DIARE: até 14/10/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 10:00 às 11:00 horas do dia 15/10/2008. SESSÃO DE ABERTURA: dia 15/10/2008 às 11:00 horas. Obs.: As empresas que adquirirem o Edital mediante “download” na página da “Internet” deverão obrigatoriamente retirar na Divisão Técnica de Licitações, na Avenida São João nº 473 - 13° andar, nesta Capital, das 09:30 às 11:30 horas e das 13:30 às 16:00 horas, até 02 (dois) dias anteriores da data de abertura da licitação, cópia do projeto, objeto da licitação, mediante a entrega de 01 CD ROM virgem.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 128/2008-SMS.G, processo 2008-0.083.334-8, destinado à aquisição de EQUIPAMENTOS DE ULTRA-SONOGRAFIA GERAL + CARDIOLOGIA PARA USO PEDIÁTRICO COM DOPPLER; EQUIPAMENTO DE ULTRA-SONOGRAFIA GERAL COM DOPPLER E EQUIPAMENTO DE ULTRA-SONOGRAFIA GERAL + CARDIOLOGIA COM DOPPLER para a Coordenadoria de Apoio e Desenvolvimento da Gerência Hospitalar, COGERH-SMS.G, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 09h30min do dia 25 de setembro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 320/2008-SMS.G, processo 2008-0.199.743-3, destinado à aquisição de VENTILADORES PULMONAR MICROPROCESSADO PARA USO NEONATAL para a Coordenadoria de Apoio e Desenvolvimento da Gerência Hospitalar, COGERH-SMS.G, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 25 de setembro de 2008, a cargo da 2ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 287/2008-SMS.G, processo 2008-0.161.420-8, destinado ao registro de preço de IODOFÓRMIO EM PÓ para a Seção Técnica de Estoque Central SMS.34/Área Técnica de Material Odontológico, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 17 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 297/2008-SMS.G, processo 2008-0.220.447-0, destinado ao registro de preço de EQUIPAMENTO ODONTOLÓGICO COMPLETO CONVENCIONAL, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Odontológico, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 20 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 290/2008-SMS.G, processo 2008-0.201.119-1, destinado ao registro de preços de MATERIAL ODONTOLÓGICO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Odontológico, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 21 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

2,3

mil pontos foi a variação do Ibovespa entre a pontuação mínima e a máxima no pregão de ontem da bolsa paulista A trégua da queda das commodities, a recuperação das bolsas americanas e, principalmente, os preços baratos dos papéis de empresas negociadas na Bovespa, fizeram muitos investidores voltarem a comprar. De acordo com operadores do mercado de ações, até estrangeiros voltaram à bolsa paulista, depois de forte movimento de saída nos primeiros pregões do mês. As preferidas – As preferidas do dia foram as ações de Vale e Petrobras e de empresas do setor siderúrgico. Petrobras PN teve giro de cerca de R$ 1,5 bilhão e alta de 2,3%. Mas foi mesmo Vale PNA que brilhou, ao subir 5,86%, com o segundo maior volume, de R$ 813 milhões. Vale ON também disparou (5,73%) e Petrobras ON avançou 1,16%. Outros destaques foram Gerdau PN (4,93%), Metalúrgica Gerdau PN (4,06%), CSN ON (4,22%) e Usiminas PNA (2,08%). A Vale também foi favorecida pela recuperação dos pre-

ços do cobre e pela confirmação de que está mesmo negociando um reajuste adicional para o minério de ferro vendido na Ásia. A notícia não é nova, mas deixou de ter repercussão positiva por causa do mau humor que imperou na Bovespa no início da semana. Já o petróleo deixou de lado o corte na produção anunciada pela Opep (entidade que reúne os maiores produtores mundiais) para reagir aos dados de estoques divulgados pelo Departamento de Energia norteamericano. O órgão sinalizou enfraquecimento da demanda pelo produto nos Estados Unidos. Na Nymex, o contrato para outubro recuou 0,66%, para US$ 102,58 (leia mais sobre o petróleo na página E2). Em Nova York, depois de um pregão de bastante volatilidade, o plano do banco Lehman Brothers para reforçar suas finanças acabou animando os investidores e favorecendo a alta da bolsa. O índice Dow Jones subiu 0,34% e o Nasdaq teve ganhos de 0,85% no fechamento. O Lehman Brothers anunciou resultados financeiros piores que os esperados pelos analistas. Apesar da trégua de ontem, ninguém no mercado se arrisca a dizer que o período de turbulência passou. Para o sóciodiretor da corretora Ágora, Álvaro Bandeira, a Bovespa pode cair para 45 mil pontos em curto prazo, mas ele ressalvou que a tendência é de melhora até o final do ano. De acordo com ele, a bolsa pode subir a 70 mil pontos ainda em 2008. (AE)

Prévia do IGP-M estável

O

equilíbrio, no atacado, entre uma deflação mais fraca nos preços agropecuários (de -2,91% para -2,26%) e a desaceleração nos preços dos produtos industriais (0,82% para 0,65%) manteve estável a primeira prévia de setembro do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), que teve variação zero. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros. O economista comentou que, em relação à primeira prévia de agosto, que teve queda de 0,01%, a taxa da primeira

prévia de setembro não apresentou muita diferença. "Mas o comportamento de preços dos itens, principalmente no atacado, mudou muito da primeira prévia de agosto para a primeira prévia de setembro." Segundo ele, uma das principais mudanças está no setor agropecuário no atacado. Importantes itens deixaram de apresentar quedas de preços tão intensas quanto no mês passado. São os casos de soja em grão (de -8,47% para -0,50%), café em grão (de -3,89% para 1,95%) e milho em grão (de -6,12% para -5,73%) entre as duas prévias. (AE)

SECRETARIA DE NEGÓCIOS JURÍDICOS EDITAL DE CITAÇÃO COM PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS PARA CONHECIMENTO DE TERCEIROS - PROC. Nº 583.53.2007.140324-9 - nº ordem 2637/2007. O DR. RANDOLFO FERRAZ DE CAMPOS, Juiz de Direito da DÉCIMA QUARTA Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital de São Paulo na forma da Lei, Faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dela conhecimento tiverem e interessar possa que perante este Juízo e Cartório respectivo, é promovida uma ação de Desapropriação requerida pela Municipalidade de São Paulo contra o Sr. Aldemir dos Santos, objetivando o imóvel localizado nesta Capital na Av. do Estado, nº 3.163, apartamento 236, contribuinte nº 002.034.0772-5. Aceito o preço oferecido pela Municipalidade, no valor de R$ 20.095,11, já depositado em 22-01-2008, foi pleiteado o levantamento de 100%, razão pela qual determinou o MM. Juiz a expedição do presente edital, com prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 34 do Decreto-lei nº 3.365/41, citando-se os interessados, contando o prazo da primeira publicação no I. O. E., após o que, sem impugnação referida quantia será levantada. São Paulo, 29 de agosto de 2008.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

O MUNDO FICOU AMERICANIZADO OU OS EUA AINDA SÃO O LABORATÓRIO DA HUMANIDADE?

O escritor francês Guy Sorman encontrou

Americanos trabalhando.

idéias inovadoras nas linhas de produção dos EUA, que estão sendo adotadas no resto do mundo. O segredo? Democracia.

O novo substitui C o antigo. Por Guy Sorman C

comentário direto no site do DC ● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

popularidade. Na Europa Ocidental, os especialistas dariam notas. Allan Eustace, vice-presidente da Google, prefere falar em "popularidade esclarecida". A classificação é definida pelo número de consultas, mas é enriquecida com muitos outros critérios, como o número de links a um site ou o número de citações. No final das contas, admite, "a rede decide, não os especialistas". Isso é totalmente norte-americano? "Poderia ser muito bem no início", afirma Allen Eustace, "mas os critérios da Google são atualmente aceitos no mundo todo". O mundo está ficando americanizado ou os EUA ainda são um laboratório avançado para a humanidade? Isso permanece um debate aberto.

como o economista Joseph Schumpeter, de Harvard, a chamou em 1942. O novo sempre substitui o antigo, o mercado realoca recursos. É significante que a Nanodynam i cs , uma pioneira que está emergindo no revolucionário campo da nanotecnologia, esteja instalada em uma antiga fábrica da Ford, no centro do cinturão enferrujado de Buffalo. Antigos empregos com baixa qualificação estão sendo substituídos por empregos com mais habilitação e salários maiores. Outro caso significativo é o da IBM, que sobreviveu e atualmente progride seguindo o princípio da criação destrutiva a partir de dentro: a fabricação de hardware foi vendida para uma empresa chinesa, e o novo foco da IBM são os serviços a clientes e a concepção de sistemas sofisticados. Quando eu indaguei aos executivos da IBM como eles ousaram vender empregos norteamericanos para a China, fui informado que os computadores já estavam sendo fabricados na China havia muitos anos.

U

ma consideração final, que pode não ocorrer com a mesma intensidade nos Estados Unidos jacksonianos ou tocquevillianos, é a diversidade cultural. Quando sua roupa está pegando fogo, diz o indiano Ajay Royyuru, gerente do centro de computação biológica da IBM, você vai trabalhar nos EUA. Na Nanodynamics, Suvankar Sengupta não sente saudades de Bengala? "Como uma terra de oportunidades", afirma, "os EUA continuam, indiscutivelmente, já que você nunca é criticado por assumir riscos. Além disso, quando você é bom no que faz, ninguém, nos EUA, pergunta de onde você veio?". (C) GUY SORMAN TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

P

ara entender melhor essa liderança sustentável dos EUA, neste verão centralizei minha pesquisa em três empresas da nova economia norte-americana: a Google, em Mountain View, Califórnia, a IBM, em Yorktown Heights, Nova York, e a Nanodynamics, em Buffalo, Nova York. Bastante diferentes em idade, escala, mercado e técnicas, as três seguem princípios parecidos. Basicamente, o princípio democrático funciona nitidamente. O sistema de busca e os novos produtos da Google têm como alvo certeiro as massas, não as elites. Eles também estão fundamentados numa crença exclusivamente numa crença democrática, exclusivamente norte-americana, a sabedoria das multidões. A classificação do sistema de busca da Google acompanha a

Steve Jobs (esq) apresenta o novo iPod Nano. A Apple é uma líder da intensa criação destrutiva praticada nos EUA. Esse sistema, ainda em operação, já existia no começo do século 19, numa escala bem menor. O novo substituindo o antigo, e o mercado realocando os recursos. AFP

● Faça seu

erca de 10 anos antes de Alexis de Tocqueville chegar na América, um evento espetacular ocorreu nos Estados Unidos sem que ninguém conseguisse entender na década de 1820: a renda per capita nos EUA tinha superado a da Europa Ocidental. Tocqueville percebeu que os americanos conseguiram uma vida mais confortável, mas ele não era economista: não visitou fábricas, enquanto se focava na vida social e na cultura política. Na realidade, foi apenas em 2007 que a OCDE publicou novas estatísticas sobre a economia mundial, mostrando os EUA como o número 1 desde 1820. Desde aquele ano a economia norteamericana tem permanecido a líder sem ser ameaçada. A verdadeira razão para a economia norte-americana decolar foi a democracia. Na Europa Ocidental, ainda dominada pela nobreza, os poucos consumidores ricos estavam procurando artigos cuidadosamente produzidos, o que não é o caminho mais curto para a revolução industrial. Nos EUA, todos os cidadãos iguais desejavam acesso aos mesmos produtos baratos: a resposta foi a mecanização e, acima de tudo, a padronização. Padronização, em um nível desconhecido na Europa, foi a versão econômica do espírito jacksoniano da época. Quase dois séculos depois, pode-se demonstrar que a mesma causa está por trás da liderança econômica dos EUA, apesar dos discursos políticos sobre decadência e crise.

omo a fundadora e CEO da Nano dynam i cs , Keith Blakely, diz, "o empresário norte-americano tem paixão pelo mercado a pesquisa européia de base pode, às vezes, ser melhor do que a norte-americana, mas nos EUA nós somos os primeiros a levar a inovação para o mercado. Uma boa idéia, nessa visão nor te-americana, só é boa quando o mercado a compra.” Novamente, essa é uma percepção bem democrática do propósito da inovação. Isso explica a relação única que só pode ser encontrada nos Estados Unidos entre as universidades e os negócios. Na Europa Ocidental, faculdades e empresários raramente se falar. Fazer isso, não sempre, mas freqüentemente, seria uma quebra de etiqueta. Nos EUA, a Nano dynamics usa equipamentos das universidades, consulta seus professores, leva descobertas para as universidades. A G oogle, em Mountain View, não tem escritório, mas um campus, muito parecido com Stanford, lá perto. A G oogle existe para o lucro; Stanford, não. Mas estudantes e empregados tendem a ter uma vida parecida. Na Europa, isso seria considerado uma promiscuidade indesejável. Além desse princípio democrático, podemos entender por intermédio de nosso exemplo outro sistema em operação que existia no começo do século 19, mas numa escala bem menor: o vendaval de criação destrutiva,

OLAVO DE CARVALHO CHECANDO AS BIOGRAFIAS

E

nquanto nos EUA, no Brasil e no mundo a grande mídia esquerdista (desculpem a redundância) vasculha a biografia de Sarah Palin nos seus mínimos detalhes, trazendo ao público as revelações chocantes de que ela pertence à Igreja Pentecostal, de que sua filha transou com o namorado e de que (acrescenta a pérfida Ann Coulter) seu cabelereiro teve uma multa de trânsito em 1978, nada, absolutamente nada aí se conta a ninguém sobre alguns episódios da vida de Barack Hussein Obama, decerto irrisórios e desprovidos de qualquer alcance político, não é mesmo? Eis oito exemplos: 1. Ele foi admirador e companheiro de protestos do pastor Louis Farrakhan, aquele segundo o qual “o judaísmo é a religião do esgoto”. Isso faz tempo, mas depois de eleito senador ele deu 225 mil dólares em verbas federais à igreja de seu amigo Michael Pfleger, onde Farrakhan é um dos mais freqüentes e aplaudidos pregadores convidados. 2. No Quênia, ele deu apoio eleitoral a um agitador que, depois, organizou a destruição de trezentos templos cristãos e o assassinato de mais de mil fiéis, cinqüenta deles queimados vivos numa igreja, sem que Obama viesse a dizer uma só palavra contra essa gentil criatura. 3. Ele disse que o terrorista William Ayers (da quadrilha do Homem do Tempo) era apenas um seu vizinho, mas depois se descobriu que ele e Ayers dirigiram juntos uma ONG que coletou 72 milhões de dólares para movimentos de esquerda, sendo um interessante exercício intelectual conjecturar como puderam fazer isso sem falar de política. 4. Neste preciso momento ele responde na Pensilvânia a um processo de falsidade ideológica, por ter apresentado a seus eleitores uma certidão de nascimento forjada. 5. Embora diga que sempre foi cristão, seus colegas e professores de escola primária, bem como seu meio-irmão e sua meia-irmã, afirmam que ele era muçulmano na época. 6. Por duas décadas ele freqüentou semanalmente uma igreja que alardeava a Teologia da libertaç ão mais escancaradamente comunista e anti-americana, e depois disse que não tinha a menor idéia do conteúdo do que ali se pregava. 7. Embora gabando-se de sua carreira em Harvard, ele se recusa a mostrar o histórico de seus estudos. Agora se sabe que ele tem um motivo mais forte para encobrir os detalhes: seus estudos ali foram pagos por Donald Warden, um americano que, islamizado sob o nome de Khalid Abdullah Tariq al-Mansour, veio a se tornar um dos mentores do grupo terrorista Panteras Negras, fund-raiser para a organização pró-terrorista AfricanAmerican Association e autor de um livro segundo o qual o governo americano planeja matar todos os negros. 8. Em cinco campanhas eleitorais, o

● A biografia de

Barack Obama foi checada meticulosamente por Forrest Gump, o Inspetor Clouseau e o Agente 86, Maxwell Smart. Já a de Sarah Palin...

mais ativo coletor de fundos para Obama foi o vigarista sírio Tony Rezko, condenado por 16 crimes. Uma vez no Senado, Obama retribuiu com dinheiro público a gentileza, convencendo vários prefeitos a investir um total de US$ 14 milhões num projeto do malandro.

O

s brasileiros não saberão de nada disso assistindo ao Jornal Nacional, nem os americanos à CNN. Ante as acusações gerais de que John McCain não checou direito a biografia de Sarah Palin, o colunista Don Feder sugere que a de Obama, por sua vez, foi checada meticulosamente – por uma comissão integrada por Forrest Gump, o Insp etor Clouseau e o Agente 86, Maxwell Smart. E, quando Obama comete um lapsus linguae, dizendo “minha fé muçulmana” em vez de “minha fé cristã”, todas as almas santas do esquerdismo mundial se revoltam ante as insinuações, vindas de maldosos direitistas, de que isso possa significar alguma coisa. Eu mesmo sou tão perverso que cheguei a me perguntar se Obama não trocava os pés pelas mãos justamente por ser muito difícil, até para um ator tarimbado, exibir-se como um pavão no poleiro e ao mesmo tempo esconder-se como um rato na toca. Mas Obama nem precisaria ser tão escrupuloso na camuflagem. A mídia esconde tudo por ele – para quê preocuparse em vão ao ponto de ficar nervoso e atrapalhar-se no discurso? Afinal, que são os pequenos deslizes do candidato em comparação com a gravidez solteira de Bristol Palin? Toda a esquerda chique, que sempre batalhou pela “liberação sexual da juventude”, está hoje escandalizada ante essa sem-vergonhice incomum, sem dúvida um risco maior para a segurança dos EUA. Com o detalhe especialmente elucidativo de que, uma vez desencadeada a campanha de ataques à devassidão abominável da família Palin, essa mesma onda é explicada retroativamente como fruto do moralismo reacionário dos americanos e assim transfigurada num argumento fulminante contra a eleição de candidatos conservadores. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO Euzivaldo Queiroz/Reuters

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DIA DE ÍNDIO Os músicos Pawel Maciwoda (esquerda) e Rudolf Schenker (direita), da banda de rock Scorpions, durante visita a um hotel na floresta amazônica, próximo a Manaus. A banda está em turnê pelo Brasil.

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SETEMBRO

12 - LOGO

11 Lançamento do álbum 'Satisfaction', dos Rolling Stones, em 1965

F UTEBOL A RTE

Chegar ao sucesso no mundo da música por méritos próprios, sem a ajuda de padrinhos ou de concursos de televisão, é um desafio para poucos. Pessoas como Marko Vuoriheimo, conhecido como Signmark, um finlandês de 30 anos que, apesar de nunca ter ouvido uma só nota musical em toda a sua vida, um dia decidiu cantar rap em seu idioma materno, a língua dos sinais finlandesa. Signmark é o primeiro rapper surdo da história. Durante anos, o rapper traduziu músicas de sucesso para a língua dos sinais, com o objetivo de "cantálas" em festas e reuniões familiares, até que seus amigos o encorajaram a escrever suas próprias letras. Em

2004, ele criou um grupo de rap junto com dois amigos que com podem escutar: Kim e Heka, que compõem as músicas e cantam em finlandês enquanto Signmark "rapeia" com as mãos ao ritmo das vibrações sonoras. A gravação do primeiro disco do grupo ("Signmark"), em 2006, levou os músicos aos palcos de países como França, EUA, Japão e Espanha. Atualmente, ele e seu grupo finalizam as canções de seu segundo disco, com o qual pretendem conquistar o mercado internacional e atingir todo tipo de público. Signmark pode ser visto na internet. http://br.youtube.com/ watch?v=2kxoAx7Ewq0

R ELIGIÃO

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om público abaixo do esperado, seleção brasileira não foi sequer sombra do time que ganhou de 3 a 0 do Chile no domingo. Com meio de campo embolado, desorganizado, sem inspiração das estrelas, não passou de 0 a 0 contra Bolívia, lanterna das eliminatórias, que teve um jogador expulso no início do segundo tempo. Muito vaiado no Engenhão, o estádio olímpico do Rio, o Brasil saiu atônito de campo. Os torcedores gritaram em coro: "Adeus, Dunga", além de provocar a Seleção ao torcer pelos bolivianos no final da partida.

O resultado deixa o Brasil com 13 pontos, na segunda colocação. O líder é o Paraguai, que tem 17. Ao encerrar esta edição, a Argentina enfrentava o Peru, na expectativa de ultrapassar os brasileiros. O próximo jogo da seleção no Brasil será provavelmente no Rio, em 15 de outubro, no Maracanã, contra a Colômbia. Três dias antes, a equipe enfrentará a Venezuela. Luis Fabiano, principal jogador em Santiago, mal viu a cor da bola. Ainda assim quase cavou um pênalti aos 42 do segundo tempo. Ronaldinho procurou pouco a partida, assim como Robinho. Mais em www.dcomercio.com.br.

Ivo Gonzalez/Agência O Globo

Coro para o 0 X 0: "Fora, Dunga!

'Ouça' um rap na língua dos sinais

AFP

B RAZIL COM Z

Alessandro Bianchi/Reuters

Amazônia aquecida

Centenas de espanhóis da localidade de Mataro, vestidos em trajes de antigos soldados romanos, ontem, durante a audiência semanal do papa Bento 16 no Vaticano. O papa viajará amanhã para o Santuário de Lourdes na França.

C IÊNCIA

Paz e amor entre cães e gatos Uma pesquisa realizada na Universidade de Tel Aviv, em Israel, e publicada na revista científica Applied Animal Behaviour Science aponta que é possível fazer com que gatos e cachorros convivam na mesma casa sem brigar. De acordo com o estudo, se o gato for adotado antes do cão e se os dois forem apresentados enquanto jovens (menos de 6 meses para o felino e um ano para os cachorros), há uma maior probabilidade de que eles se dêem bem. "Esta é a primeira vez que alguém faz uma pesquisa científica sobre bichos de estimação que vivem na mesma casa", afirma Joseph Terkel, professor do Departamento de Zoologia da E M

Universidade de Tel Aviv e líder da pesquisa. Para conduzir o estudo, os cientistas entrevistaram cerca de 200 pessoas que tinham gatos e cachorros convivendo na mesma casa e filmaram o comportamento dos animais. Em dois terços das casas, os cientistas encontraram uma boa convivência entre as espécies, enquanto brigas foram observadas em apenas 10% dos casos. A principal causa das brigas, segundo os especialistas, não é uma inimizade natural entre as espécies, mas a dificuldade de comunicação. Gatos, por exemplo, costumam sacudir a cauda quando estão nervosos, enquanto cachorros demonstram assim sua alegria.

C A R T A Z

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Fabrice Coffrini/AFP

rador, concluindo com sucesso a primeira missão importante do LHC. Os cientistas tiveram problemas com os ímãs do colisor, mas isso não afetou o experimento. A expectativa, agora, é saber quando as colisões de partículas começam efetivamente. Os cientistas não quiseram fazer previsões. Quando o experimento de colisão de partículas ganhar velocidade total, os dados sobre a localização de partículas (com

precisão de alguns milionésimos de metro) e sobre a passagem do tempo (com precisão de bilionésimos de segundo) mostrarão como as partículas se aproximaram, se distanciaram ou se dissolveram. É nesse cenário que os cientistas esperam encontrar dentro em breve uma partícula conhecida como bóson de Higgins e elucidar o mistério sobre como a matéria ganha massa.

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Projeto do acelerador de partículas conta com participação de programas, peças e técnicos brasileiros Desmatamento aumenta durante período eleitoral, admite o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc

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O

s cientistas comemoraram ontem ao ligar o colisor de partículas que pretende recriar as condições do Big Bang, a grande explosão que teria dado início ao universo. Os experimentos com o Grande Colisor de Hádrons (LHC), maior e mais complexa máquina já fabricada, podem revolucionar a física e revelar segredos sobre as origens do universo. Os envolvidos no projeto precisaram esforçar-se para negar sugestões feitas por alguns de que o experimento poderia criar pequenos buracos negros de intensa gravidade capazes de sugar o planeta todo. Na Índia, a adolescente Chhaya de 17 anos, se suicidou com medo de que o LHC provocasse o fim do mundo. A estréia do LHC, que custou US$ 9 bilhões, registrouse como um ponto de luz em uma tela da sala de controle da Cern (Organização Européia de Pesquisa Nuclear), por volta das 9h30 (4h30, horário de Brasília). Os físicos e técnicos reunidos na sala de controle comemoraram em alto e bom som uma hora mais tarde quando o raio de partículas completou o trajeto horário do acele-

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A hora do Big Bang

05 www.momastore.org

ANTES DE CRISTO Capacete de bronze com máscara de ouro e jóias femininas são a mais recente descoberta arqueológica do antigo cemitério de Pella, Macedônia, norte da Grécia. As peças mais antigas são do século 7 antes de Cristo.

F ÍSICA

A TÉ LOGO

Concurso 1003 da MEGA-SENA

O jornal francês Le Monde publicou em seu website ontem uma reportagem sobre um estudo científico elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), segundo o qual a temperatura da Amazônia brasileira poderá aumentar até 2 graus Celsius entre 2010 e 2040, o que pode transforma a floresta tropical em semi-árido. O trabalho foi feito em parceria com a Companhia Vale. Os pesquisadores utilizaram informações do Instituto de Meteorologia, da Agência Nacional de Águas e de 36 estações pluviométricas e climatológicas. A previsão é de que entre 2010 e 2040, as chuvas diminuam até 10%. Entre 2041 e 2070, até 20%. E entre 2071 e 2100, a redução nas chuvas seria de até 60%.

Pai de Jade Barbosa culpa Confederação Brasileira de Ginástica por grave lesão no punho da atleta

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Ambiente Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CARRO ESTAVA PARADO NO SEMÁFORO

Fotos: Werther Santana/AE

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ó RBITA

FUGA DO LÍBANO

A

paranaense Nariman Osman Chiah, de 21 anos, que conseguiu fugir do Líbano, onde era acusada pelo marido de seqüestro e abandono do lar, chega hoje a Curitiba. Grávida de cinco meses, ela acusa o marido, o libanês Ahmed Holeihel, de agredila e a seu filho, de seis anos. Eles se casaram no Líbano, quando ela tinha 14 anos. Como Holeihel teria começado a agredi-la, Nariman tentou uma primeira fuga. Em 21 de julho, foi impedida de embarcar no aeroporto de Beirute em razão de uma acusação de seqüestro e abandono do lar. Para não voltar para casa, passou a viver com o filho em um refúgio para mulheres e crianças vítimas de violência. Um novo plano de fuga se consolidou há duas semanas, quando os familiares no Brasil enviaram US$ 1,7 mil para que ela providenciasse documentação e cruzasse as fronteiras com a Síria e com a Turquia. Depois de serem ameaçados de prisão, mãe e filho conseguiram contato com a embaixada brasileira em Damasco, onde ficaram refugiados desde domingo, enquanto a documentação era providenciada. (AE)

MULHER MORRE BALEADA EM ASSALTO

U

ma mulher morreu baleada durante uma tentativa de assalto na noite de terça-feira, na zona oeste da Capital. Valéria Maria Hernandes Bueno estava com o seu marido, João Carlos Bueno, dentro do carro quando um homem armado com uma espingarda se aproximou e anunciou o assalto. O carro, um Mercedes Classe A, estava parado em um semáforo na avenida Escola Politécnica, no Rio Pequeno. O casal não

reagiu, mas o bandido atirou, pois teria se assustado quando João Carlos levantou o braço do volante. Uma das balas acertou o pescoço da mulher, de 43 anos. Valéria ainda foi levada para o Hospital das Clínicas, onde morreu. O marido da vítima, que foi atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário, teve ferimentos leves causados pelos estilhaços do vidro. O ladrão fugiu sem levar nada. (Agências)

STJ ANULA PROCESSO CONTRA EDINHO

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Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou o processo em que o ex-goleiro Édson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, é acusado de tráfico de drogas e formação de quadrilha. Apesar de Edinho não ter entrado com ação no STJ, ele foi beneficiado na decisão em que os magistrados acataram um habeas-corpus pedido por Nicolau Aun Júnior, réu na

mesma ação. A decisão beneficia Nicolau Júnior e outros dez réus, entre eles o ex-goleiro. Edinho ficou preso por quase um ano, mas ganhou liberdade em 2007 por força de um habeas-corpus. O filho de Pelé foi acusado em 2005 de ter ligação com o empresário Ronaldo Duarte Barsoti, o Naldinho, acusado de tráfico no litoral paulista. (Agências)

3 Ladrão teria se assustado e atirou contra o veículo do casal.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Internacional

Brasil terá plano de contingência de gás após ataque na Bolívia

Terremoto atinge Japão e Indonésia

Militantes de oposição ao presidente Evo Morales explodem gasoduto no sul do País; conserto pode levar até 20 dias. AFP

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m forte terremoto de 7,2 graus na escala Richter atingiu a ilha de Hokkaido, no norte do Japão, segundo o governo japonês. A Agência de Meteorologia do Japão expediu um alerta de tsunami (maremoto) para grande parte da costa leste japonesa, de Hokkaido a Honshu. O terremoto ocorreu na manhã de quinta-feira (horário local) na costa leste da ilha setentrional de Hokkaido e as autoridades informaram que ainda não existem relatos sobre vítimas ou prejuízos. Indonésia - Um outro tremor de grandes proporções atingiu o leste da Indonésia. Os abalos de 7,6 graus na escala Richter, também têm potencial de gerar um tsunami. O terremoto submarino ocorreu no Mar das Molucas, a 90 quilômetros da costa. Ainda não há informações sobre vítimas. (AE)

Protestos se agravam nos cinco departamentos de oposição a Morales; tropas são enviadas para proteger as instalações de petróleo e gás.

tem uso intensivo em São Paulo, nas indústrias e residências. Analistas do mercado brasileiro de energia calcularam que o impacto será pequeno no mercado local. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comentou sobre o incidente na Bolívia. Lobão tentou mostrar otimismo com a situação. "Aguardamos que o restabelecimento na Bolívia

seja feito prontamente." Existem informações de que os opositores também cortaram o fornecimento de gás para a Argentina. A informação partiu da empresa Chaco, que opera campos no departamento de Chuquisaca, ao norte. As autoridades bolivianas culpam a oposição por ter explodido o gasoduto. A YPFB disse que os oposicionistas fe-

charam uma válvula do sistema, na estação ocupada, o que criou pressão e levou à explosão no gasoduto. O governo boliviano imediatamente ordenou o envio de tropas para os departamentos (estados) do leste do país, para proteger as instalações de petróleo e gás. Ramírez disse que levará até 20 dias para consertar o gasodu-

to. Ele disse que a Bolívia perderá US$ 8 milhões por dia com gás que não será vendido. (Veja mais na página E3). Expulsão - O presidente Morales pediu ontem a expulsão do embaixador dos EUA na Bolívia. O embaixador Philip Goldberg foi declarado "persona non grata" e acusado de incitar a desintegração da Bolívia, ao promover o separatismo. (AE)

DC

U

m trecho de um gasoduto explodiu no sul da Bolívia ontem "em um atentado terrorista", após opositores do presidente Evo Morales terem ocupado um campo petrolífero e uma estação de gás natural. Com o incidente, a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) informou que cortará o fornecimento para o Brasil em 10%. O governo brasileiro qualificou a situação como "grave" e anunciou um plano de contingenciamento imediato. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que a redução do envio de gás boliviano trará "dificuldades" ao Brasil. "Não temos condição de quantificar qual vai ser a perda do envio de gás da Bolívia para o Brasil. O fato é que já temos um plano de contingência para suprir as nossas necessidades", disse. O plano anunciado prevê inicialmente a substituição do gás pelo diesel nas usinas térmicas da Petrobras e da Eletrobrás e, segundo Lobão, até de algumas unidades privadas. O presidente da YPFB, Santos Ramírez, disse que a exportação de gás natural ao Brasil será reduzida em três milhões de metros cúbicos, dos cerca de 30 milhões que são exportados por dia ao Brasil. Isso equivale a aproximadamente 10% do total exportado. A Bolívia fornece atualmente 50% do gás natural consumido pelo Brasil e o gás boliviano

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Não muito distante do Planalto, na Feira do Paraguai, já podem ser comprados equipamentos de grampos, baratinhos.

gibaum@gibaum.com.br

MAIS: além disso, nos classificados dos jornais de Brasília, proliferam anúncios de "detetives especializados em escuta".

quinta-feira, 11 de setembro de 2008 Paulo Pampolin/Hype

3 Sou meio machinha, talvez a diferença entre mim e o homem seja Super-alergia «

o pênis.

ADRIANE GALISTEU // fazendo uma nova e inusitada auto-avaliação.

Fotos: Business News

Cartão policiado O ministro Tarso Genro, da Justiça, acaba de baixar uma portaria determinando regras para o uso dos cartões corporativos vinculados à pasta da Justiça. As medidas objetivam reduzir os gastos por meio do cartão, principalmente via saque. Desde o início do governo Lula, as despesas do Ministério da Justiça com o uso do cartão de pagamento não param de crescer: em 2003, quase R$ 300 mil foram gastos, sendo quase R$ 260 mil consumidos pela Polícia Federal. Em 2007, as despesas alcançaram R$ 1,2 milhão e perto de R$ 600 mil pela PF. Este ano, nos primeiros oito meses, as despesas da Polícia Federal, com cartão, já encostaram em R$ 900 mil.

"RELAXA!" No livro Minha Vida de Prefeita , que a ex-prefeita e candidata Marta Suplicy acaba de lançar, em São Paulo, há um longo trecho dedicado “à frase infeliz e estapafúrdia” que ela soltou, na condição de ministra do Turismo, na época do apagão aéreo , o famoso “Relaxa e goza!”. E ela ainda conta que quando foi desabafar com Lula, constrangida e arrependida, ouviu do presidente uma única recomendação: “Relaxa!”.

Na Semana de Moda de Nova York, Donna Karan festejava os 20 anos da etiqueta DKNY e Calvin Klein, os 40 anos de sua marca CK, com uma festa de US$ 3 milhões num dos ramais da estrada de ferro desativada, perto do rio Hudson. E teve desfiles das novas coleções de Marc Jacobs, Diane Von Furstemberg, Carolina Herrera, Hervé Léger, novo darling das estrelas de TV e também dos brasileiros Amir Slama e Alexandre Herchcovitch. Na platéia, entre um e outro, da esquerda para direita, Ana Paula Junqueira, Jennifer Lopez, Luisa Brunet, Victoria Beckham e Daniela Escobar.

Moda em NovaYork

A CPI dos Grampos, presidida pelo deputado-delegado Marcelo Itagiba, tem novas informações sobre as famosas maletas que permitem fazer gravações clandestinas de celulares até um quilometro de distância, sem precisar de operadoras. Quase todas as secretarias de Segurança Pública dos governos estaduais já compraram esses equipamentos e muitas cederam unidades para outros órgãos, especialmente secretarias de governo, as mais próximas dos governadores. Agora, Itagiba quer oficiar a todos os governo estaduais pedindo informações sobre esse verdadeiro festival de maletas.

Festival damaleta

Quer ser mãe A sempre discutida modelo Naomi Campbell está levando a sério seu romance com o milionário russo Vladimir Tolonin. E quer ter um filho dele, tanto que vem se submetendo a um tratamento numa clínica paulista especializada em fertilização. Se não engravidar normalmente, partirá para a solução in vitro.

Cidade Digital

CANDIDATO O presidente Lula está tentando convencer, aos poucos, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, a se candidatar (e provavelmente, ser eleito com seu apoio) à presidência nacional do PT, no ano que vem. As relações entre eles não sofreram o menor abalo diante das gravações das conversas entre Gilberto e Luis Eduardo Greenhalgh. Discussão, quando há, é sobre futebol: Gilberto é palmeirense.

Quem matou Flora? João Emanoel Carneiro, autor de A Favorita, guarda a sete chaves um dos possíveis finais para a novela. Depois de assassinar meio mundo, Flora morre e surge a grande pergunta: Quem matou Flora? Mas, até para esse final, tem outra alternativa: depois de enterrada, descobre-se que o corpo não é de Flora – e que ela teria arquitetado tudo e estaria longe.

Sob uma tenda, montada com flores, no Itanhangá Golf Club, no Rio, uma das grandes musas nacionais, Juliana Paes, se tornou a Sra. Carlos Eduardo Baptista, sob as bênçãos do pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, que leu poemas de Mário Quintana e Luis Fernando Veríssimo. Depois da celebração, All You Need is Love, com os Beatles. O vestido era de Samuel Cimansk e as jóias da designer Emar Batalha. Na seqüência, a valsa e em seguida, muito funk do DJ Tubarão até às quatro da manhã.

O casório damusa

Novo queridinho Depois de uma fase em que toda rica – e especialmente emergente – contratava o veterano Sidney Magal para fazer um show em suas festas (e todas davam gritinhos quando ele cantava Cigana Sandra Rosa Madalena ), o novo queridinho das neo-socialites é o cantor Latino, que já cobra R$ 100 mil por apresentação. E a mulherada vai ao delírio, cantando junto Festa no Apê . Numa recente festa na casa de Lucilia Diniz, todas queriam ser fotografadas ao lado dele.

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No próximo dia 15, Prodam e Instituto de Engenharia lançam o programa Cidade Limpa Digital, através do qual empresas comerciais poderão comprar softwares da Microsoft, Oracle, IBM e outros pelo mesmo preço pago pela prefeitura de São Paulo, ou seja, 30% mais barato. No lançamento, falarão João Otaviano, da Prodam, Guilherme Afif Domingos, secretário do Trabalho licenciado, Antônio Carlos Valente, da Telefônica e o secretário da Desburocratização, Rodrigo Garcia.

Programa Top Chef (Bravo).

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Clone nacional Super Chef.

Outros tempos Luciano Coutinho, presidente do BNDES, na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, fez um grande discurso sobre os rumos ascendentes da economia brasileira e acabou chamando Lula de “timoneiro competente”. Nos últimos 12 meses, o BNDES bateu todos seus recordes, concedendo financiamentos de R$ 72,1 bilhões, 74% superior a igual período anterior. Há quem aposte até que, se Dilma for eleita, Coutinho será ministro da Fazenda. São outros tempos: nos primeiros meses do governo Lula, ao lado de mais de 50 economistas da Unicamp, ele assinou um plano contra a política econômica pilotada, na época, por Antônio Palocci.

A alergia que, de repente, dominou o ministro Nelson Jobim, da Defesa, deixando-o de cama devido a grandes doses (injetáveis) de anti-alérgicos tomados (nesses casos, o paciente nem consegue se manter em pé) e que provocou a suspensão da reunião do Plano Estratégico de Defesa Nacional, que teria com Lula, Dilma Rousseff e Mangabeira Unger, já teve localizado seu agente provocador. Segundo a própria Dilma, num lance de bom humor, “poderia ser o general Jorge Felix” que, aliás, ela vem batalhando para derrubar do Gabinete da Segurança Institucional.

PREDADORA Em entrevista à rádio Europe 1, Carla BruniSarkozy reclamou da reação dos ministros do marido, aos quais enviou, em primeira mão, seu novo CD, Comme si de rien n’était (Como se nada fosse). “Nenhum deles me ligou, nem para agradecer”. Depois que se casou com o presidente, Carla levou de brinde um livro (enfurecido) de Justine Levy, Rien de grave, contando o caso que ela teve com seu marido, o filósofo Raphael Lévy, nos tempos em que vivia com o pai dele, Jean-Paul Enthoven. O mínimo que Justine fala é que “ela é uma predadora sexual”.

MISTURA FINA JOSÉ Albucacys, bombeiro que teria tido um affair com Luma de Oliveira, há alguns anos, tentou seguir a carreira de modelo mas a profissão falou mais alto. Ele foi um dos principais responsáveis pelo resgate de dois alpinistas, há semanas, no morro do Pão de Açúcar. E é considerado um bombeiro exemplar: tanto que já é Subcomandante do Quartel de Humaitá, no Rio. O NOVO filme de Hugo Carvana, Casa da Mãe Joana (ele é o diretor do histórico Vai Trabalhar, Vagabundo), tem muito da vida real: conta a história de quatro homens que não querem nada com trabalho e que só pensam em mulheres. Era o que acontecia quando ele morava, nos anos 60, num apartamento em Copacabana, com Daniel Filho, Luis Carlos Miele e Roberto Maya. Carvana lembra as grandes orgias cometidas lá: “Numa noite, tinha 16 casais transando. Foi o recorde”. NA ONDA das mulheresfrutas, surge mais uma, se bem que não é exatamente fruta: é a Mulher-Berinjela. É o novo nome de guerra do travesti Andréia Albertini, que ficou famosa pelo episódio do motel com Ronaldo Fenômeno e que acaba de virar dançarina do funk. Ela vai se apresentar ao lado do MC Palito. NÃO SÃO apenas as ações da Vale e da Petrobras que estão em baixa: na rua Augusta (trecho Paulista-Centro), um homem distribuía panfletos, tarde dessas, onde se lia uma propaganda de uma casa de massagem: “Relax a partir de R$ 20. Leve duas gatas e pague uma. Sem tempo determinado. Aceitamos cartão e pré-datado”. DEVIDO ao volume de indenizações que foi obrigado a pagar a policiais que havia denunciado e devido ainda à suspensão da ajuda financeira que recebia da União Européia, o grupo Tortura Nunca Mais, fundado em 1985, poderá encerrar suas atividades. Seu jornal trimestral não circulará mais e o programa de assistência psicológica à vitimas da violência do Estado acaba de ser suspenso. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

O Instituto Tomie Ohtake: "é pink para todos os lados".

TUDO COR-DE-ROSA NA PEDROSO Reflexos pintam carros, paredes, calçadas... Sonaira San Pedro

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ão é preciso estar apaixonado para ver a vida cor-derosa, diferente de como cantava Edith Piaf. Os reflexos das torres listradas do Complexo Ohtake Cultural, que se erguem entre a Pedroso de Moraes e a Avenida Faria Lima, em Pinheiros, pintam de cor-de-rosa os carros que passam pelas ruas, os pequenos jardins que crescem por ali e as paredes das casas erguidas na região. Nessa época do ano, por conta do ângulo com que os reflexos do sol atingem esses edifícios, a cor se espalha ainda mais pelos arredores. "Passamos por aqui todos os dias de manhã e nos divertimos com as cenas que os reflexos rosados fazem nos carros e nas pessoas que caminham pela Rua Pedroso de Moraes", disse o gari Fábio Oliveira Santos, enquanto apontava o colega de trabalho Everton Silva varrendo a calçada com reflexos cor-derosa no boné. "No meio da tarde, as luzes refletidas se espalham ainda mais". Do outro lado da rua, a estudante Quélita Leal, de calças jeans clara e camiseta branca, procurava de onde vinham os reflexos cor-derosa estampados na roupa. "Eu não gosto muito de rosa, não", ela comentou, enquanto comparava os tons espalhados e achava graça da situação. "E olhe só os carros claros que passam na rua, todos coloridos". A grande construção de 22 andares projetada pelo arquiteto Rui Ohtake se destaca pelas listras azuis e violeta, em meio ao cinza da região e abriga dois edifícios de escritórios e um instituto cultural. A fachada principal é composta de fibras de vidro escuro, separadas por

frisos horizontais de tonalidade mais clara à altura da laje de cada pavimento. Nos dois edifícios, há escritórios de alto padrão, um centro de reuniões, um teatro e o Instituto Cultural Tomie Ohtake. Cada unidade tem entrada independente: a torre Faria Lima, onde há lojas no térreo e que sustenta um heliporto descolado dos eixos, é voltada para a avenida de mesmo nome, assim como a Torre Pedroso de Moraes, que ganhou o apelido de Palácio da Carambola – como referência à forma esculpida nos pilares das laterais do prédio. As unidades são interligadas por um grande hall de mil metros quadrados iluminado por luz natural, que abriga espaços de exposições de artes, restaurante, livraria, loja de design, café. Além da arquitetura que difere – e muito – dos prédios ao redor, o que intriga quem passa por ali são os tons de rosa que o edifício reflete. De acordo com a época do ano e a hora do dia, eles são mais ou menos intensos e espalhados pelas calçadas, ruas e jardins das redondezas. "Os vidros refletem de acordo com o ângulo e a intensidade com que as luzes solares o atingem", explicou o físico da Universidade de São Paulo (USP) Cláudio Furukawa. No inverno, com o sol mais inclinado em relação ao hemisfério sul, as luzes são mais fracas, mas se esticam mais pelos arredores, segundo Furukawa. E os reflexos se espalham pela tarde com a maior inclinação do sol. No verão, ao meio-dia, com o sol a pino, quase não há luz refletida. Mas, nessa época do ano, a cor que se estende por aí é mais forte. "E, então, é pink para todos os lados", ele brincou.


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Transpor te Tr â n s i t o Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ÁREAS JÁ ABRIGARAM ESTACIONAMENTOS

Prefeitura quer privatizar 'cavernas' da avenida Paulista

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Prefeitura de São Paulo deverá repassar a posse desses espaços para a iniciativa privada.

Fotos de Andrei Bonamin/Luz

Áreas abandonadas somam 9 mil m² e podem abrigar comércio e espaços culturais Ivan Ventura

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oucos paulistanos que circulam pelos 2,8 quilômetros da avenida Paulista desconfiam que bem embaixo de seus pés existem 23 áreas muito parecidas com cavernas, e que guardam as lembranças de um tempo que antecedeu o alargamento da avenida mais famosa da cidade, centro financeiro da Capital. Juntas, essas áreas somam mais de nove mil metros quadrados. Agora, a Prefeitura estuda passar parte desses espaços à exploração comercial ou cultural pela iniciativa privada. Basta que apareçam os interessados em explorá-los comercialmente. Esquecidas há mais de 30 anos, essas 23 áreas já receberam muitos paulistanos. O ponto final na circulação de pessoas por esses locais começou em 1967, quando o então prefeito Faria Lima desapropriou dez metros de cada lado da avenida para alargar a via. Por conta disso, mansões da elite paulistana do século passado e prédios que já existiam foram demolidos ou obrigados a recuar suas fachadas. Feito isso, as obras começaram em 1974 e o número de faixas para veículos foi elevado de um para três de cada lado da avenida. Além disso, um novo calçadão foi construído. Garagens – Acontece que a desapropriação de Faria Lima incluiu os subterrâneos da Paulista. Muitas dessas áreas eram extensões das garagens dos prédios ou destinadas a outros tipos de construções. Com a desapropriação, os prédios que resistiram à modernização da Paulista foram obrigados a levantar muros capazes de impedir o acesso aos prédios a partir do subsolo. Atualmente, a Secretaria Municipal de Infra-Estrutura (Siurb) realiza o levantamento dos documentos de propriedade dessas áreas, que estão perdidos nos arquivos da Prefeitura. Sabe-se, porém, que nem todas as 23 áreas pertencem hoje à Prefeitura, sendo que algumas delas foram repassadas ao Metrô. Existem ainda construções irregulares embaixo do calçadão, como um estacionamento no número 1.267 da avenida. Seja como for, a Siurb afirma que, após o levantamento, a Prefeitura deverá repassar a posse desses imóveis para a iniciativa privada. A diretorasuperintendente da Associação Paulista Viva, Marly Le-

Área tem cerca de mil metros quadrados e está bastante deteriorada

A idéia era construir escolas de alfabetização, museu ou oficinas de artes. Mas o debate não avançou. Marly Lemos, da Associação Paulista Viva

Acredito que a reforma da área sob o Conjunto Nacional teria um custo muito alto, mas seria interessante. Fausto Amadeu Favali, engenheiro

mos, é favorável à iniciativa. "Na gestão de Marta Suplicy chegamos a pensar no assunto. A idéia era construir escolas de alfabetização, museu ou uma oficina de artes. Mas o debate não avançou", disse. De acordo com a secretaria, um espaço considerado "interessante" do ponto de vista comercial está localizado sob o calçadão que corre em frente ao Shopping Center Três, na esquina da rua Augusta. Ali existem duas áreas, cada uma com três subsolos. Conjunto Nacional – O assunto só não agradou o consultor de engenharia do Conjunto Nacional, engenheiro Fausto Amadeu Francisco Favali. Ele é apontado como um "expert" na maior "caverna da Paulista, com mil metros quadrados e dois andares. "Do ponto de vista de um engenheiro, acredito que a reforma da área sob o Conjunto Nacional teria um custo muito alto. Só a restauração da estrutura que sustenta o calçadão custaria de R$ 800 mil a R$ 1 milhão. De qualquer maneira, seria interessante encontrar um interessado que pagasse esse valor", afirmou Favali, revelou ainda que a Prefeitura tentou devolver a área ao Conjunto Nacional. A proposta foi recusada. A reportagem do Diário do Comércio teve acesso ontem à área sob o calçadão do Conjunto Nacional. Trata-se de dois

subsolos construídos em 1957 e que funcionavam como uma extensão do estacionamento existente do local na época. Nessa área subterrânea há até um banheiro desativado. Hoje, o local é habitado apenas por baratas, aranhas e outros bichos, mas já teve moradores como inquilinos, além de alguns moradores de rua. Estalagmites – Depois da desapropriação, o acesso ao subsolo, pelo Conjunto Nacional, foi fechado. Abandonado após o alargamento da Paulista, o local assumiu ares de caverna. O silêncio absoluto é um exemplo, algo impensável em plena Paulista. Mas a principal semelhança com as cavernas é a presença de estalagmites de 20 centímetros espalhadas pelo piso do subsolo. Em tempo: estalagmites são as formações que se elevam do chão, proveniente de pingos-d'água que caem do teto de uma cavidade ou caverna carregados de bicarbonato de cálcio. O que sustenta o calçadão são as vigas e muros, feitos de concreto ou estruturas de alvenaria, muitas delas deterioradas e que precisam de restauro. Para resolver esse problema, a Prefeitura iniciou no dia 18 de agosto os primeiros levantamentos para restaurar os subterrâneos da Paulista. Segundo a Siurb, não há uma previsão de conclusão do trabalho.

Nos subterrâneos da avenida Paulista, formação de estalagmites, a exemplo do que acontece em cavernas

Sob o calçadão que corre ao longo do Conjunto Nacional há um mundo subterrâneo que lembra cavernas Andrei Bonami

n/Luz - 21/07/

2008

Na foto ao lado, a avenida Paulista, com 2,8 quilômetros de extensão e 9 mil metros quadrados de áreas subterrâneas desocupadas. A idéia da Prefeitura é transformar esses espaços em lojas ou recintos para atividades educativas e culturais pela iniciativa privada.

As áreas desocupadas sob a Paulista são grandes: hoje elas são habitadas apenas por baratas e aranhas


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Dida Sampaio/AE

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Política

Quando pobre é algemado, não se discute. Mas quando rico é algemado, aí cria isso. Protógenes Queiroz

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delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz voltou ontem a tornar ainda mais efervescentes as investigações que cercaram a Operação Satiagraha, que comandava, e da qual foi providencialmente afastado, durante as sucessivas prisões e solturas dos homens que acusava, entre eles o banqueiro Daniel Dantas, o ex-investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. O diretor afastado do Departamento de Contra-Inteligência da Agência Brasileira de Informações (Abin), Paulo Maurício Fortunato Pinto, confirmou ontem que um esquadrão formado por nada menos que 52 homens pinçados na instituição o ajudou nas investigações (leia mais nesta página, abaixo, à direita). Para Protógenes, esse tipo de colaboração está previsto em lei e não há nada de errado nisso, ainda que a defesa dos acusados tenha se valido do fato para contestar e até mesmo anular os efeitos da Operação. Mais: dentre os 52 homens que auxiliaram o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha, estava sim Francisco Ambrósio do Nascimento, servidor aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão que antecedeu a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em entrevista publicada ontem no jornal "O Popular", de Goiânia, o delegado que comandou as investigações admitiu que a participação ocorreu a pedido da equipe responsável da PF. Ele confirmou que o ex-funcionário trabalhava nas dependên-

À SOMBRA DA LEI cias da instituição e o fazia com aval da legislação. "Ele participou sim da operação, mas existe um dispositivo legal que prevê a figura do colaborador eventual. Mas ele ficou pouco tempo na operação, é um analista que desempenhou o papel dele a pedido nosso. A todo tempo ele cumpria expediente da PF", afirmou o delegado. Protógenes chamou de mentirosa a reportagem da revista "Veja" que denunciou a existência de grampo ilegal no telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, supostamente realizado por agentes da Abin. Segundo ele, todas as escutas realizadas pela Satiagra-

Protógenes Queiroz, delegado afastado da Operação Satiagraha, que envolveu o banqueiro Daniel Dantas, confirma a terceirização de "espiões" para ajudar nas investigações. Na verdade, foi um batalhão: 52 'colaboradores'

Hoje, o que se discute é a conduta dos investigadores. Não se discute mais o investigado principal e nem os fatos que estão em torno dele. Protógenes

Na Satiagraha, fiquei uma semana trancado numa sala à base de biscoito e café. Fiquei com seqüelas , passei dias gago e com perda de memória. Idem

'Nada foi ilícito ou ilegal', afirma Protógenes O

delegado Protógenes Queiroz negou ontem, em entrevista, que a colaboração de arapongas na Operação Satiagraha seja ilícita ou tenha qualquer efeito prejudicial ao processo. Acompanhe: O senhor está sendo seguido, grampeado? Protógenes Queiroz - Ficou mais evidente a partir do início deste ano. Tanto é que na análise das conversas do grupo de Daniel Dantas, ficou claro que eles sabiam de toda minha movimentação. Por isso, tive de mudar hábitos, entrar no avião em cima da hora, trocar de vôo, fazer viagens de ônibus. Algumas pessoas já foram até identificadas. O senhor teme que a Operação Satiagraha seja anulada por

causa da suspeita de que houve grampo no Supremo Tribunal Federal? Protógenes - Vejo essa tentativa da defesa (de Dantas) com muita naturalidade, porque isso faz parte do trabalho deles, de pessoas que têm compromisso com outros valores. Eles encontram oportunidade em solicitar o benefício, porque existem os documentos legislativos para isso. Mas nada do que foi feito foi ilegal, nada de ilícito. Tudo o que nós praticamos foram ações que tiveram amparo na Justiça, tiveram a fiscalização do Ministério Público Federal, e de mais de um juiz que trabalhou no caso. Houve controle total.

Protógenes - Isso não foi feito. Tem sim, é que investigar quem criou esse fato criminoso, mais uma história para tirar o foco das investigações. Hoje, o que a sociedade brasileira acompanha, é que os investigadores estão sendo investigados. Hoje, não se discute mais nem quem foi investigado na Satiagraha, nem a conduta desses criminosos, nem o crime de corrupção em que foi materialmente identificado, a autoria e materialidade comprovados por escutas ambientais, interceptações telefônicas, dados documentais. Os indícios estão lá, todos carreados nos autos do processo. E hoje ninguém discute mais isso.

E a suspeita de que o agente Francisco Ambrósio fez grampo no Supremo?

O que o senhor achou da decisão do Conselho Nacional de Justiça, de criar uma central de

Dida Sampaio/AE

Antes não se podia investigar essas pessoas. Hoje investigamos e até encarceramos , mes-mo que por pouco tempo. Protógenes

grampos? Protógenes - Não me cabe avaliar as decisões do CNJ. Agora, ficar criando um ambiente de restrição da atividade policial, do Ministério Público, das decisões dos juízes de primeira instância, sem levar em conta o prejuízo que isso acarreta, é muito perigoso. Enquanto cidadãos, estamos acompanhando estupefatos as sucessivas decisões que nos deixam alarmados, preocupados, quando deveríamos discutir instrumentos processuais mais céleres para apurar os crimes, dando segurança para a sociedade. Houve pressão em cima do senhor? Pro tógene s - Não quero aqui acusar. Mas basta ver o que aconteceu nas cortes de Justiça de outros países em relação ao indiciado, o acusado Daniel Dantas. Teve toda uma confusão processual, já prevista por mim, justamente para retirar o foco da investigação. A exemplo das investigações que foram criadas – duas, paralelas, para investigar os investigadores. Mas a defesa está se utilizando de dados coletados nessa investigação. Dá para combater a corrupção? Protógenes - A corrupção já está tendo seu final e destino . Antes não se podia investigar essas pessoas. Hoje investigamos e até encarceramos essas pessoas, mesmo que por pouco tempo. (AE)

nha foram autorizadas e controladas pelo Ministério Público e estão de posse da Justiça. O delegado afirmou ainda que todo o sistema de interceptação é auditado. "O próprio órgão de imprensa que deu o furo de reportagem não demonstrou o áudio. Cadê o áudio? Só aparece uma transcrição? E envolve duas pessoas importantes da República, o presidente do STF e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Como se lançam os nomes de duas pessoas dessa forma e não aparecem as provas?", questionou. Sem afirmar categoricamente que a divulgação do diálogo de Gilmar Mendes tenha sido uma manobra para abafar e

desmoralizar as investigações, Protógenes disse que não vê com surpresa que o suposto grampo ilegal tenha surgido logo após o banqueiro Daniel Dantas ser preso. "Hoje, o que se discute é a conduta dos investigadores. Não se discute mais o investigado principal e nem os fatos que porventura estão em torno dele, que são mais graves que a figura central dele", observou. R et a li a çõ e s – O delegado disse acreditar que sofreu retaliações dentro da PF após as apurações da Satiagraha e atacou o atual rumo das investigações. Mas disse que os questionamentos sobre sua conduta não tiraram sua vontade de "persistir no trabalho". "Na Satiagraha, fiquei uma semana trancado numa sala à base de biscoito e café. Fiquei com seqüelas da operação, passei alguns dias gago e com perda temporária de memória. Mas, se me dediquei muito naquela ocasião, agora vou trabalhar dobrado (...) A retaliação vem, mas a própria sociedade já identifica. A coisa ficou tão notória, tão absurda, que se criam investigações para produzir prova para o bandido. Não vou entrar no mérito se as investigações atuais da PF estão destinadas a isso, mas a pretensão da defesa é que se colete os dados obtidos nas investigações que foram produzidas paralelamente e que porventura venham beneficiá-los no futuro". Protógenes reclamou ainda que o STF tenha restringido o uso de algemas no mesmo período em que se discutia as denúncias contra Daniel Dantas e o fato do banqueiro ter sido mostrado algemado publicamente. "Quando um pobre é algemado, não se discute. Mas quando um rico é algemado...", alfinetou. Dia de herói – Protógenes teve ontem um dia de herói do combate à corrupção, durante ato público no auditório da Câmara Municipal, em Goiânia. Foi aplaudido de pé por estudantes, políticos e promotores públicos. (AE)

Dida Sampaio/AE

Promotor acena: "Não vamos deixar o Protógenes sozinho".

Declaração de diretor da Abin irrita CPI

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declaração do diretor afastado do departamento de contra-inteligência da Agência Brasileira de Informações (Abin), Paulo Maurício Fortunato Pinto, durante a CPI dos Grampos, na Câmara dos Deputados, de que a Abin apoiou a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, mas não sabia nem quem era o alvo principal da ação irritou os deputados. "É melhor fechar a agência. Se meteram em algo que não sabiam o que estavam fazendo, ou passa um atestado de idiota ou não sei se devem funcionar", protestou o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). Durante o depoimento de Paulo Maurício, Itagiba insistiu na situação: "A Abin faz apoio pontual, mas não sabia o que estava fazendo? Ficaram quatro meses operando às cegas?". O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) foi ríspido: "A Abin se transformou em uma balbúrdia. É agência brasileira de burrice." Ele argumentou que o apoio pontual

da agência à PF é normal. "O que aconteceu é que acreditávamos ser um apoio curto que se estendeu", afirmou. Paulo Maurício disse que a Abin não montou uma operação clássica e que não tinha a "idéia do todo" nem "o alvo principal da operação". Ele disse que a operação era "compartimentada". O diretor afastado contou que quatro servidores da Abin foram destacados para dar apoio as operações, trabalhando no edifício sede da PF em Brasília e fazendo pesquisas em bancos de dados abertos. Segundo ele, outro grupo trabalhava em ações pontuais nas ruas confirmando endereços residenciais e comerciais. Nesse segundo grupo, durante todo o tempo do apoio, em períodos distintos e em ritmo de escalas, trabalharam 52 servidores da Abin. Ele também contestou a informação do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que os equipamentos da Abin podem fazer grampo telefônico. (AE)


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Nacional Finanças Alimentação Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

A

da as expectativas dos clientes mais exigentes e a procura de novidades", diz o gerente de marketing do McDonald's Brasil, Alexandre Max. A Pizza Hut também desenvolveu ações de marketing com Elma Chips, sorvetes Häagen-Dazs, Danúbio e chocolates Hershey's. A grande novidade da rede de pizzarias para o verão 2008 é o cardápio de almoço, servido nos restaurantes maiores, com estrutura de atendimento de mesa. Segundo o diretor de operações e marketing Reynaldo Zani, o polpetone e o peito de frango são produtos exclusivos do frigorífico de embutidos finos Aberna. "Em menos de três semanas, esses produtos já representam 80% da preferência do público. O sucesso foi tanto, que logo expandiremos a novidade para as lojas de shopping". A empresa lançou ainda a sobremesa de queijo com

milhões de refeições diárias são servidas pelos pontosde-venda que comercializam food service.

Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

Bem-casados: parceria resultou nas novas sobremesas da franquia.

Receitas bilionárias

Setor de food service investe em parcerias e marketing para preparar pratos que agregam muito mais sabor

indústria brasileira de alimentos e bebidas está investindo em marketing para atender a demanda do food service (refeições fora do lar). Receitas exclusivas, produtos diferenciados e campanhas promocionais são algumas das estratégias utilizadas pelas redes de lanchonetes e restaurantes em parceria com grandes marcas do setor, que reúne cerca de 1,2 milhão de pontos-de-venda em 6 mil municípios espalhados pelo território nacional. É o caso do McDonald's, que firmou parceria com a Nestlé. Juntas, as empresas lançaram uma sobremesa mista de sorvete com pedaços de chocolate Suflair. "O objetivo é unir dois produtos sofisticados, resultando numa sobremesa que surpreen-

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PALADAR FORA DE CASA

A comida é rápida, mas o cardápio é especial Vanessa Rosal

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

tualmente, o setor de food service absorve 25% da produção da indústria de alimentos e bebidas. De acordo com os últimos dados da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, em 2005, os operadores do segmento compraram R$ 38,1 bilhões, um faturamento 11,9%

superior em relação ao ano anterior. Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o food service emprega quase 6 milhões de pessoas no País, cerca de 8% dos empregos diretos do setor. Com produção média de 100 milhões de refeições diárias, o segmento supera R$ 60 bilhões em faturamento, o equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

do azeite português, até o mês de dezembro, nos 170 restaurantes espalhados por 23 estados e no Distrito Federal. Os produtos Montana Grill Premium Beef, linha de cortes especiais do Grupo Marfrig, farão parte de uma ação casada de marketing com a Unilever, envolvendo a linha de Caldos Knorr e Knorr Vitalie, em pontos-de-venda selecionados em São Paulo. Com os slogans: "A melhor costela pede o melhor caldo" e "Junte o filé-mignon Montana, o caldo Knorr Vitalie e garanta

seu pedaço antes que acabe", o programa de divulgação se estende até o final deste mês. Na primeira etapa das ações, os consumidores que comprarem uma costela desossada Montana ganharam um Caldo Knorr Costela e uma receita. Para a gerente de marketing do grupo, Rosana Giarelli, o objetivo é associar os produtos Montana a outros que agreguem valor à marca. Durante a segunda etapa das ações serão realizadas degustações nas lojas do grupo Pão de Açúcar.

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Zani, da Pizza Hut: comida industrial com jeito de feita em casa.

frutas, desenvolvida em parceria com a Danúbio. Disponível nos sabores morango e Romeu e Julieta (calda de goiaba), o produto faz parte do cardápio "Vida Mais Saudável" e é produzido à base de cream cheese e geléia de frutas. O chocolate Hershey's também fornece matéria-prima para o desenvolvimento de sobremesas, como o bolo de chocolate e a mousse. Zani diz que antes das ações de marketing, 15% dos clientes pediam doces para acompanhar a refeição. Ago-

ra, 35% compram sobremesas. "As parcerias agregaram valor ao produto." O Spoleto firmou parceria com a Bunge Alimentos para promover o "dia do verde" na rede de culinária rápida italiana. Toda segunda-feira, na compra de uma salada, o cliente ganha um frasco de 20 ml do Azeite Andorinha, umas das marcas comercializadas pela empresa líder no setor de panificação e confeitaria no Brasil. A Bunge investiu 100 mil euros na ação, com expectativa de distribuir 100 mil garrafinhas

Fotos: Cesar Diniz/Hype

Acima, combo da Wraps. Abaixo, Assine e Morabia almoçando.

Bem-estar e saúde são as dicas do consumidor Adriana David

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omida saudável, limpeza e ambiente agradável foram as razões para os corretores de valores Jacques Assine e Joseph Morabia terem almoçado ontem em uma das 12 unidades do restaurante Wraps. Um levantamento da empresa de pesquisa Ipsos Public Affairs – "Indicadores de Food Service: hábitos, motivações e desafios do mercado brasileiro de alimentação fora do lar" – , em São Paulo e no Rio de Janeiro, mostrou que o consumidor quer exatamente o que os dois procuraram. "Ao entender o cliente e desenvolver os produtos que ele quer, o varejo vai ter uma grande receptividade", afirmou o responsável pela pesquisa, Paulo Cidade. O estudo detectou que quem come fora quer porções mais enxutas, menos refrigerantes, mais frutas e vegetais. Na rede Wraps, inaugurada em 2003 por Marcelo Ferraz, é servida uma refeição composta por uma salada, um sanduíche com pão-folha (chamado de wrap), smoothie (bebida à base de iogurte) e sobremesa light. Chama-se combo, custa

R$ 33,90 e o cliente ganha uma barra de cereais da Quaker. Segundo Ferraz, 95% dos alimentos vendidos na Wraps não têm gordura trans, caso da tortilla, seu primeiro produto a aderir à causa. "Agora, só falta o chocolate granulado de algumas sobremesas ser feito sem a gordura", afirmou o empresário durante o I Congresso Internacional de Food Service, realizado ontem na capital paulista. Ao final de sua palestra, foi procurado por um fornecedor que garantiu que ele terá o produto. Segundo o empresário, o diferencial nos Estados Unidos é a portabilidade. Lá, o lanche pode ser degustado em qualquer local, mesmo andando na rua. Aqui, foi introduzido o conceito de "slow food", de comê-lo sentado. "Seríamos sucesso nos Estados Unidos, mas ainda somos pequenos." Por enquanto, a empresa levanta pequenos vôos. Para dissociar a Disney dos "junk foods", os nutricionistas da marca norte-americana vieram ao Brasil para, junto com a chef da Wraps, Carole Crema, desenvolver novos produtos. Em 2006, a TAM Linhas Aéreas distribuiu 300 mil smoothies aos seus passageiros.


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Stan Honda/AFP-11/09/2001

Doug Kanter/AFP-11/09/2009

Stan Honda/AFP-11/09/2001

Carmen Taylor/AE

Internacional

Novas armas, velho desafio

S Aeronaves pilotadas por militantes da Al Qaeda atingiram os dois prédios do World Trade Center em Nova York. Cerca de 3 mil pessoas morreram.

ete anos após os atentados de 11 de setembro de 2001, os norte-americanos ainda não fizeram as pazes - entre eles e com o mundo. Poucos meses antes de deixar a Casa Branca, o presidente Bush não conseguiu capturar Bin Laden. A última promessa é uma nova arma do Exército dos EUA, ainda mantida sob segredo total. No entanto, a falta de apoio em outros países ameaça o sucesso da empreitada. Solidariedade, somente durante as homenagens às 3 mil vítimas dos ataques. Mais na página 6.


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Finanças Empresas Marketing Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PRODUTOS ESPECIAIS PARA TORCEDORES

milhões de reais deve ser a receita resultante das ações de marketing do clube neste ano.

Corinthians fatura fora dos gramados Disputa de campeonato de automobilismo é a novidade do marketing do clube Fotos: Divulgação

Cesar Diniz/Hype

Vanessa Rosal

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Cesar Diniz/Hype

Time pretende ganhar dinheiro e visibilidade com a nova empreitada no automobilismo. Rosenberg diz que idéia é dobrar receitas vindas do marketing.

net), a espaços de publicidade – no macacão do piloto e no carro – e a produtos licenciados com a marca do time. Além do Timão, o Flamengo defende o Brasil no campeonato, ao lado de outras nove equipes de agremiações internacionais. A próxima etapa acontece no dia 21 de setembro, com estréia de Pizzonia, em Nürburgring, na Alemanha. Receitas em alta – Segundo o vice-presidente de Marketing do Corinthians, Luís Pau-

lo Rosenberg, a expectativa do clube é atingir receita de R$ 130 milhões com todas as ações mercadológicas, o dobro do valor registrado no ano passado. Uma das idéias do automobilismo, por exemplo, é permitir que o torcedor "patrocine" a modalidade, desembolsando R$ 40 para ter seu nome estampado no carro. "Pensamos em 10 mil nomes para totalizar R$ 4 milhões", afirmou. Valor semelhante deve ser faturado no último jogo da sé-

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rie B do Campeonato Brasileiro, em 29 de novembro, quando os atletas vestirão uma camisa com 400 fotos de torcedores. "Os dez jogadores de linha vestirão esse modelo inovador, totalizando 4 mil fotos", disse Rosenberg. A ação foi criada especialmente para a fatia de 17% dos corintianos que pertencem à classe A: o investimento em cada foto será de R$ 1 mil e poderá ser feito na semana que vem com cartão de crédito no site oficial do clube. Outra novidade é a Lotérica Timão, em que o torcedor poderá optar por Mega-Sena, LotoFácil, Lotomania, Timemania, Loteca, Quina, LotoGol e DuplaSena. Do valor obtido com as apostas no site www.lotericatimao.com.br, 11% irão para os cofres do clube. As investidas do marketing vão mais longe. No início do ano, cerca de R$ 3 milhões foram obtidos com a venda de

patrocínio, Bradesco e a produtora de vídeo DB4 também pegaram carona no marketing esportivo do clube, com o desenvolvimento da Timão TV e dos cartões de crédito com o distintivo do clube. O Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo estima que o setor movimente, em média, R$ 31 bilhões por ano, o equivalente a 3,3 % do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

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O piloto Antonio Pizzonia comandará o carro do Corinthians na temporada 2008 da Fórmula Superliga

70 mil kits de produtos criados para a série B do campeonato brasileiro. O sucesso dos adesivos, pulseiras e camisetas com as frases "Eu nunca vou te abandonar. Porque eu te amo. Eu sou Corinthians", motivou a diretoria. "Somos o clube com maior visibilidade do Brasil e apostamos muito nessa imagem", diz Rosenberg. Além da Medial Saúde, que investiu R$ 16,5 milhões em

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gência de turismo, camisa roxa, TV na internet, lotérica online e até automobilismo. Desde a queda do Corinthians para a série B do Campeonato Brasileiro, as ações de marketing não param de crescer no time, que tem a segunda maior torcida do Brasil. De olho em uma comunidade formada por 30 milhões de consumidores, a diretoria do clube está levando um craque de fora dos gramados para dentro das pistas de corrida. Ontem, a equipe anunciou Antônio Pizzonia como piloto oficial do carro corintiano na temporada 2008 da Fórmula Superliga, que reúne os maiores times de futebol do mundo. Durante apresentação no Parque São Jorge, o atleta esqueceu a infância são-paulina e fez juras de amor ao clube alvinegro. "A partir de hoje arrisco a minha vida por essa camisa maravilhosa. Que piloto no mundo não gostaria de ter o apoio de uma torcida tão gigante e apaixonada?" No entanto, a primeira etapa do campeonato, realizada na semana passada na Inglaterra, não contou com Pizzonia. No mesmo dia, ele disputou o prêmio de R$ 1 milhão oferecido pela Stock Car. Quem levou a melhor no circuito de estréia foi a equipe chinesa Beijing Guoan, comandada pelo piloto italiano Davide Rigon. A segunda prova, realizada na seqüência, foi vencida pelo carro do time espanhol Sevilla, do piloto Borja Garcia. Durante a Fórmula Superliga, o Corinthians terá direito a uma porcentagem das receitas de transmissão da categoria (TV européia, SporTV e inter-

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

BMC Previdência Privada S.A.

CNPJ/MF no 07.622.099/0001-02 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada dia 25 de Agosto de 2006

Data, Hora e Local: Dia 25 de agosto de 2006, às 11:00 (onze) horas, na sede social, na Av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, no 1.140, 10o andar, conjunto 102/parte, Brooklin, São Paulo, SP, CEP: 04571-000. Convocação e Presença: Foi verificada a presença, em primeira convocação, dos acionistas representando 100% do capital social da Companhia, conforme registros e assinaturas no Livro de Presença de Acionistas, ficando portanto, dispensada, a publicação de aviso de convocação, na forma autorizada pelo artigo 124, parágrafo 4o , da lei 6.404/76. Mesa: Presidente: Sra. Andrea Capelo Pinheiro; Secretário: Sr. Yochio Kuratani. Ordem do Dia: a) Alteração dos artigos 9 o e 28 do Estatuto Social da Companhia, conforme determinação do artigo 3o da Portaria SUSEP no 2.239 de 25 de agosto de 2005; b) Destituição de Diretores; c) Eleição de Diretores; d) Distribuição de funções entre os Diretores. e) Alteração do endereço da sede da Companhia. Deliberações tomadas pela unanimidade dos acionistas presentes à Assembléia: a) Fica acordada a alteração dos artigos 9 o e 28 do Estatuto Social, em obediência ao disposto no artigo 3o da Portaria SUSEP no 2.239 de 25 de agosto de 2005, os quais passarão a ter as seguintes redações: “Art. 9o. A Assembléia Geral Ordinária realizar-se-á obrigatoriamente até o último dia do mês de março, com o objetivo de examinar as matérias previstas no Artigo 132 da Lei 6404/76.”. “Art. 28. A Sociedade entrará em liquidação, observando a regulamentação em vigor.” b) Fica deliberada, pela unanimidade dos presentes, a destituição dos Diretores abaixo indicados dos seus respectivos cargos: 1. SR. A DILSON T ORRICILIA, Diretor Executivo brasileiro, casado, atuário, com RG n o 14.655.385 SSP/SP e CPF/MF 066.741.898-98, indicado para a função de Diretor Responsável Técnico; 2. SR. A LCIDES ROBERTO ROCHA, Diretor Executivo brasileiro, casado, administrador de empresas, com RG n o 13.701.026-6 e CPF/MF no 034.038.188-45 designado como Diretor Responsável pelo cumprimento no disposto na lei 9.613/98. c) Os acionistas, por unanimidade, elegem para os cargos de Diretor, com duração do mandato até a Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no ano de 2007, podendo o referido mandato ser prorrogado pelos acionistas, e com remuneração determinada na forma da Assembléia Geral de Constituição, realizada na data de 01.09.2004, o SR. WAGNER MARCHIORI, brasileiro, casado, economista, portador de carteira de identidade n o 8.767.061 SSP/SP, inscrito no CPF sob o n o 064.377.368-10, residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo / SP e o SR. DANIEL C APELO P INHEIRO, brasileiro, casado, portador de carteira de identidade no 337.571.507-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, n o 1.477 – apto. 122-C – Bairro Cerqueira César – São Paulo - SP. d) Ficam distribuídas as funções entre os Diretores da companhia, todos com endereço comercial na Avenida das Nações Unidas, n o 12.995, 24o andar, Chácara Itaim, São Paulo, da seguinte forma: 1. SRA. A NDREA CAPELO PINHEIRO, Diretora Presidente, Brasileira, divorciada, administradora de empresas com RG no 28.174.147-5 SSP/SP e CPF/MF no 256.600.043-34, designada para a função de Diretora Responsável pelas relações com a SUSEP, prestando isoladamente ou em conjunto, as informações solicitadas pela autarquia ; 2. SR. YOCHIO K URATANI, Diretor Executivo, brasileiro, casado, contador, com RG no 4.228.049-7 SSP/SP e CPF/MF 389.849.548-53 designado para o cargo de Diretor Administrativo Financeiro, com a função de supervisão das atividades administrativas e econômicofinanceiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável a consecução dos respectivos objetivos sociais; 3. SR. WAGNER MARCHIORI , Diretor Técnico, brasileiro, casado, economista, portador de carteira de identidade no 8.767.061 SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 064.377.368-10 residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo / SP, designado para o cargo acima indicado, cuja função é a supervisão das atividades técnicas, englobando a elaboração de produtos, respectivos regulamentos, condições gerais e notas técnicas, bem como os cálculos que permitam a adequada constituição das provisões, reservas e fundos; 4. SR. DANIEL C APELO PINHEIRO , Diretor de Controle, brasileiro, casado, portador de carteira de identidade no 337.571.507-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, no 1.477 – apto. 122-C – Bairro Cerqueira César – São Paulo – SP, designado para o cargo acima indicado, cuja função é responder pelo cumprimento do disposto na lei no 9.613 de 03 de março de 1998. e) Os acionistas designam como novo endereço da sede da Companhia a Avenida das Nações Unidas, no 12.995 – 26o andar/parte – Chácara Itaim, São Paulo/SP, CEP 04578-000. Nada mais havendo a tratar, foi a presente Ata lavrada, lida, aprovada e assinada pelos presentes. São Paulo, 25 de agosto de 2006. SRA. ANDREA CAPELO P INHEIRO - P RESIDENTE; S R. YOCHIO KURATANI – S ECRETÁRIO; B ANCO BMC S.A. e F RANCISCO JAIME NOGUEIRA PINHEIRO FILHO – ACIONISTAS. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 87.096/08-0, em 20.3.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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CNPJ/MF n o 07.622.099/0001-02 Ata da Assembléia Geral Re-Ratificadora da AGO/2007 realizada dia 27 de Julho de 2007

Data, Hora e Local: Dia 27 de Julho de 2007, às 11:00 (onze) horas, na sede social, na Avenida das Nações Unidas, no 12.995 – 26o andar/parte – Chácara Itaim, São Paulo/SP, CEP 04578-000. Convocação e Presença: Foi verificada a presença, em primeira convocação, dos acionistas representando 100% do capital social da Companhia, conforme registros e assinaturas no Livro de Presença de Acionistas, ficando, portanto, dispensada a publicação de aviso de convocação, na forma autorizada pelo artigo 124, parágrafo 4o , da lei 6.404/76. Mesa: Presidente: Sra. Andrea Capelo Pinheiro; Secretário: Sr. Yochio Kuratani. Ordem do Dia: a) Ratificação do item “a” da deliberação tomada na AGO datada de 30/03/2007, referente ao exame, discussão e votação do relatório da Diretoria e das Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2006; b) Ratificação do item “b” da deliberação tomada na AGO datada de 30/03/2007, referente à destinação do resultado do exercício; c) Ratificação do item “c” da deliberação tomada na AGO datada de 30/03/2007, referente à reeleição da Diretoria e fixação dos seus honorários; d) Designação dos diretores responsáveis pelo cumprimento do disposto nas Resoluções CNSP n o 118/ 04 e Resolução CNSP no 143/ 05. Deliberações tomadas pela unanimidade dos acionistas presentes à Assembléia: a) Tendo em vista o indeferimento da Assembléia Geral Ordinária datada de 30 de março de 2007, a unanimidade dos presentes ratifica a deliberação tomada no item “a” da Assembléia supra mencionada. Fica, portanto, ratificado o exame, discussão e aprovação do Relatório da Diretoria e as Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal Folha de São Paulo na data de 28 de fevereiro de 2007. b) Fica ratificada a deliberação tomada no item “b” da Assembléia Geral Ordinária datada de 30 de março de 2007. Fica, pois, ratificada pela unanimidade dos presentes a destinação do lucro líquido da seguinte forma, na forma dos Estatutos Sociais da Companhia: 1. R$28.751,72 (Vinte e oito mil, setecentos e cinqüenta e um reais e setenta e dois centavos) para o Fundo de Reserva Legal; 2. Soma dos dividendos a pagar na ordem de 25%, no valor de R$136.570,69 (cento e trinta e seis mil, quinhentos e setenta reais e sessenta e nove centavos); 3. Retenção do saldo remanescente do lucro na importância de R$409.712,06 (quatrocentos e nove mil, setecentos e doze reais e seis centavos). c) Fica ratificada a deliberação tomada no item “c” da Assembléia Geral Ordinária, datada de 30 de março de 2007, através do qual os acionistas, por unanimidade, reelegem para os cargos de Diretor, na forma do Estatuto Social da Companhia, por mais três anos, mantendo-se a mesma remuneração, determinada na forma da Assembléia Geral de Constituição, realizada na data de 01.09.2004, os diretores abaixo indicados, que exercerão as seguintes funções: 1. SRA. ANDREA CAPELO P INHEIRO, Diretora Presidente, Brasileira, divorciada, administradora de empresas com RG no 28.174.147-5 SSP/SP e CPF/MF no 256.600.043-34, designada para a função de Diretora Responsável pelas relações com a SUSEP, prestando isoladamente ou em conjunto, as informações solicitadas pela autarquia; 2. SR. Y OCHIO K URATANI, Diretor Executivo, brasileiro, casado, contador, com RG n o 4.228.049-7 SSP/SP e CPF/MF 389.849.548-53 designado para o cargo de Diretor Administrativo Financeiro, com a função de supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável a consecução dos respectivos objetivos sociais; 3. SR. WAGNER MARCHIORI, Diretor Executivo, brasileiro, casado, economista, portador de carteira de identidade no 8.767.061 SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 064.377.368-10 residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo / SP, designado para o cargo de Diretor Técnico, cuja função é a supervisão das atividades técnicas, englobando a elaboração de produtos, respectivos regulamentos, condições gerais e notas técnicas, bem como os cálculos que permitam a adequada constituição das provisões, reservas e fundos; 4. SR. DANIEL C APELO P INHEIRO , Diretor Executivo, brasileiro, casado, portador de carteira de identidade no 337.571507-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, no 1.477 – apto. 122-C – Bairro Cerqueira César – São Paulo – SP, designado para o cargo de Diretor de Controles internos e como responsável para responder pelo cumprimento do disposto na lei no 9.613 de 03 de março de 1998. d) Tendo em vista o indeferimento pela Superintendência de Seguros Privados da Assembléia Geral Ordinária datada de 30 de março de 2007, por não ter a Companhia designado o Diretor Responsável pelo cumprimento das Resoluções 118/04 e 143/05, os acionistas, a unanimidade, designam para o cumprimento do disposto nas Resoluções retro mencionadas o Sr. YOCHIO KURATANI, Diretor Executivo, brasileiro, casado, contador, com RG n o 4.228.049-7 SSP/SP e CPF/MF 389.849.548-53. Nada mais havendo a tratar, foi a presente Ata lavrada, lida, aprovada e assinada pelos presentes. Rio de Janeiro, 27 de Julho de 2007. ANDREA CAPELO PINHEIRO - PRESIDENTE; SR. Y OCHIO KURATANI – SECRETÁRIO; B ANCO BMC S.A. e FRANCISCO J AIME N OGUEIRA PINHEIRO F ILHO – ACIONISTAS . Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 87.099/08-1, em 20.3.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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CNPJ/MF nº 67.562.884/0001-49 - NIRE 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress - Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 19 de setembro de 2008, com início às 10h00min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgar Teotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) Apreciar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social findo em 31/12/2007; (ii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; (iii) Eleger novos membros para o Conselho de Administração; e (iv) Fixar o limite de valor da remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria para o exercício social de 2008. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia cópias dos documentos referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Ordinária ora convocada. São Paulo, 09/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

BANCO LUSO BRASILEIRO S.A. - C.N.P.J - M.F. Nº 59.118.133/0001-00 Extrato da Ata da Reunião do Conselho de Administração de 28.04.08 Data, hora, local: 28/04/08 às 12hs., Sede Social, Av. Cidade Jardim, 400, 22º andar, SP/SP. Presença: Totalidade dos Conselheiros. Mesa: Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida. Secretário: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Deliberações: Aprovadas por unanimidade: Reeleitos para compor a Diretoria, com mandato até a primeira RCA após a AGO/09 com remuneração a ser fixada em RCA, não podendo ultrapassar os limites da legislação do I.R.: Diretor Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho, casado, advogado, RG 6.523.169 SSP/SP, CPF 039.821.178-79. Diretor Vice Presidente: Octavio Ribeiro Ratto Júnior, casado, adm. empresas, RG 3.107.667 - SSP/SP, CPF 538.041.638-15. Diretor Vice Presidente: Antonio Carlos de Lauro Castrucci, divorciado, eng. civil, RG 2.097.995-2, CPF 002.059.158-68. Diretor: Wilson Bonifácio, casado, economista, RG 3.799.939 SSP/SP, CPF 073.055.408-20, todos brasileiros e residentes em SP/SP, os quais declaram não estar impedidos de exercer a atividade mercantil. Nada mais, lavrou-se a ata. Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida. Secretário: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Conselheiros: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida, Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho, Luciano Santos Tavares de Almeida, Luciana Santos de Almeida Trevisan. Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho - Vice Presidente do Cons. de Administração. JUCESP nº 285.757/08-8 em 01.09.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.

BANCO LUSO BRASILEIRO S.A. - C.N.P.J - M.F. Nº 59.118.133/0001-00 Extrato da Ata da Assembléia Geral Ordinária/Extraordinária de 28.04.08 Data, hora, local: 28/04/08 às 11hs., Sede Social, Av. Cidade Jardim, 400, 22º andar, SP/SP. Presença: Totalidade dos Acionistas. Mesa: Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida. Secretário: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Deliberações: Aprovadas por unanimidade: 1. Demonstrações financeiras do exercício findo em 31.12.07, publicados no DOESP e Gazeta Mercantil em 28.03.08. 2. Os dividendos propostos em 31.12.07, R$ 785.655,70, transferidos para uma conta de outras reserva de capital, para futuro aumento de capital. 3. O Capital Social realizado passa de R$ 38.610.208,37 para R$ 41.272.211,99 com incorporação dos saldos das contas de Outras Reservas de Capital e Lucros e Prejuízos Acumulados de R$ 283.158,26 e R$ 2.378.845,36 respectivamente, sem emissão de novas ações. Alterado o Art. 5º do Estatuto Social: Art. 5º: O Capital Social é de R$ 41.272.211,99 dividido em 1.152.216 ações nominativas, sendo 727.227 ordinárias e 424.989 preferenciais, todas sem valor nominal. 4. Consolidação do Estatuto. Encerramento: Nada mais, lavrouse a ata. Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida, Secretário: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Acionistas: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida. Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Luciano Santos Tavares de Almeida. Luciana Santos de Almeida Trevisan. Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho - Vice Presidente do Cons. de Administração. JUCESP 285.756/08-4 em 01.09.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.

ITOCHU Brasil S.A.

CNPJ/MF nº 61.274.155/0001-00 – NIRE 35.300.014.723 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 18/07/2008 Data e Local: Em 18 de julho de 2008, às 10:00 horas, em sua sede social, na Avenida Paulista, nº 37 - 19º andar, na Capital do Estado de São Paulo. Presença: Acionistas representando a totalidade do Capital Social, conforme se verificou pelas assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, dispensada a publicação de Editais de Convocação, conforme disposto no artigo 124, § 4°, da lei 6.404/76. Mesa Diretora: Presidente da Mesa: Kazuo Tanaka; Secretário da Mesa: Yasushi Nagai. Ordem do Dia: 01) Nomeação do Sr. Daisuke Hori para o cargo de Diretor Gerente; 2) Destituição do Sr. Motonori Futamata do cargo de Diretor Gerente; e 3) Outros assuntos de interesse da sociedade. Deliberações: Foram aprovados por unanimidade de votos de todos os acionistas, com exceção dos legalmente impedidos: 01) A destituição do Sr Motonori Futamata do cargo de Diretor Gerente a partir de 21/07/2008 em virtude do seu retorno ao Japão, em sua substituição a nomeação do Sr. Daisuke Hori, japonês, casado, do comércio, portador da cédula de identidade RNE n°. V 283.486-U, inscrito no CPF/MF sob nº 055.677.247-48, residente na cidade de Rio de Janeiro - RJ, a partir de 16/06/2008 para o cargo de Diretor Gerente e o seu mandato terminará junto com os demais diretores, previsto para 30.04.2010, declara expressamente, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer o comércio ou a administração da sociedade mercantil, em virtude de condenação criminal, nos termos do artigo 153 da lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Encerramento: Nada mais havendo a tratar o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém se manifestasse, declarou suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta Ata em livro próprio, a qual foi lida, aprovada e por todos assinada. São Paulo, 18 de julho de 2008. Presidente da Mesa - Kazuo Tanaka e Secretário da Mesa - Yasushi Nagai. (A a). ITOCHU Corporation - Pp. Kazuo Tanaka; e Kazuo Tanaka. A presente é cópia fiel do original. São Paulo, 18 de julho de 2008. JUCESP - Certifico o registro sob o nº 260.140/08-9, em 11/08/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

BMC Previdência Privada S.A.

CNPJ/MF n o 07.622.099/0001-02 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Re-ratificadora realizada dia 08 de Dezembro de 2006

Data, Hora e Local: Dia 08 de dezembro de 2006, às 11:00 (onze) horas, na sede social, na Av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, no 1.140, 10o andar, conjunto 102/parte, Brooklin, São Paulo, SP, CEP: 04571-000. Convocação e Presença: Foi verificada a presença, em primeira convocação, dos acionistas representando 100% do capital social da Companhia, conforme registros e assinaturas no Livro de Presença de Acionistas, ficando, portanto, dispensada, a publicação de aviso de convocação, na forma autorizada pelo artigo 124, parágrafo 4o , da lei 6.404/76. Mesa: Presidente: Sra. Andrea Capelo Pinheiro, Secretário: Sr. Yochio Kuratani. Ordem do Dia: a) Re-ratificação da deliberação tomada no item “a” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/2006 referente a alteração dos artigos 9 o e 28 do Estatuto Social da Companhia, conforme determinação do artigo 3o da Portaria SUSEP no 2.239 de 25 de agosto de 2005; b) Ratificação da deliberação tomada no item “b” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/2006 referente a Destituição de Diretores; c) Ratificação da deliberação tomada no item “c” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/ 2006 referente a Eleição de Diretores; d) Ratificação da deliberação tomada no item “d” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/2006 referente a Distribuição de funções entre os Diretores; e) Ratificação da deliberação tomada no item “e” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/ 2006 referente a alteração do endereço da sede da Companhia. Deliberações tomadas pela unanimidade dos acionistas presentes à Assembléia: a) Tendo em vista o indeferimento da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25 de agosto de 2006, a unanimidade dos presentes reratifica a deliberação tomada no item “a” da Assembléia supra mencionada. Fica, portanto, ratificada a alteração do artigo 9o do Estatuto Social e retificada a alteração do artigo 28 do Estatuto Social, em obediência ao disposto no artigo 3 o da Portaria SUSEP no 2.239 de 25 de agosto de 2005, os quais passarão a ter as seguintes redações: “Art. 9 o. A Assembléia Geral Ordinária realizar-se-á obrigatoriamente até o último dia do mês de março, com o objetivo de examinar as matérias previstas no Artigo 132 da Lei 6404/76.”; “Art. 28. A Sociedade entrará em liquidação, conforme regulamentação em vigor.”; b) Fica ratificada a deliberação tomada no item “b” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25 de agosto de 2006. Fica, pois, ratificada, pela unanimidade dos presentes, a destituição dos Diretores abaixo indicados dos seus respectivos cargos: 1. SR. ADILSON T ORRICILIA, Diretor Executivo brasileiro, casado, atuário, com RG n o 14.655.385 SSP/SP e CPF/MF 066.741.898-98, indicado para a função de Diretor Responsável Técnico; 2. S R. ALCIDES ROBERTO ROCHA , Diretor Executivo brasileiro, casado, administrador de empresas, com RG no 13.701.026-6 e CPF/MF n o 034.038.188-45 designado como Diretor Responsável pelo cumprimento no disposto na lei 9.613/98; c) Tendo em vista o indeferimento pela Superintendência de Seguros Privados da Assembléia Geral Extraordinária data de 25 de agosto de 2006, pelo motivo da publicação extemporânea da declaração de propósitos dos eleitos, os acionistas, por unanimidade, ratificam a deliberação tomada no item “c” daquele conclave. Fica, portanto, ratificado a eleição para os cargos de Diretor, com duração do mandato até a Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no ano de 2007, podendo o referido mandato ser prorrogado pelos acionistas, e com remuneração determinada na forma da Assembléia Geral de Constituição, realizada na data de 01.09.2004, o Sr. WAGNER MARCHIORI, brasileiro, casado, economista, portador de carteira de identidade n o 8.767.061 SSP/SP, inscrito no CPF sob o n o 064.377.368-10, residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo / SP e o Sr. D ANIEL CAPELO PINHEIRO , brasileiro, casado, portador de carteira de identidade no 337.571.507-1, expedida pela SSP/SP , inscrito no CPF sob o no 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, n o 1.477 – apto. 122-C – Bairro Cerqueira César – São Paulo – SP; d) Fica ratificada a deliberação tomada no item “d” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/2006. Assim sendo, ficam distribuídas as funções entre os Diretores da Companhia, todos com endereço comercial na Avenida das Nações Unidas, no 12.995, 24o andar, Chácara Itaim, São Paulo, da seguinte forma: 1. SRA. ANDREA CAPELO P INHEIRO, Diretora Presidente, Brasileira, divorciada, administradora de empresas com RG no 28.174.147-5 SSP/SP e CPF/MF n o 256.600.043-34, designada para a função de Diretora Responsável pelas relações com a SUSEP, prestando isoladamente ou em conjunto, as informações solicitadas pela autarquia ; 2. SR. YOCHIO KURATANI , Diretor Executivo, brasileiro, casado, contador, com RG no 4.228.049-7 SSP/SP e CPF/MF 389.849.548-53 designado para o cargo de Diretor Administrativo Financeiro, com a função de supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável a consecução dos respectivos objetivos sociais; 3. SR. WAGNER MARCHIORI , Diretor Técnico, brasileiro, casado, economista, portador de carteira de identidade no 8.767.061 SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 064.377.368-10 residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo / SP, designado para o cargo acima indicado, cuja função é a supervisão das atividades técnicas, englobando a elaboração de produtos, respectivos regulamentos, condições gerais e notas técnicas, bem como os cálculos que permitam a adequada constituição das provisões, reservas e fundos; 4. SR. DANIEL C APELO PINHEIRO , Diretor de Controle, brasileiro, casado, portador de carteira de identidade no 337.571.507-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, no 1.477 – apto. 122-C – Bairro Cerqueira César – São Paulo – SP, designado para o cargo acima indicado, cuja função é responder pelo cumprimento do disposto na lei no 9.613 de 03 de março de 1998; e) Os acionistas, por unanimidade, ratificam a deliberação tomada no item “e” da Assembléia Geral Extraordinária datada de 25/08/2006. Fica, pois ratificado, o novo endereço da sede da Companhia na Avenida das Nações Unidas, no 12.995 – 26 o andar/parte – Chácara Itaim, São Paulo/SP, CEP 04578-000. Nada mais havendo a tratar, foi a presente Ata lavrada, lida, aprovada e assinada pelos presentes. São Paulo, 08 de dezembro de 2006. ANDREA C APELO PINHEIRO - PRESIDENTE ; S R. YOCHIO KURATANI – SECRETÁRIO ; B ANCO BMC S.A. e F RANCISCO J AIME NOGUEIRA P INHEIRO F ILHO – A CIONISTAS. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 87.097/08-4, em 20.3.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

BMC Previdência Privada S.A.

CNPJ n o 07.622.099/0001-02 - NIRE 35.300.325.770 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 3.9.2007

Data, Hora, Local: realizada aos 3 dias do mês de setembro de 2007, às 15h, na sede social, Avenida das Nações Unidas, 12.995, 26o andar, parte, São Paulo, SP. Presença: representantes do Banco BMC, único acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Andrea Capelo Pinheiro; Secretário: Yochio Kuratani. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem do Dia: rerratificar as deliberações tomadas nas Assembléias Gerais Extraordinárias da Sociedade, realizadas em 25.8 e 8.12.2006, em atendimento às Cartas SUSEP/DECON/GERAT no 208/07 e SUSEP/DECON/GAB no 678/07, respectivamente de 18.4 e 7.8.2007. Deliberação: a matéria constante da ordem do dia foi colocada em discussão e votação, tendo sido aprovada a rerratificação das deliberações tomadas nas Assembléias Gerais Extraordinárias da Sociedade, realizadas em 25.8 e 8.12.2006, em atendimento às Cartas SUSEP/DECON/GERAT no 208/07 e SUSEP/DECON/GAB no 678/07, respectivamente de 18.4 e 7.8.2007, conforme segue: 1. ratificadas as deliberações tomadas nos itens “a”, “b”, “c” e “e”, da Assembléia Geral Extraordinária da Sociedade, realizada em 8.12.2006, ratificadora da Assembléia Geral Extraordinária de 25.8.2006, conforme segue: a) alteração dos Artigos 9o e 28 do Estatuto Social, os quais passarão a ter as seguintes redações: “Art. 9o) A Assembléia Geral Ordinária realizar-se-á obrigatoriamente até o último dia do mês de março, com o objetivo de examinar as matérias previstas no Artigo 132 da Lei no 6404/76.”; “Art. 28) A Sociedade entrará em liquidação, conforme regulamentação em vigor.”; b) destituição dos Diretores abaixo indicados dos seus respectivos cargos: 1. A DILSON TORRICILIA, Diretor Executivo, brasileiro, casado, atuário, RG 14.655.385/SSP-SP, CPF 066.741.898-98, designado como Responsável Técnico; 2. ALCIDES R OBERTO R OCHA , Diretor Executivo, brasileiro, casado, administrador de empresas, RG 13.701.026-6, CPF 034.038.188-45, designado como Responsável pelo cumprimento no disposto na Lei no 9.613/98. c) eleição para os cargos de Diretor, com duração do mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2007, podendo o referido mandato ser prorrogado pelos acionistas, e com remuneração determinada na forma da Assembléia Geral de Constituição, realizada em 1o.9.2004, dos senhores WAGNER M ARCHIORI, brasileiro, casado, economista, RG 8.767.061/SSP-SP, CPF 064.377.368-10, residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo, SP; e D ANIEL CAPELO PINHEIRO , brasileiro, casado, RG 337.571.507-1/SSP-SP, CPF 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, 1.477 – apto. 122-C, Cerqueira César, São Paulo, SP. e) endereço da sede da Companhia, na Avenida das Nações Unidas, 12.995 – 26o andar, parte, Chácara Itaim, São Paulo, SP CEP 04578-000. 2. retificada a deliberação tomada no item “d” da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 8.12.2006, ratificadora da Assembléia Geral Extraordinária de 25.8.2006, designando: I) de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, os senhores: a) Daniel Capelo Pinheiro, Diretor de Controle, como responsável pela observância das disposições sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; b) Yochio Kuratani, Diretor Executivo, como responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) Wagner Marchiori, Diretor Técnico, como responsável pela Área Técnica de Previdência; d) a senhora Andrea Capelo Pinheiro , DiretoraPresidente, como Diretora de Relações com a SUSEP; II) de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, o senhor Yochio Kuratani, Diretor Executivo, pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis; III) de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, o senhor Yochio Kuratani, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Aprovação e Assinatura da Ata: lavrada e lida, foi esta Ata aprovada por todos os acionistas presentes e assinada. aa) Presidente: Andrea Capelo Pinheiro; Secretário: Yochio Kuratani; Acionista: Banco BMC S.A., representado por seus Diretores, senhora Andrea Capelo Pinheiro e senhor Yochio Kuratani. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. BMC Previdência Privada S.A. aa) Andrea Capelo Pinheiro e Yochio Kuratani. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo Certifico o registro sob número 87.100/08-3, em 20.3.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - ATA DE REUNIÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕES - CONCORRÊNCIA PÚBLICA N.° 004/2008 - PROCESSO N.º 10.948/2008 - Aos 09 (nove) dias do mês de setembro do ano de 2008, às 10:00 horas, reuniuse na Sala de Licitações a Comissão Permanente de Licitações, para proceder o julgamento referente a apresentação técnica da simulação da operação do sistema de gerenciamento e processamento de multas, objeto da Concorrência em epígrafe. - A Comissão, valendo-se do parecer emitido pela Unidade Interessada, a saber: Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Vias públicas e que a esta se junta, JULGA CLASSIFICADA para participar da segunda fase do presente certame o Consórcio DCT/NDC. - Nada mais havendo a constar, lavrou-se a presente ata que vai assinada pela Comissão Permanente de Licitações da PMSC. João Carlos Pedrazzani - Presidente da C.P.L.

Cia. Rede Âncora - Importadora, Exportadora e Distribuidora de Auto Peças CNPJ n.º 02.596.357/0001-00 Convocação para Assembléia Geral Extraordinária

Nos termos do artigo 294 e artigo 124, ambos da Lei 6.404 de 1976, vimos por meio desta publicação convocar os acionistas ordinários a participar da Assembléia Geral Extraordinária (AGE), a ser realizada no dia 23/09/2008 na sede da Companhia, situada na Rua Araguaia nº 58, Canindé, Capital-SP, às 19:30, em primeira convocação e às 20:00, em segunda convocação, tendo como ordem do dia as seguintes deliberações: Assembléia Geral Extraordinária: a) Aprovação da alteração do Estatuto Social da Companhia, alteração da razão social da companhia de Cia. Rede Âncora - Importadora, Exportadora e Distribuidora de Auto Peças para Rede Âncora - SP Importadora, Exportadora e Distribuidora de Auto Peças S/A, Composição da Diretoria, Composição do Conselho Deliberativo, Criação do Conselho Fiscal, Criação do Conselho de Ética e outras alterações a serem definidas na Assembléia; b) Outros assuntos de interesse da Companhia.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1946/08/02 - EE Aparecido Gonçalves Lemos - Rua Virgilio Furlaneto, s/n – Jd. Antonio Bernardo - Canitar/SP – 90 R$ 31.109,00 – R$ 3.110,00 – 09:30 – 29/09/2008. 05/2083/08/02 - EE Jacoub Koukdjian - Rua Virgilio Dias de Oliveira, 422 - Bal. Itaguai - Mongaguá/SP; EE Vera Cruz - Av. José Cesário Pereira Filho, 427 - Vera Cruz - Mongaguá/SP; EE Profª Aida Leda Bauer Davies - Rua Silvano Ribeiro Diroz, 200 - Vila Arens - Mongaguá/SP – 120 - R$ 106.660,00 – R$ 10.666,00 – 10:00 – 29/09/2008. 05/2146/08/02 - EE Vila Missionária II - Rua Elisio Mendes Gaia/Esq. Rua Pedro Gonçalves Meira, s/n- Jd. São Carlos Cidade Ademar - São Paulo/SP; EE Prof. Manoel Tabacow Hidal - Rua Manoel de Macedo, 247 - Jd. Pedreira - Pedreira São Paulo/SP – 120 - R$ 65.077,00 – R$ 6.507,00 – 10:30 – 29/09/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 11/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 26/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

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ECONOMIA - 11

BMC Previdência Privada S.A.

CNPJ/MF n o 07.622.099/0001-02 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada aos 30 de Março de 2007

Data, Hora e Local: Dia 30 de Março de 2007, às 11:00 (onze) horas, na sede social, na Avenida das Nações Unidas, n o 12.995 – 26o andar/parte – Chácara Itaim, São Paulo/SP, CEP 04578-000. Convocação e Presença: Foi verificada a presença, em primeira convocação, dos acionistas representando 100% do capital social da Companhia, conforme registros e assinaturas no Livro de Presença de Acionistas, ficando portanto, dispensada a publicação de aviso de convocação, na forma autorizada pelo artigo 124, parágrafo 4o , da Lei 6.404/76. Mesa: Presidente: Sra. Andrea Capelo Pinheiro, Secretário: Sr. Yochio Kuratani. Ordem do Dia: a) Exame, discussão e votação do relatório da Diretoria e das Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2006; b) Destinação do resultado do exercício; c) Reeleição da Diretoria e fixação dos seus honorários. Deliberações tomadas pela unanimidade dos acionistas presentes à Assembléia: a) Foram examinados, discutidos e aprovados o Relatório da Diretoria e as Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal Folha de São Paulo na data de 28 de fevereiro de 2007. b) Foi deliberado, pela unanimidade dos presentes, que a destinação do lucro líquido se daria da seguinte forma, na forma dos Estatutos Sociais da Companhia: 1. R$28.751,72 (Vinte e oito mil, setecentos e cinqüenta e um reais e setenta e dois centavos) para o Fundo de Reserva Legal; 2. Soma dos dividendos a pagar na ordem de 25%, no valor de R$136.570,69 (cento e trinta e seis mil, quinhentos e setenta reais e sessenta e nove centavos); 3. Retenção do saldo remanescente do lucro na importância de R$409.712,06 (quatrocentos e nove mil, setecentos e doze reais e seis centavos). c) Os acionistas, por unanimidade, reelegem para os cargos de Diretor, na forma do Estatuto Social da Companhia, por mais três anos, mantendo-se a mesma remuneração, determinada na forma da Assembléia Geral de Constituição, realizada na data de 01.09.2004, os diretores abaixo indicados, que exercerão as seguintes funções: 1. SRA. ANDREA C APELO PINHEIRO , Diretora Presidente, brasileira, divorciada, administradora de empresas com RG n o 28.174.147-5 SSP/SP e CPF/MF n o 256.600.043-34, designada para a função de Diretora Responsável pelas relações com a SUSEP, prestando isoladamente ou em conjunto, as informações solicitadas pela autarquia ; 2. SR. YOCHIO KURATANI , Diretor Executivo, brasileiro, casado, contador, com RG n o 4.228.049-7 SSP/SP e CPF/MF 389.849.548-53 designado para o cargo de Diretor Administrativo Financeiro, com a função de supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável a consecução dos respectivos objetivos sociais. 3. SR. W AGNER M ARCHIORI , Diretor Executivo, brasileiro, casado, economista, portador de carteira de identidade n o 8.767.061 SSP/SP, inscrito no CPF sob o n o 064.377.368-10 residente e domiciliado na Rua Prof. Arthur Ramos, 339 – ap. 171, São Paulo / SP, designado para o cargo de Diretor Técnico, cuja função é a supervisão das atividades técnicas, englobando a elaboração de produtos, respectivos regulamentos, condições gerais e notas técnicas, bem como os cálculos que permitam a adequada constituição das provisões, reservas e fundos; 4. SR. DANIEL C APELO PINHEIRO , Diretor Executivo, brasileiro, casado, portador de carteira de identidade no 337.571507-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o no 263.388.448-27, residente e domiciliado na Alameda Jaú, no 1.477 – apto. 122-C – Bairro Cerqueira César – São Paulo – SP, designado para o cargo de Diretor de Controles internos e como responsável para responder pelo cumprimento do disposto na lei no 9.613 de 03 de março de 1998. Nada mais havendo a tratar, foi a presente Ata lavrada, lida, aprovada e assinada pelos presentes. Rio de Janeiro, 30 de Março de 2007. ANDREA C APELO P INHEIRO - P RESIDENTE; S R. YOCHIO K URATANI – SECRETÁRIO ; B ANCO BMC S.A. e FRANCISCO JAIME NOGUEIRA PINHEIRO FILHO – ACIONISTAS . Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 87.098/08-8, em 20.3.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

BMC Previdência Privada S.A.

CNPJ no 07.622.099/0001-02 - NIRE 35.300.325.770 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada em 31.3.2008

Data, Hora e Local: Aos 31 dias do mês de março de 2008, às 10h, na sede social, Avenida das Nações Unidas, 12.995, 26o andar, parte, São Paulo, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes do Banco BMC S.A., único acionista da Sociedade. Verificou-se também a presença dos senhores Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, e Cláudio Rogélio Sertório, representante da empresa KPMG Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Marcos Suryan Neto. Convocação: Dispensada a convocação por Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404, de 1976. Ordem do Dia: I. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007; II. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de dividendos; III. eleger os membros da Diretoria da Sociedade; IV. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social; V. ratificar as seguintes designações: 1. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003: a) do Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Previdência; b) do Diretor responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) do Diretor responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei n o 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 2. de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, do Diretor responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 3. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, do Diretor responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Deliberações: Pelo único acionista da Sociedade, foram tomadas as seguintes deliberações: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007, de conformidade com a publicação efetivada, em 28.2.2008, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, página 191; e “Diário do Comércio”, página 13, bem como a transferência do saldo de contas, conforme segue: R$758.844,37 da conta “Lucros Acumulados de 2005” para “Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2005”; e R$409.712,06 da conta “Lucros Acumulados de 2006” para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2006”; II. aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 27.3.2008, para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de dividendos, conforme segue: “Tendo em vista que a Sociedade obteve no exercício social encerrado em 31.12.2007 lucro líquido de R$96.720,64, propomos que seja destinado da seguinte forma: R$4.836,03 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2007”; R$68.913,46 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007”; e R$22.971,15 para pagamento de dividendos, os quais deverão ser pagos até 27.5.2008.”; III. para composição da Diretoria, foram reeleitos, com mandato de 1 (um) ano, até 31.3.2009, os senhores: DiretorPresidente: Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, securitário, RG 12.529.752/SSP-SP, CPF 015.309.538/55; Diretor Gerente: Marcos Suryan Neto, brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794/SSP-SP, CPF 014.196.728/51; Diretores: Eugênio Liberatori Velasques, brasileiro, casado, engenheiro, RG 07.293.428-4/IFP-RJ, CPF 445.999.357/00; Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20; Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, Registro no 44.902/OAB, CPF 770.025.397/ 87; Jair de Almeida Lacerda Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 30.784.795-0/SSP-SP, CPF 750.204.247/49; Jorge Pohlmann Nasser, brasileiro, casado, securitário, RG 36.651.358-8/SSP-SP, CPF 399.055.270/87; Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, brasileiro, divorciado, securitário, RG 1.692.514/SSP-PA, CPF 236.703.472/91; e Samuel Monteiro dos Santos Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826/IFP-RJ, CPF 032.621.977/34, todos com domicílio na Avenida das Nações Unidas, 12.995, 26o andar, parte, São Paulo, SP, CEP 04578-000, os quais permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2009 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos preenchem as condições previstas na Resolução no 136, de 7.11.2005, da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV. fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), a ser distribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social; V. ratificadas as seguintes designações: 1. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, os senhores: a) Jair de Almeida Lacerda Júnior, Diretor, como Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Previdência; b) Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável administrativofinanceiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, Diretor, como responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei n 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 2. de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, o senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 3. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, o senhor Marcos Suryan Neto, Diretor Gerente, como responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. Assinaturas: Presidente: Marco Antonio Rossi; Secretário: Marcos Suryan Neto; Administrador: Lúcio Flávio Condurú de Oliveira; Acionista: Banco BMC S.A., representado por seus Diretores, senhores José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo; Auditor: Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. aa) Lúcio Flávio Condurú de Oliveira e Eugênio Liberatori Velasques. Certidão - Secretaria da Fazenda Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 263.659/08-2, em 15.8.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: CONCORRÊNCIAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: CONCORRÊNCIA Nº - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÀREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1879/08/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador / Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio escolar – Terreno Jd. Ipê/Café Filho - Rua Gastão Raul de Fourton Bousquet, s/nº - Jardim Ipê - Capão Redondo - São Paulo/SP – 240 - 4.354,56; EE Pres. Café Filho - Rua Gastão Raul de Fourton Bousquet, 401 - Jardim Ipê - Capão Redondo - São Paulo/SP Substituição /Adequação – Fase 2 = 180; Adequação / Reforma – Fase 3 = 60 - 2.015,08 - R$ 826.131,00 – R$ 82.613,00 – 09:30 – 14/10/2008. 05/1911/08/01 - Construção de ambientes complementares em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador, de sala de aula e Reforma de prédio escolar – EE Prof. Euripedes Simões de Paula - Rua Maria Pape, 30 - Jardim Lucelia - São Paulo/SP – 210 - 1.956,00 - R$ 355.251,00 – R$ 35.525,00 – 10:00 – 14/10/2008. 05/2138/08/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – Terreno Jd. San Diego - Rua 4, s/nº - Jardim San Diego Campinas/SP – 240 - 3.022,92 - R$ 421.000,00 – R$ 42.100,00 – 10:30 – 14/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – CEP: 01046001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 11/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até às 17:00 horas do dia 13/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Bat Viagens e Turismo Ltda. - Requerido: DLR Publicidades Ltda. - Avenida Antonio Munhoz Bonilha, 1.386 - 4º andar - 2ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Esfera Comércio de Ferro e Material para Construção Ltda.-EPP - Requerido: Esfera Comércio de Ferro e Material para Construção Ltda.- EPP Rua dos Coqueiros, 280 - 1ª Vara de Falências


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Internacional AFP/11/09/06

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Para os EUA, Bin Laden seria o autor dos ataques que teriam derrubado as Torres Gêmeas em Nova York

A nova arma dos EUA para capturar Osama Bin Laden Operações secretas desenvolvidas pelo Exército norte-americano são capazes de localizar e matar líderes insurgentes, revela o renomado jornalista Bob Woodard. Sonaira San Pedro

Reuters

S

omente agora, sete anos depois dos ataques terroristas de 11 de setembro e de incontáveis buscas frustradas por Osama bin Laden, os Estados Unidos podem ter uma arma capaz de capturar o homem mais procurado do mundo. O Exército norte-americano teria desenvolvido, com sucesso, operações secretas para localizar, mirar e matar líderes da Al Qaeda, chefes insurgentes e milícias. "É uma descoberta verdadeira", afirmou o jornalista norte-americano Bob Woodward no programa de televisão 60 Minutes no canal CBS News, em que conversou sobre seu novo livro "The War Within: A Secret White House History 2006-2008". Woodward, com seu colega Carl Bernstein, descobriu o escândalo Watergate, em 1974, que levou à renúncia de Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos. "Se você fosse um líder da Al Qaeda ou parte de uma insurgência no Iraque, ou uma dessas milícias renegadas, e você soubesse o que eles seriam capazes de fazer, você sairia da cidade na hora", disse o jornalista, recusando-se a se aprofundar no assunto. Uma das provas de que as buscas pelos líderes da Al Qaeda já foram reforçadas foi o assassinato do novo chefe da organização no Paquistão, Abu Haris, e de outro membro do alto comando, Abu Hamza, na última terça-feira, por um ataque de mísseis, segundo o site Debka. Haris foi morto depois que mísseis atingiram o comandante do Talibã Jalaluddin Haqqani, matando 25 pessoas e ferindo outras 20. A Casa Branca não comentou os relatos do ataque, suspeito de ter sido provocado por aviões norte-americanos não tripula-

AFP/25/09/06

O avião de espionagem Predator pode ajudar a prender Bin Laden AFP/28/09/06

montanhas do oeste do Paquistão. O número de ataques de mísseis lançados por esses aviões no país triplicou como esforço do presidente Bush para atingir o comando central da Al Qaeda, segundo reportagem publicada pelo jornal norteamericano The Washington Post. Faz 17 anos que não há qualquer pista confirmada sobre Bin Laden. Ele desapareceu desde que escapou da CIA e do Abu Hamza, um dos líderes da Exército norte-americano deAl Qaeda morto no Paquistão pois de uma batalha perto de Tora Bora, no Afeganistão, em dezembro de 2001, segundo Reprod ução dados oficiais dos Estados Unidos, Paquistão e Europa. Agora, os esforços estão mais concentrados do que nunca em uma pequena lista com outros líderes da Al Qaeda que foram avistados mais recentemente, na esperança de que suas pistas possam levar ao líder terrorista. Mas a dificuldade de conseguir informantes nas tribos de regiões isoladas do Paquistão, onde se acredita que Bin Laden O novo livro de estaria escondido, é o principal Woodward traz obstáculo para as investigarevelações ções. O excesso de confiança na força militar, os rompimentos que aconteceram durante a dos, chamados Predator. Longe dos grandes segredos Guerra do Iraque e o fato de da Casa Branca, o que já foi con- sempre se subestimar o inimifirmado pelo governo norte- go teriam fracassado as buscas americano é que as estratégias pelo líder terrorista, mesmo para capturar Bin Laden têm se que o governo dos Estados intensificado e contam com o Unidos ofereça recompensa de uso dos aviões P re da to r n as US$ 25 milhões por uma pista AFP/11/09/07 que leve a Osama. A guerra no país, além de ter minado a simpatia do povo local pelos norte-americanos, teria dado ao líder terrorista e seu núcleo de comando um tempo que foi precioso para reagrupar e consolidar sua nova base de operações no nordeste do Paquistão. "Se você não tiver pessoas que lhe apóie, a inteligência humana nunca vai funcionar", disse o general paquistanês aposentado ao The Washington Post, Ali Muhammad Jan Aurakzai, que vigiou esforços para trilhar os caminhos de Bin Laden Palestino dobra uma nota de US$ 20 para formar o nome 'Osama' e outros líderes da Al Qaeda.

De milionário saudita para homem das cavernas

O

sama bin Laden é um homem de extremos. O saudita de 44 anos é odiado pelos norte-americanos, mas idolatrado no mundo muçulmano. Nascido em berço de ouro, hoje ele habita as cavernas na fronteira entre o Afeganistão e Paquistão. O seu rosto é o mais conhecido do planeta, mas, ao mesmo tempo, ninguém conhece o seu paradeiro. Quem é Osama bin Laden? O 17º filho de um saudita bilionário, a vida de Bin Laden estava traçada. Após a universidade na Arábia Saudita, ele juntou-se aos negócios do pai no ramo de construção. Com a morte do pai, em 1968, ele poderia levar uma vida tranqüila após ter herdado milhões.

No entanto, Bin Laden decidiu viajar ao Afeganistão para lutar contra os soviéticos em 1979. Ele usou as ligações da família para levantar fundos para a resistência. Antes do fim da guerra, Bin Laden criou a rede Al Qaeda ("A Base", em árabe), que já treinou milhares de militantes. Com a retirada soviética, seu grupo voltouse contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio. Bin Laden retornou à Arábia Saudita para trabalhar nos negócios da família, mas foi expulso em 1991 por causa de suas atividades contra o governo. Ele passou os próximos cinco anos no Sudão, mas retornou ao Afeganistão. Segundo os EUA, Bin Laden estaria por trás dos atentados contra o World Trade Center (1993), duas embaixadas norteamericanas na África (1998), o destróier norte-americano no Iêmen (2000) e as Torres Gêmeas e o Pentágono (2001). (Agências)

Autoria dos ataques divide opiniões

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s EUA acusam a Al Qaeda pelos ataques de 11 de setembro, mas, em outros países, a dúvida persiste. Pesquisa da WorldPublicOpinion.org mostra que a maioria das pessoas entrevistadas em apenas nove de 17 países acredita que a rede de Bin Laden seria culpada. Na Europa, a Al Qaeda foi citada por 56% dos britânicos e 64% dos alemães. O Oriente Médio está dividido. Israel seria o responsável para 43% dos egípcios. Os EUA foram citados por 36% dos turcos. No México, 30% dos entrevistados acreditam que os EUA são culpados, enquanto 33% dizem que foi a rede Al Qaeda. A sondagem, realizada entre 15 de julho e 31 de agosto, possui uma margem de erro de 3% a 4%. (Reuters)

Memorial suscita polêmica Prefeito de Nova York afirma que a construção do projeto está lenta

O

s norte-americanos realizam hoje vários eventos em homenagem às vítimas dos ataques de 11 de setembro em Washington, Nova York e Pennsylvania. No entanto, a polêmica em torno dos atrasos na construção do memorial em Nova York ameaça estragar o dia. Em editorial no The Wall Street Journal, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, pediu ontem o desmantelamento da agência responsável pelo planejamento do "Ground Zero", local onde ficava as Torres Gêmeas, derrubadas pelos militantes da Al-Qaeda. Bloomberg afirma que o excesso de burocracia teria atrasado a reconstrução do local.

O local é de propriedade da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, controlada pelos governadores dos dois estados. A construção do memorial é de responsabilidade da Lower Manhattan Development Corp., uma subsidiária da agência estadual de desenvolvimento. Bloomberg exortou ao governador de Nova York, David Paterson, para que deixe o município assumir a distribuição dos recursos, o que, segundo ele, "eliminaria uma camada redundante de burocracia". O prefeito nova-iorquino também defendeu que a Autoridade Portuária assuma o compromisso de terminar o memorial até o 10º aniversário

dos atentados e de reduzir o projeto bilionário. Em resposta, a Autoridade Portuária afirmou que está reavaliando o orçamento e as datas do projeto. Homenagem - Os candidatos à Presidência norte-americana, o republicano John McCain e o democrata Barack Obama decidiram pôr de lado as divergências e as acusações para comparecer, em conjunto, no "Ground Zero". Os senadores disseram que vão aparecer juntos para "honrar a memória de cada um dos norte-americanos" que morreram nos ataques. Os ataques recíprocos nos anúncios da televisão também foram cancelados. (Agências)


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Nacional Empresas Negócios Empreendedores

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SCANIA VENDEU 260 UNIDADES DE SUPERPESADOS

bilhões de dólares é a estimativa de receitas das vendas pela internet para este ano.

Divulgação

Brasil campeão. Em impostos. Brasil manteve o título inglório de país campeão em tempo gasto para pagar impostos na hora de fazer negócios, segundo o relatório "Doing Business 2009" do Banco Mundial. O sistema tributário brasileiro é tão complicado que leva em média 2,6 mil horas por ano (108 dias) para pagar todos os impostos. O segundo pior é Camarões, com 1,4 mil horas. O Brasil passou de 126º no ano passado para 125º este ano no ranking de facilidade para fazer negócios, atrás de países como Nigéria (118º), Bangladesh (110º), Etiópia (116º) e Zâmbia (100º). Mesmo dentro da América do Sul, o Brasil só ganha de Venezuela (174º), Bolívia (150º) e Equador (136º) em termos de dificuldades para fazer negócios.

O Divulgação

BRASCAN COMPRA A COMPANY ez dias após a compra da resultante dessa operação Tenda pela Gafisa, a estará entre as três maiores do D canadense Brascan mercado em banco de

SCANIA: A MAIOR VENDA EM 51 ANOS ão é só a indústria de veículos leves que comemora aumento de vendas a cada mês. No setor de caminhões acontece o mesmo: todos vendem bem e batem recordes. Um exemplo disso é o maior negócio fechado pela Scania em 51 anos de história no Brasil: 260 unidades dos superpesados P420 8x4 e P 420 6x4, para um único cliente, a Construtora Odebrecht, no valor de R$ 125 milhões. E a venda representa uma

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Residential Properties (BRP) anunciou ontem a incorporação da construtora paulista Company, em mais um lance do movimento de consolidação do setor imobiliário. Os acionistas da companhia vão colocar R$ 200 milhões no bolso e receber o restante em novas ações ordinárias da Brascan (76,978 milhões). A empresa

terrenos e lucratividade. Os controladores da Company terão 15% da nova empresa, cujo patrimônio líquido será de R$ 1,6 bilhão. Eles ficam obrigados a permanecer na empresa por, no mínimo, três anos. A partir dessa data, podem vender até 30% das suas ações. Dois anos depois, têm a opção de sair completamente do negócio.

Fábio Motta/AE

boa notícia para o paulista: parte desta frota será usada nas obras do Rodoanel. "Para a Scania, essa venda é extremamente expressiva não só pelo número de caminhões negociados, mas por confirmar o fortalecimento e importância do segmento fora-de-estrada para a marca", afirma Roberto Leoncini, diretor de Vendas de Veículos da marca. A entregas das unidades ocorrerá entre dezembro próximo e fevereiro de 2009.

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s compras pela internet caíram nas graças de 7 milhões de internautas brasileiros. É o que revela o estudo "As Oportunidades de Comércio Eletrônico no Brasil e na América Latina", conduzido pela America Economia Intelligence na América Latina e divulgado ontem pela Visa. O montante representa US$ 4,89 bilhões e foi gerado por apenas 3,7% da população brasileira. Segundo Guillermo

Rospigliosi, VP de Produtos Visa para América Latina e Caribe, o comércio eletrônico do País representa 3,8% do PIB nacional. O estudo, realizado a cada dois anos, teve como base 2006/2007 e, nesse período, as vendas online em toda a América Latina registrou um crescimento de 121%, empurrando as projeções de 2008 para US$ 16 bilhões. Em 2007, as vendas chegaram a US$ 10,9 bilhões.

Senado aprovou um projeto de lei para incentivar a cadeia produtiva da mandioca no País. A proposta prevê incentivo fiscal para os moinhos que aceitarem misturar mandioca à farinha de trigo e prevê que todas as esferas de governo exijam de seus fornecedores o uso de derivados de mandioca na fabricação dos biscoitos, pães e massas que adquirirem. O projeto ainda vai passar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sanção.

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BÚSSOLA Barreiras ao etanol Petróleo leve no reservatório de Iara

7 milhões compram pela web no Brasil

Pão com mandioca

Petrobras confirmou a existência de até 4 bilhões de barris de petróleo e gás abaixo da camada de sal no prospecto (área com potencial de reservas) de Iara, localizado ao lado de Tupi, na Bacia de Santos. Os dois projetos podem ter um volume de petróleo próximo às reservas provadas brasileiras, de 14 bilhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás). O reservatório de Iara, que está a 6 mil metros de profundidade, deve começar a produzir petróleo a partir de 2011.

A

O anúncio da descoberta de Iara foi feito no dia 7 de agosto, mas a estatal informou que só agora, a partir de testes de produção, pôde estimar o tamanho da reserva. O petróleo de Iara é do tipo leve, com densidade entre 26° e 30° API, próximo do óleo Brent, referência de preços no mercado internacional. A Petrobras vai enviar à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um plano de avaliação da descoberta de Iara, que consiste na perfuração de novos poços para comprovar a estimativa de reservas.

Brasil contestou a proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) de criar diferentes categorias de etanol e critérios para que os biocombustíveis possam ser exportados. "O Brasil acredita que qualquer iniciativa relacionada com o comércio internacional de biocombustíveis tenha que ser não-discriminatória, transparente e compatível com as regras da OMC", afirmou o Itamaraty em uma declaração lida perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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Com AE, AG e Reuters. Colaboraram chicolelis e Alexandre Augusto.

Grupo Fleury, que gerenciava o laboratório Campana há cerca de um ano, exerceu sua opção de compra e anunciou ontem a aquisição da empresa de medicina diagnóstica, que realiza 3 milhões de atendimentos ao ano. Com a negociação, o Fleury passa a atuar também nas classes C e D e fazer frente à concorrente Dasa (Diagnósticos da América).

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epois de tramitar no Congresso por quase cinco anos, o Senado Federal aprovou ontem, em sessão ordinária, a lei que regulará o Sistema de Consórcios no País.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

NADA CARACTERIZA MAIS A MÍDIA DESDE OS ANOS 60 DO QUE SEU ÓDIO VISCERAL À FILOSOFIA

NEIL torcedor da geral

● Faça seu comentário direto no site do DC

FERREIRA LULLA, BOLEIRO E XAVEQUEIRO

● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

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F

azendo eco ao consenso da intelectualidade esquerdista, o Nouvel Obser vateur apresenta Alain Badiou como "l'un des plus grands noms de la philosophie mondiale". Mas é óbvio que ele não é um filósofo de maneira alguma, apenas um demagogo comunista da mais baixa espécie, uma reencarnação atrofiada do pior JeanPaul Sartre, sendo aplaudido como filósofo justamente por isso. Nada caracteriza mais acentuadamente a mídia mundial desde os anos 60 do que seu ódio visceral à Filosofia, sua necessidade compulsiva de substituí-la por algum simulacro idiota apropriado à política do dia. Na primeira década do século XX, os jornais aceitavam como filósofos representativos aqueles que os estudiosos de filosofia apontassem como tais. Depois a mídia adotou seus próprios critérios e, em vez de divulgar a alta cultura, passou a moldá-la a seu bel-prazer. Foi aí que tipos como Badiou se tornaram filósofos eminentes, enquanto a filosofia de verdade virou um segredo esotérico, reservado a um pequeno círculo de highbrows. Tal como Sartre, Badiou não toma como ponto de partida uma pergunta, uma dúvida, um desejo de esclarecimento e fundamentação, mas a expressão' histérica de uma preferência dogmática injustificada e injustificável, recobrindo-a em seguida de floreios retóricos tecidos com vocabulário filosófico, mas carentes do mínimo senso analítico e autocrítico que precisariam para ser admitidos até mesmo como trabalhos escolares de filosofia. O dogma essencial da doutrina Badiou é aquele alardeado por Jean-Paul Sartre: "Todo anticomunista é um cão." Se me ocorre a idéia de que todo comunista é uma hiena, não tomo isso como premissa, mas como mero resumo figurativo de exposições históricas far tamente documentadas e análises críticas que não deixam marg e m p a r a n enhuma conclusão mais suave. O dogma de SartreBadiou, ao contrário, é um aviso pregado na porta para informar aos visitantes que qualquer tentativa de análise crítica será repelida mediante gritos de horror. A fuga à análise crítica, em Sartre, era puro fingimento maquiavélico, mas em Badiou ela expressa uma genuína incapacidade. Sartre, quando se fazia de fanático, tinha para isso um pretexto intelectualmente sofisticado: sua teoria do primado da existência sobre a essência justificava tomadas de posição irracionais como um esforço para "existir" – numa linha bem parecida, no fundo, com o arbitrário "decisionismo" de Carl Schmitt, que justificava as políticas do Führer com a mesma cara-de-pau com que o autor de A Náuseajustificava as de Stalin, tornandose nauseabundo ele próprio. Badiou não precisa de nada disso. Sua adesão passional ao comunismo é um princípio autofundante, desnecessitado de qualquer justificação, mesmo simulada. É o axioma fundamental, e dele deduz-se tudo o mais que o tagarela incansável venha a dizer.

N

uma de suas mais célebres conferências (v. http://alainindependant.canalblog.com/archives/2007/11/11/6847208.html), ele toma o comunismo como "uma hipótese" em vias de realização - e, com a habilidade filosófica de um mau aluno de ginásio, compara as belezas dessa hipótese, não à hipótese contrária, democrático-capitalista, porém às más qualidades reais que ele crê enxergar no capitalismo existente, ao passo que os males do comunismo real não precisam entrar na comparação porque a hipótese - por hipótese - já os absorveu e santificou nas suas futuras belezas hipotéticas. A estrutura do raciocínio, em si, é a de um fingimento histérico que tenta camuflar sua própria irracionalidade mediante invectivas furiosas que dissuadem o ouvinte de cobrar do pretenso filósofo os deveres mínimos da racionalidade filosófica. Admito que seja uma técnica, mas é uma técnica de charlatão. Mais charlatanescamente ainda, ele condena a violência policial sangrenta do regime soviético não por ser imoral em si, mas por "não ter conseguido salvar da inércia burocrática" o regime comunista. Ele apela, sob esse ponto de vista, à doutrina de Mao Tsé-Tung segundo a qual "o movimento" deve prevalecer sobre a hierarquia estática do Partido. Reconhecendo que esta teoria também descambou em violência, ele se esquece de observar que foi violência três ou quatro vezes maior que a dos soviéticos, revelando-se um remédio mais letal do que a doença e desqualificando-se, ipso facto, como crítica válida ao descalabro soviético. Empinando o narizinho para fazer-se de moralmente superior ao comunismo de Estado soviético, ele faz a apologia do Maio de 68, quando a sociedade civil, em vez do Partido, tomou a iniciativa de tentar estrangular a burguesia. Mas no regime soviético quem mandava não era o Estado, era o Partido, do qual o Estado era apenas um instrumento maleável. E que é a sociedade civil organizadasenão a versão renovada, gramsciana, do Partido? Em suma, contra os males do Partido, Badiou sugere como remédio... o Partido. A coisa é de um primarismo digno do dr. Emir Sader, e não é de espantar que ela termine pela proclamação de um inalterado amor irracional àquilo que não se pode justificar racionalmente. Comparar ideais com ideais, fatos com fatos, e não os belos ideais de um lado com os fatos supostamente deprimentes do outro, é o princípio elementar, já não digo da Filosofia, mas de qualquer atividade intelectual, mesmo rudimentar, que se pretenda honesta. Esse preceito está infinitamente acima da capacidade de Alain Badiou. Por isso mesmo é que entidades dedicadas à imbecilização universal, como o são hoje em dia os órgãos da grande mídia, o consagram como um eminente filósofo. Ele é o filósofo daqueles que, por inépcia congênita ou safadeza adquirida, estão condenados a jamais saber o que é Filosofia.

O FILÓSOFO QUE OLAVO DE CARVALHO

VIROU HIENA Alain Badiou coloca um aviso na porta para informar aos visitantes que qualquer tentativa de análise crítica será repelida por gritos de horror

OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

ó agora consegui entender a atitude do lulla ao uniformizar-se de boleiro e dar um pito na seleção brasileira, o que provocou uma reação braba mas justa do goleiro Julio Cesar. Na nossa santa ignorância achamos que lulla estava jogando na posição que nunca foi a delle – a de estadista. Estadista ? Há controvérsias. Nessa posição, elle não frequentava nem o banco de reservas do ex-craque FHC, um Zidane que não deixou sucessor. FHC foi reconhecido como o mais bem preparado quadro político do mundo ao pendurar as chuteiras, com as quais brilhou 8 anos. Competiu com ninguém menos do que Chirac, Schroeder, Clinton, Tony Blair e Jiang Zemin, que herdou de Deng Xiaoping a China comunista em plena implantação da economia capitalista e passou o bastão para Hu Jintao. Hu manteve com pulso de aço a política comunista e fortaleceu a economia capitalista, inacreditáveis Marx e Rockefeller amancebados, o fechamento político e a abertura econômica em conúbio, que deixou a direita mundial perplexa et les Maôs de todos os matizes sem eira nem beira, os verde-amarelos inclusive. É o mais forte candidato a FHC desta geração, não há outro a vista. O mundo até agora não entendeu a China, que cresce a mais de 10% ao ano e ainda por cima deu show nos Jogos Olímpicos de Beijing, da abertura ao encerramento, com a safra recorde de medalhas que pendurou no pescoço e as vezes em que o seu hino foi executado para o mundo escutar, deixando o arqui-rival Estados Unidos comendo poeira.

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vaga de FHC não foi preenchida até agora, mas se olharmos com mente aberta notaremos os movimentos que lulla faz no divã do Freud (aquele Freud que vivia disfarçado de segurança) tentando alcançar e calçar as chinelas do antecessor. Em vão. Não as alcança nem calça, mas tenta - um enorme progresso. Tenta e cai, experimenta e erra, coitado, reconheça-se seu esforço sobre-humano. Compara-se penosamente a FHC, em busca daquilo que o Freud aquele diagnosticou ser o filho querendo matar o pai, para ocupar-lhe o lugar no leito da Mãe Pátria distraída em tenebrosas transações. Seu esforço inaudito produz uns vagidos que nos chegam embaralhados pelo sotaque e pela sintaxe, não se adivinha o que pretende, mas elle sabe muito bem o que tenciona. Para surpresa geral, parou a festança do PréÇal, cujo primeiro barril é esperado só para daqui uns 200 anos; está na cara que torramos por conta, Mirou a seleção do Dunga e revelou sua preferência futebolística. Não é o córintcha, como o país inteiro acreditava, é a Argentina, "Eles é que jogam

● lulla não deu

pito na seleção, nem fez confissão de arrentinidad. Foi charme pra cima da hermanita. Colou, a moça estava precisadinha.

bola, o Messi é o melhor do mundo, e quando perde uma bola sai correndo para recuperá-la; o time brasileiro perde a bola e cruza os braços, esperando que ela volte por milagre". Sábias palavras ?

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hiadeira geral, era o patrão do Galvão Bueno falando, dando um tiro no peito do Dunga. Mas não. Havia caroço debaixo do angu. No lugar do balaço, uma seta de cupido. No lugar do peito do Dunga, o coração da presidenta hermanita Kirchner. Não era estadistismo, era xaveco. O verdadeiro capitão do Time (alguém aí acredita que o zé dirceu era o capitão do time?) escalou-se de boleiro e fez uma finta de xavequeir, e a hermanita quase às lágrimas puxou um discurso daquelas regiões esconsas - onde as mulheres guardam seus tesouros mais secretos - e confessou que ,com a citação do Messi como melhor do mundo, não haveria mais estorvo para "qualquer relação" Brasil- Argentina , sonhada por lulla... Xaveco correspondido. Entenderam ? Não foi pito na seleção nem confissão de arrentinidad, foi charme pra cima da hermanita. Colou, a moça estava precisadinha. A presidenta Mãinha que abra ozóio - se as plásticas deixarem. Julio Cesar extrapolou e mandou o Premero Ténico mudar para a Argentina e naturalizar-se, "quem sabe o Brasil melhora um pouco"... Podia ter colado, nós estamos precisados. FÓGI CAMBADA, SOBRÔ NÓIS PRU ÔMI XAVECÁ!. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

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Política

Estou fazendo uma imersão para tentar entender o que está acontecendo. Raul Lima, novo marqueteiro de Alckmin

Fernando Donasci/Folha Imagem

Candidatos, enfim, partiram para o ataque Em debate, eles deixaram clima ameno de lado e trocaram farpas e acusações

O

segundo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido ontem à noite pela Rede Bandeirantes, deixou de lado o clima excessivamente ameno e foi esquentando logo de início. A estratégia foi assumida já nas perguntas formuladas, que continham afirmações diEvelson de Freitas/AE

A atual gestão tem R$ 4 bilhões no banco por incapacidade de planejamento. Deixa dinheiro para os banqueiros em vez de investir na cidade. Marta Suplicy

retas ou indiretas à pessoa escolhida para responder. Bem diferente do que prometeram os candidatos minutos antes. Alguns prefeituráveis chegaram a dizer que vinham "em Evelson de Freitas/AE

Espero que a Marta não se reeleja. Porque ela vai quebrar a Prefeitura de novo. Ela fala como se não tivéssemos contas para pagar. Gilberto Kassab

paz" e que pretendiam uma participação propositiva. "Ninguém vai ficar acordado até tarde para ficar ouvindo

ataques. A população que está em casa não quer sangue", disse Marta Suplicy (PT), que lidera as pesquisas de opinião. No debate, porém, Marta partiu para o ataque contra Alckmin, afirmando que, durante a gestão dele como governador, a capital paulista sofreu "a pior crise de segurança, rebeliões, chacinas" e que o PSDB não ajudou na Prefeitura, "pois extinguiu a Secretaria de Segurança e sucateou a Guarda Municipal." "Se há uma área de que sua gestão pode se orgulhar é a segurança" respondeu Alckmin, afirmando que o número de homicídios na cidade caiu 72% durante a gestão tucana. Marta replicou, afirmando que a gestão de Alckmin não cumpriu a obrigação e citou índices conflitantes com os do ex-governador. "Criei a Secretaria de Segurança e equipei a Guarda Civil. Criamos 43 bases comunitárias que estão abandonadas. Tem de fazer projeto social e colocar as guardas como proteção", acrescentou. "Parece que você esqueceu do PCC de mortalidade entre 10 e 19 anos". "Marta não acompanhou o que aconteceu na segurança e vem jogar pedras. O número de homicídios em todo o Brasil caiu por causa de São Paulo. Como prefeito, a GCM vai se integrar com a Polícia Civil e Militar. Vamos instalar 18 mil câmeras com software par monitorar as ruas", prometeu Maluf x Soninha – Ao ser perguntado por Soninha sobre as medidas que tomaria para combater a corrupção, Maluf atacou: "Sobre a corrupção, acho que você está na 'ordem do dia', porque os jornais estão dando que você disse que alguns vereadores se vendem por dinheiro. Não existe corrupção sem corruptor. Me diga quem recebeu dinheiro e quem foi o prefeito que pagou, pois eu não fui". No dia 5, Soninha declarou, durante sabatina do Grupo Estado, que sabia de casos de vereadores que recebiam dinheiro para aprovar projetos. Soninha rebateu dizendo que não é preciso ser vereador para ter conhecimento de casos de cor-

rupção nos parlamentos. "É preciso combater a corrupção 'desburocratizando' os processos que dão margem à corrupção", afirmou. Maluf insistiu: "Você não teve coragem de dizer os nomes. O que eu posso dizer é que fui prefeito com R$ 6 bilhões e fiz mais do que quem me sucedeu com R$ 150 bilhões, e pode somar aí o Alckmin. Onde está o dinheiro das administrações atuais? Eu fiz mais com menos.

Promessas de paz, mas clima de guerra Fernando Vieira

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o contrário do último debate, ontem, nos arredores da TV Bandeirantes não existiam manifestantes partidários dos candidatos à Prefeitura ou à Câmara Municipal. Tratava-se de um acordo entre a emissora e a coordenação das campanhas, que, desta vez, foi cumprido. Dentro da emissora, entretanto, os candidatos chegaram prometendo paz e acabaram indo à guerra. O candidato Ciro Moura (PTC) foi o primeiro a quebrar o clima de trégua e disparou logo na entrada: "A ex-prefeita dona Marta diz que deixou a Prefeitura com R$ 500 milhões em caixa, quando, na verdade, deixou R$ 2 bilhões de dívidas e cancelou R$ 800 milhões de

empenhos". Ele chegou ainda a comparar o cancelamento de empenhos a uma tentativa de calote. "É a mesma coisa que você pegar duplicatas, que são cartas a pagar, rasgar e jogar fora e falar que não deve mais. No dia seguinte, o credor está na sua porta e você tem de pagar", afirmou Moura. O coordenador da campanha petista, Carlos Zarattini, não quis comentar as declarações. Sorridente, o prefeito Gilberto Kassab, candidato à reeleição, não escondia o entusiasmo com a subida nas pesquisas. Ele encontrou na emissora um comitê de recepção igualmente animado, formado pelos ex-governadores paulistas Orestes Quércia e Cláudio Lembo , a ex-deputada federal Zulaiê Cobra e a vice de Kassab, Alda Marco Antônio (PMDB), que só suspendiam as

risadas quando eram cumprimentados. E na estratégia de colocar em pauta comparações com outros candidatos que já ocuparam cargos no Executivo, Kassab disse que evitaria estender ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). "O foco será a cidade de São Paulo e não o Estado". Alckmin também tinha como estratégia a comparação entre administrações, traçada pelo novo marqueteiro do tucano, Raul Cruz Lima. Daqui para a frente a campanha tucana deverá evitar a vinculação de Kassab com o partido e com o governador José Serra (PSDB) e reafirmar a candidatura própria tucana. "Cheguei de Ribeirão Preto, onde estava fazendo campanha, e estou fazendo uma imersão para tentar entender o que está acontecendo", afirmou Lima.

Evelson de Freitas/AE Fernando Donasci/Folha Imagem

Marta não acompanhou nosso trabalho na segurança e vem jogar pedras. Reduzimos em 72% o número de homicídios em São Paulo. Geraldo Alckmin

E digo mais: entrei na política rico e hoje posso dizer que sou menos rico do que antes", terminou. Zanone Fraissat/Futura Press

ças. O prefeito respondeu citando as creches da cidade. "Quando assumi, São Paulo tínhamos 61 mil vagas, agora temos 105 mil. E o nosso compromisso é eliminar o déficit de vagas." O toque de humor do segundo bloco foi dado por Maluf. Ele arrancou risadas da platéia – incluindo Lu Alckmin, mulher do candidato tucano, e Luis Favre, marido de Marta – quando voltou a relacionar todas as obras viárias que fez na cidade de São Paulo. Ivan Valente propôs a interrupção do pagamento dos juros da dívida pública. "Uma dívida que é ilegal, ilegítima e imoral precisa ser submetida à população. E depois, é preciso cobrar a dívida ativa da população. Por que ninguém cobra? Porque deve ter financiadores de campanha por trás disso." O candidato continuou: "Precisamos fazer IPTU progressivo: quem tem mais, paga mais. É justiça fiscal para fazer justiça social. Não vamos fazer só marketing político na TV, vamos viabilizar distribuição de renda para a população." Alckmin, Marta e Maluf disFabio Braga/Futura Press

A gestão da Marta não fez 100 km de corredores de ônibus. Eles começaram a ser feitos antes. O transporte coletivo deve ser prioridade. Soninha Francine

Renato Reichmann perguntou para Gilberto Kassab se haveria um programa para crian-

Onde está o dinheiro das administrações atuais? Entrei na política rico e hoje posso dizer que sou menos rico do que antes. Paulo Maluf

Marta e Kassab ainda discutiram sobre a questão da saúde em São Paulo. A ex-prefeita acusou o democrata de apropriar-se de obras de sua gestão. Kassab pediu direito de resposta, mas não foi atendido. Fernando Donasci/Folha Imagem

É preciso criar uma empresa pública de transporte e ter controle sobre esse sistema. Não se deixar levar pelo lucro fácil das empresas. Renato Reichman

cutiram sobre a questão do endividamento da Prefeitura. O ex-governador acusou a petista de deixar um rombo de R$ 1,8 bilhão, e que até hoje há uma fila de 2026 credores que ainda não receberam, pois o pagamento teve que ser parcelado em sete anos. Marta rebateu, dizendo que no primeiro mês de gestão, o então prefeito José Serra tinha R$ 1 bilhão em caixa. E Maluf emendou, garantindo ter em mãos um gráfico que comprovava que as duas gestões que mais endividaram a Prefeitura foram as das petistas Luiza Erundina e da própria Marta. Ciro Moura, questionando sobre como ele vai lidar com a dívida, que consome muito dinheiro do orçamento. "Tem dívida?", ironizou o candidato. "Pelo o que eu vi aqui, todo mundo governou e resolveu tudo. Você não tem mais problemas, fica tranqüilo, tá tudo resolvido. Não tem mais problema de saúde, de segurança, todo mundo fez tudo. É preciso que você em casa não acredite em Papai Noel, chega dessa história de que todo mundo fez tudo. Olha pra São Paulo".

Vamos interromper o pagamento dos juros da dívida pública. Uma dívida que é imoral e ilegítima precisa ser colocada à informação. Ivan Valente

Fernando Donasci/Folha Imagem

É preciso que você em casa não acredite em Papai Noel. Chega dessa história de que todo mundo fez tudo. Olha para São Paulo. Ciro Moura


Congresso Planalto Grampos CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

LACERDA DEIXA A ABIN. AGORA, DE VEZ.

Congresso: folga até depois das eleições

Andre Dusek/AE

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Beto Barata/AE - 09.09.08

STJ derruba sigilo na Operação Pasárgada

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Câmara e Senado já entraram em recesso branco

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Câmara e o Senado estão com as atividades suspensas, em recesso branco, até depois das eleições de 5 de outubro. Segundo o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), o trabalho será retomado dia 7 de outubro, quando – espera – estejam de volta ao expediente os parlamentares que participam das campanhas nos Estados. "Isso significa, acredito, quase um mês", constatou. Para o senador, não há como deixar de reconhecer que as eleições municipais "precisam contar com a presença dos senadores, como está contando com a presença dos deputados e não há quórum, principalmente aquele quórum qualificado para aprovação de matéria, como emendas à Constituição e projetos de lei complementar". "O melhor é realmente ter essa pausa para que possamos ter essa participação dos parlamentares no pleito municipal", alegou. Na Câmara, as votações fo-

ram interrompidas na primeira semana de setembro, por falta de acordo na apreciação do Fundo Soberano do Brasil. Já o Senado, nas duas últimas semanas só há sessão deliberativa nas quartas-feiras, ainda assim de temas consensuais. Esta semana, a Casa deixou de votar o nome do novo presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, por falta de quórum. Na sessão de ontem foi votado um projeto de lei, de 2003, regulamentando as atividades dos consórcios no País. Como o relator Demóstenes Torres (DEM-GO) estava ausente, em missão oficial no exterior, não houve nenhum outro senador que soubesse explicar os termos da proposta. Ou seja, votaram sem saber o quê. Sobre o caso de senadores cujos parentes não trabalham – são "fantasmas" – Garibaldi disse que isso "merece a maior condenação". "Não é nem pelo fato de ser nepotismo. Já é outra transgressão". (AE)

Foi o STF quem disse que as CPIs eram um direito da oposição. Gilmar Mendes

Garibaldi: "O melhor é ter essa pausa para a participação dos parlamentares no pleito municipal"

Nepotismo: Garibaldi diz que aguarda denúncias

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pesar da resistência de senadores em cumprir a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o nepotismo, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), reafirmou que não adotará nenhum procedimento para enquadrá-los, a não ser que haja denúncia contra os que continuam mantendo parentes na folha de pagamento da Casa. "Qualquer cidadão pode denunciar e o parlamentar pode ser processado, enfrentar um processo por crime de responsabilidade ou até mesmo de improbidade", alertou. Até agora, porém, a sinalização tem sido outra. O

senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), por exemplo, mantém em seu gabinete a mulher, a filha e um sobrinho. E o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, nada fez no sentido de exonerar a filha do senador Adelmir Santana (DEM-DF), que trabalhava no gabinete do pai, mas que, por causa da súmula, foi devolvida à diretoria-geral. Garibaldi afirmou que não faria menção a casos específicos, mas que considera "bastante elucidativa" a súmula do STF. "E eu acredito que as pessoas, espontaneamente, haverão de chegar à conclusão de que não podem manter um caso que transgrida uma decisão do

Lacerda é afastado de vez da Abin

Supremo, denunciando-o ao tribunal, ou até ao próprio Senado", disse. "A lei vai constranger, obrigar. Nenhum senador será chamado à responsabilidade, pelo menos neste primeiro momento, cada senador deve cumprir seu papel". Conta-gotas – As exonerações, até agora, tem sido feitas a conta-gotas. Ontem, foi a fez de Lobão Filho (sem partido-MA) se livrar de dois parentes, ambos, segundo seu gabinete, lotados no Estado do Maranhão, a exemplo do que ocorre com a maioria de parentes suspeitos de serem "fantasmas": o primo Yuri Lobão Filho e o tio Neuton Barjona Lobão Filho. (AE)

ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou o segredo de justiça do inquérito sobre a Operação Pasárgada. Com isso, a partir de agora, os 52 volumes e 94 anexos relacionados ao caso não estão encoberto pelo sigilo. Efetuada em abril, a ação da Polícia Federal apura suposto esquema de liberação irregular de verba do Fundo de Participação dos Municípios, que, em três anos, teria causado prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos. Entre os investigados pela PF estão o ex-prefeito de Juiz de Fora (MG), Carlos Alberto Bejani, e o juiz federal Weliton Militão dos Santos, de Belo Horizonte. O sigilo foi contestado no STJ pelo Ministério Público Federal (MPF). Para o órgão, não havia mais amparo legal para a manutenção do segredo e o conteúdo do inquérito já seria de domínio público. Além disso, alegara que houve tratamento desigual, pois foi negada a solicitação do MPF para a extração de cópias do processo. Concedeu-se, entretanto, o direito à defesa de acusados à Caixa Econômica Federal e a uma Câmara de Vereadores. A tramitação de todos os processo referentes à Pasárgada será conjunta. Segundo o STJ, o ministro analisará o pedido da PF para usar em serviço veículos e aeronaves apreendidos na operação, após manifestação do MPF. (AE)

Elza Fiúza/ABr - 12.04.08

Diretor-geral e primeiro escalão caem, após a revelação de que 52 agentes da agência trabalharam na Satiagraha

A

revelação de que havia 52 agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha, liderada pelo delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, selou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de afastar em definitivo o delegado Paulo Lacerda do comando da agência. Lacerda foi afastado temporariamente no dia 1º de setembro passado, depois que a revista 'Veja' revelou o grampo de uma conversa telefônica entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Lacerda foi afastado junto com outros três integrantes da cúpula da Abin: o vice dele, José Milton Campana; o chefe do Departamento de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto; e o assessor especial da presidência, Renato Porciúncula. A "Agência Estado' apurou que, assim como Lacerda, nenhum dos três voltará aos postos que ocupavam na Abin. O Planalto está certo de que, além da polêmica das maletas de fazer varreduras e grampo, destravada pelo ministro Nelson Jobim (Defesa), na reunião da Coordenação Política na semana passada, a Operação Satiagraha era uma investigação mais do delegado Paulo Lacerda do que de Protógenes – enquanto a PF mobilizou um total de 23 profissionais, entre delegados,

agentes, escrivães e peritos, a Abin liberou 52 agentes para trabalhar com o delegado Protógenes. Os problemas políticos gerados pela Operação Satiagraha não afetarão, porém, o general Jorge Félix, ministrochefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o ministro da Justiça, Tarso Genro. Quando estourou a polêmica, o ministro Félix chegou a colocar o cargo à disposição, na reunião de coordenação política do governo, mas o presidente Lula descartou essa possibilidade. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, também estaria fora da berlinda, apesar de ter revelado um des-

O que a Abin fez no Pan? Achou 'desnecessário' informar ao presidente Lula que ele poderia receber uma sonora vaia no Maracanã. Servidor público, em off controle sobre o que se passa no órgão que comanda. Além de Lacerda, as atenções políticas do governo estão centradas no delegado Protógenes. Por ter convocado Francisco Ambrósio para a Operação Satiagraha, que é um exagente do SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão de inteligência do regime militar (1964-1985), o Planalto considera "liquidada" a carreira de Protógenes. A situação de Paulo Lacerda era delicada quando foi divulgado que a Abin "emprestara informalmente" homens para ajudar na operação da PF. Foi se agravando a cada novo depoimento na CPI dos Gram-

pos, na Câmara. A revelação sobre o número de agentes da agência cedidos para a PF deixou assessores palacianos intrigados. Também foi objeto de surpresa descobrir que os integrantes trabalhavam na busca de informações para o ex-araponga Francisco Ambrósio. O chefe do departamento de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, foi alvo de uma avaliação no Planalto. Pelo cargo que exerce, tinha poderes para questionar o tipo de trabalho que estava sendo feito e até impedir que prosseguissem na ajuda de Protógenes, ou, discutir o assunto com seus superiores hierárquicos. Futuro da Abin – A partir de agora, o futuro da Abin voltará a ser discutido, questionandose qual deverá ser o modelo a ser desenhado para a agência, que tem se envolvido em inúmeros "incidentes políticos", como avaliam assessores do Planalto. A primeira mudança foi com a nomeação do delegado da Polícia Civil de São Paulo Mauro Marcelo de Lima e Silva, que foi obrigado a pedir demissão do cargo depois ofender o Congresso por causa da convocação de um agente da Abin, Edgard Lange, na CPMI dos Correios. Mauro chamou os parlamentares de "bestasferas em pleno picadeiro". Na segunda administração externa, comandada por Paulo Lacerda, lembram auxiliares do presidente, ele levou para a agência de Inteligência atribuições que eram prerrogativas da PF. E acrescentam que isso não poderia dar certo. Agora, algumas propostas que estavam paradas na mesa do ministro Tarso Genro, que propõem até que a PF e a Abin fiquem subordinadas a um mesmo órgão da República, voltaram ao debate no governo. Ano passado, com a saída de

Mauro Marcelo, o próprio presidente Lula convenceu-se de que não era uma boa idéia ter as duas organizações debaixo do mesmo guarda-chuva, porque a Abin deveria se manter como órgão de assessoramento direto do presidente. No Planalto, há muitas perguntas sem respostas sobre a Operação Satiagraha, que uniu Abin e PF. Houve quem lembrasse que os servidores da Abin que assumiram os postos-chave na agência, na administração de Lacerda, foram pinçados entre os que trabalharam nos Jogos Pan-americanos, quando houve cooperação com a PF. E, ironizando, questionaram: "O que a Abin fez no Pan? Achou 'desnecessário' informar ao presidente Lula que ele poderia receber uma sonora vaia no Maracanã, vaia essa que até havia sido ensaiada". (AOG)

Paulo Lacerda e três diretores da Abin deixam definitivamente o órgão

Gilmar Mendes se nega a ir à CPI dos Grampos

O

presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que não irá à CPI dos Grampos. Ele havia sido convidado para prestar esclarecimentos sobre a interceptação de uma conversa telefônica entre ele o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). De acordo com Gilmar Mendes, a orientação do tribunal é que os ministros da Corte não devem ir a CPIs. "Tenho todo apreço pelo trabalho das CPIs e o tribunal inclusive é o responsável pelo reforço da idéia das comissões parlamentares de inquérito. Quando tentaram que a maioria bloqueasse a ação das

CPIs, foi o tribunal quem disse que era um direito da oposição", lembrou. Gilmar Mendes, no entanto, afirmou que em algum momento poderá ir ao Congresso Nacional prestar esclarecimentos em outras comissões sobre temas considerados relevantes. Em relação ao depoimento prestado na quarta-feira na CPI dos Grampos pelo diretor afastado de ContraInteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício Pinto, o ministro preferiu não fazer comentários. Ele disse que vai aguardar o término das investigações da Polícia Federal para se manifestar.

Paulo Maurício Pinto foi afastado na semana passada junto com o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda. No depoimento, Pinto disse que 52 servidores do órgão trabalharam para o delegado Protógenes Queiroz nas investigações da Operação Satiagraha, da PF, que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas. Além disso, teriam sido gastos R$ 250 mil pela agência. Pinto negou a existência de vínculo entre a Abin e o agente aposentado do Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento, apontado pela revista "IstoÉ" como autor de grampos ilegais. (AOG/ABr)


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Empresas Nacional Imóveis Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

COMPRADORES TÊM MAIS ACESSO AO CRÉDITO

Uma dica: regiões ao redor do Rodoanel se valorizarão. Fábio Rossi Filho, da Itaplan Imóveis

Milton Mansilha/ Luz - 6-10-2007

Muitas regiões estão se transformando tanto na qualidade das construções quanto dos serviços. Valorização do metro quadrado é certa.

Até onde vão O os preços dos imóveis em São Paulo? Valores nos bairros que recebem empreendimentos de bom padrão devem continuar a trajetória de alta Kelly Ferreira

boom imobiliário continua dando sinais de que tem força para muito tempo. Em diversos bairros de São Paulo é possível ver empreendimentos sendo erguidos de uma só vez. O aquecimento do mercado é apontado por especialistas como reflexo da economia brasileira, uma vez que a população está tendo mais disponibilidade de crédito imobiliário. E os investidores estão aproveitando o bom momento construindo, principalmente, empreendimentos de médio e alto padrões, que são cada vez mais valorizados. Em algumas regiões, como Moema, o valor do metro quadrado ultrapassa os R$ 5 mil. "Essa valorização acontece por causa da localização do imóvel. Quanto melhor situado, maior a qualidade de vida e menor a oferta de terrenos, mais caro será", disse o diretor de Marketing da Itaplan Imóveis, Fábio Rossi Filho. Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis em São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, tanto os bairros tradicionais como os mais novos estão sendo alvo de investimentos imobiliários. "A tendência é que o mercado do entorno dos bairros mais tradicionais, como aconteceu com a região do Morumbi, se desenvolva também. Alto da Boa Vista, na zona sul, Jardim Paulista, na zona oeste, Higienópolis, no centro, e até o Jardim Anália Franco, na zona leste, estão recebendo cada vez mais imóveis de alto padrão. Isso é importante para a valorização de bairros vizinhos", disse. Para Viana, outra tendência do mercado imobiliário é construir cada vez mais unidadades de alto padrão. "Tenho dúvidas de que esse mercado fique saturado. A economia está mudando e o nível dos compradores também. Um indício é o grande volume de financiamentos bancários na faixa média de R$ 150 mil. Essa faixa substituiu os empréstimos anteriores de R$ 80 mil. A média só tende a aumentar." Formação do preço – Mas como se chega ao preço para o consumidor final? "Não é uma tarefa muito simples. Da definição do tipo de produto até o lançamento, o processo demora mais de um ano. Todo fim de semana, visito em média 20 terrenos", explica Rossi Filho. Antes de qualquer coisa, a construtora define a área de atuação (em qual região e bairro o empreendimento será erguido) e o nível do produto (alto, médio ou econômico). Na etapa seguinte, é a vez de a incorporadora sair a campo e en-

contrar o terreno certo, no local certo, para iniciar as obras. É nessa hora também que é preciso ter em mente o índice construtivo do local, ou seja, o quanto é permitido construir. "Isso tudo precisa estar definido antes de procurar o terreno", disse o diretor da Itaplan. Depois disso, chega a etapa de contratar o arquiteto para fazer o esboço do empreendimento e definir o produto, com pesquisas de preços na região e viabilidade do negócio. A partir daí, monta-se a tabela de valores dos apartamentos. Nessa altura, todos os detalhes serão colocados no papel: o valor do terreno, o número de unidades por andar e a metragem de cada uma, o preço de venda da região, o custo da obra (incluindo todos os materiais, o acabamento e a mãode-obra), o custo financeiro, o de divulgação (marketing e campanhas), o administrativo e os impostos. Somente depois dessas etapas, negocia-se o terreno. "Nem sempre é fácil comprar o que queremos. Às vezes, o terreno é herança de família ou tem problemas de documentação. Quando ele inclui casa ou comércio, pode ser ainda mais complicado. Se em um conjunto de seis casas vizinhas, por exemplo, um dos proprietários não quiser vender, não tem acordo e partiremos então para a procura de outro local. Todo o processo vai por água abaixo", explica Rossi Filho. Comprado o terreno, é hora de finalizar o projeto, elaborar a planta para aprovação na prefeitura. São feitos o orçamento detalhado, a busca de agente financiador e o estudo das campanhas de vendas.

Newton Santos/ Hype

O financiamento médio para o comprador subiu para R$ 150 mil

Investimento para cinco anos à frente

E

ntre a primeira etapa do empreendimento e o lançamento do imóvel, geralmente o tempo gasto é de um ano e três meses. A avaliação é de Fábio Rossi Filho, da Itaplan Imóveis. Do lançamento, passando pelo início da obra até a conclusão, mais quatro anos. Nesse período, há valorização imobiliária e, conseqüentemente, readequação da tabela de preços. "O mais difícil é prever o que estará acontecendo na região depois de cinco anos da definição do projeto. Afinal, nesse período, passaremos por dois governos municipais, estaduais e federais. Hoje, temos que pensar, por

exemplo, como as pessoas que irão comprar estarão vivendo em 2013. Aí entram as análises de mercado, como as que prevêem se a região terá no futuro estações de metrô, parques e shoppings. Tudo isso tem de ser investigado antes do início da obra." Mas quanto representa cada item no preço total? Segundo Rossi Filho, gastase, em média, 20% com a aquisição do terreno, 40% com a obra total, 17% com impostos, 8% com o custo de venda, 5% com o custo financeiro e os 10% restante, distribuídos em cinco anos (o tempo da conclusão da obra) é o lucro do empreendedor. "Quem acaba ganhando mais é quem compra ainda na planta. Depois de pronto, o imóvel valoriza de 20% a 30%. Uma dica: as regiões das imediações do Rodoanel serão bem valorizadas daqui a alguns anos."

Paulo Pampolin/ Digna Imagem - 22-6-2005

Uma das principais tendências do mercado imobiliário é investir nas unidades de médio e alto padrão


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

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Internacional

Fogo debaixo do mar provoca caos na Inglaterra e França Um incêndio no túnel sob o Canal da Mancha paralisa o serviço de trens entre os dois países; as autoridades afirmam que foi um 'acidente'.

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m caminhão pegou f o g o o n t e m e nquanto era transportado no túnel do Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França, causando a suspensão de todo o serviço de trens entre os dois países, informou a operadora do túnel. Ninguém morreu no acidente e 32 pessoas foram retirados do local com segurança. Cerca de 100 bombeiros da Inglaterra e da França trabalharam no local, mas o fogo foi apagado somente quatro horas depois do acidente, informou o porta-voz do governo de Pas de Calais, George Bos. "Não houve mortos, mas talvez algumas pessoas tenham sido afetadas pela fumaça", disse um porta-voz do Ministério do Interior francês. A polícia da França informou que seis pessoas tiveram intoxicação pela fumaça, enquanto outras 26 foram atendidas pela Cruz Vermelha, mas não foram hospitalizadas. O Ministério do Interior francês disse que o fogo começou em um vagão que carregava fenol, um produto tóxico utilizado pela indústria farmacêutica. No momento do incêndio, o trem já havia percorrido quatro quintos do túnel

AFP

Reuters

A paralisação dos trens obrigou milhares de passageiros em Paris e Londres a ficarem várias horas esperando por informação

entre Folkestone (Inglaterra) e Calais (França) e estava a 11 quilômetros da entrada do túnel do lado francês. O túnel possui 50 quilômetros de extensão, incluindo um trecho de 38 quilômetros que fica debaixo do mar. As pessoas foram rapidamente retiradas do túnel com segurança e nenhum trem de passageiros estava no local no momento do acidente.

A operadora Eurostar informou que cinco trens com cerca de 2 mil passageiros estavam em movimento e foram obrigadas a retornar às estações de partida após o incêndio. O túnel sob o canal possui, na verdade, três túneis. Um deles leva trens da França à Inglaterra, enquanto o outro faz o caminho contrário. O terceiro túnel fica entre os dois primeiros e é utilizado para manuten-

ção e emergências. Foi por este túnel que as pessoas foram retiradas ontem. Parado - Em declaração, a Eurostar afirmou que o serviço continuará suspenso hoje. Aqueles com passagens marcadas para hoje foram "aconselhados a não viajar". Os passageiros tiveram o seu dinheiro devolvido ou foram obrigados a adiar a data da viagem. Funcionários da empresa não sou-

beram dizer quando os serviços seriam retomados. A ministra do Interior da França, Michèle Alliot-Marie, informou que as viagens no túnel podem ser suspensas por dias - ou talvez semanas. Em ambos os países, a situação era caótica ontem. Congestionamentos de automóveis e caminhões se formaram do lado inglês. Na estação de trem St. Pancras, em Londres, passageiros formavam filas em busca de informação. A situação era parecida na estação Gare du Nord em Paris. A operadora do serviço de trem informou que não forneceria hospedagem ou passagens de avião aos passageiros prejudicados, já que não era responsável pelo incêndio. Cerca de 40 mil pessoas utilizam diariamente os trens entre a Grã-Bretanha e o conti-

nente europeu, informou a operadora Eurostar. Inaugurado em 1994, o túnel sob o Canal da Mancha foi construído como uma opção aos viajantes, que levam apenas duas horas para viajar de Paris a Londres, e vice-versa. Também são oferecidos serviços para Bruxelas. Em 1996, um incêndio ocorreu num dos trens que transportava caminhões. Diversas pessoas ficaram feridas e parte do túnel ficou destruída. O acidente levou a operadora a adotar novas medidas de segurança nos trens. Desde então, os acidentes envolvendo incêndios no túnel subaquático são raros. Em agosto de 2006, o túnel ficou fechado por várias horas depois que um caminhão pegou fogo num trem de carga. Ninguém ficou ferido. (Agências)

Morales e Chávez: uma dupla explosiva Distúrbios na Bolívia foram o estopim para uma crise que envolve vários países da região, inclusive o Brasil. Nem os EUA escaparam da confusão. Reuters/ 14.01.08

AFP

O

s protestos contra o presidente Evo Morales revelaram que a crise não atinge só a Bolívia ela envolve vários países da América Latina. Líderes do Mercosul se mobilizaram ontem para emitir "fortes apoios" a Morales: o Brasil e a Argentina se limitaram a medidas diplomáticas, mas, para a Venezuela, solidariedade significa ajuda armada. Até os EUA não escaparam da crise, depois que foram acusados de serem responsáveis de "orquestrar" distúrbios no continente e tiveram seus embaixadores em La Paz e Caracas expulsos. A situação na Bolívia preocupa os líderes da região e provocou, ao longo do dia de ontem, uma série de telefonemas entre Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e o próprio Evo Morales. Os presidentes acertaram a distribuição de notas em repúdio aos ataques violentos ao governo de Morales, provocados pela oposição que reivindica maior autonomia e o repasse de impostos do gás e petróleo. O secretário especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o Brasil não vai aceitar um golpe de Estado na Bolívia. Indagado se a declaração significava apoio de tropas, Garcia respondeu: "Significa que o Brasil não reconhecerá nenhum intento de governo que queira substituir o governo constitucional da Bolívia." Em Buenos Aires, o governo argentino emitiu uma nota de apoio ao presidente Morales, na qual classifica os confrontos na Bolívia como "graves fatos de violência e sabotagem terrorista, que produziram vítimas fatais, destruíram bens públicos e privados e afetaram gasodutos

Os EUA foram acusados de incentivar a oposição e tiveram seus embaixadores expulsos da Bolívia e Venezuela Reuters

que abastecem países vizinhos" (veja mais na página E1). A Argentina avalia o envio de uma missão diplomática que se juntaria ao ministro-interino das Relações Exteriores do Brasil, Samuel Pinheiro Guimarães, e ao Marco Aurélio Garcia, que viajaram ontem para La Paz. O objetivo é tentar encontrar uma solução negociada entre o governo de Evo Morales e a oposição. Armas - No entanto, o líder venezuelano, Hugo Chávez, não descarta a possibilidade de oferecer apoio à resistência armada na Bolívia. "Se matarem Evo, acreditem os golpistas que estariam me dando luz verde para apoiar qualquer movimento armado na Bolívia", disse. Chávez acusa os Estados Unidos e movimentos locais de oposição em países como Bolívia e Equador de orquestrar uma "ofensiva imperialista continental". O próprio líder venezuelano ordenou a investigação de um

O presidente Chávez ofereceu ajuda à resistência armada na Bolívia

Aviões russos na Venezuela simbolizam a reaproximação com Moscou Christian Rizzi/Futura Press

Sem-terra ocuparam plantações de brasileiros no Paraguai

suposto complô para assassiná-lo, depois que a televisão

estatal levou ao ar gravações de supostos militares aposen-

tados que estariam organizando um plano para tirá-lo do poder e até matá-lo. Novamente, Chávez acusou os EUA. Expulsão - Chávez ainda ordenou ontem que o embaixador dos EUA deixe o país, em um ato de solidariedade com a Bolívia, que expulsou no dia anterior o seu embaixador norte-americano. Em retaliação, os Estados Unidos ordenaram ontem a expulsão do embaixador da Bolívia em Washington. Mais cedo, o Departamento de Estado norte-americano disse que Morales cometeu um "grave erro" e que prejudicou "seriamente" as relações bilaterais ao ordenar a expulsão do embaixador Philip Goldberg Enquanto as relações com os

EUA se deterioram, a parceria com a Rússia se aproxima. Dois bombardeiros estratégicos russos pousaram quartafeira em uma base aérea na Venezuela, para participar de manobras militares conjuntas entre os dois países. Brasiguaios - No Paraguai, os distúrbios também se agravaram depois que grupos sem-terra ocuparam e queimaram várias plantações de fazendeiros brasileiros, conhecidos como "brasiguaios". Armados com paus e pedras, os manifestantes pediam a expulsão dos produtores brasileiros. A polícia local conseguiu expulsar os manifestantes, mas isso não impediu que eles causassem prejuízo em 13 fazendas. (Agências)


Ano 84 - Nº 22.707

JOÃO-BARBUDO Malacoptila striata Com cerca de 20 cm de comprimento, coloração marrom, mais escura no dorso, e com faixa negra no peito, espécie também é conhecida como barbudo-rajado e joãodoido. Foi registrada no Parque Anhanguera.

Conclusão: 23h55

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tom & Dee Ann McCarthy/Corbis com Arte de Abê

NOSSOS VIZINHOS PERTO DO FOGO terceiro dia de Hugo Chávez VENEZUELA BOLÍVIA No choques, oito mortos e vai invadir a

o embaixador boliviano expulso dos EUA, o presidente Evo Morales advertiu: "A paciência tem limites". A oposição autonomista quer de volta o repasse de impostos do gás e petróleo.

Bolívia se Evo for derrubado ou morto: "é o sinal verde para apoiar qualquer movimento armado" no país. Ele expulsou o embaixador dos EUA e teria sufocado um golpe para matá-lo.

sem-terra PARAGUAI Grupos que invadiram 13

fazendas de brasiguaios queimaram o que já florescia no campo ao serem retirados pelo exército. Gritaram "fora brasileiros" e atiraram pedras e paus nos que encontraram pelo caminho.

ligou para Evo, BRASIL Lula Chávez e Kirchner, mas

sem divulgar o teor das conversas. Já o seu assessor Marco Aurélio Garcia foi a público: "o Brasil não vai tolerar a ruptura na ordem constitucional na Bolívia". O gás e a crise, pág. 9 e E 1

Ian Kington/AFP

Divulgação

Fogo no eurotúnel. Caos na Inglaterra e França Incêndio em trem de carga no túnel sob o Canal da Mancha paralisa trens. Foi acidente? Página 9

BANDO DE ARAPONGAS DERRUBA LACERDA

Julianne Moore brilha na estréia mais esperada desta semana: Ensaio Sobre a Cegueira, filme dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles com um estelar elenco internacional (inclusive Alice Braga). Meirelles e Walter Salles (de Linha de Passe) são

Página 6 HOJE

pontas-de-lança na vitrine de nosso cinema para o mercado mundial. Hoje, 26 produções nacionais estão em cartaz na Cidade. Mais: ópera Colombo, de Carlos Gomes, no Municipal; revival de trilhas sonoras no Banco do Brasil; grafites de giz em 3D; caranguejos no prato. E Roda do Vinho.

BOA VIAGEM

Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ

Divulgação

Nublado com chuva Máxima 22º C. Mínima 16º C.

História e natureza em Porto Seguro


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

David Mercado/Reuters

1 Apesar da crise boliviana, ações da Petrobras têm forte alta na Bovespa.

GÁS CHEGA AO BRASIL, MAS SITUAÇÃO É VOLÁTIL Governo informa que não haverá necessidade de um plano emergencial para a distribuição de gás natural. Contudo, sistema de contigenciamento existe e pode ser colocado em prática caso a situação

Manifestantes contrários ao governo de Evo Morales fizeram quebra-quebra próximo de companhias fornecedoras de gás natural da Bolívia

não se regularize.

Gaston Brito/Reuters

A

Sob pressão cada vez maior dos oposicionistas, Evo Morales fez ontem um alerta ao afirmar que "a paciência (do governo) tem limites".

Oito mortos em conflitos na Bolívia Oposicionistas voltam a enfrentar adeptos de Evo que, por sua vez, estão se armando.

P

elo menos oito pessoas morreram e 34 ficaram feridas em confrontos ocorridos ontem entre governistas e grupos de oposição no departamento (estado) boliviano de Pando, próximo à fronteira com o Brasil, segundo fontes do Ministério do Interior. Entre os mortos, estavam um engenheiro, um vereador do município de Porvenir e dois agricultores – um deles morreu atropelado, e o outro, espancado. Os incidentes ocorreram em Porvenir, situada a 30 quilômetros a leste da cidade de Cobija, capital de Pando, quando grupos de cidadãos e funcionários da prefeitura, de oposição, tentaram impedir uma reunião de camponeses partidários do presidente Evo Morales. Já nos departamentos de Santa Cruz e Tarija, onde a violência imperou nos últimos dias, com saques a prédios públicos, o clima foi mais calmo. Em evento em La Paz, Evo disse ontem, sem entrar em detalhes específicos, que "a paciência tem limite", ao se referir aos incidentes provocados pela

oposição. Origens – O pano de fundo da crise é a luta dos departamentos oposicionistas pela autonomia e a oposição deles a uma nova Constituição, que consideram de cunho estatizante e indigenista, proposta pelo governo. Entre outras coisas, seus dirigentes pedem a devolução de US$ 166 milhões que lhes caberiam como royalties pela exploração de gás natural, e que o governo acabou destinando a um fundo de assistência à velhice. Alguns desses dirigentes não escondem o desejo de se separarem do governo federal, obtendo a independência. Nesse contexto, Evo promoveu um referendo, em agosto, no qual a população deveria se manifestar sobre o novo projeto constitucional. Ele prometeu que se a maioria se opusesse, ele renunciaria ao cargo, mas Evo saiu vitorioso. Na terça-feira, grupos de cidadãos invadiram e saquearam pelo menos cinco edifícios públicos e atacaram meios de comunicação favoráveis ao governo em Tarija. Os choques

Aizar Raldes/AFP Jamil Bittar/AE

Goldberg: acusado e expulso.

continuaram na quarta-feira, e a cidade ficou praticamente paralisada. Em vários pontos, houve bloqueios de estradas. No mesmo dia, Evo acusou a embaixada norte-americana em La Paz de organizar grupos violentos de oposição que, na sua opinião, escaparam do controle dos governadores autonomistas. "Tenho informações de algumas autoridades, especialmente do departamento de Santa Cruz, de que há pessoas trabalhando para a embaixada americana e organizando estes grupos", disse. O embaixador Philip Goldberg negou as acusações. E quarta-feira, Evo ordenou a expulsão de Goldberg (l ei a mais na página 9). Um portavoz do Departamento de Estado americano afirmou que a expulsão foi "um grave erro, que prejudicou seriamente as relações bilaterais, pois as acusações contra Goldberg não têm fundamento". O ministro boliviano da Presidência, Juan Ramón Quintana, disse que a expulsão não implica a ruptura das relações diplomáticas entre os países. (Agências)

Arce: atos de vandalismo

Governo pode decretar estado de sítio

A

Constituição boliviana permite, e o governo está avaliando a possibilidade de decretar estado de sítio. A informação é do ministro de Finanças da Bolívia, Luis Alberto Arce, em visita oficial a Brasília. Segundo ele, o governo resiste em adotar a medida, pois entende não ser justo que toda a população seja prejudicada pelo comportamento de "pequenos grupos que praticam atos de vandalismo e terrorismo". Arce negou que uma guerra civil esteja em curso. O ministro afirma que a maior parte da população aprova o governo, lembrando que um referendo realizado em agosto apontou 76% de aprovação a Evo. (Agências)

B o l í v i a p r a t i c a- da Bolívia 31 milhões de m³. mente normalizou Mesmo sem o plano de cono fornecimento de tingência, Lobão enumerou gás natural ao Bra- três medidas que podem ser sil procedente de um gasoduto adotadas, caso a situação polída empresa Transierra, afeta- tica se agrave na Bolívia: o desdo por um problema ocorrido ligamento de térmicas a gás da ontem numa válvula, e por is- Petrobrás e Eletrobrás; a susso, o governo brasileiro não pensão da injeção de gás em alcriará um plano emergencial guns poços de petróleo, e a para a distribuição do produ- substituição do gás por óleo to, informou o ministro de Mi- diesel em algumas usinas que nas e Energia, Edison Lobão. atendem a indústrias. "Não estamos sofrendo, nesNa quarta-feira, opositores ao presidente Evo Morales explo- te momento, nenhuma dificuldiram parte de um gasoduto dade maior. Esperamos que situado na cidade de Tarija, re- essa situação se resolva e não duzindo em 3 milhões de m³ o se agrave", disse Lobão, que fornecimento de gás ao Brasil. espera a normalização em dois O reparo do equipamento po- ou três dias. derá demorar até 15 dias. A Transierra, empresa da "Quase 15 milhões de m³ dei- qual a Petrobras é sócia, resxaram de ser enviados na ma- ponsável pelo gasoduto que nhã desta quinta-feira ao Bra- transporta a maior parte do sil, por causa de problema nas gás natural para o Brasil, inforválvulas e por conta da explo- mou que já normalizou a dissão (em Tarija) que havia impe- tribuição de 82% de seu produdido o envio de 3 to ao País. No enmilhões de m³ tanto, ainda não na quarta-feira. há uma previsão Face à normalipara a completa zação de quase a Não estamos sofrendo normalidade do totalidade de serviço. nenhuma dificuldade Segundo Hufornecimento de gás, o governo maior. Esperamos go Muñoz, porta-voz da Tranbrasileiro enten- que essa situação de que não há se resolva e não sierra, houve necessidade de se agrave. " ma n ip u la ç ão " adoção de um em uma válvula Edison Lobão, ministro n a e s t a ç ã o d a plano de continde Minas e Energia. companhia locagência para o fornecimento de lizada 70 quilôgás. Não é nemetros ao norte cessário", disse Lobão. de Villamontes. Dos 31 miSegundo o ministro, "a vál- lhões de m³ enviados pela Bovula (da usina da Transierra) lívia diariamente, 17,1 milhões simplesmente desligou, e não vêm por esse gasoduto admiquebrou. Por isso, foi possível nistrado pela Transierra. "Mas retomar seu funcionamento já restabelecemos a distribuicom extrema rapidez. Mas a si- ção de 14 milhões dos 17,1 mituação ainda não é de total se- lhões de m³", disse. gurança. O fluxo mais ou meSegundo o governo bolivianos se estabilizou". Segundo no, os campos de petróleo e gás ele, se o envio de gás fosse in- estão sob proteção das Forças terrompido, e persistisse o dé- Armadas, para evitar atentaficit de 15 milhões de m³, as ci- dos terroristas. Ontem, o presidente Luiz dades de São Paulo e Rio de Janeiro sofreriam. "Mas, com Inácio Lula da Silva telefonou praticamente a retomada da a Evo Morales para se informar normalidade, não há nenhum a respeito do fornecimento do problema para São Paulo e ou- gás. Mas o Palácio do Planalto tras cidades", argumentou. não divulgou o teor da converO Brasil recebe diariamente sa. (Agências)

Indústria não foi afetada Em nota, Fiesp diz que estoques suprem necessidades

A

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota afirmando que a interrupção no fornecimento de 3 milhões de m³ de gás natural boliviano por 72 horas não comprometeu a atividade industrial no Brasil. "Neste momento, os nossos estoques são suficientes para suprir as necessidades, dentro da expectativa de prazo para a volta do fornecimento", diz a nota. "Há por parte dos

órgãos do governo brasileiro estratégias de contingência, caso a situação se agrave". Ontem, as ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo subiram, em média, 10%, apesar dos problemas bolivianos. As informações sobre o potencial das novas descobertas de petróleo acabaram se sobrepondo à situação no país vizinho (veja mais informações na página E3). (DC)


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Convênio permitirá desconto na compra de softwares legais

1 Mário Ângelo/AE

No Brasil, em 2007, o combate ao avanço da pirataria de softwares registrou 718 ações.

Fábio D'Castro/Hype - 14/05/2008

Programa "Cidade Limpa Digital" está voltado para empresas e atacará a pirataria Ivan Ventura

Fábio D'Castro/Hype - 14/05/2008

A

Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes) e a Empresa de Tecnologia de São Paulo (Prodam), da Prefeitura, lançam na próxima segunda-feira o convênio "Cidade Limpa Digital", que visa a estimular empresas paulistanas a adotar os chamados "softwares profissionais" originais, tais como os pacotes Office e várias opções de antivírus. Quem aderir ao progra- Mercado negro de softwares movimenta US$ 1,627 bilhão só no Brasil ma terá direito a descontos nos produtos originais, que vão O que chama a atenção é que nas mãos dos piratas podevariar de 5% a 30%. O convênio que o mesmo estudo aponta ria render mais de R$ 7,5 mié mais uma tentativa da Abes e que houve uma redução no lhões (levando em conta o preço do poder público de desesti- uso desses softwares ao redor de R$ 5 por CD ou DVD). mular o lucrativo mercado de do planeta: dos 108 países No Brasil, em 2007, o combaprogramas piratas de compu- pesquisados, 64 (incluindo o te à pirataria no setor registrou tadores, que somente em 2007 Brasil) reduziram o uso de 718 ações, que resultaram na movimentou US$ 48 bilhões programas piratas e apenas apreensão de 2.253.546 miem todo o mundo, sendo US$ 11 apresentaram aumento na lhões de CDs contendo pro1,627 bilhão apenas no Brasil. c o m p a r a ç ã o e n t r e 2 0 0 6 e gramas piratas, um aumento A Abes ainda não detalhou 2007. Outros países pesquisa- de 150% se comparado às aprecomo vai incentivar a adesão dos revelaram uma estagna- ensões do ano anterior. das empresas aos softwares de ção nesses números. “Acreditamos que para um origem legal. O que se sabe é Queda – Para a BSA, o acesso combate efetivo é indispensáque grandes companhias do aos microcomputadores de vel aliar ações repressivas, setor, como Oracle, Microsoft, usuários de países emergentes educativas e econômicas", disIBM, Autodesk, Borland e explicaria o aumento nos prejuí- se o coordenador de antipiraMcAfee já se comprometeram zos das empresas de software. taria da Abes, Emílio Munaro. em conceder os descontos de Ao mesmo tempo, países como 5% a 30%, dependendo do pro- Brasil e Rússia (líder na prefegrama. Haverá rência dos piraoutras maneiras tas, seguida pela de coibir o uso China) intensifid e p ro g r a m a s caram a fiscalizailegais, mas elas ção desses pronão foram reve- Progredimos na dutos, o que lados pela Abes. guerra contra a comprovaria o D e q u a l q u e r pirataria, o que é uma decréscimo no m o d o , o s d e snúmero de proboa notícia para contos e outros gramas piratas. atrativos serão governos, usuários Por meio de anunciados em finais, empresas e assessores, o dicampanhas pu- para o setor. retor da BSA blicitárias e em Brasil, Frank CaFrank Caramuru contatos diretos ramuru, disse com as emprevários países essas interessadas no programa. tão progredindo no combate à O combate aos softwares ile- pirataria. "Progredimos na gais promovido pela Abes e guerra contra o software pirata pela Prefeitura visa minimizar para microcomputadores, o o crescimento das vendas de que é uma boa notícia para goprogramas piratas em locais vernos, usuários finais, emcomo a rua Santa Ifigênia, fa- presas e para o setor", disse. moso reduto de produtos eleUma dessas frentes de comtrônicos (legais e ilegais) de bate é a atuação da polícia na São Paulo. Coincidência ou prisão dos piratas. Esta semanão, em breve a rua Santa Ifigê- na, por exemplo, o Centro da nia deverá abrigar um prédio cidade foi palco de duas ações da Microsoft, uma das fabri- policiais. Na terça-feira, os pocantes de programas legais. liciais realizaram uma operaNúmeros – Os recentes nú- ção voltada à apreensão de meros sobre o mercado pirata CDs e DVDs musicais e filmes de softwares reforçam essa na região do Terminal Parque preocupação com o lucrativo Dom Pedro II. mercado ilegal, apenas com a Blitz – Ontem houve outra venda de programas de com- operação, com uma grande putadores a redes de pirataria quantidade de CDs e DVDs no Brasil e no mundo. Recente apreendidos no interior da Gaestudo elaborado pela entida- leria Pajé, localizada na região de que representa diversas da 25 de Março. Nessa ação, poempresas de software, a norte- liciais do Departamento Estaamericana Business Software dual de Investigação contra o Aliance (BSA), revela que os Crime Organizado (DEIC) prejuízos com a pirataria no apreenderam 2,6 milhões de mundo saltaram de US$ 8 bi- CDs e DVDs pirateados. A polhões, em 2006, para US$ 48 bi- lícia acredita que o valor total da lhões no ano seguinte. mercadoria é de R$ 250 mil, mas

Mário Ângelo/AE

Ação do DEIC na 25 de Março apreendeu 1,5 milhão de mídias piratas

Camelôs vendem softwares piratas na rua Santa Ifigênia, no Centro da cidade: Microsoft terá edifício no local


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

QUEM TRATA A COISA PÚBLICA COMO SE FOSSE PARTICULAR DEVERIA SER BANIDO DE CARGOS PÚBLICOS

A VOLTA DOS MORTOS VIVOS

ARNALDO NISKIER

EXCESSO DE

U

ma situação incomum surgiu na novela das sete da Globo, Beleza Pura, na qual personagens dados como mortos, após sofrerem um acidente de helicóptero, retornaram vivinhos da silva. Se na ficção uma reviravolta como essa é capaz de causar muita confusão, na vida real não é diferente. O que acontece se a mulher ou o marido de um dos supostos falecidos ou falecidas tiver se casado de novo? Qual dos dois casamentos é válido, o primeiro ou o segundo? Como sempre acontece, na vida real as coisas costumam ser bem mais complexas e demoradas do que na ficção. Para começar, antes de poder se casar de novo ou ter acesso aos bens do desaparecido, o cônjuge precisa recorrer à Justiça para obter um documento chamado Decretação de ausência. Ela é necessária para aquelas situações nas quais a pessoa se encontra desaparecida, mas não existem evidências que indiquem sua possível morte. Exemplo típico é a história do marido que saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Esse documento é concedido por meio de uma sentença judicial que estabelece a morte presumida do desaparecido, isto é, assume-se que ele morreu, embora seu falecimento não possa ser devidamente constatado. Cabe lembrar que esse é um processo muito demorado, pois é preciso ter certeza de que não existe possibilidade concreta de que o desaparecido seja encontrado. E, mesmo após a obtenção da sentença, é necessário esperar um longo prazo até que a sucessão (o processo de inventário e partilha da herança) possa ser aberta, ou até que o estado civil do cônjuge possa ser modificado, permitindo que ele case novamente.

● O que acontece

se uma pessoa tida como morta reaparecer? E se o seu marido ou mulher já tiver se casado de novo?

No entanto, se existirem fortes evidências de que o desaparecido esteja morto (por exemplo, ele foi vítima de um acidente aéreo e o corpo não foi encontrado, desapareceu em combate ou em razão de atividades políticas durante o período do regime militar), então é possível obter uma Declaração de morte presumida sem a decretação de ausência. Isso facilita um pouco o processo, mas nem tanto. A declaração só será concedida depois que forem esgotadas todas as buscas pelo desaparecido, ou dois anos após o término da guerra (para os que sumiram em combate).

C

ontudo, por mais remota que seja essa possibilidade, existe a chance de que uma pessoa declarada presumidamente morta reapareça. E, é claro, a situação se complica ainda mais se, ao voltar, ele ou ela descobrir que seu cônjuge já se casou novamente. A lei não especifica o que acontece em casos como esses, e as opiniões dos juristas se dividem: para alguns, o primeiro casamento é o que vale e o segundo deve ser considerado nulo ou inválido. Para outros, é o segundo casamento que vale. Ou seja: a solução para esse dilema vai depender do entendimento, do bom senso e da sensibilidade do juiz. IVONE ZEGER, ADVOGADA ESPECIALISTA EM

DIREITO CIVIL E DE FAMÍLIA WWW.PARASABERDIREITO.COM.BR

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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ZELO

Coisa nossa

É

recorrente o tema. Já escrevi aqui sobre a origem histórica do conceito de coisa pública, desde os tempos do Império Romano, instituição já consagrada no próprio Direito Romano. Também já mencionei, mais de uma vez, a questão do chamado nepotismo, onde detentores de cargos públicos dão emprego a parentes como se, em vez de servidores, fossem donos dos recursos do Erário e do patrimônio de toda a população. Quando parece que o assunto vai evoluir, acontece um retrocesso. Após a decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a permanência de parentes em cargos de confiança (sem concurso público), imaginava-se que teria um fim esse tipo de ação familiar às custas dos contribuintes brasileiros. Ao contrário, como noticiou a imprensa nessa semana, os adeptos do "esporte nepótico", tamanha a sua certeza de que na coisa pública quem manda é quem está no cargo (sem a mínima consideração e sem respeito algum a quem vota ou designa), em vez de convidarem mui gentilmente seus parentes a abandonarem a folha de pagamento do Erário, aproveitaram as exceções da lei para promovê-los. E fingem que a proibição não lhes afeta. Recentemente, o embaixador de Portugal no Brasil , Francisco Seixas da Costa, enviou carta ao Estadão esclarecendo artigo onde se dizia que a prática do nepotismo vinha desde a célebre carta de Pero Vaz de Caminha . Em português (a língua) de elevada qualidade e clareza, o embaixador melhor tipifica a figura do nepotismo, dissociandoa do pedido de Caminha ao rei de Portugal para ver se conseguia arrumar uma posição para o genro na Corte. É uma bela peça, que merece ser lida, e que limpa a barra de Caminha. Não pretendo eliminar a injunção corrente de que o nepotismo tupiniquim teve origem no berço do Descobrimento - ou "Achamento" do Brasil. A questão é que, independentemente de onde nasceu ou floresceu a questão da nomeação

U

● A prática desavergonhada

do nepotismo virou uma epidemia nacional. A coisa pública definitivamente é coisa para poucos. Por Paulo Saab

de parentes, a prática desavergonhada virou epidemia nacional. É disseminada na maioria dos mais de sei mil municípios brasileiros, se estendendo a todos os níveis dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, dentro ou fora dos ditames legais.

A

defesa para essa abominável forma de desfrute do dinheiro da população é uma alegada confiança que o detentor de cargo público importante (com o poder de nomear) tem no apaniguado ou apaniguada. Falácia na maioria das vezes, embora possa se admitir que a indigitada autoridade ceda mais às pressões de casa do que da alienada (de como funciona o Brasil) massa de habitantes do País. Fosse o povo brasileiro educado (em todos os sentidos e politicamente também) e essa pouca vergonha às custas de quem paga impostos não teria a escala de grandeza que alcança. Quem trata a coisa pública como se particular fosse (não quis usar a palavra privada...), deveria ser banido de qualquer cargo de responsabilidade na esfera dos poderes da União. Que abra seu próprio negócio, com seu próprio capital e risco, e nomeie quem quiser. Às custas do dinheiro público e sem concurso, é fácil demais. Mas, pensando bem, quem na verdade está se lixando para isso?

Defensor da sucata JULIANA BELLOQUE, LUIZ KOHARA E PE.VALDIR SILVEIRA

H

á quase 20 anos a Constituição determina aos estados a estruturação de órgão público especificamente voltado à prestação de assistência jurídica aos cidadãos de baixa renda. Em São Paulo, contudo, a Defensoria Pública, criada em 09/01/2006, conta com somente 400 defensores, o que lhe permite abrir as portas à população carente em apenas 22 das mais de 360 comarcas do Estado. O II Diagnóstico da Defensoria Pública no Brasil, organizado pelo Ministério da Justiça em 2005, calcula que, em São Paulo, para cada defensor público existem quase 60.000 potenciais usuários, pior proporção apresentada no País. O número de 400 defensores fica visivelmente pequeno quando se esclarece que o estado possui mais de 2 mil juízes e cerca de 1.700 promotores. Foi na expectativa de corrigir essa distorção - a qual claramente não privilegia a acessibilidade de todos ao sistema de justiça - que mais de 400 entidades da sociedade civil se uniram em torno do movimento pela criação da Defensoria em 2004. Com o quadro diminuto de 400 defensores, o estado de São Paulo desobedece ao reclamo constitucional. Sofre com isso a população carente, que não tem recebido um atendimento integral. Sofre, outrossim, o sistema de justiça, não apenas por sua pouca acessibilidade, mas também no que tange à sua eficácia, recebendo demandas desnecessárias, que poderiam ser resolvidas pelos meios alternativos de solução de conflitos dos quais lança mão a Defensoria. Mas não é só. Os cofres públicos também têm sentido a falta de defensores no estado, pois o atual modelo de terceirização, através

de convênios com entes privados como a OAB, mostra-se cada vez mais custoso do que o modelo público de prestação do serviço, consumindo uma parcela do orçamento da assistência jurídica bem maior do que a destacada à infraestrutura estatal. Enquanto os gastos com o convênio da OAB atingiram a marca de 272 milhões em 2007, a Defensoria Pública, com sua atual estrutura, atende aproximadamente 850 mil pessoas e gasta cerca de R$ 75 milhões por ano. Com o valor que foi gasto com o convênio no ano passado, a estrutura da Defensoria e a capacidade de atendimento poderiam ser quadruplicados, com a contratação (após a criação dos cargos por lei e realização de concurso público) de mais 1.200 defensores. ● Pleiteamos

o fortalecimento e a valorização da Defensoria Pública. Mais um serviço público essencial está sendo sucateado. Já há alguns meses tramita no governo anteprojeto de lei que cria 100 novos cargos de defensor público por ano, nos próximos quatro anos. O governador tem iniciativa exclusiva para o envio do projeto à Assembléia Legislativa. Além do pequeno número de defensores, a instituição conta com uma remuneração muito inferior às demais carreiras jurídicas, sendo quase quatro vezes menor que a remuneração do Ministério Público e da magistratura e metade da remuneração da Procuradoria Geral do Estado, o que

tem provocado a grande evasão dos profissionais para outras instituições: 15% da carreira só no último ano. Também considerando as Defensorias Públicas de outros estados, São Paulo ostenta um dos menores salários.

P

ercebendo o sucateamento de mais um serviço público essencial voltado à população carente, a sociedade civil se reuniu novamente em torno da causa do acesso à Justiça, agora para pleitear o fortalecimento e a valorização da Defensoria. Mais de 100 entidades, diversos juristas, parlamentares e outros expoentes políticos assinam manifesto em apoio à instituição que foi entregue na Secretaria de Estado da Justiça no dia 01/09, como encerramento de um ato público que percorreu o centro da capital paulista e reuniu mais de 1.000 participantes, segundo cálculo da Polícia Militar. Além disso, no dia 24 de setembro ocorrerá amplo fórum de discussão dos movimentos sociais sobre a Defensoria Pública para a construção de uma agenda positiva. Somente quando a De f e ns ori a estiver presente em cada comarca de São Paulo, contando com profissionais valorizados de acordo com a importante função que desempenham, o estado terá cumprido sua obrigação constitucional de garantir, com qualidade, o pleno acesso à Justiça a todo e qualquer cidadão carente. JULIANA GARCIA BELLOQUE É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE DEFENSORES PÚBLICOS, LUIZ KOHARA É SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO CENTRO GASPAR GARCIA DE DIREITOS HUMANOS E PADRE VALDIR JOÃO

SILVEIRA É COORDENADOR ESTADUAL DA PASTORAL CARCERÁRIA

ma das boas lições que aprendi com o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, é o princípio da razoabilidade das penas. Isso nos torna mais humildes diante da Lei. Se ela deve ser aplicada indistintamente, desprezando o sentido humano, melhor seria que entregássemos ao computador a decisão de julgar. Seria pelo menos mais rápido. Fiquei comovido com a leitura do JB de domingo. Refiro-me ao caso do papagaio Jasão, que faz a alegria da aposentada Maria José Araújo, de 73 anos, cardíaca, moradora em Belo Horizonte. Segundo a Lei Nacional dos Crimes contra a Fauna, utilizar espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente constitui transgressão legal. Até aí compreende-se a preocupação do Ibama e do Ministério Público de Minas Gerais. Acontece que a mencionada ave, devidamente batizada, não sofre de maus-tratos. Ao contrário, tem um bonito caso de amor com a aposentada, que não pode viver sem ela. Maria José, que ganha um mísero salário-mínimo, foi multada pelo Ibama, que faz questão de receber 500 reais de quem não pode pagar.

● Disney deveria

ter sido multado por se apropriar de um símbolo da fauna brasileira? Deixem o Jasão em paz!

A

insistência na pena não revela rigor, mas exagero, por um crime que nem é tão hediondo assim. Embora silvestre, o papagaio, em muitos casos, no Brasil, considera-se ave doméstica, que faz a alegria de um número sem conta de residências, sobretudo no interior. Confundir a presença do alegre Jasão com a possibilidade de tráfico (ou o seu estímulo) é desarrozado. Se o bicho falasse ao telefone poderia até ter sido vítima de um dos 40 mil grampos existentes no país. Por que o Ibama não permite, num gesto de compreensível humanidade, que Maria José seja depositária fiel da ave? Fico pensando no Zé Carioca, genial personagem de Walt Disney. Será que o grande desenhista deveria ter sido multado por se apropriar de um dos grandes símbolos da fauna brasileira? Se o que se deseja é proteger os animais – e o nosso Jasão demonstra estar bem entregue – que importância tem a sua procedência? Deseja-se provar que ele é filho bastardo? O que existe é mesmo um misto de rigor exagerado com um possível desejo de aparecer, o que não seria defensável, pelos danos afetivos que estão sendo provocados. Vamos dar mais atenção às incríveis feiras -na Baixada fluminense, por exemplo -, onde milhares de aves são irregularmente vendidas, a cada fim de semana, sem que a fiscalização dê conta das suas obrigações de coibir. Concluo com um apelo: deixem o Jasão em paz! ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PRESIDENTE DO CIEE/RJ ANISKIER@IG.COM.BR


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

JUROS DE EMPRÉSTIMOS EM ALTA

3

25

por cento das ações negociadas ontem na Bovespa eram da Petrobras

Dia das ações da Petrobras na Bovespa Anúncio de novas reservas de petróleo ofuscou problemas com o gás boliviano e fez papéis PN dispararem 10,2%. Ibovespa teve segunda alta consecutiva. Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem

A

d i s p a r a d a d a s rias da Petrobras dispararam ações da Petrobras 10,23% ontem, para R$ 38,70, e com o anúncio do as preferenciais avançaram potencial das re- 9,48%, para R$ 31,40. O anúnservas no campo de Iara, na ca- cio das reservas de Iara consemada pré-sal, fez a Bolsa de Va- guiu abafar outra notícia que lores de São Paulo (Bovespa) envolve a empresa, mas negafechar em alta pelo segundo tiva: a de que a Bolívia reduziu pregão consecutivo ontem, parcialmente a entrega de gás voltando ao patamar de 51 mil ao Brasil depois de um incipontos. Os investidores fica- dente no Gasoduto Yacuíbaram animados principalmente Rio Grande, na Bolívia (l ei a c o m a i n f o r m a ç ã o d e q u e mais na página E1). o óleo da reO s n e g ógião é de boa cios com os qualidade. papéis da esO Ibovespa, tatal corresprincipal refeponderam a rência do 25% do total mercado braontem, o que por cento foi a sileiro de contribuiu valorização do ações, termipara também nou o pregão aumentar as Ibovespa no pregão na máxima transações de ontem. Índice pontuação do com ações da dia, em 51.270 Vale e de emreduziu perdas – alta de 3,3%. presas de siacumuladas neste Apesar da vaderurgia. Vamês para 7,9%. lorização de le ON subiu ontem, as per5,18% e Vale das em setemPNA, 4,11%. bro chegam a 7,92% e, no ano, Também tiveram altas expres19,75%. O volume financeiro sivas no pregão de ontem da totalizou R$ 5,638 bilhões. Bovespa CSN ON (7,42%), Depois do encerramento Gerdau PN (4,58%), Metalúrdos negócios na última quarta- gica Gerdau PN (3,96%) e Usifeira, a Petrobras anunciou minas PNA (1,16%). que as reservas no campo de Vizinho – Em relação ao Iara, ao lado de Tupi, na cama- problema na Bolívia, o minisda pré-sal da Bacia de Santos, tro de Minas e Energia, Edison são estimadas em cerca de 4 bi- Lobão, afirmou que a oferta de lhões de barris e que o óleo é le- gás está praticamente restabeve, o de melhor qualidade. lecida, depois de o governo boCom a notícia, as ações ordiná- liviano ter mandado tropas ao

3,3

Investidores receberam bem informação de que nova reserva da Petrobras tem óleo de boa qualidade. Ibovespa voltou aos 51 mil pontos.

local do incidente. Embora ele tenha dito que a situação ainda não é de total segurança, Lobão adotou um tom tranqüilizador ao afirmar que está sendo estocado "algum gás" para eventuais problemas futuros. Também pesou a favor da Petrobras a notícia de que a estatal, ao lado das portuguesas

Galp Energia e Partex, está perto de encontrar petróleo na costa de Lisboa, de acordo com informações de um jornal português. As ações da Petrobras conseguiram até resistir à queda do petróleo, que foi de 1,67% na Nymex, com o contrato para outubro terminando em US$ 100,87.

Em Wall Street, depois de um dia de volatilidade, com os índices operando em baixa em boa parte do pregão, o Dow Jones terminou com avanço de 1,46% e o Nasdaq, de 1,32%. A recuperação durante a tarde foi puxada pela melhora no desempenho das ações dos setores financeiro e de energia.

As ações do Lehman Brothers, do Merrill Lynch e da Washington Mutual, no entanto, tiveram fortes baixas, já que a situação do Lehman ainda leva os investidores a olharem mais cuidadosamente para outras instituições. Assim, as atenções se voltam para Merrill e Washington.

Sobem juros do cheque Dólar comercial volta a superar casa de R$ 1,80 A

A

fragilidade dos mercados internacionais empurrou o dólar de volta ao patamar de R$ 1,80, o mais elevado desde o último mês de janeiro. A continuidade da saída de recursos de investidores estrangeiros do Brasil fez a moeda norte-americana fechar com a nona valorização consecutiva. O dólar no segmento comercial subiu 1,74%, para R$ 1,816. Essa é a cotação mais elevada desde 23 de janeiro deste ano. Em setembro, a valorização acumulada é de 11,27%. A moeda disparou logo no início dos negócios no mercado de câmbio, refletindo o temor dos investidores de uma nova onda de quebra de instituições financeiras nos Estados Unidos. Depois do Bear Stearns, que afundou em março, o mercado está apreensivo com a saúde do Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos de Wall Street. A incerteza provocou a fuga de investimentos mais arriscados, atingindo bolsas e moedas de países emergentes.

1,74

foi a alta do dólar na sessão de ontem do mercado de câmbio. Moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 1,816 para venda. Com a falta de dólares no mercado, o Banco Central (BC) interrompeu os leilões de compra de moeda que fazia diariamente desde o último dia 24 de março. Com esses leilões, as reservas do País subiram para cerca de US$ 206 bilhões. Oportunidade – O diretorexecutivo da NGO Corretora, Sidnei Nehm, afirmou que a instabilidade do mercado está sendo usada como oportunidade para alguns investidores ganharem com a alta do dólar. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), por exemplo, os

estrangeiros já exibiam quase 3 bilhões de dólares em posições compradas em derivativos cambiais. Para ele, essa recente tendência de alta do dólar tem vida curta. Isso porque os bancos, que ganham com a desvalorização da moeda americana com os contratos de swaps reversos, tendem a pressionar o mercado para baixo assim que diminuir a demanda dos estrangeiros por dólares. "Esse é um movimento reversível." Analistas do BNP Paribas também acham provável a valorização do real no médio prazo. Eles, no entanto, preferem aguardar uma "consolidação do mercado" antes de apostar na queda do dólar. Os especialistas do banco disseram que a divisão do BC na decisão de elevar em 0,75 ponto percentual o juro básico (Selic) ajudou a dar combustível para a alta do dólar. Com o sinal de que a alta da Selic pode ser menor ou menos duradoura, os investidores teriam menos motivo para investir em títulos locais. (Reuters)

taxa média de juros do cheque especial subiu para 9,02% ao mês em setembro. A alta foi de 0,05 ponto percentual em comparação com agosto, quando era de 8,97% ao mês. De acordo com pesquisa mensal de juros para pessoa física da Fundação Procon de São Paulo (ProconSP), a elevação é registrada desde janeiro. No ano, o aumento já chega a 0,81 ponto. O levantamento mostra que a menor taxa de cheque especial é oferecida pela Caixa Econômica Federal (7,98% ao mês), enquanto a mais alta é a do Safra (12,3% ao mês). As altas na taxa em setembro, na comparação com o mês anterior, foram verificadas na Nossa Caixa, Banco do Brasil e HSBC. Os outros sete bancos pesquisados mantiveram suas taxas para a modalidade. Empréstimo – Já no caso do empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos ficou em 5,76%, o que corresponde a um aumento de 0,07 ponto. As altas em relação a agosto foram determinadas por Banco do Brasil e Nossa Caixa. As outras oito instituições financeiras mantiveram inalteradas suas taxas de empréstimo. A menor

é a da Caixa Econômica Federal (4,49%) e a mais alta é a do banco Itaú (6,64%). Os juros ao consumidor acompanham a tendência de alta da taxa básica da economia (Selic), predominante desde o último mês de abril.

Segundo Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os prazos longos dos financiamentos diluem o efeito dos aumentos dos juros. Rubens Marujo/AE

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Polícia apreendeu armas com membros da facção e que seriam utilizadas para libertar presos.

SECRETARIA GARANTE QUE HÁ ESCOLTA

STF manda soltar 9 membros do PCC Benefício foi concedido pelo atraso no processo, provocado por falta de escolta Fotos: Evelson de Freitas/AE - 01/07/2004

Membros do PCC na época em que foram presos: grupo foi acusado de planejar invasão de presídio, em 2004

No interior, fim de semana é para viver Prefeitura corta hora-extra de coveiro e enterros só podem ser feitos em dias úteis

André Alves

O

s cidadãos de Lagoinha, no Vale do Paraíba, que morrerem aos fins de semana terão de esperar até a segunda-feira para serem enterrados. Em comunicado oficial, a prefeitura da cidade proibiu, desde 21 de agosto, que o único coveiro da cidade, Francisco de Assis Soares, faça horas-extras e trabalhe aos sábados, domingos e feriados. "Está suspenso os plantões aos fins de semana no cemitério devido ao baixo índice de mortalidade em nosso município. Isso desobriga vossa senhoria de permanecer à disposição desta municipalidade aos finais de semana", diz o comunicado assinado pelo encarregado do departamento pessoal da prefeitura, Valter Luiz Ribeiro. A medida provocou revolta no coveiro, que há quase três anos trabalha no cemitério, e na população de cerca de seis mil habitantes, que agora passou a "ter medo de morrer aos fins de semana".

O

Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas-corpus para nove integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo, segundo a polícia, planejou a invasão do presídio de Franco da Rocha, em 2004, para libertar cerca de 1.300 presos. O motivo que levou o STF a concordar em soltar os acusados é o fato dos réus estarem presos há quatro anos sem que a instrução do processo estivesse concluída. O motivo de tanto atraso foi o fato de que muitas audiências foram canceladas e remarcadas por falta de escolta suficiente para levar os presos do presídio ao tribunal. O caso levanta uma série de questões sobre quem deve ser o responsável pela escolta de presos, assim como se o número de policiais é ou não suficiente para uma operação desta natureza. Apesar de ter sido alegado que não havia escolta suficiente, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) informou que a Polícia Militar mantém 2 mil homens destinados exclusivamente para operações de escolta, que teoricamente devem ser realizadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). No entanto, de acordo com o presidente da Associação dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Afpcesp), Hilkias de Oliveira, muitos membros da corporação são desviados de suas funções para fazer o serviço de escolta, principalmente nas cidades do Vale do Paraíba e na região de Presidente Prudente. Para Oliveira, as escoltas não podem ficar sob a responsabilidade de policiais civis. "Elas devem ser realizadas pela SAP, que criou um quadro de agentes para essas atividades. Os policiais civis devem ser liberados para realizar trabalhos de investigação para o es-

Posso garantir que, se houver alguma morte, as pessoas serão enterradas e que, se for preciso, até eu faço o enterro. José Galvão da Rocha, prefeito de Lagoinha

um levantamento e constatou que as mortes ocorrem também aos sábados e domingos. "Não tem como prever isso. E se alguém morrer, como fazemos? Não é qualquer um

que pode enterrar. Prestei concurso pra isso, tem técnica, não é assim que funciona", desabafou Soares. Ontem, o coveiro estava triste porque havia perdido dois primos em um acidente na estrada entre Lagoinha e São Luiz do Paraitinga. "E se hoje fosse sábado, como ia fazer? Isso não pode continuar assim, estou revoltado". Ação – Segundo Daniel Ramos, presidente do sindicato, a falta de pagamento de horasextras por parte da administração obrigou a entidade a mover uma ação contra a prefeitura e a Justiça do Trabalho obrigou a fazer o pagamento. "Foi depois disso que eles mandaram o comunicado. Um absurdo." O prefeito José Galvão da Rocha confirmou a ordem, mas negou ter impedido que as pessoas morram aos fins de semana. "Posso garantir que, se houver alguma morte, as pessoas serão enterradas e que, se for preciso, até eu faço o enterro" comentou. (AE)

SP: criança Geladeira cai sobre bebê morre na creche no berçário em Bebedouro ma criança morreu asclarecimento de outras infra- como o do traficante FernandiAudiências do processo foram canceladas por falta de escolta ao tribunal

ções penais. Falta uma política organizacional de segurança pública, já que atribuir ao policial civil o trabalho de escolta para sumariar processos é contribuir para o desvio de função da categoria e aumentar o número de processos de crimes insolúveis", disse. O presidente da Afpcesp também contesta a informação da SSP de que existem 2 mil homens destinados para operações de escolta de presos. "Se houvesse, a Polícia Civil não seria convocada". Logística - A logística do transporte de presos é outra preocupação de Oliveira. Segundo ele, cada preso deve ser escoltado por, no mínimo, dois homens. Esse número também depende do grau de periculosidade do infrator. Em casos

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De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos do município, a prefeitura suspendeu os plantões do coveiro e do assistente dele para não pagar horas-extras. Indignado, o coveiro, que é concursado e ganha um salário mínimo, fez

nho Beira Mar, o presidente da Afpcesp aconselha seis homens para fazer a escolta. "Quando somente um preso é transportado, não há necessidade de carro policial extra. Em casos de mais infratores, outro carro deve ir atrás do que está levando os presos e tomar cuidado no trânsito para não perder o veículo de vista", explicou. Outra questão apontada por Oliveira é o julgamento de presos na Capital, mas que estão encarcerados no interior. "O infrator só deveria ser encaminhado para um Centro de Detenção Provisória no interior depois de julgado. Além do risco ao transporte de presos de uma cidade para outra, há um custo operacional alto com transporte e alimentação, entre outros", concluiu.

H

enrique Farina Pereira, de um ano e sete meses, de Bebedouro (SP), está internado no Hospital Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto, com traumatismo cranioencefálico, após uma geladeira cair sobre sua cabeça. O acidente foi no Instituto Nova Geração, escola particular que oferece berçário. A criança respira com o auxílio de aparelhos. A Polícia Civil aguarda o laudo da perícia do Instituto de Criminalística, que deverá ficar pronto em dez dias. A escola alega que foi uma "fatalidade" e que está prestando toda a assistência ao menino e à sua família. O boletim médico divulgado ontem informou que Henrique "continua em estado muito grave. Ele permanece respirando com ajuda de apare-

lhos e está sendo monitorado pela equipe da UTI." O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, disse que a polícia só terá condições de investigar a partir do laudo do IC. Foi feito um boletim de ocorrência por lesão corporal culposa (sem intenção). A presidente do Conselho Tutelar de Bebedouro, Jalili Carlo Magno, disse que todos "estão curiosos", pois a geladeira está em ótimo estado. Henrique sofreu um corte de cerca de dez centímetros na cabeça e uma lesão na nuca. Segundo Jalili, o acidente ocorreu na terça-feira, quando a criança ia para o banho. A geladeira de cerca de 100 quilos teria tombado sobre o menino, que bateu a cabeça no chão e sofreu o peso do eletrodoméstico. (AE)

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fixiada ontem à tarde em uma suposta creche clandestina, na Vila Medeiros, na zona norte. Segundo a assessoria da Polícia Militar, a polícia foi acionada para atender um chamado no local. Ao chegarem na suposta creche, a criança já estava morta, de acordo com os policiais. Os bombeiros também foram acionados para socorrer a criança, que teve uma parada cardíaca e entrou em óbito antes da chegada do salvamento. Os dados da vítima não foram divulgados. Fiscais da Prefeitura foram acionados para verificar a documentação do prédio e do estabelecimento comercial. O edifício está com os papéis regularizados, mas a creche não tem alvará de funcionamento, segundo a Prefeitura. (Agências)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - LAZER

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Fotos: Divulgação

O clássico e o moderno: informação histórica e tecnologia.

Exercício para o artista e o público

Arte na calçada: curiosidade dos passantes com a criação.

DO GIZ NASCEM GRAFITES EM 3D

VISUAIS Conheça os calçadões criadas por Kurt Wenner Armando Serra Negra

F

ormado pela Rhode Island School of Design and Arts, o jovem artista Kurt Wenner logo foi contratado pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa). Por dois anos projetou complexas perspectivas de naves espaciais, até ser desenvolvido o primeiro programa de computação gráfica. Saiu de lá aos 20 anos de idade, voando para Roma, em 1982, atrás de um sonho. Atraído por sua grande paixão pela arte renascentista, e pelo simples desejo de "desenhar bem", intrigava-o a diferença entre as artes clássica e moderna, de como as habilidades pictóricas então utilizadas eram infinitamente superiores às atuais. Em sua opinião, o desenho clássico não se resumia simplesmente na arte de desenhar, mas também no estudo aprofundado das estruturas – anatômicas, arquitetônicas etc. – necessidade ultrapassada pela fotografia. Começou estudando antigos manuscritos sobre perspectiva, rabiscando esboços de esculturas, isolando-se do século XX nas salas dos museus romanos, evitando a todo custo olhar para qualquer fotografia que fosse. Durante os primeiros anos na Itália, investiu nas formas tradicionais de pintura, como quadros a óleo, aquarelas, têmperas, e afrescos, mas, para financiar seus estudos e viagens, passou a criar fantásticas – e fugazes – pinturas tridimensionais nas ruas, tendo às mãos, apenas, a variedade colorida do giz escolar. Tornou-se, portanto, um madonnaro

Surpresa: um arroubo pop de Wenner. (grafiteiro, em italiano), e as "caixinhas" dos transeuntes – e a fama! – começaram a se multiplicar. Vieram encomendas de agências de publicidade para a divulgação de produtos, culminando

com um documentário do National Geografic Channel, em 1985, intitulado Obras Primas do Giz, e, principalmente, com a bênção do Papa João Paulo II ao desenho Dies Irae. Executado em Mântua,

por trinta madonnaros sob sua supervisão, durante dez dias de trabalho, simbolizava uma alegoria do Juízo Final. O Diário do Comércio entrevistou Kurt Wenner por e-mail.

O grafite está ocupando cada vez mais espaço na mídia; que conselho daria aos grafiteiros? É uma arte que está na moda, embora muitos deles estejam competindo por

trabalhos remunerados, sem darem conta de como as gorjetas são uma boa fonte de renda. No caso do Brasil, contudo, trabalhando com tintas sintéticas (permitindo maior longevidade às figuras desenhadas, ou estampadas) e as restrições legais, o público em geral não atina para a necessidade de patrocinar-lhes a ação. Para driblar esses problemas, poderiam usar giz... Qual a longevidade de um desenho feito com giz? O tempo depende do ambiente e da manutenção da figura, variando de anos a minutos. Sua técnica 3D – embora pouco utilizada – é conhecida há muito tempo. Em que ela difere do anamorfismo tradicional? O anamorfismo é a extensão natural da perspectiva geométrica, prevista desde o início pelos estudiosos. Quando a trouxe para as calçadas, inventei uma nova forma de geometria, acomodando a obliqüidade de visão (necessária à anamorfose convencional), de modo que o público possa apreciar a imagem de perto, e não à distância. Cite um artista que tenha contribuído para sua arte 3D. O artista mais importante a utilizar a perspectiva anamórfica foi o padre italiano Andréa del Pozzo (1642-1709). Jesuíta, ele via na geometria uma pura manifestação da vontade divina. Como o anamorfismo é uma continuação lógica da perspectiva linear, ele a utilizou em magníficas abóbodas barrocas, como a das igrejas Santo Ignácio, em Roma, e a dos Jesuítas, em Viena. Os madonnaros realizam eventos de porte? Os brasileiros podem participar? O mais importante de todos é o pioneiro Festival Italiano, o mundo todo pode participar, realizado sempre no mês de agosto. Maiores informações podem ser obtidas pelo website www.curtatone.it Gostaria de enviar alguma mensagem aos nossos leitores? Sim. Que venham nos visitar!

TEATRO

Gianecchini e Camila cantam e dançam Sérgio Roveri

O

espetáculo Doce Deleite foi um dos maiores fenômenos teatrais do início dos anos de 1980. Escrita pelo dramaturgo Alcione Araújo, a comédia musical revelava, a partir de dez esquetes curtos entremeados por solos de dança e árias de ópera, os bastidores do teatro, em que as picuinhas da bilheteira e do contra-regra mereciam a mesma relevância dos chiliques da estrela da companhia. O sucesso da montagem, que estreou em 1981, deveu-se, principalmente, à versatilidade e à incrível química do casal protagonista, Marília Pêra e Marco Nanini, que se desdobravam com maestria por um sem número de personagens hilariantes. O desafio desta metamorfose cabe agora ao galã Reynaldo Gianecchini e à atriz Camila Morgado, uma iniciante em comédias, na nova montagem de Doce Deleite, que estréia nesta sexta-feira (12) no Teatro Raul Cortez. Da montagem original foram resgatados três esquetes e a figura de Marília Pêra, que agora responde pela direção. "Foi muito bom voltar a este espetáculo e trabalhar para que dois atores jovens

pudessem dar conta de Gianecchini e tantos personagens", Morgado diz Marília Pêra. "Não permanecem em cena vejo nostalgia neste durante o espetáculo retorno, até porque não todo. O cenário criado se trata do mesmo por Hélio Eichbauer espetáculo. Dos dez transportou os esquetes que eu fazia camarins para o palco, ao lado do Nanini, de modo que até foram aproveitados mesmo as trocas de apenas três. O Alcione roupas – e são Araújo reescreveu mais inúmeras – possam ser da metade da peça". feitas aos olhos do Reynaldo Gianecchini e Camila Morgado: exercício da comédia. Até então alheios público. "A peça reúne ao universo dos elementos do teatro musicais, Reynaldo Gianecchini e Camila de revista, do besteirol , o mambembe, o os que fazem mais sucesso junto ao Morgado passaram quase um ano em clima dos musicais", diz o ator, que público, que são a mulher e o velho". aulas de canto e dança clássica e também estréia como produtor teatral A proximidade com Marília Pêra, atriz contemporânea em busca da versatilidade conhecida por um perfeccionismo que nesta montagem. "Para mim é um grande que a diretora exigiu. "Todas as cenas da exercício de ator, em que tenho a chance costuma estender à equipe, fez brotar peça são desafiadoras pois exigem uma de construir e desconstruir cada apenas elogios da parte do ator. "Tenho construção de um tipo específico, com personagem à vista da platéia e brincar um carinho enorme por ela", diz. "A trabalho corporal e vocal próprio para com várias linguagens cênicas". gente conviveu durante um ano no cada personagem", diz Gianecchini, cujo Doce Deleite começa e termina com um processo de ensaios, se divertiu, trocou último trabalho em teatro foi na comédia número musical. Entre uma ponta e outra, as nossas angústias, histórias e Sua Excelência, o Candidato. "O engraçado encaixam-se os dez esquetes, que os fragilidades. Dizer que eu aprendi muito é que os personagens em que eu tive mais com ela é pouco. A Marília é uma atores preferem chamar de peças curtas. dificuldade para encontrar o tom certo são inspiração pra qualquer ator". Na primeira delas, por exemplo,

Gianecchini faz um contra-regra que, ao levantar pesos, trocar cenários e subir em andaimes, procura demonstrar para o público que sua figura, embora restrita aos bastidores, é essencial para o andamento do espetáculo. O primeiro solo de Camila Morgado no espetáculo se dá na segunda cena, quando ela surge como uma bilheteira atrapalhada, míope e malvestida, que não só administra o caixa, mas também o coração do contra-regra. Ao longo das oito cenas seguintes, os atores vão surgir em diferentes figurinos, ora sozinhos, ora dividindo o palco, na pele de personagens como o dono do teatro, uma estrela dos palcos, um ator iniciante, um especialista em sexo, uma professora e, por fim, como dois velhinhos embriagados de vinho que obrigam seus corpos, inutilmente, a repetir as façanhas da juventude. Doce Deleite. Estréia nesta sexta (12) no Teatro Raul Cortez. Rua Doutor Plínio Barreto, 285. Tel.: 3188-4141. Quinta a sábado às 21h30, domingo às 18h. Ingressos: R$ 80 a R$ 90.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - LOGO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mauricio Duenas/AFP

Gato e rato são treinados em Bogotá pela polícia colombiana para que encontrem minas e explosivos escondidos.

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Inauguração do Teatro Municipal de São Paulo, em 1911

SETEMBRO

C IÊNCIA E M

C A R T A Z

M ÚSICA

É assim que se vê

E o Grammy vai para...

Estudo revela como o cérebro vê e por que é possível confundir veleiros e xícaras

Cia. de Dança Deborah Colker estréia sua nova coreografia, Cruel, no Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000, às 21h. R$ 40 a R$ 90.

DANÇA

C

B RAZIL COM Z

Os brasileiros têm a força econômico, segundo a revista, levaria a crer que nestas eleições os brasileiros adotariam um comportamento mais conservador no hora do voto, preferindo votar no PSDB. Mas segundo a revista, a popularidade do presidente Lula e o sucesso de seus programas sociais destruiu esta equação. No outro artigo, The Economist mostra o sucesso da colônia brasileira em Dongguan, na China. Ali, os brasileiros "aproveitam os benefícios da globalização" para investir na produção de calçados com know-how brasileiro e mão-deobra a custos chineses, conquistando clientes fora da China.

JOGO É JOGO Bailarinos do English National Ballet ensaiam espetáculo que mostra a dança contina dos movimentos do futebol.

Leiloa-se virgindade Uma norte-americana de 22 anos que usa o pseudônimo de Natalie Dylan colocou levou sua virgindade a leilão para pagar seus estudos, fomentando um caloroso debate na rede sobre sexo e moralidade. A estudante de San Diego, Califórnia, afirmou que não enfrentou dilemas morais com sua decisão. Mas poucos blogueiros a apoiaram e alguns suspeitam de suas intenções. "Não acho que leiloar minha virgindade irá resolver todos os meus problemas", disse ela no programa de televisão The Insider na quarta-feira. "Mas irá dar alguma estabilidade financeira. Estou pronta para controvérsia, sei o que virá por aí. Estou pronta para isso". "Vivemos numa sociedade capitalista. Por que eu não posso ganhar com a minha virgindade?", acrescentou. A mulher, que recebeu diploma de graduação em estudos femininos e agora quer fazer um mestrado em terapia familiar e de casal, espera que as ofertas cheguem a US$ 1 milhão.

N

C INEMA

No sofá com Marilyn Monroe

www.metmuseum.org/TOAH/hi/hi_symapl.htm

Um sofá xadrez de 2,5 metros de comprimento no qual o ator Glenn Ford supostamente fez amor com Marilyn Monroe será oferecido num leilão em outubro. Glenn Ford registrou o fato no verso de um quadro a óleo que ficava pendurado perto do sofá e que era uma das telas preferidas de Marilyn. A história veio à tona quando Peter Ford, filho do ator, encontrou o escrito no verso da tela, após a morte de seu pai. O leilão que, será promovido entre 4 e 6 de outubro pela Heritage Auction Galleries, em Dallas, no Texas, vai incluir outros objetos pessoais do espólio de Glenn Ford. O ator sempre manteve sua imagem de galã de Hollywood e namorou também as atrizes Rita Hayworth e Judy Garland.

Cadeira "ovo", de Ame Jacobsen criada em 1957. Ao lado, jaquetas de Elsa Schiaparelli, de 1938, com plástico nas fibras dos tecidos e nos botões

Cadeira desenhada em 1960 pelo dinamarquês Verner Panton - puro plástico

No alto, poltrona de Frank Gehry, de 1970; ao lado, rádio Panasonic de 1969 e sapato de Katarina Denzinger, de 1965.

L OTERIAS Reproduções

www.sonyinsider.com/2008/09/

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a indústria, na moda, na decoração, na arquitetura e até na ciência a presença do plástico não é apenas uma questão de praticidade e tecnologia, mas também de estética. É o que mostra uma exposição online do Metropolitan Museum intitulada Works of Art e que selecionou uma série de diferentes aplicações, texturas, cores, combinações de materiais e utilizações em que o plástico é a principal vedete. Acompanhe a exposição e você nunca mais verá o plástico com os mesmos olhos.

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Plástico maleável

G @DGET DU JOUR

A Sony lançou o Boombox, um dock para iPod Touch ou iPhone que lembra os velhos toca-fitas. O Boombox toca arquivos MP3 em CD, tem rádio AM/FM e, o mais divertido, "acondiciona" seu iPod como se fosse uma fita para você ouvir suas músicas preferidas. para tirar o aparelho, aperte "stop" e "eject". Custa US$ 140.

veleiro. Os macacos ganhavam doces quando contemplavam uma tela com imagens de um veleiro. Quando a atenção dos macacos se desviava, os pesquisadores substituíam uma das imagens de veleiro pela de uma xícara - mas apenas uma. Depois de algumas repetições, os neurônios que respondiam a imagens de veleiros nos cérebros dos macacos começaram a responder também a imagens de xícaras. DiCarlo diz que o estudo com macacos repete procedimento parecido envolvendo seres humanos e sugere que é provavelmente assim que as pessoas aprendem a categorizar e reconhecer os objetos que vêem. (Reuters)

D ESIGN

Seu Jorge e a 'pequena burguesia' O desfile do estilista brasileiro Carlos Miele na Semana da Moda de Nova York, na quarta-feira, foi destaque ontem no noticiário da BBC, mas não pelas roupas do desfile e sim participação ao vivo do cantor Seu Jorge, que ironizou a "pequena burguesia". Durante 12 minutos, o músico cantou na passarela o samba Burguesinha, composto por ele, Gabriel Moura e Pretinho da Serrinha, e tentou atrair a atenção das modelos para a letra da música. Enquanto cantava os versos "vai no cabelereiro, no esteticista, malha o dia inteiro, pinta de artista", Seu Jorge tentava interagir com as manequins, olhando para elas e erguendo os braços pedindo atenção. Elas respondiam com olhar fixado no infinito. "A maior parte da platéia, composta por críticos de moda europeus e americanos que não falam português, se deliciava com a irreverência do cantor e o ritmo do samba", disse a BBC.

pessoa sempre reconhece nessas imagens a criatura que ama", disse DiCarlo, cujo estudo foi publicado na revista Science. Os cientistas acreditam que as pessoas consigam compreender as imagens ao recolherem uma série de instantâneos sobre o mesmo objeto em um prazo curto de tempo. Para testar essa idéia, a equipe liderada por ele preparou uma experiência com dois macacos, na qual os cientistas tentaram iludir os animais de forma a levá-los a esquecer seus pressupostos sobre um objeto. Os pesquisadores afixaram eletrodos às porções dos cérebros responsáveis pelo reconhecimento de objetos para testar especificamente mudanças em neurônios que reconhecem imagens de um

A revista britânica The Economist publicou ontem dois artigos sobre o Brasil. No primeiro, aborda a recente transformação do Brasil em um país de classe média. Citando dados da Fundação Getúlio vargas, o texto argumenta que entre 44% e 52% dos brasileiros hoje têm um padrão econômico que pode ser considerado de classe média, com empregos formais, acesso a um carro ou motocicleta e crédito. Tudo isso, diz a revista, levou a uma alteração nos padrões de consumo dessa parcela de quase metade dos brasileiros, que pode ser revelada, por exemplo, no sucesso que as cirurgias plásticas fazem no País. Tal cenário

ientistas que iludiram macacos trocando imagens de barcos a vela por xícaras descobriram como o cérebro aprende a reconhecer objetos, uma descoberta que pode levar a robôs capazes de "ver". "Uma das questões centrais de como o cérebro reconhece objetos e rostos é que a pessoa essencialmente jamais vê a mesma imagem duas vezes", disse James DiCarlo, professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Ele disse que os seres humanos não encontram problemas para reconhecer um cachorro, não importa a condição em que o animal esteja. "O padrão de luz nos olhos jamais é o mesmo quando uma pessoa vê um cônjuge ou um cachorro, mas a

Djavan, Gilberto Gil, Diogo Nogueira, Roberta Sá e Caetano Veloso são alguns dos brasileiros indicados para disputar os prêmios do Grammy Latino. A lista de indicados ao prêmio, em todas as categorias, foi divulgada ontem pela Academia Latina das Artes e Ciências da Gravação. A premiação, que ocorrerá em 13 de novembro, em Houston, tem uma categoria específica para premiar músicos brasileiros, mas além dela vários nomes aparecem nas categorias gerais. Diogo Nogueira e Roberta Sá estão entre os indicados para receber o Grammy Latino de artista revelação. Os grupos brasileiros Hamilton de Holanda Quinteto, com Brasilianos 2, e Pau Brasil, com Nonada, concorrem ao melhor álbum de jazz latino. A lista completa dos indicados está no site do Grammy.

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Corte Arbitral do Esporte (CAS) anuncia suspensão de dois anos ao atacante Dodô, flagrado em exame antidoping

Teatro Municipal celebra 97 anos com a romântica 'Colombo', montagem assinada pelo diretor William Pereira

Mesmo com fraco desempenho da seleção, CBF garante presença de Dunga nos próximos dois jogos da seleção

Concurso 1951 da QUINA 01

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

GRANADO PRODUZ 1,5 MILHÃO DE UNIDADES MENSAIS

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por cento foi a queda no faturamento real das micros e pequenas empresas em julho.

Granado aposta na clientela VIP Reformulação da marca fez empresa elevar o faturamento para R$ 100 milhões e a expectativa de crescimento para este ano já foi ultrapassada Divulgação

Fotos: Marcelo Soares/Hype

Rubens Marujo

E

A farmácia Granado foi fundada em 1870 pelo português José Antônio Coxito Granado. Até hoje faz sucesso com talcos e sabonetes.

ntre os clientes ilustres estiveram D. Pedro II, o jurista Ruy Barbosa e o abolicionista José do Patrocínio. Eles desembolsaram alguns réis cunhados em moedas de ouro, prata e bronze que Portugal mandava para cá, no período da monarquia, para comprar produtos da farmácia Granado. Mas não foi só pela importância da clientela que a marca ficou famosa. A empresa é conhecida pelos consumidores por produzir o Polvilho Antisséptico. Quando foi lançado, a autorização para comercialização do produto foi concedida pelo superintendente da Saúde da época, o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Hoje, a empresa busca novos públicos e abre uma loja bem no coração dos Jardins, na Rua Haddock Lobo, onde foram investidos R$ 300 mil. Fundada em 1870 pelo português José Antônio Coxito Granado, a empresa nasceu de uma farmácia (antiga Botica de Barros Franco). Ao longo dos seus 138 anos de existência, a Granado passou por três gerações da família. Nesse período, foram criados produtos e marcas tradicionais como o fortificante Água Inglesa. Na década de 90, Carlos Granado, neto do fundador, decidiu vender a empresa, então dirigida por três executivos octogenários e, para encontrar um comprador, contratou o empresário britâ-

Tradicionais produtos da Granado ganham mais charme em nova loja na Rua Haddock Lobo, nos Jardins

nico Christopher Freeman. Casado com uma brasileira, Freeman queria ficar no País e, depois de examinar os números da Granado e prospectar possíveis compradores, ele próprio, com dois amigos do mercado financeiro, decidiu comprá-la. Poucos anos mais tarde, os sócios venderam sua parte a Freeman. O empresário decidiu descaracterizá-la de sua imagem tradicional. Sua estratégia deu certo: o faturamento disparou e atingiu a marca dos R$ 100 milhões, cinco vezes mais que antes de ser vendida. As mudanças não pararam por aí: o empresário também criou linhas diferenciadas, co-

mo a linha Pet, voltada para o mercado de animais, a linha Vitaminas, abrindo um leque no ramo de saúde, e a linha Bebê, feita para cuidar da pele delicada dos recém-nascidos. Reformulação da empresa – Em dezembro de 2005, a marca deu início ao projeto de reformulação de suas lojas, começando pela do Centro do Rio, a mais tradicional e antiga de todas. Em 2007, abriu a sua primeira loja na Zona Sul carioca, no Leblon, a primeira com o conceito dog-friendly (amiga dos cães). Depois inaugurou outra em Campos do Jordão. "Hoje produzimos 200 itens diferentes na fábrica de Belém (PA), que faz os sabonetes, e

outra no centro histórico da Lapa, no Rio. Mas o carro-chefe das vendas é o polvilho, seguido dos sabonetes de glicerina recomendados pelos médicos para as crianças", diz Sissi Freeman, diretora de Marketing da Granado. Hoje, a empresa produz 1,5 milhão de unidades mensais de desodorantes, talcos, sabonetes líquidos, além de medicamentos feitos sob encomenda em suas duas farmácias de manipulação. Sissi afirma que, em 2007, a empresa faturou R$ 100 milhões e que a previsão, para este ano, era de expansão de 15%: "Mas esse crescimento nós já conseguimos no primeiro semestre", diz.

Pequenos: faturamento cai, mas otimismo está em alta

A

s micro e pequenas redução do número médio de e m p r e s a s ( M P E s ) pessoas ocupadas nas micros e paulistas apresenta- pequenas empresas. Em julho ram em julho de 2008 uma que- do ano passado, havia 4,32 da de 3% no faturamento real pessoas, em média, por emprena comparação com julho do sa. Em julho de 2008, a média ano passado, descontada a in- de pessoas ocupadas caiu para flação no período. Apesar do 4,07 pessoas por empresa. resultado, o otimismo entre os O rendimento real dos emempresários, em agosto, conti- pregados teve queda de 1% em nuou em alta: 58% dos entre- julho de 2008 na comparação vistados acreditam numa me- com julho de 2007. É a primeira lhora no seu faturamento nos retração no indicador desde japróximos seis meses, ante 45% neiro de 2008. No período, o tono mês anterior. Entre os em- tal gasto pelas micros e pequepresários ouvidos, 57% espe- nas empresas com salários ram uma melhora da econo- caiu 7,7%, reflexo da redução mia brasileira no próximo se- no número médio de pessoas mestre, sobre 43% no mês de ocupadas no segmento e da rejulho de 2008. dução do rendimento médio Parte dessa melhora nas ex- real dos empregados. pectativas pode ser atribuída à Segundo o coordenador do m o v i m e n t aO bs e rv at ó ri o ção da econodas Micro e Pemia para atenquenas Empresas do Sebrae der às vendas de final de ano. em São Paulo, Na comparaMarco Aurélio ção de julho de Bedê, "nos últipor cento dos 2008 com julho mos 12 meses, o de 2007, o cofaturamento entrevistados pela mércio foi o desses pequepesquisa do Sebrae único setor a nos negócios acreditam que o apresentar esc re s c e u 4 , 3 % tabilidade no em termos nofaturamento vai faturamento minais, portanmelhorar nos real (+0,1%), to, abaixo da enquanto os próximos seis meses. i n f l a ç ã o d e s e r v i ç o s 7,56% medida (-8,2%) e a inpelo Índice Nadústria (-4,2%) tiveram queda. cional de Preço ao ConsumiO Grande ABC foi onde se ve- dor (INPC), calculado pelo r i f i c o u a m a i o r q u e d a Instituto Brasileiro de Geogra(-15,1%) na comparação de 12 fia e Estatística (IBGE). meses. A seguir, vem a capital Na comparação mês a mês, o (-6,2%), região metropolitana faturamento real das micros e de São Paulo (-4,3%) e o inte- pequenas empresas registrou rior (-1,8%). Essas foram as aumento de 5,5% em julho de constatações da pesquisa Indi- 2008 sobre junho de 2008. O cocadores Sebrae, realizada em mércio foi o setor que apresenSão Paulo, feita em parceria tou o maior crescimento real com a Fundação Seade. no mês, de 12,2%, seguido com O nível de pessoal ocupado distância pela indústria, que (média por empresa) apresen- fechou o mês com alta de 2,4%. tou queda de 5,7% em julho de Enquanto comércio e indústria 2008 sobre julho de 2007. A saí- apresentaram expansão real da de familiares e de sócios das de receita, o setor de serviços empresas para o mercado de teve redução de 4,4% no fatutrabalho formal tem liderado a ramento real. (Ag. Sebrae)

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ambiente Educação Polícia Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Nariman Osman (à direita) enfrentou maratona para conseguir fugir do Líbano e do marido.

MULHER ERA MALTRATADA PELO MARIDO

Nariman de volta ao seu lar, no Brasil

Porthus Júnior/Agência RBS

Ó RBITA

Brasileira que fugiu do seu marido no Líbano desembarcou ontem em Curitiba

GIL RUGAI

Fotos: Aniele Nascimento/AE

O

Tribunal de Justiça de São Paulo negou ontem habeas-corpus em favor do estudante Gil Rugai. Acusado pela morte do pai e da madrasta, em 2004, Rugai teve a prisão decretada por ter mudado de estado sem avisar a Justiça. O desembargador Luís Soares de Mello afirmou em seu despacho que, apesar de estar sendo processado por "crime gravíssimo" em São Paulo, o acusado se ausentou da cidade "sem qualquer mínima comunicação que seja ao juízo de origem”. (AOG)

TEMPORAL PROVOCA ESTRAGOS NO SUL

U

ma forte tempestade, com chuva de granizo e vendavais, atingiu o Rio Grande do Sul na quartafeira, deixando sete cidades em estado de emergência. A Defesa Civil está mandando ajuda aos municípios atingidos, onde cerca de 37 mil residências estão sem energia elétrica. Para amenizar os problemas com os

destelhamentos, foram distribuídas lonas para as cinco cidades mais atingidas, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. O governo também prometeu fornecer telhas, colchões, kits de limpeza e cestas básicas. Os municípios mais atingidos são São Sebastião do Caí, Picada Café, São Sepé e Nova Petrópolis. (Agências)

Nariman recebe abraço de sua mãe no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba: emoção na chegada ao Paraná

F

ugitiva do Líbano e do marido, a quem acusa de maltratá-la, e vivendo um drama desde o dia 21 de julho, quando tentou pela primeira vez deixar o país, a paranaense Nariman Osman Chiah, de 21 anos, desembarcou ontem, às 10h30, em Curitiba (PR). "Vou festejar bastante, estou muito emocionada", disse. Ela afirmou que, a partir de agora, só quer tranqüilidade para criar o filho de seis anos, que a acompanhou na fuga, e a filha que deve nascer em janeiro. A antecipação da chegada, inicialmente prevista para a tarde, não impediu que cerca de 50 pessoas a esperassem no aeroporto. O cansaço de uma viagem que começou por volta das 13h de quarta-feira em Istambul, na Turquia, ficou mais estampado na emoção de reencontrar a família. As palavras dos familiares e dela própria eram de agradecimento, sobretudo à embaixada brasileira na Síria, onde a documentação foi regularizada para que a viagem ao Brasil pudesse ser concretizada. De Curitiba, ela foi a Matinhos, no litoral do Paraná, onde os pais, que também são libaneses, têm um restaurante. Nariman casou-se com Ahmed Holeihel no Líbano, quando tinha 14 anos. Posteriormente, voltou ao Brasil para o parto do filho, mas acabou

Após o desembarque, família foi almoçar em Matinhos, onde mora

ficando. Por um ano e meio, esteve separada do marido. Quando reataram o casamento, no começo do ano, decidiram voltar ao Líbano. Segundo ela, quando chegaram a Baalbek, onde viviam, Holeihel passou a maltratá-la e ao filho. Por isso, tentou deixar o país no dia 21 de julho, mas um tribunal religioso a impediu, pois o marido a acusava de abandono do lar e seqüestro do filho. Com a ajuda do Consulado do Brasil e de uma organização não-governamental, ela passou a viver em um refúgio no Líbano para mulheres vítimas de violência, à espera de uma solu-

ção para o caso. Na semana passada, decidiu fugir junto com o filho. Conseguiram cruzar a fronteira com a Síria, mas foram barrados ao tentar entrar na Turquia, pois a documentação não estava regularizada. Após percorrer parte do caminho a pé, Nariman e o filho conseguiram abrigar-se na embaixada brasileira em Damasco, onde foram resolvidos os problemas burocráticos para chegar ao Brasil. O marido de Nariman tem no Brasil um pedido de prisão preventiva, pois deixou de comparecer a uma audiência judicial por acusação de contrabando. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008 David Prichard/Divulgação

LAZER - 1

Eduardo Ribeiro/Divulgação

TROPA DE ELITE; ESTÔMAGO; PEQUENAS HISTÓRIAS; POLARÓIDES URBANAS: NACIONAIS EM ALTA

CINE BRASIL Lúcia Helena de Camargo

A

Luciane Seligman/Divulgação

Estão em cartaz nos cinemas 26 fil- de lançar Linha de Passe – filmado Quanto ao número de cópias não mes brasileiros. Isso representa em São Paulo e falado em portu- há competição, é verdade, pois 44% do total de longas exibidos no guês – e não deixa dúvidas de que produções americanas como O circuito em São Paulo. O boom na- a experiência em Hollywood Procurado, com Angelina Jolie, e cional tem explicações diversas: o (Água Negra) foi desastrosa. Ago- Hellboy II seguem sendo exibidas aumento no acesso a financiamen- ra, seus projetos no exterior serão em dezenas de cinemas, enquanto tos, com conseqüente melhora na sempre de maneira independente. o elogiado documentário O Aborqualidade das produções e maior to dos Outros, da paulistana Carla disposição do público em vê-las. O Gallo, estreou em apenas duas sacinema feito no País também colhe las. Ainda cabe uma análise detafrutos do trabalho dos pioneiros lhada sobre o fenômeno, já que Walter Salles e Fernando Meirelconseguem verba para filmagens Encarnação do Demônio les, que hoje trilham caminhos ótimas realizações como a coméopostos. Meirelles declarou no landia Estômago e também lamentáçamento de Ensaio Sobre a Ceveis, como Baixio das Bestas. Mas gueira que no futuro fará apenas filnão chega a ser má notícia ter o O Aborto dos Outros Ainda Orangotangos mes internacionais. Já Salles acaba Brasil em tantas telas.

ESTRÉIA

Fox Film/Divulgação

Julianne Moore à frente do elenco: filmagens no centro de São Paulo.

UM FILME PARA SARAMAGO. E PARA QUEM MAIS?

globalização, quem diria, começa a oferecer seus produtos no que talvez seja o último bastião do nacionalismo artístico, a telona dos cinemas. Alguns filmes recentes de realizadores brasileiros, como Ensaio sobre a Cegueira (Blindness), seguem na trilha de outra obra do mesmo Fernando Meirelles, O Jardineiro Fiel. E pela cara e pela língua que falam, o inglês, ninguém adivinharia a origem. Walter Salles, atualmente em cartaz com Linha de Passe, já filmou em espanhol (Diário de Motocicleta) e inglês (Água Negra). Mais de metade das cenas de Os Desafinados, também em cartaz, se passa em Nova York, apesar de tratar da Bossa Nova em seu alvorecer carioca. Este Brazil com Z seria, segundo alguns

Geraldo Mayrink críticos patriotas e rancorosos, a realização do sonho secreto de nossos cineastas: produzir obras de DNA nacional, mas disfarçando as coisas nossas com coisas deles, frutos da tão combatida e invejada terra estrangeira. Pode ser. Salles, o mais internacional dos nossos diretores, mas aclamado pelo verde-amarelísssimo e comovente Central do Brasil, já se prepara para cair de novo na estrada transnacional, filmando o clássico da geração beatnik dos anos cinquenta, On the Road, de Jack Keruac. As más línguas também assopram que o português de Portugal também é uma língua estrangeira e talvez por isso Fernando Meirelles tivesse escolhido o inglês para Ensaio sobre a Cegueira, botando legendas na tela.

A origem da história é nobre, o romance do Prêmio Nobel português José Saramago. Começa com um engarrafamento de trânsito, onde um homem fica repentinamente cego, condição que logo se estende a todos os personagens, de forma inexplicável. Termina assim: “A mulher do médico levantou-se e foi à janela. Olhou para baixo, para a rua coberta de lixo, para as pessoas que gritavam e cantavam. Depois levantou a cabeça para o céu e viu-o todo branco. O medo súbito fê-la baixar os olhos. A cidade ainda ali estava”. Mas nem tudo do livro está na tela. Na verdade, o filme de Meirelles tem traços de ficção-científica sem ser, de fábula moral sem pregar coisa alguma. Fala de uma doença inexistente e se passa num cenário indefinido. Alguns toques do tea-

tro e da literatura do absurdo estão presentes. O próprio diretor, aplaudido pela cruzada concreta que exibiu em Cidade de Deus, chama seu filme de “esquisitão” e aconselha que seja visto mais de uma vez. A trama, em linhas gerais, lembroulhe a de A Peste, de Albert Camus, e filmála exigiu um esforço considerável. Meirelles quis comprar os direitos do livro dez anos atrás, mas Saramago não quis vender. Como o mundo gira e a Lusitana roda, acabou sendo convidado a dirigi-lo por um produtor canadense, Niv Fichman, para quem Saramago acabou vendendo o romance. Gastaram-se 24 milhões de dólares canadenses, com dinheiro de lá, japonês e brasileiro. Algumas cenas foram rodadas num presídio em Guelph, cidadezinha perto de

Toronto, outras em São Paulo e Montevidéu. As imagens são coloridas, mas às vezes parecem em preto e branco, “uma técnica simples hoje em dia”, segundo o diretor. Há apenas três atores americanos em cena (Julianne Moore, Mark Ruffalo e Danny Glover) e os outros são canadenses, japoneses, brasileiros como Alice Braga, e mexicanos como Gael García Bernal. São personagens sem nome e sem passado, envoltos numa história estranha e captados em imagens que nem sempre se sabe se são em cores ou em preto e branco. Há um conselho embutido numa epígrafe do livro: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”. Neste filme “de quem nem todo mundo consegue gostar”, segundo Meirelles, pelo me-

nos um espectador privilegiado gostou. “Saramago se emocionou até as lágrimas ao vê-lo”, diz o diretor. Ensaio sobre a Cegueira (Blindness, Brasil/ Canadá/ Japão, 2008, 121 minutos). Direção: Fernando Meirelles. Com Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover, Gael García Bernal, Don McKellar, Maury Chaykin, Martha Burns.

Cine Brasil em cartaz. E Linha de Passe. Pág. 2


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Saúde Ambiente Clima Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O fim de semana na Capital será de temperaturas mais amenas e com chuva.

FENÔMENO É COMUM NESTA ÉPOCA

Agliberto Lima/DC

MÉRITO A QUEM MERECE

C

aso os CEUs tenham de fato a impor tância eleitoral que os dois candidatos lhes atribuem, Marta e Kassab devem prestar homenagens ao ministro da Saúde, Fernando Haddad. Foi dele a idéia e posterior planejamento, após sobrevoar de helicóptero a favela de Heliópolis na companhia de seu chefe, João Sayad. Na época Sayad era o secretário municipal das Finanças de Marta Suplicy e Haddad, o seu imediato.

REI MALHADOR

À

s vésperas de completar 68 anos, em 23 de outubro, Pelé está dando um show de boa forma nos comerciais da Nestlé que a televisão vem exibindo. Engana-se quem imaginou que as matadas de peito, seguidas de chutes com voleio à meia altura do solo, ou os saltos para socar o ar, como era seu célebre estilo de comemorar gols, tenha sido feito por dublê. Ele se encarregou de todos os movimentos nos estúdios da GW, na Barra Funda, onde as filmagens foram feitas há 30 dias. As coisas só não transcorreram exatamente

O VELHO ALCAIDE (1) William Salém, presidente da Câmara Municipal, sentar na primeira cadeira da Cidade. Era do PSP (Partido Social Progressista, cujo líder e fundador era Adhemar de Barros). Salvo engano, aos 34 anos deve ter sido o mais jovem alcaide de São Paulo em toda sua história. Governou de 31 de janeiro a 1 de julho de l955, quando passou o posto ao senador Lino de Mattos (Xavantes1904- SP 1991), do PTN (Partido Trabalhista Nacional). Lino fora eleito para complementar o tempo de Jânio conforme exigência da lei que determina nova eleição se o titular deixar o cargo ainda no primeiro biênio do seu mandato.

Newton Santos/Hype

esqueleto do prédio que está sendo erguido na altura do número 1.100 da Avenida Paulista, sentido Paraíso, nos remete a um momento muito particular da nossa política municipal. Estamos em janeiro de 1955 e o prefeito Jânio Quadros está deixando o cargo para assumir o governo do Estado, levando à tiracolo seu vice, general Porfírio da Paz, que seria novamente o seu segundo. Restou ao vereador

O VELHO ALCAIDE (2)

N

aquele tempo a Prefeitura funcionava em um anexo do célebre Edifício Conde Prates, na Praça da Bandeira, que foi demolido. Dali, Lino de Mattos levou a Prefeitura para o Ibirapuera, onde está hoje o Museu Afro-Brasileiro. Luiza Erundina transferiu-a de lá para o Palácio das Indústrias, na Baixada do Glicério e Marta, finalmente, instalou-a no atual Banespinha, no Viaduto do Chá. Hoje William está com 87 anos rijos e bem vividos. No ano passado reuniuse a vários investidores para criar a construtora Fiel, que está inaugurando suas atividades com aquele prédio da Avenida Paulista. Tem 17 andares e deverá ficar pronto em dezembro. “Se der certo, vamos fazer mais”, informa o antigo prefeito.

O PADRE VOA DE NOVO

A

Newton Santos/Hype

O

como nos seus dias de gramado porque Pelé usou um colchão para prevenir raladas nos joelhos. Ao saltar, ele saiu 30 cm do chão, marca modesta para sua impulsão dos velhos tempos que superava um metro, porém extraordinária na atual idade. A agilidade se deve à sua disciplina nos exercícios diários. Quando em viagem, que ocupa mais de 50% dos seus dias, freqüenta as academias dos hotéis ou manda brasa no próprio apartamento. Corre quilômetros, entre a sala e o banheiro.

sensibilidade e talento do pintor Eduardo Kobra colocaram no muro da Igreja do Calvário, esquina da Henrique Schaumann com Cardeal Arcoverde, esta bela obra em homenagem ao padre Aderli de Carli, 41 anos. Como se recorda, ele tinha o sonho de voar, como seu colega religioso, o jesuíta Bartolomeu de Gusmão (Santos 1625 - Toledo 1724). Mas se Gusmão o fez com seu aerostato batizado de “Passarola”, De Carli preferiu os balões de gás, com os

quais voou para a morte no dia 20 de abril. Naquele dia padre De Carli decolou de Paranaguá, onde tinha sua paróquia, com a intenção de quebrar o recorde de permanência no ar com esse sistema de deslocamento. Afundou nas proximidades de São Francisco do Sul (SC) e seus restos somente apareceram 105 dias depois. Kobra é um contumaz ornamentador da Cidade. A bela cena de São Paulo dos bondes, que aparece ao lado do padre com seus balões, também é dele.

Fotos de Luiz Guarnieri/Futura Press

PARA O ALTO

Um mesmo termômetro da cidade, localizado na rua Tutóia, bairro do Paraíso, registrou ontem a evolução da temperatura. Na primeira foto, ele marcava 34 graus Celsius. Na foto do meio, o calor já atingia 35 graus. Por fim, na foto da direita, termômetro já acusava 36 graus. A temperatura "oficial", contudo, foi de 33,5 graus, às 15h, recorde do ano.

Ontem, calor recorde. Amanhã, chuva. Na estação meteorológica do Mirante de Santana, a temperatura chegou a 33,5°C, às 15h de ontem, a mais alta do ano na cidade. Amanhã, frente fria trará chuva. Newton Santos/Hype

Maristela Orlowski

C

alor, muito calor. A cidade de São Paulo registrou ontem a temperatura mais alta do ano. Os termômetros da estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte, chegaram a 33,5°C às 15h. O recorde anterior foi em 12 de fevereiro, com 32,8°C. Apesar do dia quente, a umidade não caiu muito. A mais baixa foi de 21,3%, nível considerado de atenção, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a meteorologista Olivia Nunes, da Somar Meteorologia, o fenômeno que joga as temperaturas lá para o alto é comum nesta época do ano, tanto na Região Sudeste quanto no CentroOeste. "É o Sistema de Alta Pressão do Atlântico, que ocorre entre o fim do outono e meados da primavera e cobre grande parte do País, dificultando a formação de nuvens e a chegada de frentes frias do Sul. Resultado: inverno quente e seco", explica.

O paulistano está certo de reclamar do calor que está fazendo neste ano. De acordo com a especialista, 2007 foi um pouco mais frio e bastante seco. Explicação: o País sofreu influência do La Niña, fenômeno meteorológico que ocorre no Pacífico e que altera todo o clima em todo o planeta. "Não tivemos quase nada de chuva até meados de outubro do ano passado." Mas, tudo indica que teremos trégua nos próximos meses, pelo menos na umidade relativa do ar, que deve ficar acima dos 60%. "Na primavera, teremos frentes frias mais fortes e a umidade da Amazônia trabalhando juntas para trazer regularidade de chuvas ao Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o que não quer dizer que não teremos tardes quentes." Chuva – E, como o paulistano já está acostumado, o fim de semana será de temperaturas mais amenas, com chuva. A frente fria que provoca tempestades no Sul está se aproximando de São Paulo. Hoje, as temperaturas devem ficar entre 33°C e 34°C. À noite, a previsão é de aumento de

nebulosidade. A chuva deve chegar por aqui no sábado. Saúde – As altas temperaturas não são tão problemáticas ao organismo quanto a baixa umidade. Sofre mais, principalmente, quem tem problemas respiratórios como asma, rinite, bronquite, sinusite, pneumonia e outros. Os olhos não escapam. A chamada Síndrome do Olho Seco, caracterizada pela diminuição da produção de lágrimas ou pela piora da qualidade de lubrificação, causa sensação de areia nos olhos, coceira e extrema sensibilidade à luz, segundo alerta o oftalmologista José Geraldo Pereira. Na maioria dos casos, a solução é simples. "Lançamos mão de lágrimas artificiais. Elas restabelecem a umidade perdida, reduzindo os sintomas do olho seco", orienta o especialista. Outras medidas úteis são: ingerir água em abundância, utilizar umidificador de ar, evitar o uso de ar condicionado e proteger os olhos com óculos em dias quentes e com muito vento.

Defesa Civil alerta para ar seco no País

A

s Defesas Civis de 11 Estados e do Distrito Federal foram alertadas pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, sobre a baixa umidade relativa do ar. De acordo com a Sedec, pelo menos até hoje a massa de ar seco que cobre grande parte do Brasil manterá os índices de umidade do ar em torno dos 30% em regiões de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Em algumas localidades de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, os índices podem ser críticos, ficando em torno de 15%. A Sedec desaconselha atividades ao ar livre e exposição ao sol entre 10h e 17h e entre 14h e 16h. (AE) Além do forte calor, dia do paulistano foi marcado pelo ar seco demais


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Tr i b u t o s Imóveis

5 Grifes de luxo são prejudicadas pelos impostos, que tornam produtos mais onerosos.

TEXTO SOFRERÁ MODIFICAÇÕES

MEI vai a votação em outubro Senado vai introduzir modificações no texto, que precisará ser novamente votado pela Câmara. Mas as chances de aprovação até o final do ano são grandes. Luludi/Luz

Silvia Pimentel

Um parto demorado

A

Adriano Machado - 04/05/2004 votação do projeto q u e c r i a a M icroempresa Individual (PLC nº 128) e propõe mudanças significativas na legislação do Simples Nacional será definida no Senado no dia 7 de outubro. Por conta das emendas propostas pelo fisco, o texto será modificado e, portanto, voltará para nova análise na Câmara. Apesar do atraso, líderes de entidades empresariais e parlamentares defensores dos interesses das micros e pequenas empreAfif entrega projeto do MEI ao presidente Lula háquatro anos sas acreditam haver tempo para a apreciação da matéria nas duas casas legislativas antes empreendedor que órgãos públicos será simdo final do ano. Só assim, as aderir à nova cate- plificado e não será exigida mudanças poderão valer a goria tributária vai a contabilidade do negócio. O pipoqueiro José Batista de Jesus, de São Paulo, se prepara para aderir ao novo regime tributário. partir de janeiro de 2009. recolher valores fixos men- Os optantes também estaO texto estava na pauta do sais de R$ 45,65 ao Instituto rão dispensados de emitir Senado na última quarta-feira rão aderir ao novo regime ca- enquadradas no regime. Pelo Simples para melhorar o amNacional de Seguro Social notas fiscais. Mas deverão mas, por falta de quórum, a vo- beleireiros, pipoqueiros, pin- texto atual, elas terão direito ao biente de negócios das micros (INSS), R$ 1 de Imposto so- exigir documentos fiscais tação foi adiada. Os parlamen- tores, limpadores de piscinas, crédito até o limite máximo e pequenas empresas, o depubre Circulação de Mercado- quando adquirirem produtares acataram a sugestão entre outros. Ainda foi acres- efetivamente pago do impos- tado Carlos Melles (DEMrias e Serviços (ICMS) e R$ 5 tos ou serviços. Só no Estaapresentada pelo líder do go- centado ao texto a obrigatorie- to, de 3,95%, a última faixa na MG), relator da matéria na Câde Imposto sobre Serviços do de São Paulo, calcula-se verno, o senador Romero Jucá dade de os contadores fazerem tabela do Simples. Para o con- mara, informou existirem hoje (ISS), caso seja prestador de em 3,5 milhões o número de (PMDB-PR), e decidiram adiar a inscrição dos novos empre- sultor tributário do Sebrae, mais de 500 mil companhias serviço. Para pedir o enqua- empreendedores vivendo a apreciação da matéria para sários de graça, como contra- André Spínola, a concessão do dispostas a aderir ao regime dramento, a renda anual de- na informalidade, candidanão correr risco. O projeto será partida à mudança de anexo crédito, embora limitado, é um tributário. Com as mudanças, verá ser de até R$ 36 mil. tos a aderir à nova modalio primeiro ítem da pauta de da categoria na tabela do Sim- dos maiores avanços do proje- o número de interessadas deve O registro da empresa nos dade tributária. (SP) votação do dia 7 de outubro. ples, reduzindo os tributos. to. Defensor das alterações no aumentar ainda mais. O relator do projeto, senador O presidente do Sindicato Aldemir Santana das Empresas de (DEM-DF), presiServiços Contábeis dente do Conselho no Estado de São Deliberativo do SerPaulo (Sescon-SP), Masao Goto Filho/e-Sim viço de Apoio às José Maria ChapiMicro e Pequenas na Alcazar, não vê Empresas (Sebrae), com bons olhos eslamentou o atraso. sa vinculação. "O prazo tornou-se "Condicionar um exíguo para a adeb e n e f í c i o , a m uquação dos estados dança de anexo, ao Chapina: críticas à e municípios às notrabalho gratuito é vinculação de vas regras", lamenmuito arbitrário", benefício tou. O secretário licriticou. De acordo cenciado de Emprecom Chapina, os go e Relações do Trabalho do profissionais que quiserem governo de São Paulo, Guilher- mudar de anexo deverão assume Afif Domingos – que apre- mir esse compromisso. sentou ao governo a idéia da noOs senadores negociaram va figura tributária para tirar da com o Ministério da Fazenda e A Tiffany e a Louis Vuitton reclamam dos impostos e da burocracia. Mesmo assim, têm planos de expansão das atividades no País. informalidade cerca de 10 mi- com o Conselho Nacional de lhões de microempreendedores Política Fazendária (Confaz) a – também está otimista. "Não é padronização em R$ 1, em tomou Patrícia durante o 10º Con- têm planos de expansão para o marca, embora as condições no Patrícia Büll uma matéria controversa. Deve do o País, do recolhimento do gresso Internacional de Shop- País. A Vuitton – que já tem cinco Brasil não sejam as mais favoráser aprovada a tempo", disse. Imposto sobre Circulação de ping Centers e Conferência das lojas, sendo quatro em São Paulo veis em função da alta carga triEntre as sete emendas apre- M e r c a d o r i a s e S e r v i ç o s e uma no Rio de Janeiro – preten- butária", afirmou Ferrario. varejo de luxo sofre com Américas, em São Paulo. sentadas, está o adiamento do (ICMS) pelos empreendedores Já a Tiffany estuda a abertura "Seguramente, o nosso ritmo de inaugurar mais uma, em a alta carga tributária. A prazo para entrada em vigor que aderirem à categoria. informação é de Patrícia de crescimento no País é menor 2009, no Shopping Iguatemi, em de uma terceira loja, também no da figura do MEI, que também O fisco também quis colocar Assuí, diretora da Tiffany & Co do que poderia se houvesse me- Brasília (DF). "Mas está também Shopping Iguatemi de Brasília. mudou de nome: microempre- um limite nos créditos do Im- em São Paulo, e Cristiano Ferra- nos impostos e burocracia. Lá fo- em nossos planos fortalecer "Mas tudo vai depender da situasa individual. A data para a posto sobre Circulação de rio, diretor da Louis Vuitton Bra- ra, principalmente em Miami, nossa presença em São Paulo e ção econômica brasileira. Ainda criação da nova categoria no M e r c a d o r i a s e S e r v i ç o s sil. "O imposto de importação é nossos preços são mais compe- estamos estudando iniciar ope- não conseguimos planejar as Simples Nacional foi adiada (ICMS) que as optantes do muito alto. Isso aumenta o preço titivos", complementou o dire- rações em Porto Alegre (RS), For- ações no longo prazo. Os avando início de janeiro de 2009 pa- Simples poderão transferir nas de nossos produtos e restringe tor do Louis Vuitton Brasil. taleza (CE) e Manaus (AM). Essas ços, aqui ,dependem do dia-ara julho do mesmo ano. Pode- compras para empresas não nossas operações no Brasil", afirMesmo assim, as duas marcas capitais merecem uma loja da dia", disse Patrícia.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

No casamento de Juliana Paes com Carlos Eduardo Baptista, o momento mais inusitado foi quando chegaram as bebidas.

gibaum@gibaum.com.br

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MAIS: foram servidas 500 garrafinhas de prosecco nacional Salton e - surpresa com canudinho. São novos tempos - e tintim também.

11/9 Reuters

3 “Se eu quiser entrevistar a Madonna, eu entrevisto. Ela é da «

mesma gravadora que eu. Não vai custar muito”

BELO // cantor recém-saído da prisão, onde cumpria pena por tráfico de drogas. Fotos: Divulgação

Móveis usados Em Brasília, o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, passou a ocupar o apartamento funcional que era do ex-ministro Gilberto Gil. Quando saiu, Flora, mulher de Gil, retirou móveis e alguns eletrodomésticos que havia comprado: mandou tudo para Salvador. Só ficou uma mini-geladeira e um sofá de dois lugares, com um furo, por sinal. Agora, Minc mandou comprar uma poltrona, uma mesinha e uma cama. E pediu à sua mulher, Margarida (Guida) “dar um espiadinha” num grande depósito de móveis usados de Brasília.

ESTILOTOURO Enquanto quer saber onde foram parar R$ 2,6 milhões gastos pela Abin em 2006 na rubrica “gratificação para informantes” e “pagamentos para colaboradores eventuais”, sob o rótulo segredo de Estado, o Tribunal de Contas da União acaba de determinar, via acórdão, que qualquer compra ou serviços pagos pela Agência Brasileira de Inteligência, doravante, terão de ter documento fiscal original, em nome do órgão, incluindo pagamento de “informantes” e “colaboradores”. Mais: o TCU quer total transparência nos gastos de cartões corporativos que, em 2007, alcançaram R$ 12,8 milhões e a quase totalidade, em saques de dinheiro. No ano passado, o orçamento da Abin era de R$ 272 milhões e, para o ano que vem, está previsto um total de R$ 363 milhões para o órgão. O TCU já analisa gastos misteriosos da Abin, em 2007, no valor de R$ 4,5 milhões, incluindo “informantes”.

QUER MELAR O senador José Sarney mandou espalhar que gostaria de se candidatar à presidência do Senado, ano que vem. Ele é do PMDB e não quer disputar: o objetivo é tentar melar a eleição de Michel Temer, presidente nacional do PMDB, para a presidência da Câmara Federal. Se Sarney fosse eleito presidente do Senado, a presidência da Câmara continuaria com um petista. E na Câmara, o Planalto se movimenta para apresentar nova alternativa: quer colocar na disputa o nome de José Múcio Monteiro, ministro das Relações Institucionais.

Novas atrações Ela já trabalhou com Angélica, no quadro de seu antigo programa CaçaTalentos e apresentou a segunda temporada de Troca de Esposas , na Record; em outubro Ana Paula Tabalipa será a atração da revista Playboy. A propósito: quem já viu as fotos da ex-BBB Gyselle Soares, na edição de setembro, notou que o estilo floresta amazônica que dominava todas as estrelas até o início dos anos 90, nas áreas mais íntimas, está plenamente de volta. Muita gente diz que “é coisa de europeu” e ela, aliás, morou muito tempo em Paris.

LÍNGUA DE FORA O empate da seleção brasileira com a Bolívia, no Engenhão , coloca o técnico Dunga, de novo, em posição de perigo. E mais enfurecido ainda com a Globo, que “tem uma câmera especialmente em cima de mim, o tempo todo”. A reclamação de Dunga, sempre que ele assiste a um vídeo de qualquer jogo, corre por conta que, na maioria das vezes em que aparece na telinha, está com a ponta da língua de fora. É um velho cacoete.

Entrando emcena

De olho na classe média

ACom a saída de Lucas Pacheco, a campanha de Geraldo Alckmin improvisou um marqueteiro com pouco know-how na área: é o publicitário Raul Cruz Lima. Ele já encontra problemas semelhantes aos de Pacheco: é o próprio Alckmin que escreve seus discursos para o horário eleitoral. E o tom de Alckmin é voltado totalmente para os pobres, como Marta Suplicy, deixando de lado a classe média. Marqueteiros, contudo fazem as seguintes comparações: há seis milhões de automóveis na cidade. Supondo-se dois por família, são três milhões de famílias da classe média, ou seja, um super-universo votante contra 1,2 milhão de favelados em São Paulo. E quem fala para a classe média é Gilberto Kassab, que já levou quase 10% de Alckmin nessa fatia.

Relax Neste fim de semana, Marisa Letícia e o presidente Lula serão hóspedes de Adriana Ancelmo e do governador Sérgio Cabral na casa que eles possuem em Mangaratiba. O relacionamento entre eles já vai além das alianças políticas e interesses com o crescimento do Rio: viraram amigos. No cardápio do weekend, churrasco, peixada e muitos drinques.

Nos recentes shows de João Gilberto, entre São Paulo e Rio, cada vez que ele ia entrar em cena, esfregava a ponta dos pés para trás, abaixava um pouco a cabeça e dizia: “Estou me sentindocomo um touroque vai entrar na arena”. E no final de um dos espetáculos, em São Paulo, João voltou à conversa de touros, no restaurante do Maksoud Hotel. Lembrou-se dos tempos de criança, quando gostava muito do Touro Ferdinando, que “preferia ficar na sombra e cheirar flores”.

Duplo deleite

Depois de temporadas no Rio e Belo Horizonte, acaba de estrear em São Paulo, no Teatro Raul Cortez, a peça Doce Deleite , de Alcione Araújo, com Camila Morgado e Reynaldo Gianecchini, dirigidos por Marilia Pêra, que já atuou na primeira montagem nos anos 80 (os três, à direita). São dez peças curtas que giram em torno dos personagens do mundo do teatro e na estréia, entre tantos, estavam Susana Alves, a ex-Tiazinha, que continua estudando teatro (centro) e a veterana Monique Evans (direita).

Comprinhas Daniela Cicarelli deixou gravado um programa Quem Pode Mais na Bandeirantes e se mandou para uma semana em Nova York, ao lado de seu novo titular, Dinho Diniz. Foi espiar desfiles de estilistas brasileiros na Semana de Moda e, tarde dessas, era vista, ao lado do namorado, na Chanel, na 57th Street (quase esquina com a Fifth Avenue). Saiu de lá com um relógio e duas novas bolsas.

0 IN

Colarinho clássico.

OUT

Colarinho italiano (aberto).

Biba especialista Quem está passando uma temporada no Rio e, depois São Paulo e Salvador, é o especialista de moda da série Queer Eye for the Straight Guy (é aquele programa no qual cinco bibas dão um banho de loja em um heterossexual, em sua casa e até em sua cozinha), Carson Kressley, o loiro e mais afetado do quinteto chamado Fabulous Five . Ele já integrou a equipe de criação da grife Ralph Lauren e está conhecendo, no Rio, todos os templos noturnos (e trechos de praias) dedicados ao gay people . E está en-can-ta-do.

HOMENAGEM – Os norte-americanos marcaram o sétimo aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 com cerimônias em todo o país. Os dois candidatos à presidência, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, fizeram uma trégua na campanha eleitoral e depositaram juntos flores em memória às vítimas dos ataques, em Nova York.

MISTURA FINA MAIS DE 75 mil brasileiros se candidataram ao concurso da Abin – Agência Brasileira de Inteligência – para preenchimento de 30 vagas de agentes, mais 160 oficiais de inteligência. No contra-cheque, de R$ 8 mil a R$ 13 mil por mês. A ELEVAÇÃO da taxa básica de juros (Selic), em 0,75% afeta - e aumenta – de cara, as taxas praticadas pelo mercado. No mês passado, contudo, com novo percentual de aumento, a venda de carros financiados continuou em alta. A carteira de financiamentos alcançou a marca recorde de R$ 133 bilhões. NO ANO passado, a União desembolsou R$ 24,5 milhões, incluindo gastos com cartões, em ações caracterizadas como segurança do Estado (ou seja, secretas e não discriminadas). Só a Presidência gastou R$ 10,7 milhões e, em segundo, aparece o Ministério da Defesa com R$ 7,8 milhões de gastos secretos.

0

TCU vs. arapongas

“Uma coisa boa de começar mais tarde é que o que os outros vão achar ou deixar de achar, nessa altura da minha vida, não me importa. Nem Jesus agradou a todos”. Filha da socialite Carmen Mayrink Veiga, casada com Guilherme Frering, com três filhos adolescentes e morando em Londres (onde estudou arte dramática), a bonita Antônia Mayrink Veiga Frering, convidada por Antonio Calmon, está no elenco da novela Três Irmãs, nova atração da Globo. Fará uma francesa chamada Silvie L’Eclair. Ela está na nova edição da revista de Joyce Pascowitch e já participou de seis filmes, dos brasileiros Irmãos de Fé e Se Eu Fosse Você e da co-produção européia Bridget Jones 2, entre outros.

ROGÉRIO Fasano vai abrir uma versão menor do restaurante italiano Nonno Ruggero, na Barra, paraíso dos emergentes do Rio de Janeiro. O sócio-investidor é Alexandre Accioly, que já tem uma participação no Gero carioca. EM SUA turnê mundial Sticky & Sweet Tour, Madonna, que já teve uma série de batalhas com a Igreja Católica (uma delas era quando, no passado, cantava Justify My Love e beijava um negro forte, quase transformado em Cristo), volta à carga: antes de cantar Like a Virgin, dedica a música ao Papa Bento 16. Não sem antes colocar o dedo médio em sua região favorita e, em seguida, levá-lo à boca. TÉCNICO da seleção feminina de vôlei, que trouxe o Ouro de Pequim e igualmente da seleção masculina que também foi campeã em Barcelona, em 1992, José Roberto Guimarães vai cumprir promessa feita: viaja para a Espanha, onde percorrerá a pé os 750 quilômetros do Caminho de Santiago de Compostela. Em 1992, também foi, mas acabou parando no meio. Desta vez, ele garante que vai até o fim. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

faleconosco@dcomercio.com.br

Meninos esquartejados Internautas enviaram mensagens de repúdio ao crime bárbaro contra dois meninos em Ribeirão Pires, caso acompanhado pelo Diário do Comércio e DC online (www.dcomercio.com.br). Pai e madrasta que sufocaram, queimaram e esquartejaram os irmãos foram chamados de monstros.

D

izer o que diante de uma coisa tão cruel, que chega a ser até mais que diabólica? Flávia Valéria

É

lamentável uma tragédia dessas. O futuro de duas crianças interrompido por dois monstros chamados pais. O pior é que o Conselho Tutelar e a Pastoral da Criança tinham conhecimento desse caso. Duas crianças monstruosamente assassinadas, por descaso das autoridades.

H

istória muito triste, cheia de dor, desumana. Sempre desejamos para nossos filhos um futuro promissor, com muita alegria, saúde e prosperidade. Mas ainda nos deparamos com casos hediondos desse tipo. Cruel! Dorisbel Zancanaro Pereira

Carlos Alberto Damasceno

É

incrível que ninguém próximo à família tenha percebido a situação perigosa. A conselheira que acompanhava as crianças não via no olhar delas um pedido de socorro? O fato de as crianças preferirem ficar no abrigo já era um grande sinal. Regina Saran

R

evoltante o mundo em que vivemos, com pais monstros que fazem isso com os próprios filhos. É assustador !!!!!!!!! Não existem mais valores nem amor? Estou indignada. V.M. de Azevedo

M

eu Deus, estou horrorizada! Essa madrasta e o pai dessas crianças são dois demônios. Mas eu também ponho a culpa na mãe deles. Sou separada, mas fiquei com meus dois filhos e luto muito para criá-los. Simone Bastos

É

lamentável que o Conselho Tutelar não tenha tido a sensibilidade de ouvir o clamor dessas crianças pedindo socorro. A última chance delas estava nas mãos da conselheira. Os assassinos deveriam pegar pelo menos prisão perpétua, se no Brasil houvesse. Cláudio José Alves


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

TROPAS CHEGAM AO RIO PARA GARANTIR SEGURANÇA

Pesquisa a gente muda com a luta. Esta luta é que o Alckmin está travando Governador José Serra

Agora eleitores do Rio podem votar Bruno Domingos/Reuters

Homens das Forças Armadas começaram ontem a ocupar as comunidades da cidade onde há suspeita de coação a eleitores por parte de traficantes

O

s eleitores do Rio de Janeiro que moram nas comunidades de Cidade de Deus, Rio das Pedras e Gardênia Azul, na zona oeste da cidade, e Vila do João, Vila dos Pinheiros, Conjunto Esperança e favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, ganharam, ontem, a companhia das Forças Armadas. Logo pela manhã, por volta das 9 horas, 1.500 homens ocuparam aquelas comunidades, onde ficarão até este sábado. No domingo, seguirão para as comunidades de Taquaral, Coréia e Vila Aliança. A ação foi desencadeada a partir do pedido da Justiça Eleitoral. O objetivo da operação, batizada de Guanabara, é garantir a segurança dos eleitores em áreas onde há a suspeita de coação eleitoral ou impedimento de livre circulação de candidatos. O reforço na segurança se estenderá até o final das eleições. Ontem, primeiro dia das tropas na cidade, o clima foi de tranqüilidade, segundo avaliação do presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Alberto Motta Moraes. Para ele, nenhum problema nas comunidades ocupadas foi registrado possivelmente por conta da estratégia de divulgação antecipada das Forças Armadas nos locais onde estariam presentes. Isso poderia explicar, segundo Motta, o fato de os milicianos ou traficantes terem se afastado dos locais. O desembargador admitiu, no entanto, que quando as tropas saírem das áreas ocupadas os bandidos poderão voltar a atuar. Por isso, ele advertiu que, se houver necessidade, "o eleitor pode ter a certeza de que as Forças Armadas retornarão". Isso, disse, é o mínimo que se pode fazer pelo eleitor.

Motta Moraes ressaltou que as Forças Armadas não estão lá para exercer a função de polícia, uma vez que isso é prerrogativa do Estado. A finalidade, repetiu, é "dar tranqüilidade nas eleições municipais".

Eleições – Ontem, os militares chegaram às comunidades depois do horário de entrada escolar para evitar riscos. Mas não houve nenhuma reação nem desordem. O desembargador assegurou que, no dia das eleições, as Forças Armadas "estarão presentes na cidade", embora o número do efetivo ainda não esteja definido. A Operação Guanabara conta com um efetivo de 3.500 soldados do Exército e da Marinha, que vão patrulhar 27 comunidades da Grande Rio e a cidade de Campos, no interior do Estado. A ocupação será itinerante, de modo que as tropas ficarão apenas três dias em cada comunidade, com exceção de Campos. (Agências)

Wilton Junior/AE

André AZ/AE

Fábio Motta/AE

Tanques e 1.500 homens fardados portando fuzis dividiram as ruas, ontem, com os moradores de pelo menos sete comunidades da cidade do Rio de Janeiro no primeiro dia da Operação Guanabara, desencadeada para garantir a segurança nas eleições municipais. As tropas vão ocupar, de forma itinerante, 27 comunidades, onde ficarão três dias em cada uma.

Faltou entusiasmo de Serra Governador, principal convidado do jantar do PSDB, na quarta-feira, ignorou campanha de Alckmin.

O

jantar organizado ontem pelo Diretório Municipal do PSDB para celebrar os 20 anos da sigla e arrecadar fundos para a campanha do candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, não atingiu um de seus principais objetivos: o de marcar a entrada definitiva do governador José Serra (PSDB), na campanha do candidato tucano. Serra foi ao evento, mas manteve posição protocolar. Falou de unidade e do PSDB. No discurso que fez, o governador fez apenas duas menções a Geraldo Alckmin. Outro detalhe que chamou a atenção é que, ao contrário do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, José Serra não colou o adesivo de campanha de Alckmin na lapela de seu paletó. O clima de desconforto começou antes mesmo de o jantar ter início. O atraso de José Serra gerou apreensão entre os tucanos que chegaram antes das 22 horas à sede do Jockey Club, no centro da capital paulista. Já era tarde quando o governador apareceu, e, para aumentar o clima de descontentamento entre os tucanos que apóiam Alckmin, saiu cedo. Faltou comentário – De bom humor, Serra relembrou toda a história de seu partido, elogiou muito FHC, chamando-o de irmão mais velho. Disse que o ex-presidente "semeou o Brasil do século 21". Já sobre o candidato da coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDBPTB-PHS-PSL-PSDC), Serra

J.F. Diólio/AE

Serra e Alckmin: jantar não ajudou governador a digerir candidatura.

destacou apenas sua atuação como governador. Sem nenhum outro comentário sobre Alckmin. "No meu governo não tenho os mesmos índices de aprovação que o Geraldo chegou a ter", disse. Lembrou ainda a importância de evitar a volta de seus antecessores à Prefeitura, em referência direta à candidata petista Marta Suplicy, da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PTPCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB). "Nós recebemos São Paulo absolutamente falida. Acho que São Paulo avançou bastante e tem muito ainda a avançar", afirmou. "É uma campanha muito importante para delimitar lados. Temos de olhar para o futuro da cidade, para que não volte àquilo que ela teve durante tanto tempo." Serra se referiu indiretamente aos resultados das mais recentes pesquisas de intenção de voto, que mostram a preferência por Geraldo Alckmin

em queda, o que o deixou tecnicamente empatado com o prefeito e candidato à reeleição pela coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PRPMDB-PRP-PV-PSC), Gilberto Kassab. "Pesquisa a gente muda com a luta. Esta luta é que o Alckmin está travando com o nosso apoio e com o apoio do PSDB, por São Paulo." José Serra foi um defensor de que o PSDB não deveria sair com candidato e sim apoiar a reeleição de Kassab. De fininho – Ainda no discurso, Serra classificou a campanha como "complexa, com condições que todos conhecem" e recorreu a um livro de Rubem Fonseca para traduzir o atual momento delicado que vive nesta campanha: "Vastas emoções, sentimentos imperfeitos". O governador foi um dos primeiros a deixar o local, assim que terminaram os discursos. Saiu por uma porta dos fundos, sem falar com a imprensa. O jantar foi marcado

também pela ausência dos chamados tucanos kassabistas, vetados pela cúpula do Diretório Municipal. Já o ex-presidente Fernando Henrique pregou a adoção de uma linha de campanha mais agressiva, sobretudo contra o PT, mas não parece ter sido ouvido por Alckmin. Em vez de mirar o PT de Marta Suplicy, Alckmin preferiu listar algumas deficiências da atual gestão municipal, sem citar o nome de Kassab, que nos bastidores continua a receber o apoio do governador José Serra. De acordo com fontes ligadas ao comando tucano de campanha de Alckmin, apesar da evidente falta de entusiasmo e empenho de Serra em relação à campanha do candidato tucano, o jantar de ontem foi considerado um sucesso – foram vendidos 400 convites, ao preço de R$ 1 mil cada, dentro da meta prevista, importante para uma campanha que reclama de falta de recursos. Durante o jantar, um dos coordenadores da campanha de Alckmin, o deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), reiterou que o tucano deverá disputar o segundo turno com Marta Suplicy (PT). "O Geraldo saiu do governo com 69% de aprovação e a Marta saiu da Prefeitura sem ser reeleita. Foi reprovada", disse ele. Para Aparecido, o PSDB tem um histórico positivo de gestão, com marcas na cidade e no Estado. Questionado sobre se o DEM teria também esta marca, desconversou. (AE)

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO ELETRÔNICO 338/2008-SMS.G, processo 2008-0.249.632-2, destinado à aquisição de MALEATO DE ENALAPRIL 5mg-cp E CARBAMAZEPINA 200mg-cp, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 09h30min do dia 29 de setembro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 334/2008-SMS.G, processo 2008-249.964-0, destinado ao registro de preços de ANTI-HIPERTENSIVOS E ANTIINFLAMATÓRIOS, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 09h30min do dia 1º de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital. Os editais e seus anexos, acima relacionados, poderão ser visualizados e/ou retirados pelos interessados, pelos sítios: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, www.comprasnet.gov.br.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 288/2008-SMS.G, processo 2008-0.164.675-4, destinado ao registro de preços de EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA, para a Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 30 de setembro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 307/2008-SMS.G, processo 2008-0.243.233-2, destinado ao registro de preço de FITA ADESIVA MICROPOROSA, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 08 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 313/2008-SMS.G, processo 2008-0.241.532-2, destinado ao registro de preços de ESCOVA DEGERMANTE COM PVPI E CLOREXIDINA para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 24 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 317/2008-SMS.G, processo 2008-0.226.288-7, destinado ao registro de preços de ANESTÉSICO INJETÁVEL MEPIVACAINA para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Odontológico, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 29 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 323/2008-SMS.G, processo 2008-0.246.590-7, destinado ao registro de preço de DRENO DE SUCÇÃO CONTÍNUA COM AGULHA, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 13 horas do dia 31 de outubro de 2008, a cargo da 3ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LAZER

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

TELEVISÃO

CINE BRASIL A qualidade aumenta. As promoções ajudam. E há a cota de tela...

É

bom lembrar que a presença maciça das produções brasileiras precisa ser creditada também à cota de tela, lei que obriga os cinemas a exibirem filmes nacionais 28 dias por ano, no mínimo. Isso nesta época em que caem as bilheterias no mundo todo, em conseqüência da pirataria e da rapidez com que os filmes são lançados em DVD. Mas é consenso entre realizadores e público que a qualidade do cinema nacional melhora ano a ano. "Estamos em um momento interessante, pois os cineastas brasileiros descobrem que contar histórias locais é o melhor caminho. E estão conseguindo fazê-lo com personalidade e excelência técnica", disse Walter Salles em evento organizado em agosto por um jornal, que teve o cineasta Wim Wenders como atração. A repórter do DC estava na platéia. O alemão concordava com cada palavra do brasileiro e rasgou seda para os brasileiros. "Os filmes recentes fOTOS: Divulgação

mostram brasileiros com forte consciência sobre quem são. Isso é essencial para se fazer bom cinema", afirmou Wenders. Oscar- Talvez a autenticidade seja o traço em comum entre as 14 produções inscritas para a seleção nacional do Oscar 2009, cuja inscrição se encerrou na última segunda (8). Uma comissão do Ministério da Cultura decidirá qual será o nosso representante entre os concorrentes à indicação para o prêmio de melhor filme em idioma

estrangeiro na 81ª Premiação da Academia. Estão na lista, entre outros, A Casa de Alice, de Chico Teixera; Meu Nome Não é Johnny (foto), de Mauro Lima; O Passado, de Hector Babenco; Os Desafinados, de Walter Lima Júnior e O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli. Há chances, sempre há. Mas convém ter em mente que a concorrência é feroz: mais de 90 países enviam seus indicados. E ser conhecido pelos americanos é essencial para chegar a esse prêmio. Justamente para aumentar a visibilidade do cinema brasileiro na América do Norte acontece, pelo segundo ano, o Festival de Cinema Brasileiro em Toronto, no Canadá, entre 6 e 9 de novembro. Com inscrições abertas até o dia 20, já tem 234 inscritos. Serão selecionados para exibição 20 filmes. Estão confirmadas sessões de longas como Não Por Acaso, de Philippe Barcinski, estrelado por Rodrigo Santoro e ambientado na capital paulista. "Nosso objetivo é mostrar o Brasil abrangente, sem estereótipos", disse ao DC Cecília Queiroz, produtora executiva do festival. E para aproximar o público local do cinema de seu País, cineclubes se empenham em programar filmes nacionais. No litoral, acontece de segunda (15) a sábado (20), o 6º Curta Santos, que vai exibir 794 trabalhos do Brasil e 218 do exterior. Entre eles, Dossiê Rê Bordosa, com a personagem do cartunista Angeli. E pipocam promoções. A rede Cinemark faz o Projeta Brasil, na primeira segunda-feira de novembro, exibindo nesse dia somente filmes nacionais com ingressos a R$ 2. Na edição 2007, alcançou 194 mil espectadores. E nos cines do Bristol, Plaza Sul e Shopping ABC, todas as salas (exceto as 3D) exibem às terças longas brasileiros de 2008 com ingressos a R$ 5. (LHC)

Surfe e irmãs Regina Ricca

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NOS CINEMAS 1. O Aborto dos Outros (2008). Documentário de Carla Gallo. 2. Ainda Orangotangos (2007). Comédia de Gustavo Spolidoro. Com Rafael Sieg e Kayodê Silva. 3. Andarilho (2007). Documentário de Cao Guimarães. 4. Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito (2008). Cinebiografia, de Glauber Filho e Joe Pimentel. Com Carlos Vereza. 5. Bodas de Papel(2008). Drama de André Sturm. Com Darío Grandinetti, Helena Ranaldi e Sérgio Mamberti. 6. Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais (2007). Documentário de Carlos Alberto Prates Correia. 7. Chega de Saudade (2008). Comédia dramática de de Laís Bodanzk. Com Betty Faria, Tônia Carrero, Leonardo Villar, Stepan Nercessian, Maria Flor e Paulo Vilhena. 8. Os Desafinados (2008). Drama musical de Walter Lima Jr. Com Rodrigo Santoro, Cláudia Abreu, Selton Mello, Alessandra Negrini, André Moraes, Jair Oliveira e Ângelo Paes Leme. 9. Devoção (2008). Documentário de Sergio Sanz. 10. Encarnação do Demônio (2008). Drama trash de José Mojica Marins. Com Jece Valadão, Milhem Cortaz e Cléo de Páris. 11. Ensaio sobre a Cegueira (2008). Drama de Fernando Meirelles. Com Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Gael García Bernal e Danny Glover. 12. Era uma vez... (2008). Drama romântico de Breno Silveira. Com Thiago Martins e Vitória Frate. 13. Estômago (2007). Comédia de Marcos Jorge. Com João Miguel e Fabiula Nascimento. 14. O Guerreiro Didi e a Ninja Lili

(2008). Comédia infantil de de Marcus Figueiredo. Com Renato Aragão. 15. Linha de Passe (2008). Drama de de Walter Salles e Daniela Thomas. Com Sandra Corveloni, João Baldasserini, Vinícius de Oliveira, José Geraldo Rodrigues e Kaíque de Jesus Santos. 16. O Mistério do Samba (2008). Documentário de de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda. 17. Nome próprio (2007). Drama de de Murilo Salles. Com Leandra Leal e Juliano Cazarré. 18. Nossa Vida Não Cabe num Opala (2007). Comédia de Reinaldo Pinheiro. Com Leonardo Medeiros, Milhem Cortaz, Paulo César Pereio, Maria Manoella, Maria Luísa Mendonça, Marília Pêra e Dercy Gonçalves. 19. Olho de Boi (2007). Drama de Hermano Penna. Com Gustavo Machado, Genézio de Barros e Angelina Muniz. 20. Pequenas Histórias (2007). Comédia de Helvécio Ratton. Com Marieta Severo e Gero Camilo. 21. Polaróides Urbanas (2008). Comédia dramática de Miguel Falabella. Com Marília Pêra. 22. Os Porralokinhas (2001). Infantil de Luís Farias. Com Flávio Migliaccio, Heloísa Perissé, Denise Fraga, Lúcio Mauro Filho e Antônio Calloni. 23. O Retorno (2007). Documentário de Rodolfo Nanni. 24. Sexo com Amor? (2008). Comédia de Wolf Maya. Com Eri Johnson e Maria Clara Gueiros. 25. Show de Bola (2005). Drama de de Alexandre Pickl. Com Thiago Martins e Lui Mendes. 26. Xuxa em Sonho de Menina (Brasil, 2007). Aventura infantil de Rudi Lageman. Com Xuxa Meneguel, Betty Lago e Letícia Botelho.

Era Uma Vez, dirigido por Breno Silveira, com Thiago Martins e Vitória Frate: entre os filmes que concorrem para representar o Brasil no Oscar.

LINHA DE PASSE

Deus no banco de reservas Carlos Celso Orcesi da Costa

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inha de Passe não é excepcional, e tampouco agradável na maior parte do tempo. Talvez porque não flerte com o sonho, venha à luz sem tempero, como um parto difícil. Nada parecido à felicidade hollywoodiana. Ainda assim é imperdível, a menos que você queira permanecer alienado ou refugiado dentro das grades de seu condomínio. Se pretende conhecer algo mais forte não deve perdê-lo. Walter Salles e Daniela Thomas descortinam o subúrbio de uma grande cidade. Por acaso São Paulo, que poderia ser qualquer outra! Lentes da vida civil, nada de drogas e criminalidade pesada como dos "filmes de morro" do Rio de Janeiro. E chegam a resultado ainda mais contundente. Em resumo, um filme necessário. Sandra Corveloni (foto), que ganhou a Palma de Ouro em Cannes como melhor atriz, vive Cleusa, empregada doméstica grávida do quinto filho, enquanto cria outros quatro, todos de pais diferentes. Todos aparentemente se odeiam, xingando uns aos outros de filhos da puta, embora se ajudem nas situações extremas. Dario (Vinicius Oliveira, o garoto de Central do Brasil) sonha a libertação como jogador de futebol; Denis (João Baldasserini), o mais velho, é o selvagem da motocicleta entre os carros e ônibus; Dinho (José Geraldo Rodrigues) encontra apoio em mais uma dentre tantas crenças evangélicas; e o garoto Reginaldo (Kaique Santos), o mais novo, vive a obsessão de descobrir o pai. Esperança? - História linear de uma família comum? Dificuldades naturais? Veredas na barafunda de fios, gambiarras e ruas de terra da periferia? A realidade é bem mais crua porque aparentemente não há esperança. Cleusa grávida corre o risco de ser substituída pela patroa, professora universitária que lhe cobre de mimos, com a ressalva de que não registrou sua carteira de trabalho. Não falta feijão para o sustento dos filhos, que depois da janta disputam o sofá para ver televisão ou dormir. O motoboy Denis tem a prestação da moto a pagar, e vencer os demais colegas pela atenção de Sofia, encarregada de distribuir as entregas da firma. Quanto mais trabalho mais dinheiro, ainda assim insuficiente para pagar a pensão do filho pequeno. Algum troco ele ainda "desperdiça" com Sofia no motel. Até o prazer, igual a pobres e ricos, tem alguma coisa de incompleto, talvez porque

imaginar quem se confunda com a próseria, de ponto a pria sobrevivência. Diponto final. Assim nho foge dos amigos em como as idas e vintorno do bar e embarca das de Reginaldo, são nos cânticos e prédicas do muito poucas as alterpastor Romeu, que tenta inNelson Almeida/AFP cutir em irmã Rosa a fé capaz nativas da família. O craque Dario tenta se sobressair na de novamente fazê-la andar. Dinho trabalha à noite como frentista, até que o peneira, mas a sola de sua chuteira está patrão lhe demite por não acreditar que metade solta e teve que falsificar o RG ao foi assaltado. Reginaldo, negro ao con- completar 18 anos. Infelizmente é fomitrário dos outros irmãos, sabe que o pai nha, retém demais a bola ao invés de é motorista de ônibus, e passa a vida a cumprir a "linha de passe". O treineiro

lhe sentencia: "garoto, você é bom de bola mas tenho pelo menos quinze iguais a você". A solução está em "molhar a mão" de outro treinador. A esperança reduziu de tamanho. Ao menos agora o sonho tem preço: R$ 3 mil para ficar no banco do "grande" Tiradentes Futebol Clube. Bola, vestiário, chuteira nova e campo metade gramado. Linha de Passe é um faroeste suburbano. Direitos simplesmente não existem e deveres são cumpridos na medida do possível. O estudo poderia salvar, mas ninguém fala disso. Uma brecha de esperança talvez esteja na criminalidade, furtos de bolsas Vuiton na zona central. Waltinho e Daniela, co-diretores, incomodam porque durante os meses da quinta gravidez de Cleuza vai ficando cada vez mais claro que os sonhos – isso que nos leva ao cinema – são impossíveis de se concretizarem. O pastor mergulha irmã Rosa na Represa de Guarapiranga. Aleluia irmãos. Como lhe falta fé ela afunda. "E aí playboy, vamos parando com essa conversinha de merda". "Calma aí véio, estou tentando compreender, chegar ao fim da história. Acho que entendi: tocar a bola, solidariedade no futebol e, se sobrar, na vida". "Que papo é esse de solidariedade ô boiola. Tu ti formou na PUC? Aqui nóis num tem tempo para pisicologia". Um de nós desentupiu o ralo e depois de um pequeno furto sobrou algum para a pensão. Dores do parto e meus quatro filhos na rua? Dá para juntar as duas partes da foto rasgada? O grande Corinthians ainda fez o favor de cair para a segunda divisão. "Tá legal, mano velho, vou falar de modo direto e simples: na periferia ninguém passa a bola de graça; aqui é cada um por si e Deus no banco de reservas". "Deus no banco... Ah bom, Deus na espera, dessa eu gostei, chefia. É por aí, se o Todo-poderoso der uma mãozinha, é bem no final, aos 40 do segundo tempo". Na Cidade Líder não tem moleza, a linha de passe é no sufoco e na manha. Falta alguma coisa? "Chega mané, vaza, aqui na periferia todo mundo xinga mas ninguém chora". A vida está difícil mas amanhã pode ficar pior. Vem aí o quinto filho de pai desconhecido, mas desta vez, Deus querendo, será menina.

Carlos Celso Orcesi da Costa é superintendente jurídico da Associação Comercial de São Paulo.

s números de audiência andam claudicantes no horário, a novela que sai, Beleza Pura, só vai deixar saudades por causa da abilolada Rakeli (performance arrebatadora da novata Isis Valverde), então nada como recorrer à fórmula infalível de colorir a tela do telespectador com muito sol, uma galera bonita e sarada, algumas manobras de surfe e, de quebra, pitadas de realismo mágico, à la Dias Gomes, para dar mais charme à nova história global. Surfe - Três Irmãs, que passa a ocupar o horário das 19h nesta segunda, vem com a grife de Antonio Calmon, que já recorreu ao universo do surfe em dois filmes que roteirizou, no seriado Armação Ilimitada e em outras quatro novelas de sua autoria. "Quero atrair dois públicos: as donas-de-casa e a garotada. Para isso, localizei uma família de mulheres numa cidade que é um point de surfe e misturei a vida delas com a dos surfistas. É uma novela basicamente cômica, com elementos de melodrama, mas na qual até os vilões são engraçadíssimos", afirmou o autor. Os personagens vivem em Caramirim, cidade fictícia localizada em algum lugar do litoral fluminense, onde os surfistas se reúnem para pegar onda na famosa Praia Azul. Portanto, vá-se acostumando com o vocabulário dessa turma, cujos diálogos são econômicos mas recheados de expressões como "aéreo, flat, haole, swell, terral, Maria Parafina, marola, crowd". As mulheres que conduzem a história pertencem à família Jequitibá, formada por Virgínia (Ana Rosa) e suas três lindas filhas – Alma (Giovanna A n t o n e l l i ) , D o r a Frederico Rozario/TV Globo (Claudia Abreu) e Suzana (Carolina Dieckmann), na foto –, que terão de rebolar para driblar as vilanias de Violeta, na pele da impagável e agora louríssima Vera Holtz. Calmon, que já brincou com vampiros em uma de suas novelas (a divertida Vamp), dessa vez resolveu recorrer ao sobrenatural para dar molho extra a sua trama. Para ‘surfar’ nesse terreno convocou Regina Duarte, que deixa os papéis de sofredora das 8h para viver Waldete, uma empregada misteriosa, abelhuda e com uma percepção fora do comum, que mais parece um manual de auto-ajuda ambulante. O personagem de José Wilker, Augusto, também vem com dose do realismo fantástico, tão bem criado por Dias Gomes em suas novelas. Calmon não nega a homenagem: "Eu adoro as coisas que Dias Gomes fez, ele é indiscutivelmente o autor do maior sucesso da televisão brasileira, Roque Santeiro. Revisito esse universo através da cidadezinha, das coisas meio mágicas, meio estranhas, que acontecem nela. No meio da novela, Augusto chega à cidade com outro nome e fica a dúvida sobre quem ele realmente é: se o Augusto, um sósia ou uma figura negativa. Como aconteceu em Roque Santeiro". Especulação imobiliária, ecologia e gravidez na adolescência são outras questões que o telespectador verá em Três Irmãs, cujos primeiros capítulos foram rodados em Bali. Rodrigo Hilbert, Paulo Vilhena, Marcos Palmeira, Alexandre Borges e Marcello Novaes serão os galãs da trama, que tem ainda no elenco Marcos Caruso, Maitê Proença, Ailton Graça, Debora Duarte, Roberto Bonfim, Beth Goulart, Tato Gabus Mendes, Luis Gustavo, Otávio Augusto e Graziella Moretto.

Bush e a louca Amy

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Denis (João Baldasserini) é o filho mais velho, selvagem da motocicleta entre os carros e ônibus de SP.

o elenco estão personagens conhecidos como George W. Bush (que dispensa apresentações) e seu círculo íntimo de falcões – o vice Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Paul Wolfowitz, Samantha Power e Paul Bremer, o grupo de conselheiros do presidente que defendeu com unhas e dentes que os EUA entrassem em guerra contra o Iraque. Entraram, estão lá até hoje, e são raras as pessoas, tanto nos EUA como em outras partes do planeta, que apóiam essa guerra sangrenta. No documentário Sem Fim à Vista, que levou o Oscar na categoria este ano, e será exibido pelo GNT na quinta, dia 18, às 21h, o diretor Charles Fergunson decidiu mostrar o lado dos que apoiaram a decisão de Bush desde o começo. O saldo não é dos melhores: de 2003, quando a guerra começou, até 2007, quando o filme foi rodado, ela já havia consumido US$ 2 trilhões dos cofres públicos, um número enorme de vidas, americanas, iraquianas e de outras nacionalidades, como a do brasileiro Sérgio Vieira de Melo. Milionário, Charles Fergunson nunca empunhou uma câmera na vida. Resolveu bancar do próprio bolso os custos da produção para conseguir entender as razões que levaram seu país a entrar nessa guerra. Para tanto, ele entrevistou soldados que combateram no Iraque, jornalistas, acadêmicos, militares de patentes e ex-funcionários do governo Bush - incluindo aqueles que estiveram em Bagdá em 2003. Saldo final: a maioria apontou que os EUA não tinham um plano de ocupação, estratégias adequadas para invadir o país e muito menos tropas suficientes. Ou seja, foi tudo um fiasco. E quem não quiser esperar até o dia 21 para ver na TV, pode tentar assistir in loco amanhã, sábado, dia 13, a partir das 15h, ao concerto que a TV Cultura vai gravar no teatro Franco Zampari, o Prelúdio – Concerto de Premiação, com os ganhadores das duas últimas edições do programa, o pianista Cristian Budu e o violinista Rodrigo Monteiro, ambos regidos pelo maestro Julio Medaglia e acompanhados da Orquestra Prelúdio, formada por músicos de grandes orquestras de São Paulo. A entrada é franca. Quem quiser participar deve entrar em contato até hoje, sexta, pelo telefone (11) 2182-3474 ou e-mail preludio@tvcultura.com.br. E na segunda, às 22h45, os fãs de Amy Winehouse (foto) vão poder se deliciar com o show gravado no festival Eurockéennes de Belfort em 2007, com a garota-problema cantando pérolas de seu repertório de sucessos, como Rehab, Back to Black, Valerie, Just Friends e Mr. Jones. O pretexto do Multishow, que exibe o concerto, é festejar os 25 anos recémcompletados da srta. Winehouse. (RR)


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Nacional Imóveis Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

É o sonho da indústria de sorvetes, que investe em novos sabores e conceitos, para vender não apenas no verão.

D

epois de crescer 17% e faturar R$ 900 milhões em 2007, a indústria de sorvetes espera um avanço ligeiramente inferior em 2008. Para reverter esta perspectiva, está antecipando os lançamentos de verão. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis), Eduardo Weisberg, informa que a produção brasileira deve se situar ligeiramente acima dos 550 milhões de litros de 2007 e que o setor está unido em torno da adoção de estratégias para aumentar o consumo per capita brasileiro. Atualmente, ele é de apenas 4,7 litros anuais, volume considerado baixo se comparado aos 26,3 litros consu-

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GELADEIRAS A TODO VAPOR

Delícias geladas para o ano todo Paula Cunha

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

midos na Finlândia e aos 22,5 litros nos Estados Unidos (veja quadro). Para estimular o mercado, Weisberg conta que o setor aposta não só na renovação técnica e no lançamento de novos produtos, mas na campanha para mudar os hábitos de consumo do produto no País. Por isso, o setor adotou o dia 23 de setembro para comemorar o Dia Nacional do Sorvete e divulga a data todos os anos.

milhões de litros de sorvete foram produzidos pela indústria brasileira em 2007.

Fotos: Newton Santos / Hype

O clima quente, durante o inverno, ajuda no desempenho do setor. Mas o brasileiro ainda consome pouco sorvete se comparado a outras nações

"Queremos ressaltar que a partir de setembro e até março a população brasileira consome 70% da produção total de sorvetes do País e que, por isso, é importante realizar mais ações durante o ano para incentivar o consumo não apenas no verão", explica. Outra estratégia adotada pela entidade é incentivar a inclusão do sorvete na merenda de escolas municipais e estaduais. A Abis criará um tipo es-

pecial de gelado enriquecido com ferro e cálcio que será consumido nas unidades educacionais. Segundo Weisberg, o produto será desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e será distribuído a partir do próximo ano. Estratégias – A Kibon, que detém 57,9% do segmento de picolés, cones e copos, concentra cerca de 70% das suas vendas no verão. A empresa investiu neste ano R$ 42 milhões em todos os seus produtos e destacará o lançamento de novos sabores como os picolés Açaí e Acerola, além do Mascotes, especialmente criado para crianças. Os sorvetes de milho verde e coco queimado fazem parte das Delícias da Terra, que serão comercializadas a partir deste mês em todo o País. Para o vice-presidente da

categoria sorvete da Kibon, Sebastian Reyes, a empresa não se limita ao período de verão para lançar novos produtos, mas criou promoções especiais para o final deste ano, e não deve divulgá-las a curto prazo. Quanto às sobremesas congeladas, a novidade será um novo sabor da linha Kibon Carte D'Or, o de creme de coco com abacaxi. Ele ressalta que as ações da Abis para que o sorvete seja reconhecido como alimento são válidas e lembra que o produto é uma ótima fonte de cálcio para crianças. Verão gelado – A HäagenDazs, que conta com 11 lojas em todo o País, pretende lançar os produtos do período que denomina pré-verão com uma festa no dia 1º de novembro em São Paulo. Batizado Häagen-Dazs Mix Music, o evento marcará o

lançamento de dois novos sabores e os apresentará ao público na forma de coquetéis e bebidas especiais. A capital paulista foi escolhida porque o estado é o principal mercado da marca, que pretende crescer 30% em vendas no verão em comparação com o inverno e mais 30% somente no próximo verão. A rede está otimista porque o consumo do inverno igualou-se ao do verão. O gerente de marketing, Marcos Henrique Scalai, informa que, em razão deste desempenho, a Häagen-Dazs pretende inaugurar mais três lojas, uma na capital paulista, outra no interior de São Paulo e a terceira no Nordeste. Excepcionalmente a coluna Publicidade não será publicada nesta edição

Paradigma: empresas querem reeducar hábitos dos consumidores

Empresas aumentam parcerias e capilaridade

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ntre as empresas do Janeiro, lançará novos sabores setor que estão se de frutas tropicais e a linha preparando para o gold em outubro para suas próximo verão, a rede franqueadas e clientes como paulistana Ofner, formada restaurantes e lanchonetes. A por 17 lojas na Grande São expectativa é de crescimento Paulo, ainda estuda as de 50% nas vendas neste ano estratégias para os próximos ante o desempenho de 2007. O meses. Seu verão diretor representa comercial, 50% das Brasileiro consome Lauri Roman, vendas 4,7 litros anuais de explica que os anuais. sorvetes Segundo a sorvete, volume representam supervisora bastante inferior aos 15% das de vendas, vendas da Shirley 26,3 litros empresa. Maciel, a rede degustados na Atualmente, conta com Finlândia e aos 22,5 todas as uma parceria unidades com a litros nos Estados faculdade de oferecem 24 Unidos sabores, com engenharia de alimentos da destaque para a linha light, Universidade de Campinas (Unicamp) para muito procurada pelos consumidores. pesquisar novos produtos. A Caramba, rede com mais Além disso, seus alunos de 100 franquias na cidade de passarão por um período de São Paulo, no litoral paulista, estágio na empresa a partir do Bahia, Espírito Santo e Rio de próximo ano. (PC)


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Congresso Planalto Corr upção CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fé na crise

s democratas querem aproveitar o momento de crise vivido pela campanha de Geraldo Alckmin para consolidar a posição de Gilberto Kassab isolado em segundo lugar nas pesquisas. Pelas pesquisas que os democratas recebem rotineiramente, Kassab já estaria na vice-liderança. Mas no último Datafolha o democrata aparece tecnicamente empatado com Alckmin. A esperança dos tucanos é que José Serra entre prá valer na campanha do candidato do partido, mas o governador continua apoiando também Gilberto Kassab. O governador não deseja que PSDB e DEM encontrem dificuldade para restabelecer a coligação dos dois partidos no segundo turno.

IMPASSE Para os democratas, é hora de Kassab avançar. Os alckmistas estão atônitos com a crise vivida pelo seu candidato. Enquanto isso, Alckmin resiste em mudar o estilo de sua campanha. Mas a pressão para que ele mude é forte.

ATAQUES Alckmin está sendo aconselhado a endereçar mais críticas à administração de Kassab, com quem o tucano disputa uma das vagas no segundo turno. Se não conseguir segurar a segunda colocação nas pesquisas, Alckmin não chega no turno final. É o que pensam os democratas.

COMO ESTÁ A situação da candidata do PT, Marta Suplicy, continua cômoda. Ela mantém o índice de 40% de intenção de voto nas pesquisas. Com este índice, Marta garante passagem para o segundo turno.

INDEFINIÇÃO A segunda vaga no segundo turno continua indefinida. O adversário de Marta será Alckmin ou Kassab. A linha do prefeito nas pesquisas continua ascendente, enquanto o tucano se esforça para conter a queda.

ADVERSÁRIA A ordem no QG de Kassab é para o candidato continuar polarizando a campanha com Marta Suplicy. Por isso, o democrata insiste em estabelecer a comparação entre sua administração e a gestão de Marta.

MPF denuncia Jefferson por formação de quadrilha Eduardo Naddar/AOG 12.02.08

O esquema teria arrecadado, de forma criminosa, R$ 5 milhões para o PTB

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Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) ofereceu, na última segunda-feira, denúncia à Justiça contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson, por formação de quadrilha. De acordo com o MPF, o esquema formado pelo ex-deputado, atual presidente do PTB, teria a função de "arrecadar, de forma criminosa, verbas ilícitas para o partido". Foram denunciados também os ex-empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Maurício Marinho, Antônio Osório, Fernando Godoy, Julio Imoto e Eduardo Coutinho; o ex-presidente da Eletronorte Roberto Garcia Salmeron; Horácio Batista, primo de Antônio Osório e o ex-presidente da ECT João Henrique Souza. De acordo com o MPF, o grupo teria arrecadado cerca de R$ 5 milhões. As investigações do MPF foram deflagradas em conjunto com a Controladoria-Geral da União, Polícia Federal e um grupo de auditores dos Correios para apurar delitos cometidos no âmbito da empresa, após a divulgação de uma filmagem em que Marinho, en-

do candidato do PSDB. Os alckmistas não desejam que o governador continue com os pés em duas canoas.

PUNIÇÃO Os alckmistas pedem ao diretório municipal do PSDB que puna os vereadores tucanos que mantém seu apoio à candidatura Kassab. Desejam também punição para os tucanos que trabalham na Prefeitura e fecharam com o prefeito.

IMPORTÂNCIA Para sensibilizar os caciques tucanos, os alckmistas lembram que é importante para o partido ganhar a eleição de prefeito. Os alckmistas pregam que a Prefeitura paulistana será fundamental nas campanhas de governador e presidente em 2010.

NÃO QUER O governador José Serra não quer que Alckmin ataque a administração de Kassab Porque dela participam diversos tucanos. Ele, inclusive, foi prefeito antes de Kassab assumir.

Quebra de sigilo telefônico do presidente do PTB mostrou envolvimento com os agentes do esquema

tão chefe do Departamento de Compras e Contratações (Decam), apareceu recebendo em sua sala funcional na ECT, a título de propina, R$ 3 mil. Por meio das provas colhidas, os procuradores da República responsáveis pelo caso, Bruno Acioli, Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula concluíram que a ECT "foi vítima da ação organizada de quadrilha composta por empregados públicos, políticos, empresários e lobistas". Segundo eles, o esquema funcionou efetivamente no período de fevereiro de 2003 a junho de 2005. De acordo com os procurado-

Wilson Dias/ABr

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EM FRENTE Marta Suplicy não pretende comentar a crise do PSDB e prefere manter sua "briga" com Kassab. A candidata petista continua acreditando que, para ela, seria mais fácil enfrentar Kassab no segundo turno.

Os três principais candidatos têm interesse em projetar a campanha nas zonas leste e sul porque são os dois principais redutos eleitorais da Capital. As duas regiões somam cerca de 60% do total de votos no município.

DECISÃO Cansados de tanto esperar, os alckmistas querem saber até que ponto Serra ajudará a campanha

NÚMEROS A petista se baseia na última pesquisa Datafolha, que projetou empate técnico entre ela e Alckmin no segundo turno (47% de intenção de voto para cada um). Em contrapartida, a pesquisa projetou vitória da petista contra Kassab (50% contra 43%).

DÚVIDA O presidente Lula continua achando que Marta encontrará dificuldade para se eleger prefeita. O presidente admite que tanto Alckmin quanto Kassab serão adversários difíceis de serem derrotados no segundo turno.

Aqui você encontra o DC

Lobão Filho: "Foi meu sócio quem pegou sua empregada e a usou"

Fundos do Opportunity já perderam R$ 3,2 bi

A Largo do Arouche, 290

VOTOS

res, o objetivo primordial da organização era o financiamento de projetos políticos. Esquema – De acordo com o MPF, o esquema montado por Roberto Jefferson teve início com a indicação política de Antônio Osório, filiado ao PTB, para ocupar o cargo de diretor de Recursos Humanos da ECT. Posteriormente, foi indicado para o cargo estratégico de diretor de administração na empresa. Em seguida, Antônio Osório teria agregado seus principais auxiliares: Fernando Godoy e Maurício Marinho, ambos empregados concursados da ECT e principais

decisão da Justiça Federal em ordenar o bloqueio de R$ 545,79 milhões dos sócios e diretores do banco Opportunity e das gestoras de recursos do grupo, devido a irregularidades em movimentações financeiras, foi mais um duro golpe na instituição controlada pelo banqueiro Daniel Dantas. Desde o dia 8 de julho, quando a cúpula do banco foi detida pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, os fundos de investimentos do Opportunity já perderam R$ 3,2 bilhões. Os dados atingem até o último dia 9 de setembro. A fuga já representa 17,6%

operadores do esquema. Mais adiante, os servidores Eduardo Coutinho e Julio Imoto também teriam se associado ao grupo, informa o MPF. Ainda de acordo com informações do MPF, Roberto Jefferson, assessorado por Roberto Garcia Salmeron, faria pessoalmente o monitoramento do desempenho de Osório na missão de arrecadar fundos para o PTB. A quebra do sigilo telefônico de Jefferson, decretado por ordem judicial, teria também comprovado a relação direta do ex-deputado com os envolvidos no esquema Fernando Godoy e Marinho. (AE)

Lobão Filho acusa sócio de usar 'laranja'

NOS BAIRROS Além de defender a comparação entre a sua administração com a da exprefeita Marta Suplicy, Kassab está intensificando a campanha nos bairros em que a petista reina de forma absoluta, sobretudo nas zonas leste e sul.

Posso explicar tudo isso. Lobão Filho, sobre as denúncias de sonegação fiscal, cheques e vendas frios

JEFFERSON É DENUNCIADO PELO MPF

Eymar Mascaro

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

dos ativos antes da ação da PF. Os números são do site Fortuna, com base em informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Associação Nacional de Bancos de Investimentos (Anbid). A pesquisa contabilizou todos os pedidos de resgate feitos pelos clientes no período. As maiores perdas, segundo o Fortuna, foram verificadas nos fundos de curto prazo: R$ 1,9 bilhão do total que já saiu do Opportunity. As perdas registradas nos últimos meses já superam o patamar de 2004, quando Daniel Dantas foi indiciado pela PF na Operação Chacal. Na

senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA) acusa seu sócio de ter usado uma empregada doméstica como "laranja" num esquema de sonegação de impostos. O senador, que está em Genebra para reuniões sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC), é acusado de suposta prática de crimes contra a fé pública (falsidade ideológica e uso de documento falso) e formação de quadrilha. O pedido do Ministério Público (MP) chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no final de agosto. "Garanto que tenho um caminhão de provas a apresentar ao Supremo Tribunal Federal", disse. "Estamos falando de empresas que eu tive há anos. Foi meu sócio quem pegou sua empregada e a usou como 'laranja'". De acordo com as investigações do MP, o senador foi sócio dos irmãos Marco Antônio e

Marco Aurélio Pires Costa em empresas de distribuição de bebidas. O grupo usaria "laranjas" na composição social de diversas empresas para a suposta prática de sonegação fiscal. As acusações também falam de "vendas frias" e "cobertura de cheques frios". "Posso explicar tudo isso", afirmou o senador. "Eu já poderia ter mostrado isso, mas fui orientado a não fazer e esperar o momento e fórum correto. Agora vou mostrar", acrescentou. Um relatório da Receita Federal concluiu que uma suposta alteração contratual na Bemar Distribuidora de Bebidas, feita em outubro de 1988, teria sido "uma farsa, com o intuito deliberado de transferir para pessoas humildes e sem poder econômico para responder, perante o fisco, pelo pagamento de impostos e contribuições". (AE)

Márcio Fernandes/AE

Daniel Dantas: agora, bloqueio judicial de R$ 545,79 milhões

época, os saques dos fundos da instituição chegaram a atingir entre 15% do patrimônio total nos 90 dias seguintes ao anúncio do indiciamento. Apesar das saídas terem somado R$ 3,2 bilhões, o patrimônio dos fundos do grupo encolheu ainda mais – R$ 4,9 bilhões – por conta das perdas registradas pela Bolsa de Valores de São Paulo em julho. O fraco desempenho do merca-

do de capitais afetou a rentabilidade dos ativos do Opportunity, que tem cerca de 60% do patrimônio da gestora de recursos aplicado em fundos de ações. Em nota divulgada à imprensa, o Opportunity informa que está tomando providências legais para reverter o bloqueio e nega que a Justiça tenha bloqueado bens de clientes dos fundos do grupo. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008 Agliberto Lima/DC

LAZER - 3

Fotos: divulgação

CONCERTO

Aviso aos Navegantes, 1950: músicas interpretadas por Maria Alcina e Vânia Bastos.

TRILHA SONORA Close nas canções! Rita Alves

Montagem no Municipal: estréia nesta sexta (12)

O Homem do Sputnik, 1959: filme da produtora carioca Atlântida entre os clássicos do projeto musical.

Colombo, oratório cênico de Carlos Gomes.

N

este mês o Teatro Municipal, nosso templo da ópera, comemora 97 anos com a música de Carlos Gomes (18361896, foto). No exato dia do seu aniversário, o Municipal estréia a temporada do oratório cênico Colomb o, que o compositor campineiro (muito bem sucedido na Europa) escreveu em 1892, narrando a história do descobridor da América, o navegador italiano Cristóvão Colombo. A montagem, com direção e cenários de William Pereira e figurinos de Luís Rossi, estreou na verdade em 2004 no mesmo Municipal e integra o acervo da casa. A Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, sob a regência de José Maria Florêncio, acompanha o Coral Lírico e os solistas Marcelo Vanucci, tenor, no papel de D. Fernando; a soprano Mônica Martinez como Dona Isabel; e o barítono Sebastião Teixeira no papel-título. Carlos Gomes - Antônio Carlos Gomes nasceu em Campinas e morreu em Belém do Pará. É considerado o mais importante operista brasileiro do estilo romântico. Foi o primeiro compositor pátrio a estrear suas obras no célebre Teatro alla Scala, de Milão. Com apoio de D. Pedro II, Carlos Gomes ganhou uma bolsa para estudar na Itália. No dia 8 de novembro de 1863, partiu a bordo do navio inglês Paraná. As óperas - Sua obra emblemática é O Guarani, cuja première aconteceu no dia 2 de dezembro de 1870, aniversário de D. Pedro II. Além de O Guarani, fazem parte de seu currículo as óperas Condor, Fosca, Joanna de Flandres, Ma-

ria Tudor, A Noite do Castelo, Salvador Rosa, O Escravo e Minha Campinas. Além das óperas - Aos quinze anos, Carlos Gomes já havia composto valsas, quadrilhas e polcas. Aos 18, escreveu a Missa de São Sebastião, dedicada ao pai. Na apresentação dessa obra cantou alguns solos. Em 1857, inspirado nos versos do poeta romântico português Almeida Garrett, compôs a modinha Suspiro d´Alma. Sempre confessou, porém, que o foco de sua inspiração era a obra do italiano Giuseppe Verdi (1813-1901), autor das obras La Traviata, A ída, R igoletto e Macbeth, entre outras. Colombo - Teatro Municipal de São Paulo. Praça Ramos de Azeved o. Te l . : 3 3 9 7 0327. Sexta (12), 20h30; domingo (14), 17h. R$ 20 a R$ 40. Há outras a pres enta çõ es previstas para os dias 16 (terça) e 18 (quinta). Ainda no Mun i c i p a l - A O rquestra Experimental de Repertório festeja os 97 anos do teatro e os 25 da série Outros Sons no dia 14 (domingo). O maestro Jamil Maluf, regente tiitular da OER e diretor artístico do Municipal, faz parceria com o músico Arrigo Barnabé para uma reedição histórica do espetáculo Clara Crocodilo (peça-referência de Arrigo), que inaugurou a série em 1983. O concerto terá a participação do Coral Paulistano. Já a Sinfôni-

ca do Teatro Municipal receberá a famosa soprano Eliane Coelho, radicada na Alemanha. Com a OSTM, sob a regência de Rodrigo de Carvalho, ela interpreta as Quatro Últimas Canções, do alemão Richard Strauss (18641949). O concerto será realizado nos dias 16 (terça) e 18 (quinta). No dia 13 (sábado), o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo faz seu recital do mês. No programa, o Quarteto Prévio, do brasileiro Edigo Krieger, e o Quarteto Op. 131, de Ludwig van Beethoven (1770-1825). Festival de Música Nova - Fundado e dirigido pelo compositor Gilberto Mendes, chega à 43ª edição, com concertos em São Paulo, Santos (sede) e Campinas. Programação neste fim de semana: sexta (12) e 13 (sábado) – Lia Fereneses e Ópera Nova Zurich. Te atro Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, Tel.: 50803000. 21h. R$ 10. Domingo (14) - Caio Pagano (piano) e Paulo Chagas (eletrônica) apresent a m o b ra s d o s a l e m ã e s A r n o l d Schoenberg (1874-1951) e Alban Bertg (1885-1935); e do brasileiro Willy Correa de Oliveira, além do próprio Chagas. Auditório Camargo Guarn i e ri Rua do Anfiteatro. Tel.: 30913000. 18h. Grátis. 43º Festival de Música Nova: www.festivalmusicanova.com.br (MMJ)

Agliberto Lima/DC

A saga de Colombo, em versão dramática: grande coro e solistas.

Q

uando as luzes da sala se apagam e o projetor exibe na telona a contagem regressiva, é sinal de que vem algum clássico do cinema pela frente. Tal rotina pode ser vista às terças-feiras do mês de setembro no projeto Pocket Trilhas, no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil. Apesar de todo o clima de sessão-pipoca, os filmes não são os protagonistas da vez. É a música do cinema a personagem principal. Na tela, apenas pequenos trechos de filmes são exibidos. Em seguida, o público aprecia ao vivo trilhas sonoras executadas por formações de câmara especialmente reunidas para o evento, com arranjos originais escritos por Adail Fernandes, Marco Antonio Bernardo e Fábio Caramuru. O projeto musical, idealizado e dirigido pelo pianista e arranjador Fábio Caramuru, focaliza aspectos instigantes da relação entre a música e o cinema. "Sou músico e tenho uma paixão especial por cinema", diz Caramuru. "Quando surgiu a chance de criar um projeto, resolvi unir os dois temas". Ele ainda conta que aprendeu bastante quando reviu todos os filmes integrantes do Pocket Trilhas. "Fui descobrindo muita coisa que eu apenas intuía". Os filmes do mestre do suspense Alfred Hitchcock e as composições de Bernard Herrmann abriram o projeto na primeira terça-feira do mês, dia 2. Fizeram parte do evento músicas das trilhas dos longas M arnie, Confissões de uma Ladra, Intriga Internacional, Um Corpo que Cai, O Terceiro Tiro e Psicose. Quem teve a oportunidade de acompanhar a apresentação desta semana, no último dia 9, viu na tela cenas de clássicos de Federico Fellini, embalados pelos temas do compositor Nino Rota. A atenta platéia, que lotou o teatro do CCBB às 13h, era pura empolgação ao final de cada arranjo, todos criados pelo maestro Adail Fernandes e apresentados por um octeto instrumental, formado por Toninho Ferragutti (acordeom), Tiago José Garcia (clarinete), Renato Kimachi (flauta), Vera Vacaro (piano), Betina Stegmann e Nelson Rios (violinos), Estela Ortiz (viola), Júlio Cerezo Ortiz (cello) e Sérgio de Oliveira (contrabaixo). No programa, músicas de Noites de Cabíria, Casanova, Satyricon, Julieta dos Espíritos, Oito e Meio, Roma, Ensaio de Orquestra, A Doce Vida, Amarcord, entre outros.

Pocket Trilhas: música desprende-se da narrativa e torna-se o centro da atenção no Centro Cultural Banco do Brasil. Trilha de A Noviça Rebelde entre as canções. Os clássicos da música brasileira lançados nos anos de 1940 e 1950 nas famosas chanchadas (filmes carnavalescos da empresa produtora carioca Atlântida) serão os protagonistas dos próximos dias 16 e 23. E quem acompanhará o octeto no palco, liderado pelo pianista e arranjador Marco Antonio Bernardo, será uma dupla de cantoras: Maria Alcina e Vânia Bastos. Músicas como Atire a Primeira Pedra, Beijinho Doce,Paraíba eTomara que Chova serão ilustradas por cenas de Aviso aos Navegantes e Assim era a Atlântida. O projeto chega ao fim no dia 30 com Richard Rodgers (foto), um mago dos

musicais da Broadway no século XX. Ele fez parcerias com os letristas Lorenz Hart e Oscar Hammerstein II, em musicais da Brodway e em filmes de Hollywood. No programa, músicas de A Noviça Rebelde, Minha Vida é uma Canção e Meus Dois Carinhos, que serão exibidas pelo trio Fábio Caramuru (arranjos e piano), Magda Painno (voz) e Pedro Baldanza (baixo). Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel.: 3113-3651. Terças-feiras (16, 23 e 30), às 13h e às 19h30. R$ 6.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Empresas Nacional Preços Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CUSTOS DE FERTILIZANTES EM ALTA

7

294,64

reais é o valor médio da cesta básica na capital paulista nesta semana, segundo o Procon-SP.

DEPOIS DA ALTA RECORDE NO PRIMEIRO SEMESTRE, OFERTA DE HORTALIÇAS AUMENTA E PREÇOS CAEM.

VERDURAS E LEGUMES MAIS BARATOS

O

Rafael Hupsel/Luz – 16/7/07

s preços da maioria Índice Geral de Preços - Dispodos produtos hor- nibilidade Interna (IGP-DI), t i f rut i g r a n j ei ro s calculado pela Fundação Gedevem cair ao lon- túlio Vargas (FGV). go deste semestre, segundo as O Indicador de Preços hortipesquisadoras Larissa Gui Pa- fruti/Cepea pondera os valogliuca e Margarete Boteon, que res no atacado paulista de nove integram o "Projeto hortifruti", produtos: banana, batata, cedo Centro de Estudos Avança- bola, laranja, mamão, manga, dos em Economia Aplicada melão, tomate e uva. Maçã e ce(Cepea/Esalq/USP). Uma das noura ainda não integram os razões é o aumento da oferta, cálculos porque as pesquisas principalmente dos produtos sobre esses produtos foram de maior consumo: batata, to- iniciadas neste ano. Os produmate, cebola e banana. tos que tiveram maior alta de O c r e s c ipreços na primento da promeira metade dução devedo ano foram se ao clima justamente os mais favoráde maior pevel e à capitaso no indicalização dos dor – tomate, ponto percentual é p ro du to re s, batata, banao peso do grupo de q u e o b t i v ena e cebola. ram melhor O aumento hortifrutigranjeiros na rentabilidade de preços tecomposição do IPCA, no primeiro ve como caumedido pelo IBGE. sa a menor semestre. As p e s q u i s a d ooferta, provoras comentam cada por reque o tomate e a batata deverão dução de área plantada e exter menos destaque no noticiá- cesso de chuva no primeiro ser i o s o b r e i n f l a ç ã o n e s t e mestre. semestre. Vilões? – As pesquisadoras O levantamento realizado observam que o Índice de Prepelo Cepea no mercado ataca- ços ao Consumidor Amplo dista de São Paulo (Ceagesp) (IPCA), medido mensalmente mostra que nos seis primeiros pelo IBGE, também captou meses deste ano os preços dos significativas variações de hortifrutigranjeiros tiveram a preços dos hortifrutigranjeiros maior alta da série histórica no primeiro semestre. Os desdos dados, iniciada em 2002. taques foram o melão e o tomaO valor do indicador de preços te, com aumentos acumulados de janeiro a junho deste ano fi- de 124,39% e 106,41%, respeccou acima da média anual dos tivamente, no semestre. No anos anteriores, na faixa de entanto, a participação desses R$ 1,10 por quilo. Os preços do dois itens no total do IPCA atacado foram corrigidos pelo é muito pequena.

1,7

Nova tentativa de levar adiante a Rodada Doha

P

ara o diretor-geral "Meu sentimento é de da Organização que há espaço para um novo compromisso nas Mundial do Comércio (OMC), Pascal próximas semanas, como Lamy, as principais foi confirmado nas reuniões economias do mundo estão técnicas dos últimos dias", dispostas a dar mais uma afirmou Lamy. "Alguns dos chance para salvar a principais atores me Rodada Doha. Ele acredita disseram estar dispostos a que um acordo parcial fazer mais uma tentativa", pode ser fechado ainda disse. "Espero que neste ano. O pacote final possamos fechar um ficaria para 2009. Depois entendimento ainda em do fracasso da negociação, 2008", afirmou. em julho, os principais Os mais céticos acusam países retomaram o debate os EUA de estar evitando nesta semana e passar para o próximo agendaram tema da agenda nas para a próxima negociações, quar ta-feira que seria a o reinício do eliminação processo. dos subsídios Meu sentimento é de Em para o setor que há espaço para Genebra, os do algodão. um novo compromisso Com a diplomatas nas próximas de Brasil, proximidade das eleições Estados semanas, como foi Unidos, presidenciais, confirmado nas China, Índia, os candidatos últimas reuniões. Europa, não querem Pascal Lamy, da OMC perder apoio Austrália e Japão se do setor rural. reuniram Para o pela primeira vez depois do embaixador Roberto fracasso da rodada. O Azevedo, tanto os principal problema foi a americanos como os indianos aceitaram debater insistência dos países emergentes importadores novas propostas. Segundo de alimentos de poder ele, cada governo irá impor barreiras quando estudar as propostas. julgarem que a entrada de "Vamos examinar os produtos agrícolas está números e fazer consultas. sendo excessiva e com o Os demais países farão o potencial de afetar mesmo", disse. O plano dos negociadores é diretamente os produtores locais. Na época, os retornar a Genebra na americanos rejeitaram a próxima quarta-feira. Mas posição adotada pela Índia, poucos acreditam em um considerada intransigente. avanço real. (AE)

Tomate, batata e outros vegetais deixam de agir como vilões da inflação, com o clima favorável e a capitalização dos produtores rurais.

As pesquisadoras ressaltam que o peso do conjunto de hortifrutigranjeiros na composição do IPCA é de 1,7%. Isso mostra, segundo as profissionais, que é questionável o destaque que se dá a esses produtos como vilões da inflação. Elas afirmam também que as oscilações, comuns nos preços desses itens, podem ser mais intensas nos próximos meses. As pesquisadoras dizem que as altas são inversa-

mente proporcionais à capitalização do produtor. Quanto mais capitalizado ele estiver, maior será a produção e menor a alta ou maior a queda de preços. Um fator adicional é o aumento dos preços dos principais insumos do setor – fertilizantes, agrotóxicos e frete. O pesquisador Mauro Osaki, do Cepea, diz que os preços dos fertilizantes, principalmente fosfatados e cloretos, base para os adubos formula-

dos (N-P-K), têm correlação positiva com os preços das commodities agrícolas – principalmente soja e milho – e com o valor do petróleo. "Enquanto esses produtos continuarem em alta no mercado internacional, é difícil que os preços dos fertilizantes recuem para os níveis anteriores aos de 2007." Osaki observa que os preços do agrotóxicos também não devem recuar no curto prazo. Isso por causa dos baixos in-

vestimentos das empresas produtoras na ampliação da capacidade instalada e na formulação de novos princípios ativos. Segundo ele, antes da retomada dos preços das commodities, a perspectiva das empresas desse setor era de que o mercado iria reduzir devido ao avanço da biotecnologia (transgênicos). "Assim, as empresas não estavam preparadas para a guinada da agricultura a partir de 2006." (AE)

Cesta básica aumenta 0,27%

O

Jorge Araújo/Folha Imagem – 2/4/07

preço médio da cesta básica subiu 0,27% entre os dias 4 e 11 de setembro na capital paulista. Segundo pesquisa diária da Fundação Procon-SP, feita em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor médio da cesta atingiu R$ 294,64 ontem, acima dos R$ 293,86 da quinta-feira da semana passada. O Procon-SP informou que a variação acumulada em setembro é de 0,76%. Nos últimos 12 meses, o valor dos produtos tem elevação de 24,93%. As altas verificadas nessa pesquisa, entre os grupos, fo-

ram de alimentos (0,3%) e produtos de limpeza (1,67%). Já os artigos de higiene pessoal tiveram recuo de 1,88% no período. Dos 31 itens pesquisados, 14 apresentaram alta, 16 ficaram com preços mais baixos e um permaneceu estável. A carne de primeira, com avanço de 2,27%, foi o item que mais pressionou os preços na semana. Também foram importantes para a alta do grupo de produtos básicos os reajustes de 6,71% na dúzia dos ovos brancos (a mais expressiva registrada pela pesquisa nesta semana) e de 3,17% do quilo do feijão carioquinha. Entre as quedas de preços de

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 025/2008 Objeto: Alienação da áreas com 7.744,09m² objeto da matrícula nº 27.474 do 1º ORI localizada na Rua Serafim Correa Andrade com Rua Joaquim Manoel Pires - Jardim Pinheiros. Limite p/ entrega dos envelopes 14/10/2008 às 17h00min e abertura dia 15/10/2008 às 08h30min.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

CNPJ/MF nº 67.562.884/0001-49 - NIRE 35.300.341.635 Edital de Convocação - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 19 de setembro de 2008, com início às 10h30min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgar Theotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: aumento do número de membros que compõem a Diretoria da Companhia, e a conseqüente alteração das Cláusulas 11, 14 e 16 do Estatuto Social da Companhia. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia cópia da proposta de nova redação das Cláusulas 3ª, 11, 14 e 16 do Estatuto Social da Companhia, referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Extraordinária ora convocada.São Paulo, 09/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

Sonopress - Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

CNPJ/MF nº 67.562.884/0001-49 - NIRE 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress - Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 19 de setembro de 2008, com início às 10h00min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgar Teotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) Apreciar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social findo em 31/12/2007; (ii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; (iii) Eleger novos membros para o Conselho de Administração; e (iv) Fixar o limite de valor da remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria para o exercício social de 2008. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia cópias dos documentos referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Ordinária ora convocada. São Paulo, 09/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

Consórcio Nacional Itautec-Itauleasing NIRE 35500053242 INSTRUMENTO DE CONSTITUIÇÃO Por instrumento firmado em 26.8.2008, constituído o CONSÓRCIO NACIONAL ITAUTECITAULEASING, com sede na Av. Paulista, 2.028, 15º andar (parte), em São Paulo (SP), e consorciadas a ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC (CNPJ 54.526.082/0004-84) e o BANCO ITAULEASING S.A. (CNPJ 49.925.225/0001-48). CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certidão: certifico que este documento foi registrado sob número e data estampados mecanicamente NIRE 35500053242, em 5.9.2008 (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.” HAKKA EVENTOS S.A.

CNPJ nº 08.787.215/0001-06 NIRE 35.300.341.309 EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os senhores acionistas da Hakka Eventos S.A., para participarem da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que se realizará em 22/09/2008, às 10 horas em primeira convocação; ou às 11 horas, em segunda convocação, quando será instalada com a presença dos acionistas presentes, independentemente do quórum, na sede social, na Rua São Joaquim, 460, Térreo, São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre as seguintes ordens do dia: 1) Aprovação das contas dos administradores, do Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31/12/2007; 2) Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; 3) Alteração do objeto social; 4) Eleição da nova diretoria; 5) Suspensão temporária do funcionamento do Conselho Fiscal; e 6) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 08 de setembro de 2008. Chang Yun Sea – Diretor Presidente

maior destaque, a Fundação Procon-SP citou cebola (queda de 6,61%), papel higiênico fino branco (baixa de 4,35%), salsi-

cha avulsa (recuo de 4,13%), desodorante spray (preços 3,55% mais baixos) e creme dental (queda de 3,1%). (AE))

LJ ASSESSORIA EM INVESTIMENTOS EMPREENDIMENTOS E CONSULTORIA LTDA. - CNPJ nº 06.339.786/0001-52 - NIRE 35219215188 - Extrato da Ata de Assembléia de Sócios realizada em 29/08/2008 - Às 10hs, na sede, em SP/SP na Rua Casa do Ator, 853, Cj. 81 V.Olímpia, com a presença dos sócios que representam 100% do capital social. Mesa: Jorgen Lange-Pres., Maria Cecília P. de Almeida Lange-Sec.. Ordem do dia: deliberar sobre a redução do capital social, em razão do capital ser excessivo em relação ao objeto da sociedade, de acordo com o art. 1.082, inciso II da Lei 10.406/02 (NCC), para R$10.000,00 divididos em 10.000 de um real cada uma, com a devolução em moeda corrente nacional neste ato dos valores do capital social, na seguinte proporção: a) O sócio Jorgen Lange, receberá o valor de R$125.375,00; b) A sócia Maria Cecília Pereira de Almeida Lange, receberá o valor de R$124.625,00; Após a exposição da ordem do dia e colocado em votação, foram eles aprovados sem reserva e restrições, a presente ata, que lida, e assinada por todos os sócios. SP, 29/08/2008. Jorgen Lange-Pres., Maria Cecília P.de Almeida Lange-Sec..

BANCO LUSO BRASILEIRO S.A. - C.N.P.J - M.F. nº 59.118.133/0001-00

Extrato da Ata da Assembléia Geral Extraordinária de 14.07.2008 Data, Hora, Local: 14.07.08 às 10hs., Sede Social, Av. Cidade Jardim, 400, 22º andar, SP/SP. Presença: Totalidade dos Acionistas. Mesa: Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida. Secretário: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Deliberações: Aprovadas por unanimidade: 1. Re-ratificação dos itens da ordem do dia da AGO/AGE de 28/04/08. 2. A partir desta data fica criada a Ouvidoria do Banco Luso Brasileiro S/A., base resolução 3477 de 26/07/07 do Banco Central do Brasil, e em conseqüência incluída a seção III no capítulo III e os arts. de 18 ao 28 passam a ter novas redações, também incluído o art. 29º no Estatuto Social: Seção III. Da Ouvidoria. Art. 18: A ouvidoria será composta por 1 funcionário designado pela diretoria. § 1º: Constituem atribuições da ouvidoria, receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às reclamações dos clientes e usuários dos produtos do Banco Luso Brasileiro S/A, que não forem solucionados pelo atendimento habitual realizado pelas agências e quaisquer outros pontos de atendimento. Capítulo IV. Das Assembléias Gerais. Art. 19: A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, dentro dos 4 primeiros meses de cada ano e, extraordinariamente quando necessário, guardados os preceitos de direito nas respectivas convocações. Art. 20: A Assembléia Geral será instalada e presidida pelo Presidente do Conselho de Administração, que escolherá um acionista, um Diretor ou um dos presentes para secretariá-lo. Capítulo V. Do Conselho Fiscal. Art. 21: O Conselho Fiscal, de funcionamento não permanente, será composto de no mínimo 3 e no máximo 5 membros efetivos e suplentes em igual número, acionistas ou não, residentes no País, nas condições e atribuições previstas na Lei. Capítulo VI. Do Exercício Social - Balanços - Lucros e sua Aplicação. Art. 22: O exercício social coincidirá com o ano civil, encerrando-se, portanto, em 31 de dezembro de cada ano. Art. 23: O balanço, obedecendo a todas as prescrições legais, será levantado em 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano. Art. 24: Do lucro líquido apurado em cada balanço, serão destinados: a) 5% para a constituição do Fundo de Reserva Legal, até que este alcance 20% do capital social; b) 25% para dividendos aos acionistas; e c) o saldo, se houver, terá a aplicação que lhe destinar a Assembléia Geral, por proposta dos órgãos da administração, observadas as disposições legais atinentes a matéria. Art. 25: O dividendo não será obrigatório no exercício social em que a administração julgá-lo incompatível com a situação financeira da empresa, podendo os órgãos da administração propor à AGO que se distribua dividendo inferior ao obrigatório ou nenhum dividendo. A Assembléia Geral poderá, também, se não houver oposição de nenhum acionista presente, tenha direito a voto ou não, deliberar distribuição de dividendo inferior ao obrigatório ou a retenção de todo o lucro. § Único: Nestas hipóteses, os administradores não terão direito a percepção de participações nos lucros. Art. 26: O prazo para pagamento do dividendo será estipulado pela AGO que o aprovou, de acordo com as disponibilidades financeiras da sociedade, justificadas pelos órgãos da administração, porém não ultrapassando o exercício. Art. 27: A empresa apurará sobre o patrimônio líquido, determinado pelo art. 182, Lei 6404/ 76, os juros remuneratórios do capital próprio, obedecendo ao regulamento do imposto de renda e as instruções normativas que forem expedidas pela Secretaria da Receita Federal. § Único: O pagamento ou crédito dos juros remuneratórios do capital fica sujeito a situação financeira da empresa, cabendo a administração julgá-lo compatível ou não. Capítulo VII. Da Liquidação. Art. 28: A Sociedade entrará em liquidação nos casos previstos em Lei. Art. 29: Os casos omissos no presente estatuto serão resolvidos pela Assembléia Geral. Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. Presidente: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida. Secretário: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. Acionistas: Manuel Rodrigues Tavares de Almeida, Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho, Luciano Santos Tavares de Almeida, Luciana Santos de Almeida Trevisan. Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Filho, Vice Presidente do Conselho de Administração. JUCESP nº 285.758/08-1 em 01.09.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Digitron da Amazônia Indústria e Comércio S/A Requerido: Info Tel Comércio de Informática e Telefonia Ltda. - Rua dos Andradas, 385-A - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Fotos: Divulgação

Saint James's Street, 3 José Guilherme R. Ferreira

A

CD

Fidelidade a Toninho Horta. Em LP, em CD. King Crab, o enorme crustáceo: apenas a parte mais suculenta é levada à mesa.

Aquiles Rique Reis

GASTRONOMIA

N

ão tem jeito, a música criada pelo grande músico nasce definitiva. Não há tempo nem modismo que interfira na qualidade da canção que não se oprime diante da velocidade da evolução tecnológica. A composição saída da cabeça do grande instrumentista e do grande compositor vem categórica. Assim é Toninho Horta, decididamente tão genial hoje quanto nos anos 1970. Ao receber de presente do amigo Milton Nascimento algumas fitas que "sobraram" de uma gravação, e também as horas de estúdio não utilizadas, Toninho passou a nelas registrar algumas de suas músicas. Cuidadosa, mineiramente, lá se pôs o jovem a realizar o sonho de ouvir em grandes caixas de som o que lhe saía da alma e soava nas cordas da guitarra e no

Temporada do caranguejo gigante em São Paulo Restaurante Red Angus, conhecido pelas carnes, agora serve frutos do mar.

Berry Bros. & Rudd, a mais antiga loja de bebidas do Reino Unido, e possivelmente de todo mundo, foi a primeira a lançar um site entre as casas do gênero. Hoje importa e vende via internet e no mesmíssimo balcão de madeira escura de outrora mais de 4 mil garrafas diariamente. A Berry Bros. & Rudd funciona há mais de 300 anos no número 3 da Saint James Street, no West End londrino, e permanece sob o comando da família pioneira, hoje na oitava geração. A Saint James é a rua que vai de Picadilly ao palácio Saint James, trecho notabilizado por alguns clubes remanescentes do século XIX, lojas exclusivas e tradicionais de roupas e calçados. Nessa região da cidade aconteceram as primeiras grandes feiras, com circulação das novidades de todo o mundo. Quando foi aberta, em 1698, tinha um perfil mais eclético. Além de bebidas, comercializava cafés e outras mercadorias importadas. Na segunda metade do século XVIII, já era fornecedora oficial do rei George III. Continua abastecendo a família real britânica até hoje. Simon Berry, chairman da empresa desde 2005, foi nomeado este ano uma espécie de

gerente das adegas reais. Foi a partir do século XIX que a Berry Bros. & Rudd entrou definitivamente no ramo das bebidas, buscando o que de melhor se produzia em todo mundo, de châteaux a pequenas vinícolas. O celebrado whisky Cutty Sark é uma criação da loja, que tem ainda 70 rótulos próprios, sendo o Good Ordinaire Claret (cerca de R$ 23 a garrafa) o mais vendido. Estão todos guardados numa moderna adega que armazena 3 milhões de garrafas, incluindo aí algumas reservas de clientes.

Francis Berry, o negociante

www.bbr.com

Lúcia Helena de Camargo

Arquivo DC

C

seu dom de compor. Após três anos gravando, mesmo sem se conhecerem, muitos músicos, ao visitar o amigo no estúdio, não se furtaram a tocar em conjunto. E de 1976 até 1979 estiveram ligados Hugo Fattoruso, Airto Moreira, Raul de Souza, Wagner Tiso e Nivaldo Ornelas, dentre outros, que se intitularam Orquestra Fantasma. Nascia Terra dos Pássaros, primeiro LP de Toninho Horta. Nele, o tecladista Fattoruso tocou instrumentos que faziam sucesso à época: Arp Strings e Arp Odyssey, uma "orquestra" que emitia sons assemelhados aos do violino, do cello e da viola, uma moda na época. Entretanto, seu som, marca registrada nas gravações de então, usado em excesso logo se tornou um modismo marcantemente datado. E assim foi. Passado algum tempo, com a indústria de instrumentos avançando celeremente rumo à sofisticação sonora, de fato os Arps se tornaram algo careta, "mentirosos" que eram. Mas ao escutar novamente Terra dos Pássaros, relançado em CD pela gravadora Dubas, tudo o que ali está confirma o que motivou o primeiro parágrafo deste texto: não há datação que prenda a boa música a algo sonoramente fora de época. A música de qualidade se realiza no presente e se lança ao futuro, sem temor de ser ouvida, posto que é definitiva. No álbum, além de tocar guitarra (que guitarra, meu Deus!), violão, órgão, percussão, baixo elétrico e cantar, Toninho Horta também criou arranjos orquestrais para as suas canções. Logo de cara ouvimos Céu de Brasília (com Fernando Brant). Após longa introdução, na qual pontifica a esplêndida guitarra de Toninho, ouvese o Arp Odyssey de Fattoruso e também a flauta suavemente tocada por Lena Horta. E aí sacamos que o incomum está diante de nós. Com Ronaldo Bastos Toninho fez Viver de Amor (no CD em versão instrumental) e Dona Olímpia, este um Reprodução emocionante tema criado para o curta Dona Olímpia de Ouro Preto, que traz a voz marcante da homenageada. E tem Terra dos Pássaros, que serve como introdução de luxo para Beijo Partido (ambas só de Toninho), e também Diana (com Fernando Brant). Estas duas últimas ajudaram a estimular o sucesso do compositor, que desde os anos 1970 cria músicas e as instrumentaliza com eterna graça e modernidade.

Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4.

omeçou esta semana e segue até acabarem os estoques a temporada King Crab no restaurante Red Angus. Conhecido pelos pratos de carne, a casa agora traz o enorme e raro caranguejo gigante, que é pescado apenas uma vez ao ano no Estreito de Bering, no Alasca. O crustáceo chega à mesa pronto para ser degustado. Ou seja, apenas a parte realmente "comível" é servida, ainda dentro da carapaça, mas com cortes laterais que facilitam a tarefa de cortar os pedaços com garfo e faca. O sabor é marcante. Quem aprecia frutos do mar como lagosta ou camarão vai gostar ainda mais desse suculento caranguejo. Cozido no vapor sem contato com a água quente, é acompanhado por um molho de manteiga e ervas finas, com o qual casa muito bem. O animal inteiro pode pesar até 12 quilos. Mas o tamanho recomendado do prato para uma pessoa é meio quilo. O crab está sendo vendido a R$ 250 o quilo.

gratinado, vôngole, robalo e quatro diferentes tipos de caldos de frutos do mar. S aladas - Se preferir começar com algo mais leve, prove a salada de frutos do mar (R$ 45), na qual vêm camarão, lula, polvo, mexilhão, vieira, cenoura, salsão, endívias, alface, manga e rabanete, ao molho de azeite e limão. Ou a salada de polvo (R$ 35) feita com a alface americana, radiccio, polvo, salsão e tomate cereja, ao molho de vinho. Bem interessante é o carpaccio de salmão, atum e robalo (R$ 40), ao molho de alcaparras e pistache. Já a entrada mais pedida nas noites frias é o creme de frutos do mar (R$ 35), que leva camarões, lulas, vieiras e mexilhões. Quer uma massa? Tem o ravióli recheado (R$ 45) com camarão e siri ao molho de conhaque. E o fetuccini ou o papardeli com frutos do mar, ambos a R$ 45, preparados com lulas, camarões, mexilhões, vieiras, polvo, tomate e manjericão. Se não resistir às carnes, pode optar pelo prato degustação com diversos cortes, como picanha, bife ancho, lingüiça e galeto, com 900 gramas de carne. Vendido a R$ 130, serve três pessoas. Ou o belo African Black Ostrich, o avestruz africano (R$ 62). Para sobremesa, algumas sugestões: profiteroles com sorvete e calda de chocolate, o creme brulée ou a mil folhas com zabayone de damascos, todas a R$ 14,90. Almoço - De segunda a sexta, das 12h às 15h, há o almoço executivo especial, que custa R$ 69,90 para duas pessoas, e inclui o couvert, bufê de saladas, três opções de carne (escolha entre bife ancho; bife de chourizo; picanha; pernil de carneiro; carré, lombo ou pernil de cordeiro; leitão), tudo acompanhado de arroz branco, farofa e vinagrete, além da sobremesa – banana flambada, Camarão (alto) e ambiente creme de papaya ou de manga. do restaurante: 148 lugares e espaço para eventos. O Red Angus, que funciona E o avestruz africano (abaixo). dentro do Complexo Fazenda MC, abre de segunda a sexta, do meio-dia às 15h e 19h à meia-noite. Aos Além do caranguejo, o Red Angus sábados, vai do meio-dia até 17h e das 19h à incorporou ao cardápio outros frutos do mar. meia-noite. No domingo, funciona direto, do A também muito saborosa lagosta ao vapor meio-dia até 18h. Os pratos da temporada (R$ 160 o quilo) é servida com o mesmo especial são servidos todas as noites, a partir molho do crab. Meio quilo é igualmente das 19h, e nos almoços de domingo. Embora o suficiente para uma pessoa. restaurante tenha apenas 148 lugares, o Há ainda os camarões gigantes (R$ 140 o complexo comporta até 500 pessoas. E o quilo) e a Sinfonia de Frutos do Mar, que espaço pode ser alugado para eventos. serve duas pessoas (R$ 160 a porção) e inclui uma entrada com frutos do mar, seguido de dois camarões Red Angus - Rua Henrique grandes, duas lulas, Schaumann, 251, Jardim Paulista, dois mexilhões, duas tel.: 3775-5000. vieiras, duas www.restauranteredangus.com.br casquinhas de siri

ADEGA

Patagônia e Toscana Cris Berger-24/08/2006

Região da Toscana, na Itália: tradição européia em vinhos nobres.

P

arece ser ponto pacífico que a globalização, no ramo da gastronomia, tende a estandartizar a cozinha, nivelando-a por baixo. Por outro lado, podem ocorrer também surpresas inesperadas, caso da "associação" de empresas de regiões totalmente distintas, como a Patagônia e a Toscana. A pletora de vinhos do mercado europeu fez com que empresas e capitais do ramo de países tradicionalmente vinícolas migrem para mercados menos competitivos, como o leste europeu, caso da Hungria ou da América do Sul, principalmente para o Chile e a Argentina. Foi, também, o caso da tradicional bodega Argiano, do século XVI, agora proprietária também da bodega Noemia, na Patagônia, de 1930. Se a união é curiosa, mais curioso ainda é serem ambas vinícolas orientadas por um jovem enólogo dinamarquês, Hans Vinding-Diers. Como curiosidade também podemos informar que a melhor loja de vinhos italianos que já conhecemos, fora da Itália, foi em Copenhagen, na Dinamarca. A Argiano, na Toscana, localiza-se onde se acreditava estar Ara Jani, o altar do deus romano Janus. Após pertencer a algumas famílias nobres da Itália, é hoje controlada pela jovem condessa Noemi Marone Cinzano. Por sua iniciativa, remodelou a bodega (e o vinhedo), contratou o novo enólogo e adquiriu a Bodega Noemia, na Patagônia, um vinhedo antigo, plantado em 1930, com velhos vinhos de Malbec, em pé franco, plantadas sem enxerto. São apenas 3 mil parreiras, no vale do Rio Negro (paralelo 39), de pequena produtividade e alta qualidade. Com a presença da proprietária e do enólogo foram servidos três vinhos toscanos e três argentinos. 1. A Lisa 2006, da Noemia Produzido com 90% de Malbec e 10% de Merlot e um teor alcoólico de 14,3°, é um vinho encorpado, robusto, que deverá evoluir. Muito bom para o dia-a-dia, tem bom custo-benefício. Preço: US$ 49,90. Avaliação 80/100. 2. Non Confunditur 2004, Argiano 40% Cabernet Sauvignon, 20% Merlot, 20% Sangiovese, e 20% Syrah, tem 14,0° de álcool. Deve sua denominação ao brasão da família. O vinho é potente, macio e harmônico. Acompanhou muito bem ao Tagliatelle com cogumelos e molho de trufas. Preço: US$ 55. Avaliação 84/100.

3. J. Alberto 2006, da Noemia 95% Malbec e 5% Merlot, 14,3° de álcool, é um vinho de muito pequena produção, 650 caixas anuais. Rico, denso, sedoso e complexo, foi muito bem recebido pela crítica internacional. Preço: US$ 72. Avaliação 84/100. 4. Solengo 2004, da Argiano É um corte de Syrah 25%, Merlot 30% e Cabernet Sauvignon 45%. Solengo é a denominação local do javali solitário. O vinho é redondo, harmônico e macio. Complexo, com longo retrogosto. Preço: US$ 190. Avaliação 86/100. 5. Brunello di Montalcino 2003, da Argiano De Sangiovese. Sempre um dos melhores e mais disputados vinhos da Toscana e da Itália, este mostrou-se magnífico. De safra muito boa, o vinho é equilibrado, potente e harmônico. Preço: US$ 147. Avaliação 90/100. 6. Noemia 2006, da Noemia É o vinho top da bodega, para a crítica especializada, um dos melhores da América do Sul. De Malbec, tem 14,5° de álcool, foi "o vinho que colocou a Patagônia na adega dos colecionadores", na opinião da revista Decanter Potente. Lembra os grandes vinhos da Borgonha, embora com variedade de uva bem diversa. Preço: US$ 179. Avaliação 92/100. Foi a passagem da condessa Noemia Marone Cinzano e Hans Vinding-Diers. Os vinhos são trazidos pela Vinci. Rua Siqueira Cardoso 227, Belenzinho. Tel.: 6097-0000. Critérios: Regular – De 50 a 60 pontos sobre 100 Bom – De 60 a 70 pontos Muito Bom – De 70 a 80 pontos Ótimo – De 80 a 90 pontos Excepcional – Acima de 90 pontos

Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, São Paulo, 2007.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

LAZER - 5

SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA APRESENTA HESPÈRION XXI O grupo de Jordi Savall apresenta A Rota do Novo Mundo. Teatro Abril, avenida Brigadeiro Luis Antônio, 411. Dias 16 e 18. Ingresso: R$ 70 a R$ 150. Divulgação

LEITURA

Livro sobre um traidor da Máfia, em que o maior traído é o leitor. Renato Pompeu

Antonio Petrin: reflexões sobre doença, velhice, vida.

Luís Mello atua com Bianca Ramoneda na peça O Que eu Gostaria de Dizer.

TEATRO Sérgio Roveri

É

absolutamente inacreditável que uma editora de renome internacional, como a Larousse, tenha lançado no Brasil uma tradução praticamente ilegível de O Traidor – A verdadeira História da Máfia Americana, de Jimmy Breslin, jornalista e escritor. Há pérolas como "advogado assistente dos Estados Unidos", que deve ser "assistente de promotor público federal"; "janela" de uma loja, que deve ser "vitrina"; "terno prontinho", que deveria ser "terno feito", isto é, comprado pronto e não mandado fazer em uma alfaiataria; "violação de palavra", que deveria ser "violação de liberdade condicional". Além disso, fala-se de "quaalude", sem esclarecer que se trata do nome comercial de um tranqüilizante e sonífero popular nos Estados Unidos. Mais ainda, não há maiores esclarecimentos sobre a natureza do livro, se é de ficção ou de não-ficção, ou se se trata de não-ficção romanceada, como parece que é o caso. De fato houve um mafioso judeu de Nova York, Burt Kaplan, que, preso há anos, resolveu denunciar dois policiais de sobrenome italiano como assassinos ligados à Máfia e que é o perso-

nagem principal do livro. Mas, embora feita por três pessoas, a tradução para o português torna o livro praticamente ininteligível para os leitores brasileiros. Aparentemente, diante do êxito da edição original americana, lançada este mesmo ano, houve pressa para o lançamento do livro no Brasil e possivelmente os três tradutores foram contratados para lidar com trechos diferentes da obra, para acelerar o trabalho. Também parece que o livro não passou por revisão, pois se pode admitir que, na pressa, se traduza "readymade" por "prontinho"; o que não se pode admitir é que alguém julgue apropriado publicar a expressão "terno prontinho", que só teria sentido se se estivesse falando do trabalho recém-terminado de um alfaiate, e não da roupa que uma pessoa estivesse usando num tribunal. Não há muito mais a ser dito desta edição e ficamos por aqui.

Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O Mundo Como Obra de Arte Criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.

C

Atuar ou morrer?

om o passar do tempo, o ator Antonio Petrin parece cada vez mais confortável no difícil exercício dos monólogos. Um dos seus últimos e mais relevantes trabalhos foi o solo A Última Gravação de Krapp, texto intrincado de Samuel Beckett que estreou em 2000 e permaneceu anos em cartaz, entre idas e vindas. Esta semana, para comemorar seus 40 anos de carreira, Petrin voltou a enfrentar a solidão da cena em Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores, escrito pelo dramaturgo e sociólogo Eduardo Figueiredo a partir de Além das Ilhas Flutuantes, um dos mais aclamados livros do diretor italiano Eugenio Barba, criador da companhia Odin Teatret, com sede na Dinamarca desde a década de 1960. A peça trata de um assunto tabu para qualquer profissional às portas da velhice: o momento em que, vítima da incapacidade física, é aconselhado a

interromper a carreira. No caso do espetáculo, este episódio surge diante de um velho ator polonês na forma de uma doença do coração. Às vésperas de estrear uma montagem de Ricardo III, de Shakespeare, ele é impedido pelos médicos de pisar no palco novamente. Ele se dá conta, então, de que a ordem dos médicos o colocou diante de uma encruzilhada: atuar e morrer ou parar e morrer vítima do desejo de atuar. O dilema conduz o personagem a uma série de reflexões sobre sua vida, em que ele aproveita para mostrar ao público passagens da infância e da adolescência, além de seus grandes momentos nos palcos. Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores, em cartaz no Sesc Avenida Paulista, Avenida Paulista, 119, tel.: 3179-3700. Quarta e quinta às 21h. Ingressos a R$ 20.

Paciência: o homem é tonto.

A

parceria entre o ator Luís Melo e o diretor Márcio Abreu, que criou e mantém, desde 1999, a Companhia Brasileira de Teatro, sediada em Curitiba, já rendeu, há três anos, uma montagem simples em sua concepção e superlativa na quantidade de elogios que amealhou. Daqui a Duzentos Anos, baseada em textos curtos do dramaturgo russo Anton Tchekhov traduzidos por Tatiana Belinky, era um delicado e ao mesmo tempo dolorido tratado sobre a passagem do tempo. Melo e Abreu voltaram agora a juntar forças no espetáculo O Que eu Gostaria de Dizer, em que experiências pessoais dos três atores do elenco (além do próprio Melo, estão em cena Bianca Ramoneda e Marcio Vito) recheiam e interagem com passagens do livro O Homem ou É Tonto Ou É Mulher, do escritor angolano radicado em Portugal Gonçalo M. Tavares. O livro é composto

de 50 pequenas histórias, a maioria bem-humorada, em que um narrador descreve os submundos da relação entre homens e mulheres. No espetáculo, Bianca Ramoneda e Marcio Vito vivem um casal à beira da separação – por vontade dela. O homem, contrário à idéia, luta para preservar o casamento, num jogo de forças em que o público nem sempre tem a certeza sobre quem está no comando da situação. Melo faz um sujeito mais velho e solitário, de quem pouco se sabe. Ele transita pela cena pensando em sua própria vida e no que está ao seu redor. A maior parte dos seus comentários, no entanto, tem como alvo a crise que o casal está atravessando. O Que eu Gostaria de Dizer, estréia nesta sexta, dia 12, no Sesc Avenida Paulista, Avenida Paulista, 119, tel.: 3179-3700. Sexta a domingo às 20h30. Ingressos a R$ 20.

ESCALADA DO JABUTI Em ano de aniversário, Terceiro Nome comemora indicações ao prêmio.

A cinco passos da vitória Rita Alves

Q

uando criança Mary Lou Paris tinha o sonho de morar numa casa cheia de livros. A pequena conseguiu. A infância ficou para trás, mas a história de amor com os livros ainda sobrevive. Hoje Mary Lou é editora da Terceiro Nome, organização que este ano completa 10 anos de vida e teve cinco de seus livros indicados para o Prêmio Jabuti-2008. "Sinceramente eu não esperava cinco indicações. Isso

significa que estamos fazendo um trabalho criterioso, com carinho, qualidade. E para a editora, não para o autor, eu acho mais importante ter cinco indicações do que ganhar um prêmio". Entre os indicados está o livro O Brasil Visto do Mar Sem Fim, primeiro de João Lara Mesquita, que concorre na categoria Melhor Livro de Reportagem. "A indicação foi uma enorme, inesperada, e agradável

Fotos: Leonardo Rodrigues/e-SIM

Mary Lou Paris: paixão pelos livros.

surpresa. Eu já me sentia feliz por ter conseguido lançá-lo. Ser indicado ao Jabuti, o mais importante da área, foi demais!", comemora o autor. Giramundo e Outros Brinquedos e Brincadeiras dos Meninos do Brasil, de Renata Meirelles, foi indicado na categoria Melhor Livro de Educação, Psicologia e Psicanálise. Alfredo Mesquita - um Grã-fino na Contramão, de Marta Góes, concorre a Melhor

Livro de Biografia. Na categoria Melhor Livro de Contos e Crônicas está O Homem Dentro de um Cão, de Fernando Portela. E na categoria Melhor Livro de Romance o indicado é As Flores do Jardim da Nossa Casa, de Marco Lacerda. Apesar das indicações ao Prêmio Jabuti e dos 10 anos de vida da Terceiro Nome, Mary Lou conta que nunca pensou em criar uma editora. "Jamais pensei em ter uma editora", diz. "Tudo começou muito sem querer. Foi acontecendo". Ela lembra que no início só fazia projetos que tivessem patrocínio porque o fôlego era zero. "As editoras maiores compram direitos autorais. Elas vão para a França, por exemplo, e compram os direitos autorais de uma obra. A gente não tem esse fôlego. A gente vai muito em outro tipo de livro, aquele que é construído mesmo". As indicações de amigos no começo também eram importantes. "Mas o que contava muito era a minha paixão por tudo o que tem a ver com o Brasil". Mary Lou esclarece que hoje a Editora Terceiro Nome faz parte da Liga Brasileira de Editoras (Libre). "Acho que a Terceiro Nome é uma editora independente. Independente de grandes núcleos econômicos e editorias. Isso significa que a gente trabalha com muita liberdade". Segundo a editora, no mercado competitivo atual não é difícil encontrar

quem prefira não trabalhar com imagens. "É bastante difícil. Você mexe com muitos direitos autorais. E a construção de um livro tem muitos olhares: do autor, do editor, do fotógrafo. Então, não dar certo é um risco muito real". Mesmo assim, Mary Lou não abre mão do capricho quando tem de lidar com um livro repleto de imagens. "Tenho uma paixão muito grande por livro bonito. Eu tenho um prazer muito menor em ler um livro mal diagramado, com páginas caindo... E quando a gente folheia um livro bonito a primeira leitura que se faz é a da imagem. A segunda é a da imagem com a legenda.

E a terceira é o texto. Conseguir chegar no texto é uma vitória, no caso do livro com imagens". A paixão pelos livros é evidente quando Mary Lou começa a comentar sobre eles. "Adoro folhear e cheirar livros, e leio muito. A leitura trabalha seu íntimo de uma forma muito preciosa. A gente se alimenta tanto, entende tanto melhor o mundo com os livros". Literatura virtual? Para Mary Lou o melhor mesmo é navegar na literatura com o livro nas mãos. "Hoje em dia tem tanta coisa sendo feita pela internet. Eu tenho um prazer imenso em pegar um livro na mão e ler. Me encanta. Acho que a internet tira uma boa parte desse meu prazer. Você já imaginou, por exemplo, ler Grande Sertão Veredas no computador?".

REDE ELDORADO AMPLIA PROGRAMA DE GERALDO NUNES No espírito do tradicional São Paulo de Todos os Tempos, estréia sábado (13), 23h, o programa Brasil em Todos os Tempos. Na rede de rádio e pelo www.territorioeldorado.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER/TURISMO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

SUL DA BAHIA

Praias semi-desertas cercadas de rios, coqueiros, Mata Atlântica e manguezais. Juntas, Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália, no sul da Bahia, convidam a uma viagem inesquecível para aqueles que buscam paz, história e natureza. Porto Seguro, famosa pela badalação, tem refúgios incríveis. Cabrália, por sua vez, possui 35 km de areias. A dica de passeio? Santo André, uma das praias mais belas do País. Confira!

BANHO DE HISTÓRIA EM PORTO SEGURO Sergio Kapustan

A

viagem começa na parte antiga de Porto Seguro, um museu a céu aberto. O centro histórico de Porto Seguro – na parte alta da cidade – é o primeiro núcleo habitacional do Brasil. O pequeno vilarejo é cortado pela Rua Antonio Ricaldi (homenagem a um antigo médico que servia gratuitamente os pobres da cidade e tem sua casa preservada), cercada de muito verde e construções do período colonial. A devoção à fé católica é estampada em três igrejas: São Benedito (1549), Igreja Matriz de Nossa Senhora da Pena (1535) e Igreja da Misericórdia (1526). Junto à Igreja de São Benedito, é possível ver as ruínas do primeiro colégio jesuíta do Brasil. Segunda igreja mais antiga do País, a Igreja de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade, exibe imagens sacras. À sua frente fica a praça do Marco da Posse. Talhado em mármore de carrara, o marco foi trazido em 1503, três anos depois da primeira chegada de Cabral ao Brasil. A obra de arte tem num lado esculpida a Cruz de Avis (símbolo da época das Cruzadas) e no outro as Armas de Portugal. Perto do marco, o turista pode conhecer o farol construído há mais de cem anos. O passeio se encerra no Paço Municipal, da segunda metade do século 18, onde hoje está o Museu de Porto Seguro. Na parte superior, o visitante conhece mapas e instrumentos marítimos que os portugueses utilizavam para desbravar os mares e cópias de documentos da época do descobrimento. A cultura indígena é mostrada em fotos e vídeo. No piso inferior do prédio preservaram-se as salas onde eram presos homens e mulheres. A janela dos homens foi construída com vista para o mar, numa alusão à perda da liberdade deles. A janela das mulheres tinha como visão a Igreja de Misericórdia, numa alusão ao pecado. Durante o tour, o visitante pode também conhecer o artesanato da cidade e saborear o autêntico chocolate de cacau. Arraial – Porto Seguro tem cerca de 90 quilômetros de praias paradisíacas. No litoral sul, se destaca a rústica e charmosa Arraial d' Ajuda, uma vila que tem areias protegidas por recifes (formação rochosa encontrada normalmente próximas à costa), falésias (verdadeiros paredões de frente para o mar), além de gastronomia bastante diversificada. As opções de programa vão do ecoturismo (caminhadas pela orla e a Mata Atlântica) aos esportes náuticos. Para começar, a dica é pegar a balsa em Porto Seguro até a Ponta do Apaga-Fogo. A embarcação cruza o belo Rio Buranhém. Ao pisar em terra firme, para quem não tem carro próprio, há opções de vans, ônibus e táxi. A distância até Arraial é de quatro quilômetros. Descoberto pelos hippies na década 70, o vilarejo se transformou ao longo dos últimos anos num ponto de passagem obrigatório de turistas brasileiros e estrangeiros. Por isso, é conhecido também como a "esquina do mundo". Um dos pontos de referência é Rua Mucugê, que tem bares, restaurantes e lojas. No item praia, vale destacar o "estilo família" da Pitinga. Em forma de enseada, é um verdadeiro cartão-postal até chegar ao Taípe pelo casamento da imensidão do mar azul com recifes, que formam piscinas naturais em período de maré baixa. A faixa de areia branca e a beleza das falésias – procuradas pelos praticantes de paraglider – encantam visitantes. Pitinga possui estrutura de bares e barracas que oferecem petiscos do mar e piscinas infantis para dar mais tranqüilidade ao descanso dos pais. Viagem a convite da Tropical Hotels & Resorts Brasil e da Gol Linhas Aéreas

Fotos: Divulgação

Cidade Alta, Porto Seguro: o primeiro núcleo habitacional do Brasil – um verdadeiro museu a céu aberto.

Com o formato de enseada, a Praia Pitinga (acima) tem estrutura perfeita para famílias. Na maré baixa, formam-se belas piscinas naturais. O visitante em Porto Seguro tem a chance de ver as ruínas do primeiro colégio jesuíta (à dir.) do País

O HOTEL TROPICAL – Quer uma opção de mais puro conforto no sul da Bahia? Situado na Praia de

Artesanato é outra jóia desta parte da Bahia

Taperapuã, uma das mais badaladas de Porto Seguro, o Tropical Oceano Praia – da rede Tropical Hotels & Resorts – tem localização privilegiada e 82 apartamentos bem-equipados. Além de ótima infraestrutura de lazer: sala de jogos, carteado, pingue-pongue, sinuca, totó, piscinas adulto e infantil, com direito a Ocean Bar, sauna mista e romana, restaurante com capacidade para 150 pessoas e loja de souvenirs. Diárias custam a partir de R$ 321 em quarto duplo. Reservas pelo tel. (73) 2105-1000, www.tropicalhotel.com.br. (SK)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

LAZER/TURISMO - 7

Fotos: Divulgação

Chalanas sobem o Rio João de Tiba até chegar à Praia de Santo André, um paraíso intocado

SANTO ANDRÉ: ENTRE MANGUES E AREIAS DESERTAS.

A

27 quilôPode-se praticar a metros do pesca, tomar banho centro de de rio, fazer camiPorto Seguro, a Praia nhadas e comer dode Santo André, em ces da região, como Santa Cruz de Cabráquindim e cocada e, lia, é ponto de partida ainda, provar aguarpara um passeio inesdentes típicas. quecível. Rio cristaliÀqueles que deno, manguezais e, pasejam unir diversão e ra completar, mar azul saúde a dica é o bae praia tranqüila fanho lama. A lama fica zem parte de um mesdepositada num pomo cenário. Quem faz ço e é formada de o roteiro tem uma únimatéria orgânica ca cer teza: vale a que ajuda a retirada Para tratar bem da pele, banho de lama pena voltar. de toxinas da pele. O transpor te de Para retirar a lama, é Porto Seguro ao vilarejo de Santo AnAo visualizar a praia deserta, o visitan- só mergulhar depois no rio. dré é por estrada e pelo Rio João de Ti- te conclui: ele está no paraíso pelo mar Para fechar o tour, a outra dica é conheba. Chalanas sobem o rio até a praia. vistoso e água quente. Barracas dão o su- cer a Fazenda Mãe Tereza. Em meio à Mata Durante o passeio o visitante conhece porte necessário, com cadeiras, comidas Atlântica e às margens do Rio Camarugi, de perto um santuário ecológico im- típicas, sucos e cerveja. Tudo servido à são 53 hectares de natureza e uma surprepressionante, formado de mangues e sombra de coqueiros. sa: o autêntico churrasco gaúcho a fogo bancos de areia que separam o rio do Diversidade – A segunda etapa do de lenha feito pelo proprietário uruguaio mar, com direito até a uma pororoca. passeio é prosseguir navegando no Rio José Pedro Topolanski. Os mangues são ecossistemas próxi- João de Tiba até a Ilha do Sol, ou Ilha Os turistas podem aproveitar um mos ao mar formados de água doce e sal- dos Doces. A ilha é coberta de coquei- dia todo de atividades de lazer e desgada. O chão é lodoso e a vegetação é di- rais e manguezais, onde é possível co- canso por lá, como passeio a cavalo, versificada, o que atrai pássaros de várias nhecer de perto os caranguejos guaia- mergulho no lago com tirolesa e pasespécies. E mais: eles ajudam a reprodu- mus (de cor azul) e aratus (tipo de siri), seio de trenzinho com guia. E o almoço ção e a criação de peixes, camarões, os- além de outros crustáceos encontra- também fica na memória, ao som de tras e caranguejos. música clássica. (SK) dos no mangue.

O passeio de um dia começa no cais de Santa Cruz de Cabrália

Amale Chaim

Beach Park cria nova opção de hospedagem no Ceará

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Fazenda Mãe Tereza reúne 53 hectares de natureza, muitas atividades e o autêntico churrasco gaúcho

RAIO X Típica churrascaria com carnes variadas (destaque para a picanha) e bufê de saladas e sobremesa. Oferece carta de vinhos gaúchos.

COMO CHEGAR De São Paulo a Porto Seguro, ida-e-volta pela Gol (tel. 0300/1152121, www.voegol.com.br) a partir de R$ 958. ONDE COMER Fazenda Mãe Tereza: Santa Cruz de Cabrália, tel (73) 32821848, www.maetereza.com.br. Oferece diversos atrativos, como passeio ecológico e a cavalo e banho de lama. Para repor as energias, serve um autêntico churrasco gaúcho. Barraca Maré: Arraial d' Ajuda, Porto Seguro, tel (73) 3575-2457, Pitinga, www.barracamare. com.br. Bar e restaurante, serve pratos variados – de petiscos do mar a filés – com temperos regionais. Só funciona só durante o dia. Na temporada tem música ao vivo e espaço reservado para as crianças. Manguti: Arraial d' Ajuda, Porto Seguro, tel. (73) 3575-2270,

www.manguti.com.br. Um dos restaurantes mais antigos da Rua Mucugê e uma boa opção para quem gosta de simplicidade e comida caseira. Barraca do Gaúcho: Av. Beira Mar, 7.000, Porto Seguro, tel. (73) 3679-2043, www.barracadogaucho.com.br.

FAÇA AS MALAS Taípe Turismo: Av. dos Navegantes, 7.000, Loja 03, centro, Porto Seguro, tel. (73) 3288-1127, www.taipeturismo.com.br. Experiência em traslados comerciais e privados. Com guias e frota própria, oferece passeios variados. O city tour histórico de Porto Seguro, por exemplo, custa R$ 20 por pessoa e dura em média duas horas (horário a combinar). O Fluvial Rio João de Tiba (embarque em Santa Cruz de Cabrália), com parada na Praia de Santo André, sai a R$ 45 por pessoa. E o passeio Arraial d' Ajuda e Pitinga sai a R$ 40.

trair mais turistas e investidores para têm acesso ilimitado ao Acqua Park, o complexo é o que espera a parque aquático do complexo, que possui diretoria do cearense Beach Park 35 mil metros quadrados de área e mais para os próximos anos. Os turistas de 15 atrações. ganharam mais uma opção de hospedagem, o A gastronomia do hotel também foi Beach Park Acqua Resort. Já os investidores pensada com bastante cuidado pelo chef têm ainda mais dois projetos para apostar, o corporativo do Beach Park, Bernard Twardy, condomínio residencial Beach Park Living e o francês que vive no Ceará há 20 anos. O resort condo-hotel Beach Park Wellness. Assim, o conta com serviço de acompanhamento complexo ganha mais força no mercado nutricional. O restaurante Aquiraz tem serviço a la carte no almoço e no jantar. nordestino e levanta ainda mais o nome de Aquiraz, município cearense Divulgação/Panrotas onde está localizado e que cresce como local ideal para condomínios e hotéis de luxo, além de resorts. O primeiro passo de todos estes investimentos foi a inauguração, há um mês, do Beach Park Acqua Resort. Antes dele, o empreendimento mantinha apenas a administração de um hotel, o Beach Park Suites Resort, com 182 apartamentos, todos recémreformados. O novo hotel tem 225 apartamentos, sendo que 125 estão no Decoração tropical do lobby do Acqua Resort, em Aquiraz pool hoteleiro. O hotel conta com ambientes bem iluminados, decoração Novos projetos – Entre 2009 e 2010, o tropical em tons pastel e uma grande área de Beach Park ganhará o Living, dedicado piscina. O hotel está bem próximo à entrada exclusivamente a apartamentos residenciais. do parque aquático e a grande atração é o Já em 2011, será inaugurado o Wellness, mix Acqualink, rio artificial que leva o hóspede de hotel e residência com 360 apartamento, direto do resort para o interior do parque. piscinas e um spa da L’Occitanne. Aberto para Além disso, o Acqua tem 13 mil metros vendas dos apartamentos em fevereiro, o quadrados de área à beira-mar. A piscina de Wellness já está com 80% das unidades borda infinita cria um cenário ainda mais vendidas. O perfil destes compradores é, na atraente. Os apartamentos variam de 25 a 72 sua maioria, os moradores de Fortaleza em metros quadrados e todos eles são equipados busca de viver em um local mais tranqüilo. com mini-cozinha. Para o lazer do hóspede há Estes moradores, assim como os hóspedes, ainda o Sport Center, com quadra de tênis e terão acesso livre ao parque aquático. uma polieportiva. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo Há uma equipe de lazer para crianças a no site www.panrotas.com.br. Assinaturas partir de quatro anos e serviços especiais pelo tel. (11) 2764-4816 ou 2764-4800, para os bebês. Todos os hóspedes do Acqua e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


COM MOTOR PARA

Pablo de Sousa/Cia de luz

A nova Chevrolet Meriva, na página 7, e o Ford Focus Hatch, na 8.

São Paulo, 15 de setembro de 2008

DCARR

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nº 237

Divulgação

Pablo de Sousa/Cia de Luz

VOAR BAIXO O NOVO AUDI A4, NAS PÁGINAS 4 E 5


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

índice CHEVROLET - 3 Carro-conceito Camaro conversível será uma das atrações do 25º Salão Internacional do Automóvel.

AUDI - 4 e 5 Chega ao Brasil a oitava geração do A4 com três opções de potência, 183 cv, 214 cv ou 269 cavalos.

TRANSPORTE URBANO - 6 Rodízio de caminhões é responsável por maior procura de vans e picapes em São Paulo.

LINHA 2009 - 7 Chevrolet apresenta Meriva 1.4 Econo.Flex e passa a oferecer Easytronic em todas as versões 1.8 litro.

FORD - 8 Com preços a partir de R$ 58.190, novo Focus hatch será comercializado em outubro.

aGenDa 15 e 16 de setembro Com a presença de toda a diretoria da empresa, a Nissan apresenta, em Florianópolis, a nova picape Frontier.

Só não falou ao celular. O resto? Errou tudo.

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á alguns dias, chegando ao Centro, de táxi, vindos pela avenida Liberdade, em direção à praça João Mendes, assistimos a uma cena que nos fez arrepiar. O, ou a, motorista - foi impossível identificar o seu sexo de uma picape amarela do DSV, seguindo pelo mesmo caminho, surpreendeu a mim e ao motorista do táxi quando, ao abrir o farol para os veículos vindos da avenida Liberdade, avançou sobre a faixa de pedestres, quando ainda passava sobre ela uma senhora. Não satisfeito(a) com esta atitude, que contraria as normas do trânsito, usou a buzina para "advertir" a pedestre que teve de correr. Mais um erro. Em seguida, ao se aproximar do cruzamento do farol da praça João Mendes antes de virar à esquerda em direção à praça Clóvis Bevilácqua, mais uma incorreção: cortou à frente do táxi quando já se encontrava no trecho final, passando por sobre a linha contínua, o que não deve ser feito. Erro III. Talvez o motorista desatento pense que não é errado avançar sobre a faixa de pedestres

17 a 19 de setembro

quando o farol abre para ele e ainda tem gente atravessando a via, ou que pode cruzar a linha contínua, divisória das faixas, que aparece antes de cada farol. Nada disso é permitido pelo código de trânsito. Quando o farol abre, o motorista só deve avançar quando os pedestres alcançarem o lado oposto da via que atravessavam. Buzinar? Nem pensar! E a faixa contínua funciona como aquelas das estradas de pista simples, como a Santos-Rio, por exemplo, impedindo a ultrapassagem. Poucos sabem disso, mas o(a) agente do trânsito, funcionário(a) do DSV, tem obrigação de saber. De dar o exemplo. Um pouco a favor do(a) agente: não falava ao celular ou usava o rádio da viatura. Obs: Omitimos prefixo e placas da viatura porque nossa intenção não é a denúncia, mas sim a conscientização. Mas gostaríamos muito de poder multar o(a) infrator(a). chicolelis

A Fiat lança em São Paulo, nesta semana, o Linea, sedan de luxo que chega para concorrer com Corolla, Civic e Vectra.

24 e 25 de setembro Também em Florianópolis, a Volkswagen mostrará a versão sedan do novo Gol, o Voyage.

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José S. Coelho Diagramação Renato B. Gaspar Ilustração Abê / Alfer / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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CONTAGEM REGRESSIVA

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Fotos: Divulgação

Camaro conversível no salão O carro-conceito será atração no evento do Parque Anhembi, que acontece de 30 de outubro a 9 de novembro

Pintado na cor laranja Hugger perolizada, internamente o modelo contrasta tons claros com escuros. A GM promete para o próximo ano o início de produção do seu novo carro-conceito.

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om visual agressivo, marcado pela carroceria pintada na cor laranja Hugger perolizada, com duplas faixas esportivas em cinza, o carro-conceito do Camaro conversível será uma das atrações do estande da Chevrolet no 25º Salão Internacional do Automóvel, programado para o período de 30 de outubro a 9 de novembro, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo. Mostrado pela primeira vez no Salão de Detroit de 2007, o esportivo da General Motors mescla detalhes de um projeto futurista com as linhas clássicas do modelo, que contrasta a dianteira longa com a

traseira curta. A borda do seu pára-brisa tem acabamento brilhante anodizado, enquanto as rodas dianteiras de 21 polegadas e as traseiras de 22 têm cinco raios e detalhes em vermelho na parte externa. Sob o capô, um motor V8, que passa a potência às rodas traseiras acionadas por uma transmissão manual. Ele também está equipado com um sistema de suspensão independente e freios a disco nas quatro rodas. Ed Welburn, vice-presidente de projeto global da General Motors, define o Camaro conversível como "o carro que você quer ter na sua garagem". A montadora programa o início de produção em série do modelo para o próximo ano.

Acabamento interno - Por dentro, o acabamento contrasta cores claras com escuras, realçando a sua esportividade sobretudo quando a capota está abaixada. Os bancos dianteiros são de couro na cor prata com detalhes de camurça Alcântara, e encostos pretos. “As cores internas com tons claros sobre o escuro transmitem o espírito de liberdade e prazer que é personificado por um Camaro conversível”, avalia Micah Jones, projetista responsável pelo visual interno do veículo. O painel de instrumentos do carro, com medidores redondos tridimensionais, é inspirado na primeira geração do

modelo. Há ainda um interruptor de ignição separado para dar partida ao motor. Outro destaque do interior do veículo é o acabamento de alumínio acetinado nos difusores de ar, nos puxadores dos bancos e nas fivelas do cinto de segurança. A alavanca de mudanças e os pedais são feitos de alumínio maciço, enquanto o volante possui um desenho complexo de três raios. Além do carro-conceito, a General Motors também mostrará no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo o revolucionário Volt, carro elétrico que chegará ao mercado americano em 2010, assim como a sua linha de produtos nacionais.


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São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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Chegou a 8ª geração. Com muita cavalaria.

AUDI A4

O preço começa em R$ 159 mil e passa dos R$ 200 mil nesta nova geração do A4. Na versão mais potente: 269 cv.

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Fotos: Pablo de Sousa/Cia de Luz

hega ao Brasil a oitava geração do sedan médio A4, com três tipos de motorização: 3.2 litros de 269 cavalos, 2.0 turbo de 214 cv e 2.0 turbo de 183 cv. Os modelos custam, respectivamente, R$ 229 mil, R$ 198,5 mil e R$ 159 mil. A versão testada, a mais forte, com motor V6, deve ser responsável por apenas 10% das vendas do modelo. As outras duas opções foram mostradas, estáticas, durante o evento de comemoração dos 15 anos da Audi no Brasil. Uma das principais novidades em relação ao seu antecessor, a sétima geração, é a tecnologia AVS (Audi Valve Lift System), sistema de atuação nas válvulas que, junto com a redução de fricção interna, é responsável por uma economia de até 9% de combustível. Segundo a montadora, o veículo consome, em média, 10,7 km/l. Outra inovação é a presença de um botão no console central para acionamento do freio de estacionamento eletromecânico.

Com três opções de potência - 183 cv, 214 cv e 269 cv -, a nova geração do A4 chega com novas tecnologias. Uma delas, o Audi Valve Lift System, é responsável pela economia de até 9% de combustível.

Tecnologia opcional - Mas os itens que chamam mais atenção ainda estão entre os opcionais e são vários: o Side Assist é um alerta de luz nos retrovisores externos que detecta veículos em possíveis pontos cegos; Audi Parking System Plus, um conjunto de sensores dianteiros e traseiros de assistência para estacionamento com auxílio gráfico e sonoro através de ilustração em tela de 6.5 polegadas localizada no painel de instrumentos; sistema Keyless que permite a abertura e travamento do

veículo, além da ignição do motor com acionamento por sensor de presença e Adaptative Cruise Control, um piloto automático com controle adaptativo de distância e velocidade. Mas o "brilho nos olhos" dos representantes da montadora no Brasil realmente surge quando falam do Audi Drive Select, que configura as características de dirigibilidade por intermédio de amortecedores adaptativos e sistema de direção com assistência variável dinâmica, dando a opção ao motorista de utilizar os modos Comfort, para uma direção mais suave, Auto, que se encarrega de procurar uma média entre as outras duas situações e Dynamic, para uma direção e tocada mais esportiva. O sistema permite a configuração das características de dirigibilidade com ele parado ou em movimento, possibilitando melhor controle do veículo, em curvas acentuadas. No mais, o câmbio Tiptronic 6M unido aos 330 Nm a 3500 rpm oferecidos por este motor V6 e o sistema de tração quattro®, com uma distribuição de torque de 60% na traseira e 40% na dianteira, garantem um desempenho impressionante acompanhado de uma dirigibilidade invejável ao A4. Preço da tecnologia - O Audi A4 3.2L FSI com seis air bags, retrovisores elétricos e autodobráveis, travamento elétrico c/ keyless, rádio CD Changer/MP/WMA/SD e 10 altofalantes, rodas de alumínio 17" e banco traseiro bipartido 60/40, todos de série, será comer-

cializado por R$ 229 mil. Já se o futuro proprietário decidir equipá-lo com todos os opcionais oferecidos, terá de desembolsar mais R$ 66.460. Ou seja, com os equipamentos já citados e mais Audi Drive Select, rodas 18", piloto automático adaptativo, ar-condicionado automático digital de 3 zonas, air bags laterais traseiros, assistente de mudança de faixa, Audi Parking System Plus, faróis adaptativos, sistema de abertura das portas e ignição do motor por sensor de presença (keyless), pacote S-Line e pacote Conforto, o A4 3.2 custará R$ 295.460. Mas a própria empresa sabe que poucos pagarão valor tão alto pelo modelo, tanto é que a versão mais barata, a de 183 cavalos, responderá por 70% das vendas. Outros 20% serão do A4 2.0 com 214 cavalos e 10% do modelo com motor 3.2, segundo informa o gerente de Produto, Rafael Clemente. Aniversário - Para comemorar os 15 anos de atividades no País, a Audi promoveu na semana passada, no Porão das Artes, na Bienal do Ibirapuera, uma mostra com modelos antigos da marca e também protótipos de carros que ainda não têm produção em série. Entre os "velhinhos", destaque para o Imperador, de 1929, e o Type C, de 1937. Com relação ao futuro, a grande vedete da exposição foi o A1, um carro híbrido que funciona com gasolina e eletricidade. Sua produção, na Alemanha, só será iniciada em 2010.

Desde que se instalou por aqui a Audi passou por diferentes fases. Representada inicialmente pelo Grupo Senna, de Ayrton Senna, comercializava apenas produtos importados quando chegou ao País. Numa segunda etapa, numa parceria com a Volkswagen, passou a produzir, no Paraná, o Audi A3. No ano passado, deixou de fabricar o modelo e neste ano está operando apenas com importados, o que reduziu seu volume de vendas local, assim como a rede de revendedores, que de 50 pontos-de-venda baixou para apenas 19. Mas o diretor de Vendas e Marketing da Audi Brasil, Paulo Pereira, garante que a empresa já está reestruturada e se prepara para crescer novamente. "Em 2007, comercializamos 2,1 mil unidades, das quais 600 ainda foram do Audi A3 nacional. Este ano, projetamos entre 1.700 e 1.800, o que representa queda em relação ao volume total do ano passado, mas crescimento se forem considerados apenas os veículos vindos de fora", explica Pereira. A Audi quer triplicar suas vendas no mercado brasileiro até 2015, passando a deter 30% de participação no segmento de luxo. Este tipo de produto totaliza apenas 10 mil veículos/ano no Brasil, considerando os negócios de todas as marcas presentes no País, o que significa que a Audi detém hoje apenas 17% a 18% do segmento. Anderson Cavalcante e Alzira Rodrigues


sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Empresas Comércio Exterior Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

EUA TENTAM EVITAR CRISE GLOBAL

Shannon Stapleton/Reuters

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bilhões de dólares somam os créditos podres do Lehman Brothers

Brendan McDermid/Reuters

Sem comprador, Lehman está à deriva.

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banco de investimentos Lehman Brothers caminha rumo à liquidação, afirmou ontem o jornal The New York Times em seu site, citando "pessoas informadas sobre o assunto". Segundo o jornal, as subsidiárias do grupo ficariam solventes, enquanto a holding (companhia principal) seria liquidada.

Um grupo de bancos forneceria um aporte para servir de garantia para companhias financeiras em perigo e, com isso, restaurar a confiança do mercado, enquanto o Lehman encerraria suas operações. Além disso, o Federal Reserve (banco central) aceitaria ativos de baixa qualidade como pagamento de financiamentos, segundo o Times.

Temor de perdas também na Europa

ovas perdas podem ser anunciadas por bancos nos próximos meses e a crise não está perto de um fim. A conclusão é dos bancos centrais e ministros de Finanças da Europa. Eles alertam que os bancos não vão poder contar de forma indefinida com a ajuda de governos e que

N

Carinhoso Posto de Abastecimento Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação 30005106, val até 11/09/2013, para

atividade de comércio de

produtos derivados de petróleo, R: Vilela, 1123 - 03314000 - Tatuapé - São Paulo - SP.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

ABERTURA DE LICITAÇÃO Site: www.riopreto.sp.gov.br Modalidade: TOMADA DE PREÇOS Nº 039/2008 Objeto: Empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para execução de recapeamento asfáltico repavimentação asfáltica da Rua 17 e adjacências, no Parque da Cidadania. Limite p/ entrega dos envelopes 30/09/2008 às 17:00h e abertura dia 01/10/2008 às 08:30h.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

CNPJ/MF nº 67.562.884/0001-49 - NIRE 35.300.341.635 Edital de Convocação - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 19 de setembro de 2008, com início às 10h30min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgar Theotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: aumento do número de membros que compõem a Diretoria da Companhia, e a conseqüente alteração das Cláusulas 11, 14 e 16 do Estatuto Social da Companhia. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia cópia da proposta de nova redação das Cláusulas 3ª, 11, 14 e 16 do Estatuto Social da Companhia, referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Extraordinária ora convocada.São Paulo, 09/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

Sonopress - Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

CNPJ/MF nº 67.562.884/0001-49 - NIRE 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress - Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 19 de setembro de 2008, com início às 10h00min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgar Teotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) Apreciar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social findo em 31/12/2007; (ii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; (iii) Eleger novos membros para o Conselho de Administração; e (iv) Fixar o limite de valor da remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria para o exercício social de 2008. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia cópias dos documentos referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Ordinária ora convocada. São Paulo, 09/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDES

EDITAL RESUMIDO DA TOMADA DE PREÇOS 17/2008 A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes, com Paço Municipal à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, torna público, para conhecimento de interessados, que acha-se aberta a Tomada de Preços 17/2008, que objetiva a contratação de empresa para prestar serviços de exames laboratoriais junto à Secretaria de Saúde. O edital completo poderá ser retirado das 8:00 às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 20,00 (vinte reais). Será exigido o cadastramento prévio. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados no Paço Municipal até às 9:30 horas do dia 03/10/2008 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 10:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 12/09/2008. Juliana Meyer - Presidente da Comissão de Licitações

HAKKA EVENTOS S.A.

CNPJ nº 08.787.215/0001-06 NIRE 35.300.341.309 EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os senhores acionistas da Hakka Eventos S.A., para participarem da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que se realizará em 22/09/2008, às 10 horas em primeira convocação; ou às 11 horas, em segunda convocação, quando será instalada com a presença dos acionistas presentes, independentemente do quórum, na sede social, na Rua São Joaquim, 460, Térreo, São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre as seguintes ordens do dia: 1) Aprovação das contas dos administradores, do Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31/12/2007; 2) Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; 3) Alteração do objeto social; 4) Eleição da nova diretoria; 5) Suspensão temporária do funcionamento do Conselho Fiscal; e 6) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 08 de setembro de 2008. Chang Yun Sea – Diretor Presidente

O destino do Lehman ficou nebuloso ontem, depois que seu mais provável comprador, o britânico Barclays PLC, informou aos reguladores federais dos Estados Unidos que estava saindo das negociações para aquisição da empresa. O Lehman, de 158 anos, atravessa problemas financeiros decorrentes da crise de crédito imobiliário americana.

O governo dos Estados Unidos vinha se esquivando em colocar recursos fiscais em risco pelo Lehman. Segundo pessoas próximas às negociações, o motivo da saída do Barclays é a solicitação de que ele obtenha aprovação de seus acionistas antes de concordar em cobrir os contratos do Lehman com outras firmas financeiras. A organização de uma votação

de acionistas levaria dias, ou mesmo semanas. Os reguladores americanos devem saber disso, o que levantou a questão: por que esse pedido apenas surgiu no final das negociações com o Barcleys? Outro ponto que interrompe as negociações com o banco cirtânico é a relutância dos reguladores americanos em financiar a aquisição ou a cria-

ção de um banco que concentraria os "ativos podres" do Lehman Brothers. O Bank of America, outra instituição financeira apontada como potencial comprador do Lehman, indicou na manhã de ontem que não estava interessado em realizar a compra sem o apoio do governo. O banco quer agora adquirir o Merril Lynch. (AE)

vão precisar arrecadar cerca de US$ 350 bilhões para que a crise no mercado de créditos seja superado. No último fim de semana, ministros e banqueiros europeus se reuniram e confirmaram que não há sinais ainda de que os problemas estejam sendo solucionados. Durante a reu-

nião, na França, o presidente do Banco da Itália e do Forum de Estabilidade Financeira, Mario Draghi, alertou que as perdas nos bancos podem chegar a US$ 500 bilhões. Para ele, as projeções indicam que outros bancos estão à beira do abismo e que novas complicações ainda serão

anunciadas. "Vários bancos estarão em dificuldades", afirmou. Em sua avaliação, o resultado da atual crise deve ser uma consolidação e fusões no setor bancário no futuro. Na Europa, autoridades monetárias passaram o fim de semana acompanhando as negociações sobre o futuro do

Lehman Brothers (leia mais sobre o banco nesta página). Os BCs europeus querem saber qual a exposição de seus bancos nacionais ao Lehman. O temor é de que eventual quebra signifique novos problemas para a UE, que já deu demonstrações de estar reduzindo o ritmo de expansão. (AE)

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 060/2008- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 486/2008 – FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 15 a 24 de setembro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitacoes/ HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 060/2008- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 486/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE DESFIBRILADOR E VENTILADOR PULMONAR, PARA AS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU E HOSPITAL MANOEL DE ABREU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 25 de setembro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 12 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1872/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Hugo Carotini - Est. Keiichi Matsumoto, 2.025 - Jardim Tomé - Embu/SP – 150 - R$ 42.423,00 – R$ 4.242,00 – 09:30 – 01/10/2008. 05/1873/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Prof. Renato Braga - Rua Arthur Bliss, 465 - Jardim Monte Azul - Campo Limpo - São Paulo/SP – 180 - R$ 50.849,00 – R$ 5.084,00 – 10:00 – 01/10/2008. 05/1874/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Martinho da Silva - Rua Cdor. Antunes dos Santos, 1.800 Jardim Vaz de Lima - Campo Limpo - São Paulo/SP – 150 - R$ 43.736,00 – R$ 4.373,00 – 10:30 – 01/10/2008. 05/1876/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Toufic Joulian - Av. Rui Barbosa, 820 - Centro - Carapicuiba/ SP – 180 - R$ 50.608,00 – R$ 5.060,00 – 11:00 – 01/10/2008. 05/1890/08/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Victorio Fornasaro - Rua Novo Hamburgo, 78 - Vila S. Americana - Carapicuiba/SP – 150 - R$ 42.446,00 – R$ 4.244,00 – 11:30 – 01/10/2008. 05/1982/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof Sebastião Ramos Nogueira - Rua Candido Mota, 80 - São Bernando - Campinas/SP - 90; EE Jd. Mercedes - Rua Girlaine Simões, s/nº - Jd. Mercedes - Campinas/SP - 120; EE Profa Anna Calvo de Godoy - Rua Goias, 70 - Jd. Mauá I - Jaguariúna/SP – 90 - R$ 85.278,00 – R$ 8.527,00 – 14:30 – 01/10/2008. 05/1987/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Profª Neide Celestina de Oliveira - Rua Sebastião P. de Andrade, 91 - Recanto da Lagoa Grande - Embu-Guaçu/SP – 120 - R$ 19.386,00 – R$ 1.938,00 – 15:00 – 01/10/2008. 05/2029/08/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Quadra DA - Rua Cel. Cornélio Vieira de Camargo (R. João Antonio Lobo), 510 - Centro - Quadra/SP – 120 - R$ 18.039,00 – R$ 1.803,00 – 15:30 – 01/10/2008. 05/2139/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Dep. Gregorio Bezerra - Av. Afrânio Peixoto, 281 - Vila Paulina - Diadema/SP; EE Fabio Eduardo Ramos Esquivel - Rua Orense, 790 - Jd. Maria Leonor - Diadema/SP – 120 - R$ 47.463,00 – R$ 4.746,00 – 16:00 – 01/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 15/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 30/09/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

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FDE AVISA:

Nova Data – Tomada de Preços nº 05/1963/08/02 A Comissão Julgadora de Licitações comunica que a nova data limite para entrega dos envelopes 1 (Documentação) e 2 (Proposta Comercial) será dia 01/10/2008, até 30 minutos antes da abertura do envelope 1 (Documentação), que se dará às 14:00 hs. O objeto da TP em referência é a Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Faz São Bento - Faz Haroldina, s/nº - Engenheiro Veras - Mirante do Paranapanema/ SP. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 30/09/2008. Os invólucros contendo os Documentos de Habilitação e a Proposta Comercial deverão ser entregues na SEDE DA FDE. Os interessados poderão adquirir o Edital completo, através de CD-ROM, a partir de 15/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas. Ficam mantidas as demais condições do aviso inicial.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84, INFORMAMOS QUE NO DIA 12 DE SETEMBRO DE 2008 NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL.

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

FDE AVISA:

PREGÃO (PRESENCIAL) Nº 15/1214/08/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE CALCULADORAS ELETRÔNICAS DE BOLSO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para aquisição de calculadoras eletrônicas de bolso para alunos de 4ª série do Ensino Fundamental I. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 15/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 – República – CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 25/09/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894 www.dcomercio.com.br

Banco Bradesco Cartões S.A.

CNPJ no 59.438.325/0001-01 - NIRE 35.300.120.990 Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas cumulativamente em 28 de abril de 2008

Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de abril de 2008, às 10h30, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco SP, CEP 06029-900. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade. Verificou-se também a presença dos senhores Arnaldo Alves Vieira, Diretor Vice-Presidente, e Washington Luiz Pereira Cavalcanti, representante da empresa PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes. Constituição da Mesa: Presidente: Arnaldo Alves Vieira; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem do Dia: Assembléia Geral Ordinária: I) tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, as Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007; II) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de Dividendos; III) eleger os membros da Diretoria; IV) fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social. Assembléia Geral Extraordinária: examinar proposta da Diretoria para reformar o Estatuto Social, no Artigo 6o , incluindo os direitos e vantagens das ações de emissão da Sociedade; no 7 o, reduzindo de 14 (catorze) para 13 (treze) o número máximo de cargos na Diretoria; e no 17, alterando de 25% para 1% o valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício. Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I) aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007, de conformidade com a publicação efetivada em 27.2.2008, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 7 a 10; e “Diário do Comércio”, páginas 7 e 8; II) aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 25.4.2008, para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de Dividendos, conforme segue: “Tendo em vista que a Sociedade obteve no exercício social encerrado em 31.12.2007 lucro líquido de R$50.011.220,35, propomos, após a absorção do prejuízo acumulado no valor de R$48.274.230,76, nos termos do “caput” do Artigo 189 da Lei no 6.404/76, destiná-lo da seguinte forma: R$86.849,48 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2007”; R$1.237.605,08 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007”; e R$412.535,03 para pagamento de Dividendos, os quais deverão ser pagos até 27.6.2008.”; III) reeleitos, membros da Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2009, os senhores: Diretor Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores Vice-Presidentes: Laércio Albino Cezar , brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira , brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900; Luiz Carlos Trabuco Cappi , brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas , brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20; Diretor-Gerente: Paulo Eduardo D’Avila Isola , brasileiro, divorciado, bancário, RG 6.610.670-9/SSP-SP, CPF 857.044.828/72; Diretor-Geral: Marcelo de Araújo Noronha, brasileiro, casado, bancário, RG 2.062.931/SSP-PE, CPF 360.668.504-15, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900; Diretores: Cesário Narihito Nakamura , brasileiro, casado, engenheiro, RG 14.130.520-4/SSP-SP, CPF 065.816.148/23; e Roberto de Souza Lopes , brasileiro, casado, economista, RG 05.332.148-5/IFP-RJ, CPF 739.380.507/30, ambos com domicílio na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 6o andar, parte, São Paulo, SP, CEP 05804-907, cujos nomes serão levados à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2009 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV) fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$65.000,00, a ser distribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social. Assembléia Geral Extraordinária: aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 25.4.2008, a seguir transcrita: “Reformar o Estatuto Social, no Artigo 6o, incluindo os direitos e vantagens das ações de emissão da Sociedade; no 7o, reduzindo de 14 (catorze) para 13 (treze) o número máximo de cargos na Diretoria; e no 17, alterando de 25% para 1% o valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício. Se aprovada a proposta, os Artigos 6o, 7o e 17 do Estatuto Social passarão a vigorar com as seguintes redações: “Art. 6 o) O Capital Social é de R$132.114.000,00 (cento e trinta e dois milhões, cento e catorze mil reais), dividido em 79.373.038 (setenta e nove milhões, trezentas e setenta e três mil e trinta e oito) ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 39.686.519 (trinta e nove milhões, seiscentas e oitenta e seis mil, quinhentas e dezenove) ações ordinárias e 39.686.519 (trinta e nove milhões, seiscentas e oitenta e seis mil, quinhentas e dezenove) ações preferenciais. Parágrafo Primeiro - As ações ordinárias conferirão aos seus titulares os direitos e vantagens previstos em lei. Parágrafo Segundo - As ações preferenciais não terão direito a voto, mas conferirão, aos seus titulares, prioridade no reembolso do Capital Social, sem prêmio, em caso de liquidação da Sociedade. Parágrafo Terceiro - Nos aumentos de capital, a parcela de, pelo menos, 50% (cinqüenta porcento) será realizada no ato da subscrição e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Quarto - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, nela própria, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 5 (cinco) a 13 (treze) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, de 1 (um) a 8 (oito) Diretores Vice-Presidentes, 1 (um) Diretor Gerente, 1 (um) Diretor Geral e de 1 (um) a 2 (dois) Diretores sem designação especial. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei n o 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço semestral ou anual terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros Existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo Parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (1%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado e que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pelo Banco Central do Brasil e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem, inclusive pelo representante da empresa PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes. aa) Presidente: Arnaldo Alves Vieira; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas; Administrador: Arnaldo Alves Vieira; Acionista: Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e Domingos Figueiredo de Abreu; Auditor: Washington Luiz Pereira Cavalcanti. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Bradesco Cartões S.A. aa) José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo. Certidão – Secretaria da Fazenda – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob número 250.713/08-1, em 5.8.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretaria Geral.


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Nacional Empresas Comércio Exterior Caixa 1

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Além da localização estratégica, Macau foi escolhida para nossa sede porque fala português. Alencar Burti, presidente ACSP

CHINA E ÁFRICA QUEREM MAIS BRASIL

Manaus aumenta vendas Micros e pequenas empresas de artesanato esperam repetir desempenho do ano passado Mário Tonocchi

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cios a partir desse contato. Cerca de 200 associações, empresas nacionais e estrangeiras e cooperativas participaram da Rodada Internacional de Negócios da federação. Entre as estrangeiras, dez vieram do Canadá, Estados Unidos, Espanha e Alemanha. As exportações do Pólo Industrial de Manaus registram queda desde 2005, auge do comércio exterior nos últimos anos, quando chegou a US$ 2,1 bilhões. No ano passado, de acordo com a responsável pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Flávia Grosso, o movimento externo chegou a US$ 1,1 bilhão. "Temos um mercado interno bastante aquecido. Mes-

mo, assim as empresas do pólo já desenvolvem investimentos para ampliar a participação, principalmente na América Latina", observou. De janeiro a agosto deste ano, no entanto, as exportações da região somaram US$ 692 milhões. Nesse ritmo, pode fechar o período empatado com o faturamento registrado no ano passado. Considerado o semestre deste ano ante o mesmo período de 2009, no entanto, de acordo com Flávia, nota-se crescimento nas exportações do Pólo de Manaus. Pelos números da Suframa, as vendas externas nos seis primeiros meses de 2008 chegaram a US$ 568,5 milhões. O volume é 27,54% maior que os US$ 445,7 mi-

Mais estrangeiros mostram-se dispostos a importar artesanato produzido na Amazônia

lhões de janeiro a junho de 2007. Para a superintendente, contribuíram para o resultado semestral a ampliação das vendas de aparelhos celulares, o bom desempenho de concentrados para refrigerantes e as motocicletas. Além dos Estados Unidos, a Superintendência fomenta a relações comerciais do Pólo de Manaus com os países vizinhos e outros blocos econômicos. Já as importações de insumos para a produção do Pólo Industrial de Manaus estão su-

China pode render mais ao País Foi o que disse o embaixador da nação asiática no País, Chen Duqing, em reunião na Associação Comercial Mario Miranda / Luz

Sonaira San Pedro

bindo. De acordo com a Suframa, entre janeiro e junho de 2003, o volume importado somou US$ 1,5 bilhão, enquanto as exportações no período somaram US$ 536,8 milhões. A balança comercial do pólo chegou a US$ 2,1 bilhões em importações no primeiro semes-

N gócios

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A Duging e Burti: encontro para estreitar laços sino-brasileiros e ampliar negócios entre os países

de de consumir", disse o embaixador. "Na Agenda China, lançada em julho pelo governo brasileiro, foram identificados itens que importamos de outros países, mas que podem ser comprados diretamente do Brasil," disse o diplomata. Em relação às importações, parte significativa dos produtos comercializados no Brasil com etiqueta verde-e-amarela são, na verdade, "made in Chi-

Brasil pode exportar tecnologia para África

na", segundo Duqing. "E a maioria deles vem da região industrial de Guangdong, que fica a 200 quilômetros de Macau, onde foi aberto o escritório da ACSP", afirmou. Guangdong, no sul do país, é responsável por produzir 15% do PIB chinês e abriga 400 milhões de habitantes, a maior parte envolvida com a área industrial. Na mesma região, Hong Kong ergue-se como um

dos principais centros comerciais financeiros asiáticos. "Além da área estratégica, Macau foi escolhida para ser a sede do escritório da ACSP também por ter a língua portuguesa como um dos idiomas oficiais", disse o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti. O escritório da ACSP na China já está de portas abertas aos empreendedores brasileiros.

Andrei Bonamin / Luz

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ortalecer o comércio entre Brasil e a África do Sul e avançar no intercâmbio com os blocos econômicos africanos foi a pauta do encontro entre o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Luiz Roberto Gonçalves, e o novo cônsul-geral da África do Sul no Brasil, Yusuf Omar, que assumiu o cargo há dois meses. Segundo Omar, a proposta vai além de ampliar a base exportadora de mercadorias. A idéia é promover investimentos bilaterais por meio da aproximação com entidades representativas, como a ACSP. Por sua vez, Gonçalves afirmou

ser fundamental a construção de projetos duradouros. O g e re n t e d a S ã o P a u l o Chamber of Commerce, órgão da ACSP, Sidnei Docal, e o cônsul-econômico da África do Sul, Jacob Moatshe, também participaram da reunião, na segunda-feira, dia 8, na sede da entidade. Uma das propostas foi a troca de tecnologia. "A experiência do setor agrícola brasileiro é excelente para os mercados africanos, especialmente para nações em reconstrução, como Angola e o Congo", acrescentou Gonçalves. A África do Sul tem 47,4 milhões de habitantes. A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano é superior a 5%. Rico em re-

O Gonçalves, Moatshe e Omar: parceria para reconstruir nações

cursos minerais, o país detém quase 50% da produção industrial do continente africano. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2007, o Brasil exportou US$ 1,75 bilhão para a África do Sul, principalmente em minério de ferro. O saldo de importação foi de US$ 522 milhões, grande parte do setor automotivo. O volume expor-

tado teve crescimento de 20%, ante o ano anterior. Com o objetivo de incentivar as exportações brasileiras para o continente africano, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com ACSP promovem uma missão de negócios Brasil-Angola. O evento será realizado entre os dias 7 e 10 de outubro de 2008 em Luanda.

ACSP organiza missão para a China

São Paulo Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo organiza missão empresarial à 104ª edição da Feira Internacional de Cantão, em Guangzhou, capital da Província de Guangdong, no Delta do Rio das Pérolas, na China. A visita se concentrará na segunda fase da feira, em que são expostos utensílios domésticos, produtos de cerâmica e porcelana, artigos para decoração, utensílios de vidro, móveis, artesanatos, produtos para jardinagem, artigos para casa, produtos para cuidados pessoais, artigos para banho, relógios e óculos, brinquedos, brindes e presentes e artigos para festas. O programa de viagem prevê uma visita à Região Administrativa Especial de Macau RAEM, onde a delegação participa da Feira Internacional de Macau – MIF. A RAEM é um território sob administração de Portugal e que em 1999 passou ao controle da China, que

Oportunidades estão em países em reconstrução Geriane Oliveira

tre de 2005, ante US$ 1 bilhão em exportações no mesmo período. A evolução das importações manteve-se constante nos últimos anos até chegar a US$ 3,7 bilhões nos primeiros seis meses deste ano enquanto as exportações chegaram a US$ 568,6 milhões.

oportunidades

C

om consumo interno anual na casa dos US$ 4 trilhões, previsto para 2008, a China deve ser vista como o destino preferido dos exportadores brasileiros, de acordo com o embaixador da China no Brasil, Chen Duqing. "Mais do que trazer produtos de lá, é preciso enviar também, já que o poder de compra dos chineses cresce com o país", afirmou ele, que participou de uma palestra promovida pelo Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O país asiático já é o principal mercado de telefonia celular do mundo, com 500 milhões de aparelhos, e o segundo mercado de bijuterias, além de o setor de alto luxo ter o maior potencial de crescimento do globo, de acordo com dados do governo chinês. Desde 1978, a China cresceu mais de 9% ao ano e, hoje, o PIB per capita do país é de US$ 2,5 mil. "É sete vezes a população do Brasil e o mercado de lá quer tirar o atraso da facilida-

Hudson Fonseca

icros e pequenas empresas de artesanato da Amazônia esperam, este ano, repetir os US$ 5,5 milhões em exportações de produtos de pescado, madeira, frutas e óleos essenciais registrado no ano passado. De acordo com o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fiam), até junho, as exportações do setor somaram US$ 2,2 milhões. A aposta para ampliar os negócios foi a rodada de negócios da Feira Internacional da Amazônia, encerrada ontem, em Manaus. Valdemarino Duarte Alecrim, sócio da Amazon Mobile, pequena fábrica de móveis regionais, disse que o contato com um representante de uma empresa espanhola resultou na solicitação de projetos para a fabricação de móveis para o mercado europeu com características e exigências de qualidade daquela região. "O mercado externo tem expectativas e exigências diferentes do brasileiro", disse o empresário, que espera ampliar os negó-

manterá até 2049, a língua portuguesa, a moeda e o regime jurídico anteriores. Isso facilita o acesso de brasileiros e dos países lusófonos nos negócios com a China, via Macau. A partida de São Paulo será no dia 20 de outubro pela Emirates, com destino a Dubai, via Hong Kong, com escala inicial em Macau, onde permanece por dois dias, seguindo para Guangzhou, com retorno programado para o dia 28. Algumas vantagens em participar do grupo são as seguintes: intérpretes em inglês e mandarim, em toda a visita; acompanhamento da São Paulo Chamber desde a partida; auxilio para obtenção de vistos; ingressos para as feiras; traslados através de ferry-boat e ônibus. Desde Macau, o grupo contará com o apoio integral do recém-instalado Escritório da São Paulo Chamber naquela cidade. Informações adicionais com Sandra, tel. 11-3244-3170 e email: stescari@acsp.com.br.

Curso de drawback

Instituto de Estudo das Operações de Comércio Exterior (Oicex) promoverá, no próximo dia 7 de outubro, o Curso Drawback, no auditório da Abinee, à Avenida Paulista, 1.439, a partir das 9h. O drawback é uma interessante ferramenta de economia para empresas exportadoras que agregam materiais importados em sua operação. O evento apresentará o que é drawback, objetivos, tipos, prazos, controle de importação e exportação, aditivos,

prorrogações, alterações; sistemas de drawback; laudo técnico, logística, alertas, licenciamento de importação, registro de exportação, legislaç õ e s e s p e c í f i c a s s o b re o s tributos envolvidos, baixa final, nacionalização e drawback web. O evento será conduzido por Fabíola Motta Rebello, que atua há 12 anos em rotina de importação e exportação, compreendendo todas as etapas do negócio: compra, acompanhamento, desembaraço e entrega. Inscrições pelo telefone: (11) 3294-4990.

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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MERCADO

Rodízio de caminhão eleva venda de vans e picapes Segmentos estão crescendo acima da média do mercado

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MONTANA AUTO PEÇAS

com a distribuidora Ouro Forte, de São Paulo, que trocou os dois caminhões VW 8-120 por quatro vans. A van que mais cresceu este ano foi a Hyundai HR. Nos oito primeiros meses do ano passado tinha vendido 1.966; neste ano já atingiu 9.150, um espetacular crescimento de 365,4%. As vendas da Daily, da Iveco, passaram de 557 para 1.257 unidades, 125,7%, e a Ducatto, da Fiat, subiu de 3.012 para 5.185, 72,1% a mais. Picapes - Embora tenha tido um crescimento menor que o das vans, o segmento de picapes derivadas de automóveis também superou as expectativas, vendeu 33,9% a mais este ano em relação aos primeiros oito meses do ano passado. Esse tipo de veículo também passou a ser mais procurado, segundo os lojistas, após a proibição de caminhões transitarem no centro urbano por causa do rodízio. Em maio, antes das restrições, as picapes pequenas venderam 13.761 unidades, volume que subiu para 14.792 em junho e para 16.916 em julho. Em agosto as vendas caíram para 14.610 unidades, ainda assim, acima do patamar de vendas antes do rodízio municipal. Agência AutoInforme

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Kia quer produzir carro em Salto A empresa negocia incentivos com o governo de São Paulo alto, a 100 km de São Paulo, deverá entrar na lista das cidades com fábrica de veículos. O presidente da Kia Motors do Brasil, José Luis Gandini, anunciou a compra de uma área de 510.000 m², onde operava uma indústria, naquela cidade, que é vizinha de Itu, local em que a Kia tem a sua sede. Gandini anunciou inclusive o modelo que pretende produzir no País, o Soul (foto ao lado), uma minivan do tamanho do Fit. O presidente da Kia esteve na última segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes, acompanhado de prefeitos de Salto e de Itu, para conversar com o secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman, a quem solicitou incentivos fiscais para a construção da fábrica. O empresário quer os mesmos benefícios dados à Toyota para a construção da fábrica de Sorocaba, também no interior paulista, e disse que o início da construção da unidade em Salto, previsto para o ano que vem, dependerá destes incentivos.

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Projeto para 2010 - Segundo fonte da empresa, a fábrica estaria iniciando a produção somente em meados de 2010. O Soul, fabricado na Coréia, é um carro pequeno, de 4m11 de comprimento e entreeixos de 2m55, mas não é um modelo popular. Tem duas opções de motor:

Divulgação

láudio Eduardo Souza fazia entrega de mercadoria no centro de São Paulo com seu caminhão Ford 712, modelo 2006, de sete toneladas. A transportadora para a qual presta serviço ameaçou encerrar o contrato se ele não se enquadrasse nas condições exigidas pelo rodízio municipal, que limita a circulação de veículos pesados no centro expandido. Sem alternativa, vendeu o caminhão no início de junho e comprou uma van Daily 55C16, da Iveco. Muitos donos de caminhões passaram a procurar as vans de carga para atuar em São Paulo, porque se viram impedidos de exercer seu trabalho devido à restrição causada pelo rodízio. O resultado foi um expressivo aumento das vendas, que nos primeiros oito meses deste ano chegaram a 45.429 unidades, contra 27.337 no mesmo período de 2007. É uma alta de 66,2%, bem acima da média do mercado, de 26%. O crescimento maior aconteceu de três meses para cá, ficando na faixa de 6 mil a 7 mil/mês entre junho e agosto. Alceu Pescarolli, gerente da concessionária Renault Gran Brasil Água Branca, confirma a migração de caminhões para vans, informando que a procura por utilitários leves dobrou no último mês. Em agosto, a empresa fechou um negócio

1.6 de 126 cavalos e 2.0 de 142 cavalos com câmbio automático. O modelo coreano será mostrado no Salão do Automóvel de Paris, que começa no próximo dia 4 de outubro, e também estará no estande da Kia no Salão do Automóvel em São Paulo, com início no dia 30 de outubro. Recentemente Gandini assumiu a Kia do Uruguai, que tinha uma operação de importação local muito pequena. O empresário quer ampliar a ação da filial e tem planos de construir uma fábrica naquele país para a produção do caminhão Bongo. A aquisição foi uma questão estratégica: o Bongo feito lá poderia ser exportado para o Brasil sem o pagamento do Imposto de Importação, de 35%, como acontece hoje, visto que ele vem da Coréia. Joel Leite, da Agência AutoInforme


São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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MERIVA Fotos: Pablo de Sousa/Cia de luz

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m um mês de setembro cheio de novidades no mercado automotivo brasileiro a GM decidiu não deixar de fora seu monovolume e apresentou a Meriva 2009. As principais inovações ficam por conta da opção de motor 1.4 Econo.Flex e nova configuração do modelo 1.8 com transmissão automatizada Easytronic.

Agora com motor 1.4 Flex A linha 2009 do monovolume Chevrolet passa a oferecer cinco versões, duas com o motor menos potente e mais baratas, que deverão responder por 70% das vendas Com a nova motorização flex 1.4, a Meriva vai custar a partir de R$ 45.790. No modelo com motor 1.8, a novidade é transmissão Easytronic em todas as versões.

Novidades e preços - O câmbio Easytronic passa a ser oferecido de série, agora, na Meriva 1.8 a partir da versão de entrada, a Expression, fazendo companhia para a Premium e a SS, que já ofereciam esta transmissão e que atingiram 3.264 vendas entre outubro de 2007, quando foi lançado o equipamento, e agosto de 2008. A versão Meriva Expression 1.8 Easytronic chega custando a partir de R$ 48.240. Além das três versões com motorização 1.8, agora o monovolume passa a contar com o motor 1.4 litro que desenvolve 105 cavalos de potência com álcool e 99 cv com gasolina (a 6.000 rpm), mesma potência atingida pelo propulsor quando utilizado no Corsa. A motorização será acompanhada apenas de transmissão manual e começa a ser comercializada nos modelos Joy e Maxx, com preços a partir de R$ 45.790. Apesar da pouca diferença de R$ 2.450 entre as versões de entrada com motor 1.4 e 1.8, o diretor-geral de Marketing e

Vendas da GM do Brasil, Marcos Munhoz, acredita que a nova motorização irá aumentar de 26% para 30% a participação da Meriva no segmento de monovolumes médios. "O mix de vendas do modelo será de 70% da versão 1.4 litro e 30% da 1.8". A aposta do executivo tem base em pesquisas que demonstraram que entre 2005 e 2008 os modelos 1.4 tiveram aumento na participação de 9% para 16%, sendo que o segmento de veículos 1.0 caiu de 57% para 53%. Com isto, a conclusão é que carros 1.4 ganharam também espaço entre clientes que preferem aqueles com motores mais fortes, mas que desejam que eles sejam mais econômicos. Visual mudou pouco - Externamente, a alteração mais significativa foi em sua grade frontal que trocou o friso central cromado por um na mesma cor do veículo e ao centro a "gravata" dourada segue o novo padrão da Chevrolet. Além disso, foram mudados os desenhos de rodas e calotas e as lanternas traseiras ganharam lentes escurecidas e outros pequenos detalhes no posicionamento dos emblemas de identificação do veículo. Já o acabamento interno recebeu novos grafismos no painel de instrumentos e novos tecidos nos bancos. Anderson Cavalcante

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São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

NOVO FOCUS HATCH

"Um carro sem comparação" Fotos: Divulgação

Para a Ford o novo Focus ganha no confronto com todos seus concorrentes e a marca aproveita o frio de Bariloche para "descer a lenha" nos outros modelos pós mostrar o novo Focus sedan em São Paulo na semana retrasada, a Ford realizou o lançamento oficial do veículo e a apresentação da versão hatch do modelo em São Carlos de Bariloche, na Patagônia argentina, em meio à neve e ao frio do final de inverno. O modelo, que já era bom, mostrou-se ainda melhor. O novo Focus hatch será comercializado, a partir de outubro, em duas versões de acabamento: GLX, com preços a partir de R$ 58.190, e Ghia, que custará, no mínimo, R$ 68.890, ambas com câmbio manual. Com o automático, custarão, respectivamente, R$ 62.690 e R$ 73.390. O hatch chega para disputar espaço com o Chevrolet Vectra GT, Peugeot 307, Volkswagen Golf e Fiat Stilo. E também vai competir com a geração velha do próprio Focus, que será mantida em produção e possui a grande vantagem de oferecer o motor 1.6 flex com preço na faixa de R$ 45 mil. O coração do hatch é o mesmo do sedan, um propulsor Duratec 2.0 a gasolina, de 145 cavalos, com câmbio manual de 5 velocidades ou com transmissão automática seqüencial de 4 velocidades. No interior, algo que deve fazer mais falta ao hatch que ao sedan é a ousadia nas linhas de seu painel, já que o novo modelo traz um painel com visual mais clássico, que agrada mais os admiradores de modelos maiores. Já o ponto forte do Focus, principalmente do hatch, sempre foi sua dirigibilidade que agora foi aprimorada pelo sistema de direção com assistência eletrohidráulica, que conta com três

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opções de condução (Normal, Conforto e Esporte), possibilitando três opções de regulagem e esforço progressivo de acordo com a velocidade. Outro item bastante perceptível ao rodar com o veículo é o bom nível de silêncio interno, independente do tipo de piso. Os outros são os outros - Segundo o gerente de Marketing, Antônio Baltar, a marca deve trabalhar melhor o modelo, fazendo com que ele alcance resultados mais positivos no Brasil, principalmente na versão sedan. "Vamos deixar a fama de injustiçado para o Mègane, que está pegando essa fama para ele". Aliás, em Bariloche, algo que não faltou foram comparações entre os capacitados, novo Focus sedan e o “ainda mais” apaixonante hatch, com modelos de outras marcas, como que “o 307 sedan é um carro feio, que o Civic tem o porta-malas muito menor que o do Focus e que o Vectra tem o consumo muito alto”, entre outras. Com esta bela dupla a marca já pode focar suas atenções apenas nas inúmeras virtudes do seu carro. A expectativa da Ford é passar de 2 mil para 4 mil carros mensalmente, sendo 70% das vendas esperadas para o sedan e 30% para o hatch. Estes números já são otimistas mesmo sem a chegada do motor flex que, segundo os executivos da marca, será lançado somente no segundo semestre do ano que vem, para não prejudicar quem adquirir o modelo atual. Anderson Cavalcante

A dirigibilidade do Ford Focus sempre foi um dos pontos fortes do veículo. Agora ela foi aprimorada pelo sistema de direção com assistência eletrohidráulica, que conta com três opções de condução.


Paraolimpíada Atletismo Fórmula 1 Outros campos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Vettel foi absolutamente genial. E ouvir os hinos alemão e italiano me trouxe boas lembranças.” Michael Schumacher

VETTEL É O MAIS JOVEM VENCEDOR DA FÓRMULA 1

A FESTA DO ALEMÃO

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Max Rossi/Reuters

itória de um piloto alemão, com uma equipe italiana, e carro equipado com motor Ferrari. Não, não estamos falando de Michael Schumacher, e sim da maior zebra da Fórmula 1 em 2008: a vitória de Sebastian Vettel no GP da Itália, com a Toro Rosso, surpreendeu o mundo e fez a disputa pelo título mundial cair para segundo plano. Vettel, de 21 anos, já havia feito história no sábado, ao aproveitar a chuva forte e se tornar o mais jovem piloto a marcar uma pole position. Ontem, guiou como um veterano e venceu de ponta a ponta, sem se importar com a pista molhada ou o assédio de carros teoricamente mais velozes. “Foi um fim de semana perfeito, e na verdade nem sei o que dizer”, afirmou o mais jovem vencedor da F-1, primeiro alemão a

Liu Jin/AFP

ganhar após a aposentadoria de Schumacher, há dois anos. Foi ainda a primeira vez que um carro com motor Ferrari levou o primeiro lugar, sem que fosse uma própria Ferrari. O pódio foi completado por coadjuvantes: Heikki Kovalainen chegou em segundo, e Robert Kubica em terceiro. Felipe Massa largou e terminou em sexto, enquanto Lewis Hamilton, que saiu em 15º lugar e chegou a andar em segundo, acabou em sétimo por causa de uma troca extra de pneus, após o fim da chuva. Na classificação, o inglês está agora só um ponto à frente do brasileiro, 78 a 77. “Foi uma corrida difícil, mas o campeonato está crescendo para o nosso lado”, previu Massa, que nesta semana treina para o estreante GP de Cingapura, no dia 28, a primeira prova noturna da história da F-1.

Dois anos após a última vitória de Schumacher, Vettel surpreende e se torna o vencedor mais jovem da F-1

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✓ Jadel Gregório foi o único

brasileiro a ir ao pódio na Final Mundial do Atletismo, disputada neste fim de semana em Stuttgart. Ele foi prata no salto triplo, atrás do português Nelson Evora. Nos 100m rasos, sem Usain Bolt, Asafa Powell levou a melhor, com 9s87.

Pamela Jelimo venceu a prova e fechou um ano perfeito, com 14 vitórias em 14 provas - incluindo o ouro olímpico e o prêmio de US$ 1 milhão da Golden League.

Chuva de medalhas

perimente uma nova maneira de acessar a Internet!

OUTROS CAMPOS

✓ Nos 800m, a queniana

Com o terceiro ouro de André Brasil, o País alcançou seu melhor desempenho na história da Paraolimpíada

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Alessandro Bianchi/Reuters

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

ndré Brasil e Phelipe Andrews fizeram dobradinha ontem, nos 50m livre S10, e ajudaram o Brasil a bater seu recorde de medalhas na história da Paraolimpíada: já são 35 pódios, com 12 medalhas de ouro, 9 de prata e 14 de bronze, e o 11º lugar no quadro geral de medalhas. O número de medalhas deve aumentar, já que as competições vão até quarta-feira. André e Philipe repetiram a ordem de chegada dos 100m livre, na terça-feira. André venceu com novo recorde mundial, 23s61, e Phelipe levou a prata com 24s64, superando por um centésimo o canadense Benoit Huot, uma dos astros da natação paraolímpica. Com três medalhas de ouro e uma de prata, André divide com Daniel Dias - quatro medalhas de ouro, duas de prata e

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uma de bronze - o posto de astro da natação brasileira. “O esporte paraolímpico brasileiro está evoluindo e, com isso, vamos ter uma renovação constante, sempre com bons resultados”, disse André. “É muita felicidade. Espero que essa dobradinha se repita por muitas e muitas vezes”, afirmou Phelipe, que começou a competir há só cinco meses. Ainda no Cubo D'Água, a natação do Brasil conseguiu outra medalha ontem, com Fabiana Sugimori, bronze nos 50m livre S11 (para cegos), ao terminar a prova com o tempo de 32s45 - a Itália levou ouro e prata, com Maria Panigati Poiani e Cecília Camellini. O País também levou medalha no atletismo: Odair Ferreira foi bronze nos 10 mil metros T12 (baixa visão) e repetiu o desempenho que havia tido nos 800m e nos 5 mil metros.

✓ Sob forte chuva, Valentino

Rossi venceu o GP dos EUA, em Indianápolis, e pôs a mão na taça da MotoGP: tem 87 pontos a mais que Casey Stoner, a 4 provas do fim da temporada. ✓ Na GP2, os brasileiros

Bruno Senna e Lucas di Grassi não conseguiram tirar o título do italiano Giorgio Pantano. Bruno foi vice-campeão, e Lucas ficou em terceiro, mesmo sem disputar as primeiras seis corridas. ✓ Começa hoje, com a

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

PARA COMPENSAR A QUEDA DOS MERCADOS É URGENTE RECUPERAR O PAPEL DO ESTADO INDUTOR

INADIMPLÊNCIA MODERADA

O

rápido crescimento do volume de crédito na economia brasileira tem elevado a preocupação com o calote nos empréstimos. Ao que tudo indica, o sistema financeiro tem olhado com cuidado as estatísticas mensais de inadimplência bancária, de modo a identificar mudanças de rumo que eventualmente possam ter caráter mais persistente e que, portanto, constituam nova tendência para os próximos meses. De olho na crise de crédito americana - guardada as devidas proporções - analistas têm defendido a adoção de medidas prudenciais por parte das autoridades, de modo a preservar a qualidade de crédito e a saúde do sistema financeiro, cuidando para que a atual fase de expansão prossiga em bases sólidas. Como se sabe, há duas medidas de inadimplência divulgadas pela autoridade monetária: (1) o percentual do saldo em atraso entre 15 e 90 dias do vencimento e (2) o percentual com atraso superior a 90 dias. As séries de inadimplência descrevem ciclos ou, no jargão estatístico, elas são estacionárias. É no segmento da pessoa física que se concentra atualmente a maior preocupação do meio financeiro. De acordo com a intuição, os determinantes macroeconômicos dos ciclos de inadimplência são basicamente três: (i) o endividamento das famílias; (ii) o estado do mercado de trabalho e (iii) o juro real dos empréstimos. O maior endividamento hoje se refletirá em maior taxa de inadimplência um ano à frente, tudo o mais constante. Isto ajuda a entender porque o ciclo de elevação da inadimplência em 20042005 durou bem mais que os anteriores. Existe uma relação positiva entre o juro real e a inadimplência, já que um aumento do juro causa um choque no orçamento do tomador de novos empréstimos, diminuindo sua capacidade de pagamento. E existe relação inversa entre população ocupada e inadim-

● A taxa de

inadimplência da pessoa física pode subir. Culpa da desaceleração que vem por aí.

plência, sugerindo que o aumento do número de pessoas empregadas eleva a capacidade agregada de pagamento de dívidas.

C

om base neste exercício, o que se pode dizer, então, sobre o curso futuro da inadimplência? Parece claro que, nos próximos meses, as variáveis vão agir no sentido de elevar a inadimplência das pessoas físicas (e, analogamente, também da pessoa jurídica). A tendência de desaceleração do crescimento no próximo ano, devido ao atual processo de aperto da política monetária, está presente no cenário de todos os analistas econômicos, variando apenas de intensidade. Em nosso cenário básico, prevemos queda do crescimento de 4,9% neste ano para 3,8% em 2009. No mercado, há quem aposte em desaceleração ainda maior. Neste ambiente, o mercado de trabalho deverá perder parte importante de seu dinamismo e elevar a inadimplência. De fato, simulações mostram que a taxa de inadimplência da pessoa física poderá retornar para o patamar do último quadrimestre de 2006 (entre 7,5 e 7,6) e aí permanecer pela maior parte do próximo ano. Embora a tendência seja de elevação, esta taxa não pode ser considerada como uma ameaça à saúde do sistema bancário nacional, até porque as provisões do sistema financeiro estão em níveis bastante confortáveis, dado o patamar atual de atrasos de pagamento.

DELFIM NETTO ECONOMIA REAL

A campanha A que Obama já venceu

S

e Barack Obama for eleito, será, segundo parece, o primeiro presidente americano a ser empossado trazendo nas costas uma condenação criminal. Por que os líderes do Partido Democrata estão aceitando, aparentemente sem grande preocupação, o risco desse vexame colossal? Uma hipótese plausível é a de que tudo seja um cálculo maquiavélico para dar a Presidência não ao inexperiente Obama e sim ao tarimbado Joe Biden. Há no entanto uma outra hipótese, mais sinistra, que não nega a primeira, mas a complementa espetacularmente. Para enxergá-la com clareza, é preciso ter em conta os seguintes fatores: 1 Obama não é o candidato preferido do eleitor americano, mas é o candidato preferido da espécie humana. Na Europa ocidental e oriental, na Ásia, na África e na América Latina, uma campanha de endeusamento como jamais se viu no mundo deu ao medíocre senador de Illinois as proporções de um salvador mítico do universo e não somente dos EUA. Essa campanha não é um aglomerado de curiosas coincidências, ela tem unidade e coerência notáveis, não só no estilo retórico demencial, que toma símbolos publicitários como realidades palpáveis, e não só na orientação política subjacente, uniformemente anti-americana, mas também nas fontes que a subsidiam e orientam, entre as quais se destacam os recursos bilionários dos potentados árabes, das organizações esquerdistas e terroristas, de George Soros e do lobby globalista em geral. Na forma como no conteúdo, na identidade dos seus porta-vozes como no seu teor ideológico indisfarçável, a campanha obamista internacional é apenas a condensação eleitoral da onda de ódio anti-americano, que veio crescendo, sem descontinuar, desde o fracasso do socialismo real e que hoje é o único pólo aglutinador do movimento revolucionário no mundo. 2 Nessa campanha, que não é só publicitária mas visa a uma “mudança” real, Obama não entra só como um símbolo – embora nesse papel tenha um brilho incomum – e sim, também, como um efetivo executor. Seu programa de governo, em todos os pontos substantivos (excluídas portanto somente algumas concessões verbais ao patriotismo americano), consiste sumariamente em demolir a economia americana por meio de impostos e legislações restritivas, em substituir a cultura americana tradicional pelo lixo multiculturalista,

● Mesmo que perca as eleições,

como parece mesmo que vai perder, a campanha obamista internacional já saiu vencedora. É a condensação eleitoral da onda de ódio anti-americano. Por Olavo de Carvalho

em transferir a organismos internacionais parcelas essenciais da soberania americana e em colocar os EUA de joelhos ante as “reivindicações legítimas” (palavras dele, porca miséria!) dos terroristas antiamericanos. Se todos os inimigos dos EUA apóiam esse sujeito, é por um motivo inteiramente óbvio: ele é um traidor feito sob medida, um agente local a serviço de poderes extranacionais, um Quisling em toda a linha. Embora nem todos o declarem em voz alta, praticamente todo mundo nos EUA enxerga isso. A diferença é que uns gostam, outros não. Ambos fingem que não vêem: estes, porque reconhecer esses fatos abertamente seria confessar um estado de pânico, de calamidade pública, pior do que mil furacões da Louisiana; aqueles, porque a camuflagem é a essência da traição. 3 É claro que, para desempenhar sua parte no plano, Obama nem precisa chegar à Presidência. Que quase metade do eleitorado seja imbecilizada ao ponto de endeusar um candidato tão somente pela força de seus slogans de campanha, sem examinar nem mesmo seu programa de governo e aceitando ignorar por completo sua biografia – a mais comprometedora que já se viu em tão alto escalão -, já é um dano irreparável. Os valores da democracia americana já foram corroídos pelo antiamericanismo externo e interno ao ponto de milhões de eleitores desejarem conscientemente – embora não confessadamente – um traidor na Presidência. Esse mal já está feito e, sob esse aspecto, a campanha de Obama, mesmo que perca as eleições, como parece mesmo que vai perder, já saiu vencedora. O resto do serviço, no caso improvável de uma vitória dos democratas, Joe Biden poderia fazer até melhor que Obama: afinal, é o sujeito que quer reprimir a exploração de novos poços de petróleo nos EUA depois de ter apoiado a cessão de belas reservas petrolíferas do Alasca... à Rússia.

Cidades ameaçadas MARCOS CINTRA

TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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egundo a ONU, as cidades abrigam hoje 3,4 bilhões de pessoas. Daqui a 20 anos esse contingente será de 5,5 bilhões de indivíduos - ou cerca de 60% da população mundial. Essa acelerada expansão populacional cria perspectivas de caos urbano nas grandes e médias cidades dos países em desenvolvimento, pois elas se acham despreparadas para abrigar em tão pouco tempo esse elevado contingente adicional de pessoas. Metrópoles como São Paulo, por exemplo, sofrem ameaças de problemas urbanos agudos, que poderão se intensificar a ponto de produzirem colapsos de natureza ambiental, social e infra-estrutural. Ainda em pequena escala, a cidade já sofre sérios problemas de poluição e de congestionamentos, comprometendo seriamente a qualidade de vida de seus habitantes. Por isso, é indispensável que os gestores públicos adotem uma postura responsável frente a tais problemas, deixando de ignorálos e ou de empurrá-los para debaixo do tapete, como sempre ocorreu no Brasil. Em apenas 48 anos a população da cidade de São Paulo quase triplicou, saindo de 3,8 milhões de habitantes em 1960 para 11 milhões em 2008. Ou seja, 7,2 mi-

S

lhões de pessoas a mais passaram a residir na capital paulista num espaço relativamente curto de tempo, número equivalente, por exemplo, à população de uma cidade como Londres. Em termos de ocupação do solo, a mancha urbana na capital paulista cresceu desordenadamente. Houve proliferação de favelas e de loteamentos irregulares. Foram sendo ocupados terrenos públicos e privados e hoje cerca de 30% dos moradores em São Paulo vivem nessa situação subnormal e ilegal. ● Novas demandas

urbanas estão surgindo e elas precisam de novos tratamentos. Nossas cidades estão despreparadas. Surgiram vários problemas angustiantes relacionados ao abastecimento de água, destinação do lixo, esgotamento hídrico, poluição e congestionamento. Por tudo isso, é urgente pensar e repensar a vida urbana no Brasil. O Conselho da Cidade, que criei em meados do ano passado, foi institucionalizado em evento no Sindicato dos Engenheiros e contou com

a presença do prefeito Gilberto Kassab. Lá se reúnem técnicos de diferentes áreas com o objetivo de apresentar alternativas inovadoras para os problemas das megacidades que surgem no planeta. ão Paulo passou por grandes transformações nos últimos anos e hoje há um acúmulo de problemas que comprometem dramaticamente, e de modo acelerado, a qualidade de vida na cidade. A perspectiva de aumento populacional, combinada com as mudanças socioeconômicas que o País vive, vai tornar a situação ainda mais crítica. Novas demandas urbanas estão surgindo e elas precisam de novos tratamentos. Velhas medidas não servem mais frente a uma dinâmica que assume novas formas. O Conselho da Cidade é uma instituição para repensar as cidades e seus problemas. É uma primeira etapa cumprida, e que pretende trazer subsídios para a reflexão em busca de soluções para nossos problemas atuais e futuros. Pretendemos criar um banco de idéias para oferecer aos nossos governantes.

S

s boas notícias vêm todas do setor produtivo, com o fechamento dos números oficiais relativos ao comportamento da economia brasileira no primeiro semestre de 2008. Os dados divulgados esta semana pelo IBGE e pela Companhia Nacional de Abastecimento apontam na mesma direção de um sólido crescimento da indústria, da agroindústria e de serviços, com taxas bastante equilibradas entre os setores. Começando pelo PIB, que cresceu 6% em comparação com o primeiro semestre de 2007, os resultados da atividade econômica superaram as expectativas da maioria dos analistas. Muito significativo foi o índice da formação bruta de capital fixo que teve uma alta de 15,7% nos seis primeiros meses de 2008, a maior taxa apurada desde que começou a ser calculada, há 12 anos. O IBGE registrou também a continuação do forte crescimento da construção civil (9,9% no segundo trimestre de 2008 sobre 2007), impulsionado pela expansão dos empréstimos ao setor de habitação e pelo crescimento de 5% da população empregada no setor. . ● A safra

2007/2008 foi recorde. Mas a próxima precisa de investimentos na infraestrutura.

P

ara completar o quadro de robusto crescimento da economia, a Conab divulgou na semana passada o último levantamento da safra nacional de grãos 2007/2008 que registrou um recorde de produção totalizando 144 milhões de toneladas (143,87 milhões/t, o número final das colheitas). O resultado impressiona, pois registra um aumento da oferta de 12 milhões e 100 mil toneladas de alimentos de um ano para outro e , mais importante ainda, com uma elevação de 6,5% da produtividade média nas lavouras : o acréscimo de apenas 1 milhão e 150 mil hectares de cultivo, correspondendo a 2,5% do total da área de plantio, produziu um aumento do volume físico de 9,2% entre as safras 2006/2007 e 2007/2008. Essa performance extraordinária vem na seqüência de quase uma década em que o setor agrícola tem elevado os índices de produtividade na média anual em torno de 3%, fruto da maturação da pesquisa, especialmente da Embrapa, dos investimentos em tecnologia e do financiamento para modernização dos equipamentos. O desenvolvimento da agropecuária no Brasil depende da aceleração dos investimentos na infra-estrutura de transportes. O papel do Estado indutor tornou-se ainda mais urgente neste momento, devido à necessidade de compensar o efeito do enfraquecimento dos preços externos das commodities, somado à elevação dos preços dos insumos, que já inflam os custos do plantio da nova safra. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP,

MARCOS CINTRA É

EX-MINISTRO DA FAZENDA,

VICE-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO

DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO

GETULIO VARGAS

CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPORTE

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Paulo Pinto/AE

MARCA HISTÓRICA

Marcos completou o 398º jogo pelo Palmeiras no 1 a 0 de ontem sobre o Cruzeiro. A histórica marca dos 400 pode ser alcançada no domingo, contra o Vasco. www.dcomercio.com.br/esporte/

DEPOIS DAQUELE 0 X 0 NAS BARRAS DOS TRIBUNAIS

Adrian Dennis/AFP

✓ O pai de Jade Barbosa, arquiteto

Marcelo Régua/AE

César Barbosa, anuncia que vai processar a Confederação Brasileira de Ginástica por causa da grave lesão constatada em seu punho direito. Como a seleção de ginástica foi desfeita após a Olimpíada, Jade voltou a morar com o pai, no Rio, e retornou aos treinos no Flamengo. "Ela está com um cisto no punho, com artrose, com tendinite", desabafou César. "Minha filha foi para Curitiba aos 13 anos, com perfeita saúde, e agora me devolvem ela assim." Quarta-feira, 10

É O FIM?

A

Corte Arbitral do Esporte suspende do futebol o atacante Dodô, flagrado em exame antidoping quando ainda atuava pelo Botafogo. Aos 34 anos, o jogador rescindiu contrato com o Fluminense há duas semanas e ficará afastado dos gramados até novembro de 2009. Dodô foi flagrado no exame antidoping no Botafogo 4 x 0 Vasco do Brasileirão de 2007. O femproporex, substância encontrada em seu organismo, reduz a sensação de fadiga e aumenta a capacidade cardiorrespiratória.

Dodô é suspenso até novembro de 2009 Carlos Wrede/AE

Quinta-feira, 11

TUDO COMO ANTES

Bernardinho resolve ficar na seleção ernardinho admite, finalmente, que pretende continuar no comando da seleção brasileira masculina de vôlei. "Continuo. Quer dizer, não depende só de mim, o patrão tem de querer também", diz treinador, em entrevista à TV Globo. O patrão, no caso, é o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei , Ary Graça, que, em entrevista ao SporT V, já havia dito que a decisão seria do treinador.

Ilustração: Carlinhos/AE

B

Sexta-feira, 12

Uma semana para esquecer De volta à Europa, após o vexame diante da Bolívia, Robinho e Ronaldinho tropeçam com Manchester e Milan Filippo Monteforte/AFP

E

strelas do Brasil que deu vexame no Rio, quarta-feira à noite, ao empatar com a Bolívia por 0 a 0 pelas Eliminatórias Sul-Americanas, Robinho e Ronaldinho Gaúcho voltaram a experimentar o gosto amargo do fracasso nas rodadas do fim-de-semana dos campeonatos nacionais da Inglaterra e da Itália. Ao estrear com a camisa do Manchester City, contra o Chelsea que tanto o quis, Robinho chegou a dar a idéia de reencontro com a felicidade. Marcou seu primeiro gol, em surpreendente cobrança de falta, abrindo o pla-

DESTINO: SAINT LOUIS

DE PASSAGEM

Jorge Barcellos quer meia seleção nos EUA

Al-Jazira quer mais brasileiros

C

almanaque

Não sou cobra, não. Sou um jogador comum, que se esforça ao máximo e que um dia espera ter algum nome.” Muricy Ramalho, em 1975, falando sobre seu próprio futebol ao repórter Carlos Maranhão, em entrevista para a revista Placar.

Celso Unzelte

Há 33 anos, Muricy detonava o Flamengo

M

orumbi, domingo, 14 de setembro. O São Paulo enfrenta o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro e ganha por 2 a 0. Tudo igual a ontem, com uma exceção: o ano era 1975. O primeiro gol foi marcado por Mauro, aos 36 minutos do primeiro tempo. O segundo, pelo atacante e hoje técnico Muricy Ramalho, com um chute de fora da área. Na foto, o então cabeludo Muricy comemora seu gol.

Por que Rafael Sobis trocou a Espanha pelo Al-Jazira? Ele não vinha jogando no Betis, estava infeliz lá. E tinha tam-

Divulgação

Sexta-feira, 12

A

bel Braga está entusiasmado com seu novo clube, o Al-Jazira, dos Emirados Árabes: "Isso aqui é um paraíso", exagera o treinador em entrevista, por telefone, a Vitor Marques, da Agência Estado. Um paraíso de passagem, dá a entender o homem que levou o Internacional à conquista do título mundial de clubes: "Esse aqui é um projeto que pode me jogar para Inglaterra, para Itália ou para Espanha."

Paulo Pinto/AE

om o "coração partido", mas animado pela boa proposta salarial, pela oportunidade de trabalhar num centro de referência mundial da modalidade e pela chance de fazer mestrado em Educação Física numa universidade dos EUA, o técnico Jorge Barcellos troca a seleção brasileira liderada pela craque Marta pelo comando do Saint Louis, que disputa a liga norteamericana de futebol feminino. Aos 41 anos, quer fazer história nos Estados Unidos e vai sugerir ao Saint Louis a contratação de Marta, Formiga, Cristiane, Daniela Alves e Renata Costa. O campeonato norte-americano começa em março de 2009.

car do jogo, mas a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari deu o troco e acabou vencendo a partida por 3 a 1. Ronaldinho não teve nem alegria passageira. Entrou mal no Milan que foi derrotado pelo Genoa por 2 a 0 e nem sequer voltou para o segundo tempo. E assim o milionário Milan de Ronaldinho e ilustríssima companhia, como os conterrâneos Kaká e Alexandre Pato, continua a zero no Campeonato Italiano, ao lado do Cagliari. Não é só Dunga que quer esquecer para sempre esta segunda semana de setembro.

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

L

evado para treinar no Morumbi por um tio, quando tinha apenas 9 anos, Muricy Ramalho nasceu para o futebol dentro do próprio São Paulo. Aos 13, era a principal estrela de uma equipe de dentes-de-leite que marcou época no futebol paulista, em 1969. Fez sua primeira partida no time principal em 1973, e dois anos depois, aos 19, tornouse profissional. Uma grave contusão no joelho interrompeu sua ascensão, mas mesmo assim Muricy fez história com a camisa 8 tricolor. Negociado com o futebol mexicano, voltou para ser auxiliar técnico de Telê Santana. Depois, virou o treinador principal da equipe. Rodou por outras equipes da China e do Brasil, como Náutico, São Caetano e Inter, e retornou para ser bicampeão brasileiro em 2006 e 2007.

bém um problema pessoal com o treinador, que nem o cumprimentava. Algumas pessoas do Al-Jazira são as mesmas que agora compraram o Manchester City. É um negócio que futuramente dará retorno. O Sobis é um jogador jovem, de seleção, e vai ganhar mais aqui que lá. Ele não ficará escondido jogando nos Emirados Árabes? Aqui, ele vai jogar. Lá, não jogava. Onde você acha que ele vai ficar mais escondido? Daqui a um ou dois anos, estará em um desses times que o grupo está comprando. A idéia é comprar mais um clube na Itália e

177 Partidas fez Muricy Ramalho como jogador do São Paulo. Ganhou 90 jogos, empatou 57 e perdeu apenas 30. Com a camisa tricolor, Muricy marcou ainda 26 gols e foi campeão paulista em 1975 e campeão brasileiro em 1977.

outro na Espanha. Acho que no Al-Jazira ninguém perde. É possível que ele faça uma ponte para o Manchester City? É o que estou falando, a idéia é essa. Quantos brasileiros estão com você no Al-Jazira? Temos três: o Sobis, o Fernando Baiano e chegou o Márcio Rosário, zagueiro, que veio do Inter de Santa Maria. Tentei trazer o Marcão, do Internacional, e minha idéia sempre foi trazer Edinho, Magrão, Guiñazu, Alex. É que complicou. Fabiano Eller também não veio por pouco.

CURTAS

✓ Hoje, 15 de setembro,

o Grêmio, líder do Campeonato Brasileiro, completa 105 anos de sua fundação. ✓ Há seis anos, em 2002,

morriam o campeão mundial de 1958 Dida, ídolo do Flamengo, no dia 17, e o bicampeão em 1958 e 1962 Mauro Ramos de Oliveira, zagueiro, no dia 18.


sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OPINIÃO - 3

AMPLOS OU RESTRITOS, OS SERVIÇOS DE SAÚDE NÃO COMPENSAM AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS.

Verdades sobre o sistema de saúde nos EUA Por Robert Samuelson A

● Faça seu

não ser que você esteja vivendo no Himalaia, você sabe que um grande número de norte-americanos - 46 milhões no ano passa● Ou envie do - não tem seguro-saúde. Por uma impressionante maioria, os um e-mail: doispontos@ norte-americanos consideram isso como uma mancha moral. dcomercio. Na convenção nacional dos decom.br mocratas, o senador Ted Kennedy ecoou a visão se muitos de que cuidados médicos são um "direito" que exige proteção universal. Essa visão, totalmente compreensível é, penso, completamente errada. Anotem isso, Barack Obama e John McCain. A solução para o problema central do sistema de saúde não é melhorar a cobertura. É controlar custos. Em 1960, o sistema de saúde contava com US$ 1 para cada US$ 20 gastos na economia dos EUA; atualmente é US$ 1 para cada US$ 6, e o Secretaria de Orçamento do Congresso projeta que poderá ser US$ 1 para cada US$ 4 em 2025. Ponderem isso: um quarto da economia dos EUA comentário direto no site do DC

AFP

dedicado ao sistema de saúde. Poderíamos estar em melhor situação? Provavelmente não. Inúmeros estudos mostraram que muitos exames, cirurgias e procedimentos médicos são ineficientes ou desnecessários. Mais gastos com saúde neutralizam qualquer reivindicação moral superior para nossa saúde ao, lentamente, prejudicar outras necessidades nacionais. Para o governo, gastos maiores em saúde ameaçam outros programas - escolas, rodovias, defesa, pesquisa científica - e pressionam por mais impostos.

P

ara os trabalhadores, seguros cada vez mais caros diminuem o salário líqüido, pois os patrões afunilam mais dólares de compensação na cobertura. Também há uma grande e indesejável transferência de renda dos jovens para os mais velhos, obtida com impostos e subsídios cruzados de seguros particulares, já que os mais velhos são os maiores usuários do sistema. É amplamente aceito que o sistema de saúde, como a maioria dos aspectos da vida norteamericana, vergonhosamente prejudica os pobres. Isso é menos verdade do que parece.

A solução para acabar com os prejuízos do sistema de saúde norte-americano não é melhorar a cobertura. É controlar os custos. O Medicare gasta 30% de sua verba em serviços desnecessários. Mas cortar é trabalho impopular. O economista Gary Burtless, da Brookings Institution, recentemente descobriu este dado estarrecedor: em média, os gastos anuais com saúde por pessoa de todas as fontes privadas e governamentais - são iguais para os norte-americanos mais pobres e os mais ricos. Em 2003, foi de US$ 4.477 para o quinto mais pobre e US$ 4.451 para o quinto mais rico. Provavelmente em nenhuma outra área, observa Burtless, os gastos são tão parecidos - não são em habitação, roupas, transportes ou qualquer outra. Por quê? Uma razão: o governo já assegura mais de um quarto da população, incluindo muitos pobres. O Medicare cobre a velhice; o Medicaid, muitos dos pobres e seus filhos; o State Children's Health Insurance Program (Programa Estatal para Segurar a Saúde das Crianças), mais crianças. Outra razão vem da distorção dos gastos de saúde para os muito doentes; 10% dos pacientes representam dois terços dos gastos. É claro, ninguém sensato quer ficar sem seguro saúde e quem não tem cobertura recebe menos cuidados e, segundo alguns estudos, apresenta taxas de mortalidade espantosamente altas. Mas outras pesquisas sugerem apenas pequenas desvantagens para os desprotegidos. Um estudo comparou os cober tos e os descobertos após o início de um mal crônico - digamos, uma doença cardíaca ou diabetes. Os resultados diferem pouco. Depois de aproximadamente seis meses, 20,4% dos cober tos e 20,9% dos descobertos se consideravam "melhores"; 32,2% dos cobertos e 35,2% dos descobertos se classificavam como "piores". O restante não viu mudança. O problema em qualificar o sistema médico como um "direito" é que isso ignora o quanto ilimitado esse "direito" poderá ser e como cumpri-lo poderá comprometer outros "direitos" e necessidades. O que torna uma pessoa saudável ou doente são

hábitos pessoais, bons ou ruins (dieta, exercício, uso de drogas ou álcool), composição genética, sorte ou falta de sorte, e idade. O serviço de saúde, não importa o quanto abundantemente seja fornecido, pode compensar apenas parcialmente essas diferenças individuais. Existe um dilema básico que a maioria dos norte-americanos se recusa a admitir. O que todos nós queremos para nós mesmos e nossas famílias - acesso a cuidados ilimitados pagos por outra pessoa - pode ser catastrófico para nós como sociedade. A necessidade óbvia agora não é cobrir todos os descobertos. Isso seria caro (mais US$ 123 bilhões por ano, calcula o estudo da Kaiser) e levaria a ganhos modestos na saúde, no máximo. Dois quintos dos descobertos são jovens (de 19 a 34 anos) e relativamente saudáveis.

A

s propostas para o sistema de saúde de McCain e de Obama, ambas impraticáveis ou indesejáveis, ignoram muito o atual desafio do Medicare. Segundo alguns estudos, 30% de seus gastos podem ir para serviços desnecessários. O M e d i ca re é tão grande que, ao modificar a forma como ele opera, o governo consegue remodelar todo o sistema de saúde. O que exigiria mudanças para encorajar mais arquivos eletrônicos, melhor gerenciamento de casos, menos exames e procedimentos duvidosos e uma divisão mais justa de custos entre os jovens e os mais velhos. Esse trabalho seria monótono e provavelmente impopular. Mas se o próximo presidente não realizálo, sua presidência vai falhar de uma forma decisiva. ROBERT J. SAMUELSON É COLUNISTA DA REVISTA

NEWSWEEK (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

BENEDICTO FERRI DE BARROS

VIAGEM E POESIA COM ELIOT

O

uçamos um velho resmoneando por nós, no Gerontion, de T. S. Eliot: Como esquecer, após se saber tanto? Pensa: a história tem múltiplas saídas, fantasia passagens falsas, solertes labirintos, questões inúteis que aliciam nossas ambições e por vaidade nos desencaminham. Pensa: ela nos presenteia se estamos distraídos e o que nos dá envolve em tanta confusão que a inanição alcança antes o esfaimado. Tarde concede, quando já não se fia, ou a porfia não é senão um vício da memória obstinada numa paixão extinta. Ou põe cedo demais em frágeis mãos, tão insistentemente, o que elas imaginam que podem dispensar, que o esforço de recusa vira medo. Pensa: nem medo nem coragem podem nos salvar. Nosso heroísmo engendra vícios como filhos naturais e nossos crimes impudentes são sustentáculos morais de virtudes que nos impomos cultivar. Da árvore da ira poreja o pranto compassivo. Pensa, finalmente: teria eu feito todo este sermão inintencionalmente, ou sob a compulsão de retrógrados demônios? Serei honesto contigo neste ponto. Eu, que próximo estive de teu coração, dele fui afastado; da beleza lançado ao terror e do terror à inquisição. Perdi minha paixão: de que me adiantaria tê-la conservado se se adultera tudo o que se guarda? Perdi vista, olfato, audição, tato e paladar. Mais próxima estivesses, como cerrar contato?

V

eja-se isto, de Little Gidding: A primavera a meio-inverno é em si mesma uma estação, Sempiterna, ainda que encharcada ao pôr-do-sol, Suspensa no tempo entre polo e trópico . Quando o dia mais curto é o mais brilhante, Com neve e fogo: o breve sol flameja o gelo Dos lagos e valetas na calmaria da friagem Que aquece o coração, Desferindo dos líquidos espelhos Uma cintilação que cega ao se anunciar a tarde. Mais fulgurante que a chama de um galho incendiado, Ou de um braseiro, agita o espírito dormente: Na época do ano a mais escura não há vento,

● O governo dos EUA quer gastar menos em saúde e investir em programas para escolas, rodovias, defesa e pesquisa científica. ● Os norte-

Reuters

americanos mais pobres e os mais ricos gastam anualmente a mesma verba com saúde.

● Benedicto Ferri

de Barros era escritor e colunista deste jornal. Esta coluna foi sua despedida impremeditada dos leitores.

Tão só um fogo de ressurreição. Entre o degelo e o congelamento vibra a seiva vital. Inexiste odor de terra ou de qualquer coisa viva. O tempo é de primavera. Mas fora de estação. Por uma hora de neve florescem as sebes de branco Em flores, que desprezando a regra da geração Não brotam de botões, nem emurchecem. Onde está o verão ? o impensável zero do verão ?

E

is o que pode fazer a poesia para descrever, com objetividade e intensidade de emoção insuperável, um simples quadro da natureza, onde ela e o homem estão intimamente integrados por uma sensibilidade singular e comum. Continuemos:. Se por aí vieres Tomando qualquer caminho e vindo de onde vieres A qualquer hora e estação não importa Terás de abandonar fim e sentido, pois Que não vieste para aprender, saciar curiosidade Ou dar um relatório - tão só para ajoelhar-te E rezar onde se justifica a prece. E a prece É mais que um fluxo de palavras, a mente empenhada No rezar e o som da voz que reza. E o que enquanto vivos os mortos não podiam te falar Mortos agora podem: as vozes mortas falam Com fogo maior do que a dos vivos. Aqui e não noutro lugar se acha a Inglaterra No cruzamento intemporal do nunca e sempre.

A

qui e não em outro lugar, todas as externalidades se desvanecem e os versos livres encontram um ritmo, uma dicção, uma afinidade e uma elevação que nos levam a paragens que só a grande poesia nos pode conduzir. Se tais paragens não nos depositam no paraíso de um terceiro milênio apenas iniciado, resgatam-nos, ao menos, da confinada visão de tédio, horror e maldita glória do século em que nos coube viver. Veja página 4

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Wilson Dias/Abr

Chico Alencar foi o único candidato a prefeito a fazer campanha ontem, na Vila Aliança, aproveitando a carona da presença do Exército

O PROCESSO ELEITORAL NO RIO

Tropas ficam no Rio até o 2º turno

Luiz Morier/Parceiro/AOG

O Tribunal Regional Eleitoral solicitou a presença do Exército nas favelas para garantir a normalidade das eleições municipais durante os dois turnos

T

ro p a s f e d e r a i s d o Exército vão ocupar as comunidades de cidades do Estado do Rio de Janeiro onde houver 2º turno nas eleições municipais, afirmou ontem o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RJ), desembargador Alberto Motta de Moraes. A Operação Guanabara, iniciada na última quinta-feira, tem como objetivo garantir a normalidade do processo eleitoral em locais dominados pelo crime organizado, seja por

traficantes ou milicianos. O TRE é que seleciona as áreas a serem cobertas. O porta-voz da operação, coronel Novaes, reafirmou que as tropas permanecerão nas áreas mapeadas pelo TRE e negou ter recebido ameaças dos traficantes da favela da Coréia. À tarde, o clima ficou tenso na comunidade, com olheiros do tráfico circulando próximo às tropas militares, mas nenhum incidente foi registrado. Alberto Motta Moraes classificou como "apavorante" a

Militares da Brigada de Infantaria vigiam recolhimento de material irregular de campanha na Vila Aliança, na zona oeste do Rio

atuação de traficantes nas comunidades ocupadas pelas Forças Armadas. O candidato do PSol à Prefeitura do Rio, Chico Alencar, foi o único a fazer campanha no domingo, em Vila Aliança. Áreas estratégicas – O Exército ocupará a partir desta

'Efeito-presença' de soldados só reduz excessos

A

espantalho de horta", diz o ex-secretário Nacional de Segurança, coronel José Vicente da Silva Filho. Na análise dele, o "efeitopresença" das Forças Armadas apenas reduz os excessos na demonstração de força dos bandidos que querem controlar o voto em suas comunidades. Mas, na prática, a pressão das milícias e do tráfico continua. "Longe dos tanques, a pressão continua. A ação só deixa de ser mais ostensiva. A abordagem deveria ser feita junto com os policiais", disse José Vicente.

Raciocínio semelhante tem o tenente coronel da reserva Milton Corrêa da Costa, da PM do Rio. Segundo ele, "quando o Exército vai embora, a comunidade continua sofrendo a pressão do terror". Para o oficial, as operações no Rio foram planejadas para evitar riscos à ação da tropa, depois do trauma do assassinato de três jovens do morro da Providência que teriam sido entregues a traficantes por militares. "Quem está na chuva é para se molhar. Do jeito que está, nada de novo vai acontecer", sintetiza o oficial. (AOG)

Lula e Marisa passam fim-de-semana no Rio

E

m mais uma prova da boa relação com o governador Sérgio Cabral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra hoje a estadia de quatro dias no Rio. Ontem foi o convidado especial de um churrasco na casa de Cabral, no condomínio Portobello, em Mangaratiba. A política ficou fora do cardápio, segundo o vice-governador Luiz Fernando Pezão, um dos convidados para o encontro. Foi, segundo ele, um momento de "relaxamento". Por volta das 13h, chegaram ao condomínio os governadores os governadores de Sergipe, Marcelo Déda (PT), e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). Lula e Cabral chegaram no sábado, às 23h30, em Mangaratiba. Passaram juntos também parte da sexta-feira e o

sábado, em Petrópolis. No domingo, o presidente seguiu para Resende, onde participou da inauguração do Centro Logístico Volkswagen Caminhões e Ônibus, em Resende. Em visita ao Chile, Lula participará de reunião com presidentes dos países amigos da Bolívia, convocado pela presidente do Chile, Michele Bachelet (leia mais na página 9). Lula participará da reunião dos presidentes da União de Nações SulAmericanas, Unasul para discutir a crise na Bolívia. Na noite de sábado, o presidente e o governador participaram do lançamento do programa "Turismo nos parques", no Museu Imperial, em Petrópolis. Em seguida, ele a a primeira-dama Marisa Letícia visitaram as instalações do museu. (AOG)

DC

presença das Forças Armadas nas comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e por milícias combate de forma precária os currais eleitorais. Pelo menos é essa a avaliação de especialistas que defendem a parceria entre as tropas nacionais e as polícias Federal e estaduais como forma de desestabilizar a influência dos milicianos e dos traficantes sobre os eleitores. A simples presença dos soldados, avaliam eles, é insuficiente. "Não se faz segurança pública com filosofia de

quarta-feira as favelas da Rocinha e o Vidigal, na zona sul, para garantir o acesso de fiscais do TRE e de impedir a interferência de criminosos nas eleições. A Operação Guanabara vem recolhendo material de campanha irregular. Ontem, nas favelas da Coréia e do Taquaral, em duas horas de operação foram retirados 600 quilos de material de propaganda. Dois mil militares da Brigada de Infantaria Pára-Quedista foram deslocados para as duas comunidades da zona oeste, e também para a favela do Sapo e da Vila Aliança. Outras três toneladas foram retiradas em favelas desde quinta-feira – os militares já estiveram no Complexo da Maré, na zona norte, na Cidade de Deus e no Rio das Pedras, na zona oeste. O coronel Novaes frisa que não se trata de uma operação de segurança pública, e sim para garantir o processo eleitoral. Deverão ter sido cobertos 28 pontos, o que inclui municípios da Grande Rio e em Campos, no interior. (AE/ABr)

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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

O voto no Prona misturou deboche com o protesto, graças ao carisma de Enéas. Humberto Dantas

'HERDEIROS' DISPUTAM O ESPÓLIO DE ENÉAS

CLONAGEM ELEITORAL Reprodução de TV

Sergio Kapustan

O PTC e o PTdoB, que formam a coligação "Tostão contra Milhão", que apostam em s p a l h a m - s e p e l o Havanir, entraram com recurmundo os imitadores so no TRE para cassar o regisde Elvis Presley e as tro da candidatura e a investibandas covers dos gação de eventual crime eleitoBeatles. Para mostrar fidelida- ral. Familiares de Enéas Carde aos ídolos, os artistas capri- neiro ficaram irritados porque cham na roupa e no estilo de to- ele é pai de três filhas. Luciano Enéas Martinez Nacar e cantar. Há casos em que a cópia e o original até se confun- tens Soares é vendedor e se dem. A clonagem na política apresentou no horário político não é diferente, mas pode dar com o pseudônimo Enéas Fibriga e até processos no Tribu- lho, comprometendo-se a "continuar o trabalho do pai". nal Regional Eleitoral (TRE). Ele exibiu no horário eleitoEmbora morto em maio do ano passado, vítima de leuce- ral o mesmo formato do promia, o deputado federal e fun- grama do líder do Prona: a 5ª dador do Prona (Partido da Re- Sinfonia de Beethoven de triedificação da Ordem Nacio- lha musical, paletó escuro, barnal), Enéas Carneiro, famoso ba comprida, óculos quadrapor atacar de forma raivosa a dos, o tom de voz e o bordão. A montagem dá mesmo a "podridão dos políticos", deimpressão de fender o nacioque o pai do cannalismo e criar o didato é Enéas bordão "Meu Carneiro. Mas nome é Enéas!" Luciano Enéas no horário elei- Ele (o candidato alega que ele se toral, é um dos Enéas Filho) abusou refere a seu pai, o personagens porque se parece ex-vereador Osdesta eleição valdo Enéas paulistana. Em com o pai e não com o Soares. corpo e espírito. Dr. Enéas (Carneiro, o O seu pai eleO falecido lí- fundador do Prona). geu-se vereador d e r d o P ro n a , Havanir Nimitz pelo Prona em que se aliou ao 1996 beneficiaPL para formar o d o p e l a s e m ePR (Partido da República), deixou quatro ór- lhança física com Enéas e teve fãos postulantes a uma cadeira seu nome citado na CPI da Mána Câmara Municipal: Enéas fia dos Fiscais. Com autorização do chefe, Filho (PTN), Havanir Nimitz (PTC), Malek (PMN) e Manoel ele registrou em cartório a alteração do nome com a inclusão Cruz (PR). Havanir e Manoel já foram de Enéas. O filho também fez a vereadores e se consideram os mesma coisa. Em 2002, então no PTB, Oslegítimos herdeiros de Enéas porque foram lançados na po- valdo se candidatou a deputado federal e utilizou indevidalítica por ele. A médica Havanir o conhe- mente a imagem de Enéas Carceu em 1989, em um curso do neiro. Teve o registro cassado. então cardiologista Enéas Car- "Ele abusou porque se parece neiro, que se lançaria candida- com o pai e não com o Dr. to à Presidência da República Enéas", protesta Havanir, que naquele ano. Ela o seguiu até é também do PTC. "Ele tinha quase a morte. A exemplo do de usar a música do pai e não líder, o bordão "Meu nome é subir nas costas dos outros paHavanir!" pegou e ela elegeu- ra se eleger", cobra Manoel. Imitar, não – O juiz auxiliar se vereadora e deputada com da propaganda da 1ª Zona votações recordes. O site Youtube, por exem- Eleitoral de São Paulo, Claudio plo, disponibiliza antigos pro- Luiz Bueno de Godoy, mantegramas e até mostra o assédio ve a candidatura, mas proibiu de eleitores, principalmente o candidato de usar a imagem, a fala, o bordão e a referência jovens, durante campanha. Manoel Cruz trabalha no co- gestual do falecido deputado. mércio e foi atrás do líder em O programa agora estampa 1991, "encantado com sua apenas o nome, número e nomensagem em defesa do Bra- me do partido – tudo em verde sil". Na época, lembra, admira- e amarelo. Para o advogado do PTN, va também o presidente FerDarci Serafim de Oliveira, Hanando Collor de Mello. No atual programa eleitoral, vanir ficou com medo do conHavanir mantém o estilo que a corrente. "Ninguém bate em consagrou. Já Manoel é mais cachorro morto", resume. Desde sua contido. Em vez fundação em de "podridão", 1989 até a fusão Havanir diz com o PL, em agora que o País "está doente" e Ele (o candidato Enéas 2006, o nanico Prona foi um sud e f e n d e " o s Filho, que imita Enéas cesso nas urnas mesmos ideais graças a Enéas do antigo parti- Carneiro) tinha de Carneiro. Ao do". "Aprendi a usar a música do pai e m e s c l a r o d i sluta pela verda- não subir nas costas curso autoritáde com garra e dos outros para se rio com o bordão e n t u s i a s m o eleger. e o gestual exatravés dos ensiManoel Cruz cêntrico, apronamentos do vados pelo goss a u d o s o D r. to popular, ele Enéas", diz. O administrador Robson atraiu um eleitorado fiel. Sem a Malek, o Malek, entrou para o presença dele, a coisa muda. A opinião é do cientista poProna em 1997 atraído pela ideologia do partido. Ele é ou- lítico Humberto Dantas, do tro que se diz herdeiro de Centro de Pesquisa, Análise e Enéas, pois o acompanhou de Comunicação (Cepac), ao comentar o futuro dos "órfãos de 1997 até o final da vida. Ele se nega, no entanto, a ex- Enéas" nas urnas. "O voto no plorar a ligação com Enéas. Pa- Prona misturou deboche com ra o administrador, por sua o protesto, graças ao carisma história no antigo partido, Ha- de Enéas", analisa. Humberto Dantas cita como vanir tem o direito de citar o cacique do Prona. Os demais exemplo a própria Havanir. candidatos, não. "Muita gente Foi a 2ª vereadora mais votada diz que estou errado (ao não ci- em 2000 ( 87.358 votos). Enéas foi o deputado federal tar Enéas). Eu respondo que é uma concepção de coragem, mais votado, com quase 1,6 porque nunca me prostituí pa- milhão de votos. Em 2006, já doente, reelegeu-se com ra chegar ao poder", justifica. Repeteco – Mas quem ape- 386.905 votos. Havanir teve lou mais e até caprichou na um desempenho pífio. Rompiimitação foi o candidato Enéas da com Enéas, perdeu a eleição Filho – e não se deu bem. O para deputada federal pelo PSDB: teve só 10.517 votos. exemplo veio de casa.

E

O original: Enéas Carneiro, com e sem barba, um fenômeno nas urnas: 1,6 milhão de votos na campanha a deputado federal, em 2000.

O MEU NOME É

ENÉAS! E CONTINUA SENDO: José Cordeiro/AE - 18.12.96

Reprodução de TV

Osvaldo Enéas (acima), Enéas Filho (à direita) e a propaganda vetada (abaixo, à direita), e Havanir Nimitz: imitação em busca de votos. Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Discípulos do mestre Fotos: Paulo Pampolin/Hype

M

anoel Cruz, candidato do PR (à esquerda), trabalha no comércio e foi atrás do líder em 1991, encantado com sua "mensagem em defesa do Brasil". Na época, Manoel também era fã ardoroso do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Já o administrador de empresas Robson Malek, do

PMN (à direita) explica que admira muito – mas não cita – o guru Enéas. "Muita gente diz que estou errado (ao não citar Enéas em seus discursos) . Eu respondo que é uma concepção de coragem, porque nunca me prostituí para chegar ao poder", argumenta.


Ano 84 - Nº 22.708

QUERO-QUERO Vanellus chilensis Com cerca de 30 cm de comprimento, é uma ave encontrada em áreas alagadas e campestres do País. Na Cidade freqüenta espaços descampados.

Conclusão: 23h35

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Jornal do empreendedor

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São Paulo, sábado, domingo e segundo-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

GUIA PARA ENFRENTAR A CRISE FINANCEIRA

Lehman Brothers à beira da falência

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Economia 9

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Paulo Pampolin/Hype

REUNIAO NO CHILE PARA A PAZ ´ NA BOLIVIA É hoje, com Lula, Morales, Chávez, Kirchner e outros líderes da Unasul.

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LA PAZ EM SAO PAULO

Valéria Gonçalvez/AE

A possante cavalaria Audi está chegando

Pablo de Sousa/Cia de Luz

O domingo passou sem novos confrontos, à espera de uma reunião entre Morales e a oposição. Bolivianos em SP (foto) fazem festa, mas preocupados. Página 9 e E 8

Alckmin: nosso último debate eleitoral O candidato à Prefeitura de São Paulo Geraldo Alckmin fala às 17 horas, na ACSP. Pág. 6 HOJE Nublado Máxima 18º C. Mínima 13º C.

AMANHÃ Nublado Máxima 17º C. Mínima 12º C.

A despedida de Benedicto Ferri de Barros. Com um poema. E o último artigo. Opinião 3 e página 4

Pedro Vilella/Ag. O Globo

Palmeiras chega perto do líder Diego Souza (foto) marca, põe o Palmeiras a apenas 3 pontos do Grêmio e se firma na luta pelo título. O São Paulo já sonha com o G-4 e o Santos respira. Brasileirão no Esporte


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Jardins de bolso, a proposta da Prefeitura para povoar o Centro

1 Alguns imóveis selecionados estão abandonados, mas outros em funcionamento.

Projeto de revitalização pretende aproveitar pequenos terrenos e substituir prédios sem valor arquitetônico por pequenos jardins. Chamado de Pocket Garden, ou minijardim, objetivo do programa é inserir mais verde na região central, para atrair novos moradores e empresas. A proposta, porém, é questionada por especialistas, que defendem a prioridade para a construção de mais moradias e perguntam como seriam gerenciadas as novas áreas verdes, para evitar futura degradação.

Fotos de Andrei Bonamin/Luz - 29/05/2008

Rejane Tamoto

E

m uma tentativa de atrair mais moradores e empresas para o Centro da Capital, a Prefeitura quer derrubar prédios sem valor arquitetônico ou histórico e aproveitar áreas abandonadas e terrenos baldios para construir jardins e áreas verdes. Este é um dos conceitos que fazem parte de um plano de renovação urbana do Centro, o programa Pocket Garden – traduzido para o português, minijardim – que pretende inserir mais verde no Centro da cidade e criar ilhas de calmaria. "Não há locais bonitos para olhar, sentar e ficar calmo por uns instantes. Isso reduz, inclusive, o interesse de investimento no Centro, que não tem uma paisagem agradável", explicou a secretária-adjunta do Governo Municipal, Stela Goldenstein. No total, 41 mil metros quadrados de terrenos, distribuídos em 39 áreas selecionadas, serão desapropriados pela Prefeitura para a criação de jardins, ao custo estimado de R$ 53,5 milhões. O conceito de renovação urbana, no entanto, não é unânime entre especialistas da região central. O modelo é ques- das e com horários de funcionationado, já que as áreas verdes mento, por questão de segupoderiam dar lugar a mais mo- rança", disse a arquiteta da Asradias populares. Para o supe- sociação Comercial de São Paurintendente da Associação Vi- lo (ACSP), Larissa Campagner va o Centro, Arcuri. Marco Antônio Embora o proR a m o s d e A ljeto de criação meida, é fora de de mini-jardins propósito desaainda esteja na p ro p r i a r u m a Sou favorável desde fase inicial, já fosérie de terrenos que as áreas verdes ram publicados para a constru29 decretos que sejam interligadas e ção de jardins. tornam as áreas "Nestes 41 mil com horários de de utilidade púm² de área é pos- funcionamento, por blica (DUPs), essível construir 3 questão de segurança. tágio preparatómil apartamenrio para a desaLarissa Campagner propriação. Ao tos de 80 m², que Arcuri, arquiteta visitar algumas poderiam abrig a r 9 m i l p e sdestas áreas, a soas", disse. reportagem do Há também o receio de que as Diário do Comércio encontrou áreas verdes acabem por dete- imóveis abandonados, mas riorar ainda mais a região cen- também estabelecimentos cotral se não forem bem gerencia- merciais que estão em pleno das. "Sou favorável desde que funcionamento. as áreas verdes sejam interligaMais informações na página 2

Novos jardins serviriam como uma pausa para a correria do Centro

Ao lado, terreno na rua Líbero Badaró, próximo ao largo de São Bento, que integra a lista da Prefeitura para abrigar um mini-jardim. No total, 41 mil metros quadrados de terrenos, distribuído s em 39 áreas selecionadas na região central, serão desapropriados pela Prefeitura para a criação de jardins, ao custo estimado de R$ 53,5 milhões. Segundo a secretária municipal Stela Goldenstein, os jardins serão como "ilhas de calmaria".


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Como sempre, nessas eleições, proliferam os candidatos à vereador com nomes inusitados. Um deles é o Defunto.

gibaum@gibaum.com.br

3 A vista é bonita, mas de vez em quando, vejo alguém me dando «

uma banana.

JOSÉ MÚCIO // ministro que mantém fechadas com cortinas as janelas de seu gabinete no Planalto, sem levar em conta que os gestos podem não ser para ele.

Fotos: Business News

República do Grampo As operadoras de telefonia informaram à CPI dos Grampos que, no ano passado, o total de escutas registrado em todo o país alcançou 409 mil. Esse número é 180 vezes maior que nos Estados Unidos onde, no mesmo período, foram feitas 2.208 interceptações telefônicas. Na Itália, também em 2007, houve 124 mil escutas, recurso muito usado no combate à máfia. Uma consultoria contratada pela Câmara Federal refez os dados e chegou a um total de 372 mil grampos no ano passado. O volume de interceptações é de 207 para cada 100 mil habitantes.

VERÃO PERPÉTUO A edição desta semana da revista The Economist dedica grande matéria à crescente classe média brasileira, com dados da FGV sobre o aumento dessa fatia da população de 44% para 52%, de 2002 para cá. Fala sobre expansão de crédito, mercado de luxo, mais automóveis e chega às novelas, que exercem grande influência sobre moda e marcas, mostrando um Rio de Janeiro de classe média alta. “Elas tendem a mostrar um mundo onde pessoas brancas e elegantes, vestidas com roupas caras, circulam em um verão perpétuo, servidas por empregadas”. Ou seja: é coisa de ficção mesmo.

Lurex de volta

Quem assistiu os desfiles das coleções primavera-verão na Semana de Moda de Nova York (Mercedez-Benz Fashion Week é o nome oficial) sentiu novos ares nas criações, com melhor design e o gosto por uma elegância atual e descontraída (e um verdadeiro festival de lurex e metalizados). Nos últimos dias, teve de Marc Jacobs à Narciso Rodriquez, de Calvin Klein à Lacoste, além de mais dois brasileiros, Iódice e Carlos Miele. Na platéia, da esquerda para a direita, Alexandre Iódice e Adriane Galisteu; a poderosa Anna Wintour, da Vogue americana; Dinho Diniz e Daniela Cicarelli; e Brooke Shields (ela foi modelo de CK no passado e volta à TV em Lipstick Jungle.

Remédios errados

O Brasil acaba de bater novo recorde, sem direito a nenhuma comemoração: relatório da Fundação Oswaldo Cruz revela que os casos de intoxicações de brasileiros por medicamentos cresce cada vez mais. Em 2006, quase 33 mil pessoas foram intoxicadas por uso de remédios, 30% mais do que no ano anterior. São Paulo lidera esse dramático ranking, respondendo por 13,5 mil ocorrências. O perfil das vítimas garante que 36% são crianças com menos de cinco anos de idade. Por outro lado, dados do SUS informam que, no ano passado, os médicos fizeram 796 milhões de prescrições de medicamentos, 57% superior do que há dez anos.

Buraco negro Nos primeiros sete meses do ano, o rombo no INSS alcançou R$ 20 bilhões, calculados sobre a receita líquida de toda a Previdência. Só em julho, a União repassou para o INSS mais de R$ 15 bilhões, estabelecendo novo recorde. No ano passado, o total das transferências da União chegaram a R$ 45 bilhões.

Poder mexicano O bilionário Ricardo Salinas, dono da rede de lojas de varejo Elektra e do Banco Azteca, que já desembarcaram em Pernambuco, quer instalar uma montadora chinesa FAW no Brasil, que produz carros populares. E está quase comprando a maior rede de varejo de Minas Gerais, a Ricardo Eletro. Além de fincar seu pé no território mineiro, Salinas ficou encantado com a coincidência do nome da rede com seu próprio nome e da sua Elektra.

A mais sexy

Eleita a mulher mais sexy do mundo pela revista FHM , que revolucionou o universo das publicações masculinas, Megan Fox aparece também na capa e recheio da nova edição da Maxim. Atriz e modelo, ela começou na televisão, com What I Like About You e Two and a Half Men e, no ano passado, estava nas telas do mundo no filme Transformers . Megan está em alta e é encarada pelos editores de revistas masculinas como um novo tipo de sensualidade, mais frágil e nem por isso menos provocante.

GLORIOUS!

Quemindicou Quem indicou o marqueteiro Lucas Pacheco para a campanha de Geraldo Alckmin foi o senador Tasso Jereissatti, ao qual ele avisou antes depular dobarco.Eaproveitou para reclamar que,nesseperíodo que comandou a campanha de Alckmin, não conseguiu receber um centavo. Como muitas produtoras não aceitavam encomendas do PSDB porque ficaram sem receber na campanha de 2006, Pacheco vinha recorrendo a filmetes produzidos totalmente por computação.

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A dupla Charles Müeller e Cláudio Botelho comprou, com investidores, os direitos de montagem no Brasil do novo sucesso em West End, em Londres, umacomédiamusical de Peter Quilter, Glorious!. É a história de Florence Foster Jenkins, considerada a pior cantoralíricadomundo,nos anos 40. Mesmo assim, conseguia ter admiradores famosos, como Cole Porter. Para protagonista, aduplajáconvidou MariliaPêra.

Gravatas azul escuro.

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Gravatas azul claro.

Armas de defesa Entre várias alternativas para escapar do chamado grampo ambiental, determinados senadores e deputados, quando conversam sobre assuntos sigilosos em seus gabinetes, têm aumentado o volume de seus televisores e recorrido a bloquinhos de papel onde escrevem e seus companheiros de conversa lêem, sem abrir a boca. Depois, passam tudo pela máquina de picar papel.

Marc Jacobs na terra Em dezembro, na região dos Jardins, em São Paulo, o estilista Marc Jacobs vai inaugurar sua loja, a primeira flagship da América Latina. Será em frente á da Louis Vuitton, da qual Jacobs é o diretor criativo. O projeto é de Stephan Jacklitsch, arquiteto responsável pelas lojas de Marc Jacobs em todo mundo. Ele e o brasileiro Lorenzo Martone, 28 anos, que estudou marketing de luxo em Paris, estão juntos desde o começo do ano. Jacobs tem 45 anos, tatuagem de Bob Esponja, estrelinhas e M&M’s no corpo, é sarado e bronzeado e, para agradar Lorenzo, acaba de se submeter a um mini-lifting no rosto.

MAIS: concorre em Mogi das Cruzes e seu slogan está espalhado na cidade. "Vote em Defunto, porque político bom é político morto."

As favoritas O novo programa do SBT, Olha Você , inspirado no Hoje em Dia, da Record, não vem apresentando grande audiência, mas Silvio Santos quer mantê-lo no ar e até aumentá-lo (será das 17h às 20h). E está encantado com Ellen Jabour, ex-namorada de Rodrigo Santoro, que participa da nova atração. Até já pensa em criar um programa só para ela, que substituiria o de Adriane Galisteu, que está na geladeira. Se achar necessário, ele próprio irá treiná-la, dirigi-la e dependendo, até aparecer a seu lado nos primeiros. Ou seja: Ellen passa a integrar o bloco das queridinhas do patrão, onde já formam Cíntia Benini e Analice Nicolau.

MAIS TROPAS O Tribunal Superior Eleitoral acaba de liberar R$ 5 milhões para o Ministério da Defesa para subsidiar oapoiologísticoa ser prestado pelas Forças Armadas durante as eleições. Grande parte do montante será destinadoaoRio,ondeas tropas já estão chegando. Mas, outros 121 municípios também pediram reforço de tropas federais para auxiliar na segurança das eleições nos estados de Alagoas, Mato Grosso, Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins.

MISTURA FINA PARA encerrar as comemorações pelos seus 50 anos de carreira, Roberto Carlos fará novo cruzeiro cantante, ano que vem, pelo Caribe. E Pelé deverá ser a estrela de um cruzeiro pelas Ilhas Gregas. Ele participará de todos os eventos do navio e até dará palestras. Uma delas ensinará o que fazer para se manter em evidência ao longo dos anos. MESMO em ascensão nas pesquisas - e até com chance de ir para o segundo turno – quem vê Fernando Gabeira, candidato à prefeitura do Rio, no horário eleitoral, onde tem grande espaço de tempo, acha que ele exagera em seu tom blasé. No ar, ele diz: “Se você votar em mim, terá o melhor. Se não voltar, volto para o Congresso, que o meu lugar está lá me esperando”. EM CONTÍNUA queda nas pesquisas, o bispo-senador Marcelo Crivella, que também quer se sentar na cadeira de César Maia, no Rio, acaba de romper com o marqueteiro Duda Mendonça, que vinha apenas fazendo consultoria para rádio e TV. BRASÍLIA deverá ganhar, ainda este ano, uma gêmea da London Eye, a super-rodagigante instalada em Londres. A iniciativa é de Sávio Neves, presidente do Trem do Corcovado, que acha que Brasília não tem nenhuma grande atração. DEPOIS DO empate com a Bolívia e ainda em posição de risco, o técnico Dunga só ficou satisfeito num quesito: “Pelo menos, ninguém criticou minha camisa nova”. Dunga usava uma camisa azul escuro, lisa, de gola e mangas tradicionais. OS MAIS atentos torcedores nacionais fazem um balanço: quando Lula esculhambou a seleção, o Brasil bateu o Chile; depois, quando falou bem, empatou com a Bolívia. Agora, torcem para que, em outubro, contra a Venezuela e a Colômbia, o Chefe do Governo continue falando mal da seleção. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

O adeus a um liberal pioneiro no País Morreu Benedicto Ferri de Barros, escritor, empresário, professor e colaborador do Diário do Comércio Cesar Diniz/Hype

O velório foi realizado na Academia Paulista de Letras

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escritor, poeta, em- Comercial de São Paulo presário e professor (ACSP), Alencar Burti. "Ele Benedicto Ferri de soube compartilhar seu Barros faleceu na sexta-feira, amplo conhecimento com dia 12 de setembro, aos 88 os leitores do Diário do Coanos, em sua residência, no mércio." O vice-presidente bairro do Pacaembu, em São da ACSP, Guilherme Afif Paulo. O velório aconteceu Domingos, elogia a coerênna Academia Paulista de Le- cia de seu pensamento libetras, da qual ele é um dos ral, dentro do conceito conimortais, e o enterro foi reali- servador do termo, com o zado no sábado no cemitério qual a associação se identido Araça, também na capital fica. "É a perda de um granpaulista. Ferri de Barros dei- de pensador", afirma Afif xa viúva, dona Maria Suza- Domingos. "Foi um priviléna, os filhos Luiz e João, nove gio termos um articulista netos e sete bisnetos. Há dois com a cabeça tão lúcida, esanos, perdeu o filho mais ve- crevendo sobre temas imlho, Paulo. Articulista deste portantes para o Brasil." Diário do Comércio, ele tra- Ferri de Barros integrou o balhou intensamente nos úl- Centro de Estudos Políticos timos anos, enviando artigos e Sociais da ACSP. Durante várias décadas, que foram publicados nas Ferri de Barros colaborou páginas de Opinião. Benedicto Ferri de Barros também com artigos para os nasceu na localidade de For- jornais O Estado de S.Paulo moso, em São José do Barrei- e Jornal da Tarde. "Benedicro, no Estado de São Paulo. to tinha uma característica que hoje é F or mo u- se rara: um coem Ciências nhecimento Sociais pela h u m a ni s t a , pre stigi ada amplo, um Faculdade refinamento de Filosofia, Benedicto Ferri de intelectual", Ciências e Barros teve atuação disse Fernão Letras da pioneira em todos os L a r a M e sUniversidaassuntos pelos quais quita, em de de São nome da faPaulo (USP), se interessou. Ele m í l i a p r oe especialisoube compartilhar prietária do z o u - s e d eseu amplo Estadão e do p o i s e m f iconhecimento com JT, no velónanças e rio. Amigos mercado de os leitores do Diário c o m o S a ncapitais. do Comércio. dro PincherTo r n o u - s e Alencar Burti. l e l e m b r amembro da presidente da ACSP ram a "coraAcademia gem" do emInter naciopreendedor nal de Direito e Economia e professor de da área de imóveis e o primo mercado de capitais da Es- Pedro Ferri Marzano a "alecola de Administração de gria" do parente nas pescaEmpresas da Fundação Ge- rias no Pantanal. Embora homem de protúlio Vargas (FGV). Edifício Copan - "Foi um dução intensa, Ferri de Barintelectual apaixonado pelo ros era dedicado à família. estudo da Filosofia e das Nos finais de semana, enCiências Humanas, mas contrava tempo em sua também um homem de ação. chácara para fazer brinquePor isso, deixou a universi- dos de madeira para predade e entrou por concurso sentear filhos, netos e bisno BNI", diz o filho Luiz Ferri netos. O martelinho que de Barros. Ao longo da déca- usava neste ofício foi deixada de 50, ele trabalhou como do dentro do caixão. Em vida, soube também principal colaborador do banqueiro Orozimbo Roxo trabalhar as palavras, crianLoureiro e foi nomeado dire- do versos, realçando sentitor do BNI, instituição com dos. Dias antes de partir, o atuação inovadora no mer- poeta Ferri de Barros deicado imobiliário. Dentre as xou mais uma obra: incorporações das quais Benedicto Ferri de Barros participou, estão o Edifício Copan e a Galeria Califórnia. Em seguida, dedicou-se com afinco a estudos sobre o pensamento Liberal, sobre o Japão e a Literatura. Ele deixou grandes contribuições em todas estas áreas. Traduziu O mercado de capitais dos Estados Unidos, que teve enor- Última reflexão de um poeta me repercussão no Brasil, e A morte súbita é um dom. colaborou na reestruturação Quem foi que disse que é bom da Bovespa. Escreveu dois li- que ela chegue devagar? vros sobre o país do sol nascente, A Harmonia dos Con- Quando nos chega a velhice, trários e Viagem ao Japão. E perde-se a pouco o olhar; lançou o livro de poemas a música vira zumbido, Rapsódia de Ouro Preto. as pernas pedem muletas, "Ao longo de sua vida, e a luz da madrugada Benedicto Ferri de Barros se espessa em trevas cinzentas. teve atuação pioneira em todos os assuntos pelos Benedicto Ferri de Barros, quais se interessou", diz o São Paulo, presidente da Associação 2 de setembro de 2008.


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Política

A Justiça Militar não tem conhecimento de qualquer interceptação de ligação telefônica. Flávio da Cunha Bierrenbach

Valter Campanato/ ABr - 21.01.08

Oslaim Brito/Digna Imagem

(Geraldo) Alckmin optou por não enfrentar (Gilberto) Kassab. Vai para o suicídio.

Carlos Zarattini, coordenador da campanha petista à Prefeitura, sobre a estratégia tucana durante o debate

Diante da agressão injustificada e monstruosa sofrida pelo Banco Opportunity S.A toda a estrutura está sendo repensada. Mas, no momento os planos não podem ser adiantados. Ministro da Defesa abriu a polêmica sobre a capacidade das maletas que grampear telefones. Resta saber se elas estão em poder do Exército.

Trecho de nota do banco Opportunity sobre a possibilidade de venda da instituição, após sucessivas perdas com a deflagração da Operação Satiagraha, da Polícia Federal

MILITARES NA ESCUTA

A relação entre a Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) precisa de uma exatidão matemática e que não permita qualquer liberdade entre pessoas das duas agências.

Fábio Motta/AE

A festa dos grampos também estende-se às Forças Armadas. Jobim nunca soube de nada.

Tarso Genro, ministro da Justiça

Trata-se de um Brasil à moda de Juscelino, em que foi retomado o otimismo da juventude.

Presidente Lula, comparando o momento atual do Brasil com os anos dourados da era JK, durante discurso de abertura da exposição "Um certo navio brasileiro"

Quando o partido dela (Marta Suplicy, do PT) não tinha onde abrigar o Beira-Mar (traficante Fernandinho Beira-Mar), nós ficamos dois anos com ele aqui (em São Paulo).

I

nvestigadores das Forças Armadas vêm realizando escutas telefônicas sem o devido controle dos procuradores militares. Esses grampos são omitidos do próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim. De janeiro de 2007 até março último, a Justiça Militar da União autorizou 234 pedidos de grampos, conforme documento apresentado à CPI do Grampo. Ofício assinado por Jobim informa à comissão que, no período, só foram realizadas sete interceptações legais, no âmbito da Marinha. Para aumentar a confusão, o Ministério Público Militar (MPM) – que tem obrigação legal acompanhar todos os grampos autorizados – informa saber de apenas 19 interceptações no País. Assim como na investigação policial civil, investigadores e procuradores militares podem pedir autorização judicial para realizar escutas na apuração de crimes militares. Só que o uso dessa medida é considerado excepcional pelo MPM. O procedimento é mais usual em investigações sobre crime organizado, como o extravio de armas e munição de quartéis. Fabio Pozzebom/Abr

Documentos sigilosos da CPI mostram, por exemplo, que 15 linhas telefônicas da OiTelemar foram monitoradas por ordem judicial das auditorias apenas da 1ª Circunscrição da Justiça Militar (Rio de Janeiro e Espírito Santo), entre novembro de 2007 e junho deste ano. Só isso indica que o dado fornecido pelo MPM pode estar subestimado. A lei 9.296, que rege as interceptações telefônicas para civis e militares, determina que a Justiça informe ao Ministério Público sobre tod o s o s p r o c e d imentos autorizados. Os procuradores podem acompanhar à realização da escuta. Levantamento – A pedido da CPI no final de fevereiro, o MPM fez pesquisa nas 12 procuradorias militares em todo o País. O relatório entregue no início de abril diz que, desde janeiro de 2007, foram autorizados 19 grampos: sete deles solicitados por procuradores e 12 por autoridades envolvidas em inquéritos policiais militares (IPMs).

Respondendo ao mesmo requerimento, o Superior Tribunal Militar (STM) realizou um levantamento semelhante, entre os 40 juízes das 12 circunscrições judiciárias. Só que o resultado foi diferente. De acordo com a resposta do ministropresidente do STM, tenentebrigadeiro do ar Flávio Lencastre, em 11 de março, 234 pedidos de escutas foram autorizados desde janeiro de 2007. "Impossível isso. Deve haver uma confusão. Tenho certeza absoluta de que esse número está errado. No MPM, fazemos pouquíssima interceptação telefônica, só em casos excepcionais. Acho muito difícil que tantos casos não tenham passado pelo Ministério Público. Eu, por exemplo, não sei de nenhum caso", disse a ex-procuradora-geral Maria Ester Henriques Tavares. Ela assinou a resposta para a CPI e já avisou que vai solicitar um novo levantamento. "O MPM sempre tem informação. A Justiça Militar não tem conhecimento de qual-

Dida Sampaio/AE - 28.03.08

quer interceptação de ligação telefônica", afirmou o ministro-presidente em exercício do STM, Flávio da Cunha Bierrenbach. No caso do Ministério da Defesa, que consultou os comandos da Aeronáutica, da Marinha e do Exército, só foram encontradas sete interceptações, conforme resposta assinada por Jobim e enviada à CPI, no final de maio. Polêmica – Jobim foi um dos protagonistas da recente polêmica dos grampos, ao informar ao presidente Luiz Inácio da Lula que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — proibida de fazer escutas por lei —, comprou, por meio do Exército, uma maleta capaz de fazer grampos telefônicos. A Defesa não informa se as Forças Armadas têm as tais "maletas do grampo" para uso nas investigações oficiais, ou se utiliza apenas as interceptações captadas pelas empresas de telefonia. Semana passada, Jobim declinou convite para depor na CPI dos Grampos, porque viajaria com o presidente Lula. Só que Jobim acabou não indo, porque o ministro teve uma crise alérgica. (AOG)

Antonio Cruz/ABr - 09.09.08

Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a prefeito, durante o segundo debate Parece que você esqueceu do PCC e da mortalidade entre 10 e 19 anos.

Candidata Marta Suplicy (PT), em resposta

Candidato Paulo Maluf (PP), no mesmo debate

Roosewelt Pinheiro/ABr

Qualquer cidadão pode denunciar e o parlamentar pode ser processado, enfrentar um processo por crime de responsabilidade ou até mesmo de improbidade.

Garibaldi Alves Filho (PMDBRN), presidente do Congresso, sobre a resistência dos parlamentares em demitir parentes empregados na Câmara e no Senado, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF)

Luiz Fernando Corrêa, da PF Evelson de Freitas/AE

Onde está o dinheiro das administrações atuais? Eu fiz mais com menos. E digo mais: entrei na política rico e hoje posso dizer que sou menos rico do que antes.

Paulo Lacerda, ex-Abin

Jorge Félix, da GSI

Quarta-feira é dia de depoimentos epois de declarações contraditórias d u r a n t e d e p o imentos prestados ao Congresso na semana passada, a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional chamou novamente à comissão o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix; o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa; o diretor-geral afastado da Agência Brasileira de Informações (Abin), Paulo Lacerda; e o diretor afastado de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto. Eles serão ouvidos pela comissão na próxima quarta-feira. Paulo Fortunato revelou na

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semana passada, em depoimento à CPI da Câmara, que analisa as escutas telefônicas clandestinas, que 52 agentes da Abin trabalharam na Operação Satiagraha, comandada pelo delegado da PF, Protógenes Queiroz. Jobim é aguardado – A CPI dos Grampos da Câmara espera nessa quarta-feira a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O depoimento inicial do ministro seria na semana passada, mas acabou adiado para esta semana por orientação do governo que procura esfriar o assunto dos grampos. Além da declaração de que a Abin teria malas de escuta telefônica, assunto inicial do convite da comissão, o ministro Jo-

bim deverá falar na CPI sobre a revelação publicada na revista "Época" desta semana de que serviços secretos das Forças Armadas ajudaram a PF na investigação da Satiagraha, comandada pelo delegado Protógenes Queiroz. Na semana passada, Paulo Fortunato disse que os equipamentos comprados pela agência em conjunto com o Exército para a realização de varreduras ambientais – as maletas de R$ 20 mil cada, como ficaram conhecidas – não têm capacidade de fazer escutas telefônicas. Fortunato disse que Jobim deve ter sido "mal assessorado" para afirmar que as maletas faziam grampos. "A máquina tem que captar no ambiente externo, inicial-

mente, quais os sinais de rádio freqüência que estão em volta daquele ambiente. A partir daí, levam essa máquina para dentro do ambiente e fazem nova captação de freqüência daquele ambiente. Se houver freqüência diferente do que foi captado, é uma sinalização [de escutas]. A máquina vai perceber o sinal, mas não decodifica", explicou. Campana – Em depoimento à CPI, o próprio diretor-adjunto da Abin, José Milton Campana, admitiu que o equipamento (a maleta) poderia até fazer grampos em uma área de 100 metros sem nenhuma obstrução. Mas Campana ressaltou que não era essa a forma como a agência usava o aparelho. (Agências)


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Congresso Planalto Eleições CPI

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A gente tem que criar casca de jacaré, porque a turma vai bater. Marta Suplicy

ALCKMIN VAI PRA CIMA DOS ADVERSÁRIOS

Eymar Mascaro

Novo estilo

PSDB SOBE O TOM A

Em horário eleitoral, Alckmin ataca 'pontos fracos' de Marta e Kassab; PT e DEM recorrem à Justiça Eleitoral

D

escobrindo o óbvio, os tucanos concluíram que, para chegar ao segundo turno, Geraldo Alckmin precisa conter o crescimento de Gilberto Kassab. Por isso, o candidato tucano resolveu alfinetar a administração do democrata, mesmo que dela participem diversos tucanos. As pesquisas que os partidos continuam recebendo indicam o crescimento de Kassab. Se a linha ascendente do prefeito prevalecer até o dia 5, Kassab pode garantir a segunda vaga no segundo turno. A outra vaga está assegurada pela candidata do PT, Marta Suplicy. Detalhe: Alckmin não queria criticar Kassab, mas as circunstâncias obrigaram que o candidato mudasse o eixo de sua campanha.

RIVAIS Se dependesse da vontade de José Serra, Alckmin e Kassab não se agrediriam mutuamente. O governador tem interesse no restabelecimento da coligação PSDB/DEM no segundo turno da eleição para prefeito.

FUTURO José Serra enfrenta a eleição de prefeito sem perder de vista a sucessão de Lula. Virtual candidato ao Planalto em 2010, o governador paulista não admite perder o apoio dos democratas, mas sabe que o risco existe.

PREFERÊNCIA Apesar da decisão de Alckmin de criticar a administração de Kassab, o interesse do prefeito é o de sustentar a polarização da campanha com Marta Suplicy. Em tempo: o democrata cresceu nas pesquisas depois que polarizou com a petista.

NO RASTRO Kassab vai continuar fazendo a comparação entre sua administração e a gestão de Marta. Para o prefeito, seu modo de governar atende melhor os interesses da população.

CASCATA Em resposta, Marta vai intensificar as críticas à campanha de Kassab. A petista diz, por exemplo,

que o prefeito cascateia, atribuindo à sua administração obras que foram iniciadas nas gestões passadas.

NÃO FALA A petista adotou também como norma ignorar a crise vivida pelos tucanos. Marta reafirma que não deseja falar sobre as mudanças que ocorrem na equipe de comunicação e marketing de Geraldo Alckmin.

MAIS FÁCIL Marta continua convencida de que seria mais fácil para ela derrotar Kassab no segundo turno. A petista considera Alckmin um adversário mais difícil de ser batido nas urnas.

INSISTÊNCIA Alckmin e Kassab, no entanto, mantêm intensificada a campanha nos bairros da periferia em que Marta Suplicy está mais forte, como os das zonas leste e sul. Os dois candidatos fazem promessas de construir mais hospitais, escolas e creches nas duas regiões.

AVANÇO Segundo pesquisas, conclui-se que Kassab tem alcançado mais sucesso do que Alckmin: o prefeito cresce nas zonas leste e sul. Os partidos insistem nas duas regiões porque elas representam cerca de 60% do total de eleitores na Capital.

três semanas da eleição, e com a ida para o segundo turno ameaçada pelo crescimento de Gilberto Kassab (DEM) nas pesquisas, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, aumentou o tom. Na TV, os tucanos fizeram a estréia de uma inserção na qual fazem menção a dois "pontos fracos" dos adversários, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e da petista Marta Suplicy. Vestido de comandante, um ator pergunta ao telespectador se ele prefere ver a cidade nas mãos de alguém que grita com o passageiro ou com alguém que manda você relaxar em um momento difícil? Na seqüência da propaganda na TV, são exibidas fotos de Kassab e Marta. O comercial faz uma menção indireta a dois episódios protagonizados pela petista e pelo prefeito. Em fevereiro do ano passado, Kassab expulsou de uma unidade de saúde, aos gritos de "vagabundo", um homem que fazia uma manifestação. Também no ano passado, em junho, a ex-ministra do Turismo sugeriu aos passageiros "relaxar e gozar" para enfrentar o caos aéreo, que prejudicou a vida de milhões de passageiros. Ontem mesmo, o PT já avisou que vai acionar a campanha de Alckmin na Justiça Eleitoral. O advogado do partido, Hélio Silveira, vai alegar, na representação, que a peça é ofensivas, que está degradando Marta e fora de contexto. Já o DEM, de Kassab, também acionou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o PSDB, mas não em relação ao conteúdo do comercial, e sim ao uso de computação gráfica, o que é proibido. Alckmin intensificou sua campanha nesse final de semana. Os redutos de Marta Suplicy mereceram atenção especial na agenda do tucano. No sábado, o tucano teve quatro eventos em Cidade Ademar, na zo-

na sul. Ontem, o alvo foi Sapopemba, na zona leste, onde o candidato visitou o Hospital Estadual do Sapopemba, caminhou pelo comércio local, fez carreata e foi à Favela da Caixa D'Água, em Cangaíba. Conflito com tucanos – Embalado pelo crescimento nas pesquisas, Kassab participou de três eventos ontem acompanhado de tucanos. Nas duas primeiras agendas – um encontro com mulheres e uma visita ao asilo Cidade dos Velhinhos, na zona leste – Kassab esteve acompanhado do vereador Adolfo Quintas (PSDB), também candidato à reeleição. Em seguida, o prefeito visitou a Igreja Nossa Senhora de Fátima, na zona norte. Desta vez, com o tucano e candidato à reeleição, Claudinho de Souza. Quintas participou do evento com Kassab com aparato de campanha: nove vans e um microônibus. E ainda enviou um carro e cabos eleitorais a poucos quilômetros dali, no mesmo bairro onde Alckmin fazia campanha. Houve troca de empurrões entre cabos eleitorais dos dois tucanos. Questionado sobre o evento que Quintas organizara, Alckmin foi de poucas palavras: "Esse é um assunto que cabe ao partido." Kassab também procurou desconversar. "Essa é uma manifestação espontânea da comunidade em que eu fui convidado, e acho que ele (Quintas) também foi." Agressividade – "A gente tem de se preparar e criar casca de jacaré, porque a turma vai bater". Assim a candidata do PT, Marta Suplicy, reagiu à mudança de Alckmin, que está mais agressivo nos últimos dias. "Provavelmente todos vão aumentar a crítica, porque quem está em primeiro lugar, os outros querem tirar. Nós estamos consolidados, muito tranqüilos", afirmou Marta. Ontem à tarde ela participou de uma missa de vaqueiros, no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), na zona norte de

Ale Vianna/Futura Press

Valeria Gonçalvez/AE

Alckmin esteve ontem em Sapopemba, na zona leste; Marta participou de festa no Centro de Tradições Nordestinas (CTN) e disse que vai criar "couro de jacaré"; Kassab esteve com senhoras e senhores Márcio Fernandes/AE

São Paulo. E aproveitou para fazer alguns pedidos a Padre Cícero e Frei Damião. É a segunda vez em menos de um mês que candidata petista faz campanha no CTN. "Chega a quase 4 milhões o número de nordestinos nesta cidade. O nordestino em São Paulo usa muito os serviços públicos. Tudo que a gente melhorar para a população que usa o serviço público vai afetar

o nordestino", defendeu. Gravações e encontros – O candidato do PP, Paulo Maluf, aproveitou o domingo para gravar programas para o horário eleitoral. Soninha Francine, do PPS, participou de encontro na Associação de Amigos do Bairro Jardim Miriam, na zona sul, e no começo da noite comemorou o aniversário de uma ONG na Cinemateca Brasileira, na região central. (AE)

Alckmin participa de sabatina na ACSP A partir das 17 horas, candidato do PSDB falará de sua proposta de governo Fernando Vieira

Reunião Plenária (Informações, debates e busca de soluções)

Ciclo de Debates - Candidatos a Prefeito(a) de São Paulo

CONVIDADO

Geraldo Alckmin

Dia: 15 de setembro de 2008, segunda-feira

Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Eduardo Knapp/FI

O

candidato à Prefeitura de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) é o convidado de hoje da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para participar, a partir das 17 horas, na sede da associação, do debate sobre as eleições municipais de 2008. O ex-governador será o último, entre os cinco principais candidatos que concorrem à Prefeitura paulistana, a expor seu programa de governo e responder às perguntas dos convidados. A série de debates promovida pela ACSP teve por objetivo abrir espaço para a apresentação das propostas dos que disputam as eleições na Capital e, ao mesmo tempo, para a discussão de alternativas de solução para os problemas da cidade. Os candidatos podem expor suas idéias, seu programa de governo e, a partir deles, associados convidados presentes podem fazer perguntas. Entre os que foram convidados, apenas a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) não compareceu à ACSP. Alckmin disputa a Prefeitura de São Paulo pela segunda vez. Fez a primeira tentativa em 2000, quando era vice-governador do Estado. Antes disso, já havia sido eleito deputado estadual e federal pelo PMDB e reeleito deputado federal pelo PSDB.

Alckmin é o último candidato a apresentar suas idéias na ACSP

Em 2001, com a morte do então governador Mário Covas, Alckmin assumiu o governo do Estado, sendo reeleito para o cargo em 2002. Em 2006, concorreu à Presidência da República, perdendo no segundo turno para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Depois de um cabo-de-guerra intrapartidário, o ex-governador se lançou candidato novamente à Prefeitura da cidade neste ano. Mesmo com o PSDB dividido, com a existência significativa da ala kassabista, Alckmin se manteve durante a maior parte da campanha entre a primeira e a segunda colocação nas pesquisas. Agora, enfrenta quedas seqüenciais na reta final, perdendo espaço para o atual prefeito, o candidato à reeleição Gilberto Kassab, e corre o risco de ficar de fora de um eventual segun-

do turno. Na semana passada, depois de as pesquisas apontarem sua queda nas pesquisas, a coordenação de campanha do candidato tucano trocou de marqueteiro: saiu Lucas Pacheco, entrou Raul Cruz Lima. Também houve a primeira aproximação pública de Alckmin com o governador José Serra, nesta campanha, no jantar realizado na última quartafeira. Apesar do cenário nebuloso, Geraldo Alckmin diz acreditar na sua passagem para o segundo turno e, mais, com vitória sobre a candidata Marta Suplicy, com quem busca polarizar a disputa ao final. De acordo com o presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, ainda há tempo para correções na campanha e para a recuperação do candidato em relação à conquista dos eleitores.


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Internacional

Bruno Domingos/Reuters

Enfrentamentos entre seguidores do presidente e opositores já deixaram pelo menos 30 mortos em uma semana; todas ocorreram no departamento de Pando, que se encontra em estado de sítio.

Lula e hermanos discutem crise boliviana Brasil deveria exercer a sua liderança na América Latina para colocar um fim aos conflitos com Morales, diz oposição

P

reocupados com a crise na Bolívia, líderes sul-americanos decidiram fazer uma reunião de emergência hoje para encontrar uma saída para o impasse entre o presidente boliviano, Evo Morales, e os opositores. As negociações começaram ontem mesmo em La Paz com a presença de representantes do governo central e dos cinco departamentos (estados) rebeldes. Para a oposição, a participação do Brasil será fundamental para colocar um fim aos violentos conflitos que já deixaram 30 mortos. No departamento de Santa Cruz, a mediação brasileira é vista como fundamental. O governador do estado, Ruben Acosta, disse ontem que o "Bra-

sil é uma garantia de que isso pode ter uma solução". "Esperamos que o presidente Lula possa mediar. Houve contatos iniciais com o Brasil e esperamos que o Brasil, com a liderança que tem na região, possa ser aquele que leve à pacificação da Bolívia", declarou Branko Marinkovic, presidente do movimento para a autonomia de Santa Cruz. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja hoje a Santiago para participar de uma reunião da União de Nações SulAmericanas (Unasul), convocada pela presidente chilena, Michelle Bachelet, para tratar da situação na Bolívia. Além do presidente Lula, confirmaram presença Hugo Chávez (Venezuela), Cristina

Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador), Tabaré Vázquez (Uruguai), Fernando Lugo (Paraguai), entre outros. O presidente Evo Morales vai participar da cúpula de emergência. Também estará presente o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. O presidente peruano, Alan García, não comparecerá em Santiago. Não foi divulgado o motivo de sua ausência. Há três semanas, a Bolívia é sacudida por violentos enfrentamentos entre segui-

dores de Morales e opositores. Os departamentos rebeldes exigem a devolução de uma parcela dos impostos, destinada pelo governo central para o pagamento de pensões a idosos. Além disso, rechaçam a nova Constituição impulsionada por Evo, pois acreditam que ela não representa o país.

Ainda ontem, o líder cívico de Santa Cruz, Branko Marinkovic, anunciou o fim dos bloqueios de estradas nesse departamento, "como um sinal de boa vontade" e disposição para dialogar com Morales. Pelo menos 30 pessoas foram mortas no país em uma semana, segundo o ministro de Interior, Alfredo Rada. Todas as mortes ocorreram no departamento de Pando, onde Evo decretou estado de sítio na sexta-feira, enviando tropas. O presidente acusou os opositores pelas mortes, entre eles o governador de Pando, Leopoldo Fernández. O governo central chegou a anunciar ontem a prisão de Fernández, depois voltou atrás. As tropas continuavam a

chegar a Pando e patrulhavam a capital estadual, Cobija. A cidade fronteiriça com o Brasil passou a ser o alvo das atenções do governo central após a denúncia feita ontem pelo ministro da Defesa do país, Wálker San Miguel, de que cidadãos armados teriam cruzado a fronteira entre Brasil e Bolívia por Cobija. O Itamaraty não comentou a declaração. No dia anterior, Morales acusou o governador de Pando de usar "assassinos peruanos e brasileiros" contra os partidários do governo central. Fernández negou qualquer envolvimento com a violência, dizendo que não se tratava de uma emboscada, mas de um enfrentamento entre grupos rivais. (Agências)

Chris Graythen/AFP

Furacão Ike provoca destruição no Texas

RÚSSIA Falha no motor teria causado o acidente

E

Avião cai nas montanhas e mata 88 As fortes chuvas provocaram inundações e interromperam o fornecimento de energia em Houston Davdi J. Phillip/Reuters

foram arrastados para fora da água e atirados na única estrada de ligação com a terra, tornando-a intransitável. Mas o Houston Ship Channel, vital para a circulação local, não foi atingido tão duramente quanto se esperava pela tempestade, que poderia ter causado danos muito maiores e alagado refinarias. Na cidade de San Antonio, os abrigos mantinham 5 mil refugiados. Mais de 4 mil aguardaram a passagem da tormenta em tendas, trailers e outros veículos similares, segundo o Departamento de Parques e Faunas do Texas. Petróleo - O furacão aparentemente destruiu várias plataformas de produção de petróleo e danificou alguns oleodutos, informaram funcionários ontem. Vôos de reconhecimento apontaram que pelo menos 10 plataformas foram danifi-

AFP

nfraquecido, o furacão Ike seguia rumo ao norte dos Estados Unidos ontem depois de passar pela costa do Texas como uma forte tormenta de categoria 2, inundando cidades litorâneas, cortando a energia de milhões e paralisando a exploração de petróleo em Houston. Mais de 1,2 milhão de pessoas deixou a costa do Texas por causa do furacão. Mas, segundo as autoridades, até 140 mil desafiaram as ordens de retirada do governo e ficaram durante a sua passagem. Até agora foram registradas nove mortes por causa da tormenta seis no Texas, duas na Louisiana e uma em Arkansas. Algumas pessoas preferiram ficar em hotéis da região, com a esperança de que o dinheiro seja suficiente para esperar a água baixar e retornar para casa. Equipes de resgate percorriam as áreas atingidas, para salvar os moradores que estavam em meio a casas derrubadas, escombros e sem energia elétrica. Quase duas mil pessoas foram retiradas da região costeira do Texas. Em Houston, foi imposto um toque de recolher e autoridades locais advertiram que levaria semanas para que a quarta maior cidade do país voltasse à normalidade. Em Galveston, onde a tempestade chegou à praia, barcos

U Em Galveston, barcos foram arrastados para fora da água

cadas, segundo Lars Herbst, diretor regional do Serviço de Gerenciamento de Minerais do país. Há cerca de 3,8 mil plataformas no Golfo, incluindo 717 com equipes o tempo todo a bordo. Herbst enfatizou que os resultados eram preliminares,

mas os estragos pareciam bem piores que os causados pelo furacão Gustav, que passou pela região duas semanas atrás. Mais da metade das refinarias do Texas foram fechadas por causa do Ike, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA. (Agências)

m Boeing-737 da A e ro f l o t s o f re u um acidente perto dos montes Urais, na Rússia, na madrugada de sábado para domingo, no qual morreram todas as 88 pessoas a bordo. Entre as vítimas estavam 21 estrangeiros. O avião teria pegado fogo ainda no ar, segundo testemunhas. A a e ro n a v e v i n h a d e Moscou e aterrissaria em Perm. Os destroços chegaram a interromper a ferrovia transiberiana.

Segundo a Aeroflot, entre as vítimas estavam passageiros do Azerbaijão, Ucrânia, França, Alemanha, Itália, Letônia, Suíça e Turquia. Um passageiro seria dos EUA, mas Washington checava essa informação. A causa do acidente não estava clara. A agência RIA Novosti citou uma fonte segundo a qual a causa provável seria uma falha no motor. Funcionários afirmaram que não havia nenhum indício de terrorismo no caso. (Agências)


Economia

AGENDA

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Terça-feira

Terça-feira

Quinta-feira

IBGE divulga vendas do comércio em julho. Previsão é de recuo de 1% ante junho.

Federal Reserve (banco central dos EUA) se reúne para discutir taxa de juros do país.

Sai a ata da última reunião do Copom, com explicação da alta de 0,75 ponto no juro.

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Ilustração: ABÊ

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FERNANDA PRESSINOTT

s notícias não têm sido boas para quem tem aplicações em bolsa de valores. Mas, antes de se desesperar com a montanha-russa dos indicadores, vale parar para analisar as razões de tanta turbulência e as possibilidades futuras. Assim fica mais fácil decidir o que fazer e como tirar o maior proveito possível dos investimentos. Tudo indica que a volatilidade vai continuar e as principais ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ainda podem cair mais. Isso porque a crise é bem mais séria do que se imaginava há um ano. E países dependentes de commodities, como o Brasil, estão no centro do furacão financeiro (leia mais sobre o assunto na página 3). A parte boa é que não parece que a turbulência global atingirá a economia real. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro semestre, por exemplo, teve expansão de 6% ante igual período de 2007. Embora seja um indicador passado, mostra que os fundamentos da economia estão sólidos e, salvo grande engano, continuarão assim. Onda de liquidez O que está acontecendo parece confuso, mas não é. Entre 1998 e 2007, houve uma liquidez excessiva no mundo, com dinheiro sobrando para empréstimos. Criou-se uma bolha de crédito, que estourou. Isso foi em 2006, quando os americanos das classes mais baixas deixaram de pagar hipotecas. O mundo, então, passou a viver uma situação oposta, vendendo tudo para ter liquidez. A crise do subprime começou.

Os preços dos imóveis nos EUA caíram tão rapidamente que se tornou contraproducente vender a casa para pagar as dívidas. E o problema maior é que os protagonistas desse mercado (bancos e seguradoras) tinham e têm seus ativos adquiridos com dinheiro desses empréstimos. Círculo vicioso Estava formado o círculo vicioso: as dívidas aumentavam, os ativos valiam menos e cada vez que as instituições financeiras tentavam diminuir sua alavancagem, mais a queda no valor deles aumentava. Dessa forma, nos últimos meses, os ativos despencaram em todos os mercados, das ações aos bônus, dos mercados emergentes ao petróleo e o ouro. Como se não bastasse, o mercado de securitização é interligado aos fundos de investimento em todo o mundo. Os bancos e instituições passaram a ter prejuízos enormes, com grande risco para a economia dos EUA e, conseqüentemente, a global. Analistas calculam que a perda de valor das bolsas no mundo chegue a US$ 12 trilhões – ou 20% do valor total. O mercado de derivativos também está envolvido. Fundos e investidores internacionais trabalham com esse mercado para preservar o patrimônio e, nos EUA, a maioria dos contratos é feita em balcão, portanto, não têm ajuste diário e não se sabe o valor total do prejuízo, a não ser no final das operações. O Fundo Monetário Internacional (FMI) já divulgou cálculo de US$ 1 trilhão de prejuízo com a crise.

Commodities Os investidores estrangeiros também operam no Brasil para proteger capital, principalmente no mercado futuro de commodities. No início da crise, colocaram muito dinheiro fora dos Estados Unidos, o que fez o dólar perder valor ante o real e várias outras moedas. Recentemente, ao perceberem que, embora com problemas financeiros, a economia norteamericana se manteve estável, esses investidores voltaram para lá. Ponto para os países in-

dustrializados e grande problema para os dependentes de commodities, como o Brasil. "A situação só não está pior porque os EUA perderam importância internacional. Hoje, representam 20% do mercado mundial, mas já responderam por mais de um terço. Nós também não dependemos mais apenas deles. China e Índia têm segurado o crescimento global e continuam comprando nossos produtos", diz o economista e diretor de MBA da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) Tharcisio Souza Santos.

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A previsão de expansão da economia global para 2008, apesar da crise, é de 3%, puxada por Índia e China. Em 2006, antes do estouro da bolha, o PIB mundial cresceu 6%. "Para 2009, há quem estime 9% de alta. Mas os indicadores de inflação elevados em todo o mundo fazem os bancos centrais aumentarem os juros e isso esfria a economia real. É uma incógnita o que vai acontecer", diz o professor da Fundação Instituto de Administração (FIA) Leonel Molero Pereira. A crise tira dinheiro dos emergentes e diminui os investimentos. O mais grave é que não se sabe quando a crise

vai passar e se atingirá o setor produtivo fora dos EUA. As apostas são de que continuará por alguns meses. Em recente entrevista à agência de notícias Reuters, o prêmio Nobel de Economia e diretor de hedge fund Myron Scholes afirmou que serão necessários de seis a 12 meses para a poeira da crise financeira baixar e mostrar seus verdadeiros efeitos sobre a economia real. Saiba mais sobre os efeitos da crise nas ações mais importantes da Bovespa na página 3 e escolha o melhor investimento para você na página 4.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Área junto ao largo São Bento, na região central, a ser transformada em jardim de bolso.

PLANO DA PREFEITURA GERA POLÊMICA

Comerciantes querem ser informados Segundo lojistas do Centro, as desapropriações foram comunicadas pelo Diário Oficial. Para a Associação Viva o Centro, pequenos jardins não vão atrair ninguém. Fotos de Andrei Bonamin/Luz

Fotos de Luludi/Luz

Rejane Tamoto

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or depender de desapropriações, o projeto de criação dos Pocket Gardens – os minijardins – na região central ainda não tem um cronograma de implantação. Segundo a secretária-adjunta municipal Stela Goldenstein, as áreas que estiverem ocupadas por imóveis comerciais, por exemplo, serão demolidas, após o processo de desapropriação. "Pagaremos o valor de mercado aos proprietários para tornar esse processo amigável e mais rápido", afirmou. Segundo ela, esse não é um projeto a ser implementado imediatamente, e sim aos poucos, e começará pelas primeiras áreas a serem desapropriadas. "Temos uma área que possui 17 microimóveis, com tamanhos que variam de 70m² a até 200 m². Para cada um deles, será uma negociação. O que conseguirmos viabilizar primeiro, vamos implantar", disse Stela. Uma das queixas de quem tem imóveis na lista de desapropriações é a falta de informações sobre o projeto de mini-jardins. O comerciante de uma loja de materiais de construção e filho de um dos proprietários de dois imóveis na rua Riachuelo, no Centro, Daniel Sabatini Covas, conta que ficou sabendo da desapropriação por meio da publicação do Decreto de Utilidade Pública (DUP) 49.600 no Diário Oficial do Município. "Não queremos sair, principalmente porque em um dos imóveis temos uma loja que existe desde 1940, que começou com o meu avô. Ao lado, temos um estacionamento, o único que tem área de manobra no Centro", afirmou. Segundo Covas, os dois imóveis totalizam uma área de 688 m². A idéia da família é reformar o casarão, que data da década de 30, e que está com a fachada deteriorada. "Vamos investir cerca de R$ 8 mil na reforma. Não entendo como os nossos imóveis foram selecionados, pois têm valor arquitetônico e histórico e bom uso", disse o comerciante. Segundo o diretor-superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcelo Flora Stockler, a Prefeitura não apresentou os projetos aos comerciantes, que estão apreensivos com a publicação de DUPs. A falta de informações também é apontada como um problema pela Associação Viva o Centro, que considerou o projeto de criação de mini-jardins 'esquisito'. "Na verdade, o jardim não atrai ninguém. E se não ficarem excepcionalmente bem cuidados, vão espantar as pessoas. Não seria melhor cuidar do espaço público que está aí?", questiona o superinten-

Marcelo Flora Stockler, da Distrital Sé da ACSP (acima): Prefeitura não apresentou os projetos aos comerciantes. Vários imóveis já figuram nos decretos de desapropriação publicados pelo DO.

dente da entidade, Marco Antônio Ramos de Almeida. Ele cita como exemplo a praça Roosevelt, que está abandonada e cujo projeto de revitalização da Prefeitura não saiu do papel. Termos de cooperação– Segundo Stela, o projeto de minijardins deverá ser implementado com recursos públicos, mas o dinheiro da iniciativa privada será bem-vindo. "Gostaríamos que os jardins e praças fossem mantidos pela iniciativa privada, por meio de termos de cooperação", disse. Atualmente, menos da metade das áreas verdes do Centro, cerca de 20%, são mantidas pela iniciativa privada. A subprefeitura da Sé, por exemplo, possui 200 áreas verdes, entre canteiros e praças, que ocupam 600 mil metros quadrados da região central. Dessas áreas verdes, apenas 47 são mantidas pela iniciativa privada, por meio de termos de cooperação. "A adoção de praças ficou mais complicada com a lei Cidade Limpa. O problema é que a Prefeitura não

O comerciante Daniel Sabatini Covas (foto à esquerda), conta que ficou sabendo da desapropriação de seus dois imóveis por meio da publicação do Decreto de Utilidade Pública no Diário Oficial do Município. Ele reclama mais formações sobre o projeto da Prefeitura.

tem planos de manutenção para esses jardins, que podem ser ocupados por lixo, usuários de drogas e moradores de rua, como os que existem hoje no Centro", disse Stockler. Para Almeida, o problema é que os termos de cooperação em vigência atualmente tratam apenas da conservação e manutenção da área verde e não da segurança. Segundo ele, é preciso que esses espaços tenham zeladoria e policiamento para funcionar. "Não basta fazer apenas o projeto físico da área verde. É preciso pensar como ela será usada. É como um computador, não pode ter apenas o hardware. Tem de ter software", disse. Segurança – Q ue st io na da sobre a gestão dos mini-jardins a serem implementados no Centro, Stela disse que o poder

Mario Miranda/Luz

A secretária Stela Goldenstein: "gostaríamos que os jardins fossem mantidos pela iniciativa privada"

público terá a obrigação de deixá-los limpos e bem cuidados. O uso de cercas nessas áreas, disse, será estudado caso a caso. A princípio, pela legislação, só são cercados os parques (com mais de 5 mil m²) que, por serem maiores, são mais difíceis de fiscalizar. "Essa decisão será tomada caso a caso e dependerá de projeto para projeto", afirmou. Stela citou como exemplo o modelo adotado em cidades desenvolvidas (como Londres, Paris e Nova York), que possuem a maior parte das praças cercadas. A secretária-adjunta também disse não acreditar que a cidade esteja tomada por moradores de rua. "Eles existem em todos os países. E nossa cidade tem de ser capaz de cuidar deles, que devem ser tratados e apoiados", afirmou.

Não queremos sair, principalmente porque em um dos imóveis temos uma loja que existe desde 1940, que começou com o meu avô. Ao lado, temos um estacionamento, o único que tem área de manobra no Centro. E vamos investir cerca de R$ 8 mil na sua reforma. Daniel Sabatini Covas

Na verdade, o jardim não atrai ninguém. E se não ficarem excepcionalmente bem cuidados, vão espantar as pessoas. Não seria melhor cuidar do espaço público que está aí? Não basta fazer projeto físico da área verde. É preciso pensar como ela será usada. Marco Antônio Almeida

Evandro Monteiro/Digna Imagem - 16/06/2004

Marco Antônio Ramos de Almeida, da Associação Viva o Centro: "não basta fazer apenas o projeto físico"


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ECONOMIA - 3

Economia

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Petrobras e Vale no olho do furacão da bolsa paulista Desde maio, Ibovespa caiu 32,8% e as duas empresas continuam ladeira abaixo. Bruno Domingos/Reuters – 14/6/07

FERNANDA PRESSINOTT

DC

Com a possibilidade de desaceleração global, o preço das commodities, principalmente o petróleo, tende a baixar. Quando isso acontece, empresas de atividades ligadas a matérias-primas, que são as principais da bolsa brasileira, tendem a sofrer fortes perdas.

Só o barril de petróleo, que chegou a US$ 147 em maio, estava a US$ 103 na última segunda-feira. "Mas a gente não pode esquecer que, no começo de 2007, o preço do barril era de US$ 60. Portanto, ainda há espaço para cair", diz o professor da Fundação Instituto de Administração (FIA) Leonel Molero Pereira. A tese de doutorado dele fala da precificação de commodities e um estudo provou, segundo o professor, que o nervosismo do mercado faz os preços subirem ou caírem fortemente em um curto espaço de tempo. "Mas, na média de longo prazo, o nervosismo é pouco relevante", afirma. No que diz respeito à Petrobras, além da queda das commodities, a empresa sofre com possível mudança no marco regulatório do setor. Com a descoberta de petróleo na camada de pré-sal, o mercado supervalorizou as ações da companhia, que subiram 5,2% no primeiro semestre (preferenciais) ante 1,8% de alta do Ibovespa. Mas não conteve a queda, com a possível criação de uma estatal para a extração do produto no pré-sal, divulgada

pelo governo há poucos meses. Tanto que, no acumulado do ano, as preferenciais da Petrobras registram baixa de 34% ante -17,99% do Ibovespa. Perspectivas "O potencial de preço para uma ação da Petrobras é de R$ 56, mas esperar o mercado virar é uma incógnita, nunca se sabe quando isso vai acontecer", diz o analista da Ágora Corretora, Luiz Otávio Broad. Na última sexta-feira, as ações da estatal fecharam a R$ 33,12. Por causa dessa falta de perspectivas, ele não recomenda compra de ações da empresa agora. "Não sei se vai cair mais." Mas também não cogita

que os investidores devam realizar os prejuízos atuais. "Para quem pode e pensa no longo prazo, é bom esperar", afirma. Em relação à Vale, as perspectivas são melhores. A empresa tem bons contratos com fabricantes chineses e especula-se que haverá aumento de preço no minério de ferro. No entanto, neste ano, as ações da companhia já caíram 41%. "O problema não está no Brasil ou especificamente nas empresas. Estamos importando uma crise, mas a volatilidade vai continuar e não há previsão para o fim desse ciclo", afirma o analista da Nova Ação Carlos Alberto Ribeiro. Como a base das empresas é bastante sólida, os dois espe-

cialistas continuam recomendando papéis da Vale e da Petrobras para quem pensa no longo prazo. A volatilidade atual é resultado dos desdobramentos da crise nos EUA (leia mais sobre isso na capa deste caderno). Quando os fundos de investimento acreditavam que a economia do país estava estagnada, passaram a investir no mercado futuro e nos emergentes. Relatório da consultoria Austin Rating mostra que a alta dos ativos em emergentes desde 2004 foi outra bolha, a das commodities. "Parte da valori-

zação desses ativos (ações de empresas ligadas às commodities) era uma 'bolha', fomentada pela ação especulativa dos hedge funds, em virtude do baixo nível de atratividade dos juros em economias mais seguras (EUA, Europa e Japão). Porém, outra parte da alta refletia a melhora dos fundamentos dos países emergentes, com destaque para a queda do endividamento externo e a elevação dos níveis de reservas internacionais." Nesse cenário, este é um bom momento para diversificar as aplicações (veja como fazer isso na página 4).

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Commodities

Bruno Domingos/Reuters – 28/11/07

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om baixa acumulada de 5,90% só em setembro e de 17,99% no ano, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está assustando os investidores, principalmente os que entraram no mercado nos últimos dois anos e pegaram o período de sucessivos recordes de alta. E o pior é que os analistas e os gráficos apontam novas baixas para os próximos meses. O principal indicador, o Ibovespa, já rompeu a barreira dos 50 mil pontos e a análise gráfica do diretor-geral da Enfoque Sistemas, Fausto de Arruda Botelho, mostra que pode cair abaixo de 40 mil pontos. "A bolsa confirma movimento de queda desde 20 de maio, quando fechou no topo histórico de 73.516 pontos. Desde então, o Ibovespa teve, até 9 de setembro – considerando a cotação mínima do dia – desvalorização de 32,8%", diz. Segundo estudo da consultoria Economática, o valor de mercado das empresas brasileiras de capital aberto era de US$ 972 bilhões em 8 de setembro, o menor após 12 meses acima de US$ 1 trilhão. O ponto mais elevado foi no final de maio (US$ 1,4 trilhão). As ações preferenciais da Vale e da Petrobras, que respondem por 30% do Ibovespa, também devem continuar ladeira abaixo, pelo menos em um curto espaço de tempo. O estudo mostra que elas perderam US$ 184 bilhões de maio a setembro (38,9%). Só a Petrobras perdeu US$ 117 bilhões e a Vale, US$ 67 bilhões.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

José Luís da Conceição/AE

Moradores de Ribeirão Pires fazem manifestação durante reconstituição do crime, feita na sexta-feira.

ÓRGÃO AUTÔNOMO FOI CRIADO EM 1990

Promotoras propõem qualificar Conselho Tutelar Ricardo Trida/Diário do Grande ABC - 08/09/2008

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

A morte dos irmãos João Vitor, de 13 anos, e Igor Giovani, de 12 anos, em Ribeirão Pires, acende o debate sobre o Conselho Tutelar. Duas promotoras de São Paulo propõem aperfeiçoamento na escolha e na formação de seus integrantes. Reprodução/Ricardo Trida/Diário do Grande ABC

Ricardo Osman

O

caso dos irmãos João Vitor dos Santos Rodrigues, de 13 anos, e de Igor Giovani Santos Rodrigues, de 12 anos, mortos pelo pai João Alexandre Rodrigues e pela madrasta Eliane Aparecida Rodrigues no dia 5 de setembro, dentro de casa, em Ribeirão Pires, está motivando uma importante discussão. Não seria este o momento adequado para se propor aperfeiçoamentos aos Conselhos Tutelares? Isso porque, dois dias antes do assassinato, os meninos foram parar na delegacia de Ribeirão Pires, mas lá a conselheira tutelar Edna Aparecida decidiu enviá-los de volta para casa, apesar dos pedidos deles em contrário. Os garotos queriam ir para um abrigo, como consta no Boletim de Ocorrência. O delegado Luiz Carlos dos Santos, responsável pela investigação das mortes dos meninos, disse que não pretende ouvir a conselheira no inquérito criminal. "E se isso for necessário, será ouvida na condição de testemunha", disse. O delegado observa que em janeiro, a partir de laudos técnicos (psicológicos), a Vara da Infância e da Juventude retirou as crianças do abrigo Novo Rumo e as devolveu ao pai. "Somente a conselheira pode explicar por que baseou sua decisão do dia 3 de setembro (na delegacia) nessa avaliação técnica feita no início do ano", disse Santos. No Conselho Tutelar de Ribeirão Pires ninguém quis dar entrevista na semana passada. Mas isso não impediu que o debate sobre esse órgão autônomo, criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei número 8.069 de 13 de julho de 1990), tivesse início. Aperfeiçoar – As promotoras de Justiça dos Interesses Difusos da Infância e da Juventude de São Paulo, Dora Martin Strilicherk e Carmen Lúcia Cornacchioni, são favoráveis a aperfeiçoamentos no processo de eleição dos conselheiros e em suas respectivas qualificações. Elas não comentam o caso específico de Ribeirão Pires por desconhecer detalhes do processo, conforme afirmaram. "Nos últimos anos, a ação dos Conselhos Tutelares tem sido, de modo geral, benéfica. Mas eles precisam ser aperfeiçoados e este momento chegou", diz Dora. A promotora observa, por exemplo, que a lei determina

Andrei Bonamin/Luz - 09/09/2008

José Luís da Conceição/AE - 12/09/2008

A madrasta Eliane Aparecida (no alto) confessou o crime, assim como o pai dos meninos (à direita). O delegado Luiz Carlos dos Santos (acima), que cuida do caso, disse que não pretende ouvir a conselheira tutelar Edna Aparecida, que determinou que os irmãos voltassem para casa, onde foram assassinados.

que os conselheiros sejam eleitos por voto direto da população para um mandato de três anos. "Mas como estão sendo feitas essas eleições? Há o risco de os eleitos não serem representantes de toda a sociedade", afirma. "Além disso, é preciso definir com clareza os direitos e os deveres dos conselheiros, inclusive seus deveres trabalhistas", acrescenta ela. Os conselheiros, ao contrário do que se pode supor, não têm chefes. Isso porque o Conselho Tutelar não pertence ao poder Executivo, nem ao Judiciário, nem ao Legislativo. O salário mensal de R$ 1.480 pago a cada integrante sai dos cofres municipais, assim como o prédio para a sede dos conselhos. Somen-

... (os dois irmãos) foram entregues à Conselheira Tutelar deste município, Edna Aparecida, a qual deliberou por devolver as crianças ao casal de indiciados, apesar de ambos demonstrarem o desejo de irem para um abrigo... Trecho do B.O. lavrado em 04/09/2008. em Ribeirão Pires te o Ministério Público tem poderes para representar contra um conselheiro que falte ao trabalho, por exemplo. Preparo – Outro aspecto importante do debate diz respeito à formação e ao preparo dos conselheiros. "A sociedade tem o direito de exigir maior capacitação dos conselheiros, que, uma vez no cargo, deveriam ter uma formação contínua", diz a promotora Carmen Lúcia. "Eles são agentes públicos com grandes responsabilidades." O artigo 133 da Lei 8.069 trata dos pré-requisitos exigidos de quem quer se candidatar a conselheiro. São apenas três as exigências: 1) reconhecida idoneidade moral, 2) idade superior a 21 anos e 3) residência no muni-

cípio. O texto nada fala sobre formação e sequer exige do candidato o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. "Neste setor, o preparo e a troca de experiência são fundamentais", reforça Dora Martin. "Sabemos, por exemplo, que são raros os casos de crianças e adolescentes que dizem que não querem voltar para casa", observa a promotora. "Por isso, é preciso sempre ouvi-los com atenção redobrada e ter cautela." R$ 3,2 milhões – Em São Paulo existem 37 Conselhos Tutelares. São, ao todo, 185 conselheiros. A folha de pagamento anual chega a R$ 3,2 milhões. A presidente do Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente (CMDCA), Elaine

Impasse na ampliação de Cumbica

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pesar de conseguir a licença ambiental para o início da construção do terceiro terminal no Aeroporto Internacional de Cumbica, a Infraero tenta resolver um impasse com o Tribunal de Contas da União (TCU) para retomar as obras de ampliação do pátio de aeronaves. Depois de enviar ao TCU seguidas justificativas técnicas de preços que não afastaram a suspeita de superfaturamento, paralisando obras em quatro aeroportos, a Infraero mudou de tática e decidiu provocar o impasse. Acatou a tabela usada pelo TCU e, com base nela, apontou um "superfaturamento" de R$ 8,8 milhões, maior que o encontrado pela auditoria do próprio tribunal nas obras de ampliação do aeroporto internacional de Cumbica. O problema é que o consórcio construtor já avisou que

não repactua o contrato com base na tabela usada pelo TCU, porque os preços rebaixados não cobrem os custos. As empreiteiras alegam que o material e a mão-de-obra empregados na construção de uma pista de aeroporto e de uma rodovia não guardam semelhanças, a partir do cimento asfáltico. A Infraero concorda que o custo das especificações técnicas internacionais é mais alto. Resultado: as obras e m C u m b i c a v ã o p a r a r, a exemplo do que já ocorre nos aeroportos de Vitória, Goiânia e Macapá. "Não reconhecemos superfaturamento. Só adotamos a planilha de serviços do Tribunal porque chegamos ao nosso limite de justificativas. Não adianta mais brigar", desabafa o presidente da empresa, Sérgio Gaudenzi. Segundo o diretor de engenharia da Infraero, Mário Jorge Moreira, uma

equipe de orçamentários "luta há dois anos" com justificativas de preços que não satisfazem os técnicos do Tribunal. A Infraero decidiu ampliar o pátio do aeroporto de Guarulhos por se tratar de "um nó vital no sistema aeroviário", que afeta todo o País. Lá, o problema não são as pistas, mas o tamanho do pátio onde estacionam aviões que partem e chegam de todas as regiões do País e do exterior. "Queremos ampliar o pátio para aumentar a capacidade de estacionamento de aeronaves em 40 posições", explica Mário Jorge. O calvário da Infraero com a tabela de preços que vale para qualquer tipo de construção em qualquer ponto do País começou há cinco anos. Até 2003, a empresa não teve qualquer problema com prestações de conta porque possuía receita própria para tocar suas obras e projetos. Não recorria aos co-

fres da União. A partir de 2005, no entanto, os problemas de caixa começaram. Por decisão do Ministério da Fazenda, a União, que é a acionista majoritária da Infraero, começou a retirar os dividendos para reforçar o caixa do Tesouro. Na tentativa de solucionar o impasse, a Infraero encomendou um estudo à Caixa Econômica Federal para criar uma tabela de preços aeroportuários. O diretor de engenharia conta que as composições dos custos foram feitas pela Universidade de São Paulo (USP), considerando os parâmetros técnicos de engenharia, e a chamada coleta de insumos (cotações de materiais) foi realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado deste trabalho foi encaminhado ao TCU há três semanas e está sendo examinado por técnicos. (AE)

Aparecida Macena Batista Ramos, também reconhece que é preciso aperfeiçoar o órgão. O CMDCA é responsável pela organização das eleições que escolhem os conselheiros tutelares. "Os Conselhos são um dos maiores avanços do Estatuto da Criança e do Adolescente porque envolvem no processo os representantes das comunidades", diz Elaine. "Mas defendo a exigência de uma prova de conhecimento gerais (eliminatória) para quem quer ser conselheiro e uma formação contínua para os aprovados", acrescenta. São idéias a serem postas em prática, precisam ser transformadas em lei municipal. Ela garante que, no ano de 2007, 175 mil eleitores de São Paulo parti-

ciparam do processo de escolha dos conselheiros. Mas para o eleitor, o voto é facultativo. Depois de eleitos, os conselheiros ganham poderes especiais e podem determinar o abrigo de uma criança, fora de sua família, por 48 horas, até obterem ordem judicial, diz Elaine. Como diz a Lei, podem "requisitar serviços públicos em áreas da saúde, da educação... e segurança" para executar suas decisões; "expedir notificações" e "encaminhar ao Ministério Público notícia de infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente". Resta saber se, diante de tantos poderes, há como enumerar as exigências para o exercício da função.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ECONOMIA

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ameaça de problemas no sistema financeiro global, aliada ao fato de o Brasil ainda ter uma das maiores taxas básicas de juros do mundo, tem tudo para tornar os investimentos considerados mais conservadores, casos da renda fixa e da caderneta de poupança, novamente atraentes. Até para quem tem perfil mais arrojado, os analistas, que só costumavam indicar aplicações de maior risco, como bolsa de valores, afirmam que agora o melhor a fazer é diversificar. A idéia é proteger o patrimônio. Além de estarem livres de possíveis perdas com o sobe-e-desce do mercado acionário, os investimentos em renda fixa oferecem retorno anual de até dois dígitos e muitos ainda são assegurados em R$ 60 mil pelo Fundo Garantidor. Ou seja, em caso de perdas por quebra de instituição financeira, o governo garante ao menos o pagamento dessa quantia ao depositante. Veja a seguir como funciona cada uma dessas aplicações, conheça a opinião dos analistas sobre elas e descubra qual combina mais com o seu perfil.

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Economia

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CDBs: líderes de rentabilidade.

O

s Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são considerados pelos analistas a aplicação de renda fixa que hoje oferece a melhor rentabilidade. Em alguns bancos, o retorno tem sido superior a 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). "É, de longe, a melhor opção de renda fixa para o investidor. Há instituições pagando 101% ou 102% do CDI. Isso sem falar que esse tipo de investimento é livre de taxa de administração e o Imposto de Renda só é descontado no resgate", diz o professor de finanças pessoais Ricardo Humberto Rocha. Os CDIs acompanham a variação da taxa básica de juros (Selic). Além disso, são garantidos em até R$ 60 mil pelo governo, assim como a caderneta de poupança. O vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef-SP), Keyler Carvalho Rocha, diz que é preciso ficar atento apenas ao fato de que os maiores percentuais pagos são voltados para investidores com maior poder de fogo. Em outras palavras, se o volume aplicado for pequeno, inferior a R$ 50 mil, dificilmente o investidor conseguirá taxas acima de 95% do CDI. "Levando em conta uma taxa Selic de 14% a 14,5% ao ano no final de 2008, o investidor que conseguir esse patamar menor ainda assim teria uma valorização de 8%, quando descontado o Imposto de Renda", afirma.

E a eterna caderneta de poupança...

D

epois de um período em que voltou a ser atrativa, a caderneta de poupança agora só é indicada para quem está em fase inicial de investimento e não conhece outros tipos de aplicação. "O aumento dos juros básicos fez com que a poupança deixasse de ser atraente, mesmo com a isenção do Imposto de Renda e da cobrança de taxa de administração", explica o professor Ricardo Humberto Rocha. A caderneta de poupança é corrigida mensalmente pela variação da Taxa Referencial (TR), acrescida de 0,5%. No ano, até agosto, a aplicação acumula rendimento de apenas 4,9%.

Títulos do governo

A

compra direta de títulos públicos, especialmente os que são indexados à inflação, só é indicada para quem quer se proteger de uma eventual disparada dos preços e, ainda assim, apenas para quem tem uma dívida importante para saldar atrelada a esse tipo de indexador. "É o caso, por exemplo, de quem compra apartamento na planta. Geralmente as prestações são corrigidas pelo IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado). Assim, comprar títulos atrelados a esse indicador serve de garantia de que o dinheiro será suficiente para pagar a dívida", diz o professor de finanças Ricardo Humberto Rocha. Do contrário, a aplicação não é indicada. "A inflação teve um repique, mas já dá sinais de enfraquecimento. Quem preferir permanecer em uma aplicação como essa poderá ter uma rentabilidade inferior à que teria em outra de renda fixa, atrelada aos juros", comenta. De janeiro a agosto, a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou em 4,69%. Pelo IGP-M, a taxa foi de 8,35%.

Fundos DI ou prefixados?

O

aumento de mais 0,75 ponto percentual do juro básico na última semana, determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, deve servir também para engordar o lucro de quem aplica nos fundos DI (que acompanham de perto a taxa básica). Só que, diferentemente do que ocorre com os CDBs, esse tipo de aplicação está sujeito à cobrança de, em média, 3% de taxa de administração, além do Imposto de Renda progressivo, de acordo com o tempo de permanência no fundo – a alíquota pode variar de 22,5% (para prazo inferior a seis meses) a 15% (mais de dois anos). "Mesmo assim, é uma ótima opção para quem não dispõe de grande quantia para investir em CDB, mas quer se proteger de eventuais crises, como a que estamos vivendo, em conseqüência dos EUA", diz o professor de finanças Ricardo Humberto Rocha. O perigo, nesse caso, está em mudança na direção do juro básico. "Nesta última reunião, três membros do Copom foram contrários ao aumento de 0,75 ponto. Isso significa que lá na frente os juros poderão não só parar de subir como começar a cair", afirma Keyler Carvalho Rocha, do Ibef-SP. Enquanto isso não ocorre, os analistas aconselham os investidores a continuar preferindo os fundos DI e a evitar os prefixados (em que a taxa de juros é determinada no momento da aplicação). "Os prefixados só fazem sentido quando existe uma expectativa de queda importante nos juros no curto prazo. O que não é o caso", observa Rocha. Os fundos DI e de renda fixa têm ganho médio de 7,33% e 7,98%, respectivamente, nos oito primeiros meses de 2008.


DIÁRIO DO COMÉRCIO Reprodução

Logo Logo

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Sinal de trânsito falso criado para o evento PANOS, que transforma a cidade de Lyon, na França, em uma galeria sem paredes. Leia abaixo.

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SETEMBRO

10 - LOGO

Em 1928, o cientista Alexander Fleming anunciava a descoberta da penicilina.

T ECNOLOGIA P ROPAGANDA

Longa para celular

Leite, ovos e um anúncio comestível Quatro copos de polvilho, dois copos de leite, ovos e um anúncio comestível. Essa é uma das receitas disponíveis no site www.comaesteanuncio.com.br, feito pela agência Loducca. O site faz conjunto com o tal "anúncio comestível", uma criação da Loducca para a MTV divulgar um evento sobre sustentabilidade. "Tínhamos que unir esses dois temas: jovens e sustentabilidade", explica o diretor de criação da agência, Guga Ketzner. "Se bolos E M

têm papel comestível, por que não as revistas? Criamos um anúncio em papel arroz comestível e ainda convidamos as pessoas a enviarem sugestões de receitas para o site. E o mais importante: era um anúncio sustentável, porque era totalmente aproveitável". A propaganda interativa é uma tendência no mercado. "A atenção do consumidor está cada vez mais fragmentada", diz o professor de criação digital da ESPM, Vicente Martin Mastrocolo. (AE)

C A R T A Z

C INEMA

Santos, sede do curta-metragem

O primeiro filme, feito no Brasil, tem lançamento previsto para janeiro de 2009

O

que você faz para passar o tempo quando está no engarrafamento de todo dia ou espera por uma consulta médica ou pelo amigo atrasado? Já pensou em assistir a um filme pelo celular? "Vida de Balconista", possivelmente o primeiro feito no Brasil para caber na telinha do aparelho, tem lançamento previsto para janeiro de 2009 e po-

de ser uma boa pedida para esses momentos. O filme teve origem na série "Mateus, o Balconista", que a Oi TV Móvel transmite desde março no Humanóides, canal de TV para celular. Os episódios custam pouco, mas só podem ser vistos em aparelhos de determinados modelos. Mateus é balconista de uma locadora de filmes que interage com clientes dos mais esqui-

sitos possíveis, como a gostosa, o devedor e a carente. O incrível é que essas figuras existem mesmo e povoam a locadora carioca Cavídeo, de Cavi Borges, diretor e um dos criadores do filme. O protagonista é vivido por Mateus Solano, balconista que sonha em ser um Tarantino. O ator também viverá Ronaldo Bôscoli na minissérie Maysa, prevista para janeiro na TV Globo. (AE)

Amit Dave/Reuters

O Festival Santista de CurtasMetragens - Curta Santos abre sua segunda edição esta noite com sua já tradicional Gala, a partir das 19h30, no Teatro Coliseu, em Santos. Com apresentação da atriz Marisa Orth, o evento será marcado por homenagens ao conjunto da obra de dois nomes consagrados na dramaturgia brasileira: a atriz Eva Wilma - a quem será entregue o troféu Lilian Lemmertz - e o ator José Wilker, que será agraciado com o troféu Claudio Mamberti. O Festival, com programação até o próximo sábado, exibirá gratuitamente os mais de mil filmes inscritos - 794 trabalhos do Brasil e 218 do exterior. www.cur tasantos.com.br/site

B RAZIL COM Z

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) comemora 60 anos com exposição de Ruy Ohtake, ex-aluno da instituição. Salão Caramelo, FAU-USP, Rua do Lago, 876, Cidade Universitária, das 9h às 20h. Grátis.

C IÊNCIA

FESTIVAL RELIGIOSO - Um devoto observa a imagem de Ganesh, deus elefante hindu que flutua depois de ter sido imerso no rio Sabarmati, na cidade indiana de Ahmedabad. A festa religiosa simboliza que a divindade vai livrar a humanidade de todos os seus males. A RTE

Dá um beijinho que passa. De verdade. Um carinho pode ajudar a aliviar a dor, ajudar crianças em seu desenvolvimento e auxiliar em tratamentos para depressão. A afirmação - lugar comum da sabedoria popular - foi confirmada no Festival de Ciências da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Liverpool. Segundo o neurocientista Francis McGlone, da Universidade de Liverpool, um sistema de fibras nervosas presentes na pele responde a toques carinhosos, do mesmo modo que os receptores de dor, e quando estimulado, pode, inclusive, diminuir a atividade nos nervos que transportam a sensação de dor. Os cientistas afirmam que as únicas regiões que não contam com essas fibras são as a palma da mão e a sola do pé, caso contrário, seria difícil o uso de ferramentas, ou mesmo uma caminhada.

ARQUITETURA

Eleições com violência

P REVENÇÃO

Criatividade permitida

Mais camisinhas distribuídas O número de camisinhas distribuídas no País inteiro, de janeiro a agosto, superou o total repassado em todo o ano passado. Foram cerca de 203 milhões, contra 119,7 milhões em 2007. A intenção do governo é ultrapassar o recorde de 2004, quando foram distribuídas 254 milhões de preservativos. Os principais responsáveis pelo crescimento da demanda foram os estados do Nordeste e o Tocantins. O coordenador do programa do Ministério da Saúde, Ivo Brito, atribui o aumento da demanda na região à reestruturação dos programas de prevenção locais, que agora consideram a idade e expansão geográfica da Aids na hora de calcular a quantidade.

m projeto colaborativo uma galeria ao ar livre. O U que consiste em criar suporte artístico é a mais sinais de trânsito falsos e comum das placas de espalhá-los pela cidade de Lyon, na França, chegou este ano a sua segunda edição. O PANOS se propõe a dar visibilidade aos trabalhos de artistas do mundo todo em

O jornal português Diário de Notícias publicou no fim de semana uma reportagem sobre o recente assassinato de candidatos a vereador e prefeitos, mortos durante a campanha pelas eleições municipais no Rio de Janeiro. O jornal afirma que "o presidente Luis Inácio Lula da Silva, chocado com os crimes que têm ocorrido na campanha eleitoral em curso no seu país, ordenou o envio de 12 mil militares para reforçarem a segurança no Rio de Janeiro, onde ocuparão 24 áreas de risco". A reportagem afirma que ocorreram assassinatos em vários Estados, não apenas no Rio, e que o número de tentativas de homicídio e agressões é bem maior do que as oito mortes de candidatos cometidos até agora.

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G @DGET DU JOUR

Skate para seus dedos

R ECICLAGEM

Carros fora de linha e das ruas

A Actiga criou o Mini-Motion, um controle sensível aos movimentos das pontas dos seus dedos que é, ao mesmo tempo, um jogo. Existem quatro versões de controles: o skate, um carro de controle remoto, uma corrida futurista e um taco de baseball! Cada game custa US$ 20 e vem com o pacote completo: controle e software para instalação do jogo no PC ou Mac. Reproduções/site

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Sinais de trânsito falsos são obras de arte, mas dão trabalho para os policiais, que precisam retirá-los dos locais onde um sinal verdadeiro é fundamental

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Hitler de cera danificado em julho retorna ao museu Madame Tussauds, em Berlim

Cresce o PIB, mas lucro das empresas do setor industrial recua 16% no primeiro semestre

Philips agora produz chupetas, mamadeiras e babás eletrônicas

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) retoma o projeto de reciclagem de veículos considerados fora de linha ou impróprios para circulação. A entidade estuda o assunto há pelo menos cinco anos e a idéia é apresentar a proposta ao governo federal. O grande problema da reciclagem de carros é a falta de empresas especializadas nesse serviço no Brasil. Além dos problemas de ordem técnica, não existe uma regulamentação para o descarte dos veículos fora de linha. Com isso, eles acabam sendo levados para desmanches e depósitos, onde os restos ficam totalmente expostos. Calcula-se que entre 20% e 30% da frota circula pelas cidades sem condições. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ECONOMIA - 5

Economia

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Estratégias para evitar ação judicial Franchising e a defesa do consumidor: prevenção adequada pode livrar empresas de problemas na Justiça, afirmam especialistas. Fotos: Newton Santos/Hype

FÁTIMA LOURENÇO

N

Às vezes a diferença entre produto e prestação de serviço é complexa.

As demandas superam a capacidade de julgamento no Judiciário.

BRUNA ARCE DO VAL, DO D. MARIN

RAQUEL FRATTINI, DO D. MARIN

CATARINA COSTA, DO DANNEMANN SIEMSEN

para manter o cliente. Levantamento apresentado por Catarina sobre empresas do Rio de Janeiro mais acionadas na Justiça entre 2005 e 2007 mostra que as reclamações diminuem exatamente nas companhias que adotam a prevenção. O suporte do franqueador, com a adoção de procedimentos com esse objetivo (veja quadro com dicas) é considerado fundamental. Não é raro, em ações do gênero, o franqueador também ser acionado pelo consumidor que se sente prejudicado, chamado a responder solidariamente pelos danos.

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Responsabilidades A questão da responsabilidade solidária do franqueador, porém, é polêmica. Em linhas gerais, segundo os especialistas, como o franchising é regido por legislação própria, a responsabilidade solidária prevalece quando ele é o fabricante do produto vendido – caso de perfumes, por exemplo. Há, no entanto, jurisprudência nos dois sentidos. O tema é ainda mais complexo quando o negócio está estruturado na comercialização de serviços, até porque, lembra Catarina, Desde 1969

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Ainda acontece, segundo as especialistas, de a falta de conhecimento sobre as peculiaridades do sistema de franchising contribuir para que os empresários do ramo sejam condenados solidariamente. Nesse caso, afirma Catarina, devem, posteriormente, entrar com uma ação de regresso, para recuperar o valor pago. "A franquia não é uma cadeia de produção e nem sempre isso está claro", diz Catarina.

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Falta de conhecimento

"Em uma defesa é importante ficar claro de quem é a responsabilidade. Pelo Código, o consumidor não pode ficar prejudicado. É preciso analisar caso a caso", afirma Bruna. Para as situações mais complexas, com dúvidas sobre a divisão de responsabilidade entre franqueador e franqueado, ela recomenda soluções extrajudiciais, por arbitragem. Para evitar problemas na Justiça, no entanto, é importante ter contrato e Circular de Oferta de Franquia (documento de entrega obrigatória ao candidato a franqueado) que reproduzam a realidade do negócio. Catarina, da Dannemann Siemsen, destaca ainda a importância de se identificar as responsabilidades e obrigações da empresa perante o consumidor.

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franchising não é parceria comercial prevista no CDC. Bruna Arce do Val e Raquel Frattini, advogadas do escritório D. Marin, de Campinas, conhecem bem o problema. "Às vezes, a diferença entre um produto e a prestação de serviço é complexa", diz Raquel. Entre os clientes do escritório, por exemplo, está a Flytour, que comercializa, por meio de quase 60 franquias, produtos de terceiros, como passagens aéreas. Uma situação de quebra da empresa de aviação ou episódio de overbooking (oferta de

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a semana passada, às vésperas do 18º aniversário do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a Associação Brasileira de Franchising (ABF) colocou em pauta a discussão sobre a responsabilidade de franqueados e franqueadores perante essa legislação. O tema, cada vez mais presente no setor, abriu o 2º Simpósio Jurídico da entidade. Embora não haja balanço das ações movidas por clientes das franquias, sabe-se que essas iniciativas são crescentes, resultam em altos custos para os envolvidos e provocam desgastes das marcas. O CDC e o sistema brasileiro de franchising são contemporâneos. A expansão da atividade, na casa de dois dígitos nos últimos anos, e a diversidade de negócios que ele incorporou ao longo de duas décadas, ampliam a exposição das redes a consumidores mais exigentes e dispostos a fazer valer seus direitos na Justiça. "Há uma sobrecarga no Judiciário. As demandas superam a capacidade de julgamento. Na Bahia, a primeira audiência de conciliação está sendo marcada para 2010", diz a responsável pelo departamento de Relações de Consumo do escritório Dannemann Siemsen Advogados, Catarina Costa. Ela recomenda a prevenção como o melhor caminho para evitar ações judiciais – o que inclui considerar a reclamação oportunidade

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Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ACSP Fotos irão captar a memória da Lapa

Fotos: André Stéfano

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Hoje ■ Ipiranga – Das 8h30 às 17h30,

O 1º concurso Fotografe a Lapa foi lançado na distrital da ACSP. O objetivo da iniciativa é estimular crianças e jovens na prática da fotografia e resgatar pontos históricos na região. O tema único é a arquitetura da Lapa e de bairros adjacentes, como casas, ruas, praças e prédios. Arquivo/DC

O Mercado da Municipal da Lapa (acima), com mais de 50 anos de história, deverá ser um dos lugares mais registrados. À esquerda, uma das ruas mais famosas do bairro, a Doze de Outubro, e o detalhe arquitetônico de uma de suas igrejas.

André Alves

Morte de Getúlio fechou mercado na inauguração

V

isitar o Mercado Municipal da Lapa é mergulhar um pouco na história do bairro. E, certamente, o local, que completou 54 anos no mês passado, estará na mira dos participantes do concurso. Com 4,8 mil metros quadrados, o estabelecimento foi inaugurado no dia 24 de agosto de 1954. Após uma rápida cerimônia, que contou com a presença do então prefeito Jânio Quadros, o mercado teve de ser fechado, devido à decretação de luto oficial pela morte do então presidente Getúlio Vargas. A criação do estabelecimento integrava as comemorações do quarto centenário da cidade de São Paulo. A criação do mercado lapeano foi instituída por uma lei de 1951, de autoria do vereador Ermano Marchetti. Dos 106 boxes planejados, 40 estavam aptos para receber o público. O prédio, projetado e construído pela Prefeitura de São Paulo, foi considerado, na época, um dos mais modernos

Milton Mansilha/LUZ

quecidos e que não são comumente fotografados sem a merecida importância. O tema único é a arquitetura da Lapa e bairros adjacentes, como casas, ruas, praças, prédios, entre outros imóveis. A realização do concurso foi elaborada pelo Conselho da Mulher (CM) da Distrital Lapa da ACSP. "O projeto é muito bonito e também útil para resgatar os valores da Lapa. Trata-se de um bairro antigo e com uma história maravilhosa. E por que não se apaixonar por ele por meio de fotografias?", afirmou Luzia dos Santos, coordenadora do CM da distrital. Regulamento - O concurso Fotografe a Lapa é dividido em quatro categorias: infantil (até 12 anos); juvenil (13 a 17 anos); adulto (18 a 65 anos) e terceira idade (acima de 65 anos). A premiação para os

Milton Mansilha/LUZ

C

ontribuir com a redescoberta de diversos cenários e monumentos paulistanos, assim como colaborar para a revitalização de muitos desses espaços. Esses são os principais objetivos do 1º Concurso Fotografe a Lapa, lançado na Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na semana passada. A expectativa dos organizadores é de que 800 fotógrafos profissionais e amadores se inscrevam no concurso. Cada participante pode concorrer com até dois trabalhos. O concurso, segundo seu organizador, o jornalista Maurício Coutinho, é inspirado numa disputa anterior, a Fotografe o Centro, com duas edições realizadas. "Depois do Centro, fizemos o Fotografe Higienópolis, um bairro também da região central da capital", explicou. Segundo ele, no mês passado houve o interesse da Distrital Lapa em levar o mesmo projeto para a aquela região, na zona oeste da cidade. " Queremos guardar, preservar e divulgar sua arquitetura imponente e de alta relevância", disse Coutinho. Tema – De acordo com o jornalista, além de incentivar a prática da fotografia entre crianças e adolescentes, o concurso pretende resgatar monumentos da região es-

Trata-se de um bairro antigo e com uma história maravilhosa. Luzia dos Santos, coordenadora do CM da Distrital Lapa

Queremos guardar, preservar e divulgar sua arquitetura imponente. Maurício Coutinho, organizador do concurso

cinco vencedores de cada categoria será promovida por meio dos apoiadores culturais do evento, como Ciesp,

Natura, ACM Lapa, Sesc Pompéia, entre outros parceiros, no dia 27 de novembro, em local ainda a ser definido.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas entre os dias 22 deste mês e 13 de novembro. As duas fotos a que cada participante têm direito devem ser enviadas em CD. Será realizada uma exposição na Distrital Lapa em 28 de novembro e em vários estabelecimentos da região. As cópias das fotos serão cedidas para o acervo da São Paulo Turismo (SPTuris) e da ACSP. Informações sobre os locais de inscrição estão disponíveis no site www.fotografealapa.blogger.com.br. Segundo Coutinho, o mesmo projeto já está em andamento na Vila Maria e também em Santana, ambos na zona norte da cidade. "Pretendemos levar o projeto para outros bairros da capital", concluiu.

150 anos de exemplo no sul Divulgação

projetos arquitetônicos, com boa ventilação e iluminação natural. No início das atividades, a maior parte dos comerciantes era composta de imigrantes recém chegados da Europa, principalmente italianos e japoneses. Até hoje trabalham no local alguns dos pioneiros e seus descendentes. Iguarias – No mercado, os consumidores encontram desde produtos importados até iguarias regionais brasileiras, passando por lanches, flores, enfeites para festa, frutas, doces, carnes e especiarias. Passam pelo local cerca de 8 mil pessoas por dia. Em datas comemorativas, como Natal e Páscoa, o número de frequentadores chega a 30 mil. No dia 1º de janeiro de 1982, o nome do mercado foi alterado para Mercado Municipal Rinaldo Rivetti, em homenagem ao comerciante conhecido por participar de inúmeras campanhas sociais. A família Rivetti é proprietária de um boxe desde a inauguração do estabelecimento. (AA)

Sergio Leopoldo Rodrigues

A

Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) comemorou em 14 de fevereiro 150 anos de vida. Mas o presidente da entidade, José Paulo Dornelles Cairoli, decidiu estender a comemoração histórica ao longo do ano. “Trata-se de um exemplo de persistência na luta em prol dos empreendedores, da livre iniciativa e da cidadania neste País”, disse Alencar Burti, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Tanto que Burti – que também é presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) – avalia a possibilidade de fazer a reunião da CACB deste ano em Porto Alegre, como uma forma de homenagear a Entidade e seu presidente Cairoli, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul). Para lembrar a data, cuja importância vai além da capital gaúcha e se estende para todo o Rio Grande

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA)

do Sul, Cairoli agendou vários eventos ao longo de 2008. O presidente da ACPA aproveitou a data para mostrar que a entidade pauta sua atuação em torno de idéias e ideais que se transformaram em atitudes e ações em defesa do RS, sua sociedade, sua economia, seu presente e seu futuro. Foi fundada em 1858, numa reunião com os mais importantes representantes do comércio varejista e atacadista, e outros segmentos de negócios, da capital gaúcha, que formavam a chamada Praça do Comércio da época. A criação da ACPA representou um passo importante para a futura consolidação do associativis-

mo em PA e em todo o Estado. Ao completar 82 anos, a ACPA mudou para a atual sede, o tradicional Palácio do Comércio, projetado e construído pelo arquiteto José Lutzemberger, pai do ambientalista de mesmo nome. A sede foi inaugurada em novembro de 1940 pelo então presidente da República, Getúlio Vargas. É a segunda entidade mais antiga do Estado (a primeira foi a Associação Comercial do Rio Grande do Sul), mas tornouse, ao longo do tempo, modelo básico para outras centenas de entidades similares que se desenvolveram no RS. Hoje reúne empresários do comércio, indústria, serviços e rurais. (SLR)

adesão de convites para o Miss Ipiranga, inscrição Corrida Infantil 3ª Volta ao Museu. De 15 a 19. Fone: 2274-4625. R. Benjamin Jafet, 95. ■ Nova Iorque – O coordenador da Comissão de Varejo da ACSP Nelson Kheiralla faz reunião de lançamento para missão à Feira NRF, em Nova Iorque, em janeiro. Às 9h, rua Boa Vista, 51/12º andar. ■ Facesp – Reunião do conselho Diretor e Gestor da Facesp. Às 10h, rua Boa Vista 51/9º andar. ■ Plenária – O presidente da ACSP, Alencar Burti, coordena reunião plenária com o candidato à Prefeitura Geraldo Alckmin para finalizar o Ciclo de Debates com os candidatos. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar. ■ Santana – Das 18h às 22h30, o FJE da distrital e o Sebrae realizam Programa de Iniciação Empresarial com o curso Fluxo de Caixa – Como administrar. Até sexta, rua Jovita, 309. ■ Penha – Das 18h às 22h, o FJE da distrital e o Sebrae promovem o Programa de Iniciação Empresarial com o curso Auto-Desenvolvimento Como se tornar um líder eficaz. Até sexta, avenida Gabriela Mistral, 199. ■ Pinheiros – Das 18h30 às 22h30, Curso do Sebrae, Como desenvolver lideranças e estimular a motivação. Até sexta, rua Simão Álvares, 517.

Amanhã

■ Pirituba – Das 9h às 12h, a

distrital e o Sebrae realizam a oficina Desenvolva sua empresa. Av. Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ China – O vice-presidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves recebe o vice-presidente da China Foreign Trade Center, Wang Runsheng, da Feira de Canton. Às 9h, rua Boa Vista, 51/11º andar. ■ Pirituba – Às 19h30, 23ª reunião ordinária. Av. Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ Jabaquara – Às 19h30, reunião ordinária da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor. Avenida Santa Catarina, 64.

Quarta

■ Pirituba – Das 8h30 às 17h30, a

distrital e o Sebrae realizam o módulo III do Curso Ideal – Políticas Públicas. Avenida Raimundo P. Magalhães, 3678. ■ Pinheiros – Às 19h, assinatura do Termo de Cessão de Espaço entre Camp Pinheiros, LAC e subprefeitura, que cedeu área para Biblioteca Embrião da distrital. Rua Simão Álvares, 517. ■ Santo Amaro – Às 19h30, 29ª reunião Ordinária da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor e entrega do Marco da Paz a policiais e guarda-civis. Reservas: 55216700/dstoamaro@acsp. com.br. Av. Mário Lopes Leão, 406.

Quinta

■ Butantã – Das 18h às 22h, a

distrital, subprefeitura, Sebrae, Sescon, USP, Ciesp, CAT e Cietec realizaram o I Fórum de Empreendedorismo e Desenvol- vimento Sócio-Econômico da região. Inscrição: 3032-8878. Inst. Butantã, rua Vital Brasil, 1500. ■ Ipiranga – Às 20h30, Concurso Miss Ipiranga. Centro Universitário São Camilo, av. Nazaré, 1501.

Sexta

■ Ipiranga – Às 20h30, Festa

Italiana no CAY (rua do Manifesto, 475) e abertura dos festejos do bairro, na AL, av. Pedro Álvares Cabral, 201.

Sábado

■ Tatuapé – Das 8h às 12h, I Desfile

Cívico Militar pelos 340 anos do bairro. Informações: 2092-2979, rua Tijuco Preto, 1314. ■ Ipiranga – Das 8h às 13h, Feira da Saúde e Cidadania e troca da Bandeira. Parque da Independência. Av. Nazaré, s/n. ■ Santana – Às 19h, evento beneficente para ampliação da creche e do Curso de Alfabetização de Adultos do CM da distrital; jantar pelos 50 anos da Associação dos Moradores e Amigos da Vila Guilherme. R. Alberto Byington, 177.

Domingo

■ Ipiranga – Às 19h, encontro de

corais, Igreja Nossa Senhora Aparecida, rua Labatut, 781.


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Nacional Energia Tr i b u t o s Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

JUDICIÁRIO INVESTIGA INDÚSTRIA DE LIMINARES

STJ proíbe repasse de tributos para os consumidores de telefonia fixa.

Justiça condena consumidores ACSP ganhou ação contra duas pessoas, que deverão pagar R$ 40 mil de indenização cada uma. Justiça desconfia da existência de indústria de liminares.

STJ acaba com avanço de operadora no bolso de assinantes

O

Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu ser ilegal o repasse do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para os assinantes de telefonia fixa. A Segunda Turma do STJ rejeitou argumento da Brasil Telecom (BrT) de que a tarifa homologada pela Agência Nacional de Telefonia (Anatel) excluiria os tributos "incidentes na operação". Em nota, o STJ explicou que a questão foi definida em recurso especial no qual a Brasil Telecom tentava modificar decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) ao discutir as incidências diretas do PIS e da Cofins sobre o preço dos serviços prestados. O ministro e relator Herman Benjamin entendeu que a operadora embutia, no preço da tarifa, os valores referentes às contribuições sociais incidentes sobre o faturamento.

Luz no fim do túnel?

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou no final da semana passada que possíveis

Segundo Benjamin, os argumentos da concessionária foram rejeitados porque ele não conseguiu apontar nenhuma norma legal capaz de fundamentar sua pretensão. Além disso, na avaliação do ministro, o PIS e a Cofins não incidem sobre a operação de cada um dos consumidores, mas sobre o faturamento global da operadora de telefonia. Para o STJ, o fato de as receitas obtidas com a prestação do serviço integrarem a base de cálculo dessas contribuições – o faturamento mensal – não pode ser confundido com a incidência desses tributos sobre cada uma das operações realizadas pela concessionária. Tese perigosa – "Se a Brasil Telecom pudesse embutir o PIS/Cofins, também poderia fazer o mesmo com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), já que, após as deduções legais, constituirão o lucro da empre-

sa. Não é isso o que ocorre. Não se admite que a parcela de IRRJ e de CSLL relativa a uma determinada prestação de serviço seja adicionada ao valor da tarifa", afirmou. Segundo Benjamin, a lei diz que somente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve ser objeto de destaque e cobrança na fatura, repassando-se o ônus ao assinante. O ministro ressaltou, também, que tal comportamento constitui "prática abusiva", pois fere o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e viola os princípios da boa-fé e da transparência. Em nota publicada no site do STJ, ele disse que as empresas usam a técnica do "se colar, colou", sobretudo em relações de consumo de pequeno valor, em que é difícil para o consumidor perceber a cobrança ilegal ou em que simplesmente não compensa reclamar da ilegalidade em juízo. (AE)

mudanças nas alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) só serão feitas após a aprovação da Reforma Tributária. Segundo o ministro, o Brasil é hoje um país em que a classe média é dominante.

"O Brasil está indo muito bem e atravessa um momento no qual existe grande mobilidade social, de tal forma que a classe média está em franco crescimento", disse. "Pode melhorar mais ainda. Estamos trabalhando nisso." (Agências)

Brígida Rodrigues/e-Sim

Silvia Pimentel

D

ois consumidores foram condenados pela Justiça a pagar, cada um, indenização no valor de R$ 40 mil à Associação Comercial de São Paulo (ACSP) porque fraudaram documentos usados em ação contra a entidade por inclusão indevida de nome no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A decisão, uma sentença de primeira instância, é do juiz Marcelo Haggi Andreotti, da Comarca de Mirassol, no interior de São Paulo. Ambos alegaram residir na cidade de Mirassol, mas uma investigação solicitada pelo próprio magistrado constatou que os autores da ação nunca moraram na rua informada no processo. De acordo com a advogada Juliana Christovam João, do escritório Rayes, Fagundes e Oliveira, a fraude foi descoberta pelo grande volume de ações originárias de cidades como Mirassol, São José do Rio Preto e Novo Horizonte, patrocinadas pelos mesmos advogados. Entre maio e junho deste ano, o Judiciário desta região recebeu 240 processos em que a ACSP figurava como ré. Os consumidores condenados a indenizar a ACSP ingressaram com ação por danos morais com o objetivo de retirar seus nomes do SCPC. Alegaram que a inclusão na lista de inadimplentes foi feita sem uma comunicação prévia. Para

Juliana: fraude foi descoberta em função do grande volume de ações.

se defender, a entidade, ciente do elevado número de ações e liminares favoráveis aos consumidores, procurou os juízes das comarcas desses municípios para alertá-los de possíveis fraudes nos processos. "O mais grave foi constatar que os autores haviam ingressado com ações em outras comarcas, o que nos leva a crer na existência de uma indústria de liminares", explica. Surpreso com o alerta, o juiz da Comarca de Mirassol determinou que um oficial de Justiça fosse ao endereço indicado na ação pelos autores. Ambos não residiam no local. E mais. Nem os vizinhos da rua informada conheciam os supostos vizinhos. "O magistrado decidiu, então, condená-los por li-

D

úvidas sobre a substituição tributária adotada em São Paulo devem ser encaminhadas ao e-mail substituicaotributaria@ dcomercio.com.br. As questões serão respondidas pelo Sindicato das Empresas de Contabilidade no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e publicadas às segundasfeiras no Diário do Comércio. Empresa do ramo da construção civil, que lida com materiais e serviços, cobrando tais valores em nota fiscal conjugada (materiais e mãode-obra), está sujeita à substituição tributaria? Não haverá retenção na fonte quando o fabricante/importador vender para (art. 264 do RICMS/SP e Conv. ICMS 81/93): a) consumidor final; b) adquirente que utilizará o produto como insumo para a produção; c) outro fabricante do mesmo produto. O que é código de antecipação? Quando deve ser usado? Qual o critério para determinar esse código? Considerando que há referência ao art. 426-A do RICMS/SP – Decreto 45.490/00, esse artigo dispõe que na aquisição de mercadorias de outros estados, sujeitas à

tigância de má-fé por terem usado o Judiciário para obter manobra ilícita", explica a advogada. De acordo com ela, raríssimas vezes a Justiça proferiu decisão semelhante. Além de condená-los, o magistrado oficiou ao Ministério Público pela prática de dois delitos: falsidade ideológica e de documento público. Segundo o superintendente jurídico da ACSP, Carlos Celso Orcesi da Costa, em Campos, no Rio de Janeiro, também se observa uma quantidade elevada de processos movidos por consumidores pleiteando o mesmo direito, o que deixa dúvidas. "O volume de decisões favoráveis acaba atraindo as pessoas e advogados que agem de má-fé", analisa.

substituição tributária no Estado de São Paulo, que não sejam enviadas com a retenção do imposto pelo remetente, o contribuinte paulista deverá calcular o imposto antecipadamente na entrada do território deste estado. Para esse cálculo, o contribuinte deve observar a fórmula constante do referido artigo, usando o código de receita 063-2. Será admitido o recolhimento por antecipação antes da entrada da mercadoria em território paulista por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) contendo, além dos demais requisitos: a) o código de receita 10008-0 (recolhimentos especiais); b) o CNPJ e demais dados cadastrais do estabelecimento do contribuinte destinatário paulista; c) no campo "informações complementares", o número da nota fiscal a que se refere o recolhimento e o CNPJ do estabelecimento remetente. Esse estabelecimento, localizado em outro estado, poderá ser autorizado a recolher o imposto antecipado até o dia 15 do mês subseqüente ao da saída da mercadoria, mediante regime especial, concedido nos termos do artigo 489 (§ 8º do art. 426-A do RICMS/00).


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I

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Facesp nterior

Fotos: Mario Miranda/Luz

Na foto à direita, jovens trabalham na recuperação da pintura da Igreja Matriz (abaixo, à direita). As obras de revitalização da fachada são realizadas por mais de 100 alunos do Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios (Poeao). Na foto mais à direita, o interior do santuário, onde as reformas começam até o final do ano.

SANTANA DE PARNAÍBA PRESERVA SUA HISTÓRIA A Igreja Matriz, um dos maiores patrimônios da cidade, está sendo restaurada. Mais de 200 fachadas de imóveis históricos já foram recuperadas no município. Na primeira foto à esquerda, a praça no Centro Histórico. Ao lado, imóveis antigos muito bem conservados. A cidade, que investe no projeto de preservação, pretende agora criar o Memorial de São Bento, onde serão exibidas imagens sacras, implantar os museus da Energia e das Artes e aumentar os bolsões de estacionamento no Centro Histórico.

André Alves

U

m dos principais monumentos históricos de Santana de Parnaíba, cidade da Grande São Paulo, está sendo restaurado. Trata-se da Igreja Matriz do município, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1982. As primeiras obras de revitalização da fachada da igreja já começaram e estão sendo realizadas por mais de 100 alunos do Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios (Poeao), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. A previsão é de que o imóvel fique pronto até o aniversário da cidade, em 14 de novembro. A idéia de revitalizar a igreja surgiu em decorrência do desprendimento da pintura em diversos pontos. Em uma primeira etapa, já realizada, foi feito um trabalho de remoção da tinta e do reboco degradado da igreja. Atualmente está em curso o processo de nivelamento da superfície com a aplicação de massa fina para, futuramente, receber a nova pintura. "O interior do imóvel também será restaurado. As obras devem começar até o final do ano. Estamos em busca de empresas especializadas para os serviços de marcenaria e alvenaria", disse a secretária de Cultura e Turismo de Santana de Parnaíba, Miriam Farcic. Inclusão - As obras de restauro são realizadas por 120 alunos do Poeao, que trabalham em dois turnos – manhã e tarde. Eles integram as oficinas de pintura e alvenaria e também recebem suporte de outras oficinas do projeto, como esquadria e ferragem. O Poeao começou em 1999 na cidade, visando capacitar adolescentes para a área da construção civil, com especialização em restauro. O programa já beneficiou mais de 500 jovens na cidade. "Além de sua relevância cultural e profissionalizante, pois no fim dos cursos os alunos são certificados pelo Senai, o projeto tem um importante papel social, uma vez que age no resgate da cidadania de jovens carentes, tirando-os das ruas e das drogas", ressaltou o coordenador-

geral do Poeao, Júlio Barros. O projeto em Santana de Parnaíba – firmado por um convênio entre a prefeitura municipal, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Senai/MG –, já restaurou mais de 200 fachadas de imóveis históricos. Um dos alunos que participou de muitas dessas ações no município é o aprendiz de restaurador Diego Balsote, de 19 anos. Há dois anos ele participa do Poeao. "É gratificante ver um imóvel histórico restaurado. Pretendo continuar nessa profissão para sempre". Outro jovem beneficiado pelo projeto é o contramestre Cledilson Vanderley, de 24 anos. Em 2000 ele entrou no Poeao como aprendiz e foi subindo de cargo. "Já fiz estágio em duas empresas de São Paulo. Apesar de coordenar os jovens no restauro da igreja, ainda ponho a mão na massa. Um bom mestre é aquele que trabalha com seus aprendizes", disse. Marco - Para Miriam, a Igreja Matriz é o monumento mais importante e o grande marco da cidade. "É uma construção imponente e uma referência do município. Sua fachada e seu interior são muito utilizados em veiculações publicitárias". O monumento faz parte de um tour chamado corredor cultural. Das cerca de 450 mil pessoas que visitam anualmente Santana de Parnaíba, cerca de 70% delas se dirigem à Igreja Matriz. Os próximos projetos da Secretaria de Cultura e Turismo são criar o Memorial de São Bento, onde serão exibidas réplicas das imagens que atualmente estão expostas no Museu de Arte Sacra, em São Paulo, implantar o Museu da Energia, o Museu das Artes, além de

Apesar de coordenar os jovens, ainda ponho a mão na massa. Um bom mestre é aquele que trabalha com seus aprendizes. Cledilson Vanderley, contramestre do projeto

É gratificante ver um imóvel histórico restaurado. Pretendo continuar nessa profissão para sempre. Diego Balsote, um dos jovens que trabalha no restauro da Igreja Matriz

Além de sua relevância cultural, o projeto tem um importante papel social, uma vez que age no resgate da cidadania de jovens carentes. Júlio Barros, coordenador-geral do Poeao

É uma construção imponente e uma referência do município. Sua fachada e seu interior são muito utilizados em veiculações publicitárias. Miriam Farcic, secretária de Cultura e Turismo

criar mais bolsões de estacionamento no Centro Histórico. A Igreja Matriz, assim como todo o Centro Histórico, também ajuda a fomentar o comércio local, na opinião do presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Santana de Parnaíba (Acisesp), Américo Ishizaki. "Os turistas sempre acabam visitando e comprando nas lojas de artesa-

nato, antiquários, restaurantes, lanchonetes e usando outros serviços. Os setores do comércio e serviço têm muito a oferecer aos visitantes", disse. Histórico - De acordo com os registros históricos, a primeira capela da cidade, dedicada a Santo Antônio, foi erguida em meados de 1560. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. Não re-

sistiu. Em 1580, foi construída a segunda capela, desta vez dedicada a Sant'Anna. Em 1610, foi construída uma terceira capela, elevada à condição de Matriz em 1625. A edificação atual data de 1892, quando foi aprovada a planta para a reconstrução da Igreja Matriz, elaborada pelo desenhista Carlos Daniel Rath. As obras foram iniciadas no

mesmo ano, sob a coordenação do padre Miguel Mauro. O estilo da edificação é eclético, com piso em canela preta e altares, que acompanham a liturgia. No altar-mor há uma imagem de Sant'Anna, do século 18, em madeira policromada proveniente da Bahia. Antes da atual revitalização externa, a igreja já passou por outras duas, em 1997 e 2000.

Português foi o primeiro morador S antana de Parnaíba nasceu às margens do rio Tietê quando Mem de Sá era o terceiro governador-geral do Brasil. O primeiro a se instalar na região foi o português Manuel Fernandes Ramos, participante de uma expedição, de 1561, que explorava o sertão em busca de ouro e metais preciosos. Construiu uma capela em louvor a

Santo Antônio, substituída por outra, em honra de Sant’Anna. Em 14 de novembro de 1625, o povoado virou vila e foi chamado de Santana de Parnaíba. Era um importante ponto de partida do movimento das bandeiras, que capturava indígenas e buscava metais preciosos. Nos séculos 17 e 18, a cidade conheceu um certo desenvolvi-

mento com a mão-de-obra indígena e a chegada de famílias importante. A vila chegou ao século 19 com poucas atividades econômicas e permaneceu estagnada até o início do século 20, quando a Light & Power Company construiu sua primeira usina hidrelétrica no País, abrindo o campo de trabalho. Com suas construções colo-

niais, a cidade concentra um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do Estado, com 209 edificações tombadas pelo Condephaat. A residência bandeirista urbana, do século 17, onde funciona o Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhangüera, e o sobrado do século 18, onde fica a Casa da Cultura, foram tombados pelo Iphan.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


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Nacional Comércio Exterior Crise na Bolívia Empresas

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PRODUÇÃO NACIONAL EM DESCOMPASSO

milhões de metros cúbicos de gás a Bolívia fornece diariamente para o mercado brasileiro

Bolivianos preocupados com parentes Estabelecidos em São Paulo, ouvem relatos de incerteza e medo dos parentes que estão na parte oriental da Bolívia, com bancos, comércio e farmácias fechados. Sonaira San Pedro

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

J

á não há alimentos disponíveis nos supermercados de Santa Cruz. Os bolivianos se viram como podem com os enlatados que estocaram em casa. Os bancos mantêm todas as portas fechadas, assim como o comércio local, e as farmácias não abrem nem em caso de emergência. Pelas ruas desertas de uma cidade sitiada, paredes pichadas com frases de protesto, quebradeira e o medo da população de passar por ali e se perder no meio de freqüentes ataques. Com todas as estradas bloqueadas, já não dá para sair do local. É esse o relato que os bolivianos fazem a seus parentes que moram no Brasil. "Nem o governo nem os campesinos querem ceder e quem está lá tem a impressão de que as coisas tendem a piorar", contou a boliviana Carola Sanabria, que mora no Brasil há oito anos e tem familiares em Santa Cruz e Cochabamba. Angustiada, ela mantém contato com o cunhado, que serve o exército boliviano e espera, em um quartel, a ordem do governo para sair às ruas e combater os revoltosos. "Se eles tiverem de entrar em combate, já está decidido que não será com armas de fogo e o pânico geral é da possibilidade de começar uma guerra civil."

No Parque da Água Branca, música e alegria, longe do clima de guerra das cidades sitiadas. Bolivianos participaram de apresentação folclórica no sábado. Mas estão temorosos com os relatos ouvidos dos familiares que ficaram.

Preocupados com a situação dos parentes na Bolívia, os bolivianos que moram no Brasil já preparam um plano de ajuda para quem vive nas cidades da parte oriental do país vizinho.

"Ainda não sabemos ao certo como será esse apoio, mas atitudes precisam ser tomadas com urgência", disse o secretário auxiliar do consulado da Bolívia no Brasil, José Ortiz.

"Há também os brasileiros que estão lá e que precisam voltar para seu país em segurança. A preocupação é com todos os povos." Com a Bolívia acumulando um sério assunto interno e

uma crise internacional, a grande inquietação é a possibilidade de a América Latina entrar novamente em uma zona de instabilidade, de acordo com o especialista nessa região e professor da

Universidade Central da Venezuela, Carlos Romero. "A expectativa é de que a intermediação de países como o Brasil, Chile e Argentina ajudem o governo de Evo Morales a resolver esse impasse", disse o especialista. Ele citou o fato de Morales ter atribuído a onda de violência a influências do governo dos Estados Unidos e de ter expulsado o embaixador norte-americano da Bolívia. "Então, o Chávez se solidariza com o presidente do país vizinho e expulsa o embaixador norte-americano de seu país também, sem ter nada a ver com a história", afirmou o especialista. "A decisão de Chávez pode ser um suicídio político", acrescentou. Sobre a negociação de petróleo venezuelano com os Estados Unidos, de quem o país latino é o quarto maior fornecedor, o especialista acredita que não haverá alterações. Isso porque há tempos Chávez vive em tensão com os norte-americanos, mas nunca quebrou contratos comerciais da commodity. "Se chegar ao absurdo de um embargo comercial, vai ser agravada a especulação do petróleo e a crise nos Estados Unidos e Europa pode ser intensificada", analisou Romero. "O problema é que os primeiros a sofrerem o impacto disso tudo são os povos locais."

N

a última semana, o risco de desabastecimento de gás natural voltou a rondar as indústrias brasileiras. Responsável pelo fornecimento de um total de 32 milhões de metros cúbicos diários do combustível para o Brasil, a Bolívia suspendeu o envio de aproximadamente 3 milhões de metros cúbicos por causa dos atos de violência contra instalações de empresas públicas e privadas de energia no país (leia mais sobre a crise boliviana na página 9 do primeiro caderno desta edição). De acordo com o ministro de Minas e Energia Edison Lobão, o problema já estava solucionado na última sexta-feira. Enquanto isso, discute-se até quando o Brasil terá condições de deixar nas mãos de um único país o fornecimento de mais de 50% de sua necessidade diária de gás natural. Na avaliação do professor Leonardo Santos Caio, coordenador-executivo do curso de Negócios de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Fundação

Instituto de Administração (FIA), essa dependência tem prazo para acabar: 2012, ano em que a Petrobras deverá atingir a plenitude de produção de gás natural na Bacia de Santos. "Não digo que alcançaremos a auto-suficiência, mas seguramente teremos uma produção muito próxima daquela que atualmente importamos", afirma Caio. Em entrevista ao Diário do Co mérc io, o professor fala a respeito das alternativas ao gás natural em momentos de crise e os caminhos que o Brasil está trilhando para diminuir sua dependência desse combustível vindo da Bolívia. O Brasil possui algum plano de substituição da matriz energética gás natural para outras fontes de energia? Embora o fornecimento de gás natural pela Bolívia seja bastante representativo, de cerca de 50% da necessidade atual de abastecimento brasileiro, é possível desviar o volume de gás utilizado em algumas atividades econômicas e concentrar no setor industrial, que é o mais prioritário neste

Divulgação

Patrícia Büll

Marlene Bergamo/Folha Imagem – 10/6/2005

País só estará livre do risco Bolívia em 2012

Brasil ainda depende da Bolívia

Santos Caio: pré-sal deve ajudar.

momento. Por exemplo, o governo pode interromper o uso de termelétricas, que usam gás para gerar energia elétrica, e destinar esse volume para o setor industrial. As próprias refinarias da Petrobras, que utilizam gás natural no processo de refino de petróleo e seus derivados, poderiam fazer a substituição por outros combustíveis, como o diesel. Por outro lado, o setor industrial que em sua maioria é flex, ou seja, utiliza mais de uma matriz energética para a produção, seguramente será estimulado pelos órgãos reguladores a mudar e deixar o gás só para as indús-

trias que não têm alternativa. Mas esse tipo de combustível não custa mais? O custo é maior, e talvez por isso, o governo brasileiro possa compensar essas indústrias com alguma medida de incentivo. Pode reduzir, por exemplo, a carga tributária, já que os usuários irão utilizar um combustível que tem preço mais alto que o gás natural. Essas medidas todas são paliativas. Isso significa que seremos sempre reféns da Bolívia no que diz respeito ao fornecimento de gás?

Eu discordo que seremos sempre reféns. Isso porque, além da descoberta da camada pré-sal, que tem uma quantidade enorme para exploração tanto de petróleo quanto de gás, há dois anos, a Petrobras escolheu a cidade de Santos para instalar a Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Santos. É dali que saem os projetos, como o de Caraguatatuba. Esse projeto prevê a construção da unidade de tratamento de gás natural, onde será feita a limpeza de algumas impurezas e, depois, a transposição até a cidade paulista de Taubaté e dali para o mercado consumidor final. A partir do próximo ano, já começa a produção experimental, que vai crescer até 2012 atingindo, então, a sua plenitude. A produção vai chegar, com certeza, muito próximo ao volume que importamos atualmente da Bolívia. Por outro lado, existem outras obras em andamento no Estado do Espírito Santo, que também tem muito gás. Levando em consideração todas as obras em andamento e mesmo lembrando de contato

com alguns atrasos, acredito que a partir do ano de 2012, nós teremos uma situação muito cômoda na questão de abastecimento de gás natural. E esse período pode ser considerado como curto prazo em se tratando de uma nova matriz energética. A descoberta do pré-sal também irá contribuir nesse processo de redução da dependência? Ainda não dá para contar com isso porque, tanto o petróleo quanto o gás natural estão lá embaixo. Antes de contarmos com esses combustíveis como fonte de energia precisamos desenvolver a tecnologia necessária para explorar essas matérias em camadas tão profundas. Não dá para contar com isso por enquanto.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO Parte do mérito pela vitória se deve à atuação da zaga, que fez um bom trabalho.” Marcos

Esporte

1 Adriano Vizoni/Futura Press

Miguel Schincariol/AE

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O São Paulo marcou e atacou com eficiência. Para ser campeão, tem que ser assim.” Muricy Ramalho

FICOU MAIS FÁCIL Pedro Vilela/AE

O

Rubens Chiri/AE

J.F. Diório/AE

Com gol de Diego Souza, Palmeiras faz 1 a 0 no Cruzeiro, em Minas. Beneficiado pela derrota do Grêmio para o Goiás, no sábado, o Alviverde está agora a apenas três pontos do líder. Dagoberto (à esquerda, abraçado por Jorge Wagner) marcou o primeiro nos 2 a 0 do São Paulo sobre o Flamengo, resultado que deixou o Tricolor mais perto e o rubro-negro mais longe do G-4. E até o Santos de Kléber Pereira, com os 2 a 1 sobre o Fluminense, ficou longe do rebaixamento

NÚMEROS

✓ Desde 1974 o Palmeiras

não derrotava o Cruzeiro no Mineirão, em jogos pelo Campeonato Brasileiro. ✓ Com a vitória de sábado,

cariocas perderam ao mesmo tempo: Vasco e Fluminense foram para a zona de rebaixamento, enquanto Botafogo e Flamengo ficaram mais longe da briga pelo título.

sobre o Atlético-MG, o Ipatinga largou a lanterna ✓ O Flamengo fará nove dos que segurava desde o fim 13 jogos restantes no Rio. da 10ª rodada. Foram mais Serão oito no Maracanã, de dois meses (desde 10 de mais o clássico contra o julho) na última posição. Botafogo, no Engenhão. ✓ Quem está na rabeira agora é a Portuguesa, pela ✓ Kléber Pereira aproveitou a ausência de Alex Mineiro e primeira vez neste ano, Guilherme, que estavam depois da derrota para o suspensos e não jogaram Atlético-PR, em Curitiba. em Cruzeiro x Palmeiras, ✓ Foi a primeira rodada no para ampliar sua vantagem ano em que os quatro na artilharia.

Palmeiras, finalmente, conseguiu o que seu técnico Vanderlei Luxemburgo queria: diminuir a distância em relação ao líder Grêmio para três pontos. Assim, na pior das hipóteses, e mantendo essa distância, o time passa a ter a chance de alcançar o rival com uma vitória no confronto direto marcado para 9 de novembro, em São Paulo, pela 34ª rodada. Ontem, em Minas, o Palmeiras entrou em campo sabendo da derrota do Grêmio para o Goiás por 2 a 1, no sábado, em Porto Alegre. E que, se vencesse o Cruzeiro, estaria dando um passo gigantesco na direção do título. O problema é que a equipe jogaria desfalcada de seus dois atacantes titulares, Alex Mineiro e Kléber, suspensos. Lenny, o único escalado no setor, ainda foi expulso no começo do segundo tempo. Mesmo assim, deu tudo certo para o Palmeiras. No fim do primeiro tempo, aos 42 minutos, o time conseguiu seu gol, com Diego Souza. Depois, tratou de segurar a vantagem e a pressão do adversário, de uma maneira heróica. “Estamos vivos na competição”, comemorava Vanderlei Luxemburgo após o duro embate. “Em 2003, quando dirigia o Cruzeiro, ganhei do Santos em casa e fora. Em 2004, o mesmo aconteceu quando estava no Santos: vencemos o Cruzeiro duas vezes. Ganhar do concorrente direto faz a diferença.” Os outros dois times paulistas que venceram no fim de semana não têm do que reclamar. Na briga por uma vaga no G-4 (e também ainda pelo título), o São Paulo fez 2 a 0 no Flamengo, no Morumbi, gols de Dagoberto e Hugo, um em cada tempo, e ultrapassou o time carioca. “Quantos jogos faltam? Treze, não é isso? Então, temos que vencer 13 jogos”, decretou o técnico Muricy Ramalho. “Não existe essa de matemática, ponto aqui, ponto ali. Temos que vencer o Sport na próxima rodada, e depois vencer em casa.” Na Vila Belmiro, com os 2 a 1 sobre o Fluminense, o Santos não só empurrou o adversário para a zona de rebaixamento como manteve-se a uma distância mais segura, de três pontos e duas colocações, ocupadas agora por Figueirense (15º) e Atlético-PR (16º). “Mas não podemos relaxar”, avisava o paraguaio Cuevas após a partida. “Ainda teremos vários jogos difíceis pela frente.”


Série C Sul-Americana Série B Pelo Mundo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CORINTHIANS JÁ PENSA NO ANO QUE VEM

César Greco/AE

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Buscamos o resultado os 90 minutos. Ou melhor, por uns 60, já que em 30 eles fizeram cera.” Herrera

SÉRIE B J.F. Diório/AE

CABEÇA EM 2009

Corinthians ganha outra (1 a 0 no Barueri, gol de André Santos no último lance) e, com o acesso quase garantido, planeja a próxima temporada

O

C o r i n t h i a n s g anhou outra — 1 a 0 no Barueri, sábado, no Pacaembu — e isso já não é mais novidade na Série B. O jogo foi bastante movimentado. Teve a expulsão de dois jogadores do Barueri, um em cada tempo. Teve a marcação de um pênalti para o Corinthians na primeira etapa, em que o árbitro paraense Domingos Vieira Filho resolveu voltar atrás, transformando o lance em falta fora da área.

Teve também a marcação de outro pênalti para o Corinthians, no segundo tempo, cobrado pelo zagueiro Chicão e defendido pelo goleiro Renê. E finalmente teve o gol da vitória corintiana, marcado pelo lateral André Santos já aos 49 minutos do segundo tempo. Com mais essa vitória, o Corinthians abriu uma diferença de quinze pontos em relação ao quinto colocado (o próprio Barueri) e está a apenas mais três triunfos nos 14 jogos que

faltam para garantir matematicamente sua volta à Série A do Brasileiro. Com isso, a montagem do elenco corintiano para 2009 já começou. O lateral Diogo, exSport, chegou na semana passada e o volante Cristian, do Flamengo, assina hoje contrato por três anos. “São atletas versáteis. Não é possível no futebol de hoje, principalmente em posições do meio-de-campo, você definir se um atleta é volante ou meia“, disse o técni-

co Mano Menezes, referindose principalmente a Cristian, mas também a Diogo, que pode jogar de lateral-direito e meia. “Eu gosto de jogadores assim porque você pode modificar o time no decorrer das partidas”, explicou. Apesar do discurso de que as conversas sobre renovação só serão tomadas depois do acesso garantido, a continuidade do treinador está bem adiantada. Somente uma proposta milionária de fora do

Brasil, como aquelas que os árabes costumam fazer, tiraria M a n o M e n e z e s d o C o r i nthians. Mano admitiu que um elenco de 38 atletas é enorme e que haverá corte para 2009. O ideal, na cabeça do técnico, é um time com 28 jogadores ou, no máximo, 30. Quatro atletas do elenco atual já foram avisados que podem procurar clubes: Marcel, Perdigão, Lima e Rafinha. Aqueles que estão em teste (Alves, Almeida e Bebeto) têm poucas chances de perSÉRIE C

Guarani na liderança

O

s times paulistas vão bem na disputa da terceira fase da Série C, que começou no meio da semana passada. Depois de estrear goleando o Marcílio Dias-SC por 5 a 1, em casa, o Guarani enfrentou o Ituiutaba-MG, em Minas, ontem de manhã. Venceu (2 a 1) e assumiu a liderança do Grupo 28, com 6 pontos, ao lado do Brasil-RS. Marcílio e Ituiutaba não têm nenhum ponto. No Grupo 29, o Guaratinguetá, depois de estrear perdendo para o Mixto-MT, por 3 a 2, em Cuiabá, recuperou-se ontem, fazendo 1 a 0 no Duque de Caxias, em casa. Agora, Atlético-GO (que ontem goleou o Mixto por 4 a 1, em Goiânia), Duque de Caxias-RJ, Guará-SP e Mixto-MT têm todos três pontos ganhos. COPA SUL-AMERICANA

É Palmeiras ou Vasco

P

almeiras e Vasco decidem quarta-feira, no Parque Antarctica, qual dos dois continua na Copa Sul-Americana. No jogo de ida, em São Januário, no dia 13 de agosto, o Vasco venceu por 3 a 1, e agora pode perder por até um gol de diferença. O Palmeiras não deve escalar todos seus titulares. Atlético-PR, Internacional e Botafogo são as três equipes brasileiras já classificadas para a próxima fase. Nesta semana, ainda disputam as outras vagas as seguintes equipes: Sport Áncash-PER x Ñublense-CHI e Deportivo Cáli-COL x América-COL, na terça-feira; Olimpia-PAR x Universidad Católica-CHI, Chivas GuadalajaraMEX x Aragua-PAR e Deportivo Quito-EQU x San LuisBOL, na quarta; e Bolivar-BOL x LDU-EQU, na quinta-feira.

manecer. Ao menos mais cinco atletas devem sair. Amanhã, o time volta a campo para enfrentar o Brasiliense, em Taguatinga (DF). O atacante Dentinho não joga, pois Mano Menezes acha melhor poupá-lo por mais uma partida, já que ainda sente dor no tornozelo direito. Sua volta deve acontecer no sábado, contra a Ponte Preta. Já o atacante Bebeto sofreu contratura na coxa direita e deve ficar pelo menos 15 dias fora de combate. PELO MUNDO

✓ Na Alemanha, no sábado,

o Hamburgo de Thiago Neves venceu o Bayer Leverkusen (3 a 2) e lidera. ✓ Na Espanha, no sábado, o

Barcelona empatou em casa com o Racing Santander: 1 a 1. Ontem, o Real, em casa, bateu o Numancia: 4 a 3. ✓ Na Inglaterra, o líder é o

Chelsea do técnico Luiz Felipe Scolari, que no sábado fez 3 a 1 no Manchester City. ✓ Pelo Campeonato Italiano,

o Milan perdeu a segunda: 2 a 0 para o Genoa, fora. A Juventus fez 1 a 0 na Udinese, gol do brasileiro Amauri. ✓ Amanhã começa a fase de

grupos da Liga dos Campeões, com os seguintes jogos: Grupo A Chelsea-ING x BordeauxFRA e Roma-ITA x ClujROM. Grupo B Panathinaikos-GRE x InterITA e Werder-ALE x Anarthosis-CHP. Grupo C Barcelona-ESP x SportingPOR e Basel-SUI x ShaktarUCR. Grupo D - PSV-HOL x Atlético Madrid-ESP e Olympique-FRA x Liverpool-ING.


sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de setembro de 2008

Ambiente Educação História Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Leonardo Rodrigues/Hype - 27/1/2006

Coletânea de reportagens reunidas pela autora e incluídas no livro conta a história das rodoviárias.

PASSAGEIRA QUERIA IR PARA O IRAQUE

Alfredo Rizutti/AE - 29/05/1982

Sidney Corrallo/AE - 05/04/1977

Rolando de Freitas - 28/08/1974

PASTILHAS COLORIDAS – Até 1982, quando foi inaugurado o Terminal Rodoviário Tietê, a principal rodoviária de São Paulo ficava na praça Júlio Prestes, no Centro. O edifício era conhecido pelas pastilhas coloridas que revestiam a cúpula. Atualmente, o local abriga o Fashion Shopping Luz, mas o governo do Estado pretende instalar ali a Companhia de Dança.

Livro embarca na história da rodoviária Em formato de grande reportagem, escritora conta a história e o cotidiano do Terminal Rodoviário do Tietê, principal rodoviária da Capital e a maior da América Latina Mário Ângelo/Folha Imagem - 07/04/2008

Leonardo Rodrigues/Hype - 27/01/2006

Marcus Lopes

A

Terminal Rodoviário do Tietê: todos os meses, são consumidos 100 mil cafezinhos no local Leonardo Rodrigues/Hype - 27/01/2006

Livro começou como um trabalho de conclusão de curso da autora No Tietê, é possível embarcar para os mais variados lugares, de Morro do Chapéu a Santiago

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Iraque – Mas o melhor mesmo são as histórias, que condensam em um mesmo lugar a diversidade humana da metrópole. Tudo começa na rampa que sai da estação Tietê do metrô e dá acesso ao saguão principal, no piso superior do prédio. "Em dias de vento, ao pas-

sar pela rampa, uma fumaça de churrasquinho sobe ao ar, vinda das barracas da avenida Cruzeiro do Sul e presenteia o Tietê com um fog quase londrino, sabor carne", diz um dos trechos da obra. Quem dá uma passada pela banca de jornais ou lojas do pi-

so superior não imagina que existe um senhor, o sr. Creso, que todos os dias vai até a rodoviária só para cumprimentar os funcionários das lojas. Pouco tempo no balcão de informações é o suficiente para um estudo de sociologia. Conforme explica Vanessa, basta as

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go em torno de 84 milhões de "alôs". Ela mediu até o tamanho das grades que separam as plataformas, mas um número, porém, ela não conseguiu: o faturamento dos banheiros pagos, segredo guardado a sete chaves pela Socicam, empresa que administra a rodoviária.

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Nas plataformas circulam 60 mil passageiros todos os dias

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ndar pelo aeroporto sempre foi um passeio. Não é à toa que ir tomar cafezinho no Aeroporto de Congonhas para ver os aviões era um programão dos paulistanos. As rodoviárias nunca tiveram esse glamour. Afinal, quem vai querer aproveitar a folga para passear em um lugar considerado sem graça, com um movimento infernal, que cheira a fumaça e repleto de pobres? Em O Livro Amarelo do Terminal, a escritora e jornalista Vanessa Bárbara quebra um pouco esse estigma ao embarcar o leitor em um microcosmo da metrópole chamado Terminal Rodoviário do Tietê, o principal da Capital e maior da América Latina. Em um texto saboroso, com boas sacadas, o que era para ser um trabalho de conclusão da faculdade resultou em um bem-humorado épico sobre o transporte rodoviário paulistano. Tem até a história das rodoviárias de São Paulo, como a que havia na praça Júlio Prestes, no Centro, desativada em 1982, quando foi inaugurado o Tietê. Em uma imersão que impressiona até os mais assíduos freqüentadores do terminal, a autora passeia do macro ao micro com naturalidade. Em seu bloquinho cor-de-rosa, a jovem repórter anotou meticulosamente que, nos corredores do terminal, são consumidos, por mês, 100 mil cafezinhos e doze toneladas de pão de queijo, e 60 mil passageiros transitam por ali diariamente. Todo mês, 1,4 milhão de créditos telefônicos são consumidos nos orelhões, equivalente a 46 mil horas de conversa e al-

pessoas enxergarem a placa escrita "informações" para acharem que podem perguntar qualquer coisa. Em determinada ocasião, um homem perguntou onde poderia comprar "um teco de pimenta". Um dia, chegou uma velhinha, muito calma, e perguntou para a atendente Silvana: "moça onde é que eu faço a inscrição para ir para o Iraque?" E era sério, a velhinha saiu brava com a falta de preparo das atendentes. Outra vez, uma moça perguntou para outra atendente, Rosângela, como fazia para "montar naquilo ali." O "aquilo ali" era o metrô. Silvana, Rosângela, o segurança Bonfim e tantos outros fazem parte do exército que cuida do dia-a-dia do terminal. O livro lembra que não são apenas funcionários, muitas vezes com funções tediosas e repetitivas, mas são paulistanos com histórias de vida. Assim como os passageiros, que vem e vão para todos os cantos do País e do exterior, de Jundiaí a Morro do Chapéu, Piracanjuba, Buenos Aires e Santiago do Chile. História – O livro também tem uma parte histórica interessante, pouco explorada até nos livros sobre a história da cidade de São Paulo. Quando estiver sentado no ônibus para viajar, o leitor pode puxar conversa com o passageiro ao lado explicando, por exemplo, que o terreno onde hoje está o Terminal do Tietê era um tipo de rancho que pertencia, na década de 50, a dona Ida Bastos, uma simpática senhora que, nos idos de 1954, juntava a criançada da vizinhança em casa para assistir na televisão o Cirquinho do Arrelia.

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Ambiente Educação Administração Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O Brasil perdeu mais de R$ 1,6 bilhão, em 2007, por causa de programas piratas.

CADASTRO SERÁ NA PRODAM

Projeto quer eliminar programas piratas Cidade Limpa Digital prevê parcerias entre Prefeitura e empresas para estimular uso de software original nos computadores. Quem aderir vai ganhar descontos. Fotos: Fábio D'Castro/Hype - 14/05/2008

Ivan Ventura

A

Software pirata de computador é vendido livremente nas ruas da Capital

Prefeitura de São Paulo, em parceria com fabricantes de programas de computadores, estuda uma maneira de conceder descontos na compra de softwares originais aos paulistanos que estejam dispostos a abandonar programas piratas. A idéia, que faz parte do programa "Cidade Limpa Digital", prevê descontos e formas de pagamento especiais para empresas que aderirem aos programas originais. O projeto também ataca o lucrativo comércio ilegal de softwares "piratas", que somente em 2007 causou um prejuízo às empresas de software de aproximadamente R$ 737 milhões, no Estado de São Paulo. No Brasil, a perda foi de mais de R$ 1,6 bilhão. De acordo com o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação de São Paulo (Prodam), João Octaviano Machado Neto, o estímulo ao software legal na Capital ainda está sendo discutido. No entanto, os esboços atuais da proposta indicam que funcionaria da seguinte maneira: o usuário comum informa à Prefeitura que possui um programa de computador

Ao admitir o uso de programa pirata, consumidor vai ganhar descontos

pirateado. Ele será "perdoado" de eventuais punições prevista no Código Penal, desde que instale um programa original. O estímulo para essa transferência será o desconto na compra do programa original e com todas as atualizações disponíveis no período da aquisição do programa. "A idéia é estimular o usuário comum do computador da cidade a ter acesso ao programa original por meio de descontos", afirmou Machado Neto. Mesmo com alguns detalhes para ser definido, o presidente da Prodam acredita que ele será lançado em até um ano. Um ponto que está sendo analisado é o critério de inclusão do paulistano no programa. "Mesmo com alguns deta-

lhes para serem definidos, acredito que dá para implantar em menos de um ano", disse Machado Neto. Na prática, outro problema também atrapalha o início deste programa: a falta de fiscalização. "Não tem como fiscalizar o grande número de pessoas com o software pirata. Temos que pensar em uma maneira", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Softwares (Abes), José Curcelli. Empresas – Enquanto o desconto em massa para o paulistano é discutido em seus detalhes, as empresas instaladas na Capital já podem adquirir os chamados "programas profissionais" a preços mais baixos. Pelo menos é o que prevê o convênio assinado ontem en-

tre a Prefeitura, a Abes e a Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu-SP). Pelos termos do acordo, a Sucesu será a responsável por captar e selecionar as organizações que poderão aderir ao programa. Os descontos variam de 5% a 30%, dependendo do software. Um dos critérios de escolha é que a empresa não tenha débitos com o governo. O convênio deve durar um ano. Nesse período, o interessado poderá regularizar apenas o software "pirata". Quem adquirir um programa original, após a captação e seleção do Sucesu, não terá direito aos descontos. Ela pagará o preço de mercado. "A idéia é promover um ambiente digital legal. Depois da regularização dos softwares, a idéia é que todos passem a comprar apenas os programas originais. Feito isso não haverá a necessidade de nova regularização ou desconto", afirmou o presidente da Sucesu, Jairo Martins. O cadastro das empresas interessadas pode ser feita no site d a P ro d a m , n o w w w. p rodam.sp.gov.br. Até ontem, o cadastro ainda não estava disponível, o que deve acontecer até o fim desta semana.

Márcio Fernandes/AE - 07/07/2006

Ó RBITA

GREVE NA POLÍCIA

A

Polícia Civil paulista promete fazer nova greve, por tempo indeterminado, a partir das 8 horas de hoje. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, todo o efetivo, cerca de 30 mil policiais, estará normalmente nas delegacias, mas só atenderá a casos de flagrante, homicídio, acidentes de trânsito com vítima fatal, mandado de prisão, seqüestros, latrocínios, roubo e furto de veículos. Casos considerados mais simples, como extravio de documentos, furtos, danos, acidentes sem vítimas e estelionato, entre outros, não serão registrados. A categoria reivindica aumento salarial de 15% este ano e mais 12% em 2009. Os policiais deverão seguir uma "cartilha de greve", a mesma utilizada quando houve a primeira paralisação, que durou 7 horas, no dia 13 de agosto. (AE)

ONU CRITICA VIOLÊNCIA POLICIAL

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ocumento produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta a polícia como a maior responsável pelos mais de 48 mil homicídios que são cometidos por ano no Brasil. O relator especial da ONU sobre execuções extrajudiciais, Philip Alston, afirma que as mortes deste tipo estão descontroladas em determinadas regiões do País. Ele esteve no Brasil de 4 a 14 de novembro de 2007, quando visitou os estados de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Distrito Federal. De acordo com a ONU, os problemas incluem as execuções cometidas por policiais em serviço, fora do serviço, integrantes de esquadrões da morte ou de

milícias, assassinos de aluguel e as mortes de internos nas prisões. Policiais em serviço são responsáveis por uma proporção significativa de todas as mortes no Brasil. Enquanto a taxa de homicídios em São Paulo diminuiu nos últimos anos, o número de mortos pela polícia aumentou, de fato, nos últimos 3 anos, sendo que em 2007 os policiais em serviço mataram uma pessoa por dia, concluiu Alston. No Rio, os policiais em serviço são responsáveis por quase 18% do total de mortes, matando três pessoas por dia. A ONU também alerta para o fortalecimento de facções criminosas no Brasil, como o PCC. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

FALTAM PROFISSIONAIS DE TI ESPECIALIZADOS

O mercado não consegue formar profissionais na mesma velocidade da demanda

Divulgação

Profissionais de TI estão valendo ouro A demanda interna está aquecida e a globalização tem impulsionado a dança de cadeiras internacionalmente. Com isso, os profissionais estão sendo assediados por todos os lados REGIANE BOCHICHI

Outro atrativo que nos faz um exportador de serviços é que o Brasil é considerado um país de custo baixo, embora o dólar não esteja ajudando muito Pedro Guimarães

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As empresas buscam experiência, mas também levam em conta a forma que o profissional age e isso só pode ser percebido em entrevistas pessoais Fernando Pacheco

gerente de TI, Paulo Parcesepe, tem 29 anos de experiência na área de tecnologia. Nos últimos três meses, recebeu três convites para mudar de emprego e, na semana passada, acabou aceitando um novo desafio. Como ele, os profissionais desta área estão sendo assediados por empresas que procuram preencher vagas abertas e não encontram mão-de-obra capacitada. E para sorte dos profissionais, e azar das empresas e países, este é um problema mundial. Segundo levantamento feito em 32 países, em janeiro, pela ManPower Inc, líder mundial no segmento de serviços em recursos humanos, 31% das empresas estão tendo dificuldades em preencher as vagas abertas – 10% a mais do que o ano anterior. Das 10 profissões mais procuradas, três estão ligadas a tecnologia: técnicos especializados, engenheiros e pessoal de TI.

"A área de TI está com demanda aquecida pelo crescimento das necessidades internas e também pelo crescimento do segmento de consultorias que executam projetos offshore, como IBM, EDS, CPM etc. ", comenta Parcesepe. "Há, ainda, convites para trabalhar fora, pois muitas empresas com sede no Brasil sus-

tentam operações de empresas na América Latina". A globalização tem impulsionado a dança de cadeiras internacionalmente. De acordo com a pesquisa da ManPower, esses profissionais de TI tem ótimas oportunidades em todo o mundo. Os resultados do estudo apontam que a mobilidade do talento é tecnologicamente possível, economicamente necessária, atraente para os indivíduos, conveniente para as empresas e enriquecedora para a sociedade. Um dos motivos que ajudam são as redes sociais. A mais popular delas, a LinkedIn, aponta mais de 150 vagas na área de TI em países como Argentina, Noruega, Estados Unidos e, claro, Brasil. "O Brasil é reconhecido como um formador de bons profissionais de TI", comenta Pedro Guimarães, diretor de Serviços Profissionais da Manpower Professional. "Outro atrativo que nos faz um exportador de serviços é que o País é considerado um país de custo baixo, embora o dólar não esteja ajudando muito". Mesmo sendo tentador a oportunidade no exterior, é bom olhar para o nosso umbigo e lembrar que o Brasil também precisa desta mão-de-obra para crescer. A E-

Esse gap tem crescido 20% ao ano e os profissionais brasileiros são muito bem reconhecidos por causa da sua ampla visão de negócio Daniel Domeneghetti

Consulting aponta, em estudo, que em 2010 teremos uma lacuna de 12.500 profissionais e este número pode chegar em 300 mil em 2020. " Estão todos disputando o mesmo profissional", comenta o sócio-fundador da empresa, Daniel Domeneghetti. "Esse gap tem crescido 20% ao ano e os profissionais brasileiros são muito bem reconhecidos por causa da sua ampla visão de negócio". Rede de relacionamento - Para preencher as cerca de 50 vagas abertas mensalmente, a Atento, um das mais importantes companhias de Contact Center e BPO do mundo, presente em 17 países, mantém duas equipe direcionadas exclusivamente para atender às demandas de recrutamento e seleção desse tipo de profissional. "Essas equipes trabalham com foco no mercado de TI, buscam profissionais por meio de hunting em empresas do segmento, anúncios em sites especializados e direcionados para esse público", explica Majô Martinez, diretora de Relacionamento com Pessoas da Atento. "Na área de TI (Desenvolvimento de Sistemas e Infra-Estrutura) temos campanhas internas, como 'Indique um amigo'. Aliás, o networking continua sendo uma ferramenta importantíssima para a empregabilidade. Para Fernando Pacheco, diretor de comunicação da ISSA Brasil e que dá treinamento na área de personal branding, os currículos são muito técnicos e por isso acabam ficando similares. "As empresas buscam experiência, mas também levam em conta a forma que o profissional age e isso só pode ser percebido em entrevistas pessoais". Por isso, cada vez mais é necessário estudar e se reciclar. O professor do MBA da FIA voltado para área de tecnologia, Mário Sérgio Ribeiro, lembra que "ninguém tem emprego garantido" e que o aprendizado de um bom profis-

Nos dias de hoje, ninguém tem emprego garantido e o aprendizado de um bom profissional deve ser constante Mário Sérgio Ribeiro sional é constante. Voltando à pesquisa da ManPower, ela relata que a educação é uma ferramenta indispensável para dar um impulso ao desenvolvimento e à competitividade e vai além da simples redução do analfabetismo. Requerem a integração do manuseio de tecnologias e idiomas (desde o inglês como língua comum, até o mandarim). Esse é um problema latente. Para Domeneghetti, sem mudar a política educacional, o Brasil pode perder mais uma vez o bonde e, se mantiver o crescimento do PIB como o anunciado na semana passada na casa dos 6%, a distância entre oferta e procura será ainda maior. A visão acadêmica também é pessimista: "estamos formando menos que a demanda e duvido que conseguiremos capacitar o contingente necessário de profissionais a curto prazo", opina Ribeiro.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Educação Compor tamento Saúde Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Mário Miranda/Luz - 26/07/2008

Ministro encaminhou pedido para que Anvisa ajude na identificação de uso de drogas psicoativas.

MENOS CRIMES COM ARMAS DE FOGO

Lei Seca: cai o número de homicídios Pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina-Legal da Universidade de São Paulo, aponta outros pontos positivos da lei que proíbe álcool aos motoristas

A

Lei Seca, criada para reduzir o número de acidentes de trânsito em todo o País, influenciou na queda dos índices de homicídios na cidade de São Paulo. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de MedicinaLegal da Universidade de São Paulo (USP) revela que o número de mortes provocadas por arma de fogo caiu de 85, registrado em julho de 2007, para 60 notificações em julho deste ano, mês seguinte ao início da vigência nova lei. O porcentual de dosagem alcoólica encontrado no sangue das vítimas assassinadas também diminuiu, passando de 45% para 28%. "A literatura internacional evidencia que o teor de álcool de vítimas de homicídio é semelhante ao do agressor, pois, geralmente, ambos estão no mesmo ambiente, na mesma ocasião e na mesma circunstância", afirmou o biólogo e autor do estudo, Gabriel Andreuccetti. "Já é possível relacionar que um dos impactos da lei foi reduzir outros tipos de mortes violentas", afirmou o biólogo. Desafios – Os dados foram apresentados ontem em seminário sobre os desafios do álcool no trânsito. Foram apresentadas estatísticas dos efeitos da lei na

"epidemia de mortes no tráfego", nas palavras do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Segundo a pesquisa da USP, ainda na comparação dos meses de julho de 2007/2008, as mortes no trânsito caíram de 55 para 35. Entre as vítimas que estavam alcoolizadas houve queda de 45,45% para 28,57%. Alto custo – "Cada paciente que sobrevive, seja vítima do trânsito ou homicídio, tem custo mínimo de R$ 100 mil, apenas para internação em UTI e a reabilitação", estima o médico Samir Rasslan, titular do Departamento de Cirurgia do Hospital das Clínicas. "Aos poucos, o Ministério da Saúde vai recebendo relatórios sobre a diminuição de outras condutas violentas, como espancamento de mulheres e crianças", reforçou Temporão. Homicídios – Em pesquisa não publicada, Andreuccetti analisou 2.044 laudos que chegaram ao Instituto Médico-Legal de São Paulo (IML), apenas de vítimas assassinadas em 2005. O estudo também mostrou a influência do álcool sobre homicídios. Os resultados apontaram que 43% delas estavam embriagadas. Das que morreram vítimas de golpes de faca, canivete ou porrete a marca de alcoolizados é ainda maior: 60,8%. (AE)

Temporão quer identificar drogas Para ministro da Saúde, brasileiro usa muitas drogas psicoativas que podem potencializar efeitos do álcool Antônio Milena/AE

Maristela Orlowski

P

restes a completar três meses de vigência, a Lei Seca ainda dá o que falar. Ontem, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ter solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um estudo para verificar a viabilidade de identificar o consumo de outras drogas, além do álcool, pelos motoristas. "É grande o consumo de drogas psicotrópicas, ansiolíticos e antidepressivos pelos brasileiros, e a associação dessas substâncias à bebida alcoólica tem sérios efeitos", disse, durante seminário realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A demanda, segundo Temporão, veio das entidades médicas. "Elas pediram uma regulamentação para incluir as drogas psicoativas no conjunto de restrições à possibilidade de dirigir", comentou. No entanto, o ministro disse que ainda não há previsão de como isso seria colocado em prática. IML – Para o ministro, a nova lei 11.705, que proíbe dirigir após a ingestão de bebida alcoólica, veio para ficar. Os resultados observados até agora falam por si só. Dados do Serviço de

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em seminário na USP

Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Paulo apontam redução de 14% nos atendimentos por acidentes de trânsito. Já no Instituto Médico Legal (IML), houve redução de 63% de mortes no trânsito ocasionadas pelo consumo de álcool. "Vivíamos uma barbárie. A sociedade só fazia chorar seus mortos", disse. "Essa lei, que defende a vida, justificou meus 30 anos de saúde pública." O ministro também disse acreditar que os reflexos irão além. "Os dados preliminares mostram redução no número de mortes por acidentes de trânsito, mas queremos fazer no futuro um balanço das outras reduções, como brigas, mulheres violentadas e espancadas e

crianças mal-tratadas", disse. O ministro ressaltou que a fiscalização deve continuar intensa. Mais três mil etilômetros (bafômetros) foram comprados para equipar os policiais. Para o deputado Hugo Leal (PSC-RJ), relator da lei, a falta de equipamentos não pode prejudicar a fiscalização. "Não podemos deixar a legislação cair no descrédito por falta de fiscalização, não podemos perder para a dificuldade e a burocracia", disse. Tribunal - Duas ações diretas de inconstitucionalidade tramitam no STF contra a lei nº 11.705. "Uma Corte diante de uma redução brutal do número de mortes se colocaria contra a norma? Defenderia o quê? A volta do número de mortes? "É pouco pro-

vável." O ministro afirmou que o Judiciário não pode ficar indiferente ao que chamou de "patamar diferenciado de consciência" adquirido pelos brasileiros após a Lei Seca. "A norma jurídica é socialmente determinada. Expressa o grau de evolução da sociedade", disse. "Fico preocupado quando se explora a recusa de se submeter ao teste do bafômetro como um direito. O Brasil vive uma emergência sanitária em relação ao álcool e à direção. Isso muda todo o contexto." Publicidade - O ministro também defendeu urgência na tramitação do projeto de lei que prevê que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) normatize a publicidade de bebidas alcoólicas que tenham de 0,5% a 12% de teor alcoólico. Atualmente, apenas bebidas com mais de 12% de álcool são reguladas, o que exclui de eventuais restrições as propagandas de cerveja, por exemplo. "É necessário mudar a lei", afirmou Temporão. "Não é proibir, mas regulamentar", completou. Temporão confirmou ainda ter pedido à Anvisa estudos sobre possíveis restrições de direção a quem consome medicamentos psicoativos, como antidepressivos e tranqüilizantes.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Negócio Mercado Curso On

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Técnicos de informática são requisitados em empresas e para atender usuários domésticos

CRESCE A PROCURA POR CURSOS NA ÁREA DE TI

Volta à sala de aula Com a falta de mão-de-obra especializada, cresce a procura por cursos na área de tecnologia BÁRBARA OLIVEIRA

O 'salvador da pátria'

C

om o boom nas vendas dos computadores no País (5,68 milhões no primeiro semestre), cresce também o número de pessoas em busca de profissionais para resolver os problemas que aparecem em casa ou nas empresas. Seja para configurar uma rede, para descobrir os truques do Windows Vista, das novas versões de navegadores Firefox, Explorer. São com problemas complexos (geralmente dentro das empresas) ou bem prosaicos (nos ambientes domésticos) que os técnicos se deparam diariamente. A demanda pelos serviços aumenta conforme o mercado, e também as dificuldades enfrentadas pelos novos usuários da tecnologia, principalmente se o consumidor for um zero à esquerda nessa área. Marco Antonio Nogueira, que trabalha com informática há nove anos, diz que o número de chamadas de clientes aumentou em 30% neste ano, e que grande parte dos clientes está comprando notebooks. "Me chamam para instalar sistema operacional, configurar internet e e-mail". Os problemas mais comuns se referem a travamentos de Windows, diz Nogueira. "Muitas

vezes, o cliente não quer gastar na compra de um software, pois já gastou na compra da máquina, e instala programas piratas, o que lhe dá mais dores de cabeça". "Mas há também casos de absoluta distração do usuário, como aqueles que não ligam o cabo de força na tomada". Ou de um senhor que reclamou da tela escura do monitor, porque esqueceu de tirar os óculos de sol quando estava na frente no micro. "Juro que isso é verdade e aconteceu", enfatiza Nogueira. Outros casos parecidos são relatados por Paulo Lopes, que largou a contabilidade há oito anos para ser técnico de informática. Ele tem cerca de 30 clientes fixos, sendo 20 deles em empresas. Mas são os usuários domésticos que registram as situações mais bizarras. Uma das mais marcantes foi de um senhor que deixou o notebook no chão. O cachorro dele passou por ali e fez xixi em cima do teclado. Como o portátil não ligava, ele jogou água em cima, deixou o micro virado para baixo e secou com um secador de cabelo. Ao final, Lopes precisou desmontar todo o notebook, secar peça por peça e trocar o teclado. (B.O.)

Divulgação

Rita Cury, da Impacta: muita gente está querendo mudar de profissão ou de atividade em busca de novas oportunidades em Java e .Net), banco de dados (SQL) e web. Rita, que também é professora na Impacta, revela que fica surpresa com a mudança de perfil de muitos alunos. Antes, a escola recebia maciçamente pessoas da área técnica e que desejavam um aprimoramento em seus conhecimentos ou certificação de algum curso. Mas, nos últimos tempos, ela tem percebido o ingresso de profissionais oriundos de outras áreas. "Muita gente está querendo mudar de profissão ou de atividade em busca de novas oportunidades, aproveitando o momento da TI no Brasil", diz a executiva de Marketing da Impacta. "Tenho re-

cebido dentistas, veterinários, nutricionistas, advogados interessados em programação, design de web e outras especializações". Outra tradicional escola de TI, a Green Treinamento e Consultoria, compartilha do mesmo otimismo. Ariane Gomes, gerente de Negócios da Green, percebe uma maior procura por qualificação profissional nos últimos meses, mas não sabe quantificar esse crescimento. Os cursos mais requisitados são de infra-estrutura de redes (Linux e Windows), SQL, .NET, Lotus Domino, Office, Linux, gestão de projetos, entre outros. A Green treinou mais de 140 mil alunos nesses 20 anos de atuação,

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também com cursos básicos, avançados, de formação e certificação em TI. Segundo Ariane, muitos interessados chegam com a pergunta: por onde devo começar? "Eles são profissionais interessados em ingressar nesse mercado, ou porque simpatizam com a tecnologia ou porque estão em busca de melhores empregos e salários", avalia.

DC

S

e a economia brasileira está aquecida, o mercado de TI está fervendo. Basta dar uma olhada nos classificados de jornais, sites de empregos e conversar com algumas empresas para ver a quantidade de vagas disponíveis para profissionais da área. Mas, se a mão-de-obra qualificada está em falta, ainda dá tempo de procurar uma profissionalização, graduação ou pós-graduação em escolas especializadas em tecnologia, cujos treinamentos e cursos podem durar semanas ou até dois anos e meio. "Estamos no olho do furacão, porque as empresas querem os especialistas e os alunos querem se especializar, e este é o melhor momento porque o mercado está ávido por profissionais da área", diz Rita Cury, gerente de Marketing e Produtos da Impacta, um dos maiores centros de treinamento de TI do País, com 20 anos de atuação, oferecendo cerca de 300 tipos de cursos, 400 professores e com uma média de seis mil alunos atendidos mensalmente. Rita Cury lembra que a procura pelos cursos da Impacta, na área de treinamento (redes, aplicações para internet, linguagem de programação para Windows e Linux, banco de dados etc.) teve um crescimento de 60% em relação ao ano passado, o mesmo ocorrendo nos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade Impacta de Tecnologia, com aumento de 50% no número de alunos. O que os profissionais e as empresas mais buscam são módulos para desenvolvimento de aplicações (linguagem de programação

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - INFORMÁTICA

terça-feira, 16 de setembro de 2008

VOLTA DO MEGA DRIVE

EU NAVEGO

Para os nostálgicos, a Tectoy lançou o Mega Drive 3. Com design moderno, o videogame chega às lojas com 86 jogos na memória, quatro deles da EA. Preço sugerido: R$ 339

O músico Marcelo Lima acessa diariamente o Myspace.com para conhecer o trabalho de outros artistas e ampliar a rede de conhecidos. Também acessa sempre o portal UOL.

n

Apoio confor tável

C

onforto é precioso quando se fica muito tempo trabalhando na frente do PC ou Mac com o risco de uma lesão por esforço repetitivo (LER). Para usuários com uso intensivo do computador, a dica é o Wave, da Logitech, com design ergonômico, em curva, e apoio almofadado e nivelado para os pulsos. A curva do teclado Wave permite às mãos se abrirem de forma natural, sem forçar ou dobrar os pulsos, cujo apoio é almofadado. O preço do produto no varejo é de R$ 269.

SOM

Fotos:Divulgação

PERIFÉRICOS

Para a turma da Barbie

O

O iPod Touch, que não tem previsão de chegar ao Brasil, sofreu atualizações: com 8 GB, 16 GB e 32 GB, a preços no varejo norte-americano de US$ 229 a US$ 399

Mais som e cores nos novos iPods

Barbie Petal Sound System é para ouvir o iPod, mas também possui sistema de som de rádio, relógio e despertador digital. Coloca-se o iPod no docking station, que também recarrega suas baterias, e você acorda com o som escolhido no aparelho ou, se preferir, com o som da sua estação predileta. É indicado para meninas de cinco anos ou mais. Custa US$ 49.99. Site www.amazon.com

Apple lança novos modelos que chegam em outubro ao Brasil. – menores e com maior capacidade de arquivos

GAGDETS

VÍDEO

BÁRBARA OLIVEIRA

A Legítimo on the rocks

O

Nordic Rock é literalmente um cubo de gelo, só que feito de rocha! Um robô "minerador" descobriu numa antiga mina na Suécia um tipo de rocha, livre de poluição e que pode ser usada para sempre. Vêm 10 peças num saquinho de couro e que devem ficar uma hora no freezer. Os minerais gelam de modo uniforme. Agora dá para pedir um uísque "on the rocks" literalmente. Sai por US$ 30. http://thefunctionkey.com/ 2008/09/02/nordic-rockstone-ice-cubes/).

Apple promoveu o evento Let's Rock na semana passada, em São Francisco, para anunciar as novidades da linha de iPods Nano, Shuffle, Classic e Touch, com mais capacidades, cores e tamanhos reduzidos. Alguns deles já estão previstos para chegarem em outubro ao Brasil. Steve Jobs, o CEO da Apple, aproveitou o encontro para informar que os usuários do iPhone e do iPod Touch já fizeram mais de 100 milhões de downloads de aplicações desde que a nova loja App Store foi lançada, em julho passado. De quebra, a marca da maçã recebeu um elogio do Greenpeace por causa da eliminação de elementos químicos tóxicos, como o

ACESSÓRIOS

Amplifique o som do iPod

PVC e arsênico, na fabricação da família de iPods. Os aparelhos se tornaram recicláveis e mais amigáveis ao meio ambiente. Assim, a Apple faz as pazes com o Greenpeace. O movimento vinha acusando a empresa de não ser suficientemente verde tanto na produção dos equipamentos como no consumo de energia que eles demandam. Os tocadores iPods já venderam 160 milhões de unidades no mundo e têm 70% do mercado norte-americano. O iPod Nano chega mais colorido (ganhou oito cores) e está mais fino do que nunca: 6,2 mm de espessura, com 8 e 16 GB. Os modelos custam US$ 149 e US$ 199 nos Estados Unidos, mas no Brasil, previstos para outubro, estarão com preços mais salgados, de R$ 549 a R$ 699, respectivamente, por causa da carga tributária. Os Nanos trazem o novo recurso Genius, permitindo ao usuário criar automaticamente uma lista de músicas armazenadas na biblioteca a partir

de faixas semelhantes. A função acelerômetro, a exemplo do iPhone, ativa o modo shuffle (aleatório) para a reprodução de músicas, desde que o aparelho seja balançado de leve. A linha dos pequeninos Shuffle está com quatro novas cores e eles são os mais baratos entre os iPods: R$ 199 (1 GB) e R$ 289 (2 GB). O iPod Classic está com mais capacidade, passando de 80 GB para 120 GB, mas manteve o preço de US$ 249 (R$ 899 no Brasil), enquanto que o iPod Touch, que não tem previsão de desembarcar aqui e nem preço definido, sofreu atualizações: com 8 GB, 16 GB e 32 GB, a preços no varejo norteamericano de US$ 229 a US$ 399. Steve Jobs lançou ainda a nova versão da loja iTunes 8, com outro design e onde o internauta, com acesso ao site, podem baixar programas de tevê em alta definição e criar playlists de músicas da biblioteca virtual com um clique.

Imagem 3D na sua tevê

A

Philips mostrou várias imagens em 3D utilizando IPTV, vídeo sob demanda e Blu-ray na IBC 2008, que termina hoje em Amsterdã (Holanda). As apresentações mostram como o formato de conteúdo "2D com profundidade" pode ser distribuído utilizando as infraestruturas de distribuição de conteúdo existentes – uma nova experiência para se assistir os filmes 3D em casa. BLOG PAPER

Secretária eletrônica

U

ma facilidade para os usuários de internet dos Estados Unidos e do Canadá é o HeyCosmo – My Concierge. Em apenas quatro passos, é possível reservar um restaurante, agendar um táxi e ainda avisar todos os amigos de uma vez sobre uma happy hour.

O iPod Classic (esq.) está com 120 GB. Já o Nano (dir.) chega mais colorido e fino.

http://www.heycosmo.com

A

norte-americana Krell reconheceu o potencial do iPod e criou uma plataforma para permitir que os amantes da música desfrutem da sua performance a um nível nunca antes conseguido. O Krell KID faz aquilo que uma dock station deve fazer, alcança o sinal musical e reproduz com níveis impecáveis de qualidade de som, que satisfaz o ouvido mais crítico. Sai a partir de US$ 2.500. Site www.electronichouse.com AUTOMAÇÃO

Soluções para o comércio

A

Gertec, empresa desenvolvedora de produtos para automação comercial e bancária, participa da Sial Mercosul, feira que acontece até 18 de setembro em Buenos Aires e é uma das principais na área de supermercados do Mercosul. Serão apresentados no evento os modelos de terminais de consulta e busca-preço, além dos pin pads, que possibilitam transações com cartões de crédito, débito e CDC.

Twitter para negócios

Sergio Kulpas

O

sergiokulpas@gmail.com

Rede JCPenney: energia renovável

A

rede varejista dos EUA JCPenney anunciou uma grande iniciativa para usar sistemas de energia solar e eólica em 10 lojas e um centro de distribuição. O projeto piloto faz parte do da iniciativa da rede de ampliar o uso de novas tecnologias, e envolver seus 155.000 associados em fontes alternativas de energia. A JCPenney quer obter ainda o certificado Energy Star para pelo menos 200 lojas da rede. Mike Ullman, CEO da JCPenney, disse que o piloto vai aumentar a experiência da rede no assunto e ajudar a planejar a implementação de programas de energia renovável em todas as unidades. Ullman diz que o grupo já tem políticas de economia e conservação de energia, e o uso de energia solar e eólica vai contribuir com a melhora ambiental, além de representar economia nos custos.

A JCPenney fechou uma parceria com a SunPower Corporation para instalar sistemas de energia solar em dez lojas da rede na Califórnia e em New Jersey. Esses sistemas serão capazes de produzir até 4 megawatts de energia, reduzindo as emissões de carbono em 146 mil toneladas ao longo de 30 anos – a vida útil estimada . Esse volume de CO2 equivale às emissões anuais de 800 veículos. Menos consumo – Os painéis fotovoltaicos devem ser instalados até novembro, e serão capazes de suprir até 25% do consumo total de energia da loja. Além dos painéis solares, o sistema é complementado por lâmpadas de baixo consumo e um sistema computadorizado que gerencia o consumo de energia na loja, ligando e desligando luzes e equipamentos de acordo com as necessidades de cada unidade.

Além dos painéis solares, a JCPenney firmou um contrato com a Broadstar Wind Systems para instalar um sistema de energia eólica no imenso cento de distribuição da rede na cidade de Reno, Nevada. O programa vai usar turbinas AeroCam, que transformam a energia do vento em eletricidade. As turbinas serão instaladas no topo dos armazéns do centro de distribuição. Estratégia – Jim Thomas, vicepresidente de responsabilidade social da JCPenney, diz que os projetos demonstram o compromisso da rede varejista de incorporar a sustentabilidade em todas as operações comerciais. O executivo disse que a empresa vai monitorar cuidadosamente os resultados dos pilotos para determinar a melhor estratégia de implementação de meios de energia renovável em todas as lojas.

A JCPenney também usa o programa Energy Star do governo dos EUA para conseguir a certificação ambiental de suas lojas. A rede quer o selo ambiental em 200 lojas até 2011. Para ganhar a certificação, a rede precisa atingir um nível ótimo de eficiência energética, sem comprometer o conforto térmico e a qualidade do ar nas lojas. A rede está investindo em sistemas de gerenciamento de energia (EMS). Até o final deste ano, 800 lojas devem ser equipadas com EMS, que permitem a monitoração à distância do consumo de energia pela iluminação e equipamentos elétricos. Além disso, segue acelerado o programa de troca de equipamentos por modelos de baixo consumo. Em 2007, 167 lojas tiveram equipamentos substituídos, uma economia de 27 milhões de quilowatts-hora.

famoso micro blog, disponível também via celular, pode se tornar uma ferramenta de negócios? Esse link mostra como usar a rede social para vender produtos e criar marcas, com idéias para empresas de todos os tamanhos. www.ducttapemarketing. com/blog/2008/08/04/ twitter-for-business/

Simplifique sua vida

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sse é um conselho antigo, mas que sempre dá certo: 21 maneiras de tornar o diaa-dia mais simples e com menos stress. Algumas delas são: crie uma lista de prioridades, aprenda a falar não, limite o número de tarefas e projetos, e escreva e-mails curtos. http://zenhabits.net/2008/ 09/21-easy-hacks-tosimplify-your-life/


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Brasil tem preparo para enfrentar turbulência

ECONOMIA - 3

Alex Grimm / Reuters

É a opinião do presidente do Banco Central e do secretário do Tesouro Nacional

O

Roosewelt Pinheiro / ABr

Depois das Torres Gêmeas, o maior abalo ao mercado americano foi a concordata do Lehman Brothers.

Crise nos EUA é teste para o País

O Meirelles: serenidade à nação.

atual crise internacional e, em nível superior à exigência feita pelo Banco Central. Ele disse que o setor não está exposto aos ativos diretamente ligados ao subprime. Mas "não existe descolamento de nenhuma economia. Crise internacional não é bom para ninguém". Para Meirelles, o que existe hoje é um aumento da resistência brasileira. Questionado sobre o motivo que o levou a dar uma entrevista, ele afirmou que seu intuito era o de transmitir à população uma mensagem de serenidade. Força – O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o Brasil vai sair mais forte da crise internacional, porque os fundamentos da economia brasileira vão prevalecer, sustentando o crescimento mesmo com o mundo em crise. "O Brasil está saindo melhor do que entrou." Para

ele, o País passa por um "teste de realidade" com segurança. Lembrando que a crise externa já dura mais de um ano sem prejuízos para a atividade econômica, Augustin destacou que a superação desse teste dará mais segurança para os investidores em relação à economia brasileira. Apesar do otimismo, ele avaliou que a crise terá algum efeito sobre o Brasil, pois há uma conexão da economia nacional com o mundo. "Mas esse efeito será menor do que no passado", afirmou. Segundo ele, uma redução da atividade econômica é possível, mas lembrou que há um comprometimento do governo com um nível de crescimento de 5% em média e os investimentos privados sinalizam a continuidade de uma expansão forte, mesmo que um pouco abaixo do ritmo de 2007 e 2008. (AE)

ta ao coro de analistas estrangeiros que elogia a atuação da autoridade monetária brasileira, que vem elevando os juros para conter a inflação. "O BC está fazendo um trabalho fantástico", afirmou. Concordata – Será preciso esperar pelo menos até o final desta semana para saber se o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e o Tesouro americano erraram ou foram na verdade sábios em não estender a mão ao Lehman Brothers, o banco de 158 anos, o mais antigo e o quarto maior de investimentos dos Estados Unidos, em seu momento mais difícil. A avaliação foi feita ontem pelo economista Richard Cooper, professor do Departamento de Economia da Universidade de Harvard e expresidente do Fed de Boston. "Ainda não é possível saber se acertaram ou erraram. Se as coisas piorarem muito, e elas podem piorar, o Fed e, especialmente, Henry Paulson (secretário do Tesouro) serão criticados por não darem suporte ao Lehman". (AE) DC

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tas criticavam a presença do Brasil no grupo, por considerarem que o País tinha um desempenho mais lento. O economista do Goldman Sachs sempre teve uma visão positiva sobre o Brasil, posição que mantém agora, mesmo diante da turbulência global e dos desafios trazidos pela crise externa. "Estou otimista e acho que o País conseguirá passar pelo teste, pois a economia hoje é muito mais forte e estável." Mas, a confirmação dessa superação só deve vir no final desta década, avaliou. Para O'Neill, uma desaceleração mais forte da China, com crescimento inferior a 7%, seria pior para o Brasil do que a turbulência causada pela concordata do Lehman Brothers. Isso porque o Brasil não depende mais dos Estados Unidos. "Quem imaginou que afirmaríamos isso?", indagou. Conforme O'Neill, O Banco Central do Brasil deve manter sua política monetária, e não seguir a China, que ontem baixou a taxa de juros diante da turbulência externa. Ele se jun-

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economista do Goldman Sachs e criador da sigla Bric, Jim O'Neill, acredita que o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos, com a concordata do Lehman Brothers, será "um bom teste para o Brasil". Segundo ele, agora o País terá de mostrar que consegue crescer mesmo com a retração do preço das commodities. "Após um período de correção, poderemos realmente confirmar se o 'B' da sigla é mesmo merecido", afirmou ontem, referindose ao Brasil, que ao lado de Rússia, Índia e China compõem o bloco Bric, considerado o dos principais emergentes do mundo. "Se o Brasil não conseguir conviver com o petróleo a US$ 80, não será o que eu pensava que era", disse, revelando sua projeção para a cotação da commodity. Ao criar a expressão Bric, em 2001, O'Neill previu o crescimento acelerado dessas economias, que ganham cada vez mais importância no cenário global. No entanto, no princípio, especialis-

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presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse ontem que está monitorando a crise financeira internacional cuidadosamente. "O Brasil está preparado para enfrentar uma situação adversa dos mercados internacionais", afirmou, durante entrevista coletiva em São Paulo. De acordo com ele, o mercado internacional tem apresentado intensa volatilidade nos últimos dias em função da preocupação de risco sistêmico nos Estados Unidos. Ele lembrou que as autoridades americanas têm atuado de maneira decidida. Meirelles ressaltou que, no Brasil, houve aumento de volatilidade nos mercados, mas isso, segundo ele, é um movimento normal para períodos como esse. "Está se provando que a política estratégica do Brasil aumentou a sua resistência a choques externos", enfatizou, citando o acúmulo de reservas internacionais, o uso de swaps cambiais e a diminuição do passivo externo. Em sua avaliação, esses três pontos são um grande vetor de segurança para a economia brasileira. Para ele, além do "grande colchão" de liqüidez obtido com as reservas, também facilitam a passagem do Brasil pela crise a estabilidade da economia e o regime de câmbio flutuante. Na avaliação de Meirelles, os bancos brasileiros têm liqüidez suficiente para passar pela

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O NEOLIBERALISMO ESTÁ MAIS VIVO QUE NUNCA. O QUE FAZ FALTA É O VERDADEIRO LIBERALISMO.

NELSON FELIPE KHEIRALLAH DEPOIS DO MEI, POR QUE NÃO O PEI?

CRESCIMENTO DA CLASSE MÉDIA

O

s dados mais recentes do IBGE mostram que, na atual década, houve uma melhora nas condições sociais do País e um crescimento da classe média brasileira. Quatro tendências contribuíram para tal fato: 1) Crescimento do emprego em geral e, em especial, do emprego formal; 2) Crescimento da renda do trabalho, da aposentadoria e transferências para pobres; 3) Crescimento do consumo de bens e serviços; 4) Redução das desigualdades de renda em nível pessoal e regional. Não há dúvidas de que as taxas de crescimento do PIB contribuiram para tal desempenho. O Brasil se beneficiou da onda de crescimento da economia internacional entre 2003 e 2007 e melhorou suas contas externas ampliando sua participação no mercado global de bens e serviços. Mas existem outros fatores que contribuíram para o crescimento da classe média brasileira e que são pouco considerados nos estudos sociais e econômicos: as condições favoráveis da demografia e da estrutura etária brasileira. O primeiro fator advém da transição demográfica que possibilitou a redução das taxas de mortalidade em geral, da mortalidade infantil em particular, e o aumento da esperança de vida, seguida pela redução das taxas de natalidade e de uma redução do ritmo de crescimento vegetativo. A população cresce menos, vive mais e luta por uma vida melhor. O segundo fator que contribuiu para o crescimento da classe média foi a redução da razão de dependência demográfica, isto é, existem menos pessoas dependentes, especialmente crianças de 0 a 14 anos, para cada trabalhador em idade produtiva. A menor carga demográfica implica em maior renda per capita por família, maior capacidade de poupança e consumo e maior oferta de mão-de-obra para a economia. O terceiro fator, também derivado da queda das taxas de fecundidade, diz respeito ao aumento das taxas de ati-

U

● O novo perfil

demográfico do País contribuiu para o crescimento da classe média e a redução da pobreza

vidade feminina no mercado de trabalho. Com menos filhos, as mulheres podem dar mais atenção ao estudo, ao emprego e às suas carreiras, tendo como compensação maiores salários. O quarto fator decorre das mudanças na estrutura familiar e da redução do número médio de pessoas por domicílio. Cresceu o número de pessoas que moram sozinhas e os arranjos com a presença de casais em que o chefe e o cônjuge trabalham. Segundo dados das PNADs, o percentual de arranjos domiciliares com casais de dupla renda passou de 30% em 1996, para 41% em 2006.

O

s chamados casais Duplo Ingresso Nenhuma Criança (e m inglês Double Income, No Children) passaram de 2,7%, e m 1 9 9 6 , p a ra 3 , 7 % , e m 2006, no total de domicílios do País e representam um tipo de arranjo familiar que tem maiores níveis de renda e consumo, estando no topo da classe média brasileira. Diversos estudos acadêmicos mostram que a demografia contribuiu para o crescimento da classe média brasileira e para a redução da pobreza no País. M o s t ra m t a m b é m q u e existe um dividendo demográfico que ainda não foi totalmente aproveitado e que, potencialmente, ainda tem fôlego para contribuir para a arrancada do desenvolvimento nacional e a melhoria geral das condições de vida do Brasil.

Aos neoliberais, as dívidas

A

história é conhecida, mas vale a pena relembrar. Na Copa de 1958, o treinador Vicente Feola explicava ao genial, mas espontâneo, Garrincha, com o auxílio de um gráfico, como seriam feitas as jogadas para penetrar na defesa do time russo, nosso opositor. Didi lançaria Garrincha, que iria até a linha de fundo, e cruzaria para o centro avante rompedor, Vavá, que, de cabeça, faria o gol. Pensativo, Garrincha ponderou e por fim perguntou: Seu Feola, isso tudo já foi combinado com os russos? Combinar com os russos, no entender de Garrincha, era o cerne da questão. Aparentemente, a lição não foi aprendida. Na semana, na comemoração dos 200 anos do Ministério da Fazenda, um grupo de ex-autoridades sinceras, porém radicais, decretou enfaticamente a morte do neoliberalismo. Uma dessas autoridades chegou a afirmar que a data da nacionalização pelo governo americano da Freddie Mac e da Fannie Mae era "um dia negro para nós, neoliberais". Pelo visto, as ex-autoridades esqueceram de combinar com a China, que pratica o mais acabado neoliberalismo da atualidade. O neoliberalismo não está morto na China. Esqueceram também de combinar com os russos, que praticam o neoliberalismo escancaradamente. Da mesma forma, também o praticam os países do Leste Europeu, que viveram sob o socialismo e sobreviveram a ele, abraçando o neoliberalismo. O neoliberalismo não está morto na Rússia nem no Leste Europeu. Não abraçaram o neoliberalismo poucos países, dos quais os campeões são Cuba e a Coréia do Norte. No nosso entorno, a quase totalidade dos países segue fielmente o neoliberalismo, especialmente a Venezuela e a Bolívia. Tampouco está morto o neoliberalismo em nosso entorno. Por enquanto escapou o Chile, Deus sabe por quanto tempo. Se assim for, afinal o que se entende por neoliberalismo? Ao contrário do que imaginam seus detratores, por neoliberalismo se entende um sistema econômico em que há forte ingerência do Estado - o que Mises chamou de intervencionismo juntamente com um setor privado regulado e controlado. Por essa razão, pode-se incluir nessa categoria uma enorme variedade de economias concretas, que vai do capitalismo de Estado chinês aos diversos intervencionismos mais ou menos brandos. Aí deveriam incluir-se também todos os países da União Européia, o Japão e os Estados Unidos. Isto é, no fundo, todos os países são neoliberais, no sentido de praticarem a intervenção do Estado em maior ou menor grau.

● O governo dos EUA é neoliberal

e como tal repassa recursos dos contribuintes aos mutuários, a taxas de juros subsidiadas. Se não tivesse feito isso lá atrás, não teria jamais ocorrido o problema do subprime e a crise financeira que ameaça a tudo e a todos. Por Roberto Fendt

O neoliberalismo está mais vivo que nunca, em toda parte. Se todos os países são neoliberais, só deveria surpreender os incautos o fato de o governo dos Estados Unidos intervirem na Fannie Mae e a Freddy Mac. Alguém imagina que faça sentido deixar quebrar duas instituições para-estatais, responsáveis por financiar 75% das hipotecas americanas, e cujos passivos combinados correspondem a 40% do PIB americano? O que os detratores do neoliberalismo gostariam de criticar é o liberalismo propriamente dito. Apenas para não deixar dúvidas: o liberalismo pertence à filosofia política que advoga que é função do Estado somente a garantia do Estado de Direito, e contra a agressão interna e externa ao espaço de liberdade de cada um.

S

e os Estados Unidos tivessem continuado a viver sob a inspiração liberal dos Founding Fathers originários, jamais teriam sido criadas a Fannie Mae e a Freddy Mac. Estas viviam de repassar recursos dos contribuintes americanos aos compradores de residências no país, a taxas de juros subsidiadas. Se não tivessem sido criadas, não teria jamais ocorrido o problema do subprime e a crise financeira que ameaça agora a tudo e a todos. O certo, portanto, é que o problema surgiu lá atrás, durante a gestão neoliberal de Franklin Delano Roosevelt, que criou as financiadoras, e foi crescendo pela indiferença dos governos neoliberais que o sucederam. À atual administração neoliberal não restou alternativa senão fazer o que fez — e o que vier a fazer, se o problema persistir. Na fala das ex-autoridades brasileiras, faltou dizer que foi o intervencionismo dos anos 30 que criou o problema e que a solução adotada é apenas decorrência -, mostrando que o neoliberalismo está mais vivo que nunca. O que faz falta é o verdadeiro liberalismo.

JOSÉ EUSTÁQUIO DINIZ ALVES , PROFESSOR DA ESCOLA NACIONAL

Filme triste

DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS E COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO DO IBGE

ALFRIED KARL PLÖGER

A Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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propalada Política Industrial, que suscitou grande expectativa há um tempo atrás, acabou sendo frustrante quanto ao estímulo aos negócios. Muito mais eficaz seria uma reforma tributária séria, capaz de sistematizar a desoneração dos setores produtivos. Ficou a sensação de que o governo, sem conseguir compor um projeto de médio e longo prazos para a sustentabilidade do crescimento econômico, apresentou, com ares de política industrial, alguns ajustes tributários, linhas de crédito e incentivos à área da Tecnologia da Informação. Para a indústria gráfica brasileira, que congrega cerca de 20 mil empresas, nas quais trabalham aproximadamente 200 mil trabalhadores, as medidas, a despeito de muito aquém das necessidades do País, teve um aspecto importante: a renúncia fiscal de R$ 21,4 bilhões, que poderá compensar, em parte, a alta carga tributária (que inclui a bitributação do setor com ICMS e ISS, equivocadamente estabelecida por uma súmula da Justiça) e o câmbio sobrevalorizado, que retirou a competitividade dos impressos nacionais no comércio exterior. No entanto, essa redução de im-

postos somente terá efeito prático mais substantivo se implementada com agilidade e acompanhada de juros mais baixos e uma política cambial menos dura e desfavorável aos exportadores. O câmbio apreciado foi o grande responsável pela transformação do superávit comercial que a indústria gráfica vinha experimentando nos últimos anos em um lamentável déficit. O saldo do setor encerrou o primeiro semes● O câmbio apreciado

transformou o superávit comercial da indústria gráfica em um lamentável déficit. tre de 2008 com US$ 27,14 milhões negativos, uma queda de 219,1% comparado ao igual período de 2007. Além da renúncia fiscal, outro aspecto do pacote interessaria particularmente à indústria gráfica, caso se efetivasse com eficiência: o estímulo ao fortalecimento e às exportações das pequenas e micro, que compõem a grande maioria do setor.

A

primeira análise das medidas anunciadas, contudo, sinaliza a inconsistência do Programa Industrial, que não considera a necessidade de capitalização e o fato de as empresas brasileiras de pequeno porte, em todos os segmentos, empenharem até 6% de suas receitas no serviço das dívidas bancárias, inclusive as contraídas para fins de investimento. Até mesmo a duplicação para dez anos do prazo de resgate dos financiamentos do Fi na me pa ra máquinas e equipamentos, enfatizada no anúncio da Política, pode ser um presente de grego para as pequenas e micro. Afinal, os agentes financeiros do BNDES continuarão impondo as mesmas exigências e garantias, invariavelmente impossíveis para essas empresas. Na prática, portanto, persistirá a dificuldade de acesso ao crédito, talvez ampliada pelo fato de o prazo maior ser interpretado como agravante do risco. Enfim, parece que, mais uma vez, assistimos no Brasil a um filme de ficção... ALFRIED KARL PLÖGER É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA E VICE-PRESIDENTE DA ABRASCA.

m grande avanço está sendo dado na história do empreendedorismo brasileiro com a criação do MEI – Micro Empreendedor Individual, que vai tirar da informalidade milhões de cidadãos brasileiros. O aspecto mais importante desta nova legislação é que estão sendo transformadas, de fato e de direito, milhões de pessoas que hoje se sentem alijadas da sociedade - até por que não têm nenhuma obrigação para com ela em verdadeiros cidadãos, que passam a ter seus direitos e suas obrigações regidas por lei. Não é demais lembrar que a cidadania somente se consolida, na prática, quando se tem um patrimônio a resguardar, sua habitação ou o reconhecimento de sua atividade profissional, cumprindo suas obrigações, pagando suas contribuições e tendo seus direitos garantidos por lei. A criação do MEI será, sem dúvida alguma, o fato mais importante desta década, quando se está integrando a sociedade milhões de pessoas que se sentem constrangidas, inseguras e sem qualquer garantia quanto ao seu futuro. A partir da possibilidade de ser um empreendedor a sua segurança e a de sua família passa a ficar mais garantida. ● A criação

do MEI será o fato mais importante desta década. Mas é necessário avançar um pouco mais e criar a figura do Pequeno Empreendedor Individual.

N

ovos passos neste sentido podem ser dados no futuro, estendendo-se uma legislação simples, fácil e possível de ser cumprida pelo o pequeno empreendedor, que também pode ter o seu negócio individual, quer seja o seu varejo, a sua indústria ou a sua empresa de prestação de serviços, enquadrada em uma legislação tal qual esta que está sendo criada, pagando suas contribuições e seus impostos de maneira simplificada, sem o ônus e custo da burocracia da intrincada legislação hoje existente. Seria necessário avançar um pouco mais, criando a figura do PEI – Pequeno Empreendedor Individual, que abrangeria o comércio muito pequeno, que, apesar de faturar acima dos R$ 36 mil anuais, ainda não tem escala para suportar os custos fiscais do Simples. Com isso se poderia caminhar para legalizar um grande número de atividades que não se enquadram no MEI e não têm ainda escala para se beneficiarem do Simples, o que, certamente, abrangeria mais de 80% das empresas existentes, promovendo um avanço e aperfeiçoamento da legislação do Simples Nacional.

NELSON FELIPE KHEIRALLAH É COORDENADOR DA COMISSÃO DO

VAREJO E DIRETOR DA ACSP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ECONOMIA

Lehman reconhece dívidas de US$ 613 bi O pedido de concordata do quarto maior banco de investimentos dos EUA foi feito depois de terem fracassado negociações para a venda. Problemas do Merril Lynch e da seguradora AIG abalaram o coração financeiro de Nova York. O Federal Reserve, o banco central americano, tenta contornar crise sem usar recursos públicos e bancos se reúnem para formar um fundo de proteção.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Thomas Lohnes/AFP Photo

O

coração do sistema financeiro americano foi atingido nos últimos dois dias: o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos do país, pediu concordata, re c o n h e c e n d o d í v i d a s d e US$ 613 bilhões; o Merrill Lynch fechou um acordo para ser vendido ao Bank of America (BofA); e a gigante do ramo segurador AIG tenta obter empréstimo para manter suas operações. Mas os efeitos das notícias não se limitaram aos Estados Unidos, provocando estragos nas bolsas de valores em várias partes do mundo. O governo americano, que há apenas uma semana resgatou as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, e em março costurou a venda do Bear Stearns ao J.P. Morgan Chase, jogou duro com o Lehman, recusando-se a fornecer retaguarda financeira para os potenciais compradores. Sem esse apoio, o britânico Barclays e o BofA, os dois bancos mais interessados na compra do Lehman, desistiram do negócio. No domingo à noite, o BofA fechou acordo de troca de ações para comprar o Merrill por US$ 50 bilhões. No caso do Lehman, a concordata deve permitir a algumas de suas subsidiárias continuar operando enquanto a empresa estiver fechando. A expectativa dos analistas é de que, embora tenha se recusado a liberar recursos para o caso Lehman, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve tomar novas medidas para tentar estabilizar o sistema financeiro. Afinal, muitas instituições podem precisar de auxílio de curto prazo enquanto se desfazem de suas muitas posições de negociação com o Lehman. Além disso, os dez principais bancos comerciais e de in-

vestimento do mundo anunciaram na noite do domingo que vão juntar US$ 70 bilhões, usando seus próprios recursos, para criar um mecanismo de proteção de crédito. Esse grupo, que inclui Citigroup, Credit Suisse e Deutsche Bank, pode formar um fundo para ajudar instituições com problemas a atravessar a crise. Os bancos também disseram que estão mutuamente comprometidos a tentar minimizar a volatilidade do mercado. Mais problemas – As atenções dos especialistas ontem ficaram divididas entre a concordata do Lehman, a venda do Merrill Lynch e os pedidos de empréstimo da seguradora AIG. O Merril acabou vendido ao BofA por US$ 50 bilhões em uma negociação relâmpago, fechada em apenas 48 horas. Executivos de Wall Street disseram que o Fed pode ter se envolvido na costura da transação, percebendo que era "melhor salvar um paciente relativamente saudável do que um moribundo". Já os executivos da AIG passaram os últimos dias tentando levantar US$ 40 bilhões para evitar o rebaixamento de seu rating de crédito. Ontem, o Fed pediu ao Goldman Sachs e ao JP Morgan que colaborem para levantar até US$ 75 bilhões para a AIG. O Lehman, empresa de 158 anos que começou como corretora de algodão do Alabama, e o Merrill, com sua logomarca representando um búfalo, foram pilares de Wall Street em grande parte do século passado. Com o fim do Bear Stearns, três das cinco maiores corretoras independentes de Nova York podem acabar desaparecendo, restando apenas o Goldman Sachs e o Morgan Stanley. O futuro de cerca de 25 mil empregados do Lehman Brothers e dos 60 mil do Merrill Lynch ainda é incerto. (AE)

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO PRESENCIAL 319/2008-SMS.G, processo 2008-0.246.571-0, destinado ao registro de preço de APARELHO DE BARBEAR DESCARTÁVEL, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 1º de outubro de 2008. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro da 2ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde, no momento da abertura da sessão pública de pregão. O edital do pregão acima, poderá ser consultado e/ou obtido pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização do pregão, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

SECRETARIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE COMUNICADO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL Nº 055/SVMA/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2008-0.248.599-1 OBJETO: Contratação de serviços técnicos de manejo e conservação no Parque Ibirapuera, localizado na Avenida Pedro Alvarez Cabral s/nº, compreendendo a execução dos serviços e fornecimento de todos os materiais, veículos, equipamentos, produtos de limpeza, de acordo com as especificações técnicas constantes no Termo de Referência - ANEXO I, parte integrante deste edital. A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL-4 torna público que a sessão de abertura do Pregão Presencial em epígrafe será realizada no dia 01 de OUTUBRO de 2008, às 10:00 horas, na Avenida IV Centenário nº 1268, sala 221, Portão 7A, Ibirapuera, no auditório do Prédio da UMAPAZ - Universidade do Meio Ambiente e Cultura da Paz da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, quando as empresas interessadas em participar deverão entregar os documentos referentes ao Credenciamento, a Declaração de Cumprimento das Condições de Habilitação, os envelopes contendo a Proposta de Preços - escrita e em meio eletrônico e os Documentos de Habilitação, diretamente a Pregoeira. O caderno de licitação, composto de edital e dos anexos, poderá ser obtido sem custo, através da Internet pelo site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, onde os interessados deverão se cadastrar conforme orientações ou retirado, mediante a entrega de 1 (um) CD-R ou CD-RW sem uso, na Seção Técnica de Licitação, situada na Rua do Paraíso, nº 387/389, 8º andar, Paraíso, nesta Capital, das 09:00 às 17:00 horas, tel. 3396-3104/3396-3103 e fax 3396-3106.

Fotos: Andrew Winnine/Reuters

Vivek Prakash/Reuters

Cenas da crise: funcionários do Lehman deixam escritórios com seus pertences. Futuro no Merril, símbolo de Wall Street, também é incerto.

Instituições financeiras e AIG Brasil protegidas Analistas pedem calma aos investidores locais

N

ão há nenhuma instituição financeira brasileira ou grande fundo de investimentos nacional com aportes no banco norte-americano Lehman Brothers, de acordo com o especialista em mercado de capitais e autor do livro Globalização e Investimento Estrangeiro no Brasil, Antonio Correa Lacerda. Essa época de turbulência seria também de uma limpeza no sistema financeiro norteamericano: saem as instituições que tiveram crescimento artificial e ficam aquelas que se levantaram com solidez, disse o especialista em finanças e professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite. Procurado pela reportagem do Diário do Comércio, o banco Lehman Brothers, em Nova York, proibiu os funcionários de emitir qualquer opinião. Em seu escritório em São Paulo, as linhas telefônicas começaram a ser atendidas no final do dia

e as ordens eram as mesmas: é proibido repassar qualquer tipo de informação interna. AIG Brasil – O presidente da Federação Nacional das Corretoras de Seguro (Fenacor), Roberto Barbosa, disse ontem que não há risco de contaminação no mercado nacional da crise vivida pela seguradora americana AIG, que no Brasil opera em parceria com o Unibanco. Conforme ele, a divisão brasileira opera de maneira independente. "De acordo com as regras do mercado segurador nacional, as empresas estrangeiras são obrigadas a ter uma operação independente no Brasil. Isto significa que elas precisam ter garantias locais e que suas reservas técnicas ficam internadas (alocadas) no Brasil", explicou. Para a Federação Nacional das Empresas de Seguro Privado e Capitalização, o mercado segurador brasileiro movimentou R$ 84,3 bilhões no ano passado. Sonaira San Pedro/AE


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

A IDÉIA DE QUE ESTAMOS PRESOS NUMA NOVA GUERRA FRIA É O ENGANO MAIS PERIGOSO DE TODOS

Reuters

GUERRA FRIA

PAULO SAAB UFANISMO BARATO

Os EUA entenderam o recado?

H

Por David Ignatius, da Newsweek

Soldados russos deixam a Geórgia. Amanhã, no segundo artigo da série, a surpresa de Bush.

N

os dias seguintes à invasão russa na Geórgia, o mundo teve a chance de examinar os diferentes estilos de política externa de John McCain e Barack Obama. Foi uma comparação reveladora que oferece alguns sinais claros de como os dois candidatos reagiriam a crises. O contraste foi entre o quente e o frio; entre a ação rápida e a negociação cautelosa; entre um homem com olhos em questões estratégicas e militares e outro focado na diplomacia.

Os russos avisaram que a tentativa de integrar a Geórgia à Otan teria conseqüências. A resposta de Bush não desestimulou Moscou. E Putin ficou preso à idéia de uma nova Guerra Fria. criou essa crise foi uma má interpretação de sinais e uma falha em falar claramente sobre a crescente confrontação. Havia muito da retórica ao estilo McCain e pouco da diplomacia estilo Obama. Poucas horas após a invasão de 8 de agosto, McCain estava expressando sua indignação e exigindo que a Rússia, incondicionalmente, interrompesse suas operações militares e retirasse suas tropas. Três dias depois, ele qualificou o ataque co-

● Putin se sente ameaçado, mas a Otan não tem nenhuma intenção hostil em relação a Moscou. ● O novo presidente dos EUA começará o mandato enfrentando um sério problema com a Rússia. Vencerá a negociação ou o confronto? AFP

Ao escutar McCain, sentia-se o início de uma nova Guerra Fria; ouvindo Obama, percebe-se o desejo de evitar que a Guerra Fria crie raízes. A sugestão de McCain poderia ser resumida como endureça para deter o agressor; o tom de Obama indicava um desejo em ir devagar até que ficasse claro qual medida era a correta. É senso comum que a atitude mais dura é geralmente a de um vencedor político e que a crise da Rússia ajudou McCain. Mas eu me questiono. A Guerra na Geórgia deu de fato um forte argumento para a abordagem negociadora de Obama. O que

mo "uma questão de urgente importância moral e estratégica para os Estados Unidos da América" e solicitou uma série de medidas para deter a Rússia. Mais importante, ele declarou que a Otan deveria anular sua decisão de abril e aprovar o pedido da Geórgia para ser membro imediatamente - uma jogada que comprometeria a aliança a entrar em guerra se a Geórgia fosse atacada. A primeira reação de Obama foi mais comedida: "Agora é a hora para a Geórgia e a Rússia terem limites", disse em 8 de agosto. Ele afinou o tom em 11

de agosto, mas seu foco ainda estava em soluções diplomáticas. "Permitam-me ser bem claro: nós buscamos um futuro de compromisso cooperativo com o governo russo", declarou.

Q

ual abordagem vai ficar melhor entre o público norte-americano? Normalmente, a resposta seria a atitude agressiva de McCain. A Rússia de Vladimir Putin torna-se uma vilã tão convincente e a destemida Geórgia uma vítima tão fascinante, que a linha dura de McCain ganhou muito apoio, até entre os democratas. Mas os Estados Unidos também estão cansados da guerra no Iraque - e dos pensamentos que levaram o governo Bush a comprometer vidas e recursos norte-americanos sem pensar claramente nas conseqüências. Então pode ser que as pessoas escutem um candidato que afirma que precisamos observar antes de nos atirarmos no Cáucaso. A avidez dos Estados Unidos em pagar qualquer preço, agüentar qualquer peso no exterior, como JFK disse, claramente está menor. A crise da Geórgia, na verdade, não deveria ter surpreendido ninguém. Ela estava vindo até nós em câmara lenta havia muitos anos.

O

s russos, longe de esc o n d e r s u a s i n t e nções, repetidamente avisaram que a tentativa dos EUA em levar a Geórgia para a Otan eram inaceitáveis para o Kremlin e teriam conseqüências. O governo Bush não respondeu à declaração dos interesses russos de uma forma que pudesse desencorajar Moscou. Não deixou claro de antemão as conseqüências que a Rússia te-

ria de arcar se atacasse. Em vez disso, os EUA tentaram jogar nos dois lados do campo -encorajando as esperanças da Geórgia na Otan, mas não agora. O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, continuou cutucando o urso russo - e finalmente lançou um ataque à Ossétia do Sul, que deu a Rússia um pretexto para sua resposta devastadora. O governo americano sabia que Saakashvili estava caminhando para uma armadilha – funcionários lhe disseram isso particularmente mas não com uma interferência de alto nível e decisiva que poderia ter evitado o desastre.

A

idéia de que estamos presos numa nova Guerra Fria é o engano mais perigoso de todos. Isso é o que está conduzindo Putin. Ele se sente ameaçado e cercado pela Otan, que, de fato, não tem nenhuma intenção hostil em relação a Moscou. Mais do que igualar-s a ele nessa marcha de retrocesso, os Estados Unidos deveriam liderar seus aliados num processo de contenção, cuidadoso mas firme. Ao impor limites, precisamos ter certeza que eles sejam realistas e sustentáveis - e que as promessas que fazemos são as que podemos cumprir. Por causa da incapacidade de Putin em escapar das idéias da Guerra Fria, o próximo presidente dos EUA vai enfrentar um sério problema com a Rússia. Os Estados Unidos querem um líder cujos instintos nesta nova prova são de confronto e agressividade ou de negociação e diplomacia? Não há uma resposta certa ainda, o que tornará interessante esse debate. (C) 2008, WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

á tempos que me incomoda o comportamento ufanista na cobertura esportiva da mídia brasileira e ao tom hilário que procura dar aos textos, reportagens e comentários. Vinha imaginando uma forma de colocar isso para os leitores sem, igualmente, me tornar piegas como a cobertura esportiva, especialmente no futebol, que trata o telespectador - no dizer de José Geraldo Couto como uma criança de dez anos. O jornalista escreveu a respeito em sua coluna de sábado na Folha de S. Paulo e me deu a oportunidade que procurava, agora ecoando com sua posição, de expressar minha opinião. Como torcedor de todos os esportes, mas apreciador das formulações táticas e técnicas dos times de futebol, ainda tenho o direito pessoal de ficar irritado ou ao menos constrangido com o ar de sapiência de infalíveis doutores que assumem os protagonistas da mídia televisiva assim são abertas as câmeras e microfones para as transmissões esportivas.

O

jornalismo esportivo na televisão é diferente dos demais. Enquanto nos jornais, emissoras de rádio e revistas a cobertura é quase sempre bem crítica, nas tevês, com algumas exceções, é bajulativo, ufanista sem motivo, a não ser a busca da audiência emocional, com a intenção de ser enaltecedor. A definição de Couto é perfeita: "Repórteres engraçadinhos, fazendo piadas e trocadilhos constrangedores, parecem estar chamando o espectador para uma conversa amena sobre as traquinagens dos filhos..." Na véspera de Brasil e Bolívia, acendi mais uma vez todas as luzes vermelhas da aflição porque, após a vitória sobre o Chile, com futebol apenas normal, as reportagens falaram na "expectativa de goleada " sobre os compatriotas de Evo Morales... Bem, uma vez mais, deu no que deu!

O

ufanismo e o tratamento infantil dispensado pelas emissoras partem, em minha visão, de dois falsos pressupostos. O primeiro é de que somos, todos os brasileiros, um bando de idiotas, que sem conseguir discernir precisam da mão firme e sábia dos timoneiros da cobertura televisiva. Até concordo que na questão da educação em geral e da política, sem precisar dessa condução,

● Na véspera

de Brasil e Bolívia, acendi as luzes vermelhas da aflição. O jornalismo esportivo na televisão é bajulativo e ufanista.

temos mesmo discernimento abaixo da altura que o país necessita para ser uma grande nação. Mas no esporte, notadamente no futebol, somos notórios especialistas... O segundo, é o de que se deve dar calor, emoção, vibração, para motivar a audiência. Daí o tratamento infantil dado às reportagens quando o esporte entra no ar. No campo (sem trocadilho) da transmissão dos jogos, a mesmice também incomoda. Se, para ficarmos na seleção, o time joga bem, a turma do eu não disse? se faz presente. Se jogar mal, a turma do Adeus, Dunga deita e rola. Não mencionarei, por respeito profissional que deveriam ter com os espectadores, a visível manipulação que se faz durante a transmissão dos fatos, que todos estão vendo pela mesma tela e ouvindo pelo mesmo áudio.

A

o jornalismo esportivo da televisão tem faltado, em minha opinião, sobriedade e isenção, enquanto sobra falsa emoção, infantilismo e licenciosidade poética, que deixa vermelho de constrangimento até o frio monitor. Existem exceções, claro. No caso das narrações, são mais do que as duas que menciono, pelo que fogem do padrão que aqui descrevi (desculpo-me pela omissão). Tomo-os como exemplo porque, ao assistir suas transmissões, sinto-me não agredido nem manipulado. São Nivaldo Prieto, da Bandeirantes e Milton Leite, do Sport TV. Agora, nas reportagens e nas edições, o ufanismo e o tratamento infantil generalizados me confundem, a ponto de não distinguir quem faz o que o bom jornalismo manda: reportar o que vê e não inventar, não criar, não tentar ser artista em cima dos fatos. PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cientistas obtiveram as primeiras imagens de um planeta extra-solar que orbita uma estrela muito parecida com o Sol. O planeta, o minúsculo ponto à esquerda na foto, tem o tamanho aproximado de Júpiter, mas cerca de oito vezes mais massa.

Reuters

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SETEMBRO

10 - LOGO

16 Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio

M ÚSICA C A R T A Z

Pink Floyd em silêncio

FOTOGRAFIA

R

ichard Wright, tecladista do Pink Floyd e fundador da banda, morreu ontem depois de uma curta batalha contra o câncer, disse seu porta-voz. Ele tinha 65 anos. Junto com o guitarrista Roger Waters e o baterista Nick Mason, Wright formou o Pink Floyd anos 1960, quando eles eram estudantes. A banda de tornou um dos ícones do rock. Wright é co-autor de cinco faixas do disco Dark Side of the Moon, que foi lançado em 1973 e passou

Josely Carvalho exibe nova série de fotografias na mostra Territórios Brancos. Valu Oria Galeria de Arte, alameda Casa Branca, 1130. Grátis.

14 anos na parada de 200 álbuns mais populares da Billboard. O disco é um dos mais vendidos na história da música. Wright deixou o Pink Floyd depois de brigar com Waters durante as sessões para The Wall e gravou seu primeiro disco solo, Wet Dream, em 1978. Ele voltou a tocar com a banda em 1980 e em 1981 e também em 2005, por ocasião do Live 8, em Londres, e no ano passado, em um show de homenagem a Syd Barrett, integrante da banda falecido em 2006.

John D. McHugh/AFP

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Wright, à direita, em apresentação da banda no Live 8, em 2005

T ECNOLOGIA B RAZIL COM Z

Hackers contra o Grande Colisor

Com medo da polícia "A polícia brasileira é responsável por uma parcela importante dos mais de 48 mil homicídios perpetrados a cada ano no País", afirmou ontem o especialista do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Philip Alston. "No Rio de Janeiro, a polícia mata três pessoas por dia", ele declarou. As informações sobre a violência no Brasil foram divulgadas pela ONU em um comunicado de imprensa reproduzido por diversos veículos de comunicação no exterior, entre eles o jornal US Daily e as agências de notícias Reuters e UPI. Segundo o especialista, a opinião pública brasileira é pouco crítica em relação ao problema da violência policial, especialmente porque a população está cética sobre a efetiva aplicação das leis contra as gangues do tráfico de drogas.

Adrian Dennis/AFP

Um grupo de hackers conseguiu penetrar em computadores ligados ao acelerador de partículas Large Hedron Colider (Grande Colisor de Hádrons, LHC na sigla em inglês), o maior já construído, na quarta-feira da semana passada - dia em que a máquina foi colocada em funcionamento pela primeira vez. Segundo James Gilles, porta-voz da Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês, a entidade responsável por construir a máquina na fronteira franco-suíça), os hackers pertencem a um grupo que se autodenomina Equipe de Segurança Grega. O alvo deles foi a rede de computadores do Compact Muon Solenoid Experiment (CMS), um imenso detector que analisa dados do acelerador de partículas. Não houve dano ao acelerador, mas o incidente enfatizou a necessidade de maior segurança na rede de computadores do LHC, disse o porta-voz.

PAIXÃO Menino brinca diante da escultura "Amor Americano", de Robert Indiana, que será leiloada pela Sotheby's em Derbyshire, Inglaterra.

M EIO AMBIENTE 1

Pantanal em chamas

A RQUEOLOGIA

No templo de Ramsés II

L ITERATURA

Agatha Christie sem segredo

A casa girassol A

casa redonda de madeira que gira com o sol. É assim que a empresa francesa Domespace anuncia sua casa pré-fabricada modular e "amiga do meio ambiente". A construção tem dois segredos básicos para ser considerada ecológica: o uso de painéis solares que garantem a captação de energia necessária para a sua autonomia e um sistema de isolamento que evita a dispersão do calor, o que faz com que, no frio clima europeu, seja possível reduzir ao máximo o uso de aquecedores, economizando energia. Além disso, a forma é a de uma oca ou iglu, o que, segundo o fabricante evoca os modos de convivência ancestrais. Como a casa gira sempre no sentido de captar o máximo possível de energia do sol, os ambientes ficam mais aquecidos no inverno e, no verão, é possível fazêla girar de modo a garantir mais tempo de sombra nos ambientes mais movimentados da casa, evitando o calor. www.domespace.com

A TÉ LOGO

▲ ▲ ▲

Treze horas de gravações inéditas feitas pela escritora britânica Agatha Christie (1890-1976), famosa criadora de histórias de mistério, foram divulgadas ontem, quando ela faria aniversário. As gravações em áudio, feitas há 40 anos, foram descobertas pelo neto da escritora, Matthew Prichard, no sótão da antiga casa de Christie na cidade de Torquay, na Inglaterra. As fitas foram usadas para a autobiografia da escritora, publicada em 1977. As gravações incluem detalhes sobre a vida de Christie que não estão na autobiografia, como descrições sobre como era a vida na GrãBretanha durante a guerra, a lua-demel da escritora com o segundo marido e a razão pela qual ela nunca quis que seus lendários personagens Hercule Poirot e Miss Marple se encontrassem.

Brigadas contra incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) têm dificuldade em controlar o fogo que já consumiu 5 mil hectares de mata nativa na região da Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a 260 quilômetros da cidade de Corumbá. Provocado por um raio, o incêndio começou na última sexta-feira em área da Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) Acurizal, distante apenas 5 quilômetros do Parque Nacional do Pantanal. M EIO AMBIENTE 2

Urgência climática

Reproduções

Uma equipe de arqueólogos egípcios desenterrou no Cairo um templo de Ramsés II e pedaços de uma estátua do conhecido faraó, uma descoberta rara na capital do Egito. O templo construído por Ramsés II, um dos mais famosos faraós, membro da XIX dinastia (século XIII antes de Cristo), foi encontrado na região de Ein Shams, no leste do Cairo. Além disso, dentro deste edifício os especialistas localizaram restos de uma tumba, o que confirma que os antigos egípcios costumavam construir os sepulcros dentro dos templos para protegê-los. De Ramsés II, um dos mais importantes faraós do antigo Egito, conhecia-se apenas o templo em sua homenagem há 3.300 anos em Abu Simbel, na região da Núbia, ao sul do Cairo.

A RQUITETURA

Construída em módulos, a casa permite divisão interna de acordo com o desejo do morador. Isolamento térmico economiza energia.

Pesquisas mostram que o gelo do Oceano Ártico pode atingir o menor nível neste verão boreal. Por isso, o Worldwide Fund For Nature (WWF) pediu ontem que os governos do mundo acelerem um novo pacto sobre o clima. O padrão "catastrófico" de degelo pode ameaçar a vida selvagem polar e acelerar o aquecimento global. O gelo derrete no verão e se congela no inverno. Mas, ao longo dos anos, mais gelo é perdido para o mar que o recuperado no inverno. No mar aberto é absorvido mais calor e, com isso, o aquecimento é acelerado em todo o mundo. L OTERIAS Concurso 358 da LOTOFÁCIL

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Olheiros do futebol largam clubes e passam a trabalhar com exclusividade para empresários Igreja Anglicana deve desculpas a Darwin por não compreender a teoria evolucionista, diz clérigo Depois de ganhar bronze em Pequim, velejadoras Fernanda Oliveira e Isabel Swan se separam

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Finanças Agronegócio Tr i b u t o s

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0,67

ELEIÇÕES NOS EUA E NA ÍNDIA PESAM NA OMC

por cento foi o aumento dos empregos formais nos municípios do interior em agosto.

Stephanes diz que crise não baixa preços de alimentos P

Emprego na cidade

Especulação das commodities já acabou, disse o ministro da Agricultura. Nova crise não deve afetar esse mercado.

O

Masao Goto Filho/ e-Sim

ministro da Agricultura, Reinhold S t e p h a n e s , a f i rmou ontem que a crise financeira que teve início nos Estados Unidos e se espalha para outros países "dificilmente deve atingir os mercados de commodities agrícolas" e, por conseqüência, reduzir os preços dos alimentos no mercado internacional. O ministro comentou que as commodities subiram nos últimos meses por conta, inclusive, de um componente especulativo nos mercados de deriva-

Ministro: mercados brasileiros de exportação estão fora da crise

tivos. Um movimento de reversão da especulação do ano passado e início deste ano, segundo ele, provocou "uma queda razoável" nas cotações dos alimentos. Stephanes salientou que o mundo vive uma "segunda onda" de crise, mas que "ninguém sabe ao certo qual é o seu tamanho". Mesmo assim, ele reforçou que os preços dos alimentos não devem cair, pois o componente especulativo já foi eliminado do mercado. Mercado emergente – Em termos de exportação, o minis-

tro observou que não haverá prejuízos para o Brasil, mesmo se houver um enfraquecimento da economia mundial. Para Stephanes, a crise atual deve atingir os países desenvolvidos. De acordo com ele, boa parte da exportação brasileira vai para os países emergentes. A China, por exemplo, tem se apresentado como o principal comprador de produtos agrícolas do Brasil. O ministro da Agricultura disse, ainda, que as previsões das receotas de exportações para o ano de 2008 estão mantidas. (AE)

Doha: detectados sinais de retomada

O

Eric Piermont/ AFP

guns sinais encorajadores, ainda que cautelosos, de flexibilidade", disse Mandelson. "Precisaremos ver se os representantes terão espaço de manobra de que certamente necessitarão para extrair uma solução técnica que satisfaça todas as partes", disse Mandelson a membros do parlamento europeu. O chamado "mecanismo de salvaguarda especial" para proteger produtores pobres quando o volume de importações sobe ou os preços caem se mostrou um obstáculo incontornável em julho, quando ministros do comércio tentaram estabelecer os elementos cen-

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necessário nas próximas semanas, antes que as eleições em países importantes tornem qualquer a c o r d o i mpossível. Além das eleições nor- Peter Mandelson: conversas encorajadoras t e - a m e r i c anas em novembro, a Índia tam- que encará-lo, feriria seriabém deve realizar eleições ge- mente a confiança no sistema rais em breve. de regras da OMC e a futura O representante do comér- abertura de mercados, e teria cio do bloco europeu reiterou um efeito de cascata significaque "um colapso definitivo da tivo no sistema multilateral coRodada de Doha, se tivermos mo um todo." (Reuters)

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E

trais da Rodada de Doha na Organização Mundial de Comércio (OMC). Os Estados Unidos disseram na ocasião que as exigências de proteção dos países em desenvolvimento, sobretudo a Índia, negariam a seus produtores a chance de exportar para novos mercados. Mandelson disse que outros temas opuseram obstáculos ao acordo na OMC, incluindo cortes de subsídios ao algodão nos EUA, além da disposição da China de abrir seus mercados ainda mais. Ele ainda disse que um novo encontro entre ministros, similar às fracassadas negociações de julho, será

DC

comissário do comércio da União Européia (UE), Peter Mandelson, afirmou ontem que vê uma certa flexibilidade nas discussões sobre a disputa que arruinou os esforços para conseguir um acordo para o comércio global em julho, mas ressaltou que ainda é muito cedo para dizer se um pacto será realmente possível. Enviados de potências comerciais discutiram na semana passada o impasse sobre um mecanismo de proteção a países em desenvolvimento contra aumentos de importação de alimentos, e houve "al-

ela primeira vez no ano, a geração de empregos formais nas regiões metropolitanas foi maior do que a registrada nos municípios do interior, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com o levantamento, em agosto os empregos com carteira assinada no conjunto das nove áreas metropolitanas cresceram 0,77%, o que corresponde a 97.298 postos de trabalho. Já nos municípios do interior, foram gerados no período 77.184 vagas, um aumento de 0,67%. De acordo com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o resultado está ligado a fatores sazonais. "Estamos no período da entressafra e, por isso, a geração de postos de trabalho no campo foi menor. A tendência é que o setor (agrícola) apresente resultados ruins até janeiro, quando começa o período da colheita", argumentou. Segundo o Caged, o setor agrícola teve em agosto desempenho negativo na geração de empregos formais, com a redução de 4.995 postos de trabalho. As atividades que contribuíram para o recuo foram o cultivo de café, do fumo e a produção de cana-de-açúcar . (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Quando Ciro Gomes e Patrícia Pillar resolvem ir a um bar, no Rio, apenas para conversar, a opção deve ser bem escondida.

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MAIS: é que, em todos os lugares que aparece, a Flora da novela acaba sofrendo alguns ataques. E Ciro perde a esportiva.

terça-feira, 16 de setembro de 2008 Liu Jin/AFP

3 Eu quero saber quem pagou o convite do Fernando Henrique para Marca e não vai «

o jantar dos tucanos. Foi ele?

CLÁUDIO LEMBO // ex-governador paulista, ironizando a fama de mão-de-vaca do ex-presidente da República.

Fotos: Business News

De olho nos carrões

Depois do Supremo Tribunal Federal ter empenhado R$ 1,6 milhão para a compra de 11 Omegas importados (um para cada ministro da Alta Corte), emitiu outra nota corrigindo o valor para R$ 1,5 milhão. E poucos dias depois, desistiu de parte da compra, emitindo novo empenho para a compra de apenas cinco Omegas num total de R$ 699,5 mil. A reserva anterior foi cancelada. A informação é que novos estudos serão feitos sobre a renovação da frota. Os Omegas do Supremo são do ano 2000 e os custos de manutenção são altos: para 2008, estão previstos R$ 313 mil. Omegas australianos são usados pelo presidente Lula e por ministros de outros tribunais superiores.

SOB CONDIÇÕES

Está na versão eletrônica do Daily Mirror: a oferta feita aojogadoRonaldoFenômeno pelo Manchester City, do milionário árabe Sulainam Al-Fahim (Robinho acaba de estrear lá), seria de nove milhões de euros por ano (cerca de R$ 23 milhões), meio milhão de euros a mais do que ele ganhava no Milan. Só que o contrato estabeleceria determinadas condições: ele teria de viver na cidade inglesa e seu calendário de festas pela Europa seria controlado. Há outro problema: Beatriz (Bia) Antony, sua namorada, está esperando um filho, quer dar à luz e fixar residência em Paris.

Sapatos do bem

Diversas e conhecidas figuras do showbiz estão participando, em Nova York, de um leilão que acontece durante todo o mês de setembro, para arrecadar fundos pra uma nova pesquisa contar o câncer de ovário. E participam de uma maneira muito especial: a convite do sapateiro Stuart Weitzman, que lhes deu carta branca, cada famosa criou um sapato para si mesma, modelo único, que vai a leilão na loja do designer. Entre outras, da esquerda para a direita, Eva Longoria, da série Desperate Housewives (modelo de grande laço); a atriz-cantora Hillary Duff, que preferiu flores negras; e Brooke Shields, que misturou pedras num modelo rosa.

Ameaça velada

O diretor-geral da Polícia Federal, Luis Fernando Corrêa, deverá fazer sua primeira advertência oficial ao delegado Protógenes Queiróz, afastado da Operação Satiagraha. Protógenes resolveu ir para o ataque, dá novas entrevistas e denuncia supostas relações de Daniel Dantas com “pessoas do topo do aparato estatal”, sem citar nomes porque “a investigação ainda está sob sigilo”. O diretor da PF, Luis Fernando Corrêa, acha que, nessas entrevistas, Protógenes espalha um suposto clima de ameaça, nas entrelinhas. A propósito: Queiróz também vem sendo orientado por um consultor de imagem. Só aparece de terno, gravata e até posa em estúdio para nova safra de fotografias.

Ainda na guerra, o delegado Protógenes Queiróz acaba de publicar, em seu blog, uma “resposta ao suposto comando paralelo da Satiagraha”. Desta vez, resolveu partir para codinomes numa mensagem enigmática: “A atuação do Morcegão e dos Chimpanzés (três contra um) servem ao imaginário do povo que observa e acompanha as manobras diárias da satiagraha ”.

Quem acha que Adrienne Senna, mulher do ministro Nelson Jobim, da Defesa, é quem mais manda no marido em Brasília, é que ainda não viu a primeira-dama Marisa Letícia encerrar, sem o menor constrangimento, qualquer reunião de Lula, quando acha que ele está extrapolando o horário de trabalho. Entra na sala sem bater e vai logo dizendo: “É hora de ir para a casa. Já trabalhou muito hoje”. No Alvorada, ela não perde um capítulo da novela A Favorita.

Outros grampos Em meio à novela das escutas telefônicas, a Presidência da República acaba de empenhar recursos para a compra de grampos e grampeadores. Antes que congressistas, advogados e ministros do Supremo façam novos ataques, explica-se que, dessa vez, a compra se refere a inocentes três grampeadores e 10 caixas de grampos para papéis, no valor de R$ 186,30.

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QUEM MANDA

Na inauguração da 4ª Mostra de Cinema Contemporâneo Italiano, dia 18, no Cinemark Shopping Iguatemi, em São Paulo, com apresentação de Christiane Torloni, a grande atração será a atriz Ornella Muti, eleita na década de 90 “a mulher mais bonita do mundo. A italiana de olhos verdes, ultrasensual, desde o início dos anos 70, ela trabalhou com diretores como Mario Monicelli, Ettore Scola, Dino Risi, Marco Ferreri e outros tantos. Nos anos 80, foi uma inesquecível Princesa Aura em Flash Gordon, de Mike Hodges (centro). Aos 53 anos – e com tudo em cima – Ornella também é designer de jóias.

Ornella na terra

Chapéu para elas (dia e noite).

OUT

Boinas e bonés para elas.

Mais desejada por elas Quem imaginava que não pudessem nascer novos tipos de rankings, enganou-se: agora, o tablóide inglês The Sun fez uma pesquisa para saber qual a artista mais desejada pelas lésbicas inglesas e deu na cabeça Rachel Weisz, que levou um Oscar de “melhor coadjuvante” (O Jardineiro Fiel) , Entre as 10 mais, depois de Rachel, formam, por ordem, Nicole Kidman, Minnie Driver, Kate Winslet, Naomi Watts, Keira Knightley, Thandie Newton, Emily Blunt, Catherine Zeta-Jones e Cate Blanchett. Rachel é casada e tem um filho Para ilustrar a matéria, The Sun publicou uma foto onde Weisz aparece nua, com uma cobra.

Liu Jin/AFP

André Brasil: ouro nos 400 metros livre da classe S10, com o tempo de 4m05s84, novo recorde paraolímpico

PETROUNIÃO OEsse deverá ser o nome oficial da estatal que administrará as reservas do pré-sal. A decisão está sacramentada mesmo que os efetivos resultados só possam ser obtidos daqui a muitos anos. A Petrobras, contudo, deverá ter um papel estratégico na exploração dessas reservas. No caso da Anatel, que a oposição argumenta ser o órgão competente a tomar essa decisão, o Planalto devolve, contra-argumentando que quem fiscaliza o setor, não pode também gerir os contratos. Mas, essa batalha ainda tem muito chão pela frente.

MISTURA FINA

Morcegão

Novas celebridades

Os escritores Dalton Trevisan e Rubem Fonseca, octagenários, recusam-se terminantemente a dar entrevistas ou posar para fotos. Mas, hoje em dia, outros tantos autores nacionais consagrados estão aceitando dar palestras, participar de debates e especialmente das novas feiras literárias. Promovem seus livros (todos reclamam da divulgação feita pelas editoras) e ainda recebem cachês, fora todas as despesas pagas, do transporte às estadias (hotel e refeições). Nesse bloco, formam Marina Colassanti, Adélia Prado, Luis Fernando Veríssimo, Lya Luft e Moacyr Scliar, entre outros. Só que para participar de feiras, os cachês são modestos, entre R$ 800 e R$ 1,5 mil.

O comando da campanha de Marta Suplicy em São Paulo está adotando nova estratégia e já trabalhando com a hipótese de que a candidata vá para o segundo turno com o prefeito Gilberto Kassab. A ex-prefeita não vai mais se expor a palestras (com direito a debates) em quaisquer entidades, para não arriscar em nova queda de intenções de votos nas pesquisas. Só que, como não pode recusar os convites, avisa em cima da hora que não poderá comparecer. Já aconteceu com encontro marcado na Associação Comercial de São Paulo, com o Sescon Sindicato das Empresas de Contabilidades - e outros. Marta vai apostar todas suas fichas em mais duas carreatas que fará em São Paulo, ao lado de Lula.

AINDA os carrões do Governo: no ano passado, a União gastou R$ 1,2 bilhão com manutenção, conservação e aluguel de veículos, mais lubrificantes, peças e outros serviços. O PRESIDENTE Lula já tem nova viagem internacional engatilhada: dia 22, discursa na abertura da Assembléia Geral da ONU. Desta vez, deverá levar a primeira-dama Marisa Letícia, que está com saudades de Nova York. A pré-candidata Dilma Rousseff deverá integrar a comitiva e também o governador da Bahia, Jaques Wagner, que levará sua mulher, Fatiminha, pela qual Lula tem muito apreço. COMEÇA a circular este mês, gratuitamente, com distribuição para entidades de deficientes visuais e bibliotecas públicas (a Petrobras garante os 12 primeiros números), o periódico Ponto a Ponto. Será mensal e editado em braille, com 2 mil exemplares contendo uma compilação dos artigos dos principais jornais e revistas do país. ACUSADO e preso em 2006 por grampo ilegal, quando assessorava o governador do Paraná, Roberto Requião, o policial civil Délcio Rasera, é candidato a vereador em Curitiba. Seu slogan de campanha é mais que sintomático: “Fala Curitiba que eu te escuto”. O EXÉRCITO, através do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, em Sobradinho, faz escuta telefônica com regularidade e tem equipamentos capazes de captar ondas eletromagnéticas em todas as faixas de freqüência. Essa operação militar tem o nome de Medidas Eletrônicas de Apoio . São empregadas “para garantir a lei e a ordem”. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Supercampeões paraolímpicos Natação brasileira conquistou 19 medalhas

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natação brasileira encerrou ontem a sua participação na Paraolimpíada de Pequim com a conquista de mais quatro medalhas. Assim, os nadadores do Brasil subiram ao pódio 19 vezes durante a competição, somando oito de ouro, sete de prata e quatro de bronze. As quatro medalhas da natação não foram as únicas conquistadas pelo Brasil ontem em Pequim. Saíram mais duas, no atletismo e no tênis de mesa. Com isso, a delegação brasileira já soma 41 pódios na Paraolimpíada, com 13 de ouro, 12 de prata e 16 de bronze, o que representa a 11ª colocação na classificação geral. Para atingir esse expressivo número de pódios, a natação brasileira contou com dois supercampeões. Daniel Dias terminou a competição com um total de nove medalhas conquistadas (quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze), enquanto André Brasil ganhou outras cinco (quatro de ouro e uma de prata). Os dois, inclusive, subiram ao pódio ontem. André Brasil foi ouro nos 400 metros livre da classe S10, com o tempo de 4m05s84, novo recorde paraolímpico. E Daniel Dias levou prata nos 50 metros livre da classe S5, com a marca de 33s56, tendo sido superado apenas pelo ucraniano Dmytro Kryzhanov, que fez 33s00. Ainda na piscina do Cubo D'Água, o Brasil ganhou um bronze nesta segunda-feira com Edênia Garcia, nos 50 metros livre classe S4. Ela ficou atrás da mexicana Nely Miranda (ouro) e da norteamericana Cheryl Angelelli (prata). E ainda foi prata com o revezamento 4x50 metros medley, novamente com Daniel Dias, que formou a equipe com Ivanildo Vasconcelos, Luis Silva e Clodoaldo Silva -

foram superados apenas pela China. "Essa equipe está de parabéns pela união. Isso ajuda tanto na prova individual quanto nos revezamentos e mostra o quanto a equipe está unida", disse Daniel Dias, o maior medalhista da Paraolimpíada de Pequim até agora, com nove pódios. "Foram 11 provas e nove medalhas, não tenho nem o que falar, estou muito feliz." A prata do revezamento 4x50 metros medley também deu a segunda medalha para Clodoaldo Silva na Paraolimpíada - antes, tinha sido bronze no revezamento 4x50 m livre. Depois de ganhar seis de ouro e uma de prata em Atenas, há quatro anos, ele passou por uma reclassificação pouco antes da competição em Pequim, o que lhe tirou as chances de pódio nas provas individuais agora que competia numa classe com atletas com menor grau de deficiência. Além da despedida vitoriosa da natação, o Brasil conseguiu uma prata com Luiz Algacir Silve e Welder Knaf no tênis de mesa, classe T3, ao perderem a final para os franceses Jean Phelippe Robin e Florian Merrien. E ainda foi bronze no atletismo, com o terceiro lugar de Yohansson Nascimento nos 100 metros rasos da classe T46 - ficou atrás do australiano Heath Francis (ouro) e de Francis Kompaon, da Nova Guiné (prata). O Brasil também garantiu um outro pódio. Com o empate por 1 a 1 com a China, no último jogo da fase de classificação do Futebol de 5 (cegos), a seleção brasileira passou para a final. Assim, será ouro ou prata, dependendo do resultado da decisão contra os próprios chineses, marcada para amanhã. (AE)

Claro Cortes/Reuters

Genezi Andrade, na raia central: Brasil fez bonito no Cubo.


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Educação Compor tamento Infância Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Newton Santos/Hype - 10/10/2007

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O empreendedor econômico deve ser um empreendedor social. Rogério Amato

ATUALMENTE HÁ POUCAS EXIGÊNCIAS

Amato quer melhor seleção em conselhos Secretário de Assistência e Desenvolvimento Social defende processo seletivo para escolha de conselheiros tutelares nos municípios. Hoje, basta a eleição direta. Danilo Verpa/Hype - 08/12/2006

José Luis da Conceição/AE - 13/09/2008

Ricardo Osman

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secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Rogério Amato, defendeu ontem a adoção de um processo de seleção para os interessados em participar dos conselhos tutelares de todo o País. Atualmente, não há nenhuma prova para os futuros conselheiros. O Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990, prevê eleição direta dos conselheiros pela comunidade e as únicas condições exigidas são idoneidade moral, idade superior a 21 anos e residência no município. "Está na hora de exigir um preparo adequado para quem quer ser conselheiro tutelar. Afinal, o Estatuto da Criança e do Adolescente chegou à sua maioridade", diz o secretário. "A experiência de todos estes anos mostra que o interessado precisa conhecer a lei e saber qual o papel exato de cada um dos integrantes do sistema de defesa das garantias das crianças e dos adolescentes." Morte – A morte dos irmãos João Vitor dos Santos Rodrigues, de 13 anos, e Igor Giovani, de 12 anos, ocorrida no dia 5 de setembro, em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, acendeu o debate sobre o Conselho Tutelar. As crianças foram mortas pelo pai e a madrasta dois dias depois da conselheira tutelar da cidade, Edna Aparecida, os reenviar para casa, apesar dos apelos dos jo-

Está na hora de exigir preparo adequado para quem quer ser conselheiro tutelar. Afinal, o Estatuto da Criança chegou à sua maioridade. Secretário Rogério Amato

Conselheira tutelar encaminhou irmãos para casa, onde foram mortos

Amato: momento é oportuno para discussão sobre conselhos tutelares

vens para ir para um abrigo. Tudo foi registrado em boletim de ocorrência na delegacia de Ribeirão Pires. O secretário Amato não comenta o caso específico ocorrido na Grande São Paulo, mas ressalta que o momento é oportuno para a discussão de aperfeiçoamentos necessá-

rios nos conselhos tutelares. Por exemplo, depois de aprovado em teste eliminatório, o integrante de um Conselho Tutelar deveria já no primeiro mês se reunir com o juiz da Vara da Infância e da Juventude de sua região, com o delegado, diretores de colégios e pais de crianças para conhe-

cer de perto a engrenagem da qual fará parte pelos próximos três anos. "É preciso que todos estejam afinados para que os resultados sejam positivos", observa Amato. Os conselheiros têm poderes especiais, como o de indicar a internação em um abrigo de uma criança por 48 horas e de acionar forças de segurança para fazer cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas a lei 8.069, que criou este órgão autônomo e não subordinado a nenhum dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), não exige dos conselheiros sequer o conhecimento dos artigos do Estatuto.

Especialistas temem que muitos desconheçam a lei. Portal – Rogério Amato tem grande experiência no setor, até por conta da Rede Social São Paulo, que reúne mais de uma centena de organizações da sociedade e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca). Ele lançou também o portal interativo ( w w w. re d e s o c i a l s a o p a ulo.org.br) para aglutinar os agentes envolvidos neste trabalho social. "Os problemas das crianças brasileiras são de todos nós, de toda a sociedade, educadores, conselheiros, pais e empreen-

dedores" afirma Amato. "Nenhuma criança consegue se desenvolver se os adultos ao seu redor não se entenderem. Os conselheiros tutelares devem compartilhar de fato destas idéias, se converter à elas e não apenas ser treinados na legislação do setor." O secretário também cobra dos empreendedores do Estado maior comprometimento com o problema das crianças e dos adolescentes. "O empreendedor econômico deve ser um empreendedor social", afirma Amato. "Hoje em dia, ele tem o dever de agir assim, porque o sistema só funciona com todos os seus agentes."

Infraero recua em projeto para o Campo de Marte Após críticas do prefeito Gilberto Kassab, revitalização do aeroporto é adiada Rejane Tamoto

Marcos Fernandes/Luz - 24/01/2007

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epois de um mal-estar político, provocado por críticas do prefeito Gilberto Kassab ao projeto de revitalização do aeroporto Campo de Marte, na zona norte da Capital, a Infraero recuou e confirmou apenas a construção de uma nova torre de controle aéreo, que já consta no Programa Geral de Obras e Serviços de Engenharia (PGOSE), com o objetivo de melhorar a segurança dos voôs. Segundo o assessor especial da presidência da Infraero, Edgard Brandão, a licitação para a elaboração do projeto da nova torre de controle aéreo no Campo de Marte deverá ficar pronta até o final deste mês. O custo da torre de controle, que deverá entrar em operação daqui a dois anos, está estimado em R$ 16 milhões. A previsão do assessor é que as obras sejam licitadas em março de 2009. Na terça-feira passada, o superintendente do Campo de Marte, Alex Barroso, apresentou um plano de reforma mais amplo, de custo entre R$ 50 e R$ 60 milhões, que incluía a construção de hangares e um heliponto, além da reforma e alargamento da pista de taxiamento e a criação de um centro comercial. "Não entendo como um recuo (da Infraero). Estas obras fazem parte de um plano diretor e serão aprovadas ao longo dos próximos cinco anos, conforme recursos", afirmou Brandão. O prefeito Gilberto Kassab afirmou, na semana passada, que como o Campo de Marte está dentro da cidade – e possui moradores no seu entorno – o projeto de reforma precisaria ser mais discutido com a so-

Capital possui 500 helicópteros, quase metade de toda a frota nacional

ciedade. Ele chegou a comparar possíveis problemas no Campo de Marte aos problemas que a cidade já tem com o Aeroporto de Congonhas. Brandão atribuiu as críticas de Kassab a um mal entendido. "A Prefeitura tem tido muitos entendimentos com a Infraero", disse Brandão. Plano –Com a decisão da Infraero, os demais pontos do plano diretor de revitalização do Campo de Marte ficarão à espera de uma reavaliação. Entre eles estão a construção de mais um heliponto, o alargamento da pista de taxiamento de 7,8 metros para 28 metros de largura, recapeamento e manutenção de pistas, construção de 14 novos hangares e de um centro comercial para atender não só o aeroporto, mas também a população de Santana. De todas as obras, a reforma das pistas e a construção do heliponto seriam importantes para o aperfeiçoamento da segurança, já que o Campo de Marte – que atende apenas a aviação executiva – é o quinto com maior movimento de pousos e decolagens de aeronaves do Brasil. Nos primeiros seis meses deste ano, fo-

ram mais de 60 mil pousos e decolagens, sendo que os helicópteros responderam por 70% deste movimento. A atual frota de helicópteros em São Paulo é de 500 unidades e corresponde quase a metade existente no País, de 1.100. Até 2010, a cidade deve receber mais 80 helicópteros. Segundo Brandão, as demais obras só serão aprovadas a partir de 2010. "Esperamos a liberação de recursos para o recapeamento das pistas", disse. Sobre o alargamento da pista de taxiamento, Brandão disse ser complicado em função da proximidade com a avenida Santos Dumont. "Assim que tiver recursos pode ser que (a Infraero) alargue a pista. Mas só depois de 2010", afirmou. O alargamento da pista de taxiamento seria necessário para melhorar a segurança da distância entre os eixos das aeronaves, que são cada vez maiores. Segundo ele, será realizada este mês a licitação para a reforma de um prédio no Campo de Marte, que se transformará na nova sede da Regional Sudeste da Infraero, que abrigará 120 funcionários.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008 Paulo Pampolin/Digna Imagem

PETROBRAS TERÁ MAIS DEZ PLATAFORMAS

Estratégia da Grendene é ter modelos assinados por estilistas, como Alexandre Herchcovitch.

Stephen Hird/Reuters

Fábio D'Castro/Hype

Nacional Finanças Negócios Tr i b u t o s

Monocromia londrina ons monocromáticos e T variações de beges e marrons foram os destaques

É a vez da Niasi

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Hypermarcas anunciou acordo para comprar a Niasi Indústria de Cosméticos por R$ 366 milhões. Desse valor, cerca de R$ 240 milhões serão pagos em caixa e o restante refere-se a dívidas e parcelamentos da Niasi assumidos pela Hypermarcas, segundo comunicado. De acordo com a Hypermarcas, a compra da Niasi complementa os investimentos do grupo na área de produtos de beleza e higiene pessoal, "gerando o concreto crescimento de oportunidades da companhia neste setor". A Niasi está há 75 anos no mercado de produtos de beleza e faturou R$ 246 milhões em 2007.

Newton Santos/Hype

do desfile da estilista Julien MacDonald na Semana de Moda de Londres, que apresenta os lançamentos da primavera-verão 2009 do hemisfério norte. Os desfiles, que terminam na sexta-feira, ainda terão as coleções de Adidas by Stella McCartney e Vivienne Westwood Red Label.

Petrobras vai investir US$ 8,5 bi em refino

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Petrobras deverá fechar o ano com saldo positivo em sua conta petróleo, disse o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, durante a Rio Oil & Gas. Segundo ele, a estatal está investindo cerca de US$ 8,5 bilhões em seu parque de refino para melhorar a qualidade do combustível e permitir uma maior produção de óleo diesel.

A companhia também anunciou ontem que a diretoria da empresa aprovou a contratação de novas dez plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading) para as áreas do pré-sal na Bacia de Santos. De acordo com a estatal, as duas primeiras unidades serão alugadas de terceiros, com a exigência de terem alto índice de conteúdo nacional.

E a Melissa chega a Londres

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Semana de Moda de Londres deste ano vai ganhar ares brasileiros. A empresa vai lançar na capital do Reino Unido o modelo criado por Zaha Hadid, arquiteta iraquiana radicada na Inglaterra. A sandália de plástico fabricada pela Grendene busca a internacionalização. Já presente em mil pontos-de-venda em mais de 50 países, como Japão, Itália, França e Estados Unidos, o objetivo é reforçar a marca e conquistar novos espaços "O evento em Londres reflete o sucesso de nossa estratégia", diz Raquel Scherer, coordenadora de marketing da Melissa. Ela diz que a empresa está iniciando exportações para a Rússia e abriu recentemente um distribuidor nos Emirados Árabes para atender o Oriente Médio. Agora, os próximos alvos são a Índia e a Coréia, reforçando assim a participação na Ásia, onde a sandália já é vendida na China e em Hong Kong. Em Londres, a Melissa está na Harvey Nichols, vendida a 50 libras (R$ 180).

Clientes cativos há 70 anos tradicional restauran- Paula Lenci, esposa de João O te Gigetto da Rua Ava- Henrique Lenci, neto do nhandava comemorou on- fundador Gigetto. tem 70 anos de existência. O saudoso jornalista e teatrólogo Plínio Marcos costumava dizer que o restaurante era o seu escritório. O governador mineiro Aécio Neves e o atual candidato à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, costumam almoçar lá, assim como o expresidente Fernando Henrique Cardoso. "Virou lugar obrigatório das pessoas que fazem as coisas acontecer", disse a administradora Ana

Foi feita uma homenagem especial a Cleide Yaconis, pelo Teatro Brasileiro de Comédia; a José Renato, pelo Arena; a José Celso Martinez, pelo Oficina; ao cineasta Anselmo Duarte e a Vida Alves, pioneira da TV. O coquetel servido "reavivou os vínculos gastronômicos e emocionais de todos os convidados", disse Ana Paula. Prato principal – o carrochefe da casa, capelletti à romanesca.

Vendas maiores

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Grupo Pão de Açúcar registrou alta de 29,1% nas vendas líquidas em agosto em relação a igual período de 2007. O faturamento liquido foi de R$ 1,513 bilhão.

Com AE, AG e Reuters. Colaborou Rubens Marujo.

BÚSSOLA

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ais de dois anos depois da venda em leilão judicial, os funcionários da velha Varig começarão a receber uma pequena fração de seus créditos trabalhistas. Cada um dos cerca de 14 mil credores trabalhistas receberá até cinco salários mínimos (R$ 2.075). ciranda@dcomercio.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

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Política Alckmin: mudanças

Vocês vão querer correr o risco de ter o PT de novo na Prefeitura? Você lembra o estrago? Spot da campanha de Alckmin

Milton Mansilha/LUZ

começariam no Plano Diretor

Em plenária na ACSP, ex-governador disse que foco é estimular investimentos

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revisão do Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo será o primeiro desafio a ser enfrentado pelo candidato Geraldo Alckmin (PSDB), se eleito prefeito. Durante plenária realizada ontem na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o ex-governador se comprometeu a enviar uma nova proposta à Câmara Municipal no início de um eventual mandato. O objetivo, segundo o candidato tucano, é viabilizar o aproveitamento das alterações ao longo dos quatro anos de administração. Neste sentido, Alckmin defendeu a simplificação e desburocratização das regras que definem o planejamento macro da cidade. "O foco deve ser direcionado para estimular investimentos", disse. "E isso passa pela redução de impostos", completou, sem dar detalhes de qual tributo baixaria e o quanto poderia haver de renúncia fiscal. O candidato disse que hoje existe insegurança jurídica para o investidor, já que até mesmo a Prefeitura tem dificuldades para interpretar tanto essa legislação como a Lei de Uso e Ocupação de Solo, que determina os rumos de micro-planejamento. Ele observou que uma revisão já deveria ter sido feita há dois anos, conforme previsão na própria legislação que criou o plano diretor. Entre as mudanças, Alck-

min citou a criação de mecanismos que permitam o retorno do adensamento populacional na região central. "É preciso estimular as pessoas a voltarem a morar no centro expandido". O candidato afirmou que é necessário reverter o processo de expansão da população para as áreas periféricas da capital. "O alto custo de moradia em São Paulo tem levado as pessoas para locais cada vez mais distantes. E temos de fazer o contrário, empurrar a população para onde tem infraestrutura instalada". De acordo com o ex-governador, existem cerca de 150 mil "imóveis vazios" na região central, que podem ser reocupados em um primeiro momento. O segundo passo seria criar pólos auto-sustentáveis de desenvolvimento, de indústrias e serviços, nas demais zonas da cidade. "Devemos compatibilizar moradia e trabalho, moradia e estudo, moradia e lazer", pregou. Para Alckmin, trabalhar a questão do planejamento urbano é um desafio de todas as

megalópoles. As iniciativas nesse sentido são fundamentais para resolver também os problemas de mobilidade, como o trânsito e o transporte público. "A situação hoje é de milhões de deslocamentos diários em um único sentido, tanto no horário de pico da manhã quanto da noite. Parece um comboio". O ex-governador indicou como alguns dos caminhos possíveis para obtenção de recursos para o setor de transportes, em especial o Metrô, as parcerias com iniciativa privada, a emissão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac) e o financiamento internacional. Alckmin criticou indiretamente a administração atual e as anteriores sobre o método de descentralização das subprefeituras. "Fortalecer as subprefeituras é prestigiar as pessoas da comunidade. Vamos romper a relação entre vereadores e subprefeituras. São poderes distintos. O Legislativo deve apenas fazer leis e fiscalizar o Executivo". Em relação à segurança, o ex-governador quer criar uma secretaria municipal específica para agir em conjunto com o Governo do Estado. Além disso, falou em aumentar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana em 12 mil. Por fim, Alckmin disse que está otimista sobre a vitória nas urnas. A aposta é na passagem para o segundo turno, quando ele espera tirar proveito da baixa rejeição apontada nos levantamentos.

Candidato diz que é a única opção para vencer Marta Campanha do tucano ataca os dois adversários, mas preserva o presidente Lula

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candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, subiu o tom das críticas em sua campanha no horário eleitoral e nas inserções na TV e partiu para o ataque aos adversários Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab. No entanto, ao citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que bate recordes de popularidade, o tucano fez questão de mostrar aprovação ao presidente e tentou desvincular a imagem de Lula da do partido de Marta. "O Lula, tudo bem. O problema é o PT", afirmou o apresentador do spot publicitário da campanha tucana. Em queda nas pesquisas e tendo de enfrentar a ascensão de Kassab nas intenções de voto, Alckmin faz outro apelo no mesmo spot. O apresentador diz que só ele "pode vencer o PT no segundo turno". "Ou vocês vão querer correr o risco de ter o PT de novo na Prefeitura? Você lembra o estrago? Greve de ônibus, taxas e caos na saúde". E completa: "Alckmin é a única chance que temos de evitar tudo isso". No último mês, entre 15 de agosto e 12 de setembro, Alckmin caiu de 26% para 21% nas intenções de voto, segundo a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, enquanto no mesmo período Kassab subiu de 8% para 21%. Os dois estão empatados na disputa pelo segundo lugar. Marta Suplicy lidera com 35%, segundo o último le-

"É preciso estimular as pessoas a voltarem a morar no centro expandido", defendeu Alckmin

Ex-governador nega que ataques sejam nova estratégia

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candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou ontem que os ataques ao prefeito e candidato do DEM, Gilberto Kassab, façam parte da nova linha de sua campanha. "Nós não pretendemos atacar ninguém. Nenhuma agressão, a campanha é propositiva, falando dos problemas da

cidade e levando esperança", declarou. "Eleição é isso mesmo, um vai se eleger, há várias alternativas, e é preciso comparar para que o eleitor possa escolher." Na semana passada, Alckmin mudou de marqueteiro e, desde então, não poupa críticas diretas a seus adversários. No programa de ontem na

VOTORANTIM FINANÇAS S.A. Companhia Aberta - CVM nº 01898-8 CNPJ nº 01.386.256/0001-41 - NIRE nº 3530018054-2 Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.954, 10º andar, conjunto 104, parte, CEP 01451-000, São Paulo - SP Código ISIN BRVTRFDBS063

FATO RELEVANTE E AVISO AO MERCADO DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES NÃO-CONVERSÍVEIS EM AÇÕES E SUBORDINADAS Nos termos do disposto na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM“) nº 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada, no artigo 53 da Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM 400“), e no artigo 7º da Instrução CVM nº 471, de 8 de agosto de 2008 (“Instrução CVM 471“), a VOTORANTIM FINANÇAS S.A., na qualidade de emissora (“Companhia“) e o BANCO VOTORANTIM S.A., na qualidade de coordenador líder (“Coordenador Líder“), vêm a público comunicar que farão o requerimento, nesta data, perante a Associação Nacional dos Bancos de Investimento - ANBID (“ANBID“), do registro da quinta emissão de debêntures pela Companhia para distribuição pública (“Oferta“), em série única, de 10.000 (dez mil) debêntures nominativas escriturais, não conversíveis em ações e subordinadas, com valor nominal unitário de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) em 1º de setembro de 2008 e vencimento em 1º de setembro de 2018 (“Debêntures“), no valor total de R$500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais), ao amparo do Procedimento Simplificado para o Registro de Ofertas Públicas de Distribuição de Valores Mobiliários regido pela Instrução CVM 471. Valor Total da Oferta:

R$500.000.000,00 1. CARACTERÍSTICAS DA OFERTA E DAS DEBÊNTURES 1.1. As características da Oferta e das Debêntures estão descritas acima de forma resumida, tal como autoriza o artigo 7º, §1º, da Instrução CVM 471. As informações completas estão disponíveis a todos os investidores, em teor idêntico ao apresentado à ANBID, nas páginas da rede mundial de computadores indicadas abaixo. 1.2. O público-alvo da Oferta será composto por clientes do Coordenador Líder e/ou outros investidores, pessoas físicas ou jurídicas, qualificados ou não, que tenham amplo conhecimento dos termos, condições e riscos inerentes às Debêntures, bem como acesso ao prospecto preliminar e ao prospecto definitivo da Oferta (“Prospecto Preliminar“ e “Prospecto Definitivo“, respectivamente).

Reprodução

2. REGIME DE COLOCAÇÃO 2.1. Observadas as condições previstas no contrato de colocação das Debêntures, o Coordenador Líder envidará os melhores esforços para colocar, junto ao público-alvo, a totalidade das Debêntures. 2.2. O Coordenador Líder terá o prazo de 6 (seis) meses contados da data da publicação do anúncio de início da Oferta (“Anúncio de Início“), para promover a colocação das Debêntures (“Prazo de Colocação“). 2.3. Se, ao final do Prazo de Colocação, as Debêntures não tiverem sido totalmente colocadas, o Coordenador Líder não se responsabilizará pelo saldo não colocado, obrigando-se, desde já, a Emissora a cancelar o saldo não colocado.

Propaganda de Alckmin na TV, sob o comando de Raul Cruz Lima

Vamos romper a relação entre vereadores e subprefeituras. O Legislativo deve apenas fazer leis e fiscalizar o Executivo Geraldo Alckmin vantamento. Em outra inserção na TV, a propaganda tucana menciona "pontos fracos" de Kassab e Marta. Com uniforme de piloto de avião, um ator pergunta ao telespectador se ele prefere ver a cidade nas mãos de alguém que grita com o passageiro (mostra uma foto de Kassab), de alguém que manda relaxar em um momento difícil

(exibe imagem de Marta) ou de um "comandante sério", referindo-se a Alckmin. A inserção faz menção indireta a dois episódios protagonizados pela petista e pelo prefeito. Em fevereiro do ano passado, Kassab expulsou de uma unidade de saúde, aos gritos de "vagabundo", um homem que protestava contra a Lei Cidade Limpa. Em junho de 2007, a então ministra do Turismo sugeriu aos passageiros "relaxar e gozar" para enfrentar o caos aéreo. A propaganda, já assinada pelo novo publicitário de Alckmin, Raul Cruz Lima – na semana passada, o marqueteiro Lucas Pacheco deixou a campanha depois de ser alvo de críticas de alckmistas –, faz parte da estratégia do "tudo ou nada" do PSDB para tentar emplacar o tucano no segundo turno da disputa. (AE)

TV, Alckmin acusou Kassab de não avançar no projeto do PSDB e declarou que os problemas na área de Saúde se agravaram muito na gestão do prefeito. Falou da falta de vagas nas creches e alfinetou o prefeito: "Ao invés de construir pontes, do qual Kassab se orgulha, eu resolveria essa questão das vagas nas creches". (AE)

3. INADEQUAÇÃO DA OFERTA A CERTOS INVESTIDORES 3.1. O investimento nas Debêntures não é adequado a investidores que (i) necessitem de liquidez, tendo em vista (a) a possibilidade de serem pequenas ou inexistentes as negociações das Debêntures no mercado secundário; e (b) que a opção de venda das Debêntures apenas poderá ser exercida nas Datas de Exercício (conforme definido da escritura de emissão das Debêntures), e mediante pagamento de remuneração inferior à Remuneração do Primeiro Período de Vigência da Remuneração (conforme definido da escritura de emissão das Debêntures); e/ou (ii) não estejam dispostos a correr o risco de crédito de empresa do setor privado e/ou do setor financeiro. Os investidores devem ler a seção “Fatores de Risco” do Prospecto Definitivo. 4. AGENTE FIDUCIÁRIO 4.1. O agente fiduciário é SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Renato Paes de Barros, nº 717, 6º e 10º andares, CEP 04530-001 (www.slw.com.br). 5. INSTITUIÇÃO DEPOSITÁRIA A instituição prestadora de serviços de escrituração e de banco mandatário das Debêntures é Banco Bradesco S.A., com sede na Cidade de Osasco, Estado de São Paulo, no núcleo administrativo denominado “Cidade de Deus”, Bairro de Vila Yara (www.bradesco.com.br). 6. PROSPECTO PRELIMINAR O Prospecto Preliminar está disponível nos seguintes endereços e páginas da rede mundial de computadores: • Votorantim Finanças S.A. Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.954, 10º andar, conjunto 104, parte, CEP 01451-000, São Paulo - SP www.votorantimfinancas.com.br

• Banco Votorantim S.A. Avenida Roque Petroni Júnior, nº 999, 16º andar, CEP 04707-910, São Paulo - SP www.bancovotorantim.com.br • CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos Rua Líbero Badaró, nº 425, 24º andar, CEP 01009-000, São Paulo - SP www.cetip.com.br • Comissão de Valores Mobiliários - CVM Rua Sete de Setembro, nº 111, 5º andar, CEP 20159-900, Rio de Janeiro - RJ, e Rua Cincinato Braga, nº 340, 2º, 3º e 4º andares, CEP 01333-010, São Paulo - SP www.cvm.gov.br • Associação Nacional dos Bancos de Investimento - ANBID Avenida das Nações Unidas, nº 8.501, 21º andar, CEP 05425-070, São Paulo - SP www.anbid.com.br 7. DATAS ESTIMADAS E LOCAIS DE DIVULGAÇÃO DA OFERTA A Oferta somente terá início após (i) a concessão do registro da Oferta pela CVM; (ii) a publicação do Anúncio de Início; e (iii) a disponibilização do Prospecto Definitivo aos investidores. 8. CRONOGRAMA ESTIMADO DAS ETAPAS DA OFERTA Data de Realização/ Evento Data Prevista (*) Deliberação da Companhia aprovando a Oferta 26/08/2008 Protocolo perante ANBID (Instrução CVM 471) 16/09/2008 Publicação de Fato Relevante (Instrução CVM 358 e art. 7º da Instrução CVM 471/08) e Aviso ao Mercado com Informações Resumidas 16/09/2008 Disponibilização do Prospecto Preliminar 16/09/2008 Registro da Oferta na CVM 08/10/2008 Publicação do Anúncio de Início 09/10/2008 Disponibilização do Prospecto Definitivo 09/10/2008 Início da liquidação da Oferta 09/10/2008 Data limite para publicação do Anúncio de Encerramento da Oferta 10/04/2009 (*) As datas previstas para os eventos futuros são meramente indicativas, e estão sujeitas a alterações e atrasos. 9. INFORMAÇÕES ADICIONAIS As informações relativas à Companhia, às Debêntures e à Oferta estão detalhadas no Prospecto Preliminar. Maiores informações sobre a Oferta poderão ser obtidas com o Coordenador Líder ou na CVM, nos endereços indicados acima. As informações referentes ao Prospecto Preliminar serão objeto de análise por parte da ANBID e da CVM e estarão sujeitas a complementação ou correção. O Prospecto Definitivo será colocado à disposição dos investidores nos locais referidos acima, a partir da data de publicação do Anúncio de Início, o que dependerá da concessão de registro da Oferta pela CVM. O registro da presente Oferta não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou em julgamento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre as Debêntures a serem distribuídas. LEIA O PROSPECTO ANTES DE ACEITAR A OFERTA.

A(O) presente oferta pública (programa) foi elaborada(o) de acordo com as normas de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública (programa), aos padrões mínimos de informação exigidos pela ANBID, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das Instituições Participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública (programa). Este selo não implica recomendação de investimento. O registro ou análise prévia da presente distribuição não implica, por parte da ANBID, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre os valores mobiliários a serem distribuídos.

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Fernando Vieira


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Informática

1 Pesquisa da Intel revela: o consumidor brasileiro não dispensa ir à loja na hora de comprar o PC. Pág. 3

CAÇA AO PROFISSIONAL

E

m um país onde o fantasma do desemprego ameaça constantemente diversos segmentos da economia, o setor de Tecnologia de Informação vai bem, obrigado. Isto é, para sorte dos profissionais e azar das empresas. Essa busca de pessoas capacitadas não é só um problema do Brasil, mas uma carência que

REGIANE BOCHICHI

atinge diversos países que investem dificuldades em preencher as vagas pesado no setor. Muitos profissionais abertas – 10% a mais do que no ano anterior. Técnicos especializados, dessa área estão sendo assediados engenheiros e pessoal de TI estão por empresas que procuram preencher vagas abertas e não entre as 10 profissões mais encontram mão-de-obra capacitada. procuradas, de acordo com o mesmo estudo. E se a mão-de-obra Segundo levantamento feito em 32 países, em janeiro, pela ManPower qualificada está em falta, ainda dá tempo de procurar uma graduação Inc, líder mundial no segmento de serviços em recursos humanos, 31% ou pós-graduação em escolas especializadas em tecnologia, cujos das empresas estão tendo treinamentos e cursos podem durar semanas ou até dois anos e meio.

Leia nas páginas 6 e 7


Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

VOTOS NOS MUNICÍPIOS BENEFICIAM GOVERNO

José Cruz/ABr

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Com o PAC, retiramos palafitas e estamos construindo esgoto e moradia (em Recife). Dilma Rousseff

Governistas lideram em 19 das 26 capitais

Dilma aparece em campanha de candidato do PT em Recife

"

Os municípios que estão se alinhando com o Planalto representam pelo menos 22,5 milhões de eleitores

O

presidente Luiz crescimento de 6% do Produto Inácio Lula da Sil- Interno Bruto (PIB). va ainda não anunEssa projeção de vitórias ciou quem será seu aliadas nem leva em conta a sicandidato à sucessão, mas o es- tuação peculiar de Belo Horicolhido deverá partir para a zonte, onde o líder das pesquicampanha com uma invejável sas, Márcio Lacerda, pertence rede de apoio nas capitais bra- a um partido da base aliada sileiras. Hoje, candidatos de (PSB), mas ligado politicamenpartidos da base aliada do pre- te tanto a um governista (o presidente lideram as pesquisas feito petista da capital mineira, de intenção de voto em 19 das Fernando Pimentel) quanto a 26 capitais, levando vantagem um oposicionista (o governaaté em importandor tucano Aécio tes redutos polí- O bom resultado dos Neves). ticos administra- governistas nas Se o atual cenádos pela oposirio se confirmar eleições municipais ção, como São nas urnas, o futuP a u l o e R i o d e não garante vitória ro candidato goautomática na Janeiro. vernista à PresiPara se ter uma sucessão presidencial, dência terá a seu idéia do que re- mas garante favor uma base presenta esse pode apoio municipalanques nas tencial político, pal superior à as 19 capitais que maiores cidades do que o ex-presiestão se alinhan- País em 2010. dente Fernando do com o goverHenrique Cardonismo represenso repassou para tam um universo de aproxima- seu candidato, José Serra, na damente 22,5 milhões de elei- eleição de 2002. tores, excluindo o total de Belo Na ocasião, Serra saiu do MiHorizonte. Do lado da oposi- nistério da Saúde para se torção, os apoios das capitais re- nar o candidato oficial de Ferpresentam cerca de 4,9 milhões nando Henrique tendo apenas de eleitores. 13 das 26 capitais alinhadas à O desempenho reflete a alta base governista. O atual gopopularidade de Lula, cujo vernador de São Paulo acabou governo estabeleceu sua me- derrotado por Lula. lhor marca de aprovação, seObviamente, o bom resultagundo pesquisa do Datafolha, do dos governistas nas eleipublicada última sexta-feira, ções municipais não garante a impulsionado por bons resul- vitória automática na sucessão tados na economia, como o presidencial. Mas amplia con-

Marcos Vieira/AE 27.04.08

sideravelmente a capilaridade de sua campanha e garante palanques nas maiores cidades do País. Dilma – Esse aspecto acaba sendo mais vantajoso no caso de Lula confirmar a tendência de bancar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Estreante em campanhas, Dilma precisa mais do que outros candidatos desse tipo de apoio regional, justamente para tornar seu nome mais conhecido. Dilma tem aparecido em programas eleitorais – em alguns com o carimbo de "mãe do PAC" (Programa de Aceleração do Crescimento) – e participado de inaugurações ao lado do presidente Lula em diversos pontos do País. A candidata do PT em São Paulo, Marta Suplicy, usou o nome da ministra em sua campanha para falar de seu projeto para ampliar a malha do Metrô, que receberia investimentos do PAC. Segundo Marta, o projeto já estaria acertado com Dilma Rousseff. Educação – O brasileiro não prioriza a educação na hora de votar, constatou a primeira edição da pesquisa anual do

Líder nas pesquisas em Belo Horizonte, o candidato Márcio Lacerda, do PSB, está ligando tanto ao governo, através do prefeito Fernando Pimentel (PT), quanto à oposição, pela sua ligação com o governador tucano Aécio Neves. O governador já foi citado por Lacerda durante propaganda eleitoral.

Ibope sobre educação. De acordo com o levantamento, menos de 1% da população considera as propostas para a educação determinantes na escolha do prefeito. O estudo revela ainda que 68% dos entrevistados não têm a menor idéia do que o atual governante está fazendo pela educação em seu município. Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, o desinteresse pela educação parte das classes dirigentes. "O que temos que fazer é sensibilizar a classe política, os empresários e a sociedade civil de

que educação é a base da civilização. Sem ela, não há crescimento econômico, distribuição de renda, queda da criminalidade. É um trabalho de longo prazo, pois no Brasil é muito recente esse despertar para o valor da educação", disse o ministro no lançamento do movimento Educar para Crescer, quando foi divulgada a pesquisa, no Museu da Casa Brasileira, em SP. Foram ouvidas mil pessoas, com idade entre 16 e 69 anos, de todas as classe sociais, moradoras de nove regiões metropolitanas do País. (AE)

Agora é a vez de João da Costa prefeito", afirma a ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em uma gravação do candidato petista a prefeito do Recife, divulgada ontem no programa eleitoral da televisão. Na sua estréia na campanha do petista, a imagem de Dilma foi ao ar depois de uma reportagem do programa mostrar a retirada de famílias de algumas palafitas de mangues e periferias e o anúncio de financiamento assegurado para mais cerca de 700 famílias deixarem de habitar em condições sub-humanas. "Com o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) retiramos palafitas e estamos construindo esgoto e moradia", diz a ministra, em gravação realizada há cerca de duas semanas, em Brasília, mas que somente foi ontem ao ar. "Vamos tornar o Recife uma cidade mais humana", completou. A estréia de Dilma ocorreu uma semana após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter aparecido no programa eleitoral da televisão e em inserções pedindo voto para João da Costa. Segundo a última pesquisa Ibope, João da Costa lidera as pesquisas de intenção de voto, com 46%. O ministro da Justiça, Tarso Genro, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini também já participaram da campanha. Costa também é apoiado pelo governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), que indicou o candidato a vice, Milton Coelho (PSB). Na tentativa de levar a eleição ao segundo turno, os opositores tentam desconstruir a imagem criada em torno da administração do petista, apontando falhas e gastos que consideram mal utilizados, com eleitores mostrando insatisfação e decepção. Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB), Cadoca (PSC) e os partidos PSTU, PSol e PCB tentam convencer o eleitor de que têm melhores propostas.

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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

AUMENTA PRESSÃO ENTRE CANDIDATOS

Eymar Mascaro

Barreiras

O

Projeto define áreas prioritárias e está aberto a sugestões Sergio Kapustan Plano de governo do prefeito (na foto acima, durante a comemoração do 22º aniversário da Guarda Civil Metropolitana): "Aceitamos sugestões até mesmo de adversários", diz Afif Domingos (à esquerda).

Raphael Castello/AE

E

feiçoem. Vamos aceitar sugestões até mesmo de adversários", adiantou Afif. O plano divide a gestão municipal em áreas como saúde, educação e habitação. Segundo Afif, a orientação da administração é melhorar o atendimento às camadas mais pobres da população e cuidar da infraestrutura da cidade. "Vamos mostrar em que situação nós assumimos a prefeitura em 1º de janeiro de 2005, secretaria por secretaria, o que fizemos e as diretrizes do que pretendemos fazer", declarou o coordenador do programa. Saúde – O candidato democrata já declarou que pretende

continuar investindo 20% do orçamento na Saúde, para ampliar o Programa Mãe Paulistana (que dá assistência integral às gestantes) e as AMAs (Assistência Médica Ambulatorial), que atendem pacientes de patologias de baixa e média complexidade sem agendamento de consulta; e construir o hospital de Parelheiros. "Há 18 anos nenhum hospital era construído na cidade", relembra Kassab. "Na nossa gestão, inauguramos dois: um em M'Boi Mirim e outro em Cidade Tiradentes, além de 115 AMAs, que aliviam o atendimento nos hospitais e UBSs, efetuando 2 milhões de proce-

dimentos", explica. Habitação – Na habitação, a meta principal é regularizar 810 mil unidades habitacionais – constituídas por favelas, cortiços e loteamentos irregulares – que estão espalhadas em toda a cidade. Educação – Na área de educação, a meta é diminuir o déficit em creches (70 mil vagas), investir na construção de EMEIs (Escolas Municipais de Ensino Infantil), aumentar a parceria com o Estado para a criação de novas 16 mil vagas para o ensino profissionalizante e dar continuidade à política de valorização profissional dos professores.

No rádio, Marta reforça parceria com Lula e Dilma

Marta: "Garanto que São Paulo tem um peso muito grande"

200 estabelecimentos. Na semana passada, Marta afirmou que a ação governamental contra a venda de gasolina adulterada é feita no âmbito federal, em parceria com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), e não pelas prefeituras, que apenas colaboram com a força-tarefa. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, prometeu a construção de novos hospitais em Parelheiros e Brasilândia. Ele também voltou a propor o projeto Saúde Integrada Municipal (SIM) para integrar os serviços da área, além da construção de dez Centros de Referência dos Idosos (CRI).

Paulo Maluf (PP) voltou a ressaltar as obras que realizou na cidade e disse que soube gerenciar o dinheiro público. Soninha Francine (PPS), por sua parte, defendeu a realização de mutirões de exames médicos para acabar com as filas. Ciro Moura (PTC) disse que, se eleito, pretende adotar o Plano Municipal de Saúde de Livre Escolha (Plus), que envolve profissionais da Prefeitura em instituições particulares. Já Renato Reichmann (PMN) defendeu a criação de empresas comunitárias. Ivan Valente (PSol) prometeu universalizar direitos e promover a distribuição de renda. (AE)

N

Masao Goto Filho/e-SIM - 08.09.08

Correria aumenta na reta final da disputa eleitoral região central. Paulo Maluf, do PP, também não descansou. Fez carreatas pelo bairro Santana, na zona norte, e Carrão, na zona leste. Levy Fidelix, do PRTB, gravou programas para o horário eleitoral gratuito e, à noite, concedeu entrevista a uma emissora de televisão. Renato Reichmann, do PMN, participou do Fórum Municipal de Economia Solidária, na Câmara Municipal. Ciro Moura, candidato da coligação "Tostão contra o Milhão" (PTC-PTdoB), foi à Fundação

SEGUIDOR

IMAGEM

A exemplo de Kassab, também Alckmin resolveu estabelecer uma comparação entre sua administração no governo do Estado e a prefeitura de Marta. É exatamente isso que Kassab vem fazendo, comparando seu governo com o da exprefeita.

É possível que após a divulgação de mais duas pesquisas, Alckmin recorra com mais entusiasmo à participação de José Serra na sua campanha. Por isso, utilizou a estratégia de afirmar que Kassab não levou adiante o projeto do PSDB – de Serra, no caso – como deveria. O governador, porém, não esconde que continua apoiando também o prefeito.

CONTINUIDADE Kassab vai continuar desafiando Marta, pois seu interesse é manter a polarização com a candidata do PT. Alckmin prefere atacar os dois rivais e ainda pregar o voto útil. O tucano acha que é o único que pode derrotar a petista no segundo turno.

FUNDAMENTAL

Dia agitado para todos os candidatos um dia especialmente agitado para praticamente todos os aspirantes à Prefeitura paulistana, o candidato da coligação "Alternativa de Esquerda para São Paulo" (PSol-PSTU), Ivan Valente, e a candidata do PPS, Soninha Francine, participaram ontem de um debate sobre saúde na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Soninha ainda visitou o Projeto Quixote, na Vila Clementino, zona sul da capital paulista, e à noite deu palestra na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na

CRESCIMENTO A pesquisa Datafolha mostrou também que a avaliação de" bom" e "ótimo" de sua administração cresceu de 45% para 50% e que seu nível de rejeição também baixou. O prefeito admite que seu êxito é produto da campanha na televisão.

NOS BAIRROS

Paulo Pinto/AE

A

voltará a carregar o Bilhete Único na catraca. Marta também aproveitou para criticar o atual prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM). "A validade de três horas (para o Bilhete Único) que o atual prefeito fez às pressas, por causa da eleição, vai passar a valer também para quem usa vale transporte e passe escolar", garantiu Marta. Já Kassab aproveitou o programa para exercer um direito de resposta concedido pela Justiça Eleitoral. Ele afirmou que foi alvo de inverdades proferidas pela campanha da petista. "A campanha da Marta faltou com a verdade. Ao contrário do que disse, o prefeito de São Paulo realizou e realiza um combate sem trégua contra os postos que vendem gasolina irregular ou adulterada", afirmou o locutor, ressaltando que Kassab já fechou mais de

comando de campanha do PSDB enfrenta dois problemas: a equipe não conseguiu ainda conter a ascensão de Gilberto Kassab e a queda de Geraldo Alckmin nas pesquisas. As duas pesquisas divulgadas no fim de semana – Ibope e Datafolha – revelaram que o prefeito mantém a linha ascendente nos levantamentos, enquanto o tucano sustenta seu índice de intenção de voto na atual campanha. As duas pesquisas indicaram também que Marta Suplicy mantém a liderança e assegura passagem para o segundo turno, embora tenha registrado queda em relação às pesquisas anteriores, ainda que a oscilação tenha ocorrido dentro da margem de erro. O índice de preferência eleitoral da petista oscilou entre 35% e 37% no Ibope e Datafolha, enquanto Alckmin e Kassab bateram na casa dos 20% de preferência do eleitor.

As pesquisas de fim de semana indicaram também que o prefeito cresceu nos bairros da periferia, onde Marta é forte. O prefeito vai intensificar a campanha nesses bairros para tentar se isolar na segunda colocação nas pesquisas.

Candidata destaca investimentos em transportes candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), reforçou ontem, durante o programa eleitoral, a parceria que realizará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, caso seja eleita. Marta afirmou que já desenvolveu um projeto integrado na área de transporte, com investimentos em Metrô, ônibus e obras viárias, além de fiscalização. "Eu sei que a senhora já apresentou e discutiu esse plano com o presidente Lula e a ministra Dilma", afirma o locutor. A candidata completa: "Como ministra do turismo, participei ativamente desse programa e garanto que São Paulo tem um peso muito grande". A petista também prometeu que, uma semana após a sua vitória nas urnas, o paulistano

Há 18 anos nenhum hospital era construído na cidade. Na nossa gestão, inauguramos dois. Gilberto Kassab

José Luís da Conceição/AE

KASSAB APRESENTA HOJE SEU PLANO DE GOVERNO

m ascensão contínua nas últimas pesquisas de intenção de voto, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) lança hoje, no Expo Center Norte, o seu plano de governo 2009-2012. O documento foi elaborado por 17 coordenadorias temáticas. De acordo com o coordenador geral do programa, Guilherme Afif Domingos, o projeto não está concluído porque a estratégia é disponibilizar os dados na internet e aceitar sugestões dos internautas. "A aliança de partidos que dá sustentação à candidatura Kassab está apresentando as diretrizes do segundo governo e, ao mesmo tempo, aceitará críticas e sugestões que o aper-

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Newton Santos/Hype

6

Soninha: debate sobre saúde na USP e palestra no Mackenzie

Abrinq e se comprometeu a ser um "prefeito amigo da criança". Por fim, a candidata Anaí Caproni, do PCO, e

Edmilson Costa, que concorre pelo PCB, não saíram às ruas, mas tiveram reuniões internas de campanha. (AE)

É importante para os candidatos alcançarem bons índices nas bairros das zonas leste e sul, que são duas das principais regiões eleitorais da Capital. Segundo o TRE, as zonas leste e sul somam cerca de 60% do total de eleitores no município.

DIFICULDADE O PT não acredita que PSDB e DEM reestabeleçam a coligação no segundo turno. O partido acha que as críticas de Alckmin a Kassab dificultariam a reaproximação. A atual estratégia de campanha do tucano é criticar a atual administração com veemência.

INDEFINIÇÃO Se a eleição fosse hoje, Alckmin e Kassab não saberiam responder qual deles passaria para o segundo turno. Os dois estão rigorosamente empatados na vice-lideranças das pesquisas, embora a tendência de crescimento, por enquanto, seja do prefeito.

PRESIDENTE Em relação à pesquisa anterior, Marta perdeu três pontos no Datafolha, caindo de 40% para 37% de intenção de voto. Diante do exposto, a petista também deve recorrer um pouco mais do apoio de Lula. O presidente já esteve com Marta em caminhadas e comício. O PT quer pegar carona na alta popularidade de Lula em São Paulo.

IMPOSSÍVEL Pelos resultados das pesquisas – a queda de Marta e a subida de Kassab, o que faz com que a soma dos votos dos adversários seja muito superior à marca atingida pela ex-prefeita –, é cada vez mais improvável que a eleição para prefeito em São Paulo se decida ainda no primeiro turno.

DESEJO Admitindo que Marta encontrará dificuldade de se eleger no segundo turno, o presidente Lula mantém o sonho de que a eleição se decida no primeiro turno. Detalhe: para ganhar no primeiro turno, Marta precisaria ter mais votos do que a soma de votos dos adversários.

COMO ESTÁ Segundo as pesquisas divulgadas, Marta passaria para o turno final com cerca de 2,5 milhões de votos, enquanto Alckmin e Kassab teriam, cada um, aproximadamente 1,5 milhão de votos.

PAU A PAU

Pela projeção do Ibope e do Datafolha, existe um forte equilíbrio entre os três principais candidatos no segundo turno. Marta empataria tecnicamente tanto com Alckmin quanto com Kassab, o que dá a idéia de que a eleição em São Paulo continua indefinida.

Os candidatos iniciaram a semana de olho nas pesquisas que continuam sendo feitas. Os partidos recebem levantamentos quase que diariamente. Os democratas continuam acreditando que Kassab manterá sua linha ascendente.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Nacional Finanças Tr a b a l h o Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Montadora também inaugura um Centro Logístico

O

investimento de R$ 36 milhões. Ao todo, a Volkswagen Caminhões planeja investir R$ 1 bilhão entre 2008 e 2012. De acordo com Cortes, dois terços desse investimento serão destinados ao desenvolvimento de novos produtos. O executivo não informou, no entanto, quantas e quais serão as novidades. Mas disse que a empresa pretende estrear em

POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO O Dirigente da UGE 180170 retifica edital do Pregão Eletrônico nº DF-043/20/ 2008, destinado à aquisição de Roupa de Combate a Incêndio, do tipo MENOR PREÇO, publicado neste veículo em 06/09/2008. A realização da nova sessão foi adiada para o dia 30/09/2008 e horário 09:00 hs, no endereço eletrônico: www.bec.sp.gov.br. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Nº 065/2008 - PROCESSO Nº 15533/2008 - HOMOLOGAÇÃO - OBJETO: Fornecimento de gêneros hortifrutigranjeiros para a Alimentação Escolar. Homologo a decisão proferida pelo Senhor Pregoeiro Gabriel Gonçalves Marmo, referente aos lotes adjudicados de números 01 e 05 a empresa CEAZZA DISTRIBUIDORA DE FRUTAS VERDURAS E LEGUMES devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 65.941.775/0001-07, ao lote adjudicado de número 02 a empresa DISTRIBUIDORA DE FRUTAS NOSSA SENHORA APARECIDA LTDA, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 03.242.915/0001-00, aos lotes adjudicados de números 03, 04, 06 e 07 a empresa CARLOS ABREU VARGAS RIO PRETO, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 96.224.266/0001-97 e aos lotes adjudicados de números 08, 09 e 10 a empresa SALMA MARIA COLOMBO BERMUDEZ ARARAQUARA ME, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 66.959.230/0001-90. Em oportunidade, designo o servidor Paulo José de Almeida, a efetuar a homologação junto ao site do Banco do Brasil. São Carlos, 15 de setembro de 2008. NEWTON LIMA NETO - Prefeito Municipal HAKKA EVENTOS S.A.

CNPJ nº 08.787.215/0001-06 NIRE 35.300.341.309 EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os senhores acionistas da Hakka Eventos S.A., para participarem da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que se realizará em 22/09/2008, às 10 horas em primeira convocação; ou às 11 horas, em segunda convocação, quando será instalada com a presença dos acionistas presentes, independentemente do quórum, na sede social, na Rua São Joaquim, 460, Térreo, São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre as seguintes ordens do dia: 1) Aprovação das contas dos administradores, do Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31/12/2007; 2) Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; 3) Alteração do objeto social; 4) Eleição da nova diretoria; 5) Suspensão temporária do funcionamento do Conselho Fiscal; e 6) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 08 de setembro de 2008. Chang Yun Sea – Diretor Presidente BICICLETAS CALOI S.A. - Companhia Aberta - CNPJ/MF nº 56.994.924/0001-05 - NIRE nº 35 3 0004949 7 - Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas em 29 de agosto de 2008 - Aos 29 (vinte e nove dias) dias do mês de agosto de 2008, às 9:00 horas, na sede social da Bicicletas Caloi S.A., na Rua Manoel Antonio da Luz, 76 - 1º andar - sala 1 - Bairro Santo Amaro - nesta Capital do Estado de São Paulo, reuniram-se os acionistas em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, representando mais de 2/3 (dois terços) das ações ordinárias escriturais com direito a voto, para deliberarem e votarem a matéria objeto da ordem do dia mencionada a seguir, estando ainda presente o Sr. Luíz Gonsaga Pereira Martins, representante dos auditores independentes Rodyo´s Auditores Independentes S/S. Após a verificação do quorum, conforme as assinaturas apostas no Livro de Presença de Acionistas, na forma estatutária e legal, assumiu a presidência dos trabalhos o Sr. Luiz Augusto Trindade - Diretor-Presidente, que convidou a mim, Jacinto Gonçalves, para secretário. Declarada instalada a Assembléia Geral Ordinária, na forma da legislação em vigor, determinou o Sr. Presidente que fossem lidos os seguintes termos dos Editais de Convocações, publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo nos dias 09, 11 e 12 de agosto de 2008 e no Diário do Comércio, nos dias 09, 11 e 12 de agosto de 2008: “BICICLETAS CALOI S.A. Cia. Aberta - CNPJ nº 56.994.924/0001-05 - NIRE nº 35 300 04949 7, Edital de Convocação, Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária. Ficam os Srs. acionistas convocados a comparecer às Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a serem realizadas, em conjunto, no dia 29 de agosto de 2008, às 9:00 horas, na sede social, na Rua Manoel Antonio da Luz, 76, 1º andar - sala 1 - Bairro Santo Amaro - São Paulo - SP- CEP 04745-030, para as necessárias deliberações a respeito da seguinte Ordem do Dia: I) Assembléia Geral Ordinária - 1) tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, do Balanço Patrimonial e das Demonstrações Financeiras, relativos aos exercícios findos em 31.12.2006 e 31.12.2007; 2) Eleger ou reeleger os membros do conselho de Administração; 3) Fixar a remuneração dos conselheiros e dos Diretores da companhia; e 4) Outros assuntos do interesse social. II) Assembléia Geral Extraordinária - 1) Mudança da Razão Social; 2) Alteração da redação do Art. 1º do Estatuto Social; 3) Alteração do Art. 18º e parágrafo único do Estatuto Social; 4) Consolidação do Estatuto Social; e 5) Outros assuntos de interesse social. São Paulo, 08 de agosto de 2008. Luiz Augusto Trindade - Diretor - Presidente e Diretor de Relações com o Mercado ”. Dando início à apreciação do item “1” Ordem do dia da Assembléia Geral Ordinária, informou o Sr. Presidente que o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial e as respectivas Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, bem como o Parecer dos Auditores Independentes, todos referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, haviam sido publicados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 24.04.2007 e no Diário do Comercio no dia 24.04.2007, sendo que os papéis e documentos a eles relativos permaneceram à disposição dos Srs. Acionistas na sede social da empresa, conforme avisos publicados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo nos dias 30.03.2007, 31.03.2007 e 03.04.2007, e Diário do Comércio nos dias 30 e 31.03.2007 e 01.04.07, 02.04.2007 e 03.04.2007, estando cópia desses documentos sobre a mesa, à disposição dos interessados. Esclareceu o Sr. Presidente que as contas da Diretoria Executiva já haviam sido aprovadas pelo Conselho de Administração da sociedade, com base no parecer dos Auditores Independentes. Após a discussão e votação da matéria, verificou-se que foram aprovadas as contas da administração referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, lembrando o Sr. Presidente que não seriam distribuídos dividendos e nem juros ao capital próprio aos acionistas por ter acusado o balanço geral da Companhia prejuízo no exercício encerrado em 31.12.2006. No que se refere ao exercício de 2007, esclareceu o Sr. Presidente que o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial e as respectivas Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, bem como o Parecer dos Auditores Independentes, todos relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007, haviam sido publicados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 25.04.2008 e no Diário do Comércio no dia 25.04.2008, sendo que os papéis e documentos a eles relativos permaneceram à disposição dos Srs. Acionistas na sede social da empresa, conforme avisos publicados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo nos dias 28.03.2008, 29.03.2008 e 01.04.2008, e Diário do Comércio nos dias 28.03.2008, 29, 30 e 31.03.2008 e 01.04.2008 estando cópia desses documentos sobre a mesa, à disposição dos interessados. Esclareceu ainda o Sr. Presidente que as contas da Diretoria Executiva já haviam sido aprovadas pelo Conselho de Administração da sociedade, com base no parecer dos Auditores Independentes. Após a discussão e votação da matéria, verificou-se que foram aprovadas as contas da administração referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007, salientando o Sr. Presidente que não seriam distribuídos dividendos e nem juros ao capital próprio aos acionistas por ter acusado o balanço geral da Companhia prejuízo no exercício encerrado em 31.12.2007. Passando ao ítem “2” da Ordem do Dia, deu o Sr. Presidente da Mesa prosseguimento à análise da matéria objeto da Assembléia para que se procedesse à eleição dos membros do Conselho de Administração com mandato até 30 de abril de 2011. Foram eleitos: para o cargo de Presidente do Conselho, o Sr. LUIZ AUGUSTO TRINDADE, brasileiro, casado, economista, portador da cédula de identidade RG nº 4.388.551 (SSP/SP) e CPF/MF nº 502.592.298-49, residente e domiciliado na Rua Duarte da Costa, 1699, Granja Viana, Cotia, Estado de São Paulo, CEP 06706-060; para os cargos de Conselheiros, o Sr. ELMO DONIZETTI PIMENTA, brasileiro, casado, gerente administrativo, portador da cédula de identidade RG nº 35.882.738-3 (SSP/SP) e CPF/MF nº 272.482.268-40, residente e domiciliado nesta Capital de São Paulo, na Rua Nova Tuparoquera, 365 - Bloco 4 - apto. 13 - Jardim Novo Santo Amaro - CEP 05820-200 e o Sr. JACINTO GONÇALVES, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 7.205.009 (SSP/SP), CPFMF 654.543.918-91, residente e domiciliado na Rua Barra Alta, 195, Jardim das Flores, São Paulo - SP, CEP 04904-160, os quais foram imediatamente empossados. Passando ao item “3” da Ordem do Dia, após discussão sobre a matéria foi aprovada a remuneração global anual fixada para o total dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva de até R$ 100.000,00 (cem mil reais). Por fim, quanto ao item “4” da Ordem do Dia, franqueou o Sr. Presidente a palavra a quem dela quisesse fazer uso sobre assuntos de interesse social. Como ninguém se manifestou, foi declarada esgotada a Ordem do Dia da Assembléia Geral Ordinária. Foi declarada, a seguir, com a presença dos mesmos acionistas e com a mesma mesa diretora dos trabalhos, instalada a Assembléia Geral Extraordinária. Deliberações: tomadas por unanimidade de votos, da seguinte forma: 1) Aprovada a Mudança da Razão Social da companhia para PRÓ METALURGIA S.A., 2) Aprovada a nova redação do artigo 1º do Estatuto Social, que passa a vigorar da seguinte forma: “Art. 1º - PRÓ METALURGIA S.A. é uma companhia aberta constituída em 10 de abril de 1948, que se regerá por este Estatuto Social e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis; 3) Aprovada a nova redação do Artigo 18º, que passa vigorar da seguinte forma: Art. 18º - A sociedade obrigar-se-á validamente pela assinatura; (a) do Diretor Presidente, agindo isoladamente; (b) dos outros Diretores, agindo em conjunto de dois; (c) de 2 (dois) procuradores agindo em conjunto; ou de um Diretor em conjunto com um procurador, quando assim for estabelecido no respectivo instrumento de mandato e de acordo com a extensão dos respectivos poderes. Desse modo, em contratos, procurações ad negocia e ad judicia, na movimentação de contas bancárias, emissão de cheques, ordens de pagamento, emissão, aceite e endosso de notas promissórias, letras de câmbio e títulos de crédito de interesse e relacionados com o objeto social, na compra, permuta, venda e oneração de bens móveis, cessão de direitos e créditos, assinaturas de escrituras e documentos pertinentes, deverá ser observado o disposto na parte inicial deste artigo. Em casos especiais, tais como atos de representação da sociedade em Juízo, inclusive para prestar depoimentos, confessar, transigir, firmar acordos, dar e receber quitação, assim como perante a Previdência Social e Sindicatos, órgãos da Receita Federal, repartições públicas e autarquias federais, municipais e estaduais, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Banco Central, e para o endosso de duplicatas para desconto, caução ou cobrança, protesto de títulos e duplicatas, recebimentos e quitação de créditos da sociedade, a companhia poderá ser representada por um único Diretor sem designação especial, ou por um único procurador, de acordo com a autorização/poderes então especificamente concedida/outorgados, pelo Diretor Presidente. § Único - Os procuradores da companhia serão constituídos pelo Diretor Presidente, isoladamente, ou por dois Diretores em conjunto, devendo os respectivos instrumentos de mandato especificar os poderes conferidos e prazo de validade de dois anos, exceto para procurações ad judicia, que poderão ter maior prazo de validade ou ter prazo de validade indeterminado. 4) por iniciativa dos acionistas presentes, foi debatida a alteração da redação do Artigo 3º, no tocante à exploração da marca CALOI e à prestação de serviços de metalurgia, tendo sido aprovada a alteração do referido artigo, que passa a vigorar da seguinte forma: Art. 3º - A sociedade tem por objeto a indústria e o comércio de bicicletas, motocicletas, motonetas, motociclos, ciclomotores, triciclos, quadriciclos, brinquedos, aparelhos para ginástica e ortopédicos, carrinhos de tração manual, veículos com e sem mecanismos de propulsão; aparelhos eletrodomésticos, aparelhos eletroeletrônicos; artefatos, motos (jet ski) e motores para uso náutico e marítimo; geradores de força, motores elétricos e a explosão; óleos lubrificantes ou combustíveis; bem como, suas peças, acessórios ou quaisquer tipos de componentes; a exportação ou importação desses produtos; a intermediação de negócios e a representação comercial dentro e fora do País; a instituição e exploração de eventos esportivos ou de outra natureza; a instituição, contratação e execução de consórcios de produtos; assessoramento e/ou agenciamento internacional na comercialização de bens, ou artigos de consumo, duráveis ou não, e, principalmente, aqueles constantes do objeto principal; prestação de serviços de assessoramento e planejamento industrial e/ou comercial; prestação a terceiros de serviços de metalurgia em geral. 5) por último, foi aprovada a adoção do texto consolidado do Estatuto Social, que, rubricado pelos membros da mesa, integra a presente como anexo 1. 6) franqueou o Sr. Presidente a palavra a quem dela quisesse fazer uso sobre assuntos de interesse social. Como ninguém se manifestou, foi declarada esgotada a Ordem do Dia da Assembléia Geral Extraordinária. São Paulo, 29 de agosto de 2008. Luiz Augusto Trindade - Presidente da Mesa; Jacinto Gonçalves - Secretário da Mesa. A presente é cópia fiel do original. São Paulo, 29 de Agosto de 2008. Luiz Augusto Trindade - Presidente da Mesa; Jacinto Gonçalves - Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 297.623/08-4, em 09/09/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária-Geral.

Fabio Rossi/Agência O Globo

No ABC, trabalhadores do setor de autopeças suspendem greve.

O Diretores da Volkswagen acionam simbolicamente o Centro Logístico

dois novos nichos de mercado: veículos abaixo de 5 toneladas de capacidade de carga e acima de 57 toneladas, incluindo um caminhão superpesado que poderá transportar até 70 toneladas. Scvhalle, por sua vez, disse que a montadora pretende produzir 800 mil unidades em todo o mundo até 2018, ante as 500 mil unidades previstas para 2008. Em Resende, são produzidas 220 unidades por dia, sendo que a estimativa é

alcançar 300 até maio do ano que vem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu a visita que faria à fábrica da VW devido ao mau tempo. Lula saiu de Mangaratiba (RJ), onde passou o domingo, para a Base Aérea de Santa Cruz e embarcou para Santiago, onde participa da reunião dos presidentes da União de Nações SulAmericanas que discute a situação da Bolívia. (AE)

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 040/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma geral da E. M. José Barbar Cury. Sec. Mun. Educação. Limite p/ entrega dos envelopes 01/10/2008 às 17:00h e abertura dia 02/10/2008 às 08:30h.

SASCO DO BRASIL S.A. CNPJ MF nº 69.054.112/0001-21 - NIRE Nº 35300135075 Ata da Assembléia Geral Ordinária Data: 25 de abril de 2008, às 13:00 horas. Local: Sede Social, na Avenida das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, sala 01, São Paulo, SP. Presença: A totalidade do capital social. Convocação: Dispensada a convocação em virtude do comparecimento de todas as Acionistas, de acordo com o disposto no § 4° do artigo 124, da Lei n° 6.404/76. Mesa: Sr. Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente; Srta. Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. Ordem do Dia: (I) aprovar o Balanço Patrimonial e as Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007. Deliberações: (I) foram integralmente aprovados o Balanço Patrimonial e as Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007, cujas cópias autenticadas ficarão arquivadas no registro do comércio juntamente com esta ata. Aprovação: Todas as deliberações foram tomadas por unanimidade de votos. As publicações previstas na Lei das Sociedades por Ações, relacionadas com a Companhia, serão efetuadas no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e no jornal “Diário do Comércio”. São Paulo, 24 de abril de 2008. Mesa: Enrico Zito, Presidente; Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. Acionistas: Latin America Sales and Service Company, p. Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito; Whirlpool do Brasil Ltda., pp. Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito e Enrico Zito. Diretores: Enrico Zito e José Aurélio Drummond Jr. JUCESP - Certifico o registro sob nº 240.427/08-7, em 25/07/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista informou que representantes das principais empresas de autopeças da região procuraram a entidade para retomar as negociações salariais. Com isso, apesar de o estado de greve permanecer, os trabalhadores dessas empresas voltaram ao trabalho ontem, aguardando a discussão dos acordos. Segundo a direção do Sindicato dos Metalúrgicos, essas empresas empregam cerca de 80% dos trabalhadores do setor no ABC. O sindicato que reúne os fabricantes, o Sindipeças, não participou da reunião de ontem. Com isso, a entidade

que reúne os trabalhadores informou que os acordos poderão ser fechados em separado, diretamente entre cada uma das empresas e o órgão da categoria. Os trabalhadores do setor de autopeças decidiram, sexta-feira, entrar em greve por tempo indeterminado. Naquele dia, eles recusaram, em assembléia, a proposta de reajuste salarial das empresas da região. A categoria, que tem 22 mil trabalhadores no ABC, exige um aumento de 11,01%, mais um abono a ser discutido. Essas mesmas exigências, apresentadas pelos trabalhadores das montadoras do Estado, foram atendidas na quintafeira última. (AE)

PRÓ METALURGIA S.A. - Companhia Aberta - CNPJ/MF nº 56.994.924/0001-05 - NIRE nº 35 3 0004949 7 - Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 29 de agosto de 2008 - Aos 29 (vinte e nove) dias do mês de agosto de 2008, às 11:00 horas, na sede social, na Rua Manoel Antonio da Luz, 76 - 1º andar, sala 1, Bairro Santo Amaro, nesta Capital de São Paulo, SP, com a presença de todos os seus membros eleitos pela recém-concluída Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, reuniu-se o Conselho de Administração, sob a presidência do Sr. Luiz Augusto Trindade, secretariado pelo Sr. Jacinto Gonçalves, com o objetivo de deliberar sobre a eleição ou reeleição dos membros da Diretoria Executiva, sendo certo que, na conformidade com o disposto do art. 12 do estatuto social, já está reeleito os Sr. Luiz Augusto Trindade para ocupar o atual cargo da Diretoria Executiva. Após a discussão do assunto, foi aprovada a nova composição da Diretoria Executiva, com indicação dos seus membros e respectivos cargos, com mandato para o triênio de 2008/2011. Diretoria Executiva: Diretor Presidente: Sr. Luiz Augusto Trindade, brasileiro, casado, economista, portador da cédula de identidade RG nº 4.388.551 (SSP/SP) e CPF/MF nº 502.592.298-49, residente e domiciliado na Rua Duarte da Costa, 1699, Granja Viana, Cotia, Estado de São Paulo, CEP 06706-060; Diretor: Sr. Fernando Aurélio Homem, brasileiro, casado, economista, portador da cédula de identidade RG nº 5.529.267-7 (SSP/SP) e CPF/MF nº 598.491.268-68, residente e domiciliada em São Paulo, Rua Araquém, 205, apto. 22, Vila Mascote, São Paulo, SP, CEP 04365-050. Os diretores ora eleitos, declaram, sob as penas da lei, que não estão incursos em qualquer crime que os impeçam de exercer atividade mercantil. Os conselheiros decidem, ainda, eleger o Sr. Luiz Augusto Trindade, já qualificado, para exercer as atribuições inerentes ao cargo de Diretor de Relações com o Mercado, função está que será cumulada com suas outras atribuições executivas. Todos os diretores tomaram posse em seus cargos, mediante assinatura dos termos de posse, independentemente da prestação de caução. Como nada mais havia para ser tratado ou discutido, foi encerrada a reunião e lavrada esta ata que, depois de lida e aprovada, foi assinada por todos os Conselheiros. São Paulo, 29 de agosto de 2008. Luiz Augusto Trindade - Presidente; e Jacinto Gonçalves - Secretário. A presente é cópia fiel do original. São Paulo, 29 de agosto de 2008. Luiz Augusto Trindade - Presidente. Jacinto Gonçalves - Secretário. Luiz Augusto Trindade - Presidente do Conselho. Jacinto Gonçalves - Conselheiro. Elmo Donizetti Pimenta - Conselheiro. JUCESP nº 297.624/08-8, em 09/09/08. Cristiane da Silva Corrêa - Secretária-Geral. Brasil Aconselhamento Financeiro S.A. EM LIQUIDAÇÃO CNPJ n° 33.641.135/0001-95 - NIRE n° 35300136012 Ata da Assembléia Geral Extraordinária de 29.05.2008 1. Data, hora e local: Aos vinte e nove dias do mês de maio de 2008, às 15:00 horas, na sede da Brasil Aconselhamento Financeiro S.A. - Em Liquidação , na Av. Paulista n° 2.300, 8° andar - parte, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. 2.Presenças: Acionista representando a totalidade do capital social, conforme assinatura no Livro de Presença . 3.Convocação: dispensada a publicação da convocação,

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR HOSPITAL ESTADUAL BAURU

PREGÃO Nº 067/2008 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 513/2008 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 056/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 16 de setembro de 2008 a 03 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/ nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680-ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885-ramal 110 ou 117, site www.famesp.fmb.unesp.br/ licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 056/2005-FAMESP/HEB - PREGÃO Nº 067/2008- FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 513/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de Empresa para Prestação de Serviço de Fornecimento de Gases Medicinais Liquefeitos, incluindo Locação e Manutenção de Tanques de Armazenamento e Abastecimento, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU e HOSPITAL ESTADUAL MANOEL DE ABREU, conforme especificações constantes do ANEXO II - PROJETO BÁSICO, que integra o edital. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 01 de outubro de 2008, no Hospital Estadual Bauru, no endereço abaixo. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 06 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 12 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor Presidente FAMESP

em face do facultado no artigo 124, § 4° da Lei 6.404/76. 4. Mesa: Presidente: Sra. Aparecida Cleuza Oliva Oishi; Secretária: Sandra Conceição da Paixão Velloso. 5. Ordem do dia: 1) Renúncia do membro do Conselho de Administração: Leonardo Silva de Loyola Reis, brasileiro, casado, bancário, com endereço comercial na Rua Senador Dantas 105 37° andar - Centro, estado do Rio de Janeiro (RJ), inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF/MF, sob n° 981.761.707-63, e portador da Carteira de Identidade n° 08.707.176-7 IFP/RJ. 2) Propor a indicação e eleição do novo integrante do Conselho de Administração da Sociedade. 3) Propor a reeleição dos membros remanescentes do Conselho Administrativo Srs. Leandro de Carvalho Vieira, Marília de Oliveira Carmo e André Luís Dantas Furtado. 6.Deliberações tomadas por unanimidade, em Assembléia Geral Extraordinária: 1) tendo em vista a renúncia do Conselheiro: Leonardo Silva de Loyola Reis, os acionistas decidiram pela eleição, como novo integrante do Conselho de Administração, o Sr. Tomaz Aquino de Souza Barbosa, brasileiro, casado, bancário, com endereço comercial na Rua Senador Dantas 105 37° andar - Centro, estado de Rio de Janeiro (RJ), inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF/MF, sob n° 695.350.517-68, e portador da Carteira de Identidade profissional n° 20-20870-7 CRA-RJ. 3) acionistas decidiram pela reeleição dos Srs. Leandro de Carvalho Vieira, brasileiro, casado, bancário, com endereço comercial na Rua Senador Dantas 105 - 37° andar - CEP 20031-923, Rio de Janeiro -RJ, portador do CPF n° 991.218.327-49 e da Carteira de Identidade n° 08.390.310-4, expedida pelo IFP/RJ em 10/04/1987; Marília de Oliveira Carmo, brasileira, divorciada, bancária, com endereço comercial na Rua Senador Dantas 105 - 37° andar - CEP 20031-923, Rio de Janeiro - RJ, portadora do CPF n° 952.726.747-15 e da Carteira de Identidade n° 05843614-8 expedida pelo SSP-RJ em 10.08.2002; André Luis Dantas Furtado, brasileiro, casado, bancário, com endereço comercial na Rua Senador Dantas 105 - 37° andar - CEP 20031-923, Rio de Janeiro - RJ, portador do CPF n° 907.914.447-91 e da Carteira de Identidade n° 07078663-7, expedida pelo IFP/RJ em 04/04/ 1984. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reabertos os trabalhos, foi a presente ata lida e aprovada, tendo sido assinada por todos os presentes: Aparecida Cleuza Oliva Oishi, Presidente; Sandra Conceição da Paixão Velloso, Secretária. CÓPIA TRANSCRITA DO LIVRO DE ATAS DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS. CONFERE COM O ORIGINAL. São Paulo (SP), 29 de maio de 2008. Sandra Conceição da Paixão Velloso - CPF n° 549.062.887-15. Jucesp: sob n° 298.636/08-6 em 10/09/08.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO – CODASP CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Ata da 349ª Reunião do Conselho de Administração, realizada no dia 08/09/08. Aos 08.09.2008 (oito dias do mês de setembro do ano de dois mil e oito), às 14:30 horas, realizou-se a 349ª os expedientes em referência sobre a mesa, à disposição dos demais Srs. Conselheiros, e submeteu a reunião do Conselho de Administração da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo matéria a exame, para discussão. Deliberação do Conselho de Administração: o assunto foi devida- Codasp, na sua sede central, situada na Av. Miguel Estéfano nº 3.900, São Paulo-Capital. Presentes: mente examinado e discutido. Considerando tudo quanto exposto; considerando as indicações havidas, o Dr. João de Almeida Sampaio Filho, Presidente do Conselho e os membros Drs. Antonio Julio que mereceram aprovação governamental; considerando o teor do Parecer Codec nº 149/2008; Junqueira de Queiroz, Antonio Vagner Pereira, Luciano Santos Tavares de Almeida e Gustavo considerando, por fim, tratar-se de atribuição deste Colegiado, consoante disposto no Estatuto Social e Gonçalves Ungaro, os dois primeiros eleitos na Assembléia Geral Ordinária de Acionistas da Empresa na Lei Federal nº 6.404/1976 e suas alterações, o Conselho de Administração, por unanimidade dos seus realizada em 25.04.2007; o terceiro, eleito na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28.04.2008; membros presentes, Decidiu eleger: para exercer as funções de Diretor Presidente, em substituição ao e os demais, eleitos na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25.06.2008, todos eles empossados Dr. José Roberto Perosa Ravagnani, o Sr. Petrônio Pereira Lima, brasileiro, casado, engenheiro nas mesmas datas das respectivas eleições, havendo quórum para a realização da sessão, nos termos agrônomo, RG nº 5.586.539/SSP-SP, CPF/MF nº 705.970.738-72, residente e domiciliado na R. Euclides do art. 12, § 3º do Estatuto Social da Empresa, e considerando se acharem presentes 5 (cinco) membros, da Cunha nº 11 – ap. 54, Vila São Paulo, Araçatuba-SP, e para exercer as funções de Diretor de do total de 6 (seis) integrantes do Conselho. De antemão, o Sr. Presidente justificou que, não obstante as Operações, o Sr. Luiz Gonzaga de Godoy e Vasconcelos, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, RG disposições do art. 12, § 1º, do Estatuto, fez-se presente a necessidade da convocação desta reunião em nº 4.393.468-7/SSP-SP, CPF/MF nº 664.260.148-34, residente e domiciliado na R. Luiz Ferrari nº 199, caráter de urgência, e da forma como foi feita, dada a situação emergencial surgida, conforme se verá, e Jardim Santa Gertrudes, Marília-SP, ficando, conseqüentemente, destituído de tais funções o Eng. levando-se em conta, neste particular, o disposto no mesmo art. 12, § 4º do Estatuto. Para secretariar a Petrônio Pereira Lima. Deliberou, ainda, o Conselho, em consonância com as determinações trazidas no reunião esteve presente o Dr. Jayme Menino dos Santos, da Assessoria Jurídica da Companhia, já referido Parecer Codec nº 149/2008: a) que os Diretores eleitos cumprirão mandato nos termos do convocado pelo Conselho. Deu-se início à reunião para exame e discussão sobre as matérias constantes Estatuto Social da Companhia; b) que a investidura nos cargos deverá obedecer aos requisitos, da pauta. 1. Falecimento do Dr. José Roberto Perosa Ravagnani, Membro do Conselho de impedimentos e procedimentos previstos na Lei das Sociedades Anônimas e demais disposições Administração e Diretor Presidente da Codasp. O Sr. Presidente noticiou aos demais Srs. membros normativas, inclusive no que se refere à entrega da declaração de bens; c) que suas remunerações serão do Conselho presentes o falecimento do Dr. José Roberto Perosa Ravagnani, membro do Conselho de fixadas de acordo com as orientações do Codec. Os Srs. Diretores eleitos, presentes à reunião, declararam Administração e Diretor Presidente da Codasp, ocorrido no dia 27.08.08. Comentou do abalo que causou não estar incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os impeça de exercerem a administração o fato, chocando a todos no âmbito da Companhia, primeiramente dadas as circunstâncias e a forma como da Empresa. 3. Eleição de Membro do Conselho de Administração da Codasp - Petrônio Pereira se deu o seu passamento, absolutamente inesperada, pois que até há poucos dias atrás encontrava-se Lima, “Ad Referendum” da Assembléia Geral de Acionistas.- Relativamente a este assunto, o Sr. ele em plena atividade, e depois, porque durante o tempo que aqui conviveu, demonstrou ter sido a pessoa Presidente do Conselho pôs em destaque o seguinte: que, como pode ser observado, nos termos do com certeza muito bem indicada para conduzir a Presidência da Companhia, pelo interesse, esforço, mesmo Parecer Codec nº 149/2008, de 4 do corrente, já referido no item 2 acima tratando da eleição dos dedicação, empenho, enfim, pelo denodo com que se entregou, no desempenho e cumprimento do seu Diretores, o Conselho de Administração deve eleger o novo Diretor Presidente da Empresa para membro mister; que pela seriedade, sensibilidade e franqueza com que tratava dos assuntos sob seu encargo, havia deste Conselho, “ad referendum” da Assembléia Geral de Acionistas, em cumprimento ao parágrafo conquistado a simpatia da Diretoria e do corpo funcional da Empresa, deixando, a triste ocorrência, um primeiro, do artigo 8º, do novo Estatuto Social da Companhia (dispõe que: “o Diretor Presidente da vazio e uma falta muito grande, desde já sentidos, para a Codasp. Por consenso, foi deliberado consignar Companhia integrará o Conselho de Administração mediante eleição da assembléia geral.”); e também que em ata, voto de pesar, e o reconhecimento e gratidão pela honestidade, lealdade, interesse e empenho a Assembléia de Acionistas que referendará a matéria deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias notoriamente revelados pelo Dr. José Roberto Perosa Ravagnani no cumprimento das suas atribuições a contar do preenchimento da vaga, conforme disposição estatutária (está contida no art. 11, § único do enquanto membro do Conselho de Administração e Diretor Presidente da Codasp, cuja falta, Estatuto). Como subsídio, foi também trazido a lume o disposto conforme o caput do mesmo “Art. 11 indubitavelmente, será bastante sentida por todos. 2. Eleição de Diretores para a Codasp - Diretor Ocorrendo a vacância do cargo de conselheiro de administração antes do término do mandato, o próprio Presidente e Diretor de Operações. O Sr. Presidente do Conselho informou aos demais Srs. Membros conselho de administração poderá deliberar sobre a escolha do substituto para completar o mandato do presentes que, em virtude do falecimento do Diretor Presidente da Codasp, Dr. José Roberto Perosa substituído, ficando a deliberação sujeita à ratificação posterior da assembléia geral.” Com tais observaRavagnani, enviou expediente - OF.GSAA/SAA/159/2008, de 3 do corrente - ao Sr. Secretário-Chefe da ções, a matéria foi posta em apreciação. Deliberação do Conselho de Administração: examinado o Casa Civil, Dr. Aloysio Nunes Ferreira Filho, indicando o Engenheiro Agrônomo Petrônio Pereira Lima assunto, o Conselho, após discussão, considerando o material apresentado, notadamente as determipara ser o novo Diretor Presidente da Empresa, bem como para integrar o Conselho de Administração, nações contidas no Parecer Codec nº 149/2008; considerando a necessidade das medidas colimadas; por já ser integrante dos quadros da Codasp, ocupando atualmente a sua Diretoria de Operações, o que considerando a competência que lhe é atribuída, conforme os dispositivos mencionados, decidiu eleger mostra sua qualificação e competência para o novo desafio. Aduziu ter asseverado, no mesmo expediente, membro do Conselho de Administração, em substituição ao Dr. José Roberto Perosa Ravagnani, o Sr. que, sendo acolhida a proposta, impor-se-ia também a substituição do indicado, do cargo que ora ocupa, Petrônio Pereira Lima, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, RG nº 5.586.539/SSP-SP, CPF/MF nº e indicou para Diretor de Operações o Engenheiro Agrônomo Luiz Gonzaga de Godoy e Vasconcelos, 705.970.738-72, residente e domiciliado na R. Euclides da Cunha nº 11, ap. 54, Vila São Paulo, Araçatubaa fim de possibilitar a continuidade dos trabalhos institucionais, eis que também se trata de funcionário da SP. Deliberou, mais, o Conselho, ainda em consonância com as determinações trazidas no Parecer Codec Companhia. Noticiou o Sr. Presidente que recebeu do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado – nº 149/2008: a) que o Conselheiro ora eleito deverá exercer suas funções com mandato coincidente com Codec, da Secretaria da Fazenda do Estado, o Ofício Codec nº 326/2008, de 4 do corrente, a ele dirigido o dos demais Conselheiros, nos termos do Estatuto Social; b) que a investidura no cargo deverá obedecer na qualidade de Presidente do Conselho de Administração da Codasp, encaminhando o Parecer Codec aos requisitos, impedimentos e procedimentos previstos na Lei das Sociedades Anônimas e demais nº 149/2008, da mesma data (contendo referência ao Ofício CE nº 421/08-CC, da Casa Civil), por disposições normativas, inclusive no que se refere à entrega da declaração de bens; c) que suas intermédio do qual aquele Órgão - dando conta de que as indicações havidas contaram com a competente remunerações serão fixadas de acordo com as orientações do Codec. O Conselheiro eleito, Eng. Agr. autorização governamental, nos termos do ofício em epígrafe (CE nº 421/08-CC), a par das demais Petrônio Pereira Lima, presente à reunião, declarou não estar incurso em nenhum dos crimes previstos colocações e determinações pertinentes, recomendou a eleição dos indicados: Petrônio Pereira Lima em lei que o impeça de exercer a administração da Empresa. Nada mais havendo a ser tratado, foi para exercer as funções de Diretor Presidente em substituição a José Roberto Perosa Ravagnani, e Luiz franqueada a palavra. Como ninguém mais quis fazer uso dela, o Sr. Presidente encerrou a reunião, da Gonzaga de Godoy e Vasconcelos para exercer as funções de Diretor de Operações em substituição qual, para constar, foi lavrada a presente ata, sendo a mesma assinada pelos Srs. Conselheiros presentes a Petrônio Pereira Lima. Por oportuno, foi lembrado ao Colegiado o que dispõe o Estatuto Social, no seu e por mim, Jayme Menino dos Santos, convocado para secretariar os trabalhos. São Paulo, 08/09/08. a) “Art. 13 – Além das atribuições previstas em lei, compete ainda ao Conselho de Administração: I ...; ...; XXI João de Almeida Sampaio Filho, Antonio Julio Junqueira de Queiroz, Antonio Vagner Pereira, Luciano ... .”, e que nesse sentido, remetendo-se a situação presente para o preceituado na Lei Federal nº 6.404/ Santos Tavares de Almeida, Gustavo Gonçalves Ungaro, Jayme Menino dos Santos. Certifico que a 1976 e suas alterações (Lei das Sociedades por Ações), tem-se que: “Art. 142 – Compete ao Conselho presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. a) Jayme Menino dos Santos - Assessoria Jurídica de Administração: I - ...; II – eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, Advogado-OAB/SP 68.765. Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico observado o que a respeito dispuser o estatuto; III - ...; ....”. Feita essa exposição, O Sr. Presidente colocou o registro sob o número 306.726/08-7, em 12.09.08. A) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 15 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

Trabalhadores de autopeças desistem de parar no ABC

VW CAMINHÕES CRIA 1,3 MIL VAGAS

Fábrica de caminhões da VW tem 3º turno presidente da Volkswagen Caminhões, Roberto Cortes, e o presidente mundial da Volkswagen Veículos Comerciais, Stephan Schaller, anunciaram ontem o início do terceiro turno de produção da fábrica de Resende, no sul fluminense. Eles também anunciaram o início das atividades do Centro Logístico, que demandou

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

VOCÊ PAGOU 6,5 SALÁRIOS MÍNIMOS AO FISCO

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milhão de contribuintes já pode sacar a restituição do Imposto de Renda.

Veja quanto o Leão já tirou do seu bolso

Tânia Rego/Luz

Cada brasileiro recolheu aos cofres públicos R$ 2,7 mil em impostos em seis meses Silvia Pimentel

Amaral: "Enquanto vigorar o atual sistema tributário, sempre haverá aumento da carga tributária".

Restituição do IR está nos bancos

M

ais de 1,2 milhão de contribuintes podem sacar o quarto lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física deste ano. Ao todo, o órgão liberou o pagamento de 1.275.298 restituições, que somam R$ 1,2 bilhão. O ressarcimento terá correção de 5,93% na comparação com o valor calculado na declaração do Imposto de Renda. Desse total, 4,93% refere-se à taxa Selic acumulada entre maio e agosto. O restante diz respeito ao juro dos primeiros dias de setembro. Quem não informou o número da conta para o depósito deve procurar uma agência do Banco do Brasil

(BB) e pedir a transferência para qualquer banco em que tenha conta corrente ou poupança. O contribuinte também pode ligar para os telefones 4004-0001 (nas capitais) ou 0800-7290001 (demais localidades) para repassar os dados. O dinheiro, que já estava disponível ontem, ficará nos bancos por um ano. Depois desse prazo, só é possível fazer o resgate por meio de formulário eletrônico na página da Receita na internet. Para o contribuinte saber se foi incluído no lote, deve acessar o site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br) ou ligar para o telefone 146 e informar o número do CPF. (AE)

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ada brasileiro recolheu R$ 2.717,93 aos cofres públicos no primeiro semestre deste ano. O montante equivale ao pagamento de mais de 6,5 salários mínimos no período. Só para satisfazer o apetite do fisco. Os dados fazem parte de um estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). De acordo com o levamento, a carga tributária atingiu 37,27% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representa uma expansão 1,24 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2007. No período, foram arrecadados R$ 515,36 bilhões em tributos. Para o final deste ano, o presidente do instituto, o tributarista Gilberto Luiz do Amaral, projeta carga fiscal de 37,36% do PIB, o que significará um recolhimento individual de R$ 5,5 mil, em média. "Enquanto vigorar o atual sistema tributário, sempre haverá aumento da carga tributária, independentemente da expansão da economia", analisa Amaral. De acordo com o tributarista, duas peculiaridades na forma de o fisco cobrar do contribuinte levam ao aumento contínuo da carga fiscal. A primeira, é o uso do cálculo por dentro – quando o valor do imposto integra a sua base de cálculo. Assim, ao emitir uma nota fiscal no valor R$ 5 mil, já estão embutidos os 18% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Mas, ao calcular 18% do tributo sobre os R$ 5 mil, a

alíquota equivalerá, na realidade, a 21,38%. A segunda, é o efeito cascata vertical – quando um tributo incide sobre outro. E nem mesmo o projeto de reforma proposto pelo governo vai conter o ritmo de alta. "Ao contrário, se realmente for aprovada, é provável que os brasileiros paguem ainda mais impostos", alerta. Sobre o efeito cascata verti-

cal, Amaral explica o que ocorre no Brasil. A expansão da economia leva ao aumento do emprego formal. Isso implica no aumento da arrecadação ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No Brasil, a contribuição previdenciária é base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS). Resultado: o crescimento de um tributo gera arrecadação extra de outros. De acordo com o levantamento do IBPT, o aumento mais expressivo veio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele rendeu aos cofres da União R$ 6 bilhões a mais na comparação com o mesmo período de 2007 e apresentou expansão de 164,21%. Em seguida, aparece a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), com um recolhimento extra de R$ 6,04 bilhões, seguida do Imposto sobre Importação (II), responsável por uma arrecadação maior de R$ 1,9 bilhão sobre 2007 (confira os aumentos percentuais no quadro). O estudo apontou que os tributos arrecadados pela Receita Federal totalizaram R$ 355,43 bilhões, aumento real de 8,92%, levando-se em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos primeiros seis meses do ano, entraram para os cofres estaduais R$ 134,27 bilhões, 8,54% a mais na comparação com 2007. Já os municípios ficaram com R$ 25,65 bilhões, um aumento real de 2,58%.

Cartórios devem voltar ao STF A discussão, agora, é sobre um valor fixo para o pagamento do tributo.

C

omeça a despontar no Judiciário uma nova discussão envolvendo o recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS) pelos cartórios. No início deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) bateu o martelo e julgou constitucional a exigência do tributo pelos municípios. Resistentes ao pagamento, os proprietários de cartórios iniciam outra batalha judicial. Agora, para recolher aos cofres públicos valores fixos do imposto como ocorre com várias categorias, que implica em carga tributária menor, ao contrário da cobrança por aplicação de alíquotas de 2% a 5% sobre o faturamento. Como se trata de um recolhimento novo, as administrações municipais estão em dúvida sobre a forma de cobrar o tributo. Os municípios menores, principalmente, têm recorrido a especialistas para determinar a cobrança, que pode fazer diferença nas finanças das prefeituras. De acordo com a advogada da Consultoria em Administração Municipal (Conam), Daniela Marcelino dos Santos, a dúvida afeta muitas prefeituras. Tanto que a empresa preparou um parecer jurídico sobre o assunto. Ele conclui, entre outros pontos, que a cobrança deve ter como base de cálculo o valor do serviço prestado. "A atividade, de forma geral, é executada com a colaboração de escreventes e auxiliares, não sendo considerada, portanto, serviço prestado sob a forma de

Divulgação

Para Daniela, a cobrança deve ser calculada sobre valor do serviço.

trabalho pessoal", explica. Ela ressalva, entretanto, ser preciso excluir da base de cálculo do imposto o montante (emolumentos ou custas), obrigatoriamente repassado aos estados. A consultoria também entende ser possível cobrar o ISS que deixou de ser recolhido sobre os serviços notariais e de registros nos últimos cinco anos. A prefeitura de Batatais, interior de São Paulo, ainda não iniciou a cobrança do tributo. De acordo com o secretário municipal de Justiça e Cidadania, Ariovaldo Gera, o município está analisando o assunto e fazendo uma minuciosa interpretação da legislação para definir a forma de recolhimento. "A tendência será cobrar pelo valor do serviço prestado", adiantou. A decisão deve sair só depois das eleições.

Na cidade de São Paulo, a prefeitura optou pelo recolhimento do valor fixo de R$ 800 ao mês, como está previsto na Lei nº 13.701/03. Segundo a diretora da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), em São Paulo, Patrícia Ferraz, o posicionamento da prefeitura paulistana coincide com a conclusão de parecer elaborado pelo tributarista Paulo de Barros Carvalho. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, definir o recolhimento em valor fixo é o mesmo que não cobrar nada. "Um cartório que fatura R$ 300 mil por mês vai pagar cerca de R$ 150, a mesma coisa a ser recolhida pelo de menor porte", criticou. "Essa nova discussão vai chegar no STF." (SP)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008 Claudio Santana/AFP

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Internacional

Victor Caballero/Reuters

Bachelet recebe Lula, Chávez e Cristina Victor Caballero/Reuters

Gabriel Gatica/AFP

O presidente boliviano acusa a oposição de "golpe de Estado civil e dos estados"

Unasul pede diálogo na Bolívia Líderes sul-americanos manifestam apoio a Morales e rejeitam qualquer tentativa de divisão territorial do país

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íderes da União das Nações Sul-americanas (Unasul) se reuniram ontem em Santiago, no Chile, para discutir a crise na Bolívia. O ponto básico proposto foi a instalação de uma "mesa de diálogo" na Bolívia, que possa ser acompanhada pela recém-criada Unasul e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), informou o chanceler do Chile, Alejandro Foxley. O presidente boliviano, Evo Morales, compareceu ao encontro para denunciar aos presidentes sobre a tentativa de "golpe de Estado civil e dos estados" que ocorre em seu país. Após seis horas reunidos a portas fechadas no palácio presidencial de La Moneda, os líderes sul-americanos divulgaram um comunicado em apoio ao presidente Morales e rejeitaram qualquer tentativa de divisão territorial da Bolívia. O Chile, que ocupa a presidência rotativa da Unasul, preparou um documento segundo o qual se propõe o envio de uma missão de mediadores à Bolívia. Segundo o ministro das Relações Exteriores chileno, a

Enrique Castro-Mendivil/Reuters

Unasul e a OEA poderão levar à Bolívia a idéia da mesa de diálogo e "conversar com todos os setores que hoje em dia têm uma discussão, para que seja estabelecido um calendário para voltar à normalidade, acabar com a violência e tornar a negociação um elemento permanente nas próximas etapas de desenvolvimento da democracia boliviana". Compareceram à primeira cúpula da Unasul, bloco criado há cerca de quatro meses, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; do Chile, Michelle Bachelet; da Argentina, Cristina Kirchner; da Colômbia, Alvaro Uribe; da Venezuela, Hugo Chávez; do Equador, Rafael Correa; do Uruguai, Tabaré Vázquez; e do Paraguai, Fernando Lugo. O mandatário boliviano, Evo Morales, também participou da reunião, assim como o ministro das Relações Exteriores do Peru e representantes do Suriname e da Guiana. Ainda no Aeroporto Internacional de Santiago, Morales agradeceu a convocação da reunião e as "distintas manifestações dos presidentes sulamericanos a favor da unidade

Atentados no Iraque matam 35 pessoas

Manifestantes protestam em favor de Morales em vários países, como no Peru (acima) e na Argentina

do meu país, a Bolívia". "Eu vim aqui para explicar aos presidentes da América do Sul sobre um golpe de Estado civil e estadual de alguns departamentos (estados), gestado nos últimos dias, com a tomada de instituições, saques, roubos a instituições do Estado, tentativa de assalto contra

a polícia nacional, às forças armadas, ações terroristas que tentaram cortar os gasodutos, mas principalmente como alguns grupos exercitaram os delitos de lesa humanidade", disse Morales. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a acusar os Estados Unidos de tramar a

Kareem Raheem/Reuters

GEÓRGIA O presidente russo, Dmitry Medvedev, ameaçou retaliar, caso o Ocidente sancione Moscou

P Apesar dos ataques de ontem, a violência vem diminuindo no país Reuters

T

ba foram detonados no distrito comercial de Karradah. Treze pessoas morreram e 36 ficaram feridas, informaram autoridades locais. Os ataques ocorreram no mesmo dia em que o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, chegou a Bagdá para encontros com funcionários locais e para a cerimônia da transferência do comando das tropas dos EUA do general David Petraeus ao general Ray Odierno. Para Gates, o papel das tropas norte-americanas no país se reduzirá progressivamente. "Nós estamos claramente em uma missão de transição", assegurou. Nos últimos meses, as forças iraquianas vem assumindo a segurança do país. As autoridades locais já controlam 11 das 18 províncias, e até o fim do ano deve receber mais duas. Na semana passada, o presidente George W. Bush anunciou a retirada de 8 mil soldados do Iraque até 2009, reduzindo a presença a 138 mil soldados. (Agências)

Ó RBITA

VIGILÂNCIA O Irã bloqueou ontem a inspeção de instalações nucleares sob suspeita pela ONU

CARIDADE TERMINA EM TRAGÉDIA

No mesmo dia, secretário dos EUA chegou a Bagdá rês explosões mataram 35 pessoas e feriram dezenas ontem no Iraque, horas depois da visita surpresa do secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, ao país. No ataque mais violento, uma mulher-bomba matou 22 pessoas e feriu 33 num jantar do qual participavam policiais em Balad Ruz, na província de Diyala, 90 quilômetros a nordeste de Bagdá. A mulher-bomba invadiu a casa de um ex-comissário da polícia local, que ficou um ano detido na prisão norte-americana de Camp Bucca. O comandante Adnan Shukr al-Timini foi libertado ontem e havia recebido amigos e parentes para um banquete em comemoração à sua libertação, quando a militante entrou na casa e detonou os explosivos. Al-Timini, seus pais e duas crianças estavam entre os mortos, segundo um funcionário do hospital Ibn al-Nafis, sob a condição de anonimato. Em Bagdá, dois carros-bom-

queda do mandatário boliviano. "Estão tentando derrubar o presidente Evo Morales e a conspiração foi elaborada e apoiada pelo império dos Estados Unidos", disse Chávez a jornalistas no aeroporto internacional de Santiago. Pausa - A trégua entre Morales e a oposição, fechada na

madrugada de segunda-feira, foi estendida até a noite, quando o presidente voltará de Santiago e as frágeis negociações serão retomadas. Os governadores bolivianos de oposição não estiveram presentes ao encontro da Unasul. No entanto, movimentos camponeses aliados a Morales, que mantêm obstruída a principal rodovia entre Santa Cruz e a fronteira com o Brasil, anunciaram planos para intensificar os bloqueios nos acessos a Santa Cruz, região onde se concentra parte da oposição. Prisão - A promotoria da Bolívia informou ontem que pediu a prisão do governador de Pando, Leopoldo Fernández, um dos líderes da oposição. Segundo o promotor-geral Mario Uribe, Fernández será processado por suposto "delito de genocídio em sua forma de massacre sangrento". Saída forçada - Os Estados Unidos autorizaram a desocupação parcial de sua embaixada na Bolívia. O embaixador Philip Goldberg deixou o país no domingo, depois de ser expulso por Morales, que o acusou de estimular uma suposta conspiração. (Agências)

elo menos 23 indonésios morreram e oito ficaram feridos durante um tumulto ontem, enquanto tentavam pegar 40 mil rupias (R$ 7,65) em esmolas. Milhares de pessoas haviam se reunido perto de uma casa em Pasuruan, a 800 quilômetros da capital

Jacarta, para pegar esmolas que seriam distribuídas durante o Ramadã, mês sagrado islâmico. A televisão local mostrou vítimas gritando enquanto empurravam uma grade da casa. Algumas foram pisoteadas e várias sofreram com a falta de oxigênio. (AE)

Reuters

FURACÃO IKE – Pelo menos 3 milhões de pessoas continuavam sem energia elétrica ontem no Texas, em Ohio e em alguns Estados norte-americanos, após o furacão Ike ter atingido os EUA na semana passada. O número de vítimas subiu para 30 em oito Estados. O furacão matou ainda 80 pessoas no Caribe, antes de chegar aos EUA. Ontem, Cuba rejeitou US$ 5 milhões em auxílio para vítimas de furacões, informou o Departamento de Estado dos EUA. Segundo Havana, foram recusados US$ 100 mil.

ZIMBÁBUE SELA A PAZ

O

presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, e a oposição assinaram ontem um acordo de partilha de poder com o objetivo de solucionar a crise que

tomou conta do país nos últimos meses. O acordo prevê que Mugabe continuará no cargo, enquanto o líder de oposição Morgan Tsvangirai será o primeiro-ministro.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

On Inter net Te c n o l o g i a Negócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CONSUMIDOR PREFERE COMPRAR EM LOJAS FÍSICAS

Intelbras lança um novo netbook, equipado com um processador Intel Atom de 1.6 GHz

Brasileiro prefere loja Pesquisa divulgada pela Intel mostra que o consumidor brasileiro pesquisa preços na internet, mas prefere loja física para comprar o PC ERIKA CORREA *

O

consumidor brasileiro não dispensa ir até uma loja na hora de comprar o seu computador. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Intel, divulgada neste último final de semana no evento Editor's Day, que aconteceu em Trancoso, na Bahia. "Ele tem de colocar a mão, tocar, ver se o teclado não é muito pequeno, mesmo que já tenha realizado uma pesquisa pela internet anteriormente", contou o diretor de marketing da Intel, Elber Mazaro. A pesquisa foi realizada online com 400 consumidores da classe A e B, de diversas partes do Brasil. O resultado mostrou que 93% vão à loja antes de fechar negócio e apenas 19% fecham sem ir até a loja. O estudo ainda apontou que dos 93% que foram visitar a loja, 62% deles fizeram uma pesquisa prévia sobre o computador em algum site noticioso ou de busca para obter informações. E uma grande parte ainda consultou sites de fabri-

Divulgação

Elber Mazaro, da Intel: resultado mostrou que 93% vão à loja antes de fechar negócio

cantes ou fórum de discussões. O comportamento do brasileiro também é muito diferente dos consumidores ingleses e norteamericanos. Nesses países, considerados maduros, quase a metade da população compra suas máquinas pela internet, em um total de 47% nos Estados Unidos e 37% no Reino Unido. O percentual de compradores que afirma-

As novas gerações

O

s novos processadores Nehalem, fabricados pela empresa Intel, construídos com tecnologia de 45 nanômetros e voltados para desktop, devem começar a ser vendidos a partir do último trimestre de 2008. A informação foi dada na última sexta-feira, pelo diretor-geral da Intel da América Latina, Jesus Maximoff, durante um evento que ocorreu em Trancoso, na Bahia. "A previsão é de o Nehalem chegar a partir de novembro deste ano", afirmou o diretor. Estes processadores chegam ao mercado com novo nome, Core I7 – a atual família é chamada Core 2 Duo – e serão destinados a uso em desktops high-end. Netbooks - A moda dos computadores portáteis pequenos parece estar só começando. Assim o mercado se prepara para ganhar novos equipamentos e tecnologias mais avançadas para os netbooks. A Intelbras, conhecida fabricante de telefonia que, após adquirir a empresa Nova Computadores, entrou no segmento de informática, traz um novo netbook equipado com um processador Intel Atom de 1.6 GHz e 512 MB de RAM. O portátil ainda conta com saída para monitor externo

(VGA), três portas USB e uma webcam e tem versão em cor preta ou branca. O sistema operacional é uma distribuição Linux Fenix, parecido com o Windows Vista. TV digital interativa A joint venture TQTVD e a Intel fecharam uma parceria para suporte do middleware de TV digital ASTROTV. A combinação das tecnologias de software e hardware da TQTVD e da Intel vai permitir mais velocidade aos conversores de TV Digital e, portanto, uma maior interatividade do consumidor com a televisão. "O acordo chega numa hora onde o mercado está ávido não somente para assistir à TV da era digital, mas também usá-la como meio de interação, negócios e entretenimento", comentou Braz Izaias da Silva Junior, diretor comercial e de alianças da TQTVD. A idéia é tornar a TV digital mais do que um vídeo e áudio de alta qualidade, mas também um canal de interação com o mundo digital, oferecendo serviços como: commerce, t-banking, aplicativos pessoais, mensagens eletrônicas, jogos, sem precisar sair do confortável sofá. Todavia, o processo ainda está em fase operacional e vai demorar a chegar para o usuário doméstico. (E.C.)

Mário Nagano

Jesus Maximoff: os chips Nehalem chegam a partir de novembro, com o nome Core I7, e serão destinados a uso em desktops high-end

ram ir até uma loja para verificar o produto pessoalmente é bem menor em ambos os países. Outra pesquisa, também realizada pela Intel, só que sem ser pela internet e com 3 mil consumidores da classe A, B, C e D, mostrou que o preço não é o único fator decisivo na hora de escolher o computador. As vantagens técnicas e a facilidade de uso interferem na escolha. "Quanto mais ele entende de tecnologia, mais rápido ele decide qual produto vai comprar", explica Mazaro. A classe A ainda é a que mais compra computadores para uso residencial e a que mais utiliza a internet, passando cerca de duas horas conectada. Por outro lado, a classe B é a que mais almeja a compra de seu segundo PC como sonho de consumo, só que o preço ainda é fator fundamental na hora da escolha e a grande maioria não muda o orçamento planejado para a compra do equipamento. "Uma boa parte da classe B é egressa da

classe C e ela guarda dinheiro para dar uma entrada maior e aliviar as prestações", diz Mazaro. A classe A usa o PC para fins práticos, tais como operações financeiras, planejamento de viagem ou trabalho. "O computador também virou uma fonte de entretenimento para os usuários da classe A, que o utiliza para jogos online, por exemplo", explica Mazaro. Já a classe B é o grupo que mais utiliza o PC para trocar emails e acessar o Orkut. Entre os principais motivos que levam os consumidores das classes A e B a comprar um computador estão promoções ou necessidade de substituir o equipamento obsoleto. Nesses casos, segundo a pesquisa, parte do homem a decisão sobre a necessidade da compra, com 42% do total, mas é a mulher que realmente a efetiva, com 55% das respostas. Os homens também são os maiores responsáveis pela compra por impulso, representando 63% na pesquisa. Nesse processo, os vendedores têm uma grande importância na aquisição. Ele é visto como influenciador por 23% dos entrevistados. * Viagem a convite da Intel

O mundo se tornou online

O

mundo virtual está cada vez mais inchado, e com esse crescimento, o perfil dos usuários da internet também vem mudando constantemente. Segundo o ranking da Alexa Global sobre tráfego online, em 1999, o site mais acessado era o AOL, seguido do Yahoo.com e do Microsoft.com, respectivamente. Seis anos depois, o Yahoo era o líder em acessos, e aparecia em segunda posição o site de relacionamentos MSN.com, logo depois o site de busca Google. Neste ano, o Yahoo permanece na liderança, mas na seqüência estão o Youtube e o live.com. "Saímos de uma posição passiva, para uma interação ativa de um para outro e, agora, de milhões para milhões", ressaltou Jesus Maximoff, diretor geral da Intel para a América Latina, em sua

apresentação no evento da empresa em Trancoso (BA) no último final de semana, que reuniu diversos profissionais da área de tecnologia. Maxiffort ainda aponta que ninguém mais vai querer usar a internet só em sua mesa. "O mundo vem se tornando móvel e a venda de notebooks já superou a de PCs corporativos", afirmou. Enquanto o crescimento do YouTube foi de 60% nos últimos anos, o Second Life, bem como o Adobe HD Flash, tiveram uma representação de 100% em seus acessos, de acordo com a mesma pesquisa. "Se não houvesse estradas que ligassem um local a outro, não existiria economia em um país. Hoje se não há internet não há comunicação e tão pouco economia", frisou ainda o diretor. (E.C.)


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Congresso Planalto Espionagem Ministérios

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Fiquei surpreso com a decisão que desprestigia o direito ao contraditório e o Estado democrático. Antonio Carlos Bigonha, presidente da ANPR

CPI TEM NOVA RODADADE DEPOIMENTOS

Jobim confirma ida à CPI

Antonio Cruz/ABr 03.07.08

Ministro será indagado sobre grampos telefônicos, tanto por parte da Abin como da Justiça Militar

OAB descarta ação contra advogado de Dantas

Nós recebemos os dados e encontramos divergências. Não há um número global de todas as escutas que estão sendo feitas na área militar. Marcelo Itagiba chefe de Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência, general Jorge Félix, protagonizaram um bate-boca e troca de acusações sobre aparelhos de grampo quando veio à tona a divulgação de uma conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A Abin é subordinada ao general Félix. Divergências – A Justiça Militar padece de um problema já identificado em outros setores

do Judiciário: o descontrole no número de autorizações de grampos telefônicos. Dados encaminhados pelo Ministério da Defesa, pelas 20 Auditorias da Justiça Militar e pelo Ministério Público Militar mostram ser uma incógnita a quantidade de processos que envolvem interceptações telefônicas. O Ministério Público enviou à CPI dos Grampos documento em que informa 19 processos com autorização para grampos em curso desde 2007 até março. As autarquias disseram haver 234. E a Defesa identificou só 7. "Nós recebemos os dados e encontramos divergências. Cada auditoria informou quantas interceptações estavam sendo feitas em todo o País. Mas não há um número global de todas as escutas que estão sendo feitas na área militar", Itagiba. O Ministério Público diz que a Justiça Militar pode ter confundido grampos telefônicos, em que conversas são ouvidas, com quebra de sigilo, quando só números dos telefones são investigados. A Defesa alegou que divergências podem ter sido causadas por "diferença de metodologia". De qualquer forma, o Ministério Público e a Defesa encomendaram novo levantamento para saber qual é o dado correto. E integrantes da CPI já adiantaram que devem perguntar isso diretamente ao ministro Nelson Jobim hoje. Itagiba lembrou que os dados imprecisos não são exclu-

Valeria Gonçalvez/AE 04.08.08

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr 12.03.08

Jobim (acima) quer esclarecimentos sobre grampos em investigações militares; Lacerda (ao lado) garante que os equipamentos da Abin são utilizados em varreduras

Félix, Corrêa, Lacerda e ex-diretor da Abin voltam a depor amanhã sobre a Satiagraha Eles vão falar sobre a participação da Abin na operação comandada pela PF

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presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, determinou ontem o arquivamento do pedido de processo disciplinar contra o advogado e conselheiro federal pelo Rio, Nélio Machado, defensor do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. A OAB classificou de "esdrúxulo" o pedido. A representação contra Machado havia sido apresentada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), sob alegação de que o advogado teria ofendido o procurador Rodrigo de Grandis, acusador da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investigava suposto esquema de evasão de divisas. Na semana passada, Grand i s re q u e re u b l o q u e i o d e R$ 545 milhões do Grupo Opportunity. O procurador baseou o pedido de seqüestro do dinheiro em relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou transferência daquele valor para o BNY Mellon DTVM. Grandis suspeita de lavagem de dinheiro. Nélio Machado disse que o procurador "agiu de má-fé". A decisão da OAB foi tomada a partir do voto do relator, Alberto Zacharias Toron, presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da Advocacia e secretário-geral adjunto do Conselho Federal da Ordem. Seu voto foi aprovado por aclamação pelo pleno da entidade. Na audiência, Machado foi aplaudido de pé por todos os conselheiros ao denunciar "o avanço do arbítrio no País". "O exercício da advocacia e as liberdades estão correndo risco. Ter altivez e capacidade de en-

sivos da Justiça Militar. "Esse não é um problema deles. É um problema geral", afirmou. "Quando a CPI começou, ninguém tinha controle de informações de quantas interceptações estavam sendo feitas com a autorização da Justiça. Só conseguimos obter essa informação depois de acionarmos as operadoras de telefonia." Desconforto – Jobim determinou ontem aos comandos das Forças Armadas que prestem novos esclarecimentos sobre o uso de grampos em investigações militares. Ele quer saber por que só tomou conhecimento de apenas sete casos de escutas autorizadas. A revelação de que os militares omitiram informações sobre escutas telefônicas causou desconforto a Jobim. O ministro viajou no fim da tarde de ontem para Montevidéu, mas deve ser cobrado sobre o assunto amanhã, em depoimento à CPI.

Cezar Brito: decisão da OAB mantém impasse com o STJ

frentamento e não se acovardar é a regra elementar da advocacia", afirmou. "Lamento que a Ordem aja dessa forma", reagiu o procurador Antonio Carlos Bigonha, presidente da ANPR e autor do pedido contra Machado. "Fiquei surpreso com a dec i s ã o , q u e d e s p re s t i g i a o direito ao contraditório e o Estado democrático. Penso que, se o Ministério Público tivesse agido dessa forma, eles (advogados), nos chamariam de corporativistas. Mas nos foi negado o singelo direito de petição", desabafou. "Fizemos o pedido fundamentado na lei da própria advocacia. Talvez ele (Toron) considere esdrúxulo um advogado ser representado no Conselho Federal". Em nota divulgada semana passada, Bigonha afirmou que Nélio Machado assumiu uma postura antiética e ilegal, cometendo infração disciplinar prevista no estatuto da OAB. Impasse – A decisão manteve o impasse entre a entidade e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Conselho Federal da OAB vai insistir nos nomes indicados para uma vaga do STJ, aberta no ano passado com a aposentadoria do ministro Pádua Ribeiro. Os nomes, porém, já foram recusados uma vez pelo tribunal. E o presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha, em conversa com o presidente da OAB, Cezar Britto, afirmou que os mi-

nistros não reavaliarão a lista. Assim, avisou Asfor Rocha, ou a OAB aceita um acordo ou somente uma decisão judicial fará os ministros do STJ a reverem sua posição. "Nós temos duas possibilidades: ou esse assunto termina no Supremo Tribunal Federal (STF) e o que decidir está decidido, ou então há uma composição, em que estão afastados esses dois limites de nós aprovarmos esses nomes e eles mudarem a lista", disse Asfor Rocha. A crise foi agravada em julho com a aposentadoria do ministro Humberto Gomes de Barros. Com isso, a OAB se viu num impasse: indicar novos nomes para essa segunda vaga ou forçar o STJ a escolher, enfim, os nomes enviados para a primeira. Para solucionar esse imbróglio, Asfor Rocha sugeriu que uma lista maior, de 12 nomes, fosse enviada ao tribunal para que, de uma vez, os ministros preenchessem as duas vagas. Os advogados, porém, entenderam que isso serviria para o STJ forçar a OAB a indicar outros candidatos. Diante desse impasse, o tribunal funcionará desfalcado de dois ministros pelo menos até o dia 18 de outubro, quando o Conselho volta a discutir o assunto. Até lá, a OAB tentará convencer os ministros do STJ a votar a primeira lista. Só depois os nomes para a segunda vaga seriam indicados. (AE)

epois de declarações contraditórias durante depoimentos prestados ao Congresso na semana passada, a Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional chamou novamente para depor amanhã o ministro do Gabinete de Segurança Institucional general Jorge Félix; o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa; o delegado Paulo Lacerda, diretor afastado da Abin; e o diretor afastado de Contra-Espionagem da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto. "Eles têm de voltar a essa comissão mista para explicar to-

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das as incongruências. Nós comprovamos na CPI que, quando eles foram à comissão do Congresso, não disseram a verdade", disse o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que foi convidado e aceitou participar da sessão da Comissão Mista do Congresso que vai ouvir novamente as quatro autoridades. Em depoimento à CPI dos Grampos na semana passada, Paulo Maurício revelou que 56 agentes da Abin trabalharam na operação Satiagraha, comandada pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. Segundo o diretor, quatro servidores da Abin fo-

ram destacados para dar apoio às operações, trabalhando no edifício-sede da PF em Brasília e fazendo pesquisas em bancos abertos. Outro grupo, de acordo com Paulo Maurício, trabalhava em ações pontuais nas ruas confirmando endereços residenciais e comerciais. Nesse segundo grupo, durante todo o tempo do apoio, em período distinto e em ritmo de escalas, trabalharam 52 servidores da Agência. Na operação Satiagraha foram presos o banqueiro Daniel Dantas, dono do banco Opportunity, e o ex-prefeito Celso Pitta, entre outros. (AE)

Alencar fará nova cirurgia

vice-presidente José Alencar passará por nova cirurgia amanhã para retirada de tumor no abdome. Será a quarta intervenção realizada nesta região desde que a doença foi detectada. Alencar, de 76 anos, vinha sendo submetido a sessões de quimioterapia com um medicamento que ele ainda não havia utilizado, denominado Yondelis. Foram duas sessões desde que o novo tumor foi detectado, em julho, informou a assessoria do Hospital Sírio Libanês, onde o vice-presidente vem sendo atendido. Na época, Alencar disse que não se afastaria do cargo. "O dia que Deus quiser me levar, Ele me leva mesmo. Não precisa de câncer para isso", afirmou o vice-presidente, na época. No entanto, Alencar disse que as pessoas deveriam se preparar para vê-lo careca – por causa da quimioterapia –, como já ocorreu no ano passa-

José Luis da Conceição/AE

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ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou seu depoimento amanhã à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos da Câmara. Jobim, que deveria ter comparecido à comissão na semana passada, foi convocado depois de afirmar que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) possui equipamentos que permitem fazer interceptações telefônicas. "É importante que ele (Jobim) vá à comissão e apresente provas do que ele disse", afirmou ontem o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). Itagiba espera que Jobim apresente oficialmente à CPI dos Grampos o laudo feito por engenheiros e técnicos do Ministério do Exército nos equipamentos da Abin. O laudo já foi entregue ao Palácio do Planalto e comprova que os dois equipamentos da Abin periciados pelo Exército são capazes de fazer escutas telefônicas, desde que estejam acoplados a outros aparelhos. O presidente afastado da Agência, delegado Paulo La-

cerda, insiste em garantir que o equipamento é apenas usado para verificar a existência ou não de grampos telefônicos ambientais. Jobim confirmou sua presença na CPI ontem pela manhã. Na semana passada, ele adiou seu depoimento sob a alegação de que havia sido "convocado" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhá-lo na viagem a Manaus e a Coari (AM). Há três semanas, Jobim e o

Tumor do vice-presidente é recorrente e está na mesma região

do, no tratamento anterior. Na última sexta-feira, Alencar passou por nova avaliação médica no hospital, quando houve a indicação para a cirurgia. "O tumor é recorrente. Surgiu na mesma região e o medicamento não apresentou a eficácia que se esperava", disse Adriano da Silva, chefe de gabinete da vice-presidência.

Segundo o assessor, Alencar, que "não sente nada", será internado hoje à noite no Sírio Libanês para realizar a cirurgia amanhã pela manhã. A operação será conduzida pelo médico Miguel Srougi. Alencar luta contra o câncer desde 1997, quando os primeiros tumores malignos foram detectados. (Reuters)


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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2008

Furacão americano arrasa mercados BOLSAS VOLTAM AO TERROR DE 11/9 O olho do furacão foi a concordata do 4º banco de investimentos americano, Lehman Brothers, agravada pela venda do Merril Lynch e a falta de liquidez da gigante dos seguros AIG. Escala igual a do furacão Wall Street só em 11 de setembro, quando as torres de NY desabaram sob impacto de aviões do terror. Economia 1, 3, 4 e 5

IBOVESPA - 7,59 %

LONDRES - 3,92 %

DOW JONES - 4,42 %

Alckmin na ACSP: "Só eu venço Marta". Candidato à prefeitura promete revisão do plano diretor, guerra à burocracia e investimentos. Pág. 5 Milson Mansilha/LUZ

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Sai acordo pela paz na Bolívia No Chile líderes sul-americanos apóiam Evo (na foto com Chávez) e rejeitam divisão territorial. Pág. 9

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

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temor de uma crise sistêmica no merc a d o f i n a n c e i ro global ganhou força ontem, com o pedido de concordata do Lehman Brothers (quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos), a venda do Merrill Lynch para o Bank of America e os graves problemas de liquidez enfrentados pela seguradora AIG. As bolsas de valores desabaram em todo o mundo, com quedas mais expressivas nos ativos de países emergentes, como o Brasil. Diante da possibilidade de perdas ainda mais acentuadas, os investidores tiraram recursos de mercados de maior risco. Resultado: o Ibovespa, principal referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou 7,59% – a maior desvalorização desde 11 de setembro de 2001, dia dos atentados que derrubaram as torres do World Trade Center em Nova York. O pânico que tomou conta das mesas de operações em todo o mundo elevou para 13,05% a baixa acumulada pelo Ibovespa em setembro e para 24,2% no ano. A situação não foi diferente em outros importantes mercados acionários. O Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, perdeu 4,42% e o Nasdaq fechou com desvalorização de 3,6%. Na Europa, destaque par a a s q u e d a s e m L o n d re s (3,92%), Paris (3,78%) e Frankfurt (2,74%). Já no caso das principais bolsas asiáticas, o impacto deve ficar para hoje – esses mercados não operaram por causa de um feriado. A expectativa é de que o estrago seja significativo em Tóquio, já que bancos japoneses estão na lista dos credores do Lehman. A bolsa da capital iniciou os negócios desta terça-feira com queda em torno de 4%. Na avaliação de operadores, os problemas de liquidez em instituições de segmentos diferentes – de bancos de investimento e financiadoras de hipotecas a seguradora – mostram que a crise deixou de ser localizada para se tornar sistêmica. E o temor, agora, é de que contamine, em um efeito-dominó, bancos de todas as partes do mundo. Se isso realmente acontecer, a oferta de crédito deve diminuir drasticamente. Já tentando se proteger, grandes investidores decidiram ontem vender ativos em mercados emergentes para comprar títulos do Tesouro

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13,05

BANCO QUEBRA NOS EUA E BOLSAS DESABAM Anúncio do pedido de concordata do Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA, reforçou os temores de uma crise sistêmica do setor financeiro em todo o mundo. Venda do Merril Lynch e problemas de liquidez da seguradora AIG colocaram ainda Maurício Lima/AFP Photo

mais lenha na fogueira. Saída expressiva de investidores estrangeiros, que fugiram de ativos mais arriscados, fez o Ibovespa fechar com a maior queda desde 11 de setembro de 2001. Leia mais sobre a crise e suas conseqüências nas páginas 3 e 4. Peter Morgan/AE

por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa em setembro. No ano, baixa é de 24,2%.

americano, considerados a opção mais segura em casos de crises muito graves. Foi esse movimento que fez o Ibovespa desabar ontem. O dólar, por sua vez, teve alta de 1,85% no Brasil, fechando a R$ 1,814. Para o mercado brasileiro, as perspectivas não são das melhores. A tendência, de acordo com o especialista em dívidas de países emergentes do Commerzbank Luís Costa, é de continuidade da saída dos estrangeiros do Brasil. "As carteiras de dívidas e ações de nações emergentes que têm juros elevados, caso do Brasil, podem ser reduzidas ou totalmente fechadas", alertou Costa. Analistas internacionais têm dito que, nesse cenário, o País é vítima do seu próprio sucesso. Isso porque as boas condições da economia nacional acabam atraindo um grande número de investidores estrangeiros. Nos bons momentos, eles compram ativos brasileiros e, quando a situação piora, desfazem-se das aplicações para cobrir perdas em outros mercados ou buscar ativos de menor risco. Não foi por acaso que, ontem, a taxa de risco do Brasil voltou a superar 300 pontos-base (alta de 7%). (AE)

Mantega: hora de manter as aplicações.

BM&F - Ações brasileiras ficaram entre as mais castigadas Thomas lohnes/AFP Photo

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FRANKFURT - Bolsas européias não escaparam da onda de perdas NY - Más notícias mexeram com o coração financeiro da cidade Al-Zayyat/AFP Photo

Sajjad Hussain/AFP

KWAIT - Efeitos do temor de crise sistêmica chegaram ao Oriente

MUMBAI - Países emergentes, como a Índia, devem sofrer mais

ministro da Fazenda, Guido Mantega, recomendou aos investidores que não desfaçam de suas aplicações no mercado neste momento. "A economia brasileira está sólida. Em período de crise, o mercado varia muito, mas depois volta ao normal." Ele disse que o País sairá fortalecido dessa volatilidade. O ministro admitiu, no entanto, que pode haver redução da oferta de crédito, o que afetaria todos os países com a diminuição do ritmo de crescimento global. Especialistas em finanças, como Antonio Correa Lacerda, concordam com Mantega. "Os investidores devem manter suas aplicações porque nem as empresas nem os bancos brasileiros têm relação direta com o sistema bancário americano", afirmou Lacerda. De acordo com ele, os fundamentos da economia não mudaram e não há motivos para grandes preocupações. Sonaira San Pedro/AE

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Inter net Te c n o l o g i a Negócio Te c n o l o g i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A LOCAWEB TEM 460 FUNCIONÁRIOS E 146 MIL USUÁRIOS

Data center gigante

A WebCo é uma empresa brasileira que chega para explorar o vigor comercial da web 2.0

Divulgação

A LocaWeb está montando o maior centro de processamento de dados da América Latina ANA MARIA GUARIGLIA

A

LocaWeb, grupo de serviços em internet data center e hospedagem de sites, anunciou na semana passada o novo edifício para abrigar o seu data center, em São Paulo, que, segundo a empresa, será o maior da América Latina. A criação desse centro de processamento de dados obedece as estratégias da empresa para receber mais de 100 mil servidores. O investimento inicial na aquisição do imóvel de 28 mil metros quadrados foi de R$ 18,7 milhões. Mas o total de investimentos só será conhecido na conclusão do projeto. Os primeiros módulos do centro, com capacidade de três a quatro mil servidores cada um, estão previstos para iniciar as operações em junho de 2009. Além do data center, o local vai sediar as áreas de pesquisa e desenvolvimento, suporte técnico e o setor administrativo da companhia. Segundo Gilberto Mautner, fundador e presidente da Lo-

caweb, o novo prédio também vai oferecer a seus funcionários ambientes para convivência, relaxamento e prática de esportes, nos moldes do Google e outras empresas do Vale do Silício, na California (EUA). O local escolhido se situa na zona sul da cidade. "Em 2006, inauguramos nosso primeiro data center, com capacidade para quatro mil servidores, com expectativa de ocuparmos o espaço em quatro a cinco anos. Mas a LocaWeb cresceu muito rápido, acima de 70% ao ano. Dessa forma, decidimos construir um novo centro para dar conta da procura e também da redundância dos dados", afirma Mautner. A LocaWeb basicamente opera em três pontos. Na internet, oferecendo serviços de hospedagem de sites, blogs e podcasts (modo de publicação de arquivos de mídia digital, áudio, vídeo, fotos etc), também em registros de e-mails, comércio eletrônico, entre outros.

O pacote básico sai por R$ 18 mensais. No setor do data center, há um leque variado de opções e os preços se divsersificam de acordo com as necessidades dos usuários. No serviço de comunicação, a LocaWeb se volta à telefonia IP por meio de serviços de PABX virtual e portal de voz, possuindo, hoje, mais de 1.600 ramais instalados. A empresa foi fundada em 1998, com o objetivo de hospedar sites no País, crescendo em função do desenvolvimento da internet e dos demais recursos. Atende microempresas até grandes corporações, possui cerca de 460 funcionários, 146 mil usuários, 269 mil domínios hospedados, além da parceria com 14 mil desenvolvedores de sites.

SERVIÇO Para saber mais: www.locaweb.com.br. Novo data center ocupará um imóvel de 28 mil metros quadrados e terá capacidade para receber 100 mil servidores

Celular e criatividade Divulgação

Festival Claro Curtas: concurso distribuirá prêmios entre R$ 5 mil e R$ 50 mil em barras de ouro, além de celulares para os 20 finalistas

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té 30 de setembro, os usuários de celular e câmeras com filmadora poderão participar do Festival Claro Curtas, promovido pela operadora Claro e aberto para pessoas do País inteiro e que têm esse recurso disponível em sua máquina. O tema dessa primeira edição é "Diversidade e Inclusão", que praticamente abrange assuntos ligados ao dia-a-dia da cidade, envolvendo aspectos humanos, sociais e culturais. O interessado deverá fazer um filme de no máximo de 90 segundos, seguindo as normas do regulamento. O objetivo da Claro é estimular o uso da tecnologia aliado à criatividade e, ainda, discutir uma temática importantíssima para a sociedade em que vivemos. "A partir das produções, certamente vamos reconhecer talentos com premiações significativas, ao mesmo tempo, dando oportunidade aos realizadores de ter contato com artistas profissionais do mercado de audiovisual", afirmou Cristina Duclos, diretora do setor de comunicação da empresa. Se você tem uma idéia na

cabeça e uma câmera na mão, como disse Glauber Rocha (1939-1981), controvertido cineasta que inaugurou o badalado Cinema Novo, comece a trabalhar. Cristina Duclos informou que os prêmios são em barras de ouro, equivalentes a R$ 5 mil, R$ 15 mil, R$ 30 mil e R$ 50 mil e ainda celulares para os 20 finalistas. A cerimônia de premiação será no dia 27 de novembro. Dicas para filmar Infelizmente, nem todos aparelhos, câmeras e celulares, permitem que escolhamos a qualidade de vídeo em função do formato. Se houver formatos como 640 x 480 pixels e 320 x 240 pixels, escolha o primeiro. Faça um teste e veja no aparelho de TV a qualidade conseguida. Algumas câmeras como da Kodak e Sony já trazem em seu bojo a filmagem HD (High Definition). Lembre-se que, ao produzir um filme com máquinas caras ou baratas, na verdade, o que vale mesmo é sua habilidade e não o equipamento. Com relação às imagens, é melhor salvá-las no cartão e não na memória interna do celular ou

da câmera. Ficará mais fácil para a edição, sobretudo se seu PC ou notebook tem entrada para cartões, evitando cabos e fios. O zoom digital é um desastre nos celulares e nas câmeras. O melhor é desativar essa função. Por não ser óptico, as imagens perdem a resolução original e até distorcem, comprometendo o visual do filme. Em alguns aparelhos existe o ajuste para filmar e fotografar à noite. Para usá-lo, é bom novamente fazer alguns testes observando se correspondem ao que você quer gravar. Isso não impede a busca de soluções e efeitos diferentes. Não mantenha as filmagens em apenas um plano. Busque ação criando outros planos. Por exemplo, se a atriz está com uma rosa nas mãos, faça algumas cenas da rosa e das mãos segurando-a. Durante a edição, pode intercalar essas cenas. Nas filmagens noturnas, e mesmo durante o dia, a dica é usar um tripé ou monopé ou ainda fixar o celular e a câmera em local firme, para impedir tremores e movimentos bruscos. Filmar no celular gasta muita bateria, portanto fique atento. (A.M.G.)

Negócios no mundo virtual

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anoel Lemos tinha tudo para ser fazendeiro, pois nasceu no seio de uma família do ramo, lá em Araguari, no norte do Triângulo Mineiro. Mas o contato precoce com a computação, nos idos de 1980, quando ainda era menino, o levaram para a engenharia da computação, na Unicamp. Foi ali que teve seus primeiros contatos com a web e com o Mosaic, o pioneiro web browser. Somando-se isso ao sangue empreendedor que circulava por suas veia, não deu outra. Lemos criou em 2006 sua primeira startup, o BlogBlogs, um indexador de blogs, que atualmente conta com mais de 100 mil usuários, 200 mil blogs cadastrados, mais de 2 milhões de posts indexados e um número respeitável de 5,5 milhões pageviews/mês. E, nem bem esperou amadurecer o primeiro negócio, ele já partiu para um novo empreendimento: a WebCo, primeira empresa 100% brasileira que chega ao mercado para explorar o vigor comercial da web 2.0 - como se convencionou chamar os sites na internet nos quais os próprios usuários criam o conteúdo. A empresa começa sua operação com dois produtos, o BlogBlogs e o Brasigo, um serviço para criar, compartilhar e descobrir conteúdo em língua portuguesa. Nesta nova empreitada Lemos tem como sócio o grupo de mídia sul-africano Naspers, que tem 30% de participação do Grupo Abril. "Vamos criar aplicações

Divulgação

Manoel Lemos: criou o BlogBlogs, um indexador de blogs web 2.0 voltadas para o usuário brasileiro, pois só assim, com uma internet local, poderemos brigar com os grandes players do mercado internacional", ressalta Lemos, diretor da WebCo. Quem define é o usuário O administrador não fala dos investimentos neste novo negócio. Mas diz que pretende praticamente duplicar, até o final do ano, o número de funcionários atual da WebCo que hoje conta com 30 colaboradores. E isso significa que a empresa tem verba para gastar. "Não estamos poupando investimento em redes ou sistemas, pois este é o cerne do

nosso negócio", observa Lemos. O Brasigo, que chega ao mercado, é mais do que um mix composto por Wikipédia, Orkut e Yahoo! Respostas. "Nosso serviço é 100% focado em web 2.0, sendo constituído de um conjunto de ferramentas para criar, compartilhar e descobrir conteúdos, conversas e relacionamentos na internet brasileira", ressalta o executivo. Ele observa que a Wikipédia, por exemplo, não possibilita interações entre seus usuários nem agrupamento da informação de acordo com os interesses dos internautas. No Brasigo, quem define o contexto, a relevância e a utilidade do conteúdo são os próprios usuários e as comunidades ao seu redor. Embora lançado, o novo serviço online ainda esta distante do ideal, o que, segundo Lemos, inviabiliza neste momento a venda de espaço publicitário para gerar receita. "Calculo que criamos apenas 20% daquilo que está projetado para o produto. Ainda vai levar algum tempo para o Brasigo atingir massa crítica de 1 milhão de acessos/dia, aí sim, sua viabilidade econômica será automática", ressalta. Outro diferencial, de acordo com o diretor, é o sistema único de identificação – o Brasigo ID, modelo de login que será utilizado em todos os produtos da WebCo. Alexandre Augusto O Brasigo, que chega ao mercado, é mais do que um mix composto por Wikipédia, Orkut e Yahoo! Respostas


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

'Médico' de 8 anos ajuda mãe a dar à luz sua irmãzinha

1 Os GCMs que ajudaram a transportar Roberta fizeram elogios ao menino Robert, de 8 anos.

Mário Miranda/Luz

Acostumado a tratar de bichinhos machucados, Robert fez o parto da mãe Geriane Oliveira *

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ram 3h da madrugada quando a operadora de telemarketing Roberta Cristina Aparecida Vieira, de 27 anos, com nove meses e 15 dias de gestação, começou a sentir as primeiras dores do parto. Ela acordou o marido, mas achou por bem esperar até o início da manhã, por causa do frio e do chuvisco que caía sobre São Paulo. Às 5h30, quando foi tomar banho para ir ao hospital, começou um sangramento e as dores pioraram. O marido, Luciano Sabino, de 28 anos, foi até um posto da Guarda Civil Metropolitana, a 300 metros da casa, na rua do Cobre, perto da Cohab Juscelino Kubitscheck, em Guaianases, zona leste da Capital. Roberta começou gritar de dor e acabou acordando o filho, Robert, de 8 anos. Foi sua sorte. Foi ele quem a ajudou no parto e no nascimento da irmãzinha Lidiane, que veio à luz com 3 quilos e 140 gramas. "Fiquei feliz" – "Minha mãe falou para eu ajudar, pressionando a barriga dela enquanto ela fazia força. Vi quando a cabeça do bebê estava saindo e ela pediu que eu puxasse. Fiquei com um pouco de medo quando ela falou para puxar o bebê, mas minha irmãzinha saiu", contou Robert em sua casa, um sobrado em obras de ampliação para abrigar a nova integrante da família. Com o bebê no colo, Roberta pediu para Robert pegar uma tesoura para que pudesse cortar o cordão umbilical. "Fiquei muito feliz em poder ajudar

minha mãe", disse o menino. Quando a ajuda chegou, o trabalho já tinha terminado. Ficamos surpresos ao chegar à casa e ver que a criança já tinha nascido. O Robert falou "pode ficar tranqüilo que eu já fiz o parto da minha mãe", contou o GCM Dorival Gonçalves Filho, 36 anos, há 15 na corporação. Pai de dois filhos e com a mulher grávida de 3 meses, ele se emocionou. "Meu coração encheu de alegria", disse Dorival, que, junto com seu parceiro de farda Carlos Alberto de Andrade, levou a família até o Hospital Municipal de Guaianases, onde chegaram em menos de dez minutos. "Outro fato que também nos deixou perplexos foi o fato de o menino ter feito o corte do cordão umbilical com muita precisão", disse Dorival. Corajoso – Roberta e Lidiane ficaram no hospital e passam bem. Pai e filho voltaram para casa e passaram a manhã de ontem contando o feito de Robert. "Se fosse comigo, no lugar do meu filho, não sei o que faria. Ele foi muito corajoso. Disse que quer ser policial quando crescer, porque não tem medo de nada", disse o pai, orgulhoso. Luciano, que é costureiro e trabalha em casa, confeccionando bolsas, disse que Robert é ativo, cursa o terceiro ano do Ensino Fundamental e costuma socorrer animais, como gatos que caem do telhado e cachorros feridos. "Quando ele se machuca, ele próprio faz o curativo", afirmou o pai. O parto da irmã aconteceu na cama de Robert, já que os pais, por causa da obra na casa, estavam dormindo em um col-

José Luís da Conceição/AE

Depois de ajudar no parto, Robert brinca de super herói em sua casa

Há um ano, Gabriel, de 6 anos, foi herói

H

á um ano, caso semelhante ao de ontem aconteceu com o quinto parto da babá Sheila Gomes da Silva, de 25 anos, moradora em Francisco Morato, atualmente na sua sexta gravidez. Ela conta que eram dez horas da noite e que ela e o marido, Luiz Carlos dos Santos Dias, estavam vendo TV. "Fui para a cama, mas tive vontade de fazer xixi, uma, duas vezes. Na terceira vez que tive de me levantar para ir ao banheiro, percebi que aquilo não era normal. Foi quando comecei a sentir uma dor muito forte e gritei para meu marido me ajudar", recorda-se Sheila. Sem telefone em casa, Luiz Carlos decidiu sair em busca do padrasto, que mo-

rava na casa de cima, para pegar o carro. "Então, fui me sentar na beirada da cama e meu filho Gabriel, que na época tinha 6 anos, acordou e veio correndo perguntar o que estava acontecendo. Pedi para ele segurar minha mão, me ajoelhei na cama e o Gabriel ficou atrás de mim. Senti as contrações e o bebê começou a sair. Foi aí que o Gabriel viu tudo e segurou a cabecinha do Arthur, hoje com um aninho, com sua mão", recorda-se a mãe. Hoje Sheila pensa no ocorrido com um sorriso no rosto. E até revela um segredo: "Quem me levou para o hospital foi meu sogro: meu marido começou a passar mal", lembra-se. (GO)

chão no chão da sala. O berço de Lidiane vai ficar ao lado da cama do menino, até que seu quarto também fique pronto. Dicas – Apesar de não haver uma estimativa fechada, partos de emergência, geralmente em casa, são bem mais comuns do que se imagina. Segundo a médica ginecologista e obstetra Teresa Embiruçu, 28 anos, tal tipo de emergência exige certos cuidados especiais. Se a parturiente não puder, por algum motivo, ser encaminhada ao hospital, quem a estiver ajudando deverá lavar bem as mãos. Depois, deve pedir que a gestante fique deitada com as pernas flexionadas sobre o abdômen. A posição durante a contração uterina favorece a expulsão do bebê. O auxiliar deve tomar muito cuidado ao cortar o cordão umbilical. Se possível, faça-o com uma lâmina descartável comum. Em seguida, deve enrolar a criança aquecendoa bem. Depois, já no hospital, se estiver tudo bem com a mãe, sem nenhum tipo de contaminação, ela já poderá amamentar o bebê. * Com Agência O Globo

Os guardas-civis Dorival (à esq.) e Carlos Alberto, com o menino Robert e seu pai Luciano Sabino de Lima

Minha mãe falou para eu ajudar, pressionando a barriga dela enquanto ela fazia força. Vi quando a cabeça do bebê estava saindo. Eu puxei e minha irmãzinha saiu. Robert Vieira de Lima

Ficamos surpresos ao chegar à casa e ver que a criança já tinha nascido. O Robert falou 'pode ficar tranquilo que eu já fiz o parto da minha mãe'. Meu coração encheu de alegria. Dorival Gonçalves, GCM

Se fosse comigo, no lugar do meu filho, não sei o que faria. Ele foi muito corajoso. Disse que quer ser policial quando crescer, porque não tem medo de nada. Luciano Sabino, o pai


2 - ECONOMIA

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COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008


terça-feira, 16 de setembro de 2008

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INFORMÁTICA - 5


2

Curso On Inter net Te c n o l o g i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 16 de setembro de 2008

VENDAS ONLINE NA AL CHEGARÃO A US$ 16 BI ESTE ANO

Gastança na internet

Visa e BB lançaram um projeto-piloto de sistema de pagamento que utiliza o telefone celular

Divulgação

Sete milhões de e-consumidores gastam US$ 4,89 bilhões em compras virtuais ALEXANDRE AUGUSTO

S

ete milhões de internautas brasileiros já fazem suas compras pela internet. É o que revela o último estudo "As Oportunidades de Comércio Eletrônico no Brasil e na América Latina", conduzido pela AmericaEconomia Intelligence, na América Latina, e divulgado na semana passada pela Visa. Pode parecer pouco diante de uma população de mais de 180 milhões de pessoas, mas traduzindo isso em dinheiro, o número acima representa US$ 4,89 bilhões e foi gerado por apenas 3,7% da população brasileira. Esse número também é suficiente para colocar o Brasil em primeiro lugar entre os países que mais compram pela internet em toda a região latino-americana, com 45% das compras no período. Outra informação importante que consta no estudo, segundo Guillermo Rospigliosi, VP de

Produtos Visa para América Latina e Caribe, é que o comércio eletrônico brasileiro representa 3,8% do PIB nacional. O estudo, realizado a cada dois anos, teve como base 2006/2007 e nesse período as vendas online na América Latina registraram um crescimento de 121%, empurrando as projeções de 2008 para US$ 16 bilhões. Ano passado, as vendas chegaram a US$ 10,9 bilhões na região. "Nos próximos três anos, chegaremos a US$ 30 bilhões", prevê Rospigliosi. Para o executivo, um dos motivos para esta verdadeira explosão nas vendas online está na expansão da economia dos países latinoamericanos, que vem crescendo nos últimos anos a taxas superiores a 5%. Outros fatores podem ser creditados a esse crescimento, como o advento de novas tecnologias e os investimentos em infraestrutura para sustentá-las.

Mercado de PMEs - O fenômeno das compras pela internet também pode ser atribuído ao aumento de assinaturas de banda larga e aos cartões de crédito. "Quanto mais conexão banda larga com qualidade estiver disponível, mais internautas teremos. Quanto mais internautas com cartão de crédito houver, mais e-consumidores poderão participar deste mercado", observa Rospigliosi. O executivo ressalta que, para alcançar os 30 bilhões em 2010, as economias precisam continuar em expansão e as ofertas de produtos na rede têm de aumentar, pois, atualmente estão muito limitadas. O fator segurança também tem de continuar como 'alta prioridade' para as empresas. Para atingir a cifra acima, a Visa pretende fomentar o comércio eletrônico no mercado de pequenas e médias empresas. "Para se ter idéia do tamanho do mercado a

Guillermo Rospigliosi: nos próximos três anos, as vendas online na América Latina chegarão a US$ 30 bilhões ser explorado, hoje, cerca de 50% do volume de vendas online ainda está nas mãos de 10 grandes empresas", informa Rospigliosi. Facilitar as compras com cartões de débito. Esta é outra providência necessária para alavancar as vendas no mundo online Hoje existem 300 milhões de cartões de débito no mercado, mas a maioria das lojas não os aceita como forma de pagamento. "Mas isso não ocorre por uma decisão das lojas, e sim por decisão dos bancos. É pre-

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Segunda unidade em SP "Multiserviços será nossa principal plataforma de negócios", prevê Lermen. Para isso a empresa está investindo este ano R$ 32 milhões em tecnologia, infra-estrutura, processos, recursos humanos e governança. O projeto contempla a implantação de terminais de autoatendimento multiserviços da RVA (Rede Verde Amarela) em postos de gasolina, condomínios, empresas de médio e grande porte, supermercados, farmácias, escolas e outros. "Nosso objetivo é instalar 1.800 pontos de serviços nos próximos três anos nas principais capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza e Distrito Federal", informa o executivo. A ATP administra a RVA, que possui 10 mil pontos de atendimento e 35 mil terminais interligados, que atendem cerca de 13 milhões de clientes de 16 instituições. A empresa faturou R$ 350 milhões no ano passado e acaba de inaugurar uma segunda unidade em São Paulo, no Jardins. A unidade abrigará 25 executivos da empresa. "Com o tempo esta nova instalação se tornará o escritório mais importante da ATP no país, já que ela está voltada para ações de relacionamento num dos mercados mais ricos do mundo", salienta o presidente da ATP, que projeta um faturamento de R$ 415 milhões para 2008. (A.A.)

O sistema de pagamento será inicialmente aceito em lojas delivery e empresas de venda-direta

Divulgação

Nori Lermen, da ATP: "Multiserviços será nossa principal plataforma de negócios. A empresa está investindo R$ 32 milhões em tecnologia, infra-estrutura, RH e governança."

esponsável pelo processamento de 45 milhões de documentos/mês para o setor financeiro, a ATP está direcionando todo o conhecimento adquirido ao longo de seus 15 anos para o segmento de auto-atendimento e multiserviços. Seu principal, executivo, Nori Lermen, é enfático: "vamos aplicar o nosso know-how em reconhecimento de imagens, que usamos para tratar os cheques, em qualquer tipo de documento como contratos, documentos de identidade, faturas, apólices entre outros" ressalta. A idéia da empresa é transformar os correspondentes bancários em miniagências, onde o usuário possa fazer o maior número possível de operações. Além de transações bancárias, ele pode pagar uma conta, comprar uma passagem de ônibus, fazer a recarga de seu celular, comprar ingresso para um show ou um jogo, além de possibilitar operações de crédito imobiliário e microcrédito. O usuário poderá utilizar dinheiro, moeda, cheque, cartões contactless para pagar estes serviços no terminal.

ma. Para incentivar ainda mais esta modalidade de pagamento, a Visa está comunicando aos portadores de seu cartão que é bastante seguro pagar suas compras pela internet usando cartão de crédito. Chedid observa que, para continuar esta forte expansão no comércio eletrônico, o Brasil precisa aumentar o investimento em infra-estrutura digital: "A tecnologia é nossa grande aliada para suportar esta crescente demanda de mercado".

Visa testa sistema de pagamento pelo celular

Mudança de rumo na ATP

Divulgação

ciso inverter isso, criando ferramentas de autenticação", ressalta o VP de Produtos Visa. Ele lembra que nas economias mais avançadas o cartão de débito representa 40% das vendas online. Eduardo Chedid, diretor executivo de Produtos Visa Brasil, ressalta que os cartões de crédito foram grandes aliados no crescimento das vendas online no País. "Mais de 65% das compras feitas pelos internautas foram realizadas com cartão de crédito", infor-

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ais de 26 milhões de clientes do Banco do Brasil portadores de Cartão Ourocard Visa já podem pagar suas contas através do celular. O projeto piloto Visa Mobile Pay, lançado pela Visa e Banco do Brasil, permite que os clientes façam suas compras e paguem com o cartão de crédito e débito Visa. Primeira iniciativa na América Latina a contar com um sistema de pagamento remoto, o projeto terá duração de três meses e está disponível, neste primeiro momento, para os portadores do cartão OuroCard Visa O sistema de pagamento será inicialmente aceito em estabelecimentos comerciais delivery e de venda-direta. O portador do cartão confirmará a transação de pagamento de crédito Visa até R$ 100 apenas com uma mensagem de texto (SMS) pelo celular. A Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (VisaNet Brasil) será responsável pela implementação desta tecnologia no comércio. Para utilizar a solução, o portador do cartão Ourocard Visa deve se cadastrar uma única vez no Portal BB na internet (www.bb. com.br). Depois disso, ao fazer o seu pedido de compra - pelo telefone fixo, pelo celular ou pessoalmente, no estabelecimento comercial afiliado ao serviço Visa Mobile Pay, o cliente poderá solicitar o pagamento por celular. O

cliente deverá informar apenas o número do celular e o nome do banco emissor. Assim que o pagamento é processado pela Visa e pelo Banco do Brasil, o portador recebe uma mensagem de texto no celular (SMS), que deverá ser respondido confirmando o valor da compra. O estabelecimento comercial, por sua vez, pode realizar a captura da transação por meio do site www.visanet.com.br (digitando o telefone do cliente no portal) ou pelo próprio celular (com uma aplicação instalada previamente). As transações do Visa Mobile Pay poderão ser capturadas também por meio dos terminais POS (digitando o telefone do cliente no terminal). O comerciante poderá optar pelo meio de captura que for melhor para o seu negócio.

"O Visa Mobile Pay inova ao tornar real a convergência das tecnologias de meios eletrônicos de pagamento e de celulares, oferecendo agilidade e conveniência para consumidores e comércios em seu dia a dia", ressalta Eduardo Chedid, diretor executivo sênior de Produtos da Visa. Ele acrescenta que o novo serviço transforma a vida das pessoas ao permitir que pagamentos remotos possam ser realizados por um universo ainda maior de consumidores de forma transparente e segura pelo próprio celular. O executivo observa que existem, atualmente, 26 milhões de estabelecimentos no mundo credenciados a aceitar cartões Visa. Mas no Brasil são apenas 1,2 milhão de estabelecimentos comerciais que estão habilitados. (A.A.)

Metade do mundo tem telefone móvel

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egundo relatório da ONU, a população mundial atingiu a marca dos 6,7 bilhões de pessoas. De acordo a União Internacional de Telecomunicações (UTI) existem cerca de 3,3 bilhões de celulares no mundo. Ou seja, um entre cada dois

habitantes da Terra possui um aparelho. O Brasil é o quinto país com a maior base de celulares no mundo. Até o final de junho, segundo Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o País tinha 133,15 milhões de celulares em funcionamento.


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Estilo Nacional Finanças Empresas

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

COMIDA DE HOSPITAL AGORA É FEITA POR CHEFS

Hoje, a grande sensação de uma receita é chegar à excelência de um prato trivial. Cezar Cassiano, chef

Kety Shapazian

Cardápios elaborados dão um toque gourmet às refeições de hospitais Divulgação

nós executamos. Fazer comida para hospital é fantástico. É um universo de conhecimento, uma troca enorme de informações com as nutricionistas", afirma o chef. Os cardápios têm opções de entradas frias e quentes, prato principal, acompanhamentos, sobremesas e bebidas. Bebida alcóolica, nem pensar. Sequer o vinho ou o saquê presentes em alguns molhos aparecem. "É proibidíssimo!" O jeito é substituir o licor de laranja por uma calda do suco ou a casca da fruta, dependendo da característica desejada (doce ou amarga). "A aceitação está sendo ótima. Estamos dentro das expectativas para um hospital daquele porte, um desbravador de mercado. O São Luiz já tem

Fotos: Felipe Denuzzo/e-Sim

L

ombo de peixe acompanhado de um mix de quinoa e emulsão de alcaparra. Filé mignon Wellington (envolto em massa folhada), com cenoura glaceada e arroz com ervas. Pato gratinado com parmesão e mussarela. Farfalle fresco ao alho e óleo com um bouquet de brócolis. De sobremesa, torta de nozes com fios de ovos ou um harumaki (rolinhos crocantes) de nutella. Torta Bariloche com chocolate, damasco, ganache e morangos. Ou simplesmente um sonho, daqueles de padaria, só que, em vez de frito, assado. É de dar água na boca os cardápios de alguns hospitais da cidade. Chefs e empresas de gastronomia estão sendo contratados para dar um toque gourmet aos pratos e tornar a estadia hospitalar um pouco menos desagradável. Na unidade do Jardim Anália Franco do Hospital São Luiz, o chef Cezar Cassiano, da Noah Gastronomia, se dedica ao novo cardápio que será oferecido aos pacientes no primeiro semestre de 2009. "Hoje, a grande sensação de uma receita é chegar à excelência de um prato trivial. Fazer a melhor batata assada do mundo, por exemplo", diz Cassiano. A Noah, braço de restaurantes do Grupo Chieko Aoki, montou 37 cardápios (um para cada tipo de dieta alimentar) para essa unidade do São Luiz. "É como se fosse um restaurante. O paciente escolhe o prato e

Acima, o chef Cezar Cassiano do São Luiz. Ao lado, a paciente Andrea Chiarella.

o know how de dietas e eu não me atreveria a dizer que faremos melhor", diz Jorge Nishimura, diretor do Grupo Chieko Aoki. Além de atender os pacientes, a empresa montou um restaurante para acompanhantes e visitantes. Decorado seguindo os preceitos do feng shui, o

ambiente tem aroma natural de ervas, graças a uma horta no local. "O cheiro de capim santo ajuda a reduzir o estresse. O destaque da dieta é a gastronomia contemporânea, com um toque de temperos que reforçam sabor", diz Nishimura. Um DJ montou uma seleção de músicas de estilos que vão do lounge ao jazz e ainda sons da natureza, tudo para relaxar. Para viabilizar o projeto, foi criado o Grupo de Gastronomia, que cuida de conceitos, cardápios, fichas técnicas, define as tecnologias a utilizar em cada produto, processos, materiais, decoração, matérias-primas, treinamento e audita a qualidade. A nutricionista Cristiane Tonato, exHospital Israelita Albert Einstein, foi contratada para trabalhar ao lado do chef Cassiano e de outros profissionais com experiência internacional. Foram investidos R$ 4 milhões no projeto – R$ 150 mil só para treinar a equipe. A meta é, em cinco anos, faturar anualmente R$ 100 milhões com o nicho de alimentação para hospitais – isso representará 20% do volume total de negócios do Grupo Chieko Aoki. Hoje, o Noah prepara 60 mil refeições por mês para pacientes, funcionários do hospital e o público do restaurante Noah. Segundo Nelly Yoneyama Fortunato, nutricionista responsável pela área de alimentação da unidade Anália Franco, as vontades dos pacientes são atendidas, desde que liberadas pela equipe médica. A filha de italianos Andrea Chiarella, 38 anos, estava se

sentindo num hotel cinco estrelas na semana passada, segundo palavras dela mesma. Adorou o peixe grelhado do jantar, surpreendeu-se com a apresentação dos pratos, aprovou o tempero e se deliciou com a macarronada do almoço no dia seguinte ao nascimento de sua filha Victoria.

No Sírio-Libanês, cada um dos seis cardápios tem três opções de refeições. As escolhas mais sofisticadas foram preparadas pelo chef francês Patrick Ferry, segundo Adriana Vasti, nutricionista do Serviço de Alimentação do hospital. Em novembro, um novo menu será elaborado. Hoje, a cozinha do estabelecimento serve desde saladas elaboradas, molhos e cremes até sobremesas de inpiração francesa, como o tradicional creme brulée. A gerente do Serviço de Nutrição do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Nancy Miyahira, diz que diariamente são assados sonhos, doces e biscoitos para deliciar os pacientes. Certa vez, o hospital decidiu terceirizar a produção de sobremesas, mas a gritaria foi geral e as guloseimas voltaram a ser feitas no Oswaldo Cruz. "Vários funcionários iniciaram suas carreiras na cozinha daqui e têm a habilidade de manter o sabor caseiro da comida, mesmo com a alta demanda. Temos um chef conosco há 20 anos e o forte dele é a culinária francesa tradicional. Outros dois cozinheiros têm formação superior em Gastronomia e são especializados em cozinha mediterrânea." São dez dietas, sendo que cinco desses cardápios oferecem três escolhas de pratos cada um. Os outros são de dietas mais controladas. Para Nancy, sopa sem graça em hospital virou chavão. "Aqui, elas têm bastante sabor. Aprendemos a trabalhar muito bem com ervas, que viraram moda, mas são difíceis de dosar."

Fotos: Divulgação

Ao lado e abaixo, as opções do cardápio do Hospital Oswaldo Cruz.

No Sírio-Libanês, saladas com toque de sabor

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

É

ESPECIAL - 3

A difícil sobrevivência nas águas traiçoeiras dos impostos Não é nada fácil pagar tanto tributo. Ainda assim, perto de 78% das pequenas empresas conseguiram sobreviver entre 2003 e 2005 – índice que só perde para Austrália e Inglaterra Marcelo Soares/Hype

ventes. De acordo com o Sebrae, o Brasil só perde para Austrália, 87,6%, e Inglaterra, 81,9%. Ganha de Cingapura, 75%; Portugal, 72,6%; Itália, 72,4%. Nos Estados Unidos a taxa de sobrevivência das empresas é medida a cada quatro ou cinco anos, e gira em torno de 74%. A pesquisa também constatou que houve um aumento crescente no número de empregados com carteira assinada contratados pelas empresas ativas. Esse número aumentou de 64% em 2003 e 2004, para 85% em 2005. Foram analisadas pela pesquisa empresas dos setores de comércio, indústria e serviços.

Filipina Academia (rua Antonio Mariano 341). Luciana e Adriana de Jesus Almeida e Costa, irmãs e sócias. Uma cuida da parte administrativa e a outra da coordenação pedagógica.

dos, o índice de sobrevivência das empresas ficou acima da média nacional, caso do Espírito Santo (85,8%); seguido por Minas Gerais (85,7%); Sergipe (85,3%); Piauí (84%); Rio Grande do Norte (83,5%); São Paulo (82,9%); Pará (82,5%); Bahia (82,4%); Distrito Federal (81,5%); Alagoas (81,3%); Rio de Janeiro (81,3%); Paraíba (80,8%); Rondônia (79,7%); Goiás (78,7%); Mato Grosso do Sul (78,7%) e o Ceará, que se manteve na média nacional, com 78%. “No Brasil houve grandes esforços para facilitar a vida das empresas. O Estatuto Geral da Micro e Pequena Empresa é uma delas. O Sebrae traba-

lha de uma forma mais organizada, mais centralizada, levando a questão de acesso a informações, mais conhecimento para os nossos empresários, quer dizer, todas essas coisas combinadas com a macroeconomia é que deram esse resultado todo”, explicou o presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto. Os Estados com índices abaixo da média nacional são o Maranhão (77,6%); Rio Grande do Sul (77,5%); Pernambuco (77,3%); Santa Catarina (75,9%); Amazonas (75,8%); Paraná (74,8%); Mato Grosso (74,5%); Tocantins (71,7%); Amapá (62,2%), Acre (60,3%) e

em último lugar, Roraima, em que 49,3% das empresas, menos da metade, consegue se manter no mercado. Segundo Okamotto, há muitas empresas informais nas regiões Norte e Nordeste. Já as regiões Norte e Sul têm mais formalidade e, portanto, aparecem mais na pesquisa: “No caso das regiões Norte e Nordeste há necessidade de construir mais políticas públicas e fazer com que essas políticas cheguem aos nossos empresários e eles tenham condições de concorrer e se formalizar”. Diante de outros países, o Brasil até que não está mal com seus 78% de empresas sobrevi-

Incubadoras e suas chances Ferramenta essencial para reduzir o índice de mortalidade das pequenas empresas, as incubadoras oferecem apoio estratégico diferenciado, que ajudam a superar dificuldades e a ingressar no mercado com melhores condições de sobrevivência. O acesso a consultorias e os custos e impostos mais baixos favorecem o desenvolvimento nos primeiros anos. A Fiesp mantém atualmente 33 incubadoras em todo o Estado de São Paulo, em convênios com o Sebrae, universidades e Prefeituras Municipais. A primeira, inaugurada em maio de 1991, foi o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial - Incubadora Itu. De modelo tradicional (voltada ao fomento de indústrias), está instalada num prédio com capacidade para até dez empresas. Já abri-

gou cerca de 40 delas desde sua inauguração. O índice de empresas que nasceram na Incubadora de Itu e continuam suas atividades superou a marca dos 85%. Além das vantagens oferecidas para as empresas abrigadas, as incubadoras têm efeito positivo sobre a economia da região, pois produzem pesquisa, desenvolvimento e valor agregado. Ao impulsionarem a geração de microempresas, contribuem para o surgimento de novos postos de trabalho, geralmente mais qualificados. Como conseqüência, o nível de renda da sociedade é elevado, o que se reflete numa melhor qualidade de vida. Um exemplo interessante é o da cidade de Garça, a 415 quilômetros da Capital. De tradição agrária – a principal atividade é o plantio de café –, Garça começou a mudar de perfil na década de 1980, período em que o setor eletroeletrônico despontou como uma alternativa econômica interessante para a região. Em 1996, foi inaugurado o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial - Incubadora Garça, que contribuiu para o fomento de empresas do ramo de dispositivos de segurança eletrônica, como portões automáticos, reatores e no-breaks. Atualmente, Garça ostenta o slogan de "capital da eletroeletrônica", e firmou-se como um pólo nacional desse segmento. (LCA)

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verdade que mais micro e pequenas empresas estão conseguindo sobreviver no mercado. A pesquisa Taxa de Sobrevivência e Mortalidade do setor, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que esse índice subiu de 50,6% para as empresas abertas entre 2000 e 2002 para 78% no período 2003 a 2005. É verdade, também, que muitas empresas ainda sofrem para continuar trabalhando. Pela ordem, segundo outra pesquisa do Sebrae, as microempresas reclamam da carga tributária, do custo das matérias-primas e mercadorias compradas de outros Estados e do enquadramento do Simples Nacional. Na pesquisa sobre sobrevivência, divulgada em março último, o Sebrae nota que 75% dos pequenos empresários são favoráveis à legislação sobre microempresas, no geral (72% do total optaram pelo Simples Nacional), mas 46% pedem aperfeiçoamentos. Em especial, os empresários querem menos impostos e melhor enquadramento. Das empresas paulistas, 29% fecharam no primeiro ano de atividades e 56% não completam o quinto ano de vida, principalmente em razão da falta de planejamento, gestão deficiente, insuficiência de políticas de apoio, conjuntura econômica deprimida e problemas pessoais dos proprietários. Em quinze Estados pesquisa


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPECIAL

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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Lei do Supersimples pode mudar

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stava prevista para a última quarta-feira, 10 de setembro, a votação do projeto que ajustaria a Lei do Supersimples. Mas, nestes tempos eleitorais, não houve quorum. Assim, ficou para o dia 7 de outubro, depois das eleições, a votação pelo Senado do Projeto de Lei da Câmara 128/08, que ajusta o Estatuto Nacional da Micro e Pequena Empresa, a partir da Lei Complementar 123/07. Esse projeto cria a figura do microempreendedor individual (MEI), para quem fatura até R$ 36 mil por ano, com um único empregado. Pelo projeto, o Microemprendedor Individual que se formalizar e seja optante do Simples Nacional será isento de praticamente todos os tributos recolhidos por meio desse sistema, pagando apenas mensalmente valor fixo de R$ 45,65 de INSS, R$ 5 de ISS e R$ 1 de ICMS, dependendo da atividade. O projeto sofreu emendas. Segundo o senador Adelmir Santana, uma delas atende apelo da Receita Federal do Brasil e altera o prazo para o MEI entrar em vigor, de 1º de janeiro para 1º de julho de 2007: “É para dar tempo de serem desenvolvidos os programas e sistemas operacionais necessários”. Se aprovadas as emendas do senado, o projeto terá de voltar para apreciação da Câmara, onde tramitava como Projeto de Lei Co m p le m e ntar 02/07, aprovado em 13 de agosto passado. Mas o senador Adelmir Santana ainda tem expectativas de que

a Câmara faça esforços concentrados e possibilite a aprovação da proposta ainda este ano. Desde julho do ano passado, tenta-se evitar o costume da confusão que em geral caracteriza a legislação brasileira. O governo federal instituiu então – mais uma vez – um tratamento tributário simplificado para as pequenas e médias empresas (PMEs). Antes, havia leis díspares, inclusive estaduais, como a 9.317/96, que foi revogada pelo novo documento. Enfim, quem pretende ser microempresário tem de entender muito bem como o governo enxerga essas empresas. Pela Lei 123/06, o governo considera pequena empresa a sociedade ou o empresário que fatura até 240.000,00 – caso das microempresas – ou acima disso e até R$ 2.400.000,00 – caso das empresas de pequeno porte. As duas podem se enquadrar no que se chama de Simples Nacional, ou mais popularmente, Supersimples. Trata-se de um regime tributário especial que, com um único recolhimento, engloba Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, IPI, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Programa de Integração Social (PIS), Previdên-

cia para INSS, ICMS (mercadorias) e ISS (serviços). Nem todos podem ser micro ou pequenas empresas. Inseminação artificial em animais, fabricação de aguardente e vinho, manutenção e reparação de diversos equipamentos, representantes comerciais, corretagem, serviços de engenharia, arquitetura ou publicidade e jornalismo, entre muitas outras, são atividades que a Lei não permite inscrição no Supersimples e, conseqüentemente, tributação simplificada e menor. Como o Fisco brasileiro é pródigo em normas legais, é preciso verificar constantemente as resoluções, portarias, decretos e pareceres específicos. Só em agosto passado, saíram 39 normas diferentes, que alteram ou explicam dispositivos desta ou de outras leis. É mais de uma norma por dia. Embora a microempresa seja aquela tocada por poucas – até por uma única pessoa, em geral o pequeno empresário tem de se socorrer de um especialista, isto é, um contador – que, ele próprio, não pode se inscrever no Supersimples. (LCA)

D

T

ramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar 126/07, que pode incentivar a formalização de mais de oito milhões dos 10,34 milhões de negócios informais do País. É o número de empreendimentos individuais, empreendedores sem sócios, com receita bruta anual de até R$ 36 mil. O projeto também possibilita redução tributária para as cerca de três milhões de micro e pequenas empresas que já integram o Simples Nacional e mais cem mil que poderão entrar no Sistema, caso aprovado. O projeto faz apenas uma pequena mudança, ajustando a Lei do Supersimples. Conforme a proposta, será enquadrado como microempreendedor individual o negócio individual com receita bruta anual de até R$ 36 mil que se formalizar e se

enquadrar no Simples Nacional. Se a proposta for aprovada, esses negócios ficam isentos de quase todos os tributos integrantes do Simples Nacional. Pagam apenas uma taxa fixa mensal de R$ 50 do INSS patronal. Os prestadores de serviço pagam essa taxa acrescida de R$ 30 de ISS. Pelo projeto, divulgado pela Agência Sebrae, integrantes do Simples Nacional com receita bruta anual de até R$ 120 mil também ficam isentos da cesta de tributos pagos por esse sistema, recolhendo apenas 3% do faturamento para o INSS. Entre as mudanças também faz ajustes nas tabelas de tributação reduzindo a carga tributária para todos os setores que podem ser incluídos no Simples Nacional e possibilita que empresas do Sistema gerem crédito de ICMS.

Também permite que novas atividades econômicas possam optar pelo Simples Nacional, como laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; decoração e paisagismo; corretagem de seguros; serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos e de ressonância magnética; serviços de prótese; atividades de fisioterapia; serviços de tradução; agências de publicidade e assessorias de imprensa, além de escolas de ensino médio. O projeto 126/07 é de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly e tramita apensado ao projeto 2/07, do deputado Antônio Carlos Mendes Thame junto com vários outros que tratam de ajustes à Lei do Supersimples. O relator é o deputado José Pimentel. (LCA)

Crédito oficial: e isto existe, afinal? Ilustrações Alfer

A burocracia do supercomplicado

epois de três anos de tramitação, foi aprovada no final do ano passado o Projeto de Lei Complementar 123 de 2004, conhecido como Lei Geral das Microempresas. As principais vantagens da nova lei são o cadastro único das micro e pequenas empresas – o que diminuirá a burocracia para a abertura do negócio e obtenção de crédito; a arrecadação unificada dos tributos federais, estaduais e municipais; e o enquadramento das empresas de acordo com as especificidades de cada Estado. Contudo, a burocracia ainda é um problema. A origem da burocracia está principalmente no corporativismo e na ineficiência das instituições públicas em todos os níveis e em todos os poderes. Nos Estados Unidos, gasta-se quatro dias para abrir um negócio; no Brasil, 152 dias. Três vezes mais que a média mundial. O próprio regime tributário, o Supersimples, deixou de ser simples e tornouse supercomplicado. De acordo com o artigo 23 da Lei do Simples Nacional, as microempresas e as empresas de pequeno porte não fazem jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições relativos a im-

Incentivo à formalização, toda a diferença

postos ou contribuições abrangidos pelo Simples. O artigo 23 impede o uso de créditos de ICMS e de IPI por compradores de mercadorias de empresas

optantes do Supersimples, segundo definiu a consulta 360, da Receita Federal do Brasil da 8ª Região Fiscal. Um outro ato declaratório, o número 15/2007, também da Receita Federal, diz que, observadas as condições previstas na legislação os créditos podem ser descontados. Ou seja, há interpretações conflitantes e, para diri-

mi-las, será necessário enfrentar mais burocracia. Enfim, burocracia significa gastos para os empresários, em especial em impostos. E a burocracia e os impostos são os fatores que levam 98% das pequenas empresas ao setor informal, o equivalente a 10,3 milhões de empresas, segundo a última pesquisa disponível do IBGE, de 2003. A empresa pode até ter CNPJ, isto é, estar inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, mas se não tiver sistema de contabilidade próprio, é informal. Este fenômeno se manifesta de várias formas: contratação irregular de trabalhadores, compra e venda de produtos sem nota, falsificação de mercadorias, violação de direitos autorais, adulteração de produtos e sonegação fiscal. Para garantir seu sustento e de sua família e a renda de seus trabalhadores, o dono de uma empresa informal começa não pagando impostos. Para isso, adultera notas ou simplesmente não as emite. Também não segue leis, pirateia produtos, não contribui para a Previdência e, eventualmente, suborna e corrompe. Resolve o problema que o Estado criou gerando mais problemas para o próprio Estado. (LCA)

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té o início deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emitiu 130 mil cartões para pequenas e médias empresas, o que corresponde a um crédito pré-aprovado de R$ 3,3 bilhões. O número infla as estatísticas do governo. Visto do lado dos empresários, é pouco: de acordo com o IBGE, existe perto de 4,6 milhões de microempresas no Brasil, mas o dado é de 2002. Esse número já deve ter aumentado e, na prática, fala-se informalmente em dez milhões de micro e pequenas empresas. Diante disso, 130 mil cartões são, de fato, muito pouco: 2,8% sobre os 4,6 milhões na contagem oficial; 1,3% sobre os presumíveis 10 milhões. Entre as dificuldades das pequenas empresas, de acordo com o Sebrae, estão a falta de capital de giro – 20,8% das reclamações dos empresários, entre problemas como falta de clientes, maus pagadores, problemas financeiros em geral. Quem verificar a legislação vai encontrar um paraíso: as pequenas empresas seriam privilegiadas na obtenção de crédito, com prioridade no atendimento e juros abaixo do cobrado pelo mercado. Na prática, ninguém consegue dinheiro – a não ser que o empresário ofereça seus bens pessoais como garantia. Um dos fatores mais impeditivos do acesso ao crédito tem sido, exatamente, a dificuldade do atendimento, pelas microempresas e empresas de pequeno porte, das garantias

que são exigidas pelos bancos na concessão dos empréstimos. Iniciativas oficiais para facilitar esse ponto em geral esbarram na burocracia ou não vão adiante por conta da legislação. No momento, estabelece-se o Sistema Nacional de Garantias de Crédito (SNGC) para micro e pequenas empresas. No último dia 27 de março, o Sebrae divulgou Chamada Pública para apoiar técnica e/ou financeiramente a constituição de Sociedades de Garantias, o primeiro pilar do Sistema. Também poderá apoiar a constituição de fundos garantidores locais. A idéia é começar apoiando pelo menos dez dessas sociedades em diferentes Estados e regiões. Paraná, Rio de Janeiro e Bahia são alguns Estados onde a mobilização empresarial está mais consistente, segundo o Sebrae.

A entidade criou o Fundo de Aval às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Fampe, para viabilizar a concessão de avais e facilitando o acesso ao crédito. Assim, com recursos financeiros e institucionais próprios, o Fampe permite às microempresas e às empresas de pequeno porte, por meio do Aval do Sebrae, complementarem garantias aos empréstimos, que visem o desenvolvimento de novos empreendimentos e/ou que visem o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos empreendimentos já existentes. Na prática, o empresário tem de ir ao banco, oferecer sua casa, seu carro, qualquer coisa de pessoal – desde que tangível – para conseguir alguma coisa. Em geral, pouco, insuficiente para melhorar o negócio. (LCA)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O pequeno varejo espera bons ventos e crescimento de 7% Os pequenos comerciantes devem comemorar bons lucros no final do ano. O que aflige é a concorrência das grandes redes, especialmente nas áreas de materiais de construção e drogarias ESTELA CANGERANA

S

ão muito positivas as expectativas para as micro e pequenas empresas (MPEs) varejistas, assim como para o comércio em geral, com taxas de expansão superiores às da economia como um todo. No ano passado, os resultados do setor já foram melhores que os das micro e pequenas de outros ramos. Enquanto os negócios de menor porte em geral cresceram 4% no faturamento real em relação a 2006, os comerciantes registraram alta de 8,6%, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). O gasto total com salários, com alta de 8,7% sobre 2006, também ficou acima da média das MPEs, de 3,3%. Tudo indica que os fatores que levaram ao crescimento em 2007 se repetirão este ano e o setor se manterá em um patamar de expansão em torno de 7%, acima das expectativas de crescimento econômico do País, entre 4% e 5%. "Se não tivermos nenhum grande problema estrutural, 2008 pode ser um ano bem interessante", afirma o professor José Glimovaldo Lupolli Junior, do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (Fia). O setor, porém, poderia registrar desempenho ainda melhor. Isso porque, apesar de crescerem mais do que outras atividades e acima do PIB, os micro e pequenos comerciantes tiveram desempenho inferior ao do varejo do País como um todo. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007

Concorrência dura Esse crescimento ainda mais vistoso, no entanto, virá quando o setor aprender a superar alguns desafios. A concentração de mercado somada à falta de capacitação tem levado muitos negócios de pequeno porte a fecharem suas portas. Setores com o de material de construção e drogarias estão entre os mais prejudicados. "Essa concentração tem avançado de forma muito rápida. Os grandes home centers são um exemplo disso. Em pouco tempo, tomaram quase todo o mercado de materiais de construção. As farmácias de bairro também estão desaparecendo com o surgimento de novas lojas de rede, com farta oferta de produtos. Outro ramo prejudicado é o da alimentação. As dez maiores redes do setor respondem por 48% do mercado", afirma o professor Lupolli. Segundo ele, em alguns setores, os micro e pequenos acabam comprando as mercadorias pelos preços que os grandes vendem ao consumidor final. Isso porque os custos de logística para entrega de encomendas pulverizadas aumentam. "Até os fabricantes preferem vender para os grandes", completa Lupolli. Resistir a essa concorrência é cada vez mais difícil, com o prejuízo do fato de muitos empreendedores não terem conhecimento gerencial. Desafios que, se superados, darão ao comércio de menor porte números bem mais impressionantes de crescimento.

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oa notícia para as pequenas empresas que tentam vender aos governos: no ano passado, em relação a 2006, a participação (em valor) das micro e pequenas empresas nas aquisições públicas subiu de 10% para 37%, segundo dados do Ministério do Planejamento. No último ano, o volume de contratos específicos de pequenos negócios chegou a R$ 9,5 bilhões, contra R$ 2 bilhões em 2006. Já a participação no número de itens fornecidos pelas empresas de micro e pequeno por te subiu de 56,4% em 2006 para 61% no ano seguinte. O balanço também mostra que pequenos empreendimentos forneceram quase R$ 8 bilhões dos R$ 16,5 bilhões contratados por meio de pregão eletrônico pelo governo federal. "Esses resultados se devem principalmente à redução do custo de participação, propiciada pelo pregão eletrônico, porque o empresário pode fazer a sua oferta pela internet sem se deslocar da sua empresa", avaliou o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna. Entre os 274 mil fornecedores cadastrados para fornecer ao governo, no ano passado, 158 mil eram micro e pequenas empresas. Para Santanna, essa participação deve crescer ainda mais nos próximos três anos. Esse é o tempo estimado para que a Lei 8.666, que estabelece normas gerais sobre licitações e

contratos, atinja seu máximo de potencial de incentivo. Estudo do Sebrae revela que dos 5.562 municípios do País, cerca de 150 possuem legislação que prevê tratamento diferenciado para maior inserção das pequenas empresas nas compras governamentais. Outras prefeituras começam a trabalhar para regulamentar a lei e os dispositivos que beneficiam esses empreendimentos. Apesar das promessas de um ambiente favorável para os pequenos negócios no poder público, a prática das compras governamentais ainda está distante do ideal. O sistema apresenta uma série de problemas que impede a negociação comercial dos donos de microempresas com órgãos do governo. A falta de preparo, tanto por parte da esfera governamental quanto da classe empresarial, dificulta e até impede a aplicação da lei em sua totalidade. Para que o decreto seja amplamente divulgado e a informação chegue aos empresários, o Sebrae e o Ministério do Planejamento vão oferecer treinamentos para gestores de órgãos públicos envolvidos no processo e proprietários de micro e pequenas empresas. O ministério vai treinar os compradores, que são os gestores públicos e o Sebrae capacitará instrutores que vão atuar como multiplicadores dos cursos para os empresários por todo o País. Em parceria com a Confederação Nacional dos Municípios,

o Sebrae capacita turmas de multiplicadores, sobre os procedimentos das licitações. A idéia é apresentar o passo a passo do processo para que os empresários possam ser instruídos sobre que empresas podem vender, as estratégias de venda, as condições de aquisição e pagamentos, entre outros itens. Cada um dos instrutores treinados irá capacitar outros dez nos seus estados, chegando a 1.275 instrutores. De acordo com o analista William Brito, a meta é treinar dirigentes de 50 mil empresas até o fim de 2008: "A intenção é ter o maior número de empresas treinadas para disseminar a prática das compras públicas em todo o País". O que prevê a lei Benefícios do decreto federal n°6.204, de 5 de setembro de 2007, para micro e pequenas empresas: ✎ Exclusividade nas contratações públicas de bens, serviços e obras no valor de até R$ 80 mil; ✎ Em caso de empate nas licitações, as micro e pequenas têm preferência; ✎ Podem ser subcontratadas por empresas de maior porte vencedoras de licitações públicas em até 30% do valor total do contrato; ✎ A medida ainda impede que, na definição dos bens a serem adquiridos, sejam utilizadas especificações que restrinjam a participação do segmento no processo de licitação. (LCA)

erenciar um negócio não é fácil. Mas algumas dicas podem ajudar a mantê-lo aberto com sucesso. Segundo o professor José Glimovaldo Lupolli Junior, do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Pesquisas (Fia), detalhes podem fazer toda a diferença entre conseguir manter ou não as portas abertas num mercado cada vez mais concentrado. A primeira delas diz respeito ao público-alvo do novo negócio. "Todos querem vender para quem tem mais dinheiro, mas muitos não enxergam que essa é a classe mais exigente. Enquanto isso, grandes oportunidades surgem e não são enxergadas nos públicos das classes C, D e E, nas regiões mais periféricas. O poder de compra dessas pessoas cresceu muito nos últimos anos e hoje elas respondem por uma fatia interessante do mercado consumidor", analisa Lupolli. A melhora na renda possibilitou o acesso desse público a novas categorias de produtos, como os de beleza, por exemplo. Isso ajudou a impulsionar o crescimento do segmento, que vem registrando expansão média entre 15% e 16% ao ano.

Localização Outra decisão importante na hora de abrir um negócio, de acordo com o professor do Provar, é com relação ao local em que funcionará o ponto de venda. "A localização e sua área de influência são fundamentais." Novamente, as regiões periféricas, que ainda não estão saturadas, saem na frente. Mas o segredo do sucesso do negócio, independentemente de onde esteja localizado, pode ser a personalização. Uma vantagem competitiva muito grande, que só quem é pequeno pode oferecer, segundo Lupolli: "É preciso saber customizar, flexibilizar, dar um atendimento individualizado, com mais atenção, que só é possível para quem é pequeno". Para isso, é preciso conhecer – e muito bem – o cliente e seu perfil: "Isso não significa perguntar se a pessoa foi bem atendida, mas sim o que faltou, o que poderia ser feito para a pessoa comprar mais. Quem tem todas as informações é o cliente, basta saber perguntar". A partir daí, é só oferecer o diferencial desejado pelo consumidor: "Informação é imprescindível. Ela não é a garantia do sucesso, mas sua falta é a certeza do insucesso". (EC)

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Este ano deve ser muito bom para o varejo, desde que não haja grandes problemas estruturais

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ESPECIAL - 5

Thiago Bernardes/LUZ-27-09-2007


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ESPECIAL

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Na Associação Comercial, o apoio para quem quer exportar A ACSP, a Facesp e o governo estadual trabalham juntos no Projeto Exporta, São Paulo, que oferece facilidades para a venda de produtos das pequenas empresas no Exterior

Newton Santos/Hype

D

esde 2004 o pequeno empresário industrial que quer vender produtos ao Exterior tem parceiros atilados e constantes: a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a Federação das Associações Comerciais (Facesp) e o governo do Estado. Eles trabalham juntos no Projeto Exporta, São Paulo, que começou como tentativa de aumentar as exportações do Estado, pelo aumento da base exportadora. Se não havia muitas grandes empresas, a solução era – e ainda é – atrair e capacitar os produtores de micro, pequeno e médio porte. Foi um caminho natural. Já desde final de 2001, notou-se que aumentava o número das operações de exportação com declarações simplificadas, que permitiam vender até US$ 10 mil. Em 2003, esse limite foi aumentado para US$ 20 mil. E não parou mais, graças ao uso de mecanismos existentes e simples, como liquidação da operação por boleto de câmbio e transporte por empresas de despacho de pacotes. "O projeto se ajustou aos instrumentos disponíveis no mercado, para fazer a rápida

José Cândido Senna: "O projeto se ajustou aos instrumentos disponíveis para fazer a rápida inclusão dos produtores”

inclusão dos produtores", diz o coordenador do Projeto, José Cândido Senna. Hoje, o Projeto ajuda por vários meios, facilitando a burocracia e fornecendo listas de exportadores, por área de interesse ou geográfica. Mas o mais importante foi o envolvimento de empresas comerciais exportadoras de maior porte. É que, diz Senna, entre as dificuldades para os pequenos produtores, uma das maiores certamente é o custo de acesso ao mercado. Trata-se do conjunto de despesas da tentativa de venda: participar de feiras

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no Exterior, preparar material promocional (no idioma local), enviar amostras (um pequeno frasco de bebida, por exemplo, pode consumir até US$ 90). E, então, contar com agentes, representantes e distribuidores. Muitos desistem já nessa fase, por não poder arcar com os custos nem ver compensação em futuro muito próximo. Um pequeno produtor não tem tempo para esperar por resultados. "Por ter canais abertos lá fora – diz Senna –, a comercial exportadora tem interesse em compor cestas de produtos para oferecer

aos seus clientes no Exterior". Com o tempo, essas empresas exportadoras desenvolveram experiência em juntar produtos que têm afinidade entre si ou podem ser destinados às á re a s g e o g r á f i c a s e m q u e atuam. Vale qualquer produto, praticamente: doces, bolachas, pães, vestuário, material elétrico, esquadrias, tampa de vaso sanitário, dobradiças. Sabendo os itens disponíveis, por meio de um cadastro, o Projeto Exporta, São Paulo dá início ao processo, que hoje é contínuo. O cadastro acabou dando lugar à montagem de Arranjos

Produtivos Locais (APLs), cujos trabalhos são coordenados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento. Na prática, um APL junta grupos de produtores com interesses comuns no comércio internacional. Se uma empresa vende painel para veículos, por exemplo, certamente vai precisar de estrutura e botões de plástico, revestimento, instrumentos medidores, isqueiros, rádios, itens de acabamento e outros. A APL faz compras em comum, distribui os insumos e recolhe os produtos prontos. "Outro caso é o do atendi-

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uando se reunirem para o 3º Congresso da Micro e Pequena Indústria, no dia 7 de outubro próximo, na Fiesp, em São Paulo, empresários do setor vão discutir temas e soluções para crédito, direito trabalhista e tributário, capacitação e comércio exterior. Saberão, na oportunidade, se mudaram ou não as condições do congresso anterior. Então, foi definido que é preciso oferecer mais valor agregado aos clientes; para tanto, é preciso ter acesso à inovação tecnológica; isso demanda crédito, menos burocracia e menos impostos. Conclusão final: se as microempresas têm problemas, o setor industrial é um dos que mais sofrem, porque nada disso foi resolvido satisfatoriamente. No Estado de São Paulo existem perto de 157 mil micro e pequenas indústrias, que empregam perto de um milhão de pessoas. Foram essas empresas que apresentaram as maiores perdas de faturamento entre janeiro e junho deste ano, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, de acordo com o Sebrae-SP. Os problemas são sem-

Andrei Bonamin/LUZ-11/07/2008

Q

Garantia de um bom negócio

mento de grandes encomendas. Imagine que uma pequena empresa têxtil tem um pedido de 24 toneladas, isto é, um contêiner, com camisetas. Se ele só tem capacidade de fazer duas toneladas, o APL pode juntar vários fabricantes, fazer compras comuns, obter ganhos de escala e fazer todo mundo lucrar”, explica Senna. Para atrair produtores, o Projeto Exporta, São Paulo realiza mobilizações em eventos itinerantes. O último deles ocorreu em junho, em Jundiaí, no Interior de São Paulo. Foi a 20ª mobilização. Depois desses eventos, vêm os mutirões de exportação, para discutir temas e encaminhar a capacitação dos pequenos empresários. Eles aprendem como formar preços, organizar a administração, entender a logística, adequar produtos para mercados diversos. O Projeto está disponível em toda a rede de Associações Comerciais em 420 municípios de São Paulo. A adesão é facilitada pelo acesso via internet, em dois sites, da Facesp (www.facesp.com.br) e da São Paulo Chamber of Commerce/Associação Comercial de São Paulo ( ww w. sp c h am b er. c om . b r) . Hoje, o cadastro abriga 3.500 perfis de produtores. Neste ano, diz Senna, o Projeto passou a consolidar os perfis, de modo a identificar produtores e produtos pelo código de classificação fiscal, normatizado pela Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Entre 2004 e 2007, cerca de 120 pequenas empresas tornaram-se exportadoras. "Nós contribuímos para essa conversão", orgulha-se Senna. E com razão. (LCA)

Associação Comercial: a solução é capacitar produtores de micro, pequeno e médio porte

pre muitos e complexos. Para driblar todos esses problemas, tanto a Fiesp quanto a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e o Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias (Simpi) prestam uma série de

serviços aos empresários. O Simpi promove habitualmente seminários e fornece pesquisas sobre o setor. Livros resultantes desses seminários são um produto que dão base ao avanço político do setor. O Simpi tam-

bém realiza, há doze anos, pesquisas mensais de conjuntura sobre a situação das micro e pequenas indústrias, cujos dados informam e orientam as ações em defesa da categoria. A CNI tem assento no Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, grupo que ganhou ainda mais relevância com a sanção da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. A posição da CNI é defender o efetivo tratamento diferenciado nas diversas políticas de governo para as microempresas e empresas de pequeno porte. Assim, pensa a Confederação, esse segmento terá plena capacidade de desempenhar seu papel na geração de emprego e renda, e contribuirá para o crescimento econômico do país. Na Fiesp, o Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria (Dempi) tem como missão desenvolver políticas e implementar ações que proporcionem soluções aos industriais. Entre as ações estão cursos, seminários, palestras, oficinas, orientação técnica, ferramentas gerenciais, parcerias e convênios. (LCA)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

1000

O regime de impostos é terrível para as microempresas. Apesar de sua importância, elas ainda arcam com as alíquotas maiores na tributação e, por isso, amargam queda em seus negócios Nilani Goettems/e-SIM

Luigi Nese : "Não se pode mais fazer reforma tributária sem levar em conta o setor de serviços”

do Estado de São Paulo (Fesesp) e o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo (Seprosp) encomendaram um estudo à Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o material, as empresas de serviços estão entre os ramos que têm a carga tributária mais alta no País. Os serviços de alojamento e alimentação, por exemplo, despendem 20,9% do que recebem com impostos, perdendo apenas para a indústria do fumo (48%) e a de eletrodomésticos (32,3%).

E

o único setor que em geral não tem ativos para oferecer como garantia de empréstimos. Então, como é que faz o setor de serviços para conseguir financiamento? Não faz: os bancos não aceitam contratos como garantia; mesmo os bancos oficiais, em programas específicos, têm restrições. Uma das poucas saídas é o Fundo de Recebíveis, oferecido pelo Seprosp - Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo. Por esse programa – o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC –, os empréstimos são feitos com base no contrato do empresário com seu cliente. Direitos creditórios são os direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamen-

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to mercantil e de prestação de serviços, os contratos e os direitos e títulos representativos de créditos. Desde 2004, o FIDC, também conhecido como Fundo de Recebíveis, vem se consolidando como instrumento eficiente de captação de recursos para empresas no mercado de capitais brasileiro. O FDIC foi elaborado para atender preferencial às pessoas jurídicas prestadoras de serviços. Não necessariamente no ramo de informática. O fundo pode beneficiar até "pejotas", as empresas individuais formadas para dar nota fiscal em casos de prestação de serviços profissionais – um meio de contornar a legislação. Como exemplo, de um contrato de valor de R$ 1 mil e prazo de 180 dias a vencer, o Fundo pode tomar metade, referentes aos 90 dias iniciais do contrato. O juro cobrado é de 1,5% ao mês. No site do Seprosp –

LUPO

ta o presidente da CNS. Segundo ele, o setor, que teve um crescimento médio anual de apenas 3,6% entre 1985 e 2005, registrou uma das menores taxas de expansão mundiais. Na França, onde os serviços respondem por 77%, o aumento médio em igual período foi de 11,7% anuais. Na Coréia do Sul, com 56,3% do PIB, a alta média foi de 8,9%. "Três fatores nos impedem de crescer mais: a carga tributária, leis trabalhistas antigas que impedem qualquer flexibilização e a falta de financiamento", diz Nese.

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Ao mesmo tempo, o setor mostra ser importante para o desenvolvimento do País. Representa 31% de toda a arrecadação nacional, contra 29% da indústria. Respondeu ainda por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2005 e por quase 70% da ocupação de mão-de-obra. "Não se pode mais fazer reforma tributária sem levar em conta o setor de serviços. Até hoje, tudo o que é feito é na base da indústria. O legislador ainda não enxergou a mudança do cenário econômico, com a expansão dos serviços", protes-

www.seprosp.org.br –, é possível fazer uma simulação completa, com taxas atualizadas. O prestador de serviço precisa apresentar contrato social ou estatuto social, documentos do representante e fazer uma ficha cadastral e assinar um contrato de cessão. Uma vez aprovada a cessão, os créditos são feitos na conta corrente da pessoa jurídica do prestador de serviços. Não são aceitas contas bancárias de pessoas físicas.

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Setor de Serviços prevê futuro negro com tanta carga tributária

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A

s expectativas não são nada positivas para os micro e pequenos empresários do setor de serviços. Depois de amargarem um ano de queda no faturamento e emprego e se decepcionarem com a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, eles agora temem os resultados que a aprovação da proposta de reforma tributária apresentada pelo governo possa causar aos seus negócios. O temor tem fundamento. O setor fechou o ano de 2007 em queda. De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), o ramo dos serviços encerrou o ano passado com queda de 3% no faturamento real e de 3,4% em pessoal ocupado em relação a 2006. "Para o setor de serviços, se a reforma tributária for feita como está sendo proposta, o futuro será negro. Os últimos anos têm sido maravilhosos para a arrecadação de impostos, mas terríveis para as empresas", afirma o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese. As reclamações se devem à desigualdade de tratamento dada ao setor na questão tributária. Pelo regime do Super Simples (ou Simples Nacional, criado pela Lei Geral), as empresas de serviços são as que arcam com as alíquotas maiores de impostos (de até 20%) e ainda têm excluída da alíquota única a tributação sobre a folha de pagamento. Ou seja, têm de pagar ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) à parte. "Como somos também empregadores, dizem que diminuímos a arrecadação da Previdência", diz Nese. Além disso, há muitas críticas com relação ao Imposto sobre Serviços (ISS) progressivo. As alíquotas vão de 2% a 5% em função do faturamento e não da atividade: "O ISS deve ser cobrado de acordo com o setor econômico e não pelo faturamento. Isso é inconstitucional". Existe ainda a guerra fiscal entre as prefeituras, gerada pela discussão sobre o local em que deve ser cobrado o ISS: se no da sede da empresa ou onde presta o serviço. A Prefeitura de São Paulo exige, desde 2006, o cadastramento de todos os prestadores de serviços que atuam na cidade. Quem não se cadastra tem o ISS retido na fonte. A partir disso, vários outros municípios passaram a fazer o mesmo. Por outro lado, o imposto também continua devido no local em que a empresa está sediada. Segundo Nese, o resultado disso foi o aumento da informalidade no setor, já que muitas empresas acabaram sendo obrigadas a pagar o tributo duas vezes. Há várias ações na Justiça questionando a cobrança. Mas não foi dada, por enquanto, nenhuma decisão sobre o caso, apenas liminares.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIRETOR-EXECUTIVO DA PF É PRESO

SEGUNDO CHEFE DA PF É PRESO. PELA PRÓPRIA PF.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Antonio Cruz/ABr

6

Sergio Dutti/AE 28.10.04

Romero Menezes estaria envolvido em irregularidades em licitação no Amapá

S

em algemas ou cenas televisionadas, foi preso ontem o delegado R o m e ro L u c e n a d e Menezes, "pai" das operações espetaculares da Polícia Federal. Homem de confiança do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, Menezes é suspeito de advocacia administrativa, corrupção passiva e tráfico de influência. Diretor-executivo da PF e responsável por coordenar todas as grandes ações no País, Menezes é investigado por supostamente vazar informações sigilosas da operação Toque de Midas, que investigava indícios de fraude em licitação em benefício da empresa MMX Logística, subsidiária da EBX, do empresário Eike Batista.

A suspeita é embasada em conversas telefônicas grampeadas com autorização judicial entre o gerente da MMX Amapá LTDA, Renato Camargo dos Santos, e o irmão de Menezes, José Gomes de Menezes Junior. Nos diálogos, os dois discutiriam uma forma de manipular um inquérito policial que apura a prática de crime ambiental pelas empresas Mineração Pedra Branca do Amapari e MMX. Na conversa, eles discutiriam, inclusive, a possibilidade de afastar o delegado responsável pelo caso com o auxílio de Menezes. Diante das provas, os dois também tiveram a prisão cautelar decretada a pedido do procurador da República Douglas Santos Araújo, responsá-

vel pelas investigações. Além das suspeitas de vazamento de informações, Menezes passou a ser investigado por supostamente se valer do cargo para conseguir contratos para a empresa do irmão, a Serv-San. De acordo com os investigadores, Menezes teria, inclusive, ameaçado destituir o atual Superintendente Regional da PF no Amapá, Anderson Rui Fontel, caso os interesses do irmão não fossem atendidos. Informações ainda não incluídas no inquérito, mas que estão sob investigação no Ministério Público Federal, apontam que Menezes seria dono de 45% da empresa Serv-San, em sociedade com o irmão. A informação não foi confirmada por Menezes.

Delegado tem 30 anos de corporação e currículo 'exemplar'

Delegado foi surpreendido pela PF na Operação Toque de Midas

As suspeitas do MP recaem sobre dois processos em andamento na PF: um para credenciar o irmão de Menezes como instrutor de tiros na Polícia Fe-

deral do Amapá e outro para fraudar a inscrição de José Gomes no curso especial de segurança portuária, sob responsabilidade da Secretaria Nacio-

N

era a de combater os grupos de extermínio e reduzir o alto índice de homicídios no Estado. Na tarefa, estimulou o serviço de inteligência e, segundo a Secretaria de Comunicação, conseguiu desbaratar várias destas quadrilhas, atuando especialmente em cinco municípios da região metropolitana onde era maior a atuação dos grupos de extermínio. Sua passagem na secretaria, considerada produtiva, colaborou para reduzir em 7% o número de homicídios no Estado entre abril de 2006 e abril de 2007. No período de secretário estadual da Defesa Social, Menezes foi eleito por unanimidade presidente do Conselho de Secretários de Segurança do Nordeste Ao ganhar a eleição para governador, Eduardo Campos quis colocar alguém de fora, que não tivesse ligação com a segurança pública local, no comando da área. A pedido do governador, Luiz Fernando

Correa indicou três delegados federais. Ex-superintendente da PF em Brasília, Romero tinha em seu favor o fato de ser nordestino e conhecer Pernambuco, pois já havia trabalhado na Polícia Federal no Estado. Menezes fez carreira na Polícia Federal, onde tem ótimo conceito, de acordo com seu ex-chefe de comunicação na secretaria de Defesa Social, Joaquim Netto. Perito civil criminal aposentado, Netto entrou como agente da PF no mesmo ano de Romero Menezes, em 1976. Ele foi chefe de comunicação da PF-PE quando Menezes atuou como delegado e coordenador regional policial no departamento. Joaquim Netto recebeu com espanto a notícia da prisão do segundo homem da PF durante a Operação Toque de Midas. "Ele é um homem sério, competente, eficiente, íntegro, da nova geração da polícia", assegurou. (AE)

Voz de prisão com emoção Para Corrêa, foi "um dos atos mais constrangedores e desconfortáveis" de sua vida

"T

chê, tenho péssimas notícias". Foi com essa frase impregnada de sotaque gaúcho e reveladora de uma longa amizade que o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, comunicou ao delegado Romero Menezes que ele estava preso. Informado da ordem de prisão de seu principal auxiliar na tarde de segunda-feira, Corrêa teve uma noite insone e chegou ao Máscara Negra – edifício sede da PF – com o roteiro da prisão pronto. Para não despertar desconfianças e evitar vazamentos, ele não desmarcou a reunião do Conselho Superior de Polícia, que ocorre a cada três meses. Às 9h30, Corrêa abriu a reunião, no auditório, com os cinco superintendentes regionais, e avisou que precisaria interrompê-la para tomar uma medida "drástica", pedindo aos presentes que aguardassem seu retorno. A seguir, Corrêa subiu ao

seu gabinete, no 9º andar, e convocou o corregedor da PF, José Ivan Guimarães Lobato, e dois outros integrantes da cúpula: o diretor de Inteligência, Daniel Lorenz, e o diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado, Roberto Troncon. Aos três relatou a ordem de prisão que teria de cumprir naquele instante. Corrêa mandou, então, chamar Menezes ao gabinete. O delegado chegou às 9h50 em ponto. Corrêa o recebeu em pé ao lado dos três delegados e anunciou: "Tchê, tenho péssimas notícias". A seguir, deu voz de prisão ao auxiliar e, como manda a lei, leu o despacho do juiz Anselmo Gonçalves da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal de Macapá. Com apenas três parágrafos, sendo o primeiro de qualificação do juiz e o segundo para descrever os tipos penais investigados, o despacho é curto e objetivo. Só no último parágrafo é determinada a

prisão temporária de Menezes, com o objetivo de resguardar a coleta de provas. Corrêa não escondeu a emoção enquanto lia o despacho do juiz. Ele definiu a prisão do auxiliar e amigo de décadas como "um dos atos mais constrangedores e desconfortáveis" da sua vida "Me poupem dos detalhes", pediu, ao relatar o fato a outros delegados. Policial experiente, conhecido por sua frieza, Menezes não mexeu um músculo. Perguntou onde deveria assinar, esticou a mão para pegar o papel e disse que estava absolutamente tranqüilo quanto à investigação. A seguir, foi desarmado e recolhido a uma sala, onde ficou o resto do dia à disposição do delegado encarregado do inquérito e do Ministério Público. O advogado de Menezes, Robson Neves, que assumiu a defesa do delegado, vai entrar com pedido de habeas-corpus para que ele seja libertado. (AE)

nal de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. Menezes recebeu a voz de prisão do próprio Corrêa, que não quis tecer juízo de valor sobre a decisão da justiça, amparada em parecer do Ministério Público do Amapá. A PF abriu também procedimento de investigação na corregedoria para verificar o nível de envolvimento de Menezes nas irregularidades, ou se ele foi só alvo de exploração de prestígio do irmão. Menezes foi substituído no cargo pelo delegado Roberto Troncon Filho, diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado, que acumulará as funções. Ao longo do dia, foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão nos Estados do Amapá, Pará e Distrito Federal. Em Brasília, as diligências atingiram o gabinete de Menezes, sua residência e até o Ministério da Justiça, onde foram apreendidas fichas de inscrição de candidatos a um curso de segurança portuária aplicadas pelo irmão do diretor da PF na Comissão Nacional de Portos (Conportos), órgão colegiado presidido pelo Ministério da Justiça. O material apreendido tratava da realização de curso na área de segurança portuária. (AE)

Beto Figueirôa/AE 17.01.07

Acusado de envolvimento em esquema de fraudes no Amapá, Menezes tem bom conceito na PF.

Menezes combateu grupos de extermínio e reduziu índice de homicídios em PE os oito meses em que passou à frente da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, de janeiro a agosto de 2007, Romero Menezes fez um trabalho "exemplar", na avaliação da Secretaria de Comunicação do Estado. Ele deixou o cargo no início de setembro, porque foi convidado pelo então secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Correa, que havia assumido a diretoria-geral da PF, para ser o diretor de Operações da Polícia Federal. Menezes foi preso nesta terça e recebeu a voz de prisão do próprio Correa. Ele é acusado de envolvimento em esquema de fraudes no Amapá. Na secretaria estadual, Romero impôs um estilo e estratégia que vem sendo seguidos pelo seu sucessor, indicado por ele mesmo antes de deixar o cargo, o também delegado federal Sevilho Paiva. Sua missão, delegada pelo governador Eduardo Campos (PSB)

Tchê, tenho péssimas notícias. Luiz Fernando Corrêa, ao dar voz de prisão a Romero Menezes

Valter Campanato/ABr

Para colegas da polícia, ação não seria necessária

A

direção da Polícia Federal (PF) considerou desnecessária a prisão de Romero Menezes. "A prisão, na nossa opinião, não seria necessária", disse o delegado Roberto Troncon Filho, diretor do Departamento de Combate ao Crime Organizado, que substitui provisoriamente o colega na diretoria-executiva da PF. Menezes é suspeito de favorecer o irmão, gerente de uma empresa que presta serviços à MMX, companhia controlada por Eike Batista. A investigação é fruto de um desdobramento da Operação Toque de Midas, que apurou irregularidades na licitação de uma ferrovia no Amapá, vencida pela MMX. O Ministério Público também investiga se Menezes teria ligação com o vazamento de informações que causou a antecipação da Operação Toque de Midas, em julho. O vazamento acabou por esvaziar a operação e ficou comprovado, inclusive, em nota oficial da MMX, que dizia ter ouvido rumores de uma eventual investigação da PF. Segundo Troncon, Menezes é suspeito de ter indicado pessoas de sua relação para fazer um curso de segurança portuária. Já o irmão dele é acusado de tráfico de influência. Outro crime citado foi o de formação de quadrilha. "Não há

Troncon: Justiça temeu interferência na coleta de provas

comprovação contumaz ou prova cabal de nenhum desses ilícitos que são provisoriamente imputados ao diretor-executivo", afirmou Troncon. "Esta prisão não teve como fundamento o vazamento de informações. A Justiça achou que poderia ter interferência na coleta de provas", acrescentou. Troncon disse estar chateado com o acontecido, mas ressaltou que o fato reforça a imagem do órgão. Isso porque a PF estaria dando provas de que

seu trabalho é feito dentro das regras do jogo. "Não importa quem, se o mais alto funcionário público ou o mais humilde dos investigados." O delegado negou que a prisão de Menezes seja resultado de uma luta pelo poder dentro da PF ou da disputa entre a instituição e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "Coincidências acontecem todos os dias nas nossas vidas. Essa é mais uma coincidência", explicou Troncon. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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David Mercado/Reuters

Simpatizantes de Morales permanecem em frente ao Congresso em La Paz em sinal de apoio ao presidente. Nova Constituição proposta por Morales prevê maiores poderes à maioria indígena. AFP

Internacional

GOVERNADOR É PRESO. TRÉGUA SOB AMEAÇA.

Bolívia na lista negra dos EUA Washington critica combate às drogas O governador de Pando é detido sob acusação de ter ordenado mortes AFP

Um dos líderes da oposição, Leopoldo Fernández é acusado de 'genocídio'

A

s conversas entre o governo do presidente boliviano, Evo Morales, e a oposição chegaram a um novo impasse ontem após a prisão do governador de Pando, Leopoldo Fernández, sob a acusação de ter ordenado o assassinato de diversos camponeses. A maioria dos governadores de oposição decidiu suspender as negociações até que Fernández seja libertado. "O diálogo não está morto, mas agoniza", alertou o governador de Tarija, Mario Cossío. Apesar de criticar Morales, o governador de Santa Cruz, Rubén Costas, anunciou que assinará o pré-acordo de diálogo. Fernández, governador de Pando (estado que faz fronteira com Acre e Rondônia), foi detido numa operação militar em seu gabinete, em Cobija.

Posteriormente, ele foi levado de avião a La Paz. "O caso da detenção do governador (Fernández) é uma ação legal e constitucional. As Forças Armadas estão cumprindo seu papel constitucional no marco do estado de sítio", declarou Morales, que também agradeceu o apoio recebido na segunda-feira da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em Santiago. Na segunda-feira, o promotor federal Mario Uribe acusou Fernández de "genocídio", no caso referente à morte de 15 pessoas durante um confronto entre opositores e simpatizantes do governo, na semana passada. O ministro da Defesa Legal, Héctor Arce, afirmou que Fernández pode ser condenado a 30 anos de prisão. Segundo a versão oficial, dos 15 mortos em Pando, 13

eram camponeses. O governo ainda sustenta que 103 camponeses estão desaparecidos. A prisão do governador pode debilitar o bloco opositor, que realiza uma campanha por autonomias regionais e em oposição aos planos socialistas de Morales. O diretório do comitê cívico do departamento (estado) de Santa Cruz pediu que a libertação de Fernández e disse que a detenção é inconstitucional. "Exigimos a libertação imediata do governador e que o MAS (Movimento ao Socialismo, partido oficial) liberte todos os presos políticos que foram detidos no estado de sítio em Pando", disse Branko Marinkovic, presidente da organização. O governador de Santa Cruz, Rubén Costas, criticou as ações de Morales, mas disse que assinará o pré-acordo com

Soldados do Exército mantêm guarda antes da prisão de Fernández

o governo. Segundo ele, o diálogo é "o único caminho" para encerrar a crise no país. Morales se disse aberto ao diálogo e exortou aos opositores que "não façam o povo sofrer". O líder boliviano ainda anunciou que fechou um acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para realizar operações em conjunto para desmantelar grupos armados em seu país.

Saída - A crise política e a expulsão do embaixador norteamericano levaram o governo dos EUA a oferecer vôos aos seus cidadãos que desejem deixar a Bolívia. "Um ou dois vôos fretados pelo governo dos EUA estarão disponíveis amanhã (hoje) para transportar os norte-americanos que desejem partir de La Paz para Lima, no Peru", disse em comunicado. (Agências)

O

s Estados Unidos determinaram ontem que a Bolívia não seja mais considerada um país que colabora na guerra contra as drogas e colocou o país em uma lista negra dos narcóticos. No entanto, La Paz continuará recebendo ajuda, apesar da expulsão mútua dos embaixadores na semana passada. Em avaliação anual, a Bolívia foi colocada ao lado da Venezuela e de Mianmar (exBirmânia) na lista das nações que "fracassaram notavelmente", em cumprir os compromissos internacionais em combater a produção e o tráfico de drogas. Os EUA decidiram, porém, manter os programas de incentivo a instituições democráticas e pequenos projetos na Bolívia e também na Venezuela. O governo dos EUA alega que foi forçada a interromper todas as operações da agência norte-americana antidrogas, a DEA, na Bolívia por razões de segurança. (Agências)

Kazbek Basayev/AFP

Cuba retoma diálogo com União Européia

AFP

O Tzipi Livni (esq.) é uma das favoritas para substituir Olmert

Rússia: de agredido para agressor

L

igações telefônicas interceptadas demonstram que as tropas russas invadiram a Geórgia antes de esse país lançar uma ofensiva na Ossétia do Sul, afirmou Tbilisi ontem. O governo georgiano busca mudar a versão dos russos sobre a guerra e argumenta que Mos-

cou foi o agressor, na guerra travada no último mês. Segundo um funcionário georgiano do Ministério do Interior, Shota Utiashvili, as gravações comprovam "que os russos entraram na Geórgia 20 horas antes do início da guerra". Em resposta, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo, Andrei Nesterenko, disse que a versão georgiana "não é séria". Segundo ele, qualquer movimentação seria percebida pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). (Agências)

Israel escolhe novo líder

O

Partido Kadima, que lidera a coalizão de governo israelense, fará hoje as eleições primárias para escolher seu novo líder. O premiê Ehud Olmert será substituído pelo vencedor

nas eleições. Segundo as pesquisas, a disputa está entre a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, e o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz. "A escolha entre Mofaz e Tzipi Livni é... uma escolha entre o uso da força para lidar com o conflito e o uso da diplomacia", disse Yaron Ezrahi, cientista político na Universidade Hebraica de Jerusalém. (AE)

governo cubano aceitou, com condições, retomar as conversas com a União Européia (UE), segundo uma nota enviada ontem a Bruxelas em resposta à suspensão de sanções diplomáticas contra a ilha. A UE levantou em junho as sanções que havia imposto em 2003, depois da prisão de 75 dissidentes, e convidou o governo de Cuba a estabelecer um "diálogo político global". "O Ministério das Relações Exteriores comunica que aceita a proposta de estabelecer o referido diálogo, uma vez que se estabeleçam de comum acordo os fundamentos e as bases sobre as quais o mesmo deverá se desenvolver", disse a chancelaria cubana em uma nota entregue nos primeiros dias de setembro à Embaixada

da França em Havana. O governo francês possui a presidência rotativa da UE . A eliminação das sanções e a aceitação do diálogo abrem caminho para uma futura normalização das relações entre Cuba e UE, que estiveram perto de serem quebradas. As sanções foram suspensas por iniciativa da Espanha e depois de árduas negociações com outros membros do bloco europeu, como Alemanha, Suécia, e República Tcheca. Ao anunciar a decisão, que será revisada no próximo ano, a UE disse que esperava ver melhoras em matéria de direitos humanos e liberações de presos políticos em Cuba. O governo cubano respondeu que a União Européia faz "juízos de valor" que não lhe competem. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ESPECIAL

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

▲ ▲ ▲ Fotos: Cesar Diniz/Hype

Restaurante Nonna Assunta (avenida Embaixador Macedo Soares 10.735 - Marginal Tietê. Condomínio Empresarial Espace Center). Henrique e Rafael trabalham com a mãe Regina Tessarotto no restaurante.

Um esforço por mais incentivo no Brasil É bom que o Brasil descubra a importância do setor de serviços nos países mais avançados para lhe dar o merecido valor

N

o final de maio, durante reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) do Sebrae, seu presidente, o senador Adelmir Santana, fez pronunciamento chamando a atenção para a importância que cada vez mais o Sistema Sebrae deve atribuir ao setor de Serviços. Fez referência aos estudos recentemente concluídos pelo Sebrae Nacional cujo conteúdo inte-

gra o ‘Termo de Referência para atuação do Sebrae no Setor Serviços’. Segundo o presidente do CDN, "a matéria deve ser tratada como campanha mesmo, envolvendo toda a instituição, uma vez que a participação de serviços no PIB é uma tendência irreversível, observada em muitos países, como por exemplo, nos Estados Unidos, onde cerca de 76% da população ativa está empregada no setor. Este segmento já compreende a maior parte do PIB

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daquele país e também do Reino Unido e do Japão. Na Índia e na China a tendência também é de crescimento embora os setor de Serviços contribua com menos de 50% do PIB." Santana citou dados do estudo, produtos de uma análise da combinação de incidências em ofertas e demandas, que tornam os serviços importantes e cujos principais vetores são: aumento da sua demanda em função do crescimento da renda per capita; crescimento da sua importância para a indústria o comércio e o agronegócio; relevância das atividades de propaganda, marketing e da logística, ou seja, da distribuição de produtos; as demandas por produtos financeiros, jurídicos e de entretenimento; e a habilidade crescente das firmas de serviços na criação de novos produtos e mercados. O senador lembrou que no Brasil, dados de 2000 a 2004 indicam que a maior expansão no número de MPE foi verificada no setor de serviços (28%, principalmente nos segmentos de informática, transportes terrestres e atividades recreativas). Daí a importância desse grupo de empreendimentos tanto na geração de emprego como na redução das desigualdades sociais. Em 2004, os cinco principais Estados, em número absoluto de MPE no setor de serviços, foram: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, nesta ordem. Em números relativos foram:

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possuem base industrial significativamente menor. Para o senador esta concentração ocorre em todos os Estados e, mais especificamente, em suas respectivas capitais. O Estado de São Paulo compreende a maior aglomeração de empresas do setor. O Interior de São Paulo, em oferta de serviços, equivale a toda a região Sul ou Nordeste, a duas vezes a região Centro-Oeste, ou a dez vezes a oferta da região Norte. Depois de apresentar alguns dados do diagnóstico do setor Serviços, Adelmir Santana fez

Os dados, segundo a interpretação do Senado, mostram que a concentração regional é maior no setor de Serviços do que na indústria e que as maiores aglomerações de empresas de serviços estão em 19 regiões metropolitanas, sendo 17 delas capitais estaduais, responsáveis por 81% do valor agregado do setor de Serviços. Ele destacou a importância da constatação de que os 134 municípios responsáveis por 90% da massa salarial do setor de serviços

algumas recomendações para que o Sebrae priorize ações mais eficazes no apoio e incentivo ao setor. "Tendo em vista a necessidade de um desenvolvimento regional equilibrado no Brasil, pode-se sugerir a articulação de políticas regionais, industriais comerciais e tecnológicas, muitas dessas materializadas por importantes representações neste colegiado, que possibilitem ampliar a sinergia entre os setores de Serviços, da Indústria, do Comércio e do

Agronegócio brasileiro. O Sebrae tem tudo a ver com isto". Para ele, a possibilidade de atuação da entidade no desenvolvimento de projetos voltados aos segmentos de serviços pessoais e aos serviços prestados às empresas dos setores de indústria de comércio e de agronegócio, é muito boa, em razão de sua capilaridade territorial atuando de forma desconcentrada tanto nas capitais quanto no Interior. Santana destaca três pontos importantes para a atuação do Sebrae no setor de serviços. A priorização de ações voltadas às políticas públicas, conforme a Lei Geral e os movimentos pela diminuição da carga tributária, no que diz respeito à inovação de gestão, capacitação gerencial, ações de incentivo ao empreendedorismo, a cultura da cooperação, acesso a mercado pelas centrais de negócios, apoio individual e melhoria na qualidade dos serviços prestados. A implementação de projetos mais ousados quanto aos serviços com bases mais concretas de informações sobre os diversos segmentos deste setor das MPE. E a cautela e humildade em saber que o sucesso dessa gestão do Sebrae dependerá da mobilização de parcerias tanto nos três níveis governamentais quanto no empresarial, principalmente para a conscientização dos empresários e das instituições representativas do setor de serviços. (EC) A Embalagem que faz a diferença no seu produto.

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Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Paraná. De acordo com dados comparativos de 2005, para 950 mil MPEs no comércio já havia cerca de 820 mil no segmento de serviços; 260 mil na indústria; e 70 mil na construção civil. A maior parte das MPEs do setor de serviços concentra-se nos segmentos de serviços prestados às empresas como manutenção, logística e publicidade e serviços de alojamento e alimentação como, pousadas, lanchonetes, restaurantes e transporte terrestre.

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Ano 84 - Nº 22.710

Conclusão: 23h45

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São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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Dose de US$ 622,32 bilhões para salvar o mundo Com uma overdose de dinheiro, os bancos centrais do mundo reanimaram o mercado financeiro global, que agonizava depois do colapso de superbancos americanos. Os sinais vitais melhoraram em Wall Street e na Bovespa, mas na Europa ainda permaneceram em baixa. A injeção, primeiras reações e prognósticos em Economia 1, 3 e 4

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Tchê, tenho péssimas notícias - disse ao subordinado imediato, delegado Romero Menezes, o chefe da PF, Luiz Fernando Corrêa. E assim o prendeu, sob a acusação de tráfico de influência e corrupção ao ajudar um irmão numa licitação no Amapá. Página 6

Alexandre Lima/AFP

Nesta foto, o fim da trégua na Bolívia Preso governador de Pando, Leopoldo Fernández, que se rebelou contra Evo. Diálogo com governo está acabando, diz oposição. Pág. 9 Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem

Tucanos unidos na festa de Kassab Prefeito apresenta plano de governo em evento no Expo Norte (foto). Sob aplausos de exministros de FHC.Pág. 5

Mario Miranda/LUZ

CRISE? PERGUNTE AO BUSH. Foi esta a resposta de Lula ao ser indagado sobre a crise. "Para o Brasil seu efeito será quase imperceptível", concluiu. Economia 3 HOJE Nublado Máxima 17º C. Mínima 12º C.

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Doctor Robert, o parteiro, nunca acreditou em cegonha O menino Robert Vieira de Lima, de 8 anos, que ajudou a mãe a dar à luz irmãzinha, viveu ontem dia de celebridade e já fala em estudar Medicina. Cidades 1

ATENÇÃO! Inadimplência está crescendo Economia 5

EXTRA! Um caderno com dicas para micros e pequenos empresários


Cesar Diniz/Hype

Suplemento Especial ● São Paulo, 17 de setembro de 2008

Em cartaz, as micro e pequenas empresas

O casal Rosa e Antônio, da Santos Papelaria e Inter Vídeo do Jardim Suzana

Não é nada fácil para as micro e pequenas empresas suportar o tormento da pesada carga tributária. Nem o Supersimples resolveu, pois não beneficia a todos. Mas os empreendedores resistem e conseguem sobreviver: são cinco milhões de empresas, responsáveis por 28% do

faturamento corporativo (20% do PIB). Garantem perto de 53% dos empregos no Brasil – 67% em São Paulo. Acompanhe neste caderno um retrato do setor, seus bons exemplos e dicas para se manter ou abrir um negócio, sem escorregar nas armadilhas do mercado


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

B

ancos centrais, de várias partes do mundo, acionaram planos emergenciais para conter a calamidade financeira que se espalhou pelo mercado. A ordem do dia era garantir a liqüidez e bilhões de dólares foram injetados nas economias. OFed, banco central dos Estados Unidos, o Banco Central Europeu (BCE) e o os bancos centrais do Japão, da Suíça, do Reino Unido e até da Índia atuaram no mercado aberto ontem, pelo segundo dia consecutivo, respondendo às persistentes preocupações com o risco de crédito. O Fed socorreu a principal companhia de seguros dos Estados Unidos, American International Group (AIG), com um empréstimo de US$ 85 bilhões, uma ação esperada pelo mercado, principalmente depois que grandes agências de avaliação de risco rebaixaram a graduação da seguradora. O BCE anunciou ter injetado 70 bilhões de euros (US$ 99 bilhões) no mercado monetário durante a noite, depois de ter colocado 30 bilhões de euros anteontem. O Banco da Inglaterra ofereceu ontem 20 bilhões de libras (US$ 35 bilhões) em fundos para os bancos num arranjo de refinanciamento de dois dias, afirmando que se tratava de uma resposta às condições de mercado de curto prazo. O BC indiano também aplicou sua quota de liqüidez, e destinou US$ 1,32 bilhão para conter expectativas de seu mercado. O Banco Nacional da Suíça ofereceu fundos adicionais em um leilão de recompra no overnight. Um porta-voz da instituição disse que o banco está monitorando de perto os mercados financeiros e que irá "generosamente fornecer liqüidez" no mercado aberto. O Banco do Japão injetou ontem 2,5 trilhões de ienes (US$ 24 bilhões) no mercado aberto e disse que irá trabalhar para assegurar a estabilidade. (AE)

A

1 Uma chuva bilionária de dólares foi jogada nos mercados para garantir liqüidez.

OPERAÇÃO DE GUERRA PARA ENFRENTAR TURBULÊNCIAS Alex Grimm / Reuters

Toru Hanai / Reuters

QUEBRA-CABEÇAS – Símbolo da popular expressão "bull-market" (bolsa de valores) e imagem do banco Merril Lynch, esse touro apareceu, literalmente, de cabeça quebrada na bolsa de Frankfurt, ontem.

EMPALHADOS – Em Tóquio, esse artista performático vestiu-se com a palha usada para embalar os mortos e protestou no Lehman Brothers.

Ásia e Europa sofrem. Brasil reage.

te rç acom uma perda feira de 90,17 ponSão Paulo Nova York Londres Frankfurt Tóquio a m atos, ou 6,1%, nheceu como aos 1.387,75 u m re p e t e c o pontos. As da segundad u a s p r i n c ifeira, com as pais bolsas da b o l s a s d e s aRússia encerrabando na Ásia e Europa. E esse duzidas, para -11,59% e, no caiu 1,63%. Na Ásia, onde al- ram a negociação de ações ancomportamento tinha tudo ano, para -22,94%. O giro tota- guns mercados não funciona- tecipadamente, após as perdas para se repetir nos Estados lizou R$ 6,466 bilhões. ram ontem por causa de feria- acentuadas da manhã. Unidos e na Bovespa, onde as Câmbio – O dólar desaceleO Dow Jones avançou 1,3%, do, as perdas foram igualmenações também despencaram aos 11.059,02 pontos, o S&P te- te graves. Na Bolsa de Hong rou no fechamento. No balcão, em boa parte da sessão. A bóia ve alta de 1,75%, aos 1.213,60, e Kong, o índice Hang Seng per- encerrou em alta de 0,33%, de salvação que permitiu um o N a s d a q , d e 1 , 2 8 % , p a r a deu 5,44% e terminou aos R$ 1,82. Na BM&F, o pronto sufechamento em alta veio da 2.207,90 pontos. 18.300,61 pontos, o pior fecha- biu 0,66%, a R$ 1,819 – de manutenção da taxa básica de O quadro que se montou nas mento desde 27 de outubro de R$ 1,818 no piso. juros nos Estados Unidos. Em- bolsas na tarde de ontem foi 2006. Na Bolsa de Taipé, o índiO Banco Central voltou a bora o Federal Reserve (Fed) bem diferente do que se viu pe- ce Taiwan Weighted perdeu não realizar leilão de compra tenha mantido a taxa básica de la manhã, quando o arrastão 4,9% e encerrou aos 5.756,59 no mercado à vista, pela quarta juros inalterada em 2% ao ano, da véspera se espalhou pelas pontos, o pior fechamento des- sessão consecutiva, pois optou (leia mais na página E3). bolsas asiáticas e se repetiu na de 28 de outubro de 2005. O ín- por suspender a compra da O Ibovespa subiu 1,68%, aos Europa. O mercado londrino dice Kospi da Bolsa de Seul, na moeda americana, a fim de não 49.228,92 pontos. No mês, as fechou em queda de 3,53%, Pa- Coréia do Sul, encerrou no me- adicionar ainda mais volatiliperdas foram ligeiramente re- ris perdeu 1,96% e Frankfurt nor nível desde março de 2007, dade ao mercado. (AE)

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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

1 Em dia de celebridade em Guaianases, Robert deu entrevista para uma emissora de televisão.

Dr. Robert sempre desconfiou da cegonha Robert Vieira de Lima, o valente menino de 8 anos que ajudou sua mãe a dar à luz sua irmã, viveu ontem um dia de super-herói no extremo leste da cidade Fotos de Mário Miranda/Luz

Ricardo Osman

O

menino Robert Vieira de Lima, de 8 anos, nunca acreditou na história de que são as cegonhas que trazem os bebês para a casa de seus pais. Ele sempre soube que sua futura irmãzinha, Lidiane, estava crescendo na barriga de sua mãe, Roberta, de 27 anos. "O que eu não sabia era como ela iria sair lá de dentro", disse Robert, na tarde de ontem, na residência da família, em Guaianases, zona leste da Capital. "Pensei que seria com um corte na barriga". O mistério foi desfeito abruptamente na manhã da segunda-feira, dia 15, quando Robert precisou ajudar sua mãe no parto natural de Lidiane, realizado dentro de casa. O pai estava fora. Havia saído para buscar ajuda em um posto de saúde próximo. Na casa simples, sem pintura, ficaram Roberta e o filho Robert. "Minha mãe gritava de dor sobre a cama", lembrou o garoto. Foi ele que puxou a irmã Lidiane, pela cabeça, entregando em seguida à mãe. A pedido de Roberta, foi buscar uma tesoura para cortar o cordão umbilical da bebê. Somente nesse momento, um choro de criança foi ouvido na distante rua do Cobre, 153. A pequena Lidiane passa bem e deve ter alta hoje do Hospital Municipal de Guaianases. O único sobressalto que os médicos tiveram foi em relação ao cordão umbilical da nenê que estava aberto e sangrando, conforme relatou o pai Luciano Sabino de Lima, de 28 anos. "Roberta e Robert não sabiam que tinham de dar um nó ali. Mas no final tudo deu certo." Celebridade – O jovem Robert teve ontem, merecidamente, um dia de celebridade. O garoto inquieto, de olhos espertos, fã do super-herói HomemAranha, deu entrevistas a jornalistas, esteve em um programa de televisão de São Paulo e recontou, no seu estilo de frases curtas, como ajudou sua mãe no parto. Simpático, Robert evita fazer autoelogios. Mas não ficou sem o reconhecimento de seus atos. "Ele foi corajoso", disse a avó Célia Sabino de Lima, de 52 anos, que produz bolsas de nylon sob encomenda e com quem Luciano trabalha. "Agora, ele é o jovem dr. Robert", acrescentou ela. Feliz com o título, o menino revelou ontem a vontade de estudar medicina. "Quero trabalhar como médico", disse ele. "Vai depender de Deus e de você", respondeu a outra avó, Sandra Pereira, de 48 anos, copeira, que também visitou a família. Ao que tudo indica, Robert tem vocação para cuidar de pessoas e de animais. É ele, por exemplo, que se dispôs a tratar da cachorrinha da família, a vira-lata Xuxa, que vive na casa da rua do Cobre. A cachorrinha pertence à tia Larissa, de 15 anos, irmã de Luciano. A adolescente mora, porém, com os pais em um apartamento da Cohab Juscelino Kubitscheck, também em Guaianases. "A casa tem mais espaço e por isso deixei Xuxa aqui, mas é Robert quem põe ração, água e coberta para ela." Sala de aula – Na casa dos pais do garoto, percebe-se logo na entrada um quadro negro e uma cadeirinha. É

O jovem dr. Robert Vieira de Lima (foto acima) na mesma cama em que ajudou sua irmãzinha Lidiane (foto à esquerda) a nascer. A bebê volta hoje para casa e já tem uma história para contar por toda a sua vida. Ontem, Robert virou celebridade na distante Guaianases, onde mora. Fã do HomemAranha, escalou muros (dir.), deu entrevistas e disse que quer ser médico.

...o que eu não sabia era como ela (a irmã Lidiane) iria sair lá de dentro. Pensei que seria com um corte na barriga. Robert Vieira de Lima, de 8 anos

Roberta e Robert não sabiam que tinham de dar um nó ali (no cordão umbilical). Mas no final tudo deu certo. Luciano Sabino de Lima, pai de Robert

Robert é esperto e fala com frases curtas: "quero trabalhar como médico"

uma sala de aula improvisada, como explica Luciano. É ali que Roberta, estudante de pedagogia e funcionária de telemarketing, dá aula de reforço escolar para o filho. Robert cursa atualmente a terceira série da escola estadual César Donato Calabrez. O pai interrompeu os estudos e não completou o segundo grau. Luciano e Roberta estão casados há dez anos. Mas ainda não oficializaram a união. Nem no civil nem no religioso. Eles são

evangélicos. "Temos planos para fazer isso, mas precisamos, antes, arrumar esta casa", disse Luciano. A casa em que moram foi comprada da mãe de Roberta. Tem dois quartos, sala, banheiro e cozinha, e um novo cômodo sobre a laje. Nos últimos dias, ganhou um berço, para Lidiane. Ontem, uma emissora de televisão prometeu ao pai enviar um enxoval completo para a criança. Eles não têm carro. Por isso, Luciano saiu a pé em busca de ajuda, às 5h30 de

Agora, você já sabe como nascem os bebês, mas não deve falar nada sobre isso para seus colegas na escola. Célia Sabino de Lima, avó de Robert segunda-feira. Conforme relata, foi até a Ama (Assistência Médica Ambulatorial) do bairro, que pertence à Prefeitura, mas não foi bem-sucedido. "Lá, uma enfermeira disse que não havia motorista para a ambulância que estava no estacionamento", conta Luciano. A ajuda surgiu da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Dois agentes levaram a recém-nascida Lidiane para o hospital. Ontem, a par das queixas de Luciano, uma equipe de televisão, que se apresentou como sendo da campanha de Marta Suplicy (PT), apareceu para gravar seu depoimento e fazer uma entrevista com Robert. O jovem dr. Robert deve receber hoje, em casa, a irmã Lidiane, com quem passará a compartilhar o quarto. Ontem, ele ouviu atento o conselho da avó Célia: "Agora, você já sabe como nascem os bebês, mas não deve falar nada sobre isso para seus colegas na escola". O dr. Robert nada respondeu. Deve ter pensado: quem ainda acredita na história da cegonha?

À espera da irmã Lidiane, que volta hoje para casa, o menino Robert passou parte do dia com a tia Larissa e com a avó Célia Sabino de Lima. Ontem ele recebeu o seguinte conselho: "agora, você já sabe como nascem os bebês, mas não deve falar nada sobre isso para seus colegas na escola".


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A força das micro e pequenas empresas para a economia do País Elas garantem 53% dos empregos em todo o País – 67% em São Paulo. Este ano, depois de amargar uma queda no primeiro semestre, voltam agora a enxergar um cenário mais animador LUIZ CARLOS DE ASSIS

Cesar Diniz/Hype

E

las são 98% de todas a s e m p re s a s . E m tempos de crise e recessão, demoram mais a demitir, porque o ambiente é pessoal, às vezes francamente familiar. Quando a economia retoma, são as primeiras a fazer novas contratações – a medida é mais a decisão do empresário e sua experiência e menos os cálculos de retorno de investimento ou metas de lucros por ação. Com suas eventuais limitações, econômicas ou operacionais, micro e pequenas empresas formam um dos pilares da economia nacional: de acordo com fontes oficiais, são cinco milhões de empresas, que respondem por 28% do faturamento corporativo; são 20% do Produto Interno Bruto (PIB); garantem cerca de 53% dos empregos em todo o País – 67% em São Paulo. No último semestre, porém, as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas amargaram uma pequena queda de 1,5% no faturamento em comparação ao primeiro semestre do ano passado, já descontada a inflação. De acordo com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), o comércio foi o único setor com desempenho positivo no período – seu faturamento aumentou 1,2%. As maiores perdas foram verificadas na indústria, com redução de 6,1%, seguida dos serviços, com perda de 3,2%. A receita total do período foi de R$ 128,5 bilhões. Há sinais de reversão desse quadro. Em junho, o faturamento real das pequenas indústrias já foi 5,6% maior do que em maio. "Isso é um indício do retorno à trajetória de crescimento, possivelmente associado aos primeiros pe-

Santos Papelaria e Inter Vídeo (Avenida Inácio da Cunha Leme, 381). Rosa de Fátima Borges dos Santos e Antonio C. dos Santos - marido e mulher e sócios. Os filhos de 21 e 25 anos não trabalham com eles

didos do final do ano", analisa Marco Aurélio Bedê, gerente do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae-SP. Por conta disto, Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do Sebrae-SP, prevê que 2008 "não seja tão bom quanto estávamos projetando, mas ainda assim as micro e pequenas empresas devem fechar com desempenho igual ao do ano passado (alta de 4% do faturamento real em comparação com 2006) ou com uma pequena alta nas vendas. O primeiro semestre foi prejudicado pela inflação, mas no

Presidente Alencar Burti

Editor de Fotografia Alex Ribeiro

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Editor de Arte José Coelho

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor Luciano Ornelas Chefe de reportagem Arthur Rosa Repórter Estela Cangerana e Lu iz Carlos de Assis

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S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br

segundo semestre o impacto da alta dos preços será menor para as pequenas empresas". No ano passado, as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas tiveram tudo a comemorar. Números da Sebrae-SP mostram que todos os resultados foram altamente favoráveis – os melhores desde 2002 – graças a uma combinação de fatores que levou as empresas àquele crescimento de 4% em relação a 2006. Um ano antes, a MPEs paulistas tinham amargado uma perda de 3,5%. "Em 2006, os juros elevados e a concorrência dos produtos importados haviam prejudicado o desempenho das pequenas empresas. Em compensação, em 2007, o cenário de inflação em baixa, queda de juros, recuperação da renda do trabalhador e o aumento das opções de crédito ao consumidor levaram à ampliação do consumo das famílias, possibilitando um cenário mais próspero ao mercado interno", explica Marco Aurélio Bedê, do Sebrae-SP. "Além de as variáveis macroeconômicas terem contribuído para o bom desempenho – disse Tortorella –, a apro-

vação da Lei Geral ajudou a criar um ambiente mais otimista para os pequenos negócios”. E esse ambiente deverá ser ainda mais favorável agora, na medida em que vários itens da lei, como as compras governamentais e o maior acesso à tecnologia, sejam regulamentados nos Estados e nos municípios. Empresários otimistas A pesquisa da Sebrae-SP em julho mostra que os empresários paulistas estão mais otimistas em relação ao próximo semestre. Cerca de 45% dos empresários ouvidos pela entidade, no levantamento Indicadores SebraeSP, esperam faturar mais nos próximos seis meses. O índice é de dez pontos percentuais acima do detectado em junho, quando 35% dos entrevistados acreditavam ter aumento de faturamento nos próximos seis meses. O cenário para a economia brasileira neste semestre também é positivo: 43% dos entrevistados em julho esperavam melhora da economia brasileira nos próximos seis meses, sobre 33% no mês de junho. "A melhora nas expec-

tativas dos empresários pode ser atribuída à movimentação que já se detecta na economia para atender as vendas de final de ano, particularmente no setor da indústria", explica Bedê. Especialistas continuam projetando crescimento da economia brasileira, devido à melhora do mercado interno, a partir da recuperação da renda do trabalhador e da expansão da oferta de crédito ao consumidor. Nesse quadro, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 5,8% no 1º trimestre de 2008 sobre o 1º trimestre de 2007. Nos próximos meses, de acordo com o Banco Central do Brasil (Bacen), os analistas de mercado prevêem crescimento em ritmo menor: 4,8%. Entre os fatores que contribuem para essas projeções de crescimento mais modesto estão o aumento da inflação, que reduz o poder de compra da população, e a estratégia de aumentos nas taxas de juros. Analistas de mercado projetam inflação de 6,58% para 2008, medida pelo IPCA do IBGE. A meta estipulada para o IPCA em 2008 é de 4,5%, com dois pontos percentuais de tolerância.

Mais trabalho O rendimento dos empregados nas MPEs apresentou variação positiva de 3,5% no semestre contra igual período do ano passado. O setor que apresentou maior taxa de crescimento na remuneração dos empregados foi o comércio, com aumento de 4,4%, seguido pelos serviços, que pagou salários e gratificações 3,5% maiores que igual período do ano passado. O Grande ABC foi a região onde se verificou o maior aumento no rendimento dos empregados das MPEs, com índice 7,4% maior que o mesmo período do ano passado, seguido pelo Interior (3,6%), pela Região Met ro p o l i t a n a d e S ã o P a u l o (2,5%) e pela Capital (2,3%). De maneira geral, considerando os três setores, na média das MPEs paulistas o gasto com folha de salários apresentou uma queda média de 4,4%, comparado a igual período do ano passado. De acordo com Marco Aurélio Bedê, coordenador da pesquisa, em média, as empresas estão se tornando mais enxutas de pessoal. Assim, embora o rendimento por empregado esteja aumentando, o gasto total das empresas com folha de salários apresenta redução: "Mais empresas estão sendo abertas, mas, na média, as empresas novas são cada vez menores em termos de pessoal. Assim, o número total de empresas e de empregados cresce no setor dos pequenos negócios, e verificamos uma redução do porte médio dessas empresas". A maior queda do gasto médio com folha de salários foi verificada no setor de serviços, com menos 8,8%, seguido da indústria (-3,8%) e do comércio (-1,7%). Por região, as empresas do Interior foram as que gastaram menos com salários (-6,3%). A seguir, vêm a Capital e o Grande ABC, com variação negativa de -4,3% e -4,0% respectivamente. O índice de pessoal ocupado médio por empresa também apresentou queda no primeiro semestre de 4,2% no total geral, incluindo os três setores. A maior queda foi verificada no setor de serviços (-5,3%), seguida pelo comércio (-4,7%) e pela indústria (1,4). Por regiões, a maior redução ocorreu no Grande ABC (-8,6%), seguido do Interior (-4,5%), do município de São Paulo (-4,3%) e da Reg i ã o M e t ro p o l i t a n a , c o m queda de 3,9%.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - ESPECIAL

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

QUER SER EMPRESÁRIO? VEJA COMO É Aqui, três empresários – um da indústria, outro de serviços e uma terceira do varejo – descobriram como ser bem-sucedidos. Mas todos avisam: não há caminho fácil, só muito trabalho

INDÚSTRIA Newton Santos/Hype

SERVIÇOS Salão de beleza? Não, uma empresa

Newton Santos/Hype

B Carlos Alberto Gomez: "Quando preciso de um produto, basta passar um e-mail. As respostas vêm na hora”

Concorrentes? Não, são quase sócios

E

ngenheiro civil, Carlos Alberto Del Rio Gomez tocava uma construtora sua, com muito trabalho e certa prosperidade, a ponto de ter como subsidiária uma marcenaria. Tudo muito bom até o dia em que Zélia Cardoso de Mello, ministra da Fazenda do presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, apresentou o Plano Brasil Novo, que confiscou poupanças e acabou com a alegria de Carlos Alberto. Teve de abrir mão da construtora, mas fez de tudo para manter a marcenaria, que havia se transformado em paixão e prazer. Era preciso, entretanto, transformá-la em boa fonte de rendimento. Quando Carlos Alberto a comprou, a marcenaria já era antiga – hoje, tem cerca de 40 anos de atividades, 16 anos nas mãos dele. Ele continuou com a empresa, no seu canto, procurando clientes, construindo móveis e instalações. E enfrentando todos os pequenos percalços que se interpõem no caminho dos pequenos empresários. Foi quando ele conheceu o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) e descobriu o Arranjo Produtivo Local (APL) Região Metropolitana de São Paulo. Um APL é um conglomerado ou, no termo em inglês, um cluster de empresas. Além da proximidade física e da forte relação local, as empresas têm em comum uma mesma dinâmica econômica, embora determinada por razões diversas. O importante é que elas possam realizar trabalhos complementares, que sejam especializadas, que possam cooperar e estejam em uma região de alta concentração geográfica. A APL do pólo de móveis nasceu em princípio para revitalizar o setor do ABC paulista, que já foi grande e, depois, enfrentou problemas. Hoje, ainda, tem 2.500 movelarias, dos mais diferentes estilos, quase todas de pequeno porte, responsáveis por cerca de quinze mil empregos formais em 39 municípios da Grande São Paulo. A maior dificuldade para iniciar um APL é romper a resistência natural dos empresários. Como todos são pequenos, por definição, são desconfiados. Em princípio, não passa pela cabeça de ninguém entrar em contato com concorrentes. A grande maioria fica fechada em suas oficinas e não abre mão de seus "segredos de produção", em geral herança de pais e avós imigrantes, nem de suas ferramentas e processos.

Era o que ocorria com os moveleiros de São Paulo. Carlos Alberto lembra que passou anos e anos, mais de dez, sem sequer falar com concorrentes bem próximos, vizinhos seus. Nem se conheciam. Mas todos eles sabiam do sucesso de arranjos iguais no Exterior e muitos se dispuseram a experimentar o sistema. A maior dificuldade estava na comunicação. Todos apresentados uns aos outros, fizeram um curso que ele considera fundamental, "Atitudes Empreendedoras". Foi o que mudou a cabeça dos empresários. Depois, timidamente, começaram a trocar trabalhos. Hoje, quando Carlos Alberto aceita uma encomenda, sabe que pode contar com outras empresas mais especializadas que a dele: "Quando preciso de um determinado produto – diz ele – basta passar um e-mail para todos os 60 participantes. As respostas vêm na hora. Posso juntar duas, três ou mais empresas para realizar uma encomenda". Eles também se ajudam ensinando técnicas – exatamente do que muitos tinham medo – e oferecem ferramentas e profissionais. O próprio Carlos Alberto acabou conhecendo ferramentas de que nunca tinha ouvido falar e aprendeu a usá-las. O importante é que ninguém fica ocioso: sempre há trabalho para todos. Assim, a grande maioria das mais de 60 empresas participantes do APL moveleiro não quer saber de outra vida. Desde 2004, quando o APL foi criado, eles já registraram aumento de produtividade, maior oferta de empregos, crescimento de faturamento, abertura para a exportação – e esperam ainda mais. O próprio Carlos Alberto conta um grande ganho de produtividade, com investimento zero. Segundo ele, esses ganhos são medidos entre os participantes do APL. Assim, todos sabem que ganharam, em conjunto 13% na produtividade só no último ano. Ultrapassaram o que estava previsto no plano montado pelo Sebrae, que era uma produtividade de 7%. "O Sebrae está sempre ajudando com capacitação empresarial. É só procurar o serviço para receber indicações de cursos, orientação e até um consultor, se necessário. É uma ferramenta que poucos usam, poucos conhecem", diz Carlos Alberto. (LCA)

em jovem, ele foi modelo. Quando passou seu tempo, Douglas Ribeiro, se viu trabalhando em um salão de beleza no bairro paulistano da Aclimação, sem maiores perspectivas. A solução, ele logo percebeu, era deixar a vida de empregado e tornar-se empresário. Juntou mais três amigos, todos do salão em que trabalhava, e decidiram que teriam seu próprio negócio. Isso faz três anos. Eles não imaginavam, ainda, o que era ser empresário nem que o Salão Nobless ia dar tanto trabalho. Só sabiam que sua idéia podia vingar num bairro no qual os salões de beleza (de resto, como em quase toda São Paulo) proliferavam em cada esquina. Eles queriam um salão que pudesse atender seus clientes de forma mais completa: cabelo, estética, manicure, maquiagem – e uma pequena butique. A idéia era evitar às clientes uma ida de última hora a um shopping ou loja para comprar acessórios e, até mesmo, um vestido. A localização, eles intuíam, não deveria ser nas ruas em torno do Parque da Aclimação, como os concorrentes, mas na avenida Aclimação, onde havia menos cabeleireiros e, talvez, mais clientes. Boa a idéia, difícil a prática. Juntaram tudo que havia nos bolsos de cada um e se

Douglas Ribeiro: "Muita gente tem salão de beleza, nem todos têm uma empresa"

atiraram ao trabalho, com mais sonhos do que horizontes. Ele, Douglas, é cabeleireiro; nasceu no Mato Grosso do Sul e chegou jovem a São Paulo. Duas de suas colegas também são cabeleireiras – uma viera de Curitiba (PR), a outra era paulistana. O quarto sócio é um maquiador, paulistano da Mooca, filho de italianos. Nenhum rico nem com capital sobrando. Para não correr mais riscos – só o fato de deixar o salão e seus empregos já era bastante –, procuraram o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), para montar sua empresa. "Muita gente tem salão de beleza, nem todos têm uma empresa", diz Douglas. O capital, claro, não era suficiente para todos os móveis e aparelhos necessários. Tiveram de comprar tudo a prazo, estabelecer compromisso com as prestações. Nesse

momento, a ajuda do SebraeSP foi valiosa: eles montaram um plano de negócios bem estruturado, com previsão do número de clientes, com estimativa de ganhos mensais e um orçamento apertado. Do dinheiro que conseguissem, teriam de separar uma parte para quitar as prestações – um compromisso religiosamente seguido. Algo deveria sobrar para que todos mantivessem a si próprios e a suas famílias. O plano, afinal, deu certo. No segundo ano, o mobiliário estava pago. As clientes apareceram, ficaram e sugeriram o novo salão a amigas e conhecidas. Era muito conveniente o fato de que, no dia de uma festa, podiam não só fazer o cabelo e as unhas como comprar um cinto ou uma bolsa que combinasse com o vestido. Também seguindo orientações do Sebrae-SP, os donos do salão treinaram seus auxiliares e conseguiram

montar uma estrutura de atendimento que agrada às pessoas. Hoje, o Salão Nobless tem cinco funcionários, todos devidamente registrados em carteira. E uma clientela fiel. O negócio está crescendo, o que eles medem pela contratação daqueles funcionários e pela futura contratação de outras, já cogitada. Continuam seguindo as orientações do Sebrae-SP, agora na área de administração. Medida do sucesso do empreendimento é o fato de que, na região do Nobless, existem outros 36 salões. E os quatro sócios conseguem um rendimento que não é mau ou, como diz Douglas, ninguém ficou rico, mas todos vivem vidas confortáveis. Hoje, olhando para trás (e para a frente), Douglas e seus sócios estão satisfeitos: afinal, eles conseguiram montar uma empresa. (LCA)

VAREJO Alimentação? Simone sabe quase tudo

T

oda vez que ia para o litoral com a família, em finais de semana, Simone Flores gostava de parar no Pastel do Trevo de Bertioga para comer. As viagens eram feitas para a casa de praia do sócio de seu marido (que não trabalha com ela), puro passeio com a família. Surgiu ali, entretanto, a oportunidade que Simone esperava. Se o pastel era tão bom e vendia tão bem, porque ela não poderia vendê-lo também? Daí a comprar uma franquia foi um pulo. Mas não foi tão fácil como parece. Para Simone foi muito, muito difícil, pois simplesmente não conhecia o ramo de alimentos. Consultora de profissão, Simone era funcionária do Sebrae-SP e passava seus dias aconselhando micro e pequenos empresários. Mas nada no ramo de alimentação, que se revelou uma empreitada difícil assim que ela começou seu negócio, na rua Coelho Lisboa, no Tatuapé. De sua experiência como consultora, tratou de analisar os possíveis pontos no bairro e saiu-se bem porque sua casa atraiu clientes logo de saída. Do Sebrae-SP, aproveitou o plano de negócios e a montagem do estabelecimento. Da franquia, tem de seguir as regras: compra a massa do franqueador e faz ela própria o

Newton Santos/Hype

Simone Flores : "Marketing é essencial. Tem de investir o tempo todo”

recheio, de acordo com receitas básicas e expressas. Não pode usar qualquer sucedâneo de requeijão, tem de ser o mais famoso; não pode comprar qualquer lingüiça ou peito de frango – tem de ser de marcas conhecidas. Para o pastel de strognoff, tem de comprar filé mignon. Para o de bacalhau, o pescado salgado do Porto, mais caro. Com o Sebrae e por sua experiência, descobriu a importância do marketing. Hoje, ela anuncia no Shop Tour, na TV, publica anúncios na Vejinha (revista regional da

semanal Veja) e no jornal do bairro. E, mais do que tudo, faz panfletagem constante, em geral cinco mil folhetos por semana. Jamais deixa de distribuir os papéis: há alguns meses, deixou a panfletagem de lado para se concentrar mais na televisão e na revista e penou: o movimento caiu imediatamente, como reflexo. "Marketing é essencial, já me diziam no Sebrae, e eles estão certos. Tem de investir o tempo todo”, diz Simone. Enfim, o plano de negócios deu certo. Pelo plano, sua franquia deveria vender ao menos 25 pastéis por dia. Em

dois meses, já havia superado a meta em 30%. Mas teve de fazer algumas mudanças, ditadas pela prática do dia-adia e adquirir mais equipamentos. Hoje, ela vende entre 100 e 200 pastéis por dia; nos finais de semana, de 600 a 800, só no sábado cerca de 400. Pegou gosto pela casa de pastéis e, mesmo sem nenhum sócio – a filha ajuda, o marido também, mas só à noite –, já estuda comprar uma segunda franquia. Agora, Simone é uma pequena empresária do ramo de alimentação. (LCA)


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

3 Lucro de banco de investimentos norte-americano tem forte queda

FMI TEME UMA CRISE MAIS SÉRIA

Yoshikazu Tsuno/AFP

Fed mantém o juro básico em 2% ao ano

O

Lula: efeito da crise será pequeno. Pedestres refletidos na vitrine de um painel que mostra o comportamento da bolsa de valores de Tóquio. Arquivo/DC

O

presidente Luiz pode ser a "tábua de salvação" Inácio Lula da Silva do Brasil. "Nós vamos contidisse ontem que es- nuar fortalecendo o mercado intá atento aos desdo- terno, vamos continuar acredibramentos da crise na economia tando que o mercado interno norte-americana, mas que os pode ser a grande tábua de salefeitos dela no Brasil podem ser vação para que o Brasil não tenha nenhum peso maior com a imperceptíveis. Ele disse que nenhum econo- crise americana", argumentou. Lula citou os motivos que o mista com os quais conversa tem um quadro geral sobre a cri- levam a manter-se tranqüilo: "O se, e que até agora ficou de- Brasil está em uma situação, eu monstrado que "o cassino imo- diria, estável, porque o Brasil biliário era muito maior do que tem um colchão importante que a gente podia imaginar". Ele fa- são US$ 205 bilhões de reservas. O Brasil está lou sobre o te- Marcello Casal/ABr em uma situama antes de ção confortáalmoçar com o vel porque primeiro-minós não temos nistro da Nohoje uma ecoruega, Jens nomia depenS to l t en b e rg , dente da bano Palácio do lança comerItamaraty. cial que tínha"Eu tenho Lula: "Crise? Pergunte ao Bush". mos com os conversado com muitos economistas, com Estados Unidos há 20 anos. Nós presidentes, e ninguém tem cla- tínhamos uma balança comerreza ainda, porque todo dia nós cial que significava quase 30% temos uma surpresa", acrescen- com os Estados Unidos, hoje tou. "A crise pode atingir o Bra- significa 15%. A diversificação sil, mas menos do que em qual- que fizemos na nossa balança quer outro momento. Muito comercial nos permitiu estar menos do que na década de 90. tranqüilos neste momento, Eu diria que seria quase imper- tranqüilos porém atentos". ceptível (o seu efeito)". AnteSegundo Lula, os efeitos para riormente, ao ser indagado so- o Brasil virão em decorrência de bre a crise nos Estados Unidos, uma possível recessão nos Lula respondeu: "Pergunte ao EUA, que afetaria todo o munBush", referindo-se ao presi- do. E comemorou o fato de o sistema financeiro brasileiro não dente americano. Segundo ele, o crescimento estar envolvido com os papéis do mercado interno vai conti- "podres" do mercado imobiliánuar puxando a economia e isso rio norte-americano. (Agências)

Lucro do Goldman Sachs caiu 70% O "crash" do mercado financeiro norte-americano em 1929 teve conseqüências no mundo inteiro.

FMI vê paralelo com 1929 Diretor do Fundo acha que mais bancos de investimentos fecharão

O

diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, alertou que a crise financeira americana poderá ter conseqüências mais sérias. "Estamos diante de uma crise financeira inédita, porque ela nasceu no coração do sistema, os Estados Unidos, e não em sua periferia, e afetou simultaneamente o mundo inteiro", disse Strauss-Kahn, no Cairo. "Alguns participantes do mer-

cado deverão desaparecer, em particular nos Estados Unidos, com a possível extinção de bancos de investimentos independentes", numa referência indireta ao Lehman Brothers e ao Merrill Lynch. Segundo o diretor do Fundo, "algumas partes do mundo estão mais ou menos afetadas, mas a desaceleração é geral. Toda a economia mundial vai se desacelerar entre meio ponto e dois pontos percentuais,

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Goldman Sachs, maior banco de investimentos dos Estados Unidos,teve queda de 70% no lucro do terceiro trimestre. O lucro líquido foi de US$ 845 milhões no trimestre encerrado em 29 de agosto. No mesmo período do ano ant e r i o r, o r e s u l t a d o f o i d e US$ 2,85 bilhões. A receita líquida caiu pela metade, de US$ 12,3 bilhões para US$ 6,04 bilhões. "Esse foi um trimestre de desafios, já que vimos um declínio marcante na atividade dos clientes e na avaliação de preços dos ativos", disse Lloyd Blankfein, presidente do Goldman. Na semana passada, o Lehman Brothers divulgou prejuízo trimestral de US$ 3,9 bilhões. (Agências)

DC

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inclusive na China e na Europa". Strauss-Kahn acrescentou que "o que é novo representa mais perigo do que aquilo que se repete, mas uma das diferenças desta crise com a de 1929 é que agora dispomos de instrumentos que não nos permitem evitar a crise, mas atenuar suas conseqüências e corrigir seus efeitos. Além disso, não podemos excluir novas tensões financeiras a curto prazo". (Agências)

O

DC

Presidente acha que o Brasil se sairá bem

Federal Reserve (Fed, o banco central norteamericano), manteve ontem em 2% ao ano o juro básico, inalterado desde abril. Até recentemente, o mercado financeiro acreditava que o juro fosse mantido, mas a aposta mudou para um corte de 0,25 ponto percentual após o pedido de concordata do Lehman Brothers, a venda do Merrill Lynch para o Bank of America e a dificuldade da seguradora AIG em levantar dinheiro. Muitos analistas esperavam o corte, acreditando que o abrandamento do ritmo de crescimento econômico, e não a inflação, é a questão primordial após a agitação financeira. Embora o juro menor possa ajudar as ações, ele tende a prejudicar o dólar, porque reduz o rendimento dos ativos denominados em moeda americana. "As expectativas do mercado eram de 80% de chance de o Fed cortar o juro, mas eles mantiveram a taxa, dando ao dólar um pouco de impulso frente ao euro", disse Thomas Benfer, diretor de câmbio da BMO Capital Markets. O governo informou que o Índice de Preços ao Consumidor teve deflação de 0,1% em agosto, após subir 0,8% em julho. O motivo foi a queda nos preços da energia. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

É SEMPRE POSSÍVEL ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO PARCIAL PARA QUALQUER TIPO DE PROBLEMA

NEGÓCIO DA CHINA

M

ais uma vez – em um processo que deve se intensificar nos próximos anos - o mundo todo volta suas atenções para a China, gigante que fascina pela história, cultura e por seu ritmo acelerado do crescimento econômico, e que vem criando, nos últimos anos, uma potência econômica mundial. A forma com que o chinês trata as relações empresariais e o trabalho, resultado de uma cultura bem diferente da ocidental, que o mundo está começando a prestar atenção, é um dos fatores que fazem com que as empresas chinesas sejam o que são hoje: uma boa opção na hora de se fazer negócios.

C

omo é sabido, a China chegou ao ápice de seu potencial capitalista com décadas de atraso, em função do sistema comunista ter mantido seu mercado fechado para o comércio mundial até três décadas atrás. Assim, o chinês se diferencia por ter a consciência de que ainda tem muito a aprender sobre a arte de fazer negócios e, por isso, escuta muito o que o cliente tem a dizer. É o jeito chinês de fazer negócios. No dia-a-dia das empresas, isso se reflete na maior flexibilidade chinesa nas negociações, isto é, no momento de fechar parcerias e negócios. Aqui, a inexistência de regras prédefinidas, que limitam o que pode ou não pode ser feito, geralmente proporciona melhores condições de negociação, já que a idéia é atender o cliente da forma que ele precisar. Por esse motivo, as empresas chinesas apresentam condições de ganhar concorrências. Entretanto, a pouca familiaridade que os chineses ainda têm com o mundo dos negócios, mostra que em algumas áreas os chineses ainda estão em fase de evolução,

LUIZ OLIVEIRA RIOS QUAL É A MÚSICA, MAESTRO?

● O chinês escuta

muito o que o cliente tem a dizer. Ele tem consciência de que precisa aprender a arte de fazer marketing.

como no marketing, por exemplo. Diante da necessidade de ter grande capacidade fabril, para ser competitiva no mercado internacional, as empresas chinesas têm seu foco voltado apenas a produtos e preços, e poderão trabalhar mais os outros dois Ps – promoção e praça – que formam o chamado Marketing Mix ou os 4Ps. A ausência de uma comunicação constante e profissional faz falta. Esse cenário pode e deve mudar com um trabalho de longo prazo que vem sendo feito. Já a ampliação dos canais de distribuição permitirá que o produto chinês chegue a cada vez mais pessoas e a mercados onde não atua.

A

expansão dessa nova cultura no mundo é positiva para os negócios e também para o consumidor final, porque representa uma alternativa, de grande competitividade, no fornecimento de produtos e serviços. Como em toda boa concorrência, a chegada de um número maior de players amplia a oferta, o que sempre é positivo. O fato é que o jeito chinês de fazer negócio chegou para ficar, e está cada vez mais presente no dia-a-dia das pessoas que tomam decisões nas empresas, seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na Europa.

O batismo de fogo da Unasul

C

omo se a Organização dos Estados Americanos, a OEA, tivesse sido misteriosamente extinta, os países membros da União das Nações Sul-Americanas, a Unasul, deram um lição de como é sempre possível encontrar uma solução parcial para qualquer tipo de problema, sem qualquer esforço. A solução encontrada pela Unasul — a de reafirmar o apoio ao presidente Evo Morales e de reconhecer a integridade do país vizinho — é simplista e parcial por várias razões. Primeiro, porque não há qualquer evidência de que alguém pretende apear, pela força, o presidente eleito do Bolívia, Evo Morales. Fosse a Bolívia membro pleno do Mercosul, a destituição, pela força, de seu presidente eleito e empossado em eleições "limpas" daria ensejo à exclusão do país do bloco comercial. E nada mais. Qualquer idéia de bloqueio econômico a um improvável governo golpista que substituísse Morales somente repetiria a mal sucedida experiência cubana. O único efeito do bloqueio americano a Cuba foi penalizar a população e fortalecer o ditador, apontado como vítima da potência externa. Segundo, porque se a convulsão interna na Bolívia é de interesse dos países da América do Sul, também o é de todos os países da América. Não há nenhuma razão para não levar a questão ao foro mais adequado para a discussão de problemas de ameaça à democracia, a OEA, pela sua história de solução pacífica de problemas similares ocorridos no passado. Terceiro, não se trata apenas de ameaças a democracia o que está ocorrendo na Bolívia. Mudar a constituição do país dentro de um quartel do exército boliviano dificilmente pode ser reconhecido como um ato democrático. Da mesma maneira, dificilmente será interpretado como democrática a remoção de governadores eleitos para as províncias que hoje se opõem aos desmandos do governo central, que se apóia em outras províncias, estas no Altiplano Boliviano. Quarto, é risível a exigência dos países-membros da Unasul de que é pré-condição para o envio de uma missão que se propõe servir de intermediária de negociação entre o governo e a oposição, a desocupação de instalações governamentais. Ora, o Brasil foi vítima de violenta e descabida ocupação de propriedades e instalações da Petrobras na Bolívia. À humilhante invasão, injustificada diante das mais que boas relações do Brasil com a

GERALDO FERREIRA, GERENTE

● É lamentável, mas na declaração

da Unasul não saiu uma linha sequer a respeito dos direitos humanos à vida, à liberdade e à propriedade, negados pela Bolívia à Petrobrás. O apoio da Unasul ao governo de Evo Morales é simplista e parcial. Por Roberto Fendt Bolívia, seguiu-se a falta de notícias a respeito da indenização requerida. O que já seria uma agressão violenta ao direito de propriedade em solo boliviano, acresce que o Estado brasileiro é acionista controlador da Petrobras. A violência, portanto, atinge não somente os acionistas não controladores da Petrobras, mas a própria nação brasileira. Quinto, a declaração condena um imaginário golpe militar na Bolívia. A presidente pró-tempore da Unasul, Michelle Bachelet, recordou o golpe de Estado ocorrido no Chile em 11 de setembro de 1973 ao anunciar a declaração da Unasul, pontuando que os países da América do Sul não tolerariam um golpe de Estado na Bolívia. Ora, o problema boliviano não está em um imaginário golpe militar contra o governante eleito, mas no emprego das Forças Armadas daquele país contra o Estado de Direito. Não foram civis rebelados das províncias que ocuparam propriedades da Petrobras, foi o exército boliviano. Se há com que nos preocuparmos com a atuação das forças armadas bolivianas, é com a expansão desses atentados à propriedade e à liberdade contra nacionais e estrangeiros amigos.

P

ela primeira vez na História sul-americana, os países da região decidem resolver os problemas da América do Sul, afirmou Morales ao final da reunião. O senhor presidente da Bolívia parece ignorar que nenhuma solução foi dada pela Unasul aos verdadeiros "problemas da América do Sul", definidos pela presidente Bachelet como "atropelos dos direitos humanos". O que está sendo atropelado na Bolívia são os direitos humanos à vida, à liberdade e à propriedade. É lamentáveis que a declaração da Unasul não contivesse uma linha sequer a respeito desses direitos, sistematicamente negados na Bolívia e em outros países da região.

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ANTONINHO MARMO TREVISAN

E CELULOSE, COM SEDES NA CHINA E NA INDONÉSIA.

primeiro Mapa de Estudos Superiores na América Latina e no Caribe (Mesalc), elaborado pela Unesco revela que somente 13,8% das escolas de terceiro grau, dentre as mais de nove mil instituições do gênero existentes na região, têm avaliação positiva quanto à qualidade. O índice é preocupante para as nações do continente, considerando que a formação acadêmica constituise em requisito fundamental à conquista do desenvolvimento. Sob o ponto de vista das carreiras profissionais, o estudo também significa importante alerta: é essencial buscar escolas gabaritadas, pois diplomas e títulos universitários são diferenciais efetivos na luta pelo sucesso somente se forem a garantia e o selo de um ensino de excelência. A seriedade, credibilidade e competência da Unesco sugerem ser prudente considerar o conteúdo desse inédito relatório, produzido sobre substantiva base de dados e estatísticas de 28 dos 33 países membros da organização na América Latina e Caribe. Cruzando suas conclusões com outros estudos e processos de avaliação realizados no Brasil, como o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), percebe-se que,

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Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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em nosso país o principal problema reside na questão da excelência, levando-se em conta a grande expansão do número de faculdades nos últimos anos. O Brasil tem excelentes instituições de ensino superior, mas em quantidade insuficiente para atender à demanda do mercado por profissionais altamente qualificados. Assim, é importante a ampliação do número de boas escolas, em nível de graduação, pós● Experiência,

conhecimento do mercado e bons professores mudam pessoas, empresas e países. A chave está na sala de aula! graduação e cursos de MBA. Trata-se de algo importante para o País, o universo corporativo e os profissionais. Sob o ponto de vista do mercado, empresas inteligentes são as que recrutam colaboradores devidamente preparados. Afinal, contar com um quadro de profissionais competentes é imperioso; é o requisito que mais valor agrega às empresas, considerando que o talento

humano é o fator exponencial de desequilíbrio num cenário em que todos têm acesso a tecnologias semelhantes. No início do Século XX, o genial norte-americano Henry Ford, grande propulsor da indústria moderna, cunhou frase antológica sobre o significado da boa formação: "Se o dinheiro é a sua esperança para independência, você nunca a terá; a única segurança real que um homem pode ter neste mundo é uma reserva de conhecimento". Se tal exigência já era decisiva num mundo que ainda procurava soluções para a produção em série de automóveis e outros bens industriais, o que dizer do presente, quando as tecnologias tornam informação, cultura e saber os mais importantes valores de qualquer organização? A resposta a esse desafio contemporâneo pode ser encontrada numa velha aliada dos indivíduos e povos vencedores: a sala de aula! É aí que experiência, conhecimento do mercado, conteúdo adequado e bons professores mudam o destino de pessoas, empresas e países. ANTONINHO MARMO TREVISAN É PRESIDENTE DA TREVISAN CONSULTORIA E MEMBRO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO-SOCIAL

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ssim como a gente faz um break para um café e um dedo de prosa (como se diz aqui no Interior), quem disse que de vez em quando não devemos fazer uma pausazinha nos temas mais áridos sobre gestão empresarial, economia e que tais para falarmos de outros assuntos e desopilarmos o fígado tradução popularesca da palavra grega K athársis (Catars e)? Pois então. Música é cultura. Podemos fazer um rápido vôo panorâmico sobre o campo musical e identificar as cantigas que, segundo a opinião pública, jamais envelhecerão. I n ú m e ra s c a n ç õ e s fo ra m apontadas como as mais amadas pelos ouvintes em todas as partes do mundo. Independentemente de ser desse ou daquele estilo, a música somente pode ser classificada de "boa" ou "ruim". Algumas pessoas podem não gostar, por exemplo, de rock´n roll, mas isto não significa dizer que toda música estilo rock seja ruim. Outros podem não gostar de samba ("e não ser ruim da cabeça, nem doente dos pés"), e assim sucessivamente. Superou em mais de uma centena o número de músicas eleitas como as "mais mais" que marcaram várias épocas.

● Sete notas

combinadas criam sinfonias, serenam os ânimos e desafogam a cacofonia.

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alando em curiosidades, responda rápido: você sabe qual foi o cantor brasileiro que mais fez sucesso no exterior em todos os tempos? Não, não foi o "rei" Roberto no seu auge, nem João Gilberto, nem Caetano, Gil ou Tom Jobim. Foi Nelson Ned!. Believe it or not, nos idos dos anos 70, só nos Estados Unidos ele lotava os estádios por até 2 dias seguidos. O "pequeno gigante da canção", como Nelson Ned era chamado na época, foi sucesso em mais de 40 países, cantando inclusive em outros idiomas (por onde andará Nelson Ned?). E você sabe qual era o compositor preferido de Albert Einstein? Entre uma equação e outra de física e matemática, o homem descansava a cabeça ouvindo Mozart. Bom gosto ele tinha, não? A música, linguagem universal evoca uma série de notas harmoniosas - na verdade 7 notas, talvez porque o número 7 seja o número da perfeição -, e essas notas, combinadas, criam sinfonias que enlevam a alma e serenam os ânimos, desafogando assim a mente da cacofonia de ruídos ásperos que têm desafinado as relações humanas nas famílias, nas empresas e nos países. O certo é que se cantássemos mais as belas melodias de ontem e de hoje, não apenas com a voz que nos sai da garganta, mas com a voz oriunda das cordas do coração, certamente o mundo seria um lugar mais agradável para se viver. Som na caixa, maestro! LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM


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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008 Fábio D´Castro/Hype

As aeronaves operam nas pistas de Congonhas com segurança. Willer Larry Furtado

MAIS EQUIPES VÃO ATENDER OS TURISTAS

Congonhas deve se preparar para 2014 Aeroporto deve ser adequado para o aumento de passageiros durante a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Mas a pista não deve ser ampliada. Rejane Tamoto

Milton Mansilha/Luz - 06/09/2008

Fábio D'Castro/Hype

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ímbolo do crescimento de São Paulo – e segundo maior em movimentos de pousos e decolagens do País – o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da Capital, deverá passar por adequações para atender a demanda de passageiros na cidade para a Copa do Mundo de 2014. Segundo o superintendente do aeroporto, Willer Larry Furtado, estão previstos investimentos em um estacionamento especial e aumento de equipes para atendimento aos turistas. Durante almoço da Comissão de Política Urbana (CPU), na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ontem, Furtado também foi questionado sobre o estudo de uma área de escape em Congonhas, que está sendo analisado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a sugerir medidas de proteção como redes de aço ou de um concreto poroso nas pistas para aumentar a segurança em Congonhas. "A rede de proteção, por exemplo, é utilizada apenas em aeroportos militares", disse Furtado. Segundo ele, atualmente o Aeroporto de Congonhas está adequado para atender 16 milhões de passageiros/ano. "Até a Copa, não só este como os outros aeroportos de São Paulo e do País deverão estar prontos para o aumento na demanda. Atualmente, trabalhamos na manutenção e conservação de Congonhas", disse Furtado, sem citar planos de investimentos no aeroporto para a Copa do Mundo. De acordo com o vice-coordenador da Comissão de Política Urbana da ACSP, Antônio Carlos Pela, o aeroporto de Congonhas, por sua localização, não pode ser relegado a se-

gundo plano, já que São Paulo é uma cidade de eventos e de serviços e depende de um aeroporto como este para manter sua condição de maior centro econômico e cultural do País. "Se para isso for necessário aumentar a pista, que se aumente. Além disso, é preciso melhorar a infra-estrutura para a locomoção da população da cidade até o aeroporto. As medidas não descartam, porém, a necessidade de um terceiro aeroporto na Capital e reformas nos existentes, com a ampliação de Viracopos", disse. Pela defende, ainda, que o próximo aeroporto de São Paulo seja um ponto de distribuição de vôos intercontinentais e transatlânticos – como um hub – para o País e América Latina. "Um aeroporto como os de Frankfurt e Madrid, que recebem vôos internacionais e os distribuem para toda Europa. É isso que São Paulo precisa, quando se fala no aumento de demanda que virá com a Copa do Mundo", disse. Pista – Sobre o projeto de expansão da pista de Congonhas proposto pela Prefeitura, com prolongamentos tanto pela cabeceira sentido Moema quan-

Fábio D´Castro/Hype

Evento realizado ontem na ACSP discutiu reformas no Aeroporto de Congonhas (à esq.). O superintendente do aeroporto, Jorge Furtado (acima), defendeu segurança dos pousos e decolagens.

to pela sentido Jabaquara, Furtado disse que o assunto, por enquanto, é especulação. "É um projeto de custo alto em desapropriações e será necessário verificar se há viabilidade técnica, econômica e soluções de engenharia", disse Furtado. Ele também atrelou o projeto de expansão a um aumento de operações em Congonhas. "Atualmente, as aeronaves operam nas pistas de Congonhas com segurança", afirmou. O aeroporto de 1,64 km2 possui a pista principal, que mede 1.640 m x 45 m, e a pista auxiliar, com 1.195 m x 45 m. O superintendente disse que as

pistas são suficientes para o número de pousos e decolagens e que os tamanhos não influenciam, tanto na segurança das operações quanto as condições de solo. Ele citou, como exemplo, a reforma da pista principal de Congonhas que, em setembro do ano passado, ganhou fresagem, tratamento de juntas, colocação de binder, capa asfáltica, sinalização horizontal e o grooving (pequenas ranhuras que auxiliam o escoamento da água). A reforma foi finalizada após o trágico acidente com o Airbus A320 da TAM, que matou 199 pessoas,

em julho do ano passado. Segundo Furtado, o coeficiente de atrito das pistas é monitorado a cada semana, ou seja, mais do que as normas para Congonhas exigem, de monitoramento trimestral. Hoje, Congonhas opera, no máximo, 34 movimentos (pousos e decolagens) por hora. Até julho deste ano, foram 505 operações de pousos e decolagens por dia. Segundo ele, a redução foi de 20% em relação aos anos anteriores, quando o movimento chegou a ser de 52 por hora. "A redução trouxe mais fluidez e conforto ao tráfego. A distribuição dos vôos, ao lon-

Rogério Cassimiro/Folha Imagem - 09/11/2007

Rio: rivais matam rei do tráfico

Ed Ferreira/AE

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Ó RBITA

GELADEIRA

O Google quebrou o sigilo de vários álbuns postados no Orkut

Pedofilia: dados de CPI irão para 64 países Informações obtidas no Brasil ajudarão no combate

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s dados do Google obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia no Brasil serão usados por governos em todo o mundo para investigar crimes de abuso sexual e exploração sexual de crianças. No início de outubro, a CPI entregará ao governo da Índia os dados recolhidos a partir das informações do site de relacionamentos Orkut. Outros 64 países também vão usar as informações para tentar identificar supostos criminosos. As informações foram dadas pelo senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia, que está em Genebra para reuniões sobre o futuro da internet na ONU. Em abril, o Google, proprietária do Orkut, entregou à CPI os dados referentes aos álbuns privados que tiveram o sigilo quebrado. Entre as informações estavam dados de acesso

e fotos. Os dados não se limitam a cidadãos brasileiros. Segundo Malta, mais de 500 usuários do Orkut foram flagrados em crime de pedofilia. Eles estão entre os donos de 3.261 álbuns privados do portal que tiveram o sigilo quebrado pela comissão. "Estamos esperando mais 18 mil álbuns privados e estimamos que possamos identificar cerca de sete mil pessoas", afirmou. Com base nessas informações, a CPI investiga os responsáveis pela divulgação de imagens relativas à pedofilia. O objetivo será pedir o indiciamento dos envolvidos. Segundo o senador, uma operação da Polícia Federal envolvendo cinco países já ocorreu graças aos dados obtidos pelo Brasil. Suspeitos já foram presos em Portugal, Israel e Sri Lanka. Outros países vão passar a usar os dados, entre eles a Alemanha. (AE)

utro incidente envolvendo uma geladeira provocou traumatismo craniano na menina Ana Luísa Virgulino, de um ano e meio, ontem, em Miguelópolis (SP). Ela está internada em estado grave na Santa Casa de Franca. Na semana passada, Henrique Pereira, de um ano e sete meses, de Bebedouro (SP), também teve traumatismo craniano após uma geladeira cair sobre sua cabeça. Henrique continua internado em estado gravíssimo. O incidente com Ana Luísa ocorreu de madrugada, durante uma discussão entre sua mãe, Fabíola da Silva, e o padrasto, Marcelo de Souza. Ele estava embriagado e ameaçou ir embora. Quando se dirigiu ao quarto para arrumar suas roupas, Fabíola arrastou a geladeira até a porta, para impedir a saída dele. Na confusão, Souza empurrou a geladeira, que caiu sobre a menina. O delegado Dalmo Mateus Polo registrou boletim de ocorrência por lesão corporal culposa (sem intenção). Porém, se a menina morrer, o caso passará para homicídio culposo. (AE)

go do dia, é mais tranqüila e diminuiu os atrasos", disse. Histórico – Durante o evento de ontem, Furtado também apresentou um histórico de melhorias realizadas em Congonhas entre 2003 e 2008, que totalizaram mais de R$ 290 milhões em investimentos. Entre elas estão, as reformas nos terminais de passageiros e nas salas de embarque e desembarque, manutenção das pistas, construção de um edifício-garagem com 3.365 vagas e a conclusão, em janeiro deste ano, de um túnel de acesso na avenida Washington Luís.

ANENCEFALIA: MPF DEFENDE ABORTO

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liberação para a interrupção de gravidez em casos de anencefalia do feto ganhou ontem um aliado de peso. No último dia de audiência pública no Supremo Tribunal Federal para debater a questão, o representante do Ministério Público Federal, Mário Gisi, defendeu que as grávidas que esperam fetos com a anomalia tenham o direito de interromper a gestação.

Gisi afirmou que é constrangedora a idéia de alguém decidir por outra pessoa em situações de "extremo sofrimento", como a gravidez de feto anencéfalo. O STF decidirá se libera ou não o aborto de fetos anencéfalos durante o julgamento de uma ação proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), prevista para novembro. (AE)

POLÍCIA CIVIL ENTRA EM NOVA GREVE

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Polícia Civil parou ontem, pela segunda vez, seus trabalhos neste mês. O registro de boletim de ocorrência (BO) foi o serviço mais afetado. Segundo a Associação dos Delegados de São Paulo, cerca de 80% das delegacias aderiram ao movimento, mas se cumpriu a determinação do Tribunal Regional do Trabalho de garantir que nenhum serviço fosse interrompido. Segundo o Sindicato dos

Investigadores de Polícia, 65% das delegacias do interior do Estado tiveram o atendimento comprometido. A paralisação é por tempo indeterminado. Em todo o Estado, há 35 mil policiais civis. Os policiais reivindicam aumento, até 2010, de 29%: 15% neste ano, 12% em 2009 e 12% em 2010. O governo oferece reajuste de 27,9% para o piso salarial dos delegados. (AE)

traficante mais procurado do Rio de Janeiro, Antônio José de Souza Ferreira, o Tota, teria sido assassinado na madrugada de ontem, com dois irmãos e outros comparsas do Comando Vermelho (CV), por integrantes da mesma facção criminosa, no morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. As polícias Civil e Militar e o disque-denúncia receberam durante todo o dia de ontem diversos informes relatando a morte de Tota e seus aliados. O número variava de cinco a 20 pessoas. À tarde, cerca de cem homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do 16.º Batalhão de Polícia Militar fizeram buscas em favelas do complexo, mas não encontraram nenhum vestígio dos mortos. Apesar da notícia da morte de Tota, as escolas e o comércio funcionaram normalmente durante o dia. Com a chegada da PM, ouviu-se primeiro fogos e, posteriormente, cinco ou seis tiros. Neste momento, pais se apressaram em levar para casa as crianças que voltavam da escola. Ninguém ficou ferido. O motivo do racha na quadrilha, que teria tido o aval dos chefes do CV presos em Campo Grande (MS), Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho BeiraMar, e Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, também ainda não foi determinado pela polícia. (Agências)


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Com preparo, é possível ganhar na bolsa sem sair de casa.

SUZANO VÊ OPORTUNIDADES NA CRISE

"Home broker" tem lucro Operando de casa, investidor traça estratégia própria e acaba ganhando no mercado de ações. Newton Santos/Hype

Sonaira San Pedro

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em somente da alta vivem os investidores da bolsa de valores. Muitos aplicadores que negociam por meio do "home broker", plataforma de operação via internet, compram e vendem de acordo com a tendência do mercado, seja de alta ou de baixa. Vale alugar papéis, vender a descoberto e morder, aos poucos, o lucro que se consegue a cada dia. Esses investidores não se preocupam com o longo prazo. Eles estão de olho no que acontece agora e nos gráficos que se constróem em cada minuto de negociação. É o caso de André Moraes, engenheiro que deixou a profissão para se dedicar a seus investimentos no mercado. Nos últimos 12 meses, dobrou capital, enquanto o Ibovespa, principal índice do mercado financeiro, recuou 10,1%. Em setembro, enquanto o mercado sofre perdas de 11,7%, Moraes acumula ganhos de 4,5%. "Por três anos intensos, me preparei para que pudesse administrar meus investimentos dessa forma", disse. "É preciso dedicar-se integralmente para não perder dinheiro em épocas de turbulência". As estratégias de Moraes

O engenheiro André Moraes largou a profissão para aplicar na bolsa. Foram três anos de preparo.

envolvem alugar ações e fazer negócios com elas. É a chamada venda a descoberto: quando o investidor vende um papel que não tem. "Funciona assim: ele negocia com o titular das ações de determinada empresa um prazo e valor de aluguel, e nesse período, ele opera com um papel que, na verdade, não é dele, mas que está sob sua responsabilidade, e embolsa os lucros e as diferenças de preços", informou o operador sênior de mercado da Tov Corretora de Valores, Décio Pecequilo. "Mas quando o contrato vencer, a pessoa precisa estar

com o papel comprado para devolvê-lo ao titular, mesmo que tenha de comprá-lo pagando mais caro". Esses tipos de operações exigem do investidor garantias financeiras depositadas na conta da corretora de valores. "Se o aplicador romper qualquer regulamento, tem de pagar multas para a bolsa de valores e perde credibilidade na corretora para continuar a fazer esse tipo de operação", disse o especialista. Para se ter idéia de preço de aluguel, o dos papéis preferenciais da Petrobras, por exemplo, têm taxas médias anuais de 0,3%

de aluguel em relação ao seu preço integral, de acordo com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. Já o perfil do locatário das ações é o grande investidor que não quer negociar seus ativos no dia-a-dia. Ele os compra e os mantém. "Então, pode ganhar com o aluguel dos ativos remunerando sua posição", disse o operador de mercado Wellington Bernardes de Andrade. "Cabe lembrar que essas operações devem ser restritas a quem se aprofunda nos estudos do mercado, porque o investidor iniciante pode perder muito", alertou Pecequilo.

Especulador abandona commodity e preço cai A

crise financeira norte- ta das commodities. americana, combinaSuicida – Silveira lembra da com a previsão de que os investidores começadesaquecimento do consumo ram a correr em massa para as mundial, voltaram a provocar commodities na esteira da cripânico e intensificaram a fuga se das hipotecas, em meados de capital especulativo das de 2007, quando os preços das commodities. Enquanto algu- ações começaram a cair, e os tímas das instituições mais tra- tulos de renda fixa ofereciam dicionais do capitalismo ame- retornos abaixo da inflação. ricano caem como dominós, e Foi quando as pessoas decidieconomias desenvolvidas ram apostar na economia real, emitem sinais recessivos, in- de certa forma representada vestidores institucionais cor- pelas commodities. Agora, rem para sacar os recursos diante de sinais que a demanaplicados em petróleo, metais da por minérios, energia e alie produtos agrícolas, derru- mentos deve ser reduzida, os bando os preços. investidores não viram outra Como em outros períodos saída se não liquidar suas poside crise de liquidez, o objetivo ções. "Foi uma aposta suicida, dos fundos com a venda de de um mercado suicida, porco mmod itie s, que aumentou a ativos que mais percepção de risrenderam nos co com a inflaúltimos dois ção. Agora, não anos, é cobrir há mais para onde correr", afirrombos gerados Foi uma aposta por papéis "po- suicida, de ma Silveira. É o que mostra dres" e financiar um mercado suicida. a aquisição de Agora, não há a Comissão de ativos seguros. Comércio de Fumais para O mesmo é feito turos e Commoem relação a tí- onde correr. dities (CFTC), tulos, moedas e Fábio Silveira, órgão que regula ações de países da RC Consultores os mercados futuros nos Estaemergentes, como o Brasil. dos Unidos. O Foi o que aconteceu em mar- exemplo da soja é emblemátiço, quando o banco de investi- co: de julho para cá, o volume mentos Bear Stearns teve de líquido de contratos de soja ser vendido para o JP Morgan comprados pelos fundos caiu devido a uma profunda dete- de 124,4 mil para 53,93 mil lorioração em suas contas. De- tes, o que corresponde a uma pois, os especuladores volta- venda de 16,86 milhões de toram às commodities e levaram neladas em dez semanas. os preços a novas máximas hisNa semana encerrada em 9 tóricas em junho. de setembro, todas as commoMas essa história não deve dities viram cair o número de se repetir tão cedo. Os temores contratos de compra nas mãos não dizem mais respeito ape- dos fundos. nas ao setor financeiro, mas à Suzano – A crise internaciochamada economia real. "Nós nal poderá gerar oportunidajá tivemos outras crises finan- des de compra de empresas no ceiras, mas as maiores econo- mercado interno e no exterior mias iam bem. Agora, a crise é para a Suzano Papel e Celuloeconômica", afirma Fábio Sil- se, segundo o presidente do veira, sócio-diretor da RC Conselho de Administração Consultores. Para ele, a aposta da companhia, David Feffer. de que as economias emergen- Ele disse que, depois de um petes continuariam puxando o ríodo de intensa valorização, crescimento mundial e a de- os ativos do setor devem pasmanda por matérias-primas sar por uma acomodação. "Criestá caindo por terra e, com ela, se é igual a oportunidade, no o discurso que sustentava a al- Brasil e lá fora", disse. (AE)


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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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Dia da Compreensão Mundial

SETEMBRO

Darren Staples/Reuters

'Casa do conhecimento', do espanhol Jaume Plensa, vai a leilão na Inglaterra

B RAZIL COM Z E M

C A R T A Z

A avó das formigas vive aqui

CIÊNCIA

Espécie descoberta na Amazônia teria surgido há 120 milhões de anos, dizem biólogos

Exposição Vias do Coração ensina como o coração funciona com painéis, terminais com testes multimídia, vídeos em 3D, bancadas de microscópios, além da apresentação de modelos anatômicos por monitores. Estação Ciência, Rua Guaicurus, 1394. Ingresso: R$ 2.

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iólogos alemães relataram ontem a descoberta de uma espécie de formiga que eles acreditam ser a mais antiga do planeta, surgida há cerca de 120 milhões de anos. A descoberta foi divulgada pelas principais revistas científicas do mundo, como Science, NewScientist e National Geographic. Os pesquisadores do Museu de História Natural de Karlsruhe descobriram o inseto de 3 milímetros de comprimento na floresta amazônica, em 2007, e esperam que ela esclareça o início da evolução das formigas. "É, de longe, a descoberta mais espetacular dos meus 26 anos de carreira", disse o biólogo Manfred Verhaagh. Os cientistas de Karlsruhe já haviam encontrado uma espécie não-identificada de formiga de tipo parecido na flo-

Reuters

resta amazônica do Brasil, em 2003. No entanto, devido a um acidente no laboratório, o inseto se desidratou, tornando impossível a continuação da pesquisa, segundo Verhaagh. No ano passado, outra

William West/AFP

equipe de pesquisadores do museu estava na floresta para pesquisar fungos quando se deparou com o inseto minúsculo. A equipe chamou o descoberta de Martialis heureka. Parecendo uma vespa em

miniatura, o inseto não se parece com nenhuma outra formiga e, p r o v a v e lmente, sua existência remonta a 120 milhões de anos atrás. Logo, este seria o ser mais antigo a ainda habitar a Terra, segundo Verhaagh. Os cientistas usaram amostras de DNA de uma das patas dianteiras da formiga para estabelecer a provável idade da espécie. A última descoberta de nova espécie de formiga aconteceu em 1923, disse o cientista. (Reuters)

Brad Pitt e Beyoncé, armadilhas na certa

PROVA - Brittany Mercer se exercita em sua roda gigante durante aquecimento para um exame no Instituto nacional de Circo da Austrália, em Melbourne.

RITUAL - Arqueiro japonês tenta atingir alvo enquanto seu cavalo galopa durante o ritual Yabusame, em Tsurugaoka, tradição datada de 1186.

http://blog.josesaramago.org/

C INEMA

A RTE

Turbulência chega a Hollywood

Onde está o seu logotipo?

Hollywood ainda não sentiu o efeito do pedido de concordata do banco Lehman Brothers ou da venda do banco Merrill Lynch mas, o mundo do cinema pode entrar em dificuldades. A venda do Merrill pode dificultar o futuro da divisão United Artists da MGM, que tem um acordo de produção de US$ 500 milhões com o banco, mas só um filme planejado - Valkyrie, com Tom Cruise. A Weinstein decidiu buscar financiamento na Ásia, depois que seu fundo Goldman Sachs fechou. O Merrill Lynch garantiu que filmes que fazem parte de acordos já fechados não serão afetados pela venda. Mas novos financiamentos podem estar ameaçados.

Financiamento norueguês O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, anunciou ontem que seu país doará US$ 1 bilhão ao Fundo Amazônia até 2015. A primeira doação, a ser efetivada no ano que vem, somará US$ 130 milhões. Idealizado há um ano pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Fundo Amazônia financiará políticas de controle da destruição da floresta. Os aportes são feitos depois que for comprovada a diminuição do desmatamento da Amazônia. "A pré-condição é que possamos ver toda a documentação de que o desmatamento está sendo reduzido", declarou. "Reduzir o desmatamento é a forma mais rápida e impactante para reduzir as emissões de gases de efeito estufa", disse o primeiro-ministro.

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A menor cozinha do mundo

A empresa de segurança de internet McAfee informou ontem que buscar informações sobre o ator Brad Pitt e a cantona Beyoncé nos sistemas de busca pode ser uma atividade arriscada. Para o bom funcionamento dos computadores, é claro. Segundo a empresa, essas duas celebridades são campeãs em armadilhas na web e as preferidas pelos criminosos virtuais, que utilizam seus nomes para atrair vítimas. A McAfee informou que fãs que buscam notícias, imagens ou protetores de tela de Pitt correm 18% de risco de terem seu computador infectado por um vírus, spyware, spam, phishing ou adware. Outras celebridades na lista de risco do McAfee são as cantoras Mariah Carey, Rihanna e Fergie, e as estrelas de cinema Angelina Jolie, Jessica Alba, Cameron Diaz e George Clooney. M EIO AMBIENTE

designer gráfico polonês que se identifica no Deviantart, uma espécie de site de relacionamento de artistas, como Kniso, de 29 anos, é o responsável por criar esta peça de arte digital que mistura uma série de referências da publicidade com uma certa dose de terror para propor uma questão bastante clara: quais são as marcas que estruturam a vida do indivíduo moderno. O site Deviantart reúne centenas de obras de arte de artistas interessados em divulgar seu trabalho para o mundo todo. Em alguns casos, é possível mesmo colocar trabalhos à venda. Obrigatório para jovens que querem circular pelo mundo das artes.

G @DGET DU JOUR

L OTERIAS

http://kniso.deviantar t.com/

Concurso 692 da DUPLA SENA

ar t/B-skull-75755239

Primeiro sorteio

Reprodução

Terror e bom humor em mais de cem logotipos diferentes

02

08

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37

40

29

30

35

Segundo sorteio

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Cascas têm mais proteína do que as polpas de frutas, verduras e legumes, comprova estudo da Unesp

Autoridades chinesas anunciam que terceira missão espacial do país terá caminhada de astronauta

www.electrolux.com/designlab

O Vaticano disse ontem que a teoria da evolução é compatível com a Bíblia, mas não planeja um pedido de desculpas póstumo ao pai da teoria, Charles Darwin, pela fria recepção dada a ele há 150 anos. O arcebispo Gianfranco Ravasi, o ministro da Cultura do Vaticano, deu a declaração durante o anúncio de uma conferência de cientistas, teólogos e filósofos que acontecerá em Roma em março de 2009, marcando os 150 anos da publicação da obra A Origem das Espécies, de Darwin. "Darwin nunca foi condenado e seu livro nunca foi proibido", declarou Ravasi ao ser perguntado se o Vaticano, como fez a Igreja Anglicana, pediria desculpas ao cientista e naturalista britânico. Igrejas cristãs foram por muito tempo hostis a Darwin, pois sua teoria conflitava com a acepção bíblica literal da criação do mundo, como descrita no livro do Gênesis: a idéia de que Deus criou tudo o que existe em seis dias. T ECNOLOGIA

Doses diárias de José Saramago

Esta cozinha modular criada pelo designer Nojoe Park é uma das propostas finalistas do concurso de design da Electrolux deste ano. A "Drawer Kitchen" é dividida em quatro partes e cabe embaixo da mesa ou qualquer outro cantinho e tem tudo que você pode precisar para preparar uma refeição decente e rápida: tábua de aço para preparar e aquecer os alimentos, forno elétrico, armário para pratos e talheres e uma mini-geladeira. É apenas um protótipo, mas você pode votar no site abaixo e, quem sabe, a encontrar o produto nas lojas no futuro próximo.

Enfim, evoluímos, diz o Vaticano

Michael Caronna/Reuters

L ITERATURA

O escritor português José Saramago lançou um blog na internet para estabelecer uma nova forma de comunicação com seus leitores. Segundo o autor, o espaço irá trazer "o que for, comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto e aquilo, enfim, o que vier a talhe de foice". Intitulado O Caderno de Saramago, o blog está disponível dentro do site da Fundação Saramago e já conta com três textos publicados pelo Prêmio Nobel de Literatura. No primeiro, de 15 de setembro, o escritor resgatou um texto antigo sobre Lisboa, segundo Saramago, uma verdadeira "carta de amor" à capital portuguesa.

R ELIGIÃO

Diesel mais limpo deve estar disponível para carros novos em 2009, diz liminar contra a Petrobras

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Concurso 1953 da QUINA 05

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

PESSOAS RACIONAIS NÃO ACREDITAM EM BRUXAS. PERO QUE LAS HAY, LAS HAY...

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

No artigo de ontem, a precipitação dos EUA na Crise da Geórgia.

DEVANIR COM O DEDO NO GATILHO

GUERRA FRIA Incrível, Bush aprendeu!

AFP

No fim do governo, Bush evita a exibição de poderio militar. Por David Ignatius, da Newsweek

● Moscou se

U

m mês após a invasão

sente ainda russa na Geórgia, o goisolada verno Bush montou uma política que deve agradar a no apoio à independência alguns críticos liberais e preocupar os linhas-duras conservadoda Ossétia. res - uma atitude contida, que tenE responde com agressão ta ajudar a recuperação da Geór-

gia sem levar a Rússia ao córner. A estratégia na Geórgia está baseada em trabalhar conjuntamente querem com os aliados europeus e em evimostrar tar o tipo de ameaças militares à Rússia que ela errou unilaterais dos EUA que iriam assustá-los. Ela também está modeao invadir a rada pelos erros iniciais do goverGeórgia. no ao negociar com o mercurial

● Os EUA

Reuters

presidente georgiano Mikheil Saakashvili, o que preparou o cenário para seu disparatado ataque à Ossétia do Sul, em 8 de agosto, provocando a forte reação russa. É uma política, em resumo, que condensa as lições de política externa aprendidas no final da Presidência Bush. E, inusitadamente, suas características podem estar mais próximas à reação inicial cautelosa de Obama à Crise da Geórgia do que à atitude de confronto de McCain.

Reuters

● Faça seu comentário direto no site do DC ● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

A parte central dessa política foi o anúncio na semana passada que os EUA vão ceder US$ 1 bilhão em ajuda humanitária e para a reconstrução da Geórgia, mas não vão providenciar imediatamente mais assistência militar para reorganizar o Exército georgiano, como alguns em Tbilise e Washington esperavam. Uma viagem - para "mostrar a bandeira" - feita na semana passada pelo vice-presidente Dick Cheney deu à política uma fachada de falcão e foi feita com a intenção de apoiar os vizinhos da Rússia. Mas a política é mais para evitar uma nova Guerra Fria do que encorajar uma. Ao focar a ajuda civil, o governo dos EUA está mandando muitas mensagens: está tranqüilizando os europeus que não vai militarizar a crise na Geórgia e transformá-la num confronto EUARússia; ao mesmo tempo está advertindo a Saakashvili para ir devagar e evitar mais provocações contraproducentes contra Moscou. Os funcionários do governo temeram que o líder georgiano estivesse fazendo exatamente esse erro quando, em meados de agosto, ele lançou um pedido por um rápido rearmamento. A mensagem que Bush mandou para Saakashvili é: "Estamos com você. Tratamos de seus interesses e de sua sobrevi-

vência seriamente. Mas seja esperto. Não dê um pretexto à Rússia". Essa mensagem de aviso é, em parte, uma aperitivo da frustração do governo por Saakashvili ter ignorado repetidos conselhos nos últimos anos para não provocar a Rússia em relação as disputadas regiões da Abkházia e da Ossétia do Sul. Ao garantir a Moscou que os EUA iriam conter Saakashvili, os funcionários do governo estavam embaraçados pelo ataque dele em 8 de agosto à Ossétia do Sul, que acreditam ter sido uma tentativa de criar um fato feito antes que os russos pudessem responder. Os funcionários norte-americanos duvidam da alegação de Saakashvili de que os russos já estavam movendo suas tropas pelo Túnel Roki para a Ossétia do Sul quando a Geórgia lançou seu ataque.

O

maior dilema que o governo dos EUA está enfrentando é como mostrar a Rússia que ela fez um grave erro ao invadir a Geórgia, sem deixar Moscou se sentir ainda mais isolado e agressivo. Na visão dos funcionários do governo, a nova Rússia tem um pé no século 21 e uma participação crescente no mercado mundial. Mas o primeiro-ministro Vladimir Putin, que tem administrado a política para a Geórgia, é visto por Moscou com tendo seu outro pé no século 19 - com uma antiquada mística de "grande potência" sobre os interesses da Rússia, na qual ele vê o controle do espaço físico como chave para segurança e estabilidade. A Rússia pagou um grande preço

econômico no último mês por causa do atavismo de Putin.

O

rublo russo caiu muito, forçando o banco central a intervir para sustentar a moeda. A bolsa russa também despencou, com o índice de referência RTS se desvalorizando cerca de US$ 290 bilhões desde 7 de agosto. Assustados com a imprudência de Putin, os investidores tiraram algo em torno de US$ 21 bilhões do país nas últimas semanas, de acordo com um relatório da Goldman Sachs citado sextafeira pelo Financial Times. Os EUA quer evitar que Putin jogue a Rússia no abismo. Vêem seu sucessor, o presidente Dmitry Medvedev, como um homem que entende que o futuro da Rússia é como uma potência do século 21. Eles querem evitar uma estratégia que involuntariamente mine Medvedev e fortaleça o lado de Putin. Então, isso é que veio para o governo Bush no que pode ser sua última crise de política externa: nenhuma exibição de poderio militar, nenhum pedido para expulsar a Rússia do G-8, à la McCain. Em vez disso, um paciente esforço para trabalhar com a Europa, e em parceria com diplomatas franceses -pelo amor de Deus! E uma política baseada na idéia que os mercados de capitais mundiais são uma coação melhor do que os blefes e as bravatas dos Estados Unidos. (C) 2008, WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Reuters

Recado de Bush ao presidente da Geórgia (esq): não assuste o presidente da Rússia (dir).

C

om a popularidade do presidente nas alturas – 64% de ótimo e bom de avaliação de seu governo e menos de 10% de ruim – e com a oposição visivelmente atarantada, a ponto de alguns candidatos do DEM e do PSDB – vide ACM Neto e o próprio Geraldo Alckmin – tentarem pegar um carona no prestígio presidencial, voltou a freqüentar as caraminholas de muitos companheiros de Lula a idéia de um novo mandato consecutivo para ele. Mais quatro anos ou algo parecido. Publicamente, Lula é esfinge sobre este tema. Cumpre apenas o roteiro de se tornar cada vez mais popular e querido, e credenciar-se como o maior eleitor de 2010. Não se sabe de suas manifestações privadas a respeito. No atacado, sabe-se, seguramente, que Lula carrega a tiracolo a candidatura de sua ministra de fé, a chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Por considerá-la preparada e por tê-la como de confiança absoluta. Os companheiros mais afoitos – ou mais visionários, ou mais realistas que o próprio rei – no entanto, enxergam a questão de outra maneira. Seja por não confiarem na viabilidade política de uma candidatura forjada de cima para baixa, uma vez que a situação não tem um candidato natural, pelo menos por enquanto; seja por não acreditarem numa maciça transferência de votos de Lula para um outro nome saído do bolso do colete; seja por concluírem que o original é sempre melhor do que a cria, a verdade é que esse grupo voltou a se assanhar. Segundo quem conhece os humores de Brasília, a senha foi dada pelo vice-presidente José Alencar em entrevista na Rede Bandeirantes deste domingo, na véspera de se submeter a uma nova cirurgia. Sem explicar bem como, Alencar defendeu Lula governando o Brasil por mais um bom tempo. Não disse se ininterruptamente. Falou até em tê-lo presidindo as festas do Bicentenário da Independência, em 2022. Dados os descontos devidos ao conhecido entusiasmo de Alencar, a semente está lançada. E para se justificar, o vice lançou um argumento que já freqüentou o noticiário da mídia, em outras ocasiões parecidas, e pode voltar. Se for feita uma consulta popular sobre uma possível rereeleição de Lula, a aprovação será acachapante neste momento. Sem dúvida.

É

por essas e outras que o sempre presente (nesses instantes) deputado Devanir Ribeiro, do PT paulista e amigo íntimo do presidente Lula desde os tempos do sindicalismo no ABC, retornou à ativa. Devanir, como todos sabemos, tem engatilhado um projeto que, por vias mais ou menos tortas, permitiria a execução de uma consulta popular a respeito de um terceiro mandato presidencial consecutivo.

● Por vias mais

ou menos tortas virá um projeto permitindo a consulta popular sobre o terceiro mandato de Lula e dos demais interessados

A

proposta, nunca diretamente desautorizada por Lula, hiberna à espera de uma boa oportunidade para ser posta na mesa. Agora, como registrou a Folha de S. Paulo de segunda-feira, o deputado petista vem com uma nova fórmula. Segundo a coluna Painel, assinada pela bem informada jornalista Renata Lo Prete (Prêmio Esso de Jornalismo com a entrevista de Roberto Jefferson que detonou a história do mensalão), Devanir "vai apresentar emenda prorrogando até 2012 os mandatos do presidente, dos governadores e dos deputados, para ‘unificar o calendário’". E justifica: "A partir daí, o mandato seria de cinco anos, sem reeleição. Não dá para o Brasil parar de dois em dois anos." A idéia da unificar os mandatos é uma das que freqüenta as discussões sobre a reforma política que Lula jurou que desta vez vai patrocinar, depois das eleições de novembro. Não está na mesa oficialmente porque é polêmica demais e poderia estragar o início das discussões. Aparecerá na hora certa, não tenham dúvidas. Para consumo externo, teria o apelo de que diminuiria substancialmente o custo das operações eleitorais e evitaria que o País vivesse em eterna campanha, saindo de uma eleição e mergulhando em outra. Para consumo interno dos políticos, tem a pílula dourada da prorrogação, num momento em que o governo federal é excepcionalmente avaliado.

C

omo tudo indica que os partidos aliados no plano de Brasília vão conseguir um excelente desempenho em outubro e que a oposição, atarantada como está, demorará a encontrar um prumo, os governistas terão no início do ano que vem toda a força política disponível para aprovar a reforma política que bem entenderem. Até porque a opinião pública anda enfastiada desse tipo de assunto e pensa que tem coisas sérias a tratar. Pessoas racionais não acreditam em bruxas. Pero, que las hay, las hay... JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Saúde Educação Polícia Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

HAVIA ESQUEMA DE VENDA DE CELULAR

Werther Santana/AE

Máscara de palhaço, documentos e arma de brinquedo apreendidos com os dois suspeitos, na Vila Sônia

Dupla usava máscara de palhaço para roubar Suspeitos foram detidos pela PM na Vila Sônia com uma espingarda de brinquedo

D

ois homens suspeitos de praticarem roubos há cerca de três meses usando uma espingarda de brinquedo e uma máscara de palhaço na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, foram presos na noite de ontem. Denis Letieri Virgínio, de 18 anos, e Marnei Rodrigo Santos de Souza, de 20, foram encontrados por policiais militares na Avenida Eliseu de Almeida, depois de roubarem celulares e dinheiro de duas mulheres e um homem. Os alvos preferidos da dupla eram pedestres, pessoas em pontos de ônibus, motoristas e postos de gasolina, segundo informações de policiais civis. A polícia afirma que, na segunda-feira, Virgínio e Souza assaltaram dois postos de gasolina, um na avenida Dr. Arnaldo (de onde levaram cigarros e uma caixa de goma de mascar) e outro na Eliseu de Almeida. Além da espingarda e da máscara, eles usavam um Celta preto, de propriedade de

SARGENTO Sargento gay foi detido novamente em Brasília, diz companheiro. Exército nega.

Denis. O frentista de um dos postos reconheceu Virgínio. Na delegacia, eles teriam confessado a participação em pelo menos 20 roubos. O esquema para a venda dos celulares roubados também foi descoberto: a dupla descartava os chips originais, substituindo-os por chips de R$ 15, para depois vender os celulares em casas noturnas a preços entre R$ 100 e R$ 150. PMs encontraram os acusados na avenida Eliseu de Almeida fazendo a troca dos chips. Junto foram encontradas a máscara, a arma de brinquedo, R$ 74,20 (roubados das duas mulheres) e documentos em nome de uma pessoa que seria a próxima vítima da dupla. Conforme a Polícia Civil, esses documentos seriam usados para a abertura de uma conta pela internet, que seria usada em fraudes. Campinas – O corretor de imóveis L.T.B. e a professora L.J.F.M., ambos com 32 anos, foram presos em flagrante on-

Ó RBITA

SEQÜESTRO Um motoboy foi preso no domingo, em Santa Cecília, após seqüestrar uma mulher.

Filipe Araújo/AE

CASAL FICA REFÉM DENTRO DE CASA

U

m casal foi feito refém dentro de casa, ontem, em Aricanduva, na zona leste da Capital. Por volta das 5h, quatro criminosos invadiram a residência de Maria de Fátima Ferrete da Silva, de 54 anos, e Francisco Alves da Silva, de 55.

O casal só foi libertado duas horas depois, segundo a Polícia Militar. Eles libertaram as vítimas e se entregaram. Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram acionados para as negociações. (AE)

PRESO PM ACUSADO DE ESTUPRO

O

policial militar Oswaldo José da Trindade, de 51 anos, foi preso em flagrante na tarde de ontem, acusado de praticar estupro, corrupção de menor, seqüestro e cárcere privado. O policial havia combinado com uma garota de programa, de 27

anos, e uma menor, de 14 anos, de irem a um motel. Por R$ 50, ficou acertado que a adolescente apenas ficaria olhando. Ao chegarem ao motel Sol, o policial obrigou a menor a ter relações sexuais com ele, coagindo-a com uma pistola calibre 380. (AE)

3 Werther Santana/AE

tem acusados de furtarem algumas lojas no último domingo em um shopping em Campinas. O casal agia junto com duas filhas, uma de 10 e outra de 14 anos de idade. Seguranças do shopping desconfiaram das atitudes da família, que passou a ser observada. Uma das meninas colocou perfumes da loja dentro da bolsa, e, com isso, o grupo foi abordado por seguranças quando deixavam o estabelecimento. (Agências)

Na delegacia, os dois suspeitos teriam confessado a participação em pelo menos 20 roubos.


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Empresas Finanças Nacional Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

43

CRÉDITO FÁCIL MANTEM NÍVEL DE COMPRAS

Varejista: cautela na venda a crédito

Newton Santos/ Hype

Balcão de atendimento do SCPC: compra a crédito em alta no comércio

INDÚSTRIA E COMÉRCIO:

Avanço da inadimplência nos registros da ACSP Mário Tonocchi

DISCUTINDO A RELAÇÃO É

hora de cautela na concessão do crédito pois a luz amarela do avanço da inadimplência continua acesa e a crise internacional pode se agravar e contaminar o sistema financeiro interno brasileiro com oscilações no câmbio e taxa de juros. A orientação para os empresários é do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A pesquisa quinzenal de indicadores da economia realizada pelo IEGV não mostra por enquanto nenhuma alteração. A compra a crédito continua em alta e mantendo o ritmo forte verificado no varejo desde o ano passado. Nos primeiros quinze dias de setembro, a utilização do SCPC manteve média diária de crescimento de 7,6%. O SCPC Cheque, antigo Usecheque, registrou alta média de 0,1%. "Isso mostra que as pessoas estão sem dinheiro para fazer compras à vista. A alta nos alimentos, com conseqüente aperto no orçamento doméstico, pode estar afetando esse tipo de compra e ainda levando o consumidor para o crediário ou mesmo o uso do cheque especial", disse o economista do IEGV Emílio Alfieri.

Os dois setores buscam o mesmo consumidor, mas falta cooperação mútua e troca de conhecimentos Patrícia Büll

I

entrega agendada e 13% reconhecem que não tem espaço suficiente para armazenamento dos produtos", afirmou Goes. Marcas próprias – Do lado da indústria, a pedra no sapato são as marcas próprias do comércio. "Os executivos argumentam que já gastam

muita para a gestão de suas marcas e que pela atual demanda, não possuem capacidade instalada para destinar parte da produção para a marca própria. E, embora não admitam, produzir uma marca própria para o varejo é construir um eventual concorrente", explicou Goes.

"Apesar disso, a indústria reconhece que possuir uma marca é uma tendência para o longo e médio prazo do varejo brasileiro", complementou. A pesquisa apontou que 43% dos varejistas já têm marcas próprias. E, daqueles que não possuem, 59% disseram que teriam condições de comercializar, enquanto os outros 41% disseram que não teriam nenhuma condição. "Isso eleva para 55% o potencial maximo de varejistas que poderiam gerir uma marca própria", afirmou Goes. Embora invada a "área" da indústria quando opta em ter uma marca própria, o varejo não é tão condescendente quando o assunto é o canal próprio para a indústria. Segundo a pesquisa, apenas 10% dos entrevistados acham positivo a abertura de uma canal próprio de venda pela indústria. Mas a indústria se vê distante dessa operação, embora reconheça os pontos positivos, como maior controle da marca, velocidade para apresentar novos produtos e contato direto com o consumidor final. Falta de experiência em operar o varejo e a necessidade de ampliar a oferta de produtos, como por exemplo, ter alguns exclusivos, que o consumidor não encontrará nas lojas multimarcas, são alguns dos pontos negativos apontados pelos industriais. "O receio maior é o medo de retaliação por parte do varejo, que poderia deixar de adquirir seus produtos", disse Goes.

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O problema maior continua sendo a inadimplência, que marca altas constantes nos últimos meses. Nos primeiros 15 dias de setembro, o indicador registrou 243.087 inscrições ante 203.743 em igual período do ano passado. Isso significa alta de 19,3%, parcialmente revertida pela exclusão de nomes de devedores do cadastro. Na primeira quinzena de setembro de 2008 foram retirados 199.305 nomes ante 174.422 de igual período de 2007, alta de 14,3%. "Mesmo com a exclusão dos nomes, o índice de entrada está muito alto", disse Alfieri. Para o superintendente do Instituto de Economia Gastão Vidigal, Marcel Solimeo, até o momento, as vendas do varejo têm sido pouco afetadas pela elevação dos juros, devido aos prazos longos de financiamento e ao crescimento do emprego e da renda, mas com o novo aumento da Selic e as incertezas do mercado financeiro internacional, as vendas podem ser afetadas no final do ano e começo do próximo. IBGE – A alta dos juros já está afetando o comércio, mas de forma "lenta", avaliou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas do varejo caíram 0,2% em julho ante junho, após quatro meses consecutivos de aumento nessa base de comparação.

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ndústria e varejo são as duas faces de uma moeda que tem como ponto comum o consumidor. Pesquisa realizada pela consultoria Gouvêa de Souza & M D m a p e o u o re l a c i o n amento entre esses dois segmentos tão dependentes entre si, mas que nem por isso se mostram cooperativos. "Embora operem conjuntamente em questões básicas como prazos para pagamento, pontualidade e capacidade de negociação, indústria e varejo ainda não alcançaram o ponto de cooperação, que é quando discutirão juntos questões como sortimento de produtos, troca de conhecimento, informações e experiências", disse Luiz Fernando Goes, diretor da Divisão de Pesquisa e Estudos de Mercado da consultoria. Realizada com 25 indústrias líderes de mercado e 100 varejistas de médio e grande porte de super e hipermercados, vestuário, eletroeletrônicos e material de construção, a pesquisa apontou que, para o varejo, a logística é vista como o ponto fraco da relação: 65% disseram ter problemas com o prazo de entrega; 14% apontaram a questão da infra-estrutura (estradas) e 6% disseram ter problemas com as transportadoras em relação ao preço do frete. "Entretanto, os varejistas reconheceram uma parcela de culpa nesse item. Por exemplo, 10% disseram que não trabalham com

por cento dos varejistas possuem marcas próprias entre os produtos oferecidos aos clientes.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Ata e desata: Elba Ramalho separa-se de Gaetano Lopes e Ellen Jabour namora o artista plástico Hallyson Gaona.

gibaum@gibaum.com.br

3 Se você me perguntar se eu gostaria de ter um banco, hoje, minha resposta é: ‘Não, de jeito nenhum’. Eu não quero e ninguém quer que eu tenha. EDEMAR CID FERREIRA // ex-dono do Banco Santos, que quebrou «

deixando um rombo de R$ 2,4 bilhões.

Fotos: Divulgação

MAIS: já Ana Paula Arósio circula com o médico Fábio Rossi e - quem diria - Sheila Mello e o jogador Diego andaram batendo uma bola.

A governadora Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul, que desde sua posse só enfrenta crises em cima de crises, foi conversar pessoalmente com Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. Queixou-se de que vive, em Porto Alegre, um verdadeiro “estado policial” e que tem certeza de que todos seus telefonemas são grampeados (até agora, contudo, nenhuma prova foi obtida). Aí, o presidente do Supremo aconselhou que ela colocasse a polícia civil gaúcha em campo para protege-la e, eventualmente, fazer um contra-ataque. E Yeda: “Mas, é justamente da polícia civil que eu mais desconfio”.

SONHO MEU A secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, coordenadora do Dossiê FHC, estava disposta a concorrer a uma vaga no Tribunal de Contas da União. A própria Dilma Rousseff tratou de tirar o sonho de Erenice da cabeça: primeiro, porque o episódio do dossiê ainda é muito recente; depois, porque em dezembro, quando sai Guilherme Palmeira, a indicação é do Senado. O presidente Lula só poderá indicar algum nome em maio de 2009.

Em sua terceira edição, a exposição Fame and Fashion , no Rio de Janeiro, está exibindo fotos em branco e preto de figuras conhecidas do showbiz e do mundo da moda, devidamente transformadas pelas pinceladas de artistas plásticos consagrados, como Cláudio Tozzi e Siron Franco, entre outros. Depois, todas as transformações serão leiloadas em beneficio do Retiro dos Artistas. Alguns resultados são surpreendentes: da esquerda para direita, Claudia Leite, Angélica, Xuxa e – surpresa – Costanza Pascolato, a veterana e respeitada editora de moda.

Celebridades pinceladas

Nada mudou

Apesar da novela da grampolândia que assola o país e das denúncias contra Daniel Dantas terem dado a impressão de que o Governo poderia recuar na mudança do Plano Geral de Outorgas, que permitirá a compra da Brasil Telecom pela Oi, as negociações continuam normalmente. Os advogados das duas empresas acreditam que todos os empecilhos para a efetivação do super-negócio já estão quase removidos. Eles já se reuniram com conselheiros do Cade, apresentando dados que a venda não prejudica a livre concorrência. Enquanto isso, a Anatel já enviou aos conselheiros as mudanças que pretende implantar no PGO e na regulamentação das comunicações.

Listão Novo fantasma ronda os congressistas: há quem garanta que o banqueiro Daniel Dantas teria como comprovar a existência de contas numeradas de senadores e deputados federais em paraísos fiscais. Com o agravante que, em remessa ilegais, muito se utilizam dos serviços dos mesmos doleiros em Brasília.

Outramordida

NA MADRUGADA O governador José Serra passou a fazer esteira, o que significa dupla novidade: primeiro, porque sempre foi sedentário; segundo, porque se exercita à noite (ele sempre dormiu muito tarde) na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes.

Fora de casa O Ministério da Saúde está fazendo uma pesquisa nacional para ver como vai a prática sexual entre os mais idosos. Pelos primeiros resultados, os homens até confessam usar Viagra ou Cialis, de vez em quando. Só que as mulheres, também pelos primeiros dados colhidos, confessam não terem visto seus maridos tomando os comprimidos mágicos – e tampouco sentindo seus efeitos. Ou seja: ou eles tomam escondido de suas mulheres ou usam para exercícios fora de casa.

Aestrela sobe

A modelo e apresentadora do Brazil’s Next Top Model , Fernanda Motta (ela continua bem no programa e as candidatas, mal) está em alta: é a capa da nova edição da revista Maxim, e no recheio, surge num ensaio bem dosado de sensualidade. Ao mesmo tempo, é escolhida para ser o novo rosto da campanha da Datelli. Fernanda foi fotografada por Jairo Goldflus dentro de um aquário de quatro metros quadrados, usando maiôs, biquínis e salto alto, bem no estilo sereia repaginada.

Temperaturaquente A temperatura deve andar quente na Presidência da República, que acaba de empenhar R$ 10,2 mil com a recuperação e adequação da central de ar condicionado, incluindo limpeza geral da evaporadora e dos condensadores, mais reaperto geral para eliminar ruídos de funcionamento. E empenhou mais R$ 70 mil com a aquisição de 61 aparelhos de ar condicionado.

0 IN

0

Quando um brasileiro compra um produto ou serviço, leva junto uma carga de 25 impostos que não aparecem na etiqueta. São esses tributos invisíveis que fazem com que os preços das mercadorias saiam até 70% mais caros. Novo estudo da FGV garante que, só com a média de quatro refeições diárias, o brasileiro paga 25,82% em taxa com Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), PIS, Cofins e IPI, de importação de produtos. Ou seja: quando o brasileiro está almoçando, sua refeição está levando outra mordida. Ou melhor, seu bolso.

Borboletas (tecidos e acessórios).

OUT

Grandes flores (tecidos e acessórios).

Bacharach de volta Depois de mais de dez anos, o compositor, maestro, arranjador e pianista Burt Bacharach, aos 80 anos, voltará ao Brasil em abril do ano que vem, para apresentações em São Paulo, Rio, Curitiba e Porto Alegre. Um dos maiores nomes da história da música, Burt segue fazendo turnês regularmente: só em 2008, já passou por Japão, Austrália, Canadá e várias cidades dos Estados Unidos. Apaixonado por jazz, ganhou dois Oscar com o filme Butch Cassidy and The Sundance Kid (pela canção Raindrops keep fallin’ on my head). Na década de 60, dizia que sua música “nunca mais foi a mesma depois de conhecer a bossa nova e o baião”.

Danilo Verpa/Folha Imagem

Pé todo-poderoso Não é por nada, não: Lula é corinthiano e o time está na Segunda Divisão, torce pelo Fluminense, que está em 18º lugar no Brasileirão, com chance de cair; passou a mão na cabeça do atleta Diego Hypolito, falou bem da seleção e o time de Dunga perdeu, falou mal da mesma seleção e ela ganhou e agora, depois da primeira carreata que fez em São Paulo com Marta Suplicy, a candidata caiu nas pesquisas. O PT está com os dedos cruzados: tem mais duas carreatas programadas.

REVELAÇÕES

Grampo gaúcho

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A atriz Cássia Kiss está voltando ao teatro com a peça O Zoológico de Vidro, de Tennessee Williams. Numa entrevista, ela confessou que usou drogas entre 18 e 21 anos, de maconha a chá de cogumelo (chegou a dormir na rua). E que sofreu de bulimia durante 11 anos, só se curou quando descobriu que estava grávida. Nunca posou nua mas, uma vez, há nos, topou aparecer de busto nu numa campanha de prevenção ao câncer de mama. E lembrou que, na época, o colunista Zózimo Barrozo do Amaral deu uma nota antológica, que dizia: “Cássia Kiss está nos novos anúncios da campanha anti-câncer de mama. Que sorriso, hein?”

MISTURA FINA O IRB-Brasil RE assumiu o risco de Madonna, nas apresentações no Brasil, Chile, Argentina e Colômbia da turnê Sticky & Sweet . Os organizadores pagarão R$ 600 mil de prêmio pelo valor segurado de R$ 19 milhões. A quantia cobrirá gastos com equipe técnica e produção, se não houver espetáculos. A seguradora contratada pela produção ficou com 5% e passou 95% para a estatal brasileira de resseguros, que redistribuiu 70% a seis resseguradoras internacionais. A BIENAL de São Paulo, que prepara sua 28ª versão, que ocorrerá entre 25 de outubro e 6 de dezembro próximos, pediu ao Ministério da Cultura, pela lei Rouanet, autorização para captação de R$ 4 milhões junto às empresas. Foi aprovado o volume de R$ 3,6 milhões, mas até agora, de acordo com o site que revela o andamento dos projetos, não captou nenhum centavo. ENQUANTO a grande preferência nacional alcança novo fôlego, com as starlets ganhando nomes de frutas, de acordo com sa derrière e especialmente depois que Andressa Soares, a MulherMelancia (120 cm de área) vendeu 400 mil exemplares de Playboy , marca raramente alcançada por celebridades, ninguém quer ser MulherTangerina. Explicação: é cheia de estrias brancas, de difícil tratamento e pouco resultado. A combinação tangerina-laranja, então, é pior: além das estrias brancas, os furinhos da celulite. OS MINISTROS do Supremo Tribunal estão acompanhando ansiosamente a movimentação do Congresso para colocar em votação projeto que aumenta seus vencimentos de R$ 24,5 mil para R$ 25,7 mil. Os parlamentares, contudo, vêm resistindo. Não esqueceram que, em 2006, a Suprema Corte anulou ato da Câmara e do Senado que equiparava os salários dos congressistas aos dos ministros de Estado. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

AMAs: pacientes deram nota de 8,8 pelo tratamento recebido

Ibope: 91% dos paulistanos aprovam as AMAs Nos dois novos hospitais, aprovação foi de 77%

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atendimento médico prestado pelas AMAs (Assistência Médica Ambulatorial), centros de atendimento primário implantados em diversos pontos da cidade para desafogar o movimento nos grandes hospitais, é aprovado por 91% dos paulistanos. Esse é o resultado de pesquisa feita pelo Instituto Ibope, entre os dias 4 e 9 de setembro, com 2.007 entrevistados. A pesquisa também avaliou o atendimento prestado pelos recéminaugurados hospitais M'Boi Mirim e Cidade Tiradentes, que contam com 77% de aprovação. Juntos, os dois serviços foram bem avaliados por 87% dos entrevistados. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais – para mais ou para menos. Os entrevistados também puderam atribuir notas para o atendimento que acabavam de receber (veja em detalhes nos gráficos abaixo). E as AMAS passaram com louvor: nota 8,8. Os hospitais também tiveram excelente avaliação: 7,8. No conjunto, os dois serviços tiveram média 8,5. Quando convidados a qualificar os serviços das AMAS, os entrevistados atribuíram 85% de ótimo/bom, 10% de

regular e 4% de ruim/péssimo. Os hospitais tiveram 73% de ótimo/bom, 16% de regular e 11% de ruim/péssimo. No conjunto, AMAs e os dois hospitais tiveram 82% de ótimo/bom, 12% de regular e 6% de ruim/péssimo. São Paulo possui hoje 115 unidades de AMA, que atendem a 1,2 milhão de pessoas por mês. Sua função é prestar atendimento de emergência de baixa e média complexidade, funcionando como importante recurso para atender o público e racionalizar o fluxo nos hospitais. Contam com farmácias, que distribuem gratuitamente 174 tipos de remédios. A Prefeitura dispõe hoje de cinco unidades de AMAs Especialidades, que oferecem atendimento específico em cardiologia, endocrinologia, urologia, reumatologia, neurologia, ortopedia e angiologia. Os hospitais de M'Boi Mirim e de Cidade Tiradentes são administrados em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Santa Marcelina, respectivamente. Juntos, atendem, nas duas regiões, cerca de um milhão de pessoas. Os dois dispõem de 500 leitos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uma pequena atitude solidária como essa é de grande importância para uma pessoa necessitada. Norma Burti, diretorasuperintendente do CM

Parceria doará 18 mil peças de roupa

Fotos: Brígida Rodrigues/e-SIM

O Conselho da Mulher da ACSP e a Associação Brasileira dos Coreanos repassarão as doações para famílias carentes assistidas por instituições

D

ezoito mil peças de roupas arrecadadas. Este foi o resultado da campanha solidária promovida pelo Conselho da Mulher (CM) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria inédita com a Associação Brasileira dos Coreanos (ABC). As peças irão beneficiar milhares de pessoas carentes assistidas por instituições. Para o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, o estímulo a ações práticas de cunho social por parte dos empreendedores significa fazer a diferença, sendo um testemunho perante a sociedade. Na plenária da amizade presidida por Burti, a diretora-superintendente do CM, Norma Burti, destacou o trabalho das distritais da ACSP na capital e de associações do ABC paulista. "Para nós, a doação não é apenas um ato solidário, mas um gesto de humanidade que deve proporcionar benefícios a comunidades carentes. E isto foi possível graças ao empenho de nossos parceiros", disse. De acordo com a pauta tratada entre as instituições mobilizadoras da campanha, discutida em um café da manhã realizado na sede da ACSP, as doações serão entregues a mais de 60 entidades beneficentes indicadas pelas 15 distritais da capital. Benefício – Além de Alencar

Norma Burti (à esquerda) destacou o trabalho das distritais e de associações do ABC. À direita, Alencar Burti, e os integrantes da ABC DongSoo Park e Augusto Kwon, durante plenária realizada na sede da ACSP.

e Norma Burti, compuseram a mesa da plenária o vice-presidente e coordenador institucional das sedes distritais da ACSP, Roberto Mateus Ordine, a coordenadora do CM das sedes distritais da ACSP, Dinah Maluf Ordine, o vice-presidente e vice-coordenador institucional das sedes distritais, Moacir Boscolo, a diretora secretária do CM. Suzete Boscolo, o presidente da Associação Brasileira dos Coreanos (ABC), DongSoo Park, e o ex-presidente da ABC e atual presidente do conselho jurídico, Augusto Kwon.

moradores de rua assistidas pelas entidades. "Acreditamos que uma pequena atitude solidária como essa é de grande importância para uma pessoa necessitada", disse. De acordo com Burti, a campanha com os coreanos concretiza uma parceria duradoura de propósito social. "É uma causa

Cerca de 85 p e s so a s p a r t ic i p ar a m d o e ncontro. Segundo Norma Burti, o repasse das doações beneficiará centenas de famílias carentes, entre eles, crianças, jovens, gestantes, portadores de deficiências, idosos e

Falta de dados preocupa fundações

A

Fotos: Cesar Diniz/Hype

nobre que exige continuidade. Certamente, em 2009, o volume de arrecadação e de assistidos será maior porque ações conjuntas como essas nos renovam e estimulam a sermos um exemplo. Contamos com o coração de todos os empreendedores nessa missão", convocou. Segundo Dong-Soo Park, a ABC realiza, há mais de 10 anos, a arrecadação de roupas

transparência e a falta de dados oficiais do Terceiro Setor, na área das fundações, foram os principais temas abordados no 4° Encontro Paulista de Fundações, realizada sábado. O evento também comparou o cenário brasileiro às realidades americana e européia. "Discutimos a legislação e a tributação do setor que, atualmente, são uma colcha de retalhos que precisa ser unificada", O cardiologista Vanti Sancho e o procurador Aquino Resende lembraram a necessidade de transparência disse Dora Sílvia Cunha Bueno, presidente da Associação Pau- pesquisa de Resende também mensurados e há indicadores ções. A maioria das fundações lista de Fundações (APF) e da verificou problemas adminis- de performance", disse. presta contas, mas de forma buConfederação Brasileira de trativos e dados aflitivos, como Sancho informou que nos rocrática, e não há uma análise Fundações (Cebraf). o número exacerbado de pes- EUA, em 2006, existiam 1,5 mi- de resultados a partir disso." No evento, no auditório do soas físicas que trabalham nes- lhão de organizações sem fins Ma rco – O ambiente onde Colégio Rio Branco, Tomáz de sas organizações. "São 35 mil lucrativos. Já nos 24 países atuam as fundações e organizaAquino Resende, procurador pessoas com carteira assinada, membros da União Européia, ções sem fins lucrativos é hostil, da Justiça e coordenador do número superior ao da indús- até junho deste ano, 250 mil. segundo o procurador da JustiCentro de Apoio ao Terceiro Se- tria de mineração mineira, que "Houve um crescimento expo- ça de Minas Gerais. "Os equívotor de Minas Gerais, lembrou tem 29 mil", contou. nencial do número de funda- cos da legislação – dúbia e punique não existem informações No exterior – Aocontráriodo ções na Europa, sendo que 43% tiva – atrapalham. Há regras buseguras e confiáveis sobre as que ocorre aqui, nos Estados delas surgiram a partir de 1990." rocráticas, desnecessárias e inúfundações no País. "Não há co- Unidos e na Europa os não fal- No Brasil, se garimparmos as teis. E também não existe mo saber quem são, quantas tam informações. De acordo verdadeiras organizações – ex- incentivo governamental para são, onde estão e o que fazem", com o cirurgião cardíaco Eduar- cluindo aquelas que apenas se recursos", comentou. Para ele, é disse. "Até mespreciso estabelecer, urgente, um mo o conceito marco legal definidor de qualide fundação dade. "Mas sou pessimista com Discutimos a não é claro. Falrelação a isso. Para o governo, legislação e a ta uma identinão há interesse em mudar." tributação que, dade", afirmou. Além de leis mais claras e preatualmente, são uma Em 1995, Resencisas, o Terceiro Setor também colcha de retalhos que de iniciou uma precisa de um modelo de prespesquisa para tação de contas aprimorado e precisa ser unificada. tentar levantar um sistema tributário menos Dora Cunha Bueno, o panorama das oneroso. "As grandes organizapresidente da APF fundações de ções não têm problemas de conBelo Horizonte. tabilidade. A questão são as meAs dificuldades nores. Mas todas lidam com o começaram pelos registros das do José Vanti Sancho, presiden- intitulam como tal –, o número excesso de tributação, que deentidades. "Encontrei desde te da Fundação Jean Yves-Ne- não deve chegar a 8 mil. sestimula e leva a desvios de ficreches, clubes de futebol e igre- veux, de Campinas, os dados in"Lá, existe uma forte relação nalidade", considerou José Majas até partidos políticos regis- ternacionais apontam o número entre lei, ética e liberdade, um ria Chapina Alcazar, presidente trados como fundações." exato de organizações existen- balanço entre independência do Sindicato das Empresas de Segundo o Instituto Brasilei- tes, os valores dos recursos obti- organizacional e velamento go- Serviços Contábeis e das Emro de Geografia e Estatística (IB- dos e das doações realizadas, os vernamental, alto senso de con- presas de Assessoramento, PeGE), existem perto de 4,5 mil en- setores beneficiados, os índices formidade e a prestação de con- rícias, Informações e Pesquisas tidades (associações e funda- de trabalhos formal e voluntá- tas é feita com clareza", disse o do Estado de São Paulo (Sesconções) em Belo Horizonte, mas, rio e até mesmo a participação executivo. "O problema é que SP). "Estamos muito quietos, e o de acordo com o procurador, es- no Produto Interno Bruto (PIB). não existem dados no Brasil por governo, exigindo muito." se número não chega a 1,5 mil. A "Os resultados das ações são falta de transparência e obrigaMaristela Orlowski

para doação de famílias carentes da cidade de São Paulo. "É uma contribuição pequena, mas significativa. Somos gratos pela oportunidade de fortalecer esse trabalho numa ação conjunta de amizade com a ACSP e o CM", afirmou. A solenidade de entrega das 18 mil peças de roupas às entidades beneficentes acontecerá no próximo dia 30, no Clube Espéria, na zona norte de São Paulo. No evento, será firmado um termo de compromisso da campanha arrecadadora de roupas entre a ACSP, por meio do CM, e os representantes da ABC. Geriane Oliveira

Promoção destinará Alunos municipais R$ 700 mil a dez aprendem sobre projetos sociais câncer de mama

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promoção Nestlé Torce por Você contemplará o trabalho social – por meio da Fundação Nestlé Brasil–, destinando R$ 700 mil a projetos de ONGs que prestem atendimento a crianças e adolescentes do País, com programas voltados à educação alimentar ou para a promoção da prática de esportes. Serão selecionados dez projetos com máximo de R$ 70 mil. A fundação tem especial interesse em apoiar projetos que demonstrem impacto a longo prazo. Para se inscrever e conhecer o edital é só acessar www.nestle.com. br/torceporvoce.

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Tesourinha vende seus produtos no Iguatemi

Escola promove o Dia do Ensino Responsável

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Projeto Tesourinha participa, até o dia 22, Balcão da Cidadania Iguatemi, no shopping de mesmo nome. A entidade vai oferecerá aos cabeleireiros e público camisetas, chaveiros, canetas, eco bags, bottons e aventais com a logomarca do Tesourinha. A renda irá para o projeto que, até o final do ano, formará 2,1 mil pessoas. Além dos produtos Tesourinha, serão comercializados também kits doados por empresas parceiras. O Balcão da Cidadania Iguatemi, parceria com o Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP) fica ao lado da rampa no térreo.

erca de 10 mil crianças e jovens das 7ª e 8ª séries de 35 escolas da rede municipal participam de oficinas com dinâmicas em salas de aula sobre a prevenção do câncer de mama. A iniciativa é do Se Toque Instituto de Desenvolvimento Social, que faz a Campanha de Prevenção de Câncer de Mama em parceria com a Secretaria Municipal de Ensino. Além de receberem informações sobre a doença com uma dinâmica voltada para esta faixa etária, os alunos levarão para casa um "colar da vida", peça com imitação de pérolas para lembrar as mães sobre a importância do auto-exame.

Eniac – colégio e faculdade - realiza uma programação diferenciada para o Dia do Ensino Responsável, ação de responsabilidade social realizada todos os anos pela instituição de Guarulhos com o objetivo de aproximar a comunidade estudantil da população. O evento, nos dias 26 (10h às 20h) e 27 (10h às 17h) terá várias atividades gratuitas, como cabeleireiro, dentista, aferição da pressão arterial, escultura em balão, pintura em rosto, banco de talentos, aulas de inclusão digital, mostra de teatro, música e cinema e palestras sobre DST, drogas e nutrição.


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Estilo Finanças Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SALÁRIOS ESTACIONÁRIOS NO COMÉRCIO

Masao Goto Filho/e_SIM

Carteira assinada entre os trabalhadores aumentou mas nível de remuneração ainda é o mesmo de 2003

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

55,7

por cento dos trabalhadores no comércio de São Paulo têm jornada estendida.

Boletim mostra perfil do comerciário Convênio entre o sindicato dos comerciários e o Dieese cria pesquisa Paula Cunha

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primeiro boletim da série Trabalho no Comércio que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) elaborou em convênio com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo foi divulgado ontem. A publicação, que será quadrimestral, analisa o mercado de trabalho no setor, apresenta um perfil dos trabalhadores e aponta tendências. Segundo o estudo, ao lado da boa notícia do aumento dos postos de trabalho com carteira assinada nos últimos anos, há a queda da remuneração e o aumento da rotatividade, o que contribuiu para rebaixar os salários. A remuneração vem se recuperando desde 2007 mas ainda não alcançou os níveis de 1999, de acordo com o presidente do sindicato Ricardo Patah. A pesquisa foi realizada em seis capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife e Salvador. O coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, explica que toda a pesquisa se fundamenta na Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese (PED). O estudo mostra o total de

ocupados e a heterogeneidade nas formas de contratação, com predomínio dos contratos formais, ou seja, com carteira de trabalho assinada. Segundo Prado, houve nos últimos anos tanto uma melhora geral do desempenho da economia quanto um aumento na fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego, o que contribuiu para o resultado. Jornada – A jornada média semanal dos ocupados em São Paulo manteve-se, em 2007, em níveis semelhantes aos de 2003. A pesquisa indica que entre os assalariados formais a jornada permaneceu elevada, acima das 44 horas determinadas pela legislação. A proporção de ocupados no comércio que cumpria turnos de trabalho acima da jornada legal em 2007 foi bastante alta: 48,7% em Belo Horizonte; 54,7% em Porto Alegre; 55,7% em São Paulo; 57,6% em Salva-

dor; 62,9% no Distrito Federal e 65,6% em Recife. Representantes de centrais sindicais presentes à apresentação do estudo afirmaram que a alta rotatividade se reflete na redução dos salários, que só se recuperação a médio prazo. Os rendimentos dos trabalhadores sem carteira assinada continuam mais baixos do que os dos registrados. Segundo o estudo, nos salários pagos nos dois períodos analisados (entre 1999 e 2003 e de 2003 a 2007) houve perda de poder aquisitivo significativa em todas as capitais analisadas, com exceção de São Paulo e Porto Alegre. "A queda nos salários é ainda mais preocupante porque está ocorrendo em um período em que a economia do País está crescendo", diz o coordenador do Dieese. A pesquisa do Dieese foi realizada em 38 municípios e 3,6 mil empresas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem

Política

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Luiz Prado/LUZ

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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om o palco recheado de tucanos e em clima de "vira vira", o prefeito Gilberto Kassab (DEM) lançou ontem, no Expo Center Norte, o plano de governo 2009-2012. Entre os tucanos históricos, estiveram presentes dois ex-ministros do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: Clóvis Carvalho (Secretaria de Governo) e José Gregori (Comissão Municipal de Direitos Humanos). Também foram prestigiar o prefeito os secretários Walter Feldman (Esportes, Lazer e Recreação), ligado ao governador José Serra, e Ricardo Montoro (Participação e Parceria), filho do falecido governador Franco Montoro. Em seu discurso, Gregori enalteceu a fidelidade de Kassab ao programa de governo tucano-democrata e defendeu a reeleição do atual prefeito. "Com a vitória (de Serra e Kassab), aquilo que era apenas um pacto político virou um compromisso sagrado com a cidade", afirmou o ex-ministro. Segundo Gregori, a aliança PSDB/DEM foi testada e merece continuar. "Nesses quatro anos pude observar que tanto Serra como Kassab seguiram linha por linha o que prometeram para o povo dessa cidade", destacou. Coube a Feldman justificar a dissidência tucana. "Eu estaria traindo minha consciência se estivesse em outro local, em outro palanque", declarou o secretário, referindo-se ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. No lado democrata, o ex-se-

Chuva de papéis, bexigas e de tucanos: secretários, subprefeitos e dois ex-ministros do governo FHC foram prestigiar o democrata

Tucanos fazem festa em evento de Kassab Prefeito apresenta plano de governo com clima de "vira vira", pede palmas para Serra e critica Marta Sergio Kapustan

n a d o r e e x - p re s i d e n t e d o DEM, Jorge Bornhausen, afirmou que Alckmin está cometendo "um erro tático sério" ao disparar críticas contra a administração de Kassab, em razão da participação do próprio PSDB na atual gestão. Segundo Bornhausen, os eleitores paulistanos do próprio tucano o interpelaram na rua porque estranharam o tom agressivo de Alckmin contra o prefeito. "Os ataques não ajudam a campanha dele e deixam ainda os tucanos cons-

trangidos", avaliou o ex-senador, reforçando a importância da vitória de Kassab para a candidatura de José Serra à presidência em 2010, por meio da manutenção da aliança entre os dois partidos.. Ausência justificada – Em seu discurso, Kassab ignorou Alckmin e evitou o "vira vira", em virtude de sua ascensão nas pesquisas. Ele pediu uma salva de palmas para Serra, que se mantém ausente da campanha até agora – tanto dele como a de Alckmin – e fez

críticas indiretas à candidata do PT, Marta Suplicy. Para Kassab, a ausência de Serra era natural por conta da candidatura tucana. "Entendo sua situação, ela é complexa. Não criarei nenhuma situação difícil para ele", ponderou. Em relação à petista, o prefeito afirmou que a adversária vincula o dinheiro da Prefeitura aplicado no banco à falta de vagas em creches. "Isso é uma deslealdade com a cidade de São Paulo. Recurso em caixa é para pagar despesas", reagiu.

Ao final, Kassab declarou que não vai atacar os adversários. Continuidade – Se reeleito, Kassab anunciou que manterá a atual equipe de governo e que a segunda gestão será a continuidade da primeira, ou seja, com a presença de tucanos nas secretarias e subprefeituras, como acontece hoje. Para apresentar o plano de governo, foi montado um palco multimídia com um telão ao fundo mostrando as realizações do governo municipal. Foram distribuídas cadeiras

Eu estaria traindo minha consciência se estivesse em outro local, em outro palanque. Walter Feldman

nos dois lados do palco, que foram ocupadas pelo primeiro escalão (18 secretários) e aliados da coligação – DEM, PMDB, PV, PR e PSDC. Coordenador do programa de governo, o secretário licenciado da pasta de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos (DEM), chamou um a um os secretários para explicar a situação da pasta quando assumiram, o que realizaram e o que farão no segundo governo. Cada secretário teve um minuto para falar, mas quase todos extrapolaram o tempo. "Nós não temos que fazer promessas mirabolantes, como fazem os adversários, porque trabalhamos em cima de fatos e com uma equipe disciplinada", destacou Afif. O plano de governo (de 107 páginas) é dividido em 17 capítulos, que correspondem às ações das secretarias, como Finanças e Gestão; Trânsito e Transporte, Esporte, Cultura e Subprefeituras. "Meu programa de governo é de continuidade, com ajustes e avanço. É um plano de diretrizes com propostas já apresentadas e novas, que continuarão surgindo e sendo incorporadas", destacou Kassab. Uma chuva de papel picado e bexigas de cores azul e amarelo sobre o palco encerraram o evento. Outra novidade foi o boneco "Kassabinho" – animação gráfica lançada na campanha de televisão e que no evento estava sob a forma de um boneco inflável – que posou para fotos com os aliados e com o próprio prefeito. 'Zen' – Antes do evento, logo pela manhã, Kassab participou de um debate na Federação do Comércio (Fecomércio) e disse que não está interessado nos ataques de seus adversários. "Minha campanha sempre foi zen e continua sendo", afirmou. No entanto, o prefeito respondeu às críticas de Marta: "Não foi a gestão dela que criou as AMAs, construiu dois hospitais, o Mãe Paulistana, o Remédio em Casa, 218 escolas, nem o Cidade Limpa. Acho melhor ela ir por outro caminho". (Com AOG)

Raimundo Paccó/Folha Imagem Joel Silva/Folha Imagem

Alckmin: 'É oportunismo de ambos os lados'

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Na fábrica da MWM, Marta criticou a gestão de Serra e Kassab nas áreas de saúde e educação

Ao lado de Paulinho, Marta faz comício para metalúrgicos

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candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, realizou ontem um pequeno comício para metalúrgicos na porta da fábrica da MWM, na zona sul da capital paulista. Acompanhada pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, e outros dirigentes sindicais, subiu em um carro de som e falou para dezenas de trabalhadores. Marta apresentou suas propostas, criticou tucanos e democratas, seus adversários à Prefeitura, mas concentrou os ataques na gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

"A saúde não funciona, ninguém consegue marcar uma consulta, ninguém consegue fazer um exame médico", disse a petista. Marta afirmou ter deixado tudo pronto para resolver o problema da saúde, "mas não conseguiram dar esse passo". "Não adianta agora dizer que vão fazer. Estão lá há quatro anos e não fizeram". Sobre os Centros Educacionais Unificados (CEUs), lançados por Marta e hoje adotados como propostas pelos adversários, a candidata afirmou: "Quando a gente propôs o CEU, o PSDB, o DEM, todo mundo foi contra". Para ela, as

unidades feitas na gestão José Serra/Gilberto Kassab não têm a mesma qualidade. "Eles não entendem o conceito", explicou a ex-prefeita. Além de Paulinho, estavam no local do comício o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna; o presidente dos Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno Bezerra, e o deputado José Genoino (PT-SP). De acordo com o coordenador da campanha da petista, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o ato de ontem demonstrou o apoio do movimento sindical à candidatura de Marta. (AE)

candidato do PSDB à P re f e i t u r a d e S ã o Paulo, Geraldo Alckmin, aumentou o tom das críticas e classificou de "oportunista" a tentativa do prefeito e candidato à reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab, de colar sua imagem no PSDB, na figura do governador do Estado, o tucano José Serra. "Kassab não tem nada a ver com o PSDB", alfinetou Alckmin, lembrando que ele apoiou os ex-prefeitos Celso Pitta e Paulo Maluf no passado. E os ataques não pararam por aí. Alckmin aproveitou para criticar também os tucanos kassabistas que apóiam a reeleição do atual prefeito, destacando: "É mero oportunismo de ambos os lados". Kassab lançou ontem à tarde seu programa de governo com a presença e o apoio de vários tucanos que integram seu "staff" na prefeitura. O governador José Serra não estava no evento. Após fazer caminhada na tarde de ontem no bairro da Barra Funda, zona oeste da Capital, Alckmin foi questionado se não sentia algum constrangimento por ter perdido para Kassab o apoio de tucanos que ajudaram a fundar o PSDB. Em resposta, o candidato tucano fez um trocadilho: "Só se for afundar (o

Tucano abraça garçonetes em campanha na Barra Funda

partido). Fundar, não". Alckmin, no entanto, evitou falar sobre a eventual expulsão dos kassabistas da legenda. Ele afirmou que, depois das eleições, não fará nada além de "ignorá-los". "Se as pessoas agem independentemente de decisão partidária, não precisa ter partido. Eles não têm o menor compromisso com o PSDB. Eles têm compromisso com o poder", emendou. Para Alckmin, a participação de tucanos na campanha do prefeito não é um racha no partido. "Não há nenhum racha. As pessoas têm o direito de dizer o que elas quiserem. Lamento que as pessoas não respeitem uma decisão do diretório, tomada em convenção por mais de 90% dos seus convencionais", criticou o exgovernador. "Aliás, como o Kassab também, não tem nada a ver com o PSDB. Em 1996, quando o Serra foi candidato a prefeito, o Kassab apoiou o Pitta. Em 1998, quando o Mário Covas foi candidato a governador, Kas-

sab apoiou o Maluf", acrescentou. Perguntado sobre o que fazer com os "infiéis", Alckmin respondeu: "Ignorá-los. Não representam o partido". Durante a caminhada no bairro da Barra Funda, Alckmin foi questionado por eleitores. O balconista de uma farmácia chegou a aconselhar Alckmin: "Não demore muito para sair para presidente, a prefeitura é mole". O vendedor ambulante Amadeu Filho, de 38 anos, perguntou ao candidato se ele ficaria mesmo os quatro anos na prefeitura. Alckmin confirmou, mas o ambulante não acreditou. "Depois de Serra ter saído, é capaz de ele (Alckmin) nos deixar com Campos Machado (vice na chapa tucana)", disse Amadeu. O candidato a vereador Gil Santos (PTB), da coligação de Alckmin, que acompanhava a caminhada, se apressou em responder ao ambulante: "A Marta (adversária do PT, Marta Suplicy) também vai sair para presidente". (AE)


Congresso Planalto CPI Eleições

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DEPUTADOS AGUARDAM PROVAS

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Roosewelt Pinheiro/Abr

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A sessão só precisa ser secreta se ele (Jobim) for apresentar algum documento de estado. Wanderlei Macris

CPI dos Grampos conta O pio do tucano com revelações de Jobim G

Eymar Mascaro

Deputados esperam que o ministro leve documentos que comprovem que maletas da Abin 'grampeiam' Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr - 17.07.08

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écnicos da Unicamp contratados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos vão fazer perícia nos equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para verificar se os aparelhos podem ou não fazer interceptações telefônicas. A informação é do presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que vai determinar a perícia com base nos dados que serão apresentados hoje pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Jobim vai depor na CPI e deverá pedir que pelo menos uma parte da sessão seja fechada, para que possa mostrar aos parlamentares documentos secretos que comprovariam que as maletas da Abin podem fazer escutas telefônicas, como ele já informou – e a agência vem negando. "Acho a denúncia feita pelo ministro Jobim muito grave e espero que ele traga documen-

tos para a CPI", afirmou ontem Itagiba. "Com base nesses documentos, quero mandar fazer uma perícia nos equipamentos da Abin". Mas a perspectiva de o ministro Jobim pedir para que a audiência da CPI seja reservada enfrenta resistências junto aos integrantes da comissão. Os deputados só aceitam a sessão secreta caso Jobim apresente documentos e fatos reveladores. "Esperamos que o ministro traga os documentos que falam das compras em comum de equipamentos do Exército e da Abin. Também queremos o laudo da perícia feita pelo Exército nos equipamentos", argumentou o relator da CPI dos Grampos, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA). "Não vejo motivo para a sessão ser reservada se ele tiver apenas esses documentos para apresentar", observou o petista. "A sessão só precisa ser secreta se ele (Jobim) apresentar algum documento de Estado", disse o deputado Wanderlei Macris (PSDB-SP), um dos integrantes da CPI. "Em princípio, não vejo motivos para a sessão ser fechada. Mas se ele (Jobim) solicitar, não vejo inconveniente", disse Itagiba. Até o início da noite de ontem, ele não havia recebido nenhum pedido oficial para que a sessão seja secreta.

eraldo Alckmin vai continuar pregando o voto útil, dizendo ao eleitor ser ele o único candidato capaz de derrotar Marta Suplicy no segundo turno. Ameaçado de ficar fora do turno final, o tucano está preocupado com a ascensão de Gilberto Kassab. Para pregar o voto útil, Alckmin toma por base as últimas pesquisas: o tucano diz que se elegerá se chegar ao segundo turno. Mas, pelas mesmas pesquisas – Ibope e Datafolha – os três principais candidatos estão com o jogo empatado no segundo turno. As pesquisas não indicaram favoritismo para nenhum deles, pois todos estão com índices semelhantes no turno final.

ATAQUE

Jobim: informações confidenciais seriam passados em sessão secreta

Satiagraha – Convocado há duas semanas para depor na CPI dos Grampos, Jobim vai à comissão de inquérito depois da revelação de que serviços secretos das Forças Armadas ajudaram a Polícia Federal na investigação que resultou na Operação Satiagraha. Além da Abin, os serviços de inteligência das três Forças teriam reforçado a investigação da operação comandada pelo delegado da PF Protógenes Queiroz. Os integrantes da comissão de inquérito também vão cobrar de Jobim informações sobre a quantidade de grampos telefônicos feitos pelos militares. Jobim foi convocado para depor na CPI dos Grampos depois de afirmar, em reunião com o presidente Luiz Inácio

Lula da Silva, que a Abin dispõe de equipamento capaz de fazer interceptação telefônica. Por lei, a agência é proibida de fazer grampos. A Abin é subordinada ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, que garantiu que a agência não faz escutas telefônicas. Além da perícia na Abin, Marcelo Itagiba também quer averiguar as maletas usadas pela Polícia Federal para saber se foram feitos grampos ilegais. "Queremos saber os números interceptados e os respectivos mandatos da Justiça que permitiram essas escutas", disse. "Queremos saber se existem condições de se grampear sem deixar registro", completou o presidente da comissão de inquérito. (AE)

STF: 'Comissão Mista não tem o poder de uma CPI'

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vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, concluiu ontem que a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso não poderá obrigar o ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), Francisco Ambrósio Nascimento, a responder a eventuais perguntas que possam provocar a auto-incriminação durante depoimento marcado para hoje. A comissão também não poderá fazer com que Ambrósio, que é apenas convidado, assine o compromisso de dizer a verdade. "Caso o paciente (Francisco Ambrósio) opte por atender ao convite, a comissão não poderá obrigá-lo a responder a eventuais perguntas, muito menos a compromissá-lo antes do depoimento. O poder para tanto é próprio de autoridades judiciais, e não foi conferido pela Constituição senão às Comissões Parlamentares de Inquérito", explicou o ministro Cezar Peluso. Peluso tomou a decisão ao analisar um pedido de habeascorpus de Ambrósio, que queria garantir o direito ao silêncio durante o depoimento. O ministro rejeitou o pedido por entender que a comissão não é uma CPI. Segundo Peluso, apenas as CPIs têm poderes de investigação semelhantes aos das autoridades judiciais e, portanto, podem intimar testemunhas e investigados, que serão obrigados a comparecer aos depoimentos. Peluso afirmou que é voluntária a presença do convidado pela Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência. O outro recurso apresentado por Ambrósio ao STF – para ficar calado na CPI das Escutas Clandestinas (CPI dos Grampos) da Câmara – ainda não foi julgado. (AE)

Lutando para chegar ao segundo turno, Alckmin decidiu atacar de forma mais virulenta Marta Suplicy e Gilberto Kassab. O marqueteiro do tucano, Raul Cruz Lima, insiste para que Alckmin explore na tevê que Kassab já foi aliado dos ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta.

EM FRENTE Em contrapartida, Kassab não está disposto a morder a isca lançada por Alckmin. O prefeito vai manter o mesmo estilo de campanha, que está dando certo. Kassab sustenta a mesma linha ascendente nas pesquisas.

CONTENÇÃO A equipe de campanha do PSDB pretende solucionar dois problemas: conter o crescimento de Kassab e a queda de Alckmin nas pesquisas.. Os candidatos estão de olho nos levantamentos que devem ser publicados no próximo fim de semana.

DIFICULDADE Subindo o tom da campanha contra Kassab, Alckmin pode dificultar o restabelecimento da coligação PSDB/DEM no segundo turno. O rompimento da aliança dos dois partidos não interessa principalmente ao governador José Serra.

SEM RISCO Serra não quer correr o risco de disputar a sucessão de Lula sem o apoio dos democratas Do lado do DEM, Kassab garante que não vai atacar nenhum dos adversários do ponto de vista pessoal.

COMPARAÇÃO Kassab vai continuar estabelecendo a comparação de sua administração com a gestão de Marta Suplicy. Como esportista, o democrata defende a tese de que em time que está vencendo não se mexe.

BAIRROS Além de usar a televisão para comparar as duas administrações, Kassab vai intensificando a campanha nos bairros da periferia em que Marta vence nas pesquisas. Os alvos do prefeito preferencialmente são os das zonas leste e sul.

RECURSO Marta Suplicy já está acionando o corpo jurídico que atende ao partido, para brecar o uso da frase "relaxa e goza" pela campanha de Geraldo Alckmin. A candidata admite que a utilização da frase é uma ofensa para ela.

TUCANO A iniciativa de Kassab de fazer campanha nos bairros ao lado de vereadores do PSDB está irritando os alckmistas, que insistem

em pedir ao diretório municipal que puna ao tucanos infiéis.

IRONIA Os tucanos que são chamados de infiéis lembram que, se forem acionados pelo partido, vão arrolar como testemunha o senador Tasso Jereissati. Lembrete: Tasso apoiou Ciro Gomes na campanha presidencial contra o candidato do seu partido, José Serra.

AGRADECIMENTO Para irritar ainda mais os alckmistas, Kassab faz questão de agradecer a José Serra seu crescimento nas pesquisas. O prefeito insiste em ressaltar a sintonia que existe entre sua Prefeitura e o governo estadual.

APOIO José Serra continua disposto a se engajar integralmente na campanha do segundo turno, apoiando Geraldo Alckmin ou Gilberto Kassab. Na campanha do primeiro turno, Serra vai continuar apoiando os dois candidatos.

CONTRAPONTO Em compensação, Marta Suplicy promete trazer a São Paulo, de volta para sua campanha, o presidente Lula. O presidente se reserva a participar da campanha da candidata no segundo turno, enfrentando o governador José Serra, que estará apoiando o candidato adversário.

COMÍCIO No próximo sábado, Lula estará com Marta em um comício na Zona Norte, na Vila Cachoeirinha. A presença do presidente tornou-se mais necessária após a divulgação de pesquisas em que a petista registrou queda no índice de intenção de votos, ainda que dentro da margem de erro dos levantamentos.

O MESMO O quadro sucessório em São Paulo não se alterou nos últimos dias: Marta Suplicy mantém a liderança nas pesquisas, com um índice que assegura sua passagem para o segundo turno. Alckmin e Kassab continuam tecnicamente empatados na viceliderança. No entanto, o movimento ascendente, por enquanto, está com o atual prefeito.


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nacional Estilo Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Fotos: Nilani Goettems/e-Sim

Inscrições em Braille em produtos da Di Solle

Setores de alimentação e hotelaria estão crescendo 20% ao ano

Hotéis em franca expansão Mário Tonocchi

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salto de consumo das classes C e D e a maior participação da terceira idade na economia sustentam, nos últimos anos, um crescimento anual de 20% no setor de hotelaria e restaurantes no País. Os dois setores devem faturar, juntos, até o final de 2008, cerca de R$ 125 bilhões, R$ 65 bilhões somente para o food service. De olho nas necessidades de manutenção, reforma e ampliação de instalações, além de novos equipamentos para hotéis e alimentação fora do lar para atender à demanda crescente, acontece até amanhã, no Anhembi, em São Paulo, a 46ª edição da Nova Equipotel. A feira reúne 1.172 fornecedores e espera receber pelo menos 55 mil visitantes e compradores, representantes de uma parcela do universo de 32 mil hotéis e similares e 1,3 milhão de estabelecimentos de alimentação fora do lar ativos no Brasil. "Estimamos investimentos de pelo menos R$ 20 bilhões ao ano na manutenção das instalações e equipamentos", disse o diretor comercial da feira, Marcelo Vital Brazil. Ele não calcula o faturamento das empresas fornecedoras ou mesmo o quanto gira em negócios durante e depois do evento. "As empresas não fornecem essa informação. Mas sei que os negócios estão quentes, pois

Talheres a favor da inclusão

o índice de renovação de estandes nos últimos anos foi de 97%", observou. Entre as novidades em equipamentos, inclusive com um estande dedicado a enfeites e produtos para o Natal, a Di Solle, de Gramado (RS), apresenta talheres com inscrições em Braille. De acordo com o gerente comercial, Sérgio Bartz, o novo produto baseia-se na efetiva necessidade da inclusão social de pessoas com algum tipo de limitação física e no marketing de lançamentos da Di Solle. "Também temos talheres especialmente desenhados para impedir que a parte em contato com a boca toque na mesa quando ele não está em uso", disse o gerente. A empresa fabricou 37 milhões de peças no ano passado, e espera ampliar a produção neste ano para 46 milhões de unidades. O faturamento chegou a R$ 27 milhões em 2007, e a expectati-

Neste ano, o segmento de food service deve faturar R$ 65 bilhões

va, neste ano é de R$ 34,5 milhões apenas com os talheres. A ecologia e a sustentabilidade nos negócios começam a despontar entre as principais preocupações dos executivos e empresários do setor de hotelaria, e isso se reflete na feira. Esta edição tem um espaço especial, denominado Equip Design, um hotel-conceito construído por arquitetos e decoradores convidados em uma área de 1 mil m², preferencialmente com materiais reciclados ou reaproveitados. "Obedecendo aos conceitos de sustentabilidade, os setores de hotelaria e alimentação fora do lar precisam, primeiro, im-

plementar novos projetos para economia de energia e reuso de água", disse o representante do conselho da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Armando Ricardi Júnior. Dono de uma empresa de projetos de uso racional e de implementação de novas fontes de energia, ele fez palestra mostrando com esse itens podem contribuir para aumentar os lucros dos restaurantes, hotéis e afins. A feira apresenta ainda aos empresários e executivos produtos e serviços para alimentação, preparação de bebidas, spa, bem-estar e rodadas de negócios.

FLEXISIGN SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDA. torna público que recebeu da CETESB-OSASCO, a Licença Prévia e de Instalação nº 32000213 e requereu a Licença de Operação, para fabricação de Placas para Sinalização e Orientação Rodoviária, sito à Av. Capitão Francisco Cezar, 378 - Bairro Cruz Preta - Barueri/SP.

CRBS S.A. CNPJ nº 56.228.356/0001-31 - NIRE 35.300.199.448 CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os acionistas da CRBS S.A. (“Companhia”) para se reunirem no dia 26 de setembro de 2008, às 9:30 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Antarctica, 1.891 (parte), Fazenda Santa Úrsula, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, em Assembléia Geral Extraordinária, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: (i) aprovar o cancelamento de ações ordinárias de emissão da Companhia mantidas em tesouraria, sem diminuição do seu capital social; (ii) grupamento de ações da Companhia na proporção de 500.000 por uma, bem como definir os procedimentos relativos à implementação da deliberação adotada, no tocante às frações de ações resultantes do grupamento, e, conseqüentemente, alterar o artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, que dispõe sobre o capital social e sua divisão em ações; e (iii) consolidação do Estatuto Social da Companhia. Jaguariúna, 16 de setembro de 2008. Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond - Diretor Geral. (17,18,19)

BANCO ITAÚ BBA S.A. CNPJ 17.298.092/0001-30 NIRE 35300318951 EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 16.7.2008

Os novos equipamentos de cozinha também primam pelo design

Um festival de sabores e beleza

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inte e um chefs de cozinha convidados participam da "cozinha-show" do Equipotel2008 apresentando e explicando seus pratos. Na segunda-feira, foi a vez do gourmet José Custódio, do restaurante português O Marques Buffet, em São Paulo, que explicou as técnicas para fazer bolinhos de bacalhau. Ainda na linha de preparação de alimentos, a feira também oferece cursos

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MAGAZINE LUIZA DESEMBARCA EM SP

de entalhamento em legumes e frutas para melhorar a apresentação dos produtos. O principal convidado é o chef tcheco Charlie Carving, um dos maiores representantes da escola tailandesa desse tipo de decoração de pratos e mesas no Brasil. A Equipotel também sedia a seleção para a escolha dos representantes paulistas na 8ª edição do Campeonato Brasileiro de Baristas. O torneio, promovido pela Associação Brasileira de Baristas, segue as regras do campeonato mundial dessa especialidade. O candidato tem 15 minutos para apresentar um espresso, um cappuccino e um drinque e concorrer a uma vaga no campeonato nacional. (MT)

Data/horário/local: 16.7.2008, às 9:00 hs, na sede social; Presença: todos os Conselheiros, sob a presidência do Dr. Roberto Egydio Setubal; Deliberação tomada por unanimidade: eleito Diretor PASCHOAL PIPOLO BAPTISTA, RG-SSP/SP 6.522.464, CPF 010.505.898-07, para término do mandato anual, que vigorará até a posse dos eleitos em 2009. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme seguinte: “CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o número 283.841/08-4, em 28.8.08 (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral”.

ENGEMIX S.A. CNPJ/MF Nº 60.405.446/0001-28 - NIRE 35300030044 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, REALIZADA EM 15 DE AGOSTO DE 2008. 1. HORÁRIO E LOCAL: às 08 horas, na Av. José Cesar de Oliveira, 21 - 9º Andar – Vila Leopoldina – CEP 05317-000 – São Paulo/SP na Capital do Estado de São Paulo. 2. PRESENÇA: a totalidade dos membros do Conselho de Administração. 3. MESA DIRIGENTE: Luiz Vilar de Carvalho, como presidente e Walter Schalka, como secretário. 4. ORDEM DO DIA: I – Aprovar e recomendar aos acionistas a redução do capital social da Sociedade. II – Aprovar a publicação de edital. 5. DELIBERAÇÕES UNÂNIMES: Submetidos os assuntos constantes da ordem do dia à discussão e, logo depois, à votação, os presentes, à unanimidade, deliberaram: I – Aprovar e recomendar aos acionistas a redução do Capital Social da Sociedade, no montante de até R$ 1.320.000.000,00 (um bilhão, trezentos e vinte milhões) sendo os atos de efetivação deliberados em assembléias gerais próprias, com a respectiva alteração do Estatuto Social. II – Aprovar a publicação desta ata, garantindo assim, o prazo disposto no artigo 174 da Lei 6.404/76, como aviso para manifestação dos credores quirografários quanto à referida redução. 6. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a se tratar, foi lavrada a presente ata, que lida e achada conforme vai por todos assinada. São Paulo, 15 de agosto de 2008. aa) Walter Schalka, Alvaro Luis Veloso e Luiz Vilar de Carvalho, Conselheiros. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 15 de agosto de 2008. WALTER SCHALKA - Secretário.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

R e q t e : E va l d o C a s e m i r o Gomes - Reqdo: Empório da Joyce Ltda. - Rua Barata Ribeiro, 161 - 1ª Vara de Falências

Reqte: Equipamentos de Segurança Ltda. - Reqdo: Fibra Engenharia e Arquitetura Ltda. - Av. Jandira, 257 - 9º andar - cj. 95 - 2ª Vara de Falências

bilhões de reais deverá ser a receita dos setores de hotelaria e restaurantes.

Magazine Luiza mudará varejo em SP Rede vai abrir 50 lojas nos próximos dias

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varejo paulista deve nos 120 lojas na região. "Comeregistrar margens çamos com 50 lojas para reduzir mais apertadas com nossos custos." a chegada de 50 lojas Para o diretor-executivo do do Magazine Luiza, a serem Instituto para o Desenvolvimeninauguradas simultaneamente to do Varejo (IDV), Emerson Kanos próximos dias. Em busca dos paz, apesar do aperto monetá5 milhões de consumidores po- rio, as vendas no varejo contitenciais da Grande São Paulo, a nuarão aquecidas até o final desrede quer ganhar participação te ano. "O mercado paulista tem de mercado sobre a Casas Bahia, espaço para crescer. Com mais Ponto Frio, Carrefour e Extra. O concorrência, a guerra de preços Magazine Luiza pretende con- será inevitável." quistar parte das vendas de ele"A disputa vai aumentar com a troeletrônicos, informática e entrada de mais uma grande móveis dos concorrentes, de empresa. Mas o impacto será olho no aumento do poder de mais forte nas redes menores, compra da emerque terão de lutar gente classe mépara se manter dia paulistana. no mercado", diz O principal alMarcel Solimeo, vo da Magazine A disputa vai economista da Luiza é a Casas Associação Coaumentar com a Bahia, líder absomercial de São luta no mercado entrada de uma Paulo (ACSP). Ele paulista de linha grande empresa. O ressalta que a branca, móveis, impacto será maior chegada do Maeletro eletrôni- nas pequenas redes. gazine Luiza cos, informática, acontece em um Marcel Solimeo, da momento de alta cine e foto, eleACSP das vendas, o que troportáteis, telefonia e celulares, facilitará a acode acordo com modação. "Com a levantamento do Programa de expansão, a luta pelas faixas de Administração de Varejo (Pro- mercado será amenizada." A exvar), realizado em parceria com a pectativa da ACSP é de o comérFelisoni Consultores Associado. cio crescer entre 7% e 8% neste A rede tem uma fatia de 74% do ano, mesmo levando em conta a mercado de linha branca, por alta dos juros. exemplo, ante 9% do Ponto Frio. Para Eugenio Foganholo, direO coordenador-geral do Provar, tor da consultoria Mixxer DesenCláudio Felisoni, afirma que "a volvimento Empresarial, o condisputa se dará por meio da re- sumidor, por mais fiel que seja, dução das margens, com o au- vai comparar preços em mais de mento da venda em escala". uma rede."Provavelmente, as Segundo a superintendente pessoas deverão destinar parte Luiza Helena Trajano, o "Projeto de sua renda para a compra de São Paulo" prevê aporte de cerca móveis e eletrodomésticos. Elas de R$ 150 milhões para a rede sempre encontram uma justifichegar em 2010 com pelo me- cativa para gastar", diz (AE) FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR/HOSPITAL ESTADUAL BAURU PREGÃO Nº 068/2008 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 527/2008 - FAMESP/HEB / REGISTRO DE PREÇOS Nº 057/2008 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 17 de setembro de 2008 a 07 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110 ou 117, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 057/2008 - FAMESP/HEB - PREGÃO Nº 068/2008 - FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 527/2008 - FAMESP/HEB , que tem como objetivo a Contratação de empresa para Prestação de Serviço de Fornecimento de Gases Medicinais Liquefeitos, incluindo locação e Manutenção de Tanques de Armazenamento e Abastecimento, para o HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE, conforme especificações constantes do ANEXO II - PROJETO BÁSICO, que integra o edital. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 02 de outubro de 2008, às 10:00 horas, no Hospital Estadual Américo Brasiliense, sito na Alameda Aldo Luppo, nº 502, Bairro Vista Alegre, na cidade de Américo Brasiliense/SP. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 08 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 15 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP

BV LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF Nº 01.858.774/0001-10 - NIRE Nº 35.300.150.082 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, REALIZADA EM 25 DE JUNHO DE 2008 I. DATA, HORÁRIO E LOCAL - Dia 25 de junho de 2008, às 10:00 horas, na sede social da Companhia, localizada na Cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, na Rua Amazonas, 439, 11º andar, Centro. II. PRESENÇA - Acionistas representando a totalidade do capital social, ficando dispensados, conseqüentemente, os Editais de Convocação, de acordo com o artigo 124 da Lei 6.404/76. III. MESA DIRIGENTE – José Ermírio de Moraes Neto, Presidente; Milton Roberto Pereira, Secretário. IV. DELIBERAÇÕES – (a) Por unanimidade dos acionistas, foi aprovada a mudança de endereço da sede social, da Cidade de São Caetano do Sul para a Cidade de Barueri, ambas no Estado de São Paulo, com a finalidade de redução de custos na operacionalização dos negócios e de adequação da infra-estrutura necessária ao incremento das atividades da Sociedade, com instalações apropriadas à manutenção e contratação de funcionários que atuam no setor. Desse modo, o Artigo 2º do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte nova redação: “Artigo 2º - A Companhia tem sede e foro jurídico na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Rio Negro, n° 1105, 3° andar do Edifício Alpha Trade, Conjuntos 31 a 34, Sala A, CEP 06454913, podendo, por deliberação da Diretoria e satisfeitos os requisitos legais e regulamentares, abrir, transferir e/ou encerrar agências ou escritórios de representações e nomear correspondentes em qualquer parte do território nacional ou no exterior.”; e (b) os acionistas ainda esclarecem e ratificam que foi constituída Ouvidoria única, por intermédio do Banco Votorantim S.A., para o cumprimento das atribuições e responsabilidades previstas na Resolução nº 3.477, editada pelo Banco Central do Brasil em 26.07.2007. V. OBSERVAÇÕES FINAIS - a) O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra não havendo, todavia, nenhuma manifestação; b) Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais presentes. (aa) José Ermírio de Moraes Neto, Presidente; Milton Roberto Pereira, Secretário. p. Banco Votorantim S.A., Marcus Olyntho de Camargo Arruda e Milton Roberto Pereira; José Ermírio de Moraes Neto; Marcus Olyntho de Camargo Arruda e Wilson Masao Kuzuhara. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 25 de junho de 2008. MILTON ROBERTO PEREIRA - Secretário. Arquivado na JUCESP em 25.08.2008, sob nº 275.601/08-0. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Q

ualquer pessoa que esteja pronta para m o n t a r u m a m icroempresa também deve estar pronta para cometer erros – e aceitá-los. Não é ruim, se o empresário souber aprender com eles. Pode ser uma tragédia, se não houver algum planejamento. Erros são normais. Erros demais podem ser prenúncio do fim. Se você abre uma empresa individual, a probabilidade de erro pode ser maior, porque não há ninguém para colocar dúvidas, questionar posições, confrontar mesmo se necessário. Mas também é perigoso procurar um sócio pelos motivos errados. De acordo com Sérgio Diniz da Silva, consultor de orientação empresarial do Sebrae-SP, o primeiro equívoco é achar que a sociedade vai dar certo só pelo fato de seu parceiro ser um colega de faculdade, de profissão, um amigo ou parente. Os sócios devem ter conhecimentos complementares e ser escolhidos por suas qualidades profissionais. "Isso significa que, se um dos sócios entende de vendas, o ideal é que o outro seja craque em finanças. Se um é bom na teoria, o outro deveria conhecer bem a prática. Mas não é essa avaliação racional que costuma unir duas ou mais pessoas em torno de um negócio", diz o consultor. Abrir um negócio implica riscos, que podem ser maiores ou menores dependendo do tipo de atividade. Deixar de levar o risco em consideração pode ser um convite para muitos problemas na administração de um empreendimento. Inadimplência elevada, por exemplo, é um risco que deveria estar previsto em um plano de contingência. Pode-se, por exemplo, ficar um ou dois meses praticamente sem dinheiro em caixa. Ganhar mais num dia e perder no outro são situações comuns. Então, de nada adianta se desesperar a cada oscilação nas vendas ou com um pequeno aumento na inadimplência. Plano de negócios Para prever tudo (ou quase tudo) é preciso ter um plano de negócios. Segundo Sérgio Diniz, não há omissão mais grave para um iniciante no mundo dos negócios do que a falta de um completo plano antes de iniciar os investimentos. Especialistas como ele dizem que não é raro investidores acharem que para começar um novo empreendimento é só ter uma idéia, arrumar algum dinheiro, começar a tocar o projeto, com ou sem sócio, e depois tudo se resolve. "Para um empreendimento de sucesso – diz o professor José Lupolli, consultor do Provar - Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA) e professor de Marketing da USP Leste –, é preciso ter um nível de diferenciação que atraia clientes. Se o consumidor não vê diferença, ele compra pelo preço. E nisso, o pequeno empresário tem mais chances de perder”. Por isso, é necessário ter um plano de negócios. Quem não faz um plano detalhado geralmente fica sem conhecer por completo o mercado em que

A aventura de abrir uma empresa sem avaliar os riscos Sócios e capital inadequados, falta de um plano ou de flexibilidade, desconhecimento de mercado: tudo pode fazer naufragar os planos de uma pequena empresa Divulgação/Sebrae

Sérgio Diniz da Silva: sócios devem ter conhecimentos complementares e ser escolhidos por suas qualidades profissionais

pretende trabalhar. Inúmeros investidores não se informam adequadamente sobre a real demanda do produto ou do serviço que querem oferecer. Eles não sabem qual o perfil de cliente que desejam atingir nem como vai funcionar a empresa nos mínimos detalhes: da matéria-prima à entrega do produto ou serviço. Um plano que não tenha os detalhes de quem vai compor a diretoria, quantos e quem serão os empregados e os riscos potenciais do projeto também não está completo. "A falta de um levantamento financeiro criterioso pode esconder sua inviabilidade econômica", diz ele. Como é o seu mercado? Do mesmo modo, o conhecimento de mercado não pode ser deixado de lado. Conhecer o mercado significa mapear tudo o que se refere ao assunto, desde as características do produto ou serviço em questão (como giro, estoque, sazonalidade) e do cliente até os melhores pontos para instalar a em-

presa, os documentos necessários, os fornecedores e muitos outros pontos. Pesquisa teórica feita, muitas vezes o futuro empresário peca por não ir a campo conferir como funcionam as empresas do ramo e quais os principais problemas que elas enfrentam. É importantíssimo conhecê-los. Quem não faz esse tipo de levantamento, diz Sérgio, deixa de saber em quanto tempo se consegue o retorno do investimento e quais são os picos e os vales possíveis. Em todo esse plano é preciso deixar abertas saídas de emergência. Um plano de contingência funciona como a medi-

ESPECIAL - 9

cina preventiva. O empreendedor deve estar atento tanto ao mercado interno como o externo. "Este plano pode ser flexível, como por exemplo, não abandonar a idéia de montar uma loja de perfumes importados por causa da alta do dólar e partir para o outro segmento nacional. Ao contrário, precisa prever alternativas para o caso de haver uma mudança no câmbio, mesmo que o mercado não apresente sinais de desvalorização da moeda nacional", diz o consultor. Flexibilidade Ninguém é obrigado a continuar num caminho que vai dar em precipício só para não sair da rota traçada. Mas mudar de trajeto o tempo todo pode ser extremamente prejudicial para os negócios. Afinal, um projeto de empreendimento exige tempo e dedicação para dar certo. E mudar de idéia o tempo todo não parece ser o comportamento ideal. Alguns consultores acreditam que a diversificação é o caminho mais adequado para o negócio próprio. Outros, que o melhor é ter um foco bem definido. Mas ambas as correntes concordam em que, pelo menos no início, o ideal é ter um negócio pequeno e direcionado, com produtos inovadores dentro daquele nicho específico. Quanto investir? Os cálculos para saber o valor que um investidor precisará para iniciar o próprio empreendimento deveriam incluir, de acordo com Sérgio Diniz da Silva, além dos custos de abertura do estabelecimento propriamente dito, o capital de giro dos primeiros dois a três anos, tempo médio estimado para um negócio novo começar a dar lucro. Há casos em que o futuro empreendedor simplesmente não faz contas. Reúne capital próprio, de sócios, às vezes da família, e começa a ampliar sem critérios muito definidos. O dinheiro acaba no meio do caminho e muitas vezes não dá nem tempo de desistir do projeto, sob o risco de perder tudo o que já investiu. Segundo Sérgio, "esse tipo de empreendedor é muito comum no Brasil. Há ainda o empreendedor auto-suficiente em geral, faz mil contas, acha que sabe definir todos os custos do negócio, mas não busca informações consistentes no mercado. Normalmente, quando algo vai mal, não consegue identificar o problema e, normalmente esquece itens básicos como prever gastos para fazer uma reforma ou comprar o estoque inicial (que costuma chegar só depois de 60 dias, apesar de ser pago em 30 dias)". Para saber mais sobre como iniciar empresas de segmentos específicos, veja o site h t t p : / / w w w. s e b r a e s p . com .br/ Princ ipal/ Abri ndo seu negócio/ (LCA)

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e você é candidato a microempresário, não basta ter uma boa idéia na cabeça e algum capital. É preciso definir, estruturar, montar, gerir – tudo isso com um mínimo de técnica para evitar a morte prematura da empresa. Sérgio Diniz da Silva, consultor de orientação empresarial do Sebrae-SP, tem um roteiro. Melhor segui-lo: 1- Potenciais consumidores: Quais necessidades dos clientes serão atendidas pelos produtos / serviços? Quem comprará os produtos / serviços? Por quê? Onde estão localizados os potenciais clientes? Que nicho de mercado pretende explorar? Qual será o volume de compras dos clientes? Com que freqüência os clientes comprarão? Como influenciar na decisão de compra dos clientes? 2- Concorrentes: Quais são os meus concorrentes? Onde se localizam? Quais os pontos fortes e os pontos fracos dos concorrentes? Podem existir novos concorrentes no mercado que está explorando? Como fazer com que os clientes passem a comprar os meus produtos em vez de comprar nos concorrentes? 3- Sobre os fornecedores: Quais são os fornecedores? Onde se localizam? Como serão comprados os produtos para revender? Quais as condições de comercialização dos fornecedores? 4-Sobre os produtos ou serviços: Quais são os produtos / serviços a oferecer? Que quantidade de produtos deve estar disponível aos clientes? Qual é o mix de produtos que preciso disponibilizar? Como expor as mercadorias?

Como devo fazer a vitrine da minha loja? Quais são as técnicas de merchandising exigidas para o meu negócio? 5- Sobre a localização: Qual o ponto ideal para a instalação do negócio? Preciso me preocupar com o estacionamento para clientes? Existem aspectos legais que influenciam a localização? 6-Sobre pessoas e processos: Qual o perfil de pessoal para cada atividade do negócio? Como identificar e selecionar a equipe de trabalho? Quais processos deverão existir? Como funciona cada processo? 7- Sobre recursos materiais e tecnológicos: Quais são as máquinas / equipamentos necessários na abertura da empresa? Qual é o mobiliário adequado? Como identificar as tecnologias usadas na atividade? 8-Sobre os preços a serem praticados: Os preços dos produtos são competitivos no mercado? Na formação do preço de venda estão contempladas todas as despesas fixas e variáveis? Os preços praticados permitem que o negócio gere lucro? Quais as facilidades de pagamento exigidas pelos clientes? 9 Sobre os controles: Quais os gastos / despesas mensais existentes no negócio? Como controlar as contas a pagar e as contas a receber? 10- Sobre o investimento: Qual a previsão de gasto inicial? Qual o lucro líquido esperado? Em quanto tempo o investimento retornará? Como saber os resultados da empresa?

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

QUEM PREFERE LIQUIDEZ, PERDE EM RENTABILIDADE, QUE É AMIGA DO RISCO E INIMIGA DO CURTO PRAZO.

Para fugir de temporais é preciso combinar risco e liquidez, mas o mercado financeiro internacional preferiu abrir as velas e navegar. Dois livros recém-lançados nos EUA explicam como nasceu a crise e como fugir das armadilhas. Por Paulo Brito

OLAVO DE CARVALHO

È VENDAVAL! LINGÜÍSTICA (1) PSICOSE

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● Bailout: What the Rescue of Bear Stearns and the Credit Crisis Mean for Your Investments, de John Waggoner ● Prentice Hall, 196 páginas, US$ 24,95 ● The Subprime Solution: How Today's Global Financial Crisis Happened, and What to Do about It

uem trabalha no mercado financeiro, especialmente quem está nas mesas de operação, vive tenso: ali que se compra e se vende o que os clientes ou a instituição operadora indicam, com base em tendências, desejos, suspeitas, informações privilegiadas ou não e toda sorte de elementos capazes de influenciar as decisões dos compradores e vendedores. Tanto uns quanto outros procuram simplesmente ganhar o máximo ou perder o mínimo e todos acham que estão decidindo certo. Quando uma operação dá errado, o desastre atinge toda a cadeia de indivíduos envolvidos nela. Dar errado, neste caso, significa que os resultados estão aquém, muito aquém do esperado – são frustrantes, decepcionantes, e podem ser resumidos na palavra perda. A crise do mercado financeiro norte-americano já provocou o lançamento de dúzias de livros, cujos autores procuram explicar a dinâmica desse tipo de problema - as grandes perdas do mercado - ou a suposta solução para quem quer evitá-lo (ou ambos). John Waggoner, colunista de investimentos do jornal USA Today, está no terceiro caso: ao escrever Bailout: What the Rescue of Bear Stearns and the Credit Crisis Mean for Your Investments ( Pre nt i ce Hall, 196 páginas, US$ 24,95), fez também uma descrição bastante detalhada das razões que levaram o banco de investimentos Bear Stearns a quebrar. Ou, na linguagem do mundo financeiro, derreter. Ou virar pó, se você preferir, já que em pouco mais de uma semana o valor dessas

ações, que faziam dele o quinto maior banco de investimentos americano, desabou de um patamar de US$ 70 para apenas US$ 2 (dois dólares), preço oferecido pelo JP Morgan para comprá-lo. O dinheiro não paga um quinto do valor do prédio da empresa na Madison Avenue, em Manhattan. Apenas para restaurar um mínimo de dignidade ao banco falecido a oferta foi elevada para US$ 10 por ação. O Bear Stearns virou pó porque não tinha garantias para conseguir crédito de curto prazo, que é o feijão-com-arroz da vida bancária, atualmente. E o que o autor traz para seus leitores é uma receita daquilo que ele considera o mix perfeito de investimentos, capaz de proteger a todos no longo prazo.

A

questão fundamental é definir o que seja seguro, perfeito. Wagonner propõe uma mistura que inclui imóveis, títulos, bônus, ações, mas nem ele nem qualquer outro conselheiro do mundo das finanças será capaz de chegar à mistura perfeita, porque ela não existe. Ainda que a receita seja tida como à prova de temporais, é preciso lembrar que qualquer combinação de valores está sujeita às variáveis risco, liquidez, prazo e rentabilidade, que nunca se compõem 100% a favor do investidor. Nunca. Quem dá preferência à liquidez, com certeza perde em rentabilidade, que por sua vez é amiga do risco e inimiga do curto prazo.

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uando decidiam armar embarcações e enviá-las ao Oriente ou ao desconhecido, os comerciantes da antiguidade gastavam grandes somas de dinheiro e corriam o enorme risco de perder tudo ou quase tudo: não havia garantias de que a frota retornasse ao porto. Mas quando voltava cheia de mercadorias, era uma festa para os bolsos e para os cofres, todos enriqueciam, dos comerciantes aos marujos, e é assim que os bons investimentos funcionam até hoje: são aplicados em empreendimentos que podem dar retorno concreto e remunerar quem apostou neles. No caso das navegações, alto risco, longo prazo, baixa liquidez, alta rentabilidade. Em The Subprime Solution: How Today's Global Financial Crisis Happened, and What to Do about It (Princeton, 196 páginas, US$ 16,95) , Robert J. Shiller traz boas explicações para o que aconteceu no mercado imobiliário americano. Ao invés de apenas gráficos e tabelas acompanhando análises financeiras, Schiller faz uma análise do comportamento do investidor de seu país nas últimas décadas e conclui que ele perdeu o juízo em busca do investimento perfeito baixo risco, curto prazo, alta liquidez, alta rentabilidade. Como professor de Economia em Yale, claro que ele traz uma proposta para o país fugir das armadilhas que estão se formando no mercado, e diz que o Congresso tem perdido várias oportuni-

dades de agir com propriedade. Neste momento - Shiller alerta várias condições estão se deteriorando e é possível que a crise piore, ainda que não chegue ao que foi a da década de 30, depois da quebra da Bolsa em 1929, quando nada menos do que 9 mil bancos desapareceram. Schiller tem certeza de que o governo deve intervir nos mercados com a intensidade adotada na implantação do New Deal, o que pode envolver a criação de mecanismos capazes de proteger os mutuários do sistema de habitação e mesmo a redução de impostos durante os próximos anos – um desses mecanismos pode ser um seguro contra oscilações extraordinárias do mercado.

O

que aconteceu, explica ele, é que ao longo de várias décadas a população americana enriqueceu, tornando-se uma população de investidores - muita, muita gente vendo, aproveitando e disputando oportunidades, na expectativa de lucrar o máximo, como esperam os operadores da mesa. É isso o que fazia uma casa em San Francisco ser anunciada por 800 mil dólares e ser arrematada por US$ 1,2 milhão 20 dias depois, disputada por famílias de classe média. Quando os preços caem, os compradores da casa ficam com uma dívida enorme e uma casa desvalorizada. Mas o banco só fica com um crédito sem garantia. O mico perfeito. PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS

● Princeton, 196 pags, US$ 16,95

O

mesmo sintoma que revelaria a doença ao médico tarimbado pode torná-la invisível aos olhos do paciente, que por isso mesmo não consegue descrever com clareza o que sente e acaba colocando o médico na pista errada. Fenômeno idêntico acontece na sociedade humana, quando a deterioração da linguagem, que manifesta uma perda geral de consciência, torna essa perda tanto mais grave quanto mais vão desaparecendo os meios lingüísticos aptos a diagnosticá-la e corrigi-la. A mera degradação intelectual evolui assim rapidamente para um estado de psicose social, onde aquilo que se diz vai se afastando cada vez mais daquilo que se conhece na experiência, até que se chega àquele estado de ruptura completa no qual os fatos reais, encobertos sob construções imaginárias hipnóticas, se tornam definitivamente imperceptíveis. Tomemos um exemplo banal, mas revelador pela sua tipicidade mesma. Leiam este parágrafo do jovem "teórico gay” Deco Ribeiro, tido nos meios homossexuais como uma espécie de líder intelectual: “Pedofilia é um desejo e não existe polícia de pensamento ainda. O crime ocorre quando o indivíduo sai do pensamento e parte para a prática. Crime de pedofilia é coisa de jornalista. Mau jornalista. Ou jornalista f. da p.” (ht tp : // ww w.e -j ove m. com /tema25.html#adolescentes). Com toda a evidência, a distinção usual entre “pedofilia” e “crime de pedofilia” visa a assinalar a mesma diferença que aí se enfatiza entre o mero desejo e a ação. Se a segunda expressão for suprimida, o termo “pedofilia” terá de ser usado para designar as duas coisas, provocando automaticamente aquilo mesmo que o rapaz desejaria evitar: a criminalização do desejo. Se alguém quer impedir que um pensamento seja tido por crime, não pode, no mesmo ato, protestar contra a existência de termos diferentes para designar o pensamento e o crime que o realiza. A percepção disso deveria ser instantânea e intuitiva em qualquer pessoa alfabetizada, mas hoje ela escapa por completo a um formador de opinião e à massa de seus leitores universitários. Estes não entendem o que lêem, aquele não entende o que escreve.

M Com dinheiro farto na mão, o investidor queria baixo risco, curto prazo, alta liquidez e alta rentabilidade. Era o investimento perfeito .

as a confusão aí manifesta tem uma segunda camada mais profunda. Se determinado ato é crime, é preciso reprimir não somente o ato mas também o desejo de cometê-lo. A primeira modalidade de repressão cabe à polícia, a segunda à cultura, da qual o jornalismo, a educação e o show business são as expressões mais populares. O Código Penal absorve essa distinção, tornando crime a mera apologia do ato criminoso. Se a cultura popular permite ou fomenta o desejo de prati-

● A linguagem

transformou-se numa placa de chumbo entre percepção e realidade. É impossível a discussão séria do que quer que seja.

car determinado crime que a polícia ao mesmo tempo reprime, fica declarada a guerra entre a cultura e a polícia, uma guerra que os policiais acabarão perdendo, pois sua mente é formada pela mesma cultura que os envolve e nenhum deles é um gênio capaz de se desaculturar a si próprio. No parágrafo que estou examinando, a expressão polícia de pensamento aparece usada de maneira ambígua. Uma coisa é prender as pessoas por delito de opinião. A livre expressão de um desejo é algo mais que mera opinião e infinitamente mais do que um pensamento inexpresso – é um convite aberto, uma incitação ao ato correspondente. É portanto apologia do crime.

O

sr. Luiz Mott, por exemplo, incorre nela quando erotiza em público a imagem de um bebê pelado. Mas Deco Ribeiro não se revolta apenas contra a punição que a polícia impõe à apologia do crime. Ele abomina, na verdade, o que quer que se diga contra a pedofilia, mesmo quando se diz com toda a moderação possível, tal como acontece na distinção entre pedofilia e crime de pedofilia. Se até essa polida distinção deve ser abominada como polícia de pensamento, então é claro que qualquer expressão pública de repulsa à pedofilia é um horror nazista. Tal é o sentimento real que o parágrafo citado veicula, mas, como esse sentimento é indecente e sua expressão direta é apologia do crime, Deco Ribeiro vê-se instintivamente forçado a camuflá-lo sob uma construção verbal postiça cuja autocontradição primária revela ao observador atento a própria má intenção que ela pretendia ocultar do público em geral. Esse episódio é miúdo porém típico: ele ilustra com clareza didática o tipo de estrutura verbal que se tornou dominante em todos os debates públicos neste país (e que vai se disseminando rapidamente em países mais cultos), erigindo a linguagem como uma placa de chumbo entre percepção e realidade e tornando absolutamente impossível a discussão séria do que quer que seja. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA.

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Babu/Reuters

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cientistas descobriram ontem um cemitério construído há 2 mil anos na aldeia de Siruthavur, na Índia, com 300 tumbas.

18 Dia Nacional da Televisão

SETEMBRO

T ECNOLOGIA C ONSUMO

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Eleições livres

C A R T A Z

A CONTRA OS LADRÕEZINHOS DE GELADEIRA DO ESCRITÓRIO

s urnas eletrônicas que serão usadas no pleito de 2008, que escolhe os novos prefeitos e vereadores de todo o Brasil, inauguram o uso de sistema operacional Linux e, em três municípios escolhidos para teste, também o recurso da biometria para identificação do eleitor. As iniciativas fazem parte da estratégia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de "melhorar a

segurança e a transparência do processo", segundo Giuseppe Dutra Janino, secretário de tecnologia da informação do TSE. Segundo ele, "há várias campanhas no sentido de macular esse processo", mas, nos 12 anos em que o Brasil se utiliza de urnas eletrônicas, "nenhuma fraude foi comprovada", afirmou. A substituição dos sistemas operacionais VirtuOS e Windows CE pelo Linux em 100%

das 480 mil urnas do País é econômica, porque o TSE não terá de comprar licenças dos antigos sistemas proprietários. Outra vantagem da escolha do Linux, segundo Janino, "é a transparência do processo". Com os antigos sistemas, o TSE tinha dificuldade em abrir os códigos de programação das urnas a entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e aos partidos políticos.

Claro Cortes IV/Reuters

VISUAIS

Sistema operacional Linux, gratuito, será usado nas urnas este ano

Exposição 'É no ínfimo que eu vejo a exuberância' exibe fotografias do artista Formiga que dão novos sentidos aos objetos. Reserva Cultural, Av. Paulista, 900, térreo baixo. Grátis.

Este saquinho de sanduíche não tem anda de anormal, exceto o sortimento gratuito de cultura de bolor verde. A proposta é manter qualquer um de seus colegas de escritório afastados de seu delicioso sanduíche da hora do almoço ou do lanche. Nem o mais faminto ladrão vai se aproximar

dessa nojenta gororoba verde que cobre o sanduíche. E você poderá deliciar-se à vontade, já que o bolor não passa de um efeito colorido na própria embalagem. Criação dos designers da Sherwood Forlee.

A LEMANHA

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Concurso 863 da LOTOMANIA

Só falta o bilhete único

Nós não queremos mais o Ronaldo

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Um petshop da cidade de Beelitz, próximo a Berlim, criou um serviço de ônibus que busca e traz de volta animais que não podem ficar sozinhos em casa ou cujo dono está saindo de viagem. Com cabines climatizadas e janelas individuais, o Pfötchen-Express (expresso das patinhas, em tradução livre) leva e traz diariamente cães e gatos para a creche canina Pfötchenhotel. Os bichos são recolhidos pela manhã e entregues aos seus donos de noite. O pacote custa 14,99 euros por dia, incluindo, transporte alimentação, banho de piscina e escolinha.

O Manchester City desmentiu ontem boatos de que estaria negociando com o jogador brasileiro Ronaldo. Segundo comunicado do clube, embora houvesse interesse no passado em contratar o craque brasileiro, a situação mudou. O jornal britânico Guardian reproduziu uma frase do jogador sobre a suposta negociação. "Eles querem se tornar o melhor clube do mundo, e sinto que posso ajudar", teria declarado o jogador, interessado em se juntar aos brasileiros Robinho, Elano e Glauber Berti.

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L OTERIAS

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O FIM DA FESTA - Chineses realizaram ontem a cerimônia de encerramento das Paraolimpíadas de Pequim 2008 no estádio Ninho de Pássaro. O Brasil encerrou os Jogos com 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, entre os 10 melhores colocados.

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ODEIO GENTE!

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uma espécie de convite ao consumidor para adotar uma vida mais ativa. A etiqueta foi transformada com o uso de fotografias que mostram pessoas praticando esportes radicais. Cada chá tem uma imagem diferente para instigar os consumidores.

Reproduções

Artista transforma obras clássicas retirando delas todas as figuras humanas

Saúde que vem em saquinhos de chá A agência de publicidade multinacional foi a responsável por essa propaganda para divulgar um chá exclusivo da rede de restaurantes The House Cafe. O chás da rede se autodenominam saudáveis e a proposta foi transformar aquela etiqueta sem graça dos saquinhos de chá em

Concurso 1005 da MEGA-SENA

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Anunciação, de Fra Angélico, na versão original e na leitura de Ballester

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rincadeiras à parte, o artista plástico, pintor, fotógrafo e escultor espanhol José Manuel Ballester está se tornando famoso por uma exposição em Madri que mostra uma série de fotografias digitais em que ele transforma obrasprimas da pintura expostas no Museu do Prado retirando delas todas as figuras humanas (e também os animais). O efeito é curioso e o trabalho de retoque, detalhista ao extremo. É impossível dizer que os cenários pintados eram "habitados". Em outros trabalhos expostos em seu site o artista retrata pessoas. www.josemanuelballester.com

A TÉ LOGO

Paisagem invernal, de Pieter Brueghel

História de Nastagio degli Onesti, de Botticelli

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Denúncia anônima por derrubada de duas árvores no Parque Antártica revolta a diretoria do Palmeiras

Federação Paulista de Futebol tem sede com heliponto mas deve mais de R$ 48 mil ao governo federal

Fiocruz começa a produzir Efavirenz e estuda produção de outros remédios do programa antiaids


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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De olho em 2010, Dilma Rousseff quer melhorar a imagem: caminhadas matinais, dieta de proteínas e futuro corte de cabelos.

gibaum@gibaum.com.br

MAIS: antes do final do ano, faz cirurgia de olhos para se livrar dos óculos. Vestido no lugar do terninho ainda é indecisão.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008 Milton Mansilha/LUZ - 21.11.05

3 Vai voltar o glamour dos velórios. É a última festa do falecido. Por Gays e celebridades MILENA ROMANO // dona da “primeira casa funerária de luxo” de São Paulo, onde um velório com champanhe francês pode custar R$ 40 mil. Fotos: PaulaLima /Divulgação

Dois anos depois de serem denunciados à Justiça, os principais acusados da máfia das ambulâncias continuam em liberdade e só alguns tiveram bens bloqueados. Luis Antonio VerdoincursaDireitoemCuiabá; seu pai, Darci José, e a irmã, Alessandra, trabalham em empresas da família; o exdeputado Lino Rossi (PP-MT) voltou à seu programade rádio; o ex-deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) virou assessor em Brasília, casou de novo e é subchefe da Casa Civil do governo de Rondônia. A Operação Sanguessugarevelou queaPlanam,dafamíliaVerdoin, comandava umesquemade venda superfaturadadeambulânciaspara prefeituras eONGs de todooBrasil, contandocomaajudade parlamentares.Em troca,pagaram R$ 9,4 milhões em propinas.

NOVATÁTICA Depois de dar aula de pompoarismo, strip-tease e dança do poste para as mulheres (especialmente, as casadas, com a intenção de reaquecer seus maridos), em suas casas ou em salas reservadas de sex shops de São Paulo e Rio, as chamadas personal sex trainers, diante da importância da área, estão ensinando uma nova dança. As alunas dançam de frente para a parede, exibindo, safadinhas, o derrière rebolativoparaoparceiro.

Jantar do Século Dia 3 de novembro, no Grand Hyatt, em São Paulo, a revista Prazeres da Mesa e o Senac-SP, comandado por Luiz Salgado (gestão de Abram Szajman da Federação do Comércio de São Paulo) promovem o Jantar do Século, com a presença de Ferran Adrià, dono do restaurante espanhol El Bulli e mais 15 chefs da Espanha. Serão 80 lugares, leiloados por um mínimo de R$ 5 mil por convidado, com renda revertida a entidades beneficentes. No cardápio, 15 pratos mostrarão o melhor das tendências gastronômicas mundiais criadas por mestres da cozinha.

O OUTRO LADO O Governo Federal não tem a menor idéia de quando ou quanto arrecadará das novas reservas de petróleo na camada do pré-sal e já assiste a guerra dos Estados na disputa dos royalties . Enquanto isso, 60% dos recursos globais autorizados em orçamento oriundos de fonte de “compensação financeira por exploração de petróleo ou gás natural” ainda não foram aplicados pelos governos federal e estaduais. Dos R$ 24 bilhões previstos para este ano, só foram gastos R$ 9,7 bilhões até agora. Do volume previsto para uso exclusivo do governo federal, R$ 8,9 milhões, pouco mas de R$ 7 bilhões (79%) estão congelados na reserva de contingência , que ajuda anualmente nas metas do superávit primário.

Considerado um dos históricos restaurantes de São Paulo, o Gigetto está comemorando seus 70 anos. Do final dos anos 50 ao início dos anos 90, nos tempos em que ficava na rua Nestor Pestana, no velho centro da cidade (hoje, está na rua Avanhandava), em frente ao Teatro de Cultura Artística, onde funcionou também a extinta TV Excelsior, o Gigetto era ponto de reunião obrigatória, todas as noites, da classe artística. Gente de teatro, televisão e cinema jantavam lá e esta semana, teve uma noitada de reencontro. Entre tantos, estavam, lá, da esquerda para a direita, Anselmo Duarte, Elisa e o maestro Diogo Pacheco, Vida Alves e Etty Frazer.

Gigetto, 70 anos

Sigilosos destruídos

A Abin – Agência Brasileira de Inteligência – realiza hoje licitação, através de pregão eletrônico, no valor de R$ 641 mil, para a aquisição de fragmentadores de papéis e CDs, a fim de suprir a agência e suas superintendências estaduais, com a finalidade de destruição de documentos sigilosos. Entre as características mínimas exigidas estão: corte em partículas, sensor de acionamento eletrônico, proteção para cesto cheio, abertura que impeça contato dos dedos, capacidade de fragmentação de, no mínimo, 15 folhas simultâneas e tempo de uso contínuo de, no mínimo, 15 minutos. Ou seja: haja papel!.

Famosos de cera

O museu britânico Madame Tussauds, em Londres, tem filiais em Paris, Nova York, Hong Kong, Las Vegas Amsterdã, Hollywood e Berlim (acaba de ser inaugurado) e seu grande segredo sempre foi a renovação de suas figuras de cera, réplicas perfeitas de celebridades mundiais. Agora, em sua nova safra, está exibindo famosos dos últimos tempos: da esquerda para a direita, Victoria e David Beckham, Jennifer Lopez (de perfil, exibindo sua aplaudida área), Paris Hilton e Britney Spears, além de Madonna, Angelina Jolie e Brad Pitt, Cameron Diaz e até o presidente George W. Busch.

Festivaldebens A área de atuação de Oscar Maroni Filho, dono do Bahamas, que já foi preso, responde por processos de exploração do lenocínio e é candidato a vereador em São Paulo, pelo PTdoB, é das mais rentáveis, a se julgar pela declaração de bens que ele apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral. Entre vários prédios, terrenos, fazendas, carrões, dinheiro aplicado, dinheiro em conta corrente e participação em várias empresas, o volume total de bens de Oscar Maroni Filho alcança nada menos do que R$ 76,6 milhões. Detalhe: ele participa da coligação Tostão contra Milhão.

0 IN

Estilo Bonequinha de Luxo.

0

Numa nice

OUT

Estilo tribal exagerado.

Lula na lista Aediçãodeoutubroda revista Esquire vai publicar a lista das 75 pessoas mais influentes do mundo no século 21 e inclui o candidato à Casa Branca, Barack Obama, que divide uma mesma página com o presidente Lula. De inclinação pró-democrata, a Esquire não inclui na lista o candidato republicano John McCain. A publicação dedica um texto de elogios a Lula: diz que o Brasil “tem petróleo, tem muito açúcar, tem muito álcool de cana-de-açúcar” e “tem Lula”. Fala de sua popularidade “apesar dos escândalos”, que acabaram lhe valendo “o apelido de Teflon” (nada gruda nele). E diz que Lula, “carismático, nos lembra de alguém bem familiar: Bill Clinton”. Clinton e Hillary, claro, também estão na lista, onde constam, entre outros, Rupert Murdoch, Vladimir Putin, Marc Jacobs e Will Smith.

A nova edição do livro SociedadeBrasileira, coordenada, por décadas, por Helena Gondim e lançada, esta semana,noCopacabanaPalace, por suairmãe sucessora,Lourdes Catão,apresenta tambémcasais gays, oficialmente unidos, como Gilberto Braga e Edgard Moura, entre outros. E até abre espaço para novas celebridades nacionais,comoamodeloDaniela Sarahyba, se bem que, agora, ela é casada com Wolf Klabin. Setentona, Lourdes Catão, uma das grandes socialites brasileiras entres os anos 60 e início dos 90, a propósito, não poderia estar em melhor forma.

PALESTRANTE O delegado Protógenes Queiróz, afastado da Operação Satiagraha, é o novo palestrante da praça. E só fala de um único tema: “Corrupção no Brasil”. Esta semana, deu uma palestra em Porto Alegre, a convite de Luciana Genro, deputada e candidata à prefeitura de lá pelo PSOL. Dessa vez, não cobrou, mas seu cachê habitual está estimado em R$ 5 mil, fora despesas.

MISTURA FINA COM A CRISE financeira que assola os Estados Unidos e seu efeito em grandes instituições de lá, agora o mundo inteiro está de olho no Goldman Sachs. AGORA É que o ministro Mangabeira Unger vai resplandecer: a Presidência da República autorizou verba de R$ 29,4 mil para a confecção de placa, em letras douradas, da sua Secretaria de Assuntos Estratégicos, ligada à própria Presidência. MARIA ESTELA Kubitschek Lopes está se dedicando a novo livro, onde pretende saldar uma dívida com a memória do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Quer deixar registrado os momentos vividos pela família no exílio e à época da cassação. Nada de política ou acusações: “Será um relato de lembranças e emoções”. A ABIN informa que as atividades desenvolvidas por seus oficiais e agentes de inteligência são incompatíveis com as deficiências físicas. Mas, mesmo assim, o Ministério Público Federal acaba de ajuizar ação civil pública contra a agência que, em seu novo concurso para preenchimento de 160 vagas, não reservou nenhuma à portadores de qualquer tipo de deficiência, como manda a lei. DEPOIS DAS acusações dos tablóides sensacionalistasde Nova York, garantindo que Sarah Palin, candidata a vice na chapa de John McCain, já havia traído o marido Todd (eles estão processandoosjornais),agora, os democratas foram descobrir que, quando governadora do Alasca, ela comprou uma cama de bronzeamento artificial, que instalou em sua casa, por US$ 30 mil. O DIRETOR Walter Salles já tem engatilhado seu novo projeto: vai filmar On the road , baseado no famoso livro de Jack Kerouac, em 1957, com produção de Francis Ford Coppola. O livro é considerado uma espécie de bíblia da geração beat .

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Aníbal: "Acordo é a regra de ouro do Parlamento com Executivo"

Lei do Turismo cria atrito entre Planalto e deputados

C

om um veto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem a Lei Geral do Turismo provocando uma reação na Câmara dos Deputados. É que o projeto foi aprovado por meio de acordo que envolveu oposição e governistas. A quebra deste acordo poderá se transformar em mais um ponto de atrito entre governo e Legislativo na retomada das votações em outubro, após as eleições. O PSDB, imediatamente, começou a articular a derrubada do veto e ameaça obstruir as votações do plenário a partir de 7 de outubro, se o veto não for analisado. O líder tucano na Câmara, José Aníbal (SP), reclamou com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e discursou no plenário. "Registro de maneira veemente que realmente houve o descumprimento de um acordo, e acordo é a regra de ouro do Parlamento e da sua relação com o Executivo", afirmou. O líder do PSDB ressaltou que as votações na Casa de-

pendem de uma "convivência saudável" entre as forças políticas. "Se tivermos um ambiente envenenado pelo não cumprimento de acordo feito na Casa entre parlamento e governo, será ruim", alertou, defendendo a votação do veto do presidente Lula. "Estamos dispostos a aceitar todas as iniciativas que possam resolver essa situação (do veto). O procedimento mais objetivo é trazer esse veto a plenário e derrubá-lo porque ele é um desafio ao entendimento produzido dentro da Casa, e em seguida continuar os trabalhos", propôs. O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), um dos articuladores da votação e da aprovação do projeto no Congresso deixou a solenidade de sanção da lei pelo presidente, ontem, no Palácio do Planalto, no meio da cerimônia, assim que o veto foi anunciado, em uma manifestação pública de protesto. "Fiquei indignado porque houve um acordo que não foi cumprido", protestou Leite. (AE) Folha Imagem

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que não fazer uma despedida alegre?

✭ 1933 ✟ 2008

Lourenço Diaféria: civismo incompreendido o levou à prisão

Morre Diaféria, o cronista 'empinador de estrela' Jornalista, de 75 anos, não resistiu a um infarte

O

cronista e jornalista Lourenço Diaféria, de 75 anos, morreu na noite de terça-feira em sua casa, em São Paulo, em decorrência de problemas cardíacos. Diaféria apresentava problemas de saúde há cerca de um ano e não resistiu ao enfarte. O corpo foi velado no cemitério Getsêmani, no Morumbi, zona sul, e sepultado à tarde. Sua carreira jornalística começou em 1956 na "Folha da Manhã" (hoje "Folha de S.Paulo") e estreou como cronista em 1964. Permaneceu na Folha até 1977, quando foi preso pelo regime militar pelo conteúdo de uma crônica que foi considerada ofensiva às Forças Armadas. Ele referiu-se ao patrono do Exército, Duque de Caxias, ao ver um soldado PM de Brasília ser devorado por ariranhas em um zoológico, quando tentava salvar uma criança. Indignado, ele lamentou que enquanto mendigos fa-

ziam xixi e cocô aos pés da estátua de Duque de Caxias, em São Paulo, os verdadeiros heróis da pátria – no caso, o soldado, no zoológico – morriam defendendo o povo. Preso no DOI-Codi, Diaféria dedicou-se à leitura de "A cidade de Deus", de Santo Agostinho, e da 'Bíblia". Para os amigos, nenhuma novidade: ele era um católico fervoroso. Seu outro fervor era pelo Corinthians, ao qual dedicou um livro. Escreveu também para o "Jornal da Tarde", "Diário Popular" e "Diário do Grande ABC", além das rádios Excelsior, Gazeta, Record, Bandeirantes e TV Globo. Entre suas obras estão "Um Gato na Terra do Tamborim", "Circo dos Cavalões", "A Morte Sem Colete", "O Empinador de Estrela", "Papéis Íntimos de Um Ex-boy Assumido" e "Mesmo a Noite Sem Luar Tem Lua". O jornalista deixa viúva Geiza Diaféria, 62, cinco filhos e três netos. (Agências)


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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Política Jobim defende

5 Sérgio Lima/Folha Imagem

Fortunato: Abin disponibilizou uma média de oito servidores para colaboração com a Polícia Federal na Satiagraha.

Jamil Bittar/Reuters

punição para quem divulga escutas

Em depoimento à CPI, ministro disse que aparelhos do Exército fazem 'varredura'

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem, em depoimento à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara, punição não só para quem faz escuta ilegal, mas também para quem divulga seu conteúdo. "Os senhores devem pensar não só no apenamento do interceptador ilícito, como também no apenamento de quem divulgou essa interceptação", afirmou.

Temos hoje um abuso, uma facilitação para as interceptações. O Congresso pode avançar para punir quem se envolveu com isso. Nelson Jobim De acordo com o ministro, as interceptações telefônicas estão ocorrendo de forma indiscriminada e exigem punições rigorosas, a partir, inclusive, de adequações legislativas. "O que temos hoje é um abuso, uma facilitação para as interceptações. O Congresso pode avançar para que haja meios para uma responsabilização dura de quem se envolveu com isso", defendeu o ministro da Defesa.

Ao falar das denúncias de que agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam feito grampo contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Jobim ressaltou que a Constituição não autoriza a prática em nenhuma hipótese ao órgão de inteligência, mas apenas a órgãos que servem para investigação criminal ou instrução processual penal. O serviço de inteligência do Exército, segundo o ministro, possui instrumentos de "varredura", que servem apenas para identificar a ocorrência de grampos. Dúvida – Em pouco mais de três horas de depoimento, Jobim não sustentou, de forma clara, que a Abin tenha equipamentos capazes de fazer escutas telefônicas. Ele disse que essa informação lhe foi passada por fontes do Exército, mas ainda precisa ser comprovada por laudos técnicos. Jobim entregou à CPI apenas descrições dos equipamentos, retiradas de páginas da internet, sendo que em uma delas há alusão à capacidade

de interceptações. A postura cautelosa de Jobim, entretanto, foi interpretada de outra forma pelo presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). "Tenho certeza de que o ministro está convicto de que a Abin possui equipamentos de interceptação. O ministro Jobim tem muitos anos de janela e sabe o que está dizendo. Eu não tenho dúvida de que ele vai comprovar, porque as perícias dirão", afirmou Itagiba. A CPI encaminhou ao ministro um requerimento de informações solicitando uma listagem de todos os equipamentos comprados pelo Exército nos Estados Unidos, a pedido da

Tenho certeza de que Jobim está convicto de que a Abin possui equipamentos de interceptação. O ministro sabe o que está dizendo. Marcelo Itagiba Abin. Os aparelhos, segundo Itagiba, serão periciados por uma equipe de especialistas da Unicamp. Contradição –O diretor-geral afastado da Abin, Paulo Lacerda, negou ontem que houve contradição em depoimentos

Celso Junior/AE

Para a CPI, depoimento de Jobim (acima) não esclareceu sobre a existência de equipamentos na Abin com capacidade de realizar grampos; Lacerda (ao lado) disse que não há provas de que grampos foram feitos pela Abin

sobre número de agentes do órgão que teriam participado da Operação Satiagraha, segundo informações da Agência Senado. "Acho que não há contradição nos depoimentos dados sobre essa questão, mas apenas confusão. Pode ter havido a participação de 52 ou 56 pessoas de forma pontual, mas apenas algumas pessoas atuaram de forma permanente", disse. Lacerda prestou depoimento na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteli-

gência do Congresso. Já o ex-diretor do Departamento de Contra-Inteligência, da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, relatou aos parlamentares que a Abin disponibilizou uma média de oito servidores para colaboração com a Polícia Federal na Satiagraha. Ele negou a informação de que tenha havido mais de 50 pessoas contribuindo, ao mesmo tempo, com a operação. Sobre as denúncias de escutas telefônicas de autoridades, Lacerda voltou a afirmar que

não há provas de que a Abin tenha efetuado tais grampos. Na discussão, os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Álvaro Dias (PSDB-PR) lembraram matérias publicadas pela revista "Veja" com o conteúdo das escutas. Em resposta, Lacerda questionou o fato de a revista não ter apresentado as gravações às autoridades competentes, para confirmar a responsabilidade dos grampos. Está em curso um inquérito para identificar quem fez a escuta. (AE)


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Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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BICHARADA MUDA DE ESTRATO SOCIAL

por cento foi o índice de inadimplência no mês de agosto. Varejo deve ficar mais seletivo com crédito.

Sinal de alerta no varejo: sobe a inadimplência O índice atingiu 6,7% em agosto e deve fazer o comércio ser mais rigoroso na concessão de crédito Mário Tonocchi

P

esquisas semestrais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) sobre o perfil do inadimplente mostram que a maioria dos devedores é formada por homens com idade entre 31 e 40 anos, salário maior que R$ 761 e dívidas totais médias de R$ 1.163,66. A maioria pára de pagar as contas porque perde o emprego, mas garante que quita as dívidas em até 30 dias, cortando gastos e com o próprio salário. Esse perfil, identificado na última análise de março deste ano, deve ser repetir no segundo levantamento do ano, em setembro. "O perfil do inadimplente se mantém já há algum tempo. São pessoas com índice de endividamento muito alto que possuem um grande número de consultas no cadastro de análise de risco de crédito. Essa é uma informação importante para o varejista administrar perdas na carteira com a inadimplência", diz Roseli Garcia, superintendente de Produtos e Serviços da ACSP. Hoje, é preciso lançar mão de todos os instrumentos para apoio à tomada de decisão de crédito, completa a superintendente. A inadimplência já é considerada como fator importante

Leonardo Rodrigues / e-Sim

Perfil: inadimplente tem alto endividamento e muitas consultas

para a venda a crédito. De acordo com o economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da ACSP, a taxa líquida – resultado da diminuição dos registros recebidos pelos cancelados divididos pelo número de consultas dos últimos três meses –, índice de pessoas inscritas na lista por falta de pagamento, apresenta alta desde 2004. Em agosto daquele ano chegou a 3,9%, passou para 4,7%

em igual mês de 2005, batendo 5,6% em 2006 até chegar a 5,84% no ano passado. Agosto deste ano marcou 6,7%. "Consideramos sinal verde para o crédito até o limite de inadimplência de 5%. Acima disso, até 10%, e já estamos nesse patamar, temos o sinal de alerta, amarelo. Acima, temos o sinal vermelho – onde os índices podem chegar a até 20% – como aconteceu na grande crise de 1998-1999, quando

muita gente quebrou. Entre as providências a serem tomadas agora para ceder o crédito é realizar uma análise cadastral mais apurada", observou. O maior fornecedor de crédito nos últimos anos, o setor de veículos, no entanto, já começa a viver dicotomias dentro dos processos de financiamento. De acordo com o analista de mercado da consultoria Molicar, Vitor Meizikas, principalmente os bancos das montadoras mantêm o objetivo de disputar os consumidores que ainda não compraram veículos zero quilômetro em longas prestações. "Hoje, estão sobrando carros nas concessionárias. Para vender esse excedente, as montadoras trabalham com mensalidades em torno de R$ 300, manipulando juros, quantidade de prestações. Isso ainda mantém os prazos entre 60 e 72 meses", disse Meizikos. Para o consultor, os prazos devem permanecer longos pelos menos até o segundo semestre do ano que vem, quando a produção de veículos já estiver enquadrada na demanda. Já as financeiras de bancos desvinculadas das montadoras se não reduziram os prazos, estão muito mais exigentes para conceder o crédito. Com isso, o prazo médio de financiamento caiu de 42 para 40 meses.

30% dos pesquisados consideram seus animais parte da família

Animais chegam à classe média e são bons 'consumidores' Produtores do setor faturaram US$ 4,1 bi em 2007 Fotos: Fábio D'Castro / Hype

Paula Cunha

O

setor de produtos e serviços para animais de estimação deve faturar US$ 5,3 bilhões em 2008 ante US$ 4,1 bilhões em 2007. A expectativa baseia-se no crescimento do poder aquisitivo da população, que gerou um fenômeno de ascensão social também para os pets. Um milhão deles passaram da classe D para a C junto com seus donos e agora consomem ração de melhor qualidade e visitam o veterinário com mais freqüência. Pesquisa realizada neste ano, pelo laboratório veterinário Merial Saúde Animal, indicou que 30% dos consumidores da classe C consideram seus animais de estimação membros da família. Ontem, na abertura da sétima edição da Pet South America 2008 em São Paulo, no Transamérica Expo-Center, representantes do setor demonstraram entusiasmo quanto às perspectivas para o próximo ano. Segundo o diretor da Associação Nacional de Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfal Pet), José Edison França, apenas a produção de alimentos deve crescer 4,1% neste ano. Em razão desse avanço, o setor formalizou parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para incentivar as exportações e criou um grupo para negociar, junto ao governo federal, a redução da carga tributária de 49,9% que incide sobre rações e medicamentos veterinários. Para França, essa é uma batalha difícil, "pois todos os governos (federal e estadual) consideram seus produtos como supérfluos", afirmou. No caso específico das rações, ele acredita que o mercado brasileiro deve crescer 4,1% em 2008 e registrar avanço de 5% ao ano a partir de 2009. A produção brasileira de ração animal situa-se em 1,8 milhão de toneladas anuais e seu potencial de consumo está estimado em 3,96 milhões de toneladas em um País que tem população de 29,7 milhões de cães, 14 milhões de gatos e 4 milhões de pássaros, peixes e roedores de estimação. Ele lembrou que existe um Hilário, da Perigot, apresenta suas camas antialérgicas. A feira também tem produtos para beleza e lazer dos estimados bichos.

Casa própria, sonho animal.

Há tudo, até penteados especiais.

espaço enorme para que esse nicho de mercado cresça, já que menos da metade de todos os animais alimenta-se com ração. Segundo ele, no Japão, 97% dos animais alimentam-se exclusivamente com produtos industriais e o índice nos Estados Unidos chega a 85%. Ontem, o primeiro dia da Pet South America foi marcado pela visita de profissionais da área técnica e de proprietários de pet shops. Por isso, os estandes que ofereciam produtos e serviços estavam lotados. Cama própria – A Perigot, empresa paulistana que produz camas para animais de estimação, espera vender R$ 250 mil nos três dias de feira para proprietários de pet shops. O diferencial das camas apresentadas é que elas têm dupla face, são fabricadas com material antialérgico e podem ser higienizadas em máquinas de lavar roupas. Os preços variam de R$ 67 a R$ 120. O proprietário, Luciano Hilario, disse que esta é uma oportunidade para fechar negócios com clientes das regiões Sul e Norte.


Congresso Planalto PF CPI

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008 Mauro Vieira/Folha Imagem

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PROTÓGENES: ALVO DEVE SER A CORRUPÇÃO

Valter Campanato/ABr

LIBERTADO, DIRETOR DA PF SE DIZ VÍTIMA DE 'CANALHICE' Romero Menezes acusou o superintendente da PF no Amapá, com quem teria "rivalidade"

superintendente da PF, tem de demonstrar competência ao menos para dizer não, mas não pode se omitir", ameaçou. Fontel não se dobrou: "Vou responder (o ofício) negativamente e relatar que fui pressionado peuma longa conversa lo diretor executivo". Menezes disse que não prade mais de quatro horas com a cúpula da ticou advocacia administratiPolícia Federal, da qual se des- va e que seu irmão tinha direito pediu antes de viajar ontem a uma resposta como qualquer para ficar com a família em Re- cidadão, negativa ou positiva. cife, o ex-diretor executivo da "Não errei nem cometi impruPF, Romero Menezes, disse dência. Faria tudo de novo, que foi vítima de "uma cana- com ele ou com qualquer cidalhice" patrocinada pelo supe- dão, porque cobro desemperintendente da própria PF no nho da PF em todas as áreas, Amapá, delegado Rui Fontel, sobretudo aqueles setores de prestação de serque teria contra viço público". ele uma "rivaliFragilidade – dade pessoal"; e O advogado Roda "imaturidade" binson Neves Fido procurador Essa investigação lho, que defende Douglas Santos reuniu um delegado Romero de MeAraújo, que pemal informado com nezes, afirmou diu sua prisão. ontem que a priEle disse que um procurador são de seu cliente sua prisão resul- precipitado, que baseou-se em tou da combina- cometeu uma elementos "fráção de má-fé de geis e pueris" e u m l a d o c o m aventura. Romero Menezes ilações subjetiinexperiência do vas sem fundaoutro. "Sou obrimento. Segundo gado a concordar com o ministro Gilmar Men- ele, na discussão com o supedes (presidente do STF): essa rintendente da PF no Amapá, investigação, que levou à mi- Anderson Rui Fontel de Olinha prisão, deriva da combi- veira, Menezes tentava garannação de um delegado mal in- tir para seu irmão, José Gomes formado com um procurador de Menezes Jr., o mesmo trataprecipitado, que cometeu uma mento que qualquer outro cidadão teria direito. aventura", explicou. "Ele cobrava uma decisão, O b j e t i v a m e n t e , p o ré m , Menezes admitiu que cometeu fosse ela para negar ou para deslizes à frente do cargo, for- atender o pleito", disse o advonecendo munição aos adver- gado. "É um absurdo deduzir, sários. Admitiu, por exemplo, a partir disso, que o diretor poque fez várias restrições à Ope- deria atuar para obstruir as inração Toque de Midas, que a vestigações. Não há nos autos seu ver vinha sendo "mal con- um único elemento que deduzida" pelos delegados que monstre objetivamente que cuidavam do caso no Amapá. meu cliente tentou utilizar-se Ele informou que os aconse- d o c a rg o p a r a p re j u d i c a r lhou a desistir do pedido de quaisquer investigações." Ainda segundo o advogado, prisão do empresário Eike Batista, dono do grupo em- em outra gravação feita pela presarial MMX, acusado na PF, Menezes apenas comentaoperação de fraude em licita- va o relato feito por seu próprio ção da concessão de ferrovias irmão, ao telefone, sobre o boato de que havia vazado a inforno Estado. "Não havia prova consisten- mação sobre uma operação te alguma para a prisão, nem que a PF estava prestes a deflamesmo para caracterizar o ca- grar, que atingiria interesses de empresas da so todo, por isso região. No gramrecomendei que a po, segundo inoperação fosse vestigadores, os adiada e que os dois teriam condelegados vol- Agora não temos versado sobre a tassem para que ficar mais Operação Toque aprofundar as inde Midas. O diávestigações e ro- nervosos ou logo também bustecer as pro- menos nervosos. serviu de base vas", relatou ele, Temos apenas que para o pedido de explicando que apurar e vai ser prisão do diretor essa é uma de apurado. afastado. "Pelo suas funções. Presidente Lula contrário, meu A operação, cliente tentou porém, foi deflaproteger a opegrada no prazo estipulado pelos delegados e ração na conversa", declarou. Naturalidade – O presidenMenezes acabou denunciado por vazamento ilegal da ope- te Luiz Inácio Lula da Silva ração em benefício dos alvos avaliou ontem que o Estado n ã o p e rd e u o c o n t ro l e d a investigados. Menezes reconheceu tam- Agência Brasileira de Intelibém que intercedeu em favor gência (Abin) e da Polícia Feda indicação do irmão, José deral. Em entrevista à TV BraGomes Menezes Filho, que a sil, ele disse ver com naturaliseu ver vinha sendo alvo de pi- dade a prisão de Romero Mecuinha pessoal do superinten- nezes. "Nós agora não temos dente do órgão no Amapá, que que ficar mais nervosos ou se recusava a dar parecer. Cabe menos nervosos", disse. "Teà PF autorizar ou indeferir esse mos apenas que apurar e vai tipo de pedido, num prazo de ser apurado." Ao contrário do que vem diuma semana. O ex-diretor disse que, ao zendo nos bastidores, Lula perceber a má vontade, após afirmou que não decidiu pelo um mês de espera, ligou algu- afastamento definitivo do dimas vezes para o superinten- retor da Abin, Paulo Lacerda. dente, com o qual acabou ba- "É importante dizer: Paulo Lacerda é uma pessoa que eu restendo boca. No relato feito aos dirigentes peito como profissional como da PF, Menezes disse ter exigi- poucos neste País. Agora todo do uma solução de Fontel para mundo pode cometer erros o pleito do irmão. "Você, como também." (AE)

N Romero Menezes, homem de confiança do diretor-geral da PF, é acusado de passar informações a Eike Batista e beneficiar empresa de irmão

Protógenes diz que prisão visa 'inverter foco' Mauro Vieira/ Ag.RBS/Folha Imagem

Delegado diz que o importante é combater a corrupção e não discutir o modo de atuar da PF

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delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, afirmou ontem, em um ato contra a corrupção, que a prisão do delegado Romero Menezes, segundo homem da Polícia Federal ocorrida na última terça, "é uma inversão do foco da discussão necessária à sociedade brasileira". "Está se discutindo a maneira de agir da Polícia e deixando de ver o grande crime social que é a corrupção existente no País", afirmou. Ele acrescentou não poder falar sobre as acusações contra o delegado Romero Menezes, pois as investigações são secretas: "O que posso afirmar concretamente é que o Eike Batista é associado ao Daniel Dantas". Menos de 24 horas após a prisão, Menezes foi solto por determinação da Justiça. Protógenes ressaltou que ficou famoso por ter prendido o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, e o ter algemado, e mais ainda depois de o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes,

ter mandado soltar o acusado e legislar sobre a forma de agir da polícia através da súmula vinculante proibindo o uso de algemas. "Agora estão querendo descriminalizar o tráfico de influências". Algemas – O delegado avaliou ainda que as críticas à maneira de agir da polícia através da súmula vinculante contra as algemas já começou a mostrar resultados. "Na cidade de São Fidelis, no Estado do Rio de Janeiro, ao anunciar uma sentença que condenava a 17 anos um criminoso no Tribunal do Júri, a juíza Juliana Andrade Barichelo teve que se refugiar em uma sala junto com a promotora. O condenado, furioso, avançou contra ela. Foi preciso uma dezena de policiais e agentes penitenciários para conter o criminoso furioso. Ele não estava algemado". Protógenes enfatizou a necessidade de uma campanha contra a corrupção e lembrou que sua carreira foi marcada por investigar e prender políticos corruptos. "Prendi o presidente da Câmara, o João Mel-

Protógenes em ato contra a corrupção: "Prendi Mellão, Pitta e Maluf"

lão, em São Paulo; o ex-prefeito Celso Pitta e o ex-governador Maluf. Todas as instâncias da política estavam presentes nas minhas investigações contra a corrupção", afirmou. Eike nega – Ontem, o empresário Eike Batista, por meio de sua assessoria de imprensa negou "peremptoriamente" ter qualquer associação ou negócio com Daniel Dantas. Em comunicado, o Opportunity

informou que os fundos de investimentos geridos pelas gestoras de recursos do grupo Opportunity aplicam apenas 0,22% de seu patrimônio em ações das companhias controladas pelo empresário da EBX Eike Batista. Protógenes disse ao site da revista "Época" que as informações levantadas pelos agentes da PF acabavam indo para as mãos de Dantas. (AE)

Genro diz que 'houve equívoco' ara o ministro da Justiça, Tarso Genro, foi desnecessária a ordem de prisão, por parte do Ministério Público do Amapá, do diretor -executivo afastado da Polícia Federal, delegado Romero Lucena de Menezes. Porque, na avaliação do ministro, Menezes não representava nenhum perigo para a investigação e a detenção era apenas para a coleta de provas. "Sendo o doutor Romero dirigente da PF, bastava o seu afastamento do cargo, o que foi feito. Com isso ele não teria qualquer influência nas investigações", afirmou o ministro, em entrevista no Ministério. Ele lembrou que todas as diligências determinadas pela Justiça, na casa do delegado e no seu gabinete de trabalho, que fica no Ministério da Justiça, foram realizadas enquanto Romero estava depondo. Genro disse que reclamou com o procurador-geral da República, Antonio Fernando

O que posso afirmar concretamente é que o Eike Batista é associado ao Daniel Dantas. Protógenes Queiroz

Beto Barata/ AE

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Tarso Genro diz que episódio serve para aprimorar relação entre MP e PF

de Souza, da decisão do Ministério Público do Amapá de mandar prender o delegado, que era tido como homem de confiança e considerado por muitos como o número 2 da PF. "Houve um equívoco, um juízo de valor, mas o Ministério Público não cometeu nenhuma ilegalidade. O evento serve de lição para aprimorar as relações do Ministério Público com a PF", disse.

Na conversa, segundo relato do ministro, ele destacou ao procurador-geral que a atuação do Ministério Público tem sido respeitável, que esse episódio não vai interferir nas relações das duas instituições, mas que não havia qualquer fundamento para justificar a necessidade da prisão. O procurador, segundo Genro, disse que vai examinar o caso e perguntou se ele não queria fazer uma

representação formal, por escrito, ao Conselho Nacional do Ministério Público. Tasso recusou. Disse que por enquanto não, porque prefere aguardar as investigações do inquérito que apuram o envolvimento do delegado nas acusações de tráfico de influência, corrupção passiva e advocacia administrativa em favor da empresa do irmão dele, José Menezes Júnior, que continua preso. Tarso Genro admitiu que existe um sentimento de insatisfação por parte dele e da Polícia Federal com o episódio pelo juízo que existe dentro da corporação de que a prisão do delegado foi desnecessária. "Mas isso não vai afetar a nossa relação com o Ministério Público nem a determinação da PF em cumprir ordens judiciais. "A PF cumpre integral e estritamente as ordens judiciais. Não hesita em cortar na própria carne para cumprir a lei, mesmo que isso represente sofrimento pessoal", concluiu. (AE)


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 11


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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Reuters

Internacional

Aizar Raldes/AFP

Governo do presidente boliviano e governadores da oposição retomam diálogo hoje com a participação de membros da Unasul, da União Européia e das Nações Unidas

MORALES EM NOVO ROUND DE NEGOCIAÇÕES

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presidente da Bolívia, Evo Morales, e os governadores da oposição vão retomar o diálogo hoje para colocar um fim à violenta crise que deixou pelo menos 16 mortos no país na semana passada. Morales tentou antecipar as conversas para ontem, mas, por "questões logísticas", os governadores não conseguiram chegar a tempo em Cochabamba, local da reunião. Os confrontos diminuíram no país, mas a situação ainda é tensa no departamento (estado) de Pando, cujos moradores tentam atravessar a fronteira para buscar refúgio no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a confirmar seu apoio a Morales e afirmou que a Polícia Federal já atua no lado brasileiro da fronteira para evitar o trânsito de pessoas armadas (veja mais na página 7). A retomada das negociações contará com a participação de representantes da União das Nações Sul-americanas (Unasul), da União Européia e das Nações Unidas. Entre os pontos acertados para iniciar o diálogo estão a desocupação de prédios públicos pela oposição, a restauração da ordem no país e uma investigação sobre a matança de 16 camponeses no departamento de Pando na semana passada. O departamento de Pando continua sob estado de sítio e seu governador detido em La Paz. O conflito na Bolívia colocou a maioria indígena do país contra a população mes-

Pesquisas apontam vitória da chanceler Tzipi Livni Simpatizantes de Morales realizam bloqueios perto de Santa Cruz Mauricio Lima/AFP

Brasileiros residentes na Bolívia buscam refúgio no Acre

tiça dos mais prósperos departamentos do leste do país, que exigem maior autonomia do governo de Morales. Marcha - Cerca de 800 camponeses leais a Morales marchavam ontem na direção de Santa Cruz de la Sierra, reduto da oposição boliviana, onde pretendiam fazer uma manifestação na praça principal na qual exigiriam a renúncia do governador do departamento, Rubén Costas.

Ó RBITA

CONTAMINAÇÃO mostras de leite em pó contaminado mataram três bebês e contaminaram mais de 6,2 mil na China. Entre eles, 158 estavam sofrendo com falência aguda do fígado. Perto de 20% das empresas de laticínio testadas vendiam leite com melamina, um produto químico banido. O governo chinês estuda meios para corrigir os problemas no setor.

Reuters

Israel escolhe sua nova dama de ferro

Reuters

CÁUCASO Rússia assinou ontem tratados para defender os separatistas de ataques da Geórgia

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A chanceler é considerada cria do ex-premiê Ariel Sharon, que a teria apontado como sucessora

À ESPERA

O

presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem que enviará um novo embaixador a Washington assim que o presidente dos EUA, George W. Bush, deixar o cargo em janeiro. Chávez expulsou na semana passada o embaixador dos EUA em Caracas, Patrick Duddy, em ato de solidariedade à Bolívia, que havia tomado atitude similar.

Controle -A Bolívia disse ontem que retomou o controle completo de seus gasodutos, depois de seis dias de ocupação por manifestantes da oposição. O fornecimento de gás natural para a Argentina será completo na sexta-feira, mas as exportações para o Brasil só serão normalizadas dentro de uma semana, após a conclusão do conserto de um duto danificado por manifestantes no Chaco. (Agências)

A

ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, ganhou as eleições do partido Kadima por uma margem apertada de votos e está perto de se tornar a próxima premiê de Israel, informou a rádio pública israelense. Segundo a emissora, Livni teve vantagem de dois a seis pontos em relação ao seu principal rival, o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz. Pesquisas de boca-de-urna indicavam que a vantagem da chanceler seria bem maior. A televisão israelense apontava que ela obteve entre 47% e 49% dos votos, enquanto Mofaz recebeu 37% dos votos. Confirmando o favoritismo, o primeiro-ministro Ehud Olmert

telefonou para Livni ontem para parabenizá-la pela vitória. Dama de ferro - A ascensão meteórica transformou Tzipi Livni na política mais popular, mas com a biografia menos conhecida de Israel. Apontada no ano passado como uma das cem mulheres mais poderosas do mundo pela revista “Forbes”, Livni não esconde o incômodo diante de perguntas sobre sua vida pessoal. A advogada de 50 anos é ex-agente do Mossad (o serviço secreto de Israel), mãe de dois filhos, vegetariana e tem no marido, o publicitário Naftali Spitzer, seu maior aliado. Além do descontentamento com a invasão de privacidade, nada irrita mais a chanceler do

Olmert perto do adeus

que as comparações com a expremiê Golda Meir, única mulher a alcançar o posto na História de Israel. "A comparação não faz o menor sentido", desconversou Livni, irritada, numa recente entrevista ao Canal 2. Os aliados de Livni gostam de compará-la à chamada “dama de ferro” da política israelense. Já os inimigos tentam denegrir sua imagem. Filha de político, Livni é considerada cria do ex-premiê Ariel Sharon, que a teria apontado como sucessora. Foi uma das primeiras a abandonar o partido de direita Likud e apoiar Sharon na fundação do Kadima. (Agências)

Reuters

IRAQUE Pelo menos 15 pessoas morreram em novos episódios de violência no Iraque

RECUPERAÇÃO

O

candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, retomou a liderança nas pesquisas de intenção de voto, indicam as sondagens do Gallup e da Reuters/Zogby publicadas ontem. As duas pesquisas indicam que Obama tem 47% das intenções de voto, enquanto seu rival republicano John McCain possui 45%.

Uma nuvem negra de fumaça é vista após o atentado em frente à embaixada

Carros-bomba sacodem o Iêmen Alvo foi a embaixada dos EUA; 16 pessoas morreram, inclusive seis extremistas.

P

elo menos 16 pessoas morreram ontem depois que dois carrosbomba explodiram diante a Embaixada dos EUA na capital do Iêmen, Sanaa. De acordo com o Ministério de Interior, morreram no ataque seis soldados iemenitas, seis supostos participantes do atentado e quatro civis, dentre os quais

um indiano. Um carro-bomba explodiu no posto de guarda, do lado de fora da embaixada, e outro explodiu perto da entrada de pedestres. Vários militantes foram vistos a pé. Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, qualificou o ataque como um lembrete de que o

país ainda "está em guerra" com extremistas. Um grupo chamado Jihad Islâmica assumiu a autoria dos ataques, mas o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Sean McCormack, disse que não ficou claro quem estava por trás das explosões ou se o grupo agia em nome da Al Qaeda. (Agências)


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Nacional Finanças Empreendedores Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresa vai investir na qualificação dos assentadores para servir melhor o cliente.

SOLARIUM TROUXE O PISO ATÉRMICO

Beleza e praticidade em revestimentos

Fotos: Leonardo Rodrigues/e-Sim

A Solarium iniciou suas atividades em um galpão em Porto Alegre e tem hoje cinco fábricas que produzem 100 mil metros quadrados de pisos para áreas internas e externas por mês Kety Shapazian

LETREIRO

C EMPREENDEDORES A arquiteta Ana Cristina encantou-se com os pisos atérmicos e resolveu produzí-los no Brasil em 1997.

Linha de produção da Solarium, onde são feitos os revestimentos para áreas externas e internas.

A

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

PEDRA na Cristina espera resolver o problema da falta de mão-de-obra qualificada com um projeto social chamado Pescar. A primeira turma começa em outubro e, ao final de um ano, receberá o diploma. Além de aprender o ofício, os interessados vão ter aulas de etiqueta, cidadania, higiene. "O objetivo é criar equipes de assentadores em cada cidade. Nós não fazemos a colocação, mas indicamos um profissional quando o cliente pede. É do nosso interesse que o piso seja colocado corretamente porque o cliente paga caro e espera um resultado maravilhoso." O preço médio do metro quadrado gira em torno dos R$ 90. Sem contar a instalação.

omo o piso atérmico trazido da Espanha pela arquiteta nasceu para ser colocado em áreas externas, perto de piscinas ou jardins, ela decidiu batizar sua empresa de Solarium – um lugar ao sol, onde as pessoas ficam com a família para curtir a natureza. Só no terceiro ano, a Solarium começou a produzir revestimentos para áreas internas. Um dos pisos que mais faz sucesso é o que mede 1 metro quadrado. Hoje, os produtos para ambientes internos representam 60% do faturamento da empresa, segundo Ana Cristina.

Fábrica em Diadema

SEGREDO

G

ostar do que faz ajuda, e muito. "As pessoas me perguntam porque trabalho tanto, dizem que eu já tenho dinheiro suficiente. Mas trabalho para o meu produto ser um referencial, assim como o nome Louis Vuitton é para o setor de bolsas." Além de diversos locais públicos, as cerâmicas da Solarium estão presentes, segundo Ana Cristina, na casa de vários atores globais. "Quando a Angélica apareceu numa revista sentada no nosso piso, todo mundo ligava pedindo o mesmo revestimento", orgulha-se a empresária.

Empresa vai investir na colocação

arquiteta Ana Cristina de Souza Gomes parece trabalhar 365 dias por ano. Férias em Fernando de Noronha? Enquanto a família inteira dorme à tarde, descansando da praia e da sessão de mergulhos, ela está com seu laptop, plugada às cinco fábricas da Solarium Revestimentos, empresa que fundou em 1997. O assunto nos jantares com o marido, que, por sinal, só encontra nos fins de semana – ele é um dos diretores da Gerdau e mora em Tampa, na Flórida – é sobre... negócios. A mulher não pára! Natural de Alegrete, Ana Cristina, depois de cursar Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, viajou com o namorado para a Inglaterra, onde ele foi fazer intercâmbio. Casaram-se lá em 1969 e a jovem arrumou emprego num escritório de arquitetura, trabalhando em projetos de reconstituição de prédios danificados durante a 2ª Guerra Mundial. Ao voltar ao Brasil, Ana Cristina cursou Desenho Industrial no Rio de Janeiro. Em São Paulo, trabalhou no conceituado escritório de arquitetura Aflalo & Gasperini. Em 1979, voltou para Porto Alegre e montou seu escritório de arquitetura. Sua trajetória como empresária começou em 1997, quando estava de férias com a família na Espanha. Ao entrar no hotel, numa cidadezinha perto de Bilbao, notou o piso – idêntico ao visto numa casa no Uruguai um mês antes. Perguntou ao gerente onde ficava a fábrica e foi a Barcelona para conhecê-la. "Gostei porque o piso não esquentava, mas a cor era um amarelo muito feio", diz. O pessoal da fábrica se interessou por aquela mulher que largou as férias para conhecer o produto e ofereceu à Ana Cristina a representação deles no Brasil. Mas o preço e a demora na entrega do primeiro carregamento desanimaram a arquiteta. Ela decidiu produzir o piso no Rio Grande do Sul. "Usei o espaço de um galpão para montar a fábrica. Mas, como era um produto desconhecido, ninguém comprava!" Para divulgar o piso atérmico, Ana Cristina o instalou na própria casa, em volta da piscina, tirou uma foto e publicou um pequeno anúncio numa revista do setor. Sua primeira

venda para fora do Rio Grande do Sul, no entanto, mostrou-se não-lucrativa. "O frete matou o negócio. Foi quando percebi que não podia trabalhar com apenas uma fábrica. O Rio Grande do Sul está muito na ponta do País." Outro problema era a sazonalidade. Como o piso era exclusivo para área de piscina, quando chegava dezembro, não se vendia mais nada. De uma só vez, corrigiu os dois 'defeitos' da produção. Abriu uma fábrica em Diadema, na Grande São Paulo, e começou a produzir o revestimento em outras cores, além daquele amarelo "feio". "No Rio Grande, sou muito conhecida, mas aqui ninguém sabia quem eu era. Saía para oferecer o piso e ninguém me recebia", relata. O jeito foi procurar um dos mais famosos paisagistas do País, Gilberto Elkis, sem mesmo conhecê-lo e propor uma parceria num ambiente assinado pelo profissio-

Uma das cerâmicas produzidas pela indústria, que começou a operar em galpão

nal na Casa Cor, evento anual de decoração. E não é que o homem concordou? "O produto era lindo. Eu cheguei com a cor branca, tinha certeza que o Gilberto iria amar. A Casa Cor abria às 11 horas e, ao meio-dia, estávamos vendendo. Daí para frente, foi só sucesso." A Solarium fabrica 120 produtos de 15 linhas diferentes em 15 cores, além de acessórios (degraus, ralos, bordas, curvas etc) e complementos, como cubas para lavar as mãos. São produzidos mensalmente 100 mil metros quadrados de pisos nas fábricas de São Paulo, Porto Alegre, Natal, Rio de Janeiro e Brasília. O mês de julho superou todas as expectativas, apresentando um aumento de 38% nas vendas ante o mesmo período de 2007. "Uma maravilha, não é? ", comenta.

SERVIÇO www.solariumrevestimentos.com.br

Divulgação

Divulgação

Solarium fabrica 120 produtos de 15 linhas diferentes em 15 cores, além de acessórios e complementos.

Revestimentos para áreas internas respondem por 60% do faturamento das cinco fábricas da empresa


Ano 84 - Nº 22.711

PAPA-LAGARTA

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Coccyyzus melacoryphus Como o nome diz, espécie rabilonga gosta de lagartas grandes, peludas e urtigantes, além de outros insetos. Não dispensa um bom banho de sol e de poeira. À noite, procura moitas de taquara para dormir.

Conclusão: 23h45

www.dcomercio.com.br

São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pânico!

Rick Gayle Studio/Corbis

O DINHEIRO SUMIU

Falta liqüidez mesmo depois que os bancos centrais dos EUA, Europa e Ásia injetaram bilhões no mercado. O pânico já atingiu um nível histórico.

IBOVESPA: - 6,7% DÓLAR: R$ 1,868 RISCO PAÍS: 371 pontos

A banca está quebrando

Cada vez mais, percebe-se que não há um fim à vista para a crise.

A questão: qual será o próximo?

Edward Yardeni, estrategista de mercado

Opinião, páginas 2 e 3; e Economia, 1 a 5 Fábio D´Castro/Hype

Mario Miranda/LUZ

Depósito do Papai-Noel pirata Acusado de abastecer a 25 de Março é preso com 300 toneladas de mercadorias. C 1

Idéia no NYTimes: criar um imposto sexual. Mauricio Lima/AFP

Economia 8

Bolivianos em paz. No Acre

Os refugiados da crise boliviana passam para o Acre. Lula está preocupado: a fronteira tem 3 mil km. Págs. 7 e 9

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 22º C. Mínima 11º C.

Pets emergentes animam economia A cadelinha em tratamento de beleza (foto) numa feira de fabricantes de rações é um bom exemplo. Setor de produtos e serviços para pets deve faturar U$ 5,3 bi em 2008. Juntos com seus donos em ascensão à classe média, animais de estimação são bons consumidores. E 6

DC

HOJE Nublado Máxima 18º C. Mínima 11º C.

Pabx (11) 6748-5627 (Itaquera) www.finanfactoring.com.br

Inadimplência vai a 6,7% e varejo acende a luz amarela Economia 6


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

Pirataria: PF prende o maior fornecedor da rua 25 de Março

1 Mercadoria abasteceria a 25 de Março e cidades do interior no Dia das Crianças e no Natal.

Fotos de Mario Miranda/Luz

Identificado pela polícia apenas como J.N., acusado trazia mercadorias da China Ivan Ventura

veracidade do material encontrado no local. "As investigações indicam que a distribuiP o l í c i a F e d e r a l ção era feita em São Paulo mesprendeu anteon- mo, principalmente na rua 25 tem à tarde J. N., de Março", afirmou o delegado a p o n t a d o c o m o da Receita Federal de Araraum dos maiores fornecedores quara, que coordenou a ação, de mercadorias contrabandea- Fábio Eduardo Boschi. Ontem, chegou-se a levandos da rua 25 de Março, no Centro, um título que já foi do tar a hipótese da participação chinês Law Kim Chong. A PF de agentes alfândegários do não confirmou a informação Porto de Santos para explicar a apurada pelo Diário do Comér- entrada da mercadoria ilegal cio, mas J.N. seria um dos do- no galpão da empresa. "Ela é nos da Muito Brother Comér- feita por amostragem (apenas cio de Brinquedos e Utilidades uma parte pequena da mercaDomésticas Ltda, uma empre- doria é checada). Por enquansa especializada na comerciali- to, não há indícios de conivênzação de produtos populares, cia", disse Boschi. J.N. está detido na sede da os chamados "R$ 1,99". Com J.N. foram apreendidos mais Polícia Federal da Capital, na de 300 toneladas de mercado- Lapa. Dois sócios do empresárias supostamente irregulares, rio se apresentaram à PF e, assim como J.N., devem responavaliadas em R$ 5 milhões. De acordo com o coordena- der pelos crimes de contrabandor de combate ao crime orga- do e descaminho. Existe ainda a possibilidade nizado da Políde responderem cia Federal, dena Justiça por legado José Alfalsidade ideoberto Iégas, a lógica. polícia e Receita As investigações Em documenFederal investito obtido na Jungavam a ação da indicam que a ta Comercial de Muito Brother distribuição era feita há um mês. em São Paulo mesmo, S ã o P a u l o , d a Associação CoPeso menor – principalmente na mercial de São Iégas explicou rua 25 de Março. Paulo (ACSP), a que a maior parFábio Eduardo Boschi, Muito Brother te da mercadoria era fabricada delegado da Receita tem como sócios M. N. e R. N.. A na China e enreportagem do trava no País pelo Porto de Santos. Na alfânde- DC tentou contato por telefoga, os detidos usariam docu- ne com M.N., mas ele não foi mentos falsos nos quais decla- localizado. Anúbis – A apreensão e a ravam um peso até 60% menor do que o real. "Não sabemos há prisão de J.N. é mais um desquanto tempo agiam e quanto dobramento da Operação arrecadaram, O que sabemos é Anúbis (nome do deus da mora atuação. Eles pagavam im- te no Antigo Egito e o juiz supostos por pouco mais da me- premo), em andamento em 11 tade das mercadorias que en- regiões do estado desde a últitravam no País por meio da ma terça-feira. Levantamento parcial mostra que já foram empresa", disse Iégas. A desconfiança dos policiais apreendidos R$ 15 milhões em em relação à falsidade dos do- mercadorias. O título de um dos maiores cumentos recai principalmente sobre as notas fiscais encon- fornecedores de mercadorias tradas no galpão da Muito Bro- contrabandeados para o cother. Pelas notas, as mercado- mércio clandestino que opera r i a s j á f o r a m o u s e r i a m na 25 de Março não foi dado à enviadas para várias cidades toa. O galpão da empresa, sido Brasil. No entanto, a PF e a tuado no bairro Distrito IndusReceita Federal desconfiam da trial, em Guarulhos, na Grande

A

Entre as mercadorias, brinquedos, bijuterias e produtos natalinos

São Paulo, tem 5 mil metros quadrados. Ali, caixas com os dizeres "made in China" lotavam o armazém. Muitas das mercadorias levavam o nome da Muito Brother. Estima-se um total de 300 toneladas. Pelo que foi exibido pela PF, o material apreendido era, basicamente, brinquedos, bijuterias e enfeites natalinos. Por conta disso, a suspeita da PF e da Receita é que a mercadoria abasteceria a 25 de Março e cidades do interior no Dia das Crianças e nas festas de fim de ano. Kim Chong – A descoberta do galpão e a quantidade de mercadoria encontrada guarda semelhança com o maior galpão de armazenagem de produtos contrabandeados, descoberto pela PF em 2004. Ele estava localizado na rua Bucolismo, no bairro do Brás, e pertencia ao chinês Law Kim Chong - que já foi apontado como o maior contrabandista do País e um dos maiores distribuidores de mercadorias ilegais na região da 25 de Março. Na ocasião da descoberta foram apreendidas 90 toneladas de relógios, 18 milhões de CDs e DVDs, 11 mil pares de tênis entre outras mercadorias.

Segundo a PF, foram apreendidas 300 toneladas de mercadorias contrabandeadas, avaliadas em R$ 5 milhões


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Ambiente Educação Tr â n s i t o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008 Mário Miranda/Luz - 26/07/2008

Dificuldade para autuar motoristas drogados é a falta de aparelhos como bafômetros.

EXAMES ATUAIS SÃO DEMORADOS

Depois do álcool, as drogas. Mas vai ser difícil detectar. Governo federal quer reprimir consumo de drogas lícitas e ilícitas pelos motoristas Antonio Milena/AE - 15/09/2008

Maristela Orlowski

D

epois de proibir o consumo de álcool antes de dirigir, o governo federal pretende estudar mecanismos para atacar medicamentos e drogas ilícitas. Seria mais uma estratégia para frear o massacre nas ruas e estradas do País, segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. No entanto, flagrar pessoas drogadas ao volante está longe de ser uma tarefa fácil. No Brasil, não há métodos rápidos para detectar a presença de substâncias ilícitas, como maconha, cocaína, ecstasy e crack. Falta regulamentação mais precisa, na opinião de Vilma Leyton, professora do Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). "A lei 11.705/08 criminaliza o motorista que estiver sob influência de substância psicoativa que determine dependência, mas não especifica qual. Fica tudo muito vago para a perícia. Precisamos de algo específico. Vamos colher urina, sangue ou saliva, e detectar o quê?" Ao contrário do álcool, a lei também não determinou a quantidade mínima para que o crime seja configurado em caso de utilização de substância psicoativa. Desse modo, a interpretação natural é que qualquer quantidade pode ser suficiente para levar o motorista às grades. Para Marcelo Araújo, advogado especialista em trânsito, a legislação anterior falava em substância entorpecente e efeitos análogos, expressões que davam mais suporte. "A nova lei é totalmente falha, deixou o assunto sem esclarecimento legal. Torna-se um crime de difícil caracterização", afirmou Araújo. Saliva – Na França, a detecção de drogas (maconha, cocaína, anfetaminas, ecstasy e derivados do ópio) é feita por meio da saliva. A implantação oficial do método foi em agosto passado, mas os testes preliminares tiveram início há mais de um ano. O resultado sai em menos de dez minutos e mostra se houve ou não consumo de entorpecentes nas últimas 24 horas. Lá, o motorista drogado pode ser condenado a dois anos de prisão, multa de 4,5 mil euros (R$ 11,8 mil) e a suspensão da carteira de motorista por até três anos.

Temporão: governo quer mecanismos para detectar motoristas drogados

Por aqui, segundo Vilma, as únicas formas para detectar a presença de substâncias proibidas no organismo dos condutores são através de exames de sangue ou de urina. "A velocidade dos resultados depende da demanda dos laboratórios. Mas, geralmente, demora um pouco", diz. Já as penalidades são detenção de seis meses a três anos, multa de R$ 958 e suspensão do direito de dirigir por um ano. Embora o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíba – mesmo que de maneira vaga – dirigir sob efeito de "substância psicoativa que determine dependência", nas ruas só é possível flagrar o consumo de álcool. Não há um bafômetro para maconha, por exemplo. No entanto, o governo diz querer encontrar formas mais fáceis de identificar motoristas drogados. Se for o caso, pretende elaborar ou equipamentos necessários para a realização do trabalho. Pesquisa – Enquanto isso não ocorre, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) está treinando policiais rodoviários para identificar, por observação, as situações de possível uso de drogas. O treinamento faz parte de um projeto de abrangência nacional e que se desdobra em nove diferentes estudos. Dos estudos que estão sendo desenvolvidos, o de maior impacto é sobre a prevalência do uso de bebidas alcoólicas, maconha, cocaína, benzodiazepínicos e anfetaminas em motoristas brasileiros, inclusive os profissionais, como de caminhão e ônibus. De julho deste ano a março de 2009, a Senad, os policiais rodoviários federais e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) vão desenvolver a pesquisa de campo, que envolve a entrevista com motoristas, a coleta do material biológico para teste de drogas e o exame de bafô-

metro. Dados preliminares da Senad mostram que 2% dos motoristas tinham usado maconha, 1,7% usaram anfetaminas e 1,5%, cocaína, menos de 24 horas antes de dirigir em rodovias próximas a cinco capitais: Porto Alegre, Florianópolis, Cuiabá, João Pessoa e Maceió. Vilões – Para o psicólogo Salomão Rabinovich, diretor do Centro de Psicologia Aplicada ao Trânsito (Cepat) e presidente da Associação das Vítimas do Trânsito (Avitran), controlar o uso de álcool ao volante não é a única solução para modificar o cenário do trânsito brasileiro. "Todos se preocupam somente com o álcool. Mas é preciso ir além e controlar o uso de drogas ilícitas, farmacêuticas, psicotrópicos, assim como fadiga, distúrbios do sono e de personalidade, além de doenças neurológicas severas, como epilepsia, por exemplo." O problema, segundo o especialista, é que o povo brasileiro é campeão quando se trata de automedicação. "Oito em cada dez pacientes tomam medicamentos sem prescrição médica. E fármacos que, muitas vezes, têm restrição para dirigir e operar máquinas perigosas", comenta Rabinovich. "As pessoas nem lêem as bulas e os médicos tampouco orientam sobre os cuidados", acrescenta. O psicólogo acredita que, apenas mais uma lei, não vai levar a lugar algum. "Há excesso de legislação. Novas leis só irão complicar mais ainda. É preciso implantar medidas de caráter educativo, que levará gerações para surtirem efeito, um policiamento estruturado em todo território nacional, com equipamentos sofisticados, assim como aplicar punição severa em caso de reincidência", diz Rabinovich.

Newton Santos/Hype - 17/03/2008

Luludi/Luz - 11/03/2005

Governo federal pretende reprimir o consumo de drogas pelos motoristas, desde maconha e cocaína até remédios com venda controlada e passíveis de efeitos colaterais. Especialistas na área da saúde alertam que faltam mecanismos práticos e regulamentação da legislação para que a ofensiva contra as drogas tenha os mesmos efeitos positivos verificados com a introdução da Lei Seca. É necessário definir, por exemplo, métodos rápidos para detectar drogas.

Greve: Fundação Casa ameaçada de paralisação

O

s trabalhadores da Fundação Casa, antiga Febem, decidiram ontem entrar em estado de greve. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança e ao Adolescente (Sitraemfa), Maria Gusmão Pereira, a categoria reivindica um reajuste salarial de 17%, 30 horas semanais para os técnicos, revisão do plano de cargos e salários e melhores condições de segurança no trabalho. De acordo com a presidente, os funcionários terão uma nova assembléia no dia 25 de outubro para decidir, caso as negociações não avancem, pela pa-

ralisação total. Em nota, a assessoria de imprensa da Fundação Casa afirma que ainda não tomou conhecimento da pauta de reivindicações do sindicato e que, quando recebê-la, agendará reunião com os representantes do Sitraemfa. A instituição informa que, nos últimos três anos, concedeu 18% em reajustes. De 2005 a 2007, os reajustes superam todas as medições de inflação do período. A Fundação também lembra que houve aumento nos valores do vale-refeição e de outros benefícios. Por último, o governo frisa que todas as unidades estão funcionando normalmente. (AE)

Encontrado corpo de surfista no Guarujá

D

epois de três dias e meio de buscas, o Corpo de Bombeiros encontrou ontem o corpo do surfista Tony Andreo Villela, de 32 anos, desaparecido no último domingo no mar do Guarujá, litoral sul de São Paulo. O corpo foi localizado por volta das 15h na praia da Enseada, vizinha da praia de Pitangueiras, local do desaparecimento. Ele estava boiando a cerca de 100 metros da faixa da areia quando foi avistado pelos bombeiros que sobrevoavam a área em helicóptero. A irmã do surfista, Gisele Andreo Dutra, identificou o corpo no Instituto Médico-Legal (IML) do Guarujá.

Villela desapareceu por volta das 9h da manhã de domingo, depois de entrar no mar para tentar resgatar quatro surfistas no canto do Maluf, na praia de Pitangueiras. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Maurício Machado Cunha, Villela conseguiu salvar dois deles, sendo que os outros dois conseguiram sair sozinhos da água. Forte e com experiência no mar, o surfista, nascido no Guarujá, trabalhou como guarda-vidas temporário em 2000. Suas cinzas deverão ser jogadas no mar, a partir da ilhota de Pompeba, na praia de Pitangueiras que, segundo a família, Villela adorava. (AE)


4 - ECONOMIA

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ambiente Educação Polícia Saúde

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CORPOS ESTAVAM DENTRO DE PNEUS

Fotos de Fábio Motta/AE

Ó RBITA

DOMÉSTICA

J

ulio Junqueira Ferreira, um dos cinco jovens de classe média alta do Rio de Janeiro que espancaram uma empregada doméstica, vai continuar preso. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o habeas-corpus pedido pela defesa do universitário para que ele aguardasse o julgamento da apelação em liberdade. Ferreira foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão em regime semiaberto e pagamento de multa. Na madrugada de 23 de junho de 2007, ele e mais quatro estudantes agrediram, com chutes na cabeça, a doméstica Sirley Dias. Ela aguardava o ônibus para voltar para casa. Os jovens também roubaram sua bolsa. Ao serem presos, eles disseram ter confundido a mulher com uma prostituta. O crime foi testemunhado por um taxista, que anotou a placa do carro de um dos rapazes. Na decisão, o STJ destacou que o ato provocou comoção social em todo o País, sendo noticiado por vários meios de comunicação, deixando intranqüilos os cidadãos, até mesmo em face da sua crueldade e futilidade. (AE)

RIO: POLÍCIA ACHA 4 CORPOS QUEIMADOS

A

polícia encontrou ontem no alto do morro do Adeus, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, os corpos carbonizados de quatro homens. Os corpos ainda não foram identificados, mas um deles seria do traficante Antônio de Souza Ferreira, o Tota, chefe do tráfico de drogas no Alemão. Os corpos estavam na localidade conhecida como Areal, dentro de pneus, e os homens teriam sido executados na segunda-

feira por bandidos da mesma facção, o Comando Vermelho. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, confirmou a informação. Segundo Beltrame, há indícios de que traficantes do "comando superior" do CV teriam ordenado a matança. "Esse comando é formado por pessoas que estão presas. Pode ter sido o Marcinho VP ou o (Fernandinho) BeiraMar. Não excluímos nenhuma hipótese", disse Beltrame. (ABr)

STJ NEGA TRANSFERÊNCIA DE BEIRA-MAR

O

Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou ontem o pedido para a transferência de Luiz Fernando Costa, o Fernandinho Beira-Mar, para uma prisão no Rio de Janeiro. O pedido dos advogados de Beira-Mar é para que o STJ providencie a transferência do preso até o julgamento final do habeas-corpus. Os advogados alegam que excedeu o prazo legal previsto para ele

permanecer no presídio federal e havia descumprimento de decisões do próprio tribunal, que permitiria ao juízo do Rio de Janeiro executar as penas impostas ao traficante. Em junho, o STJ já havia negado pedido de Beira-Mar para deixar o presídio em Campo Grande (MS). Os advogados se justificam reafirmando que o preso necessita cumprir a sentença perto da família. (AE)

3 Homens foram encontrados mortos durante megaoperação da Polícia Civil, no Rio.


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Ambiente Educação Transpor te Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pelo menos 22 bancos especiais para passageiros obesos já foram instalados pela CPTM.

LEI OBRIGA ASSENTOS NOS TRENS

O banco é para gordinhos, mas acomoda quase uma família

Fotos de Milton Mansilha/Luz

Ao lado, Simone Maria de Jesus Silva, de 36 anos, e seu filho Clayton, de três anos. Todas as noites, mãe e filho aproveitam para descansar no banco enquanto esperam o trem. Por falta de um símbolo visual que identifique uma pessoa obesa, não há placas informativas sobre o destino correto do banco. Segundo vigilantes da CPTM, bancos também são utilizados por casais de namorados.

Estações da CPTM ganham assentos especiais para obesos Ricardo Osman

Newton Santos/Hype - 22/08/2008

A

lgumas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ganharam um tipo diferente de banco. Foram instalados assentos feitos de fibra de vidro, de pouco mais de um metro de comprimento e pintados na cor branca. A novidade foi desenvolvida especialmente para acomodar um passageiro gordinho, ou gordinha, com conforto, enquanto esperam pelo trem nas plataformas. Aos poucos, todas as estações terão bancos destinados a passageiros obesos. Até o momento, ao menos 22 bancos especiais já foram instalados. A estação Comendador Ermelino, na zona leste da Capital, já recebeu seu par de assentos brancos. Mas, segundo um vigilante da estação, não é comum ver gordinhos ou gordinhas por ali. "São os casais de namorados que estão usando", disse o vigilante na tarde de ontem. Não se pode dizer que os namorados se apropriaram daqueles bancos de má-fé. Nenhuma placa informa aos usuários qual a função daqueles bancos, pois não há um símbolo visual para identificar pessoas obesas, segundo explicaram funcionários da CPTM. A convite do Diário do Comércio, o eletricista Sandro Rodriguez de Almeida, de 39 anos, que pesa 105 quilos, sentou-se em um dos bancos. "É um banco avantajado", disse ele, revelando certo incômodo com o tamanho do assento. Uma mulher gordinha se negou a fazer o teste. Quem sempre ocupa um daqueles bancos no início da noite é Simone Maria de Jesus Silva, de 36 anos, e seu filho Clayton, de três anos. Ela trabalha em uma creche em Ermelino Matarazzo e mora em Itaquaquecetuba. "Sento aqui com meu filho porque o banco está sempre de-

A partir das 20h30, de segunda a sexta, o último vagão das composições receberá bicicletas

Viajar com a bicicleta, a novidade do metrô Rejane Tamoto

Lei estadual obriga a instalação dos bancos especiais nas estações e trens

Sandro Rodrigues, que fez o teste de conforto: "banco avantajado"

socupado", disse Simone, que também desconhecia o destino oficial do assento. Segundo a CPTM, os bancos foram desenvolvidos a partir

de 2007, para atender uma lei estadual. A lei prevê também os bancos especiais dentro dos trens, o que, segundo a empresa, está sendo providenciado.

V

iajar de metrô com a 'magrela' não é mais um benefício restrito aos ciclistas de 'fim de semana'. Agora, até quatro ciclistas por vez podem utilizar o último vagões de cada composição do metrô de segunda-feira a sexta-feira, a partir das 20h30 até o último trem. O horário de acesso dos ciclistas ao metrô também foi estendido aos fins de semana e feriados. A partir de sábado, o acesso será permitido das 14h à 1h de domingo, dia no qual o acesso é liberado das 4h40 à meia-noite, assim como aos feriados. "A iniciativa é bacana porque poderei fazer percursos mais longos durante a semana. Aos sábados ou domingos costumo pegar o metrô na estação Ipiranga, perto de casa, e vou até a estação Santana para pe-

dalar no Parque da Juventude", conta o orçamentista Claudio Bianor França, de 38 anos, ciclista há 6. Já o analista de sistemas Leonardo Cuevas, de 34 anos, concorda que a permissão para entrar com a bicicleta no metrô durante a semana é uma conquista, mas poderia ser ampliado. "Eu trabalho das 9h às 18h. Por enquanto, usarei o metrô só por lazer", disse. Desde fevereiro de 2007, a entrada de bicicletas é permitida no metrô aos finais de semana e feriados, período em que circulam por toda a rede cerca de 400 ciclistas. Até o final deste mês, o Metrô promete aumentar a oferta de vagas para a guarda de bicicletas nas estações, que passarão de 100 para 350. Além disso, deve entrar em operação o serviço de empréstimo de bicicletas, inspirado no modelo pioneiro de Paris. "Além

de atender a grande demanda de ciclistas o Metrô contribui para a melhoria do trânsito e do meio ambiente", disse o gerente de operações do Metrô, Wilmar Fratini. O Presidente do Clube dos Amigos da Bike (CAB), Sergio Augusto Affonso, de 37 anos, considera que embora a iniciativa seja pequena, favorece o uso da bicicleta na sociedade. O CAB chega a reunir até 300 ciclistas para os passeios noturnos e tem em seu cadastro 17 mil deles na cidade. "Há cinco anos, chegávamos na catraca com a bicicleta e o funcionário já fazia não com a cabeça. Este posicionamento mud o u e, p e l a p r i m e i ra ve z , utilizamos o serviço com cidadania", disse. Para Affonso a ampliação do horário terá ibope. "Mesmo que não dê para ir ao trabalho, o ciclista pode usar a bicicleta para pegar um cinema em dias de semana", disse.

Governo endurece com policiais em greve Toda e qualquer negociação só será feita depois que os policiais civis de São Paulo retornarem ao trabalho. Cai o número de Boletins de Ocorrência.

O

governo paulista res o l ve u e n d u re ce r com os policiais civis em greve. O secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo, afirmou ontem que as negociações só serão retomadas quando a paralisação acabar. "O governo não trabalha sob pressão. Essa greve não contribui em nada", afirmou. Segundo ele, não haverá nova proposta, nem mesmo as já feitas serão encaminhadas à Assembléia Legislativa, enquanto o movimento não acabar. Beraldo fez um apelo para que os policiais garantam o atendimento à população e não descartou a possibilidade de a Polícia Militar registrar boletins, como já ocorreu em Botucatu. No segundo dia de greve dos policiais civis, as entidades de classe comemoraram um aumento de adesão ao movimento. Até as 19h de on-

Tiago Queiroz/AE

tem, o número de boletins de ocorrências registrado nos 93 DPs da Capital havia sido 57,5% inferior ao computado na segunda-feira, último dia útil antes da greve. "O governo não negocia com a greve? Ora, ele não negociou sem a greve. Desde fevereiro tentamos abrir negociação", afirmou o delegado André Dahmer, da Associação dos Delegados de Polícia. Um grupo de delegados protestou na frente das delegacias dos Jardins e do ItaimBibi. Cerca de dez pessoas distribuíram panfletos e exibiram seus holerites. Segundo eles, a adesão só não é total porque os policiais estão sofrendo pressão para não aderir. "Os diretores ficam ameaçando a gente com ‘bondes’, que é transferir os delegados para DPs longe de onde moramos", diz a delegada Karla Regina. (AE)

Ontem à tarde, um grupo de policiais civis fez protesto em frente aos Distritos Policias do Itaim Bibi e dos Jardins


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - ECONOMIA CRBS S.A. CNPJ nº 56.228.356/0001-31 NIRE nº 52.300.008.182 CERTIDÃO Ata da Assembléia Geral Ordinária da CRBS S.A. (“Companhia”), realizada em 25 de abril de 2008, lavrada na forma de sumário: CERTIDÃO - JUCESP nº 152.881/08-6 em 15.05.08. Cristane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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CNPJ nº 33.719.311/0001-64 NIRE 35.300.160.321 CERTIDÃO Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária da Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A. (“Companhia”), realizadas, cumulativamente, em 25 de abril de 2008, lavrada na forma de sumário: CERTIDÃO - JUCESP nº 152.880/08-2 em 15.05.08. Cristane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Brazul Transporte de Veículos Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença Prévia e de Instalação 16000244, para a instalação de novo equip. em posto de abastecimento próprio à Av. Servidei Demarchi, 2750 - 09820-000 - Demarchi - São Bernardo do Campo - SP.

PREFEITURA DE FRANCA AVISO DE REABERTURA DE PRAZO Processo nº 22.561/08 A PREFEITURA DE FRANCA faz público que se encontra aberto o PREGÃO PRESENCIAL Nº 007/08, tipo MENOR PREÇO. Objeto: Aquisição de veículos tipo caminhão, furgão e veículos de passeio. Fica alterada a data da entrega dos envelopes contendo a proposta e habilitação na Divisão de Compras e Licitações, situada na Rua Frederico Moura, 1517 - 1º andar do paço Municipal - Cidade Nova, para às 14h00 do dia 1º de outubro de 2008, onde ocorrerá o processamento do Pregão. O Edital, com todas as informações, está à disposição no site desta Prefeitura, www.franca.sp.gov.br. Franca, 16 de setembro de 2008. Sérgio Luiz Romero Gerbasi Pregoeiro

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

FDE AVISA: CONCORRÊNCIAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: CONCORRÊNCIA N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÀREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1907/08/01 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador, de sala de aula e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof João Caly - Rua Antônio Maciel de Oliveira, 285 - Cidade Intercap - Taboão da Serra/SP – 300 - 1.312,82 - R$ 205.657,00 – R$ 20.565,00 – 09:30 – 21/10/2008. 05/1909/08/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - Terreno Jardim Riviera / João Baptista M. Martins - Estrada Pedroso, s/nº Jardim Riviera - Santo André/SP – 240 - 3.972,18 - R$ 470.153,00 – R$ 47.015,00 – 10:00 – 21/10/2008. 05/1976/08/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador; construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio escolar - Terreno Vila Any/Cid Augusto Guelli - Rua Braga, 100 - Vila Any - Guarulhos/SP – 240 – 4.111,20; EE Prof. Cid Augusto Guelli - Rua Braga, 100 - Vila Any III - Guarulhos/SP - Substituição / Reforma – Etapa 1 = 30; Substituição / Reforma / Adequação – Etapa 3 = 180; Substituição – Etapa 4 = 180 - 2.177,92 - R$ 962.652,00 – R$ 96.265,00 – 10:30 – 21/10/2008. 05/1998/08/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Construção de sala de aula - Terreno Cond. Res. Village II - Rua Henrique Giovanni Xavier, s/nº - Parque Res. Scaffidi II - Itaquaquecetuba/SP – 240 - 2.232,75 - R$ 289.729,00 – R$ 28.972,00 – 11:00 – 21/ 10/2008. 05/2089/08/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - Terreno Chb Lajeado B - Rua Isabela (Área institucional - Quadra C - Lote 2), 100 Jardim Lajeado - Guaianazes - São Paulo/SP – 240 - 3.095,69 - R$ 478.645,00 – R$ 47.864,00 – 11:30 – 21/10/2008. 05/2274/08/01 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Clovis Rene Calabrez - Rua Freguesia da Cachoeira, 77 - Vila 1º de Outubro - São Paulo/SP – 270 - 2.003,84 - R$ 319.513,00 – R$ 31.951,00 – 14:00 – 21/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República – CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 18/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 20/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1891/08/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Antonio de Padua Prado - Rua Serafin Gilberto Candello, 1.139 - Jardim Morada do Sol - Indaiatuba/SP - 150 - 30,19 - R$ 42.212,00 - R$ 4.221,00 - 09:30 - 06/10/2008. 05/1893/08/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Pedro Augusto Barreto - Rua Coronel Francisco Rodrigues, 380 - Centro - Areiópolis/SP - 150 - 100,47 - R$ 82.185,00 - R$ 8.218,00 - 10:00 - 06/10/2008. 05/1898/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Dr. Samuel de Castro Neves - Estr. para o Limoeiro, 56 - Santana - Piracicaba/SP - 90 - R$ 24.737,00 - R$ 2.473,00 - 10:30 - 06/10/2008. 05/1914/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. José Odin de Arruda - Av. Salvador Milego, 400 - Jd. Vera Cruz - Sorocaba/SP; EE Prof. Marco Antonio Mencacci - Est. da Rancharia, 330 - Jd. Josane - Sorocaba/ SP; EE Prof. José Quevedo - Av. Paraná, 3.726 - Cajuru do Sul - Sorocaba/SP - 120 - R$ 93.954,00 - R$ 9.395,00 - 11:00 - 06/10/2008. 05/1915/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Américo Belluomini - Rua Profª Alice Sulli Nonato, 54 - Vila Progresso - Valinhos/SP; EE Profª Maria Neiva Abdelmassih Justo - Rua Primo Zanella, 121 - Jd. América II - Valinhos/SP - 150 - R$ 58.725,00 - R$ 5.872,00 - 11:30 - 06/10/2008. 05/1916/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Milton Leme do Prado - Rua Luiz Vaz de Camões, s/nº - Vila B. Faria Lima - Indaiatuba/SP - 150; EE Profª Maria Apparecida Pinto da Cunha - Rua Rev. Ataides Costa, s/nº - Pq. das Nações - Indaiatuba/SP - 120 - R$ 63.433,00 - R$ 6.343,00 - 14:00 - 06/10/2008. 05/1917/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Manoel Ignacio da Silva - Rua Luiz Camilo de Camargo, 355 - Remanso Campineiro - Hortolândia/SP; EE Maristela Carolina Mellin - Rua Valdevino Isidoro Marciano, 174 - Jd. Minda - Hortolândia/SP - 90 - R$ 50.317,00 - R$ 5.031,00 - 14:30 - 06/10/2008. 05/1934/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Antonio Lucas - Rua Benedito Cordeiro, 255 - Jd. Novo Horizonte - Rio Grande da Serra/SP - 120 - R$ 32.404,00 - R$ 3.240,00 - 15:00 - 06/10/2008. 05/1944/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Antonio Fernandes - Rua Prof Antonio Fernandes, s/nº - Vila Tupi - Registro/SP; EE Prof. Pascoal Grecco - Est. Taquarucu, s/nº - Taquarucu - Registro/SP - 90 - R$ 60.357,00 - R$ 6.035,00 - 15:30 - 06/10/2008. 05/1949/08/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Brasilina Valente - Av. Kizaemon Takeuti, 60 - Jardim Castilho - Embu/ SP - 210 - R$ 46.247,00 - R$ 4.624,00 - 16:00 - 06/10/2008. 05/1959/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE/EMEF Simpliciano C. de Almeida/Ari Antunes de Moura - Rua Salatiel David Muzel, 1.515 - Centro - Nova Campina/SP - 120 - R$ 34.400,00 - R$ 3.440,00 - 16:30 - 06/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 18/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 03/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

ABERTURA DE LICITAÇÃO Site: www.riopreto.sp.gov.br Modalidade: Concorrência de Preços nº 026/2008 Objeto: Alienação da área com 2.865,82m², objeto da matrícula nº 54.121 do 1º ori, localizada no Distrito Industrial Dr. Waldemar de Oliveira Verdi. Limite p/entrega dos envelopes 20/10/2008 às 17h00min e abertura dia 21/10/2008 às 08h30min. Modalidade: Concorrência de Preços nº 027/2008 Objeto: Registro de preços para aquisição de almofada para carimbo, apagador, apontador, caderno brochura e outros destinados às unidades da Sec. Mun. Saúde. Limite p/entrega dos envelopes 20/10/2008 às 17h00min e abertura dia 21/10/2008 às 09:00h. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CERÂMICA DA LOUÇA DE PÓ DE PEDRA, DA PORCELANA E DA LOUÇA DE BARRO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SINDILOUÇA EDITAL DE CONVOCAÇÃO Convocamos, de acordo com o disposto no artigo 612 da CLT, todos os integrantes da categoria do 13º Grupo (Art. 577 da CLT), representados pelo Sindicato acima em epígrafe, para se reunirem em AGE no próximo dia 25 de setembro de 2008, em primeira convocação às 09h30 e, caso não haja número legal, às 10h00 em segunda convocação, com qualquer número de presentes, na Sede da FIP, sita à Rua Siqueira Campos, 111 - 1º andar - Pedreira/SP, para o fim especial de: a) estudar, discutir, aprovar ou não, as reivindicações postuladas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica de Louça de Pó de Pedra, da Porcelana e da Louça de Barro de Pedreira, autorizando o Sindicato a discutir e aprovar as reivindicações que constam na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho; b) contribuição assistencial das empresas para com este Sindicato Patronal; e c) outros assuntos gerais de interesse do Sindicato. São Paulo, 18 de setembro de 2008. Nelson Ferreira Dias - Presidente

Santa Luzia Energética S/A CNPJ/MF nº 08.377.974/0001-09 – NIRE nº 35.300.335.422 Ata de Assembléia Geral Extraordinária realizada em 22 de agosto de 2008 Data, Hora e Local: 22/08/2008, 10:00 horas, sede social. Convocação: Dispensada. Presença: 100%. Mesa: Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Deliberações Unânimes: A) Aprovada contratação da operação de financiamento no valor de R$ 91.350.000,00 junto ao Banco do Brasil, conforme Decisão Dir. 0643/2008 BNDES e Contrato de Financiamento BNDES operação nº 1.797.498 “Contrato de Financiamento”, destinado à implantação da PCH Santa Luzia, de 28,5 MW. Autorizado qualquer Diretor da Cia. a praticar todos os atos necessários à formalização do contrato em referência; B) Aprovadas as condições para distribuição de dividendos, ficando ajustado que a Cia. somente fará distribuição de dividendo e/ou juros sobre o capital próprio após alcançar o desempenho econômico-financeiro previsto no “Contrato de Financiamento”, e após obter prévia e expressa anuência do Banco do Brasil, foram aprovadas ainda todas as obrigações contratuais previstas no referido contrato. São Paulo, 22/08/2008. (aa) Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Certidão Jucesp nº 285.966/08-0 em sessão de 01/09/2008.

CRBS S.A. CNPJ nº 56.228.356/0001-31 - NIRE 35.300.199.448 CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os acionistas da CRBS S.A. (“Companhia”) para se reunirem no dia 26 de setembro de 2008, às 9:30 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Antarctica, 1.891 (parte), Fazenda Santa Úrsula, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, em Assembléia Geral Extraordinária, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: (i) aprovar o cancelamento de ações ordinárias de emissão da Companhia mantidas em tesouraria, sem diminuição do seu capital social; (ii) grupamento de ações da Companhia na proporção de 500.000 por uma, bem como definir os procedimentos relativos à implementação da deliberação adotada, no tocante às frações de ações resultantes do grupamento, e, conseqüentemente, alterar o artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, que dispõe sobre o capital social e sua divisão em ações; e (iii) consolidação do Estatuto Social da Companhia. Jaguariúna, 16 de setembro de 2008. Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond - Diretor Geral. (17,18,19)

CPM BRAXIS S.A. CNPJ/MF nº 65.599.953/0001-63 - NIRE 35.300.178.815 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de aabril bril de 2008 1. Da ta, hora e local Data, local: Aos 30 de abril de 2008, às 15:00 hs, na sede social na Alameda Araguaia, nº 1930, Barueri/SP. 2. Convocação e presenças presenças: Dispensada a convocação, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas. 3. Mesa Mesa: Dia: (i) tomar as contas da admiPresidente: Jair Ribeiro da Silva Neto; Secretário: André Jacintho Mesquita. 4. Ordem do Dia nistração, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/ Deliberações: Os Srs. Acionistas tomaram, por unanimidade, 2007; e (ii) deliberar sobre a distribuição de dividendos. 5. Deliberações e sem reservas ou ressalvas, as seguintes deliberações: (i) Aprovar as demonstrações financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2007, conforme publicadas no DiOESP e no Diário do Comércio, e previamente disponibilizadas aos acionistas. (ii) Em virtude da existência de prejuízos no exercício de 2007 e prejuízos acumulados, tura e Aprovação da Ata vratura Lavra não foram distribuídos dividendos. 6. Encerramento, La Ata: Nada mais havendo a ser tratado, vra foi a presente ata lavrada, lida, conferida e por todos assinada. Presidente: Jair Ribeiro da Silva Neto; Secretário: André Jacintho Mesquita. Acionistas: CPM Holdings Ltd., Braxis Tecnologia da Informação S.A., Braxis ERP Software S.A., SBS Serviços de Informática Ltda., Softinvest Participações e Administração S.A., GIF II Fundo de Investimento em Participações, União Participações Ltda., Serpartners Participações e Administração S.A., BDS Technology LLC, Jair Ribeiro da Silva Neto, Antonio Carlos Rego Gil, Rômulo Mello Dias, José Luiz Acar Pedro, Giampaolo Maria Sisto Felice Baglioni, Ettore Victor Biagioni e David Shpilberg. A presente ata é cópia fiel da ata lavrada no “Livro de Registro de Atas de Assembléias Gerais”. Barueri, 30 de abril de 2008. Mesa: Jair Ribeiro da Silva Neto. Presidente; André Jacintho Mesquita, Secretário. JUCESP. Registro nº 307.087/08-6, em 19/05/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

EULER DO BRASIL SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A. - CNPJ/MF nº 05.809.815/0001-30 - NIRE 35.300.196.546 - ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO REALIZADA EM 06 DE NOVEMBRO DE 2002. Data, Hora e Local: Aos 6 (seis) dias do mês de novembro de 2002, às 14:00 horas, nesta Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, nº 2335, conj. 52, os abaixo assinados: (1) Euler do Brasil Serviços Ltda., sociedade por quotas de responsabilidade limitada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, nº 2335, conj. 51, inscrita no CNPJ/MF sob nº 03.543.537/0001-96, com seus atos constitutivos devidamente arquivados perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o NIRE 35216053136, em sessão de 06.12.99, neste ato representada por seu Gerente, nos termos do artigo 15 de seu Contrato Social, Sr. Marc Constantin Cambourakis, francês, casado, securitário, portador do RNE nº V342621-Z SE/DPMAF/DPF e inscrito no CPF/MF sob o nº 228.691.778-79, residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, na Alameda Casa Branca, nº 1177, apto. 13-C, Jardim Paulista - CEP 01408-001; e (2) Euler & Hermes S.A., sociedade existente de acordo com as leis da França, com sede em 1, rue Euler - 75008, Paris, França, neste ato representada por seu bastante procurador, Sr. Marc Constantin Cambourakis, acima qualificado, conforme instrumento de mandato, cuja cópia é anexada ao presente instrumento; reuniram-se com o propósito de constituir uma Sociedade por Ações sob a denominação de “Euler do Brasil Seguros de Crédito à Exportacão S.A.” Assumindo a presidência da mesa o Sr. Marc Constantin Cambourakis, convidou a mim, Jean Charles Freimuller, para secretariar os trabalhos. Ordem do Dia: (i) constituição da Euler do Brasil Seguros de Crédito à Exportação S.A. por subscrição particular de ações; (ii) fixação do capital social; (iii) aprovação do Estatuto Social; (iv) eleição da Diretoria; e (v) demais matérias de interesse da Companhia. Deliberações: (i) Constituir a Euler do Brasil Seguros de Crédito à Exportação S.A., com sede nesta Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, 2335, conj. 52 - CEP 01419-002, a qual tem como objeto social a exploração de operações de seguro de crédito à exportação, conforme definido na legislação em vigor; e a participação, como sócia, acionista ou quotista, em outras sociedades, no Brasil e/ou no exterior, observada a legislação aplicável. (ii) Fixar o capital social da Companhia, nos termos da Resolução CNSP nº 73/02, em R$ 7.226.753,00 (sete milhões, duzentos e vinte e seis mil, setecentos e cinqüenta e três reais), dividido em 7.226.753 (sete milhões, duzentas e vinte e seis mil, setecentas e cinqüenta e três) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, as quais foram inteiramente subscritas e parcialmente integralizadas nesta data, ao preço de emissão de R$ 1,00 (um real) cada, conforme Boletim de Subscrição (Anexo I à presente Ata) e recibo de depósito realizado junto ao Banco do Brasil S.A., no valor de R$ 3.672.000,00 (três milhões, seiscentos e setenta e dois mil reais), referente à integralizaçâo de 50,81% (cinqüenta vírgula oitenta e um por cento) do capital social subscrito da Companhia (Anexo II à presente Ata). Após o preenchimento do Boletim de Subscrição, verificou-se que: (a) Euler do Brasil Serviços Ltda., acima qualificada, subscreveu 3.672.000 (três milhões, seiscentas e setenta e duas mil) ações ordinárias nominativas, equivalentes a R$ 3.672.000,00 (três milhões, seiscentos e setenta e dois mil reais), e integralizou 100% (cem por cento) desse total em moeda corrente nacional; e (b) Euler & Hermes S.A., acima qualificada, subscreveu 3.554.753 (três milhões, quinhentas e cinqüenta e quatro mil, setecentas e cinqüenta e três) ações ordinárias nominativas, equivalentes a R$ 3.554.753,00 (três milhões, quinhentos e cinqüenta e quatro mil, setecentos e cinqüenta e três reais), e integralizará 100% (cem por cento) das ações subscritas até o dia 8 de novembro de 2002, mediante o aproveitamento de remessa de numerário a ser efetuada por meio do Contrato de Câmbio Tipo 3; (iii) Foi aprovado, sem qualquer ressalva, o projeto do Estatuto Social da Companhia, cujo teor é o seguinte: “ESTATUTO SOCIAL da EULER DO BRASIL SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A. - CAPÍTULO I - DENOMINAÇÃO, SEDE, OBJETO E DURAÇÃO- ARTIGO 1º - EULER DO BRASIL SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A., é uma sociedade por ações, regida pelo disposto no presente Estatuto Social e pelas disposições legais e regulamentações que lhe forem aplicáveis. Artigo 2º - A Companhia tem sua sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, nº 2335, conjunto 52. Parágrafo Único - A Companhia poderá, por deliberação da Diretoria, manter sucursais, filiais ou agências em qualquer localidade do território nacional e/ou no exterior. Artigo 3º - A Companhia tem por objeto social a exploração de operações de seguros de crédito à exportação; e a participação, como sócia, acionista ou quotista, em outras sociedades, no Brasil e/ou no exterior, observada a legislação aplicável. Artigo 4º - A Companhia terá prazo de duração indeterminado. CAPÍTULO II - CAPITAL SOCIAL - Artigo 5º - O capital social da Companhia, totalmente subscrito, é de R$ 7.226.753,00 (sete milhões, duzentos e vinte e seis mil, setecentos e cinqüenta e três reais), dividido em 7.226.753 (sete milhões, duzentas e vinte e seis mil, setecentas e cinqüenta e três) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. Parágrafo 1º - As ações representativas do capital social são indivisíveis em relação à Companhia. Parágrafo 2º - A propriedade das ações representativas do capital social da Companhia será presumida pela anotação nos livros sociais competentes, sendo que, caso a Assembléia Geral delibere emitir títulos ou certificados representativos de ações, estes serão assinados por 2 (dois) Diretores. Parágrafo 3º - À Companhia é facultado emitir ações sem guardar proporção com as espécies e/ou classes de ações já existentes, ou que possam vir a existir, desde que o número de ações preferenciais sem direito de voto não ultrapasse o limite de 50% (cinqüenta por cento) do total do capital social. Parágrafo 4º - As ações preferenciais não terão direito a voto e terão prioridade no reembolso do capital social no caso de liquidação da Companhia. Parágrafo 5º - A cada ação ordinária nominativa corresponde um voto nas deliberações das Assembléias Gerais. Parágrafo 6º - Os acionistas têm preferência para a subscrição de ações da Companhia, na proporção das ações já possuídas anteriormente. CAPÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO - Artigo 6º - A Companhia será administrada por uma Diretoria composta de, no mínimo, 02 (dois) e, no máximo, 04 (quatro) membros, acionistas ou não, residentes no País, sendo 1 (um) Diretor Presidente e até 3 (três) Diretores sem designação específica, observados os requisitos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pela Assembléia Geral, cujo prazo de mandato será de 2 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo 1º - A Diretoria é o órgão de representação da Companhia. Parágrafo 2º - É expressamente vedado e será nulo de pleno direito o ato praticado por qualquer administrador, procurador ou funcionário da Companhia que a envolva em obrigações relativas a operações e negócios estranhos ao objeto social, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, se for o caso, a que estará sujeito o infrator deste dispositivo. Parágrafo 3º - Findo o mandato, os Diretores permanecerão em seus cargos até a investidura de seus sucessores. Os Diretores serão investidos em seus cargos mediante assinatura de Termo de Posse lavrado no livro respectivo, após a homologação de seus nomes pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, prestando as informações exigidas por lei, independentemente de caução. Artigo 7º - A remuneração dos membros da Diretoria, inclusive benefícios de qualquer natureza e verbas de representação, tendo em vista suas responsabilidades, o tempo dedicado às suas funções, sua competência e reputação profissional e o valor de seus serviços no mercado, serão fixados anualmente pela Assembléia Geral. Artigo 8º - No caso de ausência ou incapacidade temporária de qualquer Diretor, este deverá ser substituído interinamente por substituto designado pela Diretoria entre seus membros. No caso de vaga em decorrência de renúncia, falecimento ou incapacidade permanente de qualquer membro, ou de sua recusa em cumprir suas respectivas obrigações, o Diretor deverá ser substituído por substituto designado pela Diretoria entre os seus membros, até o preenchimento do cargo pela primeira Assembléia Geral que vier a ser realizada, devendo o Diretor substituto completar o mandato do Diretor substituído. Artigo 9º - A Diretoria é o órgão executivo da Companhia, cabendo-lhe assegurar o funcionamento regular desta, tendo poderes para praticar todos e quaisquer atos relativos aos fins sociais, exceto aqueles que por Lei ou pelo presente Estatuto Social dependam de prévia aprovação da Assembléia Geral. Artigo 10 - A Diretoria reunir-se-á por convocação do Diretor Presidente sempre que os negócios e interesses sociais exigirem. Parágrafo 1º - As reuniões da Diretoria serão convocadas pelo Diretor-Presidente e serão instaladas com a presença da maioria dos Diretores em exercício. Parágrafo 2º - As reuniões da Diretoria realizar-se-ão na sede social, e das mesmas serão lavradas atas no competente Livro de Registro de Atas de Reuniões de Diretoria. As deliberações serão aprovadas por maioria de votos dos Diretores presentes, cabendo ao Diretor Presidente, além do próprio voto, o de qualidade, no caso de empate. Artigo 11 - Compete fundamentalmente aos Diretores: (a) zelar pela observância da Lei e deste Estatuto Social; (b) coordenar o andamento das atividades normais da Companhia, incluindo a implementação das diretrizes e o cumprimento das deliberações tomadas em Assembléias Gerais e nas suas próprias reuniões; (c) administrar, gerir e superintender os negócios sociais; (d) emitir e aprovar instruções e regulamentos internos que julgar úteis ou necessários; e (e) deliberar sobre a criação ou extinção de sucursais, filiais ou agências. Parágrafo 1º - A representação ativa e passiva da Companhia, nos atos e operações de gestão ordinária dos negócios sociais, tais como a assinatura de escrituras de qualquer natureza, as letras de câmbio, os cheques, as ordens de pagamento, os contratos e, em geral, quaisquer outros documentos ou atos que importem responsabilidade ou obrigação para a Companhia ou que a exonere de obrigações para com terceiros, incumbirão e serão obrigatoriamente praticados: (a) pelo DiretorPresidente, individualmente; ou (b) por um Diretor sem designação específica em conjunto com um procurador; ou (c) por 2 (dois) procuradores em conjunto, desde que investidos de especiais e expressos poderes. Parágrafo 2º - A representação da Companhia, em juízo ou fora dele, ativa e passivamente, ou perante quaisquer repartições públicas ou autoridades federais, estaduais ou municipais competirá a um Diretor ou a um bastante procurador, cujos poderes estejam especificados no instrumento de mandato. Parágrafo 3º - As procurações em nome da Companhia serão outorgadas individualmente pelo Diretor-Presidente ou por 02 (dois) Diretores sem designação específica, em conjunto, devendo especificar os poderes conferidos e, com exceção daquelas para fins judiciais, terão período de validade limitado a, no máximo, 01 (um) ano. Artigo 12 - Sem prejuízo das demais atribuições da Diretoria fixadas pelo

presente Estatuto Social e em lei, compete, especialmente (a) ao Diretor-Presidente, convocar e presidir as reuniões de Diretoria, planejar, supervisionar, coordenar, dirigir e administrar todas as atividades da Companhia, exercendo funções decisórias e executivas; (b) ao(s) Diretor(es) sem designação específica, substituir o Diretor-Presidente em suas ausências e impedimentos, e auxiliar o DiretorPresidente no planejamento, supervisão, coordenação, direção e administração das atividades da Companhia. Parágrafo Único - Deverá ser atribuída a um dos diretores, no momento de sua eleição, a função de Diretor de Relações com a SUSEP, para prestar todas as informações solicitadas pela SUSEP, bem como indicar funcionário para atuar perante a SUSEP na área de atendimento ao público e defesa do consumidor, com poderes para equacionar demandas em contato permanente com a Divisão de Informação e Controle DINFO, da Gerência de Relações com o Público do Departamento de Fiscalização e os Departamentos e Representações Regionais da SUSEP. CAPÍTULO IV - DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS - Artigo 13 - Compete à Assembléia Geral as atribuições que lhe são conferidas por Lei e pelo presente Estatuto Social. Artigo 14 - As Assembléias Gerais realizar-se-ão, ordinariamente, até 31 (trinta e um) de março de cada ano e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem, sendo permitida a realização simultânea de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária. Artigo 15 - As Assembléias Gerais serão convocadas pela Diretoria, na forma da Lei, e instalar-se-ão, em primeira convocação, exceto nos casos em que maior quorum for determinado por Lei, com a presença de acionistas representando, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do capital social com direito a voto, e com qualquer número, em segunda convocação. Parágrafo 1º - As Assembléias Gerais serão presididas pelo Diretor-Presidente ou na sua ausência por um Diretor sem designação específica ou, na ausência de ambos, por acionista escolhido por maioria de votos dos presentes. Ao Presidente da Assembléia caberá a escolha do secretário. Parágrafo 2º - Os acionistas poderão ser representados nas Assembléias Gerais por procurador, nos termos da Lei, com poderes específicos, devendo a procuracão ficar arquivada na sede da Companhia. Artigo 16 - As deliberações serão tomadas, exceto nos casos previstos em Lei, neste Estatuto Social ou em Acordo de Acionistas devidamente arquivado na sede da Companhia, pelos votos de acionistas representando a maioria absoluta de votos dos presentes. CAPÍTULO V - DO CONSELHO FISCAL - Artigo 17 A Companhia terá um Conselho Fiscal de funcionamento não permanente, o qual será instalado a pedido de acionistas que representem a quantidade de ações fixada em Lei. Parágrafo 1º - O Conselho Fiscal, quando em funcionamento, será composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não, observada a qualificação e demais requisitos estabelecidos em lei. Parágrafo 2º - O funcionamento, a competência, os deveres e responsabilidades dos Conselheiros obedecerão ao disposto na legislação em vigor. Parágrafo 3º - Cada período de funcionamento do Conselho Fiscal terminará na Assembléia Geral Ordinária subseqüente à sua instalação. Parágrafo 4º - O pedido de funcionamento do Conselho Fiscal poderá ser apresentado em qualquer Assembléia Geral, procedendo-se, de imediato, à eleição dos seus membros. Parágrafo 5º - Quando em funcionamento, os membros efetivos do Conselho Fiscal farão jus aos honorários fixados pela Assembléia Geral, respeitado o limite mínimo legal. CAPÍTULO VI - EXERCÍCIO SOCIAL, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E LUCROS - Artigo 18 - O exercício social inicia-se em 1º de janeiro e encerra-se em 31 de dezembro de cada ano. Artigo 19 - Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar o balanço patrimonial e as demonstrações financeiras exigidas pela Lei, as quais, em conjunto, deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da Companhia e as mutações ocorridas no exercício. Parágrafo Único - A Diretoria poderá levantar balanços semestrais, trimestrais ou referentes a períodos inferiores, observadas as disposições legais. Artigo 20 - Do resultado apurado em cada exercício serão deduzidos, antes de qualquer outra participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto sobre a renda. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. Artigo 21 - Do lucro líquido do exercício, definido nos termos da Lei, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá 20% (vinte por cento) do capital social. Artigo 22 - No exercício em que o montante do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a Assembléia Geral poderá, por proposta da Diretoria, destinar o excesso à constituição de reservas de lucros a realizar. Artigo 23 - Do saldo restante, feitas as deduções e destinações referidas nos artigos antecedentes, será distribuído aos acionistas um dividendo de 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido, ajustado na forma da Lei, pagável no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua declaração, ressalvada a hipótese de deliberação em contrário da Assembléia Geral. Artigo 24 - O saldo apurado terá sua destinação fixada pela Assembléia Geral, observado o disposto em lei. Artigo 25 - Os dividendos não reclamados no prazo de 3 (três) anos, contados da data em que tenham sido postos à disposição dos acionistas, prescreverão em benefício da Companhia. Artigo 26 - A Diretoria poderá declarar dividendos intermediários, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral, nos termos da Lei. Artigo 27 - Por deliberação da Assembléia Geral, poderão ser pagos ou creditados aos acionistas, juros a título de remuneração sobre o capital próprio, até o limite permitido em lei, com base em balanços anuais e intermediários, cujo montante poderá ser imputado ao valor dos dividendos obrigatórios, nos termos da legislação aplicável. CAPÍTULO VII - DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO - Artigo 28 - A Companhia será dissolvida ou entrará em liquidação nos casos previstos na legislação aplicável ou por deliberação da Assembléia Geral. CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES GERAIS - Artigo 29 - Os casos omissos ou duvidosos serão resolvidos pela Assembléia Geral, em conformidade com a legislação em vigor. Artigo 30 - Os acordos de acionistas, versando sobre as matérias a que alude o artigo 118 da Lei nº 6.404/76, bem como quaisquer outras matérias, serão observados pela Companhia, uma vez arquivados na sede social.”; (iv) Em seguida foram eleitos, por unanimidade, para compor a Diretoria da Companhia, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em 2004, os Srs. MARC CONSTANTIN CAMBOURAKIS, francês, casado, securitário, portador do RNE nº V342621-Z SE/DPMAF/DPF e inscrito no CPF/MF sob o nº 228.691.778-79, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Casa Branca, nº 1177, apto. 13-C, Jardim Paulista, CEP - 01408-001, para o cargo de Diretor-Presidente, sendo também designado, nos termos do Parágrafo Único do Artigo 12 do Estatuto Social, para exercer as funções de Diretor de Relações com a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e responsável técnico da Companhia, e JEAN CHARLES FREIMULLER, suíço, separado judicialmente, securitário, portador do RNE nº V311920-B-SE/DPMAF/DPF e inscrito no CPF/MF sob nº 227.462.928-58, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Cordis Burgo, nº 261, Jardim Guedala, para o cargo de Diretor sem designação específica. Os Diretores ora eleitos declaram ter ciência do disposto no Artigo 147 da Lei nº 6.404/76 e na Resolução CNSP nº 65/01 e, sob as penas da lei, declaram que não estão incursos em quaisquer crimes que os impeçam de exercer atividades mercantis e tomarão posse após a homologação de seus nomes pela SUSEP; (v) Em decorrência das deliberações acima aprovadas, os acionistas autorizaram a Diretoria a tomar todas as providências legais e regulamentares necessárias para a obtenção da aprovação junto às autoridades governamentais competentes para regular o funcionamento da Companhia ora constituída; (vi) Foi fixado o valor da remuneração global anual para os administradores da Companhia em até R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) para o presente exercício social. O Diretor sem designação específica, Sr. Jean Charles Freimuller, acima declara que, por vontade própria, não receberá a remuneração a ele atribuída a título de pro-labore. (vii) Conselho Fiscal: Não foi solicitada a sua instalação para o presente exercício. Ata: Foi autorizada, pela unanimidade dos acionistas presentes, a elaboração da presente ata sob forma resumida. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram os trabalhos suspensos para a lavratura desta ata. Reabertos os trabalhos, foi a presente ata lida e aprovada, tendo sido assinada por todos os presentes. São Paulo, 6 de novembro de 2002. Mesa: Marc Constantin Cambourakis - Presidente; Jean Charles Freimuller - Secretário. Acionistas: Euler do Brasil Serviços Ltda. - p. Marc Constantin Cambourakis; Euler & Hermes S.A. - p.p. Marc Constantin Cambourakis. Diretores: Marc Constantin Cambourakis; Jean Charles Freimuller. Advogado responsável: Celma Pannunzio - OAB/SP: 104186. JUCESP nº 354.285/03-8, em 24/06/03. Roberto Muneratti Filho - Secretário-Geral. ANEXO I - BOLETIM DE SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL DA EULER DO BRASIL SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A. - R$ 7.226.753,00 (sete milhões, duzentos e vinte e seis mil, setecentos e cinqüenta e três reais), dividido em 7.226.753 (sete milhões, duzentas e vinte e seis mil, setecentas e cinqüenta e três) ações, todas ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Nome, Qualificação e Domicílio: Euler do Brasil Serviços Ltda., sociedade por quotas de responsabilidade limitada com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, nº 2335, conj. 51, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.543.537/0001-96, neste ato representada por seu Gerente, Sr. Marc Constantin Cambourakis, francês, casado, securitário, portador do RNE nº V342621-Z SE/DPMAF/DPF e inscrito no CPF/MF sob o nº 228.691.778-79, residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, na Alameda Casa Branca, nº 1177, apto. 13-C, Jardim Paulista; Quantidade de ações: 3.672.000; Valor da Subscrição (em reais): R$ 3.672.000,00; Valor, prazo e forma de integralização: R$ 3.672.000,00 à vista, em moeda corrente nacional. Nome, Qualificação e Domicílio: Euler & Hermes S.A., sociedade existente de acordo com as leis da França, com sede em 1, rue Euler - 75008, Paris, França, neste ato representada pelo seu bastante procurador, Sr. Marc Constantin Cambourakis, acima qualificado; Quantidade de ações: 3.554.753; Valor da Subscrição (em reais): R$ 3.554.753,00; Valor, prazo e forma de integralização: R$ 3.554.753,00 até o dia 8 de novembro de 2002, em moeda corrente nacional. São Paulo, 6 de novembro de 2002. Marc Constantin Cambourakis - Presidente; Jean Charles Freimuller - Secretário. Acionistas: Euler do Brasil Serviços Ltda. - p. Marc Constantin Cambourakis; Euler & Hermes S.A. - p.p. Marc Constantin Cambourakis.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Ipanema Comercial Exportadora e Importadora Ltda. - Requerido: XS Produtos Alimentícios Ltda.ME - Rua Madre de Deus, 1.309 - 1ª Vara de Falências Requerente: Almáquinas São Paulo Comércio e Locação de Máquinas Ltda. - Requerido: Helicônia Incorporadora Ltda. - Rua Gomes de Carvalho, 1.510 - 6º andar - 2ª Vara de Falências

Requerente: Maria Rosa Diniz Martin - Requerido: Tecnopé Indústria e Comércio Ltda. - Rua Faustolo, 1.722 - 2ª Vara de Falências Requerente: Pr imeira Linha Factoring Fomento Mercantil Ltda. Requer ido: Brinquedos Rissi Ltda. Rua Doutor Edgard Magalhães Noronha, 727 - 1ª Vara de Falências

ANÚNCIO DE MODIFICAÇÃO E PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE DISTRIBUIÇÃO DA 1ª SÉRIE DE COTAS SENIORES A PETRA – PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S/A. comunica a modificação da oferta e a prorrogação do prazo de distribuição, por mais 180 dias,

de até 1600 (um mil e seiscentas) cotas escriturais seniores da 1ª (primeira) série, cada cota com valor inicial de R$ 1.000,00

(um mil reais), totalizando R$ 1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais), para subscrição pública do

FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MULTISETORIAL RADICE LP As cotas subordinadas serão colocadas privadamente e corresponderão a, no mínimo, 60% do PL. Classificação preliminar de

VALOR TOTAL DA OFERTA PÚBLICA EM COTAS SENIORES

risco das cotas seniores:

R$ 1.600.000,00

Austin Rating

CÓDIGO ISIN: BRRDCECTF004

A+

CARACTERÍSTICAS DO FUNDO E DA DISTRIBUIÇÃO DE COTAS

1. DENOMINAÇÃO DO FUNDO: O FUNDO é denominado FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS

Será admitida a subscrição por um mesmo investidor de todas as cotas emitidas. Se os resgates forem

código 238-0. Esta distribuição foi registrada na CVM sob o nº CVM/SRE/RFD/2008/003 em 11/02/2008.

correspondentes serão pagos ao(s) cotista(s) no primeiro dia útil seguinte, não havendo direito por

CREDITÓRIOS MULTISETORIAL RADICE LP, doravante chamado “FUNDO”, registrado na CVM sob o

2. ADMINISTRADORA DO FUNDO: PETRA - Personal Trader CTVM S/A., com endereço na Rua Pasteur,

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

463, 11º andar, Batel, Curitiba – Paraná. Data da deliberação de constituição da presente oferta pela administradora: 16/10/2007.

3. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA DISTRIBUIÇÃO DAS COTAS: PETRA – Personal Trader CTVM S/A.

4. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ESCRITURAÇÃO DE COTAS: PETRA – Personal Trader CTVM S/A.

5. OBJETO: O FUNDO tem por objeto a captação de recursos para aquisição de direitos creditórios nos termos de sua política de investimentos.

6. FORMA DE CONSTITUIÇÃO: O FUNDO é constituído sob a forma de condomínio fechado, de modo

que suas cotas somente serão resgatadas ao término do prazo de duração ou em virtude de sua

liquidação. É admitida a amortização das cotas do FUNDO, conforme disposto no “Regulamento” do FUNDO ou por decisão da assembléia geral de cotistas.

7. PRAZO DE DURAÇÃO: O FUNDO tem prazo de duração de 120 meses, contados a partir da subscrição

inicial de cotas do FUNDO, podendo ser liquidado ou prorrogado por deliberação da assembléia geral de cotistas. A 1ª série de cotas seniores tem prazo de duração de 36 meses, contados a partir da data de início das atividades do FUNDO.

8. COTAS DO FUNDO: As cotas do FUNDO poderão ser “seniores” ou “subordinadas” sendo que as cotas seniores poderão ser divididas em séries, com prazos e valores de remuneração, amortização e resgate distintos. Todas as classes de cotas terão iguais taxas, despesas e prazos, bem como direitos de voto,

observado o disposto no Regulamento. As cotas seniores são aquelas que não se subordinam às demais

ou entre si para efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do FUNDO. O

critério para distribuição dos resultados e a amortização para as cotas seniores da 1ª (primeira) série

estão previstos no Regulamento. As cotas subordinadas são aquelas que se subordinam às cotas seniores

cobertura pelo menor preço

Maior

para efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do FUNDO. Somente

ocorrerá a amortização e/ou resgate das cotas subordinadas, após a amortização e/ou resgate das

cotas seniores, ressalvada a hipótese de amortização para restabelecimento do nível de subordinação

prevista no Regulamento do FUNDO. A distribuição dos resultados e a possibilidade de amortização para

as cotas subordinadas estão previstas no Regulamento. As cotas subordinadas não são objeto de

distribuição pública, devendo ser subscritas e integralizadas na proporção de 60% do total de cotas efetivamente colocadas.

9. CONDIÇÕES DE SUBSCRIÇÃO, INTEGRALIZAÇÃO, NEGOCIAÇÃO E RESGATE DAS COTAS DO FUNDO: As cotas representativas do patrimônio inicial do FUNDO serão subscritas e integralizadas a partir da data de subscrição inicial determinada pela instituição Administradora. Na subscrição de cotas

representativas do patrimônio inicial do FUNDO que ocorrer em dia diferente

da

data

de subscrição

inicial, será utilizado o valor da cota da mesma classe ou série em vigor no próprio dia da efetiva

disponibilidade dos recursos confiados pelo investidor à instituição Administradora, em sua sede ou dependências. Caso não haja colocação de todas as cotas no prazo de distribuição, o saldo

remanescente de cotas será cancelado. As cotas serão escriturais e mantidas em conta de depósito em nome de seus respectivos titulares. de depósitos em nome do cotista.

O Jornal do Empreendedor

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A qualidade de condômino caracteriza-se pela abertura de conta

Por ocasião do ingresso do condômino no FUNDO, é indispensável

efetivados em feriado municipal ou estadual na praça da sede da Administradora, os valores

partes do(s) cotista(s), a qualquer acréscimo. É possível o resgate antecipado das cotas seniores na hipótese de liquidação antecipada do FUNDO.

10. VALORIZAÇÃO DAS COTAS: As cotas do FUNDO, independentemente da classe ou série, serão

valorizadas todo dia útil, conforme descrito no Regulamento. As cotas seniores possuem benchmark de rentabilidade de 115 % (cento e quinze por cento) dos Depósitos Interfinanceiros de um dia – “Over

Extra Grupo”, expressa na forma de percentual ao ano, base de 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias, calculada e divulgada pela Cetip S/A – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.

11. AMORTIZAÇÃO DAS COTAS: A partir do 25º (vigésimo quinto) mês contado desde o mês em que

ocorra a primeira Data de Subscrição Inicial e desde que o FUNDO tenha recursos, o valor das Cotas Seniores da 1ª (primeira) série na Data de Subscrição Inicial será amortizado em 12 pagamentos mensais sucessivos feitos no dia 15 (quinze) de cada mês ou no primeiro dia útil subseqüente, caso a data de

pagamento da amortização caia em dia não útil na praça em que a Administradora está sediada, com base no cronograma abaixo: 25º

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A amortização deverá respeitar a relação entre cotas seniores e patrimônio líquido do FUNDO definida

no Anexo I do Regulamento. O presente item não constitui promessa de rendimentos, estabelecendo meramente uma previsão de amortização se os resultados da carteira do FUNDO assim permitirem.

12. POLÍTICA DE INVESTIMENTO: O FUNDO irá adquirir direitos creditórios decorrentes dos segmentos

comercial, industrial e de prestação de serviços, devendo manter, após 90 dias do início das atividades, no mínimo 50% de seu patrimônio líquido em direitos creditórios. O FUNDO é voltado à aplicação

preponderante em direitos creditórios, sempre oriundos de vendas mercantis de bens já entregues e/ou serviços já prestados, representados por duplicatas ou liquidados por meio de cheques. O FUNDO só

poderá adquirir direitos creditórios cuja análise e seleção tenha sido realizada por empresa de fomento mercantil que possua o Selo de Qualidade atribuído pela ANFAC, conforme o disposto no Regulamento. As aplicações no FUNDO não contam com a garantia da Administradora nem do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento do FUNDO.

13. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: As cotas seniores da 1ª (primeira) série obtiveram classificação preliminar de risco A+ da Austin Rating.

14. MERCADO SECUNDÁRIO: As cotas do FUNDO colocadas junto ao público serão registradas para

negociação secundária na SomaFix - Mercado de Balcão Organizado de Renda Fixa da Bolsa de Valores de São Paulo-BOVESPA.

15. DATA DO INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO: 19/02/2008

16. DATA DO INÍCIO DA PRORROGAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO por mais 180 dias: 17/08/2009

17. DATA DO ENCERRAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO: 13/02/2009

sua adesão aos termos do Regulamento. Para o cálculo do número de cotas a que tem direito o

18 – REGIME DE COLOCAÇÃO: melhores esforços.

valor mínimo de aplicação no FUNDO será de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Este investimento é

distribuição de suas cotas, ou em obter cópia do Prospecto e do Regulamento, devem se dirigir a um

os investidores qualificados conforme definidos pela Instrução 409,

respectivos sites (www.petractvm.com.br ou www.cvm.gov.br). O prospecto também está disponível

investidor, não serão deduzidas do valor entregue à Administradora quaisquer taxas ou despesas. O

19. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Os interessados em ter maiores informações sobre o FUNDO e a

adequado a todos e quaisquer investidores qualificados. Somente poderão adquirir as cotas do FUNDO

dos endereços da Administradora ou à Comissão de Valores Mobiliários – CVM, ou acessar os seus

e alterações posteriores. A aplicação, amortização e resgate de cotas do FUNDO podem ser efetuados

no endereço eletrônico do ambiente de negociação de cotas: www.bovespafix.com.br.

de

18 de agosto de 2004, da CVM,

por meio de depósito em conta corrente do FUNDO, TED ou transferência de contas mantidas na mesma Instituição Financeira em que o FUNDO mantiver conta corrente.

A CVM não garante a veracidade das informações prestadas e, tampouco, faz julgamento sobre a qualidade do FUNDO, de sua Administradora, ou das cotas a serem distribuídas.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Congresso Ministérios Planalto CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Os políticos que são contra não recusam os votos deles (homossexuais), o Estado brasileiro não recusa os imposto que eles pagam. Presidente Lula

BRASIL NÃO QUER INTERFERIR NA BOLÍVIA

Lula confirma ajuda à Bolívia, mas sem 'ingerência'

Carlos Humberto/Folha Imagem

Cerca de 500 bolivianos já cruzaram a fronteira e pediram abrigo no Brasil ministro da Justiça do Evo Morales para tentar estabelecer uma ação conjunta da Polícia Federal na fronteira para evitar trânsito de pessoas, de gente com armas, evitar contrabando, evitar o narcotráfico. Fora disso, nós respeitamos as decisões soberanas da Bolívia", disse Lula no programa "3 a 1" da TV Brasil.

vai ver com o Exército onde se compra, se pode produzir." Lula comentou a decisão de Evo Morales de expulsar, semana passada, o embaixador americano na Bolívia Philip Goldberg, acusando-o de ajudar a oposição a tramar um golpe contra seu governo. Para Lula, é comum a interferência dos americanos na história da América do Sul: "Se for verdade que o embaixador dos Estados Unidos fazia reunião com a oposição do Evo Morales, o Evo está correto de mandá-lo embora. O papel de embaixador não é fazer política dentro do país, não." O presidente lembrou o episódio em que a ex-embaixadora americana no Brasil, Donna Hrinak, respondeu a um jornal uma crítica que ele tinha feito ao presidente George Bush: "Eu mandei o (ministro das Relações Exteriores) Celso Amorim chamá-la e dizer que não era admissível ela dar palpite sobre a entrevista do presidente da República. E não é de hoje, é famosa a interferência das embaixadas americanas. Acho que houve um incidente diplomático. Se o embaixador estava tendo ingerência na política lá, o Evo está correto." (AOG)

Nem pensar em ingerência brasileira na Bolívia; muito menos tropas. Temos mais de 3 mil km de fronteira e queremos que ela esteja em paz. Presidente Lula

Lula também disse que, atendendo a um pedido de Morales, o Brasil poderá vender caminhões e ônibus para a Bolívia equipar seu Exército. "Ele me perguntou se o Brasil poderia vender alguns caminhões para transportar as Forças Armadas. Eu já falei com o ministro (Nelson) Jobim, que

Lula: se embaixador americano estava interferindo na política boliviana, Evo estava certo ao expulsá-lo

Presidente defende união entre homossexuais Lula não falou se pretende enviar projeto ao Congresso, mas quer fim da 'hipocrisia'

P

ela primeira vez, de forma clara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a união civil entre homossexuais e disse que é preciso acabar com a hipocrisia sobre o tema no País. Em entrevista à TV Brasil, na estréia do programa "3 a 1", Lula, entrevistado por três jornalistas, esquivou-se de dizer se o governo pretende enviar ao Congresso projeto de lei sobre o assunto. Disse apenas que câmaras de vereadores, assembléias legislativas e o Congresso têm tratado da questão. Mas foi claro na defesa dos direitos dos homossexuais. "Temos que parar com hipo-

crisia, porque a gente sabe que existe. Tem homem morando com homem, mulher morando com mulher e muitas vezes vivem bem, de forma extraordinária. Constroem uma vida junto, trabalham juntos e por isso eu sou favorável", disse. Em seguida, o presidente criticou os que são contrários à união civil: "Uma coisa que me cala profundamente é porque os políticos que são contra não recusam os votos deles, porque o Estado brasileiro não recusa os imposto de renda que eles pagam. O importante é que sejam cidadãos brasileiros, respeitem a Constituição e cumpram com seu compro-

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misso com a nação. O resto é problema deles e eu sou defensor da união civil." O presidente também falou sobre o aborto: "Há 26 anos, tenho uma posição, que é tratar de aborto como questão de saúde pública. Se você perguntar para mim, presidente Lula, o senhor é contra o aborto? Sou contra, minha mulher é contra, mas o Estado tem que dar atendimento." Provocado, Lula falou de "companheiros antigos": "O fato de eles não estarem no governo não mexe na minha relação de amizade. Aliás, é uma coisa que prezo, que carrego para o fim da vida." (AOG)

DC

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em duas ocasiões, que o Brasil vai reforçar a fronteira do Acre com a Bolívia para evitar o trânsito de pessoas armadas, contrabando e narcotráfico, mas destacou que não irá enviar tropas ao país e que o Brasil não vai se intrometer em questões internas da Bolívia. O governo do Acre confirmou ontem que cerca de 500 bolivianos, entre eles líderes da oposição ao governo de Evo Morales, já cruzaram a fronteira e pediram abrigo no lado brasileiro. No caso de reforço da região de fronteira, Lula afirmou que conversaria com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para que este falasse com seu colega boliviano. Do lado brasileiro, a atuação será da Polícia Federal. "Nem pensar em ingerência brasileira na Bolívia; muito menos tropas. No fundo, no fundo, o Brasil precisa fazer um esforço muito grande porque nós temos mais de 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia e nós queremos que ela esteja em paz porque em paz ela vai crescer, em guerra não. Pedi para o Tarso ligar para o

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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ALCKMIN INSISTE EM CRITICAR KASSAB

Empacado, Alckmin volta a atacar Kassab Na briga por uma vaga no segundo turno, tucano critica prefeito na TV; jipe de campanha quebra na rua

O

Evelson de Freitas/AE

candidato do PSDB à Prefeitura da Capital, Geraldo Alckmin, continua apostando suas fichas na estratégia de atacar os adversários, sobretudo o antigo aliado Gilberto Kassab (DEM), prefeito e candidato à reeleição, como forma de tentar garantir uma vaga no segundo turno dessas eleições. Ontem, no programa do horário eleitoral gratuito na TV, o tucano abordou o caos no trânsito da cidade, trouxe depoimentos de pessoas que padecem com esse problema e tascou: "O prefeito Kassab não investiu na evolução do sistema, transporte não foi prioridade em seu governo". Alckmin também criticou a candidata do PT, Marta Suplicy, mas de uma forma mais amena, dizendo: "Justiça seja feita, a ex-prefeita Marta obteve alguns avanços", citando o Bilhete Único e os corredores de ônibus. Porém, disse que ela também não resolveu a questão. E aproveitou para citar a "prometida parceria" com o governador do Estado, José Serra (PSDB), caso seja eleito: "Conversei com o Serra e ele topa dividir com a prefeitura a

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

busca de soluções." No encerramento do programa, foi exibido o pequeno trecho do discurso de apoio de Serra a Alckmin, na semana passada, no jantar que angariou fundos para a campanha e celebrou os 20 anos do PSDB. Sutileza – Kassab deu prioridade à linha propositiva e os ataques feitos aos adversários foram mais sutis, sem a citação de nomes. Um dos principais temas abordados pelo democrata foi a saúde, com foco na AMA Especialidades, que atende áreas médicas especializadas, como cardiologia. Além disso, Kassab mostrou feitos de sua gestão em tradicionais redutos do PT, como a favela de Heliópolis. Nas críticas aos adversários, o prefeito alfinetou: "Os outros já tiveram chance de fazer, não fizeram, e às vésperas da eleição criticam os outros". Ele fazia uma referência à ex-prefeita Marta Suplicy e a Geraldo Alckmin, mas sem citar nominalmente os opositores. No final do programa, um Kassab sorridente disse que gostaria de fazer mais pela cidade e ouvir os eleitores dizerem: "Valeu Kassab, valeu o meu voto".

SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA URBANA COMUNICADO A SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA URBANA E OBRAS - SIURB, comunica aos interessados que os CADERNOS DE LICITAÇÕES poderão ser obtidos gratuitamente mediante download na página http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br ou, mediante entrega de 01 (um) CD-ROM VIRGEM, para cada edital, na Divisão Técnica de Licitações - G.2, situado na Avenida São João, 473 - 13º andar - Edifício Olido, no horário das 09:30 às 11:30 horas e das 13:30 às 16:00 horas, a partir do dia 22/09/2008. Estarão à disposição, para consulta, os cadernos de licitações abaixo, na Divisão Técnica de Licitações - G.2, no endereço acima mencionado, no horário das 09:30 às 11:30 horas e das 13:30 às 16:00 horas, a partir do dia 22/09/2008. CARTA CONVITE Nº 38/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.201.578-2 OBJETO: Execução de cobertura de quadra poliesportiva na EMEF SENADOR MILTON CAMPOS, situada na Rua Pérsio de S. Queiroz, 155 - SP/FB. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 08:30 às 09:30 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 09:30 horas. CARTA CONVITE Nº 039/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.201.591-0 OBJETO: Execução de cobertura de quadra poliesportiva na EMEF PRIMO PASCOLI MELARE - JD. FRANCO, situada na Rua Gal. Penha Brasil, 2720 - SP/FB. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 09:00 às 10:00 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/08 às 10:00 horas. CARTA CONVITE Nº 040/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.203.389-6 OBJETO: Execução de serviços e obras para construção cobertura para quadra poliesportiva em estrutura metálica na EMEF PROF. ARLINDO CAETANO FILHO, situada na Rua Palmeira Bacaba, 39 - SP/VP. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 09:30 às 10:30 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 10:30 horas. CARTA CONVITE Nº 041/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.203.320-9 OBJETO: Execução de serviços e obras para construção cobertura para quadra poliesportiva em estrutura metálica na EMEF PROF. AMADEU MENDES, situada na Rua Tomas Lopes Ferreira, 110 - SP/PJ. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 10:00 às 11:00 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 11:00 horas. CARTA CONVITE Nº 042/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.203.298-9 OBJETO: Execução de serviços e obras para construção cobertura para quadra poliesportiva em estrutura metálica na EMEF PAULO CARNEIRO TOMÁS ALVES, situada na Rua Nossa Senhora Aparecida, 5 - SP/MG. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 10:30 às 11:30 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 11:30 horas. CARTA CONVITE Nº 043/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.201.611-8 OBJETO: Execução de serviços e obras para construção cobertura para quadra poliesportiva em estrutura metálica na EMEF PROFª IDÊMIA DE GODOY, situada na Rua dos Andes, 807 - SP/G. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 12:30 às 13:30 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 13:30 horas. CARTA CONVITE Nº 044/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.203.413-2 OBJETO: Execução de cobertura de quadra poliesportiva na EMEF PADRE NILDO DO AMARAL JUNIOR, situada na Rua Antonio João de Medeiros, 1901 - SP/IT. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 13:00 às 14:00 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 14:00 horas. CARTA CONVITE Nº 045/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.203.311-0 OBJETO: Execução de cobertura de quadra poliesportiva na EMEF CECÍLIA MEIRELLES, situada na Rua Frei Ricardo do Pilar, 60 - SP/PE. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008. ENTREGA DOS ENVELOPES: das 13:30 às 14:30 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 14:30 horas. CARTA CONVITE Nº 046/EDIF/SIURB/08 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2008-0.202.657-1 OBJETO: Execução de cobertura de quadra poliesportiva na EMEF BARTOLOMEU LOURENÇO DE GUSMÃO, situada na Rua Picinguaba, 802 - SP/AF. Categoria: I - Edificações Grupo: I.1. Obras Novas PRAZO PARA CONSULTA E AQUISIÇÃO: a partir de 22/09/2008 a 26/09/2008 ENTREGA DOS ENVELOPES: das 14:00 às 15:00 horas do dia 30/09/2008. SESSÃO DE ABERTURA: 30/09/2008 às 15:00 horas. As empresas não convidadas diretamente pela Administração, que tiverem interesse em participar desta licitação, poderão retirar a Carta Convite, até às 16:00 horas do dia 26/09/2008. A retirada do edital no endereço acima mencionado estará condicionada à apresentação de cópia autenticada do Certificado de Registro Cadastral, expedido pelo Departamento de Edificação da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras, nos termos da Portaria nº 064/SIURB.G/05, com validade em vigor, comprovando a inscrição da licitante no ramo de atividade condizente e compatível com o objeto da licitação, que será anexado ao processo licitatório.

Patricia Cruz/LUZ

8

Eymar Mascaro

Expectativa

G

eraldo Alckmin e Gilberto Kassab estão ansiosos à espera da divulgação de novas pesquisas, no próximo fim de semana. Os alckmistas dizem que o seu candidato ocupa o segundo lugar na preferência do eleitor, mas os democratas contestam a informação, garantindo que o prefeito continua crescendo. Os dois candidatos disputam voto a voto a vice-liderança. Nas pesquisas do Ibope e Datafolha do último fim de semana, Alckmin e Kassab estavam tecnicamente empatados, com um adendo: enquanto Kassab subia, Alckmin caía. As próximas pesquisas devem revelar se as linhas dos dois candidatos continuam as mesmas.

DECISÃO

ARRANCADA

Enquanto Alckmin e Kassab brigam por uma das vagas no segundo turno, a candidata do PT, Marta Suplicy, está tranqüila na liderança, assegurando antecipadamente a outra vaga no turno final.

Como disputam voto a voto para chegar ao segundo turno, Alckmin e Kassab continuam intensificando a campanha na periferia, principalmente em bairros das duas principais regiões eleitorais da Capital, que são as zonas leste e sul.

CRÍTICA Sentindo-se seriamente ameaçado de não passar para o segundo turno, Alckmin aprofundou as críticas à administração de Kassab, sobretudo nas áreas de saúde e educação. O tucano ataca o prefeito na rua e na televisão.

CARÊNCIA Alckmin ajuda a empurrar jipe no meio da av. Interlagos, na zona sul

Banda larga – A candidata do PT, Marta Suplicy, dedicou seu programa eleitoral na televisão para falar sobre o projeto de implantação de Internet com banda larga gratuita na Capital. "Quero a cidade antenada, a primeira capital com acesso livre à internet e banda larga para todos", declarou. De acordo com Marta, a proposta é instalar equipamentos das redes dos cerca de 4 mil prédios municipais. Em uma praça em São Miguel, na zona Leste da cidade, Marta apareceu conversando informalmente com moradores; prometeu a construção de mais CEUs, a ampliação do programa de transporte escolar Vai e Volta, a reforma dos terminais de ônibus e a recarga do Bilhete Único nas catracas. A candidata até ensaiou com uma jovem que também estava na praça em São Miguel, uns passos do 'break', que conquistou os jovens, principalmente os da periferia. Teatro – O programa de Paulo Maluf (PP) abriu com o depoimento de uma moça pedin-

do enfaticamente o voto no candidato. "Vou resolver os problemas de nossa cidade", destacou Maluf. O programa foi encerrado com um depoimento de um jovem, de maneira quase teatral. A candidata Soninha Francine (PPS) usou seu espaço na TV para dar destaque ao meio ambiente e prometeu, se for eleita, destinar mais recursos para a Secretaria do Verde. Empurrão – Um problema no jipe que transportava Alckmin em uma carreata pela zona sul ontem à tarde fez o candidato ajudar a empurrar o carro. O jipe já tinha mostrado problemas na saída da carreata, no bairro Campo Grande, e voltou a pifar, desta vez no meio da rua, na Avenida Interlagos, rumo à Cidade Dutra. Alckmin e o deputado federal Júlio Semeghini (PSDB) desceram do jipe e ajudaram a empurrar o carro, que andou por mais alguns metros e parou outra vez. O tucano, então, embarcou numa Zafira que levava sua equipe de campanha e continuou o percurso. (AE)

PSDB veta alianças com PT no segundo turno

T

erminado o primeiro turno das eleições municipais, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), vai chamar os presidentes do partido nos Estados e desautorizar qualquer aliança com o PT no segundo turno. "Não tem coligação em nenhum lugar", afirmou. Segundo ele, a única hipótese de o PSDB vir a apoiar o PT ocorrerá se o adversário for um candidato com "ficha suja" e envolvido em denúncias. No caso de São Paulo, Sérgio Guerra acredita que nenhum político do PSDB apoiaria a petista Marta Suplicy na eventual derrota do candidato Geraldo Alckmin no primeiro turno. Em Ribeirão Preto, o PSDB pode perder a prefeitura para o DEM. O senador Sérgio Guerra nega qualquer interferência do governador José Serra em Ribeirão em

favor do DEM, o que acontece na capital. O fato, segundo ele, é que o DEM lançou uma candidata forte e com apoio popular na cidade: Darci Veras. No momento, a maior preocupação está localizada em Salvador. O candidato do PSDB, Antonio Imbassahy, está empatado tecnicamente com o petista Walter Pinheiro. O primeiro colocado nas pesquisas continua sendo o candidato do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. Por isso, Salvador é um dos lugares prioritários do PT nacional, uma vez que os petistas não desejam abrir espaço para outra força política, sobretudo o "carlismo". Os dirigentes tucanos têm conversado também com o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), que já afastou a hipótese de apoiar o PT em Salvador e não fechar com ACM Neto. (AE)

Não tem coligação (com o PT no segundo turno) em nenhum lugar. Sérgio Guerra

Enquanto Alckmin denuncia que 158 mil crianças entre 5 e 10 anos estão sem creches na cidade, Kassab promete zerar a falta de vagas no setor, caso venha a ser reeleito. E diz que o déficit é bem menor do que prega o tucano: algo em torno de 70 mil.

REINADO As últimas pesquisas concluíram que Marta Suplicy reina de forma absoluta nas zonas leste e sul. A candidata já levou o presidente Lula para comício e caminhada na zona leste e agora agenda uma visita do presidente também à zona sul.

NOMINAL Nas campanhas de rua e televisão, Alckmin está acusando Kassab de não ter dado sequência às obras de José Serra nas áreas de saúde e educação. O tucano, segundo democratas, quer criar um mal-estar entre o governador e o prefeito.

DIFICULDADE Os dois partidos admitem que, se Alckmin continuar criticando diretamente o prefeito Kassab, dificilmente PSDB e DEM restabelecerão a coligação das duas legendas no segundo turno.

APELO O governador José Serra continua apelando para que Alckmin e Kassab não se agridam neste resto de campanha. O governador sonha em salvar a aliança entre os dois partidos também na eleição presidencial de 2010.

APOIO Nas conversas com caciques do DEM, Serra se revela pessimista quanto à coligação dos dois partidos na sucessão de Lula. Detalhe: o governador paulista deve ser o candidato a presidente do PSDB e não admite ficar sem o apoio dos democratas.

JUSTIÇA Com o novo estilo de campanha (mais agressiva) em São Paulo, em que os três principais candidatos se atacam de forma mais virulenta, os partidos estão ingressando na Justiça, requerendo direito de resposta e suspensão da propaganda adversária.

QUANTAS SÃO Segundo informações, a Justiça Eleitoral já recebeu mais de 40 ações dos partidos somente em setembro. Em agosto, o número de reclamações não passou de 10.

DIFERENÇA Os analistas concordam num ponto: será muito pequena a diferença entre Alckmin e Kassab nas urnas. Quem passar para o segundo turno, terá um número mínimo de votos a mais do que o perdedor.

VOTOS Se a eleição fosse hoje, Alckmin e Kassab teriam cada um cerca de 1,5 milhão de votos, contra aproximadamente 2,5 milhões de votos de Marta Suplicy. As pesquisas mostram que a petista continua navegando em águas mansas. Seu problema será o segundo turno, devido à sua alta taxa de rejeição.

QUEDA Marta, no entanto, apresentou uma leve queda nas últimas pesquisas. No Datafolha e no Ibope, a petista chegou a bater entre 40% e 42%. Nos últimos levantamentos, variou entre 35% e 37%. Por isso, a exprefeita decidiu intensificar a presença do presidente Lula em sua campanha.

ARGUMENTO Alckmin continua tentando convencer o eleitor de que é o único candidato em condições de derrotar Marta Suplicy no segundo turno. O tucano prega o voto útil, argumentando que o menor índice de rejeição, de acordo com as pesquisas, é o seu.

CHANCES As pesquisas mostram, porém, que tanto Alckmin quanto Kassab têm chances de vencer Marta no segundo turno. Pelo Datafolha, Alckmin e Marta empatam com 47% no segundo turno. Kassab, por sua vez, teria 44%, contra 48% da petista.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


Empresas Finanças Tr i b u t o s Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PAINEL PARA CONSCIENTIZAR CONSUMIDOR

Reprodução

Autor do Freakonomics agora quer imposto do sexo

O

irreverente Stephen J. Dubner, co-autor do livro Freakonomics, em que as normas econômicas ganham contrapontos bemhumorados, já havia sugerido a criação de um imposto sobre ciclistas e corredores – eles também seriam responsáveis pelo efeito estufa (explicar como são outros quinhentos). Agora, ele movimenta a blogosfera com sua nova idéia: sex tax. E coloca a culpa do imposto para quem chegasse aos finalmentes nos democratas e nos republicanos. Os liberais, porque adoram uma taxação. Os conservadores, porque costumam se opor a qualquer atividade sexual desnecessária. A idéia foi publicada no New York Times. Dubner alega que sexo na arena política custa caro e lembra os casos do democrata Bill Clinton (quem esqueceu de Monica Lewinsky ?), do republicano Mark Foley (acusado de mandar torpedos calientes a estagiários mal saídos da adolescência) e do democrata John Edwards (teve affair extra-conjugal enquanto a mulher se recuperava de um câncer, ui). A busca pelo sexo causa ainda perda de produtividade, gravidez indesejada (que o

diga a filha da governadora do Alasca, Sarah Palin, vice na chapa de John McCain), doenças sexualmente transmissíveis e acaba com casamentos. O valor da taxa vai variar conforme, digamos, a infração cometida. Sexo entre pessoas do mesmo gênero ou atividades que envolvam no mínimo dois participantes pagam imposto mais alto. Sexo no avião, na praia ou em qualquer outro lugar atípico também rende mais divisas ao governo. Assim como os cidadãos guardam recibos de gastos com saúde e educação para declaração do Imposto de Renda, o sexo vai gerar uma papelada que tornará muito mais interessante o trabalho dos funcionários da Receita. Difícil vai ser estabelecer uma nomenclatura para o imposto. Dubner sarcasticamente sugere Taxa de Criação da Família, Coito Extracurricular ou simplesmente Shtup (gíria ídiche que significa "pensando naquilo", segundo o escritor Philip Roth). Não é a primeira vez que alguém sugere a criação de um imposto do sexo. Em 1971, o democrata Bernard Gladstone propôs (de verdade) tal cobrança em seu estado de origem, Rhode Island, mas a idéia foi considerada de mau gosto e prontamente rejeitada.

Em 2006, o setor elétrico recolheu o equivalente à arrecadação da CPMF. Cláudio Sales, do Acende Brasil

Criado um impostômetro só para a conta de luz

Stephen Dubner mostrou em seu livro um outro lado da economia. Agora faz nova sugestão bombástica.

Kety Shapazian

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Newton Santos/ Hype

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Instituto Acende Brasil lançou painel nos moldes do impostômetro da ACSP para consumidor acompanhar a tributação do setor que possui carga tributária das mais pesadas Sílvia Pimentel

E

m 2006, o dado mais atual, a carga tributária do setor elétrico representou 46,36% do seu faturamento, um custo que é repassado ao usuário de energia. Na prática, significa que, numa conta de luz no valor total de R$ 100, exatos R$ 45,36 pagos pelo consumidor vão para os cofres públicos em forma de impostos e encargos. Para mostrar com maior transparência o apetite do Fisco e que quem paga a conta é o usuário do serviço, o Instituto Acende Brasil lançou o Impostômetro do Setor Elétrico. A ferramenta foi inspirada no painel eletrônico instalado em 2003 no prédio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) no centro paulistano. O contador de tributos pode ser visualizado no site www.acendebrasil.com.br. Pelo endereço, é possível saber

quanto o setor recolhe de tributos estaduais, federais e municipais desde o início de janeiro deste ano, em tempo real. Ontem à tarde, o painel mostrava a cifra de R$ 30,89 bilhões arrecadados pelos cofres públicos. De acordo com o presidente do instituto, Cláudio Sales, os dados sobre o recolhimento dos impostos são baseados nos balanços das empresas de energia publicados em 2007 e na receita projetada para este ano. Os cálculos levam em conta o fim da cobrança da Contribui-

ção Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e do encargo conhecido como "seguro apagão", que também deixou de ser cobrado na conta de luz no ano passado. "Mesmo assim, continua crescente o volume de impostos e encargos", critica Sales. Ele lembra que, em 2006, o setor recolheu R$ 39,3 bilhões aos cofres públicos, o que equivale à antiga arrecadação anual da CPMF. O presidente do instituto informa que o objetivo da iniciativa é fazer com que a socieda-

de se mobilize para cobrar dos governantes e parlamentares ação concreta na redução dos impostos da conta de energia elétrica. De acordo com Sales, o Brasil é o país que mais tributa o segmento. No México, por exemplo, os impostos representam apenas 13% do valor da conta de luz. Levantamento – Foi a consultoria PriceWaterhouseCoopers que elaborou o estudo sobre a carga tributária do setor em 2006. O levantamento leva em conta todos os impostos federais, estaduais e municipais cobrados nos diversos pontos da cadeia do setor elétrico, ou seja, na geração, transmissão e distribuição. O maior vilão da conta de luz é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que possui alíquota média nacional de 21%. Em estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais, a alíquota alcança 30%. São Paulo cobra 25% de ICMS sobre a energia.

Ótimos resultados na receita de SP Nos primeiros sete meses do ano o estado arrecadou R$ 37 bilhões com ICMS e outros impostos

O

aumento das vendas no mercado interno e das importações, ao lado do controle maior sobre a sonegação, enchem os cofres do Estado de São Paulo. Em julho, a receita tributária do estado alcançou R$ 5,38 bilhões, o que representa uma expansão de 19,8% sobre o mesmo mês do ano passado. O bom resultado se repetiu no acumulado de janeiro a julho, com a entrada de R$ 37,28 bilhões no caixa do governo. Nesse caso, o aumento foi de 14,2%. Os valores foram deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como ocorre historicamente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) puxou o excelente desempenho da receita no mês de julho. Os recolhimentos com o imposto alcançaram R$ 4,82 bilhões, uma expansão de 18%

sobre julho do ano passado. No cálculo, o governo não considerou a arrecadação proveniente dos programas de parcelamento de débitos. Na comparação com junho, o acréscim o n a a r re c a d a ç ã o c o m o ICMS foi de 1%. De acordo com o relatório da receita tributária divulgado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SefazSP), as operações internas representaram, no período, 75% da arrecadação total do ICMS. As vendas dentro do estado registraram crescimento de 16,8% sobre julho do ano passado. A arrecadação proveniente das importações também apresentou bom desempenho, com expansão de 17,2% em relação a julho de 2007. A participação desta receita específica alcança atualmente 20% da arrecadação total do ICMS.

Curiosamente, o relatório da Sefaz aponta uma queda de 25,4% na arrecadação gerada pelo comércio varejista em julho e aumento, na mesma proporção, no recolhimento feito pela indústria. Esta situação foi gerada pela mudança na forma de recolhimento do ICMS incidente em vários produtos, que passaram para o regime da substituição tributária. Isso ocorre porque a res-

ponsabilidade pelo recolhimento do imposto passou a ficar com a indústria, em vez do comércio. O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD) também registrou variação positiva na comparação com julho do ano passado. Sem mencionar o valor arrecadado no mês, o relatório da Sefaz aponta um incremento de 128,2% na arrecadação deste tributo, motivado por dois recolhimentos "extraordinários" no valor de R$ 44,6 milhões, sendo R$ 28,2 milhões provenientes da transferência de bens por morte. O único tributo estadual que registrou queda (8,9%) no mês de julho, na comparação com o mês anterior, foi o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). Foram arrecadados R$ 140,7 bilhões. De acordo com a Sefaz, a retração foi motivada porque entrou para os cofres do governo, em junho, o pagamento da segunda parcela do imposto incidente sobre caminhões, expandindo a receita. No acumulado de janeiro a julho, entretanto, o governo obteve uma arrecadação de R$ 3,37 bilhões, 11,9% maior que a de igual período do ano passado. (SP)


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2 - OPINIÃO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

URNAS E ECONOMIA RUIM NÃO COMBINAM. MAS POPULARIDADE NÃO RIMA COM OMISSÃO.

LONGE DOS BRICs

A

arrecadação de impostos e contribuições federais, o que inclui ainda as demais receitas (royalties e concessões, entre outros), além da previdenciária, somou R$ 389,6 bilhões de janeiro a julho deste ano. Esta sanha tributária abocanha a riqueza dos particulares. Ao cabo, o nosso PIB é assim tão grande para a goela do Leão. Com isso, a arrecadação teve crescimento real, em valores corrigidos pela inflação, de 11,21% neste ano, o equivalente a R$ 40 bilhões, sobre os sete primeiros meses do ano passado. Os números mostram que, no mesmo período do ano passado, contra o acumulado de 2006, a arrecadação havia subido 10,34% em termos reais. Como o segundo semestre é sempre mais aquecido, entre setembro e dezembro – Natal, Ano-Novo, férias –, a previsão é de que se arrecade algo em torno de R$ 800 bilhões, o que é um despautério. Se incluímos os 27 estados e os mais de 5 mil municípios, a soma pode chegar a R$ 1,2 bilhão. Qual é o PIB do Brasil? Das duas uma: o PIB cresceu ou cresceu a goela do Fisco em cima dele. A arrecadação federal cresceu mais nos sete primeiros meses deste ano do que em igual período do ano passado, mesmo sem a cobrança da CPMF – que estava estimada em cerca de R$ 40 bilhões para 2008. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o IOF arrecadou R$ 11,5 bilhões, contra R$ 4,6 bilhões em igual período do ano passado. Ou seja, um aumento real, acima da inflação, de 148%, ou R$ 6,8 bilhões. A expectativa da Receita era de que o IOF maior trouxesse R$ 8,5 bilhões em arrecadação extra em 2008. Já a CSLL dos bancos arrecadou R$ 4 bilhões de janeiro a julho deste ano, contra R$ 2,9 bilhões em igual período do ano passado. A arrecadação avançou de janeiro a julho deste ano por conta de fatores relacionados ao crescimento da economia brasileira, que aumenta o volume de impostos.

LUIZ OLIVEIRA RIOS VIRTUDE SE

● Insistimos

em andar na contramão: mais tributos e gastos supérfluos, e novos encargos para as empresas.

Brincando com o ovo da serpente

C O maior crescimento da economia, por sua vez, gerou uma elevação de 14,3% nas vendas; e elevação de 24,6% no volume de vendas de automóveis; no crescimento de 6,7% da produção industrial nos 12 meses até junho; do crescimento de 52,4% do valor em dólar das importações; além da elevação de 14,85% da massa salarial.

É

pena que o Banco Central (BC) queira deter o nosso crescimento. Ao cabo não existe falta de mercadoria. O que não produzimos, importamos. Esses fatores, que derivam todos do maior crescimento da economia brasileira, foram responsáveis pelo crescimento de 28,2% na arrecadação do Imposto de Impor tação; de 20,2% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis e de 12% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e de 24,5% no IR das empresas. A arrecadação da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por sua vez, avançou 14,2% em termos reais, e a receita previdenciária subiu 12,44%. Faz tempo que o Brasil não via crescimento como este, mas ainda insuficiente. A taxa de 6% ao ano nos deixaria perto dos outros Brics (China, Rússia e Índia). Ao contrário, o País insiste na contramão aumentando tributos e gastos supérfluos, não fiscaliza o dinheiro empregado e eleva os encargos das empresas. SACHA CALMON, PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA UFRJ

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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hocou – e muito – quem viu algumas partes da entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, terça-feira na televisão, a propósito da crise financeira que, a partir dos Estados Unidos, está se alastrando velozmente para outros mercados. Entende-se, perfeitamente, que uma autoridade com a responsabilidade de Mantega tenha mesmo de evitar que o pânico se espalhe por aqui e possa agitar ainda mais nosso sistema financeiro. Porém, tranqüilizar a população deveria ser o limite estabelecido por Mantega ou por qualquer homem de governo - inclusive o presidente da República. O ministro extrapolou e esteve muito próximo da irresponsabilidade quando aconselhou os brasileiros a não alterarem seus planos de consumo, a continuarem comprando seu carro se julgarem necessário. Até por que o próprio Mantega tem dado sinais de que está incomodado com o crescimento do crédito no ritmo em que vem vindo. Ele está incomodado ou não está? Ou será que o ministro tem falado apenas para ver se convence o Banco Central a não aumentar novamente os juros? O momento é de cautela. Afinal, ninguém de bom senso pode prever o tamanho da serpente que os Estados Unidos liberaram. Quem diz que sabe é porque está muito mal informado. Tratar a crise como algo que ficará mais ou menos restrito ao primeiro mundo das finanças, atingindo especialmente o mundo dos ricos, é uma ilusão. Boa, talvez, para justificar certa falta de vontade agir com dureza. O monstro já atingiu em cheio a produção de bens e serviços nos Estados Unidos, a economia real. O indicador de queda acentuada nos negócios imobiliários do Tio Sam é apenas um dos sinais. Os juros futuros mostram o aperto nos financiamentos de um modo geral. E a economia de Bush, sem crédito, faz água rapidamente. Delírios ideológicos à parte – mumunhas tais como é o fim do neoliberalismo, os estertores do capitalismo, etc. -, a economia americana ainda arrasta outras pelo resto do mundo – Europa,

● Dizer que os bancos oficiais

assumirão o fluxo financeiro que vinha de fora é bravata. O governo terá de agir rapidamente para reforçar as defesas da economia. Por José Márcio Mendonça

Japão.... Estão todos na esteira dos EUA. Até a China, com o seu fabuloso crescimento e seu apetite. Por este lado, aliás, um capítulo interessante será descobrir o quanto de capital chinês está sendo pulverizado em Wall Street. Bancos chineses e europeus já começaram a revelar suas perdas. É um segundo round.

E

m tal universo, a economia brasileira só passaria incólume se o Brasil fosse um oásis isolado do mundo. E não é. As ondas chegarão aqui. De fato, estão chegando. Primeiro, na volatilidade da Bolsa e na valorização do real. Depois, no crédito, já um pouco mais caro e em algumas linhas mais escasso. Dizer que os bancos oficiais vão assumir o fluxo que vinha de fora pode ser apenas bravata. Isso vai depender do tamanho do buraco negro que os EUA alimentaram. É inevitável, portanto, um arrefecimento da atividade econômica. Uma pequena queda no ritmo de crescimento do PIB nacional até seria benéfica, ponderam alguns economistas. Além de um limite, é desastre. E este limite será dado pela capacidade do governo de agir rapidamente para reforçar defesas que a economia nacional já possui. São medidas - como aperto fiscal, contenção de gastos públicos - vistas como impopulares no curto prazo. Pode ser. Mas melhor agir agora, com moderação, do que ter de bater muito forte posteriormente. Não é demais repetir: economia e urnas às vezes não combinam. Popularidade também não rima com omissão.

Colados na crise RICARDO FARIA E PAULINE SEBOK om a divulgação da deterioração de importantes indicadores econômicos na Europa e Ásia, e com a queda dos preços das commodities e do petróleo, ligada ao processo de desaceleração global, fortaleceu-se no início do mês a percepção de que o enfraquecimento dessas economias fosse até mesmo maior do que do próprio EUA, gerador de toda crise. Com tal percepção, o efeito veio no câmbio, com a valorização do dólar frente a essas moedas e, também, em relação ao real. Como em função de nossa conta-corrente deficitária, os fundamentos internos já pressionam para uma desvalorização do real, qualquer melhora na percepção do dólar faz com que nossa moeda se desvalorize. Com os desdobramentos da crise para fora dos EUA, consolidase uma nova fase da crise internacional, onde fica cada vez mais evidente que muito poucos países sairão intactos das enormes perdas provocadas pelos erros cometidos no sistema financeiro americano nos últimos anos. As bolsas ao redor do globo apresentam contínua tendência de queda, refletindo o recuo dos preços das commodities e a aversão ao risco dos investidores neste momento de fortes incertezas, onde as mais importantes economias começam a mostrar sinais de desaceleração e até mesmo de recessão. No front doméstico, temos assistido a uma confusão de tendências entre os nossos diferentes in-

C

dicadores econômicos. A inflação segue tendência de forte desaceleração, refletindo com intensidade o recuo dos preços das commodities. Mesmo assim, o mercado futuro de juros da BM&F continua apostando em alta de juros, indicando que os esforços do Banco Central ainda não surtiram efeitos no aquecimento da economia interna, que continua apresentando sinais de aceleração. Os dados da evolução do crédito e da balança comercial em julho e em especial na quarta semana de agosto, que se mostrou deficitária, continuam refletindo uma demanda muito aquecida, que não está respondendo nem à alta dos juros, nem à recente desvalorização do real. ● A percepção

do investidor global continua essencial na formação dos ativos domésticos. Morreu a teoria do descolamento. No caso da oferta de crédito, as instituições financeiras estão alongando os prazos para conter o efeito do aumento de juros. Enquanto o valor da parcela couber no bolso, o consumidor continua com a demanda elevada, aceitando prazos maiores, sem levar em consideração que na realidade está pagando juros mais elevados. Tudo indica, que em pleno desa-

quecimento global, o Banco Central irá sim continuar a política de alta de juros. Esta política "tempestiva" tem gerado fortes críticas internamente, justamente pela "mão pesada" em um momento de incertezas e agravamento da crise na economia internacional. Por outro lado, a ação do BC tem sido aplaudida e reconhecida internacionalmente. O Wall Street Jornal diz que o Banco Central Brasileiro tem atuado como o mais duro no combate contra a inflação. A verdade estaria entre estas duas visões divergentes? mbora na economia real ainda não se tenha sentido com clareza os efeitos do aperto monetário e da desaceleração global, no âmbito do mercado financeiro a inversão da trajetória tem sido muito evidente, abolindo totalmente as sugestões de descolamento da crise financeira dos EUA. Nos últimos dois meses o índice Ibovespa caiu quase 17%, perdendo todo avanço obtido desde o início do ano, especialmente após o Brasil ter recebido a classificação de investment grade no final de abril. Nos próximos meses, o cenário externo, principalmente a percepção do investidor global e a evolução do dólar e das commodities, continuarão sendo essencial na formação de cotações dos ativos financeiros domésticos.

E

APRENDE NA ESCOLA?

N

uma época plúmbea como a nossa, onde imperam o despudor nas relações humanas, o engodo na esfera política e a corrupção quase endêmica em vários escalões de um governo que se julga "proprietário" do Estado, vêm-nos à mente as imorredouras lições proferidas pelo velho mestre de Atenas, Aristóteles, no que se refere às virtudes. Segundo esse sábio grego, as virtudes somente podem ser adquiridas através da prática diária. Assim como os exercícios físicos for talecem o corpo, o exercício diário das virtudes desenvolvem a fortaleza moral - e espiritual - nos homens. Na vida, a natureza das coisas se revela nelas próprias, ou seja, a natureza do fogo nunca será o de ser "frio", nunca será da natureza de uma pedra "rolar morro acima", nem a natureza da água vir a ser "seca"; assim como nunca será da natureza de uma cascavel ser "domesticada", ou de uma águia ciscar feito uma galinha. Já no âmbito humano - e isto é interessante notar -, a natureza dota o homem com a potência de vir a ser isto ou aquilo, ou seja, é-nos possível fazermos escolhas. ● É salutar que

cursos sobre ética entrem nos programas de RH das modernas organizações Em outras palavras, através da faculdade do livre-arbítrio, podemos abraçar as virtudes ou enveredar pelas sendas tortuosas dos vícios - ou pelo menos na ação inicial somos livres para definir o nosso estar-no-mundo, e como-estar-neste-mundo, isto no que tange às nossas escolhas. Somos livres para escolher, mas podemos ser aprisionados pelas conseqüências trazidas pelas nossas escolhas. Por isto devemos refletir muito antes de empreender essa ou aquela ação. Considerando, por fim, que todos nós precisamos ser continuamente educados (virtude intelectual) e estimulados à prática do bem (virtude moral), é salutar que nos programas de treinamento e desenvolvimento de recursos humanos nas modernas organizações sejam incluídos temas sobre ética, não em abordagens livrescas, não raro de frio academicismo (com aulas "chatérrimas"), mas fazendo links criativos com o nosso dia-adia. Aqui abro um parêntesis para saudar a volta do ensino de Filosofia nas escolas (demorou!) , e que se introduza também com urgência o seu ensino em todas as empresas, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes. Sim, virtude é matéria que se deve aprender na escola (na família e nas empresas). Falta ensiná-la a contento; lembrando, ainda, que a eficácia do ensino dessa matéria depende também dos exemplos práticos dados pelos próprios instrutores no que concerne ao seu modus vivendi, e que os alunos, por sua vez, não "cabulem" essas aulas ... LUIZ OLIVEIRA RIOS É ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS

RICARDO FARIA E PAULINE SEBOK, DO INSTITUTO DE PESQUISA UNIBAN

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

5 Estrangeiros abrem mão de ações de empresas novatas na Bovespa

BANCOS CRIAM AUTO-REGULAÇÃO

Governo pode suprir falta de crédito

Antonio Cruz/ABr

Mantega diz que se captações externas escassearem ou ficarem muito caras, o Estado poderá emprestar para o setor produtivo.

P Mantega reconhece que algumas empresas já encontram dificuldades para captar recursos no exterior

Febraban vê crise séria Rubens Marujo

O

presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, afirmou ontem que é absolutamente impossível fazer prognósticos sobre o desfecho da crise financeira internacional que, a seu ver, é séria, por estar no centro da maior economia do mundo, e pelas suas ramificações com instituições bancárias de outros países. "No momento, ninguém pode dizer o que virá pela frente. Eu cheguei agora da Espanha, mas com essa crise não se pode mais dar entrevista sem se saber o que aconteceu na última meia hora", brincou. Barbosa elogiou a coragem do governo norte-americano

de injetar dinheiro na economia e salvar a maior seguradora do mundo, a AIG, mas disse que isso não é suficiente para resolver os problemas. O presidente da Febraban insistiu em que o Brasil está fora dessa crise, e que há um equívoco muito grande quando se fala que está saindo muito dinheiro daqui. "Não está saindo um real do País. O que sai são dólares. Mas para que a moeda norte-americana saia, é preciso que, na outra ponta, alguém venda. Como a procura é grande, a cotação sobe", afirmou. Barbosa disse que não se pode comparar o sistema imobiliário norte-americano ao brasileiro. "O Sistema Financeiro Habitacional está firme, e representa apenas 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

No Estados Unidos, ele representa 70%, e foi o pivô de toda a crise atual", comentou. O banqueiro afirmou que "o Brasil, felizmente, não depende da liquidez do sistema financeiro internacional, bastante afetada", e observou que o País está fora do olho do furacão graças a três fundamentos econômicos: Lei de Responsabilidade Fiscal, dólar flutuante e política de combate à inflação. Mas ele acha que pode haver uma tendência de retração no crédito e nos prazos de financiamento. Auto-Regulação – A Febraban lançou o Sistema de Auto-Regulação Bancária, um canal aberto pelos bancos para estabelecer padrões mais elevados de conduta no relacionamento com os clientes.

reocupado com o risco de a crise internacional interromper o crescimento da economia brasileira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou que o governo vai assegurar o crédito que for necessário para novos investimentos, agricultura ou exportação. Segundo Mantega, já está havendo uma escassez de crédito internacional para as empresas no Brasil, mas não o crédito local destinado ao consumo. "Se sentirmos essa escassez se prolongar, podemos tomar algumas medidas no sentido de estimular o crédito para investimento", disse. O ministro reconheceu que no momento algumas empresas locais não estão conseguindo levantar empréstimo no exterior, ou estão pagando muito alto por isso, mas acha que o problema é passageiro. Mantega elogiou a decisão do governo norte-americano de socorrer a seguradora AIG. Ele acredita que os EUA não devem salvar todas as empresas, mas não podem permitir que ocorram problemas que afetem todo o sistema.

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R e c ém - a b e rt a s – Com a mesma força com que entraram nas ofertas iniciais de ações, agora os investidores estrangeiros são obrigados a desovar as ações das novatas, diante da necessidade de ajustes nas carteiras na crise. Durante o boom de ofertas de ações no Brasil, os aplicadores externos tiveram participação crucial. Mas a crise nos EUA obrigou os gestores internacionais a mudarem de posição. Ante a redução de seus patrimônios, os fundos estão sendo forçados a vender ativos, e se desfazem exatamente das estreantes. A prova de que as ações brasileiras estão sendo atingidas pela desalavancagem global é o resultado do colapso da gestora norte-americana Ospraie sobre o mercado nacional. Voltada principalmente para investimentos relacionados a commodities, a instituição teve de fechar seu maior fundo no início de setembro, quando a queda das matérias-primas se acentuou. O fundo tinha pelo menos quatro novatas em carteira: OGX, Laep, Eztec e Açúcar Guarani. (AE)

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A afirmação de que os bancos públicos poderiam ser uma opção à escassez de crédito externo foi recebida com estranheza. "As linhas de crédito que acompanham o dólar, como as de exportação, já sofrem com a falta de recursos no exterior. Nesses casos, não é comum realizar uma operação correspondente aqui para captar recursos", disse a analista Lia da Graça, do Banif. Commodities – Num momento de incertezas sobre o comportamento das commodities, especialistas contam com a estabilização dos preços após a crise financeira. Acredita-se que o viés altista dos últimos anos não deve retornar tão cedo, mas a recente queda das cotações limita o espaço para novas desvalorizações acentuadas. "As commodities estão sofrendo com os temores sobre a retração da demanda. Não vamos voltar para aquele mercado altista, mas haverá recuperação e estabilização depois que a fase atual passar", afirmou o presidente do conselho da consultoria GFMS Limited, Philip Klapwijk, durante seminário em Londres.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Negócios Empreendedores

9 O ouro voltou a ser o porto seguro para investidores e cotações do ativo disparam.

AZUL VAI ANTECIPAR INÍCIO DE OPERAÇÕES

Masao Goto Filho/e-Sim

Sergio Moraes/Reuters

É OURO

Café Moka vendida

O

conglomerado americano Sara Lee assinou um acordo para adquirir a brasileira Café Moka, de São Paulo. Os termos do acordo não foram revelados. A venda será concluída em outubro e precisará ser aprovada por autoridades brasileiras. Filipo Monteforte/AFP

P

ara evitar riscos, investidores estão fazendo contratos com ouro. Com isso, cotações do ativo subiram 8,26% para R$ 52,40 o grama. Na Comex de Nova York subiu 11,06%, para US$ 866,10 a onça-troy.

CHEGOU – O Magazine Luiza anuncia hoje a abertura de 50 lojas em São Paulo, entre elas, a da Rua Álvares Penteado, no centro da capital. A empresa vai investir R$ 150 milhões até 2010.

Gigante de carnes MAIS US$ 50 MILHÕES PARA VOAR LOGO

Sem opção

O

primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que não há saídas para a Alitalia além do resgate proposto pela Compagnia Aerea Italiana. A empresa aérea pediu proteção contra os credores para fazer um plano de recuperação apoiado pelo governo, que prevê a injeção de US$ 1,4 bilhão.

A

mundo. A companhia também tem interesse de participar do processo de concessão dos aeroportos brasileiros. De acordo com Neeleman, os recursos adicionais foram necessários para acelerar o início das operações da Azul Linhas Aéreas. O projeto prevê uma frota inicial de cinco jatos da Embraer da família 190, com capacidade para 106 passageiros.

Azul Linhas Aéreas obteve um aporte adicional de investimentos dos acionistas de US$ 50 milhões, segundo o presidente do Conselho de Administração da companhia, David Neeleman. Com isso, os recursos para o lançamento da empresa cresceram de US$ 150 milhões para US$ 200 milhões, o maior desembolso inicial para o lançamento de uma companhia aérea em todo o

Petrobras: etanol nos EUA

O

presidente da Petrob r a s B i o c o m b u s t íveis, Alan Kardec, afirmou ontem que a estatal brasileira poderá se associar a uma empresa norte-americana para produzir álcool e, desta forma, ter facilidade de acesso ao mercado daquele país, hoje altamente subsidiado. Segundo Kardec, o contrato seria feito nos moldes do firmado com a Japonesa Mitsui e que envolve a construção de complexos bioenergéticos (C-bios) que produzirão álcool voltado para o mercado externo. Ele, no entanto, não quis adiantar o nome da companhia petrolífera com a qual a estatal vem negociando. "Existem acordos de confidenciali-

dade que nós temos que cumprir. Há empresas interessadas, mas não queremos um número excessivo de empresas porque isto atrapalha. Nós queremos 20 complexos C-bio nos moldes do que faremos com a Mitsui, mas não com 20 atores diferentes." A parceria entre a Petrobras e a Mitsui visa também a exportação de álcool para o mercado japonês e, posteriormente, para toda a Ásia. A intenção da estatal brasileira é exportar, até 2012, cerca de 4,7 bilhões de litros. O acordo prevê a construção de um C-Bio em Goiás com capacidade para produzir cerca de 200 milhões de litros de álcool. Para atingir a meta de exportação de 4,7 bilhões de

litros por ano, será necessária a construção de mais 19 centros de produção. Kardec também informou que a Petrobras exportou, até agora, cerca de 400 milhões de litros de etanol para o mercado externo e que deverá fechar 2008 com as exportações do produto totalizando 500 milhões de litros. Ele também confirmou que a empresa já decidiu construir de uma quarta usina de biocombustíveis, com capacidade de produção de cerca de 300 milhões de litros. Os próximos investimentos da nova subsidiária serão divulgados junto com Plano Estratégico da Petrobras para o período 2009/2020. (AE)

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americana Tyson Foods anunciará hoje a sua entrada ao mercado de proteína animal no Brasil. O grupo irá comunicar oficialmente a aquisição de três empresas brasileiras e seus planos para o mercado nacional. Atualmente, a Tyson Foods é a maior processadora mundial de carnes e faturou US$ 26,9 bilhões no ano passado.

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Jay Directo/AFP Photo

1

28,1

por cento é a soma das perdas do Ibovespa desde o início do ano. No mês, queda é de 17,5%.

Em meio ao pânico, a questão: qual o próximo? Problemas de liquidez dos bancos causam estragos

P SÓ SOBROU O PÓ – Funcionário faz a limpeza do pregão depois do fim dos negócios na

bolsa de Manila, nas Filipinas. Mercado local também foi atingido pela crise generalizada no sistema financeiro dos Estados Unidos e fechou com baixa de 1,5%. Em vários países, como Índia, Japão e Austrália, os bancos centrais injetaram recursos nos mercados para garantir a liquidez das operações. O mesmo fez o Federal Reserve (banco central americano), que ontem recebeu reforço financeiro de US$ 40 bilhões do Tesouro do país.

Para desconfiados, investimento em terras.

P

Nesta semana, a empresa lançou o maior fundo já criado na Europa para investir em terras no continente. "No curto prazo, o ouro ou o petróleo podem dar mais resultados. Mas, com a demanda cada vez maior por alimentos, o único resultado garantido de lucro em dez anos é a terra", disse. O fundo espera levantar US$ 500 milhões para comprar áreas em países como Polônia, Hungria, Romênia e outros do Leste Europeu, onde os valores são mais baixos. A intenção dos investidores é ganhar com a tendência de alta dos alimentos. Segundo Price, o fundo usa o dinheiro dos investidores para comprar fazendas no Leste Europeu, considerado como potencial celeiro de alimentos para as populações de Berlim, Roma, Paris e Londres. As propriedades são alugadas e arrendadas para grandes multinacionais e produtores agrícolas e a renda vem dessa locação. (AE)

Unidos pela hipoteca

A

crise econômica afeta até mesmo o comportamento de casais na Europa. Estudo da Associação de Advogados de Família mostra que, diante da desaceleração da economia européia e da perspectiva de uma crise profunda, o número de casais se separando caiu pela primeira vez em anos.

Unidos pela hipoteca, casais parecem refletir por mais tempo sobre as vantagens do divórcio. Isso porque a primeira iniciativa de pessoas em processo de divórcio é buscar novas casas. A tendência é mais evidente na Espanha, um dos países europeus que mais sofre com a crise de crédito imobiliário. (AE)

DC

or séculos, a terra foi o verdadeiro símbolo de riqueza na Europa. Agora, fundos de investimentos voltam a apostar nesse tipo de ativo para oferecer opção a seus clientes. Desconfiados em relação ao mercado financeiro, muitos europeus decidiram voltar a aplicar dinheiro em terras. Há interesse em áreas de países da União Européia (UE) e também no Brasil. Por muito tempo, a terra foi o único indicador de riqueza e poder – não foi à toa que a Igreja Católica formou grande patrimônio imobiliário. Hoje, o modelo é bem mais sofisticado, mas a base do investimento é a mesma. "Com a crise nos mercados, acreditamos que haverá um número cada vez maior de pessoas querendo investir em um ativo estável e que garanta lucros. Atualmente, essa opção é a terra", afirmou Alex Price, da empresa Palmer Capital Partners, que tem base na Alemanha.

Nelson Almeida/AFP Photo

Aumenta procura por ativos mais sólidos e rentáveis

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ânico é a melhor palavra para descrever o sentimento de investidores e analistas ao redor do mundo ontem. Existe grande temor de que uma crise generalizada do sistema financeiro, com quebras de instituições em um efeito dominó, já esteja em curso – apesar dos esforços dos bancos centrais de vários continentes, que tentam garantir a liquidez das operações bancárias. A pergunta, agora, não é se essa crise vai se prolongar, e sim qual será o próximo a quebrar. Essa catástrofe anunciada fez as bolsas desabarem em todo o mundo. O índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, despencou 4,06%. Em São Paulo, a continuidade da saída de estrangeiros, que buscam ou cobrir prejuízos no exterior ou ativos mais seguros, a bolsa tomou um tombo de 6,74%. O indicador fechou em 45.908 pontos – nível de 2 de abril do ano passado. Apenas em setembro, as perdas do Ibovespa chegam a 17,5%. Desde o início de 2008, a desvalorização atinge 24,1%. Na Europa não foi diferente, com quedas em Londres (2,25%), Paris (2,14%) e Frankfurt (1,75%). E a bolsa de Tóquio já abriu em baixa hoje. O dólar no Brasil subiu 2,64% para R$ 1,868. Mais vítimas – A deterioração nos mercados fez mais uma vítima ontem: desta vez, uma instituição britânica. A Halifax Bank Of Scotland (HBOS), maior financiadora de hipotecas do Reino Unido, fechou acordo de fusão com o também britânico Lloyds TSB. Aos olhos dos investidores, sinal claro de problemas financeiros ainda desconhecidos. Nesse ambiente, não faltaram especulações nos dois lados do Atlântico. Na Europa, o Swiss National Bank (banco central suíço) emitiu nota afirmando que está em negociações com o

UBS AG para oferecer suporte ao gigante bancário. A nota do SNB desmente uma anterior, do porta-voz do UBS, negando os mesmos rumores. Nos EUA, o Morgan Stanley informou, depois do fechamento do mercado, que está fazendo tudo o que pode para reforçar os preços de suas ações, que estão despencando nos últimos dias. O Morgan é um dos dois bancos de investimentos do país que resistiram, por enquanto, à crise, ao lado do

DJones

Nasdaq

-4%

-4,9%

Paris

Londres

-2,1% -2,2% S.Paulo

Madri

-6,7% -2,3% Goldman Sachs. À tarde, no entanto, The New York Times informou que o Morgan estaria considerando fusão com o Wachovia Corporation ou outra instituição (há quem aposte no banco chinês Citic). Segundo o jornal, o Wachovia não quis comentar. Em Nova York, as ações do Wachovia caíram 20,76%, enquanto as do Morgan Stanley recuaram 24,22%. O Tesouro americano injetou US$ 40 bilhões no Federal Reserve (Fed) para que o banco central dos EUA consiga resgatar as instituições que quebraram e outras que podem ter problemas. Segundo analistas, é um sinal de que o Fed está sobrecarregado. (AE/DC)

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Empreendedores Tr i b u t o s Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Os efeitos do problema financeiro resultarão em uma crise prolongada, que chegará até 2010. Edmar Bacha, economista

DESDOBRAMENTOS DA CRISE SÃO IMPREVISÍVEIS

"Insegurança, medo, recessão". São os resultados da crise.

Rafael Andrade/Folha Imagem

verno norte-americano é que estamos falando de muitos trilhões de dólares, algo jamais imaginado. O governo dos EUA fala hoje em dezenas de bilhões de dólares, mas na hora em que começar a falar de trilhões, a coisa vai complicar. Não foi isso que o governo dos EUA fez no caso da Fannie Mae, Freddie Mac e AIG? Foi, mas os valores e a forma como o dinheiro foram colocados não geraram um clima de tranqüilidade. E se depois de fazer uma intervenção desse tipo, de assumir dívidas trilionárias, ocorrer uma crise de confiança nos papéis do governo norte-americano? Já pensou todo mundo tentando vender esses papéis, os chineses tentando vender US$ 2 trilhões de títulos?

Para o economista Edmar Bacha, um dos criadores do Plano Real, a crise financeira poderá atingir outros mercados, além dos americanos, e levar a uma recessão mundial. Nesse panorama, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no próximo ano deverá ser reduzido para 3% – a administração Lula espera uma expansão de 4,5%. Para ele, é fundamental os governos reconquistarem a confiança dos investidores porque a crise sistêmica resultou em uma enorme onda de desconfiança.

O

sistema financeiro internacional está em crise sistêmica, que poderá ser amenizada se o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) adotar um p ro g r a m a s e m e l h a n t e a o Proer, implementado no Brasil na administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A afirmação foi feita ontem por Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real e consultor sênior do Banco ItaúBBA. Para Bacha, a crise deverá perdurar até 2010. Qual é a sua avaliação dessa crise financeira internacional? O que está sendo colocado em xeque é todo o sistema financeiro desenvolvido nos últimos 30 anos, diferente do tradicional. Surgiram bancos de

investimento dentro do princípio de gerar ativos securitizados e distribuir essa securitização com ativos de complexidade crescente. Esse sistema teve uma enorme expansão nos últimos anos, acompanhando as bolhas no mercado acionário e no sistema imobiliário norteamericano. Com a implosão do mercado imobiliário, se revelou que esse sistema tinha uma fragilidade enorme, derivada da opacidade dos seus produtos, de uma regulação muito fraca. Todas essas entidades financeiras tinham alavancagens diversamente maiores do que os bancos comerciais e não tinham um regulador nem um emprestador de última instância. O Fed não tinha responsabilidade direta sobre os corretores nos EUA.

Esse sistema provou ser um enorme gerador de riscos, com capacidade fraca de seguro. O economista Edmar Bacha alerta para a gravidade da crise

Outras instituições vão deixar de existir, como ocorreu com o Bear Stearns, Lehman Brothers e Merrill Lynch? Estamos perto de uma crise sistêmica? A crise sistêmica está aí. Ela é uma perda generalizada de confiança em instrumentos e instituições financeiras, da qual resultam corridas. Não são as tradicionais corridas bancárias, mas são corridas de mercados que subitamente se congelam. O ouro subiu 11%. A crise sistêmica é isso aí. Quais serão os próximos desdobramentos da crise. O governo dos EUA fez um aporte de US$ 85 bilhões na AIG, a

maior seguradora do país e, mesmo assim, o mercado entrou em pânico. Não critico o governo norteamericano. Apesar de todo o dinheiro colocado na AIG, o mercado não sabe como será realizada a distribuição de perdas. Quem emprestou dinheiro para a AIG vai consegui-lo de volta? O governo norteamericano se tornou um credor privilegiado da empresa. Se ela quebrar, o primeiro credor será o governo e não se sabe quanto os outros vão levar. Como há uma crise de confiança, o mercado se pergunta quem será o próximo.

Que tipo de tendência a crise pode seguir no curto prazo? É imprevisível. Não sabemos se isso está restrito a instituições bancárias norte-americanas, se vai se propagar para a Europa ou não. Se isso ocorrer, quais mecanismos de intervenção serão adotados pelas autoridades européias? Há muitas perguntas no ar. Como amenizar a crise? Com uma atitude mais decisiva do governo norte-americano, do tipo que o Brasil adotou com o Proer. O Brasil pôde fazer isso porque o custo era razoável. O problema do go-

Como essa crise poderia afetar a economia do mundo e do Brasil? Ela será altamente recessiva. Vai trazer uma grande contração de crédito. Vai passar um bom tempo até os os canais de crédito se recuperarem.´Deve haver uma recessão mundial em 2009. O Brasil está melhor do que no passado, mas precisamos colocar as barbas de molho, vestir as sandálias da humildade, parar de dizer que a economia é robusta e somos invencíveis. (AE)

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Qual sua expectativa para a finalização dessa crise? O que o senhor espera? Essa crise vai ficar conosco por um bom tempo. Vamos atravessar este ano e 2009 com ela, até o mercado financeiro ficar relativamente tranqüilo. Depois da crise financeira, ocorrerão seus efeitos no mercado real. Será uma crise prolongada, que chegará a 2010.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LAZER

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

MOSTRA "DESERTOS". FILMES EM DVD NO CINE OLIDO. Nesta sexta (19), às 17h: Ratos do Deserto (1953), clássico de Robert Wise. Avenida São João, 473. Tel.: 3331-8399. R$ 1,00. Fotos: Divulgação

Branca de Neve Depois do Casamento: à espreita na floresta, um caçador bêbado. Na foto ao centro, Bela Adormecida e o Príncipe Encantado. E a loira Cinderela, recebida no baile como grande estrela.

CINEMA

NEM PARECE BRANCA DE NEVE Em animação maliciosa, a inocente princesa é assediada por ogros e anões. Lúcia Helena de Camargo

B

ranca de Neve casou-se com o Príncipe Encantado. Dona de casa dedicada, lava as roupas, faz os pratos vegetarianos favoritos de marido e cumpre com todas as demais "obrigações" de esposa. Já ele não é exatamente o retrato da fidelidade. Sai pela floresta beijando qualquer princesa adormecida que lhe apareça pela frente. Acredita estar cumprindo com seu dever, de trazer de volta ao mundo as damas que caíram no sono profundo provocado por bruxaria. Há, no entanto, conseqüências que não agradam ao senhor Encantado. Em uma manhã, imediatamente depois de pousar os lábios sobre os da esguia Bela Adormecida, ela começa os preparativos para o casamento. É a lei dos contos de fada: beijou, a moça acordou, tem de casar. Assim segue a animação Branca de Neve Depois do Casamento (Blanche-Neige, la Suite no original em francês ou Snow White, the Sequel, em inglês, Bélgica, 2007, 82 minutos), que estréia nesta sexta (19) nos cinemas, entrando em 11 salas na cidade de São Paulo, apenas em cópias legendadas. Essa sátira aos contos de fadas carrega no tom malicioso, tanto que o longa é censurado para menores de 16 anos. A direção é de Jean-Paul Picha, que tem no currículo outro filme

de mesmo tom, Tarzan - A Vergonha da Selva. O filme é algo divertido, mas não chega a arrancar longas risadas. O que o torna um pouco engraçado são justamente as ironias com o mundo contemporâneo. Repare na preocupação de Branca de Neve em comprar apenas alimentos orgânicos e nas grandes chaminés que poluem o ar da floresta. Os responsáveis por jogar impurezas no ar seriam ninguém menos do que os sete anões, que trabalham na mina, como na fábula original, mas são um pouco menos felizes e anos-luz menos ingênuos. Além deles, ainda aparece um nada amistoso ogro cujo prato favorito são tenras criancinhas, mas que cai de amores por Branca de Neve. Todos querem mesmo é "tirar uma casquinha" da crédula recém-casada, a única a que mantém a aura de inocência. Uma trama envolvendo a ambição da já bem acordada Bela Adormecida e a incompetência de um caçador bêbado

levam Branca de Neve a passar uma temporada na casa dos pervertidos anões. Nem lá ela descansa. Desde que chega, trabalha duro, lavando, passando, limpando o chão. E ainda será solicitada a prestar outros favores a cada um dos sete pequenos moradores. Ao longo da saga, o príncipe desavisado terá um encontro nada platônico com Cinderela e outro, ainda mais picante, com a Bruxa/Fada Madrinha, que se disfarça de maneira a chamar-lhe a atenção, para concluir seu plano – naturalmente – malévolo. Há um baile ao qual aparecem todos os personagens esperados e mais alguns. Ficamos sabendo o segredo pelo qual a curvilínea Bela resolveu ficar com o senhor Fera, o que acontece de fato na residência dos Três Porquinhos e a verdadeira natureza da relação entre a Vovó e o Lobo Mau. O cineasta belga Jean-Paul Picha declarou que seu principal

objetivo ao satirizar a famosa história sobre a Branca de Neve foi "Desconstruir a idéia de que tudo é belo, que todos se amam e realmente vivem num mundo onde é a alegria que impera, e para sempre. Uma imensidão de pessoas cresceu vendo animações deste tipo, sem conteúdo informativo, apenas beleza estética, musical. Procuro ser honesto, quebrar estas regras, mostrar um pouco de real em meu filme e humanizar o que, geralmente, é absolutamente fantasioso.” Ao assistir Branca de Neve Depois do Casamento, você pode ou não concordar com o diretor, mas certamente verá nas telas algo que não se parece em nada com o conto de fadas criado pelos Irmãos Grimm.

Infantis para todo mundo. Com ingresso a R$ 4. Divulgação

A

té domingo (21) acontece Knetter: filme o 6° Festival Internacional holandês de Cinema Infantil, na rede com dublagem Cinemark. Entraram na programação ao vivo. deste ano 28 produções, entre títulos No domingo inéditos, clássicos, curtas-metragens (21), às 16h30. nacionais e estrangeiros. E animações feitas para a internet. O festival já passou por Brasília e Campinas, e depois segue para Belo Horizonte, desta sexta (19) até o dia 28. Em seguida passa pelas capitais nordestinas Salvador e Aracaju, do dia 26 até 5 de outubro. Uma das novidades deste ano foi o Prêmio Brasil de Cinema Infantil. Sete curtas-metragens nacionais concorrerem a R$ 5 mil em serviços de laboratório oferecidos pela Labocine Grupo de Cinema. Outra inovação da atual edição é a dublagem ao vivo. O objetivo é apresentar ao público mirim dois idiomas diferentes ao mesmo tempo. Entre os filmes exibidos com esse recurso está a pré-estréia K netter (H olanda, 2005, 83 minutos), que passa no domingo (21), às 16h30. Dirigido por Martin Koolhoven, conta a história de Bonnie, uma menina de nove anos que landês African Bambi, de Alan Miller, que traz vive com a mãe e a avó. Depois de um aci- a história real dos animais que inspiraram dente, entra em cena um bicho de estima- Bambi, clássico de Walt Disney. O longa, feito no leste do continente africano, conta a vida ção que mudará as coisas. Um dos destaques do evento é o filme ho- de três jovens antílopes crescendo e se

adaptando ao mundo selvagem. Outra boa pedida é Pluft, o Fantasminha (Brasil, 1962, 95 minutos), de Romain Lesage. Entrou na programação ainda a animação A Família do Futuro (EUA, 2007, 102 mi-

nutos, direção Steve Anderson), que agora passa em sistema 3D, contando a história de Lewis, um menino brilhante, que inventa o Memory Scanner, equipamento que o ajudará a encontrar sua mãe biológica. Po-

rém, a máquina é roubada e ele será transportado no tempo. E quem não viu até hoje pode aproveitar para assistir ao ótimo Monstros S.A., da Disney-Pixar, exibido hoje, sexta (19), às 13h, no Santa Cruz. E para o festival chega o divertido Dois Mosquitos Dançando no Fo rmig uei ro (Dinamarca, 2007, 77 minutos), dirigido pela dupla Jannik Hastrup e Flemming Quist Møller, sobre a saga de Dagmar, a mosquito bailarina louca por Egon, o mosquito ciclista. Mas o problema é que ele quer conhecer o mundo antes de pensar em amor. Para lembrar conceitos de poder, responsabilidade e ausência há Um Reizinho Chamado Macius (Alemanha, Polônia e França, 2007, 87 minutos), com direção: Sandor Jesse & Lutz Stützner. Na trama, o rei, pai de Macius, morre. E o garoto tem que assumir o trono, antes de fazer nove anos. As sessões do festival acontecem nos cinemas dos shoppings Eldorado (Avenida Rebouças, 3.970, Pinheiros, tel.: 2197-7472) e Metrô Santa Cruz (Rua Domingos de Morais, 2.564, tel.: 3471-8070), sempre com ingressos a R$ 4. Mais informações e a programação podem ser consultadas pelo site www.festivaldecinemainfantil.com.br. (LHC)

CINEMA NORDESTINO NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO Domingo (21), 20h: O Céu de Suely (2007), de Karin Aïnouz. Rua Vergueiro, 1000. Tel.: 3383-3402. Grátis.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

LAZER - 3

CORPO DE BAILE JOVEM: DOMINGO (21) NO MUNICIPAL. Grupo da Escola Municipal de Bailado com a peça Paquita, clássica coreografia com música de Ludwig Minkus. Praça Ramos de Azevedo. Tel.: 3397-0327. 17h. Grátis. Flavio Colker/Divulgação

DANÇA O olhar cruel de Deborah Colker no Alfa Novo espetáculo da coreógrafa une o lúdico e o trágico, o romance e a dor. Rita Alves

A

Temporada de Dança 2008 do Teatro Alfa continua. A estrela da vez é a Cia. de Dança Deborah Colker que se apresenta até o próximo domingo (21), exibindo o espetáculo Cruel. E quem costuma ver Deborah Colker interagir com seu grupo em cima do palco vai sentir diferença agora. Pela primeira vez, a coreógrafa não dança com seus bailarinos. Em Cruel, Deborah lança um enigma: uma série aberta de elementos narrativos que só se completa com o olhar do espectador. "Esse espetáculo foi construído a partir de histórias sugeridas pela platéia. É um olhar cruel sobre o amor, a vida", explica a coreógrafa. A inspiração veio de histórias ordinárias que acontecem com a maioria das pessoas, como casos de amores, amantes, família, laços que atam e desatam.

"As histórias estão ali para serem apreendidas por cada um de um modo bem particular", diz Deborah. Como compreendê-las? Pelos movimentos e expressões dos 17 bailarinos. O sentido surge de maneira bastante particular para cada espectador. Para conseguir tal expressividade, a bailarina contou com a ajuda de quem entende da arte de representar: o diretor de teatro Gilberto Gawronski. "Achei que deveria desenvolver mais a teatralidade da dança e precisava da ajuda de alguém nisso. Mas apesar de toda teatralidade, Cruel é um espetáculo de dança", esclarece Deborah. O flerte com a dramaturgia nasceu com o espetáculo Nó, de 2005, período em que Deborah notou certa mudança em sua linguagem. "Depois de Nó, onde já trabalhamos com a narrativa a partir de diversas

fontes, Cruel era uma direção natural", diz. Deborah lembra que em 1984 a dramaturgia já lhe cativava. Nessa época, o espetáculo estrelado por Dina Sfat, A Irresistível Aventura, de Domingos de Oliveira, teve participação dela na direção de movimento. A parceria deu certo e ela acabou assinando a direção de movimento de diversas outras montagens. "Para trabalhar com essas referências do teatro, o que fizemos em Cruel, na inexistência de um libreto, foi carregar os movimentos de intenções e sentidos", aponta Deborah Colker. "Todas essas colaborações acabaram servindo como munição nesse processo criativo, sendo absorvidas através da dança e criando uma costura nas situações que se apresentam". O atual espetáculo se desenvolve em quatro principais momentos, em dois

atos. Tudo começa com a preparação de um baile. É nesse momento que os protagonistas se aprontam para as futuras situações que entrarão em cena. Em seguida, um grande lustre redondo e rendado ocupa o centro do palco. A trilha do baile? Uma valsa de Vivaldi, de Nelson Gonçalves ou até palavras leves e roucas de Julie London. Mas o clima dos grandes salões de baile não dura muito tempo. Aos poucos pequenas transformações acontecem e uma grande mesa móvel (de cinco metros de comprimento) toma conta do palco. O objeto aparece para reunir pessoas e mostrar conflitos: relações familiares em atrito e os encontros e desencontros da vida. A utilização de tais objetos em cena é uma característica de Deborah em seu trabalho. De acordo com a coreógrafa, é sempre o espaço que propõe uma

Fotos: Divulgação

Cruel: encontros e desencontros que marcam as mutações dos afetos.

Homenagem em passos flamencos

A

ntonio Ruiz Soler (19211996), conhecido como "Antonio – O Bailarino", é considerado o grande mestre da dança espanhola. Quem teve a oportunidade de trabalhar com ele, sabe que o título é justo. O bailarino e coreógrafo Antonio Márquez teve esse privilégio e na turnê atual presta uma homenagem ao mestre com Antonio – O Feitiço da Dança, que chega ao palco do Municipal nos próximos dias 22 e 23. O espetáculo inédito já foi exibido durante a turnê nacional em Santos, Jundiaí, Belo Horizonte, Londrina, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba. Em São Paulo, o público terá a chance de ver Márquez pincelando os principais momentos da carreira de Ruiz. "Fizemos esta montagem, antes de tudo, com muito respeito e dando o

reconhecimento que ele merece. Ruiz brilhou dos anos de 1940 até quase os 80. Não podemos esquecer sua herança", diz o coreógrafo. Os dois mantiveram contato no começo dos anos 1980, na Escola de Ballet Nacional da Espanha. Na época, Márquez começou como solista, depois virou primeiro bailarino. Essa é a quarta vez que o Márquez baila em território brasileiro. As turnês anteriores aconteceram em 2001, 2002 e 2006. No espetáculo atual, ele sobe ao tablado com mais 14 bailarinos, que fazem parte do grupo que leva seu nome, além de outros três músicos que executam parte da trilha sonora ao vivo. O espectador também terá a oportunidade de assistir na segunda parte do espetáculo a obra Bolero, de Ravel,

conhecida por sua força expressiva. Antonio Márquez é considerado o maior expoente da dança flamenca dos últimos anos. O artista, de 45 anos, está no comando de seu grupo há 13 anos e dedica sua vida à dança há 33. Desde sua fundação, a companhia do coreógrafo foi escolhida como representante do "nuevo flamenco" pelo Ministério da Cultura espanhol, órgão que subsidia o grupo até hoje. (R A) Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Anhangabaú. Dias 22 (segunda) e 23 (terça), às 21h. Telefone da bilheteria do teatro: 3222-8698. Ingresso: R$ 40 a R$ 150.

nova relação com os movimentos. No segundo ato de Cruel, são espelhos os objetos que entram em cena. Eles se movimentam numa espécie de jogo, dando um tom surrealista ao espetáculo. Reflexos, luzes, solidão e histórias pessoais num mesmo cenário. "Em frente ao espelho é só você. E sua história se reflete na sua própria imagem", explica Deborah. Em seu novo espetáculo, Deborah Colker contou com a parceria de Gringo Cárdia na direção de arte e cenografia, Jorginho de Carvalho na ilumina-

ção e Berna Ceppas como responsável pela trilha sonora. O estilista Samuel Cirnansck colaborou pela primeira vez com a companhia cuidando dos figurinos, que fazem uma leitura ao mesmo tempo clássica e contemporânea dos trajes de grandes bailes. Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000. Sexta (19), sábado (20), às 21h. Domingo (21), às 18h. Ingresso: R$ 40 a R$ 90.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

NOVA TEMPORADA DE "A RESERVA", COM IRENE RAVACHE. Texto de Marta Goes volta ao cartaz nesta sexta (19), 21h.30: R$ 40; sábados (21h) e domingos (18h): R$ 60. Teatro Cosipa Cultura. Av. do Café, 277. Tel.: 5070-7018. Águeda Amaral/Divulgação

LEITURA

Em busca da verdadeira história de Satã Renato Pompeu

O

Demônio, tal como o concebemos hoje, o Senhor do Mal que preside ao Inferno, e que se contrapõe a Deus Senhor do Bem, não existe na Bíblia, nem no Velho, nem no Novo Testamento – é o que argumenta o pesquisador americano Henry Angskar Kelly, professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles, no livro Satã, uma biografia, lançado no Brasil pela Editora Globo. Kelly mostra como, na Bíblia, a palavra "Satã" ora é um substantivo comum, significando "adversário", ora, como no Livro de Jó e no Novo Testamento, indica um personagem encarregado por Deus de governar o mundo, para vigiar e testar os seres humanos no que se refere à sua fidelidade a Deus. No Novo Testamento, Cristo também prevê que, no fim dos tempos, esse funcionário de Deus deixará de governar o mundo. Kelly demonstra ainda que a imagem de Satã tal como o imaginamos atualmente, foi sendo criada ao longo dos séculos que se seguiram à morte de Cristo, em especial pelos Pais da Igreja, ou seja, escritores cristãos atuantes entre os séculos II e VIII. Eles é que identificaram Satã com a serpente que tenta Eva, serpente que no Gênesis não aparece como demoníaca. Eles é que desenvolveram os atributos de Satã como Senhor do Mal, num maniqueísmo que em princípio seria incompatível com uma fé monoteísta. Aqui valeria ressaltar que, numa de suas pouquíssimas falhas, a tradução parece ter apresentado como "origens" o termo que tudo indica se referia a Orígenes, um teólogo egípcio da passagem do século II para o século III. Também a idéia de que Satã, ou Lúcifer, era um anjo que se revoltou contra Deus e se tornou o Demônio, não consta

nem do Velho, nem do Novo Testamento, mas surgiu posteriormente, como prova Kelly. Este, porém, parece ser um cristão devoto, que como bom protestante só quer acreditar na Revelação, ou seja, na Bíblia, e assim quer propagandear entre seus companheiros de fé protestantes a noção de que Satã como Senhor do Mal é uma criação da Tradição, isto é, dos acres-

centamentos feitos aos ensinamentos da Bíblia tanto pela Igreja Católica Romana como pelas Igrejas Católicas Ortodoxas. Um bom protestante só deve acreditar na Bíblia – e assim não pode acreditar no Diabo dos católicos, nem no Satã dos muçulmanos: esta parece ser a mensagem central de Kelly. No entanto o tema é atraente tanto para protestantes como para católicos, para os interessados em geral em religião, e para todas as pessoas com sentido humanista. Mas temos de levar em conta que, embora o tema seja tão atraente, o estilo de Kelly não é tão atraente. Trata-se de uma obra erudita que será lida com maior pro-

veito por outros eruditos, e não de um trabalho a ser lido e compreendido com facilidade. Dizem que "o diabo está nos detalhes" e o leitor leigo, o leitor comum, se perde nas miríades de pequenos detalhes, de citações isoladas aqui e ali, às vezes de uma palavra só, ou de uma frase isolada, com que Kelly vai montando seu argumento. Assim, embora o leitor mais informado saia convencido, ao final do livro, da correção da tese central de Kelly – de que Satã, ou o Demônio, ou o Diabo, tal como é concebido pela esmagadora maioria dos cristãos, não consta da Bíblia e é uma criação posterior, ao menos a partir de dois séculos depois de Cristo –, o leitor comum caminhará com dificuldades pelo emaranhado de citações e pela complexidade do raciocínio do autor que, afinal, é um professor universitário e quis deixar bem marcadas suas credenciais acadêmicas. Kelly parece dirigir-se também aos católicos, mas neste caso seu êxito será menor, pois justamente ser católico consiste em crer, além da Bíblia, também na Tradição. Afinal, do mesmo modo que Kelly provou que Satã tal como os católicos o concebem não consta da Bíblia, também poderia ser provado que não consta da Bíblia o culto a seres humanos considerados santos e mesmo à Virgem Maria. Isso, porém, não abalaria a rigor nenhum católico, pois por definição este acredita, além de na Revelação, também na Tradição. Assim, o desmentido dado por Kelly à concepção corrente de Satã só vai valer para aqueles protestantes que julgam que a única fonte da fé é a Bíblia.

Renato Pompeu é jornalista e escritor.

CONCERTO

O Messias de Haendel com a Osesp

O

compositor-prodígio austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) escreveu dezenas de peças por encomenda, quase todas galantes, para entreter a corte. Isso não quer dizer que tenha sido traído pela banalidade e pela repetição marota de fórmulas. Não. Mozart sabia "colorir" e "burilar" melodias e harmonias. Mas não

foi por acaso – segundo biógrafos – que se rendeu a um guru nessa arte de transformar o trivial em algo surpreendente, às vezes sublime. Qual o guru? O alemão George Friedrich Haendel (1865-1759, foto). "Handel compreende o efeito (sonoro) melhor do que qualquer um de nós. Quando escolhe, explode como um trovão". Essa explicação (feliz) de

Mozart define bem o espírito do oratório Me ss ia s(1741), de Haendel, que a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) apresenta nesta sexta (19), 20h, e sábado (20), 16h30, sob a regência do violinista Claudio Cruz, também spalla da Osesp. Vale a pena ouvilo. Sala São Paulo. Praça Julio Prestes. Tel.: 3223-3966. R$ 28 a R$ 98. (MMJ)

Ãngelo Brandini e Cinthya Chaves: Tchecov em cena.

TEATRO

Tio Vânia, poderosa metáfora do sonho eterno. Sérgio Roveri

S

e fosse visto pelos olhos do capitalismo atual, Tio Vânia, um dos mais emblemáticos personagens criados pelo dramaturgo russo Anton Tchecov na peça de mesmo nome, seria um despossuído: um homem que passou quase três décadas trabalhando para os outros, não construiu fama ou fortuna, dedicou seu amor a uma mulher que sempre o encarou no máximo como um amigo e agora, quando a idade lhe bate à porta com uma impiedosa fatura, ele finalmente se dá conta de que a vida pode ter sido um grande desperdício. Que estranho fascínio este personagem tão aparentemente anacrônico exerce sobre o ator e diretor Celso Frateschi, que volta a ele oito anos após uma elogiadíssima montagem de Tio Vânia? "A potência poética deste personagem o coloca entre as grandes criações do teatro ocidental", diz Frateschi. "Vânia se transforma de acordo com cada época e sua poesia é capaz de

Charanga para todos

D

entre as muitas atividades propostas para a socialização de jovens que vivem em situação de risco, as que se valem da música e da dança são as que costumam apresentar resultados mais expressivos. Numa dessas ações, dada pela Associação Comunitária Despertar, surgiu o Coletivo Charanga. Trabalhando com a comunidade do Jardim Miriam, na zona sul de São Paulo, e sob a direção do músico Maurício Alves (Mestre Ambrósio), o grupo se vale da diversidade musical para estabelecer conceitos de cidadania e desenvolver a auto-estima na moçada. Até aí, tudo bem, assim (quase) sempre é. Mas o Coletivo foi além. Chegou a tal ponto a musicalidade dos moços e moças que rendeu o CD Charanga Tá Cheg an do (Despertar/MCD). E 27 alunos participaram da gravação, sob a direção musical do mesmo Maurício Alves, que também criou programações, cantou e tocou percussão. Produzidos pelo tão experiente quanto competente Beto Villares (que participa cantando a sua M un di nh o A zul), o álbum teve as participações es-

peciais de Nelson Triunfo, ele que é um dos precursores do hip hop no Brasil, cantando a sua Rima Ancestral: “Quem foi que falou/ Que o repente e embolada não é rap?”. Anelis Assumpção, Céu e Curumim estão no coro de “Canto das Três Raças” (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), e Sérgio Cassiano, um dos Mestre Ambrósio, participa da sua Na Maré Cheia. A força musical do trabalho está no repertório e na percussão. O pandeiro e o xequerê, a alfaia e o repique, o surdo de virada e o agogô, pelas mãos acesas dos amadores do Coletivo Charanga, se prestam ao maracatu e ao samba, ao funk e ao hip hop. E ao tocarem o que aprenderam a sentir como música sua, o fazem emocionante e emocionadamente. Noves fora as conhecidas Canto das Três Raças, sucesso de Clara Nunes, Olhos Coloridos (Macau), sucesso de Sandra de Sá, e o clássico Muié Rendeira (Zé do Norte), as outras são músicas pouco conhecidas, o que dá ao CD ares de bem-vinda renovação. Belo trabalho!

Aí, minha tia, segura a ponte que a chapa tá quente. Aí, meu tio, agarra a peruca pra ela não voar. O bagulho tá doido, o bonde vai passar. Arrasta a cadeira, afasta a mesa, segura pra não cair. Requebra o esqueleto e afina as orelha que é pra “mode” “meió” ouvir. Se atraca nas mina e rola que rola; se achega nas gata e rala que rala. Mão na coisa, coisa na mão, o funk tá brabo, hoje vai ter arranca-rabo. Vem, mano! É só chegar meu “broder”, vem pra cá “desestressar”. No suingue do hip hop e na malícia do rap eu tô. No improviso da embolada eu vou; no samba eu também tô. Na roda eu giro, estou em todas, nelas todas estou, até do maracatu agora eu sou. Se liga, galera, o bicho pega. O pancadão tá rachando, o ouvido tá ardendo, o coração tá fervendo e a brasa tá assando no quentinho da tua mão. Segura a onda, sangue bom, firma o ponto que o som tá botando pra subir e a Charanga tá chegando pro terreiro explodir.

Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4.

uma Rússia eminentemente rural, descreve como o homem estava se tornando capaz de interferir na natureza à sua volta, uma interferência que, na maioria das vezes, resultava na destruição de antigas paisagens. A peça, ambientada em uma fazenda, traz uma série de personagens vitimados por ações desastrosas, no campo afetivo e profissional. É de Tio Vânia um dos mais célebres monólogos já levados à cena – aquele em que a personagem Sônia, no ato final, afirma que tanto ela quanto o tio desperdiçaram a vida trabalhando para os outros, que sepultaram seus sonhos, mas que ainda encontrarão felicidade e descanso após a morte. Tio Vânia. Estréia nesta sexta (19). Teatro Ágora. Rua Rui Barbosa, 67. Tel.: 3284-0290. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h. Ingressos: R$ 20.

Cadeira projetada por Gaudí

CD

Aquiles Rique Reis

gerar metáforas poderosas. A característica quase patética de viver por um sonho que se despedaça faz dele um personagem extremamente atual". Tio Vânia entra em cartaz nesta sexta, dia 19, no Teatro Ágora, mas Frateschi garante tratar-se de uma montagem muito diferente daquela que dirigiu em 2000 no mesmo espaço. "Esta versão atual aborda principalmente a questão do tempo que uma pessoa passa neste planeta e a urgência do que fazer com a vida que nos resta", diz. "Saber que podemos fazer o que quisermos com o tempo que nos resta nos dá uma liberdade que é terrível. Nesta versão eu também incluí um personagem que havia suprimido na anterior, Maria, a mãe do Tio Vânia. Percebo, agora, que seria impossível fazer uma leitura precisa de Vânia sem a presença da mãe por perto". Escrita na alvorada do século XX, Tio Vânia tornou-se um texto premonitório. Nele, Tchecov, usando como exemplo o fim de

VISUAIS

A

exposição é ampla, bem montada, costurada por agradável disposição. Quais peças? Cadeiras, cartazes e luminárias que refletem a criatividade e ousadia de várias escolas do design espanhol. Eis a mostra 300% Spanish Design, organizada pelo Sesc Avenida Paulista. Exemplos? Surpresas de Gaudí e Dalí. Quem for visitá-la irá deparar-se com uma cadeira assinada pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí e outra, por Salvador Dalí, célebre representante do surrealismo, que inspirou inclusive o cineasta Luis Buñuel. Entre as 300 peças que ocupam o térreo, o terceiro e o quarto andar estão 100 cadeiras, 100 cartazes e 100 luminárias. A curadoria desse "show de variedades" coube ao designer e arquiteto catalão Juli Capella. A mostra já viajou por Portugal, Grécia e China. No Brasil, antes de chegar a São Paulo, esteve em Fortaleza. A versão paulistana inclui projeção com ícones variados do design espanhol como peças gráficas com escudos dos times de futebol Real Madrid e Barcelona. Sesc Avenida Paulista. Avenida Paulista, 119. Tel.: 31793700. Terça a sexta, 13h às 31h; sábado, domingo e feriados, 11h às 19h. Grátis. Aberta até 11 de janeiro de 2009. (MMJ)

Luminária: obra do surrealista Salvador Dalí. Fotos

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SIMONE E ZÉLIA DUNCAN: HSBC, SEXTA (19) E SÁBADO (20). No programa: Mar e Lua (Chico Buarque) e Gatas Extraordinárias (Caetano). Rua Bragança Paulista, 1281. Tel.: 4003-1212. Às 22h. R$ 80 a R$ 160.

lgaçã

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

LAZER - 5

Fotos: Divulgação

Vinho no Aston de sangue azul José Guilherme R. Ferreira

P

ríncipe Charles, herdeiro do trono britânico, conhecido por defender causas ecológicas, agitou os bastidores da pequena indústria vinícola inglesa quando fez anunciar que estava abastecendo seu Aston Martin com bioetanol produzido com sobra de vinho inglês, uma solução menos poluente para seus passeios de verão. O conversível azul foi presente da mamãe Elizabeth II no seu aniversário de 21 anos. Vinho

Paella do La Lydia: restaurante faz entregas de pratos em quantidades para duas até 30 pessoas.

inglês como combustível? E ainda idéia de Sua Alteza? Os produtores não querem crer que o príncipe tenha feito isso. Preferem pensar que o vinho que vai no tanque do Aston é vinho britânico, aquele blend barato e de baixa qualidade, produzido com mosto recebido de fora. O vinho inglês é hoje produzido com mais qualidade, já beneficiado por

temperaturas mais elevadas. A área plantada com videiras na Inglaterra era de meros 196 hectares em 1972. Em 2007, pulou para 992 ha e já se trabalha com a hipótese de que os vinhedos cheguem a 3.000 ha em 2018. Estudos sobre mudanças climáticas do geólogo Richard Selley, do Imperial College de Londres, reunidos no seu mais recente livro, Winelands of Britain, mostram que os ingleses, tradicionalmente só bons de copo, passariam a produzir vinhos em mais regiões da ilha até então aborrecidamente frias e enevoadas. Nos últimos cem anos, a Inglaterra plantou uvas germânicas (MüllerThurgau, Reichensteiner e Huxelrebe). Ainda hoje, cerca de 90% da produção concentra-se em vinhos brancos. Mas há 20 anos cepas francesas passaram a ser plantadas no Sudeste da ilha, produzindo um espumante que é orgulho inglês. Na projeção extrema, Selley fala de bons vinhos até na Escócia.

GASTRONOMIA

http://www.englishwine.com/index.htm http://www.denbiesvineyard.co.uk/index.html

Iguarias espanholas na mesa

ADEGA

Lúcia Helena de Camargo

Vinho com aroma de suor de cavalo

B

anhada pelo oceano por praticamente todos os lados – salvo a fronteira com Portugal – a Espanha tem nos frutos do mar o ponto forte de sua culinária. Eles estão presentes nas cozinhas de todas as regiões, marcadamente na Galícia, Astúrias, Cantábrico, Catalunha, Andaluzia e Valência, que dá nome ao mais famoso prato espanhol conhecido mundo afora, a paella valenciana. Entre os restaurantes paulistanos que servem uma versão respeitável desse preparo que leva arroz, camarão, lula, polvo, mariscos e pode incluir também frango e lingüiça, além de outros ingredientes, tudo temperado com alho e açafrão, está o tradicional Don Curro (foto abaixo), que oferece balcão de tapas (petiscos espanhóis) e diversas versões de lulas, como a calamares en su Tinta, na qual os moluscos vêm cortados em rodelas, preparadas no molho de sua própria tinta. No Porto Rubaiyat, os frutos do mar também figuram como atração principal. Os pescados são trazidos da Espanha exclusivamente para a casa. No cardápio, polvo à feira, prato típico da Galícia, preparado num grande caldeirão de cobre na entrada do

restaurante, e o bacalhau norueguês à la Riojana; além de massas frescas como o taglialine com lagostin e orégano e a lasanha aberta com frutos do mar. Entre os assados em forno à lenha estão as vieiras com presunto ibérico à Juliana. O presunto, aliás, é uma iguaria que não falta nas boas mesas espanholas, assim como azeite e as azeitonas, marca da Península Ibérica. Em julho deste ano tivemos na cidade

No Porto Rubaiyat, os frutos do mar são trazidos da Espanha exclusivamente para a casa. a Jornada Gastronômica de Castilla y León, na Figueira e no Porto Rubaiyat, com presença dos chefs espanhóis Víctor Gutiérrez e Gabino González Jiménez que cozinharam por aqui pratos típicos da região em que fica o Caminho de Santiago. O delicioso jamón foi a abertura obrigatória em todos os cardápios. Para quem busca sabor e bom preço, a dica é o discreto Paellas Pepe, no bairro do Ipiranga, que atende apenas com reservas. E a paella é muito boa. Comemorando um ano na cidade, o Torero Valese pode ser uma aposta interessante. A cozinha de base é da Espanha, mas agora começam a aparecer no menu receitas de outros países do Mediterrâneo, como o

italiano quejio Prima Donna e a Tapa feita com o francesíssimo brie, que consiste em uma pasta de tomate servida na berinjela empanada. E entre as novidades em comida espanhola está também o La Lydia, comandado por Silvana Boccalato, que depois de trabalhar por dois anos com o chef espanhol Juan Fabra, do Porto Alegre, em Barcelona, resolveu abrir em São Paulo seu próprio restaurante, no bairro de Perdizes, zona oeste da cidade. A casa atende apenas mediante reserva (com dois dias de antecedência). No menu há de tira-gostos a sobremesas. E até o final de outubro as ostras de Santa Catarina aparecem em diversos preparos diferentes: frescas, em caldos, à provençal, gratinadas com champanhe, com fettucini, risoto e também dentro de paellas. La Lydia faz entregas de pratos em quantidades para duas até 30 pessoas. Bom para degustar um naco da Espanha, no conforto de casa. Don Curro - Rua Alves Guimarães, 230, Pinheiros, tel.: 3062-4712. La Lydia - Rua Apinagés, 1649, tel.: 3672-7633 ou 8343-6292. Paellas Pepe - Rua Bom Pastor, 1660, Ipiranga, tel.: 3798-1616. Porto Rubaiyat - Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr., 1.142, Itaim Bibi, tel.: 3077-1111. Torero Valese - Av. Horácio Lafer, 638, Itaim Bibi, tel.: 3168-7917.

Rafael Rupsel/LUZ - 20/06/2006

Maria del Pilar (centro) e seus filhos Mário Sérgio, e Liliane, do Paellas Pepe: paellas e sangrias em casa familiar do Ipiranga.

Sergio de Paula Santos

C

Caldo de ostras do La Lydia (alto); e os famosos jamón e azeite ibéricos.

om a morte de Alfredo Saramago em maio deste ano, perde a intelectualidade portuguesa e a dos países de nossa língua uma de suas principais figuras. Licenciado em História na Suíça, em Antropologia em Oxford e em História da Alimentação no Collège de France, foi autor de uma vasta obra sobre os prazeres da mesa, possivelmente o mais importante do ramo, em língua portuguesa. Epicurista, hedonista e gourmet, Saramago foi um bom aluno da vida. Viajou muito, estudou muito, escreveu muito e muito bem, com a joie de vivre, a alegria de viver, a bonne chère, a bona-chira e o bom gosto que marcaram seu percurso pelo mundo. Apaixonado por touradas, apreciava várias outras coisas "politicamente incorretas": charutos, caça, além de comidas requintadas, mulheres bonitas e outras... De sua importante obra, além de uma vintena de livros sobre gastronomia (editados, principalmente pela Colares e Assírio & Alvim) cabe lembrar em especial os editoriais e colaborações à Epicur, revista de alto nível por ele dirigida, fundada em outubro de 1988, com alguns números antológicos. Suas monumentais obras sobre as várias cozinhas regionais de Portugal não são apenas coleções de receitas pesquisadas em documentos antigos, mas levantamentos históricos, arqueológicos e antropológicos das respectivas regiões. Como pequena homenagem ao amigo Saramago, queremos aqui lembrar algumas de suas transcrições irônicas, dos atributos dados aos vinhos pelos jornalistas portugueses, pinçados em seu último livro, de 2007, 125 Vinhos – Escolha de Alfredo Saramago. Tão curiosos ou ridículos como os usados entre nós. Na impossibilidade de descrever sabores, recorrem às analogias como bombom inglês, aromas de sal, granito morno, iodo marinho, suor de cavalo, erva molhada, móveis antigos, uvas ao sol, rosas antigas, feno cortado, frutos de polpa branca, toque de farmácia, xarope de frutos, caroço de

fruto, azeitona preta, toque medicinal, compota de tomate, bolacha, pêssego branco, fósforo queimado, frutos cozidos macerados, bolo inglês, algas, galho seco, bolos finos, mato, toque lácteo, vegetal seco, notas de talo de couve, notas de lápis, menta estilo "after eigth", pinhão, toque de marroquineria, aroma telúrico, fruta escondida, musgo, fruta viva, cheiro a sacristia. Entre muitos, muitos aromas (ou cheiros), sabores (ou gostos), que nos fazem lembrar Guilherme Fesser, citado também por Saramago, quando afirma "os críticos de vinho inventam metade do que dizem. Não é possível que alguém possa detectar tantos aromas e retro-aromas num sumo de frutas"! Continua o autor: "Existe um discurso demasiado sério sobre o vinho, é preciso que se restitua a liberdade a cada apreciador para poder julgar o vinho que bebe sem a espada de Dâmodes por cima da cabeça para justiçá-lo". E ainda: "Quem poderá negar um apego especial a um determinado vinho por circunstâncias alheias a esse próprio vinho"? Finalizando esta pequena homenagem, outra jóia de sensatez. Tratando da atual obsessão pela "harmonização" entre vinhos e alimentos, perguntado sobre com que beberia determinado vinho, Saramago respondeu com simplicidade: "Com os amigos..." A morte de Saramago nos entristece pela perda do amigo e pelo muito que poderia ainda enriquecermos com sua mais querida atividade, a gastronomia e suas origens históricas. Resta-nos o consolo de sua memória e de sua grande contribuição de um homem do mundo, que nunca perdeu o vínculo com suas raízes.

Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, São Paulo, 2007.


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6 - LAZER/TURISMO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Fotos: Divulgação

EUROPA

GALIZA: OUTRA ESPANHA.

Plaza de Obradoiro e a Catedral de Compostela – 3º destino dos peregrinos cristãos no mundo, depois de Roma e Jerusalém.

No noroeste do país, a região galega está mais para a Irlanda e a Escócia do que para Madri e Barcelona Moisés Rabinovici

Moisés Rabinovici

Moisés Rabinovici

Povoados com casas de pedra (à esq.) marcam os caminhos de Santiago para as montanhas ao leste, ou para as chairas (planícies) e rias (estuários) ao centro-norte. Moisés Rabinovici

E

sperei dois meses pelo "mágico" 25 de julho, hoje, dia de São Tiago, para escrever sobre Compostela. E a "mágica" paulocoelhiana piscou no Correo Gallego online às 21 horas do Brasil: "Se obró el milagro del Apóstol, y la lluvia cesó poco antes del comienzo del espectáculo pirotécnico", homenagem ao Día Nacional de Galiza . A "milagrosa" estiagem permitiu a "apoteosis de fuego, agua y luz" na Plaza de Obradoiro, acompanhada por 15 mil pessoas diante da Catedral romana-gótica-barroca de 933 anos, o terceiro destino dos peregrinos cristãos no mundo, depois de Roma e Jerusalém. A concha-símbolo do Caminho de Santiago surgiu no céu, projetada a laser verde, azul e vermelho, ao som de música celta. O cantor e então ministro da Cultura Gilberto Gil não compareceu à festa. No que fez muito bem, depois de ter irritado os galegos insistindo em falar castelhano durante seu show, seis dias antes, 19 de julho. Foi ainda além: recriminou o nacionalismo galego! "Temos que ser mais internacionais", ensinou aos (ex?) fãs. "Además estamos en tierras de España!", acrescentou ao povo separatista que estuda espanhol como língua estrangeira, obteve o domínio exclusivo "cat" (de Cataluña) na Internet, e não o nacional "es" (España), e já tentou até formar uma seleção galega de futebol. Os romanos o chamavam de gallaeci, ou celta, há quase 3 mil anos. É visível na paisagem ou nas descobertas arqueológicas: a Galiza está mais para a Irlanda e a Escócia do que para Madri e Barcelona. E foi assim que a "noche brasileira" do 25 de julho ficou a cargo de Toquinho e Maria Creuza. Galegos – Galega é como o presidente Lula chama a sua mulher, Marisa Letícia da Silva. Também atende por Galego o primeiro-cão, um labrador presenteado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner. O pai de Fidel Castro era galego, como o ditador generalíssimo Francisco Franco, que mergulhou a Espanha numa "Longa Noite de Pedra", fascista, entre 1939 e 75. No Aurélio, galego também significa estrangeiro, com alguns usos depreciativos. Os galegos dizem que sua Galiza foi "o primeiro país da Europa". E que em sua ponta ocidental, extremo europeu, onde cresceu o povoado de Finisterra, abre-se a porta para o fim do mundo, ou para "El más Allá", ou a Costa da Morte, onde o sol se põe naufragando no Oceano Atlântico.

A Galiza é formada por quatro províncias. Uma delas, Pontevedra, onde, dizem, nasceu Cristóvão Colombo.

O Caminho de Santiago: basta completar 100 quilômetros a pé ou 200 km em bicicleta para ganhar um diploma em latim, o Compostela.

'La meiga', mascote da Galiza. Âmbar é usado como amuleto. Atrás das portas, para a proteção, ferradura. São 2,8 milhões de orgulhosos nacionalistas galegos na Comunidade Autônoma da Espanha, formada pelas quatro províncias de La Coruña, Lugo, Ourense e Pontevedra – e brinca-se que haveria ainda uma quinta, Buenos Aires, na Argentina, que já ostentou o título de "a maior cidade galega" do mundo. O português nasceu na Galiza (e não Galícia, região entre o leste da Ucrânia e o sul da Polônia), quando o norte de Portugal e o noroeste da Espanha faziam parte do reino asturiano-leonês, no século XII. Falava-se então o que hoje se descreve como galaicoportuguês. Dom Afonso Henriques emancipou o seu futuro reino ao derrotar tropas de Leon e de mouros, em 1139. A separação, o tempo e influências específicas diferenciaram o idioma comum. Mas galegos, portugueses e brasileiros se entendem muito bem. O que mais cha-

ma a atenção é o X no lugar de J ou G: Xeito (jeito), Xeneral, Belxica, Xornal, Xilberto Xil, 25 de Xullo... Mesmo assim, Galiza ficou popularizada como Galícia. Paisagem verde – O hino galego está colorido de verde em suas três primeiras estrofes: "¿Que din os rumorosos/na costa verdecente,/ao raio transparente/do prácido luar?//¿Que din as altas copas/de escuro arume arpado/co seu ben compasado/monótono fungar?//Do teu verdor cinguido/e de benignos astros,/confín dos verdes castros/e valeroso chan,/non des a esquecemento/da inxuria o rudo encono;/desperta do teu sono/fogar de Breogán." A Galiza é a "España Verde". Luxuriante. Úmida: como chove! Os caminhos de Santiago para as montanhas ao leste, ou para as chairas (planícies) e rias (estuários) ao centro-norte, são marcados por pequenos e remotos pueblos e suas casas de pe-

dra com balcões, muitos minifúndios produtivos, lindas estradinhas e trilhas, praias de areia, refúgios para o pernoite de peregrinos, bosques de pinho, eucalipto e castanheiras, o ar carregado de misticismo e lendas a la Paulo Coelho, agora nome de rua em Santiago, e um sem-fim de tira-gostos locais para infindos tipos de vinhos. Este cenário tem sido mais explorado pelos próprios espanhóis, 70% dos turistas, e os portugueses vizinhos, mas bem poucos brasileiros, atraídos mais a ler com o pé o Diário de um Mago, em 1,1 milhões de passos pelo Caminho Francês, ou visitar Madri, Barcelona e Ibiza. Uma pena, pois tudo na Galiza é tão perto, tão acessível, tão gostoso... Por exemplo, Pontevedra. Está a meia-hora de carro de Santiago de Compostela. Dizem que Cristovão Colombo nasceu aqui. Dizem que aqui também foi

construído um de seus navios, o Santa Maria, lançado ao mar com o nome de La Gallega. Outro dos mitos ganhou uma praça, a bela Praça Teucro. Era o filho de Telamon e Hermione, e meio-irmão de Ajax, que partiu sem destino rumo a oeste depois de se tornar herói na Guerra de Tróia. E acabou fundando a cidade, ainda hoje quase toda de granito, o centro histórico com a reputação de ser o mais bem conservado da Espanha. Só para ver a tradicional feirinha se armar lá toda manhã já vale o passeio. As igrejas de Santa Maria la Mayor e La Peregrina, ambas do século XVI, são decoradas com conchas – a prova, para o peregrino, desde a Idade Média, de que chegou à cidade santa do apóstolo Tiago. Hoje, bastam 100 quilômetros a pé ou 200 km em bicicleta para fazer jus a um diploma em latim, o Compostela.

La meiga – As lendas, regadas a vinho e tapas, ficam ainda mais saborosas e verossímeis. Acredita-se até na que se conta sobre o abade San Ero, do mosteiro de Amenteira, pertinho de Pontevedra, em Combarro. Passeando, há 900 anos, ele parou em êxtase com os trinados e chilreios dos passarinhos. E perdeu-se em devaneios. Só voltou a si e ao lar 300 anos depois, certo de que só tinham se passado alguns minutinhos. Não é à toa que a mascote da Galiza seja "la meiga", a maga com poderes de bruxa mas também de vidente e curandeiro. Você pode até não acreditar, pero que las hay, las hay! Ou como se diz em galego: "no me creo en las meigas prou haber hai-nas". Elas estão expostas nas lojas para turistas, nos carrinhos de ambulantes e nas tabernas pelos caminhos dos peregrinos. Cuidado com as meigas-chuchonas, que chupam o sangue de criancinhas. Ou a Lobismuller, a meiga nascida na Sextafeira Santa. Elas são muitas, e cada uma guarda um poder distinto. Diante delas só existe uma defesa, o Desconxuro, e é bom decorá-lo antes de chegar à Galiza: "¡San Silvestre, Meigas fora!" O âmbar é um amuleto contra venenos ou encantamentos. Atrás de portas, para proteção à casa, pendura-se uma ferradura de cavalo, ou espora de galo e rabo de lobo. Viagem a convite do Centro Oficial de Turismo Espanhol


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

FAÇA AS MALAS Fuso: cinco horas a mais em relação a Brasília. Ligações a cobrar: para o Brasil, disque 900/990055. Internet: www.spaininfo.com. Informações turísticas: em São Paulo, no Centro Oficial de Turismo Espanhol, tel. (11) 3865-5999. Seguro-saúde: turistas brasileiros que viajam para a Espanha, França ou Alemanha devem ter seguro com a cobertura de 30 mil euros. Um deles é o Travel Ace (www.travelace.com.br). Mais informações com agências e operadoras de turismo. PACOTES New Age: sete noites entre Madri, Medina del Campo, Lugo, La Coruña, Santiago de Compostela,

A LENDA DE SÃO TIAGO Catedral de Santiago de Compostela e as histórias sobre o apóstolo envolvem os visitantes na capital da Galiza Márcia Glogowsky/AE

brou versos do poeta sevilhano Antonio Machado: "Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar". (Caminante, no hay camino,/se hace camino al andar./Todo pasa y todo queda,/pero lo nuestro es pasar,/pasar haciendo caminos,/caminos sobre la mar.) Entra-se na Catedral pelo Pórtico da Glória. Na verdade, pára-se. Não dá para cruzá-lo sem admirar seu triplo arco esculpido em 20 anos por Mestre Mateo. Pronto em 1188, sofreu exposto ao sol, ao relento e ao gesso de uma cópia encomendada pelo governo inglês, em 1866. Bem no centro, um Cristo de tamanho desproporcional mostra as mãos e os pés feridos, rodeado por São João, São Mateus, São Lucas e São Marcos. Oito anjos seguram instrumentos musicais. Os guias misturam línguas com as descrições de cada um dos inúmeros detalhes para os turistas. E nessa Babel há um gesto comum: todos tocam a palma da mão no auto-retrato do artista, ao pé de uma coluna. É para absorver o seu talento. Comigo não funcionou. Que não se pense em Compostela apenas como um grande mosteiro rescindindo ao incenso do botafumeiro. Nada disso: as noites fervem por suas vielas. Bob Dylan e David Bowie não a visitaram para rezar. Aqui vivem 30 mil Nuvens de fumaça: grande incensório de prata, puxado por cordas, agia como um desodorante coletivo, livrando os peregrinos do forte cheiro de suor dentro do santuário. Hoje, só o balançam em datas especiais. Na Catedral, atenção à imagem de São Tiago e as flores (à dir.) que escondem os mouros sendo assassinados.

Moisés Rabinovici

Divulgação

Divulgação

universitários. De certa forma, lembra Ouro Preto, em Minas. Nela há um belo parque, um centro comercial que ostenta até uma filial do famoso El Corte Inglês, bons hotéis e ótimos restaurantes. E dela partem outros caminhos de Santiago para destinos pagãos Galiza afora, todos bem próximos, para pequenos passeios de meio-dia. (MR) Leia mais na pág. 8 Moisés Rabinovici

Miguel Riopa/AFP

Paulo Coelho virou rua em Compostela. O brasileiro foi lá inaugurá-la, em julho. Então, lembrou versos do poeta sevilhano Antonio Machado: "Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar".

Compostela tem mais atrações, além da Catedral, como a agitada vida noturna por suas ruelas, o centro comercial e um belo parque (abaixo).

RAIO X

Rias Bajas e Vigo. Até 18/10, a partir de US$ 1.835 por pessoa em quarto duplo. Inclui passagem aérea, traslados de chegada e saída, hospedagem com café da manhã, tour em ônibus, visitas panorâmicas

em Madri e Santiago de Compostela, bolsa de viagem e cartão assistência básico. Tel. (11) 3138-4888, www.newage.tur.br. New Line: seis noites na Galiza a US$ 2.438 em quarto duplo. O roteiro inclui La Coruña, Lugo, Madri, Salamanca, Santiago de Compostela, Vigo e Rias Baixas. O preço inclui passagem aérea, hospedagem com café da manhã, traslados de chegada e saída, city tour em Madri, cartão de assistência médica internacional Travel Ace Embaixadas e kit viagem. Saídas previstas até 29/10, às segundas-feiras. Tel. 0800/ 600-2524, www.newline.tur.br.

Moisés Rabinovici

A

mãe de todas as lendas cerca o próprio São Tiago, às vezes identificado como o Maior; outras, o Menor, e também o Justo. Filho de Zebedeu e Salomé, ele pescava no lago Genesaret com o irmão João Evangelista quando Jesus o chamou. Foi um dos primeiros discípulos. Em sua Epístola, pontificou: "A fé sem obras está morta". Como a palavra vazia, sem prática: a um faminto, nomes num cardápio não bastam; dar-lhe comida é o que resolve. Quando os apóstolos saíram pelo mundo a pregar os evangelhos, a Santiago coube a Gallaecia, na Hispania. Navegou pelo Mediterrâneo e bordeou a costa de Portugal. Pode ter desembarcado em Tarragona, de onde caminhou por uma via romana até a atual La Coruña. Um dia, a Virgem Maria apareceu a São Tiago sobre um pilar em Caesaraugusta – hoje uma coluna venerada na Basílica de Nuestra Señora del Pilar, em Saragoza, capital do Aragon. O milagre da aparição deu o sinal para ele voltar rápido à Jerusalém. Maria queria reunir os apóstolos para, então, morrer. Mas era o ano 42 ou 44 d.C., quando o rei da Judea, Herodes Agripa I, perseguia cristãos, a maioria já dispersa pela Fenícia, Antioquia e Chipre, para prendê-los, depois matá-los. E o Apóstolo Tiago, um dos primeiros presos, foi degolado. Seu corpo teria sido levado por seus discípulos de volta para a Galiza, num estranho barco de pedra. E lá o enterraram em Iria Flavia, hoje Padrón. E passaram-se 800 anos até surgir o ermitão Paio. Ele viu luzes sobre o bosque de Libredón. Ou, por outra versão, numa noite estrelada, ele seguiu um brilho na mata. Seria uma estrela que pousou? Um Óvni? Não, não, na verdade ele fora atraído por uma irresistível linha de energia sob a Via Láctea. Ou nada disso: só fogofátuo, tão comum em cemitérios… O bispo galego Teodomiro fez o que pregava o Apóstolo Tiago: agiu sem se perder em palavras e mais palavras. Mandou escavar o local. Eis então que aflorou um esqueleto com a cabeça debaixo do braço, em meio a vestígios de uma capela da era romana. A arqueologia só comprova mesmo que Compostela (para alguns, cemitério; para outros, campo estrelado) vinha de uma longa tradição de enterros: dali foram retiradas tumbas cristãs, suevas (povo germânico que ocupou a Galiza entre 411 e 585), visigóticas e muçulmanas. O rei de Astúrias, Alfonso II, o Casto, pôs, literalmente, uma pedra gigantesca sobre todas as dúvidas e teorias: ergueu a imponente Catedral de Santiago de Compostela. Botafumeiro– A peregrinação podia ressuscitar o corpo e restaurar o espírito dos pioneiros peregrinos, mas não os livrava do forte cheiro de suor que exalavam dentro da Catedral. Foi então que um "gênio" na Idade Média inventou um antídoto já politicamente correto, e atração até hoje: o botafumeiro. É um gigantesco incensório de prata, que voa sobre as cabeças da multidão de um lado ao outro da nave, puxado por cordas, como um sino pesado, por quatro padres em cada ponta. Vai deixando nuvens de fumaça, que baixam como um desodorante coletivo. Consta que caiu lá do alto duas vezes. Hoje, só o balançam em ocasiões especiais. Mas, também, agora, os peregrinos costumam comemorar o fim do caminho, primeiro, com um bom banho. São 200 mil peregrinos por ano. Multiplicaram-se depois que o papa João Paulo II visitou Compostela, em 1982, e O Diário de um Mago tornou-se um bestseller mundial, em 1987. Pela "popularização" do Caminho de Santiago, Paulo Coelho virou rua na cidade. E ele foi lá inaugurá-la, em julho. Agradecido, lem-

LAZER/TURISMO - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - LAZER/TURISMO Fotos: Moisés Rabinovici

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Divulgação

Perto de Lugo, a dica é o aconchegante hotel rural La Fervenza (acima). Na região de Rias Baixas (à dir.), o litoral é bastante recortado, o mar é raso e há muitas parreiras.

GALIZA

UMA ESPANHA VERDE A partir de Santiago de Compostela, outros "caminhos de Santiago" levam a pueblos remotos, praias e minifúndios produtivos

Reprodução

Baiona exibe a réplica da caravela Pinta (fotos abaixo) no local em que a original ancorou em 1493. É um museu que inclui até boneco de índio brasileiro.

Reprodução

Peregrinos recuperam o fôlego em Lugo (fotos à esq.), que preserva intacta uma impressionante muralha romana. Com dez portas e 2.140 metros, foi construída entre 260 e 310.

N

Excepcionalmente nesta semana não publicaremos a coluna Panrotas Corporativo

a marina de Baiona está ancorada uma réplica da caravela Pinta, no lugar em que a original, com Cristovão Colombo no comando, jogou âncora em 1º de março de 1493, depois de descobrir a América. É um museu flutuante, com cenário que inclui até o boneco de um índio brasileiro, no porão. A placidez da baía em volta esconde o campo de batalha que ardeu durante séculos. Muitos povos tentaram possuir a linda Baiona. E sua história oficial orgulhosamente registra a repulsa ao pirata inglês Francis Drake, posto a singrar em fuga por Don Diego de Acuña, o conde de Gondomar. Por uma galinha viva, em Cambados, São Benito deleta verrugas. Qualquer verruga. Só não faz a biópsia. Mas não se iluda: a maioria dos turistas não vem até aqui atrás de uma plástica milagrosa. São atraídos por uma preciosa herança dos monges de Cluny do século XII, o Alba-Riño, o "branco do Reno" – o vinho branco galego Albariño. O produzido em Portugal, com as mesmas uvas, tem o mesmo nome, Alvarinho. Nesta região de Rias Baixas, em que o litoral é bastante recortado e o mar, raso, paisagem de mangues mais comparada aos fiordes escandinavos, cada casa tem uma parreira. E todas enviam sua colheita para cerca de 200 bodegas. A maior delas, a Martin Códax, centraliza a produção de 285 pequenos fornecedores, e fica aberta à visitação e à degustação gratuitas. A cada tonel uma grata, gratíssima surpresa, de aroma intenso. Tintim. E aproveite: os

bafômetros estão há mais de 10 mil quilômetros. Ah!, São Benito, o exterminador de verrugas, também aceita cordeiro ou ovos em troca de seu trabalho – a negociação deve ser feita diretamente na igreja da praça de Fefiñans, que até mesmo os sem-verruga precisam conhecer. O último relatório mundial de consumo de drogas das Nações Unidas conferiu o título de "capital européia da cocaína" à cidadezinha de Miranda de Ebro, na rota Jacobea por onde pode ter passado o padroeiro da Espanha, São Tiago, ao chegar de Jerusalém. Já não é mais Galiza, porém perto, na Comunidade Autônoma de Castilla y León. Algum engano, provavelmente. Pelas contas do jornal inglês The Guardian, cada mil dos seus 40 mil habitantes aspiraram 97 carreiras por dia para conquistar a liderança de concorrentes fortes como St. Moritz, Londres, Zurique, Madri e Ibiza. O maior suspeito de provocar o erro é uma indústria química que despeja seus resíduos no rio Ebro, do qual se colheu a água para o teste. O prefeito exige um desmentido oficial, mas o povo, que gosta mesmo de vinho, brinca de procurar os cocainômanos vorazes da pacata cidadezinha. De qualquer forma, os espanhóis são classificados como os maiores usuários de cocaína do mundo, 3% de sua população entre 15 e 64 anos, seguidos de 2,4% dos ingleses e de 2,8% dos americanos. Pecado da gula – O contraste entre o espiritual e o mundano se acentua à mesa, farta em frutos do mar. O pecado da gula contagia turistas e peregrinos. Há

uma iguaria local servida só em alguns restaurantes da Galiza em toda a Espanha, o percebes. É um molusco que cresce grudado às pedras da costa entre Malpica e Cabo Ortegal, batido pelas ondas do Atlântico e do Mar Cantábrico. Arriscase a vida para pegá-los. A pesca tem seus especialistas no remoto povoado de San Andrés de Teixido, o padroeiro dos pescadores. Aqui um quilo de percebes sai por US$ 15, mas se ele viajar até La Coruña, já custará US$ 60. Fresco, fervido e resfriado, o básico, já dá para deliciar-se, sorvendo um Albariño.

Mesa farta em frutos do mar, incluindo os venerados percebes (tipo de molusco), contagia turistas e peregrinos.

Mero, robalo, salmão, vieiras, ostras, polvo... Para os turistas gastrônomos, a Galiza é a Capital do Polvo. Peça o pulpo ala gallega, servido com azeite de oliva e pimentão, ou pulpo a feira, misturado à páprica, ótimo aperitivo. Come-se até o empanzinamento. E quando acaba o longo almoço, começa o ritual do jantar, tapas à mesa, vinho aberto. A Galiza também se tornou famosa como a Capital das Empanadas. Mas, sem nenhuma dúvida, ainda pode ser chamada de a Capital da Tarta de Santiago, a torta de amêndoas enfeitada com a cruz do apóstolo. O dono de um aconchegante hotel rural, com só nove quartos supercharmosos, La Fervenza, perto de Lugo, preparou no forno a lenha um capon, um galo castrado até 12 semanas de idade. Delicioso, mas muitíssimo gorduroso. A digestão levou dois dias. Lugo – Em Lugo, Paulo Coelho parou sua caminhada, iniciada em Saint Jean Pied de Port, na França, e pegou um ônibus para Santiago. Ele mesmo o revelou ao inaugurar a sua rua. Desde o século XII, os peregrinos recuperam o fôlego aqui. Assim emprestaram fôlego à economia da cidade, voltada para o setor de serviços. O turismo hoje é cultivado. A sua muralha romana de 2.140 metros, com dez portas, construída entre 260 e 310, é a maior atração. Ela está inteira, como a de Jerusalém. Só lhe falta um Muro das Lamentações, para onde com certeza afluiriam peregrinos e turistas ao final da estadia na Galiza, já com suspiros de saudades. (MR)


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Os equipamentos não possuem capacidade técnica para demodular sinais de telefonia celular nos padrões GSM, CDMA e PCS. Laudo da PF

LAUDO DA PF DESCARTA GRAMPO DA ABIN

Gilmar Mendes fala em 'Super SNI' Luiz Carlos Marauskas/Folha imagem

Para ministro do STF, ação da Abin e da PF revela projeto pior que o da ditadura

O

ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem que a cooperação entre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal na operação Satiagraha revela a existência de um projeto do que chamou de um "SuperSNI". Ele se referia ao Serviço Nacional de Informações, que atuou durante o regime militar e foi extinto pelo ex-presidente Fernando Collor. "Eu não sei o que se imaginou nessa cooperação operacional. Mas, no futuro, o que isso ia resultar seria uma superPolícia Federal, um superSNI." Para o ministro, o episódio dos grampos ilegais contra autoridades mostra que está havendo um "desvirtuamento" no papel da Abin. "As investigações vão demonstrar se

essa prática já vinha se realizando e qual era o projeto." Ele não acredita que essa nova estrutura resultasse de um projeto político, mas ressalvou que "se havia esse projeto político, ele era indevido". O ministro apontou os dirigentes da Abin e da PF como responsáveis indiretos pelos grampos ilegais. Também acentuou que pode haver cooperação entre os órgãos numa função de inteligência e de informação, mas não da forma como ocorreu no caso dos grampos. Na CPI dos Grampos, o diretor da Abin, Paulo Maurício Fortunato, admitiu que mais de 50 homens da agência trabalharam na operação que resultou nas prisões do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. O

protagonismo, para ele, parece ter sido da Abin. "Quando um órgão de informação passa a atuar operacionalmente, fazer ações de polícia, substituir de alguma forma ou complementar a atuação da polícia judiciária, parece que nós estamos a desenhar um outro modelo que a Constituição não comporta", disse. "Se quer uma superpolícia? Uma superagência de informação? Estamos diante de um fato de gravidade ainda não vista nesses 20 anos de Constituição de 1988". Mendes, que teve uma conversa com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) interceptada clandestinamente, considerou "extremamente sério" defendeu a continuidade das investigações para apurar as escutas clandestinas e a ação da Abin. (AE)

Lula sanciona projeto sobre plano de carreiras da Abin

E

m meio à crise de credibilidade da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem projeto aprovado pelo Congresso que dispõe sobre a estruturação do plano de carreiras da Abin. O novo plano cria as carreiras de oficial de inteligência e oficial técnico de inteligência, ambos de nível superior, que receberão salários de até R$ 13.468,76; e de agente de inteligência e agente técnico de inteligência, de nível médio, que ganhará até R$ 6.182,23, a partir de primeiro de outubro. Uma das atribuições do oficial de inteligência e do oficial técnico de inteligência é desenvolver e operar máquinas, veículos, aparelhos, dispositivos, instrumentos, equipamentos e sistemas necessários à atividade de inteligência. Eles tam-

bém estarão aptos para planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar a produção de conhecimento de inteligência, as ações de salvaguarda de assuntos sensíveis e operações de inteligência, atividades de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, direcionada à obtenção e à análise de dados e à segurança da informação. A diferença do primeiro para o segundo é que o oficial poderá, ainda, trabalhar no desenvolvimento de recursos humanos para a atividade de inteligência. Já o oficial técnico poderá atuar nas atividades de planejamento, coordenação e supervisão de construção e manutenção de prédios e outras instalações, além de desenvolver recursos humanos para a gestão técnico-administrativa e de apoio logístico às atividades de inteligência.

Aos integrantes do cargo de agente de inteligência e agente técnico de inteligência, cabem oferecer suporte especializado às atividades decorrentes das atribuições do oficial e do oficial técnico de inteligência. A lei, publicada no Diário Oficial da União, cria 240 cargos para oficial técnico de inteligência, de nível superior, e 200 de agentes técnicos de inteligência, nível médio. Um concurso para que sejam feitas as primeiras 190 contratações de agentes e oficiais já foi autorizado. Ao final do processo, a agência deverá passar dos dois mil funcionários. Segundo a lei, fica vedada a cessão dos titulares de cargos integrantes do quadro da Abin, exceto para os casos previstos em legislação específica que incluem a nomeação para funções de DAS 4, 5, 6 ou equivalentes. (AE)

Gilmar Mendes: "Estamos diante de um fato de gravidade ainda não vista nesses 20 anos de Constituição"

Laudo de maletas contradiz ministro Jobim Equipamentos não fazem grampos, mas podem realizar escuta do ambiente

L

audo da Polícia Federal (PF) revela que os equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não poderiam ter realizado a gravação da conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEMGO), que estourou a crise dos grampos. De acordo com a perícia, a Abin só teria um tipo de equipamento capaz de realizar escutas, que serve apenas para linhas telefônicas fixas analógicas. A conversa entre Mendes e Torres foi realizada por meio de uma conferência entre as linhas do Senado e do STF, que são digitais, e o celular do presidente do STF. Cinco dos 16 aparelhos eletroeletrônicos da Abin periciados pelo Instituto Nacional de Criminalística da

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PF são capazes de captar de forma dissimulada conversas reservadas entre dois ou mais interlocutores. Ao responder se algum dos aparelhos poderia realizar grampos em aparelhos celulares, a PF é categórica em negar a possibilidade. "Os equipamentos enviados para exame, nas condições apresentadas, isolados ou em conjunto, não possuem capacidade técnica para demodular sinais de telefonia celular nos padrões GSM, CDMA e PCS". Pela legislação, a Abin é proibida de fazer qualquer tipo de escuta. A perícia da PF foi feita a pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) depois que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acusou a Abin de ter equipamentos de escuta. A declaração de Jobim foi bombardeada em depoimentos à CPI dos

Grampos, do diretor-geral adjunto afastado José Nilton Campana; do ministro-chefe do Gabinete Civil, general Jorge Félix; e do presidente afastado da Abin, delegado Paulo Lacerda. Todos disseram que os equipamentos não fazem escutas telefônicas e que apenas eram capazes de fazer varreduras. "São apenas para a varredura eletrônica de ambientes, para verificar se há grampos", disse Campana. No laudo de 33 páginas entregue à CPI dos Grampos e à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso, a PF, por exemplo, faz um minucioso levantamento das funções do Stealth LPX, aparelho de interceptação ambiental, que pode ser acionado por controle remoto e capaz de fazer a escuta a mais de 500 metros do receptor, mas que não grampeia. (Agências)


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

DATAFOLHA MOSTRA ESTABILIDADE EM SP

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

47%

é quanto receberiam Marta e Alckmin no segundo turno, cada, segundo o Datafolha

Alckmin e Kassab PT pede bis empatam no Datafolha E

Eymar Mascaro

Marta Suplicy segue estável com 37%; tucano e democrata atingem 22%, cada; os três empatam no 2º turno

A

candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, manteve a liderança na disputa municipal, com os mesmos 37% das intenções de voto, mostra pesquisa do Instituto Datafolha e Rede Globo de Televisão, divulgada ontem à noite. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, estão empatados, com 22% das intenções de voto. Kassab tinha 21% na pesquisa anterior e Alckmin, 20%. O candidato Paulo Maluf (PP) caiu um ponto porcentual, ficando com 7% das intenções. A vereadora Sonia Francine, a Soninha, candidata do PPS, oscilou um ponto para baixo, ficando agora com 3%. José Luis da Conceição/AE

Helvio Romero/AE

O deputado Ivan Valente, candidato do PSol, continua com 1%. Votos em branco e nulos são 4%, assim como os que não sabem em quem votar. Ciro Moura (PTC), Renato Reichmann (PMN), Edmilson Costa (PCB) e Anaí Caproni (PCO) não atingiram 1%. Levy Fidelix (PRTB) não foi citado. Segundo turno – Na simulação para o segundo turno, Marta e Alckmin estão empatados, com 47%. Na disputa com Kassab, a ex-prefeita tem um empate técnico, com 46% a 45%. No caso do tucano disputar com o democrata, o primeiro venceria com 47%. Kassab ficaria com 40%. A pesquisa ouviu 1.666 eleitores entre quarta-feira e ontem. A margem de erro é de dois pontos porcentuais. (AE)

nquanto Marta Suplicy acerta nova participação do presidente Lula em sua visita à zona norte (Vila Nova Cachoeirinha), o governador José Serra fica irritado com a decisão de Geraldo Alckmin de continuar criticando Gilberto Kassab. As últimas pesquisas indicaram que a candidata do PT perdeu alguns pontos na zona norte. Por isso, Marta recorreu mais uma vez ao presidente, que mantém o prestígio em alta. Do lado do PSDB, tucanos alckmistas e kassabistas sustentam o fogo cruzado. Os aliados de José Serra não querem que Alckmin continue cutucando o prefeito, sobretudo porque diversos tucanos continuam agregados à administração municipal.

RISCO Serra faz apelo para que Alckmin deixe de alfinetar Kassab. O governador quer que PSDB e DEM restabeleçam a coligação no segundo turno. A volta da aliança dos dois partidos interessa particularmente ao governador paulista.

LINHA Na frente nas pesquisas, Marta faz campanha na zona leste Clayton de Souza/AE

CAMPANHA COM HUMOR – Empatados na segunda colocação, Alckmin e Kassab estiveram na zona leste e norte, respectivamente, onde cruzaram, coincidentemente, com rapazes vestidos de palhaço; Alckmin esteve na praça Sílvio Romero, no Tatuapé, e Kassab passou por Pirituba.

Kassab não quer responder no mesmo tom com ataques a Alckmin. O prefeito vai manter o mesmo estilo de campanha, que vem dando resultado. Se for para o segundo turno, Kassab espera contar com o apoio dos tucanos.

ALVO Kassab quer continuar polarizando a campanha com Marta Suplicy. Por isso, sua campanha na rua e na televisão continuará estabelecendo a comparação entre as duas administrações.

BAIRROS As críticas à candidata do PT são feitas, principalmente, nos bairros em que Marta está mais forte. O prefeito escalou os bairros das zonas leste e sul para atacar Marta, que são os mais importantes redutos eleitorais da Capital.

alimentam a esperança de que assumirão o segundo lugar. Enquanto isso, Marta confia que manterá a liderança, assegurando uma das vagas no segundo turno.

ISOLADOS Geraldo Alckmin está disposto a ignorar os tucanos que apóiam Kassab, caso se eleja prefeito. O candidato tucano considera os kassabistas do seu partido infiéis, a começar dos que respondem por secretarias, como é o caso de Walter Feldman (Esportes).

IMPORTÂNCIA Levantamento feito por assessores do presidente Lula revelou que candidatos PT e partidos aliados lideram as pesquisas em 19 das 26 capitais. Trata-se de um adendo importante para a campanha presidencial de 2010.

PREFERÊNCIA Interessa ao PT ganhar a eleição em capitais como São Paulo, que em 2010 deve contabilizar cerca de 10 milhões de eleitores. Por isso, o partido escalou o presidente Lula para participar de passeatas e comícios ao lado de Marta.

NA TRILHA Também Geraldo Alckmin se preocupa em intensificar a campanha na periferia. Embora ataque Kassab, Alckmin não esquece também de criticar Marta Suplicy. O tucano, no entanto, procura resguardar a figura de Lula quando ataca Marta.

INTERESSE O PT discute para saber qual dos dois candidatos – Alckmin ou Kassab – seria melhor para Marta enfrentar no segundo turno. O PT passou a considerar que seria mais fácil Marta derrotar o candidato tucano.

DIFICULDADE Para os petistas, seria mais fácil o PSDB apoiar Kassab, graças ao apreço que Serra tem pelo prefeito. Já o DEM, não fecharia com Alckmin. O PT admite que, se Alckmin passar para o segundo turno, Serra e Kassab se afastariam da campanha.

IRONIA Os democratas não estão preocupados com a iniciativa de Alckmin de associar Kassab à imagem do ex-prefeito Celso Pitta. Os democratas são irônicos, lembrando que o ex-prefeito pertence agora ao PTB, partido do vice de Alckmin, Campos Machado.

SONHO Alckmin e Kassab continuam esperando por novas pesquisas. Os dois

TRANSFERÊNCIA Lula já fez caminhada e participou de um comício ao lado de Marta na zona leste. Porém, isso não refletiu ainda nas pesquisas. A candidata, que antes estava na casa dos 41%, hoje aparece com 37%.

PSICOLOGIA Petistas admitem que, ao usar um helicóptero para se deslocar de um bairro para outro, Marta Suplicy quis provocar um efeito psicológico. Ela se justifica ao recorrer ao helicóptero, dando a entender que é difícil cumprir compromissos de campanha devido ao "caos no trânsito". Foi um cutucão no prefeito.

MANDATO Questionado por eleitores na campanha de rua, Geraldo Alckmin garantiu que se vier a ser eleito, permanecerá os quatro anos na Prefeitura. O tucano desmente que renunciaria ao cargo para concorrer ao governo do Estado, como fez o tucano José Serra.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

CAMPANHA ELEITORAL É MOMENTO PARA CHAMAR OS JOVENS AO DEBATE SOBRE O QUE É A DEMOCRACIA

REVOLUÇÃO NA FAMÍLIA

U

ma grande revolução pode estar prestes a ocorrer nas normas que regem as relações familiares caso seja aprovado o Projeto de Lei 2.285/2007, que cria o chamado Estatuto das Famílias. O projeto foi apresentado pelo deputado Sérgio Barradas Carneiro com o apoio do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM. O objetivo é adaptar a legislação à nova realidade cultural das famílias brasileiras. Há quem possa se perguntar por que isso seria necessário, uma vez que o Novo Código Civil, que é de 2002, já contempla algumas mudanças nas leis relativas às famílias. Ocorre que, embora sua promulgação seja relativamente recente, o Código foi gestado bem antes disso e, pode-se argumentar, não está em total sintonia com a realidade familiar dos dias de hoje. Talvez o exemplo mais polêmico dessa "falta de sintonia" seja a questão das uniões homossexuais. Hoje, os casais gays não podem ser legalmente reconhecidos como membros de uma união estável, o que lhes priva de uma série de direitos. O Estatuto das Famílias propõe que pessoas do mesmo sexo passem a ter seus relacionamentos reconhecidos como união estável, com todos os direitos que isso acarreta – desde que, é claro, sua relação se enquadre nas características que a definem. A união estável também passará por mudanças. Uma delas é a criação do estado civil de convivente. Hoje, a pessoa que vive esse tipo de relação não sabe como se declarar, pois não há um termo legal que defina sua condição. Com a mudança, a união estável também deverá ser inscrita nas certidões de nascimento dos conviventes, que terão o direito de optar pelo regime de bens de sua escolha e de adotá-lo mediante contrato.

ARNALDO NISKIER UM ESCRITOR AMAZÔNICO

● O Estatuto das

Famílias propõe alterações nas relações familiares. O que não deveria ser aprovado?

E

Formação política Com isso seria eliminada a necessidade de provar judicialmente a existência da união estável para que os conviventes possam reivindicar seus direitos em divisões de bens e partilhas de herança, como vem ocorrendo atualmente.

O

s regimes de bens nos casamentos civis são outro alvo do projeto. Está prevista a criação de regimes híbridos, que mesclam características dos regimes já existentes. E o pacto antenupcial, ou pré-nupcial será extinto: basta que o regime escolhido seja declarado na ocasião da habilitação para o casamento (exceto no caso dos híbridos). Outra novidade é a extinção da separação obrigatória de bens. Quem hoje é obrigado, por força de lei, a adotar esse regime – caso, por exemplo, das pessoas que possuem mais de 60 anos ao casar – passará a ter a liberdade de escolher o sistema que melhor lhe convier. As mudanças propostas pelo Estatuto das Famílias – das quais as que mencionei constituem apenas um breve resumo - são amplas e profundas, e podem produzir alterações significativas na forma como as relações familiares são encaradas. O que deve ser aprovado e o que não deve? Esse é um debate no qual toda a sociedade precisa se engajar. IVONE ZEGER, ADVOGADA ESPECIALISTA EM

DIREITO CIVIL E DE FAMÍLIA WWW.PARASABERDIREITO.COM.BR

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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no eleitoral favorece que os interesses para a questão política fiquem mais aguçados junto à população. Favorece também a busca da atenção da juventude brasileira pela motivação que a disputa, colocada a nu pela mídia e pelo horário obrigatório no rádio e na televisão. É uma ocasião relevante para se firmar entre os jovens a educação política que não seja a da rejeição pura e simples, contaminada pela falta de conhecimento sobre o valor de vivermos uma nação democrática, o exercício do voto e - pior - a ação dos maus políticos, que atuam justamente no vácuo criado pelo desinteresse de participação da maioria da população. Existe ainda uma distância muito grande entre o que a democracia representativa demanda da sua juventude e o que de fato acontece nessa fase da vida. Um verdadeiro fosso separa a vontade de entender e participar do potencial de contribuição e formação que o País necessita. Quando uma campanha eleitoral está em andamento, como a atual, o impacto da comunicação política sobre a população - e certamente sobre os estudantes brasileiros é bem mais acentuado. Os partidos políticos poderiam aproveitar melhor a ocasião e não ficar apenas na corrida atrás do voto. O que é compreensível, mas... Deveriam investir no ingresso de jovens nas agremiações, para se tornarem militantes da política - como a maioria é do futebol, por exemplo - e constituir novas levas de cidadãos e cidadãs jovens capazes de participar da vida pública com menos vícios e os erros decorrentes da deformação de nossa história, onde prevalece a má fama da política. O grau de indiferença ainda é maior, bem maior, do que a democracia brasileira exige de sua juventude na política, primeiro para entendê-la e segundo para dela participar. Muitos estudantes ainda confundem, por exemplo, a capacidade de tirar o título de eleitor a partir dos 16 anos como uma obrigação imposta, quando na verdade se trata de uma conquista, o exercício do direito ao voto facultativo antes dos 18 anos. Muitos repetem discursos mofados, regados pelo desconhecimento, alimentados pelas más práticas de representantes

● A informação é o melhor

instrumento para o jovem alienado iniciar sua participação na vida política, com maior consciência e peso político positivo. Por Paulo Saab

populares e governantes que desrespeitam seus mandatos e os eleitores. A época da campanha eleitoral é um bom momento para chamar os jovens à discussão, ao debate, sobre o que é a democracia, o voto, o sistema político. Ouvir suas queixas, reclamações, desilusões e informar-lhes. A informação é o melhor instrumento para os estudantes brasileiros, alienados da vida política, criarem condições de discernir por si mesmos e iniciarem o processo de compreensão e participação, formando uma nova geração de cidadãos, com maior consciência e peso político positivo na vida do Brasil.

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vácuo de renovação de lideranças capazes propiciou na vida nacional o surgimento de políticos de terceira linha, comprometidos apenas com seus interesses escusos e absolutamente distantes de ações voltadas para o desenvolvimento do País e melhoria da qualidade de vida de sua população (a não ser, claro, dos políticos que ocuparam esse vazio e se auto-beneficiam). Investir na educação em geral - e na política, em particular - é contribuir para acelerar a oxigenação da vida pública brasileira. O poder público, os partidos políticos, as organizações sociais, a iniciativa privada, a sociedade como um todo, deveriam tomar isso como meta prioritária e agir. Todos teríamos a ganhar a curto, médio e longo prazos. Não votar por votar. Pensar na escolha de alguém que, de fato, possa fazer algo por todos e não apenas por si e seus apaniguados.

Responsabilidade social DORA SÍLVIA CUNHA BUENO

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nteressante estudo realizado pelo IBGE demonstra que, em 2005, havia 338 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos registradas no Brasil. Essas organizações empregavam 1,7 milhão de pessoas, com salários médios mensais de R$ 1.094,44. O tempo médio de existência dessas instituições era de 12,3 anos e o Sudeste abrigava 42,4% delas. Essas instituições são, em geral, de pequeno porte, mas, somadas, realizam consistente e grande trabalho. O relatório, produzido em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (ABONG) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), também demonstra o importante escopo da atuação dessas organizações do Terceiro Setor, que prestam inestimáveis serviços à Nação, nas áreas da educação, saúde, promoção social, iniciação profissional, defesa dos direitos dos cidadãos, cultura, arte e lazer. Esses números evidenciam ser absolutamente possível a mobilização articulada da sociedade visando ao bem comum, a melhoria da qualidade de vida e ao desenvolvimento. Tal postura é crucial para se cumprir um pressuposto básico da democracia: a igualdade

de oportunidades. É nesse contexto que realizamos o 4º Encontro Paulista de Fundações, no Colégio Rio Branco, em São Paulo. Promovido pela Associação Paulista de Fundações (APF), o evento teve como tema A transparência e sucesso das fundações. A rigor, devemos entender a transparência como fator condicionante ao sucesso dessas organizações em sua meta de contribuir para o desenvolvimento brasileiro. Os resultados de seu trabalho também devem ser visíveis, de ● A melhoria do quadro

social não é fruto apenas dos programas do governo, mas também da mobilização e responsabilidade do Terceiro Setor. modo a demonstrar que a melhoria do quadro social brasileiro, apontada por respeitados organismos internacionais, não é fruto apenas dos programas do governo, mas também da mobilização e responsabilidade do Terceiro Setor. Com certeza, o exercício da responsabilidade social contribui muito para a inclusão de milhares

de brasileiros nos benefícios da economia e nas prerrogativas da cidadania. Nesse sentido, eventos como o Encontro Paulista de Fundações contribuem para que essas organizações troquem experiências e aperfeiçoem seu trabalho. Além disso, têm efeito multiplicador, à medida que difundem mais amplamente modelos bem-sucedidos de projetos e programas sociais e disseminam a consciência de que vale muito a pena trabalhar pelo bem comum.

A

s fundações cumprem, portanto, expressivo papel, contribuindo para mitigar a exclusão. Trata-se de trabalho indispensável, não só no Brasil, como em todo o mundo, considerando que o Estado não tem capacidade de equacionar sozinho todas as demandas inerentes à dívida social. Assim, a mobilização da iniciativa privada é imprescindível, principalmente nas nações em desenvolvimento e nos países emergentes, nos quais ainda persistem sérios gargalos no atendimento aos direitos básicos de todos os cidadãos. DORA SÍLVIA CUNHA BUENO É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE FUNDAÇÕES (APF) E DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDAÇÕES (CEBRAF)

m boa hora, a União Brasileira de Escritores (UBE) resolveu prestar homenagem à memória de um dos seus dedicados ex-presidentes. Foi uma simpática oportunidade para realçar as qualidades pessoais e profissionais do escritor e acadêmico Peregrino Jr. Contador de histórias, ensaísta, crítico, médico e professor, a temática central da sua ficção - em Puçanga, Matupá, A mata submersa e Histórias da Amazônia - é a visão do mundo amazônico, a imaginação do homem e a fatalidade geográfica que o conduz ao mistério dos mitos e à poesia das lendas. Peregrino Júnior, filho de professor, foi um apaixonado professor universitário. Suas palavras, sobre o papel da universidade, ditas em 1940, quando andava eu pelo Jardim de Infância do Instituto de Educação, revelam pelo magistério um sentimento do qual sempre partilhei: "A situação do ensino não permite a timidez hesitante do conformismo, nem as atitudes estéreis de negação ou de resistência passiva. Todos têm o dever de cooperar para que o ensino universitário entre nós melhore progressivamente nos seus quilates culturais, quer dizer, no sentido perpendicular da profundidade

● Peregrino

trouxe outra espécie de ouro da Amazônia: a descoberta da beleza da terra

e da altura. Para isto poderemos contribuir decisivamente todos nós, professores, se nos lembrarmos de que o professor moderno deve exercer, no organismo universitário, aquela prodigiosa função hormonal de que nos falava Marañon. É exatamente esta a função mais importante do professor: a função estimuladora, que leva ao espírito do estudante os excitantes específicos do entusiasmo, da fé, da confiança e do interesse científico."

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ara Rachel de Queiroz, sua grande amiga desde 1939, quando veio morar no Rio, Peregrino, diferente do paroara nordestino, trouxe outra espécie de ouro da Amazônia: a descoberta da beleza da terra, do mistério do grande rio, que até então só se conhecia literariamente como Inferno verde. Embora no conto Buenolândia, de A Mata Submersa, Peregrino Júnior diga que: "à luz morna da noite tropical, minha infância voltou, sorriu-me, com um perdão unânime, para todos os meus erros e debilidades, e envolveu-me num abraço manso, sem palavras...", e que era preciso conhecer a Amazônia, "estuprá-la, dominá-la violentamente para poder possuí-la com amor", também declarou ter sido nela que "o menino mofino, rapaz frouxo, homem sem disposição para a luta", reforçou "o caráter e endureceu a alma". A Amazônia foi a sua "aventura do mundo – a aventura da liberdade e da solidão". Peregrino, como escritor, no plano das letras puras, teve esta direção singular. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PRESIDENTE DO CIEE/RJ ANISKIER@IG.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

A GRANDE MÍDIA NACIONAL TRANSFORMOU-SE EM ECO PASSIVO DOS DEBATES INTERNOS DA ESQUERDA

Corbis

Vejam, por exemplo, a matéria que saiu no New York Times sob o título “Personagem do caso Rosenberg confessa ter espionado para os soviéticos”. Reproduzida na Folha, transformou-se na seguinte coisa: “Ethel Rosenberg era inocente, diz ex-réu”. Como é possível transformar uma confissão de culpa na proclamação de um erro judiciário, na denúncia de uma condenação iniquamente imposta a pessoa inocente? É o milagre jornalístico dos títulos. Com quatro ou cinco palavras você inverte o sentido de uma matéria inteira. Como a maior parte dos leitores só lê os títulos, o impacto da notícia real é neutralizado e é o contrário dela que permanece na memória geral. Repitam esse processo uns milhares de vezes e as mais estúpidas histórias da carochinha se tornam verdades de evangelho. Isso é o que no Brasil de hoje se chama “jornalismo”.

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V

SALVANDO OLAVO DE CARVALHO

A MENTIRA O

A verdade apareceu? Que horror! Vamos dar um jeito nisso e salvar um pedacinho da mentira. A prioridade não é o jornalismo: é a manipulação esquerdista deliberada, mendaz, per versa e incansável.

New Tork Times, como ninguém ignora, torce – e distorce – para a esquerda. Notícias que maculem gravemente a imagem dos ídolos do esquerdismo só saem lá em último caso, quando a porcaria é grande ou notória demais para ser escondida. Se é contra a direita, contra os EUA ou contra Israel, qualquer picuinha vai logo para a primeira página. No entanto, o enviezamento ideológico do velho diário não passa muito além desse ponto. Vexames colossais de outras épocas, como as matérias estalinistas do arqui-embrulhão Walter Duranty (modelo de jornalismo da Hora do Povo), a campanha dos anos 50 para convencer os americanos de que Fidel Castro era um grande líder pró-ocidental ou a imensa foto de primeira página do árabe agredido pela polícia israelense que era na verdade um judeu agredido por árabes, jamais se repetiram. A mentira completa e proposital passou a ser evitada sempre que possível, ao menos para dar às distorções sutis uma credibilidade jornalística que elas não teriam, digamos, num semanário do MST. No jornalismo brasileiro, porém, essas precauções já foram para o beleléu faz muito tempo. Com exceções infinitesimais que só servem para sublinhar a generalidade onipresente da regra, a grande mídia nacional transformou-se num eco passivo dos debates internos da esquerda, onde só são admitidas as opiniões e notícias que possam, sem escândalo, ser lidas do alto do pódio numa assembléia geral do Foro de São Paulo. O leitor leigo pode se deixar impressionar pelas freqüentes acusações de direitismo lançadas pelos jornalistas uns contra os outros, mas, como nunca viu direitismo de verdade, não tem meios de comparação e não percebe, portanto, que o teor dessas acusações é precisamente idêntico ao daquelas que se poderiam ouvir, em tumultos estudantis dos anos 60, atiradas pela AP contra o PCB ou vice-versa. O que aí se denuncia é um direitismo figurado, de segundo grau, que não consiste em adesão firme e coerente a qualquer proposta liberal ou conservadora, mas em simples contaminação parcial, em concessão por fraqueza, em fidelidade imperfeita ao ideário esquerdista. A veemência crescente do tom em que essas acusações são proferidas, dando a falsa impressão de que há uma direita em ascensão no País, revela na verdade que mesmo esse direitismo metafórico e diluído já é cada vez menos tolerado. A esquerda lucra duas vezes com isso: fortalece sua posição na mídia e mantém a militância naquele estado de temerosa expectativa de uma investida inimiga, necessário para a maior disciplina, lealdade e coesão. Nessa confortável posição de controle absoluto, ela está livre para mandar às favas os últimos escrúpulos de idoneidade jornalística e deixar que a imaginação militante assuma o lugar do senso de realidade, mesmo atrofiado e mínimo. Isso acontece em todos os maiores jornais do País, mas a Folha e o Globo são aqueles onde a obliteração da consciência jornalística é mais visível.

ale a pena examinar o caso com mais atenção. Segundo o despacho do NYT, Morris Sobell, condenado à prisão em 1951 por espionagem atômica enquanto seus cúmplices Julius e Ethel Rosenberg iam para a cadeira elétrica em Sing Sing, continuou alegando inocência obstinadamente, até que, aos 91 anos, desistiu e confessou que ele e Julius eram mesmo espiões soviéticos. A culpa deles é monstruosa: passaram aos russos segredos essenciais de construção da bomba atômica, transformando a falida URSS numa potência ameaçadora, colocando o mundo sob risco de guerra nuclear e inaugurando a era da Guerra Fria. A confissão derruba uma das maiores e mais persistentes mentiras do calendário litúrgico esquerdista. Durante mais de meio século, a intelectualidade e o jornalismo de esquerda proclamaram a inocência de Sobell e dos Rosenbergs. Ainda em 1988, centenas de artistas e escritores esquerdistas participaram do Rosenberg Era Art Project(v. Rob A. Okun, ed., The Rosenbergs: Collected Visions of Artists and Writers, Universe Books, 1988), uma rodada de exposições e conferências, repetida nas mais famosas galerias de arte dos EUA em homenagem aos Rosenbergs, ali apresentados como mártires inocentes, vítimas de perseguição macartista e – é claro – de anti-semitismo (Arnaldo Jabor adora essas coisas). As provas em contrário, no entanto, continuaram se acumulando e acabaram por se tornar irrespondíveis após a abertura dos Arquivos de Moscou e a decifração, pelo exército americano, dos códigos Venona, comunicações secretas entre o Kremlin e a embaixada soviética nos EUA. A bibliografia a respeito é abundante e, por ironia, quase toda produzida por autores judeus (por exemplo, Ronald Radosh, The Rosenberg File, Yale Univ. Press. 1997; John Earl Haynes and Harvey Klehr, Venona: Decoding Soviet Espionage in America, id., 1999; Herbert Rommerstein and Eric Breindel, The Venona Secrets: Exposing Soviet Espionage and America’s Traitors, Regnery, 2000). Para cúmulo, o próprio agente soviético que serviu de ligação entre Moscou e os Rosenbergs, Alexander Feklisov, contou tudo no seu livro de memórias (The Man Behind the Rosenbergs, Enigma Books, 2001). Se ainda faltasse lançar a pá de cal sobre uma das mais vastas, dispendiosas e obstinadas campanhas de desinformação comunista, a entrevista de Sobell fez precisamente isso. O debate está encerrado e, mais uma vez, comprovada a mendacidade esquerdista que produziu as mais extraordinárias falsificações históricas do século XX.

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consciência moral da Folha, porém, não podia aceitar calada uma injustiça tão grande. A verdade vencera? Que horror! Era preciso dar um jeito nisso, restabelecer o equilíbrio, salvar ao menos um pedacinho da mentira moribunda. Felizmente, a própria entrevista de Sobell dava margem a isso. Confessando o crime dele e de Julius Rosenberg, o espião aposentado acrescentava que Ethel, a mulher do seu cúmplice, sabia de tudo mas não teve grande participação na rede de espionagem. Era tudo o que a Folha precisava para transfigurar a confissão de crime em denúncia de erro judiciário, jogando a essência comprovada da notícia para baixo do tapete e puxando para o título o detalhe menor e duvidoso. Mais que duvidoso, na verdade. A ocultação proposital de um ato de espionagem que coloca a segurança de um país em risco é parte integrante da própria espionagem. Ethel não encobriu só o marido: encobriu a operação inteira, que transformou o inimigo inerme em ameaça temível contra os EUA. Em nenhum tribunal do mundo ela seria considerada inocente. Só no título da Folha e, daí por diante, na imaginação dos otários que acreditam nela. A técnica jornalística mais elementar ensina que o título deve resumir a parte mais importante e confirmada da notícia, ficando para o corpo do texto os detalhes complementares, sobretudo se não comprovados. A confissão de Sobell é em si um fato, e de importância histórica inegável. Sua declaração sobre Ethel é mera opinião, contraditada aliás pelo testemunho do próprio Feklisov. Mesmo se admitida como verdadeira não provaria nenhuma inocência de Ethel Rosenberg. A Folha não se vexa de inverter o preceito básico do noticiário jornalístico, para atenuar o impacto de uma notícia que poderia pegar mal – ó horror! – para a reputação ilibada dos comunistas. Episódios como esse repetem-se praticamente todo dia naquele e em outros jornais brasileiros, mostrando que ali a prioridade não é o jornalismo: é a manipulação esquerdista deliberada, mendaz, perversa e incansável. O que me pergunto é por que tantos leitores, assinantes e anunciantes aceitam passivamente ser ludibriados com tal persistência e nem mesmo fazem uma queixa à Delegacia do Consumidor. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

NEIL pasmo

FERREIRA

COM O LULLA TUDO BEM, DIZ O NOVO ALCKMIN. FARINHAS DO MESMO SACO?

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lckmin trocou o seus dungas como se eles fossem o seu problema. Não eram, agora são. Vem comigo. O problema do Alckmin é o Alckmin e é grave. Vítima do Pecado Original, dizem que é da Opus Dei. Se for (não tenho nada com isso) entende o que digo quando menciono o Pecado Orignal. Sua candidatura, concebida em pecado, foi parida "entre fezes e urina", como prenunciado nas Escrituras. Sem malícia, feitos Adão e Eva no Paraíso, Alckmin e Aécim foram seduzidos pela Barbuda Serpente Maligna, que os bigodeou com a potoca de deleitarem-se com o poder na corte de Brasília, caso se unissem contra o Serra. Que mentira que lorota boa/Ai, que mentira que lorota boa... (Gonzagão). Inocentes mas não anjos, pois também ambiciosos, cairam de cabeça no embuste diabólico. Alckmin traiu os seus e proclamou-se candidato. Qual Caim, atirou-se à goela de Kassab que, pego de surpresa qual Abel, mal pode defender-se. Propiciou a volta das profundezas das trevas da arrogante promessona martaxa relaxa e goza. Não fora esse malfazer cozinhado pela Barbuda Malignidade, sapo transfigurado em peçonhenta serpente, com a avença explícita da dupla dinâmica, estaria a nosferata ainda confinada ao seu caixão, enterrada no fundo do Ibope e Datafolha. Sorvido pelo sorvedouro abissal das pesquisas, Alckmin despede seus dungas e trocaos por felipões que gesticulam, gritam e mandam chutar na medalhinha, Isca! Pega! Pega!

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parecem também com outra tática de jogo, deixam vislumbrar o "novo" Alckmin, que prerora conciliador à sua galera, ainda uniformizada e embandeirada, "Com o lulla tudo bem..." (tudo bem pra quem, cara pálida?) aí tira a pexera e cai matando em cima do Kassab, saca a Glock e abre fogo na martaxa. Fedem uma atitude e as duas outras seguintes. Não vai dar certo, os tifosi que ainda não o abandonaram vaiando depois do "Com o lulla tudo bem..." querem jogo e não pontapés (com o Chefe da Quadrilha tudo bem? farinhas do mesmo saco, serão?). Alckmin é isso aí, pensa pela cabeça não sei de quem. Foi isso aí em 2006 e votei nele. Em situação semelhante votaria de novo. Contra o lulla, voto num poste. Sou coerente - lulla lá, eu cá. Alckmin não levou em conta que agora tenho dois postes. Tenho escolha.

● Tudo bem

pra quem, cara pálida? Sou coerente: lulla lá, eu cá.

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promessona arrogante martaxa relaxa e goza também é isso aí desde outros carnavais. Fantasia-se de martaxinha paz e amor, mas não cola. Lidera entre os jovens, fáceis de engambelar, e entre os Sem Alfabeto, facílimos de engazopar. Milionária e marombeira, é luxo só. Prefere helicóptero, povo só visto lá de cima, como sempre. Busca os píncaros ibopianos e datafolhais entre os Sem Nada porque um dos seus filósofos prediletos, Le Petit Jean Le Trente, disse "Pobre gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual". Sem horário político e sem lulla, sozinha, a Mulher-Gata Véia cavalga a Mentirobrás e pula as cercas (sua especialidade) dos 11 para 41. Com horário político e mal acompanhada pelo apoio do lulla e da ex-assaltante dirma, despenca para 34, vê com pavor o Alckmin empacar e o Kassab subir. Bafo na nuca, martaxa Cem Kombis é ameaçada pelo Kassab Sem Kombis. A mega exposição lullífera na campanha, que já custou 7 pontos de prejú, rende para lulla recordes de aprovação onde é um eterno derrotado. Palanqueia feliz -- o candidato delle é elle, não ella. Relaxe e goze, martaxa já era. Só maluf salva a martaxa, aposto nessa societas sceleris no 2º. Turno. Dungas da promessona tremei - duda, o verdadeiro dunga, vem aí. MINHA TRISTEZA PELA PARTIDA DE BENEDICTO FERRI DE BARROS, UM DOS NOSSOS. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

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Dia do Computador

Árvore sangue-de-dragão: troncos exuberantes da vegetação predominante na ilha de Socotra

Dia da Árvore

SETEMBRO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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I NTERNACIONAL E M

C A R T A Z

Bin Laden já não é pop

Divulgação

Apoio às ações do líder da rede extremista Al-Qaeda caiu drasticamente, aponta pesquisa

FOTOGRAFIA

O

número de muçulmanos ao redor do mundo que aceitam os ataques suicidas caiu drasticamente nos últimos seis anos, bem como a confiança dos islâmicos em Osama bin Laden, indica pesquisa feita da empresa Pew Research Center. Entretanto, ainda existem minorias de islâmicos, nos oito países pesquisados, que endossam ataques suicidas e apóiam o líder da Al-Qaeda.

Mostra Tensão Sobre a Calma do fotógrafo Arnaldo Pappalardo mostra o diálogo entre tempo e espaço numa série de 30 imagens. Pinacoteca do Estado. Praça da Luz, 2, tel.: 3324-1000. R$ 4.

E CONOMIA

Mozart, misterioso e ainda inédito

Bill Gates, imune à crise

Pesquisadores alemães descobriram duas partituras inéditas do compositor austríaco Amadeus Wolfgang Mozart em uma biblioteca da cidade francesa de Nantes, mais de 200 anos após a morte do artista. O trabalho manuscrito encontrado é do tamanho de uma página de caderno e está dividido em duas partes. A primeira tem 15 compassos de quatro tempos em ré menor, que constituem um credo, ou seja, um episódio religioso. A segunda parte do documento descoberto ainda não foi decifrado, porque contém notas por todas as partes, como uma minuta ilegível à primeira vista. Ainda não se sabe como as partituras chegaram à biblioteca de Nantes.

O fundador da Microsoft, Bill Gates, recuperou o posto de homem mais rico dos EUA, revela a revista Forbes, que destacou a entrada na lista de Mark Zuckerberg, 24 anos, fundador do site Facebook. Com patrimônio líquido de US$ 57 bilhões, Gates volta à liderança da lista de 400 pessoas mais ricas do país, desbancando Warren Buffett, que foi o primeiro da lista ano passado, mas que viu as ações do grupo de investimentos Berkshire Hathaway caírem 15% desde fevereiro e que agora acumula uma fortuna de US$ 50 bilhões. Segundo a Forbes, o aumento da cotação do petróleo e os vertiginosos preços das obras de arte impulsionaram a entrada de 31 novos membros no clube de super-ricos.

quarto dos islâmicos jordanianos ainda apóiam ataques suicidas. Na Indonésia, Nigéria, Turquia e Tanzânia, o apoio aos atentados caiu pelo menos cinco pontos percentuais. Grandes números de islâmicos nos oito países também afirmam que perderam a confiança em Bin Laden e sua capacidade de fazer a coisa certa em assuntos internacionais. Na Nigéria, entretanto, Bin Laden ainda tem o apoio de quase seis em cada

dez muçulmanos. O estudo da Pew faz parte de uma pesquisa maior, feita no mundo inteiro e uma vez por ano, sobre como as pessoas vêem as próprias vidas e a situação dos seus países no mundo. Mais de 24 mil pessoas em 24 países foram entrevistadas para a pesquisa de 2008, incluídas oito mil pessoas nos oito países de maioria islâmica ou de grande população islâmica, como a Nigéria. (AE)

Dimitar Dilkoff/AFP

M ÚSICA

No Líbano, o número de muçulmanos que afirmam serem justificáveis os ataques suicidas caiu 42% entre 2002 e 2008. Mas embora muito abaixo dos 74% que há seis anos achavam que os ataques eram justificáveis, um em cada três muçulmanos libaneses ainda apóia essas ações. No Paquistão, o apoio aos atentados caiu 28%, para parcos 5% dos muçulmanos e na Jordânia, o apoio desabou 18 pontos porcentuais desde 2002, mas um

FRIOZINHO NO ESTÔMAGO - O "restaurante itinetante" Dinner in the Sky (algo como "Jantar no Céu") chegou ontem a Sofia, capital da Bulgária, depois de passar por cidades como Berlim e Istambul. O restaurante é uma cabine com mesa para 22 pessoas erguida por um guindaste a pelo menos 50 metros de altura, sem nenhuma sustentação na parte inferior. Em Sofia, o jantar especial fez parte de uma promoção de uma operadora de telefonia celular.

B RAZIL COM Z

O Barack Obama da Baixada Fluminense A agência de notícias norteamericana Associated Press distribuiu ontem uma reportagem para veículos de imprensa de todo o mundo com o Claudio Henrique dos Anjos, candidato a prefeito do município de Belford Roxo, no Rio de Janeiro. O candidato, que se diz p Barack Obama da Baixada Fluminense utiliza como lema o mesmo adotado pelo senador norte-americano, candidato a presidente dos EUA: "Mudança". O cabo eleitoral de um dos Obamas brasileiros é um rapper. G @DGET DU JOUR

A água mais pura do mundo Este não é exatamente um gadget, mas certamente é objeto de desejo de muitas pessoas mundo afora. Segundo o fabricante, a Tasmanian Rain é a água engarrafada - nas versões com gás e sem gás - mais pura do mundo. A cada minuto, é monitorada a qualidade do ar na região da Tasmânia onde é coletada a água. Só disponível nos EUA. www.tasmanianrain.com

L OTERIAS

E COLOGIA

ÁRVORES QUE SE ARVORAM

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ilha de Socotra, uma das quatro que compõem o arquipélago do mesmo nome no oceano Índico, é um lugar, no mínimo, exótico. Foi lá - a cerca de 250 quilômetros da costa da Somália - que os fotógrafos Jan Vandorpe e Denis Romanov fotografaram as espécies vegetais desta página. Árvores exuberantes diferentes de tudo o que já se viu mundo afora. A ilha, lugar de clima extremamente quente e seco, tem mais de 700 espécies vegetais e animais raras, cerca de 33% delas encontradas apenas ali. É isso que a torna comparável, para muitos biólogos, a Galápagos.

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Ministério da Educação pagará mais para escolas que investirem em atividades extraclasse para alunos portadores de deficiência Comissão de Biossegurança aprova duas variedades transgênicas de milho desenvolvidas pelas empresas Monsanto e Syngenta

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Acima, a ilha de Socotra e a sangue-dedragão. Ao lado, a árvore-pepino

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As árvores sangue-dedragão (esq.) e deserto rosa, acima: abundantes em toda a ilha

Concurso 1954 da QUINA

Reproduções/site

Homem mais velho do mundo completou ontem 113 anos na cidade de Miyakonojo, no Japão, e ganhou US$ 1 mil do prefeito

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Nacional Empresas Tr i b u t o s Va r e j o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

As sociedades que fizeram o depósito judicial ou administrativo, nada têm a temer. Gilberto do Amaral, do IBPT

RECUPERAÇÃO DO CRÉDITO EM DISCUSSÃO

STF JULGOU CONSTITUCIONAL A COBRANÇA DA COFINS SOBRE FATURAMENTO DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS

HORA DO ACERTO COM O FISCO Eugênio Novaes/OAB

Silvia Pimentel

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epois da derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou constitucional a cobrança da Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) a uma alíquota de 3% sobre o faturamento dos profissionais liberais, os advogados começam a se mobilizar para acertar suas contas com o Fisco. Ontem, o procurador-geral da Fazenda Nacional, Luís Inácio Lucena Adams, avisou que a Receita Federal vai cumprir integralmente a decisão da corte. Para os ministros do STF, o pagamento do débito deve ser retroativo a cinco anos, complicando ainda mais a situação da categoria. Segundo Adams, o Fisco poderá parcelar a dívida em até 60 meses, o prazo fixado no parcelamento ordinário. É impossível medir o impacto da decisão no caixa dos escritórios. Os advogados são os mais prejudicados, pois muitos deixaram de recolher o tributo apostando numa vitória com base no entendimento prévio do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Estimativas do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) indicam que R$ 4,6 bilhões deixaram de ser recolhidos por sociedades de profissões regulamentadas, como médicos, contadores, dentistas, além de advogados. Pelos cálculos do IBPT, a matéria envolve mais de 23 mil processos. Não sem razão, a causa era considerada uma das maiores disputas tributárias no Poder Judiciário. O advogado Salvador Fernando Sálvia, do comitê tributário do Centro de Estudos das

Divulgação

Roque, presidente da Aserc: alta da inadimplência acompanha o aumento das compras a prazo.

Cresce setor de recuperação de crédito Mário Tonocchi

Britto, presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): a decisão surpreendeu.

Sociedades de Advogados (Cesa), lembrou a existência de um projeto de lei para flexibilizar o pagamento da dívida. A entidade pretende acelerar a sua tramitação. O PL nº 2.691/2007 propõe um parcelamento excepcional de 240 meses para débitos envolvendo a Cofins contraídos até 30 de outubro de 2007 por sociedades de advogados. A proposta foi apresentada no final do ano passado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) e tramita nas comissões da Câmara dos Deputados. O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse, ontem, que a decisão do STF surpreendeu os profissionais do Direito. "É lamentável uma decisão que muda, de uma hora para outra,

É lamentável uma decisão que muda, de uma hora para outra, o aceno do Judiciário por meio de uma súmula. Cezar Britto, da OAB

o aceno do Judiciário por meio de uma súmula", disse, ao se referir a entendimento do STJ a favor da isenção da Cofins. Na opinião do advogado Luiz Caldeira Miretti, do escritório Approbato Machado, as alterações de posicionamentos firmados pela jurisprudên-

cia dos próprios tribunais violam o princípio da segurança jurídica. De acordo com o advogado, os contribuintes que ingressaram no Judiciário e ganharam a causa estão em situação mais confortável. "Se a União quiser receber, neste caso, deverá ingressar com ação rescisória", explica. O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, explica ser preciso separar as empresas que depositaram a Cofins em juízo daquelas não recolheram o tributo apostando numa decisão favorável da Justiça. "As sociedades que fizeram o depósito integral, judicial ou administrativo, nada têm a temer", ressalta. Neste caso, os débitos serão automaticamente extintos. Mas é crítica a situação de quem deixou de recolher a contribuição.

A

s empresas de recuperação de crédito cresceram 20% ao ano nos últimos três anos, acompanhando a evolução dos financiamentos no Brasil, calcula a Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc). Até o final de 2008, o volume total de crédito deve chegar a R$ 1,150 trilhão, o equivalente a 40% do PIB, aponta a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Nesse ritmo, somente as 120 empresas vinculadas à Aserc, de um total de 1,2 mil instaladas no País, devem faturar R$ 3,5 bilhões neste ano, em um mercado potencial de R$ 200 bilhões. "O crescimento dessa indústria não deve assustar o mercado. Estamos apenas acompanhando o aumento

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SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO PRESENCIAL 231/2008-SMS.G, processo 2008-0.170.277-8, destinado à aquisição de CONJUNTO ODONTOLÓGICO E MOCHO ODONTOLÓGICO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Odontológico, do tipo menor preço, anteriormente marcada para o dia 09/09/2008, às 14 horas, o seguinte: TRANSFERIDO PARA O DIA 15/10/2008, ÀS 14 HORAS, COM A RETIRADA DE NOVO EDITAL. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro da 1ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde, no momento da abertura da sessão pública de pregão. O NOVO EDITAL do pregão poderá ser consultado e/ou obtido pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização do pregão, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO ELETRÔNICO 348/2008-SMS.G, processo 2008-0.255.391-1, destinado a aquisição de AZITROMICINA EM PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL, CLORIDRATO DE DOBUTAMINA EM SOLUÇÃO INJETÁVEL E SULFATO FERROSO EM SOLUÇÃO ORAL, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 09h30min do dia 06 de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 354/2008-SMS.G, processo 2008-0.258.973-8, destinado a aquisição de CEFALEXINA EM PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL E MALEATO DE ENALAPRIL EM COMPRIMIDOS, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 07 de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 314/2008-SMS.G, processo 2008-0.234.361-5, destinado ao registro de preços de ANESTÉSICOS LOCAIS, ANESTÉSICO GERAL, ANSIOLÍTICOS E ANTIULCEROSO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 09h30min do dia 08 de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 336/2008-SMS.G, processo 2008-0.249.986-0, destinado ao registro de preços de ANTIBIÓTICOS, para a Seção Técnica de Estoque Central SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 09 de outubro de 2008, a cargo da 2ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 339/2008-SMS.G, processo 2008-0.258.002-1, destinado ao registro de preços de ANTI-HISTAMÍNICOS, DOPAMINÉRGICO, HIPERTENSOR, ANTICONVULSIVANTE E ANTIPSICÓTICO, para a Seção Técnica de Estoque Central SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 10 de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO ELETRÔNICO 332/2008-SMS.G, processo 2008-0.252.676-0, destinado ao registro de preços de ANTIBIÓTICO, ANTIANÊMICOS, ANTIEMÉTICOS E ANTIPSICÓTICOS, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 10 de outubro de 2008, a cargo da 2ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital. Os editais e seus anexos, acima relacionados, poderão ser visualizados e/ou retirados pelos interessados, pelos sítios: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, www.comprasnet.gov.br. SP, 18/09/2008.

da inadimplência, hoje de 7%, gerada pelo crescimento das compras financiadas", disse o presidente da Aserc, José Roberto Romeu Roque. O crescimento do mercado da recuperação de crédito foi discutido ontem na abertura do II Congresso Nacional de Recuperação de Crédito promovido pela Aserc, em São Paulo. O encontro termina hoje com a participação da superintendente de Produtos e Serviços da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roseli Garcia. Das 9h às 10h30 ela ministra a palestra "Cadastro e gerenciamento de informações" e participa das discussões a respeito de produtos para crédito, cadastro positivo, localizadores, interface com devedores e legislação. O cadastro positivo, acredita Roque, não deve alterar substancialmente o mercado de recuperação de crédito.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

O presidente Lula não entende apenas de pré-sal e crise financeira americana. Também entende de pavões apaixonados.

gibaum@gibaum.com.br

3 .O Brasil precisa de uma revisão constitucional para fazer uma «

lipoaspiração na Constituição.

NELSON JOBIM // ministro da Defesa, que ajudou a escrever a Carta de 1988 e que, agora, quer até acabar com sigilo de fonte de jornalista.

Fotos: Business News

MAIS: numa gravação de TV, avisou ao pessoal do áudio que haveria ruídos ao fundo. "Os pavões estão acasalando e fazem muito barulho."

Nove entre dez economistas mais lúcidos acreditam que o lado mais dramático da atual crise é a neblina causada pelos Credit Default Swaps (CDS), compromissos trilionários que vinculam as perdas de todas as instituições financeiras dos Estados Unidos. Por isso, as nuvens de incertezas permanecem e o viés de queda nas bolsas de valores de todo o mundo ainda perdurará por mais algumas semanas. Contudo, acreditam que, quando o novo governo chegar à Casa Branca, poderá surgir um alivio e novos regulamentos na área financeira.

COPA E COZINHA A Presidência da República acaba de empenhar R$ 37,7 mil para a compra de 3.328 peças de porcelana para almoço, lanches, chás e cafés. São 200 pratos, 400 xícaras de chá, 2.328 para café e 400 para cafezinho, tudo com frisos dourados e prateados. E empenhou outros R$ 34,3 mil em dois mil garfos, facas e colheres, mais bules, açucareiros, leiteiras, jarras, manteigueiras, assadeiras e outros utensílios domésticos.

Heroína deSarney

Paulistana de nascimento e catarinense por doação, Ideli Salvatti, líder do PT no Senado, vive nova fase, depois de ter sido chamada de pitbull do partido na Casa: apaixonada pelo sargento do Exército, Jefferson Figueiredo, mais magra, ela agora vive distribuindo beijos, sorrisos e abraços aos mais chegados. Se esse chegado for o senador José Sarney, chamado pelos petistas, no passado, de “rebotalho de autoritarismo” e hoje transformado em grande conselheiro de Lula, aí o beijo de Ideli é mais caprichado. Com direito a mão na nuca e tudo mais. Sarney, entusiasmado, até promete criar uma de suas novas heroínas, inspirado em Ideli.

Alternativa anti-grampo

Voz sobre IP , também chamado VoIP , telefonia IP, telefonia Internet, telefonia em banda larga e voz sobre banda larga, para os iniciantes, é o roteamento de conversação humana usando a Internet ou qualquer outra rede de computadores baseada no Protocolo da Internet, tornando a transmissão de voz mais um dos serviços suportados pela rede de dados. Agora, empresários e políticos que falam sobre assuntos sigilosos com interlocutores começam a estudar a adoção do VoIP no dia a dia. Detalhe: não dá para grampear, exceto através de invasão ou vírus. E por escuta ambiental, só um lado da conversa.

Requebrando Vale tudo na campanha de Marta Suplicy: dia desses, no horário eleitoral da TV, falando sobre os CEUs, ela apareceu conversando com uma moça da periferia, que reclamava que haviam sido cancelados dos centros de educação “aulas de black” (é uma variante de hip-hop com um toque de funk). A candidata não sabia bem o que era black, a moça deu seus requebrados para mostrar como se dançava e Marta foi na cola. Do seu jeito, claro.

Cicciolina do agreste

EMCIMADAHORA Recentes pesquisas demonstram, cada vez mais, que a população não vota em partidos. O candidato (seu passado,currículo,popularidade e simpatia) é a referencia, segundo o Ibope, para 54% dos paulistanos. Mais: parcela considerável de eleitores decide seu voto em cima da hora, na véspera ou no dia do pleito (21% na cidade de São Paulo). Dois exemplos históricos na corrida à prefeitura da cidade: Jânio Quadros derrotando Fernando Henrique Cardoso e Luiza ErundinasuperandoPauloMaluf.

Até Michelle Até a revista People dá sinais de ser pró-democratas: em sua lista anual das 10 mulheres mais bem vestidas do ano, tratou de acrescentar Michelle Obama, comparando seu estilo ao de Jackie Kennedy. Michelle tem 1,82m e aos 44 anos, é a mais velha do ranking, encabeçado – quem diria – pela cantora Fergie. Também na lista, Anne Hathaway, Kate Hudson, Heidi Klum, Eva Mendes, Gwyneth Paltrow, Sarah Jéssica Parker e a cantora Rihanna.

Novo carro

O WTC Golden Hall, em São Paulo, foi palco da grande festa de lançamento do novo modelo da Fiat, o Línea (atração especial do filme Blindness), que teve direito até a repeteco do show de Roberto Carlos e Caetano Veloso juntos, movidos a generosíssimos cachês. A estratégia de lançamento foi comandada por João Ciaco, diretor de Marketing e Relacionamento (primeira foto à esquerda, com Mônica Veloso) e entre outros, estavam lá Guilhermina Guinle (centro), com decote profundo (ajudou na apresentação), e até Mariana Kupfer (direita).

Recado Participando do programa de Jô Soares, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu mandar um recado: “Quem perde eleição, tem que ter humildade de que perdeu porque perdeu. Ganhar ou perder, é a pessoa, o desempenho. Acho ruim ficar jogando a culpa nos outros”.

0 IN Scooter.

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Há quatro anos, nas eleições municipais de Fortaleza, Deborah Soft, ex-garota de programa e exmiserável do interior do Ceará, também conhecida como Cicciolina do agreste, elegeu-se vereadora, com grande votação, usando o slogan Vote com prazer. Depois, sumiu, ficando apenas com o prazer dos vencimentos para ela. Este ano, ressurge como candidata em Maracanaú, interior do Ceará. Em Fortaleza, contudo, já tem sucessora: é Kátia Heffner, stripper e dona de um clube de swing na cidade.

OUT

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Ai, que loucura! Ninguém pode dizer que Narcisa Tamborindeguy, repórter do Superpop , não siga o estilo da dona do programa, Luciana Gimenez. Dia desses, Narcisa encontra Paulinho Jobim e pergunta: “E aí, Paulinho, me conta uma novidade sobre o Tom”. E ele: “Bem, já faz algum tempo que não tenho novidades sobre ele”. Na mesma noite, na cobertura de um casamento, Narcisa vai à noiva: “E aí, querida, onde vai ser a lua-de-mel?” E a moça: “Vou para as Ilhas Seychelles”. E Narcisa: “Que maravilha? Vai com o maridão?”

Dida Sampaio/AE

Caro e grampeado No último fim de semana, Adriana Ancelmo e o governador Sérgio Cabral levaram Marisa Letícia e o presidente Lula jantar no restaurante-pousada Locanda della Mimosa, de Danio Braga, perto de Petrópolis. A cozinha só merece elogios, embora se enquadre entre as mais caras do país. E a pousada – quem diria – tem antecedentes complicados. Lá, já houve uma tentativa de grampear um presidente da República, no caso, FHC, conforme relato do gerente de operações especiais de Telemar, Arthur Madureira de Pinho, no começo do ano, na CPI dos Grampos.

AGORA,BIGUÁS Neblina

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Há semanas, o presidente Lula, com ajuda do Ibama, conseguiu localizar um guaxinim nos jardins do Alvorada, que vinha devorando os porquinhos-da-Índiada primeira-dama Marisa Letícia. Há dias, numa entrevista à TV Brasil, o Chefe do Governo reclamou da fauna que invadiu o mesmo Alvorada depois do desmatamento no Distrito Federal. Agora, tem um bando de biguás que pernoita lá: as sujeirinhas das aves são ácidas e liquidam com as plantas.

MISTURA FINA QUANDO ERA procuradorgeral da República, Cláudio Fonteles comprou um Guardião, sistema que faz escuta telefônica (pode alcançar até 200 mil números por semana) para o Ministério Público usar. Quando assumiu o cargo, Antonio Fernando de Souza doou o equipamento para a Polícia Federal. DEPOIS DE ampliar seus negócios de saúde, o grupo Albert Einstein, que vem aumentando seu número de unidades de analises clínicas pela cidade de São Paulo, quer colocar seu pé no Rio. E lá, em vez de construir, inicialmente comprar um hospital respeitado: nesse sentido, já foram iniciadas sigilosas negociações com o Samaritano, no bairro do Botafogo. O COMANDO da campanha de Gilberto Kassab decidiu que não haverá respostas aos ataques de Geraldo Alckmin. As primeiras pesquisas internas do QG de Kassab, essa semana, sinalizam que esses ataques não influíram nas intenções de voto para o prefeito – e até ao contrário. De um lado, mostram nova queda de Marta, que estaria com 32% e igualmente revelam nova queda de Alckmin, que poderia estar quatro pontos percentuais abaixo de Kassab. O SENADOR Fernando Collor (PT-AL), que tirou nova licença do Senado, para se dedicar a campanhas municipais em Alagoas, não vem conseguindo bons resultados na família. Seu filho, Fernando James (PTB) continua em terceiro lugar para a prefeitura de Rio Largo (pesquisas de agosto) e seu primo e suplente, Euclydes Mello (PRB) está em último lugar em Marechal Deodoro. A EX-APRESENTADORA do Late Show , Luisa Mell, depois de estrelar algumas peças publicitárias, inclusive uma contra o fumo, do Governo Federal, entre de vez no mercado animal, em outro segmento. Está lançando uma linha de brinquedos para cães e gatos. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Cada eleitor deve gastar, em média, 40 segundos para votar

Resultado das urnas pode sair na noite da eleição

O

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) espera que os resultados do primeiro turno das eleições municipais sejam divulgados na própria noite do dia 5 de outubro. A expectativa do TSE é de que a apuração dos votos para prefeitos e vereadores no País seja concluída até as 22 horas – cinco horas após o fim da votação. O TSE informou em seu site que os votos serão apurados pelas juntas eleitorais, que transmitirão os dados das seções para a totalização. O tribunal estima que cada eleitor deve gastar, em média, 40 segundos para votar. No Orkut pode – O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu na terça-feira, por votação unânime, que fica permitido manifestar apoio a candidaturas no site de relacionamentos Orkut. De acordo com o juiz relator do processo, Flávio Yarshell, "cercear o relacionamento no âmbito pessoal e próximo, ainda que mediante o emprego de ferramenta eletrônica, é incompatível com a liberdade de expressão e comunicação, próprias do regime democrático". A decisão foi divulgada ontem pelo tribunal.

O relator afirmou que, embora a legislação tenha procurado limitar a propaganda para evitar abusos, permitindo-a somente na página exclusiva de campanha do candidato, "a propaganda eleitoral só se configura como tal quando dirigida com generalidade e amplitude que extrapolem o simples âmbito dos relações pessoais, configurando ação organizada e voltada à obtenção de votos", o que, em sua avaliação, não se aplica ao Orkut. Ele ainda alegou que a utilização do meio eletrônico não fere o princípio da isonomia, por se tratar de instrumento acessível às mais diferentes camadas da sociedade. "O site tem divulgação livre e abrangente, sem controle e de forma gratuita", disse. A decisão do TRE-SP confirmou a sentença de primeiro grau da juíza do município paulista de Olímpia, Adriane Bandeira Pereira. Prender, não! – De sábado até 7 de outubro , nenhum candidato a prefeito, vice-prefeito ou a vereador poderá ser detido nem preso, salvo em caso de flagrante delito, conforme determinação do Código Eleitoral. (AE)

Suíça condena banqueiros Marco Antônio Rezende/Folha Imagem

C

inco banqueiros suíços foram condenados por lavagem de dinheiro no caso de corrupção envolvendo fiscais de renda do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador Anthony Garotinho. Os executivos dos bancos suíços vão ainda apelar contra a decisão. A condenação de banqueiros não é uma prática comum na Suíça e a decisão do Tribunal Penal Federal chamou a atenção do mercado financeiro. O processo ainda confirmou o envolvimento de um banco suíço diretamente com esquemas de corrupção no Brasil, uma alegação que os estabelecimentos suíços sempre se negaram a confirmar. Os banqueiros pegaram entre 405 e 486 dias de prisão, além de multas que variam entre US$ 12 mil e US$ 59 mil. Outros US$ 59 mil devem ser pagos por cada banqueiro para cobrir os custos do processo. Para advogados, a pena foi leve. O Ministério Público Suíço havia pedido a prisão de até 30 meses. Os banqueiros foram acusados de terem colaborado na transferência de US$ 45 milhões entre o Rio de Janeiro e contas em Genebra. Para o juiz Jean Luc Bachera, os banqueiros não verificaram a origem do dinheiro enquanto trabalha-

Rodrigo Silveirinha

vam para o Discount Bank & Trust Company (DBTC) Para o juiz suíço Brent Holtkamp, "os banqueiros sabiam plenamente do esquema de corrupção no Brasil e poderiam ter evitado a lavagem de dinheiro cometida pelos brasileiros". Na Suíça, a evasão fiscal cometida no exterior não é considerada crime, nem mesmo se bancos locais forem usados. O caso envolveu os fiscais de Renda da gestão Garotinho. O esquema envolveu o envio desse dinheiro para a Suíça entre 1999 e 2000 por quatro fiscais de renda e quatro auditores da Receita. Entre os envolvidos estava o ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio na gestão de Garotinho, Rodrigo Silveirinha, que teria enviado US$ 8,9 milhões. No Brasil, o Ministério Publico estima que o esquema contou com a participação de bancos locais. (AE)


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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5 Os cliente não gostam de ficar na fila. Luiza Helena Trajano, empresária

MAGAZINE LUIZA CHEGA À CIDADE

44 LOJAS DE UMA VEZ SÓ

Fotos: Leonardo Rodrigues/e-sim

O Magazine Luiza desembarca em 18 municípios da região metropolitana e litoral, disposta a conquistar uma fatia do mercado das Casas Bahia e do Ponto Frio. Adriana David

A

p ó s u m a n o c omandando o projeto de expansão em São Paulo, a empresária Luiza Helena Trajano inaugura, na próxima segunda-feira, 44 lojas da rede Magazine Luiza em 18 municípios da região metropolitana e litoral. Até o final deste ano, serão 50 unidades , sendo 29 na capital paulista. Seis delas, quatro em São Paulo e duas em Guarulhos, vão abrir até dezembro. O atraso ocorreu por problemas de regularização dos imóveis. A meta do Magazine Luiza é abrir 100 unidades em São Paulo até 2010. Para isto, serão investidos R$ 150 milhões, dos quais 60% financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante, com recursos próprios. A maior concorrente da rede, a Casas Bahia, tem 150 lojas no Estado e a segunda, o Ponto Frio, 109. No dia da inauguração, 2,8 milhões de pessoas pré-cadastradas poderão pagar as compras com o cartão da própria loja. Uma parceria do Unibanco, do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), por meio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e da Serasa, pré-aprovou o crédito. "O cliente não gosta de ficar na fila", justificou ontem Luiza, superintendente da empresa, em coletiva de imprensa realizada na loja conceito de 4 mil m² – a maior da rede –, instalada no Shopping Aricanduva. A unidade tem ilhas de ex-

Na unidade do Shopping Aricanduva, a maior da rede, a superintendente Luiza e o diretor de marketing, Trajano, detalham os planos da empresa até 2010.

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se: "Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você". A lição parece ter sido bem aprendida após 360 horas de treinamento: na entrada, os jornalistas eram recebidos com um simpático e natural: "Bom dia, sejam bem-vindos". Cerca de 52% do público-alvo do Magazine Luiza compram com carnês e apenas 5,9%, com o cartão de loja, o chamado private label. O fato deixou surpreso o diretor de marketing e vendas, Frederico Trajano. "Em outras regiões, as compras com o cartão de loja são mais altas. Talvez isso ocorra pela estratégia das redes daqui", disse. Ele acredita poder reverter o quadro. As outras formas de pagamentos citadas foram o dinheiro (19,7%) e o cartão de crédito (16%). As entrevistas com moradores dos bairros onde a rede abrirá lojas revelaram que, apesar de não estar fisicamente na capital paulista, ela já era conhecida por 70% dos entrevistados. O reconhecimento foi possível graças ao programa Domingão do Faustão. Cerca de 43% da população dos bairros nos quais o Magazine Luiza abrirá lojas são da classe C. São pessoas casadas ou amigadas (51%) e moram com os filhos (67%). A faixa etária é variável, mas prevalece a de 20 a 30 anos, com 37,9%, e 24% são evangélicos. A rede pretende alcançar as classes A e B pela internet. Por isso, a capacidade de venda do site foi duplicada. As visitas à loja virtual cresceram 30% no primeiro semestre e 30% nos últimos 45 dias.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A crise da aviação italiana se expande, com a saída do comprador da Alitalia das negociações.

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MARTINI DE ROUPA NOVA

C

riado em 1863, na região de Piemonte, na Itália, Martini é feito a partir de vinhos e ervas. Desde então, tem seduzido inúmeros paladares e nos últimos três anos tem no galã George Clooney seu garoto-propaganda. Só que, agora, Martini começa a ser engarrafado em nova embalagem e teve a famosa logomarca repaginada para os dias atuais. A empresa garante que a bebida continua a mesma. Seus fãs agradecem.

BOCA NO TROMBONE

M

esmo sem precisar, a produtora de filmes O2, que tem entre os seus diretores o premiado Fernando Meirelles (com os filmes Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e Ensaio sobre a Cegueira), decidiu fazer uma campanha publicitária. Foi atrás da Santa Clara Nitro com a certeza de atrair novos clientes e projetos.

A GUERRA DAS BONECAS

arbara, conhecida e popular em todo o mundo como Barbie, e Susi, que apesar do nome é brasileírissima, travam há mais de 40 anos uma disputa ferrenha para conquistar consumidoras mirins. Na verdade, mães e avós são as compradoras da boneca para filhas e netas com base em suas memórias afetivas da infância. As duas bonecas são os brinquedos mais procurados em datas como o Dia da Criança, que se aproxima. A americana Barbie, lançada em 1959, com maiô – não se dizia biquíni nos anos 1950 –, leva vantagem, não só no mercado global, onde é lider de vendas, mas também na própria terra de Susi. A Estrela, apesar de ter ganho espaço com a economia fechada dos anos 1970 e 1980, que tornava proibitivos os importados, perdeu terreno nos anos 1990, especialmente para os chineses. Ainda assim, vende por ano 1 milhão de Susis, o que torna a boneca o seu principal ativo. Barbie também é para a Mattel a campeã de vendas. A empresa, arranhada por problemas com produtos fabricados por parceiros asiáticos, dos quais fez trocas em todo o mundo, incluindo o Brasil, tem tido a preocupação de repaginar Barbie a cada temporada. Neste mês, aproveitando as férias do hemisfério norte, lançou "Barbie no Castelo dos Diamantes". Foi criado um filme digital voltado para o público infantil e, com ele, é claro, uma

gama de produtos e acessórios. Dos US$ 5 bilhões anuais que a Mattel fatura, em média, uma bela fatia vem de Barbie e do licenciamento da boneca, que virou mala, produto alimentício, rádio e até iPod. Lançada em março de 1959, com um maiô listrado preto e branco – quando o biquíni era apenas uma ilha – Barbie é um retrato fiel do "American

A PRIMEIRA Barbie, em seu clássico maiô listrado, foi apresentada em 1959. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

way of life" daquela década, com cintura fina, seios fartos e aquele rosto hoje idêntico ao de várias mulheres que passam pelo bisturi de cirurgiões plásticos desejosas de ser, como a boneca, Barbies depois dos 50 anos, idade que a boneca comemora em 2009. Já a Susi nasceu em 1962, como uma alternativa para a criança brasileira. As estatísticas da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq) dão conta de que o mercado de bonecas fashion doll – isso mesmo, Barbie e Susi são bonecas e são fashion – movimenta R$ 350 milhões por ano, sem contar produtos licenciados, que vitaminam o marketing em torno de Susi e Barbie e faz das bonecas um objeto de desejo. Assim como os produtos a elas relacionados e tudo pode ser confortavelmente arrumado numa mala Barbie, da Primicia, rosa e com fru-frus. Mas nesse duelo das bonecas, com a proximidade do Dia da Criança, quem leva a melhor? Barbie ou Susi? É uma disputa sem números, pois a Mattel não divulga os seus, e a Estrela evita revelar o quanto ainda depende de Susi. Com preços a partir de R$ 30 – imitações custam menos – é possível levar uma delas. Já para comprar a Barbie Castle of Diamonds, a original, quase início da comemoração dos 50 reluzentes e brilhantes anos, seria necessáro desembolsar US$ 100 mil. Todos os acessórios são em diamantes. A Estrela ainda tem mais dois anos pela frente para preparar os 50 anos de Susi.

JUSTIÇA e paz são os motes inspirados pelas fotos de John Ross

SANGUE CONTRA VIOLÊNCIA

N

o que depender da agência de publicidade Talent, de Júlio Ribeiro, qualquer um pode ajudar a combater a violência em São Paulo, não precisa nem morar aqui. A série de fotos "Blood", do fotógrafo inglês John Ross, foi a inspiração

para a campanha desenvolvida pela agência para o Movimento das Vítimas pela Justiça e Paz. A assinatura das peças publicitárias é um convite a todos: " Não deixe as vítimas da violência sofrerem anônimas. Denuncie, disque 181".

CANAL BRASIL EM FESTA

É

a agência NBS que assina campanha do Canal Brasil, destacando a qualidade e a diversidade da programação com a qual a emissora comemora seus dez anos. Com o slogan "Canal Brasil. Só o que a gente gosta", as peças mostram Lázaro Ramos, José Mojica Marins (Zé do Caixão), Paulo César Peréio, Paulinho Moska, Charles Gavin e outros apresentadores do canal. A direção de criação é de Pedro Feyer e André Lima, com criação de Cássio Faraco e Darcy Fonseca. Prato cheio para quem gosta da prata da casa.

OS APRESENTADORES da casa foram escalados e suas personalidades entraram na campanha.

Alessandro Bianchi / Reuters

Funcionários da companhia protestam, em Roma, contra sua venda.

Sem comprador, Alitalia pode pedir falência

O

grupo italiano de investimentos Compagnia Aerea Italiana (CAI) informou ontem que retirou sua oferta de compra pela Alitalia, uma decisão que deve levar à liqüidação da empresa aérea e criar vários transtornos aos passageiros. Dessa maneira, a Alitalia, que está em concordata, encontrase, no momento, sem um comprador. Em comunicado, a CAI disse que as condições de mercado não permitem uma nova oferta ou o prosseguimento das negociações com os nove sindicatos da Alitalia. As negociações foram encerradas inesperadamente na tarde de ontem, depois que seis sindicatos rejeitaram a proposta de corte salarial feita pela CAI. O plano da CAI incluía uma redução nas remunerações dos funcionários e aumento de produtividade, mas os sindicatos de pilotos e representantes da tripulação estavam dispostos a aceitar apenas a segunda parte da proposta. O maior sindicato da Itália, CGIL, anunciou que assume a responsabilidade

pela rejeição ao plano da CAI. O secretário-geral da CGIL, Giulio Epifani, disse que irá trabalhar com Augusto Fantozzi para manter a empresa em operação. O executivo é o administrador da Alitalia escolhido pelo governo, que controla 49,9% da companhia aérea. Cabe agora a Fantozzi decidir se mantém a Alitalia em operação. "Ele disse várias vezes recentemente que os vôos poderiam estar ameaçados por falta de dinheiro para garantir o fornecimento de combustível", afirmou uma fonte do governo próxima às negociações. Segundo ela, o próximo passo seria Fantozzi declarar a falência da empresa. Fabio Berti, representante de um dos sindicatos de pilotos, disse que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi deverá se envolver nas negociações, já que a Itália se vê agora diante de um problema de transporte. O departamento de aviação civil da Itália, ENAC, convocou uma reunião extraordinária com Fantozzi para verificar se existem condições para a Alitalia manter sua licença para voar. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Lacerda pode reassumir a Abin?

5

Política

O governo do presidente Lula mente ao povo brasileiro sustentando que não existe criminoso para um crime que foi comprovado. Nota do DEM

Celso Junior/AE 17.09.08

CPI avalia possibilidade de reconduzi-lo ao cargo

I

ntegrantes da CPI das Es- ser resolvidas apenas por um cutas Telefônicas da Câ- laudo". mara já começam a cogiO presidente do Supremo tar a hipótese de trazer o Tribunal Federal (STF), Gilmar diretor afastado da Agência Mendes, questionou a releBrasileira de Inteligência vância do laudo. Ele ressaltou (Abin), Paulo Lacerda, de vol- que a agência pode não ter enta ao cargo, após a divulgação caminhado à perícia todos os de um laudo da Polícia Federal equipamentos disponíveis. descartando a pos"Isto diz pouco. sibilidade de os Simplesmente anaequipamentos da lisa as maletas que Abin serem capaforam apresentazes de realizar esdas. Não sabemos cutas telefônicas se são todas as que (leia mais na página a Abin dispõe", 7). Segundo reporafirmou. tagem da Folha Punição – O preOnline, os parlasidente Lula enmentares avaliam viou ontem ao que o laudo enfraCongresso Nacioquece o ministro nal projeto que preda Defesa, Nelson vê a demissão do Jobim, que chegou Tenho o Paulo servidor público a informar ao pre- Lacerda como um que realizar escuta sidente Luiz Inácio homem telefônica sem auLula da Silva sobre torização judicial e extraordinário. a capacidade dos que usa informaaparelhos de reali- Pode voltar a ções sigilosas obtihora que quiser, zar grampos. das ilegalmente. As portas para quando terminar A proposta inLacerda começa- a investigação. clui o grampo iler a m a s e re a b r i r gal como crime a Presidente Lula ser previsto no Cóq u a n d o o p re s idente Luiz Inácio digo Penal. Quem Lula da Silva afirmou que ele for flagrado nessa prática, popoderá retornar ao comando de pegar de dois a quatro anos da Abin quando quisesse, e de cadeia, além de multa. Se ainda disse considerá-lo um for funcionário público, a pena "homem extraordinário". pode ser aumentada em 50% e No Senado, o líder do PSDB, chegar até seis anos de prisão. Arthur Virgílio (AM), consideO governo quer unir a prorou a hipótese "precipitada". posta a dois outros projetos Para o senador, as suspeitas que já tramitam no Congresso que pesam sobre Paulo Lacer- e criar a Lei Geral das Escutas da são grandes e "não podem Telefônicas. (Agências)

DEM reage e diz que governo mente Em nota, partido critica Lula e Nelson Jobim

O

Abin tem equipamentos de escuta e, no dia seguinte, mentir miseravelmente sobre este mesmo assunto ao Congresso. Igualmente deplorável é ler declarações do presidente da República admitindo a volta ao governo do comando suspeito da Abin. Para nós, Democratas, o retorno da diretoria da Abin representa um golpe à segurança jurídica do País. O delegado Paulo Lacerda e os demais diretores foram afastados porque o ministro da Defesa acusou a Abin de ter adquirido maletas que permitem escutas clandestinas, embora a agência não tenha autorização legal para grampear telefones. Além disso, a diretoria cedeu 52 agentes de forma irregular para a PF, que participaram de grampos ilegais de conversas telefônicas de deputados, senadores e autoridades do Poder Judiciário. Crimes foram praticados e o governo não pode readmitir suspeitos como se nada tivesse acontecido. Como partido de oposição, o DEM reagirá a isto na Justiça e no Congresso, porque não aceita que este governo continue afrontando as regras democráticas e o Estado de Direito." Rodrigo Maia, presidente do Democratas

O HOMEM-BOMBA Profundo conhecedor das entranhas investigativas no País, Paulo Lacerda incomoda e assusta o governo Pablo Jacob/Folha Imagem 22.11.07

H

á exatos 12 meses, quando assumiu a Agência Brasileira de Informação (Abin), o delegado aposentado da Polícia Federal Paulo Lacerda já conhecia seus desafetos e já havia adquirido profundo conhecimento do petismo e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, um profissional experiente não passa quatro anos no comando de 412 ações da Polícia Federal sem amealhar informação. Em especial, em um governo que virou vidraça, acusado de corrupção de toda ordem. E ainda mais quando se sabe que, diariamente, despachava com um ministro da Justiça – no caso, o advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos – que registrou, em diários, suas impressões sobre o que viu nos quatro anos e dois meses em que ocupou a pasta. Ao todo, Thomaz Bastos saiu do governo com 17 cadernos de anotações e deixou muita gente, do governo e de fora dele, preocupada. O que algumas destas pessoas perceberam é que Thomaz Bastos não participava das ações ou das operações da Polícia Federal. Também não acompanhava as transcrições dos grampos ou recebia extratos bancários de quebra de sigilo fiscal e bancário das mais de 6.200 pessoas presas nestas operações. O ministro também não monitorava operações. O delegado Paulo Lacerda, sim. Ele conhece os detalhes de cada ação e operação, o conteúdo dos grampos, do imposto de renda e dos extratos bancários de todas as pessoas que cruzaram o seu caminho ou o das ações da Polícia Federal nestes cinco anos de governo Lula. Até mesmo dos casos envolvendo petistas e familiares do presidente. Paulo Lacerda é o homem-bomba do governo petista. O blog de Reinaldo Azevedo na edição de quarta-feira apimentou ainda mais a posição de Lacerda no governo, que deixou o cargo da Abin após a divulgação de interceptação de

Ed Ferreira/AE 20.04.06

Márcio Thomaz Bastos: segundo colegas, o exministro não acompanhava as operações da PF tão de perto, mas comandou, ao lado de Paulo Lacerda, a montagem estratégica de salvaguarda de integrantes do governo que estavam sob o fogo cruzado das acusações da oposição

conversa telefônica mantida entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Ele informa no blog que a prisão do diretorexecutivo da Polícia Federal, Romero Menezes, o nº 2 da instituição, foi praticamente imposta a Luiz Fernando Corrêa, o atual diretor-geral que substituiu Lacerda. Azevedo deixa claro que não entra no mérito da prisão, mas diz que na polícia, e não em outro lugar qualquer, se atribui ao grupo de Paulo Lacerda, o diretor afastado da Abin, a seqüência de eventos que resultou nesta prisão e constata que Menezes é aliado de Corrêa, que nunca chegou a ter o comando efetivo da corporação. No blog também fica evidente que Paulo Lacerda não pretende desembarcar pela porta dos fundos do governo. Farta munição – Munição não vai faltar para desestabilizar o governo. Além de suas 412 ações, há aquelas em que foi chamado para atuar e saber de tudo, já que o primeiríssi-

mo escalão do governo insistia que não sabia de nada. Como no caso do mensalão, do sigilo bancário do caseiro Francenildo, na investigação do dossiê dos aloprados (os dólares na cueca encontrados com um petista no aeroporto de São Paulo). Para Paulo Lacerda permanecer no governo, um grande e profundo arranjo deverá ser costurado, de modo a evitar que o homem-bomba faça estragos maiores. De quebra, será necessário administrar a situação do atual ministro da Justiça, o petista Tarso Genro, e ainda acalmar o "esprit de corps" dos delegados da Polícia Federal, que vêm no episódio a chamada "lei de Gerson". A batata está assada e os petistas que decidiram ter uma polícia politizada num regime democrático vão ter de descascá-la, portanto. Notoriedade - Nascido em Anápolis (GO), Lacerda foi bancário antes de entrar na Polícia Federal. Formou-se em direito pela faculdade Cândido Mendes, no Rio de

Janeiro. Delegado desde 1977, comandou várias superintendências do órgão. Ganhou notoriedade ao investigar irregularidades durante o governo Collor, sobretudo quando presidiu, naquele período, o inquérito sobre o esquema de corrupção montado pelo empresário Paulo César Farias. Consolidou a imagem investigando a prática de crimes financeiros que levaram à quebra do Banco Nacional, em 1995. Aposentou-se em 1997, quando se tornou assessor do senador Romeu Tuma (DEMSP), ex-diretor-geral da PF. O ápice da carreira veio com o comando da Polícia Federal, em 2003. Ele reestruturou o órgão e centralizou na sede, em Brasília, o comando de operações de repercussão nacional. Com Lacerda, a área de inteligência foi priorizada e ganhou um braço operacional. De estilo silencioso, Lacerda é um apaixonado por investigação, documentos, planilhas, provas materiais definitivas e, principalmente, trabalho de inteligência. Talvez por isso, os grampos telefônicos realizados com autorização judicial tenham sido a marca, por quase cinco anos, da gestão do delegado na direção-geral da PF. Já no c a rg o d e d i re t o r- g e r a l d a Abin, os grampos à margem da legalidade e atribuídos à agência provocaram seu afastamento do cargo. No comando da PF desde o início do governo Lula, em 2003, até setembro de 2007, Lacerda tinha como lastro político o total apoio de Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça (2003 e 2007). Com a saída de Bastos do governo, a Polícia Federal deixou de ser uma bandeira política, usada inclusive na reeleição do presidente Lula, como chancela de que sua gestão era implacável na caça aos corruptos. Foi substituída pelo Pronasci, o Programa Nacional de Segurança com Cidadania, a menina dos olhos do sucessor de Bastos na Justiça, o petista Tarso Genro.

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partido Democratas divulgou ontem nota oficial acusando o governo federal de mentir sobre os grampos, ao criticar o laudo da Polícia Federal que constata que os equipamentos da Abin não são capazes de realizar escutas telefônicas. Veja a nota do DEM: "A Comissão Executiva Nacional do Democratas considera que o laudo da PF enviado ao Congresso pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência é baseado em investigação feita sem qualquer independência e não expressa a verdade dos fatos. Para nós, do Democratas, caracteriza grave desrespeito do Executivo à sociedade e ao Congresso o envio de um documento deste à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência e à CPI dos Grampos. Mais uma vez, lastimavelmente, o governo do presidente Lula mente ao povo brasileiro sustentando que não existe criminoso para um crime que foi comprovado: a escuta ilegal da conversa telefônica entre o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres. É penoso para todas as pessoas de bem deste país ver o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmar, em um dia, que a

Currículo 'explosivo': delegado Paulo Lacerda comandou 412 ações da Polícia Federal e há cinco anos acompanha o PT e o Planalto


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Nacional Empresas Imóveis Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Segundo a Lello, 50% dos imóveis são administrados por proprietários.

AUMENTO ACUMULADO JÁ É DE 11%

ALUGUEL

BOM MOMENTO PARA LOCAÇÕES Proprietários estão conseguindo melhores preços tanto para imóveis residenciais quanto comerciais. Percentual de reajuste já ultrapassou o IPCA. Fernando Anthony/Digna Imagem

Kelly Ferreira

Fique atento ao cálculo do valor

O

mercado de imóveis para locação está aquecido, com elevação tanto do valor dos aluguéis quanto no número de negócios fechados. De acordo com a Pesquisa Mensal de Locação Residencial do Secovi-SP (Sindicato da Construção), nos últimos 12 meses, o aumento acumulado já é de 11%, percentual superior ao da variação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi de de 6,17% no mesmo período. Só em agosto, os preços dos imóveis residenciais tiveram alta de 1,7%, comparado com julho. O mesmo aconteceu com os comerciais, que registraram aumento médio de 1,28%. Na região da Paulista, Rebouças e Brigadeiro Luiz Antonio, além da Rua Estados Unidos, a alta foi de 1,49% sobre o mês anterior. As moradias de dois dormitórios foram os tipos de residências que tiveram maior elevação nos preços de locação, em média, 2,1%. Já casas e apartamentos de três dormitórios registraram as menores altas – em torno de 0,8% em agosto, comparativamente a julho. Os aluguéis de imóveis de um dormitório tiveram comportamento próximo da média – 1,6% de acréscimo, segundo o levantamento do Secovi. Maiores ofertas – De acordo com a pesquisa feita pelo Grupo Hubert, as locações comerciais tiveram menor procura, se comparado com o mês de julho. Entre os mais procurados estão os escritórios com metragens entre 500 m² e 1000 m². Já

O

Os valores dos aluguéis na região da Avenida Paulista cresceram, em média, 1,49% em agosto sobre julho

os com até 100 m² foram os mais procurados. As regiões com maiores ofertas foram as Centro Velho (Maria Paula, Praça João Mendes, Praça Clóvis, 25 de Março, Senador Queiroz, Prestes Maia, Anhangabaú e Santo Amaro) e Centro Novo (Anhangabaú, São João, Du-

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO O Dirigente da UGE 180170 retifica edital do Pregão Eletrônico nº DF-019/ 20/2008, destinado à aquisição de 40 (QUARENTA) unidades de desencarcerador hidráulico, publicado neste veículo em 06Set08. A realização da nova sessão foi adiada para o dia 01/10/2008 e horário 09:00 hs, no endereço eletrônico: www.bec.sp.gov.br. ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF

PREGÃO PRESENCIAL 002/2008 A Associação Saúde da Família – ASF comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação na modalidade Pregão Presencial para contratação de 13 (treze) veículos com motorista e combustível, por um período de 6 (seis) meses, de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00, exceto feriados. E 1 (um) veículo com motorista e combustível, por um período de 6 (seis) meses, de segunda a sábado, das 8:00 às 17:00, incluindo feriados. Informações e Edital: Associação Saúde da Família, Pça. Mal. Cordeiro de Farias, 65 (11) 3154-7050, site: www.saudedafamilia.org, endereço eletrônico: cpl@saudedafamilia.org Entrega de documentos e abertura de envelopes: 01/10/2008, às 14:00 horas. Local da sessão: Associação Saúde da Família, Pça. Mal. Cordeiro de Farias, 65 – Higienópolis – São Paulo.

CRBS S.A. CNPJ nº 56.228.356/0001-31 - NIRE 35.300.199.448 CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os acionistas da CRBS S.A. (“Companhia”) para se reunirem no dia 26 de setembro de 2008, às 9:30 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Antarctica, 1.891 (parte), Fazenda Santa Úrsula, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, em Assembléia Geral Extraordinária, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: (i) aprovar o cancelamento de ações ordinárias de emissão da Companhia mantidas em tesouraria, sem diminuição do seu capital social; (ii) grupamento de ações da Companhia na proporção de 500.000 por uma, bem como definir os procedimentos relativos à implementação da deliberação adotada, no tocante às frações de ações resultantes do grupamento, e, conseqüentemente, alterar o artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, que dispõe sobre o capital social e sua divisão em ações; e (iii) consolidação do Estatuto Social da Companhia. Jaguariúna, 16 de setembro de 2008. Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond - Diretor Geral. (17,18,19)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 15/0755/08/05 OBJETO: REGISTRO DE PREÇOS PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE COPIAGEM DE CD E DVD A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para prestação de serviços de copiagem de CD e DVD, para a implementação das Propostas Curriculares de Ensino Fundamental II e Ensino Médio do Estado de São Paulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 19/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 – República – CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 02/10/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

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que de Caxias, Largo do Arouche, Amaral Gurgel, Praça Roosevelt, Consolação e Quirino de Andrade) Para o diretor do Grupo Hubert, Hubert Gebara, o aluguel comercial mantém o ciclo de alta e tem refletido mês a mês a demanda crescente por escritórios de médio padrão

nas principais regiões da cidade. "O aumento de agosto pode ser considerado, entretanto, inusitado em relação à deflação de 0,32% no mês. Isso dá idéia do aquecimento do mercado", disse. Outra prova de que o mercado de imóveis alugados está aquecido são os dados da pesquisa realizada pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), que apontam alta de 14,72% em julho no número de locações, se comparado com junho. Na capital paulista, o maior número de novos contratos foi com valores entre R$ 201 e R$ 400, com 23,17% das locações dos 3.121 imóveis pesquisados. Já na faixa entre R$ 401 e R$ 600, as locações somaram 35,54%. As casas foram os imóveis mais procurados, com 60,33% do total das locações, enquanto os apartamentos ficaram com 39,67%.

S. Magalhães S.A. Logística em Comércio Exterior CNPJ/MF - 58.130.089/0001-90 - NIRE - 35.3.0005542-0. Ata de Reunião da Diretoria Realizada em 29 de Agosto de 2008. Local e Hora: Praça da Republica, 62 - 2º andar - Santos - SP - 09:00 Horas. Presença: Todos os Diretores. Composição da Mesa: Presidente: Fernando da Cunha Magalhães Junior; Secretário: Guilherme Souza Magalhães. Deliberações Tomadas: Pediu a palavra o Sr. Guilherme Souza Magalhães para propor a mudança da unidade de negócios com a atividade de Desembaraço de Despachos Aduaneiros, localizada no Aeroporto Internacional de Viracopos na cidade de Campinas / SP à Rodovia Santos Dumont, km 66 - sala 07-CEP-13.051-970, inscrita no CNPJ - 58.130.089/ 0004-33 - NIRE - 35.9.0291765-9 para o Centro Empresarial de Viracopos, situado na Rodovia Santos Dumont, Km 66Salas 388/389 CEP-13.052-970, funcionando somente como Escritório de Apoio.Encerramento: Nada mais havendo a tratar foram encerrados os trabalhos para ser lavrada a presente ata, que foi lida, aprovada e vai por todos os presentes assinada. Santos, 29 de Agosto de 2008. Fernando da Cunha Magalhães Junior - Presidente; Guilherme Souza Magalhães - Secretário; Fernando da Cunha Magalhães Junior - Presidente em Exercício; Guilherme Souza Magalhães - Diretor; Luiz Henrique Magalhães Ozores - Diretor; José Francisco Rollo Rollemberg - Diretor; Odair dos Santos - Diretor. JUCESP 307.310/08-5 em 15/09/08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1965/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Dep. Emilio Justo - Rua Três, 2.402 - Vila Progresso - Santos/SP - 120; EE Bras Cubas - Rua Heitor Penteado, 62 - Marapé - Santos/SP - 120; EE Dona Luiza Macuco - Av. Prof. Aristóteles de Menezes, s/nº - Ponta da Praia/SP - 90 - R$ 87.328,00 – R$ 8.732,00 – 09:30 – 07/10/2008. 05/1968/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Bal Regina Maria - Avenida Nossa Senhora de Fátima, 2.553 - Agenor de Campos - Mongaguá/SP; EE Profª Maria Thereza da Cunha Pedroso - Rua Vitória de Santo Antonio, s/n- Catiapoá - São Vicente/SP - 120 - R$ 56.082,00 – R$ 5.608,00 – 10:00 – 07/10/2008. 05/1977/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE/EM Profª Dinorá Rocha - Rua São João, 73 - Porto Ribeira - Iguape/SP - 120 - R$ 25.529,00 – R$ 2.552,00 – 10:30 – 07/10/ 2008. 05/1979/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Irmã Maria de São Luiz - Av. Itália, 243 - Jd. Santa Lucia - Várzea Paulista - 120 - R$ 32.522,00 – R$ 3.252,00 – 11:00 – 07/10/ 2008. 05/1980/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Queiroz Filho - Rua Manoel Abade, 730 - Barra Funda – Leme/SP - 120 - R$ 30.900,00 – R$ 3.090,00 – 11:30 – 07/ 10/2008. 05/2088/08/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Rotary - Av. Senador Adolf Schindling, 361 - Itapegica Guarulhos/SP – 150 - R$ 25.860,00 – R$ 2.586,00 – 14:00 – 07/10/2008. 05/2095/08/02 - Reforma de prédio escolar - EE Cel. Queiroz - Av. 7 de Setembro, 251 - Centro - Redenção da Serra/ SP - 210 - R$ 89.266,00 – R$ 8.926,00 – 14:30 – 07/10/2008. 05/2106/08/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador, de sala de aula e Reforma de prédio escolar - EE Dr. Edmundo de Carvalho - Rua Tibério, 145 Vila Romana - São Paulo/SP - 210 - 18,85 - R$ 52.354,00 – R$ 5.235,00 – 15:00 – 07/10/2008. 05/2110/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Anderson da Silva Soares - Rua das Violetas, 132 - Jardim Ikeda - Suzano/SP; EE Tokuzo Terazaki - Estrada dos Fernandes, Km-05 – Casa Branca – Suzano/SP - 120 - R$ 66.241,00 – R$ 6.624,00 – 15:30 – 07/10/2008. 05/2117/08/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Engenheiro Hugo Takahashi - Rua Julião Pereira Machado, 60A - Parque Sônia - São Miguel Paulista - São Paulo/SP - 150 - R$ 35.886,00 – R$ 3.588,00 – 16:00 – 07/10/2008. 05/2134/08/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar - EE Jardim Zaira VII - Avenida Saturnino João da Silva c/Avenida Mansur José Sadek, 18 - Jardim Zaíra - Mauá/SP - 90 - 394,68 - R$ 65.579,00 – R$ 6.557,00 – 16:30 – 07/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 19/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 06/10/2008, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Casa Grande Reqte: Carlos Scarpari Reqte: Empreendimentos Queiroz - Reqdo: Dual Comércio e Imobiliários Ltda. - Reqdo: Índia Divina Confecções Representação de Móveis de Roupas Ltda. - Rua Ltda. - Rua Professor José Vinte e Cinco de Março, 575 Horácio Meirelles Teixeira, - 15º andar - 1ª Vara de 1.041 - loja 10 - 2ª Vara de Falências Falências

proprietário de um imóvel que está decidido a colocá-lo para locação tem duas alternativas: tratar direto com o inquilino ou recorrer a uma imobiliária ou administradora de imóveis. Em qualquer um dos casos, é preciso levar em consideração alguns detalhes, como cálculo e reajuste, deveres e obrigações de cada parte e os riscos que o negócio oferece. O primeiro passo é saber como o valor do aluguel é calculado e ficar atento a Lei do Inquilinato, que determina o que pode e o que não pode ser feito. O cálculo do valor, geralmente, é baseado na oferta e procura do tipo de imóvel, na taxa de retorno que o proprietário quer ter, na localização e no valor de mercado da casa ou apartamento. A taxa para cálculo gira entre 0,7% e 1,5% sobre o valor de venda. Se um imóvel tem valor de venda de R$ 200 mil e a taxa de retorno for de 0,7%, o primeiro aluguel seria de R$ 1,4 mil. O reajuste, que é feito anualmente, segundo a gerente de Pesquisa de Mercado da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield, Milena Morales, deve ser acordado, por meio de contrato, entre o locatário e o locador. "O índice mais

usado para calcular os reajustes é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). No mês do reajuste, pega-se o índice acumulado nos últimos 12 meses e aplica-se sobre o aluguel mensal”, explicou. Mas, se quem determina o aluguel é o valor de mercado, o que faz um imóvel ter um preço mais alto que outro, estando nas mesmas condições? Sem dúvida, a conservação, dizem especialistas. Manter o imóvel bem cuidado tem duas vantagens sobre os outros: a locação é mais rápida e fácil, e o imóvel mais valorizado. "Imóvel de melhor qualidade tem probabilidade de ficar menos tempo vazio", disse Milena. Segundo a gerente de Locação e Venda da Lello Imóveis, Roseli Hernandez, limpeza, conservação das instalações hidráulicas e elétrica, paredes pintadas e piso em ordem, são condições para que o imóvel seja alugado mais rápido. "Cerca de 75% dos imóveis na Lello são locados em até 30 dias. Se as condições estiverem excelentes, isso acontece de um dia para o outro", disse. Segundo estimativas da Lello Imóveis, cerca de 50% das unidades locadas em São Paulo são administradas pelos próprios proprietários.

Centroprojekt do Brasil S.A. - CNPJ/MF Nº 03.581.470/0001-84 - NIRE 35.300.328.426 Ata da Assembléia Extraordinária dos Acionistas Data e Horário: 23 de junho de 2008, às 11:00; Local: Sede social na Avenida das Nações Unidas nº 22.351, 3º andar, Capital do Estado de São Paulo. Mesa: Presidente Sr. Vladimir Kudela; Secretário Sr. Bohdan Heinz Lavacek. Presença: Presentes acionistas representando a totalidade do capital social, devidamente qualificados na Lista de Presença de Acionistas em anexo. Convocação: Dispensada a convocação prévia pela imprensa, de acordo com o parágrafo 4º do artigo 124 da Lei 6.404/1976. Ordem do Dia: (i) deliberar sobre alterações do Estatuto Social; (ii) autorizar a Diretoria a tomar as devidas providências para o registro perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo e dos demais Estados relevantes do ato societário contemplando as alterações ora aprovadas; (iii) tratar dos demais assuntos de interesse da Sociedade. Deliberações por unanimidade: (i) serão incorporadas no Estatuto Social da Sociedade as alterações em matérias apresentadas a seguir: (i-a) Fica alterado o endereço da Filial da Sociedade no Estado de Minas Gerais, anteriormente à Fazenda Rio de Peixe, S/N, Município de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, para Avenida Cristiano Machado, Edifício Vale D’Ouro, nº 1648, Sala 1010, Bairro Cidade Nova, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Assim sendo, o Artigo 3º, parágrafo quarto do Estatuto Social terá a seguinte redação: “Art. 3º § 4º A Sociedade manterá uma Filial localizada na Avenida Cristiano Machado, Edifício Vale D’Ouro nº 1648, Sala 1010, Bairro Cidade Nova, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, transferida do endereço anterior na Fazenda Rio de Peixe s/n, Prédio de Administração, Área Centroprojekt, Município Nova Lima, Estado de Minas Gerais, com objetivo, sempre no âmbito do seu Estatuto Social e especificamente conforme Art. 2º acima, de comércio, importação, fabricação, armazenamento e distribuição, prestação de serviços de engenharia e de mão de obra especializada, manutenção e assistência técnica, execução de obras, supervisão e gerenciamento de projetos e obras e inspeção e montagem de equipamentos. A Filial poderá servir ainda de escritório de administração, alojamento temporário de equipe de trabalho e outras atividades relacionadas diretamente e indiretamente com projetos técnicos conduzidos no território nacional. Destaca-se do capital da Sociedade o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), que passa a ser considerado para fins fiscais como o capital da Filial”. Subseqüentemente, após a leitura em voz alta, foi aprovada na íntegra a nova redação do Estatuto Social da Sociedade, cuja cópia segue anexada à presente Ata, devidamente rubricada pelos presentes e assinada pelo Presidente e Secretário desta Assembléia; (ii) A Diretoria foi autorizada pelos acionistas a tomar as devidas providências para o registro perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo e dos demais Estados relevantes dos atos societários, contemplando as alterações ora aprovadas; (iii) Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso, ninguém se manifestou. Lavratura e Leitura da Ata: Foi subseqüentemente suspensa a reunião pelo tempo necessário para a lavratura desta Ata. Reaberta a sessão, foi a Ata lida, achada conforme, aprovada e assinada por todos os presentes. (a) Vladimir Kudela, Presidente, Bohdan Heinz Lavacek, Secretário; (b) Acionistas presentes conforme a lista de presença anexa. Confere com o original lavrado em livro próprio. São Paulo, 23 de junho de 2008. Presidente da Mesa: Vladimir Kudela, Secretário: Bohdan Heinz Lavacek. JUCESP nº 309.165/08-8 em 17.09.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa- Secretária Geral.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2135/08/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Cte. João Ribeiro de Barros - Rua Juazeiro do Norte, s/n - Jd. Cumbica - Guarulhos/SP – 180 - R$ 59.250,00 – R$ 5.925,00 – 09:30 – 08/10/2008. 05/2179/08/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar - EE Dr Luís Arrobas Martins - Rua João Elias, 80 - Santo Amaro - São Paulo/SP - 150 - 184,94 - R$ 71.998,00 – R$ 7.199,00 – 10:00 – 08/10/2008. 05/2233/08/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar - EE/EMEF Dr. Moacyr Teixeira / Antonio Padoim - Rua Prefeito José Carlos / Avenida Elias Bezerra Leite, 181/185 - Centro - Estrela do Norte/SP - 120 - 81,19 - R$ 42.685,00 – R$ 4.268,00 – 10:30 – 08/10/2008. 05/2273/08/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Ronaldo Garibaldi Peretti - Av. Antonio José Bentes, 691 - Jardim Irene - São Paulo/SP - 180 - 847,68 - R$ 140.205,00 – R$ 14.020,00 – 11:00 – 08/10/2008. 05/2284/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Jardim Ariana - Avenida Joaquim Lopes Aguilar, s/nº - Jardim Ariana - Leme/SP - 90 - R$ 36.678,00 – R$ 3.667,00 – 11:30 – 08/10/2008. 05/2285/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Dr. Meira Junior - Rua Julio de Mesquita, 282 - Vila Virgínia - Ribeirão Preto/SP – 120 - R$ 25.389,00 – R$ 2.538,00 – 14:00 – 08/10/2008. 05/2309/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - Centro de Reabilitação Louis Braille - Av. Leais Paulistas, 706 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto/SP - 120 - R$ 26.650,00 – R$ 2.665,00 – 14:30 – 08/10/2008. 05/2310/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Dr Antonio Pinto de Almeida Ferraz - Rua José Vicente Pedreira, 1.760 - Jd. Caxambu - Piracicaba/SP - 90 - R$ 31.252,00 – R$ 3.125,00 – 15:00 – 08/10/2008. 05/2311/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Otto Weiszflog - Rod. Pres. Tancredo de Almeida Neves, km 34 – Estação - Caieiras/SP - 120 - R$ 34.699,00 – R$ 3.469,00 – 15:30 – 08/10/2008. 05/2312/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof Paulo Luiz Decourt - Rua Vicente Celestino, s/n - Jd. Von Zuben - Campinas/SP - 120 - R$ 27.232,00 – R$ 2.723,00 – 16:00 – 08/10/2008. 05/2313/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof Vitorio José Antonio Zamarion - Rua Dr. Oswaldo Anhert, s/n - Jd. São Bento - Campinas/SP - 90 - R$ 30.305,00 – R$ 3.030,00 – 16:30 – 08/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 – República – CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 22/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 07/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente


Congresso Planalto Espionagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

AFASTADO, DELEGADO PREOCUPA PLANALTO

Mensalão consagrou a atuação de Lacerda

Marcello Casal Jr/ABr

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Sergio Dutti/AE - 20.02.08

Episódio marcou ainda mais a carreira do delegado, que já havia se destacado na prisão de PC Farias Joedson Alves/AE - 21.09.05

Monalisa Lins/AE - 18.09.06

nha política, Márcio Thomaz Bastos colocou a inteligência da PF à disposição do governo paulista e prometeu acabar com os ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) às delegacias e postos da PM paulista em 72 horas, e logo depois disso, o ministro-advogado deu um depoimento a favor de Aloizio Mercadante em seu programa eleitoral. Em setembro de 2006, estourou o caso do dossiê contra José Serra e os dólares apreendidos com o petista Freud Godoy foram revelados. Desde o primeiro momento, Márcio Thomaz Bastos tratou de proteger a candidatura de Lula. Um delegado da Polícia Federal foi afastado do caso, as fotografias do dinheiro foram censuradas e um advogado ligado a Thomaz Bastos mais uma vez foi acionado para defender Freud Godoy.

Delúbio Soares, (no alto) tesoureiro do PT e um dos pivôs do mensalão; o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity (à esquerda); e o delegado Protógenes Queiroz (acima): personagens da atribulada carreira do delegado Paulo Lacerda, em seus momentos mais recentes

Mônica Zarattini/AE - 08.07.05

Mônica Zarattini/AE - 21.10.02

Tiago Queiroz/AE - 18.07.08

Beto Barata/AE - 16.03.06

Marcos Valério (acima) e Freud Godoy (abaixo): investigações sob o comando de Paulo Lacerda

Roberto Stuckert Filho - AOG

Em março de 2007, quando foi violado o sigilo do caseiro Francenildo Costa (no alto), foi montada a estratégia de defesa do então ministro Antonio Palocci (acima). Assessores de Thomaz Bastos foram à casa de Palocci para discutir a possibilidade de a PF investigar o rapaz.

Em 22 de setembro, a Polícia Federal e o ministro da Justiça chegaram a garantir que a origem do dinheiro para comprar o dossiê "estava praticamente esclarecida". Em 16 de novembro, o caso já estava devidamente abafado e o ministro da Justiça disse o seguinte: "era preciso ver se o fato realmente tinha uma grande gravidade". Em 2007, mais informação: um irmão do presidente, Genival da Silva, o Vavá, foi grampeado pedindo dinheiro a um lobista. Até o presidente chegou a ser gravado indiretamente, conversando com Vavá, durante a Operação Xeque-Mate – investigação, sobre o comércio ilegal de máquina de jogos. O nome Xeque-Mate até levou

Lula a avaliar que a operação tinha o objetivo de miná-lo, o que, na época, fez Lacerda perder pontos com o presidente. Inco mpatib ilidade - Com Lacerda, a área de inteligência da Polícia Federal ganhou um braço operacional e as megaoperações ganharam visibilidade pública enquanto produziam informações de toda sorte. Mas elas também renderam

críticas devido à exposição de pessoas que poderiam ser inocentes. Foi o caso da Operação Hurricane, em que a Polícia Federal algemou e prendeu três desembargadores. As críticas ecoaram no Ministério da Justiça, que reprovou o que Tarso Genro chamou de "protagonização excessiva da Polícia Federal", o que poderia violar o princípio constitucional da

como na efetivação da Operação Satiagraha. O delegado Protógenes Queiroz, que havia sido escolhido por Lacerda para a investigação, confiou a espiões da Abin parte do trabalho de vigilância e monitoramento dos suspeitos. A estratégia de ação e o resultado das diligências eram compartilhados apenas por Protógenes e por Paulo Lacerda, seu ex-chefe quando foi diretor-geral da Polícia Federal. A explicação para isso: os superiores do delegado atuariam no interesse de Dantas. Segundo a teoria conspiratória, o delegado-geral Luiz Fernando Corrêa, atual chefe de Protógenes, foi alçado ao posto por pressões de políticos ligados a Daniel Dantas, e sua missão seria acabar com todas as investigações contra o banqueiro. Suspeitando de tudo e de todos, Protógenes recorreu à Abin para ajudá-lo na investigação e mandou recados a colegas seus da PF de que tinha provas e gravações que mostravam que eles estavam trabalhando a favor de Dantas. Não se sabe que provas são essas e nem se elas efetivamente existem. Em público, Corrêa elogiou o trabalho da polícia, mas, assim como o ministro da Justiça, Tarso Genro, só soube da operação quando ela já estava em andamento. Na gênese da crise está o papel que Lacerda desempenhou na Operação Satiagraha, conduzida oficialmente pela Polícia Federal. Por meios pouco ortodoxos, Lacerda teria atraído para sua órbita a parte mais secreta da rumorosa operação, que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas. Mesmo no comando da Abin, que por definição não conduz investigações policiais, Lacerda passou a ter acesso aos grampos e documentos apreendidos pela polícia. Na prática, comandava os arapongas da Abin e da PF.

Será que o diretor da Abin não sabia? Será que o doutor, que tudo sabia quando era diretor-geral da PF, agora não viu, não ouviu e nem falou? Nota da PF

Dida Sampaio/AE - 21.06.95

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A troca de cadeiras na Polícia Federal e na Abin ocorreu em setembro de 2007, mas a escolha de Luiz Fernando Corrêa para suceder Lacerda havia sido feita por Tarso Genro desde março, quando o atual diretor-geral da polícia era secretário nacional de Segurança Pública. Sem controle - No Planalto, havia queixas freqüentes de que a PF produzia muita informação e corria sem controle. O primeiro caso de que se tem conhecimento ocorreu em 2004, quando foi preciso ajudar o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a safar-se de suspeitas de crime fiscal e de evasão de divisas. Mas foi no escândalo do mensalão que Lacerda brilhou, ao lado do ministro-advogado Márcio Thomaz Bastos. O então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, assessorado pelo criminalista Arnaldo Malheiros (indicado por Thomaz Bastos), foi a público alegar que o dinheiro do mensalão não saíra de cofres públicos, mas de empréstimos conseguidos pelo publicitário Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG – o chamado 'valerioduto'. Nos dias seguintes, outros personagens da crise, também auxiliados por advogados ligados ao ministro, repetiram a falácia. Até o presidente Lula participou, ao dar uma entrevista em Paris em que reduziu o esquema criminoso a um inocente "caixa dois" eleitoral. De janeiro a dezembro de 2006, Lacerda participou de todas as ações do ministro da Justiça. Em janeiro, o presidente Lula recebeu de Márcio Thomaz Bastos um projeto de lei que impedia a imprensa de divulgar o conteúdo de grampos telefônicos. Em fevereiro, foi a vez de retardar a entrega do laudo técnico da Polícia Federal que atestava a falsidade da lista de Furnas, envolvendo políticos do PSDB e do PFL. Em março, quando foi violado o sigilo do caseiro Francenildo Costa, foi montada a estratégia de defesa de Antonio Palocci. No mesmo dia (16 de março) em que o sigilo foi quebrado por suposta ordem de Palocci, dois dos principais assessores de Thomaz Bastos, Daniel Goldberg e Cláudio Alencar, foram à casa de Palocci para discutir a possibilidade de a PF investigar o caseiro, segundo relatou a imprensa à época. Em maio, Thomaz Bastos e Paulo Lacerda apareceram numa lista de petistas com contas bancárias em paraísos fiscais, juntamente com Lula, José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci. Segundo informou a revista "Veja", a lista foi passada por Daniel Dantas e Lacerda agregou o banqueiro à lista de desafetos. Em julho 2006, depois de uma operação da Polícia Federal, Thomas Bastos responsabilizou as prefeituras do PSDB e do PFL pela "máfia das ambulâncias", esquema de compra superfaturada de ambulâncias por diversas prefeituras. Em agosto, já em campa-

Luiz Fernando Corrêa: substituto de Lacerda teria sido alçado ao posto por pressões políticas.

presunção da inocência. Lacerda, como já se sabe, odeia Dantas porque o banqueiro mandou a empresa Kroll espioná-lo em 2004 e seu nome apareceu em uma lista de pessoas com contas em paraísos fiscais que o banqueiro entregou a revista "Veja". Por isso, sua participação foi, de certa forma, facilmente comprovada tanto na organização

O episódio, no entanto, deixou a descoberto a existência de duas polícias – uma comandada pelo atual diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e outra por Lacerda. Mas, sobretudo, que Lacerda tem muita munição. O conflito entre Lacerda e a Polícia Federal ganhou capítulo adicional com nota divulgada pela Federação Nacional dos Policiais Federais com críticas ao diretor da Abin. "Será que o diretor da Agência Brasileira de Inteligência não sabia? Será que o doutor, que tudo sabia quando era diretor-geral da PF, agora não viu, não ouviu e nem falou nada?", diz a nota. Márcio Thomaz Bastos que sempre sustentou sua confiança em Lacerda, saiu mais uma vez em defesa do "tira profissional", maneira usada para se referir ao seu diretor-geral da Polícia Federal. Mas o lado advogado criminalista talvez tenha sentido necessidade de se proteger das informações. Contou a amigos que decidiu enviar seus 17 diários, os cadernos de anotações dos quatro anos de governo, para o Arquivo Nacional, tendo o cuidado de embargar o material por, no mínimo, 50 anos. Se Lacerda, o homem-bomba não implodir o atual governo, quem viver verá. (Diário do Comércio)


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Empresas Finanças Conjuntura Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Boas notícias da PNAD na área de emprego, mas desigualdades continuam acentuadas.

IBGE APRESENTA PERFIL SOCIOECONÔMICO

Fogão em 98% dos lares é símbolo de avanço mas ainda foi 6% inferior à de 1996 (R$ 1.023), ano de pico da renda na série da PNAD. No campo econômico, os indicadores de 2007 trouxeram boas notícias. O índice de emprego formal foi recorde, com 35,7% de trabalhadores com carteira assinada. O índice é o maior na série histórica da pesquisa, iniciada em 1992. Mas 8,1 milhões de pessoas ainda estavam desempregadas, e a taxa de desemprego não retornou ao nível de 10 anos atrás. O aquecimento da produção industrial fez o número de ocupados crescer 4,6% no período, em relação a 2006. Foi o primeiro aumento na ocupação na indústria apurado na PNAD desde 2004. A agricultura, contudo, continuou reduzindo o contingente de trabalhadores, que caiu 4% em 2007 ante 2006. Na educação, o País regis-

Divulgação

esmo com a repetição em 2007 de avanços na distribuição de renda e no emprego, a persistente desigualdade da sociedade brasileira prejudica a evolução dos indicadores sociais no País, mostrou nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contagem mostra que ocorreu, no ano passado, a maior redução na diferença entre ricos e pobres no Brasil desde 1990 segundo o Índice de Gini, que caiu de 0,541 para 0,528. Mas também revela que havia 14,1 milhões de brasileiros analfabetos – o que coloca o País em 15º lugar no item na América Latina e Caribe – e 4,8 milhões de crianças trabalhando. Em c o n t r a p o s ição, a cobertura previdenciária e a ligação a rede de esgotos passaram de 50%, em melhorias con centra das no Sudeste e no Sul. "Os indicadores sociais só não avançam mais porque a distribuição de renda não se dá numa velocidade maior do que a dos últimos anos", disse o presidente do IBGE, Eduardo Nunes. "De 2006 para 2007, já observamos uma redução acentuada. Mantida essa velocidade, a partir de agora os indicadores sociais poderão acompanhar mais de perto o crescimento da renda." A queda no Índice de Gini, da distribuição da renda – que varia de zero a 1 e indica maior desigualdade quanto mais aumenta – foi reafirmada. A PNAD mostrou que, em 2007, o Gini da distribuição de renda do trabalho (não incluindo outras rendas) passou de 0,540 em 2006 para 0,528 em 2007. Mas o Brasil ainda está muito atrás de outros países, como a Rússia, e está mais próximo de nações pobres da América Central, como El Salvador (0,524) e Panamá (0,561), ou africanas como Nigéria (0,505) e Zimbábue (0,501). Os aumentos no rendimento médio real dos trabalhadores nos últimos quatro anos não foram suficientes para recuperar as perdas entre 1996 e 2003. Em 2007, a renda dos ocupados chegou a R$ 960, maior patamar dos últimos oito anos,

Luludi/Luz

Telefones se multiplicaram Avançaram a telefonia e a posse de bens domésticos Casas com telefone passaram para 77% do total

A Elza Fiúza/ ABr

M

PNAD mostra melhorias econômicas. Mas desigualdade persiste.

O Brasil é um país rico e se aproxima dos desenvolvidos, mas a distribuição de renda é como a de países que nem sabemos direito onde estão no mapa. Eduardo Nunes, do IBGE trou em 2007 um recuo de 0,5% no total de estudantes com mais de quatro anos de ensino – indicativo da redução no número de jovens e da evasão de estudantes do ensino médio – e mais um recuo pequeno no índice de analfabetismo. Nesse indicador, com 10% de população de mais de 15 anos analfabeta, o Brasil ainda amarga índices piores do que Peru, Paraguai, Suriname e Bolívia. A taxa de fecundidade caiu mais uma vez e pela primeira vez ficou abaixo do nível de reprodução: 1,95 filho por mulher, em média. A mudança confirma a tendência de envelhecimento da população.

evolução no acesso à telefonia, especialmente celular, e à internet, representaram os principais avanços em bens de consumo domiciliares no País em 2007, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios divulgada ontem. O percentual de domicílios com acesso à internet passou de 8,6% em 2001 para 20,4% em 2007, acompanhando um aumento forte no uso do microcomputador, que passou de 12,6% em 2001 para 27% no ano passado. No que diz respeito aos domicílios com algum tipo de telefone, houve um acréscimo de 2,7 milhões de 2006 para 2007. Assim, os domicílios com telefone passaram de 74,5% do total para 77%. O principal avanço, no que diz respeito à telefonia, ocorreu nos telefones celulares. O percentual de domicílios que tinham apenas telefone celular alcançou 17,8 milhões, ou 31,6% do total. O número de lares com celular foi 2,8 milhões maior do que no ano anterior, quando 27,7% tinham

apenas telefone celular. A pesquisa mostra também dados curiosos sobre o avanço dos hábitos de consumo doméstico. O fogão se tornou equipamento universal – 98,2% dos domicílios tinham fogão em 2007. Houve aumento significativo nos lares com geladeira, de 71,5% em 1992 para 91,4% em 2007 e com máquina de lavar roupa (24,1% para 40%); rádio (84,9% para 88,4%) e televisão (74% para 94,8%) Por outro lado, caiu o percentual de domicílios com filtro de água, de 57% em 1992 para 51,4% em 2007. Esgoto - O percentual de domicílios com acesso a rede coletora de esgoto no País chegou a 51,3% no ano passado. Pela primeira vez a mais da metade dos domicílios brasileiros, segundo a PNAD. Em 2006, o percentual de residências com acesso a esse serviço não ultrapassava 48,5% e, em 1992, não chegava a 39%. Segundo a pesquisa, o Brasil vem apresentando "uma significativa melhora nas características dos domicílios e na posse de bens duráveis" desde 1992.

Mais inscritos no INSS

A

cobertura previdenciária voltou a crescer no Brasil em 2007 e, pela primeira vez, o percentual de inscritos na Previdência Social é maior que 50% da força de trabalho, segundo mostra a pesquisa divulgada ontem. Em 2007, 46,1 milhões de trabalhadores no Brasil contribuíam para Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com aumento de 5,7% em relação a 2006. O percentual atingiu 50,7%. A expansão ocorreu em todas as regiões do País. Entre as atividades, a administração pública registrou o maior percentual de contribuintes (85,8%) no total de ocupados, enquanto o menor estava nas atividades agrícolas (15,4%). O trabalho infantil voltou a cair no Brasil, mas permanece

em nível elevado, segundo a PNAD. No ano passado, do total de 44,7 milhões de crianças e jovens de cinco a 17 anos de idade, 4,8 milhões estavam trabalhando (10,8% do total) . A pesquisa mostra redução em relação a 2006, quando o percentual era de (11,5%). A renda é fator determinante para o trabalho infantil. Enquanto o rendimento médio domiciliar por habitante em 2007 foi estimado em R$ 653, os menores ocupados estavam em lares de remuneração média domiciliar por habitante de R$ 318. E o contingente de 16,1 milhões de crianças até nove anos de idade que trabalhavam eram de domicílios com renda média de R$ 189 por pessoa. (AE)

Pesquisa do IBGE registrou melhora na posse de bens duráveis

O pior dos emergentes Taxa brasileira de distribuição de renda é "africana"

A

desigualdade de renda prosseguiu em lenta trajetória de queda no Brasil, no ano passado, como mostra o índice de Gini, que registrou em 2007 o maior recuo em relação ao ano anterior desde 1990. O índice varia de 0 a 1, sendo que zero corresponde à igualdade perfeita e 1, à máxima desigualdade. O índice de Gini brasileiro caiu de 0,541 em 2006 para 0,528 no ano passado. Apesar disso, o Brasil continua apresentando condições muito piores que o dos outros países que compõem o Bric, a sigla do grupo dos maiores emergentes, que inclui China (Gini de 0,470), Rússia (índice de 0,399) e Índia (0,368). Da mesma maneira que ocorre no índice de alfabetização, a taxa brasileira está mais próxima da de países pobres, como El Salvador (0,524) e Panamá (0,561), ou dos africanos, como Zâmbia (0,508), África do Sul (0,578), Suazilândia (0,504) e Zimbábue (0,501). No Japão, o índice de distribuição gira em torno de 0,250. Segundo o IBGE, a melhora dos indicadores sociais no País está sendo mais lenta por causa da evolução anterior da distribuição de renda. Mas de 2006 para 2007 já houve redução mais acelerada. A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Márcia Quintlsr, ressalta que a distância entre os rendimentos das camadas de maior e menor renda da população mostra o quanto a concentração, mesmo em queda, permanece elevada. No que diz respeito ao rendimento do trabalho, no ano passado os 10% da população ocupada de menor remuneração concentraram

1,1% do total do País. Enquanto isso, os vencimentos dos 10% com maiores rendimentos corresponderam a 42% do total. A fatia das menores remunerações ficou praticamente inalterada ante 2006. A desigualdade no País atingiu o ápice em 1989, quando o índice de Gini da renda do trabalho chegou a 0,630 e o Gini de todos os rendimentos atingiu 0,647. Os índices começaram a recuar a partir de 1993. O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, acredita que a redução da desigualdade nos últimos anos está ligada aos ganhos de remuneração apurados pela população com renda mais baixa. No seu entender , a lentidão na queda do Gini é "natural", já que um recuo mais forte só ocorre em momentos de mudança estrutural, como no início do Plano Real. "A tendência histórica em qualquer país é de recuo lento", disse Vale. "O mais importante é que a trajetória de queda permaneça." Na avaliação do economista Fábio Romão, da LCA Consultores, mesmo os países desenvolvidos têm dificuldades , como os Estados Unidos, onde o índice ainda é de 0,40. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

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Jorge Duenes/Reuters

Internacional

Rebelião mexicana

A penitenciária, construída para cerca de 3 mil detentos, estava superlotada com mais de 8 mil pessoas

P

elo menos 19 pessoas morreram e 12 ficaram feridas em confrontos no presídio da Mesa, na cidade mexicana de Tijuana. É o segundo surto de violência no local em apenas três dias. Não foi possível determinar inicialmente se os mortos e feridos eram todos detentos. O secretário de Segurança Pública de Baja Califórnia, Daniel de la Rosa, disse que o novo motim ocorreu na quartafeira. Ainda segundo ele, a polícia federal e o Exército retomaram o controle da penitenciária algumas horas depois do início da rebelião. Perto de 500 familiares dos internos estavam nas proximidades da cadeia e lançaram pedras contra a polícia. A reação policial incluiu disparos para o alto e bombas de gás lacrimogêneo. Segundo os familiares, os detentos reivindicavam melhor alimentação e água potável. Já De la Rosa afirmou que os motins eram resultados do confronto entre gangues rivais, ainda que se investigue a possível participação de funcionários da penitenciária. (AE)

Bolívia: Morales e oposição iniciam diálogo pela paz

Aizar Raldes/AFP

A única ausência foi a do governador de Pando, ainda detido sob acusação de genocídio; após a sua prisão, líder tentou o suicídio, diz promotor. David Mercado/Reuters

O

presidente da Bolívia, Evo Morales, iniciou ontem um amplo diálogo com líderes opositores regionais, em uma tentativa de encerrar a crise política no país. Na semana passada, violentos confrontos deixaram 15 mortos, segundo dados oficiais. Morales instou os participantes, logo no início dos trabalhos, a gastarem quantos dias forem necessários para chegar a um acordo. A única ausência foi a do governador do departamento (estado) de Pando, Leopoldo Fernández, que continua detido pela suspeita de ordenar um massacre de camponeses aliados a Morales. "Esta é talvez a última oportunidade de resolver os problemas nacionais em paz", disse o governador do departamento de Tarija, Mario Cossío, porta-voz das regiões opositoras que pedem mais autonomia e rejeitam uma nova Constituição socialista impulsionada por Morales. O diálogo começou a portas fechadas, em um balneário a sete quilômetros de Cochabamba, cidade que fica 230 quilômetros a leste de La Paz. Participam como observado-

Policiais circulam nas ruas de La Paz, principalmente perto do local onde o governador de Pando está detido

Obama As negociações tratarão de temas sensíveis, como a nova Constituição

res representantes da União Européia (UE), da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e também religiosos. Foram instituídas três mesas de debates entre governo e oposição e cada uma tratará de temas específicos: a autonomia de quatro departamentos e a nova Constituição, o destino dos recursos do imposto sobre os hidrocarbonetos e um pacto para que sejam ocupados os cargos vagos de magistrados no Poder Judiciário, segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI). Oito governadores estavam presentes. A Bolívia possui nove estados, mas o governador de Pando está detido desde a terça-feira. A Justiça negou on-

tem um pedido de habeas corpus para Fernández, acusado de "genocídio" por incitar distúrbios em sua região. Cercado por policiais, o governador pareceu abatido, e o promotor Eduardo Morales disse que ele tentou suicídio após ser preso, por temor de ser linchado. Trégua - Com a retomada do diálogo, militantes da oposição começaram a devolver ao Estado os prédios públicos que haviam invadido. O governador de Santa Cruz, Rubén Costas, disse que todos os prédios em sua província foram entregues ainda ontem. Por sua vez, simpatizantes de Morales também baixaram a guarda e começaram ontem a levantar os bloqueios nas estradas de Santa Cruz. (Agências)

Crise do leite se espalha na China

McCain

48%

43%

CBS/NYT

CBS/NYT

48%

44%

Gallup

Gallup

49% Quinnipiac

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impacto da crise financeira nos EUA já influencia a corrida à Casa Branca e aponta a diminuição do "efeito Palin" - a boa acolhida inicial da candidata à vice-presidente pelo Partido Republi-

Crise financeira traz novo fôlego ao candidato democrata à Casa Branca

45%

cano, Sarah Palin. O candidato democrata Barack Obama está à frente de seu rival republicano John McCain, segundo três pesquisas divulgadas ontem. O senador democrata lidera com 49% a 45% em pesquisa

de intenção de votos da Universidade Quinnipiac. Em uma sondagem da CBS/The New York Times, Obama possui 48% a 43%. Já na pesquisa do Instituto Gallup, Obama tem 48% e McCain está com 44%. (Agências)

Quinnipiac

VITÓRIA APERTADA

AFP

AFP

Livni ganha as eleições e negocia coalizão em Israel

M

ilhares de pais ansiosos correram para os hospitais chineses ontem, temendo que seus filhos fossem vítimas de leite em pó contaminado. O governo chinês informou sobre uma quarta morte no escândalo, que já deixou mais de 6 mil crianças doentes. Em Hong Kong, as autoridades ordenaram o recall de vários produtos laticínios, como sorvetes e iogurtes, que também estavam contaminados. As mortes ocorreram após o consumo do leite com melamina, um produto químico industrial. O escândalo gerou medo entre os pais. Apenas no Hospital Infantil de Pequim, mais de mil deles levaram os filhos para a realização de exames. "Eu apenas rezo para que não haja nada errado com meu filho", disse Fang Suniy, uma mãe de 28 anos que levava seu filho no colo. "Nós não sabemos mais o que é seguro e não queremos arriscar". No total, 18 pessoas já foram detidas. A melamina, um produto químico usado normalmente em plásticos, foi ilegalmente misturada às fórmulas para

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A Mais de 1,3 mil bebês contaminados estão hospitalizados

bebês em pelo menos 22 indústrias de laticínios chinesas, segundo autoridades. O produto ilegal foi introduzido para que o leite aparentasse mais níveis de proteínas. Agora, o escândalo se espalhou para outros produtos derivados do leite. O governo de Hong Kong determinou o recall dos produtos de uma empresa chinesa depois que testes mostraram que oito produtos, incluindo sorvetes e iogurtes, estavam contaminados. Mais de 1,3 mil bebês estão hospitalizados, 158 deles com falência renal aguda. O núme-

ro oficial de crianças contaminadas estava em 6.244 ontem. O governo chinês disse que iria resolver brechas que possibilitaram a comercialização do produto com problemas. Segundo as autoridades, será ampliado o controle sobre produtos agropecuários. "(O escândalo) nos mostrou que o mercado de laticínios é caótico, existem falhas nos mecanismos de supervisão, e esse trabalho de supervisão é fraco", disse a televisão estatal na noite de quarta-feira, ao resumir as conclusões de uma reunião do gabinete. (Agências)

Começarei a me reunir com dirigentes... para formar uma nova coalizão o mais rapidamente possível em face das sérias ameaças. Tzipi Livni

ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, venceu por estreita margem as eleições internas do Partido Kadima e começa hoje a negociar a formação de uma coalizão para governar Israel. Apesar das pesquisas de boca-de-urna sinalizarem uma ampla margem de diferença, Livni recebeu 43,1% dos votos, contra 42% do general da reserva Shaul Mofaz, informou a justiça eleitoral israelense. Livni obteve apenas 431 votos a mais do que Mofaz. "A missão nacional... é criar estabilidade rapidamente", disse Livni. "Eu começarei a me reunir amanhã (hoje) com dirigentes de outros partidos representados no Knesset (Parlamento) para formar uma nova coalizão o mais rapidamente possível em face das sérias ameaças." enfrentadas por Israel. Livni disse que pretende manter a coalizão de governo chefiada pelo Kadima intacta. A coalizão inclui o Partido

Trabalhista e outro partido que representa os aposentados e estes não deverão causar problemas. Mais complicada é a permanência do quarto partido da coalizão, o religioso ultraortodoxo Shas. Eli Yishai, líder político do Shas, impôs condições para participar da coalizão, entre as quais a não-negociação do futuro de Jerusalém. Ex-agente do Mossad (serviço de inteligência israelense), Livni precisará de espírito combativo e habilidade política para cumprir sua meta de se tornar a primeira mulher a governar Israel desde Golda Meir, na década de 1970. Livni tem 41 dias para formar um novo governo caso queira evitar a antecipação de eleições em um momento no qual as pesquisas apontam o partido ultraconservador Likud como franco favorito. O atual premiê, Ehud Olmert, deverá renunciar oficialmente na próxima semana. (Agências)


Ano 84 - Nº 22.712

CAMALEÃO

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Enyalius perditus Espécie registrada apenas na Fazenda Castanheiras, provavelmente em vias de extinção. É do tipo que se finge de morto para caçar.

Conclusão: 23h55

www.dcomercio.com.br

FRÁGIL TRÉGUA

São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2008

É a cotação mais alta desde julho de 2007. Hoje, Banco Central fará leilão para vender U$ 500 milhões. É a 1ª vez, em 5 anos, que o BC intervém dessa forma no mercado de câmbio. Ibovespa fechou em alta de 5,48% (3ª maior do ano). Em NY, índice Dow Jones subiu 3,86%. Na Europa, bolsas em baixa, por terem fechado antes do respiro americano. Londres: - 0,57%. Paris: - 0,94%. Economia 1 e 3

Fotos: Ed Ferreira/AE

Ação de 6 grandes bancos centrais para garantir a liqüidez do sistema internacional provocou uma trégua, ainda que frágil, na crise das bolsas, com expressivas altas em NY e no Brasil. Analistas, porém, alertam: temor de quebra de bancos continua.

Brendan McDermid/Reuters

Dólar: R$ 1,93

ESPECIAL: O HOMEM-BOMBA O delegado Paulo Lacerda, ex-comandante da PF e da Abin no governo Lula, esteve à frente de centenas de investigações. Sabe demais. O presidente o demitiu, mas já fala em trazê-lo de volta. Págs. 5 e 6 Paulo Pampolin/Hype

Leonardo Rodrigues/e-SIM

Árvores com RG Às vésperas do Dia da Árvore, a Prefeitura vai registrar cada uma das existentes na cidade, para facilitar os cuidados. C 2 . Em Logo, árvores abusadas. Pág. 10 Moisés Rabinovici

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Branca de Neve Depois do Casamento (foto) é mais um filme de animação a entrar em cartaz. Sátira do diretor Jean-Paul Picha ao bom-mocismo de Disney, esbanja malícia e faz rir. Mais: mostra de cinema para crianças e obras italianas. HBO estréia Alice, série dedicada a São Paulo, com amor e carinho. E Roda do Vinho. HOJE Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 10º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 24º C. Mínima 12º C.

Praça da Quintana: Santiago de Compostela. Boa Viagem

Fogão em 98% dos lares PNAD mostra Brasil melhor. Mas persistem desigualdades. E 8

44 lojas de uma só vez Na briga pelo mercado, Magazine Luiza (foto acima) desembarca em 18 cidades de SP. E 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2009

Economia

1 Investidores e operadores acompanham a situação dos bancos americanos: de Kuala Lumpur a Nova York.

Trégua nas bolsas. A Mas situação ainda é preocupante.

Alex Grimm/Reuters

Ação coordenada de BCs acalma investidores. Pelo menos por um dia.

Seis bancos centrais, incluindo o da União Européia, trabalharam em conjunto para garantir liquidez.

De acordo com rumores que circularam nas mesas de operação, o fundo do Tesouro americano seria semelhante à Resolution Trust Corporation, criada no país no fim dos anos 1980 para assumir os ativos de instituições de poupança que enfrentavam grave crise. Até a noite de ontem, o governo ainda não havia confirmado a informação. Agentes não-oficiais também fazem o que podem para tentar amenizar a crise. Fundos de pensão de cidadãos americanos decidiram mudar de estratégia e não mais emprestar ações de bancos de investimento (como Goldman Sachs e Morgan Stanley) que têm em carteira. A decisão desses fundos, que têm bilhões de dólares em patrimônio, contribuiu para a recuperação desses papéis na bolsa. Pechinchas – No Brasil, os preços baixos de ações de empresas com bons fundamentos ajudaram o Ibovespa a subir. O movimento, no entanto, foi insuficiente para fazer o índice retornar à casa de 50 mil pontos. A alta do petróleo (leia mais na página E2) fez os papéis da Petrobras fecharem com fortes altas, de 7,06% (ON) e 8,05% (PN). Analistas não se arriscam a prever tendência para o indicador em curto prazo. Eles dizem que só será possível esboçar cenários a partir de novembro, quando começam a ser divulgados balanços de empresas nos EUA do terceiro trimestre. (AE)

Dólar a R$ 1,93: BC fará leilão. Idéia é vender a moeda para reequilibrar circulação da divisa no mercado Masao Goto Filho/e-Sim – 30/11/07

Sérgio Dutti/AE

O "Palpiteiros estão quebrando"

Tesouro e Fed apresentam plano ao Congresso

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que "os palpiteiros estão quebrando", numa referência às dificuldades financeiras de alguns bancos internacionais. Ele falou durante discurso na cerimônia de inauguração da Plataforma 53 da Petrobras, em Rio Grande, na zona sul do Rio Grande do Sul. Lula não citou o nome dos bancos importantes em dificuldades, mas insistiu em que eles "passaram a vida dando palpites sobre o Brasil, dizendo o que gente deveria fazer, medindo o risco, dizendo para investidores se o Brasil era ou não confiável". "Era como se eles fossem os superinteligentes e nós, os supercoitados", disse, numa lembrança indireta, e não citada, do período préeleitoral de 2002, quando o risco Brasil foi às alturas e serviu de combustível para seus adversários. (AE)

ação coordenada de seis grandes bancos centrais para garantir a liquidez do sistema financeiro internacional conseguiu provocar uma trégua, ainda frágil, nas fortes baixas das bolsas de valores em todo o mundo. Houve expressivas altas em Nova York e no Brasil e os principais mercados europeus fecharam com quedas discretas. Também contribuíram para a relativa melhora do cenário rumores de criação de um fundo do governo dos Estados Unidos para reunir ativos podres do sistema financeiro do país. Apesar da aparente recuperação, analistas alertaram que ainda são grandes os temores de novas quebras de bancos e de efeitos negativos sobre o crescimento da economia mundial. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão com alta de 5,48% (terceira maior valorização do ano), depois de ter despencado quase 7% na quarta-feira. O índice fechou em 48.422 pontos, depois de uma sessão de muita instabilidade. Com esse resultado, o Ibovespa agora acumula baixa de 13,03% em setembro e perdas de 24,2% no ano. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 3,86%, também se recuperando da queda expressiva da véspera. O Nasdaq, que reúne ações de empresas de tecnologia, fechou com alta de 4,78%. Na Europa, as bolsas tiveram baixas, por terem encerrado os negócios antes do salto dos mercados americanos na última hora de pregão. Os destaques foram Londres (queda de 0,57%) e Paris (perdas de 0,94%). Busca de soluções – A injeção de ânimo nos investidores ontem veio das especulações em torno da possibilidade da criação do fundo de emergência do governo americano. Também tiveram efeito positivo nos mercados as iniciativas oficiais, por meio da Security Exchange Comission (órgão que fiscaliza os mercados de ativos mobiliários dos Estados Unidos), para limitar as vendas a descoberto de papéis. Isso sem falar na ação coordenada de importantes bancos centrais para assegurar o pleno funcionamento dos mercados financeiros.

secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke, apresentaram na noite de ontem aos congressistas americanos um plano para reduzir os problemas no mercado financeiro com a criação de um fundo que concentrará as dívidas podres dos bancos. Uma porta-voz do Tesouro disse que eles discutiram "uma abordagem para enfrentar o problema das dívidas podres nos balanços dos bancos, que são a fonte do atual tormento no sistema financeiro americano". Segundo ela, Paulson e Bernanke estão "explorando todas as opções – legislativas e administrativas – e esperam trabalhar durante o

final de semana com líderes no Congresso para finalizar uma linha de ação". Paulson e Bernanke já haviam conversado com congressistas no fim da tarde da última terça-feira sobre a intervenção oficial na seguradora American International Group (AIG). Bush – No primeiro pronunciamento desde a quebra do Lehman Brothers, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse que o governo está pronto para adotar mais medidas para ajudar os mercados a lidar com os "sérios desafios" decorrentes da crise. "Nossos mercados financeiros continuam a lidar com sérios desafios. Como demonstram nossas ações recentes, minha administração está centrada em enfrentá-los." (AE)

Banco Central (BC) faz no fim da manhã de hoje um leilão para a venda de até US$ 500 milhões. É a primeira vez em pelo menos cinco anos que a autoridade monetária decide fazer intervenção desse tipo no mercado de câmbio. A operação será do tipo "conjugada", em que bancos compram dólares no leilão com o compromisso de revender igual montante para o BC em um prazo determinado. Em nota, a autoridade monetária informou que a ação é temporária. O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que o objetivo dessa intervenção é corrigir distorções de liquidez no mercado. Segundo operadores, o agravamento da crise do sistema financeiro nos Estados Unidos praticamente travou o mercado brasileiro de câmbio. Em outras palavras: aguardando para ver o desenrolar da crise, ninguém quer vender dólares. Por isso, a moeda americana apresenta firme tendência de alta. Ontem, depois de subir mais 3,32%, o dólar comercial fechou a R$ 1,93 – cotação mais elevada desde 19 de julho do ano passado. M e i re l l e s e s t á e m N o v a York, acompanhando de perto a situação dos bancos do país – provavelmente a pedido do presidente Lula. O dirigente participou de reunião no Federal Reserve de Nova York e se encontrou com investidores.

Meirelles: controle da liquidez.

Na avaliação do presidente do BC, a crise internacional "é séria e não está debelada". Meirelles relembrou que o Brasil tem mais de US$ 200 bilhões em reservas, o que deixa o País em situação melhor do que em outras crises no passado. "O Banco Central está monitorando permanentemente a liquidez do mercado cambial." Resistência – Meirelles destacou que o País reforçou os mecanismos de resistência a choques externos. "O Brasil se preparou para um cenário internacional de maior dificuldade como o de agora." Segundo ele, o antigo ciclo de deterioração de confiança, em que a desvalorização do real levava à deterioração da dívida pública e piorava a confiança dos participantes do mercado, "é coisa do passado". De acordo com ele, o sistema financeiro brasileiro é hoje bastante sólido e capitalizado e não tem exposição direta aos ativos que são a fonte dos problemas nos Estados Unidos.

O presidente do Banco Central disse que foi coincidência chegar a Nova York um dia antes da ação coordenada dos principais bancos centrais do mundo para injetar liquidez nos mercados financeiros (leia mais nesta página). "Minha capacidade de previsão ainda não chegou a esse ponto." Meirelles esclareceu ainda que a viagem a Nova York deveu-se ao fato de o BC ter concluído que a situação estava piorando. Ele disse ter ido aos Estados Unidos para ouvir autoridades federais e agentes do setor privado para avaliar a percepção de risco não só quanto à solvência do sistema financeiro americano, como também acompanhar os desdobramentos no mundo e avaliar o quadro macroeconômico de médio prazo. "As autoridades dos Estados Unidos estão atuando de forma decidida, em coordenação com outros bancos centrais, para ampliar a liquidez do sistema bancário em dólares." (AE)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

1 Em vez de ajudar o estudante, dono do carro que estava quebrado na marginal fugiu.

Motorista solidário pára na O marginal e morre atropelado

Ajuda custou a vida

estudante Fábio Carvalho voltava para casa, na marginal Pinheiros, quando parou para ajudar um carro quebrado. Foi atropelado e morto na pista. Apu Gomes/Folha Imagem

Perto da ponte do Jaguaré, estudante parou para ajudar dono de carro quebrado e foi atropelado por caminhão desgovernado Fotos de Mário Miranda/Luz

Maristela Orlowski

É

madrugada. Um automóvel quebra em plena marginal Pinheiros. Um motorista solidário pára com o intuito de ajudar na sinalização do local. Ele é atropelado e morre. Foi isso que aconteceu na noite de quarta-feira com o estudante universitário Fábio Carvalho Silva, de 24 anos. Ele voltava da faculdade de ciências da computação, na zona oeste da Capital, e seguia para casa, em Osasco, na Grande São Paulo. Silva estava na companhia da namorada e uma colega de faculdade, uma vizinha para quem dava carona. Pouco depois das 23 horas, ao se aproximar da ponte do Jaguaré, no sentido Castello Branco da marginal, avistou o motorista de um Ford Ka acenando em pedido de ajuda. O universitário, então, parou o veículo na pista expressa, foi até o carro e auxiliou o motorista. Menos de uma hora depois, um caminhão Ford Cargo 4030 não conseguiu desviar dos motoristas, que estavam próximos aos automóveis parados, e atingiu Silva. Ele teve o pescoço quebrado, além de outros ferimentos pelo corpo, e morreu na hora. O motorista do caminhão, João Inácio da Lima Filho, de 31 anos, ainda bateu em uma árvore próxima, foi socorrido e encaminhado ao prontosocorro. O do Ford Ka, ao ver o que havia acontecido, fugiu. Perigo – Trafegar pelas marginais durante o dia não é tão perigoso quanto durante as madrugadas. O grande fluxo de veículos não permite manobras radicais ou alta velocidade. "O problema maior é à noite, quando há poucos automóveis e os motoristas não respeitam as faixas de rolamento nem o limite de velocidade, principalmente nas curvas", explica o tenente Pedro de Souza Lopes, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital (CPC). As marginais dos rios Pinheiros e Tietê não são retilíneas. Elas são cheias de curvas, com iluminação deficiente em alguns trechos e com poucas áreas de acostamento e escape, fatores que elevam os riscos de acidentes na região. Por isso, quando ocorrem imprevistos, como uma falha mecânica ou um pneu furado, o ideal, segundo o tenente, é procurar um local seguro para parar o automóvel e sinalizar o mais rápido possível. "É preferível empurrar um pouco o carro ou rasgar o pneu que simplesmente parar no meio da pista de

Fábio parou seu Celta para ajudar o dono do Ka... Werther Santana/AE

Todos os dias, cerca de 200 veículos quebram na marginal Tietê

... foi atropelado na pista por uma carreta... Lawrence Bodnar/AOG

... e morreu na hora. O dono do Ka fugiu. Muitos veículos são guinchados porque o dono não coloca combustível

rolamento, correndo o risco de sofrer ou até provocar um acidente mais sério", afirma o policial. "A sinalização também deve ser feita com rapidez, principalmente quando se pára depois de uma curva. O ideal é ficar longe dela", acrescenta. Problemas – Na cidade de São Paulo há pelo menos 5,6 milhões de veículos em circulação. Muitos deles costumam passar todos os dias pelos 24,5 quilômetros da marginal Tietê, via expressa que concentra os maiores congestionamentos e problemas mecânicos em veículos. Diariamente, os agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) resgatam cerca de 800 veículos quebrados por toda a cidade. Desse total, em torno de 25%, ou 200 carros, comprometem o trânsito na marginal Tietê. Aproximadamente 104 veículos têm problemas mecânicos variados, como quebra de correias, de bomba de combustível, vazamentos, superaquecimento, entupimentos etc. Pelo menos 22 emperram por pane elétrica e 18 simplesmente param no meio da pista porque o pneu furou. Colisões também não faltam nem motoristas que deixam de abastecer o carro, causando a chamada pane seca. Os "acidentados" e os "esquecidos" engrossam o grupo das demais 56 ocorrências diárias que são registradas na marginal.

Caminhão quebrado pára na pista lateral e complica o trânsito

Motoristas têm poucas áreas de escape na marginal


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008


2

Saúde Educação Ambiente Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

As equipes de manutenção darão prioridade aos trabalhos de conservação das árvores da cidade.

OBJETIVO É REFORÇAR BIODIVERSIDADE

Árvores de São Paulo terão RG e babás Às vésperas do Dia da Árvore e da Primavera, uma boa notícia para o verde da cidade: suas árvores terão identidade e serão cuidadas por equipes especiais Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Ricardo Osman

A

s árvores da cidade de São Paulo devem ganhar números de identidade e um cadastro digital completo, que indicará qual o nome científico de cada uma delas, a idade estimada, a altura e o estado geral de saúde. "Será um minucioso banco de dados que vai permitir acompanhar de perto a flora da cidade", disse Cyra Malta, diretora da Divisão Técnica de Produção de Árvores do Departamento de Parques e Áreas Verdes de São Paulo. "Dar a cada árvore um RG tornou-se fundamental". A partir desse cadastramento será possível saber, por exemplo, com um único clique no mouse, quantos ipês amarelos existem no Centro da cidade, onde está o jacarandá-mimoso mais velho do município e quais q u a re s m e i ra s p re c i s a m d e maior atenção da equipe de manutenção. Atualmente, só há um cadastro das árvores existentes dentro dos parques municipais. O projeto do RG para as árvores já está sendo examinado em várias instâncias da Prefeitura e é lembrado agora por conta das comemorações do Dia da Árvore (domingo) e da chegada da Primavera (segunda-feira). Babás – A equipe de manutenção de árvores é outra novidade e já está sendo posta em prática. Atualmente, quatro equipes de manutenção de árvores estão sendo treinadas pela divisão da diretora Cyra Malta. "Uma das tarefas das equipes é verificar se uma árvore recebe água adequadamente", afirmou Cyra Malta. "Isso porque muitas vezes o concreto cobre toda a base da planta e o subsolo da Capital está cada vez menos irrigado." Uma das equipes vai cuidar da região da Vila Mariana, outra de Santo Amaro, a terceira da região de Pinheiros e a quarta a região da Lapa. "Estas equipes vão trabalhar em parceria com as subprefeituras, que podem acionálas em caso de necessidade". Ao contrário das subprefeituras, porém, já preparadas para realizar serviços como o de podas de árvores, as equipes de manutenção farão um trabalho mais sofisticado e delicado por ser voltado exclusivamente para a conservação da saúde das árvores. Mudas – Atualmente, a Seção Técnica de Arborização e Ajardinamento da Prefeitura possui, em estoque, 500 mil mudas de árvores. É um acervo que aos poucos vai seguindo para as ruas da cidade. Nos últimos anos, precisamente de 2006 para cá, cerca de 400 mil novas árvores foram plantadas nas ruas, praças e parques do município, segundo a diretora. Boa parte destas árvores são de 90 espécies nativas da Mata Atlântica que vieram para reforçar a biodiversidade das áreas urbanas. O trabalho vem sendo realiza-

Hoje em dia, apenas as árvores plantadas nos parques municipais são cadastradas. Novo sistema de identificação permitirá maior controle e conservação dos vários exemplares. Agliberto Lima/DC

Equipes de manutenção de árvores estão sendo treinadas pelo Departamento de Parques e Áreas Verdes

do de acordo com os conceitos de sustentabilidade, explicou Cyra Malta. "Nosso objetivo não é só arborizar a cidade, melhorar o paisagismo ou tornar a temperatura das calçadas mais agradável às pessoas", disse a diretora. "Queremos enriquecer a biodiversidade da flora de São Paulo e, por conseqüência, a fauna, porque isso beneficia diversos tipos de pássaros e insetos", afirmou ela. Por isso, alguns tipos de ipês e jequitibás foram plantados na cidade. Classificação – As mudas de árvores dessa Divisão Técnica seguem para as subprefeituras com recomendações técnicas claras sobre o destino que devem ter.

Paulistanos enfrentam madrugadas mais frias

À

s vésperas da primavera, os paulistanos enfrentaram ontem a madrugada mais fria do mês de setembro, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura de 11ºC graus foi registrada no Mirante de Santana, na zona norte de São Paulo. O índice mais baixo deste inverno foi registrado no dia 17 de junho, quando os termômetros marcaram 8,3ºC. Ainda de acordo com o Inmet, a baixa temperatura é conseqüência de uma frente fria vinda do Sul do continente e da passagem de um ciclone extratropical pelo Oceano

Atlântico, que manda ar mais frio para o Estado de São Paulo. Ao longo do dia de ontem, a temperatura atingiu 20 graus e a tendência é que a nebulosidade diminuísse. A previsão era de que a madrugada de hoje seria ainda mais gelada, com os termômetros marcando 10ºC. Ao longo do dia de hoje, no entanto, o tempo deverá esquentar. Para o fim de semana está prevista a chegada de uma nova frente fria que deverá trazer chuva e manter as temperaturas amenas, com os termômetros oscilando entre 13º e 25ºC. (AE) Confira na página seguinte a previsão do Climatempo

Elas são classificadas em árvores de pequeno, médio e grande portes e indicadas para calçadas ou parques. Um eucalipto, por exemplo, não é indicado para calçadas porque ele solta muitos galhos. Já as mudas de árvores mais altas devem ser plantadas longe dos fios elétricos. Desinformação – Cyra reclama da falta de compreensão que muitos habitantes da cidade ainda demonstram ter com as árvores. Mesmo nestes tempos de aquecimento global, em que até as crianças estão recebendo informações sobre a necessidade de se conservar o meio ambiente, há quem surpreenda com pedidos descabidos. "Um dono de es-

tacionamento ligou para pedir um favor, queria uma muda de árvore", conta Cyra. "Mas ele queria uma árvore que não desse frutos, o que é impossível, e que não tivesse tantas folhas, para não encher o chão. Eu disse a ele que procurasse em outro lugar, porque o que ele estava querendo é uma árvore de plástico e este tipo nós não temos". As mudas da Divisão Técnica de Produção são destinadas para as subprefeituras e para Organizações Não-Governamentais (ONG) cadastradas na Prefeitura. Boa parte destas mudas é cultivada no Viveiro Manequinho Lopes, que funciona dentro do Parque do Ibirapuera.

No Pará, baleia encalhada em rio retorna ao mar

U

ma baleia encontrada na última sexta-feira encalhada no rio Taquimboque, no Pará, foi resgatada ontem e devolvida ao mar. A ação contou com técnicos da Divisão de Fauna e Pesca e do Centro de Pesquisa e Gestão Pesqueira do Litoral Norte (Cepnor) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Civil do Pará (Dema) e do Corpo de Bombeiros de Capanema. O animal, segundo o Ibama, foi visto pela primeira vez na sexta pelos ribeirinhos da Comunidade do Giz, mas, como eles

acreditavam que o animal iria embora, só avisaram os órgãos competentes no domingo. De acordo com informações dos ribeirinhos, a baleia, com aproximadamente 8 metros de comprimento, encalhou, mas um grupo se formou para empurrá-la até a parte mais funda do rio. O resgate só foi possível com a vinda da maré alta, que permitiu que os barcos pudessem entrar no rio. Segundo o Ibama, esse tipo de aparecimento de baleias não é normal, e é possível que o animal tenha chegado no local por ter perdido sua rota na busca de cardumes ou por ter sido empurrada por correntes marítimas. (AE)

Nos últimos anos, precisamente de 2006 para cá, cerca de 400 mil novas árvores foram plantadas nas ruas, praças e parques da cidade de São Paulo. Projeto de identificação deverá revelar o número exato de exemplares, tipo, localização e estado de saúde. Acervo de mudas da Prefeitura tem cerca de 500 mil unidades. Boa parte delas é cultivada no Viveiro Manequinho Lopes, no Parque do Ibirapuera, zona sul da Capital.

Jacaré e piranhas terão de sair do Laguinho

C

om o apoio de moradores do bairro, nos próximos dias a Associação Benfeitora de Interlagos (SBI) deverá entrar na Justiça contra a Prefeitura questionando a abertura do Parque Jacques Cousteau (mais conhecido como Laguinho) ao público. A área, segundo a associação, é de preservação ambiental e o impacto de pessoas circulando diariamente poderia ameaçar a fauna e a flora da região. Jacarés e piranhas que habitam o Laguinho serão removidos. De acordo com Mario Luiz Spinicci, diretor da SBI, “a ação civil pública tentará obstruir a

idéia de abrir as portas do local ao público. O parque tem nascentes, um lago e fica em uma área de proteção permanente. Não pode estar sujeita à intensificação de acesso de pessoas”, disse. Segundo Spinicci, laudo do Ministério Público recomenda que o parque “não seja utilizado por pessoas a não ser ao seu redor”. O parque foi criado em 1969, com área de 67.100 m². A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente quer abrir o parque até dezembro e prevê obras, entre elas a troca do alambrado por gradil, remoção e reforma de imóveis e plantio de 5 mil mudas. (Agências)


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Empresas Tr a b a l h o Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Lula quer divulgar produtos brasileiros em novos mercados.

ALTA DA SELIC PODE SER INTERROMPIDA

PARA A ORGANIZAÇÃO, BRASIL PODE PERDER NEGÓCIOS COM A DESACELERAÇÃO DOS EUA E DA EUROPA.

OMC: SUPERÁVIT CORRE RISCO.

A

Ed Ferreira/AE

Miguel Jorge diz que previsões alarmistas sobre superávit comercial são "absolutamente irresponsáveis"

Projeção de exportações é mantida Ministro diz que dólar mais forte compensará uma suposta redução de vendas

M

esmo com o cenário externo de crise, o Ministério do Desenvolvimento mantém as projeções de exportações do País em US$ 200 bilhões, segundo o ministro Miguel Jorge. Ele admitiu que a turbulência pode reduzir as exportações, caso haja recessão nos Estados Unidos, mas isso será compensado pela valorização do dólar, a

apenas US$ 4 bilhões. "Absolutamente, não acredito em analista", disse. "Se você vê, por exemplo, o que aconteceu na divulgação do boletim Focus, em um mês e meio foram feitas seis revisões de análises". Segundo o ministro, afirmar que o País terá superávit comercial de somente US$ 4 bilhões é "absoluta irresponsabilidade". (AE)

exemplo do que ocorreu, num determinado momento, com o aumento do preço das commodities. Miguel Jorge criticou duramente os analistas de mercado que participam semanalmente da pesquisa Focus, do Banco Central, com previsões para os principais indicadores da economia. Na mais recente, eles projetaram saldo comercial, em 2009, de

crise mundial deverá afetar diretamente a capacidade do Brasil de manter seu superávit comercial. O alerta é de economistas da Organização Mundial do Comércio (OMC), que já revêem para baixo a previsão de crescimento das exportações e importações em 2008. Com a Europa entrando em recessão e os Estados Unidos em uma situação difícil, a perspectiva é de que comprem menos. No caso do Brasil, mais de 45% de suas exportações são destinados a esses dois mercados. Ao mesmo tempo, as importações brasileiras não dão sinais de queda brusca. Para completar, a crise deve ainda reduzir os preços internacionais de minérios. No setor agrícola, a OMC prevê uma safra positiva em muitos mercados, o que deve também reduzir os preços internacionais. Dados da OMC confirmam que, em 2007, a alta nos preços foi fundamental para a balança comercial do País. Michael Finger, economista da entidade, confirma que a taxa de crescimento de 4,5% prevista no início do ano para o comércio internacional será reavaliada. "Já estamos fazendo esse trabalho, com base nos novos dados de crescimento do PIB para o ano", afirmou. A redução do comércio já começa a ser notada em várias partes. O próprio secretáriogeral da Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Co-

mércio (Unctad), Supachai Panitchpakdi, confirma que a queda nos fluxos é visível. "A crise financeira pode se transformar em uma crise de comércio. O sistema comercial mundial será duramente afetado, como já começamos a ver. O comércio precisa ser financiado", disse. EUA e Japão – Dados da União Européia (UE) indicam que o comércio de seus membros com os Estados Unidos e o Japão foi reduzido nos seis primeiros meses do ano, diante da desaceleração nos dois países. Para o mercado norte-americano, as exportações européias sofreram uma queda de 4%, a mesma observada nas vendas para o Japão. No total, os 27 países do bloco europeu registraram um déficit comercial de 21,5 bilhões de euros em julho último. Em igual mês do ano passado, esse déficit era de apenas 13,6 bi-

lhões de euros. O buraco só não está sendo maior graças aos países emergentes, que continuam crescendo a taxas bem mais elevadas que os países ricos, e consumindo. Em parte, a manutenção do crescimento no Brasil explicaria a ameaça ao superávit. O País incrementou em 12% suas exportações para a Europa nos seis primeiros meses do ano, somando 17 bilhões de euros. Mas as importações aumentaram em 20% no mesmo período. A China se distanciou dos Estados Unidos e hoje é a maior fornecedora de bens ao mercado europeu. Entre janeiro e junho, Pequim exportou US$ 111 bilhões para a UE, alta de 15% em relação ao ano anterior. Já os europeus exportaram 16% a mais para os chineses neste ano, contra 24% a mais para a Rússia. Lula mascate – Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se ofereceu para ser "mascate" dos produtos brasileiros no exterior, para enfrentar a crise financeira global. Após a cerimônia de batismo da plataforma P-53, da Petrobras, em Rio Grande (RS), ele disse que "nós, que produzimos máquinas e equipamentos agrícolas como poucos países do mundo, não podemos ficar esperando apenas a Alemanha, a França ou a Suécia comprarem nossas máquinas. Temos de vender a países que têm possibilidade de comprar, que estão crescendo". (Agências)

Ata mostra Copom preocupado Banco Central reconhece que a turbulência financeira internacional é grave.

A

ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, mostrou que a crise internacional está no centro das atenções do Banco Central (BC), e que a autoridade monetária poderá reduzir o ritmo de aperto monetário para combater a turbulência externa. Embora a reunião do Copom tenha sido na quarta-feira da semana passada, quando o pior da crise ainda não havia ocorrido, o documento dirige a atenção para o cenário internacional, que começa a ter influência direta nas decisões de política monetária. Por causa da percepção de desaquecimento econômico global e de seu efeito sobre os preços das commodities, três integrantes do comitê consideraram mais adequada uma alta de 0,5 ponto porcentual no juro básico (taxa Selic), em vez do 0,75 ponto decidido pela maioria. Como as incertezas se intensificaram desde a reunião, o argumento dos três dissidentes ficou ainda mais fortalecido. Por isso, operadores do mercado financeiro acham que, dependendo da evolução da crise, o ciclo de aumento dos juros, iniciado em abril, poderá ser interrompido. "Dependendo dos impactos da crise nas condições de crédito, exportações e confiança dos empresários, é possível que o Produto Interno Bruto sofra uma desaceleração significativa no próximo ano, tornando desnecessária a continuidade na alta dos juros", afirma a analista Marcela Prada, da Tendências Consultoria Integrada. Segundo a ata, os três votos dissidentes se basearam no fato de haver "sinais de acentuada deterioração da atividade nas economias centrais, acarretando certa melhora nas perspectivas inflacionárias globais, em parte em função da queda dos preços de commo-

Analistas acreditam que ante o novo quadro financeiro, o Banco Central poderá interromper o ciclo de elevações do juro básico.

dities". Em momentos de crise, os bancos ficam mais seletivos na concessão de crédito. E no Brasil, como boa parte dos investimentos produtivos e da oferta de crédito vem sendo financiada por recursos captados no exterior, essa fonte deve secar, ou ficar mais cara. Além disso, com o mercado externo em desaquecimento, o espaço para a exportação dos produtos brasileiros diminui. Nesse ambiente, segundo analistas, é provável que parte dos projetos de expansão das empresas seja suspensa. Os riscos também ficaram maiores, segunda a ata, pelo movimento de "desalavancagem financeira sobre as condi-

ções creditícias". Ou seja, a ata se preocupa com os ajustes que os mercados vêm sofrendo, com investidores estrangeiros vendendo diferentes ativos para reduzir sua exposição a risco. Esse movimento ficou ainda mais intenso esta semana, depois da concordata do banco norte-americano Lehman Brothers. "A ata mostrou que o efeito da turbulência externa não é só a alta do dólar, mas também a queda de commodities, o contágio financeiro e a queda da oferta de crédito", afirma o economista da CM Capital Markets, Tony Volpon. Mesmo assim, o Copom entendeu que a alta de 0,75 ponto porcentual era mais adequada por causa do consumo aquecido, que representa um risco para a inflação. E, de agora em diante, o BC terá a difícil missão de encontrar a melhor medida para equilibrar a pressão da demanda doméstica e os efeitos da turbulência. "Na ata, o BC comprou a opção de diminuir a alta de juros, mas com certeza não sabe ainda qual deverá ser a melhor atitude na reunião do Copom em outubro", diz um operador. (AE)

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURAS DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 328/2008-SMS.G, processo 2008-0.111.121-4, destinado ao registro de preço de DESFIBRILADORES EXTERNOS AUTOMÁTICOS, para a SMS Gabinete, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 09h30min do dia 09 de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. PREGÃO PRESENCIAL 344/2008-SMS.G, processo 2008-0.257.989-9, destinado ao registro de preço de HIPOCLORITO DE SÓDIO EM SOLUÇÃO COM 25 mg/ml PARA DESINFECÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 09h30min do dia 15 de outubro de 2008, a cargo da Comissão Permanente de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente aos pregoeiros das respectivas comissões de julgamento, acima relacionadas, no momento da abertura da sessão pública de pregão. Os editais dos pregões acima, poderão ser consultados e/ou obtidos pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização dos pregões, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. SP, 18/09/2008.

Maior Evento Empresarial da Cidade de São Paulo acontece dia 23 de setembro A décima-segunda edição do tão aguardado Encontro de Empresários, se aproxima. Dia 23 de setembro no Salão Nobre do Clube Atlético Juventus, a partir das 13h00, com a presença de mais de 1.200 empresários. O tema deste ano será: “ INOVE! Existem muitas oportunidades para crescer!” O evento possibilita aos participantes a obtenção de informações que apontem para novos caminhos e oportunidades às empresas, através do conhecimento de experiências vencedoras e métodos que proporcionem sustentabilidade e lucratividade aos negócios. Compreender as mudanças impostas pelo mercado, os novos consumidores, suas expectativas, como identificar o seu público alvo, como comunicar-se com esse novo segmento, requer muita inovação e essa é a grande proposta do Encontro de Empresários 2008. O Encontro de Empresários é uma realização da Associação Comercial de São Paulo e da DOC Contabilidade Gestão Empresarial e a cada evento recebe o aval de grandes patrocinadores, como a: UNIRADIAL, SCPC, SEBRAE, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, COLÉGIO SÃO MIGUEL ARCANJO, CEPAM-VILLAGE, SINCOR-SP, JORNAL PAULISTANO, CATHO - ON LINE, TAC, PAULISTA IMPRESSORAS, CCAA, HOLOSMED, SCO EVENTOS, OSVALDO COSTAADV ASSOCIADOS, REVISTAS VENDA MAIS E CARREIRAS & NEGÓCIOS e apoiadores como ACSP Distritais Mooca, Penha, São Miguel e Tatuapé, CIESP Distrital Leste, FIESP, CRC-SP, SESCON, SINDCONT, CORECON, SINCOPEÇAS, FCDL, SIAMFESP, SIQMARKETING, ROTARY, INSIDE-OFFICE,FÓRUM PARA O DESENVOLVIMENTO DA ZONA LESTE e CLUBE ATLÉTICO JUVENTUS.Estas Instituições, com grande representatividade no cenário nacional, entendem que somente com a reciclagem do conhecimento e troca de experiências é possível participar do mercado globalizado, com boas chances de sucesso. Os temas dos workshops: Sustentabilidade - Resultado através das Pessoas, Mercado - Gestão de Marketing voltado ao crescimento do consumo, Lucratividade - Estratégias de Competição e Inovação - Não importa o tamanho do negócio, aliado ao Case de Sucesso, possibilitarão aos participantes condições para entender o que o mercado espera das empresas. Para encerrar com chave de ouro Roberto Shinyashiki, deixará sua mensagem que é necessário buscar as oportunidades e isso somente é possível com inovação, procurando diferenciais no seu negócio. Na busca contínua de oferecer aos participantes um evento do mais alto nível, a Comissão Organizadora, prepara muitas surpresas para os participantes. Bolsas de Estudos para cursos de Graduação e de Idiomas serão sorteadas desde o primeiro workshop. Sempre inovando, o formato do evento foi atualizado, permitindo aos participantes o acesso a todos os workshops, maior tempo para networking e visita aos estandes dos expositores. O Encontro de Empresários, confirmando a sua tradição já está com suas inscrições encerradas. www.encontrodeempresarios.com.br Informações: Tecge Tecnologia em Gestão Empresarial Ltda. 11.2198-3766

Organizadores, Realizadores e Patrocinadores do 12º Encontro de Empresários. Da Esquerda para a Direita: J.Sierra - Consultor da Doc Contabilidade Gestão Empresarial Ltda.; Sergio Bezerra dos Santos - Diretor da Tecge Tecnologia em Gestão Empresarial Ltda.; Valdir Carlos Junior - Uniradial; Elcio Pereira da Silva - Diretor da Doc Contabilidade Gestão Empresarial Ltda.; Antonio Viotto Neto - Superindente da ACSP Distrital Mooca; Domingos Orestes Chiomento - Diretor da Doc Contabilidade Gestão Empresarial Ltda.; Cláudio Grineberg - Diretor da Inside-Office; Márcio Lério da Silva - Diretor da Tecge Tecnologia em Gestão Empresarial Ltda.


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ambiente Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Policiais vão trabalhar nas delegacias, mas as ocorrências mais simples estão prejudicadas.

REGISTRO DE BOLETINS CAIU 50%

Fotos de Tiago Queiroz/AE Werther Santana/AE

Ó RBITA

CASO ISABELLA

O

juiz da 1ª Vara do Júri de Salvador, Cássio Miranda, afirmou ontem que a perita Delma Gama – da equipe do legista George Sanguinetti, contratado pela defesa do pai e madrasta de Isabella Nardoni – mentiu sobre o medicamento que havia ingerido antes de depor, no dia 12 de setembro. Delma desmaiou no início da sessão, que foi suspensa. Ela afirmou que tinha tomado Rivotril. "No laudo que pedimos ficou constatado que ela estava sob efeito de outro medicamento", disse Miranda. (AE)

GAROTO ACHA GRANADA NA ZONA SUL

U

m menino de 7 anos encontrou uma granada quando voltava da escola, na quarta-feira à tarde, em Parelheiros, zona sul. Matheus Rodrigues da Silva achou o artefato a apenas três quarteirões da sua casa e resolveu levá-lo até onde mora para mostrálo ao avô, Sebastião Vieira Rodrigues. Assim que recebeu o explosivo das

mãos do neto, Rodrigues chamou a Polícia Militar. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) recolheu o artefato, que passará por uma perícia para detectar se ele continha material explosivo. Matheus, que cursa a 1ª série e voltava para casa na companhia de amigos, afirmou que sabia que aquilo se tratava de "uma bomba". (AE)

Sindicalistas prometem continuar o movimento até que o governo do Estado aceite negociar aumento salarial

Polícia Civil: cresce adesão à greve Segundo sindicato, 80% dos policiais aderiram ao movimento na Capital e interior

D

e acordo com a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), a greve dos policiais civis tem adesão superior a 80% em todas as delegacias da Capital e do interior, além do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo levantamento da Adpesp, com a paralisação, o número de ocorrências registradas pela Polícia Civil caiu mais de 50%. Na quarta-feira da semana passada, de acordo com a associação, foram registradas 2,2 mil ocorrências na Capital e 2,4 mil no interior. Já nesta quarta-feira foram registradas mil ocorrências na Capital e 1,1 mil, no interior. O diretor-executivo da Adpesp, André Dahmer, afirmou

que a greve vai continuar até que o governo aceite negociar. Dahmer lamentou nota divulgada ontem na imprensa pela Secretaria de Segurança Pública. "Ao invés de negociar, o governo prefere gastar verba com publicidade, é lamentável." Na nota, intitulada "Informação à população de São Paulo", o governo do Estado assegura "que não vai permitir que movimentos sindicalistas da Polícia Civil venham a colocar em risco a segurança da população" e "que vai fazer valer a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a continuidade de todos os serviços". De acordo com a nota, a sanção para o descumprimento da determinação do STF seria multa diária de R$ 200 mil.

Segundo Dhamer, a paralisação respeita "rigorosamente" a liminar do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), de 12 de agosto, que determina que a Polícia Civil mantenha 80% do efetivo trabalhando. Dahmer ressaltou que todo o efetivo do Estado está nas delegacias, mas só atendendo casos mais graves, conforme assegura o TRT. O TRT baixou a determinação após a primeira paralisação da categoria, em agosto, que durou apenas 7 horas. Na ocasião, o governo aceitou negociar e ofereceu reajuste salarial de 7% para o ano que vem. Os policiais, que reivindicam aumento salarial de 15% ainda em 2008 – mais 12% em 2009 e 12% em 2010 –, não aceitaram a proposta. (AE)

Governo quer combater turismo sexual

Exploração Sexual das Crianças e Adolescentes, que acontecerá no Rio de Janeiro, entre 25 e 28 de novembro. Na reunião preparativa para o congresso, ontem, em São Paulo, integrantes do governo e empresários discutiram o assunto. Para as autoridades, o problema deve ser atacado também em sua “causa externa”. No caso, turistas que chegam em busca de sexo com crianças e adolescentes brasileiras. "Vamos nos esforçar para ter

representantes de todos os governos no congresso. É preciso responsabilizar também os pontos de origem do turismo sexual", disse o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. O congresso reunirá participantes de 130 países. Os organizadores do congresso avaliam que esse tipo de crime tem aumentado no País. Em Fortaleza, por exemplo, as denúncias nos últimos quatro anos saltaram de 112 para 2,5 mil por dia. (AOG)

O

governo federal vai cobrar das autoridades de países desenvolvidos para que estabeleçam um programa de conscientização contra o turismo sexual no Brasil. A idéia é reforçar o apelo contra a prática durante o 3.º Congresso Mundial de Enfrentamento da

Alzira Gonçalo Julio Cesar Olivieri

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O grupo de ciclistas que participou ontem do desafio intermodal entre a Berrini e o viaduto do Chá.

PARTICIPANTES OBSERVARAM AS REGRAS DE TRÂNSITO

Fotos: Milton Mansilha/Luz

Centrão da Cidade com garoa: nostalgia que as músicas resgatam.

GOLS IMORTAIS pesar da inauguração que se avizinha, dia 29, o Museu do Futebol não está sendo bombado como mereceria. Segundo quem está por dentro das instalações, é algo para rivalizar com o Museu da Língua. Vai funcionar no Estádio do Pacaembu e entre as muitas opções do acervo, o visitante aperta um botão e assiste a gols ou momentos memoráveis das partidas que escolher. Certamente dois recintos vão chamar a atenção: a Sala Edson Pelé Arantes do Nascimento e a Sala Mané Garrincha, reconhecimento às mais míticas representações do futebol brasileiro. Por falar em Pelé, a abertura terá como atração especial a exposição "Marcas do Rei". Trata-se de uma mostra itinerante, parte do patrimônio de Pelé, que vai percorrer o mundo. O Museu do Futebol, à semelhança do Museu da Língua, tem o patrocínio da Fundação Roberto Marinho. Em princípio, sua casa seria o Maracanã. Mas o governador Serra entrou na parada.

A

LIGAÇÕES PERIGOSAS (1)

À

luz da Medicina Legal, o chocante assassinato e esquartejamento dos irmãos João Vitor e Igor Giovanni, de 13 e 12 anos, em Ribeirão Pires, não é uma monstruosidade isolada. Por terem sido descritos inicialmente por médicos franceses, crimes desse tipo são conhecidos como "follie à deux" (loucura a dois) – denominação referente ao fenômeno em que patologias mentais dos executores, no caso João Alexandre e Eliane Aparecida Rodrigues, respectivamente pai e madrasta dos meninos, se encaixam para realizar o crime. O psiquiatra forense Güido Palomba esclarece que, nessas situações, sempre se destaca um indutor que exerce notória ascendência sobre um induzido submisso, manipulando sua fragilidade emocional – papéis, que no seu entender, couberam respectivamente ao chefe do casal e à sua mulher.

LIGAÇÕES PERIGOSAS (2)

P

ortanto, foi João quem deu as cartas no desfecho macabro. A suspeita de Güido, rapidamente transformada em indícios perturbadores, brotou da conduta de cada um: a frieza e a impassividade do marido contrastavam com as lágrimas e o esforço de Eliane em se esconder da censura pública representada pela sua exposição nas imagens feitas pelos jornalistas. "Eliane deve ter algum grau de oligofrenia", opina Palomba, retomando a discussão sobre a relação entre indutor e induzido. Ele lembra que essa dobradinha mórbida também prevalece em outras situações de convivência humana de caracterizada verticalidade, como patrão e empregado, pai e filho, professor e aluno, líder e liderado, chefe e subordinado.

TERRA DA GAROA

P

or algumas horas, na terça e na quarta-feira, o centro da Cidade deu uma marcha a ré na passagem do tempo e fez São Paulo voltar às suas nostálgicas noites de garoa que predominaram até os anos 40 ou 50. Ambientalistas atribuem sua drástica redução à poluição, desmatamento e impermeabilização do solo. Mas a garoa, à semelhança da paineira do Jockey, que deixou de existir há décadas, continuará sendo uma referência da Capital. Não por acaso já está imortalizada em can-

CABEÇAS VÃO SALTAR

A

s nuvens negras do desânimo pairam sobre a bancada tucana na Câmara, composta atualmente de 12 vereadores. Ela deverá ser reduzida a oito na próxima legislatura, segundo as previsões mais otimistas apoiadas nas pesquisas para prefeito. Quanto mais o candidato Alckmin cair e não se eleger, menos representantes terá o PSDB no Palácio Anchieta. É a inexorável lei das eleições majoritárias. Desse grupo de oito, três candidatos de primeira viagem já estão com seus mandatos praticamente no bolso: Gabriel Chalita (foto), Floriano Pesaro e o pastor Lopes Santos, da Igreja Universal. Como Mara Gabrilli, Gilson Barreto e Carlos Alberto Bezerra, que disputam a reeleição, também estariam mais ou menos garantidos, sobrariam duas míseras cadeiras para o resto disputar voto a tapa. Ai, meu Deus!

ções clássicas, a saber: Serenata (poema musicado do poeta Martins Fontes) – " Tenho saudade da garoa antiga/pálida amiga que me fez sonhar"; Lampião de Gás ( de Zica Bergami) – "Da garoinha fria, fininha/escorregando pela vidraça"; Sampa (de Caetano Veloso) – "E os novos baianos passeiam na tua garoa/os novos baianos te podem curtir numa boa". A célebre gravação de Lampião de Gás, feita por Inezita Barroso, está completando 50 anos. Saiu em maio de 1958.

Milton Mansilha/LUZ

PASSARELA DO RAPA

Montanha de manequins: camelôs tinham espaço para "vitrines"

N

os próximos dias a Subprefeitura da Mooca vai fazer a inusitada doação de 470 manequins para cursos de corte e costura das Casas Comunitárias Dom Bosco e para escolas de samba da Cidade. Nos dois casos serão bem aproveitados, pois no primeiro ajudarão muitas mulheres necessitadas a ganhar a vida; no segundo, serão transformados em belas alegorias que serão apreciadas no sambódromo. Esses manequins foram apreendidos durante as sucessivas expedições do

rapa contra camelôs ilegais nas ruas moquenses e do Brás. Mais espantosa do que a quantidade, é a constatação de que as barracas clandestinas possuíam espaço e

grau de sofisticação suficientes para abrigar manequins a céu aberto, como se fossem vitrines de loja expondo roupas à venda. Só faltava ter provador.

Na hora do rush, bicicleta leva a melhor Teste de mobilidade na Capital mostra que a bicicleta foi o meio de transporte mais rápido para vencer os 12 km entre a Berrini e o viaduto do Chá. Fotos de Luludi/Luz

Rejane Tamoto

É

possível percorrer os 12 quilômetros que separam a avenida Luiz Carlos Berrini, na zona sul, e o viaduto do Chá, no Centro, em 36 minutos em pleno horário de pico, às 18h. A façanha foi realizada por um ciclista que pedalou a uma velocidade média de 23 km/h, por vias alternativas. "Passei pelo Parque do Ibirapuera, rua Abílio Soares e Vergueiro. O caminho alternativo estava congestionado e isso facilitou porque pude pedalar entre os carros. Só tive de competir com as motocicletas", contou o técnico em informática Márcio Campos, de 41 anos, "vencedor" de um desafio realizado ontem à noite, uma iniciativa de ciclistas para mostrar à população a bicicleta como meio de transporte eficaz. "Muita gente anda de bicicleta em São Paulo porque é mais rápido, mesmo sem uma estrutura de ciclovias, bicicletários e pára-ciclos", disse o organizador da prova da qual participaram 12 pessoas, o analista de sistemas André Pasqualini. Todos os participantes são ciclistas, mas cada um deles percorreu os mesmos 12 km utilizando um meio de transporte diferente. O desafio intermodal, marcado para as 18h, só começou com atraso de 15 minutos pois a última participante a chegar para a largada foi a candidata a prefeita Soninha (PPS), que fez o trajeto de motocicleta. A prova foi uma das atividades do Dia Mundial sem Carro, que será comemorado na próxima segunda-feira. Os participantes tiveram de seguir as regras de trânsito, inclusive os ciclistas, já que era proibido trafegar pela contramão. Percurso – O percurso foi feito com mais rapidez pelas 'magrelas'. Depois da chegada

Márcio Campos, técnico em informática, foi o primeiro a vencer os 12 km da prova: congestionamento ajudou Fábio D'Castro/Hype

Antonio Lacerda Miotto: no centro, usou trem da CPTM e metrô para chegar ao viaduto do Chá. Sua viagem levou 1h41 e foi marcada por uma parada inexplicada do trem na estação Pinheiros.

da maioria das bicicletas, o melhor tempo foi obtido pela motocicleta, que fez o percurso em 1h04. Para surpresa geral, quem fez o trajeto a pé chegou em 2h13 – mais rápido do que quem utilizou bicicleta dobrável e metrô, que chegou 8 minutos depois. "O ciclista tentou entrar no metrô com a bicicleta

dobrável, mas foi barrado por causa da nova regra, que só permite o acesso das bikes a partir das 20h30, durante a semana", disse Pasqualini. Quem fez o trajeto apenas de ônibus chegou junto com quem usou o automóvel – 1h51. O tempo maior foi feito por quem utilizou ônibus e

metrô, 2h40. Trilhos – A demora na viagem sobre os trilhos surpreendeu o professor universitário de sociologia, Antonio Lacerda Miotto, de 42 anos, que optou pelo trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) combinado com o metrô. Usuário desse trans-

porte público, o professor – conhecido como Toni – arriscou um palpite quando entrou no trem e viu o trânsito congestionado da marginal Pinheiros: "Chegaremos em 50 ou 55 minutos". No final, Toni foi o "sétimo colocado", fazendo a viagem em 1h41, chegando depois da motocicleta.

O trajeto de trem, acompanhado pelo Diário do Comércio, incluiu duas baldeações, nas estações Berrini e Presidente Altino (linha 9-Esmeralda) e desse ponto até a Barra Funda (linha 8-Diamante) pela CPTM. Nessa estação, o professor fez a integração gratuita com o metrô e seguiu até a estação Anhangabaú (linha 3Vermelha), chegando a seu destino, no viaduto do Chá. Parada – A primeira dificuldade da viagem foi a parada inexplicada do trem da CPTM na estação Pinheiros, às 18h43, depois de 28 minutos de viagem e de apenas quatro estações percorridas. Uma voz que saía pelos alto-falantes apenas informava que todos teriam de descer e esperar o próximo trem. Até então, Toni defendia o trem, que nem estava tão cheio. "É uma opção de transporte, mas os atrasos e quebras são terríveis", disse, depois de sair do trem. Um usuário, que antes ouvia a defesa engajada de Toni sobre o transporte público, respondeu: "não é só hoje não, isso acontece todo dia". Questionado, o guarda da CPTM também não explicou porque os passageiros tiveram de descer nem esclareceu se havia algum problema com o trem. Só queria saber 'quem autorizou fotografar ali'. O próximo trem chegou 7 minutos depois, bem lotado e ilustrava bem o número de 8 passageiros por metro quadrado. Não foi possível embarcar desta vez e, no final, Toni só partiu da estação Pinheiros às 18h54. Na estação Presidente Altino, falta de sorte: o trem partiu antes que o professor pudesse alcançá-lo. "Isso acontece muito na hora de fazer baldeação", disse. Um alívio foi entrar no metrô Barra Funda, às 19h45, e conseguir sentar nos últimos minutos da longa viagem.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

LAZER - 1

Andréa Horta no papel de Alice, a moça que vê com poesia a frieza da metrópole.

TELEVISÃO

SÃO PAULO DOS OLHOS DE ALICE Estréia na Cidade nova produção da HBO. Em 13 capítulos, Alice humaniza a metrópole. E comove. Regina Ricca

A

garota que anda pelas ruas de São Paulo carregando um edredom florido nas costas já não é mais a garota que, poucos dias depois, recebe sorridente e bem maquiada os convidados da Mostra Internacional de Cinema. Entre uma coisa e outra, ela enterrou o pai suicida, resgatou vínculos familiares e decidiu deixar para trás a vidinha previsível e planejada que ia construir com o noivo careta em Palmas, no Tocantins. Preferiu ser "engolida" pela metrópole e viver os riscos e sobressaltos que todos nós, que vivemos na metrópole, bem conhecemos. A personagem que se perde nessa toca de coelho gigante colorida por néon e atormentada pelo tráfego intenso chama-se Alice, e sua história, como a da personagem criada por Lewis Carroll, será construída aqui por meio da

Fotos: Divulgação

sucessão de criaturas peculiares que conhecerá (tal qual sua xará literária). Serão esses encontros que sensibilizarão os que ainda vêem essa cidade com olhos duros. Em Alice, nova produção de 13 capítulos que a HBO estréia domingo (21), às 22h, São Paulo não é fotografada como o naturalismo habitual dos diretores fast food de novela. Ela aparece de forma lírica, delicada, onde até os baixos do Minhocão se humanizam na feia realidade. O feito é de dois cineastas ‘ forasteiros’, o cearense Karin Aïnouz (Madame Satã e Casa de Alice) e o baiano Sérgio Machado (Cidade Baixa), dois migrantes seduzidos pela cidade tal como Alice, a personagem vivida pela atriz mineira Andréa Horta. “Talvez o fato de sermos de fora é que nos deixou com a percepção alterada da cidade”, acredita Aïnouz. A série é a quinta produção

original da HBO, a terceira feita no Brasil (e a primeira em SP, já que as anteriores, Mandrake e Filhos do Carnaval, tinham o Rio como cenário). O disparo dramático da história que Aïnouz e Machado escolheram contar, a de Alice chegando à Capital para acompanhar o funeral do pai e decidindo aqui ficar, serve apenas como pretexto. “Qualquer história que você quiser contar cabe em SP”, diz Machado. “A intenção foi trazer SP para dentro, como força dramatúrgica, e não só servindo de cenário. E a Cidade foi generosa, revelou-se cinética, cheia de planos de ação porque tem sempre muita coisa acontecendo”, acrescenta Aïnouz. Para o produtor Caio Gullane, outro profissional resgatado do cinema, esse modelo de audiovisual com produção independente, com acabamento visual e profissionais

de qualidade importados do cinema, é o modelo que vai oxigenar a TV brasileira. “Termos usado duas câmeras de 16 mm aproxima muito o resultado do que fazemos no cinema”, diz Aïnouz. Ao custo de cerca de R$ 1 milhão por capítulo, a HBO espera ampliar sua base de 1,5 milhão de assinantes no Brasil. “Precisamos ter um diferencial que faça valer a pena a mensalidade que o assinante paga”, afirma Luiz Peraza, executivo da empresa na América Latina. Em Alice o assinante não verá muitos rostos conhecidos da TV. Com exceção de Regina Braga, Walderez de Barros e Du Moscovis, a seleção inclui atores e atrizes iniciantes, como Andréa Horta, e um time de craques garimpados nos palcos paulistanos, como Marat Descartes, Denise Weimberg, Eucir de Souza, Antonio Petrin, Milhem Cortaz e Antonio Abujamra.

Filmando a Cidade para a série do HBO que começa neste domingo: uma SP lírica e doce.

Irmãos, irmãs e o Emmy. No caldeirão da TV a cabo.

D

as minisséries "enlatadas" que temos no cardápio de ofertas da TV a cabo, sem dúvida a melhor roteirizada, interpretada, consistente, crítica e divertida é Brothers & Sisters ( foto), com três indicações ao Emmy em 2008, que finalmente estréia sua segunda temporada aqui no Brasil, via Universal Channel, na quarta (24), às 23h, com reprise aos domingos, às 20h. A família Walker, comandada pela insuperável Sally Field, revela-se no capítulo de estréia preocupada com a falta de notícias de Justin, o irmão mais novo convocado para a guerra do Iraque (para desespero da mãe super-Democrata). Esse é apenas o primeiro "gancho" para os roteiristas destrincharem as histórias que ficaram pendentes no final da primeira temporada, como a crise conjugal de Sarah (Rachel Griffiths) e Joe (John Pyper), os desafios de Kitty (Calista Flockhart) como noiva de um senador (Rob Lowe), a indefinição sexual do tio Saul (Ron Rifkin) e

as dissimulações de Rebecca (Emily VanCamp), a filha que o patriarca Walker teve fora do casamento. E já que falamos em Emmy, o Oscar da TV americana, a grande festa de entrega dos prêmios lá em Los Angeles, a de número 60, vai ser exibida na noite deste domingo (21), às 21h, pelo canal Sony. A partir das 20h, o deleite dos fãs: o canal vai exibir a chegada ao tapete vermelho das estrelas dos seriados de TV. O grande destaque da noite, porém, não deve ser quantas estatuetas séries como Heroes, Ugly Betty ou Grey’s Anatomy vão ganhar, mas sim a presença da jovem atriz Christina Applegate, estrela de Samantha Who?, que fará sua primeira aparição pública na cerimônia depois de se submeter a uma cirurgia para retirada de um tumor no seio. Depois da quebradeira de bancos, esse é o assunto da hora na terra de Tio Sam. (RR)

CINEMA Semanão italiano. Clássico, contemporâneo...

Q

ue tal reservar em sua agenda um espaço para apreciar na telona uma série de produções italianas? Não importa se a preferência é por clássicos ou contemporâneos. Na Semana Pirelli de Cinema Italiano o espectador pode escolher. O evento acontece a partir desta sexta (19) e vai até o próximo dia 25 (quinta). Na programação estão sete filmes contemporâneos e 13 obras antológicas. Os longas serão exibidos nas salas Cinemark (shoppings Iguatemi, Cidade Jardim) e no HSBC Belas Artes. Nesta sexta (19), por exemplo, quem optar por um clássico pode assistir no Shopping Cidade Jardim ao

drama Último Tango em Paris, de 1972, dirigido por Bernardo Bertolucci, com Marlon Brando e Maria Schneider, que vivem uma relação perturbadora e destrutiva. Mas se você preferir um trabalho recente, experimente ver a comédia Ônibus Noturno (2007, na foto à direita), de David Marengo, em cartaz no Shopping Iguatemi. É uma história extraída do romance homônimo de Gianpiero Rigosi, que trata do encontro de Franz e Leila, dupla de personalidades bem distintas que tenta fazer fortuna em algum lugar da América do Sul. Por que logo a América do Sul? (A graça está na resposta...) Durante a Semana Pirelli o público ainda pode ver títulos como Antes da Revolução (1964), Nós que Nos Amávamos Tanto (1974),

Só Resta Esquecer (1971), Piano, Solo (2007), A Garota do Lago (2007) e Deus Ajuda Quem Cedo Madruga (2008, na foto à esquerda). Já em sua quarta edição, o festival

é organizado pela Câmara Ítalo-Brasileira de Indústria e Comércio e ganhou, neste ano, o apoio da Pirelli. "A empresa sempre estimulou projetos diretamente relacionados à cultura,

aos atributos e às premissas da empresa", diz Guillermo Kelly, superintendente da Pirelli Pneus no Brasil. "Essas iniciativas agregam novos valores à marca, que sempre se manteve na vanguarda de programas capazes de estabelecer um intercâmbio cultural, como, por exemplo, a Coleção Pirelli-MASP de Fotografia e o apoio ao Mozarteum Brasileiro", completa. Para divulgar a mostra e promover um intercâmbio cultural e de co-produções com estudantes e profissionais brasileiros do cinema, uma comitiva italiana com 10 pessoas circulou pela cidade durante a semana. Passaram por aqui os atores Ornella Muti e Beppe Fiorello, o diretor geral da Cinecittà Studios, Lam-

berto Mancini, entre outros. A etapa final da Semana Pirelli de Cinema Italiano acontece entre os dias 22 e 31 de outubro, época em que uma delegação de atores, diretores e produtores brasileiros viaja para a Itália para participar do Festival de Cinema de Roma. (Rita Alves) Shopping Iguatemi. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2232. Tel.: 3816-6116. Shopping Cidade Jardim. Av. Magalhães de Castro, 12.000, tel.: 3552-1000. HSBC Belas Artes. Rua da Consolação, 2423, tel.: 3258-4092. Estréia e cinema infantil na página 2.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

índice RETORNO - 3 Marca Suzuki volta ao Brasil e traz, na chegada, o velho conhecido Grand Vitara.

O NOVO - 4 e 5 Sedan Linea marca o retorno da marca italiana Fiat ao segmento de veículos de luxo.

MERCADO - 6 Preço do usado subiu 0,65% em agosto e inflação do carro foi de 20,8% nos últimos três anos.

100 ANOS COM ENERGIA - 7 General Motors comemora centenário de fundação e apresenta modelo elétrico, Volt.

PICAPE BRASILEIRA - 8 Nissan Frontier volta a ser produzida no Paraná e custará entre R$ 85 mil a R$ 125 mil.

Autoridade única iversas questões a respeito da mobilidade urbana têm sido levantadas e discutidas por entidades, empresas do setor, governo e sociedade. Mas até agora, muito se fala e o pouco que se faz é insuficiente para suprir as necessidades do setor. Tamanha defasagem talvez seja pelo tratamento que a área de transportes recebe dos governos, que encaram o assunto como sendo de cunho social esquecendo a importância e sua influência na economia do País. De acordo com o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), Manoel da Silva Ferreira Filho, o Brasil precisa tratar o setor de transportes públicos com soluções que levem em conta o aspecto econômico e não apenas o social. Durante a 14ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, promovida pela Aeamesp de 2 a 5 de setembro, o secretário-geral da Alamys - Associação Latinoamericana de Metrôs y Subterrâneos, Aurelio Rojo Garrido, recomendou a criação de "autoridade única", uma experiência que deu certo em Madri, na Espanha, para solucionar o problema em metrópoles como São Paulo. Atualmente, todas as prefeituras têm sua própria secretaria de transportes e o governo do Estado também tem a sua. Cada uma delas age de maneira independente sem interagir - salvo exceções - umas com as outras. "A autoridade única seria uma

D

entidade suprapartidária que tomaria para si a gestão das pastas de transportes de municípios e Estados, propondo com planejamento, ações mais coesas para o setor", complementa Ferreira Filho. Segundo ele, a autoridade única tem como objetivo organizar e otimizar a integração dos meios de transportes urbanos, incluindo ônibus, metrô e táxi. Mesmo com a pauta em voga, com exceção de Recife e Porto Alegre, não há nenhum movimento propondo a criação de uma unidade da chamada autoridade única. No entender do vice-presidente da Aeamesp, Emiliano Stanislau Affonso Neto, o aspecto essencial evidenciado pelo conjunto das sessões da 14ª Semana foi o otimismo gerado, em boa medida, pelas expectativas de investimentos com projetos e estudos em diversas frentes, pela aproximação e entendimento entre as diferentes esferas de governo e ainda com o setor privado. "Entre os painéis tivemos duas apresentações internacionais: o desafio da expansão em curtíssimo prazo em Madri e o transporte e planejamento andando juntos em Seul. Em cada um desses dois vitoriosos projetos pudemos identificar como elemento de propulsão a vontade dos governantes de realizar e de liderar todo o processo", conclui Affonso Neto. Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp)

aGenDa 2 a 4 de outubro No Anhembi acontece o 13º Conec – Congresso dos Corretores de Seguros – com palestras, exposições de produtos e expectativa de 6 mil congressistas.

21 e 26 de outubro O Expo Center Norte receberá mais de 200 expositores durante o 1° Salão da Motocicleta.

30 de outubro a 9 de novembro O maior evento da indústria automotiva da América Latina, o Salão do Automóvel, chega à sua 25ª edição e deverá reunir cerca de 30 marcas mundiais.

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José S. Coelho Diagramação Renato B. Gaspar Ilustração Abê / Alfer / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

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ACSP Finalizado projeto de nova estação do metrô

Andrei Bonamin/Luz/2/7/2008

GIr Hoje ■ Ipiranga – Das 8h30 às 17h30, inscrições para a Corrida Infantil 3ª Volta do Museu. Até dia 26. Rua Benjamin Jafet, 95. ■ Penha – Das 9h às 13h – Programa de Empreendedores da zona leste: com o curso Planejamento Estratégico para Micro e Pequena Empresa. Até dia 26. Avenida Gabriela Mistral, 199. ■ Ipiranga – Às 20h30, Ipiranga In Concert. Paróquia Imaculada Conceição, avenida Nazaré, 993.

Empresa apresentou, na sede da ACSP, a logística de construção da futura estação Adolfo Pinheiro

Amanhã

Andrei Bonamin/Luz/2/7/2008

Andrei Bonamin/Luz/2/7/2008

Renato Abucham coordena reunião da Comissão de Comércio Exterior. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º andar. ■ Ipiranga – Às19h30, encontro de candidatos. Rua Benjamim Jafet, 95. ■ São Miguel – Às 18h, reunião do CTPU. Avenida Marechal Tito, 1042. ■ Centro – Das 18h às 22h, a distrital e o Sebrae apresentam a oficina Habilidades básicas para gerenciar um empreendimento. R. Galvão Bueno, 83. ■ São Miguel – Às 19h, reunião ordinária do Conselho Diretor. Avenida Marechal Tito, 1042.

André Alves

A

Companhia do Metropolitano (Metrô) alterou novamente o projeto de construção da futura Estação Adolfo Pinheiro, no prolongamento da Linha 5 - Lilás. Durante reunião realizada na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), representantes da empresa apresentaram o projeto final e a logística de construção da futura estação. Algumas propostas foram revistas, atendendo a reivindicações dos comerciantes da região. A principal delas é a manutenção do ambulatório da Santa Casa de Santo Amaro, que realiza mais de 50 mil atendimentos por mês. A Santa Casa é o único grande estabelecimento que será preservado da demolição, por meio do desvio do tráfego da avenida Adolfo Pinheiro. Outros empreendimentos, como o supermercado Futurama, que emprega 200 funcionários, e a empresa de telemarketing Atento, com mais de 3,5 mil empregados, serão desapropriados e demolidos. "Fizemos todos os estudos e adequamos o projeto o máximo que pudemos, gerando o menor impacto possível na Adolfo Pinheiro. Não há como retardar o início da licitação e das obras, e fisicamente não há mais como alterar o projeto", disse Sérgio Brasil, diretor de Assuntos Corporativos do Metrô. Área - Outra adequação no projeto é a diminuição da área que será desapropriada definitivamente para receber a nova estação, que passará de 30 mil para 7 mil m². "Os 23 mil m² restantes serão demolidos e desapropriados durante as obras, mas posteriormente serão passíveis de devolução. Os valores serão definidos pela justiça", explicou César Jacob, diretor jurídico do Metrô. Anteriormente, o comércio local conseguiu com que a Galeria Borba Gato fosse preservada da demolição, com exces-

Quarta

■ Pirituba – Das 8h30 às 17h30, módulo V do curso Ideal Políticas Públicas, com o Sebrae. Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3678. ■ Ipiranga – Às 20h, Teatro Musical Recriando Shakespeare. E.E. Visconde de Itaúna, rua Silva Bueno, 1412. ■ Jabaquara – Às 20h, jantar pelos 12 anos da distrital. Clube Alemão Kolpinghaus, r. Barão do Triunfo, 1213.

Na fotos acima e à direita, a avenida Adolfo Pinheiro, onde será erguida a nova estação, que faz parte do prolongamento da Linha 5 - Lilás. Pelo projeto finalizado e apresentado semana passada, a área prevista para a demolição inicial é de 7 mil m² e o imóvel que abriga o ambulatório da Santa Casa de Santo Amaro será mantido, uma reivindicação que havia sido feita pelos moradores da região.

Quinta

■ Ipiranga – Das 14h às 17h, tarde da

Fotos: Isabela Martini/Luz

Não sou contra a vinda do metrô, mas acho que a área do supermercado poderia ser preservada. Farize Habka, dona do supermercado Futurama

Alguns sofrerão o ônus do progresso. Mas temos de pensar na coletividade, que há 25 anos pede o metrô. Teruo Yatabe, diretor da Distrital Santo Amaro

Adequamos o projeto o máximo que pudemos, gerando o menor impacto possível na avenida. Sérgio Brasil, diretor de Assuntos Corporativos do Metrô

Alguns imóveis desapropriados serão, posteriormente, passíveis de devolução. César Jacob, diretor jurídico do Metrô

são de quatro lojas frontais. Durante as obras, previstas para durar 22 meses, 29 estabelecimentos da Galeria serão transferidos para um prédio da Nossa Caixa, que será alugado pelo Metrô. A mudança, prevista para o início de 2009, não terá nenhum custo para os lojistas. Finda as obras, o Metrô reconstruirá o espaço ocupado pelas lojas transferidas e os lojistas retornarão a suas instalações originais.

Protestos - Embora algumas adequações tenham agradado aos comerciantes da região, muitos protestaram durante o evento. "Não sou contra a vinda do metrô, mas acho que a área do supermercado poderia ser preservada. Tenho o Futurama como um pai. Trata-se de um centro de compras muito importante para a comunidade local", afirmou Farize Habka, proprietária do estabelecimento. O mesmo ponto de vista tem

a presidente da Associação dos Lojistas e Trabalhadores da Adolfo Pinheiro (Altap), Regina Buttner. "O maior prejuízo será a perda de milhares de empregos, que não serão repostos. Um jovem trabalhando é um delinquente a menos nas ruas", enfatizou. Já para o diretor da Distrital Santo Amaro da ACSP, Teruo Yatabe, o metrô beneficiará mais de 3 milhões de pessoas na região. "Infelizmente alguns sofrerão

o ônus do progresso. Mas temos de pensar na coletividade, que há 25 anos pede o metrô em Santo Amaro". Cronograma - De acordo com Sérgio Brasil, o edital de licitação deve ser publicado até o final do mês. A retomada das desapropriações acontecerá no dia 22 de setembro e as obras começarão no início de janeiro de 2009. O prazo de conclusão está previsto para o final de 2010.

Nova diretoria no Rio Grande do Norte

O

presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB), Alencar Burti, confirmou que participará da posse da nova diretoria da Associação Comercial e Empresarial do Rio Grande do Norte (Acern), no dia 2 de outubro próximo. “A presença do presidente da nossa entidade maior será uma demonstração de apoio ao nosso trabalho”, disse Sérgio Roberto de Medeiros Freire, presidente eleito da Acern, em visita à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na última quinta-feira. Alencar Burti – que também é presidente da ACSP e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) – afirmou, depois do encontro, que está muito con-

■ CCEX –O vice-presidente da ACSP

Fábio D'Castro/Hype

Alencar Burti, presidente da CACB, José Ferreira de Melo Neto, conselheiro, e Sérgio Freire, presidente da Acern durante visita à Associação Comercial de São Paulo

fiante no sucesso da nova diretoria da Acern. “Acredito que eles darão um novo impulso na entidade, que tem grande importância nos rumos da vida econômica e política do Rio

Grande do Norte”, afirmou. Para Burti, Sérgio Freire também saberá alavancar a federação no RN. “Eles usarão o prestígio das duas entidades para fortalecer a rede nacional das Asso-

ciações Comerciais”, destacou o presidente da CACB. Para Sérgio Freire, a Acern está pronta para enfrentar novos desafios e ampliar sua capacidade para estimular e defender

os empreendedores do RN e do Brasil. “É preciso que estejamos cada vez mais presentes no processo de decisão que envolve o desenvolvimento nacional, do nosso Estado e de nossos municípios”, afirmou Freire, que é também presidente do Sebrae-RN. Ele estava acompanhado de José Ferreira de Melo Neto, do conselho diretor da Acern e diretor superintendente do Sebrae-RN. Sérgio e José Ferreira visitaram ainda a sede da Facesp. Seu superintendente, Natanael Miranda dos Anjos, mostrou a eles projetos desenvolvidos pela entidade paulista. “Estamos avaliando projetos vitoriosos de entidades irmãs, como a Facesp e ACSP, para que possamos levar e adaptar na nossa região”, concluiu Freire. (SLR)

melhor idade. Lions Clube Ipiranga, rua Agostinho Gomes, 1652. ■ São Miguel – Às 19h30, entrega de Marco da Paz a policiais. Avenida Marechal Tito, 1042. ■ Pirituba – Às 19h30, entrega de Marco da Paz a policiais. Colégio Canello Marques, av. Menotti Laudizio, 221. ■ Penha – Às 19h30, reunião ordinária e premiação a ganhadores do 2º Concurso Literário Viva a Penha. Teatro Martins Penna, largo do Rosário, 20. ■ Santana – Às 19h45, palestra Recebendo a fiscalização – Nossos Direitos e Deveres. Rua Jovita, 309. ■ Ipiranga – Às 20h30, noite de gala do Ballet Coppelia. Seminário João XXIII, rua Doutor Mario Vicente, 1108.

Sexta

■ Jabaquara – Às 8h30, projeto Viva a Vida com Diabetes com a palestra hipertensão arterial. Avenida Santa Catarina, 641. ■ Mooca – Às 14h, palestra gratuita Osteoartrose/Osteoartrite, com Sérgio Bontempi Lanzotti, especialista em reumatologia. Realização: CM da distral e Iredo (Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares). Rua Madre de Deus, 222 . ■ Santo Amaro – Às 16h, reunião do Comitê Técnico de Política Urbana da distrital. Avenida Maria Lopes Leão, 406. ■ São Miguel – Às 19h, encontro de candidatos a vereador da região. Associação Cultural Desportiva Nikkei (Associação Cultural Kaikan), praça São João de Cortes, 8. ■ Ipiranga – Às 20h30, jantar Ipiranga nos 100 anos da Imigração Japonesa. Cay, rua Manifesto, 475.

Sábado

■ Ipiranga – Das 9h às 17h, Dia dos Descontos no comércio, nas rus do bairro. No mesmo horário, Dia da Cidadania no Mercado Municipal do Ipiranga (rua Silva Bueno, 2109). Às 22h, comemoração pelos 424 anos do bairro e 40 anos da Escola de Samba Imperador do Ipiranga, na avenida Carioca, 99

Domingo

■ Jabaquara – Das 8h às 13h, 5ª Feira da Saúde e Cidadania da Cidade Ademar. Escola Estadual Professor José Hermenegildo Leoni, rua Domênico Palma, 451. ■ Ipiranga – Às 9h, Corrida Infantil – 3ª Volta do Museu. No Museu do Ipiranga. ■ Penha – 9h, 8ª Exposição de Carros Antigos. Largo do Rosário. ■ Pirituba – Às 11h30, almoço beneficente. Convites pelos fones 3831-8454/ 8336. Não haverá venda no local. Chácara Calovini, rua Dr. André Costa, 785.


São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

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IMPORTADO

De volta, um outro Grand Vitara Suzuki retorna ao Brasil e consumidor pode optar, agora, pela segunda geração do Grand Vitara – o Tracker, da GM – ou pela terceira geração, importada do Japão

marca japonesa Suzuki, que já esteve no Brasil entre 1992 e 2003, está de volta com a criação da Suzuki Veículos do Brasil. O primeiro modelo apresentado pela distribuidora é, na verdade, um velho conhecido do consumidor brasileiro, o Grand Vitara, que vem do Japão em sua terceira geração e será vendido por R$ 89.700 na versão com câmbio mecânico e R$ 94.700 na com transmissão automática. Em paralelo, a GM continuará vendendo o Tracker, que é a segunda geração do Grand Vitara e é produzido na Argentina. O carro japonês tem tração 4x4 integral com opção de reduzida, motor 2.0 16V a gasolina de 140 cavalos de potência, a 6.000 rpm, e torque de 18,7 kgfm a 4.000 rpm. As transmissões oferecidas são a manual de cinco velocidades e a automática de quatro. O veículo está equipado com suspensão independente nas quatro rodas, sendo McPherson na dianteira e Multilink na traseira. Utiliza freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD. Possui computador de bordo com nove funções e volante multifuncional com controles de áudio. As rodas são aro 17” e os pneus de uso misto. As cores disponíveis são apenas cinza, prata e preto. O revestimento interno em couro pode ser adquirido como opcional de fábrica por R$ 1.800.

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Fotos: Divulgação

As operações da Suzuki Veículos no Brasil começarão oficialmente na segunda semana de outubro com 10 concessionárias exclusivas, sendo três delas em São Paulo. “A idéia é chegar a 30 pontos em todo o País durante o ano de 2009", garante o diretor-presidente da Suzuki Veículos Brasil, Alexandre Câmara. Futuro - Mas os planos da marca não páram por aí. A empresa vai apresentar no Salão do Automóvel de São Paulo o pequeno utilitário Jimny, que deve ter sua comercialização iniciada no País entre os meses de dezembro e janeiro em uma faixa de preço próxima a R$ 60 mil na versão 1.3 litro a gasolina e com câmbio manual. Outra possibilidade já anunciada por Câmara é a abertura de uma fábrica em Goiás. “Mas para isto precisamos estruturar toda nossa rede e verificar a aceitação do mercado, que acreditamos será ótima. Isto só deverá acontecer dentro de um ano e meio ou dois”. Vale lembrar que o modelo Tracker comercializado pela General Motors é produzido na fábrica da Suzuki na Argentina. Além de ter um design menos atualizado, vem com motor 2.0 litros 16 válvulas, que gera 12 cavalos a menos de potência (128 cv). Anderson Cavalcante

Importado do Japão, o modelo vai custar R$ 89,7 mil com câmbio mecânico


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Facesp nterior Ibitinga, a Capital do Bordado, não pára de crescer Divulgação

Arranjo Produtivo Local (APL) aumenta em 30% a produtividade nas empresas dos setores de cama, mesa, banho, enxoval de bebê e acessórios infantis A cidade de Ibitinga (foto maior, à direita) tem 1,3 mil empresas do segmento de bordados e 80% de sua população atuando em atividades ligadas à área. Na outras fotos, vestidos de noiva e produtos de cama e mesa apresentados na Feira do Bordado, realizada em julho na cidade. O APL trouxe um aumento em torno de 30% na produtividade.

André Alves

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bitinga, a Capital Nacional do Bordado que está localizada a 360 quilômetros de São Paulo, não ganhou o título à toa. O município tem em torno de 1,3 mil empresas do segmento e aproximadamente 80% de sua população atua em atividades ligadas ao bordado. Mesmo com todo esse potencial, a cidade continua crescendo no setor, principalmente por causa do Arranjo Produtivo Local (APL) de cama, mesa, banho, enxoval de bebê e acessórios infantis. O programa, implantado em Ibitinga em 2000, está proporcionando para as empresas participantes um aumento de produtividade da ordem de 30%. E novos projetos estão previstos, entre eles a construção de um Centro Tecnológico. Um APL é caracterizado pela existência de um número de empresas em um mesmo território, que atuam em torno de u m a a t i v i d a d e p ro d u t i v a principal e mantêm vínculos de articulação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como governos, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Através de um APL, a competitividade dos participantes tende a aumentar, por meio da abertura de novos mercados, elevação da qualidade dos produtos, melhoria dos processos de produção e design criativo, compras conjuntas e aperfeiçoamento do nível de gestão por meio de consultorias. Resultados - Em Ibitinga, o APL foi criado em 2000 com 19 empresas participantes, por meio de uma parceria entre o Sebrae-SP, a Secretaria da

Depois da Feira do Bordado, em julho, aliada ao APL, as vendas até o final do ano tendem a crescer de 15% a 20% no comércio local. João Stanzani, secretário da Associação Comercial e Industrial de Ibitinga

manha. Futuramente nossa idéia é criar um estande dentro da feira para que elas possam expor seus produtos". Se depender dos esforços da analista, o APL continuará crescendo na cidade. "Nosso objetivo é que o programa contemple o maior número possível de empresas do setor", completou. Para o presidente do Sindi-

cato das Indústrias e Comércio de Bordados de Ibitinga (Sindicobi), Laércio Turco, a produção das indústrias do segmento na cidade cresce de 10% a 15% ao ano. "No entanto, falta mão-de-obra especializada no município. Tanto é que muitas empresas estão importando produtos prontos. Mas sem dúvida a economia de Ibitinga gira em função

dos bordados", afirmou. Comércio - O comércio e a indústria são os grandes beneficiados pelo sucesso do APL na cidade. "Depois da Feira do Bordado, realizada em julho, aliado aos programas do APL, as vendas até o final do ano tendem a crescer de 15% a 20% no comércio local. A indústria, por sua vez, oferece aos consumidores produtos com

agentes envolvidos na cadeia produtiva. "O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) começou a analisar vários APLs no Estado. Um dos primeiros contemplados será o de Ibitinga, para a construção do Centro Tecnológico. Cerca de R$ 200 mil já foram liberados para iniciar o projeto. Ainda temos muito campo para crescer", concluiu Karla.

Notícias das associações

Dia das Crianças com teatro Comércio de Itatiba apresenta os Saltimbancos para alavancar as vendas

P Ciência e Tecnologia, Turismo e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Atualmente com 50 empresas, o APL já alcançou resultados significativos. Os empreendimentos participantes obtiveram em média 30% de aumento de produtividade. Além disso, 60% deles regularizaram suas relações com representantes e as companhias obtiveram 15% de aumento médio no faturamento, entre outros êxitos. "A verba do convênio do APL de Ibitinga para este ano é de R$ 430 mil. Este valor abrange processos de gestão, produção e tecnologia, acesso a mercados e implantação da qualidade total nas empresas", disse Karla Romanini, analista do Sebrae-SP e gestora do APL na cidade. Segundo Karla, desde que o programa foi implantado, 10 empresas já encerraram a capacitação. "Muitas delas foram conhecer uma das mais importantes feiras mundiais do setor, a Heimtêxtil, na Ale-

maior qualidade", destacou João Stanzani, secretário da Associação Comercial e Industrial de Ibitinga. Segundo Stanzani, 80% da população do município atua em atividades ligadas ao bordado. O grande projeto para um crescimento ainda maior do setor é a construção de um Centro Tecnológico do Bordado, reivindicado por todos os

ela primeira vez, a Associação Comercial e Industrial de Itatiba (Aicita) trará para a a cidade uma peça teatral como parte das promoções que realiza no comércio em datas comemorativas. Neste Dia das Crianças, por meio da campanha Itatiba Eu Compro Aqui, a população local poderá assistir à apresentação de Os Saltimbancos. Segundo os organizadores, será um presente para os consumidores que efetuarem suas compras no comércio local, preencherem os cupons e forem sorteados. São 200 empresas participantes da ação promocional e cada uma delas sorteará três crianças, de zero a 11 anos, para assistir ao espetáculo, com direito a um acompanhante. No total, 1, 2 mil pessoas serão premiadas. O cupom deverá ser preenchido com o nome da criança, data de nascimento, endereço e telefone. Os sorteios acontecem em 16 de outubro. A campanha do Dia das Crianças tem o apoio das empresas Unimed Itatiba e Mavalério.

Divulgação

Os Saltimbancos serão assistidos por 1,2 mil pessoas sorteadas

Saltimbancos – O espetáculo musical infantil Os Saltimbancos, produzido pela Companhia Realce, será apresentado no dia 25 de outubro em três sessões: às 14h, 16h e 18h, no Teatro Ralino Zambotto. A peça é uma tradução e adaptação, com texto e músicas de Chico Buarque de Holanda, do original de Sérgio Bardotti e Enrique Martinez, inspirado no conto Os músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm.

O espetáculo conta a história de quatro animais –um jumento, uma galinha, uma gata e um cachorro – que, revoltados com seus donos, partem em busca de uma nova vida. Com muito humor e embalados por lindas canções, eles vivem deliciosas aventuras para enfatizar, entre outras mensagens, a idéia de que quando todos estão juntos são fortes e não há nada para temer.

comerciais e industriais do interior do Estado

Exportação é tema de workshop

Qualidade máxima em Ubatuba

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Associação Comercial e Industrial de Araçatuba (Aciara) promove, quartafeira, o Workshop Formação de Preços e Procedimentos Administrativos de Exportação. As aulas acontecem na entidade, na rua Torres Homem, 18. Os objetivos são discutir os componentes de preços de exportação e as questões administrativas das vendas ao exterior, como as realizadas ao amparo das Declarações Simplificadas de Exportação (DSEs). Os tópicos são: habilitação no Siscomex/Radar-documentação e limites operacionais; formação de preços de exportação parcelas a serem consideradas em função dos Incoterms; documentos de exportação finalidades e tramitação/ processamento do processo de exportação; e vendas diretas e indiretas, por meio de exportadoras. O curso será dado por Jaime Akila Kochi, consultor de Comércio Exterior do Sebrae. Inscrições no (18) 3117-1777 ou no aciara@aciara.com.br. Na Facesp, (11) 3244-3043 (à tarde) ou fernandaexp@siifacesp.com.br.

Associação Comercial de Ubatuba (Aciu) abriu inscrições para o curso Qualidade máxima no atendimento ao cliente, direcionado a empresários e profissionais que mantêm contato direto com clientes. As aulas acontecem de 6 a 10 de outubro, das 18h30 às 22h30, na sede da Aciu (rua Dr. Esteves da Silva, 51). O curso possui 30 vagas e o investimento é de R$ 50, com direito a certificado do Sebrae e apostilas. A partir da análise de situações reais de atendimento, o objetivo do curso é abordar estratégias que contribuam para o aumento da qualidade do atendimento ao cliente. O conteúdo aborda cinco tópicos: identificar situações críticas de atendimento; conhecer técnicas de atendimento; conhecer o perfil do profissional de atendimento; avaliar o atendimento prestado e atender e entender o cliente. As inscrições podem ser feitas no Posto Sebrae de Ubatuba, no prédio da Aciu, até o dia 1ª de outubro. Mais informações no (12) 3834-1445.


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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

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Divulgação

Fotos: Pablo de Sousa/Cia de Luz

LANÇAMENTO

O motor 1.4 turbo vem da Itália com seus 152 cavalos. E o carro apresenta sobriedade e muitos itens de série, importantes, em todas as versões. A montadora chama isto de Novo Luxo.

Linea: a aposta da Fiat A italiana entra na briga com o sedan mais completo do segmento: air bag, ABS, ar-condicionado e som, entre outros, a partir de R$ 60.900 e você nunca ouviu falar em "Novo Luxo", vá se preparando para se familiarizar com o termo. Esta é a aposta da Fiat para promover o seu mais novo produto, o Linea, sedan quatro portas que vem para disputar, corpo a corpo, cabeça a cabeça, no páreo em que correm Chevrolet Vectra, Citroën C4 Pallas, Honda Civic, Peugeot 307, Renault Mégane e Toyota Corolla. E a montadora italiana não colocou nenhum pangaré nesta disputa, muito embora existam os que não o considerem um primor de design. Mas isto acontece com todos os automóveis do mercado, aqui e lá fora. Pelo contrário, o Linea chega com

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atributos nem sempre encontrados nos modelos de entrada dos demais: todas as versões (elas são quatro) saem de fábrica com ar-condicionado, air bag, ABS com EBD (que faz a distribuição eletrônica da frenagem, regulando a quantidade de força necessária a cada uma das rodas, de acordo com as condições de rodagem), direção hidráulica, som, travas e vidros elétricos, computador de bordo e bancos traseiros bipartidos, que permitem a ampliação do porta-malas, que tem capacidade para 500 litros. Dois motores - O Linea é oferecido com duas motorizações: o 1.9 16V, flex, nacional, com 130 cavalos a gasolina e

132 usando álcool, e o 1.4 turbinado, importado da Itália, com 152 cavalos, que só usa gasolina. Eles equipam quatro versões do novo modelo italiano: 1.9 16V, de entrada; 1.9 16V Dualogic, Absolute e T-Jet, o turbo assistido. As versões Dualogic e Absolute saem de fábrica equipadas com o câmbio Dualogic automático, já usado no Stilo, que permite ao motorista optar por dirigir o carro manualmente, procedendo à troca de marchas. Um simples toque na alavanca muda a forma de cambiar: em apenas 0,7 segundos ele terá a sua escolha de dirigir à disposição. Uma caixa de câmbio convencional está por trás do sistema, cujo conjunto é con-

trolado por uma central eletrônica. "Novo Luxo" - Ao entrar no Linea "top", o consumidor poderá ficar frustrado com a falta de elementos que "encham os olhos", como grandes painéis digitais, alavancas de câmbio, freio de mão ou outros atrativos. Mas Lélio Ramos, diretor Comercial da Fiat, explica que o carro da marca possui aquilo que ela determinou chamar de "Novo Luxo". "O Linea - diz Lélio - tem seu luxo na tecnologia embarcada. Ele possui um luxo sem exageros. Um luxo atual, moderno". Um luxo extra-carro é o cartão de crédito Itaú Platinum, de bandeira MasterCard, que o comprador do Li-

nea poderá receber. Com ele, terá condições de somar até R$ 10 mil em bônus para comprar seu próximo carro Fiat - "um Linea, com certeza", destaca Lélio Ramos. Para garantir esta fidelidade, a montadora italiana criou o Clube L'Único, que dá garantia de três anos - sem limite de quilometragem - revisões periódicas a cada 15 mil km, e um "Espaço Linea", em todas as lojas da rede Fiat, onde dois profissionais - um de vendas e outro de pós-vendas - estarão sempre à disposição do futuro comprador ou do já proprietário do novo carro da marca. No cinema - O cinema se antecipou ao

lançamento da Fiat, realizado em São Paulo, em grande estilo, no Jockey Club de São Paulo, com direito a show de Roberto Carlos e Caetano Veloso - com brilhante participação do maestro Jaques Morelenbaum - interpretando Antonio Carlos Brasileiro Jobim (Tom Jobim). O show teve duas apresentações, com a presença de cerca de 1.500 pessoas em cada uma delas. Mas quem tinha visto o filme do brasileiro Fernando Meirelles, Ensaio Sobre a Cegueira, baseado em livro do escritor português Antonio Saramago, já conhecia o carro apresentado na quarta e quinta-feiras passadas. O modelo aparece nas cenas iniciais do filme, quando toda a sua trama começa.

Em sua apresentação, o presidente da Fiat, C. Belini, reforçou a questão levantada pelo seu diretor Comercial, afirmando que a Fiat está redefinindo o que é luxo: é modernidade, é tecnologia. E complementou dizendo acreditar que a crise na economia mundial, causada pelo setor bancário norte-americano, não vai atrapalhar os planos da empresa no Brasil. "A crise não chegou hoje, o Brasil, já se sabe, está forte e vamos continuar investindo aqui". 15% do segmento - A Fiat pretende vender entre 2.500 e 3 mil Lineas por mês, dentro de um mercado que, no

próximo ano, segundo Lélio Ramos, vai somar 220 mil unidades. A marca italiana pretende ficar com 15% deste segmento, onde ela nem sempre foi muito feliz e teve no Marea sua última par ticipação. Entre os grandes trunfos para alcançar o sucesso neste nicho, além dos itens de série que superam os da concorrência, estão os seus preços: o 1.9 16V, vai custar R$ 60.900; o Dualogic (automático) R$ 63.900; o Absolute, R$ 68.640, e o turbinado T-Jet, R$ 78.900. Foi dada a largada! chicolelis


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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

MERCADO

Preço do usado sobe 0,65% em agosto No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a alta é de 1,03%, mas os importados sofreram desvalorização

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epois da maior queda do ano, registrada em julho, o preço do carro usado volta a subir, conforme apurou a Agência AutoInforme, que realiza o maior e mais amplo estudo da evolução dos valores praticados no mercado, com base na cotação da Molicar. Desta vez a alta dos preços foi de 0,65%. No acumulado do ano, no entanto, o aumento é relativamente pequeno, de apenas 1,03%, índice menor que a inflação oficial. Mas separando os carros usados nacionais e importados a pesquisa mostra comportamentos opostos. Enquanto os de fabricação local registraram alta de 2,64% entre janeiro a agosto, os importados ficaram 5,95% mais baratos. Com exceção da Agrale, que produz o jipe Marruá, todas as demais marcas fecharam o mês com alta nos preços. A maior delas foi da Audi, cujos carros ficaram 2,6% mais caros. Em seguida veio a Renault, com alta de 2,22% e a Peugeot

(+ 1,43%). A pesquisa acompanha as cotações de preços de quase três mil carros usados fabricados entre 1999 e 2008. O estudo tem no total mais de 5 mil preços avaliados. Inflação do carro - Além de pagar mais pelo nacional usado, o consumidor também está gastando mais para manter seu veículo. Alguns produtos e serviços necessários para o motorista utilizar seu carro no dia-a-dia tiveram alta expressiva nos últimos três anos. A lona de freio lidera a lista e é a campeã dos aumentos. Ficou 79% mais cara no período de 12 meses, conforme pesquisa AutoInforme feita mensalmente para apurar a inflação do carro. Na média, a alta no segmento foi 20,8% nos últimos três anos. O resultado é ligeiramente mais baixo que o da inflação oficial. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o IGPM (Índice Geral de

Preços do Mercado) foi de 20,99% no mesmo período. Logo após a lona de freio, os itens que mais subiram no espaço de 12 meses foram a revisão do carro, com alta de 63,5%, e o óleo do motor, que ficou 58,4% mais caro. Os combustíveis são os itens de maior peso na composição da inflação do carro, pois são responsáveis por 36% dos gastos totais com o carro. O álcool subiu acima da média, ficando 23,1% mais caro em três anos, mas a gasolina teve alta de apenas 16,4%. O seguro é outro item importante nos gastos com o carro. Segundo a pesquisa, o seguro total está custando 27% mais caro. Mas a pesquisa também indicou que muitos itens subiram menos que a média e alguns até caíram de preço, caso do estacionamento por duas horas, que ficou 1,1% mais barato. O alinhamento de direção subiu apenas 1,1% e a lavagem completa ficou apenas 6,6% mais cara.

ÔNIBUS E CAMINHÕES

Terceiro turno em Resende Volkswagen contrata 200 empregados para ampliar produção para 300 veículos/dia Divulgação

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fábrica de ônibus e caminhões da Volkswagen iniciou no último dia 15 o terceiro turno de produção em Resende (RJ). A montadora investiu R$ 36 milhões em um centro de logística e contratou 200 empregados para aumentar a produção de 250 para 300 unidades diárias até maio de 2009. A empresa quer bater o recorde de vendas obtido em 2007, com a venda, este ano, de 60 mil caminhões e ônibus. Para inaugurar o terceiro turno, houve uma solenidade em Resende com a participação do presidente da Volkswagen Veículos Comerciais, Stephan Schaller. Recorde de produção - Já a Ford, com a produção de 3.468 caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo em julho, um recorde mensal histórico, atingiu o número de 200.000 veículos comerciais pesados fabricados desde 2001, quando foram iniciadas as operações nesta área. A fábrica usa o conceito produtivo modular e uma estrutura flexível, o que proporciona agilidade na produção. São feitos ali os caminhões Cargo e F, além da picape F-250, num total de 30 versões e mais de 300 configurações. Em janeiro de 2009, a unidade industrial da Ford terá um segundo turno, que permitirá novo avanço na produção para atender o mercado nos próximos anos, que, conforme prevê a empresa, continuará em crescimento. "O conceito de kits modulares reduz a complexidade de produzir duas famílias de produtos na mesma linha. Foram realizados expressivos investimentos no aprimoramento desse sistema e na capacitação de mão-de-obra, até chegar ao estágio atual", disse Roberto Castro, gerente da fábrica de caminhões. Agência AutoInforme

Com fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, a VW Caminhões e Ônibus projeta vender 60 mil veículos durante este ano


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

ECONOMIA - 3

Economia

CAIXA 1 O seu consultor financeiro

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esmo com a alta volatilidade da bolsa de valores e do mercado de câmbio e as perspectivas incertas para o futuro, o pequeno investidor não precisa ficar totalmente "à deriva". Há opções para controlar ou, pelo menos, minimizar as perdas. Entre elas, ganham destaque os minicontratos da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), abertos para a pessoa física em 2004. Eles são frações de contratos futuros convencionais disponíveis em quatro versões: Ibovespa (o principal indicador da bolsa paulista), dólar, boi gordo e café. As frações variam de 10% a 20% do valor de um contrato tradicional. Para as pequenas empresas, a recomendação dos especialistas também é de se proteger de possíveis perdas financeiras (fazer hedge no jargão do mercado) com os minicontratos. Há ainda as pessoas que pretendem viajar ao exterior, que podem travar (fixar) o valor do dólar. Os minis têm as mesmas características dos contratos padrão da BM&F, mas com preços mais acessíveis. Enquanto o tradicional do Ibovespa custa R$ 1 para cada ponto, no mini é R$ 0,20. O de dólar custa 10% do valor do convencional, ou seja, US$ 5 mil. Também existem os minis de boi gordo (33 vezes o valor da arroba) e os de café (10 sacas de 60 quilos), mas esses não são negociados atualmente por falta de liquidez.

Proteja-se do furacão com os minicontratos Disponíveis para as pessoas físicas desde 2004, eles podem minimizar perdas na bolsa.

Operações Para começar a operar é preciso um mínimo de R$ 3 mil, além do valor do contrato, para que se possa depositar as margens, que cobrem um determinado nível de variação de preço do papel. Dependendo das variações do mercado, a BM&F pode solicitar novas camadas de margem para o sustento da posição assumida pelo investidor. "O depósito de margem do mini de Ibovespa hoje é de R$ 1,56 mil; para o mini de dólar, é de R$ 810", diz o diretor de desenvolvimento e fomento de mercado da BM&FBovespa, Verdi Rosa Monteiro. O funcionamento de uma

FERNANDA PRESSINOTT operação com o Ibovespa é simples. A pessoa assume uma posição comprada (apostando na alta) ou vendida (para se proteger da queda), isto é, acreditando que a pontuação do Ibovespa vai aumentar ou diminuir em determinado período, e paga por essa aposta. Para fazer um hedge, a posição do minicontrato tem que ser equivalente ao valor da carteira de ações que o investidor tenha na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por exemplo, o investidor possui

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R$ 20 mil em ações com o Ibovespa em 53 mil pontos e acredita que ele subirá para 58 mil pontos. Mas, para se proteger caso o índice não chegue até o patamar imaginado, fica vendido em minicontratos. Isto é, compra R$ 11,6 mil em minis de Ibovespa. Se a bolsa continuar em 53 mil pontos, o mini custará R$ 10,6 mil e o investidor receberá R$ 1 mil em ajuste diário. Se a bolsa cair, o ajuste é ainda maior a favor do investidor e, caso suba, ele apenas deixa de ganhar no mercado futuro.

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pendendo do contrato. Monteiro, da BM&F, ressalta, no entanto, que "o contrato futuro vence". "Portanto, o investidor precisa saber que não pode deixar um portfólio lá parado, como as ações." Já os minicontratos de dólar são mais usados por pequenas empresas de comércio exterior que não querem tomar sustos. A cotação é feita em reais para cada mil dólares. Isso quer dizer que, se a moeda norte-americana estiver a R$ 1,60, o contrato é de R$ 1,6 mil e o preço do mini é

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4 - ECONOMIA

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Economia

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O V O P O ALA F

Nas ruas, o medo da crise na vida real. Veja o que as pessoas pensam sobre o que está acontecendo e a análise de um especialista sobre os temores de cada um.

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Fotos: Mário Miranda/LUZ

SÉRGIO FORTUNATO, ENGENHEIRO

"É claro que uma crise na maior economia mundial afeta todos os outros países. Acho que, por enquanto, não interfere na nossa vida, mas é questão de tempo para que os efeitos cheguem até aqui. Não tem como: a relação comercial entre os países faz com que um mercado dependa cada vez mais do outro e isso afeta nosso dia-a-dia." Alcides Leite: "A crise norte-americana não deve contaminar diretamente a economia real do Brasil, apenas o mercado financeiro. Nosso País tem o mercado interno fortalecido, economia em expansão e investe na capacidade produtiva. O que pode acontecer é que esse caos, que se alastrou pelo resto do mundo, além dos EUA, prejudique um pouco nosso crescimento, que pode ficar em torno de 4% em 2008. Mesmo assim, é bom lembrar que o Brasil está muito mais resistente economicamente hoje do que nas crises financeiras mundiais passadas."

Divulgação

A

crise iniciada no mercado imobiliário nos Estados Unidos, seguida da queda das bolsas de valores no mundo todo e da quebra de grandes instituições financeiras, tem assustado até quem nunca se interessou por assuntos econômicos e gera muita confusão. O DC foi às ruas saber o que o paulistano pensa sobre a crise nos mercados mundiais e pediu ao economista da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite (foto ao lado) para esclarecer as dúvidas que surgiram e explicar os cenários mais prováveis para a economia brasileira. Ele garante: "Não vai subir o preço da gasolina, o fantasma da inflação não vai voltar, os juros continuarão mais baixos e o crescimento econômico do Brasil está garantido".

ADRIANA JORGE, RECEPCIONISTA

OLAVO CAMPOS, ENGENHEIRO "Acredito que, com a quebra de grandes bancos norteamericanos e a falta de dinheiro no mercado internacional, vai faltar crédito aqui para a gente também. Ninguém vive sozinho no mundo e as economias precisam umas das outras para se desenvolverem. Se uma cai, todo mundo se prejudica, ainda mais quando estamos falando de um país tão importante como os Estados Unidos."

"Quem tem dinheiro aplicado na bolsa de valores está perdendo muito, não é? As minhas economias estão na caderneta de poupança, mas às vezes fico preocupada com essas notícias de quebra de bancos nos Estados Unidos. Se os bancos quebrarem aqui também, perco todo o dinheiro que juntei até hoje, mesmo que o rendimento esteja cada vez mais baixo."

Alcides Leite: "O crédito não deve diminuir para o consumidor comum no curto prazo. Ou seja: se você quer financiar um apartamento no banco ou mesmo um carro, nada deve mudar por enquanto. O Brasil recebe, sim, crédito no exterior, que ajuda no crescimento interno. Mas esse dinheiro que vem de fora ainda é pequeno a ponto de se poder afirmar que vai atrapalhar nosso crescimento ou o acesso do consumidor ao crédito. Além disso, podemos expandir a oferta de crédito somente com os investimentos internos, já que essa oferta ainda é pequena se comparada com o tamanho do Produto Interno Bruto brasileiro."

Alcides Leite: "A crise na economia norte-americana não deve quebrar nenhum banco brasileiro porque nossas instituições financeiras não têm ativos em bancos dos Estados Unidos. A maioria das operações dos bancos brasileiros está apoiada em títulos do governo local. E a bolsa de valores está caindo tanto pelo fato de as bolsas do mundo inteiro estarem conectadas. Mas, amenizado esse período mais agudo da crise, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve recuperar as perdas e voltar a bater recordes."

ATOMIR COSTA, ENGRAXATE

JOSÉ MOREIRA, SEGURANÇA:

"Parece que cada hora que mexe em uma coisa, prejudica outra. Os jornais estão mostrando que a confusão está cada vez maior. A todo momento se descobre um prejuízo diferente. Tem gente que fala que vai subir a gasolina. Também já ouvir dizer que a inflação alta pode voltar. Será que tudo vem abaixo agora?"

"Cada dia vem uma notícia ruim dos Estados Unidos e isso influencia no nosso dia-a-dia. Dessa vez, acho que essa crise internacional aumenta o desemprego por aqui e também faz a inflação subir. Com o dólar mais alto, os preços ficam mais altos para nós também. As coisas estão ficando mais difíceis e acho que, mais cedo ou mais tarde, essa crise vai chegar ao Brasil."

Alcides Leite esclarece: "A gasolina não vai subir porque os preços do petróleo no mercado internacional estão em queda, como conseqüência da situação econômica lá fora. E a inflação também não vai subir, primeiro pela política de juros do Banco Central e depois porque, se a recessão chegasse por aqui, algo que não deve acontecer, o consumo diminuiria. E consumo menor geralmente significa preços estáveis ou também menores."

Alcides Leite: "Pode até ser que a crise lá nos Estados Unidos diminua o número de empregos gerados aqui no Brasil, mas isso não deve criar desemprego. E o Banco Central já sinalizou que vai controlar a inflação com a política de juros e cumprir a meta em 2008. Em relação à cotação do dólar, nos últimos dias ela apenas recuperou parte da queda expressiva que teve em um ano e não deve continuar a subir com força."

Aplicação de FGTS na Petrobras

O

governo Lula estuda reabrir compra das ações da Petrobras com recursos do FGTS. Segundo reportagem publicada neste domingo no Jornal "Folha de S.Paulo", o dinheiro arrecadado seria usado para capitalizar a empresa para a exploração dos poços do pré-sal. A informação foi confirmada pelo Ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Segundo a reportagem, quem já tem ações da Petrobras comprada com recursos do

fundo também poderia voltar a aplicar recursos remanescentes nos papéis. Entretanto, para permitir a capitalização, será preciso mudar a lei. Isto porque a legislação que permitiu a compra só liberava uma única aquisição. A primeira vez que o governo permitiu o uso do FGTS para a compra de ações foi em 2000. Naquela época, 312 mil trabalhadores adquiriram os papéis. De lá para cá, os preços das ações já

multiplicaram, valorizando mais de 750%, isto significa que a aplicação foi multiplicada em mais de oito vezes. Só no último ano, apesar da crise financeira, as ações se valorizaram mais de 30%. Em 2002, o governo liberou a compra de ações da Vale do Rio Doce, durante seu processo de privatização. Mais de 700 mil trabalhadores compraram os papéis. Desde então, as ações renderam mais de 800%, ou mais de nove vezes o valor das aplicações.

No entanto, temendo perder parte de seu investimento por conta da crise, alguns investidores correram aos bancos para sacar. O fundo FGTS-Petrobras perdeu 18,28% este ano e o FGTS-Vale, 24,65%. Mas, segundo especialistas, ainda não há motivo para se desesperar: os ganhos desses fundos ainda são bastante superiores à correção do FGTS e ganham até do principal indicador da Bolsa, o Ibovespa, nos períodos. (AG)


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ECONOMIA - 5

Economia

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Franquias sem problemas trabalhistas Há casos em que franqueadores são envolvidos em pendências de franqueados. Para evitar problemas, especialistas recomendam contratos bem elaborados e cuidados no relacionamento diário.

A

s questões trabalhistas figuram entre os numerosos detalhes que merecem cuidado na administração de negócios regidos pelo franchising. Hoje, ainda há casos em que o dono de uma marca se vê envolvido com passivos trabalhistas da empresa franqueada. Para evitar dores de cabeça futuras, os especialistas recomendam contratos de franquia bem elaborados e que sejam tomados cuidados diários no relacionamento comercial. Atualmente, existem três linhas de entendimento jurídico sobre a questão,

afirma o sócio do escritório Alves Almeida Advogados Luiz Guilherme Julian de Almeida. A interpretação menos polêmica considera que o franqueador não tem responsabilidade sobre as obrigações trabalhistas e previdenciárias do franqueado, reconhecendo, conforme dispõe a legislação que rege o setor, que as partes têm personalidades jurídicas próprias.

A lei de franquia é bem clara, em seu artigo 2º: não existe um vínculo empregatício entre o franqueador e os funcionários do franqueado. LUIZ GUILHERME ALMEIDA, ADVOGADO

Uma segunda linha de entendimento jurídico, no entanto, estabelece a responsabilidade solidária do franqueador, por entender que as partes compõem um grupo econômico. "É uma corrente forte nos tribunais", afirma o advogado Fernando Tardioli, do escritório Correia da Silva. Precaução Para não cair nessa interpretação do Judiciário, Tardioli recomenda que o franqueador evite interferir nos negócios do franqueado. "É aí que mora o perigo. Durante a discussão judicial, vai ser examinada a realidade, no exercício da atividade da franquia, para verificar se há subordinação ou ingerência", alerta Tardioli. Isso poderá ser configurado se o franqueador se exceder na interferência sobre a rede, além do necessário à manutenção do padrão da operação. Isso é caracterizado, por exemplo, pela exigência da obrigatoriedade de compras pelo franqueado. A Justiça também poderá considerar a existência da responsabilidade subsidiária. A interpretação é aplicável a situações nas quais entendese que existe terceirização de mão-de-obra e em que o franqueador é beneficiário da

situação. Tardioli recorda que uma decisão judicial de abril deste ano desconsiderou o contrato de franquia entre as partes e reconheceu a terceirização. Segundo esse raciocínio, o negócio não passaria de uma franquia de fachada, na qual o franqueador trataria, por exemplo, distribuidores e representantes comerciais como franqueados, apenas para fugir dos encargos trabalhistas.

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Tendências nos tribunais O advogado Luiz Guilherme de Almeida afirma que o entendimento do Judiciário, hoje, sobre o sistema de franchising, já é "mais cristalino". "A lei de franquia é bem clara, em seu artigo 2º: não existe um vínculo empregatício entre o franqueador e os funcionários do franqueado." Ele alerta, no entanto, que ainda aparecem nos processos as três linhas de entendimento jurídico, especialmente nos julgamentos realizados em primeira instância. Na segunda instância, de acordo com o advogado, já é mais comum se reconhecer que as partes atuam como empresas distintas, enquanto no Superior Tribunal do Trabalho (STS) há uma tendência forte de se afastar o vínculo empregatício, "desde que respeitadas as questões legais", ressalva.

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Ainda não se deve esquecer que o judiciário também leva em conta, na análise dos casos, a dinâmica de relacionamento entre os envolvidos no caso. Isso significa que o franqueador precisa ter claro em mente que, além do contrato, importa como ele se relaciona com a rede no dia-a-dia. Os desvios é que fazem surgir as hipóteses de responsabilidade solidária ou subsidiária, ressaltam os especialistas.

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Para evitar essas situações, segundo os especialistas, a primeira providência é ter um contrato de franquia muito bem elaborado, no qual constem todas as obrigações das partes, como exigência de que os funcionários da empresa franqueada sejam registrados. "A franquia empresarial só se demonstra por contrato escrito e assinado perante duas testemunhas. Senão, o franqueador poderá ficar vulnerável", enfatiza Tardioli.

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Falta de trabalho é justificativa usada por 43% dos devedores ouvidos em pesquisa da ACSP Divulgação

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desemprego ainda é o maior fator de inadimplência do consumidor brasileiro, segundo a pesquisa semestral "Perfil do Inadimplente" da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Relatórios do estudo são produzidos nos meses de m a rç o e s e t e m b ro , d e s d e 1999. A análise deste mês ainda não está fechada completamente, mas a prévia mostra que 43% do universo pesquisado pela Associação apontam a falta de trabalho formal como a primeira causa de impedimento para o pagamento das contas. Entre setembro de 2006 e março deste ano a percentagem variou pouco. Estava em 56% há dois anos, passou para 53% em março do ano passado, para 55% em setembro de 2007, e para 52% em março de 2008. "Apesar da queda entre março e setembro deste ano, temos este principal motivo justamente no momento em que se registram altas taxas de emprego, nos números do governo federal", disse a superintendente de Produtos e Serviços da ACSP, Roseli Garcia, ao apresentar os dados preliminares do item "Motivos da falta de pagamento",

Magazine Luiza vai usar serviços da Associação Comercial para proteger crédito

CÓDIGO DO CONSUMIDOR FAZ 18 ANOS

Desemprego está puxando a inadimplência Mario Tonocchi

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no II Congresso Nacional de Recuperação de Crédito. Realizado pela Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito, em São Paulo, o evento reuniu 120 empresários do setor de cobrança. Apesar da queda no índice de desemprego, a pesquisa de setembro mostra que, ao contrário, está em alta o descontrole financeiro na falta de pagamento. O descontrole nas contas é o segundo maior motivo da inadimplência na pesquisa de setembro. O índice deste mês ficou em 21% dos que não conseguiram pagar as contas. Em março passado, 13% apontaram esse problema para não quitar débitos. Os índices podem indicar excesso de gastos de pelo menos uma parcela dos consumidores. O descontrole do orçamento doméstico já foi menor. Em setembro de 2006, registrou índice de 11%, caindo para 10% em março do ano passado e 9% em setembro de 2007. A pesquisa do perfil do inadimplente da ACSP ouve devedores que se apresentam no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) para resolver seus débitos. São entrevistadas, em média, mil pessoas. Além das causas da falta de pagamento dos empréstimos e financiamentos, a sondagem também relaciona idade,

Roseli Garcia, da ACSP: está em alta o descontrole financeiro

Seminário discute o Código do Consumidor Silvia Pimentel

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Código de Defesa do Consumidor (CDC) completa neste mês 18 anos de existência. Com o objetivo de fazer um balanço das relações entre clientes e fornecedores de produtos e serviços, o portal www.compraconsciente.com.br realiza amanhã, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o seminário "Maioridade do Código de Defesa do Consumidor", com a participação de advogados, jornalistas e juristas. Na opinião da jornalista e especialista em consumo Angela Crespo, uma das organizadoras do

Parceria com a ACSP Adriana David

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onceder crédito em um mercado pouco conhecido era algo que preocupava a direção do Magazine Luiza, que hoje inaugura 44 lojas em 18 municípios da Região Metropolitana de São Paulo e Litoral. Para saber como lidar com a inadimplência, a rede contou com um forte aliado: a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Segundo o gerenda, como pretende quitar os débitos, e se pretende fazer compras nos próximos três meses. No quesito "Falta de pagamento" também entram descontrole de gastos, queda na renda, doenças na família e problemas financeiros pelo

evento, o CDC foi uma lei tão bem escrita que ninguém ousa mexer. "Embora ainda faltem muitos itens a serem regulamentados, a legislação atende realmente as necessidades do consumidor", completa. Ex-editora da coluna de consumo do Jornal da Tarde, Angela afirma que o consumidor atual está consciente no momento em que o problema aparece. "Ele sabe como recorrer, seja no Procon, no Juizado de Pequenas Causas, ou registrando reclamação em site de relacionamento". Entre os assuntos a serem abordados no seminário estão os novos consumidores e o papel dos sites der relacionamento.

rente de contas da Unidade de Negócios de Pessoa Física (UNPF), Marcos Adriano Valério, foram usadas soluções para filtrar e analisar o crédito de pessoas que residem perto das lojas e têm o perfil de clientes potenciais da rede. Além das consultas do serviço SCPC Integrado, o Magazine Luiza utilizou o Score Crédito. O serviço verifica a possibilidade de determinada pessoa se tornar inadimplente nos próximos meses.

fato de o devedor ter sido fiador de alguém. No congresso, o cadastro positivo foi apontado como instrumento fundamental para qualificar consumidores e reduzir custos da comercialização de crédito.

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úvidas sobre a substituição tributária adotada em São Paulo devem ser encaminhadas ao e-mail substituicaotributaria@dcomercio.com.br. As questões serão respondidas pelo Sindicato das Empresas de Contabilidade no Estado de São Paulo (SesconSP) e publicadas às segundasfeiras no Diário do Comércio. Na aquisição de produtos com substituição tributária, como itens de higiene e sorvete, somos obrigados a emitir um relatório como na CAT 38/2008 e CAT 100/2008. Temos que elaborar essa planilha? Com exceção dos fabricantes, importadores ou arrematantes de mercadoria importada do exterior e apreendida, os estabelecimentos paulistas que tinham em estoque produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, introduzido pelos Decretos nºs 52.364/07, 52.804/08 e 52.921/08, tiveram que proceder ao seu levantamento e apuração do imposto devido em razão da nova sistemática. Para apurá-lo, os contribuintes obrigados tiveram que proceder ao levantamento do estoque das mercadorias sujeitas à substituição tributária existentes antes da vigência do regime e elaborar relação indicando, para cada item: a) o valor das mercadorias em estoque e a base de cálculo para fins de incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), considerando a entrada mais recente da mercadoria; b) a alíquota interna aplicável; c) o valor do imposto devido, calculado com base no IVA-ST; d) o correspondente código na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); Os estabelecimentos sujeitos

ao Regime Periódico de Apuração (RPA) ficaram obrigados a transmitir arquivo digital da referida relação à Secretaria da Fazenda observando-se os seguintes prazos: a) até 15.05.2008, relativo ao estoque de medicamentos, bebidas alcoólicas, produtos de perfumaria e higiene, ração animal, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias, lâmpadas elétricas, papel; b) até 15.06.2008, relativo ao estoque de produtos alimentícios e material de construção. Em caso de estabelecimento enquadrado no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte (Simples Nacional), a relação deve ser mantida em arquivo por cinco anos. Tenho um cliente que recebeu NF de seu fornecedor do setor de autopeças. Os produtos vieram com o ICMS destacado, mas estão sujeitos à substituição tributária. Meu cliente se creditou do imposto. É preciso estornar este crédito? Os contribuintes substituídos não podem se creditar do ICMS incidente sobre mercadorias enquadradas no regime de substituição tributária, nos termos do art. 278 do RICMS/SP. Para o substituído, nas operações sujeitas à substituição, os lançamentos das entradas e saídas são feitos na coluna "outras", não existindo nem crédito nem débito do imposto a ser apurado. Tendo sido efetuado o crédito, o contribuinte deverá fazer o estorno do imposto indevidamente creditado na RPA, no campo "observações", como lançamento indevido (arts. 59 e 60 do RICMS).


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DEMOCRATAS CRITICAM PLANO DE US$ 700 BILHÕES

Estamos conversando ativamente com outros países ao redor do mundo e os encorajando a adotar medidas semelhantes. Henry Paulson, sec. do Tesouro

CRISE Semana decisiva nos EUA BC de olho no crédito

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secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson (foto), afirmou ontem, durante entrevista na TV, que vários países irão adotar pacotes de emergência semelhantes ao plano de US$ 700 bilhões anunciado pelo governo dos Estados Unidos na semana passada. "Nós estamos conversando ativamente com outros países ao redor do mundo e os encorajando a adotar medidas semelhantes, o que eu acho que eles farão", disse Paulson. "Eu odeio ter de fazer isso, mas o momento traz muita humildade para os EUA." O Congresso deve votar nesta semana o plano apresentado por Paulson no último sábado, que pede liberdade irrestrita ao Tesouro para comprar dos bancos títulos lastreados em hipotecas e outros papéis desvalori-

zados e pouco líquidos. Para ração excessiva de executiPaulson, essa é a única maneira vos", afirmou a democrata. de lidar com a paralisação dos Contrapartida – Os demomercados de crédito. cratas exigem que o pacote inA presidente da Câmara dos clua a recompra de hipotecas Representantes dos Estados inadimplentes e refinanciaUnidos, a democrata Nancy mento para os mutuários – nos Pelosi, disse ontem Alex Wong/Reuters moldes do Home que o Congresso não Owners Loan Corpodeveria dar um "cheration, agência criada que em branco" para durante a Grande Depressão dos anos 1930 Wall Street. Em uma declaração divulgapara refinanciar hipotecas e evitar exeda à noite, ela disse que os democratas cuções. "Nós não temos escolha, precisado Congresso "não irão simplesmente mos agir", disse o seentregar um cheque em branco nador democrata Christopher de US$ 700 bilhões para Wall Dodd, líder do comitê bancáStreet e torcer por um resulta- rio do Senado. "Mas precisado melhor". mos lidar com as execuções de "Os democratas acreditam hipoteca, ou o problema vai que uma solução responsável persistir." deveria incluir supervisão inOs democratas também dependente, proteção a donos querem uma garantia de que o de imóveis e limites à remune- presidente George W. Bush irá

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CNPJ nº 00.924.432/0001-99 Segunda Convocação - Assembléia Geral de Debenturistas da 2ª Emissão Ficam convocados os Srs. Debenturistas a se reunirem em Assembléia Geral a ser realizada em 29 de setembro de 2008, às 10:00 h, em 2ª convocação, na sede da Emissora, na Estrada Municipal Vinhedo/Itupeva, 7001, Vinhedo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Apreciação pelos debenturistas de proposta da Emissora quanto à prorrogação da data de vencimento das debêntures, e do pagamento do valor nominal das debêntures acrescido da remuneração, vencíveis em 01 de outubro de 2008; b) Autorizar o Agente Fiduciário a celebrar, em conjunto com a Emissora e a Interveniente Garantidora, aditamento à escritura de emissão face às deliberações da Assembléia. Vinhedo, 20 de setembro de 2008 Marcelo França de Lima Diretor de Relações com Investidores

PREFEITURA DE FRANCA AVISO DE LICITAÇÃO Processo nº 13.014/08. A PREFEITURA DE FRANCA faz público que se encontra aberto o PREGÃO PRESENCIAL Nº 008/08, tipo MENOR PREÇO. Objeto: Aquisição de softwares Autocad com treinamento de servidores. A entrega dos envelopes contendo a proposta e habilitação será na Divisão de Compras e Licitações, situada na Rua Frederico Moura, 1.517 - 1º andar do paço Municipal - Cidade Nova, até às 14h30 do dia 02 de outubro de 2008, onde ocorrerá o processamento do Pregão. O Edital com todas as informações está à disposição no site desta Prefeitura, www.franca.sp.gov.br. Franca, 19 de setembro de 2008. Sérgio Luiz Romero Gerbasi Pregoeiro PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI-MIRIM

REABERTURA DOS PRAZOS DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 070/2008 O Pregoeiro comunica a reabertura do Pregão Presencial nº 070/2008 cujo objeto é o fornecimento parcelado do medicamento MABTHERA. Data do credenciamento e abertura dos envelopes: 03/10/2008, às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 02/10/2008. Pregoeiro. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 073/2008 Objeto: fornecimento programado de materiais gráficos, destinados às unidades administrativas da Prefeitura pelo período de 12 (doze) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 08/10/2008, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 07/10/2008. Pregoeira.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/1370/08/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE MESA ACESSÍVEL MF - 04 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para aquisição de Mesa Acessível MF - 04. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 22/09/2008, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 03/10/2008. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PREGÃO Nº 028/2008 - FAMESP PROCESSO Nº 323/2008 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 22 de setembro a 01 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX (0xx14)38821885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 028/2008 - FAMESP, PROCESSO Nº 323/2008 - FAMESP, que tem como objetivo CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO DE REMOÇÃO INTERNA DE PACIENTES QUE FORAM A ÓBITO NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO, PRONTO SOCORRO, UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA, CENTRO CIRÚRGICO, CENTRO OBSTÉTRICO, AMBULATÓRIO, CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM, PARA O SERVIÇO DE PATOL, para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, do tipo menor preço mensal, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 02 de setembro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 18 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor-Presidente - FAMESP

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA AVISO DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 051/2008, que visa o “registro de preços para materiais para curativo”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 hs do dia 07 de outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 hs do dia 07 de outubro de 2008. Araraquara, 17 de setembro de 2008. LÚCIA REGINA ORTIZ LIMA, Secretária Municipal de Saúde; MARCOS ROBISON ISIDORO DA SILVA, Secretário de Administração. AVISO DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 050/2008, que visa o “registro de preços para materiais de enfermagem como: agulha hipodérmica, algodão, cânula endotraqueal, coletor, dispositivo scalp, eletrodo, lâmina estéril, luvas, nebulizador, sonda de foley, sonda nasogástica, aparelho para verificar pressão, estetoscópio, termômetro e iodopovidona”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 hs do dia 07 de outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 hs do dia 07 de outubro de 2008. Araraquara, 17 de setembro de 2008. LÚCIA REGINA ORTIZ LIMA, Secretária Municipal de Saúde; MARCOS ROBISON ISIDORO DA SILVA, Secretário de Administração. AVISO DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 049/2008, que visa o “registro de preços de medicamentos: medroxiprogesterona, bromoprida, cetoconazol, clonidina, pilocarpina, estriol, estrogênio, miconazol, policresuleno, valpróico e tobramicina”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 hs do dia 07 de outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 hs do dia 07 de outubro de 2008. Araraquara, 17 de setembro de 2008. LÚCIA REGINA ORTIZ LIMA, Secretária Municipal de Saúde; MARCOS ROBISON ISIDORO DA SILVA, Secretário de Administração. AVISO DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 042/2008, que visa o “registro de preços para medicamentos”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 hs do dia 06 de outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 hs do dia 06 de outubro de 2008. Araraquara, 02 de setembro de 2008. LÚCIA REGINA ORTIZ LIMA, Secretária Municipal de Saúde; MARCOS ROBISON ISIDORO DA SILVA, Secretário de Administração.

aprovar um segundo pacote de estímulo à economia este ano, o qual poderia incluir investimentos do governo em infra-estrutura e restituição de impostos aos contribuintes. Mas os republicanos resistem a esses adicionais ao projeto e querem que a lei contenha apenas a autorização para o Tesouro comprar os títulos podres. A legislação precisa ser aprovada em curtíssimo prazo para evitar a volta da turbulência que levou à quebra do banco Lehman Brothers, a intervenção na seguradora AIG e a venda da Merrill Lynch. "É importante que todos compreendam a seriedade da situação e que nós enviemos um sinal claro ao mercado de que este plano vai avançar rapidamente", afirmou ontem Tony Fratto, porta-voz da Casa Branca. (AE)

N

a esteira da crise no mercado internacional, o Banco Central (BC) se prepara para exigir que todas as instituições financeiras mantenham estrutura de gerenciamento de crédito. O objetivo é que, a partir de junho de 2009, sejam criadas áreas de análise para prever problemas nos empréstimos. Entre os motivos citados para a adoção da medida, o BC lembra da "recente turbulência externa" e afirma que foram observadas "práticas inadequadas" que geraram perdas "em algumas das maiores e mais complexas instituições financeiras do mundo". A exigência dessa nova área dentro dos bancos já estava prevista no conjunto de normas de supervisão conhecido como "Basiléia II", que está sendo implementado no Brasil. Mas um documento divulgado pelo BC ao mercado mostra que os prejuízos bilionários nos EUA reforçaram a necessidade de mais rigor na concessão e acompanhamento das operações de crédito. O BC observa que a maior parte da regulamentação atual foca questões "quantitativas" quando avaliadas por exemplo, o limite de exposição do banco aos clientes, capital exigido para o funcionamento da instituição. "Busca-se uma maior ênfase ao aspecto qualitativo", completa. (AE) Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP

BANCO ITAÚ BBA S.A. CNPJ 17.298.092/0001-30 NIRE 35300318951 EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 13.8.2008 Data/horário/local: 13.8.2008, às 10:00 hs, na sede social, em número legal e sob a coordenação do Vice-Presidente Henri Penchas. Deliberação tomada por unanimidade: promovido a Diretor Executivo de “Investment Banking” o atual Diretor ANDRÉ EMILIO KOK NETO, RG-SSP/SP 15.789.068-5, CPF 086.803.238-70, que foi empossado no cargo em 13.8.2008. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio e arquivada conforme seguinte:“CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o número 306.552/08-5, em 12.9.08 (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral”.

CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados, na forma da lei, os Srs. Acionistas da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 29 de setembro de 2008, às 10:00 horas, na sua sede social, na Av. Miguel Estéfano, nº 3.900 - Água Funda, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Ratificação de eleição de membro do Conselho de Administração; b) Eleição de membro do Conselho de Administração; c) Outros assuntos de interesse da Sociedade. São Paulo, 18/09/2008. João de Almeida Sampaio Filho - Presidente do Conselho de Administração.

HOLCIM (BRASIL) S.A.

CNPJ/MF nº 60.869.336/0001-17 - NIRE nº 35.300.044.924 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada no dia 20 de agosto de 2008 (lavrada sob a forma de sumário, como faculta da Lei das Sociedades por Ações) I - Data, Hora, Local: Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 20 de agosto de 2008, às 10:00 horas, na sede social, na Rua Verbo Divino, 1.488 - 5º andar, Bloco “D”, Bairro Chácara Santo Antônio, São Paulo - SP, CEP 04719-904. II - Publicações: Editais de Convocação publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo nos dias 08, 09 e 12 de agosto de 2008, e no Diário do Comércio nos dias 08, 11 e 12 de agosto de 2008. III - Presença: Compareceram á assembléia os acionistas representando mais de 99% do capital votante, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas. IV - Mesa: Presidente: Karl Franz Bühler, Secretária: Marina Braga Dias. V Deliberações Tomadas (todas por unanimidade): (a) Os acionistas apreciaram e aprovaram proposta de alteração do objeto social da Companhia, de forma que o art. 3º passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º: A Companhia tem por objeto: (a) a exploração de minas e jazidas em geral; (b) a indústria e o comércio de cimento, argamassa, pó calcário, para fins agrícolas ou industriais, e produtos complementares para a construção civil, in natura, bem como o beneficiamento de escória; (c) a importação e exportação de produtos e ou serviços ligados ao seu objeto; (d) a prestação de serviços de concretagem e bombeamento de concreto e serviços de engenharia e correlatos; (e) a prestação de serviços de transporte de mercadorias, próprias ou de terceiros; (f) a exploração de pedreiras para a produção de agregado para concreto e para qualquer outra finalidade do emprego da pedra e o exercício de atividades decorrentes da exploração de pedreiras; (g) o manuseio e coprocessamento de combustíveis alternativos e resíduos industriais, incluindo a coleta e/ou a destinação final de resíduos que não possam ser co-processados, e prestação de serviços de análises laboratoriais para este fim; (h) prestação de serviços de informática a empresas coligadas da Companhia que estão sediadas no exterior; (i) compra e venda de equipamentos destinados à construção civil; (j) o licenciameto de uso de marcas de sua propriedade; (k) a participação em outras sociedades, como sócia, acionista ou quotista.” (b) Face o pedido de renúncia apresentado pelo Sr. Martin F. Altorfer, Presidente do Conselho Consultivo eleito pela Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de abril de 2007, foi o mesmo aceito pelos acionistas, que aproveitaram para agradecer a sua valiosa contribuição durante o período em que exerceu o seu mandato. Em seguida, os acionistas decidiram indicar para ocupar o cargo de Presidente do Conselho Consultivo, o Sr. Karl Franz Bühler, suíço, casado, industrial, portador da Cédula de Identidade RNE W689123-0, classificação permanente, válida até 04.10.2014, inscrito no CPF/MF sob o nº 817.820.478-91, residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, com escritório na Rua Verbo Divino, nº 1.488 - 5º andar - Bloco “D”, Chácara Santo Antônio, CEP 04719-904, e também indicar para ocupar o cargo de Conselheiro o Sr. Wladimir Antonio Puggina, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 2.695.368-7 e inscrito no CPF/MF sob o nº 064.353.358-34, residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, com escritório na Rua Joaquim Floriano, 72, conj. 27/28, Itaim, CEP 04534-000; ambos com mandato de 2 (dois) anos; c) os recém eleitos membros do Conselho Consultivo declaram que não estão incursos em nenhuma penalidade legal que os impeçam de exercer atividades mercantis. VI - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a assembléia, lavrando-se esta ata que, lida e achada conforme, vai pelos presentes assinada. Acionistas presentes: a.a.) Holcim Investments (Spain) SL, representada por Karl Franz Bühler e Carlos Eduardo Garrocho de Almeida. Esta é cópia autêntica da ata transcrita no livro. Autorizada a sua publicação e registro. São Paulo, 20 de agosto de 2008. Marina Braga Dias Secretária. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Registrado sob o nº 298.623/08-0 em 10.09.08. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Banco Bradesco S.A.

CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Ata da Reunião Extraordinária no 1.321, do Conselho de Administração, realizada em 30.6.2008

Aos 30 dias do mês de junho de 2008, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, 4 o andar do Prédio Novo, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Sociedade sob a presidência do senhor Lázaro de Mello Brandão. Durante a reunião, os Conselheiros deliberaram: 1) registrar o pedido de renúncia ao cargo de Diretor Departamental da Sociedade, formulado pelo senhor Toshifumi Murata, em carta desta data, cuja transcrição foi dispensada, a qual será levada a registro juntamente com esta Ata, consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante suas gestões; 2) eleger o senhor Nobuo Yamazaki , japonês, casado, bancário, RNE V119879-U, CPF 180.387.998-01, com domicílio na Avenida Ipiranga, 282, 10 o andar, Consolação, São Paulo, SP, CEP 01046-010, para o cargo de Diretor Departamental, com mandato coincidente com o dos demais membros da Diretoria, até a primeira Reunião deste Órgão que se realizar após a Assembléia Geral Ordinária de 2009, cujo nome será levado à aprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomará posse do seu cargo, sendo que permanecerá em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2009 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. O Diretor eleito declara, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração de sociedade mercantil, em virtude de condenação criminal. Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata, que os Conselheiros presentes assinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia, Mário da Silveira Teixeira Júnior, Márcio Artur Laurelli Cypriano e João Aguiar Alvarez. Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Reunião encontra-se lavrada em livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil, e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 308.428/08-0, em 16.9.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Banco Bradesco S.A. a) Luiz Pasteur Vasconcellos Machado.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 19 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Caunay Auto Posto e Serviços Ltda. - Autofalência - Requerido: Caunay Auto Posto e Serviços Ltda. - Autofalência - Avenida Inajar de Souza, 3.550 - 1ª Vara de Falências Requerente: Terezinha Antonio dos Santos Viana - Requerente: Marcos dos Santos Viana - Requerente: André Ferraz Viana - Requerido: CLV Empreendimentos Imobiliários Ltda. - Rua Augusto de Freitas, 56 - 1ª Vara de Falências Requerente: Halowell Holding S/A - Requerida: Macromass Investimento e Incorporação Imobiliária Ltda. - Rua Ferreira de Araújo, 221 10º andar - conj. 103 - 1ª Vara de Falências

MITSUI & CO. (BRASIL) S.A. CNPJ Nº 61.139.697/0001-70 - NIRE 35.300.172.108 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA 1. DATA E HORÁRIO: 25 de agosto de 2008 às 10:00 horas. LOCAL: Sede Social à Av. Paulista, 1842 - 23º dele, nos atos de gestão ordinária dos negócios sociais, compete ao Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente andar, Cetenco Plaza Torre Norte, em São Paulo, SP. 2. CONVOCAÇÃO E QUÓRUM: Presentes acionistas re- Executivo, Diretor Regional, Diretor Vice-Presidente, Diretor de Departamento, Diretor Supervisor, individualmenpresentando a totalidade do capital social conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, te, ou a procurador, com assinatura isolada, e cujos poderes devem ser especificados no instrumento de dispensada, dessa forma, a publicação de editais de convocação nos termos da faculdade outorgada pelo pará- mandato, inclusive nos atos a seguir relacionados: a) perante as repartições públicas federais, estaduais, municigrafo 4º, do artigo 124, da Lei 6404/76. 3. MESA DIRETORA Presidente TATSUO NAKAYAMA; Secretário pais, autárquicas e órgãos paraestatais, bem como junto às sociedades das quais venha a ser sócia ou acionista; OSAMU YASUDA. 4. ORDEM DO DIA: a) Eleição para o preenchimento de cargo de Diretor; b) Consolidação do b) em todos os atos que impliquem assunção de responsabilidade cambiária, isto é, na emissão, saque, aceite Estatuto Social da Companhia. 5. DELIBERAÇÕES: 5.1. Quanto ao item “a)” da ordem do dia, procedida a elei- ou endosso de letras de câmbio, notas promissórias e demais títulos de crédito em geral. Parágrafo 1º - Nos atos ção para o preenchimento de cargo, apurou-se ter sido eleito para ocupar o cargo de Diretor de Departamento, que importem em aquisição, alienação ou imposição de ônus reais sobre bens sociais, móveis ou imóveis, a o Sr. KUNIHIKO KATO, japonês, casado, do comércio, portador da Carteira de Identidade de Estrangeiro RNE nº prestação de garantia, pessoais ou reais, a sociedade será representada isoladamente pela assinatura de seu V546652-R e do CPF/MF nº 060.749.497-27, domiciliado na cidade do Rio de Janeiro, RJ, à Praia do Flamengo, Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente Executivo, Diretor Regional e pelo Diretor Vice-Presidente, ou de um 200, 14º andar, Salão 1401, Flamengo, CEP 22210-030. O Diretor de Departamento eleito nesta sessão, o Sr. Procurador com poderes expressamente declarados no instrumento de mandato, nomeado na forma do disposto KUNIHIKO KATO, cujo mandato terá a duração igual ao dos demais membros da Diretoria eleita em 30.03.2007, no § 2º. Parágrafo 2º - A sociedade pode constituir procuradores cujos poderes, com exceção dos da cláusula declarou sob as penas da lei não estar incurso em quaisquer impedimentos previstos no artigo 38, III, da Lei nº “ad judicia” e o ressalvado no parágrafo 3º, se expiram, automaticamente, no dia 31 de dezembro do ano para o 4.726/65 e no artigo 147 da Lei nº 6.404/76. A posse no respectivo cargo, neste ato reconhecida, será formaliza- qual tenham sido outorgados, razão pela qual essa circunstância constará dos instrumentos de nomeação. Paráda com a assinatura do respectivo termo de investidura no livro próprio. 5.2. Quanto ao item “b)” da ordem do grafo 3º - As Procurações outorgadas a despachantes aduaneiros para os fins de desembaraço de importação e dia, foi aprovado por unanimidade a Consolidação do Estatuto Social da Companhia nos seguintes termos: ES- exportação expirar-se-á automaticamente no prazo de 1 (um) ano contados da data de emissão dos instrumenTATUTO SOCIAL DA MITSUI & CO. (BRASIL) S.A. - CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO, SEDE, OBJETO E tos de mandato, circunstância esta que constará dos referidos instrumentos. Parágrafo 4º - A sociedade será DURAÇÃO DA SOCIEDADE - Artigo 1º - A Sociedade gira sob a denominação de Mitsui & Co. (Brasil) S.A., representada pela assinatura isolada do Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente Executivo, Diretor Regional, que se regerá pelo disposto neste Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis. Artigo 2º - A sociedade tem Diretor Vice-Presidente ou de um procurador bastante com poderes expressamente declarados no instrumento sede e foro jurídico na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Paulista, 1.842, 23º andar, Edifício de mandato, nomeado na forma do disposto no § 2º, perante os estabelecimentos bancários dos quais venha a Cetenco Plaza, Torre Norte, podendo abrir filiais, escritórios, agências, depósitos ou representações em qualquer ser correntista, inclusive o Banco do Brasil S.A. para a movimentação de contas correntes, com a correspondente localidade do país ou do exterior, mediante deliberação de sua Diretoria. Parágrafo Único - A Sociedade man- emissão de cheques e ordens de pagamento e, ainda na emissão de duplicatas contra terceiros e no aceite das tém as seguintes filiais: a) na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, à Praia do Flamento, 200, 14º que contra ela forem sacadas. Artigo 9º - Além das demais atribuições, compete especialmente, ao Diretor Preandar, salão 1401; e b) na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, à Av. do Contorno, 6.321, 7º andar. sidente: a) convocar e presidir a assembléia geral e as reuniões de Diretoria; b) coordenar e supervisionar os Artigo 3º - A sociedade tem por objetos: a) comércio interno e internacional de produtos primários, manufatura- trabalhos dos demais Diretores. Parágrafo Único - Compete aos demais diretores exercerem as funções e atridos e semi-manufaturados, mediante a compra e venda, exportação, importação em geral; a.1) registro, buições que lhes forem determinadas em reunião da Diretoria. Artigo 10 - A Diretoria tem a remuneração global comércio, importação e exportação de produtos agrotóxicos/agroquímicos, biológicos, domissanitários, fertilizan- determinada pela Assembléia Geral Ordinária, a qual é distribuída entre os Diretores em consonância com o que tes e afins; b) a prestação de serviços de: b.1) assessoramento mercantil; b.2) intermediação no comércio e for deliberado em reunião da Diretoria. CAPÍTULO IV - DA ASSEMBLÉIA GERAL - Artigo 11 - A Assembléia representação de negócios internos e internacionais em geral, por conta própria ou de terceiros, de produtos Geral reúne-se: (i) ordinariamente, nos quatro primeiros meses após o término do exercício social, para tomar as primários, manufaturados e semi-manufaturados; c) a locação de bens móveis; d) a prestação de serviços de contas dos administradores, discutir e votar as demonstrações financeiras e eleger os membros da Diretoria nas assessoria em gestão empresarial e e) a participação em outras sociedades, no país e no exterior, na qualidade épocas próprias; e (ii) extraordinariamente, nos casos previstos em lei. Parágrafo Único - As assembléias gerais de sócio, quotista ou acionista. Artigo 4º - O prazo de duração da sociedade é indeterminado. CAPÍTULO II - DO são instaladas e presididas pelo Diretor Presidente ou, na sua ausência ou impedimento, por outro Diretor escoCAPITAL SOCIAL - Artigo 5º - O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 58.569.018,79 lhido pelos acionistas, constituindo-se a mesa dirigente com qualquer outro Diretor da Companhia, que serve (cinqüenta e oito milhões, quinhentos e sessenta e nove mil, dezoito reais e setenta e nove centavos), divididos como Secretário. CAPÍTULO V - DO CONSELHO FISCAL - Artigo 12 - O Conselho Fiscal, que não funciona em em 1.652.375.865 (hum bilhão, seiscentos e cinqüenta e dois milhões, trezentos e setenta e cinco mil, oitocentos caráter permanente, é composto de três membros efetivos e igual número de suplentes, e se instala apenas nos e sessenta e cinco) ações ordinárias nominativas, não conversíveis em outra forma, sem valor nominal. Parágra- exercícios em que seu funcionamento for solicitado por acionistas com as qualificações e nas hipóteses previstas fo Único - As ações são indivisíveis em relação à companhia e a cada ação ordinária é atribuído um voto nas em lei. Parágrafo Único - A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é fixada pela assembléia geral que deliberações das assembléias. CAPÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO - Artigo 6º - A sociedade é administrada os elege. CAPÍTULO VI - DO EXERCÍCIO SOCIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Artigo 13 - O por uma Diretoria composta de, no mínimo, três e, no máximo, quarenta e um membros, acionistas, ou não, resi- exercício social terá início em 1º de janeiro de cada ano e encerra-se em 31 de dezembro de cada ano, data em dentes no país, sendo um Diretor Presidente, um Diretor Vice-Presidente Executivo, dois Diretores Regionais, que são levantadas as demonstrações financeiras correspondentes ao exercício, com aprovação dos resultados, sete Diretores Vice-Presidentes, quinze Diretores de Departamento e quinze Diretores Supervisores, eleitos pela obedecidas as disposições legais. Artigo 14 - Do lucro apurado em cada exercício são deduzidos, antes de qualAssembléia Geral, com mandato de dois anos, podendo ser reeleitos. Parágrafo 1º - Os Diretores eleitos inves- quer outra destinação, os prejuízos apurados, se houver. Artigo 15 - O lucro líquido do exercício tem a seguinte tem-se em seus cargos mediante termo de posse lavrado no livro de Atas das Reuniões da Diretoria, destinação: a) 5% para a formação do fundo de reserva legal, até que atinja 20% do capital social; b) 25% para a independentemente de caução e permanecem nos seus cargos até a eleição e posse dos seus substitutos. Pará- distribuição de dividendo obrigatório podendo ser distribuído dividendo obrigatório em porcentagem inferior ao grafo 2º - No caso de impedimento temporário, ausência ou vacância do cargo de Diretor Presidente, será este retro estipulado mediante deliberação da Assembléia Geral, conforme faculta o artigo 202, parágrafo 3º da Lei nº substituído, independentemente de ordem, ou pelo Diretor Vice-Presidente Executivo, ou por um dos Diretores 6.404/76; c) o saldo após as deduções previstas em lei, tem o destino que a assembléia geral deliberar. ParágraRegionais ou por um dos Diretores Vice-Presidentes. No impedimento ou ausência dos demais Diretores, com- fo Único - A assembléia geral pode constituir uma reserva especial destinada a compensar, em exercício futuro, pete à Diretoria designar o substituto, fixando-lhes as atribuições. Parágrafo 3º - Em caso de vaga em qualquer eventual diminuição de lucro decorrente de perda julgada provável, bem como de uma reserva de lucros a realidos cargos da Diretoria, o substituto exerce as funções do substituído até a data da primeira Assembléia Geral zar, nos termos dos artigos 195 e 197 da Lei nº 6.404/76. Artigo 16 - A sociedade deve, mediante proposta da Ordinária que proceder a eleição e posse da Diretoria. Artigo 7º - A Diretoria tem os mais amplos e gerais pode- Diretoria aprovada pela assembléia geral, levantar balanços intercalares, declarando dividendos à conta do reres de administração para assegurar o funcionamento normal e regular da sociedade, podendo, validamente, sultado nele apurados. Artigo 17 - Os dividendos, bem como as bonificações e ações resultantes de aumento de deliberar a prática dos atos de gestão tendentes à realização dos fins sociais, inclusive e especialmente: a) orga- capital, são colocadas à disposição dos acionistas, no prazo de sessenta dias da publicação da ata da assemnizar os planos de desenvolvimento e decidir sobre a orientação e administração dos negócios sociais; b) bléia geral que as aprovar. Artigo 18 - A sociedade poderá a qualquer momento, mediante proposta da Diretoria, apresentar anualmente à assembléia geral os relatórios e demais documentos pertinentes às contas de exercício deliberar o pagamento ou o crédito de juros sobre capital próprio, com a finalidade de remunerar seus acionistas, social; c) independentemente de autorização da assembléia geral, porém observado o disposto no artigo 8º, § 1º nos termos do artigo 9º da Lei 9.249/95 e demais legislações pertinentes. Parágrafo único - A deliberação sosubseqüente, adquirir, alienar, onerar ou gravar bens sociais, móveis ou imóveis, transigir e renunciar direitos, bre o crédito e as condições de pagamento dos juros sobre capital próprio aos acionistas ocorrerá “ad contrair obrigações e prestar fianças, inclusive perante o Banco do Brasil S.A.; d) independentemente de autori- referendum” da assembléia geral convocada para esta finalidade. CAPÍTULO VII - DA LIQUIDAÇÃO DA SOCIzação da assembléia geral, observado o disposto no artigo 8º, “caput”, prestar fianças perante contratos de EDADE - Artigo 19 - A sociedade entra em liquidação nos casos previstos em lei, devendo a assembléia geral locação e em termos de responsabilidade junto a qualquer órgão da Secretaria da Receita Federal, referente à nomear o liquidante e o Conselho Fiscal, fixando-lhe a respectiva remuneração. CAPÍTULO VIII - DA TRANSadmissão temporária de bagagem ou mudança nos quais figurem como afiançado, acionista, diretor, funcionário FORMAÇÃO - Artigo 20 - A sociedade poderá ser transformada de um tipo em outro, conforme o disposto no da sociedade, assim como bolsista ou estagiário procedente da MITSUI & CO., LTD.; e) distribuir entre seus Artigo 220 da Lei nº 6.404/76, mediante deliberação de acionistas representando a maioria do capital social. membros as funções administrativas; f) subscrever capitais de outras sociedades e aumentos desses capitais, CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES GERAIS - Artigo 21 - Nos casos omissos ou duvidosos, serão aplicadas as adquirindo quotas ou ações, partes beneficiárias ou debêntures; g) observar e fazer cumprir este estatuto e suas disposições legais vigentes. Cumprida, assim, a ordem do dia e nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidendeliberações e as das assembléias gerais. Parágrafo 1º - As deliberações da Diretoria são tomadas por maioria te declarou suspensa a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente que lida e aprovada, vai assinada de votos, em reuniões realizadas na sede social, por convocação de qualquer dos Diretores e instaladas com a por todos os presentes. São Paulo, 25 de agosto de 2008. aa) MITSUI & CO., LTD., pp. TATSUO NAKAYAMA; presença mínima de metade mais um de seus componentes, lavrando-se atas em livro próprio, admitindo-se o MITSUI & CO. (U.S.A.), INC., pp. TATSUO NAKAYAMA. Mesa: TATSUO NAKAYAMA, Presidente e OSAMU voto epistolar, telegráfico ou por telex. Parágrafo 2º - O Diretor Presidente, em caso de empate tem voto de qua- YASUDA, Secretário. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 25 de agosto de 2008. OSAMU lidade. Parágrafo 3º - As deliberações da Diretoria e os atos dos Diretores, no exercício regular de suas funções, YASUDA - Secretário. Visto da Advogada: MÔNICA MISSAKA, OAB/SP - 131.912. Secretaria da Fazenda. Junobrigam a sociedade na forma da lei e deste estatuto, mas cada Diretor só responde pessoalmente pelos atos de ta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 296.822/08-5, em 08/09/2008. Cristiane da que tenha participado efetivamente. Artigo 8º - A representação ativa e passiva da sociedade, em Juízo ou fora Silva F. Corrêa, Secretária Geral.


DIÁRIO DO COMÉRCIO Todos os pontos que poderíamos perder nós já perdemos. Agora estamos colados no Grêmio.” Diego Souza

Esporte

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Paulo Liebert/AE

Paulo Pinto/AE

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Nós não vamos falar mais sobre o Grêmio. Vamos pensar só em nós.” Vanderlei Luxemburgo

Adriano Vizoni/Futura Press

FALTA 1 PONTINHO m 2008, o Palmeiras nunca esteve tão perto da liderança do Campeonato Brasileiro como agora. Com a vitória de ontem sobre o Vasco, por 2 a 0, no Parque Antarctica (gols de Diego Souza, no primeiro tempo, e Alex Mineiro, no segundo), mais o empate do Grêmio com o Atlético Paranaense, por 0 a 0, em Curitiba, a diferença entre os dois times, que antes da rodada do fim de semana era de três pontos, caiu para apenas um. Um único pontinho, que o Alviverde poderá ter condições de tirar, inclusive, no confronto direto com o próprio Grêmio, marcado para o dia 9 de novembro, em São Paulo. Até lá, o Palmeiras enfrenta, pela ordem: Náutico (fora), Atlético-MG (em casa), Figueirense (fora), São Paulo (em casa), Fluminense (fora), Goiás (em casa) e Santos (fora). O Grêmio jogará contra Inter (fora), Botafogo (em casa), Santos (em casa), Portuguesa (fora), Sport (em casa), Cruzeiro (fora) e Figueirense (em casa). Quem se der melhor neste minicampeonato que começa já no próximo fim de semana estará mais perto do título. Até porque nas outras posições o único time que parece ter chances de atrapalhar os planos dessa dupla é o Cruzeiro. Ele venceu ontem um jogo difícil, contra o Figueirense, em Santa Catarina, por 4 a 3. E, assim como o Palmeiras, ainda conta com o confronto direto com o Grêmio, em casa, para tirar pontos do líder. Se a briga pelo título deve se restringir mesmo a esses três, a luta pela vaga na Libertadores, que pode ser a última, segue equilibrada. Depois dos resultados de ontem, o Flamengo, mesmo com um magro 1 a 0 sobre o lanterna Ipatinga, no Maracanã, conseguiu dar um salto triplo sobre Botafogo (que perdeu para a ameaçada Portuguesa, no Canindé, de virada, por 3 a 1), São Paulo (que não foi além de um empate em 0 a 0 com o Sport, no Recife) e Vitória (derrotado pelo Inter, em Porto Alegre, por 1 a 0). O rubronegro carioca tem agora o mesmo número de pontos do tricolor paulista (43), mas o supera no número de vitórias (12 contra 11). E a diferença que separa ambos do Botafogo, agora sexto colocado, é a mesma de Grêmio e Palmeiras: um ponto. Um ponto, também, faz a diferença na definição dos quatro times que cairão para a Série B. Nela, os mais cotados são agora Vasco, Portuguesa, Fluminense e Ipatinga. Mas Atlético-PR, Figueirense, Santos e Náutico também rondam a zona de rebaixamento. Todos separados entre si pela mesma diferença, de novo de um único pontinho.

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Alex Mineiro comemora com a torcida o seu gol, segundo na vitória de ontem por 2 a 0 sobre o Vasco, no Parque Antarctica, que deixou o Palmeiras mais perto do líder Grêmio


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Nacional Empresas Comércio exterior Caixa 1

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

As importações de calçados cresceram 56,4% de janeiro a agosto deste ano, quando foram trazidos 27,2 milhões de pares.

CHINA E ESTADOS UNIDOS NA MIRA

Brasileiros se preparam para a Canton Fair

Nilani Goettems / e-Sim

A maior feira multissetorial da Ásia acontece em outubro e deve gerar US$ 80 bilhões em negócios globais Geriane Oliveira

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xcelência, agilidade, o combate à pirataria e delitos contra a propriedade intelectual são as metas da 104ª Canton Fair (Feira de Cantão), a maior feira multissetorial de importação e exportação da Ásia que será realizada Guangzhou, no sul da China. Promovida em parceria com a China Foreign Trade Center (CFTC), o evento vai reunir mais de 18 mil expositores, representantes mundiais de 21 mil empresas dos segmentos industrial e varejista. O número é 20% maior que o da edição de 2007. Com mais de 150 mil tipos de produtos e preços atrativos, a Canton Fair é realizada duas vezes por ano, em abril e em outubro. Em encontro com o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Luiz Roberto Gonçalves, o vice-presidente da CFTC, representante oficial da Feira de Cantão no Brasil, Wang Rusheng, informou que o evento é a maior plataforma de negócios internacionais do mercado asiático.

Além disso, explicou ele, nesta edição, seus organizadores esperam ampliar a excelência e a agilidade nos serviços do evento, informando os órgãos competentes, em caso de identificação de pirataria. Segundo Rusheng, a cada ano, a Canton Fair bate recorde de público. A estimativa para a 104ª edição está em torno de 220 mil compradores de 213

países e regiões do mundo. De acordo com ele, em termos de negócios, as Coréias, a Turquia e os EUA vêm atrás de Hong Kong. Do Brasil, ele salientou que a presença de 1,5 mil empreendedores visitantes na última edição foi significativa. Em número de negócios, ele aposta numa receita cerca de 30% a 40% menor que os US$ 80 bilhões gerados na

103ª Canton Fair, devido aos recentes acontecimentos no cenário financeiro mundial. Apesar dos desafios, declarou Rusheng, "queremos encurtar distâncias entre China e Brasil, que são grandes potências mundiais. Viemos buscálos para a feira". Para Gonçalves, a Canton Fair é uma porta de entrada para os exportadores interessados no mercado asiático. "Vamos estimular a participação de grupos brasileiros via Macau", disse. De acordo com Amaral, a ACSP vai dar sua contribuição, acompanhando 100 empresários do Brasil na segunda fase da Canton Fair. No final da reunião, Rusheng entregou a Gonçalves um prato comemorativo contendo gravuras da história da Canton Fair desde sua primeira edição, em 1957. O gerente da SP Chamber of Commerce, órgão da ACSP, Sidnei Docal, o cônsul comercial da China em São Paulo, Yuzhong Lu, a diretora da CFTC, Michelle Liu e o representante do escritório da ACSP em Macau, Carlos Amaral, também participaram do encontro na semana passada.

País exporta trabalhador para a China Sebastião Moreira/AE

Kelly Ferreira importação de calçados continua sendo um problema para as indústrias brasileiras do setor. De acordo com dados da Abicalçados, as compras no exterior tiveram um aumento de 56,4% de janeiro a agosto deste ano, quando foram trazidos 27,2 milhões de pares. Em igual período do ano passado, esse volume foi de 17,4 milhões. Só a China é responsável por 71,6% desse montante, com 23,5 milhões de pares, a um valor médio de US$ 6,21 o par. O Vietnã aparece em segundo lugar, com 15,3%, seguido pela Indonésia, com 4%. "Deixamos de exportar 5 milhões de pares de calçados, mas importamos quase 30 milhões. São empregos que deixam de ser gerados", disse o presidente da Abicalçados, Milton Cardoso. Mas o mesmo Brasil que importa calçados da China, também exporta mão-de-obra do setor para esse mesmo país, principalmente técnicos de calçados que vêm e vão da ci-

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dade de Dongguan, na região sul do país. Os números não são oficiais, mas há estimativas de que 3 mil brasileiros vivem lá. "Não é qualquer trabalhador que vai para Dongguan. São técnicos qualificados que vão e ficam por um ou dois anos fazendo coleções que entrarão no mercado americano", disse o consultor do setor calçadista e expresidente da Abicalçados, Enio Klein. Segundo ele, os brasileiros que desembarcam em Dongguan já vão com emprego e

hospedagem acertados no Brasil. "Geralmente, eles fazem contrato com empresas da China para ficar um ou dois anos, com direito a 15 dias de férias no Brasil. O salário, que já chegou a US$ 7 mil, US$ 8 mil, hoje é em média de US$ 3,5 mil", disse o consultor. E xp o rt a çõ e s – Enquanto a exportação de mão-de-obra continua em alta, a de calçados não vai tão bem. Entre janeiro e agosto deste ano, foram embarcados 113,8 milhões de pares ante os 118,8 milhões no mesmo período de 2007. Fo-

O futuro do Comércio na NFR ais uma vez, as empresas da cadeia produtiva do varejo terão a chance de conhecer as novidades e tendências do setor e fazer negócios internacionais em Nova York. Organizada anualmente pela National Retail Federation (NRF), a Feder a ç ã o N a c i o n a l d o Va re j o Americano, a convenção mundial chega à 98ª edição. Com o objetivo de atrair empresários brasileiros para a feira, a Comissão de Varejo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em parceria com o US Commercial Service, o serviço comercial dos Estados Unidos, em São Paulo, promoveu, no último dia 15, o lançamento da missão comercial que visitará o evento. Em seminário presidido pelo coordenador da comissão,

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Produção de calçados em Franca é feita por 552 pequenas empresas

ram 5 milhões de pares que deixaram de sair do País, principalmente dos estados que atuam no segmento de maior valor agregado, como Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, que tiveram reduções de 24,28%, 28,23% e 26,49%, respectivamente. Para o presidente do SindiFranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), José Carlos Brigagão do Couto, além da valorização do dólar, da burocracia e dos impostos, a sobretaxa de apenas 35% para a entrada do calçado chinês no Brasil, contribuem para a diminuição das exportações. A produção de calçados também caiu em Franca ao longo do tempo. Segundo Couto, há 15 anos eram produzidos em média 120 mil pares por dia. Hoje, são 100 mil. "Temos mais ou menos 760 empresas de calçados na região, sendo 552 micros e pequenas. Cresceu o número de empresas e diminuiu a produção", disse. O preço médio do par do calçado foi o único a ter saldo positivo nesses oito meses. Aumentou em 4,92% e passou dos US$ 10,92 para US$ 11,46.

Nelson Kheirallah, na entidaSegundo o especialista da de, cinco conferencistas envol- US Commercial Service, Renavidos na missão apresentaram to Sabaine, a projeção da NFR é a programação do evento para promover a integração e a tro420 distritais da ACSP, via web ca de experiência entre os vareconferência. jistas. Já o mestre Pablo de Sousa / Luz Ta m b é m c oem Administranhecida por Reç ã o e P l a n e j atail's Big Show, a mento pela Pontifeira reunirá 450 fícia Universidae x p o s i t o re s d o de Católica (PUC/SP), Joaatacado, varejo e indústria de váquim Ramalho, salientou que, rias partes do mundo, que aprealém das novidasentarão produd e s d o s e t o r, a tos, tecnologias e idéia da NRF é ensoluções aplicátender melhor os veis em diversos hábitos dos consegmentos do co- Ordine e Sabaine: inovação sumidores. mércio. A Big Além da expoShow 2009 acontecerá na cida- sição de produtos, a feira de de Nova York, entre os dias compreende inúmeras pales11 e 14 de janeiro de 2009. A es- tras sobre temas pertinentes timativa de público gira em tor- ao varejo como gestão finanno de 600 mil visitantes. ceira, e-commerce e assuntos

estratégicos. Outra atração é a apresentação da "Loja do Futuro" que, desta vez, agrega diversos conceitos de sustentabilidade. De acordo com Kheirallah, uma comitiva com cerca de 100 empreendedores deve participar da NRF 2009 pela ACSP. "Como fazemos há nove anos, o objetivo é integrar os empresários à NFR, para trazer o que de mais moderno existe no varejo mundial, e possibilitar o redirecionamento dos negócios", informou. Para o vice-presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine, "essa feira trará um novo ângulo para os empresários de comércio", explicou. Os interessados em participar podem contatar a ACSP, até 4 de outubro, pelo telefone (11) 3244-3182 (com Glória Kang ou Rebeca Silva). (GO)

Gonçalves e Runsheng apresentaram os objetivos da feira na ACSP

N gócios

&

oportunidades

Eventos do Exporta São Paulo em Araçatuba

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m seqüência ao programa de workshops, que integra o Projeto Exporta, São Paulo, estão agendados dois eventos na Associação Comercial e Industrial de Araçatuba (ACIA). No dia 24 de setembro, das 14h00 às 17h30, o tema será "Formação de preços e procedimentos administrativos de exportação", com a apresentação de tópicos tais como: habilitação no Siscomex/radar; formação de preços de exportação; documentos de exportação; vendas diretas e indiretas; exportações amparadas por DSE e RE; câmbio simplificado e discussão de casos. No dia 25 de setembro, das 9h00 às 12h30, "Formação de preços e procedimentos administrativos de importação", com os tópicos: registro do importador e funcionamento do Siscomex; importações diretas e as realizadas por comerciais importadoras; licenciamento de importação; pagamentos em função dos Incoterms; despa-

cho de importação nas alfândegas brasileiras e discussão de casos. Os dois workshops serão ministrados pelo consultor de Comércio Exterior do Sebrae-SP, Jaime Akila Kochi, sendo as inscrições isentas de custo, realizadas diretamente na ACIA, pelo tel.18-3117-1777 ou e-mail: aciara@aciara.com.br. O Exporta, São Paulo é resultante de protocolo de cooperação entre o governo do Estado de São Paulo (Secretaria de Desenvolvimento), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a São Paulo Chamber of Commerce/Associação Comercial de São Paulo, com o objetivo de colaborar para a ampliação da base exportadora do Estado de São Paulo, mediante inserção de produtores de pequeno e médio portes em negócios internacionais. A capacitação das empresas, como é o propósito destes workshops, está contemplada no projeto.

México dá prêmios a brasileiras

A

Câmara de Indústria, Comércio e Turismo Brasil - México (BRAMEX) promove nesta 5ª feira, dia 25, a partir das 19h00, a entrega do XIII Prêmio BRAMEX Comercial. Serão homenageadas empresas que mais se destaca-

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ram em negócios com aquele país. O evento acontece na sede da Federação das Indústria de São Paulo, à Avenida Paulista, 1313, 15º andar, com coquetel após a cerimônia. Informações e inscrições na BRAMEX, tel. 11-3120-2996 e e-mail: contato@bramex.org.br.

Créditos de carbono

ão Paulo foi a primeira cidade a realizar, em setembro de 2007, um leilão de créditos de carbono gerados no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, estabelecido pelo Protocolo de Quioto. Graças ao leilão, a Prefeitura obteve uma receita de R$ 34 milhões, investidos em projetos ambientais voltados para a população do entorno do Aterro Bandeirantes, na zona oeste da cidade. Desde então, diversas cidades, sobretudo na América Latina, manifestaram interesse em conhecer a experiência paulistana, tanto no que diz respeito aos aspectos técnicos da geração de energia e redução de emissões nos aterros sanitários como no tocante aos procedimentos jurídicos e institucionais que permitiram à Prefeitura leiloar os RCEs por intermédio, na ocasião, da Bolsa de Mercadorias e Futuros. Visando compartilhar a experiência de São Paulo com outras cidades e instituições e prestar informações sobre o segundo leilão de créditos de carbono, está programado pa-

ra o próximo dia 24, 4ª feira, a partir das 14h00, na sede da Prefeitura de São Paulo (Viaduto do Chá, 15, 6º andar), um seminário internacional com o seguinte programa: 1- Os desafios no combate ao aquecimento global, com Eduardo Jorge Sobrinho, secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente; 2- Leilão de créditos de carbono: a experiência da Prefeitura de São Paulo, com Walter Aluisio Rodrigues, secretário Municipal de Finanças, e Stela Goldenstein, secretária-adjunta de Governo; 3- O leilão e a experiência da BM&F Bovespa, com Luiz Cláudio Caffagni, gerente de Commodities e Serviços da BM&F Bovespa e encarregado dos temas do leilão de créditos de carbono; 4- A geração de energia nos aterros Bandeirantes e São João, com Manuel Antônio Avelino, presidente da Arcadis Logos e conselheiro da Biogás. Confirmações pelos tels.113113-8554/51 ou e-mails: lvtoledo@prefeitura.sp.gov.br ou mfbaird@prefeitura.sp.gov.br.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


Série B Série C Série A Sul-Americana

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

GOLEADA EM GOIÁS ASSUSTA O SANTOS

Vamos juntar os cacos para repetir o bom desempenho das partidas anteriores.” Márcio Fernandes

Ricardo Saibun/AE

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SÉRIE A

SÉRIE C

ALERTA SANTISTA

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Guarani lidera e Guará perde

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s times paulistas estrearam ontem no returno da terceira fase da Série C com resultados distintos. Enquanto o Guarani empatou e é líder, o Guaratinguetá perdeu e corre o risco de não se classificar para o octogonal decisivo. Pelo Grupo 28, o Guarani voltou de Pelotas (RS) com um bom empate diante do Brasil, em 1 a 1. Com o resultado, a equipe campineira chegou a oito pontos, ao lado do próprio Brasil, mas está em primeiro pelos critérios de desempate. O Ituiutaba-MG derrotou em casa o Marcílio Dias-SC, 1 a 0, e agora ambos têm três pontos. Pelo Grupo 27, o Guaratinguetá foi até Goiânia e perdeu do Atlético-GO (2 a 0). Também ontem, no Rio, o Duque de Caxias-RJ fez 3 a 1 no MixtoMT. Agora, o time do Vale do Paraíba é o terceiro colocado, com seis pontos, atrás do Duque de Caxias-RJ, que tem nove, e do Atlético-GO, que também tem seis pontos, mas supera o Guará nos critérios de desempate. O último é o Mixto-MT, com três pontos. Outros resultados: Grupo 25 - Rio Branco-AC 4 x 0 Águia-PA e Paysandu-PA 3 x 1 L u v e rd e n s e - M T. Classificação: 1º Rio BrancoAC, 7 pontos; 2º Paysandu-PA, 7; 3º Águia-PA, 7; 4º Luverdense-MT, 1. Grupo 26 - Salgueiro-PE 0 x 0 ASA-AL e Confiança-SE 1 x 0 Campinense-PB. C l a ss i f i c ação: 1º ASA-AL, 8 pontos; 2º Campinense-PB, 6; 3º Confiança-SE, 5; 4º Salgueiro-PE, 2.

Carlos Costa/Futura Press

ábado, em Goiânia, com um minuto de jogo, o Santos já perdia para o Goiás por 1 a 0, gol de cabeça marcado por Paulo Baier. Aos três minutos, o Goiás chegava aos 2 a 0, com Anderson Gomes, e, aos 13, o jogo já estava 3 a 0, agora com Iarley, cobrando pênalti. Logo aos 8 minutos do segundo tempo veio o quarto gol goiano, com o zagueiro Rafael Marques, de cabeça. Quando o Santos conseguiu descontar, já aos 29 minutos, com Pará, era tarde: a exemplo do primeiro turno, quando fez 4 a 0 na Vila Belmiro, o Goiás vencia de goleada, dessa vez por 4 a 1. Motivo para desespero? Nem tanto. Para a sorte do Santos, nenhuma das três equipes que poderiam ultrapassá-lo na classificação conseguiu vencer no fim de semana. O Figueirense perdeu (4 a 3 para o Cruzeiro, em casa), o Atlético Paranaense apenas empatou (0 a 0 com o Grêmio, na Arena da Baixada) e o Vasco foi derrotado pelo Palmeiras (2 a 0, no Parque Antarctica).

Equipe do lateral-esquerdo Kléber (à esquerda) sofre três gols nos 13 primeiros minutos de jogo, acaba goleada pelo Goiás por 4 a 1 e volta a se preocupar com a proximidade da zona de rebaixamento

Com isso, o Santos segue em 14º lugar, ainda a uma distância segura da zona de rebaixamento. Além disso, os dois próximos adversários são equipes ameaçadas de degola: a Portuguesa, domingo, e o Atlético-PR, no sábado seguinte, ambos na Vila.

Mesmo assim, o sinal de alerta já foi dado. “Nosso trabalho será para que a equipe levante a cabeça e reaja. Temos um grupo unido, forte, consciente do seu poderio e não vamos permitir que um tropeço por um mau início de jogo estrague tudo”, prometeu o téc-

nico Márcio Fernandes, cuja maior preocupação agora é não permitir que os jogadores voltem a apresentar a instabilidade emocional de partidas anteriores, que levaram a equipe a permanecer na zona de rebaixamento durante 19 rodadas seguidas.

A delegação do Santos voltou de Goiânia no começo da tarde de ontem. Hoje será dia de folga geral. A reapresentação do elenco será apenas amanhã, às 9 horas, para treinos físicos em dois períodos. Para o jogo contra a Portuguesa, no próximo domingo, na Vila Belmiro, Márcio Fernandes terá o retorno do zagueiro Domingos, que cumpriu suspensão pelo terceiro amarelo diante do Goiás. Com o gol que marcou contra o Goiás, crescem as chances de Pará ganhar um lugar no time para o jogo contra a Portuguesa. Como Molina não foi bem diante do Fluminense e Michael ainda não convenceu, ele poderá ser o novo camisa 10 santista. No Santo André, Pará já vinha atuando como meia armador. Outra boa notícia é a volta do volante Adriano, recuperado de uma artroscopia no joelho direito. Ele reinicia os treinos com bola amanhã, e deve ficar no banco de reservas já no jogo contra o Atlético Paranaense, marcado para o outro final de semana.

SÉRIE B

Rotina corintiana

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Fábio Braga/Futura Press

stá virando rotina, uma doce rotina para os corintianos. Sábado, no Pacaembu, o Corinthians fez 3 a 0 na Ponte Preta e aumentou ainda mais sua distância em relação aos adversários no caminho de volta à Série A do Brasileiro. Agora, a diferença entre o Alvinegro paulista, que lidera a Série B desde o início, e o segundo colocado, o Vila NovaGO, é de onze pontos. Em relação ao Bragantino, atualmente em quinto — e o primeiro que não subiria para a Série A no ano que vem —, esse abismo aumenta para treze pontos. A tarefa corintiana foi ainda mais facilitada na última rodada pelo fato de que nenhum dos outros três times que ocupam o G-4 — Vila Nova, Santo André e Avaí — conseguiram vencer seus jogos, todos disputados na sexta-feira. São Caetano e Santo André empataram (1 a 1) no clássico do ABC paulista. O Vila Nova perdeu para o Juventude (4 a 3), em Caxias do Sul, e o Avaí só empatou (1 a 1), em casa, com o América-RN. No sábado, aconteceu a 17ª vitória corintiana em 26 jogos pela Série B. Um triunfo que começou cedo, com um gol do zagueiro Chicão marcado na metade do primeiro tempo, mas que demorou para se consolidar. O segundo gol, de Morais, só saiu aos 43 minutos da

COPA SUL-AMERICANA

Brasileiros estréiam nas oitavas

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Time de Herrera, André Santos e Douglas ganha outra: 3 a 0 na Ponte

segunda etapa, e o terceiro, marcado por Douglas, já aos 46, depois de o Corinthians ter desperdiçado várias oportunidades para ampliar e quase ter sofrido o empate. Tel.: (11)

O próximo jogo, contra o Bragantino, no Pacaembu, foi adiado da terça para a quartafeira, a pedido da televisão. A partida com o São Caetano, a ser disputada no próximo sá-

bado, deve ser realizada em Campinas, no Estádio Brinco de Ouro, do Guarani. A idéia é da diretoria do próprio clube do ABC, que pretende com isso obter uma renda maior. O jogo está marcado para o Anacleto Campanella, e a CBF ainda não confirmou a mudança. Praticamente garantido na primeira divisão nacional do

ano que vem, o Corinthians busca parceiros para reforçar seu elenco. O meia Morais e o atacante Herrera são duas das prioridades para o ano que vem. Ambos tiveram atuação destacada no jogo de sábado e estão no clube por empréstimo até o final deste ano. Seus direitos custam US$ 3 milhões cada (cerca de R$ 5,5 milhões).

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e quisesse continuar vivo na Copa Sul-Americana, o Palmeiras precisava derrotar o Vasco por pelo menos dois gols de diferença, quarta-feira passada, no Parque Antarctica. Acabou fazendo 3 a 0, com dois gols de Thiago Cunha e um de Denilson, e, assim, tornou-se o quarto brasileiro classificado para a próxima fase da competição, ao lado de Atlético-PR, Internacional e Botafogo-RJ. Na quarta-feira que vem, o Palmeiras volta a campo pela Copa Sul-Americana, para fazer o jogo de ida das oitavasde-final, em Lima, contra o Sport Áncash-PER. O Botafogo viaja até a Colômbia, onde enfrenta o América de Cáli. O Atlético Paranaense vai até o México, para jogar contra o Chivas Guadalajara. Na quinta-feira, será a vez do Internacional ir a Santiago, enfrentar a Universidad Católica-CHI, completando, assim, os jogos de ida dos brasileiros.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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FIM DE SEMANA DE TÍTULOS PARA O BRASIL

Giuseppe Cacace/AFP

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Com um gol de Pato, o Milan goleou a Lazio por 4 a 1 e conseguiu sua primeira vitória no Italiano.

Ricardo Saibun/AE

NONONONONONON

OUTROS CAMPOS

Chelsea empata primeiro clássico com Felipão

✓ A Copa Brasil, prévia da

Superliga feminina, terminou com o título do Osasco, que derrotou o São Caetano por 3 a 2. A decisão teve sete campeãs olímpicas em quadra: Paula Pequeno, Thaíssa, Sassá e Carol Albuquerque, pelo Osasco; Fofão, Mari e Sheilla, pelo São Caetano.

E

m seu primeiro grande clássico sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, o Chelsea empatou por 1 a 1 com o Manchester United, em Londres, e caiu para o segundo lugar no Campeonato Inglês, com 11 pontos. Após a partida, Felipão aproveitou para pedir a contratação do volante Mineiro, que está sem clube desde que deixou o Hertha Berlim, em junho, porque precisa reforçar a marcação no meio-de-campo. O time perdeu o volante Essien, que se machucou defendendo a seleção de Gana e só volta a jogar no ano que vem. “Precisamos do Mineiro, pois só temos o Mikel para a posição”, pediu o técnico. O clássico foi bastante equilibrado, com uma chance perdida para cada time. Aos 17 minutos, o Chelsea abriu o placar: Evra avançou pela esquerda e cruzou para Rooney, que chutou forte. O goleiro Cech não segurou e o coreano Park, dentro da área, marcou o rebote. No segundo tempo, o Chelsea voltou mais ofensivo e contou com a estrela de Felipão para empatar o jogo. Aos 29, o técnico colocou Salomon Kalou no lugar de Ballack. Aos 34, o jogador da Costa do Marfim balançou a rede, escorando uma faltqa cobrada pelo volante Mikel. Em outro jogo de ontem na Inglaterra, Robinho e Jô fizeram um gol cada na goleada do Manchester City sobre o Portsmouth por 6 a 0. O Arsenal, que é o líder, com 12 pontos, venceu no sábado o Bolton por 3 a 1.

✓ O Brasil vai amargar mais

~

Com o título na etapa do Guarujá, Harley e Pedro Solberg conquistaram, com três etapas de antecipação, o Circuito Mundial de vôlei de praia

CAMPEOES

A

Dylan Martinez/Reuters

etapa do Guarujá do Circuito Mundial foi uma festa completa para o vôlei de praia brasileiro, que comemorou quatro títulos num só fim de semana. Alegria em dose dupla para Pedro Solberg e Harley, que venceram a competição ontem e conquistaram, pela primeira vez, o título do Circuito; para Larissa e Vivian, substituta da contundida Juliana, que venceram em sua primeira etapa juntas; e para Ana Paula e Shelda, que, mesmo com o terceiro lugar, também garantiram por antecipação o título da temporada. “Estou feliz, porque em oito meses de trabalho já vimos que somos competitivas. Essa nova experiência só me engrandece”, contou Shelda, campeã do Circuito pela sétima vez foram seis títulos com Adriana Behar, sua parceira nas medalhas de prata olímpicas de Sydney/2000 e Atenas/2004, e o primeiro com Ana Paula, com quem divide a quadra desde que a antiga parceira se aposentou, no fim de 2007. “Tínhamos um foco no começo do ano, que era a vaga olímpica. Foi uma frustração muito grande, mas também não ficamos remoendo isso muito tempo. Usamos a nossa experiência para mudar o foco

rapidamente”, afirmou Ana Paula, que foi aos Jogos para substituir Juliana - caiu nas quartas-de-final ao lado de Larissa, que nesta semana atuou com nova companheira, mas sem se esquecer da antiga. “A

Juliana não esteve aqui, mas tem grande participação no título. Dedico a vitória a ela, em nome da nossa amizade.” Para os homens, o título de Harley e Pedro Solberg - que também não conseguiram

Mauricio de Souza/AE

Shelda ganhou o sétimo título, o primeiro em parceria com Ana Paula

✓ No Grupo Mundial, a final

classificação para os Jogos de Pequim - veio com uma vitória duríssima sobre os alemães Brink e Dieckmann, por 2 a 1 (24/26, 21/19 e 15/13). Juntos há apenas dois anos, eles entraram em quadra como favoritos, já que tinham um retrospecto completamente favorável contra os rivais - nas seis partidas anteriores, nenhuma derrota. Mas o jogo foi bem mais duro do que se esperava. “Eles jogaram muito bem, principalmente no primeiro set“, disse Pedro Solberg, acompanhado pelo parceiro nos elogios. “O saque deles é muito bom e a equipe está entrosada porque atua junto há anos. O resultado veio nos detalhes”, completou Harley. Uma das marcas da final foi o bigode ao melhor estilo mexicano que os dois atletas usaram na decisão. “O Pedrão acha que dá sorte e resolvi deixar o meu crescer também“, explicou Harley. Só neste ano, foi o sexto título da dupla, que venceu também as etapas de Adelaide, Xangai, Roseto degli Abruzzi, Gstaad e Mallorca. Na decisão da medalha de bronze no Guarujá, Billy e Bruno Schmidt não resistiram à experiência dos alemães Reckermann e Urbatzka e foram derrotados por 2 a 0, parciais de 23/21 e 21/13.

será entre Espanha e Argentina. Os espanhóis fizeram 4 a 1 nos Estados Unidos, em Madri, com atuações brilhantes do número 1 do mundo, Rafael Nadal - que chegou a fazer 6/0 sobre Andy Roddick na vitória de ontem; os argentinos bateram a Rússia por 3 a 2, em Buenos Aires, com a decisão apenas no último jogo: Juan Marin del Potro bateu Igor Andreev. ✓ Ricardo Maurício venceu o

GP de Curitiba da Stock Car, a primeira dos playoffs decisivos, e divide a liderança da temporada com Marcos Gomes, segundo colocado ontem: ambos têm 245 pontos. O bicampeão Cacá Bueno abandonou e está em sexto, com 214 pontos.

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DC

Felipão sofreu em seu maior desafio até agora na Inglaterra

um ano na segunda divisão da Copa Davis, depois da derrota por 4 a 1 para a Croácia, em Zadar. O único ponto brasileiro veio no jogo de duplas, com André Sá e Marcelo Melo. Thomaz Bellucci e Thiago Alves perderam seus dois jogos.

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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DCARRO

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GENERAL MOTORS Fotos: Divulgação

100 anos e de olho no futuro O consumo de energia para recarregar a bateria do veículo é semelhante ao de um refrigerador e garante autonomia de 64 km. A partir daí, um motor de 3 cilindros, 1.0 litro, entra em funcionamento para abastecer o sistema. Segundo a General Motors, o veículo será um marco para a indústria automobilística.

Reunindo, via satélite, executivos de diversos países, GM comemorou o centenário de fundação e mostrou o Volt

íder mundial na fabricação de veículos durante 77 anos consecutivos, a General Motors comemorou seu centenário na última semana com um "global broadcast", transmissão via satélite envolvendo grande parte dos 127 países onde a marca está presente, sendo 40 deles com fábricas instaladas e um total de 266 mil funcionários. Tiveram participação especial e ao vivo as cidades de São Caetano (SP), Detroit (EUA), México (México), Xangai (China) e Rüsselsheim (Alemanha). A grande atração do evento e que, segundo a marca, será a sua porta de entrada para os 100 próximos anos, foi a apresentação da versão do modelo elétrico Chevrolet Volt com autonomia estendida. Para o vice-presidente de Engenharia de Produtos LAAM, Pedro Manuchakian, "o Volt irá mudar todo o rumo da indústria automobilística no mundo". O modelo utiliza o conceito E-Flex que usa a eletricidade criada e

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armazenada no veículo. O consumo de energia para recarregar a bateria do veículo, segundo Manuchakian, é semelhante ao de um refrigerador e garante autonomia por cerca de 64 km, daí em diante um motor de 3 cilindros, 1.0 litro, entra em funcionamento para abastecer o sistema. O veículo tem tração dianteira e espaço para quatro ocupantes. O motor gera o equivalente a 150 cv, 273 libras/pé (370 Nm) de torque instantâneo e uma velocidade máxima de 160 km/h, isto com ausência de ruído do motor e sem emissão de gases. Ainda sem preços anunciados, a expectativa é de que o Chevrolet Volt seja montado na fábrica da GM Detroit-Hamtramck, e sua produção deverá ser iniciada no fim de 2010 para modelos nos Estados Unidos. No Brasil, o evento dos 100 anos foi realizado no Centro Tecnológico de São Caetano do Sul, com a presença do presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, do vice-presidente, José

Carlos Pinheiro Neto, e do diretor de Marketing, Samuel Russell, que interagiram com o presidente mundial da GM, Rick Wagoner, "ao vivo" de Detroit, nos EUA. Ardila anunciou que, além do investimento de US$ 1 bilhão em novas famílias de veículos e na fábrica de motores de Joinville, a GMB já recebeu autorização para mais US$ 500 milhões a ser aplicado em um novo prédio de engenharia em São Caetano e aguarda a aprovação de novos US$ 500 milhões para a renovação de toda a linha, o que deve acontecer até 2012 com um total de 20 lançamentos (já contando com os recém-apresentados Captiva e Meriva 1.4). Quanto à chegada por aqui do Volt o presidente não mostrou-se otimista. "O Brasil não está preparado para veículos elétricos. O custo deste tipo de veículo ainda é alto e o País tem outras prioridades energéticas como o etanol". Anderson Cavalcante

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPORTE

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Bertrand Guay/AE

HOJE, EM PARIS

A FIA decide hoje, em Paris, se mantém a punição a Lewis Hamilton ou lhe devolve a vitória no GP da Bélgica. Felipe Massa torce contra o inglês, é claro.

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PERSONAGEM QUESTÃO DE RESPEITO

O 400º dia de São Marcos

Marcelo Régua/AE

✓ "Nunca namorei.

Sou muito exigente. Sou virgem, mas nunca me preocupei com isso." Assim falou a ginasta Daniele Hypólito, 24 anos,à repórter Mariana Amaro, na Veja desta semana. E justificou: "Sou muito jovem ainda. É uma questão de respeito comigo. Não pretendo levar isso até o casamento, mas preciso encontrar uma pessoa especial. Não pode ser de qualquer jeito."

Palmeiras homenageia o goleiro que simboliza as maiores conquistas do clube no futebol Fotos Paulo Pinto/AE

Domingo, 21

DANÇA DOS TÉCNICOS Valterci Santos/AE

Cesar Greco/AE

Geninho e Cuca puxam a fila

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Maurício de Souza/AE

eninho começou a disputar o Campeonato Brasileiro pelo Atlético-MG, foi para o Botafogo e agora está no Atlético-PR. Cuca estreou com o Botafogo, transferiu-se para o Santos e está no Fluminense. Os dois lideram o insano vaivém de treinadores, completado nesta semana com a volta de Renato Gaúcho ao Vasco e de Mário Sérgio ao Figueirense. Dos dez times que estão na parte de cima da tabela, apenas Botafogo e Goiás trocaram de técnico nesta temporada, mas os dez piores do campeonato mudaram o comando - alguns, como Figueirense e Náutico, já estão no quarto treinador.

Paulo Liebert/AE

Domingo, 21

VÔLEI DE OURO

Zé Roberto continua com as meninas omenageado pelo São Paulo, o técnico José Roberto Guimarães confirma que vai conciliar o trabalho na seleção brasileira feminina de vôlei, que ele acaba de levar à conquista do ouro olímpico em Pequim, com as obrigações do dia-a-dia no clube italiano Scavolini Pesaro. Assim, seguirá no comando da equipe campeã olímpica até 2012, em Londres. Zé Roberto já trabalha para encontrar uma substituta para Fofão: "Quero ajudar na formação da nova levantadora, que é agora o calcanhar-de-Aquiles da seleção." E avisa: ninguém tem lugar garantido no time, que agora quer o inédito título mundial. Terça-feira, 16

almanaque Celso Unzelte

Marcos: 400 jogos pelo Palmeiras

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ntem, contra o Vasco, o goleiro Marcos atingiu a marca de 400 jogos pelo Palmeiras. Foi sua 202ª vitória, contra 101 empates e 97 derrotas. Ao lado, ele aparece na foto oficial do elenco palmeirense de 1993, ano em que, apesar de não ter entrado em campo, foi campeão paulista, brasileiro e do Rio-São Paulo, como reserva de Sérgio. Destaca-se a cabeleira, substituída pela careca que se tornou sua marca.

Cesar Greco/AE

H

Repodução/Arquivo Celso Unzelte

A

partida deste domingo no Palestra Itália foi especial para o goleiro Marcos. Dezesseis anos depois de chegar ao Palmeiras, ele completou o jogo de número 400 pelo time principal. E não decepcionou: fez boas defesas, ajudou a garantir os 2 a 0 sobre o Vasco e deixou o campo aplaudido pelos torcedores. Durante a semana, na concentração, o goleiro tinha sido festejado pelos companheiros de time, com direito a apagar as velinhas de um bolo. Antes do confronto com o Vasco, foi homenageado pela diretoria Palmeiras. Uma bandeira com o rosto do ídolo foi estendida no gramado. Com a filha Ana Júlia no colo, Marcos recebeu uma placa comemorativa do amigo Velloso, que era o titular quando ele chegou ao Palmeiras, em 1992. O pentacampeão mundial não recebeu apenas o carinho

da torcida e dos companheiros de clube. "Adoro o Marcos", disse o vascaíno Edmundo. "Muito bacana o que o Palmeiras fez por ele, já recebi muito carinho aqui. Hoje ele é o melhor em atividade no Brasil ." D esta vez, M arcos teve o apoio da tão contestada zaga palmeirense para não ser vazado no Palestra e, nas poucas vezes em que o Vasco chegou com perigo, mostrou a competência que o consagrou - defendeu as bolas arriscadas por Madson, Victor e Eduardo. Agora, com o Palmeiras a apenas um ponto do líder Grêmio, o goleiro tem na ponta da língua a receita para que o time não perca o pique no Campeonato Brasileiro: "Temos de jogar como hoje, quando o Vasco quase não teve chance. Goleiro de time bom não pode trabalhar muito. Se trabalhar é porque alguma coisa está errada."

Se eu estiver legal e conseguir manter o bom nível, quem sabe não continue por mais um ano? Se der, vou treinar legal para chegar aos 500 jogos.” Marcos, depois de alcançar a marca de 400 jogos disputados em 16 anos de Palmeiras.

M

arcos profissionalizou-se no próprio Palmeiras, em 1992, ano em que fez a primeira de suas 400 partidas pelo clube: vitória por 4 a 0 sobre a Esportiva, em Guaratinguetá, em um amistoso, no dia 16 de maio. Esperou nova chance durante quase quatro anos, voltando a atuar somente em março de 1996. Marcos se firmaria como titular do gol alviverde apenas em 1999, aos 25 anos. Marcos foi também o goleiro da Seleção Brasileira pentacampeã mundial em 2002.

532 gols sofreu Marcos nos 400 jogos que fez m. pelo Palmeiras até onte A média é de 1,33 gol sofrido por partida disputada. Na Seleção , Brasileira, em 29 jogos Marcos sofreu 20 gols, equivalentes a bem em menos que um (0,69), média, por partida.

CURTAS

✓ Hoje, 22 de setembro,

Ronaldo Luiz Nazário de Lima, campeão mundial em 1994 e 2002 e Melhor Jogador do Mundo em 1996, 1997 e 2002, completa 32 anos. ✓ E amanhã, 23, é

aniversário do italiano Paolo Rossi, autor dos três gols que desclassificaram o Brasil da Copa de 1982. Rossi chega aos 52 anos.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

PRODUÇÃO LOCAL Fotos: Divulgação

Agora brasileira,

Frontier ganha novas versões

A

A picape da Nissan volta a ser produzida no Brasil, com novas opções de acabamento, de motorização e de câmbio picape Nissan Frontier, até então importada da Tailândia apenas na versão top, volta a ser produzida na fábrica da montadora no Paraná. Com isto, ganha uma linha mais ampla, com três versões de acabamento, duas motorizações e opções de câmbio manual e automático. Também a faixa de preço passa a ser mais abrangente, variando de R$ 85 mil a R$ 125 mil. "Só vamos divulgar os valores exatos por ocasião do lançamento público, previsto para a primeira semana de outubro", comenta o diretor de Marketing da Nissan, Arison Souza. Utilizada muito mais como automóvel do que para o transporte de carga, a Frontier foi o primeiro veículo da marca produzido no Brasil no final dos anos 90, mas acabou saindo de linha para dar lugar ao modelo importado. Para poder ampliar vendas, a Nissan decidiu investir na sua fabricação local, mas com índice de nacionalização bastante baixo, de apenas 25%. É que o motor e a transmissão vêm da Tailândia, onde a montadora tem escala e preço competitivo para suprir as demais filiais do grupo. De qualquer forma, a empresa vai criar mais um turno na fábrica do Paraná, aumentando o número de empregados de 326 para 580. Com o modelo nacional, a marca quer praticamente dobrar a oferta da Frontier, ampliando-a de 590 para 1.000 unidades/mês. Além da nova picape, a montadora também vai produzir no Brasil, a partir do primeiro semestre do próximo ano, os carros Livina e Grand Livina, que serão os primeiros da marca

japonesa com motor flex-fuel. "Com estes novos produtos, pretendemos chegar a 40 mil veículos comercializados em 2009, mais do que o dobro dos 18 mil programados para este ano", destaca Souza. O produto - A nova Frontier nacional, que tem opção de câmbio manual de seis marchas e automático de cinco marchas, será comercializada em três versões (LE, SE e XE) tanto no modelo 2x4 como também no 4x4. A LE, top da linha, é equipada com motor 2.5 16V turbodiesel com intercooler, que gera 172 cavalos (a 4.000 rpm) e 41,1 kgf.m (a 2.000 rpm). A XE, a mais básica da linha, e a SE, intermediária, vêm com motor de 144 cavalos de potência (a 4.000 rpm) e 36,3 kgf.m de torque (a 2.000 rpm). Com estas duas últimas versões, a Nissan passa a atuar numa faixa maior do segmento, visto que o modelo tailandês só abrangia picapes acima de R$ 100 mil. Com três anos de garantia, a Frontier terá um dos seguros mais atraentes da categoria, segundo informa Mario Furtado, gerente de Marketing do Produto. "Para um perfil básico de um homem casado, 40 anos, sem dependente com menos de 26 anos que vá utilizar o veículo, o seguro vai ficar entre R$ 4,6 mil e R$ 5,68 mil", destaca o executivo. Externamente, a frente do modelo bra-

sileiro preserva o pára-choque encorpado com faróis de neblina, faróis com extremidades angulosas e a grade com detalhes cromados, características semelhantes às da Pathfinder e do Novo XTrail. As laterais exibem os mesmos contornos largos dos pára-lamas e a traseira manteve o desenho das lanternas, mas a tampa traseira ganhou um sistema de trava por chave. Com a produção nacional, também há maior variedade de cores. O consumidor poderá escolher entre seis metálicas - Vermelho Flame, Bege Sunset, Verde Army, Preto Premium, Cinza Titanium e Prata Ice - e uma sólida - Branco Glacial. Alzira Rodrigues

No total, a linha Frontier vai oferecer dez diferentes combinações, considerando o nível de acabamento, o câmbio e o motor


sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Finanças Nacional CURSOS DO SEBRAE PARA DATAS COMERCIAIS Va r e j o ComércioExterior

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

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cidades foram estudadas pelo Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento de Mercado.

Nilani Goettems/e- Sim

Localização pode incrementar vendas, gerar mais postos de trabalho e aumentar receita de tributos

Concorrente? Não, shopping ajuda o comércio de rua. Cidades com novos centros ganharam mais lojas convencionais que as demais Patrícia Büll

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Consumidor que vai ao shopping center, acaba conhecendo as opções do comércio da vizinhança

Prepare-se para vender mais no Dia da Criança Divulgação

Fátima Lourenço

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alta pouco para o Dia da Criança, a melhor data do ano, depois do Natal, para quem comercializa brinquedos e artigos infantis. Apesar de propício, o momento requer cuidados redobrados com o atendimento ao consumidor, para incrementar as possibilidades de venda e aumentar a fidelidade do cliente. Além disso, o aumento do fluxo de pessoas nos centros de compra abre oportunidades para outros negócios. "O comércio deve aproveitar para atrair o adulto que sai para comprar o presente da criança", sugere o gerente de consultoria do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa de São Paulo (SebraeSP), Antonio Carlos de Matos. É hora, portanto, de dar visibilidade às ofertas e de caprichar no atendimento. "No ramo de alimentação, por exemplo, pode-se oferecer a degustação de produtos, para atrair as pessoas", sugere o consultor. Ou, se o negócio permite o retorno – como o comércio de roupas –, aproveitar a ocasião para fazer cadastro e incrementar o relacionamento. "Pode-se enviar um brinde no aniversário do cliente." Cursos gratuitos – Para o empresário com espaço na agenda, o Sebrae preparou cursos gratuitos para a comemoração. Eles fazem parte do programa "Venda Melhor", criado há dois anos e implementado sempre um mês antes das principais datas comerciais. Cada módulo têm duração de uma hora e meia, com mais meia hora para os participantes tirarem dúvidas e trocar experiências. Os cursos acontecem até uma semana antes da data em questão. "O lojista pode, inclusive, pensar

Para motivar o funcionário, a boa relação é fundamental. Não adianta dar um agrado na época que se quer aumentar as vendas. Antonio Carlos de Matos, do Sebrae no Natal", recomenda Matos. Os cursos para o 12 de Outubro tratam de questões como

entendimento e atendimento do cliente; preparação da loja para vender mais; dicas para estimular vendas e formas para atrair pessoas. Para o Natal, será acrescido o módulo sobre como contratar mão-de-obra temporária. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 08005700800, ou diretamente nos escritórios do Sebrae-SP. Em síntese, o curso é o caminho a ser percorrido pelo lojista para encantar o consumidor. "Ele está comprando e você quer que ele volte à sua loja", diz o consultor do Sebrae. Entre as dicas gerais (leia o quadro Hora da Farra) há várias recomendações, como chamar o consumidor pelo nome; levar em conta suas observações e críticas para estreitar o relacionamento; e estabelecer uma dinâmica na loja para os funcionários – que são o contato direto com a clientela – não ficarem estafados. "Para criar motivação, uma boa relação diária contínua é a melhor alternativa. Não adianta só dar um santinho na época que se quer aumentar as vendas."

o contrário do que sugere o senso comum, a abertura de shopping centers em cidades de médio porte não esgota a oportunidade para novas lojas de rua, mas estimula a atividade comercial externa. Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento de Mercado (IPDM), a pedido da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), mostra que de 2000 a 2004, enquanto as cidades com shopping tiveram aumento de 17% no número de novas empresas comerciais, municípios sem esses centros tiveram incremento de 8%. Os números fazem parte da pesquisa "O impacto econômico da implantação de shopping center", realizada em 17 cidades de médio porte de várias regiões do País, que tiveram shoppings inaugurados no período entre 2000 e 2004. O objetivo foi apontar a influência socioeconômica da atuação de um shopping nessas cidades. Maior arrecadação de tributos municipais, geração de mais vagas de emprego e valorização imobiliária foram itens que tiveram expansão nas cidades estudadas. Viviane Caetano, proprietária da Rose Store, loja de móveis e objetos de decoração, localizada em Moema, escolheu o ponto – na Alameda Arapanés, rua paralela à Avenida Ibirapuera – justamente por conta da proximidade com o shopping Ibirapuera. "Tenho uma fábrica que produz os objetos de decoração para outros lojistas, mas, há três anos, resolvi atender diretamente o consumidor final e queria um ponto em Moema, o mais próximo possível do shopping, que acaba beneficiando o movimento, não apenas da minha loja mas de todas as que ficam naquela região", diz Viviane. Segundo a lojista, muita gente vai até o shopping pelas ruas paralelas à avenida Ibirapuera e acaba descobrindo outras opções de compra . "Estou muito satisfeita com a escolha do local pois as vendas têm crescido bastante, assim como o fluxo de pessoas", diz Viviane. De acordo com ela, a expansão da loja está na casa dos 20% ao ano desde sua inauguração, o que comprova os números da pesquisa da Abrasce: o shopping "ajuda" as lojas de rua. Outros ganhos – A pesquisa aponta ainda que o Imposto

Predial Territorial Urbano (IPTU) foi o tributo mais beneficiado pelos shoppings – aumento de 31% na arrecadação no período analisado, ante 20% nos locais que não possuem os centros de compras. As cidades com os empreendimentos tiveram ainda alta de 24% na oferta de postos de trabalho, enquanto nas cidades equivalentes sem os centros o incremento foi de 13%. O Aquarius Shopping, de Marília, interior do estado, confirma esse dado. Inaugurado no final de 2000, tem 164 lojas e gerou 600 vagas diretas desde que abriu. Além disso,

segundo o gerente-geral Walter Tasseto, houve nítido aumento do comércio e de ocupação habitacional nos arredores. "Houve inclusive a criação de condomínios ao redor do shopping, e um boom nos valores de locação e venda." Atualmente, 300 mil pessoas passam todos os meses pelo shopping, dobrando de volume no mês de dezembro. O Aquarius já passou por duas ampliações desde que foi inaugurado. "A primeira, em 2004, com a instalação de cinco salas de cinema e outra, no ano passado, com duas novas âncoras, Marisa e Americanas."

A loja Rose Store, em Moema, escolheu ficar perto do shopping


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Congresso Planalto Eleições CPI

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CANDIDADOS CUMPREM AGENDA DEBAIXO DE CHUVA

Alckmin e Kassab evitam polêmica

Lula não se referiu a nós.

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sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Gilberto Kassab

Paulo Pinto/AE

Acusados de oportunismo pelo presidente Lula, adversários minimizam assunto

U

m dia depois de o p re s i d e n t e L u i z Inácio Lula da Silva acusá-los indiretamente de oportunismo e hipocrisia, os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), preferiram ontem não polemizar com o principal cabo eleitoral desta campanha. Em comício na capital ao lado da candidata do PT, Marta Suplicy, Lula disse, sem citar nomes, que a oposição copia as propostas de Marta e, apesar de criticá-lo em público, simula seu apoio na campanha eleitoral em vários municípios. "Eu viajo o Brasil inteiro e até o pessoal do DEM está com fotografia minha", afirmou Lula. Alckmin disse ontem que tem poupado o presidente porque a eleição é municipal. "Todo mundo sabe como nós vemos o governo do PT. Acho que o Brasil poderia estar muito melhor. Mas a hora do debate federal não é agora. É em 2010", afirmou e, ao estilo morde-assopra, ensaiou uma alfinetada. "Ele é que tem vindo aqui se imiscuir na campanha

municipal." Em seguida, recuou: "Mas não vejo nenhum problema. Ele já veio na eleição de 2004, é do PT e é natural que apóie a candidata do seu partido", disse, após um passeio de bicicleta com militantes tucanos debaixo de chuva na zona norte. Kassab, que promete em sua propaganda construir novos CEUs (Centros Educacionais Unificados, uma criação de Marta), disse que não se sentiu atingido pelas críticas do presidente. "Lula não se referiu a nós." E engatou o discurso entoado desde o início da campanha: "Estou muito tranqüilo,

porque minha relação com o presidente é bastante cordial e cooperativa". Chuva – Os candidatos cumpriram agendas reduzidas, ontem por causa da chuva. A candidata do PT, Marta Suplicy, compareceu pela manhã ao velório do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Eleno José Bezerra, de 52 anos, na sede da Força Sindical. No restante do dia, a candidata não teve mais nenhum evento público. Alckmin e Kassab cumpriram agenda esportiva. O tucano fez um passeio de bicicleta no Parque da Juventude, zona norte da cidade, enquanto o atual prefeito compareceu à abertura da 16ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, em frente ao Parque do Ibirapuera, na zona sul. O candidato do PP, Paulo Maluf, gravou para o programa eleitoral, assim como Ivan Valente, do PSol. Soninha Francine, do PPS, participou pela manhã da inauguração de uma igreja no Belém, zona leste, e fez caminhada no Parque da Água Branca. (AE)

Alckmin, em passeio de bicicleta pela zona norte: "A hora do debate federal não é agora. É em 2010." Mario Ângelo/AE

E

m mais um round da briga pela prefeitura do Recife, as assessorias jurídicas dos candidatos a prefeito Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB-PSDB) se uniram para divulgar informações sobre o processo movido pelo Ministério Público Estadual sobre o suposto uso da máquina pública municipal do Recife a favor do ex-secretário municipal de Planejamento Participativo, João da Costa, candidato do PT. Os advogados do DEM e do PMDB, Ramiro Becker e Sílvio Pessoa Filho, respectivamente, distribuíram, durante coletiva à imprensa, cópias dos laudos da PF e do parecer do MPE sobre o caso. Esta semana, o juiz eleitoral Nilson Nery deverá se pronunciar sobre o pedido de impugnação da candidatura de Costa feito pelo Ministério Público.

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Renato Spencer/AE - 20.09.08

No Recife, união contra PT

Costa: acusado de uso da máquina

Democratas e peemedebistas pernambucanos, aliados de longa data, vivem uma situação delicada em função do estremecimento das relações entre Mendonça Filho e o senador Jarbas Vasconcelos. Nos bastidores, no entanto, integrantes dos dois palanques afirmaram que o receio de que Costa – hoje com 58% das intenções de votos – liquide a fa-

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tura já no primeiro turno foi o "combustível" para a reaproximação estratégica. O caso veio à tona no dia 22 de agosto, quando a Polícia Federal apreendeu computadores na sede da prefeitura, sob a acusação de os equipamentos terem sido utilizados em prol da campanha petista, na convocação de servidores para atos políticos e na troca de mensagens de caráter eleitoral. De acordo com o parecer do MPE, a campanha petista "usa da máquina e da cooptação de servidores públicos" e pede a cassação do registro da candidatura. No laudo técnico, os peritos afirmam ter encontrado mensagens, discussões e convocações de caráter eleitoral, além do uso de endereços eletrônicos funcionais da prefeitura para disseminar material da campanha petista. (AE)

Kassab participa da maratona de revezamento em São Paulo, ao lado da atleta Maurren Maggi

Termina hoje prazo para explicar adesivos irregulares Coligação de Kassab é acusada de confeccionar material com símbolo do PSDB

O

candidato Gilberto Kassab, que disputa a reeleição à Prefeitura de São Paulo, tem até hoje para apresentar sua defesa à Justiça Eleitoral a respeito da acusação de confeccionar e distribuir adesivos com propaganda eleitoral irregular. A assessoria de imprensa de Kassab nega que a coligação tenha confeccionado adesivos que conteriam o desenho de um tucano, símbolo do PSDB, motivo da denúncia. Segundo

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´

CNPJ. A magistrada acolheu parcialmente representação da Coligação São Paulo na Melhor Direção (PSDB, PTB, PSL, PSDC e PHS ) e do PSDB, que também pediam a proibição e apreensão dos adesivos que conteriam o desenho de um tucano, símbolo do PSDB. A juíza não entrou, no entanto, no mérito do uso do símbolo, explicitando que, "dentre os pedidos liminares, há aqueles que só podem ser observados em julgamento definitivo". (AE)

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informações da assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), um oficial de Justiça esteve ontem no comitê do candidato para recolher os adesivos, mas não encontrou o material cuja apreensão foi determinada pela Justiça eleitoral. A juíza auxiliar da propaganda eleitoral Maria Silvia Gomes Sterman determinou, na última sextafeira, a apreensão dos adesivos pela ausência de informações obrigatórias, como o nome da coligação e o

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Eleições Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SENADORES AINDA RESISTEM CONTRA O STF

Garibaldi aperta cerco contra nepotistas Presidente do Congresso diz que não vai conseguir evitar constrangimentos para impor a súmula do STF

C

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008 Célio Azevedo/Ag. Senado

8

ansado de esperar que o "bom senso" – que o leque os senadores vou a exonerar um sobrinho que empregam pa- que trabalhava em seu gabinerentes obedeçam de te – atingisse os demais parlaforma natural à súmula do Su- mentares. "Eu esperava que premo Tribunal Federal (STF) não houvesse necessidade (de que proíbe o nepotismo, o pre- agir), fiz de tudo", disse ontem. sidente do Senado, Garibaldi "Mas estou chegando à concluAlves (PMDB-RN), decidiu são de que é preciso (impor a que agora vai partir para a tá- súmula) para que o Senado se tica do constrangimento. Ele resguarde". Até o diretor-geral, Agaciel diz que enviará, ainda esta semana, uma cópia da súmula Maia, tem ignorado de forma a cada um dos olímpica o cumsenadores, para primento da súque os "desavimula, já que cabe sados" se inteia ele demitir a firem e finalmenlha do senador te se enquadrem Eu esperava que não Adelmir Santaà s d e t e r m i n a- houvesse necessidade na (DEM-DF). ções impostas (de agir), fiz de tudo. Ela estava lotada pelo Supremo Mas é preciso (impor a no gabinete do h á q u a s e u m súmula) para que o pai, mas foi demês. volvida à DiretoHá hoje qua- Senado se resguarde. ria-geral quant ro s e n a d o re s Garibaldi Alves Filho, do a súmula enque continuam presidente do Congresso trou em vigência. Também as engordando a renda familiar duas filhas da empregando familiares. Com secretária-geral, Cláudia Lyra, a mulher, uma filha e um sobri- continuam firme no Senado, nho contratados pelo Senado, uma trabalhando na liderança Mozarildo Cavalcanti (PTB- do PMDB e a outra, numa coRR) se vale de argumentos de missão. interesses pessoais – como o de Resistência – Nas trincheira que sempre trabalhou ao lado dos resistentes, o senador Alde sua mulher – para não deso- meida Lima (PMDB-SE) tem cupar as três vagas que a famí- afirmado que só vai exonerar lia ocupa. dois sobrinhos se for oficialContraste – A iniciativa de mente obrigado pelo Senado. Garibaldi contrasta com a po- No entanto, trata-se de pura sição inicial, quando esperava birra: a simples edição da

Ricardo Marques/09.07.08

Eymar Mascaro

Briga de dois

F

altando poucos dias para a eleição municipal, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab ainda lutam por uma das vagas no segundo turno. A outra vaga está praticamente assegurada pela candidata do PT, Marta Suplicy. As pesquisas continuam apontando equilíbrio entre os três principais candidatos – Marta, Alckmin e Kassab – no segundo turno. Qualquer um deles pode se eleger, revelam os levantamentos. Alckmin e Kassab prometem intensificar a campanha nos redutos eleitorais que beneficiam Marta Suplicy, como os bairros da periferia. Os candidatos dão preferência pelas zonas leste e sul, que detém cerca de 60% do total de eleitores na Capital.

VOTOS

No ataque: Garibaldi enviará cópia da súmula aos "desavisados"

súmula pelo STF já obrigava os senadores a afastar os seus parentes do Congresso. Outro desobediente, o senador Augusto Botelho (PT-RR) mantém o irmão no gabinete, como fazia desde o início do mandato. Se continuar resistindo, será repreendido pela bancada do PT, como disse ontem a líder do partido, Ideli Salvatti (SC). Outro que tenta moldar seus interesses à súmula é Efraim Morais (DEM-PB), padrinho de 23 parentes e de parentes de amigos políticos que foram contratados em cargos a ele subordinados. Morais demitiu uma filha, cinco sobrinhos e um cunhado, mas mantém contratado um sobrinho por afinidade, marido de uma sobrinha. Procurados pela reportagem na

sexta e no sábado em seus gabinetes e por telefone, os parlamentares ou não se pronunciaram ou não foram localizados. Fan tasmas – A súmula do STF no Senado resultou, até agora, na demissão de 22 parentes de senadores – a maioria deles suspeitos de serem "fantasmas", já que ninguém nos gabinetes sabe informar o que é que eles fazem efetivamente, e quando isso acontece. É o caso do genro do senador Antonio Carlos Valadares, Paulo Henrique Sobral Santos, e também do tio do senador maranhense Lobão Filho (sem partido), Neuton Barjona Lobão Filho. Barjona aparece com o senador no processo em que ambos respondem pelos crimes contra ordem tributária, falsidade ideológica e formação de quadrilha. (AE)

Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR): a mulher, uma filha e um sobrinho contratados pelo Senado.

Empatados no segundo lugar, com 22% de intenção de voto cada um, segundo o Datafolha, Alckmin e Kassab caçam votos agora dos eleitores indecisos, que podem fazer a diferença no primeiro turno. Os dois candidatos dispõem de poucos dias para convencer, sobretudo os eleitores que ainda não sabem em quem votar.

SEGURANÇA Em contrapartida, Marta Suplicy, que mantém os 37% de preferência do eleitor, vai assegurando antecipadamente uma das vagas no segundo turno. O problema da candidata petista é o turno final, devido à sua alta taxa de rejeição.

RISCO As pesquisas indicam que Marta corre sério risco de perder a eleição para Alckmin ou Kassab., porque não existe diferença acentuada entre os três candidatos no segundo turno, dizem as pesquisas. Existe o empate técnico entre os três candidatos.

ATAQUES Geraldo Alckmin continua criticando Kassab, com o argumento de que precisa ser contra o prefeito por disputar uma vaga no segundo turno com ele. O tucano lembra que, enquanto batia em Marta, Kassab crescia nas pesquisas.

RECLAMAÇÃO O ex-presidente do DEM, empresário Jorge Bornhausen, já telefonou para o senador tucano Sérgio Guerra, para reclamar do comportamento de Alckmin, que vem sustentando suas alfinetadas no prefeito.

DIFICULDADE Os democratas admitem que, se Alckmin continuar com a mesma pregação contra Kassab, dificilmente PSDB e DEM voltam a se coligar no segundo turno em São Paulo. Também a aliança dos dois partidos na eleição presidencial de 2010 corre risco.

IRRITAÇÃO José Serra continua irritado com Alckmin. O governador não quer que o tucano mantenha as críticas ao prefeito Gilberto Kassab. Serra é o virtual presidenciável do PSDB e não admite ficar sem o apoio dos democratas em 2010.

IMAGEM Independentemente da irritação de Serra, Alckmin resolveu exibir na sua campanha de televisão outras imagens em que aparece acompanhado do governador. O candidato tucano justifica sua decisão

lembrando que Serra é do seu partido.

REPROVAÇÃO Alckmin não aprova o fato de Kassab também se exibir na TV ao lado de Serra. Mas o governador continua apoiando a reeleição do prefeito. Serra, portanto, continuará a debutar nas duas campanhas.

MESMA LINHA Os democratas, por sua vez, decidiram que Kassab deve manter a estratégia de polarizar a campanha com Marta Suplicy. A ordem no QG do prefeito é que o candidato ignore as críticas dos adversários, principalmente as do tucano.

BAIRROS Portanto, o prefeito vai continuar comparando sua administração com a gestão de Marta Suplicy. Além da televisão, a comparação será feita também na campanha dos bairros, sobretudo nas regiões em que a petista está mais forte.

CANDIDATURA Parece não existir mais dúvidas: ao ser entrevistado numa emissora de televisão de Brasília, o presidente Lula sacramentou que sua candidata ao Planalto em 2010 deverá ser mesmo Dilma Rousseff.

NÃO ASSUSTA Mesmo com o apoio do presidente, a ministra ainda não aparece bem colocada nas pesquisas. Por enquanto, a ministra não amedronta os adversários, principalmente José Serra, que lidera todas as pesquisas presidenciais. Pelos levantamentos realizados até agora, Dilma não chegou aos dois dígitos.

POPULARIDADE Lula, contudo, ainda confia na sua força política para alavancar a candidatura da ministra. As últimas pesquisas indicaram que Lula está com mais de 60% de índice de popularidade.

MÃE DO PAC Além da estratégia de transferência de votos, Lula tem levado a ministra a todas as inaugurações e cerimônias, e faz questão de destacar o trabalho de Dilma, chamando-a de "mãe do PAC" (Programa de Aceleração do Crescimento).


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

O CRÉDITO SUMIU NOS PAÍSES CENTRAIS E NÃO FICARÁ FARTO PARA EMERGENTES COMO NÓS

DANIEL PIPES OBAMA AOS OLHOS DOS MUÇULMANOS (1)

A SALVAÇÃO DA LAVOURA?

O

pacote anunciado pelo governo norteamericano destinase a "providenciar estabilidade nos mercados financeiros, garantir a disponibilidade de financiamento imobiliário e proteger os contribuintes", segundo palavras do Secretário do Tesouro, Henry Paulson. Antes de tecermos nossas considerações sobre os impactos das medidas sobre a co nju nt u ra eco nô mic a mundial, é importante destacar não apenas seus principais pontos, mas também o porquê da necessidade de sua adoção. Notamos que, desde o início da crise do setor imobiliário, a inadimplência das hipotecas prime subiu paulatinamente. Para quem está acostumado com o padrão de inadimplência do setor bancário brasileiro, tal comportamento poderia parecer, à primeira vista, insuficiente para provocar gravíssimos desequilíbrios patrimoniais nas agências de hipotecas, a ponto de deflagrar intervenção federal. Entretanto, observando-se números contábeis, percebemos que a situação patrimonial não era muito confortável. É claro que nem toda a inadimplência representa perda integral. Afinal, após alguns meses de não-pagamento, os imóveis são retomados e leiloados. Entretanto, um processo de execução dos contratos imobiliários por parte das agências não é possível no momento atual, pois proporcionaria considerável elevação da oferta de imóveis. Diante de agravamento do quadro dramático do mercado de imóveis nos EUA, haveria aumento do risco de ocorrência de crise sistêmica. Daí porque uma das medidas mais importantes do pacote foi a capitalização, com recursos do Tesouro, de até US$ 100 bilhões em cada agência. Estes recursos não serão aportados de uma só vez, mas num ritmo necessário para manter o patrimônio líquido das agências no azul. A criação de uma linha de crédito de curto prazo para as agências com recursos do Tesouro será operacionaliza-

C

● Nenhuma economia

passa incólume por um vendaval como esse. A intervenção do governo dos EUA será uma alavanca para o crescimento?

da pelo Federal Reserve de NY e estará ativa até dezembro de 2009. Ficou decidido também que a carteira hipotecária própria das duas agências poderá aumentar até o teto de US$ 1700 bilhões, até dezembro de 2009. A partir dai, essas posições próprias deverão entrar em trajetória de redução de 10% a cada ano. Do ponto de vista do mercado imobiliário, pelo menos a médio prazo, o pacote parece animador e, sem duvida, está na direção correta: melhorará as condições para novos financiamentos e permitirá que os atuais devedores consigam renegociar suas hipotecas em bases mais flexíveis. Adicionalmente, o governo consegue reorganizar a estrutura de capital das agências, o que contribui para que estas possam voltar a atuar no mercado de garantias dos títulos lastreados em hipotecas, sem necessidade de elevar suas comissões como forma (quase que desesperadora) de reforçar suas posições. Contudo, não podemos esperar do pacote aquilo que ele não conseguirá fazer: reverter a atual trajetória de forte desaceleração da economia nor te-americana, bem como seus reflexos sobre a economia mundial. Nenhuma economia do mundo passa incólume por um vendaval como esse. Assim, a intervenção governamental nas agências Fannie Mae e Freddie Mac deverá servir mais como uma medida preventiva para evitar o agravamento da crise no setor imobiliário, do que como uma alavanca para a retomada do crescimento. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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E vem vindo a locomotiva...

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or razões mais que óbvias, assistimos ao desenrolar da crise anunciada, espantados apenas pela velocidade com que os mercados financeiros vão sendo contagiados pela deterioração das expectativas. O tempo tem sido curto para pensar como esse vendaval pode nos atingir e onde o estrago pode vir a ser maior. Não se trata de catastrofismo, mas de examinar serenamente o que pode vir para antecipar medidas corretivas. Por várias razões, o impacto maior da crise se dará nas contas externas, tanto financeiras como de comércio. O efeito sobre as contas financeiras carece de maiores análises. O crédito está escasseando nos países no centro da crise e, obviamente, não permanecerá farto para emergentes como nós. Do lado do comércio, os preços das commodities estão dando sinais claros que o ciclo de alta está próximo do fim. Talvez o sinal mais óbvio seja a queda dos preços da energia. O preço do gás natural na NYNEX chegou a quase 13,3 dólares por milhão de BTUs em 30 de junho último; dois meses depois havia caído para 7,9 dólares - uma queda de 40%, antes da fase aguda da crise que estamos atravessando. Com o petróleo, mais visível especialmente depois do Pré-sal, os preços desabaram de 140 dólares o barril em 30 de junho para 115 dólares em 29 de agosto. Trata-se de uma redução de 18% em apenas dois meses. Na semana passada, caiu ainda mais e chegou aos US$ 90. O mesmo ocorreu com os metais preciosos. O preço da platina caiu 32% entre 30 de junho e 29 de agosto, o da prata, 32% e o do ouro, 15%. Dentre as commodities que diretamente nos interessam, os preços acompanharam a tendência geral de queda do mercado. No caso da soja, a perda foi de 17%; do trigo, 8%; e do cacau, 12%. As commodities já estavam em baixa há mais tempo, como o do café (queda de 13% no ano) e o suco de laranja, cujo pico prévio de preço atingiu 205 centavos por libra peso em 28 de fevereiro do ano passado e em 29 de agosto estava em 109 centavos - uma queda de 47% no período! Enquanto os preços das commodities mostram surpreendente queda, estudo recente da Funcex mostra que para 14 de 24 setores exportadores o volume exportado está em queda, na comparação entre os primeiros sete meses deste ano com o mesmo período do ano passado. Resultado oposto ocorreu do lado das importações, onde 23

● O maior impacto da crise

se dará nas contas externas, tanto financeiras como de comércio. O valor das importações cresceu 46%, mas o das exportações só cresceu 22%. Por Roberto Fendt

de 25 setores mostraram aumento tanto de volume importado como de preços. Em conseqüência, de um total de 29 setores, 23 deles mostraram queda no saldo comercial em decorrência da combinação de queda do volume exportado com o aumento da quantidade importada. Esses resultados serão ainda piores quando os dados até setembro estiverem disponíveis, já que as quedas de preços mais acentuadas ocorreram depois de julho.

R

esumo da ópera: nos doze meses terminados em julho último, o valor das importações cresceu 46% comparado com os 12 meses anteriores; no mesmo período, o valor das exportações cresceu 22%. Nos 12 meses terminados em julho as exportações somaram US$ 184,4 bilhões, e as importações, US$ 153,7 bilhões; caso as exportações continuem crescendo 22% nos próximos doze meses e as importações, 46%, chegaríamos ao final de julho de 2009 com um saldo acumulado de 500 milhões de dólares! É claro que se trata de um exercício aritmético banal, que não se materializará. Seu único mérito é mostrar que algo precisa mudar para impedir que não desapareça o saldo comercial no prazo de um ano. A solução pode ser uma progressiva desvalorização do real, que incentive as exportações e desestimule as importações; ou pode vir por uma desaceleração do crescimento que reduza o ritmo de crescimento das importações. Os 205 bilhões de dólares de reservas internacionais acumulados pelo Banco Central tornarão essa travessia menos arriscada. Mas não deixa de ser curioso que os que agora afirmam que nossos fundamentos econômicos estão sólidos sejam os mesmos que até ontem criticavam acerbamente a acumulação de reservas.

Tapa na cara JOÃO GUILHERME SABINO OMETTO

P

ara uma área que se inclui entre as mais atingidas pela i n f l a ç ã o d o s p ro d u t o s agropecuários, na qual 62 milhões de pessoas passam fome e nove milhões de crianças sofrem de desnutrição crônica, é um verdadeiro tapa na cara o novíssimo informe divulgado em agosto pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), no âmbito do Projeto América Latina e Caribe sem Fome: é maior do que se pensava o desperdício de gêneros alimentícios no continente. O número relativo ao Brasil é assustador. O desperdício chega a 64% do que se planta. O problema é semelhante em todas as nações do Continente. As causas não se limitam, como se podia supor, às deficiências de infraestrutura, logística e armazenamento. Além desses graves e conhecidos fatores, os autores do estudo indicam a falta de consciência dos consumidores. Numerosas pessoas compram muito mais do que consomem, e não há cuidado com o aproveitamento racional e reciclagem. No Brasil, 70 mil toneladas de comida, a cada ano, acabam no lixo. No México, segundo a sua Associação de Bancos Alimentares, são desperdiçadas 23 mil toneladas anuais. Isto é uma verdadeira afronta aos 19 milhões de habitantes desse país , que não têm asse-

guradas as refeições diárias minimamente recomendadas pela OMS. Ante tais estatísticas, contribuição importante, que poderia ser multiplicada no Brasil e em toda América Latina, é o Programa Alimente-se Bem, criado e difundido pelo Sesi-SP, que visa exatamente a proporcionar o aproveitamento integral dos ingredientes, com a produção de pratos saudáveis, nutritivos e baratos. Por outro lado, é premente enfrentar causas históricas e graves do desperdício, como a infra-estrutura e armazenamento precá●A América Latina

joga comida fora. O desperdício chega a 64% do que se planta por negligência, vícios culturais e problemas estruturais. rios, bem como fatores políticos e conjunturais que provocam o aumento de preços e/ou a redução da oferta de alimentos, dentre eles a utilização significativa de grãos para a produção de etanol, no Hemisfério Norte, o preço elevado dos fertilizantes e do petróleo e os subsídios agrícolas nos EUA e Europa. Este último fator poderá até mesmo ser agravado após o retumbante fracasso de Doha.

As providências são urgentes, pois a gravidade do problema cresce de maneira rápida, conforme atestam números de outros relatórios da FAO. Os preços da maioria das commodities agrícolas tiveram grande aumento nos últimos dois anos: arroz - 217%; trigo - 136%; milho - 125%; e soja 107%. Em 2008, o valor global de importação de alimentos deverá chegar a US$ 1,035 bilhão. É um crescimento de 26% em relação ao ano passado. Segundo alerta a organização, os países economicamente mais vulneráveis irão pagar a maior parcela da conta dessas importações. Seu gasto total com essas operações deverá crescer até 40% em relação a 2007. Dentre as nações incluídas no novo estudo da FAO, como em todo o mundo, o Brasil certamente é a que tem melhores condições de enfrentar o problema. Os números da agricultura brasileira ampliam ainda mais a responsabilidade de nosso país na questão da segurança alimentar. Não temos o direito de continuar jogando fora tanta comida, por mera negligência, vícios culturais e a persistência de problemas estruturais que deveriam ter sido solucionados há décadas. JOÃO GUILHERME SABINO OMETTO É VICE-PRESIDENTE DA FIESP, PRESIDENTE DO GRUPO SÃO MARTINHO E MEMBRO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA USP

omo é que os muçulmanos vêem Barack Hussein Obama? Eles têm três escolhas: podem vê-lo como ele mesmo se apresenta - ou seja, como alguém que "nunca foi um muçulmano" e "sempre foi um cristão"; ou como um companheiro muçulmano; ou, ainda, como um apóstata. As notícias sugerem que, enquanto os americanos geralmente vêem o candidato democrata como alguém sem nenhuma religião antes de se converter pelas mãos do Reverendo Jeremiah Wright aos vinte e sete anos, os muçulmanos ao redor do mundo raramente o vêem como um cristão, mas normalmente como um muçulmano ou exmuçulmano. Lee Smith, do Hudson Institute explica por que: "O pai de Barack Obama era muçulmano e de acordo com a lei islâmica o candidato também o é. Uma criança muçulmana adota a religião de seu pai." Além disso, seu histórico escolar do período em que viveu na Indonésia classifica-o como muçulmano. Conseqüentemente, um jornal egípcio, o Al-Masri al-Youm, refere-e às suas "origens muçulmanas". O mandatário líbio, Muammar al-Kaddafi, referiu-se a Obama como "um muçulmano" e uma pessoa com "identidade africana e islâmica". Uma análise da rede árabe de TV Al-Jazee ra chama-o de "homem nãocristão"; uma segunda faz referência a seu pai "queniano muçulmano", e uma terceira, feita por Naseem Jamali, ressalta que "Obama não poderia ser tido como um muçulmano, mas os muçulmanos estão ansiosos por vêlo como a um deles." ● Os muçulmanos

raramente vêem Obama como um cristão, mas como um muçulmano ou ex-muçulmano.

U

ma conversa ouvida em Beirute e citada no Christian Science Monitor capta bem a perplexidade: "Ele tem que ser bom para os árabes porque ele é um muçulmano", observou um dono de mercearia. "Ele não é um muçulmano, ele é um cristão", retrucou um cliente. O merceeiro replicou: "Ele não pode ser um cristão. Seu nome do meio é Hussein". Discussões em língua árabe a respeito de Obama por vezes mencionam o seu nome do meio como a um código, que não carece de nenhum comentário adicional. "O simbolismo atribuído ao fato de um dos candidatos presidenciais ter como nome do meio Hussein, e que freqüentou a escola primária na Indonésia, certamente diz algo aos muçulmanos", diz Tamara Cofman Wittes, do Brookings Institution, num relatório de uma conferência americano-muçulmana em Qatar. Thomas L. Friedman, do New York Times, descobriu que os egípcios "realmente não entendem a árvore genealógica de Obama, mas o que eles sabem é que se os EUA - a despeito de terem sido atacados por militantes muçulmanos (terroristas) no 11 de setembro - elegessem um sujeito cujo nome do meio é Hussein, isto faria um mundo de diferença nas relações entre os EUA e o mundo muçulmano". (Continua) PUBLICADO ORIGINALMENTE NA FRONTPAGEMAGAZINE.COM. TAMBÉM DISPONÍVEL EM DANIELPIPES.ORG TRADUÇÃO: MSM


sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OPINIÃO - 3

AS CRISES FINANCEIRAS SE PARECEM COM AS GUERRAS: RESULTAM DE UM ERRO DE CÁLCULO.

Como Wall Street afundou sua louca máquina de apostas (1)

Por Robert Samuelson ● Se falhar o pacote financeiro do governo Bush para reverter a crise financeira, o que o governo poderá fazer em seguida? ● Na segunda e última parte da série, amanhã, Robert Samuelson se pergunta onde vai parar a intervenção em Wall Street, depois de descrever como o governo atuou.

W

all Street, como a conhecemos, está quebrada. Não é só porque o Merrill Lynch concordou em ser comprado pelo Bank of America ou porque o lendário banco de investimentos Lehman Brothers pediu concordata ou porque a gigante dos seguros A IG está cambaleando. Também não é porque esses eventos seguiram a quebra do banco de investimentos B ear Stearns ou a intervenção do governo na Fannie Mae e na Freddie Mac, as maiores agências fornecedoras de hipotecas. O que realmente ocorreu é que o modelo de negócios de Wall Street entrou em colapso. A cobiça e o medo, que rotineiramente governam os mercados financeiros, semearam a crise global. Só não está claro quando ela vai acabar. O que está claro é que suas origens estão ligadas às formas como Wall Street - as gigantescas casas de investimentos, corretoras, firmas de private equity e de fundos hedge mudaram desde 1980. Seu atual modelo de negócio tem três componentes básicos. Primeiro, firmas financeiras se moveram para além de tradicional modelo de conselheiras e intermediárias. Antigamente, grandes bancos de investimentos, como Goldman Sachs e Lehm an , trabalhavam principalReuters

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mente para seus clientes. Eles negociavam ações e títulos para grandes investidores institucionais (companhias de seguro, fundos de pensão, fundos mútuos). Eles aumentavam o capital para as companhias ao subscrever vender - novas ações e títulos para as empresas. Eles forneciam assessoria para clientes corporativos sobre fusões, aquisições e reestruturações. Todos esses serviços exigiam pagamentos. Agora, a maioria das empresas financeiras também investe para elas mesmas. Usam o dinheiro de sócios ou de acionistas para apostar em ações, títulos e outros papéis - supostamente, transações principais. A Merril e outras corretoras de varejo, que antes serviam a clientes individuais, se aventuraram em bancar investimentos. Como faziam alguns bancos comerciais até que foram impedidos pela anulação, em 1999, da Lei Glass-Steagall, de 1933. Segundo, os pagamentos de Wall Street são bastante distorcidos pelos bônus anuais, refletindo os lucros que corretores e administradores conseguem no ano. Apesar dos enormes salários-base, os bônus dominam. Diretores-administrativos com 15 anos de experiência podem receber bônus de 5 a 10 vezes maiores do que seus salários-base de US$ 200 mil a US$ 300 mil. Finalmente, os bancos de in-

Enganaram os investidores, para que assumissem riscos que sabiam ser perigosos. Enganaram a si mesmos.

DELFIM NETTO

CERTEZAS E SURPRESAS vestimentos confiam profundamente no dinheiro que foi pego emprestado - chamado de alavancagem no jargão financeiro. O Lehman foi um caso típico. No final de 2007, ele detinha quase US$ 700 bilhões em ações, títulos e outros papéis. Enquanto isso, seus investimentos de acionistas (equity) era de aproximadamente US$ 23 bilhões. Todo o restante estava apoiado por empréstimos pegos. O nível de alavancagem era 30 para 1. A alavancagem pode criar lucros imprevisíveis. Suponha que você compre uma ação por US$ 100. Ela vai para US$ 110, você obteve um ganho de 10%, um retorno razoável. Agora suponha que você pegue emprestados US$ 90 dos US$ 100. Se o preço sobe para US$ 101, você obtém um ganho de 10% sobre seu investimento de US$ 10 (Teoricamente, o preço tem de passar ligeiramente os US$ 101 para cobrir o pagamento dos juros). Se ele for para US$ 110, você dobrou o seu dinheiro. Um grande sucesso! Quando reunidos, esses componentes criaram uma máquina louca de apostas. Corretores e administradores de dinheiro tinham grandes incentivos para fazer o que fosse para aumentar os lucros a curto prazo. Hipotecas duvidosas eram embaladas em títulos, vendidas e negociadas. Casas de investimentos tinham grandes incentivos para aumentar a alavancagem. Enquanto a alta continuava, o governo permanecia distante. O Congresso resistiu a uma regulamentação mais dura para a Fannie e a Freddie e permitiu que elas tivessem níveis de alavancagem que, segundo cálculos plausíveis, ultrapassavam 60 por 1. Não é que os líderes de Wall Street enganaram os clientes ou os emprestadores de dinheiro para que assumissem riscos que se sabia que eram perigosos. Eles enganaram a si mesmos porque as recompensas de curto prazo os cegaram para os perigos de longo prazo. Inevitavelmente, riscos vieram à tona. As hipotecas apodreceram. A poderosa lógica das grandes alavancagens

se reverteu. As perdas erodiram as pequenas base de capital das empresas, aumentando as dúvidas sobre sua sobrevivência. Este ano, o Lehman perdeu aproximadamente US$ 8 bilhões nas transações principais. De outra forma, seria lucrativo.

C

omo Wall Street vai se reestruturar ainda não está claro. As empresas precisam de mais capital. O Merrill foi para o Bank of America porque bancos comerciais têm alavancagem menor (cerca de 10 para 1O). Parece provável que muitos fundos hedge pouco capitalizados serão forçados a reduzir a alavancagem. O mesmo para empresas de private equity. Com o tempo, tudo isso pode se provar benéfico. Empresas financeiras podem assumir menos ricos desnecessários e estúpidos - pelo menos por um momento. Pessoas talentosas e ambiciosas podem se transferir das finanças, para onde foram atraídas pelos pagamentos exorbitantes, para indústrias mais produtivas. Mas o efeito imediato pode ser o de prejudicar o restante da economia. Pessoas já perderam seus empregos. Estados e cidades, particularmente Nova York e New Jersey, que dependem dos lucros e da folha de pagamento de Wall Street, vão enfrentar mais cortes de gastos. Bancos comerciais e de investimentos podem apertar, novamente, as exigências para empréstimos e impedir qualquer recuperação econômica. O desmaio da Bolsa pode aprofundar o pessimismo, o medo e a relutância em gastar dos consumidores. Poderá haver mais quebras em empresas financeiras. É difícil saber, pois as crises financeiras se parecem com as guerras em um aspecto crucial: elas resultam de erro de cálculo. ROBERT J. SAMUELSON É COLUNISTA DA REVISTA

NEWSWEEK (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Q

uem disser que sabe para onde está caminhando a crise nos mercados financeiros está simplesmente arriscando um palpite, sem maior responsabilidade. Catorze meses depois de aflorar o escândalo dos subprimes, a reação dos bancos centrais de todo o mundo ainda é de surpresa, diante da extensão da malfeitoria que derrubou instituições centenárias do sistema bancário americano e faz balançar outras na Europa e na Ásia. O agravamento da crise na semana passada se deve ao fracasso das tentativas de salvação do Lehman Brothers, que pediu concordata na segunda-feira, entendido pelo mercado como o sinal que as autoridades americanas iriam cessar a concessão de ajuda financeira aos bancos e agências envolvidos nos problemas das hipotecas. O próprio Federal Reserve se reuniu em seguida com os outros cinco maiores bancos centrais do mundo para garantir que a ajuda vai continuar e até se expandir, mas isso não foi suficiente para restabelecer a confiança. Ameaças de novas quebras pipocam à cada instante.

E

m meio a notícias contraditórias, que aumentam a incerteza e produzem muita confusão, ressurgiu pelas vozes do competente Paul Volcker e do não menos experiente secretário do Tesouro, Nicholas Brady a idéia de se criar uma agência federal nos EUA nos moldes da antiga Resolution Trust Corporation, que funcionou na crise de 1989 como uma espécie de Proer (o original), e foi fundamental para restabelecer a ordem nos mercados. Da mesma forma que naquela ocasião o governo dos EUA daria o suporte à RTC para absorver os papéis podres que estão nos balanços dos bancos e eliminar, assim, a principal fonte da instabilidade que está perturbando os mercados financeiros. Até o momento foi a melhor idéia que apareceu como possibilidade de administrar a crise. Não é coisa fácil de emplacar nesse período pré-eleitoral turbulento, mas terá que ser considerada fortemente diante da eventualidade de perda do controle.

O

Brasil está melhor preparado do que jamais esteve para enfrentar uma crise dessa natureza, mas ela traz dificuldades novas para o nosso desenvolvimento. Implica em que talvez tenhamos que aceitar uma desaceleração no ritmo

● Estamos melhor

preparados para enfrentar essa crise. Mas ela traz dificuldades novas para nosso desenvolvimento.

de nosso crescimento, por força da redução do nível do desenvolvimento global. O prolongamento do nervosismo e da situação de instabilidade nos mercados financeiros deve produzir o efeito de refrear investimentos das empresas. A robustez do nosso crescimento está hoje ligada à expansão do mercado de consumo doméstico, depende muito mais de nossas energias internas do que de fatores externos, mas estes não deixam de influir, principalmente quando impõem um clima de cautela nos investimentos globais. Na medida em que esse clima afetar o ânimo de investimento dos nossos empresários, o nível da atividade econômica vai sofrer lá na frente. Mas vamos chegar ao final de 2008 com a economia crescendo 5,5% e ainda mantenho a crença que podemos prosseguir num ritmo entre 4,5% e 5% de expansão do PIB em 2009.

A

economia brasileira vai continuar se desenvolvendo porque eliminamos as duas principais ameaças que poderiam frustrar a expansão do PIB. A oferta da energia está garantida (seja do petróleo, da hidroeletricidade e das fontes alternativas proporcionadas pelo agronegócio) e não temos problemas de financiamento no balanço das transações correntes. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP, EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

O TSE deverá proibir celulares nas cabines para evitar que, depois, os eleitores exibam uma prova de seus votos.

gibaum@gibaum.com.br

«

3 Ele foi me levar uma caixa de charutos.

NELSON JOBIM // ministro da Defesa, onfirmando ter recebido a visita do ex-ministro, deputado cassado e consultor José Dirceu.

Fotos: Business News

Pura especulação

Para tentar entender melhor: a Rússia, que, em 1998, foi à moratória, está atônita com a crise financeira americana que respinga em todo o planeta e a Coréia do Sul, muito mais blindada que o Brasil, acaba de ter a maior desvalorização de sua moeda desde o mesmo ano (e, na época, não deu calote). Brasil e Coréia têm em comum a forte e rápida deterioração das contas externas e grande queda na bolsa desde maio. Bancos russos e coreanos dependem mais que os brasileiros de fundos externos. Resumo da ópera: não faz sentido esse linchamento do real, ainda mais com o dólar afundando no mundo. É pura especulação – e um grave sinal para o Brasil.

BEM INSTALADO

Já ocupando os edifícios públicos mais luxuosos de Brasília, o Poder Judiciário planeja a construção de mais 83 prédios pelo Brasil em 2009, além da modernização e ampliação de outros já existentes. No total, as obras do Judiciário previstas no Projeto de Lei Orçamentária Anual para o próximo exercício estão estimadas em mais de R$ 360 milhões. Só a construção do edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral está orçada em R$ 130 milhões.

A grife Victoria’s Secret procurava, desde 2005, uma substituta para Tyra Banks, que hoje apresenta o American’s Next Top Model, para integrar seu grupo de Angels. E acaba de decidir por Marisa Miller, americana de ascendência italiana, eleita pelas revistas Maxim e FHM (For Him Magazine), a mulher mais sexy do mundo. Agora, ela está na capa e no recheio da Malibu, servida a mesa (esquerda), enquanto é eleita uma das 20 favoritas da Sports Illustrated (meio), em sua edição anual Swinsuit. Ela já desfilava para a marca de lingerie e aparecia em seu catálogo (direita). Só falta encontrar a substituta de Gisele Bündchen.

A nova Angel

A eterna paixão nacional, o bumbum feminino, ganha nova discussão, diante da preferência em alta pelo formato de maiores proporções, comprovado pelas vendas de Playboy com Andressa Soares, a Mulher-Melancia (400 mil exemplares) e que começa a ser notada até em comerciais de televisão. Pesquisa feita pela Internet revela que os admiradores da área estão divididos e quem entende de assunto garante que tamanho não é tudo. E usando frutas para descrevê-las, alertam para o tipo pêssego: menor, durinha e proporcional. Bons exemplos: Gisele Bündchen e Flávia Alessandra. Ou a tipo maçã: grande, volumosa e simétrica, bem representada por Juliana Paes. A região grande, farta e generosa, para a antropóloga Mirian Goldenberg, “garante muito sucesso, tanto no campo erótico quanto no financeiro”.

Paixão em discussão

Animais domésticos

QUERIDINHA

A starlet Ellen Jabour é mesmo a nova queridinha de Silvio Santos. Agora, ele mandou dar carro com motorista para sua nova contratada, que também ganhou um camarim só para ela, no SBT, nome na porta e sempre farta mesa de guloseimas e frutas, que Ellen prefere para manter a forma.

Na cabeça

Na avaliação dos jornalistas que cobrem as atividades do Congresso, a lista dos senadores que mais bem representam os interesses da população no Senado é encabeçada por Cristovam Buarque (PDT-DF). No primeiro mandato de Lula, Buarque era ministro da Educação até ser demitido, por celular, quando estava em Portugal, pelo próprio Chefe do Governo. Hoje, sonha com a secretaria-geral da Unesco, mas o Ministério das Relações Exteriores faz questão de não mexer uma palha a seu favor.

Made in Brazil

Que a cantora Madonna tem uma legião de fãs espalhados pelo mundo não é novidade, incluindo as de carteirinha no Brasil: Wanessa Camargo é uma delas e agora, conseguiu realizar um antigo sonho. Ela vai aparecer transformada numa Madonna tupiniquim em campanha publicitária de celulares. Peruca loira, boina, caras e bocas, tudo para tentar se aproximar ao máximo da imagem de Madonna. Contudo, Wanessa confessa que jamais conseguiria apresentar, no palco, os lances repletos de sensualidade (ou mais do que isso), área em que a original deita e rola.

ÉdoBrasil! Ainda a paixão nacional: no livro Modos de homem, modas de mulher (1986), Gilberto Freyre fala sobre a obsessão do brasileiro com a área, “desde os tempos da colonização”. E se alguém perguntar a opinião do comentarista esportivo Galvão Bueno sobre o assunto, ele não hesitará um segundo em exclamar: “É do Brasil!”. Nas lojas de lingerie, entre São Paulo e Rio, as vendas de calcinhas tipo fio dental, aumentaram cerca de 70% nos últimos meses. O modelo mais vendido é o que tem um lacinho logo acima do que se pode chamar de rocky mountain.

0 IN

Geléia de pimenta.

0

Tenébrio é o nome de um inseto cuja larva é usada, no mundo inteiro, para alimentação de pássaros, répteis ou isca de pescaria. Agora, criadores de tenébrio querem que o Ibama inclua a espécie na lista dos animais domésticos. Esse bloco é formado por bichos que não precisam de autorização especial para serem criados, o que facilita a exploração comercial. Dentro dos critérios do Ibama, fazem parte da lista de “animais domésticos”, além de cães e gatos, também camelos, lhamas, ratos e até minhocas. O último a entrar foi o avestruz.

OUT

Patê de fígado.

O brasileiro tranqüilo Numa variante do livro de Graham Greene, The Quiet American (O Americano Tranqüilo), que Michael Caine celebrizou na versão cinematográfica, a The Economist desta semana dedica grande matéria ao banqueiro Daniel Dantas com o título The Quiet Brazilian. De cara, descreve a chegada de Dantas em seu escritório em São Paulo: entra, coloca na mesa diversos celulares e remove suas baterias, alegando que “um deles, pelo menos, deve estar sendo grampeado”. Depois, fala de sua prisão, que seus problemas começaram na privatização de telefonia e acaba chamando o banqueiro de Darth Vader em planilhas. E mais: apesar de uma fortuna de US$ 1 bilhão, não tem obras de arte, casa de praia ou helicóptero, o que lembra Warren Buffett, um de seus heróis. No final, The Economist aposta que Dantas não será condenado. O que “só vai adicionar à sua reputação de ter relações próximas com a lei”.

MAIS: é que milícias, traficantes e controladores de currais planejam exigir a constatação de que seus candidatos não foram traídos.

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008 Paulo Pinto/AE

Ex-sócio de Lula Na montanha de fitas gravadas pelos federais e arapongas que participaram da Operação Satiagraha, também o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, teria seu lugar garantido. Okamoto é aquele velho amigo do presidente que paga as dívidas de Lula do próprio bolso. Eles moraram juntos, em Brasília, há anos, numa época em que eram sócios de uma empresa que não durou um ano. Fechou porque os dois não agüentavam a carga de impostos. Eventualmente por precaução, Okamoto está preferindo permanecer na moita.

DESABAFO Numa entrevista ao programa Por Trás da Fama (Multishow), Luiza Brunet desabafou e relatou um episódio de sua vida: aos 17 anos de idade, fez um aborto. “Quando você tem essa idade e precisa tomar uma decisão sozinha, fica muito difícil. Gostaria de ter sido mais preparada para evitar isso. É muito doloroso para a mulher. Hoje, ele teria 25 anos”. Luiza tem dois filhos: Yasmin, 20 anos e Antônio, 11 anos.

MISTURA FINA

O EX-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve em Curitiba para apoiar a reeleição de Beto Richa. E como tinha de retornar logo, pediu – e foi atendido – um jatinho para levá-lo e trazê-lo de volta a São Paulo. Nessas horas, sempre aparece um empresário amigo (e rico) para ajudar. A INTENÇÃO da modelo Gisele Bündchen de colocar em leilão, na Sotheby’s de Nova York, todos os presentes que ganhou do ex-namorado Leonardo DiCaprio, está merecendo total condenação pelas colunas de gossips de Manhattan. Se fosse com renda revertida para alguma instituição ou causa, tudo bem: só que Gisele vai colocar o que conseguir no leilão no seu cofrinho, onde já foram depositados US$ 250 milhões. A REDE de TV americana ABC acaba de localizar em Magé, no Estado do Rio, uma ex-bailarina chamada Maria Gracinda, que seria a brasileira com a qual John McCain teve um romance em 1957. É uma senhora setentona, pelo que se sabe, e que viveria em condições muito modestas hoje. A REVISTA Vip resolveu fazer uma lista com os 100 maiores nomes da televisão brasileira e elege, em primeiro lugar, o empresário, apresentador e ex-camelô Silvio Santos. O segundo lugar fica com o ator Lima Duarte (estreou em 1951 e já participou de 31 novelas). Hebe Camargo aparece em sexto lugar e Xuxa Meneghel, em nono. Em 49º, surge Fernanda Montenegro e em 50º, Sabrina Sato, enquanto Paulo Autran ganha um modesto 99º lugar. ESTÁ SENDO lançada a revista Higiplus , a primeira publicação brasileira especializada em limpeza profissional, com apoio do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação. É um dos setores que mais cresceu, nos últimos anos, no Brasil, ao lado das empresas de vigilância e segurança. É um bloco total que possui, certamente, a maior participação no segmento de terceirização, em empresas e no setor público. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Lula no velório de Eleno Bezerra, ontem: despedida

ONU premia Lula pelo trabalho social no Brasil Além do IPS, ele receberá a "Insígnia de Ouro"

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou ontem para Nova York, onde irá participar esta semana da 63ª sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) e será premiado. Ele chega na madrugada desta segunda-feira. O presidente cumpre uma agenda cheia de compromissos nos Estados Unidos e só deverá retornar ao Brasil na quinta-feira à noite. Hoje, o presidente participará, às 11h, do lançamento da campanha "Brasil Sensacional", da Embratur, no New York Palace Hotel. Às 17h, Lula participará do Evento de Alto Nível sobre as Necessidades de Desenvolvimento da África. Logo em seguida, às 18h, Lula irá receber o prêmio IPS International Achievement Award 2007, em cerimônia na sede da ONU. O prêmio reconhece o trabalho de indivíduos e organizações que lutam por justiça social e política no mundo. Às 20h, Lula será condecorado com a Insígnia de Ouro da Sociedade das Américas e do Conselho das Américas, durante jantar em sua homenagem. Amanhã, o presidente tem encontros com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, com o Presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, Miguel d'Escoto Brockmann e participa da

abertura do debate geral da Assembléia Geral das Nações Unidas. Velório – O presidente compareceu ontem ao velório do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Eleno José Bezerra, no saguão do Palácio dos Trabalhadores, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo. O presidente ficou ao lado do caixão do sindicalista, acompanhado do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, e do ex-ministro e atual candidato à prefeitura de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e de familiares de Bezerra. Além de trabalhadores, metalúrgicos e sindicalistas, o velório atraiu a atenção de muitos pessoas, que se concentraram na porta e na rua do Palácio dos Trabalhadores. Eleno morreu anteontem em um acidente de trânsito ocorrido na altura do km 61 da rodovia Fernão Dias, no sentido Minas Gerais. Segundo a polícia apurou, quem estava na direção do carro era o filho do sindicalista, Willian Bezerra, que teria perdido o controle do veículo, um Palio. Após sair da pista, o automóvel despencou de uma ribanceira com uma altura de cerca de 12 metros. Eleno ainda chegou a ser levado a um hospital de Mairiporã, mas não resistiu. Willian teve apenas escoriações.(AE)

Presidente vai destacar crise financeira em seu discurso

A

crise financeira que atingiu os Estados Unidos e se espalhou pelo mundo será o tema principal do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 63ª reunião da Assembléia-geral da Organização das Nações Unidas. Em sua fala, o presidente brasileiro lembrará que a ONU é o espaço legítimo para esta discussão porque, no seu entender a "euforia irresponsável" dos especuladores do passado é que levou ao "naufrágio financeiro" que está ameaçando o conjunto da economia mundial. Lula vai defender ainda a necessidade de o tema passar a ser tratado politicamente, com uma ação efetiva dos governantes que estão no centro da crise, para que se possa combater a desordem econômica mundial com soluções globalizadas, tomadas sem imposições em espaços multilaterais legítimos. Na quarta-feira, a crise financeira mundial será tratada em uma reunião organizada pelos britânicos que contará com a presença dos chefes de Estado do Brasil, da China, da Índia, da Austrália e do Reino Unido, além de representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI). Na viagem de Lula não está previsto nenhum encontro reservado com o presidente George W. Bush, embora eles se encontrem na cerimônia de abertura da ONU, nem com os dois candidatos à

Casa Branca – o republicano John McCain e o democrata Barack Obama. A candidata a vice de McCain, Sarah Palin, no entanto, estará circulando pela ONU no dia da abertura da assembléia. Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tem encontro agendado com a secretária de Estado norte-americano, Condoleezza Rice. No discurso na ONU, além de focar a questão da crise financeira e de pregar a necessidade de se dar uma resposta global às ameaças que pesam sobre todos, Idéia é lembrando reforçar o fato que a de que foi a passividade "euforia diante de irresponsável" tamanha dos gravidade especuladores que gerou a pode nos atual ameaça conduzir a à economia novos impasses e até catástrofes, o presidente listará outros problemas que precisam de soluções: crise alimentar, crise energética, os riscos de implantação da desordem do comércio por causa do fracasso da Rodada Doha, a degradação do meio ambiente e os problemas da migração. O presidente falará também dos biocombustíveis, rechaçando a tese de que a alta dos alimentos está ligada à produção da matéria-prima para este tipo de energia. (AE)


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Política Abin pode ter até plano

Os 'fantasmas da Abin' somam mais da metade dos cerca de 600 integrantes da atividade-fim da instituição.

de demissões voluntárias Celso Junior/AE 17.09.08

ABr

Confesso que tenho o Paulo Lacerda como um homem extraordinário que o Estado brasileiro produziu. Agora tinha uma denúncia, de que a Abin fez escuta. Ora, a melhor forma para que a gente possa apurar, inclusive para deixar o Paulo Lacerda muito mais à vontade, foi afastá-lo de lá.

Governo quer agência sem influência do SNI

A

Presidente Lula

Ele é um homem sério, competente, eficiente, íntegro, da nova geração da polícia.

Joaquim Netto, ex-chefe de comunicação na secretaria de Defesa Social, comentando sobre Romero Menezes

crise no serviço de informações especiais para o Estado consolidou no Palácio do Planalto a posição de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é necessária e será mantida, mas terá de passar por pelo menos duas mudanças radicais. Primeiro, terá reforçada a infra-estrutura legal e material para cumprir uma política pública definida, devendo até ganhar o direito de fazer monitoramento telefônico. Em segundo lugar, deve ser renovado o quadro de pessoal, livrando-se da "velha guarda do SNI"– nem que, para isso, seja preciso adotar, à moda das empresas privadas, um plano de demissões voluntárias (PDV) para a turma do antigo Serviço Nacional de Informações. Um ministro que acompanha a crise faz questão de dizer que "a Abin, em hipótese nenhuma, poderá fazer trabalho de investigação policial". Segundo ele, a inteligência pode até apoiar uma investigação, "mas nunca assumi-la", pois isso seria desvirtuar a sua fun-

A PF cumpre as ordens judiciais. Não hesita em cortar na própria carne para cumprir a lei, mesmo que isso represente sofrimento pessoal.

Tarso Genro, ministro da Justiça, ao comentar sobre a prisão do nº 2 da Polícia Federal, o delegado Romero Menezes

Andre Dusek/AE-11/09/2008

Eu não sei o que se imaginou nessa cooperação operacional (entre PF e Abin na Operação Satiagraha). Mas, no futuro, o que isso ia resultar seria uma super-Polícia Federal, um super-SNI.

Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal federal (STF)

Ed Ferreira/AE-06/08/2008

Protógenes Queiroz, delegado da Polícia Federal

Valter Campanato/AB

ção. De acordo com o ministro, esse é um dos problemas da atual crise gerada pelos agentes da Abin que trabalharam na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e agora estão sob suspeita de terem feito grampos clandestinos. O direito de fazer monitoramento telefônico precisaria ser aprovado pelo Congresso. No Planalto, o diagnóstico, diante do quadro de quase ausência de regras, é que a Abin, além de boa parte da PF, tem pelo menos três categorias, assim descritas por outro assessor do presidente: os "acomodados", os "mercadores" e os "cachorros loucos". Esse assessor destaca que

"os bons profissionais existem em todo o serviço público, também estão na Abin e na PF e querem as mudanças". Acrescenta, porém, que "eles se sentem atemorizados pelos mercadores e pelos cachorros loucos, que já são bem pagos". Um agente da Abin ganha em torno de R$ 4,5 mil e um oficial, cerca de R$ 9,8 mil. A PF, para cargos de delegado e perito, paga R$ 19 mil, e tem salário inicial de agente, escrivão e papiloscopista na casa dos R$ 6,5 mil. À falta de uma política que diga claramente quais são os objetivos e como eles devem ser alcançados, afirma o mesmo assessor de Lula, os "aco-

Praça dos Três Poderes em clima de 'guerra'

A prisão de Romero Menezes é uma inversão do foco da discussão necessária à sociedade brasileira. Está se discutindo a maneira de agir da Polícia e deixando de ver o grande crime social, que é a corrupção existente no País.

Temos hoje um abuso, uma facilitação para as interceptações. O Congresso pode avançar para punir quem se envolveu com isso.

Nelson Jobim, ministro da Defesa

Tenho estado toda semana na Amazônia e visto muitas queimadas. Na véspera das eleições, muitos governadores, muitos prefeitos, afrouxam completamente a fiscalização. Ninguém quer multar e interditar ninguém na véspera de uma eleição. Então, o que acontece? Está recrudescendo as queimadas.

Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente

Valter Campanato/ABr-25/10/2006

Ministro Jorge Félix: ampliação do Sistema Brasileiro de Inteligência

modados" estão "cada vez mais acomodados e ganhando bem", enquanto os "mercadores traficam informação sigilosa e ganham dinheiro"; e os "cachorros loucos funcionam como justiceiros, que admitem fazer o mal e praticar ilegalidades em nome da idéia de que só eles estão fazendo o bem para a sociedade". O governo fala na necessidade de "limpar" a Abin dos fantasmas que assombram a agência. Eles somam mais da metade dos cerca de 600 integrantes da atividade-fim da instituição, distribuídos por todos os Estados do País – no total, a agência tem 1.600 servidores. Profissionalização – A profissionalização da Abin começou a ser feita com a elevação dos salários e, na semana passada, com a sanção da lei que definiu o plano de carreira do órgão. Esse é um ponto polêmico dentro do próprio Planalto, pois alguns ministros dizem que o governo está dando poder e estrutura aos órgãos sem dizer o que espera deles. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix, a quem a Abin é subordinada, vem preparando as mudanças por determinação do próprio presidente Lula. Nas reuniões, o ministro tem falado na ampliação e efetiva integração do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), estreitando a relação da Abin com os demais órgãos do setor. A reconstituição da agência é trabalho para pelo menos mais quatro ou cinco anos, de acordo com as próprias autoridades da área. (AE)

O que posso afirmar concretamente é que o Eike Batista é associado ao Daniel Dantas.

Romero Menezes, acusado de ter vazado informações da operação Toque de Midas, ligando o empresário Eike Batista ao dono do Opportunity, investigado pela Satiagraha

crise política envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal e o Ministério da Defesa, triscando também o Supremo Tribunal Federal (STF), transformou a Praça dos Três Poderes em um campo de batalha com aliados bem definidos. De um lado, estão o ministro Nelson Jobim (Defesa) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Do outro, fica Paulo Lacerda, ex-diretor-geral da PF e afastado temporariamente do comando da Abin. No meio do tiroteio, o general Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a quem a Abin é subordinada. Félix não tem compromisso em segurar Lacerda no cargo, mas está incomodado com a maneira como Jobim ataca a Abin, desgastando sua chefia e a própria instituição aos olhos dos agentes. Jobim comunga da "visão germânica" do presidente do STF, "para quem polícia boa é polícia sob controle total da lei", diz um dos colegas dele no STF. O chefe do GSI tem confidenciado que a forma como Jobim ataca a Abin fragiliza até o comandante do Exército, Enzo Perin. O ministro disse que a agência comprou maletas que permitem fazer escuta ambiental e grampos telefônicos, o que é proibido. Mas o Exército tem as mesmas maletas e o mesmo impedimento. Como o laudo da PF contrariou suas declarações, Jobim promete apresentar à CPI dos Grampos cópias de notas fiscais que comprovariam a compra de equipamentos para escuta pela Abin. (AE)

Valter Campanato/ABr 17.09.08

A

Jobim: críticas à Abin estariam desgastando até mesmo o comandante do Exército, Enzo Perin Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem 18.09.08

Gilmar Mendes, presidente do STF: em defesa de uma polícia totalmente controlada pela lei


Ano 84 - Nº 22.713

CASCAVEL

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Crotalus durissus terrificus Inconfundível pelo chocalho na extremidade da cauda, espécie vivípera foi registrada no Parque Anhanguera, Zona Oeste. Mata a presa por envenenamento.

Conclusão: 23h35

www.dcomercio.com.br

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008 CWS/CARTOONARTS INTERNATIONAL www.cartooweb.com

OPINIÃO Páginas 2 e 3

Rober t Samuelson Wall Street, como a conhecemos, está quebrada.

Delfim Netto Talvez tenhamos que aceitar a desaceleração de nosso crescimento.

Rober to Fendt O impacto da crise se dará nas contas externas financeiras e de comércio.

BOM DIA? Depende do comportamento dos mercados asiáticos, que abriram em alta. Depende das bolsas da Europa. Depende do Congresso americano aprovar o pacote de US$ 700 bilhões da Casa Branca. Depende do secretário Paulson atrair mais países a adotar pacotes emergenciais como o dos Estados Unidos. Nosso BC está atento. E 9

CAIXA 1

O que fazer agora?

Lula fala da crise na ONU Euforia irresponsável - dirá Lula à 63ª reunião da ONU. Página 4

Economia, páginas 1 a 5

Pablo de Sousa/Cia de Luz

LINEA

AFP

É o carro do "novo luxo", para a Fiat - o luxo que não é ostensivo. DCARRO

Ricardo Matsukawa/Futura Press

Paquistão: atentado mata 53 Explosão atinge hotel da capital (foto). País culpa a Al Qaeda. Jim Hollander/Reuters

Alexander Joe/AFP

EX-LÍDERES

O ex-premiê Ehud Olmert, derrubado por corrupção, ficará no cargo até que sua chanceler, Tzipi Livni, forme uma coalizão. HOJE Parcialmente nublado Máxima 20º C. Mínima 11º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 10º C.

Thabo Mbeki, que governou a África do Sul por 9 anos, espera agora a indicação de um interino até as eleições de 2009. Pág. 9

Palmeiras encosta no líder

Time de Alex Mineiro ganha do Vasco. Falta 1 ponto para superar o Grêmio. Esporte

Desemprego é principal causa de inadimplência Pesquisa da Associação Comercial mostra que falta de trabalho é justificativa usada por 43% dos inscritos no SCPC. E 6


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

ALCKMIN FALA SOBRE SEUS PROJETOS PARA O DC

Se com alguns poucos secretários o PSDB faz uma grande diferença, imagine um governo inteiro nosso. Geraldo Alckmin

Fotos: Milton Mansilha/ LUZ

'ESTOU PREPARADO PARA O DESAFIO' Museu da Língua Portuguesa, o 2º mais visitado do País: herança alckmista para a cidade de São Paulo e que serve de exemplo para os planos do candidato para criar a "Broadway paulistana" Leonardo Rodrigues/Hype

D

uas vezes no comando governo do Estado (2001-2002 e 2003-2006), Geraldo Alckmin (PSDB) diz que tem experiência suficiente para assumir a Prefeitura de São Paulo em 1º de janeiro de 2008. Segundo o tucano, seus dois adversários diretos – Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) – já governaram a cidade e não resolveram os problemas de transporte e educação. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Diário do Comércio , em que Alckmin apresenta as suas propostas, entre elas a criação da Agência Paulistana de Desenvolvimento Regional e da "Broadway Paulistana", no centro da cidade. Sergio Kapustan Diário do Comércio - Por que votar em Geraldo Alckmin ? Geraldo Alckmin - Adquiri experiência para fazer um grande governo em São Paulo. O executivo municipal é aquele mais próximo das pessoas, portanto, é o que mais pode melhorar a qualidade de vida da população. Fui candidato a prefeito em 2000 e raspei a trave. Não disputei o segundo turno por sete mil votos em um universo de 7,5 milhões de eleitores. Assumi o governo estadual e depois fui reeleito em 2002 com mais de 12 milhões de votos. Aprendi e amadureci mais e estou preparado para o desafio. DC– O que o diferencia dos adversários diretos Marta Suplicy e Gilberto Kassab? Alckmin - Não há nenhum demérito aos meus concorrentes e respeito todos os candidatos de modo geral. Mas entendo que ambos já tiveram a oportunidade de governar e os problemas estruturais da cidade continuam.

DC – Quais os problemas o sr. destacaria? Alckmin - A questão do transporte coletivo sob pneus, responsabilidade da Prefeitura, piorou muito. Para dar mais rapidez ao transporte coletivo, vou requalificar e construir novos corredores e investir em semáforos inteligentes. Na Educação, não é razoável que a cidade mais rica do País tenha 158 mil crianças fora da escola. O ensino infantil – creches e EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil) – é responsabilidade da Prefeitura. Na Saúde, quem depende do SUS sofre muito. Enfim, há enormes desafios pela frente e te-

nho a confiança de que vamos avançar. Vamos colaborar com o governo do Estado na Segurança e rever o Plano Diretor Estratégico e a Lei de Ocupação do Solo, que hoje atravancam a questão dos investimentos em São Paulo. Vamos desburocratizar e modernizar a Prefeitura. Iniciativas como o governo eletrônico e o Poupatempo, que fizemos no Estado, serão implementados.

nicas. A zona norte ganhou quase um Parque do Ibirapuera. As duas obras do Metrô em andamento são do meu governo. A Linha 2 – entregamos a Chácara Klabin e Imigrantes e deixamos quase pronta a Ipiranga – e agora vai até Sacomã, Vila Prudente e Oratório. A Linha 4 (Luz-Vila Sônia), que assinei em 2005, foi a primeira PPP (Parceria Público-Privada) do Brasil. Agora, a Prefeitura tem tudo a ver com a vida das pessoas. Ela é que faz a creche, urbaniza a favela e implanta as Unidade Básicas de Saúde (UBS). DC -O sr. vai manter o número de 18 secretarias ? Alckmin - Não há razão para se fazer grandes mudanças. Pode-se fazer uma mudança pontual aqui e ali. As secretarias macro, como Educação e Saúde, sempre devem existir. Eu vou criar a Secretaria de Segurança Urbana. O poder de polícia é do Estado, mas a Prefeitura tem tudo a ver com a segurança. O que eu pretendo fazer? Investir em iluminação pública, porque a cidade está

DC – O governo Kassab é tucano de origem e o sr. o critica. Qual é a sua explicação? Alckmin - Nós não discutimos o passado. O que está em discussão é o futuro de São Paulo nos próximos quatro anos. Se com alguns poucos secretários o PSDB faz uma grande diferença, imagine um governo inteiro nosso. Nós temos um bom projeto de governo e uma equipe, condições necessárias para fazer um grande trabalho. Eleição é uma corrida de revezamento, onde cada um cumpre uma etapa. DC – Que lacuna na atual administração o gostaria de preencher ? A lc k m in – O governador cuida de 645 municípios e trabalha em conjunto com o governo municipal. Era difícil resolver o problema das enchentes na Marginal Tietê. Fizemos uma obra definitiva, com o rebaixamento da calha da barragem da Penha até o Cebolão. Nunca mais tivemos enchentes e recuperamos ainda a área entre a pista e o rio, plantando árvores e arbustos. O Carandiru parecia uma questão insolúvel, mas nós resolvemos. Hoje ele não existe mais porque está o Parque da Juventude com áreas esportivas e escolas téc-

Cesar Diniz/ LUZ - 01.07.04

chidas por falta de capacitação e as pessoas ficam sem emprego. Pela vocação de São Paulo, a Prefeitura deve estimular a qualificação da mão-de-obra. Vamos fazer parcerias com o Centro Paula Souza, do governo do Estado, com o Sistema S (Senai, Sesc, Sesi, Senac e Sebrae) e a iniciativa privada.

Despoluição do rio Tietê, durante a gestão dele no governo do Estado

no mínimo de 10 a 12 mil homens e mulheres.

A prioridade é o ensino infantil. Faltam vagas em creches em todas as regiões pobres de São Paulo. Vou zerar o problema. Geraldo Alckmin

escura. Pretendo instalar 18 mil câmeras de vídeo na cidade. Estive em Bogotá e vi o trabalho com software de integração espetacular. Sabe-se tudo por geoprocessamento: onde há assalto a carros e roubo de relógios e carteiras. Você vigia e protege melhor a população. Vamos ter uma Guarda Civil Metropolitana, modelo com

DC - Qual é a sua proposta para a revitalização do centro? Alckmin – Já existe um financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Nós vamos investir forte em limpeza, iluminação e segurança. Há 13 mil moradores de rua e não é possível dizer que não se possa reduzir o número. Queremos trazer as pessoas de volta para morar no centro e estimular investimentos. Eleito, pretendo morar no centro com a minha família. DC – O sr. conhece bem o centro ? Alckmin – Quando fui governador trouxe cinco secretarias e cinco empresas para as ruas Boa Vista e XV de Novembro. O Estado comprou sete prédios e trouxe 2.600 funcionários para trabalhar na região do centro. Fico entusiasmado quando a governador José Serra fala em recuperar a Palácio dos Campos Elíseos e transferir a sede do governo para lá. DC - O sr. fala em criar a "Broadway paulistana". Poderia explicar o projeto?

Alckmin – Para se consolidar como capital mundial, São Paulo precisa investir em cultura. Vou criar a "Broadway Paulistana" e reformar cinemas e teatros. Sem pessoas morando e circulando no centro à noite, tudo fica um deserto e a segurança piora. DC - Com o sr. vai atrair investidores? Al ck min - Pretendo fazer uma política fiscal de redução de impostos, como fiz no Estado. Vou criar a Agência Paulistana de Desenvolvimento Regional, nos moldes da cidade de Londres, para estimular novos investimentos, como tecnologia da informação, serviços e turismo de eventos. DC - O sr. vai manter os CEUs? Alckmin - Vou manter os CEUs porque é um bom projeto. Agora, a minha prioridade é o ensino infantil. Há falta de vagas em creches em todas as regiões pobres de São Paulo, como o Grajaú. Vou zerar o problema. Nenhuma criança ficará fora da sala de aula nas faixas de 4 e 5 anos. Vou investir também no ensino técnico. Há vagas que não são preen-

DC - Qual será a sua política para o comércio informal ? Alckmin – Vamos arrumar um local adequado para os ambulantes. Eles precisam ficar num local que circule gente. Sem trânsito de pessoas, não vendem nada. A proposta é : arranjar um local adequado e formalizar o microempreendedor gratuitamente. A Prefeitura terá o controle do produto e o comerciante segurança. As outras propostas são o TPU (Termo de Permissão de Uso) e investir na capacitação, microcrédito e Banco do Povo. Elas formam políticas de geração de renda. DC – Guarulhos e as cidades do ABC continuam poluindo o rio Tietê. Eleito, o sr. vai cobrar os prefeitos? Alckmin - Defendo uma visão e um trabalho metropolitano. A Sabesp avançou bastante no programa de tratamento de esgoto, mas temos problemas nas regiões do ABC, Mogi das Cruzes e Guarulhos. São grandes cidades que tratam pouco o esgoto. Eu pretendo fazer um grande trabalho na área de educação ambiental e da limpeza dos rios. Porém, mesmo que 100% do esgoto fosse tratado, o Tietê continuaria poluído por causa da chamada "poluição difusa", que é papel, plástico, sofá, pneu. Tudo que está nas galerias vai para o rio.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Hoje, deixe o carro e ande a pé. E cuidado com as armadilhas pelo caminho.

1 Hoje é dia de deixar o carro em casa, mas o estado das calçadas não é dos melhores.

Nilani Goettems/e-SIM

No dia Mundial Sem Carro, pedestre deve estar alerta aos buracos nas calçadas Fotos de Brígida Rodrigues/e-SIM

Ivan Ventura Na rua Borges Lagoa, próximo à AACD, na zona sul da Capital, calçada deteriorada é um convite ao tombo

o Dia Mundial Sem Carro, comemorado hoje, caminhar bem que poderia ser uma boa opção do paulistano para colaborar com a preservação do meio ambiente e com a fluidez do trânsito. Acontece que trocar o carro pelo tênis pode ser perigoso. Os 30 mil quilômetros de calçadas da Capital escondem armadilhas que se revelam em buracos, toda a sorte de obstáculos (como lixo não recolhido, por exemplo), deficiências na acessibilidade e até na falta de faixas de pedestres. A situação fica ainda pior se o paulistano solidário com o Dia Mundial Sem Carro for um cadeirante. A Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras informa que não existe um levantamento preciso do número de calçadas deterioradas na Capital. Até porque – argumenta – a conservação não é uma responsabilidade da Prefeitura, mas do proprietário do imóvel, e que calçada estragada pode significar multa. Tanto que, até o dia 9 deste mês, 1.134 pessoas foram multadas por não conservar a calçada situada em frente de seus imóveis. Responsabilidades – A secretaria informa que a responsabilidade da Prefeitura pela conservação das calçadas se aplica apenas nas chamadas vias estruturais, que são as avenidas que fazem a ligação entre os bairros. Até agora, 318 quilômetros dessas vias receberam novas calçadas. Até o fim do anos, a meta é atingir 600 quilômetros. O piso padrão é o concreto moldado in loco. Acontece que até mesmo nessas avenidas estruturais a reportagem do Diário do Comércio identificou problemas como rachaduras no piso e calçadas com vários desníveis, o que transforma a caminhada em um convite ao tombo. Não bastassem pisos danificados, o acúmulo de lixo é outro obstáculo que atrapalha a vida dos pedestres. Muitas vezes, a alternativa é andar pela área reservada aos veículos. Esse foi o caso observado na avenida Guilherme Cothing, no Parque Novo Mundo, onde existe grande concentração de lixo próximo à ponte da Vila Maria, na marginal Tietê. Faixas – "Passo por aqui há dois anos e nada mudou. É uma porcaria", afirmou o operador de empilhadeira Orlando de Lim a S o u z a , d e 4 2 a n o s, q u e apontou outra dificuldade enfrentada no local: a falta de faixa de pedestre. "A calçada é um problema, mas a dificuldade para chegar à

N

O cadeirante T.S. tenta atravessar o acesso à ponte Aricanduva

passarela da ponte da Vila Maria é ainda maior. Todo mundo tem de correr entre os carros que passam em alta velocidade na alça de acesso da marginal à ponte. Não tem faixa de pedestre", disse. No local, a dificuldade é agravada pela presença de uma mureta de proteção (guard rail), que impede a travessia até o outro lado da ponte. Para alguns é sentar e esperar que algum motorista piedoso permita a travessia. Nas outras pontes da marginal Tietê o problema se repete. A reportagem constatou que as placas que sinalizam a presença de pedestres e a faixa de segurança existem apenas na alça de acesso à ponte Cruzeiro do Sul, em frente ao shopping D. É verdade que no caminho do cadeirante T.S, de 17 anos, e do colega que o ajudava, o adolescente E.A.S., de 14 anos, não havia uma mureta de proteção. Nem era preciso. As dificuldades de ambos para atravessar o acesso à avenida Airton Pretini e a ponte Aricanduva, também na Marginal do Tietê, foram imensas. E.A.S. foi abrigado a atravessar correndo as duas faixas de rolamento do acesso à ponte, empurrando a cadeira de rodas. Os dois chegaram em segurança do outro lado, mas ponderaram: "Deveriam colocar uma guia rebaixada para que a gente pudesse atravessar o mais rápido possível. Além de correr, tenho de ser rápido para subir na calçada com meu amigo. Tenho ser bem ligeiro". Bom seria, também, se a Prefeitura nivelasse a calçada de acesso à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), na Vila Mariana.

Mãe e filho correm para atravessar em rua sem faixa de segurança

Na Guilherme Cotching, jovem pula guard rail

Próximo à AACD, desnível na calçada é um risco


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Internacional Líderes de Israel e da África do Sul se afastam do poder. Al Qaeda é suspeita de ataque no Paquistão. Incêndio mortal na China. Reuters

Reuters

Olmert (dir.) permanecerá no cargo de forma interina até o juramento do seu substituto

Thabo Mbeki é acusado de conspirar contra seu rival e líder do partido governista, Jacob Zuma

RENÚNCIA Saem de cena o premiê de Israel...

O

pr im ei ro -m in is tro de Israel, Ehud Olmert, envolvido numa série de escândalos de corrupção, encaminhou formalmente seu pedido de renúncia ao presidente Shimon Peres ontem. O premiê pode ficar no cargo por semanas ou meses, até o novo governo ser formado. A ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, já começou a articular a formação de um governo de coalizão. Livni, que venceu o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz, na eleição pela lide-

rança do partido Kadima, tem 42 dias para formar um governo de coalizão para evitar eleições gerais, que aconteceriam três meses depois. A chanceler ganhou respeito por ser favorável a acordos de paz com os palestinos e a Síria, ao mesmo tempo em que se distanciava do impopular Olmert. Ela pode se tornar a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra de Israel, depois de Golda Meir, que governou o país de 1969 a 1974. O primeiro-ministro, que vinha sendo pressionado por

denúncias de corrupção, apresentou ontem sua renúncia. "Esta decisão não foi fácil, não foi simples e não foi tomada impensadamente", disse Olmert antes de uma reunião de gabinete ontem. Ele prometeu ajudar Livni, uma rival de longa data, a formar o novo governo. Mark Regev, porta-voz de Olmert, afirmou que o premiê demissionário permaneceria no cargo de forma interina até o juramento do seu substituto. "Não pode haver um vácuo de poder", afirmou Regev. (Agências)

... e o presidente da África do Sul

A

pós nove anos no poder, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, anunciou seu afastamento do governo ontem, agravando a crise política no país. Em discurso na televisão, Mbeki disse que apresentou uma carta de renúncia à presidente do Congresso, Beleka Mbeti, e que entregaria o cargo em data a ser determinada pelo Parlamento. As pressões sobre Mbeki aumentaram no começo do mês, depois que um juiz rejeitou denúncias de corrupção contra o rival do presidente e líder do

partido governista Congresso Nacional Africano (CNA), Jacob Zuma, e insinuou que o governo de Mbeki estaria pressionando promotores. O Parlamento irá se reunir nos próximos dias para escolher um presidente interino que ficará no cargo até as eleições, marcadas para 2009. Segundo indicações preliminares, a maioria dos ministros de Mbeki concordou em permanecer no cargo. Beleka Mbete é altamente cotada para ocupar temporariamente o cargo. Isso abriria caminho para que o rival de

Mbeki, Jacob Zuma, assumisse após as eleições. Zuma derrotou Mbeki em dezembro na eleição para a presidência do CNA. Antes disso, em 2005, Mbeki havia demitido Zuma do cargo de vice-presidente, após um consultor de Zuma ter sido condenado por levantar propina para pôr fim a investigações sobre um acordo de armas. As acusações contra Zuma foram retiradas, mas a promotoria disse em dezembro que havia evidências suficientes para que novas acusações fossem feitas. (Agências)

TERROR

Paquistão culpa Al Qaeda por atentado

O

Aamir Qureshi/AFP

ataque suicida que matou no sábado 53 pessoas no Hotel Marriott em Islamabad, capital do Paquistão, tem as características de ser uma operação da Al Qaeda, disseram as inteligências paquistanesas e norte-americanas. As equipes de resgate encontraram mais vítimas ontem entre os destroços queimados do hotel, que era um dos refúgios favoritos de paquistaneses ricos e de diplomatas. Quatro estrangeiros foram mortos, incluindo o embaixador da República Checa, um vietnamita e dois norte-americanos. Ficaram feridas 266 pessoas, entre as quais 11 estrangeiros, disse o governo local. Um diplomata dinamarquês está desaparecido, informou o Ministério de Relações Exteriores da Dinamarca. Mais de mil quilos de explo-

sivos foram usados no atentado, afirmou o chefe de polícia Asghar Raza Gardaizi. A explosão deixou uma cratera de cerca de 10 metros de profundidade em frente ao hotel. Várias testemunhas relataram que um grande caminhão avançou em direção ao portão do prédio antes da explosão, por volta das 20h (horário local), quando os restaurantes estariam lotados. "A sofisticação da explosão demonstra que é obra da Al Qaeda", disse um funcionário da inteligência paquistanesa. O Exército do Paquistão está em meio a uma ofensiva contra a Al Qaeda e o Talibã na região de Bajaur, na fronteira com o Afeganistão, ao mesmo tempo que os EUA têm intensificado os ataques aos militantes no lado paquistanês da fronteira. Em retaliação, os militantes desfecham ataques contra as

forças de segurança no noroeste do Paquistão. "Eles estão enviando uma mensagem muito clara, sem ambigüidade, de que se o governo prosseguir com essas políticas, isso é o que farão em resposta", afirmou Talat Masood, um general reformado. O ataque ocorreu horas depois de o novo presidente do país, Asif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada no ano passado, ter feito seu primeiro discurso ao Parlamento, localizado a poucas centenas de metros do hotel, e prometido extirpar o terrorismo do país. Ontem, Zardari qualificou o atentado de covarde. "Isto é uma epidemia, um câncer que nós vamos eliminar do Paquistão", declarou ele em um discurso na televisão. "Não teremos medo desses covardes", afirmou. (Agências)

O ataque atingiu um dos refúgios favoritos da elite local e dos estrangeiros

FOGO Incêndio em clube chinês mata 43

U

m incêndio em uma casa noturna ilegal no sul da China, próxima à fronteira com Hong Kong, deixou ao menos 43 pessoas mortas e outras 88 feridas no sábado. O incêndio começou logo antes da meia-noite no clube

"Rei dos Dançarinos", e foi provocado por fogos de artifício no terceiro andar, informou a agência de notícias Xinhua. O salão principal encheu-se rapidamente com fumaça tóxica e as luzes se apagaram

pouco depois, o que provocou pânico entre os presentes, que tentaram fugir no escuro. A mídia local disse que a casa operava sem as licenças necessárias, mas funcionários locais não puderam confirmar a informação. (Reuters)

Negociação entre Morales e oposição se complica

O

Para Cossío, é preciso "dar tempo às coisas". Mas o viceministro de Coordenação com os Movimentos Sociais, Sacha Llorentí, disse que as declarações são desculpas. "O que os opositores querem é deter o processo de mudanças", afirmou. (AE)

diálogo para superar a crise política na Bolívia se complicou ontem. O portavoz da oposição, Mario Cossío, disse que é preciso mais tempo, mas o governo de Evo Morales afirmou que esta seria um tentativa de frustrar as negociações.

AFP

Acidente teria sido provocado por uma exibição de fogos de artifícios

Ó RBITA


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Ambiente Educação Memória Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Público vai conhecer a história de todas as Copas, desde a primeira, no Uruguai, em 1930.

GRANDES ÍDOLOS SÃO HOMENAGEADOS

Fotos de Leonardo Rodrigues/e-SIM

Proposta do museu é contar a história do futebol brasileiro, desde as suas origens até os nossos dias. Ao lado, a sala que mostra as origens do esporte, que foi introduzido no País por Charles Miller no final do século XIX, após uma viagem à Inglaterra. Acima, a Sala das Copas do Mundo, que desperta a emoção ao relembrar todas as conquistas mundiais brasileiras.

A história do futebol rola no museu do Pacaembu

As vitórias, a alegria e a garra do esporte mais popular do País ganham um espaço próprio na Capital. No local, o público também vai conhecer um pouco dos nossos grandes ídolos, como Pelé e Garrincha.

Ricardo Osman

A

Sala das Copas do Mundo deverá mexer com as emoções de todos os visitantes pela qualidade das imagens exibidas e pelas histórias do futebol do Brasil e de outros países. A sala está no centro do Museu do Futebol, que será inaugurado no Estádio do Pacaembu, no próximo dia 29. Em um ambiente escuro, as luzes e cores de vários painéis eletrônicos surgem atraindo a atenção dos visitantes. A história de cada Copa do Mundo, desde a primeira competição realizada em 1930, no Uruguai, é contada nestes painéis a partir de fotos e vídeos dos gols. Não há sons, apenas legendas explicando cada jogada. Mas perde-se facilmente a noção das horas diante do show do futebol. No painel dedicado à Copa de 1970, realizada no México, por exemplo, pode-se rever os quatro gols marcados pela Seleção Brasileira na final contra a Itália e que garantiu ao Brasil o tricampeonato mundial. Estão lá Pelé, Jairzinho e Tostão. Pelé abre a goleada com um gol de cabeça. Ao lado deste compacto, há fotos dos Novos Baianos (Moraes Moreira e sua turma), dos filmes de Glauber Rocha e do fotógrafo Evandro Teixeira sobre as manifestações de 1968 no centro do Rio de Janeiro – acontecimentos relevantes fora do campo. "A idéia é mostrar o contexto cultural da época de cada Copa do Mundo", explicou o gerente da Fundação Roberto Marinho, Jarbas Mantovanini, responsável pelo desenvolvimento do projeto que busca oferecer uma visão do esporte além dos gramados. "Neste museu, mostramos o futebol como elemento de nossa cultura e como ele nos transformou ao longo de mais de um século", completou. Com certeza, os painéis das Copas de 1958 (na Suécia), 1962 (Chile), a de 1994 (nos Estados Unidos) e 2002 (Japão e Coréia do Sul) serão bastante visitados por serem os anos de vitória do Brasil. O Museu do Futebol foi construído em uma área

Museu do Futebol será inaugurado no próximo dia 29, no Estádio do Pacaembu. A estrutura do novo espaço cultural é semelhante à do Museu da Língua Portuguesa, com espaços interativos e que contam a história do esporte mais popular do País. Jarbas Mantovanini (acima, à direita), responsável pelo desenvolvimento do projeto, explica que o objetivo também é traçar um panorama cultural além dos gramados.

reformada sob as arquibancadas do Pacaembu, cujas estruturas de concreto podem ser vistas pelo público. Trata-se de um museu dinâmico e moderno, sem peças como taças e chuteiras de jogadores e que segue a linha do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, no Centro. "Este é um museu de experiências e interação com o público", afirmou Mantovanini. Charles Miller – Um dos primeiros ambientes é a Sala das Origens, no primeiro andar. Ali, uma série de quadros emoldurados de

maneira clássica vai contar como tudo começou. Será possível ver fotos de um jovem bigodudo do final do século XIX. A legenda, ao lado da moldura, irá informar que se trata do paulista Charles Miller, então com 20 anos, filho de ingleses que, ao retornar de uma viagem à Inglaterra em 1894, trouxe na bagagem importantes novidades: duas bolas de futebol, uma bomba para encher bolas e as regras do esporte. Chegou assim ao Brasil o esporte que se tornaria uma das paixões nacionais, conquistaria importantes títulos mundiais e exibiria um

estilo próprio respeitado e consagrado em todo o planeta. Naturalmente, Pelé e Garrincha têm lugares de destaque. Pelé estará virtualmente na entrada dando as boas vindas aos visitantes em português, inglês e espanhol. A camisa 10 que usou na Copa de 70 será a única peça de vestuário presente no museu. Quem já viu, gostará de rever o lance em que Pelé dribla o goleiro sem tocar na bola, mas não consegue marcar. Quem nunca viu, vai conhecer um dos mais famosos dribles da história. Garrincha tem um setor

específico onde são contadas suas origens e exibidos seus gols. Outros jogadores que ganham destaque em um painel ao lado de artistas e escritores famosos, como Pixinguinha e Monteiro Lobato, são Leônidas da Silva, que tornou popular a jogada "bicicleta" e o zagueiro Domingos da Guia. Uma das virtudes do Museu do Futebol, demonstrada nas últimas alas, é explicar lances e dribles para quem não conhece detalhes do esporte. Ali, por exemplo, explica-se em um painel gigante como Didi fazia seus gols definidos como

"folha seca", no qual a bola subia devagar sobre a barreira e descia rapidamente atrás do goleiro. O drible também de Rivelino, chamado de "elástico", no qual o jogador finge ir para um lado, mas sai com a bola por outro, é apresentado em detalhes. O museu nada fala, porém, das pedaladas de Robinho. Torcida – As paixões dos torcedores, de todos os times, não ficaram de fora. No hall, há reprodução de bandeiras, botões, capas de disco e bonecos que os torcedores de todo o País fizeram nas últimas décadas para seus times. Ali está também a partitura da música Pra Frente Brasil, de Miguel Gustavo, hit que embalou a vitória de 1970. Além disso, há um setor que exibirá filmes e sons das 30 maiores torcidas brasileiras. A idéia do Museu do Futebol ganhou força há dois anos durante encontro do atual governador de São Paulo, José Serra, com aficionados pelo esporte em São Paulo. Jornalistas como Celso Unzelte, presente no projeto desde os primeiros encontros, trabalharam para recuperar a memória do esporte, e o arquiteto Mauro Munhoz desenvolveu o projeto sob a arquibancada do estádio, com apoio de Daniela Thomas. A Fundação Roberto Marinho abraçou a idéia que conta com apoio de empresas privadas. O investimento total no projeto gira em torno de R$ 37 milhões. "Estamos esperando cerca de 1 milhão de visitantes já no primeiro ano", disse Alessio Gamberini, coordenador do Estádio do Pacaembu e funcionário da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Recreação. A bola já está rolando.

SERVIÇO Abertura para o público: Quinta-feira, dia 2 de outubro. Preço da entrada: R$ 6 adultos e R$ 3 estudantes. Idosos não pagam. Local: São Paulo Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), na Praça Charles Miller. Fecha: O Museu do Futebol não abrirá em dias de jogos.


Economia

AGENDA

CAIXA 1 O seu consultor financeiro

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Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

O Banco Central divulga resultado das contas externas do País em agosto.

Sai o IPCA-15 de setembro. Analistas prevêem taxa de 0,22% para o período.

Reunião mensal do Conselho Monetário Nacional. Pauta não divulgada.

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sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

E agora? O que faço com as ações? Se correr o bicho pega. Melhor decidir com calma seus investimentos nesse momento de crise.

VILMA PAVANI

CENAS DE UMA CRISE

Paciência O economista-chefe da Planner Corretora de Valores, Ricardo Tadeu Martins, diz que o pequeno investidor deve avaliar com calma as suas aplicações. "Este não é o momento de entrar no mercado de ações, a menos que se esteja pensando em longo prazo, de dois a cinco anos." Para ele, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve fechar no negativo neste ano, e talvez ficar zerada em 2009. O investidor tem de considerar os altos e baixos do mercado. "Se tiver boa preparação e paciência, pode até aproveitar para comprar papéis a preços baixos, mas terá de esperar um tempo até que recuperem a rentabilidade." O analista Clodoir Vieira, da Corretora Souza Barros, concorda que o momento é de cau-

Regras mais rigorosas para crédito

John Gress/Reuters

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A semana foi marcada por imagens de operadores atônitos em todo o mundo

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Paulo Whitaker/Reuters

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conomistas e analistas, que costumam divergir sobre os rumos da economia e as oportunidades de investimento, hoje são unânimes em dois pontos: a crise do sistema financeiro é mais grave do que se imaginava e é impossível avaliar com clareza seus desdobramentos. O desmoronamento de bancos "sagrados", como Lehman Brothers e Merrill Lynch, e as desconfianças com relação a outras instituições geraram uma segunda crise – esta de confiança, que deve restringir o crédito em geral, afetando a economia real e o crescimento global. Se os especialistas estão perplexos com a crise (já vista como a maior desde a década de 1930) imagine-se a confusão entre os pequenos investidores, que se vêem às voltas com quedas recordes nas bolsas e volatilidade de ativos financeiros, como o dólar, ou commodities, como petróleo. O que todos se perguntam é: o que fazer com as aplicaç õ e s j á e x i stentes e os recursos disponíveis para investir? Devese correr para a segurança da poupança? É melhor sair dos fundos para evitar perdas maiores? Vale comprar dólares? Não há resposta única e nem saídas fáceis. Mas alguns cuidados sempre podem ser tomados.

Yasser Al-Zayyat/AFP Photo

tela, mas diz que os pequenos devem manter o grosso dos recursos em renda fixa, evitando exposição ao risco. "Mas não precisam apelar para as minguadas cadernetas de poupança: há opções seguras e mais atrativas, como títulos do Tesouro, de maior rendimento." Para quem tem mais dinheiro disponível (a partir de R$ 100 mil), ele recomenda negociar as taxas dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs). "Conforme o volume, há instituições que pagam 100% ou mais do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). É importante ir de banco em banco, perguntando quanto oferecem." Para evitar riscos, porém, é bom buscar instituições grandes e sólidas. Sandro Dias, do corpo de gestores de investimentos do Itaú, confirma que, por ora, é mais confortável ter investimentos conservadores (fundos DI e CDBs). Para ele, quem ingressar no mercado de ações agora

deve investir apenas "o dinheiro do cafezinho", sobras que não farão falta a curto prazo. Vaivém Como a volatilidade deve continuar até 2009, para quem já tem algum dinheiro aplicado em fundos de ações, do qual não precisará a curto prazo, José Goes, da corretora Win Trade, recomenda paciência e sangue frio. Sair agora significa assumir perdas que tendem a ser recuperadas com o tempo. Comprar dólares, só para quem pretende viajar ao exterior ou adquirir algo importado. A moeda está oscilando, mas bancos como o Itaú, por exemplo, prevêem dólar a R$ 1,65 no fim do ano. Também se começa a falar muito em ouro, ativo de risco. O essencial, dizem os especialistas, é que, antes de tomar decisão, os aplicadores se informem sobre opções, riscos, taxas de retorno, administração, im-

postos. Avalie seu perfil (conservador, moderado ou agressivo) e o quanto tem. Todos lembram o batidíssimo – e correto – ditado segundo o qual

não se deve colocar todos os ovos em uma só cesta. Diversifique os investimentos e relativize, assim, possíveis perdas. E espere o furacão passar.

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ancos centrais de todo o mundo tentam conter a crise. Cifras bilionárias estão sendo injetadas para amenizar o problema, que afeta instituições de todo o mundo. Ess a p ro te ç ã o é a ú n i c a o p ç ã o, u m a ve z que não existem maneiras de evitar o alastramento da crise. De acordo com Lucy Sousa, presidente da Associação dos Analistas e Profission a i s d e I n v e s t imento do Mercado de Capitais (Apimec- SP), é consenso hoje que houve falhas na regulação do mercado norte-americano. "As operações que geraram o problema são muito sofisticadas e sem transparência, metamorfoseadas em derivativos que se espalharam por vários países. Boa parte das instituições desconhecia os riscos. Daí a boataria e a desconfiança existentes hoje até entre os próprios bancos, que recusam crédito aos parceiros ou cobram altas taxas", diz. Ou seja, o controle de risco não funcionou e a perspectiva é de um recrudescimento da regulação do sistema, tanto pelos agentes reguladores como do próprio mercado.


sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ambiente Educação Sociedade Polícia

5 ONG demonstra que é possível ser solidário através do abraço: não custa nada e faz bem.

UNIÃO PELO FIM DA DESIGUALDADE

ACSP celebra o Dia Internacional da Paz Fotos de Masao Goto Filho/e-SIM

Para Alencar Burti, presidente da ACSP, a paz é a única bússola capaz de orientar a humanidade

Lenços brancos e azuis ao vento, nas mãos de crianças e adultos expressam a busca por um mundo justo

Norma Burti, do Conselho da Mulher (esq.) e Luigi: ato não pode ser apenas a repetição de gestos simbólicos

Geriane Oliveira

O

Marco da Paz, monumento localizado no Pátio do Col é g i o , c e n t ro d e São Paulo, foi palco, no último sábado, das comemorações do Dia Internacional da Paz e dos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, que serão completados em 2008. "A paz é a única bússola que pode orientar o caminho da humanidade", afirmou Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), durante o ato inter-religioso "Unidos pela Paz", pro-

movido pela associação. Proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Paz é celebrado mundialmente em 21 de setembro, e comemorado pela ACSP desde o ano 2000. O ato ecumênico teve início com um minuto de silêncio antes da execução do Hino Nacional, e contou com o apoio de 24 instituições. Entre elas, a Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT), a representação do escritório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em São Paulo, a Rede Global de Educação para a Paz e a Iniciativa das Religiões

Hassan Hammadeh, da Juventude Islâmica (à esq.) e Moonei Marsico, da Unesco: tolerância e educação

Unidas. Teve ainda a partici- implementação das Metas do pação de cerca de 18 comuni- Milênio, entre elas a erradicadades religiosas e de três gru- ção da miséria e da fome, edupos artísticos. cação básica paUm dos ponra todos e a tos altos do igualdade enevento ecumêtre os sexos. nico foi a leituA mensagem O respeito, a ra do discurso convocou, em solidariedade e a para o Dia Incaráter de ternacional da emergência, os amizade são Paz 2008, pregovernos e a socondições essenciais parado pelo seciedade civil para o bem-estar cret ári o-g er al para uma mosocial entre os povos. das Nações bilização em faUnidas, Ban KiGaetano vor da erradicaMoon. Sua Brancato Luigi ção da fome e a mensagem deeliminação das nunciou a vioguerras, entre lação dos direioutras causas. tos de milhares de homens e Exemplos – Durante o evenmulheres no mundo, especial- to, Burti e a diretora-superinmente na África, e o atraso na tendente do Conselho da Mu-

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lher da ACSP, Norma Burti, entregaram o troféu do Marco da Paz a José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP), e à Silvia Maria Penha Aquino, empresária que administra o Café do Pátio. "As grandezas de um povo jamais prosperam sem confiança e paz", afirmou Norma. Para o assessor especial da presidência da ACSP e criador do monumento Marco da Paz – Criando Raízes pelo Mundo –, Gaetano Brancato Luigi, a idéia do ato não é a repetição de gestos simbólicos, mas o reforço da difusão dos objetivos do evento mundial. "O respeito, a solidariedade e a amizade são condições essenciais para o

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bem-estar social entre os povos. Unidos pela paz, essa é a solução", ressaltou Luigi. "A educação é o componente mais eficaz para fomentar a cultura de paz", resumiu o representante oficial da Unesco, Moonei Marsico. Como não se faz paz sem solidariedade, a organização não-governamental Abraço Grátis, distribuiu o carinho durante a realização de todo o evento. Quem participava e quem passou pelo local ganhou abraços. A música também deu sua contribuição, pela voz da cantora lírica Andrea Bien e da apresentação de um repertório popular do Coral de Vozes das Comunidades Espíritas da Capital e do Coral Ecumênico Infantil LBV.

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2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008


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Ambiente Educação História Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

Imagem ao lado mostra como ficou o Rio de Janeiro durante a Revolta da Armada, em 1893.

FAMÍLIA REAL É RETRATADA

Um baú de lembranças do Brasil imperial Coleção de fotografias que pertencia à Princesa Isabel e o Conde D' Eu é publicada em livro. Imagens são passaporte para um passeio pelo País no século XIX. Fotos: Reprodução

Marcus Lopes

U

m verdadeiro tesouro foi encontrado, literalmente, no fundo de um baú. E não é um tesouro qualquer. Guardado cuidadosamente durante mais de um século na Europa pelos descendentes da Família Imperial do Brasil, a velha caixa de ferro guardava uma coleção de 1.200 fotografias da Princesa Isabel e seu marido, o Conde D´Eu. Descoberta meio por acaso pelos pesquisadores Pedro e Bia Corrêa do Lago, a coleção voltou ao Brasil reunida no livro Coleção Princesa Isabel-Fotografia do Século XIX, que está sendo lançado este mês. O conteúdo justifica o título, já que as mais de mil imagens retratam o dia-a-dia do casal e da Corte, em um vasto e belo passeio pelo Brasil oitocentista. Trata-se de um trabalho que complementa outra obra de fôlego lançada pelo casal de pesquisadores em 2005 – Os Fotógrafos do Império. Ao contemplar as imagens, o leitor também tem a oportunidade de degustar a História do Brasil sob aspectos mais curiosos e interessantes, diferentes daqueles retratões tradicionais dos livros de história ou cédulas de dinheiro. Todo mundo se lembra, por exemplo, da imagem do marechal Deodoro da Fonseca em seu cavalo ao proclamar a República, em 1889. Mas praticamente ninguém conhecia um retrato de Fonseca, ícone da República, posando justamente ao lado de um importante representante do Império, o conde D' Eu. Outro exemplo é a Princesa Isabel, mostrada sempre assinando a Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888. Mas como estava o plenário do Paço Imperial durante a assinatura da lei? Ou como foram os festejos para comemorar a data histórica pelo território nacional? Pois tudo isso foi devidamente registrado e integra a coleção que agora chega aos leitores. Os álbuns incluem vistas urbanas, viagens e, é claro, retratos do cotidiano da família, incluindo a partida e a vida durante o exílio na Europa, após a queda do Império, em 1889. Tudo devidamente registrado por fotógrafos de renome, como Marc Ferrez, Augusto Stahl, Augusto Riedel e Victor Frond. Ao lado deles, outros nomes menos conhecidos, como Adolpho Lindemann e Ruy Santos. Conforme explicam os autores, durante o Segundo Reinado era muito comum os fotógrafos

Princesa Isabel e o Conde D' Eu em acampamento na Guerra do Paraguai

Plenário do Paço Imperial durante a sessão de assinatura da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888

brasileiros oferecerem ao Imperador álbuns completos de suas realizações, documentando assuntos diversos, como obras públicas, viagens, manobras militares e paisagens urbanas e rurais pelo Brasil afora. "Era menos comum que esses álbuns fossem também oferecidos ao Conde D´Eu ou à Princesa Isabel. Quando ocasionalmente isto ocorria, os álbuns eram provavelmente incorporados ao patrimônio imperial para serem arquivados. Talvez por isso a maior parte dos conjuntos de vistas que dispomos na Coleção Princesa Isabel provenha dos últimos anos do Império, quando o Conde D´Eu e sua mulher efetuaram viagens ao Sul e ao Norte, onde lhes foram presenteadas fotografias tomadas durante as estadas. Por motivos diversos, o casal

deve ter preferido guardar pessoalmente estes grupos de fotografias sem comunicálos ao Imperador", salientam os autores. Congada – Há algumas imagens urbanas raras, como Porto Alegre e as margens do rio Guaíba, por volta de 1880. Ou uma tradicional dança de congada – introduzida pelos escravos africanos – em Minas Gerais. Ainda em Minas, tomadas originais de Ouro Preto feitas por Marc Ferrez. Isso sem contar as inúmeras paisagens da aprazível Petrópolis, residência oficial da Corte durante o sufocante verão carioca. Acordo – O baú, levado pelo casal imperial no exílio, foi guardado pela família até ser apresentado aos autores, em 2006, o que deu origem à ampla pesquisa. Por um acordo entre as partes – dono e autores – o nome do

guardião do material e onde ele está não foram revelados. Mas tudo leva a crer que seja D. Thereza Maria de Orléans e Bragança, neta da princesa, e que assina a apresentação da obra. A Coleção Princesa Isabel também abre outra janela para o estudo do Brasil oitocentista e da própria evolução da fotografia no País. O baú do casal D' Eu é um importante complemento à Coleção Thereza Christina Maria, doada pelo próprio Imperador D. Pedro II à Biblioteca Nacional. A preciosa coleção, composta por mais de 20 mil imagens e até hoje não inteiramente catalogada, revela a paixão do Imperador pela fotografia. E que, pelo visto, passou para seus descendentes. Coleção Princesa Isabel, de Pedro e Bia Corrêa do Lago. Editora Capivara, 432 páginas.

Milhares de CNHs sob suspeita

máfia da venda de carteiras de habilitação atua em pelo menos 46 municípios de São Paulo. Um levantamento sobre a fraude no registro de biometria dos candidatos a motorista mostra que, além das 310 auto-escolas e centros de formação de condutores da capital sob investigação, outros 433 são suspeitos de terem participado das fraudes no litoral e na região metropolitana, onde se concentra a ação da quadrilha. A extensão e o tamanho do esquema são de conhecimento da cúpula da Polícia Civil desde fevereiro, mas se manteve em segredo a verdadeira dimensão do problema, como o fato de a fraude atingir em cheio o sistema de concessão de CNH na cidade de São Paulo. Só quatro meses depois, em junho, com a deflagração da operação Carta

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Marechal Deodoro da Fonseca (ao centro) e o Conde D' Eu (à sua esquerda) durante uma cerimônia militar. À direita, foto da coroação da Princesa Isabel como regente do Império, durante viagem de D. Pedro II

Branca, é que delegados de trânsito foram afastados e providências para evitar novas fraudes foram tomadas. Até agora, ninguém foi responsabilizado. A lista das Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) sob suspeita é de 46, assim como o das cidades, um número muito maior dos que as 14 que tiveram seus diretores afastados em junho, por decisão do governo, depois que surgiu o escândalo da venda de carteiras. A descoberta da fraude no sistema de biometria se deve a um delegado: Rafael Rabinovici. Foi ele quem pediu à Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) que fosse feito o levantamento sobre o uso de uma mesma digital para o registro de mais de um candidato a motorista. Em 12 de fevereiro, Rabinovici entregou à direção do

Detran a lista das 743 auto-escolas sob suspeita no Estado. Também listou as carteiras de habilitação sob suspeita em cada região da Grande São Paulo, do litoral e da capital – 14 re-

giões e 46 cidades. A reportagem teve acesso aos dados das regiões de Mogi das Cruzes e da capital. Nelas, a suspeita atinge 24.798 carteiras – 15.224 na capital e 9.574 de Mogi. (AE)

Dia do provedor

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fraude das impressões digitais tem data marcada para ocorrer. Pelo menos duas vezes ao mês, todo o rigor do esquema do Detran para tentar coibir as fraudes nas carteiras de habilitação é posto à prova por uma prática aparentemente inofensiva, o chamado "dia do provedor". Trata-se de um artifício usado por empresas credenciadas pela Prodesp para a coleta eletrônica das digitais para regularizar a situação de

candidatos a motorista que, por qualquer motivo, não registraram a digital no dia da aula. O problema é que não há como fiscalizar a veracidade das informações inseridas no sistema. "A auto-escola pode alegar o que bem entender para lançar as horas do candidato, desde uma falta de energia elétrica até problemas com os computadores", reconhece um delegado. (AE)

Fachadas de jornais enfeitadas para comemorar a abolição, no Rio

Lançado este mês, livro reúne mais de mil fotografias da Coleção Princesa Isabel. Na capa, imagem de uma congada, festa típica introduzida no País pelos escravos africanos.


Divulgação

Pablo de Sousa/Cia da Luz

Outros dois lançamentos da semana: o japonês Grand Vitara e a Frontier nacional. Nas pgs. 3 e 8.

São Paulo, 22 de setembro de 2008

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de setembro de 2008

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SETEMBRO

Considerado o Oscar da televisão americana, o Emmy chegou à 60ª edição na noite de ontem, em Los Angeles. Os prêmios de melhor atriz e melhor ator coadjuvantes em seriados cômicos foram para Jean Smart, de Samantha Who?, e Jeremy Piven, de Entourage. Acompanhe toda a história do Emmy 2008 em www.dcomercio.com.br

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Dia Mundial sem Carro

S AÚDE E M

C A R T A Z

O horror do leite chinês Contaminação já levou 13 mil crianças aos hospitais do país

C VISUAIS Arte de Jim Avignon dialoga com a ilustração e o design e pode ser vista em cerca de 30 pinturas na Galeria Pop. Rua Virgilio de Carvalho Pinto 297, tel.: 3081-7865. Grátis.

erca de 13 mil crianças foram hospitalizadas na China após consumirem leite em pó contaminado com o produto químico industrial melamina, informou a agência de notícias Xinhua, citando o ministério de Saúde do país. De acordo o governo chinês, quatro crianças morreram. Em 104 casos, as crianças apresentaram sintomas sérios. Mais de 1,5 mil já deixaram o hospital, segundo a Xinhua. Em Hong Kong, uma menina de 3 anos foi diagnosticada com pedra nos rins após ter bebido o produto adulterado, no que seria o primeiro caso registrado no território. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que está ajudando a China a investigar a contaminação de produ-

tos lácteos por melamina, uma substância que pode provocar falência dos rins de crianças. Na semana passada, a China ordenou o exame de produtos lácteos e o recolhimento em todo o país de itens suspeitos. Com a descoberta, vários países na Ásia e na África suspenderam as importações de laticínios chineses. Alguns dos principais supermercados de Hong Kong recolheram o leite em pó da Nestlé das prateleiras depois que um jornal reportou que ele continha melamina, um componente rico em nitrogênio que pode ser adicionado a leite misturado com água para ajudá-lo a passar pelas inspeções de qualidade. Testes – O grupo suíço Nestlé disse estar confiante de que nenhum de seus produtos fo-

ram feitos com leite adulterado e falou que testes feitos por laboratórios aprovados pelo governo mostraram que o produto não continha melamina. Mas o centro de segurança alimentar de Hong Kong disse que testes posteriores mostraram que um outro produto, o Nestle Dairy Farm Pure Milk, continha a substância nociva. O grupo industrial Yili, o maior fabricante da China de leite em pó para crianças, e 19 outros produtores de laticínios disseram que vão ampliar a qualidade de seus produtos e compensar as vítimas. O órgão responsável pela fiscalização da qualidade do leite na China afirmou que cerca de 10% de amostras de leite e bebidas de iogurte de três grandes laticínios tinham melamina em quantidades potencialmente mortíferas. (Agências)

Três anos de silêncio

S ILÊNCIO

BOIADA - Carro de boi atravessa a avenida Rio Branco, no centro da capital, em direção ao Parque da Água Branca, para participar do Revelando São Paulo, encontro anual que reúne grupos folclóricos de diversas regiões do Estado.

O jornal britânico The Times publicou no sábado uma reportagem sobre os três anos da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes pela polícia de Londres. Na ocasião, o eletricista, confundido com um terrorista, levou oito tiros à queima-roupa. A reportagem do jornal visitou a família de Jean Charles em Gonzaga, município de Minas Gerais, onde o jovem é famoso entre os pouco mais de 5 mil habitantes. O processo movido pela família contra a polícia britânica começou apenas na semana passada, mais de três anos depois da morte do brasileiro. Na pequena cidade, todos consideram o fato emblemático de que não só no Brasil a justiça tarda, mas esperam que, pelo menos dessa vez, ela não falhe.

D ESIGN GRÁFICO

Maestro Flávio Florence morre em SP

Reproduções/site

O maestro Flávio Florence, titular da Orquestra Sinfônica de Santo André, faleceu ontem, em São Paulo. Regente e instrumentista, ele venceu por duas vezes o Concurso Jovens Regentes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Fez parte das Orquestras Sinfônicas Jovem Municipal de São Paulo e Municipal de Campinas.

DESTAQUE-SE

S Tire a família da carteira

O desmatamento, as queimadas e a favelização foram os principais motivos para o aumento de quatro vezes na quantidade de espécies de árvores ameaçadas de extinção no Brasil nos últimos 16 anos, a maior parte na Mata Atlântica, informou no fim de semana o Ministério do Meio Ambiente. Ao menos 472 espécies correm o risco de desaparecer dos biomas brasileiros nos próximos anos, sendo 276 delas encontradas principalmente na área que restou da Mata Atlântica, de acordo com a nova lista de espécies da flora nacional ameaçadas. A lista oficial anterior de árvores ameaçadas datava de 1992, com 108 espécies. Outras 1.079 espécies nacionais ainda podem estar ameaçadas de extinção, porém, não foram incluídas por enquanto na lista devido à falta de informação suficiente. B RAZIL COM Z

Fundos de Pensão e Mercado de Capitais

G @DGET DU JOUR

Árvores ameaçadas

Paulo Liebert/AE

L ANÇAMENTO

Organizado pelo ex-secretário da previdência, Adacir Reis, o livro Fundos de Pensão e Mercado de Capitais será lançado esta noite na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, às 19h. A obra trata de diversos temas relacionados à área de investimentos dos fundos de pensão, em 12 capítulos de diversos autores. Reis, além de organizador, assina um dos textos. O Conjunto Nacional fica na avenida Paulista, 2073. Telefone da livraria: 3170-4033.

M EIO AMBIENTE

Pregador ou chocolate mordido: inesquecíveis

Se você é daqueles que adora andar com a foto dos filhos, da namorada, do marido, dos netos, do cachorro, da mãe, do pai, do papagaio... na carteira, chegou a hora de modernizar esse hábito. O Pocket Album é um chaveiro com tela OLED e 32MB de memória. Suficiente para uma foto de cada um dos seus familiares mais queridos. Custa US$ 49.

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com os clássicos pedaços de papel com logotipo e endereço. A regra básica é transformar o próprio cartão em uma mensagem que já diz qual o seu produto ou serviço e, a partir daí, endereço e logotipo são apenas detalhes. www.flickr.com/photos/dailypoetics/sets/ 72057594104389710/?page=14

Locutor de rádio fez do microfone sua propaganda

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A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Polícia Militar de São Paulo vai aumentar o contingente de especialistas em negociações com reféns

Risco de uma desaceleração mundial tem estimulado o desenvolvimento do seguro de crédito doméstico

Campanha a favor da demarcação de terras indígenas no Mato Grosso do Sul chega à Europa

A brincadeira com as mãos cria uma ilusão de ótica. Os pentes e o cartão que permite mudar o penteado do "modelo" lembram os cabeleireiros


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A NOVA REPÚBLICA NÃO FOI SENÃO UMA TÊNUE INTERFACE ENTRE O GOVERNO MILITAR E O SOCIALISMO

CONSUMO E CLASSES

DANIEL PIPES OBAMA AOS

E

is um assunto fascinante: as formas como as classes sociais se relacionam com o consumo, suas diferenças e, muitas vezes, suas semelhanças. Vivemos no país dos grandes paradoxos, principalmente quando o assunto é a disparidade social. E quando transportamos essas contradições para o mundo das compras percebemos claramente como se comportam. Observamos uma fila de algumas semanas para se adquirir a nova bolsa da grife Louis Vuitton, a Lockit Alligator, por R$ 58 mil, bem como a abertura de novas lojas em São Paulo da Giorgio Armani e da francesa Hermès, além da Gucci, que também está chegando para atender aos consumidores que representam menos de 1% da população brasileira - sendo que, ao mesmo tempo, tivemos acesso ao crescimento da classe média, conforme estudo da FGV, quando mais da metade da população (51,8%) passou a receber entre R$ 1.064 e R$ 4.591 por mês. E como pensa e consome essa grande maioria? Para essa análise temos que considerar diferentes grupos. A começar pelas mulheres, que cada vez mais se preocupam com suas carreiras, 70% delas almejam crescimento profissional (DataPo pu l a r, Meio&Mensagem, 04/08/08) e estão preocupadas em cuidar mais de si mesmas, pois 39% desejam acrescentar academias à sua rotina, 33% o cabeleireiro, 25% as massagens e 20% os esportes, além de 14% que querem almoços com amigas. O que isso significa? Uma enorme alteração no perfil dessas consumidoras, as mesmas que anteriormente se diziam realizadas através dos filhos. E para os profissionais do mercado é necessário muita atenção, para que não percam as opor tunidades advindas dessas mudanças. Outro grupo importantíssimo a ser considerado são os jovens dessas classes. Hoje mais sintonizados do que as gerações anteriores, devido a facilidade de acesso via ce-

● Vivemos no país

dos grandes paradoxos, principalmente quando o assunto é a disparidade social.

Em busca de um pretexto patriótico

A lulares e internet, não se limitam mais ao universo do seu bairro e dos seus amigos. Hoje, começam a consumir como os da classe média alta. Para isso, assim como os adultos, se utilizam das facilidades trazidas pelo maior acesso ao crédito. Podem comprar o mesmo tênis de marca que o jovem de uma classe superior também usa. De qualquer forma, os hábitos das classes populares ainda diferem muito dos da elite, pois são mais conservadores, mais religiosos e por serem também mais solidários, pois costumam compartilhar mais suas vidas com membros da sua comunidade. Os gastos da família brasileira média, conforme estudo do LatinPanel (07/2008), se dividem em: 19,3% alimentação no lar, 13,4% habitação, 12,6% transporte, 10,2% contas de água e luz e outras, 7% com saúde, 6,4% com vestuário e 4,6% com a l i m e nt a ç ã o fo ra d o l a r. Sendo que o maior grupo hoje já é representado por pessoas que vivem sozinhas ou casais sem filhos - 27% da população. O que se torna perceptível é que, diante desses fatores de mudança contínua, a tarefa dos profissionais de marketing é cada vez mais árdua na disputa da renda dessa população, tendo que despender mais esforços no sentido de localizar seu target e selecionar adequadamente os veículos para falar com ele, se utilizando de mensagens que façam sentido a cada público. SANDRA TURCHI,

pressa indecente com que os opositores nominais do governo correm para apoiá-lo ao mínimo aceno de alguma vantagem possível é a prova de que a passagem do PT pelo poder, exatamente como previ há mais de dez anos, e ao contrário do que afirmavam todos os sapientes, não terá sido um episódio normal do rodízio democrático, e sim a inauguração de um novo sistema que, superposto à ordem democrática, terminará – já quase terminou – por engoli-la e fazê-la desaparecer para sempre. A Nova República não foi senão uma tênue interface entre o governo militar e o Brasil socialista, marcado pela hegemonia esquerdista em todos os setores da vida social, pela simbiose macabra entre o governo e o banditismo crescente, pela corrupção em níveis jamais antes imaginados, pela destruição completa da cultura superior, pela institucionalização do paternalismo estatal como garantia do apoio popular, pelo fechamento das fronteiras mentais do País ao debate de idéias no mundo, pela transformação do sistema de ensino em máquina de adestramento da militância comunista e, last not least, pela progressiva e tácita criminalização de toda atividade capitalista, louvada ao mesmo tempo, numa alternância pavloviana de choques e queijos, como indispensável ao progresso da nação. Como, no meio de toda essa tragédia, a economia cresce um pouquinho e esse pouquinho basta para acalmar uma multidão de consciências - que, aliás, jamais foram muito exigentes -, o sucesso do conjunto está garantido, e é óbvio, é patente que o sr. Lula tem todas as condições não apenas para fazer o seu sucessor, mas o sucessor do seu sucessor e todos os sucessores deste último por muitas décadas à frente. Cada político “de oposição” sabe disso e já tem nas mãos um leque de estratégias para adaptar-se à situação o mais confortavelmente possível, até simulando motivos éticos. E os militares? Eles têm algum ressentimento, é verdade, mas, marginalizados e reduzidos a condições de subsistência humilhante, já nada podem fazer senão esboçar aqui e ali um protesto simbólico, ridicularizado pela mídia. Muitos deles já parecem reger-se pela psicologia dos miseráveis: prometa-lhes alguma coisa, por mínima que seja, e eles farão o que você quiser. Antigamente a farda protegia contra a deterioração moral do ambiente. Mas ela não pode proteger contra uma cultura inteira. Só um gênio

Forças Armadas estão esperando para aderirem ao esquema de poder eterno de Lula é o pretexto patriótico. Por Olavo de Carvalho

ou um louco pode desaculturar-se a si próprio. O homem comum, fardado ou não, cede à onipresença hipnótica dos contravalores que antes desprezava, em nome de valores dos quais já não se lembra. Tudo o que muitos oficiais das nossas Forças Armadas estão esperando é um pretexto patriótico para a adesão final. Criaturas solícitas como o general Andrade Nery dão o melhor de si para fornecê-lo, dirigindo habilmente contra os EUA o ódio que deveria se voltar contra o globalismo anti-americano da ONU, o qual, sob pretextos indigenistas e contando com a proteção da Presidência da República, vai comendo território e reservas minerais do Brasil enquanto a Hora do Povo e o próprio senhor presidente desviam as atenções de civis e militares para a presença alegadamente ameaçadora da IV Frota americana que, é claro, viria roubar o nosso petróleo...

E

sse panorama não apenas já era previsível em 2002, e até bem antes, como foi efetivamente previsto nos meus próprios artigos, enquanto ilustres comentaristas políticos e analistas estratégicos, pagos a peso de ouro pelo empresariado, diziam que nada disso ia acontecer, que o PT desfrutaria de seus quinze minutos de fama e em seguida sumiria na lata de lixo da História, deixando caminho aberto aos liberais para que construíssem uma democracia capitalista moderna e pujante, de fazer inveja à Suíça. Pela raiva que tantos ainda sentem de quem lhes disse a verdade, pela generosidade com que continuam premiando quem os ludibriou, o que me pergunto é se, sob o pretexto de ouvir análises de conjuntura, o que querem mesmo não são apenas umas palavras animadoras, tanto mais bem-vindas quanto mais falsas.

Contas abertas ANTONINHO MARMO TREVISAN

SUPERINTENDENTE DE MARKETING DA ACSP

A

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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● Tudo o que os oficiais das

Portaria 184, editada mês passado, foi o pontapé inicial de ampla revisão do padrão contábil do setor público brasileiro, para adequá-lo às melhores práticas mundiais. O ato administrativo vem no bojo da Lei 11.638/2007, que alterou normas e procedimentos contábeis, dando maior transparência às empresas brasileiras. A portaria, em linhas gerais, determinou a convergência do sistema contábil da área pública às normas internacionais. Uma das características do modelo contábil-público brasileiro é o de desprezar o regime de competência de exercícios e de não reconhecer os ativos tangíveis e intangíveis. A portaria viabiliza uma correta avaliação e gestão das finanças públicas. Antes, na apresentação das contas públicas periódicas, dava-se preferência por se mostrar o chamado su pe ráv it primário, gerando a sensação de que os juros da dívida pública não eram relevantes e, portanto, não havia necessidade de serem apreciados e discutidos nos demonstrativos expostos à população. Agora, ao tratar da forma como as normas internacionais recomendam, a política monetária passa a ser olhada também sob o enfoque do custo dos juros e seu

impacto no aumento da dívida interna. A Secretaria do Tesouro Nacional terá importante papel na avaliação dos ativos públicos e na forma de apresentação à sociedade. Assim, as alterações darão mais transparência às informações contábeis e sepultarão a idéia de que há um buraco negro nesse setor. Isso ajudará a dissipar a imagem no Brasil, em matéria de área pública, de que tudo é incerto na sua contabilidade. ● A Portaria 184

atualizou as contas públicas. Com ela, passam a ser relatados o custo dos juros e seu impacto na dívida interna. A Portaria 184 demorou até mais do que devia para ser editada, mas antes atrasada do que irremediavelmente tardia. Esse modelo, que estava aí desde a década de 70, criou uma série de equívocos. Até os contadores sofreram com disso. Achavam que eles tinham culpa pela inflação e o sistema complexo de entendimento das contas públicas. O principal avanço é o de permitir que a gestão pública seja

corretamente avaliada. Nós, contabilistas, temos a missão desafiante de tornar essas informações acessíveis e compreensíveis o suficiente para serem entendidas pela sociedade. Ou seja, nosso papel é importante nesse processo, devendo ser permeado de transparência e lisura.

V

amos precisar nos atualizar no tocante às regras da contabilidade pública, que sai dos porões para um lugar de destaque na economia e no interesse público. Isso é bom! As escolas de ciências contábeis e os professores, bem como os conselhos regionais, deverão responder à altura a esta nova realidade, capacitando-se adequadamente para esse tão esperado momento de quem se ocupa em estudar e interpretar os registros patrimoniais das empresas, órgãos e instituições. Nós, contadores brasileiros, temos a obrigação cívica de tornar a portaria um marco na contabilidade do País. ANTONINHO MARMO TREVISAN É PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DA BDO TREVISAN E MEMBRO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

OLHOS DOS MUÇULMANOS (2)

A

lguns líderes muçulmanos americanos também vêem Barack Obama como um muçulmano. O presidente da Associação Islâmica da América do Nor te, Sayyid M. Syeed, disse a muçulmanos numa conferência em Houston que não importaria se Obama vencesse ou não as eleições, mas que sua candidatura reforçaria a idéia de que crianças muçulmanas poderiam "tornar-se presidentes deste país". Louis Farrakhan, da Nação do Islã, chamou de "a esperança do mundo inteiro" e o comparou ao fundador de seu grupo, Fard Muhammad. Mas esta excitação tem também seu lado escuro - suspeitas de que Obama é um traidor de sua religião de nascimento, um apóstata (murtadd) do Islã. A AlQaeda ostensivamente realçou a declaração de Obama: "Eu não sou um muçulmano", e uma analista, Shireen K. Burki, da University of Mary, em Washington, vê Obama como "o candidato dos sonhos de Bin Laden". Se ele se tornar o comandante-em-chefe dos Estados Unidos, ela acredita que a Al-Qaeda provavelmente "exploraria seus antecedentes para argumentar que um apóstata está liderando a guerra global contra o terror... galvanizando simpatizantes para a ação". ● As diferenças

entre as visões muçulmana e americana criarão problemas se Obama se tornar presidente

M

uçulmanos tradicionais, ou fora das alas mais ativistas, tendem a pisar em ovos quanto a este tópico. Yasser Khalil relata que muitos muçulmanos reagem "com espanto e curiosidade" quando Obama é descrito como um apóstata muçulmano; Josie Delap e Robert Lane Greene, da revista britânica The Economist, chegam a afirmar que o tema Obama-como-apóstata "tem estado notavelmente ausente" dos textos de colunistas e editoriais em língua árabe. Essa última afirmação é imprecisa, uma vez que o assunto é de fato discutido. Pelo menos um jornal de língua árabe publicou o artigo de Shireen K. Burki. O Al-Watan, do Kuwait, referiu-se a Obama como "nascido muçulmano, um apóstata, um convertido ao Cristianismo". Escrevendo no Arab Times, o liberal sírio Nidal Na'isa repetidamente chamou Obama de "um apóstata muçulmano". Em suma, os muçulmanos estão perplexos quanto ao status religioso atual de Obama. Eles resistem à sua auto-identificação como cristão, enquanto presumem que um bebê filho de um pai muçulmano e chamado Hussein iniciou a vida como um muçulmano. Se Obama se tornar presidente, as diferenças entre as visões muçulmana e americana das religiões criarão problemas. PUBLICADO ORIGINALMENTE NA FRONTPAGEMAGAZINE.COM. TAMBÉM DISPONÍVEL EM DANIELPIPES.ORG TRADUÇÃO: MSM


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Agronegócio Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

60

OPÇÕES PARA FINANCIAR EXPLORAÇÃO

mil pontos é a aposta do Deutsche Bank para o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista.

em entrevista à rádio CBN, havia confirmado a existência desses estudos. Ontem, o Ministério do Trabalho tentou amenizar a polêmica. Segundo Max Monjardim, assessor de imprensa, Lupi não havia confirmado os estudos, mas apenas defendido a idéia. Em Nova York, onde participa hoje da abertura da sessão de trabalhos da AssembléiaGeral das Nações Unidas (leia mais na pág. 8 do primeiro caderno), Lula afirmou que não chegou nem mesmo a pensar na idéia e que a divulgação da notícia "prejudica o País". Há, no entanto, sinais de que a idéia de fato circulou pela Esplanada dos Ministérios. No

Beto Barata/AE

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou ontem como "abominável" e "irresponsável" a informação de que o governo estuda autorizar o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de ações da Petrobras, para reforçar os investimentos da companhia na exploração das jazidas da camada do pré-sal. A notícia foi divulgada na edição do último domingo do jornal "Folha de S.Paulo". Com a iniciativa, o presidente desautorizou um de seus principais colaboradores, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), que anteontem,

Marcello Casal Jr./ABr – 27/2/08

POLÊMICA DO PRÉ-SAL

domingo, antes do desmentido, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), da base parlamentar, disse que já havia ouvido essa informação em conversas com integrantes do governo. No mesmo dia, outros técnicos admitiram que essa era uma possibilidade, uma especulação.

Para Bradesco, não faltam recursos de crédito no País.

O próprio Lula tivera oportunidade de desfazer o mal-entendido ainda no fim de semana, antes da abertura dos mercados. Ele foi questionado sobre o assunto durante sua passagem pelo velório do sindicalista Eleno Bezerra, e se recusou a comentá-lo.

Diretor-presidente do banco disse, porém, que linhas no exterior já custam mais.

"Compre Brasil", diz Deutsche.

O

E

d iret orp r e s idente do Bradesco, Márcio Cypriano, a f i r m o u o ntem que a crise financeira tornou mais difícil a renovação de linhas de empréstimos para bancos no exterior. Segundo ele, essa situação é natural em tempos de turbulência. O executivo disse, no entanto, que existem "recursos à vontade" no mercado interno para financiamentos. Cypriano elogiou as medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos para tentar resolver a crise financeira, comparando-as ao Proer, programa brasileiro para recuperar instituições financeiras insolventes, adotado nos anos

1990 (leia mais na página E1). "As medidas são extremamente arrojadas, com um volume de recursos muito expressivo e, provavelmente solucionarão a crise externa", disse Cypriano, que participou do Fórum de Debates Político e Empresarial da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil). No evento, Manoel Félix Cintra Neto, integrante do Conselho de Administração da BM&FBovespa e diretorpresidente da Indusval Multistok, disse que "houve um temor de fechamento do mercado de crédito brasileiro", mas as medidas do governo americano melhoraram o cenário. "O Brasil não deve ser atingido por essa crise", afirmou. Já o exministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz

Fernando Furlan, comentou que tem ouvido de exportadores e banqueiros que as linhas internacionais para comércio exterior "secaram". Brasil na crise – O diretorpresidente do Bradesco também se mostrou otimista quanto à reação do Brasil diante do cenário internacional adverso. Para ele, o País está em uma situação confortável por fazer, já há algum tempo, "seu dever de casa" para estabilizar a economia. "Se fosse há alguns anos, o dólar estaria a R$ 5, R$ 6. Vamos passar por essa crise com bastante tranqüilidade", disse o executivo, admitindo que podem existir "arranhões". Cypriano afirmou também que os problemas no sistema financeiro internacional não devem influenciar o balanço do Bradesco. (AE)

m relatório intitulado "O pior parece ter passado: compre Brasil e commodities", o estrategista Guilherme Paiva, do Deutsche Bank, elevou a recomendação para as ações brasileiras e a projeção para o Ibovespa, principal referência da bolsa paulista, de 55 mil pontos para 60 mil pontos. O analista reforçou a recomendação de compra ou manutenção em carteira de alguns papéis que têm sido muito castigados com a piora da crise financeira nos Estados Unidos, casos de Vale, CSN, Usiminas, BM&FBovespa e Petrobras. (AE)

Ontem, o tom foi outro. "Eu acho abom i n á v e l a lguém fazer uma manchete irresponsável daquele jeito, sem nunca ter conversado comigo. Eu fiquei surpreso quando vi a matéria e acho isso irresponsabilidade. Eu acho irresponsável porque isso mexe com o mercado, mexe com ações", disse. O desmentido de Lula não influenciou as ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo (leia na pág. E1), mas pro-

vocou preocupação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O órgão informou ter iniciado análise das informações dadas pela Petrobras sobre o uso do FGTS para financiar a exploração no pré-sal. Idéias – Segundo fonte do governo, existe um caldeirão de idéias que circulam pelo Executivo, todas com o objetivo de dar à estatal o fôlego financeiro para investir no présal. Algumas, embora estejam tecnicamente em análise, não têm a menor chance de ser implementadas. A mais exótica, revelada por um alto integrante do governo, é usar US$ 20 bilhões das reservas para emprestar à Petrobras. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

A CONSTRUÇÃO CAUTELOSA DA CONFIANÇA PARA CONTROLAR A CRISE FICOU MENOS CONVINCENTE

Como os EUA vão recuperar a confiança em Wall Street (2) Por Robert Samuelson

É

improvável que Ben Bernanke, ex-economista da Universidade Princeton, e Hank Paulson, exCEO da Goldman Sachs, imaginassem o que esperava por eles quando aceitaram assumir o Federal Reservee o Tesouro dos EUA em 2006. Desde então eles levaram suas instituições como se estivessem em período de guerra, tentando evitar o equivalente financeiro a um fiasco militar. Como numa guerra, surgiram repe● Paulson tidas surpresas. Como numa e Bernanke guerra, as respostas envolveram (acima) muito improviso - por exemplo, o administram resgate de US$ 85 bilhões para a o Tesouro AIG (American International e o Fed Group). Mas suas defesas, montatentando das às pressas, pareceram ameaevitar o çadas. Na semana passada, enequivalente tão, Paulson propôs a solução rafinanceiro dical de o governo comprar a um fiasco grandes quantidades de dívida militar. em risco para apoiar o sistema fiComo numa nanceiro. Tudo tem a ver com a guerra, confiança, estúpido! surgem Qualquer sistema financeiro repetidas depende da confiança. As pessurpresas. soas têm de acreditar que as instituições com as quais negociam ● A surpresa vão ter um desempenho conforme o esperado. Nós estamos nude hoje ma crise porque os administrasubstitui dores financeiros - as pessoas a de ontem que administram os bancos, os e anula bancos de investimentos, os funconfiança conquistada. dos hedge - perderam essa confiança. Os bancos evitam em-

prestar uns aos outros; os investidores se retraem. O horror extremo é o pânico financeiro. Paulson pretende evitar isso. Como é bem conhecido, a crise começou com perdas no mercado de US$ 1,3 trilhão das hipotecas subprime, muitas das quais foram securitizadas - agrupadas em títulos e vendidas a investidores. Como todas as ações e obrigações dos Estados Unidos valiam cerca de US$ 50 trilhões em 2007, os prejuízos poderiam ter sido controláveis. Não foram porque ninguém sabia o quão grande essas perdas poderiam se tornar ou que instituições possuíam valores mobiliários de segunda linha. Além disso, muitas instituições financeiras estavam pouco capitalizadas. Dependiam de títulos emprestados; os prejuízos poderiam aniquilar seu capital modesto. Assim a crise se espalhou.

D

esde agosto de 2007, o Fed fez três coisas para evitar que a confiança desgastada se tornasse pânico. A primeira foi a padrão: cortar os juros. Em abril, a taxa do Fed fund overnight já tinha caído de 5,25% para os atuais 2%. O objetivo era facilitar empréstimos e apoiar a economia. Em contrapartida, a segunda resposta e a terceira entraram num novo terreno. Se os bancos ainda evita-

A ação de Paulson foi clara: é melhor a intervenção do Estado do que o tumulto permanente e o pânico. O nome do jogo é confiança, estúpido!

PAULO SAAB

AVANÇOS

NECESSÁRIOS vam empréstimos rotineiros de curto prazo - temendo riscos desconhecidos - então o Fed iria agir agressivamente como o emprestador de último recurso. Bernanke criou muitos instrumentos de empréstimos que permitiram aos bancos comerciais e aos bancos de investimento pegarem emprestado do Fed. Eles recebiam dinheiro e valores mobiliários seguros, do Tesouro dos EUA, ao entregarem hipotecas securitizadas e outras obrigações ao Fed. Dessa maneira, o Fed emprestou mais de US$ 300 bilhões. Em seguida, o Fed e o Tesouro evitaram concordatas que, de outra forma, teriam ocorrido. Com o apoio do Fed, o banco de investimentos Bear Stearns foi fundido ao JP Morgan Chase. Fannie Mae e Freddie Mac, as gigantes das hipotecas, foram assumidas pelo governo; as perdas subprime também consumiram o capital insuficiente delas. E agora a AIG, a maior companhia de seguros do país, foi salva.

O

quanto tudo isso vai custar para o contribuinte não está claro. Poderá ser muitos bilhões de dólares - ou nada. Por exemplo, o Fed está pondo na conta da AIG juros pesados e espera ser pago com as vendas dos negócios da empresa. Mas transformar o Fed numa enorme agência de emprestar dinheiro, que apóia companhias e tipos de crédito específicos, foi uma dramática mudança em seu papel de regulador das taxas de juros e das condições de crédito. A justificativa oficial: as empresas que emprestaram para as firmas salvas e que fizeram negócios com elas não sofreriam mais prejuízos. Infelizmente, esses exercícios para a construção da confiança vagarosamente perderam efeito. Como a surpresa de hoje substituiu a de ontem, ficou menos convincente o que Paulson e Bernanke possam fazer para controlar a crise. Problemas práticos também surgi-

A

ram indistintamente. O Fed financiou seu programa de empréstimos reduzindo sua enorme quantidade de valores mobiliários do Tesouro. Ele não poderá fazer isso indefinidamente sem consumir todos seus atuais papéis. Perigo: o Fed pode então recorrer à antiquada - e potencialmente inflacionária - emissão de dinheiro.

pesar de o momento internacional estar afetando a moral - e as finanças - de quem confia que o Brasil não receberá desta vez impactos como os anteriores, colocando em cheque nossa economia em crises externas, essa afetação é limitada porque a maioria dos comentaristas tem se pronunciado efetivamente sem o temor de um desarranjo desproporcional em solo brasileiro. Como teria dito o presidente Lula, se querem saber de crise perguntem ao Bush! O Brasil, hoje, está muito melhor preparado - tanto do ponto de vista de reservas, quanto de instrumentos - para o controle de crises do que em passado ainda recente. O presidente do Banco Itaú disse algo nesse sentido. A crise atual norte-americana não teria acontecido no Brasil porque passamos anteriormente por tantas situações de dificuldades que desenvolvemos alguns mecanismos de proteção no mercado e na própria economia. Muito bom tudo isso. É conseqüência dos avanços políticos e econômicos dos últimos anos. Ou melhor, a partir do instante em que o Real entrou em vigor e políticas públicas sérias no trato da inflação e do combate ao déficit primário ganharam confiança. E a partir da manutenção dessas políticas no governo Lula, demonstramos ter sabedoria pragmática. Não houve rejeição ao passado por simplesmente ter mudado a orientação partidária e os nomes dentro do governo.

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ontra esse cenário, Paulson sugeriu algo parecido com a Resolution Trust Corporation para a crise de empréstimo e poupança. Essa nova entidade compraria valores mobiliários de hipotecas subprime para estabilizar o sistema financeiro. Mas algumas questões difíceis permanecem. Quais papéis seriam escolhidos? Só os subprime? Presumir uma economia mais fraca ainda cria novas classes de dívida podre, isto é, valores mobiliários de cartões de crédito? Qual preço o governo pagaria? O governo vai mantê-los até o vencimento ou vai vendê-los? E sobre os valores mobiliários nas mãos de estrangeiros? Transbordam objeções à proposta de Paulson. Ela salvaria algumas instituições das conseqüências de decisões ruins. Indubitavelmente alguns investidores compraram valores mobiliários subprime com enormes descontos e colheriam grandes lucros ao revendê-los ao governo. Isso pode desencadear uma reação popular irada. O programa seria enorme ("centenas de milhões", diz Paulson) e poderia sobrecarregar futuros contribuintes. Ao que Paulson tem uma réplica poderosa: é melhor do que o tumulto permanente e possível pânico. Mas isso pressupõe sucesso e chama uma questão perturbadora: se isso falhar, o que o governo fará? ROBERT J. SAMUELSON É

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COLUNISTA DA REVISTA

NEWSWEEK (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

● Faça seu Fotos: Reuters

comentário direto no site do DC ● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

Quem comprou papéis subprime com desconto vai lucrar muito ao revendê-los ao governo. Quem vai pagar é o contribuinte.

e o Brasil está hoje melhor preparado para amortecer os impactos externos, sem a contundência sofrida antes, a verdade é que poderia também estar em melhor situação se os avanços na economia, nas finanças, no crescimento da visão de políticas públicas, estivessem também ocorrendo no campo das relações sociais e trabalhistas. Paradas no tempo, avessas às reformas, as forças conservadoras que se beneficiam do modelo sindical em defesa dos interesses dos trabalhadores não percebem que haveria muito mais gente contratada formalmente e novos ganhos se não ficássemos atados a preconceitos, que impedem as reformas trabalhistas, fiscais e sociais de que o País necessita para ser ainda mais forte. Todos os indicadores constantes das pesquisas do IBGE nas amostras nacionais por domicilio revelam evolução e melhoria na qualidade de vida da população. Quando se trata, todavia, de elogiar o número de trabalhadores que ingressaram no mercado

● Paradas no

tempo, as forças conservadoras se beneficiam do velho modelo sindical contra os interesses dos trabalhadores. Estaríamos em melhor situação se os avanços econômicos tivessem ocorrido também nas relações sociais e trabalhistas.

formal, por mais euforia que alguns possam demonstrar, fica evidente - no dizer do professor Eduardo Gianetti da Fonseca - que outros 40 milhões de brasileiros não têm nenhum tipo de proteção trabalhista, sem nada para comemorar.

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aço essas reflexões em função de entender que ainda há muita resistência, em todos os segmentos da sociedade, nas áreas sindicais, de todos os lados, para as mudanças que permitam dar agilidade às empresas e aos profissionais, inclusive nas novas profissões que surgiram com as tecnologias modernas. Ainda estamos atrelados a uma legislação trabalhista que, como muito já se disse, remonta aos tempos de Mussolini, com a Carta de Lavoro italiana, e a Getúlio Vargas, que morreu há mais de meio século. Nesse período, o mundo virou de cabeça para baixo, virou outro, e aqui no Brasil ainda nos seguramos - por medo de avançar - em mitos e preconceitos, que só prejudicam os maiores interessados, os trabalhadores. PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Marcelo del Poso/Reuters

Músico espanhol Llorenc Barbar toca sinos durante ensaio de seu novo espetáculo, na Bienal de Flamenco de Sevilha.

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SETEMBRO

10 - LOGO

23 Dia Nacional do Sorvete

C IÊNCIA F UTEBOL

Ronaldo: bola de presente aos 32 anos

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Ronaldo comemorou 32 anos ontem e ganhou de "presente" seu primeiro treino com bola desde a grave lesão no joelho esquerdo sofrida em 13 de fevereiro, quando ainda jogava pelo Milan. A atividade aconteceu no Flamengo, onde o atacante trabalha para voltar a ter condições de jogar futebol. Por quase uma hora, Ronaldo disputou um bate-bola com jogadores do time de juniores do clube. Na semana passada, Ronaldo afirmou que pretende voltar a jogar em janeiro. Ele garantiu que o treino no dia do aniversário foi coincidência.

Pepe Le Gambá: sotaque francês e odor capaz de dissipar multidões

A bomba de gambá

nquanto todas as atenções se voltavam para o conflito entre a Rússia e a Georgia, a invenção de uma nova arma química passou pela mídia. Mas no fim de semana, jornais como o Jerusalem Post revelaram que a primeira aplicação desse novo artefato foi realizada pela polícia israelense na sexta-feira da semana passada: uma "bomba de mau cheiro", utilizada para dispersar multidões. A arma foi utilizada na vila de Naalin,

Reprodução

contra palestinos que protestavam contra a barreira de segurança que Israel está construindo no local. A bomba é, na verdade, um spray líquido que adere às roupas das pessoas e as obriga a desejar apenas um bom banho e uma roupa limpa. A polícia israelense descreve a arma química como uma evolução das balas de borracha do gás lacrimogêneo, particularmente porque não causa problemas legais para

as autoridades nem para os médicos de plantão. Ninguém se machuca ou passa mal após ser atingido pela "bomba de gambá". Algumas vítimas da bomba disseram ao Jerusalem Post que um único banho é ineficiente para tirar o cheiro "de esgoto". Outra "vantagem" da bomba é que os manifestantes provavelmente não serão detidos pela polícia. Eles não serão bem-vindos nem em casa nem na delegacia. Eric Thayer/Reuters

H ISTÓRIA

Recuperado 'tesouro' de Einstein Décadas depois de uma doação histórica, Universidade Hebraica de Jerusalém resgatou, em um porão empoeirado, o telescópio usado pelo cientista Albert Einstein. O Prêmio Nobel de Física ordenou, em vida, a doação de todos os seus estudos e objetos - como o telescópio à universidade. Ontem, o jornal israelense Yedioth Ahronoth revelou que ao longo de C A R T A Z

VISUAIS

TUDO INVERTIDO - O mágico David Blaine foi entrevistado ontem pela apresentadora de TV e Kelly Ripa durante uma estonteante performance no Central Park, em Nova York. David iniciou ontem uma maratona de 60 horas em que pretende ficar de cabeça para baixo, sem equipamentos de segurança. A RQUEOLOGIA Carl de Souza/AFP

B RAZIL COM Z

Pinturas, desenhos e objetos criados pelo artista plástico Carlos Zilio estão expostos no Gabinete de Arte Raquel Arnaud. Rua Artur Azevedo, 401, tel.: 3083-6322. Grátis. G @DGET DU JOUR Divulgação

Craques do Brasil na Inglaterra O jornal Daily Mail publicou ontem um levantamento sobre os brasileiros que "aportaram" no futebol britânico, revelando salários e trajetórias no esporte. Juninho Paulista (Middlesbrough), Gilberto Silva (Arsenal) e Mirandinha (Newcastle) foram os precursores. Hoje estão por lá Adriano Basso (Bristol City); Alex, Juliano Belletti (Chelsea); Elano, Jô, Robinho, Glauber Berti (Man City); Lucas, Fábio Aurélio (Liverpool); Cláudio Caçapa (Newcastle); Heurelho Gomes, Gilberto (Tottenham); Geovanni (Hull); Afonso Alves (Middlesbrough). C OPA 2010

STONEHENGE Monumento era local de peregrinação de doentes 2.300 anos a.C.

O Não vá ao bar, leve-o com você

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www.kegworks.com/product.php?

A TÉ LOGO

Fun Bus ("ônibus da alegria") é o nome deste produto da KegWorks: um bar com espaço para as bebidas, ingredientes e copos que um barman precisa e que se fecha como uma mala. Custa US$ 1.900.

s arqueólogos britânicos, Geoffrey Wainwright e Timothy Darvill, afirmaram ontem terem revelado um dos mistérios de um dos mais conhecidos e menos compreendidos monumentos da antiguidade: Stonehenge. Para os britânicos, o círculo de pedras construído há milhares de anos atraía peregrinos de todos os cantos da Europa na Pré-História em busca de cura. Primeiros arqueólogos a

escavarem o local em mais de 40 anos, eles conseguiram também a mais precisa datação do monumento pelo método de datação por radiocarbono. Stonehenge teria sido erguido por volta de 2.300 a.C. A prova de que ali era um local de cura estaria, segundo os arqueólogos, nas rochas encontradas no local e, principalmente, nos esqueletos ali encontrados, que mostraram sinais de graves doenças ou ferimentos.

O mascote da África do Sul O mascote da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, foi revelado ontem em Joanesburgo, pela Fifa. O leopardo Zakumi foi escolhido por ser "jovem, vibrante, ativo, inteligente, confiante, sociável e ambicioso, mas também de bom coração", anunciou a federação. L OTERIAS Concurso 360 da LOTOFÁCIL

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Na 50ª edição, Jabuti inicia temporada de grandes prêmios literários de 2008 Turistas europeus seqüestrados no Egito são vítimas de desinformação

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Um mês depois dos Jogos Olímpicos de Pequim, atletas encaram anonimato

Dimitar Dilkoff/AFP

Fluidez Dançarino da companhia francesa de balé 111 em ensaio para a Semana de Dança de Sofia, na Bulgária.

Reuters

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décadas ninguém se incomodou em consultar as doações de Einstein. Einstein tinha recebido o telescópio de Zvi Gezri, um colega do físico que ele conheceu na Universidade de Princeton (EUA). A Fundação Jerusalém e o centro científico Joseph Meyerhoff vão financiar a restauração do instrumento que pertenceu ao pai da Teoria da Relatividade.


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mercado revê para baixo a perspectiva de inflação pelo índice oficial.

GOVERNO ESPERA ARRECADAÇÃO MAIOR

Governo deve ampliar gasto ao arrecadar mais As despesas discricionárias, que o governo pode fazer por livre critério, poderão crescer R$ 5,1 bilhões este ano, já que a arrecadação deverá subir 12,3%.

O Superávit comercial no ano ultrapassa os US$ 19 bilhões Só na terceira semana de setembro, o número foi positivo em US$ 839 milhões.

O

saldo da balança comercial da terceira semana de setembro (do dia 15 ao 19) registrou superávit de US$ 839 milhões. No período, as exportações somaram US$ 4,355 bilhões, com média diária de US$ 871 milhões, e as importações totalizaram US$ 3,516 bilhões, média diária de US$ 703,2 milhões. Com esse resultado, até o dia 19 o superávit acumulado no mês atingiu US$ 2,391 bilhões, e no ano, superou a marca dos US$ 19 bilhões (US$ 19,298 bilhões). O superávit da terceira

semana de setembro é 102,6% maior que o apurado em igual período de 2007, quando atingiu US$ 414 milhões. Mas na comparação com a semana anterior (de 8 a 12 de setembro), quando o saldo foi de US$ 1,257 bilhão, o superávit da terceira semana é 33,25% menor. Na comparação com setembro do ano passado, a média das exportações cresceu 25%, enquanto a média das importações aumentou 37,3%. O superávit no acumulado do ano até a última sexta-feira é 34,67%

menor que o acumulado em igual período de 2007, quando foi de US$ 29,541 bilhões. A balança comercial começou setembro com superávit de US$ 295 milhões. Entre os dias 1 e 7, as exportações atingiram US$ 4,55 bilhões, com média diária de US$ 910,6 milhões. Já as importações chegaram a US$ 4,258 bilhões, com média diária de US$ 851,6 milhões. Os analistas destacam o acentuado aumento das importações nos últimos meses. (Agências)

governo federal poderá ampliar neste ano em R$ 5,1 bilhões as despesas discricionárias, as que ele pode administrar livremente. O Ministério do Planejamento chegou ao número após avaliar as receitas e despesas do quarto bimestre. A arrecadação de tributos, que tem batido recordes, possibilita a ampliação dos gastos. Segundo o ministério, a previsão anual das receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, exceto a Contribuição para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), será maior em R$ 7,1 bilhões, principalmente devido à arrecadação efetivamente verificada até agosto. Os destaques de arrecadação são o Imposto sobre a Renda (IR), o Imposto de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A nova estimativa das demais receitas (concessões, royalties do petróleo etc) do governo central indica uma redução de R$ 800 milhões. O salário-educação também tem previsão de redução de gastos de R$ 400 milhões. Na direção contrária, a receita própria, as taxas e demais receitas vinculadas do governo central

53,2

bilhões de reais é quanto o governo central deverá arrecadar acima da estimativa inicial para 2008.

sinalizam uma elevação de R$ 1,4 bilhão. As estimativas para receitas e despesas da RGPS sofreram alterações. A projeção da receita foi redimensionada em mais R$ 1,6 bilhão em virtude, sobretudo, da realização observada até o mês de agosto. As despesas também foram reavaliadas, e sofreram acréscimo quase no mesmo montante das receitas. Em alta – A arrecadação de impostos e contribuições federais deve subir R$ 53,2 bilhões em 2008, ou 12,3%, segundo o relatório de receitas e despesas do Orçamento deste ano, do Ministério do Planejamento. Neste valor não estão incluídas a arrecadação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nem as "demais receitas". A estimativa de arrecada-

ção na realidade foi feita pela Receita Federal com base em parâmetros estabelecidos pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Segundo a Receita Federal, a arrecadação dos impostos e contribuições federais, excluindo as demais receitas (royalties, concessões, salárioeducação, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, entre outros) e a do INSS, deverá somar R$ 484,4 bilhões no ano de 2008, ante os R$ 431,2 bilhões de 2007. O crescimento será obtido mesmo sem a arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que foi extinta pelo Congresso no fim de 2007. Até julho, a arrecadação já subiu R$ 40 bilhões – valor que engloba, porém, as receitas do INSS. A elevação de 12,3% na arrecadação de tributos federais, segundo o governo, deverá acontecer por conta do Produto Interno Bruto (PIB), que crescerá, segundo as estimativas, 5% neste ano, e também pela recuperação de R$ 10,6 bilhões de débitos em atraso pela Receita Federal. O governo prevê ainda que a massa salarial avance 15,9% em 2008 e que a inflação cresça 8,5% (índice médio do IPCA e do IGP), o que ajudará a elevar arrecadação. (Agências)

Mercado mantém previsão da Selic Analistas ouvidos pelo Banco Central na Pesquisa Focus acham que o juro básico fechará o ano em 14,75%

O

s analistas financeiros consultados pelo Banco Central (BC) na pesquisa semanal Focus acreditam que a taxa Selic fechará 2008 em 14,75% ao ano, a mesma previsão feita no levantamento anterior. Para 2009, os agentes de mercado elevaram a estimativa do juro básico de 13,75% para 13,79%. Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou o juro básico em 0,75 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Para outubro, quando haverá nova reunião do Copom, o mercado espera outro ajuste, dessa vez para 14,25%. Quanto ao dólar, os entrevistados esperam cotação R$ 1,70 no fim do ano, ante R$ 1,65 na previsão anterior. Para o final de 2009, eles acreditam que a moeda norte-americana estará cotada a R$ 1,77, ante R$ 1,75 no documento passado. Para setembro, o prognóstico é de que o dólar feche o mês a R$ 1,77. No último levantamento, os analistas esperavam R$ 1,65. O mercado financeiro prevê um crescimento de 5,17% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ante 5,01% na estimativa passada. Para 2009, na opinião dos entrevistados, a economia deverá crescer 3,6% (sem mudança). No que se refere ao déficit em conta corrente, espera-se resultado negativo de US$ 27,85 bilhões em 2008, ante US$ 28 bilhões na última pesquisa. Para 2009, a previsão passou de US$ 34 bilhões para US$ 34,4 bilhões.

Itamar Miranda/AE

Os agentes financeiros acreditam num superávit de US$ 23,73 bilhões na balança comercial de 2008

Quanto à balança comercial, os analistas aguardam superávit de US$ 23,73 bilhões neste ano, maior do que os US$ 23,60 bilhões calculados anteriormente, e de US$ 13 bilhões em 2009, estável. Com relação ao investimento estrangeiro direto, a previsão é de um ingresso de US$ 35 bilhões neste ano, superior aos US$ 34,60 bilhões contemplados no Boletim Focus anterior. Para 2009, o prognóstico de ingresso permaneceu em US$ 30,37 bilhões. No caso da produção industrial, a perspectiva é de elevação de 5,59% neste exercício e de 4,2% em 2009. Inflação – Os agentes finan-

ceiros revisaram para baixo, pela oitava semana consecutiva, a projeção do índice oficial de inflação em 2008. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá subir 6,23% neste ano, em lugar dos 6,26% anteriores. A projeção continua se distanciando do teto da meta oficial estimada para este ano, de 6,5%. Para 2009, os analistas consultados alteraram pela segunda semana seguida a expectativa referente ao IPCA, de 4,99% para 4,97%. Quanto aos demais indicadores inflacionários, a estimativa é de um IGP-DI de 9,77% (10%), IGP-M de 10,23% (10,2%) e IPC da Fipe de 6,41% para 6,43%.

Neste mês, o IPCA deverá aumentar 0,3%, em vez de 0,32%, e o IGP-DI deverá ter elevação de 0,17% contra os 0,3% anteriores. A expectativa para o IGP-M foi levemente modificada, de 0,20% para 0,19%, e o IPC da Fipe deverá apresentar inflação de 0,37%, sem alterações. Para outubro, os analistas ouvidos pelo BC esperam aumento de 0,4% tanto no IPCA quanto no IPC da Fipe, sem mudanças. O IGP-DI deverá crescer 0,45%, ou 0,05 ponto percentual a menos do que o estimado antes. Já a perspectiva para o IGP-M foi ligeiramente reduzida, de 0,43% para 0,4%. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

*LED8P

O ministro Carlos Minc, num almoço no Rio, via Lula exalar bom humor diante das pesquisas de aumento de popularidade.

3 Era como se eles fossem os súperes-inteligentes e nós os súperes-coitados.

«

gibaum@gibaum.com.br

LULA // lembrando a época em que os grandes bancos americanos davam palpites na economia brasileira. Fotos: Business News

Pilha de grampos A CPI dos Grampos está apurando denúncias, segundo as quais o araponga Francisco Ambrósio do Nascimento, suspeito de coordenar o grampo ilegal que atingiu Gilmar Mendes, presidente do Supremo e outras autoridades, também teria operado, durante dois anos, dentro do próprio Congresso. Ambrósio, que é amigo do delegado Protógenes Queiróz, garante que “só analisou dados” e que nunca grampeou ninguém nos últimos tempos, será chamado para depor novamente. As denúncias que chegaram ao deputado Marcelo Itagiba, presidente da CPI, garantem que Ambrósio teria uma pilha de conversas ilícitas de parlamentares de todos os tipos, partidos e influências.

ALARME FALSO Joana Palhares, que estava namorando com o atacante Adriano, do Inter de Milão, já está de volta ao Brasil: o romance chegou ao fim e ele não vai mais se casar com ela em dezembro, conforme havia sido anunciado. Há pouco tempo, também havia sido anunciado que Joana estaria esperando um bebê do jogador. Agora, há quem aposte que foi alarme falso.

Tina Fey (primeira à esquerda) subiu duas vezes ao palco do Nokia Theatre, em Los Angeles, para ser premiada entre os melhores da TV americana: levou “melhor atriz de comédia” e “melhor escritora de séries de comédia” por 30 Rock. Numa noite em que Mad Men, Alec Baldwin, Dianne West, Jon Stewart e outros tantos foram premiados, viamse, no red carpet, da segunda foto à esquerda para a direita, Julia Louis-Dreyfus (The New Adventures of Old Christine); Glenn Close (Damages); Heidi Klum (Runaway Project); Christine Applegate (Samantha Who?); e Brooke Shields (Lipstick Jungle).

Tapete vermelho

Há dias, numa festa em Lisboa, com a presença de muitos brasileiros, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu confessava que havia ficado muito tempo fora do Brasil porque “tinha medo de ser preso”. Ele havia descoberto que a Operação Satiagraha tinha ele e Mangabeira Unger entre outros alvos, além de Daniel Dantas. “Fui grampeado, seguido, fotografado, filmado, tive minha vida inteira remexida por agentes da Abin, da Polícia Federal e também por espiões do setor privado”. E Dirceu garante ainda que Mangabeira Unger, antes de tomar posse, viajou correndo para os Estados Unidos, onde ficou mais de mês, porque teria sido avisado que seria preso em menos de quinze dias.

Medo de ser preso

Brasil real O governo vem festejando que, entre 2006 e 2007, a proporção de moradias ligadas à rede de esgoto cresceu de 48,5% para 51,3% do total. Só não comenta que quase metade dos 56,3 milhões de domicílios brasileiros continuam desprovidos do recurso essencial de saneamento.

Método Calheiros

OFICINA: 50 ANOS O sempre discutido José Celso Martinez Corrêa marcará os 50 anos do Oficina com a peça Os Bandidos , adaptação da obra do alemão Friedrich Schiller (1759-1805). Já foi apresentada em première no 15º Festival Porto Alegre em Cena, tem seis horas de duração e uma série de referencias à ícones de todos os tipos, Goethe, Shakespeare, He-Man, Condoleezza Rice, Che Guevara, Spielberg e o Papa Bento 16, enfiado no meio de cenas que fez o público debandar. Há um trecho onde é contada também sua batalha particular com Silvio Santos. No mais, o velho estilo: mulheres e homens nus e um resultado sempre questionado.

Eliana Tranchesi recebeu grande grupo, no Morumbi, para uma noite em torno de Laudomia Pucci, filha do estilista e conde Emiliano Pucci (à esquerda, as duas e Donata Meirelles). O ambiente era todo decorado por orquídeas amarelas, com assinatura de Edgard Octavio e entre tantas, também estavam Julia Petit (centro) e Luiza Pimenta, diretora do setor masculino da Daslu (direita). No dia seguinte, teve a abertura da exposição Ballon Ballet, na Villa Daslu, com 46 balões subindo e descendo com roupas Pucci, numa cenografia do francês Gerard Cholot. E na entrada da megaloja, cinco peças do estilista.

Filha de Pucci

108 ternos Enquanto o vice-presidente José Alencar já se recupera de nova cirurgia, com sucesso, no abdômen, no Sírio-Libanês, em São Paulo, o Gabinete da Vice-Presidência acaba de empenhar (reservar em orçamento) R$ 14,6 mil com a compra de 108 ternos completos, com corte italiano. E comprometeu mais R$ 14,5 mil com a aquisição de 196 camisas sociais lisas de manga longa, 71 cintos, 112 sapatos em couro, 212 meias masculinas e 103 metros de tecidos estampados variados. A moçada da Vice-Presidência vai andar nos trinques agora.

0 IN Euro.

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O candidato de oposição à família de Renan Calheiros, na cidade de Murici, interior de Alagoas, Plínio Batista Filho, está pedindo a presença das Forças Armadas no município, nesse período eleitoral, porque considera a situação tão dramática que “pode acabar descambando para derramamento de sangue”. A provável derrota de Renan Filho e de seu tio, Remi Calheiros, está levando a família e seus seguidores a promover atos de terrorismo, intimidando eleitores, destruindo material de campanha dos adversários, além de “rasgarem a Constituição e declararem Murici independente do Brasil”.

Dólar.

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Convite a R$ 20 mil Não é à toa que a campanha de Luis Marinho à prefeitura de São Bernardo do Campo, terra de Lula, vem sendo apontada como a mais cara do país: a previsão do candidato e de seus aliados é que os gastos chegarão a R$ 15 milhões, o que significará R$ 29,9 por eleitor. O ex-ministro do Trabalho e da Previdência diz que “não podemos dar vexame e fazer o presidente passar vergonha aqui”. O último jantar em São Bernardo de arrecadação de fundos custou R$ 20 mil por convidado. Devem ter sido comprados por empresários que também querem poupar Lula “de passar vergonha lá”.

MAIS: usando de seu habitual estilo, Minc não resistiu: "A pesquisa funcionou como um Viagra para a alma dele".

terça-feira, 23 de setembro de 2008 AFP

Um mundo e meio Os números são extraídos do trabalho Dinheiro, ganância, tecnologia, de Norman Galli, diretor-executivo do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial: nos últimos oito anos, a especulação no mercado desregulado de troca de garantias contra calotes (CDSs – Credit Default Swaps) cresceu de US$ 900 bilhões para US$ 62 trilhões, nos primeiros meses de 2008. Toda a riqueza do mundo, ou seja, o PIB mundial, é avaliado hoje em US$ 40 trilhões. Resumo da ópera: os US$ 62 trilhões da especulação significam o mundo mais metade do mundo.

OPERACIONAL O bilionário Eike Batista e sua bonita namorada, a advogada Flávia Sampaio, tem um acordo românticooperacional: durante a semana, ela permanece morando com os irmãos e os pais, na Tijuca e estudando muito para prestar um concurso público para a magistratura federal. Nos fins de semana, muda-se, de armas e bagagens, para a mansão de Eike, na Lagoa. Antes de conhecer Eike, ela morou em San Diego e Veneza, foi sócia de um bar, fez comerciais de cerveja, estudou teatro com Cininha de Paula e trabalhou um ano no elenco de apoio de Malhação, na Globo.

MISTURA FINA NA SEMANA passada, o mais importante jornal de Boston, The Boston Globe, deu como título de uma matéria “Presidente Evo Morales, do Brasil, tenta conter violência”. É a primeira vez que a mídia americana mistura Brasil e Bolívia. Nas últimas décadas, para 50% dos jornais dos Estados Unidos, a capital do Brasil continuava sendo “Buenos Aires”. O mais surpreendente, no caso de Boston, é que a cidade abriga uma das maiores colônias brasileiras, com cerca de 200 mil pessoas. CIRO GOMES que se cuide: o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), está entrando para valer na corrida de 2010. Explica-se: Campos, um dos queridinhos de Lula, acha que será o nome ideal para figurar na chapa de Dilma Rousseff, concorrendo à vice-presidência da República. LEVANTAMENTO da CPI dos Grampos junto a dados de uma operadora que por ordem judicial, interceptou mais de 80 mil telefones móveis em 2007, revela que o recorde nacional foi batido pela 1º Vara Criminal de Recife, que autorizou o grampo em 5.448 linhas. Em segundo, a Vara de Itaguaí, no Rio de Janeiro: 4.790 grampos. A BRASILEIRA Florinda Bolkan e sua amiga de todas as horas, a princesa Anna di Chigi, acabam de fazer o Caminho de Santiago de Compostela (180 quilômetros). Foram agradecer uma graça recebida. A princesa é a nova titular da amizade com Florinda Bolkan, depois de décadas de vigência da Condessa Marina Cicogna, grande amiga de Luchino Visconti. O ARGENTINO, Luis Malvido, novo diretor-geral da Telefônica do Brasil, que só se reporta ao presidente da subsidiária Antonio Carlos Valente, está sendo chamado lá de exterminador do futuro. Em prazo recorde, ele já demitiu 700 funcionários do total de 7.200 que a operadora tem no Brasil. Até o ano que vem, outros mil serão demitidos e num curto espaço de tempo, Malvido também demitiu 40 diretores, vice-presidentes e superintendentes. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Amigos e parentes fizeram protestos pedindo justiça

Jean Charles: três anos depois Inglaterra abre inquérito sobre morte de brasileiro confundido com terrorista AFP - 24.07.05

4 - GERAL

C

om um apelo feito aos jurados para que esqueçam o tratamento dado pela mídia ao assunto, começaram ontem, num dos salões do estádio de críquete de Oval, no sul de Londres, as audiências do inquérito sobre a morte de Jean Charles de Menezes, mais de três anos depois da fatídica manhã em que o brasileiro foi morto num trem do metrô de Londres por agentes da Scotland Yard, depois de ser erroneamente identificado com um imigrante africano suspeito de terrorismo. O inquérito, que será comandado pelo juiz Michael Wright, tem como principal função estabelecer se houve homicídio culposo ou doloso na desastrada operação policial que resultou na execução do eletricista mineiro com sete tiros na cabeça. Nos próximos três meses, 70 pessoas prestarão depoimento, sendo 40 policiais, incluindo os dois agentes que dispararam contra Jean Charles - eles, porém, estarão protegidos da visão do público por uma tela. O caso está sendo acompanhado por um júri popular de 11 pessoas que ontem passou por um longo processo explanatório conduzido por Wright. O juiz pediu ao júri que deixe de lado a polêmica provocada pelo caso e se concentre nas provas obtidas e nos depoimentos para chegar a uma conclusão. A sessão foi marcada pela presença maciça de advogados representando a Scotland Yard, os dois agentes (cujos nomes até hoje não foram divulgados) e a família de Jean Charles. Três dos quatro primos do eletricista que vivem em Londres Alex e Alessandro Pereira,

Jean Charles

além de Patrícia Armani também estavam no auditório principal. Os resultados da investigação serão acompanhados de perto e podem gerar mais pressão para que Ian Blair, comissário do Serviço Policial Metropolitano de Londres, renuncie. Punição - Os primos de Jean Charles distribuíram panfletos e voltaram a pedir a punição dos policiais envolvidos e criticaram o anonimato concedido aos agentes. No entanto, o Ministério Público britânico decidiu no ano passado contra punições criminais e individuais, enquadrando a Scotland Yard apenas por violações à legislação de saúde e segurança, punível apenas com uma multa. Houve ainda três sindicâncias da Comissão Independente de Queixas sobre a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) e uma da corregedoria-geral da Scotland Yard em que as autoridades policiais envolvidas escaparam só com críticas. "Esperamos que seja o início de um processo que poderá deixar nossa família mais perto da verdade. Serão longos e dolorosos três meses mas vamos exigir justiça para o meu primo", afirmou Patrícia. (Agências)


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Ambiente Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Para tentar fugir da polícia, ladrões utilizaram reféns como escudo, mas não conseguiram.

MUTRAN ESTAVA NA FARMÁCIA

Mário Ângelo/AE

Danilo Verpa/Folha Imagem

Acima, bandidos se entregam após manter reféns dentro da casa do vereador Wadih Mutran, na Vila Maria, zona norte. O rapaz à esquerda, de perfil e com as mãos na cabeça, não é bandido, mas um dos reféns. À direita, Iracema Mutran, mulher do parlamentar, uma das vítimas.

Ladrões invadem casa de vereador em SP Grupo fortemente armado tentou assaltar, ontem de manhã, a casa do vereador Wadih Mutran (PP), na Vila Maria, zona norte da Capital. Objetivo seria levar R$ 5 milhões que o político teria guardado em casa para utilizar em sua reeleição ao cargo. A mulher de Mutran, empregadas da casa e até pedestres que passavam pela rua no momento do assalto foram feitos reféns por cerca de três horas dentro do imóvel. Os bandidos só se entregaram com a presença de advogados.

A

casa do vereador Wa d i h M u t r a n (PP), na Vila Maria, zona norte de São Paulo, foi invadida na manhã de ontem por cinco homens armados. Eles disseram que queriam roubar R$ 5 milhões que o parlamentar teria no imóvel para utilizar na sua reeleição ao cargo, em outubro. A mulher dele, Iracema Mutran, de 70 anos, as duas empregadas do casal e dois pedestres que passavam pela rua no momento da ação foram mantidos reféns por cerca de três horas. Houve troca de tiros com a polícia, mas ninguém ficou ferido. Os criminosos se entregaram após a chegada de dois advogados. Além do arsenal que carregava – metralhadora, sete pistolas, munição e colete à prova de balas –, o grupo tinha no carro talhadeira, pé-de-cabra, marreta, alicate e até apetrechos para servir como algemas. "Alguém inventou isso só por maldade. Se os ladrões acreditaram, são muito burros, porque ninguém guardaria tanto dinheiro em casa", disse Mutran. Os bandidos chegaram à rua Horácio de Castilho por volta das 8h em dois carros roubados. Dois deles tocaram a campainha e disseram à empregada Miriam Maria da Silva, de 29 anos, que entregariam material de campanha do vereador. Quando abriu a porta, ela foi rendida. "Eu gritei 'não faz isso' para o vizinho ouvir e chamar a polícia. Ele (o criminoso) colocou a mão na minha boca, me levou para dentro, me chamou de vagabunda e me deu um tapa na cara", disse Miriam. A outra doméstica, Quésida Ferreira da Silva, de 26 anos, viu tudo pela janela e, em vão, tentou se esconder dentro da casa. Pedestres – Enquanto isso, dois pedestres, um homem de 39 anos e um adolescente de 17, que passavam na rua, ouviram vizinhos gritando que se tratava de um assalto. O mais velho correu e foi pego pelos bandidos. O outro, por ter olhado o grupo, também foi rendido. A reportagem não divulga os nomes dos pedestres porque eles contaram que os criminosos passaram, por telefone, o número do RG a outro integrante do grupo. "Eles disseram que se a gente falasse qualquer coisa que complicasse a situação deles, alguém viria atrás de nós", explicou um dos reféns. Os pedestres foram levados para o interior do imóvel. Lá, apanharam e foram colo-

Mário Ângelo/AE

Grupo de cinco homens estava fortemente armado no momento do roubo Fotos de José Luis da Conceição/AE

Mutran (ao centro) propôs ser trocado por reféns durante negociações

cados na sala de estar com Iracema e as duas empregadas. Os ladrões abriram o cofre, na tentativa de achar o dinheiro, e reviraram toda a casa da família Mutran. Cerca de 20 minutos depois, a polícia cercou o imóvel. Os bandidos viram os policiais militares pela câmera de segurança da residência e tentaram fugir. Tiros – Para sair da casa, cada criminoso usou um refém como escudo. Ao chegarem à porta, deram de cara com policiais. Houve troca de tiros. "Achei que ia morrer", contou o pedestre que saiu com o primeiro assaltante. Na tentativa de se proteger, ele escorregou e bateu a cabeça. As duas empregadas conseguiram se desvencilhar dos criminosos que as seguravam e se esconderam. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia

Militar foi chamado e começaram as negociações. O vereador, que havia saído para ir até uma farmácia, permaneceu do lado de fora do imóvel acompanhado de três filhos. Entre eles, Ricardo Mutran, que, em 2006, permaneceu 39 dias em cativeiro nas mãos de seqüestradores – e da neta. O vereador fez contatos com os bandidos: "Pedi para eles libertarem os reféns que eu ficaria no lugar deles", disse Mutran, um dos mais antigos vereadores paulistanos na ativa e aliado histórico do deputado federal e candidato à Prefeitura Paulo Maluf. Para se entregar, os bandidos exigiram a presença da imprensa, de seus advogados e garantias de integridade física. A rendição ocorreu às 11 horas, após a chegada de dois advogados. (Agências)


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terça-feira, 23 de setembro de 2008

5 Marcos Arcoverde/AE

Política Governo Lula tem a melhor avaliação Com 68,8% de aprovação, presidente atinge o patamar mais alto desde 1998, segundo a CNT/Sensus

P

esquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que a avaliação positiva ao governo Lula subiu de 57,5% em abril, quando foi divulgada a última pesquisa, para 68,8% em setembro. Esse é o melhor resultado da série histórica da Sensus, iniciada em julho de 1998. A avaliação regular do governo caiu de 29,6% para 23,2%, enquanto a avaliação negativa teve uma redução de 11,3% para 6,8%. O levantamento mostra também que a avaliação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao patamar do primeiro ano de governo, em 2003. Entre os entrevistados, 77,7% aprovam o presidente, contra 69,3% em abril de 2008. A desaprovação de Lula caiu de 26,1% em abril para 16,6% em setembro. A pesquisa revela ainda que 61,5% dos entrevistados acham que a qualidade de vida melhorou nos últimos quatro anos, enquanto 11,6% consideram que houve piora, e 25,8% acham que está igual. Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, a avaliação sobre a qualidade de vida é um bom referencial sobre a possibilidade de o presidente Lula fazer seu sucessor. Segundo ele, esse indicador é utilizado nas eleições dos Estados Unidos e

mostra que candidatos com índice acima de 50% tendem a eleger seus candidatos. Eleições presidenciais – A pesquisa CNT/Sensus simulou ainda alguns cenários para as eleições presidenciais em 2010. Na primeira simulação, na disputa com o governador de São Paulo, o tucano José Serra, a eventual candidata petista Dilma Rousseff teria 8,4% dos votos, contra 38,1% de Serra. O deputado Ciro Gomes

Aécio e Serra pegam carona nas eleições municipais

N

ão é só a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que está pegando carona nas eleições municipais em busca de popularidade. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que Dilma é sua favorita para 2010, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), iniciou um périplo nos fins de semana para reforçar seu nome fora do eixo Minas, Rio e São Paulo. Sabendo que Aécio quer agora se viabilizar no PSDB, o governador de São Paulo, José Serra, outro presidenciável do partido, começou a seguir a mesma trilha do colega mineiro. Aécio Neves cancelou na última hora a visita ontem a Maceió, onde participaria da cerimônia de lançamento do portal de acesso às contas públicas do Estado pela internet, que contou com a presença de líderes e eleitores do PSDB. Ao contrário de Aécio, Serra não perdeu o evento e ainda chegou domingo para prestigiar o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB). Embora seja disputado pelo tucano Geraldo Alckmin e pelo prefeito Gilberto Kassab nas eleições em São Paulo, Serra garantiu ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, que, no segundo turno, vai entrar pesado na campanha, independentemente de quem for para o segundo turno. No PSDB há quem diga que essa disputa entre Serra e Aé-

cio poderá ser importante na composição da chapa para 2010. "O único modo de o PSDB ganhar 2010 é Serra e Aécio juntos", aposta o líder do partido, deputado José Aníbal (SP). Ele não se arrisca a especular quem será o vice, mas entende que, se Aécio e Serra não se entenderem, o PSDB será derrotado. Reforço – Aécio Neves sempre disse que o PSDB precisa ser reforçado no nordeste, onde Lula tem seu maior índice de popularidade em todas as faixas do eleitorado. Desse modo, o governador mineiro tem procurado estar mais presente na região. Ele confirmou sua presença, na próxima sexta-feira, em Campina Grande (PB). Depois de participar da campanha municipal do PSDB, o governador segue para Recife. Ali se encontrará com Sérgio Guerra e visitará três cidades: Gravatá, Limoeiro e Carpina. No sábado, estará em Fortaleza e, ao lado do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), visitará redutos eleitorais do tucano. O governador José Serra, por sua vez, vai estar no Recife até o dia 29 deste mês para assinar convênio com o governador Eduardo Campos, do PSB, e cumprir uma programação com Sérgio Guerra. Os governadores estão conciliando a campanha com as atividades administrativas em seus Estados. Por isso, as viagens têm ocorrido nos finais de semana. (AE)

(PSB-CE) ficaria em segundo lugar, com 17,4%, e Heloísa Helena, presidente do PSol, teria 9,9%. Embora em último lugar, Dilma mostrou ligeira melhora em relação à pesquisa de abril, quando ficou com 6,2% dos votos na disputa com os três concorrentes. Numa segunda simulação, na qual Serra é substituído pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Ciro Gomes lideraria o primeiro turno, com 24,9%, seguido por Aécio, com 18,2%. Heloisa Helena teria 13,4% e Dilma, 8,6%. Num outro cenário, no qual o candidato do PT seria a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, José Serra lideraria com 37,9%, Ciro Gomes viria em segundo lugar, com 18,9%, e Marta ficaria com 5,9%. Numa quarta simulação, o candidato do PT seria o ministro de Desenvolvimento So-

cial, Patrus Ananias, que ficaria com 2,7% dos votos. Nesse cenário, Serra teria 38,5%, Ciro Gomes somaria 19,6% e Heloisa Helena, 10,6%. Transferência de votos – O diretor da Sensus, Ricardo Guedes, avalia que ainda não há transferência de votos do presidente Lula para os candidatos do PT, mas lembrou que Dilma Rousseff tem subido nas pesquisas e que, por não serem nomes que estão no cenário político, os candidatos do PT ainda têm chances de crescer com o início da campanha eleitoral. "São nomes mais recentes, que precisam ser feitos", disse Guedes. Segundo ele, nomes que deixaram de participar do cenário político, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, por serem mais conhecidos da população, teriam mais chances de melhor colocação nesse

momento nas pesquisas. Guedes lembrou que, em Minas Gerais, o candidato a prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, apoiado por Aécio Neves e por Fernando Pimentel (PT), começou a campanha com 3% e agora lidera. 'Não me abalo' – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não se abala com resultado de pesquisas, ao comentar os últimos dados da pesquisa CNT/Sensus. "Vocês

José Serra: até agora, ampla vantagem sobre potenciais adversários, em qualquer cenário.

me conhecem há muito tempo, eu não me abalo com pesquisa, nem quando ela está em baixa, nem quando ela está em cima. Ela na verdade retrata o momento em que você tirou a fotografia. Acho que o Brasil vive um momento bom, de autoestima, de crescimento. Vamos gerar este ano mais de dois milhões de empregos com carteira assinada", afirmou, durante entrevista para jornalistas, depois de participar do lançamento da campanha "Brasil Sensacional", da Embratur, em Nova York (veja em detalhes na página 8). "Tudo isso repercute no clima que a sociedade brasileira está vivendo", comentou Lula. "Os brasileiros estão percebendo que as coisas estão melhorando. Eu gostaria que as coisas fossem mais rápidas. Eu gostaria que a gente pudesse, num piscar de olhos, resolver todos os problemas, mas não é assim. Estamos no caminho certo, e vamos continuar". Saúde – Apesar de o trânsito dominar o debate na corrida pela Prefeitura de São Paulo, o principal problema da cidade, para os paulistanos, é a saúde, citada como maior problema por 23% dos entrevistados. É o que mostra pesquisa Ibope divulgada ontem. Em seguida aparecem o transporte, citado por 15%, e o desemprego, destacado por 13%. Poluição e segurança pública vêm depois, com 11%, e educação, com 5%. O Ibope entrevistou 805 pessoas na capital paulista entre os dias 5 e 11 de setembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais. (AE)

Jobim: compra de submarinos é prioridade do Plano de Defesa Sergio Moraes/Reuters

Idéia é aumentar controle sobre áreas de exploração de petróleo

O

reequipamento das Forças Armadas será submetido às diretrizes do Plano Estratégico de Defesa, cuja divulgação foi adiada no último dia 7, disse ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em visita a um dos cenários da Operação Atlântico, exercício combinado que envolve Marinha, Exército e Aeronáutica no litoral do Sudeste, o ministro confirmou que a aquisição de quatro novos submarinos convencionais até atingir o nuclear é a prioridade para aperfeiçoar o controle da Marinha sobre as áreas de exploração de petróleo na costa, como as da camada pré-sal. Segundo Jobim, o governo já decidiu trocar a tecnologia alemã pela francesa. Jobim também indicou a compra de novas embarcações para a Marinha – a Força quer dobrar a atual frota de 27 navios-patrulha –, mas frisou que a decisão será tomada a partir das definições do governo. Ele disse que o plano estratégico indicará a destinação das Forças Armadas e, a partir daí, os comandantes estabelecerão os meios que precisam

Jobim acompanhou o treinamento de agentes das três Forças

para cumprir o papel. "Os militares determinam as probabilidades estratégicas das ações definidas pelo poder civil. O equipamento não é uma antecedência da questão. É uma conseqüência da decisão política do poder civil", afirmou Jobim, depois de observar o exercício de protagonizado por agentes especiais das três Forças e a manobra de navios de guerra na praia de Itaoca, no litoral capixaba. O ministro informou que o Brasil já decidiu firmar acordo bilateral com a França para a

transferência de tecnologia para a construção no Brasil de quatro submarinos com dimensões maiores do que os cinco convencionais da atual frota brasileira. A intenção é chegar a um casco compatível com o projeto do submarino nuclear, em desenvolvimento pela Marinha. Segundo Jobim, o acordo será assinado em dezembro pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, durante a visita oficial do presidente francês ao Brasil. A decisão do Brasil pela Fran-

ça descarta acordo anterior firmado com a Alemanha, origem da plataforma dos submarinos brasileiros da classe Tupi, que previa a construção de unidades de dimensões medianas. Foi a reativação do programa nuclear da Marinha que provocou a mudança. Diferentemente da Alemanha, a França tem submarinos nucleares e teria mais condições de oferecer um projeto maior. A França, no entanto, só fornecerá tecnologia da parte não-nuclear do submarino atômico brasileiro, que não deve ficar pronto antes de 2020. Segundo Jobim, a negociação com a França foi consolidada no encontro entre Sarkozy e Lula em fevereiro. Jobim afirmou que o plano estratégico, capitaneado por ele e pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, deverá ser lançado até o fim de outubro, depois que os ministérios do Planejamento, Fazenda, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia opinem sobre o assunto, a pedido do presidente Lula. O texto ainda será submetido ao Conselho de Defesa Nacional. Segundo o comandante de Operações Navais da Marinha, almirante Álvaro Luiz Pinto, a Força precisa de R$ 1 bilhão a mais por ano para investir na sua modernização. (AE)


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Nacional Finanças Negócios Agronegócio

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

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FORAM FINANCIADOS 197.820 IMÓVEIS

bilhões foi o montante de financiamentos concedidos em agosto por meio do SBPE.

Ina Fassbender/Reuters

Efeito crise

O

s efeitos da crise financeira a Even Construtora e Incorporadora, que reduziu a estimativa de Valor Global de Vendas (VGV) para 2008 em 18%, de R$ R$ 2,2 bilhões para R$ 1,8 bilhão. A projeção para 2009 e 2010 também é de R$ 1,8 bilhão cada.

Aumento de capital

A

Cosan S/A, maior produtora de açúcar e álcool do mundo, anunciou ontem que vai fazer um aumento de capital de R$ 880 milhões para financiar seus investimentos. A empresa vai contratar linhas de créditos comerciais de até US$ 1 bilhão com o Bradesco e de até US$ 300 milhões com o Banco Calyon Brasil.

Previ a caminho do saneamento Previ deu ontem mais para o grupo peruano Serra um passo em direção à da Madeira Participações por A meta de sanear investimentos R$ 850 milhões. e entrar em 2009 livre de negócios mal-sucedidos. O Grupo Paranapanema, no qual o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil tem 49,08% do capital total, anunciou a venda de seu ativo de estanho, a Mineração Taboca, mais uma subsidiária,

Até o final deste ano, a Previ deve ainda concluir a negociação do resort Costa do Sauípe para a rede jamaicana SuperClubs. A próxima etapa será, então, a venda do parque de diversões Hopi Hari, contou o presidente da entidade, Sérgio Rosa.

Max Rossi/ Reuters

Financiamento imobiliário bate recorde

O

s financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram o valor recorde de R$ 3,494 bilhões em agosto, com crescimento de 94,59% em relação a igual mês do ano passado, de acordo com divulgação da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O número de unidades financiadas aumentou 89,28% na comparação entre os dois períodos, para 34.798 mil. No acumulado até agosto, os financiamentos imobiliários somaram o valor também recorde de R$ 19.876 bilhões, que representa alta

de 92,48% na comparação com igual período de 2007. Foram financiadas 197.820 unidades. Nos 12 meses encerrados em agosto, foram contratados R$ 27,83 bilhões, com expansão de 102,8% ante a média móvel anterior. A Abecip divulgou expectativa de que o número de unidades financiadas com recursos da poupança será superior a 300 mil neste ano e que as contratações alcançarão R$ 30 bilhões. O presidente da entidade, Luiz Antonio França, já havia divulgado que os financiamentos habitacionais com recursos do SBPE em 2008 deveriam ultrapassar o recorde de 1981.

ETAPA FINAL PARA A ALITALIA

A

licença da Alitalia pode ser suspensa em um prazo de três a quatro dias e seus aviões não serão autorizados a levantar vôo se neste período a empresa não conseguir um plano de redução de gastos, afirmou o diretor da aviação civil italiana, Vito Riggio.

Foi publicado ontem no site da companhia aérea o anúncio de licitação pública para apresentação de ofertas por um ou mais ramos de atividades em que a empresa atua hoje. Os possíveis compradores têm até o dia 30 para se manifestar.

SUPER FOCO – A lente gigante Carl Zeiss foi um dos destaques da Photokina 2008, considerada a maior feira de equipamentos fotográficos do mundo, realizada em Colônia, na Alemanha.

Recompra de ações

O

conselho da Microsoft autorizou a gigante de software a recomprar US$ 40 bilhões em ações, uma vez que a empresa aumentou seu dividendo trimestral em 18%, para US$ 0,13, afirmando estar confiante sobre o crescimento no longo prazo. O plano de recompra aponta que nenhuma grande aquisição está no horizonte e acontece depois que a Microsoft disse, em 2004, que recompraria até US$ 30 bilhões em ações nos quatro anos seguintes. Esse plano foi posteriormente ampliado para US$ 40 bilhões e já foi concluído. O plano de US$ 40 bilhões anunciado ontem deve ser concluído nos próximos cinco anos. A capitalização de mercado da Microsoft é de cerca de US$ 230 bilhões. Com AE, AG e Reuters.

BÚSSOLA

A

Cadbury, subsidiária da Cadbury PLC, donadas marcas Trident, Halls, Chiclets e Bubbaloo, vai renovar as linhas de produtos de Trident e Halls, que terão novas formulações e embalagens. Para comunicar as mudanças, a a empresa vai investir R$ 30 milhões em publicidade.

O

Índice de Confiança do Consumidor (ICC), apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), apresentou alta de 1,8% em setembro ante agosto, e atingiu 140 pontos. Em relação a setembro de 2007, o índice apresentou alta de 5,8% (132,3 pontos). O ICC varia de zero a 200 pontos. ciranda@dcomercio.com.br


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ALFER

Informática

Executivo das Casas Bahia explica sucesso tecnológico da rede. Pág. 7

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Controlando fraudes entusiasmo com que novos empreendedores se lançam ao comércio eletrônico coloca em evidência o tema da fraude. Eles sabem que, para manter a confiança dos consumidores acostumados com a comodidade e a rapidez proporcionadas pela internet, precisam dispor de sistemas de proteção eficazes contra tentativas de ataques, cada vez mais freqüentes. Avaliar o risco de cada transação, identificar se uma compra é fraudulenta ou não e eliminar os pontos vulneráveis do site são desafios com os quais se deparam no dia-a-dia, principalmente os pequenos lojistas, que muitas vezes não dispõem de recursos para

INALDO CRISTONI

adotar as melhores soluções disponíveis no mercado. O controle de fraude é considerado um dos fatores mais críticos que envolvem o comércio eletrônico e nem sempre aparece no topo das prioridades dos varejistas. "A primeira preocupação é com a montagem da loja e a segunda, com a associação com buscador", revela René Abe, vice-presidente da Buscapé Financial Service. Outro aspecto importante diz respeito a meios de pagamento. Fraudes com uso de cartão de crédito são crescentes, assim como a incidência do Chargeback – cancelamento, pela operadora, de uma venda feita com cartão de débito ou crédito decorrente, entre outros motivos, do não

reconhecimento da transação por parte do titular do cartão, que resulta em prejuízos ao comerciante. "As bandeiras também estão aplicando multas aos estabelecimentos", revela Orli Machado, diretorpresidente da C&M Software. Suprir o pequeno varejo online com soluções que permitam o monitoramento das transações nãopresenciais, evitando perdas causadas por fraudes, é a estratégia adotada por empresas como FControl, adquirida no início do ano pela Buscapé, C&M Software e Clear Sale, as quais identificaram grandes oportunidades de negócios nesse promissor filão do mercado. Leia na página 4

NESTA EDIÇÃO ATAQUE DOS CLONES A Vivo começa a vender a partir de sextafeira o iPhone 3G. Em sua esteira, outros modelos de smartphones estão chegando ao mercado, alguns com previsão de desembarcar no Brasil até o fim do ano. Leia Pág. 6


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Congresso Planalto Eleições CPI

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Gilberto Kassab (DEM) reiterou sua promessa de não subir o preço da passagem de ônibus

CANDIDATOS DISCUTEM PROBLEMAS DE TRÂNSITO

No 'Dia Mundial sem Carro' Voz das urnas candidatos suam a camisa O

Eymar Mascaro

De ônibus ou bicicleta, a ordem foi respeitar a campanha que visa melhorar o trânsito das grandes cidades Raimundo Paccó/FI

s próprios tucanos admitem que só as urnas responderão se Geraldo Alckmin agiu corretamente ao optar por dirigir ataques pesados a Gilberto Kassab. Por enquanto, a decisão do tucano não produziu os efeitos desejados, porque a última pesquisa Datafolha indicou que os dois candidatos estão empatados em segundo lugar, com 22% de intenção de voto cada. O estilo de campanha de Alckmin continua irritando José Serra, que não concorda com os ataques a Kassab. O rumo que a campanha está tomando dificultará a volta da coligação PSDB/DEM no segundo turno. Este é o medo de José Serra. O governador quer salvar a aliança dos dois partidos no turno final.

DISPUTA

N Valéria Gonçalvez/AE

Paulo Hubert/AE

Os candidatos Geraldo Alckmin, do PSDB (no alto), e Soninha Francine, do PPS, aderiram à campanha Dia Mundial sem Carro e optaram por se locomover de ônibus ou de bicicleta até o evento promovido pelo Movimento Nossa São Paulo. Marta Suplicy também se utilizou de ônibus. Paulo Maluf (PP) não mostrou o mesmo comprometimento e saiu em uma carreata pela cidade.

Reunião Plenária da Solidariedade (Informações, debates e busca de soluções)

Ordem do Dia I

Projeção de filme sobre a Campanha da Solidariedade

II Palavra da Coordenadoria Geral do Conselho da Mulher Palavra do Presidente da Associação Brasileira dos Coreanos Palavra do Presidente da Associação Comercial de São Paulo - ACSP III Assinatura do Protocolo de Intenções IV Entrega simbólica de caixas de roupas a uma das entidades V Agradecimento a todos os colaboradores

Dia: 30 de setembro de 2008, terça-feira Horário: 9h30 Local: Clube Esperia, Av. Santos Dumont, 1.313

o Dia Mundial Sem Carro, os principais candidatos à Prefeitura da capital paulista foram de ônibus ao encontro promovido pelo Movimento Nossa São Paulo. Marta Suplicy, do PT, Geraldo Alckmin, do PSDB, e o atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM), chegaram a pé, após descerem em pontos de ônibus nos arredores do Sesc Consolação, no centro da cidade. Ao chegar ao ponto de embarque, Marta questionou seus assessores acerca de quanto em quanto tempo o

A crítica é de quem não queria achar petróleo no pré-sal Marta Suplicy, referindo-se às críticas de adversários à proposta de oferecer internet banda larga de graça

ônibus passava. A espera foi de dez minutos. A candidata fez o percurso sentada, falando com a imprensa e conversando com outros passageiros. Em meia hora, a candidata da coligação Uma Nova Atitude para São Paulo (PT-PCdoBPDT-PTN-PRB-PSB) saiu de uma rua no bairro dos Jardins e chegou ao centro. O candidato da coligação São Paulo no Rumo Certo (DEM- PR-PMDB-PR P-PVPSC), o prefeito Gilberto Kassab, pegou o ônibus em um ponto não muito longe de onde Marta saiu. Já o percurso do candidato da coligação São Paulo, na Melhor Direção (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC), Geraldo Alckmin, foi mais longo. Ele saiu de sua casa no Morumbi, zona oeste, e foi a pé até o corredor de ônibus na Rua Francisco Mourato. De lá até o Sesc foram quase 50 minutos. Internet – Marta chegou ao centro com quase meia hora de antecedência e aproveitou para tomar um café perto do local do evento. Lá, a candidata chamou a atenção para uma tomada no balcão que permite a conexão de notebooks. Foi a deixa para rebater as críticas de seus adversários à sua proposta de oferecer internet banda larga gratuita na cidade. "A crítica é de quem não queria achar petróleo no pré-sal", disse, referindo-se às acusações de seus adversários de que sua proposta seria inviável. "É tão difícil, gente", ironizou Marta, apontando para a tomada. Kassab, que vem disputando voto a voto a preferência dos eleitores nas pesquisas, reiterou sua promessa de não subir o preço da passagem de ônibus e chegou a deixar escapar que tem como uma "meta" chegar "um dia" à tarifa zero. Se corrigiu, dizendo tratar-se de um objetivo, e não de promessa. (AE)

Alckmin e Kassab brigam pela conquista de votos. Ambos sonham em chegar ao segundo turno com Marta Suplicy. A candidata petista está com 37% de preferência do eleitor, segundo o último Datafolha, e garante uma das vagas para o segundo turno.

RECUPERAÇÃO A luta de Geraldo Alckmin é pela reconquista dos pontos perdidos nas pesquisas para Kassab. Ameaçado de não passar para o turno final, o tucano resolveu partir para o ataque direto ao prefeito.

RADICALIZAÇÃO Os democratas acham que Alckmin passou dos limites ao dizer que Kassab teria dado "um golpe" para ser o candidato a vice de Serra. O próprio governador, no entanto, se encarregou de desmentir Alckmin.

IRONIA Kassab respondeu ao tucano em sua campanha na TV, lembrando o eleitor que o próprio Alckmin respaldou a escolha do atual prefeito para compor a chapa com Serra em 2004. O governador confirmou a afirmação do democrata.

se Kassab for para o turno final, Serra convenceria o PSDB a apoiar o democrata.

FUTURO Caciques democratas, como o ex-senador Jorge Bournhausen, admitem que com sua radicalização, Alckmin pode dificultar até mesmo a coligação PSDB/DEM nas eleições presidenciais de 2010. Este é o medo de Serra.

CONVENCIMENTO O governador paulista está convencido de que será o candidato do PSDB ao Planalto em 2010. Serra quer que a escolha do presidenciável tucano ocorra levando em conta a posição dos pretendentes nas pesquisas.

PROPOSTA Serra, no entanto, corre o risco de ser contrariado, porque o governador de Minas, Aécio Neves, insiste para que a indicação do candidato se dê por meio de uma prévia. Aécio também tem intenções de ser candidato a presidente pelo PSDB.

CASO PITTA Como Alckmin insiste em dizer que Kassab foi secretário de Planejamento de Celso Pitta, o democrata não perde tempo e também lembra que o ex-prefeito está agora com o tucano. Pitta é do PTB, partido que indicou o vice de Alckmin, Campos Machado.

VOTOS Críticas à parte, Alckmin e Kassab intensificam a campanha nos redutos eleitorais em que Marta Suplicy está mais forte, nos bairros da periferia da cidade. Os dois candidatos procuram "minar" o terreno da petista.

NA TV Na televisão, Alckmin vai insistir em atacar o prefeito. O tucano quer impedir o crescimento de Kassab nas pesquisas, mas a linha do democrata ainda é ascendente. Os alckmistas, contudo, dizem que o prefeito empacou nos 22%.

ESCOLHA A crise na campanha do PSDB em São Paulo reforça a tese do PT de que, se Alckmin passar para o segundo turno, Kassab e Serra não se engajariam prá valer na campanha do tucano. Por isso, os petistas admitem que seria mais fácil para Marta derrotar Alckmin.

DIFICULDADE Em contrapartida, os petistas entendem que seria mais difícil impor uma derrota a Kassab. Para o PT,

AFIRMAÇÃO A cúpula do PT está admitindo que a ministra Dilma Rousseff é a candidata do partido preferida de Lula para disputar a presidência. Lula tem insistido em enaltecer a figura de sua ministra nas viagens que faz pelos estados.

SURPRESA Lula promete que a oposição será surpreendida com o crescimento de Dilma Rousseff. O presidente admite que sua popularidade será decisiva na campanha da ministra. Detalhe: Lula está com quase 80% de índice de aprovação nas pesquisas.

TRANSFERÊNCIA No entanto, de acordo com a pesquisa da CNT/Sensus divulgada ontem, ainda não há o movimento de transferência de votos do presidente Lula para os candidatos Dilma. Embora tenha melhorado em relação ao levantamento anterior, ela ainda não chegou aos dois dígitos. E Serra ainda é o líder.

LANTERNA A pesquisa mostra ainda que todos os potenciais candidatos do PT – Dilma, Patrus Ananias e Marta Suplicy – aparecem em último lugar.


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 Brasil investe pequena parcela do PIB em pesquisa e desenvolvimento

INOVAR É A CHAVE DO SUCESSO

Executiva vê crise de inovação nos EUA Ex-vice-presidente da Cisco System critica a preocupação apenas com o curto prazo em seu país. Sonaira San Pedro

Divulgação

J

Judy Estrin foi responsável pelo setor de tecnologia da Cisco até 2000.

País ainda investe pouco em pesquisas

M

esmo que as empresas brasileiras tenham avançado nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, elas ainda ficam atrás da China, Estados Unidos e países da Europa, de acordo com estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na concorrência com os países em desenvolvimento, enquanto a China destina 1,2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para essa finalidade, o Brasil aplica apenas 1%. Já países como Japão, Estados Unidos, França e Alemanha destinam 2,4% do PIB a pesquisa e desenvolvimento (P&D). "No Brasil, o fato de haver burocracia e demora para que o inovador receba sua carta de patente, por exemplo, faz

com que as pessoas tenham receio de inovar", disse o presidente da Associação Nacional dos Inventores, Carlos Nazzei. "O ambiente tem de ser propício e incentivar a renovação, para que isso aconteça." De 72 mil empresas brasileiras pesquisadas pelo Ipea, apenas 1,7% investe significativamente em pesquisa e desenvolvimento. Mas a minoria que aplica mais em P&D fatura 30% a mais que as concorrentes, paga melhores salários e tem maiores lucros. "No Brasil, apenas 5% dos incentivos financeiros vêm do Estado, enquanto nos países desenvolvidos o governo banca cerca de 50% dos projetos. É preciso uma maior participação do Estado com linhas ao desenvolvimento".

Representações Reclair S/C Ltda. ME, inscrita no CNPJ nº 58.729.534/0001-33, CCM nº 9.504.2725, sita à Rua Professor Pereira Monteiro nº 167 - Vila Eutália - CEP 03518-050 - São Paulo/SP, declara que foi extraviado 01 (hum) talonário fiscal da Prefeitura de São Paulo, série A, contendo Notas de nº 251 a 276, emitidas, e de nº 277 a 300, em branco. Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP

CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados, na forma da lei, os Srs. Acionistas da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 29 de setembro de 2008, às 10:00 horas, na sua sede social, na Av. Miguel Estéfano, nº 3.900 - Água Funda, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Ratificação de eleição de membro do Conselho de Administração; b) Eleição de membro do Conselho de Administração; c) Outros assuntos de interesse da Sociedade. São Paulo, 18/09/2008. João de Almeida Sampaio Filho - Presidente do Conselho de Administração.

China e Índia realmente acreditam na inovação de longo prazo, e os Estados Unidos podem ficar para trás.

udy Estrin passou boa parte dos seus 53 anos trabalhando no Vale do Silício, região dos Estados Unidos que abriga as principais empresas de tecnologia do mundo, como a Apple e o Google, e que depende de constante inovação para garantir o desenvolvimento. Depois de ter fundado quatro empresas de tecnologia e de ter assumido a vice-presidência da Cisco System, ela afirma que os Estados Unidos vivem uma crise de inovação. "Há preocupação somente com o curto prazo, e a aversão ao risco por parte dos empreendedores pode estagnar a inovação", afirmou. "A mania da gratificação instantânea está matando a verdadeira inovação." Judy, que acaba de lançar o livro Closing the Innovation Gap, ainda sem tradução em português, relatou ao Diário do Comércio o que pensa sobre a situação da inovação no mundo:

especialistas preocupados com o futuro da competitividade da tecnologia norte-americana."

ESTADOS UNIDOS Os Estados Unidos estão perdendo sua vantagem de território inovador em relação à China e à Índia. Para Judy, ultimamente, os empresários norte-americanos estão muito preocupados com os resultados rápidos e não querem assumir riscos maiores para esperar retornos sólidos em um prazo mais longo. "Um declínio no financiamento de pesquisas pelas universidades e também nos incentivos federais ajudou a diminuir o número de novas idéias", afirmou a especialista. "Meu novo livro é um apelo aos

ÍNDIA E CHINA As duas economias que mais se desenvolvem no mundo também se destacam por investir em inovação, para Judy. Enquanto a Índia investe no aprimoramento dos serviços, a China desenvolve a produção e investe em aperfeiçoamento. "Elas realmente acreditam na inovação de longo prazo e os Estados Unidos podem ficar para trás na competição com esses dois países", afirmou. "Estamos perdendo rapidamente nossa vantagem para os países em desenvolvimento." Sobre o mercado brasileiro, a

especialista diz não conhecer os fundamentos para poder comentar.

A mania da gratificação instantânea está matando a verdadeira inovação. Judy Estrin

Brazul Transporte de Veículos Ltda, torna público que requereu da CETESB a

Licença de

Operação, para a instalação de novo equipamento em posto de abastecimento próprio à Av. Servidei Demarchi, 2750 - CEP 09820-000 - Demarchi - São Bernardo do Campo - SP.

Auto Posto Contdes Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a

Licença Prévia e de

Instalação 29000163, e requereu a Licença de Operação para comércio varejista de combustíveis e lubrificantes à

PREGÃO Nº 031/2008 - FAMESP PROCESSO Nº 330/2008 - FAMESP

Acha-se à disposição dos interessados do dia 23 de setembro de 2008 até o dia 06 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 031/2008 - FAMESP, PROCESSO Nº 330/2008 - FAMESP, que tem como objetivo a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONFECÇÃO DE PAINEL DE MADEIRA, CHAPA COMPENSADO ESPESSURA 5MM REVESTIDO COM LAMINADO MELAMINICO DE 2MM COR CINZA CLARO, ETC., PARA ATENDER A DIRETORIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, pelo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 07 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 18 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP

cobertura pelo menor preço Maior

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894 www.dcomercio.com.br

ONDE HÁ INOVAÇÃO Para Judy, o mundo precisa investir mais em ciência e meio ambiente. "Se você não incentivar esses setores, o mundo não vai para a frente", disse. Para ela, o fato de os jovens aprenderem ciência com professores que não sejam especializados no assunto interfere no

COMO INOVAR Se o ambiente não for propício para que o profissional possa enxergar além, a inovação não virá, de acordo com Judy. Anotar todas as idéias, dedicar tempo para desenvolvê-las e maturálas são o começo do caminho

É preciso que você se cerque de profissionais felizes. Gente infeliz não inova nunca.

para ir além. "É preciso que você se cerque de pessoas que tenham paixão em resolver problemas e de profissionais felizes. Gente infeliz não inova nunca. Estimule a criação de idéias e também reuniões para que a equipe possa pensar junta em como colocá-las em prática".

VOTORANTIM FINANÇAS S.A.

Companhia Aberta CNPJ/MF Nº 01.386.256/0001-41 NIRE Nº 35.300.180.542 ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 26 DE AGOSTO DE 2008 CERTIDÃO - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP - Certifico o registro sob número 306.756/08-0 em 12/09/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretaria Geral.

Av. Guilherme, 374 - Vila Guilherme - São Paulo - SP.

Hopi Hari S.A.

CNPJ nº 00.924.432/0001-99 Segunda Convocação - Assembléia Geral de Debenturistas da 2ª Emissão Ficam convocados os Srs. Debenturistas a se reunirem em Assembléia Geral a ser realizada em 29 de setembro de 2008, às 10:00 h, em 2ª convocação, na sede da Emissora, na Estrada Municipal Vinhedo/Itupeva, 7001, Vinhedo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Apreciação pelos debenturistas de proposta da Emissora quanto à prorrogação da data de vencimento das debêntures, e do pagamento do valor nominal das debêntures acrescido da remuneração, vencíveis em 01 de outubro de 2008; b) Autorizar o Agente Fiduciário a celebrar, em conjunto com a Emissora e a Interveniente Garantidora, aditamento à escritura de emissão face às deliberações da Assembléia. Vinhedo, 20 de setembro de 2008 Marcelo França de Lima Diretor de Relações com Investidores FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

CAUTELA É possível que, nos Estados Unidos, as grandes quebras geradas pela crise da internet nos anos 1990 tenham deixado os especialistas mais cautelosos quanto a apostar alto demais em um só negócio. Mesmo que o Vale do Silício, onde Judy desenvolveu sua carreira e que abriga importantes empresas de tecnologia, tenha conseguido, até então, sustentar a inovação. "Mas a sensação nítida é de que o que começa a vir é uma inovação voltada para o lucro rápido e a investir menos em invenções revolucionárias, que requerem mais tempo e dinheiro para que realmente aconteçam", afirmou. "É preciso paciência e a crença de que você pode realmente quebrar paradigmas."

desempenho e no interesse futuro desses profissionais que, anos mais tarde, chegarão ao mercado. "As experiências da infância ajudam a influenciar na capacidade ou não de criação do ser humano", comentou. Por outro lado, ela cita o setor de energia como um dos mais inovadores do mundo, com alta no financiamento de novos projetos. "Fatores assim nos mostram que a inovação continua viva, ela só precisa acordar mais um pouco para o mundo", afirmou. "Mas os investidores precisam ter paciência suficiente para esperar o crescimento sustentável dessas empresas."

PREGÃO Nº 030/2008 - FAMESP PROCESSO Nº 329/2008 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 23 de setembro de 2008 até o dia 03 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/ licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 030/2008- FAMESP, PROCESSO Nº 329/2008 -FAMESP, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE ELETROCARDIÓGRAFO; DIVÂ CLÍNICO; MESA AUXILIAR PARA EXAME GINECOLÓGICO PARA O NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO, DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, pelo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 06 de outubro de 2008, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 18 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 029/2008 - FAMESP PROCESSO Nº 328/2008 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 23 de setembro de 2008 até o dia 03 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 029/2008 - FAMESP, PROCESSO Nº 328/2008 -FAMESP, que tem como objetivo a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA CONFECÇÃO DE ARMÁRIOS, BANCADA ETC. PARA O NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO, DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, pelo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 06 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 18 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 22 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Markegraf Comércio de Brindes e Serviços Gráficos Ltda - Requerida: Graphic Indústria e Comércio Ltda. - Rua Apatuca, 83 - 2ª Vara de Falências

Máquinas Piratininga S.A.

CNPJ/MF nº 60.894.482/0001-00 - NIRE nº 35.300.041.542 Extrato de Ata de Assembléia Geral Ordinária Realizada em 30/04/2008 às 14:30 horas Em sua sede social com a presença de acionistas representando 99,42% do capital social, arquivada em seu inteiro teor na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob nº 165.048/08-6, em 28/05/2008. Ordem do Dia: a) Análise e aprovação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2007 e correção da expressão monetária do capital social; b) Destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos; c) Eleição de 03 (três) membros do Conselho Fiscal da companhia. Deliberações: a) Por maioria de votos foram aprovadas as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2007, tendo sido ratificados expressamente todos os atos praticados pela Diretoria nesse exercício social. O artigo 5º, caput, do Estatuto Social permanece com a seguinte redação: “Artigo 5º - O capital social, totalmente integralizado, é de R$ 6.936.269,58 (Seis milhões, novecentos e trinta e seis mil, duzentos e sessenta e nove reais e cinqüenta e oito centavos), representado por 895.243.853 (Oitocentas e noventa e cinco milhões, duzentas e quarenta e três mil, oitocentas e cinqüenta e três) ações nominativas, sem valor nominal, sendo 894.981.353 (Oitocentas e noventa e quatro milhões, novecentas e oitenta e uma mil, trezentas e cinqüenta e três) ações ordinárias, com direito a voto, e 262.500 (Duzentas e sessenta e duas mil e quinhentas) ações preferenciais, sem direito a voto.” Passando ao item b) da Ordem do Dia, o Sr. Presidente informou aos acionistas que, diante da ausência de lucros verificada no exercício social encerrado em 31/12/2007, não havia dividendos a serem distribuídos, relativamente àquele exercício social. Passando ao item c) da Ordem do Dia, o Sr. Presidente solicitou que os Srs. Acionistas presentes procedessem à eleição dos membros do Conselho Fiscal para o período seguinte, tendo sido indicados pela acionista majoritária, como membros titulares os Srs. (I) Valdir Nicodemo Martini, brasileiro, casado, contador e advogado, portador da Cédula de Identidade RG nº 2.675.138-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 002.498.668-20, domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Riachuelo, 44, 5º andar, cj. 51, CEP 01007-901, Centro; e (II) João Manoel Jodas, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 3.652.000-7-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 070.351.608-68, residente e domiciliado na Cidade de Santo André, Estado de São Paulo, à Rua Martim Afonso de Souza, 385, CEP 09195-230, Vila Pires; e como suplentes os Srs. (I) Valdir Nicodemo Martini Junior, brasileiro, solteiro, contador, portador da Cédula de Identidade RG nº 11.834.591-6-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 086.233.638-41, domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Riachuelo, 44, 5º andar, cj. 51, CEP 01007-901, Centro; e (II) Yoshie Yida, brasileira, solteira, contadora, portadora da Cédula de Identidade RG nº 2.854.739-SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 208.166.938-20, domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Riachuelo, 44, 5º andar, cj. 51, CEP 01007-901, Centro; tendo sido ainda indicados pela acionista minoritária Glory United Sociedad Anónima, como membro titular, (I) Reinaldo Batista de Souza, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 15.633.765-4-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 088.259.428-18, domiciliado na Cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, à Rua Cruzada Santa, 49, CEP 09891-550, Jordanópolis; e como suplente (I) Everaldo da Silva Souza, brasileiro, solteiro, advogado, portador da Cédula de Identidade RG nº 19.881.654-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 161.419.878-00, domiciliado na Cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, à Rua Cruzada Santa, 49, CEP 09891-550, Jordanópolis; sendo que a remuneração dos membros titulares do Conselho Fiscal ora eleitos será fixada em conformidade com o disposto no § 3º do artigo 162 da Lei das S.As. A presente ata, lida e achada conforme, foi aprovada, tendo sido ao final por todos assinada. Acionistas presentes: Delga Participações S.A. (p.p. Dr. Laedes Gomes de Souza), Glory United Sociedad Anónima (p.p. Dr. Guilherme Aparecido Brassoloto). Membro do Conselho Fiscal: Sr. João Manoel Jodas. São Paulo, 30 de abril de 2008. Luiz Nogueira dos Santos, Presidente da Mesa; Laedes Gomes de Souza, Secretário da Mesa. JUCESP nº 165.048/08-6 em 28/05/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE AVISOS DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 043/2008, que visa o “registro de preços para materiais de ortopedia”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS Às 08:30 hs do dia 06 de Outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: Às 09:30 hs do dia 06 de Outubro de 2008. Araraquara, 02 de setembro de 2008 Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 047/2008, que visa o “registro de preços de materiais de laboratório”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS Às 08:30 hs do dia 09 de outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: Às 09:30 hs do dia 09 de Outubro de 2008. Araraquara, 12 de setembro de 2008. Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, o Edital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 048/2008, que visa o “registro de preços para materiais de enfermagem”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site http://www.araraquara.sp.gov.br/ secretariasaude ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS Às 08:30 hs do dia 09 de Outubro de 2008. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: Às 09:30 hs do dia 09 de Outubro de 2008. Araraquara, 12 de setembro de 2008. Lúcia Regina Ortiz Lima Secretária Municipal de Saúde Marcos Robison Isidoro Da Silva Secretário de Administração


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Lamento que ele tenha desaprendido regras de elegância e de etiqueta. José Henrique Reis Lobo, sobre Carvalho

TUCANO AMEAÇA EXPULSAR CLÓVIS CARVALHO

Valéria Gonçalves/AE

pos de propaganda eleitoral gratuita. "O bom prefeito é aquele que deixa vaidade de lado e que dá continuidade às coisas que deram certo em outras administrações e corrige o rumo do que não vem funcionando direito", declarou, para

em seguida admitir acertos, mas lembrar erros de Marta e Kassab como prefeitos. "Marta fez os CEUs, isso foi bom, mas ela deixou a saúde de lado. Kassab também tem pontos positivos, como o Cidade Limpa, mas ele ficou devendo muito na questão da saúde e da educação", acusou o tucano. "Você, que precisa de atendimento, sabe que deixa muito a desejar", disse, sobre as AMAs. "Modéstia à parte, fui um bom governador da saúde e nos próximos quatro anos quero ser reconhecido como um bom prefeito da saúde", acrescentou Alckmin. A campanha da candidata petista, Marta Suplicy, repetiu a história do menino que fez o parto de sua mãe porque não conseguiu atendimento médico pela Prefeitura. "Não vou aproveitar essa história para fazer drama da saúde", disse Marta "Essa história mostra a força e a capacidade do nosso povo", acrescentou. Marta disse que a expansão do Metrô será feita em parceria com o presidente. "Será o Metrô da periferia, para quem sempre foi esquecido", declarou. A candidata garantiu que os bairros serão Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Sapopemba, Vila Maria e M'Boi Mirim. O PCO teve seu espaço no horário eleitoral da televisão destinado ao direito de resposta. O Tribunal Regional Estadual de São Paulo (TRE-SP) concedeu dois minutos a Kassab após a candidata do PCO, Anaí Caproni, afirmar que "os sucessivos prefeitos destruíram o transporte público para favorecer os altos lucros da máfia das empresas privadas". Para o TRE-SP, a propaganda atribuiu ao prefeito Kassab prática de conduta ilícita. (AE)

e p o n d e r ação, ele se p re s t e a u m papel que só ajuda aos inimigos do PSDB", disse Lobo. Ele afirmou ainda que Carvalho agora se parec e c o m o D E M : " L amento que ele tenha desaprendido regras de elegância e de etiqueta e que sua conduta o mostre hoje mais próximo do DEM do que do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso." Desespero – O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), classificou de "desespero" as críticas de Car-

valho. "É uma tentativa desesperada", afirmou Aníbal, depois de acompanhar Alckmin em um evento do Movimento Nossa São Paulo, na capital. Para ele, existe uma tentativa de fazer os dois candidatos se parecerem, para esvaziar as motivações da candidatura de Alckmin. "Essa manobra foi bem detectada e bem respondida por nós. Eles se desesperaram quando viram que não iriam continuar passando essa mentira impunemente", disse. "Nós temos candidato, história e alianças", acrescentou. José Aníbal acusou os tucanos kassabistas de terem se deixado "cooptar". "Tem tucano no governo? Tem, mas porque eles se deixaram cooptar", disse. "Basta ver a campanha deles para entender a cooptação que foi feita". (AE)

A

propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão continua sendo palco para que os candidatos que disputam a segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto, Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), se ataquem e respondam a acusações mútuas. Em resposta às acusações de Alckmin, segundo as quais o então candidato à Prefeitura de São Paulo em 2004, o governador José Serra (PSDB), não queria Kassab como vice em sua chapa, o atual prefeito e candidato à reeleição mostrou ontem imagens da campanha em que Alckmin aparece, em 2004, apoiando e aplaudindo a formalização da chapa que venceu as eleições. O locutor ressalta que "foi uma chapa aclamada por líderes dos dois partidos". A campanha volta a destacar a parceria de Kassab com o governo do Estado e com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e mostra imagens do anúncio de obras para urbanização da favela Heliópolis em que a candidata petista, Marta Suplicy, também aparece no palco. Em seu discurso, Lula cita a importância da parceria nas três instâncias de governo. "São Paulo é gran-

Adversários no 2º turno das eleições municipais, Kassab e Alckmin trocam cumprimentos ontem durante evento Nossa São Paulo

Kassab e Alckmin acirram debate no horário eleitoral Prefeito recebe o horário do PCO para direito de resposta. Tucano metralha Kassab e Marta. de demais para ser governada por um só partido. O prefeito tem que unir pessoas, ter independência, não pode ser refém de um partido ou de um grupo político", afirmou Kassab, numa resposta à ala do PSDB que apoiou o lançamento da candi-

Lobo ameaça Clóvis Carvalho de expulsão

datura de Alckmin. Ele ressaltou que em sua gestão há pessoas competentes de diversos partidos. O candidato tucano não deixou por menos. Disse que sua inspiração política é o ex-governador Mário Covas e que já

apresentou suas propostas para a cidade. "Sei perfeitamente que você não quer nenhum salvador da pátria, alguém que chegue aqui, mostre uma propaganda bonita e aponte solução para tudo", disse ele, que possui um dos menores tem-

Eduardo Knapp/Folha Imagem

André Dusek/AE 13.02.08

Presidente do diretório municipal diz que as críticas do ex-ministro serviram para ajudar "os inimigos"

O

Em nota, Lobo afirma que acionará a Comissão de Ética para avaliar se Carvalho "terá condições de permanecer" no partido. Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" de ontem, Carvalho acusou Alckmin de "oportunismo" e "falta de decoro", em razão do acirramen-

Lobo quer enviar o caso de Carvalho para o Conselho de ´Ética do PSDB; Aníbal vê 'desespero'

to das críticas do tucano a Gilberto Kassab, prefeito e candidato à reeleição pelo DEM. Secretário municipal de Governo, Carvalho faz parte do grupo de tucanos que apóia Kassab.

Segundo Lobo, Carvalho esteve ausente das discussões para escolha do candidato a prefeito e nunca militou no PSDB. "Não é aceitável que, num momento como esse, em que se pede a todos bom senso

DC

presidente do diretório municipal do PSDB-SP, José Henrique Reis Lobo, ameaçou ontem o ex-ministro tucano Clóvis Carvalho de expulsão do partido e o acusou de dar "ajuda aos inimigos" ao criticar Geraldo Alckmin, candidato da legenda à Prefeitura.

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

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Alexander Nemenov/AFP

Internacional

O cruzador "Pedro, o Grande", movido a energia nuclear e portando mísseis, é um dos navios russos que viajará 27,8 mil quilômetros para participar de exercícios navais no 'quintal' dos EUA

RUMO ÀS ÁGUAS CALIENTES DO CARIBE

AFP

Navios russos realizarão manobras conjuntas com a Marinha venezuelana

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avios de guerra da Rússia zarparam ontem à Venezuela, para a realização de manobras conjuntas das Marinhas dos dois países. O exercício será atentamente acompanhado pelo governo norte-americano, por ser a primeira mobilização russa desse tipo - tão próxima da costa dos Estados Unidos - desde o fim da Guerra Fria. O cruzador "Pedro, o Grande", movido a energia nuclear e portando mísseis, partiu da sua base perto de Murmansk, junto com o destróier anti-submarino Almirante "Chabanenko" e dois navios de apoio, para a viagem de 27,8 mil quilômetros até a Venezuela, informou o porta-voz naval Igor Dygalo. As manobras conjuntas estão previstas para começar em novembro e devem durar vários meses. A viagem ocorre depois que dois bombardeiros estratégi-

cos da Rússia visitaram a Venezuela no começo do mês. A movimentação seria uma aparente reação à atitude dos Estados Unidos de enviar barcos para ajudar a Geórgia e de instalar um escudo antimísseis no Leste Europeu, região que Moscou considera ser sua esfera de influência. Na medida em que aumentam as tensões com os Estados Unidos , o Kremlin intensifica seus contatos com Venezuela, Cuba e outros países latinoamericanos. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou em entrevista difundida no domingo que busca uma amizade firme com a Rússia. Chávez disse que sua intenção é reduzir a influência norte-americana e manter a paz na região. Submarinos - Dygalo não comentou relatos da imprensa de que submarinos nucleares também participariam do exercício e que outros navios

russos iriam à Síria, onde Moscou já manifestou intenção de instalar bases. "Durante a viagem, os navios vão participar dos primeiros exercícios conjuntos com a Marinha venezuelana, a fim de treinar simulações e operações de resgate contra terroristas do mar", disse Dygalo. A imprensa russa afirmou ontem que a frota enviada ao Caribe pode ser maior e mais armada do que o Ocidente acha, e pode fazer escalas imprevistas. "Os navios russos serão seguidos por aviões anti-submarino e por submarinos nucleares com mísseis a bordo", informou o jornal Nezavisimaya Gazeta, sem entrar em detalhes. Outro jornal russo, o Izvestia, disse que no seu trajeto a frota russa terá de passar pelo estreito de Gibraltar e o Mediterrâneo, onde também há presença naval dos Estados Unidos. (Agências)

Mais de 80% das 13 mil crianças hospitalizadas nas últimas semanas tinham no máximo dois anos

Leite adulterado afeta 53 mil

E

nquanto o governo chinês procura os culpados pelo escândalo do leite adulterado, é cada vez maior o número de crianças contaminadas no país. O chefe do órgão nacional de controle de qualidade de produtos, Li Changjiang, pediu demissão ontem depois que autoridades chinesas divulgaram que o balanço do número de crianças que adoeceram após ingerir o leite adulterado com melamina já passou de 53 mil. Mais de 80% das 12.892 crianças hospitalizadas nas úl-

Philippe Desmazes/AFP

de rastrear a origem da contaminação. As mortes dos três bebês relatadas até agora ocorreram nesses meses, segundo o ministério. A morte de um quarto bebê em Xinjiang, no oeste do país, também foi ligada pelas autoridades ao alimento infantil contaminado. Segundo as investigações, algumas empresas de laticínios adicionavam melamina, um produto químico usado na fabricação de plásticos, para fazer com que o leite parecesse com mais proteínas do que realmente possuía. (Agências)

Baz Ratner/Reuters

ETA lança novos ataques na Espanha

Atentado com carro fere 19 em Jerusalém

P

U

m carro-bomba matou ontem um soldado espanhol no norte do país, no terceiro ataque em pouco mais de 24 horas cometido pelo grupo separatista basco ETA, segundo o governo da Espanha. Pelo menos 12 outras pessoas ficaram feridas nos ataques, o que sugere que o ETA continua sendo uma grande ameaça, apesar dos sinais de que alguns membros do grupo estejam cansados da luta armada pelo território tradicionalmente basco. O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, que suspendeu as negociações de um acordo de paz com o ETA depois que um carro-bomba matou duas pessoas em 2006, prometeu punir os responsáveis pelo ataque. "Seu único futuro é serem presos, julgados e condenados a um tempo extremamente longo na prisão", disse Zapatero a repórteres. O primeiro dos três carrosbomba explodiu perto de um banco na capital provincial basca, Vitória, depois de um aviso do ETA, por volta da

timas semanas tinham no máximo dois anos, segundo o Ministério da Saúde chinês, que apontou que a maioria consumiu alimentos da empresa Sanlu Group Co. Outras 39.965 crianças foram atendidas nos prontos-socorros dos hospitais e estão "basicamente recuperadas", disse o ministério. A pasta não explicou o súbito aumento do número de casos, de 6,2 mil no sábado para quase 53 mil, mas sugeriu que as autoridades estão fazendo uma varredura nos registros hospitalares de maio a agosto, a fim

O terceiro carro-bomba matou um soldado espanhol em Santona

meia-noite de sábado. Não houve mortos. Horas depois, outra bomba atingiu uma estação policial, ferindo pelo menos 11 pessoas na cidade basca de Ondarroa. A terceira bomba explodiu na manhã de ontem e matou Luis Conde, soldado espanhol de 46

anos. Ele estava de férias na cidade de Santona. Acompanhado da mulher, ele se hospedava numa acomodação militar. O ETA já matou mais de 800 pessoas em quatro décadas de lutas pela independência do País Basco em relação à Espanha. (Reuters)

elo menos 19 pessoas ficaram feridas na noite de ontem, quando um motorista palestino jogou seu automóvel contra um grupo de militares em um cruzamento movimentado na área central de Jerusalém. Pelo menos dois dos soldados atingidos estão em condições críticas. O comandante da polícia de Jerusalém, Aharon Franco, informou que o motorista foi morto a tiros por um oficial do Exército que estava com o grupo. Franco disse que o motorista era um palestino que residia na região de Jerusalém oriental e aparentemente agiu por conta própria. "Podemos confirmar que foi um ataque terrorista. O homem foi baleado e morto", declarou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. A televisão israelense informou que o carro estava registrado no nome de um residente do vilarejo de Jabel Mukaber, que fica dentro dos limites de Jerusalém. A área do ataque estaria cheia de pessoas em uma noite quente, com as pessoas visitando os bares e restaurantes

Polícia israelense qualificou ataque como 'terrorista'

da região, no coração do lado ocidental da cidade. O atentado de ontem revive as lembranças de dois incidentes em Jerusalém neste ano, quando palestinos dirigindo tratores de construção atacaram israelenses. Retaliação - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, liberou um comunicado pedindo a aceleração de normas que permitam a destruição de casas de militantes palestinos. Segundo Barak, as normas "contribuirão para deter potenciais terroristas". Há vários anos, a Suprema Corte de Israel proibiu a destruição de casas de palestinos que cometessem atentados, ao alegar que a prática de retaliação não impedia novos ataques. Mudança - O presidente de Israel, Shimon Peres, incumbiu formalmente ontem a chanceler Tzipi Livni de formar um novo governo no país.

Logo após receber o documento formalizando a incumbência, Livni declarou: "Eu aceito a missão a mim incumbida de formar um novo governo". Livni tem 42 dias para formar uma nova coalizão de governo. Ela foi automaticamente escolhida primeira-ministra depois de ter vencido as eleições internas do partido Kadima para suceder Ehud Olmert. Ele renunciou oficialmente no domingo, após uma série de denúncias de corrupção. Livni, uma ex-agente do Mossad, o serviço secreto israelense, defende a continuidade das negociações de paz com os palestinos e a Síria, retomadas por Olmert. Se Livni fracassar na montagem de uma coalizão de governo, Israel poderá ter eleições parlamentares em 90 dias. As pesquisas indicam que o Likud, o principal partido de direita, poderá vencer. (Agências)


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Nacional Agronegócio Va r e j o Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

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GUERRA DE PREÇOS COM O MAGAZINE LUIZA

mil reais/mês por operadora será a renda conseguida pelo Metrô com a telefonia celular em cinco anos.

Receita do Metrô em alta com uso do celular

Fotos: Paulo Pampolin/ Hype

Com a instalação de equipamentos que permitem o uso de telefonia móvel em suas linhas, o Metrô de São Paulo poderá cobrar R$ 73,3 mil por mês de cada operadora e aumentar sua receita não-operacional.

Erivan Silva foi um dos clientes da primeira hora. Levou panela de pressão e celular, mas não achou tão bom o preço da geladeira.

Fila para comprar as ofertas Público esperava abertura da nova Magazine Luiza, na Saúde. Mas os concorrentes também se prepararam. Adriana David

U

ma fila com cerca de 200 pessoas se formou na porta do Magazine Luiza no bairro Praça da Árvore, capital paulista. Às oito e meia da manhã de ontem, a dona-de-casa Francisca Fernandes, vinda da Via Anchieta, já estava lá, ávida para comprar uma televisão. "Quero uma nova para usar com o DVD", disse. Não encontrou. Sua expectativa era de comprar TV de plasma e gastar menos de R$ 700. Ela estava acompanhada da amiga, Neide Santos, moradora da região, que pretendia fazer uma compra e participar da promoção "Caminhão do Faustão", realizada pela rede. Mais uma em seu currículo. No fim do ano passado, comprou um notebook pelo site do Magazine Luiza para concorrer a uma casa. Em 1998, ganhou da margarina Claybom dez minutos de compras em supermercado. Na época, levou R$ 100 em alimentos. Vicentina Leão também sabia o que queria. "Uma panela de pressão e um rádio para o quarto". A panela de pressão Panex, de 4,5 litros, por R$ 14, foi o item mais vendido nas 44 lojas da rede inauguradas na Grande São Paulo e no Litoral paulista. A diarista Sônia de Oliveira comprou quatro – duas para ela e duas para a irmã. Ela também levou dois faqueiros a R$ 29 e um conjunto de panelas de teflon por R$ 59. O estudante Jefferson Bonfim já havia pesquisado o preço de um aparelho de DVD com karaokê. Levou um da marca Proview por R$ 89,90. "Em outros lugares, custa mais de R$ 100." Nem todos encontraram preços mais baixos que a concorrência. Erivan Silva comprou duas panelas de pressão e um celular. Deixou de levar uma geladeira porque na concorrente Extra Eletro, bem ao lado, o produto custava R$ 678, R$ 100 a menos. O gerente Dario Souza admitiu que a rede estava cobrindo algumas ofertas, embora muitos produtos estivessem com preços mais elevados no Magazine Luiza. "Nem tudo está mais barato lá," disse. O casal Thiago e Daniela Soler procurava um jogo de sofá. Encontrou um por R$ 400 no Magazine Luiza e outro por R$ 345 na Marabraz, quase ao lado da nova loja. Com muitas dúvidas, foram verificar os preços na Casas Bahia, do ou-

Panelas de pressão foram alguns dos chamarizes da nova loja. Rede inaugurou 44 na GSP e litoral.

tro lado da avenida Jabaquara. Voltaram à primeira loja para negociar. "É bom ter essa concorrência para forçá-los a cobrir as ofertas", disse Thiago. Na Marabraz, a inauguração da nova loja aumentou o fluxo de pessoas, segundo o supervisor André Prieto. "Cerca de 80% de quem passou por aqui hoje esteve antes no Magazine Luiza. A nossa vantagem é ter um mix para todos os bolsos", afirmou. O gerente da Casas Bahia,

Elias Antônio, comandou algumas ações para atrair a atenção dos clientes. Decorou a loja com vários balões e um carrinho de pipoca. Na televisão, a rede divulgou uma promoção com até 70% de desconto no preço dos móveis. A unidade encheu de gente. "Conseguimos negociar até certo ponto, mas não existe mágica", disse. O gerente Marcos Marco, do Ponto Frio localizada no mesmo quarteirão, também prometia cobrir qualquer oferta.

Thiago e Daniela procuravam um conjunto de sofá. Foram conferir os preços também nos concorrentes da vizinhança, que prepararam ofertas para brigar pelo consumidor.

hiperconcorrência. B rev id a d e - O diretor da Queda de Uma geladeira modelo frost consultoria Mixxer, Eugênio da Brastemp, anunciada Foganholo, acredita que a braço é bom free inicialmente no Magazine Lui- guerra de preços terá vida cure n a C a s a s B a h i a p o r ta. "Nenhuma das grandes repara o cliente zR$a 1.699 à vista, poderia custar des é tradicionalmente agres-

A

estréia das 44 lojas do Magazine Luiza na Grande São Paulo desencadeou uma visível guerra de preços e prazos entre a rede e as duas gigantes do setor, a Casas Bahia e o Ponto Frio, apesar de as empresas não admitirem publicamente esse movimento. Na semana passada, a superintendente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, frisou que não veio à São Paulo para "guerrear". Mas não foi isso o que aconteceu. O consumidor que teve paciência e pesquisou preço nos três concorrentes enfileirados em menos de duas quadras da Rua Teodoro Sampaio, no bairro de Pinheiros, por exemplo, conseguiu descontos de até 15% nos eletrodomésticos e eletrônicos, só pelo efeito da

R$ 1.541 na segunda rede, depois do pedido de desconto. Ao ser informado da oferta do concorrente, o vendedor do Magazine Luiza reduziu o preço para R$ 1.535. De lambuja, o consumidor poderia concorrer a dois caminhões de prêmios, no valor de R$ 14 mil cada. No Ponto Frio, o mesmo produto saia por R$ 1.599,99. A guerra de preços entre o Magazine Luiza e a Casas Bahia se repetiu no caso de uma televisão de tela plana da marca Toshiba, de 29 polegadas, anunciada na primeira rede por R$ 679 à vista. Depois de apresentar a oferta do concorrente, o vendedor da Casas Bahia reduziu o preço à vista de R$ 799 para R$ 679, um desconto de R$ 120 ou de 15%. No Ponto Frio, que vendia a TV por R$ 799, o vendedor disse não poder reduzir o preço.

siva em preços", afirmou. "Mas, no momento, o Magazine Luiza usará todos os recursos para atrair pessoas para as lojas: descontos, promoções, sorteios." No início da noite de ontem, a rede não tinha dados exatos sobre o primeiro dia de vendas. Informou apenas que formaram-se filas na hora de abertura de suas lojas. Além de preço, a rede passará a parcelar em até 24 vezes os produtos pagos com cartão de crédito tradicional. Procurados, os concorrentes não quiseram se manifestar. O Ponto Frio afirmou que "considera a concorrência natural e não tem posicionamento sobre a chegada do Magazine Luiza à cidade." A Casas Bahia afirmou, por meio de sua assessoria achar "a concorrência saudável" e desejaram boa sorte ao Magazine Luiza". (AE)

A

ntes mesmo de os interesse delas" o recurso ficar 3 , 3 m i l h õ e s d e pronto o quanto antes, para usuários diários que o tráfego de telefonia gerados trens do Metrô do compensar o pagamento do de São Paulo poderem utilizar aluguel. Para dividir os custos, seu celular em todas as estações, as operadoras implantaram a rede de telefonia móvel im- compartimentos únicos para plantada na infra-estrutura da abrigam as antenas de cada Companhia do Metropolitano uma delas. Segundo Yazbek, a já começou a gerar reestrutura montada envolve a Fotos: Andrei Bonamin/Luz ceita para a empresa. O regulamento prevê que o pagamento das operadoras pelo uso da infra-estrutura comece em até seis meses antes do início das transmissões – algumas delas já começaram a pagar. O processo, lançado no final do ano passado, atraiu as quatro operadoras de telefonia móvel do Estado – Vivo, Claro, TIM e Nextel – e m a i s r e c e n t emente a Oi, que se prepara para estrear em outubro no mer- Por enquanto, o celular é usado em uma linha cado paulista. Pelo regulamento, no primeiro terceira geração de telefonia ano de transmissão cada ope- móvel. Isso vai permitir, além radora deve pagar R$ 73,3 mil das conversas durante o trajemensais à Companhia do Me- to, acesso à internet móvel. "O tropolitano. Este valor, entre- regulamento envolve a transtanto, será reajustado e che- missão de voz e dados." O Megará a R$ 93,3 mil mensais no trô também pretende estudar quinto ano. Ou seja, a receita outras formas de geração de do Metrô será de R$ 5,6 mi- receita com o sistema de sinalhões em 12 meses em 2013. lização, controle e telecomuniEsse total será ainda maior, cações a ser implantado até o caso a "aeiou" (antiga Unicel) final de 2010. Entre as opções, o se junte ao grupo de operado- companhia poderá comerciaras, o que não aconteceu até lizar o acesso à internet. agora, como explicou José O Metrô paulistano gera Jacques Yazbek, gerente de atualmente algo entre 8% e 9% negócios da Companhia do de sua receita com serviços Metropolitano. não-tarifários (não relacionaPor enquanto, o celular já dos à tarifa da passagem). No pode ser usado na Linha 4 (Ver- último exercício, foram R$ 84,7 de) do Metrô. Esse trecho sub- milhões de reais, de quase R$ 1 terrâneo, com 10,7 quilôme- bilhão faturado pela compatros e 11 estações, passa por to- nhia. Desse montante, a maior da a extensão da Avenida Pau- fatia vem da mídia veiculada lista. Nas demais linhas – Azul, nos trens e estações: R$ 24 miVermelha e Lilás –, entretanto, lhões. Para ele, a receita que a que concentram a maior parte empresa vai agregar com a reda população usuária e 47 esta- de de celular ainda é pequena ções, o serviço só estará dispo- diante do total, mas "é uma cinível no final deste ano. fra importante". A meta da Como explicou Yazbek, o re- área de negócios não-tarifários gulamento não estipulou pra- é chegar aos R$ 100 milhões em zo para o processo ser finaliza- 2010, cifra que a companhia do, somente a data a partir da pretende alcançar com a instaqual as operadoras deveriam lação de shoppings, teatros e começar a pagar pelo uso da drogarias nas áreas de circulainfra-estrutura. Por isso, "é do ção das estações. (Reuters)

Até o final deste ano, o serviço irá funcionar nas 47 estações das outras linhas do Metropolitano de São Paulo. O protocolo permitirá também a transmissão de dados pela internet.


terça-feira, 23 de setembro de 2008

On Inter net Evento Te c n o l o g i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA SETOR DE HOTELARIA

Tecnologia na Equipotel

Sistemas administrativos ajudam a fazer o gerenciamento do dia a dia dos hotéis

Divulgação

Feira de hotelaria mostrou equipamentos para o hotel do futuro ANA MARIA GUARIGLIA

N

a era da automação, com serviços tecnológicos avançados de um lado, e o aquecimento da economia de outro, já era previsível que a feira da Equipotel, que aconteceu no Pavilhão de Exposição do Anhembi (SP), na semana passada, não deixasse de lado serviços e produtos que vão resolver a vida dos empreendimentos hoteleiros do País. Com 1.172 expositores reunidos em uma área de cerca de 20 mil m², 15% superior ao ano passado, a 46ª Nova Equipotel 2008, considerada o maior evento da América Latina e um dos cinco mais expressivos do mundo, apresentou uma série de novidades, que vai mudar a conduta das funções de hospedagem. Um exemplo é o "quarto inteligente", demonstrado pela Super Safe, cuja intenção é consolidar parceria com novos e antigos clientes. O sistema pode funcionar a partir da recepção do hotel, mas para o espaço de pouco mais de 7 m² ser confortável e ter seu perfil por mais breve que seja a estadia, não vai deixar de ser um desafio para os arquitetos e decoradores. Pronto para uso, imagine a execução de uma série de tarefas, bastando acionar alguns botões de um computador. Será possível acender as luzes, ligar a TV e consoles de games, obter serviços de quarto, programar uma sauna ou a temperatu-

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Cadeira simula seis tipos de massagem shiatsu e trabalha várias áreas do corpo ra agradável do ar-condicionado. A empresa também mostrou cofres com comunicação e gerenciador de energia sem fio. O cofre inteligente faz auditoria impressa das 450 últimas operações, tem programa de gerenciamento a prova de cópias, senha de seis dígitos e abertura com senha descartável. O gerenciador de energia sem fio garante economia sem desperdícios. Do quarto inteligente poderá fazer parte a poltrona inteligente, lançada pela Delta Light, empresa localizada em Londrina (PR). O produto simula seis tipos de massagem shiatsu e trabalha de forma estratégica as áreas do corpo humano, através de vibrações de intensidades variadas e ondas eletromagnéticas. Possui

NetHotel Chronos Multi Empresa, da Check-In Informática

Soluções para o setor

om a informatização, hoteleiros e fornecedores prometem agilizar o setor operacional dos hotéis. Uma das soluções é o NetHotel Chronos Multi Empresa, da Check-In Informática, fornecedora de softwares para hotéis, motéis e pousadas. O novo software integra os bancos de dados e compartilha hóspedes e empresas. Com ele, o usuário terá registro de hospedagem, controle de estoque, financeiro e de manutenção, rotinas de contabilidade e de registro de diárias automática e estatísticas. Outro produto é o software da CMNet, que abrange todas as áreas gerenciais de um hotel, como o CMNet Reservas, que substitui fax, e-mail e telefonemas. Também permite que as agências de turismo e operadoras efetuem reservas para os hotéis direto de seus escritórios, obtendo as confirmações com agilidade, confiabilidade e baixo custo. Outra opção é o sistema da Cândido Informática, com sua linha de displays de atendimento com tecnologia wireless, de fácil instalação. O produto serve hotéis, motéis e hospitais, mas é perfeito para bares, restaurantes e pizzarias, possibilitando a localização do cliente, por parte do garçom, em uma mesa ou qualquer ponto desejado. O sistema evita que o funcionário fique andando entre as mesas ou vagando pelo salão, e que o cliente se aborreça por falta de atenção e demora no serviço,

garantindo eficiência e qualidade no atendimento. O display single tem os mesmos recursos dos profissionais e é ideal para ambientes menores. A linha profissional aparece com modelos de três ou seis posições e em cores variadas para se adequar perfeitamente a qualquer estabelecimento. Para a publicidade de grandes e pequenas empresas de hotelaria, com fotos e texto, gerenciamento de hotel com mapa de reserva e ocupação, mala direta automática, pós-venda com pesquisa automática de satisfação do cliente e integração de vários sites, o portal Tô d e F é r i a s ( w w w. t o d e f erias.com.br) fez demonstrações em seu estande, exibindo soluções completas de turismo, tanto para o setor de hotelaria como para usuários. Pelo sistema, tudo é feito 100% online e não requer a instalação de software na máquina do cliente, com todo processo podendo ser feito de qualquer computador ligado à internet. Considerando a manutenção, modernização, reposição e automatização dos setores hoteleiros, Nova Equipotel está incluída em um mercado que gira quase R$ 19 bilhões por ano. Somando os novos investimentos no setor, que segundo dados do Ministério do Turismo chegam a R$ 6 bilhões a cada três anos - tempo necessário para lançar, construir, equipar e inaugurar um novo estabelecimento -, o mercado potencial é de mais de R$ 20 bilhões. (A.M.G.)

sensores infra-vermelhos, que localizam os pontos de acupuntura e os massageia diretamente. Há seis programas de massagem para as costas, braços, cabeça, panturrilhas, coxas e pés. Ainda acompanha TV de LCD, MP3, DVD player e fone de ouvido. A balança italiana da Ga.ma, de Bolonha (Itália), além de fornecer o peso, mede também porcentagem de gordura corporal, quantidade de líquido no corpo e calorias que devem ser consumidas em um dia. Baseada nas informações individuais do usuário, como idade, sexo e altura, a balança fornece resultados exatos para até 12 pessoas. Tem ainda a função "Atleta", onde o cálculo é feito de forma diferente, seguindo o cotidiano de um atleta (12 horas de atividade física por semana). A Di Solle Cutelaria, que produz talheres e utensílios domésticos, em Gramado (RS), lançou a linha de talheres em braile para o setor hoteleiro e de Food Service. Possui impressão em linguagem braile, destinada a portadores de deficiência visual. O produto deve beneficiar pelo menos 7% da população brasileira. "Não há nada parecido no Brasil e desconhecemos produto semelhante no mundo", diz Sérgio Bartz, um dos diretores da empresa. "A identificação nas peças tornará as refeições um ato mais higiênico".

É possível executar uma série de tarefas, bastando acionar alguns botões de um computador, como ligar a TV e as luzes


Congresso Planalto Crise CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

LULA FAZ ANÁLISE DIÁRIA 'COM OLHOS DE LUPA'

Márcio Fernandes/AE

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Não é fazendo propaganda que se marca um nome na história, mas sim com honradez. Fernando Henrique

Lula: pacote dos EUA chegou tarde Beto Barata/AE

Presidente admite que, se os problemas forem grandes, podem atingir o Brasil

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crise americana é mais grave do que parecia há seis meses, disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista concedida em Nova York. Ele reconheceu que, caso os problemas sejam grandes, eles podem, sim, afetar o Brasil. Mas ressaltou que trabalha com a hipótese de que isso não vai acontecer. O presidente também afirmou que o crédito pode ser reduzido no mundo inteiro. "Já há sinais de pouco crédito no mundo porque não há segurança e ninguém quer liberar seus dólares", disse. E completou: "Nós temos que cuidar com carinho para que as coisas no Brasil não dêem uma guinada para trás", admitiu. "É cedo ainda para dizer que a crise americana arrefeceu", afirmou. "O que é importante, e todos nós precisamos torcer, é para que a crise americana seja a menor possível. Se for muito grande, pelo peso da economia americana no mundo, ela vai gerar uma recessão em todos os países", reconheceu. "Eu trabalho com olhos de lupa todo dia. Converso com o Guido (Mantega, ministro da Fazenda) todo dia, converso com Meirelles (Henrique Meirelles, presidente do Banco Central). Todos os dias nós pensamos o que fazer e até agora, com a graça de Deus, a crise não chegou perto de nós", afirmou o presidente. Lula disse ainda que está determinado a resolver possíveis dificuldades de investimento no Brasil, se houver um problema de crédito no mercado internacional. "Eu disse ao presidente da Petrobrás, José Gabrielli, que se ele quiser, eu junto as principais empresas com os principais projetos que existem no Brasil e vou viajar o mundo inteiro conversando com os ministros da Fazenda, com os presidentes dos bancos centrais, com presidentes, para que emprestem dinheiro, para que não tenhamos que interromper nenhuma obra", afirmou. "Eu não quero perder a oportunidade extraordinária que o Brasil está tendo", concluiu Lula. Pacote – De acordo com o presidente, se o governo dos Estados Unidos tivesse implementado antes o pacote de US$ 700 bilhões, possivelmente, a crise não teria chegado à dimensão que chegou. "Eu penso que o governo americano, com as medidas adotadas na última sexta-feira, quando colocou US$ 700 bilhões para

comprar (papéis) podres... Se isto tivesse sido feito antes, possivelmente, a crise não tivesse ganhado a dimensão que ela ganhou", completou. No Brasil, acrescentou Lula para jornalistas depois de discursar no lançamento da campanha "Brasil Sensacional", da Embratur, o País teria menos problemas por causa da diversificação das exportações. "Mas, de qualquer forma, a economia americana é muito grande e, estando em crise, pode ajudar a ter crise em vários outros países", afirmou.

Precisamos torcer para que a crise americana seja a menor possível. Se for muito grande, ela vai gerar uma recessão em todos os países. Presidente Lula Cautela – Lula disse ainda que, no domingo, no Brasil, teve reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A reunião, acrescentou, foi para que "a gente fique acompanhando cotidianamente o que vai acontecer na política americana, para a gente não ser pego de surpresa".

Se isto (o pacote americano) tivesse sido feito antes, possivelmente a crise não tivesse ganhado a dimensão que ela ganhou. Idem "Nós demoramos muito para chegar onde nós estamos. A gente não pode agora jogar isso fora e, por isso, temos que trabalhar com muito cuidado. Daí porque meu otimismo em dizer para o povo brasileiro que, até agora, graças a Deus, a crise americana não atravessou o Atlântico", citou o presidente, querendo dizer que não chegou ao País. Segundo ele, o governo não tem novas ações em preparação. "Entendemos que, em momento de crise, não se pode to-

mar nenhuma medida precipitada. Foi com cautela que nós estamos conseguindo reduzir a inflação", comparou. Discurso na ONU – O presidente confirmou que vai falar hoje, no discurso de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas, sobre a crise nos Estados Unidos. "Vou falar um pouco da crise no discurso. Sem criar crise, vou falar da crise. Não tem como ir à sede da ONU fazer um discurso e não falar um pouco da situação mundial", afirmou. "Eu tenho em conta que a situação não é tranqüila. Eu tenho em conta que a situação é grave e , portanto, nós precisamos alertar os agentes mundiais sobre a crise", acrescentou. Lula disse que terá um encontro importante amanhã com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown; com o primeiro-ministro da Índia, Hu Gin Tão; e com o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero. "Vamos discutir a questão da crise mundial com vários líderes, ou seja, para ver se a gente tem alguma medida", afirmou. "Já no G-8, eu cobrei do FMI , do Banco Mundial, que estava na hora de eles se manifestarem porque, quando é um país pequeno que tem uma crise, todos eles dão palpite; quando é a maior economia do mundo que entra em colapso, a gente não vê nenhum palpite deles. Então, é preciso que agora os Bancos Centrais comecem a tomar medidas para regular e controlar o sistema financeiro internacional para que a especulação e a jogatina não seja a prioridade de determinados setores financeiros no mundo", afirmou. Condecoração – Lula recebeu ontem a Insígnia de Ouro da Sociedade das Américas e Conselho das Américas em Nova York, durante jantar em sua homenagem, no hotel Waldorf-Astoria. A Insígnia de Ouro é concedida pelas contribuições de destaque realizadas pelo homenageado. De manhã, Lula lançou a campanha da Embratur, "Brasil Sensacional", para fortalecer a imagem do País como destino turístico. Na ONU, o presidente participou de reunião sobre o desenvolvimento da África e recebeu o prêmio "IPS International Achievement Award 2008", que reconhece o trabalho de indivíduos e organizações em prol de justiça política e social. (AE) Leia mais na pág 3 de economia

Em discurso, FHC critica governo federal

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ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a solenidade de lançamento do Portal da Transparência Ruth Cardoso, ontem, em Maceió. Em seu discurso, FHC disse que, antes do seu governo, ninguém usava o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) como critério de distribuição de recursos federais para Estados e municípios. "O SUS – Sistema Único de Saúde – não existia, estava apenas no papel. Agora querem acabar com tudo, só pensam em descentralizar", afirmou o ex-presidente. "Nós acabamos com a indústria da seca. A seca continua, mas a indústria

não", acrescentou FHC. O expresidente destacou ainda que foi em Alagoas, no município de São José da Tapera, onde ele lançou o projeto Bolsa Escola, que "hoje é usado como 'Bolsa Família'". "Depois, viu-se que o problema não é falta de comida . A questão é dar emprego e dignidade à população. E não é fazendo propaganda que se marca um nome na história, mas sim com honradez", emendou. Fernando Henrique lembrou que, a pedido da exprimeira-dama, Ruth Cardoso, mandou fechar a Legião Brasileira de Assistência (LBA). "Criticaram a iniciativa, disseram que era falta de sensibilidade social, mas não dava para continuar com aquele órgão, com um histórico tão grande de

corrupção, símbolo do desvio de recursos públicos", afirmou o ex-presidente, em seu discurso. O Portal da Transparência, que foi instituído pela Assembléia Legislativa, cada um dos Poderes – Executivo, Legislativo e o Judiciário, incluindo o Tribunal de Contas e o Ministério Público – disponibiliza sua prestação de contas, expõe suas despesas e finanças, diz quanto ganha e como está gastando os recursos públicos. Além de FHC, compareceram à solenidade, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MT) e o deputado federal Albano Franco (PSDB-SE). (AE)

Beto Barata/AE

Em Nova York (acima), Lula afirmou que a crise pode reduzir o crédito no mundo, por falta de segurança para investir; na ONU (ao lado), o presidente se encontrou com o representante de Botswana

Presidente pede à TAM uma linha entre Brasil e Nigéria Em cerimônia da Embratur em NY, presidente diz que quer fazer turismo

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presidente da TAM, David Barioni Neto, recebeu ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um pedido para que abra uma linha aérea ligando o Brasil à Nigéria. Ele fez essa solicitação ao ser informado de que a TAM começará a voar para Angola. Barioni também informou ao presidente que a companhia passará a ter vôos diários de Salvador para Miami e que até o final do ano serão 170 ligações com os Estados Unidos. Atualmente, são 145. Lula e Barioni conversaram antes da cerimônia de lançamento do programa "Brasil Sensacional", do Ministério do Turismo, cujo objetivo é aumentar o fluxo de turistas estrangeiros para o País Em discurso, Lula informou que anualmente 60 milhões de

turistas norte-americanos viajam pelo mundo. Desses, apenas 700 mil vão ao Brasil. O grupo mais numeroso a visitar o País é o de argentinos, que chega a 1 milhão por ano. Em seu discurso, Lula queixou-se que o Brasil muitas vezes "fala mal de si mesmo", e que essa postura não contribui para aumentar o fluxo de turistas. "Ninguém visita um país pelas coisas desagradáveis, mas sim pelas coisas boas." Para o presidente, é preciso que a indústria de turismo brasileiro esteja preparada e possa "no mínimo colocar cerveja gelada para servir para os turistas." Lula turista – Ele próprio pretende fazer turismo no Brasil. Um de seus projetos, disse, é ir a Alagoas e caminhar no mar com a água pela canela. "Mas só vou poder fazer isso quando sair da presidência",

suspirou. Lula também quer fazer ecoturismo e conhecer as chapadas. O simples passeio a pé por uma quadra, numa manhã amena, na região do hotel Waldorf Astoria, ainda que cercado por seguranças, já foi um momento de prazer para o presidente. Ele comentou que não anda pelas ruas há seis anos e meio. Por isso, nem se importou quando, no trajeto de ida até a cerimônia, foi impedido de entrar no hotel pela porta da frente. Lula teve de entrar pela porta lateral, como os demais convidados, em uma rota diferente da que havia sido traçada por sua equipe de segurança. Após o lançamento do "Brasil Sensacional", Lula foi conhecer, por fora, um ônibus decorado com propaganda do Brasil. O veículo circulará pelas ruas de Nova York. (AE)

Reunião com governadores vai discutir analfabetismo

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que pretende convocar os governadores para discutir políticas especiais para as regiões Norte e Nordeste, principalmente em relação ao combate ao analfabetismo. Ao comemorar os resultados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada, Lula disse que gostaria que os avanços ocorressem mais rapidamente. "Eu quero chamar os governadores do Norte e do Nordeste para que a gente tome algumas atitudes, mais, eu diria, ousadas com relação ao Norte e Nordeste brasileiros", disse Lula, durante o programa semanal de rádio "Café com o Presidente". Para Lula, o Brasil precisa de "muita política social". "Quero fazer essa reunião com os governadores, e, depois, tomar

algumas decisões dentro do governo para a gente melhorar mais rapidamente a situação dos brasileiros que moram em regiões mais empobrecidas", disse Lula. Em seu programa , gravado antes de embarcar para Nova York, Lula disse que ainda há desigualdades regionais. Segundo ele, essa diferença é histórica e secular. O presidente ressaltou que, nos últimos anos, essa desigualdade tem sido reduzida. "A renda do trabalhador tem crescido lá acima da média", citou. A Pnad mostrou que o Brasil amarga índices ruins, com 10% de analfabetos, contra 10,4% em 2006. A taxa é superior a de países como Bolívia, com 9,7%, e Chile, com 3,5%. A região Norte tem cerca de 10% de analfabetos e a região Nordeste, mais de 18% da população. "É preciso ter políticas especiais, porque também na ques-

tão da educação e do analfabetismo há uma discrepância muito grande entre o Sul/Sudeste e o Norte/Nordeste, numa demonstração de que precisamos fazer mais esforço para alavancar ainda mais o Norte e o Nordeste brasileiros, para que o Brasil se torne mais justo e mais igual", disse o presidente, citando a necessidade de melhorias nos índices de coleta de esgoto e de lixo e o combate ao analfabetismo como algumas das prioridades. O presidente ressaltou os resultados positivos da Pnad em relação à melhoria da distribuição de renda no país, como o aumento do emprego. Para Lula, o Brasil mostrou que está no caminho certo, devendo obter um crescimento econômico cada vez maior. "Fiquei feliz com a pesquisa do IBGE, mas gostaria de ter ficado muito mais", acrescentou Lula. (AOG)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Nasdaq

-3,2% -4,2% Ibovespa

15,6

Londres

-2,8% -1,4%

Dia de quedas nas bolsas e alta do petróleo

Fim do alto passivo atrelado ao dólar garante proteção, mas País não está imune à piora do cenário Patrícia Büll

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Na avaliação de Meirelles, desaquecimento mundial deve prejudicar economia brasileira.

Corrida para aprovar pacote Tesouro americano ressalta urgência de medidas e discute mudanças em plano

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Disposição – Líderes finandeputado norte-ame- dindo permissão para gastar. ricano Barney Frank, Ele acrescentou que ainda está ceiros globais disseram estar presidente do Comitê em discussão a definição do prontos para agir, se for nede Serviços Financeiros da Câ- que é uma "instituição finan- cessário, para garantir a estamara dos Estados Unidos, dis- ceira norte-americana", com bilidade do sistema financeise ontem que o governo do pre- direito a participar do plano, e ro internacional e elogiaram sidente George W. Bush acei- que fundos de hedge com ati- as "ações extraordinárias" totou várias mudanças para o vos lastreados em hipotecas madas pelos EUA para lidar plano de socorro ao setor ban- em suas carteiras não deverão com a crise de crédito. "Estacário. Segundo Frank, do Par- participar do programa. mos prontos para tomar quaisquer ações que t i d o D e m o c r a t a d e Spencer Platt/Getty Images/AFP Photo Massachusetts, as mupossam ser necessárias, individualmente danças incluem um tee coletivamente, para to para os bônus a seassegurar a estabilidarem pagos aos executide do sistema finanvos-chefes dos bancos ceiro internacional", que participarem do disseram, em nota, miplano, além de ajuda nistros de Finanças e para mutuários cujas presidentes de bancos hipotecas podem ser centrais do grupo dos executadas. Ele afirsete países mais indusmou, no entanto, que o trializados (o G-7). secretário do Tesouro, Além de apoiar Henry Paulson, é con- Investidores acompanham negociação de pacote ações recentes tomadas tra a limitação dos bônus, que poderia fazer imporPressa – Paulson, por sua nos EUA, as autoridades fitantes empresas ficarem "fora vez, passou os últimos dias nanceiras elogiaram medidas do programa". tentando convencer parla- de outros países do G-7 (tamPara Frank, o plano poderá mentares da necessidade de bém fazem parte do grupo Itáter um impacto positivo nos aprovação rápida do pacote. lia, Japão, França, Canadá, Reimercados financeiros no mes- Segundo ele, o verdadeiro cus- no Unido e Alemanha). "Granmo dia em que for implemen- to do plano "será determinado des bancos centrais têm coortado e poderá acabar custando pela rapidez de recuperação denado ações para responder menos do que os US$ 700 bi- da economia e da estabilização às pressões de liquidez nos mercados de crédito." (AE) lhões que o Tesouro está pe- dos preços dos imóveis". DC

negociação, no Congresso dos EUA, do pacote do governo para recuperar o sistema financeiro em pleno período eleitoral, com republicanos e democratas divergindo sobre os detalhes do projeto, reforçou a desconfiança dos mercados ontem. Os investidores voltaram a procurar as commodities, movimento que provocou forte alta dos preços dos metais e fez disparar 15,6% o preço do petróleo – maior alta em um dia já registrada na Bolsa de Mercadorias de Nova York (o barril fechou a US$ 120,92). Ao mesmo tempo, houve saída maciça de investidores dos mercados de ações. Em São Paulo, o Ibovespa caiu 2,86%, para 51.541 pontos, acompanhando o mau desempenho do Dow Jones (-3,27%) e do Nasdaq (-4,17%). Na Europa, a segunda-feira também foi de perdas, com destaque para Londres (-1,41%), Paris (-2,3%) e Frankfurt (-1,32%). O pacote do governo americano, que prevê aporte de pelo menos US$ 700 bilhões para o sistema financeiro (leia mais nesta página), acabou enfraquecendo o dólar. De acordo com analistas, tamanho esforço pode prejudicar os resultados da economia dos EUA. No Brasil, a moeda americana encerrou os negócios com baixa de 1,91%, para R$ 1,793. Contrapeso – A queda do Ibovespa só não foi mais expressiva ontem porque a disparada do petróleo impediu que as ações da Petrobras acompanhassem o mau humor que tomou conta dos mercados acionários. Os papéis preferenciais da estatal perderam 0,23% no fechamento, enquanto os ordinários terminaram o pregão com valorização de 0,23%. (AE)

por cento foi a alta do preço do barril do petróleo ontem, a maior já registrada em NY.

Meirelles: Brasil pode enfrentar a crise externa

Fotos: Maurício Lima/AFP Photo

DJones

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TUDO EM MATERIAL ELÉTRICO

que faz o Brasil estar menos vulnerável aos efeitos da atual crise financeira no exterior é o fato de o País ter reforçado sua capacidade de enfrentar choques internacionais ao eliminar sua dívida externa e seu passivo público indexado ao dólar. A avaliação foi feita ontem pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em seminário na Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). Segundo Meirelles, sempre que ocorre uma crise de confiança ou de liquidez, como agora, os investidores estrangeiros começam a repatriar recursos. Esse movimento gera pressão sobre a taxa de câmbio – no caso do Brasil, apreciando o dólar em relação ao real. "Em crises anteriores, como boa parte da dívida pública brasileira era indexada ao dólar e a externa era dolarizada, ocorria um aumento da dívida pública total, o que reforçava a crise de confiança", afirmou. "Na crise atual existe a mesma pressão, mas como a dívida brasileira não tem mais parcela dolarizada e o País tem reserva internacional suficiente para se tornar um credor líquido, não há mais aumento da dívida total. Em função disso, não há queda de confiança." Para ele, entretanto, essa melhora não significa que o Brasil está imune à crise. "Por conta dos problemas nos Estados Unidos, espera-se desaceleração do crescimento mundial, o que levará um desaquecimento do Brasil. Mas, agora, em uma escala menor."

Relembrando seus tempos na iniciativa privada (Meirelles foi presidente mundial do BankBoston), o dirigente do BC disse que, quando participava de eventos como o de ontem em vários países, dizia-se que, quando o mundo ia muito bem em termos econômicos e de crescimento, o Brasil ia bem. E, quando o mundo ia mal, o Brasil ficava muito pior. "Hoje, o mundo vai mal e o Brasil, apenas bem", resumiu. Para reforçar essa afirmação, ele lembrou que, enquanto as principais potências mundiais desaceleram, o Brasil registrou um crescimento de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nos 12 meses encerrados em junho, teve geração de cerca de 2 milhões de empregos formais no mesmo período, entre outros indicadores positivos. "Tudo isso dá força à economia interna." Aperto necessário – Embora não tenha tocado na questão do aperto monetário, que já elevou a taxa básica de juro (Selic) para a 13,75% ao ano, Meirelles disse que essas conquistas do Brasil se devem a uma "política monetária do Banco Central comprometida com o regime de estabilidade monetária, de inflação na meta, o que também dá credibilidade ao sistema, fazendo com que aumentassem muito os investimentos no Brasil". Quanto ao plano de recuperação do sistema financeiro dos EUA anunciado pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, Meirelles disse que é o caminho correto para que os bancos voltem a operar normalmente. "Embora seja um movimento muito dispendioso para o contribuinte no futuro, não há dúvida que é o caminho adequado, a linha correta. Todos esperamos que o plano seja bem-sucedido."

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Ano 84 - Nº 22.714

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Conclusão: 23h55

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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2008

Newton Santos/Hype

Alta recorde de petróleo; Pacote de 700 bilhões em ebulição; Ações e dólar em queda; E uma pitada de perigo à brasileira.

A atração do novo Magazine Luiza Panelas de pressão: estrelas entre as ofertas na rede que abriu 44 novas lojas em SP. E 10

SOB PRESSÃO E 1, E 3 e Opinião, pág. 3 Eduardo Knapp/Folha Imagem

Fonfom, fonfom... Sai da frente! É o Dia Sem Carro Você notou ontem o Dia Mundial Sem Carro? Só ciclistas comemoram, à noite. E houve um protesto, o "vaga viva", com placa respeitando o rodízio (foto).

Foi um dia de compra de carros Gerente de concessionária Chevrolet comemora as boas vendas em plena segunda-feira de deixar o carro em casa O Dia Mundial Sem Carro: Pág. 6, C 1, C 2, e E 8

Capitão dos mares ensaia defesa do pré-sal

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Atentado com carro em Jerusalém

Motorista palestino deixa 19 feridos. Pág. 9 Marco Longari/AFP

Jobim acompanha exercício militar, pág. 5

Pedro, o Grande, navega rumo a Chávez, o Amigo HOJE Parcialmente nublado Máxima 22º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 12º C.

DC

Manobras russo-venezuelanas, pág. 9

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sistemas fazem o monitoramento das transações eletrônicas, combatendo fraudes

ANÁLISE DE CRÉDITO PARA PEQUENAS E MÉDIAS

ALFER

Riscos sob controle Agliberto Lima/DC

A C&M Software lançou o Neural Risk Persona: FraudeFree, que usa conceito de rede neural e inteligência artificial para avaliar o grau de risco de transações eletrônicas INALDO CRISTONI

C

om o lançamento do Neural Risk Persona: FraudeFree, a C&M Software marca presença no pequeno e médio varejo online, oferecendo preços bastante atraentes, segundo o diretor Orli Machado. "O lojista não precisa fazer a instalação do software, através de uma interface ele recebe avisos de autorização ou não das vendas", informa, acrescentando que o valor pago "é da ordem de centavos por transação". As funcionalidades são outro atrativo. O sistema contém três módulos independentes, que também utilizam o conceito de rede neural e inteligência artificial para avaliar o grau de risco de transações eletrônicas: o Credit

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Score e o Sale fazem a avaliação do score (pontuação) do cliente nos momentos do cadastro e da venda por meios de pagamento eletrônico, respectivamente. Já o módulo Biometric Service lança mão de recursos da identificação por biometria para certificar positivamente o comprador através de características físicas da sua voz. Uma central automática de atendimento gera uma ligação telefônica para o comprador e faz uma série de perguntas previamente programadas para validar a transação. "Isso é feito sem interferência humana", esclarece Machado. As variáveis que compõem o banco de dados incluem ocupação, renda, número IP que origi-

nou o cadastro do cliente, endereço de e-mail, renda por CEP. "É muito comum o filho comprar algum produto com o cartão do pai", exemplifica o Machado. Até mesmo a associação entre agências, bancos, operadora de cartão e regiões é considerada para identificar uma possível fraude. De acordo com Machado, o sistema analisa a capacidade de endividamento de um cliente. Caso seja detectada a inclusão de uma ou mais informações cadastrais em uma lista negra (black list), o sistema automaticamente aciona outros procedimentos para identificação da fraude ou para reconhecer a validade da operação.A empresa também garante o pagamento ao lojista de transações autorizadas

que resultaram em fraudes. Monitoramento gratuito - No mercado desde 2000, a Clear Sale pretende lançar em outubro um serviço gratuito de monitoração de transações não-presenciais para pequenos e médios sites de comércio eletrônico, informa o diretor Pedro Chiamurela. A empresa analisa e atesta a autenticidade da operação. Se o nível for crítico, o lojista pode solicitar uma avaliação mais detalhada do evento usando a ferramenta eClear Sales. "Nesse caso, ele será cobrado", explica. Com a novidade, a expectativa da empresa é chegar ao final do ano com um volume superior a mais de 1 milhão de transações analisadas por mês.

Um raio-x do consumidor s soluções desenvolvidas pela C&M Software e FControl são baseadas no conceito de rede neural e inteligência artificial, que permite o monitoramento das transações eletrônicas a partir de variáveis que ressaltam os aspectos positivos do consumidor, tais como histórico de pagamento, fidelidade cadastral, tipos de compras, localização geográfica, idade, entre outros. Informações fornecidas pelos varejistas são consolidadas em uma base de dados, alimentada e atualizada constantemente, para fazer o mapeamento de comportamentos que fogem do padrão. "O grau de assertividade chega a 99,6%", garante Rene Abe, vice-presidente da Buscapé

Financial Service, fazendo referência à solução FControl, des e n v o l v i d a p e l a e m p re s a d e mesmo nome que no início do ano foi adquirida pela Buscapé. Segundo ele, o FControl utiliza uma metodologia que se baseia na análise da transação – e não no perfil do comprador, como normalmente acontece no procedimento de análise de crédito – e no cruzamento de aproximadamente 1.600 vetores de identificação de padrão de fraude contidos na rede neural. Na prática, o software avalia se alguma transação se alinha com alguns desses vetores para determinar a taxa de risco. O software contém uma ferramenta de workflow, que ajuda o pequeno varejo online no traba-

lho de organização do processo de análise de fraude: os pedidos são organizados em uma espécie de fila, classificados conforme o grau de rico (baixo, médio e alto) e analisados por uma equipe de profissionais especializados antes de ser autorizados. Meios de pagamento - Através da Pagamento Digital, outra empresa adquirida pela Buscapé no início do ano, o pequeno lojista tem acesso a um gateway que lhe possibilita contar com todos os meios de pagamento necessários para operar na internet. "Temos clientes que faturam até R$ 5 mil reais por mês que ficam fora do escopo das operadoras porque são pequenos ou não estão bem equipados e, portanto, são alvo de fraudes", explica Rene.

Uma equipe de profissionais da Pagamento Digital analisa as transações eletrônicas e autoriza a entrega do pedido caso não identifique riscos. Se mesmo assim houver fraude, a empresa garante o pagamento ao lojista, evitando prejuízo com o Chargeback. O serviço é gratuito e atende também os consumidores: o cancelamento do pagamento ao lojista ocorre em situações em que entrega mercadoria fora do prazo e fornece produto errado ou com defeito. René afirma que a Pagamento Digital tem aproximadamente 2.300 pequenas lojas virtuais como clientes, enquanto a FControl conta com mais de 1850 estabelecimentos de médio e grande portes em sua carteira. (I.C.)

De olho nos golpistas

A

busca constante de pontos vulneráveis que podem comprometer a segurança é um dos grandes desafios dos sites de comércio eletrônico. Isso porque novas brechas que não foram previstas no projeto original de segurança podem surgir, oferecendo riscos tanto para o lojista como para o consumidor. Segundo Sérgio Souza Leandro, diretor executivo da OS&T, uma prática comum dos invasores é

lançar um código para burlar os mecanismos de proteção. "Devido a uma falha, o sistema pode identificar uma conexão como sendo de um usuário autorizado. O fraudador descobre, então, que pode entrar no site", diz. Outra prática bastante comum é iludir o consumidor com páginas falsas de sites de comércio eletrônico. Ao acessar a página para efetuar um pedido, dados como número de cartão de crédito e senha são capturados. (I.C.)


terça-feira, 23 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Agronegócio Finanças

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PAÍS É AUTO-SUFICIENTE EM ARROZ

ARROZ CASEIRO NO MUNDO

Dólares é o pico esperado para o valor da tonelada do produto neste ano.

Nelson Almeida/AE

Divulgação

País deve chegar a 700 mil toneladas em vendas externas do grão. Um salto de 153%, se comparado às 313 mil toneladas vendidas no ano passado.

A

s exportações brasileiras de arroz devem alcançar 700 mil toneladas em 2008. Nesse caso, o crescimento será superior a 153% em relação a 2007, quando foram embarcadas 313 mil toneladas. De março a agosto, as vendas externas somaram 400 mil toneladas. O avanço foi obtido graças à melhoria da qualidade do cereal e de procedimentos de logística. "O setor está bem preparado, mais atento aos custos de fretes", afirma o diretor comercial do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Rubens Silveira. Segundo ele, o preço do produto no mercado internacion a l d e v e m a n t e r- s e e n t re US$ 500 e US$ 600. Acima dos US$ 370 de outubro de 2007, mas abaixo dos preços do primeiro semestre, quando chegou a US$ 900 pela tonelada. Há quatro anos o Brasil passou a vender para o mercado externo, dominado por asiáticos como Tailândia e Vietnã. De 2004 a 2006, o País exportou para o continente africano quase 900 mil toneladas, mas de produto com baixa qualidade. Agora, o percentual de grão com qualidade inferior

que vai para a África é de aproximadamente 38%. Os africanos consomem 9,9 milhões de toneladas de arroz ao ano, próximo da produção brasileira, de 12 milhões de toneladas. Atualmente, o Brasil exporta para 32 países, sendo o maior volume destinado à África e América Latina. Os países do Caribe estão deixando de comprar dos Estados Unidos. "Estão se libertando da dependência", disse. Os principais destinos do produto brasileiro foram a Mauritânia, com 23 mil toneladas, e o Senegal, com 23,8 mil toneladas. Entre os destaques estão a abertura do mercado cubano que comprou 32,2 mil toneladas de arroz beneficiado e a operação com a Venezuela, de 17,3 mil toneladas de arroz em casca e 8 mil toneladas de arroz beneficiado. Para vender à África, o Brasil leva vantagem sobre Tailândia e Vietnã pela proximidade, o que reduz o custo de frete. Do Porto de Rio Grande, no RS, o navio leva 12 dias. Para chegar à África e à Ásia, são 36 dias. Ainda em setembro, está prevista a conclusão das obras no Terminal de Exportação da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), o que permitirá maior agilidade nas operações externas.

O preço do arroz no mercado internacional deve manter-se entre US$ 500 e US$ 600 por tonelada. Bem acima dos US$ 370 de outubro de 2007.

Mercado interno forte

O

arroz proveniente da Argentina e Uruguai deve somar 900 mil toneladas, o que representa 300 mil toneladas a menos que a média dos últimos 18 anos. A

redução foi provocada pelo avanço dos preços no mercado internacional que fizeram com que os países vizinhos vendessem para outras nações. O Uruguai, por exemplo, produz 1,3 milhão de toneladas e consome apenas 100 mil. As empresas brasileiras que

recebem arroz desses locais tiveram que se abastecer no mercado interno, reduzindo margens. Embora o Brasil tenha auto-suficiência em produção do cereal, existe a preferência por importar da Argentina e Uruguai pela questão tributária e logística. A América do Sul tem

deficiência de 2,6 milhões de toneladas. Parbolizado - As exportações de arroz parbolizado avançam. Já representam 20% do total dos embarques. Segundo Silveira, o mundo está procurando por produtos com mais valor agregado.

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2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008


C idades Em SP, carros DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008

1 Na avenida Paulista, ciclistas reivindicaram maior respeito por parte dos motoristas.

Eduardo Knapp/Folha Imagem

estragam a festa do Dia Sem Carro É Cidade viveu a mesma rotina de congestionamentos, com 143 km às 19h

bem provável que boa parte dos paulistanos nem tenha percebido que ontem foi o Dia Mundial Sem Carro. Dona da maior frota do País (4,6 milhões de veículos), que cresce à razão de 800 carros por dia, a cidade não teve sua rotina alterada. Em outras palavras, o trânsito foi exatamente o de todos os dias: congestionado. Na verdade, São Paulo está criando sua própria tradição para comemorar o Dia Mundial Sem Carro. Ontem foi a quarta vez que a cidade participou do evento, com outras 32 cidades brasileiras e quase 2 mil de outras partes do mundo. E, pela quarta vez, os carros estragaram a festa, provocando uma lentidão média de 50,3 quilômetros, ante 49,7 km das três primeiras segundas-feiras deste mês. No início do dia, os índices indicavam que neste ano seria diferente e que os paulistanos teriam aderido ao movimento. Nos horários de pico da manhã (entre 8h e 10h) a lentidão média foi de 61 km, ante 76,7 km das primeiras três semanas anteriores, uma queda de 20%. Mas a situação começou a mudar no início da tarde e os índices se mantiveram altos pelo resto do dia. No pico da noite (entre 17h e 20h), a lentidão média foi de 96 km, ante 88 km das outras segundas-feiras, um aumento de 10%. Às 19h, porém, o índice bateu 143 km. À noite, centenas de ciclistas se reuniram na avenida Paulista para um passeio coletivo. Além disso, eles pintaram "ciclofaixas" na rua Bela Cintra e colocaram placas, indicando que os carros devem respeitar uma distância lateral de 1,5 metro ao ultrapassar um ciclista. Um outro grupo organizou uma "vaga viva", com pessoas carregando barras no formato de um carro pelas ruas da cidade, para mostrar que o espaço ocupado pode ser aproveitado por um número maior de pessoas. A São Paulo Transporte (SPTrans) organizou uma exposição com ônibus antigos na arena de eventos do Parque do Ibirapuera, que vai até domingo. O Dia Mundial Sem Carro também teve pouca adesão no resto do País. O número de cidades praticamente caiu pela metade em relação a 2007, quando 61 participaram. Para Débora Possa, da organização não-governamental (ONG) Rua Viva, a proximidade das eleições foi o principal fator para a queda. "Muitos prefeitos não participaram com medo de infringir a legislação eleitoral."

Rafael Lasci/Futura Press

Manifestante participa da operação "vaga viva" na Paulista: armação ocupa o mesmo espaço de um carro Fotos de Maurício Lima/AFP

Ciclista participa de manifestação pró-bicicletas na avenida Paulista

143

km foi o índice de congestionamento registrado ontem à noite, contra 88 km na última segunda-feira.

Pesquisa – O paulistano já admite restringir mais ainda o uso de seu carro durante a semana. Pelo menos é o que indica pesquisa divulgada ontem pelo Movimento Nossa São Paulo, encomendada ao Ibope. Pelos dados, 54% dos entrevistados aceitariam ampliar o rodízio de um para dois dias. A pesquisa também apontou uma expressiva queda na rejeição ao transporte público. No caso dos ônibus, por exemplo, 21% disseram, em 2007, que "nunca usariam o coletivo". Este ano, foram apenas 3%. Caiu também a rejeição ao metrô (de 18% em 2007 para 8% este ano), aos trens (de 19% para 11%) e à bicicleta (de 34% para 21%). Ouvido pelo DC, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, disse que a Prefeitura não adotará medidas restritivas ao uso do carro. Mais informações sobre o Dia Mundial Sem Carro na página seguinte e nas páginas 6 de Política e 8 de Economia.

Dia Sem Carro não foi capaz de reduzir os congestionamentos na cidade

Centenas de ciclistas realizaram ontem à noite um passeio coletivo na avenida Paulista e pediram respeito


terça-feira, 23 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


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Empresas Nacional Va r e j o Finanças

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ÉPOCA DE PENSAR NO PRESENTE DO DIA DA CRIANÇA

20

por cento mais é o que o comércio espera vender no Dia da Criança em relação à data de 2007.

EU QUERO!

Vanessa Rosal

S

"Tweens" incrementam vendas tecnológicas Indústria lança celulares especiais para as crianças. Câmaras digitais também são desejadas.

Crianças pedem aos pais produtos de última geração. 48% delas possuem celular e 47% sua própria TV.

O vendedor Ferreira está otimista com as preferências da meninada: previsão de altas nas vendas.

urbanos, carros e chamas. Ambos possuem câmera com 1.3 megapixels, que pode ser ativada por um simples toque na tecla de navegação e ajustada para o modo noturno, além de zoom digital de quatro velocidades. De acordo com o gerente da loja TI Mobile, no Shopping D, Rogério Ferreira, apesar de as crianças gostarem dos aparelhos mais sofisticados, os pais acabam comprando os mais

ficas, Ipods e o "MP7", aparelho celular com rádio, câmera digital e TV embutida. Otimista com as preferências, Ferreira espera aumento entre 15% e 20% nas vendas neste ano. Para a gerente de marketing do Shopping D, Elaine Leonel, a tecnologia deve ser vista como um aprendizado para as crianças. "Elas querem ganhar produtos eletrônicos e os pais adoram comprar. É sempre bom descobrir coisas novas."

Fotos: Milton Mansilha/ Luz

aem de cena bonecas e carrinhos, entram câmeras digitais, celulares, filmadoras, mp3 players, iPods e até notebooks. Acostumados com o computador e com a tecnologia desde que nasceram, meninos e meninas entre 8 e 14 anos, (os chamados "tweens" , da palavra between – entre – do inglês) pedem coisas cada vez mais sofisticadas e caras no Dia das Crianças. Com base nessas aspirações da meninada, os lojistas de produtos eletrônicos esperam aumento de até 20% nas vendas em relação às realizadas no ano passado. Para os tweens, não há mais vida sem computador, blog, Orkut, MSN e DVD no quarto. Com grande influência nas decisões de compra das famílias, o que já chama a atenção das indústrias, as crianças e préadolescentes de hoje estão cada vez mais "tecnológicos". Um estudo do Instituto de Pesquisa Millward Brown feito com esse público nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, em 2007, mostra que 47% têm sua própria TV e 26% têm computador. O mundo wireless também é extremamente familiar para o grupo: 48% têm celulares, o dobro do número apurado na pesquisa anterior, feita em 2002. Visando esse público, a Mattel, em parceria com a Sony Ericsson, lançou dois modelos customizados de telefone celular. Para as meninas, o Z320 Barbie é delicado e feminino, em tons rosa ligados ao universo da boneca. Para os meninos mais radicais, o celular Z320 Hot Wheels vem com visual preto, grafismos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

simples, só com câmera digital embutida. "E a conta é sempre na modalidade pré-paga, para controlar os gastos dos pequenos." Os celulares coloridos e os acessórios com estampa de personagens infantis são os mais procurados na véspera do Dia das Criança. "Nossa expectativa é a de vender 20% mais em relação a 2007". Fatia maior – Segundo a ebit, consultoria em comércio eletrônico, as vendas de pro-

Dia sem carro, bom para ir à concessionária.

dutos tecnológicos para o dia 12 de outubro correspondem a aproximadamente 14% do total, enquanto, para os brinquedos, esse valor gira em torno dos 6%. O gerente da loja Kid's Games, Rogério Ferreira, por exemplo, diz que a data já tem posição de destaque no calendário oficial das boas vendas. "Temos consumidores a partir dos cinco anos de idade", diz. Na preferência infantil, destaque para as câmeras fotográ-

A expectativa do empreendimento é de que as vendas aumentem 15% no Dia da Criança em relação à mesma data do ano passado. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as vendas do setor no 1º semestre cresceram 11% na comparação com igual período do ano passado. Para 2008, a expectativa dos fabricantes é de alcançar faturamento de R$ 123,7 bilhões.

Fábio D'Castro/ Hype

Comprador explica que nem todos podem contribuir com a qualidade de vida e aderir ao Dia Mundial Sem Carro. Alguns dependem do veículo para obter o seu ganha-pão. Concessionária da Rua Consolação, em São Paulo, diz que fechou muitos negócios ontem. SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS COMUNICADO - ABERTURA DE LICITAÇÃO A Supervisão Geral de Abastecimento - ABAST, da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras - SMSP, comunica às empresas interessadas, que encontram-se abertas licitações, na modalidade de Concorrência, para preenchimento de áreas nos Mercados Municipais Penha, Guaianases, Ipiranga, São Miguel, Tucuruvi, Ipiranga, Santo Amaro, Lapa, Pirituba e Central Leste de Abastecimento, através de Permissão de Uso concedida a título precário e oneroso, para os locais e nos horários abaixo relacionados. As empresas interessadas poderão obter o edital e seus anexos, até o último dia útil que anteceder à data da abertura do certame, na Assessoria Jurídica do Gabinete de ABAST, localizada na Rua da Cantareira, 216 - 1º andar - Centro, no horário das 09:00 às 15:00 horas, mediante a entrega de um “CD-R” não utilizado, com capa de proteção; ou nos endereços eletrônicos http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br e http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/abastecimento/mercados. Informações pelo tel. 3313-3365 - ramais 214 e 215. Mercado Municipal Antonio Emydio de Barros - Penha - Av. Gabriela Mistral, 160 - Penha Concorrência nº 076/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.186.281-3 - Ramo: LATICÍNIOS E FRIOS - Box nº 19 - Área de 46,03 m² - Data 27/10/2008 - Entrega do envelope: 09:45 h/Abertura 10:00 h. Mercado Municipal Leonor Quadros - Guaianases - Praça Pres. Getúlio Vargas, s/nº Guaianases Concorrência nº 077/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.223.820-0 - Ramo: BAZAR E ARMARINHOS - Box nº 25 - Área de 18,00 m² - Data 27/10/2008 - Entrega do envelope: 10:45 h/Abertura 11:00 h. Concorrência nº 078/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2002-0.217.857-5 - Ramo: LANCHONETE - Box nº 42 - Área de 25,00 m² - Data 27/10/2008 - Entrega do envelope: 11:45 h / Abertura 12:00 h. Mercado Municipal José Gomes de Moraes Neto - Ipiranga - Rua Silva Bueno, nº 2109 Ipiranga Concorrência nº 079/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2007-0.234.775-9 - Ramo: HORTIFRUTÍCOLA - Box nº 08 - Área de 68,40 m² - Data 27/10/2008 - Entrega do envelope: 13:45 h / Abertura 14:00 h. Concorrência nº 085/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2007-0.137.708-5 - Ramo: EMPÓRIO TÍPICO - Box nº 38 - Área de 30,00 m² - Data 28/10/2008 - Entrega do envelope: 14:45 h/Abertura 15:00 h. Mercado Municipal Dr. Américo Sugai - São Miguel - Av. Marechal Tito, 567 - São Miguel Concorrência nº 080/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.208.619-1 - Ramo: PEIXARIA Box nº 11 - Pavilhão A - Área de 39,00 m² - Data 27/10/2008 - Entrega do envelope: 14:45 h/Abertura 15:00 h. Concorrência nº 081/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.200.816-6 - Ramo: ROTISSERIA - Box nº 07 - Pavilhão B - Área de 32,00 m² - Data 28/10/2008 - Entrega do envelope: 09:45 h/Abertura 10:00 h. Concorrência nº 082/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.200.786-0 - Ramo: LANCHONETE - Box nº 29 - Pavilhão B - Área de 37,00 m² - Data 28/10/2008 - Entrega do envelope: 10:45 h / Abertura 11:00 h. Mercado Municipal Waldemar Costa Filho - Tucuruvi - Av. Nova Cantareira, 1686 Tucuruvi Concorrência nº 083/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.200.803-4 - Ramo: ARTESANATO - Box nº 15 - Área de 22,80 m² - Data 28/10/2008 - Entrega do envelope: 11:45 h/Abertura 12:00 h. Concorrência nº 084/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2005-0.233.493-9 - Ramo: ADEGA - Box nº 05 - Área de 27,80 m² - Data 28/10/2008 - Entrega do envelope: 13:45 h/Abertura 14:00 h. Central Leste de Abastecimento - Av. Imperador, 1900 - São Miguel Concorrência nº 086/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2005-0.208.561-0 - Ramo: LATICÍNIOS E FRIOS - Box V-09 - Área de 50,00 m² - Data 29/10/2008 - Entrega do envelope: 09:45 h / Abertura 10:00 h. Mercado Municipal de Santo Amaro - Rua Ministro Roberto Cardoso Alves, 359 - Santo Amaro Concorrência nº 087/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.231.373-2 - Ramo: LANCHONETE - Box nº 28 - Área de 42,10 m² - Data 29/10/2008 - Entrega do envelope: 10:45 h/Abertura 11:00 h. Mercado Municipal Rinaldo Rivetti - Lapa - Rua Herbart, 47 Concorrência nº 088/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.180.786-3 - Ramo: DOÇARIA Box nº 29 - Área de 7,25 m² - Data 29/10/2008 - Entrega do envelope: 11:45 h / Abertura 12:00 h. Mercado Municipal de Pirituba - Rua Almirante Isaias de Noronha, 163 - Pirituba Concorrência nº 089/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2005-0.261.784-1 - Ramo: LATICÍNIOS E FRIOS - Box nº 03 - Área de 50,00 m² - Data 29/10/2008 - Entrega do envelope: 13:45 h Abertura 14:00 h. Concorrência nº 090/SMSP-ABAST/2008 - Processo 2008-0.079.580-2 - Ramo: AÇOUGUE Box nº 06 - Área de 50,00 m² - Data 29/10/2008 - Entrega do envelope: 14:45 h/Abertura 15:00 h.

E

nquanto algumas pessoas optaram por usar ônibus, metrô e bicicleta no Dia Mundial sem Carro, outras aproveitaram para... comprar um veículo novo. "Infelizmente, sou obrigado a não contribuir com a qualidade do ar paulistano, porque preciso visitar meus clientes todos os dias, não tem jeito", disse ontem o vendedor autônomo Oroval Passarelli Filho. Aproveitando a tranqüilidade da segunda-feira, ele foi à concessionária Chevrolet da rua da Consolação adquirir um carro zero quilômetro. Junto com a esposa Ana Cláudia, escolheu o modelo Corsa Classic, pelo valor de R$ 27,9 mil. "Meu carro anterior estava com 140 mil quilômetros roda-

Vendas de automóveis estão em constante crescimento. Comércio do setor diz que vão continuar assim.

dos, e tinha só dois anos de uso. Minha mulher e eu viemos de Valinhos, no interior, porque achamos o preço da loja razoável," explicou O casal faz parte de um universo de consumidores que cresce a cada ano. Nos oito primeiros meses de 2008, as vendas de automóveis no Brasil

acumularam aumento de 26,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 1,94 milhão de unidades comercializadas. Na comparação com agosto de 2007, quando foram vendidos 235,2 mil veículos, as vendas tiveram aumento de 4%. Para setembro, as montadoras apostam que os resultados serão melhores que os de igual mês de 2007, quando os negócios atingiram a soma de 204 mil veículos. O gerente de vendas da concessionária, Márcio Demenis, disse que no primeiro semestre do ano as vendas aumentaram 30% e a expectativa é de manter o crescimento até dezembro. Segundo ele, o Dia Mundial sem Carro não afetou as vendas ontem. Até cinco horas da tarde, quatro carros já tinham sido vendidos. "O dia não acabou. Ainda deveremos vender mais três veículos, quantidade muito boa para uma segundafeira," comemorou. Já na concessionária Kia, próxima dali, o dia não foi tão bom. De acordo com o consultor de negócios Sergio Bozian, nenhuma venda tinha sido fechada até o final da tarde. "Não

Oroval e Ana Cláudia: Corsa novo

sei se foi o Dia Mundial Sem Carro que influenciou os compradores, mas que as vendas estão fracas, estão", disse. França, a pioneira – A primeira cidade a marcar uma data para colaborar com a qualidade de vida e combater os problemas ambientais gerados pelos automóveis foi Paris, em 22 de setembro de 1997. Em São Paulo, o evento é realizado desde 2005, sob a coordenação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. (VR) (Leia mais nas páginas 1 e 2 do caderno de Cidades).


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Ambiente Educação Tr â n s i t o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 23 de setembro de 2008 Newton Santos/Hype - 24/06/2008

Clientes mais ricos não gostam das vans dos bares para não ter de mostrar onde moram.

ESTABELECIMENTOS AMARGAM PREJUÍZO

Lei Seca: nos bares, movimento caiu 40%

Fotos de Milton Mansilha/Luz

Promoções oferecidas aos clientes, como transporte gratuito, não evitou o prejuízo Milton Mansilha/Luz - 17/07/2008

Ciclovia de 1,3 quilômetro na avenida Nova Faria Lima: sua utilização ainda está ligada ao lazer

Para paulistano, bicicleta é lazer Uso como meio de transporte ainda depende da construção de mais ciclovias Ivan Ventura

Em vários bares da cidade, carro foi colocado à disposição para levar clientes em casa, para driblar Lei Seca

Paula Cunha

P

assados três anos da inclusão do Dia Mundial sem Carro no calendário oficial de comemorações em São Paulo, a bicicleta ainda é vista pelo paulistano como uma espécie de brinquedo a ser usado nos parques. A b ik e ainda está longe de ser uma alternativa ao transporte individual. Dos 4,5 milhões de bicicletas existentes na Capi- Segundo secretário, a ciclovia da avenida Radial Leste será ampliada tal, apenas 340 mil são utilizadas na locomoção diária do Além disso, pelo Código de com 15 quilômetros de via expaulistano, ao longo de 24 Trânsito Brasileiro (CTB), a clusiva para bicicletas", inforquilômetros de ciclovias. bicicleta pode circular na mou o secretário. Desse total, 19 quilômetros faixa da direita de uma rua Ranking – Se a adesão do estão nos parques. ou avenida. É uma dura bri- brasileiro à bicicleta como A pesquisa de Origem e ga com o motorista de ôni- meio de transporte ainda é Destino realizada este ano bus, que faz de tudo para pequena, curiosamente o pela Companhia do Metrô re- nos tirar do caminho, disse Brasil é um dos líderes de vela que, do total de bicicletas Sandra Regina, que diz ser produção e consumo de biciexistentes na Capital, menos utópico centenas de quilô- cletas no mundo. Segundo de 10% é usada como meio de metros de ciclovias em uma dados Associação Brasileira transporte. Em 2003, a mes- cidade como São Paulo. de Motocicletas, Bicicletas e ma pesquisa apontava que O secretário municipal do similares (Abraciclo), o País cerca de 160 mil usavam a bi- Ve rd e e M e i o A m b i e n t e , é o terceiro em produção e o cicleta com esse fim. Eduardo Jorge, pensa de for- quinto no consumo. A proEm cinco anos, o número ma semelhante. "É inviável dução de 5, 5 milhões de unide pessoas que aderiram às (um grande número de ciclo- dades/ano fica quase que tobikes dobrou, mas a rejeição vias). Os carros ocuparam to- talmente no Brasil. A China do paulistano à bicicleta ain- dos os espaços", disse. lidera esse mercado: vende da é a maior entre as várias alO secretário informou que internamente 27 milhões de ternativas ao carro. Para a ad- quando assumiu a pasta, em unidades/ano e produz 80 ministradora do Clube do 2005, a cidade não tinha ciclo- milhões, boa parte exportaAmigo da Bike, Sandra Regi- vias. Hoje são 5 quilômetros da para o Japão. na Affonso França, a mingua- (sem contar os 19 km nos parA produção mundial anual da adesão à bicicleta está liga- ques) e até o fim do ano deve- de bicicletas é de 130 milhões da ao reduzido número de ci- rão ser entregues mais 25 qui- de unidades, um salto de 22 clovias na cidade e, até mes- lômetros. "Além disso, va- milhões em relação aos númem o , a o d e s r e s p e i t o d o s mos deixar pronto um plano ros de 1970. Para efeito de commotoristas com os ciclistas. de ampliação das ciclovias. O paração, nos anos 70, a produ"As ciclovias não levam a próximo prefeito poderá es- ção mundial de veículos era lugar nenhum, como é o ca- tendê-las para 100 quilôme- praticamente idêntica. Hoje, so da avenida Nova Faria Li- tros. Hoje, a proposta mais ela é de aproximadamente 50 ma, com 1,3 quilômetros. adiantada é a do Butantã, milhões de unidades/ano.

Governo paulista aperta o cerco na cobrança de multas

P

ara fazer o licenciamento, os proprietários de 485 mil veículos registrados no Estado de São Paulo terão de pagar, sem desconto, quase 850 mil multas aplicadas e não pagas desde 2004. São R$ 109,5 milhões em infrações cometidas em outras unidades da federação e em trechos paulistas de rodovias federais que, até ontem, não impediam a regularização destes automóveis. A cobrança começou a ser feita pela Secretaria de Estado da Fazenda após receber, no sábado, a base de dados do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf). Com os dados do Renainf em mãos, a Secretaria da Fazenda de São Paulo terá como bloquear o licenciamento do veículo que tiver dívidas. (AE)

Mário Miranda/Luz - 26/07/2008

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pesar de todas as estratégias para manter a clientela após a entrada em vigor da Lei Seca – que inclui táxis para os clientes irem para casa – os estabelecimentos registraram queda de 40% no movimento desde a adoção da lei, há três meses. Nos restaurantes, a queda foi de 20%. Os dados são da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A lei resultou, ao mesmo tempo, em uma queda expressiva de 43,6% no total de feridos na Grande São Paulo, segundo a secretaria estadual de Saúde (leia texto ao lado). No Bar Porto Luna, no Itaim, zona sul, a saída para conter a queda inicial de 30% no movimento foi oferecer um jantar completo à pessoa escolhida para ser o motorista dos grupos que freqüentam o estabelecimento. Ele é composto de prato principal, sobremesa, bebidas sem álcool e café. O dono do bar, Marcelo Melo, explica que a promoção foi criada 15 dias após a implantação da lei e, na mesma semana, já houve recuperação de 10% no movimento. Agora, ele avalia que a freqüência está 13% inferior aos níveis observados antes de 20 de junho. O diretor da Abrasel, Joaquim Saraiva, explica que os estabelecimentos mais afetados pelas medidas são os localizados próximos às empresas e escritórios que realizavam o tradicional happy hour e eram freqüentados por seus funcionários. Segundo ele, as alternativas oferecidas pelos bares e restaurantes não conseguiram reverter o quadro. A oferta de transporte com vans até a casa dos clientes não foi bem aceita nos locais freqüentados pela população de maior poder aquisitivo porque, segundo Saraiva, teme mostrar onde mora, por razões de segurança. Tolerância – Joaquim Saraiva acredita que a única saída seria a flexibilização da lei e aumento do limite de consumo do álcool. "Na Espanha e no Canadá, o limite é de 6%. Nos Estados Unidos, passa para 8%. O índice de 0,2% adotado no Brasil é muito rígido", opina. O diretor jurídico da Abrasel, Percival Maricato, explica que entrou com um pedido de habeas-corpus contra a Lei Seca no Supremo Tribunal Federal. Na opinião de Maricato, se a questão for julgada "juridicamente, com isenção", a lei será derrubada. Ele argumenta que a queda nas mortes no trânsito caíram não pela proibição do consumo de álcool, mas pela fiscalização que se intensificou

Nos grandes centros, fiscais ajudam a reduzir número de acidentes

Nas estradas, número de acidentes cai menos

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alanço divulgado ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que a tendência de queda dos acidentes fatais em setembro foi menor do que a registrada nos dois primeiros meses da lei. No primeiro bimestre de vigência da lei, a redução do número de acidentes com mortes foi de 13,6% quando comparada com o mesmo período de 2007. Quando se analisa o trimestre, porém, a redução foi menos animadora: 8%. Para o chefe da divisão de multas da Polícia Rodoviária Federal, Jerry Adriane Dias Rodrigues, esses índices refletem a queda da fiscalização, principalmente nas cidades. "Boa parte dos pequenos municípios não têm estrutura para vigiar todos os motoristas, o tempo todo", observa Dias Rodrigues. Ele reconhece que quanto menor a fiscalização, maior o risco de a população desconsiderar a lei seca.

"Embora os ganhos no primeiro bimestre tenham sido significativos, há sempre a tendência da pessoa retomar antigos comportamentos. Até que o novo hábito esteja definitivamente incorporado, é preciso garantir a fiscalização", completou. A lei que entrou em vigor dia 20 de junho proíbe a venda de bebidas alcoólicas ao longo das rodovias federais. Dias Rodrigues observa, no entanto, que boa parte dos motoristas ingressa na estrada já sob efeito do álcool. "Ele bebe antes de iniciar a viagem, nas cidades", assegura. Justamente por isso, completa, é indispensável o reforço da fiscalização nos pequenos municípios. Em outros registros, porém, houve aumento do número de casos. O número de acidentes sem vítimas aumentou 12,4% e o de feridos; 0,9%. Rodrigues, porém, acha que esse aumento poderia ter sido maior sem a lei. (AE)

e que envolve o aumento do cumprimento de regras do trânsito, como velocidade, uso de cinto de segurança e respeito à sinalização, entre outros. Para outras parcelas da população, os três meses de vigência da Lei Seca tiveram conseqüências negativas. Além dos proprietários de bares, os taxistas já sentem acomodação na demanda pelo serviço de transporte. Ricardo Auriemma, presidente da Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo (Adetax), explica que a procura pelos serviços dos táxis foi alta logo após a sanção da lei, mas depois as pessoas passaram a solicitá-los para percursos mais curtos. Segundo Auriemma, os taxistas observaram que grupos de três ou quatro pessoas estão solicitando apenas um táxi pa-

ra dividir as despesas. "Quanto ao movimento em geral, a tendência, a curto e médio prazo, é de acomodação no uso deste tipo de transporte. Só um aumento na cobertura do cumprimento da Lei Seca por parte da imprensa pode elevar o movimento novamente", conclui o presidente da Adetax. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) não realizou nenhum tipo de avaliação sobre o impacto da adoção da Lei Seca sobre a venda de bebidas em unidades associadas em todo o País. Seu presidente, Sussumu Honda, explica que as vendas de cervejas e bebidas alcoólicas gaseificadas, do tipo ice, registraram aumento no primeiro semestre, mas este comportamento já era observado desde o ano passado.


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Evento Te c n o l o g i a Te l e c o m Empresas

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Com o smartphone, executivos podem ter acesso à rede corporativa e tomar decisões

MERCADO DE SMARTPHONES EM ALTA

Ele está chegando... A Vivo começa a vender a partir de sexta-feira o iPhone 3G e o mercado já se prepara para a concorrência com modelos sofisticados BÁRBARA OLIVEIRA

epois de muita espera, boatos e contra-informação, o novo objeto de desejo dos consumidores, o iPhone 3G, chega nesta sextafeira, dia 26, pelas mãos da Vivo e da Claro. A TIM, até ontem ainda negociava os detalhes finais com a Apple. Segundo informações divulgadas durante toda a semana passada, o primeiro lote de aparelhos 3G de 8 GB e 16 GB chegou na quarta-feira e será destinado a clientes da Vivo que já haviam feito reservas com alguma antecedência. Na esteira do iPhone, outros modelos de smartphones estão chegando ao mercado mundial, alguns com previsão de desembarcar no Brasil até o fim do ano. O mercado corporativo e consumidores com alto poder aquisitivo são os grandes alvos desses aparelhos. Segundo o Gartner, foram vendidos 32,2 milhões de aparelhos móveis com acesso à internet, emails e aplicativos empresariais no segundo trimestre deste ano. E a tendência é de crescimento até o final do ano. O preço médio do iPhone será de R$ 1.500, e vai variar conforme o plano de voz e dados, podendo chegar a R$ 2.000 se o usuário fizer um pacote mensal mais barato (de R$ 65). O telefone da Apple chegou ao varejo dos Estados Unidos pelo valor equivalente a R$ 365 (US$ 199 o de 8 GB) e R$ 545 (US$ 299 o de 16 GB), enquanto na Argentina, onde já foi lançado, o preço mais barato está em torno de R$ 570. A Claro informa que mais de 100 mil pessoas se cadastraram no site da operadora para obter informações sobre a compra do novo telefone, enquanto a Vivo vai privilegiar seus clientes que já haviam se cadastrado em agosto e considerados assinantes com perfil de alto consumo de dados. Mas a empresa não revela quantos usuários serão atendidos. Para atender aos seus clientes, a Vivo inaugurou sua rede 3G HSPA, com velocidades de até 1 Mbps em 45 municípios. Quem já for assinante do Vivo Zap (até agora funcionando em rede EV-DO) pode migrar para a banda larga HSPA sem custos adicionais, segundo a opera-

Carol Guedes/Luz

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação

O preço médio do iPhone será de R$ 1.500, variando conforme o plano dora. A Vivo foi a última das principais operadoras a dispor de um serviço de banda larga móvel com tecnologia HSPA. Mesmo só chegando oficialmente agora ao Brasil, fontes do mercado estimam, informalmente, que existam mais de 300 mil aparelhos nas mãos de consumidores brasileiros. Eles foram adquiridos no exterior e desbloqueados por aqui. Mas a maioria desses equipamentos no País ainda não é o 3G, e sim a versão anterior, lançada há pouco mais de um ano nos Estados Unidos. Concorrência - O iPhone não é um produto voltado para o segmento corporativo (há quem diga que ele é puro entretenimento), mas deu uma chacoalhada no mercado de smartphones. Fabricantes como a Nokia, HTC, RIM, Samsung, SonyEricsson e LG estão com novidades – algumas delas com recursos bem parecidos com o aparelho da Apple: amplas telas sensíveis ao toque, acesso em formato horizontal ou vertical e corpinho slim. Alguns desses lançamentos já estão por aqui, mas é interessante conhecer também os que virão até o fim do ano ou começo de 2009 para brigar com o aparelho da Apple. É bom lembrar que o iPhone 3G é um telefone para rede veloz (HSDPA) e tem Wi-Fi integrado, mas funciona em outras redes quando a 3G não tiver cobertura. A câmera é de 2 MPixel e a tela de 3,5 polegadas, bem confortável, com resolução de 480 x 320 pixels (inferior a muitos da

concorrência). O iPhone não envia MMS, o usuário só envia as fotos para por e-mail. Mas para os fàs da Apple, isso é irrelevante. Um dos mais elegantes aparelhos da nova safra de clones do iPhone, é o Samsung Omnia SGHi900, lançado em junho na Europa e Ásia, com 12,5 mm de espessura, tela de 3,2 polegadas e uma câmera melhor: 5 Mpixel. Também opera em 3G e conexões Bluetooth e Wi-Fi. O Omnia deve chegar aqui em 2009. Assim como o iPhone, o telefone da Samsung traz GPS. Nem bem o Nokia N95 desembarcou no Brasil, tornando-se um dos mais cobiçados do meio corporativo, a finlandesa já está com seu sucessor na Europa, o N96, previsto para chegar ao varejo brasileiro antes do Natal (na Europa deve custar 550 euros). O N96 também é um aparelho 3G com câmera de 5 Mpixel, tela de 2,8 polegadas e memória interna de 16 GB, mas pode ser expandida, por cartão, em mais 8 GB. O telefone aceita formatos comuns de vídeos e traz um suporte na sua parte traseira para que os conteúdos multimídia sejam visualizados em cima da mesa. Outro modelo que deve despertar a cobiça dos consumidores é o Xperia X1, da Sony Ericsson, o primeiro da marca a rodar o Windows Mobile 6.0, facilitando o acesso aos documentos da Microsoft. É um aparelho slider, mas que se abre pela lateral. Ao deslizar a tela para o lado, aparece o teclado

embutido. A tela também tem melhor resolução que o iPhone (800 x 600) e a câmera é de 3,2 Mpixel. As conexões são Wi-Fi e Bluetooth e opera em rede banda larga. Neste mês, a Sony Ericsson começou a convidar os desenvolvedores de softwares para criarem mais conteúdos multimídia e de entretenimento para o Xperia, que chega ao Brasil em 2009. Na Europa ele estará à venda no final do ano. Opções - A HTC já havia lançado aqui o seu Touch Dual, em 3G, combinando tela de toque com o teclado e com Windows Mobile 6.0 embutido. Agora, a empresa tem um novo aparelho, o Touch Dual Diamond, mais compacto que os antecessores, menor do que o iPhone, e sem teclado. A interface da tela 3D Touch FLO (graças a um chip da Qualcomm) permite arrastar e soltar ícones para mover os arquivos. É um forte concorrente ao iPhone. Está previsto para o fim do ano por aqui. Dois lançamentos recentes de smartphones – o LG Genius e o Blackberry Bold – já estão à venda no Brasil. O primeiro vem com uma caneta para inserir dados na tela, traz câmera de 2 Mpixel e roda o Windows Mobile, mas tem uma memória pequena (apenas 128 MB), que pode ser ampliada via cartão para até 1 GB. O preço médio do Genius é de R$ 1.100. A RIM está trazendo o Blackberry Bold, o primeiro da marca para redes 3G, com Wi-Fi e GPS e um acabamento em preto brilhante, mais fininho que os outros smartphones da família Blackberry (Curve e Pearl) e memória interna de 1 GB. E lá fora (Estados Unidos e Canadá), a empresa mostrou, há poucos dias, seu primeiro aparelho flip, visando um público mais jovem e que gosta de telefones dobráveis. "Nosso público era o consumidor mais velho, acima dos 30 anos, agora com essa nova linha queremos atingir também jovens de 25 anos e mulheres, porque o Pearl Flip 8220 é mais compacto e mais estiloso", observa o gerente de Alianças da RIM para a América Latina, Angel Aldana. Ainda não há previsão para a venda do Pearl Flip por aqui.

... E eles também

Novos smartphone: Samsung Omnia (no alto, à esq.), Blackberry Bold (no alto, à dir.), Sony Ericsson x1 Xperia (acima), HTC Touch (ao lado), Nokia N96 (abaixo) e Blackberry Flip (na parte inferior)

Para o mercado corporativo

Angel Aldana, da RIM: parcerias com a IBM e a SAP envolvendo o Blackberry

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tecnologia móvel dentro das empresas foi um dos temas abordados no evento realizado pelo Gartner, na semana passada, para debater o futuro da TI e as estratégias de investimentos. Os consultores do Gartner apostam no maior desenvolvimento de aplicações de business mobile em curto prazo. Até 2011, o mercado de smartphones vai continuar crescendo e esses aparelhos inteligentes serão os principais veículos do m-business, segundo o vice-presidente de pesquisas, Philip Redman.

Portanto, vida longa a esses aparelhos. Os bancos são grandes aliados dessa tecnologia móvel há algum tempo, e se adiantaram ao lançamento do iPhone no País desenvolvendo, antecipadamente, versões compactas de seus serviços para o aparelho da Apple. Os usuários do Bradesco, Itaú e Banco do Brasil já podem acessar suas contas pelo iPhone. Quando ele digita o endereço da instituição, o sistema reconhece que ele está num iPhone e já abre um portal do internet banking. . Segundo o gerente-executivo da área de Varejo e Banco Eletrônico do Banco do Brasil, Denis Correa, o auto-atendimento do BB está disponível tanto para iPhone como para iPod Touch (que tem conexão wireless), e "utiliza os recursos de programação do smartphone da Apple". "Se o cliente quiser, pode adicionar um ícone no BB no menu principal, eliminando o passo-apasso da digitação do endereço no navegador", explica Correa. Para entrar no banco, basta digitar no navegador (Safari) o endereço da URL, e indicar o número da conta e da senha de acesso para fazer operações de saldos, extratos, pagamentos de boletos e transferências. "Desenvolvemos um plataforma amigável para simplificar a interação com o usuário", diz o gerente do BB, lembrando que, nesta primeira etapa, os principais clientes do serviço devem ser executivos e estudantes universitários acostumados com tecnologia. Segundo Correa,

cerca de 640 mil pessoas utilizam o internet banking do BB pelo celular e são efetuadas 3,4 milhões de transações mensais. Por enquanto, as movimentações financeiras estão limitadas a R$ 100 por dia e os pagamentos a valores de R$ 200. Portal - Um dos usuários mais fiéis do iPhone, até por questões profissionais, é César S. César, diretor de Inovações e Estratégias da Hands, empresa especializada em conteúdos móveis para vários tipos de smartphones, e que criou, recentemente, um portal exclusivo para o iPhone. César usa o aparelho há um ano e diz que com ele consegue resolver quase todas as pendências da empresa, mesmo estando na rua. "Fico online o tempo todo, não deixo mais nenhum assunto importante parado, é isso o que mais me agrada". E-mails, internet, informações e entretenimento (vídeos, podcasts) são os serviços mais acessados no iPhone pelo executivo. César diz que não trocaria o iPhone por outro smartphone, só pela versão 3G que está chegando. Mas César também é um novo usuário do Nokia N95, um dos aparelhos preferidos do mercado corporativo (ao lado do Blackberry da RIM). "Ainda estou me habituando ao N95, e me adaptando às funcionalidades que ele oferece". O gerente de Alianças da RIM para a América Latina, Angel Aldana, que estava no evento do Gartner com o novíssimo Blackberry Bold, recém lançado no Bra-

sil, diz que a empresa está fazendo parcerias com desenvolvedores de aplicativos de fora (mais de mil parceiros) e daqui (16) para que cada vez mais o usuário possa levar o escritório no bolso. "Temos parcerias com a IBM e a SAP para embarcar softwares de business intelligence para o Blackberry, como o Cognos Mobile e o Microstrategy Mobile". Com esses softwares rodando no smartphone, os usuários recebem relatórios sem precisar formatar ou adaptá-los para a tela. Além disso, são programas que trabalham de forma cooperativa com outros aplicativos Blackberry, como o telefone, e-mail e SMS. "Os executivos precisam ter informações em tempo real sobre seus indicadores de gestão da empresa, para tomar decisões de onde eles estiverem". No Brasil, a RIM também oferece ao BicBanco uma solução de mobile credit para agilizar a aprovação de um crédito. O gerente visita a empresa que está pedindo o crédito e ali mesmo, no Blackberry, visualiza seu histórico para aprovar o pedido. Segundo Aldana, a RIM lidera a venda de smartphones no mercado corporativo na Argentina, Chile e México. (B.O.)

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ambiente Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Além de aumentar a segurança, policiais fornecem informações para a população.

ROUBO DE CELULARES CAIU 80%

Polícia ganha novas cabines na Paulista Associação Paulista Viva vai substituir os 16 supedâneos da PM e instalar mais um, na esquina da Brigadeiro Luís Antônio. Vigilância diminuiu violência na avenida. Rejane Tamoto

O

policial militar Daniel Sforzim, de 32 anos, não vai mais se molhar quando chover forte em seu posto de trabalho, onde está há cerca de um ano: uma cabine de policiamento comunitário na avenida Paulista, na esquina da rua Peixoto Gomide. "Quando o vento bate, a aba dela levanta. Já recebi a ordem de desocupar a cabine", disse Sforzim. A previsão é que até amanhã ele esteja em uma cabine nova, que o protegerá melhor do sol e da chuva. No total, serão substituídas 16 cabines em toda a extensão da avenida Paulista e mais uma será inaugurada junto à avenida Brigadeiro Luís Antônio, no sentido Jardins. A troca das cabines está sendo custeada pela Associação Paulista Viva, que investiu cerca de R$ 70 mil. Segundo a diretora-superintendente da entidade, Marli Lemos, as cabines de policiamento da avenida Paulista já haviam sido trocadas há dois anos, mas sofreram desgastes com as obras nas calçadas, concluídas no dia 29. "Até que as cabines agüentaram bastante", disse Marli. A instalação começou na sexta-feira e deve terminar amanhã à noite. Segundo Marli, o trabalho é feito a partir das 22 horas, para não atrapalhar o trânsito. Teto – A principal novidade das novas cabines de policia-

mento – em relação às anteriores – é que elas têm no teto uma aba retrátil, que permite que o policial ajuste a 45 ou 90 graus em relação ao seu corpo, para evitar a insolação e a chuva. Alguns modelos antigos têm teto redondo e outros, mais recentes, podem ser ajustados a, no máximo, 90 graus. "As cabines têm armários para que os policiais possam guardar seus pertences e também dois degraus, em vez de apenas um", afirmou Marli. As novas cabines de policiamento são feitas do mesmo material, de fibra de vidro. A altura continua sendo a mesma, de 2,25 metros (com o teto fechado) e 3,10 metros (com o teto aberto). O soldado da PM Derek Minowa Rodrigues, de 22 anos, que já estreou a nova cabine, acha que as mudanças não foram tantas. "Esta é nova e limpa", disse. Supedâneos – Na avenida Paulista e nas ruas paralelas existem cerca de 40 cabines de policiamento comunitário desde 2002. Entre os policiais militares elas são chamadas de "supedâneos", palavra que significa posto elevado de observação. "É um posto trazido do Exército e não é novidade do Brasil. Eles são muito utilizados no Japão", explicou o coronel Álvaro Camilo, comandante da área Centro da Polícia Militar (PM) de São Paulo. Segundo ele, a condição elevada do posto permite a visualização do grande fluxo de pessoas que circulam na avenida, cerca de 1 milhão por dia.

Fotos de Nilani Goettems/e-SIM

Sérgio Luiz Furlan conversa com policial na nova cabine instalada na avenida Paulista: sensação de segurança

A função das cabines é prevenir os furtos e pequenos delitos. "Mesmo assim, a presença dos supedâneos refletiu na diminuição de outros crimes, como o furto de motocicletas, que caiu 52%. O furto de veículos diminuiu 27%", explicou. Os dados sobre a queda da criminalidade na região da Pau-

lista são de 2003 – e constam de um levantamento realizado um ano após a instalação das primeiras cabines de policiamento comunitário. O crime que teve a maior queda, de 80%, foi o furto de celulares. Segundo Camilo, o furto de documentos também diminuiu 54% e furtos no interior

de veículos, 35%. Segundo ele, as atuais operações da polícia nos Jardins se concentram em evitar o roubo de notebooks. "O alvo deste tipo de crime são os executivos que saem do Aeroporto de Congonhas. Por isso, trabalhamos em uma operação na qual abordamos os

motociclistas que levam um passageiro na garupa e já pegamos alguns flagrantes", disse o coronel, sem revelar os números da operação. Segurança – A diretora da Associação Paulista Viva disse que as cabines cumprem seu objetivo. "O que aumentou também foi a sensação de segurança", disse Marli. Segundo o coronel, o modelo de policiamento comunitário nas cabines é inspirado no modelo japonês, no qual os policiais conversam com a vizinhança para conhecer de perto os problemas locais e saber como preveni-los. O técnico judiciário Sérgio Luiz Furlan, de 34 anos, concorda que as pessoas se sentem mais seguras. Ele é um dos "vizinhos" que trabalha na região e mantém amizade com o policial comunitário. "Eu já ajudei pessoas que foram assaltadas e que passaram mal, ao avisar os policiais das cabines", disse o técnico. Para o assistente jurídico, Daniel de Souza, de 33 anos, as cabines deveriam ser mais resistentes, e os policiais, menos expostos. "É preciso que eles sejam mais valorizados, porque são atenciosos ao atender as pessoas", disse. A função dos policiais que trabalham nos supedâneos não é só prevenir delitos, mas também informar a população. Na tarde de ontem, num período de 30 minutos, a reportagem do Diário do Comércio teve a conversa com um policial interrompida por mais de cinco vezes, por pessoas que perguntaram sobre a localização de endereços.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Caso de sucesso

Os desbravadores

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BÁRBARA OLIVEIRA

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Divulgação

Frederico Wanderley: uma economia monstruosa de milhões de dólares com o uso de software livre em todo o sistema tecnológico das Casas Bahia

hora, para a central. "Os terminais das lojas não têm sistema operacional rodando, é só conectá-los à rede e dar o boot remoto. Todo o sistema da Casas Bahia foi montado com software livre. Isso nos proporcionou uma economia monstruosa de milhões de dólares, pois evitamos vírus, fraudes, compra de hardware mais robusto, upgrades de softwares, treinamento", observou o CIO da rede de varejo. Dois mainframes da IBM rodam o SUSE Linux Enterprise Server em redundância, ou seja, se um cair o outro dá conta do recado. O centro

de tecnologia foi inaugurado há dois anos em São Caetano do Sul para gerenciar toda essa quantidade de informações. Hoje, a rede de varejo dispõe de 580 servidores, 25 mil terminais diskless, 5 mil PDVs, e até o relógio ponto está em real time, informando quem faltou ou chegou atrasado naquele momento (são 60 mil colaboradores). Durante a sua palestra, no evento do Gartner, Frederico Wanderley fez uma demonstração em telões de como tudo funciona em real time na empresa, graças ao software de Business Intelligence

desenvolvido internamente e voltado exclusivamente para o modelo de negócios da rede. Com o BI, todas as informações são atualizadas e a diretoria e gerências podem tomar as decisões mais apropriadas para cada caso. No telão, atualizado a cada 10 segundos, era possível ver o tipo de venda feito até aquele momento, a quantidade, o valor da mercadoria, a marca, se a venda foi financiada ou se foi compra à vista, se foi utilizado cartão de crédito, qual deles, o tíquete médio da loja, o prazo médio de financiamento. Era informada, também, uma pequena queda no movimento no período entre 17h e 18h da última terça-feira (pouco antes do horário da palestra do executivo). Ou se a promoção de um ponto de venda não atingiu seus objetivos. Para todas essas informações as diretorias e gerências decidem as providências a serem tomadas. Naquele exato momento em que falava com a platéia do evento do Gartner, Wanderley demonstrava que 73 mil pessoas estavam nas lojas e que 55 mil estavam pagando suas prestações. "Tudo o que visualizamos é em tempo real, por isso as decisões podem ser tomadas na hora, com isso ganhamos em produtividade, e esse é o encanto da tecnologia", observou o executivo. Desde 2003 a Casas Bahia também adota a digitalização de documentos (GED). Mais de 387 milhões de objetos (notas fiscais, contratos, cupons fiscais) foram escaneados e armazenados num banco de dados.

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onfundir modem com disquete, cobrar anúncios por 30 centavos, fazer reunião em consultório de dermatologia, alugar helicóptero para fechar negócio em Angra. As histórias são tão inusitadas e surpreendentes que não parecem verídicas. Mas são. E fazem parte do livro "ec@ausos" que conta os primórdios da internet no Brasil. Entre IPOs (Oferta Pública Inicial), fusões, aquisições, rios de dinheiro, bolha estourada e toda a sorte de problemas técnicos, o organizador Índio Brasileiro Guerra Neto, sócio-diretor da FirstCom Comunicação, reuniu amigos, concorrentes e o que chamou de "dinossauros da rede" para contar como viveram e foram atores e testemunhas do nascimento de uma nova economia. "Os casos relatam experiências honestas, fatos que ninguém contaria, erros que dificilmente são admitidos", afirma Neto. "É um livro para jovens e executivos aprenderem a ousar, mas não é nada de auto-ajuda, técnico. É uma diversão". São 32 convidados entre eles Bruno Fiorentini, presidente do Yahoo! Brasil; Enor Paiano, diretor de publicidade do UOL; Fernando Alphen, diretor de Planejamento da F/Nazca Saatchi & Saatchi; Gil Giardelli, diretor-geral da Permission; e Marcos Souza Aranha, consultor e ex-presidente do O Site. "Uma turma do bem", como define o dono da idéia. O livro nasceu inspirado na coleção "e-dicas" de Cid Torquato. Ele próprio um dos autores que mostra as coincidências que o fizeram trabalhar na StarMedia, no projeto de e-gov do presidente Fernando Henrique Cardoso e na criação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

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"Eu surfei nesta onda e usufrui do seu lado lúdico; quem caiu, teve uma queda dura", relembra. "Nós vivemos uma época que Alan Greenspan chamou de exuberância irracional". A parábola contada no prefácio de Caio Túlio Costa, hoje diretor-presidente do Internet Group (iG) e diretor-geral do UOL entre 1995 a 2002, mostra que nem sempre foi assim. Esses desbravadores da web usaram canivete-suiço para abrir estradas e fazer literalmente as conexões necessárias para que a tal rede mundial de computadores ganhasse a sua versão tupiniquim. "O nosso maior feito é ter uma internet de primeiro mundo em um país de terceiro", orgulha-se Costa. "Foi uma geração de empreendedores que só um lugar como o Brasil pode produzir." Ele promete contar mais em seu livro e na tese que será lançada em fevereiro. Por enquanto, dá pra rir e aprender com a despretensão do "e-causos". Como no tempo das vacas magras, os participantes não cobraram nada e a renda será revertida para o CDI - Comitê para democratização da informática. (R.B.)

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Livro ec@ausos: a internet no Brasil

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Executivo das Casas Bahia explica em evento como funciona sua área de tecnologia, baseado no Linux

rede de varejo Casas Bahia tem 560 lojas espalhadas por 220 cidades de 10 Estados e o Distrito Federal. Todas as lojas, hoje, se comunicam em tempo real com as filiais, equipamentos e sistemas de gestão da empresa. Nas salas da diretoria e das gerências setoriais da rede, uma tela é atualizada sistematicamente, informando a movimentação das vendas em todos os seus detalhes. O case de TI da Casas Bahia, apresentado pelo CIO da empresa, Frederico Wanderley, foi um dos mais concorridos durante a Conferência Futuro da Tecnologia, promovida pelo Gartner, em São Paulo, na semana passada. Wanderley frisou que o grupo sempre "investiu muito em tecnologia, desde 1994, e desde então, vem conseguindo ótimos resultados em produtividade e economia de custos". Em julho de 1994, a empresa realizava 425 mil transações mensais, enquanto que em julho deste ano, chegamos a 2,7 milhões, acrescentou Wanderley. Os clientes passaram de 1,5 milhão naquele mesmo ano para 30 milhões em agosto de 2008, responsáveis por 2.500 transações por hora. Para que tudo isso seja gerenciado em tempo real é preciso um sistema flexível, que interligue as estações diskless (sem HD) das lojas aos servidores centrais, terminais PDV, impressoras e coletores de dados em mãos dos vendedores e até dos montadores de móveis, já que se esses precisarem de alguma peça adicional podem emitir o pedido, na

Livro traz depoimentos dos primeiros empreendedores da internet brasileira

CASAS BAHIA É CASE DE SUCESSO EM INFORMATIZAÇÃO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - INFORMÁTICA

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PANDA AUTÔMATO

EU NAVEGO

O RoboPanda canta e possui 10 sensores movidos com um toque para brincar, além de recursos de voz para contar histórias. Vendido pela MisterTech, no Shopping Jardim Sul.

A judoca Ketleyn Quadros, medalha de bronze em Pequim, gosta de acessar o site do Estado de Minas (www.em.com.br) e o www.uai.com.br, para se atualizar com as principais notícias.

n

Divulgação

SOM

TECNOLOGIA

Subwoofer com conexão sem fio

Que venha a luz do sol!

J

á está à venda no mercado norte-americano o subwoofer com conexão sem fio, da HSU Research. De acordo com a companhia, pode atingir níveis baixos de 10Hz e sem distorções. Com a conexão sem fio, é muito mais fácil posicionar as caixas. Possui amplificador de mil W BASH, com balanceamento e ainda frequência que pode ser ajustada. O preço médio nas lojas é de US$ 1.299 (site www.hsuresearch.com).

U

ma fonte energética limpa, eficaz e simpática aos usuários que se preocupam com o meio ambiente. O painel solar portátil Sunling, da Sollaric, é capaz de captar e proporcionar energia para celulares, notebooks, iPods, PDAs, câmeras digitais ou outros tipos de equipamentos utilizados em camping. É flexível e compacto e também recarrega bateria de carros e de barcos. Com peso de 300 a 800 gramas, dependendo do tamanho, e com 12 e 25 watts. Site www.sollaric.com.br

GAGDETS

Avanços da robótica: um dos diversos setores da CeBit, em Hannover, que reúne mais de cinco mil empresas expositoras a cada ano

Projetor para filmes de celular

A

3M está lançando um projetor para você usar com seu celular. O MPro110 é o primeiro aparelhinho exclusivamente para essa finalidade. Possui uma lâmpada LED para projetar imagens com resolução de 640 X 480 pixels em uma tela ou parede branca. Sai por US$ 360. Veja o vídeo que mostra o funcionamento do aparelho: http://japanese.engadget. com/2008/09/15/3mmpro110-led/ PLAYERS

MP3 com Bluetooth

O

GoGear SA5245BT é um MP3 player de 4 GB que a Philips afirma ser superior ao iPod da Apple na qualidade sonora, graças à tecnologia FullSound. Além do MP3, mostra vídeos, fotos, é rádio FM e um gravador. Pode reproduzir 30 horas de música contínua, 6 horas de vídeo e tem monitor de 1,8". Na Europa custa Us$ 130. www.target.com/ Philips-4GB-Video-MP3Player/dp/B0013Z5QT6

Versão brasileira da CeBit em 2010 É o que promete a Deutsche Messe, organizadora do evento, que negocia a realização de uma feira no Sul

A

Deutsche Messe, organizadora da CeBIT – o maior evento de Tecnologia de Informação do mundo, realizado em Hannover, na Alemanha – anunciou na semana passada que está negociando a realização de uma feira do setor no Brasil para 2010, possivelmente em Porto Alegre (RS), durante o mês de maio. O anúncio foi feito pelo diretor de Vendas do grupo alemão, Reinhold Umminger, que esteve no País na semana passada. "Na América Latina, há uma carência desse tipo de feira direcionada à Tecnologia de Informação e Comunicação. E estamos negociando para levar esse modelo para o Brasil, que é o grande mercado", explicou Umminger. O diretor da Hannover Fairs do Brasil, Constantino Bäumle, um dos responsáveis pela negociação da versão brasileira da CeBit, ressalvou que o evento deve ter inicialmente uma área bem inferior à matriz alemã, que não deverá ultrapassar 10 mil metros quadrados - enquanto a feira alemã tem uma área de exposição interna 15 vezes superior ao Anhembi. "É

a foto, não são suas guloseimas prediletas. Trata-se de pen drives USB que vêm em forma de morango, melancia, torta de frango, hamburgers, pizza e bolachas. Estão sendo confeccionados pela Brando e vendidos em Hong-Kong. Trabalham com as plataformas Window 2000, XP, Vista ou MAC OS e capacidade de 4 GB. Custam US$ 28. Site www.soundfood.net/2008/ 07/24/brando-delicious -usb-drives

claro que não será do tamanho da CeBit mas levaremos o mesmo modelo de sucesso", explica o executivo. Bäumle acrescenta que a idéia é focar o Mercosul, mas com 90% dos expositores de empresas nacionais e 10% de outros países. Ele diz não acreditar que a feira no Sul venha a disputar diretamente com os principais eventos de São Paulo - o CIAB e a FutureCom. Além de divulgar o novo investimento, a organizadora da CeBit quer aumentar os números de empresas brasileiras na feira em Hannover, que será realizada de 3 a 8 de março. Cerca de 25 empresas

do País deverão expor na CeBIT 2009, como a 3 Corp e a Itautec que chega a levar 800 profissionais ao evento. "A CeBit não tem concorrência. É a maior e mais agressiva em negócios", garante Reinhold Umminger. A afirmação do executivo alemão não pode ser considerada exagero diante dos inquestionáveis números. Enquanto a concorrente norte-americana, CES de las Vegas, recebeu 91,5 mil participantes na última edição, a alemã reuniu 495 mil profissionais. O motivo principal, segundo Umminger, é que a CeBit cobre todo o setor de TI enquanto a

CES foca mais no mercado consumidor. Segundo os organizadores, os 5.845 expositores de 2008 iniciaram negócios durante os seis dias de feira que devem gerar um montante de cerca de US$ 15 bilhões, a partir de 10 milhões de contatos de negócios. Soluções – Dos expositores de 2008, apenas 35 eram da América Latina (20 do Brasil). No evento, 1,2 mil dos participantes eram brasileiros, que se concentraram no setor de "business Solutions. Na CeBIT 2009, uma das novidades é o segmento de Internet e Soluções Móveis, com ofertas direcionadas às mídias digitais e soluções para o comércio online. Outros setores importantes: Telecomunicação, Infra-estrutura de TI, Eletrônicos de Consumo, TeleHealth/eHealth etc. Uma das estrelas confirmadas como palestrante é Steve Ballmer, CEO da Microsoft: Para participar ou expor produtos na próxima CeBIT de Hannover, em março de 2009, as empresas poderão se inscrever até 30 de novembro. Informações pelo e-mail bruna@ hanover.com.br o u p e l o s s i t e s w w w. h a n over.com.br ou www.cebit.de

sergiokulpas@gmail.com

Programas de energia alternativa

A

N

"Business Solution" é a área de destaque da maior feira tecnológica do mundo

Sergio Kulpas

ACESSÓRIOS

Pendrives deliciosos

FERNANDO PORTO

crise financeira nos EUA e a alta do custo da energia estão motivando algumas das maiores redes de varejo do país a buscar soluções alternativas para suas necessidades energéticas. Além disso, vários programas federais de incentivo fiscal e a percepção positiva dos consumidores em relação ao uso de energia renovável estimulam a adoção em larga escala dessas soluções pelo varejo. Segundo uma pesquisa recente, a rede Wal-Mart é o maior consumidor privado de energia elétrica do mundo. Além desta rede, as cadeias Kohl's, Safeway e Whole Foods estão instalando painéis de energia solar e turbinas de vento em suas lojas. Na Inglaterra, a rede Tesco implementou um programa tão eficiente que seu consumo de energia deverá cair para a metade do que era em 2000.

Com o custo de instalação desses sistemas aliviado por incentivos e isenção fiscal nos EUA, os varejistas passaram a considerar a energia solar como uma fonte viável de energia nos próximos anos. Os estados de Connecticut, New Jersey e Califórnia são os que oferecem mais vantagens para estimular o investimento em fontes renováveis de energia. Os hipermercados e grandes centros de distribuição geralmente têm à disposição grandes áreas planas de terreno (em estacionamentos, pátios de manobras e os próprios telhados dos imensos edifícios) que servem perfeitamente para a instalação de muitos painéis solares. Esses painéis podem ser de dois tipos: um com células fotovoltaicas que convertem a luz em eletricidade e outro que usa o calor para aquecer grandes quantidades de água.

Segue abaixo um resumo de alguns programas das principais redes de varejo dos Estados Unidos: JCPenney – A loja de departamentos anunciou recentemente (ver coluna da última terça-feira, dia 16) um programa para usar energia solar em 10 unidades e um centro de distribuição. Esse projeto-piloto vai gerar mais de 4 megawatts de energia limpa, deixando de emitir mais de 146.000 toneladas de gases poluentes em 30 anos. JKohl's – Em agosto deste ano, a rede Kohl's anunciou que ia converter quatro de suas nove unidades no estado de Oregon para energia solar. Agora, são seis estados onde as lojas da rede usam energia solar. Em média, o sistema em cada loja reduz em 25% o consumo total. No Oregon, as instalações solares devem gerar 1 milhão de quilowatts/hora por ano.

Macy's – A famosa loja de departamentos já usa energia solar em 18 de suas unidades. Segundo a empresa, a meta é atingir 40 lojas até o final deste ano. O projeto da Macy's combina instalações de painéis solares com um amplo programa de economia: lâmpadas fluorescentes, aparelhos de baixo consumo e gerenciamento computadorizado do uso de energia. A empresa espera reduzir seu consumo total em cerca de 40%, o que representa mais de 24 milhões de quilowatts por ano de energia limpa. Whole Foods – A rede de mercados usa um sistema em suas lojas que gera mais de 2,2 milhões de quilowatts/hora ao longo de 20 anos. Cada um dos sistemas representa uma economia de 1.650 toneladas de CO2, o que equivale ao consumo anual de 440 automóveis.

INTERNET

Dicas para empresas

C

om objetivo de ajudar pequenos e médios empresários a detectarem as melhores oportunidades para o crescimento de suas empresas, o HSBC lançou um site interativo disponível no endereço hsbc.com.br/empresas. O site oferece aos empresários dicas de oportunidades de negócios pelo mundo. Na página da web, o usuário encontra em posts diários informações sobre o mercado. Há também informações agrupadas por assuntos, entre eles Cenário Econômico, Comércio Exterior, entre outros.

BLOG PAPER

Como usar o PowerPoint

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site 5min Life Videopedia tem um conceito muito simples: explicar, em um vídeo curto, a solução de um problema. Nesse destacado aqui, estão os pecados que devem ser evitados no uso de apresentações tipo PowerPoint. http://www.5min.com/Video/ How-NOT-To-UsePowerPoint-14562160

Currículo caprichado

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m bom currículo não é sinônimo de emprego, mas serve como um cartão de visita para a empresa se interessar pelo profissional. Aqui, neste blog, estão elencados 10 erros que o candidato não pode cometer ao fazer o seu CV. http://obutecodanet.blig. ig.com.br/2008/09/ 19190139.html

Trabalho nos EUA

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pesar da recessão que a terra do Tio Sam enfrenta atualmente, "fazer a América" é ainda o sonho de muita gente. Em um mundo globalizado, vale a pena se candidatar nas oportunidades apresentadas em 18 sites de recrutamento dos Estados Unidos. http://mashable.com/2008 /09/10/startup-jobs-sites/


DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Rivaldo Gomes/Folha Imagem

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Política Alckmin chama Kassab de 'dissimulado' Prefeito rebate críticas e diz que tucano está 'muito nervoso'

Em sabatina, tucano pega pesado nas críticas e diz que a meta do prefeito é minar o PSDB

O

candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, chamou ontem o prefeito Gilberto Kassab de "dissimulado" e o acusou de cooptar tucanos para sua campanha. "O Kassab é dissimulado. Ele usa as pessoas", disparou Alckmin durante sabatina do jornal "Folha de S.Paulo". "Sempre falei que não tem problema nenhum o DEM ter candidato próprio. Mas quero lamentar aqui o fato de que, desde o início, o Kassab, que chegou indiretamente à prefeitura pelo PSDB, tenha uma só estratégia: destruir o partido que o levou ao poder."

Não faço nenhuma ofensa, apenas apresento os fatos. (...) Se dependesse do Kassab, em 1998 o governador seria (Paulo) Maluf. Geraldo Alckmin Em disputa apertada com Kassab por uma vaga no segundo turno, Alckmin lançou suspeita sobre os motivos que levaram políticos do PSDB a apoiar o democrata. "Você acha normal vereadores do PSDB não apoiarem o candidato do partido? Que mágica é essa?", questionou. Em entrevista depois do evento, o tucano disse que "cabe investigar" o método de "cooptação" dos kassabistas. Alckmin evitou comentar, no entanto, a parcela de culpa dos tucanos que decidiram apoiar Kassab. "Estão sendo

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usados. A cooptação dos vereadores é vergonhosa." Em outro momento, disse que, sob Kassab, houve loteamento de cargos e que as subprefeituras "viraram cabide eleitoral". Para Alckmin, a tentativa de Kassab de colar sua imagem à dos tucanos – especialmente a do governador José Serra – confunde o eleitor. "Ele estimula a intriga interna no PSDB e confunde a opinião pública", disse. "Aliou-se a Quércia (Orestes Quércia, do PMDB, ex-governador) e agora quer se passar por tucano." Sobrou munição contra a administração de Kassab: Alckmin apontou falta de vagas na educação infantil, chamou o transporte coletivo de "caro, ineficiente e desconfortável" e criticou a administração do sistema de saúde.

Evelson de Freitas/AE

Ele ainda acusou o prefeito de usar a máquina pública. "Ele usa as pessoas do PSDB, para minar, para destruir, para criar discórdia. Utiliza a máquina da prefeitura para minar o partido." Apesar do bombardeio, ele negou que esteja partindo para ataques pessoais. "Não mudei nada. Não faço nenhuma ofensa, apenas apresento os fatos. (...) Se dependesse do Kassab, em 1998 o governador seria Maluf." Governador – Apesar das duras críticas a Kassab, Alckmin poupou Serra – liderança tucana que vem ajudando o

Para Marta, briga entre PSDB e DEM está ficando 'pesada'

democrata nos bastidores. Sobre a ausência do governador em sua campanha, Alckmin limitou-se a dizer que o candidato é quem luta por votos e não o governador. Ele chegou a avaliar que sua vitória ajudaria a campanha de Serra para presidente, pois fortaleceria o PSDB no Estado. Também reafirmou que o DEM impôs o nome de Kassab na chapa liderada por Serra em 2004 para disputar a prefeitura. Dois anos depois, Serra concorreu ao governo do Estado e Kassab assumiu o posto. Alckmin disse que respeita a

posição de Serra. "Vou citar (o filósofo espanhol) Ortega y Gasset: 'Eu sou eu e as minhas circunstâncias'. Eu respeito o meu querido companheiro José Serra, a quem sempre apoiei em todas as eleições", disse o tucano. Na sabatina, Alckmin chegou a elogiar o projeto Cidade Limpa, criado por Kassab, e os Centros Educacionais Unificados (CEUs), lançados por Marta na gestão de 2001 a 2004. Na TV, o ex-governador já havia elogiado a criação, pela petista, do Bilhete Único. Quanto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi elogiado por Kassab em sua sabatina, Alckmin afirmou que o petista deixou de fazer as reformas política, tributária e previdenciária. "Não saíram do papel", criticou o tucano. (Agências)

Sérgio Castro/AE

A Alckmin ligou sua imagem à de Covas, e a de Kassab a Pitta

Na TV, o bate-boca está longe do fim

A

ação do governador José Serra (PSDB) na semana passada para tentar estancar a crise no PSDB e salvar a aliança com o DEM para o segundo turno da eleição em São Paulo surtiu efeito zero até ontem. No rádio e na TV, os ataques entre o tucano Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) prosseguiram em alta temperatura, na contramão do que pregam os principais líderes dos dois partidos. Em resposta às acusações de Alckmin – de que em 2004 Serra não o queria como vice em sua chapa –, Kassab mostrou em seu programa fotos ao lado de líderes tucanos – como o próprio Serra, o governador Mário Covas e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E ressaltou ter "respeito político" e "coerência".

Não precisa falar mal de ninguém, brigar com ninguém. Alexandre Schneider

Foram mostradas ainda imagens da campanha de 2004, em que Alckmin aparece apoiando e aplaudindo a chapa que venceu as eleições. Já o tucano não recuou nas críticas ao desempenho do prefeito, dizendo que ele ficou "devendo muito na educação e saúde" e deixou crianças fora da creche. "Isso é imperdoável." Nas inserções, o PSDB voltou a usar as imagens de Kassab e Alckmin divididas meio a meio, enquanto o locutor cita as ligações de cada um, insistindo em identificar Kassab com o exprefeito Celso Pitta e Alckmin com Covas. Os tucanos entraram ainda na Justiça Eleitoral com representação contra a utilização, pelo prefeito, do depoimento do tucano José Gregori em seu favor. (AE)

briga entre PSDB e DEM nas eleições municipais em São Paulo "está ficando pesada" até na avaliação da candidata do PT, Marta Suplicy. A petista tirou proveito da disputa entre seus adversários Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) afirmando que eles se atacam ao invés de apresentar propostas, "o que não é do agrado da população." "Eu estou consolidada (nas pesquisas) e vejo que eles, em vez de colocarem as propostas para a população, primeiro me atacavam e agora atacam um ao outro", disse. E arrematou: "A população não é boba, ela está acompanhando e está vendo que o resultado não vai ser bom para São Paulo". Para Marta, a população olha para a disputa entre os dois candidatos e começa a pensar o que cada um quer para a cidade. Em sua avaliação, entretanto, trata-se de uma "disputa de poder". "Dos candidatos, a mais tranqüila sou eu, eu estou no segundo turno", afirmou. Enquanto tucanos e democratas trocam farpas, Marta destacou, durante comício realizado ontem pela manhã na divisa entre São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu, que o PT e os partidos coligados estão em "união" e "harmonia". "Estão indo para a rua e fazendo uma campanha para ninguém botar defeito", ressaltou,

Propaganda de Marta cruza o caminho da campanha de Kassab

A população não é boba, ela está acompanhando e está vendo que o resultado (da briga) não vai ser bom para São Paulo. Marta Suplicy do alto de um carro de som. A petista pediu votos e apresentou propostas, entre elas, a internet banda larga gratuita, arrancando aplausos da multidão, que se reuniu para ouvila, mesmo embaixo de chuva. Marta voltou a evocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e destacou seu apoio. Por duas vezes, Marta citou o presidente e disse que tem "um compromisso (para a cidade)"

e que está "junto com o querido presidente Lula". A candidata percorreu a zona sul da cidade e foi anunciada como "prefeita dos pobres" por um locutor em cima de uma picape, no Jardim das Rosas. Animada, ela começou a visita ao comércio local com meia hora de antecedência. "Eu fiquei pronta antes, e aí resolvi antecipar, porque hoje a agenda não está bolinho." Depois da visita ao Jardim das Rosas, ela percorreu o comércio do Jardim da Independência, também localizado no Capão Redondo. O último evento da manhã foi um encontro com moradores do Valo Velho, na divisa entre São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu, onde subiu em um carro de som e fez o comício junto com os candidatos às prefeituras de Embu, Chico Brito (PT) e de Itapecerica da Serra, Jorge Costa (PMDB). (AE)

prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem que a mudança no tom das críticas de Geraldo Alckmin (PSDB) à sua gestão deve-se ao fato de o tucano ter sido ultrapassado nas últimas pesquisas de intenção de voto. "Ele está nervoso. No início da campanha, ele estava com um discurso muito diferente", afirmou o prefeito, durante visita a Heliópolis, zona sul de São Paulo. "A pergunta que eu faço é: Será que ele está tão nervoso assim porque ele não está mais em segundo lugar nas pesquisas, porque nós estamos ultrapassando?", ironizou Kassab. "Por que ele mudou nos últimos dias, nas últimas semanas? Eu me pergunto se ele não está assim porque as pesquisas mudaram." Kassab cumprimentou comerciantes de São João Clímaco e visitou o comitê de campanha de Heliópolis. Lá, discursou para os moradores e disse que o projeto de urbanização da favela era motivo de orgulho. "Não tenho nenhum constrangimento de falar que o programa tem verbas da Prefeitura, do governo do Estado e do governo federal. Reconheço e agradeço ao governador José Serra e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acima de tudo, na política, temos que ser gratos", declarou.

Será que ele (Alckmin) está tão nervoso assim porque ele não está mais em segundo lugar nas pesquisas, porque nós estamos ultrapassando? Gilberto Kassab Antes dele, o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, que é do PSDB, disse em discurso que a maior virtude de Kassab era sua lealdade a Serra. E defendeu a gestão do democrata: "Temos que conversar com os eleitores, dizer o que foi feito. Não precisa falar mal de ninguém, brigar com ninguém", afirmou. E acrescentou: "O próprio Serra disse que a grande virtude do prefeito Kassab é ter sido leal ao seu governo.". Mais ataques – Em caminhada pelo Largo Treze, em Santo Amaro, zona Sul da cidade, Alckmin continuou os ataques, afirmando que Kassab deve seu cargo de prefeito ao PSDB. "Kassab só chegou à Prefeitura porque o PSDB ganhou as eleições", afirmou. Alckmin citou, mais uma vez, as antigas relações do a t u a l p re f e i t o . " O K a s s a b apoiou o Pitta (Celso Pitta, exprefeito), o Maluf (Paulo Maluf) e agora está aliado ao Quércia (ex-governador Orestes Quércia). Não são ofensas, são fatos. É importante mostrar as companhias do candidato", avaliou o tucano. Para rebater a crítica de Kassab de que estaria "nervoso", Alckmin disse que não iria perder a "postura zen". "Estou zen, tranqüilo, em paz com minha consciência", afirmou. O nome do prefeito foi alvo de brincadeira de uma eleitora, que abraçou Alckmin e disse que ali não havia lugar para o "não sabe", em referência à Kassab. (Agências)


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Estilo Nacional Finanças

7 Incêndio em estação de tratamento de óleo de Furado, da Petrobras, resulta em quatro mortes.

ODEBRECHT ACUSADA POR FALHAS

Odebrecht foi expulsa do Equador

Esther Carvalho/O Jornal/AE

Seus bens foram bloqueados e seus executivos, proibidos de deixar o país.

E

Reuters

m um decreto assinado ontem em Guayaquil, o presidente do Equador, Rafael Correa, determinou o bloqueio dos bens da construtora Odebrecht e proibiu os executivos da empresa de deixarem o país. Segundo o governo, eles se recusaram a pagar uma indenização por danos provocados por uma falha estrutural na usina de São Francisco, a segunda maior do país, construída pela empreiteira. Correa ordenou ainda que o Estado assuma os milionários projetos da construtora brasileira no país. A Odebrecht tinha a concessão para construir a hidrelétrica de Toachi-Pilatón, o aeroporto na cidade amazônica de Tena, a rodovia Carrizal-Chone e o projeto de aproveitamento de água Baba. Segundo as autoridades, essas obras alcançariam cerca de US$ 800 milhões. A ordem do governo equatoriano para o Estado assumir os bens da construtora brasileira Odebrecht implica na expulsão da empresa do país, declarou o ministro de Setores Estratégicos, Derlis Palacios. "Sim, é uma expulsão", afirmou ao ser perguntado sobre a medida do presidente Rafael Correa. De acordo com o governo, a usina apresentou falhas e deixou de funcionar um ano depois de concluídas as obras. San Francisco é a primeira usi-

na no mundo totalmente su bter râne a, pro gram ada para responder por 12% da energia hidrelétrica do país. Está localizada ao lado do vulc ã o Tu n g urahua, a 220 km de Quito, e usa águas do Rio Pastaza. Custou US$ 338 milhões. Os rep a ro s e s t ã o o rç a d o s e m aprox imadamente US$ 12 milhões, segundo o Con- O presidente Rafael Correa militarizou outras obras selho Nacional de Eletricidade do Equa- ções no país, é investigada por dor (Conelec). Há duas sema- corrupção. Ele declarou que aln a s , o E q u a d o r d e u u m gumas obras eram concluídas ultimato à Odebrecht, para com "um terço de capacidade e que ela reparasse imediata- o triplo de custo." mente as falhas na usina A Odebrecht declarou que O decreto presidencial, assi- não vai se pronunciar até a sinado depois de mais de três tuação ficar mais clara. Segunhoras de reunião entre Correa do a empresa, sua principal e seus principais ministros, preocupação, no momento, é afirma que a intenção é "evitar com a segurança de seus funum estado de comoção inter- cionários. O Itamaraty inforna, diante da possibilidade de mou já ter tomado conheciapagões generalizados no ter- mento da decisão do governo ritório nacional". Segundo do Equador e que está examiCorrea, a Odebrecht, que tem nando as providências a serem um longo histórico de constru- tomadas. (Agências)

M G I INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO LTDA. torna público que recebeu da CETESB a Licença de Operação nº 30014637, p/ Aparelhos e Instrumentos de Medida, teste e controle exclusive equipamentos, sito à RUA PADRE MAURÍCIO Nº 160, VILA DIVA, CEP 03351-000 - SÃO PAULO/SP.

Hopi Hari S.A. CNPJ nº 00.924.432/0001-99 Segunda Convocação - Assembléia Geral de Debenturistas da 2ª Emissão Ficam convocados os Srs. Debenturistas a se reunirem em Assembléia Geral a ser realizada em 29 de setembro de 2008, às 10:00 h, em 2ª convocação, na sede da Emissora, na Estrada Municipal Vinhedo/Itupeva, 7001, Vinhedo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Apreciação pelos debenturistas de proposta da Emissora quanto à prorrogação da data de vencimento das debêntures, e do pagamento do valor nominal das debêntures acrescido da remuneração, vencíveis em 01 de outubro de 2008; b) Autorizar o Agente Fiduciário a celebrar, em conjunto com a Emissora e a Interveniente Garantidora, aditamento à escritura de emissão face às deliberações da Assembléia. Vinhedo, 20 de setembro de 2008 Marcelo França de Lima Diretor de Relações com Investidores FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA ENTREGA IMEDIATA PREGÃO Nº 018/2008 - FAMESP PROCESSO Nº 214/2008 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 24 de setembro a 06 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 018/2008-FAMESP, PROCESSO Nº 214/2008FAMESP, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE CONJUNTOS DE DESUMIDIFICADORES, PARA AS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 07 de outubro de 2008, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 23 de setembro de 2008. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

CONCORRÊNCIA A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador/Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar: CONCORRÊNCIA Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2228/08/01 - Terreno Sítio Conceição/Oswaldo Gagliardi - Rua Inácio Monteiro, s/nº - Sítio Tiradentes - Cidade Tiradentes São Paulo/SP - Demolição (1ªEtapa) = 30; Obra Nova (2ª Etapa) = 240 - 2.941,76; EE Oswaldo Gagliardi - Rua Inácio Monteiro, s/nº - Sítio Conceição - Cidade Tiradentes - São Paulo/SP - 90 - R$ 460.524,00 R$ 46.052,00 - 09:30 - 27/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 24/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 24/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Markegraf Comércio de Brindes e Serviços Gráficos Ltda-ME - Requerido: Promo X Comércio de Brindes Ltda. - Rua Antonio Manoel Canedo, 73 - 1ª Vara de Falências Requerente: Gensys Tecnologia e Sistemas Ltda. - Requerido: Lavy Flowers Indústria Química Ltda.-EPP - Rua Victorio Santim, 3.013 - 1ª Vara de Falências Requerente: Grandene S/A - Requerido: Magazine Tiago Luz Ltda. - Rua Capitão Tiago Luz, 108 - 1ª Vara de Falências Requerente: Uniserv União de Serviços Ltda. - Requerido: Relevo Araújo Indústrias Gráficas Ltda. - Rua Javaés, 136 - 1ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Hervaquímica Indústria e Comércio Ltda. Requerido: Hervaquímica Indústria e Comércio Ltda. Avenida Henry Ford, 1.130/1.142/1.152 - 1ª Vara de Falências

Empresa ainda desconhece o motivo do acidente na estação de tratamento de óleo, ocorrido de manhã.

Petrobras: explosão em estação mata 4. Tubulação de gás natural explodiu em São Miguel dos Campos, em Alagoas.

U

ma explosão seguida de incêndio matou ontem quatro funcionários da Petrobras na estação de tratamento de óleo de Furado, uma das maiores de Alagoas, próxima ao município de São Miguel dos Campos, a 71 quilômetros da capital. Por volta das 10h30, os operários faziam uma manutenção de rotina quando uma das tubulações de gás natural da estação explodiu. O fogo se alastrou rapidamente e as chamas podiam ser vistas de longe. O Corpo de Bombeiros só conseguiu controlar o incêndio no início da tar-

Representações Reclair S/C Ltda. ME, inscrita no CNPJ nº 58.729.534/0001-33, CCM nº 9.504.2725, sita à Rua Professor Pereira Monteiro nº 167 - Vila Eutália - CEP 03518-050 - São Paulo/SP, declara que foi extraviado 01 (hum) talonário fiscal da Prefeitura de São Paulo, série A, contendo Notas de nº 251 a 276, emitidas, e de nº 277 a 300, em branco.

de. Ainda não há previsão sobre quando a unidade voltará a operar normalmente. Mas, segundo a Petrobras, o abastecimento de gás para Alagoas e Pernambuco não será afetado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio teria sido provocado pela pressão e a temperatura do gás durante o vazamento. Por precaução, todas as pistas de acesso à unidade foram interditadas. Os corpos das vítimas – que até o final da noite não haviam sido identificadas – foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. A petrolífera estatal não re-

EXTRAVIO DE LIVROS FISCAIS Maria de Lurdes Souza de Rodrigues-ME., CNPJ nº 00.343.165/0001-66, IE nº 114.239.154.114, DECLARA terem sido extraviados os livros fiscais: Mod. 6, Reg. Entradas de Mercadorias, Registro de Inventário.

“VARANDA FRUTAS E MERCEARIA LTDA. C.N.P.J. 62.498.365/0001-45, I. E. 112.607.253.116 DECLARA HAVER EXTRAVIADO OS FORMULÁRIOS CONTÍNUOS DE NÚMEROS 100217 E 100218”

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FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 070/2008 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 541/2008 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 24 de setembro a 21 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)38821885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 070/2008-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 541/2008-FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE MARMITEX, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE E UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 22 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, CEP 17033-360. Botucatu, 23 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor Presidente FAMESP

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP

CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Assembléia Geral Extraordinária Ficam convocados, na forma da lei, os Srs. Acionistas da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 29 de setembro de 2008, às 10:00 horas, na sua sede social, na Av. Miguel Estéfano, nº 3.900 - Água Funda, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Ratificação de eleição de membro do Conselho de Administração; b) Eleição de membro do Conselho de Administração; c) Outros assuntos de interesse da Sociedade. São Paulo, 18/09/2008. João de Almeida Sampaio Filho - Presidente do Conselho de Administração.

velou quantas pessoas trabalhavam no local na hora do acidente. Uma sindicância foi aberta para investigar as causas da explosão. "Está vindo o pessoal da alta gerência da companhia para Alagoas. Vamos nomear uma comissão que vai começar a trabalhar imediatamente", declarou Eugênio Dezem, gerentegeral da empresa em Alagoas. A Petrobras divulgou nota em que lamenta a morte das quatro pessoas no incêndio na Estação de Tratamento de Óleo de Furado. O estado de Alagoas é um dos maiores produtores de gás natural do País. (Agências)

TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1894/08/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE/EMEF Octaviano Cardoso - Rua Cap. Vicente Gonçalves, 731 - Centro - Turiuba/SP - 180 - 22,82 - R$ 53.470,00 - R$ 5.347,00 - 09:30 - 10/10/2008. 05/1940/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Reverendo Augusto Paes de Avila - Rua Dr. Julio de Mesquita Filho, 729 - Aviavão - Praia Grande/SP; EE Balneário Palmeiras - Rua Paulino Borelli, 15.885 Mirim - Praia Grande/SP; EE Lions Club - Rua Ordovaldo Bruzeth, s/nº - Quietude - Praia Grande/SP - EE Profª Sylvia de Mello Avenida dos Trabalhadores, 4.279 – Antartica – Praia Grande/SP - 120 - R$ 105.361,00 - R$ 10.536,00 - 10:00 - 10/10/2008. 05/2149/08/02 - Reforma de prédio escolar - EE Profª Luzia de Abreu - Rua Aureliano Ricardo da Silva, 179 - Jardim Europa - Nova Europa/SP - 90 - 86,32 - R$ 38.192,00 - R$ 3.819,00 - 10:30 - 10/10/2008. 05/2152/08/02 - Reforma de prédio escolar - EE Prof. Ayrton Busch - Rua Prof. Ayrton Busch, 14-41 - Prq. Jaraguá - Bauru/SP - 180 - R$ 102.694,00 - R$ 10.269,00 - 11:00 - 10/10/2008. 05/2199/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Antonio Apparecido Falcão - Rua Ponciano Pereira, 375 - Jardim Eloina - Pindamonhangaba/SP - 180 - R$ 56.240,00 - R$ 5.624,00 - 11:30 - 10/10/2008. 05/2314/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Profª Rosentina Faria Syllos - Rua Nelson Taufic Nassif, 300 - Mauro Marcondes - Campinas/SP - 90 - R$ 24.833,00 - R$ 2.483,00 - 14:00 - 10/10/2008. 05/2315/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Mns. Joaquim Alves Ferreira - Rua Pe. Claret, 141 - Castelo - Batatais/SP - 120 - R$ 29.592,00 - R$ 2.959,00 - 14:30 - 10/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 24/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 09/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FRIGORÍFICO CERATTI S/A

C.N.P.J/MF nº 60.832.409/0001-04 Relatório da Administração Srs Acionistas, Cumprindo disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial e as Demostr. Financ., relativas ao exerc. encerrado em 31.12.07. Permanecemos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos complementares. S. Paulo, abril de 2008 - A Diretoria. Balanço Patrimonial dos Exercícios Findos em (Valores em R$ 1,00) PASSIVO 31/12/2007 31/12/2006 ATIVO 31/12/2007 31/12/2006 2.006.149 3.098.594 Circulante ................................................................... 1.444.856 1.339.532 Circulante ................................................................... 192.908 590.016 Caixa ........................................................................... 5.230 8.454 Emprestimos e Financiamentos ................................. 594.699 764.253 Bancos ......................................................................... 39.602 1.616 Fornecedores............................................................... 317.395 349.376 Duplicatas a Receber .................................................. 839.126 831.677 Obrigações Fiscais/Sociais ......................................... 246.407 452.206 Estoques ...................................................................... 183.307 146.527 Outras Contas a Pagar................................................ 111.185 93.652 Impostos a Recuperar ................................................. 65.321 38.259 Provisões Trabalhistas ................................................ 543.555 543.555 Outros Créditos............................................................ 270.480 282.229 Dividendos a Distribuir................................................. 305.536 Despesas Antecipadas................................................ 41.790 30.769 Parcelamento CSLL e IRPJ ........................................ 8.217.051 8.259.264 Realizável a Longo Prazo......................................... 3.103.130 2.940.584 Exigível a Longo Prazo............................................. 4.229.657 4.928.148 Depósitos Judiciais ...................................................... 1.604.372 1.581.237 Financiamentos ........................................................... 1.019.232 1.148.427 Créditos com empresas Ligadas ................................ 59.746 45.560 Obrigações Fiscais e Sociais ...................................... 2.968.162 2.182.689 Cauções Contratuais ................................................... 500.000 500.000 Créditos de Empresas Ligadas................................... 8.098.941 8.885.044 Outros Créditos............................................................ 939.011 813.787 Patrimônio Liquido.................................................... 1.710.818 1.710.818 Permanente ................................................................ 13.774.156 15.962.787 Capital .......................................................................... 428.407 428.407 Investimentos: Controladas ...................................... 3.884.661 4.848.677 Reserva Legal.............................................................. 5.959.717 6.745.819 Outros Investimentos .................................................. 37.477 37.477 Resultados Acumulados: Lucros Acumulados ....... Imobilizado: Imobilizado Líquido ............................... 9.607.209 10.742.803 Total do Passivo ........................................................ 18.322.141 20.242.902 Diferido: Desenvolvimento de Software .................... 244.809 333.830 5. Investimentos: Os investimentos em Controladas, estão assim demonstrado: Total do Ativo ............................................................. 18.322.141 20.242.902 Ceratti S/A Suinocultura 2007 2006 Demonstr. das Mutações do Patrim. Líquido dos Exerc. - (Vals em R$ 1,00) Saldo Inicial......................................................................... 1.253.275 1.232.364 Históricos Cap.Social Res.Legal Luc/prej.Acum. Total Equivalência Patrimonial .................................................... 20.153 20.910 Saldos em 31/12/05 ....... 1.710.818 311.174 4.532.129 6.554.122 Saldo Final .......................................................................... 1.273.428 1.253.274 Aj. de Exerc. Anteriores ... 221.486 221.486 Total.................................................................................... 1.273.428 1.253.274 Apropriação Res. Legal... 117.232 (117.232) - Participação ........................................................................ 99,99 99,99 Distrib. de Dividendos...... (234.464) (234.464) Patrimônio Líquido.............................................................. 1.273.428 1.253.274 Lucro Líq. do Exercício.... 2.343.901 2.343.901 Omamori Industria de Alimentos Ltda 2007 2006 817.533 Saldos em 31/12/06 ....... 1.710.818 428.407 6.745.820 8.885.044 Saldo Inicial......................................................................... 3.570.910 Aj. de Exerc. Anteriores ... (86.671) (86.671) Equivalência Patrimonial .................................................... -984.169 2.753.377 Lucro Líq. do Exercício.... (699.432) (699.432) Saldo Final .......................................................................... 2.586.741 3.570.910 Saldos em 31/12/07 ....... 1.710.818 428.407 6.745.820 8.098.941 Total.................................................................................... 2.586.741 3.570.910 Participação ........................................................................ 99,92 99,92 Notas Explicativas das Demonstrações Contábeis Patrimônio Líquido.............................................................. 2.586.741 3.570.910 1. Contexto Operacional: A empresa teve como atividade preponderante à Bauruatti Distribuidora Frios Ltda. 2007 2006 comercialização, no mercado interno exclusivo de produtos importados desde Saldo Inicial......................................................................... 24.492 24.492 outubro 2005. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis e Práticas Saldo Final .......................................................................... 24.492 24.492 Contábeis: As demonstrações financeiras foram elaboradas e apresentadas Total.................................................................................... 24.492 24.492 de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com base na Lei das 99,99 99,99 Sociedades por Ações. As principais práticas contábeis adotadas na elaboração Participação ........................................................................ Patrimônio Líquido .............................................................. 24.492 24.492 e apresentação das demonstrações financeiras resumem-se como segue: 6. Outros Investimentos: Os demais investimentos, estão assim demonstrado: a) Apuração do Resultado: As receitas e as despesas são reconhecidas com a 2007 2006 observância do regime de competência dos exercícios; b) Estoques: Os estoques Ações de Terceiros 7.950 7.950 estão valorizados ao custo médio de aquisição, exceto quanto aos produtos Saldo Inicial......................................................................... 7.950 7.950 acabados e em elaboração que são valorizados pelo custo arbitrado e ajustados Saldo Final .......................................................................... 2007 2006 ao valor de mercado quando aplicável; c) Investimentos: As participações em Incentivos Fiscais 10.642 10.642 controladas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais Saldo Inicial......................................................................... 10.642 10.642 investimentos são avaliados ao custo, que foram atualizados monetariamente até Saldo Final .......................................................................... 2007 2006 31.12.1995; d) Imobilizado: É demonstrado ao custo de aquisição e formação, Ações Eletrobras 18.886 18.886 deduzido da depreciação acumulada que foram atualizados monetariamente até Saldo Inicial......................................................................... 18.886 18.886 31.12.1995. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com a vida Saldo Final .......................................................................... útil remanescente dos bens. 3. Clientes: Os saldos de clientes são registrados 7. Imobilizado: As imobilizações estão compostas das seguintes contas: 2007 2006 pelo valor faturado incluindo os respectivos impostos. A provisão para devedores Custo Depreciação Valor Valor Taxa duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela administração Corrigido Acumulada Líquido Líquido Anual para fazer face às eventuais perdas na realização dos créditos e teve como 181.234 181.234 181.234 critério à análise individual dos saldos de clientes com risco de inadimplência. Terrenos 11.901.807 6.240.673 5.661.134 6.613.677 10 4. Estoques: Os estoques compõem-se como segue:.... 2007 2006 Máq. e Equiptos. 394.537 334.567 59.970 101.766 20 Produtos Acabados ............................................................ 2.297 Veículos 404.309 359.400 44.909 41.660 10 Produtos para Revenda ..................................................... 183.307 144.230 Móveis e Utens. 544.416 486.600 57.816 82.280 20 185.314 148.533 Comput. e Perifér. Benf. imóv. de terc. 319.736 297.653 22.083 133.538 10 Acionistas: Genny Ceratti Benedetti / Evelina Ines Benedetti di Benedetto Imobiliz. em andam . 3.409.687 - 3.409.687 3.409.687 Mario Ceratti Benedetti / Rosa Calicchio Ceratti Outras Imobiliz. 264.577 94.201 170.376 178.961 10 Sérgio Trindade Figueiredo Luiz Bersou 17.420.303 7.813.094 9.607.209 10.742.803 8. Diferido: O diferido é composto basicamente de desenvolvimento de Software Marcos Roberto Veiga da Rosa - Contador - CRC nº 1 SP 183220/O-3

Demonstração do Resultado dos Exercícios (Valores em R$ 1,00) Receita Bruta de Vendas 31/12/2007 31/12/2006 Vendas de Mercadorias e Produtos .......................... 5.413.236 5.333.172 Deduções da Receita Bruta: Dev. e Impostos........ (1.113.450) (1.282.896) Receita Líquida ........................................................ 4.299.786 4.050.276 Custos das Mercadorias e Prod. Vendidos .......... (2.694.588) (2.730.516) Lucro Bruto ............................................................... 1.605.198 1.319.761 Despesas (Receitas) Operacionais........................ (2.285.941) 1.061.362 Despesas com Pessoal ............................................ (2.495.785) (2.021.737) Despesas com Vendas............................................. (808.519) (723.996) Despesas Administrativas ........................................ (3.330.185) (2.987.453) Encargos Financeiros Líquidos ................................ 290.875,89 (1.236.682,56) Outras Receitas/Despesas....................................... 5.021.688 5.256.942 Resultado Equivalência Patrimonial......................... (964.016) 2.774.288 Resultado Operacional Líquido.............................. (680.743) 2.381.122 Resultado não Operacional .................................... (18.688) (20.870) Resultado antes do IRPJ e CSL ............................. (699.432) 2.360.252 Contribuição Social.................................................. (5.398) Imposto de Renda .................................................... (10.953) Lucro do Exercício ................................................... (699.432) 2.343.901 Lucro / Prejuízo por Ação........................................ (13,99) 46,88 Demonstr. das Origens e Aplicações de Recursos (Vals em R$ 1,00) 31/12/2007 31/12/2006 Origens..................................................................... 1.460.189 2.628.014 Das Operações: ..................................................... 178.517 1.092.652 Resultado do Exercício .......................................... (699.432) 2.343.901 Ajustes de Exercícios Anteriores ......................... (86.671) (221.486) Depreciações ......................................................... 1.140.373 1.289.778 Equivalência Patrimonial ....................................... 964.016 (2.774.288) Var. Monet./Cambial Exigível a Longo Prazo ........ (1.139.769) 454.747 De Terceiros:.......................................................... 1.281.672 1.535.361 Aumento no Exigível a Longo Prazo ..................... 1.281.672 1.532.561 Diminuição do Realizável a Longo Prazo.............. 2.800 Aplicações ............................................................... 262.420 2.369.664 Aumento Realizável a Longo Prazo ......................... 162.546 146.590 Adições do Ativo Imobilizado .................................... (84.242) 48.096 Diminuição do Exigível a Longo Prazo ..................... 184.115 1.940.514 Dividendos Distribuídos ............................................ 234.464 Variação do Capital Circulante Líquido................ 1.197.770 258.350 Ativo Circulante....................................................... 105.324 (241.827) No início do exercício................................................ 1.339.532 1.581.359 No final do exercício ................................................. 1.444.856 1.339.532 Passivo Circulante.................................................. (1.092.446) (500.177) No início do exercício................................................ 3.098.594 3.598.771 No final do exercício ................................................. 2.006.149 3.098.594 Acréscimo (Decréscimo) do Cap. Circ. Líq.......... 1.197.770 258.350 Corporativo de Gestão de empresas. 9. Financiamentos: Os empréstimos e financiamentos estão garantidos por notas promissórias avaliadas pelo sócio da empresa. Finalidade Encargos Amortização 2007 2006 Delta Juros pg semesNational Capital 5% a a + tralmente e o princ. Bank (EUA) de Giro ao final do contr. em 21.02.2010 4.229.657 4.928.148 Carência de BNDES Aquisição 3% a a + 12 meses 100.134 557.924 Máquina TJLP Contas Capital Garantidas de Giro 92.774 32.092 Pssivo Circulante 192.908 590.016 Pssivo Exigível à Longo Prazo 4.229.657 4.928.148 Total Geral 4.422.565 5.518.164 10. Capital Social: O Capital Social de R$ 1.710.818,15 é composto de 50.000 ações ordinárias, sem valor nominal, sendo 25.000 (vinte e cinco mil) de classe “A” e 25.000 (vinte e cinco mil) de classe “B”.


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mais perigoso do que a manutenção da aliança é a ruptura interna no partido tucano. Amaury de Souza

UMA ALIANÇA PRESTES A SE ROMPER

Sérgio Guerra tenta acalmar os ânimos em São Paulo

André Dusek/AE - 26.03.08

Presidente do PSDB tenta preservar aliança entre PSDB e DEM no segundo turno Fernando Vieira

E

m busca de paz, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, volta a interferir diretamente nas eleições municipais em São Paulo. Publicamente, ele se posiciona a favor de Geraldo Alckmin e, nos bastidores, já se movimenta para acalmar os ânimos tanto da campanha paulistana de tucanos quanto a dos democratas, para "preservar a ponte para o segundo turno". A nova participação de Guerra no cenário político municipal ocorre, justamente, no momento em que a troca de farpas entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo e exaliados fica mais intensa, deixando o plano administrativo para o pessoal. E essa situação dá sinais de que pode fugir do controle. Exemplo disso são as declarações dadas ontem por Alckmin, durante sabatina promovida pelo jornal "Folha de São Paulo". Após ser acusado de "oportunista" pelo secretário municipal de Governo, o tucano Clóvis Carvalho, o ex-governador mirou a resposta no

prefeito Gilberto Kassab, a quem chamou de "dissimulado", acusando-o de "cooptar" tucanos com "loteamento de cargos" na Prefeitura. A reação da direção nacional foi rápida e de duas maneiras. Primeiro, Guerra focou as declarações de Carvalho e se manifestou publicamente, por meio de nota, em defesa de Alckmin: "É um homem público correto, que todo o partido admira". No texto, afirma ainda que "o PSDB considera injustas e equivocadas as críticas feitas" e reforça o apoio à candidatura própria do partido. Ele prega o fim dos ataques, dizendo que "acusações pessoais não são apoiadas pelo PSDB". "A entrevista (de Cló-

vis Carvalho) só serve para aumentar a tensão no campo da oposição diante da disputa na cidade de São Paulo, uma eleição muito importante para o PSDB e para o País". Em seguida, Guerra passou a trabalhar nos bastidores, dessa vez de olho no posicionamento da campanha tucana, propriamente dita. Atuando de novo como pacificador, tentou interceder junto ao diretório municipal para jogar água nos espíritos inflamados, mandando o recado para a aprovação de críticas administrativas, mas não pessoais. A preocupação, segundo fontes tucanas, não é apenas "quem" vai para a reta final das eleições, mas "como" estará a relação entre PSDB e DEM. Segundo o cientista político Amaury de Souza, a briga vai aumentar a dificuldade para firmar de fato a aliança PSDB/DEM no segundo turno. "Os políticos e militantes dos dois lados vão se engajar na campanha de um ou de outro?", questionou. "Mais perigoso do que a manutenção da aliança é a ruptura interna no partido tucano. Quem vai sof re r p r i m e i ro é o p ró p r i o PSDB", concluiu.

Clóvis Carvalho não deve ser expulso do PSDB Segundo o presidente do Conselho de Ética, não há mais tempo para processos

A

ameaça do diretório do PSDB paulistano de expulsar o secretário municipal de São Paulo, Clóvis Carvalho, pelas críticas ao candidato do partido a prefeito da capital, Geraldo Alckmin, não vai sair do papel. O Presidente do Conselho Nacional de Ética e Disciplina do P S D B , d e p u t a d o A ff o n s o Camargo (PR), diz que não há mais tempo para processar e expulsar ninguém da sigla antes das eleições. Em nota oficial divulgada ontem, o presidente do diretório municipal, José Henrique Reis Lobo, disse que "a Comissão de Ética do partido será acionada para avaliar se, depois dessa entrevista, ele terá condições de permanecer no PSDB." Affonso Camargo (PR), explica, no entanto, que o Conselho só age quando solicitado, a partir do diretório municipal, que passa a demanda ao esta-

Posso garantir que, se a Executiva nacional encaminhar o caso ao Conselho, meu voto será pela expulsão dos dissidentes. Affonso Camargo dual e este à direção nacional. "Como houve muita demora para encaminhar qualquer coisa, não há mais tempo para punir ninguém antes das eleições. Se houver qualquer coisa, ficará para depois", resume Camargo. A seu ver, o caso de São Paulo é típico de indisciplina partidária, mas ainda assim o Conselho nacional do partido não tem poder estatutário de tomar iniciativas. "A única coi-

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Acha-se aberta na COORDENADORIA DOS NÚCLEOS DE AÇÃO EDUCATIVA, sito Rua: Dr. Diogo de Faria, 1247, sala 201 B, 1º andar - Vila Clementino, a licitação na modalidade: PREGÃO PRESENCIAL Nº 68/SME/2008 - 2008-0.250.905-0 - CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PATRIMONIAL PARA AS UNIDADES EDUCACIONAIS DA REDE FÍSICA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, JURISDICIONADAS À DIRETORIA DE EDUCAÇÃO DE SANTO AMARO, RELACIONADAS NO ANEXO X. O credenciamento e os envelopes nº 01 (proposta) e envelopes nº 02 (documentação) deverão ser entregues até as 10:30 horas do dia 13/10/2008, no Auditório de CONAE, situado na Rua Dr. Diogo de Faria, 1247 - 1º andar - Vila Clementino. O Edital e seus anexos poderão ser obtidos, até o último dia que anteceder a abertura, mediante recolhimento de guia de arrecadação, ou mediante a apresentação de CD ROOM gravável no Setor de Licitação CONAE 151 - sala 201 B, ou através do site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, bem como, a cópia do Edital estará exposta no mural do Setor de Licitação.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL Nº 50/SME/2008 - 2008-0.057.199-8 - REGISTRO DE PREÇO PARA FORNECIMENTO DE MOBILIÁRIO ESCOLAR: ARMÁRIO, ARQUIVO E ESTANTE DE AÇO - SME/CONAE Fica REDESIGNADA a abertura da licitação em epígrafe. O credenciamento e os envelopes nº 01 (proposta) e envelopes nº 02 (documentação) deverão ser entregues até às 10:30 horas do dia 17/10/2008, no Auditório, situado na Rua Dr. Diogo de Faria, 1247 - 1º andar Vila Clementino. O Edital e seus Anexos poderão ser obtidos, até o último dia que anteceder a abertura, mediante recolhimento de guia de arrecadação, ou através da apresentação de CD ROM gravável no Setor de Licitação - CONAE 151 - sala 201 B, ou no site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, bem como, as cópias do Edital estarão expostas no mural do Setor de Licitação.

sa que posso garantir é que, se a Executiva nacional encaminhar o caso ao Conselho, meu voto será pela expulsão dos dissidentes", antecipa. Não é nesta direção, porém, que a cúpula nacional do partido trabalha. Mais do que punir quem quer que seja, a preocupação é preservar as pontes com o DEM para a costura da unidade de oposição. "Se houver processo, vamos cumprir o estatuto do partido. Mas nossa atuação é no sentido de dar apoio incondicional a Geraldo Alckmin e manter abertas as portas que são fundamentais no segundo turno", diz o presidente nacional da sigla, senador Sérgio Guerra. Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", Carvalho criticou a candidatura de Alckmin, dizendo que tratou-se de um "projeto pessoal", e afirmou que o tucano não tem projeto para criticar o adversário Gilberto Kassab (DEM). (AE)

Recife: candidato do PT corre risco de ser cassado

O

juiz da 8ª Zona Eleitoral do Recife, Nilson Nery, determinou ontem a cassação do registro do candidato do PT à Prefeitura do Recife, João da Costa, líder absoluto nas pesquisas de intenção de voto, por abuso de poder econômico e político nas eleições. Além do pedido de cassação, o magistrado também decretou a inelegibilidade do petista por três anos. A Coligação "Frente do R e c i f e " ( P T- P C d o B - P D TPMN-PTB-PRP-PTdoBPSDC-PR-PSB-PTN-PRBPRTB-PSL-PHS) vai recorrer da decisão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). (AE)

Guerra: o importante é como estará a relação entre tucanos e democratas na segunda etapa das eleições Agência Câmara

Rodrigo Maia, do DEM, põe panos quentes na crise

"O

PSDB é muito maior do que o Alckmin." Foi com esta frase que o presidente nacional do Democratas, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), reagiu às acusações do exgovernador tucano ao prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM). Maia já fez questão de garantir que, embora aparentemente abalada, a aliança com os tucanos será mantida em um provável segundo turno, na disputa pela Prefeitura de São Paulo. "Os partidos são maiores que as candidaturas e olham para o futuro", disse. "Estaremos juntos em qualquer cidade. Não haverá hipótese de não estarmos lado a lado em todos os palanques em que apenas o PSDB estiver no segundo turno. E acredito que a recíproca é verdadeira para com os democratas. Trata-se de um processo

Rodrigo Maia: "O discurso está bem diferente do que foi proposto".

natural essa aliança", reforçou. O deputado federal criticou os novos rumos da campanha tucana paulistana, dizendo que houve "uma mudança da postura angelical para a agressividade". Segundo Maia, "o discurso está bem diferente do que foi proposto por interlocutores de Alckmin", quando da decisão de uma candidatura concorrente à de Kassab.

O presidente nacional do DEM afirmou que a orientação é evitar respostas aos ataques e continuar "apenas mostrando as realizações do governo e pedindo votos". "Esperamos que não tenham ainda outras mudanças de posturas, mais agressivas, com a queda de Alckmin para a terceira colocação nas pesquisas", concluiu Maia. (FV)

Aécio se diz preocupado com racha no tucanato paulista

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governador de Minas Gerais, Aécio Neves, manifestou ontem preocupação com a crise no PSDB de São Paulo e cobrou uma ação das lideranças tucanas paulistas para que a briga interna não comprometa o projeto do partido de voltar a governar o Brasil. "É um problema que nós estamos vivendo lá e a minha esperança é de que as lideranças paulistas saibam colocar adiante o projeto do PSDB", disse Aécio, cotado – junto com o governador José Serra – como presidenciável tucano em 2010. "Temos que ter responsabilidade política e espírito público. A vida pública não pode se apequenar. São Paulo tem uma tradição enorme na construção do PSDB. Sem São Paulo, o PSDB não seria o que é", afirmou. Nos últimos dias, a divisão interna no PSDB se agravou com os ataques de Geraldo Alckmin (PSDB) ao prefeito Gilberto Kassab (DEM) – ambos disputam um lugar num eventual segundo turno da eleição para a Prefeitura paulistana – e com as declarações do secretário municipal de Governo, Clóvis Carvalho. "É preciso, sobretudo dos mais maduros, dos mais experientes líderes políticos de São Paulo, serenidade nessa hora. Essa briga interna, essa disputa de vaidades, ela não pode ter lugar num

Pedro Silveira/O Tempo/Folha Imagem

O arquiteto Oscar Niemeyer e Aécio no Centro Administrativo de Minas

partido que tem um projeto tão ousado que é o de governar o Brasil e fazer o Brasil crescer a indicadores muito mais vigorosos do que está crescendo hoje", reiterou o governador mineiro. Sem citar nomes, Aécio, que apóia abertamente a candidatura de Alckmin, disparou contra o que chamou de "excesso de declarações, até mesmo de políticos que têm pouca afinidade com o voto, num determinado momento dando entrevistas que em nada contribuem para a convergência". "Atores secundários" – "Vejo muitos atores, inclusive secundários da vida política do partido, que sequer detém mandato, jamais disputaram eleição, entrando numa discussão que repito: não atende ao interesse maior do partido", reclamou Aécio, referindo-se a Clóvis

Carvalho, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso e um dos principais aliados de José Serra. Aécio disse confiar que FHC, Serra, o deputado federal José Aníbal e o próprio Alckmin possam atuar como bombeiros da crise, "construindo o pósprimeiro turno" e preservando a aliança PSDBDEM num eventual segundo turno, qualquer que seja o resultado. "O PSDB e o DEM têm que estar juntos por uma razão fundamental: é o Brasil que está em jogo, não a vaidade desse ou daquele ator político". "Já devíamos saber que, se temos um projeto para o Brasil, ele passa pela aproximação do PSDB com o DEM e até com outras forças que hoje estão na base de sustentação do presidente Lula", afirmou. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

EXPECTATIVA PARA DIA DA SECRETÁRIA

Primavera de bons negócios

Fotos: Fábio D'Castro/ Hype

São comercializadas 1,5 mil toneladas de flores e plantas por semana na tradicional feira da Ceagesp Mário Miranda/LUZ

Kety Shapazian

A

Mário Miranda/LUZ

so", diz a endodontista Vilma Monteiro, carregando orquídeas. Já havia gastado R$ 225 e ainda 'namorava' algumas peônias (R$ 60, o maço). "Elas

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Realizada em área de 20 mil metros quadrados, a feira reúne 1,1 mil produtores de flores, plantas, grama e mudas. Os preços são convidativos e movimento semanal chega a R$ 5 milhões.

mudança de estação está aquecendo o mercado de flores. "As pessoas ficam contaminadas pela chegada da primavera. E logo vem o Dia da Secretária, no dia 30, o que aumenta ainda mais as vendas. Os pedidos crescem. As empresas compram dezenas de arranjos para presentear as funcionárias", diz Clóvis Souza, diretor da Giuliana Flores. Com 82 funcionários fixos, a empresa contrata mais 30 temporários neste mês. A concorrente Flores Online também saúda a chegada da nova estação, quando completa 10 anos de vida. A expectativa para 2008 é crescer 25% em relação ao ano anterior. "A primavera sempre foi especial para nós. E, em 2008, temos mais motivos para comemorar, pelo florescer da empresa e por sua consolidação no comércio eletrônico", diz o diretor Eduardo Casarini. O aquecimento do mercado é bem visível na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). Entre 5 mil e 8 mil pessoas por dia freqüentam a Feira de Flores, às terças e sextas-feiras, movimentando de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões por semana. Profissionais de decoração e eventos fazem parte do público mas o Ceasa atrai todo tipo de comprador e virou passeio para muita gente. A feira vai das 5 horas às 10h30. "Isso aqui é a minha Disney. É meu hobby, o meu descan-

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duram pouco e a perda é muito grande para os vendedores porque as flores abrem rápido. Por isso são caras. Só compro quando tem festa em casa." A feira reúne 1,1 mil produtores e os preços convidativos são o grande chamariz. O maço de girassóis começa o dia custando R$ 5 mas, às 9 horas , está pela metade do preço. Vinte rosas na tonalidade lilás – novidade da estação – saem por R$ 10, contra R$ 40 cobrados pelos botões fechados. A decoradora Tatiana Ramos chega às 6h30. "Cedo, o preço é mais alto, mas a flor é melhor." Ela escolhe astromélias para decorar uma festa de noivado. "São fáceis de trabalhar porque já têm folhagem bonita." A astromélia é um dos hits do mercado. Custa R$ 5 o maço e está disponível em uma dezena de tonalidades. Outro sucesso são as gérberas. Por semana, são vendidas 1,5 mil toneladas de flores de corte e vasos na Ceagesp. "Preciso fazer muito vaso para largar as aulas de educação física", avalia a personal trainer Fabi Mello. De tanto receber elogio pelos arranjos que fazia, ela começou a vendê-los num blog. Trabalha apenas com o bambu da sorte (lucky bamboo), vindo de Taiwan. Já a Irmã Amábile, frequentadora da feira há 10 anos, leva flores para enfeitar a Igreja Santa Marcelina, em Perdizes. Para levar tudo até o carro, não faltam carregadores, cobrando entre R$ 15 e R$ 30.

SERVIÇO Ceagesp: www.ceagesp.gov.br Fabi Mello: luckybamboofabi.blogspot.com Giuliana Flores: www.giulianaflores.com.br Flores Online: www.floresonline.com.br


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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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AFP

Um dia de fúria na Finlândia

Internacional

NBC News

Estudante de 22 anos vai à escola e mata a tiros dez pessoas antes de se suicidar. Um dia antes da tragédia, a polícia havia interrogado o atirador por causa de vídeos ameaçadores na internet

Seung-Hui Cho

Alguns massacres recentes ● FEVEREIRO 2008

Um ex-aluno atira dentro de uma sala da Universidade de Northern Illinois, nos EUA, matando cinco pessoas, antes de cometer suicídio. ● ABRIL 2007

O estudante Seung-Hui Cho mata 32 pessoas na Virginia Tech University. Foi a maior chacina em uma universidade dos EUA. ● SETEMBRO 2006

Um atirador abre fogo na Dawson College, no Canadá, matando uma pessoa e ferindo 19. Depois, o homem se suicida.

U

m estudante matou a tiros ontem dez pessoas em uma escola no norte da Finlândia, antes de se suicidar, no segundo ataque deste tipo no país em menos de um ano. A tragédia já era anunciada: um dia antes do ataque, o atirador havia sido interrogado pela polícia por causa de um vídeo ameaçador divulgado na internet. O incidente aconteceu por volta das 11h locais (5h em Brasília), na escola situada em Kauhajoki, 300 quilômetros a noroeste de Helsinque. Nove pessoas atingidas pelo homem armado morreram na hora.

AFP

AFP

Uma décima vítima faleceu mais tarde no hospital. A mídia finlandesa identificou o atirador como Matti Juhani Saari, um estudante da escola com 22 anos. Os motivos do ataque são desconhecidos. O diretor do colégio, Tapio Varmola, disse à emissora YLE que havia 150 estudantes no local no momento do incidente. Segundo ele, os disparos começaram em uma sala na qual 20 pessoas faziam uma prova. "Um atirador entrou no prédio com uma pistola automática e começou a disparar nos estudantes a sangue frio", disse o zelador da escola, Jukka Forsberg, à emissora YLE. "Em um

Reuters

Líder venezuelano ressalta aliança estratégica com Pequim

Cheio de elogios, o maoísta Chávez visita a China

O

presidente da Venezuela, Hugo C h á ve z , d e s e mbarcou ontem na China para assinar uma série de acordos com seu colega Hu Jintao. Celebrando a "parceria estratégica" com Pequim, Chávez anunciou planos para a compra de aviões de combate e a construção de navios-tanque e refinarias no país, agravando ainda mais as relações de Caracas com os EUA. Antes de deixar a Venezuela no domingo, o líder venezuelano disse que seu país esperava comprar 24 aeronaves K-8, "para treinar pilotos de combate". Chávez também confirmou que acertaria a construção de duas refinarias na China para processar petróleo venezuelano e a criação de uma frota conjunta de navios-tanque. O venezuelano anunciou ainda a intenção de dobrar suas exportações de petróleo para a China em 2009. Chávez, que se refere ao país asiático como um alia-

do estratégico, vai levar adiante a formação de um fundo bilateral de investimentos de US$ 6 bilhões US$ 4 bilhões da China e US$ 2 bilhões, da Venezuela. "Antes nós tínhamos de ir a Washington implorar por dinheiro", declarou. "Agora, não. Agora negociamos com os chineses." Em uma década, Chávez esteve cinco vezes na China, onde não se cansa de fazer elogios ao regime local. Desta vez, não foi diferente. "Estamos na terra de Mao Tse-tung, e rendo homenagem a ele. Sou um maoísta", disse Chávez, diante de intrigados policiais chineses. A pitoresca retórica de Chávez contrasta com o mutismo dos diplomatas chineses, que preferem dar ênfase ao comércio. "As relações sino-venezuelanas não têm um matiz ideológico, não estão voltadas contra terceiros e não afetam as relações da Venezuela com qualquer outro país", disse Jiang Yu, porta-voz da chancelaria. (Agências)

Vídeos na internet mostram o estudante praticando tiro ao alvo

Uma garota acende uma vela às vítimas em frente ao local do ataque

curto período de tempo eu ouvi várias dezenas de tiros. Em outras palavras, foi uma pistola automática", afirmou. A agência local STT ainda informou que o prédio estava em chamas e que também foram detonados explosivos. Suspeito - A ministra do Interior do país, Anne Holmlund, afirmou que o autor dos disparos havia sido interrogado pela polícia na segunda-feira por causa de vídeos publicados na internet que mostravam o estudante disparando com uma arma em um alvo. No entanto, ele foi posteriormente liberado. Segundo a ministra, não havia base jurídica para mantê-lo preso. Ela ainda afirmou que Saari tinha um porte de arma temporário para a pistola e que es-

te não foi retirado. Vídeos postados no YouTube e na internet feitos por um usuário chamado "Mr. Saari" mostram um homem vestido de preto disparando uma arma em um estande de tiro. Seu perfil trazia as palavras: "A vida toda é guerra e dor. E você vai lutar sozinho em sua guerra pessoal. Isto é guerra!" Este foi o segundo massacre do gênero em menos de um ano na Finlândia. Quase um ano atrás, Pekka-Eric Auvinen, de 18 anos, abriu fogo em sua escola no sul da Finlândia, em 9 de novembro. O estudante matou seis estudantes, uma enfermeira e o diretor do colégio antes de se suicidar. Assim como Saari, Auvinen havia postado um vídeo na internet antes do massacre. (Agências)

Shannon Stapleton/Reuters

ESCÂNDALO ais de um ano após ter M protagonizado o escândalo da mala, o Ó RBITA

ESTADOS UNIDOS banco hipotecário norteO americano Freddie Mac desembolsou US$ 15 mil

mensais, entre o final de 2005 até o mês passado, para uma empresa pertencente ao gerente de campanha do senador John McCain, candidato republicano à presidência dos EUA. A informação foi divulgada por duas pessoas próximas ao acordo ao jornal The New York Times. A declaração rebate as afirmações do gerente de campanha Rick Davis, que negou qualquer envolvimento com a empresa Davis & Manafort nos últimos anos.

venezuelano Guido Antonini prestou depoimento ontem, em Miami, e revelou informações que complicam a situação dos governos de Cristina Kirchner, da Argentina, e Hugo Chávez, da Venezuela. O portador da mala com US$ 790 mil retida pela polícia em 2007 confirmou que no avião fretado pelo Estado argentino havia outros US$ 4,2 milhões não-declarados. O empresário assegurou que a mala retida não era sua e sim de Claudio Uberti, exfuncionário do governo Néstor Kirchner. Promotores norte-americanos afirmam que o destino do dinheiro era a campanha de Cristina, mas ela nega qualquer vínculo com o portador da mala. (AG)

Sarkozy foi à ONU acompanhado de sua esposa, a cantora Carla Bruni

SARKOZY QUER MAIS CONTROLE Líder francês pede reforma do sistema capitalista crise financeira global foi A o destaque da 63ª Assembléia Geral da

Organização das Nações Unidas. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu ontem uma reforma do sistema capitalista e pediu uma cúpula sobre a crise para novembro.

Segundo Sarkozy, é preciso reconstruir um sistema "capitalista regulamentado". A maior surpresa foi o discurso do presidente dos EUA, George W. Bush, que deixou de tratar do tema com profundidade (veja mais na página 7). (Agências)


Ano 84 - Nº 22.715

PAPA-VENTO

Jornal do empreendedor

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Enyalius inheringii Espécie de lagarto com hábitos diurnos mede 25 cm e foi visto nos parques Volpi e do Carmo e, mais recentemente, no Parque Previdência.

Conclusão: 23h45

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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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MONEY URGENTE, PLEASE. Ou libera rápido o pacote de U$ 700 bi, ou a economia sofrerá ainda mais disseram ao Congresso americano o secretário Paulson e 'mister dólar', Bernanke (foto). O mundo ficou em baixa de novo. O Ibovespa perdeu mais 3,78% E 1, E 3 e Opinião, págs. 2 e 3

S.O.S? MAS SEM ROLEX... O Congresso não quer dar com o pacote um pára-quedas dourado para o pouso suave dos responsáveis pela 'vergonha' dos Estados Unidos

EQUADOR BLOQUEIA BENS E EXPULSA ODEBRECHT Economia 7 Apu Gomes/Folha Imagem

AFP

"Você será o próximo a morrer!"

Com carro roubado bando arromba loja na rua João Cachoeira (foto). Nova onda criminosa é sinal de alerta para o comércio. C 1

Matti Juhani matou dez estudantes numa escola na Finlândia e depois se suicidou. Cumpriu a promessa feita diante da câmera (foto). Pág. 9

Nilani Goettems/e-SIM

Gangue da marcha a ré: terror das lojas

HOJE Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 13º C.

A árvore que tem endereço Rua Haddock Lobo, 1738, é o endereço da figueirade-bengala, a mãe de todas as árvores de SP. A primavera chegou a Cidades, 3, e Economia, 8

Marta acha que Alckmin pega pesado em Kassab Páginas 5 e 6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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E conomia Congresso

O

s a rq u itetos do p l a n o d e U S $ 7 0 0 b ilhões para recuperar o sistema financeiro dos EUA pediram ontem ao Congresso rapidez na avaliação e aprovação das medidas, ressaltando o risco de graves conseqüências para a economia do país. Mesmo com o apelo, os congressistas parecem ter endurecido o discurso: querem mais detalhes do pacote que, segundo alguns parlamentares, pode ter custo elevado demais para a sociedade. Há ainda quem defenda discussão mais detalhada do plano e até alteração de medidas. O impasse desanimou os investidores e as principais bolsas voltaram a fechar em baixa. Em Nova York, o índice Dow Jones perdeu 1,47% e o Nasdaq recuou 1,18%. Na Europa, caír a m a s b o l s a s d e L o n d re s (-1,91%), Paris (-1,98%) e Frankfurt (-0,64%). O Ibovespa, principal referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), teve desvalorização de 3,78%, para 49.593 pontos. Outro reflexo da desconfiança dos investidores foi verificado no mercado de câmbio brasileiro: o dólar comercial subiu 2,12%, para R$ 2,12. Segundo o Banco Central (BC), o indicador que mede o movimento de dólares no chamado câmbio financeiro – que inclui investimentos em ações e títulos da dívida, além de remessas de lucros – registrou saídas de US$ 2,68 bilhões na semana passada. Isso significa que pelo menos US$ 500 milhões deixaram o Brasil em cada um dos cinco dias úteis da semana passada pelo câmbio financeiro. Apelos – O chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, disseram que a melhor opção para estabilizar o sistema finan-

ceiro é o governo comprar as centenas de bilhões de dólares de títulos podres. "A ação do Congresso é urgentemente requerida para estabilizar a situação e evitar o que pode, de outra forma, ter sérias consequências para os mercados e a economia", afirmou Bernanke no Comitê Bancário do Senado, sem informar quais seriam as consequências. Paulson, por sua vez, disse que a crise já está se espalhando, atingindo aos poucos a economia real. "Precisamos agir de forma decisiva para tratar a raiz dessa crise." Democratas, que controlam ambas as câmaras do Congresso, pressionaram do outro lado. O chairman do comitê bancário do Senado, Christopher Dodd, afirmou que os parlamentares precisam limitar os pagamentos do Executivo para empresas que descarreguem ativos podres no governo. Segundo ele, o plano apresentado pelo Tesouro "não é aceitável" na forma atual e precisa de mudanças. Diante da resistência dos congressistas, Paulson pediu cuidado com a inclusão de medidas desnecessárias no pacote. "Nos últimos dias, ficou claro que existe um consenso bipartidário em torno de uma solução legislativa urgente", afirmou. "Não podemos atrasar a aprovação do pacote por causa de itens que não estão relacionados ou que não tenham amplo apoio", acrescentou. Ele também fez um alerta em relação às propostas para exigir que as financeiras concedam ao governo uma participação em suas companhias, argumentando que isso pode limitar a inserção no programa de resgate e prejudicar sua eficácia. Paulson afirmou que, em vez de fazer exigências às companhias financeiras em troca de seu envolvimento, o plano precisa convencer uma ampla variedade de empresas a participar voluntariamente dessa ação. (Agências)

Re u g/ ow nin La rry D

Enquanto representantes do governo norteamericano tentam convencer congressistas da necessidade de aprovação rápida do plano de US$ 700 bilhões, parlamentares querem aprofundar discussões. O impasse derrubou as bolsas em todo o mundo – Ibovespa perdeu mais 3,78%. O Tesouro dos EUA fez alerta sobre conseqüências da demora.

ter s

quer discutir mudanças em pacote

Os arquitetos do plano de salvamento do sistema financeiro no Congresso: Henry Paulson (Tesouro), Ben Bernanke (Fed) e Christopher Cox (SEC). Chip Somodevilla/Getty Images/AFP Photo

Paulson (à esq.) no Congresso: sistema regulatório está ultrapassado.

"Vergonha" para os Estados Unidos Secretário do Tesouro admite falhas dos agentes de fiscalização do sistema financeiro americano

A

crise em Wall Street é uma "vergonha" para os EUA, disse ontem o secretário do Tesouro do país, Henry Paulson. A afirmação foi uma resposta ao senador Sherrod Brown, democrata de Ohio, que perguntou se os agentes do sistema financeiro baseados em Nova York deveriam pedir desculpas ao povo norte-americano pela turbulência financeira. "Eu compartilho com as pessoas essa irritação", disse Paulson. Tanto o secretário do Tesouro quanto o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke,

reconheceram que os executivos do setor financeiro, os agentes de fiscalização e o sistema regulatório ultrapassado são os culpados pela situação. Paulson também manifestou seu apoio a uma rigorosa supervisão para o plano do governo, que prevê a liberação de US$ 700 bilhões para a compra de ativos podres de instituições financeiras. Ele disse que compartilha com os congressistas a frustração com relação às compensações para os executivos, previstas no pacote. "Precisamos de supervisão, de proteção e de transparência", afirmou o secretário.

Buffet investe no Goldman

O

grupo empresarial Berkshire Hathaway, dirigido pelo multimilionário investidor americano Warren Buffett, anunciou ontem que vai investir US$ 5 bilhões no Goldman Sachs – um dos bancos de investimento que escaparam da crise das hipotecas de alto risco nos EUA. O compromisso prevê a venda de ações preferenciais perpétuas do Goldman Sachs, mediante uma oferta privada. Além disso, o grupo de Warren Buffett receberá garantias para

a compra, a qualquer momento e no prazo de cinco anos, de US$ 5 bilhões em ações comuns, ao preço de US$ 115 por unidade. O banco americano acrescentou que também pretende obter pelo menos US$ 2,5 bilhões em uma oferta pública de ações. Lloyd Blankfein, presidente e executivo-chefe do Goldman Sachs, se mostrou satisfeito com o acordo fechado com Buffett, que fortalecerá mais a capitalização e a liquidez da instituição financeira. (EFE)

Limites – Embora Paulson não tenha concordado especificamente com as propostas dos democratas para limitar as compensações para os executivos das companhias que aderirem ao programa, ele disse que compartilha as frustrações dos parlamentares em relação a essa questão. O teto para as compensações aos executivos e um comitê supervisor são duas das alterações propostas pelo presidente do comitê bancário do Senado, Christopher Dodd,

e pelo presidente de serviços financeiros da Câmara dos Representantes, Barney Frank. Eles temem acabar "premiando" os executivos com "páraquedas dourado". A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse que os democratas não vão apoiar o plano de resgate a menos que existam limites rígidos para os pagamentos feitos aos executivos dos bancos envolvidos no pacote. (Agências)

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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Fotos de Fábio D'Castro/Hype

1 Em menos de seis meses, a Everlast, na rua João Cachoeira, foi roubada duas vezes.

Werther Santana/AE

João Victor, vendedor da Puma, que também foi roubada, no Itaim: ação traumática e salário roubado

"Gangue da marcha a ré" engata sexto roubo no Itaim Bibi Grupo arromba loja na rua João Cachoeira, no Itaim. Ousadia preocupa lojistas. Ivan Ventura

A

Polícia Civil de São Paulo investiga a ação criminosa de um grupo, com a participação de pelo menos 10 jovens entre 18 e 25 anos, especializado em praticar furtos, à noite, em lojas de marcas famosas na região do Itaim Bibi, na zona sul. A forma de agir rendeu ao grupo o apelido de "quadrilha da marcha a ré". Segundo a polícia, eles arrombam as portas de aço ou vitrines dos estabelecimentos com carros roubad o s . C a m i n h o a b e r t o , s aqueiam todo o comércio. A polícia suspeita que a "quadrilha da marcha a ré" tenha praticado pelo menos seis roubos somente no Itaim Bibi. Mas o bairro também registra a ação de vários grupos arrombadores que agem de outras maneiras e que foram responsáveis por cerca de dez furtos, desde maio. O mais comum é o uso de pés-de-cabra e pedras para estourar a vitrine de uma loja. A a ç ã o m a i s re c e n t e d a "quadrilha da marcha a ré" aconteceu na madrugada de ontem, por volta das 2h. O local escolhido foi a loja Everlast, na rua João Cachoeira. Segundo o chefe dos investigadores do 15º Distrito Policial, Carlos Vidal Lopes, o grupo chegou em dois carros, um deles um Peugeot 2006 furtado minutos antes do arrombamento da loja. O outro veículo seria uma Kombi, segundo testemunhas. "O Peugeot foi usado para arrombar a porta de aço e, ao mesmo tempo, quebrar parte da vitrine", explicou Vidal Lopes. Dentro da loja, o grupo precisou de aproximadamente 10 minutos para retirar cerca de 500 peças de roupas (a maior parte camisetas) e relógios da marca Everlast. Somente os relógios são avaliados entre R$ 1,2 mil e R$ 2 mil, cada um. Todo o material levado da loja foi avaliado em R$ 90 mil. Durante a ação, um dos criminosos teria se ferido com os cacos de vidro da vitrine, o que explicaria as manchas de sangue encontradas em uma calça que estava em exposição dentro da loja. Dinheiro – Curiosamente, uma quantia em dinheiro não revelada foi deixada para trás pelo grupo, que se preocupou em levar endereços eletrônicos (e-mails) de clientes da loja.

Os criminosos fugiram nos dois carros. "Geralmente eles seguem com o carro até um local onde estão os veículos que pertencem ao grupo. O carro furtado é abandonado no local", explicou Lopes. A ação da gangue foi filmada por câmeras de um circuito interno de TV instalado na loja. "O problema é que as imagens estão escuras. Não é possível identificar os criminosos", completou o investigador. Até o início da noite de ontem, nenhum ladrão havia sido localizado. De acordo com o gerente financeiro da Everlast na João Cachoeira, Sidney Marreiros Filho, essa é a segunda vez que a loja se torna alvo de criminosos, em menos de seis meses. O outro furto aconteceu no dia 5 de maio, em uma ação semelhante à de ontem. "Aconteceu a mesma coisa. Teve vidro quebrado e porta de aço arrombada. Só que naquela oportunidade eles levaram R$ 70 mil em camisetas. O pior é que terei de gastar quase R$ 35 mil pela troca de uma nova porta. A mesma quantia que gastamos no outro assalto", lamentou Marreiros Filho. Onda – A onda de assaltos no Itaim Bibi preocupa os comerciantes. Para a polícia, foram cinco ações do mesmo bando e outras nove executadas por outros grupos. No entanto, para os comerciantes, esse número pode ser ainda maior, principalmente se for contabilizado um roubo a mão armada em plena luz do dia e pelo menos duas tentativas de arrombamento de lojas, somente este ano. A Puma, outra loja de produtos para jovens também na João Cachoeira, foi alvo de cinco ações criminosas em menos de dois anos. Duas delas em menos de um ano. Em maio, criminosos entraram na loja, renderam os vendedores e fugiram com camisetas, tênis e mochilas, entre outros objetos. "Colocaram uma arma na minha cabeça e me amarraram. Levaram até minha bolsa, onde estava o meu salário. Foi traumatizante", disse o vendedor João Victor Tinte, de 21 anos. O outro crime aconteceu em dezembro de 2007. Foi à noite. Os criminosos jogaram pedras, estouraram a vitrine, levaram camisetas e diversos pares de tênis. Em maio, a loja Alma de Praia também foi alvo de criminosos, em uma ação

parecida com as da "quadrilha da marcha a ré". Segundo a polícia, o grupo é suspeito de furtos em outros bairros, como Jardins e Pinheiros. Em agosto, uma loja da Adidas, na rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, foi arrombada e saqueada.

Com um carro roubado, quadrilha arrombou porta da Everlast: prejuízo de R$ 90 mil em roupas e relógios


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008


2

Ambiente Educação Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

No total, serão quase 5 mil metros quadrados de novas áreas verdes na região de Pinheiros.

RUAS FICARÃO MAIS PERMEÁVEIS

No meio do caminho havia entulho. Agora, canteiros.

Newton Santos/Hype

Região de Pinheiros ganha pequenas áreas verdes em bifurcações, rotatórias e entroncamentos de ruas Fotos de Andrei Bonamin/Luz

José Serra, Adib Jatene e Leopoldo Piegas no novo ambulatório

Dante Pazzanese recebe o maior ambulatório de cardiologia do País Unidade terá capacidade para 264 mil consultas/ano Maristela Orlowski

O

s paulistanos ganharam ontem o maior ambulatório de cardiologia do País. A Secretaria de Estado da Saúde entregou um moderno prédio para abrigar o atendimento ambulatorial do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Parte do prédio antigo, da década de 50, foi demolida e deu lugar à nova unidade, com 14,5 mil metros quadrados. O setor de bioengenharia (que desenvolve dispositivos e equipamentos médicos, como o coração artificial) também foi reformulado. O investimento foi de R$ 28,7 milhões. De acordo com Leopoldo Soares Piegas, diretor do Instituto, as novas instalações ampliarão a capacidade de atendimentos e procedimentos. Os 74 consultórios adicionais do ambulatório proporcionarão um salto no número de consultas, de 230 mil para 264 mil/ano. "Mais de 50 mil pessoas passam pelo Dante mensalmente. A expectativa é continuar crescendo e beneficiar um número cada vez maior de pessoas", disse o cardiologista. O atendimento é inteiramente gratuito, feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para o governador José Serra, a modernização do Instituto ampliará o papel nacional da saúde pública paulista, com alto padrão de qualidade. "Teremos na cidade dois dos maiores centros de referência do País: o Dante Pazzanese, do coração, e o Instituto do Câncer Octávio Frias de Oliveira", comentou. Segundo ele, mais de 20% dos atendimentos realizados pelos hospitais paulistas são de pacientes de outros Estados. "Contribuímos com os avanços do padrão de qualidade do serviço público brasileiro." Novidades – A tecnologia não ficou de fora. Somente em equipamentos, desde 2007, o governo do Estado investiu R$ 13,1 milhões no Dante Pazza-

nese. A nova área de consultórios foi integrada a um moderno Centro de Diagnóstico, facilitando o deslocamento dos pacientes, que terão à disposição quatro escadas rolantes e elevadores que facilitarão o acesso ao pavimento superior do prédio, antes feito por meio de extensas rampas. Equipamentos de última geração só vistos nos melhores centros de cardiologia do mundo foram adquiridos, entre eles três aparelhos de raio-X, dois deles comandados por controle remoto, e um tomógrafo de 64 detectores, que permite avaliar minuciosamente, de forma não invasiva, o sistema cardiovascular do paciente. O ambulatório, que atende vinte sub-especialidades de cardiologia, cirurgia vascular e transplantes, dispõe também de máquinas de ecocardiografia, com capacidade para avaliar deformidades miocárdicas por doppler e bi-dimensionalidade e diagnosticar doenças antes de sua manifestação clínica. Dois aparelhos de ultrassom, um com captação de imagens em terceira dimensão, possibilitarão a avaliação volumétrica e anatômica do órgão investigado. A unidade contará ainda com dois aparelhos de medicina nuclear. Bioengenharia – Além do ambulatório, a área de bioengenharia também foi reformulada. O setor, que realiza pesquisas e desenvolve dispositivos e equipamentos médicos, teve a seu espaço físico praticamente dobrado. Agora, as áreas de pesquisa, produção e biomecânica, que ficavam distantes fisicamente, estão todas integradas, numa área de 1.500 m². Para Adib Jatene, o Instituto sempre esteve vinculado aos avanços da medicina. "Realizamos aqui o primeiro cateterismo de artérias coronárias, a primeira cirurgia de ponte de safena, de implante de prótese vascular, de uso de stent. Levamos os experimentos daqui para o mundo", disse.

Canteiro na esquina das ruas Macunis e Juris, em Pinheiros: subprefeitura promete instalar 73 pequenas áreas verdes em meio ao sistema viário

Rejane Tamoto

A

té o mês de novembro, o trecho que o jornalista Luis Krausz, de 47 anos, percorre todos os dias, entre as ruas João Moura e Amália de Noronha, em Pinheiros, se tornará mais verde. "Eu moro no Jardim Paulistano e trabalho em Pinheiros. Quando vou ao trabalho a pé ou de bicicleta, procuro seguir pelas ruas mais arborizadas. A idéia de mais verde no bairro é boa", disse. Um projeto da subprefeitura de Pinheiros, em andamento, quer inserir 73 pequenas e novas áreas verdes na região. O projeto é simples e consiste no plantio de grama esmeralda e da planta agave no centro de bifurcações, entroncamentos e rotatórias, espaços segregados por prismas de concreto – também conhecidos como "picolés" – e que apenas serviam para organizar o viário. Estes locais serão transformados em canteiros e jardins no centro de ruas movimentadas como a Pedroso de Moraes, por exemplo. O investimento da subprefeitura é estimado em R$ 1 milhão. Entulho – Como estas áreas estavam vazias, eram utilizadas como depósito de lixo e entulho, o que chamou a atenção do subprefeito de Pinheiros, Nilton Nachle. Foi aí que ele teve a idéia de preenchê-las com verde. "Retiramos o asfalto, colocamos grama e paisagismo e transformamos sete locais em canteiros com jardim. Curiosamente, pararam de jogar entulho", contou Nachle. Segundo ele, o projeto vai deixar verde as pequenas áreas do viário dos bairros Jardim Europa, Itaim, Alto de Pinheiros, Pinheiros e City Boaçava. "No total, serão quase 5 mil metros quadrados de áreas verdes. Até agora, cerca de 35 estão prontas e as demais, em obras", disse. Nachle disse que não pretende entregar os canteiros verdes para a iniciativa privada, por meio de termos de cooperação com a Prefeitura, já que elas são menores de 500 metros quadrados, o que inviabilizaria por lei a

Futuros jardins não serão entregues para serem mantidos pela iniciativa privada, pois são pequenos

instalação de placas com a logomarca das empresas. CET – Segundo o subprefeito, o projeto de canteiros verdes foi feito em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que aproveitou a proposta para adequar algumas intervenções viárias, como diminuição de acessos ou ajuste de curvaturas. Desta maneira, a rotatória que havia na rua João Moura com a rua Amália de Noronha, por exemplo, foi aumentada e agora tem o tamanho de duas. Segundo o encarregado das obras, Donizete Santos de Oliveira, com a retirada do asfalto a área tem agora 136 metros de extensão. "Hoje (ontem) terminamos de quebrar o asfalto com a retroescavadeira. Amanhã (hoje), vamos retirar o entulho", prometeu. Depois, será a vez de

outra empresa colocar a terra e o gramado. É nesta fase que estão as obras no cruzamento da avenida Pedroso de Moraes com a rua Semaneiros, em Pinheiros. O trecho tem cinco pequenos locais de intervenção viária que estão virando canteiros. Em áreas maiores, segundo Nachle, poderão ser plantadas algumas árvores. Os pequenos jardins no meio da rua também têm acessibilidade, com rampas, piso podotátil e um corredor para pedestres feito em cimento. Exemplos experimentais foram os canteiros nos cruzamentos da rua Juris com Macunis e da rua dos Pinheiros com Arthur de Azevedo. O porteiro José de Jesus, de 44 anos, trabalha há oito anos na região e costuma passear com o cachorro Duque todos os dias, na rua Juris. "O canteiro está bem melhor. E

reparei que estão sendo feitos outros deles no bairro, entre a Pedroso de Moraes e a Marginal Pinheiros, no caminho que utilizo para voltar para casa", disse. Lixo – "Além de bonitos, os canteiros verdes deixarão o bairro mais permeável", explicou o subprefeito. Nestes locais em que já há áreas verdes, no entanto, ainda há lixo entre as plantas. São garrafas, embalagens e pequenos objetos jogados pela população. Nachle explicou que ainda não há manutenção nos jardins, pois o projeto está em implantação. Segundo o subprefeito, mesmo com o projeto de canteiros verdes, ainda existem 80 pontos onde são jogados entulhos que, ao serem retirados pela Prefeitura, enchem 15 caminhões todos os dias. "A questão do lixo é questão de civilidade", afirmou.


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Finanças Estilo

O Banco Credit Suisse, um dos maiores do mundo, resolveu se pronunciar sobre a recente convulsão financeira global, cujo epicentro foram os Estados Unidos, e disse que os estragos só não foram maiores porque economias emergentes como a chinesa e a brasileira estão fortalecidas.

A

do Brasil, a taxa é de apenas 3%, o que reduz a vulnerabilidade do País à crise. E, se 85% das ações dos bancos mexicanos ainda estão nas mãos de estrangeiros, no Brasil esse índice não chega a 30%. Para Santiso, parte da resistência latino-americana vem do seu relacionamento com o mercado chinês. "Podemos estar entrando numa nova era que se parecerá cada vez mais asiática, russa e latino-americana. A América Latina, como outros emergentes, provavelmente não evitará as nuvens vindas do Norte. Mas a realidade do continente é completamente diferente de dez anos atras", afirmou. Para o Credit Suisse, as economias emergentes estão servindo de colchão para a crise, ainda que também estejam sendo afetadas diretamente. "Se a crise tivesse ocorrido com as economias em desenvolvimento em um momento de fragilidade, o impacto para o mundo estaria sendo devastador", alertou Thomas Herrmann, editor do estudo do Credit Suisse. "O Brasil está se mostrando bem menos vulnerável que em outras épocas. Vamos ver uma pressão sobre

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Hoje, os Estados Unidos não são mais os motores do crescimento internacional. Banco Credit Suisse

MAIS POBRES SALVAM O MUNDO

Países emergentes são um colchão anticrise

crise financeira está servindo como um "divisor de águas" na história econômica do mundo, acelerando o enfraquecimento dos Estados Unidos no cenário internacional e colocando em um plano privilegiado as economias emergentes, principalmente na Ásia. A avaliação é do Credit Suisse, um dos maiores bancos do mundo, que destaca que a crise só não está sendo maior graças à resistência dos países emergentes. Em um relatório divulgado ontem, o banco aponta que a resistência da América Latina à crise está ligada ao futuro da economia chinesa e ao modo como Pequim se comportará diante das turbulências. Isso graças ao mercado chinês, que é cada vez mais fundamental para o crescimento das exportações latino-americanas. Javier Santiso, diretor da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também destaca a posição favorável da América Latina. Segundo ele, porém, nem todos estão na mesma situação, pois 27% do PIB mexicano depende das exportações para o mercado americano. No caso

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A China tem papel fundamental no desenlace da crise. O país ganha, cada vez mais, os espaços antes dedicados aos EUA.

a moeda brasileira. Mas a economia está em uma situação boa. Há dez anos, uma crise como essa teria derrubado o Brasil e vários outros países emergentes", afirmou Herrmann. Para ele, uma crise como essa nos anos 1990 teria tido um "profundo impacto no desenvolvimento de vários países latino-americanos". O Credit Suisse não concorda que a região ou o Brasil estejam imunes à crise. "Todos sofrerão de alguma forma", disse. O real deve ser pressionado nos próximos meses, mas ainda assim a projeção continuará

positiva para a economia brasileira. Para o banco, a crise está acelerando um processo que já vinha ocorrendo: o posicionamento dos países emergentes como propulsores da economia mundial. "Hoje, os Estados Unidos não são mais os motores do crescimento internacional", afirmou. Ao lado da Europa e Estados Unidos, o continente asiático estaria se posicionando como um dos pilares da saúde econômica global. "Os países que eram chamados periféricos, com abundantes recursos naturais e grandes mercados do-

mésticos, são cada vez mais centrais", declarou a nota. Na avaliação do Credit Suisse, a crise está aprofundando o que os analistas chamam de "redistribuição do poder econômico global". "Há cada vez mais uma economia multipolar no mundo", disse. Em 1950, quase 60% da economia mundial estava nas mãos da Europa, Japão e Estados Unidos. Em 2030, essa taxa deve cair para 30%. Para Noreen Doyle, do conselho de diretores do Credit Suisse, empresas como a Vale deixaram suas fronteiras e hoje compram

companhias de países ricos. "Os chamados países emergentes de fato emergiram e estão definindo algumas das situações na crise que começou na 'economia avançada' dos Estados Unidos", disse. Para Joe Prendergast, diretor do Credit Suisse Private Banking, o dólar nem é mais a única força dominante nos mercados internacionais como opção de investimentos. Além de que as maiores reservas em moedas dos países emergentes revelariam um incremento na importância política dessas economias. (AE)

BNDES sente impacto e muda taxa om o aumento do custo da captação e o compromisso de atender à necessidade de financiamento das empresas para investimentos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começa a negociar acima da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para parte dos projetos. A mudança no padrão de atuação do banco já revela traços da crise, que trouxe enxu-

C

gamento da liqüidez internacional, e foi confirmada pelo superintendente do BNDES, Cláudio Bernardo Guimarães. Ele disse que essa foi a forma encontrada para garantir recursos para todas as empresas. A TJLP está em 6,25% desde julho de 2007 e o mercado crê que o percentual será mantido amanhã, na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). A idéia é escolher projetos

LUPO

mais rentáveis, que suportem uma taxa de juros maior, garantindo assim o retorno ao acionista. Em alguns investimentos, a indexação será feita por uma cesta de moedas estrangeiras. Apenas os setores de inovação e bens de capital contarão com 100%, ou perto disso, do financiamento do BNDES corrigido pela TJLP. Esses são setores considerados prioritários na política industrial do governo.

No caso de insumos básicos, o banco tentará negociar o adicional de juros e para exportadores será oferecida a cesta de moedas estrangeiras. Embora infra-estrutura também seja uma prioridade do governo, o entendimento do banco é que as empresas que investem no setor têm capacidade de absorver o custo maior sem comprometer a política de modicidade das tarifas de energia e dos pedágios. (AE)

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Educação Saúde Patrimônio Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Ítalo Mazzarella (à esquerda) e Joelson Santos, responsáveis pela saúde da figueira.

MAUS TRATOS DEIXARAM CICATRIZES

Nos Jardins, a mãe de todas as árvores Figueira centenária da rua Haddock Lobo, num dos endereços do restaurante Rubayat, completou 21 anos de tombamento e firma-se como um dos ícones da cidade Fotos de Nilani Goetems/e-SIM

Armando Serra Negra

N

o último dia 22, quando a natureza despertou em seu maior esplendor no Hemisfério Sul, uma determinada árvore de São Paulo, das mais frondosas, admiradas e bem cuidadas quase passou despercebida. Quase. Com a chegada da primavera, essa mesma árvore completou 21 anos de tombamento pela Lei Municipal nº 10.365, de 22 de setembro de 1987. Ela não está em um parque público, em uma rua ou avenida, mas à vista de todos que passam pela rua Haddock Lobo, 1.738, nos Jardins. Catorze metros de altura, tronco com 12 metros de circunferência e uma imensa copa de 45 metros de diâmetro, ela transborda sobre o grande salão do restaurante Figueira Rubayat. A figueira-de-bengala (fícus bengalensis) é originária da Índia, mas, ao contrário das palmeiras, que proliferaram sem grandes problemas, são raras por não se adaptarem muito bem ao clima brasileiro. "Esta pegou porque foi trazida das Índias em muda, no final do século 19, por portugueses que cultivaram uma chácara aqui", conta o biólogo Ítalo Mazzarella, seu guardião. Ele e Belarmino Iglesias Filho (proprietário do estabelecimento e ligado à SOS Mata Atlântica) fizeram uma pesquisa sobre a história da árvore, exposta no Memorial da Imigração, em 2004. Pregos – Maltratada, o levantamento de sua condição de saúde começou ainda antes que Iglesias locasse o imóvel que daria lugar ao restaurante. "Arrancamos de seu tronco e galhos perto de 20 quilos de pregos e mil metros de fiação, numa instalação utilizada apenas uma vez por ano, para o pisca-pisca de Natal" afirmou o biólogo. Ainda sobre o terreno (antes utilizado como estacionamento), quatro camadas intercaladas de paralelepípedos e manta asfáltica impediam a absorção de água e nutrientes pelas raízes da figueira. Mãos à obra, o trabalho de revitalização começou e a arquitetura do futuro restaurante projetada em sua função. "Os fios enrolados criaram cicatrizes na árvore. Feridas foram provocadas por batidas dos carros em seus galhos mais baixos", disse Mazzarella. Curioso como o processo curativo das feridas da árvore ocorre da mesma maneira como na pele. Com o devido tratamento, uma camada vegetal vai cobrindo aos poucos o machucado da árvore. No caso, o remédio foi uma camada de resina natural, aplicada depois de limpas as feridas. Paixão – Inaugurado o Figueira Rubayat em 2000 e sob a supervisão do biólogo Mazzarella, Iglesias mantinha uma equipe em tempo integral para

A figueira que empresta seu nome ao Rubayat da rua Haddock Lobo foi trazida da Índia há mais de 100 anos por portugueses que, no fim do século 19, tinham chácaras na região

O biólogo Ítalo Mazzarella mostra ferida coberta com resina especial

Para evitar pragas, Joelson Santos borrifa citronela no tronco

Arrancamos de seu tronco e galhos perto de 20 quilos de pregos e mil metros de fiação, uma instalação utilizada apenas uma vez por ano, para o pisca-pisca das festas de fim de ano. Os fios enrolados criaram cicatrizes na árvore. Feridas foram provocadas por batidas dos carros em seus galhos mais baixos. Ítalo Mazzarella, biólogo Tronco da figueira tem 12 m de circunferência. Sua altura é de 14 m e sua copa tem 45 m de diâmetro

tratar da velha árvore. Hoje, basta o auxiliar técnico em vegetação Joelson Santos, para dar conta do recado: "Foi paixão à primeira vista. Cuido dela como de uma filha", afirma. Lavando-a duas vezes por semana, asperge em seguida uma camada de citronela para afastar bactérias, parasitas e insetos, deixando um suave odor no ar. Completamente recuperada, tais cuidados podem servir de exemplo a um projeto inédito da Prefeitura, de classificar todas as árvores públicas, imprimindolhes um RG. Raízes – As calçadas podem drenar a água e absorver os nutrientes, como o piso do restaurante, elevando-se como um deck, para permitir a respiração das raízes, muitas à flor da terra. Na figueira, essas raízes podem ser do tipo aéreas, emaranhando-se verticalmente pelo tronco, à semelhança de bengalas. Perfurações no solo, as chamadas brocas, estão recheadas de nutrientes e de produtos anti-cupim. Símbolo de longevidade (a figueira-de-bengala bate os 300 anos) é comum os hindus plantálas no jardim de casa, para que sua sombra proteja a família por gerações. "Há mais de 100 anos ela observa o crescimento da cidade, bem antes de a Companhia City lotear as velhas chácaras pantanosas para criar o bairro", comenta o biólogo Ítalo Mazzarella. Mais sobre a primavera na página 8 de Economia

Na zona sul, a Figueira das Lágrimas Na zona oeste, a paineira que se foi Palácio revela símbolos do Brasil

O

utra frondosa e centenária figueira (da espécie benjamina), situada na altura dos números 515 e 535 da Estrada das Lágrimas, é ainda hoje conhecida nas imediações dos bairros do Sacomã e Ipiranga, mas pouco familiar aos paulistanos em geral. Erguendo-se atrás de um pequeno muro, quem não é dali mal sabe que histórias ela tem para contar. Ocupando um ponto estratégico na São Paulo do século 19, marcava u m d o s l imites da cidade, com o início do Caminho do Mar, que levava ao li-

toral. Não se sabe quem a plantou nem sua idade. As referências mais antigas são do escritor-viajante Emílio Zaluhar, no livro Peregrinação Pela Província de São Paulo (1862). Ganhou esse nome porque era o ponto em que os viajantes se despediam de seus familiares e amigos. Dali partiram os expedicionários brasileiros para a luta na Guerra do Paraguai (18641870). A Árvore das Lágrimas está em processo d e t o m b amento pela Resolução 2 6 / C o npresp /2004. (ASN)

C

rônica de Uma Morte Anunciada, obra de Gabriel García Márquez (Ed. Dom Quixote, 1998) bem que caberia como título da triste história de uma histórica paineira (chorisia speciosa). Fronteiriça entre a cidade e as rotas tropeiras para a região sul do País, a Paineira do Butantã elevava-se a 15 metros. Sua copa carregada de flores rosadas, com pintas vermelhas e bordejadas em branco, saudavam os que iam e vinham. Por muitos anos foi marco toponímico do bairro, erguendose na confluência das avenidas Vital Brasil, Eusébio Matoso,

Francisco Morato e Lineu de Paula Machado. Também conhecida como Paineira do Jockey Clube, mantinha-se altaneira, protegida por um canteiro circular, cujo diâmetro foi diminuindo na proporção inversa do tráfego cada vez mais intenso de automóveis e caminhões. Espinhos fortes não im pedi ram seu corte nem a suave paina pôde amortecer sua queda em outubro de 1974, em nome do progresso. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), junto a outras entidades, assina uma placa de bronze em sua homenagem. (ASN)

A

primavera convida a uma visita aos jardins dos Palácios do Governo de São Paulo. O dos Bandeirantes, no Morumbi (do tupi, colina verde), inaugurado em 1970, ocupa apenas 30% de seu terreno de q u a t r o a lqueires, com mais de duas mil árvores, entre as quais 40 espécies de aves encontram seu hábitat. Vale destacar três espécimes: o pau-brasil, a flor do ipê amarelo e o sabiá-laranjeira, todos eleitos como símbolos do

País. Já a área que circundaa residência de verão do governador, no Horto Florestal, está envolta pela Serra da Cantareira, a maior floresta em área urbana do mundo. Considerada reserva da biosfera pela Unesco, sua história começou em 1 8 9 0 , quando o governo do Estado de São Paulo desapropriou diversas fazendas na região, com o objetivo de recuperar a Mata Atlântica, conservando seus mananciais. (ASN)


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Nacional Tr i b u t o s Consumo Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Não existe ainda lei melhor no mundo. José Geraldo Brito Filomeno, procurador estadual da Justiça.

DEFESA DO CONSUMIDOR É ELOGIADA

CDC COMPLETA 18 ANOS E RECEBE AVALIAÇÃO POSITIVA EM SEMINÁRIO PROMOVIDO PELA ACSP.

CÓDIGO DO CONSUMIDOR, UM ÊXITO. Mario Miranda/LUZ

Mário Tonocchi

A

o completar 18 anos, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) continua sendo um instrumento positivo para as empresas e para o cidadão. Esta foi a principal conclusão do Seminário Maioridade do CDC, promovido ontem pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), sob patrocínio do Shopping D. "Não existe ainda lei melhor

no mundo. O Código, com 119 artigos, continua atual e é um grande instrumento de competitividade", afirmou o procurador-geral da Justiça do Estado de São Paulo e coordenador adjunto da comissão especial que elaborou o anteprojeto do Código de Defesa do Consumidor, José Geraldo Brito Filomeno. Já a assessora institucional do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Marilena Lazzarini, salientou que a lei permitiu muitos avanços no consumo como, por exemplo, a

possibilidade de as entidades entrarem na Justiça com processos contra as empresas de forma coletiva, sem necessidade de pagar os custos dos processos. Para a assessora, o foco da discussão deve ser a educação da população para o consumo consciente. "O fundamental é a educação e a formação do consumidor responsável", observou Marilena. Por sua vez, José Eduardo Tavolieri, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), disse

Fotos: Mario Miranda/LUZ

O Código continua atual e é um grande instrumento de competitividade. José Geraldo Brito Filomeno

O fundamental é a formação e a educação do consumidor responsável. Marilena Lazzarini

Deve haver uma completa distinção entre as empresas e os órgãos de defesa do consumidor. Josué Rios

que o principal problema na relação entre produtor e consumidor final "é a morosidade do Judiciário, que desestimula o consumidor a procurar seus direitos". A jornalista Ângela Crespo, especializada em consumo, afirmou, durante o painel sobre o papel da imprensa no contexto consumidor/consumo, que "cabe à imprensa a educação para o consumo. Ainda precisamos ensinar os nossos cidadãos a serem consumidores conscientes". Sua colega Nadja Sampaio, editora de Consumo do jornal O Globo, disse que "quanto mais o consumidor aprende, mais a empresa vai aprendendo a se esquivar". As si mil açã o – Para evitar sanções do CDC, algumas empresas montaram, com sucesso, nos últimos anos, estratégias para tentar controlar ou assimilar as entidades que representam os consumidores. A afirmação foi feita pelo advogado Josué Rios, responsável pela coluna "Advogado de defesa", do Jornal da Tarde. Ele defendeu a completa distinção entre as empresas e os órgãos de defesa do consumidor. "Uma vez assimilados os canais, as empresas ligam uma espécie de 'Não estou nem aí' para os consumidores. Nosso grande desafio, a partir de agora, é lidar com essa assimilação", disse. O CDC foi criado em 11 de setembro de 1990 e entrou em vigor em 11 de março de 1991.

Vargas, do site Reclame Aqui: 1,2 milhão de reclamações por mês.

Claro se comunica com cliente por blog Sílvia Pimentel

"E

m vez de falar mal de mim para o vizinho, quero ouvir a queixa dentro meu próprio quinta"l. Com esta frase, o diretor de clientes da Claro, Miguel Cui, definiu o posicionamento da empresa diante das reclamações dos consumidores em comunidades de sites de relacionamento, como o Orkut. Uma das saídas encontradas pela operadora para lidar com clientes insatisfeitos foi a criação de um blog (c la roblog.com.br). Durante a palestra "O consumidor no ambiente 2.0", ontem, no seminário "A Maioridade do Código de Defesa do Consumidor (CDC)", o diretor da Claro informou que a operadora começou a se preocupar em abrir novos canais de atendimento principalmente depois de um trabalho de monitoramento de blogs na internet. "Detectamos que muitos usuários passaram a usar blogs para reclamar do serviço porque não conseguiam resolver seus problemas pelos canais tradicionais", admitiu. Além da demanda gerada pelo CDC, a concorrência acirrada no mercado de telefonia móvel e, mais recentemente, a portabilidade (possibilidade de trocar de operadora sem mudar o número de celular) também influenciaram a decisão de expandir os canais de diálogo com os clientes. "Tratase de um mercado extremamente competitivo no preço e atendimento. E a portabilidade era o último vínculo que o usuário tinha com as operadoras", comentou. Para o diretor do site Recla-

me Aqui, Maurício Vargas, que também participou da palestra, o CDC levou muitas empresas a se conscientizar de que o melhor negócio é conversar com o consumidor. "Tanto que 72% das queixas que recebemos de consumidores insatisfeitos são solucionadas pelas empresas", calculou. O Reclame Aqui existe há oito anos, tem 1 milhão de consumidores cadastrados e recebe por mês 1,2 milhão de reclamações. Para o advogado especializado em relações de consumo Vinicius Simony Zwarg, moderador do debate, fornecedores de produtos e serviços precisam estar atentos ao uso do mundo virtual pelo consumidor, hoje muito mais consciente do que há 18 anos, quando o CDC surgiu. "Ele tira foto do produto com defeito e joga a imagem na rede de computadores", lembrou. Não sem razão, há quem defenda modificações na legislação para adequá-la a essa nova realidade. "A tecnologia muda diariamente. O Direito, não", concluiu. O comportamento dos novos consumidores (nascidos depois da década de 1990) também foi debatido durante o seminário. Na opinião da consultora do Pão de Açucar, Patrícia Cansi, a chamada geração Y, embora não seja um cliente de fato, interfere muito na decisão de compra, daí a necessidade de atendimento diferenciado por parte da empresa. Saber lidar com esse público, na opinião da consultora, será o novo desafio das empresas. "Os jovens sabem que têm direitos, mas desconhecem seus deveres", afirmou Patrícia Cansi.

Crédito exige alerta

D

urante o seminário "A na cadeia do crédito. maioridade do CDC", Participaram da amostra a superintendente 1.007 entrevistados. Quande Produtos e Serviços da As- do questionados por que fisociação Comercial de São caram inadimplentes, 21% Paulo (ACSP), Roseli Garcia, citaram o descontrole dos defendeu a necessidade de gastos como causa. "Essa campanhas massivas sobre o parcela da população preciconsumo consciente para sa de informações de como evitar o endividamento em controlar seu orçamento dotempos de grande oferta de méstico", explicou. Um dado crédito. Para respaldar a sua positivo da pesquisa é que preocupação, Roseli apre- 73% dos inadimplentes masentou resultados de pesqui- nifestaram o desejo de "limsa encomendada pela ACSP par" o nome. (SP) q u e m o s- Luludi/Luz traram, entre outros pontos, a falta de conh ecim ento de grande parte dos entrevistados sobre os impactos d o s j u r o s Roseli: consumo consciente deve ser estimulado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A idéia é manter a rotina como de uma família. Irmã Leonice, coordenadora da unidade I

Casa Vida: um lar seguro para crianças e jovens

Fotos: Brígida Rodrigues/e-SIM

Duas unidades instaladas na zona leste atendem de bebês e adolescentes portadores do vírus da Aids. Eles são orfãos ou foram abandonados. Geriane Oliveira

S

ara, portadora do vírus HIV, não havia completado um ano quando foi internada no Hospital São Paulo por conta de uma pneumonia. Permaneceu um mês sob cuidados médicos e foi abandonada pela família. Foi assim que o Conselho Tutelar a encaminhou para a Casa Vida, entidade filantrópica fundada pelo padre Júlio Lancellotti, em 1991, que acolhe e cuida de crianças e jovens orfãos portadoras do vírus HIV. A proposta da entidade é oferecer um lar digno, onde as pessoas possam ser tratadas com qualidade." É o direito à vida", afirma o padre. Mantendo duas unidades na região da Mooca, na zona leste, a Casa Vida é uma das pioneiras nesse tipo tipo de atividade e Sara, que chegou em 2007, é apontada como um dos exem- dando de 12 baixinhos, hoje plos do trabalho desenvolvido. tem capacidade de abrigar e "Quando chegou, ela não pesa- tratar de 40, com 20 vagas em va nem três quilos e tinha um cada casa. Do número total de princípio de atendidos até paralisia", hoje, 56 foram lembra a cooradotados, 21 denadora da re t o r n a r a m Casa Vida I, iràs famílias, 13 mã Leonice foram transMárcia da feridos para mil casos de Aids Costa. Ainda outras instiforam registrados no hoje, Sara é tuições e mais alimentada de 30 permaPaís até 2007 por sonda, neceram. mas está recuCerca de perada da pneumonia, atingiu 8% desses números, segundo os nove quilos e começou a an- Leonice, foram negativados, dar e a falar. "Está sendo surpre- ou seja, não desenvolveram a endente", diz a religiosa. doença. O número de faleciAssim como a menina Sara, mentos nesses 17 anos da Casa mais de 200 crianças e adoles- Vida soma 12. "Há duas décacentes já pasdas, a expecsaram em sitativa de vida tuações semede uma crianlhantes na insça soroposititituição. "A va era estimacriança com da em seis H IV é como anos, hoje, crianças e jovens u m a p l a n t icom a introjá foram assistidos nha que precidução dos cosa ser regada quetéis e dos pela Casa Vida para desabrome di cam enchar. Ela pretos como Zicisa de todas as condições de vi- dovudina (AZT) e o Didanosida para se desenvolver", afirma na (DDI), sua expectativa de Irmã Leonice, que está na enti- vida é bem maior", diz a irmã. dade desde sua fundação. A Casa Vida é mantida pelo Retrato - Todas as crianças e Centro Social Nossa Senhora adolescentes da Casa Vida I e II do Bom Parto, entidade ligada foram encaminhadas pela Va- à Cúria da região Belém da Arra da Infância e Juventude ou quidiocese de São Paulo. Isso se pelo Conselho Tutelar. A enti- dá por meio de convênios púdade, que abriu as portas cui- blicos com o Ministério da Saú-

474,2

200

Sara (à direita) chegou à Casa Vida no ano passado, após internação hospitalar. Recuperou o peso e já começou a andar e a falar. As crianças do local, geralmente, são orfãs.

de. Hoje, o projeto está sendo repassado para a Prefeitura. A Casa Vida também conta com doações de empresas e ONGs. Como um lar – O cotidiano na Casa Vida funciona como um lar. "A idéia é manter a rotina como de uma família, porém, com um número maior de crianças em tratamento médico, exigindo muitos cuidados, afeto e acompanhamento de educadores", disse Leonice. O cotidiano é dividido em atividades de desenvolvimento, sessões de fisioterapia e de psicologia, lazer e saídas para as consultas médicas no Instituto de Infectologia Emílio Ribas ou no Hospital Infantil Cândido Fontoura. Os bebês e as crianças com menos de 12 anos vivem na Casa Vida I. As que estão em idade escolar, frequentam as aula na rede pública. Os adolescentes da Casa Vida II também estudam e participam de cursos e atividades de cunho profissional. A entidade conta com 31 funcionários entre enfermeiros, fisioterapeutas, educadores, cozinheiras e pessoal de limpeza, além de uma dezena de voluntários que ajudam na costura e na contação de histórias. Essa equipe está presente 24 horas nas duas unidades. Preconceito – Apesar de toda a dedicação, visando a integração à vida social, o padre Júlio admite que o trabalho é um desafio constante. "Temos de conviver com o preconceito

Irmã Leonice Márcia da Costa coordena a casa Vida I, que cuida das crianças menores

que, apesar de não ser explíci- sem a doença, e outra que foi to, é constante". Segundo a ir- morar com uma amiga, mas é mã Leonice, apesar de toda a difícil", conta Leonice. Ela conta o caso do informação André, de 22 sobre a contaminação, ainanos, o mais velho da casa. da ainda há muitas dúvi"Sem outro apoio e portadas na sociedor de uma dade. por cento dos diabete altísO u t r o d eatendidos tiveram o sima, não tem safio da Casa condições de Vi d a s u r g e vírus negativado viver sem a quando o comunidade. ado lesce nte completa 18 anos. "Caso não Ele trabalha fora e retorna diatenha sido adotado e não con- riamente", diz. Por isso, a instituição tenta siga retornar à família, fica aqui. Tivemos uma que casou e manter os laços com as famíjá teve seu bebê, felizmente lias de seus assistidos. "Nosso

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Camargo Corrêa Shoppings doam Prêmio Polícia S.O.S Educação abre inscrições dinheiro de Cidadã vai render faz campanha para novos talentos estacionamento 20 bolsas de estudo de brinquedos

A

Camargo Corrêa Divisão Cimento lançou o programa Jovem Profissional, com o objetivo de dar oportunidade de trabalho e carreira a engenheiros em suas fábricas de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. As inscrições se estenderão até o dia 12 ww w. grup of oco .c om .b r/ camargocorrea/cimento. Para participar, os candidatos deverão ter até 26 anos e formação em engenharias de minas, química, mecânica, elétrica e civil ou geologia. O programa terá 12 meses de duração e os jovens farão um rodízio entre as fábricas da Cauê no Brasil, passando também pela Argentina.

O

s shoppings Iguatemi São Paulo e Market Place realizam a 9ª edição da campanha Comunidade Feliz: Estacionou, Doou. O Shopping Iguatemi São Paulo faz sua ação hoje, beneficiando o Instituto Cidadão Responsável Informado e Atuante (Cria), que pretende despertar no cidadão o senso de responsabilidade na sociedade civil. Sexta-feira é o dia do Shopping Market Place doar a renda líquida do estacionamento para a Fundação Projeto Travessia, que atende crianças e jovens em situação de rua.

A

Faculdade IBTA vai premiar com 20 bolsas de estudo integrais de formação em tecnólogos os vencedores do IV Prêmio Polícia Cidadã, organizado pelo Instituto Sou da Paz. O projeto visa reconhecer e valorizar boas práticas policiais, que sejam eficazes na solução de problemas de segurança pública e que aproximem a polícia da comunidade. Os vencedores também podem optar por receber o prêmio de R$ 6 mil em dinheiro. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail premiopolicia@soudapaz.org ou pelo telefone (11) 3812-1333 (de segunda a sexta, das 9h às 18h).

A

S.O.S Educação Profissional promove, até dia 10, a 8ª edição da Campanha Brinquedo Amigo, em todo o Brasil. A campanha visa despertar o senso de solidariedade entre os dois mil colaboradores e cerca de 70 mil alunos da rede. A ação faz parte do projeto S.O.S Cidadão Solidário, criado em 2001, que desenvolve campanhas como o Coelho Camarada, o Inverno Quente, o Leite do Bem e o Natal Solidário. Até agora, já foram realizadas 30 campanhas. Cada unidade da S.O.S Educação Profissional escolherá a instituição a ser beneficiada.

objetivo é que chegue o momento em que essa família queira levá-lo de volta". Segundo a irmã, o ideal seria criar uma espécie de albergue para os adolescentes. Manutenção – Irmã Leonice salienta que é muito importante manter financeiramente o projeto, que nem sempre recebe o suficiente dos convênios. "Não temos reserva e estamos no limite", diz a irmã. Para o padre Júlio, é fundamental também que as pessoas conheçam de perto a realidade da Casa Vida. "Que abram o seu coração para acolher essas crianças e jovens, nos ajudando a dar a eles uma vida com dignidade", afirma. Pesquisa – Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que, no Brasil, o número de casos de Aids, de 1980 a junho de 2007, é de 474,2 mil. Desse grupo, mais de 54 mil são de jovens de 13 a 24 anos, ou seja, quase 12% do total de soropositivos. O levantamento mostra que, na faixa etária de 13 a 19 anos a doença afeta 10,3 mil. A maioria desse público é formada pelo sexo feminino: para cada seis meninos com Aids, há dez meninas.

Moradores em situação de risco recebem equipamentos

O

s moradores que vivem em situação de risco no Centro de São Paulo receberão nesta semana três novos equipamentos voltados à inclusão social, implantados pelo Projeto Inclusão Social Urbana - Nós do Centro e coordenados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, uma parceria entre Prefeitura e União Européia. O primeiro equipamento, inaugurado ontem, é o Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental, para jovens entre 16 e 24 anos, na Mooca. A unidade irá receber cerca de 200 jovens que serão

capacitados para trabalhar e gerar renda na área do meio ambiente, além da conscientização das comunidades quanto à cultura de educação ambiental e cidadania. Hoje e amanhã serão abertos dois Escritórios de Inclusão Social (EIS Bom Retiro e EIS Sé). Os EIS visam a ampliar o acesso aos serviços, governamentais ou não, a oportunidades de geração de renda e desenvolvimento econômico, ao atendimento social, psicológico e jurídico, às qualificações profissionais, e ações para a autonomia das mulheres, jovens, adultos e famílias do Centro.


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Congresso Eleições Planalto CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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GOVERNO QUER MERCADO INTERNO MAIS FORTE

Na ONU, Lula ressalta vigor da economia brasileira

Mike Segar/Reuters

Liberdade de imprensa sim, mas com alguns limites

O

Presidente atribuiu descolamento do País da crise às políticas monetária e fiscal

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou para empresários, na noite de ontem, o que classifica como a "resposta serena" do Brasil em relação ao atual momento de turbulência internacional. Isto, disse Lula a uma platéia de empresários e investidores em Nova York, onde participou da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), "confirma o novo patamar de segurança econômica brasileira". As políticas monetária e fiscal, o controle da inflação, a conquista do grau de investimento e a acumulação de reservas foram descritas pelo presidente como fatores que permitem "um crescimento econômico sustentável". Lula observou que o País cresce a vinte e seis trimestres consecutivos, criando emprego e renda. "Somente neste ano serão (criados) mais de dois milhões de novos empregos e melhores salários. Estes números pouco significariam se não se traduzissem em sensível melhora na qualidade de vida da população brasileira", acrescentou. Depois de ser condecorado com a Insígnia de Ouro, do Conselho das Américas e Sociedade das Américas, o presidente reconheceu que "nada disso seria possível sem uma política macroeconômica responsável". "Hoje, o Brasil é credor líquido e a economia é muito menos vulnerável", completou. Diante do que classificou de "pessimismo dos últimos dias", uma referência à crise do mercado financeiro, acrescentou que queria trazer uma mensagem "distinta, uma palavra de otimismo, uma

mensagem de confiança no Brasil". "Construímos a maior garantia que um país pode ter contra crises globais, a força de um mercado interno que se expande a cada dia." Futuro – Lula disse aos investidores que não irá "jogar fora" o momento atual. "Não iremos gastar mais dinheiro do que precisamos por termos encontrado muito petróleo. O momento que vivemos au-

Só neste ano serão mais de dois milhões de empregos e melhores salários. Pouco significariam se não se traduzissem em melhora na qualidade de vida da população

menta nossa responsabilidade de pensar no futuro do nosso País. Todo mundo lembra que eu tinha medo, aliás tinha 'paúra' do segundo mandato, sempre achei que o segundo mandato levava o dirigente à ociosidade, a ficar se deleitando com as glórias da sua reeleição". Assim, segundo o presidente, resolveu no início de 2007 lançar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para enumerar o conjunto de obras de que Brasil precisava e que desse para "ocupar o tempo do governo em quatro anos", afirmou. Lula completou dizendo que "o Brasil aprendeu muito com seus erros, da mesma forma que aprendi muito com três derrotas para presidente.

Mercado interno mais forte pode proteger Brasil da crise Se houver problemas, País buscará novos parceiros

N

a segunda entrevista à imprensa concedida ao longo do dia de ontem em Nova York, quando falou pelo menos quatro vezes sobre a crise americana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o reforço do mercado interno como uma das alternativas para proteger o Brasil da crise financeira norteamericana. Lula lembrou que a economia brasileira, hoje, já está muito diversificada, que não dependemos mais de um ou outro parceiro e avisou: "Se houver algum problema, nós vamos aumentar ainda mais o nosso mercado interno, para que ele cresça muito mais e também vamos procurar novos mercados". Otimista, o presidente Lula, que participou da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que "o Brasil vai se safar desta (crise) com dignidade, porque o povo brasileiro não pretende reduzir as conquistas que estão acumulando neste momento". Questionado sobre se achava que os norte-americanos teriam de tomar remédios amargos como os adotados no Brasil comentou que "os Bancos Cen-

trais, daqui para a frente, terão de tomar medidas para dificultar a especulação financeira". E emendou dizendo que "ninguém pode fazer com o dinheiro de pensionista um cassino. Que ganhem com coisas que resultem em mais emprego, em mais renda". Socialização – Para o presidente Lula, é preciso acabar com a socialização dos prejuízos entre os países pobres. "Especular e, depois, querer distribuir o prejuízo com os pobres, nós não podemos aceitar isso", desabafou. "Quando ganham, ganham sozinhos, quando perdem, querem socializar? Não.", prosseguiu o presidente, que, em seguida, fez um apelo: "Espero que o mundo desenvolvido resolva seus problemas, pelo amor de Deus e deixe os povos do Brasil e dos países mais pobres tranqüilos, para que possam recuperar o tempo perdido", concluiu Lula. O presidente reiterou ainda que "não seria justo que o Brasil pagasse com algum sacrifício a conta de uma crise que não foi causada por nenhum brasileiro, por nenhum banco brasileiro nem por nenhuma imobiliária brasileira". (AE)

Qualquer presidente pode errar, eu não posso errar. Porque, se eu errar, dificilmente um operário voltaria a ganhar uma eleição no Brasil." O presidente continuou: "Nem sempre as pessoas acreditaram que poderíamos dar certo. Foi graças ao sacrifício que fizemos em 2003, quando eu era recémeleito, que aumentamos o superávit primário e fizemos o maior ajuste fiscal da história do País, trocando meu capital político pela possibilidade de garantir uma chance ao Brasil, que estamos colhendo". Lula acrescentou que "não tem volta". "Acompanhamos a crise americana todo santo dia. Nunca estudei tanto as crises do Brasil quanto estudo a crise americana. Estou quase construindo um muro para não deixar ultrapassar o Atlântico", repetiu o presidente comentário semelhante ao feito durante a manhã da segunda-feira. "Acho que o Brasil não vai jogar fora esta oportunidade. Vi com bons olhos o governo (dos EUA) fazer a intervenção, na semana passada. A medida tende a contribuir de forma decisiva a melhorar a situação". 24 horas – O presidente reiterou que o governo trabalha "com muita atenção" e fará "de tudo" para que a crise não chegue aqui. "Quando não pudermos vender para os EUA vamos vender para a Colômbia", disse. "Hoje posso dizer que sou homem feliz, pois passar o que passamos no Brasil e chegarmos ao momento que estamos vivendo hoje, não temos o direito de deixar que haja qualquer retrocesso. Tenho certeza de que tenho mais dois anos e três meses (de governo) e me dedicarei 24 horas por dia".

O povo brasileiro não pretende reduzir as conquistas acumuladas Luiz Inácio Lula da Silva

Lula: "Não vamos gastar mais por termos encontrado muito petróleo"

Ao mencionar os investimentos previstos no PAC, Lula deu destaque aos que serão feitos pela Petrobras. "Apenas a Petrobras deverá investir mais de US$ 112 bilhões entre 2008 e 2012. Alguns especialistas calculam que o investimento mínimo para explorar as reservas

Temos 100 milhões de hectares cultiváveis, ou seja, a soma dos territórios da França e Espanha. Menos de 2% são para produzir matéria-prima do biocombustível.

do pré-sal ultrapassará US$ 600 milhões. Se isso acontecer, o José Sergio Gabrielli (o presidente da Petrobras) será o sheik brasileiro", brincou com Gabrielli, presente na platéia. "Nos próximos anos", continuou Lula, "construiremos quatro refinarias, sendo apenas uma delas para 600 mil

barris diários, que exigirá investimento de US$ 19 bilhões. Lula mencionou ainda o trem de alta velocidade unindo São Paulo e o Rio de Janeiro. "Devemos licitar em março de 2009 com um investimento demandado de US$ 11 bilhões. Pretendemos prepará-lo para a copa de 2014, que deve ser realizada no Brasil. "Estamos precisando de investidores", disse para a platéia. O presidente disse que aposta no biocombustível e que ele não afetará a produção de alimentos. "Temos disponíveis 100 milhões de hectares cultiváveis, ou seja, a soma dos territórios da França e Espanha". Desses, observou, menos de 2% são destinados à produção de matéria-prima para biocombustível. Para que a promessa do biocombustível possa ser cumprida, lembrou, será preciso eliminar barreiras e tratar o etanol como o que ele é: o petróleo verde, afirmou. Em seu discurso em Nova York, Lula ressaltou que o Brasil respeita as escolhas de seus vizinhos, acrescentando o comprometimento com a integração regional. (AE)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a "liberdade de imprensa pressupõe aumento da responsabilidade de todos para que possamos conviver com ela". Questionado sobre se não seria um contra-senso o governo defender a liberdade de imprensa justamente num momento em que prepara um projeto de lei que criminaliza o vazamento de informações sigilosas, responsabilizando quem fornece os dados e quem os publica, Lula disse que "liberdade de imprensa não pode pressupor que alguém possa roubar informações e elas possam ser divulgadas sem que a pessoa que as tenha roubado fique impune, porque senão você terá dois tipos de cidadão no Brasil: um que estará subordinado à Constituição e à legislação e um que pode tudo". O presidente disse que é preciso ter cuidado. "Quando eu defendo a liberdade de imprensa é porque eu digo todo santo dia: eu sou o que sou porque no Brasil teve liberdade de imprensa, mesmo quando falava mal de mim. Eu não quero liberdade de imprensa pra falar bem, quero liberdade pra falar a verdade. Quando as pessoas não falarem a verdade, o povo fará seu julgamento", disse Lula, na porta do Waldorf Astoria, onde está hospedado, quando retornou da sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Questionado sobre se defendia a abertura do sigilo da fonte, o presidente Lula não quis responder. Em Nova York, o presidente fez uma veemente defesa da liberdade de imprensa ao receber um prêmio da agência de notícias IPS, na segunda-feira. O projeto do governo está em análise na Casa Civil e tem o apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim. (AE)


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Congresso Planalto Corr upção CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Paulo Araújo/AE

Eymar Mascaro

Ainda não colou

A

participação do presidente Lula na campanha de Marta Suplicy ainda não produziu os efeitos eleitorais esperados, segundo as pesquisas. Antes do presidente acompanhar a candidata em campanha na zona leste, por exemplo, Marta arrancava 41% de índice de intenção de voto. A última pesquisa Datafolha, porém, indica que a petista está com 37%. Houve, portanto, uma perda de 4 pontos. Segundo as pesquisas, Lula alcança seu maior índice de popularidade, acima de 70%. Os petistas ainda esperam que o apoio do presidente a Marta no segundo turno possa ajudar a decidir a eleição em favor da petista.

LIDERANÇA

Brasil tem nota 3,5 da Transparência Internacional

O

A Rocinha tem mais de dois mil fuzis e o MST, armado de foices e facões, já fez muito estrago. Marina Magessi

BRASIL NÃO AVANÇOU NO COMBATE, DIZ ONG

ONG não vê avanço no combate à corrupção combate à corrupção não avançou no Brasil entre 2007 e 2008, de acordo com a Transparência Internacional. No relatório anual da ONG, divulgado ontem, o País continua com a nota 3,5 – a mesma do ano anterior – e ocupa a 80ª posição no ranking dos países com menores índices de corrupção no mundo. A lista, com 180 países, é encabeçada pela Dinamarca, Suécia e Nova Zelândia – que empataram com 9,3 pontos. Na outra ponta, na posição de país mais corrupto do planeta, aparece a Somália, com 1 ponto. Ao seu lado encontra-se o Iraque, com 1,3. Pontos – O relatório é produzido a partir da reunião e análise de estudos e pesquisas de várias fontes, com o intuito de avaliar a percepção que a população tem da corrupção no setor público. No Brasil, foram usadas sete fontes. No final, por meio de uma média ponderada, são atribuídos pontos, em uma escala que va-

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

ria de zero (muito corrupto) até 10 (livre de corrupção). A situação brasileira reflete o que ocorre de maneira geral no continente americano, segundo os técnicos da Transparência Internacional. Dos 32 países da região incluídos no levantamento, 22 aparecem com menos de 5 pontos – marca que sinaliza problemas graves de corrupção – e 11 não passam de 3 pontos – o que indica corrupção desenfreada. "Observa-se uma tendência infeliz para a região nos últimos anos", diz o texto que acompanha o relatório. "Os esforços anticorrupção parecem ter estancado." Num conjunto de 10 países analisados na América Latina, 73% das pessoas disseram que existe corrupção no Judiciário. "Em alguns países, a incapacidade dos sistemas judiciais para punir quem comete delitos fomenta a sensação de impunidade no meio dos poderosos, ao mesmo tempo que alimenta a insegurança entre os cidadãos comuns". (AE)

Marina Magessi diz temer mais o MST do que a atuação das milícias

Marta Suplicy está garantindo passagem para o segundo turno. Com 37% de preferência eleitoral, a petista está 15 pontos na frente de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, empatados com 22% de intenção de voto, de acordo com o Datafolha.

Agentes da PF ameaçam membros da CPI, diz deputada

A segunda vaga no segundo turno continua indefinida entre Alckmin e Kassab. A eleição será no dia 5 e, até lá, os dois candidatos esperam "amarrar" mais alguns pontos nas pesquisas.

A

deputada federal Marina Magessi (PPS-RJ) disse ontem que integrantes da CPI dos Grampos da Câmara estão sendo ameaçados "por grupos da Polícia Federal". Membro da comissão, ela denunciou que policiais federais a ameaçaram com a abertura de inquérito baseado em escutas telefônicas antigas, que registraram

diálogos entre a deputada e o policial civil Hélio Machado da Conceição, o Helinho, preso por suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção. Marina, que é policial civil licenciada , deu as declarações em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da Assembléia Legislativa do Rio. Marina foi chamada à CPI por ter sido citada por dois supostos milicianos como candidata que fazia campanha em áreas dominadas pelos grupos paramilitares. A deputada negou envolvimento com milicianos, mas se disse mais preocupada com a presença do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na favela da Rocinha do que com a atuação das milícias. Marina teme uma possível aliança entre os traficantes e os sem-terra na favela. "O MST está politizando a Rocinha. A Rocinha tem mais de dois mil fuzis e o MST, armado de foices e facões, já fez muito estrago", disse ela. (AE)

BRIGA

RADICALIZAÇÃO O candidato tucano espera crescer "na hora certa" com seus ataques à administração de Kassab. Alckmin, no entanto, admite que não faz críticas pessoais ao democrata, e sim que aborda apenas os problemas da cidade.

CLIMA Não é o que tem se visto no horário eleitoral e nas entrevistas. Alckmin tem subido muito o tom dos ataques, acirrando ainda mais os ânimos entre tucanos e democratas. Membros históricos do PSDB entraram na briga, como Clóvis Carvalho e José Gregori.

DIFICULDADE O comportamento do tucano pode dificultar o restabelecimento da coligação entre PSDB e DEM no segundo turno. Os democratas consideram difícil apoiar Alckmin, caso o tucano passe para o turno final.

Greve da Polícia Civil entra no 8º dia

IMPROVÁVEL Mas as pesquisas indicam que a eleição para a Prefeitura paulistana deverá ser decidida somente no segundo turno. Para que um dos candidatos se eleja no primeiro turno, seria necessário obter mais votos do que a soma dos adversários. Não é o caso de Marta Suplicy.

COERÊNCIA Marta intensificou a campanha na zona norte da cidade, porque a última pesquisa Datafolha revelou que ela perdeu sete pontos na região. Marta fez questão de visitar a região acompanhada de Lula.

CONCENTRAÇÃO Os três principais candidatos a prefeito – Marta, Alckmin e Kassab – decidiram também concentrar o grosso da campanha nas zonas leste e sul, que são os mais importantes redutos eleitorais da Capital.

MAIORIA Os registros históricos ensinam que o candidato que vencer a eleição nas zonas leste e sul dificilmente deixa de se eleger. Trata-se de duas regiões que contabilizam cerca de 60% do total de votos na cidade.

À ESPERA Ao contrário do que havia prometido, o deputado Ciro Gomes (PSB) ainda não esteve em São Paulo para engrossar a campanha de Marta Suplicy. É possível que o deputado cumpra o prometido apenas no segundo turno.

CHAPA

A

paralisação da Polícia Civil de São Paulo chegou ontem ao seu oitavo dia com uma grande caminhada pela região do Centro da cidade. Além da manifestação pública, o objetivo foi seguir o governador José Serra (PSDB) e o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, para pressioná-los por um acordo. O movimento fez diversas paradas, uma delas em frente ao painel do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). De acordo com o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, José Martins Leal, o ato foi para mostrar que a população paga muito imposto, gerando uma arrecadação significativa para pagar bons serviços. "O governo pode destinar até 49% do orçamento para salários do Executivo, mas aplica somente 39,48% desse valor. Por isso, no bom senso, reivindicamos a reposição de uma perda salarial de 70% referente aos últimos 5 anos", argumentou. (AE)

O presidente acha que Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab serão adversários difíceis no segundo turno.

DESCONFIANÇA Os petistas desconfiam que, se Kassab passar para o segundo turno, fica mais fácil o governador José Serra convencer o PSDB a apoiar o prefeito. Serra, apesar do protesto dos alckmistas, continua apoiando a reeleição de Kassab.

ALIANÇA Apesar das acusações de Alckmin de que teria 'cooptado' vereadores e secretários do PSDB para sua campanha, Kassab insiste em explorar na TV a aliança com o governador José Serra na execução de diversas obras pela cidade.

DECISÃO Durante sua participação na campanha de Marta, no último sábado, Lula voltou a dizer que o ideal seria a petista se eleger já no primeiro turno.

Ao participar da campanha da senadora Patrícia Saboya (PDT) à Prefeitura de Fortaleza, Ciro Gomes admitiu que pode ser candidato a vicepresidente na chapa encabeçada pela ministra Dilma Rousseff em 2010.

CONVENCIMENTO Também Ciro Gomes admite que Dilma deve ser a candidata ao PT ao Planalto em 2010. A ministra conta com a simpatia do presidente Lula, já anunciada numa entrevista a uma emissora de TVde Brasília.

CONFIANÇA Lula está convencido de que Dilma Rousseff vai crescer nas pesquisas até as eleições presidenciais, graças à sua popularidade. O presidente admite que a ministra será reconhecida como a "mãe do PAC", principal programa de obras do governo federal. É assim que Lula tem divulgado o nome de Dilma, durante suas viagens pelo Brasil.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

É CEDO PARA DIZER O QUANTO ESTA CRISE ESTÁ ASSENTADA NOS FUNDAMENTOS E QUANTO NO PÂNICO

COMO O BRASIL SERÁ AFETADO?

É

sempre difícil fazer conjecturas e previsões num momento como este. A quase totalidade da população brasileira nunca passou por uma crise como esta. É preciso entender que a atual crise é extremamente diferente em comparação com as crises que nós passamos nas décadas de 70, 80, 90 e nestes últimos anos. Portanto, todas as indicações a seguir são preliminares : 1) Cautela é mais do que necessário. Não adianta ficar imaginando o futuro num momento em que até o passado é incerto ! 2) Não aposte na valorização do real aos níveis anteriores à atual crise caso o cenário agudo (desconfiança no sistema financeiro) venha a amainar. O crédito externo do país e das empresas privadas está mais restrito e os investidores que atuam de forma alavancada no país estão sacando dinheiro de todos os segmentos financeiros; 3) O mercado de ações deve ser o melhor termômetro da gravidade da crise. Tratase do mercado que sofre menor intervenção direta do governo e aquele no qual as informações são mais transparentes para os investidores. Do ponto de vista de desempenho, as ações devem sofrer o impacto de uma provável recessão e, portanto, deverão operar com retorno negativo nos próximos meses. No caso do Brasil, há o agravante de que uma parte significativa das principais empresas negociadas na bolsa é ligada ao setor de commodities, com preços em queda por conta das expectativas de uma recessão ampla; 4) O Banco Central está com um problema crítico: o controle da inflação dependia em grande medida do desempenho dos preços das commo dities (dos produtos "exportáveis" de uma maneira geral). Agora, a inflação será importada em função da elevação do câmbio. Quanto mais rápida e significativa for a alta das moedas frente ao real, maior será a inflação e mais forte terá de ser a reação do BC para c o n t r o l á - l a .

JOÃO DE SCANTIMBURGO EXEMPLO

● A desaceleração

AMERICANO

do PIB já está na conta. O tamanho da conta dependerá da capacidade técnica e política da reação do governo.

A venda de US$ 500 milhões de nossas reservas internacionais para o mercado é uma medida correta, embora seja impossível dizer se será suficiente; 5) O sistema financeiro nacional é sadio e não tem nenhum dos problemas estruturais do mercado norte-americano e europeu. Os investidore s re co n h e ce m i s s o. O s bancos brasileiros com ações negociadas nas bolsas de valores dos EUA apresentaram desempenho muito superior aos bancos daquele país. Aliás, há investidores que têm operações shor t/long na s quais estão co m p ra do s em bancos brasileiros e vendidos em bancos internacionais. Um sinal de confiança no nosso sistema financeiro; 6) A melhor aplicação do momento é a tradicional renda fixa. Ganha-se uma belíssima taxa de juros real e o risco é muito diminuto. Também é muito interessante comprar Certificados de Depósito Bancário que estão a remunerar muito bem os seus investidores. Uma coisa é certa porém: a desaceleração do crescimento do PIB brasileiro já está na conta. O tamanho da conta será proporcional à capacidade técnica e política do governo em reagir. O BC, quando se dispôs rapidamente a vender dólares, mostrou que tem as garras afiadas. E a Fazenda, quando mostrará as suas? Balões de ensaio foram lançados em Brasília, com notícias sobre possíveis cortes de gastos de custeio para segurar os investimentos programados e manter um ritmo no crescimento econômico. É esperar para ver. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DO SITE MIGALHAS HTTP://WWW.MIGALHAS.COM.BR

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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Com a boa ajuda da especulação

E

m meio ao tiroteio a que a crise do subprime está desvendando, começam a surgir no mercado indicações de que o megapacote de setembro, em lugar de acalmar o mercado, o estaria intranqüilizando. E isso, é claro, com uma boa ajuda da especulação, que nessa hora se farta. Algumas declarações, aqui e ali, já dão conta de que "se o Congresso (americano) não votar o superpacote de ajuste dos desequilíbrios do setor financeiro, não haverá segunda-feira". Sombria e especulativa afirmação. Há vários problemas envolvidos e muitas interpretações equivocadas na tentativa de esfriar os ânimos no mercado. A primeira é a de que o pacote resgata os bancos; a segunda é a de deveria haver um pacote similar para ajudar os mutuários inadimplentes e a terceira é a de que a falta de regulação é a mãe de todos os problemas. Com relação ao primeiro problemas, é desejável que o pacote em gestação não resgate os banqueiros, mas os depositantes (quando se tratar de bancos comerciais) e aplicadores (quando se tratar das demais instituições financeiras), e deixar ir à garra os banqueiros (acionistas e executivos das instituições envolvidas). A razão é simples: quem avaliou mal os riscos das aplicações do dinheiro dos depositantes e investidores foram os executivos das instituições, por delegação de seus acionistas. Esses, portanto, devem ser penalizados, com a perda de valor de capital dos acionistas e com a perda do emprego dos executivos. Deixar ir à garra as instituições é penalizar a totalidade da população - é através das instituições financeiras que são aplicadas as poupanças de todos os americanos. O mecanismo de ajuste das instituições financeiras é justamente a remoção dos administradores incapazes e a proteção da poupança dos aplicadores. Quanto ao segundo problema, não deveria haver um pacote similar para os compradores de residências. O ajuste nesse mercado se dará pela perda dos valores artificialmente muito elevados das casas. A solução requer que esses valores caiam, voltando a equilibrar o mercado. Para isso é necessário que, ou seus proprietários as vendam e saldem os seus empréstimos negociando um preço menor com os financiadores, ou que os financiadores retomem as residências e as vendam no mercado. Não há outra solução, já que aos novos preços, a dívida dos compradores tornou-se maior

● Há vários problemas reais

e muitas interpretações equivocadas nesta tentativa de acalmar o mercado financeiro global. Isso mais a ação dos especuladores nos deixam como cegos em tiroteio. Por Roberto Fendt

que o valor da residência. A dificuldade em chegar-se ao ajuste é justamente a resistência dos proprietários e financiadores de reconhecer o prejuízo. Caso houvesse um Proer imobiliário nos EUA, para resgatar os proprietários do prejuízo, não haveria ajuste no mercado. Terceiro, todos estão se dando conta de que a regulação dos mercados financeiros nos EUA (excluídos os bancos) é frouxa e permitiu a criação da bolha. Foram três os ingredientes da crise: excesso de liquidez, decorrente ainda dos juros baixos do tempo de Alan Greenspan à frente do Federal Reserve; a gestão temerária das instituições, que financiaram tomadores de crédito sem cadastro e colateral suficientes; e a ausência de uma regulação que impedisse a alavancagem dos empréstimos dessas instituições.

F

ala-se nos EUA na criação de uma superagência regulatória, talvez nos moldes do Financial Services and Markets Act inglês de 2000, com o objetivo de estabelecer a confiança no mercado; dar a ele transparência; proteger os investidores e reduzir os crimes financeiros. É cedo para dizer o quanto esses problemas estão assentados nos fundamentos e quanto no pânico, que volta e meia toma conta do mercado. A transformação do Morgan Stanley e da Goldman Sachs em bancos comerciais está provocando uma corrida dos dois aos bancos regionais americanos para aumentar sua base de depósitos. Esta é a crise da vez, que derrubou as bolsas na segunda-feira. Haverá outras? Agora, não dá para recuar na megaintervenção nos mercados. Resta apenas torcer por um final o mais feliz possível, nas circunstâncias. Por hora, estamos como cegos em tiroteio.

Irresponsabilidade fiscal DIMAS DE MELO PIMENTA II

O

s países escandinavos têm, na média, a mais alta carga de impostos do mundo, variando entre 40% e 50% do PIB. Conseguiram, ao longo do tempo, transformar o sistema tributário em um moderno e eficaz meio de democratização dos benefícios da economia e qualidade de vida equânime, considerando que toda a sociedade tem acesso universal à saúde, educação, segurança e outros serviços prioritários ligados às responsabilidades do Estado. É importante refletirmos sobre essas questões neste momento em que o governo brasileiro, por meio de sua base aliada no Congresso Nacional, mais uma vez tenta impor um tributo aos brasileiros, a CSS, uma esdrúxula tentativa de recriar a famigerada CPMF. No Brasil, a carga tributária, de aproximadamente 37% do PIB, está quase atingindo o patamar da Escandinávia e supera em muito a média dos emergentes. As elevadas e crescentes despesas de custeio do governo, numa clara disfunção de caráter fiscal, impedem o atendimento adequado das prioridades e reduzem o poder de investimento da União. Em síntese, temos receita tributária de primeiro mundo e serviços estatais de país subdesenvolvido.

Tal situação, além de todos os aspectos negativos para a economia e a comunidade, exige mobilização mais ampla das empresas no exercício da responsabilidade social. Independentemente dos equívocos do setor público, no passado e no presente, que desencadearam a imensa dívida social, e apesar dos impostos que já pagam para, em tese, distribuir benefícios e qualidade de vida, os brasileiros — pessoas físicas e jurídicas — não devem omitir-se ao chamado ● Apesar da

irresponsabilidade fiscal e tributária do Estado, é importante exercitar nossa responsabilidade social. da história. É necessário amplo e substantivo processo de inclusão socioeconômica. Essa demanda transcende à questão tributária e ao empenho que a iniciativa privada já faz de investir em empreendimentos produtivos, pagar salários e oferecer benefícios aos seus trabalhadores. Felizmente, são crescentes os projetos sociais de empresas, bem como fundações, Oscips e institu-

tos mantidos pelo capital privado. O chamado Terceiro Setor tem sido exemplar em nosso país, a despeito da alta carga tributária que onera a produção e o trabalho. Os projetos, como se sabe, realizam-se em distintas áreas, abrangendo saúde, educação, iniciação profissional, cultura, esportes e lazer.

A

resposta da sociedade é sempre muito efetiva e gratificante a iniciativas dessa natureza. Assim, fica muito claro o significado de as empresas contribuírem para que mais e mais brasileiros possam romper os limites do subdesenvolvimento. Apesar dos impostos escorchantes e dos obstáculos aos setores produtivos, é muito importante investir em responsabilidade social, dever constitucional do Estado, mas objeto da consciência cívica de todos os indivíduos e organizações. Afinal, a democratização de oportunidades é condição decisiva para o crescimento sustentado e o desenvolvimento. Por isso, mesmo ante a irresponsabilidade fiscal e tributária do governo, é importante que a iniciativa privada exercite a responsabilidade social. DIMAS DE MELO PIMENTA II É PRESIDENTE DA DIMEP E DIRETOR DO DEPARTAMENTO SINDICAL DA FIESP

O

s Estados Unidos, em suas diretrizes econômico-financeiras, que repercutem no mundo inteiro, costumam dar exemplo, como uma palavra de honra destinada a abrir caminhos para reformas de longo prazo, que as nações já esperavam e, finalmente, encontraram resposta ao que pretendiam. Está aí um caso em que os Estados Unidos adotam uma política como se na execução ela fosse antiga. Portanto, não devemos deixá-la de lado ao considerarmos a grandeza dos EUA como nação. O que dele se esperava foi encontrado e teve uma resposta suficiente à altura dos súditos americanos, que ficaram a distância, exatamente como pretendiam os homens comuns incorporados ao lugar comum, em que todos são iguais. Os Estados Unidos sempre se julgaram uma democracia exemplar, digna de ser imitada pelo restante do mundo, como tem sido, principalmente nos últimos anos, em que apareceram tendo pronta a língua universal que todos gostaríamos de ter, falando o mesmo idioma e pensando da mesma maneira, consoante as mesmas diretrizes, seguidas a pequeno passo. O exemplo americano está dado e parece que se expande colhendo exemplos, tais como eles plantaram nos dias difíceis da árvore americana. ● Uma grande

nação como os EUA se impõe pelo que fazem pelo próximo e não pelo que pregam para o próximo

T

emos aí o exemplo a ser seguido com denodo e obstinação, pois ele dará modelos responsáveis. Uma grande nação como os Estados Unidos se impõe pelo que fazem pelo próximo e não pelo que pregam para o próximo. Daí seguir o exemplo em que o mundo inteiro se inspira, defendendo a maneira de viver dos modestos exemplare,s que eles somente querem ser imitados. Agora os Estados Unidos estão procurando uma lei de emergência, que qualifique todos os americanos sempre iguais. Assim sendo, não há dois americanos diferentes um do outro, pois são todos iguais, segundo a concepção da democracia do homem comum. Esse é o ideal, porque nós defendemos uma forma de vida que se equipara ao antigo modelo democrático, que deixou exemplos na História, seguidos até hoje, nos servindo de modelo, tal como quiseram os atenienses. Os americanos conseguiram, portanto, criar uma democracia como não tiveram outros povos, nem outras gentes, para ser a prótese única que quer o modelo único.

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Finanças Nacional Va r e j o Estilo

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CRISE FINANCEIRA NÃO AFETA SUPERMERCADOS

7,12

por cento foi o crescimento registrado pelas redes de supermercados em 2007.

Supermercados em franca expansão O faturamento real do setor aumentou 9,36% de janeiro a agosto em relação a igual período do ano passado e deve fechar o ano com crescimento de 8% Milton Mansilha/Luz

Patrícia Büll

O

s brasileiros estão c o m p r a n d o m enos, mas gastando m a i s n o s s u p e rmercados. Pesquisa divulgada ontem pelo pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apontou uma ligeira queda de 0,3% no volume de vendas no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2007. O faturamento real, no entanto, registrou uma expansão real – já descontada a inflação – de 8,66%. Em agosto, as vendas dos supermercados tiveram crescimento real de 12,47% na comparação com igual mês de 2007. No acumulado do ano até o mês passado, o faturamento aumentou 9,36%. "Esses números nos levam a acreditar que, no ano, teremos uma expansão acima de 8% nas vendas, a despeito das incertezas econômicas causadas pela crise nos Estados Unidos", afirmou Sussumu Honda, presidente da Abras. Ele citou a queda no nível do desemprego como o principal fator para o aumento das vendas. Estas, por sua vez, são as grandes responsáveis pela constante expansão do crédito, criando um

Volume de vendas cai nos supermercados, mas faturamento está em alta em todas as bases de comparação

círculo virtuoso para a economia no geral e para o varejo em particular. "Quem estava desempregado e conseguiu uma colocação direciona essa renda para o consumo e não para a poupança, o que significa mais negócios para os supermercados", disse Honda. Outra boa notícia: pela primeira vez no ano, houve queda no índice Abras Mercado, cesta usada para medir a variação dos preços de 35 produtos de

largo consumo. Em agosto, houve uma redução de 0,82% em relação a julho. A cesta encerrou o mês valendo, em média, R$ 254,51 pouco abaixo dos R$ 256,62 do anterior. "Acredito que, a partir de agosto, o Abras Mercado caminhe para a estabilidade." Das cinco regiões pesquisadas, apenas a Norte teve aumento de preço, encerrando agosto custando R$ 281,27, ante os R$ 276,84 de julho. Para

Sussumu, essa variação pode estar ligada a questões logísticas próprias da região. "No Norte, o transporte é feito por via fluvial e, por conta das chuvas do inverno, pode haver maior repasse para os preços, refletindo -se na cesta", disse. Já o Índice Nacional de Volume do Auto-Serviço, pesquisado pela Nielsen, apontou um descasamento entre o volume de vendas e o faturamento dos supermercados no primeiro

semestre deste ano. "Para fugir das altas de preço, muitos consumidores migram para outros produtos, o que explicaria a redução no volume", disse Sussumu. Para ele, contribuem ainda para a queda no volume de vendas a redução da quantidade adquirida e a eliminação de alguns itens da lista de compras.

Para o segundo semestre, Sussumu acredita em uma ligeira alta no volume de vendas – não muito além de 1% –, suficiente apenas para encerrar o ano no azul. "No primeiro semestre, houve um esgotamento do consumo, principalmente nas classes de menor renda, o que ajuda nessa expectativa de estabilidade de vendas."

União prova sua força ara ganhar escala nas negociações com os fornecedores e adquirir melhores práticas de gestão, aumenta o número de redes e associações de negócios envolvendo pequenos supermercadistas. No ano passado, esse segmento teve um crescimento real de 7,12% no faturamento, alcançando R$ 17,65 bilhões, como mostra a 8ª Pesquisa sobre Redes e Associações de Negócios realizada pela Latin Panel e divulgada pela Abras. De acordo com Fátima Mer-

P

lin, diretora de varejo da Latin Panel, o segmento está aquecido e disposto a investir mais nos próximos dois anos. "Além de ganhos em escala, as associações propiciam melhora na gestão da loja, aumento na rentabilidade e ajudam o empresário a entender seu cliente e usar essas informações em estratégias para melhorar as vendas", disse. Segundo a pesquisa, 62% dos associados buscam apoio para a área tributária, 55% para a administrativa e 53% para a contábil.

Entre os produtos mais comprados pelas redes, estão nãoperecíveis (98%), higiene e limpeza (96%) e hotifrutis (51%). "Embora 96% das compras conjuntas sejam realizadas principalmente para fazer promoções, no ano passado houve um crescimento também nas destinadas ao abastecimento regular: 86% dos entrevistados usam a associação para esse fim e 88%, para datas especiais", disse Fátima. A pesquisa apontou ainda a tendência de comercializar

produtos de marcas próprias das redes e centrais de negócios. Entre os entrevistados, 63% já trabalham com esses artigos; 18% pretendem inserilos em seu mix e 20% não têm e nem pretendem vendê-los. Para o presidente da Abras, Sussumu Honda, a associação em redes de negócios ganha importância porque propicia crescimento para as empresas de pequeno forte. "O objetivo delas não é concorrer com as grandes redes, mas manter suas parcelas de mercado."

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - LOGO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008 Will Burgess/Reuters

SETEMBRO

'Ouro Negro' é o título da obra de Yinka Shonibare, em exposição em Sydney, na Austrália.

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24 Dia Mundial do Coração

L ITERATURA 1 E M

C A R T A Z

Prêmio máximo

Divulgação

Escritor João Ubaldo Ribeiro recebeu ontem, no Rio, o prêmio Camões

O

ganhar o prêmio, depois de João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Antonio Candido, Autran Dourado, Rubem Fonseca e Lygia Fagundes Telles. Antes da cerimônia,

cercado de amigos, Ubaldo já avisava que o discurso ia ser rápido. "Não tem muito o que falar nestas horas. É uma honra receber um prêmio que leva o nome de Camões". Em novembro, a editora Objetiva vai lançar uma coletânea de crônicas já publicadas do escritor. Rei da Noite reúne textos sobre boemia, principalmente da época que o baiano era freqüentador assíduo dos bares do Leblon, na zona sul do Rio. O livro traz também suas crônicas sobre a ditadura da qualidade de vida, que o levou a fazer caminhadas diárias no calçadão da praia. Ubaldo agora não freqüenta mais a noite. Só circula pelo bairro à tarde. "Virei o rei da tarde", costuma brincar. (AE)

CINEMA

escritor João Ubaldo Ribeiro recebeu ontem no auditório da Biblioteca Nacional, no Rio, o Prêmio Camões, o mais importante concedido a autores da língua portuguesa. Seu discurso foi rápido e bem-humorado. "Sinto agora a perplexidade por nascer e ter sido criado na Bahia, ter sangue baiano e não ser orador. Eu acho que eu sou um caso a ser estudado. Não consigo arroubar-me ao ponto de chegar bem perto da tradição da oratória conterrânea". Ubaldo, 67 anos, falou apenas três minutos depois de receber o prêmio das mãos do cônsul-geral de Portugal no Rio, Antonio Almeida Lima. Ubaldo é o oitavo brasileiro a

Tasso Marcelo/AE

Mostra Oriente Desconhecido apresenta filmes asiáticos inéditos . Às 17h, 'Three Times' (Hou Hsiao-hsien, Taiwan, 2005) e às 19h30, 'Syndromes and a Century' (Apichatpong Weerasethakul, Tailândia, 2006) Centro Cultural Banco do Brasil, rua Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3651. R$ 4.

B RAZIL COM Z

A paixão do candidato A brasileira Maria Gracinda Teixeira, de 77 anos, foi destaque ontem em mais de 260 jornais, revistas e sites noticiosos da internet. Ela é a brasileira que aparece na autobiografia do candidato republicano à presidência dos EUA, John McCain, como sua grande paixão da juventude. No livro, publicado em 1999, ele não revela seu nome. Mas agora, em época de eleições norte-americanas, Maria Gracinda virou quase uma celebridade e, após ter sua história revelada na mídia brasileira, ganhou destaque internacional. Maria Gracinda descreveu McCain ao jornal britânico Daily Telegraph como um "bom beijador", e disse que nunca esperava que McCain a citaria no livro. O affair aconteceu quando ambos tinham pouco mais de 20 anos.

L ITERATURA 2

Martins Fontes), de Vera do Val, um conjunto de relatos sobre os homens que convivem na região amazônica, entre a pobreza e a sensualidade. Entre os poetas, o júri preferiu os versos do veterano Ivan Junqueira, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras e autor de O Outro Lado (Record), resultado de seu exercício literário realizado entre 1998 e 2006, uma poesia reflexiva e questionadora. O trabalho de Marco Antônio de Carvalho, Rubem Braga - Um Cigano Fazendeiro do Ar (editora Globo), pesquisa de mais de uma década e resultado de 270 entrevistas, foi eleito o melhor livro de biografia.

M EIO AMBIENTE

F ÍSICA

Um plano contra o aquecimento global

Grande colisor: 'aposentado'

Os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e de Ciência e Tecnologia (MCT) prometem divulgar amanhã o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, com as estratégias internas do País para combater e se preparar para as conseqüências do aquecimento global. Quatro eixos formam o esqueleto do plano: mitigação, adaptação, pesquisa e capacitação. No eixo de mitigação, os principais alvos serão o desmatamento e as queimadas, responsáveis por 75% da emissão brasileira de gases causadores do efeito estufa.

O grande colisor de partículas construído para simular as condições do "Big Bang" não será reativado antes de 2009, depois de um defeito no fim de semana, anunciou ontem o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN). Um vazamento de hélio no túnel que abriga a maior e mais complexa máquina já construída forçou o CERN a fechar o Large Hadron Collider (LHC) depois de apenas 10 dias de operação. Os responsáveis decidiram investigar melhor as causas do problema e fazer aprimoramentos na máquina.

G @DGET DU JOUR

Organização divertida

A difícil relação entre pai e filho garantiu ao escritor catarinense Cristóvão Tezza o principal prêmio das 20 categorias do Jabuti, divulgadas ontem pela Câmara Brasileira do Livro. Com O Filho Eterno (editora Record), Tezza ficou em primeiro lugar no quesito romance, à frente de O Sol se Põe em São Paulo (Companhia das Letras), de Bernardo Carvalho, que ficou em segundo, e de Antônio (editora 34), de Beatriz Bracher, o terceiro colocado. Na edição deste ano, a comissão julgadora analisou 2.141 obras. Na categoria contos e crônica, a escolha ficou com Histórias do Rio Negro (editora WMF

William West/AFP

Eles levaram o Jabuti

UMA ESTRELA - Miss Porky Pig salta em uma piscina durante a competição de natação e corrida de porcos, ponto alto do Royal Melbourne Show, na Austrália, que há 15 anos atrai centenas de pessoas. Cada porco só participa de uma edição do show. D ESIGN

Sono de papelão D

esenhado pelo estúdio suíço It Design, a "Itbed" é uma cama feita de papelão ideal para dar mais conforto a colchonetes e futons. Fácil de montar, desmontar e guardar, além de barata, a cama de papelão foi criada pensando para quem recebe hóspedes com freqüência ou vive de mudança. A cama é feita em papelão ondulado de 7 milímetros de espessura, dobrado como uma sanfona. Duas faixas horisontais mantêm a cama no lugar e servem para evitar que o colchonete afunde entre os espaços do papelão. www.it-happens.ch

O cineasta Michael Moore lançou ontem um documentário gratuito na internet, na esperança de incentivar os jovens norte-americanos a votar na eleição presidencial de novembro, de preferência em Barack Obama. No longa Slacker Uprising ("A revolução dos preguiçosos"), Moore percorre Estados que teriam sido decisivos para evitar a eleição de George W. Bush em 2004. www.slackeruprising.com

A sanfona do papelão permite suportar o peso e o "estrado" mantém o colchão no lugar

L OTERIAS Concurso 694 da DUPLA SENA Primeiro sorteio 01

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Segundo sorteio Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 06

Diante da crise, Europa volta atrás e pode abandonar plano de redução de emissão de CO2 Pirataria 'moderna' da Somália em alto mar começa a ameaçar as rotas do comércio

http://dcx.co.kr

A TÉ LOGO

Cientistas da Universidade de Yale, nos EUA, anunciaram que pretendem fazer com que uma espécie de tartaruga, Geochelone elephantopus, que existia nas ilhas Galápagos, mas está extinta, volte a existir a partir do cruzamento de espécies semelhantes encontradas no próprio arquipélago. Os pesquisadores afirmam ter encontrado parentes vivos da tartaruga e o cruzamento desses animais poderia levar ao ressurgimento do animal extinto o que pode levar até um século.

Michael Moore contra a preguiça

bagunça pessoal. Muito mais divertidos do que os clássicos organizadores em cores berrantes que estão no mercado, custam cerca de US$ 1,50 o pacote. Problema: o site é em coreano.

A revolução da tartaruga

I NTERNET

Criados pela empresa coreana J’Story, estes indicadores removíveis de plástico ajudam a organizar documentos, arquivos, contas, papéis, e tudo o mais que você quer ver em ordem e tornar encontrável no meio da sua

Reproduções/site

B IOLOGIA

Um mês depois da Olimpíada, quase nada mudou para muitos medalhistas em Pequim

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Concurso 1956 da QUINA 37

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

TÍTULOS COMPLEXOS CASADOS COM INVESTIMENTO GLOBAL CRIAM UM SISTEMA QUE POUCOS ENTENDEM

Se o Congresso dos EUA demorar, poderá atrair o pânico que Paulson previu. Se agir rapidamente, poderá criar um monstro.

O plano de Paulson não é uma panacéia. P Mas funciona. Por Robert Samuelson

E

stão chamando de Pânico de Paulson. É tanto injusto quanto preciso. É injusto porque o secretário do Tesouro, Hank Paulson, não criou as condições fundamentais que levaram ao atual tumulto financeiro, e a falha em não contê-lo é compartilhada pelo presidente do Fed, Ben Bernanke. Mas também é preciso porque, como os mercados financeiros mundiais beiram o pânico, o próprio Paulson entrou em pânico. Ele não viu nenhum remédio a não ser uma operação de emergência: o governo comprar até US$ 700 bilhões em obrigações arriscadas. Os historiadores vão julgar se sua proposta Extragrande era necessária, mas a idéia de que seu decreto legislativo iria magicamente acabar com a crise pode ser um pensamento esperançoso. Freqüentemente os norteamericanos enganam a si mesmos achando que todos os problemas podem ser "solucionados" apenas se o governo agir audaciosamente. Esse pode ser mais um exemplo. Ao contrário do que muitos estão comentando, o plano de Paulson não será a maior intervenção do governo da economia privada desde a Segunda Guerra Mundial. Essa distinção ainda pertence à imposição de Richard Nixon de controle de preços e salários em agosto de 1971.

É verdade, Paulson socializaria uma quantidade sem precedentes de dívida privada, mas Nixon garantiu controle sobre toda uma economia. O que é fascinante são os possíveis paralelos entre os dois episódios, começando com uma ironia compartilhada: ambos vieram de governos comprometidos com o livre-mercado.

Q

uando Nixon declarou o congelamento de preços e salários - uma completa surpresa, porque ele sempre foi contra controles - a decisão mostrou-se impetuosamente popular, escreve o historiador Allen Matusow, da Universidade Rice, em seu livro Nixon's Economy (A Economia de Nixon). Segundo uma pesquisa, 75% dos norte-americanos o apoiaram. A inflação dos preços ao consumidor, que tinha chegado a 4% ao ano, caiu a 1%. As pessoas acreditavam que, agindo decisivamente, o governo poderia expulsar conseguiria eliminar a psicologia inflacionária. Não conseguiu. Quando o controle terminou, em 1974, a inflação explodiu para 12%. Sua média ficou em quase 9% de 1975 a 1981. Só a brutal recessão de 1981-82 - imposta pelo Fe d de Paul Volcker - e o crescimento do desemprego para 10,8% puseram fim à espiral de preços e salários.

aulson argumenta que aliviar os bancos de valores mobiliários apoiados em hipotecas duvidosas vai destravar o sistema financeiro e estimular os negócios essenciais e empréstimos para os consumidores. Talvez. É verdade que esses valores mobiliários, como não podem ser facilmente avaliados, criaram uma enorme incerteza. Bancos e outras instituições financeiras reduziram os rotineiros empréstimos feitos uns aos outros; todo mundo está preocupado que o outro banco esteja em problemas. A compra pelo Tesouro dos valores mobiliários baseados em hipotecas, nos quais as perdas já foram contabilizadas, poderá amenizar esses temores. O problema é que o medo ultrapassou os valores mobiliários baseados em hipotecas. Não foram apenas as hipotecas de casas que foram reunidas em obrigações e vendidas a investidores institucionais (fundos de pensão, seguradoras, grupos de investimento). Autoempréstimos, dívidas do cartão de crédito e empréstimos para imóveis comerciais foram igualmente empacotados, avaliados em US$ 900 bilhões em 2007. Naturalmente, as dúvidas sobre esses valores mobiliários também aumentaram. A securitização poderá sobreviver, mas esses empréstimos já estão caindo (80% em 2008), informa a Thomson Reuters. O aperto ao crédito é generalizado, a emissão de títulos de empresas bem avaliadas caiu 22%, enquanto os títulos "poderes" mais arriscados caíram 65%.

O

que estamos descobrindo é que todos esses valores mobiliários complexos, combinados com fluxos de investimentos internacionais cada vez maiores, criaram um sistema financeiro global "tão arcano que poucas pessoas conseguem entender como funciona", escreve David Smick em seu livro The World Is

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

ESMOLA GRANDE, O ELEITOR DESCONFIA

Curved: Hidden Dangers to the Global Economy (O Mundo é Curvo: Perigos Escondidos na Economia Global). A diferença entre hoje e há dois anos é que os gerentes financeiros na ocasião pensavam que entendiam o sistema; agora eles sabem que não. A ignorância cria a aversão ao risco e o medo.

C

omo o controle de preços e salários, o plano de Paulson não é uma panacéia. Bancos, fundos hedge, fundos equity private e outros estão tentando reduzir o risco com um desalavancamento" (deleveraging) - vendendo a ações e obrigações para aumentar o dinheiro vivo e cortando suas próprias dívidas. Vendas pesadas deprimem os preços; preços mais baixos aumentam as perdas, esgotam o capital, estimulam mais vendas e aumentam o medo. Na melhor das hipóteses, o plano de Paulson poderá evitar esse espiral ao permitir que os investidores se livrem de seus valores mobiliários menos atraentes. Mas isso não iria automaticamente estimular novos empréstimos, revitalizar a securitização ou evitar mais desalavancamentos. É preciso tempo. O resgate está sendo montado tão apressadamente que poderá incluir todas as formas de cláusulas defeituosas: poder demais para a Secretaria do Tesouro, autoridade para juízes de falências modificarem hipotecas. O Congresso enfrenta um dilema doloroso, imposto pelos mercados financeiros e por Paulson. Se ele demorar, poderá atrair o pânico que Paulson negligentemente previu. Se agir rapidamente, poderá criar um monstro cujas implicações surgem apenas com o tempo. ROBERT J. SAMUELSON É COLUNISTA DA REVISTA

NEWSWEEK (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

AFP

N

a política brasileira, a p e s a r d e to d o s o s avanços que tivemos nos últimos anos - a começar pela Lei de Responsabilidade Fiscal e outros instrumentos limitadores da capacidade indiscriminada que os governantes têm de gastar -, eleição sempre foi sinônimo de cofres generosamente abertos para turbinar reeleições ou eleições dos queridinhos. O político brasileiro acredita piamente que essa azáfama gastadeira comove os eleitores. Está aí, na linha de frente, o governo central, em Brasília, tratando a pão-de-ló salarial o funcionalismo público, depois de ter corrido para liberar verbas do Orçamento de 2008 até o meio do ano, antes que entrassem em vigor as normas da legislação eleitoral, que manda conter novas obras três meses antes das eleições. Na mesma linha, turbina um Programa de Aceleração do Crescimento, que tem um forte quê eleitoral. Para agora e para 2010. Uma nova vaga está para vir na maré do Pré-sal, sobre o qual já se discute quanto e como gastar de um negócio ainda não totalmente avaliado, a respeito do qual não se tem uma idéia do seu custo de produção. E que só começará a render dividendos significativos, na melhor das hipóteses, em 2014. Mas, vamos gastar por conta. Governadores e prefeitos não ficam atrás nesta vida de perdulários. Quem viaja muito viu que o Brasil está novamente um canteiro de obras. Passei esta semana por uma estrada federal e outra estadual, que costumo usar com muita freqüência. Normalmente, vivem desertas do poder público, com buracos, falhas na sinalização, mato crescendo nas margens. Desta vez estavam sendo literalmente maquiadas em vários pontos, com enormes e vistosas equipes cortando grama e recapeando os trechos deteriorados. Em pleno sábado.

S

ão os milagres da tecnologia eleitoral, que sai da toca de dois em dois em agosto e volta a hibernar em novembro. O jornal Valor Econ ôm i co registrou um efeito desse milagre: está faltando asfalto no país para atender a tanta demanda dos governos federal, estadual e municipal. Vi cidade que mal e mal contam com um calçamento de pedras irregulares nas ruas, agora com tênues camadas de pixe preto em suas principais vias. Medir o tamanho desse PIB eleitoral é um desafio para nossas instituições de pesquisa econômica. O eleitor, porém, é menos bobo do que imagina a vã filosofia de nossa política mais tradicional e começa a valorizar outros tipos de comportamento na condução da coisa pública. Vale a pena ler, reler e difundir uma reportagem publica pelo jornal O Estado de S. Paulo do último domingo. O tí-

● Os mercados entraram em pânico e o próprio Paulson também. ● Para ele o remédio está numa operação de emergência: comprar até US$ 700 bilhões em obrigações arriscadas.

A proposta de Paulson permite que os investidores se livrem dos papéis menos atraentes. Sem ampliar as perdas e aumentar o medo.

● Em temporada

de campanha eleitoral, falta até asfalto. Mas as urnas nem sempre são movidas apenas a dinheiro e obras.

tulo da matéria, de autoria dos repórteres Christiane Samarco, José Maria Tomazela e Guilherme Scarance, já diz tudo: Em 13 Estados, choque de gestão já reverte em dividendo político. O texto mostra como os governadores dessas unidades da federação fizeram para reduzir os seus gastos de um modo geral e valorizar o funcionalismo público, com excelentes resultados já visíveis, na qualidade dos serviços, no atendimento ao público e, por tabela, na imagem do funcionalismo.

O

termo choque de gestão se não nasceu, pelo menos se popularizou a partir do profundo ajuste realizado no governo de Minas Gerais na primeira gestão do governador Aécio Neves. Ele assumiu sem dinheiro em caixa para pagar o salário de janeiro dos servidores e com o 13º atrasado. Hoje, o estado é superavitário. Impressionante também os resultados alcançados por Paulo Hartung no Espírito Santo. Seis anos atrás, o estado estava literalmente falido, mais presente nas páginas policiais do que políticas. Hoje o Espírito Santo é investidor -modelo. E o bom comportamento está rendendo aos dois excelentes dividendos político-eleitorais também. Aécio e Hartung são dos governadores estaduais mais bem avaliados. Aécio é ator de peso na sucessão presidencial de 2010. Há quem veja Hartung como um excelente vice na chapa governista. Não é à toa que os dois estão vendo seus candidatos às prefeituras de Belo Horizonte e Vitória líderes absolutos na pesquisa e com a eleição praticamente assegurada no segundo turno. Ao contrário, muito prefeito e muito governador gastador amargam pesada dieta de votos. As urnas nem sempre são movidas apenas a dinheiro e obras. O eleitor está aprendendo a desconfiar quando a esmola é grande demais. JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

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Nacional Finanças Negócios Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Estamos satisfeitíssimos com as vendas. Frederico Trajano, do Magazine Luiza

META DE EXPORTAÇÃO SOBE PARA US$ 202 BILHÕES

Alessandro Garofalo/Reuters

Android

AFP

O

presidenteexecutivo da HTC, Peter Chau, disse que a empresa espera vender 400 mil celulares com a plataforma Android do Google nos Estados Unidos e no Reino Unido até o final deste ano. A companhia de Taiwan será a primeira fabricante a comercializar um celular com o sistema operacional do Google, em um modelo que foi batizado de G1.

PRIMEIRO DIA DE BOAS VENDAS s vendas do primeiro dia de funcionamento A das 44 lojas do Magazine

anos, e não nos próximos dias", afirma Frederico Trajano, diretor de Luiza na Grande São Paulo marketing e vendas do e Litoral superaram as Magazine Luiza. expectativas da empresa. As Enquanto uma pesquisa novas lojas realizada no início faturaram 40% do do ano com o total do grupo que público-alvo possui 441 lojas em mostrou que 6% todo o Brasil. das operações dos consumidores "Estamos são feitas com utilizavam cartões satisfeitíssimos com de loja para as o cartão compras, o as vendas. Mesmo da loja. que o resultado plástico do Magazine Luiza tivesse ficado abaixo da meta não foi usado para teríamos nos abalado, uma 21% das operações. No vez que a companhia só vai restante das lojas, essa comemorar de fato os modalidade de venda resultados nos próximos representa 25%.

A top brasileira Isabeli Fontana desfilou para a Blumarine e para a Moschino em Milão

21%

Luxo para os emergentes Blumarine aposta no luxo nas coleções desenA volvidas para os países emergentes. Adereços ousados, como o usado pela top Isabeli Fontana, e arremates com pedras preciosas, foram destaque no desfile da marca na Semana de Moda de Milão.

NOVA META Evento discute rumos da economia ão

Reproduç

Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP) realiza entre hoje e a próxima sextafeira o 21ª Encontro das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (EESCON). O evento, que acontece em Atibaia, interior de São Paulo, espera reunir pelo menos 800

O

profissionais para debater os problemas do setor e as oportunidades para as micros e pequenas empresas na atual conjuntura econômica brasileira. O encontro, de acordo com o presidente do Sindicato, José Maria Chapina Alcazar, também servirá para reciclagem dos profissionais.

Anticartel

A

Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça acaba de lançar a cartilha "Combate a cartéis em Licitações". O guia é destinado a pregoeiros e membros de comissões de licitação e visa inibir a "combinação de preços" entre empresas.

M

esmo com um cenário de retração da economia mundial, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aumentou de US$ 190 bilhões para US$ 202 bilhões a previsão de exportações para 2008. Foi a terceira revisão depois do anúncio da meta inicial, que era de US$ 172 bilhões. Com AE, AG e Reuters. Colaboraram Adriana David e Mário Tonocchi.

BÚSSOLA

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consumidor brasileiro está confiante, mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getúlio Vargas. O indicador teve alta de 4,2% em setembro ante agosto.

A

Votorantim vai investir US$ 1,5 bilhão em uma nova usina siderúrgica na Colômbia em sociedade com o grupo Acerías de Colombia (Acesco). ciranda@dcomercio.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Enquanto não sai seu filme, Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, permanece no ramo de negócios que a tornou popular.

gibaum@gibaum.com.br

MAIS: vai inaugurar uma sex-boutique , em São Paulo. Terá uma linha de lingerie e "fantasias eróticas exclusivas". Só falta delivery.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008 Divulgação

3 Todas as previsões, feitas por charlatães ou por prêmios Nobel, Gabinete da sogra «

valem rigorosamente a mesma coisa.

DELFIM NETTO // ex-ministro

e conselheiro de Lula, considerando confusa a situação da economia americana.

Fotos: Paula Lima

Cara ou coroa

Quando tucanos de boa memória lembram que, em 1994, quando da constituição da chapa do PSDB que iria disputar o governo de São Paulo, Mário Covas preferia ter Walter Barelli na vice e não Geraldo Alckmin, apresentado por um bloco que defendia a importância de ter um nome do interior na dobradinha. E Covas partiu para uma histórica decisão, pedindo antes que Barelli e Alckmin saíssem da sala. Pegou uma moeda e jogou cara ou coroa. Deu Alckmin, que virou vice. Hoje, em Pindamonhangaba, berço político de Alckmin, seus familiares estão na oposição do candidato tucano. Myriam Alckmin, sua sobrinha, é candidata à vice na chapa do prefeito João Ribeiro (PPS), que disputa a reeleição.

DELÍRIO

Depois de assumirem ilegalmenteopapeldapolíciaao confessarem seus grampos, os arapongas da Abin – Agência Brasileira de Inteligência – estão tentando defender as escutas ilegais com uma lei que acabam de criar – e que só vale para eles. Alegam que “pode-se grampear, desde que a conversa não venha a público”. Os arapongas acham que a conseqüência pior é o “danopúblico”.Ou seja: senão houver publicidade, não há dano e, na cabeça deles, não haveria crime. Os juristas, atônitos, apostam que a arapongagem nacional foi acometida de delírio coletivo.

TEM MAIS

Canalbem brasileiro

Com uma festa na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, o Canal Brasil, o único com programação 100% verdeamarelo, comemorou seus primeiros 10 anos de existência, mesmo sendo aos trancos e barrancos nos tempos de largada na TV por assinatura. Nesse período, muito rolo passou debaixo da ponte: 2.458 filmes brasileiros, de todos os tipos e toda qualidade. Na noite festiva, da esquerda para a direita, entre tantos, estavam Luis Carlos Barreto e Hector Babenco; Maria Luiza Mendonça (ajudou na entrega dos prêmios aos melhores curta-metragens); José Mojica (Zé do Caixão) Marins; e Daniela Escobar e Antonio Pitanga.

38º lugar e fotopequena

Esta semana, em Nova York, o presidente Lula andou a pé do Palace Hotel, no Madison Avenue, onde estava hospedado, até o Waldorf Astoria, a pouco mais de duas quadras. Com ele, dois assessores e dois jornalistas. Um dos assessores aproveitou, numa esquina, para comprar a nova edição de Esquire , que coloca Lula entre as 75 personalidades mais influentes do mundo no século 21. Abriu a publicação, mostrando que Lula aparece em um quarto da mesma página de Barack Obama, que ocupa três quartos e em 38º lugar. Lula sorriu mas estranhou: “O pessoal não tinha me dito que eu estava em 38º lugar. E a foto poderia ter sido um pouco maior, não é mesmo?”.

Namorada paulista Já está praticamente pronto o novo apartamento que Roberto Carlos comprou no bairro do Itaim, em São Paulo, onde pretende passar, doravante, muito mais tempo do que no Rio. Tudo por causa de sua nova namorada, Iara Andrade, paulista e que mora com a mãe (eventualmente, futura sogra) a um quarteirão.

Anjos na cozinha

ATA E DESATA

É alta a rotatividade no showbiz: depois da separação de Elba Ramalho e Gaetano Lopes, também acabam de se separar Nívea Stelmann e Eduardo Azer e, de quebra, também Luisa Mell e o ator Henri Castelli, ex-Isabelli Fontana,atualRicoMansur.AexBBB Gyselle Soares também está available: terminou seu romance com o francês Alex Sayhi e há quem aposte que seu novo titular é o mesmo Henri Castelli. Já Reynaldo Gianecchini,ex-MaríliaGabriela, que teria tido um affair com Camila Morgado, agora circula com a atriz Christiane Alves. Ufa!.

Quem vem

Um dos maiores nomes do canto lírico mundial, Aprile Milo, vem ao Brasil em dezembro para ser a grande estrela da inauguração da discutida Cidade da Música, no Rio. Será a protagonista da ópera Tosca, de Giacomo Puccini, com cenários originais de uma montagem do século passado, que virão da Itália.

Esquentando os motores

A grande atração da noite de apresentação dos sambas-enredo das escolas do Grupo Especial do Rio, esta semana, foi mesma a atriz Paola Oliveira, que vai debutar na avenida como rainha da bateria da Grande Rio, usando uma fantasia inspirada nos anos 50, com cristais swarovski, criada por Carlinhos Barzellai. O modelo está avaliado entre R$ 10 mil e R$ 13 mil e chama-se Aquarela de Debret. A Grande Rio desfilará com o enredo Voilà Caxias, em homenagem à colonização francesa no Brasil. Na apresentação, Paola reproduziu um quadro do Moulin Rouge, de Paris.

Aproximaelevanta A novidade que está sendo lançada no mercado de lingerie chama-se SilicaSheet: é um sutiã com folha de silicone que tem um efeito inovador. Consegue aproximar e levantar os seios ao mesmo tempo, além de criar o cofrinho no meio. Acaba com aquela história de “um olho na avenida São João e outro, na avenida Ipiranga”, no caso das paulistanas. E dá uma ajeitada em muitos maus resultados de cirurgias plásticas nos seios.

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Famoso retratista de São Paulo, Roberto Camasmie, lança amanhã em sua loja-ateliê da rua Bela Cintra, nos Jardins, em São Paulo, uma linha de recipientes de plástico (vários tamanhos e formas), muito utilizados na cozinha, em parceria com a Tupperware . A novidade é que os produtos terão anjos e mais anjos desenhados por Camasmie. No passado, o primeiro artista plástico brasileiro a criar para pratos foi Aldemir Martins.

O governador Cid Gomes, do Ceará, vai gastar quase R$ 38 milhões na reforma do Palácio da Abolição, em Fortaleza, para onde quer voltar a despachar. Nos tempos da ditadura, era a residência do marechal Castelo Branco. Até heliponto terá e o mobiliário, recuperado, deverá ser, em grande parte, de época. O gabinete de Cid terá 700 metros quadrados e há quem aposte que a primeira-sogra Pauline Carol também terá sala e secretária.

Alianças com design.

OUT

Alianças clássicas.

OrigemdeNovaYork No discurso que fez, no Waldorf Astoria, em Nova York, esta semana, no lançamento da nova campanha promocional do Brasil no Exterior, sob chancela do Ministério do Turismo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) atrapalhouse todo e creditou a fundação de Nova York “a holandeses expulsos de Recife”. Quando falou, Lula não perdeu a chance: “Eu vinha preparado para fazer um discurso de apresentação do Brasil. Agora, já estou mais à vontade, depois que o companheiro Eduardo Campos garantiu que Nova York foi fundada por gente que saiu de Pernambuco”.

Quem gostou do primeiro capítulo da nova série da HBO, Alice, com a mineira Andréia Horta no papel-título e já se exibindo em cenas de nudez, não perde por esperar. Nos próximos, ela mostrará muito mais e em cenas bem mais calientes. Há tempos, Andréia sobrevivia vendendo livro de poesias, editados de forma precária, nas portas de cinemas e teatros da rua Augusta, em São Paulo. Em outubro, aproveitando a onda de Alice, relança Humana Flor, livro que reúne textos sobre questões femininas.

MISTURA FINA EM 2007, integrantes da Academia Brasileira de Letras desfilaram na Mangueira. Para o carnaval do ano que vem, mudam de estandarte: sairão na Mocidade Independente de Padre Miguel, cujo enredo homenageará Machado de Assis e Guimarães Rosa. O presidente da ABL, Cícero Sandroni e demais imortais que gostam do samba, sairão juntos num carro alegórico. PARA o Festival de Cinema do Rio, deverão estar, entre as atrações internacionais convidadas, o ator Viggo Mortensen (ele foi Aragorn em Senhor dos Anéis) e o diretor do filme Priscilla, a rainha do deserto, Stephen Elliot. Para quem gosta de comparações: o ator brasileiro Murilo Rosa é a cara de Viggo – ou vice-versa. DODA Miranda, campeão olímpico de hipismo em Atenas e maridão de Athina Onassis, a super-herdeira de Cristina Onassis, acaba de comprar um novo avião para o casal se deslocar mais facilmente pelos torneios europeus. Preço: US$ 15 milhões. Os amigos mais chegados que souberam da novidade, não resistiram à gozação e perguntaram, por telefone, à Doda “se Athina ajudou um pouquinho no dinheiro da entrada”. NINGUÉM tem a menor idéia de quando estarão jorrando as reservas do petróleo do pré-sal e quanto significará a dinheirama. Mas, o Planalto já decidiu, antecipadamente, que as regras do jogo da distribuição de royalties das reservas serão estabelecidas por decreto. Quer evitar um debate que poderá ser interminável no Congresso e liquidar, de cara, com a guerra entre os governos de Estado. DE TODOS os aeroportos brasileiros, o de Congonhas é que reúne maior número de lanchonetes gulosas em excesso: levantamento feito lá, revela que, na área de refrigerantes, os preços praticados chegam a ser quase 200% maiores do que no comércio tradicional. CocaCola e guaraná custam, em Congonhas, R$ 4,40, água mineral, R$ 3,20 e um sanduíche simples, tipo Beirute, R$ 9,90. Quem estiver sem dinheiro e quiser matar a sede, até consegue porque Congonhas têm bebedouros espalhados por todo o terminal. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

CEU Paraisópolis: entre os próximos a ser entregues

Usuários dão nota 9,1 para novos CEUs

O

s 13 CEUs já entregues na gestão do prefeito Gilberto Kassab ganharam nota média 9,1 de seus alunos e usuários. É o que aponta pesquisa realiza pelo Ibope entre os dias 8 e 17 de setembro com duas mil pessoas, entre estudantes e responsáveis pelos alunos. A estrutura geral dos novos CEUs ganhou nota média 9,2. Os professores das unidades pesquisadas ganharam nota 8,8. A organização dos locais, 8,9, e a higiene, 8,9. Os equipamentos dos novos CEUs também foram bem avaliados pelos usuários: os teatros ganharam nota 8,9; os espaços de convivência, 8,7; as salas de cinema e vídeo, 8,6; o infocentro, 8,4; o espaço para oficinas e reuniões, 8,4; a biblioteca, 7,9; as quadras esportivas, 9,2; as piscinas, 8,6; e o playground, 7,8. A pesquisa foi realizada com usuários dos seguintes

CEUs, entregues na atual gestão: Água Azul, Alto Alegre, Azul da Cor do Mar, Caminhos do Mar, Cantos do Amanhecer, Feitiço da Vila, Guarapiranga, Jaçanã/Tremembé, Jardim Paulistano, Lajeado, Quinta do Sol, Sapopemba, Três Pontes, Vila do Sol, Vila Rubi. A amostra de duas mil entrevistas é representativa do conjunto dessas unidades, diz o Instituto. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A prefeitura informa também que outros 12 CEUs ainda serão entregues até o final deste ano. A pesquisa avaliou também quais são as áreas mais utilizadas dos CEUs. As áreas de convivência se destacam com 76% das respostas, seguidas das quadras esportivas (70%), as salas de cinema e vídeo (65) e o teatro (63%).

Ana Ottoni/Folha Imagem - 22.09.03

Homenagem: missa em casa para dona Filomena

Filomena Suplicy: 100 anos

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ilhos, genros e noras assistem hoje às 18h, a missa em celebração aos 100 anos de Filomena Matarazzo Suplicy, mãe do senador Eduardo Suplicy (PT). Por recomendação médica, a comemoração acontecerá na casa da matriarca, nos Jardins. O jornalista e escritor Jorge da Cunha Lima, amigo da família, lerá um texto em sua homenagem. Após a missa, netos e bisnetos se unem aos familiares para uma confraternização. Filomena tem 11 filhos, 37 netos e 59 bisnetos. Quase todos os filhos nasceram no casarão da Avenida Paulista, ao lado do Parque Trianon, derrubado na década de 90. Ela é neta do lendário conde italiano Francisco Matarazzo, que ergueu um império industrial no País – do têxtil à alimentação – no início do século passado. Seu espírito empreendedor é considerado um marco na modernização do País. Da época de infância, Filomena recorda-se da vida pacata na Paulista, com seus casarões e carros

puxados por burros, e as viagens de férias à Europa. Filomena casou-se 1926, aos 17 anos, com Anésio Lara Campos, que morreu dois anos depois em um acidente de lancha, em Santos, e com quem teve dois filhos. Voltou depois a casar, quatro anos depois, com Paulo Cochrane Suplicy, amigo da família, com quem teve nove filhos. Empresário e corretor de café na primeira metade do século passado, Paulo Cochrane era um apaixonado pelo futebol. Ele foi fundador e jogador do Santos na época amadora. A paixão pelo futebol e pelo clube foi herdada pelo filho Eduardo Suplicy e pelos três filhos: André, Supla e João. Paulo morreu em 1977 de parada cardíaca, aos 80 anos. Na véspera da homenagem, parentes e amigos destacaram o espírito de união e solidariedade de Filomena. O senador Eduardo Suplicy (PT), cuja carreira a mãe acompanha de perto, saudou dona Filomena na tribuna do Senado. (S.K.)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresa On Inter net Evento

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Microsoft coloca para download a versão beta do navegador Internet Explorer 8

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA REDE

Meio ambiente em debate na rede

Captura de tela

A internet se tornou uma ferramenta fundamental para disseminar o conceito e a prática da sustentabilidade. Conheça algumas boas iniciativas REGIANE BOCHICHI

N

a Wikipedia, a enciclopédia colaborativa da internet, sustentabilidade é definida como: "colocando em termos simples, é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente, tanto agora como para um futuro indefinido". Com uma definição tão ampla, em um universo maior ainda, informações sobre o tema na rede mundial não faltam. Sites de empresas, portais, páginas especializadas, cursos online, vídeos no YouTube, blogs, plantam a semente do desenvolvimento sustentável de todas as maneiras e formas. "Como a questão da sustentabilidade é um pouco abstrata, é possível encontrar projetos de norte a sul do Brasil que divulgam informações na rede e ajudam a entender como se associa no dia-a-dia a preservação do meio ambiente, respeito às populações locais e grandes empreendimentos econômicos," comenta Ricardo Barretto, assessor de comunicação do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP. "A internet se tornou uma ferramenta fundamental para disseminar o conceito e a prática da sustentabilidade." O próprio GVces tem atualmente dez sites no ar ou em fase de desenvolvimento. O principal deles (www.ces.fgv.br) fala especificamente sobre questões de sustentabilidade envolvendo produção, consumo e finanças. Também possui sites com temáticas específicas, de acordo com seus programas de atuação: LASFF (Fórum Latino-Americano, sobre Finanç a s S u s t e n t á v e i s (w ww. la sff .org/p t/i nd ex. cfm );

New Ventures Brasil, voltado para empreendedores que buscam sustentabilidade em seus negócios (www.new-ventures.org.br); Catálogo Sustentável (www.catalogosustentavel.com.br), um guia de produtos que adotam critérios; e ainda o site da Página 22 ( h t t p : / / w w w . p a g ina22.com.br/), que traz os conteúdos da revista mensal do GVces. Outro exemplo é o recém-lançado Observatório do Clima (www.oc.org.br), que traz desde o beabá das mudanças climáticas, até debates polêmicos sobre ciência, economia e política do clima. O Mercado Ético também se propõe a ser uma plataforma mundial de comunicação, baseada nos princípios do desenvolvimento sustentável. O portal surgiu por iniciativa da economista Hazel Henderson, criadora da série de programas jornalísticos para TV "Ethical Markets: Growing

the Green "Economy", exibida pela PBS, a rede de emissoras públicas dos Estados Unidos. O elo brasileiro da rede, liderado pela publicitária Christina Carvalho Pinto, é responsável por iniciativas editoriais, como o site Mercado Ético (www.mercadoetico.terra.com.br), séries para rádio e TV, como "Mercado Ético", "Empresa Sustentável?", "Operação Resgate" (TV Ideal, (canal 70 da TVA), "Novos Tempos" (TV Climatempo e TV Gazeta, em produção) e "Mercado Ético na CBN". "A contribuição que nos propomos a dar, no Mercado Ético, é propiciar o acesso a informações e reflexões que contribuam para o avanço deste debate," explica José Maurício de Oliveira, diretor de redação do Mercado Ético. "Necessitamos de modelos de negócios inovadores, capazes de lidar mais adequadamente com as exigências socioambientais".

Portal mostra programa de sustentabilidade da Philips

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Empresas entram na onda

er informação é o primeiro passo, o segundo é colocar em prática ações que garantam o desenvolvimento sustentável. Para facilitar o aprendizado, o Espaço Real de Práticas em Sustentabilidade lançou um curso online sobre o assunto. O curso dura cerca de uma hora e é composto por quatro módulos que abordam: a importância da diversidade na sociedade, o processo de inserção do conceito nas organizações, as dificuldades e desafios e as principais reflexões e aprendizados do Banco Real ao longo dessa trajetória. O participante pode acessar o conteúdo de acordo com a disponibilidade, sem prazo para finalização, além de ter acesso a um fórum exclusivo para debater o tema. O curso é gratuito e as inscrições podem ser realiz a d a s p e l o w w w. b a n c oreal.com.br/sustentabilidade. "Nosso objetivo é levar à sociedade todo o conhecimento sobre práticas de sustentabilidade, que nós e nossos parceiros acumulamos nos últimos anos, e ajudar outras empresas nas suas jornadas", afirma Sandro Marques, superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Banco Real. "O desafio é enorme, pois queremos que a

O site de sustentabilidade do Banco Real existe desde 2003, quando era chamado de site de responsabilidade social.

sociedade se envolva com o assunto e se engaje para colocá-lo em prática." O site de sustentabilidade do Banco Real existe desde 2003, quando era chamado de site de responsabilidade social. Nesse período, passou por duas reformulações. A nova versão, com o banco de práticas, blog, fóruns, videochats e demais ferramentas colaborativas foi lançada em julho. A internet é também considerada uma importante ferramenta de divulgação dos conceitos de sustentabilidade da Philips. Por meio do portal ww w.su sten tabi lida de.p hi-

lips.com.br, o interessado conhece os programas da empresa, que tem foco nas responsabilidades social, ambiental, econômica e individual. De acordo com Marcus Nakagawa, assessor da área de Sustentabilidade da Philips do Brasil, "a internet é uma forma de diálogo com os stakeholders, mobilizando-os para as causas de sustentabilidade, informando-os sobre projetos e mostrando com transparência todas as atividades". Um exemplo disso é o blog Energia Eficiente ( w w w . e n e r g i a e f i c i e nte.com.br), da Philips, sobre eficiência energética. (R.B.)

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A

Microsoft anunciou que já está disponível a versão beta 2 do Internet Explorer 8, em português. A empresa quer recuperar o terreno que vem perdendo para o Firefox e demonstrar que muitas das funcionalidades apresentadas pelo Google em seu navegador, o Chrome, já tinham sido idealizadas pelos desenvolvedores do IE8. A verdade é que os dois browsers trazem funcionalidades que já existiam na concorrência, aprimorando algumas delas para tornar a navegação simplificada e mais segura. Entre as novidades do IE8 os aceleradores são a grande aposta da companhia. Essa função é semelhante ao Ubiquity, plugin para o Firefox anunciado pela Mozilla Labs. A função torna a vida dos internautas mais dinâmica durante a navegação, já que põe à disposição do usuário atalhos customizáveis na própria página em que está. Isso significa que, ao pesquisar sobre uma loja, por exemplo, o consumidor pode localizar e visualizar o seu endereço no Live Maps ou traduzir a página para o português. Basta selecionar a frase com a informação que aparece um ícone azul. Ao clicar nele, vários atalhos serão apresentados. É só selecionar a opção desejada para ter a informação à mão. Antes, era preciso copiar o endereço da página da web, ir para um serviço de mapeamento e colar o endereço para fazer a busca. O exemplo acima foi apenas uma das muitas coisas que você pode fazer com os aceleradores. O Internet Explorer 8 inclui várias

Captura de tela

Um alerta: o Internet Explorer 8 ainda é uma versão de teste e alguns sites podem não ser visualizados de maneira correta pelo navegador da Microsoft

ferramentas úteis, como pesquisas, mapeamentos, traduções, blogs e e-mails. A Microsoft também fez parcerias com grandes de empresas, como eBay, Yahoo!, Wikipedia, Amazon, Facebook, entre outras, para que o usuário possa personalizar os aceleradores que desejam ver. As barras de ferramentas também ganharam aditivos potentes. A busca na página está integrada ao navegador, ou seja, ao digitar ctrl+f não é aberta mais uma janela, apenas uma aba inferior para digitar a palavra que se deseja pesquisar, com a opção de destacá-la na página. O recurso de oferecer dicas de sites enquanto digita o endereço também está ativo no sistema. Essa ferramenta é muito útil, já que lhe permite digitar apenas alguns caracteres para ter uma sugestão

de endereço do local desejado. O navegador trabalha ainda com o sistema de abas, implementada desde a versão anterior, mas o recurso ganhou melhorias significativas. Assim como no Chrome, do Google, se um site "congela", apenas a aba que está com problema pode ser fechada, sem interferir na navegação das outras que estão abertas. Além disso, as guias também estão mais bem organizadas, graças ao sistema de cores que identifica a relação entre elas. Quando uma guia é aberta a partir de outra aba, ela é colocada ao lado da aba e com cores iguais, de modo que você possa rapidamente discernir quais as guias que têm conteúdo relacionado. Desta forma, é possível fechar ou mover grupo de guias juntas ou separadas. Outra ferramenta que deve ser

muito usada é o InPrivate, que permitirá que internautas suspendam temporariamente o armazenamento de dados da sua navegação, como o histórico, os cookies e outras formas de identificação de sites visitados. O Internet Explorer 8 é uma versão beta e alguns sites podem ainda não ser visualizados de maneira correta pelo navegador. Para diminuir o impacto da mudança, a Microsoft criou um botão de compatibilidade, para exibir o site como visualizados do Internet Explorer 7, corrigindo problemas, como desalinhado de textos, imagens, caixas, entre outros recursos. Para testar o novo browser da Microsoft basta fazer o download do arquivo de instalação no e n d e r e ç o : w w w. m i c r o s o f t . com/brasil/ie8. (F.P.)


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Empresas Finanças Nacional Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Com o crescimento e a redução de desigualdade em 2008, o Brasil já tem pobreza de um dígito. Ricardo Paes de Barros, do Ipea

CLASSE MÉDIA GANHA NOVOS PERSONAGENS

14 milhões de pessoas chegam à classe média

Marcos Peron/Virtual Photo

Em seis anos, mais 3,6 milhões entram na classe alta.

Aumento da classe média e da renda da população mais pobre explicam o crescimento da demanda por habitação e alimentos, entre outros.

Brasil cresce em ritmo chinês Expansão da renda dos 10% mais pobres cresceu 7% ao ano, semelhante à expansão do PIB chinês

O

ritmo de crescimento da renda dos 10% mais pobres da população brasileira foi sete vezes maior do que o dos 10% mais ricos, entre 2001 e 2007. Na prática, a magnitude do crescimento da renda das classes mais desfavorecidas foi equivalente ao do PIB per capita anual chinês, enquanto a alta entre os 10% mais ricos se deu a velocidade similar ao aumento da renda no Senegal. "Talvez a velocidade de redução da desigualdade, com um grupo crescendo como a China e o outro como o Senegal, seja mais rápido do se possa esperar", afirmou o economista Ricardo Paes de Bar-

ros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o levantamento, a renda dos 10% mais pobres registrou uma alta anual média em torno de 7%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu 1,1% ao ano. A pesquisa foi feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na semana passada. No período, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 23,8% e a renda familiar per capita, 15,6%. Longo caminho – Apesar do dado positivo, o Brasil precisa de mais 18 anos de redução de desigualdade em ritmo seme-

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dice do ano passado é o menor da história brasileira. Como resultado da redução de desigualdade, a pobreza extrema também caiu no País – o percentual de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, com renda per capita mensal de até R$ 87, em média, passou de 17% para 10,2%. Paes de Barros ressaltou que esses números garantem ao País o cumprimento da meta do milênio das Nações Unidas, que previa a redução da pobreza extrema pela metade até 2015. "Com o crescimento e a redução de desigualdade ao longo de 2008, com certeza o Brasil já tem pobreza de um dígito", acrescentou. (Agências)

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mas de assistência e de transferência de renda, além das oportunidades de emprego. Já a subida da renda média para a camada mais elevada aconteceu em função do aumento dos empregos formais e do crescimento econômico. Do total de pessoas que passou para a classe média, 37% eram da região Nordeste, o maior percentual entre as áreas pesquisadas. Entre as que subiram da camada de renda média para a mais elevada, 49% eram do Sudeste. A ascensão social parece estar concentrada nos núcleos urbanos: tanto a maioria dos que chegaram à classe média (82%) quanto a dos que atingiram os estratos mais altos de renda (90%) eram moradores de cidades. Para o pesquisador, é preocupante o perfil de ascensão social, que mostra os programas de transferência de renda como o motor desse movimento entre os mais pobres. E assinalou: o desafio é elevar a renda do trabalho entre as pessoas na base da pirâmide. (AE)

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lhante ao observado entre 2001 e 2007 para a renda per capita dos 20% mais pobres atingir a mesma posição no ranking mundial que a renda per capita dos brasileiros em geral. De acordo com o estudo, a renda per capita anual dos brasileiros no ano passado foi de US$ 8,4 mil, valor superior a de 61% dos países no mundo. Entretanto, quando o ranking engloba apenas os 20% mais pobres, a renda per capita dos brasileiros é de US$ 1,2 mil por ano, valor que supera apenas 46% das nações analisadas. Entre 2001 e 2007, o Gini nacional caiu de 0,593 pontos para 0,552 no ano passado – quanto mais próximo de zero, menos desigual é o país. O ín-

L

evantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, de 2001 para 2007, 13,8 milhões de pessoas subiram de faixa social. Nessa escalada, a maioria, 10,2 milhões, saiu da camada de baixa renda (entre R$ 0 e R$ 545,66 de ganho mensal por família) para a classe média (entre R$ 545,66 e R$ 1 350,92). O restante, 3,6 milhões de pessoas, subiu da faixa de renda média para a alta (acima de R$ 1.350,82). A informação é do economista do instituto, Ricardo Amorim. "Nesse período, começamos a ter uma mobilidade social ascendente como não acontecia há muito tempo", assinalou o economista. Para ele, não foi o "talento individual" que levou essas pessoas a galgarem os degraus sociais. "Isso não acontece sem as condições necessárias", argumentou. Para o pesquisador, o salto da base da pirâmide para a camada de renda média ocorreu basicamente em virtude dos progra-

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SOMENTE UMA PALAVRA PODE EXPLICAR A TIMIDEZ DO GOVERNO CONTRA A CRISE FINANCEIRA: ELEIÇÃO

ALVARO VARGAS LLOSA SOCIALISMO EM WALL STREET

ASSÉDIO MORAL E FOGO AMIGO

O

assédio moral - também conhecido por violência moral ou terror psicológico - é um tema que remonta muito tempo, tão antigo como o trabalho. O conceito de assédio moral diz respeito à exposição do trabalhador a situações humilhantes, constrangedoras e vexatórias. Trata-se de um compor tamento abusivo que ameaça a integridade física ou psíquica do trabalhador. A Constituição, em seu artigo 5º, inciso X, ampara as ações judiciais que tratam do assédio em questão. Mas é importante dizer que a configuração do assédio moral depende da conduta abusiva do assediador e que este ato seja reiteradamente cometido, gerando dano a integridade física ou psíquica do empregado, ameaçando ou até mesmo degradando o ambiente de trabalho. Portanto, um ato único e isolado não é capaz de configurar assédio moral, uma vez que se exige uma exposição humilhante prolongada da vítima e reiteração dos comportamentos hostis do assediador. Como se trata de conduta dolosa, a intenção do assediador é torturar psicologicamente a vítima, visando forçá-la a pedir demissão ou até mesmo afastá-la do trabalho por motivo de licença médica, e, para alcançar tal finalidade, a perseguição moral deve ser sistemática e repetitiva. O consultor Max Gehringer, do Fantástico, em artigo publicado no site da Globo, afirmou que o assédio moral “(...) não é uma única explosão de mau humor por parte do chefe ”. Ementa do julgado do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região também trata do assunto: “EMENTA: ASSÉDIO MORAL E DANO MORAL. GÊNERO E ESPÉCIE. O assédio moral é uma das espécies do dano moral. O dano moral é gênero. Nem todo dever de indenizar por danos morais é decorrente de assédio moral. O assédio moral tem pressupostos muito específicos, tais como: conduta rigorosa reiterada e pessoal, diretamente em relação ao empregado; palavras, gestos e escritos

T

● Um ato único

e isolado de mau humor não é capaz de configurar assédio moral contra o trabalhador

que ameaçam, por sua repetição, a integridade física ou psíquica; o empregado sofre violência psicológica extrema, de forma habitual por um período prolongado com a finalidade de desestabilizá-lo emocionalmente. Se existir uma conduta ilícita do empregador, de forma isolada, seja durante a execução do contrato, seja na rescisão contratual, gera direito à indenização por dano moral, mas não decorrente de assédio moral. O assédio moral, via de regra, não se consubstancia na prática de um ato único do empregador, ainda que contrário a direito. Isto não significa que não exista o dever de indenizar e nem o dano moral. O que não se pode é jogar situações díspares em uma vala comum (TRT 3ª Região – Processo nº. 00456-2007061-03-00-8-RO – Relator: JOÃO BOSCO PINTO LARA)".

P

or conseguinte, o assédio moral é caracterizado pela reiteração da conduta abusiva, não se devendo confundir, é claro, com uma discussão esporádica no ambiente de trabalho. Os ataques verbais e as humilhações devem ser reiteradas e freqüentes para configurar o assédio moral. As situações constrangedoras e as ofensas que ocorram uma única vez – ato esporádico -, e que não tenham a finalidade de excluir a vítima do trabalho, não são capazes de evidenciar a ocorrência do assédio moral. Porém, nesses casos, os empregadores devem tomar muito cuidado com o instituto do dano moral. FÁBIO HENRIQUE DE ALMEIDA CARDOSO, ADVOGADO DA MACHADO ADVOGADOS E CONSULTORES ASSOCIADOS

Crise, que crise? Perguntem ao Lula!

E

conomistas e analistas financeiros de um modo geral aplaudiram a decisão – de surpresa – do Banco Central de tornar mais flexíveis as regras dos depósitos compulsórios bancários, o que injetará na economia brasileira nos próximos 40 dias, segundo cálculos do próprio BC, mais R$ 13,2 bilhões. É uma irrigação no sistema bancário no momento em que a crise norte-americana está fechando as torneiras dos recursos externos. Os sinais de que a situação estava se complicando estavam ficando já muito evidentes, principalmente nas portas das pequenas instituições financeiros. O próprio BNDES passou recibo dessas dificuldades quando admitiu que está cobrando nos novos empréstimos acima da TJLP . Por essas e outras razões, inclusive, alguns analistas consideraram a ação do BC ontem um pouco tímida. Tímido ou não (e isso só saberemos nas próximas semanas), a verdade é que o Banco Central tem agido com extrema agilidade diante da menor indicação de que um problema pode surgir. Na semana passada, por exemplo, quando o dólar começou a disparar e ultrapassou a barreira do R$ 1,80, Meirelles e seus companheiros retomaram os leilões de moeda norte-americana, paralisados desde fevereiro de 2003. U$ 500 bilhões foram despejados na praça. Quando anunciou a venda dos dólares, Meirelles estava em Nova York, no olho do furacão e viu de perto o tamanho do abismo que estava se abrindo. Ele não caiu na conversa de que estamos totalmente imunizados contra as crises externas. Estamos bem sim, mas imunidade absoluta no caso não existe. O próprio presidente Luís Inácio Lula da Silva la já percebeu os riscos de cercam todos, ricos e remediados, desenvolvidos e emergentes. Depois daquele lance de ironia – Crise? Perguntem ao Bush – Lula passou a entender que o tamanho da encrenca é "muito maior do que imaginávamos seis meses atrás". O que se pergunta é por que apenas o Banco Central está adotando medidas pontuais, preventivas? Todo o arsenal disponível, no momento, é a política monetária e o manejo do câmbio? Num prazo também curto, o governo terá de tomar outras providências se não quiser ver a economia brasileira reduzir drasticamente o seu ritmo de crescimento em 2009 e 2010.

● O governo tem de tomar providências

para a economia não cair em 2009. Por que só o BC adota medidas preventivas? Depois de ironizar a situação (Crise? Perguntem ao Bush!), até Lula já percebeu os riscos que cercam a economia global. Por José Márcio Mendonça

Os especialistas explicam: (1) o Estado é responsável, ainda, por um bom naco dos investimentos no Brasil; (2) a retração da economia certamente reduzirá a arrecadação de impostos. (3) o Orçamento de 2009 está calibrado para um PIB 4,5% maior; (4) poucos acreditam que se chegue a isso; (5) assim, será necessário cortar despesas, para manter as contas equilibradas e cumprir o compromisso do superávit primário; (6) se os cortes forem nos investimentos, criam-se mais gargalos ainda na economia; portanto, os cortes só devem ser feitos nas despesas de custeio – salários, viagens, luz, água, propaganda, etc. Esta é, diga-se, a política inteligente. Há outras...

N

o entanto, até agora não se viu nenhum movimento sério - nem do Ministério do Planejamento, nem no Ministério da Fazenda - nessa direção. Na semana passada tivemos um daqueles balões de ensaio, numa coluna de jornal: sem fonte identificada, noticiavase que a equipe econômica de Brasília estava estudando ajustes orçamentários a serem aplicados caso surgisse a necessidade. Mas, o que se viu foi o contrário: aproveitando o aumento da arrecadação até agora, liberaram-se mais cinco bilhões e pouco de reais de verbas contingenciadas, ou seja, com sua aplicação suspensa. Uma boa festinha em véspera de eleição... Somente a palavra mágica eleição (mágica para o mundo político, claro) pode explicar a timidez do governo comparada com a ação do BC na prevenção contra a crise exportada por Tio Sam. Os outros talvez tenham de agir emergencialmente. E, então, o custo pode ser maior. Até mesmo o custo político.

Critérios abstratos nas licitações paulistas PAULO LOFRETA regra no Brasil é multiplicar as regras. Essa é a interpretação para a lei estadual 13.121/08, a nova lei das licitações, recém-sancionada pelo governo de São Paulo. Trata-se de uma lei que contraria as disposições da lei maior, a lei federal 8.666/93, ao inverter os procedimentos licitatórios, começando com a abertura dos envelopes com propostas de custos e, na sequência, a análise da habilitação das três propostas melhor classificadas. O objeto da lei são as licitações públicas para aquisição de bens, serviços e obras. Apesar da intenção de agilizar os processos, a lei paulista poderá acarretar sérios danos à população e ao Tesouro estadual em função da ilegalidade e do subjetivismo conferido aos agentes públicos na análise das propostas. Ao determinar novos parâmetros, introduz critérios abstratos que podem propiciar benefícios a uns e retaliações a outros. Enquanto a lei federal proíbe a inclusão posterior de documentos ou acréscimo de informação, “que deveria constar originariamente

A

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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da proposta”, a lei estadual admite saneamento de falhas, desde que a Comissão Licitante entenda que as falhas podem ser corrigidas em três dias. É injustificável tal possibilidade de correção de erro depois de entrega da documentação. Por que a habilitação deve ser tratada antes de se avaliar o preço? ● Em vez de promover

maior eficiência nos processos de licitação, a nova lei paulista trouxe o risco de transferir a disputa para a Justiça. Nas licitações para serviços de engenharia é imprescindível que a classificação das empresas preceda todo processo de avaliação da aptidão do licitante e seus profissionais, além das condições para execução das obras e serviços nos prazos e com a qualidade exigida. Só assim, o Estado poderá garantir qualidade e prazos adequados. No caso do Pre gã o

(Lei Federal 10.520/02) estão em licitação bens e serviços comuns. Ocorre que a lei 13.121/08 estabelece nova modalidade de licitação. Abrange não apenas bens e serviços, mas obras. o campo da repartição constitucional de competências legislativas sobre a questão, cabe aos estados apenas legislar sobre a matéria supletivamente. Ou seja, a competência limita-se ao ajuste ou adaptação da norma federal às suas peculiaridades regionais e locais, não lhes cabendo inovar no que concerne à ordem das fases do procedimento. Portanto, ao invés de promover a tão desejada celeridade e eficiência aos processos de licitação, a nova lei traz o risco de aumento dos litígios na Justiça. Essa é a razão pela qual a Cebrasse ajuizou uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei no Supremo Tribunal Federal.

N

PAULO LOFRETA É PRESIDENTE DA CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS (CEBRASSE)

endo passado parte da minha vida em um mundo em desenvolvimento, sei que a nacionalização de uma indústria ou de uma instituição é um ato de roubo efetuado sob o manto do altruísmo – ou como fazer algo feio parecer bonito - e assim a conseqüência é a pobreza. É por isso que eu e milhares de peruanos saímos à rua para protestar, em 1987, lutando contra a tentativa do governo de nacionalizar o sistema financeiro. Nós prevalecemos, e por consequência o país acabou por ser capaz de iniciar a dolorosa marcha em direção a modernização. Numa discussão contra a nacionalização, muitas vezes apontei os Estados Unidos como exemplo de prosperidade, criada por uma economia de empresas privadas, onde nem o sucesso nem o fracasso seriam socializados. Mas, depois de ver o governo nestas últimas semanas tomando a responsabilidade das grandes instituições financeiras e o plano de comprar as dívidas ruins de Wall Street – a um valor de US$ 700 bilhões – vou ter que voltar atrás com minhas palavras. A partir de agora, qualquer tirano mesquinho, em qualquer parte do mundo, que assuma a indústria nacional, vai calar seus críticos usando o desculpa que um governo presidido pelo partido da livre empresa fez, de fato, a nacionalização de um grande pedaço do capitalismo norte-americano. Nada justifica queimar os contribuintes e as gerações futuras com dívidas colossais, porque um bando de banqueiros irresponsáveis - sob o incentivo das instituições concebidas por políticos irresponsáveis - emprestou dinheiro para cidadãos irresponsáveis. Quando um governo interfere neste processo, ele não alivia a dor do fracasso econômico, mas perpetua-o.

● Qualquer tirano

poderá calar seus críticos porque o governo dos EUA nacionalizou um grande pedaço do capitalismo

O

colapso financeiro tem dois componentes. Um é o colapso do subprime hipotecário. O outro, de natureza mais profunda, é o hábito do país de viver acima das suas condições. Esta é a razão pela qual a solução que o governo o Bush está aplicando, com o apoio dos democratas e do governo em geral, pode dar errado. O governo pretende proteger a poupança de muitos americanos, mas esse argumento pressupõe que existe tanto uma solução não dolorosa e uma dolorosa: deixar que as instituições quebrem. Se o governo vier a permitir que estas instituições quebrem, a perda de valor afetaria muitas pessoas. Mas, aqui vem minha pergunta: isto já não está acontecendo? Agindo ou não agindo, este processo começaria em breve, o dinheiro encontraria seu caminho de volta para atividades mais produtivas e Wall Street teria de mudar o seu comportamento. E os fundamentos da economia se revelariam fortes, porque trabalhando duro, americanos racionais e responsáveis mostrariam por que os EUA ainda são o melhor argumento contra os tiranos de Terceiro Mundo que nacionalizam as economias de seus países. ALVARO VARGAS LLOSA É DIRETOR DO CENTRO SOBRE A

PROSPERIDADE GLOBAL NO INDEPENDENT INSTITUTE (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

CONFIANÇA E PERSEVERANÇA GARANTEM SUCESSO. A MELHOR FORMA DE SE PREVER O FUTURO É INVENTÁ-LO

Fotos: Reuters

OLAVO DE CARVALHO

PSICOSE

Como construir o desenvolvimento

LINGÜÍSTICA (2)

sustentável da aviação

Voando num céu mais seguro

civil

L

mundial

Por Assad Kotaite produtos refinados. O crescimento em mercados emergentes e países em desenvolvimento como China, Índia e Brasil continuou muito forte, bem acima da média mundial, mesmo com diferenças regionais significantes. Neste desenvolvimento espetacular, três organizações internacionais desempenharam um papel crucial no crescimento do tráfego aéreo, na sua segurança e na proteção do meio ambiente: a ICAO, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e o Conselho Internacional de Aeroportos (ACI).

O

transporte aéreo é um setor muito importante da economia global. Após seis décadas de grande crescimento e expansão, o transporte aéreo tornou-se componente essencial de nossa sociedade global, um catalisador para os negócios e para o turismo, e um motor poderoso para as mudanças sociais, culturais e políticas em todo o mundo. Sua liberalização está transformando todas as regiões e representam um papel de liderança na melhoria da infra-estrutura. Entretanto a economia mundial está passando por momentos de incertezas e, após muitos anos de alto crescimento, está lidando com sérios desafios em sustentar seu ritmo acelerado. As recentes crises financeiras dos Estados Unidos estão se refletindo ao redor do mundo. Em 2008, a economia mundial diminuiu seu ritmo, assim como o tráfego aéreo. De acordo com as últimas previsões da IATA, espera-se que a indústria global de linhas aéreas perca 5,2 bilhões de dólares em 2008. Espera-se, também, que as dificuldades nos negócios continue. A maioria das economias espera um crescimento mais fraco no próximo ano, o que terá impacto negativo nas viagens aéreas e no frete. Estima-se ainda que as perdas da indústria sejam 4,1 bilhões de dólares em 2009.

C

om a diversidade do crescimento de região para região, como nós podemos construir um desenvolvimento sustentável? Olhando para a sustentabilidade de uma perspectiva holística, devemos considerar todos os aspectos: operacional, econômico, político, humano; proteção ambiental, segurança e eficiência. A segurança continua sendo uma condição sine qua non para o crescimento e à sustentabilidade do transporte aéreo. Um sistema inseguro não pode ser sustentado por muito tempo. Sem garantia e segurança, não existe crescimento no transporte aéreo. Comparando o volume o tráfego aéreo de 2007, que totalizou mais de 2,2 bilhões de passagei-

ros e 41 milhões de toneladas de frete, com 11 acidentes ocorridos com aeronaves, envolvendo 587 mortes de passageiros, o transporte aéreo global é fundamentalmente seguro. O sistema de transporte aéreo global é seguro, porém ainda permanece vulnerável. Cabenos continuar fiscalizando. ICAO, IATA e ACI estão cientes dos desafios que os governos enfrentam, devendo estes implementar medidas efetivas anti-terrorismo, salvaguardando a eficiência da aviação civil e a confiança do público no transporte aéreo. Qualquer problema social ou político, global, regional ou nacional terá impacto negativo sobre a sustentabilidade, o desenvolvimento do transporte aéreo e o turismo. A sustentabilidade é o conceito com mais dificuldades na aviação. Entretanto, o desenvolvimento sustentável do turismo requer participação bem informada dos correspondentes atores, assim como forte liderança política para assegurar ampla participação e a busca de consensos. Atingir o turismo sustentável é um processo contínuo, que requer monitoramento constante de seus impactos, introduzindo medidas preventivas e corretivas quando necessário. O turismo sustentável também deve manter um alto nível de satisfação das atividades turísticas e assegurar uma experiência significativa para os turistas, os conscientizando

10%, África com 8,8%, as Américas com 5% e Europa com 4%. O turismo internacional movimentou mais de 733 bilhões de dólares em 2007, tornando o turismo um dos maiores segmentos no comércio internacional.

C

o m o p o d e m ve r, a aviação civil é uma indústria complexa que foi baseada, desde os tempos de Leonardo da Vinci, em sonhos e riscos. É extremamente vulnerável a fatores socioeconomicos, financeiros e políticos. Toda a história de nossa civilização, a evolução e progresso do nosso mundo são baseados na tomada de iniciativas e em assumir riscos. Sem esses dois fatores ainda estaríamos na Idade da Pedra. O que teria acontecido se os irmãos Wright, Santos Dumont, Clément Ader, Louis Blériot ou Jean Mermoz não tivessem assumido riscos para alcançar o que se propunham a fazer? A mesma pergunta pode ser feita em qualquer momento: de tudo o que contribui para o conforto e progresso em nosso cotidiano, a história pessoal de cada um é baseada nessa tomada de risco, que apimenta o nossa existência e nos permite construir nós mesmos, evoluir e ter sucesso em nossas vidas. Quem não arrisca, não petisca é um velho ditado que continua válido. Parafraseando Alan Kay, o pai do computador pessoal e da moderna interface windows, a me-

AFP

C

onsidero-me afortunado por participar da extraordinária evolução da aviação civil e do poder do transporte aéreo em transformar o mundo para melhor. Algumas vezes reflito sobre as imensas mudanças tecnológicas na aviação, do avião DC3 - quando comecei minha carreira - até o jato e à era supersônica, ao superjumbo Airbus 380 e ao Boeing 787 Dreamliner, quando me aposentei. Por mais de meio século dediquei-me ao serviço da indústria do transporte aéreo, focando a segurança e o meio ambiente, bem como a liberalização do transporte aéreo como parte da economia global. Estamos vivendo em um mundo onde o único desenvolvimento constante é a mudança. No entanto, a mudança na aviação civil deveria aperfeiçoar ainda mais a segurança do transporte aéreo; deveria ser feita para um céu mais seguro, para ● O tráfego aéreo mais transparência, para melhorias está crescendo, mas em infra-estrutura as empresas perderão US$ 5,2 bilhões em 2008. e por operações aéreas mais econômicas, visando atingir emissão zero de dióxido de carbono. A liberalização do transporte aéreo, bem como seu crescimento, não deveria afetar negativamente a segurança ou a proteção do meio ambiente. Em 2007, as linhas aéreas dos 190 Estados contratantes da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) transportaram, em seus serviços aéreos programados, mais de 2,2 bilhões de passageiros e algo em torno de 41 milhões de toneladas de carga, um aumento de 5,5% em relação a 2006. Quase 40% do valor de bens manufaturados são embarcados por via aérea para praticamente todos os locais do planeta. De acordo com previsões de 2007, o tráfego aéreo deve crescer a uma taxa de 4,4% até 2015. Isso é o equivalente a quase 30 milhões de vôos e 2,8 bilhões de passageiros. O crescimento do tráfego aéreo na América Latina é de 8,8% ao ano. Com o aumento crescente do tráfego e de movimentações aéreas no mundo, atenção especial deveria ser dada à disponibi● Faça seu lidade de pilotos qualificados, controladores e administradores comentário direto no site de tráfego aéreo, mecânicos e a uma infra-estrutura apropriada do DC para a aviação civil em geral. Considerando o desenvolvi● Ou envie mento econômico regional e um e-mail: doispontos@ global, a economia mundial manteve seu momento de cresdcomercio. cimento em 2007, apesar dos alcom.br tos preços do petróleo cru e de

● Crescendo o tráfego aéreo, será preciso garantir o trabalho de pilotos qualificados.

sobre as questões de sustentabilidade e promovendo práticas de turismo sustentável entre eles. O crescimento considerável e sustentado do turismo nos últimos 50 anos constitui um dos mais notáveis desenvolvimentos dos nossos tempos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para o Turismo Mundial, aproximadamente 898 milhões de turistas viajaram para países do exterior em 2007. Cinqüenta e dois milhões a mais do que no ano anterior. O maior aumento no numero de desembarques foi no Oriente Médio, com evolução de aproximadamente 13%, seguido pela Ásia e o Pacífico, com

lhor forma de se prever o futuro é inventá-lo. Uma boa dose de conhecimento, entusiasmo, confiança e perseverança, juntos ao convívio com riscos racionais, é a melhor garantia de sucesso futuro. TRECHOS DA CONFERÊNCIA DE ASSAD KOTEITE NO CICLO PROMOVIDO PELA CÂMARA DE COMÉRCIO BRASIL-LÍBANO E APOIADO PELO SCPC. ASSAD KOTEITE FOI PRESIDENTE (POR 30 ANOS) DO CONSELHO DA ICAO ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AVIAÇÃO CIVIL

eiam estes parágrafos publicados no último dia 2 no site oficial do PT: “Até o final deste ano, o governo deve ter pronta uma proposta para criar no país uma lei de responsabilidade educacional que, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelecerá metas de conduta para os gestores de escolas públicas. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) é um dos defensores da lei de responsabilidade educacional. Para Cristovam, a nova lei deveria tornar inelegíveis representantes do Executivo que não cumprissem metas educacionais estabelecidas pela população ou pelo governo federal. A proposta foi defendida pelo senador em palestra no Seminário Internacional Ética e Responsabilidade na Educação: Compromisso e Resultados, promovido pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em parceria com a O rganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).” A idéia aí subentendida é que a educação brasileira fracassou por não cumprir as metas do Ministério da Educação, inspiradas ou ditadas por organismos internacionais como a ONU e a Unesco. É idéia totalmente falsa. A educação brasileira fracassou porque se baseia em teorias educacionais erradas e porque as metas fundadas nessas teorias vêm sendo cumpridas à risca, uniformemente, em todo o território nacional, pelo menos desde o governo FHC. Lançar a culpa sobre os executores do plano, e expô-los ao risco de punições temíveis, é esquivar-se à discussão mesma que o seminário se propôs a fazer. As metas educacionais da Unesco podem ser avaliadas pelo prêmio dado a uma estudante do Rio de Janeiro, entre 50 mil concorrentes, pelo escrito Pátria Madrasta Vil, num concurso de redações sobre o tema (adivinhem) Como Vencer a Pobreza e a Desigualdade. A redação vencedora (que pode ser lida no site h t tp : // j os e ro s af ilho.wordpress.com/200 8/08/ 14/patria-madrasta-vil-claricezeitel-vianna-silva/ se o leitor for paciente e caridoso o bastante) é um amálgama pueril dos chavões de palanque mais usados e abusados nas eleições brasileiras, arranjados de tal modo que se torna impossível saber a que fatores históricosociais concretos a autora se refere na sua furiosa diatribe contra o país onde nasceu.

A

premiação dessa estupidez já seria grave o bastante se o autor dela fosse uma criança de doze anos: o teor da coisa revelaria apenas a vulnerabilidade inerme da mente infantil a uma saraivada de slogans politicamente corretos, bombardeados em quantidade tal que se torna impossível quebrar-lhes

● Exijo que

o ministro da Educação também faça exame de capacidade. Se não passar, que vá para a cadeia.

a casca para analisar o seu conteúdo fático (análise que seria a primeira obrigação de um ensino decente). Mas a autora do treco é uma universitária de 26 anos. Aos 26 anos, Flannery O’Connor já tinha publicado seu espetacular romance, Wise Blood, Rachel de Queiroz o premiado O Quinze e Clarice Lispector o surpreendente Per to do Coração Selvagem. Franz Brentano já havia escrito sua análise magistral de Aristóteles, que até hoje é usada no ensino universitário e Goethe já era o celebrado autor de Os Sofrimentos do Jovem Werther. Aos 26 anos, Arthur Rimbaud já havia parado de escrever e o filósofo Otto Weininger já tinha estourado os miolos. A mocinha carioca escreveu aquela banalidade atroz e foi considerada a melhor entre 50 mil. Imagino os outros 49.999. O prêmio ilustra, inequivocamente, o que a Unesco e seu fiel discípulo, o Ministério da Educação, esperam dos estudantes brasileiros. Em vez de punir quem falhe em realizar essa meta, seria preciso enviar à cadeia os que a realizam.

E

nquanto a burrice verbosa era premiada pela Unesco, no Brasil os dois homeschoolers David e Jonatas, sob ameaça de ver seu pai enviado à prisão por crime de abandono intelectual, submetidos pelo MEC a exame capcioso propositadamente dificultado com o intuito de reproválos, humilharam quem os pretendia humilhar: passaram nas provas, embora quase metade das matérias a cair só lhes fossem reveladas uma semana antes. O pai das crianças agora exige que exame idêntico seja imposto aos alunos de escolas públicas. Não passariam nele nunca, porque não passam em provas incomparavelmente mais fáceis. Eu exijo mais: exijo que o sr. ministro da Educação faça o mesmo exame. Se não passar, que vá para a cadeia por três crimes: (a) abandono intelectual de si próprio; (b) discriminação e crueldade para com crianças, por tratar os dois meninos com manifesta e perversa desigualdade em comparação com os alunos de escolas públicas e por obrigá-los a prestar exame sob condições de intimidação psicológica intolerável; (c) estelionato, por fingir-se profissionalmente habilitado a julgar o que está acima de sua capacidade. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Frances Reynolds, que atuava na área de artes plásticas, acaba de inaugurar escritório imobiliário em São Paulo.

MAIS: de cara, apresenta empreendimentos luxuosos na Argentina. Detalhe: ela é ex-mulher de José Roberto Marinho.

3 Ele era gostosinho, carinhoso e romântico. E eu só chamava John de

Sitiozinho em Vênus

gibaum@gibaum.com.br

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doce-de-coco.

MARIA GRACINDA // 77 anos, ex-Rainha do Comércio 1949, moradora de Magé que teve um romance, em 1957, com o então tenente John McCain, no Rio.

Fotos: Business News

quinta-feira, 25 de setembro de 2008 Reuters

Leiloca, ex-Frenéticas, que virou, há anos, astróloga, vira e mexe, faz palestras para grupos de mulheres que se orientam pelos astros e que querem saber mais sobre aquecimento global. Na semana passada, numa dessas palestras, Leiloca fez sua profecia: “Infelizmente, o processo da Terra é irreversível. Com Plutão entrando em Capricórnio em 2008 e ficando lá até 2014, só nos resta procurar, quem sabe, um sitiozinho em Vênus. Devemos evitar o litoral de qualquer maneira. Mas, enquanto estamos aqui, vamos viver o presente intensamente”.

PRESTÍGIO

BOM DE BEIJO A rede ABC de televisão já está exibindo, nos Estados Unidos,matériafeitanointerior do Rio com Maria Gracinda Teixeira de Jesus que, em 1957, teve um romance com John McCain. Ela costumava almoçar nos navios estrangeiros que atracavam na Praça Mauá. Hoje, morando em Magé, vive com poucodinheiro,casou-sequatro vezes e perdeu o que tinha no jogo. Gracinda lembra: “John beijava muito bem”. Ela foi manequim da Casa Canadá, a primeira maison do Rio dedicada à alta costura. Na época, ao lado de Maria Gracinda, também eram manequins Ilka Soares e AdalgisaColombo.

Panelas de pressão Dois candidatos à prefeitura de capitais, Maria do Rosário (PT) em Porto Alegre e Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, pressionados, estão ameaçando retirar seus partidos do segundo turno. Alckmin teme que Gilberto Kassab o supere nas próximas pesquisas de intenção de voto, não vá para o segundo turno e, de quebra, carregaria nas costas a divisão dos tucanos em São Paulo e ficaria fora da sucessão estadual em 2010. Já a gaúcha Maria do Rosário pode levar o PT a ficar fora do segundo turno em Porto Alegre pela primeira vez em 20 anos. E Lula não vai lá porque não quer briga com o PCdoB de Manuela D’ Ávila e menos ainda com o PMDB de José Fogaça.

NOVAS COMPRAS A Abin – Agência Brasileira de Inteligência – está comprando 88 chuveiros elétricos por R$ 2,3 mil. Já o Supremo Tribunal Federal está adquirindo 1,5 mil pilhas (R$ 2,9 mil) e 20 carrinhos de distribuição de alimentos (R$ 27,2 mil). A Presidência da República também compra quatro mil pilhas (pequena e palito) por R$ 3 mil e, entre os órgãos militares, o Comando da 12ª Região está comprando 86 cervejas por R$ 108,4 e a Base Aérea de Canoas, outros R$ 2 mil na aquisição de 62 quilos de bolo (52 só de chocolate). De quebra, o Comando da 3ª Divisão do Exército adquiriu 30 garrafas de vinho branco e tinto por R$ 510.

Guerra noABC

A campanha em São Bernardo, no ABC paulista, ganha lances mais pesados. Certamente para que “o presidente não passe vergonha lá”, como vem repetindo, o ex-ministro Luiz Marinho, candidato petista à prefeitura, atacou o rival Orlando Morando por ser dono de supermercado. A resposta veio rápida: enquanto supermercados geram empregos e pagam impostos, o sindicalismo selvagem dos velhos tempos de Marinho afastou empresas (e novas fábricas da Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz) da cidade. E mais: o pessoal da oposição de Marinho está distribuindo panfletos em São Bernardo com matéria do jornal alemão Die Welt, de outubro de 2005, onde o ex-gerente de Recursos Humanos da Volkswagen, Klaus Gebauer, dizia que a filial brasileira tinha um sistema de corrupção semelhante ao da matriz, em Wolfsburg. E citava que Marinho, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o ex-diretor da Volks, Mário Barbosa, participavam de orgias por lá, “com tudo pago, de hotéis de luxo a mulheres”.

Clássico da propaganda

O comercial O primeiro sutiãagentenuncaesquece, de 1987, que ganhou livro de Washington Olivetto (à esquerda, com Mariana Ximenes, no lançamento na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio) chamado O Primeiro a gente nunca esquece, com citações de gente famosa que se referem à expressão como um provérbio ou ditado, é considerado um clássico da propaganda. Ganhou todos os prêmios dos festivais do ano e foi considerado pela Tokio Television Network o melhor comercialdomundo.Custou,naépoca,US$86 mile substitui campanha de Clodovil (Se eu fosse você, só usava Valisere), que Olivetto considerava “ jocoso ”. Na noite do Rio, entre tantos, estavam também Paula Lavigne e Paula Burlamaqui (centro) e o travesti Isabelita dos Patins (direita).

Big business Jorge Paulo Lehmann, Carlos Alberto Sucupira e Marcel Telles, que compraram, há dois meses, a Anheuser-Busch, negociam agora a comprademais 5%docapitaldaCSX,maior ferroviadacostalestedos Estados Unidos, onde já detém 8,3% da empresa. Por outro lado, o conhecidohomemdomercadodecapitais,AntonioJoséCarneiro,o Bode, que comprou recentemente a gráfica Globo/Cochrane, agora negociaaaquisiçãodemais uma,a tradicionalgráficapaulistaPancrom.

0 IN

Adolescentes de mochila nas costas.

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Executivos de terno com mochila.

Tudoemfamília Depois que a americana Natalie Dylan, 22 anos e a italiana Raffaele Fico, 20 anos, resolveram leiloar suas virgindades pela Internet, no Brasil, a sobrinha de Gretchen, Carol Miranda, resolveu fazer a mesma coisa. E até já acertou com a produtora de filmes pornôs Sexxxy World que a operação de adeus se transforme num vídeo que se chamará Perdendo o Selinho. Já sua prima Thammy Miranda, filha de Gretchen, lançará pela produtora Brasileirinhas, um filme chamado Thammy & Cia, onde contracena com oito mulheres. Entre elas, sua ex-namorada Julia Paes, que está lançando uma boneca inflável à sua imagem e semelhança.

O Cardeal-Arcebispo de São Paulo, D. Odilo Scherer, foi convidado,pelopróprioPapa Bento 16, para ser um dos três presidentes doSínodoMundial, que acontece em outubro no Vaticano. Em abril, contudo, numa eleição da CNBB para escolha de quatro religiosos que representarão o Brasil no evento, 270 bispos e arcebispos deram a D. Odilo Scherer menos de uma dúzia de votos.

MISTURA FINA HANS Donner, o designer da abertura de novelas e programas da Rede Globo, está empenhado num projeto chamado Centro de Observação Ufológico e Espacial de Serra da Beleza, em Valença, interior do Rio de Janeiro. Ou seja: ele acredita em discos voadores. Sua mulher e mãe de seus filhos, a ex-globeleza Valéria Valenssa, não acredita. Só sabe que Hans tem medo que ela possa ser abduzida um dia. E com razão.

A nave Shenzhou 7 está pronta para lançamento

DAQUI a pouco, na novela A Favorita, as personagens Catarina (Lilia Cabral) e Cléo (Paula Burlamaqui) terão um caso de amor. A primeira debutaria na área onde a segunda, já deita e rola. E João Emanuel Carneiro, autor da série, promete um beijo lésbico no ar, quando elas assumirem o romance. A RELAÇÃO é do Tribunal Superior Eleitoral: nessas próximas eleições municipais, há nada menos do que 113 candidatos com o nome Lula. Muitos chamam-se, realmente, Lula e outros, incluíram o apelido do presidente a seus nomes, para tentar ganhar votos na cola do Chefe do Governo. NO ÚLTIMO fim de semana, o deputado e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, candidato à presidência da Câmara Federal no ano que vem, pegou uma carona no AeroLula, de Natal para São Paulo. O presidente chamou Temer para sentar a seu lado e foram mais de duas horas de muita conversa: de eleição na Câmara a parcerias em 2010. Michel lança, a propósito, sua candidatura, oficialmente, dia 8 de outubro. O BRASIL tem, hoje uma média anual de 28 mil casos de câncer de mama. O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Ricardo Chagas, diz que “a incidência é de primeiro mundo e o tratamento é de terceiro”. EM SUA recente cirurgia no Sírio-Libanês, em São Paulo, foram extraídos três novos tumores de abdômen do vice-presidente José Alencar, considerado um fenômeno de resistência e otimismo. Sua mulher, Mariza, que não usa jóias desde a primeira cirurgia, há anos (fez promessa), garante que, mais uma vez, tudo correu bem “com o auxilio de Nossa Senhora das Graças”. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Um taiconauta no espaço Chineses farão caminhada na órbita terrestre

A

China realiza a sua No entanto, apenas Zhai terceira e mais Zhigang, o comandante da ambiciosa missão missão, deverá realizar espacial hoje. Desta vez, o uma caminhada espacial desafio dos taiconautas de 40 minutos, que será (termo usado pelos transmitida por satélite. chineses para astronautas, A iniciativa é derivado da palavra considerada a mais "espaço" em mandarim) desafiadora missão do país será conduzir a primeira desde 2003. Na ocasião, a China enviou pela caminhada no espaço. A espaçonave Shenzhou primeira vez um homem à 7 (ou "nave divina") deverá órbita do planeta Terra. partir hoje do cosmódromo de Jiuquan, que fica em um deserto no noroeste da China. O lançamento está previsto para ocorrer entre as 21h07 e 22h27 locais (10h07 e A China quer construir uma estação orbital 11h27 da manhã em Brasília). Um trio de taiconautas A expectativa é de que a participará da missão de caminhada espacial ajude três dias: Zhai Zhigang, a China a desenvolver a Jing Haipeng e Liu Boming tecnologia de acoplagem e - todos com 42 anos de permitir que o país idade. Embora todos asiático concretize a pertençam ao Exército ambição de construir uma chinês (como pilotos de estação orbital no futuro. caça), o governo de Pequim O programa espacial ressalta que a missão não chinês foi amplamente terá objetivos militares. desenvolvido com Dois taiconautas vestirão tecnologia nacional e a trajes especiais para a cooperação com a Rússia é manobra e contarão com a extremamente limitada. A orientação de "especialistas China é o terceiro país, russos durante toda a depois dos Estados Unidos missão", disse Wang e da União Soviética, a Zhaoyao, porta-voz do colocar vôos tripulados em programa espacial chinês. órbita. (Agências)

Reuters

A Polícia Federal, que não consegue desvendar os HDs (discos rígidos) apreendidos na casa de Daniel Dantas porque são todos criptografados, quer pedir à justiça uma ordem que obrigue o banqueiro a fornecer as senhas. Não há lei especifica nesse caso e tampouco jurisprudência. O lado irônico da situação é que os maiores especialistas em criptografia do país estão na Abin – Agência Brasileira de Inteligência – que não podem mais trabalhar com a Polícia Federal. A instituição, à propósito, começa a pensar até em hackers. No Estados Unidos, grandes hackers trocaram suas condenações e viraram funcionários do FBI e da CIA.

Marilyn à venda

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De olho nos hackers

Entre os dias 14 de outubro e 1º de novembro, São Paulo acolherá uma mostra de fotografias mais do que especial: serão 12 imagens de Marilyn Monroe feitas, em maio de 1962, pelo fotógrafo Lawrence Schiller, nos bastidores do filme Something Got to Give, onde ela aparece nua. Schiller foi escalado pela revista Paris Match para a missão e algumas fotos são inéditas. O filme nunca foi terminado e Marilyn chegou a ser demitida por sua indisciplina nas filmagens. Meses depois, morreria de overdose. Depois da mostra em São Paulo, que terá a presença de Lawrence Schiller, as fotos serão vendidas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Política Alckmin zen,

5 Patricia Santos/AE

Não existe nem ataque nem defesa. Não estou travando embate com ninguém. Gilberto Kassab

Joel Silva/Folha Imagem

Prefeito rebate: 'Meu governo também é tucano, sim'

o retorno

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Após "bronca", campanha ameniza ataques a Kassab Fernando Vieira

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"puxão de bico" da direção nacional do PSDB nos tucanos paulistas deu resultado imediato. Sem chance de resistência por causa da pressão vinda de diferentes lideranças do partido, a ordem para amenizar nos ataques ao p re f e i t o G i l b e r t o K a s s a b (DEM) foi seguida à risca pela campanha de Geraldo Alckmin, que teve de mudar novamente, ainda na última terçafeira – "em cima da hora" – o tom do programa de TV para o horário eleitoral gratuito. A versão "light" do programa exibido ontem, tanto no início da tarde quanto à noite, foi gravada por Alckmin às pressas. Quando chegou à produtora na tarde de terça-feira, o ex-governador já tinha recebido o recado direto do presidente nacional do partido, o senador Sérgio Guerra, no seguinte sentido: "Pode criticar a administração, mas ataques pessoais, não". Teve até um “Chega, porque a situação está saindo do controle", contou uma fonte tucana. Guerra não apenas passou a mensagem ao ex-governador e candidato a prefeito como também a tucanos de alta plumagem de São Paulo, como o governador José Serra e o presidente Fernando Henrique Cardoso, que também interferiram. O resultado prático da bronca generalizada foi a mudança rápida do que iria ao ar no dia seguinte. O redesenho fez com que a edição se estendesse noite

adentro e o que se viu no programa de ontem foi o retorno de um Alckmin mais sereno, defendendo a troca da iluminação pública, de lâmpadas brancas para amarelas, que "iluminam mais e gastam menos energia". O nome do prefeito foi citado. Aliás, esta é mais uma recomendação para o programa de televisão: evitar mencionar a palavra "Kassab". Vale dizer "o prefeito" ou "a Prefeitura" para apontar os problemas da administração atual, segundo fontes do PSDB. Provavelmente, esta nova postura de Alckmin será mantida de agora em diante, até o final do primeiro turno no programa de televisão. E, nas entrevistas, o ex-governador também não deve repetir atitudes como aquela de horas antes da primeira gravação reformulada, em que chamou o adversário democrata de "dissimulado", durante sabatina promovida pelo jornal "Folha de São Paulo". Mas a "amenizada" não se estende às inserções diárias a que têm direito os partidos, fora do horário do programa eleitoral, que parecem pequenos comerciais. Por isso, a gravação que compara Kassab e Alckmin, ao mostrar as metades dos rostos de cada um, mencionando os relacionamentos (Celso Pitta, Paulo Maluf e Orestes Quércia, no caso do prefeito), deverá ser mantida no ar até o final do primeiro turno. "O alvo da campanha (de Alckmin) para irmos ao segundo turno continua sendo o Kassab, mas com risco calculado", disse a fonte.

O candidato tucano pode continuar criticando a administração de Kassab, mas sem citar o nome do prefeito

No rádio, Marta chama Kassab de "papagaio"

A

candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, aproveitou o horário eleitoral do rádio para criticar o adversário Gilberto Kassab (DEM), chamando-o de "papagaio", já que copiaria as suas propostas. "Kassab não é tucano, mas é papagaio", ironizou o locutor. A implantação de cursos técnicos nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS), segundo a petista, são projetos seus que foram imitados pelo prefeito. Marta também utilizou o programa para rebater as críticas à sua promessa de implantar internet gratuita em toda a cidade. "Falavam contra o Bilhete Único e nós fizemos. Falavam contra o CEU e nós fizemos", ressaltou a ex-prefeita. Geraldo Alckmin (PSDB) permaneceu atacando os principais adversários, porém de forma menos incisiva. "A Marta fez os CEUs, e isso foi bom.

Paulo Liebert/AE

Marta: projetos foram imitados

Mas ela deixou a saúde de lado. Kassab também tem pontos positivos, como o Cidade Limpa, mas ele ficou devendo muito na questão da educação e da saúde", afirmou. O tucano também aproveitou para colar sua imagem na do ex-governador Mário Covas. "Meu jeito de governar é diferente e aprendi com o saudoso e querido Mário Covas,

em quem sempre me espelhei", disse o tucano. Já Kassab manteve os ataques a Marta e continuou ignorando Alckmin. No horário do rádio, o candidato do DEM disse que o programa de internet grátis da Marta é inviável devido ao custo e voltou a prometer que não vai elevar a tarifa de ônibus em 2009. Ciro Moura (PTC) também fez duras críticas ao projeto de internet grátis da Marta, que "levaria no mínimo oito anos para ser implantado". Paulo Maluf (PP) pediu votos para ir ao segundo turno, quando acredita que terá mais tempo para "provar que fez mais". Soninha Francine (PPS) defendeu o fomento da cultura na periferia, enquanto Ivan Valente (PSol) afirmou que lutará contra a "privatização" da área de saúde. Renato Reichmann (PMN), por sua vez, defendeu a meia passagem do ônibus durante todo o ano para os estudantes. (AE)

prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que "graças a Deus" não copiou a gestão da candidata Marta Suplicy (PT) na Prefeitura da capital paulista. "Ela preferiu fazer CEU (Centro Educacional Unificado) e deixar crianças nas salas de aula de lata", afirmou o prefeito, em resposta à declaração de Marta de que os adversários "copiam" as propostas dela. Kassab foi entrevistado pela Rádio Eldorado. Kassab afirmou também que a candidata, quando foi prefeita, não investiu dinheiro na ampliação do Metrô, não construiu hospital e nem acabou com as escolas de lata. "Eu coloquei R$ 1 bilhão no Metrô, vou pôr mais R$ 1 bilhão no próximo mandato e vou continuar a construção do Rodoanel, com o trecho leste", prometeu, se eleito. Sobre as críticas de Geraldo Alckmin, Kassab foi evasivo. "O importante é que debatamos as propostas com a população da cidade", afirmou. "Seria muito desrespeitoso de minha parte discutir o segundo turno antes do primeiro." O candidato disse que convidou Marta para debater e comparar os mandatos, mas que ela se recusou. "Lancei 25 desafios e ela só respondeu um, sobre as taxas e impostos que ela criou. Ela reconheceu que cobrou taxas", disse. Ele também reafirmou que faz um "governo tucano, sim!", com a participação do DEM, PPS e PV. "Tenho muito orgulho de estar ao lado de secretários como o Clóvis Carvalho (Governo), o Walter Feldman (Esportes) e Caio Carvalho (Turismo)", citou. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008 Eduardo Lopes Madeira Neto, torna público que requereu na Cetesb a Licença Prévia, para comércio varejista de combustíveis e lubrificantes sito à Av. Conselheiro Carrão, 260 - Cep: 03402-000 - Carrão - São Paulo - SP.

“VARANDA FRUTAS E MERCEARIA LTDA. C.N.P.J. 62.498.365/0001-45, I. E. 112.607.253.116 DECLARA HAVER EXTRAVIADO OS FORMULÁRIOS CONTÍNUOS DE NÚMEROS 100217 E 100218”

Auto Posto Reysol Ltda, torna público que requereu na Cetesb a Licença Prévia e de Instalação, para comércio varejista de combustíveis e lubrificantes sito à Rua Albino Demarchi, 31 - Cep: 09820-000 - São Bernardo do Campo - SP.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

EXTRAVIO DE LIVROS FISCAIS Maria de Lurdes Souza de Rodrigues-ME., CNPJ nº 00.343.165/0001-66, IE nº 114.239.154.114, DECLARA terem sido extraviados os livros fiscais: Mod. 6, Reg. Entradas de Mercadorias, Registro de Inventário.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

C.N.P.J./M.F. nº 67.562.884/0001-49 - N.I.R.E. 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Companhia”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 03 de outubro de 2008, com início às 10h00min, na sede social da Companhia, situada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Edgard Theotônio Santana, nº 351, Parque Industrial, CEP 01140-030, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: alteração do objeto social da Companhia, e a conseqüente alteração da Cláusula 3ª do Estatuto Social da Companhia. Encontra-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia, cópia da proposta de nova redação da Cláusula 3ª do Estatuto Social da Companhia, referente à matéria a ser deliberada na Assembléia Geral Extraordinária ora convocada. São Paulo, 25 de setembro de 2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

PREFEITURA DE FRANCA AVISO REABERTURA DE LICITAÇÃO Processo nº 10.797/08 - Concorrência nº 021/08 - Gêneros alimentícios - lanches diversos e sucos. Os envelopes I) Documentação e II) Proposta de Preço, deverão ser entregues na Sala de Licitações desta Prefeitura, na Rua Frederico Moura, 1.517 - 1º andar do Paço Municipal, até às 14h00 do dia 27 de outubro de 2008, a abertura dar-se-á no mesmo dia e local às 14h30. O Edital e seus anexos estarão disponíveis no site www.franca.sp.gov.br. Franca, 24 de setembro de 2008. Sérgio Luiz Romero Gerbasi Presidente da Comissão Permanente de Licitações

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Reqte: Vetor 7 Repres. Comerciais em Telecomunicações Ltda.-ME-Autofalência Reqdo: Vetor 7 Repres. Comerciais em Telecomunicações Ltda.-ME-Autofalência - Av. Onze de Junho, 394 - 1ªVara de Falências Reqte: Galvi-Aço Comércio de Ferro e Aço Ltda. - Reqdo: Igaratá Materiais para Construção Ltda-ME - Est. de Mogi das Cruzes, 1.502 - 2ª Vara de Falências Reqte: Blue Fact-Factoring e Fomento Ltda. - Reqdo: Sammy Indústria e

Comércio de Produtos Higiênicos Ltda. - Av. Rio das Pedras, 4.170 - sala 12 - 2ª Vara de Falências Reqte: Banco Industrial e Comercial S/A Reqdo: Betel do Brasil Serviços Ltda.-EPP - Rua José Maria Witacher, 2.198 - 1ª Vara de Falências Reqte: Markegraf Comércio de Brindes e Serviços Gráficos Ltda. - Reqdo: Graphic Indústria e Comércio Ltda. - Rua Apatuca, 83 - 2ª Vara de Falências

SÃO LUIZ REPRESENTAÇÕES E PLANOS DE SAÚDE LTDA.

CNPJ (MF) nº 55.232.128/0001-72 - NIRE nº 35.203.432.770 Ata da Reunião de Sócios e 17ª Alteração do Contrato Social realizadas em 30 de abril de 2008 Data, Hora e Local: 30/04/2008, às 8hs, na sede social. Presença: Totalidade do capital social. Convocação: Dispensada. Mesa: Hélio de Athayde Vasone, Presidente e Ruy Marco Antonio, Secretário. Ordem do Dia: A) Protocolo e Justificativa de Cisão Parcial, em 17/04/2008, entre a Sociedade, Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz e Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A. B) Ratificar nomeação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, como empresa especializada, p/ proceder avaliação contábil da parcela ser cindida do patrimônio líquido da Sociedade. C) Laudo de Avaliação da parcela cindida. D) Cisão Parcial da Sociedade c/ incorporação da parcela cindida pela Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A. E) Redução do capital e respectivo cancelamento de quotas em virtude da cisão parcial. F) Ratificar demais cláusulas e Consolidar Contrato Social da Sociedade. G) Conferir poderes aos administradores da Sociedade p/ prática de todos atos necessários à efetivação da cisão parcial. Deliberações Unânimes : A) Aprovado Protocolo e Justificativa de Cisão Parcial em 17/04/2008, entre a Sociedade, Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz e Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A. “Anexo I”. B) Ratificada nomeação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, CNPJ nº 61.562.112/0001-20 e CRC/SP nº 2SP000160/ O-5, como empresa especializada, p/ proceder avaliação contábil da parcela a ser cindida do patrimônio líquido da Sociedade e da Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz. C) Aprovado Laudo de Avaliação da parcela a ser cindida da Sociedade no valor de R$ 2.168.815,94 “Anexo II”. D) Aprovada cisão parcial da Sociedade e incorporação da parcela cindida pela Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A, conforme Protocolo acima aprovado. E) Reduzido capital de R$ 16.264.480,00 para R$ 14.095.665,00 correspondente a R$ 2.168.815,00 através cancelamento de 2.168.815 quotas. Redução atribuída exclusivamente à participação da sócia Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz. Em decorrência é alterado o caput da Cláusula 4ª : O capital da sociedade é R$ 14.095.665,00 dividido em 14.095.665 quotas de R$ 1,00 cada, inteiramente subscrito e integralizado, neste ato, em moeda corrente nacional, assim distribuído entre os sócios quotistas: a) Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz: 3.600.435 quotas de R$ 1,00 = R$ 3.600.435,00 b) BMB Participações: 4.928.141 quotas de R$ 1,00 = R$ 4.928.141,00 c) São Luiz Assistência Médica Ambulatorial S/S Ltda: 2.224.801 quotas de R$ 1,00 = R$ 2.224.801,00 d) São Luiz Planos de Saúde Ltda: 3.341.051 quotas de R$ 1,00 = R$ 3.341.051,00 e) Hélio de Athayde Vasone: 616 quotas de R$ 1,00 = R$ 616,00 f) Ruy Marco Antonio: 616 quotas de R$ 1,00 = 616,00 g) Quotas em Tesouraria: 5 quotas de R$ 1,00 = R$ 5,00. § Único : Na forma do artigo 1052 da Lei 10.406 de 10/01/2002 a responsabilidade de cada sócio será restrita ao valor de suas quotas, respondendo todos, solidariamente, pela integralização do capital social. F) Ratificadas demais cláusulas do Contrato Social e aprovada sua “Consolidação” que integra presente ata “Anexo III”. H) Autorizados administradores da Sociedade adotar todas providências necessárias à efetivação da cisão parcial, ficando desde já investidos dos mais amplos poderes p/ representar a Sociedade perante autoridades públicas federais, estaduais ou municipais, incluindo juntas comerciais, secretarias federais, estaduais ou municipais, podendo promover junto aos órgãos públicos competentes alterações que se fizerem necessárias. Instrumentos Anexos: Protocolo e Justificativa de Cisão Parcial (Anexo I), Laudo de Avaliação (Anexo II) Contrato Social da Sociedade (Anexo III) fazem parte integrante e inseparável da presente ata p/ todos fins de direito. Encerramento: Lavrada, lida, aprovada e assinada. São Paulo 30/04/2008. Hélio de Athayde Vasone, Presidente e Ruy Marco Antonio, Secretário. Sócios: Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz, BMB Participações S/A, Hélio de Athayde Vasone, Ruy Marco Antonio, São Luiz Assistência Médica Ambulatorial S/S Ltda, São Luiz Planos de Saúde Ltda. Anexo I: Protocolo e Justificativa de Cisão Parcial. As partes: a) São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda., com sede na Capital do Estado de de São Paulo, CNPJ nº 55.232.128/0001-72, neste ato representada na forma de seu contrato social, doravante denominada simplesmente “São Luiz Representações”. b) Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz, com sede na Capital do Estado de São Paulo, CNPJ nº 60.811.759/0001-86, neste ato representada na forma de seu estatuto social, doravante denominada simplesmente “Hospital São Luiz”. São Luiz Representações e Hospital São Luiz, quando conjuntamente referidas, serão denominadas “Sociedades Cindidas”. c) Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A., com sede na Capital do Estado de São Paulo, CNPJ nº 09.334.146/0001-48, neste ato representada na forma de seu estatuto social, doravante denominada simplesmente “Acordo” ou “Sociedade Incorporadora”, resolvem firmar o presente Protocolo e Justificativa de Cisão Parcial, a ser submetido à aprovação de suas respectivas Assembléias Gerais e Reunião de Sócios, objetivando levar a efeito as cisões parciais de “São Luiz Representações” e “Hospital São Luiz”, com a incorporação de ambas as parcelas cindidas na “Acordo”, mediante os termos e condições a seguir estabelecidos: 1) Justificativa: 1.1. As “Sociedades Cindidas” e a “Sociedade Incorporadora”, cumprindo mais uma etapa do projeto de reorganização do Grupo São Luiz do qual são integrantes, estão reestruturando suas operações visando melhorar a alocação de investimentos e recursos, o retorno de capital e a avaliação dos negócios desenvolvidos. 1.2. No âmbito dessa política de reestruturação e seguindo uma tendência empresarial moderna, torna-se indicada a segregação de parcela do ativo imobilizado das “Sociedades Cindidas”, notadamente representada pelos imóveis que constituem o Complexo Hospitalar São Luiz - Itaim, conforme detalhado nos itens 3.1 e 3.2, abaixo, transferindo-os para a “Sociedade Incorporadora”. II. Bases, Critério de Avaliação e Condições da Cisão Parcial. 2.1. A cisão da “São Luiz Representações” e do “Hospital São Luiz” será parcial e levada a efeito mediante a transferência para a “Acordo” de parte dos respectivos patrimônios líquidos e terá como data base o dia 31/12/2007 “Data-Base”. 2.2. As parcelas cindidas de “São Luiz Representações” e “Hospital São Luiz”, destinadas à incorporação pela “Acordo”, serão avaliadas, na “Data-Base”, pelo critério de valor contábil, pela empresa especializada PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes, sociedade com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Francisco Matarazzo, 1400, 9º, 10º, 13º, 14º, 15º, 16º e 17º andares, Torre Torino, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.562.112/0001-20 e no CRC-SP sob o nº 2SP000160/ O-5. 2.3. A indicação da PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes deverá ser ratificada em assembléia geral de acionistas do “Hospital São Luiz”, reunião de sócios da “São Luiz Representações” e ainda pela assembléia geral de acionistas da “Acordo”. 2.4. Ultimadas as cisões parciais, a “Sociedade Incorporadora” responderá apenas e tão somente pelas obrigações diretamente relacionadas com as parcelas de patrimônio transferidas nas cisões, nos termos do § único do art. 233 da Lei 6.404/76, não havendo solidariedade entre as “Sociedades Cindidas” e a “Sociedade Incorporadora”. 2.5. As variações patrimoniais ocorridas nas parcelas cindidas após 31/12/2007 serão absorvidas pela “Sociedade Incorporadora”. 2.6. A “Sociedade Incorporadora” está ciente, reconhece e está de acordo com os ônus reais e gravames que recaem sobre os imóveis integrantes das parcelas cindidas, constituídos para garantia de dívidas do “Hospital São Luiz” e suas partes relacionadas, comprometendo-se a “Sociedade Incorporadora” a dar anuência, praticar todos os atos e firmar todos os documentos necessários a assegurar os direitos dos credores do “Hospital São Luiz” até a completa liquidação das dívidas aqui mencionadas, observado que eventuais custos, taxas e tributos decorrentes ou resultantes dessa obrigação serão arcados pelo “Hospital São Luiz”. III. Elementos Patrimoniais a SeremTransferidos Para a Acordo. 3.1. A cisão parcial da “São Luiz Representações” será procedida mediante a transferência dos seguintes elementos patrimoniais: a) Elementos ativos: Imóveis – com valor estimado total de R$ 2.168.815,94, composto por: • Terreno situado à rua Ministro Jesuino Cardoso, número 173, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, medindo dito terreno 10,00ms de frente, por 38,50 ms da frente aos fundos, em ambos os lados, tendo nos fundos a mesma medida da frente, encerrando a área de 385,00 ms2., confinando pelo lado direito com Lindolfo Pires, pelo lado esquerdo com Vicente Moran, e pelos fundos com Alexandre Perreta, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a Matricula nº 11.341 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte 016.162.0053-7 • Terreno situado à rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, antiga Rua Ministro Jesuíno Cardoso, no 28 Sub-distrito Jardim Paulista, medindo 9,30ms. de frente para a citada rua, por 38,00ms. da frente aos fundos, em ambos os lados tendo nos fundos a mesma medida da frente, encerrando a área de 353,40ms2., confirmando pelo lado direito de quem da via pública olha para o imóvel, com propriedade de Yoji Eguchi, pelo lado esquerdo com propriedade de Takao Koshimura, e pelos fundos com Alexandre Peneta ou Perreta, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a Matricula nº 81.308 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte 016.162.0047-2 / 016.162.0156-8 • Terreno situado à Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, antiga rua Ministro Jesuino Cardoso, no 28º. Sub-distrito Jardim Paulista, medindo 10,70. de frente para a rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, por 38,00s. da frente aos fundos, de cada lado, tendo nos fundos a mesma medida da frente, encerrando a área de 406,60ms2., confinando pelo lado direito de quem da via pública olha para o imóvel com terreno de Makito Gondo, confinante esse compreendido por uma linha reta de dois segmentos, sendo o 1º de 28,00ms. onde existia o prédio nº 195 e, o segundo de 10,00ms., destacado todo do terreno situado à rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, descrito no título; confina pelo lado esquerdo com terreno de Kenji Kashimura, e pelos fundos confina com Alexandre Peneta ou Perreta, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matricula nº 81.310 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte 016.162.0156-8 • Terreno situado à rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, antiga rua Ministro Jesuíno Cardoso, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, medindo 9,50ms. de frente para a citada via pública; 24,80ms. da frente aos fundos, pelo lado direito de quem da rua olha para o imóvel, confinando com uma faixa de terreno junto ao nº 211 da mesma via, de propriedade de Newton Calhão; ao fim dessa medida vira à direita e segue no sentido paralelo à cidade rua, na extensão de 50cms., confinando com os fundos da aludida faixa de terreno junto ao nº 211; daí vira à esquerda e segue em direção aos fundos, na distância de 12,20ms., confinando com Fidencio Nogueira Ramos; daí vira à esquerda e segue na distância de 10,00ms., no sentido paralelo à rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, antiga rua Ministro Jesuino Cardoso, confinando com Alexandre Peneta ou Perreta, correspondendo essa última extensão à linha dos fundos do terreno; daí vira a esquerda e segue na distância de 38,00ms., atingindo à rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, antiga rua Min. Jesuíno Cardoso, confinando com propriedade de Makito Gondo, encerrando a área de 368,50ms2, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matricula nº 81.333 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte 016.162.0156-8 / 016.162.0046-4.b) Elementos do Patrimônio Líquido Cindido: Acervo Líquido Cindido - valor total estimado de R$ 2.168.815,94, composto da seguinte forma: • Capital Social R$ 2.168.815,00 • Lucros Acumulados R$ 0,94 3.2. A cisão parcial do “Hospital São Luiz” será procedida mediante a transferência dos seguintes elementos patrimoniais: a) Elementos ativos: Bancos - valor de R$ 100.000,00 Imóveis - com valor estimado total de R$ 54.599.207,44 correspondentes ao custo de aquisição, deduzida a depreciação acumulada, cuja composição é a seguinte: • Prédio para residência, de dois pavimentos, situado à rua Desembargador Aguiar Valim, nº 56, 28º Sub-distrito Jardim Paulista, bairro de Vila Nova Conceição, e seu respectivo terreno com as características e confrontações seguintes: mede 10,00ms. De frente para a referida rua Desembargador Aguiar Valim, por 28,50 ms. Da frente aos fundos, pelo lado esquerdo, 28,60ms. Pelo lado direito, e igualmente 10,00ms na linha dos fundos, perfazendo a área total de 285,50ms2, confrontando do lado direito de quem de dentro do terreno olha para o logradouro com Carlos klinkert, do lado esquerdo com o prédio nº 46 da rua Desembargador Aguiar Valim, de propriedade de Alfredo Klinkert Junior e nos fundos, com quem de direito, ou sucessores desses confrontantes, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 3171 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.000-5 • Casa residencial e seu respectivo terreno, à rua Desembargador Valim nº 46, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, localizada do lado par de quem da Av. Santo Amaro, entre na referida rua Desembargador Valim ou Desembargador Aguiar Valim, medindo 10ms de frente para a referida rua, com igual largura nos fundos, medindo da frente aos fundos, mais ou menos 28,50ms., perfazendo a área aproximada de 285,00m2, confrontando do lado direito com o prédio número 56, de Wardy Soares Justiniano dos Santos, do lado esquerdo com terreno dos fundos do prédio 764 da Av. Santo Amaro, de propriedade de Alfredo klinkert Junior e nos fundos com o Hospital São Luiz, pela entrada pela rua Ministro Jesuíno Cardoso, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 16.885 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.0004-9 • Casa sob nº 66 e que tem frente para a rua Desembargador Aguiar Vallim, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, cujo terreno mede 10,00ms. de frente para a mencionada rua Desembargador Aguiar Vallim; igual largura nos fundos, por 28,50ms. Do lado esquerdo, visto da rua, e 28,70ms. do lado direito, encerrando a área de 286,50ms2., confinando de um lado com Alfredo Klinkert Junior; de outro, com o remanescente do terreno; e nos fundos com Alberto Desiderio Gonzalo de Freitas, distando o terreno 52,60ms. do alinhamento da Av. da Santo Amaro, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 98.696 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.0006-5 • Prédio residencial situado na rua Desembargador Aguiar Vallim nº 76, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, correspondendo o terreno (lote 4 - quadra 8), a uma área de 287,50ms2, distando 62,60ms. do alinhamento da Av. Santo Amaro, medindo 10,00ms. de frente para a rua Desembargador Aguiar Vallim, 28,70ms. da frente aos fundos de lado esquerdo de quem do terreno olha para a rua, onde confina com o prédio de nº 66; 28,80ms. do lado direito onde confronta com o prédio de nº 86, tendo nos fundos a mesma largura da frente, confinando com o prédio de nº 95 da rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 82.928 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.0007-3 • Prédio residencial assobradado e seu respectivo terreno, situado à rua Desembargador

C.N.P.J./M.F. nº 67.562.884/0001-49 - N.I.R.E. 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 03 de outubro de 2008, com início às 09h30min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgard Theotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) Apreciar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social findo em 31/12/2007; (ii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; (iii) Eleger novos membros para o Conselho de Administração; e (iv) Fixar o limite de valor da remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria para o exercício social de 2008. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Cia. cópias dos documentos referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Ordinária ora convocada. São Paulo, 25/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração

ECONOMIA - 11 PPE Fios Esmaltados S.A. - CNPJ/MF nº 62.255.682/0001-30 - NIRE 35.300.342.259 Extrato da Ata de Reunião do Conselho de Administração de 27/08/08 Data, hora, local: 27/08/08, às 09hs., realizou-se reunião telefônica, consoante § 3º, Art. 16 do Estatuto Social. Presença: totalidade do Conselho de Administração. Convocação: dispensada (§ 1º, Art. 11, Estatuto Social). Mesa: Presidente: Pio Gavazzi, Secretário: Romolo Giambastiani. Deliberação: Aprovada por unanimidade a mudança de endereço da filial instalada na R. Rui Barbosa, 2930 Galpão 2, Bairro Costa e Silva, Cidade de Joinvile/SC, para o Galpão denominado Bloco 5, Módulo B, do Condomínio Perini Business Park, localizado à R. Dona Francisca, 8.300, Distrito Industrial, na Cidade de Joinvile/SC. Nada mais, lavrou-se a ata. Conselheiros: Pio Gavazzi (Presidente do Conselho); Romolo Giambastiani; Angelo Venezia (p.p. Pio Gavazzi); Manoel Horácio Francisco da Silva; Camila Appel; José Toledo Marques Neto. Pio Gavazzi - Presidente, Romolo Giambastiani - Secretário. JUCESP nº 318.205/08-7 em 22.09.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 066/2008 - FAMESP/HEAB PROCESSO Nº 512/2008 - FAMESP/HEAB

CNPJ nº 56.993.900/0001-31 CONVOCAÇÃO Convocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, que deverá se realizar às 10 horas do dia 3 de outubro de 2008, na sede social, à Rua Engenheiro Francisco Pita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre (i) homologação do aumento do capital social aprovado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 16 de junho de 2008; (ii) cancelamento de ações em tesouraria; (iii) conversão das ações preferenciais em ordinárias; (iv) estorno da operação de capitalização aprovada na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2003, com a conseqüente reconstituição da reserva de reavaliação e seu reflexo no capital social; e (v) aprovar a nova redação do Estatuto Social. Os documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembléia Geral estão à disposição dos acionistas na sede da companhia. (25, 26, 29) São Paulo, 25 de setembro de 2008 - A Diretoria

Acha-se à disposição dos interessados do dia 25 de setembro a 14 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680-ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 066/2008- FAMESP/ HEAB, PROCESSO Nº 512/2008 - FAMESP/HEAB, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE SWITCH, FONTE REDUNDANTE, ETC PARA AS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL AMÉRICO BRASILIENSE, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 15 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 24 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor-Presidente

PST Energias Renováveis e Participações S/A

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

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CNPJ (MF) nº 08.708.672/0001-68 – NIRE nº 35.300.342.798 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 22 de agosto de 2008 Data, Hora e Local: 22/08/2008, às 11h00; Local: Sede social. Convocação: Dispensada. Mesa: Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Deliberações Unânimes: A) Aprovada retificação do item “a” da AGE de 30/06/2008, registrada na Jucesp sob o nº 225.352/08-4 em sessão de 10/07/08, que passa a viger com a seguinte redação: Item “a” - Prestação de garantia fidejussória pela Cia. para a dívida contraída, conforme decisão Dir. 0643/2008 BNDES e Contrato de Financiamento BNDES operação nº 1.797.498 de 05/ 08/2008, celebrado entre a “Santa Luzia” e o Banco do Brasil, no valor de R$ 91.350.000,00, assumindo, solidariamente à tomadora do crédito, a condição de responsável pelo cumprimento integral das obrigações decorrentes do referido contrato, renunciando expressamente ao benefício de ordem previsto no artigo 827 do Código Civil; B) Aprovada, ainda, o penhor, em favor do Banco do Brasil, durante o prazo de vigência do Contrato de Financiamento BNDES nº 1.797.498 , da totalidade das ações detidas pela Cia. na controlada “Santa Luzia”, CNPJ/MF nº 08.377.974/0001-09, com NIRE nº 35.300.335.422, ficando qualquer Diretor da Cia. autorizado a praticar todos os atos necessários à formalização desse penhor; C) Aprovado que a Cia. assumirá todos os demais compromissos assumidos pela “Santa Luzia” no Contrato de Financiamento de nº 1.797.498 do BNDES , celebrado com o Banco do Brasil. São Paulo, 22/08/2008. (aa) Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Certidão: Secretaria da Fazenda. Jucesp. Certifico o registro sob o nº 285.965/08-6 em 1/9/08. Cristiane da Silva F. Corrêa: Secretária Geral.

PREGÃO Nº 072/2008 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 544/2008 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 25 de setembro a 09 de outubrode 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 072/2008 - FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 544/2008 - FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE PALLETS DE PLÁSTICO. PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE E UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 10 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, CEP 17.033-360. Botucatu, 24 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente FAMESP

Aguiar Vallim nº 92, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, medindo o terreno que corresponde ao lote nº 5 da quadra B de planta aprovada pelo Departamento de Urbanismo da Prefeitura de São Paulo, 10,00ms de frente para a citada rua Desembargador Aguiar Vallim, a partir de 72,60ms. da esquina da Av. Santo Amaro, 28,80ms. da frente aos fundos do lado esquerdo de quem do imóvel olha para a rua, confinando com Antonio Gonçalves da Cruz e sua mulher, 28,90ms. do lado direito confinando também com Antonio Gonçalves da Cruz e sua mulher, tendo nos fundos a mesma largura da frente, onde confina com quem de direito, encerrando uma área de 288,50ms2, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 46.322 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.0008-1 • Prédio nº 98 da rua Desembargador Aguiar Vallim, situado no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, consistente em casa residencial e respectivo terreno (lote nº 6 da quadra B), com 10,00ms de frente; 29,00ms da frente aos fundos de um lado; 28,90ms do outro e 10,00ms nos fundos, de forma regular e área de 289,50m2, confinando do lado direito de quem do imóvel olha para a rua com o prédio nº 92, do lado esquerdo com o prédio nº 104, ambos da rua Desembargador Aguiar Vallim, e nos fundos com o prédio nº 143 da rua Ministro Jesuíno Cardoso, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 2895 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.0009 • Prédios e respectivos terrenos situados na Av. Santo Amaro nº 734 e rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, ns. 95, 125, 131, 135, 137, 143 e 157, no 28º Sub-distrito Jardim Paulista, tendo o terreno a seguinte descrição: tem inicio no ponto 1, localizado no alinhamento predial direito da Av. Santo Amaro, junto a divisa com o imóvel de nº 722. Do ponto1, segue com azimute de 210º04’04” e distância de 16,63ms até o ponto 4; deste ponto, segue com azimute de 271º41’27”e distância de 27,01ms até o ponto 5, deste ponto, deflete à direita e segue com azimute de 357º36’51” e distância de 0,17ms até o ponto de 6; deste ponto, deflete à esquerda e segue com azimute de 274º29’01” e distância de 1,14ms até o ponto 7, do ponto 3 ao ponto 7 confronta com o imóvel de nº 764 da Av. Santo Amaro. Do ponto 7, segue com azimute de 273º13’18” e distância de 3,35ms até o ponto 8; deste ponto segue com azimute de 269º08’01” e distância de 6,68ms até o ponto 9. Do ponto 7 ao ponto 9, confronta com os fundos do imóvel de nº 46 da rua Desembargador Aguiar Valim. Do ponto 9, segue confrontando com o imóvel de nº 56 da rua Desembargador Aguiar Valim, com azimute de 271º20’15” e distância de 9,98ms até o ponto 10; deste ponto, deflete à direita e segue com azimute 01º16’49” e distância de 0,20ms até o ponto 11; deste ponto, deflete à esquerda e segue com azimute de 271º16’49” e distância de 8,68ms até o ponto 12; deste ponto segue com azimute de 269º35’12” e distância de 8,04ms até o ponto 13; deste ponto segue com azimute de 272º54’19” e distância de 3,33ms até o ponto 14. Do ponto 10 ao 14, confronta com o fundo dos imóveis de nº 66 e 76 da rua Desembargador Aguiar Valim. Do ponto 14 segue confrontando com o fundo do imóvel nº 92 da rua Desembargador Aguiar Valim, com azimute de 270º15’03” e distância de 9,60ms até o ponto 15; deste ponto, segue com azimute de 271º28’36” e distância de 18,94ms até o ponto 16, confrontando com o fundo dos imóveis de nºs. 98 e 104 da rua Desembargador Aguiar Valim. Do ponto 16, deflete à direita e segue com azimute de 359º04’51” e distância de 39,33ms até o ponto 17, confrontando com o imóvel de nº 165 da rua Alceu de Campos Rodrigues. Do ponto 17, deflete à direita e segue com frente para a rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, com azimute de 88º50’04” e distância de 97,55ms até o ponto 18. Do ponto 18, deflete à direita e segue com azimute de 186º07’36” e distância de 14,41 até o ponto 19; deste ponto, deflete à esquerda e segue com azimute de 95º44’06” e distância de 32,89ms até o ponto 1, inicio da presente descrição. Do ponto 18 ao ponto 1, confronta com o imóvel de nºs. 714 e 722 da Av. Santo Amaro, o perímetro encerra uma área de 4.676,79m2. O prédio situado à Av. Santo Amaro nº 734, encerra a área construída de 1.191,00m2 e o prédio situado à rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues nº 95 encerra a área de 5.191,86m2, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matrícula nº 114.483 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.01666 • Prédio para residência, situado à rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues nº 165, antiga rua Ministro Jesuíno Cardoso nº 165, distante 165,00 ms da esquina da Av. Santo Amaro, na Chácara Itaim, 28º subdistrito Jardim Paulista, a seu respectivo terreno de forma regular, compreendendo o lote nº 20, que assim se descreve e caracteriza: - mede 10,00 ms. de frente para a referida rua, por 39,00 ms da frente aos fundos, de ambos os lados, tendo nos fundos a mesma largura da frente, ou seja, 10,00ms., perfazendo a área total de 390,00 ms2., confrontando do lado direito de quem da rua olha para o imóvel, com o imóvel (prédio) nº 173, do lado esquerdo com o prédio nº 143, ambos com frente para a rua Ministro Jesuíno Cardoso, atual rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, e nos fundos com os prédios nºs. 104 a 112, da rua Desembargador Aguiar Vallia, registrado no 4º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo sob a matricula nº 87.808 e cadastrado pela Prefeitura Municipal de São Paulo sob contribuinte nº 016.162.0054-5. Instalações e elevadores: com valor estimado total de R$ 9.189.206,40 correspondente ao custo de aquisição, deduzida a depreciação acumulada. Reavaliação de ativos: com valor estimado total de R$ 9.722.086,18 referente à reavaliação espontânea aplicada sobre itens do ativo imobilizado integrantes da parcela cindida, deduzida a depreciação acumulada correspondente. Investimentos - no valor total contábil estimado de R$ 2.168.815,94, relativo à participação societária na “Acordo”, cabível ao “Hospital São Luiz” em decorrência da incorporação, pela “Acordo”, da parcela cindida da “São Luiz Representações”, nos termos do item 3.1 deste Protocolo. b) Elementos do Passivo e Patrimônio Líquido Cindido: Tributos Diferidos - no valor total contábil de R$ 565.162,04 relativamente à provisão para imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro, relativamente à reavaliação de ativos realizada e consequente Reserva de Reavaliação constituída no “Hospital São Luiz”. Acervo Líquido Cindido - valor total estimado de R$ 75.214.153,92, composto da seguinte forma: Capital Social R$ 7.824.600,00; Reserva de Reavaliação R$ 9.156.924,14; Lucros Acumulados R$ 58.232.629,78 IV. Redução do Capital Social da São Luiz Representações: 4.1. O capital social da “São Luiz Representações”, totalmente integralizado, atualmente é de R$ 16.264.480,00, dividido em 16.264.480 quotas, de valor nominal unitário de R$ 1,00 4.2. A cisão parcial da “São Luiz Representações” acarretará a redução do seu capital social no valor de R$ 2.168.815,00 passando a perfazer R$ 14.095.665,00, bem como o cancelamento de 2.168.815 quotas pertencentes exclusivamente ao quotista “Hospital São Luiz”V. Alterações no Contrato Social da São Luiz Representações: 5.1. Em face da redução do capital social da “São Luiz Representações, decorrente da cisão parcial, proceder-se-á à alteração da Cláusula 4ª de seu Contrato Social, que passará a vigorar com a seguinte redação: Cláusula 4ª - O capital da sociedade é de R$ 14.095.665,00 dividido em 14.095.665 quotas sociais de valor nominal de R$ 1,00, inteiramente subscrito e integralizado, neste ato, em moeda corrente nacional, assim distribuído entre os sócios quotistas: a) Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz: 3.600.435 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 3.600.435,00 b) BMB Participações S/A: 4.928.141 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 4.928.141,00 c) São Luiz Assistência. Médica Ambulatorial S/S Ltda: 2.224.801 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 2.224.801,00 d) São Luiz Planos de Saúde Ltda: 3.341.051 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 3.341.051,00 e) Hélio de Athayde Vasone: 616 quotas sociais, de valor unitário R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 616,00 f) Ruy Marco Antonio: 616 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 616,00 g) Quotas em Tesouraria: 5 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 5,00 § Único - Na forma do art. 1052, da Lei 10406, de 10/ 01/2002, a responsabilidade de cada sócio será restrita ao valor de suas quotas, respondendo todos, solidariamente, pela integralização do Capital Social VI. Redução do Capital Social do Hospital São Luiz: 6.1. O capital social do “Hospital São Luiz”, totalmente integralizado, atualmente é de R$ 18.900.000,00, dividido em 63.000.000 de ações ordinárias de valor nominal unitário de R$ 0,30 6.2. A operação de cisão parcial do “Hospital São Luiz”, acarretará a redução do seu capital social, em R$ 7.824.600,00, passando a perfazer o total de R$ 11.075.400,00, sem o cancelamento de ações em decorrência dessa redução 6.3. Na redução de capital mencionada no item anterior (6.2) está incluída a parcela cindida da “São Luiz Representações”, a ser incorporada pela “Acordo”, da qual resultaria a atribuição de ações da “Acordo” para o “Hospital São Luiz”, em substituição às quotas detidas por ele na “São Luiz Representações”. Por via de conseqüência, as ações da “Acordo” cabíveis ao “Hospital São Luiz” serão atribuídas diretamente aos acionistas desse, na proporção das participações VII. Alterações no Estatuto Social do Hospital São Luiz: 7.1. Previamente à cisão parcial do “Hospital São Luiz”, deverá ser aprovado a) cancelamento de 6.519.294 ações ordinárias de emissão do “Hospital São Luiz” que se encontram em tesouraria b) alteração do Art. de seu Estatuto Social relativo ao capital social, de forma que as ações deixem de ter valor nominal (c) reforma integral do Estatuto Social, conforme proposta que será encaminhada aos acionistas. 7.2. No pressuposto da aprovação das alterações estatutárias dispostas no item 7.1 acima e em face da redução do capital social do “Hospital São Luiz”, decorrente da cisão, proceder-se-á à alteração do atual Art. 5º do Estatuto Social que deverá ser renumerado para Art. 4º, passando a vigorar com a seguinte redação: Art. 4º - O capital social é de R$ 11.075.400,00, dividido em 56.480.706 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. § 1º - Cada ação ordinária confere ao seu titular 1 voto nas Assembléias Gerais de Acionistas. § 2º - A propriedade das ações será comprovada pela inscrição do nome do Acionista no livro de “Registro de Ações Nominativas” da Companhia. Qualquer transferência de ações será feita por meio da assinatura do respectivo termo no livro de “Transferência de Ações Nominativas” da Companhia. Mediante solicitação de qualquer dos acionistas, a Companhia deverá emitir certificados de ações, assinados por 2 Diretores VIII. A incorporação das Parcelas Cindidas e Aumento de Capital Social da Sociedade Incorporadora. 8.1. Imediatamente antes da incorporação das parcelas cindidas, o capital social da “Sociedade Incorporadora” totalmente integralizado será de R$ 500,00 dividido em 500 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal 8.2. O valor total dos acervos líquidos cindidos a serem transferidos para a “Sociedade Incorporadora” em virtude da incorporação das parcelas cindidas de “São Luiz Representações” e “Hospital São Luiz” é de R$ 75.214.153,92 dos quais: i) R$ 7.824.600,00 serão levados diretamente à conta de capital social, sob a forma de aumento ii) R$ 9.156.924,14 levados à conta de reserva de reavaliação iii) R$ 58.232.629,78 levados à conta de lucros acumulados 8.3. Do saldo incorporado à conta de lucros acumulados, R$ 500,00 serão utilizados para a recompra, pela “Sociedade Incorporadora”, das 500 ações ordinárias existentes antes da incorporação das parcelas cindidas, conforme autoriza o art. 30 da Lei 6404/76, para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento 8.4. Em decorrência do aumento do seu capital social, a “Sociedade Incorporadora” emitirá 56.480.706 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, representativas de seu capital social, a serem atribuídas proporcionalmente a todos os atuais acionistas do “Hospital São Luiz” 8.5. Assim, a “Sociedade Incorporadora” terá seu capital social aumentado em R$ 7.824.600,00 passando de R$ 500,00 para R$ 7.825.100,00 dividido em 56.481.206 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal 8.6. A relação de troca e atribuição final de ações entre os acionistas, a ser aplicada à presente operação, será de 1 ação do “Hospital São Luiz” para cada 1 ação da “Sociedade Incorporadora”, de forma que para os acionistas do “Hospital São Luiz” representará o recebimento de 1 nova ação ordinária da “Sociedade Incorporadora” em substituição a cada 1 ação que detinham no “Hospital São Luiz” IX. Alterações no Estatuto Social da Sociedade Incorporadora. 9.1. Em face do aumento do capital social da “Sociedade Incorporadora”, decorrente da incorporação das parcelas cindidas, proceder-se-á à alteração do caput do Art. 4º de seu estatuto social, que passará a vigorar com a seguinte redação: Art. 4º - O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 7.825.100,00 dividido em 56.481.206 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. 9.2. Também será submetida à Assembléia Geral da “Sociedade Incorporadora” que deliberar sobre as operações objeto deste Protocolo a proposta de reforma integral do estatuto social da “Sociedade Incorporadora”, conforme proposta que será encaminhada aos acionistas. X. Implementação das Cisões Parciais. 10.1. Competirá às administrações do “Hospital São Luiz”, da “São Luiz Representações”e da “Sociedade Incorporadora” praticar todos os atos, registros e averbações necessárias para a implementação das cisões parciais e incorporação dos acervos cindidos pela “Sociedade Incorporadora”, correndo por conta das “Sociedades Cindidas” todos os custos, despesas, taxas e tributos decorrentes ou resultantes de tal implementação, inclusive, mas sem limitação, aos relativos ao registro e publicação dos atos societários, registro da transferência dos imóveis perante o Registro de Imóveis e o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos - ITBI. XI. Atos Societários. 11.1. No âmbito da cisão parcial serão realizados os seguintes atos: a) Assembléia Geral Extraordinária do “Hospital São Luiz” para: i) apreciar e deliberar sobre o presente Protocolo ii) ratificar a nomeação da PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes para, como empresa especializada, proceder à avaliação contábil da parcela a ser cindida do patrimônio líquido do “Hospital São Luiz” iii) apreciar e deliberar sobre o laudo de avaliação da parcela cindida iv) deliberar sobre a cisão, redução do capital social e alteração do estatuto social v) autorizar os seus administradores a praticar os atos necessários à efetivação da cisão b) Reunião de Sócios e Alteração de Contrato Social da “São Luiz Representações” para: i) apreciar e deliberar sobre o presente Protocolo ii) ratificar a nomeação da PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes para, como empresa especializada, proceder à avaliação contábil da parcela a ser cindida do patrimônio líquido da “São Luiz Representações” iii) apreciar e deliberar sobre o laudo de avaliação da parcela cindida iv) deliberar sobre a cisão, redução do capital social e alteração do contrato social v) autorizar os seus administradores a praticar os atos necessários à efetivação da cisão c) Assembléia Geral Extraordinária da “Sociedade Incorporadora” para: i) apreciar e deliberar sobre o presente Protocolo (ii) ratificar a nomeação da PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes para, como empresa especializada, proceder a avaliação contábil das parcelas cindidas da “São Luiz Representações” e do “Hospital São Luiz” a serem incorporadas pela “Sociedade Incorporadora” iii) apreciar e deliberar sobre os laudos de avaliação (iv) deliberar sobre a incorporação das parcelas cindidas, aumento do capital social, emissão de ações novas e alteração do estatuto social v) deliberar

sobre o “Instrumento de Justificação e Protocolo de Cisão Parcial e Incorporação do Acervo Cindido”, celebrado entre as administrações da Zar Participações e Empreendimentos S/A. “Zar” e da Companhia em 17/04/2008 “Protocolo Zar” vi) ratificar a nomeação da empresa especializada que realizou a avaliação do acervo cindido contábil da “Zar” a ser incorporado pela Companhia “Acervo Cindido da Zar” vii) aprovar o laudo de avaliação do Acervo Cindido da “Zar” viii) deliberar sobre a incorporação pela Companhia do “Acervo Cindido da Zar” ix) autorizar os seus administradores a praticar os atos necessários à efetivação da incorporação. 11.2. As operações descritas no item (c), (v) a (viii) não terão qualquer impacto contábil, societário ou fiscal para a “Acordo” e seus acionistas e foram objeto de instrumento separado celebrado entre as administrações de “Zar” e “Acordo” nesta data. Por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente instrumento em 6 vias de igual teor e forma, juntamente com as testemunhas abaixo. São Paulo, 17/04/2008. a) São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda. (aa) Helio de Athayde Vasone e Ruy Marco Antonio: Administradores. b) Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz. (aa) André Staffa Filho: Diretor Presidente e Alceu Rodrigues Vasone: Diretor. c) Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A. (aa) Helio de Athayde Vasone e Ruy Marco Antonio: Diretores. Anexo II - Laudo de Avaliação de Ativos a Valor Contábil – São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda. 1) Dados da firma de auditoria: PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, Av.Francisco Matarazzo, 1400, 9º, 10º, 13º, 14º, 15º, 16º e 17º andares,Torre Torino, CNPJ nº 61.562.112/ 0001-20, registrada originariamente no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo sob o nº 2SP000160/O-5, com seu Contrato Social de constituição registrado no 4º Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas de São Paulo - SP, em 17/09/1956, e alterações posteriores registradas no 2º Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas de São Paulo - SP, estando a última delas, datada de 28/12/2007, registrada em microfilme sob o nº 93.580, em 12/02/2008, representada pelo seu sócio infra-assinado, Sr. Celso Luiz Malimpensa, brasileiro, casado, contador, RG nº 13.010.015 SSP/SP e CPF/MF nº 009.637.118-81 e no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo sob o nº 1SP159531/O-0, residente e domiciliado em Guarulhos/SP, com escritório no mesmo endereço da representada, nomeada perita pela São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda, para proceder à avaliação de determinados ativos de sua propriedade em 31/12/2007, demonstrados no Anexo, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, apresenta a seguir o resultado de seus trabalhos. 2) Objetivo da avaliação: O laudo de avaliação dos ativos resumidos no Anexo, em 31/12/2007 da São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda, tem por objetivo a cisão parcial do patrimônio líquido da Empresa e a concomitante incorporação dos mesmos pela Acordo Administração e Locação de Imóveis S/A. 3) Alcance dos trabalhos: O laudo de avaliação está sendo emitido em conexão com o exame de auditoria dos correspondentes itens de ativos extraídos do balanço patrimonial levantado em 31/12/2007, elaborado sob a responsabilidade da administração da Empresa. Nosso exame foi conduzido de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras aplicáveis no Brasil, e compreendeu, entre outros procedimentos: a) planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Empresa. b) constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que dão suporte aos valores apresentados. c) avaliação das práticas e estimativas contábeis representativas adotadas pela administração da Empresa. 4) Conclusão: Com base nos trabalhos efetuados, concluímos que o valor contábil dos ativos da São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda, em 31/12/2007, especificados no Anexo, é de R$ 2.168.815,94 e está registrado nos livros da contabilidade, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 22/4/2008. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes: CRC 2SP000160/O-5. Celso Luiz Malimpensa: Contador CRC 1SP159531/O-0. (Anexo) São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda. – Ativos a Valor Contábil em 31/12/2007 Conta contábil / Número Descrição Reais 1321000001 Terrenos / Custo contábil 2.168.815,94 Este anexo é parte integrante e inseparável do laudo de avaliação de ativos a valor contábil da São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda, devidamente emitido pela empresa especializada: PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, com data de 22 de abril de 2007. São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda. – Consolidação do Contrato Social Capítulo I - Denominacão, Sede, Objeto da Sociedade, Duração - Cláusula 1ª - A sociedade girará sob a denominação social de São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda, regendo-se pelas disposições legais aplicáveis a sua espécie, e terá sua sede e foro jurídico na Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues 238, São Paulo/SP. § Único: A sociedade poderá abrir, manter, e fechar, a qualquer tempo, estabelecimentos filiais em todo o território nacional ou no exterior. Cláusula 2ª - A sociedade terá por objeto: a) administração de convênios de planos de saúde médico/ hospitalares. b) participação em outras sociedades, na qualidade de sócia quotista ou acionista. Cláusula 3ª - O prazo de duração da sociedade é indeterminado, podendo, entretanto, ser dissolvida a qualquer tempo, por deliberação dos sócios que representem 75% do capital social, cabendo o seu patrimônio líquido aos sócios na proporção de suas respectivas quotas de capital. Capítulo II - Capital Social, Administracão, Deliberações Societárias, Capital Social - Cláusula 4ª - O Capital da Sociedade é de R$ 14.095.665,00 dividido em 14.095.665 quotas sociais de valor nominal de R$ 1,00 inteiramente subscrito e integralizado, neste ato, em moeda corrente nacional, assim distribuído entre os sócios quotistas: a) Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz: 3.600.435 quotas sociais, de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 3.600.435,00 b) BMB Participações S/A: 4.928.141 quotas sociais, de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 4.928.141,00 c) São Luiz Assistência Médica Ambulatorial S/S ltda: 2.224.801 quotas sociais, de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 2.224.801,00 d) São Luiz Planos de Saúde Ltda: 3.341.051 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 3.341.051,00 e) Hélio de Athayde Vasone: 616 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 616,00 f) Ruy Marco Antonio: 616 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 616,00 g) Quotas em Tesouraria: 5 quotas sociais de valor unitário de R$ 1,00 perfazendo a importância de R$ 5,00 § Único: Na forma do artigo 1052, da Lei 10.406, de 10/01/2002, a responsabilidade de cada sócio será restrita ao valor de suas quotas, respondendo todos, solidariamente, pela integralização do Capital Social. - Administração - Cláusula 5ª - Os negócios sociais serão geridos pelos sócios quotistas, Beneficência Médica Brasileira S/A. Hospital e Maternidade São Luiz, São Luiz Assistência Médica S/C Ltda e São Luiz Planos de Saúde Ltda, que neste ato investem nas funções de administradores, os Srs. Hélio de Athayde Vasone, Ruy Marco Antonio e Alceu Rodrigues Vasone, retro qualificados, podendo representar a sociedade ativa e passivamente, com amplos e gerais poderes, judicial e extrajudicialmente, respeitados os critérios estabelecidos nesta cláusula e seus parágrafos. § 1º- A representação ordinária da sociedade, na forma do “caput” desta cláusula, será considerada sempre efetivada pela assinatura de 2 dos administradores. § 2º- A sociedade poderá, a qualquer tempo, constituir mandatários ou procuradores, “ad judicia” e “negocia”, desde que esteja especificado no instrumento de procuração, a vigência, os atos, e a natureza das operações que estão autorizadas a serem praticadas. § 3º- Todo e qualquer documento que envolva a Sociedade na aquisição, disposição ou oneração de bens, assim como à assunção de responsabilidades ou obrigações pela So ciedade, serão necessariamente firmados por 2 administradores em conjunto, ou por 1 administrador em conjunto com 1 procurador da sociedade, com poderes específicos. § 4º - É vedado aos sócios quotistas, aos administradores, ou a seus prepostos, o uso da denominação social para conceder aval, endosso, fiança, ou garantias de qualquer espécie, de forma que reiteradamente a sociedade só estará obrigada em atos que não conflitem com seus interesses sociais. § 5º- os sócios quotistas e os administradores que infringirem as estipulações desta cláusula e seus parágrafos, ficarão responsáveis pessoal e ilimitadamente pelas obrigações assumidas. § 6º- Os administradores estão dispensados de prestar caução, bem como poderão proceder a uma retirada mensal a título de “pro labore”, caso fixada entre eles e os sócios que representem a maioria do capital social. § 7º- A concessão de “aval”, pela sociedade, em absoluta exceção ao disposto no parágrafo 3º, desta cláusula, poderá ser efetivada quando na busca exclusiva do efetivo interesse dos objetivos sociais. § 8º - Os administradores terão os mais amplos e gerais poderes para representar, gerir e administrar a sociedade, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente, tudo assinando, requerendo ou contratando, sem prejuízo da prestação de contas de seus atos. Deliberacões Societárias - Cláusula 6ª - Todas as deliberações sociais, ora designadas de resoluções de quotistas, serão tomadas em reunião de quotistas, por deliberação de sócios que representem no mínimo 75% do capital social. § Único - O julgamento das contas da sociedade será realizado nos 4 primeiros meses posteriores ao encerramento do exercício social, data em que poderão ser nomeados outros administradores. Capítulo III Exercício Social, Destinação de Resultados - Cláusula 7ª - O exercício social coincidirá com o ano civil, sendo que a 31 de dezembro de cada ano, para encerramento do exercício, será levantado o balanço geral, podendo, entretanto, serem levantados balancetes ou balanços especiais, sempre que a maioria do capital assim o deliberar. Cláusula 8ª - Os lucros líquidos, apurados no balanço geral, serão distribuídos entre os sócios quotistas na proporção de cada respectiva participação, ou, se assim convier, serão escriturados na conta de lucros suspensos da sociedade, e, os prejuízos eventualmente apurados, serão suportados pelos sócios quotistas, igualmente, na proporção de suas respectivas participações ou, conforme melhor conveniência, levados à conta lucros e perdas da sociedade. Capitulo IV - Direito de Preferência, Dissolução da Sociedade - Cláusula 9ª - As quotas da sociedade são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas sem o expresso cumprimento das seguintes condições: - em 1º lugar, em havendo Lucros Disponíveis, devem ser oferecidas à sociedade, a quem caberá a preferência “absoluta”, para a aquisição das quotas de sócia retirante; em 2º lugar, não havendo Lucros Disponíveis, ou, em havendo, assim não tenha deliberado a Assembléia de quotistas, devem ser oferecidas às demais sócias quotistas, em igualdade de proporções, às quotas que já possuam. - em 3º lugar, não havendo interesse dos sócios, em igualdade de proporções, na forma retro articulada, poderão ser oferecidas, em “lote” ou em “partes”, a quaisquer das sócias quotistas, que queiram adquiri-Ias; - em 4º lugar, inexistindo interesse da sociedade e de todas as demais sócias, poderão ser alienadas a terceiros. § 1º- As sócias quotistas obrigam-se, por si e por seus sucessores, a respeitar o direito de preferência disposto nesta cláusula, ainda que as quotas sociais por elas detidas venham a ser conferidas, a título de integralização de capital a outra sociedade. § 2º- As sócias quotistas, signatárias deste instrumento, ressaltam que o presente contrato é consubstanciado com o efetivo desejo de manter vigente o “intuito personae”, de modo a preservar a exclusiva identidade dos titulares dos direitos sobre as quotas sociais da sociedade. § 3º - O desejo manifestado pelos sócios quotistas, na forma do parágrafo precedente, também prevalecerá na hipótese das sócias quotistas, signatárias deste instrumento, transferirem as respectivas participações societárias, detidas nesta sociedade, à outras sociedades por elas constituídas. § 4º - Em se verificando a hipótese prevista no parágrafo anterior, fica desde já estabelecido, que a preferência para a aquisição das quotas da nova sociedade deverá ser fielmente respeitada, nos mesmos moldes do pactuado neste contrato. § 5º - Em nenhuma hipótese será admitido o ingresso de novo sócio à empresa “São Luiz Participacões e Planos de Saúde Ltda”, sem que haja o rigoroso exercício do direito de preferência, articulado nesta cláusula e em seus parágrafos, com vistas à preservação do patrimônio societário nela contido, nas mãos dos signatários deste instrumento. § 6º - O quotista que quiser transferir suas quotas de Capital, ou parte delas, comunicará por escrito à sociedade e às demais quotistas, sua intenção, indicando o nome do pretendente, o preço ajustado, o prazo e a forma de pagamento. § 7º - Se ao termo de 30 dias contados do recebimento do aviso, a sociedade; as sócias quotistas em conjunto; ou, as sócias quotistas, individualmente, não tiverem exercido o direito de preferência que Ihes é assegurado nesta cláusula, a sócia retirante poderá transferi-Ias ao pretendente indicado. Dissolucão da Sociedade - Cláusula 10ª - A sociedade não se dissolverá por falência, ou retirada de qualquer das sócias, prosseguindo sem solução de continuidade, com as sócias quotistas remanescentes. § 1º- Em sendo declarada a falência ou declarada a insolvência de qualquer das sócias quotistas, pessoas jurídicas, a sociedade, ou as sócias quotistas remanescentes, pagarão à massa falida ou aos credores da falida ou da insolvente, sua quota de capital, e, sua parte nos lucros líquidos, apurados até a data em que se der a falência/insolvência, na forma pactuada nesta cláusula. § 2º- Na forma do parágrafo anterior, os valores devidos pela sociedade, ou pelas sócias quotistas remanescentes, serão apurados através de balanço especialmente levantado para esse fim e serão pagos em 20 parcelas, mensais, iguais e consecutivas, vencendo-se a primeira no primeiro dia útil do mês subseqüente ao fato. Capítulo V - Desimpedimento,Vinculação, Foro - Cláusula 11ª - Todos os sócios e os administradores que assinam o presente instrumento de constituição desta Sociedade, declaram que não estão incursos em nenhum dos crimes previstos em lei, que Ihes impeça de exercer a atividade mercantil. § Único - Os sócios quotistas e os administradores declaram-se cientes de que, no caso de comprovação de falsidade, será nulo de pleno direito perante o registro do comércio o presente instrumento contratual de constituição de sociedade, sem prejuízo das sanções penais a que estiverem sujeitos. Cláusula 12ª - O presente instrumento contratual obriga não só as partes que o assinam, como também seus herdeiros/sucessores legais. Cláusula 13ª - Fica eleito o Foro da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, como competente para dirimir as dúvidas porventura suscitadas com relação ao presente instrumento. Certidão: Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 237.352/08-4 em sessão de 22/07/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.


Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

DEM QUER IMPUGNAR CANDIDATURA DE PAES José Cruz/ABr

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João da Costa culpa oposição contrária à Lula

Se alguma coisa acontecer a ela (Renata), será responsabilidade de Eduardo Braga. Arthur Virgílio, senador

Alexandre Severo/AE

Candidato apontado como favorito à Prefeitura do Recife adota tática de vitimização

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o responsabilizar a oposição pela cassação da sua candidatura, – "diante da derrota certa nas urnas, tentam calar a voz do povo" – o candidato do PT a prefeito do Recife, João da Costa, identificou a oposição como os que são contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo Campos (PSB) e o prefeito João Paulo (PT). Os três são seus grandes cabos eleitorais. Por telefone, o prefeito João Paulo disse ao presidente que gostaria de contar com a sua presença e a da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em algum ato da campanha de Costa para reforçar a sua candidatura, diante de algum revés. O presidente Lula foi informado, pelo prefeito João Paulo, da sentença do juiz das Investigações Nilson Nery, que também tornou o candidato inelegível por três anos por abuso de poder econômico e político, logo depois da decisão judicial, no início da noite de terça-feira. No mesmo dia, os advogados do PT entraram com recurso no pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo a reforma integral da decisão. De acordo com o advogado Ricardo Soriano, o recurso alega "fragilidade e falhas na sentença, ausência de provas, nulidades e cerceamento de defesa, entre outras coisas". Ele não quis dar mais detalhes. Desabafo – No horário eleitoral, João da Costa antecipou sua convicção de que "essa in-

Não adianta inventar crime não. Não tem nenhuma prática, nenhum indício, nenhuma ação que justifique a minha inelegibilidade. João da Costa justiça" será corrigida nas instâncias superiores da Justiça. Ele buscou desqualificar a sentença do juiz. "Não adianta inventar crime não, porque tem que dizer qual foi o crime", afirmou. "Não tem nenhuma prática, nenhum indício, nenhuma ação que justifique a minha inelegibilidade." O juiz Nilson Nery condenou João da Costa a partir de duas ações impetradas pelo Ministério Público. Primeiro, a confecção e divulgação, em março, em um grande evento, de 50 mil exemplares de uma revista do Orçamento Partici-

pativo (OP) com slogan da campanha e informando todas as ações comandadas por João da Costa, então secretário do Planejamento Participativo. O OP é o carro-chefe da campanha que prega a continuação da mudança iniciada por João Paulo através de João da Costa. Esse tipo de atividade promocional não havia ocorrido em nenhum ano anterior. A revista custou R$ 110 mil. O juiz também levou em conta a utilização da Secretaria Municipal de Educação para a convocação, via internet, de servidores públicos para participar de atos de campanha em horário de expediente. A convocação era feita por comissionados e chefes. 'Vítima é o povo' – O ex-governador Mendonça Filho (DEM), também candidato à Prefeitura de Recife, que logo depois da sentença judicial espalhou panfletos informando sobre a cassação de João da Costa e distribuiu carros de som em vários pontos da cidade para dar a mesma informação, usou ontem todos os três minutos do seu tempo na televisão para desmistificar a postura de vítima do adversário. "Agora eles querem se fazer de vítimas e chegam a dizer que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça estariam sendo manobrados pelos candidatos da oposição", afirmou. "Não acredite nisso, a vítima dessa história é o povo do Recife, que está vendo o dinheiro dos impostos sendo usado na campanha do candidato João da Costa." (AE)

DEM pede impugnação de Paes e acirra disputa no Rio A questão em debate: ele se desimcompatibilizou do cargo no tempo certo?

O

s advogados do candidato do PMDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, esperam vencer com facilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o recurso protocolado pela coligação da adversária Solange Amaral (DEM) que pede a impugnação da candidatura do afilhado político do governador Sérgio Cabral (PMDB). A coligação, capitaneada pelo DEM do prefeito Cesar Maia, alega que Paes não se desincompatibilizou da Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Turismo dentro do prazo legal para concorrer à eleição deste ano. No entanto, o pedido de impugnação já foi indeferido por uma juíza de primeira instância no Rio e pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Numa última tentativa de tirar Paes, que lidera as pesquisas de intenção de voto, da disputa, o recurso do DEM foi protocolado no sábado (20) e distribuído no dia seguinte. O ministro Eros Grau foi designado relator. O caso ainda está sendo avaliado pelo Ministério Público. Para Régis Fichtner, secretário-chefe da Casa Civil de Cabral que ajudou na formulação da defesa de Paes, a exoneração dele na edição extra do Diário Oficial do Estado do dia 6 de junho com data retroativa ao dia 5 (data limite estabelecido na lei eleitoral) e assinatura do dia 4 do governador em

Wilson Junior/AE

João da Costa, com o apoio de militantes, garante que "a injustiça será corrigida nas instâncias superiores"

Decisão de juiz é 'frágil', diz Eduardo Campos

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governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), classificou ontem como "monocrática", "frágil" e "não fundamentada" a decisão do juiz das Investigações Eleitorais, Nilson Nery, que determinou a cassação do registro da candidatura de João da Costa (PT) a prefeito do Recife. O juiz analisou pedido do Ministério Público e, além da cassação, declarou Costa inelegível por três anos, por prática de abuso de poder político e eleitoral. O petista, apoiado também pelo prefeito João Paulo (PT) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocupa o primeiro lugar nas pesquisas, que apontam sua vitória no primeiro turno. Campos – que participou no centro de Belo Horizonte de uma atividade de campanha do candidato do PSB à prefeitura da capital mineira, Márcio Lacerda – demonstrou confiança de que a decisão será revertida. "Na verdade, é uma decisão monocrática de um juiz de primeira instância. A campanha já recorreu ao TRE

exercício, o vice Luiz Fernando Pezão, é regular. O DEM argumenta que o documento não tem validade porque no período da assinatura Paes estava na Grécia para a cerimônia de divulgação das cidades candidatas finalistas para as Olimpíadas de 2016. Entre os participantes da comitiva estava Cesar Maia. A defesa de Paes entregue à Justiça argumenta que ele se afastou no cargo no dia 1º de junho, quando viajou à Grécia a convite do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O principal argumento da defesa é o de que ele não praticou ato administrativo durante a viagem, que teria sido custeada pelo COB, e restituiu o valor relativo às suas diárias. Somente Cabral assinou papéis. "É um assunto entregue à Justiça, por tradição não opino. O fato é objetivo: foi fora da

data ou não. Simples", afirmou Maia, que se diz testemunha das atividades de Paes como secretário na Grécia. A juíza eleitoral Ana Lúcia Vieira do Carmo e o plenário do TRE decidiram que o desligamento de Paes não ocorreu fora da data. Se entender diferente, o ministro Eros Grau pode provocar um forte impacto no quadro eleitoral do Rio. Apadrinhado pelo governador Sérgio Cabral, Paes é um antigo desafeto de Maia e do filho dele, o deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM. Ele disparou nas pesquisas com o apoio do governador, ultrapassando o senador Marcelo Crivella (PRB). O DEM chegou a ensaiar uma aliança com o PMDB de Cabral no início do ano, mas ela não se concretizou. Maia pode apoiar Marcelo Crivella no segundo turno. (AE)

dição política. Pelo contrário, quem tem essa tradição são os que hoje nos combatem", reagiu Campos. "Estamos ganhando a eleição na rua, com propostas, com a nossa história. Falo à vontade, porque enfrentei todas as máquinas para me eleger governador". Presidente nacional do PSB, Campos confia que a legenda irá eleger pelo menos quatro prefeitos nas capitais do País. Além de Belo Horizonte, ele citou João Pessoa, Boa Vista e Macapá. (AE)

Sergio Neves/AE

Na verdade, é uma decisão monocrática de um juiz de primeira instância. Eduardo Campos

Virgílio denuncia fraude contra governador do AM Ex-mulher de empresário denuncia esquema ilegal e pede por segurança

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Os candidatos à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes(PMDB) e Gabeira (PV)

(Tribunal Regional Eleitoral). Esperamos que o TRE se pronuncie logo sobre isso", afirmou. "Uma decisão frágil, não fundamentada". O governador pernambucano também contestou a acusação e considerou que "de forma nenhuma" há indícios de uso da máquina pública da prefeitura petista em favor de Costa, ex-secretário municipal de Planejamento. "Sempre ganhamos a eleição enquanto oposição em Pernambuco. Não é da nossa tra-

senador Arthur Virgílio (PSDB) divulgou ontem, em uma coletiva de imprensa, um DVD e um dossiê em que a mulher do empresário amazonense Rosinei Barros acusa o marido de ser sócio e testa-de-ferro do governador do Estado, Eduardo Braga (PMDB), em superfaturamento na compra de combustíveis para veículos oficiais e em outros esquemas. No dossiê, há cópias de extratos bancários, de contas telefônicas, de contratos de compra de imóveis, terrenos e carros de luxo, todos em nome do empresário. Virgílio disse que soube das denúncias na quarta-feira da semana passada pelo advogado de Renata Barros, mulher de Rosinei, Antonio Dionysio Paixão. Desde então ele tentou convencê-la a entregar documentos que pudessem comprovar suas denúncias em troca de segurança para ela e a filha. "Procurei Omar (Aziz, vicegovernador e candidato à prefeitura de Manaus) para mostrar o DVD de Renata com a intenção de que ele pudesse ajudar na segurança dessa moça", afirmou. Eduardo Braga é padrinho de casamento e da filha de Rosinei e Renata. Braga e Omar falaram à imprensa que estaria "circulando" um DVD com as acusações de Renata e que a trama seria

para desestabilizar a campanha do vice-governador à prefeitura, pela coligação "União por Manaus" (PSL-PR-PRPPMDB-PTdoB-PRB-PMN-PSC). Procurado pela reportagem, o governador afirmou, por meio da assessoria, que as denúncias estariam sendo investigadas pela Polícia Civil. Ameaça – O advogado de Renata, segundo Arthur Virgílio, teria procurado o senador com um vídeo onde ela se diz ameaçada de morte pelo marido e afirmando ser ele sócio de Braga na compra de imóveis, lanchas, carros e outros bens no Brasil e no exterior. De acordo com Renata, Braga e Rosinei Barros eram "sócios" em um esquema de fraude nas licitações de combustíveis feitas pelo governo do Estado. Renata diz no DVD que Rosinei vencia todas

as licitações do setor e distribuía o produto a preços superfaturados. A diferença entre o preço de mercado e o valor pago pelo Estado, segundo ela, era dividido entre Braga e o empresário. Além das acusações envolvendo supostas negociatas, Renata afirma que Braga havia ameaçado de morte o vicepresidente do jornal "Diário do Amazonas", Francisco Cirilo Anunciação Neto. Em julho deste ano, a sede do jornal foi atingida por 11 disparos de arma de fogo, mas ninguém saiu ferido. "A partir de agora, esta senhora está sob minha proteção, mas se alguma coisa acontecer a ela, será responsabilidade de Eduardo Braga", afirmou o senador. Procurada, Renata não comentou as acusações do DVD. (AE)

Alberto César Araújo/AE

Senador Arthur Virgílio exibe DVD com as denúncias em coletiva


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Nacional Finanças Empreendedor Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

VITA DERM CRIA FRANQUIAS MAIS EM CONTA

Se tenho de fazer uma tarefa, vou cumpri-la da melhor maneira possível. Marcelo Schulman, empresário

Monalisa Lins/e-Sim

EMPREENDEDORES A indústria oferece 300 empregos diretos em sua sede na Lapa. Agora, estuda a transferência da fábrica para o interior do Estado de São Paulo.

Muita pesquisa. Para deixar você ainda mais bonita. A Vita Derm, há 25 anos no mercado, não se contenta em criar novas linhas de produtos de beleza. Fez parcerias com universidades e criou o Instituto Schulman de Investigação Científica, uma associação de apoio, incentivo, manutenção e financiamento de pesquisas relacionadas ao setor de cosméticos.

LETREIRO

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ntes mesmo de abrir uma pequena farmácia de manipulação na zona norte da cidade, Schulman já pensava em nomes para sua empresa. "Tinha de passar a idéia de saúde, preservação, perpetuação e estar relacionado à pele, à vida, sem ter um apelo vazio. Ficou um nome bonito, não acha?" A Vita Derm, com sede na Lapa, pertinho da Marginal Tietê, emprega diretamente cerca de 300 pessoas. Uma das bandeiras do químico farmacêutico é a regulamentação dos profissionais de estética e beleza. "Eles movimentam a indústria e merecem essa regulamentação", diz o argentino.

SEGREDO

P

ara Schulman, é importante ser resiliente. O termo quer dizer a propriedade de os materiais voltarem ao normal depois de submetidos à máxima tensão. Uma pessoa resiliente sabe lidar com problemas, não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus erros e tem um ótimo humor. Age com ética e dispõe de uma energia espantosa para trabalhar. "E se molda às mudanças. Se tenho de fazer uma tarefa, vou cumpri-la da melhor maneira possível", diz.

O

Schulman criou a Vita Derm num sobradinho da Casa Verde

PEDRA s departamentos não trabalharem em sincronia e o excesso de reuniões são duas das reclamações de Schulman. "As relações humanas são complicadas e a comunicação é o mais difícil. Precisamos atuar de uma maneira que as coisas fluam mais facilmente. Eu sempre comparo a empresa a um corpo. Uma cabeça muito boa não funciona se o braço não estiver bem. E corpo parado não produz", afirma.

Kety Shapazian

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ma coisa deixa Marcelo Schulman superfeliz: o recente prêmio Top de Marketing 2008, concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil. A Vita Derm, fundada por Schulman há quase 25 anos, foi homenageada ao lado de gigantes da indústria no País – Petrobras, Nissan do Brasil, Nestlé Brasil e Fiat Automóveis –, para citar alguns dos premiados deste ano. E pensar que tudo nasceu num pequeno sobrado, no bairro da Casa Verde, um imóvel emprestado pelo sogro. Hoje, o argentino que trocou Buenos Aires por São Paulo estuda a compra de um terreno de 40 mil metros quadrados no interior do Estado para uma possível transferência da fábrica. A Vita Derm não cabe mais na capital. "Precisamos de espaço e São Paulo está saturada. O interior ainda tem mão-de-obra farta", diz. A indústria só está no Brasil graças a Cupido. Schulman levou uma flechada do deus do amor em Jerusalém, onde fazia um curso de História, em 1978, e apaixonou-se por uma brasileira. Ele voltou à Argentina para dar continuidade à faculdade de Farmácia e ela retornou a São Paulo. O distan-

ciamento não durou muito. Em 1981, Schulman mudou-se de mala e cuia para cá, casou e matriculou-se no curso de Farmácia para conseguir a equivalência. Começou a trabalhar num laboratório e, três anos depois, formado, montou uma farmácia de manipulação, no tal sobrado na Casa Verde. Era uma empresa de um homem só – Schulman fabricava, rotulava, fazia as entregas. E queria mais. Para fabricar em grande escala, a farmácia virou indústria. "O começo foi difícil. Era uma vida nova, num país novo, outro idioma. Eu não tinha histórico, não conhecia o mercado." "No início, não vendíamos para o varejo, só atendíamos profissionais de estética e eu viajava todo o Brasil trabalhando didaticamente." A indústria desenvolveu parcerias com universidades a fim de investir em tecnologia e pesquisa. "Não somos apenas uma empresa de cosméticos. Damos dezenas de palestras e aulas por ano", diz. Em 1999, ele fundou o Instituto Schulman de Investigação Científica, uma associação de apoio, incentivo, manutenção e financiamento de pesquisas relacionadas a cosméticos. Direcionada a acadêmicos, docentes e profissionais em estética, a entidade desenvolve investigação científica em diversas áreas – anatomia, fisiologia, imunologia etc. "Fazemos um trabalho de esclarecimento. A pesquisa nos diferencia de outras empresas", diz. Agora, a Vita Derm deseja transformar todos os cerca de 300 pontos-de-venda em franquias. Metade já aderiu ao novo formato de vendas. Para comemorar o aniversário de 25 anos da empresa, Schulman vai reduzir o preço da franquia. Hoje, a estimativa de investimento varia de R$ 55 mil a R$ 60 mil para a loja de 30 metros quadrados, o modelo básico. "A idéia é criar pontos menores para a pessoa crescer e se expandir. Procuramos sempre estimular o franqueado. Oferecemos 50% da receita do sucesso. O resto é com a pessoa." Os 220 produtos fabricados pela marca estão divididos em diversas linhas (facial, corporal, capilar, coloração, maquiagem). A linha Vita Amazônia é

A empresa fabrica 220 produtos, divididos em diversas linhas. Uma delas é para exportação.

Um dos diferenciais da Vita Derm é o investimento feito pela empresa em pesquisa na área de cosméticos

a divisão de exportação da empresa. Os produtos formulados com ingredientes típicos da floresta, como o cupuaçu e o murumuru, são enviados para os Emirados Árabes, Alemanha, Japão, Austrália, entre outros destinos. A marca já tem loja em Miami, nos Estados Unidos, e vai inaugurar pontos de venda ainda neste ano na Argentina e no Reino Unido. "Vamos abrir em Londres, ao lado da Harrods", diz sobre a localização, perto da mundialmente famosa loja de departamento inglesa.

Próximo passo da empresa é transformar seus 300 pontos-devenda em franquias. Metade já aderiu.

SERVIÇO www.vitaderm.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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Internacional Jason Reed/Reuters

Brian Snyder/Reuters

Democrata rejeitou pedido do republicano para adiar o primeiro debate presidencial

Obama diz a McCain: o show deve continuar Candidatos à Casa Branca pedem união contra 'catástrofe econômica'

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m tempos de crise, os candidatos à Casa Branca, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain decidiram se unir para evitar uma "catástrofe econômica" nos Estados Unidos. O senador republicano foi além: ele suspendeu sua campanha eleitoral para ajudar na aprovação do pacote de resgate financeiro no Congresso. Diante da urgência, McCain ainda quis adiar o primeiro debate presidencial previsto para amanhã. No entanto, o também senador Obama rejeitou o pedido. "Presidentes precisam lidar com mais de um assunto ao mesmo tempo", justificou Obama. O candidato demo-

crata disse não ver "razão para não sermos construtivos no problema (a crise financeira)", mas disse que é mais conveniente manter o debate. Obama disse, de qualquer maneira, que a América quer assistir, mais do que nunca, a um debate entre ele e McCain. A Comissão de Debates Presidenciais dos EUA confirmou ontem que o debate previsto para amanhã em Oxford, Mississippi, será mantido. McCain havia anunciado que iria suspender sua campanha eleitoral para voltar a Washington e tentar ajudar nas negociações do pacote de US$ 700 bilhões proposto pelo presidente George W. Bush. Por iniciativa de Obama, as

campanhas de ambos os candidatos lançaram um comunicado conjunto ontem. Em rara demonstração de solidariedade, Obama e McCain disseram que o pacote de ajuda tem defeitos, mas uma solução precisa ser encontrada. "Agora é o tempo de juntarmos forças - democratas e republicanos - em um espírito de cooperação pelo povo norte-americano. O plano submetido ao Congresso pela administração Bush tem defeitos, mas o esforço para proteger a economia norteamericana não pode fracassar", afirma o comunicado. Mais cedo, a Casa Branca elogiou a decisão de McCain de suspender sua campanha para se concentrar na crise fi-

Senador por Arizona suspende campanha para discutir pacote de ajuda no Congresso

nanceira, dizendo que o apoio bipartidário do republicano e de Obama será útil para alcançar um acordo sobre o plano de socorro financeiro. "A crise no mercado financeiro é um grande problema que exige uma grande solução e resolver isto de uma forma bipartidária vai ajudar a evitar que os danos econômicos se espalhem de Wall Street para todos os norteamericanos", disse a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. O presidente Bush convidou McCain e Obama para discutir o pacote hoje, juntamente com líderes do Congresso. Ambos os candidatos aceitaram o convite (veja mais na página E1). Vantagem - O crescente pessimismo em relação à economia tem dado um empurrão para o candidato democrata na disputa pela Casa Branca. O senador por Illinois está com 52% das intenções de voto, enquanto seu rival republicano possui 43%, segundo pesquisa divulgada ontem pelo The Washington Post e pela ABC News. Outra sondagem publicada ontem, do Los Angeles Times e da Bloomberg, mostra Obama como o mais capaz de lidar com a crise, para 48%. McCain aparece como o mais habilitado nesse setor para 35% dos pesquisados. (Agências)

CORÉIA DO NORTE VOLTA À ATIVA Após expulsar inspetores da ONU, Pyongyang ameaça retomar seu programa nuclear na semana que vem

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Coréia do Norte confirmou ontem que planeja reativar o complexo nuclear de Yongbyon na semana que vem, levantando novos temores sobre as ambições do regime de Pyongyang. Os preparativos já começaram: as autoridades expulsaram inspetores da ONU de uma usina nuclear - uma medida considerada "decepcionante" pelo governo dos EUA. A iniciativa sinaliza que Pyongyang está levando adiante a retomada do seu programa nuclear, num rompimento do acordo multilateral que previa benefícios para a Coréia do Norte em troca do desarmamento. Nesse sentido, autoridades norte-coreanas expulsaram

AFP - 11.09.05

monitores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) de sua usina de enriquecimento de plutônio. "Não há mais lacres nem equipamento de vigilância na unidade de reprocessamento (de plutônio)", disse Melissa Fleming, porta-voz da AIEA. "(A Coréia do Norte) declarou que de agora em diante os inspetores da AIEA não terão mais acesso à usina de reprocessamento", afirmou. Em resposta, os EUA afirmaram que estão desapontados com a iniciativa de Pyongyang. A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, afirmou que se os norte-coreanos retomarem seu projeto nuclear, isso "apenas aprofundará seu isolamento". (Agências)

Nova estrada

Novo objeto, possivelmente um guindaste móvel

Imagem de satélite mostra o complexo nuclear de Yongbyon

AFP

Moradores da cidade de Kauhajoki acendem velas e levam flores ao local da tragédia

Finlândia quer rever lei sobre posse de armas

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m dia após o massacre na escola técnica da Finlândia, o premiê do país, Matti Vanhanen, pediu regras mais duras para a posse de armas. Investigadores revelaram que o agressor Matti Saari, que matou oito mulheres e dois homens, planejava executar o maior número possível de vítimas, antes de se suicidar. O governo prometeu rever uma lei que regula a idade mínima para se comprar uma arma. A intenção é aumentar essa idade dos 15 anos atuais para 18 anos. (Agências)

ATA DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA DO BANCO MERCANTIL DO BRASIL S. A. CNPJ Nº 17.184.037/0001-10 - COMPANHIA ABERTA - NIRE 31300036162. 1 - Local, data e hora: Sede social, na Rua Rio de Janeiro, 654/680 - 5º andar, em Belo Horizonte, Minas Gerais, 17 de abril de 2008, 10:00 (dez) horas. 2 - Presenças: Acionistas representando mais de 2/3 (dois terços) das ações com direito a voto, estando também presentes o Sr. Milton de Araújo, membro do Conselho de Administração, o Sr. José Regis da Silva Pontes, membro do Conselho Fiscal e o Sr. Walmir Bolgheroni, representante de Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, empresa responsável pela auditoria do Banco. 3 Mesa: Presidente: Marco Antônio Marques Cardoso; Secretário: José Régis da Silva Pontes. 4 - Convocação: Edital publicado nas páginas 64, 101 e 102 do “Minas Gerais” edições de 27, 28 e 29/03/2008, nas páginas 17, 4 e 25 do “Estado de Minas”, edições de 27, 28 e 29/03/2008 e nas páginas 9, 7 e 5 do “Diário do Comércio de São Paulo”, edições de 27, 28 e 29/03/2008. 5 - Lavratura da Ata: De acordo com o § 1º do artigo 130 da Lei 6.404/76. 6 - Ficarão arquivados na sede social, autenticados pela mesa, todos os documentos referidos nesta ata. 7 - Deliberações: Em Assembléia Geral Extraordinária: I – Foi aprovada, por maioria, a proposta do Conselho de Administração, para alteração do Estatuto Social, nos seus artigos 19 e 20, que passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 19 – O Conselho de Administração reunir-se-á ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que necessário.” “Art. 20 – As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas exclusivamente pelo seu Presidente ou seu substituto.” Em Assembléia Geral Ordinária: I - Foram aprovadas, sem reservas, por maioria, abstendo-se de votar os legalmente impedidos, as contas dos administradores referentes ao exercício encerrado em 3l/l2/2007, bem como as propostas dos órgãos da administração para distribuição de Juros sobre Capital Próprio, já pagos, tendo sido as demonstrações financeiras publicadas da seguinte forma: a) aquelas referentes ao primeiro semestre de 2007 nas páginas 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82 e 83 do “Minas Gerais”, edição de 21/08/2007 e nas páginas 11, 12, 13 e 14 do “Estado de Minas”, edição de 21/08/2007. b) As demonstrações relativas ao exercício encerrado em 31/12/2007, inclusive relatório da Administração, Pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, nas páginas 162, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 169, 170, 171, 172 e 173 do “Minas Gerais” e nas páginas 16, 17, 18, 19, 20 e 21 do “Estado de Minas”, edições de 06/03/2008, e, sob a forma de extrato, na página 9 do “Diário do Comércio de São Paulo”, edição de 27/03/2008. II - Preenchendo as condições previstas na Resolução nº 3.041, de 28 de novembro de 2002, do Conselho Monetário Nacional, foram eleitos, por maioria de votos, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2011, para membros do Conselho de Administração, os acionistas a seguir relacionados: Efetivo: Milton de Araújo, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Tomás Gonzaga, 444 – 13º andar, Bairro Lourdes, CEP 30180-140, C.I. nº M-93.248 – SSPMG e CPF nº 000.095.556-68; Suplente: Marco Antônio Andrade de Araújo, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Espírito Santo, 2568/1301, Bairro Lourdes, CEP 30160-032, C.I. nº M-1.244.298 – SSPMG e CPF nº 471.028.376-15; Efetivo: Mauricio de Faria Araujo, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Roberto Alvarenga de Paula, 194, Bairro Mangabeiras, CEP 30210-440, C.I. nº M-93.249 – SSPMG e CPF nº 045.086.536-34; Suplente: Tânia Alves Brant de Faria Araujo, brasileira, casada, empresária, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua Roberto Alvarenga de Paula, 194, Bairro Mangabeiras, CEP 30210-440, C.I. nº M-1.388.108 – SSPMG e CPF nº 721.554.186-04; Efetivo: José Ribeiro Vianna Neto, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Patagônia, 1155/901, Bairro Sion, CEP 30320-080, C.I. nº 29.410 - OAB/MG e CPF nº 318.695.726-53; Suplente: Valter Lúcio de Oliveira, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Gonçalves Dias, 655/202, Bairro Funcionários, CEP 30140-091, C.I. nº 46749 – OAB/MG e CPF nº 298.835.556-87; Efetivo: José Carneiro de Araújo, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Espírito Santo, 2284/1201, Bairro Lourdes, CEP 30160-032, C.I. nº M-179.025 – SSPMG e CPF nº 000.192.166-53; Suplente: André Luiz Figueiredo Brasil, brasileiro, casado, bancário, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Nadir, 165/302, Bairro Caiçara, CEP 30770-420, C.I. nº M-749.169 – SSPMG e CPF nº 229.346.346-04; Efetivo: Marco Antônio Marques Cardoso, brasileiro, solteiro, advogado, residente e domiciliado em São Paulo – SP, na Rua Professor Artur Ramos, 204/41, Bairro Jardim Europa, CEP 01454-011, C.I. nº 4.713.962 – SSPSP e CPF nº 446.976.358-68; Suplente: Leonardo de Mello Simão, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Manhuaçu, 198/401, Bairro Santa Inês, CEP 31080-400, C.I. nº 79.576 – OAB/MG e CPF nº 000.560.086-35; Efetivo: Luiz Henrique Andrade de Araújo, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua dos Inconfidentes, 307/701, Bairro Funcionários, CEP 30140-120, C.I. nº M-1.049.011 – SSPMG e CPF nº 301.127.376-68; Suplente: Alberto Magno Rocha Filho, brasileiro, solteiro, economista, residente e domiciliado nesta capital, na Rua Espírito Santo, 2183/101, Bairro Lourdes, CEP 30160-032, C. I. nº M-3.375.856 - SSPMG e CPF nº 970.608.286-72; Efetivo: Glaydson Ferreira Cardoso, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado em Nova Lima - MG, na Alameda das Aroeiras, 335, Condomínio Bosque da Ribeira, CEP 34.000-000, C.I. nº 81931 – OAB/MG e CPF nº 005.273.616-40; Suplente: Paulo Henrique Brant de Araujo, brasileiro, solteiro, administrador de empresas, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Roberto Alvarenga de Paula, 194, Bairro Mangabeiras, CEP 30210-440, C.I. nº MG-6.054.097- SSPMG e CPF nº 048.540.846-50; Efetivo: Daniela de Araújo Coelho, brasileira, casada, empresária, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua Vicente Guimarães, 21/300, Bairro Belvedere, CEP 30320-640, C.I. nº M-5.887.426 – SSPMG e CPF nº 001.438.496-54; Suplente: Clarissa Nogueira de Araújo, brasileira, solteira, advogada, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua Bernardo Mascarenhas, 268, Bairro Cidade Jardim, CEP 30380-010, C.I. nº M-8.759.153 – SSPMG e CPF nº 051.679.196-65; Efetivo: Yehuda Waisberg, brasileiro, casado, médico, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Serranos, 88/101, Bairro Serra, CEP 30220-250, C.I. nº M-197.407 – SSPMG e CPF nº 133.031.986-91; Suplente: Maria Ângela Moura, brasileira, casada, médica, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua Serranos, 88/101, Bairro Serra, CEP 30220-250, C.I. nº 2.512.888 – SSPMG e CPF nº 602.854.516-34. III – Também preenchendo as condições previstas na Resolução nº 3.041, de 28 de novembro de 2002, do Conselho Monetário Nacional, foram eleitos, por unanimidade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2009, para membros do Conselho Fiscal, os senhores a seguir relacionados: Efetivo: José Regis da Silva Pontes, brasileiro, casado, bancário aposentado, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Guaranésia, 388 – Floresta, CEP 31110-170, C.I. nº M-525.130 – SSPMG e CPF 001.994.436-53; Suplente: Waldemar Victor de Miranda, brasileiro, casado, administrador, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Japão, 197 - Barroca, CEP 30430-420, C.I. nº M-94.831 - SSPMG e CPF 006.838.416-53; Efetivo: Jorge Ferreira Cunha, brasileiro, casado, médico, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Alagoas, 637/302 - Funcionários, CEP 30130-160, C.I. nº 2.213-CRM e CPF 000.353.786-20; Suplente: Geraldo Perillo Júnior, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado no Rio de Janeiro-RJ, na Av. Vieira Souto, 272/101, CEP 22420-000, C.I. nº 1057 - SINTAERJ e CPF 004.102.338-20; Efetivo: Euler Luiz de Oliveira Penido, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Almirante Tamandaré, 588/401 - Gutierrez, CEP 30410-150, C.I. nº MG-87.520 - SSPMG e CPF 110.206.876-49; Suplente: Afrânio Eustáquio Ribeiro, brasileiro, casado, contabilista, residente e domiciliado em Belo Horizonte – MG, na Rua Groelândia, 135/1501 – Bairro Sion, CEP 30320-060, C.I. nº M-7.891.945 – SSPMG e CPF nº 079.828.446-34; Efetivo: Roberto da Motta Salles Carvalho de Lopes, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado em Nova Lima-MG, na Alameda Amanda, 59, Ouro Velho Mansões, CEP 34000-000, C.I. nº 67273 – OAB/MG e CPF nº 885.388.776-15; Suplente: Maria Teresa Netto Borges, brasileira, solteira, contadora, residente e domiciliada nesta Capital, na Rua Gonçalves Dias, 907/103 – Funcionários, CEP 30140-091, C.I. nº MG-204.379 – SSPMG e CPF 094.458.206-06; Efetivo: Flávio José Rizzato Adorno, brasileiro, solteiro, administrador de empresas, residente e domiciliado em São Paulo – SP, na Rua dos Pinheiros, 870, cj. 252, Pinheiros, CEP 05422-001, C.I. nº 25.798.444-6 – SSPSP e CPF nº 289.835.428-70; Suplente: Analucia Coutinho Malta, brasileira, solteira, advogada, residente e domiciliada em Belo Horizonte – MG, na Rua Paraíba, 476/1005, Bairro Funcionários, CEP 30130-140, C.I. nº 77.142 – OAB/MG e CPF nº 970.904.766-34. IV - Foi estabelecida em R$5.000.000,00 a remuneração global dos administradores, para o exercício de 2008, ficando o Conselho de Administração autorizado a fixar os honorários dos seus membros e dos Diretores, dentro daquele total. Foi também fixada a remuneração dos membros efetivos do Conselho Fiscal em 1/10 (um décimo) daquela que, em média, receber cada Diretor, não computada a participação nos lucros, sendo o valor respectivo pago mensalmente, e, para cada membro suplente, a metade da remuneração acima, a ser paga da mesma forma. OBS.: 1 – Os membros do Conselho de Administração, Yehuda Waisberg e Maria Ângela Moura, supra qualificados, foram eleitos em separado, na forma do artigo 141, § 5º da Lei 6404/76, respectivamente, como Efetivo e Suplente, por acionistas detentores de 3.954.453 ações preferenciais e ordinárias nominativas escriturais, havendo sido previamente advertidos da necessidade de comprovação da satisfação dos requisitos mandados observar pelo artigo 147 da referida Lei Societária, bem como da Resolução 3.041, de 28/11/2002, do Conselho Monetário Nacional. 2 - Os membros do Conselho Fiscal, Flávio José Rizzato Adorno e Analucia Coutinho Malta, supra qualificados, foram eleitos, respectivamente, como Efetivo e Suplente, por acionistas detentores de 3.611.738 ações preferenciais nominativas escriturais. 3 - Na reforma estatutária aprovada, bem como na aprovação das contas dos administradores absteve-se de votar o acionista Yehuda Waisberg. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata que, depois de lida e aprovada, vai pelos acionistas presentes assinada. Belo Horizonte, 17 de abril de 2008. José Régis da Silva Pontes - Secretário; Marco Antônio Marques Cardoso – Presidente; Milton de Araújo; George Washington Tenório Marcelino por The DFA Investment Trust Company on Behalf of Its Series The Emerging Markets Small Cap Series; Gustavo Capanema de Almeida; José Ribeiro Vianna Neto, por si e por seus representados constantes no livro de presenças; Guilherme Belfort de Noronha Guarani, Flávio José Rizzato Adorno, por seus representados constantes no livro de presenças; Athaíde Vieira dos Santos; Yehuda Waisberg, por si e por seus representados constantes no livro de presenças; Anísio Eimar Rosa; Hélio de Araújo, por si e por seus representados constantes no livro de presenças; Marco Antônio Andrade de Araújo; Daniela de Araújo Coelho; Luiz Carlos de Araújo; Valter Lúcio de Oliveira; Leonardo de Mello Simão, por si e seu representado constante no livro de presenças; Luiz Henrique Andrade de Araújo; Renato Augusto de Araújo, por seus representados constantes no livro de presenças e Walmir Bolgheroni, por Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. CONFERE COM O ORIGINAL LAVRADO NO LIVRO PRÓPRIO - BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. Mauricio de Faria Araujo - Vice-Presidente; Milton de Araújo - Diretor-Presidente. Atestamos que este documento foi submetido a exame do Banco Central do Brasil em processo regular e a manifestação a respeito dos atos praticados consta de carta emitida à parte. Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em Belo Horizonte. Patrícia Teixeira Botelho Vieira - Analista. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico o registro sob o nro.: 3984450. Protocolo: 085021784. Data: 16/09/2008. Banco Mercantil do Brasil S/A. Marinely de Paula Bomfim - Secretária Geral.


Ano 84 - Nº 22.716

CORUJA-ORELHUDA

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Rhinoptynx clamator Se você ouvir "áut-áut-áut" em seqüência prolongada é porque está perto dessa espécie de coruja carnívora, com orelhas avantajadas, tarsos afiados e cabeça capaz de girar até mais de 270º.

Conclusão: 23h50

www.dcomercio.com.br

São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

CWS/CARTOONARTS INTERNATIONAL www.cartoonweb.com

Batalha de Wall Street agora é política Sob as ruínas de Wall Street e a resistência do Capitólio em aprovar a operação-resgate das finanças mundiais, Bush pediu apoio aos americanos e ajuda a Obama e McCain contra o perigo de uma "longa e dolorosa recessão". E 1 a E 4; Opinião, pág. 2

Philippe Lopes/AFP

Do alto de seu + 0,5%, Brasil vê o mundo desabar

Não se pode dar a Henry Paulson um cheque em branco Referência do megainvestidor George Soros ao secretário do Tesouro americano, em artigo no Financial Times

Com duas mudanças nos depósitos compulsórios, o Banco Central manteve a liquidez do sistema financeiro nacional em R$ 13,2 bi. E o mercado de câmbio "destravou". Corrida ao Banco de Hong Kong: ansiedade em razão da turbulência americana.

O preço da crise, segundo o FMI: US$ 1,3 trilhão

Patrícia Santos/AE

Evelson de Freitas/AE

Márcio Fernandes/Folha Imagem

Tucano agora de 'bico calado' Alckmin já não fala a palavra Kassab

Menos pobres, menos filhos, vida mais longa

Eder Medeiros/ Folha Imagem

Psiu: meu governo é tucano, sim!, diz Kassab. Uma resposta a Marta

HOJE Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 18º C. Mínima 12º C.

Só hackers para entrar nos HDs de Dantas Giba Um, pág. 4

Demissão de delegado põe lenha na greve da polícia civil Além disso, plano de contingência prevê PMs em funções civis. C 1

DC

IBGE revela novo perfil dos brasileiros. Cidades 2

Pabx (11) 6748-5627 (Itaquera) www.finanfactoring.com.br

Prefeito é um papagaio Marta, no seu programa de rádio. Eleições, págs. 5 e 6


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Exoneração amplia crise entre polícia e governo estadual

1 Delegado de Barretos foi destituído um dia após outras mudanças na Polícia Civil.

Helvio Romero/AE - 23/09/2008

Documento reservado prevê que PM poderá assumir funções de Polícia Judiciária

A

destituição de João Osinski Júnior do cargo de delegado seccional de Barretos (SP), pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, deixou seus colegas indignados, ontem. Para os delegados, a decisão foi uma retaliação à greve dos policiais civis, deflagrada na semana passada, e estão solidários ao colega, ampliando a crise entre os grevistas e o governo do Estado. A exoneração aconteceu um dia após o governo determinar a transferência do presidente da Adpesp (Associação dos Delegados do Estado de São Paulo), Sérgio Marcos Roque, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) para o Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital). "Não entendemos porque isso ocorreu apenas com ele", disse o delegado do 1.º Distrito Policial de Barretos, Antonio Alício Simões Júnior. Um documento de solidariedade, defendendo qualquer policial demitido na região, já tinha sido assinado por 16 delegados, que apóiam a paralisação. Além disso, ontem, os 12 delegados de Barretos fizeram uma passeata até o Ministério Público Estadual (MPE) para entregar uma representação contra nove policiais militares, que teriam feito requisições que cabem apenas a delegados. "Essa carta que fizemos no domingo é um pacto nosso em solidariedade a qualquer colega que sofresse algo, pois a greve está respaldada numa liminar", disse Simões Júnior, que preside o Sindicato dos Policiais Civis de Barretos e é diretor da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp). "Todos os delegados daqui entendem que essa destituição (de Osinski) do cargo ocorreu em função da greve", afirmou. O documento de solidariedade não foi enviado a destinatários. Só foi fixado na delegacia. Em São Paulo, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou que a Delegacia Geral de Polícia tomou "decisão administrativa" na exoneração de Osinski, que ainda não tem destino e função definidos. Odacir Cesário da Silva, que foi seccional de São Carlos e estava no 2.º DP de Ribeirão Preto, respondeu ontem pela seccional de Barretos e será efetivado. Passeata – Com as bocas vedadas e portando faixas pretas, os 12 delegados de Barretos participaram da passeata e entregaram ao Ministério Público local petição para instauração de inquérito contra nove PMs. "Entregamos cópias de requisições de perícia, de exame de corpo de delito e de autos de exibição e apreensão, feitos pe-

Silva Júnior/Folha Imagem

Delegado Osinski (de terno escuro): mudança em Barretos irritou colegas

los PMs desde o início da greve, atos que são exclusivos de delegados", disse Simões Júnior. Os delegados querem que os PMs sejam processados por usurpação da função pública, seguindo o Código Penal. O capitão Ricardo Giannoni, subcomandante do Batalhão da PM em Barretos, disse que nada recebeu oficialmente e que, quando chegar algo à corporação, o caso será analisado e encaminhado aos superiores da região ou de São Paulo. O promotor Flávio Okamoto, que recebeu a petição dos delegados, informou que iria se reunir hoje com outros três colegas para decidir que medida será tomada: abertura de inquérito ou encaminhamentos administrativos para a SSP e ao Comando Geral da PM. "Os delegados estão no direito deles, mas estamos numa situação delicada, já que a PM está nos ajudando a fazer o que é função da Polícia Civil", explicou Okamoto. Plano da PM – Na Capital, delegados obtiveram ontem cópia do plano de contingência da Polícia Militar para a greve da Polícia Civil, um documento classificado como reservado no qual a corporação se prepara para assumir funções de Polícia Judiciária, tais como fazer termos circunstanciados, autos de apreensão de objetos, encaminhamento de pessoas envolvidas em ocorrências para exames de corpo de delito e solicitação de perícia. Os detalhes do plano causaram reação dos delegados. Eles questionam sua legalidade e dizem que a PM se aproveita do movimento da Civil para obter vantagens para si e ampliar sua influência. A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo tomou conhecimento do documento e informou que vai entrar na Justiça, questionando sua legalidade. O documento da PM mostra o procedimento

Helvio Romero/AE - 23/09/2008

Policiais militares podem assumir funções dos civis durante a greve

que seus homens devem tomar em caso de prisão em flagrante que a Polícia Civil se recusar a fazer: levar o caso à Delegacia Seccional da região. "São atos ilegais", disse o delegado André Dahmer, diretor da associação. Para a Secretaria da Segurança, o objetivo da medida é defender a sociedade. (Agências)

Policiais civis estão parados na Capital e no interior desde a semana passada, por melhores salários


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Urbanismo Educação Indicadores Saúde

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PAÍS LEVA VANTAGENS SOBRE O BRIC

M. Justo/FolhaImagem

2

Brasil avançou na meta da universalização da educação primária.

Menos pobres e menos filhos Pesquisa do IBGE mostra que, com renda maior, brasileiros já competem com chineses, russos, indianos e sul-africanos

U

Kenji Honda/AE - 18/06/2002

Taxa de fecundidade recuou 66% em menos de 40 anos. Em 1970 ela era de 5,8 filhos por mulher de 15 a 49 anos, chegando a 1,95 em 2007, abaixo do nível de reposição da população (2,1 filhos por mulher).

ma explosão no número de casais sem filhos e com renda advinda do esposo e da esposa (os chamados Dinc, de Double Income and No Children ou duplo rendimento e nenhum filho) e uma ligeira tendência na redução da distância entre pobres e ricos marcam a Síntese de Indicadores Sociais 2007, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Destaca-se o baixo crescimento populacional nas faixas de 0 a 14 anos (0,4%) e de 15 a 24 (13,6%). A taxa de fecundidade recuou 66% em menos de 40 anos era de 5,8 filhos por mulher de 15 a 49 anos em 1970 e chegou a 1,95 em 2007, abaixo do nível de reposição da população (2,1 filhos). Baseada na última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), publicada na semana passada, a análise revela que, embora a escolarização dos 40% mais pobres tenha avançado, mais de 2 milhões de estudantes com até 14 anos ainda eram analfabetos. Na comparação com Rússia, Índia, China e África do Sul (integrantes do grupo Brics), a pesquisa não coloca o Brasil nos piores lugares. Em alguns itens, o País aparece até em posição vantajosa ou próxima dos demais. Bem colocado – Um exemplo: os brasileiros têm, em alguns pontos, condições de vida próximas às dos demais países do grupo Brics. Embora não ocupe a liderança em todos os parâmetros examinados (foram feitas projeções de 2005 a 2010, com base em dados da ONU), o Brasil mostra desempenho surpreendente em itens como expectativa de vida ao nascer e até alfabetização, no qual não é o último da fila. Segundo avaliações de estudiosos da economia mundial, os B r i c s t e r ã o, e m 2050, os maiores Produtos Internos Brutos (PIBs) do mundo, superando América do Norte, Japão, Inglaterra, Alemanha, França e Itália, e corresponderão a 40% da população mundial. Fenômeno Dinc – Segundo o IBGE, os casais residentes no Brasil que não tinham filhos e que tinham fontes de renda independentes eram 2,4% do total de domicílios em 1997 e passaram para 3,4% no ano passado. Em números, a mudança é mais impressionante: 997 mil para 1,942 milhão no período, um aumento de 94,78%. Os pesquisadores constataram que a região onde os casais da categoria Dinc tinham maior peso proporcional era a Centro-Oeste, representando 4,27% do total. O Nordeste era o outro extremo, com apenas 2,99% dos casais. As maiores proporções de arranjos familiares

Fernando Donasci/Folha Imagem - 21/08/2008

Em 2007, 2,6 milhões declararam freqüentar cursos de alfabetização e de Educação de Jovens e Adultos

Corrida pela escolarização perdida favorece os jovens

O

s dados do IBGE apontam ainda que 2,1 milhões de crianças brasileiras de 7 a 14 anos, embora matriculadas na escola, eram analfabetas no ano passado. O dado, que espantou pesquisadores do IBGE, coloca 7,4% dos jovens dessa faixa etária na condição de "iletrados escolarizados", representando 87,2% do total de 2,4 milhões de crianças desse grupo de idade (8,4% do total) que não sabem ler nem escrever. A pesquisa mostra que a proporção de analfabetos na escola sobre o total de analfabetos caía à medida que subia a idade: 90,8% dos estudantes estavam com 7 anos; 92,4% com 8 anos; 89,6% com 9 anos; 85,6% com 10 anos; 81,3% com 11 anos; 71,4% com 12 anos; 57,9% com 13 anos; e 45,8% com 14 anos. No total, 5,2% das crianças chegavam aos 10 anos sem saber ler nem escrever, em 2007.

"As injustiças sociais se projetam na escola", disse a professora Iolanda de Oliveira, doutora em psicologia escolar pela Universidade de São Paulo (USP). "A escola tem responsabilidade, sim, mas a estrutura da sociedade tem influência. Não é o único, mas é um forte fator." O quadro, de acordo com a professora, é formado por professores sobrecarregados e com condições ruins de trabalho e alunos de famílias muito pobres, com pais iletrados que, muitas vezes, deixam sozinhas as crianças, que faltam às aulas ou precisam trabalhar. "A sociedade, como um todo, tem muitas pessoas com condições de vida muito abaixo da linha da pobreza", disse. Do total de analfabetos de 7 a 14 anos, 1,36 milhão estavam no Nordeste e 460 mil no Sudeste. O IBGE afirma que a maior proporção se concentrava, em 2007, no Nordeste, com 15,3%, seguida pelo Nor-

te, com 12,1%. No Centro-Oeste, eram 5,3%, e no Sul, 3,6%. Avanço -O Brasil, porém, avançou na meta da universalização da educação primária, segundo a Síntese. Um dos indicadores para medi-la, a taxa de analfabetismo da população de 15 a 24 anos, recuou de 12% em 1997 para 5,3% em 2007. Mas as regiões Norte, com 6%, e Nordeste, com 6,5%, ainda tinham quase o dobro das demais regiões. Houve uma redução de 60% no analfabetismo de brasileiros de 15 a 17 anos. Em 2007, 2,6 milhões declararam freqüentar cursos de alfabetização e de Educação de Jovens e Adulto. Po u c o m e n o s d a m e t a d e (45,9%) estava no correspondente ao Ensino Fundamental e 20,7% em curso de alfabetização. "Correm atrás de uma escolarização perdida", disse Ana Sabóia, gerente de Indicadores Sociais do IBGE. (AE)

nessa situação se concentraram nas faixas de 35 a 44 anos e acima de 45 anos (4,11%). Quando se levou em conta os 39 milhões de casais, os Dincs já eram 5% no ano passado ante 3,4% em 1997. "O casal Dinc cresce muito nas sociedades industrializadas", disse a gerente de Indicadores Sociais do IBGE, Ana Sabóia. Foi a primeira vez que o IBGE fez esse cálculo. Crianças – A pobreza recuou nos últimos dez anos no País, mas continua a afetar com mais intensidade crianças e adolescentes, segundo o IBGE. No ano passado, 30% dos brasileiros viviam com rendimento mensal familiar de até meio salário mínimo per capita. Na faixa de 0 a 17

anos, a proporção de pobres era bem maior: 45,7%. Trabalho doméstico – A proporção de pessoas de 10 a 15 anos submetidas ao trabalho doméstico aumentou em relação a 1997. No ano passado, 8% dessas crianças e adolescentes trabalhavam no domicílio em que moravam, ante 5,4% em 1997. No domicílio do empregador, a proporção dos que trabalhavam aumentou de 8% para 9,1% no mesmo período. O trabalho doméstico é proibido no País para menores de 18 anos a legislação já vetava a atividade para pessoas de até 15 anos; decreto sancionado este mês a proibiu para os de 16 e 17 anos. Idosos – Em 53% dos domicí-

lios do País, mais da metade da renda era fornecida por idosos em 2007, revela o IBGE. Dez anos antes, o porcentual era de 47,2%. Na área rural do País, o mesmo nível de contribuição das pessoas com 60 anos ou mais no orçamento familiar chegou a 67,3% dos domicílios em 2007 - no caso do Nordeste rural, a 73%. A análise do crescimento relativo da população por grupos de idade entre 1997-2007 mostra um incremento de 65% na faixa de 80 anos ou mais. A população brasileira apresentou crescimento de 21,6% no período, e na faixa de 60 anos ou mais o aumento foi de 47,8%. (AE)

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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Mestre shaolin em apresentação em Cali, na Colômbia.

Jaime Saldarriaga/Reuters

SETEMBRO

10 - LOGO

25 Dia Nacional do Surdo

I NTERNET P ALEONTOLOGIA

Por um mundo melhor Google comemora 10 anos financiando boas idéias para melhorar qualidade de vida

O

Google lançou ontem um concurso para financiar com US$ 10 milhões projetos que possibilitem uma melhora na qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. A iniciativa, chamada 10 to the 100th, comemora os dez anos da empresa e selecionará as melhores idéias apresentadas por internautas, especialistas ou leigos, de todo o mundo. Os projetos deverão apontar caminhos para efetivamente

melhorar as condições de vida no planeta em questões cruciais. A empresa investirá os US$ 10 milhões reservados para o concurso para tornar algumas dessas idéias realidade. "As idéias podem ser pequenas, relacionadas com a tecnologia ou brilhantemente simples, mas é necessário que tenham um impacto", disse a companhia em comunicado. As idéias podem estar relacionadas com qualquer campo, mas algumas áreas são indicadas

Nasa

Karen Bleier/AFP

no comunicado como mais comuns: energia, habitação, saúde e educação. Os participantes deverão apresentar idéias que tenham impacto efetivo nas condições de vida e que sejam realizáveis, e deverão, também, indicar a quantas pessoas o projeto beneficiará e por quanto tempo. A seleção ficará a cargo de um grupo de funcionários da empresa, e o anúncio dos vencedores acontecerá em 27 de janeiro de 2009. Depois da primeira seleção, os

L OTERIAS

Estratégias musicais para candidatos

Concurso 865 da LOTOMANIA

O articulista Jean-Pierre Langellier, do jornal francês Le Monde, publicou ontem um artigo sobre as eleições brasileiras, comentando as estratégias de campanha da "mais vibrante democracia do mundo" na atualidade. Langellier percebeu que os candidatos brasileiros prometem de tudo, pouco importando a possibilidade real de cumprir o prometido, e comenta ainda o fato de que o grosso da campanha eleitoral se dar na televisão e no rádio. Por isso, se a imagem é essencial, mais importante ainda é a sonoridade de seus jingles e slogans.

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B RAZIL COM Z

www.project10tothe100.com/ how_it_works.html

Réplica do globo terrestre reproduz os movimentos dos ventos e das marés no Museu de História Natural em Washington.

Fábio Motta/AE

Uma réplica de fóssil do maior dinossauro brasileiro, que viveu há 65 milhões de anos, foi apresentada ontem por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O fóssil foi descoberto em Uberaba (MG), resultado da maior escavação paleontológica já realizada no país. O último e o maior dos dinossauros do Brasil foi reconstituído a partir de dezenas de fósseis e de uma reconstrução digital dos elementos não encontrados. O estudo apontam que ele poderia atingir de 15 a 20 metros de comprimento.

internautas serão convocados a votar, e dessa etapa sairão as 20 idéias mais votadas. Um grupo de especialistas selecionará, entre os 20 finalistas, os 5 ganhadores, que serão anunciados em fevereiro. Os critérios a serem usados na avaliarão das idéias são: alcance e impacto sobre pessoas, viabilidade, eficiência e longevidade. A inscrição dos projetos já está aberta, pela internet, é claro.

É LIXO - A imagem acima é uma representação artística da Nasa. Cada ponto branco é uma peça de lixo espacial na órbita terrestre mais próxima, que a agência passou a monitorar. E M

A RTE

C A R T A Z

Concurso 1007 da MEGA-SENA 04

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MOLESKINEIROS

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M ODA

Os estilistas da Virgem Maria Desenho do norteamericano Joseph Tomlinson

Reproduções/site

O Moleskine tem diversos modelos: com pauta, sem pauta, agenda, para planejamento de viagens e muito mais

VISUAIS

Os franceses recorreram a estilistas famosos para dar uma roupagem moderna à estátua da Virgem Maria da basílica de NotreDame de la Daurade, em Toulouse. A imagem da virgem negra é do século 5 e o guarda-roupa não é atualizado desde então. Sonia Rykiel, Christian Lacroix, Jean-Charles de Castelbajac e Paco Rabane estão entre os estilistas a quem a igreja pediu que vestissem a estátua de mais de dois metros de altura. As marcas Gucci, Prada e Valentino também receberam o pedido.

Pinturas do artista Flavio Del Carlo. Espaço Imaginário Oficina Beth Lima, rua Fidalga, 193, tel.: 3814-3536. Grátis.

G @DGET DU JOUR

Um resfriador para seu notebook A Antec desenvolveu este resfriador de notebooks (notebook cooler) que se encaixa em qualquer tipo e modelo de computador portátil e, ao mesmo tempo, o torna mais confortável para ser utilizado na mesa. O cooler é conectado ao computador pela porta USB e,

portanto, não precisa de bateria ou qualquer outra fonte de energia. Além disso, tem uma iluminação azul por LEd, o que ajuda a suprimir a iluminação ambiente, em alguns casos. Custa US$ 90.

Ilustração da dinamarquesa Ea

M

oleskine é o clássico caderno de notas e esboços que há dois séculos acompanha artistas como Henri Matisse, Vincent van Gogh e Ernest Hemingway. O caderno tem fãs no mundo todo, que se reuniram em um site para apresentar o que fazem quanto têm o caderno em mãos.

www.antec.com/us/ productDetails.php?ProdID=75019

Um Moleskine e uma caneta Bic, pela norteamericana Samantha Zaza

www.skinear t.com www.moleskine.com

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Parangolé, a arara escolhida como mascote do Mundial de Futsal tem nome questionado

Depois de anos de negociação, Brasil inclui direitos humanos em metas do milênio da ONU

Ministério da Saúde lança cartilha com o objetivo de evitar uso errado de medicamentos

O inglês Wilbur registrou esta cena em aquarela


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Congresso Planalto CPI Eleições

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Sergioi Dutti/AE

Ex-agente da Abin diz que não valeu a pena o esforço

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Sinceramente, acho que não valeu a pena. Valia pela intenção, mas hoje em dia... Francisco Ambrósio

AGENTE DA ABIN ADMITE PAGAMENTO

Ambrósio nega grampo. E renega o trabalho e x ag ente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Francisco Ambrósio negou participação na gravação ilegal de conversas telefônicas de autoridades durante depoimento à CPI dos Grampos e afirmou que o trabalho que realizou para a Polícia Federal (PF) não valeu a pena. "Sinceramente, acho que não valeu a pena. Valia pela intenção, mas hoje em dia...", disse Ambrósio ontem. Segundo a Agência Brasil, o ex-agente afirmou que seu trabalho se resumia em "fazer uma triagem" de e-mails que estavam num Disco Rígido (HD) de um computador apreendido pela PF e que por ele recebia apenas R$ 1,5 mil em dinheiro pelo serviço. A quantia, segundo Ambrósio, era entregue em um envelope pelo delegado da PF e coordenador da Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz. "O próprio Protógenes me dava o envelope e eu assinava um recibo", afirmou o ex-agente. Segundo ele, o dinheiro fazia parte da "verba operacional da operação" e seu cargo seria de "colaborador eventual" da PF. "Não participei de qualquer escuta telefônica legal ou ile-

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gal. Não tenho a menor idéia de quem tenha feito a escuta. Não tenho autorização para esse tipo de proced i m e n t o " , a r g umentou o ex-agente. Ambrósio é acusado de, a pedido do delegado Protógenes Queiroz, ter gravado clandestinamente conversas de autoridades, inclusive do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. "Todos os dias chegava às 8h. O meu computador já estava ligado e na tela já havia uma pasta aberta, que era a minha tarefa do dia. Fazia a seleção dos assuntos. Fazia uma leitura rápida e jogava numa planilha: data, hora, remetente, destinatário e assunto. Não fazia uma análise do conteúdo porque não entrava no mérito", explicou Ambrósio, acrescentando que todos os e-mails eram de 2004. Ele ainda disse que se identificava todos os dias na portaria do edifício da PF, em Brasília, e chegou a dividir sala com Protógenes. "Era uma sala específica para a Operação [Satiagraha]", afirmou. O exagente diz que com o avanço da tecnologia "existem pessoas do crime organizado que detêm maquinagem para fazer

Ambrósio e o presidente da CPI, Marcelo Itagiba:

O próprio (delegado) Protógenes me dava o envelope (com o pagamento em dinheiro) e eu assinava um recibo. Francisco Ambrósio, ao depor à CPI grampo". O deputado Laerte Bessa (PMDB- DF) diz que errou ao dizer que Ambrósio fazia parte do grupo que gravou as conversas telefônicas do presidente do STF, Gilmar Mendes. Afirmou que o ex-agente é uma "pessoa humilde" e "não tem nada a ver" com a escuta telefônica. "Já as empresas de

telefonia são altamente suspeitas. Temos que fazer uma auditoria no equipamento deles", afirmou. Quebra de sigilo – Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos, o ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Francisco Ambrósio, autorizou a quebra de seus sigilos telefônico, bancário e fiscal desde 1998, ano em que se aposentou. Segundo a Agência Brasil, com isso Ambrósio quer provar que ele não teve nenhuma outra fonte de renda durante todo esse período. "Me disponho a abrir meu sigilo bancário e fiscal para que essa comissão fique tranqüila e com a absoluta verdade de que nesses dez anos não desempenhei nenhum tipo de atividade remuneratória". (AE/ABr)

STF adia decisão sobre limites de reserva pataxó na Bahia

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edido de vista do ministro do Supremo Tr i b u n a l F e d e r a l (STF) Carlos Alberto Menezes Direito adiou a decisão sobre os limites da terra indígena pataxó Caramuru-Catarina Paraguaçu, no sul da Bahia. Não há prazo para retomada do julgamento. O voto do relator Eros Grau foi favorável aos indígenas. A de- Roberto Jayme/Reuters cisão poderá definir parâmetros para as 144 ações q u e t r a m itam no STF s o b r e d emarcaçõ es, inclusive a reserva indígena Raposa Serra do Sol. M u i t o mais polêmico, o julgamento sobre a reserva em Roraima começou no mês passado, mas foi interrompida também por um pedido de vista de Menezes Direito. O relator da Raposa, ministro Carlos Ayres Britto, já havia dado voto favorável à demarcação contínua. Nessa ação, a Fundação Nacional do Índio (Funai) pede a anulação de títulos de posse concedidos pelo governo da Bahia em uma reserva. Segundo o Ministério Público, a área em discussão tem 54 mil hectares delimita-

dos e demarcados como de uso exclusivo da etnia pataxó hã-hã-hãe. A demarcação foi feita com base em uma lei estadual de 1926, mas, de acordo com promotores, as terras foram gradativamente ocupadas e arrendadas a fazendeiros. Conflitos – Ainda segundo o Ministério Público, a disputa pela área indígena

Fumacê: cerca de 200 índios estiveram ontem na Câmara (em recesso), na expectativa do julgamento, com cocares e pintados para a guerra.

na Bahia tem gerado conflitos. Nos últimos anos, os índios estiveram com freqüência em Brasília para falar com autoridades sobre o problema. Em recesso branco há dois meses, a calmaria da Câmara foi quebrada ontem pela presença de cerca de 200 índios da etnia pataxó hã-hãhãe. Pintados para a guerra, eles dançaram e cantaram pelos corredores da Câmara. "Essa terra é historicamente nossa", protestou Ilza Rodrigues, cacique pataxó. (AE)


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Ambiente Educação Prevenção Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A instalação de redes e grades nas janelas de quartos e salas pode evitar tragédias domésticas.

GAROTO ESTAVA SOZINHO EM CASA

Quando o perigo está dentro de casa Menino de 9 anos morre após cair do nono andar, no Centro. Especialistas alertam sobre a necessidade de proteger as crianças para evitar novas tragédias domésticas. Hélvio Romero/AE - 01/09/2008

Fábio D'Castro/Hype

Maristela Orlowski

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ã o P a u l o re g i s t ro u mais um dramático acidente com crianças. Um menino de 9 anos morreu após cair do nono andar de um prédio, por volta das 17h de segunda-feira, na rua dos Andradas, no Centro. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, com base no boletim de ocorrência, Henrique Bezerra Lopes estava sozinho no imóvel no momento da queda. Ele morava com a mãe e a avó. A polícia encontrou o apartamento fechado, com as luzes apagadas e com a porta da varanda entreaberta. A rede de proteção do apartamento estava abaixada, por causa de obras que estão sendo realizadas na fachada. Henrique chegou a ser encaminhado à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso será investigado pelo 3.º Distrito Policial. A queda de crianças de janelas virou algo freqüente em todo o País. No dia 8 de setembro, um domingo, um bebê de 1 ano e 3 meses caiu de um prédio em Bombinhas (SC). Na terça-feira anterior (dia 2), outro menino de 2 anos caiu do terceiro andar de um edifício, no Recife. Uma Rodrigo Lobo/AE - 27/08/2008

Mãe pesquisa babás eletrônicas para aumentar a segurança em casa

semana antes, em 26 de agosto, um bebê de 1 ano e 6 meses foi salvo por uma fralda descartável ao cair do terceiro andar de um prédio, também na capital pernambucana. Prevenção – A solução para evitar mais tragédias é simples: prevenção. "As crianças estão em fase de descobrimento e precisam de atenção redobrada o tempo todo", diz o tenente Marcos das Neves Palumbo, do Corpo de Bombeiros de São Paulo. "O ideal seria que um adulto ficasse o tempo todo com a criança, mas, como sabemos que nem sempre isso é possível, medidas de prevenção são importantes para evitar sustos." De acordo com Palumbo, em

casa onde tem criança todas as janelas e sacadas devem ser equipadas com grades ou telas de segurança. Bancos e sofás também devem ser retirados de perto das janelas, para impedir que as crianças subam e tenham acesso a elas. Além disso, também é importante manter todo o ambiente doméstico protegido. Afinal, 80% dos acidentes com crianças e adolescentes acontecem dentro de casa. No ambiente doméstico, os vilões que ameaçam as crianças vivem escondidos por todos os cômodos e podem assumir inúmeras formas. Aparecem como uma janela aberta e sem rede de proteção, como Teresa Maia/AE - 03/09/2008

um vidro de remédio aberto, uma panela quente com o cabo voltado para fora do fogão, uma tomada aparentemente inofensiva ou até mesmo a quina de um móvel. Proteção –No mercado, o leque de soluções de segurança é vasto. Há produtos específicos para cada ambiente da casa. Os protetores de portas, gavetas e tomadas são os campeões de vendas, seguidos pelas babás eletrônicas, segundo Michel Khalil dos Reis, gerente-geral de vendas da Alô Bebê. "Hoje, por meio da babá eletrônica, é possível monitorar à distância o que ocorre com o bebê. Elas vem com vídeo, inclusive", diz. Mas no arsenal contra travessuras e acidentes mais sérios existem diversos tipos de protetores (tomadas, quinas), fechos (armários, geladeira) e travas (gavetas, fornos e vasos sanitários). "Temos mais de 500 modelos de produtos relacionados à segurança das crianças, inclusive de transporte em veículos", comenta Reis. "Cada fase necessita um tipo de cadeira específico. Cerca de 70% das mortes de crianças no trânsito poderiam ser evitadas se elas usassem equipamentos seguros e corretos", acrescenta o gerente.

Prédio de onde caiu o menino Alcides: tragédias cada vez mais freqüentes Fotos de Hélvio Romero/AE - 01/09/2008

TRISTE ROTINA – A queda de crianças de janelas de edifícios é cada vez mais comum. No Recife, uma fralda descartável (à esquerda) salvou um bebê de um ano e seis meses da morte, após cair de uma janela sem grade, no 3º andar. Também no Recife, Eric Santos caiu do 3º andar e sobreviveu. Em São Paulo, Alcides Fortunato Júnior, de 3 anos, morreu ao cair do 6º andar na rua dos Gusmões (à direita).


Congresso Eleições Crise CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Bom de voto

O

resultado da pesquisa Sensus/CNT, em que mais de 70% dos entrevistados disseram que votariam em candidatos apoiados pelo presidente Lula, assustou principalmente os tucanos, que devem ser o principal adversário do PT também nas eleições de 2010. O PT espera que o alto índice de popularidade de Lula impulsione, por exemplo, a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura paulistana no segundo turno, uma vez que o governador José Serra já decidiu que participará ativamente da campanha de Geraldo Alckmin ou de Gilberto Kassab. Portanto, os eleitores paulistanos assistirão a um embate empolgante entre Lula e Serra.

CORRIDA

ARRANCADA O resultado das próximas pesquisas será importante para ambos. Alckmin e Kassab querem ganhar alguns pontos e desempatar o jogo. Os democratas garantem que a linha de Kassab nas pesquisas continua ascendente.

INSISTÊNCIA Ainda contrariando José Serra, Alckmin mantém o estilo agressivo de campanha contra Kassab. O tucano continua associando a imagem de Kassab aos ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta e ao ex-governador Orestes Quércia.

TIRO NO PÉ De forma irônica, os democratas exibem fotos de Kassab ao lado de Serra, de Covas e do próprio Alckmin. Os democratas lembram ainda que o partido de Pitta está apoiando o tucano.

AVANÇO Alckmin e Kassab apelam agora pelos votos dos eleitores indecisos e esperam "roubar" alguns votos de Marta Suplicy. A

Vamos esperar que o Itamaraty cumpra tudo que tem de fazer Luiz Inácio Lula da Silva

LULA INSISTE SOBRE COLAPSO FINANCEIRO

Eymar Mascaro

Alckmin e Kassab continuam brigando para chegar ao segundo turno. Pelas últimas pesquisas, os dois candidatos estão empatados em segundo lugar.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

candidata petista caiu alguns pontos na última pesquisa Datafolha: foi de 41% para 37%.

NÚCLEOS Os candidatos tucano e democrata escolheram os bairros da periferia em que Marta está mais forte para intensificar as campanhas. São os bairros das zonas sul e leste, os principais redutos eleitorais da Capital.

NA TV Kassab continua comparando sua administração à gestão de Marta na Prefeitura. O atual prefeito procura convencer os eleitores de que é mais operoso do que a petista, sobretudo nas áreas de saúde e educação.

CAÇA ÀS BRUXAS O Conselho de Ética do PSDB de São Paulo deve apreciar, nos próximos dias, uma representação contra o tucano Clóvis Carvalho, secretário de Governo de Kassab, que qualificou Alckmin de "oportunista".

SEMELHANÇA Os alckmistas insistem junto ao presidente do diretório municipal do PSDB, Henrique Lobo, pressionando para que o partido expulse os tucanos kassabistas. O Conselho de Ética já examina um processo contra o secretário de Esportes, Walter Feldman.

Lula diz que falou na ONU o que todos queriam dizer Ao contrário de Bush, presidente incluiu a crise americana e seus efeitos em discurso

"E

u acho que todo mundo queria falar o que eu falei. Eu só tive a sorte de falar primeiro". A afirmação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentando matéria publicada no jornal americano The New York Times sobre seu discurso, na terça-feira, na 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Na edição de ontem, o diário novaiorquino citou que os líderes que discursaram na ONU destacaram que "o tremor nos Estados Unidos ameaçava a economia global". O jornal continua com a frase de Lula proferida no discurso: "O ônus da cobiça desenfreada não pode cair impunemente sobre todos". A fala do presidente Lula ganhou mais corpo e destaque na imprensa internacional por um outro motivo: ao contrário do que se esperava, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que discursou na ONU logo em seguida ao presidente Lula, não fez nenhuma referência à crise internacional gerada a partir da crise do subprime norte-americana. Em seu último discurso como presidente dos EUA, Bush, de quem se esperava ao mínimo um comentário sobre a crise, optou pelo tema terrorismo. Ao sair do almoço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Lula acrescentou que não havia tido chance de olhar o diário norteamericano. "O Celso (Amorim, ministro das Relações Exteriores) marcou muita reunião para mim pela manhã", comentou o presidente. Lula informou que haveria uma discussão sobre a crise finan-

Beto Barata/AE

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Lula entre Cristina Kirchner (na foto, à esquerda) e Michelle Bachelet (à direita): crise boliviana em discussão

ceira internacional na noite de ontem, durante a reunião promovida pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, com dirigentes da Espanha, Inglaterra, Austrália, do Brasil e da França e autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI). Fôlego – Lula diz achar que, daqui para a frente a discussão da crise financeira deve ganhar mais fôlego daqui para a frente. "Não é justo que as pessoas pobres, que não ganharam dinheiro com especulação, sejam vítimas da especulação feita por banqueiros em algumas partes do mundo." De acordo com o presidente brasileiro, a discussão da crise merece seriedade e o FMI estaria presente na reunião de ontem à noite. "Eu acho que todos os órgãos multilaterais precisam encontrar uma proteção para que os países pobres, que passaram 20 anos sem crescer e agora estão crescendo, não sejam vítimas de uma ciranda financeira, ou de um cassino que inventaram aqui, nos Estados Unidos", completou.

Unasul cria comissão para investigar crimes na Bolívia

U

ma comissão de especialistas de todos os países que compõem a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) investigará a violação dos direitos humanos no departamento de Pando, na Bolívia. O grupo deverá ser formado na próxima segundafeira e terá a coordenação do subsecretário de Direitos Humanos da Argentina, Rodolfo Matarollo. A decisão foi tomada ontem durante reunião da Unasul realizada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, da qual participaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente da Argentina, Cristina Kirschner, e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. é a segunda vez que os presidentes da Unasul se reúnem, em menos de um mês, para discutir e avaliar a extensão da crise boliviana.

Durante as manifestações contra o governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, 3 0 camponeses foram mortos em Pando, na fronteira com o Acre. Evo Morales garantiu que o seu governo tem interesse em investigar as mortes. O governo nacional estará esperando os delegados para essa investigação e, dessa maneira, esclarecer todos os acontecimentos na Bolívia, disse, ressaltando que o objetivo do governo é garantir a autonomia legal e constitucional no país. Para Morales, quem rechaça e não quer legalizar a aprovação da nova Constituição são os inimigos do povo, especialmente do movimento campesino indígena, que, historicamente, buscam na nova Constituição igualdade e justiça social. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse que a Unasul continuará apoiando a democracia na Bolívia. (AE)

Ibope: 94% aprovam distribuição de remédios Para 92% dos entrevistados, é ótimo ou bom o atendimento nas UBSs

Reunião Plenária da Solidariedade (Informações, debates e busca de soluções)

Ordem do Dia I

Projeção de filme sobre a Campanha da Solidariedade

II Palavra da Coordenadoria Geral do Conselho da Mulher Palavra do Presidente da Associação Brasileira dos Coreanos Palavra do Presidente da Associação Comercial de São Paulo - ACSP III Assinatura do Protocolo de Intenções IV Entrega simbólica de caixas de roupas a uma das entidades V Agradecimento a todos os colaboradores

Dia: 30 de setembro de 2008, terça-feira Horário: 9h30 Local: Clube Esperia, Av. Santos Dumont, 1.313

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programa de distribuição de remédios gratuitos nas Unidades Básicas da Saúde da cidade de São Paulo tem ampla aprovação da população. Essa é a conclusão de uma pesquisa recém-realizada pelo Ibope com usuários das UBSs. A distribuição dos remédios obteve 94% de aprovação. A pesquisa questionou os entrevistados sobre a qualidade do atendimento e a facilidade para conseguir obter o medicamento. Para 92% dos entrevistados, o atendimento prestado nas unidades foi ótimo ou bom. Seis por cento consideraram regular e apenas 3% classificaram o serviço como ruim/péssimo. A tabulação dos resultados mostrou que a nota média dada ao atendimento prestado pelos funcionários das unidades foi de 9,1. As características mais citadas na reportagem sobre o serviço foram o bom atendimento (50%),

a rapidez no atendimento (33%) e a disponibilidade dos remédios (16%) nas unidades. A intenção de voltar ao mesmo local para retirar medicamentos em outra oportunidade foi manifestada por 77% dos entrevistados. Outros 13% dos entrevistados afirmaram que provavelmente voltarão

ao mesmo local para ser atendido. O Ibope entrevistou 600 pessoas que utilizaram o serviço de distribuição gratuita de medicamentos nas UBSs nos dias 18 e 19 de setembro. A margem de erro é de 4%, para mais ou para menos, segundo o Ibope.


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


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Finanças Nacional Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PAÍS OCUPA TERCEIRO LUGAR NO USO DE COSMÉTICOS

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milhões de brasileiros entraram na classe C nos últimos dois anos.

Equador agora ameaça o BNDES Presidente Rafael Correa diz que financiamento para obras da Odebrecht pode sair das prioridades do país. Construtora brasileira contesta falhas.

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Beto Barata/ AE

p r e s i d e n t e d o gar o empréstimo é um disEquador, Rafael curso popular antes do refeCorrea, ameaçou rendo de domingo para amontem não pagar pliar seus poderes presidenempréstimo de US$ 243 mi- ciais. "Correa está apenas lhões, concedido pelo Banco tentando fazer da Odebrecht Nacional de Desenvolvimento um exemplo. É uma manobra Economico e Social (BNDES), política e eleitoral", disse Enrelacionado à construtora rique Alvarez, chefe de estraOdebrecht, companhia que foi tégias de dívida para Amériexpulsa do país na terça-feira. c a L a t i n a d a c o n s u l t o r i a Correa ordenou que a Ode- IDEAglobal em Nova York. Resposta – A construtora brecht suspendesse as operações no Equador devido a re- Odebrecht divulgou nota onclamações do governo de que a tem contestando a versão do hidrelétrica nova governo equatode San Francisco riano sobre a pafoi mal construíralisação da cenda. Ele enviou trotral hidrelétrica. pas para confiscar Nós estamos A empreiteira o terreno ocupado pensando seriamente afirmou que fopela construtora. em não pagar o ram detectados Ao todo, as mediproblemas pondas adotadas pelo crédito do BNDES que tuais durante paEquador envol- foi concedido através rada de manutenção e inspeção vem contratos da da Odebrecht. Odebrecht da orRafael Correa, programada, em dem de US$ 650 presidente do Equador junho deste ano, e m i l h õ e s e a t i nque os reparos estavam sendo feigem 3.800 trabalhadores, sendo 36 brasileiros. tos até a intervenção do presiO presidente equatoriano dente Rafael Correa. afirmou que revisou na noite A hidrelétrica San Francisco de terça-feira o relatório final é a segunda maior do país. Foi das principais dívidas exter- concluída pelo consórcio Odenas do país com a finalidade de brecht, Alstom e Vatech e inaudeterminar quais emprésti- gurada em junho de 2007, – semos serão quitados. gundo a Odebrecht nove me"Nós estamos pensando se- ses antes do prazo – gerando riamente em não pagar o crédi- receita adicional de US$ 43 mito do BNDES que foi concedi- lhões ao governo equatoriano. do através da Odebrecht para a Mas a central está paralisada construção da hidrelétrica San desde 6 de junho. Segundo a Francisco", declarou durante empresa brasileira, a usina foi entrevista na televisão. afetada pela erupção do vulAnalistas disseram que a cão Tungurahua, que gerou ameaça de Correa de não pa- aumento significativo de sedi-

Clima eleitoral tem influência

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Ministro Celso Amorim: todo apoio à Odebrecht

É como se fosse, guardada as proporções, um default. O Equador deixou de honrar compromisso internacional. José Augusto de Castro, da AEB mentos no rio Pastaza, eventualidade que não foi levada em conta no projeto de engenharia equatoriano. A Odebrecht assumiu os trabalhos dos reparos, visando o

retorno da operação em 4 de outubro, prazo que estava sendo cumprido até a intervenção do governo, diz a nota da construtora, assegurando que os prejuízos provocados pelos três meses de paralisação são inferiores aos ganhos obtidos pelos nove meses de antecipação do prazo de construção. Repúdio – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota em que "repudia a intervenção do governo do Equador" nas atividades da construtora Odebrech. "O decreto presidencial, que estabelece o seqüestro dos bens, a militarização dos canteiros de obras e impede a saída do país de quatro funcionários, repre-

Cosméticos devem crescer 8,7% Neide Martingo

Paulo Pampolin/Hype - 10/04/2006

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implantação da substituição tributária mexeu com os resultados dos fabricantes de cosméticos, perfumes e itens de higiene pessoal em fevereiro e março. Ela puxou para baixo a expectativa de faturamento do setor para este ano. "Nos últimos 12 anos, as empresas vêm registrando aumento médio de vendas de 11%. Em 2008, o índice deverá ser de 8,7%. A implantação ocorreu em fevereiro, em cima da hora, pela Secretaria da Fazenda. O desempenho no varejo caiu 3,65% no mês", afirmou ontem o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio da Silva. "As mudanças já foram incorporadas ao sistema", acrescentou. Mas as vendas continuam bem. A alta no faturamento no primeiro semestre foi de 7,7% em relação a igual período do ano passado, atingindo R$ 7,7 bilhões. A expectativa para o segundo semestre é de que o aumento seja de 9,3%, totalizando R$ 13,4 bilhões. O Brasil

Setor reage depois dos prejuízos com a substituição tributária

ocupa a terceira posição mundial no consumo de cosméticos, perfumes e itens de higiene pessoal, com R$ 22 bilhões. No quesito produção, o País fica provavelmente em segundo lugar, só perdendo para os Estados Unidos. A carga tributária foi apontada como um dos grandes entraves para o crescimento das indústrias. Segundo Silva, os impostos cobrados num produto como tintura de cabelo chegam a 90% do preço. "Tratase de um produto essencial pa-

ra as mulheres, que se sentem vítimas de preconceito social quando se apresentam com cabelos brancos. Não é um item supérfluo. Se é vendido para o varejo a R$ 5, vai chegar ao consumidor a R$ 9,5." Outra novidade do setor é a assinatura, prevista para este ano, do reconhecimento mútuo entre o Brasil e a Argentina, o que facilita a venda dos produtos fabricados em qualquer dos países. "A Agência de Vigilância Sanitária na Argentina vai aprovar a venda de qualquer

item fabricado no Brasil. Basta que seja informado o seu registro. O mesmo vai acontecer com os produtos argentinos aqui. Para as pequenas e médias empresas, principalmente, são 30 milhões de novos consumidores que terão acesso ao que é fabricado", detalhou Silva. Segundo ele, o objetivo é estender o reconhecimento mútuo para toda a América Latina, que absorve 65% das exportações brasileiras."O total de vendas externas deverá chegar a US$ 650 milhões neste ano, mas poderia atingir US$ 1 bilhão se o reconhecimento mútuo já estivesse em vigor." Silva afirmou que, entre janeiro e agosto de 2007, as exportações foram de US$ 360 milhões. Em igual período deste ano, o montante subiu para US$ 435 milhões. Cosmética – Entre os dias 27 e 30 deste mês, acontece em São Paulo a Cosmética, considerada uma das maiores feiras do setor. A expectativa é de que 220 expositores, com 400 marcas, participem do evento. "Poderá ser registrado, em quatro dias, o equivalente a três meses de faturamento das empresas", afirmou Silva.

Letra maior no contrato funciona? Sílvia Pimentel

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a última segunda-feira, o presidente da República em exercício, José Alencar, sancionou uma norma que proíbe o uso de letras miúdas nos contratos de adesão. A Lei nº 11.785 altera o parágrafo 3º do artigo 54 do Código de Defesa do Consumidor, fixando em 12 o corpo mínimo da letra nos documentos celebrados entre fornecedores e consumidores. Na opinião de advogados ouvidos pelo Diário do Co-

mércio, a mudança não traz avanço nas relações de consumo, pois a legislação já deixava claro que esses contratos devem ser redigidos de forma legível e com letras ostensivas para a compreensão do consumidor. "O código é enxuto, de fácil interpretação. A inserção de detalhes retira dos juízes a possibilidade de dar uma resposta satisfatória nos casos individualizados", diz o advogado especializado em relações de consumo, Bruno Boris, do escritório Fragata e Antunes Advogados. De acordo com ele, contratos de adesão com

letras que dificultam a leitura já estavam sendo invalidados pelo Judiciário. O advogado chama a atenção para os custos que as grandes empresas terão para se adaptar à regra. Segundo ele, clientes da área de bancos, por exemplo, entraram em contato com o escritório assim que a lei foi sancionada para saber da possibilidade jurídica desses contratos serem enviados via internet. Isso porque em alguns casos o número de folhas vai aumentar sensivelmente com a novidade, aumentando os custos de impressão e postagem.

A mesma opinião tem o advogado Rodrigo de Mesquita Pereira, do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida, Esteves Advogados. "É chover no molhado", resumiu. No seu entendimento, o tamanho da letra não é fator determinante para a compreensão do contrato. Além disso, o corpo 12 pode não ser o tamanho adequado para pessoa com problema visual. "É muito mais complicado entender contratos redigidos de forma concentrada, sem uso de espaços adequados, do que documentos com letra de corpo menor que 12."

senta um desrespeito aos contratos, às normas jurídicas e às regras internacionais", diz a nota. A CNI "espera que o governo brasileiro tenha uma atuação firme na defesa dos investimentos brasileiros". A ameaça do Equador de não pagar financiamento concedido pelo BNDES pode abrir um precedente histórico nas relações comerciais da América Latina, segundo o vice-presidente da Associação de Comé rc io E xt e r io r d o B r a s il (AEB), José Augusto de Castro. "É como se fosse, guardada as proporções, um default. O Equador deixou de honrar compromisso internacional" disse Castro. (Agências)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em Nova York, que ainda não conversou com o presidente do Equador, Rafael Correa, sobre sua decisão em relação à construtora Odebrecht. Lula atribuiu ao clima eleitoral no Equador e nos Estados Unidos o prolongamento de questões como a que envolve a Odebrecht e os impasses em torno da crise financeira internacional. "É importante lembrar que temos muitas eleições. Aqui, nos Estados Unidos, a crise financeira se prolonga, porque haverá eleições. No Equador, tem eleições no próximo domingo. Vamos deixar um pouco a bola passar, para resolver esse problema. Este é o papel do Brasil", afirmou Lula. Em relação às retaliações de nações vizinhas ao Brasil, Lula afirmou que isso se deve ao fato de ser o maior país da região, e comparou o Brasil a um "irmão mais velho". "Este é o papel do Brasil. Não tem jeito. Quem é o maior...", disse, sem concluir a frase. Terça-feira, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que o governo brasileiro está dando todo apoio aos diretores da Odebrecht. (Agências)

Brasil: país do futuro para embalagens para a expansão do mercado de embalagens", disse. Ela cita, por exemplo, que no Brasil, ao lado de seus primeiro semestre deste ano em comparação com igual outros parceiros do período do ano passado, cerca Bric (Rússia, Índia e de um milhão de lares das China), é onde o mercado de classes C, D e E agora consume embalagem mais pode prosperar até o ano de 2020. O molho de tomate e bebidas à base de soja; de 100 mil a 500 motivo é que o grupo dos mil lares das classes D e E usam quatro principais países emergentes terá um potencial catchup e creme dental e outros 50 mil lares começaram a de consumo de três a cinco comprar papel higiênico e vezes maior do que o dos Estados Unidos em termos de biscoito. Segundo Juliana, os consumidores dessas classes faturamento. têm visões distintas sobre a A previsão é do americano Brian Wagner, sócio diretor de importância da embalagem, opinião compartilhada por operações da Packaging & Wagner. Technology, empresa que De acordo com Wagner, esse presta consultoria na área de consumidor de menor renda vê sustentabilidade, inovações e a embalagem simplesmente oportunidades dentro da como algo para proteger o cadeia produtiva, e que artigo que está participou do 13º comprando e que, Congresso depois, é Brasileiro de descartada. Ele Embalagem, Mais do que adquirir acredita, realizado pela produtos, o entretanto, que já Associação consumidor moderno ocorre uma Brasileira de Embalagem quer fazer da compra evolução nessa visão, e que a (Abre). uma experiência. indústria deve se Para Wagner, a Brian Wagner, Packaging antecipar a ela. ascensão de uma & Technology, Ele lembra ainda grande parcela da que, mais do que população comprar, o consumidor brasileira ao consumo, moderno quer fazer da compra principalmente das classes uma experiência positiva. Por menos favorecidas, está isso, uma embalagem bem criando a necessidade de elaborada pode ser o grande produtos – e dessa forma responsável por incrementar o embalagens – para os grupos de renda média e baixa. Dados momento da utilização do produto, reforçando o apelo apresentados por Juliana da marca. Pestana, gerente de Mais do que o simples atendimento da Nielsen, sistema de entrega, o pacote confirmam essa informação. pode se transformar em uma Segundo ela, nos últimos dois anos houve um incremento de importante ferramenta de marketing. "Na minha 22,5 milhões de brasileiros à opinião, criar embalagens que classe C, que passou a possam ser utilizadas quando concentrar 46% do gastos de consumo da população. "Com o produto acaba é um caminho para atingir esse isso, algumas categorias não novo consumidor e, é uma básicas de produtos alcançaram um número maior forma de criar valor ao produto", diz Wagner. de lares, contribuindo assim

Patrícia Büll

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MONTADORA INDIANA QUER INVESTIR NO BRASIL

Estamos vivendo um momento de extrema volatilidade e é difícil fazer qualquer tipo de previsão. Frederico Fleury Curado, da Embraer Justin Sullivan/AFP

ETANOL A Bruno Domingos/Reuters

Mais uma descoberta

A indiana Tata de olho no Brasil

Petrobras informou que o consórcio que opera em conjunto com a Galp Energia (com participação de 20%) para exploração do bloco BMS- 24, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, concluiu a perfuração do poço 1-BRSA- 559A-RJS (1-RJS-652A), localizados na área de Júpiter. Segundo comunicado, as operações confirmam a ocorrência de uma grande jazida de gás natural e óleo leve na área do pré-sal.

indiana Tata estuda não dá nenhum outro A novos investimentos no detalhe. Mas levando-se em País. Por enquanto, a conta o perfil do grupo,

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Para Embraer, momento é de cautela

O

presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, acredita que a empresa possui "boas defesas" contra a crise externa, como a solidez do caixa e da carteira de pedidos. No entanto, avalia que o momento é de cautela, diante das incertezas sobre o cenário internacional. "Estamos vivendo um momento de extrema volatilidade e é difícil fazer qualquer tipo de previsão", afirmou. Para ele, até o final desta semana será possível ter uma visão mais clara do que acontecerá com os Estados Unidos, responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e pela maior parte

dos pedidos da Embraer. Curado avalia que o Brasil se fortaleceu nos últimos anos e ganhou resistência frente às flutuações externas. No entanto, está integrado à economia global e pode sofrer impactos da crise. Segundo o executivo, a maior preocupação é a capacidade de financiamento dos clientes da Embraer, em um ambiente de crédito mais apertado. "Temos caixa e acesso ao mercado de capitais, pois a Embraer é uma empresa grau de investimento", afirmou. A previsão de entregas para este ano está mantida e prevê crescimento de 30%.

companhia está presente apenas no setor de tecnologia da informação – por meio da Tata Consultancy Services (TCS), emprega 6 mil funcionários na América Latina, com dois centros de desenvolvimento no Brasil. Mas novos projetos estão sendo avaliados, como revelou Alan Rosling, diretor executivo da holding do grupo, a Tata Sons. "O Brasil é um lugar atraente para qualquer companhia", disse. Cauteloso, o executivo

sabe-se que as possibilidades são diversas. Criada em 1868 por Jamsetji Tata, a empresa atua em áreas como comunicações, engenharia, energia, serviços, consumo, química e siderurgia. Nesse último ramo, ganhou visibilidade no Brasil em 2007, ao desbancar a CSN na disputa pela Corus. Com 350 mil funcionários pelo mundo, fatura US$ 62,5 bilhões por ano e suas 27 empresas de capital aberto valem US$ 60 bilhões. Amanda Rivkin/AFP

SUPER TORRE – O bilionário Donald Trump anunciou a construção de uma torre de 415 metros em Chicago.

Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê um crescimento de 150% na demanda de etanol no Brasil nos próximos dez anos, que passaria dos 25,5 bilhões de litros para 63,9 bilhões de litros em 2017. Para atingir esse volume, serão necessários, segundo a EPE, investimentos de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões no período, valor que toma como base a construção de 246 novas usinas. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, não vê dificuldades para o volume ser alcançado. Isso porque quase a metade do volume de produção necessário para atingir a meta de demanda já está em fase de construção ou já foi implementada.

Menor índice desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade, em convênio com o Dieese, atingiu 14,5% em agosto, o menor índice para este mês desde 1998, início da série histórica. O total de desempregados foi estimado em 2,911 milhões de pessoas. O nível de ocupação subiu 0,5% em agosto em relação a julho, e aumentou 5,4% no mês passado na comparação com agosto de 2007. O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões metropolitanas caiu 0,5% em julho ante junho, e passou a R$ 1.156.

O

Com AE, AG e Reuters.

AVANÇO Oracle Corp., terceira maior empresa de software do mundo, está se unindo à HP para vender computadores especializados na análise de dados. A informação é de uma fonte não identificada. Esse movimento vai colocar a Oracle no segmento de hardware , uma nova área.

A

BÚSSOLA Braskem acertou uma parceria com a Toyota Tsusho para a venda de polietileno "verde" no continente asiático.

A

Petrobras informou que um vazamento de gás causou a explosão de terça na estação de tratamento de óleo de Furado, na Zona da Mata de Alagoas. Os quatro funcionários mortos faziam uma operação de rotina para evitar corrosão numa tubulação.

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ciranda@dcomercio.com.br


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

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bilhões de dólares o megainvestidor Warren Buffett vai pagar por ações do Goldman Sachs

Bush sobe o tom para aprovar pacote Presidente dos EUA disse que, sem a liberação das medidas, é grande o risco de a crise prejudicar emprego e acesso ao crédito dos cidadãos americanos.

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m discurs o n o h orário nobre da televisão americana, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou ontem que, se o pacote de salvamento do sistema financeiro criado pelo governo não for aprovado pelo Congresso, o futuro econômico dos cidadãos americanos pode estar em perigo. Citando riscos para o emprego, a renda e a oferta de crédito a trabalhadores e empresas, o presidente garantiu que o programa do Tesouro do país vai recuperar o montante investido para a estabilização do sistema financeiro. Ainda destacando a gravidade da situação, Bush convidou ontem os candidatos à presidência do país, Barack Obama (democrata) e John McCain (republicano) para discutir a crise, que sua administração tenta resolver com US$ 700 bilhões. O discurso alarmista de Bush foi semelhante ao adotado pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, e pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke. Eles voltaram ontem ao Congresso para defender o pacote. De manhã, Bernanke falou para os membros do Comitê Econômico Conjunto e, à tarde, ele e Paulson expuseram seus argumentos para o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. Nos depoimentos, Bernanke e Paulson fizeram um apelo direto para a classe trabalhadora americana apoiar a proposta do governo, dizendo que a crise nos mercados vai afetar a vida de todos os cidadãos. "A crise vai ter efeitos reais sobre as pessoas, até no nível dos que comem marmitas", disse Bernanke, antecipando o tom das declarações do presidente. Ele sugeriu que se o governo federal não agir para resolver o tumulto nos mercados, o país corre o risco de ter u m a t a x a d e d e s e m p re g o maior e desaceleração prolongada na economia. Paulson disse que o americano comum deve estar com raiva e assustado com relação à necessidade do governo federal de tomar medidas de emergência para lidar com os mercados financeiros sem liquidez. "Esse programa de com-

A semana passada parecerá o nirvana caso as medidas propostas por órgãos do Executivo não sejam aprovadas pelo Congresso. Warren Buffett, megainvestidor

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Kevin Lamarque/Reuters

pra de ativos problemáticos é o que de mais eficaz podemos fazer para ajudar os proprietários de imóveis e estimular nossa economia", disse Paulson. "A proposta tem como objetivo final beneficiar o povo americano, porque o frágil sistema financeiro de hoje coloca seu bem estar econômico em risco no futuro." Sem salvação – Muitos economistas não acreditam que o pacote de estabilização apresentado pelo governo possa salvar os Estados Unidos de uma recessão. Ainda há muitas dúvidas sobre a eficácia do programa do Executivo. "Mesmo se o plano do Tesouro for implementado corretamente, não vamos evitar uma recessão", disse o economista Nouriel Roubini, conhecido pessimista. "Com o plano, teremos recessão de 18 meses a dois anos, com crédito paralisado e vários bancos médios e pequenos quebrando. Sem nenhum plano, teríamos estagnação de dez anos, semelhante à vivida pelo Japão depois do estouro da bolha imobiliária", afirmou Roubini, professor da New York University. Carmen Reinhart, professora de Economia da Universidade de Maryland, disse que "não fazer nada" não é uma opção. "O sistema financeiro precisa muito de uma recapitali-

Alex Wong/Getty Images/AFP Photo

Yuri Gripas/Reuters

Estamos no meio de uma séria crise financeira, e o governo federal está respondendo com uma ação decisiva. George Bush, presidente dos Estados Unidos

Paulson (Tesouro) e Bernanke (Fed) passaram mais um dia tentando convencer os congressistas a liberar o pacote de US$ 700 bilhões para salvar o sistema financeiro.

zação. Se não houver um programa sistêmico, teremos mais instituições quebrando, veremos os valores de ações e ativos imobiliários caindo e redução da riqueza das famílias, com conseqüente queda no consumo e investimento." Kenneth Rogoff, professor de Economia da Universidade Harvard, citou a dificuldade de execução do pacote. A maior armadilha, segundo ele, será determinar o preço que o Tesouro vai pagar pelos ativos podres. Se pagar muito pouco – algo como 20% do valor de face, como os títulos podres vendidos pela Merrill Lynch em julho –, o governo acaba empurrando ainda mais os bancos para o buraco, porque os força a marcar essas grandes perdas em seus balanços. Se pagar quase o valor de face, muito mais do que valeriam no mercado, será um grande impacto sobre os contribuintes que pagam pelo resgate. (AE)

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megainvestidor Warren Buffett confirmou ontem que fará um investimento de US$ 5 bilhões no banco americano Goldman Sachs. Ele disse que gosta de "apostar em cérebros" e que o Goldman Sachs é a melhor empresa em Wall Street. Ele também deixou claro que não teria adquirido qualquer direito se não tivesse certeza de que o Congresso dos Estados Unidos fará o que é certo e aprovará a proposta de ajuda financeira apresentada pelo secretário do Tesouro americano, Henry Paulson. Buffett afirmou que o grupo Berkshire Hathaway, sua companhia, tem estado e permanecerá, provavelmente, interessado em adquirir alguns ativos da seguradora AIG – empresa que esteve no olho do furacão na semana passada.

Nirvana –Ele disse que o sistema financeiro ficou à beira do colapso, antes de o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, apresentarem ao Congresso um plano para resgatar o setor Ele alertou que a semana passada "parecerá o nirvana" se as medidas do Executivo não forem aprovadas pelo Congresso. Conforme a concepção budista, o nirvana é uma superação do apego aos sentidos, da ignorância e da existência, que é pura ilusão. Buffet disse que a crise atual é um problema de todos, não apenas uma situação muito difícil de Wall Street. Segundo ele, o governo poderá lucrar com a venda da dívida podre que iria adquirir dos bancos, conforme previsto no plano de Paulson. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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UM BURACO SEM FIM

meses é o prazo médio da dívida pública brasileira, mostra o Tesouro.

Tamanho do rombo é maior: US$ 1,3 tri. O alerta foi dado por Dominique Strauss-Kahn, do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele também pede que o mundo se lembre de outra crise, a dos alimentos. Yuri Gripas/Reuters – 13/4/08

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diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse ontem que a crise financeira global provavelmente resultará em perdas de cerca de US$ 1,3 trilhão às instituições financeiras – o que representa aumento de US$ 300 bilhões em relação à estimativa anterior. A projeção continua bastante superior às baixas contábeis de US$ 700 bilhões declaradas até agora pelos bancos. "Isso significa, portanto, que há muito mais por vir", disse Strauss-Kahn em conferência sobre os preços elevados das commodities. "O

Strauss-Kahn, do FMI, mostrou que as perdas no sistema financeiro serão ainda maiores do que as previstas.

desenvolvimento que lutam para lidar com os preços elevados dos alimentos e dos combustíveis, problemas que correm o risco de ser ofuscados pela atual turbulência nos mercados financeiros. "Não podemos perder essa outra crise, a dos alimentos, de vista", declarou. Os preços do petróleo e de muitos grãos – que atingiram seus níveis máximos neste ano – continuam acima dos patamares de 2007, impulsionando a inflação em economias emergentes. "A situação provavelmente está melhor do que há alguns meses, mas ainda assim é muito, muito difícil", disse Strauss-Khan. (AE)

Brasil é o quarto em IED

O

Brasil passou da oitava posição no recebimento de investimentos estrangeiros diretos (IED) em economias emergentes em 2006 para a quarta posição em 2007. A informação consta do World Investment Report (WIR) de 2008, elaborado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em

inglês) e divulgado ontem. Nos dois anos em questão, a China se manteve na liderança. O segundo posto foi mantido por Hong Kong. A terceira posição também ficou estagnada com a Rússia. Já a quarta colocação, que era de Cingapura em 2006, foi transferida para o Brasil (US$ 34,6 bilhões) no ano seguinte. (AE)

Fundo está desempenhando o papel de alertar a comunidade financeira internacional sobre o risco que estamos

enfrentando." O dirigente também pediu aos líderes mundiais que não se esqueçam dos países em

Crise afeta estratégia do Tesouro

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Escândalo agravamento da crise lume de vencimentos até o fim O coordenador de Opera- Moda Feminina internacional prejudi- do ano. Em agosto, eles soma- ções da Dívida Pública do Te-

cou a estratégia do Tesouro Nacional para o financiamento da dívida interna em títulos públicos. No fim de agosto, esse passivo estava em R$ 1,22 trilhão, com crescimento de R$ 18,79 bilhões em relação ao estoque de julho. Com o aumento da aversão ao risco dos investidores, o Tesouro foi obrigado a vender papéis com vencimentos mais curtos e a reduzir a oferta de títulos prefixados, considerados de menor risco para o governo. Apesar das dificuldades com a demanda e com os prêmios mais altos pedidos pelos investidores, o Tesouro tem tido uma ajuda extra: o baixo vo-

ram apenas R$ 5,21 bilhões, o que permitiu ao Tesouro fazer emissão líquida de R$ 6,1 bilhões, depois de meses seguidos de resgate de papéis. Reavaliação – O cenário internacional levou à revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF), que estabelece as metas para a gestão da dívida ao longo do ano. O Tesouro precisou reduzir o ritmo de aumento da parcela de prefixados no total da dívida pública. No mês passado, a participação dos papéis teve ligeira elevação, de 30,88% para 31,45% do total, após terem caído no mês anterior para o menor patamar desde julho de 2006.

souro, Fernando Garrido, reconheceu ontem que a crise afeta a estratégia do Tesouro para gerir a dívida. "A administração é sempre pautada de acordo com as condições de mercado. Qualquer movimento que modifique as condições de demanda tem uma resposta por parte da estratégia do Tesouro", afirmou. O coordenador também admitiu que a procura por títulos com vencimentos curtos já afetou o prazo médio da dívida em agosto, que caiu de 41,33 meses para 40,53 meses. "As emissões foram realmente com prazo menor e refletem a adaptação de estratégia." (AE)

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Empreendedores Empresas Finanças Nacional

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ANALISTAS ELOGIAM AÇÃO DO BC

BC adota medidas para elevar liquidez

por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa desde o início deste ano.

Brendan McDermid/Reuters

Mudanças em depósitos compulsórios devem garantir a circulação de R$ 13,2 bilhões no País.

O

Banco Central (BC) anunciou ontem duas medidas de caráter técnico rel a c io n a da s aos depósitos c om pu ls ór io s (a porcentagem sobres os depósitos dos clientes que os bancos devem recolher no BC) para preservar a liquidez do sistema financeiro nacional. A idéia da autoridade monetária é proteger os bancos brasileiros na atual crise internacional, que já está sendo considerada a mais grave desde o término da Segunda Guerra Mundial. Com a mudança nos compulsórios, o próprio BC espera manter no sistema financeiro nacional R$ 13,2 bilhões. É a segunda vez que a autoridade monetária age a fim de minimizar os impactos da crise. Na sexta-feira da semana passada, o BC ofertou, em dois leilões, US$ 500 milhões para suprir a demanda dos investidores pela moeda americana. A estratégia deu certo: de acordo com operadores, o mercado de câmbio deixou de ficar "travado" depois dos leilões. No auge da apreensão dos investidores na semana passada, ninguém comprava ou vendia.

Cronograma – O BC decidiu adiar o cronograma de exigência do depósito compulsório sobre os recursos obtidos nas operações de leasing. Desde janeiro, essas transações, que são fechadas principalmente para a aquisição de veículos, recolhem o compulsório. Neste mês, o montante é de 15%, percentual que deveria subir para 20% em 14 de novembro e a 25% em 16 de janeiro de 2009. O BC adiou a elevação para 20% para 16 de janeiro de 2009 e a de 25% para 13 de março. Essa decisão deve adiar o recolhimento adicional de R$ 8 bilhões nesse segmento. Outra medida aumenta de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões o valor a ser deduzido pelas instituições financeiras do cálculo da exigibilidade adicional sobre os depósitos a prazo, à vista e da poupança. Essa determinação vai evitar que os bancos recolham outros R$ 5,2 bilhões ao BC. Apesar dessa alteração, permanecem as alíquotas usadas para o cálculo dessa exigibilidade em 8% para depósitos a prazo e à vista e 10% para a caderneta de poupança. Esses recursos, quando recolhidos ao BC, continuam sendo remunerados pela variação da taxa básica de juros (Selic). (AE)

Operadores na Bolsa de Valores de Nova York: investidores acompanham negociações para aprovação do pacote de ajuda do governo dos EUA

DJones

Nasdaq

Ibovespa

Londres

-0,3% +0,1% +0,5% -0,8%

Para analistas, governo brasileiro está atento à crise Mercado viu nas medidas anunciadas pelo BC prova de disposição para agir e evitar problemas

O

s ajustes nas regras de recolhimento de depósitos compulsórios, divulgados ontem pelo Banco Central (BC), mostraram a preocupação da autoridade monetária com o efeito da crise externa sobre o sistema financeiro nacional e sua disposição em agir para evitar eventuais problemas. Um dos objetivos da ação, na opinião de especialistas, é preservar as linhas oferecidas para empresas, no momento em que o volume disponível para operações de crédito tornou-se mais escasso. Outra intenção do BC, na opinião de especialistas, é evitar que o sistema financeiro brasileiro seja contaminado pela aversão ao risco, típica dos momentos de baixa liquidez. "Foi uma demonstração de sensibilidade do Banco Central, um reconhecimento de que o cenário mudou", afirma o economista da CM Capital Markets, Tony Volpon. "O Banco Central começa a agir como outros BCs do mundo, tentando proteger o mercado do choque externo." Foi a segunda ação da autoridade monetária na mesma direção em menos de uma semana. Na última quinta-feira, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, anunciou em Nova York a volta dos leilões de venda de dólares com compra futura. Agora, o BC decidiu adiar o cronograma de implementação de compulsórios sobre depósitos interfinanceiros de leasing (leia mais nesta página). Problema antigo– A redução da liquidez nos mercados não é uma novidade. Desde o início do ano, com a aversão ao risco e perdas dos agentes financeiros nos mercados internacionais, o espaço para captação de recursos diminuiu. Em janeiro, o BC agravou esse quadro, ao determinar que as captações por meio de operações de leasing também deveriam ter depósito compulsório. Para isso, foi estabelecido um cronograma, prevendo alíquotas escalonadas. Mas, em vez de reduzir suas carteiras

de crédito, para não perder a maré ainda positiva de demanda doméstica aquecida, os bancos adotaram uma estratégia mais agressiva de captação de recursos aqui mesmo, por meio da emissão de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) a taxas atrativas. A rentabilidade oferecida pelos CDBs subiu para taxas entre 103% a 106% do Certificado de D e p ó s i t o I n t e r f i n a n c e i ro (CDI), reflexo da disputa dos bancos pelos recursos ofertados no mercado local.

Foi uma demonstração de sensibilidade do Banco Central, um reconhecimento de que o cenário mudou. Tony Volpon, da CM Capital Markets

As ações dão sinalização para o mercado de que o Banco Central está a postos para agir, se for preciso. Eduardo Cotrim, do banco Modal Para a o sócio-diretor de tesouraria do banco Modal, Eduardo Cotrim, o objetivo principal das medidas "é passar a impressão de que os bancos estarão saudáveis" mesmo em meio à crise de liquidez internacional. Ele diz que, com as medidas, os bancos ficarão, efetivamente, com o "caixa mais folgado", o que impedirá eventuais resgates de linhas concedidas a empresas. "As ações dão sinalização para o mercado de que o BC está a postos para agir, se preciso", afirmou Cotrim. (AE)

Maurício Lima/AFP Photo

Bolsas começaram bem os pregões, mas não resistiram a más notícias.

Mercados à espera da aprovação do pacote

E

m meio à novela da aprovação do pacote de s o c o r ro d o g o v e r n o norte-americano ao sistema financeiro, os investidores se animaram na manhã de ontem com a notícia de que o megainvestidor Warren Buffett decidiu injetar US$ 5 bilhões no Goldman Sachs, com opção de um outro aporte de igual valor (leia mais na página E1). As ações do Goldman subiram, mas o efeito não foi duradouro: outras informações, negativas, pesaram sobre os negócios em todo o mundo. No Brasil, aparentemente os investidores amanheceram com a disposição de não deixar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ter mais um dia de baixa. Isso não significa que eles tenham voltado com vigor às compras – o volume financeiro reduzido mostra que a manutenção das posições é a regra neste momento de incertezas. Mas as apostas, principalmente em Petrobras, levaram o índice a interromper dois pregões de perdas. O Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, fechou com alta de 0,5%, em 49.842 pontos. No mês, o indicador acumula desvalorização de 10,48%, queda que chega a 21,98% desde o início do ano. O giro financeiro totalizou R$ 4,026 bilhões ontem, volume inferior à média de 2008. Em Wall Street, depois de

muito vaivém, o Dow Jones recuou 0,27%, o S&P perdeu 0,2% e o Nasdaq fechou com discreta alta de 0,11%. Entre as más notícias do dia, a confirmação de que a seguradora AIG vai mesmo precisar usar os US$ 85 bilhões que o governo dos EUA colocou à disposição da empresa. A Washington Mutual, por sua vez, teve a classificação de sua dívida rebaixada, o que pode aproximar a instituição financeira de dificuldade semelhante à da AIG. Também não agradou o indicador de vendas de vendas de imóveis usados nos EUA em agosto, que caiu 2,2%, para 4,91 milhões de unidades, ante dado revisado de 5,02 milhões em julho. Economistas esperavam queda para 4,95 milhões de unidades. Dólar em alta – No mercado brasileiro de câmbio, o dólar voltou a fechar valorizado em relação ao real, com as operações mais uma vez acompanhando a trajetória da divisa no mercado internacional. Indicações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, de que o juro no país não deve ser reduzido, e pode até ser elevado se os mercados se estabilizarem, reforçaram o suporte à moeda, já beneficiada pelo clima de aversão a risco nos mercados. O dólar subiu 1,09%, para R$ 1,851 no fechamento. (AE)


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Saúde Educação Polícia Memória

3 A maior parte do material ilegal apreendido durante a blitz em Santana era de óculos de sol, CDs e DVDs.

AÇÃO CONCENTROU-SE NA ZONA NORTE

CRIME PLANEJADO: 26 ANOS DE PRISÃO

A ABUSO SEXUAL

P

oliciais do 21º Distrito Policial prenderam um aposentado de 72 anos acusado de estuprar a própria neta, na Vila Matilde, zona leste. A mãe da menina contou à polícia que também era violentada por ele quando tinha a mesma idade da filha, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado. De acordo com a menina, de apenas 11 anos, quando a mãe saía para o trabalho, o aposentado ia para a casa delas e a violentava. A criança contou que foi estuprada pela última vez há dois meses e que o crime acontecia desde que ela tinha oito anos. A denúncia só aconteceu agora porque, segundo ela, o avô a ameaçava para que ela não contasse nada à mãe. O aposentado confessou os crimes. (AE)

25 anos, condenada a 30 anos e 4 meses de reclusão em agosto de 2007. A sentença foi dada pelo juiz Hélio Narvaez no início da madrugada de ontem. Ex-estagiária de Administração de Empresas da indústria Petrocoque, em Cubatão, Carolina cometeu os crimes porque queria ser contratada e ficar mais próxima do gerente Élcio Santana, com quem tinha um relacionamento amoroso. (AE) Fotos de Márcio Fernandes/AE

CAÇA AOS PIRATAS – A Prefeitura realizou ontem uma grande operação de combate à pirataria, com a destruição de produtos ilegais apreendidos junto a vendedores ambulantes de Santana, na zona norte da Capital. Com um rolo compressor (foto), foram destruídos centenas de óculos der sol, CDs e DVDs.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Com interação, o mundo só tem a ganhar. Waldir Pereira Gomes, do Corecon.

GINCANA REÚNE ALUNOS DE TODO O PAÍS

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Para o professor Paulo Sandroni, da FGV, "é como no dia-a-dia".

Estudantes Pitágora e Raphael participam da "prova de fogo".

Os alunos são desafiados a agir como um ministro da Fazenda

ESTUDANTE 'BRINCA' DE MINISTRO Na Gincana Brasileira de Economia, futuros profissionais resolvem problemas de um país imaginário, sem desrespeitar os princípios da macroeconomia. Sonaira San Pedro

E

m meio à crise financeira mundial, universitários do Brasil inteiro se reúnem em uma disputa virtual para resolver problemas econômicos de um hipotético país com problemas, na 6ª Gincana Brasileira de Economia, que se encerra hoje e é realizada pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP). Em cada lance, o adversário

propõe um problema dentro de determinado cenário econômico para o outro jogador resolver. Como manter o crescimento equilibrado em uma situação de inflação? Como aumentar a taxa de juros sem interferir no crescimento da economia? Como acertar a balança de pagamentos? Sempre próximos da realidade da economia mundial, os jogadores ainda têm de lidar com a crise dos subprimes, ataques especulativos, os altos e baixos das bolsas de valores mundiais e as

taxas de câmbio. "Como no dia-a-dia, vence quem chegar mais próximo da meta de controle inflacionário, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de seu país hipotético e do desenvolvimento sustentável", disse Paulo Sandroni, coordenador do evento e professor da Fundação Getúlio Vargas. A inflação deve ficar próxima de 7% anuais e o PIB precisa ser positivo, por exemplo. "A idéia é fazer com que os futuros economistas vivam si-

tuações de macroeconomia muito próximas da realidade, e que consigam se familiarizar com esses problemas do dia-adia", comentou Sandroni. Foi o que aconteceu com os universitários Raphael Paluan e Pitágora de Assis, que vieram de Ribeirão Preto para participar da disputa. "Aplicamos na prática o que discutimos no dia-a-dia da universidade", disse Raphael que, com o colega, armava estratégia para controlar a taxa de juro e a inflação, sem prejudicar o cresci-

mento do país que eles controlavam na gincana. "É uma prova de fogo para saber o nível de conhecimento que adquirimos nessa área." Aos poucos, o evento será estendido a futuros economistas de todo o mundo. Educação – "A teoria econômica é uma só, e se houver uma verdadeira interação entre profissionais do mundo inteiro, o mundo só tem a ganhar com isso", afirmou o presidente do Corecon-SP, Waldir Pereira Gomes. "O Brasil ainda

tem de avançar muito quando o assunto é a educação, e faremos o possível para ajudar a preparar os futuros economistas locais para enfrentarem qualquer situação". Para Gomes, o crescimento do Brasil ainda não eleva o padrão de vida da população, nem ajuda a melhorar o nível de educação. "No futuro, o Brasil vai precisar de profissionais qualificados para acompanhar o desenvolvimento, e é por isso que nos envolvemos nessa história", afirmou.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Não adianta aumentar agora, para ter que reduzir os preços mais tarde. Jorge Lopes, diretor da Casa Santa Luzia.

O DÓLAR E OS CARTÕES INTERNACIONAIS

Fábio D'Castro / Hype

A professora Flávia Pucci restringiu suas compras no cartão, para não enfrentar valores imprevistos

Cartão de crédito internacional: evite surpresas. Consumidora e especialistas dão dicas de como enfrentar as turbulências do câmbio, mantendo projetos e compras. Sonaira San Pedro

A

costumada a comprar desde livros a acessórios em websites norte-americanos, a professora de inglês Flávia Pucci resolveu rever o consumo. Com tamanha oscilação do dólar em relação ao real nos últimos tempos, ela somente tem comprado o que considera essencial para não ter grandes surpresas nas cotações expressas na fatura de seu cartão de crédito. Só neste mês, a moeda variou de R$ 1,65 a R$ 1,96 com as altas e baixas do mercado, de acordo com dados da BM&FBovespa. "Em épocas assim, é preciso segurar para não gastar mais do que se planejava e entrar no vermelho logo no começo do mês", disse. Ela tem razão, de acordo com o economista e autor do livro Globalização e investimento estrangeiro no Brasil, Antonio Correa de Lacerda . "Com o mercado indefinido no curto prazo, não se sabe qual será a reação dos investidores em relação a novos pacotes

1,851 Esse foi o valor, em reais, de fechamento do dólar comercial para venda, ontem, no mercado de câmbio brasileiro.

econômicos ou notícias de quebradeira", disse Lacerda. Como a cotação do dólar é estabelecida pela administradora do cartão de crédito no dia do fechamento da fatura, e não da realização da compra, é preciso se precaver. Em momentos de turbulência como o que o mercado está passando, a recomendação do especialista é diminuir as compras feitas em moeda estrangeira e evitar gastos com cartão de crédito no exterior. "O dólar, como um ativo financeiro, vai refletir a instabilidade do mercado", disse o economista.

Ainda que a expectativa seja de um dólar próximo a R$ 1,8 até o final do ano, compras de alto valor podem surpreender o consumidor com faturas maiores que as esperadas. As taxas de câmbio mais altas que a média do mercado, cobradas pelas administradoras de cartão, e as tarifas sobre compras no exterior, podem agravar a diferença entre o valor que se paga e o que se pretendia gastar, para o professor de matemática financeira da Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP), Marcos Crivelaro. Para quem vai viajar ao exterior, a recomendação do especialista é de que o viajante espere o mercado se estabilizar para comprar passagens aéreas mais baratas, e que só divida o valor se ele for transformado em real na hora da compra. "Se fizer isso em agência de viagem, negocie a cotação na hora da compra", afirmou. "E, quando embarcar, prefira levar dinheiro vivo, já que você terá melhor controle dos gastos e não correrá o risco de entrar no vermelho na chegada da próxima fatura do cartão."

Paulo Pampolin / Hype

Lanari, da Expand: nada de repasses instantâneos ao consumidor.

Dólar ainda não pesou sobre importados Neide Martingo

P

elo menos por enquanto, os produtos importados vão continuar a fazer parte da mesa do brasileiro. A valorização do dólar em relação ao real, provocada pela crise na economia dos Estados Unidos, não mexeu com o preço desses itens. De acordo com o sócio-fundador do Empório Santa Maria, Bernardo de Ouro Preto, ainda é muito cedo para que qualquer mudança aconteça. "Por enquanto, a pressão do dólar não foi sentida nos valores dos contratos. Isso poderá acontecer só em 2009 – mesmo assim, ainda é prematuro para fazer qualquer tipo de avaliação", diz Ouro Preto. Segundo ele, em um momento de crise – se ela realmente continuar – não há espaço para repassar aumentos aos consumidores. "Quando o presidente Lula fazia a primeira campanha eleitoral, o preço do dólar subiu de R$ 2 para R$ 3. Os importadores diminuíram a margem de lucro para não perder clientes", afirma o empresário. "Isso deve se repetir. Mas, até o momento, não há motivo para preocupação. Uma semana de problemas não justifica tanta correria".

O gerente de marketing da importadora de vinhos Expand, Rodrigo Lanari, diz que a flutuação do dólar não tem repasse instantâneo no mercado. Além disso, detalha, existem problemas bem maiores para o setor do que a crise internacional. "A partir do dia primeiro de outubro, haverá o reajuste de 30% do imposto de importação dos vinhos. E a Lei Seca também atrapalha, já que as vendas, no varejo, caíram aproximadamente 40%". O diretor comercial da Casa Santa Luzia, Jorge da Conceição Lopes, confirma que, se houver aumento dos produtos importados, não será repassado aos consumidores prontamente. "Não queremos estragar a boa imagem que a empresa tem perante os clientes. Alguns podem achar que estamos nos aproveitando da situação para reajustar os valores. A idéia é esperar, avaliar a situação, e só aumentar preços – se for necessário - quando o cenário se estabilizar", disse. "Não adianta aumentar agora, para ter que reduzir os preços mais tarde. Até porque a alta do dólar ainda não foi sentida nas negociações com os fornecedores. Por enquanto, o aumento da moeda em relação ao real não faz parte das preocupações da Casa Santa Luzia", afirmou.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Internacional

9

Denis

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Chávez será nuclear, com a ajuda de Putin

Ó RBITA

BOLÍVIA EM PAUSA governo e a O oposição da Bolívia adiaram para pelo menos

A Rússia quer estreitar os laços com a Venezuela e aposta na cooperação em energia atômica para fortalecer sua influência na América Latina

A

Venezuela se prepara para se tornar nuclear - com a ajuda da Rússia. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse ontem que quer intensificar as relações com o país latino e que está disposto a ajudálo a desenvolver energia nuclear. "Estamos todos prontos a considerar a possibilidade de uma cooperação (com a Venezuela) no tema de utilização da energia atômica", declarou Putin, durante visita do presidente venezuelano, Hugo Chávez, a Moscou. Segundo o premiê, a Rússia e a Venezuela têm "novas possibilidades de cooperação nos âmbitos da energia, al-

tas tecnologias, construção de maquinário e petroquímica". Chávez, que chamou Putin de "amigo Vladimir", espera aprofundar os laços militares com a Rússia. Nesse sentido, o Kremlin anunciou que emprestará US$ 1 bilhão à Venezuela, para que o país latino compre armas russas. Segundo a mídia russa, a Venezuela havia solicitado o empréstimo meses atrás. O Kremlin informou que o governo Chávez firmou 12 contratos de venda de armas com a Rússia desde 2005, com valores totais de US$ 4,4 bilhões. A Venezuela já comprou caças de combate, tanques e rifles russos. O país também quer

adquirir sistemas de defesa aérea, outros modelos de tanques e mais equipamento de combate, informou o jornal Kommersant. América Latina - Putin ainda destacou que as relações com a América Latina estarão entre as prioridades da política externa do governo russo. "A América Latina está se tornando uma ligação muito importante na corrente do novo mundo multipolar que está se formando, e iremos prestar mais e mais atenção nessa dire-

Chávez (esq.) e seu 'amigo Vladimir'

ção de nossas políticas econômicas e externas", disse. Chávez, por sua vez, disse considerar que a manutenção de relações mais próximas entre Caracas e Moscou ajudará a fortalecer um mundo multipolar. "Hoje mais do nunca, tudo o que você (Putin) disse sobre o mundo multipolar é uma realidade. Não percamos tempo", declarou o líder venezuelano.

A visita de Chávez a Moscou ocorre em um momento no qual uma esquadra da Marinha russa atravessa o Mar do Caribe em direção à Venezuela. O Kremlin qualificou o envio como uma resposta pontual da Rússia à ameaçadora presença dos Estados Unidos no Mar Negro. (Agências)

Suzanne Plunkett/Reuters

União Européia aprova acordo de imigração

LIGAÇÕES PERIGOSAS utoridades A colombianas prenderam ontem o

Bloco pretende restringir o fluxo migratório ilegal. Portas abertas, somente para a mão-de-obra altamente qualificada, que terá o 'Cartão Azul'.

O

s ministros do Interior da União Européia (UE) aprovaram ontem um acordo que pretende fechar o cerco à imigração ilegal e estimular a entrada de mão-de-obra qualificada de países de fora do bloco. Para obter o "Cartão Azul", os imigrantes qualificados terão que cumprir uma série de requisitos, incluindo receber um salário de 33 mil euros ao ano (cerca de 88 mil reais). O Pacto Europeu de Imigração e Asilo, proposto pela França, prevê regras comuns aos 27 membros do bloco eu-

ropeu entre as quais reforçar os controles nas fronteiras e melhorar o sistema de asilos. Alguns pontos polêmicos, como a obrigação de aprender o idioma do país de recepção, foram retirados. O acordo será aprovado formalmente pela cúpula de líderes da União Européia em outubro. Os imigrantes em situação irregular terão que deixar o território da União Européia e as regularizações serão feitas caso a caso. Durante a reunião, os ministros da UE também avançaram n a a p r ova ç ã o d o " C a r t ã o

até a próxima semana a assinatura de um acordo sobre reformas que coloquem um fim ao conflito que ameaça dividir o país. Com otimismo cauteloso, ambas as partes disseram após encontro de duas horas ontem, na cidade de Cochabamba, que voltarão a se reunir na segunda-feira, dando mais tempo a discussões sobre uma nova Constituição socialista e as autonomias regionais pedidas por vários departamentos (estados). O presidente boliviano, Evo Morales, rejeitou o pedido de "autonomia plena" feito por três dos quatro governadores dos estados do leste do país. Segundo ele, tal autonomia equivaleria à independência dos departamentos.

No Reino Unido, a nova carteira de identidade para estrangeiros conterá dados biométricos

Azul", que promoverá a imigração de pessoas altamente qualificadas. Para a UE, este categoria inclui trabalhadores que tiverem estudos universitários de pelo menos três anos, ou experiência profissional em um trabalho equivalente durante cinco anos. A política de imigração da UE ainda prevê que, até 2012, o bloco implantará vistos com

Jim Bourg/Reuters

informação biométrica. Reino Unido - O governo britânico já antecipou algumas medidas. Ontem, o Ministério do Interior britânico apresentou o modelo de carteira de identidade que a partir de novembro será expedido para estudantes de países não-pertencentes à União Européia e para imigrantes que tenham obtido visto de permanência

por meio de casamento. Segundo a titular da pasta do Interior, Jacqui Smith, esses são os dois tipos de status imigratório mais populares em fraudes ou abusos. O documento conterá uma série de informações sobre o portador, incluindo dados biométricos como impressões digitais, além da descrição do status imigratório. (Agências)

irmão do ministro do Interior do país, Fabio Valencia, por suspeita de enriquecimento ilícito e vínculos com o narcotráfico. Guillermo León Valencia, uma expromotor regional, foi detido em Medellín, 250 quilômetros de Bogotá. Segundo os promotores, Valencia cometeu crimes como o uso de informação privilegiada para manter ligações com sócios do chefe paramilitar Daniel Rendón Henao, conhecido como "Don Mario". Henao é um dos fugitivos mais procurados do país. Pouco após a prisão, o ministro leu um comunicado à imprensa. Fabio Valencia disse que acata a decisão como cidadão, e como irmão "expressa seu profundo sentimento de dor e solidariedade fraterna".

Reuters

INCERTEZA – Os organizadores do primeiro debate entre os candidatos à Presidência dos EUA, o republicano John McCain e o democrata Barack Obama, mantiveram os preparativos em Mississippi, apesar de McCain não ter confirmado sua presença para hoje. Ele suspendeu sua campanha para participar das discussões do pacote financeiro em Washington.

PARA O ALTO – A China lançou com sucesso ontem uma nave que levou três tripulantes ao espaço. A missão deverá durar de três a quatro dias e tem como objetivo principal a caminhada de um dos astronautas no espaço. O lançamento foi transmitido ao vivo pela TV chinesa. Pouco antes da transmissão ser cortada, um dos pilotos disse que eles estavam em boas condições e haviam acionado os painéis solares da nave, já entrando em órbita.


8

Empresas Finanças Imóveis Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Preços das unidades expostas na feira do Anhembi vão de R$ 59 mil a R$ 1 milhão.

BANCO ESTICA PRAZO DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEL

Mercado aquecido, realidade brasileira.

Fotos: Pablo de Sousa/ Luz

O Salão Imobiliário São Paulo, no Anhembi, começa com muita oferta e muita procura. Risco com a crise imobiliária americana? No Brasil, as condições de mercado são bem diferentes. Kelly Ferreira

O

Salão Imobiliário São Paulo (SISP) 2008 acontece após um excelente primeiro semestre para o segmento imobiliário, que registrou crescimento de 33% nas vendas em São Paulo, em relação ao mesmo período de 2007. E bem longe do clima de crise imobiliária dos Estados Unidos, que acabou resultando em recessão nesse segmento. Pelo movimento e pelas expectativas da feira, o mercado imobiliário brasileiro está resguardado, como disseram nesta semana analistas do setor. O salão, que vai até domingo no Pavilhão de Exposições do Anhembi, traz mais de 30 mil ofertas de imóveis comerciais, residenciais e de veraneio. A expectativa é de receber a visita de 50 mil pessoas, 10 mil a mais do que na feira realizada no ano passado. "O SISP é uma excelente oportunidade de negócios tanto para o consumidor como para o expositor. Além das ofertas de imóveis, quem visitar o evento encontrará ainda bancos e instituições de crédito imobiliário que poderão garantir o sonho da casa própria", explicou Ricardo Matrone, show manager do SISP 2008. Variedade é o que não falta. Entre as ofertas de 180 expositores, que incluem grandes construtoras e incorporadoras, é possível encontrar imóveis usados, novos, lançamentos e pré-lançamentos, a partir de R$ 59 mil. Os apartamentos e casas situam-se na cidade de São Paulo, interior, litoral, diversas outras regiões do Brasil e até em outros países. "Já encontrei alguns imóveis com o perfil do que eu estou procurando: um apartamento na zona norte, de até R$ 120 mil. Mas vou com calma. Quero ver o imóvel e ter certeza de que farei um bom negócio antes de fechar o contrato", disse a professora Vera Lucia do Nascimento, que pretende dar um sinal e pagar o restante por meio de financiamento bancário de 20 anos. Os produtos expostos são para todos os gostos e bolsos. A Itaplan, por exemplo, apresenta para venda na feira 10 mil imóveis, que vão de R$ 59 mil a R$ 1 milhão. "No ano passado, du-

Construtoras e incorporadoras fazem lançamentos para todos os públicos. As unidades à venda estão na capital, no litoral e em várias regiões do País.

rante a feira, foram vendidas 364 unidades, o que representou um aumento de 150% nas vendas, em relação à edição de 2006. A expectativa para este ano é de um incremento de 31% sobre o resultado do ano passado", disse o diretor de marketing da Itaplan, Fábio Rossi Filho. "Já na Klabin Segall, as unidades vão de R$ 80 mil a R$ 600 mil. "Hoje, 15% dos nossos imóveis são da categoria econômica. Apesar disso, tentamos preservar nesses empreendimentos o conceito de ter uma área grande para o lazer", disse o gerente nacional de vendas, João Mendes. O casal Antonio Carula e Marina Cardoso ficou animado com as ofertas. "Estamos procurando um imóvel na zona norte ou na zona oeste, que não precisa ser novo, mas que seja de preferência próximo a alguma estação do metrô. As condições que encontramos, por enquanto, estão boas. Vamos ver se sai negócio", disse a candidata à casa própria. Já o aposentado Jorge Campos foi ajudar a esposa Vera a encontrar um imóvel para o filho. "Ela presenteou a filha, quando a moça casou, com um apartamento e agora quer fazer a mesma coisa para o filho. Mas, por enquanto, estamos só olhando as condições", disse Campos. Prêmios – Para atrair a atenção de possíveis clientes, vale tudo. A Rossi aposta na premiação: o cliente que fechar contrato de um empreendimento no estande da feira durante o evento ganhará uma televisão LCD 42'' Philips. "Nossa intenção é fazer o visitante que veio até o Salão e comprou um produto da empresa se sentir valorizado", afirmou o gerente de marketing, Rafael Rossi. O cliente receberá o prêmio em até três meses após a feira, no endereço indicado.

Antonio e Marina procuram um imóvel nas proximidades do metrô. Feira no Anhembi expõe 30 mil ofertas.

Marketing bancário

O João Mendes, da Klabin Segall: produto econômico.

SERVIÇO O SISP 2008 está aberto até domingo no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Hoje, o funcionamento é das 12 às 21 horas. Sábado e domingo, das 10 às 21 horas. Aposentado Jorge Campos ajuda mulher a escolher.

s bancos presentes no Salão Imobiliário São Paulo também dão prêmios para angariar clientes. A Nossa Caixa vai oferecer aos que fizerem proposta de financiamento durante o evento isenção da tarifa de avaliação de garantia. Para obter o benefício, é necessário que o processo inicial do financiamento ocorra em até quatro meses após a data da proposta. A tarifa custa 5% do valor do empréstimo, limitada a R$ 750. "As condições de nossas linhas de financiamento estão entre as melhores do mercado, fato que deve gerar grande interesse dos visitantes", diz Maurício Antônio Rosa, gerente de Suporte a Negócios Imobiliários da Nossa Caixa. Já o Banco Real, além da isenção de tarifas de avaliação e análise jurídica, lança o financiamento em até 30 anos para imóveis residenciais. O objetivo é uma prestação "que caiba no bolso".(KF)

Fusão Tenda-Gafisa contestada Investidores estrangeiros pedem que a Bovespa desaprove as condições do negócio entre as construtoras

O

jornal britânico Financial Times publicou ontem que grandes investidores estrangeiros no Brasil estão pedindo a intervenção da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para suspender um negócio que fundiria duas construtoras brasileiras de imóveis de baixa renda. Instituições de investimento americanas e européias, lideradas pela F&C, questionaram a Bovespa sobre a compra do controle acionário da Construtora Tenda pela Gafisa, no começo do mês . Os investidores são contrários às condições do negócio, que envolveria grande emissão de ações para a compradora. Em troca, a Tenda se fundiria a uma subsidiária da Gafisa

que também constrói imóveis populares, a empresa Fit Residencial Empreendimentos Imobiliários. Urban Larson, diretor da equipe de equities da F&C, disse que os investidores não receberam avaliação independente da Fit. O negócio levaria a uma diluição excessiva para os investidores na Tenda, que lançou suas ações no Novo Mercado da Bovespa no ano passado. Em mensagem enviada para Edemir Pinto, diretor-presidente da Bovespa, e Gilberto Mifano, presidente do conselho, as instituições disseram que "parece que a aquisição está sendo estruturada de forma deliberada para contornar a lei brasileira, os padrões de listagem da Boves-

pa e também os direitos dos acionistas minoritários". "A atual transação estabelece um precedente profundamente danoso para outras empresas que desejam contornar os padrões de governança que visam proteger os investidores minoritários", diz a carta. A F&C pede que a Bovespa sinalize sua desaprovação em relação aos termos propostos, ordene um levantamento independente das avaliações que servem de base para o negócio e assegure que os investidores minoritários recebam seus direitos plenos em qualquer decisão. Larson disse ao FT que os termos do acordo também preocupam os investidores institucionais brasileiros, ain-

da mais com a atual turbulência financeira internacional, que está afetando o mercado. "Mas o efeito a longo prazo, se isso transcorrer como prometido, será que os investidores não mais se sentirão confortáveis com o Novo Mercado", disse o executivo, antes de um encontro programado dele e de colegas com a Bovespa. Diferentemente do mercado principal no Brasil, onde múltiplas classes de ações são permitidas, o Novo Mercado permite apenas uma classe, disse o jornal, que acrescenta que é a segunda vez em apenas um mês que investidores liderados pela F&C expressam preocupação em relação ao tratamento dado aos acionistas minoritários no Brasil.


Ano 84 - Nº 22.717

CAXINGUELÊ

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Sciurus ingrami Os coquinhos das palmeiras são muito apreciados pela espécie, parente do esquilo. Tem ocorrência natural em áreas com remanescentes de mata, no perímetro rural da Cidade.

Conclusão: 23h55

www.dcomercio.com.br

CWS/CARTOONARTS INTERNATIONAL www.cartoonweb.com

São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cofre do Leão bate recorde: R$ 443,56 bi

Era uma vez uma superpotência financeira. Secou.

Com a arrecadação de agosto, R$ 53,93 bi, o Leão já engoliu 10,33% a mais do que em 2007. O Impostômetro, da ACSP, bate hoje os R$ 750 bi. Economia 4

A Bolsa de Patópolis superou os Irmãos Metralha: esvaziou o cofre do mais rico personagem das histórias em quadrinhos, Tio Patinhas. E 3

Bolsas sobem. E pacote não sai. Mercados têm alta com miragem: o plano de US$ 700 bi aprovado. Mas um impasse foi confirmado à noite. E as negociações voltaram ao Congresso dos EUA. E 1

EXCLUSIVO

Agora é hora de pensar em vencer o PT

CHÁVEZ

(agora nuclear)

É O GUIA DO MST

Recado do ex-presidente Fernando Henrique a Alckmin e Kassab. Pág. 5

Hélvio Romero/AE

Denis Sinyakov/Reuters

É o que revela Denis Rosenfield em Opinião, pág. 4 O encontro Chávez/Putin, pág. 9

MACHADO

VIVA O IPIRANGA!

No centenário de sua morte, o criador da célebre Capitu ganha edição especial. Homenagem começa com ensaio Nós, os personagens de Machado, assinado por Renato Pompeu. Mais: estréia o filme Promessas de um Cara-de-Pau, sátira ao sistema eleitoral americano; volta a peça Irma Vap: turbilhão de risos; gastronomia: frutos do mar em pratos requintados. E Roda do Vinho.

Especial com 8 páginas

HOJE Nublado com chuva Máxima 18º C. Mínima 13º C.

AMANHÃ

J. Guilherme R. Ferreira

Sol com pancadas de chuva Máxima 22º C. Mínima 12º C.

José Luís da Conceição/AE

833 caixas, com R$ 6 milhões em mercadorias Resultado da blitz contra piratas da 25 Março. C 1

Alfer

Brincando nas fazendinhas Conferimos a programação de 4 hotéis-fazenda. Boa Viagem


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

LAZER - 5

EXPOSIÇÃO "BRASIL BRASILEIRO - NOSSA TERRA, NOSSA GENTE" Na mostra, 180 obras de artistas nacionais. Abertura nesta terça (30). Centro Cultural Banco do Brasil. Av. Álvares Penteado, 112, Centro, tel.: 3113-3651. Grátis.

CINEMA

Comédia para pensar em eleições

V

Estátua de Machado de Assis, de autoria de Humberto Cozzo, na entrada da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Bronze, tamanho natural.

Imagem Filmes/Divulgação

ocê já sabe em quais candidatos vai votar para prefeito e vereador? Uma vez que no Brasil o voto é obrigatório, temos todos que escolher os representantes ou fornecer à Justiça Eleitoral um bom motivo para não comparecermos à votação. Mas como nos EUA esse direito é facultativo, apenas votam aqueles que têm interesse. Acontece que na comédia Promessas de Um Cara-de- Pau(estréia nesta sexta, 26) Bud Johnson (Kevin Costner, na foto, com Paula Patton) é levado à condição de eleitor pela filha Molly (Madeline Carroll), muito mais politizada do que ele. Pai solteiro e sem compromisso sério com coisa alguma, Bud gosta mesmo é de passar horas a fio assistindo à TV, pescando ou bebendo. A menina é o contraponto sério na história. Ela o força a encarar situações um pouco mais complicadas. A direção é de Joshua Michael Stern. E no elenco estão Dennis Hopper como o democrata Donald Greenleaf, Nathan Lane, Stanley Tucci e Kelsey Grammer, no papel do cínico presidente republicano

Andrew Boone, além da beldade Paula Patton, interpretando a ambiciosa jornalista Kate Madison. Ela trabalha na emissora da cidade pequena, mas seu objetivo é conseguir emprego em uma grande rede de comunicações. Em determinado momento do filme, o futuro de todo um país pode estar nas mãos do boa-vida Bud. A questão é

saber se ele dará conta do recado sem perder o humor. (LHC) Promessas de Um Cara-de- Pau (Swing Vote, Estados Unidos, 2008, 122 minutos). Direção: Joshua Michael Stern. Com Kevin Costner, Madeline Carroll, Paula Patton, Kelsey Grammer, Dennis Hopper. Caderno de Literatura Brasileira

Divulgação

TELEVISÃO

Maratona machadiana Regina Ricca Documentário Brigada Pára-quedista, de Evaldo Mocarzel: simulações de combate e geografia.

J

á explorado algumas vezes em novelas (Helena) e minisséries de TV (O Alienista e Trio em Lá Menor), o universo da obra de Machado de Assis (21/6/1839 – 29/9/1908) reaparece na telinha novamente neste fim de semana como parte das homenagens ao centenário da morte do escritor . As atrações começam na TV Cultura, que exibe sábado (27), 23h30, o filme Memórias Póstumas de Brás Cubas, dirigido por André Klotzel em 2001. Estrelado por Reginaldo Faria, o drama é baseado numa das obras mais festejadas de Machado, ao narrar a história de Brás Cubas que, morto, decide narrar sua vida e revisitar os fatos mais importantes de sua existência para tentar se distrair na eternidade. No elenco estão também Petrônio Gontijo, que faz o protagonista na fase jovem, Marcos Caruso, Stepan Nercessian, Otávio Muller, Walmor Chagas e Sonia Braga.

NO CIRCUITO

Tropa de elite nos céus

R

ecentemente, mal sucedidas operações militares em morros cariocas reacenderam longas discussões sobre o atual papel do Exército na sociedade brasileira. O auge deste embate, aonde por enquanto só há perdedores, aconteceu em junho deste ano, quando um tenente das Forças Armadas entregou três jovens do Morro da Providência a um grupo de traficantes com a intenção de lhes aplicar um "corretivo". Os garotos foram mortos, o tenente e outros militares acabaram indiciados por homicídio e o exército se viu obrigado a desocupar o morro com a farda manchada pela vergonha. Embora tenha sido produzido antes deste fato, em 2007, Brigada Pára-quedista, em cartaz em São Paulo, tenta desven-

dar um pouco nossa tradicionalmente fechada instituição militar e refletir como ela vem moldando sua própria imagem perante a população. O documentarista Evaldo Mocarzel, de À Margem da Imagem e Do Luto à Luta, acompanhou durante alguns meses o rigoroso processo de treinamento de uma turma de aspirantes a pára-quedistas na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro. Entre alegóricos exercícios matinais, ali executados com sincronia impecável, cantos de guerra, simulações de combate e ensinamentos geográficos que vão da aridez da caatinga nordestina até a umidade da floresta amazônica, os soldados se preparam para o grande salto de suas vidas, quando se tornarão oficiais de uma

das tropas de elite do Exército brasileiro. A pedido da produção, assistem também a filmes clássicos de guerra como Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola e A Grande Ilusão, de Jean Renoir. "Todo filme de guerra é um espetáculo de glamourização da violência", afirma um dos altos oficiais, para em seguida citar a constituição brasileira e defender a presença militar na sociedade civil do país de diversas maneiras, preferencialmente pacíficas. Com algumas belas imagens, Brigada Pára-quedista faz um retrato de certa forma poético sobre a instituição ao tentar humanizar seus protagonistas e a relação entre comandantes e comandados. Uma lição que o tenente que entregou garotos a traficantes, ex-cadete deste mesmo curso, não deve ter aprendido.

CD

Adriana arranca lágrimas de tio Cauby

Retrato do nosso drama diário

Aquiles Rique Reis

O

sol se pôs. A lua se fez. As nuvens aguardam para ver o que vai acontecer. Bem embaixo da jaqueira, em plena florada, querubins arrumam poltronas forradas com suave tecido primaveril. A mesa está posta sobre a toalha de linho celeste. O balde tem gelo até a borda. Os copos refletem em seu cristal o brilho do olhar dos presentes. Ciro Monteiro ri ao lado do primo Nonô. Moacyr Peixoto tamborila os dedos na mesa, enquanto seu irmão Araken, ansioso, cuida para que tudo esteja no devido lugar. Nada dará errado aquela noite. Próximos da maior raiz da jaqueira estão colocados o piston de Araken, os pianos de Moacyr e de Nonô, e o cantar de Ciro “Formigão” Monteiro. Por todo o lado vê-se a expectativa criada pela audição que aguardam com calorosa curiosidade. Claro que para eles a voz de Cauby Peixoto já é familiar, mas aquela festança é para a audição do primeiro CD de Adriana Peixoto. Por isso mesmo, naquele sarau etéreo, o que mais lhes aguça o sabor

musical é conhecer a voz da sobrinha. Ainda que Araken lhes afiance que sua filha é do ramo, todos querem ouvir para crer. Ainda mais que, a convite, ali também está presente Tomé, outro santo. Entre um uísque e outro, Araken trata de lhes preparar o espírito e avisa que Cauby cantará Altos e Baixos (Sueli Costa e Aldir Blanc) com Adriana. E uma lágrima lhe cai dos olhos ao falar da emoção que viu na voz do irmão, tão comovido no duo com a sobrinha. Aproveitando um tempinho na balbúrdia do sarau familiar, Araken revela que a filha gravou três músicas de Dalmo Medeiros, seu primo e integrante do MPB4: De Cabeça Pra Baixo, ótimo samba que, com sua letra atualíssima, leva o jeitão de que vai fazer sucesso; Ação Entre Amigos, cuja bela melodia casa bem com os versos de Danilo Caymmi; e Zé Mané (com Marcelo Guimarães). Lançado pela Studium Brasil, o primeiro álbum da caçula do clã dos Peixoto revela uma cantora amadurecida. A voz calorosa faz dos sambas uma festa alegre, e

dos sambas-canções uma folia amargurada. Saudosa Maloca (Adoniran Barbosa) surpreende com a levada de salsa do piano; e Passagem da Ilusão ótimo samba de Miltinho (MPB4) e Paulo César Pinheiro, realça a força de seu cantar. Tudo nos conformes de uma cantora com muito balanço e com uma afinação que demonstra que ela nasceu pronta para o árduo desafio de brilhar num universo musical já pleno de grandes vozes femininas. Os arranjos do pianista Yaniel Matos amparam a intérprete que não busca caminhos, posto que já os tem de cor – na ponta da língua e em suas cordas vocais abençoadas por seus ancestrais que, ao ouvi-la, sob a jaqueira no céu, por ela derramam eternas lágrimas musicais. Enquanto brindam ao lançamento do primeiro CD de Adriana Peixoto: “Quem diria, né?”, diz Moacyr, “Aquela menininha que víamos brincando hoje é cantora. Das grandes!” “Viva ela!”, gritam. Assim como nós, reles mortais.

Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4

Fechando as comemorações, às 20h30, o canal transforma os reflexos da obra de Machado no tempo em tema de debate da série Saberes, gravada no Sesc Vila Mariana com a participação dos professores de literatura da USP Hélio de Seixas Guimarães (veja pág. 3) e Ivone Daré Rabello, da historiadora da Unicamp Daniela Magalhães da Silveira e do ator Pascoal da Conceição, fazendo a leitura de alguns textos do autor. Na terça (30), à meia-noite e meia, a Globonews -- que vem dedicando desde o começo do mês programas em homenagem a Machado, apresenta Star teedição especial focada na adaptação de contos e romances do autor no cinema, como nos filmes dirigidos por Sérgio Bianchi (A Causa Secreta) e André Klotzel, (Memórias Póstumas de Brás Cubas), que serão entrevistados por Bianca Ramoneda.

Discovery/Divulgação

Gustavo Mayrink

A escritora Lygia Fagundes Telles também rende homenagens ao escritor no domingo (28), 19h30, na tela do SescTV, ao ler e comentar trechos de Dom Casmurro, na estréia do primeiro dos oito programas da série Tertúlia: Encontros da Literatura, gravados no Sesc Pinheiros, em São Paulo, e dirigidos pelo cineasta Ugo Giorgetti. Às 20h, o SescTV continua com sua programação especial machadiana: exibe e o documentário Mestres da Literatura - Machado de Assis, um Mestre na Periferia, que narra a história, o legado, os caminhos da profissionalização do escritor até o ingresso dele na Academia Brasileira de Letras e traz depoimentos do historiador Sidney Chalhoub, do músico e professor de literatura José Miguel Wisnik e do ensaísta e crítico literário Roberto Schwarz.

Trânsito em SP: raio-X do caos.

P

ensar em acabar com o trânsito infernal da cidade de São Paulo seria pretensioso demais – e essa nem é a proposta do documentário Soluções para o Trânsito, que o Discovery Channel exibe no domingo (28), 21h. Como o nome indica, a proposta do programa é apresentar e mostrar exemplos do que outros países fizeram para pelo menos tentar atenuar o caos, e essa já é uma contribuição e tanto. O fato é que a Cidade não

tem mais como comportar em suas ruas e avenidas a invasão de 900 novos automóveis por dia, aumentando uma frota que já ultrapassou os seis milhões. “O colapso está próximo”, diz o diretor Rodrigo Astiz, da produtora Mixer, que realizou o filme para o Discovery. Em uma hora de duração, o documentário faz um raio-X do trânsito paulistano recorrendo às suas origens, e mostra como projetos que pareciam ambiciosos

conseguiram sair do papel para se tornar realidade em cidades como Bogotá, Cidade do México, Curitiba e Londres (que com seu polêmico pedágio urbano tirou 57 mil veículos de circulação). Para não ir tão longe, Astiz exemplifica com Curitiba (a capital brasileira com o maior número de carros por habitante): o seu sistema de ônibus expresso permitiu que 28% da frota de 500 mil veículos ficasse na garagem nos dias de semana. (RR)


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008


C idades Blitz apreende DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

1 Os mandados de busca focaram lojas que comercializam produtos de alto valor agregado.

Fotos de José Luís da Conceição/AE

R$ 6 milhões na rua 25 de Março U

Em dez dias, Operação Anúbis recolheu um total de R$ 25 milhões em mercadorias

ma força-tarefa da Operação Anúbis, formada por pelo menos 500 agentes da Receita Federal, Secretaria da Fazenda de São Paulo, da Polícia Federal e da Polícia Militar, apreendeu ontem, em shoppings centers e galerias da região da rua 25 de Março, no Centro de São Paulo, 833 caixas de produtos importados avaliados em R$ 6 milhões. Segundo informações da Receita Federal, os produtos apresentavam evidentes indícios de contrabando e de pirataria. Os agentes cumpriram 98 mandados de busca e apreensão. Com a ação de ontem, subiu para R$ 25 milhões o valor total das mercadorias apreendidas pela Operação Anúbis. Em dez dias, foram vistoriados dezenas de pontos do interior e litoral paulista, além de galerias localizadas na região da avenida Paulista, centro financeiro da cidade. O objetivo da blitz era recolher mercadorias sem nota fiscal ou cuja importação regular não foi comprovada. Os comerciantes e importadores que tiveram seus produtos apreendidos terão cinco dias para provar a origem legal de suas mercadorias, por meio de notas fiscais ou recolhimento do imposto de importação e demais tributos. Depois do fim desse prazo, declara-se pena de perdimento, que converte a retenção em apreensão definitiva dos itens recolhidos. De acordo com Vitor Casimiro, porta-voz da operação, os mandados de busca e apreensão focaram especialmente as lojas que comercializam produtos de alto valor agregado, como cosméticos, eletroeletrônicos e itens de vestuário. "Nas lojas, tetos e fundos falsos usados para esconder a mercadoria foram encontrados", disse Casimiro,

Proprietários e funcionários de lojas na região da 25 de Março esperaram na rua o término da blitz

Os agentes apreenderam um total de 833 caixas de produtos suspeitos

acrescentando que as equipes chegaram a usar uma motosserra para arrombar um dos estabelecimentos. Segundo o porta-voz, "os mandados de busca e apreensão autorizavam os agentes a arrombar os boxes, já que a maioria estava fechada", disse. Por decisão da Justiça, os agentes da operação tinham respaldo para retenção de equipamentos de informática e documentação fiscal encontrada nos locais vistoriados. Os comerciantes que tiveram mercadorias apreendidas receberam um protocolo de identificação dos produtos. "Na avenida Paulista, onde fizemos uma operação similar na última terça-feira, dos 147 estabelecimentos fiscalizados, apenas 8 apresentaram defesa até o momento. Toda a documentação será avaliada antes da liberação da mercadoria", disse Casimiro. A Operação Anúbis, cujo objetivo é combater o contrabando no estado de São Paulo, teve início há dez dias. Até ontem, antes da blitz na região da 25 de Março, haviam sido apreendidas mercadorias avaliadas em R$ 19,4 milhões, além de 27 veículos usados no transporte desses produtos, 3 kg de cocaína e 9 kg de maconha. Dezenove pessoas, entre elas dois estrangeiros em situação irregular no País, foram detidas. (Agências)

Os agentes cumpriram ontem 98 mandados de busca e apreensão

25

milhões de reais é o valor total das mercadorias irregulares apreendidas pela Operação Anúbis, ao longo dos últimos dez dias. Comerciantes terão prazo de cinco dias para comprovar a origem de suas mercadorias apreendidas


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER/TURISMO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

INTERIOR

O Boa Viagem visitou quatro hotéis-fazenda no Estado de São Paulo, para você curtir no mês das crianças. Confira! Divulgação

Fotos: Antonella Salem

Divulgação

O casarão de 1872 abriga a recepção, salas de estar e de jogos. São 82 acomodações confortáveis. Atividades incluem cavalgadas, ordenha e tour da cachaça.

UMA SENHORA FAZENDINHA

Divulgação

Em Itatiba, o Hotel Fazenda Dona Carolina mantém os ares de autêntica fazenda de café no melhor estilo imperial. E oferece mil e uma atividades a adultos e crianças Antonella Salem Está chegando na fazendinha?

N

inguém seria capaz de conter a ansiedade da pequena turista de quase dois anos de idade a caminho do Hotel Fazenda Dona Carolina. "Vai ter vaca? Boi da cara preta? E cavalo?" Situada em Itatiba, a 100 quilômetros de São Paulo, a autêntica fazenda de café, de 100 alqueires, superou todas as expectativas da criança, dos pais e de muitos outros hóspedes mirins, adolescentes e adultos. Já no check-in, feito na recepção no lindo casarão do século XIX, a equipe vestida à caráter, com chapéu de palha, cativava o olhar. Assim como a mesa disposta com cafezinho, pedaços de cana-de-açúcar para aperitivo e bolo caseiro. Tudo envolto

por uma aura elegante e histórica. Construída em 1872 por Dona Carolina e seu marido José Alves Cardoso, a fazenda (que se chamava Jaboticabal) foi uma importante produtora de café. Hoje se dedica ao turismo, ainda nas mãos da família. A casa-sede, rodeada de terreiros de café, e as outras construções coloniais foram restauradas e abrigam salas de estar decoradas com bom gosto no estilo imperial, sala de jogos (com pingue-pongue, pebolim, fliperama), pequena sala de brinquedos para bebês, centro de convenções e bar. As 82 acomodações ficam em construções recentes, porém que conservam a arquitetura colonial brasileira. Esbanjam estilo de época e infra-estrutura impecável, digna dos melhores ho-

téis cinco-estrelas. Janelões coloniais, por exemplo, e banheiros de mármore. Sobre a mesa no quarto, a programação do sábado trouxe de volta a ansiedade de querer ver e fazer tudo. Programação dividida conforme a idade: infantil (dos 3 aos 6 anos), juvenil (dos 7 aos 14 anos) e adulto. Alguns destaques? Visita à horta, passeio a cavalo em grupo, caminhada ecológica (há mais de 80 espécies de árvores catalogadas na propriedade), hidroginástica, cantorias no playground, aula de encilhamento (montar, celar e lidar com cavalos) e mil brincadeiras – de pega-pega a caça ao tesouro. Aos fãs de cachaça, há um tour para acompanhar todo o processo de produção, desde o plantio de cana até o engar-

rafamento da bebida. Há dois anos a fazenda mantém uma cachaçaria, que já abocanhou medalha de prata num festival nos Estados Unidos. E é claro que também é possível montar a sua programação. Ficar de papo para o ar à beira da piscina aquecida, andar a cavalo em família, fazer massagem, relaxar numa jacuzzi no spa, pescar no lago, passear pelo jardim e ver as capivaras, correr atrás do gato que habita o spa... Pausa para o almoço (bufê variadíssimo no restaurante "Seo" Oscar ou churrasco no Quiosque) e chá da tarde no casarão. Quase todos os ingredientes que compõem a mesa – das verduras ao café e leite – são de produção própria para consumo na fazenda. "Mas cadê a vaca?" A essa altura, você irá se arrepender se perder a ordenha, que ocorre todo domingo de manhã. "10h,

Milkfest", diz na programação. No caminho, uma atração: o carneiro chamado Billy Algodão vem comer capim na sua mão. Então, hora de ver a vaca Miúda, as outras vacas e bezerros ao redor, e experimentar a façanha de tirar o leite. Todos têm vez. Ao final, a degustação e o sorriso no rosto da pequena. "Adorei essa fazendinha!" Fazenda Dona Carolina: Estrada Municipal Manoel Stefani, altura km 39,5 da Rodovia Itatiba-Bragança, tel. (11) 4534-9100, www.donacarolina.com.br Em outubro, a partir de R$ 505 o casal com pensão completa e cortesia para uma criança de até 3 anos. O mês terá atividades e brincadeiras sob o tema Noites de Horror e Halloween.

Fotos: Arthur Rosa

Antiga Fazenda Duas Pontes foi uma das maiores produtoras de café do Estado. Hoje oferece parque aquático, recreação e esportes radicais.

MUITAS HISTÓRIAS NO SOLAR DAS ANDORINHAS Com edificações tombadas como Patrimônio Histórico e Cultural, o hotel capricha na infra-estrutura de lazer Arthur Rosa

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Clima de fazenda: passeios a cavalo também estão na programação. Além de castelinho, às crianças.

s a c omo dações não são cinco estrelas e até deixam a desejar, mas o clima de fazenda com edificações tombadas como Patrimônio Histórico e Cultural – e a infra-estrutura de lazer compensam uma temporada com as crianças, e seu bicho de estimação, no Solar das Andorinhas, em Campinas. A antiga Fazenda Duas Pontes, que foi uma das maiores produtoras de café do Estado de São Paulo, oferece 240 mil metros quadrados de área verde, parque aquático e locais para a prática de esportes de aventura, como arvorismo e rafting. E ainda aceita cachorro, gato ou papagaio.

A cada toque do sino, uma equipe de monitores – todos conhecidos por apelidos, como "Bananinha", "Abobrinha" e "Salsicha" (aliás bem parecido com o personagem do Scooby Doo) – entra em ação para entreter crianças e adultos. O sino toca na entrada do casarão principal da antiga fazenda, que carrega um clima de mistério. Monitores dizem que por ali vaga o espírito da escrava Clemilda, que morreu aos 120 anos, em 1956. E é dela a frase em uma tabuleta logo na entrada que dá boasvindas aos visitantes: "este chão é abençoado, serão felizes todos os que aqui pisarem, porque o meu sinhô era bom". O Solar das Andorinhas preserva sua história, mantendo praticamente intacta toda a estrutura da antiga Fazenda Duas Pontes. Ainda estão por lá a casa-grande,

com paredes grossas de 80 centímetros de largura e imensas palmeiras imperiais no jardim da entrada, as casinhas dos colonos, a capela, as ruínas da senzala e a cozinha dos escravos, onde os hóspedes podem tomar café e chá preparados por dona Iracema. O local conserva a fuligem dos velhos tempos. As paredes não podem ser pintadas, devido ao tombamento como Patrimônio Histórico e Cultural. Cenário colonial – Autêntica fazenda colonial do século 18 e cenário de novelas, minisséries e programas de TV, o Solar das Andorinhas se transformou em um completo hotel-fazenda, com atividades para crianças de todas as idades. Os pangarés Pavão e Diana podem levar os visitantes em um passeio pela propriedade, apresentando a infra-estrutura de lazer oferecida,

que inclui ainda campo de futebol, de golfe, quadras poliesportivas, área para paintball, pista de motocross e um observatório, batizado de Edmund Halley. Algumas atividades – como arvorismo, paintball e rafting – são pagas. Portanto, o visitante deve encher o bolso de solaskas, a moeda corrente no Solar das Andorinhas para consumos extras, e aproveitar o contato com a natureza preservada e com a história desta antiga e misteriosa fazenda. Solar das Andorinhas: km 121 da rodovia que liga Campinas e Mogi-Mirim, tels. (19) 3257-1414/3757-2700 e (11) 3675-0755, www.solarandorinhas.com.br.

Em outubro, diárias a partir de R$ 798 por casal, com pensão completa e cortesia de uma criança de até 12 anos no mesmo quarto dos pais.

Aura elegante e histórica: salas da casa-sede têm decoração de época.


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Saúde Urbanismo Educação Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Placa de orientação ainda usa o nome USP Leste para esse novo campus da universidade.

HÁ ESTUDANTES QUE DEFENDEM O NOME

Fotos de Milton Mansilha/Luz

Por preconceito, estudantes rejeitam o nome USP Leste As opiniões não são unânimes, mas o fato é que, cada vez mais, a denominação USP Leste desaparece de faixas, jornal interno e até de endereço na internet. Alguns estudantes afirmam que ligar o nome da USP à carente zona leste pode prejudicá-los na busca de emprego. Por isso, pensam até em eliminar esse nome de seus currículos. Ricardo Osman

Apesar de rejeitado por parte dos estudantes, o nome USP Leste ainda resiste em alguns pontos desse campus da Universidade de São Paulo inaugurado em 2005, em Ermelino Matarazzo, na zona leste da Capital

U

ma faixa exibida no pátio de uma unidade da Universidade de São Paulo (USP), localizada em Ermelino Matarazzo, na zona leste da Capital, informou, nos últimos dias, a alunos e professores a realização de um evento. O texto da faixa, que ainda ontem podia ser vista diante do prédio da diretoria, informava data e localização: "XIII Semana de Arte e Cultura - 22, 23 e 24 de setembro de 2008, (na) EACH". Onde? Na EACH? É essa a sigla da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, nome oficial da popular USP Leste, a unidade da Universidade de São Paulo inaugurada no início de 2005, nessa região da cidade. Tudo poderia ser apenas um lapso não fosse o nome USP Leste também ser banido do jornal dos estudantes. Sem citação – Na edição de agosto de 2008 do EACH-CEACH, a designação USP Leste não aparece em nenhum dos textos de suas 12 páginas – o nome USP Leste aparece apenas em uma foto da estação de trem que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos inaugurou na região, em janeiro de 2008. Os títulos das matérias do jornal são claros: "A EACH e seu regimento interno' e "Diretamente da Amazônia para a EACH". O estudante de marketing Tomás Marques, da comissão editorial do jornal EACH-CEACH, confirmou ontem que os alunos optaram por chamar essa unidade da USP por seu nome oficial, e não pelo qual se tornou popular, que faz menção à sua localização na zona leste da cidade. "O pessoal ainda tem preconceito com essa unidade da USP por ela ser nova e por estar na zona leste", disse. "EACH é a terminologia correta, o nome certo, porque a Escola é uma unidade da USP da Capital e não um campus independente, como muitos podem achar." "Política " – A frase "o pessoal ainda tem preconceito" pode ser entendida, como disse Marques, de modo amplo, o que inclui o mercado de

USP/Divulgação

Acima, faixa anuncia Semana de Arte e Cultura na EACH. Nenhuma referência à USP Leste. À esquerda, Bruno Oliveira Moraes: "Sem conotação negativa". Ao lado, a Cidade Universitária, na zona oeste da cidade.

trabalho para os formandos. Marques argumentou ainda que o nome USP Leste tem origem política. Foi dado na gestão do então governador Geraldo Alckmin. "Quando a unidade foi criada, ela surgiu como um projeto de campanha eleitoral, para favorecer o desenvolvimento da zona leste. Diziam que iriam criar ali um novo campus da USP, mas não é isso. Nós fazemos parte da USP da Capital." Currículos –De modo geral, a zona leste concentra população de baixa renda e escolaridade. Pelo visto, não

tem o glamour desejado pelos jovens universitários ou pelo mercado de trabalho. Alguns estudantes já falam até em excluir de seus currículos a denominação USP Leste. É o caso do aluno do curso de Sistema da Informação, Paulo Degering, de 21 anos. Ontem, ele estava no pátio da Escola de Artes, Ciências e Humanidades bem diante da faixa que informou sobre a Semana de Arte e Cultura. "O nome USP Leste é negativo", disse. "Na hora de pedir um emprego, esse nome poderá parecer algo de baixa

qualidade, por isso vou pôr no meu currículo o nome EACH." "Apelido carinhoso" – O estudante de Lazer e Turismo dessa unidade na zona leste, Bruno Oliveira Moraes, de 19 anos, reage de maneira diferente. "Não penso que o nome USP Leste tenha uma conotação negativa", declarou ele ontem, ao chegar para as aulas. Mesmo assim, ele reconhece a existência de uma confusão: "As pessoas pensam que a USP Leste é uma outra USP, de baixa qualidade e acesso fácil, mas

não é", concluiu Moraes. A estudante Natália Meggiolaro, de 20 anos, que cursa Ciências da Atividade Física, acha o debate desnecessário e não aprova alterações no nome. "USP Leste é o apelido carinhoso de nossa escola." Na internet – As mudanças de nome que figuram em faixas, nos títulos e nos textos do jornal dos estudantes já chegaram à internet. Em setembro de 2004, a assessoria de imprensa da USP divulgou notícia com o seguinte título: Universidade lança site com

informações da USP Leste. E dava o endereço eletrônico: www.uspleste.usp.br para os interessados em obter informações sobre seus cursos, como Gestão de Políticas Públicas, Ciências da Atividade Física e Gestão Ambiental. Quatro anos depois, nesse mesmo endereço eletrônico praticamente não há mais referências ao nome USP Leste. Pode-se vê-lo uma única vez no pé da página principal e entre parênteses. Todos os locais de eventos e de cursos indicados estão, agora, na EACH e um novo site é divulgado com destaque: o www.each.usp.br. Logotipos – Uma visita à escola em Ermelino Matarazzo mostra, no entanto, que o nome USP Leste resiste pelo menos nas placas de trânsito e no alto da caixa de água da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, onde está o antigo logotipo da unidade da USP, com a palavra 'Leste' em azul. Mas também alí há surpresas: um novo logotipo foi criado no início deste mês, por ocasião das comemorações dos 75 anos da Universidade de São Paulo, mostrando apenas a sigla EACH. Essa novidade pode ser conferida no endereço eletrônico www.each.usp.br/downloads. php#logo-75anos.


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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

LAZER/TURISMO - 7

Fotos: José Guilherme R. Ferreira

Na fazenda que pertenceu ao homem de cinema Amácio Mazzaropi, é grande a diversão para os pequenos

MAZZAROPI, 'SUCESSO DE BILHETERIA' ENTRE A CRIANÇADA. José Guilherme R. Ferreira

Entre a prática de arvorismo, passeio a cavalo manso e torneio de pesca no lago, visita ao casebre (à esq.) erguido por Mazzaropi para seus filmes.

N

ão há nada de jeca no Hotel Fazenda Mazzaropi, localizado em Taubaté, no Vale do Paraíba, a 130 quilômetros de São Paulo, "sucesso de bilheteria" entre a criançada. O hotel é rústico na medida certa e proporciona descontração sem perder elegância e sem desprezar os confortos da modernidade. Seus 118 apartamentos são equipados com TV LCD de 32 polegadas, ar-condicionado e ducha com aquecimento central. O restaurante serve um café da manhã de rei e o bufê das refeições acerta ao oferecer variedade suficiente para atender a todos os paladares.

Tem saborosa comida da roça, é claro, e algumas saladas originais, mas também o trivial para "aquelas crianças que não comem nada". Das fantásticas sobremesas com indecorosa quantidade de cremes e chocolate ninguém escapa. Nem dos brigadeiros. Mas há frutinhas, se alguém conseguir driblar as tentações. Nos almoços de domingo, o mimo aos grandes é uma caipirinha adoçada com melaço de cana. Viva Taubaté! As informações anteriores interessam mais a pais e avós (sim, eles também adoram um hotel-fazenda), pois as crianças estão mesmo interessadas é no conjunto

pedalinhos, e no passeio a cavalo manso (é só ficar na fila e aguardar a vez). Passadas várias linhas da abertura deste texto, é possível dizer, sem perder a coerência, que há tudo de Jeca no Hotel Fazenda Mazzaropi, já que seu patrono – o comediante, ator e homem de cinema Amácio Mazzaropi (1912-1981), que encarnou como ninguém o Jeca Tatu de Monteiro Lobato – é figura onipresente. Foi retratado sério, acima da lareira da recepção; é o centro de engraçados e coloridos cartazes de seus filmes, no restaurante e na sala da TV; e tem milhares de objetos e relíquias cinematográficas exibidos em museu, onde até a famosa espingarda com cano em curva, do filme Jeca e seu Filho Preto, pode ser admirada. Nos quartos, quadrinhos com cenas memoráveis dos seus 33 filmes.

de piscinas (uma redonda, coberta, com água aquecida, outra para pequenos, outra com toboágua, outra mais funda e sossegada...), no passeio de bicicletas malucas (há uma para dois pedaleiros que faz muito sucesso), no campeonato de pescaria no ranchinho à beira do lago (tem tanto peixe que é só lançar a isca e comemorar), na aventura do arvorismo (a travessia do lago em tirolesa dá frio na barriga até de quem só assiste aos mais corajosos e grandinhos), nas quadras esportivas (tem até bocha para netinho e vovô italiano), no teatro e palhaçadas dos monitores, no salão de jogos, brinquedoteca, minigolfe,

Fazenda Mazzaropi: Estr. dos Remédios, 2.380 (acesso pela saída 109 da Via Dutra), tel. (12) 3634-3400, 0800/117877, www.hotelmazzaropi.com.br. Em outubro, diárias a partir de R$ 348 com pensão completa. Criança até 2 anos é cortesia.

Divulgação

Fotos: Antonella Salem

Memorabilia– Enãoéàtoa:afazenda onde o hotel foi instalado pertenceu a Mazzaropi. Nos anos 70, auge da sua produção, "Jeca" plantou árvores no seu terreno, construiu estúdios cinematográficos, um complexo para a acomodação dos atores e até uma das piscinas hoje em uso. Os empreendedores atuais compraram a fazenda em leilão, depois da morte do artista. E ficaram também com toda a memorabilia. Esse material será disposto a partir de abril de 2009 no novo Museu Mazzaropi, em fase final de construção. O espaço de 1.200 m², ao lado do hotel, será administrado de forma independente e receberá escolas e cinéfilos de todo País. Contará ainda com um auditório para 350 pessoas. Em cartaz clássicos em 35 mm como Floradas da Serra, Uma Pulga na Balança e Um Certo Capitão Rodrigues.

O lado Jeca do hotel é atração garantida para os pequenos das cidades grandes. O terreiro dos galináceos entra em ebulição na hora de alimentar as aves. Alguns exemplares de patos, galos e galinhas d'angolas passam apertado quando a brincadeira é "pega, pega". Na cocheira, uma vaca "de verdade" já está acostumada com a ordenha dos peõezinhos sem jeito algum para a coisa. O casebre construído por Mazzaropi para seus caipiras de cinema também está de pé e pode ser visitado (o tradicional penico debaixo da pobre cama está lá, de prontidão). À tarde, perto da casa de taipa, há sessões de bolinho de chuva e bolo de fubá. À noite, uma fogueira "de verdade" é acesa e o cardápio muda para pipoca, pinhão e milho verde. Chega a hora de ir para a cama. Pais com filhos no colo partem para seus apartamentos, localizados na ala dos artistas, dos diretores, dos iluminadores... Outras crianças, sem sono, ainda arriscam uma última pergunta: "Mãnhê, o que é mesmo Mazzaropi?".

Câmbio é alternativa de receita para agências

D CAPOAVA: ACONCHEGO A arquitetura bandeirista e quartos rústicos e confortáveis encantam na Capoava. O programa de alimentar bichos, como jabutis, é sensação entre os pequenos.

BEM BRASILEIRO. É o serviço personalizado e a sensação de estar numa fazenda só sua que cativa neste hotel em Itu

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m sabor bem brasileiro enfeitiça logo na chegada à Fazenda Capoava. Será o aroma de comida caseira que paira no ar? Será o charme da casa-sede, original de 1750, exemplar da arquitetura bandeirista. Ou os bichos – papagaios, araras, tucanos etc. – mantidos em viveiros à espera dos pequenos turistas? Uma volta rápida e, num playground, está a criançada embasbacada cercando uma imensa jibóia domada por um monitor, que dá todas as informações possíveis sobre a cobra. Situada em Itu, a apenas 97 quilômetros da capital, a pequena propriedade histórica se distribui em 50 alqueires de muito verde, em meio a cinco grandes lagos. Num deles, fica uma ilhota habitada por sagüis. O casarão abriga a recepção e dá as boas-vindas aos hóspedes, que logo se sentem em casa, graças ao aconchego e o serviço personalizado. É lá que ficam a cozinha e a sala de jantar, com uma grande mesa colonial comunitária. Nas refeições, todos se encontram para se deliciar com o bufê de pratos tupiniquins. Aos sábados, pasteizinhos e caipirinha de pinga de aperitivo, e a tradicional feijoada. Nos domingos, leitão pururuca, preparado por mais de oito horas. Os jantares são sempre mais leves, com variadas opções de massas, carnes e saladas. E para a sobremesa, iguarias típicas irresistíveis, como arroz doce, doce de leite e compota de goiaba.

No corpo da casa-sede, há uma sala com lareira para a siesta, terraço e uma linda capelinha, além de quatro quartos que mantêm preservadas paredes, janelas e tetos originais. As outras 18 acomodações ocupam as antigas casas de colonos. No estilo duplex, podem acomodar a família de até quatro pessoas. Mais reservados, outros três quartos localizam-se perto dos lagos e da mata. Mas não importa qual for a escolha da acomodação, todas têm lareira, ar-condicionado, móveis rústicos e o clima de antiga fazenda. Divulgação

Ficar no quarto, porém, será impossível. Relaxe à beira da piscina climatizada, faça um passeio de charrete (com você mesmo conduzindo) ou uma caminhada. Vá ver a cocheira, tome um drinque no bar à beira do lago. A diversão das crianças é garantida pela equipe de atenciosos monitores, que cuida da programação – de jogos no gramado a tirolesa no pomar. Até o mais pequeninos (de 1 ou 2 anos) recebem atenção especial caso os pais queiram descansar. Imperdível é o passeio para ver e dar

comida aos animais silvestres. Há patos e gansos mansos à solta. E jabutis, tucanos, papagaios e araras mantidos em viveiros à beira dos lagos. A criançada têm a chance de entrar nas gaiolas, alimentá-los e conhecê-los de perto. Tudo isso sem falar nas cavalgadas, um forte da Fazenda Capoava. Além das tantas opções de trilhas, instrutores dão toda a orientação para cavaleiros de primeira viagem. História e museu – Uma aura histórica envolve os hóspedes na Capoava. Por lá já passaram bandeirantes, que construíram a casa-sede e ali se fixaram, iniciando o plantio de cana-de-açúcar, depois substituído pelo de café (quando então chamou-se Fazenda Japão) e, mais tarde, pela criação de gado. Hoje é o turismo rural que move essas terras. Na frente da casa-sede, um interessante museu exibe documentos e objetos de outrora, incluindo uma máquina de beneficiar café do século XIX. Uma charmosa volta ao passado. (AS) Fazenda Capoava: km 89,9 da Rodovia Dom Gabriel Paulino Buenos Couto (acesso na saída 59 da Rodovia dos bandeirantes), Itu, tel. (11) 4023-0903, www.fazendacapoava.com.br. Em outubro, duas diárias com pensão completa custam a partir de R$ 1.322. No fim de semana do Dia das Crianças, está marcada a festa do Saci, com comidas típicas e brincadeiras.

esde o corte de comissões aéreas, as empresa conta com 485 funcionários no Brasil e agências de viagens vêm buscando tem muitos clientes corporativos, atraídos por essas alternativas de aumentar seus ganhos. facilidades de entrega, aliadas à segurança e às Quanto mais produtos oferecerem aos taxas competitivas. clientes, mais aumentam as oportunidades. Um Dinheiro ou cartão – O dinheiro pode ser desses segmentos é o de câmbio, que até pouco retirado ou entregue ao cliente em duas formas: em tempo tinha limitações grandes por parte do Banco espécie ou no Visa Travel Money, cartão que, depois Central e também implicava em um investimento de carregado, funciona para pagamentos e grande em segurança na agência. Isso mudou. A retiradas em qualquer local que aceite as bandeiras flexibilização da lei que regula a atividade de câmbio Visa em todo o mundo. Hoje, segundo Lima, 20% de moedas estrangeiras no Brasil abriu as portas do de todas as vendas Confidence já são com o VTM, segmento para as agências de viagens. De olho nisso, que dá mais segurança nas viagens, além da as financeiras criaram produtos para que as agências praticidade de poder ser recarregado a qualquer possam vender ou indicar o câmbio, sem precisar momento. O cartão pode ser carregado em euro, virar agências de câmbio. Divulgação/Panrotas dólar ou libra. A Confidence, maior Segundo Fábio corretora de câmbio Agostinho, também da turismo do Brasil, com empresa, em julho os 67 lojas no País e adolescentes que movimentação de US$ viajaram com a Tia 48 milhões por mês, já Augusta Turismo para a iniciou um trabalho de Disney levaram o VTM. aproximação com as Os pais podiam agências de viagens, recarregar o cartão do que podem trabalhar Brasil e acompanhar os com a empresa em gastos dos filhos, via duas modalidades de internet. O VTM já é parceria comissionada. muito utilizado por Se a agência indicar a empresas nas viagens Confidence a seu de funcionários, Maurício Lima e Fábio Agostinho, da Confidence. substituindo o cartão de cliente e ele efetuar alguma compra, a crédito corporativo. O agência é comissionada em 0,5%. VTM tem limite de US$ 10 mil por crédito e US$ 30 Ganhos maiores virão se a agência aderir ao mil por cartão. E possui assistência mundial. O Visa Confidence Partner. Pelo programa, a comissão Travel Money custa apenas R$ 10 e não cobra taxas varia de 3% a 4%, dependendo do volume para compras e pagamentos. Nas retiradas paga-se comprado pelo cliente. O programa consiste na US$ 2,50 por saque, o que torna conveniente o instalação de um sistema on-line na agência, que saque em quantias maiores. Recomenda-se levar o passa a fazer a transação: cadastra o cliente, faz o cartão, mas também uma pequena quantia em pedido da moeda e envia para a Confidence. dinheiro, para despesas imediatas e miudezas. Em 24 horas o dinheiro estará disponível para o Hoje já há 16 agências cadastradas no passageiro retirar em uma das lojas Confidence, Confidence Partner e outras 2 mil fazem negócios incluindo nos principais aeroportos do País, ou com a empresa. Para se cadastrar e pedir mais pode ser entregue no endereço do comprador informações fale com Fábio Agostinho no (taxa de R$ 30). fabio@confidencecambio.com.br, visite A entrega é feita por funcionários próprios da o site www.confidencecambio.com.br ou ligue Confidence, o que é um diferencial para o mercado para o tel. (11) 5188-8333. corporativo. "Não há o risco de o cliente receber motoboys terceirizados em sua casa ou empresa. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo Todos os funcionários usam carros e terno e no site www.panrotas.com.br. Assinaturas gravata", diz Maurício Lima, da Confidence, que pelo tel. (11) 2764-4816 ou 2764-4800, e-mail assinaturas@panrotas.com.br. tem sede em Santo Amaro, São Paulo. Hoje a


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Convênio beneficia o setor que mais emprega mão-deobra e é o maior contribuinte da Receita Federal. Luigi Nese, da CNS

NO ANO, ARRECADAÇÃO FOI DE R$ 62 BILHÕES

O VALOR ARRECADADO É CONSIDERADO RECORDE PARA UM MÊS DE AGOSTO. EM OITO MESES, JÁ SÃO R$ 443 BI.

ARRECADAÇÃO CHEGA A R$ 53,9 BI

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Adriana David

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om mais de um mês de antecedência em relação a 2007, os tributos pagos pelos brasileiros alcançam os R$ 750 bilhões hoje. O montante é proveniente do recolhimento de impostos pelas três esferas públicas (União, estados e municípios) desde o primeiro dia de 2008. Os números são visualizados no impostômetro, painel eletrônico instalado em frente à Associação Comercial de São Paulo (ACSP). As informações são levantadas pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) que em parceria com a Associação

C o m e rc i a l d e S ã o P a u l o (ACSP) lançou o Impostômetro em abril de 2005. Nesse mesmo ano, o governo arrecadou R$ 732 bilhões. A projeção do IBPT é de que sejam arrecadados R$ 1,045 trilhão até o fim de 2008. Com os R$ 750 bilhões já arrecadados, seria possível o governo construir 55 milhões de casas populares de 40 m², ou mais de 9 milhões de Km de redes de esgoto, mais de 1 milhão de Km de estradas asfaltada e construir e equipar quase 16 milhões de postos policiais. No site w ww.i mp os to metro.com.br , é possível verificar a arrecadação tributária por estados e municípios, por segundo, minuto, hora e

dia e anos anteriores. 157 dias – De acordo com levantamento do IBPT, a classe média trabalhou até 5 de junho somente para pagar tributos, o que equivale a 157 dias. De 6 de junho a 30 de setembro (117 dias) esta parcela da população trabalhará para adquirir serviços privados de educação, saúde, previdência, segurança e pedágio, que deveriam ser providos pelo governo. Em comparação a 2007, neste ano a classe média está trabalhando dois dias a mais (um para tributos e um para serviços privados). O Impostômetro integra campanha de conscientização tributária lançada pela Associação Comercial em 2005.

tentada e com ritmo seguro." A Receita espera crescimento de 10% nas receitas administradas – que excluem taxas e contribuições controladas por outros órgãos – , com destaque para o IRPJ e a CSLL. Os dados mostram recolhimento maior nos setores de combustíveis, financeiro e automotivo. Em agosto, o pagamento dos dois tributos no primeiro segmento

cresceu surpreendentes 587,9% em relação a agosto de 2007. O coordenador de previsões da Receita, Eloi de Carvalho, disse que as empresas lucraram mais com a alta do petróleo e aumento nas vendas no mercado interno. A arrecadação de agosto também foi puxada pela Cofins (11,35%), Imposto sobre

Produtos Industrializados (IPI) de automóveis (25,2%), e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital (25,90%). Mas a maior alta foi com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): 171%. No ano, as receitas desse tributo já cresceram 151,72% ante igual período de 2007, um aumento de R$ 8,1 bilhões – valor próximo dos R$ 8,5 bilhões previstos pelo governo para ano todo. O IOF aumentou para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O IOF tem pesado mais sobre as pessoas físicas, cujas operações de crédito renderam R$ 3,26 bilhões. O secretário chegou a aventar ser "possível" um corte desse imposto, se a economia brasileira continuar em crescimento. O secretário disse que a Receita espera engordar os cofres até o final do ano com a arrecadação da Cofins retroativa sobre o faturamento de profissionais liberais, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. O montante ainda está sendo calculado. "Esperamos receber pelo menos uma parte desses recursos neste ano." Cartaxo afirmou que a receita também deve aumentar com o recebimento de débitos relativos ao créditoprêmio do IPI, em discussão nos tribunais, onde o governo tem ganho a disputa. (AE )

Fotos: Brígida Rodrigues/e-Sim

A voracidade do governo

Receita Federal bateu novo recorde de arrecadação em agosto, mas a velocidade de crescimento perdeu fôlego. Entraram nos cofres do governo R$ 53,93 bilhões, o maior valor já registrado para o período. A arrecadação teve crescimento real (acima da inflação medida pelo IPCA) de 4,27% sobre agosto de 2007. Em relação a julho, houve queda real de 13,2%. De janeiro a agosto, os tributos somaram R$ 443,56 bilhões, aumento real de 10,33%. No acumulado até julho, o resultado registrava alta de 11,21% acima da inflação. Nos oito meses de 2008, a receita já é maior em R$ 62,05 bilhões, em valores nominais, do que a registrada em igual período de 2007. Apesar da desaceleração, a arrecadação continua a mostrar vigor, por conta da maior lucratividade das empresas, que teve reflexos positivos nas receitas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Esses tributos foram responsáveis por 50% do crescimento da receita com tributos em 2008. Para o secretário-adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, o crescimento menor em agosto não significa desaceleração econômica. "A arrecadação se mantem de forma sus-

Rêgo, Fonseca e Nese participaram ontem da assinatura do convênio

Abertura de novas empresas fica mais fácil Silvia Pimentel ma parceria firmada entre a Receita Federal, em São Paulo, e representantes de cartórios de registros de pessoas jurídicas vai reduzir de 30 para dez dias, em média, o tempo de abertura de uma empresa do setor de serviços na capital paulista, a partir de dezembro. Para 2011, a meta é de todo o trâmite de registro e abertura de um negócio demorar apenas apenas cinco dias. O convênio foi assinado ontem pelo superintendente Regional da Receita, Luís Sérgio Soares, e o presidente do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Estado de São Paulo, Paulo Roberto de Carvalho Rêgo. Ele integra os dez cartórios da capital paulista ao cadastro sincronizado da Receita, do qual já participam a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). "É um pleito antigo dos cartórios participar do cadastro nacional para desburocratizar a vida dos futuros empresários", disse Carvalho. O superintendente da Receita, Luís Sérgio Soares, informou que o próximo

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passo será integrar o Fisco municipal, em dezembro, e a Junta Comercial, responsável por processar o registro das empresas comerciais e industriais. "Esses controles, vistos como burocracia, são importantes para proteger a sociedade. Com esta iniciativa, eles vão incomodar menos", disse Soares. No futuro, quando todos os procedimentos de abertura e registro de empresas estiverem integrados em um único sistema, será necessária a ida a apenas um órgão. "Na capital, vamos fechar o círculo para os prestadores de serviços a partir de dezembro", ressaltou o analista técnico da Receita, Marcello Pelegrina. Por ora, apenas os cartórios da capital paulista e alguns de Minas Gerais e Rio de Janeiro passam a fazer parte do cadastro da Receita. A intenção é estender a integração para todo o estado paulista, que possui cerca de 400 cartórios. Presente à solenidade de assinatura da parceria, o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, elogiou a iniciativa. "Vai beneficiar o setor que mais emprega mão-de-obra e é o maior contribuinte da Receita Federal", explicou.


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Saúde Educação Ambiente Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREFEITO COMEMOROU RESULTADO

Luiz Prado/Luz - 09/08/2005

Aterro São João, na zona leste da Capital: 258.657 créditos de carbono vendidos ontem no leilão da Bolsa

Cidade encontra R$ 37 mi no lixo

Prefeitura vendeu ontem 713 mil créditos de carbono dos aterros sanitários Roseli Lopes

Newton Santos/Hype - 05/09/2007

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s m o r a d o re s d o distrito de Perus, n o e x t r e m o n oroeste da cidade de São Paulo, e os de São Mateus, na zona leste, que vivem, respectivamente, no entorno dos aterros sanitários Bandeirantes e São João, áreas que por duas décadas receberam o lixo da cidade, serão os beneficiados com os R$ 37 milhões conseguidos ontem pela Prefeitura de São Paulo na venda, em leilão eletrônico, do lote de 713 mil créditos de carbono. O valor será repassado ao Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Fema) do município para que seja investido na melhoria da infra-estrutur a d a q u e l e s b a i r ro s , c o m obras de calçamento, instalação de iluminação pública e construção de praças, além de projetos sociais. Os créditos de carbono, uma espécie de certificado que equivale a gases do efeito estufa que deixaram de ser lançados na atmosfera em razão de projetos de redução de emissões, foram produzidos a partir do gás metano liberado no processo de decomposição do lixo que durante anos foi depositado nos dois aterros. Ta n t o n o B a n d e i r a n t e s quanto no São João, o processo de transformar o lixo em matéria-prima para a geração de créditos de carbono está sob a responsabilidade da Biogás Energia Ambiental. A concessionária ganhou, por meio de licitação da Prefeitura, o direito de explorar os aterros. Cabe à Biogás fazer a captação, canalização e queima do gás. Com isso, a empresa tem direito a 50% de todos os créditos de carbono gerados nos locais. Oferta – Do total de créditos ofertados ontem, 454.343 são procedentes do projeto do Aterro Bandeirantes e 258.657, do Aterro São João. Segundo o secretário-adjunto da secretaria municipal de Finanças, Walter Aluísio Rodrigues, só o

Aterro Bandeirantes: melhorias na infra-estrutura dos bairros da região

Bandeirantes contribui para a redução de um volume equivalente hoje a 1,7 milhão de tonelada de dióxido de carbono emitido na atmosfera. Transformados em certificados – conhecidos como Reduções Certificadas de Emissões, as RCEs –, os créditos de carbono são vendidos como um produto. Um desses créditos equivale a uma tonelada de dióxido de carbono jogada no ambiente. O leilão de ontem é o segundo da Prefeitura de São Paulo e foi realizado pela BMF&Bovespa. Dez empresas se inscreveram para a compra depositando 400 mil euros de garantia para ter acesso. Durante a uma hora de duração do leilão, oito participantes deram lances. A oferta final, no entanto, piscou na imensa tela instalada no térreo da Bovespa quando faltavam apenas 26 segundos para o encerramento. A suíça Mercuria Energy Trading, com sede nos Estados

Unidos, arrematou as 713 mil toneladas de RCEs ao oferecer 19,20 euros por tonelada, pagando um ágio de 35,2% sobre o preço mínimo fixado no edital, de 14,20 euros a tonelada. A empresa cobriu a oferta de 19,10 euros feita segundos antes pelo banco privado holandês Fortis Bank NV/SA, o mesmo que, em 2007, levou os 804.450 créditos de carbono no primeiro leilão feito pela Prefeitura. Os 19,20 euros conseguidos pelas 713 mil RCEs ontem ficaram bem próximos das expectativas da Prefeitura, que apostava em um valor de 19,40 euros por tonelada. O prefeito Gilberto Kassab, que acompanhou todo o leilão na Bovespa, avaliou o resultado como extraordinário. Especialmente porque o ágio de 35,20% conseguido sobre o preço inicial superou os 27,5% do leilão de 2007, quando a Prefeitura conseguiu um preço final de 16,20 euros.

Meta é combater o efeito estufa

O

s créditos de carbono foram criados pelo Protocolo de Kyoto, o acordo internacional assinado em 2005 por 59 países industrializados para combater o aquecimento global. Pelo protocolo, estes países se comprometem em reduzir a emissão de gases do efeito estufa por meio de metas de redução de emissões de poluentes.

3 Agliberto Lima/DC - 05/06/2007

Na prática, esses créditos equivalem a gases do efeito estufa que não são lançados no ambiente. Os créditos de carbono gerados pelo Brasil foram formatados dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), programa que permite às nações que têm metas de redução comprar os créditos de países que não têm essas exigências.

Os créditos adquiridos por esses países podem ser abatidos de suas metas. Hoje, 36 nações industrializadas podem investir em projetos dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O Brasil é o terceiro país no mundo com maior número de projetos de créditos de carbono aprovados (13%), atrás apenas da Índia e da China. (R.L.)

Prefeitura realizou ontem o segundo leilão para venda de créditos de carbono.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - LAZER

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Priscila Prade/Divulgação

Machado e a nossa música André Domingues

A

passagem de um escri- iniciativa no sentido da criação tor da estatura de Ma- operística, grandiosa, só música de chado de Assis deixa câmara, de salão", explica. marcas na cultura de um país que A obra de Machado de Assis que vão bastante além das páginas da teve maior impacto na música, conliteratura. Seu potencial de reper- tudo, não foi cantada ou tocada, cussão é imensurável. Que o di- mas simplesmente escrita. É o congam os ecos que deixou na música to O Homem Célebre, que retrata o brasileira de seu tempo, atuando atormentado pianista Pestana, buscomo crítico, estabelecendo par- cando a glória de figurar entre os cerias com grandes compositores gênios da música séria – Bach, Moou até refletindo sobre a própria zart, Beethoven –, mas conseguincondição da arte nacional. A canto- do compor, apenas, umas polcas ra lírica e pesquisadora Anna Maria muito brejeiras. Estas, para o seu deKieffer, que encenou no último do- sespero íntimo, faziam um enorme mingo, no Centro Cultural São Pau- sucesso na cidade, como que alarlo, o espetáculo O Mundo Musical deando a sua incapacidade para a de Machado de Assis, dá boas pistas arte profunda. O Homem Célebre reda relação do escritor com a músi- percutiu tanto, que se tornou uma ca. "O Machado realmente gostava espécie de paradigma para a interde música e eu perpretação da música cebo que, por tem(e até da cultura, em peramento, era geral) do Brasil do mais ligado à músiseu tempo, dividida ca de salão, feita entre a aspiração à por pequenos congrande arte univerjuntos e entre amisal e a vocação para gos. As relações a diversão ligeira e dele com o meio tipicamente tupiniMachado foi parar musical não eram quim (lembre-se até no Circuladô necessar iamente que, nesse momende Caetano Veloso voltadas à ar te, to, a polca européia mas faziam parte, já tinha se abrasileisobretudo, de um convívio social, rado e incorporado ao repertório tanto é que adorava jogar xadrez que formaria o choro brasileiro). com o compositor Arthur Napo- Dois renomados autores contemleão", diz ela. Foi no seio dessas porâneos, os músicos e pesquisaamizades, aliás, que surgiram as dores José Miguel Wisnik e Cacá ocasionais parcerias de Machado Machado, chegaram até a identificom importantes músicos do final car o sofrido Pestana com um dos do século XIX e início do XX, como nossos pianistas e compositores o próprio Napoleão, Alberto Nepo- mais importantes do período (e de muceno e Francisco Braga. Um mi- todos os tempos): Ernesto Nazareh. to combatido por Anna é o de que Já o polêmico Caetano Veloso, por a preferência do escritor fosse por sua vez, nem recorreu ao passado e óperas, comentadas por ele em ar- chamou para si a semelhança com o tigos jornalísticos nos primeiros personagem de Machado, ao inanos de sua carreira. "A ópera fazia cluir uma citação do conto na conparte do dia-a-dia da sociedade da tracapa do seu disco Circuladô, do época, era como ir ao cinema, daí início dos anos de 1990: "... mas as ele ter se interessado pelo assunto, polcas não quiseram ir tão fundo..." inclusive profissionalmente. Mas, É um atestado inquestionável da quando se observa os contatos atualidade de Machado. E uma promais estreitos que ele teve com va de que o tempo corre infinitamúsica, não se encontra nenhuma mente mais lento para os clássicos.

Nova versão de Irma Vap, com Marcelo Médici e Cássio Scapin.

IRMA VAP

Teatro ou academia de ginástica? Sérgio Roveri

Q

uando aceitou dirigir a primeira montagem de O Mistério de Irma Vap, em 1986, Marília Pêra, acreditando estar diante de um projeto modesto, cedeu à produção do espetáculo algumas roupas do seu acervo pessoal e o banquinho do seu piano para ser usado no cenário. A atriz precisou de pouquíssimo tempo para perceber o quanto havia subestimado o poder de fogo da peça: Irma Vap se converteu em um dos maiores fenômenos de bilheteria do teatro brasileiro e entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como a peça que ficou mais tempo em cartaz, dez anos, com o mesmo elenco, os atores Marco Nanini e Ney Latorraca. Para esta segunda montagem da peça, que entrou em cartaz esta semana no Teatro Frei Caneca, agora com os atores Marcelo Médici e Cássio Scapin, a diretora Marília Pêra não precisou trazer nada de casa – a não ser sua já comprovada habilidade no comando de um espetáculo que se sustenta não necessariamente pela qualidade do texto do nor te-americano Charles Ludlam (1943-1987), mas por um ritmo matematicamente calculado que expõe os dois atores a mais de 50 trocas de roupas em meio a um incontável abrir e fechar de portas. “O público é quem vai nos dizer qual é o novo tom que esta montagem deve adotar, mais de duas décadas após a estréia do espetáculo no Brasil”,

diz Marília Pêra. “Acredito que Irma Vap segue sendo uma ótima comédia, em que besteiras fenomenais são ditas como se fossem verdades absolutas. Meu trabalho concentra-se, principalmente, em preservar a delicadeza do texto com extremo bom humor”. A diretora acredita que o êxito de Irma Vap equilibra-se em três pilares: a formação atlética dos dois atores, que

Vi Irma Vap em 1994. Nunca passou pela minha cabeça que um dia eu pudesse vir a fazer esta peça. Era algo muito distante de mim. Marcelo Médici, ator Cortei vários trechos do espetáculo original que vi em Nova York. Nossa versão de Irma Vap tem quarenta minutos a menos. Marília Pêra, diretora

respondem por oito personagens de tipos e vozes absolutamente distintos, a inteligência do cenógrafo e a rapidez nas trocas de roupas, que não devem se estender por mais de alguns segundos. “Eu estou no comando desta engrenagem intricada, deste espetáculo que não permite uma única falha”, diz ela. “Se uma porta não abrir no momento exato ou se um ator se embaralhar na

É impossível chegar zerado a um trabalho novo. Claro que tudo que eu fiz até hoje me ajudou na hora de compor tantos personagens de Irma Vap. Cássio Scapin, ator O trânsito atrás do cenário é enlouquecedor. Ver o espetáculo das coxias é uma atração à parte. Fábio Namatame, cenógrafo e figurinista

troca de figurinos, toda a cena seguinte estará perdida”. Irma Vap se passa em uma assustadora mansão em algum ponto perdido da Inglaterra, onde o incessante barulho das rajadas de vento confunde-se com o uivar de lobos famintos. A história começa com a chegada ao local da ingênua Lady Enid (um dos papéis de Médici), a nova esposa do milionário abilolado Lord Edgar. Em pouco tempo a jovem patroa descobre que todos os serviçais da casa ainda alimentam uma estranha devoção pela primeira mulher de Lord Edgar, que morreu há não muito tempo. Durante suas conversas com uma misteriosa governanta, Lady Enid é informada de que Lord Edgar teve um filho com sua primeira mulher – o garoto, chamado Vitor, mesmo nome de um lobo adotado pela família, um dia foi encontrado morto, com a garganta dilacerada por algum animal feroz. Um lobisomem, quem sabe. A trama do espetáculo caminha por um ritmo alucinante, de forma a permitir um desfile de personagens exóticos, como um guia de turismo egípcio, um lobisomem e um guarda-caça corcunda. O Mistério de Irma Vap. Em cartaz no Teatro Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569, 6 andar. Tel.: 3472-2229. Quinta e sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 19h. Ingressos: R$ 60 a R$ 70.

SHOW São Paulo recebe até o fim do ano uma avalanche de shows e festivais para todos os gostos. Prepare as pernas – e o bolso! Gustavo Mayrink

J

á faz algum tempo que o Brasil entrou na seleta rota dos grandes festivais e shows internacionais. Nossa inclusão musical está diretamente ligada à valorização do real, que permite aos produtores pagar cachês geralmente elevados, e ao bom e velho clima tropical, um atrativo irresistível ao iminente inverno do hemisfério norte, o que justifica a concentração desses shows a partir da metade do segundo semestre. E mesmo com o dólar e os termômetros oscilando subitamente nos últimos dias, a maratona musical começa já neste fim de semana com opções para públicos bem diferentes. Sábado (27), no Anhembi, acontece a 9ª edição do Skol Beats, festival que ajudou a popularizar a música eletrônica e que este ano foi criado com ajuda do público. Durante quatro meses foram escolhidos pela internet os principais destaques da festa, entre eles os badalados franceses do Justice e a dupla alemã Digitalism. Enquanto os mais animados do Skol Beats mal terão voltado para casa, ocorre

domingo (28) na Chácara do Jockey, zona sul da cidade, o ecológico About Us, festival que pretende mostrar conceitos práticos de sustentabilidade em diversas formas de interação com o público. Entre tendas sensoriais, praça de alimentação orgânica e oficinas de arborização, será possível idealizar um mundo mais verde ao som de Ben Harper e Dave Matthews Band. Ingressos: R$ 70 a R$ 500. Outubro tradicionalmente é o mês do Tim, o mais duradouro entre os festivais . Mesclando artistas sofisticados – herança do antigo Free Jazz, o qual sucedeu – com novas tendências do pop, rock e eletrônica, a edição deste ano traz ao parque do Ibirapuera gigantes como o saxofinsta Sonny Rollins (foto), que integrou o lendário Miles Davis Quintet, o rapper Kanye West com seu pirotécnico show Glow in the Darke Paul Weller, antigo líder de uma das mais importantes bandas inglesas, o The Jam, além de muitos outros. Opções musicais também pipocam em novembro, especialmente no fim de semana do dia 8. Além do Planeta Terra, festival

mais elogiado do ano passado e que em 2008 levará novamente a um complexo de galpões bandas como Bloc Party, Jesus and Mary Chain, Kaiser Chiefs e Offspring, a platéia paulistana terá mais três opções de shows internacionais pela cidade: o Credicard Hall recebe a musa australiana Kylie Minogue, o HSBC Brasil é palco para o poprock pegajoso do Marron 5, enquanto a banda de heavy metal melódico Nightwish se apresenta no Via Funchal. Ainda em novembro, os veteranos do R.E.M. chegam a São Paulo para dois shows da turnê de seu último disco, Accelerate, mostrando estar em ótima forma. Poucos dias depois será a vez da debochada Cyndi Lauper esganiçar a voz em clássicos que embalaram muitos bailinhos nos anos de 1980. A saga dos festivais se encerra no final de dezembro com três concorridas apre-

especial de fim de ano do Roberto Carlos pela televisão para recuperar a energia. Skol Beats - Avenida Olavo Fontoura, 1209, Anhembi. Sábado (27), das 18h às 8h de domingo (28). Entrada pelos portões 19, 29 e 30. Ingressos: www.skolbeats.com.br e www.ticketmaster.com.br About Us - Chácara do Jockey – Av. Pirajussara, s/n (altura do nº 5100 da Av. Francisco Morato). Domingo (28), a partir do meio dia. Ingressos: www.aboutusfestival.com.br

Arquivo DC

sentações de Madonna no estádio do Morumbi. E apesar do caos e da desorganização que marcaram a venda antecipada dos ingressos, a passagem da rainha do pop pela Cidade depois de 15 anos promete ser avassaladora. Depois de tantos shows, só mesmo o

Tim Festival - Auditório TIM e Arena de Eventos, ambos no parque do Ibirapuera. De 21 a 25 de outubro. Ingressos: www.timfestival2008.com.br Planeta Terra Festival - Villa dos Galpões – Avenida das Nações Unidas, 20003. Em 8 de novembro. Ingressos: www.planetaterrafestival.com.br

Kylie Minogue - Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17955. Dia 8 de novembro. Ingressos: www.ticketmaster.com.br Nightwish - Via Funchal - Rua Funchal, 65. Em 7 e 8 de novembro. Ingressos: www.viafunchal.com.br Marron 5 - HSBC Brasil - Rua. Bragança Paulista, 1281 Chácara Santo Antônio. Em 9 de novembro. Ingressos: www.hsbcbrasil.com.br R.E.M. - Via Funchal - Rua Funchal, 65. 10 e 11 de novembro. Ingressos: www.viafunchal.com.br Cyndi Lauper - Local a definir. 13 de novembro. Madonna - Estádio do Morumbi. 18, 20 e 21 de dezembro. Ingressos: www.ticketmaster.com.br


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 1

NO CENTENÁRIO DE SUA MORTE (29/09/2008), UMA EDIÇÃO PARA MACHADO DE ASSIS, O MAIS UNIVERSAL DOS NOSSOS ESCRITORES.

Nós, os personagens de Machado. Renato Pompeu

odos nós somos personagens de Machado de Assis (1839-1908), o maior escritor brasileiro de todos os tempos e um dos trezentos escritores mais importantes de toda a história mundial da literatura, que morreu há cem anos a 29 de setembro. É o que se pode depreender da leitura de duas obras do pesquisador inglês John Gledson, Por um Novo Machado de Assis – Ensaios, 14 artigos sobre contos, crônicas, romances, personagens e temas específicos das obras de Machado, e Machado de Assis, Impostura e Realismo, um completo e detalhado estudo sobre Dom Casmurro, o romance que é a obra mais machadiana de Machado. Ambos os livros de Gledson foram editados pela Companhia das Letras. Dos trabalhos do erudito inglês – um das dezenas de pesquisadores estrangeiros que nas últimas décadas se têm dedicado ao estudo das obras de Machado, que já pode ser considerado um escritor de fama internacional, tendo seu centenário de morte sido assinalado por jornais prestigiosos do mundo inteiro, como o The New York Times – surge a idéia de que nós, os brasileiros em particular, mas também os seres humanos em geral, somos, como os personagens de Machado, nem anjos nem demônios, mas apenas seres que querem ter pelo menos um bocadinho a mais do que seu quinhão, e que hesitamos apenas um pouco se, para obter esse bocadinho, temos de desgostar ou inclusive prejudicar até mesmo alguém de q u e m g o s t amos. Assim...

T

Continua na pág. 2

AL

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R

Capitu na tela e no divã. Página 2. Doutor Machado e as leis. Página 2.

Machado, ensaios e imagens. Página 3. Machado, TV e música. Páginas 5 e 8.

E mais no DCultura: vacina contra depressão! Estréia nova montagem da peça Irma Vap.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ambiente Educação Patrimônio Saúde

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Marcelo Soares/Folha Imagem - 08/01/2008

Masp recebeu reforço na segurança após o furto de telas valiosas, no ano passado.

INTERPOL VAI RECEBER INVENTÁRIO

Governo promete museus paulistas mais seguros

Evelson de Freitas/AE - 20/12/2007

Secretaria da Cultura lançou projeto para melhorar a segurança do patrimônio artístico, na Capital e no interior Rejane Tamoto

Obras de Portinari foram levadas do Masp em dezembro de 2007 Divulgação - 16/06/2008

Da Pinacoteca do Estado, foram levadas quatro obras valiosas Marlene Bergamo/Folha Imagem - 08/01/2008

A obra O Lavrador de Café, de Portinari, foi recuperada pela polícia

Masp e Pinacoteca invadidos

A

segurança dos museus recebeu mais atenção em São Paulo após um furto e um roubo de obras de arte, já recuperadas pela polícia. Em dezembro, foram

furtadas duas telas do Masp. Em junho, um óleo sobre cartão, um guache sobre cartão e duas gravuras foram roubadas da Estação Pinacoteca, no Centro.

Armando Fávaro/AE - 02/04/2002

O

aumento da vigilância (humana e eletrônica) e a atualização e padronização do banco de dados das obras de arte do acervo do Estado de São Paulo, além de seu compartilhamento com a Interpol, são as promessas da Secretaria de Estado da Cultura para melhorar a segurança dos museus em 2009. Até dezembro do próximo ano, uma série de medidas estão programadas para reforçar a segurança de 11 museus na Capital, um no litoral e sete no interior. O plano é resultado de uma série de recomendações feitas pelas Polícias Militar e Civil e pelo Corpo de Bombeiros. Entre as recomendações, está a instalação de câmeras de monitoramento 24 horas nos museus e a compra de rádio-comunicadores para os vigilantes. Segundo a diretora de Museus da Secretaria de Estado da Cultura, Claudinéli Moreira Ramos, após o roubo de obras de arte na Pinacoteca algumas medidas imediatas foram adotadas, como a inserção de detectores de metais e guardas armados não só neste museu, mas também na Estação Pinacoteca e no Museu de Arte Sacra, que seriam os três locais mais visados por criminosos. Segundo ela, o efetivo de seguranças nos museus do Estado aumentou em 30%. "Os museus passaram a ser muito visados por criminosos. No mundo, o quarto crime de maior ocorrência é o tráfico de obras de arte", disse a diretora. Até o final deste ano, segundo Claudinéli, os museus tam-

Masp: parceria com empresa privada garantiu a instalação de mais câmeras de vigilância no museu

bém estarão com os sistemas de segurança contra incêndios atualizados. "É um sistema que detecta o problema quando o curto-circuito se inicia", disse. O plano de segurança, no entanto, ainda não foi orçado. "Estudamos firmar parcerias público-privadas para reforçar a segurança dos museus", disse. Masp – Um exemplo de parceria, segundo ela, é o da LG Sistemas de Segurança com o Museu de Arte de São Paulo (Masp). A empresa dobrou a doação de câmeras ao Masp, que passou de 48 para 96 equipamentos que operam no escuro. As câmeras entrarão em funcionamento em outubro. Deste total, quatro câmeras têm o recurso speed dome – um zoom de 270 vezes – e uma delas ficará no vão livre do Masp. A empresa também infor-

Fotos Andrei Bonamin/LUZ

mou que instalará seis gravadores digitais. "Cada aparelho é capaz de armazenar dois meses de imagens, sendo que apenas grava se houver um movimento mínimo, como o de uma borboleta, por exemplo", explicou Magdiel Rodrigues, gerente de Assistência Técnica da LG. Interpol – Outra medida prometida para o final de 2009 é a atualização e padronização do inventário de obras de arte de 15 museus – sete na Capital e oito no interior – para a Interpol. O banco de dados servirá para agilizar a investigação de itens roubados. O acervo destes 15 museus, no total, é estimado em mais de 1 milhão de peças. "É um trabalho que proporcionará controle, pesquisa e divulgação rápida. É uma ação de segurança grande, pois ao conhecer o bem que se tem, é possível tomar cuidado

de maneira adequada", explicou Claudinéli. O projeto é patrocinado pela Companhia Energética de São Paulo (CESP), que investe R$ 1 milhão por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. As informações de cada item do acervo serão reunidas em fichas técnicas padronizadas, de acordo com as normas do Conselho Internacional de Museus (ICOM, na sigla em inglês). Segundo Claudinéli, 42 profissionais entre museólogos, arquivistas, historiadores, conservadores e técnicos em museus trabalharão junto às equipes dos museus do Estado. O último levantamento havia sido feito em 1994, mas depois, com o avanço da informática, cada museu passou a atualizar o próprio acervo e não havia padronização entre as instituições.

A PRIMAVERA DE INEZITA Valeria Goncalvez/AE

C

SENTINELAS NO PARQUE ANTÁRTICA (1)

C

aso você encontre nas imediações do Parque Antártica um rapaz que usa cabelos cor-de-rosa no verdor dos seus 17 anos, pode ser o estudante Carlos Eduardo Oliveira do Nascimento (foto). Ele se instalou por ali desde segunda-feira e lá ficará até comprar ingresso do show que o grupo mexicano RDB fará no longínqüo 29 de novembro. A propósito, o início das vendas sequer foi programado. Exagero? Até que não, se for considerado que entre abril e maio Carlos Eduardo acampou por 47 dias diante da Via Funchal com a mesma finalidade. Também estava na trágica tarde de autógrafos no Shopping Fiesta, em Interlagos, quando três pessoas morreram pisoteadas no 10 de fevereiro de 2005. Eduardo diz que até o fim de semana umas sete barracas estarão armadas para abrigar outros apaixonados extremados. A indefinição sobre o local havia adiado essa providência. É por isso que eles estavam se movimentando como baratas tontas em ondas migratórias, entre a citada Via Funchal e o Palestra Itália, os pontos mais cotados.

SENTINELAS NO PARQUE ANTÁRTICA (2)

E

ste vaivém pode continuar na próxima semana, pois, desgraçadamente, o local ainda não está confirmado. Ocorre que a turma de Eduardo resolveu acreditar em um dos muitos boatos a respeito e transformou-o em verdade, apesar dos desmentidos do Palmeiras. A ansiosa mobilização é justificada, pois, segundo foi anunciado, será a última turnê do RDB, cuja extinção Eduardo tentou evitar liderando uma passeata de protesto na Avenida Paulista, em 25 de agosto passado. O funcionamento das barracas, que pode abrigar até 30 pessoas, obedece a uma disciplina de escoteiros. Eles têm prática. Um pelotão faz a limpeza e outro cuida da bóia. A presença constante de pelo menos um deles, dia e noite, a título de sentinela, é obrigatória para dar o alerta geral e ocupar imediatamente seu posto na fila de ingressos se os guichês forem abertos sem aviso.

oincidindo com o tempo das flores, aos 80 anos Inezita Barroso está vivendo uma espécie de Primavera na sua carreira. Se a idade lhe permitisse, faria 30 shows por mês, conforme o assédio à sua agenda. Na semana passada, por exemplo, subiu ao palco quatro noites – um recorde, considerando as circunstâncias. Nessas apresentações também fica evidente que a lei seca ainda não chegou a seu repertório, tampouco ao gosto do seu público. A célebre "Marvada Pinga" continua sendo (junto com "Lampião de Gás") a campeã dos pedidos, obrigatória em todas sessões. É um reinado que chega aos 55 anos, pois Inezita a gravou em 1953. (Uma curiosidade: o lado B do bolachão trazia a hoje clássica canção "Ronda", de Paulo Vanzolini, que somente entrou porque na ocasião era preciso preencher o espaço). A moda da pinga é de domínio público. A própria Inezita a recolheu quando criança e mocinha durante as férias que desfrutava nas fazendas da família no interior paulista.

tas Grossas & Cur

● O recente arrastão no show da banda

Chiclete Com Banana, em Campinas, reacende a lendária suspeita da polícia de que quadrilhas organizadas, inclusive de fora, vão na esteira desses espetáculos de grandes platéias para assaltar. ● Em nome do fervor cristão, traduzido em ações beneméritas, traficantes estão procurando se infiltrar em igrejas católicas e evangélicas na periferia da Cidade. ● É forte o zunzunzum de que Alckmin poderá deixar o PSDB após as eleições, caso não seja eleito. Idem Walter Feldman, a ser expulso por infidelidade, leia-se apoio a Kassab.

VOLTE, LUIZA!

S

ão cada vez mais insistentes os esforços do PT para trazer a deputada Luiza Erundina (PSB) de volta ao aprisco. Na última tentativa, dias atrás, o senador Aloizio Mercadante quase chegou às lágrimas ao bradar que Erundina é e sempre será "vermelha" – alusão à cor do partido. O apelo confirma mais uma vez que o tempo dá voltas caprichosas. Ao disputar com a vencedora Erundina – que foi derrotada por Celso Pitta no segundo turno – a indicação do candidato petista à prefeitura da Capital em 1996, Mercadante inadvertidamente ajudou a defenestrá-la do partido.

Nos debates internos típicos de prévias, ela sofreu ataques contundentes, turbinados pelos xiítas por ter aceitado ser ministra do governo Itamar Franco, em 1993. O desgaste foi de tal ordem que a saída tornou-se irreversível. Hoje, conforme a lei do custo-benefício, mais lucrará o PT com a sua volta. Erundina lhe emprestará sua tradicional dignidade, valor do qual o partido anda tanto necessitando desde o mensalão. Pouco lhe poderá oferecer em troca. Legenda? Ela não precisa, pois até no PGS – Partido dos Gatos Seresteiros – terá votos e será uma boa deputada.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LAZER

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

COMO TODO GRANDE ESCRITOR, MACHADO DE ASSIS É MÚLTIPLO. E UM GRANDE PROVOCADOR. SEM NUNCA TER SAÍDO DO BRASIL, ABARCOU O MUNDO.

Nós, os personagens de Machado. Renato Pompeu

A

ssim, para falar de Dom Casmurro, queremos, como a famosa Capitu, simples remediada, ascender para uma vida social melhor, ou, como o famoso Bentinho, com quem ela se casa, nascido muito rico, queremos ser amados pelo que realmente somos, seres carentes de afeto, e não pelo que temos. Tudo na vida, como nas obras de Machado, depende de duas coisas: as posições sociais em que nascemos e pelas quais vamos passando em nossa vida, o que depende de nossas aspirações e nossas oportunidades, e as disposições psicológicas com que nascemos e que vão sendo afetadas pelas sucessivas situações em nossa existência, o que depende de nossas relações com os outros e em particular de nossos amores. Tudo isso é universal e eterno enquanto o ser humano durar, mas está imbricado nas condições sociais de momento, e é esse segundo aspecto que Gledson enfatiza. Ele mostra como, ao contrário do que imaginava a maioria dos leitores contemporâneos da ficção do escritor brasileiro, e de seus primeiros críticos, a obra de Machado está intimamente, inextricavelmente, ligada a "seu tempo e seu país", como disse o próprio Machado. Gledson demonstra como literalmente cada frase de Machado mostra o empenho entranhado de seu autor na luta por entender o Brasil de seu tempo e de como fazer para torná-lo uma nação melhor. A leitura dos livros de Gledson se impõe, não só para os que querem compreender mais profundamente Machado, como, e principalmente, para os que querem compreender mais profundamente o Brasil. Aqui temos um Machado não olímpico e atemporal, mas envolvido visceralmente com as questões nacionais e de momento, como a luta entre escravistas e antiescravistas, entre monarquistas e republicanos, entre conservadores e liberais, entre democratas e autoritários, entre o Brasil escravista e o Paraguai modernizante de Solano López, enfim, nos contrastes entre opressores e oprimidos. No entanto, para ficarmos nessa última vertente, devemos notar, com Gledson, que Machado não era nenhum sentimentalista, ou sentimentalóide, defensor dos oprimidos – e é isso que causava estranheza aos leitores seus contemporâneos. Machado, sem dúvida, era impiedoso com os opressores, odiava por exemplo a escravidão e o autoritarismo, mas sua sim-

ALFER

patia pelos oprimidos não era incondicional. Ele era impiedoso também com os oprimidos que julgava cúmplices de seus opressores, e que, ao invés de lutar contra a opressão, manipulavam os opressores para conseguir deles alguns favores que lhes melhorassem a sorte. Mostra, sem dó, como os oprimidos desse tipo constituem a esmagadora maioria, como a aspiração do oprimido não é acabar com a opressão, mas, primeiro, se tornar aliado do opressor

e seu protegido, e, se possível, ascender socialmente para se tornar ele próprio um opressor. Isso está explicitado, por exemplo, no episódio do escravo que, sendo surrado impiedosamente enquanto escravo, ao se tornar livre compra um escravo a quem surra impiedosamente. É evidente que Machado não criou esse exemplo a partir de uma fabulação excessivamente imaginosa e criativa, mas a partir da observação do que ocorria à sua volta.

TRAIÇÃO

Outra aguda percepção de Machado, notada por Gledson, é a de que o opressor, mais do que beneficiado, é também oprimido pela própria opressão que exerce. Por exemplo, o senhor de escravos sofre menos, fisicamente, do que o escravo, mas sofre igualmente seqüelas psicológicas profundas, que não lhe deixam ser feliz. Acostumado a ter tudo e a ser servido em tudo desde que nasceu, o senhor de escravos, a par de não desenvolver todos os

seus talentos e de tender a não ser empreendedor de novas situações, mas abúlico mantenedor da situação existente, também sofre afetivamente, ao perceber que cuidam dele não por amor, mas por obrigação dos escravos e interesse das pessoas livres cujos destinos dele dependem, os "agregados". Essa última situação chega até o casamento – e é aqui que podemos notar uma certa malevolência de Machado, pois ele se delicia em pintar as misérias desses casamentos caricaturais. A acusação de que os oprimidos são em geral cúmplices de seus opressores, e de que os opressores também sofrem com a opressão, é a maior acusação, afinal, que se pode fazer contra a opressão e é a única que pode fazer tanto oprimidos como opressores se voltarem unidos contra a opressão – mas, se isso é percebido racionalmente por todos que se detêm para observar a situação, poucos, e Machado é um desses poucos, sentem essa situação emocionalmente dolorosa nas mais profundas de suas entranhas. Machado foi também malvisto por simpatizar, não com a república, mas com a monarquia. Mas precisamos nos colocar no seu tempo e no seu lugar. Um dos problemas é que ele via a monarquia como fator de consolidação da unidade nacional e a república como foco de desagregação, o que lhe era confirmado pelos exemplos da unidade imperial do Brasil e a desunião republicana da América espanhola. Outro problema é que ele via a monarquia, com seu regime parlamentarista, como mais democrática do que a república presidencialista que se consagrava nas Américas – e de fato a República permitiu, no Brasil, a existência de regimes plenamente autoritários e mesmo ditatoriais, num grau a que o Império nunca chegou. Por outro lado, o Império era baseado na escravidão, e desapareceu menos de um ano e meio depois dela. Mas Machado poderia ter ra zões para ver essas situações de maneira diferente. Afinal, o imperador dom Pedro II sempre fora contra a escravidão, foi o Império que pôs fim à escravidão e o governo imperial estava se preparando para ceder terras devolutas para os ex-escravos quando ocorreu o golpe militar que proclamou a República e pôs fim a esse plano fun-

diário. Por isso mesmo, a única guarnição que se opôs a República foi a Guarda Negra da princesa Isabel, composta de ex-escravos. Machado pensava numa monarquia como a britânica ou as escandinavas e em repúblicas como o Paraguai e a Bolívia. E é curioso especular se as rupturas violentas dos anos 1930 e do regime militar não teriam, na monarquia constitucional parlamentarista apreciada por Machado, ocorrido como simples mudanças pacíficas de gabinete ministerial. No entanto, surge um mistério, a partir das obras de Gledson: se Machado estava tão entranhado assim em "seu tempo" e em "seu país", como sua obra pode ter, como tem, um apelo universal a todos os seres humanos e um século depois de sua morte, mais de um século depois de terem desaparecido a escravidão e os "agregados"? É o mesmo mistério com que se deparou Karl Marx, o maior defensor da tese de que cada ser humano é o produto da situação social e econômica em que se encontram ele e a sociedade em que vive: como, perguntava Marx, podemos nos comover com as tragédias gregas antigas, criadas em circunstâncias sociais e econômicas inteiramente diferentes das nossas? Marx nunca respondeu à sua própria pergunta. Como podemos nos comover com as obras de Machado, tão tintas da escravidão, tão cheias de parentelas extensas a que se agregam "agregados" não parentes? É que a grande arte, e os grandes artistas, retratam a condição humana universal e eterna, particularizada, com emoção discreta, nas condições nacionais e de momento. O particular, já disse a filosofia, não é um singular isolado, mas um singular que representa o universal. Gledson, com toda a importância de sua obra, afinal se limita a descrever as condições nacionais e de momento que levaram às criações de Machado, mas com isso se perde o que há de mais grandioso nos textos machadianos: a particularização da condição humana universal e eterna, de carência, de não ser auto-suficiente, de não se bastar a si mesmo, de necessidade do Outro, de necessidade da Outra. Renato Pompeu é jornalista e escritor.

CAPITU CIÚME

Uma discussão sem veredicto final André Domingues

U

ma qualidade inegável das personagens de Machado de Assis é a verossimilhança, e, nesse quesito, nenhuma supera o casal Bento Santiago e Capitolina, ou, simplesmente, Bentinho e Capitu, para as gerações e gerações de brasileiros que deles ficaram íntimas por intermédio da leitura de Dom Casmurro. Capitu, aliás, ficou tão presente no imaginário nacional, que se tornou até um sinônimo popular para mulher infiel. Ai da fulana que fosse chamada de Capitu por aí! Sua traição, contudo, assim como muitas ações de qualquer pessoa de carne e osso, vem sendo

discutida há anos, sem veredicto conclusivo. Sobretudo porque quem a denuncia, de forma unilateral e sem ter testemunhado o fato, é seu marido, Bentinho, também maior amigo de Escobar, o outro suposto traidor. A desconfiança dele vem apenas de dois gestos: o olhar fixo, apaixonadamente fixo, da esposa ao cadáver de Escobar, no velório deste, e a sua dificuldade de sair de frente do caixão. A partir daí, mergulha num mar de ciúmes e desconfianças que destrói os seus laços com a mulher e o filho do casal, já considerado ilegítimo por lhe parecer muito semelhante ao finado amigo. O desenho

psicológico desses personagens é tão vivo, que abre espaço, até, para algumas interessantes interpretações de profissionais sobre o tema. A psicóloga Maria Ângela Rossetto, por exemplo, acha que o envolvimento de Capitu e Escobar não foi um delírio do afetivamente dependente Bentinho, pois a personalidade da esposa já continha, em si, um elemento bastante sensualista, suficiente para envolver-se com outro homem. O psiquiatra e psicodramatista Eduardo Ferreira-Santos, especialista em ciúmes, por sua vez, não se aventura concluir sobre o fato da traição, mas acredita que a chave da tra-

ma é uma característica do marido, algo típico dos ciumentos: "a baixa auto-estima, que o levava a não se julgar à altura de sua amada", explica. Já o psiquiatra Wimer Bottura, também autor de estudos sobre o ciúme, chama a atenção para a subjetividade dos leitores na decisão do problema. "Com olhos de românticos, a gente pensa que não traiu, salvando a pureza da Capitu, que poderia ter desejado o Escobar sem chegar ao ato; com olhos realistas, como os de um Nelson Rodrigues, ela traiu", garante. A traição, contudo, não encerra a discussão. "A maioria ciumenta da população, que eu

chamo, brincando, de ‘o Movimento dos Complexados de Corno’, vai sempre condená-la, mas, pela visão psicológica, compreendendo a necessidade humana de amar e ser amado, o que houve não pode ser considerado uma traição", completa. Na mesma linha de acrescentar complexidade ao debate, o psicanalista Ivan Mourão faz questão de ressaltar, em Dom Casmurro, a formação um autêntico triângulo amoroso. "Não dá pra falar da Capitu pensando, só, nas relações dela com Bentinho e Escobar, sem ver a dos dois entre si. Bentinho já era ambiguamente íntimo de Escobar nos tempos do

seminário, e, depois, deu seu assentimento e todas as condições para que o amigo se aproximasse da esposa. Daí, podermos pensar que ele tenha traído também, possibilitando a consumação, através dela, de uma relação homossexual que, para ele próprio, seria insuportável levar adiante, com o moralismo da época", argumenta. Como se vê, mesmo entre os profissionais da área, as visões sobre os personagens de Machado são muito diversas. Somente uma coisa não muda: a impressão de que parecem tão verdadeiros, que até poderiam ser analisados no divã.

Cadernos de Literatura Brasileira

Machado, o direito e muito mais.

C

lsabella (Capitu) e Othon Bastos (Bentinho): Capitu, de Saraceni (1968).

NA TELA

Capitu no cinema. Roteiro de Lygia e Paulo Emílio. Direção de Saraceni. Um clássico.

apitu no cinema? A essa tentação formidável não resistiram, em 1967, a escritora Lygia Fagundes Telles e o ensaísta e crítico Paulo Emílio Sales Gomes: dela surgiu um roteiro "inteligente, fino, com amplo uso de flashbacks", como comenta Ana Maria Machado. É, sim, uma adaptação livre, baseada em Dom Casmurro (1899). Desse texto (reeditado em 2008 pela CosacNaify) nasceu em 1968 o filme Capitu, dirigido por Paulo Cesar Saraceni com Isabella (Capitu), Othon Bastos (Bentinho) e Raul Cortez (Escobar). A produção caprichada dessa obra (afinal Saraceni é um dos mestres do Cinema Novo, autor dos antológicos Porto das Caixas (1962) e A Casa Assassinada (1970) vai da cenografia e ambientação à trilha sonora, pontuada por peças de Narazeth, Padre José Maurício, Villa-Lobos, Verdi e Carlos Gomes. Registre ainda: o filme Dom (2003), de Moacyr Góes, inspira-se também em Dom Casmurro. Deu a Maria Fernanda Cândido (uma Capitu dos nossos tempos) o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado. (MMJ)

José Márcio Mendonça

N

a vastíssima bibliografia dedicada a Machado de Assis, à sua obra e a seus personagens, vamos encontrar estudos a respeito das diversas disciplinas sobre as quais o mestre e suas criações meditaram ou viveram – pessoal e profissionalmente. Autodidata, Machado foi da política (analisada por Brito Broca), à filosofia (Miguel Reale e Afrânio Coutinho); da religião (Hugo Bressane Araújo) à economia (Gustavo Franco); da história (Sidney Chaloub) à psiquatria (José Lemes Lopes). Este Doutor Machado – o Direito na Vida e na Obra de Machado de Assis (Cássio Schubsky e Miguel Matos – Lettera.doc/Migalhas) investiga uma ou-

tra vertente do pensamento e das ações de M.A e dos seus Bentinhos, Conselheiros Aires, Quincas Borbas e tais. Antes referências discretas em Miguel Prata (M.A. – O Homem e a Obra Vistos por Todos os Ângulos) e em Raymundo Faoro (no indispensável A Pirâmide e o Trapézio), a análise da presença do direito e dos bacharéis, advogados militantes e diletantes, juízes e desembargadores em M.A., toma aqui corpo e profundidade. Na primeira entrada em cena, Schubsky rascunha um aperitivo – certamente a ser revisto em próximas edições, pois tangencia mais a crítica literária do que o objeto do livro – para o mergulho que Miguel Matos faz na

segunda parte das relações do Bruxo do Cosme do Velho com as leis e suas vicissitudes. Descobre-se, à exaustão, que o direito é uma presença constante no universo machadiano. Na obra – no romance, no conto, na crônica. E até na vida profissional. Como exemplo, Miguel nos traz um parecer do funcionário público MA, em defesa de escravos libertos pela Lei do Ventre Livre. Parece de jurista acatado por uma corte jurídica própria de então. Aparenta ser um livro tão somente para os homens do direito. É mais: é uma obra para os homens de direito, das letras, da cultura e das coisas do Brasil.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

NÃO HÁ MAIS LOCAL, NEM HORA, PARA NOTICIAR AO MUNDO, EM VOZ ALTA, SUAS CONVERSAS PESSOAIS

FILHOS LONGE, PAIS DESESPERADOS

V

iajar ou mudar-se para o exterior na companhia dos filhos costuma ser uma constante fonte de atrito para os casais separados. Muitas vezes, o pai ou mãe que detém a guarda da criança acredita que isso basta para poder transferir-se com o menor – enquanto o outro pensa exatamente o contrário. Em geral, o problema vai parar na Justiça. Foi o que aconteceu recentemente com os atores Murilo Benício e Giovanna Antonelli, que são separados e possuem um filho em comum. Constantemente a atriz viajava para Nova York, devido ao relacionamento que mantém com um empresário que reside lá, em companhia do filho. Benício, por sua vez, não estava nem um pouco satisfeito com as constantes ausências do filho. A questão foi levada à Justiça e, de acordo com recente entrevista do ator, acabou sendo resolvida de forma amigável. Mas é bom aproveitar a oportunidade para esclarecer as dúvidas de casais que estão passando por problemas semelhantes.

P

ara início de conversa, o fato de possuir a guarda da criança não dá ao pai ou a mãe o direito de morar com o filho no exterior sem o consentimento do outro genitor. Na verdade, não lhe dá nem sequer o direito de viajar com o menor sem que o outro esteja de acordo. Conforme já expliquei diversas vezes nesta coluna, "guarda" não é o mesmo que "poder familiar". O que normalmente ocorre na maioria das separações é que um dos genitores fica com a guarda, ao passo que o poder familiar continua sendo exercido pelos dois. Sendo assim, existem restrições quanto ao que o detentor da guarda pode ou não pode fazer. E uma dessas restrições diz respeito a viagens

JOÃO DE SCANTIMBURGO A PERSPECTIVA

● É um dos piores

pesadelos dos pais separados: a possibilidade de que o ex-cônjuge leve as crianças para o exterior.

ou mudanças em companhia dos filhos.

O

Estatuto do Menor e do Adolescente diz, em seu artigo 84, que um menor só pode viajar para o exterior com um dos pais se tiver expressa autorização do outro, por meio de documento com firma reconhecida. Se um dos pais não concordar, dependendo das circunstâncias e das motivações apresentadas, é possível tentar obter uma autorização judicial para viajar com o menor. No entanto, se as viagens forem freqüentes, isso poderá deflagrar uma desgastante batalha judicial entre os pais, como ocorreu com Giovanna e Benício. A autorização judicial também é necessária se o paradeiro de um dos genitores for desconhecido ou se ele estiver muito doente para poder autorizar. E se um deles já tiver falecido, é preciso apresentar o atestado de óbito ao sair do Brasil. Para que um menor, filho de pais separados, viaje dentro do território nacional em companhia de um dos genitores, a autorização do outro também é necessária – mesmo que a viagem seja feita em carro ou veículo particular. Afinal, se um dos pais achar que seus direitos estão sendo desrespeitados, a história toda poderá acabar em briga judicial. IVONE ZEGER É

DE FALÊNCIA

A falta da educação entra em campo

M

uito já se falou sobre a falta de educação do brasileiro, de um modo geral. Por sermos um povo sem tradição cultural e embasamento educacional primário, até pela pobreza que sempre predominou na média da população, a questão da educação, dos bons modos, da sociabilidade, tem ainda ficado a dever. Falamos bastante também sobre a questão da educação pelo ângulo da alfabetização, do conhecimento, de informações, do acumulo de sabedoria. Nas questões do dia-a-dia, entretanto, ainda que também na média geral o brasileiro seja cordial, bom, de índole decente, ele segue sendo mal educado na questão dos direitos e deveres, do respeito ao próximo, da sociabilidade. Vejam nossos jogadores e técnicos de futebol. Grande parte do tempo em que estão em campo passam cuspindo diante das câmeras de televisão. Pensando bem, pode ser um exemplo exagerado, na medida em que estão correndo, suando, mas ilustra o comportamento médio do brasileiro em público. Não há respeito pela faixa de pedestres. Não há respeito pela proibição de fumar. Não há respeito pela lei que proíbe a venda de cigarros e bebidas alcoólicas a menores de idade. Não há respeito aos idosos. Nem levantar o chapéu para as senhoras os homens levantam - claro que não há mais chapéus, mas lugar no banco do coletivo poucos dão. Não há respeito para com a limpeza pública. Nem com o patrimônio público. Nem com o privado. E, mais recentemente, incorporou-se aos maus hábitos da civilização moderna o hediondo costume de tornar pública conversa particular dita em celulares. Não há mais local nem hora para se noticiar geralmente em voz alta - aos circunstantes e ao mundo, suas conversas pessoais. Sejam elas profissionais, familiares ou amorosas. Invadiram restaurantes, elevadores, áreas de descanso, estacionamento de automóveis, bancos, hospitais, repartições. Onde a imaginação do leitor alcançar, haverá um mal educado falando alto em seu celular, sem se importar com o incômodo ou constrangimento que possa causar. Para quem viaja de avião, duro mesmo - enfatizo ao leitor é fazer cara de paisagem e fingir que não ouve, quando praticamente todos os engravatados que ocupam diariamente os vôos regulares desfilam suas ladainhas, que deveriam ser circunscritas a quem está do outro lado da linha, a todos os infelizes que se acercam por imposição física de onde está o incansável falador. Estas pessoas, normalmente executivos brilhantes (mulheres raramente fazem isso)

● Não há respeito pela faixa

de pedestres. Não há respeito pela proibição de fumar. Não há respeito pela lei que proíbe a venda de cigarro e bebida aos menores. E, agora, o mau hábito da moda é abusar da conversa via celular. Por Paulo Saab

em ascendente carreira, dão ordens à secretária, criticam o subordinado, elogiam o chefe, fazem declarações de amor e informam seu roteiro com detalhes de horários e escalas. Passam infinitos minutos orientando tecnicamente um projeto ou ensinado como se trabalha ao pobre coitado do outro lado da linha. A aeromoça pede para desligarem o celular, eles fingem não ouvir. Quando o avião pousa é um delírio. Quase uma coreografia coletiva. Patética. Enquanto a aeromoça pede para não ligarem os celulares até o saguão do aeroporto, ouve-se uma sinfonia de toques e acordes, muitos deles de um ridículo que só o próprio dono do aparelho não percebe, enquanto se ouvem conversas, entrecortadas, do tipo o avião acabou de pousar, ainda estou dentro do avião, ou o famoso querida, cheguei! Seria um festival de humor se não fosse uma situação de estresse, como sempre é chegada (e saída) de avião.

D

e minha parte, fico tentando não me sentir sem importância alguma, visto que sou um dos raros que não liga o celular ao toque do avião na pista. Com isto, não ligo para ninguém e ninguém me liga. Quando olho atravessado para o cara de mamão ao lado, que ligou o seu fingindo não ouvir a aeromoça proibir, ainda recebo de volta um olhar de piedade por não haver ninguém querendo ou precisando falar comigo. Não fosse eu um apologista da boa educação, em muitos casos, no linguajar antigo, mandaria alguns lamber sabão, pela falta de educação, de respeito à segurança de todos e por se achar superior, porque pode mostrar pelo celular como é importante aos coitados ao lado, geralmente mais importantes do que o próprio. Seguindo o falar de antanho, durma-se com um barulho desses. Sei que você, leitor, não cabe no aqui descrito. Se conhecer alguém que faça isso, dê-lhe um toque... Mesmo de celular. É tão ridículo!

ADVOGADA ESPECIALISTA EM

DIREITO CIVIL E DE FAMÍLIA, ESCRITORA E PALESTRANTE WWW.PARASABERDIREITO.COM.BR

O tsunami de Wall Street ANTONIO CARLOS PANNUNZIO

N

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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a década de 30, uma sucessão de desastres econômicos jogou o mundo na chamada Grande Depressão. A partir dos Estados Unidos, ela alcançou a economia de dezenas de países, inclusive o nosso, convertendo-se numa das causas da Revolução de 1930. O mundo só saiu dela pelas portas ensangüentadas da II Guerra Mundial. A possibilidade de que algo parecido voltasse a ocorrer preocupou, durante décadas, políticos e economistas. Estes principalmente, até data recente, garantiam que o mundo estava imunizado contra um desastre de tais proporções. Como todas as previsões, também a dos analistas econômicos delineava o futuro a partir das experiências passadas. Enquanto elas iam sendo formuladas, o mercado financeiro internacional se tornava progressivamente complexo e menos transparente. Em busca de novas oportunidades de lucro, os bancos desenvolveram operações cujo elevado nível de risco é praticamente impossível de ser captado pelos balanços. Em paralelo, nos Estados Unidos, em oito anos de governo, o presidente

George W. Bush pulverizou o superávit fiscal da era Clinton e mergulhou as finanças do país num déficit sem precedentes, reduzindo as possibilidades de intervenção do Tesouro americano numa situação de crise. Há cerca de um ano o sistema começou a desmoronar. O desastre que se seguiu tem alcançado sucessivos agentes envolvidos nas transações. ● Se as crises

anteriores foram vagalhões, a atual é um tsunami. É preciso ter coragem e precaução. O epicentro do terremoto financeiro está nos Estados Unidos, cuja economia tende, por conta disso, a se desacelerar. Os efeitos, porém, se transmitem ao mundo, de duas formas. Uma é o impacto da desaceleração do consumo americano sobre as vendas de matérias-primas ou manufaturados que dezenas de países,

em outras condições, fariam ao mercado estadunidense. Outra é o desarranjo financeiro decorrente dos apuros e quebras dos fundos de investimentos e de hedge.

O

Brasil pode encarar a crise atual em condições muito melhores que as anteriores. Poderia ser melhor o cenário se o governo Lula viesse administrando com mais severidade o gasto público, preservando o investimento, mas evitando despesas sem utilidade para o País, como a criação de ministérios e órgãos desnecessários ou multiplicação de cargos cuja finalidade única é melhorar a vida de amigos e correligionários. Ainda que as condições do País sejam tranqüilizadoras, é preciso não fechar os olhos para o fato de que, se as crises anteriores foram vagalhões assustadores, a atual é um tsunami. Tendo pela frente o desafio de prever o imprevisível, precisamos, para evitar possíveis danos, agir com uma mistura equilibrada de coragem e precaução. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO É DEPUTADO PELO PSDB-SP E MEMBRO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES

S

em o pacote de Bush, proposto para os EUA enfrentarem a tempestade de crises que vem aí, já estavam previstas falências em série. O governo norte-americano já elaborou antes pacotes para entrar em vigor em momentos críticos. Devemos dizer, aqui, que não conhecemos situação semelhante a dos EUA em nossos dias. Tudo rolou no espaço de alguns dias, sem dar satisfação à sociedade americana em geral, que já conhecíamos de prova comprovada em dias falimentares. É um colosso, podemos dizer, a sociedade americana, que tem que se haver de seus problemas internos e externos, como dissemos em artigo anterior, sem deixar de dar atenção ao homem comum do interior americano. O pacote Bush veio a público para salvar uma situação aflitiva. Mas agora explodiu, como uma bomba, a tal ponto que figuras ilustres da política tiveram que se pronunciar, pondo calmaria no torvelinho que se formou a partir de Wall Street, envolvendo - por incrível que pareça - o mundo inteiro. ● Não conhecemos

situação igual a dos EUA. Estavam previstas falências em série mesmo sem o pacote de Bush. Jogamos no otimismo do governo americano, certo de que ele dará o que a sociedade americana e o mundo, de que dela depende - esperam. Serão satisfeitos pelo homem comum, que é a força viril dos EUA.

O

pacote Bush foi composto por grandes cabeças dos EUA, dessas que não se encontram ao alcance de qualquer um, em momentos difíceis como o que está vivendo a sociedade americana, necessitada de lançar mão de medidas urgentes para socorrer os seus compromissos, como estampou a manchete de nosso jornal: Money urgente, please. Não há dúvida que money urgente bate à porta de todos os americanos e de todo os EUA, pedindo apoio - com o seu jogo de palavras. O please diz tudo o que pensam os americanos sobre o que se passa dentro e fora dos EUA. Essas palavras não são escritas aqui sem consideração com a Casa Branca e as colendas autoridades americanas, que merecem do seu povo confiança irrestrita, para sufocarem uma crise de proporções. O que temos a dizer é, simplesmente, que cremos nos EUA e na democracia americana, nas instituições que modelaram aquela sociedade e em tudo o que comanda a sociedade norte-americana. A sociedade, mais uma vez, está batizada. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

LAZER - 3

MACHADO DE ASSIS: MAS ESTE CAPÍTULO NÃO É SÉRIO. Vídeos, fotos, livros ilustram a mostra que debate mitos criados pelo escritor. Museu da Língua Portuguesa. Estação da Luz. Tel.: 3326-0775. Ter. a dom., 10h às 17h. R$ 4. Cadernos de Literatura Brasileira/Reproduções/Acervo MMJ

Imagem do escritor Machado de Assis em nota de 1000 cruzados: homenagem brasileira, na década de 80.

Cronologia, manuscritos, fotografias, ensaios... Cadernos de Literatura Brasileira: um trabalho que contempla todos os gêneros com os quais Machado de Assis se envolveu Rita Alves

J

oão Cabral de Melo Neto foi o primeiro homenageado em 1996. Depois vieram nomes como Jorge Amado (1997), Lygia Fagundes Telles (1998), Ferreira Gular (1998), Ignácio de Loyola Brandão (2001), Millôr Fernandes (2003) e João Guimarães Rosa (2006), entre outros. Este ano o escolhido foi Machado de Assis. O escritor é tema da coleção Cadernos de Literatura Brasileira, editado pelo Instituto Moreira Salles. A obra reúne em edição dupla a cronologia do autor, manuscritos, fotografias e textos de ensaístas, escritores e pesquisadores. Estão lá Alfredo Bosi, Antonio Candido, Carlos Heitor Cony, Cristóvão Tezza, Heidi Strecker, Hélio de Seixas Guimarães, Jean-Michel Massa, John Gledson, Lúcia Granja, Marcelo Coelho e Sérgio Guerini. A consultoria da edição ficou por conta do professor da Universidade de São Paulo Hélio de Seixas Guimarães e do jornalista Vladimir Sacchetta. O livro levou cerca de um ano para ser feito. "A gente começou a pensar nele em agosto de 2007 e em julho de 2008 ele foi lançado", diz o consultor Guimarães. Ele conta que sugeriu alguns colaboradores para a edição e outros foram escolhidos pelo Instituto Moreira Salles. "A idéia era cobrir um pouco todos os gêneros no qual Machado de Assis atuou que é o teatro, crônica, romance, conto, crítica. Tentar fazer um conjunto de ensaios e de autores que pudesse tratar de todos esses gêneros no qual Machado trabalhou". Além de participar do Cadernos de Literatura Brasileira, o professor já fez ou-

I

Ilustração de O Primo Basílio por Alberto de Souza. José de Alencar e Machado de Assis em ilustração de 1873. E selo comemorativo do centenário de nascimento.

tros trabalhos com o tema do autor de Dom Casmurro. Como leitor o interesse aconteceu cedo. "Meu interesse como leitor de Machado de Assis vem desde pequeno. Eu lia as coleções do meu pai. Ele tinha coleções de literatura brasileira que tinha Machado de Assis, José de

Alencar, Jorge Amado. O primeiro livro de Machado de Assis eu li com 10 anos". O encanto pelo autor ainda acompanhou Guimarães no colegial e na faculdade, época em que costumava reler seus livros. "Fiz um projeto de mestrado sobre Machado de Assis que era na ver-

dade sobre O Alienista. Depois abandonei o projeto e fui trabalhar com outra coisa no mestrado. No doutorado acabei caindo no Machado de Assis, que é o trabalho que eu fiz sobre os leitores do Machado de Assis, os leitores contemporâneos e a figura do leitor, sobretudo dos romances, com o qual ele conversa o tempo inteiro, discute, briga. Meu interesse é antigo, mas do ponto de vista acadêmico, que eu tenho trabalhado regularmente com Machado de Assis, vem desde 97". O maior engano que cometem ao falar do autor? O professor não acredita que exista um a ser eleito. "É uma história de tentativas de interpretação, tentativas de dar conta da obra, de dar conta do próprio homem. Tem muitos mitos construídos em torno da figura do Machado de Assis, que o tempo vai mostrando que talvez não correspondam a verdade". Guimarães, em parceria com o jornalista Vladimir Saccheta, está organizando um livro com a iconografia rara de Machado de Assis. Faz parte de outro projeto do Instituto Moreira Salles, que será lançado até o fim do ano. Sacchetta conta que as pesquisas para a iconografia inédita levaram anos. "Durante a pesquisa acabamos descobrindo coisas novas. Para essa iconografia do Machado de Assis a gente trabalhou com o Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, então a gente foi atrás de imagens que remetem à obra ou ao próprio Machado. É a primeira vez que se vai reunir documentos, fotos e charges numa obra só".

MEMÓRIA

Um olhar para o passado em prol do presente

conografia: documentação visual que constitui ou completa obra de referência e/ou de caráter biográfico, histórico, geográfico, etc. O significado dado pelo Aurélio não deixa pistas quanto ao fascínio que o tema pode despertar em quem lida com ele. O jornalista Vladimir Sacchetta é uma dessas pessoas e suas histórias não deixam dúvidas de que vasculhar o passado pode ser mais encantador do que se imagina. Foi no final dos anos de 1970 que o jornalista tomou gosto pelo assunto. Na época, Sacchetta chefiou a pesquisa da coleção Nosso Século, compilação que narrou a história do Brasil por meio de documentos visuais e textos jornalísticos. “Durante mais de um ano eu rodei pelo Brasil identificando acervos e localizando fotógrafos para criar uma massa crítica de material visual e documental que pudesse dar suporte para uma edição dessa coleção. Ela foi lançada no começo dos anos de 1980 e fez bastante sucesso. Em determinado período foi a coleção mais consultada da sala de referência da Biblioteca Nacional”, conta o jornalista. A coleção terminou, mas o interesse de Sacchetta por iconografia, não. Em 1985, abriu seu próprio negócio e criou a

Iconographia Pesquisa de Texto, Imagem e Som, que depois mudou o nome para Emporum Brasilis Memória e Produção Cultural. Desde de 2000 é chamada de Companhia da Memória. Hoje Sacchetta divide a direção da empresa com Marcia Mascarenhas Camargos, doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e coordenadora do Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado. Com mais de 20 anos de atividade, surpresas e desafios não faltaram pelo caminho do especialista. Quando criou o projeto do livro Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia, no final dos anos 90, encarou um grande desafio. “A gente pensava: como trazer dados e documentos novos da história de um escritor tão conhecido como Lobato?”, revela. Durante as pesquisas a dúvida foi ficando de lado. “No meio da garimpagem, a gente acabava encontrando documentos perdidos. A gente também conseguiu reconstituir a história empresarial do Lobato, a história das editoras dele...”. O trabalho, feito em parceria com Carmen Lúcia de Azevedo e Marcia Camargos, ganhou os prêmios Jabuti (1º lugar na categoria Ensaio e Biografia) e Livro do Ano de 1998, outorga-

dos pela Câmara Brasileira do Livro. “Com esse livro vivi uma experiência interessante. Eu lia muito sobre o envolvimento dos biógrafos com seus biografados e achava que era folclore. E vi que não é. Você lê tanto a respeito de determinado personagem que acaba se envolvendo com ele, se envolvendo até emocionalmente”, confessa. As dificuldades também são constantes no trabalho de Sacchetta. “Todas as pesquisas têm o seu grau de complexidade”, afirma. “A gente fez os cadernos de imagens para os livros do Elio Gaspari sobre o período do governo militar. E o Elio é muito exigente. Tivemos que encontrar uma imagem do Golbery dentro de um automóvel com o D. Paulo Evaristo Arns, num momento em que o Geisel estava montando o grupo de trabalho dele, na época em que estava para ser empossado”. A foto não tinha sido publicada na época e foi encontrada no arquivo do Jornal do Brasil por meio da ordem de serviço do fotógrafo. “Na pesquisa você tem de tentar encontrar sempre o que ninguém viu, o inédito e também aquela imagem que todo mundo espera ver. Há algumas imagens icônicas que se você não mostrar vão te cobrar”. (RA)

Nilani Goettems/e-SIM

Todas as pesquisas têm o seu grau de complexidade. Vladimir Sacchetta

PRIMAVERA DOS LIVROS NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO Oficinas, palestras, lançamentos de livros e vendas de usados. Desta sexta (26) a domingo (28). Rua Vergueiro, 1000, tel.: 3383-3402.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

A "NOVA" REFORMA AGRÁRIA LIMITA O TAMANHO DA PROPRIEDADE. É UM PASSO ATRÁS NA HISTÓRIA.

NEIL indignado

● Estratégia Política: caminho pelo qual deve ser canalizada a luta de classes em vista da transformação da sociedade. Objetivo estratégico final: derrota da burguesia (controle do Estado) e implantação do socialismo.

ocumentos secretos do MST (apreendidos no Rio Grande do Sul) descrevem a preparação de uma nova etapa do movimento. Comandando as instituições do Estado que administram o mundo rural, pensam agora em controlar o uso da terra com uma política socialista.

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● A Reforma Agrária necessária: por

Caio Guatelli/Folha Imagem

um projeto popular para a agricultura brasileira. Demarcação de todas as terras indígenas, de remanescentes de quilombolas e as terras comuns de faxinais, pastos e serras de acordo com a tradição de cada região.

A NOVA REPÚBLICA DENIS ROSENFIELD

RURALISTA DO MST O aparelhamento do Incra, da Fundação Palmares (questões quilombolas) e da Funai (questões indígenas) gerou este processo de relativização da propriedade privada no campo, que agora é conduzido pelos próprios órgãos estatais.

● Faça seu comentário direto no site do DC ● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

A

polícia militar do Rio Grande do Sul encontrou, em 17 de junho de 2008, quando do cumprimento de um mandato de desocupação da área denominada Acampamento Jandir, em Coqueiros do Sul, vários documentos lá abandonados quando da saída dos emessistas. Eles exibem uma radicalização do movimento, retomando, com outras palavras, mas com os mesmos conceitos, a experiência comunista do século XX. Nada aprenderam com a História, procurando repeti-la, seguindo, agora, os passos da "revolução bolivariana" de Chávez e Morales. Em um deles, intitulado Estratégia e Tática. Movimento Social Popular, é colocado como Estratégia Política: caminho pelo qual deve ser canalizada a luta de classes em vista da transformação da sociedade. – Objetivo estratégico final: derrota da burguesia (controle do Estado) e implantação do socialismo. Não se trata, nesta perspectiva, de melhorar a condição dos agricultores e trabalhadores, nem de distribuir terras, com títulos de propriedade, aos que não as tenham e queiram nelas trabalhar, mas de manipular e instrumentalizar essa massa de sem-terra no caminho de implantação do socialismo. As lutas emessistas têm, portanto, um objetivo de transformação da sociedade incompatível com uma economia de mercado e com as relações contratuais próprias do Estado de Direito. Neste sentido, melhorar a condição dos assentados por intermédio de venda de produtos no mercado, segundo a livre escolha desses, se torna algo que deve ser a todo custo evitado em nome de um objetivo maior: "a derrota da burguesia". Observe-se que a derrota da burguesia deve se fazer mediante o controle do Estado, o que significa apoderarse da máquina estatal para o cumprimento de seus objetivos. Isto se traduz pelo aparelhamento do INCRA – e também da Fundação Palmares (questões quilombolas) e da FUNAI (questões indígenas) –, que passa a responder a essa orientação por membros dos movimentos sociais lá colocados. Compreende-se melhor todo o processo de relativização da propriedade privada que tem sido conduzido por esses órgãos estatais.

A

discussão sobre a revisão dos índices de produtividade se situa nesta perspectiva de relativização do direito de propriedade, empreendida por ministérios que passariam a responder a essa orientação "socialista" do MST, graças aos seus apoios partidários, em particular nas correntes mais à esquerda do PT. O mesmo ocorre com a proliferação de terras indígenas em Roraima e Mato Grosso do Sul, que fragilizam os direitos individuais de propriedade, alguns de várias décadas, senão séculos. A finalidade consiste em amputar esses estados de partes consideráveis de seu território.

A questão quilombola se inscreve também neste caminho que está sendo trilhado graças a essas orientações estratégicas do MST. Em seus próprios termos, segundo um outro documento intitulado A Reforma Agrária necessária: por um projeto popular para a agricultura brasileira: Demarcação de todas as terras indígenas, de remanescentes de quilombolas e as terras comuns de faxinais, pastos e serras de acordo com a tradição de cada região. Em particular, esse último documento se caracteriza por um forte teor anticapitalista, apregoando uma política soviética, comunista, de planejamento estatal, com o Estado devendo se colocar a serviço do MST. Evidentemente, esse Estado assim controlado por essa organização – que repetiria o receituário leninista e stalinista – estabeleceria, num primeiro momento, o controle total do uso da terra para, depois, estabelecer as condições mesmas de funcionamento do Estado para outras áreas da economia e da sociedade.

A

política "bolivariana" deveria nortear as ações do Estado brasileiro. Assim como Chávez e Evo Morales, o MST defende a limitação do "tamanho máximo da propriedade rural. E desapropriar todas as fazendas acima desse módulo, independente da produção". Note-se que foi abandonado o discurso do latifúndio improdutivo, doravante substituído pelo da luta contra a moderna propriedade rural, contra o agronegócio, independentemente de sua produtividade ou de sua repercussão econômica e social para o País. E aqui não se trata somente do produtor rural, mas da desapropriação de toda propriedade rural que pertença a "empresas estrangeiras, bancos, indústrias, construtoras e empresas que não dependem da agricultura para suas atividades. O objetivo consiste em minar as bases mesmas do agronegócio, os fundamentos mesmos de uma economia de mercado, de tal maneira que o mundo rural passaria a ser controlado totalmente pela política anticapitalista, socialista, do MST ditando a conduta do Estado brasileiro. Vejam o planejamento soviético. Para nenhum leninista botar defeito. "Todos os recursos naturais e a madeira serão controlados pelos trabalhadores, em conjunto com o Estado, para que beneficie a todo povo brasileiro. Não poderá ser objeto de exploração lucrativa. É proibida a exportação de madeira e a prática da biopirataria na Amazônia". Observe-se o controle que passaria a ser exercido sobre o meio ambiente, o que suporia, evidentemente, o aparelhamento emessista do IBAMA e das fundações estaduais do meio ambiente. E isto se faria mediante uma atuação conjunta dos "trabalhadores", isto é dos militantes do MST, e do Estado, isto é, das instâncias estatais a mando dessa organização. Ou seja, haveria um planejamento total da atividade agrícola pelo Estado, que passaria a tudo regular, não exercendo o mercado mais nenhum papel. O lucro seria totalmente banido, o que significa dizer eliminar o motor mesmo que move uma economia de mercado. Mais especificamente, o setor de florestas plantadas (eucaliptos e pinus), papel e celulose deveria passar para o planejamento estatal, sendo, inclusive, proibida a exportação de madeira. Evidentemente, árvores transgênicas estariam terminantemente proibidas também. A "nova" reforma agrária é um passo atrás na história!

FERREIRA

VAMOS ACORDAR A OPOSICINHA

l

lulla declarou num comício da promessona martaxa relaxa e goza que a oposicinha é "hipócrita e oportunista". A oposicinha calou-se porque "não quer polêmica com o cabo eleitoral mais importante decepaiz". lulla, portanto, é inimputável, como os índios e os dimenor. A promessona martaxa relaxa e goza a bordo da Mentirobrás manda ver na mentiraiada impune. Vai "dar" internet wireless (sem fio) digrátis. Mentira. Eu pago uma nota pela speedy da Telefônica e tenho só de vez em quando, pago 30 dias por mês e não tenho nem 20. Quero ver a madama dar e arrumar provedor para administrar a coisa, sem ninguém pagar a conta. Ela vai dar para a granfinada da turma dela que tem laptop, e não para a pobraiada que não tem. Ou vai dar laptop também ? Sabe-se lá.

● Desconfio

que haja uma chantagem no ar: ou elegemos a martaxa relaxa e goza, ou não haverá grana para o metrô (como não houve até hoje).

D

ar é o que a perua fez de bem feito na vida inteira... Vai "dar" metrô, não sei quantos kms em 4 anos, já ouvi de 47 a 63 kms, com a ajuda do lulla e da mãe do PAC, a ex- assaltante cumpanhera dirma. Ella latiu que não olha os partidos dos prefeitos e governadores para ajudar no que for preciso. Então somos todos cegos, não vimos um centavo do governo nesses 6 anos de lulla para o metrô nem para o rodoanel de São Paulo. Para o metrô de Caracas do cumpañero tchávez, elles deram 600 milhões de dólares do BNDES. Acontece que, com a promessa da promessona, desconfio que há uma chantagem no ar -ou elegemos a martaxa relaxa e goza, ou não haverá grana para o Metrô, como não houve até hoje. Mas como já escrevi acima, dar é o que a perua fez de melhor na vida... vamos ver. Mesmo sabendo que quando prefeita não cumpriu a OBRIGAÇÃO CONTRATUAL, POLÍTICA, SOCIAL E MORAL de colaborar com o Metrô – não entortou um clip nem apontou um lápis em favor da obra. (Não seja maldoso(a), botox era obra na cara dela, de interesse pessoal). Ao "dar" o metrô, o anúncio della, que é milionária e não sabe o que é andar de metrô nem por fotografia, há uma mensagem de divisão do povo. Ao falar nomes de pontos finais de periferia, o lullista que lê o texto (só sendo lullista para ler aquela grosseira convocação para luta de classes) arreganha os dentes, baba e rosna: O Metrô agora não é eles, é para nós.

V

ocê entendeu, esses milhões de passageiros que se espremem todos os dias no metrô, isso quando a CUT não inventa uma greve, são os eles, os ricos e nós, os pobres, vamos dar jeti o nisso, comandados por uma milionária, que imagina levar todo mundo no seu bico de Pato Donald.

Ella, milionária confessa ("nasceu rica e preferiu os pobres", mente a sua propaganda) pretende liderar uma luta de classes em São Paulo, de pobres contra ricos, e se o pau quebrar mesmo, como parece que ella quer, vai acoitar-se em qual m u q u ifo ? No Palácio do Planalto? Já escutei a palavra de ordem do 2o. turno ser ensaiada por elles: Agora é pobre contra us rico, chegô a noça veis. Amigos, vamos mostrar a nossa indignação forçando a oposicinha a ser macha e tomar uma atitude. Vamos colocar a oposicinha na moda. DE 4 E SEM CALÇAS, NUNCA!

P

S: O maluf colocou num anúncio dele relaxa e goza, expressão dita pela promessona martaxa relaxa e goza, gravada pelo rádio e pela tv, que ganhou destaque até na mídia internacional. Pois um juiz eleitoral fez o maluf tirar o anúncio. Há um anúncio da promessona que, no pleno uso e gozo da sua infalível bola de cristal, afirma que Kassab aumentará as tarifas dos transportes coletivos depois da eleição, enchendo o povo de medo e ódio. Isso pode. E mostra como essas eleições serão isentas! Desconfie dos capas-pretas! NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

DENIS LERRER ROSENFIELD É PROFESSOR DE FILOSOFIA DA UFRGS

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fotos: Andrei Bonamin/LUZ

GASTRONOMIA

Osteria L’Intrepido José Guilherme R. Ferreira

A

Wine Spectator(WS) ainda se recupera de um trote. Thomas Matthews, editor-executivo dessa publicação americana de referência, tenta agora explicar a leitores e internautas porque a WS concedeu seu Award of Excellence à lista de vinhos de um restaurante que não existe. Robin Goldstein, a quem Matthews acusa de buscar notoriedade à custa de uma "orquestrada farsa", criou um restaurante fictício em Milão, Itália, com endereço e tudo: Viale Filippetti, 33, Milano. Depois, submeteu menu e carta de vinhos da imaginária Osteria L’Intrepido à WS. Ao conseguir uma distinção básica, o fictício proprietário colocou a boca no trombone. Matthews explica que a lista tinha méritos para levar o prêmio, apesar da pegadinha do falso restauranteur que incluiu cerca de 15 vinhos mal avaliados na sua lista de 256. Em tempo de internet, a

Pescados frescos, as melhores carnes. E excelência no serviço.

WS promete redobrar a vigilância, mas certamente não terá condições de visitar cada um dos locais. No formulário de inscrição, Goldstein assinara um compromisso sobre a veracidade das informações. Matthews diz que tentaram contatar a Osteria L’Intrepido várias vezes, mas a secretária eletrônica sempre dizia que o restaurante estava fechado naquela hora. O estabelecimento também podia ser localizado no mapa de Milão, pelo Google. Num outro site, supostos clientes da Osteria L'Intrepido trocaram posts sobre suas experiências no restaurante italiano. Tudo brincadeira. Em tempo: A WS listou 14 restaurantes brasileiros na sua edição de agosto. Os três da cadeia Rubayat, em São Paulo (veja ao lado), foram distinguidos com o Best of Award of Excellence, além do Laguiole, no Rio, e o Taste-Vin, de Belo Horizonte.

http://www.wine-econ.org/ http://www.winespectator.com

Lúcia Helena de Camargo

H

oje, sexta-feira, é o dia do Gran Buffet de Pescados de España no Baby Beef Rubaiyat da Alameda Santos. Aproveite. Além do enorme balcão com frutos do mar frescos – ostras, lulas, mexilhões ao vinagrete, carpaccio de polvo, escabeche de truta –, há os quentes bacalhau, lasanha de pescados, peixes espanhóis e paellas. E os grelhados na hora: lagostas, camarões, sardinhas, tudo de primeiríssima qualidade. Fundado há 50 anos e comandado pela dupla Belarmino Iglesias, pai e filho, o restaurante funciona em dois endereços na cidade: na Alameda Santos, no Paraíso, e no Itaim. As carnes ali, sabem todos que freqüentam restaurantes em São Paulo, são imbatíveis. O fornecimento vem direto da Fazenda Rubaiyat, localizada em Dourados, no Mato Grosso do Sul. E pela 12ª vez consecutiva o Baby Beef Rubaiyat foi eleito o melhor restaurante de carnes da cidade pela revista Veja S. Paulo. Para a hora de escolher o prato, algumas sugestões: picanha Summus acompanhada da batata souffée ou Baked Potato; o baby beef que dá nome ao restaurante servido com arroz biro-biro ou o Tropical Kobe Beef – saborosa e suculenta carne resultado do cruzamento do gado Brangus,

lançada no Brasil pelo Grupo Rubaiyat, e a Wagyu, de origem japonesa, introduzida no País na década de 1990 pela Yakult e criada na Fazenda Rubaiyat há cerca de cinco anos. Com alto teor de gordura "marmorizada" (dentro da carne), pode ser pedida em cinco diferentes cortes: baby beef, bife de chorizo, picanha, filé mignon e costela especial. E entre os demais, vale

As sobremesas, convém ressaltar, são dignas de nota. Pode-se pedir na mesa ou fazer uma expedição ao bufê no qual ficam de frutas frescas a doces elaborados. Alguns desses: panqueca de doce de leite, crepe Suzette, crema catalana (flambado na hora), torta de nozes, torta Santiago, folhado de doce de leite, doce de leite argentino, torta de Nêmesis, torta de morango, torta de frutas, pudim de leite (foto), quindim, entre outros. O difícil é escolher. Os restaurantes funcionam de segunda a sexta-feira das 11h30 às 15h30 e das 19h à meia-noite e meia. No sábado, abre ao meio-dia e permanece até meianoite e meia, sem intervalo. E no domingo, começa a servir ao meio dia e fecha as portas às 18h. Em tempo: o serviço, assim como a comida, é excelente.

provar também o T-Bone Steak, o assado de Tira (costela especial) e o Chateaubriand ao molho madeira. Em todos os dias da semana há uma atração no Rubaiyat. Na segunda, terça e quinta, a boa pedida é o Gran Buffet Mediterrâneo, que oferece salmão marinado, camarão, queijos variados, presunto ibérico Pata Negra, pães, terrines, carpaccios, entre outros frios e saladas. Às quartas e sábados, peça a famosa feijoada. E resista se puder ao bufê que inclui baby pork e baby javali, além de nove tipos de batidas, caipirinha de aguardente Espírito de Minas ou vodca, couvert, saladas, cerveja e o bufê de sobremesas.

Baby Beef Rubaiyat - Alameda Santos, 86, tel.: 3289-6366; Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954, tel.: 3078-9488.

O corte do presunto ibérico, o preparo dos grelhados do bufê de pescados e da paella, as lagostas, camarões e sardinhas. E a picanha Summus. Esmero e refinamento do Rubaiyat.

Rótulos premiados

Q

uer pedir um bom vinho para acompanhar a refeição? A adega com seis mil garrafas certamente terá algum rótulo interessante. São 950 vinhos no total, apenas na Alameda Santos. A carta de vinhos do restaurante Baby Beef Bubaiyt recebeu o prêmio da revista Gula como a melhor da cidade e desde 2005 e a casa faz parte dos restaurantes selecionados no guia anual da Wine Spectator, respeitada revista americana especializada no ramo. Uma sugestão para acompanhar os frutos do mar desta sexta: o branco espanhol Marqués de Vargas, da Rioja. As adegas ficam sob a supervisão dos sommeliers Marcio Alexandre Paula, no Paraíso, e Antonio Ailson Loiola, no Itaim. (LHC)

Volta à Espanha. Em grande estilo.

Divulgação

B

elarmino Fernandez Iglesias (foto), criador da rede Rubaiyat, desembarcou em Santos em 1951, vindo diretamente de uma pequena aldeia da Galícia, região do noroeste da Espanha. Em São Paulo, ele trabalhou como lavador de pratos em restaurantes, depois como cumim (ajudante de garçom), chegando a maitre na churrascaria A Cabana, uma das casas paulistanas mais sofisticadas nos anos de 1950. Iglesias foi então convidado

por seus patrões para ser sócio de um novo estabelecimento: o Rubaiyat, inaugurado em 1957 na Avenida Vieira de Carvalho. E cinco anos depois, em 1962, tornou-se o único dono da churrascaria. Em 1998 o Rubaiat central fechou as portas. Hoje, a rede conta com o restaurante da Alameda Santos, inaugurado em 1976, outro na Faria Lima (1974), A Figueira Rubaiyat (2001) e o Porto Rubaiyat, aberto em 2007, para servir frutos do mar.

A administração das casas é compartilhada pelo pai com o filho, também Belarmino Iglesias. A família é proprietária desde 1968 da Fazenda Rubaiyat, situada em Dourados, Mato Grosso do Sul, que funciona como a grande fornecedora das carnes. Possui ainda a churrascaria Cabaña Las Lilás, em Buenos Aires, e o Baby Beef Rubaiyat e o Porto Rubaiyat, abertos em 2006 em Madri, na Espanha, terra natal de seu fundador. (LHC)

ADEGA

Oscar Guglielmone Sergio de Paula Santos

V

em de ser homenageado em São Paulo, quinze anos após a sua morte, o emblemático vinhateiro gaúcho, Oscar Guglielmone, 1926-1993. Com uma personalidade romântica, Guglielmone era um "corte" de vinhateiro, filósofo, poeta e louco. As proporções dessas variedades dependiam da safra... Do relatório apresentado ao Conselho Municipal da Intendência de Uruguaiana, em 1902, por José Romanguera da Cunha Correa, intendente, consta no "Quadro Demonstrativo da Indústria Vinícola do Município", entre os nove vinhateiros locais, o nome de Francisco Guglielmone. Informa, também, o relatório que Guglielmone importou em 1893, da República Oriental do Uruguai, vinte e nove mil videiras. Seu vinhedo, de nove hectares produziu 6.500 litros de vinho em 1902, vinho que obteve medalha de ouro na Exposição Estadual de Porto Alegre daquele ano, e que obteria o primeiro prêmio da Exposição Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos do Brasil, no Rio de Janeiro (1908) e o segundo lugar na Exposição de Turim, em 1911. Os Guglielmone chegaram ao Uruguai em 1866, vindos do Piemonte e no fim do século estavam radicados em Uruguaiana (RS), junto à fronteira argentina. Com a morte do avô, Francisco, em 1930, fechou-se a cantina. Coube ao neto, Oscar, reabri-la. Biólogo e empresário bem sucedido em Porto Alegre, abandona a capital com a esposa para ir viver na vizinha Viamão. Em um sítio de dez hectares, cultiva quatro com videiras viníferas e constrói uma pequena cantina, a que denominou Medieval, em pedra escura. Após 14 anos de experiências e cruzamentos, com cerca de duas dezenas de variedades de viníferas nobres e uma de "cavalos", tornou-se, em uma região sem tradição de viticultura, um dos mais reputados e conhecidos vinhateiros do Rio Grande do Sul. Max Léglise, diretor da Estação de Enologia de Bordeaux, visitando a vinícola por oito horas em 1983, escreveu – "Posso dizer, com toda franqueza, que provei em sua casa, e não nas ditas grandes casas da região, os melhores vinhos produzidos atualmente na América do Sul". Mordaz e irônico costumava com freqüência relacionar o comportamento do homem com suas bebidas. Uma de suas idéias – "O homem que bebe destilados é o que faz as guerras, o bebedor de cerveja é solidário por palavras e o homem que bebe o vinho é o que vai à guerra". Crítico rigoroso de seus produtos era de uma simplicidade que beirava a ingenuidade. Certa vez inutilizou todo conReprodução

teúdo de uma barrica de Nebbiolo, porque "não estava como deveria..." Guglielmone foi o introdutor da variedade Gamay Beaujolais no Brasil, em 1970. Antes havia apenas a Gamay Freaux, no RS, cultivada para a Cooperativa Aurora. Por iniciativa do jornalista Luis Horta e com os vinhos de Guglielmone (difíceis de encontrar há 20 anos e inencontráveis hoje) da portentosa adega do gourmet e enófilo Enio Frederico, um pequeno grupo de apreciadores, degustou alguns vinhos da Adega Medieval. Foi uma grata e inesperada surpresa, a vitalidade e a potência dos vinhos provados, vinhos de 27 a 19 anos de idade, corretamente guardados a temperatura de 13° C. Foram degustados: 1. Cabernet Franc, 1981 – 12,3° GL Límpido, brilhante, com taninos ainda presentes, equilibrado e sem complexidade. Rolha curta, mas eficiente. 2. Cabernet Franc, 1989 – 12,3° GL Límpido, brilhante, aroma penetrante, correto e sem complexidades. Sem sinais de decadência. 3. Nebbiolo, 1989 – 11,5° GL Límpido, brilhante e sem sedimento. Complexo, redondo e harmônico. Muito bom vinho. 4. Nebbiolo, 1987 – 11,5° GL Curiosamente mais "fechado" que o anterior, o que sugere que deverá evoluir... Vigoroso. 5. Nebbiolo, 1986 – 11,5° GL Límpido, mas plano, sem acidez, sem aromas. O vinho, sem ter se oxidado, não se expandiu. 6. Nebbiolo, 1985 – 11,5° GL Complexo, vigoroso, aveludado, um vinho notável, que completou brilhantemente esta degustação – homenagem a Oscar Guglielmone. A iniciativa de Luis Horta, possível e exeqüível por obra e graça de Enio Frederico, comprova que as pessoas podem sobreviver a seu tempo por suas obras de arte, na literatura, na música, na pintura e também na vitivinicultura. No caso de Oscar Guglielmone, beberam-se seus vinhos, mas ficou na memória dos que o conheceram, seu carisma, sua personalidade irrequieta de vinhateiro excepcional de vinhateiro, filósofo e louco.

Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, São Paulo, 2007.


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

POLÍTICA - 7


Suplemento Especial ● São Paulo, 26 de setembro de 2008 Paulo Pampolin/Hype

IPIRANGA Aos 424 anos, um ótimo lugar para morar, seguro, com muito verde e bem servido pelo transporte público. Daí tanto interesse do mercado imobiliário. Este bairro evolui, e jamais deixa de preservar sua importância para a história e a cultura


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Congresso Eleições Planalto CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

GOVERNO EVITA ALIMENTAR CONFLITO COM EQUADOR

Eymar Mascaro

Sondagem

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ucanos e democratas começam a sondar outros partidos para "amarrar" apoio no segundo turno da eleição para prefeito em São Paulo. Os dois grupos confiam que seus respectivos candidatos, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, romperão a barreira do primeiro turno. Mas os dois estão equilibrados nas pesquisas e, a esta altura da campanha, os partidos admitem que ainda não dá para apontar quem chegará na frente. Enquanto Alckmin e Kassab disputam uma das vagas no segundo turno, Marta Suplicy reina absoluta na liderança das pesquisas. Se a eleição fosse hoje, a candidata do PT passaria para o turno final com, no mínimo, 35% dos votos, apontam os levantamentos.

INSISTÊNCIA Apesar da liderança nas pesquisas, Marta agendou alguns comícios, nesta reta final da campanha, nas zonas leste e sul, que são os principais núcleos eleitorais da Capital. A petista quer chegar ao segundo turno com 40% dos votos.

ATAQUE Também Alckmin e Kassab querem pescar em rios que tem peixe e vão intensificar a campanha nos bairros da periferia. O tucano continua atacando o prefeito e Kassab já reage, afirmando que Alckmin não consegue controlar os nervos.

RESERVA O presidente Lula decidiu que só volta a fazer campanha em São Paulo, ao lado de Marta, no segundo turno. O presidente admite que sua candidata já assegurou uma das vagas no turno final.

PARTICIPAÇÃO Lula já participou de duas carreatas e alguns comícios com Marta nas zonas leste e norte, mas até agora seu engajamento na campanha não adicionou votos para a candidata. Pelo contrário, Marta perdeu alguns pontos nas pesquisas.

O MESMO O governador José Serra continua desgostoso com o rumo da campanha de Alckmin, que incentiva as críticas a Kassab. O governador mantém distância da campanha e só pretende ter participação mais ativa no segundo turno.

CARA A CARA Como Lula participará da campanha de Marta e Serra da do adversário da petista, o segundo turno em São Paulo promoverá um embate que promete ser empolgante entre duas das principais lideranças políticas do País.

DIFERENÇA Análise de cientistas políticos indica que Alckmin e Kassab vão disputar a vaga no segundo turno voto a voto até o dia da eleição. Entendem que quem ultrapassar o primeiro turno terá um mínimo de votos a mais do que o perdedor.

POLARIZAÇÃO A ordem no comando de campanha do DEM é para Kassab sustentar a polarização com Marta Suplicy. E mais: o candidato deve continuar comparando sua administração com a gestão da petista na Prefeitura.

PLÁGIO Marta Suplicy vai manter o tom crítico a Kassab, anunciando que o democrata copia a campanha do PT. O prefeito

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

passa por cima da crítica e sustenta a tese de que sua administração é melhor do que a de Marta. "É isso que irrita a ex-prefeita", repica Kassab.

APROVAÇÃO Tanto Marta como Alckmin vêm insistindo em criticar a atuação da gestão de Kassab na área de saúde. Resta saber se os ataques farão efeito: pesquisa Ibope mostrou que mais de 90% dos paulistanos aprovam o atendimento nas AMAs.

NÃO VINGA Lula tem confessado a petistas que Kassab seria um adversário mais difícil de ser batido no segundo turno do que Alckmin. O presidente acha que Serra levará o PSDB a apoiar Kassab, caso o democrata passe para o turno final.

APATIA Para Lula, se Alckmin for para o segundo turno, Serra e Kassab não se interessariam em se engajar na campanha do tucano. O presidente considera inviável o restabelecimento da coligação PSDB/DEM em São Paulo.

EXPECTATIVA Alckmin, porém, já tem declarado que conta com a presença de Serra em seu palanque, caso passe para o segundo turno.

PRESIDÊNCIA O PT recebeu bem o comentário do deputado Ciro Gomes (PSB) de que pode ser candidato a vicepresidente numa chapa encabeçada por Dilma Rousseff. Embora sua vontade seja a de ser cabeça-de-chapa, o deputado também topa ser vice.

SONHO Ciro Gomes sonhava em ser candidato a presidente com o apoio de Lula, mas ele admite que o presidente já está pavimentando a candidatura de sua ministra.

COMO ESTÁ Na última pesquisa Sensus/CNT, Dilma Rousseff arrancou 9% de preferência do eleitor. José Serra obteve 38% e Ciro Gomes, 18%. Lula, no entanto, admite que a ministra vai crescer quando a campanha for realmente para as ruas.

No Equador, há eleições domingo. Vamos deixar a bola passar. Luiz Inácio Lula da Silva

Dantas tem US$ 46 milhões bloqueados na Inglaterra Dinheiro, depositado em duas contas, foi descoberto pela Polícia Federal brasileira durante a Satiagraha

A

Justiça britânica informou ontem o governo brasileiro que bloqueou US$ 46 milhões do banqueiro Daniel Dantas. O dinheiro, que estava depositado em duas contas de bancos ingleses, foi descoberto pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Satiagraha. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), unidade brasileira de combate à lavagem de dinheiro, e as autoridades britânicas vinham monitorando as duas contas há pelo menos um mês. Segundo fontes do Ministério da Justiça, o pedido de bloqueio foi feito há uma semana, quando o Coaf detectou movimentação nas contas, inclusive saques, e alertou o Ministério Público. A pedido do Ministério Público, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) fez o pedido, comprovou a movimentação e foi atendido. "Fomos prontamente atendidos dentro das regras de cooperação jurídica entre os dois países", disse o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr. Com esse bloqueio na Inglaterra e o rastreio de mais fundos espalhados por outros países e paraísos fiscais a Polícia Federal espera retomar o foco original da Operação Satia-

Márcio Fernandes/AE-16/07/2008

Contas de banqueiro foram monitoradas por pelo menos um mês

graha, que era o de investigar os negócios financeiros de Dantas por meio do Opportunity Fund Cayman e dos clientes brasileiros que, supostamente, usariam o esquema bancário para lavar dinheiro e investir ilegalmente dentro e fora do País. Os clientes do fundo de Dantas seriam empresários e também políticos. Constrangedor – A retomada do foco da Satiagraha está agora sob comando do delegado Ricardo Saad, que substitui Protógenes Queiróz. Saad é o chefe da Delegacia de Comba-

te aos Crimes Financeiros da Superintendência de São Paulo (Delecin). Ontem, durante seu depoimento no Tribunal Regional Federal (TRF) em São Paulo o juiz Fausto De Sanctis afirmou ser constrangedor ter de prestar depoimento no inquérito policial que investiga suposto grampo contra o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Durante três horas e dez minutos, foi ouvido pelo delega-

do Willian Marcel Murad, da Polícia Federal. Uma procuradora acompanhou a audiência, a pedido de Sanctis. O juiz negou ter ordenado ou mesmo concordado com a interceptação de "pessoas com prerrogativa de foro". Também negou ter comentado com a desembargadora Suzana Camargo, do TRF, que Gilmar Mendes estivesse sob monitoramento, versão contrária à de Suzana, que disse ter ouvido dele ser Mendes alvo de vigilância. Telefonema – Suzana telefo nou para o juiz em 10 de julho, dois dias depois que a Operação Satiagraha foi desencadeada. Sanctis acabara de decretar pela segunda vez a prisão do banqueiro Daniel Dantas. A medida do juiz contrariou Mendes, que havia despachado habeas corpus em favor do controlador do Opportunity. Suzana indagou do juiz se de fato ele havia ordenado novamente a custódia de Daniel Dantas. Ele confirmou a informação. "Você é mesmo corajoso", teria dito a desembargadora. De Sanctis foi ouvido pela Polícia Federal como testemunha, mas se sente pressionado. Ele foi intimado em apuração da corregedoria do TRF a partir de representação do presidente do Supremo e tem cinco dias para prestar informações s o b r e a O p e r a ç ã o S a t i agraha.(AE)

Dívida com BNDES é da Odebrecht e não do Equador, diz Dilma Ministra diz acreditar que, após as eleições equatorianas, haverá uma gestão "calma e tranqüila" do conflito

A

ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que o presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou suspender o pagamento foi feito para a construtora brasileira Norberto Odebrecht e não para o governo equatoriano. A disputa jurídica entre a empresa e Quito ganhou contornos de uma crise bilateral entre Brasil e Equador após o presidente declarar que analisava a possibilidade de não pagar os US$ 243 milhões concedidos pelo banco. A quatro dias de um referendo no qual pretende aprovar o projeto de Constituição, crucial para sua proposta de "refundar o Equador", Correa declarou que o pagamento do empréstimo não seria justo, uma vez que o crédito financiaria o projeto da Usina Hidrelétrica de San Francisco, construída pela Odebrecht, que apresenta falhas estruturais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a ameaça seria uma jogada política eleitoral. "No Equador, há eleições domingo. Vamos deixar a bola passar para resolver esse problema. Esse é o papel do Brasil", disse. "Tenho certeza de que Correa vai me telefonar. Não quero ficar na especulação, pois tratar de relações entre estados assim é bobagem". A tática do governo brasileiro está sendo a de não alimentar o conflito e ressaltar o papel que o Brasil tem a cumprir no desenvolvimento das economias menores da América do Sul, como a equatoriana. A ministra da Casa Civil reforçou que o Brasil pretende esperar as eleições no Equador para resolver a questão. Dilma acredi-

Ed Ferreira/AE

Ministra diz que disputa jurídica tem contornos de crise com o Brasil

AINDA NÃO

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ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não quis fazer nenhum tipo de análise sobre o crescimento de sua popularidade na última pesquisa CNT/Sensus, sobre a preferência dos entrevistados para a sucessão presidencial, em 2010. "Não faço análises de pesquisa", afirmou a ministra. Ela disse também que não vai se licenciar para fazer campanha eleitoral, nesta fase final de eleições municipais. "Sou ministra da Casa Civil e vou permanecer trabalhando. Campanha só no final de semana", disse a Dilma, que participou ontem de uma reunião na Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições

Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir mudanças nos cursos de pós-graduação no Brasil. Dilma também aproveitou para falar da crise financeira internacional, afirmando que os bancos brasileiros não foram contaminados. "Sabemos que a crise é profunda e afetou correntes internacionais de crédito. Temos hoje uma situação financeira e bancária bastante robusta, nossos bancos não foram contaminados por essa crise internacional. Acho que o mercado de câmbio também não foi afetado”, disse a ministra, acrescentando que o governo continuará monitorando os efeitos da crise no Brasil. (Agências)

ta que haverá uma gestão "calma e tranqüila" no conflito. C o m re l a ç ã o à a m e a ç a d o Equador de dar um calote no BNDES, Lula respondeu, na q u a r t a - f e i r a : " A e m p re s a (Odebrechet) vai arcar com a dívida. A gente não pode criar nenhum trauma". Expulsão – Correa expulsou a empresa do Equador, ordenou que o Estado equatoriano assumisse todas as operações da Odebrecht no país, determinou que forças militares ocupassem as instalações da companhia além do congelamento de todos os seus ativos. Dois diretores da empresa estão hospedados na Embaixada do Brasil em Quito, cujos funcionários mantêm silêncio sobre o caso. Outros dois funcionários da empresa, também proibidos de deixar o país, segundo nota oficial do governo de Quito já voltaram para o Brasil. Não é a primeira vez que Correa anuncia sua intenção de deixar de pagar compromissos da dívida externa. Depois de vencer a eleição em 2006, ameaçou não pagar parcelas devidas ao FMI e ao Banco Mundial e afirmou que poderia não honrar os bônus da dívida equatoriana. Essas pendências, no entanto, foram resolvidas por meio de acordos. "Se o governo levar adiante a intenção de dar calote no BNDES, Correa causará um dano irreversível ao país, uma vez que isso seria um atentado claro contra a segurança jurídica e nenhum investidor arriscará investir aqui", disse o especialista em Economia da Universidade Católica de Quito, Javier Lozada. "Há um ditado popular equatoriano que diz: Da ameaça ao fato, há um longo caminho. "Nem (Hugo) Chávez foi tão longe". (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Newton Santos/Hype-02/09/2008

Cavalos não subiam a serra, era íngreme demais. Daí se supõe que Dom Pedro deu seu grito em lombo de burro. Mas Pedro Américo pintou um cavalo mesmo

Ipiranga faz aniversário: 424 anos de histórias do Brasil No começo era apenas um ponto de passagem para o litoral, depois foi palco da Independência do Brasil e mais tarde endereço de indústrias. Hoje abriga vários monumentos históricos e se transforma em alvo do mercado imobiliário CARLOS OSSAMU

D

iversos eventos vão comemorar amanhã os 424 anos do bairro do Ipiranga, na zona Sudoeste de São Paulo. Diferentemente de outros distritos da cidade, em que o aniversário teve origem com a inauguração de uma ponte (Mooca) ou de uma estação ferroviária (Pirituba), no dia 27 de setembro de 1584 nada de muito especial ocorreu, a não ser uma citação da região na Ata da Vila de São Paulo de Piratininga, só que pelo nome de “Ireiri-

piranga”. Na época, o local era habitado pelos índios guaianases, que chamavam o rio ou riacho que ali passava e desembocava no Tamanduateí de um nome que os portugueses não entendiam direito e interpretavam como Ipiranga, Piranga, Hiporanga, Ibipiranga, Opiranga ou Ireiripiranga. Segundo alguns estudiosos, o significado seria “água barrenta”, que realmente combinava com a descrição do riacho na época. A região, que ficaria conhecida de todos os brasileiros por estar presente no Hino Nacional, está a quatro quilômetros do Pátio do Colégio, berço da cidade. Além do riacho do Ipi-

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ranga, outros rios e córregos desaguavam no Tamanduateí, o que dava ao local um aspecto pantanoso, quase que permanentemente inundado, ainda mais em épocas de chuva. A vegetação nas áreas mais altas era pobre, denunciando terras de baixa qualidade, e na parte baixa, perto do rio, era lodoso. Os jesuítas provavelmente passaram por ali, mas preferiram seguir mais adiante para fundar o seu colégio. Nem os índios guaianases moravam na região; no máximo, montavam acampamentos provisórios. Mas, apesar de tudo isso, o local até que era bastante movimentado, pois era caminho obrigatório para o litoral. Os viajantes que ali passavam, seguiam pelo Cambuci e quase sempre paravam na rua Lavapés para descansar e se limpar antes de entrar na cidade. Os primeiros registros que se têm da região do Ipiranga remontam a 1510, época em que João Ramalho habitava, juntamente com os índios, a área do Planalto Piratininga, compreendida entre a margem direita do Ribeirão Guapituva até a aldeia do cacique Tibiriçá. Com as várias doações de terras que se sucederam e com o crescimento da cidade, o local aos poucos foi ocupado pelos homens brancos. Até o final do século 16, a terra de Piratininga já contava com uma comunidade de aproximadamente 1.500 pessoas, que se estendiam por toda a colina ribeirinha do Tamanduateí. A localização privilegiada, no Caminho do Mar, favoreceu a concentração e expansão de sítios e fazendas, com conseqüente desenvolvimento do comércio, uma das características da região até hoje. Mas até os fins do século 19, o Ipiranga continuou sendo apenas uma paragem, pois dessas terras serviam-se apenas os tropeiros e viajantes que ali pousavam para prosseguir viagem no dia seguinte. Lojas

Curiosamente, o fato de ser um ponto de passagem fez com que o Ipiranga entrasse para a história. Ao voltar de Santos, parando às margens do riacho do Ipiranga, D. Pedro de Alcântara recebeu uma carta com ordens do pai para voltar a Portugal, se submetendo ao rei e à Corte. Vieram juntas duas outras cartas, uma de José Bonifácio, que aconselhava D. Pedro a romper com Portugal, e a outra da esposa, Maria Leopoldina, apoiando a decisão do ministro. D. Pedro, impelido pelas circunstâncias, pronunciou o famoso Grito da Independência - “Independência ou Morte!” -, rompendo os laços de união política com Portugal. Era o dia 7 de Setembro de 1822. Foi nesse dia, um sábado, que D. Pedro conheceu Domitília de Castro do Canto e Mello, que seria conhecida depois como Marquesa de Santos e por ser sua amante. D. Pedro vinha de Santos e vale lembrar que o percurso da subida da serra acompanhava o traçado da Estrada Velha do Mar, então uma trilha no meio do mato, com subidas íngremes. Não se viajava a cavalo, que não suportava tamanho esforço. Era tarefa para burros, animais mais resistentes. Desta forma, é bem possível que D. Pedro tenha proclamado a independência mon-

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor Luciano Ornelas Chefe de reportagem Arthur Rosa Repórter

tando num burro, e não num cavalo, como foi retratado no quadro de Pedro Américo. Chega o progresso A área ocupada hoje pelo Complexo Mackenzie, na divisa do Ipiranga com o Sacomã, onde passava o córrego Moinho Velho, era um grande charco. De suas terras barrentas surgiram olarias, as primeiras indústrias a se instalar na região. A inauguração da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em 1867, permitiu que a região se integrasse definitivamente à cidade. Mais do que isso, a ferrovia permitiu a instalação de diversas indústrias, cujos produtos tinham como destino o porto de Santos e também o Interior do Estado. A olaria Sacoman Frères foi montada por três irmãos franceses, chegados de Marselha em 1886, juntamente com outros imigrantes de várias nacionalidades. Eles inicialmente tentaram se instalar no bairro da Água Branca, mas acharam que a qualidade da argila da região era ruim e foram para o Ipiranga. Ao lado da olaria, montaram uma chácara com um belíssimo palacete, que ficaria conhecido como “Castelinho”. Foram eles que iniciaram em São Paulo a produção de telhas tipo Marselha. Ali também se instalaram

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com sua cerâmica, vindos da Itália, os irmãos Falchi, que depois enveredariam por outros ramos e se notabilizariam por sua fábrica de chocolates. Nesse período – virada do século – São Paulo crescia rapidamente e havia grande demanda de tijolos, já que a técnica da construção com taipa estava sendo abandonada. Dessa forma, as indústrias de cerâmica prosperavam. No início do século 20 muitas fábricas se instalaram na região. Um dos pioneiros foi o libanês Benjamin Jafet, que chegou ao Brasil com 20 anos de idade, em 1887. Ganhou dinheiro como mascate e trouxe quatro outros irmãos. Juntos, decidiram montar uma indústria têxtil na rua dos Sorocabanos, em 1906, e acabaram dando grande impulso ao bairro. A Linhas Corrente, do Grupo Coats, chegou em 1907 e é a mais antiga fábrica da região em funcionamento. O Grupo Coats teve origem na Escócia no início do século 19 com a entrada, separadamente, de James Coats (com a empresa J&P Coats) e James Clark (da J&J Clark) no mundo da fabricação de fios de algodão. Em 1896, as duas empresas, até então concorrentes entre si e maiores fabricantes de linhas do mundo, se fundiram, aproveitando as novas tecnologias advindas da Revolução Industrial têxtil européia para se tornar líder mundial de linhas para costura industrial e doméstica. De lá para cá, o grupo só cresceu e hoje está presente em mais de 60 países. A unidade brasileira da Coats foi fundada em 18 de junho de 1907, no bairro Ipiranga. Chamada até hoje pelos moradores mais antigos do bairro de “a fábrica dos ingleses”, a empresa ficou conhecida como Linhas Corrente até mudar a razão social para Coats Corrente em 1995, adequando-se à logomarca mundial do grupo.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

ESPECIAL - 3

Fotos: Fábio D'Castro/Hype

Distrital da ACSP quer o Turismo Cultural e Arquitetônico A idéia é levar os visitantes do Museu do Ipiranga a conhecer outros pontos históricos do bairro, como o Memorial Santa Paulina ou a Árvore das Lágrimas, segundo Genne Sanches, superintendente da Distrital Ipiranga da ACSP

M

orador do bairro do Ipiranga desde janeiro de 1982, o advogado Genne Clever Alves Sanches já foi presidente do Clube Lojista do bairro, membro do Conseg, comandou o Rotary Club do Ipiranga, foi mestre da loja maçônica local e hoje é diretor-superintendente da Distrital Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele conhece o bairro como poucos: “O Ipiranga vem passando por uma profunda transformação, com a construção de prédios residenciais. Inicialmente, era um bairro industrial, com a Linhas Correntes, que existe até hoje, a Jafet, na área têxtil”. A primeira fábrica da Volkswagen surgiu no Ipiranga, em 23 de março de 1953, num pequeno armazém alugado na rua do Manifesto. De lá, saíram os primeiros Fuscas (chamados de Volkswagen Sedan) montados com peças importadas da Alemanha. A força de trabalho era formada por apenas doze empregados. Depois, as indústrias migraram para cidades do ABC, mas os moradores continuaram a trabalhar nestas fábricas e o Ipiranga se transformou num bairro-dormitório – os funcionários saíam de manhã para trabalhar e voltavam somente à noite: “Ainda há muitas casas desta época de industrialização, com frente estreita e sem garagem. Os antigos galpões estão dando lugar hoje a condomínios residenciais de alto padrão. Atualmente, existem mais de 80 projetos aprovados”, diz Sanches. Segundo conta, por ser um bairro histórico, berço da independência do País, Ipiranga teve 17 construções centenária tombadas pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). Com isso, foi limitada a altura dos prédios no entorno destas construções, o que não está afastando o investimento imobiliário na região, pelo contrário, pois além de preservar o patrimônio histórico, as áreas verdes também estão sendo conserva-

das, o que vem valorizando o bairro: “Havia um terreno na rua Bom Pastor de 25 mil metros quadrados, onde seria construído um condomínio com seis torres. Graças a uma luta encabeçada pela Distrital, este terreno foi agregado ao Parque da Independência e a sua área verde conservada”. De acordo com o superintendente da Distrital Ipiranga, entre as deficiências do bairro está a falta de um shopping center. Os mais próximos são o Plaza Sul, na Saúde, e o Central Plaza, na Vila Prudente: “O comércio que temos na região é para atender as necessidades da população local. A nossa principal rua de comércio é a Silva Leonardo Rodruigues/e-SIM

Genne Clever Sanches: “Grandes redes do varejo estão se instalando na Silva Bueno. E se estão vindo é porque a região tem um grande potencial comercial”

Bueno, que vem passando por uma revitalização. A Prefeitura teve alguns problemas com a empreiteira contratada para fazer a reforma das calçadas e o resultado não ficou como o planejado. As obras começaram em dezembro do ano passado e só terminaram em agosto, atrapalhando as vendas do Natal, da Páscoa, Dia das Mães, dos Namorados e até o Dia dos Pais”. Pelo projeto original, ainda faltam árvores e bancos nas calçadas. Segundo conta, a rua Silva Bueno será bastante beneficiada com a chegada da estação Sacomã do metrô, previsto para abril de 2009: “Grandes redes do varejo estão se instalando na rua, entre elas a Magazine Lui-

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za e Ponto Frio, que vão se juntar às Casas Bahia, Lojas Americanas e Casas Pernambucanas. Se estas redes estão vindo é porque a região tem um grande potencial comercial”. Um projeto em andamento e pelo qual a Distrital da ACSP se empenha bastante é a implantação do Turismo Cultural e Arquitetônico, que conta também com a participação da Subprefeitura Ipiranga, do Sebrae-SP e da SPTuris (São Paulo Turismo). “Somente o Museu do Ipiranga recebe em torno de 400 mil pessoas por ano. Além dele, temos outros pontos turísticos, como o Memorial Santa Paulina, a Árvore das Lágrimas, o Monumento do Ipiranga, o Parque da Independência, o Museu de Zoologia, Zoológico, entre outros”. Em relação à segurança, Sanches diz que a região é servida por três batalhões da Polícia Militar e tem um policiamento bem razoável. Por concentrar muitas faculdades – Unifai, São Marcos, São Camilo, Faculdade de Teologia, Metodista, Unifesp –, o maior problema é a ocorrência de furtos de veículos: “Apesar de termos uma grande favela próxima, a de Heliópolis, não temos grandes problemas de violência, como homicídios, assalto, roubo de residências. Como o Ipiranga é uma região de zona mista, o que mais incomoda os moradores é o barulho dos bares próximos às faculdades”. O superintendente faz questão de ressaltar as ações da Distrital em benefício da população e de empresários do bairro: “No inverno, realizamos um bazar para os moradores mais pobres da favela de Heliópolis. Arrecadamos roupas e sapatos seminovos e vendemos a preços bem baixos, entre R$ 2 e R$ 5. Com o dinheiro, compramos cobertores, que foram distribuídos. Foram mais de seis mil peças”. A Distrital também possui um Conselho da Mulher, cuja coordenadora é Rosy Maria de Oliveira. O conselho montou duas barracas na quermesse do Sesc Ipiranga. O dinheiro arrecadado serviu para ajudar duas entidades, a Conviver, que cuida de crianças deficientes, e o asilo Raio de Sol. (CO)

Challita Saade: “Foi um grande transtorno para termos, no final, um resultado muito abaixo do esperado”

Comércio acha pobre e ruim a reforma da Silva Bueno A reforma das calçadas da rua atrasou e ficou aquém do esperado. Ainda assim, a principal rua de comércio do bairro comemora a valorização da região com a chegada da estação Sacomã do metrô

A

s calçadas da rua Silva Bueno estão melhores do que no passado, mas mesmo assim muito longe do que foi prometido, segundo Challita Saade, comerciante mais antigo da rua e presidente do Conselho Deliberativo do Clube de Lojistas do Ipiranga: “A reclamação dos lojistas e consumidores é geral. As obras começaram em dezembro passado, bem na época do Natal, e terminaram só recentemente, atrapalhando o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. Foi um grande transtorno para termos, no final, um resultado muito abaixo do esperado”. A sua loja de roupas Challita Magazine completou 47 anos de existência no mesmo local. Segundo Saade, se hoje há uma padronização da calçada, por outro lado a qualidade do trabalho realizado é muito ruim e o piso já começa a rachar e a surgir buracos, fato que poderá se agravar quando começar a época de chuvas: “Pelo o que ficamos sabendo, a Prefeitura contratou uma empreiteira, que não cumpriu o projeto, o contrato foi rompido e uma outra empresa assumiu. O prazo ficou muito além do planejado e a qualidade muito abaixo. Além das rachaduras, há locais em que o piso ficou torto. A Pre-

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feitura ficou de plantar árvores e instalar bancos, mas por enquanto não há previsão”. Ele conta que a rua Silva Bueno tem quase três quilômetros de extensão, reunindo cerca de 500 lojas: “Com a promessa da chegada da estação Sacomã do metrô, a rua se valorizou. Hoje temos grandes redes do varejo, o que vem atraindo os consumidores e reforçando a imagem da rua de um comércio com preços acessíveis e um bom atendimento – para nós, o cliente é mais do que um consumidor, é um amigo”. Com os novos condomínios residenciais que estão sendo construídos, Saade acredita que o perfil dos consumidores também mudará: “São prédios de alto padrão, que passarão a trazer consumidores com maior poder aquisitivo, que passam a exigir melhores serviços e atendimento. A rua tem boa estrutura, com vários estacionamentos, além de restau-

rantes e lanchonetes. O bairro também é muito seguro e bem policiado”. Como curiosidade, o site História das Ruas de São Paulo ( w w w . d i c i o n a r i o d eruas.com.br) conta que o nome da rua Silva Bueno refere-se a “Antonio Manuel da Silva Bueno, que nasceu em Santos, em 1790. Dotado de notável talento, ocupou vários cargos políticos no começo do século 19 e, em 1821, como suplente eleito, tomou assento nas Côrtes portuguesas representando São Paulo. Não desejando assinar a Constituição ali votada, por achar contrária aos interesses de seu país, viu-se obrigado a emigrar para a Inglaterra com outros deputados brasileiros. Assinou, na cidade de Falmouth, o célebre Manifesto. Voltando ao Brasil, recolheu-se à vida privada, vindo a falecer em Campinas em 3 de setembro de 1838”. (CO)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPECIAL

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fotos: Paulo Pampolin/Hype-13/09/2007

No museu, um passeio agradável pela história do Brasil A situação financeira do Império andava meio precária naquela época. Por isso, o monumento só ficou pronto em 1890. E uma loteria foi lançada para ajudar na construção – a burguesia paulista financiou boa parte

V

isitar o Museu do Ipiranga (ou Museu Paulista da USP) é fazer uma viagem ao passado da cidade e do País – para muitos, também uma volta à infância, já que alguns somente conheceram o museu em excursões escolares e nunca mais retornaram. Sem dúvida, este é um dos mais belos museus do Brasil, num prédio majestoso e repleto de história. São mais de 125 mil objetos e documentos em exposição. Ao contrário de muitos museus, este é extremamente bem vigiado por seguranças e por câmeras. Em qualquer lugar que se entre sempre haverá olhos observando. Logo na entrada, o visitante se depara com um amplo salão, com uma cinematográfica escadaria em mármore branco. Antes de percorrer este piso, dê uma olhada no subsolo, que traz uma exposição de utensí-

Mais de 125 mil objetos e documentos estão em exposição no museu. E este é muito bem vigiado por seguranças e câmeras

lios, entre eles uma enormidade de ferros de passar roupa de todos os tamanhos e formatos, que usavam carvão e outros combustíveis como aquecimento. Neste piso, também é possível ver pinturas, bustos e outros objetos de importância histórica para a cidade. No piso térreo, para quem está de frente para a escadaria, à esquerda há diversos carros antigos do Corpo de Bombeiros. É certo que os prédios nas primeiras décadas do século passado não eram grandes, mas é difícil imaginar como aqueles pequenos carros, menores do que uma caminhonete de hoje, podiam combater incêndios, ainda mais de grandes proporções. Caminhando em outra direção, à direita da escadaria, há exposições de quadros com explicações multimídias. Uma das mais interessantes é a obra “Fundação da Cidade de São Paulo”, de Oscar Pereira da Sil-

va (1867-1939). Uma voz descreve a tela e luzes fazem marcações, explicando como o quadro foi montado. No mesmo piso, o visitante também poderá ver uma maquete da cidade no século 19. A diversão está em tentar reconhecer cada ponto da cidade. Ao subir a escadaria, o que mais chama a atenção são globos de vidros com águas de diversos rios de norte a sul do Brasil. No salão principal, chamado de Salão Nobre, é possível conferir o famoso quadro “Independência ou Morte”, do artista Pedro Américo de Figueiredo e Mello (1843-1905). Quem apenas viu a obra reproduzida em livros escolares não tem idéia do que é ver a tela original, que mede 7,6 x 4.15 metros. É realmente uma obra grandiosa e merece ser vista. Nas demais salas deste piso, o visitante poderá conhecer um pouco do cotidiano das pessoas, em particular da no-

breza e endinheirados do século 19. As salas exibem exposições de roupas, móveis, armas, porcelanas e outros objetos. Com exceção de um ou outro oratório, faltam no acervo objetos religiosos, que tanta influência tiveram na população paulista. Nesse caso, o jeito é ir ao Museu de Arte Sacra no Mosteiro da Luz ou mesmo o Pátio do Colégio. (CO)

SERVIÇO Museu do Ipiranga Exposições: Terça a domingo, das 9h às 17h. Ingresso: R$ 4 para adulto e R$ 2 para estudante (mediante apresentação de carteira escolar). Entrada gratuita para menores de 6 anos e para maiores de 60 anos. Endereço: Parque da Independência, s/n.º Ipiranga Telefone: 2065-8026

Até uma loteria inventaram para construir o monumento Reprodução/Acervo João Carlos Gerodetti

ogos após Dom Pedro de Alcântara proclamar a Independência do Brasil e ser aclamado imperador, com o título de Dom Pedro I, surgiram as primeiras propostas de erguer um monumento no próprio local, às margens do riacho Ipiranga, que perpetuasse a grandeza do fato ocorrido em 7 de setembro de 1822. Não houve consenso sobre qual monumento deveria ser erguido e também não havia verba disponível para isso, pois a situação do País nos primeiros anos de império não era das melhores. Somente 68 anos mais tarde, em 15 de novembro de 1890, o projeto se realizaria, com a inauguração do edifício-monumento que abrigaria o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, ou Museu do Ipiranga, como é conhecido. Em 1884 foi contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, que, no ano anterior, havia apresentado um projeto de um monumento-edifício para celebrar a Independência do Brasil. O estilo arquitetônico adotado foi o eclético, muito em voga na Europa na época e que viria marcar, a partir do final do século 19, a identidade arquitetônica de São Paulo. Bezzi se valeu de uma das

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Políticos e empresários ligados a Dom Pedro II financiaram boa parte da obra

principais características do ecletismo, que é a recuperação de estilos arquitetônicos históricos. Ele utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento. O projeto inicial previa um retângulo alongado e dois braços laterais, partindo da fachada principal, voltada para a cidade, na forma de um "E". Abandonadas as alas, por razões de economia, restou o retângulo pontuado por três corpos salientes. O essencial do edifício se desenvolve em dois andares, um terceiro nas torres, além do subsolo, desterrado posteriormente. No térreo há o Saguão de Entrada, em que estão dispostas 24 colunas. Dali parte a Escada-

ria Central que, em dois lances, e após um patamar, desemboca no Salão Nobre. Tanto no térreo quanto no segundo andar, corredores laterais servem a uma seqüência de salas. O edifício tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade. O corredor superior é aberto, em forma de arcos. Um fato curioso é a presença de diversos elementos decorativos arquitetônicos, como ornatos sobrepostos, entablamentos completos, palmetas, janelas com tímpanos, nichos, brasões e até mesmo a imitação, ao longo das paredes em alvenaria de tijolos do térreo, de revestimento externo em arquitetura de pedra. A construção do monumen-

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to durou de 1885 a 1890 e ficou a cargo do italiano Luigi Pucci, responsável pela contratação da mão-de-obra necessária, pela compra de materiais e por fazer cumprir as determinações técnicas e ornamentais do projeto elaborado pelo engenheiro Bezzi, que chegou a montar uma maquete em gesso com todos os detalhes arquitetônicos e ornamentações. A burguesia paulista, formada por políticos e empresários ligados a Dom Pedro II, financiou boa parte da obra. O restante veio de uma loteria instituída pelo governo. O acervo do museu teve a sua origem numa coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, adquirida em 1890 por Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao governo do Estado. Ali estão guardados mais de 125 mil objetos e documentos que contam grande parte da história de São Paulo e do Brasil. São esculturas, quadros, louças, jóias, móveis, armas, peças religiosas, veículos, vestuário, fotos, documentos e utensílios de bandeirantes e índios distribuídos pelo prédio. Em 1963, o museu foi incorporado à USP e, doze anos depois, tombado pelo Condephaat. (CO)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ESPECIAL

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fotos: Newton Santos/Hype

Instituto Padre Chico, o exemplo de amor no Ipiranga Perto de completar 80 anos, o instituto atende de graça mais de 120 crianças cegas e de baixa visão matriculadas no Período Preparatório e no Ensino Fundamental. É referência na educação de crianças com deficiência visual

A

s irmãs do Instituto de Cegos Padre Chico, no Ipiranga, e stão mu ito preocupadas com a Portaria nº 555 de 05/06/07 do Ministério da Educação (MEC), que proíbe a criação de novas escolas especiais para deficientes e obriga as já existentes a se transformarem em centros de atendimento, funcionando como um complemento educacional. Se cumprida, pessoas com e sem deficiência passariam a conviver num mesmo ambiente, nas escolas regulares, princípio básico da educação inclusiva. “A questão está em discussão no Congresso. Caso se torne lei, significa praticamente o fim da nossa instituição, que em outubro estará completando 80 anos”, diz a irmã Madalena Marques, diretora tesoureira e professora do instituto há 58 anos: “Sou plenamente a favor da educação inclusiva,

mas após o ensino fundamental, quando a criança com deficiência já está adaptada e com uma certa base. Se Deus quiser, e com a ajuda de Padre Chico, essa lei não passará”. O Instituto de Cegos Padre Chico atende crianças cegas e de baixa visão, matriculadas no Período Preparatório e no Ensino Fundamental e realiza também atividades extracurriculares. O atendimento é gratuito. A criança, ao chegar ao instituto, é encaminhada para uma triagem pedagógica, no qual é feita uma ficha completa de sua vida desde a gestação: “No Ensino Fundamental, temos 122 alunos. No período da manhã eles têm matérias do currículo normal e, à tarde, cursos extracurriculares, como aulas de informática, música, balé, datilografia comum e em braile, caratê, entre outras, além de atendimento odontológico, psicológico, fisioterapia e fonoaudiologia”. Irmã

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Irmã Madalena Marques: “Sou plenamente a favor da educação inclusiva, mas após o ensino fundamental”

Debaixo da árvore, lágrimas de saudade

A Madalena acrescenta que a instituição ainda atende 26 adultos com cursos de informática para sua inclusão no mercado de trabalho. As salas de aula são bem arejadas e iluminadas. Há inúmeras dependências, como sala do diretor, secretaria, sala de ciências, sala de material didático, biblioteca comum e com livros em braile, almoxarifado, sala de educação física, sala de educação para o lar, oficina de artes aplicadas, sala de informática, sala ambiente, sala dos professores, sala do coordenador pedagógico e do orientador educacional, sala de datilografia comum e em braile, sala de orientação e mobilidade, sala de estimulação precoce, sala de psicologia, pátio coberto, quadra para ginástica, piscina, salas para estudo e trabalhos manuais. E ainda lavanderia, dormitórios, cozinha e copa, refeitório, farmácia, consultório médico, gabinete dentário, salas de música, salão de festa, sala de vídeo e som, igreja, etc. História O Instituto de Cegos Padre Chico nasceu da generosidade dos corações paulistas que, em respostas ao apelo do dr. José Pereira Gomes, feito em 7 de setembro de 1927, na reunião de comemoração à Semana Oftalmo-Neurológica da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, correram em auxílio dos cegos, que em número cada vez crescente, viviam sem assistência social, completamente desamparados. As autoridades estaduais, municipais e eclesiásticas acolheram com máximo interesse a idéia da fundação de um instituto para cegos e

todo o amparo possível. O Arcebispo de São Paulo, D. Duarte Leopoldo, encarregou uma comissão de senhoras para concretizar projeto. Assim, em 7 de outubro de 1927, D. Duarte presidiu a primeira reunião para expor as bases da nova organização. A sociedade paulistana respondeu ao apelo com auxílio. Apareceu o primeiro donativo de vulto por parte de Elza Paula de Souza, que ofereceu um terreno para a construção do edifício. Subordinou, porém, essa doação à denominação de “Padre Chico” a ser dada ao futuro instituto, em memória do monsenhor Francisco de Paula Rodrigues, figura eminente do Clero Paulista, falecido a 21 de junho de 1915. Endossando a condição de dona Elza Paula de Souza, o Arcebispo concordou que assim seria chamada a futura instituição. No dia 18 de fevereiro de 1928 o instituto recebeu a doação do terreno. Em 27 de maio de 1928 foi lançada a primeira pedra do novo estabelecimento e em 4 de novembro de 1929 lançou-se a primeira pedra da Igreja de Santana, oferecida por Ana do Amaral Borges, onde estão guardados os despojos mortais do Monsenhor Francisco de Paula Rodrigues, o “Padre Chico”. O instituto proporciona hoje aos seus assistidos o verdadeiro amparo social e a assistência cristã, constituindo uma das mais belas e significativas obras de benemerência e filantropia da Capital.

Estrada das Lágrimas é uma continuação da avenida das Juntas Provisórias, no Sacomã, e segue quilômetros, terminando apenas no acesso à avenida Guido Aliberti, em São Caetano. Tem este nome por causa de uma figueira que já deve ter por volta de 150 anos (ninguém sabe por quem ou quando foi plantada). Ela se encontra na altura do número 515 e está cercada por muros. Uma placa diz: "Sou a árvore das lágrimas e das saudades. Sob minha sombra corações sem número separaram-se aflitos". No passado, ali era o início do Caminho do Mar, estrada que levava a Santos. A figueira demarcava o limite da cidade; amigos e familiares acompanhavam os viajantes até a árvore, onde paravam para as despedidas. Da mesma forma, muitos aguardavam ali o retorno daqueles que vinham de Santos. O costume perdurou e na época da Guerra do Paraguai (1864-1870),

soldados que serviram o Exército também se despediam de seus familiares e amigos debaixo daquela árvore frondosa, que passou a ser conhecida como Figueira das Lágrimas ou Árvore das Lágrimas. Com a construção da ferrovia São Paulo Railway, em 1867, as viagens a cavalo ou carruagem pelo antigo Caminho do Mar foram substituídas pelo trem, mais rápido e confortável, e a figueira foi aos poucos esquecida. Em 1909, o dono do terreno quis derrubá-la, mas uma campanha encabeçada pelo jornal O Estado de S. Paulo impediu e o terreno foi doado à prefeitura. Durante os festejos dos 400 anos da cidade de São Paulo, em 1954, a figueira voltou a ser lembrada e incluída em alguns roteiros turísticos. Nos anos 80, foi relacionada entre a Vegetação Significativa no Município de São Paulo, por iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente: o seu corte proibido. (CO)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - LOGO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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26 SETEMBRO Dia Mundial do Mar

Martin Bernetti/AFP

P LANETA Nasa

O BRASIL VISTO DO CÉU

A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou ontem novas imagens de satélite que mostram o território brasileiro. As imagens acima e mais uma dezena de outras revelam áreas de cultivo agrícola nas proximidades do município de Primavera do Leste, em Mato Grosso. http://eol.jsc.nasa.gov

H ISTÓRIA B RAZIL COM Z

A visão de Einstein

Reproduções/site

Sem Ronaldinho, mas com Kaká

Agora, todos podem olhar pelo telescópio que pertenceu ao gênio da física Baz Ratner/Reuters

notícia de que a A Universidade Hebraica de Jerusalém teria tratado

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C IÊNCIA

Células-tronco com mais segurança

A RQUITETURA

técnica em humanos poderia abrir as portas para uma forma mais segura de testar terapias celulares para tratar doenças como anemia das células ou o mal de Parkinson. As células-tronco funcionam como "manuais de instrução" do organismo, dando origem a todos os órgãos e tecidos do corpo. As célulastronco embrionárias são consideradas mais eficazes porque podem se transformar em qualquer espécie de célula. Mas obtê-las exige recorrer a um embrião ou à clonagem, o que desperta objeções éticas.

A porta de Versalhes AFP

Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola Médica de Harvard (Boston) anunciaram ontem na revista Science que desenvolveram uma forma mais segura de criar células-tronco a partir de células cutâneas comuns, dando um passo a mais na direção da chamada medicina regenerativa. Em ratos, os cientistas usaram um vírus comum de resfriado para levar genes transformadores até células comuns, que então passaram a agir como células-tronco embrionárias. A replicação dessa

Prejuízo de US$ 21 milhões

Fotos aéreas feitas por você tremores na câmera, eliminando o risco de suas melhores tomadas ficarem tremidas. Outro detalhe: você pode escolher o tipo de câmera que virá acoplado ao seu Dragonflyer. Sofisticadíssimo e o preço só é fornecido sob consulta. www.draganfly.com/uavhelicopter/draganflyer-x6/

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C A R T A Z

A

O designer gráfico e diretor de arte britânico Alex Bec sai pelas ruas das cidades de seu país e de outros lugares do mundo que visita com um adesivo curioso e uma câmera fotográfica nas mãos. Com esses "equipamentos" ele cria intervenções urbanas, sempre em busca da possibilidade de um ângulo que lhe permita registrar um sorriso. O resultado é bem divertido e está em seu site.

E M

SORRIA!

com descaso um objeto doado pelo cientista Albert Einstein correu o mundo na segunda-feira. O telescópio que ele doou à universidade em 1954 junto com seu material de pesquisa e os direitos autorais de seu trabalho - teria sido encontrado em um porão da universidade, empoeirado e esquecido. Mas rapidamente a universidade deu uma resposta às críticas e colocou à disposição do público, ontem, o equipamento de imenso valor histórico. Agora, quem visitar o campus da universidade poderá olhar pelas lentes do telescópio e brincar de ver tudo aquilo que só Einstein poderia enxergar. O telescópio era um presente recebido pelo judeu alemão de Gezri Zvi, um colega da Universidade de Princeton, nos EUA.

Terminaram as chances de participação de Ronaldinho Gaúcho na seleção brasileira na Copa de 2010, na África do Sul, disse ontem o jornal francês Le Monde. Segundo o jornal, a repetição, na seleção brasileira, da dupla formada por Ronaldinho e Kaká no Milan, está descartada no Mundial. Mas Dunga não foi tão enfático e ontem, ao deixar Ronaldinho de fora da lista de convocados para os próximos jogos do Brasil, estaria apenas adiando a dobradinha.

DA

A RTE

O

s arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, que projetaram o estádio Ninho do Pássaro, "sede" da Olimpíada de Pequim vão construir uma torre triangular em Paris que deve ficar pronta em 2014, com 211 metros de altura. O prédio será o mais alto de Paris depois da Torre Eiffel e terá escritórios, lojas, centro de conferências e talvez um hotel na região da cidade conhecida como Porta de Versalhes. A TÉ LOGO

O empresário japonês Daisuke Enomoto, que treinou durante 10 dias para viajar até a Estação Espacial Internacional, abriu um processo para ter seu dinheiro de volta sob a alegação de que foi fraudado em US$ 21 milhões pela empresa norte-americana Space Adventures. Ele seria um dos três tripulantes da cápsula russa Soyuz, em 2006, mas seu nome saiu da lista um mês antes do vôo. O lugar foi ocupado empresária Anousheh Ansari, dos EUA. L OTERIAS Concurso 361 da LOTOFÁCIL 01

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Cerrado brasileiro encolheu 1,6% no período de 2003 a 2007, informa UFG

China lançou ontem nave Shenzhou 7; tripulante fará caminhada espacial

Em sete meses, estrangeiros compraram 203 mil hectares de terra no País

Concurso 1957 da QUINA 20

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Nacional Finanças Empresas Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Wal-Mart coloca sua loja eletrônica em funcionamento na próxima quarta-feira.

NÚMERO DE MICROS E PEQUENAS VAI DOBRAR

Mais mulheres partem para o negócio próprio

Divulgação

Segundo pesquisa do Sebrae, elas pilotam 51% dos empreendimentos abertos

A

s mulheres ultrapassaram os homens na criação de micros e pequenas empresas no Brasil, no balanço geral do primeiro semestre deste ano, segundo levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com a pesquisa, dos 2 mil negócios abertos todos os dias no País, 51% são de mulheres e 49%, de homens. "É a primeira vez que isso acontece na história do Sebrae", disse o superintendente da regional São Paulo, Ricardo Tortorella, durante o 21º En-

contro das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo, que termina hoje em Atibaia, interior paulista. De acordo com o superintendente, a tendência de as mulheres assumirem o comando de suas próprias empresas deve se manter nos próximos anos. Isso vai obrigar todos os prestadores de serviços para os empresários, como o próprio Sebrae e os contadores, por exemplo, a criarem normas para atender o público feminino. "Elas são mais emotivas e muito mais objetivas na contratação dos empregados, mas precisam do dobro do tempo utilizado pelos homens utilizam para fazer o planeja-

mento de seus negócios", observou Tortorella. Segundo o superintendente, as mulheres abrem mais empresas voltadas para os assuntos aos quais já se dedicam ou que tenham como profissão. Em crescimento – Abertas por homens ou mulheres, o número de micros e pequenas tende a aumentar nos próximos cinco anos. De acordo com projeções do Sebrae, em 2015, devem chegar a 2,656 milhões. Naquele ano, segundo Tortorella, as projeções indicam a existência de 1,4 milhão de empresas comerciais, 1 milhão voltadas para serviços e 256 mil indústrias. Para a região metropolitana

Tortorella, do Sebrae: pela primeira vez na história da entidade, mulheres assumem a liderança.

de São Paulo (RMSP), as projeções apontam que, em 2015, o setor de serviços, com 717 mil companhias, vai ultrapassar o comércio, que deverá ter 665 mil negócios. As indústria, por sua vez, somarão 134 mil. Cerca de 900 profissionais da contabilidade participaram ontem do encontro em Atibaia, que também discutiu a sucessão e a profissionaliza-

ção das empresas familiares com o consultor Renato Bernhoeft. "É um assunto delicado, que afeta toda a estrutura da família e que tem de ser cuidadosamente analisado", afirmou Bernhoeft. Também entrou na pauta um debate sobre a Lei 11.638 de 2007, que permite a utilização de normas internacionais nos serviços contábeis brasileiros.

Wal-Mart lança sua loja eletrônica

Brasil é trampolim para a Mahindra Empresa usa a fábrica de Manaus para atingir a América Latina e promete novidades para 2009

A

Mahindra tinha 92% do mercado de picapes e utilitários esportivos na Índia até os anos 1990, quando o país iniciou uma revolução no setor automobilístico, com a abertura da economia, em mais uma das suas semelhanças com o Brasil. Mesmo perdendo participação, a empresa - que atua em vários outros setores – tecnologia da informação, hotelaria e construção civil – mantém o domínio do segmento no qual atua, com 52% das vendas. Mas a partir dessa mudança, iniciou a sua transformação em empresa mundial, colocando produtos em mercados semelhantes ao indiano, isto é, nos países do Bric – Brasil, Rússia e China –, que procuram veículos fortes, bravos e resistentes. A construção da unidade de Manaus, na qual é montada a linha Scorpio – picape com cabines simples e duplas e o utilitário esportivo – é parte estratégica desse crescimento, como revelou o presidente do setor automobilístico do grupo, Pawan Goenka,

Newton Santos/Hype

na sede da empresa em Mumbai, na Índia. A parceria brasileira é com a empresa Bramont, que investiu US$ 150 milhões na operação. "O Brasil é um importante trampolim para a conquista do mercado latino-americano, o que é fundamental para termos uma presença forte em outras regiões", disse Gooenka. O plano é ter o País como o terceiro maior consumidor de produtos da marca nos próximos seis ou sete anos, atrás apenas da própria Índia e dos Estados Unidos. Nacionalização – "Não vamos apenas vender carros, mas construir a imagem da Mahindra no Brasil", comentou o executivo. Para isso, ele

Paula Cunha Utilitários e picapes da linha Scorpio terão índices de nacionalização aumentados

planeja aumentar a participação de componentes locais nos carros montados em Manaus, hoje na casa de 50%, e trazer novidades indianas. Uma delas é o novo motor do utilitário Scorpio, um quatro cilindros a diesel de 120 cv, que atende às normas de emissões de poluentes exigidas pelo programa Euro 4, que deve ser obrigatória no mercado brasileiro a partir de janeiro de 2009. A nova versão, a ser montada no Brasil, terá vários equipamentos. A Mahindra vai iniciar as vendas ainda neste ano de uma versão da picape ape-

A

nas com o chassi, a ser apresentada no Salão do Automóvel. Pawan Goenka revelou também o lançamento de uma van para oito passageiros chamada Ingenio, semelhante à Innova, da Toyota, que chegará ao Brasil em 2009. A produção local neste ano será de 500 a 600 unidades, sendo 60% do utilitário esportivo e 40% das picapes. Segundo Oliveira Neto, diretor da Mahindra do Brasil, a operação começará a ser lucrativa a partir da fabricação de 5 mil unidades/ano. Joel Leite/AutoInforme

Há três décadas, os países que se relacionam comercialmente discutem normas comuns para padronizar a contabilidade das empresas. "É uma tendência irreversível, que vai mudar completamente o trabalho dos profissionais brasileiros quando tudo estiver implantado por aqui", observou o presidente do Sescon-SP, José Maria Chapina Alcazar.

partir da dia 1º de out u b ro , a re d e Wa l Mart lança seu canal de e-commerce, o w w w. w a lmart.com.br, por meio do qual seus clientes poderão comprar produtos de maior valor agregado sem sair de casa. Foram investidos R$ 25 milhões na loja virtual. A empresa não divulgou sua estimativa sobre a participação da nova ferramenta em seu faturamento, de R$ 15 bilhões em 2007. O presidente do Wal-Mart no Brasil, Héctor Núñez, afirmou ontem que a expectativa do grupo é "alcançar uma abrangência nacional com o portal." O Wal-Mart vai oferecer cerca de 10 mil produtos, alguns exclusivos, dos setores de informática, games, eletroeletrônicos, beleza e saúde, telefonia, brinquedos, eletrodomésticos, entre outros. Em relação à navegabilidade, o Wal-Mart criou um sistema que oferece recursos de Web 2.0 como a busca de produtos por meio da filtragem de informações sobre marcas, preços e outras características.

Quanto à logística de entrega, a rede montou um sistema central de atendimento que pode ser acionado pelo cliente via email, telefone ou pelo próprio site. Para São Paulo e Rio de Janeiro, haverá entrega expressa – no mesmo dia da compra. Com a iniciativa, o Wal-Mart deverá engrossar o movimento do comércio eletrônico brasileiro, que deverá movimentar R$ 8,5 bilhões neste ano, ante os R$ 6,4 bilhões de 2007, segundo dados da consultoria especializada e-bit. Concorrência – O Grupo Pão de Açúcar lançou o serviço "Entrega Extra Rápida" para o o site de comércio eletrônico do Extra. Segundo a assessoria da rede, se um cliente realizar sua compra na cidade de São Paulo até 15h, receberá o pedido no mesmo dia. Para outras capitais, inclusive as do Nordeste, o prazo é de um dia. O grupo investirá R$ 40 milhões em e-commerce até 2010. Com isso, espera dobrar a participação das vendas online no seu faturamento ainda neste ano ante 2007, quando o www.extra.com.br e o www.paodeacucar.com .br somaram 2% das vendas totais da rede.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Para o IBGE, a taxa de desemprego caiu para 7,6% e a massa de rendimento dos ocupados alcançou R$ 27,5 bilhões.

3 Pela primeira vez, a turma da bufunfa está se estrebuchando.

«

gibaum@gibaum.com.br

PAULO NOGUEIRA BATISTA JR. // economista e representante do Brasil no FMI.

Fotos: Business News

MAIS: na contramão, a despesa com segurodesemprego cresceu mais de 80% de 2003 para cá e caminha para R$ 24 bilhões.

Dólar até a R$ 2,70 A inflação nos Estados Unidos veio de 5,6% em 12 meses até julho para 5,4% em agosto (deflação de 0,13%). Para 2009, a variação pode chegar a 1%, segundo o Merrill Lynch. Ou seja: recessão para valer com queda da economia global e anemia no comércio. No Brasil, as projeções do Morgan Stanley devem levar o dólar a R$ 2,10 este ano e em 2009, no melhor cenário, a R$ 2,30. No pior, R$ 2,70.

NOVO FILÃO

O presidente Lula, o secretáriogeral da Presidência, Gilberto Carvalho e o ministro José Múcio, das Relações Institucionais, armaram um esquema de apoio, via vídeos padronizados, do Chefe do Governo a candidatos petistas e, dependendo das alianças regionais, a candidatos da base aliada. Agora, às vésperas das eleições, até candidatos da oposição, em todo o país, estão usando vídeos piratas do apoio de Lula, sem que dê tempo para ações judiciais do PT reverterem esse quadro. Para deputados federais da base aliada, a versão de que os vídeos são piratas não cola e eles planejam dar o troco, daqui a duas semanas, quando retornarem ao Congresso.

VELHOS TEMPOS Nesta época de debates de televisãoem todoopaís,opróprio presidente Lula relembra do último debate entre ele e Collor, em1989,naGlobo,quandooatual senador alagoano, refutou a acusação que representava as elites,dizendoquenãopossuía um aparelho de som tão bom quanto o do petista. Lula ficou calado porque, na época, havia sido presenteado com um equipamento de som pelo compadre Roberto Teixeira. No segundo turno, aconteceu o episódioLurian eLulaperdeu a eleição. Se tivesse a experiência de hoje – e Lula acredita nisso – teria conseguido reverter as duas pancadas fatais.

Até escorregador A Fundação Bienal de São Paulo já captou quase a metade dos R$ 8 milhões de orçamento para a montagem de sua 28ª edição, que abre as portas dia 26 de outubro. Até lá, mais parcerias serão anunciadas e a diretoria deverá ainda fechar com mais empresas outros R$ 2,6 milhões, via Lei Rouanet. Desta vez, a Bienal terá um formato mais atrativo ao público, com performance, música e dança. Entre as estrelas confirmadas, estão a artista sérvia Marina Abravovic, à francesa Sophie Calle e o belga Carsten Höller, que vai montar para o público um escorregador de aço de 15 metros de altura.

QUEMDIRIA O presidente Lula lembrouse que o deputado José Genoino,afastadodoPlanalto há muito tempo, sempre teve boas relações com arapongas da Abin – Agência Brasileira de Inteligência – e acaba de lhe pedir socorro. Quer que o exguerrilheiro ajude a apagar o fogo no episódio dos grampos que, a cada dia, ganha novo round. Genoino, aliás, também tem boas relações com as Forças Armadas. No início do primeiro mandato de Lula, chegou a ser cogitado para o Ministério da Defesa.

Estilo pin-up

Fetichista assumida, a modelo Dita Von Teese, ex-mulher do roqueiro Marilyn Manson, acaba de lançar nova coleção de lingerie (produzida pela Wonderbra) em Londres, sentada com um vestido tomara-que-caia rosa antigo no meio de um gigantesco sutiã (esquerda). Responsável pela reinvenção da estética pin-up dos anos 40 e 50 (estilo Betty Page) e do termo burlesco, associado à arte ancestral do strip-tease, Dita viu modelos (centro) desfilarem suas criações e sentenciou: “Lingerie não deve ser usada apenas para seduzir homens. As mulheres devem usá-la para elevar sua auto-estima”. No catálogo, a própria Dita apresenta as peças que criou (direita).

Barrado no baile

O ministro Franklin Martins, da Comunicação Social, que agora reúne em sua mesa a liberação de quaisquer verbas publicitárias do Governo, ministérios e estatais, não pode acompanhar o presidente Lula aos Estados Unidos. Teve novamente seu visto negado por ter participado, em setembro de 1969, do seqüestro do embaixador americano Charles B. Elbrick para forçar o governo militar a libertar 15 presos políticos. Franklin foi líder estudantil e depois guerrilheiro, militante do grupo comunista MR-8, onde era conhecido pelo codinome Valdir. Ao lado da Ação Libertadora Nacional, foi um dos mentores do seqüestro, época em que se aproximou de José Dirceu. Ficou preso três meses em 1968. Já havia sido procurado por roubo a banco e assalto a trem pagador. O dinheiro financiava a guerrilha e servia para comprar armamentos.

Famosos by Lego

Para festejar seus 30 anos de atividades em todo o mundo, produzindo para muitas gerações seus famosos blocos de encaixe, a Lego resolveu criar uma coleção de bonequinhos, personificando uma série de celebridades. Não serão vendidos e integrarão um mini-museu da Lego. Os bonecos são caracterizados com figurino, penteado, make-up e até expressão dos famosos. Da esquerda para a direita: Madonna (com dentes separados), Angelina Jolie e Brad Pitt (com os filhos no colo) e até Amy Winehouse, com seu discutido penteado.

Com cadeado Na maioria das repartições federais – e, convenhamos, igualmente nas estaduais e municipais – não chega a ser novidade o roubo de papel higiênico por servidores. Agora, como essa moda estava crescendo a níveis mais do que surpreendentes nos banheiros do Supremo Tribunal Federal, a Corte resolveu fazer uma contra-ofensiva: colocou suportes de cadeado nas peças que seguram os rolos de papel. Deu certo, ma non troppo : muitos servidores desenrolam o papel e surrupiam do mesmo jeito.

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Apoio pirateado

Vestido de noiva colorido.

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Vestido de noiva clássico.

Campanha nobraço O deputado, ex-ministro e eventual presidenciável Ciro Gomes não está fazendo apenas campanha para sua ex-mulher, Patrícia Saboya, à prefeitura de Fortaleza – e sem resultados positivos, por sinal. Também percorre o interior do Ceará, apoiando candidatos do PPS. E quando não obtém sucesso, parte para seu habitual estilo: em Mombaça, teria quebrado a bandeira de um partido rival na cabeça de uma eleitora e em Carnaubau, deu cinco segundos aos eleitores para cessarem as vaias. Ninguém obedeceu e, descendo do palanque, Ciro teria partido para silenciá-los no braço.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A escolinha de futebol do ex-craque Roberto Rivelino, que treina mini-craques desde criança, incluindo o pessoal da periferia, começa a dar lucro extra. Há pouco tempo, ele exportou um garoto de 16 anos para Portugal, quando Luis Felipe Scolari ainda estava lá, numa operação de 6 milhões de euros. Felipão arrumou um contrato para o garoto por 10 anos no Porto e conseguiu colocação para os pais dele (um operário e uma faxineira). Dinheiro da venda dividido da seguinte maneira: 1 milhão para a família do garoto, 2 milhões para Rivelino e 3 milhões de euros para Felipão.

MISTURA FINA CHARLOTTE Rampling está filmando no Rio de Janeiro cenas de Gringos no Rio, com elenco comandado por Irene Jacobs. Ela viverá uma cirurgiã plástica e, em duas cenas, aparece ao lado do coadjuvante Ivo Pitanguy, que vai debutar na telona. Primeiro, numa aula no auditório da Maison de France; a segunda, numa sala de cirurgia, quando o famoso Pitanguy terá direito a algumas falas. A BANDA IE99 acaba de compor uma resposta à música Eu comi a Madona , de Ana Carolina, que tratou de tirar um “n” para não ter problemas com a cantora que vem ao Brasil. A música-resposta tem como título Ana Carolina me comeu. Trecho: “Acendeu uma vela e foi me queimar/um homem pra chamar de seu/o dela é maior que o meu”. NO UNIVERSO dos homossexuais, há gírias e especificações muito divertidas: Por exemplo: Barbie, como muita gente sabe, é o gay saradão. Agora, quando esse mesmo gay sarado já caminha para a terceira idade, é chamado de Barbosa. Ou seja: uma Barbie mais idosa. MUITA gente se surpreendeu com a recente frase pronunciada por Paulo Maluf, em campanha à prefeitura de São Paulo: “Só deixo a política quando Deus me levar para o céu”. Outros, de melhor memória, lembram uma entrevista dada por Paulo Maluf numa emissora de TV fechada. No final, o entrevistador, lembrando o estilo de Bernard Pivot, perguntou: “O que você acha que Deus lhe diria se, um dia, chegasse às portas do céu?” E Maluf, sem pestanejar: “Tenho certeza do que ele diria: Entre, Paulo, você nunca foi um pecador”. A CBF está acertando novos contratos milionários: uma renegociação com a Vivo, que pagará US$ 15 milhões por ano até 2015 e um novo contrato, com os mesmos valores e prazo, com o Itaú. Ao mesmo tempo, a Fifa também negocia com o Itaú para ser um dos patrocinadores da Copa de 2014. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Marinha acelera projeto de submarino Nova estrutura vai tratar do programa

P

ara acelerar o desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro, a Marinha decidiu criar uma nova estrutura para tratar do programa. O comandante da Marinha, Júlio de Moura Neto, convocou o almirante de esquadra da reserva José Alberto Accioly Fragelli, excomandante do Estado Maior da Armada, para assumir a Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento do Submarino Nuclear, que será criada hoje no Rio. A medida é um dos primeiros passos da Força para retomar a construção de submarinos convencionais no Arsenal do Rio, de onde o último dos cinco submarinos da frota brasileira saiu em 2005, para alcançar o projeto de um casco capaz de receber o reator nuclear. Com a decisão do Brasil de fechar um acordo bilateral com a França para a transferência de tecnologia para a construção de quatro submarinos convencionais visando ao nuclear, a Marinha terá de preparar o Arsenal do Rio para retomar a construção desse tipo de embarcação no País. A decisão do Brasil pela França, anunciada no início da semana pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, era o que faltava para a Marinha voltar a planejar a construção de submarinos. Os oficiais temiam que a demora tornasse obsoleta a plataforma montada no Arsenal do Rio. O modelo a ser adotado deverá ser o Scorpene, classe de submarinos franceses vendida a países como Chile, Malásia e Índia. Os cinco submarinos

convencionais da frota brasileira foram construídos a partir de uma plataforma alemã. O Tikuna é uma versão aperfeiçoada dos quatro anteriores, da classe Tupi. O primeiro deles foi construído na Alemanha, em 1989, num acordo de cooperação que transferiu tecnologia para a construção dos outros no Arsenal da Marinha no Rio. O Brasil esteve prestes a assinar um novo acordo com a Alemanha para a construção de novos submarinos, que tinha até previsão de financiamento, mas voltou atrás com a retomada do projeto nuclear este ano. Ao contrário da França, a Alemanha não tem submarinos nucleares. "Precisamos dos submarinos convencionais, que são mais adequados para o controle de águas mais perto da nossa costa. Além disso, ele vai dar o embasamento necessário para alcançarmos o submarino nuclear", declarou o almirante Álvaro Luiz Pinto, comandante de Operações Navais da Marinha. Para ele, o projeto do submarino nuclear consumirá ainda pelo menos dez anos. Porém, o almirante disse que ainda é cedo para prever quando o Arsenal do Rio estará adaptado para começar a linha de produção dos submarinos com tecnologia francesa. Ele espera abrir a linha de produção em 2010. "Nada foi assinado ainda", adverte. Jobim já anunciou que o acordo será assinado no final de dezembro, quando o presidente francês Nicolas Sarkozy virá ao Brasil. (AE)

Governo julga ações de religiosos vítimas da ditadura

A

Comissão de Anistia do Ministério da Justiça dará início hoje ao julgamento de 13 processos de religiosos perseguidos pela repressão durante o regime militar. O julgamento ocorrerá, segundo a assessoria de imprensa do ministério, durante a 11ª Caravana da Anistia, que acontece na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Casos históricos – Entre os processos mais conhecidos está o do ex-deputado federal Nilmário Miranda, que foi presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e secretário especial de Direitos Humanos. Inspirado pela Igreja Católica, Miranda começou sua militância política aos 15 anos de idade e por conta de sua condenação pelo regime militar viveu sete anos entre clandestinidade e prisão. A comissão vai ainda julgar os processos de Marcelo Pinto Carvalheira, arcebispo emérito da Igreja Católica da Paraíba; Alípio Cristiano de Freitas, ex-padre de nacionalidade portuguesa; Eliana Bellini Rolemberg, diretoraexecutiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço; Frederick Birten Morris, conhecido como Pastor Fred; Alanir Cardoso,

militante ligado à Ação Popular; Maria Emília Lisboa Pacheco, assessora da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional; Roberto Faria Mendes, ex-militante do Movimento de Educação de Base; Ruy Frasão Soares; Helena Soares Melo, Helder Soares e Peter John Mc Carthy; e Eli Meneses Rola. A 11ª Caravana da Anistia será aberta às 9h30 e estão previstas atividades como o Ato de Doação de Documentos, ação integrante do projeto do Memorial da Anistia Política no Brasil, a construção da Bandeira das Liberdades Democráticas (formada por retalhos) e a Sessão de Memória, especialmente produzida para a ocasião. A sessão de julgamento terá início às 10h30 e não tem horário para acabar. Ministros presentes – Segundo a assessoria do ministério, irão participar da solenidade o ministro interino da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto; os ministros das secretarias Especiais de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi; e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira, e o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, além de bispos da CNBB e representantes de outras entidades religiosas. (AE)


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Nacional Finanças Empresas Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Corinthians está em fase de captação de recursos para financiar seu primeiro filme.

PLÁSTICO INVADE INDÚSTRIAS

Fotos: Divulgação

PONTO QUENTE

F

oi-se o tempo em que concorrência entre agências se dava na base da civilidade: disputavam-se contas com peças e boas campanhas publicitárias, quando muito um leilão de preços. Agora, vale até grampo telefônico. Parece até que os arapongas, acuados em Brasília, ganharam desenvoltura em São Paulo. Grandes agências descobriram que estavam sendo grampeadas por concorrentes. É claro que com algumas pitadas de humor, decorrentes das conversas íntimas dos escutados. Um espetáculo lamentável.

120 ANOS DE BRAHMA

ANIVERSÁRIO olímpico

É

a agência Africa, do publicitário Nizan Guanaes, que assina a campanha com a qual a cerveja Brahma comemora seus 120 anos. O comercial, já em exibição, lembra a bela festa de abertura dos Jogos de Pequim 2008. A diferença é que, no estádio, o que se desenha é a garrafa de Brahma, da AmBev, com direito a fogos no final e aquela iluminação especial. A publicidade, como a vida, é resultado do nosso conjunto de experiências. A festa chinesa não deixa de ser uma boa referência.

NADA SERÁ COMO ANTES

N

ada será como antes, amanhã! A música com a qual a belíssima dupla Elis Regina e Milton Nascimento embalou a adolescência e juventude de muitos está mais atual do que nunca. Depois que o Catupiry saiu da embalagem de madeira e foi para a de plástico, caminho seguido pela famosa maionese Hellmanns, que abandonou o frasco de vidro também pelo plástico, agora chegou a vez do fermento em pó Royal trocar a embalagem tradicional pela de plástico. É curioso que o movimento ocorra justamente no momento em que a sociedade e seus agentes estão mais preocupados com o meio ambiente e em reduzir as embalagens plásticas. Na Europa, nos Estados Unidos e até no Brasil, supermercados começam a difundir as sacolas ecológicas (ecobags) em substituição às tradicionais sacolinhas plásticas, que depois das compras embalam o lixo da maioria dos lares. Se há um esforço no varejo, ainda que tímido, na indústria esse empenho parece ser nulo. Talvez porque o setor petroquímico, onde atuam gigantes como a Braskem, esteja oferecendo vantagens e belíssimos e atrativos descontos para essa migração de embalagens. O azeite Cocinero, por exemplo, lançou embalagem do produto extra-virgem (azeitonas prensadas a frio) em plástico transparente. É que o azeite Gallo, da Bunge, tem embalagem de vidro, pronta para ir para a mesa, como se fosse um galheteiro. Em ambos os casos, chefes de cozinha não recomendam essas embala-

gens, preferem as de lata, para evitar a exposição do produto à luz e para que este não perca consistência. A indústria rebate o argumento, considerado mais uma lenda urbana, já que o consumo dentro do prazo de validade evita esse indesejado efeito. O problema é que alguns produtos estão abrindo mão das suas memórias afetivas. Um dos casos mais notórios é o do Polvilho Anti-séptico Granado, que deixou de lado a embalagem de

O FERMENTO em pó Royal em versão antiga e repaginada. Agora, vem em plástico.

lata, o levou para uma embalagem mista, de lata (tampa e fundo) e papelão e agora acaba de migrar integralmente para o plástico. Há 85 anos, os consumidores, em especial a fatia feminina do bolo – em que pese a maioria dos grandes chefes de cozinha serem homens – aprenderam receitas fazendo uso do fermento em pó Royal em sua tradicional latiEnvie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

nha, que passou pelo mesmo processo do polvilho. Da lata para a embalagem mista de lata e papelão, depois a tampa em plástico e que, agora, chegará, a partir de outubro, integralmente em embalagem plástica nas mãos dos consumidores. Produtos de maior valor, como chás ingleses e até maioneses e mostarda Dijon (uma referência à cidade francesa onde esse ingrediente se desenvolveu) continuam a manter a tradição das embalagens de lata e vidro, claro, mais caras do que as plásticas, embora ecologicamente mais corretas. A Kraft Foods, dona do fermento em pó Royal, diz ter testado a nova embalagem com consumidoras, que a aprovaram. O layout é da Narita Design e a novidade ganhará campanha assinada pela agência JWT. É que a publicidade tem a missão, nesses casos, de dizer para o consumidor que ele está levando vantagem e que o produto – o mesmo oferecido há 85 anos – agora está mais moderno, mais prático e mais fácil de lidar. Tudo bem que abrir enlatados com abridores é tarefa chata e delicada, que pode provocar cortes, mas sempre foi assim, como diria um mantra católico, por séculos e séculos. Mas, agora, prevalece o nada será como antes, amanhã! E o consumidor vai perdendo referências do passado, embora mantenha fidelidade às marcas. A publicidade, assim, continua a exercer sua força, na realidade reforçando atributos com os quais os consumidores sempre se relacionaram. O tempo passa, e só a poupança Bamerindus não está mais numa boa. Nas gôndolas das ofertas bancárias, virou HSBC.

DESIGN arrojado marca o visual das novas Havaianas

MAIS BELEZA NOS PÉS

M

arcello Serpa, o criativo que comanda a AlmapBBDO, sempre surpreende o mercado com peças de grande beleza gráfica. A mais nova prova disso é a

campanha que a agência assina para o lançamento das novas estampas das Havaianas Slim, o modelo que tem as tiras mais finas da marca.

TESTE INTERATIVO

O

canal de TV por assinatura Cartoon Network preparou programação especial para o Dia da Criança, o DIA SUPERSECRETO. Para promover a iniciativa, o canal convocou a agência RappCollins Worldwide/Brasil, que desenvolveu um projeto DIA da Criança em gincana eletrônica de comunicação com ações offline e online, incentivando Superpoderosas, Ben 10 e As interação com a marca dos Terríveis Aventuras de Billy & patrocinadores Ri Happy, Candide Mandy. Quem passar pelos sete e O Boticário. jogos chegará até o Código Entre 26 de setembro e 11 de Supersecreto para que a novembro, uma senha secreta será Supercaixa-forte CN seja aberta revelada durante a programação no dia 12 de outubro. O que do Cartoon Network. As senhas existe dentro dela? É permitirão que as crianças acessem supersecreto! As senhas só os desafios online do hotsite poderão ser vistas com uma Lupa www.diasupersecreto.com.br, Cartoon, distribuída estrelados por personagens de gratuitamente nas lojas da Ri desenhos como As Meninas Happy de todo o Brasil. Divulgação

Clube diversifica suas ações de marketing e entra no mundo do cinema

Queda do Timão vira longa-metragem Vanessa Rosal

C

om uma comunidade formada por 30 milhões de torcedores, o Corinthians sai de campo para entrar nas telas do cinema. Ontem à tarde, no Parque São Jorge, o presidente da equipe, Andrés Sanchez, apresentou o projeto do filme Fiel, que terá como tema o rebaixamento do time em 2007 e o esperado retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. "A intenção é mostrar ao mundo o amor incondicional da nossa torcida." O clube pretende faturar um bom dinheiro com a exibição do longa, ainda em fase de produção. "Fiel é um produto ofi-

cial licenciado e terá uma percentagem da bilheteria revertida ao Corinthians, diz a diretora do filme, Andrea Pasquini, que também é corintiana. Segundo ela, o Alvinegro paulista não investirá no projeto. "Tudo está sendo captado por lei de incentivo e buscamos mais parceiros". Por enquanto, a Suzano Papel e Celulose é a única patrocinadora. A novidade é a interatividade entre filme e torcida. Os corintianos podem participar enviando depoimentos e vídeos n o s i t e o f i c i a l w w w. f i l m efiel.com.br – que podem acabar entrando no filme, que estréia em março de 2009 –, além de escolherem a capa do futuro DVD e do pôster do longa.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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Política FHC quer Serra

Você acha que eu seria candidato a prefeito? Eu já fui e perdi, não quero ser mais. Fernando Henrique Cardoso

Agora, é hora de pensar em vencer o PT. Temos de pensar que teremos um segundo turno e teremos de estar todos unidos. Isso é fundamental. Fernando Henrique Silvio Romero/AE

engajado na campanha em SP

Ex-presidente mandou um recado para Alckmin e Kassab: quer união no 2º turno

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ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o n t e m o e n g a j amento do governador José Serra na campanha municipal em São Paulo. Para isso, Serra se licenciaria do cargo. "Agora, é hora de pensar em vencer o PT", afirmou o ex-presidente, durante debate sobre "O Futuro do Pré-Sal", realizado no auditório do Grupo Estado. "É possível que Serra se licencie para entrar na campanha da Prefeitura. Não conversei com ele sobre isso ainda, provavelmente ele vai esperar o segundo turno", afirmou. O recado do ex-presidente, em tom de puxão de orelhas, foi feito depois que o tucano Geraldo Alckmin, em queda nas pesquisas de intenção de voto, passou a aumentar o tom dos ataques contra o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tenta a releição em São Paulo. Alckmin e Kassab dividem o segundo lugar nas sondagens, liderada por Marta. "Temos de pensar que teremos um segundo turno. E, no segundo turno, teremos de estar todos unidos. Isso é fundamental", disse FHC. O ex-presidente defendeu a

Fernando Henrique não defendeu a expulsão de tucanos kassabistas

Alckmin: apoio é importante já no primeiro turno Tucano concorda com FHC, mas diz que enfrentamento com Kassab é necessário

O

candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, reconheceu ontem a importância do apoio do governador do Estado, José Serra (PSDB) na corrida pela prefeitura paulistana. Ao comentar o conselho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que Serra se licencie do governo para fazer campanha no segundo turno, Alckmin reconheceu que o apoio seria relevante já no primeiro turno. "É uma decisão de foro íntimo do governador. Ele é quem pode avaliar a melhor maneira de participar, seja no primeiro ou no segundo turno", afirmou Alckmin, depois de almoçar com representantes da comunidade portuguesa na Casa de Portugal, no centro. Serra vem resistindo a entrar na campanha por Alckmin e, nos bastidores, vem atuando pela reeleição de Gilberto Kassab, do DEM. Questionado sobre o peso político de Serra em um eventual segundo turno contra o PT, Alckmin respondeu: "Claro que ajuda, e ajuda muito. Serra é fundador do partido e um companheiro nosso do PSDB." Alckmin voltou a tentar desqualificar Kassab, lembrando a ligação do adversário com o ex-prefeito Celso Pitta e com o ex-governador Orestes Quércia (PMDB). Diante da afirmação de Quércia, publicada nos jornais de hoje, de que Alckmin teria procurado seu apoio, o tucano retrucou: "Quércia é problema do Kassab. Não é problema meu."

Rodrigo Paiva/AE

Prefeito manteve a linha 'zen' e não respondeu aos ataques de Alckmin

chegar ao segundo turno. "O adversário é o PT mesmo. No segundo turno, vamos enfrentá-lo. Agora, no primeiro turno, todos estão concorrendo. Todo mundo quer chegar ao segundo turno." A confiança do candidato na vitória tem como combustível seu baixo índice de rejeição. Para Alckmin, a gestão Marta (2000-2004) deve contar pontos a favor dos tucanos. "A exprefeita até que se esforçou, mas não fez um bom governo e deixou muito a desejar." As últimas pesquisas de intenção de voto registraram um empate técnico entre Alckmin e Kassab. Desde então, a campanha do PSDB adotou estratégia de tentar desqualificar a gestão do prefeito, com ataques agressivos. (Agências)

O

'Deixem os adversários lá se matarem', provoca Marta (PT). "Ia ser de dez a zero", provocou, após fazer uma visita ao comércio de Brasilândia, na zona norte da capital paulista. Ela disse não estar preocupada com o aumento do tom de seus adversários na reta final da eleição. "Não estou me preparando. Não tem isso, a campanha é todo o dia." Resposta – Marta recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo direito de resposta contra Kass a b . O Tr i b u n a l Regional Eleitoral de São Paulo (TRESP) negou o pedido por não considerar ofensivo a Marta um jingle da campanha de Kassab no rádio. "Inveja, inveja, parece que não se lembra das taxas que ela criou, dos coqueiros que plan-

tou, que a cidade ela quebrou", diz a música. No recurso, a petista pede reconsideração da Justiça Eleitoral e a concessão de tempo de resposta durante a campanha do prefeito. (AE)

Danilo Vespa/Folha Imagem

A

candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, voltou a demonstrar tranqüilidade com relação a sua ida ao segundo turno. "Eu estou preparada para ganhar a eleição", disse, aproveitando para ironizar a disputa entre seus adversários Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM). "Deixem os adversários lá se matarem, faltarem ao respeito um com o outro, serem truculentos, desrespeitarem a população, que não está interessada nessa briga", afirmou. Marta também voltou a ironizar a possibilidade da participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no segundo turno. Para ela, "seria ótimo" se a disputa se tornasse um embate entre Fernando Henrique e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Marta: Lula ganharia de Serra 'de 10 a zero'

esse motivo, o ex-presidente disse que vai guardar "energia" para essa etapa, quando ele acredita que PSDB e DEM deverão se unir contra o maior adversário das duas legendas neste pleito, o PT. A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes não confirmou um eventual afastamento do governador paulista. "Não há nada previsto", disse a assessora de imprensa Maíra Gaban. Cadeira – Bem-humorado, Fernando Henrique recusou a provocação feita por um jornalista, se repeteria os mesmos ataques feitos por Alckmin se fosse ele o candidato do PSDB. "Você acha que eu seria candidato a prefeito? Eu já fui e perdi, não quero ser mais", disse FHC, derrotado pelo também ex-presidente Jânio Quadros no pleito de 1986, quando chegou a sentar na cadeira do então prefeito Mário Covas na véspera da eleição, que considerava ganha. Pré-sal – Sobre a possibilidade de alteração no marco regulatório do petróleo, Fernando Henrique respondeu: "As uvas estão verdes . Não está na hora de dizer qual vai ser o marco regulatório". (Agências)

Kassab diz que conselho é "sinalização permanente"

Alckmin nega pedido de apoio: "Quércia é problema do Kassab."

Depois, durante reunião com integrantes da Associação Paulista de Magistrados (Apasmagis), Alckmin negou que tenha procurado o apoio de Quércia. "Nunca procuramos, fomos procurados." Para o tucano, a maioria dos políticos do PMDB preferiria apoiálo, mas foi impedida pelo exgovernador. "O Quércia foi quem acabou optando pelo outro lado." Puxão de orelha – Questionado sobre o puxão de orelhas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para que lembrasse de que o adversário do PSDB é o PT nessas eleições, Alckmin pareceu encarar o conselho com naturalidade. Mas foi categórico ao afirmar que o enfrentamento contra o ex-aliado é necessário para

idéia de que o governador paulista entre na campanha da mesma forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem atuando: como cabo eleitoral dos candidatos da base aliada. Fernando Henrique disse ainda que a licença de Serra deve ocorrer não apenas na possibilidade de o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) ir para o segundo turno, mas também caso o atual prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab (DEM) dispute contra Marta Suplicy (PT). "O governo dele (Kassab) é uma continuidade do governo Serra", sustentou, num contraponto às pesadas críticas que estão sendo feitas pelo candidato de sua legenda. "Espero que (o vencedor) seja do meu partido, mas se não for, é a mesma coisa. Estaremos firmes", acrescentou O tucano disse ser contra eventuais punições aos tucanos que estão na campanha do prefeito Kassab. "É uma coisa delicada. Não sou uma pessoa a favor de medidas drásticas", comentou o ex-presidente. Na avaliação de FHC, ainda não está claro quem irá disputar o segundo turno contra a candidata Marta Suplicy. Por

prefeito Gilberto Kassab (DEM), de São Paulo, candidato à reeleição, disse ontem que o conselho dado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – de que agora é o momento de vencer o PT e parar de brigar, uma referência direta à disputa entre ele e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin – é sua "sinalização permanente". Kassab disse que não tinha tomado conhecimento do discurso de FHC, mas afirmou que o ex-presidente é uma referência de sua vida. "FHC é uma das minhas referências da vida pública. Mas se as suas palavras foram nesse sentido, tem sido essa a nossa conduta, a minha conduta. A prioridade é apresentar propostas, a prioridade é a cidade, tomar conhecimento das realizações para aqueles que ocuparam ou ocupam cargos na vida pública. E para que o eleitor possa, com isso, definir o seu voto. O presidente Fernando Henrique, com sua maturidade, a sua experiência, muito possivelmente deve ter sinalizado nessa direção, que é a nossa sinalização permanente", disse Kassab, depois de vistoriar o calçamento de ruas próximas à Estrada da Cumbica, próximo à represa Guarapiranga, na zona sul. Prosseguindo na linha 'zen' para fugir da pancadaria proposta por Geraldo Alckmin, Kassab não quis comentar as referências que seu adversário fez à "turma do Kassab", como denominou os vereadores do PSDB que apóiam a candidatura do prefeito em troca de supostos benefícios políticos. "Desde o início do (governo do) José Serra, a nossa relação com a Câmara é muito em cima de idéias, de projetos e tem sido assim e continuará sendo assim", desconversou.

Kassab também não quis responder de forma direta a pergunta sobre quem o governador José Serra estaria apoiando nesta campanha. "O importante é o eleitor conhecer as propostas dos candidatos. Esse é o grande debate que a cidade precisa e está pedindo." Litoral – Os paulistanos que viajarem para o Guarujá no próximo final de semana encontrarão algo familiar no cenário eleitoral: dezenas de bandeiras de Kassab espalhadas por pontos estratégicos, próximos ao circuito turístico de praias, restaurantes e ho-

téis. A idéia foi do diretório municipal do partido, para atingir o eleitorado da capital que freqüenta a cidade litorânea. "Acredito que tudo que vier a somar pode ajudar o Kassab a vencer, sim", afirma o presidente do diretório do DEM no Guarujá, Jesus Alves dos Reis. Iniciada há dois finais de semanas, Reis revela que a campanha de Kassab na praia tem despertado tanto a atenção de curiosos que o partido pretende expandi-la a outros municípios da Baixada Santista no segundo turno. (AE/AOG)

Filipe Araújo/AE

"FHC é uma das minhas referências da vida pública", disse Kassab


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Mediservice - Administradora de Planos de Saúde S.A.

“VARANDA FRUTAS E MERCEARIA LTDA. C.N.P.J. 62.498.365/0001-45, I. E. 112.607.253.116 DECLARA HAVER EXTRAVIADO OS FORMULÁRIOS CONTÍNUOS DE NÚMEROS 100217 E 100218”

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

C.N.P.J./M.F. nº 67.562.884/0001-49 - N.I.R.E. 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Companhia”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 03 de outubro de 2008, com início às 10h00min, na sede social da Companhia, situada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Edgard Theotônio Santana, nº 351, Parque Industrial, CEP 01140-030, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: alteração do objeto social da Companhia, e a conseqüente alteração da Cláusula 3ª do Estatuto Social da Companhia. Encontra-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia, cópia da proposta de nova redação da Cláusula 3ª do Estatuto Social da Companhia, referente à matéria a ser deliberada na Assembléia Geral Extraordinária ora convocada. São Paulo, 25 de setembro de 2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. C.N.P.J./M.F. nº 67.562.884/0001-49 - N.I.R.E. 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 03 de outubro de 2008, com início às 09h30min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgard Theotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) Apreciar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social findo em 31/12/2007; (ii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; (iii) Eleger novos membros para o Conselho de Administração; e (iv) Fixar o limite de valor da remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria para o exercício social de 2008. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Cia. cópias dos documentos referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Ordinária ora convocada. São Paulo, 25/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração

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CNPJ nº 56.993.900/0001-31 CONVOCAÇÃO Convocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, que deverá se realizar às 10 horas do dia 3 de outubro de 2008, na sede social, à Rua Engenheiro Francisco Pita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre (i) homologação do aumento do capital social aprovado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 16 de junho de 2008; (ii) cancelamento de ações em tesouraria; (iii) conversão das ações preferenciais em ordinárias; (iv) estorno da operação de capitalização aprovada na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2003, com a conseqüente reconstituição da reserva de reavaliação e seu reflexo no capital social; e (v) aprovar a nova redação do Estatuto Social. Os documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembléia Geral estão à disposição dos acionistas na sede da companhia. (25, 26, 29) São Paulo, 25 de setembro de 2008 - A Diretoria

ECONOMIA - 7

CNPJ no 57.746.455/0001-78 - NIRE 35.300.360.249 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 12.8.2008

Data, Hora e Local: Aos 12 dias do mês de agosto de 2008, às 15h, na sede social, Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 2 o andar, parte, Jardim São Luiz, São Paulo, SP, CEP 05805-000. Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença, os representantes da Bradesco Saúde S.A., única acionista da Sociedade. Mesa: Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Secretário: Marcio Serôa de Araujo Coriolano. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, com a seguinte ordem do dia: examinar proposta da Diretoria para alterar o Estatuto Social no Artigo 3 o, alterando o endereço da sede social de Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 2o andar, parte, Jardim São Luiz, São Paulo, SP, CEP 05805-000 para Avenida Ipiranga, 210, 11 o e 12 o andares, República, São Paulo, SP, CEP 01046-010. Deliberação: aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 11.8.2008, a seguir transcrita: “Vimos propor alterar o Estatuto Social no Artigo 3o, alterando o endereço da sede social de Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 2 o andar, parte, Jardim São Luiz, São Paulo, SP, CEP 05805-000 para Avenida Ipiranga, 210, 11o e 12 o andares, República, São Paulo, SP, CEP 01046-010. Se aprovada esta proposta, o Artigo 3 o do Estatuto Social passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3 o) A Sociedade tem sede na Avenida Ipiranga, 210, 11o e 12 o andares, República, São Paulo, SP, CEP 01046-010, e foro no mesmo Município.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Secretário: Marcio Serôa de Araujo Coriolano; Acionista: Bradesco Saúde S.A., representada por seus Diretores, senhores Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa e Marcos Suryan Neto. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Mediservice - Administradora de Planos de Saúde S.A. aa) Heráclito de Brito Gomes Júnior e Marcos Suryan Neto. Certidão Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob n o 287.421/08-9, em 3.9.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 073/2008-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 548/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 26 de setembro a 10 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 073/2008-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 548/2008-FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE POLPA DE FRUTAS, LEGUMES, ETC.., PARA ATENDER AS NECESSIDADES DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU E DO HOSPITAL MANOEL DE ABREU, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 13 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, C.E.P. 17.033-360. Botucatu, 25 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 074/2008-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 549/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 29 de setembro a 29 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 074/2008-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 549/2008-FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE FRASCO DESCARTÁVEL PARA DIETA ENTERAL, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE E UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 30 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, C.E.P. 17.033-360. Botucatu, 25 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor-Presidente FAMESP

Bradesco Capitalização S.A.

CNPJ no 33.010.851/0001-74 - NIRE 35.300.331.354 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Ata da 70 a Assembléia Geral Ordinária e 77a Assembléia Geral Extraordinária realizadas cumulativamente em 28.3.2008.

Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de março de 2008, às 8h30, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesco Seguros S.A., única acionista da Sociedade. Verificou-se também a presença dos senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior, Diretor, e Edison Arisa Pereira, representante da empresa Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes. Mesa : Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Marcos Suryan Neto. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei n o 6.404/76. Ordem do Dia: Assembléia Geral Ordinária - I. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007; II. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2007 e a distribuição de dividendos; III. eleger os membros da Diretoria da Sociedade; IV. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social; V. ratificar as seguintes designações: 1. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP n o 234, de 28.8.2003: a) do Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Capitalização; b) do Diretor responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) do Diretor responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei n o 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 2. de conformidade com o disposto na Resolução n o 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, o responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 3. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP n o 249, de 20.2.2004, do responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis; Assembléia Geral Extraordinária: examinar proposta da Diretoria para aumentar o capital social no valor de R$21.000.000,00, elevando-o de R$215.000.000,00 para R$236.000.000,00, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2006 - R$21.000.000,00, sem emissão de ações, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei n o 6.404/76, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6 o do Estatuto Social. Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2007, de conformidade com as publicações efetivadas em 28.2.2008, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 122 a 124 e 205 a 207, e “Diário do Comércio”, páginas 26 a 28; II. aprovada a proposta da Diretoria registrada na Reunião daquele Órgão, de 20.3.2008, para destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, conforme segue: “Tendo em vista que esta Sociedade obteve no exercício social encerrado em 31.12.2007 lucro líquido de R$252.013.826,54, propomos que seja destinado da seguinte forma: R$12.600.691,33 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2007”; e, adicionando-se a realização da Reserva de Reavaliação no valor de R$42.591,12, R$179.591.794,75 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2007; e R$59.863.931,58 para pagamento de Dividendos, os quais foram pagos em 22.2.2008, dos quais R$42.591,12 da conta “Lucros Acumulados”; III. para composição da Diretoria, foram reeleitos, com mandato de 1 (um) ano, até 28.3.2009, os senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSPSP, CPF 250.319.028/68; Diretor Geral de Capitalização: Norton Glabes Labes, brasileiro, casado, securitário, RG 3.594.614-3/SSP-SP, CPF 111.610.008/87; Diretores: Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa , brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20; Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, Registro n o 44.902/OAB, CPF 770.025.397/ 87; Marcos Suryan Neto , brasileiro, divorciado, securitário, RG 12.925.794-SSP/SP, CPF 014.196.728/51; Ricardo Alahmar , brasileiro, casado, economista, RG 7.706.734/SSP-SP, CPF 033.677.718/30; e Samuel Monteiro dos Santos Júnior , brasileiro, casado, securitário, RG 2.700.826-IFP/RJ, CPF 032.621.977/34, todos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925, sendo que permanecerão em suas funções até que os nomes dos Diretores que forem eleitos em 2009 recebam a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores reeleitos preenchem as condições previstas na Resolução no 136, de 7.11.2005, da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; IV. fixado: a) o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais), a ser distribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9 o do Estatuto Social; b) a verba de até R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), destinada a custear Planos de Previdência Complementar Aberta dos Administradores dentro do Plano de Previdência destinados aos Funcionários e Administradores da Organização Bradesco; V. ratificadas as seguintes designações: 1. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 234, de 28.8.2003, os senhores: a) Norton Glabes Labes, Diretor Geral de Capitalização, como Diretor de Relações com a SUSEP e responsável pela Área Técnica de Capitalização; b) Samuel Monteiro dos Santos Júnior, Diretor, como responsável administrativo-financeiro pela supervisão das atividades administrativas e econômico-financeiras, englobando o cumprimento de toda a legislação societária e aquela aplicável à consecução dos respectivos objetivos sociais; c) Ricardo Alahmar, Diretor, como responsável pela incumbência de desenvolver e implementar procedimentos de controle que viabilizem a fiel observância e o cumprimento do disposto na Lei n o 9.613, de 3.3.1998, que trata dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 2. de conformidade com o disposto na Resolução n o 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, o senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; 3. de conformidade com o disposto na Circular SUSEP no 249, de 20.2.2004, o senhor Marcos Suryan Neto, Diretor, como responsável pela implementação de controles internos das atividades da Sociedade, de seus sistemas de informações e do cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Assembléia Geral Extraordinária: aprovada sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 20.3.2008, a seguir transcrita: “Vimos propor o aumento do capital social no valor de R$21.000.000,00, elevando-o de R$215.000.000,00 para R$236.000.000,00, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2006 R$21.000.000,00, sem emissão de ações, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social, que passará a vigorar com a seguinte redação, após a homologação do processo pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP: “Art. 6 o) O Capital Social é de R$236.000.000,00 (duzentos e trinta e seis milhões de reais), dividido em 451.623 (quatrocentas e cinqüenta e uma mil, seiscentas e vinte e três) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem, inclusive pelo representante da empresa Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes. Assinaturas: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Marcos Suryan Neto; Administrador: Ivan Luiz Gontijo Júnior; Acionista: Bradesco Seguros S.A., representada por seus procuradores, senhores Carlos Laurindo Barbosa e Johan Albino Ribeiro; Auditor: Edison Arisa Pereira. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Bradesco Capitalização S.A. aa) Norton Glabes Labes e Ricardo Alahmar. Certidão - Secretaria da Fazenda Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob n o 308.583/08-5, em 16.9.2008. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1867/08/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar - EE Mto. Callia - Rua Job Vaz do Amaral, 139 - Jardim Lallo - São Paulo/SP - 210 - 60,05 - R$ 61.912,00 R$ 6.191,00 - 11:00 - 14/10/2008. 05/1933/08/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Ricardo Antonio Pecchio - Est. do Pequia, 30 - Vila N. Silviania - Carapicuíba/SP - 120 - R$ 32.686,00 - R$ 3.268,00 - 11:30 - 14/10/2008. 05/1978/08/02 - Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar (Restauro) - EE Lourenço Franco de Oliveira - Rua Tiradentes, 173 - Centro - Serra Negra/ SP - Adequação = 210; Adequação/Reforma = 180 - 7,18 - R$ 73.527,00 - R$ 7.352,00 - 14:00 - 14/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 26/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 13/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

INSOLO AGROINDUSTRIAL S.A. CNPJ nº 08.956.819/0001-39

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Relatório da Administração Senhores Acionistas: De acordo com as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais demonstrações financeiras referente ao exercício findo em 30 de junho 2008. Permanecemos a inteira disposição dos senhores acionistas para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. São Paulo, 25 de Setembro de 2008 A Diretoria Balanços Patrimoniais em 30 de Junho (Em MR$) Demonstração do Resultado (Em MR$) Consolidado Controladora Controladora Consolidado Consolidado Controladora 2008 2008 Ativo 2008 2007 2008 2007 Receitas de vendas e de serviços ............................. 2008 2007 2008 2007 Passivo 4.728 8.701 4.338 26.722 - Prestação de serviços................................................... Circulante................................................ 110.058 957 88.730 - Circulante................................................ 3.308 1.903 76 - Vendas de mercadorias ................................................ Disponibilidades...................................... 544 2 23 - Fornecedores.......................................... 1.420 Aplicações financeiras ............................ 88.852 88.666 - Financiamentos....................................... 3.560 3.688 - Deduções de vendas ................................................... (387) Contas a receber de clientes .................. 292 - Obrigações trabalhistas .......................... 567 132 - (-) Devoluções de vendas ............................................. (10) 1.189 - (-) Impostos incidentes sobre vendas e serviços.......... Estoques ................................................. 18.176 955 - Adiantamentos de clientes...................... (377) 223 19 - Receitas de vendas e serviços liquidas..................... Despesas antecipadas............................ 539 - Tributos e contribuições a recolher ......... 4.341 881 - (-) Custo dos serv. prest. e dos prod. vendidos ........ Impostos a compensar............................ 1.632 41 - Receitas a apropriar................................ (3.130) 341 442 26.703 - Lucro bruto ................................................................... Demais contas ........................................ 23 - Partes relacionadas ................................ 1.211 Não circulante......................................... 226.881 36.543 256.660 22.609 Outras obrigações................................... 37 - (-) Despesas operacionais .......................................... (20.147) (19.084) Realizável a longo prazo ..................... 6 - Não circulante Vendas .......................................................................... (9) - Administrativas e despesas gerais ............................... Depósitos trabalhistas ........................... 6 - Exigível a longo prazo ......................... 179.445 10.554 169.688 (17.136) (16.007) 9.757 10.554 - Despesas financeiras.................................................... Ativo permanente ................................... 226.875 36.543 256.660 22.609 Financiamentos....................................... (2.547) Investimentos Credores por aquisição de terras............ 169.688 - 169.688 - Receitas financeiras...................................................... 556 (61) Invest. em controladas e controladas ind. 65.341 22.609 Participação dos minoritários............... (187) (2) - Equivalência patrimonial ............................................... (2.461) Imobilizado ............................................ 217.785 27.137 191.319 - Patrimônio líquido ................................ 148.980 22.610 148.980 22.610 Depreciação e amortização .......................................... (63) Diferido .................................................. 9.090 9.406 - Capital subscrito ..................................... 52.105 22.611 52.106 22.610 Outros ........................................................................... (948) (555) 336.939 37.500 345.390 22.609 Capital a integralizar ............................... (1) (1) (=) Resultado operacional ........................................... (18.936) (19.084) 52.105 22.610 52.106 22.609 Resultado não operacional.......................................... 16 Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidado Controladora Capital integralizado ............................... - 115.958 - Result. antes do I.R. e contribuição social ................ (18.920) (19.084) - Método Indireto (Em MR$) 2008 2007 2008 2007 Reserva de capital .................................. 115.958 Prejuízo acumulado ................................ (19.083) - (19.084) - (-) Contribuição social sobre o lucro liquido.................. (101) Fluxos de caixa das atividades operacionais 336.939 37.500 345.390 22.609 (-) Imposto de renda ..................................................... (251) Prejuízo do exercício ..................................... (19.084) - (19.084) (352) Demonstração das Mutações Res. cap. Aj. p/ conciliar o resultado às disponibilidades Prej. do exerc. antes da partic. dos minoritários ...... (19.272) (19.084) do Patrimônio Líquido (Em MR$) Ágio na geradas pelas atividades operacionais: Participação dos minoritários..................................... 188 Capital subsc. Prejuízo Depreciação e amortização ............................. 2.465 (19.084) (19.084) Controladora social de ações acum. Total Prejuízo líquido do exercício....................................... Juros provisionados ......................................... 1.338 Prej. líq. do exerc. p/ações do cap. soc. final - R$ .... 0,05 Equivalência patrimonial .................................. 2.461 - Constituição da Companhia em 14/06/07 Dem. das Origens e Aplicações Consolidado Controladora (15.281) - (16.623) - Subscrição inicial de 1.000 ações................ de Recursos (Em MR$) 2008 2007 2008 2007 1 1 Variações nos ativos e passivos Origens de recursos...................... 314.161 33.162 315.143 22.610 Capital a integralizar .................................... (1) (1) De acionistas Aumento em contas a receber......................... (292) - Aumento de capital ........................ 145.455 22.608 145.455 22.610 Aumento nos estoques .................................... (17.221) (955) - Integralização de capital em dinheiro .......... De terceiros Aumento demais ativos.................................... (2.200) (41) - Aum. de cap. c/quotas do capital social da Aum. do exigível a longo prazo...... 168.892 10.554 169.688 Aumento em fornecedores............................... 1.827 76 SM & HC Consult. Agríc. Ltda. em 29/06/07 238 238 Red. da partic. dos minoritários ..... (186) (Redução) aumento nas partes relacionadas .. (101) 442 26.703 Aplicação de recursos .................. 209.423 36.543 253.135 22.610 Aum. nos credores por aquisição de terras ..... 169.689 - 169.689 - Aum. de cap. c/quotas do capital social da Nas operações sociais Aum. demais contas do passivo ...................... 2.565 130 19 - Vista Verde Agroind. Ltda. em 30/06/07....... 22.372 - 22.372 Prejuízo líquido do exercício.......... 19.084 19.084 Disponib. líq. geradas (aplicadas nas) Saldos em 30/06/2007.................................. 22.610 - 22.610 Despesas que não afetam pelas atividades operacionais..................... 138.986 (307) 179.747 o capital circulante líquido Aum. de cap. em dinheiro através da integr. Fluxos de caixa das ativ. de investimentos Amortização e depreciação ........... (2.464) Compras de imobilizado .................................. (191.914) (27.137) (191.319) - da sócia IPA Invest. e Particip. Agricolas Ltda. Equivalência patrimonial ................ (2.461) De terceiros Gastos diferidos ............................................... (883) (9.406) em 28/03/2008 - 358.000.000 ações.......... 29.496 - 29.496 Aum. do realiz. a longo prazo ........ 6 Aquisição de quotas......................................... - (45.193) (22.610) No ativo permanente Disponib. líq. aplicadas nas ativ. de invest. (53.811) (36.850) (56.765) (22.610) Aum. de cap. em dinheiro através da integr. Investimentos................................. 45.193 Fluxos de caixa das ativ. de financiamentos da sócia IPA Invest. e Particip. Agricolas Ltda. Imobilizado..................................... 192.797 36.543 191.319 22.610 Integralização de capital .................................. 145.455 22.610 145.454 22.610 em 20/05/08 - 1 ação.................................. 12.344 - 12.344 Aum. (red.) do cap. circulante...... 104.739 (3.381) 62.009 Empréstimos tomados ..................................... 3.171 14.242 Variação do capital circulante...... 104.738 (3.381) 62.009 Pagamentos de empréstimos .......................... (5.421) - Aum. de cap. em dinheiro através da integr. Ativo circulante ........................... 109.101 957 88.730 Disponib. líq. geradas pelas ativ. de financ. 89.394 2 88.689 - da sócia IPA Invest. e Particip. Agricolas Ltda. No final do exercício ...................... 110.058 957 88.730 Demonstração do aum. nas disponibilidades 957 em 20/06/08 - 1 ação.................................. - 103.614 - 103.615 No início do exercício..................... No início do exercício....................................... 2 Passivo circulante ...................... 4.363 4.338 26.722 - (19.084) (19.084) No fim do exercício .......................................... 89.396 2 88.689 - Prejuízo do exercício..................................... No final do exercício ...................... 8.701 4.338 26.722 4.338 Aumento nas disponibilidades..................... 89.394 2 88.689 - Saldos em 30/06/2008.................................. 52.106 115.958 (19.084) 148.980 No início do exercício..................... Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Exercício Findo em 30 de Junho de 2008 e Período de 14 de Junho (data da constituição) a 30 de Junho de 2007 (Em MR$) 1. Contexto operacional: A Companhia foi constituída em 14/06/07 .Conforme Esta- valor residual do ativo imobilizado, estoques e valorização de instrumentos financeiros. As parcelas classificadas no Passivo Não Circulante têm o seguinte cronograma de tuto, o objeto social consiste em: (a) a exploração da atividade agrícola em geral, a A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores pagamento: criação de rebanhos de diversas espécies; (c) a indústria, a produção, o comércio, a diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determi- Ano de vencimento Consolidado importação, a exportação e o armazenamento de produtos alimentícios, de produtos nação. c. Ativo circulante: • Aplicações financeiras: As aplicações financeiras estão 2009....................................................................................................... 781 e insumos agrícolas, sementes, mudas e rações, de produtos da fruticultura e rela- avaliadas ao custo, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do encerramento 1.659 cionados à pecuária, inclusive derivados do leite, de equipamentos e bens ligados à do exercício social. • Contas a receber de clientes: As contas a receber de clientes 2010....................................................................................................... 1.561 agricultura e sua representação, a elaboração e execução de projetos e exploração de por venda de produtos são registradas pelo valor do faturamento incluindo os respec- 2011....................................................................................................... 5.757 atividades agrícolas, rurais, de fruticultura, florestamento e reflorestamento, a presta- tivos impostos. As contas a receber de clientes por prestação de serviços, também 2012 até 2016........................................................................................ ção de serviços inerentes à essas atividades inclusive de gerenciamento agrícola, a são registradas pelo valor do faturamento, liquido dos impostos retidos na fonte. 9.758 participação em outras sociedades, a administração de bens próprios e de terceiros • Estoques: O custo dos estoques das culturas em formação inclui gastos incorridos 11. Credores por aquisição de terras relacionados, a exploração de atividades relacionadas à produção e distribuição de na aquisição de adubos, insumos, sementes, transporte, mão de obra, depreciação Custo de Saldo a pagar bio-energia; e a exploração de atividades ligadas à logística, ao armazenamento e à dos bens do ativo e amortizações dos gastos com o preparo de solo. Os estoques Controladas/ Área em aquisição Pagamento em 30/06/08 circulação de bens e produtos relacionados direta ou indiretamente aos objetivos da de grãos são demonstrados pelos custos de formação que são inferiores ao valor Hectares em MR$ em MR$ em MR$ Companhia. O exercício social se inicia em 1º de julho e se encerra em 30 de junho de mercado. • Demais ativos circulantes: São apresentados pelo valor líquido de Fazendas - Estado 38.887 2.000 36.887 de cada ano. 2. Apresentação das demonstrações financeiras: As demonstrações realização. • Investimentos: Os investimentos em empresas controladas e controla- Galiléia - PI............................... 14.956 22.746 5.000 17.746 contábeis individuais e consolidadas da Companhia foram elaboradas com base nas das indiretas estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial. • Imobilizado: Japurá/Kajupar- PI.................... 15.601 práticas contábeis adotadas no Brasil. Pelo fato de a Companhia ter sido constituída Registrado ao custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear a Japurá - Piauí ........................... 8.001 27.000 27.000 em 14/06/07 e iniciado sua operação a partir do segundo semestre de 2007, a demons- taxas que levam em consideração o tempo de vida útil econômica estimado dos bens. Nazaré/Magistral - PI................ 4.999 9.998 9.998 tração do resultado está sendo apresentada apenas com as operações do exercício • Diferido: Refere-se aos gastos incorridos com preparo do solo (fase inicial), dedu- Nazaré - PI ............................... 1.219 8.251 8.251 findo em 30/06/08. A Demonstração dos Fluxos de Caixa foi preparada de acordo com zido da amortização, a qual é calculada pelo método linear às taxas que levam em Nazaré/Serra das Guaribas - PI 4.255 3.919 3.919 a NPC 20, emitida pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. consideração o tempo esperado de recuperação dos ativos. d. Passivos circulan5.278 14.268 629 13.639 Em 28/12/07 foi promulgada a Lei n˚ 11.638, com vigência a partir de 1º/01/08. O tes e não circulantes: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, Serra Grande - PI ..................... 8.529 1.626 6.903 objetivo da nova lei foi o de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias Serra Grande/S. do Atoleiro - PI 1.350 5.823 17.527 8.456 9.071 o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas e/ou cambiais incorridas até a data dos balanços. e. Provisões: Uma provisão é reco- Tangará - PI.............................. constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir que novas nhecida no balanço quando a companhia possui uma obrigação legal ou constituída Maringá - PI.............................. 12.560 40.193 40.193 normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobili- como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja 74.042 191.318 21.630 169.688 ários - CVM com base nas normas internacionais de contabilidade. 3. Demonstrações requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as 12. Capital social: a. Capital social: Em 30/06/08 o capital social subscrito e integrafinanceiras consolidadas: As demonstrações financeiras consolidadas incluem as melhores estimativas na data do balanço. f. Imposto de renda e contribuição social: lizado está assim distribuído: demonstrações da Insolo Agroindustrial S.A. e suas empresas controladas e controla- O imposto de renda e a contribuição social são calculados pelo método de apuração 2008 2007 das indiretas, a seguir relacionadas: Participação direta - % do lucro real. A alíquota do imposto de renda é de 15% acrescida do adicional de Quant. % de Quant. % de 30/06/2008 30/06/2007 10% sobre a receita de serviços tributável e 9% para a contribuição social, também de ações particip. de ações particip. Galiléia Agroindustrial Ltda...................................... 99,99 - sobre as receitas de serviços tributáveis, exceto para a controlada indireta IGA Servi- Acionistas IGA Serviços Agrícolas Ltda. (*) .............................. 10,44 99,99 ços Agrícolas Ltda. que optou pelo método do lucro presumido em 2008 (percentual de IPA Investimentos e Insolo Gerenciamento de Propriedades Ltda. (*) .... 10,40 - presunção do faturamento acrescido das demais receitas tributáveis) o qual é aplicado Particip. Agrícolas Ltda. ..... 358.000.002 94,06 Jatobá Agroindustrial Ltda....................................... 99,99 - o percentual de 32% sobre a receita operacional acrescido das receitas financeiras. Inova Investimentos Ltda..... 18.652.500 4,90 32.490 64,98 Japurá Agroindustrial Ltda....................................... 99,99 - 5. Aplicações financeiras: As aplicações financeiras são consideradas pela CompaNazaré Agroindustrial Ltda. ..................................... 99,99 - nhia como títulos que poderão ser disponíveis para venda e estão representados em HC & SM Consultoria Agrícola S.A. ...................... 3.956.500 1,04 17.500 35,00 Serra Grande Agroindustrial Ltda............................ 99,99 - 30/06/08 Debentures e Fundos de investimentos. 10 0,02 Vista Verde Agroindustrial Ltda. .............................. 99,99 99,99 6. Estoques (consolidado): 30/06/08 30/06/07 Ivoncy B. Ioschpe ................ As políticas contábeis são uniformes entre as empresas consolidadas e para fins de Culturas em formação........................................... 13.704 955 Total..................................... 380.609.002 100,00 50.000 100,00 consolidação foi efetuadas a eliminação das participações no capital das empresas Milho em fase de colheita........................................ 2.880 - b. Direito das ações: Cada ação ordinária dará direito a um voto nas deliberações controladas e coligadas, eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre Adubos e fertilizantes .............................................. 5.704 251 das assembléias gerais. Destinação do lucro líquido: O lucro líquido apurado as empresas e destaque do valor da participação dos acionistas minoritários nas Defensivos............................................................... 395 530 nas demonstrações financeiras terá as seguintes destinações: a. Do resultado demonstrações financeiras. 4. Resumo das principais práticas contábeis: a. Apu- Insumos................................................................... 987 20 ração do resultado: O resultado é apurado em conformidade com o regime contábil Adiantamentos a fornecedores................................ 3.425 125 apurado no exercício, após a dedução dos prejuízos acumulados, se houver 5% de competência de exercício. Em 30/06/07, a controladora e as controladas estavam Outros...................................................................... 313 29 serão aplicados na constituição da reserva legal, a qual não excederá o importe de em fase pré-operacional. b. Estimativas contábeis: A elaboração de demonstrações Estoques em Grãos .............................................. 4.472 - 20% do capital social. Do saldo, ajustado na forma do art. 202 da Lei nº 6.404/76, financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Soja ......................................................................... 4.415 - se existente, 25% serão atribuídos ao pagamento do dividendo mínimo obrigatório; Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Milho........................................................................ 57 - b. Atribuir-se-á à Reserva para Investimentos, que não excederá a 80% do Capital Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o 18.176 955 Social subscrito, importância não inferior a 5% e não superior a 75% do lucro 7. Investimentos em controladas Patrimônio líquido Saldo dos Saldo dos líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76, com a e controladas indiretas das investidas Investimentos Equivalência Investimentos finalidade de financiar a expansão das atividades da Companhia e/ou de suas 30/06/07 30/06/08 % 30/06/07 Adições patrimonial 30/06/08 empresas controladas e coligadas, inclusive através da subscrição de aumentos de Controladas Galiléia Agroindustrial Ltda...................................... (12) 99,99 2.000 2.000 capital, ou a criação de novos empreendimentos; 13. Instrumentos financeiros: IGA Serviços Agrícolas Ltda. (*) .............................. 238 99,99 238 (238) - Os saldos contábeis e os valores de mercado dos instrumentos financeiros inclusos Jatobá Agroindustrial Ltda....................................... 99,99 3.800 3.800 no balanço patrimonial estão identificados a seguir: Japurá Agroindustrial Ltda....................................... (2) 99,99 27.000 27.000 2008 2007 Nazaré Agroindustrial Ltda. ..................................... 99,99 11.760 11.760 Valor Valor de Valor Valor de Serra Grande Agroindustrial Ltda............................ 99,99 633 633 contábil mercado contábil mercado Vista Verde Agroindustrial Ltda. .............................. 22.371 20.153 99,99 22.371 (2.223) 20.148 88.666 88.666 22.609 45.192 (2.461) 65.341 Aplicações financeiras......... Financiamentos ................... 13.317 N/D 14.241 N/D Controladas indiretas IGA Serviços Agrícolas Ltda.................................... (170) 10,44 - N/D - Não disponível (-) Provisão - patrimônio liquido negativo................ - • As aplicações financeiras estão demonstradas pelo seu valor mercado em Insolo Gerenciamento de Propriedades Ltda.......... (8) 10,40 - 30/06/08. • Financiamentos - não foi determinado o valor de mercado pois, Total......................................................................... 22.609 45.192 (2.461) 65.341 eventuais antecipações de pagamentos (pré-pagamentos) só podem ser feitos As partes relacionadas refere-se a obrigações para integralização de capital das empresas controladas, bem como em operações de empréstimos através de credito em conta mediante aprovação do credor, pelo saldo devedor atualizado, acrescido de taxa corrente. As operações financiadas pelos acionistas fundadores até 28 de março de 2008 estão com valores atualizados pela variação do IGPM, acrescido de juros de 1% ao mês. especificada no contrato. • A Companhia possui compromissos para venda e entrega 8. Imobilizado (Consolidado) Taxa de Custo 9. Diferido (Consolidado) Custo de 166.666 sacas de soja para o período de junho a agosto de 2008. Em 30/06/08 Imobilizado agrícola deprec. % a.a. 2008 2007 2008 2007 esses compromissos representam cerca de US$ 2.870.000. A Companhia possui Terras............................................ 210.011 18.692 Preparo do solo ................................................ 10.289 9.406 compromissos para venda e entrega de 72.500 sacas de soja para o período de Armazéns e edificações ............... 4,0 2.292 2.214 Amortização acumulada (12,5% a.a.) .............. (1.199) abril a julho de 2008. Em 30/06/08 esses compromissos representam cerca de US$ Silos.............................................. 10,0 563 563 9.090 9.406 Tratores e motores estacionários . 20,0 1.249 1.167 10. Financiamentos (Consolidado) 2008 2007 2.570.000. 14. Cobertura de seguros: A Companhia e suas controladas adotam Colheitadeiras e plataformas........ 20,0 2.016 2.016 a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por Moeda nacional: Plantadeiras e semeadeiras......... 20,0 675 675 FINAME............................................................ 142 417 montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a Pulverizadores.............................. 20,0 367 344 13.124 13.585 natureza de sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, Veículos e caminhões................... 20,0 493 447 Investimento e custeio de safra........................ 52 240 não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações financeiras, Outros........................................... 573 604 Demais financiamentos .................................... 13.318 14.242 consequentemente não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. Depreciação acumulada............... (1.147) Em 30/06/08, a cobertura de seguros contra riscos operacionais era composta por 217.092 26.722 Parcela a amortizar a curto prazo (3.560) (3.688) R$ 2.955.704 mil para danos materiais relacionados com tratores, colheitadeiras, Imobilizado não agrícola............ 693 415 classificada no passivo circulante 217.785 27.137 Passivo não circulante...................................... 9.758 10.554 plantadeiras e semeadeiras, veículos e caminhões. Diretoria Salomão Ioschpe Diretor-Presidente

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FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 25 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Neka Comércio de Carnes Ltda. Requerida: Patrícia da Rocha Meireles VarejãoME - Avenida Alcântara Machado nº 400 - 2ª Vara de Falências


Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Marcello Casal Jr/ABr

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TROPAS NAS RUAS NÃO ASSUSTAM, DIZ JOBIM

No Pará, tropas em 82 cidades

É lamentável que o direito de votar não é livre no Estado do Pará. Cezar Britto

Severino Silva/AE - 21.09.08

E o apoio das forças federais pode se estender a 100 municípios, diz o TRE

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ma operação de guerra silenciosa está sendo montada para garantir a segurança das eleições no Pará. Nada menos que 82 dos 143 municípios do Estado receberão tropas federais para assegurar a normalidade da votação, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendendo solicitação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Esse total equivale a 57,34% de todos os municípios do Pará e o número poderá aumentar mais ainda. Existem outros 16 pedidos de envio de tropas federais já aprovados pelo TRE paraense que entrarão na pauta de votações do TSE nos próximos dias, além de outras duas solicitações que precisam ser analisadas pelo próprio tribunal do Pará. Se todas forem aprovadas, o Pará terá 100 cidades recebendo o apoio de forças federais no dia 5 de outubro, representando uma cobertura de 69,93%. A situação inusitada é justificada pelo risco de violência no Estado, marcado nos últimos anos pelo aumento da criminalidade urbana e pelos conflitos fundiários e extrativistas. Tanto que as tropas foram requisitadas para atuar não apenas em pequenas localidades do interior, mas até mesmo em grandes centros urbanos, como na capital, Belém,

e em outras importantes cidades como Ananindeua e Marabá, por exemplo. Alguns casos rumorosos de violência tem demonstrado a gravidade da situação no Pará. Marcada pelo assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em 2005, Anapu terá tropas federais. O mesmo se dará na cidade de Abaetetuba, onde, em novembro de 2007, uma menor de idade ficou presa durante um mês numa cela ocupada por vinte homens, por decisão de policiais locais. Eldorado dos Carajás – Palco de uma tragédia com dez mortos, provocada em abril de 1996 pelo confronto entre a Polícia Militar e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Eldorado dos Carajás também terá a segurança de suas eleições reforçada pelas forças federais. O número de cidades que re-

ceberão tropas impressiona autoridades, como o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, que lamentam que a situação tenha chegado a tal ponto. 'Capitanias hereditárias' – "É lamentável constatar, ainda hoje, cinco séculos depois do descobrimento do Brasil, que o direito democrático de votar não é livre no Estado do Pará. A requisição de tropas federais para garantir a eleição em cerca de 60% das cidades daquele Estado demonstra, infelizmente, que ainda existem capitanias hereditárias em inúmeros municípios brasileiros", diz Britto. "O reconhecimento da insegurança democrática no Pará é um grave sinal de alerta de que o Estado está ausente na garantia do mais fundamental direito inerente à cidadania, que é o sagrado e soberano direito de votar livremente", acrescenta. "É uma necessidade a presença dessas tropas", afirma o deputado federal Giovanni Queirós (PDT-PA). "Hoje, o povo se sente numa insegurança absoluta. O Estado deixa muito a desejar na questão de segurança pública. É geral esse clima de tensão permanente, com muitos assaltos nas rodovias, nas pontes", afirma. Embora não seja o principal motivador da convocação de

Candidatos do agronegócio enfrentam seca de votos Bancada ruralista vive período de estiagem. Falta o apoio popular.

P

esquisas de intenção de voto e avaliações de especialistas políticos indicam que boa parte do eleitorado não votará em deputados ruralistas federais que estão concorrendo a cargos eletivos nas eleições municipais deste ano. Até o momento, também não é boa a aceitação de candidatos aos cargos de prefeito e vereador apoiados por deputados e senadores que, em Brasília, defendem os interesses do agronegócio. Analistas não afastam, no entanto, a possibilidade de mudanças nesse quadro até o dia 5 de outubro, data do primeiro turno das eleições municipais. São possíveis mudanças em municípios de Mato Grosso, onde o governador, Blairo Maggi (PR), importante liderança no Estado, deve intensificar a participação nas campanhas do partido. Pelo menos dois nomes da bancada ruralista no Congresso estão diretamente envolvidos em campanhas. O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), é candidato a prefeito de Porto Alegre (RS). O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) concorre ao cargo de vice-prefeito do município catarinense de Chapecó. Colatto preside a Frente Parlamentar da Agropecuária, um bloco suprapartidário que defende os interesses dos produtores rurais no Congresso. Especialistas avaliam que são pequenas as chances de vitória de Lorenzoni e Colatto no primeiro turno, ou, mesmo, de passarem para o segundo turno, que será realizado no dia 26 de outubro. O professor André Marenco, da unidade de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do

Marcos Fernandes/LUZ

As pessoas daqui acreditam que a oposição foi injusta com o governo durante a votação que acabou com a CPMF. José Manuel Miranda, professor da UFTO Sul (UFRGS), classifica como "modestos" os índices de intenção de voto em Lorenzoni. Segundo Marenco, esse quadro já estava previsto. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 73/2008, revela que o atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, do PMDB, tem 33% das intenções de voto e Lorenzoni tem 5%. No levantamento, o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara está atrás das candidatas Maria do Rosário, do PT, que tem 18% das intenções de votos, e de Manuela d'Ávila, do PC do B, também com 18%. Mato Grosso – O coordenador do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Afrâ-

nio Motta Filho, observa que o governador Blairo Maggi e o deputado federal licenciado Homero Pereira (PR) são lideranças políticas no Estado, especialmente no meio rural, mas os candidatos apoiados por eles não têm apresentado bom desempenho. No município de Rondonópolis (MT ), importante pólo agrícola da Região CentroOeste, o prefeito Adilton Sachetti (PR), candidato à reeleição, está na segunda posição na campanha, atrás de Zé Carlos do Pátio, do PMDB. " Um pedido do deputado Homero costuma ser uma ordem, mas não é o que está se vendo deste ano", disse o professor. Por isso, Motta Filho conta que o governador Maggi já acionou uma "brigada formada pelo alto escalão do governo" para ajudar os candidatos do PR. Imagem destruída - Em Tocantins, a participação da senadora Kátia Abreu (DEM), uma das lideranças da bancada ruralista no Congresso, nas campanhas municipais tem sido reduzida, relata o filósofo José Manuel Miranda, professor da cadeira de Política da Universidade Federal do Tocantins (UFTO). Ele explica que a senadora, licenciada do cargo, tem outros objetivos: "Ela está organizando sua candidatura à presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)." A presença da senadora nos palanques do DEM, segundo ele, poderia até prejudicar o desempenho dos candidatos. "As pessoas daqui acreditam que a oposição foi injusta com o governo durante a votação que acabou com a CPMF". O relatório de Kátia Abreu era favorável à extinção da contribuição. (AE)

Wilson Dias/ABr

tantas tropas, já houve casos de violência envolvendo candidatos locais, como os assassinatos de um candidato a prefeito em Rio Maria e de um candidato a vereador em Uruará. Outro vereador em Tomé-Açú foi baleado, aparentemente numa tentativa de assalto, e o trio elétrico de um candidato a prefeito de Capitão Poço foi atacado e incendiado. Além do Pará, o vizinho Amazonas já recebeu a aprovação do envio de tropas para 32 de suas cidades. Mas, dependendo da avaliação do TSE, o Piauí poderá se tornar o segundo Estado com maior presença de forças federais nas eleições. Na pauta de julgamento do TSE existem nada menos do que 76 pedidos de envio de tropas. Se todas forem aceitas, o Piauí terá 34% de suas cidades apoiadas pelas forças no dia da eleição. 'Não afugentam' – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afastou ontem a hipótese de

Presença de soldados no Rio (acima) não assusta, diz Jobim: 'A decisão do candidato é para buscar rendimentos eleitorais'.

que a presença das Forças Armadas esteja afugentando candidatos em algumas comunidades do Rio de Janeiro. Ele fez essa afirmação durante a solenidade comemorativa do Dia Marítimo Mundial. Para ele, essa justificativa é "puro jogo político". "A decisão do candidato de não entrar na comunidade é uma decisão política para buscar rendimentos eleitorais", respondeu ele aos jornalistas, que estavam no evento. Ele disse que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio está satisfeito com o de-

sempenho do Exército na ocupação de favelas da cidade e alguns municípios do interior na garantia da tranqüilidade no período eleitoral. Desde o dia 11 de setembro, as Forças Armadas vêm realizando ocupações em algumas favelas do Rio, com o objetivo de combater crimes eleitorais por parte de milícias e traficantes de drogas. A operação, denominada Guanabara, destacou até agora cerca de dez mil homens, que já estiveram em 13 da 27 comunidades existentes na cidade. (AE/ABr)

Lula participa de comícios em SP neste final de semana Marta fica fora da agenda. Agora será a vez dos candidatos do interior.

N

o último final de semana antes do primeiro turno dessas eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um agenda cheia no Estado de São Paulo. Lula não fará mais um comício em São Paulo para ajudar a candidata do PT, Marta Suplicy, mas irá a quatro cidades do interior para alavancar os candidatos petistas na disputa. No sábado, Lula fará comícios em São José dos Campos, Guarulhos e Osasco e, no domingo, ele irá a São Bernardo do Campo. Existe ainda a possibilidade, não confirmada, de o presidente também participar de comício em Suzano. Em São José dos Campos, Lula participará de evento de campanha ao lado do candidato a prefeito da cidade pelo PT, Carlinhos Almeida. Em seguida, ele irá para Guarulhos, onde dará apoio a Sebastião Almeida. Em Osasco, o presidente fará comício com o prefeito Emídio de Souza, que concorre à reeleição. No dia seguinte, em São Bernardo, Lula vai participar de outro comício ao lado de Luiz Marinho, que foi ministro do Trabalho de seu governo. No último sábado, Lula participou de eventos de campanha de Marta Suplicy em São Paulo e de Oswaldo Dias, em Mauá. No dia 30 de agosto, ele participou de uma carreata e de um comício de Marta Suplicy – "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDTPTN-PRB-PSB) – na capital paulista, de um comício de Luiz Marinho, em São Bernardo, e de um de Mário Reali, em Diadema. No dia seguinte, o presidente deu apoio à campanha do petista Vanderlei Siraque, em Santo André. Bolsa-Família , não –O Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome (MDS) condenou ontem a possibilidade de uso eleitoral do programa Bolsa-Família. Em nota, o ministério ressalta que tentativas de troca de votos por promessas de inscrição no programa ou pressões para induzir as pessoas atendidas a votar em determinados candi-

A gestão do Bolsa-Família é descentralizada, cabe às prefeituras a inscrição das famílias no Cadastro Único. Ministério do Desenvolvimento datos sob o risco de perder o benefício configuram crime eleitoral. "Atos como esses devem ser denunciados ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, parceiros na rede pública de fiscalização do programa e responsáveis pela investigação de denúncias eleitorais", informa trecho da nota. Reportagens publicadas esta semana afir-

mam que candidatos estariam condicionando a inclusão e a manutenção de beneficiários no programa à vitória nas eleições para prefeito e vereador. O MDS reforça que a inclusão no programa é um direito de todas as famílias com renda mensal por integrante de até R$ 120, independentemente da filiação partidária. "A gestão do Bolsa-Família é descentralizada, cabe às prefeituras a inscrição das famílias no Cadastro Único – base de dados usada pelo governo federal para seleção de beneficiários e o acompanhamento das contrapartidas nas áreas de educação e saúde", diz a nota. Segundo o ministério, a concessão do benefício se baseia na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2004. "O Bolsa-Família é um programa de natureza continuada, definido por lei, e está em funcionamento desde 2003, com recursos assegurados no Orçamento da União. Por essas razões, não está sujeito a interrupções durante o período eleitoral, mas os gestores municipais devem tomar os devidos cuidados para evitar questionamentos pela Justiça Eleitoral", orienta o ministério na nota. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

ESPECIAL - 7

Fotos: Marcelo Soares/Hype

Mercado imobiliário aposta nos bons negócios do Ipiranga Perto do centro e do ABC, servido por uma estação do metrô e outra em construção, e com grandes áreas verdes, o Ipiranga é um dos bairros mais valorizados da cidade. Grandes construtoras apostam ali as suas fichas Paulo Pampolin/Hype

Um espaço no samba para a Imperador desfilar suas lutas Protestos por uma vida mais digna são marcas registradas dos sambas-enredo da escola Imperador do Ipiranga, que comemora 40 anos. Todos os anos ela desfila pelo Sambódromo as amarguras de quem vive na favela Heliópolis

A

Sociedade Escola de Samba Imperador do Ipiranga está completando 40 anos de existência. Idealizada e fundada por Laerte Toporcov em 27 de setembro de 1968, junto com os moradores da Vila Carioca e da Vila Independência, deu aos moradores do Ipiranga o seu espaço no samba paulista. A escola permaneceu por muito tempo como um departamento da Sociedade Amigos das Vilas, mas com o tempo se separou e se tornou independente, com um estatuto próprio. Localizada na região da maior favela de São Paulo, a Heliópolis, a Imperador do Ipiranga tem este nome em homenagem ao imperador Dom Pedro I, que declarou a Independência do Brasil no que é hoje o bairro do Ipiranga. Laerte Torpocov e algumas pessoas da comunidade, embora com posição contrária dos dirigentes mais idosos, tinham como objetivo dar lazer às crianças pobres da favela que existia na rua Campante e chamar a atenção das autoridades para as terríveis enchentes no bairro. Na primeira apresentação da escola, tiveram a idéia de fazer um desfile carnavalesco de protesto com carros alegóricos imitando barcos. A idéia deu certo, o desfile foi um sucesso, com muitos carros alegóricos e a participação de várias crianças da região. Segundo o atual presidente, Jamil Jorge, as lutas sociais para melhoria da comunidade são marcas registradas da agremiação: “Uma das funções da escola é chamar a atenção dos políticos quanto aos problemas que enfrentamos, principalmente em questões como moradia, educação, saneamento e saúde. Queremos que olhem para nós não apenas em épocas de eleição”. Ele

conta que em 2009 o enredo da escola será “A comunidade na fé em São Jorge Guerreiro contra os dragões da maldade”. A Imperador do Ipiranga será a terceira escola a desfilar no domingo, 22 de fevereiro, com 2.100 componentes e quatro carros alegóricos. As alegorias destes carros são mantidas em sigilo, mas Jamil Jorge garante que um deles deverá causar grande impacto no público: “No desfile, estaremos comemorando os 40 anos da escola, cuja história sempre foi marcada por lutas sociais. Os dragões da maldade a que se refere o enredo são o descaso e o abandono em que vive a comunidade e boa parte da população”.

Jamil Jorge, presidente da escola

Trajetória Não foi fácil convencer as pessoas sobre a escola de samba, pois o conceito de sambista era muito ruim na década de 60. Os primeiros batuqueiros eram convidados lá da Vila Formosa para ensinar aos interessados da comunidade. O maior carnaval apresentado pela Imperador foi em 1972 com o enredo "Brincando na Passarela do Samba", um tema que mostrava os brinquedos de criança e que resultou em 98 pontos de um total de 100, fazendo a Imperador passar para o Grupo I, se colocando entre as maiores e melhores escolas de samba de São Paulo. Em 1998, a Imperador ingressou novamente ao Grupo Especial do carnaval paulistano, conquistando o título de vice-campeã do Grupo I. Uma curiosidade em sua história ocorreu no carnaval de 1976, quando o jurado de Comissão de Frente esqueceu-se de dar a nota à escola, que acabou perdendo o título do Grupo 3. A agremiação já levou para a avenida vários temas, incluindo os fatos que marcaram o País: de 1889 a 1930, a história da mulher negra e os palhaços; em 2004, no desfile temático dos 450 anos de São Paulo, a Imperador esteve na elite do samba e fez um ótimo desfile, muito elogiado pela Imprensa. S.E.S Imperador do Ipiranga Endereço: Av. Carioca, 99 - Vila Carioca - tel. (11) 2219-1053 www.imperadordoipiranga.com.br (CO)

Grandes atrativos do bairro: o Museu do Ipiranga e suas áreas verdes

tempo. Como o Ipiranga era um bairro industrial, ainda há galpões que poderão dar lugar a condomínios residenciais: “A Itaplan é uma das que mais tem investido na região e planejamos mais ofertas, pois a demanda ainda é muito forte”. Ofertas A Itaplan tem atualmente três empreendimentos na região do Ipiranga. O destaque fica para o Splendor Park na rua do Grito, 479, lançado em janeiro deste ano e com entrega prevista para junho de 2010. O condomínio terá uma torre com 14 andares, com oito unidades por andar, com dois e três dormitórios (ambos suíte), com área útil a partir de 53 m² e valor a partir de R$ 162.660. Os itens de lazer incluem playground, brinquedoteca, churrasqueira, terraço grill, salão para festas, espaço gourmet, fitness, spa, sala de descanso, sauna, piscina adulto e

infantil com solarium, sala de jogos, quadra gramada, gazebo gourmet, praça eventos e praça dos esportes. Mais informações no site www.splendorpark.com.br. Um outro empreendimento é o Start Life, na rua Padre Jerônimo Vermin, 204, no Jardim Maria Estela, Ipiranga. O seu lançamento foi em dezembro de 2007 e a entrega está prevista para junho de 2010. Serão quatro torres, com 13 e 14 andares, seis apartamentos por andar, com dois e três dormitórios, com área útil a partir de 64,46 m² e preço a partir de R$ 132.410. Como itens de lazer, o condomínio oferece salão para jogos, salão de festas, recreação infantil, sala para ginástica, espaço de conveniência, espaço office, quadra poliesportiva, pista de skate, piscina adulto e infantil, churrasqueira, playground, fontes, espelho d´água, espaço mulher, salão para festas infantil e praças. Por fim, a Itaplan oferece o Viver jardim Independência, na rua Anny, 580, com a rua Barbinos, na Vila Independência. O empreendimento foi lançado em setembro de 2007 e a entrega está prevista para abril de 2009. Serão cinco torres de oito andares, com oito apartamentos de dois e três dormitórios por andar, com valores a partir de R$ 88.900 e área útil a partir de 49,64 m². As áreas de lazer incluem quadra gramada, churrasqueira, playground, salão de festas adulto e infantil, home office, children´s care, lan house, beauty center, vestiário, brinquedoteca e salão de jogos. (CO)

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Entre os trabalhos sociais desenvolvidos pela agremiação, Jamil Jorge destaca a distribuição de leite todas as terças-feiras para 250 famílias, a Feira da Saúde, Feira da Beleza (cabeleireiros cortam os cabelos da população) e escolinhas de bateria e passista para crianças e adolescentes. Em relação ao carnaval 2009, Jamil Jorge diz, sem revelar números, que o investimento cresceu 35% em comparação ao gasto deste ano: “Como sempre, os componentes estarão desfilando com muita gar-

ra e amor à escola, mas não dá para garantir que iremos para o Grupo Especial”, explicando que a cada ano duas escolas sobem do Grupo de Acesso, no qual a Imperador se encontra hoje, para o Grupo Especial; duas escolas desta última caem para o Grupo de Acesso.

A

inauguração de uma estação de metrô no ano passado (Alto do Ipiranga) e a promessa da chegada de outra no próximo ano (Sacomã) aqueceu o mercado imobiliário no bairro do Ipiranga. “São vários os fatores deste aquecimento, mas a localização, com certeza, está entre os mais importantes. O Ipiranga fica próximo ao centro da cidade e também das cidades do ABC Paulista, uma ótima opção para quem trabalha ou estuda nestas regiões. Os novos empreendimentos também são muito procurados por moradores do próprio bairro, que buscam uma melhor qualidade de vida”, diz Fábio Rossi Filho, diretor de marketing da Itaplan e diretor de novos negócios do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). Em sua opinião, os recentes tombamentos de prédios históricos, que limitaram a construção de edifícios, principalmente em relação à altura, não desestimulou as construtoras a investir na região; pelo contrário, o fato ajudou a preservar o bairro e as suas áreas verdes, o que tornou o Ipiranga ainda mais valorizado: “Um dos grandes atrativos é justamente o Museu do Ipiranga, que possui uma grande área verde e jardins, servindo como área de lazer para a população”. Além disso, observa Rossi, o Ipiranga também é um dos bairros mais seguros de São Paulo. Para ele, este aquecimento deverá continuar por um bom

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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1,57

por cento foi a alta do dólar comercial na sessão de ontem. Moeda fechou valendo R$ 1,821.

Republicanos recuam e atrasam pacote do governo

Spencer Platt/Getty Images/AFP Photo

Depois de anunciarem acordo para a liberação parcelada dos US$ 700 bilhões do plano do Tesouro, congressistas mudaram de opinião. A pressão veio dos republicanos. O candidato do partido, John McCain, disse que "nunca houve acordo".

O

Protestos contra o pacote de ajuda aos bancos e o sistema capitalista chamaram a atenção em Wall Street Brendan McDermid/Reuters

Dow Jones

Nasdaq

1,82% 1,43% S&P

Ibovespa

Tim Sloan/AFP Photo

Congresso americano chegou mais perto ontem de um acordo sobre o pacote de resgate do sistema financeiro, mas um bloco de legisladores republicanos continuou resistindo, o que pode atrasar a aprovação. O impasse poderá ter repercussão nos mercados: a bolsa de Tóquio abriu nesta sexta-feira em alta 0,2%, e o desempe- Encontro histórico na Casa Branca: Bush discutiu pacote com candidatos. nho das bolsas asiáticas pode dar o ritmo do A notícia inicial era de que corte de impostos para que mercado financeiro global ho- haviam chegado a um acordo. fundos comprem parte de banje. Ontem, sob a influência da Eles concordaram em apoiar o cos, para recapitalizá-los. notícia de um acordo, os mer- plano, mas com a implementa"O acordo anunciado de macados se recuperaram (leia mais ção de dois órgãos de supervi- nhã não existe", disse o senanesta página). O candidato re- são do pacote, ajuda a mutuá- dor republicano Richard Shelpublicano à presidência, John rios e participação acionária by. Ele afirmou que estava com McCain, disse que "nunca do governo nos bancos. cinco páginas cheias de opihouve um acordo". Também havia sido acorda- niões de economistas de HarNo início da tarde, democra- do que a liberação dos recursos vard, Yale e MIT dizendo que tas e republicanos concorda- seria feita em parcelas. O plano "o plano é ruim". ram em aprovar o plano de em estudo previa a liberação No fim do dia, a porta-voz US$ 700 bilhões depois que de US$ 250 bilhões imediata- da Casa Branca, Dana Perino, duas medidas foram incluí- mente, US$ 100 bilhões de informou que o governo e o das: limitação à remuneração acordo com ordens do presi- Congresso vão continuar trade executivos envolvidos e um dente e o restante teria de ser balhando para chegar a um mecanismo para o governo re- aprovado pelo Congresso. acordo. Segundo o congressisceber ações das instituições. Mas um grupo de congressis- ta democrata Steny Hoyer, líO presidente George W. tas republicanos apresentou der da maioria na Câmara, os Bush teve reunião com os can- uma proposta alternativa du- congressistas não devem endidatos à presidência, o demo- rante o encontro com Bush. trar em recesso nesta sexta-feicrata Barack Obama e o repu- Os mais conservadores resis- ra, como previsto, e estão pronblicano John McCain, para dis- tem ao uso de dinheiro dos tos para passar "sábado, docutir o plano. "Espero que pos- contribuintes; preferem um mingo, segunda-feira e quanto samos chegar a um acordo programa de seguro para títu- tempo for necessário no Conrapidamente", disse Bush. los lastreados em hipotecas e gresso, trabalhando". (AE) Alex Wong/Getty Images/AFP Photo

1,97% 3,98% Londres

Senadores democratas depois de reunião no Congresso. Executivo tenta liberar ajuda de US$ 700 bilhões para o sistema financeiro.

Paris

2,2% 2,7% Notícia de acordo anima mercados Índices das principais bolsas fecharam em alta, antes da divulgação do impasse nas negociações.

A

iminência de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para a aprovação do pacote de ajuda do governo ao sistema financeiro animou os investidores ontem. Com isso, o Ibovespa, referência dos negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 3,98%, para 51.828 pontos. O dólar comercial fechou em queda de 1,57%, para R$ 1,821. Em Nova York, os índices Dow Jones e Nasdaq subiram, respectivamente, 1,82% e 1,43%, reagindo às indicações de que os líderes parlamentares no Congresso alcançaram um acordo preliminar sobre o socorro de US$ 700 bilhões. O recuo dos congressistas só foi divulgado depois do fechamento dos pregões. A repercussão da má notícia deve ficar para hoje.

A Bovespa acompanhou o movimento de Nova York, também influenciada por notícias locais, que favoreceram as três empresas com maior participação no Ibovespa: Petrobras, Vale e BM&FBovespa. Na maior alta da semana, o índice voltou a superar a casa de 51 mil pontos. Durante toda a sessão, o indicador só operou em alta, entre mínima de 49.848 pontos (0,01%) e a máxima de 51.867 pontos (4,06%). No mês, o Ibovespa acumula perdas de 6,92% e, no ano, de 18,87%. O giro financeiro do pregão somou R$ 5,235 bilhões. Em parcelas – Em Wall Street, os investidores se animaram com a informação de que os democratas e republicanos chegaram a um acordo, embora não o que queria o governo dos Estados

Unidos. Pela proposta, divulgada pelo Wall Street Journal, um total de US$ 250 bilhões seriam liberados imediatamente e US$ 100 milhões poderiam ser agregados a essa quantia. Mas a última parcela poderia ser bloqueada caso o pacote não esteja a contento. De acordo com um analista do mercado de renda variável em São Paulo, o discurso alarmista do presidente George W. Bush, na noite de quarta-feira, quando chamou o cidadão americano a defender o pacote sob a ameaça de sentir na pele os efeitos de uma não-aprovação, deve ter sido o catalisador a apressar as conversas, que duraram toda a quinta-feira, em torno do socorro. Bush foi bastante pessimista e avisou: sem o

pacote, a economia dos Estados Unidos deve entrar numa grande recessão, o que significa perda de empregos e redução no valor das aposentadorias por meio do impacto no mercado acionário. A predisposição em prever que finalmente o acordo sairá, mesmo que ele possa não ser a solução dos problemas, fez com que as commodities subissem, garantindo o desempenho positivo da Bovespa. Três outras notícias ainda favoreceram os negócios: a Petrobras anunciou a descoberta de óleo leve e gás na área do pré-sal de Júpiter, a Vale confirmou a negociação para um novo reajuste de preços de 11% com as siderúrgicas chinesas e a BM&FBovespa anunciou recompra de ações. (AE)


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Ministro alemão faz duras críticas à atitude do governo americano na crise financeira.

BANCOS PODEM "FILTRAR" EMPRÉSTIMOS

MINISTRO DIZ QUE O DÓLAR SE FORTALECEU LOCALMENTE E A PREOCUPAÇÃO COM A INFLAÇÃO É MENOR

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MANTEGA VÊ LADO BOM NA CRISE

crise nos m e rca d o s financeiros internacionais gerou alguns efeitos positivos para a economia brasileira, mas o governo continua acompanhando de perto os desdobramentos do cenário externo, e não descarta a adoção de novas medidas para garantir o bom funcionamento do mercado, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

dólar atingisse um nível mais adequado em relação ao real, e diminuiu a preocupação do governo c o m o c o m p o r t amento da inflação. "Ele (o dólar) estava muito defasado e o real excessivamente valorizado. Agora, acho que o real não está mais valendo tanto, e expressa melhor as condições da economia brasileira", acrescentou. O ministro acredita que com Vanderlei Almeida/AFP o câmbio mais valoriz a d o a s e xportações vão aumentar em valor e as importações tendem a diminuir, minimizando os impactos sobre o défiMantega: "Novo mundo poderá surgir da crise". cit em conta corrente. Com a desaceleração dos Em entrevista a correspondentes estrangeiros, no Rio preços das commodities, Mande Janeiro, ele disse que a cri- tega acha que a preocupação se financeira fez com que o com o comportamento dos ín-

dices inflacionários, tanto no Brasil, quanto no resto do mundo, diminuiu. Mesmo insistindo em que a economia brasileira continua forte, o ministro disse que o governo não descarta a possibilidade de adotar novas medidas que garantam a liqüidez do mercado de crédito no País. "Novo mundo" – Mantega disse ainda que a crise internacional e a desvalorização do dólar evidenciam que a moeda norte-americana não é mais a mesma. "O dólar está quase fraco em relação ao euro, ao real. Em breve, deveremos ter uma outra arquitetura monetária internacional", disse, ao cobrar maior poder de decisão dos países emergentes na economia global. Ele acrescentou que em outubro irá reforçar, perante o Fundo Monetário Internacional (FMI), o pedido para que o Brasil ingresse no G7, grupo dos sete países mais industrializados. "Um novo mundo poderá surgir das cinzas dessa crise", completou. (Agências)

Impacto não chegou ao Brasil Mas economistas acreditam que o próximo ano não será tão bom como 2008 Sergio Leopoldo Rodrigues

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crise americana ainda não bateu na economia real do Brasil, pois não há registro de queda no consumo, embora seja consenso que o crescimento de 2009 será menor do que este ano. "O ano que vem não será a beleza que foi 2008", alertou um economista, ontem, durante a reunião de conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), formada também por líderes empresariais de todos os setores da economia brasileira. Contudo, os bancos brasileiros deverão "filtrar" ainda mais o consumidor na hora de emprestar dinheiro. "E isso deve reduzir um pouco a oferta de crédito", ponderou. A dúvida que fica daqui para a frente é saber o verdadeiro tamanho do estrago na economia norte-americana e até quanto ela vai afetar os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), já que ninguém duvida mais que haverá "contágio" nas economias centrais.

Os depoimentos dos líderes empresariais foram todos positivos, pois setores como o varejo, produtos esportivos, indústria, imóveis, têxteis, colchões, embalagens e alumínio ainda não sentem sinais consistentes de desaceleração. Mesmo a Selic (taxa básica de juros) maior não afetou o consumo, porque o aumento diluído no prazo mais longo pesa muito pouco a mais na prestação. Um exemplo: o avanço da Selic numa venda de R$ 1 mil, em 24 meses, vai pesar entre R$ 3 e R$ 4 a mais no bolso do consumidor. O que poderá retrair o consumo, no médio prazo, é um encurtamento dos prazos no crediário. Os últimos dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da ACSP, mostram que as consultas continuam em alta, na média de 7% a 8%. O que caiu um pouco foram os cancelamentos (nomes que saíram do cadastro), que vinham numa média de 74 por 100 em 2007, e estão agora em 70 por 100. "Mas isso não preocupa",

disse outro economista. O fato de o Banco Central (BC) ter mexido no compulsório dos bancos foi uma boa iniciativa. Mesmo tendo pouco efeito prático, sinaliza que a autoridade monetária está atenta ao está ocorrendo no quadro externo. O maior medo para todos é que, respaldado num crescimento da arrecadação tributária, mesmo sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo libere mais seus gastos, o que poderia ser um legado negativo para o futuro das contas internas. É claro que se as más notícias lá de fora persistirem, apesar do esperado pacote do Fed (banco central americano), somado a juros altos e prazos menores aqui dentro, o consumidor poderá "botar o pé no freio". "Por isso, a questão é ver o que vai acontecer lá na frente", ou seja, no próximo ano, porque este já está praticamente fechado, sem projeções de uma mudança abrupta no último trimestre.

Reprodução

Jogadas erradas na Bolsa de Valores de Patópolis fizeram o tio do Pato Donald perder muito dinheiro

Até Tio Patinhas se complicou Gibi da Walt Disney traz o pato milionário e pão-duro perder com especulação Sonaira San Pedro

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ocê acha que perdeu dinheiro na Bolsa de Valores por causa da crise que começou na terra do Tio Sam? Então, saiba que o CEO do Freddie Mac, Rychard Siron, viu seu patrimônio encolher de US$ 10,6 milhões para US$ 130 mil. Já o diretor do Lehman Brothers, o último banco a quebrar nos Estados Unidos, Richard Fuld Junior, perdeu US$ 824,8 milhões de suas economias. Sobram para ele, hoje, US$ 2,3 milhões. E os problemas do Tio Patinhas, o personagem mais rico de todos os tempos da ficção, começaram quando ele resolveu multiplicar seus milhões: investiu no mercado de especulação monetária e, depois, em papéis alavancados na Bolsa de Valores de Patópolis. É a história que a Disney conta na edição "Todos os Milhões", que acaba de chegar às bancas e que pode ter sido inspirada na crise financeira atual. Confiante na sorte de investidor iniciante e contando com uma ajuda da mão invisível do mercado, aquela de Adam Smith, Tio Patinhas entrou com tudo nessas operações financeiras. Mas, depois, perdeu tudo o que tinha conquistado em seis meses, como conta a história do gibi. Assim como Tio Sam, ele viveu o pânico analisado pelo economista norte-americano Charles Kindleberger, em seu livro "Mania, Pânicos e Crashes: um histórico das crises financeiras".

perder sua condição de su- Financial Times, Steinbrück mos civilizar os mercados fi'EUA podem per-potência financeira glo- não poupou críticas à atitude nanceiros. A auto-regulação como decorrência da do governo norte-americano não é mais suficiente. A crença ser superados bal, atual crise. "O mundo se tor- após o estouro da "bolha" dos dos Estados Unidos no 'laismultipolarizado, com o empréstimos imobiliários. "A sez-faire' capitalista e a noção nas finanças' nará surgimento de centros (finan- adoção de regras mais rígidas de que os mercados devem ter

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ministro das Finanças d a A l e m a n h a , Pe e r Steinbrück, previu ontem que os Estados Unidos poderão

ceiros) mais fortes e mais capitalizados na Ásia e Europa. O mundo nunca mais será o mesmo", afirmou. Segundo o jornal britânico

para o mercado de capitais é uma necessidade urgente", disse. "A mera administração da crise não reconstruirá a confiança perdida. Precisa-

o mínimo de regulação são argumentos errados e perigosos. Este sistema praticamente sem regulações está entrando em colapso".

É a seqüência: Farta Liquidez Global + Mania por Determinado Ativo + Sofisticação de Novos Instrumentos de Crédito + Alavancagem + Pânico + Crash = ZERO. Lançado em 1978, o livro é reeditado quase todas as vezes em que uma crise toma conta dos mercados. "Será a crise dos tios?" , brincou o operador sênior da Tov Corretora de Valores, Décio Pecequilo, referindo-se ao Tio Patinhas e ao Tio Sam. "Será que todos esses ex-ricaços estão precisando de uma Bolsa Família para poderem seguir em frente? O maior problema da alavancagem é que você sabe como começa, e não imagina como termina." Professor Pardal– Famoso por mergulhar em tanques

cheios de moedas de ouro, Patinhas McPatinhas, ou Tio Patinhas, construiu sua fortuna trabalhando duro e, sempre economizando, passou de engraxate na Escócia a empresário bem-sucedido nos Estados Unidos. A briga em Patópolis é constante, com a Maga Patalógica querendo roubar a moedinha da sorte do Tio Patinhas e os irmãos Metralha tentando invadir o cofre do pato milionário de qualquer maneira. "Resta saber quem será o Professor Pardal que vai salvar o mundo desta crise", disse Pecequilo, em alusão a outro personagem (o inventor), a quem Tio Patinhas sempre recorre para se defender dos que querem tomar o seu dinheiro.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

ESPECIAL - 5

Divulgação

Memórias da igreja contam a história da cidade Com a reforma, o aquário se tornou o maior da América do Sul

O Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo abriga documentos desde o século 17, como registros de batizado, casamento, óbito, fotografias e até partituras e livros raros. Boa parte da história da cidade está guardada ali Fotos: Leonardo Rodrigues/e-SIM

Um orgulho, o maior aquário da América do Sul epois de sofrer uma grande reforma, o Aquário de São Paulo reabriu suas portas no início de julho, agora com um setor de água salgada, no qual os visitantes poderão ver diversas espécies de peixes, inclusive um tubarão lixa, que nada livremente em uma cabine subaquática, com mais de um milhão de litros de água do mar. Segundo a direção do aquário, com a reforma, o Aquário de São Paulo se tornou o maior oceanário da América do Sul. Por lá, passam por mês cerca de 40 mil pessoas. Em vez de olhar os peixes por janelas, como ocorre em outros lugares, lá o visitante se sente como se estivesse dentro do aquário, graças às grandes vitrines acrílicas com mais de 500 metros de cumprimento. Foi necessário buscar o conhecimento desta tecnologia no Exterior, pois poucos países fabricam acrílicos de alta resistência, capazes de suportar a enorme pressão exercida por milhões de litros de água. Assim, em parceria com as indústrias brasileiras, foi desenvolvida em São Paulo estas placas acrílicas de alta transparência, com espessura de até 15 cm, mas que garantem total segurança e perfeita visão para o público. O primeiro setor a ser visitado é o de água doce, que possui mais de três mil exemplares de peixes, além de outras espécies de animais, como mamíferos, roedores, répteis, serpentário e anfíbios. Os destaques deste setor, com 28 recintos, ficam por conta dos dois filhotes de jacarés do pantanal albinos, e do tanque “Gigantes do Amazonas”, que apresenta pirarucus e tambaquis de até 50 kg. Ao termino do setor de água doce, com peixes e animais provenientes em sua maioria do Pantanal e da Selva Amazônica, o visitante entra no corredor de tanques de água salgada e aí encontra diversas atrações. Há uma reprodução autêntica do mangue, ecossistema presente no litoral paulista, com bagres de água salgada, caranguejos de cor vermelha que chegam a subir em árvores, siris azuis e outros peixes, como a tainha e o parati, que procuram o local para desova. As árvores típicas desse local, que conseguiram sobreviver na água salobra, eliminando o sal por meio de suas folhas, também estão presentes neste tanque. Simulando uma praia, um

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om Pedro I e a Marquesa de Santos teriam tido uma filha, chamada Maria Izabel de Alcântara Brasileira. O registro do seu batismo, em 24 de maio de 1831, está guardado no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, no Ipiranga. O diretor-téctrapiche de embarque de bar- nico do Arquivo, Jair Mongelli cos inicia no corredor e adentra Jr., confirma a existência do doo tanque, servindo de abrigo cumento, mas esclarece que aos peixes que vivem nesta zo- não há provas de que seja filha na de ondas do litoral brasilei- de Dom Pedro e a Marquesa: ro. Outro tanque reproduz um “O documento diz que ela é ficostão de pedras chamado de lha de pais desconhecidos, que quebra-mar, onde as ondas se foi abandonada. Essa versão chocam com a costa. Inúmeras de que a criança seria filha da espécies de peixes e algas têm Marquesa e de D. Pedro surgiu em 1997, quando do bicenteesse local como seu habitat. Uma réplica de um submari- nário de nascimento da Marno da 2ª Guerra Mundial, hipo- quesa, e continua sendo repetiteticamente afundado e ader- da até hoje”. Segundo os historiadores, a nado após colidir com um navio, leva o visitante diretamen- Marquesa de Santos, ou Domite ao “fundo do mar" no interior tília de Castro do Canto e Mello do casco de um navio naufra- (1797 - 1867), teve cinco filhos gado. Através de visores gigan- com Dom Pedro I, todos nascites e tetos transparentes, o visi- dos no Rio de Janeiro: um metante terá a exata sensação de nino natimorto (1823); Isabel Jair Mongelli: “Se empilhássemos todos os documentos que estar em um naufrágio, com tu- Maria de Alcântara Brasileira guardamos aqui, daria mais de dois quilômetros de altura” barões nadando em sua volta e (1824); Pedro de Alcântara sobre suas cabeças. Saindo o Brasileiro (1825-1826), falecisubmarino há o “corredor tro- do antes de completar um ano; daria mais de dois quilômetros 1686 e 1889: “Até o início da Repical”, onde podem ser vistos o Maria Isabel de Alcântara Bra- de altura”, afirma o diretor. pública, no Brasil não havia polvo, a enguia, peixes super sileira (1827), que faleceu com O Arquivo foi criado por cartórios e esses registros eram coloridos dos corais e o peixe meses de idade; e Maria Isabel Dom Duarte Leopoldo e Silva, feitos pela igreja. Mesmo após palhaço, chamado de "Nemo", II de Alcântara Brasileira primeiro arcebispo da Arqui- o surgimento dos cartórios, alreferência a um desenho infan- (1830/1896), que só teve o re- diocese de São Paulo, em 1º de gumas famílias, principalconhecimento de D. Pedro I às abril de 1918, e era chamado de mente de imigrantes italianos, til de grande sucesso. Em seguida, o visitante terá vésperas de sua morte. Arquivo Geral. Inicialmente faziam o registro apenas nas O Arquivo da Cúria Metro- localizado no centro da cidade, igrejas”. Sobre a Marquesa de duas opções de percurso. À direita, conhecerá o Novo Vale politana de São Paulo é um da- desde 1984 o Arquivo funcio- Santos, estão guardados no dos Dinossauros, com bonecos queles tesouros escondidos da na no bairro do Ipiranga, em Arquivo da Cúria os registros áudio-animatrônicos em ta- cidade e mostra a vocação que o um prédio construído em 1934 de seu batismo, o primeiro camanhos naturais; e em segui- bairro tem com a história do para ser um seminário. samento e o óbito. da, bonecos também com mo- País. Todos os dias, milhares de Os documentos ainda traMongelli Jr. explica que o vimentos, que demonstram a pessoas passam em frente ao acervo é composto por diver- zem milhões de informações evolução da raça humana. Se prédio tombado de quatro an- sos tipos de documentos. Os li- sobre ações católicas, associafor em frente, entrará em uma dares sem se dar conta do seu vros manuscritos das igrejas ções e irmandades, bispos e arcaverna de gelo, onde um leão valor histórico. Uma torre com da Arquidiocese estão entre os cebispos, capelas, clero, conmarinho dará as boas-vindas sino denuncia sua ligação com mais importantes. São mais de gresso, correspondências, crisao Pólo Sul. Nesse setor, os vi- a Igreja. “Em abril, o Arquivo dez milhões de registros de ba- mas, educação, escravidão, gesitantes conhecerão os pin- da Cúria Metropolitana de São tizados desde 1640, cinco mi- nealogia, imprensa católica, güins de Magalhães, que estão Paulo completou 90 anos. Se lhões de registros de casamen- índios, missões, seminários, presentes na Patagônia Chile- empilhássemos todos os docu- tos desde 1632 e cerca de 300 entre outros assuntos. Há tamna, Argentina e Ilhas Malvi- mentos que guardamos aqui, mil registros de óbitos entre bém cerca de 42 mil fotografias nas, e entrarão em uma reprodução da Estação Polar Brasiwww.lobinhomotos.com.br leira – Comandante Ferraz, que mostra como os técnicos e • Na compra de sua moto 0KM ou usada, sua ficha é aprovada com cientistas trabalham e vivem menos burocracia e mais agilidade. Venha conferir. nesse ambiente. • Serviços: Alinhamento de chassi, Alinhamento de rodas, Retífica de motores. (CO) Temos também peças, acessórios, mecânica em geral. Alarmes, Xenon e

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e negativos desde 1871, aproximadamente 3.500 plantas e projetos arquitetônicos desde 1893, mais de 450 pastas contendo partituras dos séculos 18 e 19, milhares de exemplares de jornais e boletins desde 1899 e cerca de cinco mil livros de diversos assuntos, com algumas obras raras. “Algumas pessoas dizem que são apenas documentos sobre a igreja, mas eles também trazem informações sobre a comunidade da época. Nas fotos sobre a construção da Catedral da Sé, por exemplo, aparecem detalhes do centro da cidade e da praça nos anos 50”, salienta Mongelli Jr. Por ano, em torno de 1.100 pessoas procuram o Arquivo da Cúria, das quais 40% vão em busca de informações de antepassados para processos de cidadania, principalmente italiana. Outros 40% são pesquisadores, historiadores, estudantes de pós-graduação, arquitetos, músicos, que estão realizando algum tipo de pesquisa sobre a capital, municípios da Grande São Paulo e também do Paraná e Sul de Minas, pois quando a Diocese de São Paulo foi criado em 1745, também abrangia essas regiões. “Temos dez funcionários trabalhando aqui, mas a pesquisa é feita pelo próprio interessado, que recebe as nossas orientações. Quanto mais informações ele souber sobre o parente em questão, melhor, pois facilita a busca. Outra dica é que, em geral, se pensa que os pais se casaram antes do nascimento do filho, mas em 10% dos casos o casamento se deu depois”. (CO)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ESPECIAL

Uma caminhada entre onças e dinossauros no Museu de Zoologia

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fotos: Divulgação

Este museu da USP tem oito milhões de exemplares de bichos, uma imensa biblioteca e exposições constantes. Num prédio histórico, oferece cursos de pós-graduação e de extensão e estágios de aperfeiçoamento e de iniciação científica

A

s crianças com certeza vão adorar, mas uma visita ao Museu de Zoologia também irá agradar pessoas de todas as idades, que gastarão horas para conferir a imensa coleção de cerca de oito milhões de exemplares conservados em meio líquido ou a seco. Para os pesquisadores, a instituição mantém uma biblioteca especializada com quase treze mil livros e 1,4 mil teses. No ensino, o museu atua em pós-graduação, oferece disciplinas para graduação, cursos de extensão e estágios de aperfeiçoamento e de iniciação científica. Até novembro, abrigará a exposição temporária “Moluscos: Jóias da Natureza”. São animais com corpo mole, recoberto por uma membrana chamada manto, que secreta a concha, estrutura que protege os órgãos destes animais. Mas muitas espécies, como as lesmas, lulas e polvos, não apresentam concha. Além de ser encontrados em ambientes terrestres e de água doce, os moluscos ocupam quase todos os

ambientes marinhos e formam o segundo maior grupo de seres vivos em diversidade. O primeiro é o grupo dos artrópodes (aracnídeos, insetos, crustáceos e outros animais com patas articuladas e carapaça). Os moluscos atraem a atenção do ser humano há milênios. Suas conchas são usadas como ornamentos e, em diferentes culturas, até como moedas. São usados na alimentação, no controle de pragas e na cultura de pérolas ainda nos dias atuais. Por isso, eles formam um dos grupos animais mais associados a atividades humanas. Os moluscos ainda nos brindam com maravilhosas conchas, cuja beleza por si só é assunto de muitos ensaios, atividades artísticas e de contemplação. A fascinação pelas conchas é tanta que muitas pessoas se dedicam a colecioná-las. Há associações e confrarias espalhadas pelos quatro cantos do mundo, voltadas integralmente a estudos, discussões e encontros dedicados a tal atividade, que recebe o nome de conquiliologia. Nesta exposição, o Museu

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Réplicas em tamanho natural de dinossauros e de outros animais extintos estão expostos do Museu de Zoologia da USP. Fora a biblioteca com quase treze mil livros e um ensino de excelência. Até novembro, o museu abriga uma exposição sobre moluscos

de Zoologia/USP reúne informações sobre este grupo, apresenta um conjunto de conchas fascinantes e faz um convite para a observação dos detalhes destas estruturas, para o conhecimento da biologia destes animais e para a conservação da biodiversidade. E na exposição de longa duração, os visitantes poderão ver, entre outras coisas, uma onça empalhada em um cenário imitando a Floresta Amazônica, diversos outros mamíferos e pássaros. Desde maio de 2005, foram incluídas na exposição réplicas em tamanho natural de dinossauros e de outros animais extintos. Há um esqueleto de carnotauro, esqueletos de pterossauros (répteis alados), modelos de Velociraptor, Archaeopterix e Titanossaurus com ovos, ao lado de ilustrações que reproduzem todos estes animais, preguiça gigante, tigre dente-de-sabre, primatas e fósseis encontrados no Brasil ou em outras regiões da América do Sul. Origens O Museu de Zoologia teve seu início na década de 1890, quando diversas coleções formaram o Museu do Ipiranga. Em 1890, o Conselheiro Francisco Mayrink doou ao governo do Estado de São Paulo uma coleção de história natural, que havia sido reunida por Joaquim Sertório a partir de 1870. Esse acervo foi então organizado junto à Comissão Geográfica e Geológica e, incorporado a outros, fez parte do Museu Paulista, que ocupou o prédio-monumento inaugurado em 1895. Nos 40 anos seguintes, muitos trabalhos foram desenvolvidos com o auxílio das crescentes coleções zoológicas, botânicas, etnográficas e históricas abrigadas no Museu Paulista. Em 11 de janeiro de 1939, foi criado o Departamento de Zoologia, da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, que sucedia a Seção de Zoologia do Museu Paulista. Embora não tenha recebido a denominação de “Museu de História Natural”, como tantos outros congêneres no mundo, o Museu Paulista era, de fato, um museu dedicado ao ramo da história natural, incluindo acervos antropológicos, zoológicos, botânicos e históricos. Tanto o acervo quanto a biblioteca associada derivaram do embrião existente na Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. Durante as primeiras décadas de sua existência, a biblioteca era bem modesta, ainda que o Estado tenha realizado aquisições de obras clássicas fundamentais de livreiros europeus. A primeira obra do acervo da biblioteca, comprada com verba do Estado de São Paulo

por Hermann von Ihering, foi a obra de Spix & Martius "Reise in Brasilien". Não se pode deixar de destacar também doações de obras importantes, tais como "Systema Naturae de Linnaeus", por Alípio de Miranda Ribeiro, além de alguns títulos raros na área de Ornitologia, por Franco da Rocha. Junto com a criação do Departamento de Zoologia, foi projetado um novo prédio para a coleção zoológica. Com o término da construção, em 194041, o acervo zoológico foi transferido para o edifício que hoje ocupa. Essa mudança não foi somente de sede, mas também de afiliação, uma vez que as coleções zoológicas passaram a compor o acervo do Departamento de Zoologia da Secretaria de Agricultura. Pouco tempo depois, em 1941, o Departamento de Zoologia passou a publicar duas revistas especializadas, Papéis Avulsos de Zoologia e Arquivos de Zoologia, que tomaram a tarefa da divulgação de pesquisas zoológicas até então reservada para a Revista do Museu Paulista. A criação dessas revistas especializadas teve importantíssima influência na história da biblioteca. Possivelmente pouco depois de 1941, o Departamento de Zoologia começou a estabelecer um sistema de permuta, por meio do qual suas publicações eram enviadas a instituições de todo o mundo e essas, em troca, enviavam as delas. Ao lado das revistas compradas, esse acervo derivado de permuta passou a ser fundamental para a diversificação de títulos. A atividade de permuta cresceu ao longo do tempo, e

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atualmente garante a manutenção de 673 títulos de revistas institucionais no acervo da biblioteca. As instituições com as quais o MZUSP realiza essas trocas pertencem a 55 países de todos os continentes. Finalmente, em 1969, o museu passou a fazer parte da Universidade de São Paulo e recebeu seu nome atual. Esta foi a última grande mudança de afiliação por que passaram os acervos zoológicos e bibliográficos do Museu de Zoologia. Esta, sem dúvida, foi a mudança mais crucial. Uma vez que o Museu de Zoologia foi caracterizado como uma instituição universitária, tanto a sua pesquisa quanto seu acervo bibliográfico foram dirigidos para essas novas responsabilidades. Como a universidade já possuía numerosas bibliotecas especializadas, a do Museu de Zoologia passou por um período de triagem e seleção na década de 1970. O acervo desta biblioteca tornou-se efetivamente especializado na área de Zoologia. Publicações e livros de áreas como Botânica e Mineralogia foram transferidos para bibliotecas afins na própria universidade. O sistema de permutas foi fortemente ampliado, e a USP continuou sua política de aquisição de obras fundamentais. Edifício O Museu de Zoologia está instalado num prédio de interesse histórico e arquitetônico projetado pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves e inaugurado em 1941. Foi o primeiro prédio em São Paulo construído especificamente como museu. Christiano das

Neves foi também autor do projeto da Estação Júlio Prestes (hoje Sala São Paulo), na mesma época. Os motivos faunísticos são uma marca na arquitetura do museu, revelando o uso do prédio, conhecido no bairro do Ipiranga como "Museu dos Bichos". Representações de animais aparecem nas fachadas, no vão central e nos vitrais. Nas fachadas, há 32 quadros coloridos de cerâmica vidrada e as esculturas de uma águia e de duas cabeças de leão. No vão central, destacam-se moldes em gesso alto-relevo representando animais vertebrados e invertebrados. Os vitrais do museu, que podem ser apreciados nas escadarias, retratam animais do Brasil e de outras regiões do mundo. Foram criados pela Casa Conrado, uma empresa paulista com muita tradição em vitrais, na época da construção do prédio (1940), e feitos com cristais da Bélgica, Itália e Alemanha, unidos por chumbo. Em 2002 foram restaurados pela mesma empresa que os criou, sob a gerência do sucessor, Conrado Sorgenicht Filho. (CO)

SERVIÇO Museu de Zoologia Avenida Nazaré, 481 Ipiranga - tel. 2065-8100. De terça-feira a domingo das 10 às 17 h. Ingresso para exposições - R$ 2. Meia entrada para estudantes (sem acompanhamento das escolas) e professores da rede estadual de ensino (São Paulo) em visita espontânea.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

ECONOMIA - 5

Economia

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FRANQUIAS BRASILEIRAS CONQUISTAM O MUNDO Newton Santos/Hype

A

Parceria da ABF com a Apex facilita acesso a outros mercados. Colômbia, Dubai e China figuram entre os destinos com potencial.

Associação Brasileira de Franchising (ABF) aproveita a 8ª convenção do setor, com início na próxima sexta-feira, na Bahia, para pesquisar entre os associados quais os países de maior interesse para a continuidade do projeto de internacionalização das franquias, uma parceria da entidade com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Colômbia, Dubai e China figuram entre os destinos com grande potencial, afirma o diretor-executivo da associação, responsável pela coordenação do projeto, Ricardo Camargo. O ranking dos que têm o maior número de franquias brasileiras é liderado por Portugal, com 29 marcas, seguido de Estados Unidos (17), Angola (13), México (10) e Espanha (6). A parceria com a agência de fomento vigora há quatro anos e é renovada a cada biênio. Para as ações do período 2007-2008 foram destinados R$ 3,5 milhões. O subsídio da Apex corresponde a 50% do valor e o restante é dividido entre a ABF e empresas participantes.

FÁTIMA LOURENÇO

A continuidade da exposição das marcas é muito importante fora do País. RICARDO CAMARGO, ABF

executivo da ABF, ações do governo para estabelecer acordos comerciais de cooperação para além do Mercosul, e implementação de infra-estrutura que viabilize a comunicação do Brasil com mercados como os do Peru e Equador. Feira na Europa

Eventos Camargo contabiliza, ao longo de 2008, dez oportunidades de promoção à exportação, de participação em feiras a missões comerciais, entre outros eventos subsidiados pelo projeto. O atual contrato termina em março de 2009 e sob sua vigência ainda ocorrem duas ações. "Uma delas é a feira de franchising da Colômbia, em novembro. Teremos um estande da ABF lá. A continuidade da exposição das marcas é muito importante no processo de

internacionalização das franquias brasileiras. Já houve uma missão ao país no mês passado", diz Camargo. A Colômbia é apontada pelo executivo como país com grande potencial para os brasileiros. "É um mercado com 43 milhões de consumidores, que deve duplicar o número de shoppings. E eles gostam do Brasil", destaca. De acordo com levantamento feito pela ABF, 430 franquias já operam na Colômbia, 50% delas nascidas no país. Os brasileiros estão

representados no vizinho sul-americano com redes como O Boticário, Localiza e Via Uno. A partir do mês de novembro, a Morana, marca de bijuterias pertencente ao Grupo Ornatus (Jin Jin Wok e Balonè) também junta-se a essas empresas. Apoio A Morana é uma das franqueadoras brasileiras beneficiadas pelo projeto ABF-Apex ao longo dos seus quatro anos de duração. A relação de participantes

ainda inclui redes e empresas como Bob's, Marisol, Flytour, Hering, Via Uno, Wizar, Global Franchise (Sapataria do Futuro) e Livraria Nobel, entre outras. Estima-se que a contrapartida financeira de cada participante corresponda a um terço do montante que a empresa gastaria para prospectar um novo mercado sozinha. Muitas das redes brasileiras de franquias, no entanto, já trilharam esse caminho. Hoje, 54

franqueadores atuam fora do País. "Acredito que até o final deste ano teremos mais quatro empresas", projeta Camargo. A adesão ao projeto ABF-Apex só não foi maior até agora, de acordo com o executivo, por causa da oscilação do dólar e do aquecimento dos negócios no mercado interno. "As empresas também perdem um pouco da competitividade com os impostos", acrescenta. A reversão dos aspectos desfavoráveis ainda inclui, segundo análise do

A última ação sob vigência do atual contrato com a Apex acontece em março, na Europa, durante a Franchise Expo Paris. "É a maior feira de franchising do mundo e o Brasil participará como país de honra. O Boticário, Flytour, Bob's e Astra já confirmaram presença e tentamos agregar empresas." Durante o evento ocorrerá a reunião do Conselho Mundial de Franchising. Na ocasião, Camargo e o diretor jurídico da ABF, Luiz Henrique do Amaral, assumem a secretaria-geral da instituição. Camargo acumulará a função com suas atuais atribuições na ABF e a direção geral da Federação Iberoamericana de Franquias (FIAF). DC

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Nacional Finanças Tr a b a l h o Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

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SALÁRIO MÉDIO SERÁ DE R$ 665

por cento dos trabalhadores temporários deverão ser contratados.

COMEÇA A CAÇA AOS TEMPORÁRIOS

Cesar Diniz/Hype

O comércio deve oferecer 113 mil vagas no final de ano, 8% a mais que em 2007. Vanessa Rosal

O

Thamires foi contratada depois de trabalhar como temporária em loja de surfe. Paula, que passa por treinamento, fará tudo para ter a mesma sorte.

Natal deve gerar 113 mil empregos temporários neste ano no comércio – um acréscimo de 8% em relação a 2007. A ex-operadora de telemarketing Paula Angélica Lakatos faz parte desse universo. Ela foi selecionada para trabalhar na loja Central Surf do Shopping Itaquera, na zona leste da capital. O contrato de três meses – de outubro a dezembro – poderá se tornar definitivo, caso seu desempenho como vendedora surpreenda a gerência da rede especializada em surfe e skate. "Quando soube da oportunidade, pedi demissão na empresa de telemarketing para tentar uma nova vida", disse. O salário anterior da jovem de 20 anos era R$ 375. Agora, ganhará R$ 620 mais a comissão de 4% sobre o valor de cada venda. "Vou me esforçar ao máximo para ser efetivada depois do Natal." De acordo com a vendedora Thamires Stralhoto, trabalhos temporários podem ser o início de uma grande carreira. Contratada para trabalhar no Natal de 2007, realizou as melhores vendas do período e foi efetivada em janeiro deste ano. "Graças ao meu trabalho, estou pagando a minha faculdade de

engenharia de produção". de pessoas no Natal. Como Thamires, outras miA Ofner, por exemplo, abrirá lhares de pessoas seguirão car- 100 vagas para os interessados reira no varejo em 2009. A As- em trabalhar na capital paulissociação Brasileira das Empre- ta a partir do dia 10 de outubro. sas de Serviços Terceirizáveis e Segundo o diretor comercial de Trabalho Temporário (As- Laury Roman, as vendas de fiserttem) projeta que 42 mil nal de ano equivalem a um mês pessoas – 37% do total das con- e meio do faturamento da emtratações de final de ano – se- presa. "Nosso contrato é de rão efetivadas após o Natal. dois meses e meio, com possiNo ano passado, foram 34%. bilidade de efetivação." As contratações terão início O Natal é o período que mais emprega temporários no coem outubro e seguirão até o final da primeira mércio. Em segundo lug a r, v e m o D i a d a s quinzena de dezembro. A média Mães, que abriu neste ano 80 mil vagas e salarial calculada pela entidade será de R$ 665. O gerente da Central Surf do Shopping Aricanduva, Cleber Perfeito, diz que 300 novos vendedores, caixas e estoquistas trabalharão nas festas de final de ano nas 12 lojas da rede. "Investimos cerca de R$ 80 mil para treinar todo mundo. Alugamos uma sala de convenções em um hotel para dar as boas-vindas aos novos colaboradores". O Centro ComerO gerente Cleber Perfeito: 300 vagas. cial Leste Aricanduva prevê contratar 1,6 mil funcionários temporários efetivou 24 mil, seguida pela para atuar em mais de 500 lojas Páscoa. Na data, foram oferecie atender a uma demanda de das 54 mil vagas e cerca de 20 aproximadamente 5,5 milhões mil pessoas foram efetivadas.

D

úvidas sobre a substituição tributária adotada em São Paulo devem ser encaminhadas ao e-mail substituicaotributaria@dcomercio.com.br. As questões serão respondidas pelo Sindicato das Empresas de Contabilidade no Estado de São Paulo (SesconSP) e publicadas às segundasfeiras no Diário do Comércio. Temos uma empresa que optou pelo Simples Nacional e é fabricante de produtos de perfumaria e higiene pessoal, faz os cálculos da substituição tributária na nota fiscal. Sendo a empresa optante pelo Simples Nacional, pode reduzir a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 12%, conforme o artigo 34 do RICMS/2000. Há uma fórmula de cálculo se houver a redução ou continuo com a alíquota de 25%? Embora haja entendimento no sentido de que, se houver redução de base de cálculo para as operações internas com a mercadoria no cálculo do ICMS retido por substituição tributária, será aplicada a redução para a empresa optante pelo Simples Nacional, não há na legislação dispositivo legal autorizando tal redução. Recomenda-se consultar a fiscalização. Quando é feita uma venda para

fora do estado para consumidor final não há substituição tributária? Qual o CFOP que devo usar, o 6405? O CFOP a ser utilizado na operação de venda para fora do estado para consumidor final sem substituição tributária é o 6102 (Convênio s/nº, de 15/12/1970 e ajuste Sinief nº 3/2008). Com qual CFOP devo registrar a aquisição de mercadorias sujeitas à substituição tributária de fora do estado, prevista no artigo 313-A e seguintes, 2.102 ou 2.403? Se o adquirente for uma RPA e o produto for para revenda, o crédito do ICMS pela compra deve ser lançado na coluna própria do Livro Registro de Entradas? Não foram criados CFOPs específicos para identificar o lançamento das notas fiscais de entrada e de saída. Sendo assim, entendemos que, para identificar a entrada, o CFOP mais indicado será o 2.102, até que seja criado CFOP específico para esse caso. Com relação à nota fiscal de entrada, será escriturada na forma prevista na legislação, ou seja, nas colunas adequadas. Os dados relativos à operação de aquisição, nas colunas "valor contábil", "base de cálculo" e "operações com crédito do imposto" (se vier destacado no documento fiscal e ser for contribuinte RPA).


sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Comércio Exterior Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 FMI pretende coordenar mudanças, China sinaliza desaceleração e Brasil ainda espera por Doha.

CRISE PODE AFETAR EXPORTAÇÃO CHINESA

FMI QUER LIDERAR REFORMA Após permanecer em silêncio durante o auge da crise que abateu instituições financeiras nos Estados Unidos, Fundo pretende ser o protagonista da reestruturação.

D

epois de um silêncio que deixou muitos analistas perplexos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que quer liderar uma "ampla reforma" do sistema financeiro e estima que o pacote aprovado nos Estados Unidos deva ser apenas o primeiro passo para dar uma solução à crise. Para a entidade, que busca um novo papel diante de um mundo em plena crise, uma ação coordenada internacional ainda precisa ser estabelecida e alerta: o mercado não irá curar o mercado. Nos últimos dias, a cúpula do Fundo vem mantendo contatos com governos e BCs dos países ricos para tentar convencê-los de que está na hora de seguir os passos adotados pelos Estados Unidos e até ir adiante: dar um mandato para que o FMI possa começar a pensar em uma reforma completa do sistema, praticamente redefinindo os próprios objetivos originais do organismo. O Fundo estaria disposto a negociar e estabelecer um novo marco regulatório para o sistema financeiro para evitar que crises como a atual voltem a ocorrer. Até lá, uma ação internacional ainda será necessária para garantir a tranqüilidade dos mercados. Na Europa, os governos já deixaram claro que não estão dispostos a seguir esses passos. O diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, diz que a crise pede que controles mais rígidos do mercado sejam criados e deixa claro que isso seria um papel ideal para sua entidade. "Por enquanto, estamos apagando o incêndio, e é isso o que os americanos fizeram. Mas, depois, precisamos criar regras para as instituições e os mercados", afirma. "Os políticos podem injetar dinheiro público para evitar que o edifício financeiro seja derrubado, pois é a estabilidade de nossas economias que está em jogo. Mas, logo, precisamos reformar. O mercado não irá curar o mercado", diz. Para ele, o controle dos ganhos financeiros é a chave. "Fomos criados em 1944 como uma espécie de serviço público mundial. Naquela época, a ameaça era a anarquia monetária. Hoje, o que ameaça é a anarquia financeira: a falta de transparência, a irresponsabilidade de um sistema que se desenvolveu sem uma relação

A VOZ DA CHINA Premiê diz que a crise terá impacto em todo o mundo

A

crise que está atingindo o setor financeiro terá impacto nas economias de todo o mundo, inclusive na da China, disse ontem o premiê chinês, Wen Jiabao. Segundo ele, uma desaceleração na economia norteamericana afetaria as exportações chinesas. Jiabao acrescentou estar preocupado com a segurança do capital chinês aplicado nos Estados Unidos. Ele afirmou, no entanto, que se houver ação rápida será possível solucionar a crise. A China tem grande número de títulos do Tesouro dos EUA e há o temor de redução do interesse do país em continuar comprando esses papéis em altos volumes. Wen recusou-se a comentar a estratégia chinesa e disse considerar importante que países "se juntem" para resolver a crise. (AE)

com a economia real. As finanças devem ser controladas", diz Kahn. "Podemos ter autoridades nacionais ou regionais, mas precisamos de fiador global. Uma instituição que verifique as normas." Em sua avaliação, como o FMI reúne todos os países, seria capaz de definir regras de interesse de todos. "Isso é o que mundo mais precisa agora", afirma. Para um funcionário do FMI, um eventual novo mandato significaria a "recriação do Fundo" para que seja relevante também para enfrentar as crises contemporâneas. Hoje, sem poder

atuar com recursos diante do mada da confiança nos mertamanho dessa crise, o FMI es- cados. A intenção é de que os tá em busca de Yuri Gripas/Reuters europeus entenum novo papel dam que a finalide articulador e dade de um pade centro da recote local seja a forma do sistema de ajudar a salinternacional. var a economia. A idéia é de "Outras econoque um pacote mias avançadas deveriam prepan a E u ro p a n ã o seria para salvar rar planos de apenas a econocontingência, inm i a e u r o p é i a , Kahn: reformar o sistema clusive para limas que faria dar com a comparte de um plano internacio- plexidade do colapso de instinal para de fato dar um fim ao tuições com ramificações que problema e começar a reto- cruzam fronteiras."

João de Freitas Jardim Veloso, torna público que requereu da CETESB a Licença de

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CNPJ nº 56.993.900/0001-31 CONVOCAÇÃO Convocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”) a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, que deverá se realizar às 10 horas do dia 3 de outubro de 2008, na sede social, à Rua Engenheiro Francisco Pita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre (i) homologação do aumento do capital social aprovado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 16 de junho de 2008; (ii) cancelamento de ações em tesouraria; (iii) conversão das ações preferenciais em ordinárias; (iv) estorno da operação de capitalização aprovada na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de dezembro de 2003, com a conseqüente reconstituição da reserva de reavaliação e seu reflexo no capital social; e (v) aprovar a nova redação do Estatuto Social. Os documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembléia Geral estão à disposição dos acionistas na sede da companhia. (25, 26, 29) São Paulo, 25 de setembro de 2008 - A Diretoria FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA ENTREGA IMEDIATA PREGÃO Nº 071/2008-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 543/2008-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 29 de setembro a 15 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 071/2008-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 543/2008-FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o AQUISIÇÃO DE CARRO COLETOR E LIXEIRA PLÁSTICA, PARA AS DEPENDÊNCIAS DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU, DO HOSPITAL MANOEL DE ABREU, DO HOSPITAL ESTADUAL AMERICO BRASILIENSE E DA UTI DO HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura do Envelope Proposta de Preços e do Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 16 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, C.E.P. 17.033360. Botucatu, 26 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti - Diretor Presidente - FAMESP PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI-MIRIM

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 074/2008 Objeto: Aquisição de materiais de bazar para oficina de artesanato, pelo período estimado de 12 (doze) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 14/10/2008 às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 38141052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 13/10/2008. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 075/2008 Objeto: Aquisição de materiais de limpeza, pelo período estimado de 06 (seis) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 15/10/2008 às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 14/10/2008. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 076/2008 Objeto: Aquisição de suplementos alimentares, pelo período estimado de 06 (seis) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 16/10/2008 às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 15/10/2008. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 077/2008 Objeto: Aquisição de medicamentos através de SRP, pelo período estimado de 06 (seis) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 17/10/2008 às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/ 1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 16/10/2008. Pregoeira. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 078/2008 Objeto: Fornecimento contínuo e parcelado de 4.000 m³ de oxigênio gasoso medicinal e locação de cilindros de 1m³ e 10m³, pelo período estimado de 12(doze) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes: 15/10/2008 às 15:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052/1060/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (Dez Reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br sem ônus, até o dia 14/10/2008. Pregoeiro. EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 007/2008 Objeto: Aquisição de aparelho de radiodiagnóstico convencional (RX). Recebimento das propostas comerciais a partir do dia 01/10/08 até às 11:00 h. do dia 13/10/08. Abertura e julgamento das propostas: das 11:00 às 13:00 h. do dia 13/10/08. Abertura dos lances a partir das 13:01 horas do dia 13/10/2008. Retirada do Edital: Diretamente no site www.bbmnet.com.br e ou gratuitamente através do site www.mogimirim.sp.gov.br para consulta. Demais Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1046/1052/1060. Pregoeira.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 26 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84, INFORMAMOS QUE NO DIA 26 DE SETEMBRO DE 2008 NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL.

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A estratégia está sendo passar à opinião pública européia que o pacote é necessário. A decisão surgiu depois de o comissário de Economia da União Européia (UE), Joaquin Almúnia, ter afirmado que "políticos socialistas (como ele) eram contra socializar os prejuízos dos bancos". Angela Merkel, chanceler alemã, e outros líderes também haviam dado sinais de que não adotariam a mesma estratégia. "Haverá uma desaceleração prolongada da economia. Será difícil para a Europa e para certos países pobres", completa. Alfa Previdência e Vida S.A.

Brasil – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem em Nova York que a atual crise econômica criou um sentimento de urgência para debater a reforma do FMI e do Banco Mundial. O ministro brasileiro saiu otimista do encontro com seus colegas do Bric, o grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China, e com esperança de que a Rodada de Doha sobre a liberalização do comércio mundial seja concluída até o final de 2008, com uma nova proposta para a Índia aderir ao acordo. (Agências)

C.N.P.J. nº 02.713.530/0001-02 e NIRE 35 3 0015729 0 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 28/01/2008 Data: 28 de janeiro de 2008. Horário: 11:00 horas. Local: Sede social, Alameda Santos, 466, 7º andar - parte - São Paulo - SP. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social. Mesa: Carlos dos Santos - Presidente. Flávio Márcio Passos Barreto - Secretário. José Antônio Rigobello - Secretário. Leitura do Documento. “Proposta da Diretoria. Senhores Acionistas, a Diretoria propõe: 1. aumentar o capital social em R$ 10.000.000,80, (dez milhões de reais e oitenta centavos) dividido em 6.806.469 (seis milhões, oitocentas e seis mil, quatrocentas e sessenta e nove) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal passando o capital social de R$ 8.104.262,26 (oito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e dois reais e vinte e seis centavos), integralmente realizado e dividido em 6.806.469 (seis milhões, oitocentas e seis mil, quatrocentas e sessenta e nove) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, para R$ 18.104.263,06 (dezoito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e três reais e seis centavos), mediante a emissão de mais 5.555.556 (cinco milhões, quinhentas e cinqüenta e cinco mil, quinhentas e cinqüenta e seis) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço de R$ 1,80 (um real e oitenta centavos) por ação, mediante subscrição particular dos acionistas, na proporção da posição acionária de cada um deles, na data da assembléia, com integralização em dinheiro, no ato. 2. deixar a critério da Assembléia Geral a fixação das demais condições desse aumento de capital. 3. uma vez aprovada referida proposta, o Estatuto Social deverá ser reformado na parte correspondente. São Paulo, 24 de janeiro de 2008. a.a.) Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor Gerente”. Deliberações Tomadas por Unanimidade: 1. aprovou o aumento do capital social de R$ 8.104.262,26 (oito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e dois reais e vinte e seis centavos) para R$ 18.104.263,06, (dezoito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e três reais e seis centavos), sendo o aumento de R$ 10.000.000,80, (dez milhões de reais e oitenta centavos) dividido em 6.806.469 (seis milhões, oitocentas e seis mil, quatrocentas e sessenta e nove) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal; 2. fixou em R$ 1,80 (um real e oitenta centavos) o preço de emissão das ações; 3. dispensou a fixação do prazo para o exercício do direito de preferência legal na subscrição das ações, bem como a publicação do respectivo Aviso aos Acionistas, para que as subscrições pudessem se processar livre e imediatamente; 4. em conseqüência das deliberações tomadas nos itens anteriores, reformou o Artigo 5º do Estatuto Social, passando a ser assim redigido: “Art. 5º - O capital social é de R$ 18.104.263,06, (dezoito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e três reais e seis centavos), integralmente realizado e dividido em 12.362.025 (doze milhões, trezentas e sessenta e duas mil e vinte e cinco) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal.”. Lida e aprovada, vai esta ata assinada pelos presentes. São Paulo, 28 de janeiro de 2008. Carlos dos Santos - Presidente; Flávio Márcio Passos Barreto - Secretário; José Antônio Rigobello Secretário. Os Acionistas: Corumbal Participações e Administração Ltda. a.a.) Aloysio de Andrade Faria; José Antônio Rigobello; Administradora Fortaleza Ltda. a.) Aloysio de Andrade Faria; Alfa Holdings S.A. a.a.) Aloysio de Andrade Faria; Flávio Márcio Passos Barreto; Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Aloysio de Andrade Faria. Flávio Márcio Passos Barreto. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Alfa Previdência e Vida S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor Gerente. Certidão: Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob nº 310.810/08-5, em 19/09/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretaria Geral. Alfa Previdência e Vida S.A. C.N.P.J. n.º 02.713.530/0001-02 e NIRE 35 3 0015729 0. Boletim de Subscrição das ações relativas ao aumento de capital da Alfa Previdência e Vida S.A. em mais 5.555.556 (cinco milhões, quinhentas e cinqüenta e cinco mil, quinhentas e cinqüenta e seis) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 1,80, (um real e oitenta centavos), autorizado pela Assembléia Geral Extraordinária de 28 de janeiro de 2008. Subscritores Número de Ações Valor R$ Corumbal Participações e Administração Ltda., titular do C.N.P.J. nº 02.809.488/0001-28 e do NIRE 35 2 1637809 4, com sede em São Paulo (SP), na Alameda Santos, 466, parte, Cerqueira César. Aloysio de Andrade Faria - Diretor Presidente. José Antônio Rigobello - Diretor. 5.545.332 9.981.597,60 Administradora Fortaleza Ltda., CNPJ nº 17.167.321/0001-88, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 São Paulo - SP. Aloysio de Andrade Faria - Diretor 3.408 6.134,40 Alfa Holdings S.A., C.N.P.J. nº 17.167.396/0001-69, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 - São Paulo - SP. Aloysio de Andrade Faria - Diretor Presidente. Flávio Márcio Passos Barreto - Diretor. 3.408 6.134,40 Consórcio Alfa de Administração S.A., C.N.P.J. nº 17.193.806/0001-46, sociedade com sede na Alameda Santos nº 466 São Paulo - SP. Aloysio de Andrade Faria - Diretor Presidente. Flávio Márcio Passos Barreto - Diretor 3.408 6.134,40 Total 5.555.556 10.000.000,80 São Paulo, 28 de janeiro de 2008. Alfa Previdência e Vida S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor Gerente. Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Realizadas em 31 de Março de 2008 Data: 31 de março de 2008. Horário: 11:00 horas, Assembléia Geral Ordinária e em seguida Assembléia Geral Extraordinária. Local: Sede social, Alameda Santos, 466, 7º andar, São Paulo - SP. Presença: a) acionistas representando a totalidade do capital social; b) auditoria externa independente, KPMG Auditores Independentes (CRC 2SP 14428/O-6), representada pelo Sr. Zenko Nakassato (CRC 1SP160769/O-0). Mesa: Carlos dos Santos - Presidente. José Antonio Rigobello - Secretário. Flávio Márcio Passos Barreto - Secretário. Ordem do Dia: 1. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras, incluindo a destinação do Lucro Líquido do exercício, e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social, encerrado em 31/12/2007, publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diário do Comércio, edições de 28/02/2008; 2. ratificação do pagamento de dividendos; 3. destinação do lucro líquido do exercício; 4. eleição da Diretoria; 5. fixação da remuneração da Diretoria; 6. fixação da participação dos lucros dos Diretores. 7. Proposta da Diretoria com o seguinte teor: “Proposta da Diretoria: Senhores Acionistas. A Diretoria propõe: 1. aumentar o capital social em R$ 520.693,10, (quinhentos e vinte mil, seiscentos e noventa e três reais e dez centavos) dividido em 290.890 (duzentos e noventa mil, oitocentas e noventa) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal passando o capital social de R$ 18.104.263,06 (dezoito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e três reais e seis centavos), para R$ 18.624.956,16 (dezoito milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, novecentos e cinqüenta e seis reais e dezesseis centavos), dividido em 12.652.915 (doze milhões, seiscentas e cinqüenta e duas mil, novecentas e quinze) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. 2. Que a Assembléia Geral fixe o preço de emissão em R$ 1,79 (um real e setenta e nove centavos), por ação. 3. A Diretoria deixa a critério da Assembléia Geral a fixação das demais condições desse aumento de capital. 4. Alterar os seguintes Artigos do Estatuto social: o caput do Artigo 2º; Artigo 8º; o caput do Artigo 9º; o Artigo 10; o Artigo 13; o Artigo 14, o § Único do Artigo 15; excluir o Artigo 21 e renumerar o Artigo 22, que passarão a ser assim redigidos: “Art. 2º - A sociedade tem sede na Alameda Santos, 466 - 7º andar, Cerqueira César, CEP 01418-000, na cidade, Município e Comarca de São Paulo, Capital do Estado de São Paulo, que é seu foro.”. “Art. 8º - A Assembléia Geral será instalada e presidida por um Diretor, o qual convidará 1 (um) dos presentes para secretariar os trabalhos.”. “Art. 9º - A sociedade será administrada por uma Diretoria constituída de 2 (dois) membros, no mínimo, a 4 (quatro) membros, no máximo, eleitos e destituíveis, a qualquer tempo, pela Assembléia Geral.”. “Art. 10 - Nos impedimentos temporários ou faltas de qualquer Diretor, a Diretoria poderá delegar as funções aos demais diretores. § 1º - Ocorrendo vaga na Diretoria proceder-se-á da mesma forma estabelecida neste artigo, perdurando a delegação das funções aos demais membros da Diretoria até o provimento do cargo vago pela primeira Assembléia Geral subseqüente, servindo o substituto então eleito até o término do mandato do substituído. § 2º - Considerar-se-á vago o cargo de Diretor que, sem causa justificada, deixar de exercer suas funções por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”. “Art. 13 - A Diretoria é investida de todos os poderes necessários à realização dos fins sociais, inclusive os de representação da sociedade, judicial e extrajudicialmente, ativa e passivamente, prestar depoimento pessoal, sendo a ela facultado designar e constituir procurador especial para estas duas últimas hipóteses e dependerá de prévia autorização da Assembléia Geral para contrair empréstimos em geral, outorgar avais, ou outras garantias, adquirir, onerar e alienar bens imóveis e participações em outras empresas. § Único - As citações iniciais da sociedade somente serão válidas quando feitas nas pessoas de todos os seus membros, então em exercício.”. “Art. 14 - Observado o disposto no artigo seguinte, cada membro da Diretoria é investido de poderes para representar a sociedade e praticar os atos necessários ao seu funcionamento regular, ressalvado competir a cada um dos Diretores: e a cada um dos Diretores Gerentes: a. realizar quaisquer operações atinente aos fins sociais, nos limites e condições estabelecidos pela Diretoria e pela Assembléia Geral; b. desincumbir-se das atribuições que lhes forem cometidas, especificamente, pela Diretoria e pela Assembléia Geral; c. cumprir e fazer cumprir o estatuto social, assim como as resoluções das Assembléias Gerais e da Diretoria; d. instalar e presidir as Assembléias Gerais dos acionistas.”. “Art. 15 - ..... § Único - Nos atos de constituição de procuradores a sociedade somente poderá ser representada conjuntamente por 2 (dois) Diretores.”. Uma vez aprovadas referidas propostas, o Estatuto Social deverá ser alterado para refletir as propostas acima e Consolidado. São Paulo, 24 de março de 2008. a.a.) Carlos dos Santos. Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos. Celso Luiz Dobarrio de Paiva. Farid Eid Filho.” Leitura de Documentos: Todos os documentos citados nos itens 1 e 7 da Ordem do Dia foram lidos, colocados sobre a mesa e entregues à apreciação dos acionistas. Deliberações Tomadas por Votação Unânime: Em Assembléia Geral Ordinária. 1. aprovados o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2007; 2. ratificada a distribuição de dividendos, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2007, no valor de R$ 520.695,24 (quinhentos e vinte mil seiscentos e noventa e cinco reais e vinte e quatro centavos); 3. aprovada a destinação do lucro liquido do exercício, sendo a importância de R$ 109.620,05 (cento e nove mil, seiscentos e vinte reais e cinco centavos) para Reserva Legal, e o saldo remanescente do lucro liquido de R$ 1.562.085,72 (hum milhão, quinhentos e sessenta e dois mil, oitenta e cinco reais e setenta e dois centavos) para Reservas Estatutárias a saber: R$ 1.405.877,15 (hum milhão, quatrocentos e cinco mil, oitocentos e setenta e sete reais e quinze centavos) para Reserva para Aumento de Capital, e R$ 156.208,57 (cento e cinqüenta e seis mil, duzentos e oito reais e cinqüenta e sete centavos) para Reserva Especial para Dividendos; 4. reeleitos os membros da Diretoria, com mandato até a realização da Assembléia Geral Ordinária de 2009, para Diretores, os Srs.: Carlos dos Santos (CPF nº 221.432.897-15 - RG nº 25.308.088-5-SSP-SP), brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado em Barueri - SP, Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos (CPF 011.505.966-00 - RG nº 5.459.225-SSP-SP), brasileiro, separado judicialmente, economista, residente e domiciliado no Rio de Janeiro - RJ, Celso Luiz Dobarrio de Paiva (CPF nº 016.986.818-44 - RG nº 5.591.811 - SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro, residente e domiciliado em São Paulo-SP e Farid Eid Filho (CPF nº 069.118.958-71 - RG nº 8.280.810-SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em São Paulo-SP, todos com endereço comercial na Alameda Santos, 466 - 5º andar, São Paulo-SP; 4.1. ratificada a indicação do Sr. Carlos dos Santos, como Diretor Responsável por Relações com a SUSEP, pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas de Contabilidade e de Auditoria Independente, e como Diretor responsável pelos Controles Internos da Sociedade; 4.2. ratificada a indicação do Sr. Farid Eid Filho, como Diretor responsável Técnico e Diretor responsável pelo cumprimento do disposto na Lei nº 9.613, de 03/03/1998; 4.3. ratificada a indicação do Sr. Celso Luiz Dobarrio de Paiva, como Diretor responsável pelo cumprimento do estabelecido na Circular SUSEP nº 344, de 21/06/2007; 5. deliberado fixar em até R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), em média mensal, a remuneração da Diretoria, nos termos do Estatuto Social. Essa verba vigorará a partir de abril do corrente ano até a próxima Assembléia Geral Ordinária. Poderá a Sociedade proporcionar, aos seus administradores, transporte individual e, para alguns, também segurança; 6. aprovado, na forma do Estatuto Social, atribuir aos Diretores uma participação nos lucros de até 0,018 (dezoito milésimos) do lucro líquido ajustado, relativo ao último exercício, cabendo à Diretoria deliberar sobre a forma de distribuição dessa verba entre os seus membros. Os membros da Diretoria reeleitos declararam, sob as penas da lei, que preenchem os requisitos previstos na Resolução CNSP nº 136, de 2005, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP para exercer a administração. O Conselho Fiscal deixou de ser instalado por não haver pedido dos senhores acionistas nesse sentido. Deliberações Tomadas por Votação Unânime em Assembléia Geral Extraordinária: 1. autorizou a elevação do capital social pela emissão de mais 290.890 (duzentas e noventa mil, oitocentas e noventa) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, nos precisos termos da Proposta da Diretoria; 2. fixou em R$ 1,79 (um real e setenta e nove centavos) o preço unitário de emissão das ações; 3. dispensou a fixação do prazo para o exercício do direito de preferência legal na subscrição das ações, bem como a publicação do respectivo Aviso aos Acionistas, para que as subscrições pudessem se processar livre e imediatamente; 4. declarou que as ações relativas ao aumento de capital ora autorizado haviam sido integralmente subscritas e realizadas mediante a utilização de créditos, relativos a dividendos declarados em 31/01/2008, conforme lista de subscrição que se encontrava sobre a mesa; 5. aprovou o aumento do capital social de R$ 18.104.263,06 (dezoito milhões, cento e quatro mil, duzentos e sessenta e três reais e seis centavos), para R$ 18.624.956,16 (dezoito milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, novecentos e cinqüenta e seis reais e dezesseis centavos), dividido em 12.652.915 (doze milhões, seiscentas e cinqüenta e duas mil, novecentas e quinze) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendo o aumento de R$ 520.693,10 (quinhentos e vinte mil, seiscentos e noventa e três reais e dez centavos) dividido em 290.890 (duzentos e noventa mil, oitocentas e noventa) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, integralizadas no ato, mediante a utilização de créditos, conforme Lista de Subscrição que se encontrava sobre a mesa; 6. em conseqüência das deliberações tomadas nos itens anteriores, reformou o Artigo 5º do Estatuto Social, que passa a ser assim redigido: “Art. 5º - O capital social é de R$18.624.956,16 (dezoito milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, novecentos e cinqüenta e seis reais e dezesseis centavos), integralmente realizado e dividido em 12.652.915 (doze milhões, seiscentas e cinqüenta e duas mil, novecentas e quinze) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal.”. 7. alterar os seguintes Artigos do Estatuto Social: o caput do Artigo 2º; Artigo 8º; o caput do Artigo 9º; o Artigo 10; o Artigo 13; o Artigo 14, o § Único do Artigo 15; excluir o Artigo 21 e renumerar o Artigo 22, que passarão a ser assim redigidos: “Art. 2º - A sociedade tem sede na Alameda Santos, 466 - 7º andar, Cerqueira César, CEP 01418-000, na cidade de São Paulo - SP.”. “Art. 8º - A Assembléia Geral será instalada e presidida por um Diretor, o qual convidará 1 (um) dos presentes para secretariar os trabalhos.”. “Art. 9º - A sociedade será administrada por uma Diretoria constituída de 2 (dois) membros, no mínimo, a 4 (quatro) membros, no máximo, eleitos e destituíveis, a qualquer tempo, pela Assembléia Geral.”. “Art. 10 - Nos impedimentos temporários ou faltas de qualquer Diretor, a Diretoria poderá delegar as funções aos demais diretores. § 1º - Ocorrendo vaga na Diretoria proceder-se-á da mesma forma estabelecida neste artigo, perdurando a delegação das funções aos demais membros da Diretoria até o provimento do cargo vago pela primeira Assembléia Geral subseqüente, servindo o substituto então eleito até o término do mandato do substituído. § 2º - Considerar-se-á vago o cargo de Diretor que, sem causa justificada, deixar de exercer suas funções por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”. Art. 13 - A Diretoria é investida de todos os poderes necessários à realização dos fins sociais, inclusive os de representação da sociedade, judicial e extrajudicialmente, ativa e passivamente, prestar depoimento pessoal, sendo a ela facultado designar e constituir procurador especial para estas duas últimas hipóteses e dependerá de prévia autorização da Assembléia Geral para contrair empréstimos em geral, outorgar avais, ou outras garantias, adquirir, onerar e alienar bens imóveis e participações em outras empresas. § Único As citações iniciais da sociedade somente serão válidas quando feitas nas pessoas de todos os seus membros, então em exercício.”. “Art. 14 - Observado o disposto no artigo seguinte, cada membro da Diretoria é investido de poderes para representar a sociedade e praticar os atos necessários ao seu funcionamento regular, ressalvado competir a cada um dos Diretores: e a cada um dos Diretores Gerentes: a. realizar quaisquer operações atinente aos fins sociais, nos limites e condições estabelecidos pela Diretoria e pela Assembléia Geral; b. desincumbir-se das atribuições que lhes forem cometidas, especificamente, pela Diretoria e pela Assembléia Geral; c. cumprir e fazer cumprir o estatuto social, assim como as resoluções das Assembléias Gerais e da Diretoria; d. instalar e presidir as Assembléias Gerais dos acionistas.” “Art. 15 - .... § Único - Nos atos de constituição de procuradores a sociedade somente poderá ser representada conjuntamente por 2 (dois) Diretores.”. 8. em decorrência das deliberações acima, resolvem Consolidar o Estatuto Social que passa a ser assim redigido: “Estatuto Social da Alfa Previdência e Vida S.A. Título I. Da denominação, sede, prazo de duração e objeto social. Art. 1º - Alfa Previdência e Vida S.A. é uma sociedade anônima regida pelo presente estatuto e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. Art. 2º - A sociedade tem sede na Alameda Santos, 466 - 7º andar, Cerqueira César, CEP 01418-000, na cidade de São Paulo - SP. § Único - Respeitadas às prescrições legais e regulamentares, poderão ser instaladas ou suprimidas sucursais, agências ou representações em qualquer localidade do país ou do exterior, por simples deliberação da Diretoria. Art. 3º - O prazo de duração da sociedade é indeterminado. Art. 4º - A sociedade tem por objeto a exploração de seguros do ramo vida e correlatos e a instituição e administração de planos de previdência privada, tais como definidos na legislação em vigor. Título II: Do capital e das ações: Art. 5º - O capital social é de R$ 18.624.956,16, (dezoito milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, novecentos e cinqüenta e seis reais e dezesseis centavos), integralmente realizado e dividido em 12.652.915 (doze milhões, seiscentas e cinqüenta e duas mil, novecentas e quinze) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal. § Único - Os documentos representativos das ações serão assinados por 2 (dois) Diretores, ou por 2 (dois) procuradores com poderes especiais. Art. 6º - A sociedade poderá, a qualquer tempo, por determinação da Assembléia Geral, criar novas espécies e classes de ações, ou aumentar as espécies e classes então existentes, sem guardar proporção com as demais; mas o total das ações preferenciais sem direito a voto não poderá ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. Título III: Da assembléia geral: Art. 7º - A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, até o dia 31 de março de cada ano; e, extraordinariamente, quando convocada por 2 (dois) Diretores, ou nos casos legais. § Único - Para participar da Assembléia Geral é necessária a condição de acionista até 8 (oito) dias antes da data da realização do respectivo conclave e o depósito do instrumento de procuração, na sede social, até 5 (cinco) dias também antes do mesmo evento, no caso de representação do acionista por mandatário. Art. 8º - A Assembléia Geral será instalada e presidida por um Diretor, o qual convidará 1 (um) dos presentes para secretariar os trabalhos. Título IV: Da Diretoria e suas atribuições: Art. 9º - A sociedade será administrada por uma Diretoria constituída de 2 (dois) membros, no mínimo, a 4 (quatro) membros, no máximo, eleitos e destituíveis, a qualquer tempo, pela Assembléia Geral. § 1º - O prazo de mandato da Diretoria é de um ano, mas estender-se-á até a investidura dos novos membros eleitos. É admitida a reeleição. § 2º - A Assembléia Geral fixará, anualmente, o montante global da remuneração da Diretoria, cabendo a esse órgão deliberar sobre a forma de distribuição dessa verba entre os seus membros. Art. 10 - Nos impedimentos temporários ou faltas de qualquer Diretor, a Diretoria poderá delegar as funções aos demais diretores. § 1º - Ocorrendo vaga na Diretoria proceder-se-á da mesma forma estabelecida neste artigo, perdurando a delegação das funções aos demais membros da Diretoria até o provimento do cargo vago pela primeira Assembléia Geral subseqüente, servindo o substituto então eleito até o término do mandato do substituído. § 2º - Considerar-se-á vago o cargo de Diretor que, sem causa justificada, deixar de exercer suas funções por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Art. 11 - A Diretoria reunir-se-á por convocação de um de seus membros, com 5 (cinco) dias de antecedência, dispensando-se esse interregno quando participar da reunião a totalidade de seus membros. § 1º - As deliberações da Diretoria serão tomadas pela maioria dos membros desse órgão. § 2º - Qualquer membro da Diretoria terá o direito de credenciar um de seus pares por carta, telegrama, telefax ou e-mail, a fim de representá-lo nas reuniões da Diretoria, seja para a formação de “quorum”, seja para a votação; e, igualmente, são admitidos votos por carta, telegrama, telefax ou e-mail quando recebidos, na sede social, até o momento da reunião. Art. 12 - Compete à Diretoria: a) estabelecer as normas de condução dos negócios sociais; b) apresentar o relatório e as demonstrações financeiras de cada exercício, depois de submetidos ao parecer do Conselho Fiscal, se em funcionamento. “Art. 13 - A Diretoria é investida de todos os poderes necessários à realização dos fins sociais, inclusive os de representação da sociedade, judicial e extrajudicialmente, ativa e passivamente, prestar depoimento pessoal, sendo a ela facultado designar e constituir procurador especial para estas duas últimas hipóteses e dependerá de prévia autorização da Assembléia Geral para contrair empréstimos em geral, outorgar avais, ou outras garantias, adquirir, onerar e alienar bens imóveis e participações em outras empresas. § Único - As citações iniciais da sociedade somente serão válidas quando feitas nas pessoas de todos os seus membros, então em exercício. Art. 14 - Observado o disposto no artigo seguinte, cada membro da Diretoria é investido de poderes para representar a sociedade e praticar os atos necessários ao seu funcionamento regular, ressalvado competir a cada um dos Diretores: e a cada um dos Diretores Gerentes: a. realizar quaisquer operações atinente aos fins sociais, nos limites e condições estabelecidos pela Diretoria e pela Assembléia Geral; b. desincumbir-se das atribuições que lhes forem cometidas, especificamente, pela Diretoria e pela Assembléia Geral; c. cumprir e fazer cumprir o estatuto social, assim como as resoluções das Assembléias Gerais e da Diretoria; d. instalar e presidir as Assembléias Gerais dos acionistas. Art. 15 - A sociedade considerar-se-á obrigada quando representada: a) conjuntamente, por 2 (dois) Diretores; b) conjuntamente, por um Diretor e um procurador, quando assim for designado no respectivo instrumento de mandato e de acordo com a extensão dos poderes que nele se contiverem; c) conjuntamente, por 2 (dois) procuradores, quando assim for designado nos respectivos instrumentos de mandato e de acordo com a extensão dos poderes que neles se contiverem; d) singularmente, por um procurador, quando assim for designado no respectivo instrumento de mandato e de acordo com a extensão dos poderes que nele se contiverem. § Único - Nos atos de constituição de procuradores, a sociedade somente poderá ser representada conjuntamente por 2 (dois) Diretores. Título V: Do conselho fiscal: Art. 16 - O Conselho Fiscal é órgão não permanente, que só será instalado pela Assembléia Geral a pedido de acionistas, na conformidade legal. Art. 17 - Quando instalado, o Conselho Fiscal será composto de 3 (três) membros, no mínimo, a 5 (cinco) membros, no máximo, e suplentes em igual número; e sua remuneração será fixada pela Assembléia Geral que o eleger. § 1º - O Conselho Fiscal terá as atribuições e os poderes que a lei lhe confere. § 2º - Os membros do Conselho Fiscal serão substituídos nos seus impedimentos, ou faltas, ou em caso de vaga, pelos respectivos suplentes. Título VI: Das demonstrações financeiras e da destinação do lucro líquido: Art. 18 - O exercício social coincide com o ano civil, terminando, portanto, em 31 de dezembro de cada ano, quando serão elaboradas as demonstrações financeiras; e do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os eventuais prejuízos acumulados e a provisão para Imposto sobre a Renda. § Único - Será levantado balanço semestral em 30 de junho de cada ano. Art. 19 - Juntamente com as demonstrações financeiras, a Diretoria apresentará à Assembléia Geral Ordinária proposta de destinação do lucro líqüido, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei de Sociedades por Ações, obedecendo à seguinte ordem de dedução, na forma da lei: a) 5% (cinco por cento) no mínimo, para o Fundo de Reserva Legal, até atingir 20% (vinte por cento) do capital social; b) as importâncias que, legalmente, puderem ser destinadas a Reservas para contingências; c) a cota necessária ao pagamento de um dividendo que represente, em cada exercício, 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, do lucro líqüido, ajustado na forma prevista pelo artigo 202 da Lei de Sociedades por Ações. Os dividendos serão declarados com integral respeito aos direitos, preferências, vantagens e prioridades das ações então existentes, segundo os termos da lei e deste estatuto; e, quando for o caso, as resoluções da Assembléia Geral. § 1º - O saldo, se houver, terá o destino que, por proposta da Diretoria, for deliberado pela Assembléia Geral Ordinária, inclusive o seguinte: a) até 90% (noventa por cento) à Reserva para aumento de capital com a finalidade de assegurar adequadas condições operacionais, até atingir o limite de 80% (oitenta por cento) do capital social; b) o remanescente à Reserva Especial para Dividendos com o fim de garantir a continuidade da distribuição semestral de dividendos, até atingir o limite de 20% (vinte por cento) do capital social. § 2º - Como previsto no artigo 197 e seus parágrafos da Lei de Sociedades por Ações, no exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos deste estatuto, ou do artigo 202 da mesma Lei, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a Assembléia Geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de Reserva de Lucros a Realizar. § 3º - As reservas provenientes de lucros auferidos e lucros suspensos, inclusive a reserva legal, não poderão ultrapassar o capital social; atingido esse limite, a Assembléia Geral deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos. § 4º - A Assembléia Geral poderá atribuir à Diretoria uma participação nos lucros nos casos, forma e limites legais. § 5º - A distribuição de dividendos e bonificações obedecerá aos prazos fixados em lei. Art. 20 - Por proposta da Diretoria poderá a sociedade pagar juros aos acionistas, a título de remuneração do capital próprio destes últimos, até o limite estabelecido pelo artigo 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995; e, na forma do parágrafo 7º desse mesmo artigo, as eventuais importâncias assim desembolsadas poderão ser imputadas ao valor dos dividendos obrigatórios previstos em lei e neste estatuto. Título VII: Da liquidação da sociedade. Art. 21 - A sociedade entrará em liquidação nos casos legais.” Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos destas Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, lavrando-se no livro próprio a presente ata que, lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. São Paulo, 31 de março de 2008. Carlos dos Santos - Presidente da Mesa. José Antonio Rigobello - Secretário. Flávio Márcio Passos Barreto - Secretário. Os Acionistas: Corumbal Participações e Administração Ltda. a.a.) Aloysio de Andrade Faria. José Antonio Rigobello. Administradora Fortaleza Ltda. a.a.) Aloysio de Andrade Faria. Alfa Holdings S.A. a.a.) Aloysio de Andrade Faria. Flávio Márcio Passos Barreto. Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Aloysio de Andrade Faria. Flávio Márcio Passos Barreto. Declaração: Declaramos, para os devidos fins, que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio, e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Alfa Previdência e Vida S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor. Certidão: Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob nº 310.811/08-9 em 19/09/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


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Nacional Caixa 1 Comércio Exterior Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Tão logo a situação nos Estados Unidos se defina, o dólar vai voltar a se desvalorizar em relação ao real e a outras moedas. Francisco Pessoa Faria, consultor

À ESPERA DOS EFEITOS DA CRISE

Commodities podem ser as primeiras vítimas A crise financeira que confundiu os mercados globais pode atingir a balança comercial brasileira. Os principais produtos de exportação do País enfrentam queda de valores no comércio internacional. Nilani Goettems/e-Sim

Patrícia Büll

Volatilidade passa

C

omo um mantra praticado pelos budistas na busca de calma e de energia, ministros brasileiros não cansam de repetir que a crise que assola o mercado norte-americano, desta vez não irá afetar o Brasil. Na semana passada, em evento realizado em São Paulo, foi a vez do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, repetir que o País está melhor preparado para enfrentar os solavancos internacionais. Mas ele reconhece que, como vivemos em uma economia globalizada, todos acabam sentindo os efeitos, com variação de intensidade. Para o especialista em matemática financeira, Marcos Crivelaro, professor da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap) e da Faculdade Módulo, a primeira conseqüência poderá ser uma queda nas exportações. "O primeiro efeito desse desaquecimento será a redução no preço das commodities, já que se espera uma diminuição do consumo", afirma. A valorização do dólar frente ao real, que na última semana alcançou 1,25%, poderá influenciar para cima os custos de produção nacionais por conta de componentes importados. Estão todos "Já estão senem compasso d o f e c h a d o s de espera, os contratos pelos d e i m p o r t apróximos ç ã o d e a l imovimentos mentos, dos da crise e seus presentes naefeitos na talinos e dos economia. pacotes de Mario Gaspar, viagens interdiretor da Gatto n a c i o n a i s , de Rua que sofrerão o impacto dess a v a l o r i z ação", afirma Crivelaro. "Com esses ajustes poderemos ter um aumento da inflação nessa classe de produtos. Entretanto, nada que nos tire da rota de inflação esperada para o ano", afirma. Quanto às exportações, ele acredita que uma pequena alta até ajude o mercado. "Essa valorização dará uma força para que as empresas consigam cumprir mais facilmente suas metas de vendas externas para o ano depois da desaceleração que a crise gerou", diz. Apesar dessa afirmação, alguns empresários já sentem o efeito dessa volatilidade em suas negociações. A Gatto de Rua, fabricante de uniformes promocionais, iniciou em julho as vendas para Portugal e Angola. Por conta da instabilidade financeira e da falta de definição dos rumos com a crise, a empresa viu seus planos de uma segunda remessa de produtos ao exterior paralisados. "Os contratos estavam quase encerrados, já tínhamos definido o volume de peças. Mas, em razão da volatilidade do dólar, não conseguimos fechar o negócio, que ficou adiado por 15 dias, prazo que acreditamos necessário para acalmar novamente o mercado", afirma Mário Gaspar, diretorexecutivo da empresa. Mais do que o preço do dólar, Gaspar acha que a principal preocupação lá fora é o rumo que essa crise tomará. "Estão todos em compasso de espera, aguardando os próximos movimentos da crise financei-

P

ara o economista da consultoria LCA Francisco Pessoa Faria, essa volatilidade do dólar é passageira. Portanto, não dará tempo de trazer benefícios aos exportadores ou prejudicar quem importa. "Tão logo a situação nos Estados Unidos se defina, o dólar vai voltar a se desvalorizar em relação ao real e a outras moedas. É só esperar a poeira baixar", afirma Faria. Em relação à queda de venda de commodities agrícolas, o economista lembra que o Brasil exporta basicamente

produtos alimentícios, que estão com os estoques muito baixos. Portanto, não deverá ocorrer uma queda muito brusca de preços. Para o próximo ano, entretanto, o economista acredita que haverá uma queda no superávit da balança comercial brasileira dos US$ 26 bilhões previstos para este ano, para US$ 17 bilhões. "Em termos de volume não haverá mudanças significativas, mas os preços das commodities não subirão tanto quanto neste ano, o que vai diminuir o superávit." (PB)

N gócios

&

oportunidades

O

Peres e os planos de expansão de seu Café do Centro aguardam pelo desenrolar da crise financeira global.

Reunião do Comus

Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo – Comus, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), programou sua próxima reunião para amanhã, na sede da entidade, à Rua Boa Vista, 51 - 9º andar, a partir das 17 horas. Na linha das discussões que têm pautado as reuniões em 2008 – a implementação em Santos do Porto 24 Horas, serão abordados os recentes avanços obtidos nas operações de transporte e movimentação de contêineres na Baixada San-

tista, relativos aos registros de entrega de unidades vazias até às 20 horas. Está confirmada a participação do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Cargas do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Rocha e dirigentes de outras entidades de classe envolvidas, que farão uma apreciação das melhorias. A participação é aberta aos interessados que devem informar presença na ACSP, com Teresa, pelo telefone (11) 3244-3500 ou através do email: tneuma@acsp.com.br.

Brics em Guarulhos

A

Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos promove o "Ciclo de Palestras – Bric" que trará informações sobre economia e as oportunidades de negócios desse grupo de países emergentes, apontados como futuras potências: Brasil, Rússia, Índia e China. Pelo Brasil, representando a São Paulo Chamber of Commerce da ACSP, José Cândido Senna; pela Rússia falará o re-

presentante da Federação Russa em São Paulo, Alexey Vanzhov; a Índia terá o cônsul-geral, Rajeev Kumar e, pela China, Paul Liu, presidente da Câmara de Comércio BrasilChina de Desenvolvimento Econômico. No dia 9 de outubro, quartafeira, das 18 horas às 22h30, no auditório da Espa, à Rua João Gonçalves, 471, Guarulhos. Inscrições gratuitas, pelo telefone (11) 2137-9324, com Gabriela.

Feira de Havana

D Andrei Bonamin/Luz

Crivelaro: diminuição do consumo mundial pode afetar exportações.

ra e seus efeitos na economia mundial. Apesar disso, não acredito que será um impedimento para a realização do contrato, só vai adiar um pouco mais nossos planos", diz. Sem mudanças – Já o empresário Rafael Branco Peres, um

dos diretores do Café do Centro, afirma que a subida do dólar ainda não mostrou efeitos nos seus negócios. Tanto que a marca mantém os planos de inauguração de um loja em Taiwan até o final deste ano. "É fato que essa crise vai atra-

palhar todo o mundo. Mas esse reflexo ainda não foi sentido nem por nós, nem pelo setor de café gourmet", observa o empresário. "Nossos planos de expansão de lojas na Ásia continuam, mas tudo depende do interesse dos parceiros lá fora", acrescenta Peres. Ele afirma que, desde o ano de 2006, o Café do Centro elegeu o mercado asiático para abrir lojas próprias, por meio de parcerias com investidores japoneses que formam o Café do Centro Japan. "Entretanto, a abertura depende da terceira parte, que são os empresários que ficam responsáveis pelas lojas e, esses, talvez entrem em compasso de espera até saber os rumos que a economia vai tomar após passarem os efeitos mais imediatos dessa crise", afirma Peres.

e 3 a 8 de novembro, Havana sedia a 26ª edição da Feira Internacional de Havana – FIHAV, tradicional e importante feira no mercado caribenho e centro-americano. Na última edição, participaram 52 países de todos os continentes, com negócios de mais de US$ 400 milhões. A abrangência da mostra compreende desde equipamentos médicos e dentários, para agricultura, indústria açucareira, laboratórios, de transporte; alimentos in natura e processados, carnes e derivados, bebidas, pisos e revestimentos e materiais de construção, tintas e vernizes, iluminação, produtos de higiene e limpeza, veículos, peças e partes.

A Apex-Brasil que apoia a participação de expositores brasileiros na FIHAV, desde 2003, reservou uma importante área para a exposição de produtos brasileiros. O apoio da Apex-Brasil compreende locação da área, programação visual, materiais promocionais, anúncio em jornal local e catálogo das empresas expositoras brasileiras. Cabe à empresa participante os custos de montagem do estande (500 euros por módulo de 9 m²), despesas de transporte e estadia durante o período da feira. Os estandes estão a cargo da Companhia Brasileira de Montagens (CBM), telefone ( 11 ) 2 7 9 5 - 6 8 0 0 o u e - m a i l : cbm@cbm-brasil.com.br.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Mundial de Futsal Tênis FERRARI COMPLICA A VIDA DE MASSA Fórmula 1 Outros campos

Seria difícil marcar mais pontos que Massa aqui. Felizmente os incidentes me beneficiaram.” Lewis Hamilton Saeed Khan/AFP

COMÉDIA DE ERROS Russel Boyce/Reuters

Ernest Cu/Reuters

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Após mais uma trapalhada da Ferrari, Massa não passou do 13º lugar

elipe Massa parecia não acreditar no que via ao sair do carro, depois de terminar o GP de Cingapura em 13º lugar. Um fiasco completo para quem saiu na pole, tinha chance de assumir a liderança do Mundial e acabou vendo Lewis Hamilton se distanciar: com o terceiro lugar, o inglês abriu sete pontos (84 a 77). Mais uma vez, porém, o brasileiro pode botar o mau resultado na conta da Ferrari - que, ao reabastecer seu carro, na 17ª volta, deu o sinal de saída dos boxes antes que a mangueira de combustível estivesse solta. Massa levou a mangueira para passear até quase a saída dos boxes, perdeu muito tempo e não conseguiu mais se recuperar. “Os erros da equipe nesse ano doem”, resumiu Felipe. De fato, a Ferrari abusou do direito de errar neste ano. Só com o brasileiro foram seis falhas em 15 corridas: na Austrália, o motor quebrou; em Mônaco, um erro de estratégia na hora da chuva deixou Massa sem chances de brigar pela vitória; no Canadá, o reabastecimento falhou e ele teve de fazer duas paradas seguidas; na Inglaterra, os mecânicos erraram na troca de pneus no treino de classificação - e ele ainda fez depois uma péssima corrida, rodando várias vezes na

Última chance

pista molhada; e na Hungria, o motor estourou a três voltas do fim, quando ele liderava. Desta vez, o erro foi do mecânico que controla um dispositivo eletrônico com luzes vermelha, amarela e verde durante o pit stop. O rapaz apertou o botão verde antes de hora e Massa partiu, sem perceber que a mangueira de combustível estava presa ao carro. Para completar, ainda foi punido com um drive through, por direção perigosa no boxe - com a mangueira acoplada, ele ainda quase bateu em Adrian Sutil. “Foi um erro humano, mas não sou o tipo de pessoa que vai trás do cara que errou. Tem que abraçar a pessoa e seguir em frente. Temos que dar motivação”, resignou-se Massa. A primeira corrida noturna da história da Fórmula 1 acabou tendo um resultado surpreendente: Fernando Alonso, com a Renault, foi favorecido pela entrada do safety car após a batida de seu companheiro, Nelsinho Piquet - e se tornou o sétimo piloto diferente a ganhar um GP no ano. Nico Rosberg, da Williams, chegou em segundo, seguido por Hamilton. “Não precisava me arriscar”, disse o inglês - que já nem precisa ganhar: fica com o título se chegar em segundo lugar nas três corridas restantes, no Japão, na China e no Brasil.

A mangueira de combustível pode custar o título mundial ao brasileiro

Robson Fernandjes/AE/28-07-2007

OUTROS CAMPOS

✓ Marcos Daniel, o número 1

do Brasil, foi campeão do challenger de Bogotá, ao bater o argentino Horacio Zeballos por 6/4, 4/6 e 6/4.

M

elhor jogador de futsal do mundo, Falcão tem uma frustração na carreira: não conseguiu ser campeão mundial com a seleção brasileira. Em 2000, era apenas um coadjuvante na equipe que perdeu a final do Mundial da Guatemala para a Espanha, por 4 a 3. Quatro anos depois, na própria Espanha, dividia com Manoel Tobias o posto de protagonista da equipe que caiu nas semifinais diante dos donos da casa, nos pênaltis. Agora, aos 31 anos, estréia amanhã no Mundial, em Brasília, diante do Japão, como a estrela maior da seleção que tenta retomar o trono tomado pelos espanhóis nos últimos oito anos. Diz que vai se despedir da seleção, e quer dizer adeus com o título. “Hoje todos brigamos pelos mesmos objetivos todos os dias”, diz o craque, sem querer

✓ Márcio e Fábio Luiz

se estender sobre as divisões no grupo em 2004. “As derrotas fizeram com que a gente aprendesse. Todo campeonato você ganha dentro e fora de quadra. Hoje a gente tem a estrutura necessária, e isso faz diferença”, prega. A missão não será fácil. São 20 equipes, que se dividem em quatro grupos, disputados no Rio e em Brasília. Os dois melhores de cada chave vão para a segunda fase, com dois grupos

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de quatro - de novo avançam os dois melhores, para as semifinais. A decisão será em 19 de outubro, no Maracanãzinho. “O torcedor brasileiro está mal-acostumado e fica achando que a seleção vai golear sempre, mas todos os jogos vão ser complicados”, prevê o fixo Schumacher. “A realidade do futsal hoje em dia é outra. Há cinco ou seis seleções com chances de título”, avisa o técnico PC de Oliveira.

conquistaram ontem o título da etapa de Vila Velha do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. No feminino, a vitória foi de Maria Clara e Carolina. ✓ Ana Marcela Cunha e Allan

Ouro no Pan, Falcão quer o título mundial na despedida da seleção

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPORTE

Divulgação

RIO É A PREFERIDA DOS CHINESES A campanha do Rio para ser a sediar a Olimpíada de 2016 tem o apoio de 41% dos chineses ouvidos numa pesquisa nos grandes centros urbanos do país. Em segundo lugar na preferência dos anfitriões da última Olimpíada, Madri é apoiada por 31%.

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COPA AMÉRICA PELAS PRÓPRIAS PERNAS

Fotos: Carlos Moraes/AE

O jamaicano Usain Bolt, que estraçalhou os recordes mundiais dos 100 e 200 metros rasos na Olimpíada de Pequim, volta a rejeitar as insinuações de que seu desempenho é fruto de doping. "Sei que estou limpo. Trabalho duro pelo que quero", diz o campeão em Kingston, capital da Jamaica, depois que o americano Carl Lewis, dono de nove ouros em quatro Olimpíadas, engrossou o coro dos desconfiados em entrevista à revista Sports Illustrated.

O Brasil não sabe mais ganhar

Sexta-feira, 26

BOA ESTRÉIA

Novo time de Zico é líder no Usbequistão

AP

com 57 pontos em 21 jogos, mas Zico diz que o time ainda tem muito a melhorar: "Não jogamos bem, perdemos gols que não deveríamos perder e ainda caímos na linha do impedimento do adversário", lamentou o treinador, após a partida. " O técnico está empolgado com o novo desafio: "Temos jogadores de qualidade e muito trabalho pela frente para posicionar a equipe ainda melhor no cenário asiático. É por isso que estou aqui." Domingo, 28

COPA DE 2014

Está chegando a hora de escolher as sedes

O

ministro do Esporte, Orlando Silva, cobra que as 18 cidades candidatas a receber os jogos da Copa de 2014 avancem no planejamento e na organização de seus projetos, lembrando que a Fifa escolherá até março de 2009 as 10 ou 12 sedes brasileiras. "Não basta vontade, é preciso demonstrar a viabilidade dos projetos. O caminho é profissionalizar a participação das cidades candidatas", sugere o ministro no seminário organizado pela CBF com representantes dos postulantes a receber partidas da Copa. Até amanhã, representantes dessas cidades se reunirão com

membros da Fifa e da CBF para esclarecer eventuais dúvidas sobre o processo de escolha das sedes. "Quem não cumprir os prazos estabelecidos pela Fifa será eliminado", alerta o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que também preside o Comitê Organizador da Copa de 2014. Rio Branco, Manaus, Belém, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Fortaleza, Recife, Maceió, Natal, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte são as candidatas a receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Sábado, 27

Pela primeira vez na era Bernardinho, seleção fecha a temporada sem conquistar nenhum título Alexandre Arruda/CBV

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renovada seleção brasileira masculina de vôlei perdeu ontem a final da Copa América para Cuba - por 3 sets a 2 (26/24, 19/25, 27/25, 16/25 e 15/09), no Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá. É a primeira temporada em que o Brasil comandado pelo técnico Bernardinho não conquista pelo menos um título. Depois da medalha de prata na Olimpíada de Pequim - derrota para os Estados Unidos na final, em agosto -, quando jogadores como Gustavo e Anderson se aposentaram da seleção, o técnico Bernardinho começou uma renovação no grupo. E a Copa América foi o primeiro desafio para esse novo time do Brasil. A medalha de prata recebida em Cuiabá é a quarta do Brasil em sete edições da competição. Nas outras três, os brasileiros ficaram com o ouro. Ao lado de Murilo, Bruninho, Dante, André Nascimento, Rodrigão e Escadinha, que disputaram a Olimpíada em Pequim, a seleção contou com alguns novatos, como Éder e Leandro Vissotto, e venceu três jogos por 3 sets a 0 - contra Venezuela, México e Argentina - até chegar à final contra Cuba. Na decisão, mesmo contra um time muito jovem, o Brasil errou

muito. A derrota foi assimilada pela equipe: "Os cubanos jogaram melhor, tiveram mais raça, e nós não soubemos aproveitar os momentos bons a nosso favor durante a partida", admitiu o ponteiro Dante. Um dos veteranos, Dante fez questão de enaltecer o trabalho de renovação comandado por Bernardinho:

"Estamos nos preparando para um novo ciclo olímpico. Agora, é levantar a cabeça e pensar na próxima competição, a Liga Mundial do ano que vem." Surpreendentemente humildes, os campeões comemoraram o ouro: "Estou muito feliz porque foi minha primeira competição na categoria adulta, e

F

Um dia perfeito em Berlim

oi a terceira vitória consecutiva do etíope Haile Gebrselassie na Maratona de Berlim, a segunda quebra seguida do recorde mundial. Neste domingo, com o tempo de 2h03m59, ele superou a própria marca, que era 2h04m26. "Essa é minha cidade da sorte", admitiu o maratonista de 35 anos, após cruzar a linha de

chegada diante do Portão de Brandemburgo. "Esteve tudo perfeito. O tempo foi perfeito, a corrida foi perfeita e o público foi perfeito", comemorou o primeiro atleta, na história, a completar o percurso de 42.195 metros em menos de 2 horas e 4 minutos. Curiosamente, o recordista mundial não disputou a mara-

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

almanaque Celso Unzelte

O gol esquecido do goleiro Navarro

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as pesquisas para o Museu do Futebol, que será inaugurado amanhã (leia ao lado na seção Curtas), a mais incrível história pesquisada por quem assina esta coluna diz respeito ao primeiro gol de tiro de meta marcado no Brasil por um goleiro. Ele se chamava Navarro (foto ao lado), jogava no Noroeste de Bauru e marcou na vitória de seu time sobre o Taubaté por 6 a 0, em Bauru, no dia 2 de dezembro de 1962, pelo Paulista.

vencer o Brasil é um grande resultado. Os brasileiros são os melhores do mundo", resumiu Leon, de apenas 15 anos. A alegria do garoto cubano contrasta com a decepção do experiente Bernardinho, que, acostumado a tudoganhar nas últimas temporadas, não suporta a idéia de tudo ter pedido em 2008.

RECORDE MUNDIAL

Tobias Schwarz/Reuters

O

brasileiro Zico estréia bem no comando do Bunyodkor, time do Usbequistão com o qual assinou contrato na sexta-feira, válido até dezembro de 2009. Em jogo do campeonato nacional, sua nova equipe derrota o Bukhara, em casa, por 2 a 0. O chileno Villanueva e Kapadze fizeram os gols do Bunyodkor, que conta com também com os brasileiros Luizão e Rivaldo. O resultado leva o time à liderança do Campeonato do Usbequistão,

Tive muitas emoções em minha caminhada. No entanto, a maior mesmo eu a senti quando fiz aquele gol de tiro de meta contra o Taubaté.” (Navarro, um dos primeiros goleiros-artilheiros do Brasil, à revista Gazeta Esportiva Ilustrada, em maio de 1963.)

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urante anos, esse gol foi atribuído erroneamente ao goleiro Tobias, ex-Corinthians, que também jogou no Noroeste, mas que em 1963 tinha apenas 14 anos. Naquele dia, Navarro cobrou o tiro de meta com tanta violência que atravessou toda a extensão do gramado e entrou na meta adversária. Antes de Navarro, somente alguns goleiros, como Jaguaré, do Vasco, e Dutra, da Portuguesa, haviam ousado marcar gols, mesmo assim de pênalti. Depois dele, Rogério Ceni, do São Paulo, se tornaria o goleiro recordista mundial em gols marcados.

tona na Olimpíada, alegando que, como sofre de problemas respiratórios, a poluição do ar em Pequim poderia lhe fazer mal. O temor não valeu, porém, para a prova olímpica dos 10 mil metros, que ele disputou sem conseguir mais do que o sexto lugar - depois de ter ganho o ouro tanto em Atlanta como em Sydney.

CURTAS

82 gols marcou até hoje o são-paulino Rogério l Ceni, recordista mundia m entre os goleiros. Fora lta 47 em cobranças de fa e 35 de pênalti, porém nenhum diretamente da cobrança de um tiro de meta, como o marcado te, por Navarro, do Noroes de Bauru, em 1962.

✓ Na noite de hoje, 29 de

setembro, inaugura-se no Pacaembu, apenas para convidados, o Museu do Futebol, que estará aberto ao público a partir de quarta, 1º de outubro. ✓ No Botafogo x Fluminense

de ontem, Carlos Alberto marcou o gol 1.000 da história do clássico mais antigo do País, que é disputado desde 1905.


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Empresas Finanças Tr i b u t o s Nacional

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FUNCIONÁRIOS, MAIOR PATRIMÔNIO DOS ESCRITÓRIOS.

por cento das empresas em todo o mundo acabam por problemas de sucessão familiar.

Cofins no centro das discussões dos contadores

Fotos: Divulgação

Empresários reagem à decisão do STF, que obriga o pagamento retroativo da contribuição, no Encontro das Empresas de Serviço Contábeis do Estado de São Paulo realizado em Atibaia. O sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP) estuda as próximas medidas. Dívida pode chegar a R$ 2,1 bilhões Mário Tonocchi Profissionais de contabilidade no encontro em Atibaia. Padrões internacionais na pauta de discussões.

Estande do Diário do Comércio entre os expositores do Eescon. Evento foi realizado nos dias 25 e 26.

Domingo útil depende de acordo coletivo Autorização está atrelada ao contrato sindical Adriana David

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novela sobre a abertura do comércio aos domingos volta à tona. Agora, o impasse é a falta de acordo coletivo da categoria, condição que está vinculada à autorização da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras para os estabelecimentos comerciais funcionarem nesses dias. A licença prevista na Lei municipal nº 13.473/2002 exige acordo prévio entre os sindicatos patronais e trabalhistas. O documento deveria ter sido firmado no início do mês, mas as entidades não chegaram a um consenso sobre alguns itens.

O principal é o valor do reajuste salarial, que os trabalhadores fixaram em 10%. A oferta das empresas é de 9%. Segundo o presidente do Conselho das Relações do Trabalho da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio), Ivo Dall'Acqua, 1% pode parecer pouco, mas "as margens estão apertadas e ainda temos que pensar em tributos, em especial agora com a substituição tributária e a nota paulista". Para o presidente do Sindicato do Comércio dos Empregados em São Paulo, Ricardo Patah, as empresas estão abrindo aos domingos sem cumprir as exigências da lei. Isso pode levar a entidade a entrar com processos judiciais.

A

decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) obrigando os profissionais liberais a pagarem a Contribuição Financeira para Seguridade Social (Cofins) retroativa a 2003 agitou os bastidores do 21º Encontro das Empresas de Serviço Contábeis do Estado de São Paulo (Eescon). O evento foi realizado na quinta-feira e sexta-feira passadas, em Atibaia, interior paulista. A decisão final do Supremo atinge diretamente as profissões regulamentadas, como contabilistas, advogados, médicos e dentistas, até agora isentos da contribuição. A alíquota do tributo é de 3% sobre o faturamento. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário aponta que, só no Estado de São Paulo, os profissionais liberais deverão recolher mais de R$ 2,1 bilhões em Cofins atrasadas aos cofres públicos. Insegurança – O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (SesconSP), José Maria Chapina Alcazar, disse que a decisão vai

O assunto passou por outras instâncias sem problemas. Quando chegou ao STJ, a discussão passou a ser política . Isso é inconcebível. Chapina Alcazar, do Sescon afetar profundamente as empresas e que a reversão da isenção traz uma "flagrante insegurança jurídica" para as que devem pagar juros pela Selic, multa de mora de 20% e multa punitiva de 75%. "O assunto passou por outras instâncias sem problemas. Quando chegou ao STJ, a discussão passou a ser política. Isso é inconcebível", observou o presidente. O Sescon, de acordo com Chapina, vai procurar quaisquer brechas legais para tentar, pelo menos, amenizar as condições das cobranças. De s c o nt o s – Alcazar recebeu, na sexta-feira passada, a informação de que a Receita

Federal pode aplicar "benefícios" aos empresários afetados pela decisão do STJ oferecendo descontos para "bons pagadores". Segundo a fonte da informação, ainda não confirmada, o empresário que se apresentar espontaneamente para o pagamento do imposto e que não tenha entrado na Justiça questionando o fim da isenção da cobrança poderá pagar o que deve apenas com 20% de multa de mora mais Selic. As demais empresas pagariam a multa de 75% quando forem intimadas pela Receita Federal. Para o presidente do Sescon-SP, entretanto, "o que não deveria mesmo existir é o imposto, um imposto injusto", reagiu. O Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), participou do encontro do Sescon-SP como apoiador e mídia oficial. De acordo com o gerente comercial do jornal, Arthur Gebara Jr, a aproximação com os contabilistas é fundamental para os leitores, muitos deles representantes das empresas que utilizam a publicidade legal. "O Diário do Comércio t em grande tradição na publicidade legal", observou o gerente.

Trabalho moderno é de consultoria trabalho de consultoria aumenta a cada dia entre as empresas de contabilidade brasileiras. A tendência foi discutida no último dia do Eescon, sextafeira. "Nesse atual cenário econômico em que vivemos, podemos e devemos ser muito mais que contabilistas, atuando efetivamente como consultores das empresas, um serviço de grande valia", disse Irineu Thomé, ex-presidente e atual conselheiro fiscal do Sescon-SP. Segundo o especialista, um dos pontos mais importantes nesse tipo de relacionamento é a confiança, conquistada com a segurança transmitida pelo consultor. "É preciso ouvir, interpretar a necessidade da empresas, estudar para só depois orientar corretamente." Na palestra técnica "Tendências Atuais da Qualidade", o consultor José Maurício Banzato disse que, hoje, os colaboradores são o componente mais

O

importante da empresa. "São as pessoas que usam inteligência, sabedoria, habilidade, conhecimento, e que transformam idéias e necessidades dos clientes em projetos e produtos de alta performance de qualidade." Banzato também salientou a importância da qualidade da comunicação dentro das organizações. O encontro dos con- Renato Bernhoeft: dilema da sucessão. tabilistas de Atibaia discutiu também "Sucessão e diferenciada para o seu caso Profissionalização da empre- específico", afirmou. sa familiar – a experiência braEm debate no mundo há pesileira". O palestrante e con- lo menos três décadas, a consultor Renato Bernhoeft disse vergência das normas interque 65% dos empreendimen- nacionais da contabilidade, tos que desaparecem no mun- permitida no Brasil pela lei do tem como causa principal 11.638/07 sancionada no dia conflitos familiares não resol- 31 de dezembro do ano passavidos. "A sucessão envolve di- do pelo presidente Luiz Inácio versas questões, inclusive afe- Lula da Silva, foi discutida petivas, mas é fundamental que lo especialista Eliseu Martins. todos os envolvidos dialo- De acordo com ele, existem guem, planejem e estabele- dois modelos internacionais: çam critérios. Cada família o norte-americano Internapode encontrar uma solução cional Accouting Standard

A Gaivota.com.br

Board (IASB) e o europeu Internacional Financial Reporting Standard (IFRS). O Brasil deu um grande salto rumo à implementação do IFRS, segundo Martins. "A globalização da contabilidade é fundamental para qualquer nação atualmente." Um dos pontos mais significativos da nova legislação é a desvinculação das demonstrações financeiras das tributárias, disse o conferencista, frisando que agora a contabilidade passa a ter fins mercantis e fins contábeis. "A mudança de comportamento e postura é fundamental. Precisamos nos preparar para a globalização de nossos serviços", afirmou. O evento também avaliou como positivas as novas normas do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que apresentou no dia 22 a relação dos contribuintes que serão obrigados à Escrituração Fiscal Digital a partir de 1º de janeiro de 2009.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR São Paulo, 29 de setembro de 2008

Nº 239

GOL SEDAN? NÃO! É O NOVO VOYAGE. FotosDivulgação

PÁGINAS 4 E 5


sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Nacional Comércio Exterior Gestão Caixa 1

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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O PISO ATUALMENTE É DE R$ 760

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por cento do faturamento do setor de supermercados vêm de marcas próprias.

Atenção, chefes! 800 mil secretárias estão à espera do presente. Profissionais também aproveitam a data para discutir a valorização da carreira e as exigências do mercado Carol Guedes/Luz

Kety Shapazian

A

Marca própria ganha certificado Fabricantes terão processo de avaliação unificado Patrícia Büll

P

ara quebrar o paradigma de que produtos de marca própria – o que leva o nome do varejista – tem menos qualidade dos que os tradicionais, a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro) acaba de lançar a Certificação Abmapro. De acordo com a presidenta da associação, Neide Montesano, o programa é baseado nas principais normas nacionais e internacionais de auditoria de processos de fabricação desse tipo de produto. "Até então, cada varejista realiza a auditoria de seus fornecedores, levando em conta critérios próprios. Agora, com o apoio das empresas, juntamos os diferentes critérios e os fornecedores terão que atender o mesmo padrão para receber a certificação", diz. A certificação terá validade de três anos, com monitoramento anual. Na opinião de Neide, os fornecedores e fabricantes terceirizados são beneficiados porque não terão mais que se submeter a diversas avaliações. "Se tiver a Certificação Abmapro, o varejista pode contratar o fornecedor seguro da qualidade de

seus processos", afirma. "Ganha também o consumidor final, pois a certificação garante que a marca que ele está adquirindo está dentro de rigorosos padrões de qualidade", afirma Neide. Potencial– De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no ano passado, as marcas próprias foram responsáveis por 7% do faturamento dos supermercados. Embora essa participação venha aumentando ano-a-ano, o consumo de marca própria no Brasil está muito distante de países como Suiça (54%), Reino Unido (43%), Bélgica (42%) e Alemanha (40%). Pesquisa realizada pela Latin Panel aponta que, no primeiro semestre deste ano, 69% das famílias brasileiras consumiram pelo menos um produto de marca própria. Mas ao contrário do que se imagina, quem mais compra são pessoas da classe AB1. De acordo com a pesquisa, 12% dos consumidores dessa faixa social sempre consomem produtos de marcas próprias. Esse percentual cai para 9% na classe C. Entre aqueles que disseram que nunca compram marca própria, 25% pertencem à classe C; 28% à C1 e 20% da AB1.

lguém lembrou de presentear os contadores no dia 22, a última segundafeira? E as enfermeiras, em 12 de maio? Muitos vovôs e vovós ficaram a ver navios também, no dia 26 de julho, o Dia dos Avós. Mas será, no mínimo, uma gafe, se o chefe esquecer de dar amanhã pelo menos uma flor às 800 mil secretárias do Estado de São Paulo – cerca de 80% delas na capital, segundo o Sinsesp, o sindicato da categoria. O Dia da Secretária é uma das datas esperadas pelo segmento de produção e venda de flores, um dos presentes mais usados por chefes de norte a sul do País para agradar suas funcionárias. O brasileiro gasta US$ 10 ao ano com o consumo de flores (pouco perto dos US$ 70 destinados por europeus). Mas o que move o mercado são justamente essas datas comemorativas, curtos períodos de grande aquecimento nas vendas. "Já ganhei cachepôs lindos, mas quem me presenteia é a esposa, a filha ou a mãe do meu chefe. Ele é tímido e acho bonito o gesto dele", diz Célia Merlin dos Santos, secretária do vice-presidente da Itapemirim, Camilo Cola Filho. Célia já ganhou muito mais que flor nestes 12 anos que trabalha para a família. Num ano, foi presenteada com um colar de pérolas e jade . Em outra ocasião, ganhou uma corrente de ouro, além de bolsa e perfume. "Não me preocupo com presente, mas, se vir, é bem-vindo. O importante é o reconhecimento." Para a vice-presidente do sindicato, Maria do Carmo Assis Todorov, é importante deixar claro que ser secretária é muito mais que atender telefone ou servir café. A luta do Sinsesp é essa: criar um conselho próprio e acabar com aquela confusão de que "atendente em consultório é secretária". "O secretariado é uma profissão, com cursos de graduação

A secretária Célia Merlin dos Santos e o chefe Camilo Cola Filho, da empresa Itapemirim

e pós-graduação. Toda profissional deveria ter pelo menos o curso técnico. É como médico sem número no Conselho Regional de Medicina – não poderia trabalhar, certo? Mas sem o registro no conselho, qualquer pessoa pode trabalhar como secretária", diz. Idiomas – O que era um diferencial até o começo dos anos 90 agora virou exigência na profissão. Não basta ter inglês

nível intermediário. Fluência em outro idioma também é fundamental atualmente. O piso mínimo para quem tem apenas o curso técnico é de R$ 760 e de R$ 1.055 para profissionais com curso superior. Em média, uma secretária com experiência ganha um salário de R$ 2 mil – se for fluente apenas em português. Com inglês, o rendimento mensal salta para R$ 3 mil. Quem tem mais de

dois idiomas pode ganhar R$ 5 mil por mês. "Mas sei de secretária com salário de R$ 12 mil", diz Maria do Carmo. "É claro que uma flor é bemvinda, mas ganhar um curso agrega mais", afirma Maria do Carmo. Para a vice-diretora do sindicato, o segredo de uma carreira longa e um bom salário são os estudos e cabeça antenada aos acontecimentos à sua volta.

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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

índice FORD T, 100 ANOS - 3 Depois de amanhã, a Ford comemora 100 anos do modelo que deu a partida na indústria de autos.

A VOLTA DO VOYAGE - 4 e 5 Transformado em sedan, o novo Gol faz renascer o Voyage, sucesso VW nas décadas de 80 e 90.

PARIS - 6 e 7 Grandes novidades na cidade Luz que abre seu salão no dia 4, e vai até o dia 19.

OFF-ROAD LIGHT - 8 Chega o Sandero na sua versão aventureira Stepway, que ficou cinco cm mais alta.

aGenDa

Pedalar, eis a questão las não poluem nem consomem energia elétrica, ocupam pouco espaço e podem ser uma alternativa aos congestionamentos rotineiros da maioria das cidades. A descrição ecologicamente correta, um tanto óbvia, merece ser lembrada quando se pensa em um maior aproveitamento do uso das bicicletas no cotidiano. É fato que elas ainda respondem por apenas 7,4% dos deslocamentos no País, segundo a Associação Nacional do Transporte Público (ANTP). Por outro lado, o Brasil tem a sexta maior frota do mundo, com cerca de 75 milhões, e o espaço destinado às “magrelas” quadruplicou desde 2003 — de 600 quilômetros para 2.500 quilômetros de ciclovias (espaços exclusivos para ciclistas). Estimativas apontam que em uma via pública por onde circulam 450 carros por hora cabem 4.500 pessoas pedalando. Levantamento do Ibope, em São Paulo, mostra que 36% dos entrevistados aceitariam trocar o automóvel pela bike em seus deslocamentos diários, desde que houvesse incentivos para a substituição, como a construção de ciclovias e de bicicletários (estacionamentos específicos) nos locais de trabalho. Na Grande São Paulo, que reúne 39 municípios e onde um terço das famílias tem pelo menos uma bicicleta, a utilização dobrou nos últimos dez anos, conforme

E

estudo do Metrô. De acordo com a pesquisa, eram feitas 160 mil viagens diárias em 1997. Esse número saltou, em 2007, para 345 mil. Hoje, 71% dos ciclistas usam suas “magrelas” para se dirigir ao trabalho, 12% para a escola, e 4% para o lazer. Se compararmos o cenário brasileiro com outros países, veremos que ainda estamos distantes de um melhor aproveitamento das bikes. Como exemplo, citase a Holanda, que apesar de ocupar uma área equivalente ao Estado de Pernambuco, tem 34 mil quilômetros de ciclovias. Mas o simples fato de o assunto passar a fazer parte das discussões diárias, inclusive nos programas de governo dos partidos políticos, representa uma importante vitória. A popularização do uso das “magrelas” passa por uma concepção maior, que é a ocupação planejada da cidade, com a criação de ciclovias, ciclofaixas (faixas para a circulação em vias de tráfego viário) e de bicicletários, o que terá impacto direto na diminuição dos congestionamentos e na agilidade da locomoção das pessoas. É preciso também abandonar a concepção de se ver as bicicletas como meros brinquedos. Dessa forma, será possível transformar as cidades em verdadeiros espaços públicos voltados ao uso coletivo. Paulo Fernando Melchert, gerente da Unidade Ciclo da Pneus Levorin.

29 de setembro a 3 de outubro O Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP realiza a 1ª Semana de Engenharia Automotiva, na Cidade Universitária.

13 e 14 de outubro O presidente da Citroën do Brasil, Jean Louis Orphelin, participa do lançamento do Citroën C4 Pallas Flex.

19, 20 e 21 de outubro A Toyota apresenta a linha 2009 da picape Hilux e do utilitário esportivo SW4. O evento acontece em Pilar, Província de Buenos Aires (Argentina).

23 de outubro A Escola de Transporte promove o curso Legislação Tributária para Transportadoras, das 8h30 às 17h30, na av. Paulista, 1.439.

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de Reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José S. Coelho Diagramação Renato B. Gaspar Ilustração Abê / Alfer / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


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Caixa 1 Nacional Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

BOLSA DE TÓQUIO ABRIU EM ALTA

Congresso começa hoje a votar pacote Democratas e republicanos fecharam acordo, depois de inserir "proteção ao contribuinte". Plano será apreciado na Câmara hoje e, no Senado, ao longo da semana. Chip Somodevilla/Getty Images/AFP Photo

Karen Bleier/AFP

Os US$ 350 bilhões restantes precisam ser requisitados aos legisladores. Os democratas conseguiram incluir limites para a remuneração de executivos de bancos envolvidos no pacote e uma medida prevendo que as instituições dêem ao Tesouro opções de ações, para que os contribuintes possam se beneficiar quando as empresas tiverem lucro (veja detalhes no quadro). Também foi adotada uma medida de recuperação de perdas: se o Tesouro, ao vender os títulos adquiridos dos bancos, tiver prejuízo depois de cinco anos, o Congresso desenvolverá um programa para que os bancos reembolsem o governo. "Tudo foi feito para proteger os americanos da crise de Wall Street", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Concessões – Um acordo só foi possível porque houve concessão aos congressistas republicanos conservadores, que bloquearam a tentativa de entendimento na última quinta-feira. Esses legisladores queriam que a compra dos títulos podres fosse substituída por um programa de seguros para papéis podres que o governo venderia aos bancos. No projeto de lei que será levado a votação no

Líderes do Congresso anunciaram acordo: liberação imediata de US$ 250 bilhões para o Tesouro.

O

Congresso americano deve começar a votar hoje o projeto de lei que autoriza o pacote de US$ 700 bilhões para resgatar o sistema financeiro. O plano será apreciado nesta segunda-feira na Câmara e, no Senado, ao longo da semana. Democratas e republicanos chegaram a um acordo ontem, depois de inserir "regras de proteção ao contribuinte" no plano do secretário do Tesouro, Henry Paulson. O plano permite ao Executivo usar até US$ 700

bilhões para comprar dos bancos títulos podres – lastreados em hipotecas inadimplentes, pouco líquidos e difíceis de avaliar – e, assim, descongelar o mercado de crédito. O presidente George W. Bush deve fazer na manhã de hoje novo pronunciamento à nação sobre o pacote. As bolsas asiáticas receberam bem a notícia de avanço no salvamento do sistema financeiro dos EUA. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, iniciou os negócios com valorização de 0,4%.

Queremos proteger os americanos da crise de Wall Street. Nancy Pelosi, presidente da Câmara

Parcelas – Os recursos serão liberados em parcelas: inicialmente US$ 250 bilhões, seguidos de US$ 100 bilhões, condicionados a um relatório de Bush ao Congresso.

Congresso, está previsto que o Tesouro vai criar um programa de seguros para ativos problemáticos – mas juntamente com a compra dos papéis em si pelo governo. Já os democratas não conseguiram inserir uma medida controversa, que previa modificação de termos de hipotecas por juízes. Especialistas dizem, no entanto, que não será fácil aprovar a lei, amplamente impopular entre os eleitores, que a encaram como "socorro aos banqueiros".

Muitos conservadores republicanos continuam se opondo à legislação e podem voltar a colocar em risco a aprovação da lei neste início de semana. O republicano Mike Pence mandou uma carta a colegas ontem pedindo para que "pensem bem" antes de votar, e dizendo que "a decisão de dar ao governo federal a habilidade de nacionalizar quase todas as hipotecas inadimplentes vai contra a verdade fundamental da nossa economia de livre mercado." (AE) Leia informações sobre dificuldades de bancos europeus em dcomercio.com.br

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS COMUNICADO - ABERTURA DE LICITAÇÃO Processo nº 2008-0.270.685-8 - Encontra-se aberta na Subprefeitura de Itaquera - SP/IQ, licitação na modalidade TOMADA DE PREÇOS nº 07/SP-IQ/CPL/2008, tipo menor preço global, para CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA CANALIZAÇÃO DO CÓRREGO PINTADINHO - TRECHO ENTRE A RUA BALTAZAR NUNES E AVENIDA JACÚ PÊSSEGO - ITAQUERA - SÃO PAULO - SP, CONFORME PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS E MEMORIAL DESCRITIVO. O Edital poderá ser adquirido no site da Prefeitura do Município de São Paulo, no endereço eletrônico: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/, ou na sede da Subprefeitura de Itaquera, à Rua Gregório Ramalho, nº 103 - Itaquera, São Paulo, mediante apresentação de um CD novo ou pagamento do preço público para cópias reprográficas. Os envelopes deverão ser entregues das 10h00min até as 12h00min do dia 13/10/2008 na Assessoria Técnica Jurídica da Subprefeitura de Itaquera. A realização do certame será no mesmo dia e local, às 14h30min.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS COMUNICADO ABERTURA DE LICITAÇÃO A Supervisão Geral de Abastecimento - ABAST, da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras - SMSP, comunica às empresas interessadas que se encontram abertas licitações, na modalidade de Concorrência, para preenchimento de áreas dos Sacolões Municipais, João Moura, Jaraguá, Brigadeiro, e Mercados Municipais, Kinjo Yamato, Penha, Santo Amaro, Guaianases, Pirituba, Tucuruvi e Central de Abastecimento Leste, através de Permissão de Uso concedida a título precário e oneroso, para os locais e nos horários abaixo relacionados. As empresas interessadas poderão obter o edital e seus anexos, até o último dia útil que anteceder à data da abertura do certame, na AJ do Gabinete de ABAST, localizada na Rua da Cantareira, 216 - 1º andar - Centro, no horário das 09:00 às 15:00 horas, mediante a entrega de um “CD-R” não utilizado, com capa de proteção, para troca ou no endereço eletrônico http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br e http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/abastecimento/mercados. Informações pelo tel. 3313-3365 - ramais 214 e 215. MERCADO MUNICIPAL KINJO YAMATO - (CANTAREIRA) Rua da Cantareira, 377. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 091/SMSP/ABAST/2008 - 2008-0.246.612-1 - Café - 49 - 18,00 m² - Data 30/10/2008 Entrega do envelope 09:45 hs / Abertura 10:00 hs. 092/SMSP/ABAST/2008 - 2008-0.136.354-0 - Hortifrutícola - 39 - 18,00 m² - Data 30/10/2008 Entrega do envelope 10:45 hs / Abertura 11:00 hs. MERCADO MUNICIPAL SEN. ANTONIO EMYDIO DE BARROS - (PENHA) - Avenida Gabriela Mistral, 160. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 093/SMSP/ABAST/2008 - 2006-0.005.096-0 - Padaria - 09 - 82,73 m² - Data 30/10/2008 Entrega do envelope 11:45 hs / Abertura 12:00 hs. MERCADO MUNICIPAL SANTO AMARO - Rua Min. Roberto Cardoso Alves, 359. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 094/SMSP/ABAST/2008 - 2007-0.213.143-8 - Avícola - 21/22 - 49,30 m² - Data 30/10/2008 Entrega do envelope 13:45 hs / Abertura 14:00 hs. MERCADO MUNICIPAL LEONOR QUADROS - (GUAIANASES) - Praça Pres. Getulio Vargas, s/nº. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 095/SMSP/ABAST/2008 - 2001-0.109.773-1 - Adega - 06 - 25,00 m² - Data 03/11/2008 Entrega do envelope 09:45 hs / Abertura 10:00 hs. CENTRAL LESTE DE ABASTECIMENTO - Avenida Imperador, 1900. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 096/SMSP/ABAST/2008 - 2005-0.208.534-3 - Bazar e Armarinhos - V-15 - 25,00 m² Data 03/11/2008 - Entrega do envelope 10:45 hs / Abertura 11:00 hs. SACOLÃO MUNICIPAL JOÃO MOURA - Rua João Moura, s/nº. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 097/SMSP/ABAST/2008 - 2006-0.245.204-6 - Açougue - 03 - 48,90 m² - Data 03/11/2008 Entrega do envelope 11:45 hs / Abertura 12:00 hs. SACOLÃO MUNICIPAL JARAGUÁ - Rua Marcela Alves de Cassia, 145. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 098/SMSP/ABAST/2008 - 2008-0.152.694-5 - Pescados - 03 - 14,00 m² - Data 03/11/2008 Entrega do envelope 13:45 hs / Abertura 14:00 hs. SACOLÃO MUNICIPAL BRIGADEIRO - Rua 13 de Maio x Brig. Luiz Antonio. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 099/SMSP/ABAST/2008 - 2008-0.068.269-2 - Aves Abatidas - 05 - 21,30 m² - Data 03/11/2008 Entrega do envelope 14:45 hs / Abertura 15:00 hs. MERCADO MUNICIPAL PIRITUBA - Rua Almirante Isaias de Noronha, 163. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 100/SMSP/ABAST/2008 - 2008-0.079.679-5 - Rotisseria - 04 - 50,00 m² - Data 04/11/2008 Entrega do envelope 09:45 hs / Abertura 10:00 hs. MERCADO MUNICIPAL TUCURUVI - Av. Nova Cantareira, 1686. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 101/SMSP/ABAST/2008 - 2005-0.233.496-3 - Empório Típico - 08 - 19,00 m² - Data 04/11/2008 Entrega do envelope 10:45 hs / Abertura 11:00 hs. MERCADO MUNICIPAL TUCURUVI - Av. Nova Cantareira, 1686. Concorrência nº (...) - Processo nº (...) - Ramo (...) - Boxe/Banca nº (...) - Área (...) 102/SMSP/ABAST/2006 - 2006-0.134.794-0 - Depósito - 03 - 13,60 m² - Data 04/11/2008 Entrega do envelope 11:45 hs / Abertura 12:00 hs.

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São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

DCARRO

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COMEMORAÇÃO

100 anos do modelo T, o "Fordeco" O Mercedes-Benz chegou antes, mas o "T" foi aquele que deu a grande largada na indústria automobilística Fotos: Divulgação

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primeiro automóvel produzido no mundo, segunda a história, foi projetado e construído em 1885, por Karl Benz. Era um triciclo com motor a gasolina. Depois dele surgiram dezenas de outros fabricantes. Porém, o carro que efetivamente colocou o mundo sobre rodas foi o Ford Modelo T, o primogênito dos automóveis da marca americana, que comemora na próxima quarta-feira 100 anos do início da sua produção em série. Seu projetista, Henry Ford, iniciou a construção da fábrica que revolucionaria o setor em 1892, nos EUA. O mais importante automóvel da história da indústria automobilística mundial, o Modelo T, iniciou a sua produção em 1º de outubro de 1908. Seu criador chamava o Modelo T de "carro universal". E, para a época, foi. O Modelo T era um roadster de duas portas, com motor de quatro cilindros em linha, que desenvolvia 20 cavalos de potência máxima. Muito leve, ainda mais para aquela época, pesava cerca de 550 quilos e atingia a velocidade máxima de 72 km/h. Dependendo do piso que trafegava, gastava entre 5 e 9 quilômetros por litro. Vendido por um preço fixo de 825 dólares, logo se tornou o meio de transporte motorizado mais barato e confiável do mundo. Quatorze anos após o início da sua produção, o Ford Modelo T, que foi o primeiro carro verdadeiramente global, representava 60% de todas as vendas de automóveis no planeta e, a cada ano, tinha seu preço reduzido, pela modernidade da produção em série desenvolvida por Henry Ford. A sua linha de montagem foi encerrada em 26 de maio de 1927, com mais de 15 milhões de unidades fabricadas. Em 1999 foi eleito, por jornalistas de todo o mundo, o Carro do Século. Para comemorar a data do início da sua produção, diversos eventos estão sendo promovidos ao redor do mundo. Antônio Fraga

Em 1921 o "T", coupê, começou a ser montado no Brasil, na Ford, na rua Solon, Bom Retiro, que mantinha suas portas abertas para visitação dos interessados em saber como se fazia um carro. Em 1910, o modelo ainda com capota de lona.


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

SEMANA DECISIVA PARA OS CANDIDATOS

A proposta de Marta para o transporte metroviário é incompatível com os fundamentos técnicos. Companhia do Metropolitano (Metrô)

Wilton Junior/AE

Eymar Mascaro

Reta final

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altando menos de uma semana para a eleição, o PT ainda não sabe quem será o adversário de Marta Suplicy no segundo turno. O partido recebe pesquisas quase que diariamente e sente que Alckmin e Kassab disputam a vaga no turno final voto a voto. Enquanto Kassab admite que Alckmin está nervoso porque perdeu o segundo lugar nas pesquisas, o PSDB garante que as críticas que o tucano faz ao candidato do DEM serviram para estancar o crescimento do prefeito. Os dois candidatos – Alckmin e Kassab –, contudo, já buscam adesões para o segundo turno. Ambos confiam na reta final da campanha para ganhar a eleição no dia 5.

PREFERÊNCIA Entre petistas predomina a tese de que Alckmin e Kassab serão adversários difíceis para Marta no segundo turno. Os petistas admitem que seria melhor Marta enfrentar Alckmin com a certeza de que o tucano não teria o apoio dos democratas.

APOIO Os petistas admitem também que se Kassab for para o segundo turno, o governador José Serra fará com que o PSDB apóie o prefeito. Porque, para Serra, será importante que PSDB e DEM reatam a coligação em São Paulo.

ACOMODADA A candidata do PT está tranqüila porque continua liderando as pesquisas. O objetivo da petista é chegar ao segundo turno com 40% dos votos. Não existe a possibilidade de Marta se eleger mais ainda no primeiro turno.

FORÇA As pesquisas continuam revelando que Marta ainda está forte nos bairros da periferia, principalmente nas zonas leste e sul. A revelação é importante porque as duas regiões representam cerca de 60% do total de votos na Capital.

CORPO A CORPO Gilberto Kassab ainda mantém Marta Suplicy

como alvo predileto de suas investidas. O prefeito tem interesse em atacar a petista porque quer sustentar a polarização da campanha com a candidata.

COERÊNCIA No QG da campanha tucana a ordem é para Alckmin continuar associando a imagem de Kassab a Celso Pitta, Paulo Maluf e Orestes Quércia. O tucanato acha que essa associação serve para bloquear o crescimento de Kassab nas pesquisas.

Candidato à Prefeitura do Rio, Fernando Gabeira, faz passeata na Av. Atlântica, em busca do voto consciente: "O protagonista é o eleitor".

GABEIRA CONTESTA PESQUISA IBOPE

JUSTIÇA Orestes Quércia mantém a disposição de processar judicialmente Geraldo Alckmin, porque o tucano afirmou que o exgovernador do PMDB quebrou o Estado.

ASSÉDIO Quércia garante que foi procurado por Alckmin, que pleiteava seu apoio. O peemedebista diz que além do próprio Alckmin, foi sondado também por emissários tucanos. Mas, Quércia decidiu apoiar Gilberto Kassab.

2º TURNO Os peemedebistas afirmam ainda que já foram sondados por tucanos para darem seu apoio a Alckmin, caso o tucano passe para o segundo turno. Os tucanos, no entanto, negam a informação.

Candidato verde acusa o instituto de pesquisas de servir a interesses do PMDB no Estado do Rio

A

pontado nas pesquisas como o candidato à Prefeitura do Rio que mais tem crescido – uma alta de quatro pontos porcentuais nas duas pesquisas mais recentes –, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) contestou ontem os resultados apresentados pelo Ibope, pelos quais, embora em terceiro lugar com 10% das intenções de votos, mantém uma distância de 14 pontos do segundo colocado, o senador Marcelo Crivella (PRB). Pelo Datafolha, o candidato verde tem 15% e o bispo licenciado da Igreja Universal aparece com 18%. "Eu sempre disse que o Ibope estava a serviço do PMDB. Tenho condições de demonstrar que eles têm contrato com o PMDB no Estado inteiro. As pesquisas deles, no meu entender, não têm credibilidade. As

pesquisas a que eu dou mais Feghali, do PCdoB, com 13% credibilidade são a do Datafo- (pelo Ibope ela tem 9%). lha e a do GPP, onde a situação Segundo turno – Em b or a é muito parecida", explicou, desponte com possibilidades durante uma cade alcançar o seminhada que fez gundo turno copela manhã na mo o segundo orla marítima da mais votado, Gabeira recusazona sul do Rio. Pelas pesqui- Sempre disse que o se a fazer a camsas, o peemede- Ibope estava a serviço panha do voto bista Eduardo do PMDB. Tenho conútil entre os chamados eleitores Paes (29% tanto dições de demonstrar no Ibope quanto de esquerda. que eles têm contrato no Datafolha) já Ele, porém, gaestaria pratica- com o PMDB no rante que chegamente garantido Estado inteiro. rá ao segundo no segundo turFernando Gabeira turno. "Respeito no. A segunda todas as candivaga é que está daturas, acho indefinida. Mas, que todos, trapelo Ibope, Crivella, com 24%, balhando, podem ter chance. seria o mais provável concor- Afirmo apenas que com os vorente. Já pelo Datafolha, três tos de consciência eu vou checandidatos estariam em empa- gar lá", disse. te técnico: Crivella com 18%, Para ele, nesta última semaGabeira com 15% e Jandira na, o importante serão os elei-

tores conscientes. "Esta semana é decisiva, onde o principal protagonista não é o candidato, é o eleitor. Quem tiver os eleitores mais decididos, mais empolgados e com mais argumentos, vai conseguir levar. Estou certo que tenho os eleitores mais confiantes, mais empolgados, mais decididos". Em campanha na zona oeste da cidade, o senador Marcelo Crivella preferiu não polemizar. "A melhor pesquisa, para mim, é o carinho que tenho recebido do povo nas ruas", comentou. Ele destacou ainda que está trabalhando para isto – "todos os dias, acordando cedo e dormindo tarde, indo à rua para cumprimentar os eleitores e mostrar as nossas propostas". Eduardo Paes não comentou a acusação de Gabeira e disse que não especularia sobre o segundo turno. (AE)

Metrô critica 'rota' proposta por Marta Reunião Plenária da Solidariedade (Informações, debates e busca de soluções)

Ordem do Dia I

Projeção de filme sobre a Campanha da Solidariedade

II Palavra da Coordenadoria Geral do Conselho da Mulher Palavra do Presidente da Associação Brasileira dos Coreanos Palavra do Presidente da Associação Comercial de São Paulo - ACSP III Assinatura do Protocolo de Intenções IV Entrega simbólica de caixas de roupas a uma das entidades V Agradecimento a todos os colaboradores

Dia: 30 de setembro de 2008, terça-feira Horário: 9h30 Local: Clube Esperia, Av. Santos Dumont, 1.313

Proposta seria incompatível com o projeto já definido para a malha atual

F

alta apenas uma semana para o primeiro turno da eleição municipal, mas a petista Marta Suplicy decidiu apostar mais uma vez suas fichas na divulgação de uma proposta própria de traçado para o metrô paulistano, que não apenas contraria os planos da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), como já foi categoricamente rejeitada pelo governo estadual. Ontem, internautas cadastrados no site da candidata na internet receberam uma mensagem com um mapa do traçado pretendido por ela, acompanhado da chamada "O metrô da periferia". "Marta, junto com o governo federal e o governo estadual, vai levar o Metrô à Freguesia do Ó, Cachoeirinha, Vila Maria, Sapopemba e M'Boi Mirim", diz o texto. Um link redireciona o internauta para o site de Marta, no qual a campanha busca justificar a proposta: "Não é por desconhecimento do plano do Metrô, mas sim por discordância das diretrizes estabelecidas pela rede essencial atualmente defendida pela empresa". A proposta de Marta inclui diversas extensões da rede e até um trajeto de toda a futura linha 6 que contrariam o plano de expansão do Metrô.

Luis Murauskas/Folha Imagem - 31.07.02

Carlos Zarattini: "O metrô é uma concessão da Prefeitura"

A polêmica aumentou com a notícia de que a verba federal prometida por Marta para o projeto não foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem. Marta diz que fará mais de 47 quilômetros de metrô em quatro anos. A Prefeitura aplicaria R$ 490 milhões ao ano, mesma quantia a ser transferida pelo governo federal. E a administração estadual, comandada pelo governador José Serra (PSDB), teria de gastar R$ 980 milhões ao ano. O Metrô divulgou nota rejeitando novamente a promessa. "O Metrô reitera que a proposta de Marta Suplicy para o transporte metroviário da ci-

dade de São Paulo é incompatível com os fundamentos técnicos que orientam o planejamento do transporte público metropolitano", diz o texto. "É preciso deixar claro que quem faz metrô, em São Paulo, é o Metrô de São Paulo." Técnicos divididos – "Esta deve ser uma discussão pública", afirmou o coordenador da campanha de Marta, deputado Carlos Zarattini (SP), reforçando a aposta num traçado mais "aberto" em vez de "fechado no centro", que divide até técnicos do Metrô. "E vale lembrar que o metrô é uma concessão da prefeitura municipal à Companhia do Metropolitano", concluiu. (AE)


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

DCARRO

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LANÇAMENTO Com as mesmas tecnologias e motorizações, Voyage tem desempenho semelhante ao novo Gol

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carro foi desenvolvido juntamente com o novo Gol, tem um nome já consagrado no mercado brasileiro, espaço no porta-malas de causar inveja em qualquer linha de ataque e visual para marcar presença em toda lista de "gols de placa". Estas são as características do Voyage, que representa a entrada da marca em uma das mais importantes porções de mercado atualmente, o dos sedans compactos no segmento de entrada. Espaçoso, confortável, com quatro versões de acabamento e duas opções de potência, chega custando R$ 30.990 com motorização 1.0 litro; R$ 35.180 na versão 1.6 básica; R$ 37.600 na opção Trend e a partir de R$ 39.430 equipado com o propulsor 1.6 no acabamento Confortline, o mais completo, como ocorre em todos os modelos da marca. O modelo, na maioria de seus detalhes, é idêntico ao Gol, mas a linha formada pelo vidro traseiro é bastante inclinada até

encontrar-se com o porta-malas, dando uma aparência de maior esportividade ao sedan. O porta-malas tem capacidade de 480 litros – bem maior que o do Gol, com 205 litros – e possui, de série, um sistema elétrico de destravamento com abertura automática da tampa traseira, acionado por controle remoto na chave, quando o veículo possuir este equipamento, ou por um botão no painel. Força - Os motores são os mesmos do Gol. O 1.0 VHT Total Flex atinge as potências máximas de 72 cv a 5.250 rpm, quando abastecido com gasolina e 76 cv a 5.250 rpm utilizando álcool, enquanto o torque fica entre 9,7 kgfm a 3.850 rpm e 10,6 kgfm a 3.850 rpm – gasolina e álcool. O propulsor 1.6 VHT Total Flex alcança as potências de 101 cv (gas.) e 104 cv (álc.), nas mesmas rotações e oferece o torque de 15,4 kgfm e 15,6 kgfm. Com a motorização 1.0, a aceleração de 0 a 100 km/h é

feita em 13,8 segundos com gasolina e 13,3 segundos com álcool. Seu consumo, segundo a montadora, é de 14,1 km/l com gasolina e 9,6 km/l com álcool na cidade. Na estrada, faz 18,6 km/l e 12,6 km/l. Já o 1.6 acelera de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos com gasolina e 9,8 segundos com álcool. Seu consumo na cidade é de 13,1 km/l com gasolina e 8,8 km/l com álcool, enquanto na estrada faz 18,5 km/l e 12,4 km/l. Estes dados foram informados pela própria montadora. Vale lembrar ainda que, assim como no novo Gol, o tanque do Voyage possui capacidade para abastecer 55 litros de combustível, aumentando a autonomia dos veículos em relação aos concorrentes. Internamente o carro também é praticamente o mesmo que o Gol. Mas para notar a diferença entre estar no habitáculo de um ou do outro, basta atentar-se para o tom do acabamento que no Voyage é levemente avermelhada e no

novo Gol "puxa" um pouco para o azul. Mercado - Com um visual harmônico e moderno, além de carregar o peso e a tradição da marca Volkswagen, o Voyage deve rapidamente conquistar uma grande parcela das vendas entre os sedans pequenos que têm crescido bastante nos últimos anos - a participação do segmento era de 6,8% em 2002 e atingiu 15% em 2007. Este deve ser o primeiro passo para a montadora alemã tentar readquirir a liderança do mercado perdida para a Fiat. Além de tentar voltar ao topo do ranking, o veículo representa o retorno da marca a este segmento dos sedans "mais populares" em que deixou de estar presente desde a década de 90 com o Voyage antigo. A missão do novo modelo é bater fortes concorrentes como Classic, Siena, Prisma e Logan. Anderson Cavalcante

Fotos: Divulgação

Voyage, o gol que faltava Usando o nome do carro que foi sucesso nos anos 80 e 90, o novo sedan médio da Volkswagen chega ao mercado com a mesma mecânica do Gol

Produzido entre os anos de 1981 e 1996 o Voyage original foi o último sedan pequeno da montadora germânica lançado no mercado brasileiro e também era derivado do modelo Gol. Para a Volkswagen, mesmo com o novo Voyage tendo seu desenvolvimento simultâneo ao novo Gol, ele tem a vantagem de ter sido concebido já como sedan.


Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PCdoB e PSol MUDAM TÁTICA EM BUSCA DE VOTOS

Milton Mansilha/LUZ

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Ninguém consegue ir para a frente sem o PT. Rui Tavares Maluf

ESQUERDA, VOLVER ! Brígida Rodrigues/e-SIM

Atrás de votos, PCdoB e PSol trocam a linguagem ortodoxa pelo apelo popular Sergio Kapustan

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ara conquistar uma cadeira na Câmara Municipal, dois partidos de esquerda – o histórico PCdoB e o PSol da expetista Heloísa Helena – modernizaram a linguagem ortodoxa e passaram a investir em novas mídias, como a internet, e capricharam no apelo popular, estratégia que sempre foi descartada. O futebol é o maior exemplo. Depois de eleger o "Divino" Ademir da Guia (hoje no PR) em 2004, o PCdoB trocou o palmeirense por um corintiano: Vladimir . O neocomunista promete trabalhar em favor do

esporte e combater as desigualdades sociais. Lateral-esquerdo do Timão de 1969 a 1987, o ex-jogador diz que é "socialista convicto" e usa na campanha um cabo eleitoral de impacto: Bin Laden, inimigo declarado do capitalismo norte-americano. O Bin Laden a serviço do PCdoB é o performático Flávio Leandro Rocha. Torcedor fanático, ele vai aos jogos do clube vestido a caráter. "Abracei a causa dele de coração", declara o cover. "É um apoio voluntário que é bem-vindo", emenda o candidato durante corpo-acorpo na rua 7 de Abril, no Centro, onde torcedores o cercam. Outro cabo eleitoral importante de Vladimir é Socra-

Milton Mansilha/LUZ

Wagner Cowboy do Asfalto: em defesa dos animais domésticos

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tes, um dos líderes da Democracia Corintiana nos anos 80. "A Fiel é a maior torcida de São Paulo e vai retribuir nas urnas o que eles fizeram pelo clube. Tem voto para todo mundo", garante Vladimir, cujo número de registro da candidatura termina com 77, referência ao título de campeão paulista após 23 anos de jejum, do qual foi um dos destaques. Fora das quatro linhas, outro torcedor quer o apoio da 'Fiel': o vereador Antonio Goulart (PMDB). Ele busca o quarto mandato consecutivo e divulgou a paixão pelo clube ao longo de sua carreira política. Abertura – Sem a bandeira da luta de classes e com uma campanha multimídia, outra aposta dos comunistas é no estudante de Jornalismo Gustavo Petta, 27 anos. "O PCdoB quer militantes compromissados com a democracia e o combate às desigualdades sociais", afirma o candidato, que se apresenta como "socialista". Duas vezes presidente da UNE (2003/2005 e 2005/2007), ele exibe no seu site os apoios do presidente Lula (PT), do cantor Nasi , do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) e do ministro dos Esportes Orlando Silva. O carro-chefe de sua campanha é o ProUni, criado pelo governo federal em 2004, que oferece bolsas em instituições de educação superior privadas. Segundo Petta, o governo já distribuiu 400 mil bolsas no País. "Minha gestão na UNE apoiou o ProUni", reforça. Base social - Os desconhecidos Dunga, Wagner Cowboy do Asfalto, Ednei do Depósito, Elias Instrutor e Ronaldo do Pantanal são alguns dos nomes lançados pelo PSol. Segundo o presidente estadual do partido, Miguel Carvalho, os apelidos acrescentados aos nomes mostram a origem social dos candidatos "Não existe candidatura exóti-

Expectativa nos partidos: eleger seis candidatos

Sol e PCdoB projetam eleger, cada um, três vereadores. Hoje, os dois partidos não têm representantes no Legislativo. O PCdoB está na coligação com o PT, PSB e PRB, que juntos somam 109 candidatos. Na atual legislatura, o PT tem 12 vereadores, o PSB, dois, e o PRB, um. O PDT, que apóia Marta Suplicy (PT) na chapa majoritária, lançou nominata própria para a Câmara com 64 nomes. Atualmente, o partido tem dois vereadores. O bloco de esquerda soma 17 parlamentares, que representam 9% do total de cadeiras do Legislativo (55).

"Ninguém consegue ir para a frente sem o PT", diz o cientista político Rui Tavares Maluf ao comentar as alianças de esquerda. Além de Wladimir, o PCdoB aposta nas candidaturas do cantor Netinho de Paula e do exdeputado Jamil Mourad para angariar votos. O PSol lançou 29 candidatos mais conhecidos na periferia e no movimento sindical. Para Rui Tavares Maluf, ao comparar as estratégias do PCdoB e PSol, os ex-petistas podem ter um prejuízo maior – até não eleger ninguém. Ele explica que a grande

aprovação do governo Lula e o bom desempenho de Marta nas pesquisas ajudam o PCdoB. No caso do PSol, a falta de um puxador de votos, como a ex-senadora Heloísa Helena, torna a situação dos ex-petistas mais difícil comparado aos comunistas. "Eles (PSol e PCdoB) estão na periferia da esquerda porque a maior parte do território é dominada pelo PT há muito tempo", diz Rui Tavares. A presidente municipal do PCdoB, Julia Roland, aposta na nominata do partido: "Há um sentimento na sociedade de oxigenação da Câmara", destaca.

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Apoio impactante: Bin Laden virou cabo eleitoral do consagrado lateral esquerdo corintiano Vladimir Milton Mansilha/LUZ

ca no PSol para eleger bancada. O que existe é candidato com trajetória", garante. Ele cita como exemplo Wagner Cowboy do Asfalto, que faz campanha de chapéu, cinto, camisa e botas, e tem na ponta da língua o discurso do partido. O PSol diz que o casamento do peão com a ideologia socialista é perfeita. "Sou um caubói de esquerda porque perdi a esperança no governo Lula", apresenta-se Wagner. Se eleito, já tem na cabeça o primeiro projeto que apresentará: a criação de cinco unidades de atendimento gratuito de saúde veterinária. "Muita gente cria animais, como cães e gatos, e não tem recursos para cuidar deles de forma adequada", justifica Wagner.

Coração de estudante – Gustavo Petta, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), por duas vezes, busca o voto dos colegas na Uninove da avenida Vergueiro, no Paraíso. Longe da velha bandeira da luta de classes, ele usa a multimídia para defender a ampliação do Pro-Uni, do governo federal, que oferece bolsas em instituições privadas de ensino superior: "Defendi o Pro-Uni na UNE".


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

As estréias em Paris O evento começa no dia 4 mostrando novidades que estão chegando às ruas e carros do futuro, todos híbridos SALÃO FRANCÊS

ntre os dias 4 e 19 de outubro as montadoras de todo o mundo estarão participando do tradicional Salão do Automóvel de Paris, na França. A Porsche vai apresentar a versão especial Cayenne S Transsyberia, que chegará ao mercado no começo de 2009 e estará disponível também para venda no Brasil. O nome remete ao rali internacional Trans-Sibéria, percorrido anualmente entre Moscou, na Rússia, e Ulan Baatar, na Mongólia, num total de 7.200 km. A montadora investiu no novo modelo em função do desempenho do Cayenne no rali. Ele venceu a prova em 2006 e, na seqüência, ganhou a versão Transsyberia, produzida em edição limitada e sucesso nas competições de 2007 e deste ano. A versão de estrada possui diferenças significativas em relação à de competição. Seu motor é o V8 atmosférico de 4.8 litros, mas com a variante do Cayenne GTS, que desenvolve 405 cv a 6.500 rpm e torque máximo de 500 Nm a 3.500 rpm. O modelo pode ter as combinações de cores oferecidas na versão de competição (preto/laranja e prata cristal metálico/laranja), ou vir em preto/cinza meteoro metálico e cinza meteoro metálico/prata cristal metálico. No habitáculo, oferece um ambiente esportivo e exclusivo. O volante recebe acabamento em alcântara e, como nos de competição, possui uma marcação na parte superior do aro. O alcântara também está presente em outras superfícies e componentes do interior do Cayenne S Transsyberia.

E

Cayenne S Transsyberia Francesas - Uma das vedetes da Peugeot no Salão de Paris, é o conceito Prologue, que apresenta uma nova geração de tecnologia híbrida. O veículo, que gera 200 cv de potência, apresenta redução significativa dos níveis de emissão de CO2 que variam entre 109 g/km em utilização mista e 0 g/km com uso do propulsor elétrico.

Fotos: Divulgação

Renault Ondelios

Peugeot Prologue

A Renault também aposta no futuro, expondo o seu carro-conceito top de linha, o Ondelios. Destinado a um público que adora viajar longas distâncias, sensível ao conforto e ao refinamento, o modelo tem design inspirado nos aviões, pela configuração interna e uma inédita motorização híbrida. Com um comprimento de 4,80 m e altura de 1,60 m, o conceito da Renault oferece alto rendimento aerodinâmico inspirado na aviação, com um Coeficiente Aerodinâmico (Cx) de 0,29. Segundo a montadora francesa, ele surpreende por sua fluidez, parecendo deslizar no ar. “Inspirado mais pelo movimento que pela velocidade, o Ondelios é um novo convite para viajar”, explica Patrick Le Quément, diretor de Design do Grupo Renault.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

EM QUE MEDIDA O CRÉDITO DOMÉSTICO É CAPAZ DE COMPENSAR A PERDA DO CRÉDITO EXTERNO?

AGORA, A CRISE DO CRÉDITO

A

s crises financeiras que atingiram economias emergentes nas duas últimas décadas tiveram, em larga medida, origens internas a esses países. Uma variedade de fatores, geralmente definidos como "maus fundamentos macroeconômicos", estava, em geral, na raiz das crises. A crise atual, ao contrário, tem duas características diferentes. A primeira é que ela tem origem no centro do sistema financeiro internacional (os EUA). A segunda é que ela ocorre num momento em que os países emergentes (ou a maioria deles, pelo menos) se encontram em posição bem mais sólida que no passado, em termos de fundamentos. Essa robustez econômica sugeriu a muitos o termo decoupling (descolamento), para expressar a possibilidade de que esses países continuem a manter uma razoável taxa de crescimento, mesmo que as economias centrais cresçam muito abaixo de seu potencial, nos próximos dois anos. Nessas condições, a questão central é conhecer por meio de que canais e com que intensidade a crise das economias centrais se transmite às emergentes, em especial ao Brasil. Uma indicação importante do aperto de liquidez na economia mundial é a queda de 35% do fluxo líquido de capitais para o Brasil nos primeiros oito meses em relação a 2007. Apenas a partir de setembro ficou mais claro que a crise tinha caráter sistêmico, com a quebra de algumas grandes instituições financeiras norte-americanas. Mesmo que o pacote de salvamento do governo venha a ser executado com rapidez, o estrago já está feito. Para os próximos meses, é provável que o ritmo de contração do crédito externo se intensifique, atingindo o segmento dos empréstimos e financiamentos, por exemplo. Em face disso, duas questões se colocam: (a) em que medida o Brasil está vulnerável à crise e (b) o crédito doméstico é capaz de compensar a perda do crédito externo?

JOÃO DE SCANTIMBURGO MALOGRO

● A crise financeira

chegará até nós via crédito. A contração do crédito externo, agora e em 2009, afetará nosso crescimento.

Uma medida razoável de vulnerabilidade externa é a relação entre as reservas internacionais e a necessidade de financiamento externo, dada pelo déficit em contacorrente mais o volume de amortizações. Para 2009, esse coeficiente estimado é de 2,5 ou 30 meses (reservas da ordem de US$ 200 bilhões e necessidade de financiamento de US$ 80 bilhões), números bastante confortáveis. Medidas de vulnerabilidade que associam estoque de reservas ao volume do capital estrangeiro de curto prazo (portfólio capital) no País são inadequadas, porque não levam em conta os mecanismos normais de defesa dos mercados. A segunda questão é mais relevante do ponto de vista da atividade econômica e do crescimento. Aqui, a resposta é menos confortadora, por pelo menos duas razões. De um lado, as condições de prazo e custo no mercado internacional não têm equivalência no mercado local de capitais, que é estreito e opera com prazos mais curtos. De outro lado, a poupança interna é baixa (em torno de 18% do PIB nos últimos anos), sendo totalmente suprida pelo setor privado, já que a poupança do setor público é nula ou negativa. Isso nos leva a admitir que uma contração mais duradoura do crédito externo, como se espera que ocorra neste e no próximo ano, terá efeitos de primeira ordem sobre o crescimento brasileiro, mesmo reconhecendo-se que a vulnerabilidade externa do País é hoje bem menor do que foi há poucos anos. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES

A próxima crise americana

J

amais se vasculhou o passado de alguém com tanta ânsia de encontrar crimes e vergonhas como a grande mídia tem vasculhado a vida de John McCain e Sarah Palin. Até o momento, tudo o que se encontrou foi uma garota que transou com o namorado, um policial demitido em circunstâncias um tanto deprimentes e um assessor de campanha que teria sido bem remunerado por Fannie Mae e Freddie Mac. E, destas três miseráveis picuinhas, nada se provou de ilegal quanto à segunda e a terceira se revelou absolutamente falsa: o sujeito já havia se demitido da sua firma de advocacia quando ela começou a trabalhar para os gigantes falidos. Em compensação das atenções universais voltadas obsessivamente para essas antinotícias, nada ou quase nada se vê no New York Times ou na CNN – muito menos na mídia brasileira – sobre os fatos simplesmente escabrosos da biografia de Barack Hussein Obama – biografia tão repleta de lances comprometedores que não é possível contá-la, mesmo no estilo mais frio e comedido, sem dar a impressão de campanha difamatória. Nada desse calibre existe contra Sarah Palin ou John McCain. Nenhum dos que falam contra eles pôs a cabeça em risco, transformando as acusações em processo judicial. E olhem que as imputações do alegado companheiro de farras são o que há de mais brando e insignificante no currículo negativo de Obama. Infinitamente mais sério é o processo por falsidade ideológica que corre contra ele num tribunal da Pensilvânia. Não foi movido por nenhum republicano fanático, mas por um conhecido militante democrata e antibushista, o advogado Phillip Berg. A petição inicial do processo vem anexada de várias peritagens que demonstram ser falsa a certidão de nascimento divulgada pela campanha de Barack Obama para provar sua cidadania americana. O que está em jogo não é somente a possível inelegibilidade do candidato, mas, independentemente disso, a sua condenação como falsificador de documento público. Berg solicitou que o tribunal apressasse a intimação do réu, por um motivo muito simples: se esta questão não for resolvida logo, e Obama vier a ser eleito, os EUA estarão metidos na maior crise constitucional da sua história. O presidente legalmente eleito não só terá de ser declarado inempossável, mas irá direto da glória para a cadeia. O eleitorado de Obama, após o monstruoso investimento emocional num candidato cuja biografia desconhece quase por completo, ficará naturalmente enfurecido e acusará a justiça americana de golpe. O país terá de escolher entre a Constituição e a paixão obâmica. Se escolher a primeira, estará dividido por uma fronteira de ódio insanável. Se escolher a segunda, terá, de um só lance, abdicado de toda a sua história, de todos os seus valores e de toda a sua dignidade no altar de um capricho de seus inimigos.

● Para fins de destruição dos EUA,

colocar Obama na presidência é um grande avanço, mas a crise constitucional que pode se seguir à declaração da sua inelegibilidade retroativa é melhor ainda. Por Olavo de Carvalho

Como a carreira e a projeção de Barack Obama são obviamente uma criação de forças antiamericanas conjugadas - coisa que pode ser demonstrada facilmente pelas fontes do seu financiamento -, creio que aí se pode encontrar uma explicação bastante razoável para o desinteresse aparente com que o Partido Democrata tem tratado essa bomba-relógio destinada a explodir dentro de algumas semanas. Para fins de destruição dos EUA, colocar Obama na presidência é um grande avanço, mas a crise constitucional que pode se seguir à declaração da sua inelegibilidade retroativa é melhor ainda. Não tenho a menor dúvida de que os criadores do personagem Barack Obama estão perfeitamente conscientes do processo e da absoluta impossibilidade de contorná-lo. As atitudes independentes e até insolentes tomadas nos últimos dias pelo candidato vice-presidencial Joe Biden são um sinal, discreto mas revelador, de que talvez os engenheiros do fenômeno Obama não contem tanto com usá-lo como presidente dos EUA, mas apenas como vírus para gerar a crise e dividir a nação por um conflito que ela não pode suportar.

A

coisa é tão grave que a própria campanha McCain-Palin prefere encobri-la, continuando a fingir que não há nada de errado com a candidatura. Nunca houve, na história americana, um silêncio tão explosivo. Muito provavelmente McCain sabe da destruição iminente do seu adversário e não quer posar como diretor de cena do vexame espetacular que se prepara. Mesmo na hipótese de que alguém intimide Philip Berg e o obrigue a retirar o processo, nada impede que milhares de outros processos similares sejam abertos até a véspera das eleições ou - pior ainda mesmo depois delas. Obrigar o país a escolher entre sua Constituição e um ídolo pop – com o risco de uma guerra civil no primeiro caso e da completa desmoralização no segundo - parece mesmo uma piada demoníaca. Se os dois partidos fazem de conta que não sabem de nada é porque estão conscientes do inevitável. No último dia 24, fim do prazo para responder ao processo de inelegibilidade movido por Berg, Barack Obama não respondeu nada: apresentou um pedido de dispensa (motion for dismissal), típico recurso embromatório que, em geral, só torna o réu mais suspeito ainda.

Mexendo em vespeiro MARCOS CINTRA Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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O

inferno está repleto de almas bem-intencionadas. Pode ser o caso dos que defendem a PEC em estudo no governo que pretende "conceder" ao trabalhador doméstico o "direito" a jornada de oito horas, pagamento de hora extra, adicional noturno, salário-família e FGTS obrigatório. É "politicamente correto" aplaudir essas medidas. Afinal, dirão os mais ingênuos, por que discriminar contra os trabalhadores domésticos? Mas o que eles não percebem é que cada país tem suas instituições peculiares, que não devem ser autoritariamente alteradas, mas, quem sabe, preservadas quando são funcionais e produzem resultados. Quanto ao trabalho doméstico, os costumes e as instituições brasileiros, em vez de serem discriminatórios contra esses trabalhadores, são favoráveis a eles. E as alterações em estudo podem

gerar mais perdas do que ganhos para todos. O governo deve ser cauteloso ao considerar o desmonte de instituições criadas ao longo dos anos no tocante ao trabalho doméstico. Erros poderão resultar em aumento do desemprego, pre● É politicamente

correto pedir novos direitos trabalhistas para o empregado doméstico. Mas mudar pode ser um brutal retrocesso social. judicando os milhões de trabalhadores nessa atividade. Ademais, não há sinais de rejeição ou de desconforto na relação patrão-empregado. É importante dizer que hoje os domésticos são, no meu entender, discriminados a seu favor.

Há exceções, mas a regra no Brasil é a de um relacionamento cordial entre patrões e empregados domésticos, em que o binômio tr ab alh o-d es can so segue, de comum acordo, as especificidades de cada domicílio. A esses funcionários são concedidos habitação, alimentação, vestuário e, não raro, tratamento médico. É mais comum a empregada doméstica ser tratada como membro da família do que como mucama escrava, como querem fazer crer alguns membros do governo que desejam mexer em vespeiro, achando que isso poderá lhes trazer dividendos políticos. Cuidado com o andor, pois a mudança pode ser um brutal retrocesso social oculto sob o manto da modernidade e da igualdade de direitos. MARCOS CINTRA É VICE-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

HISTÓRICO

A

disputa eleitoral nos EUA, como ocorre também em outros países, dificultou o acordo que ajudaria o socorro aos bancos. Uma disputa eleitoral interna causou o mal-estar, resultando em impasse e criando problemas difíceis de serem resolvidos, segundo observadores da crise americana, que também é uma crise mundial. A solução está nas mãos das autoridades econômicofinanceiras, das quais emergirá a solução, que não pode deixar de ter uma data-limite, em nome dos interesses do mundo inteiro. O pacote Bush enfrentou um fracasso histórico e com esse nome foi batizado nas paredes de Wall Street, resultando num malogro não registrado até então nas páginas da história dos EUA. Os jornais paulistanos e cariocas acentuaram a dificuldade enfrentada pelas autoridades americanas, que não sabiam como sair do torvelinho e reencontrar o caminho que leva a uma solução negociada entre os líderes políticos. Resta agora uma nova investida em direção aos bancos, sob a proteção de acordos não capitulados nas tradições da política americana. ● A liderança

americana não terminou e nem terminará nesse solavanco Como se vê, os EUA - que detêm o bastão da liderança total sobre os países -, desde 1929, com a Grande Depressão, já poderiam ter aprendido a se defender, defendendo também os demais países sob sua liderança. Mas nesta crise não se trata de uma divergência partidária qualquer e sim de uma ampla divergência, que sabemos como começou, mas que não se sabe como acabará.

T

emos escrito sucessivos artigos sobre os EUA, agora às voltas com uma disputa política em torno de um pacote de socorro. A crise deve ser eliminada com a ajuda do tempo, como já ocorreu em passado recente. Temos dito e repetido que a liderança americana não terminou e nem terminará com esse solavanco de agora, mas levará muito tempo até alisarem os pedregulhos jogados no caminho para dificultar a passagem das autoridades econômicofinanceiras chamadas a opinar em situações azedas como esta. Uma grande potência encontrou o seu tropeço forte. Isso mostra que até os maiores também encontram dificuldades a serem transferidas. Esse é a dificuldade enfrentada pela Casa Branca , sem ter ainda a uma boa solução que recolha as suas peças à ordem. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OPINIÃO - 3

UM PLANO DE AJUDA LEGITIMAMENTE KEYNESIANO FARIA MAIS DO QUE AJUDAR INVESTIDORES TOLOS

A

mão invisível do mercado não seria capaz de lavar as fichas podres de Wall Street. Keynes (no centro) havia previsto isso: "Quando o desenvolvimento do capital se torna um subproduto das atividades de um cassino, o trabalho provavelmente será mal-feito".

DELFIM NETTO

CONDIÇÃO

NECESSÁRIA

O

Keynes não iria querer nacionalizar o cassino Por David Ignatius, do Washington Post

E

● Faça seu comentário direto no site do DC ● Ou envie um e-mail: doispontos@ dcomercio. com.br

m épocas como a atual, quando até os analistas mais comedidos se perguntam se não estamos caminhando para outra Grande Depressão, é prudente dar uma respirada, ir até o porão e tirar a poeira de um exemplar de uma dissertação de 1936 de John Maynard Keynes modestamente intitulada A Teoria Geral de Emprego, do Juro e do Dinheiro. A maioria de nós se lembra de Keynes de nossos cursos de economia como o cara que defendia gastos deficitários para "preparar a bomba" durante as quedas. E isso com certeza era parte de seu argumento. Mas revisitando A Teoria Geral, o que é surpreendente é que é um livro sobre pânicos econômicos e a psicologia dos mercados que os produz - a conseqüente necessidade da intervenção do governo. Trechos dele poderiam ter sido escritos na semana passada para descrever o default em cascata do Bear Stearns, Lehman Brothers e AIG. O problema com os mercados financeiros, argumentou Keynes, era que os investidores periodicamente eram capturados por uma forma extrema do que ele chamou de preferência por liqüidez, o que os deixava desconfiados em pôr seu dinheiro em qualquer coisa que não fosse os investimentos mais seguros. "É da natureza dos mercados de investimentos organizados que, quando as desilusões caem num mercado su-

perotimista e ultracomprado, ele deverá cair com uma força súbita e até catastrófica", escreveu. "Quando a dúvida surge, ela se espalha rapidamente." Essa é uma ótima descrição do que tem ocorrido em Wall Street nos últimos meses. Viemos de uma bolha de super-entusiamos, na qual os spreads das taxas de juros tinham pouca relação com os riscos, para um estado de pânico, em que as instituições financeiras estão tão aversas ao risco que não querem emprestar para ninguém. Como Keynes observou, "o atual objetivo particular dos investimentos mais qualificados hoje é ... enganar a multidão e passar a meia-coroa ruim, ou desvalorizada, a outro colega".

A

idéia revolucionária de Keynes foi que os mercados financeiros não eram inerentemente autocorrigíveis, como a economia clássica tinha afirmado. Deixada à própria sorte, Wall Street poderia continuar numa armadilha de liqüidez, na qual os mercados estariam congelados e os investimentos produtivos cessariam. Então, o governo se sentiu obrigado a tomar medidas que iriam restaurar a confiança e estimular os investimentos. "Concluí que o dever de regular o atual volume de investimentos não pode ser deixado, com segurança, nas mãos privadas", escreveu. O que nos leva ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, e à atual crise financeira. Desde

que ele interveio para salvar o Bear Stearns em março, Paulson tem tentado bombear dinheiro nos mercados que estão se trancando por causa da extremada preferência por liqüidez. Mas, cada medida de salvamento só prepara o próximo desastre - de modo que Paulson salta do Bear Stearns para a Fannie e a Freddie e depois para a AIG, e agora para um compromisso do governo para comprar por US$ 700 bilhões ou mais valores mobiliários baseados em hipotecas. Que conselho Keynes daria a Paulson e ao presidente do Fed, Ben Bernanke? Seu primeiro instinto, acho, seria reiterar que os mercados, deixados a si mesmos, não vão resolver esse tipo de crise. Eles precisam da ajuda do governo - nesse caso, numa escala que assustaria até Keynes - incluindo subscrição de empréstimos hipotecários, apoio a swaps de crédito e outros passos. Mas se essas medidas forem feitas em partes, sem um amplo apoio político, elas poderão aumentar o nervosismo das pessoas. Aliás, essa é uma preocupação verdadeira agora: um pânico de Wall Street pode se tornar um pânico de outras ruas. Robert Skidelsky, biógrafo de Keynes, deixa claro que em cada estágio da carreira de Keynes, ele tentou pensar globalmente as conseqüências políticas e sociais da política econômica. Isso foi verdade em sua famosa denúncia sobre os onerosos pagamentos de indenizações impostas à

Alemanha, que ele corretamente alertou que levaria para uma futura guerra; foi verdade na generosidade do sistema financeiro internacional pós-Segunda Guerra Mundial que ele ajudou a criar em Bretton Woods.

U

m plano de ajuda legitimamente keynesiano iria fazer mais do que ajudar investidores tolos. Como unir as peças num projeto maior? Bem, se os contribuintes norte-americanos vão comprar uma parte da maior seguradora do país, talvez a empresa possa ser a pedra fundamental de um novo sistema de um seguro de saúde particular e universal. Se os contribuintes vão adquirir US$ 700 bilhões em imóveis, talvez os eventuais lucros possam financiar novos investimentos em infra-estrutura ou em tecnologia energética. Keynes falou num inglês meticuloso de um diretor de Cambridge, mas prestem atenção ao que ele disse: "Quando o desenvolvimento do capital de um país se torna um subproduto das atividades de um cassino, o trabalho provavelmente será mal-feito". Keynes não iria querer nacionalizar o cassino; ele próprio era um investidor ativo. Mas ele nos lembra que propósitos públicos são mais bem servidos por instituições públicas. (C) 2008, WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

pacote de 700 bilhões de dólares proposto ao Congresso dos Estados Unidos pelo Departamento do Tesouro e Banco Central (Fed) é um início de solução para o tumulto que domina os mercados financeiros. Da sua aprovação vai depender a retomada da confiança, que é a condição primeira para que o sistema volte a funcionar. Porque esta não é uma crise econômica, é uma crise de mercado, onde o elemento fundamental é a confiança mútua entre as pessoas. Quando ela é quebrada, o mercado deixa de funcionar, perde suas funções vitais. A paralisia do mercado tem conseqüências na economia real, com a queda dos investimentos, redução do crescimento do PIB e eliminação de empregos. É isso que justifica a dramática interferência do governo americano: depois de tentar apagar os focos de incêndio localizados, sem conseguir dominar a fogueira, decidiu enfrentar a crise da única forma que ela pode ser enfrentada, devolvendo a confiança ao mercado. O socorro tem um custo altíssimo, mas o governo sabe que se permitir que o processo se alastre na área financeira, terá em breve uma crise de proporções gigantescas na economia real.

R

estabelecer a confiança é, então, condição necessária, embora não suficiente para que o mercado volte a funcionar adequadamente. A questão é saber como conseguir retirar do circuito a montanha de títulos que não tem liquidez, aqueles papéis que não tenham colaterais sólidos. Esta operação não pode ser restrita aos Estados Unidos, ela deverá atender pelo menos a Eurolândia, o Canadá e o Japão, e tem que ser feita em prazo relativamente curto. É preciso limpar o mercado desses papéis para que se restabeleça a confiança e os agentes voltem a operar em ambiente menos conturbado em todo o mundo. Os governos desses países estão diante do problema de convencer os seus contribuintes de que os custos do programa são menores do que se deixassem acontecer uma recessão no setor real, porque o estrago levaria anos para ser corrigido: produziria uma redução do bem estar da população e a tragédia do desemprego. Daí, não sendo a solução ideal, é a melhor possível.

● É preciso limpar

o mercado desses papéis podres, para que se restabeleça a confiança e os agentes voltem a operar em ambiente menos conturbado

H

á ainda vários complicadores nessa passagem pelo Congresso dos Estados Unidos. Os legisladores desejam influir para minimizar os prejuízos dos mutuários, uma questão política da maior relevância nesta antevéspera de eleição presidencial. Uma discussão muito acesa é em torno da punição dos operadores de mercado que claramente traíram a confiança dos aplicadores. Outra grande questão é saber como estabelecer as condições de reprecificação dos ativos que terão que ser adquiridos pela agência a ser criada neste processo. Hoje os papéis valem zero, mas com o tempo, na medida em que o mercado voltar a funcionar, podem recuperar uma parte de seu valor e atrair o interesse dos agentes financeiros e dos Bancos quando forem ofertados pela agência. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP, EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO@TERRA.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Vale tudo: na Internet, espalha-se um spam da mulher do candidato Marcelo Crivella a prefeitura do Rio, Sylvia Jane Crivella.

gibaum@gibaum.com.br

3 Eu tinha paúra do segundo mandato. Achava que ele levava o dirigente «

à ociosidade.

LULA // fazendo uma confissão pública em jantar da America’s Society.

Fotos: Divulgação

MAIS: ela é comparada a Tereza Goulart, Jackie Kennedy e até a Lady Di. "Em comum, inteligência, beleza, elegância e causas sociais".

O Ministério das Cidades trabalha num plano que pretende reduzir o problema do trânsito nas grandes cidades brasileiras até a Copa de 2014. De cara, deverá haver uma linha de financiamento no BNDES para as empresas de ônibus renovarem suas frotas. Também será discutida a proibição de construção de novos grandes estacionamentos, subterrâneos ou em edifícios na área central das metrópoles, para diminuir o deslocamento das pessoas a essas regiões. Na seqüência, pode surgir o PAC do Trânsito, com investimentos via PPP em linhas de metrô e trens, até a obrigatoriedade de faixas exclusivas de ônibus, em todas as capitais.

OSSEM-CERTIDÃO O Brasil tem sem-terra, sem-teto e também 2,5 milhões de cidadãos sem certidão de nascimento.Agora,oConselho Nacional de Justiça vai determinar aos cartórios de todo o país um super-mutirão em novembro para atender pessoas que ainda não possuem seu registro de nascimento. Hoje, esses brasileiros integram todas as faixas etárias. É o resultado de décadas e décadas que os cartórios cobravam para emitir a certidão de nascimento de qualquer pessoa. Agora, é de graça.

Intimidades A ex-bailarina e ex-manequim Maria Gracinda de Jesus, 77 anos, moradora de Magé, ex-rainha do Comércio de 1949 e ex-namorada do então marinheiro John McCain, está torcendo por sua vitória. Depois de ganhar popularidade no Brasil e até nos Estados Unidos, onde a rede ABC de televisão exibiu grande entrevista feita com ela, Maria Gracinda acha que, se ele vencer, acabará convidando seu antigo amor para posse. De um jeito ou de outro, já pensa em escrever um livro, contando sua vida e, claro, revelando travessuras e intimidades do candidato republicano.

RECORDE O bairro de Moema, em São Paulo, que abriga vários tipos de comércio e vem se transformando num novo polo de moda, também detém o recorde da cidade em volume de casas de swing. Na região, existem nada menos do que 14 casas destinadas a travessuras de casais entre si.

Falta de quorum Que ninguém imagine que falta de quorum seja um problema que afete apenas a Câmara Federal e o Senado: nas duas últimas semanas, o Supremo Tribunal Federal não consegue reunir o chamado quorum qualificado, que determina a presença mínima de oito ministros (são onze) no plenário. Sem esse mínimo, julgamentos de repercussão na sociedade brasileira não entram na pauta de votação. E não têm sido raras as vezes que, pelo menos, quatro ministros do Supremo têm sido ausentes.

Outros ventos

Noivas coloridas

O IBGE revela que o número de casamentos no Brasil, que andou em baixa nos anos 90, vem crescendo desde 2001, alcançando mais de 900 mil uniões em 2007 (apenas no registro civil). O mercado de casamentos no país movimenta, anualmente, cerca de R$ 8 bilhões e o volume de festas também vem aumentando, especialmente na classe média, devido ao aumento de seu poder aquisitivo. Entre os 170 mil milionários brasileiros já viraram hábito festas cinematográficas. Faturam com casamentos segmentos como buffets, salões, decoração (igreja e festa), imóveis, eletroeletrônicos, noite de núpcias, viagens de lua-de-mel e, claro, confecção de vestidos. Aí, a grande novidade: está aumentando o volume de noivas que opta por vestidos coloridos, em substituição ao clássico branco, sugerido pelo Papa Pio IX, no século 19, em homenagem a Virgem Maria.

Acaba de surgir um rival para Henrique Meirelles em 2010 na disputa do governo de Goiás: Túlio Maravilha, três vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro e principal goleador da série B deste ano, candidato a vereador em Goiânia pelo PMDB, já avisou que quer disputar a sucessão no Estado. Consagrado pelos mais de 800 gols que fez por 24 clubes e pela seleção brasileira, Túlio Maravilha vem se revelando discípulo de Lula, ao recorrer às metáforas futebolísticas em seus discursos e entrevistas.

A conhecida Casa do Saber ganhou uma variante no Rio de Janeiro que logo terá uma unidade em São Paulo, dedicada à área sexual: chama-se Casa do Prazer e não apenas vende acessórios e outros objetos para incentivar os embates íntimos, como também (no estilo da Casa do Saber) promove mini-palestras sobre o assunto preferido de suas freqüentadoras (90% são mulheres). A dona do estabelecimento, Suzana Leal, costuma parafrasear Vinícius de Moraes, na defesa de seus propósitos: “ Os intelectuais que me perdoem, mas o prazer é fundamental”.

MISTURA FINA ENQUANTO grandes figuras do Judiciário vivem reclamando de falta de tempo, funcionários e dinheiro, mais de nove mil brasileiros que já cumpriram suas penas continuam na cadeia à espera de ordem de soltura. Por outro lado, em regime de prisão preventiva ou provisória, quase 130 mil detentos aguardam julgamento. O NOVO membro da Comissão de Ética Pública da Presidência, nomeado por Lula, é o padre cearense José Pinheiro, assessor político da CNBB – Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil. E, claro, ligado a petistas.

Se não tinha beijos na tela, na abertura do Festival do Rio, com a exibição do filme Última Parada – 174, de Bruno Barreto, no Cine Odeon, na platéia, beijo era o que não faltava. De saída, os filhos Bruno e Fábio tratavam de beijar o pai Luis Carlos Barreto (vai filmar a vida de Lula), à esquerda, enquanto Cássia Kiss não resistiu e atacou com um beijaço o ator Fábio Assunção (segunda foto). Em outro lado, Jorge Fernando tentava beijar Daniel Filho (terceira) mas o diretor de TV e cinema resistiu e preferiu o beijo de Camila Pitanga (à direita).

Noite de beijos

Usar denovo Ainda as noivas: na vida real, Sarah Jessica Parker, a Carrie Bradshaw de Sex and the City, casou com um vestido preto de rendas de Morgane Le Fay; a atriz Jennifer Connelly também preferiu o preto; a burlesca Dita Von Teese optou por um vestido roxo e a cantora Gwen Stefani usou um degradê pink de Dior. No Brasil, Guilherme Guimarães já criou vestidos de noiva estampados e Ronaldo Ésper foi o primeiro a apresentar um modelo preto. Por trás da nova onda, um motivo também econômico: o vestido colorido pode ser usadoemoutras ocasiões,dentrodafilosofia rethinkbridal, adotada por muitas grifes da Europa e dos Estados Unidos.

Mais uma Além do governador Sérgio Cabral que aderiu às cigarrilhas holandesas do presidente Lula, também a ministra e pré-presidenciável Dilma Rousseff resolveu deixar de lado os quase três maços de cigarros que consumia por dia, para entrar no mundo das cigarrilhas. Cabral e Lula tragam: Dilma, por enquanto, vem resistindo e só fazendo fumaça.

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Copos coloridos.

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De olho em 2014

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Copos clássicos.

Protógenes 2010 O delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiróz, afastado da Operação Satiagraha, está em Porto Alegre, dando força da campanha de Luciana Genro, filha do ministro da Justiça, Tarso Genro, candidata do PSOL à prefeitura de lá. E deverá se filiar ao partido, na época certa. A presidente do PSOL, Heloísa Helena, que vem aparecendo nas pesquisas de intenção de votos para Presidência, em 2010, com média de 10%, acredita que Protógenes Queiróz poderá ser o nome ideal para formar em sua chapa, como candidato à vice-presidência.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Rival de Meirelles

OUTRA CASA Aos 24 anos, a bonita velejadora brasileira Isabel Swan, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, depois de terminar a parceria com a gaúcha Fernanda Oliveira, acabou não resistindo a novos ventos. Vai velejar sozinha na Classe Laser, cursa o último ano da faculdade de comunicação e está debutando em ensaio mais do que sensual nas páginas da revista Vip, em fotos assinadas por Pedro Garrido. “Sou atleta, tenho saúde, sou bonita e isso tem que ser mostrado. E não tenho problema com foto, não: sou até bem soltinha”. Ela também deverá sair no Paparazzo e iniciou conversações com Playboy.

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

DEPOIS de abrir o Festival do Rio, Ultima Parada – 174, novo filme de Bruno Barreto, concorre a uma das indicações ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Outro filme de Barreto já foi indicado à mesma categoria em 1998: era O que é isso, companheiro? ESTÁ acertada a vinda do presidente George W. Bush ao Brasil em novembro, antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos. A visita será de menos de 24 horas: Bush virá apenas para se despedir do presidente Lula. O PUBLICITÁRIO Washington Olivetto foi ao programa Superpop , de Luciana Gimenez, falar de seu livro O primeiro a gente nunca esquece e de sua carreira. Aí, a entrevistadora foi fazendo outras perguntas até sapecar: “Qual foi a primeira grande arte que você fez na vida?”. E Washington: “Aos cinco anos de idade, peguei meu patinete e fugi de casa”. E Luciana: “E quantos anos você tinha nessa época?”. A atleta Daniele Hypólito não vai nessa onda de leilão, mas avisa amigos e admiradores que, aos 24 anos de idade, é virgem. Acha que ainda não encontrou o homem certo, mas isso não quer dizer que pretenda casar virgem. Já seu irmão Diego Hypólito, 22 anos, que, certamente, já debutou na área, tem sido visto, nas praias do Rio, sempre ao lado da também atleta Jade Barbosa, 17 anos e também virgem. Mas é só amizade: ficam quebrando ondas juntos. Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Lula: atualização da Lei do Estágio estabelece direitos

Estagiário tem direito a férias remuneradas

O

governo aprovou e publicou no Diário Oficial da União da última sexta-feira a atualização da Lei do Estágio. De acordo com a lei, a partir de agora, os estagiários que tenham contrato com duração igual ou superior a um ano têm direito a 30 dias de recesso, preferencialmente durante as férias escolares. Além disso, os dias de liberação previstos na norma serão concedidos, de maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a um ano. A legislação também prevê que o recesso deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.

Quanto à duração do estágio, a norma determina que estudantes da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental só podem ser contratados para a carga horária de quatro horas diárias de trabalho. Os alunos do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular podem trabalhar até seis horas diárias e os estágios de 40 horas semanas destinam-se aos matriculados em cursos que alternem aulas teóricas e práticas. A manutenção de estagiários em desconformidade com a lei caracteriza vínculo de emprego para todos os fins da legislação. (AE)

Mãe Paulistana: 94% de aprovação de gestantes Ibope ouviu 600 usuárias que disseram estar satisfeitas com o programa criado em 2006

O

Programa Mãe Paulistana, implantado pela atual gestão da Prefeitura, foi aprovado por 94% das usuárias da rede de proteção, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ibope entre os dias 18 e 24 de setembro. O atendimento prestado nas maternidades alcançou 93% de ótimo e bom. Apenas 3% apontaram o serviço médico como regular e outros 3% declararam ser ruim/péssimo. A nota média atribuída aos hospitais onde foram feitos os partos foi de 9,0. O Ibope entrevistou 600 mulheres cadastradas no programa, sendo 61% gestantes e 39% em pós parto. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos sobre o resultado total da amostra. Quando questionadas sobre o atendimento

médico dedicado aos recém-nascidos, as mães concederam nota média de 9,6 e aplicaram a mesma avaliação para o quesito vacinação. Os exames realizados nas primeiras horas de vida dos bebês mereceram nota 9,5. a facilidade de cadastramento ganhou nota 8,7, assim como o atendimento e a competência dos profissionais envolvidos no processo de inscrição. Criado em março de 2006, o Programa Mãe Paulistana visa garantir assistência médica às gestantes no pré-natal e ao bebê após o nascimento. Durante o primeiro ano de vida, a rede de proteção mantém o acompanhamento pediátrico na unidade de saúde mais próxima da casa da gestante. O serviço está presente em 409 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e 36 hospitais. (DC)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Política

5 Epitacio Pessoa/AE

Eu sei que no governo FHC veio pouquíssima verba para São Bernardo. Presidente Lula

Beto Barata/AE 27.08.07

Independentemente do caldeirão da crise paulista, a interlocução (entre PSDB e DEM) está preservada. Sérgio Guerra, presidente do PSDB

Ernesto Rodrigues/AE

Deixem os adversários lá se matarem, faltarem ao respeito um com o outro, serem truculentos, desrespeitarem a população, que não está interessada nessa briga.

Marta Suplicy, candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PT, sobre a troca de farpas entre Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab

O

Da ex-tucana e exdeputada federal Zulaiê Cobra, hoje sem partido

Perdão não é sinônimo de impunidade. Temos de perdoar porque sem perdão não há reconciliação e sem reconciliação não há paz. Mas impunidade não. É preciso que os culpados sejam conhecidos, dentro do possível e do que é justo e legal.

PSDB nacional já decidiu: caso o eleitor paulista deixe o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, fora do segundo turno, como indicam as pesquisas de intenção de voto, o partido fechará oficialmente – e rápido – com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que disputa a reeleição. A costura política para apressar a união dos principais líderes tucanos no Estado já está em curso, independentemente do resultado da eleição do próximo domingo. Nos bastidores, tucanos de Norte a Sul entoam o discurso de que o PSDB será vitorioso nas eleições municipais, desde que a candidata petista Marta Suplicy seja derrotada. Se com

Dom Geraldo Lyrio Neto, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), defendendo a punição aos torturadores da época da ditadura Lula e Luiz Marinho em comício

Roberto Jayme/REUTERS

Sou ministra da Casa Civil e continuarei fazendo meu trabalho. Campanha eleitoral, só no fim de semana.

No ABC, Lula critica adversários

Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, sobre a possibilidade de se licenciar do cargo para participar de campanhas políticas municipais

E

Imagina a sua casa, com os irmãos menores. Você pode estar com a razão, mas eles ficam te cobrando coisas.

Milton Mansilha/LUZ

Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise da Odebrecht com o Equador

A operação não é de segurança pública, o Exército está ali para dar segurança ao processo eleitoral. Mas nos casos em que houver uso de droga, alguém armado ou alguém ameaçando, nós vamos agir como agimos hoje.

Coronel André Luiz Novaes, porta-voz do Exército, explicando as prisões, na sexta-feira, de duas pessoas, no Rio, usando drogas Pode processar à vontade. Ele fez isso na campanha do Serra, em 2004, ele processou o Edson Aparecido e a Folha. E perdeu para os dois na Justiça. Quércia é problema do Kassab, não vamos perder tempo.

Geraldo Alckmin, sobre a informação de que Oréstes Quércia estaria pensando em processar o tucano por suas declarações contra ele

Newton Santos/Hype

Ele se parece comigo? Porque se ele for igual a mim, eu vou usá-lo no meu horário.

Prefeito Gilberto Kassab, ironizando o fato de a candidata Marta Suplicy ter usado um personagem se fazendo passar pelo prefeito em seu horário político, para criticá-lo.

Alckmin ou com Kassab, não importa: a ordem é não descaracterizar a vitória. É com este discurso e a certeza de que manterão o comando da maior cidade do País que dirigentes tucanos se preparam para "tomar posse da vitória", caso o prefeito do DEM consiga a reeleição. De olho no segundo turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso troca telefonemas semanais com o ex-senador e conselheiro político do DEM Jorge Bornhausen, e ambos se encontram semanalmente em São Paulo com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE). Quando o DEM se viu obrigado a reagir a ataques de tucanos a Kassab, Bornhausen sempre recomendou prudênEpitácio Pessoa/AE

Nilmário Miranda, exdeputado federal sobre a abertura dos arquivos do período da ditadura

PSDB vai apoiar Kassab

É provável que Alckmin saia do PSDB. Ele está destruindo o PSDB, onde é que já se viu alguém falar mal do partido? Eu conheço ele há anos e, honestamente, estou vendo o desespero dele.

Elza Fiúza/ABr

Acho que todos (os arquivos) devem ser abertos, principalmente das pessoas desaparecidas. Existe uma postura equivocada dos militares. Há um corporativismo que ainda prevalece, mas a sociedade não pode abrir mão disso, nem temer.

ntusiasmado com a possibilidade de o PT voltar a ter a maioria dos prefeitos nas sete cidades do ABC paulista, berço do partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu duro nos adversários ontem, em São Bernardo do Campo, durante comício do candidato a prefeito, o exministro do Trabalho e da Previdência Social Luiz Marinho. Todas as pesquisas de intenção de voto feitas até agora apontam candidatos petistas à frente em Santo André (Vanderlei Siraque), São Bernardo (Luiz Marinho), Diadema (Mário Reali) e Mauá (Oswaldo Dias). O presidente não poupou o prefeito William Dib (PSB), que apóia o candidato do PSDB, deputado estadual Orlando Morando. "Essa cidade poderia estar muito melhor se o prefeito tivesse dignidade de não olhar os partidos", disse. Sobrou também para Fernando Henrique Cardoso. "Eu sei que no governo FHC veio pouquíssima verba para São Bernardo", disse. No sábado, em Guarulhos, Lula criticou o plano dos Estados Unidos de resgate de US$ 700 bilhões para segurar a crise financeira, chamandoo de "injusto". "Quando eles ganham, é só deles. Mas o prejuízo eles querem repartir com todos os países, e com os mais pobres." (Agências)

cia, deixando os protestos e queixumes para o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ). "Quanto mais ficarmos em silêncio melhor", tem aconselhado Bornhausen. Em suas conversas com FHC, Serra e Sérgio Guerra, o velho pefelista sempre insiste na tese de que "agora é hora de a gente ficar calado e preservar as pontes para as negociações futuras". É este trio que, ao lado de Serra, conduzirá todas as negociações. Cauteloso, Guerra tem afirmado que, independentemente do "caldeirão da crise paulista, a interlocução está preservada". Diante do confronto acirrado entre partidários do prefeito e de Alckmin, o presidente do PSDB procurou manter diá-

logo franco e permanente com as duas alas do partido que estão representadas na Executiva nacional. A maior preocupação dos tucanos é administrar o próprio Alckmin, pois o temor geral é de que a eventual derrota dele acabe arranhando a imagem de Serra. Até os mais próximos aliados do governador apontam responsabilidade de Serra na crise, acusandoo de omitir-se de conduzir o processo político que resultou na candidatura de Alckmin. Portanto, toda a costura política é no sentido de evitar que expoentes do partido como o governador mineiro Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati (CE) adicionem combustível à crise paulista, criticando Serra para defender ou se solidarizar com Alckmin. (AE)


Ano 84 - Nº 22.718

JACUGUAÇU

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Penelope obscura

www.dcomercio.com.br

Conclusão: 23h55

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

CWS/CARTOONARTS INTERNATIONAL www.cartoonweb.com

Espécie frugívora foi vista na Fazenda Castanheiras, zona Sul, e no Parque Cemucam, em Cotia. Ave é dispersora de sementes, o que ajuda a manter florestas remanescentes.

A íntegra do acordo está no nosso portal:

www. dcomercio. com.br

BUSH PAGA O RESGATE A Câmara votará hoje o pacote.

CAIXA 1

Karen Bleier/AFP

E a prazo. A primeira parcela: US$ 250 bi. A operação-resgate deverá ser votada hoje pela Câmara. Suspense: o cheque vai devolver a confiança aos mercados mundiais? É a solução?

O Senado dará seu voto 4ª-feira.

OPINIÃO

A crise nos pegará, pelo crédito MCM Consultores

Se eleito, Obama será preso? Olavo de Carvalho

Esqueceu que tudo que sobe, um dia cai? Relembre...

Operação-resgate virou refém das campanhas políticas João de Scantimburgo

Todos os homens da crise que abalou a economia global

Mercado-cassino não se limpa sozinho de papéis podres David Ignatius

Conselho ao pequeno investidor: onde aplicar? Caixa 1, E 1 a E 5; noticiário, E 10 e E 11

Essa crise não é econômica, mas, sim, de confiança mútua. Delfim Netto

Páginas 2 e 3

Divulgação

Aldo Carneiro/Futura Press

Novo sedan da VW. É o gol que faltava. Voyage remoçado: DCarro

Presentão para o Palmeiras AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 24º C. Mínima 13º C.

Fotos: Eduardo Knapp/Folha Imagem

HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 12º C.

Palmeiras empata em Recife (foto) mas é líder: Inter goleia Grêmio. Esporte

Mais bate que debate

Imagens enganadoras acima: Alckmin, Kassab e Marta protagonizaram um duelo. Maluf animou o show. Pág. 6

Poderosos e bandidos, a dupla do século 21.

Cofins: em debate decisão do STJ

Maierovitch, C 6

Retroativo? Não! E 8


6

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Alckmin chegou a me convidar para ser candidato a governador, com o apoio dele. Gilberto Kassab

3º DEBATE ENTRE OS PREFEITURÁVEIS

Eduardo Knapp/ Folha Imagem

Na reta final, debate vira propaganda política

Epitácio Pessoa/ AE

A uma semana da eleição, candidatos deixam propostas de lado e investem no ataque aos adversários

O

s três principais candidatos à Prefeitura de São Paulo – Marta Suplicy (PT), Gilberto Kassab (DEM) e Geraldo Alckmin (PSDB) – levaram para o debate de ontem à noite, na TV Record, o mesmo clima de ataques que tem sido constatado nas respectivas campanhas dos candidatos na TV e no rádio. O que se viu não foi um debate, e sim um "show de blefes". Os candidatos estavam mais interessados em fazer propaganda eleitoral – incluindo a desqualificação dos adversários – do que discutir propostas para a cidade. Entre uma provocação e outra, Marta, Alckmin, Kassab e Maluf se promoviam, exaltando suas obras e falando como se estivessem em pleno horário eleitoral. Marta Suplicy, por exemplo, repetiu diversas vezes ter sido a criadora do Bilhete Único e de ter projetado os Centros Educacionais Unificados (CEUs). Paulo Maluf repetiu o bordão de que "não se anda um quilômetro em São Paulo sem passar por uma obra" dele, e Kassab, além de desviar dos ataques de Marta e Alckmin, fez campanha de seus projetos como prefeito. Alckmin falou do ex-governador Mário Covas diversas vezes e se disse orgulhoso de ter sido o "governador que combateu o crime organizado em São Paulo". Em cena, as velhas discussões já vistas em debates anteriores: candidatos reivindi-

Raimundo Paccó/ Folha Imagem

Kassab e Alckmin: ex-aliados disputam vaga no segundo turno

Rivais trocam farpas frente a frente Fernando Vieira

S

Alckmin, Marta e Kassab trocaram acusações; o ex-prefeito Celso Pitta foi o nome mais citado da noite

cando a autoria de projetos, ataques às administrações alheias e a união entre Alckmin, Kassab e Maluf, que insistiam em afirmar que Marta teria deixado a prefeitura quebrada financeiramente. A petista rebateu a acusação, dizendo que deixou dinheiro em caixa. Diversão – Paulo Maluf divertiu a platéia. Primeiro, perguntou à Soninha o que ela faria para combater "a maconha nas escolas". A pergunta era uma provocação à candidata socialista, que em 2001 foi capa da revista "Época", onde dizia que já havia fumado maconha. Depois, perguntou ao candidato Ivan Valente (PSol) como ele avaliava o projeto de Marta Suplicy "de plantar coqueiros

pela cidade". E ainda acusou a prefeita de fazer apenas "túneis para ricos que terminam em semáforos." Expectativa – Nos bastidores, a sensação era de indefinição sobre qual candidato levaria a melhor na conquista dos eleitores. A promessa é de mais lenha na fogueira se houver um último debate, a ser promovido pela TV Globo na próxima quinta-feira. O encontro ainda não foi oficializado porque a emissora quer a participação de apenas cinco candidatos, excluindo os demais. Show – "Parece que a principal preocupação dos candidatos era o show, era cuidar para não aparecer como aquele que apanhou mais e bateu menos, o que foi mais esperto, ou mais

ágil", disse Fernando Santos, empresário, de 40 anos, após o debate, ainda indeciso sobre em quem votar. Na opinião do administrador de empresas Alain Vouriac, de 43 anos, o efeito real do debate só aparece no dia seguinte, nos comentários entre as pessoas que o assistiram. "O debate sozinho ajuda pouco. Mas sempre provoca discussões. E é isso que pode ajudar a mudar uma opinião", afirmou. "O debate ajuda, enfim, a derrubar o tabu de que política e religião não se discute." A bacharel em Direito Rosana Landi, de 40 anos, também saiu decepcionada: "Diante de um debate como esse, o indeciso pode ficar até mais confuso", avaliou. (DC/AE)

Favoritos na TV lideram pesquisas Ibope constata que os eleitores preferem os programas de Marta Suplicy e Gilberto Kassab

O

s melhores programas eleitorais dos candidatos a prefeito de São Paulo, em sintomático empate técnico, são dos dois que estão à frente das pesquisas, revela pesquisa Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo. Para 34% dos eleitores paulistanos, o melhor programa no rádio e na TV é o da candidata Marta Suplicy (PT); para 32%, o melhor é o do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM). O do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) é citado apenas 14% dos eleitores. Análise – Como a intenção de voto nos principais candidatos mudou após o início do programa eleitoral gratuito, a coincidência de os melhores programas pertenceram aos candidatos que lideram induz a crer que o horário eleitoral está formando consciências em São Paulo.

nador em 2010, com o apoio dele", garantiu. E o embate não parou ob o clima das pes- por aí. Na primeira oportuq u i s a s e l e i t o r a i s nidade, Alckmin rebateu mais recentes, do Kassab, dizendo que não o Ibope e do Datafolha, que havia convidado: "Como invertem as posições entre eu poderia fazer um convio segundo e o terceiro colo- te desses se ele é do DEM e cado na disputa pela Pre- não do PSDB?". Kassab não silenciou: " É feitura de São Paulo, os candidatos Geraldo Alck- evidente que essas conmin (PSDB) e Gilberto Kas- versas existiram. O Alcksab (DEM) monopolizaram min me convidou para alas atenções no terceiro de- moçar na casa dele e debate, realizado ontem pela pois na casa do Gabr iel Rede Record. A expectati- Chalita." Pitta – Alckmin optou por va de confronto entre os ribater forte na relação de vais se confirmou. A recomendação da as- Kassab com Pitta, de quem sessoria do Prefeito, que o atual prefeito foi secretábusca a reeleição, minutos rio de planejamento. Kassab responantes do início deu no condo debate foi t ra - a t a q u e, clara. "Não afirmando rolar na lama, que "largou" mas também o ex-prefeito não ouvir Como eu e hoje quem quieto", resupoderia fazer está com ele miu um dos um convite é o próprio assessores desses ( ao Alckmin (que de Kassab. Kassab) se ele é tem o PTB de Já Alckmin Pitta como negou inicialdo DEM e não vice na chamente que vido PSDB? pa). ria para o ataGeraldo Alckmin I r o n i c aque direto mente, a cancontra seu addidata Marta ve r s á r i o n a acabou mencorr ida pelo segundo turno. Não resistiu. cionando o tucano: "Como "Será um debate propositi- bem lembrou Alckmin, Kasvo, indicando as deficiên- sab foi secretário de Pitta, cias na cidade e sobretudo que foi quem criou as escoas soluções. Vamos tratar las de lata". Kassab disse dos fatos e não de ofensas", que já não estava no goverafirmou, ao chegar à emis- no havia oito meses quando sora. A estratégia, segundo as escolas de lata foram o marqueteiro do tucano, criadas e que a atual admiRaul Cruz Lima, ficaria nas nistração priorizou o fim dacomparações entre as ad- quelas estruturas, ao contrário da gestão petista. ministrações. O clima quente do lado De início, Alckmin buscou destacar que ele é o de dentro dos estúdios encandidato do PSDB e não o tre Kassab e Alckmin conprefeito. Reafirmou ainda a trastou com a aparente afirelação do adversário com nidade entre as assessoo ex-governador Orestes rias de ambos. Conversas Quércia que teria deixado ao pé do ouvido podiam ser vistas em um canto ou ou"o Estado quebrado". Kassab realçou a lealda- tro, sem cerimônia. Nada de ao governo José Serra e de tentar a discrição. A certeza política revelaafirmou em três ocasiões diferentes que os ataques d a , t a n t o p o r u m g r u p o contra ele surgiram ape- quanto por outro, é de que nas após a queda do tuca- os lados opostos de hoje no nas pesquisas. "Alck- já estão mais próximos pamin chegou a me convidar ra o amanhã, após o pripara ser candidato a gover- meiro turno.

A audiência impressiona: pelo menos 61% dos eleitores afirmaram que assistem, ainda que de vez em quando, ao horário eleitoral. Nos segmentos por escolaridade, os que têm curso superior assistem menos aos programas (55% vêem e 45% dizem não ver). Nos outros grupamentos, a audiência é maior.

Entre os que têm até o ensino médio, 64% assistem e 36%, não; entre os que têm entre a 5ª e a 8ª séries do ensino fundamental, 63% acompanham e 37% garantem que não assistem; e entre os que só cursaram até a 4ª série do ensino fundamental, 61% são telespectadores freqüentes e 39% adiantam que não vêem. Na segmentação por renda familiar o equilíbrio é maior. Os que ganham até 2 salários mínimos são os que mais vêem o programa: 64% assistem e 36%, não. Entre os que ganham entre 2 e 5 salários, 62% acompanham os programas e 38%, não. Entre os que ganham mais de 5 salários mínimos, 60% assistem e 40%, não. Marta tem o melhor programa para dois dos segmentos por escolaridade: para 37% dos que têm ensino médio e 38% dos que têm entre a 5ª e a

8ª. Os que cursaram até a 4ª série do ensino básico se dividem matematicamente (33% para cada um) entre ela e Kassab. Já os que têm curso superior acham o programa de Kassab bem melhor (41%) que o de Marta (26%). O de Alckmin não alcança porcentual expressivo em nenhuma faixa. As mulheres dividem-se (34% para cada um) entre o programa de Kassab e o de Marta; os homens preferem o de Marta (35%). Os jovens de 16 a 24 anos preferem o programa de Marta (42%), enquanto os que têm mais de 50 anos elogiam mais o de Kassab (38%). A indefinição da estratégia da campanha de Alckmin – que mudou de comando e oscilou entre propostas e ataques a Kassab – custou caro ao tucano, que desabou 10 a 12 pontos desde o início do programa na TV, em 19 de agosto. (AE)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

USP Leste será extinta. Mas só o nome da escola.

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Milton Mansilha/Luz - 25/09/2008

Unidade chegou a ser confundida com um campus independente da Cidade Universitária.

Mario Miranda/Luz - 26/09/2008

Referência agora será o nome oficial: Escola de Artes, Ciências e Humanidades Milton Mansilha/Luz - 25/09/2008

Ricardo Osman

O

nome USP Leste, utilizado para designar a unidade da Universidade de São Paulo (USP) localizada em Ermelino Matarazzo, na zona leste da Capital, está fadado ao desaparecimento. Agora, a informação é oficial. A unidade deve ser chamada por seu nome de batismo na burocracia do Estado: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). "O nome USP Leste é uma herança do projeto inicial, que teve equívocos, mas já mudamos para EACH em toda a papelada", disse ontem o diretor da escola, Dante De Rose Júnior. Embora a designação USP Leste tenha conquistado simpatias em vários círculos da sociedade, quando a escola foi inaugurada, em janeiro de 2005, por fazer referência a uma região de população de baixa renda e precária escolaridade, nada agora parece deter a mudança. Nem obstáculos físicos. O nome USP Leste pode ser visto ainda no alto da torre da caixa d'água, localizada no pátio principal, mas vai desaparecer de lá. "Vamos mudar lá em cima também", disse Júnior. "Faremos isso assim que conseguirmos subir na torre da caixa d'água." Com 4 mil alunos e 10 cursos, diretoria e alunos já tinham suprimido o nome USP Leste de faixas e do jornal dos estudantes, o EACH-C-EACH. No ano passado, foi feito até um concurso para a escolha do novo logotipo da escola, que é totalmente distinto do que se refere à USP Leste. Na opinião do diretor, o que ocorre é um processo natural, já que o "projeto inicial" da unidade cometeu o equívoco de defini-la como um campus independente e não como uma escola ligada à estrutura da USP da Capital. "A EACH nunca foi um campus independente, apesar de vermos na estrada placas indicando o campus Mário Covas", afirmou Júnior. "Fazemos parte do cam-

Dante de Rose Júnior, diretor da escola, que nega preconceito com a região: "USP é USP em qualquer lugar" Milton Mansilha/Luz - 25/09/2008

Inauguração da escola promoveu o desenvolvimento da região

pus da Capital, assim como as unidades da Cidade Universitária, o prédio do Largo de São Francisco e os museus". Segundo ele, como não existe uma "USP Oeste", não deve existir também uma "USP Leste", sendo a palavra 'leste' a partir de agora apenas uma designação geográfica. O diretor alegou que o nome USP Leste estava criando muita confusão. "Muitas pessoas passaram a achar que não tínhamos nada a ver com a USP e teve gente que chegou aqui perguntando como deveria fazer para entrar na faculdade", disse o diretor. "Foi preciso dizer que estamos geograficamente na zona leste, mas fazemos parte da USP." Dante De Rose Júnior disse que a mudança não ocorre por preconceito em relação ao nome. Ao contrário, diz que percebeu um preconceito contra a escola. "Dizer que a USP Leste, como foi chamada a unidade, terá um ensino de segunda categoria, por estar nesta região, é que é um absurdo", afirmou ele. "USP é USP em qualquer lugar", completou. Disse que a unidade tem como meta fortalecer o relacionamento com a comunidade local. "A EACH está trazendo desenvolvimento para a zona leste, mas muita coisa depende da comunidade. Não viemos aqui para ditar normas." Quando foi criada, a USP Leste tinha, entre seus objetivos, favorecer o desenvolvimento da região. Tanto é que uma estação de trem foi inaugurada recente-

Milton Mansilha/Luz - 25/09/2008

Referências à USP Leste estão até nas placas indicativas de trânsito

mente ao lado do pátio da escola: a USP Leste, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Transcorridos quatro anos de sua inauguração, as primeiras turmas da USP Leste vão se formar em dezembro, tendo como única referência nos canudos a Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Serão cerca de 600 alunos, de áreas como Ciências da Atividade Física e Gestão Ambiental, que passaram os últimos anos estudando na avenida Arlindo Bétio, número 1000, em algum canto de São Paulo.

Referência utilizada desde a inauguração da escola, em 2005, será retirada até da torre da caixa de água


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

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Rodrigo Buendia/AFP

Pablo Cozzaglio/AFP

Internacional

EQUADOR Mais de 9 milhões de equatorianos foram às urnas ontem para votar o projeto de Constituição, que prevê maiores poderes ao Executivo e permite que o atual presidente, Rafael Correa, governe por mais dois mandatos consecutivos, ou seja, até 2017. Observadores internacionais destacaram a tranqüilidade da votação de ontem.

Vitória arrasadora de Correa Segundo pesquisas de boca-de-urna, referendo sobre nova Constituição foi aprovado por 66,4% a 70% dos equatorianos

N

uma arrasadora vitória do presidente equatoriano, Rafael Correa, o projeto de Constituição apoiado por ele foi aprovado por 66,4% a 70% dos eleitores no referendo de ontem, segundo indicam pesquisas de bocade-urna. A nova Carta, que amplia significativamente os poderes do Executivo, entrará em vigor logo depois da proclamação formal do resultado

do referendo e sua publicação no diário oficial, o que deve ocorrer ainda esta semana. Segundo o instituto Cedatos, o principal do país, o projeto foi aprovado por 70% dos votos. De acordo com a mesma fonte, o "não" obteve 25%; 4% anularam o voto e 1% votou em branco. Por sua vez, a sondagem da Santiago Pérez aponta que o plebiscito foi aprovado por 66,4% do total, enquanto 25%

votaram contra, 6,2% anularam e 2,4% votaram em branco. "Hoje (ontem), o Equador decidiu-se por um novo país. As velhas estruturas foram derrotadas", declarou Correa logo depois de conhecer os primeiros resultados. "Seguimos adiante com essa revolução cidadã." Correa também fez uma chamada à unidade nacional, mas advertiu que os "políticos que mentiram, em defesa de interesses oligárquicos, terão

de prestar contas ao país". O processo de "refundação do Equador", como é denominado por Correa, prossegue agora com a convocação de eleições para todos os cargos eletivos do país - incluindo o de presidente da república. Os deputados do Congresso unicameral eleitos em 2006 serão automaticamente destituídos a partir da entrada em vigor da nova Carta. Dez dias depois, os 31 juízes do Tribunal Supre-

ÁUSTRIA

FURACÃO

A extrema direita ampliou a presença no Parlamento, com 29% dos votos. Os Social-Democratas obtiveram 30% do total, índice 5% menor do que o de 2006.

A tempestade tropical Kyle se transformou ontem em um furacão de categoria 1 e avança em direção ao estado de Maine (EUA) e ao Canadá.

Ó RBITA

Jason Reed/Reuters

serviços públicos. "Estão dadas as condições para que o autoritarismo se instale aqui", disse o dirigente da campanha do "não" em Quito, Alejandro Cuña Rios. Além do fortalecimento do poder Executivo, a oposição teme que a Carta abra o caminho para que o país abandone a dolarização, adotada em 2000. O governo, porém, insiste que não tem intenção de fazê-lo. (Agências)

Omar Salem/AFP

RAMADÃ

M

Apesar da crise financeira, o candidato democrata segue em campanha com a sua esposa, Michelle

ESTADOS UNIDOS

ilhares de muçulmanos reúnem-se para orar na mesquita al-Haran, na cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita. Na semana que vem, os muçulmanos celebrarão o Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, o nono e mais sagrado mês do calendário islâmico. Durante o Ramadã, os mais de 1,3 bilhão de muçulmanos do mundo, dos quais aproximadamente 250 milhões se encontram no Oriente Médio, se abstêm de comer, beber, fumar e manter relações sexuais desde o nascer até o pôr-do-sol. O mês é considerado sagrado porque foi neste período que o profeta Maomé teria recebido a revelação do Corão. O jejum é um dos cinco pilares do Islã, que também incluem a profissão de fé, a esmola, a oração cinco vezes ao dia e a peregrinação a Meca - mandamentos que os muçulmanos devem cumprir. Por tal motivo, o número de fiéis é maior em Meca neste mês. (Agências)

COINCIDÊNCIA?

Obama amplia liderança com 50% das intenções contra 42% de McCain

O

democrata Barack Obama aparece à frente na corrida presidencial dos EUA com 50% das intenções de voto contra 42% do republicano John McCain, aponta a última pesquisa Gallup, divulgada ontem. O levantamento foi fei-

to de 25 a 27 de setembro. O resultado engloba o período em que McCain temporariamente suspendeu a campanha para trabalhar por um solução à crise financeira. Os resultados também incluem um dia completo após o

primeiro debate presidencial na sexta-feira à noite. No total, Obama ganhou 4 pontos porcentuais de vantagem nos últimos três dias, enquanto McCain perdeu 4 pontos, uma variação de oito pontos na margem. (AE)

A

conceituada revista científica Nature publicou uma imagem poderosa dos candidatos presidenciais dos EUA, Barack Obama e John McCain, na capa de sua mais recente edição. No entanto, o jornal britânico The Daily Mail aponta a estranha semelhança da fotografia dos políticos com a contra-capa, que mostra a figura de dois cachorros. A revista diz que ficou "horrorizada" com a coincidência e garante que não foi intencional.

ução

od Repr

CHÁVEZ DC

Fidel 'está mais forte do que nunca', garante líder venezuelano

AFP

Q

mo de Justiça se submeterão a um sorteio que escolherá os 21 magistrados que seguirão no cargo, até que seus substitutos sejam designados pelo Congresso resultante das eleições. Para a oposição, o resultado põe em risco o equilíbrio democrático do Equador, uma vez que Correa e seu grupo ampliarão sua influência sobre o Judiciário, a Justiça Eleitoral, as entidades de controladoria e as agências reguladoras de

O

presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse ontem que o líder cubano Fidel Castro "está mais forte do que nunca", após reunirse com ele por duas horas em Havana. Esta foi a segunda visita a Cuba em menos de uma semana de Chávez, que foi a Havana por algumas horas na segunda-feira passada como parte de seu giro pela China, Rússia e Europa. (AE)

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Domingo violento: 28 pessoas morrem em quatro atentados uatro bombas mataram ao menos 28 e feriram dezenas de pessoas em vários distritos de Bagdá ontem. Um carro bomba explodiu em um estacionamento no centro no distrito de Karrada em Bagdá, seguido por uma outra

bomba numa estrada próxima. As duas explosões mataram no mínimo 15 pessoas e feriram outras 55, informou a polícia iraquiana. Pouco tempo antes, no início da madrugada, uma bomba explodiu em um carro estacio-

nado no bairro de Shurta, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo outras 35, segundo a polícia local. Quase ao mesmo tempo, outra bomba colocada em um carro próximo ao bairro de Hay al-Amil matou uma pessoa. (Reuters)

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Educação Transpor te Tr â n s i t o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Paulo Pampolin/Hype - 14/03/2008

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Estudo da Abramet mostra que a frota que mais cresce no Brasil é a de motocicletas.

COLISÕES SÃO MAIS FREQÜENTES

Charles Silva Duarte/AE - 16/10/2006

As mortes de motociclistas cresceram mais de 500% em um período de nove anos, no conjunto das capitais brasileiras: em 1996, era 0,4 morte por 100 mil habitantes. Esse número passou para 2,3 mortes em 2005.

Motociclistas, os protagonistas de uma tragédia

Agliberto Lima/AE - 05/05/2004

Eles já estão entre as principais vítimas de trânsito nas cidades brasileiras Rejane Tamoto

O

s motociclistas já figuram entre as principais vítimas de acidentes de trânsito, de acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), que congrega dados de acidentes com vítimas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde, nos períodos de 1999 a 2006 e de 1996 a 2005, nas 27 capitais do País. O atlas, intitulado Acidentes de Trânsito no Brasil: a situação nas capitais, traça a evolução da frota, índices de acidentes por tipo de veículo, mortalidade e internações hospitalares, entre outros indicadores. Segundo uma das autoras do estudo, a chefe de departamento de Estatística da Abramet e professora titular da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), Maria Sumie Koizume, a frota que mais cresce no Brasil é a de motocicletas. Em 2002, havia 26,4 motos por 100 mil habitantes. Em 2006, este número passou para 39,8. As mortes de motociclistas também cresceram mais de 500% em um período de nove anos, no conjunto das capitais. Em 1996, era 0,4 morte por 100 mil habitantes. Esse número passou para 2,3 mortes em 2005. Em São Paulo, no mesmo ano, foram 148 mortes de mo-

tociclistas – ou 1,4 por 100 mil habitantes. "Na proporção, as cidades em que os riscos de mortalidade de motociclistas são maiores estão localizadas no Norte e Centro-Oeste do País, como em Palmas, por exemplo", disse Sumie. Segundo ela, essa tendência de crescimento de acidentes com motociclistas se manteve nos últimos anos. "Essas pessoas não sofrem apenas o acidente de trânsito, mas também um acidente de trabalho. É uma população que sofre traumatismos cranianos e traumas nos membros inferiores. Elas são retiradas do mercado de trabalho muito jovens", afirma Sumie, que ainda não tem dados sobre os tipos de traumas, nem do número de afastamentos de motociclistas do trabalho, nos últimos anos. Internações – No conjunto das capitais, as internações ocorridas na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), em função de acidentes de trânsito, mantiveram uma taxa alta, de 70 para cada 100 mil habitantes. A maioria dos pacientes, ou 75%, foi, principalmente, do sexo masculino e de faixa etária entre 20 e 39 anos. Em 2006, por exemplo, 8.444 motociclistas (condutores ou passageiros) foram internados em decorrência de acidentes de trânsito, um aumento de mais de 100% em relação a 1999, quando eram 3.649. Mesmo com o alto índice de internações de motociclistas, em 2006 as maiores vítimas de acidentes internadas foram os

pedestres, que contabilizaram cerca de 14 mil. O número é menor do que em 1999, quando quase 25 mil pedestres foram hospitalizados. "Esses números referem-se apenas ao SUS e não contabilizam as internações na rede privada. Em 2005, 99 pessoas morreram por dia em acidentes de trânsito. Isso equivale a uma aeronave/dia", comparou uma das autoras do estudo, a chefe do departamento de Estatística da Abramet e professora associada da Faculdade de Saúde Pública da USP, Maria Helena de Mello Jorge. Acidentes – Segundo o atlas da Abramet, em 2005 foram registrados 124.766 acidentes nas capitais (342 por dia), que deixaram 172.956 pessoas feridas. O número corresponde a 32,5% do total de acidentes do País, que foi de 383 mil. As capitais que apresentaram maior número de ocorrências foram Vitória, Campo Grande, Palmas e Boa Vista. Segundo Maria Helena, a taxa de acidentes teve um declínio em 1998, com a entrada em vigor do novo Código de Trânsito Brasileiro, quando a sociedade temia as punições, as multas altas e os pontos na carteira de habilitação. "Mas em 2001 o índice voltou a aumentar, com o afrouxamento da fiscalização", disse a professora. Os acidentes mais freqüentes foram as colisões e os abalroamentos, que responderam por grande parte do total de acidentes. Em seguida, os atropelamentos, que chegaram a

Em São Paulo, no mesmo período, foram registradas 148 mortes – 1,4 por 100 mil habitantes

28.488 em 2005. Ambas as ocorrências ocorrem, com mais freqüência, durante o dia. Positivo – Segundo o presidente da Abramet, Flávio Emir Adura, embora haja um alerta quanto ao aumento de acidentes com motociclistas, o estudo também aponta indicativos

positivos, como por exemplo a redução no número de vítimas fatais no trânsito. O total de mortes no momento dos acidentes caiu de 80% em 2001 para 65,9% dos casos em 2005. "As vítimas estão sendo mais bem assistidas no momento do acidente", disse Adura.

Segundo ele, as taxas de mortalidade já foram até cinco vezes maiores, mas o caminho a percorrer ainda é grande. "Há uma série de fatores que podem causar acidentes, que vão de problemas estruturais nas vias à desobediência do motorista às leis", disse.

Epitácio Pessoa/AE

Bicicletas à disposição no metrô

D

esde sábado, as estações CorinthiansItaquera, GuilherminaEsperança, Carrão e Sé do metrô tornaram disponíveis dez bicicletas para empréstimo, cada uma. De acordo com a companhia, o usuário poderá pedalar 30 minutos gratuitamente. Se ultrapassar o limite de tempo, pagará R$ 2 por hora ou R$ 50 a diária. Além do empréstimo, o Metrô também anunciou espaços para

estacionamento de bicicletas. Na Sé estarão disponíveis dez vagas. Nas estações CorinthiansItaquera, GuilherminaEsperança e Carrão serão 100 vagas. Estão previstas também inaugurações de sete paraciclos (estrutura metálica para estacionar e acorrentar as bikes) em quatro estações da Linha Vermelha e em três da Linha 5 (Lilás). Ciclovia – No fim de semana também foi entregue o primeiro trecho da ciclovia "Caminho Verde". A nova rota para os ciclistas terá, inicialmente, 6 quilômetros de extensão entre as estações

Corinthians-Itaquera e Guilhermina-Esperança. Quando estiver concluída, serão 12,2 km de ciclovia, chegando à estação Tatuapé. Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, "a ciclovia e os novos bicicletários vão proporcionar uma nova alternativa para os deslocamentos urbanos, além de gerar benefícios ao meio ambiente”. Ele ressaltou que a última pesquisa Origem e Destino revelou que, nos últimos 10 anos, a utilização da bicicleta aumentou de 160 mil para 345 mil e que a maioria, atualmente, a utiliza para trabalhar. (Agências)

Bicicletário na Estação Corinthians-Itaquera do metrô: aumento do uso da bicicleta para trabalhar


Economia

AGENDA

CAIXA 1 O seu consultor financeiro

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Segunda-feira

Segunda-feira

Quinta-feira

O Banco Central do Brasil divulga relatório de inflação do terceiro trimestre de 2008.

Sai o IGP-M de setembro. Projeção é de leve alta de 0,02% no período.

IBGE divulga pesquisa da produção industrial em agosto. Alta deve ser de 3%.

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sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008 Nick Benjaminsz

APRENDA (OU RELEMBRE) COM A CRISE MUNDIAL Na euforia dos sucessivos recordes da bolsa nos últimos anos, muita gente esqueceu princípios básicos para fazer bons investimentos.

FERNANDA PRESSINOTT

O

s recordes da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a liquidez internacional dos últimos dois anos fizeram com que lições básicas de mercado fossem esquecidas. A euforia tomou conta dos investidores e, com o fim do ciclo de alegrias financeiras, o pânico tomou conta de quem compra ações. O Diário do Com é rc i o não pretende acusar ninguém de ter esquecido pontos importantes, mas quer relembrar você que investir com segurança exige seguir algumas regrinhas. A primeira delas é que o mercado acionário é de renda variável, portanto, como o nome mesmo já diz, varia. Parece óbvio, mas muitos investidores esqueceram isso desde meados de 2005, com os retor-

nos acima da média. Com pouca informação, muita gente começou a se achar especialista em bolsa de valores e não percebeu o risco dessa aplicação. Tudo o que sobe, um dia cai, já dizia o ditado. O problema nesse caso é saber quando a tal queda ocorrerá. Quem, por exemplo, tirou dinheiro da bolsa quando o Ibovespa, principal indicador acionário do mercado brasileiro, estava em 65 mil pontos (em outubro do ano passado), pensando que já não ia subir mais, perdeu a alta até os 73 mil pontos, em maio deste ano. Altos e baixos "Alguns poucos analistas mundiais diziam que os ativos estavam muito altos, mas não se sabia até onde eles iriam. A pre-

missa de 'compre na baixa e venda na alta' tende a ser seguida por todos, mas o que é a alta e o que é a baixa ideal? Essa é uma incógnita", afirma o professor de finanças da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fábio Gallo. Por isso mesmo, explica ele, a aplicação em ações é chamada de alto risco, já que não dá para ter certeza de quanto e quando vai perder. A variabilidade e o risco são responsáveis por outra lição, esquecida também no momento da euforia: "Não deixe todos os ovos na mesma cesta." Isto é, diversifique os investimentos. No período de recorde, muita gente tirou dinheiro de renda fixa para aproveitar os ganhos da bolsa e, se eles ficaram lá até agora, minguaram. "Recomen-

do que a pessoa mantenha pelo menos o valor para sobreviver por um ano em renda fixa. É uma segurança em caso de perda de emprego, por exemplo", diz o professor de finanças e autor do livro "Como ganhar dinheiro no mercado financeiro", Rafael Paschoarelli. Outro especialista em administração de patrimônio, Dany Rapaport, sócio da InvestPort, indica que você coloque 30% dos recursos em bolsa de valores, 30% em hedge funds e o resto em renda fixa. "Claro que isso depende de cada família, da idade do investidor e de outros fatores, mas é uma regra mínima", diz. Ele afirma que, quando a Bovespa estava batendo recordes, ajustava o valor do patrimônio de seus clientes para não sair desse patamar. "Quan-

do a bolsa sobe muito, a participação dela no patrimônio vai aumentando e a gente vai tendo que adequar a carteira. Se cai muito é a mesma coisa." Vale lembrar que a bolsa não virou vilã só por causa do atual sobe-e-desce. Deixar tudo em renda fixa ou aplicações muito conservadoras não tornará ninguém mais rico. As ações da Vale e/ou da Petrobras, por exemplo, chegaram a dar retorno de 60% em um ano. Que outra aplicação traria tamanho benefício? O próprio Ibovespa já subiu 152% em um só ano (1998), bem acima de qualquer outro investimento. Longo prazo Esses valores lembram uma outra lição, a do fator tempo. A história de que a compra de

ações é para longo prazo é realmente verdade. O risco é diluído com o passar dos anos e com a confirmação da solidez das empresas em que se investe. Prova disso é a valorização dos papéis da Petrobras em dez anos: 1.900%. Quer dizer, quem ganhou tanto não deve estar reclamando de perder um pouco neste momento. "É preciso pensar que se está comprando o pedaço de uma empresa, por isso, tem que saber onde está aplicando e se você acredita nos fundamentos dessa companhia. Não ir na onda do mercado", ensina o professor Gallo, da FGV. Aplicações na Bovespa em curto prazo, diz ele, só para especuladores ou aqueles que têm estratégia bem definida, com stop loss (limite de perda) e conhecem bem o mercado.

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sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Educação Saúde Marco da Paz Urbanismo

5 Trata-se de uma ação cívica que mobiliza as novas gerações. Alencar Burti

É O SÉTIMO SÍMBOLO INSTALADO NO PAÍS

Tragédia da Gol Marco da Paz é inaugurado completa 2 anos

no coração do Tatuapé

Acidente com o Boeing em 2006 deixou 154 mortos

C

erca de 300 pessoas participaram ontem de uma missa na Catedral de Brasília em memória das 154 vítimas do acidente do avião da Gol, ocorrido no dia 29 de setembro de 2006. Parentes dos passageiros do vôo 1907, que há exatos dois anos fazia a rota de Manaus ao Rio, reclamaram da lentidão do processo criminal no Brasil e a demora da Justiça dos Estados Unidos em ouvir os pilotos norte-americanos Jan Paladino e Jean Lepore, do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol. Neuza Machado, mulher do passageiro Valdomiro Machado, reclama da decisão do juiz federal de Sinop (MT), Murilo Mendes, que permitiu a tomada dos depoimentos dos pilotos pela Justiça de Nova York. No mês passado, o próprio Mendes se queixou da lenti-

dão do Judiciário norte-americano. "É preciso perguntar por que eles não vieram ao Brasil prestar esclarecimentos", afirmou Neuza. "O processo está muito lento e a Justiça do Brasil também está lenta." Árvores – À tarde, um grupo de parentes dos passageiros do vôo 1907 reuniu-se no Jardim Botânico de Brasília para plantar 154 árvores em memória das vítimas. Neuza diz que as famílias vão insistir na busca de respostas, para que a tragédia não se repita. "A gente trabalha para que não tenham outros acidentes, mas tempos depois tivemos outro choque", diz, referindo-se à explosão do avião da TAM, em Congonhas, em 17 de julho de 2007. Na Catedral de Brasília, pessoas vestiam uma camiseta com o número 353, a soma dos 154 passageiros da Gol com os 199 do vôo 3054 da TAM. (AE)

Cerimônia de entrega do símbolo da paz reuniu entidades cívicas e empresariais na praça Silvio Romero Fotos: Mario Miranda/Luz

Alencar Burti, presidente da ACSP, discursa na inauguração do Marco do Paz: "esta luta pela paz é também um símbolo de solidariedade"

Sergio Leopoldo Rodrigues

A

praça Silvio Romero, tradicional ponto comercial do Tatuapé, na zona leste, ganhou o sétimo Marco da Paz do Brasil e o nono do mundo, em uma cerimônia que movimentou todo o bairro, no sábado de manhã. "Esta luta pela paz é também um símbolo de solidariedade", disse Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para Burti, a luta pela paz é uma forma de unir todos os cidadãos na busca por uma sociedade mais ética e solidária.

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"Trata-se de uma ação cívica que mobiliza as novas gerações para uma sociedade mais fraterna", afirmou, acompanhado de dona Norma Burti, coordenadora-geral do Conselho da Mulher da ACSP, que elogiou a iniciativa da Distrital Tatuapé da ACSP. Ao som do Coral Idepac, a inauguração do Marco da Paz, idealizado há nove anos pelo assessor especial da presidência da ACSP, Gaetano Luigi Brancati, reuniu várias entidades cívicas e empresariais. "Esse trabalho sugere que cada um de nós deve fazer sua parte para melhorar o mundo", afirmou José Garris Dell Valle, su-

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de sua esposa, Suzete Boscolo, vice-coordenadora do Conselho da Mulher, lembrou a participação da ACSP em ações cívicas, associativas e de grande interesse para os brasileiros, como a luta pela transparência na cobrança de impostos. "Nossas 15 Distritais estão trabalhando na defesa dos direitos do cidadão", enfatizou. Luigi Brancati anunciou que a China será o próximo país a ganhar um Marco da Paz. Eles já existem no México e Argentina. Além do comendador João Bico, outros sete colaboradores do evento foram homenageados com uma réplica em miniatura do Marco da Paz.

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perintendente da Distrital Tatuapé da ACSP. O comendador João Bico de Souza, colaborador oficial do Marco da Paz, afirmou que "abraçou essa causa da paz" porque o movimento passou a ser um importante exemplo de cidadania para o Brasil. "Uma luta para tornar o mundo melhor", salientou. O subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, elogiou o trabalho da Distrital na região e acrescentou: "agora temos um símbolo da paz aqui na praça que sempre foi o ponto de encontro dos amigos do Tatuapé." O vice-presidente da ACSP, Moacir Boscolo, acompanhado

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2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008


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Urbanismo Polícia Entrevista Justiça

DIÁRIO DO COMÉRCIO Marcos Peron/Virtual Photo - 17/05/2005

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Os potentes são os verdadeiros comandantes do crime organizado. Walter Maierovitch

WALTER MAIEROVITCH LANÇA NOVO LIVRO

Juiz revela os patrões da Máfia Criminalidade dos potentes gera o megabandido do século 21 Divulgação

José Maria dos Santos

Q

uando se trata de crime organizado, os pareceres do juiz Walter Fanganiello Maierovitch, 59 anos, dispensam credenciais e currículos. Basta apenas informar que atualmente ele é consultor da União Européia sobre o assunto, circunstância que o faz dividir seu tempo entre São Paulo, onde mora, e Roma, sua base de operações. Em todo caso, vale registrar que ele foi o primeiro Secretário Nacional Anti-Drogas, nomeado pelo expresidente Fernando Henrique Cardoso. Também dirige o Instituto de Ciências Criminológicas Giovanni Falcone, que é hoje o mais expressivo arquivo sobre o tema na América do Sul. Habitual articulista nos jornais da Capital, Maierovitch mantém uma coluna semanal na revista Carta Capital e outra na Rádio CBN . Essa vasta experiência propiciou um livro esclarecedor que ele está lançando hoje à noite, às 20h, no Palácio Veridiana, na avenida Higienópolis, 20, intitulado "Na Linha de Frente" (Editora Micael). O livro reúne uma coletânea de artigos da qual emerge um novo protagonista nos estudos da Criminologia: o criminoso potente. Talvez ele já exista há um bom tempo. Mas, até então, nunca havia sido descrito, como se faz com novas espécies descobertas, para tornálas oficiais e entronizá-las nos compêndios científicos. Portanto, o criminoso potente é uma novidade: super-bandido travestido de grande empresário, de mega-investidor e até de político renomado, que manipula cordéis do poder. Os capos de organizações mafiosas ou do tráfico, parlamentares e outras figuras de proa da sociedade lhe abanam a cauda como fazem os cãezinhos de luxo. Conheça-o. Diário do Comércio – Neste seu novo livro, "Na Linha de Frente", o senhor trabalha com uma expressão nova, à qual está dando extrema importância, que é a "criminalidade dos potentes". O que vem a ser isso? Walter Maierovitch – É um conceito que levanta tópicos esclarecedores, na verdade reveladores, sobre o funcionamento do crime organizado. Os potentes são os verdadeiros organizadores e comandantes do crime organizado, aqueles que, inclusive sob a aparência de respeitabilidade, atividades prestigiosas e até do interesse público, manejam os cordéis. DC – Eles já não estariam enquadrados na classificação dos "criminosos de colarinho branco"? Maierovitch – Não. Há uma diferença essencial, relativa ao poder exercido. Colarinho branco é uma designação genérica para criminosos que não se enquadram no figurino de bandidos convencionais e de atos criminosos convencionais. Não têm cara de bandidos, não se vestem como bandidos, ao contrário. São pessoas que se movimentam em atividades e ambientes de boa qualificação social. Mas os potentes estão em patamares ainda mais acima, embora pertençam ao mesmo círculo dos colarinhos brancos. Neste mundo do crime estariam para um CEO em relação a gerentes.

Os potentes já estão entre nós. Daniel Dantas é exemplo revelador. não restando mais instâncias a recorrer, também nada foi feito. O assunto foi esquecido. DC – Este quadro faz supor que todas esferas de poder estão contaminadas pela ação desses super-colarinhos brancos. Maierovitch – Sim. E este é o ponto. O que importa é discutir os mecanismos que podemos ter à disposição para fazer frente, porque, evidentemente, o problema está entranhado entre nós. Agora, está se descobrindo, por exemplo, que a criminalidade no Rio de Janeiro tem deputados e vereadores a seu favor. DC – O senhor está querendo dizer que a instalação da criminalidade dos potentes entre nós já está em andamento? Maierovitch –Eu penso que sim. O episódio Daniel Dantas é de uma clareza ímpar. O de Álvaro Lins, ex-chefe de polícia da governadora Rosinha Garotinho, também é. Idem para a a situação dos morros do Rio de Janeiro, outra sólida constatação. O meu modesto livro de artigos indica que essa criminalidade peculiar instala-se no organismo do Estado e fica lá, parasitária, sugando-o.

Walter Maierovitch dirige o Instituto de Ciências Criminológicas Giovanni Falcone

A criminalidade dos potentes quer controlar os mecanismos do poder. DC – Como esse novelo começou a ser desenrolado? Maierovitch – C om e ço u com o atentado mafioso contra o juiz Giovanni Falconi em Palermo, Itália, em 1992. Falcone, que era um dos mais ativos juízes anti-máfia, foi literalmente dinamitado. A investigação sobre sua morte levantou a ponta de um gigantesco véu. Começou a se perceber que a Máfia, como organização, não seria suficientemente forte para fazer o que fez, do ponto de vista político. Constatou-se também que o caráter transnacional de organizações mafiosas, a capacidade de conseguir eleger candidatos a Parlamentos, de estabelecer vínculos com partidos e instituições consagradas estavam muito além do seu poder de fogo. Então, foi possível entender que

havia um tipo de atividade criminal acima do repertório comum de máfias, que passou a ser chamada de "criminalidade dos potentes", que efetivamente poderia dominar os controles de poder. DC – Qual foi o ponto de partida para se chegar a essa descoberta? Maierovitch – O juiz Falconi foi dinamitado em seu carro em maio de l992. Em julho, foi a vez do seu braço-direito, Paulo Borsellino. Ocorre que Borsellino trazia consigo sua inseparável agenda, que era chamada de agenda vermelha, na qual estavam anotadas as relações entre políticos e mafiosos. Foi este o fio da meada. DC – Mas esta associação entre mafiosos e políticos ou outras similares, como a de bicheiros com escolas de samba, não é nenhuma novidade. Maierovitch – Mas neste caso é diferente. Essas associações citadas não têm a característica de manuseio ou manipulação do poder. A criminalidade dos potentes se assenta sobre três pilares: 1) a corrupção sistêmica, 2) a busca de controlar o poder efetivamen-

te, em favor dos seus interesses e 3) o emprego de métodos mafiosos para atingir seus objetivos. O caso Andreotti é ilustrativo dessas manobras. Foram 28 anos de poder. DC – Giulio Andreotti foi o primeiro-ministro italiano em cujo mandato se deu o seqüestro e assassinato do democratacristão Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas, não foi? Maierovitch – A família de Moro afirma que Andreotti não negociou o suficiente, pois as brigadas queriam entrar em acordo. Hoje Andreotti é senador vitalício por força de particularidades da legislação italiana. Foi sete vezes primeiroministro, e, por ligações mafiosas, foi condenado no Tribunal de Cassação, que é a suprema corte do país. A condenação foi prescrita em função de limite de idade, mas a verdade é que, embora extinta a punibilidade, ele está condenado em trânsito em julgado. Mas na Itália a população pensa que ele foi absolvido. O episódio revela a capacidade de manobra dos potentes. É gente com muita influência e muito dinheiro. DC – Mas a descrição desse

quadro cria uma situação sem saída, porque essa gente pode pagar os melhores advogados, consultores e assessores a peso de ouro. Ou seja, tem recursos para driblar a lei, não é? Maierovitch – De fato, é assim, como acabamos de assistir recentemente no Brasil com o caso Daniel Dantas. No caso Andreotti tivemos um fato suplementar que deixa claro o poder de influenciar. Na RAI (rede estatal de TV da Itália) há um programa de grande audiência intitulado "Porta a Porta", apresentado por um sujeito chamado Bruno Vespa. O cenário é uma sala de visitas onde as pessoas estão conversando. De repente, toca a campainha e os participantes vão entrando. Quando Andreotti foi absolvido da acusação de ligações mafiosas em primeiro grau, foi feito um programa especial com ele. Do ponto de vista jornalístico, isso foi razoável e oportuno. Ocorre que quando ele foi condenado na corte de apelação, nada foi feito. Pior: quando o Tribunal de Cassação confirmou a condenação,

DC – O senhor já citou duas vezes o banqueiro Daniel Dantas. Maierovitch – É porque se trata de um caso exemplar, devido à sua capacidade de manipulação e de poder de influência. Conseguiu habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal contra toda orientação jurídica estabelecida. Por outro lado, e isto é estarrecedor, a ministra Ellen Gracie deu uma decisão proibindo a perícia nos discos rígidos apreendidos pela Polícia Federal durante as investigações. Seria algo parecido com a seguinte situação: eu matei um sujeito dentro do meu apartamento. Os vizinhos já estão sentindo o cheiro do corpo em decomposição, há sinais evidentes do sangue que escorreu por baixo da porta. Mesmo com todas as evidências, eu conseguiria uma decisão da ministra Ellen Gracie de que ninguém poderá entrar no meu apartamento para ver o que está acontecendo. Divulg

ação

O livro "Na Linha de Frente" será lançando hoje, às 20h, no Palácio Veridiana, na avenida Higienópolis, 20.


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ECONOMIA - 3

Economia

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PROTAGONISTAS DO TURBILHÃO Para o bem ou para o mal, a atuação de alguns personagens mudou o rumo da crise e fará história.

ADRIANA GAVAÇA Henry Paulson,

C

James Cayne, CEO do banco Bear Stearns

omo toda boa história, a crise atual, secretário do que começou na maior economia Tesouro dos EUA do planeta e já se espalha pelo resto do mundo, está repleta de personagens que não só deverão ser lembrados por seus acertos diante de tanta turbulência, mas também pelos erros que levaram ao colapso. Dois nomes certamente serão difíceis de esquecer: o de Ben Bernanke, presidente John do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do secretário do Tesouro Thain, CEO do banco dos Estados Unidos, Henry Paulson. É de Merrill autoria deles um dos planos de socorro mais Lynch audaciosos dos últimos tempos, que está mexendo com todo o mercado e agitando os últimos dias enquanto se espera a sua aprovação pelo Congresso dos EUA. São US$ 700 bilhões, que pretendem dar em troca da compra de títulos que todo o planeta rejeita: os de hipotecas de alto risco. A aprovação da proposta interferiu até na campanha presidencial dos Estados Unidos e levou o presidente Ben Bernanke, George W. Bush a convocar um enpresidente do Fed contro com os dois candidatos a sua sucessão, o republicano John McCain e o democrata Barack Obama. Foi uma tentativa de fazer o pacote passar pelos congressistas o mais rápido possível. Warren Buffett, Apesar da audácia das ações e de toda a bilionário discussão a respeito do tema, os analistas de megainvestidor mercado ainda divergem se a ação de Bernanke e Paulson no episódio servirá para transformá-los em heróis em meio ao colapso. Para o membro do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP) e execonomista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) Roberto Troster, a medida tem tudo para fazer de Bernanke liMaurice "Hank" teralmente o salvador da pátria. "Ele tem se Greenberg, CEO da AIG mostrado rápido nas decisões, primeiro com o aporte de recursos e agora com a recompra de papéis", diz. O analista Clodoir Gabriel Vieira, da Corretora Souza Barros, porém, diverge em parte. "A participação dele (Bernanke), assim como a do secretário do Tesouro, ficará marcada na história de forma positiva. Mas ainda acho que algumas medidas já podiam ter siJohn McCain, do adotadas antes", afirma.

Timothy Geithner, presidente do Fed de Nova York

Bancos Angelo Mozila, CEO da Countrywide Financial

Assim como na esfera governamental, os bancos privados têm lá seus heróis e vilões. O nome de John Thain, CEO do banco de investimentos Merrill Lynch (ML), deverá ser lembrado como o de um operador que assumiu uma instituição despedaçada e que conseguiu vendê-la para o Bank of America. Ele se livrou primeiro de aproximadamente US$ 30 bilhões em títulos imobiliários podres e da participação do ML na Barack empresa de mídia Bloomberg. EnObama, quanto muitos esperavam ajuda do candidato governo federal, Thain não ficou democrata parado e agora aguarda a conclusão da venda final da instituição, salvando pelo menos parte do patrimônio. Outro nome que surge nos bastidores é o de Maurice "Hank" Greenberg, CEO da seguradora AIG. "Ele trabalhou a semana toda tentando salvar a empresa, já que uma boa parte da fortuna dele está em ações da instituição", diz outro operador que prefere não se identificar. Na outra ponta, o diretor do Lehman BroPresidente thers Richard Fuld Junior não conseguirá George apagar a imagem negativa que o processo de W. Bush concordata do banco lhe deixará. "Ele esperou muito por uma ajuda que simplesmente não veio. Demorou para colocar a plaquinha de vende-se no banco", diz Troster. Erros maiores cometeram, segundo os analistas, James Cayne, do banco Bear Stearns, pelas apostas erradas que culminaram no colapso da instituição, e Angelo Mozilo, CEO da Countrywide Financial, conhecido no mercado como o maior aprovador de financiamentos imobiliários a pessoas com pouca documentação e sem recursos para pagar se os juros aumentassem.

candidato republicano

Peça-chave A participação de pelo menos um membro do banco central norte-americano não é questionada. Timothy Geithner, presidente do Fed de Nova York, é tido, principalmente por analistas de Wall Street, como peça fundamental na confecção do projeto de socorro aos bancos com carteiras problemáticas. "Sua atuação tem se dado muito mais nos bastidores. Mas, sem ele, não teríamos obtido tantos avanços", diz um analista que prefere não se identificar. Os profissionais do mercado também concordam em outro ponto. A atual crise pode ter origem na seqüência dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Daquele episódio em diante, os juros básicos do país declinaram para míseros 1% ao ano. "O problema começou na gestão de Alan Greens-

pan como presidente do Fed", diz Vieira. Ele lembra que foi a partir daquela ocasião que houve redução no consumo e a economia passou a apresentar indícios de desaceleração, gerando a necessidade de reduzir os juros. Nesse cenário, diz, os bancos enxergaram uma oportunidade de obter lucro com empréstimos de longo prazo, ao mesmo tempo em que deixaram de ser tão exigentes na concessão do crédito. "Quando o Fed começou a subir os juros, apareceram os problemas. Taxas altas, junto com a queda dos preços dos imóveis, levaram as famílias a terem dificuldades para saldar seus empréstimos", diz. "Além de errar nos juros, Greenspan ainda pecou na falta de regulamentação para o sistema bancário, contribuindo ainda mais para o colapso", argumenta.

Herói Mas se tem alguém que sairá de toda essa confusão com a imagem ainda mais fortalecida é o megainvestidor Warren Buffett. Há meses ele vinha anunciando a crise e aproveitou seu palpite para fazer o que sabe melhor do que ninguém: ganhar dinheiro. A última jogada foi a compra de uma grande fatia de um dos maiores bancos de investimentos do mundo: o Goldman Sachs.

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Um gato persa se apresenta para os jurados durante o concurso internacional de beleza felina em Bucareste, na România.

Bogdan Cristel/Reuters

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Dia da Liberdade de Expressão

SETEMBRO

C INEMA E M

C A R T A Z

Todos reverenciam Newman otos do ator norte-americano Paul Newman, que morreu na noite de sextafeira, foram estampadas nas primeiras páginas de jornais ao redor do mundo ontem. Na França, o presidente Nicolas Sarkozy se referiu ao ator, que morreu aos 83 anos, de câncer, como uma "lenda de Hollywood". "Ator, autor, roteirista, di-

VISUAIS

F

retor, produtor e filantropo, ele era um grande amigo da França e também vai ser lembrado pelas aparições na corrida de 24 horas de Le Mans". disse Sarkozy num comunicado. As filhas do ator divulgaram uma declaração à imprensa sobre a perda da família. A nota dizia: "Paul Newman interpretou vários papéis inesquecí-

veis. Mas aqueles que mais o orgulharam nunca foram campeões de bilheteria: marido devotado, pai e avô amoroso, filantropo dedicado. Nosso pai era um raro símbolo de humildade, o último a reconhecer que o que ele fazia era especial. Intensamente reservado, ele fez diferença na vida de muitas pessoas por meio de sua gene-

rosidade. Até o fim da vida, papai foi incrivelmente grato por sua sorte. Em suas palavras, 'era um privilégio estar aqui'. Ele será orgulhosamente lembrado por aqueles cuja vida ele tocou, mas ele nos deixa com uma extraordinária inspiração para prosseguir. Neste momento difícil, pedimos privacidade para nossa família".

Momentos do astro hollywoodiano

Patrícia Kaufmann faz releitura da boneca Barbie em desenhos, pinturas e objetos. Mônica Filgueiras Galeria de Arte, rua Bela Cintra, 1533, tel.: 3082-5292, das 10h às 19h. Grátis.

E SPAÇO

O módulo de volta da nave Shenzhou 7 aterrissou ontem sem contratempos na região autônoma da Mongólia Interior com seus três astronautas a bordo, completando com sucesso a terceira missão tripulada da China. Os astronautas Zhai Zhigang, Liu Boming e Jing Haipeng pousaram com suavidade por volta das 17h38 hora local (6h38 no horário de Brasília). A aterrissagem, que segundo os responsáveis do programa espacial chinês tinha certo risco para os astronautas, foi observada pelo primeiro-ministro chinês, Wen

Jiabao. Os astronautas terão que passar ainda um tempo no interior da nave até se readaptarem à gravidade. A previsão é de que hoje eles viajem para Pequim, onde devem ser recebidos como heróis nacionais. De qualquer forma, os três terão que passar cerca de 15 dias em isolamento. A missão, que foi atrasada um ano para coincidir com os Jogos Olímpicos de Pequim, foi a primeira na qual os chineses realizaram uma caminhada espacial, manobra que até agora só tinha sido feita por missões norteamericanas e russas.

Fotos de arquivo: Reuters e AFP

Conquista dos chineses

No alto, Newman em cena de 'O emissário de Mackintosh', de 1973 e, ao lado, com Lita Milan em 'Um de nós morrerá', de 1958. À direita, em fotos de bastidores.

T ECNOLOGIA

Folhetim pelo celular Aos 86 anos, a mais conhecida monja budista do Japão, Jakucho Setouchi, escritora prolífica e tradutora, pegou carona em uma revolução editorial: trabalhos curtos de ficção distribuídos em trechos via celular. A história, intitulada O Arco-Íris do Amanhã, trata de uma estudante que fica profundamente magoada com o divórcio dos pais e encontra o amor de sua vida. Um verdadeiro folhetim. Até agora, 30 romances para celulares, em geral distribuídos na forma de mensagens de texto e lidos por mulheres adolescentes ou na casa dos 30 anos, saíram como livros, com um total de 10 milhões de cópias vendidas. O site Wild Strawberry, no qual Setouchi começou a escrever seu mais recente romance, em maio, conta com uma média de 50 mil visitantes diários.

M ODA

B RAZIL COM Z

Rainhas de papel

Um país em ascensão A jornal francês L'Express publicou no fim de semana uma reportagem sobre a classe média brasileira. Segundo o texto, o país que já foi um dos campeões da desigualdade está, aos poucos, se transformando. "Graças às reformas do presidente Lula, exengraxate, e a um impulso no setor de matérias-primas, surge finalmente uma classe média. E descobre as alegrias do consumo", diz o jornal. Como personagem que exemplifica a mobilidade social no País, o L'Express escolheu Alexandro Alves da Silva, de 25 anos, cujo pai era assaltante de banco, e que atualmente é chef em um pequeno restaurante de São Paulo. Com o salário, ele sustenta a mãe e os irmãos e acaba de comprar um carro.

dinamarquesa Violise Lunn e uma premiada designer de moda especializada em roupas femininas que se descobriu artista plástica ao tentar compor novos modelos em papel. Hoje, ela cria coleções em tecido e papel totalmente diferentes. A primeira para as mulheres da vida real; a segunda, que inclui sapatos de papel, para retratar o efêmero do luxo e do glamour.

A

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G @DGET DU JOUR

Um tatu como inspiração Abençoado por Deus Reproduções/site

Marc Graells Ballve, um designer espanhol, criou este protetor para motocicletas, lambretas e afins inspirado em um bicho mais do que banal: o tatu. A idéia do Protect 486 é funcionar como uma carapaça para o veículo, evitando que fique empoeirado ou molhado. Por enquanto, apenas um conceito.

Roupas e calçados de papel inspirados nas roupas da realeza francesa do século 18

www.toxel.com/tech/ 2008/09/20/prevent-motorcycle-theftwith-protect-486/

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Pesquisa realizada com apoio da Unifesp revela que mulheres reagem mais em brigas conjugais

Construtores, varejistas e consumidores apontam falta cimento no mercado. Preços estão em alta

Montadoras reforçam investimentos em marketing. Em dois meses, 20 modelos foram lançados

A revista norte-americana Time destacou no fim de semana a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a revista, em um país que sempre pensa em si mesmo como "abençoado por Deus", a descoberta de dois gigantescos campos de petróleo perto do Rio de Janeiro este ano contribuiu para fazer de Lula, "o presidente mais popular do Brasil em meio século". Além das descobertas, que colocarão o Brasil entre os maiores produtores de petróleo bruto do mundo, a popularidade de Lula deve muito ao desempenho da economia, diz a revista, que "cresce tão vigorosamente como uma goiabeira na floresta tropical amazônica, permitindo que o Brasil comece a reduzir sua épica desigualdade social". Mas mesmo diante de tantos sucessos, diz a revista, Lula ainda tem um desafio a enfrentar: o combate à corrupção.


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4 - ECONOMIA

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Economia

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RENDA EXTRA COM DIVIDENDOS Empresas pagadoras desses bônus são indicadas para quem quer minimizar riscos. Elas podem garantir as suas férias.

ADRIANA GAVAÇA

E

m tempos de tanta instabilidade nas bolsas de valores do mundo todo, um dos temas que mais atraem a atenção dos pequenos investidores é como minimizar riscos. O fascínio pelas possibilidades de ganhos das ações, no entanto, continua. Nessa hora, vale lançar mão de todas as opções. Uma boa idéia surge, então, com a escolha de papéis de empresas com um bom histórico de pagamento de dividendos. Isso porque, apesar do sobe-e-desce no preço das ações, pode-se ganhar por outros meios. A lei obriga as empresas de capital aberto a repassar para os acionistas, na forma de dividendos, pelo menos 25% do lucro que obtiverem, mas há companhias que distribuem percentuais maiores, como é o caso de Souza Cruz, Aracruz, Petrobras, CNS e bancos privados. Ter ações dessas empresas pode significar renda garantida até mesmo em épocas de desvalorização. "Essa é uma estratégia muito recomendada para quem entrar na bolsa agora. É uma forma de evitar as possíveis perdas com a crise americana, que devem persistir até o final do ano", diz o economista Cláudio Gonçalves, diretor da Planning e da Plurinax Asset Management. Ganhos Mesmo com todas as ameaças da crise, apenas nos primeiros sete meses deste ano, as empresas de capital aberto listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) distribuíram R$ 19,99 bilhões em dividendos aos acionistas, por meio da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Em igual período

do ano passado, tinham sido R$ 13,78 bilhões. No topo da lista, com o maior volume financeiro distribuído, aparece a Petrobras, com R$ 3,87 bilhões, seguida pela Companhia Vale do Rio Doce, com R$ 1,3 bilhão, e o Bradesco, com R$ 1,28 bilhão dividido entre os acionistas. Apesar de recomendar a compra de papéis dessas empresas, o economista afirma que quem já tem um portfólio montado não deve se desfazer

de ações de companhias que não adotam essa prática sem antes fazer uma avaliação minuciosa. "Não vale a pena vender papéis de empresas que estão em alta, só pensando nos dividendos que poderão surgir pela frente. Dependendo do resultado financeiro que essa companhia conseguir, a troca não terá sido válida", explica Gonçalves. Renda certa Já o diretor de Operações da Corretora Novação, Carlos Alberto de Oliveira Ribeiro, reforça que o investidor deve sempre preferir papéis de empresas que pagam dividendos no lugar daquelas que não adotam essa prática. "É uma forma de garantir um rendimento certo para o seu capital", afirma. Isso porque, apesar de a lei prever a distribuição mínima de 25% do lucro, muitas empresas não cumprem essa determinação na prática. É que a legislação também permite

que o percentual seja reinvestido em projetos de expansão, desenvolvimento de novos produtos e inovação tecnológica, desde que a maioria dos investidores aprove a medida. Isso é o que acontece, por exemplo, com a Eletrobrás. Apesar de registrar lucro, a companhia não distribui dividendos a seus acionistas desde a década de 1970. Outra regra a que o investidor deve se manter atento diz respeito ao tipo de papel a ser comprado no mercado. Existem duas modalidades disponíveis: os preferenciais e os ordinários. Os preferenciais tendem a receber uma maior carga de dividendos, já que a lei estabelece que, dos 25% do lucro que devem ser distribuídos, 10% sejam obrigatoriamente divididos entre os integrantes desse grupo. Os 15% restantes vão para as ações ordinárias, mesmo que essa parcela represente um volume muito maior de papéis que os preferenciais.

Recompensa A analista financeira Márcia Yukimi Kunihir leva todos esses conselhos à risca na hora de escolher uma empresa para investir e garante que os resultados compensam. Atualmente, 80% da carteira dela é formada por companhias reconhecidas como boas pagadoras de dividendos. A estratégia já permitiu a Márcia viajar por 30 dias para o Japão apenas utilizando os recursos recebidos dos divi-

dendos acumulados em dois anos de investimento no mercado acionário. "Viajei sem precisar resgatar um único papel da minha carteira. Meu dinheiro continuou todo investido. Só usei o que recebi na forma de dividendos", diz a analista financeira. Entre os papéis preferidos por Márcia estão os de empresas dos setores de minério de ferro e siderurgia. "Tenho comprado atualmente mais ações da CSN e da Usiminas", conta.

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ACSP istritais Pinheiros abraça projeto para estimular a leitura

Newton Santos/Hype

O local pode ser facilmente compartilhado. Por isso assinamos o TPU sem prazo de validade. Estamos felizes com a parceria.

Distrital abrirá biblioteca embrião sob viaduto para atender comunidade carente. No mesmo espaço funcionarão outros programas de inclusão social.

Nilton Elias Nachle, subprefeito de Pinheiros

André Alves

Newton Santos/Hype

O projeto surgiu da constatação de que um dos instrumentos mais eficazes na consolidação da educação é o livro. Egídio Moretti, conselheiro da distrital e presidente do Salão de Artes de Pinheiros Fotos: Nilani Goettems/e-SIM

U

ma área municipal de 700 metros quadrados, sob o viaduto Paulo VI, atualmente ocupada pelo Lar do Alvorecer Cristão (LAC), em Pinheiros, receberá novos projetos de inclusão social. Por meio de um Termo de Permissão de Uso (TPU), assinado na Distrital Pinheiros da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a subprefeitura do bairro autorizou o uso compartilhado do espaço pelo LAC, Camp (Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro) Pinheiros e a distrital da ACSP. O LAC, entidade filantrópica que atua há 30 anos na região, continuará desenvolvendo programas de apoio aos moradores de rua. No momento, as iniciativas estão suspensas devido à tramitação do TPU. Até o final do ano, o espaço será compartilhado pelo Camp Pinheiros, que promoverá atividades de qualificação profissional para adolescentes, além da Distrital Pinheiros, que construirá uma biblioteca embrião com cerca de cinco mil títulos. Para o subprefeito de Pinheiros, Nilton Elias Nachle, o espaço, com mais atividades e programas sociais, trará benefícios para a região. "O local pode ser facilmente compartilhado e, por isso, assinamos o TPU com prazo indeterminado de validade. Estamos muito felizes com a parceria", afirmou. "Esse projeto é consequência de um trabalho que realizamos há tempos. Com certeza aproveitaremos bem a área", completou Lino Fechio, presidente do Camp Pinheiros.

GI r Agendas da Associação e das distritais

A alimentação, antes o grande objetivo do estabelecimento, será uma complementação do projeto. Luiz Antônio de Lima, coordenador do programa SOS do LAC O espaço sob o viaduto Paulo VI (nas fotos acima e à esquerda), na região de Pinheiros, já recebeu o Termo de Permissão de Uso (TPU) e passará por reformas antes de ser reaberto. No local, além da biblioteca, funcionarão dois projetos: um dirigido a moradores de rua e outro para capacitação de jovens. A biblioteca deverá ter, inicialmente, cinco mil títulos, obtidos por meio de doações que foram feitas à distrital.

Biblioteca - A idéia de construir uma biblioteca embrião no bairro é um sonho antigo de Egídio Moretti, conselheiro da distrital e presidente do Salão de Artes de Pinheiros. "Finalmente teremos um espaço físico para sediar a biblioteca, que contará com aproximadamente cinco mil livros que foram doados à distrital", disse. Uma biblioteca embrião

consiste em uma pequena biblioteca comunitária, que funciona mediante doações de particulares, órgãos ou entidades oficiais. Cada unidade, pelo projeto, deve ter um acervo inicial de mil títulos, de todos os gêneros da literatura, além de recursos de áudio e mídia eletrônica. O programa inclui a capacitação dos beneficiários, de forma a possibilitar o geren-

ciamento no local, o aumento do acervo doado e a adoção de medidas que levem à formação de novos leitores. "O projeto surgiu da constatação de que um dos instrumentos mais eficazes na formação e consolidação da educação do homem, como cidadão, é o livro", afirmou Moretti. Uma das características do programa é o fato de que

de notas de Pinheiros. Rua Simão Álvares, 517. ■ Ipiranga – Das 19h às 22h, palestra gratuita do Sebrae: Planeje sua empresa. Rua Benjamin Jafet, 95.

empresarial que visita a Angola entre 6 e 11 de outubro. Às 9h, rua Boa Vista, 51/9º andar. ■ Solidariedade –O Conselho da Mulher da ACSP, em parceria com a Associação Brasileira dos Coreanos, entregará 18 mil peças de roupas a 60 instituições. Às 9h30, Clube Espéria, av. Santos Dumont, 1313. ■ Embaixador – O presidente da ACSP Alencar Burti recebe o recém-nomeado embaixador da Índia no Brasil, B. S. Prakash, acompanhado pelo cônsulgeral da Índia em São Paulo, Sivaraman Swaminathan. Às 16horas, rua Boa Vista, 51/10º andar, presidência. ■ Comus – O conselheiro da ACSP José Candido Senna coordena reunião do Comitê de Usuários de Portos e

Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), com discussão do tema Porto 24 horas. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. ■ Centro – Às 19h, solenidade de entrega do Marco da Paz a policiais civis e militares, bombeiros e guardas-civis metropolitanos. Rua Galvão Bueno, 83. ■ Jabaquara – Às 19h30, reunião ordinária com a palestra Recebendo a Fiscalização – Nossos Direitos e Deveres, com Evandro Luis Nunes, sócio da Nunes Amaral Advogados. Avenida Santa Catarina, 641. ■ Pinheiros –Às 19h30, entrega de abaixo-assinado de moradores e comerciantes para os policiais civis e militares, solicitando mais segurança e

Amanhã

■ Lapa – Às 8h30, a

Hoje ■ Uruguai – O vice-presidente

da ACSP Luiz Roberto Gonçalves recebe os prefeitos de Maldonado e Roque, do Uruguai, e comitiva empresarial. Às 15h, rua Boa Vista, 51/11º andar, salas Tadashi. ■ Pinheiros – Às 18h, a distrital, em parceria com o Creci e a Gazeta de Pinheiros, promove a palestra gratuita Documento Eletrônico – Fim do Papel, com Paulo Vampré, do 14º tabelionato

Associação Comercial de São Paulo, em parceria com Partwork Associados, promoverá a palestra Planejamento tributário – O Caminho certo para poupar os recursos do seu negócio, com Maurício Tadeu de Luca Gonçalves, diretor executivo da Partwork. Confirmar presença pelo telefone 38370544. Rua Pio XI, 418. ■ Angola – O vice-presidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves coordena reunião com os participantes da missão

ele não prevê a circulação de dinheiro e a realização de receitas e despesas. A iniciativa restringe-se à coleta de livros, revistas, periódicos e equipamentos de informática, nos locais onde se encontrem disponíveis ou em excesso, por meio de trabalho voluntário. A biblioteca, segundo Moretti, não funcionará nos moldes tradicionais, onde a pessoa leva para casa um livro por um determinado período de tempo e depois o devolve. "Trabalharemos apenas com a doação de livros para as pessoas carentes. E também por meio de doações, conseguiremos repor o nosso acervo. Gostaria de replicar este projeto para todas as distritais da ACSP", disse Moretti. Atividades - Entre os programas de apoio aos moradores de rua que o LAC desenvolve no local desde 2001 está o SOS, que consiste na distribuição de sopa, de segunda a sexta. "An-

tes da suspensão temporária de nossas atividades, atendíamos cerca de 60 pessoas carentes por dia, entre carroceiros e moradores de rua. Também dispomos de um espaço para a prática esportiva. Após algumas obras necessárias no local, e a futura reinauguração, ampliaremos nossas atividades", contou Luiz Antônio de Lima, coordenador do programa SOS do LAC. O Camp, por sua vez, implantará no local o projeto Transformar – que tem por objetivo proporcionar a jovens de 12 a 15 anos vivências que estimulem o estabelecimento de vínculos e o de identidade grupal – além de programas de qualificação profissional para jovens maiores de 15 anos. "O foco do novo espaço será a educação. A alimentação, antes o grande objetivo do estabelecimento, será apenas uma complementação do projeto", concluiu Lima.

proteção, tendo em vista assaltos na rua Teodoro Sampaio e entorno. Rua Simão Álvares, 517.

6397. Praça Silvio Romero, 29.

Quarta

■ Pirituba – Das 08h30 às

17h30, módulo V do curso Ideal Políticas Públicas, em parceria com o Sebrae. Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 3678. ■ Jabaquara – Às 17h, reunião do Comitê Técnico de Política Urbana da distrital. Avenida Santa Catarina, 641. ■ Ipiranga – Das 19h às 22h, palestra gratuita do Sebrae, Desenvolva sua empresa. Rua Benjamin Jafet, 95. ■ Tatuapé – Às 19h30, palestra Bem-Estar – Mudança de atitude, com Luciene Sampel. Confirmação de presença pelos telefones 2092-2979 ou 2941-

Quinta

■ SP Chamber – O vice-

presidente da ACSP Alfredo Cotait Neto coordena a reunião mensal do Conselho de Relações Internacionais da São Paulo Chmaber of Commerce. Às 10h, rua Boa Vista, 51/11º andar, salas Tadashi. ■ Ipiranga – Das 19h às 22h, acontece palestra gratuita do Sebrae: Sensibilização Seminário Empretec. Rua Benjamin Jafet, 95.

Sexta

■ Tatuapé – Às 8h30, oficina

de empreendedorismo do FJE da distrital. Praça Silvio Romero, 29. ■ Pirituba – Das 8h30 às 17h30, oficina do FJE da distrital. Rua Raimundo Pereira de Magalhães, 3678.


São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

DCARRO

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SALÃO FRANCÊS

Fiesta ECOnetic

Focus RS, o mais veloz

Novo Ka

Crossover Kuga

A Ford mostra novidades em todas as suas linhas de veículos da Europa, começando pelo novo Ka europeu, que passa a ser vendido a partir do final do ano. Outras atrações são o Fiesta ECOnetic, capaz de rodar 27 km com um litro de diesel, o Focus RS, carro de produção mais veloz já feito pela Ford na Europa, que chega a 260 km/h, o crossover Kuga com novo motor turbo 2.5 litros a gasolina e novos kits de personalização para o Fiesta e o Mondeo.

Fotos: Divulgação

O híbrido japonês - Outra atração no Salão de Paris será a estréia do carroconceito que antecipa a nova geração do híbrido Honda Insight. Primeiro veículo do gênero da história da indústria automotiva a ter produção em série, o modelo dará um novo redirecionamento ao segmento. A Honda planeja transformar o Insight no modelo mais acessível da categoria e, desta forma, alcançar um maior número de clientes. Estima-se comercializar 200 mil unidades por ano. Para atingir esse objetivo, a empresa conseguiu a redução de custos em alguns componentes do sistema híbrido IMA (Integrated Motor Assist Motor de Assistência Integrado), que utiliza como principal fonte de energia o motor a gasolina de baixa emissão de poluentes, auxiliado por outro elétrico. O modelo também terá mudanças no seu interior, passando a oferecer cinco ao invés dos atuais dois lugares. Já o renovado design foi inspirado no FCX Clarity, carro da Honda movido a célula de combustível e que também estará em exposição no Salão de Paris. “Esse novo Honda Insight será um divisor de águas. Trata-se de um veículo híbrido acessível para um grande número de consumidores ávidos pela economia de combustível”, destaca Takeo Fukui, presidente da Honda Motor Co. O veículo começa a ser vendido no

Honda FCX Clarity

DC

Car Sound Fabricamos: primeiro semestre do próximo ano, inicialmente nos mercados europeu, norte-americano e japonês. A fabricação ocorrerá na Unidade de Suzuka (Japão), onde também é produzido o Civic híbrido.

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I

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Facesp nterior Vinho e alcachofra: apetitosa parceria André Alves

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Fotos: Divulgação

A 16ª Festa Expo São Roque tem como atrações principais as duas iguarias. Evento acontece de 3 a 26 de outubro e deve receber 70 mil visitantes. André Alves

U

m grande evento promete agitar a Estância Turística de São Roque, localizada a 60 quilômetros da Capital. Trata-se da 16ª Expo São Roque, que será realizada entre os dias 3 e 26 de outubro no Parque Recanto da Cascata. A diversidade de atrações, como shows, performances, parque de diversões, trilhas, e, principalmente, a degustação de vinhos e alca-

iguaria em diversos produtos, como massas, risotos, pastéis, estrogonofes, patês, entre outros. Além disso, os visitantes poderão aprender a preparar os pratos no Espaço Gourmet e comprá-las in natura, em conserva ou pratos congelados. Quanto aos vinhos, a festa é uma ótima oportunidade para as vinícolas de São Roque divulgarem seus produtos. Um espaço de degustação estará No Mercado da Alcachofra será possível comer e conhecer melhor o alimento. Nas duas fotos acima, um prato preparado com a planta e a sua flor. À esquerda e abaixo, quatro momentos do vinho: jorrando em um enorme garrafão, sendo comprado por clientes, visitantes fazendo a "pisa" da uva na festa de 2007 e colheita da fruta.

Espaço onde será realizada a 16ª Festa Expo São Roque: shows, performances e parque de diversões

chofras, promete atrair mais de 70 mil visitantes ao município, que é sinônimo de vinho em todo o País. Com todo esse potencial turístico, o comércio e os setores de hotelaria e prestação de serviços são diretamente beneficiados pelo evento, que é organizado pelo Sindicato da Indústria do Vinho de São Roque (Sindusvinho) e conta com o apoio do Ministério do Turismo, da prefeitura local e da Fiesp. As grandes atrações da festa são os vinhos e a alcachofra, que está em plena safra. Rica em propriedades nutritivas e medicinais, a espécie que será encontrada no evento é a Roxa de São Roque, que se adaptou bem ao clima da região. No recinto que sediará a Expo São Roque, com 50 mil metros quadrados de área, estará localizado o Mercado da Alcachofra, onde será possível apreciar a

disponível para 12 empresas locais: Bella Aurora, Canguera, Góes, Palmares, Palmeiras, Quinta di Olivardo, Quinta dos Guimarães, Quinta do Jubair, Quinta Moraes, Real D'Ouro, Sabattinni e Quinze de Novembro. "O vinho e a alcachofra continuam sendo as vedetes do evento, que deve movimentar cerca de R$ 500 mil nesta edição. Trata-se de uma ótima oportunidade para as vinícolas apresentarem novidades em variedades de uvas. Queremos mostrar a renovação e as novidades do setor", diz Cláudio Góes, presidente do Sindusvinho. Entretenimento - Não são só de vinhos e alcachofras que se destaca a Expo São Roque. Diversas atividades de entretenimento serão realizadas. Entre as principais, está a Pisa da Uva, que mostra aos visi-

tantes uma das mais importantes etapas da produção do vinho. Pra deixar a atração mais animada, dançarinos em trajes típicos dançarão a Tarantela enquanto pisam as uvas. Os visitantes também poderão participar da atividade. Este ano, o vinho produzido pela pisa de 2007 estará disponível para venda. Outras atividades programadas para adultos e crianças são shows de grupos musicais e de fantoches, danças típicas de diferentes países, performances artísticas itinerantes, peças teatrais e exposição fotográfica

e de artes. Além disso, um parque de diversões e a Fazendinha - que conta com pavões, pássaros, chinchilas, mini vacas e mini pôneis - prometem divertir a garotada. Quem gosta de contato com a natureza poderá passear pela Trilha da Cascata e observar as espécies nativas da Mata Atlântica. Novidades - Esta edição da Expo São Roque, que contará com 80 estandes, onde serão expostos produtos como doces, licores, artesanato, velas decoradas, camisetas, bonés, entre outros, trará algumas novidades em relação à feira de

2007. "Neste ano contaremos com a participação de mais entidades da cidade, como a Associação dos Orquidófilos de São Roque, que marcará presença no Espaço das Flores. Além disso, contaremos com palestras do Sebrae sobre os setores produtivos de vinhos, alcachofras e flores. Mas o nosso objetivo continua o mesmo, que é o de divulgar a cidade nacionalmente e atrair turistas para o município", afirma Góes. Para o presidente do Sindusvinho, a feira é uma ótima oportunidade para as empresas divulgarem suas marcas e

concretizarem futuras negociações para o final do ano. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Roque (ACI), Antônio Di Girolamo, a Expo São Roque movimenta todo o comércio do município. "Os visitantes da feira acabam fazendo suas compras nas lojas e no centro da cidade. A rede hoteleira e as pousadas também são beneficiadas, com altas taxas de ocupação". A ACI também estará presente no evento com um estande. "Divulgaremos o comércio de São Roque e nossas empresas filiadas", conclui Girolamo.

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado

Americana homenageia policiais

Ubatuba alerta Associação Comercial maior valorização dos pro- para e-mails com A e Industrial de Ameri- fissionais responsáveis pela cana (Acia) e a prefeitura da segurança e cumprimento mensagens falsas cidade homenagearam diversos integrantes das polícias Militar, Civil e Guarda Municipal, como forma de reconhecimento no desempenho de suas funções. "A sociedade tem que exigir dos poderes competentes

da lei, por isso a Acia tem a honra de prestar homenagens aos policiais, que lutam com deficiências e problemas salariais para manter a ordem social no município", disse Germano Pavan Neto, presidente da entidade.

Secretárias em busca da felicidade

P

ara lembrar o Dia da Secretária, comemorado amanhã, a Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita) realiza a palestra Onde está a tão sonhada felicidade?, às 19h30 . "Somos mulheres batalhadoras e temos diversos papéis sociais: executiva, esposa, mãe, dona de casa. Em muitos dos nossos dias,

procuramos nossa felicidade", disse a a palestrante, Taís TM Bosà, psicoterapeuta que trabalha com treinamentos pessoais e empresariais. Na quarta-feira, no mesmo horário, também haverá palestra. O local é o salão de cursos da Aicita, na rua Coronel Camilo Pires, 25. Inscrições pelo 4534-7892.

D

evido ao envio de mensagens falsas, a Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic) e a Associação Comercial de Ubatuba (Aciu) informam que o uso destas marcas é indevido e que as entidades de proteção ao crédito (CDLs, associações comerciais e sindicatos do comércio varejista) não enviam qualquer notificação por e-mail. As mensagens divulgadas nesses e-mails têm o objetivo de instalar vírus nos computadores, a fim de obter senhas e outras informações sigilosas, como de contas correntes e de cartões de crédito e outros. Nenhum link deve ser acessado e a mensagem dever ser deletada.

Mogi das Cruzes irá premiar empreendedores

A

Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) já começou a preparar o Empreendedor do Ano 2008 para eleger representantes de cinco segmentos da cidade e mais a "tradição" no empreendedorismo. A escolha será feita por meio de pesquisa e os formulários já foram entregues aos associados. Também será possível participar pelo site www.acmc.com.br. O título de Empreendedor do Ano de 2008 será entregue para: Comércio, Indústria, Prestador de Serviço, Profissional Liberal e Responsabilidade Social. Os associados também indicarão aquele que melhor representa a tradição na cidade.

Limeira ensina tudo sobre SCPC

O

Serviço de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de Limeira (Acil) realiza um treinamento gratuito para consultas de pessoas Física e Jurídica, com objetivo de tirar as dúvidas e ensinar a analisar cada consulta, além de orientar quanto ao recebimento de cheques e análise das consul-

tas anteriores. O encontro acontecerá no próximo dia 7 na sede da ACIL. São dois os horários disponíveis: das 8h30 às 12h30, para pessoas jurídicas, e das 13h30 às 17h30, para pessoas físicas. As vagas são limitadas. As inscrições podem ser feitas até o dia 3. Mas informações pelo telefone (19) 3404-4949.

Na Acisc, a memória da contabilidade

O

Palácio do Comércio Miguel Damha (novo prédio da Associação Comercial e Industrial de São Carlos - Acisc) sedia, até amanhã, a exposição Memória da Contabilidade Sãocarlense, realizada pela Associação dos Contabilistas de São Carlos (Acosc), com o apoio da Fundação Pró-Memória.

O evento divulga parte da história da instituição, fundada em 11 de novembro de 1946, com o objetivo de unir os contabilistas para discutir leis e desenvolver os trabalhos. A exposição pode ser vista das 8h às 18h. O Palácio do Comércio Miguel Damha, fica na rua General Osório, 401, esquina com rua Riachuelo.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

SANDERO STEPWAY

No caminho das tribos urbanas

Fotos: Divulgação

Com preços a partir de R$ 44 mil, Renault apresenta Sandero em versão "on-road" e aposta em público internauta

O

s modelos "aventureiros" já estão presentes em grande parte das montadoras, que utilizam a denominação de "off-road light" ou de veículo com vocação urbana, como a Citroën com o seu C3 XTR. Para entrar nesta concorrência a Renault escolheu o Sandero, criando uma versão mais esportiva para instalar sua "concepção visual urbana". "Na verdade, o Sandero Stepway foi pensado e desenvolvido simultaneamente ao Sandero, com o objetivo de satisfazer um público diferenciado", explica a diretora de Planejamento de Produto da Renault do Brasil, Maristela Castanho. Este público a que se refere a executiva será procurado basicamente na Internet, única ferramenta de comunicação utilizada para campanhas publicitárias no lançamento do veículo. As ações que envolvem blogs, hotsites, vídeos virais e peças de mídia on-line tentaram encontrar jovens com diferentes estilos de vida, que terão o poder de personalizar seus veículos de acordo com suas "tribos". Parte desta personalização será feita com adesivos escolhidos pelo proprietário, que terá à sua disposição seis temas: Electonic, com ondas sonoras em alusão à música eletrônica, Sport, com figuras geométricas sobrepostas, GPS, que apresenta o ponteiro de uma bússola sobre um mapa, Flower, com flores para agradar o público feminino, Tatoo, com a imagem de uma tatuagem "tribal" que remete ao universo do surf e Street, trazendo a inscrição Stepway ins-

pirada em desenhos de grafiteiros. Robustez - Além da adesivagem, o visual do modelo ficou mais robusto com os párachoques pretos integrados aos pára-lamas e aos estribos formando um conjunto que envolve todo o veículo. A peça dianteira imita um "quebra-mato", mas sem representar riscos como a antiga peça fazia. A esportividade fica ainda mais evidenciada pela máscara negra nos faróis, pelas rodas de liga-leve aro 16 e pelo rack de teto bastante moderno. O carro teve a sua altura em relação ao solo aumentada em 5 cm na comparação com o Sandero convencional. Esta diferença poderia provocar temores quanto à estabilidade do veículo, mas em um percurso de teste de cerca de 100 quilômetros a preocupação foi desfeita. Em compensação, uma certa sensação de insegurança é provocada pela direção exageradamente leve. O modelo será comercializado a partir de outubro com motor Hi-Flex 1.6 de 16 válvulas, 112 cv de potência e 15,5 kgfm de torque, quando abastecido com álcool. O Sandero Stepway poderá ser adquirido em sete combinações de acessórios, com preços entre R$ 44 mil, versão básica, até R$ 53.700 na completa, com ar-condicionado air bags dianteiros, alarme, CD-Player com MP3, freios ABS e revestimentos de volante e bancos em couro. Anderson Cavalcante

Visual esportivo, adesivos personalizados, opção de couro no interior e cinco centímetros mais alto


DIÁRIO DO COMÉRCIO Em competição assim, o importante é vencer em casa e beliscar uns pontinhos fora.” Marcos

Esporte

1 Eduardo Nicolau/AE

Epitácio Pessoa/AE

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

Nosso objetivo precisa ser o título. Enquanto tiver chance, vamos brigar.” Muricy Ramalho

PALMEIRAS CHEGOU LÁ Rodrigo Lobo/AE

O

Palmeiras teve de esperar 27 das 38 rodadas que compõem o Campeonato Brasileiro. Mas finalmente alcançou a liderança, com o mesmo número de pontos (50) e uma vitória a mais (15 contra 14) que o Grêmio. Ontem, jogando contra o Náutico, no Recife, a equipe paulista não foi além de um empate por 0 a 0. Mas duas horas depois de deixar o gramado recebeu uma excelente notícia: a goleada do Internacional sobre o Grêmio, por 4 a 1, que apeou o tricolor gaúcho da liderança. O técnico palmeirense Vanderlei Luxemburgo, no entanto, não se ilude com a ponta na tabela, finalmente alcançada pelo Palmeiras pela primeira vez depois de quatro anos. Ele prefere o discurso comedido, lembrando que ainda restam 11 rodadas para o encerramento da temporada. Em sua avaliação, a briga pelo título está aberta, sobretudo com os resultados do final de semana. “Temos um campeonato que larga pelo menos com 12 equipes em condições de brigar pelo título”, analisou Lu-

xemburgo, após o empate de ontem. “Alguns times ficam pelo meio do caminho, tem dois cariocas na parte baixa (Vasco e Fluminense), mas ainda está aberta a disputa no topo.” Por causa disso, ele não admite sequer pensar em favoritismo do Palmeiras, mesmo com os quatro pontos de vantagem sobre Cruzeiro, Flamengo e agora também o São Paulo. Discurso que convém para quem acaba de assumir a ponta, depois de um empate com futebol sem brilho. “O Roberto Fernandes é esperto”, ponderou Luxemburgo, ao referir-se ao treinador do Náutico. “Ele conhece meu time, não saiu para cima, como esperávamos, e dificultou bastante. Também sabíamos que seria jogo duro e que era necessário marcar forte”, admitiu o técnico do Palmeiras. “Foi um resultado justo.” Luxemburgo não apelou para observações paralelas para justificar o desempenho pouco brilhante de seu time, como o desgaste (a equipe jogou no Peru no meio da semana pela Copa Sul-Americana) ou o gramado irregular do Estádio

dos Aflitos. “O campo estava ruim para os dois times. Se prejudicou um, prejudicou o outro também.” De fato, não foi um grande jogo. Embora tenha entrado com força máxima para o duelo na capital pernambucana, o Palmeiras criou apenas três ou quatro chances para marcar seu gol. Na melhor delas, aos 29 minutos do segundo tempo, Kléber chutou, o goleiro Eduardo rebateu e o artilheiro Alex Mineiro, mesmo desequilibrado, conseguiu tocar. A bola rolava quase despretensiosa para o gol, mas, a um passo da linha, foi empurrada para longe pelo meia Adriano, que se jogou ao chão para salvar a honra do Náutico. Depois disso, sem grande interesse em expor-se, o time passou a chegar menos ao ataque. Percebeu que o 0 a 0, àquela altura, até seria bom negócio. Então, para que correr? Resguardou-se e preferiu torcer contra o Grêmio, que jogaria na seqüência, no clássico gaúcho, em Porto Alegre. Deu certo: foi assim que os palmeirenses voltaram para casa com um ponto e a liderança do Brasileiro.

Valeu a luta de Diego Souza contra a defesa do Náutico: com o 0 a 0 no Recife, o Palmeiras finalmente alcança a liderança, por ter mais vitórias que o Grêmio

São Paulo está chegando Eduardo Nicolau/AE

toda e ela é bem aproveitada porque o Jorge Wagner bate bem na bola. Apenas fui feliz em antecipar a marcação”. Os jogadores são-paulinos deixaram o Morumbi se abraçando, sorrindo à toa e novamente com o discurso de que o título é possível. Dias atrás, haviam jogado a toalha. Com o tropeço de alguns rivais, porém, agora já iniciaram a convocação da torcida, segundo eles, importante para erguer ainda mais o time nesta reta final de Brasileirão. “Voltamos a jogar bem, a demonstrar um futebol convincente e agora temos de contar com o apoio do nosso torcedor para lutar pelo título”, discursou o atacante Dagoberto. “O apoio maciço dos são-paulino será importante neste momento”, concordou Jorge Wagner. “Estamos conscientes de que ainda temos chance na briga do título. Precisamos fazer o torcedor acreditar também.” Somento o técnico Muricy Ramalho, mais uma vez, não deixou de cobrar. Apesar de elogiar o bom desempenho da equipe ontem, o treinador já

projeta o jogo contra o Ipatinga, no próximo sábado, em Minas Gerais. Para ele, se quiser mesmo continuar pensando na vaga na Libertadores e, talvez, no título, o time precisa começar a apresentar fora o mesmo rendimento que apresenta no Morumbi. “A gente está ganhando pouco fora de casa, precisa melhorar porque aqui no Morumbi somos muito fortes”, afirmou. “Sabemos que para ganhar o título precisamos vencer fora. E vamos ganhar, porque o time está crescendo, está muito confiante.” O último triunfo aconteceu em 16 de julho, sobre o Vitória, por 3 a 1, em Salvador. Em contrapartida, no Morumbi, perdeu apenas uma vez neste campeonato — para o Grêmio, logo na primeira rodada. Depois disso, foram 13 jogos, com 10 vitórias e três empates. “O fator casa é importante no aspecto psicológico. O Morumbi não é neutro. Aqui é o campo do São Paulo e, quando jogamos aqui, pensamos assim. Isso dá força para os jogadores, eles sabem que aqui é nossa casa”, explicou o treinador.

Com os 2 a 0 de ontem no Morumbi, São Paulo já alcança Cruzeiro e Flamengo em número de pontos e fica a apenas quatro de Palmeiras e Grêmio

NÚMEROS

✓ Além de alcançar a

liderança, o Palmeiras completou ontem cinco jogos sem sofrer gols. ✓ Já o Grêmio, ao ser goleado

pelo Internacional, fechou o mês de setembro sem vencer, com duas derrotas e dois empates.

gol pelo Ipatinga, nos 3 a 1 de ontem sobre o Vasco. ✓ No sábado, o Flamengo

perdia do Sport por 1 a 0 até os 30 do 2º tempo. Então, Vandinho saiu do banco para dar um passe para Juan empatar. Em seguida, marcou o gol da vitória por 2 a 1.

✓ O líder do segundo turno,

disparado, é o Goiás, com 6 vitórias (cinco delas seguidas, sendo quartro no mês de setembro), um empate e uma derrota. ✓ O boliviano Escobar

tornou-se o primeiro estrangeiro a marcar um

Marcelo Régua/AE

A

vitória do São Paulo, ontem, por 2 a 0, sobre o Cruzeiro, no Morumbi, foi fundamental para as pretensões do time neste Brasileiro. Graças a ela, o Tricolor não só alcançou o próprio Cruzeiro, terceiro colocado, e o Flamengo, quarto, em número de pontos (embora ainda permaneça atrás de ambos em número de vitórias) como diminuiu a distância em relação ao líder Palmeiras e ao vice-líder Grêmio para quatro pontos. “Passamos o ano todo devendo, mas isso vai ficar para trás”, garantia no vestiário o zagueiro André Dias. “Disputar a próxima Libertadores é bem possível e temos de provar, agora, que nossa luta pelo título não vai ficar só na conversa.” Autor do primeiro gol de ontem, já aos 35 minutos do primeiro tempo (o segundo foi de Jancarlos, aos 48), ele preferiu dividir os méritos com o meia Jorge Wagner, responsável pelo cobrança do escanteio que resultou na abertura do marcador com seu gol: “Treinamos esta jogada a semana


Série B Série C Itália Sul-Americana

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 27, 28 e 29 de setembro de 2008

RONALDINHO GAÚCHO DÁ VITÓRIA AO MILAN

César Greco/AE

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A AMEAÇA CONTINUA S

Miguel Schincariol/AE

antos e Portuguesa emp ataram ontem, por 1 a 1, na Vila Belmiro, e continuam ameaçados pelo rebaixamento. A Lusa, agora, está em 17º lugar (dentro, portanto, da zona ocupada pelos clubes que em 2009 jogarão a Série B), com 27 pontos. Já o Santos, com 30, segue em 14º, perigosamente perto demais da própria Portuguesa e de outros times que, como ele, também rondam a zona de rebaixamento, como o Figueirense, que tem 29, e o Atlético-PR, que tem 28. Artilheiro do campeonato, o atacante Kléber Pereira fez 1 a 0 para o Santos, aos 13 minutos do segundo tempo, ao receber a bola na área e girar no canto direito. Foi o 19º gol do atacante santista, 18 deles na Vila Belmiro, mantendo a artilharia isolada do Brasileirão. Mas a Portuguesa empatou dois minutos depois, com Athirson, de cabeça, em uma bola lançada para o ataque na qual o goleiro Douglas saiu mal. Nos minutos finais, depois da expulsão de Erick, a Lusa se encolheu para garantir o pontinho fora de casa. E conseguiu. “Este ponto do Santos está dentro dos nossos planos”, comemorou o zagueiro luso Ediglê. O goleiro Douglas reconheceu a falha no gol de empate da Portuguesa: “O gramado molhado atrapalhou. Acreditei

no recreativo no CT Rei Pelé no dia seguinte ao jogo contra o Botafogo, em 13 de julho. Atendendo ao apelo do então técnico Cuca, o goleiro tentou antecipar a volta diante do Vasco da Gama, no dia 27 de julho, também em Santos, e agravou a contusão ao fazer um teste. Depois de se submeter a tratamento especial, com a apli-

cação de fator do crescimento no local do estiramento muscular para apressar a cicatrização, Fábio Costa vem treinando em campo desde o dia 16. Está recuperado, no peso e vai intensificar a preparação específica para recuperar a agilidade e os reflexos. “Além de grande goleiro, Fábio Costa é ídolo e um im-

portante líder do time. Sempre que ele estiver em condições, será o titular, sem dúvida. Mas vamos aguardar pelos treinos da semana”, disse o técnico Márcio Fernandes. Com o resultado de ontem, ele acumulou o quarto empate, contra três vitórias e duas derrotas no comando da equipe, desde o dia 10 de agosto.

Fábio Brás/Futura Press

Mais um pontinho corintiano

D

Empate com o São Caetano de Tuta, por 2 a 2, mantém o Corinthians de André Santos tranqüilo na liderança

zes atrás no marcador (dois gols de Tuta para o São Caetano, um em cada tempo), empatou em ambas as oportunidades (primeiro com Dentinho, depois com Herrera) e terminou com dois jogadores a me-

Só o Guarani continua

nos (Chicão e Alessandro foram expulsos). O elenco se reapresenta hoje à tarde, mesmo com a próxima partida marcada apenas para o próximo sábado, contra o Marília, em Londrina (PR).

Guarani será o único representante paulista no octogonal final da Série C, em que os quatro primeiros garantirão vaga na Série B de 2009. Ontem, pelo Grupo 28, Guarani e Brasil de Pelotas (RS) já entraram em campo classificados. Com o empate diante do Marcílio Dias, em Itajaí (SC), o Guarani terminou em primeiro. O Brasil perdeu para o Ituiutaba, em Minas (3 a 2), mas foi segundo. O Guaratinguetá, ontem, goleou o Mixto-MT por 5 a 0 em São José dos Campos (SP). Atlético-GO, Duque de Caxias-RJ (que ontem perdeu por 3 a 0 do próprio Atlético-GO) e Guará terminaram empatados no Grupo 27, com 10 pontos. O Atlético foi primeiro pelo saldo de gols. Duque de Caxias e Guará tinham o mesmo saldo, mas a equipe fluminense fez dois gols a mais (12 contra 10) e ficou com a vaga.Os outros classificados são: Rio BrancoAC, Águia-PA, Confiança-SE e Campinense-PB. PELO MUNDO

A primeira vez clássico entre Milan e Internazionale, ontem, no San Siro, tinha em campo cinco jogadores convocados para defender a Seleção Brasileira nas Eliminatórias, contra Venezuela e Colômbia, nos dias 12 e 15 de outubro: Kaká e Pato, pelo Milan, Júlio César, Maicon e Mancini, pela Inter. Mas o gol decisivo acabou saindo dos pés de um brasileiro preterido por Dunga: Ronaldinho Gaúcho, que fez seu primeiro gol com a camisa do Milan e definiu a vitória da equipe rubronegra por 1 a 0. “É uma emoção e tanto marcar meu primeiro gol pelo Milan num dérbi. Já tinha perdido um gol antes e fiquei feliz por marcar. É uma vitória importante”, afirmou Ronaldinho, que segundo Dunga, foi “poupado”, já que defendeu a

enhum dos times brasileiros conseguiu vencer atuando fora de casa nos jogos de ida das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, disputados no meio da semana passada. Agora, todos terão que fazer o resultado nos jogos de volta, disputados no Brasil nesta semana, para garantir vaga nas quartas-de-final. Amanhã, o Atlético Paranaense recebe o Chivas Guadalajara. O empate por 2 a 2 na primeira partida, fora, no México, dá ao time paranaense a chance de se classificar empatando novamente em casa, desde que por 0 a 0 ou 1 a 1. Na quarta-feira, entram em campo os outros três brasileiros. No Estádio Engenhão, no Rio, o Botafogo tem a obrigação de vencer o América de Cáli para se classificar, pois perdeu o primeiro jogo, na Colômbia, por 1 a 0. Vitória botafoguense pela mesma contagem leva a decisão para os pênaltis. No Parque Antarctica, o Palmeiras recebe o Sport Áncash, do Peru. No jogo de ida, no gramado artificial do Estádio Nacional, em Lima, deu empate: 0 a 0. Finalmente, no Beira-Rio, em Porto Alegre, o Internacional joga contra a Universidad Católica, do Chile. O empate em Santiago, no jogo de ida, por 1 a 1, dá ao time gaúcho a classificação em caso de empate em casa por 0 a 0.

O

ITÁLIA

O

Decisões em casa

SÉRIE C

SÉRIE B

e s s a v e z , o C o r i nthians não ganhou: ficou no 2 a 2 com o São Caetano, em jogo realizado sábado, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, a pedido da Polícia Militar e do próprio adversário. Fora isso, pouca coisa mudou na Série B com os resultados da semana passada. A dez partidas do fim da competição, o Corinthians ainda segue tranqüilo na liderança, agora com uma vantagem de onze pontos em relação ao vice-líder Vila Nova e de catorze sobre o quinto colocado, o Santo André. O time do ABC paulista, aliás, ao apenas empatar fora de casa com o lanterna CRB, por 0 a 0, em Maceió, cedeu seu lugar no grupo dos quatro times que ascenderão à Série A em 2009 para o Barueri, que no sábado fez 2 a 0 no Bragantino, em Bragança. “Não estamos relaxados, tanto que não me lembro quando tivemos mais de um dia de folga. Só pensamos em subir”, disse o zagueiro William após o empate contra o São Caetano. O Corinthians esteve duas ve-

COPA SUL-AMERICANA

N

Com o 1 a 1 de ontem, na Vila Belmiro, o Santos segue ameaçado e a Portuguesa permanece na zona de rebaixamento, agora em 17º lugar

que a bola bateria no chão e iria para dentro da área, mas ela mudou de rumo. Peço desculpas ao torcedor”. O reencontro do ídolo Fábio Costa com a torcida será uma das atrações contra o Atlético-PR, no próximo sábado à noite, na Vila Belmiro. Ele sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda, ao participar, na linha, de um trei-

Fazer gol é sempre gratificante, mas saio decepcionado pelo empate que, para nós, foi derrota.” Kléber Pereira

Seleção na Olimpíada e nos jogos contra Chile e Bolívia, por isso precisa ser preservado e passar um tempo no clube. “Foi um gol importante para Ronaldinho e estamos felizes por ele. Acho que ele fez neste jogo o que todo mundo espera dele”, disse Kaká. O gol definiu a terceira vitória seguida do Milan, que começou o Campeonato Italiano com duas derrotas e já está se recuperando, na sexta posição, com 9 pontos. A Inter, que tem 10, começou a rodada na ponta e caiu para o quarto lugar - perdeu a chance de assumir a liderança isolada. Em primeiro lugar está a Lazio, que foi a 12 pontos depois de vencer o Torino por 3 a 1. O surpreendente Napoli bateu o Bologna por 1 a 0, fora de casa, e está em segundo lugar, com 11 pontos.

Filippo Monteforte/AFP

✓ Na Espanha, a liderança é

dividida entre o Valencia, que venceu o La Coruña por 4 a 2, e o Villarreal, que bateu o Gijón por 1 a 0. O Real Madrid fez 2 a 1 no Betis e é o terceiro, com 12 pontos; o Barcelona bateu o Espanyol por 2 a 1 e está em quinto, com 10 pontos. ✓ Na Inglaterra, Chelsea e

Liverpool dividem a ponta, com 14 pontos. O time de Felipão fez 2 a 0 no Stoke City, mesmo placar do Liverpool no clássico contra o Everton. Ronaldinho marcou ontem seu primeiro gol pelo Milan e definiu a vitória por 1 a 0 no clássico contra a Inter


terça-feira, 30 de setembro de 2008

Finanças Empresas Nacional Ciranda

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

8,3

ESTABILIDADE NA INDÚSTRIA

Produção industrial atinge ponto de equilíbrio

por cento foi o índice acumulado de expansão da indústria paulista de janeiro a agost o de 2008.

Robson Fernandes / AE

A avaliação é da Fiesp que, ao divulgar o Indicador do Nível de Atividade (INA) do setor, apontou crescimento robusto em 12 meses e tendência de estabilização daqui para a frente. Patrícia Büll

A

produção industrial paulista entrou em processo de estabilização. Essa é a opinião de Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao comentar os resultados do Indicador do Nível de Atividade (INA), divulgado ontem. Em agosto, o INA teve alta de 0,2% sobre julho sem ajuste sazonal. Já com ajuste, houve queda de 3% na mesma base de comparação. Em relação a agosto do ano passado, o INA aumentou 3,9%. No acumulado do ano, até agosto, a alta é de 8,3% e, em 12 meses, de 8,5%. "Embora observemos uma desaceleração do INA em relação ao mês anterior, o resultado acumulado em 12 meses ainda indica um crescimento robusto da indústria paulista. A tendência é que daqui até o final do ano, a produção entre

em processo de ajuste, com ligeiras reduções, encerrando 2008 com expansão de 7%, que é a previsão da Fiesp para o ano", disse Francini. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 84,1% em agosto, sem ajuste, mesma taxa registrada em agosto do ano passado. Com ajuste, o Nuci caiu de 83,9% em julho para 82,6% em agosto. De acordo com Francini, esses números confirmam o processo de estabilização da indústria, causada principalmente pela queda da produção e não pelo esgotamento da capacidade instalada. Nesta divulgação, a Fiesp incluiu na pesquisa o Índice de Difusão, que indica quantos

setores dentro dos analisados pela federação estão em expansão. Em agosto, o índice de difusão indicou 46%. "Isso significa que, dos 17 setores analisados pela Fiesp, apenas oito estão realmente crescendo, o que derruba o resultado geral do INA", explicou Francini. Taxa de câmbio sobrevalorizada e desaceleração do crédito foram os motivos apontados para o resultado em agosto. Segundo ele, o real ficou muito tempo valorizado sobre o dólar, o que transferiu parte da produção doméstica para a importação. "O coeficiente de peças importadas dentro da indústria nacional vem crescendo, o que derruba a produção inter-

Em agosto, o INA teve alta de 0,2% sobre julho sem ajuste sazonal. Com ele, houve queda de 3%.

na. De outro lado, a oferta de crédito para pessoa física tem diminuído, o que reflete diretamente em queda da demanda e assim, na produção", afirmou Francini. R e v i s ã o – A F i e s p re v isou o resultado do INA de julho. Na divulgação anterior, o indicador havia subido 1,4% sobre junho com ajuste sazonal. Agora, foi atualizado para 1,1%. Sem ajuste, a taxa foi revisada de 2,8% para 2,1% no mesmo período.

INA ainda não reflete crise

E

mbora a expansão de apenas 0,2% do INA em agosto tenha surpreendido – negativamente – o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini descarta que seja reflexo da crise financeira que assola os Estados Unidos e parece não ter fim. "Precisamos lembrar que embora a crise venha se agravando desde o primeiro trimestre deste ano, ela mostrou sua pior face agora em setembro. Em agosto, ela não havia mostrado reflexos na economia brasileira", disse. Daqui para a frente, entretanto, ele acredita que haverá sim reflexos. "A dúvida é como esses reflexos

chegarão ao Brasil", diz Francini. Ele afirma que a idéia que se tem é que o Brasil possui um sistema financeiro sólido, cuja regulamentação e acompanhamento são mais exigentes e seguros do que outras praças que já foram afetadas. "A incerteza do rumo da crise deixa todo mundo em estado de alerta, o que é positivo de um lado, porque evita riscos desnecessários. Mas, por outro, faz com que os agentes financeiros endureçam ainda mais a concessão de crédito, o que poderá segurar a demanda doméstica e também a expansão da economia como um todo", alerta. (PB)


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Nacional Empresas Negócios Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

FUNDOS DE PREVIDÊNCIA TERÃO REGRAS MAIS RÍGIDAS

Ações da Apple têm a maior queda em sete anos e analistas reduzem recomendação dos papéis.

Lucas Jackson/Reuters

SEM CRÉDITO, SEM AVIÕES

PARA ACALMAR ACIONISTAS

Embraer vai adiar por prazo CSN, Gerdau, Dasa, não correm risco de ter perdas indeterminado a entrega de quatro Suzano Papel e Lupatech financeiras com a turbulência A A aviões, prevista para 2009. Segundo Antônio divulgaram ontem no mercado, como ocorreu Luiz Pizarro Manso, vice-presidente executivo de relações com investidores da Embraer, o atraso ocorre a pedido dos clientes, que enfrentam problemas para conseguir crédito no mercado externo. O negócio envolve jatos comerciais para diferentes destinos: dois para os Estados Unidos, um para a Austrália e um para a Europa.

comunicados aos acionistas, garantindo que não têm posições alavancadas ou de risco com uso de instrumentos derivativos. A idéia é deixar claro que elas

com a Sadia e a Aracruz. A CSN informou que "eventuais operações com derivativos de câmbio destinam-se somente a hedge da exposição cambial da companhia".

Daniel Garcia/AFP

DINHEIRO DE DUPLICATAS ara contornar a restrição de financiamentos, as companhias já estudam P alternativas de emergência para obter recursos financeiros. "O mercado parou", afirmou Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, um dos gigantes do setor de embalagem de papelão e celulose, que fatura US$ 800 milhões, dois quais US$ 300 milhões são provenientes de exportações. "Não sei o que vamos fazer", disse o executivo. Segundo ele, uma das alternativas é o desconto de duplicatas.

A

s ações da Apple despencaram 17,5% ontem, na maior queda em sete anos. Os papéis da companhia são pressionados por preocupações com a redução dos gastos dos consumidores diante da desaceleração da economia norte-americana. Duas corretoras cortaram seus preçosalvo para a ação da empresa, além de previsões de lucro e recomendação dos papéis da Apple, que produz os players de mídia digital iPod e o celular iPhone. A analista do Morgan Stanley, Kathryn Huberty, disse que Wall Street continua excessivamente otimista sobre as ações da Apple, com 27 de 32 analistas considerando a ação como "overweight", ou acima da média do mercado.

Coelhinhas em crise Argentina renegocia com bancos fetada pela crise financeira internacional, a bolsa portenha despencou 8,68% ontem. O clima era de preocupação. Mas, ao mesmo tempo, existia uma relativa sensação de que a Argentina está "isolada" da crise dos mercados, já que desde o calote da dívida pública em dezembro de 2001, o país teve que viver praticamente sem financiamento externo. Ontem, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se reuniu com

MAIS RIGOR PARA FUNDOS A E m meio ao agravamento da crise financeira, o Conselho de Gestão de Previdência Complementar baixou ontem uma resolução estabelecendo critérios mais rígidos para a utilização do superávit dos fundos de pensão, que em julho deste ano era de R$ 64 bilhões. O secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, Ricardo Pena, explicou que o objetivo das novas regras é preservar a solvência, a liquidez e o equilíbrio econômico-financeiro dos planos.

AÇÕES DA APPLE DESPENCAM 16%

representantes dos bancos Barclay's, Citigroup e Deutsche Bank para renegociar dívidas. O problema é o efeito que uma recessão americana teria sobre as importações realizadas pelos Estados Unidos de produtos argentinos. Existe temor por um desaquecimento da economia do Brasil, o maior sócio comercial da Argentina, além de uma eventual redução da demanda chinesa por soja, compradora de 90% da produção do país.

A

crise financeira mundial atingiu em cheio o império da Playboy, a mais conhecida revista erótica do mundo, lançada pelo norte-americano Hugh Hefner há 55 anos. Em um ano, as ações do grupo despencaram, perdendo 60% do valor. Preocupados, os contadores do grupo já pediram para Hefner reduzir os gastos, ou seja, menos empregados domésticos e, sobretudo, menos "coelhinhas". Com AE, AG e Reuters.

BÚSSOLA

O

endividamento saltou de 12,2% da renda das famílias brasileiras no primeiro trimestre de 2003 para 26,5%, no segundo trimestre de 2008, de acordo com o relatório do Banco Central. O comprometimento da renda teve elevação de 22,9% para 31,3%. Já o crédito deverá fechar o ano com expansão de 22,5% a 25% em relação a 2007, o que o levaria a 40% do Produto Interno Bruto (PIB). ciranda@dcomercio.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - OPINIÃO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

INFELIZMENTE, O FINANCIAMENTO DO LADO REAL DA ECONOMIA DEPENDE DO QUE OCORRER NOS EUA.

MERCADO E REGULAMENTAÇÃO

N

uma análise elementar, a atual conjuntura econômica, de dimensões planetárias, é uma coleção extraordinária de eventos de multifacetada variedade. As áreas deflagradas, há mais de um ano, com os problemas de inadimplência no mercado americano de crédito imobiliário, dito de segunda classe – subprime - atingiram, sobretudo os negócios de um mercado de operações estruturadas e derivativos de créditos, em que atuavam companhias securitizadoras, fundos mútuos, seguradoras e bancos de investimentos, fora do campo de atuação dos bancos comerciais, que, malgrado as graves repercussões dessas transações, conseguiram ultrapassar as dificuldades como parte decisiva da solução. Um dos aspectos inéditos desta crise é que, no epicentro, estavam algumas das mais conhecidas e poderosas instituições de Wall Street. De outro lado, constatou-se que são os países, ainda conhecidos como emergentes, a exemplo da China e a Índia, que vêm acumulando grandes reservas de divisas, que têm contribuído para financiar parte dos déficits da economia americana. Como a China e os demais países emergentes já contribuem mais para o crescimento global do que os Estados Unidos isoladamente, os BRICs hoje são considerados partes da solução e não do problema. Com mercados internos fortes eles evitariam uma recessão global. Como vemos a situação do Brasil? É evidente que o Brasil vem sofrendo os efeitos desta crise que ainda não está totalmente debelada. A Bovespa, dominada por commodities, apresentou perdas sensíveis com a queda do preço das cotações de petróleo, minérios e alimentos. Foi acentuada a volatilidade do mercado de ações nos últimos 30 dias. De outro lado, o Banco Central vem monitorando o sistema

LUIZ OLIVEIRA RIOS O TEMPO E O

● Faltou controle no

VENTO

mercado financeiro não-bancário dos EUA. Nossas empresas de factoring respeitam os acordos de Basiléia.

bancário e o mercado de capitais com uma atuante participação no sentido de mitigar, ao máximo, os efeitos da crise internacional e manter em bons níveis a liquidez da economia brasileira. O ano de 2008 vem transcorrendo em clima de tranqüilidade no mercado de fomento mercantil, sem os eventos traumáticos que tumultuaram o nosso mercado no ano de 2007.

D

iante do cenário com que neste momento nos deparamos, afigura-se oportuno e pertinente trazer à ponderação e à reflexão de todas as nossas associadas, as seguintes considerações: 1. a restrição da oferta de crédito e o aumento do custo do dinheiro deverão criar condições favoráveis para a expansão dos negócios do mercado de fomento mercantil; 2. gerenciamento de risco – a ubiqüidade de riscos, disseminada por toda parte do planeta, está a exigir maior capacidade de proteção; 3. marcos regulatórios – a falta de uma supervisão e controle sobre segmentos não-bancários é apontada como uma das razões para esta crise, que vem avassalando várias economias. A supervisão regulatória, orientada por normas criteriosas e corporativas, vem sendo copiada dos padrões aprovados pelo Acordo de Basiléia I e II, específicas para bancos comerciais. LUIZ LEMOS LEITE, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL- FACTORING.

Ninguém gosta de cobertor curto

O

s puristas da economia de mercado queriam que o Federal Reserve e o Departamento do Tesouro americanos deixassem quebrar as instituições; os puristas do intervencionismo estatal queriam que as duas instituições eliminassem todos os riscos da sociedade, dando cobertura aos depositantes dos bancos, aos investidores nas diversas modalidades de instituições financeiras, aos compradores de casas, e a todos os demais que se julgassem prejudicados pela crise. No caso dos puristas da economia de mercado, a questão era a de que a liberdade de tomar decisões de lançar novos instrumentos financeiros ou de comprar casas sem a necessária capacidade de pagamento - deveria ser acompanhada da correspondente responsabilidade: alavancou empréstimos ou ficou inadimplente no crédito imobiliário, quebre. No caso oposto, não importa a decisão, os banqueiros e cidadãos não devem responder por seus atos; portanto, salve-se todo mundo... O problema com esses extremistas é que a realidade não pode ser enquadrada na lógica dos livros-texto. Estamos diante de uma crise sistêmica; se quebram muitos, quebram todos e o lado real da economia vai água abaixo, junto com o setor financeiro. Também não dá para salvar todo mundo de todo mundo; o cobertor é curto. Portanto, tendo prevalecido o bom senso e a experiência com a Grande Depressão da década de 1930, a questão não é mais se deveria ou não ter havido o pacote, mas conjecturar sobre a natureza do problema e sobre as conseqüências da solução proposta. A solução de uma crise bancária sistêmica requer sempre a capitalização das instituições financeiras. Afinal, o problema originou-se na expansão dos empréstimos com base em múltiplos de mais vinte vezes as reservas das instituições, uma situação incompatível com regras prudenciais mínimas de gestão financeira. Trata-se, portanto, de evitar que a massa de crédito que já foi gerada venha a ser bruscamente destruída pela contração do crédito que ocorrerá, caso não se aumentem as reservas do sistema financeiro. Se assim é, a questão é saber se a melhor maneira de capitalizar o sistema bancário consiste na aquisição, pelas autoridades monetárias americanas, dos papéis podres ou ilíquidos que sustentaram a expansão do crédito. Há muitas alternativas de capitalização e a compra

Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) e Teresinha Leite Matos Editor de Reportagem: José Maria dos Santos Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Redatores: Dora Carvalho, Eliana Haberli, Jane Soares, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar, Renata Rondino, Tsuli Narimatsu Repórteres: Adriana David, André Alves, Davi Franzon, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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para o contribuinte americano se fosse exigido o aumento de capital dos bancos. Essas instituições precisam ser recapitalizadas. Não dá para salvar todo mundo de todo mundo. O cobertor é curto. Por Roberto Fendt

de ativos podres dos bancos é apenas uma delas. A escolha da opção afeta a distribuição dos custos da capitalização entre os contribuintes e os acionistas dos bancos. A compra pelo governo dos ativos ilíquidos dos bancos é a mais custosa para os contribuintes. Ela "premia" os acionistas das instituições financeiras, que não são penalizados pela sua omissão no controle da gestão temerária das instituições. Melhor seria uma capitalização direta do sistema via aquisição de aumentos de capital dos bancos. O custo para o contribuinte americano seria ainda menor se fosse exigido dos atuais acionistas acompanhar o aumento de capital na mesma proporção dos recursos aportados pelo Tesouro. Nesse caso, a recuperação das instituições depois da recapitalização daria um ganho aos contribuintes em geral com o aumento do valor das ações dos bancos.

E

m qualquer caso, contudo, a solução do imbróglio - a liquidez travada que começa a atingir o lado real da economia - não se resolverá da noite para o dia. Se tudo correr bem, levará pelo menos um trimestre para que os americanos se certifiquem que se está no caminho certo, e alguns outros trimestres para que a liquidez paulatinamente se restabeleça. Em vista de tudo isso, é incompreensível imaginar que a crise não irá nos afetar, quando a liquidez está travada aqui também, a despeito da pronta reação do Banco Central na semana passsada para aumentá-la. O financiamento do lado real da economia brasileira hoje está, infelizmente, dependente do que vier a ocorrer nos EUA. Se tudo correr bem, como se deseja, levará ainda algum tempo para que as coisas se normalizem. Lá e cá.

Custo dos remédios CARLOS ALEXANDRE GEYER

P Presidente Alencar Burti

● O custo do socorro seria menor

ara um setor que importa mais de 80% dos insumos que utiliza e ainda por cima tem a maior parte de seus preços controlados pelo governo, o cenário econômico atual, com a alta do dólar em decorrência da crise que se abateu sobre a economia americana e repercute mundialmente, é motivo de grande apreensão. Ao longo do último ano, a indústria farmacêutica foi obrigada a absorver aumentos destes insumos, em dólar, impostos pelos seus produtores, especialmente indianos e chineses. Estes foram suportados devido à valorização do real ocorrida no período, e que amenizou seu impacto no custo de produção dos medicamentos fabricados no Brasil. Como a indústria farmacêutica é a única que tem preços controlados na cadeia produtiva do medicamento, fica inteiramente a mercê das circunstâncias econômicas do momento. PPIsto, aliado a incompreensível e absurda carga tributária suportada pelo medicamento produzido e comercializado no País seguramente a mais alta do mundo -, configura um quadro perverso tanto para o desenvolvimento da indústria nacional, quanto pa-

ra o consumidor. Obviamente, para os setores exportadores o reflexo da alta do dólar pode ser positivo em curto prazo, embora em razão da crise econômica mundial possa ocorrer alguma retração na demanda dos produtos brasileiros, principalmente commodities, se grandes consumidores como a China refrearem seu ritmo de crescimento. O balanço de pagamentos, com déficit previsto para o corrente ● A indústria

farmacêutica foi obrigada a absorver aumentos em dólar. Agora, o governo precisa liberar os preços do setor. ano superior a trinta bilhões de dólares, também pode se beneficiar caso as multinacionais diminuam as transferências de lucros e dividendos para suas matrizes, em função do aumento do seu custo em reais. Este ítem, sozinho, representou mais de vinte e dois bilhões de dólares no período janeiro a julho deste ano. PApenas no mês de setembro, a desvalorização do real frente ao

dólar já ultrapassou a 14%. Isto aliado ao aumento da taxa Selic, que vem sendo promovido pelo governo com intuito de conter o aumento da inflação verificado nos últimos meses, traz repercussões negativas para o setor industrial, especialmente o farmacêutico, por ter seus preços controlados.

P

Acredito que em futuro próximo, o governo precisará rever a sua política de regulação, que deveria ser econômica, porém acaba restrita apenas ao controle de preços dos medicamentos, e a carga tributária incidente sobre estes que, como já dissemos, é absurdamente elevada para a essencialidade do produto. O momento impõe que tanto o governo quanto os representantes da cadeia produtiva farmacêutica, trabalhem juntos, visando ampliar cada vez mais o acesso aos medicamentos pela população, e impedindo a asfixia da indústria farmacêutica nacional, especialmente num cenário econômico como o atual.

D

os pensadores mais brilhantes da França temos Françoise-Marie Arouet, nascido em novembro de 1654, mais conhecido como Voltaire. Dentre as suas obras-primas de cunho filosófico está o livro Zadig ou o Destino (Editora Escala), que narra a história de um cidadão da Babilônia às voltas com os atos e baixos da vida; na verdade, a história de Zadig é uma metáfora inteligente da vida de cada um de nós no mar nada calmo da existência. O tempo, que para os antigos gregos era simbolizado pelo deus Chronos, um titã devorador dos próprios filhos, é muito mais do que money, isto na concepção utilitária dos norte-americanos, e passa a ser life. O curioso é que em muitas empresas as pessoas não têm noção do valor do tempo - valor econômico e simultaneamente de vida - e, assim, o tempo, como recurso esgotável, é diariamente desperdiçado. No livro escrito, o grande Mago da Babilônia propõe a Zadig o seguinte enigma: "Qual é, de todas as coisas, a mais longa e a mais curta, a mais rápida e a mais lenta, a mais divisível e a mais extensa, a mais negligenciada e a mais lamentada, que devora tudo o que é pequeno e que vivifica tudo o que é grande?" ● De 10 pessoas

convocadas, 9 chegam no horário. Qual é o tempo real de duração do atraso dessa pessoa? Muitas pessoas tentaram responder à pergunta acima, mas somente Zadig acertou: É o tempo! Nada é mais longo porquanto é a medida da eternidade; nada é mais curto, porquanto falta a todos os nossos projetos; nada é mais lento para quem espera; nada é mais rápido para quem desfruta a vida; nada se faz sem ele; faz esquecer tudo o que é indigno da posteridade e imortaliza as grandes coisas".

C

omo será que estamos usando o tempo no nosso exercício profissional, no núcleo familiar, no lazer, nas preces e na meditação? Particularmente, reconheço a minha dificuldade em dosar com sabedoria o tempo à minha disposição, principalmente no tocante ao lazer. Meu tempo maior tem sido dedicado ao trabalho. Isto é um erro que vou reparar de imediato. O tempo e o vento são indomáveis. Em relação ao tempo, planejar o seu bom uso é importante; quanto ao vento, não temos forças para afrontá-lo. Zadig, o Sábio, com certeza nos aconselharia: "Deveis vos certificar de que vossas velas estejam todas içadas a favor dos ventos" ... Eis aqui um outro "enigma" que proponho aos amáveis leitores: numa reunião agendada para às 8 horas da manhã, 10 pessoas são convocadas. 9 delas chegam no horário marcado, porém 1 delas chega 06 (seis) minutos atrasada. A pergunta então é: qual é o tempo real de duração do atraso dessa pessoa?"

CARLOS ALEXANDRE GEYER É

LUIZ OLIVEIRA RIOS É

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS

ORIENTADOR DE ESTRATÉGIAS

LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS NACIONAIS

OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM

EMPRESARIAIS


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

OPINIÃO - 3

O RISCO DE COLAPSO ECONÔMICO ERA INSIGNIFICANTE. SABÍAMOS TOMAR MEDIDAS PREVENTIVAS.

A falência da ciência econômica O que falhou no plano dos bombeiros? Por Robert Samuelson O

que estamos testem unhando, num Paulson, sentido amplo, é a fasecretário lência da ciência econômica do Tesouro moderna. Seu conceito era que (abaixo) tínhamos resolvido o problema queria os da estabilidade. Ok, haveria pemercados ríodos de recessão, mas as persde crédito pectivas de um grande colapso congelados. econômico eram insignificantes porque nós sabíamos como ●Investidores o sistema funcionava e poderíaem pânico mos tomar medidas preventipassariam vas para evitá-lo. dos títulos O que tem sido tão perturbacomerciais dor na atual crise é que ela não para os está adequada ao modelo-patítulos drão dos ciclos de negócios do Tesouro, e não se submete às conhecidas enquanto soluções dos livros. empresas e Uma marca da crise tem sido o consumidores contraste entre a economia real, conseguiram da produção e dos empregos, e os tumultuados mercados financrédito. ceiros. Mesmo com a queda de 60% na construção de casas nos EUA, a economia real até agora só sofreu pequenos reveses.

Reuters

● Hank

Sim, os empregos dos assalariados recuaram 650 mil desde dezembro; contudo permanecem 137,5 milhões de empregos. Enquanto isso os mercados financeiros beiram a histeria. A questão é se essa histeria vai levar a economia real para uma recessão ou algo pior - e o que podemos fazer para evitar isso. A palavra que melhor sintetiza a tradicional macroeconomia (o estudo da economia como um todo, não como mercados individuais) é demanda. Se uma demanda fraca deixou a economia numa recessão, o governo poderia corrigir a situação estimulando mais demanda com cortes de impostos, mais gastos ou taxas de juros menores. Se a demanda excessiva provocou inflação, o governo poderia sufocá-la, cortando a demanda com mais impostos, menos gastos ou taxas de juros mais altos.

E

conomistas dessa tradição observam o comportamento dos negócios e dos consumidores. As vendas de carros estão fracas? O quanto as companhias estão aumentando os preços? E sobre os lucros? O programa de estímulo de US$ 152 bilhões no começo deste ano foi um exercício clássico de gerenciamento de demanda. Ele não funcionou bem principalmente porque essa crise se originou nos mercados financeiros assustados.

AFP

Paulson previa que seu plano era melhor do que o tumulto e o pânico. Se ele falhasse, o que o governo poderia fazer? Se as empresas não conseguem rolar a dívida de curto prazo, onde devem cortar?

As antigas idéias de como a economia funciona fracassaram. O tumulto financeiro está anunciando uma era de instabilidade?

Enormes perdas nos valores mobiliários relacionados a hipotecas levaram algumas instituições financeiras a quebrar. À medida que o medo espalhava, as instituições financeiras ficavam mais receosas de negociar uma com as outras porque ninguém sabia quem estava solvente e quem não estava. Para o secretário do Tesouro, Hank Paulson, e para o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, esse colapso financeiro agora ameaça a e co n o m i a real. As empresas dependem de empréstimos bancários de vendas de títulos comerciais (de fato, obrigações de curto prazo) para realizar os negócios cotidianos - para comprar estoques, pagar fornecedores e funcionários antes do dinheiro das vendas entrar. Os mercados de crédito estavam "congelados", decidiram Paulson e Bernanke. Investidores em pânico passaram dos títulos comerciais para os títulos do Tesouro; os bancos não estavam emprestando uns aos outros. Consumidores e empresas não conseguiriam crédito.

S

e você rejeitar essa conclusão, então toda a crise tem sido uma farsa montada. Alguns economistas rejeitam; eles observam que quedas sempre envolvem perdas e tumultos. Essa não tem sido muito diferente. Mas muitos economistas concordam com Paulson e Bernanke. "Se não acalmarmos os mercados de crédito de curto prazo, estaremos olhando para uma recessão muito grave", afirma Michael Mussa, do Peterson Institute. "Se as empresas não conseguem rolar a dívida de curto prazo, elas se perguntam onde podem fazer cortes" - demitir empregados, reduzir custos - "para evitar a falência". Infelizmente, faltanos experiência com estabilização de mercados financeiros, e a questão tem estado na periferia da ciência econômica. Na maioria das vezes, os mercados devem agir livremente. Quando uma intervenção é justi-

ficada? Como? Obviamente, os economistas reconhecem que o Federal Reserve deve agir como um "emprestador de último recurso" e que permitir que dois quintos dos bancos fossem à falência na década de 1930 agravou a Grande Depressão. Mas a criação em 1933 de um depósito-seguro (atualmente em até US$ 100 mil) foi pensada para evitar que grande parte dos bancos quebrasse, e o papel de "emprestador de último recurso" nunca previu um sistema financeiro mundial que intermediasse o crédito não só por meio de bancos, mas também por f u nd o s hedges, private equity funds, bancos de investimentos e muitos outros canais. Em depoimento ao Congresso, Bernanke admitiu que o Fed ficou "chocado" com o quanto elástico se tornou o papel de "emprestador de último recurso".

O

vácuo intelectual resultante provocou o caos político. Idéias desagradáveis e não testadas convidam oposição. O plano de Paulson de comprar até US$ 700 bilhões de papéis podres é bastante impopular. Poderá não funcionar e cria muitos problemas. Se o governo pagar muito pouco pelos valores mobiliários, as quebras financeiras podem aumentar; se pagar demais, pode criar lucros inesperados para alguns investidores e perdas para os contribuintes. Mas o plano de Paulson tem melhores perspectivas do que as alternativas sugeridas. Injeções seletivas de capital em bancos, por exemplo, poderá envolver favoritismo e agir lentamente demais para melhorar a confiança. A psicologia importa. A economia vai piorar. A questão mais difícil é se o tumulto financeiro anuncia uma era de instabilidade. Nossos líderes estão adaptando suas respostas no dia-a-dia porque as antigas idéias de como a economia funciona fracassaram. Essas idéias não eram necessariamente erradas; mas são dolorosamente inadequadas. ROBERT J. SAMUELSON É COLUNISTA DA REVISTA

NEWSWEEK (C) 2008, THE WASHINGTON POST WRITERS GROUP TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

PAULO SAAB

HINO HUMILHADO

T

ive o privilégio de reproduzir aqui no DC, ainda na Copa do Mundo de 2002, na véspera do jogo Brasil e Inglaterra, onde vencemos o time inglês por 2 a 1, o editorial do jornal britânico The Guardian, fazendo menções de louvor ao Hino Nacional brasileiro. Já tive oportunidade, ao longo deste mais de quarto de século - em que tenho a honra de escrever neste Diário do Comércio - de mencionar o Hino Nacional, chegando mesmo, em uma oportunidade, a reproduzir na íntegra sua letra, como forma de desagravo a quem protestava contra a execução do hino em abertura de solenidades oficiais. Ao longo do tempo, tenho defendido a importância de se valorizar os símbolos da Pátria, entre os quais o Hino e a bandeira são expressões vivas de identificação. Perdi a conta de quantas vezes chamei a atenção do amigo leitor para a necessidade de termos em nossos símbolos um monólito de união da nacionalidade, acima das desavenças, das disputas internas. O Hino Nacional, assim como a bandeira, são de todos os brasileiros, expressam a essência da alma nacional e devem ser respeitados como tal.

P

ois bem, como tudo que começa com boa intenção e acaba desqualificado pela falta de educação, em todos os sentidos, inclusive a cívica, de grande parte dos filhos desta Mãe Gentil, alguém um dia aprovou uma lei que determina a execução do Hino Nacional antes de todos os jogos disputados em solo paulista. Começou tudo bem. Times perfilados, torcida em silêncio, cobertura respeitosa da imprensa. Na Terra da Avacalhação, todavia, em pouco tempo o hino foi relegado ao descaso. Melhor revogar essa lei do que ver nosso símbolo, admirado mundo afora, ser humilhado em estádios paulistas, como tem acontecido recentemente com freqüência. Algum iluminado decidiu que a execução do hino era cansativa, atrasava o espetáculo (como se o hino em si mesmo não fosse um) e determinou a execução pura e simples do Hino sem formalidade, antes dos times entrarem em campo, ou mesmo durante o aquecimento, abafado pelo burburinho da torcida chegando ao estádio. Uma espécie de musiquinha de fundo enquanto não começa o jogo. Um descaso, uma vergonha, um acinte.

● Algum iluminado

decidiu que a execução do Hino Nacional nos estádios atrasava o espetáculo. Ele foi rebaixado a musiquinha de fundo.

A

lgumas emissoras de televisão e de rádio estão registrando com indignação esse tipo de desrespeito. A Jovem Pan, em editorial, na voz solene d e Joseval Peixoto, tem perguntado de quem é a responsabilidade por essa afronta que se comete contra um símbolo da Pátria. Num primeiro momento pode-se enumerar alguns responsáveis: a Federação Paulista de Futebol, a administração do estádio em que se realiza o jogo, o Ministério Público e o delgado de plantão, porque estão, todos, desrespeitando a legislação referente. O respeito deveria ser espontâneo, mas se nem o que é determinado por lei é obedecido, como criar o respeito? Cabe então às autoridades públicas, no mínimo, garantir que a lei não seja burlada de forma tão vil, jogando o Hino Nacional na lata de lixo do supérfluo. Melhor então a Assembléia Legislativa, ou mesmo o Executivo, revogar essa execução obrigatória, na medida em que perdeu a serventia, tornou-se deboche e avilta algo que o brasileiro comum admira com emoção, o seu próprio Hino Nacional.

A

presento minha adesão e solidariedade aos veículos de comunicação que protestam contra a forma como o Hino Nacional está sendo tratado. É preciso o engajamento de todos, sem falso patriotismo ou patriotada, apenas como defesa do que é de cada brasileiro, indistintamente. Que se devolva à execução do Hino Nacional o respeito que merece. Ou revogue-se a lei, deixando a execução para jogos ou momentos em que sua execução merecerá melhor audiência. PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - GERAL

*LED8P

Lula quer Antônio Palocci em todas as reuniões da equipe econômica. Acha que o ex-ministro melhor lhe traduz o economês.

3 Até agora, graças a Deus, a crise não atravessou o Atlântico.

«

gibaum@gibaum.com.br

LULA // esquecendo-se que, no caso, daria para vir por terra, pelo Caribe. Fotos: Business News

Além de estar distribuindo material de campanha, onde aparece abraçado com o padre Marcelo Rossi, que enaltece sua “pedagogia do amor”, o exsecretário da Educação do governo Geraldo Alckmin e candidato a vereador em São Paulo, Gabriel Chalita, está distribuindo material de campanha assinado pelo padre Jonas Abib, em nome da “Comunidade Católica Canção Nova” (ele tem programas de rádio e TV lá). Mais: em grupos de orações, que acontecem em muitas igrejas de São Paulo, organizados pela mesma Canção Nova, missionários e leigos que fazem pregações, estimulam os fiéis a votarem em Chalita. O PT e mesmo o PPR, partido ligado ao bispo Edir Macedo, estão fazendo denúncia junto ao TRE porque a lei eleitoral é clara: é proibido usar templos religiosos como palanques, no período que antecede eleições.

ABINE.C. A Abin – Agência Brasileira de Inteligência – está empenhando R$ 3,7 mil para a compra de oito bolas de futebol de salão e cinco redes para gol, quatro bolas de basquete, 10 de vôlei e cinco redes, duas bombas de ar, dois apitos e ainda três redes de peteca, mais 10 coletes esportivos tamanho G. Por outro lado, comprometeu R$ 247 mil com a compra de 100 notebooks. Na especificação do produto, não é descrito o eventual poder real de desempenho em caso de grampo telefônico.

Máximas de Lalau Marcando os 40 anos da morte de Sérgio Porto, o criador de Stanislaw Ponte Preta, a Agir está lançando mais um livro sobre o jornalista, escritor, ficcionista e mulherólogo: chama-se Revista do Lalau, reunião de textos inéditos e dispersos organizada por Luis Pimentel. As novas gerações, certamente, não conhecem algumas máximas de Stanislaw Ponte Preta, que bem sintetizam seu talento e humor: entre outras, “Mulher e livro, emprestou, volta estragado”; “O terceiro sexo já está quase em segundo”; “Antes só do que muito acompanhado”; “O mais perigoso é que estão confundindo justa causa com calça justa”; e a histórica “Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”.

DONODAMETADE Fazendo as contas: a Telemar Norte Leste (Oi) pediu R$ 4,3 bilhões ao Banco do Brasil para ajudar na compra da Brasil Telecom e o dinheiro saiu em maio, embora o negócio só deverá ser fechado no final do ano. O BB deu prazo de oito anos para o pagamento e dois anos de carência. No ano passado, para quem não sabe, a Oi faturou R$ 2,3 bilhões líquidos.Omesmo grupo já pegou também R$ 3,6 bilhões no BNDES para ajudar na compra da mesma Brasil Telecom, fusão que chegará a R$ 16 bilhões. Resumo da ópera: o governo é praticamente dono da metade da futura megatele.

A modelo número um do planeta, Kate Moss, resolveu protagonizar para a edição britânica de Vogue, um ensaio mais do que especial, onde apresenta roupas que ela mesma é capaz de usar, longe dos estúdios fotográficos e das criações de grandes estilistas: tem peças de brechó, adaptação de roupas velhas, bandeiras recicladas, parcas de segunda mão, tudo o que poderia provocar espanto entre os especialistas em moda. Na mesma semana, viu ser leiloado, em Londres, um auto-retrato, que rabiscou com batom e sangue de seu ex-namorado Pete Doherty, na casa Lyon e Turnball, por US$ 114 mil. Agora, quer leiloar na Christie’s, uma foto antiga dela com a primeira-dama da França, Carla Bruni (à direita).

Travessuras de Kate Moss

Ex-economista-chefe da Febraban – Federação Brasileira de Bancos – Roberto Luis Troster, está revelando sua preocupação quando o governo anuncia que “o país tem US$ 200 bilhões de reservas que blindam a economia”, sem avisar que o volume de capital externo de curto prazo é quase o triplo desse valor. Ou quando afirma que a relação crédito/PIB do Brasil ainda é baixa sem advertir que “o importante é a relação renda comprometida/ renda total e que as taxas brasileiras estão entre as maiores do mundo”. Troster ainda analisa que, nos últimos 12 meses, o crédito expandiu-se em 28,8% e lembra que, se os financiamentos dos cinco maiores bancos aumentaram 50,6%, o do restante do sistema subiu apenas 18,2%. Para ele, são números que mostram dificuldades em instituições menores.

O outro lado

Acaba de ser lançado, em São Paulo, o novo perfume da linha de Antonio Banderas para mulheres, o Blue Seduction , que teve como estrelas do evento Ildi Silva e Mariana Weickert (à esquerda) e Samara Felippo (centro). Por pesquisas mundiais feitas pelo Puig Beauty & Fashion Group, que fabrica a linha de perfumes com o nome do ator, Antonio Banderas é um dos dez homens que mais inspiram o público feminino. Também lá, entre outros convidados, o estilista Ronaldo Ésper (direita), que continua dando alfinetadas no programa de Luciana Gimenez.

Perfumede Banderas

Problemas deliquidez O economista Roberto Luis Troster está detectando ainda outros sintomas de problemas de liquidez: para ele, os prazos já pararam de se alongar, os juros ao tomador final estão subindo mais do que as taxas de captação (spreads maiores) e a composição das carteiras está se deteriorando. Na pessoa jurídica, o financiamento para aquisição de bens já apresentava variação negativa neste ano e, no mesmo período, na pessoa física, o cheque especial está crescendo ao dobro da taxa que o total do crédito.

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A canção de Chalita

Esmalte vermelho para elas.

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Esmalte muito escuro.

Good Times 2 Rosângela Lyra está promovendo a festa beneficente Good Times 2, sábado próximo, na Estação Julio Prestes, desta vez sob inspiração do trem Oriente Express, que fazia, antigamente, a ligação entre Paris e Istambul. Quem compra os convites, destina os cheques para a Associação dos Lojistas da Oscar Freire, presidida por Rosângela. A data da festa não é favorável: véspera de eleições, a partir da meia-noite, entra em vigor a lei seca e esta também é uma semana que marca as comemorações do Rosh Hashaná, o ano novo judaico, se bem que uma das três entidades que receberão doações seja a Unibes. As outras são Aliança da Misericórdia, na qual Rosângela trabalha e a poderosa Rede Canção Nova. Os convites custam R$ 500 cada um.

MAIS: em Ribeirão Preto, seu candidato, Feres Sabino, tem só 4% nas pesquisas. Disparado na frente, Darcy Veras (DEM), com 65%.

terça-feira, 30 de setembro de 2008 Divulgação

Golpe da ortografia O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que acaba de ter decreto assinado por Lula fixando o cronograma para sua vigência, é rejeitado por professores e intelectuais do Brasil e de Portugal. Atrás de tudo, funciona o poderoso lobby das editoras de livros didáticos, onde quatro ou cinco controlam um mercado milionário. Só para 2008, as compras do Ministério da Educação chegarão a R$ 186,7 milhões para o Ensino Médio e mais R$ 560 milhões para o fundamental. Desse total, a maior parte fica com a Editora Moderna, controlada por capital espanhol (este ano, R$ 212 milhões). Entenda-se: com o novo Acordo Ortográfico, milhões de exemplares serão destruídos e com novos títulos, reimpressos.

DO CORAÇÃO Há pouco tempo, o presidente Lula afirmou, na Bahia, que Maria Bethânia era “uma cantora do coração”. Agora, provavelmente, perderá o posto. Bethânia, que pela primeira vez, se apresentou no Teatro Municipal do Rio, resolveu soltar o verbo: “Sou brasileira, responsável e séria. E cada vez que vejo essa palhaçada, essa mentira, esse Brasil virtual,poderoso,paraíso, fico gelada porque parece que a gente é maluco, mas não é. Esse Brasil que é o melhor dos melhores, que vai ser o maior produtor de petróleo do mundo... Gente, dá um tempo! Esse paraíso eu não consigo ver daqui. E não gosto de ser tratada como imbecil”.

MISTURA FINA

NOVA viagem internacional de Lula já está marcada: em outubro, vai a Nova Delhi, participar do Ibas, forum entre Brasil, Índia e África, que discute parcerias comerciais e econômicas entre os paises e o continente africano. Antes, dá uma parada em Moçambique.

EXEMPLO nacional de força de vontade e bom-humor, depois de nove operações, o vicepresidente José Alencar abriu um evento, na semana passada, em Brasília, no Hospital Sara Kubitschek: “Esse hospital é um grande exemplo para a medicina do nosso país. Mas, eu também sou um bom exemplo: na semana passada, fiz mais uma cirurgia para tirar um tumor do abdômen e já estou pronto para disputar mais quatro eleições”. DURANTE esta semana, quem aparecerá, no horário gratuito da TV, todos os dias, dando apoio público à candidatura de Fernando Gabeira à prefeitura do Rio de Janeiro é Caetano Veloso. AGORA, os senadores José Sarney e Renan Calheiros decidiram reunir suas forças para não abrir mão da presidência do Senado, nas eleições do ano que vem. E já escolheram seu novo nome favorito: é o do ministro das Comunicações, Hélio Costa. A CÚPULA da Polícia Federal, tendo no comando o diretor-geral Luis Fernando Corrêa, já decidiu introduzir modificações nas investigações da PF. A partir de agora, depois da confusão criada pela Operação Satiagraha , casos de maior repercussão serão entregues apenas a delegados especiais, com 15 anos ou mais de carreira. Os delegados de 3ª classe só poderão ser adjuntos nessas investigações. Os casos menos importantes ficarão com os delegados de 2ª classe (cinco anos) e de 3ª classe (10 anos). Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Idéia é criar um Estado do Emigrante para brasileiros no Exterior

Emigração poderá ter um órgão executivo próprio Proposta deverá ser avaliada por emigrantes

T

ermina hoje o prazo para os emigrantes brasileiros escolherem seus representantes numa comissão destinada a avaliar a I Conferência sobre emigração, promovida pelo Itamaraty, no Rio, e a propor a ordem do dia da próxima Conferência. No inédito encontro de emigrantes, organizado em julho pelo Ministério das Relações Exteriores, cerca de 180 representantes da diáspora brasileira no mundo apresentaram várias reivindicações. A proposta visa a criação de um órgão executivo emigrante apoiado em alguns parlamentares, também emigrantes, para chamar para si a responsabilidade da emigração. A proposta preconiza a criação de um Estado do Emigrante. Embora uma maioria dos presentes tenha mostrado simpatia pela idéia, nem todos vêem com bons olhos a criação de um órgão autônomo que sacralize a autodeterminação da emigração brasileira. O setor da migração já está colonizado há muito

tempo por ONGs e associações diversas e, embora a maioria procure favorecer os emigrantes, não dispõem de poder para fazer leis ou decidir por soluções. O Estado do Emigrante terá poder para ditar normas, leis, regulamentos e com seus parlamentares poderá propor leis no parlamento. O resultado é evidente: sua criação diminui automaticamente a importância das ONGs e associações paralelas, elimina o assistencialismo e faz com que todos os emigrantes se beneficiem. O Estado do Emigrante vai existir para as comunidades brasileiras do Exterior e terá boas relações com as associações, mas seu caráter institucional e laico porá ordem e igualdade de tratamento no setor. Ao mesmo tempo, agindo como um Estado igual aos outros, deverá ter um setor de incentivo à livre iniciativa dos emigrantes que se integrarem em outros países, para ajudá-los no desenvolvimento de suas pequenas, médias e grandes empresas voltadas aos emigrantes. Rui Martins, de Genebra

Mario Miranda/LUZ

Burti: quem paga impostos exige maior qualidade de vida

Burti: parceria com a SAC deve funcionar como instrumento de pressão

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arantir a preservação do patrimônio imobiliário, símbolos artísticos e históricos da cidade de São Paulo e dos mais de 400 municípios paulistas é um dos trabalhos que já vêm sendo implementados pela capilaridade da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na cidade, com suas 15 Sedes Distritais, e pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), presente em praticamente todos os municípios do Estado. Segundo Alencar Burti, presidente da ACSP e Facesp, essa ação das entidades faz parte da defesa dos pequenos e médios empreendedores e dos princípios da livre iniciativa, que luta por cidades com melhor qualidade de vida. "Porque sabemos que hoje o cidadão que paga seus impostos exige isso do setor privado e público", explicou ele ontem, durante palestra na Sociedade Amigos da Cidade (SAC). Para Burti, essa parceria da ACSP com a SAC, fundada em 1934 para defender projetos que valorizem a

cidade de São Paulo, deve funcionar como um instrumento de pressão sobre Executivo e Legislativo. "Caso contrário, eles farão tudo à sua própria imagem", afirmou. E para ampliar esse "poder de pressão", o presidente da ACSP e Facesp pediu unidade das forças do empresariado. "Só assim conseguiremos levar nossos projetos e valores ao conhecimento da administração pública", salientou. O presidente da SAC, Miguel Ignatios, e seu presidenteexecutivo, João Batista de Oliveira, destacaram o papel da ACSP nas lutas em defesa do centro velho de São Paulo e das Sedes Distritais em cada um dos cantos da cidade. "Temos que assumir agora a defesa da nossa cidade, ainda com pontos históricos e cívicos tão abandonados", enfatizou João Batista. "Por isso vamos continuar apoiando o trabalho da SAC nessa batalha", resumiu Pedro Onofre, diretor da Interclínicas. Ao final do evento Burti foi homenageado pela entidade, com uma placa de prata. SLR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Celso Junior/AE

Política A ESTRELA SOBE (AINDA MAIS): 80% Índice de aprovação do presidente Lula bate novo recorde e o desempenho positivo do governo já é o segundo melhor desde o início da série histórica acompanhada pela CNI/Ibope

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aprovação do semana passada, pesquisa governo do divulgada pelo CNT/Sensus presidente Luiz mostrou também a alta Inácio Lula da aprovação do presidente, que Silva subiu de 72% em junho disparou quase dez pontos. de 2008 para 80% em Lula passou de 69,3% para setembro, apontou a pesquisa 77,7%, e voltou ao patamar CNI/Ibope, divulgada atingido no primeiro ano de ontem. Já a desaprovação caiu governo, em 2003. de 24% para 17% no mesmo Mesmo batendo recordes período. O índice de de popularidade, Lula ainda aprovação é o mais alto já não consegue transferir votos obtido pelo presidente. para a ministra-chefe da Casa A avaliação do governo Civil, Dilma Rousseff, sua Lula em ótimo ou bom subiu possível candidata, nem para de 58% para 69%, o melhor outros candidatos do PT, que resultado para o atual aparecem em último lugar em governo e o segundo melhor simulações na disputa de desempenho de um governo 2010, revela o levantamento. desde o início da série Análise – O diretor de histórica CNI/Ibope. O Relações Institucionais da recorde registrado ainda Confederação Nacional da permanece em setembro de Indústria (CNI), Marco 1986, na vigência do Plano Antônio Guarita, avalia que Cruzado, quando o governo três fatores foram do presidente José Sarney importantes para a avaliação obteve 72% de avaliação positiva e recorde, em alguns positiva. casos, do governo e do Já a avaliação ruim ou presidente Lula verificada péssima do governo Lula pelo levantamento. Ele disse recuou de 12% em junho para que a principal variável está 8% em setembro e a avaliação no bom desempenho da regular caiu de 29% para 23%, economia, que está crescendo aponta a pesquisa. a taxas superiores às Confiança – A confiança no expectativas do início do ano, presidente subiu de 68% em o que reflete no mercado de junho para 73% em setembro. trabalho e reduz o A melhora na avaliação se desemprego. deu após dois levantamentos Outro fator, na avaliação de em que o índice se manteve Guarita, é a desaceleração das estável. De acordo com a taxas de inflação nos últimos CNI/Ibope, a avaliação de dias, o que deixou a setembro é a terceira melhor população mais otimista com da série histórica, inferior a inflação futura. apenas aos 80% registrados E por último, de acordo em março de 2003 e os 76% de com o diretor, o otimismo da junho. O população em percentual relação ao daqueles que potencial de não confiam exploração do no presidente petróleo na Lula caiu de camada do 29% em junho pré-sal. para 23% em "Numa por cento é a setembro economia avaliaçãoótimo/bom deste ano. crescendo e recebida pelo A pesquisa com a inflação revelou revertendo governo, no segundo também que sua trajetória melhor desempenho aumentou o de alta, a registrado e só número de perspectiva entrevistados de um superado em 1986 que impacto consideram o estrutural na segundo economia mandato melhor do que o brasileira é a terceira variável primeiro. Passou de 40% em que explica essa melhora junho para 48% em setembro. expressiva em todos os itens O total daqueles que avaliam da pesquisa", afirmou o o segundo mandato como diretor da CNI. pior do que o primeiro passou Crise – Segundo Guarita, a de 20% para 11%. E a variação crise financeira internacional dos que consideram igual o ainda não afetou a avaliação desempenho do governo nos da população no cenário dois mandatos passou de 38% econômico. Ele lembra que, para 39%. embora a crise tenha ganhado A CNI/Ibope revelou ainda novas dimensões nos últimos que o governo Lula alcançou dias, ela já era de a nota média mais alta desde conhecimento da população que teve início, atingindo 7,4 no momento em que foi numa escala de 0 a dez. Na realizada a pesquisa

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Embora a crise financeira (nos EUA) tenha ganhado novas dimensões, ela já era de conhecimento da população. Marco Guarita, diretor da CNI

Bruno Domingos/ Reuters

na última semana da campanha eleitoral. Um dado curioso é que 17% disseram que tomarão a decisão apenas no dia da eleições, o que reforça a idéia de eficácia da boca-de-urna (que é proibida); e 3% responderam que simplesmente ainda não sabem qual será seu candidato. Entre os que já se decidiram, 52% informaram que escolheram o candidato antes do início da propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio, e 11% disseram que fizeram a opção depois do início da propaganda eleitoral na mídia eletrônica. Com isso, o levantamento mostra que 63% do eleitorado já escolheu em que vai votar para prefeito. Valores – Entre as qualidades levadas em conta para escolher o prefeito, 56% apontaram a honestidade em primeiro ou segundo lugar. Em seguida, aparecem a competência (26%), o conhecimento dos problemas da cidade (16%), a experiência (15%) e o cumprimento de promessas (15%). Com relação às áreas que se espera que o novo prefeito atue, as mais citadas são: saúde (48%), emprego (45%), educação (25%), combate à pobreza (21%) e combate à violência (15%). Ao responderem pergunta sobre os fatores que mais influenciam na definição do voto, os entrevistados pela pesquisa CNI/Ibope mencionaram: as propostas do candidato, a experiência Presidente Lula tem a aprovação, confiança e a avaliação positiva do povo em seu segundo mandato anterior do político em cargos públicos e as suas qualidades pessoais. CNI/Ibope de setembro. que aumentou de 24% em governo no combate à Entre os fatores que Notícias – Apesar de não junho para 36% em setembro inflação: a variação subiu de influenciam a escolha estão as influenciar no resultado da a percepção dos entrevistados 41% em junho para 52% em propostas do candidato pesquisa, a crise internacional quanto ao noticiário mais setembro, enquanto a (54%), a experiência em foi citada por alguns favorável para o governo. E desaprovação do governo no outros cargos entrevistados quando caiu de 24% para 13% aqueles combate à (42%) e as questionados sobre as que consideram o noticiário inflação caiu qualidades notícias mais lembradas sobre mais desfavorável ao de 53% para pessoais o governo Lula. governo. O percentual 41% no (31%). As notícias mais indicadas, daqueles que acham o período. Entre os no entanto, foram a extração noticiário neutro em relação A pesquisa fatores de do petróleo na camada do ao governo caiu de 37% para CNI/Ibope por cento dos pouca pré-sal, a 34%. foi realizada influência de 19 a 22 de descoberta de Juros – A entrevistados ainda descritos uma nova pesquisa setembro e não escolheram o estão a detectou ouviu 2.002 bacia de religião petróleo em também que entrevistados, candidato a prefeito proferida pelo houve em 141 Santos e o no qual votarão no candidato anúncio da aumento na municípios. A por cento apontam próximo dia 5 (3%), o bacia de Tupi, aprovação margem de que a honestidade eventual as viagens do dos erro é de dois de outubro apoio do presidente brasileiros ao pontos deve ser a governador Lula, o aumento da percentuais, característica do Estado (6%) ou do próprio aumento no taxa básica de para mais ou para menos. presidente Lula (8%), que está valor do juros. Passou Eleições municipais – A principal de um em campanha em localidades Bolsa-Família, de 31% para pesquisa CNI/Ibope também governante, seguida como São Bernardo do a redução da 36% no quis saber sobre as eleições pela competência Campo. inflação e a período entre municipais e se os eleitores já Segundo o diretor de acusação de junho e tinham escolhido o seu Relações Institucionais da que órgãos do setembro. candidato. CNI, Marco Guarita, esses governo (Agência Brasileira Apesar disso, a taxa ainda é Dentre os entrevistados, resultados mostraram que os de Inteligência – Abin e a inferior à de desaprovação, 33% ainda não escolheram apoios do governador e/ou Polícia Federal) teriam que ficou em 55% em um candidato a prefeito em do presidente Luiz Inácio participado de operações setembro, ante 61% quem votar nas eleições do Lula da Silva não são para instalação de grampos registrados em junho. próximo dia 5 de outubro. realmente preponderantes na em telefones de autoridades. Por outro lado, a maioria Segundo a sondagem, 13% escolha do voto. (AOG/AE) A pesquisa revelou ainda dos entrevistados aprova o afirmaram que se decidirão

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Empresas Tr i b u t o s Nacional Legislação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Secretário do Tesouro contesta previsão de expansão da economia de apenas 3,55% no próximo ano José Cruz/ABr

A

em bons níveis no próximo ano", afirmou, ressaltando, no entanto, que o governo está atento ao cenário econômico. "Não creio que, por enquanto, o anúncio de uma nova meta de superávit primário seja necessário", completou. Em maio, o governo decidiu ampliar, de modo informal, a meta de superávit primário de 3,8% para 4,3% do PIB. Essa diferença, que equivale a R$ 14,2 bilhões, está sendo usada para a constituição do Fundo Soberano do Brasil (FSB), uma poupança adicional que ajudaria a conter a inflação e poderia ser usada em momentos de crise. Essa poupança extra pode ser intensificada em momentos de elevado crescimento. Mas em situações de desaquecimento, o governo poderia gastar parte dessa reserva para estimular a economia e impedir até uma possível recessão. Augustin confirmou que a postura do governo não mudou, mas negou que, com as previsões de crescimento menor para 2009, a dotação do

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 041/2008 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para construção da linha férrea de desvio em Eng. Schmitt, referente ao projeto turístico cultural “TREM CAIPIRA”. Sec. Mun. Desenv. Econ. Neg. Turismo. Limite p/entrega dos envelopes 15/10/2008 às 17:00h e abertura dia 16/10/2008 às 08:30h.

PPE FIOS ESMALTADOS S.A. - CNPJ/MF n° 62.255.682/0001-30 - NIRE 35.300.342.259 Extrato Ata de Reunião do Conselho de Administração em 16/09/08 Data, Hora, Local: 16.09.08, às 08hs., na filial na Av. do Café, 277, SP/SP. Presença: totalidade do Conselho de Administração. Convocação: dispensada (§ 1º, art. 11, Estatuto Social). Mesa: Presidente: Pio Gavazzi, Secretário: Romolo Giambastiani. Deliberações: Aprovado por unanimidade o provisionamento de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 896.583,57 a serem creditados em 30/09/08 e pagos na data que vier a ser deliberada pela Administração. Nada mais, lavrou-se a ata. Conselheiros: Pio Gavazzi (Presidente); Romolo Giambastiani; Angelo Venezia (p.p. Pio Gavazzi); Manoel Horácio Francisco da Silva; Camila Appel; José Toledo Marques Neto. Pio Gavazzi - Presidente, Romolo Giambastiani - Secretário. JUCESP nº 318.676/08-4 em 23.09.2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.

Shopping Center Ibirapuera S.A. CNPJ/MF nº 58.579.467/0001-18 Assembléia Geral Extraordinária - Convocação Pelo presente, ficam convidados os Srs. Acionistas da Shopping Center Ibirapuera S.A., para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária no próximo dia 23 (vinte e três) de outubro de 2008, às 09:30 h (nove horas e trinta minutos), no auditório localizado no Piso C 41/2, com acesso pelo hall dos elevadores nºs 5 e 6, do Shopping Center Ibirapuera, na Av. Ibirapuera nº 3.103, nesta Capital, com a finalidade de tomarem conhecimento e deliberarem sobre a seguinte “ordem do dia”: a.) eleição dos membros do Conselho de Administração da companhia, para o período estatutário de 3 anos; b.) fixação de honorários dos componentes do Conselho de Administração e da Diretoria. São Paulo, 23/09/2008. Armando de Angelis Filho - Presidente do Conselho de Administração.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A.

C.N.P.J./M.F. nº 67.562.884/0001-49 - N.I.R.E. 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Companhia”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 03 de outubro de 2008, com início às 10h00min, na sede social da Companhia, situada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Edgard Theotônio Santana, nº 351, Parque Industrial, CEP 01140-030, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: alteração do objeto social da Companhia, e a conseqüente alteração da Cláusula 3ª do Estatuto Social da Companhia. Encontra-se à disposição dos acionistas, na sede social da Companhia, cópia da proposta de nova redação da Cláusula 3ª do Estatuto Social da Companhia, referente à matéria a ser deliberada na Assembléia Geral Extraordinária ora convocada. São Paulo, 25 de setembro de 2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração.

Hidroservice Amazônia S/A Agropecuária e Industrial CNPJ 05. 054.358/0001-10 Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Ficam convidados os Srs. Acionistas da Hidroservice Amazônia S/A Agropecuária e Industrial, a comparecer em sua sede social , na Alameda Ribeirão Preto 401 - Parte 1º Andar - São Paulo-SP, no dia 08/10/2008, às 10:00 horas, para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Revisão das deliberações tomadas nas Assembléias Gerais realizadas em 2006 e 2007; b) Propositura de ações de responsabilidade e c) Liquidação Extrajudicial da Companhia. São Paulo 22/09/2008 . Henry Maksoud - Presidente do Conselho de Administração. (30/09 e 01 e 02/10/2008)

SINFAC/SP - Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil do Estado de São Paulo

CNPJ nº 69.283.182/0001-51 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação Ficam convocados os associados do SINFAC/SP - Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil do Estado de São Paulo, para a Assembléia Geral Extraordinária a realizar-se no próximo dia 07 de outubro de 2008, às 16:00 horas, em primeira convocação, ou às 17:00 horas, em segunda convocação com qualquer número de associados, em sua sede social localizada na Rua Mário Amaral, nº 172, sala 132, Paraíso, São Paulo/SP, para o fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Mudança de endereço; b) Re-ratificação do processo eleitoral, com mudança no corpo diretivo, em razão de vacância na Diretoria; c) Deliberação sobre atos de gestão da Diretoria e; d) Assuntos diversos. São Paulo, 29 de setembro de 2008. Pio Daniele - Presidente.

Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. C.N.P.J./M.F. nº 67.562.884/0001-49 - N.I.R.E. 35.300.341.635 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária - Ficam os senhores acionistas da Sonopress-Rimo Indústria e Comércio Fonográfica S.A. (“Cia.”) convocados a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 03 de outubro de 2008, com início às 09h30min, na sede social da Cia., situada em São Paulo/SP, na Rua Dr. Edgard Theotônio Santana, nº 351, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: (i) Apreciar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício social findo em 31/12/2007; (ii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; (iii) Eleger novos membros para o Conselho de Administração; e (iv) Fixar o limite de valor da remuneração anual global dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria para o exercício social de 2008. Encontram-se à disposição dos acionistas, na sede social da Cia. cópias dos documentos referentes às matérias a serem deliberadas na Assembléia Geral Ordinária ora convocada. São Paulo, 25/09/2008. Raul Joseph - Presidente do Conselho de Administração FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 075/2008 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 553/2008 - FAMESP/HEB

Acha-se à disposição dos interessados do dia 01 a 16 de outubro de 2008, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 075/2008 - FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 553/2008 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE LEITE E DERIVADOS, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, HOSPITAL MANOEL DE ABREU, HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE E UTI HOSPITAL GERAL DE PROMISSÃO, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 17 de outubro de 2008, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 29 de setembro de 2008. Prof. Dr. Pasqual Barretti Diretor Presidente FAMESP

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

cobertura pelo menor preço Maior

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894

Relatório do Banco Central vê expansão robusta da atividade econômica.

SUPERÁVIT PRIMÁRIO NÃO DEVE MUDAR

"PIB deverá crescer 5%" pesar das previsões do Boletim Focus de que a economia brasileira crescerá 3,55% no próximo ano (ver texto abaixo), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse ontem que o governo continua a mirar um crescimento próximo de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem. Segundo ele, ainda não há necessidade de o governo promover mudanças na meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública) por causa da crise. Ao comentar o resultado do Governo Central em agosto, que apontou superávit de R$ 74,8 bilhões nos oito primeiros meses do ano (45,4% a mais que em igual período de 2007), o secretário afirmou que, a despeito das turbulências internacionais, a estratégia do Tesouro para economizar os recursos públicos permanecerá inalterada. "Enxergo a capacidade do Brasil de continuar a crescer

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Augustin anunciou superávit primário de R$ 74,8 bi em oito meses

Fundo Soberano seja reduzida no ano que vem. Focus – Os analistas financeiros consultados pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus divulgada ontem acreditam num crescimento de 5,18% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Na semana anterior, a estimativa de expansão era de 5,17%. Em 2009, a economia deverá crescer 3,55% em vez dos 3,6% anteriores, de acordo com os entrevis-

tados. Eles acreditam ainda que a Taxa Básica de Juro Selic fechará 2008 projetando 14,75% ao ano, mesma previsão da semana passada. Para 2009, eles reduziram sua projeção de 13,79% para 13,75%. Quanto ao dólar, os agentes acreditam que fechará setembro em R$ 1,78, ligeiramente acima do R$ 1,77 esperado antes. A pesquisa do BC foi feita antes do agravamento da crise mundial. (Agências)

BC espera inflação maior

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Banco Central (BC) elevou suas projeções para a inflação em 2008 e 2009, sugerindo que o ciclo de aperto do juro deverá ser mantido, apesar da crise financeira que promete ameaçar a expansão econômica global. Ao mesmo tempo, o BC revisou para cima sua estimativa de crescimento para a economia brasileira neste ano. O Relatório Trimestral de Inflação de junho, divulgado ontem, prevê que a variação do Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) acumulada nos 12 meses de 2009 se situará em 4,8%. Assim, a previsão é de inflação 1,3 ponto percentual inferior à esperada para 2008 (6,1%), e ligeiramente acima do centro da meta fixada para o ano, de 4,5%. A estimativa era de 4,7% para 2009. Além disso, o BC aumentou para 5% a projeção de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008. A nova estimativa é superior aos 4,8% anteriores. No relatório, a autoridade monetária reitera que o de-

sempenho da atividade econômica continua robusto, com o dinamismo da demanda interna, "apesar da contribuição negativa das exportações líquidas ". O documento assinala que a indústria e as vendas do comércio varejista continuam se expandindo em relação a 2007, refletindo o crescimento do emprego e da massa salarial. Remessas – O Banco Central acredita na desaceleração das remessas de lucros e dividendos feitas por empresas multinacionais instaladas no Brasil, de acordo com o relatório. Seus diretores afirmam que é "razoável inferir que a desaceleração verificada em agosto se mantenha por um período mais prolongado." O documento afirma que o aperto monetário iniciado em abril, o conseqüente menor ritmo da atividade econômica e as cotações do dólar devem segurar as transferências de lucros para o Exterior. A autoridade monetária acredita na manutenção do nível de agosto pelos próximos meses. (Agências)

Indiana Seguros S.A.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e reforma de prédio escolar: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/2316/08/02 - EE Chb. Vida Nova III - Rua Estevão Segallio, 30 - Chb. Vida Nova - Campinas/SP - 90 - R$ 21.540,00 - R$ 2.154,00 - 09:30 - 16/10/2008. 05/2317/08/02 - EE Prof. Jorge Rodini Luiz - Rua Luiz A. Velludo, 215 - Jardim Procópio - Ribeirão Preto/SP - 120 R$ 30.122,00 - R$ 3.012,00 - 10:00 - 16/10/2008. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/09/2008, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 15/10/2008, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

S.A. CNPJ 13.788.120/0001-47 Companhia Aberta NIRE 35300323971 EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 04.09.08 Instalação: 04.09.08, às 18:00 horas, na sede social, em número legal e sob a presidência do Dr. José Carlos Moraes Abreu. Deliberações: a) aceita a resignação apresentada pelo Dr. José Carlos Moraes Abreu aos cargos de Vice-Presidente do Conselho de Administração e de membro do Comitê de Opções, considerados os motivos que a embasaram; b) designado Presidente do Conselho de Administração o atual Vice-Presidente Paulo Setubal Neto; c) eleito membro do Comitê de Opções o Vice-Presidente Alfredo Egydio Arruda Villela Filho e registrado que os membros do Comitê de Opções, presentes à reunião, indicaram para presidir esse Comitê o Dr. Paulo Setubal Neto; d) em conseqüência, o Conselho de Administração e o Comitê de Opções passaram a assim se compor, para término do mandato anual vigente: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - Presidente: PAULO SETUBAL NETO, RG-SSP/SP 4.112.751-1, CPF 638.097.888-72; Vice-Presidente: ALFREDO EGYDIO ARRUDA VILLELA FILHO, RG-SSP/SP 11.759.083-6, CPF 066.530.838-88, Conselheiros: CESAR CALVO HUIDOBRO, RNE W-279450-J, SE/DPMAF, CPF 014.926.918-87; OLAVO EGYDIO SETUBAL JÚNIOR, RG-SSP/SP 4.523.271, CPF 006.447.048-29; RAUL PENTEADO DE OLIVEIRA NETO, RG-SSP/SP 9.409.637, CPF 049.330.058-93; REINALDO RUBBI, RG-SSP/ SP 3.430.051, CPF 206.972.448-49; e RODOLFO VILLELA MARINO, RG-SSP/SP 15.111.116-9, CPF 271.943.018-81; COMITÊ DE OPÇÕES - Presidente: PAULO SETUBAL NETO, acima qualificado; Membro: ALFREDO EGYDIO ARRUDA VILLELA FILHO, acima qualificado. Quórum das Deliberações: unanimidade. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio e arquivada conforme seguinte CERTIDÃO - “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob nº 309.905/ 08-4, em 18.09.08. (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”

CRBS S.A. CNPJ nº 56.228.356/0001-31 - NIRE 35.300.199.448 Ata da Assembléia Geral Extraordinária da CRBS S.A. (“Companhia”), realizada em 26 de setembro de 2008, lavrada na forma de sumário: 1. Data, hora e local: Em 26 de setembro de 2008, às 09:30 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Antarctica, nº 1.891 (parte), Fazenda Santa Úrsula, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo. 2. Convocação: Edital de convocação publicado no “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, nos dias: 17, 18 e 19 de setembro de 2008, respectivamente, nas páginas 10, 11 e 10, e no jornal “Diário do Comércio” nos dias: 17, 18 e 19 de setembro de 2008, respectivamente, nas páginas 07, 10 e 07. 3. Presença: Acionistas representando mais de 99% do capital social votante da Companhia, conforme se verifica das assinaturas no “Livro de Presença de Acionistas”. 4. Mesa: Presidente, Sr. Lucas Machado Lira, e Secretário, Sr. Flávio Gonçalves Pontes Sodré. 5. Deliberações: Por acionistas representando mais de 99% do capital social votante da Companhia presentes à Assembléia foram tomadas as seguintes deliberações: 5.1. Autorizar a lavratura da ata a que se refere esta Assembléia Geral Extraordinária em forma de sumário nos termos do artigo 130, parágrafo 1º, da Lei nº 6.404/76. 5.2. Aprovar o cancelamento de 896.610 ações de emissão da Companhia mantidas em tesouraria, sem diminuição do seu capital social. 5.3. Aprovar o grupamento das ações em que se divide o capital social da Companhia, na proporção de 500.000 ações atualmente existentes para 1 ação do capital após o grupamento, sem modificação do montante do capital social. 5.4. Fixar que, no prazo de 30 dias contados da data de publicação da presente ata, os acionistas da Companhia poderão, a seu exclusivo critério, ajustar as posições fracionárias decorrentes do grupamento em ações inteiras, através da compra ou venda, de ou para outros acionistas, das frações de ação a que fazem jus. 5.5. Determinar que, uma vez decorrido o referido prazo de 30 dias, as ações que não puderem ser atribuídas por inteiro para cada acionista serão pagas mediante crédito em conta corrente bancária pelo valor proporcional às referidas frações, calculado pelo valor patrimonial da ação de acordo com o último balanço levantado. 5.6. Determinar aos Diretores da Companhia que tomem todas as demais providências relativas ao grupamento ora aprovado. 5.7. Consolidar o estatuto social da Companhia, em face das alterações acima deliberadas, passando o referido estatuto social a vigorar com a redação constante do Anexo I à presente ata. 6. Aprovação e Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi a presente ata lavrada e, depois de lida e aprovada, assinada pelos membros da mesa e pelos acionistas representantes da maioria necessária para as deliberações tomadas nesta Assembléia. Assinaturas: Presidente, Sr. Lucas Machado Lira, e Secretário, Sr. Flávio Gonçalves Pontes Sodré. Acionistas: Arosuco Aromas e Sucos Ltda. e Companhia de Bebidas das Américas - AmBev. Certifico que a presente ata é cópia fiel da deliberação constante da ata lavrada em livro próprio. Jaguariúna, 26 de setembro de 2008. Flávio Gonçalves Pontes Sodré - Secretário

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de setembro de 2008, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Transit do Brasil Ltda. - Requerido: Criativa Publicidade Ltda. - Rua Aurora nº 817 - 6º andar - 2ª Vara de Falências

CNPJ/MF nº 61.100.145/0001-59 - NIRE nº 35.300.014.83-9 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 28 de Março de 2008 Dia, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de março de 2008 às 14:00 horas, a Sede Social da Companhia, na Rua Boa Vista, nº 254, 6º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Quorum: Acionistas da Companhia representando 100% do capital social. Convocação: Verificou-se, em 1ª convocação, a presença de acionista representando a totalidade do capital social, o que foi constatado pelas assinaturas no livro de “Presença de Acionistas”, tornando-se dispensável a convocação de editais conforme, autoriza o § 4º do art. 124 da Lei nº 6.404/76. Mesa: Presidente: Luis Emilio Maurette; Secretário: Paulo Tadeu Umeki. Ordem do Dia: 1) Reformar o Estatuto Social da Sociedade, que passará a vigorar com novas condições a partir desta data. Deliberações: Os acionistas, sem dissidências, protestos e declarações de votos vencidos, deliberaram: 1) Os acionistas, por unanimidade, deliberaram aprovar o texto proposto em Assembléia, para o Estatuto Social da Companhia e decidem consolidá-lo, que seguirá como Anexo à presente ata. Conselho Fiscal: O Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período. Documentos Arquivados: Foram arquivados na sede da Sociedade, devidamente autenticados pela Mesa, os documentos submetidos à apreciação da Assembléia, referidos nesta ata. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos desta Assembléia Geral, lavrando-se no livro próprio a presente ata que, lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. Presença: Presidente da Mesa: Luis Emilio Maurette; Secretário da Mesa: Paulo Tadeu Umeki; Acionistas: Itaberaba Participações S/C Ltda., representada neste ato pelos Srs. Luis Emilio Maurette e Paulo Tadeu Umeki, Liberty International Brasil Ltda., representada neste ato pelo Sr. Luis Emilio Maurette (Administrador), Cláudio Afif Domingos, Guilherme Afif Domingos, Luis Emilio Maurette, Paulo Tadeu Umeki e Paulo Renato Fabiano Franco. Declaração: Declaramos, para os devidos fins que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio. Luis Emilio Maurette - Diretor Presidente; Carlos Adrian Magnarelli - Diretor Vice-Presidente. Anexo - Indiana Seguros S.A. - CNPJ/MF nº 61.100.145/0001-59 - NIRE nº 35.300.014.83-9. Estatuto Social de Acordo com a AGE de 28/03/2008. Estatuto Social: Capítulo I Da Denominação, Sede, Foro, Objeto e Prazo de Duração: Artigo 1º - A Indiana Seguros S.A. (“Companhia Fechada”), será regida pelo disposto neste Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis. Artigo 2º - A Sociedade tem foro e sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, estando sua sede localizada na Rua Boa Vista, nº 254 - 6º andar - Centro, podendo a Administração deliberar sobre a mudança de endereço da matriz, abrir e encerrar filiais, agências e representações, em qualquer localidade que sua Diretoria julgar conveniente, observada a legislação aplicável. Artigo 3º - A Sociedade tem por objeto as operações de seguros de danos e seguros de pessoas. Artigo 4º - O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Capítulo II - Do Capital e das Ações: Artigo 5º - O capital social, totalmente subscrito e integralizado é de R$ 79.324.555,90 (setenta e nove milhões, trezentos e vinte e quatro mil, quinhentos e cinqüenta e cinco reais e noventa centavos), dividido em 13.750.000 (treze milhões, setecentos e cinqüenta mil) ações, todas nominativas, sem valor nominal, sendo 6.875.000 ações ordinárias e 6.875.000 ações preferenciais. § 1º - As 6.875.000 ações ordinárias, todas com direito a voto, são de classes diferentes a saber: I - 3.368.750 ações ordinárias são da classe “A”; e II - 3.506.250 ações ordinárias são da classe “B”. § 2º - As 6.875.000 ações preferenciais, todas sem direito a voto, são de classes diferentes a saber: I - 4.881.250 ações preferenciais são da classe “A”; e II - 1.993.750 ações preferenciais são da classe “B”. § 3º - A cada ação ordinária corresponderá um voto nas deliberações das assembléias gerais. § 4º - A Sociedade poderá emitir certificados múltiplos e - em caráter provisório - emitir certificados representativos das ações, os quais serão sempre assinados por dois (2) membros da Diretoria. Todas as despesas efetivamente incorridas pela Sociedade na substituição ou desdobramento dos certificados múltiplos, deverão ser reembolsadas pelo acionista que solicitar tal substituição ou desdobramento. § 5º - As ações preferenciais não terão direito a voto. § 6º - Conforme previsto na lei, as ações preferenciais gozam das seguintes vantagens e restrições: (a) prioridade no recebimento do dividendo mínimo anual, igual a 6 (seis) vezes o dividendo a ser pago para as ações ordinárias; (b) prioridade sobre as ações ordinárias no reembolso do capital, na hipótese de liquidação ou redução do capital social, ou na aquisição das mesmas para permanência em tesouraria, a ser pago na proporção de 6 (seis) vezes o pagamento às ações ordinárias; e (c) direito de conversão em ações ordinárias na proporção de 6 (seis) ações ordinárias para cada ação preferencial. Capítulo III - Da Administração: Artigo 6º - A administração da Sociedade competirá ao Conselho de Administração e à Diretoria. Seção I - Do Conselho de Administração: Artigo 7º - O Conselho de Administração será composto por até 7 (sete) membros, sempre em número impar, todos acionistas, residentes ou não no País, eleitos pela Assembléia Geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, com mandato de 1 (um) ano, podendo ser reeleitos. § 1º - Os Conselheiros serão investidos nos seus cargos, independentemente de qualquer caução, mediante assinatura de termo de posse no livro de atas de reuniões do Conselho de Administração, após homologação de sua eleição pela SUSEP, devendo permanecer em seus cargos, findo o prazo do mandato, até que sejam empossados os novos Conselheiros eleitos. Artigo 8º - Nos casos de vaga, ausência ou impedimento de qualquer Conselheiro, o preenchimento dar-se-á quando da primeira Assembléia Geral que se realizar. Nos casos de ausência, ou de impedimento temporário, de qualquer Conselheiro, este indicará, dentre os demais membros, aquele que o substituirá. Artigo 9º - O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente uma vez ao ano, por convocação de seu Presidente, e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação de qualquer Conselheiro ou por convocação da Diretoria. As deliberações serão aprovadas, no mínimo, por 2/3 (dois terços) dos votos dos membros do Conselho. O Conselho de Administração somente se instalará se, pelo menos, 2/3 (dois terços) de seus membros estiverem presentes à reunião. § Único - Os membros do Conselho de Administração poderão ser representados nas respectivas reuniões por um de seus pares, mediante outorga da respectiva procuração, por instrumento público ou particular, endereçada ao Presidente do Conselho. Cada membro não poderá representar, em cada reunião, mais que um Conselheiro. Artigo 10 - Os membros do Conselho de Administração, até o máximo de 1/3, poderão ser eleitos para cargos de Diretores. A cumulação de cargos não implicará na cumulação automática de remuneração, cabendo, ao interessado, optar pela remuneração de um ou de outro cargo. Artigo 11 Compete ao Conselho de Administração, além das estabelecidas em lei e neste Estatuto, as seguintes atribuições: a) estabelecer a política geral para todos os negócios da Sociedade; b) eleger os membros da Diretoria; c) opinar sobre as questões que lhe sejam submetidas pela Diretoria; d) homologar as deliberações ou decisões da Diretoria, que visem a regulamentar ou disciplinar, no geral, a realização das operações ativas e passivas da Sociedade; e) autorizar previamente a Diretoria a praticar quaisquer atos que ultrapassem seus poderes de gestão, especialmente a prestação de garantias reais ou pessoais a obrigações de terceiros e à aquisição, alienação ou oneração de bens do ativo permanente, inclusive participações em outras sociedades, observados quanto a estas os preceitos legais; f) estabelecer os limites de endividamento da Sociedade e; Seção II - Da Diretoria: Artigo 12 - A Sociedade será administrada por uma Diretoria composta de até 10 (dez) membros residentes no país, eleitos e destituíveis, a qualquer tempo, pelo Conselho de Administração, com mandato de dois (2) anos, os quais, findos os respectivos mandatos, deverão continuar no exercício dos seus cargos até a posse de seus substitutos, sendo permitida a reeleição. § 1º - Por ocasião da eleição dos membros da Diretoria, os Conselheiros nomearão, entre os mesmos, um Presidente e os demais Vice-Presidentes e Diretores, sem designação específica. § 2º - A investidura do(s) Diretor(es) far-se-á mediante lavratura de termo em livro próprio, após homologação de seu(s) nome(s) pela Superintendência de Seguros Privados, dispensados de prestar caução. Artigo 13 - A Diretoria reunir-se-á, no mínimo, uma vez por mês ou sempre que convocada pelo seu Presidente ou por quaisquer dois Diretores. § 1º - Para que as reuniões possam se instalar e validamente deliberar, é necessária a presença da maioria dos Diretores eleitos. § 2º - As atas das reuniões da Diretoria serão lavradas no Livro de Atas das Reuniões da Diretoria, devendo ser aprovadas por maioria de votos dos eleitos. Artigo 14 - Compete à Diretoria: a) cumprir as políticas de negócio definidas pelo Conselho de Administração, controlar e defender seus interesses, cumprir e promover a observância da lei, deste Estatuto e das deliberações tomadas em assembléias gerais; b) preparar o relatório anual de cada exercício financeiro e as demonstrações financeiras exigidas na forma da lei; c) decidir sobre a abertura ou encerramento de filiais, agências e representações; d) autorizar a compra, locação, permuta ou aquisição de quaisquer bens móveis ou imóveis cujo custo total, em qualquer operação ou num conjunto de operações correlatas, seja superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); e § Único - O Presidente poderá vetar qualquer deliberação da Diretoria. Artigo 15 - Compete ao Presidente: a) presidir as assembléias gerais e as reuniões da Diretoria; b) representar a Sociedade em juízo; c) supervisionar a organização, controle e sistemas da Sociedade, bem como estabelecer e distribuir, entre os membros da Diretoria, as funções de cada um, que devem levar em consideração as seguintes atribuições básicas: supervisão da tesouraria, controle financeiro e serviços executivos, supervisão de contratos de seguro, incluindo aceitação de responsabilidades, e supervisão de todas as operações técnicas efetivadas pela Sociedade. Artigo 16 - As decisões e medidas indicadas neste artigo ou a implementação de cada uma das mesmas pela Diretoria, exigem aprovação por escrito dos acionistas controladores: a) aprovação de bancos e decisão quanto à abertura de contas bancárias e de depósitos em nome da Sociedade, com exceção as contas utilizadas apenas para cobrança de prêmios, mas não utilizadas para investimentos e depósitos; b) autorização de qualquer investimento de capital não incluído no orçamento aprovado, acima de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); c) assinatura, assunção, alteração, modificação, renúncia, rescisão ou ab-rogação de qualquer contrato que não seja de seguros, ou de um conjunto de contratos correlatos, acima de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); d) aprovação de contratos e suas respectivas alterações, celebrados entre a Sociedade e qualquer membro da Diretoria ou do Conselho de Administração, ou seus respectivos familiares, ou uma afiliada de qualquer acionista ou de uma pessoa jurídica na qual qualquer membro da Diretoria ou Conselho de Administração, ou seus respectivos familiares, ou acionista detenha, direta ou indiretamente, uma participação total societária acima de 10% (dez por cento); e) aprovação de qualquer cobertura facultativa de resseguro assumida pela Sociedade, com exceção da cessão compulsória ao Instituto de Resseguros do Brasil; f) nomeação de administradores de investimentos para a Sociedade e aprovação de quaisquer diretrizes de investimentos emitidas pela Sociedade; g) assunção de qualquer dívida pela Sociedade, fora do curso normal dos negócios, num valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) ou de contas bancárias garantidas em valor superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) em uma única operação ou num conjunto de operações correlatas; h) aprovação do orçamento anual e de qualquer alteração; i) aprovação de qualquer venda, locação ou permuta de ativos da Sociedade, fora do curso normal dos negócio, cujo valor global for superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) em uma única operação ou num conjunto de operações correlatas; j) qualquer mudança de auditores ou exercício fiscal da Sociedade; k) concessão de empréstimos ou financiamentos a qualquer um dos administradores ou empregados da Sociedade, membros da Diretoria, acionistas, sócios, ou terceiros que envolvam custos ou compromissos em valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) em uma única operação ou num conjunto de operações correlatas; l) a constituição de hipoteca, penhor, ônus, direito real de garantia ou outro gravame sobre bens móveis e imóveis da Sociedade, exceto quando oferecido em garantia à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP ou por determinação judicial; e m) a venda, locação, permuta ou outro tipo de alienação de todos ou de parte substancial dos bens móveis e imóveis da Sociedade. Artigo 17 - Nas ausências ou impedimentos temporários do Presidente, este poderá indicar um substituto entre os seus pares. Artigo 18 - Na ocorrência de vaga do cargo de Presidente, uma Assembléia Geral Extraordinária ou reunião do Conselho de Administração, conforme o caso, deverá ser convocada de imediato para que se proceda ao preenchimento do cargo. Artigo 19 Nas ausências ou impedimentos temporários de qualquer Diretor, exceto o Presidente, este deverá indicar um outro membro da Diretoria para exercer cumulativamente esse cargo. Artigo 20 - Na ocorrência de vaga no cargo de qualquer Diretor, exceto o Presidente, este poderá indicar um outro Diretor para exercer tal cargo, ou, alternativamente, convocar uma Reunião do Conselho de Administração para que se proceda ao preenchimento do cargo até o final do mandato em curso. Capítulo IV - Das Assembléias Gerais de Acionistas: Artigo 21 - A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente nos três primeiros meses que se seguirem ao término do exercício social e extraordinariamente, sempre que for do interesse da Sociedade. § 1º - As assembléias gerais serão convocadas por acionistas representando mais de 50% das ações com direito a voto, ou pelo Conselho de Administração. As assembléias serão presididas pelo Diretor Presidente que nomeará um dos presentes para servir de Secretário. § 2º - As transferências de ações serão suspensas durante o período compreendido entre a convocação da Assembléia Geral e sua instalação ou cancelamento. Artigo 22 - O cumprimento, vigência e validade dos seguintes atos e decisões dependem da prévia aprovação de acionistas representando no mínimo de 60% (sessenta por cento) das ações com direito a voto, reunidos em Assembléia Geral: a) alteração do Estatuto ou a aprovação de qualquer aditivo ao mesmo; b) declaração ou pagamento de qualquer dividendo ou outra distribuição referente a quaisquer títulos e valores mobiliários da Sociedade; c) pagamento ou distribuição com base em conta de capital, ou redução de qualquer conta de capital, da Sociedade referentes a quaisquer de seus títulos e valores mobiliários; d) a fusão, reorganização, reestruturação, consolidação ou incorporação da Sociedade; e) a constituição de qualquer subsidiária; f) o desenvolvimento pela Sociedade de quaisquer atividades não previstas no seu objeto social. Capítulo V - Responsabilidade e Poderes de Representação: Artigo 23 - Todos e quaisquer documentos que importem em responsabilidade da Sociedade, bem como cheques, duplicatas e ordens de pagamento serão obrigatoriamente assinados: a) por dois Diretores em conjunto; b) por um Diretor em conjunto com um procurador; ou c) por dois procuradores em conjunto, devidamente nomeados nos termos do presente Estatuto. § Único - Um único Diretor ou procurador devidamente nomeado terá poderes para endossar cheques ou apor sua assinatura em documentos destinados exclusivamente a depósitos bancários em nome da Sociedade, bem como em contratos de seguro, apólices de seguro e documentos correlatos, ou em recibos de aluguel. Artigo 24 - As procurações ad negotia serão sempre outorgadas em nome da Sociedade por dois Diretores, terão um período de validade determinado e não poderão ser substabelecidas, sob pena de serem consideradas nulas e sem efeito. As procurações ad judicia, outorgadas a um advogado poderão ser assinadas por um único Diretor, sendo válidas por um prazo indeterminado e podem ser substabelecidas. Capítulo VI - Do Conselho Fiscal: Artigo 25 - O Conselho Fiscal será de funcionamento não permanente, sendo sua instalação deliberada pela Assembléia Geral, a pedido de acionistas que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) das ações com direito a voto, e cada período de seu funcionamento coincidirá com término da Assembléia Geral Ordinária que o elegeu. § 1º - O Conselho Fiscal será composto de 03 (três) membros e suplentes em igual número, acionistas ou não, que preencham os requisitos legais, eleitos pela Assembléia Geral, devendo exercer o respectivo mandato até realização da Assembléia Geral Ordinária que os elegeu, podendo ser reeleitos. § 2º - O Conselho Fiscal, quando em funcionamento, terá as atribuições conferidas em Lei. § 3º - A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, quando em funcionamento, será fixada pela Assembléia Geral que os eleger. Capítulo VIII - Do Exercício Social, das Demonstrações Financeiras e Distribuição de Lucros: Artigo 26 - O ano social terá início em 1º de janeiro e terminará em 31 de dezembro de cada ano. § 1º - Ao final de cada semestre, a Diretoria deverá promover a preparação das demonstrações financeiras, observadas as disposições legais vigentes. § 2º - A Sociedade poderá também levantar balanços patrimoniais em intervalos inferiores a um semestre. Artigo 27 - Os lucros líquidos apurados ao final de cada exercício terão a seguinte destinação: a) 5% (cinco por cento) serão destinados à constituição da reserva legal, até o equivalente a 20% (vinte por cento) do capital da Sociedade; e b) 25% (vinte e cinco por cento), após a correção estabelecida no artigo 202, incisos II e III da Lei nº 6.404/76, serão destinados para pagamento do dividendo mínimo compulsório aos acionistas. § 1º - Mediante a aprovação da Assembléia Geral e observado o previsto na legislação aplicável, poderão ser distribuídos dividendos com base nos balanços semestrais. § 2º - Qualquer saldo do balanço patrimonial deverá ser distribuído conforme estabelecido pela Assembléia Geral de Acionistas. Capítulo IX - Dissolução e Liquidação - Disposições Transitórias: Artigo 28 - A Sociedade se dissolverá e entrará em liquidação nos casos e formas previstas em Lei. São Paulo, 19 de maio de 2008. Luis Emilio Maurette - Diretor Presidente; Carlos Adrian Magnarelli - Diretor Vice-Presidente. JUCESP nº 318.140/08-1 em 22/09/2008. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral. CIA. DE SEGUROS GERAIS


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terça-feira, 30 de setembro de 2008

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Pablo Cozzaglio/AFP

Internacional

Vitorioso, Correa anuncia mudanças Presidente equatoriano promete ser duro com os investidores estrangeiros, especialmente no setor de petróleo

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pós a confirmação de vitória no referendo de domingo, que aprovou a nova Constituição, o presidente do Equador, Rafael Correa, prometeu ontem valer-se de seus poderes ampliados para consolidar seu projeto político que inclui controlar melhor a economia do país. "Graças a Deus, meu triunfo foi tão contundente e tão vasto, ficou muito além das nossas expectativas", disse Correa. O Tribunal Superior Eleitoral do Equador informou ontem que com mais de 90% dos sufrágios contados, a nova Constituição foi aprovada no plebiscito por 64,02% dos eleitores. Outros 28,09% votaram pelo "não", 7,18% anularam os votos e 0,72% deixaram os sufrágios em branco.

Segundo esses resultados, a opção do "sim" à Constituição venceu em quase todo o país, exceto em duas províncias onde ganhou o "não". A nova Carta estabelece a possibilidade de reeleição presidencial e uma maior presença do Estado na economia. Além disso, ela muda o sistema econômico de "social de mercado" para "social e solidário" e proíbe a instalação de bases militares estrangeiras no país. O presidente também poderá destituir a Assembléia Nacional e a Assembléia pode destituir o presidente. Correa, um economista que estudou nos EUA, repetiu sua plataforma nacionalista ao prometer ser duro com os investidores estrangeiros, especialmente no forte setor de petróleo do país.

Com mais de 90% dos sufrágios contados, referendo de Correa obteve respaldo de 64,02% dos eleitores equatorianos

O dirigente avisou que só fará pagamentos da dívida se tiver dinheiro suficiente depois de ter gasto parte da renda do petróleo com programas de saúde e educação. Correa disse ainda às empresas de petróleo estrangeiras que as impediria de reduzir seus investimentos no Equador, um membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), ao obrigá-las a alterar seus contratos a fim de entregar uma fatia maior de seus lucros ao governo. E o presidente descreveu um rígido projeto tributário para o nascente setor de mineração do país. Apesar das declarações du-

ras, Correa evitou anunciar políticas mais radicais e assegurou os investidores de que evitaria um calote da dívida ou a nacionalização do setor petrolífero. A vitória o permite disputar uma reeleição em 2009. É quase certo que Correa será candidato a presidente, sem deixar o cargo, mas ele mesmo disse que a decisão está nas mãos do seu movimento, o Aliança PAIS. "Tenham a certeza de que estou aqui apenas para servir a minha pátria, não me interessa o poder e estou tão cansado que até pediria ao meu movimento que buscasse outro candidato, mas estarei onde minha pátria precisar. Se puder

Mohamed Azakir/Reuters

ser novamente útil como presidente da República, é lá que estarei", afirmou Correa. Para as próximas eleições não se vêem líderes de peso que possam enfrentar Correa. Este terminaria antecipadamente o mandato para o qual foi eleito, que deveria vigorar até 2011, e se apresentaria às eleições para um mandato, com possibilidade de reeleição até 2017. A oposição, atualmente dividida, acusa Correa de ter amealhado "superpoderes" e de pretender tornar-se um ditador. Jaime Nebot, prefeito de Guayaquil, de direita, expressou sua "saudação e respeito" ao "resultado democrático de

nível nacional, mas também destacou que é preciso respeitar o verdadeiro resultado democrático de Guayaquil, que disse 'não'". Guayaquil é a maior cidade do Equador e o centro econômico do país. Nas últimas semanas, a cidade, que tem um projeto de autonomia frente a Quito, foi o centro da disputa de votos entre o governo e a oposição. A nova Carta também deixou apreensivos os investidores porque aumenta o controle do Estado sobre o setor monetário e sobre as políticas energéticas. Algo semelhante já havia ocorrido na Bolívia e na Venezuela. (Agências)

AFP

Carro-bomba mata 5 pessoas no Líbano

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m carro-bomba explodiu ontem perto de um ônibus militar que levava tropas para o trabalho no norte do Líbano. Pelo menos cinco pessoas morreram e 25 ficaram feridas, afirmaram fontes do setor de segurança. Trata-se do segundo ataque com mortes contra tropas na região em menos de dois meses. Segundo um alto militar, quatro soldados estavam entre os mortos. O quinto morto era um civil. Funcionários de hospitais afirmaram que 22 dos feridos também eram soldados. Especialistas em violência política libanesa acreditam que o ataque foi perpetrado pelo grupo fundamentalista Fatah al-Islam, que no ano passado desafiou o Exército libanês após tomar o controle do campo de re-

fugiados palestinos de Narh Elbared, perto de Tripoli. A luta do Exército contra o grupo se arrastou por meses, ao final dos quais os fundamentalistas foram derrotados. Nenhum grupo assumiu o ataque de ontem. "É muito provável" que o Fatah al-Islam esteja por trás do atentado de ontem contra o Exército, disse o criminologista libanês Omar Nashabeh. Segundo ele, o ataque faz parte de uma "campanha organizada" contra o Exército libanês. De acordo com funcionários do setor de segurança, o carro carregado de explosivos estava parado ao lado de uma rodovia e foi detonado por controle remoto. As fontes disseram que os explosivos estavam misturados a rolamentos, utilizados para

Uriel Sinai/AFP

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srael terá de renunciar a grande parte da Cisjordânia e a Jerusalém Oriental se quiser a paz com os palestinos, afirmou o primeiro-ministro Ehud Olmert em entrevista de despedida do cargo publicada ontem no jornal Yediot Ahronot. Prestes a deixar o cargo sob suspeita de corrupção, Olmert admitiu ao jornal que estava dizendo "o que nenhum líder israelense anterior jamais disse: que deveríamos nos retirar

cal ou para os hospitais da região em busca de parentes. Uma explosão semelhante, em agosto, deixou 14 mortos, nove dos quais soldados, no mais mortal ataque no Líbano em três anos. O atentado de agosto ocorreu poucas horas antes de o presidente Michel Suleiman começar uma visita histórica à Síria e um dia depois de o novo gabinete de unidade

LEITE China busca culpados A

nacional do Líbano conquistar a aprovação parlamentar. O Líbano tem sido atingido pela violência sectária nos últimos meses. A explosão de ontem ocorreu num momento em que facções rivais vinham trabalhando juntas para acertar suas diferenças depois de uma crise política que deixou o país à beira de uma guerra civil, em maio passado. (Agências)

Alvo era um ônibus militar. Dos cinco mortos, quatro eram soldados. Moradores correram aos hospitais em busca de informação.

Cris Bouroncle/AFP

Polícia prende 22 e descobre 200 quilos de melamina em fazendas e empresas

Tzipi Livni (esq.) negocia um novo governo para substituir Olmert

Olmert defende saída dos territórios

causar mais mortes. O ônibus seguia por Bahsas, ao sul da cidade portuária de Trípoli. A força da explosão destruiu janelas e atingiu carros nas proximidades. A área foi imediatamente isolada pela polícia e pelo Exército enquanto os peritos começaram a recolher pistas, durante a hora do "rush" da manhã. Logo após a explosão, os moradores correram para o lo-

de quase todos os territórios, inclusive em Jerusalém Oriental e nas colinas do Golã". O jornal disse que a entrevista, publicada na véspera do Ano-Novo Judaico, servia como "legado" para o premiê, que acenou com propostas muito mais ousadas do que as que defendia antes, quando não estava demissionário e tinha força política. "Quem dera tivéssemos ouvido esta opinião pessoal antes que ele renunciasse", disse o chanceler palestino, Riyad Al Malki. "É um compromisso importantíssimo, mas tarde demais", lamentou. O premiê israelense foi criticado ontem mesmo pela oposição. O deputado Silvam Shalom, do Partido Likud (direita), chamou Olmert de "ingênuo". (Agências)

polícia percorreu ontem fazendas de laticínios e outras empresas do setor no norte da China, detendo 22 pessoas, sob a acusação de envolvimento no escândalo da manipulação do leite no país. Segundo a mídia estatal, os detidos são acusados de participar de uma rede que produzia, vendia e adicionava o produto químico melamina ao leite. Mais de 200 quilos do componente foram apreendidos durante as operações, informou a agência estatal Xinhua. Segundo as autoridades chinesas, a melamina era produzida em instalações clandestinas e vendida a fazendas de criação de gado e empresas de beneficiamento. A Xinhua informou que 19 dos 22 detidos eram gerentes do setor. Não foi divulgado o local das prisões. A melamina era acrescentada ao leite para fraudar testes de níveis de proteína. O componente pode até matar, caso seja consumido em grandes

quantidades. Pelo menos quatro bebês morreram e mais de 54 mil crianças adoeceram na China por causa do problema. O escândalo veio à tona neste mês, quando autoridades informaram que o leite em pó da empresa Sanlu estava causando pedras nos rins em bebês. Testes revelaram a contaminação por melamina em diversos produtos que levam leite, como doces e iogurtes. Vários países restringiram ou proibiram produtos chineses que contenham leite. A Indonésia, Japão, Vietnã, Filipinas, Hong Kong e Taiwan estão sob alerta por causa da possível contaminação de alguns produtos. Mianmar juntou-se ao grupo ontem, proibindo produtos lácteos chineses de entrarem no país. Ainda ontem, a britânica Cadbury informou que testes haviam levantado "dúvidas" sobre a segurança de produtos seus feitos na China. Por isso seria realizado um recall dos produtos suspeitos. (Agências)

Os turistas foram levados ao Egito, onde receberam cuidados médicos

Turistas são resgatados com sucesso pelo Egito

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nze turistas europeus e oito egípcios foram libertados de um seqüestro ontem, informou a agência estatal do Egito. Durante a operação de resgate, metade dos seqüestradores foi morta, afirmaram autoridades locais. Os turistas haviam sido raptados no dia 19, enquanto faziam uma excursão pelo deserto, em uma remota região do Egito. Eles estavam no Sudão, perto da fronteira desse país com o Chade.

Entre os reféns havia cinco alemães, cinco italianos e um romeno. Todos os 19 reféns passam bem. Um funcionário egípcio afirmou que o resgate ocorreu na madrugada de segunda-feira. Cerca de 150 pessoas participaram da operação. O ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, indicou que agentes italianos e alemães estariam envolvidos. Funcionários alemães negociavam com os seqüestradores, que pediram milhões de dólares. Um porta-voz do governo do Egito negou que qualquer tipo de resgate tenha sido pago. Segundo a agência egípcia Mena, o ministro da Defesa do país, Mohamed Hussein Tantawi, disse que metade dos seqüestradores havia sido "liquidada." (Agências)


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Empresas Finanças Agronegócio Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREÇO INTERNACIONAL DA SOJA TEM ALTA

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bilhões de dólares das reservas é o que a Fiesp pede para o governo destinar ao crédito comercial.

CARÊNCIA DE LINHAS DE FINANCIAMENTO AO EXPORTADOR FOI APRESENTADA AO PRESIDENTE LULA

FALTA CRÉDITO PARA EXPORTAR GRÃOS

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stão se ndo a n al is a da s pelo governo medidas emergenciais para socorrer empresas do setor exportador que estejam encontrando dificuldades para captar recursos no mercado externo. Entre os que alertaram para o problema, o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, manifestou ontem preocupação com o impacto que a crise financeira internacional possa ter sobre a disponibilidade de recursos por parte das tradings para financiar a produção brasileira de grãos. Segundo Ramalho, antes as tradings financiavam 55% da produção, percentual que caiu para 25% neste ano. "Neste momento não existem recursos disponíveis", disse ele, que atenta para as dificuldades de crédito até para a exportação. Ramalho lembrou que nesta época o produtor está colhendo café e cana, "e não se faz a colheita sem dinheiro". A situação de carência de crédito dos exportadores foi apresentada ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que liberou a equipe econômica a apresentar alternativas para neutralizar a forte restrição nas linhas externas desde o

agravamento da crise financeira nos Estados Unidos. Os ministros identificaram que o bloqueio do crédito é o que está afetando a economia real do País, no momento. O Banco Central (BC) agiu pontualmente, oferecendo dólares ao mercado para desobstruir as operações, por meio da venda associada à compra futura de moeda estrangeira. Como definiu o BC, trata-se de uma medida transitória e temporária para restabelecer a liquidez do mercado, uma vez que o banco não pode substituir as instituições privadas de crédito e tampouco se converter em um banco de fomento. O raciocínio que prevaleceu na reunião de ontem com o presidente Lula e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi na direção de se montar uma "engenharia financeira" para garantir os recursos aos exportadores até que a situação nos mercados mundiais volte à normalidade. "É preciso construir uma ponte para esse momento de transição", disse uma fonte. Os ministros deixaram o gabinete de Lula com a tarefa de identificar quais os canais disponíveis para que o setor possa captar recursos, mesmo que a

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO PRESENCIAL 310/2008-SMS.G, processo 2008-0.243.243-0, destinado ao registro de preço de COLETOR DE URINA SISTEMA FECHADO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS 34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço, anteriormente marcada para o dia 08/10/2008, às 14 horas, o seguinte: TRANSFERIDO PARA O DIA 29/10/2008, ÀS 14 HORAS, COM A RETIRADA DE NOVO EDITAL. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro da 1ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde, no momento da abertura da sessão pública de pregão. O NOVO EDITAL do pregão poderá ser consultado e/ou obtido pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização do pregão, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO ELETRÔNICO 352/2008-SMS.G, processo 2008-0.259.508-8, destinado ao registro de preços de ANTI-HISTAMÍNICO, VITAMINA, RELAXANTE MUSCULAR, ANTICOLINÉRGICO, ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço por item. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 16 de outubro de 2008, a cargo da 2ª Comissão de Julgamento Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde. Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital. O edital e seus anexos poderão ser visualizados e/ou retirados pelos interessados, pelos sítios: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, www.comprasnet.gov.br.

SECRETARIA DO VERDE E MEIO AMBIENTE COMUNICADO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL N° 055/SVMA/2008 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 2008-0.248.599-1 OBJETO: Contratação de serviços técnicos de manejo e conservação no Parque Ibirapuera, localizado na Avenida Pedro Alvarez Cabral s/nº, compreendendo a execução dos serviços e fornecimento de todos os materiais, veículos, equipamentos, produtos de limpeza, de acordo com as especificações técnicas constantes no Termo de Referência - ANEXO I, parte integrante deste edital. Em vista do efeito suspensivo concedido ao Agravo de Instrumento nº 830.010.5/1-00, interposto pela empresa SERVIMARC CONSTRUÇÕES LTDA., a Comissão Permanente de Licitação CPL-4 decide adiar “sine die” o Pregão em referência, ficando, no momento, prejudicada a análise da Impugnação protocolizada pela empresa CONSLADEL - CONSTRUTORA E LAÇOS DETENTORES E ELETRÔNICA LTDA., bem como a resposta aos questionamentos formulados pela empresa DEMAX SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDA., o que se dará oportunidade, no caso de prosseguimento do certame.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO PRESENCIAL 279/2008-SMS.G, processo 2008-0.214.118-4, destinado ao registro de preço de DISPOSITIVO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA TAMANHO MÉDIO, para a Seção Técnica de Estoque Central - SMS.34/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço, anteriormente marcada para o dia 11 de setembro de 2008, às 14 horas, o seguinte: TRANSFERIDO PARA O DIA 23/10/2008, ÀS 14 HORAS, COM A RETIRADA DE NOVO EDITAL. Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro da 1ª Comissão de Julgamento de Licitações, da Secretaria Municipal da Saúde, no momento da abertura da sessão pública de pregão. O NOVO EDITAL do pregão poderá ser consultado e/ou obtido pelo sítio da PMSP, no endereço: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, local de realização do pregão, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

um custo mais elevado do que estavam pagando. Maior financiador do comércio exterior, o Banco do Brasil (BB) também sofre com a restrições de linhas externas. Ao longo dos últimas semanas, o BB teve que reduzir o valor dos lotes de financiamento para empresas. Caixa da s empresas – A preocupação do governo é com o caixa das empresas, embora a orientação seja a de se fazer distinção de cada situação, separando, por exemplo, casos como o da Sadia e da Aracruz que se envolveram em operações no mercado derivativo e amargaram sérios prejuízos com a valorização do dólar. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), endossando as preocupações do setor, apresentou ao governo a proposta de utilização de cerca de US$ 20 bilhões das reservas cambiais para alimentar as linhas de crédito comercial. Os ministros estudam a viabilidade da medida e alternativas, inclusive por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para assegurar crédito aos exportadores. Dessa forma, com o mesmo volume de recursos, o banco conseguiria atender um número maior de empresas, embora aplicando taxas mais caras e prazos mais curtos. (AE)

Paulo Pampolin/ Hype - 25-4-2006

Os produtores estão colhendo café e cana e não se faz isso sem dinheiro, dizem os empresários do setor.

Soja puxa o IGP-M para cima Cotação internacional da commodity agrícola passou de -0,32% em agosto para 0,11% neste mês

O

avanço do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que passou de uma variação negativa de 0,32%, em agosto, para a taxa positiva de 0,11%, em setembro, reflete, em grande parte, a elevação da cotação internacional do preço da soja. Foi o que mostrou ontem o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), entidade responsável pelo levantamento. O preço do grão estava em baixa de 13,32% e, agora, em setembro, apresentou uma desaceleração bem menor, quando variou -0,08%. Apesar de o Índice de Preços no Atacado (IPA) ter apresentado alta de 0,04%, ante -0,74% no mês passado, Braz observou que há uma tendência de desaceleração inflacionária. Quanto ao impacto da crise financeira norte-americana sobre o IGP-M, ele afirmou que muitos investidores estão largando posições e se protegendo em dólares, o que acaba afetando o mercado de commodities agrícolas. O economista destacou ainda que a elevação de preços das matérias-primas brutas, no período entre agosto e setembro, foram compensadas, de certa forma , pelo recuo em itens alimentícios in natura, cuja taxa passou de 0,28% para - 4,6%. Ele disse que as carnes também deverão contribuir para o aumento da inflação daqui para a frente por causa da entressafra de bois para corte. Os combustíveis também tiveram pequena baixa, com variação de 0 24%, dois pontos percentuais a menos que em agosto. O IGP-M é calculado com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior, e 20, do mês de referência. O indicador é composto pelo Índice de Preços no Atacado (IPA), pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). (AE)

Paulo Pampolin/ Hype

Segundo a empresa de estoques reguladores, o produtor está segurando a safra à espera de preço

Arroz: mais um leilão da Conab Este será o terceiro leilão do produto neste mês, quando o grão subiu 10%.

A

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai leiloar hoje mais 60 mil toneladas de arroz. Será a terceira oferta realizada em setembro. Nas duas operações anteriores foram vendidas 108,02 mil toneladas do grão. A medida visa conter o preço do produto, que chegou a subir quase 10% no mês. Segundo a Conab, os produtores estão segurando sua produção para elevar os preços do arroz. Para evitar essa elevação, o governo aumentou a quantidade dos estoques públicos. Subtraindo-se as 60 mil toneladas a serem vendidas hoje, a estatal ainda conta com 990 mil toneladas do produto. Em agosto, o preço da

saca de arroz oscilou em torno de R$ 32, 40, considerado razoável pelo governo. Na primeira quinzena de setembro, no entanto, subiu para R$ 33,50. Quando a Conab realizou o primeiro leilão do mês, no dia 16, os técnicos tiveram uma surpresa: o preço de fechamento foi de R$ 35,50, superior ao valor de mercado. Segundo um funcionário da estatal, isso ocorreu devido a dificuldade de setores da indústria em encontrar o produto para comprar. Foram, então, marcadas mais duas operações, para os dias 23 e para hoje. No último leilão, do dia 23, o preço final da saca foi de R$ 33,70. O valor atual do produto no Rio Grande do Sul, mercado de

referência por ser responsável por 60% da produção nacional de arroz, é de R$ 34,30. O preço de abertura da operação de amanhã, assim como o das duas anteriores, é de R$ 28. Serão 50,04 mil toneladas do Rio Grande do Sul e 9,79 mil toneladas de Santa Catarina. Em 2008, já foram vendidas 685,74 mil toneladas do produto. O interessado em adquirir produtos nos leilões promovidos pela estatal deve se cadastrar em uma bolsa de mercadorias e autorizar um corretor a fazer a negociação. A Conab também disponibiliza um software em sua página na internet para que qualquer pessoa possa acompanhar as operações. (AE)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Jun Young/Reuters

Saul Loeb/AFP Photo

Presidente Bush: apelos aos congressistas não adiantaram.

E

m uma votação s u r p r eendente, que deixou em choque os mercados financeiros em todo o mundo, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou ontem o pacote de ajuda de US$ 700 bilhões proposto pela Casa Branca para socorrer o sistema financeiro americano. Os congressistas ignoraram os insistentes apelos do presidente George W. Bush, de integrantes do Executivo, do Federal Reserve (Fed, o banco central do país) e de líderes dos partidos Democrata e Republicano no Congresso. O placar foi de 228 votos contra a proposta da administração federal e 205 a favor. Os líderes democratas e republicanos afirmaram, no entanto, que a Câmara votará novamente o pacote, embora os democratas tenham deixado claro que os republicanos – do partido do governo – precisam providenciar mais votos para que o plano siga adiante. Os deputados devem se reuO sistema nir novamente bancário na próxima até que tem agüentado qu in ta -fe ir a, bem, depois do feconsiderando riado do Rosh todas as Hashana, o pressões. a n o - n o v o j uHenry Paulson daico, em vez de entrar em recesso. A proposta apreciada ontem pelos congressistas foi redigida durante todo o último fim de semana, depois de vários dias de longas negociações. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, chegou a perder quase 800 pontos (maior queda em pontuação na história da bolsa), as bolsas européias despencaram e o Ibovespa, principal referência dos negócios no mercado de ações no Brasil, perdeu quase 10%. A reação dos investidores ao fracasso do esforço do governo para salvar a economia do país foi bastante intensa: o Dow Jones caiu mais que no primeiro pregão depois de 11 de setembro de 2001, dia dos ataques terroristas aos EUA. O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, um dos principais articuladores do pacote, parecia abalado e de mau humor após o fim da

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330

Saul Loeb/AFP Photo

Nancy Pelosi, líder democrata da Câmara: discurso polêmico.

Henry Paulson, secretário do Tesouro: decepção e mau humor.

Congresso rejeita pacote de ajuda aos bancos ★ Republicanos ajudam a derrubar plano. Candidatos divergem. Página E3 ★ Fracasso leva pânico às bolsas de valores, que têm quedas históricas. Página E4 ★ Equipe econômica brasileira insiste: País está menos vulnerável. Página E5

★ Disparada do dólar pode afetar balanços de empresas no Brasil. Página E6 votação. "Precisamos trabalhar o mais rápido possível", afirmou Paulson, retomando o repetitivo discurso da última semana. "Temos de resolver essa situação. Acredito que nosso sistema bancário até que tem agüentado bem, considerando todas as pressões que vem sofrendo", acrescentou. O presidente Bush, que fez pronunciamentos à nação a respeito da crise em tom bastante dramático, e muitos dos líderes na Câmara praticamente imploraram aos congressistas para que aprovassem o pacote, apesar dos fortes protestos dos norte-americanos – a impressão nos EUA é de

que a idéia de ajuda aos banqueiros de Wall Street é extremamente impopular. Segundo pesquisa do USA Today, só 22% dos eleitores apóiam o plano no formato atual. A avaliação entre os especialistas em política norte-americana é de que não houve um número suficiente de congressistas dispostos a assumir o risco político de aprovar um pacote polêmico, cinco semanas antes das eleições do dia 4 de novembro. Mais de dois terços dos republicanos e 40% dos democratas votaram contra o pacote. No total, 140 democratas e 65 republicanos aprovaram o pacote, mas 133 republicanos e

95 democratas votaram contra o plano de resgate. E agora? – A questão mais crucial para os líderes no Congresso é o que fazer agora. "A crise ainda está conosco", disse a líder da Câmara, Nancy Pelosi, democrata da Califórnia, em coletiva após a derrota. "O que aconteceu hoje (ontem) não pode continuar. Precisamos ir em frente e eu espero que os mercados entendam a mensagem de que iremos em frente", afirmou Pelosi. "Estou desapontado com a votação. Apresentamos um pacote grande porque temos um problema grande para resolver", disse o presidente Bush.

Os republicanos citaram um discurso que Pelosi fez antes da votação para a explicar a derrota do pacote. No pronunciamento, ela atacou a política econômica da atual administração federal "e a ideologia de direita de deixar tudo sem supervisão, sem disciplina, sem regulamentação". As palavras de Pelosi "envenenaram a conferência, levando um número grande de colegas (republicanos) a votarem contra", disse o republicano John Boehner. Já os democratas rejeitaram as críticas de seus rivais políticos. O representante do partido Frank Barney ironizou os ataques dos republicanos ao

Konstantin Chernichkin/Reuters

Ano-novo judaico adia discussões

O

s judeus de todo o mundo celebraram ontem o Ano-novo Judaico, na festa conhecida como Rosh Hashana. Nos Estados Unidos, o feriado judeu é um dos fatores que atrasam as discussões sobre o pacote de US$ 700 bilhões para socorrer o sistema financeiro. O Rosh Hashana durará até a próxima quarta-feira, 1º de outubro. No calendário judaico, o ano que começa é o 5769.

Preparação para a festa do ano-novo reúne judeus ortodoxos na cidade de Uman, na Ucrânia.

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discurso de Pelosi: "Só porque alguém machucou os sentimentos deles, eles decidiram punir todo o país?" Ações paralelas – Enquanto o pacote não sai, autoridades financeiras ao redor do mundo fazem o que podem para evitar a piora da crise. Vários bancos centrais injetaram ontem um total de US$ 330 bilhões nos mercados monetários para garantir seu funcionamento. Os bancos centrais de Japão (BOJ), Austrália (RBA), Reino Unido (BoE) e o Banco Central Europeu (BCE) coordenaram essas operações. O Fed, por sua vez, anunciou a elevação do montante de seu leilão de liquidez com os bancos comerciais, por meio da linha Term Auction Facility (empréstimos em dinheiro a prazo) e a ampliação do volume dos acordos de swap (troca) de dólares que mantém com uma série de b a n c o s c e nt r a i s , d e U S $ 2 9 0 b il h õ e s p a r a Espero U S $ 6 2 0 b i- que os l h õ e s . N o s mercados a c o r d o s d e financeiros s w a p , o B C entendam a norte-america- mensagem de no permite que que iremos os bancos cen- em frente. Nancy Pelosi trais estrangeiros injetem dólares em seus sistemas bancários. "As medidas foram tomadas para reduzir as pressões evidentes nos mercados de crédito a prazo nos Estados Unidos e no exterior", informou o Fed em nota. "Ao se comprometerem a oferecer um elevado montante de crédito, as ações do Fed devem dar garantias aos participantes dos mercados financeiros de que haverá financiamento disponível, reduzindo as preocupações com o risco de rolagem de dívidas", acrescentou o Fed. O comunicado informa ainda que os bancos centrais estão prontos para agir com novas medidas, caso seja necessário. O BCE alocou 120 bilhões de euros (ou US$ 172,56 bilhões) em operação especial de refinanciamento para 38 dias, atendendo a maior parte (85%) da demanda. No Reino Unido, o BoE alocou US$ 10 bilhões por meio de leilão. Já o Banco do Japão informou que vai oferecer 1 trilhão de ienes (o equivalente a US$ 9,41 bilhões) em operações com garantias entre hoje e amanhã. (AE)

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bilhões de dólares foram injetados nos mercados por bancos centrais em todo o mundo ontem.

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O CHEQUE VOLTOU!

O cheque de US$ 700 bi foi devolvido pela Câmara. E, sem fundos, as bolsas desabaram. Para hoje falta crédito – econômico e político.

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O Congresso americano pára hoje, 1º dia do ano novo judeu (pág. 10). Só volta a 2008 e à crise, na 4ª.

Ao Tesouro e ao Fed resta baixar os juros. "Mas é insuficiente". Para o secretário Paulson (foto acima) não há alternativa melhor do que negociar o pacote de novo no Congresso

Mantega: Brasil pode esperar o cheque de Bush ser descontado. O ministro da Fazenda repetiu o mantra do governo: "estamos prontos e atentos" para emergências no Brasil

A CRISE Economia, págs. 1 a 8 e 10

Alguns aviões novos da Embraer não vão decolar. Falta crédito. A Ciranda da crise, na Economia, 8, já pôs na roda a Playboy, a Apple, a Argentina e a Embraer

OPINIÃO/Páginas 2 e 3

Cobertor curto

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Lula assina reforma or tográfica O que muda em 2009. C 1

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - INFORMÁTICA

Newton Santos/Hype

No menu, pagamento pelo celular Na rede de fast food Bon Grillê, o cliente nem precisa levar a carteira

A

s máquinas que autorizam o pagamento com cartões de crédito e débito no varejo começam a dar lugar aos telefones celulares. Esse futuro já chegou ao restaurante Bon Grillê, que tem as lojas do Shopping Market Place, em São Paulo, e do Shopping Rio-Sul, no Rio de Janeiro, equipadas com o sistema Paggo, empresa ligada à operadora móvel Oi. Lá, o cliente não precisa levar a carteira e o garçom não anda com o terminal POS (Point of Sale). Usa-se o telefone. Rapidamente, sem custo para o cliente, o pagamento se realiza por meio de um telefone celular oferecido pelo restaurante. O atendente pede ao cliente o número de seu celular, realiza a operação de venda no aparelho da loja e fornece o número do cliente. Imediatamente, o cliente recebe uma mensagem de texto em seu aparelho, pedindo confirmação da compra e senha. Ao digitar a senha, a operação está concluída. "O cliente nem paga a mensagem de SMS", afirma Orlando Masi Filho, gerente de Tecnologia da Informação da Rede Bon Grillê. O executivo afirma que é o primeiro sistema de crédito por

U

terça-feira, 30 de setembro de 2008

ma das redes antenadas à mobilidade é o Habib's, fast food de comida árabe, com 305 lojas espalhadas pelas principais cidades de 16 Estados do País. Depois de inovar com a implantação da comanda eletrônica, em 2004, a rede percebeu que recursos de mobilidade nas mãos dos garçons aumentaram a satisfação do cliente. Por isso, estendeu a solução para processos de gestão. De acordo com Geraldo Francisco do Espírito Santo Júnior, diretor de TI do Habib´s, a comanda eletrônica reduziu em 15% a velocidade em que o pedido chega à mesa do consumidor. "Antes, os garçons digitavam os pedidos em um ponto coletor fixo, ligado por cabo ao sitema da loja. Em horários de pico, chegavam a formar fila para lançar pedidos à cozinha ou fechar contas no caixa", explica o executivo. Hoje, de posse de um pocket PC, os garçons do Habib's conseguem abrir a mesa quando o cliente chega, lançar pedidos e mensagens, finalizar pedidos e fechar contas, além de disparar ordens automaticamente para as impressoras estra-

celular a entrar em operação no Brasil. A parceria da rede de restaurantes é com a operadora de telefonia móvel Oi, que começa a entrar no mercado paulista. O sistema implantado pela rede Bon Grillê teve como projetos-piloto as lojas do Rio de Janeiro e São Paulo. Masi garante que a segurança do sistema é muito grande, já que a tecnologia da rede de telefonia GSM não permite clonagem de linhas e tem confiabilidade na transmissão de dados. O custo para a rede de restaurantes também é uma grande vantagem apontada pelo executivo. "O aparelho usado na loja é um celular de baixo custo e a taxa mensal de transmissão de dados com a operadora é de apenas R$ 2,50 para esse projeto." A aceitação pelo público parece ser um sucesso. As duas lojas equipadas com o sistema Paggo contabilizam a média de 450 acessos por mês. No Rio de Janeiro, como foi implantado antes, a média é de 300 usuários por mês, que se somam a 150 em São Paulo. A tendência agora é expandir a implantação do sistema para os restaurantes dos shoppings paulistas Iguatemi, Center Norte, Anália

Franco e Paulista – lojas próprias da rede. Posteriormente, os 47 franqueados poderão aderir. O Bom Grillê também opera com o Paggo nos seus restaurantes chamados de sazonais, que são aqueles montados em grandes eventos em temporadas limitadas como, por exemplo, no litoral durante o verão, nas cidades serranas no inverno, e nas grandes cidades que contam com pavilhões de feiras. Antes de começar a usar o pagamento via celular, a rede já tinha implantado o sistema de pagamento das operadoras financeiras, com os conhecidos terminais de cartões. Toda a rede conta com esse recurso, que permanecerá funcionando paralelamente. Rapidez como o cliente gosta Uma das maiores características de quem freqüenta restaurantes no horário comercial é a pressa. Para atender a essa necessidade, a Bon Grillê tem implantado em toda a rede o sistema de comanda eletrônica, com envio de pedidos via Palm. A Bon Grillê tinha a necessidade de agilizar o atendimento, diminuir filas e eliminar erros de coletas de pedi-

As duas lojas da rede equipadas com o sistema Paggo contabilizam a média de 450 acessos por mês dos. Esses foram os motivadores que levaram a Rede a adotar a solução. Também foi a loja do shopping Rio Sul o piloto para um projeto que se iniciou em 2007 e prevê a implantação dos Palms em todos os restaurantes da rede em 2009. A expansão começará pelas lojas de São Paulo. Orlando Masi Filho conta que a redução no tempo de atendimento é de 26% e a taxa de erro nos pedidos – com tantos detalhes de preferências do consumidor – foi reduzida a zero. O sistema do Palm Top foi desenvolvido pela HandSolution e utiliza uma rede wireless de padrão 802.11b. Os micros de mão escolhidos foram o modelo Palm Tungsten, integrados a uma aplicação desenvolvida em Delphi pela equipe de informática da própria Bon Grillê, com banco de dados Access. "Essa plataforma atende perfeitamente às nossas necessidades, e com um custo menor em comparação a outros equipamentos do mercado", comemora Masi.

A prática adotada é de dois atendentes com Palms colherem os pedidos, que são revisados pelos clientes. As informações são transmitidas simultaneamente para o caixa e a cozinha. Enquanto o cliente efetua o pagamento, o prato já está sendo montado. Com isso, reduz-se o tempo de espera. Segundo Masi, a rede é protegida com protocolo WEP (Wired Equivalent Privacy), para evitar que alguém com um equipamento com cartão Wi-Fi tenha acesso e possa modificar os pedidos. O sistema é comandado por dois micros que operaram de forma espelhada. Se acontecer de um deles falhar, o outro assume. Se faltar energia, os no-breaks entram em operação e, em caso de imprevistos, um botão de pânico comanda a impressão de todos os pedidos pendentes. Tendência Toda a automação baseada nas redes móveis tem como objetivo

principal agilizar processos e reduzir insatisfações dos clientes. A nova tendência da Bon Grillê para impressionar ainda mais seus consumidores é a tecnologia de telas touch screen (sensível ao toque dos dedos). "Temos um projeto-piloto em São Paulo com um toten de tela touch screen para o cliente escolher suas opções de pratos em detalhes calmamente", explica Masi. Ideal para o consumidor que tem preferências por pratos bem elaborados e mais tempo para almoçar, esse recurso permite que ele visualize seu pedido e o altere como quiser. Carne mais passada, combinações de acompanhamentos fora do cardápio e outras opções. Esse sistema está integrado à comanda eletrônica, que já providencia pela rede wireless o pedido na cozinha e informa o caixa para cobrança. A novidade está sendo apresentada no primeiro restaurante da rede montado no molde "loja de rua", no Brooklin Novo. (M.D.)

Rede sem fio, caixa sem fila Cesar Diniz/Hype

celulares são a Pekus e a Abbacom, respectivamente.

Na rede de fast food Habib's, a comanda eletrônica trouxe mais agilidade, com redução do tempo de entrega dos pedidos em torno de 40%

tegicamente posicionadas na cozinha e no caixa. A comanda digital é disparada via rede WiFi, sem a necessidade de deslocamento do garçom. Ele tem mais tempo para dar atenção ao cliente. Outro setor muito beneficiado pelo sistema da comanda eletrônica nas lojas do Habib's foi o drive thru. "Um atendente já recolhe os pedidos na fila dos carros, que são enviados pela rede WiFi para a cozinha e a

redução do tempo de entrega dos pedidos foi de 40%", afirma Espírito Santo. O próximo passo, segundo o diretor, será a migração do sistema de informações eletrônicas de um pocket PC para telefones celulares. Com isso, os restaurantes ganharão duas vezes. Primeiro porque será eliminada a necessidade de se instalar várias antenas WiFi em ambientes muito amplos e até na área externa, para o atendimento drive thru.

Segundo, ao se implantar uma s o l u ç ã o d e Vi r t u a l P ro v i d e r Network (VPN) com uma operadora de telefonia móvel, a rede reduzirá muito o custo de aquisição de equipamentos. "Passaremos a usar celulares de baixo custo e a rede de dados da operadora", explica Espírito Santo. Dois restaurantes de São Paulo já testam a nova solução. Os fornecedores das soluções de comanda eletrônica e de

Mobilidade na gestão O leque de vantagens que a mobilidade trouxe ao atendimento no Habib's foi levado agora para os sistemas de gerenciamento. Batizado de "Apoio Móvel", um novo projeto foi estudado para agilizar o trabalho da equipe de gestores de loja. Os gestores visitam os restaurantes para controlar toda a manutenção de mobiliário, patrimônio, obras, jardinagem e outros itens. Todos os registros das visitas são feitos em um relatório, que depois tem seus dados gravados na rede interna. Com um PDA, usando a rede WiFi ou a conexão via cabo das lojas, o gestor passa a transmitir os dados para a administração do Habib's em tempo real. Os pedidos de manutenção são disparados on line. Segundo Espírito Santo, as equipes de controle de qualidade já ficam sabendo de todos os pontos onde é necessária manutenção e, valendo-se do workflow da rede interna, têm seu tempo de atendimento reduzido em 50%. "Os processos de

visita e anotações em pranchetas foram simplificados", afirma. Em um nível mais alto da administração, a equipe de TI do Habib's planejou um sistema de business inteligence, que aproveita todos os dados emitidos pelos restaurantes para cruzá-los e transformá-los em informações estratégicas, que influenciam rapidamente a tomada de decisões. O diretor conta que foi criado o "Control Board Mobile", um painel de informações, que mostra todo o gerenciamento de vendas como faturamento das unidades, fluxo de clientes nas lojas, produtos consumidos, índice de reclamações no delivery – que não pode passar de 1,2% – e outros. A equipe de gestores de lojas pode lançar todos esses dados em tempo real diretamente dos seus PDAs. Esse processo começa a ser implantado, em substituição a relatórios mensais. Segundo Espírito Santo, "apostamos muito na mobilidade porque, no varejo, dois ou três dias de atraso para a tomada de decisões pode comprometer o rendimento". (M.D.)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

PRESIDENTE DO STF CONDENAESTADO POLICIAL

Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Havia um consórcio entre o MP e um juiz e a partir daí se imaginava uma república. Gilmar Mendes

Mendes volta a alertar sobre No embalo 'República da Polícia' G

Eymar Mascaro

Presidente do STF volta a insistir no fim dos abusos em investigações em nome do combate à corrupção

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Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem

ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a advertir ontem, após conferência em São Paulo acerca dos 20 anos da Constituição, sobre os riscos do que chamou de "República da Polícia, república do juiz, do promotor". Em sua cruzada contra abusos de investigações patrocinadas por órgãos oficiais sob o manto do combate ao crime organizado e à corrupção, ele Mendes: "Uma decisão do STF foi descumprida por uma CPI" incluiu em seu libelo excessos e desobediências de comissões parlamentares de inquérito. dos, seja o próprio Judiciário, o sobre o atentado a Carlos La"Já tivemos exemplos em próprio Ministério Público, cerda e a morte de Getúlio Varque havia um consórcio entre mas aí são dissintonias que não gas, em 1954, para reforçar sua Ministério Público e um dado têm nenhum significado no argumentação. "Tivemos em juiz e a partir daí se imaginava sistema macroestrutural da algum momento uma tentatique se tinha funC o n s t i t u i ç ã o . va de autonomização até de dado uma repúS ã o q u e s t õ e s CPIs e tivemos no passado a blica. Vivemos que podem ser história da chamada Repúbliisso em algum corrigidas sem ca do Galeão. Então, podemos momento. Ago- Em tempos mais nenhuma altera- ter problemas de autonomizara, em tempos recentes, temos vivido ção constitucio- ção de processos de investigamais recentes, um tipo de 'República nal. Uma mera ção. Quaisquer que eles sejam, t e m o s v i v i d o da Polícia' e também, alteração legis- precisamos ter cuidados para um tipo de Relativa, às vezes, que andem dentro dos marcos pública da Polí- às vezes, o consórcio o u u m a m e r a institucionais". cia e também, às com juiz e promotor. rein terpret ação Distorção – Mendes declavezes, o consórpor parte do Jurou que "num Estado de DireiGilmar Mendes, cio com juiz e diciário já pode to não há soberanos, todos espresidente do STF promotor". fazer essas cor- tão submetidos à lei". "Quando Mendes reitereções". Ele con- alguém, ou algum setor ,comerou a necessidade de enfrentar denou "tribunais de exceção" e ça a se autonomizar é porque a "ditadura do grampo telefô- as seguidas incursões de seg- estamos tendo alguma distornico". "Aqui talvez seja um mentos da máquina pública ção no modelo de Estado de processo de devido controle pela soberania. Direito", ressaltou o presidendos principais setores envolviRecorreu às investigações te do Supremo.

"Várias CPIs, em algum momento, se autonomizaram. Tivemos a CPI dos Bingos, não faz muito tempo. E a dos Correios (mensalão)." "Podemos falar em algum momento que tivemos medo de que as comissões de inquérito se exacerbassem", insistiu o ministro, dirigindo-se às CPIs. "Tivemos caso em que uma decisão do Supremo, do ministro Cezar Peluso, foi descumprida por uma CPI, aquela CPI da Pirataria. Disseram não à ordem, alegaram que a orientação era para que não houvesse audiência no período da manhã e que estavam realizando a audiência à tarde. Veja, é o tipo de situação que preocupa. Quer dizer, os órgãos decolam de modelos institucionais". Para ele, tribunal de exceção não é uma definição que se aplica exclusivamente a magistrados que agem em parceria com delegados e procuradores. "Em geral, são órgãos que se autonomizam, quaisquer que sejam eles". O presidente do STF voltou a mirar a "República da Polícia" – recado direto à Polícia Federal, que tem responsabilidade de investigar corrupção e fraudes na administração pública. "Podemos ter excessos com inquéritos policiais, não é? Então, é preciso ter cuidado nesse processo para que as instituições funcionem". (AE)

Anuário aponta excesso de leis contrárias à Constituição

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ibeirão Preto é o município paulista que mais produz leis contrárias à Constituição Federal. Das 178 Ações Declaratórias de Inconstitucionalidade analisadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) entre o segundo semestre de 2007 até hoje, 37 foram ajuizadas para contestar alguma lei criada naquela cidade. Deste total, apenas uma foi julgada constitucional. O levantamento faz parte do Anuário da Justiça Paulista 2008, elaborado pelo site Consultor Jurídico (Conjur) e lançado ontem. O diretor de redação do Conjur, Maurício Cardoso, atribui o volume de leis inconstitucionais a uma ferrenha disputa entre o prefeito da cidade, Welson Gasparini (PSDB), e o presidente da Câmara dos Vereadores, Cícero Gomes da Silva (PMDB). As diferenças partidárias ocorrem há pelo menos quatro anos. "Por causa das divergências, os vereadores acabam elaborando leis que deveriam ser criadas pelo Executivo", explica ele. No levantamento, o segundo lugar do ranking de leis inconstitucionais é ocupado pelo município de Bertioga. De um total de 11 Ações Declaratórias de Inconstitucionalidade que chegaram ao TJ-SP envolvendo a cidade, os magistrados decidiram que 10 afrontam a Constituição. Embora a mais importante e com maior produção legislativa, São Paulo ocupa posição confortável. Das três legislações que foram alvos de ação do gênero, apenas uma foi julgada inconstitucional. Conforme o levantamento, 75 municípios paulistas tiveram leis que foram declaradas inconstitucionais. Silvia Pimentel

ilberto Kassab continua crescendo nos bairros da periferia, redutos eleitorais do PT, por isso abriu 4 pontos de vantagem sobre Alckmin na pesquisa Datafolha e 5 pontos no Ibope. Se conseguir sustentar a mesma linha ascendente até domingo, o prefeito supera a barreira do primeiro turno e disputa o turno final com Marta Suplicy. Para se recuperar, Alckmin precisa "roubar" votos dos dois principais adversários. Como a margem de erro no Datafolha é de 2 pontos, para mais ou para menos, e de 3 pontos no Ibope, os marqueteiros dizem que Alckmin e Kassab estão tecnicamente empatados, mas com ligeira vantagem para o prefeito.

CAUTELA Gilberto Kassab faz questão de convencer sua equipe de que nada ainda está decidido. O prefeito quer que o grupo mantenha o mesmo espírito de luta. Kassab não quer saber do clima de "já ganhou".

LIDERANÇA Marta Suplicy mantém os mesmos índices registrados nas últimas pesquisas – 37% de intenção de voto no Datafolha e 35% no Ibope. Com esses resultados, a petista assegura passagem para o segundo turno.

INEFICIENTE Esta não é necessariamente uma boa notícia para a campanha de Marta. A petista, que chegou a alcançar 41% das intenções de voto, esperava melhorar seu desempenho com a presença do presidente Lula em caminhadas e comícios ao lado da ex-prefeita. Não foi o que aconteceu.

POPULAR Mesmo assim, o PT acredita que Lula poderá fazer a diferença no segundo turno em favor de Marta, ainda mais após as pesquisas constatarem que a popularidade do presidente chegou à casa dos 80%.

tom às críticas de Alckmin. O prefeito preferiu manter o mesmo estilo de campanha.

COMO ESTÁ De acordo com as recentes pesquisas, se a eleição fosse hoje, Marta teria no primeiro turno cerca de 2,5 milhões de votos; Kassab alcançaria de 1,8 milhão a 2 milhões de votos e Alckmin ficaria com 1,5 milhão.

GERENCIAMENTO A coordenação de campanha do DEM tem um objetivo nos últimos dias de campanha: gerenciar a vantagem de Kassab sobre Alckmin. Detalhe: a campanha eleitoral na televisão acaba na próxima quinta-feira.

PREOCUPAÇÃO Os resultados das pesquisas Datafolha e Ibope irritaram os aliados de Alckmin, que esperavam mais empenho do governador José Serra na campanha do candidato do seu partido. Mas o governador preferiu se preservar para o segundo turno da disputa.

INCLINAÇÃO A tendência das pesquisas é que Kassab continue crescendo. No Datafolha, o democrata está com 24% de preferência eleitoral e, no Ibope, com 25%. Alckmin mantém 20% nas duas pesquisas.

REGIÕES As pesquisas confirmam que Kassab acertou em cheio ao polarizar a campanha com Marta Suplicy. O prefeito está tirando votos na periferia da petista nos bairros da periferia, sobretudo nas zonas leste e sul.

IMPORTÂNCIA É historicamente importante o candidato ser bem votado nos dois principais redutos eleitorais da Capital, que são as zonas leste e sul. As duas regiões somam cerca de 60% do total de eleitores na cidade.

EM VÃO Em contrapartida, as pesquisas indicam que Alckmin errou ao criticar Gilberto Kassab no campo da ética. Não adiantou o tucano pregar na rua e na televisão que Kassab esteve ligado aos ex-prefeitos Celso Pitta e Paulo Maluf, e que agora está aliado com o PMDB do ex-governador Orestes Quércia.

NÃO GOSTA Segundo marqueteiros, o eleitor costuma repudiar agressões entre candidatos durante a campanha. Mesmo sob tiroteio, Kassab não respondeu no mesmo

PARTICIPAÇÃO José Serra promete se empenhar a fundo no segundo turno, seja a favor de Alckmin, seja em apoio a Kassab. Comenta-se entre tucanos que o governador poderá se licenciar do cargo para se dedicar integralmente à campanha de seu candidato.

CARA A CARA O PT garante que se Serra vai participar da campanha do segundo turno, o presidente Lula também se engajará na campanha de Marta Suplicy. Por isso, os eleitores de São Paulo vão assistir a um empolgante embate entre duas das principais lideranças políticas do País.

ENGAJAMENTO A ministra Dilma Rousseff confirma que deverá participar de algumas campanhas de petistas no segundo turno das eleições municipais. Portanto, a presença da ministra na campanha de Marta é considerada certa.

CANDIDATURA Virtual candidata do PT ao Palácio do Planalto em 2010, Dilma tem interesse em participar das campanhas nas capitais. Até prova em contrário, Dilma é a candidata preferida de Lula.


terça-feira, 30 de setembro de 2008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


2 - ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

1 Vanderlei Almeida/AFP

O presidente Lula, ao assinar a adesão do Brasil ao novo tratado de ortografia do português.

E vamos reaprender o português... A partir de janeiro de 2009, entrarão em vigor as novas regras de ortografia da língua portuguesa, às quais o Brasil aderiu ontem, na ABL Tasso Marcelo/AE

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem, na Academia Brasileira de Letras (ABL), decreto que normatiza a adesão do Brasil ao acordo ortográfico da língua portuguesa, que entrará em vigor em janeiro de 2009. O evento também marcou os cem anos da morte do escritor Machado de Assis, fundador da ABL. Lula disse que o incentivo à leitura é uma prioridade e quer que até 2009 toda cidade do Brasil tenha uma biblioteca pública. Pelo menos 630 municípios brasileiros não têm biblioteca pública. Ele também afirmou que as salas de leitura em áreas consideradas de risco receberão computadores, agentes de leitura e melhorias no acervo e mobiliário, como parte do Plano Nacional do Livro e da Leitura. O decreto assinado pelo presidente na ABL estabeleceu o cronograma de vigência do acordo ortográfico, que prevê mudanças na escrita de palavras, decreta o fim do trema, suprime consoantes mudas e vários acentos, além de simplificar o emprego do hífen e incluir no alfabeto as letras w, k e y (veja artes). As novas regras entram em vigor em janeiro, mas as antigas permanecerão, como uso facultativo, até de-

zembro de 2012. Até lá, as duas regras valerão em concursos públicos, vestibulares, provas escolares e demais exames. Já os livros didáticos terão até 2010 para se enquadrar. "O acordo pode ajudar, mas para mim é completamente inútil e improdutivo. Se mandaram tirar o acento, eu tiro, mas obedeço contra a vontade", protestou, bem-humorado, o acadêmico Carlos Heitor Cony. "Cultivar e tratar a língua é uma forma de manifestação de poder", defendeu o acadêmico Marcos Villaça, lembrando que organismos internacionais têm dificuldades de escolher entre o português do Brasil e o de Portugal na redação de documentos. Para ele, em dois anos, os brasileiros já estarão habituados. "O que temos de modificar é tão pouco. Só a simplificação da regra do hífen já é boa coisa." Para Lula, o acordo poderá ampliar a cooperação comercial e social com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Na sessão solene, Lula recebeu do acadêmico e senador José Sarney uma medalha alusiva ao centenário de morte de Machado de Assis. Em www.dcomercio.com.br ensaio de Renato Pompeu e a íntegra das alterações

Prefeitura deverá rever placas de informação Rejane Tamoto

A

Prefeitura de São Paulo ainda não fez um levantamento nem um cronograma das placas que terão de ser trocadas na cidade, em função das novas regras do acordo ortográfico da língua portuguesa. A diretora de Meio Ambient e e Pa i s a g e m U r b a n a d a Emurb, Regina Monteiro, prevê poucas alterações nas placas existentes. Segundo ela, as placas com nomes de ruas, por exemplo, só poderão ter a grafia alterada com a redação e publicação de um decreto no Diário Oficial do Município. Um exemplo é a palavra a ss embléia, que terá seu acento agudo extinto e passará a ser assembleia. "Se a palavra for nome de uma rua, não poderá ser

alterada porque é uma lei municipal. Os nomes oficiais continuarão os mesmos", disse a diretora. Segundo ela, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) deverá fazer uma revisão das placas de trânsito. Procurada pela reportagem do Diário do Comércio, até o fechamento desta edição a CET não informou se promoverá alguma mudança . Regina, no entanto, acredita que deverá haver ajuste em algumas das 600 novas placas de sinalização turística que serão instaladas no Centro até o final do ano (marrons e de padrão internacional) que identificam os equipamentos culturais e históricos da metrópole. "Essas placas são adesivadas e, por isso, será fácil alterá-las", disse a diretora.

Cultivar e tratar a língua é uma forma de manifestação de poder. Marcos Vinícios Villaça, acadêmico

Na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva olha para o monumento em homenagem a Machado de Assis. À sua esquerda, o jornalista e escritor Cícero Sandroni. À sua direita, o acadêmico Marcos Vinícios Villaça.


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Ambiente Educação Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Apenas três baixos de viadutos foram concedidos oficialmente pela Prefeitura a entidades.

ESPAÇO LIVRE É DE UM MILHÃO DE M²

Ocupar baixos de viaduto é ponte para o futuro de SP

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Reinaldo Canato/Hype - 28/08/2006

Tiago Queiroz/AE - 09/12/2007

Estudo do Mackenzie revela nova maneira de ocupar o espaço urbano paulistano, aproveitando as estruturas Reinaldo Canato/Hype - 28/08/2006

Rejane Tamoto

O

s 240 viadutos e pontes, 75 passarelas e 700 pontilhões de São Paulo podem representar apenas obras viárias para aliviar o trânsito no olhar do paulistano apressado. Mas durante um ano e meio, o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) do Mackenzie, arquiteto Igor Guatelli, observou a parte de baixo destes locais em busca de um significado para eles. O resultado está no livro com DVD Condensadores Urbanos Baixio Viaduto do Café Academia Cora Garrido, publicado pela editora MackPesquisa, da Universidade Mackenzie, que será lançado e distribuído gratuitamente hoje, a partir das 19h30, no Museu da Casa Brasileira, na avenida Faria Lima, 2705. Com uma tiragem de 800 exemplares, o livro com DVD será distribuído também em universidades e órgãos públicos da Capital e outros Estados. "O objetivo é colocar em discussão como os baixos dos viadutos podem ser melhor aproveitados pela comunidade e, ao mesmo tempo, cumprir um papel social", disse Guatelli. Para medir quanto espaço vazio – ou residual – existe embaixo de pontes, viadutos e pontilhões da cidade, o professor fez uma conta especulativa e chegou ao número de 1 milhão de metros quadrados. Significado – Segundo Guatelli, desse total, apenas três baixos de viadutos foram concedidos oficialmente pela Prefeitura de São Paulo a entidades. Para o arquiteto, as parcerias conferiram aos locais um novo significado. Um exemplo delas se transformou no tema do livro do professor, a ocupação dos 2.200 metros quadrados sob o Viaduto do Café, na Bela Vista, pela academia de boxe Cora Garrido. No espaço, além de atividades culturais e esportivas, há um sacolão. Ao todo, o espaço tem 7 mil metros quadrados. "A academia é um exemplo de trabalho social que recuperou aquele espaço. É como se o baixo daquele viaduto tivesse retornado à cidade não só na utilização, mas na construção de uma coletividade", afirmou. Arquiteto, Guatelli desenhou para a academia

Acima e ao lado, a academia de boxe Cora Garrido, localizada sob o Viaduto do Café, na Bela Vista, e que inspirou o estudo para a ocupação social dos baixios de pontes e viadutos paulistanos. Ao contrário do que ocorre em cidades como Nova York, Londres e Buenos Aires, esse tipo de espaço urbano é muito pouco utilizado em São Paulo.

Em 2007, sismógrafo registrou tremor de 4,9 graus em Minas Gerais

Rafael Hupsel/Luz - 29/06/2007

Minas: tremor de 3,1 graus assusta Uberaba

U

m tremor de terra de 3,1 graus na escala Richter assustou os moradores do Triângulo Mineiro, ontem à tarde. O fenômeno foi sentido nos municípios de Uberaba, Conquista, Sacramento, Ponte Alta, Santa Juliana e Nova Ponte, todos em Minas. O evento ocorreu às 12h19, no horário de Brasília, e, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), atingiu uma área de cerca de cinqüenta quilômetros de raio. Em dezembro de 2007, tremor de 4,9 graus foi detectado em Itacarambi, também em Minas. Segundo os técnicos da UnB, o tremor de ontem foi de pequena magnitude, mas suficiente para que os moradores da região sentissem os móveis se mexendo e para que houvesse que-

A idéia não é só ocupar o baixo do viaduto. A proposta é que o espaço tenha um papel social e de construção de coletividades. Um modelo adequado seria unir as iniciativas públicas e privadas. Arquiteto Igor Guatelli, autor do estudo sobre os baixos dos viadutos de Garrido um projeto com ringues de boxe deslizantes em trilhos e combinados com degraus, além de armários e mezanino. A academia continuaria à mostra, segregada do espaço público apenas por vidros. Contêineres seriam usados para os vestiários, escritórios e alojamentos. Mas, por enquanto, a idéia ficará no papel. "Precisamos ir atrás da iniciativa privada", disse. Modelo – Segundo o arquiteto, a ocupação de baixos de viadutos é uma tendência mundial. Para ele, no entanto, não seria o caso de

da de objetos leves de prateleiras. Não foram registradas vítimas ou prejuízos graves. Ainda de acordo com o Observatório, é possível que outros tremores menores ou até mesmo maiores sejam sentidos na região. "É um comportamento muito aleatório, cada caso é um caso", explicou o geólogo Cristiano N. Chimpliganond. Segundo ele, o estrondo que foi relatado por moradores da região é natural na ocorrência de tremores. “Se o tremor é raso e a gente está perto do epicentro, dá para ouvir um estrondo, como se fosse uma explosão ou trovão. É a onda sísmica, que se propaga pela rocha no subsolo. Quando chega na superfície passa para o ar, transmite um pouco dessa energia e gera esse barulho”, explicou o geólogo. (Agências)

Juíza determina que Gol apresente seu seguro São Paulo seguir os modelos de cidades como Londres, Nova York e Buenos Aires, nos quais os baixos de viadutos se transformaram em galerias e restaurantes. A parte de baixo da maioria dos viadutos de São Paulo, segundo Guatelli, são espaços à espera de um significado. Além do viaduto do Café, o arquiteto visitou o baixo do viaduto Alcântara Machado, no Glicério, que também possui uma academia de boxe com atividades esportivas e culturais, de 15 mil metros quadrados. O arquiteto também esteve

sob o viaduto João Moura, em Pinheiros, para observar os 6 mil metros quadrados ocupados por um sacolão e por uma fábrica de reciclagem da Cooperativa de catadores autônomos de papel, aparas e materiais renováveis (Coopamare) e pela Cooparte – Oficina Escola, Educação, Arte e Reciclagem. "A idéia não é só ocupar o baixo do viaduto. A proposta é que o espaço tenha um papel social e de construção de coletividades. Um modelo adequado seria unir as iniciativas públicas e privadas ", disse.

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juíza Jane Franco Martins Bertolini Serra, da 40ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, concedeu ontem liminar em favor de parentes de uma das 154 vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006, determinando que a companhia apresente em juízo cópia de sua apólice de seguro. Com isso, os advogados pretendem mostrar que a empresa tem condições de pagar indenizações maiores do que as concedidas até agora pela Justiça brasileira. Ontem a tragédia completou dois anos. Distribuído na última sexta-

feira, o processo foi movido por um grupo de 13 familiares que, nos meses seguintes ao acidente, optou por ingressar com ação na Justiça dos Estados Unidos. Além da Gol, os alvos eram a Honeywell (fabricante do transponder do jato Legacy, que se chocou com o Boeing da Gol), a Embraer (fabricante do jato) e a ExcelAire (empresa de táxi aéreo que havia acabado de adquirir a aeronave). Na mesma liminar, a juíza concedeu tutela antecipada para alimentos, a fim de garantir o sustento dos familiares da vítima. As 13 ações envolvem entre 40 e 45 pessoas. (AE)

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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NOVA TENTATIVA SERÁ FEITA NA QUINTA-FEIRA

Não entraremos em recesso enquanto essa questão não for resolvida. Steny Hoyer, líder da maioria na Câmara

Os dois candidatos trocam acusações E todos defendem a necessidade de aprovar medidas para salvar a economia Brian Snyder/Reuters

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t u m u ltuada c o r ri d a presidencial nos Estados Unidos foi lançada em águas ainda mais turbulentas ontem, com a rejeição da Câmara dos Representantes ao pacote de ajuda de US$ 700 bilhões. O candidato democrata, Barack Obama, declarou-se confiante em que o Congresso encontrará uma solução para o impasse, "mas será um caminho tortuoso". Obama disse ter conversado com Henry Paulson, com a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e com os políticos,para decidir qual será o próximo passo. Seu oponente, o republicano John McCain, não fez nenhum pronunciamento pessoal sobre a rejeição, mas seu principal assessor para assuntos econômicos culpou os democratas pela situação. "Esse projeto de lei não passou porque Barack Obama e os democratas colocaram a política à frente do país", queixou-se Doug HoltzEakin, o assessor de McCain. Líderes dos dois partidos prometeram votar um novo projeto de lei ainda nesta semana. "Precisamos renovar os esforços para achar uma solução que o Congresso possa apoiar", disse o líder da minoria na Câmara, o republicano

Jason Reed/Reuters

O projeto não passou porque Barack Obama e os democratas colocaram a política à frente do país. Holtz-Eakin, assessor de McCain

Confio que o Congresso encontrará uma solução para o impasse, mas será um caminho tortuoso. Obama, candidato democrata

John A. Boehner. O líder da maioria na Câmara, Steny Hoyer, disse que o Senado pode votar um projeto de lei na quinta-feira, e que esse texto poderia depois seguir para a Câmara para ser apreciado. "Não entraremos em recesso enquanto essa questão não for resolvida", disse Hoyer. Ele afirmou estar trabalhando em um consenso com líderes republicanos. Para os defensores do pacote,

quanto mais tempo o país ficar sem a legislação, mais paralisado o mercado de crédito ficará, e empresas terão dificuldades para financiar suas operações. "Quando as conseqüências da inação do Congresso se tornarem claras, os americanos não vão tolerar aqueles que ficaram parados e deixaram a calamidade acontecer", escreveram os líderes da Câmara de Comércio do EUA em carta aos congressistas. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - INFORMÁTICA

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

O futuro da mobilidade Com o barateamento dos smartphones, as possibilidades são enormes: telefonia IP e gerenciamento de força de vendas é só o começo

ada vez menores, mais poderosos e com baterias de longa duração, os dispositivos móveis ditam o comportamento das pessoas daqui para a frente. A terceira geração de redes telefônicas móveis (3G) começa a mostrar o valor das aplicações móveis e sua influência no cotidiano. Basta ver o sucesso do iPhone, da Apple. Outras tecnologias, como WiMax (rede sem fio que pode abranger toda uma cidade), ainda devem provar sua viabilidade comercial. Em entrevista especial para o Diário do Comércio, Eduardo Mattos, diretor comercial de telecomunicações e energia da Atos Origin, uma das maiores consultorias e prestadora de serviços de TI com operação no Brasil, aponta algumas tendências no contexto do mercado nacional. Diário do Comércio - O mercado de aplicações móveis ainda está incipiente ou já se pode considerar de bom porte? Eduardo Mattos - Existe muito espaço para crescimento e oferta de serviços, o número de acessos banda larga cresce exponencialmente no Brasil. Porém, podemos nos arriscar em dizer que o mercado está longe do amadurecimento. DC - Há ofertas atrativas de aplicações móveis para pequenas e médias empresas no Brasil ou o preço ainda é um impedimento? EM - Existem inúmeras ofertas de serviços para o mercado corporativo, mas ainda não vivemos um boom de aplicações, mais por conta de restrições tecnológicas do

Divulgação

Podemos citar inúmeras aplicações, desde a mais simples, como navegação na internet, até telefonia VoIP, IPTV, VoD Eduardo Mattos

que comerciais. Quando efetivamente tivermos acesso irrestrito a custos competitivos de banda larga móvel em todo o País (3G, Wimax ou outra), veremos inúmeras soluções e ofertas aparecerem convergindo o mundo móvel ao mundo da internet. DC - Quais possibilidades a banda larga móvel trará? EM - Banda larga móvel, aliada aos smartphones cada vez mais acessíveis e melhores, dão ao con-

sumidor inúmeras oportunidades. Vivemos a convergência do mundo IP para o mundo móvel. Podemos citar inúmeras aplicações, desde a mais simples, como navegação na internet, até as mais elaboradas, como telefonia VoIP, IPTV (TV pela internet), VoD (vídeo on demand) e muitas outras. Este também será um grande desafio para as operadoras de telefonia móvel. Elas não devem se tornar apenas o meio de acesso, mas

sim como drivers de solução de valor agregado. DC - Que tipo de aplicações o mercado brasileiro de pequenas e médias empresas adota mais? EM - As PMEs buscam sempre o aumento de lucratividade e retorno do investimento. Mas cada uma tem suas necessidades de aplicações móveis. No mercado atual percebemos a oferta de serviços para dois tipos de empresas: 1. Aquelas que possuem grande

quantidade de profissionais fora do escritório e que precisam baratear custos de comunicação deles com o escritório. Ao mesmo tempo, eles têm de municiar com informações sobre clientes, serviços a executar e outras. Elas também podem se valer das soluções de localização, que ajudam os escritórios a gerenciar de maneira mais efetiva os recursos móveis. Os serviços mais adequados no momento para elas são os baseados em automação de força de vendas, Location Based Services Identity (LBS) e voz sobre IP (VoIP). 2. Aquelas empresas que necessitam apenas de soluções corporativas, como e-mail ou de colaboração entre equipes. Essas podem começar a experimentar a mobilidade por meio de serviços que usam smartphones de menor custo, e também a colaboração via Web (data sharing). DC - De que forma e com qual velocidade o mercado está absorvendo soluções? EM - Os consumidores, corporativos ou não, buscam sempre novas maneiras de se comunicar. O mercado tem demanda reprimida de oferta de aplicações e soluções. Então, novas tecnologias e aplicações práticas serão absorvidas rapidamente. Precisamos ficar atentos sempre ao valor agregado ao consumidor, todo dia são anunciadas tecnologias novas, que muitas vezes podem não trazer valor às teles ou aos consumidores. Podem se tornar comercialmente inviáveis. Um caso de sucesso recente é o 3G. O acesso em banda larga no Brasil cresce rapi-

damente e a disponibilidade desta banda móvel ainda não foi totalmente explorada pelos consumidores. Vamos agora observar o roll-out do WiMax, que deve caminhar no mesmo sentido. DC - Qual a tendência em mobilidade daqui para frente? Mobile payment, mobile advertising? EM - Quando falamos em mobilidade, precisamos destacar o valor destas soluções para o mercado corporativo, quer seja aumento da produtividade, fidelização dos clientes ou otimização de custos. Para as PMEs acrescenta-se ainda a necessidade de baixo investimento. Ou seja, elas comprarão pacotes de serviços das operadoras de telefonia móvel ou parceiros. Como banda larga móvel já é uma realidade, ainda que restrita em cobertura, somada ao barateamento dos smartphones, a gama de serviços e possibilidades para os consumidores é enorme: telefonia IP e gerenciamento de força de vendas é só o princípio. Quando falamos em mobile marketing ou mobile advertising, os próximos passos ainda são incertos. A principal restrição reside na aceitação do consumidor em pagar menos, porém ter seu celular "invadido" por propaganda. Vale observar o que acontecerá com as iniciativas dos grandes players mundiais, como o Google, neste contexto. Quanto ao mobile payment, na Europa os primeiros celulares com a tecnologia NFC (Near Field Communication) já estão no mercado. Portanto, o celular se transformará em um verdadeiro cartão de crédito rapidamente. (M.D.)

Supermercado com supertecnologias H

Thiago Bernardes/Luz

Loja do Pão de Açúcar no Shopping Iguatemi usa identificação por radiofreqüência (RFID) e atualização de preços na gôndola por rede Wi-Fi. A telefonia corporativa é baseada em VoIP, com encriptação das linhas.

têm etiqueta RFID (identificação por radiofreqüência) por item na gôndola. Segundo Lima, o custo ainda deve se manter proibitivo por algum tempo para uma adoção massiva. No entanto, ele busca antecipar as brechas de segurança que surgem. "Estudamos os riscos associados a processos de negócio, às informações de negócios, e até à privacidade do consumidor", descreve. Ele conta que na Metro – uma outra loja futurista, na Alemanha – os clientes se incomodavam com a possibilidade de rastreamento da mercadoria após a compra, o que levou a implementação de um queimador de etiquetas na saída. Em contrapartida, pode ser interessante manter a etiqueta, para que, por exemplo, o dono de um restaurante possa automatizar o gerenciamento de sua adega. "São variáveis que dependem do comportamento do consumidor e das estratégias de marketing", constata. O gestor de segurança indica que o uso de RFID, mesmo

á cerca de um ano, o Grupo Pão de Açúcar e um conjunto de 13 grandes fornecedores de tecnologia para o varejo montaram uma loja-conceito, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, com o objetivo de experimentar novas tecnologias aplicadas ao setor (ver em DCInformática, de 27/08/2007). Em paralelo às novas experiências de funcionários e consumidores, Alexandre Lima, gerente de Segurança da Informação do grupo, tem a incumbência de harmonizar o uso de tecnologias inovadoras (cujos riscos ainda não são totalmente conhecidos) a rigorosas exigências de proteção. "Nossa política tem três pilares: confidencialidade, integridade e disponibilidade", resume. Ele esclarece que, além das pressões internas, a área de segurança está sujeita a auditorias de conformidade às normas da SOX (regulamentação para companhias com capital em bolsas nos EUA) e PCI/DSS (padrão de segurança para agentes de cadeias de pagamentos). Entre os vários experimentos na loja, os artigos da seção de vinhos já

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que restrito às embalagens do estoque, recomendam novos cuidados de segurança patrimonial, que ele prefere não exemplificar. Nas lojas do grupo, mais de 50% dos pagamentos são feitos com cartão de débito ou crédito, tendência acentuada entre os consumidores da loja high tech. "O PDV é nosso ativo mais crítico; não pode parar", afirma Lima. A conectividade da unidade à matriz é contingenciada por satélite. Na rede local, o tráfego de transações financeiras flui em uma rede segmentada. Embora use Linux nos terminais da rede de supermercados, a loja do Iguatemi usa uma versão embarcada do Windows XP no PDV. A rede Wi-Fi da Loja do Futuro dá suporte a aplicações que atenuaram bastante alguns riscos operacionais. Uma delas é a de etiquetas eletrônicas, que são atualizadas imediatamente em todas as gôndolas, evitando divergências entre o preço exibido e o valor cobrado no caixa. Outra melhoria foi o gerenciamento dos coletores de dados. "Antes se perdia tempo procurando dispositivos esquecidos nas gavetas. Agora o servidor vê o que saiu e o que voltou, além de não ter que esperar uma sessão em bacth para atualizar a base de dados", compara. A telefonia corporativa é baseada em VoIP, com encriptação das linhas. "Temos VoIP seguro desde a segunda semana de operação de loja. Isso deve ser replicado", adianta Lima. (V.C.)


terça-feira, 30 de setembro de 2008

Educação Saúde Ambiente Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Veleiro se soltou do cais do iate Clube e foi arrastado pela forte ressaca da madrugada.

SURFISTAS APROVEITARAM AS ONDAS

Fotos de Fábio Motta/AE

Ó RBITA

GELADEIRA

H

enrique Farina Pereira, de um ano e sete meses, morreu ontem de manhã em Ribeirão Preto (SP). Ele ficou internado durante 20 dias, desde quando foi atingido pela queda de uma geladeira, numa escola particular em Bebedouro, onde morava. No acidente, ele sofreu traumatismo craniano, teve a cabeça cortada e uma lesão na nuca. O menino estava sendo levado para o banho quando ocorreu o incidente. A Polícia Civil acompanha o caso, que passa a ser investigado como homicídio culposo (sem intenção de matar). Em outro caso semelhante na região, em Miguelópolis, Ana Luíza Virgulino, de um ano e meio, também morreu. A geladeira da casa onde vivia caiu sobre ela no dia 16, quando a mãe e o padrasto, embriagados, discutiam. Ana Luíza ficou internada em Franca e morreu no dia 19. A mãe, Fabíola da Silva Pedro, e o padrasto, Marcelo Pinheiro de Souza, respondem por homicídio culposo. A mulher tentava evitar que o marido saísse de casa colocando a geladeira na porta. Na confusão, ela caiu sobre Ana. (AE)

RESSACA ARRASTA VELEIRO NO RIO

A

ressaca que atingiu a orla do Rio de Janeiro na madrugada de ontem fez com que um veleiro fosse levado pelas ondas e encalhasse sobre uma barreira de pedras, bem próximo da pista onde passam os carros, na altura do Curvão da Pirâmide, na Enseada de Botafogo. Ninguém ficou ferido porque a embarcação estava no Iate Clube e os bombeiros do Grupamento Marítimo (G-Mar) acreditam que ela

tenha se soltado da âncora. Essa informação foi confirmada pelo proprietário da embarcação. Segundo ele, o veleiro se soltou do cais por volta das 19h de domingo e foi arrastado pelas ondas. O veleiro, que sofreu avarias no casco, foi construído em 1979 e está avaliado em cerca de R$ 85 mil. Ontem, surfistas aproveitaram o que restou da ressaca e pegaram ondas na praia do Arpoador, zona sul do Rio. (Agências)

CET INICIA INSPEÇÃO GRATUITA

A

inspeção veicular gratuita oferecida pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começou ontem e irá até sexta-feira. Nesse período, quem não puder verificar os cerca de 70 itens mecânicos e de segurança do veículo, não precisa se preocupar, pois o serviço é oferecido durante uma semana por mês, em datas que serão divulgadas antecipadamente pelo órgão. Para participar, não é

preciso marcar hora. A inspeção dos veículos não é obrigatória. Para passar pela vistoria, é preciso levar o automóvel ao Centro de Educação de Trânsito, na avenida Marquês de São Vicente, 1.154, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h. A checagem dura entre 15 e 30 minutos. Ao final, a equipe técnica emite um laudo com os pontos que devem ser corrigidos. (Agências)

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Agronegócio Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

EUROPEUS SOCORREM BANCOS

Spencer Platt/Getty Images/AFP

terça-feira, 30 de setembro de 2008

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por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa desde o início do ano. No mês, índice perde 17,3%.

Paulo Whitaker/Reuters

Pregão de desespero na Bovespa: queda de 9,3%.

Phil Noble/Reuters

Principal índice do mercado acionário chegou a cair 13,8%. Negócios chegaram a ser interrompidos. Em dificuldades, britânico Bradford & Bingley será estatizado.

Situação difícil para os bancos na Europa

A

crise sistêmica que atinge o mercado bancário norte-americano chegou efetivamente à Europa, o que contribuiu para as fortes baixas das bolsas do continente ontem. No fim de semana, o governo britânico anunciou que vai estatizar o Bradford & Bingley (B&B). O espanhol Santander deve comprar os depósitos e a rede de agências do B&B. Já o banco alemão Hypo Real Estate, que corre risco de quebrar, obteve de um consórcio de instituições

financeiras do país créditos "suficientes" para prosseguir suas atividades. Essas notícias se somam ao resgate do banco belga Fortis, que será parcialmente estatizado, recebendo um total de US$ 16,4 bilhões. Nos EUA – Na manhã de ontem, o Citigroup anunciou ter concordado em adquirir as operações bancárias do Wachovia por US$ 2,1 bilhões em ações. Foi mais um acerto intermediado pelo governo federal, desta vez pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC, agência federal que garante os depósitos bancários). O Citigroup irá assumir US$ 53 bilhões em dívidas do Wachovia. (AE)

A

rejeição d a C âmara dos Estados Unidos ao pacote bilionário para ajudar o sistema financeiro praticamente levou as principais bolsas de valores do mundo para o precipício ontem. Após uma semana de intensa negociação, o projeto acertado entre democratas e republicanos no último domingo foi derrotado por 228 votos contra e 205 a favor, o que fez o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, ter a maior queda em pontos de sua história (leia mais sobre as bolsas americanas nesta página). O Ibovespa, principal referência dos negócios com ações no Brasil, despencou 9,36% no fechamento, ao fim de um pregão em que predominou o pânico entre os investidores. No pior momento do dia, o índice teve desvalorização de 13,81%. Quanto a queda atingiu 10%, foi acionado o mecanismo de circuit breaker, que interrompe as operações para evitar distorções nos negócios (leia mais no quadro). Tamanha turbulência fez o indicador fechar com a maior queda percentual desde 14 de janeiro de 1999, quando havia despencado 9,97% e o sistema de interrupção tinha sido acionado pela última vez. Naquela época, o Brasil atravessava a crise que culminou com o fim do câmbio fixo. O dólar comercial, por sua vez, disparou 6,15% ontem, para R$ 1,966. Com o péssimo resultado do primeiro pregão desta semana, o Ibovespa passa a acumular perdas de 17,33% no mês de setembro. No ano, a queda do índice atinge 27,95%.

Um dia para ficar na história de Nova York

F O pacote de ajuda do Tesouro, que prevê US$ 700 bilhões para o sistema financeiro, encontrou resistências no Congresso ao longo da última semana, o que levou os parlamentares a passar o fim de semana buscando um consenso. O acordo chegou, ainda sob críticas, mas poucos no mercado brasileiro previam que a Câmara rechaçaria o acordo. A interpretação dos analistas brasileiros é de que os congressistas dos EUA pensariam que se a situação está ruim com o pacote, ficaria bem pior sem ele. A fragilidade dos bancos internacionais, em destaque depois da estatização de instituições na Europa, foi outra péssima notícia do dia.

Capital em fuga – Na Bovespa, houve fuga de capital de todas as naturezas. "Estrangeiros venderam, investidores brasileiros venderam, índios, maias e tudo o mais", brincou um profissional, em tom de desespero. Além da fuga dos investidores, houve um movimento de "stop loss". Segundo ele, essa direção deve continuar nesta terça-feira, depois que as pessoas físicas que investem na bolsa assistirem, na televisão, ao noticiário do pregão caótico de ontem. "Tenho certeza de que vão se desfazer de suas posições", afirmou. No pior momento da sessão, as ações da Petrobras e da Vale, as blue chips do pregão, derreteram mais de 15%. (AE)

oi um dia de cão no mercado norte-americano de ações. O índice Dow Jones fechou em baixa de 6,98%, aos 777,68 pontos. Foi a maior queda em pontos de todos os tempos e o nível mais baixo desde 27 de outubro de 2005. O S&P-500 teve sua maior redução percentual, de 8,79%, desde o "crash" de 26 de outubro de 1987. Já o Nasdaq encerrou o dia com retração de 9,14%, o patamar mais baixo desde 13 de maio de 2005, pouco depois de estourar a "bolha da internet". A rejeição pela Câmara do pacote de US$ 700 bilhões pegou os investidores no contrapé. Segundo Joe Saluzzi, da corretora Themis Trading, os participantes do mercado acompanharam a votação como se estivessem numa corridas de cavalos. "A maioria das apostas era pela aprovação. Por isso, as pessoas ficaram chocadas, com raiva, sentindose traídas", disse. (AE)

"Telefones não paravam de tocar" Sonaira San Pedro

O

pânico tomou conta do mercado acionário brasileiro ontem, depois que o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi interrompido durante meia hora pelo acionamento do mecanismo de circuit breaker – o que acontece sempre que o Ibovespa recua mais de 10%. Com a reprovação do pacote de ajuda do governo norte-americano ao setor financeiro, a última esperança de minimizar a crise do crédito imobiliário de alto risco – conhecida como crise do subprimes – foi por água abaixo. E levou com ela mercados financeiros do mundo todo logo no primeiro pregão da semana.

"Os telefones não paravam de tocar, com investidores assustados com o que acontecia. Mas as recomendações foram de manutenção dos papéis", disse o operador sênior da Tov Corretora de Valores, Décio Pecequilo. "O pânico ganhou tamanha proporção porque o consenso era de aprovação do pacote. Todo mundo esperava uma leve recuperação." O circuit breaker, destacaram operadores, é um mecanismo usado para garantir aos investidores proteção contra volatilidade excessiva em momentos atípicos, como o visto ontem. "Até hoje (ontem), o sistema foi acionado dez vezes, sempre em situações de crises graves, como a da Rússia, em 1998, e a cambial brasileira, em 1999", disse Pecequilo. "Quem

investe na bolsa precisa saber que é uma aplicação de longo prazo. Não adianta ficar nervoso com tanto sobe-e-desce. Isso não ajuda em nada." Q u e d a a c e n t u a d a – E nquanto as principais bolsas européias caíram, em média, 5%, com o anúncio da não aprovação do pacote norte-americano, o Ibovespa perdeu o dobro em termos percentuais. "Isso não quer dizer que o Brasil seja mais prejudicado pela crise de crédito que outros países", afirmou o analista da Coinvalores Corretora de Valores Marco Saravalle. "A diferença pode ser atribuída ao fato de cerca de 40% dos papéis que compõem a carteira do índice serem de empresas de commodities, as principais prejudicadas nessa crise", afirmou o profis-

sional, destacando que Petrobras e Vale, companhias cujas ações têm maior peso na composição do Ibovespa, negociam matérias-primas. Para Saravalle, assim como na opinião da maioria dos analistas de mercado, quem já tem ações deve manter os papéis para recuperar os prejuízos e embolsar lucros quando a crise for amenizada e passar. "Não saia agora para não realizar perdas. Mas saiba que a volatilidade deve continuar forte, pelo menos até o final do ano", disse o analista. "Entre os investidores, o problema é que muitos não conseguem entender o que está acontecendo." A expectativa do mercado é de uma forte regulamentação do setor financeiro, de acordo com Saravalle.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

SETEMBRO

10 - LOGO

Bailarinos da companhia italiana Arteballeto ensaiam 'Romeu e Julieta' para a semana se dança de Sofia. Dimitar Dilkoff/AFP

30 Dia da Secretária

R ELIGIÃO

Feliz ano 5769!

O

s judeus começaram a comemorar ontem, ao p ô r- d o - s o l , o R o s h Hashana, Ano Novo judaico que marca o início no ano de 5769. A data foi o primeiro dia de Tshirei, sétimo mês do calendário judaico que relembra, simbolicamente, a criação do mundo. O Ano Novo judaico é também o início de um período de dez dias de arrependimento dos

pecados pessoais que culmina com a celebração do dia do Grande Perdão, Yom Kipur, uma das festividades mais importantes do judaísmo. Um dos símbolos mais importantes do Rosh Hashaná é o shofar, instrumento feito de chifre de carneiro que é tocado na data e remonta à época em que os judeus eram nômades. O Rosh Hashana é marcado por três princípios fundamentais

Fábio D'Castro/Hype

Tefilá (oração), Tsedaká (justiça e ajuda do próximo) e a Teshuvá (arrependimento sincero). A contagem dos anos no judaísmo é feita pelo calendário lunar, daí a discrepância com o calendário gregoriano. O ano lunar tem 354 dias, portanto faltam 11 para os 365 contados normalmente. Para o ajuste, convencionou-se que alguns anos têm um mês a mais no calendário judaico.

Motl Zajac, rabino da Sinagoga Alto de Pinheiros, durante leitura de livros sagrados judaicos, ontem.

Tobias Schwarz/Reuters

E M

C A R T A Z

B RAZIL COM Z

TECNOLOGIA

Em fuga para o Brasil

Exposição Mobilidade em Devaneio reúne trabalhos artísticos com filmes feitos pelo celular. Espaço Cultural Vivo, av. Chucri Zaidan, 860, Morumbi, tel.: 74201520. Grátis.

A imprensa francesa reproduziu ontem texto da agência de notícias France Presse segundo a qual flechas de índios peruanos encontradas em território brasileiro indicariam que as tribos da nação vizinha "estão fugindo" para o Brasil. Segundo comunicado divulgado ontem na Espanha pela ONG Survival International, funcionários Funai encontraram várias destas flechas na Amazônia brasileira. Acreditase que os indígenas peruanos vão para o Brasil por causa do "desmatamento ilegal que está devastando seus territórios". O comunicado lembra que o presidente do Peru, Alan García, sugeriu publicamente que os povos indígenas isolados não existem e seriam invenção de ambientalistas para dificultar a exploração de petróleo no país.

E SPAÇO

Os chineses, agora, querem a Lua às 16h41 (05h40 de Brasília) para uma caminhada no espaço que durou cerca de 20 minutos, enquanto os astronautas Liu Boming e Jing Haipeng acompanhavam as manobras de dentro da cápsula espacial. Não por coincidência o retorno dos astronautas ocorre às vésperas das celebrações pelo dia nacional da China, 1º de outubro, data que marca o 59º aniversário da fundação da China moderna com a chegada do Partido Comunista ao poder. As próximas missões, Shenzhou 8 e 9, deverão ajudar a montar um laboratório espacial até 2010.

I NTERNET

Temos vagas para espiões

A China se prepara para montar uma estação espacial e aterrissar na Lua, depois de concluir a missão espacial que levou à primeira caminhada de um astronauta chinês no espaço. A decisão foi anunciada após o retorno à Terra, com sucesso, da tripulação da missão espacial Shenzhou 7, no domingo. Durante as 68 horas em que esteve em órbita, a tripulação da Shenzhou 7 conduziu experimentos, lançou um satélite e realizou a primeira caminhada no espaço de um astronauta chinês. Na tarde de sábado, o astronauta comandante, coronel Zhai Zhigang saiu do módulo espacial

Um número, milhões de dígitos Matemáticos dos EUA, devem receber o prêmio de US$ 100 mil por encontrar um número primo divisível apenas por um e por si mesmo - com 12.978.189 dígitos. O prêmio da Electronic Frontier Foundation (EFF) era oferecido há dez anos para quem encontrasse um número primo de Mersenne homenagem ao matemático francês Marin Mersenne, que os popularizou no século 17 - com mais de 10 milhões de dígitos. Para chegar ao número, os cientistas realizaram, com computadores, 29 trilhões de cálculos simultâneos. G @DGET DU JOUR

Reproduções/site

C IÊNCIA

CAFÉZINHO - Mais de 77 mil canecas foram usadas para reproduzir uma xícara de café diante das Portas de Brandemburgo, em Berlim. Amontagem fez parte de uma ação promocional de um documentário da TV alemã sobre o que os alemães consomem.

A RTE

Música para ver ma espécie de museu U virtual dedicado às capas de LPs, uma arte

O serviço britânico de segurança no estrangeiro (MI6) recorreu à rede social Facebook para recrutar novos agentes, informou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. "A campanha tem o objetivo de encontrar os talentos representativos da sociedade britânica atual", disse a porta-voz. "O MI6 lançou as ofertas de emprego no Facebook há algumas semanas para encontrar uma ampla variedade de candidatos", afirmou. Os serviços de inteligência começaram utilizando rádio e jornais como ferramentas para o recrutamento de agentes há mais de dois anos. Os interessados também podem apresentar suas candidaturas, diretamente, no site do MI6. www.sis.gov.uk/output/ sis-home-welcome.html

considerada "extinta" desde o advento dos CDs e DVDs, mas que tem fãs espalhados em todo o planeta. Assim é o site LP Cover, que traz semanalmente uma seleção de novas capas. O melhor do site: todos os internautas são convidados a colaborar com suas seleções pessoais.

Mothership - Led Zeppelin

http://lpcoverlover.com

O fim das malas com rodinhas

Censorsh!t - Genji Siraisi

O designer Rooz Mousavi criou esta "Samsonite OBAG", mala de viagem que roda, literalmente. É o fim das malas de com rodinhas que quebram e emperram. http://www.yankodesign.com/ 2008/09/22/rolling-bag-literally/

Still Cool - Kool & the Gang

A TÉ LOGO

Forty Licks - Rolling Stones

Division Bell - Pink Floyd

Smash Song Hits teve a primeira capa artística de acordo com os especialistas. O autor: o designer Alex Steinwess

L OTERIAS Concurso 362 da LOTOFÁCIL

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Desmatamento da Amazônia em agosto dobrou em relação a julho, apontam os dados do Inpe

Gastos com segurança na Olimpíada de Londres serão o triplo do previsto, diz mídia britânica

Marte tem neve que evapora antes de tocar no solo, indica estação meteorológica da Phoenix

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ambiente Educação Saúde Urbanismo

terça-feira, 30 de setembro de 2008 Leonardo Rodrigues/Hype - 13/04/2007

Demanda por tratamentos estéticos aumenta junto com a temperatura.

UM BELO CORPO EXIGE DISCIPLINA

Paulo Pampolin/Hype - 27/03/2006

Marcos Peron/Virtual Photo - 28/03/2006

O calor ainda não chegou com tudo, mas já começou a corrida às clínicas para tratamentos estéticos

Nas clínicas estéticas, pacientes recebem cuidados especiais para melhorar a pele do rosto

Verão: luta pelo corpo bonito começa já A estação mais quente do ano ainda não chegou, mas já começou a corrida às clínicas estéticas e academias, para esperar dezembro com tudo em cima Marlene Bergamo/Folha Imagem - 23/07/2004

Nilani Goettems/e-SIM - 30/08/2008

Maristela Orlowski

A

estação mais quente do ano está chegando. Com ela, a vontade de ficar com a pele aveludada, o cabelo hidratado e o corpo perfeito, sem gordurinhas localizadas, flacidez e estrias. Segundo especialistas, a melhor maneira de ficar com o corpo em dia é manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente. Mas, para quem não tem tempo, não gosta ou não consegue ter um estilo de vida regrado, há inúmeros caminhos estéticos e até cirúrgicos que garantem resultados em menor espaço de tempo. Segundo a dermatologista Mônica Carvalho Nakatsubo, a medicina estética evoluiu muito nos últimos anos, oferecendo inúmeras alternativas de tratamentos, equipamentos e produtos. "Todos os anos surgem inúmeras novidades. Aparelhos são aperfeiçoados e permitem a realização de procedimentos com resultados cada vez mais impressionantes e rápidos", explica. Quem ganha com isso são as clínicas dermatológicas e estéticas, que registram aumento do número de consultas e procedimentos realizados. É o caso da Goodness Estética e BemEstar, por exemplo, localizada na Vila Mariana. "Tradicionalmente, nesta época do ano, aumenta o número de pessoas que desejam resultados rápidos em poucas sessões. Felizmente, já contamos com técnicas e equipamentos de última geração que possibilitam excelentes resultados em um tempo

Acima e ao lado, pacientes não esperam o verão para melhorar o tom da pele e partem para o bronzeamento artificial em clínicas especializadas.

infinitamente menor", diz Claudia Harumi, diretora de marketing da clínica. Em Campinas, a expectativa não é diferente. A fisioterapeuta e proprietária da Clínica Oligoflora, Naila Baldiott, espera que o movimento do estúdio dobre com a proximidade do verão. "A maior demanda começa agora. As pessoas planejam estar com o corpo em dia e a mente relaxada", diz a especialista, que também oferece pacotes especiais, com horários flexíveis, indicados para pessoas com pouco tempo disponível e que desejam se cuidar em casa. "Oferecemos tratamento domiciliar para gordura localizada, celulite, relaxamento e hidratação."

Academias – A demanda também aumenta em academias. O proprietário da Fit Academia, Gustavo L´Astorina, espera crescimento do número de alunos na ordem dos 30% no período que antecede o verão, em relação ao primeiro semestre deste ano. O professor de educação física recrimina a busca por resultados rápidos. "Para ter boa qualidade de vida é necessário disciplina e paciência. Os resultados estéticos e de saúde só aparecem para quem tem vida regrada, alimentação saudável e acompanhamento de especialistas", ressalta. Já quem recorre ao bisturi para obter resultados imediatos costuma lotar as

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pois quebra as células de gordura e estimula a produção de colágeno", diz o cosmiatra e dermatologista Jardis Volpe. Segundo ele, os resultados podem ser sentidos a partir do décimo dia da aplicação. O número de sessões pode variar entre três e seis, feitas a cada 15 dias. O rompimento das fibras de sustentação da pele (colágenas e elásticas) ocasiona outro pesadelo das mulheres: as estrias. Atualmente, existe uma diversidade de tratamentos, como gel à base de ácido retinóico, injeções de vitamina C e peelings químicos, além de equipamentos ultramodernos. No entanto, muitos desses tratamentos

são demorados e doloridos, suavizando somente as linhas mais recentes de estrias. "As recentes (vermelhas) são mais fáceis de tratar. Podemos usar a luz intensa pulsada, com resultados muito bons. Já as antigas respondem mais lentamente ao tratamento", comenta Volpe. Associado ao aparelho, é possível aplicar outras técnicas de tratamento, como peeling, mesoterapia e subcision (um método de descolamento da estria com agulha). Segundo o médico, são necessárias entre seis e oito sessões do peeling para uma melhora de até 70%. "Se associarmos à microdermoabrasão (técnica de esfoliação não cirúrgica), os resultados são melhores", salienta Volpe.

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clínicas de cirurgia estética no fim do ano. "Muitas pessoas aproveitam os períodos de férias – julho e dezembro – para fazer uma lipoaspiração, um implante de silicone nos seios ou uma rinoplastia", comenta o cirurgião-plástico Rubem Penteado. "A recuperação pós-operatória exige um tempo maior, o que dificulta a dispensa do trabalho." No entanto, boa parte dos pacientes não respeita esse período, que, geralmente, é de um mês. O grande fantasma das mulheres, a celulite, deixa um aspecto de casca de laranja nas nádegas ou em áreas do corpo com maior concentração de gordura. "A radiofreqüência é um dos tratamentos mais eficazes,

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

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cursos para a agricultura. "Poderá haver algum problema mais adiante, mas resolveremos", admitiu. Ele lembrou ainda que houve diminuição do crédito nos bancos privados mas que o BC já aumentou a liquidez com a redução do depósito compulsório. Ele destacou a solidez das contas públicas. "Estamos em situação favorável para enfrentarmos a crise." Mantega acrescentou que é preciso diferenciar os países ricos, que são o epicentro da crise, de países em desenvolvimento e dinâmicos com economia sólida. Surpresa – O presidente do BC, Henrique Meirelles, terminava uma palestra a empresários em Belo Horizonte, ontem pela manhã, quando foi surpreendido pela notícia de que a votação na Câmara dos EUA indicava rejeição do pacote de ajuda econômica. "Acabamos de ter mais uma surpresa, portanto os senhores verificam que a situação internacional é volátil e fizemos bem de não nos dedicarmos a fazer previsões", disse. Mais tarde, Meirelles afirmou que os dados macroeconômicos ainda não mostram um impacto severo da crise norte-americana sobre a economia brasileira. Segundo ele, o País possui arcabouço sólido com reservas internacionais de US$ 207 bilhões, suficientes para cobrir três vezes a dívida vincenda em 12 meses. "Nenhum país está imune à crise, mas a resistência que o Brasil adquiriu nos últimos anos melhora a capacidade de resistência da economia." (Leia mais na página 10) (Agências)

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Não temos culpa pelo "cassino"

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O ministro Guido Mantega e o presidente do BC, Henrique Meirelles destacaram ontem a capacidade brasileira de sair imune da crise.

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a linha de raciocínio de que o Brasil vai ser pouco afetado pela crise financeira internacional, o presidente Lula disse ontem no Rio de Janeiro que os países emergentes não podem ser vitimas do "cassino" que foi montado na economia americana. "Eles precisam ter responsabilidade porque os países emergentes e os países pobres que fizeram tudo para ter uma boa política fiscal, fizeram tudo para fazer a economia ter estabilidade, não podem agora ser vítimas do cassino que eles montaram na economia americana. Não é justo que países latino- americanos, que países africanos, países asiáticos paguem pela irresponsabilidade do sistema financeiro americano", disse. "Nós sabemos que a crise é grave, nós sabemos que vai diminuir o crédito no mundo, mas nós estamos seguros de que as nossas exportações continuam indo bem, nossa indústria continua crescendo, temos projetos importan-

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bilhões de dólares é o montante das reservas internacionais brasileiras, três vezes maior que a dívida.

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Finanças estão "sólidas" e governantes estão "atentos" pres idente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o p r e s idente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reforçaram ontem a capacidade econômica brasileira de resistir à crise internacional. Em rápido e tumultuado pronunciamento na porta do Ministério da Fazenda, em Brasília, o ministro Guido Mantega afirmou que ainda acredita que o congresso norte-americano irá aprovar o pacote de US$ 700 bilhões de ajuda às instituições financeiras daquele país. Segundo o ministro, tão logo isso aconteça haverá uma "distensão" da economia mundial com a recomposição do crédito, embora em patamares inferiores ao anterior. "Mas não haverá o estresse dos dias de hoje. Até lá, o governo brasileiro estará pronto e atento para atender a situações no Brasil", disse. Ele contou que na reunião que teve na manhã com o presidente Lula, o presidente do BC, Henrique Meirelles, e os ministros do Desenvolvimento, Miguel Jorge, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi feita uma análise de cada setor. "O setor exportador está funcionando normalmente apesar de haver falta de crédito em dólar. Mas o BC está fazendo leilões para dar esse crédito," afirmou. Segundo ele, não faltam re-

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

A febre do iPhone

Smartphone G1 sem data para chegar ao Brasil

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nquanto os brasileiros começam a experimentar o iPhone, os norte-americanos iniciam, no dia 22 de outubro, uma outra experiência em matéria de telefone móvel com o G1, lançado na semana passada pela operadora T-Mobile, em parceria com o Google. O primeiro smartphone com o software Android (do Google) é fabricado pela asiática HTC e deve brigar com marcas concorrentes nesse segmento, como a Nokia, Samsung, Sony Ericsson, Apple e a própria HTC, que rodam em seus telefones outros sistemas operacionais (Symbian, Windows Mobile, Safari). O Google diz que ainda não há uma previsão para a chegada do aparelho ao País, "provavelmente no primeiro semestre de 2009". O Google prefere dar a palavra ao fabricante e às operadoras. Mas a HTC também não detalha o cronograma deste lançamento no Brasil, pois isso vai depender do processo de tradução do software para outros idiomas. Por enquanto, o que se sabe é que o G1 chegará aos Estados Unidos em outubro, e em

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As duas maiores operadoras de celular de São Paulo, Claro e Vivo, já estão comercializando o aparelho e apostam na alta demanda pelo produto para manter e conquistar novos clientes.

novembro ao Reino Unido. Em outros mercados internacionais só em 2009, provavelmente no primeiro trimestre. A HTC divulgou uma nota dizendo que "está bastante feliz por ser a primeira empresa a desenvolver um smartphone baseado na plataforma Android, especialmente porque proporcionará aos consumidores uma ampla gama de produtos". O G1 (ou Dream, como foi batizado dentro da HTC) será vendido por US$ 179 nos Estados Unidos, e traz uma tela sensível ao toque, teclado Querty, câmera de 3 Mpixel e um sistema de buscas em um clique. O navegador pode ser acessado com um toque na tela, como no iPhone. Ele está pronto para a 3G e traz conexões Wi-Fi e Bluetooth. Pelo Android Market, será possível ao usuário baixar aplicativos. O G1 também já vem com a aplicação da Amazon MP3. Desde que esteja numa rede Wi-Fi, a pessoa poderá baixar suas músicas da loja virtual. Entre os serviços embutidos estão o Google Maps, Gmail, Flickr e YouTube, todos programas do Google. (B.O)

Divulgação

FÁBIO PELLEGRINO

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inalmente, o objeto de desejo de muitos apaixonados por inovação e aparelhos de celulares já está disponível para a compra. O iPhone 3G, da Apple, chegou às lojas em grande estilo, mas a preços salgados. As duas maiores operadoras de celular de São Paulo, Claro e Vivo, já estão comercializando o aparelho e apostam na alta demanda pelo produto para manter e conquistar novos clientes. Em audioconferência com os jornalistas, na quinta-feira (25/9), João Cox, presidente da Claro, afirmou que a empresa já possui 30 mil iPhones para vender em suas 25 lojas próprias espalhadas pelo Brasil e que acredita que esse estoque acabe nos primeiros dias de comercialização. "Como a demanda é alta, é possível que o estoque se esgote no fim do dia. O cadastramento de interessados, feito pelo seu site, registrou em uma semana mais de 100 mil usuários", explica o executivo. Já a Vivo preferiu se garantir ao fechar contrato com a Apple de 200 mil aparelhos, dividido em lotes, que serão entregues até o final do ano. O presidente da operadora, Roberto Lima, não quis comentar quantos aparelhos tem em estoque, mas afirmou que a empresa tem mais celulares para vender do que a concorrente.

G1: concorrente do iPhone chega em outubro nos Estados Unidos

Para dar inicio às vendas, tanto a Claro como a Vivo, prepararam uma pequena e exclusiva festa de estréia para comercializar os primeiros celulares da Apple. A Vivo vendeu o primeiro iPhone 3G oficial no Brasil ao cliente Waldyr Muniz, médico, de 49 anos, que recebeu o aparelho das mãos do presidente da operadora. Segundo Muniz, o seu filho foi o grande incentivador. "O meu filho comprou um no exterior e me recomendou que comprasse o meu por aqui. A velocidade de navegação, a interface mais rápida e a maneira de você digitar são mais avançadas", explica o cliente. Além do seu iPhone de 16 GB, Waldyr aproveitou para comprar outro para presentear sua mulher, Shirlene Colombo, de 39 anos, também médica. Apesar de otimistas, as opera-

doras já têm de lidar com as duras críticas de internautas em comunidades, que questionam o alto custo do iPhone 3G "brasileiro". A Claro optou por oferecer o celular a planos pré-pagos, nas versões de 8 GB e de 16 GB, pelos "modestos" preços de R$ 2.299 e R$ 2.599, respectivamente. Já os clientes pós-pagos terão bonificações e preços diferenciados, justamente por causa da franquia escolhida e nos descontos dado quando o usuário paga a conta mensal. O abatimento oferecido pela operadora, na verdade, se refere à diferença devolvida na conta como créditos. Isso quer dizer que, na prática, o iPhone será comercializado para esses clientes por R$ 1.999 (8 GB) ou R$ 2.299 (16 GB), menos o valor de desconto dividido em dez vezes em sua conta. Assim,

DC

Divulgação

Roberto Lima, presidente da Vivo: preço alto se deve a impostos e custos de frete

no menor plano para o aparelho, o iPhone 200 (R$ 92 mensais), em um período de dez meses, o cliente receberá um bônus total de R$ 299,50. Por conta disso, o iPhone sairá por R$ 1.699,50. Já os clientes da Vivo, em plano pós-pago, têm acesso ao iPhone 3G pelo menor preço do mercado brasileiro: a partir de R$ 899 para o de 8 GB no pacote iPhone Completo, que conta com 1400 minutos locais, 150 torpedos SMS e pacotes de dados de uso ilimitado - o plano custa R$ 585 mensais pela franquia completa. Na menor franquia de minutos da operadora, o Vivo iPhone 50, o aparelho sai por R$ 1.499 – uma conta mensal de R$ 71, com direito a 50 minutos de conversas locais e 250 MB para navegação As empresas se defendem alegando que o preço é alto devido ao custo de frete e à alta carga tributária que produtos eletrônicos sofrem na importação, mas nos EUA, por exemplo, dependendo do plano contratado, um iPhone 8 GB pode custar US$ 199. "É um aparelho concebido nos Estados Unidos, fabricado na China, entregue nos Estados Unidos, para depois ser importado para o Brasil. Há todos esses custos de fretes, seguros e os impostos, que incidem sobre o celular. Com tudo isso, o iPhone chega ao Brasil pelo menos 80% mais caro", afirma Roberto Lima, presidente da Vivo.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Crédito ficará mais caro e escasso

Aumento do dólar vai se refletir no balanço das empresas

Segundo a Febraban, crise também vai reduzir a procura por financiamento por parte das empresas.

O

ec o no m i st a -c h ef e da Federação Brasileira dos Bancos ( F e b r a b a n ) , R ubens Sardenberg, afirmou ontem que o pessimismo é exagerado e ainda é muito cedo para fazer qualquer análise para o futuro. Ele conversava com os jornalistas quando os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foram suspensos por aproximadamente dez minutos, quando o principal indicador caiu 10,16%. Para Sardenberg, "não podemos nos deixar levar por questões de curto prazo". Segundo ele, este é o momento mais agudo da crise externa. "O fato de a Câmara norte-americana ter rejeitado o pacote US$ 700 bilhões de socorro ao setor financeiro não quer dizer que uma outra solução não será encontrada. Quando isso acontecer, o cenário deverá voltar à normalidade." A Febraban divulgou relatório, baseado em dados do Banco Central (BC), sobre a evolução do crédito no Brasil. A taxa de crescimento dos financiamentos deverá diminuir dos 31,8%, índice registrado nos 12 meses completados em agosto, para uma alta de 24% no final do ano. A expansão em 2009 deverá ser de 20%.

De acordo com o documento, a tendência, em razão da crise externa, é de os bancos diminuírem a oferta de crédito, o que provocará a elevação das taxas de juros. "Mesmo assim, a inadimplência da pessoa física não deve apresentar oscilações importantes em 2009. Por enquanto, o mercado brasileiro não registrou reflexos da turbulência internacional."

Segundo ele, há movimento restritivo tanto na ponta da oferta quanto na da demanda por crédito. "Com um cenário de oferta mais apertado, tendo em vista o aumento das incertezas externas, é natural os bancos ficarem mais criteriosos para aprovar as linhas. E a atuação do BC, que está elevando a taxa básica de juro desde abril, tornará o custo do

dinheiro mais alto e inibirá a busca por empréstimos. " Para Sardenberg, essa tendência deve se acentuar nos dados de setembro, que vai refletir o agravamento da crise, a partir do dia 11. Segundo o economista, a inadimplência só crescerá se houver desaceleração da atividade econômica – essa taxa cresceu cerca de 3%, na comparação com julho. (*Com AE)

Responsabilidade sem pânico

"É

preciso ter preocupação, mas não pânico", reagiu ontem Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), à crise que afetou o sistema financeiro global. Para ele, é preciso "todos terem responsabilidade" para tratar o assunto com cautela, até a questão ser realmente definida nos Estados Unidos . "Não aprovar o pacote, para os EUA, seria o mesmo que dar um tiro no pé", disse Burti, para quem a situação ainda pode mudar. "Se a crise persistir, o mundo todo será afetado, é claro. No caso do Brasil, apesar

Masao Goto Filho/e-Sim

Neide Martingo

A situação hoje é diferente porque a exposição cambial das empresas não é tão grande como no passado. Eduardo Roche, economista

EXPANSÃO DO CRÉDITO SERÁ DE 24% EM 2008

Burti, da ACSP: o crédito externo para as empresas será reduzido.

dos fundamentos estáveis da nossa economia, o crédito externo para as empresas será reduzido". No entanto, Burti lembra

que não se pode esquecer "que uma crise também pode gerar oportunidades", inclusive para aprimorar o sistema financeiro mundial.

P

ela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2006, as empresas vão sentir o peso de um dólar valorizado ante o real em seus balanços financeiros. Só neste mês, a moeda americana contabiliza alta de cerca de 20%, anulando a queda registrada ao longo de 2008. Mas a mudança de rota pega as companhias brasileiras menos expostas à variação cambial sobre suas dívidas. Levantamento feito pela Economática com as 50 empresas mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mostra que, na média, a relação dívida em moeda estrangeira sobre patrimônio líquido das companhias brasileiras vem caindo. Em dezembro de 2006, essas dívidas correspondiam a 38% do patrimônio. Em junho deste ano, elas estavam em 24,9%. Quando se analisam os dados isoladamente, percebese que algumas empresas estão mais expostas às variações cambiais sobre suas dívidas. É o caso da Gerdau, Braskem, Perdigão e Gol. Elas aumentaram o percentual de dívida em moeda estrangeira sobre o patrimônio desde 2006. Fora da lista principal, que toma como base as 50 empresas mais negociadas, a Economática identifica ainda outras companhias que tiveram um aumento muito expressivo no

período, como a Unipar. O volume de dívida em moeda estrangeira representava, no segundo trimestre deste ano, uma vez e meia o seu patrimônio. O gerente de análise da Modal Asset, Eduardo Roche, acredita que, no geral, as companhias sentem menos o impacto da forte alta do dólar. "A situação hoje é diferente porque a exposição cambial das empresas não é tão grande como no passado", lembra. Segundo ele, a movimentação pode afetar um resultado financeiro, consumir parte do lucro no terceiro trimestre, mas não significa uma situação drástica como aconteceu em outras crises. Para o estrategista-sênior de investimentos para a América Latina do West L.B, Roberto Padovani, a menor exposição cambial deve-se à longa trajetória de depreciação do dólar ante o real desde 2003. O executivo não acredita em uma corrida por operações de hedge. "Se a gente vivesse tempo de mais turbulência aqui, talvez fosse o momento de as pessoas acreditarem em um sinal de agravamento. Mas, no Brasil dos últimos anos, você não entra em uma trajetória de contínua piora, as coisas revertem. As empresas entram menos em pânico por conta da trajetória recente", explicou. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - INFORMÁTICA

terça-feira, 30 de setembro de 2008

SEGURANÇA NO HOTEL

EU NAVEGO

A Kaba lançou a fechadura Ilco 770, destinada a hotéis e que permite auditoria dos últimos 200 acessos. Outro destaque é a Ilco 790K, que não desmagnetiza (www.kabadobrasil.com.br).

Fã de carrinhos e super-heróis, o apresentador César Filho sempre acessa o e-bay (www.ebay.com), onde compra itens. Para trabalho, pesquisa sempre no www.google.com.br

PHOTOKINA 2008

n

Impressão que fica

PHOTOKINA 2008

Ficou mais fácil a identificação pessoal e de mercadorias com as novas impressoras térmicas

Mais fotos armazenadas

N

a feira Photokina, em Colonia (Alemanha), a Epson lançou o Multimedia Storage Viewer P 5000 para armazenar fotos, com capacidade de até 160 GB. O produto vem equipado com um monitor LCD de alta definição de 4 polegadas. Aceita fotos JPEG e RAW de câmeras digitais reflex e formatos de vídeo DivX, MPEG 1/2, MPEG 4, WMV9, H.264 e Motion JPEG e de som MP3, AAC e WMA. Preço sugerido é de US$ 600 (www.epson.com)

Produzindo fotos 3D

A

Fujifilm apresentou na feira alemã um sistema revolucionário para produzir fotos 3D. A câmera digital 3D, de 6 MP é constituída por duas objetivas e dois sensores para captar as imagens de dois ângulos diferentes, como acontece com os olhos humanos. Para visualização das fotos 3D, o fabricante apresentou o FinePix Real 3D Photo Frame, uma moldura digital com LCD 3D de 8,4 polegadas. O preço sugerido do lançamento é de US$ 700 (www.fujifilm.com).

C

upons, recibos, boletos, rótulos inteligentes, códigos de barras, etiquetas de preços, identificação de embalagens, selos postais e endereçamento de envelopes, crachás de funcionários em cartões de plástico, smart cards com chips, passes de estacionamento, bilhetes aéreos, adesivos para identificar bagagens, braceletes para crianças em berçários e para pacientes internados em hospitais com dados pessoais e prescrições médicas. São inúmeras as aplicações das impressoras térmicas para facilitar o dia-a-dia das empresas e dos cidadãos. No exterior essa tecnologia também é usada para imprimir títulos de eleitor, carteiras de habilitação e passes de imigrantes (na fronteira do México com os Estados Unidos). A Zebra Technologies, uma das líderes em impressão térmica especial e de identificação digital anunciou, no Brasil, sua linha de equipamentos de mesa da Série G e as novas máquinas para identificação. Elas imprimem em cartões com chip inteligente contendo informações e até a imagem da pessoa. Segundo o diretor-geral da Zebra no Brasil, Carlos Levenstein, a impressão térmica em cartões de plástico já garantiu um amplo mercado até por questões de segurança nas empresas e em outros segmentos. "Nos Estados Unidos e em muitos países, o roubo de identidade ocorre com freqüência, por isso o nível de segurança nesses cartões deve ser redobrado, com biometria, chips e tecnologia de leitura de códigos". Antigamente, o único nível de segurança que se tinha nos cartões era o alto relevo, agora existem outras alternativas. Levenstein informa que somente a Zebra imprime dois milhões de cartões por dia. No varejo, esse tipo de impressão em cartões de plásti-

Fotos: Divulgação

BÁRBARA OLIVEIRA

Forte na tradição

T Na nova linha da Zebra, destacam-se a P120i, para cartões dupla face, e a robusta P330i (abaixo, as duas na seqüência)

co serve para várias coisas, entre elas, identificar o cliente (nas promoções de fidelidade) e o funcionário, imprimir vale-presente e dar acesso ao caixa nas máquinas registradoras. A linha de equipamentos específicos para essa finalidade traz cinco modelos. A mais compacta delas é a P120i, a menor impressora do mundo para cartões dupla face. Ela exige 30 segundos para fazer o trabalho numa das faces do cartão. O equipamento mais robusto da família é a P330i, indicada para serviços ou empresas que exijam performance, pois ela tem capacidade para imprimir até 144 cartões em cores, por hora, ou 600 monocromáticos. Os outros lançamentos são da série G, com tecnologia térmica e termotransferência compatíveis com várias combinações de fitas e etiquetas, ideais para rótulos, recibos, etiquetas de preços, de expedição e

Câmera digital reciclável

A

de devolução, cartões de embarque em aeroportos, pulseiras de identificação em shows, hospitais e maternidades. As conexões desses equipamentos da Zebra aceitam Wi-Fi, Bluetooth e Ethernet e, por

Fabricante de carros e câmeras

A

Hyundai, marca tradicional de automoveis, está lancando na Photokina dez câmeras digitais, entre 5 e 11 MP. A Hyundai A 8324 tem 8,1 Megapixel, zoom óptico de tres vezes e monitor de 2,5 polegadas. Os modelos tem sensor CCDe um zoom digital de cinco vezes. Pena que não tem estabilizador de imagem, mas traz um eficiente detector de rosto. O preço sugerido é a partir de US$ 110. (www.hyundai.com).

Sergio Kulpas

U Compar tilhe imagens

A

Canon Image Gateway lançou um novo serviço de video podcast. O portal online exclusivo permite aos usuários da Canon compartilharem fotografias e vídeos com os amigos. O processo estará disponível a partir de dezembro próximo. Podcasting é uma forma de publicação de arquivos de mídia digital que permite acompanhar a atualização automática dos arquivos. Site www.canon-europe.com/cig

serem compactas e funcionarem sem fio, podem ser transportadas para vários ambientes da empresa sem complicação, diz Levenstein. No Brasil, a Polícia Rodoviária Federal já está utilizando a solução da Zebra para emissão de multas. O policial fica com um terminal na mão e se conecta com a central, via GPRS (telefonia móvel), informando os dados do veículo. O software dessa central emite a multa e já atualiza a base de dados. O mercado global de impressões e suprimentos está estimado em US$ 500 milhões. A Zebra já vendeu mais de seis milhões de impressoras e em 2008 teve um crescimento de 68% nas vendas, principalmente para o setor de serviços e indústria. A marca norte-americana, com cinco distribuidores no País e 600 revendas diretas, dispõe de 59 modelos.

Com esses aparelhos portáteis, os varejistas podem aumentar a produtividade das lojas e aumentar vendas e faturamento com promoções especificamente criadas para esses aparelhos. O pesquisador disse que 70% das decisões de compras são tomadas nas lojas e 50% dos clientes reagem a promoções anunciadas durante as compras – os equipamentos podem assim ter um grande efeito sobre as vendas. Europa –Prakash disse que a Europa vive atualmente uma forte demanda por esses assistentes eletrônicos de compras. As vendas desses sistemas quase dobraram em 2007, e essa demanda deve continuar em alta acelerada nos próximos cinco a sete anos. Itália, França, Suécia e Reino Unido são os maiores mercados para essa tecnologia no continente. O crescimento é alimentado por parce-

sergiokulpas@gmail.com

rias entre os varejistas e fornecedores de tecnologia – em alguns casos, os fabricantes se uniram para oferecer soluções mais acessíveis para os comerciantes. América do Norte – Prak ash aponta que apesar dos problemas causados pela crise financeira nos Estados Unidos, os aparelhos portáteis de compras estão despertando a atenção dos varejistas na América do Norte. A crise econômica acaba sendo mais um motivo para os varejistas dos EUA buscarem soluções tecnológicas que aumentem suas vendas e reduzam os custos. Apesar disso, os números ainda estão abaixo dos mercados da Europa. Os EUA têm hoje apenas 150 lojas que adotaram esses equipamentos. O Canadá mostra indicadores de crescimento, que podem atingir o pico entre cinco e sete anos.

ECO Digi Mode é o nome de uma câmera digital reciclável e muito barata: para 27 fotos em 3 MP custa US$ 18, para 50 imagens, US$ 30. Com tela LCD de 2,4", é resistente à água (profundidade de até 3 metros). Não tem entrada para cartões ou porta USB, e apenas uma memória flash para armazenamento. Site www.digitalcamerasafari.com /5493/eco-digi-moderecyclable-digital-camera/.

BLOG PAPER

PC de segunda mão

C

omprar máquinas usadas pode ser uma boa solução para dar um upgrade em seu negócio. Mas todo o cuidado é pouco para não cair em uma cilada. Acompanhe um passo-a-passo e boas compras! http://sustainablog.org/ 2008/09/21/10-step-guideto-buying-a-used-laptopthat-works/

Trabalhando em casa

J

Assistentes eletrônicos de compras m novo estudo da empresa Frost & Sullivan indica que o uso de aparelhos eletrônicos para auxiliar nas compras em lojas e mercados está se tornando comum no mundo todo. Esses assistentes portáteis de compras (geralmente na forma de um scanner de mão com uma pequena tela) ganharam popularidade rapidamente na Europa e agora estão ganhando outros mercados do mundo. Solução eficiente – Segundo o coordenador do estudo, Prasanna Prakash, muitos varejistas estão considerando esses assistentes eletrônicos como uma solução eficiente para localizar itens na loja, comparar preços, oferecer promoções e várias outras funções. Além disso, são aparelhos atraentes para os consumidores, reduzindo assim o tempo de espera nas filas.

ambém na feira em Colonia, a Leica apresentou uma nova versão da câmera M8, agora compacta e apelidada de M8.2. Tem resolução de 10,3 MP, sensibilidade entre ISO 100 e ISO 2500. Ela não tem flash embutido e a velocidade máxima é de 1/8 mil, com monitor de 2,5 polegadas, visor óptico e não faz videoclipes. Usa cartões de memória SD. Preço sugerido: US$ 6.300 (www.leica.com)

O pesquisador da Frost & Sullivan disse que os mercados da América Latina e Ásia-Pacífico ainda estão nas fases iniciais de adoção dessa tecnologia de auto-atendimento. Brasil, China, e a região do sul da Ásia são tradicionalmente mais conservadores em relação ao auto-atendimento no varejo e isso pode retardar a adoção dos equipamentos. A boa notícia é que os varejistas desses países estão aumentando seus investimentos em tecnologia da informação de modo consistente – o crescimento cresceu 25% desde o início de 2007. Outro fator importante é o crescimento da concorrência entre organizações de varejo nessas regiões, que se tornaram mais competitivas. Mas a oferta de mão-de-obra barata nesses países pode afetar essa expansão, em comparação com a Europa e a América do Norte.

á é sabido que um bom ambiente de trabalho faz com que a produtividade aumente. Se ainda tiver a sorte de ser em casa, melhor ainda. Vejam exemplos de bons home offices: http://www.fiquerico.com/2008/07/15/locaisde-trabalho-inspiradorespara-freelancers-ebloggers/

Dicas de matemática

P

ara muitos, matemática é um problema desde a época da escola, mas que usamos o tempo todo no no mundo dos negócios. Quer simplificar uma conta como 99x99? Saiba como nesse blog e mais 9 dicas para facilitar e até se divertir com números. http://oddline.blogspot.com /2008/09/9-mental-mathtricks.html


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - INFORMÁTICA

S

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Tudo na ponta do dedo

aber com rapidez detalhes do resultado de vendas de veículos, balanço de vendas mensais e anuais, marketshare da marca no mercado ou o movimento bancário era uma missão quase impossível para as revendas da marca Volkswagen de todo o País, até que a Associação Brasileira de Distribuidores Volkswagen (Assobrav), maior associação de classe da América Latina, com sede em São Paulo, decidiu planejar uma solução para integrar toda sua rede. "Chegamos a um ponto que todos os profissionais precisavam urgentemente de uma solução rápida e fácil para acesso às informações estratégicas onde quer que estivessem", diz Elias Monteiro, presidente da Assobrav. O primeiro desafio identificado foi o de consolidar todas as informações em um servidor para que fossem acessadas e alteradas de qualquer ponto do País onde tivesse uma revenda. Em segundo lugar, havia a necessidade de atualização online de todos os dados introduzidos no sistema. Por último, as decisões dos dirigentes das revendas dependiam do rápido e fácil acesso à base de dados de qualquer lugar, independentemente de estarem nos escritórios. A T-Systems, empresa do grupo Deutsche Telekom, já era a fornecedora de tecnologia para a Assobrav e, pela sintonia entre fornecedor e cliente, decidiram, juntas, identificar melhorias para os processos das revendas Volks. Montada a estrutura da rede interna da Assobrav, restou decidir como conectar associados geograficamente dispersos, qual dispositivo permitiria a mobilidade e o sincronismo com a telefonia móvel. Dois anos atrás, isso não era

Os funcionários das 610 revendas Volks do País acessam a qualquer hora e em qualquer lugar informações como saldos bancários e de peças, faturamento, balanço de vendas de peças e automóveis por meio de um smartphone Palm Treo 650. Primeiramente, foi preciso unificar a base de dados e escolher os parceiros tecnológicos. MARCELO DANIL Newton Santos/Hype

Com o dispositivo móvel, temos agilidade da informação em qualquer lugar, até mesmo fora do País. ELIAS MONTEIRO

uma tarefa muito simples. A conexão com a internet foi a forma prática encontrada para atualização dos dados financeiros e comerciais. Em seguida, segundo Ronaldo Rodrigues, vice-presidente de CRM da T-Systems, a equação foi resolver sob qual plataforma de-

senvolver o projeto. A opção foi o smartphone Palm Treo 650, devido à facilidade de uso, à interface amigável e ao custo. "Em termos de conectividade, o Palm Treo utiliza o padrão Edge que permite a recepção e transmissão de dados em alta velocidade", observa. Faltava então conectar todos com uma solução de acesso móvel. A TIM foi a operadora escolhida em função da cobertura nacional em 580 municípios e as facilidades oferecidas para um pacote de serviços de transmissão de voz e dados. Além da solução com o Palm, o acordo da Assobrav com a TIM inclui 1,6 mil celulares com custo zero para os funcionários se comunicarem. "Hoje, não conseguimos mais trabalhar esperando por informações. Com o dispositivo móvel, temos agilidade da informação em qualquer lugar. Isso nos adianta a tomada de decisões e nos dá independência onde estivermos, até fora do País", explica Elias Monteiro, da Assobrav. Além das informações internas, geradas pelas concessionárias, o sistema implantado permitiu também à Assobrav e seus associados iniciarem um processo de

Custmer Relationship Manager (CRM). De acordo com Monteiro, ficou muito mais fácil para as revendas entender o comportamento de seus clientes, detectar seus desejos, preferências, enfim, conhecer melhor o consumidor. "A satisfação é total", comemora.

Antes da implantação desse sistema, os funcionários das 610 revendas Volks do País tinham de iniciar processos administrativos e de vendas em um desktop e transferir os dados para o servidor. Para começar a trabalhar, diariamente eram obrigados a le-

vantar dados, como saldos bancários e de peças, faturamento, balanço de vendas de peças e automóveis. Com a unificação do sistema de informações da Assobrav, a entrada dos dados passou a ser automática, evitando erros humanos.

Mobilidade é pouco usada D

e acordo com Ronaldo Rodrigues, vicepresidente de CRM da TSystems, embora seja notória a necessidade de soluções móveis para os negócios de qualquer setor, esse tipo de projeto ainda tem presença muito tímida entre pequenas e médias empresas brasileiras. "Mesmo nas grandes empresas, o dispositivo móvel ainda é muito usado para acesso remoto a e-mails. Aplicações estratégicas de negócios não são muito adotadas", afirma o executivo. As empresas de bebidas e

alimentos são as precursoras de soluções de transmissão de dados móvel para automatizar a força de vendas. "A informação rápida, de qualidade, garante mais poder de decisão para o executivo e melhora significativamente os resultados", explica Rodrigues. Quando fala em qualidade, o executivo quer dizer que o fornecedor de soluções de redes deve sempre estar atento à estabilidade da rede móvel e também da plataforma escolhida. "Se uma rede wireless interna, somada à rede de telefonia móvel, não

oferecer estabilidade e confiança suficientes para atrair o usuário, o fornecedor cai em descrédito e iniciativas futuras serão inibidas", explica. Quanto às possibilidades proporcionadas pela terceira geração da telefonia móvel, ou 3G, Rodrigues aponta a tendência de um novo mercado para os provedores. "Banda larga e convergência nos celulares criam novas oportunidades de se diferenciar com serviços que incluem transmissão de imagem."

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Produtividade em alta

INFORMÁTICA - 3

Fábio D'Castro/Hype

A farmacêutica Zodiac optou por uma solução com smartphones com Windows Mobile 5.0

E

m inúmeras visitas que fazem a consultórios médicos para apresentar produtos farmacêuticos da Zodiac, os seus 150 representantes de vendas têm de cumprir várias tarefas burocráticas. Uma forma de livrá-los do trabalho feito manualmente, em papel, entre uma visita e outra, e aumentar a produtividade foi o laboratório adotar o smartphone da Elef equipado com o sistema operacional Windows Mobile 5.0. Os representantes passaram a inserir os dados diretamente na rede do laboratório durante o período em que permanece em espera nos consultórios. Antes, os profissionais anotavam todas as informações em formulários e, no fim do dia, inseriam os dados na rede da Zodiac em um portal web. O processo demandava muito mais tempo, geralmente durante o período que seria destinado ao descanso do trabalhador. "Percebemos que a solução já não atendia às necessidades da companhia e decidimos substituí-la", afirma Rogério Kussano, coordenador da área de TI da Zodiac. Solução – O primeiro passo foi migrar para uma plataforma de automação mais robusta e flexível, que permitisse a geração de

diversos relatórios e a inserção de novos campos em tempo real. Para garantir a adaptação dos funcionários, no princípio a inserção dos dados continuou sendo feita por meio do portal. Uma vez que os representantes se familiarizaram com a interface e as funcionalidades do novo sistema, a Zodiac deu a largada rumo à mobilidade. Em julho de 2007, começou a pesquisar aparelhos compatíveis com o sistema de automação adotado pela Zodiac, o Sales Force Net, da Close-Up International, e que roda em plataforma Windows. "Inicialmente, consultamos as operadoras para aquisição conjunta do aparelho e do pacote de minutos, mas as condições não eram muito favoráveis", avalia Kussano. Após analisar diversas opções, a Zodiac escolheu o Elef Check Mate. A duração da bateria, os diversos recursos de conectividade, além da oferta dos smartphones por meio de locação foram decisivos para a escolha. No acordo, a garantia da Elef foi estendida de 12 meses para 36 meses, além da inclusão do seguro contra quebra de display, acessórios e upgrade. Os 150 representantes da Zodiac começaram a usufruir da mobilidade em março deste ano. A partir

Leonardo Rodrigues/e-SIM

Éder Luz: a redução do tempo de espera pelo carro pode chegar a 40%

Serviço de táxi usa GPS para agradar clientes

A

convergência entre o GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global) e a rede de dados da operadora de telefonia móvel TIM foi a base para um novo sistema de orientação das cooperativas de táxis, tão solicitadas nos grandes centros urbanos. A solução chama-se Autocab, desenvolvida pela multinacional GPC Computer Software, fabricante de sistemas de gestão e despacho de táxis. O sistema já é usado no Brasil pela Use Táxi, em São Paulo, e a Libertaxi, no Rio de Janeiro, para gerenciar a distribuição de táxis e tornar mais ágil o atendimento aos clientes. Além disso, eliminam-se as dúvidas de itinerários com auxílio da orientação do GPS. A TIM fornece chips de dados e smartphones com GPS aos motoristas, que passaram a ser localizados pela central de chamadas para serem posicionados na região onde houve uma solicitação. Quando o usuário liga para a central e informa sua localização e o destino da

viagem, o atendente passa os dados para a central inteligente, que localiza a partir do GPS o táxi mais bem posicionado para atender a corrida. O passageiro recebe imediatamente informações com o número do veículo e o tempo de espera, o que elimina quase totalmente a necessidade de ligações de retorno. De acordo com Éder Luz, presidente da cooperativa Use Táxi, "a redução do tempo que um passageiro espera pelo carro pode chegar a 40%". O Autocab ainda representa economia de cerca de 30% em combustível aos motoristas, já que não precisam se deslocar por grandes distâncias. A cooperativa ainda não substituiu totalmente a comunicação via rádio pela transmissão dos dados da corrida para o smartphone, mas o sistema permite que todos os dados sejam enviados para o aparelho instalado no táxi. Assim, é desnecessária a resposta à central pelo rádio. A frota de 350 carros da Use Táxi, segundo Luz, teve a capacidade de atendimento duplicada. (M.D.)

daí, no momento em que se conecta para a transmissão, o representante também recebe dados atualizados sobre o mercado e os médicos que visita. Benefícios - Aumento de produtividade, agilidade no atendimento e satisfação dos representantes são as primeiras melhorias percebidas. Hoje, os profissionais conseguem otimizar o tempo, preparar-se melhor para cada visita a médicos e fortalecer a comunicação com os gerentes. O ganho de tempo é aproveitado para as atividades que envolvem comunicação, planejamento e organização. A solução baseada em plataforma Microsoft também traz benefícios à empresa. "Um dos pontos fortes do Windows Mobile é a integração com o outlook, possibilidade de visualizar a agenda e acesso aos recursos do Messenger", observa Kussano. O executivo observa que a possibilidade de usar os programas do pacote Office e instalar aplicativos como o Acrobat Reader tornam o projeto ainda mais completo, permitindo realizar inúmeras tarefas. A Zodiac estuda ainda a adoção do Reporting Services, recurso do SQL Server, para a geração automática de relatórios para distribuição à força de vendas. (M.D.)

Escritório móvel: a executiva Renata Rodrigues, da Zodiac, usa o smartphone, livrando-se do trabalho feito em papel


Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 30 de setembro de 2008

TUCANOS TENTAM DESMENTIR ACORDO COM DEM

Kassab defende união com PSDB no segundo turno

Antonio Cruz/ABr

6

Seria um tiro no pé não acontecer esse apoio. É uma coisa lógica. Rodrigo Maia

CENAS DE CAMPANHAS Paulo Liebert/AE

Tucanos desmentem negociações sobre aliança e defendem apoio a Alckmin

O

atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), fez ontem uma caminhada pela região do Bom Retiro, na zona central da cidade, ao lado do ex-senador José Jorge, que concorreu na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições de 2006, como vice-presidente. O candidato afirmou esperar que tucanos e democratas estejam juntos no segundo turno das eleições. "Quero cumprimentar todos os dirigentes do PSDB e do DEM que têm essa linha de raciocínio. É evidente que vamos estar no segundo turno trabalhando juntos. Temos um adversário em comum, que é o PT", declarou. Kassab disse estar confiante após os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto, que o colocam em segundo lugar, à frente de Alckmin, mas evitou tripudiar sobre o candidato tucano. "Seria uma pretensão muito grande eu afirmar aqui que já estamos no segundo turno. As eleições não acabaram, ainda temos o segundo turno, a campanha não acabou. Seria até um desrespeito para com o eleitor", declarou o prefeito. Após ter revelado no debate de domingo na TV Record que teria sido procurado por Alckmin para fechar um acordo em que o tucano teria oferecido uma secretaria ou o apoio nas eleições para o governo do Estado em 2010, caso desistisse de disputar a reeleição, Kassab desconversou. Limitou-se a dizer que o eleitor não está interessado nesse tipo de assunto, mas sim nas propostas de cada candidato. Aliança – O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), confirmou que desde o início da campanha conversa abertamente com dirigentes do PSDB sobre a formação de aliança no segundo turno para tentar impedir a vitória da petista Marta Suplicy em São Paulo. A informação provocou mal-estar na campanha de Alckmin por passar a idéia de que dirigentes nacionais teriam "jogado a toalha", duvi-

É evidente que vamos (PSDB e DEM) estar no segundo turno trabalhando juntos. Temos um adversário em comum, que é o PT. Gilberto Kassab

dando de sua vitória. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, chegou a divulgar nota oficial para dizer que essa negociação não estava sendo feita. "Não há e não houve conversa com vistas às eleições de São Paulo. O PSDB só trabalha com uma hipótese: o candidato Geraldo Alckmin, estará no segundo turno." Guerra confirmou que tem conversado sistematicamente com Rodrigo Maia, mas nunca sobre segundo turno. "Na semana passada mesmo, conversamos e ele até reclamou da troca de farpas entre Alckmin e Kassab. Mas nunca falamos de segundo turno", disse. Líder do PSDB na Câmara e um dos principais aliados de Alckmin, o deputado José Aníbal (SP) também negou a existência de costuras com vistas ao segundo turno. Para ele, a notícia não passa de "evidente provocação". "Se (a informação) saiu de dentro do partido, é de gente que não fala, e não fala mesmo, em nome do PSDB", disparou. Para os dirigentes do DEM, no entanto, a discussão sobre um acordo no segundo turno é "natural". O presidente do DEM, Rodrigo Maia, lembra que uma eventual vitória de

Marta sobre Kassab ou Alckmin seria muito ruim para os dois partidos, que perderiam o controle da maior cidade do País. "Seria um tiro no pé não acontecer esse apoio. É claro que aquele que for para o segundo turno terá a ajuda dos dois partidos. É uma coisa lógica", avaliou Maia. Sorte –Com a perda de terreno nas pesquisas eleitorais para Kassab, Alckmin apelou ontem para a sorte: aproveitou o dia 29 para seguir a tradição italiana de comer o "nhoque da sorte", na Mooca, zona leste. No lugar de uma moeda, colocou embaixo do prato seu santinho. "É para dar sorte", explicou o candidato, tentando mostrar otimismo. Mais tarde, ganhou um charuto de um comerciante de um shopping – também "para dar sorte", segundo o lojista. Apesar de esclarecer que nunca fumou, o ex-governador aceitou o agrado. "Sempre tem um amigo que fuma." Na TV –Em seu programa eleitoral, Kassab destacou as duas pesquisas de intenção de voto divulgadas neste final de semana, que indicam sua vantagem sobre Alckmin. Segundo o Ibope, ele está com 25% e Alckmin, com 20%. "Com o Geraldo parado nas pesquisas, só o Kassab pode derrotar a Marta", disse o locutor. Já o programa de Alckmin mostrou uma série de depoimentos nos quais as pessoas afirmaram que ele é a "única pessoa que vai conseguir derrotar o PT". Depois foi a vez do próprio tucano afirmar que está "preparado" para vencer e governar a cidade. Alckmin também fez questão de enfatizar que é o candidato do PSDB, distanciando Kassab de seu partido. "Eu represento o jeito PSDB de governar", atacou. O tucano aproveitou ainda para falar sobre a relação entre Kassab e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que está na base de apoio do democrata. Sem citar Quércia nominalmente, Alckmin afirmou que não tem "acordo de troca de tempo na TV, como outros candidatos". (AE)

Marta: PSDB está 'fritando Alckmin antes da hora' Candidata desaprova conversa antecipada sobre apoio de tucanos ao DEM

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candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, saiu ontem em defesa do adversário tucano Geraldo Alckmin e avaliou que "não é digno" o PSDB já discutir um possível apoio ao candidato do DEM, o prefeito Gilberto Kassab, antes do primeiro turno das eleições. "Eles estão fritando o candidato antes da hora", disse Marta. "Não sei quem vou enfrentar, mas parece que o PSDB já tem o prato feito." Durante visita à subsede do Sindicato dos Comerciários em São Miguel Paulista, a petista avaliou que esta demonstração de apoio do PSDB ao DEM "provavelmente poderá agradar ao Serra (José Serra, governador de São Paulo) e ao Kassab, mas certamente vai desagradar, e muito, os

tucanos de coração". A candidata avaliou a situação como grave. "Se eu, que não tenho nada a ver, estou achando isso, imagino o que devem estar achando os eleitores", provocou. Marta voltou a frisar que não sabe com quem deverá disputar o segundo turno. E destacou que respeita tanto Alckmin quanto Kassab. "Como candidata, eu vou enfrentar quem for. Acho todos os adversários fortes, respeitáveis, e não frito ninguém antes da hora". A petista acredita que uma possível aliança entre DEM e PSDB na próxima fase da disputa não cria uma força maior contra ela e disse que vai buscar os eleitores e todos os candidatos que não forem ao segundo turno. "Eu espero ter o voto dos peessedebistas, kassabistas, malufistas,

sonistas, e de todos os candidatos", disse a ex-prefeita. Marta aproveitou para proibir seus partidários de buscarem apoio de outros partidos e candidatos antes da votação deste domingo. Segundo relatos, alguns apoiadores da petista teriam tentado no último domingo, durante o debate eleitoral na TV Record, iniciar uma discussão com o vice de Alckmin, Campos Machado (PTB), sobre um eventual apoio no segundo turno. Marta afirmou que não apóia esse tipo de atitude, classificando-a como "desrespeitosa". "Todos os meus correligionários estão interditados de dar esse passo até a abertura das urnas", disse. E reafirmou: "Tenho respeito pelos dois candidatos". (AE)

"Diga 25" - O prefeito Gilberto Kassab passa por consulta médica em AMA na Vila Prudente; candidato evita falar em vitória antecipada sobre Alckmin e defende a aliança entre PSDB e DEM no segundo turno; durante caminhada na região central, três ovos foram arremessados de um prédio, um deles respingou no prefeito. Antonio Milena/AE

Geraldo Alckmin em corpo-a-corpo com um caminhoneiro, durante campanha no bairro da Mooca, zona Leste da capital; lá, o tucano almoçou o "nhoque da sorte"; na TV, buscou diferenciar-se de Kassab, destacando ser ele o candidato do PSDB e o único capaz de derrotar Marta Suplicy no segundo turno.

Marta Suplicy faz caminhada no Jardim Europa; a candidata considerou 'indigna' a postura do PSDB de negociar antecipadamente o apoio ao prefeito Gilberto Kassab no segundo turno: "Se eu, que não tenho nada a ver, estou achando isso, imagino o que devem estar achando os eleitores"

Celso Junior/AE


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