diretório de saúde O estado da arte da saúde no distrito de Coimbra patrocínio: Esta revista faz parte integrante do Diário as Beiras de Abril de 2015 e não pode ser vendida separadamente
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4 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ENTREVISTA
índice Prestação de serviços
Perfil dos cuidados de saúde na região Centro >Pág 6/7 “Serviço Nacional de Saúde deve ser uma prioridade estratégica” >Pág 8/12 Importância do Processo Clínico >Pág 13 CHUC: Fusão de hospitais em 2011 dotou Coimbra do maior do país >Pág 14/15 7500 funcionários em que 2/3 são mulheres >Pág 16/17 Hospital Distrital da Figueira da Foz aumenta qualidade e eficiência e reduz custos >Pág 18/19 Sanfil: Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado Clínica da Lousã >Pág 20 Sanfil: Clínica Radiológica Peito Cruz >Pág 20 Sanfil: Casa De Saúde De Santa Filomena >Pág 21 Sanfil: Diaton >Pág 21 Sanfil: Laboratório D. Diniz >Pág 22 Sanfil: Nefrovales - Centro de Hemodiálise de S. Martinho do Bispo >Pág 22 Sanfil: saúde de excelência no Centro >Pág 23 IDEALMED: a qualidade na diferenciação >Pág 25, 26, 27 SPINE CENTER 100% segura >Pág 28, 29 Urgicentro >Pág 30 Gastrocentro >Pág 32 Clínicas Leite: de olhos na excelência da medicina >Pág 36 Clínica Particular de Coimbra >Pág 36 CLÍNICAS MIRA Excelência em cirurgia oftalmológica >Pág 38/39 Clínicas Persona:saúde e bem-estar, a eficácia e exclusividade de um conceito >Pág 40 Importância do Processo Clínico >Pág 41
Pres de se
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Ensino
Universidade e escolas superiores conferem qualidade e excelência ao ensino >Pág 42/43 ESTeSC:“Formamos profissionais para 12 áreas da saúde” >Pág 44/45 Faculdade de Farmácia: Comissão de Estágio faz a ponte entre licenciados e empresas >Pág 46/47 ESEnfC:“Aqui, todo o ambiente é educativo” >Pág 49 Faculdade de Medicina: Polo da Saúde precisa da união de todos >Pág 50/51
Produção/distribuição
Produção de medicamentos genéricos na região Centro >Pág 52/53 PLURAL: política do medicamento foi devastadora >Pág 54/55 Bluepharma: ao serviço da inovação e do País >Pág 56/57 Saúde e Direito >Pág 58 Desfibrilhadores podem mudar realidade da morte súbita >Pág 59
Produção Distribuição
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Institucional
Complexa rede de serviços de saúde nas mãos da ARS Centro >Pág 60/61 Ordem dos Médicos: Os valores da medicina humana >Pág 62/63 ALDIS >Pág 64
DIRETOR Agostinh o Franklin SUBDIRETORA Eduarda Macário COORDENADORA DEP. GRÁFICO Carla Fonseca TEXTOS António Alves, António Rosado, Eduarda Macário, Jot’Alves e Paulo Marques o meu jornal, a minha região FOTOS Carlos Jorge Monteiro e Luís Carregã CONTACTOS: SEDE: Rua Abel Dias Urbano, n.º 4 - 2.º 3000-001 Coimbra, tel. 239 980 280, 239 980 290, Telem: 962 107 682 fax 239 980 288, administrativos@ PROPRIEDADE Sojormedia Beiras SA asbeiras.pt REDAÇÃO Tel. 239 980 280, Fax 239 983 574, redaccao@asbeiras.pt PUBLICIDADE tel. 239 980 287, fax 239 980 281, publicidade@asbeiras.pt CLASSIFICADOS tel. 239 980 290, fax 239 980 281, classificados@asbeiras.pt ASSINATURAS tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt
ENTREVISTA DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
Prestação de serviços
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ção uição
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Ensino
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Institucional
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6 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Perfil dos cu na região Ce
Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Ci dados de saúde, complementam a oferta das un
A
quantidade e qualidade dos hospitais públicos existentes no distrito de Coimbra, bem como de um considerável lote de outros hospitais próximos – situados nos distritos de Aveiro, Leiria e Viseu – garantem uma cobertura de prestação de cuidados de saúde neste território acima da média nacional. Isso não quer dizer que não haja queixas de doentes individuais ou agregados em comissões de utentes, mas a estrutura montada responde, genericamente, à procura. O território é dominado pelo gigante Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) – o maior do país –, incluindo a casa-mãe que são os HUC, mas também o Hospital Pediátrico, Hospital Geral dos Covões, maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto e Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid. A este lote junta-se outra unidade de referência em Coimbra, que é o Instituto Português de Oncologia. Na periferia, ainda no distrito, referência para o esforço de modernização que está a ser feito nos hospitais Distrital da Figueira da Foz e Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede), bem como no Centro de Medicina de Reabilitação Rovisco Pais, na Tocha. Os fluxos de médicos e doentes fazem-se também com unidades próximas, embora de outros distritos, como são os casos dos hospitais José Luciano de Castro (Anadia); Distrital de Águeda e Cândido de Figueiredo de Tondela (a norte e noroeste); assim como o Distrital de Pombal (a sul). Noutra perspetiva, a oferta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estende-se também às nove unidades de saúde privadas – selecionadas por estarem em Coimbra ou próximas da cidade – com convenções estabelecidas com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro). São
s cuidados de saúde o Centro as que trabalham no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), com vista à redução das listas de espera de intervenções cirúrgicas: Casa de Repouso Coimbra, Clínica de Montes Claros, Idealmed III, INTERCIR - Centro Cirúrgico de Coimbra, SANFIL - Casa de Saúde de Santa Filomena, Venerável Ordem Terceira de São Francisco, Fundação Nossa Senhora da Guia - Hospital de Avelar, Fundação Aurélio Amaro Diniz (Oliveira do Hospital) e Hospital da Misericórdia da Mealhada. Num terceiro e último patamar situam-se as entidades convencionadas pelo SNS para prestação de cuidados de saúde em 11 diferentes valências. A saber: na especialidade da Medicina Física e da Reabilitação (1), existem 17 no distrito de Coimbra, cinco delas na cidade e as restantes cobrindo a maior parte dos concelhos. Na Radiologia (2) há convenções com 14 unidades, oito delas na cidade de Coimbra, mas também na Figueira da Foz, Cantanhede, Oliveira do Hospital e Condeixa. A mais exclusiva das especialidades é Electroencefalografia (3) com apenas uma unidade de saúde a prestar esse serviço, que é F. Faria Pais e Cia. Na Cardiologia (4) são 11 as estruturas identificadas, cinco das quais na sede do distrito, mas também nas outras três cidades do distrito. A Pneumologia e Imunoalergologia (5) é quase uma exclusividade de Coimbra em cinco clínicas, com a exceção da Fundação Aurélio Amaro Dinis, que se localiza em Oliveira do Hospital. Pela sua especialidade, a Medicina
Nuclear (6) comparticipada só se faz em duas unidades de Coimbra: DiatonCentro de Tomografia e Polo das Ciências da Saúde da UC. Mais abrangente é a valência de consultas em Especialidade Médico-Cirúrgica (7), com 13 unidades, sete das quais fora de Coimbra. A especialidade de Endoscopia Gastrenterelógica (8) regista 14 unidades privadas convencionadas no distrito localizadas nas quatro cidades, a que se acrescenta a Santa Casa da Misericórdia de Montemoro-Velho. A Diálise (9) conta com quatro centros, três em Coimbra e a Diaverum, em Tavarede (Figueira da Foz), enquanto a Anatomia Patológica (10) só tem dois, no Polo das Ciências da Saúde e no Citodiagnóstico-Análises Citológicas. Existe também um razoável número de unidades comparticipadas na área das Análises Clínicas (11), com 15 centros, neste caso com cobertura total. Ao todo, são 94 unidades privadas convencionadas na área da ARS Centro. Quanto aos centros de saúde do SNS localizados neste território, estão integrados em seis agrupamentos, designados ACES. O conjunto de dois deles coincide, mais ou menos, com o distrito de Coimbra, embora tenha cinco concelhos de outros distritos. São ao todo, 14 municípios que fazem parte do ACES do Pinhal Interior Norte e 17 do ACES do Baixo Mondego. |António Rosado
Prestação de serviços
ritos para Cirurgia (SIGIC) e convenções do SNS a entidades privadas, para prestação de cuioferta das unidades de saúde pública existentes , com reduzidos encargos para o utente
8 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//entrevista
“Serviço Nacional de Saúde deve ser uma prioridade estratégica” Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defende o setor público na saúde como forma de suavizar as desigualdades sociais provocadas pelos cortes e pela austeridade Na recandidatura mostrou total disponibilidade para, com o Governo, produzir um documento que norteasse o futuro da saúde em Portugal. Esse trabalho foi feito? Não. O Governo tem a sua estratégia, vai ouvindo os vários parceiros da sociedade mas não teve iniciativa para se trabalhar nesse sentido. Seria um documento que permitisse sobretudo, gerar uma discussão sobre aquilo que deve ser o futuro da saúde em Portugal.
continuar a ser financiador e prestador de cuidados de saúde. Primeiro porque um Serviço Nacional de Saúde (SNS) é comprovadamente a forma mais barata e de maior qualidade de disponibilizar cuidados de saúde a toda a população, de acordo com os preceitos constitucionais do nosso SNS. Obviamente que o setor privado tem o seu papel, mas não podemos assistir passivamente a que o setor privado cresça à custa da destruição do setor público.
Mas toda a gente fala sobre saúde... É verdade. Mas nunca se promoveu uma discussão que envolvesse toda a sociedade. Há, por parte de quem tem a responsabilidade e a legitimidade jurídica de governar, de decidir de forma um pouco reservada e com ausência duma discussão mais alargada sobre quais devem ser os pilares estratégicos do futuro da saúde em Portugal. E nesse sentido não faz muito senso ouvir o ministro da Saúde defender um pacto para a saúde quando nunca promoveu nenhuma iniciativa que mostrasse essa vontade concreta. Sabendo que esse pacto alargado não é possível, até pelas diferentes visões políticas dos partidos e interesses absolutamente contraditórios dos diferentes parceiros da área da saúde, entendo que a discussão, a análise e a participação tão alargada quanto possível é importante.
É isso que está a acontecer? É, sem dúvida, um pouco o que está a acontecer, alegadamente por força das restrições financeiras impostas pelo memorando da troika. Mas há claramente também uma filosofia política ultraliberal a presidir a algumas decisões no âmbito da saúde e uma estratégia de favorecimento do setor privado em detrimento do público. E quem é prejudicado com isso são os cidadãos. Sobretudo os cidadãos mais desfavorecidos, porque se institucionaliza uma saúde a duas velocidades.
E quais são esses pilares fundamentais para o futuro da saúde em Portugal? Devem ser a aposta numa saúde essencialmente pública, em que o Estado deve
Quais são os verdadeiros problemas da saúde em Portugal? Neste momento é a falta de financiamento. Tenho dito, com base nos dados da OCDE, que Portugal tem/tinha o melhor SNS do mundo na análise de uma tripla relação entre acessibilidade, qualidade e custo per capita. Por vezes, apontam-nos exemplos como o da Holanda, onde há umas coisas que são melhores. Sim, mas gasta quase o dobro per capita daquilo
que nós gastamos. Nós temos/tínhamos o melhor SNS do mundo, porque conseguia dos melhores indicadores de saúde do mundo por um custo per capita muito baixo e muito abaixo da maioria dos países da OCDE. E o que é que fez com que deixasse de ser o melhor SNS do mundo? Sem dúvida que foram os cortes feitos no setor e a redução da capacidade de resposta secundária aos cortes. Mas também a filosofia de favorecimento do grande setor privado, porque o pequeno setor privado médico também está em desaparecimento pelas dificuldades jurídicas, de licenciamento, de concorrência desleal entre setores, de dificuldades burocráticas tremendas. O pequeno setor privado médico está a desaparecer, mais uma vez canibalizado pelo grande setor privado médico. Há claramente uma opção pelo setor privado e devia-se definir na sociedade portuguesa qual é o limite para a comparticipação direta das famílias nas despesas em saúde, que tem vindo a crescer e sem horizonte de limitação. Ora, neste momento, o setor público em Portugal já só representa cerca de dois terços das despesas em saúde. Entendo que esta era uma importante discussão e todos os partidos deveriam assumir explicitamente até onde é que acham que conseguimnos ir ou se já ultrapassámos o limite tolerável para a participação direta das famílias nas despesas da saúde, que implica por vezes opções difíceis entre tratarem-se ou comerem.
ENTREVISTA DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
E já há pessoas nessa situação. Já há pessoas a optar por não se tratar ou a reduzir o número de medicamentos, e prescindindo de alguns essenciais, precisamente pelas dificuldades financeiras a que são submetidos. Ora, isso não e tolerável num país europeu, democrático, do século XXI que, ao mesmo tempo, é dos países da Europa com mais desigualdades sociais que se agravaram com as medidas de austeridade. E o setor que melhor poderia compensar as desigualdades sociais e as medidas de austeridade seria exatamente a preservação da capacidade de resposta do SNS, o que não acontece, porque assistimos em simultâneo a cortes sociais e na saúde. Daí que tenhamos assistido a algumas situações de sobrecarga dos hospitais e dos serviços de urgência. Quais são os desafios do setor? Continuar a considerar-se o SNS como uma prioridade estratégica. E para os profissionais? Continuarem a defender a todo o custo a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal. Manterem a sua resiliência, mas não perderem o seu espírito de cidadania, de capacidade de intervenção e de espírito reivindicativo para defender a qualidade da saúde em Portugal. Como os motivar, quando os próprios cortes os atingem a eles também? A resiliência dos profissionais da saúde – sobretudo médicos e enfermeiros – é
imensa. Se não fosse isso, as coisas estariam muito piores. Ou seja, as pessoas têm dado mais do que aquilo que lhe sé exigido e mais do que aquilo que lhes é remunerado, pelo espírito de missão e vocação. Mas há, sem dúvida, um deficit de cidadania na sociedade portuguesa, que também se reflete nos profissionais de saúde. Mas todos os portugueses têm que perceber que ou pegam o futuro do país nas suas mãos ou então,o futuro do país será muito complicado. Ainda um dia destes o prof. Medina Carreira dizia, e bem, que uma dona de casa não teria deixado falir o país. Mas também há famílias falidas…. É certo que sim e por má gestão. Mas eu diria que uma boa dona de casa não deixaria falir o país. Cometeram-se exageros graves, o país esteve entregue à corrupção, à mediocridade, não há uma cultura de mérito e há demasiado segredo na sociedade portuguesa. Eu não concebo, nem aceito, o segredo fiscal, o segredo nos concursos, o segredo nas decisões, o segredo nos documentos. Não pode haver segredo na vida pública e política nacional, exceto em situações verdadeiramente relacionadas com segurança nacional ou com o segredo necessário a um processo de investigação penal, criminal ou civil. Mas segredo fiscal? Porquê? Os segredos neste país só têm servido para esconder e proteger os criminosos. E, sem dúvida, que os dois grandes cancros do nosso país têm sido a corrupção e a mediocridade.
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Há muitos profissionais da saúde a acumular privado e público. Isso é correto? É desejável a separação de setores, mas quem acabou com ela e quem agravou a confusão de setores foi o Estado, quando acabou há uns anos a exclusividades dos profissionais de saúde no setor público. E, por determinação ministerial contribuiuse para estimular a participação dos profissionais nos setores público e privado. Defende a exclusividade? Defendo claramente a separação dos setores e a dedicação por inteiro a um deles. Mas é preciso sublinhar que a culpa da não separação de setores é dos sucessivos governos e não dos profissionais. É evidente que, no momento presente, com os baixos salários praticados no SNS, não é possível impor a separação de setores, porque haveria uma debandada geral dos profissionais, nomeadamente médicos, do setor público. Como aliás, já está a verificar-se com uma saída tremenda de médicos para o setor privado, para as reformas antecipadas e para a emigração. Os números são preocupantes? No ano passado emigraram 387 médicos. Continuam a emigrar e vão emigrar cada vez mais, porque não se pode remunerar o trabalho médico especializado a oito euros líquidos à hora. Não remunera 12 anos de formação e um trabalho que é dos mais sensíveis e exigentes, stressantes, complexos e de risco que existe na sociedade. Se agora se dissesse que
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os profissionais tinham que optar entre o setor público e o privado, a esmagadora maioria passaria para o privado e esvaziar-se-ia o SNS. Entendo que devia haver uma planificação para se caminhar para a separação de setores. A Ordem dos Médicos está disponível para conversar sobre essa separação e definir um conjunto de regras, que permitam consegui-la de forma progressiva. Mas Portugal importa médicos. Nós somos o quarto país da Comunidade Europeia com mais médicos no ativo, segundo os dados da OCDE. Agora já não estamos a importar tantos médicos e devíamos para aproveitar e instituir medidas para estimular a fixação dos bons especialistas portugueses em Portugal. Mas, infelizmente, estamos a permitir a sua emigração, como está a acontecer com os melhores cérebros portugueses noutras profissões, e que vai ter consequências dramáticas no futuro do país. E a verdade é que os países mais ricos da Europa estão a contratar a baixo custo e sem despesas de formação os melhores profissionais portugueses. Em que áreas se sente mais a falta de médicos? Neste momento, o principal problema é na medicina geral e familiar, nos cuidados de saúde primários, que são a base do sistema. Enquanto houver cidadãos sem médico de família, vamos ter um sistema desequilibrado, com cidadãos que têm que recorrer aos serviços de urgência desnecessariamente. Para eles necessariamente, pois não têm alternativa. Às vezes, as pessoas são tratadas como se fossem as culpadas de irem ao serviço de urgência “alegadamente” sem necessidade. Mas elas vão lá porque não têm alternativa e sentem necessidade, não acredito que vão fazer turismo. Estamos neste momento com dificuldades também na área da anestesia, mas temos anestesistas a emigrar; na área da radiologia porque temos radiologistas a emigrar. Devia ser suspensa definitivamente, e até revertida, a excessiva entrega de serviços de radiologia hospitalar em outsoursing e em telerradiologia porque isso está a comprometer gravemente o futuro da formação nesta área em Portugal com consequências dramáticas.
O que fez a Ordem para inverter a situação? Já alertámos a tutela para a situação que se está a viver no país. E já fizemos sentir que não é possível continuar a entregar serviços, por exemplo, de radiologia porque deixámos de ter espaço para formar os futuros especialistas em radiologia. Ao mesmo tempo, temos que criar condições para fixar os que estão a emigrar. Nas áreas mais carenciadas, temos especialistas portugueses a emigrar. É este paradoxo que tem que ser corrigido.
Quando há uma catástrofe há um plano de intervenção. O que falha na saúde? Exatamente, o facto de não haver um plano alternativo. Como se verificou este inverno, não houve um plano, aliás, Portugal e Inglaterra foram os dois únicos países da Europa que tiveram excesso de mortalida-
Utiliza muitas vezes a expressão catástrofe na saúde. É assim tão dramática a situação? É. Se analisarmos o que se passa nos serviços de urgência, se verificarmos que os hospitais estão cheios de doentes e não têm capacidade de resposta suficiente, se verificarmos que os cuidados continuados estão mal planificados, não têm capacidade nem qualidade de resposta, se verificarmos que não foi feita uma aposta nos cuidados de saúde primários – onde já temos médicos de família a emigrar – e não foi feita uma aposta na contratação dos médicos reformados, porque não há nenhum sistema que funcione. O SNS português será sempre disfuncional enquanto cada cidadão português não tiver acesso a um médico especialista em medicina geral e familiar. Porque chegámos a esta situação? Nós vivemos um espaço entre dois picos, vivemos um vale de formação médica por causa do absurdo, estúpido e exagerado bloqueio nos numerus clausus em medicina no passado. Neste momento temos numerus clausus excessivos e acima das necessidades do país, que colide com a qualidade da formação médica. Não precisamos de aumentar o número clausus, não precisamos de mais escolas médicas, temos um excesso de alunos nas universidades em medicina para as necessidades do país. Se aumentássemos a formação médica, estávamos só a formar mais médicos para exportação. Aqueles 387 médicos que emigraram no ano passado representam cerca de 150 milhões de euros em formação médica e que emigraram a custo zero. É preciso criar condições para que os médicos que estamos a formar em número suficiente neste momento, se fixem no nosso país.
“Devíamos criar condições para fixar os nossos profissionais e travar a emigração”
de no máximo do desvio da mortalidade durante o período do Inverno. E exatamente pelas mesmas razões, dois governos ultraliberais e excesso de cortes imposto ao SNS, com redução da sua capacidade de resposta. Cá em Portugal diz-se que foi por causa da vaga de frio e da epidemia de gripe. Mas frio e gripe houve em toda a Europa e só em Portugal e Inglaterra é
ENTREVISTA DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
que houve o excesso de mortalidade que se verificou. Mas, apesar de tudo, o ministro da Saúde tem sido o menos contestado no governo? Já foi menos contestado. Mas, na verdade, as pessoas ficaram um bocado
A rede de cuidados continuados foi uma das medidas apresentadas por este Governo como uma solução milagrosa. Mas não se tem mostrado muito convencido disso. Porquê? Esta rede não é ,na verdade, uma solução. Os cuidados continuados são uma boa ideia, mas foram cometidos erros graves. Que tipo de erros? Foi constituída uma rede nacional de cuidados continuados verticalizada, hierarquizada e desintegrada da realidade local. Um doente de Anadia pode ir para uma Unidade de Cuidados Continuados de Aveiro e vice-versa. Isso não é bom, para os doentes, para as famílias, para a sociedade. Há uma desorganização das realidades locais.
anestesiadas com os efeitos da crise e dos cortes, com medo de reagir e poderem ser despedidos. Discutiu-se o ano passado a questão do Código de Ética do SNS , que ficou conhecido como a lei da rolha e que visava silenciar as queixas dos profissionais. Vivemos numa sociedade amedrontada e essa talvez seja a razão para esta falta de reação.
Mas é uma solução a melhorar? Entendo que há outras medidas que devem ser concretizadas. Defendo que deve ser reequacionada a recuperação dos hospitais concelhios que prestavam cuidados de agudos e de crónicos, ou seja, cuidados de agudos e continuados integrados na realidade local, com ligação à segurança social, com conhecimento das circunstâncias sociais das famílias, com a preparação da alta no primeiro dia em que o doente é internado. Essas sim, eram estruturas que conheciam a realidade e estavam integradas na comunidade. Optou-se por fechar todos os internamentos de agudos nos hospitais concelhios e reduzir o número de camas, transformando-os em cuidados continuados. E ninguém perguntou para onde passariam a ir os doentes agudos que eram internados nos hospitais concelhios, com capacidade de resposta em qualidade a 90 por cento da necessidade da população, com conhecimento da comunidade e da realidade social local, que resolviam os problemas. Por exemplo, com o encerramento do internamento de agudos de Cantanhede e Anadia, para onde foram esses doentes que eram internados e bem tratados, em camas baratas e hospitais com estruturas leves mas suficientes? Qual a resposta a essa pergunta... Passaram a vir para as camas mais caras do país, no Hospital da Universidade de Coimbra. Ou seja, a medida nem sequer em termos económicos fez qualquer sentido, pois encareceu o tratamento des-
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ses doentes, afastou-os da comunidade, criou unidades de cuidados continuados dirigidas verticalmente, sem qualquer ligação à comunidade. Esse foi um dos principais erros que se cometeu. E, ao mesmo tempo, que se reduziram camas de agudos, criaram-se camas de crónicos, mas agravou-se o problema dos primeiros que deixaram de ter sítio para onde ir. Se se fechar uma cama de agudos e se abrirem duas de crónicos até se pode dizer que temos mais camas, mas poupou-se dinheiro, porque uma cama de crónicos fica pelo menos cerca de quatro vezes mais barata do que uma cama de agudos. Portanto, com esta manobra, o ministério atingiu o objetivo inicial de reduzir a despesa, mas desorganizando o sistema e isso foi profundamente perverso. As pessoas vivem cada vez mais anos. Portanto, essa situação terá tendência a piorar? Naturalmente que sim. E é preciso que se discuta como é que a sociedade vai fazer face ao envelhecimento da população. Um envelhecimento acelerado e agravado pela emigração dos mais jovens e pela redução dramática da taxa de natalidade. Portugal vai fazer face a um gravíssimo problema demográfico no futuro próximo e é preciso que haja uma discussão aberta sobre como é que vamos lidar com o envelhecimento acelerado da população. E há soluções para isso? Claro que há. Por exemplo, a criação de uma rede nacional de cuidados, mas constituída por comunidades locais de voluntariado social organizado, com o apoio insubstituível do Estado. É preciso que a sociedade aprenda a tomar conta de si própria, porque não há nenhum país em que possa ser o Estado a tomar conta de todos os nossos velhinhos. Têm que ser as famílias e a sociedade a criarem mecanismos para tomar conta de si próprios. O que falhou na consagração do SNS? Todo o país sofreu com a banca rota nacional que foi responsabilidade de sucessivos governos, de má gestão e excessivo endividamento por irresponsabilidade política. Portanto, era inevitável a necessidade de ajustamentos em todos os setores. Mas os cortes na saúde foram para além do que foi preconizado pela troika, as dúvidas sobre a qualidade da gestão na saúde
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prevalecem e temos assistido a coisas inacreditáveis. Por exemplo, no hospital do Litoral Alentejano, como noutros, houve a preocupação prioritária do lucro. E, na verdade, o hospital deu lucro e vai agora pagar dois milhões de IRC. Mas para isso, durante este período, não se contrataram profissionais em número suficiente, não se renovou nem se fez a manutenção do equipamento e registou-se um agravamento na capacidade de prestar cuidados de saúde em qualidade e em quantidade suficiente à população que serve. Saúde e lucro são incompatíveis? Um serviço de saúde não existe para dar lucro. Quando assim é, há uma visão completamente errada àquela que deve ser a boa gestão duma instituição de saúde cuja missão é tratar os doentes com qualidade. Mas também não deve dar prejuízo. Mas, quando o Ministério da Saúde diz que muitos hospitais estão em falência técnica é algo completamente inaceitável, porque ele é o único acionista dos hospitais públicos, sendo responsável pelo seu financiamento e pela sua gestão. Foi o ministério que os financiou insuficientemente e que nomeou os respetivos gestores, portanto, é o único responsável. Aliás, nós assistimos em termos de saúde a uma excessiva centralização das decisões muito bem criticada pela presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares. E esse foi um dos principais problemas do SNS. A Ordem dos Médicos não é tida nem achada nestas questões? Não mas devia ser. Costumo dizer que se a Ordem dos Médicos pudesse fazer leis, o país estaria bem melhor do que aquilo que está. Fusão de hospitais resolveu problemas? A fusão dos hospitais foi encarada como uma panaceia, mas não é e está demonstrado. A fusão dos hospitais em Portugal foi feita com objetivos financeiros e não de melhoria do serviço ou do rigor da gestão. Não houve estudos prévios para avaliar as consequências dessas fusões e, por isso, não trouxeram normalmente bons resultados para a prestação dos cuidados de saúde, embora tenham trazido poupanças. Portanto, a fusão não é panaceia, é potencialmente geradora de mais
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//entrevista
problemas. A nossa obsessão não deve ser no número de instituições, no contra ou a favor da fusão, deve ser na forma como os cuidados de saúde são prestados à população e se ela tem acesso em tempo suficiente aos cuidados de que necessita. E não houve essa preocupação. De facto, a fusão foi entendida como forma de cortar no financiamento do SNS e reduziu a sua capacidade de resposta, apesar da demagogia dos números que não são auditados por nenhuma estrutura independente. O CHUC é o maior centro hospitalar do país. Mantém essa visão negativa? Naturalmente. Os problemas na prestação de cuidados de saúde à população da área de intervenção do CHUC não foram resolvidos, pelo contrário.
São intoleráveis mais cortes no Serviço Nacionalde Saúde e é necessária uma melhor gestão. Gestão que só pode ser por mérito. As nomeações para os gestores do SNS são absolutamente opacas e a CRESAPE um falhanço quase total, também por causa do secretismo das suas decisões Paralelamente à fusão, apareceram um conjunto de unidades de saúde privadas em Coimbra. O que é que isso significa? Quer dizer objetivamente que houve uma redução da capacidade de resposta do setor público e esse foi o resultado da fusão dos dois grandes centros hospitalares de Coimbra. O problema é o crescimento do setor privado à custa da redução da capacidade de resposta do setor público, com agravamento das desigualdades sociais. Está demonstrado que a saúde é uma das principais formas de contribuição para uma melhor solidariedade social. A saúde é absolutamente essencial nesse processo de solidariedade social. Por isso,
a redução da capacidade de resposta em quantidade e em qualidade do SNS vem contribuir para agravar e aumentar as desigualdades sociais. Num país pobre, não seria possível o grande setor privado ter o crescimento que teve sem esvaziamento do setor público. O setor privado tem o seu papel, é igualmente importante, mas não pode canibalizar o setor público com prejuízo das populações mais desfavorecidas. Porque é que o Estado faz acordos com privados em vez de reforçar o seu setor? Por estratégia política. A definição de um sistema nacional de saúde – englobando público, privado e setor social – é uma decisão política pura e dura. As comparações de custos entre o setor privado e o público são sempre enviesadas, de modo a prejudicar o público e dar a ideia de que é mais caro do que o privado. Não é verdade. As comparações são mal feitas, e não contabilizam todas as vertentes, como, por exemplo, a formação. A aposta na formação, que é uma obrigação do serviço público, tem custos na prestação de cuidados de saúde. Por outro lado, o setor público tem toda uma estrutura de recursos mais caros para responder a todas as necessidades da população. Não há nenhum hospital privado do país que tenha um serviço de urgência como no setor público. E o custo do serviço de urgência é enorme. Tudo o que são intervenções mais complexas, caras e sofisticadas, existem no setor público. Ou seja, o setor público onde há um custo global (porque tem tudo) não pode ser comparado com o setor privado, que aposta apenas naquilo que dá lucro. Coimbra cidade da saúde? Coimbra de que apostar em alguns setores para poder continuar a ser uma cidade competitiva no todo nacional. Tem que apostar na educação, na saúde, no turismo, na qualidade de vida e tem de apostar em ser uma cidade com intervenção política a nível nacional. Tem faltado a Coimbra, a capacidade de intervenção política a nível nacional. Isso tem sido profundamente dramático, porque Coimbra tem vindo a perder importância no todo nacional. Por falta de... Por falta de atores a nível político que coloquem Coimbra no mapa decisório nacional. | Eduarda Macário
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Importância do Processo Clínico O dever de documentação ergue-se, hoje, como um dever essencial dos profissionais de saúde em geral e dos médicos, em particular. As suas principais finalidades (dever de criar, manter e guardar o processo clínico devidamente instruído) consistem em garantir a segurança do tratamento, a obtenção da prova, o controlo dos custos de saúde e a facilidade de fundamentação dos honorários e justificam, de per si, a sua essencialidade na relação médico-paciente. Para melhor apreensão, importa ressaltar algumas destrinças conceptuais. Primeiramente, importa salientar o artigo 3.º da Lei n.º 12/2005 de 26 de Janeiro, que determina que o paciente é o proprietário da ‘informação de saúde’, sendo a instituição prestadora dos serviços a ‘depositária’ do processo, o que lhe confere um direito e um dever de guarda e protecção dos processos clínicos, i.e, a instituição de saúde tem a responsabilidade do tratamento dos dados e tem o direito e o dever
de garantir que os dados pessoais dos doentes não são ilicitamente devassados ou transmitidos a outra instituição. Bem se compreende que a ‘informação de saúde’ constitui matéria da intimidade da vida privada do paciente e, atenta a sua natureza, é merecedora de medidas especiais de segurança (Lei de Protecção de Dados Pessoais – Lei n.º 67/98 de 26 de Outubro). Ao invés, o processo clínico constitui um instrumento do mundo externo que assegura a conservação e transmissão da informação e que, habitualmente, contém informação (para identificação do paciente, informação relativa a terceiros e anotações pessoais do médico) que não configura ‘informação de saúde’. Por outro lado, e de acordo com o n.º 3 do artigo 100.º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos: “O médico é o detentor da propriedade intelectual dos registos que elabora, sem prejuízo dos legítimos interesses dos doentes e da instituição à qual eventualmente preste os serviços clínicos a que correspondem
tais registos.”. Ora, esta disposição visa proteger a produção das invenções e criatividade humanas e em nada colide com o regime da Lei n.º 12/2005, que nos afirma que é o paciente o proprietário da informação de saúde e que é a instituição a detentora do processo clínico. São, em rigor, três realidades jurídicas distintas que visam atender a interesses e problemas diversos: - A propriedade (ou titularidade) da informação de saúde, que cabe ao doente; - A detenção física (ou electrónica) do processo clínico, que recai sobre a instituição; - A propriedade intelectual sobre a invenção, por exemplo, de um dispositivo médico, ou a criação que se verifique no modo como se faz o diagnóstico, se desenha um percurso terapêutico ou se introduzem novas técnicas cirúrgicas, ou ainda pelo modo como se utiliza um medicamento “off-label”. Filomena girão, advogada da empresa Ferreira Ramos, Girão e Associados
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CHUC
CHUC: Fusão de hospitais dotou Coimbra do maior d
Além da vertente assistencial, o conjunto de unidades de saúde que compõem o Centro Hospitalar e Universit e inovação, de forma a reforçar a sua vertente de “referência nacional e internacional em áreas consideradas O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é o maior hospital português, beneficiando da fusão de instituições de saúde da cidade, envolvendo os HUC, Hospital dos Covões, Pediátrico, maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto e Psiquiátrico de Sobral Cid. O CHUC foi oficializado em Diário da República a 2 de março de 2011. A partir desta data alargou a sua missão de “prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade e diferenciação, num contexto de formação, ensino, investigação, conhecimento científico e inovação, constituindo-se como uma referência nacional e internacional em áreas consideradas como polos de excelência”, refere a administração. De acordo com a estratégia seguida nos últimos quatro anos, a aposta tem sido no aumento de capacidade de investigação, inovação e docência, garantindo a eficiência e a sustentabilidade global a médio e longo prazo. O alargamento da sua área de atuação além-fronteiras é um dos pontos em que o presidente do Conselho de Administração tem insistido. Enquanto centro hospitalar universitário é, em termos de referenciação, altamente diferenciado, sendo hospital de fim de linha para a rede de hospitais da região Centro e referência nacional para o tratamento de determinadas patologias, como, por exemplo, o transplante pediátrico. As alterações de gestão resultantes do processo de fusão de 2011 levaram a um esforço no sentido de integrar os serviços complementares de diagnóstico e terapêutica, bem como os serviços de suporte à prestação de cuidados de
O CHUC, é altamente diferenciado, sendo hospital de fim de linha para a rede da região Centro
saúde. Da mesma forma têm sido reestruturados os serviços de gestão e logística, melhorada a eficiência da estrutura de custos do CHUC e diversificadas as fontes de financiamento. Preocupações ambientais vertidas em estratégia de redução de consumos A vertente ambiental é encarada como uma parte integrante da responsabilidade do CHUC, num compromisso permanente de minimizar os impactes ambientais associados à sua atividade. Em 2009 foi definida a Política Ambiental através do projeto HUC-Hospital Amigo do Ambiente. Neste âmbito a postura responsável do CHUC perante o ambiente orienta-se pela “utilização dos recursos naturais de forma responsável”. Tal como se pode ler no último Relatório de Governo Societário do CHUC, relativo a 2013, as medidas de eficiência ambiental adotadas pelo CHUC são
diversificadas e estão incluídas em três áreas de atuação distintas: energia, água e resíduos hospitalares. Neste setor há uma aposta forte na substituição de caixilharias – vertente de desempenho térmico dos vãos envidraçados –, modernização dos ascensores, instalação de motores de velocidade variável (variadores) nas bombas do circuito de água gelada (sistema bombagem), instalação de novos chillers, atualização do posto central da gestão técnica centralizada, implementação de sistema de gestão de energia e consumos, sistema de monitorização de consumos de eletricidade, água e gás natural, substituição das lâmpadas de tubo fluorescente por lâmpadas LED e instalação de sensores de movimento em todas as áreas comuns. Fazem ainda parte desta estratégia a reconversão das caldeiras e dos queimadores para gás natural, instalação de painéis solares térmicos para aqueci-
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tais em 2011 or do país
ar e Universitário de Coimbra comportam ainda as valências de ensino, investigação e conhecimento científico onsideradas como polos de excelência” mento de água sanitária, monitorização mensal dos resíduos sólidos, instalação de sistemas temporizadores nas torneiras, sensibilização dos colaboradores e utentes para a utilização racional dos recursos energéticos, através da adoção de comportamentos ambientalmente
Organigrama dos CHUC
sustentáveis, adoção do “Guia de boas práticas para o setor da saúde”, enquadrado no Plano Estratégico de Baixo Carbono (PEBC) e do Programa de eficiência energética na administração pública (ECO.AP), arquivo e transmissão digital de documentos – que tem
permitido uma redução significativa de consumo de papel –, política interna de gestão de resíduos, de modo a evitar e reduzir a sua produção, e cumprimento de requisitos legais e outros requisitos que subscreva aplicáveis à sua atividade. |António Rosado
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CHUC
7500 funcionários em que 2/3 são mulheres O envolvimento dos diferentes profissionais do hospital em ações de formação é uma constante nesta estrutura de referência, recorrendo a financiamento interno ou verbas da Europa Enquanto entidade empregadora, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) “promove ativamente uma política de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação”: no ano de 2013 não se registaram variações significativas na distribuição dos efetivos por género ou na estrutura etária. Cerca de 72,6% dos trabalhadores são mulheres e 27,4% são homens. Aposta na partilha de informação e evolução técnico-científica A estrutura possui um Serviço de Formação, que tem como missão contribuir para
a melhoria da qualificação dos profissionais do centro hospitalar, “tornando-os competitivos e aptos a desempenharem um papel ativo na estratégia da instituição”, assegurando a sua adaptação à evolução técnico-científico e à estrutura organizacional da instituição e, ainda, garantir-lhes o acesso à informação existente em fontes especializadas da área das ciências da saúde, enquanto suporte de desempenho e de satisfação profissional”, pode ler-se no Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013. O documento reconhece que “deste modo, contribui para a qualidade dos cuidados prestados, a investigação e a formação dos seus recursos humanos e visa, em simultâneo, a satisfação das necessidades de saúde dos utentes do Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra”. Serviço de Formação em permanente atualização De acordo com os últimos dados publicados pela instituição, que se referem a 2013, o Serviço de Formação promoveu uma variedade de formações, indo ao encontro do plano previamente elaborado em função das necessidades formativas dos diferentes grupos profissionais, melhorando ou aperfeiçoando desta forma as suas qualificações. Na preparação das várias formações, o hospital recorre, quer a financiamento interno, quer a financiamento externo, nomeadamente às verbas disponíveis através dos vários eixos existentes nos quadros comunitários de apoio.
Em 31-12-2013
No ano de 2013 (últimos dados disponíveis) não se registaram variações na distribuição dos efetivos por género ou estrutura etária: 72,6% dos trabalhadores são mulheres e 27,4% são homens
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Prestação da saúde em Rede de Referenciação Hospitalar O Polo HUC-CHUC apoia os centros de saúde de Coimbra norte e o Hospital Geral (Covões). Corresponde à zona da Unidade de Saúde de CoimbraSul e concelhos do norte de Leiria O CHUC ocupa lugar de topo na estrutura hospitalar portuguesa, dando cobertura à população da região Centro do país. De acordo com o “Relatório sobre o acesso a cuidados de saúde” a instituição constitui “referência nacional e internacional nalgumas especialidades e técnicas”, nomeadamente, na área dos Transplantes, Cirurgia Cardiotorácica, Queimados, Banco de Ossos, Oftalmologia, Medicina da Reprodução e Genética Médica, entre outras. O CHUC assume-se como prestador exclusivo na região centro para as valências de Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Plástica e Queimados, Cirurgia Maxilofacial, Transplantação e Pediatria. Para algumas patologias, as relações de complementaridade e de apoio técnico entre as instituições hospitalares encontram-se regulamentadas por Redes de Referenciação Hospitalar, de forma a garantir o acesso dos doentes aos cuidados de saúde de que necessitem. Em todas elas, o CHUC apresenta-se como um hospital de “fim de linha”. Serve, preferencialmente, a população da área de influência que lhe está atribuída pelas redes de referenciação hospitalar, sem prejuízo do princípio da liberdade de escolha no acesso à rede nacional. Reunindo diversos antigos hospitais e maternidades em resultado do processo de fusão de 2011, o Polo HUC-CHUC articula-se, em termos de referenciação, com os Cuidados de Saúde Primários – centros de saúde e as unidades de saúde familiares – que integram a Unidade de Saúde de Coimbra-Norte. Abrange as freguesias do concelho de Coimbra, assim como os concelhos de Anadia e Mealhada do distrito de Aveiro e o de Mortágua pertencente ao distrito de Viseu, pode ler-se no documento orientador publicado em 2013.
Antigo Hospital dos Covões A área de influência do Polo HG (Covões)-CHUC corresponde à zona da Unidade de Saúde de CoimbraSul (compreendendo as freguesias de S. Martinho do Bispo e de Santa Clara, em Coimbra, e os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Condeixa-a-Nova, Figueiró dos Vinhos, Montemor-o-Velho, Soure, Pedrógão Grande e Penela). O Polo HGCHUC constitui também referência para
os doentes encaminhados pelos hospitais da Figueira da Foz, Leiria e Pombal. Os Polos MBB (Maternidade Bissaya Barreto) e MDD (Maternidade Daniel de Matos) integram a Rede de Referenciação Materno-Infantil constituindo, simultaneamente, hospitais de apoio perinatal para os centros de saúde da área geográfica correspondente, e hospitais de apoio perinatal diferenciado. | António Rosado
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Os Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH) são um sistema de classificação de doentes internados em hospitais de agudos que agrupa doentes em grupos clinicamente coerentes e similares do ponto de vista do consumo de recursos. Corresponde à tradução portuguesa para Diagnosis Related Groups (DRG). Permite definir operacionalmente os produtos de um hospital, que mais não são que o conjunto de bens e serviços que cada doente recebe em função das suas necessidades e da patologia que o levou ao internamento e como parte do processo de tratamento definido.
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//HDFF
Hospital Distrital da Figueira da Foz aumenta qualidade e eficiência e reduz custos
A
área de influência do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) abrange os concelhos da Figueira da Foz e Montemor-o-Velho e, parcialmente, Soure, Cantanhede, Mira e Pombal. Isto sem prejuízo no disposto nas redes de referenciação hospitalar no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, ressalva a administração, presidida por Pedro Beja Afonso. Esta unidade “pretende centrar a sua atuação no doente, procurando uma prestação de cuidados de saúde de qualidade e em tempo oportuno”. Para o efeito, o HDFF tem investido numa “política de melhoria contínua”, com 17 dos seus serviços certificados com a ISO 9001:2008. Neste momento, está a iniciar a certificação pela ACSA (programa oficial de acreditação de hospitais do Ministério da Saúde) em três serviços clínicos: Cirurgia Geral, Medicina Interna e Pediatria. Deste modo, salienta a administração “reforça o seu compromisso com a qualidade”. Pretende ainda “garantir a sustentabilidade económica e financeira do hospital, através da promoção da eficiência na utilização dos recursos e da eficácia nos resultados”. A propósito de qualidade e eficiência, em 2014, o HDFF aumentou a sua produção, melhorou a acessibilidade e a qualidade dos cuidados de saúde prestados e reduziu os custos operacionais. Por outro lado, reduziu a precariedade laboral de enfermeiros e assistentes operacionais e reduziu o recurso a prestadores de serviços. Nesta senda de um modelo de gestão rigoroso, sem negligenciar a qualidade do serviço prestado, diminuiu ainda os tempos de espera para cirurgia e consolidou o perfil assistencial. Reduzidos prazos de pagamento Contribuindo para uma melhor relação com os fornecedores, estimulando, assim,
o fluxo económico, o hospital reduziu significativamente a dívida, em particular aos fornecedores externos, fechando 2014 com “o melhor prazo médio de pagamentos dos últimos cinco anos”. Este desempenho, frisa a administração, “permitiu que o HDFF terminasse o ano com EBITDA (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) positivo, o que não acontecia há vários anos e que coloca o hospital num caminho de sustentabilidade”. “Acredita-se que estes resultados foram a consequência de uma gestão participada, com foco nos objetivos”, afiança a mesma fonte. E para isso “contribuiu significativamente o processo de contratualização interna. O hospital da Figueira da Foz tem uma lotação de 154 camas e tem um Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica de referência. Projetos e parcerias O HDFF tem várias parcerias. Por exemplo, com a NovaBase, para desenvolver um sistema de informação de gestão, e com o Rovisco Pais, no sentido do hospital realizar a componente laboratorial da unidade de reabilitação. Por outro lado, trabalha em articulação com o Instituto Português de Oncologia de Coimbra e com o CHUC, por videoconferência, com o objetivo a apoiar a decisão clínica e a prestação de cuidados oncológicos no HDFF. Ainda com o CHUC, implementou a Via Verde Coronária e a Via Verde do AVC, por telemedicina. Mostrou ainda disponibilidade para a realização de cirurgias a doentes de outros hospitais cujos tempos cirúrgicos tenham sido ultrapassados. Por outro lado, aplicou os projetos LEAN, que identifica constrangimentos, ineficiências e soluções, e, com o ACES Baixo Mondego, Figueira Respira e Cuidados Integrados, Agendas Partilhadas. | Jot’Alves
Morada Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Gala - S. Pedro 3094-001 - Figueira da Foz Contactos Telefone:233 40 20 00 Telefone do Serviço de Urgência 233 40 20 97 Fax: 233 431 268 e-mail: hdff@hdfigueira.min-saude.pt Horários Consultas Externas: 8h00 às 20h00 Visitas / Internamento: 15h00 às 19h00 Serviço de Urgência: 24h/dia Serviços, Valências e Unidades Funcionais Anestesiologia Cirurgia Geral Medicina Interna Medicina Física e de Reabilitação Ortopedia Pediatria Especialidades Cirúrgicas: Ginecologia/Obstetrícia Oftalmologia Dermatologia Otorrinolaringologia Urologia Especialidades Médicas Cardiologia Neurologia Gastroenterologia Pneumologia Psiquiatria Oncologia Médica Imagiologia Medicina Laboratorial Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica Hospital de Dia Unidade de Cirurgia de Ambulatório Unidade de Internamento de Curta Duração Unidade de Nutrição e Dietética Serviço Domiciliário Acordos ARSC, I.P. Seguradoras
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Reunir é um começo. Permanecer juntos é um progresso. Trabalhar juntos é um sucesso A Sistclima foi um dos parceiros nas obras de ampliação do Hospital Distrital da Figueira da Foz Rua da Escola - Pousada - 3040-792 Cernache - Coimbra | Tel: 239 940110/118 (Geral) | Fax: 239 940 119 | e-mail: mail@sistclima.com
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Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado Clínica da Lousã MAPA Holter OUTROS EXAMES E TRATAMENTOS Acupuntura Electromiografia Electroencefalografia Terapia da Fala Nutrição
Morada Rua Miguel Torga 361-B, 3030-165 Coimbra Contactos T +351 239 242 079; F +351 239 241 593 www.sanfil.pt Serviços GASTRENTEROLOGIA Direcção Técnica: Maria Helena Goulão Endoscopia Digestiva Alta Colonoscopia Total Colonoscopia Esquerda Rectosigmoidoscopia Flexível Polipectomia Biópsia Exames com Anestesia FISIATRIA Direcção Técnica: Dr. Tiago Ribeira Hidrocinesioterapia Hidroginástica Reabilitação Neurológica Recuperação Cardiorespiratória Reabilitação Músculo-Esquelética Classes de Correcção Postural Aulas de preparação para o parto Intervenção no Desporto Reabilitação Pediátrica Reeducação Perineal Fisioterapia ao Domicílio CARDIOLOGIA Direcção Técnica: Dr. Luís Rebelo Electrocardiograma Prova de Esforço Ecocardiograma Ecocardiograma com doppler
Acordos: Açoreana Acp Admg Adse Advancecare Allianz Ars Algarve Ars Centro Ars Lisboa E Vale Do Tejo Ars Norte Axa Curactiva Fidelidade Mundial Future Healthcare Generali Seguros Groupama Iasfa Liberty Seguros Lusitania Mapfre Macif Médis Montepio Geral Multicare Ocidental Seguros Psp Sad Pt - Acs Rna Sams - Centro Sams – Quadro Sams - Sib Sãvida Serviços Sociais Cgd Sigic Tranquilidade Trust Victória Seguros Zurich Horário 08h às 20h
Morada Rua Dr. Francisco Fernandes Costa, 25, 3200-202 Lousã Contactos T. 239 073 910/1; E. lousa@sanfil.pt; www.sanfil.pt Serviços CONSULTAS Acupuntura Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Dermatologia, Ginecologia Neurocirurgia Nutrição Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Psicologia Psiquiatria Urologia EXAMES Ecografia (SNS) Eco-Doppler (SNS) Ecocardiografia (SNS) Raios-X (SNS) Ortopantomografia (SNS) Mamografia (SNS) TAC (SNS) Ecocardiografia Electrocardiograma Holter Mapa Prova de Esforço ANÁLISES CLÍNICAS de segunda a sábado das 8h00 às10h30 Acordos Serviço Nacional de Saúde (SNS) Iasfa Sams Centro Edp Sãvida Companhia de Seguros Horário Segunda a sexta das 08h30 às 19h30 Sábado das 08h30 às 13h00
DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
Clínica Radiológica Peito Cruz Morada Rua Alexandre Herculano, nº 23 3000-019 Coimbra Contactos: T +351 239 828 626 F +351 239 837 142 GPS 40º 12’ 27’’ N 8º 25’ 12’’ W Exames RX Mamografia Ecografia Ortopantomografia Acordos Serviço Nacional de Saúde SAMS Centro ADSE PSP PT ACS Serviços Sociais da CGD WDA UNIMED Sáude Prime Horário 09h ás 19h
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Casa De Saúde De Santa Filomena Morada Av. Emidio Navarro nº 8-11, 3000-150 Coimbra Contactos T +351 239 851 650 ; M +351 962 430 399; M +351 967 288 398/9; F +351 239 829 231; E sanfil@sanfil.pt - www.sanfil.pt GPS 40º 12’ 30’’ N 8º 25’ 52’’ W Serviços/Valências Acupuntura Anestesiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica E Reconstrutiva Dermatologia Gastroenterologia Imagiologia Medicina Familiar Medicina Interna Neurocirurgia Neurologia Obstetrícia Ortopedia Pediatria Podologia Psiquiatria Reumatologia Urologia E Andrologia Alergologia Cardiologia Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Vascular Endocrinologia Ginecologia Medicina Dentária Medicina Física E Reabilitação Nefrologia Neurofisiologia Nutrição Oftalmologia Otorrinolaringologia Pneumologia Psicologia Clínica Radioterapia Urologia Centros de Excelência Sleepcenter Centro De Medicina Dentária Centro De Urologia De Coimbra Centro De Atendimento Clínico Cent. De Patologia Coluna De Coimbra Centro De Obesidade E Medicina Inovadora
Centro De Podologia Centro De Otorrinolaringologia De Coimbra Clínica Da Mama Slimcenter Clínica Do Pé Centro De Cardiologia Centro De Hemodiálise Centro De Imagiologia Acordos Açoreana Acp Admg Adse Advancecare Allianz Ars Algarve Ars Centro Ars Lisboa E Vale Do Tejo Ars Norte Axa Curactiva Fidelidade Mundial Future Healthcare Generali Seguros Groupama Iasfa Liberty Seguros Lusitania Mapfre Macif Médis Montepio Geral Multicare Ocidental Seguros Psp Sad Pt - Acs Rna Sams - Centro Sams – Quadros Sams - Sib Sãvida Serviços Sociais Cgd Sigic Tranquilidade Trust Victória Seguros Zurich Horário 08h às 22h
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//SANFIL
Diaton
Laboratório D. Diniz
Contactos Unidade de Diagnóstico de Coimbra EDIFÍCIO DIATON Urb. Espírito Santo, Lote 2 Calçada do Gato - 3000 COIMBRA Tel. 239 487 130/1 Fax: 239 487 139 E-mail: info@diaton-coimbra.com.pt GPS: 40,13’,06’’ N 8,24’,18’’ O
Morada Avenida Calouste Gulbenkian, nº 83 3000-092 COIMBRA
Valências/ Exames MEDICINA NUCLEAR Aparelho cardiovascular Aparelho respiratório Aparelho urinário Glândulas endócrinas Estudos hematologicos Estudos de infecção e inflamação Outros estudos Sistema nervoso central Sistema músculo-esquelético Terapêuticasem ambulatório RESSONÂNCIA MAGNÉTICA | TAC Cabeça e Pescoço Coluna Vertebral e Bacia Tórax Mama Abdómen e Pélvis Membros Outros Exames Acordos SNS ADSE Ministério da Justiça Multicare Advance Care CGD PT-ACS ADM GNR SAMS Horário 08h às 20h
Contactos T +351 239 835 936 F +351 239 823 984 GPS 40º 12’ 52’’ N 8º 24’ 57’’ W Valências O Laboratório D.Diniz efectua análises clinicas nas areas de Hematologia, Bioquimica, Imunologia, Alergologia, Endocrinologia e Microbiologia. A maioria dos resultados das análises de rotina são obtidas no próprio dia e podem ser recolhidos no laboratório,enviados por correio ou correio electrónico, sendo sempre garantida a confidencialidade dos mesmos. Sempre que solicitado o Laboratório D.Diniz efectua colheitas ao domicilio. O Laboratório está certificado pela NP ISO 9001:2008 garantindo não só a satisfação dos nossos utentes mas também a melhoria continua dos nossos serviços. Acordos SAMS ADSE SNS Ministério da Justiça CGD Médis Multicare PT ACS Horário 08.30h às 18h
Nefrovales - Centro de Hemodiálise de S. Martinho do Bispo Morada Rua das Cruzes 49 ; 3040-129 São Marinho -Coimbra Contactos T +351 239 813 318F +351 239 813 338 www.sanfi.pt GPS 39º 37’ 25’’ N 8º 0’ 48’’ W Valências No âmbito da hemodiálise, a Nefrovales - Centro de Hemodiáse de São Martinho do Bispo possui equipamentos que permitem a realização dos tratamentos com a maxima qualidade e profissionalismo proporcionando aos doentes cuidados dialíticos de excelência. Pelo seu prestigio a Nefrovales faz parte do roteiro nacional de excelência para a realização de hemodiálise. É o único Centro de Hemodiálise que tem consultas de Nefrologia. As consultas são às quartas-feiras das 16h às 20h. Horário 08h às 20h
Sanfil: saúde de excelência no Centro Ao longo destas mais de seis décadas de existência, o grupo Sanfil assume como missão fundamental: “prestar cuidados médicos de excelência com um corpo clínico reconhecido em todas as especialidades”. A concretização desta prioridade coloca o grupo entre os melhores O Grupo SANFIL Medicina iniciou-se em 1953 com a fundação da Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra. Na génese está o sonho da excelência em medicina que se mantém passados mais de 60 anos de existência e de prática. E é o respeito a essa visão que tem permitido, ao longo dos anos, contar com a colaboração dos “melhores médicos, procurando servir os utentes com o que de mais avançado se faz em medicina”. Atualmente, o grupo gere uma rede de várias unidades de saúde na zona Centro, destacando-se a Casa de Saúde de Santa Filomena, o Centro Hospitalar de São Francisco, a clínica da Lousã, a Diaton e o laboratório D. Diniz, entre outros. Um conjunto de unidades que garante todos os meios complementares de diagnóstico e análises clínicas, que permite “grande rapidez e qualidade de resposta às necessidades dos utentes”. Com o recurso aos mais modernos equipamentos para a realização de cirurgias, e aos mais reputados especialistas, o Grupo SANFIL Medicina tem vindo a criar as mais completas e avançadas respostas para os utentes da região Centro e do país. A Sanfil disponibiliza uma cobertura significativa de especialidades médicas e cirúrgicas, nomeadamente: anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia maxilo-facial, cirurgia plástica e reconstrutiva, cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, imagiologia, medicina dentária, medicina física e reabilitação, medicina interna, nefrologia, neurocirurgia, neurofisiologia, neurologia, nutrição, oftalmologia, or-
topedia, otorrinolaringologia,pediatria, pneumologia e doenças do dono, podologia (Estudo do Pé), psicologia clínica, psiquiatria, radioterapia, urologia e andrologia. E porque os utentes estão na lista das
prioridades, o Grupo SANFIL Medicina tem acordos celebrados com as principais seguradoras, subsistemas de saúde e equiparados, que permitem aos “seus clientes, beneficiários ou associados ter acesso aos serviços ali prestados”.
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//idealmed
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IDEALMED: a qualidade na diferenciação Com quase três anos, o grupo IDEALMED afirma-se como um polo de excelência na área da saúde. Desde a variedade de serviços à formação especializada, a IDEALMED é já uma referência. Aberta ao público em Maio de 2012 , a IDEALMED – Unidade Hospitalar de Coimbra, considerada o maior hospital privado da região Centro, surge da vontade em contribuir para a qualidade da saúde na zona centro do país. Desde então, e com mais de quarenta valências clínicas a funcionar de forma integrada, a IDEALMED - UHC agrega todas as especialidades médicas e cirúrgicas, organizadas em grupos de elevada competência. A qualidade nos cuidados prestados, a relação humana com os pacientes e os seus familiares, a organização dos diferentes serviços, a inovação e a diferenciação tecnológica caracterizam este Grupo. Os números são reveladores: criação de mais de quatrocentos postos de trabalho, mais de meia centena de camas, cinco blocos operatórios e 130 gabinetes médicos dão expressão a um projecto de saúde singular. Oferta diferenciada No que diz respeito à oferta diferenciada de especialidades, a IDEALMED UHC tem ao dispor dos pacientes um Centro de Diabetes, um Centro de Peritagens Médico-Legais, um Centro de Dermoestética, um Centro de Oncologia Médica,
um Centro de Medicina de Reprodução e a única Maternidade privada da zona Centro, a Maternidade IDEALMED. Possui ainda uma Unidade de Oftalmologia com equipamentos únicos no país e um Departamento de Imagiologia que constitui uma referência nacional e internacional, com meios complementares de diagnóstico laboratoriais e de imagem de última geração. A Unidade da Coluna, a Unidade do Joelho e a Cirurgia Reconstrutiva atraem pacientes de todo o país. A Unidade Hospitalar disponibiliza um serviço de Atendimento Médico Permanente (24 horas/7 dias por semana). Num modelo inovador e dinâmico, agrega valências clínicas e profissionais de referência da região que, pela sua experiência e know how reconhecidos e comprovados, se associaram a um projecto de saúde altamente diferenciado com o objectivo de criar um cluster de excelência no sector da saúde. A estrutura hospitalar aposta na diferenciação e elevação da qualidade dos serviços prestados, mas garante um acesso fácil e transversal a toda a população, através dos acordos existentes, não apenas globalmente, enquanto unidade hospitalar, como também nas
diversas estruturas autónomas que integram a IDEALMED. Em múltiplas áreas, esses acordos incluem, nomeadamente as entidades seguradoras, os subsistemas de saúde e o Serviço Nacional de Saúde. Por outro lado, a IDEALMED desenvolveu o seu próprio sistema de acesso da população à estrutura, a baixo custo e de grande comodidade, através dos planos de saúde IDEALCARE. Unidade 5 estrelas A IDEALMED-Unidade Hospitalar de Coimbra viu ainda os seus serviços serem reconhecidos pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), ao serem-lhe atribuídas ESTRELAS em todas as dimensões avaliadas: - Excelência Clínica - Segurança do Doente - Adequação e Conforto das Instalações - Focalização no Utente - Satisfação do Utente A IDEALMED dispõe ainda das seguintes Unidades, na região Centro: IDEALMED Clínica Solum (Coimbra), IDEALMED Clínica Pombal, IDEALMED Ponte Galante (Figueira da Foz), IDEALMED Clínica Cantanhede.
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//idealmed
Idealmed Morada Praceta Prof. Robalo Cordeiro - Circular Externa de Coimbra 3020-479 Coimbra Contactos Telefone: 239 096 900 - Fax: 239 091 300 - e-mail: uhc@idealmed.pt Horários Telefone: 24h por dia Valências Centros de Competência: Centro de Atendimento a Sinistrados Centro de Diabetes Clínica do Pé Clínica do Sono Centro de Dermoestética Centro de Fisioterapia Idealheartlab Centro Materno Infantil Centro de Oncologia Médica Centro de Peritagens Médico-Legais Centro de Tratamento da Obesidade Unidade da Coluna Unidade do Joelho Áreas Clínicas: Alergologia e Pneumologia Departamento de Imagiologia Neurocirurgia Cirurgia Geral Neurofisiologia Análises Clínicas Dermatologia e Venereologia Neurologia Cirurgia Maxilo-Facial Endocrinologia Neuropediatria Nutrição Clínica Gastrenterologia Oftalmologia Anestesiologia Cirurgia Pediátrica Ginecologia e Obstetrícia Oftalmologia - UOC Oncologia Médica Medicina da Dor Ortopedia Podologia Cirurgia Plástica Estética Medicina da Reprodução Ortopedia Oncológica Atendimento Médico Permanente Medicina Dentária Otorrinolaringologia Cirurgia Reconstrutiva Medicina Desportiva Pediatria Terapia da Fala Medicina Física e de Reabilitação Psiquiatria e Psicologia Cardiologia
Cirurgia Vascular Medicina Geral e Familiar Reumatologia Medicina Interna Urologia Cirurgia Cardiotorácica Outras Especialidades: Acupunctura Nutrição Clínica Podologia Terapia da Fala Acordos AAC/OAF Cares Isp Sams Centro Abc Cáritas Diocesana Medicare Sams Quadros Acp Cefa Médis Sams Sib Adse Clube Tiro E Sport Montepio Geral - Am Scmc Advancecare Colégio Rainha Sta Isabel Morangos Sfj Allianz Feuc - Clube Mba Multicare Sintap Almedina Fne Myos Ss - Cgd Anai Future Healthcare Ordem Dos Advogados Ss - Gnr Apbc Grupo Lena Previdencia Portuguesa Ss - Psp App - Cdi’s Idealcare Rna/Servimed Stfpsc Associação Olhar 21 Integrar Sad/Gnr Tk - Glamhealth Assp Iscac Sad/Psp Vigor Da Mocidade
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28 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE
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Av. Emídio Navarro Nº 17 - 5º Esquerdo 3000-150 Coimbra T. (+351) 239 098 665 Tlm. (+351) 915 005 400 geral@spinecenter.pt
EXCELÊNCIA EM CIRURGIA DA COLUNA 1ª UNIDADE DE COLUNA CERTIFICADA EM PORTUGAL EXCELÊNCIA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO MÉDICO-CIRÚRGICO DA COLUNA VERTEBRAL TÉCNICAS CIRÚRGICAS MINIMAMENTE INVASIVAS MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO AVANÇADO SISTEMA DE IMAGEM INTRAOPERATÓRIA COM NEURONAVEGAÇÃO PIONEIRO EM PORTUGAL, O-ARM
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dos quais inferiores a 24 ou 48h, com períodos de recuperação funcional muito rápidos e de retorno às actividades profissionais na sua plenitude. Para além disso, tais técnicas e equipamentos vieram permitir um aumento do rigor cirúrgico aumentando muito os níveis de segurança, sendo possível afirmar que a cirurgia da coluna quando efectuada em unidades altamente diferenciadas, é hoje um procedimento perfeitamente seguro, tranquilizando desta forma os doentes de que dela tenham necessidade.
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Luís Teixeira Diretor do centro de cirurgia da coluna
A cirurgia da coluna vertebral é vista pelos doentes e seus familiares como associada aos receios de lesão neurológica, períodos de internamento e recuperação funcional demasiado prolongados. No entanto, o desenvolvimento das novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e o aparecimento de novos equipamentos permitiu alterar por completo o “fantasma” associado a este tipo de cirurgia. Neste momento, é possível efectuar cirurgias com períodos de internamento muito curtos, muitos
DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
Spinecenter Patologias Abaulamento Discal Degenerescência Facetária Espondilolistesis Estenose do canal vertebral Hérnia de disco e Degenerescência Discal Escoliose Cifose Fractura osteoporótica Fractura de origem traumática Lesão tumoral da coluna vertebral Cirurgias Cirurgia da hérnia discal e da compressão nervosa Artrodese da coluna vertebral Artroplastia do disco intervertebral Fixação Dinâmica da coluna lombar Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas Tratamentos Dor de origem discal Dor de origem facetaria Dor com origem nas raízes nervosas Outros procedimentos para dores crónicas da coluna Exames complementares Analises Clínicas RX Digital TAC Multicorte Ressonância Magnética Osteodensitometria Óssea Electromiografia
Acordos e convenções ADSE ADMG IASFA PSP SAD PT ACS Sams Centro Sams Quadros Sams SIB Sãvida Serviços Sociais da CGD ACP Açoreana AdvanceCare Allianz Allianz Saúde Axa Fidelidade Future Healthcare Generali Seguros Groupama Liberty Seguros Lusitânia Macif Mapfre Médis Montepio Geral Multicare Ocidental Seguros Tranquilidade TRUST Victoria Seguros Zurich
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//URGICENTRO
Urgicentro Atendimento Urgente Atendimento imediato Em Medicina Geral e enfermagem Especialidades Médicas E Cirúrgicas Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Cirurgia Vascular Clinica Geral Dermatologia Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Medicina no Trabalho Neurologia Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Psicologia Clínica e Infantil Psiquiatria Terapia da Fala Urologia
Meios Complementares Diagnóstico Rx Tac Ressonância magnética Análises clínicas Ecografia Ecg Acordos e Convenções ADSE Multicare Advancecare Médis SAMS CENTRO SAMS QUADROS SAMS SIB Entre muitos outros
Morada Av. Emídio Navarro, 6 Antigo edifício ACP 3000-150 Coimbra Contactos T. 808 209 328 E. geral@urgicentro.pt S. www.urgicentro.pt
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Gastrocentro Serviços Consultas de Gastrenterologia Exames Endoscopias com e sem anestesia Colonoscopias com e sem anestesia Biópsias Polipectomias Acordos e Convenções SNS ADSE AdvanceCare Allianz SAÚDE Serviços Sociais CGD Médis Multicare SAMS Sã Vida IASFA PSP SAD GNR SADq Entre outros Horário Segunda-feira a Sábado das 9h às 19h Morada e Contactos T. 800 209 328 Av. Emídio Navarro, 6 - 1º Andar 3000-150 Coimbra gastrocentro@urgicentro.pt www.gastrocentro.pt
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DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICAS LEITE
Clínicas Leite: de olhos na excelência da medicina Com instalações em Coimbra e em Lisboa, as Clínicas Leite foram reconhecidas enquanto PME Excelência 2014 pelo “elevado patamar” de excelência e inovação que a caracterizam e pela disponibilização de um serviço global aos utentes numa única visita As Clínicas Leite nascem em 2010 com o objetivo de serem “uma referência na área da saúde privada, fornecendo serviços de excelência, e perspetivando o seu crescimento a outras especialidades clínicas que se destaquem pela sua inovação”. Objetivo que conseguem atingir neste ainda curto tempo de existência e que concretizam com a fusão da unidade de Lisboa, inaugurada pela Leite & Leite - Microcirurgia Ocular, Lda, com a unidade já existente em Coimbra (no Estádio Cidade de Coimbra). A filosofia das Clínicas Leite distingue-se das suas congéneres pela “disponibilização de um serviço global numa única visita”. Ou seja, para além da consulta, o doente poderá realizar os exames complementares de diagnóstico e efetuar os tratamentos médico-cirúrgicos ou de laser necessários à sua condição oftalmológica, obtendo toda a informação e tratamento numa única deslocação à clínica”. Sendo o “culminar de um processo que já leva 20 anos” e que representa “a evolução de uma carreira” – a de Eugénio Leite – as clínicas Leite dedicam-se fundamentalmente à área da oftalmologia.
“Mas a filosofia da empresa inclui todo um conjunto de outras especialidades na área da cirurgia estética, do bemestar e saúde, da psicologia, ou seja, tudo aquilo que envolva o ser humano”, como gosta de referir o fundador que defende a visão do “ser humano enquanto um todo por detrás dos olhos”. Com instalações em Coimbra e em Lisboa, as Clínicas Leite viram a sua qualidade reconhecida com o Estatuto PME Excelência 2014 que sublinha os seus elevados “patamares” em termos de inovação e de empreendedorismo. Falar de Clínicas Leite é, sem dúvida, obrigatório falar no seu mentor
- Eugénio Leite. Uma referência na área da oftalmologia a nível internacional e que foi responsável pela introdução de novas tecnologias cirúrgicas em Portugal, tendo ainda participado no desenvolvimento mundial de novos produtos cirúrgicos. A sua atividade científica inovadora permitiu, em 2005, patentear a nível europeu e mundial um novo método de impregnação de fármacos. O reconhecimento pelo trabalho científico desenvolvido ficou expresso pelos prémios com que foi galardoado, quer a nível nacional, quer internacional, atribuídos pelos seus pares.
Valências Oftalmologia Consultas Exames complementares Microcirurgia Ocular Tratamentos laser Psicologia Neurofeedback Psicoterapia individual Formação em desenvolvimento pessoal Psiquatria Medicina Geral e Familiar
Contactos E-mail geral@clinicasleite.pt Telefones: 239853450 218939030
Clínicas Leite, Lda Moradas Estádio Cidade de Coimbra Rua D. Manuel I nº 4 3030-320 Coimbra Edifício Ecrã Alameda dos Oceanos Rua Sinais de Fogo nº 6 Parque das Nações 1990-196 Lisboa
Horário 09h às 18h
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICA PARTICULAR DEDIRETÓRIO COIMBRA DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS | 37
Clínica Particular de Coimbra Morada Rua Camilo Pessanha, nº 1 3000-600 Coimbra (ao Hosp. Pediátrico) Coordenadas GPS: N 40º 13’22.4’’W 8º 24’57.3 Contactos Telefone Geral: 239 700 720 Fax: 239 700 721 E-mail Geral: geral@cpcsaude.pt Consultas/Exames: Telefone: 239 700 730 Fax: 239 700 721 E-mail: consultas@cpcsaude.pt Imagiologia: Telefone: 239 700 725 Fax: 239 700 726 E-mail: imagiologia@cpcsaude.pt Site: www.cpcsaude.pt
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Especialidades Médico-Cirurgicas Anatomia Patológica Anestesiologia Angiologia e Cirurgia Vascular Cardiologia Cirurgia Cardiotorácica
Cirurgia Geral Cirurgia Maxilo-Facial Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética Dermato-Venereologia Endocrinologia e Nutrição Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Imunoalergologia Imunohemoterapia Medicina Física e de Reabilitação Medicina Geral e Familiar Medicina Interna Neurocirurgia Neurologia Neurorradiologia/Radiologia O_almologia Oncologia Médica Ortopedia Ortopedia Infantil Otorrinolaringologia Pneumologia Psiquiatria Psicologia
Urologia Unidades: Mama Cabeça e Pescoço NeuroSpine Meios Complementares de Diagnóstico Serviço de Imagiologia RX TAC Ecografia Serviço de Gastrenterologia Endoscopia Digestiva Colonoscopia Exames de Gastrenterologia Outros Serviços Exames Pneumologia Exames Audiométricos Estudos do Sono Reabilitação Física Exames de Check-Up Análises Clínicas Anatomia Patológica
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICAS MIRA
CLÍNICAS MIRA Excelência em cirur
É uma unidade médico-cirúrgica localizada em Coimbra, especializada na área de estudo, tratamento e ciru nota Joaquim Mira, cirurgião com mais de 25 anos de experiência, que já realizou mais de meia centena de m e passarem a ver bem, sem necessitar de óculos. A técnica de correção da miopia é realizada com anestesia local, sem dor, é pouco invasiva, porque atua só na superf ície ocular, usa o Laser Excimer para moldar a córnea, no sentido de permitir ver bem, na maioria dos casos sem óculos.
Unidade médico-cirúrgica especializada em Oftalmologia e liderada por Joaquim Mira. As instalações, amplas e bem apetrechadas, incluem vários gabinetes de consulta e Exames Complementares: OCT (um para o estudo da retina e outro para o estudo da córnea e segmento anterior do olho), Angiógrafo, Tomógrafos (Galilei, Pentacam, Orbscan), Microscopia Especular, Aberrómetro, Campos Visuais, Ecografia Ocular, IOL Master, Retinografia, Paquimetria, entre outros e Lasers para o tratamento de algumas doenças da retina e cataratas secundárias. Exames complementares de diagnóstico oftalmológicos
Possui, também, um Bloco Operatório vocacionado para a Cirurgia por Laser Excimer . Correção Cirúrgica por Laser Excimer (LASIK) da Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo: Pessoas com miopia estável entre os 20 e 50 anos com menos de 8 dioptrias e que necessitam de óculos para verem bem à distância, poderão ser operadas nesta clinica médico-cirúrgica
Laser Excimer: corrigir a Miopia e Astigmatismo
Já “a correção das chamadas Altas Miopias – entre 7 e 25 dioptrias – pode ser feita com anestesia local ou geral, através da colocação de diferentes tipos de lentes intraoculares”. Na Cirurgia da Catarata, é utilizada anestesia local, praticamente sem dor, sendo implantadas, quando está indicado, lentes multifocais. Estas lentes permitem que as pessoas operadas à catarata fiquem a ver bem ao longe e ao perto sem ter de usar óculos na maioria das tarefas diárias. Cirurgia da Catarata com implante de lente multifocal
Glaucoma, Retinopatia Diabética, Degenerescência Macular Relacionada com a Idade e descolamento da retina, são outras das patologias oftalmológicas comuns na sociedade portuguesa. O Glaucoma é uma doença evolutiva. No início, o doente não apresenta queixas, não sente dor, ardor ou olho vermelho mas há perda progressiva e silenciosa da visão. Numa fase mais avançada, se esta doença não tiver sido detetada e tratada, o aumento da tensão ocular destrói as fibras do nervo ótico o qual começa a ficar escavado e pálido. Nesta fase, o doente começa a notar falta de visão com redução do campo visual, o qual se torna tubular. Se não for tratado pode levar à cegueira total para sempre. Esta patologia é frequente, sobretudo a partir dos 45 anos, razão porque o especialista aconselha a ida regular ao oftalmologista a partir desta idade, para despiste desta e de outras doenças. “Quando já não é possível controlar o Glaucoma com colírios (gotas), as pessoas podem ser operadas na tentativa de evitar a cegueira”, observa ainda, que efetua a cirurgia ao glaucoma, na maioria das pessoas, com anestesia local sem dor. A diabetes mellitus é uma doença crónica caraterizada pelo aparecimento de níveis elevados de açúcar no sangue (glicémia).No caso dos doentes diabéticos mal controlados, é comum aparecerem lesões na retina que podem levar a cegueira. O doente diabético deve ser observado com frequência em consulta de oftalmologia. O bom controlo da diabetes (da glicémia e hemoglobina glicada) e da obesidade é a única maneira de evitar a progressão da doença na retina e evitar a cegueira. O tratamento da retinopatia diabética faz-se com laser ou com uma ou várias injeções intraoculares. A cirurgia está indicada em situações de retinopatia avançada com perda da visão. A Degenerescência Macular Relacio-
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cirurgia oftalmológica
mento e cirurgia das doenças dos olhos. “Somos, essencialmente, uma clínica virada para a cirurgia ocular”, entena de milhar de cirurgias oculares. “As nossas preocupações são as pessoas e a recuperação da visão”
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nada com a Idade (DMI) é uma das principais causas de cegueira em pessoas com mais de 60 anos. O seu reconhecimento e estudo precoce em consultas de oftalmologia e posterior tratamento com injeções intraoculares, pode evitar a cegueira nestes doentes. Esta doença resulta da formação de vasos sanguíneos anormais (neovasos) debaixo da retina macular. Estes vasos sanguíneos perdem sangue/fluidos o que provoca edema da macula e, posteriormente, destroem as células da visão formando uma cicatriz densa a qual causa visão turva, baça e distorcida. Pode evoluir rapidamente para a cegueira central com impossibilidade de ler, distinguir pessoas, ou ver televi-
são. O tratamento faz-se com injeções de anti-VEGF dentro do olho, aplicadas ao longo de vários meses ou anos. Descolamento do vítreo e da retina (“moscas volantes” e flashes luminosos): é frequente as pessoas, a partir da 3ª década da vida, começarem a ver pequenas sombras parecidas com moscas volantes, ou pequenos fios no campo da sua visão. Estes sintomas são devidos a alterações do vítreo. O Vítreo é um gel transparente que preenche o olho na sua parte posterior por detrás do cristalino e íris como se fosse uma gelatina consistente, que serve para almofadar o olho por dentro. Com a idade, o vítreo torna-se menos gelatinoso, mais fluido e encolhe,
separando-se da retina de trás para a frente, é isto o descolamento do vítreo. O aparecimento de pequenas sombras, filamentos e flashes de luz são um sinal de perigo, porque o descolamento do vítreo pode rasgar a retina, provocar hemorragias dentro do olho e levar ao seu descolamento. Os rasgões na retina podem ser tratados com Laser de Argon para evitar o descolamento da retina. O descolamento da retina trata-se com cirurgia, existindo diferentes técnicas dependendo de cada caso. Se identificado e tratado nos dias seguintes ao diagnóstico, a cirurgia permite colocar a retina no lugar e recuperar a visão em mais de 90% das pessoas operadas.
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//CLÍNICAS PERSONA
Clínicas Persona:saúde e bem-estar, a eficácia e exclusividade de um conceito As Clínicas Persona, fundadas em 1992, em Portugal, apresentam um conceito exclusivo de Programas Globais de Nutrição e Cuidados para o Corpo e Rosto O PerShape é tido como um dos melhores tratamentos não invasivos, na remoção de gordura localizada, de forma permanente e sem recurso a cirurgia. Não provocando dor e não requerendo qualquer tempo de inactividade ao paciente. Para sabermos um pouco mais visitamos a Clínica Persona de Coimbra, única na cidade com este programa, e falamos com o nutricionista responsável, o Dr. Sérgio Nicola. Como funciona o tratamento PerShape? O PerShape actua através da emissão de ondas acústicas de energia ultrassónica que convergem para um volume focal restrito. Ao contrário da tecnologia de ultrassons tradicional (cavitação), a energia do PerShape transmite ultrassons pulsados, permitindo o controlo do aumento da temperatura, fazendo com que a destruição da gordura ocorra de forma instantânea, permanente, selectiva e mecânica, o que torna o procedimento completamente seguro, ao contrário da cavitação. Inclusivamente, a FDA, aprovou a redução do perímetro abdominal através da disrupção mecânica das células adiposas. Resultados do PerShape? O programa PerShape oferece uma excelente alternativa a todas as pessoas que procuram modelar o corpo sem o risco, desconforto e tempo de recobro que um procedimento invasivo como uma cirurgia plástica acarreta. Os en-
saios clínicos revelam que a realização do procedimento leva a uma redução do perímetro abdominal em média de 4 a 10 cm. Os resultados do tratamento são visíveis alguns dias após e atingem o seu pico ao final de 1 mês. O PerShape está indicado para que tipo de situações? É indicado para os pacientes que têm depósitos de gordura localizada à volta dos quadris, abdómen, parte interna das coxas, nádegas, cintura e que estão de boa saúde. Esta é uma forma eficaz de eliminar ou reduzir a gordura corporal quando combinada com um estilo de vida saudável. É também indicado para pessoas com pouco tempo disponível para a realização de tratamentos localizados, pois com 2 a 3 deslocações à clínica já conseguimos obter resultados muito significativos. Qual é o custo do tratamento? Só é possível estabelecer orçamento mediante a primeira avaliação na clínica. De qualquer forma o valor médio do programa é de 499€.
Clínicas Persona Morada Avenida Elísio de Moura,357 Loja 1 3030-183 Coimbra Contactos Telef: +351 239 403 680 Telemóvel: +351 918 929 608 Fax: +351 239 403 767 e-mail: coimbra@clinicaspersona.com Horários 9h – 21h segunda a sexta-feira 9h – 13h e 14h – 18h sábados valências Consultas Nutrição Consultas Anti - aging Check-up Ortomolecular Tratamentos de Rosto Tratamentos de Corpo Suplementos Dietéticos Cosmética Clínica Acordos Protocolos consulte em: www.clinicaspersona.com
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS//ARSCENTRO
ARS Centro garante o acesso à saúde dos recursos disponíveis às necessidades em saúde da população regional e, mais especificamente, dos subgrupos vulneráveis e de risco que a integram. Sendo a rede hospitalar do SNS responsável por boa parte dos gastos setoriais em saúde, foi preocupação do conselho diretivo da ARS Centro, liderado por José Tereso, promover uma “visão integrada e em rede, visando a eficiência alocativa dos serviços e unidades hospitalares e a criação da escala necessária à qualidade e segurança dos cuidados neste âmbito”.
Centros hospitalares Baixo Vouga, EPE; Cova da Beira, EPE; Leiria, EPE; Universitário de Coimbra, EPE; Tondela-Viseu, EPE Instituto Português de Oncologia Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Hospital Distrital Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Centro de Medicina de Reabilitação Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais Unidades locais de Saúde Guarda, EPE; Castelo Branco EPE Hospitais S.P.A. Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede); Dr. Francisco Zagalo (Ovar); José Luciano de Castro (Anadia)
www.arscentro.min-saude.pt
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Garantir à população da região Centro o acesso à prestação de cuidados de saúde é a principal missão das administrações regionais de saúde. A ARS do Centro não foge à regra e integra em si um conjunto de unidades e serviços que garantem à população da região o ace sso à prestação de cuidados de saúde, “adequando os recursos disponíveis às necessidades e cumprir e fazer cumprir políticas e programas de saúde na sua área de intervenção”. Sendo um dos principais “rostos” do SNS, a ARSC procura o ajustamento
84 centros de saúde distribuídos em 6 agrupamentos de centros de saúde (ACeS) e em 2 unidades locais de saúde
42 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDEENSINO
Universidade e esc superiores confere e excelência ao en
Faculdades da Universidade de Coimbra e Escolas Superiores assumem a fo e desenvolvimento de produto. Neste contexto, Coimbra está na linha da fr
O
ensino da Saúde em Coimbra é muito diversificado, resultado da evolução ocorrida nas últimas décadas, com o reforço do ensino de Enfermagem e o surgimento da Escola Superior de Tecnologia da Saúde. Todavia, continua a ser a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) a liderar o setor, nos últimos anos em partilha de espaço com a Faculdade de Farmácia, no Polo III (Ciências da Saúde) da Universidade de Coimbra (UC). A Faculdade de Medicina de Coimbra manteve-se como única escola médica de Portugal até 1825, altura em que foram criadas as Escolas MédicoCirúrgicas de Lisboa e do Porto, transformadas em Faculdades de Medicina em 1911. Com a inauguração do edif ício da Faculdade de Medicina - Polo I – em 1956, junto à Torre da Universidade, grande parte das aulas teóricas foram aí ministradas até 2011, quando entrou em funcionamento o Polo III, das Ciências da Vida. A parte prática da Medicina passou a fazer-se, a partir de 1986, no novo Hospital da Universidade de Coimbra (HUC), em Celas, abandonando as instalações dos antigos Colégios das Artes e de S. Jerónimo, que ocupava
desde 1852. Antes ainda, na década de 1970, a FMUC decide criar a Licenciatura em Medicina Dentária que entra em funcionamento a partir do ano letivo de 1985/86. Por outro lado, beneficiando de um equipamento tecnológico avançado e das possibilidades oferecidas pela sua localização no Polo III da Universidade de Coimbra, a Faculdade de Farmácia registou, a partir de 2006, uma profunda remodelação por força da implementação do Processo de Bolonha. Assim surgiu o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas e duas novas licenciaturas (Ciências Bioanalíticas e Farmácia Biomédica). Há ainda vários cursos de Mestrado (Análises Clínicas, Biotecnologia Farmacêutica, Design e Desenvolvimento de Fármacos, Farmacologia Aplicada, Segurança Alimentar, Tecnologias do Medicamento e Química Farmacêutica Industrial) e Doutoramento (Ciências Farmacêuticas). No Polo III estão também instalados alguns centros de investigação, como o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) e o Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI). Entretanto, a tecnologia começa a dominar os serviços de saúde, tendo surgido os cursos de Engenharia Biomédica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC e do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC). Os engenheiros biomédicos desenvol-
DIRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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escolas ferem qualidade o ensino vem materiais, processos, implantes, dispositivos e abordagens informáticas inovadoras para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, para a reabilitação de pacientes e para a melhoria da saúde. Especificamente no ISEC, a licenciatura em Engenharia Biomédica – Ramo de Bioeletrónica tem como objetivo formar profissionais cujas competências se inscrevem principalmente na área da Instrumentação (diagnóstico e terapêutica). Com dois polos, em ambas as margens do Mondego, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) resulta da fusão, em 2006, da Escola Dr. Ângelo da Fonseca e da Bissaya Barreto. Na aplicação dos seus princípios, a ESEnfC afirma-se como instituição “reconhecida e procurada a nível internacional pela qualificação do corpo docente, da sua formação graduada e pós-graduada e investigação em enfermagem. Promove a mobilidade científica, técnica e cultural de docentes, não docentes e estudantes e o desenvolvimento de formação e investigação em rede com instituições congéneres”. Paredes-meias com as instalações da ESEnfC na margem esquerda do Mondego, localiza-se a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra. Atualmente em fase de ampliação, foi integrada no Ensino Superior Politécnico em 1993. É uma das três escolas pioneiras das
tecnologias da saúde, tendo nascido em 1980 e assumindo-se hoje como uma das maiores e mais dinâmicas escolas superiores de saúde. São cerca de 1250 alunos, que se distribuem pelos mais de duas dezenas de cursos que de licenciatura, mestrado e pósgraduação. No ano letivo 2014/2015 a inovação e desenvolvimento reflete-se na abertura de quatro novas licenciaturas, que vêm mudar o panorama do ensino e das profi ssões de saúde em Portugal: Ciências Biomédicas Laboratoriais (que surge do agrupamento das antigas licenciaturas de Análises Clínicas e Saúde Pública + Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica), Fisiologia Clínica (que surge do agrupamento das antigas licenciaturas de Cardiopneumologia e Neurofisiologia) e Imagem Médica e Radioterapia (que surge do agrupamento das antigas licenciaturas de Radiologia, Medicina Nuclear e Radioterapia). O ensino superior privado na área da saúde em Coimbra é representado pela Escola Universitária Vasco da Gama (EUVG). Foi a primeira instituição de ensino superior privado em Portugal, a ministrar o curso de Medicina Veterinária. Atualmente mantém-se como a única escola privada de ensino de Medicina Veterinária na região Centro do país. | António Rosado
Ensino
ssumem a formação especializada, bem como as exigências de investigação a linha da frente
44 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE
ENSINO//ESTeSC
ESTeSC:“Formamos profissio para 12 áreas da saúde” A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra é um dos estabelecimentos pioneiros na área das tecnologias da saúde e uma das mais dinâmicas escolas superiores a nível nacional
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) forma profissionais para doze áreas da saúde. De acordo com o presidente Jorge Conde, “os nossos formandos saem habilitados para desenvolver essas doze profissões e preparados para no dia seguinte começarem a trabalhar”. Os quatro anos, introduzidos pela reforma de Bolonha, permitem que no último ano de formação os alunos da ESTeSC façam um estágio em ambiente hospitalar. “Isso leva a que as pessoas saiam totalmente preparadas”, afirmou. As oito licenciaturas, que compõem a oferta educativa da escola, correspondem a 12 profissões de Análises Clínicas e Saúde Pública, Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, Audiologia, Cardiopneumologia, Dietética e Nutrição, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Nuclear, Neurofisiologia, Radiologia, Radioterapia e Saúde Ambiental. Fusões originam novos cursos Quatro destas licenciaturas são novidade no presente ano letivo e, no entender do presidente Jorge Conde, irão mudar “o panorama do ensino e das profissões de saúde no nosso país”. Ao todo, a escola conta com mais de 1.200 alunos, estando uma parte deles inscritos nos mestrados e pós-graduações que a escola tem à disposição. Sobre as saídas profissionais de cada curso, Jorge Conde começou por explicar a Audiologia. “Um audiologista é um profissional que trata problemas auditivos, sendo este um dos profis-
sionais mais requisitados quando as pessoas têm este tipo de problemas”, explicou o responsável. Em segundo lugar, as Ciências Biomédicas Laboratoriais. Esta licenciatura foi uma das fusões aprovadas e passou a integrar toda a área laboratorial, análises clínicas e anatomia patológica, citológica e tanatológica. A Dietética e Nutrição resulta do agrupamento já realizado pela própria Ordem e que vai de encontro à “terapêutica da alimentação”. “Dietistas e nutricionistas fazem todo um enquadramento do que é a componente nutricional do doente e também das pessoas saudáveis”, referiu o presidente. Por sua vez, o técnico de Farmácia é um dos formandos que não precisa de grandes apresentações. Afinal, e como diz Jorge Conde, “o cliente que se dirige a uma farmácia encontra com facilidade um técnico de farmácia. Este tem nas suas competências mais diretas com o cliente o aconselhamento. Outra das novas licenciaturas é a Fisiologia Clínica. Ela veio juntar o perfil do cardiopneumologista com o do neurofisiologista, permitindo que os profissionais que fazem um eletrocardiograma ou um estudo do sono possam também fazer um eletroencefalograma. Em relação ao fisioterapeuta, “é daquelas profissões que menos apresentações precisa de ser feita”, afirmou Jorge Conde, pois é o responsável pela reabilitação motora e musculo-esquelética dos pacientes. As antigas formações de radiolo-
gia, radioterapia e medicina nuclear juntaram-se numa nova licenciatura: Técnico de Imagem Médica e Radioterapia. “Agora, estes profissionais podem diagnosticar através da imagem, mas também realizar terapêuticas com radiação”, afirmou Jorge Conde. Quanto à licenciatura em Saúde Ambiental, ela forma profissionais para a prevenção da doença. “Prevenir o que o ambiente pode provocar nas nossas doenças – qualidade do ar, resíduos e ruído –, na saúde ambiental, na saúde pública e na saúde ocupacional” refere o presidente. Saúde aplicada à engenharia Fora das licenciaturas na área da saúde, a ESTeSC oferece ainda uma formação na área da engenharia de segurança no trabalho. “É uma forma de ver a segurança no trabalho na ótica da engenharia”, concluiu. Para todos estes cursos, os formandos dispõem da tecnologia mais moderna, o que leva a que esteja garantida, do lado da ESTeSC, a melhor prestação de cuidados de saúde no futuro. Porque existe uma grande preocupação em fornecer as melhores condições de formação, a escola está a sofrer obras de ampliação que visam a criação de uma nova biblioteca, mais auditórios, mais salas de aula e novos laboratórios de ensino e de investigação. “Queremos formar profissionais que sejam cidadãos de grande valor moral, ético e cívico e que, enquanto profissionais de saúde, coloquem o outro no centro da sua atenção”, concluiu. | António Alves
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fissionais
Jorge Conde, presidente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC)
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ENSINO//FACULDADE DE FARMÁCIA
Faculdade de Farmácia: Comissão de Estágio faz a ponte
Todos os anos são colocados em estágio cerca de centena e meia de mestres do curso de Ciências Farmacê Ao mesmo tempo, de outros países chegam muitas solicitações para estágios (de seis meses) em farmácia
Isabel Vitória Figueiredo, Fernando Ramos e Cristina Luz
A Comissão de Estágio da Faculdade é a estrutura da Farmácia da Universidade de Coimbra que tem por função “organizar a unidade curricular dos estágios no fim do curso do Mestrado Integrado em Ciências farmacêuticas”, refere o seu responsável, Fernando Ramos. Integrando ainda as docentes Isabel Vitória Figueiredo e Cristina Luz, a comissão incentiva os alunos a procurar, logo a partir do 3.º ano do curso, empresas e instituições onde eles próprios se comecem a integrar por períodos de algumas semanas. Este primeiro contacto com o mercado de trabalho é também promovido pela Faculdade de Farmácia que, todos os anos, organiza Estágios de Verão, “onde a participação das farmácias é de assinalar, como aconteceu no ano passado, com a disponibilidade de cerca de 50”, constata
Fernando Ramos. Embora sejam períodos mais curtos do que os seis meses dos estágios de fim do curso, já começam a contar para o tempo mínimo de estágio exigido, de acordo com a respetiva diretiva europeia, tanto em farmácia comunitária como hospitalar. Mais de centena e meia de alunos em estágio por ano Se o estudante chegar ao fim do curso sem nunca ter feito estágio, nessas circunstâncias é a faculdade que toma conta do caso. “Constatamos que, num universo de 150 a 160 estudantes por ano, cerca de um terço faz estágios intercalares ao longo dos três anos finais. É uma demonstração de que têm capacidade própria de iniciativa”, refere a equipa coordenadora. Isabel Vitória Figueiredo acrescenta que
“a nossa preocupação na colocação de alunos é que eles se sintam confortáveis no local em que vão realizar o seu estágio”. A realidade atual é diferente da que se registava há dois anos. “Nessa altura havia muitos alunos que queriam estagiar em Coimbra, mas as farmácias de Coimbra não são assim tantas”, sublinha a docente, explicando que “temos em média cerca de 30 farmácias disponíveis, que cumprem o critério de terem serviço permanente, numa cooperação muito estreita, embora estejam distribuídas pelo concelho”. Atualmente, “devido à situação económica das famílias, muitos alunos preferem realizar o seu estágio curricular na sua área da residência”, fora de Coimbra, o que, de certa forma, facilita a sua colocação. Neste contexto, a faculdade estabeleceu colaboração com farmácias
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nte entre licenciados e empresas
as Farmacêuticas. Destes, cerca de 85 por cento têm emprego num prazo de um ano. m farmácia hospital, atraídos pela estrutura do estágio e por este contemplar a vertente de radiofarmácia de outras áreas do país, o que “nos dá uma abrangência enorme de colocação”, destaca Isabel Vitória. O mesmo acontece com unidades hospitalares, de norte a sul do país, com quem também se estabeleceram colaborações. É o caso dos hospitais de São João e Santo António, no Porto, e Santa Maria (Lisboa), Braga, Figueira da Foz, Aveiro e outros. Esta abrangência é significativa porque cerca de metade dos alunos desta faculdade não são de Coimbra, nem da região mais próxima. Alunos de Braga têm uma preferência especial pela Faculdade de Farmácia Fernando Ramos nota que “temos estudantes no curso de Ciências Farmacêuticas que vêm desde Braga às Ilhas. Aliás, em Portugal continental, até vêm de mais longe, mas há aqui um fenómeno interessante que é haver, todos os anos, cerca de uma dúzia de alunos oriundos de Braga. Penso que será um hábito que vai sendo transmitido dos mais velhos para os mais novos. Aqui chegados, mesmo depois de obterem a sua formação, já não voltam”. Ainda de mais longe, do estrangeiro, registam-se anualmente cerca de 25 estudantes internacionais, incluindo os Erasmus. Neste caso particular existe uma procura grande de estrangeiros que querem vir para Coimbra fazer o estágio a pensar na possibilidade de o realizar no Centro Hospitalar e Universitário (CHUC). Por duas razões: o reconhecimento internacional dos hospitais mas, sobretudo, por haver aqui uma componente mais prática do que noutros países, como Espanha, Itália, França ou Brasil. O coordenador da comissão de estágios constata ainda que, “para além disso, há uma questão que é completamente nova para eles, que é a área da radiofarmácia. Para os espanhóis, por exemplo, é tudo novo nesta área, porque
há diferentes níveis de desenvolvimento de cada lado da fronteira”.
aguardar pela melhor oportunidade, mas acabam sempre por ter emprego”.
Estrangeiros atraídos por estágios dos hospitais de Coimbra Para estágios em farmácia hospitalar, entre o CHUC e o IPO de Coimbra “temos 24 vagas anuais, embora com períodos de entrada diferentes. Por isso, em relação aos estrangeiros, damos a indicação de que devem vir em setembro, quando há menos alunos nacionais nesse período”. Para além do cumprimento das duas valências de estágio – comunitária e hospitalar – regista-se uma “abertura enorme” da indústria farmacêutica, com muitos alunos a considerar “ser uma mais-valia estagiar nesta fileira, também a nível nacional”. Fernando Ramos mostra satisfação “por as indústrias da nossa zona serem muito recetivas, até porque é uma área pouco explorada”. Trata de assuntos regulamentares, como o registo do medicamento, seja de medicamentos originais, seja dos genéricos, o que tem atraído estudantes. Percebem que, por um lado, o emprego e o salário na farmácia comunitária se foram reduzindo, enquanto que na indústria, se manteve o nível de emprego, mas o salário e as perspetivas de progressão profissional são muito maiores. Para fazer o controlo da integração de antigos alunos no mercado de trabalho, existe na faculdade o Laboratório de Empregabilidade. Os últimos dados disponíveis dão conta de 75 por cento de empregabilidade nos primeiros seis meses e 85 por cento no primeiro ano, o que é significativo, embora tenha baixado dos 100 por cento que se registava até há cinco anos. “Se há licenciados que não entram no mercado de trabalho de imediato é porque têm expetativas muito altas e são exigentes com eles próprios, ficando a
Farmácias já não são negócio próspero Cristina Luz observa que “esta situação é também fruto do contexto económico do país e, também, das farmácias. Antigamente eram um negócio próspero e representava a maior fatia da empregabilidade, mas agora o conceito mudou, e a indústria passou a ser uma opção atrativa”. Por outro lado, Isabel Vitória atesta que “é também através do Laboratório de Empregabilidade que organizamos aqui a Semana da Carreira, em que todos os alunos são integrados no mundo profissional. É uma atividade intensiva, com palestras e indústrias presentes. Depois, no final do estágio, temos a Semana da Integração, em que as indústrias vêm à faculdade para apresentarem a sua oferta numa espécie de feira de emprego”. Numa vertente de integração social, a Faculdade de Farmácia está também a trabalhar em colaboração com a Câmara Municipal de Coimbra, no âmbito do consórcio Ageing@Coimbra. Neste âmbito realizou no ano passado, um estudo, através de estagiários orientados por docentes, tendo como alvo um grupo de idosos isolados da cidade, que teve como objetivo caracterizar os seus conhecimentos sobre os medicamentos que têm em casa, mas também a sua própria capacidade de gerir a medicação, o descarte e a conservação, ou seja a sua “farmácia interna”. Na sequência desta colaboração, o protocolo estendeu-se a uma intervenção na Baixa e Alta de Coimbra, orientada para “a promoção da qualidade de vida, bemestar e resposta às necessidades básicas da população”. À Faculdade de Farmácia é pedida a intervenção específica na área da promoção e uso responsável do medicamento. | António Rosado
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ENSINO
ENSINO//ESEnfC
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ESEnfC:“Aqui, todo o ambiente é educativo” É um centro de criação, desenvolvimento e difusão de cultura e ciência no domínio da Enfermagem e, por isso, acredita que, a seu tempo, será reconhecida como uma instituição de ensino universitário. Criada pela fusão de duas instituições há quase dez anos, mas com uma história que remonta a finais do século XIX, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) assumese como referência no panorama nacional e europeu do Ensino Superior. É a maior escola de Enfermagem do país, conta atualmente com 2059 estudantes, uma licenciatura e vários cursos de mestrado (Enfermagem de Reabilitação; Enfermagem Comunitária; Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, Enfermagem Médico-Cirúrgica; Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria; Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria; Enfermagem do Idoso; e Enfermagem de Família) e de pós-graduação (Enfermagem na Esclerose Múltipla; e Tratamento de Feridas). A ESEnfC tem o corpo docente mais qualificado, oferece recursos bibliográficos e laboratoriais em permanente atualização, estimula o empreendedorismo e o volun-
tariado. É, portanto, uma Escola que, além da excelente preparação técnica, estimula a inovação e criatividade, promove um ensino humanizado e voltado para as questões sociais. Através de protocolos com universidades portuguesas, colabora no Doutoramento em Ciências da Saúde (Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), no Mestrado em Gestão e Economia da Saúde (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) e no Mestrado de Bioética (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto). Dezenas de acordos bilaterais e outros protocolos com universidades estrangeiras trouxeram à ESEnfC, além de uma forte notoriedade internacional, índices invulgares de mobilidade de estudantes que, por frequentarem ambientes académicos e clínicos multiculturais, têm, mais tarde, enquanto profissionais, crescente aceitação em praticamente todo o mundo. O elevado desempenho da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, que a ESEnfC acolhe e que é acreditada pela Fundação para a Ciência
e a Tecnologia, permite-lhe já transferir o conhecimento que produz para a decisão clínica, garantindo melhores cuidados de Enfermagem e saúde às populações. Atenta à evolução demográfica, a ESEnfC aprimorou o ensino e colocou no terreno projetos de extensão à comunidade na área do envelhecimento. Preocupada com a saúde das famílias, a ESEnfC desenvolve vários projetos de promoção da parentalidade e da conjugalidade com saúde e equilíbrio emocional e sem violência. Interessada pelo bem-estar dos jovens, a ESEnfC promove a educação para a saúde mental e para os comportamentos seguros em contextos recreativos. Como afirma a presidente da instituição, Maria da Conceição Bento, na ESEnfC, a formação não acontece apenas em contexto de sala de aula: “Aqui, todo o ambiente é educativo e pensado na formação global dos nossos estudantes. Promovemos um ensino que pretende formar profissionais capazes de fazer face às exigências da prática de Enfermagem e da sociedade, que são cada vez mais complexas”.
O meu futuro passa por aqui!
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Logo_ESEnfC_Branco_Ver_link.pdf 12 28-11-2012 17:45:02
Código da licenciatura 7001/9500
w w w . e s e n f c . p t
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ENSINO//FACULDADE DE MEDICINA
Faculdade de Medicina: Polo da Sa
Cooperação, partilha, interação, multidisciplinaridade, coesão... O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade DB-Luís Carregã
Joaquim Murta Diretor da FMUC
A geografia é um fator de risco para o polo da Saúde em Coimbra? É verdade que, se não estivermos muito atentos, a circunstância de estarmos fora de Lisboa e do Porto pode ser um problema. Nós temos um polo de Saúde, em Coimbra, já formado e de grande potencial. É evidente que a geografia pode acarretar algum risco, mas temos de ser nós todos a lutar para que não seja fator de risco; temos as condições, as pessoas, os equipamentos e fundamentalmente a vontade para que assim não seja. Eu penso que, nos últimos quatro anos, nesta direção da Faculdade de Medicina, em conjunto com outras entidades, como o CHUC, a Universidade, o IPN, etc., se conseguiu contornar esse obstáculo. Apesar de estarmos todos perto uns dos outros a verdade é que, antes, pouco ou nada sabíamos do que se fazia ali ao nosso lado. Por isso, muito do trabalho que foi feito nos últimos anos foi juntar as pessoas e unir esforços. Agora, é necessário espírito de grupo. Só assim conseguimos grandes projetos, alguns já garantidos e outros em vias disso. Em que medida o “desvio” do Health Cluster para norte afetou Coimbra? É um facto que o Health Cluster está muito influenciado pelo norte. Mas, mais uma vez acentuo que só conseguimos os nossos objetivos se estivermos completamente coesos, em sinergia e focalizados no desenvolvimento e promoção do polo da Saúde, nos seus diversos itens, quer na vertente assistencial quer na parte pedagógica (pré e pós-graduada), na parte de investigação, na relação com as empresas, etc. – basta ver que somos o maior hospital em termos de produção assistencial, a nível nacional, e a medicina clínica
é responsável pela maior produção científica na Universidade... Em que pé está a criação do consórcio de investigação, formação e prestação de cuidados de saúde? Em termos formais pode não existir, ainda, mas as iniciativas e projetos em curso demonstram que já é uma realidade, na prática. É o caso do projeto Ageing@Coimbra, região europeia de referência para o envelhecimento ativo e saudável, em que estão envolvidas a Universidade (Faculdades de Medicina, das Ciências do Desporto), o IPN, o CHUC, ARS, Câmara Municipal de Coimbra e muitas empresas que giram à volta dessa temática, do projeto Teaming, que passou à segunda fase, envolvendo as Universidades de Coimbra, Newcastle e a Mayo Clinic ou do financiamento de um ERA-CHAIR na área do envelhecimento, no valor de 2.5 milhões de euros, para contratação de uma equipa de investigação de prestígio internacional. Fomos incluídos, juntamente com os CHUC, o IPN e a BIAL, numa grande rede de 144 empresas europeias, institutos de investigação e universidades, a KIC - Knowledge and Innovation Community, distinguida pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, como projeto para a Saúde. Com um orçamento global de 2,1 milhares de milhões de euros, é uma das maiores iniciativas públicas de saúde em todo o mundo. Podemos dizer, portanto, que, ao nível da Europa e das grandes universidades estamos no comboio da frente porque promovemos a união de instituições e empresas ajudando a criar o tal espírito de corpo que, muitas vezes, faltava. Estamos, ainda, num projeto de candidatura com o CHUC, no projeto internacional M8 Alliance (of
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a Saúde precisa da união de todos
Universidade de Coimbra não esconde que o desafio da excelência só se ganha com espírito de grupo Academic Health Centers, Universities and National Academies), que reúne os melhores hospitais universitários do mundo. O Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento (IME) a funcionar, assim espero, nas antigas instalações do Hospital Pediátrico constituirá o elemento nuclear do Campus da Vida Ageing@Coimbra. A partir desta unidade de investigação fundamental será catalisada a criação e desenvolvimento de estruturas de apoio à saúde e de cuidado social ao idoso, ligando o cuidado com o empreendedorismo e a cidadania. O Campus da Vida será aberto à ciência, ao tecido empresarial e à cidade. Uma palavra muito especial à CCDRC e à sua Presidente pelo constante apoio que tem dado no desenvolvimento destes projetos. O projeto de institucionalizar a figura de hospital universitário não vingou… É verdade. Mas, progressivamente, tem havido um cada vez maior entrecruzamento entre o CHUC e a Faculdade. A reforçar esta realidade, um Decreto-Lei recente estipula que os médicos clínicos que fazem investigação podem ter alocado ao seu tempo de permanência no hospital uma percentagem de horas para investigação, tal como os internos doutorandos passam a ter uma parte das suas 40 horas no hospital alocadas à investigação. Por que continua “de fora” o IPO? É um facto que se coloca um pouco de fora. Agora, eu penso que mais cedo ou mais tarde vai ter de se juntar. E vai haver um timing, a muito breve trecho, para esta aproximação. Está para muito breve a criação dos centros de referência, para determinadas patologias nomeadamente oncológicas. Por exemplo, nos casos do tumor do esófago, do hépato-pancreático, ou do testículo, dos melanomas do globo olho e outros, é precisa determinada casuística e condições na área dos recursos humanos e equipamentos das instituições de saúde, que vão exigir candidaturas iso-
ladas ou em parceria para financiamento no tratamento destas patologias, possibilitando a integração em redes europeias. O IPO, mais dia, menos dia, ter-se-à de envolver mais com as instituições que estão na sua proximidade sob pena de perder uma boa parte dos seus doentes. O que se ganhou com a criação de novas faculdades de Medicina? Verdadeiramente só se criaram nos últimos anos três novas faculdades: em Braga, na Covilhã e no Algarve. Uma das grandes preocupações é que temos um excesso de alunos para as condições de que dispomos. Portanto, quando se fala muito de aumento de numerus clausus e de abertura a estudantes estrangeiros, há que criar primeiro condições para isso. Na nossa Faculdade estamos na fase última da reforma curricular. Uma reforma que não pode ser vista apenas como uma mera cosmética mas sim como uma profunda mudança, proporcionando um contacto clínico mais precoce aos alunos, em que a simulação vai ter um papel muito importante na formação, juntando disciplinas com conteúdos afins, que estavam separadas, e otimizando recursos. Para além disso, queremos reduzir o rácio alunos/docentes bem como oferecer, em termos opcionais, áreas de ensino muito importantes que complementem o ensino da Medicina como sejam, entre outras, formação em gestão, em empreendedorismo ou em técnicas de comunicação Como vão conseguir baixar a relação alunos/docentes? Com um envolvimento de muitos médicos no ensino. Muitos especialistas e internos da especialidade têm já uma componente pedagógica e de integração dos alunos na sua atividade normal. Em sede da Comissão Mista, entre a Faculdade e o Hospital – que se reúne mensalmente –, foi precisamente acordada essa necessidade, passando os médicos que o desejarem, que antes não tinham qualquer ligação à Faculdade, a dar aulas e a contribuir
para que aquele rácio seja o mais baixo possível. Em que pé está a criação de uma Unidade de Saúde Familiar gerida pela Faculdade? Permita-me só corrigir que a administração desta USF seria conjunta, sendo um dos intervenientes a Faculdade. Essa é uma necessidade que pensamos ser muito importante, que se arrasta há longos anos, mas que tem levantado muitos problemas na sua concretização na ARS e na própria Medicina Geral e Familiar. Pensamos que no futuro a sua criação deverá ser uma prioridade que poderá ser incluída no âmbito do grande projeto de criação do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento. Para além de outras enormes vantagens para os diversos intervenientes, introduzia a dimensão académica e, assim, contribuía para suster a quebra que os segundo e terceiro ciclos têm vindo a registar nesta região, em matéria de formação em Medicina Geral e Familiar e Saúde Pública. A proximidade com Salamanca tem sido cuidada? Como sabe, o professor Órfão [Alberto Órfão, catedrático da Universidade de Salamanca e investigador no Instituto de Biología Celular y Molecular del Cáncer, que tem dupla nacionalidade, portuguesa e espanhola] é o nosso elemento externo da Assembleia da Faculdade, que tem tido uma participação muito ativa numa área que vai ser capital, no futuro, que é o Biobanco, a criar numa parceria entre a Faculdade, o CHUC e outras instituições. Há quantos anos não tem a Faculdade de Medicina um reitor? Há muitos. Suponho que o último foi o professor Gouveia Monteiro, em 1970. Agora, o polo da Saúde e a Faculdade de Medicina são seguramente um dos grandes motores, senão mesmo o maior, da Universidade. Por isso, penso que, pelo menos, um vice-reitor deveria ter. | Paulo Marques
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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO
Produção genéricos
Fabrico, armazenamento, distribuição e co dústria da saúde em redor da enorme dim
A
indústria e distribuição de medicamentos é liderada na região de Coimbra, respetivamente, pela empresa farmacêutica Bluepharma e pela cooperativa de distribuição Plural. No primeiro caso, com um volume de negócios/ano a rondar os 35 milhões de euros, trata-se de uma companhia com os olhos postos além-fronteiras, tendo iniciado a sua atividade em fevereiro de 2001, na sequência da aquisição de uma das unidades industriais de referência do país, à época, pertencente à multinacional alemã Bayer. Agora a Bluepharma concentra os seus esforços no fabrico, investigação, desenvolvimento e comercialização de medicamentos. Tem-se distinguido por estabelecer parcerias próximas com centros de investigação locais e internacionais e com empresas farmacêuticas multinacionais, contando já com registo de algumas patentes. Ainda na área do fabrico de medicamentos, destaca-se mais uma unidade no distrito, a Farmalabor, empresa portuguesa pertencente ao Grupo Medinfar há 14 anos. A atividade da Farmalabor assenta no fabrico de produtos farmacêuticos, cosméticos e suplementos por contrato. A Farmalabor, com um volume de negócios de 13 milhões de euros, tem uma capacidade bruta anual de produção que ronda os 50 milhões de unidades repartidas entre formulações sólidas, líquidas e pastosas. De âmbito internacional, mas com
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ão de medicamentos cos na região Centro uma unidade de produção na região Centro, fora do distrito de Coimbra, a multinacional Fresenius Kabi marca presença em Santiago de Besteiros, Tondela, onde adquiriu a empresa portuguesa Labesfal. O seu portofolio integra uma gama de medicamentos genéricos IV, terapêuticas de perfusão e nutrição clínica, assim como dispositivos médicos para administração desses produtos. Dentro das tecnologias de transfusão, desenvolveu produtos para a recolha e processamento de sangue total e de componentes do sangue, assim como para terapêuticas celulares e de transfusão. Distribuição é fileira em desenvolvimento Na distribuição, a já referida cooperativa Plural é produto da fusão de outras três cooperativas farmacêuticas (Cofarbel, Farbeira e Farcentro). Com sede em Coimbra, é um gigante do setor ocupando, ao longo dos anos, o top 10 das maiores estruturas empresariais do distrito e a 5.ª posição entre as distribuidoras farmacêuticas nacionais. Com cerca de um milhar de clientes, entre farmácias de todo o país, a Plural está dotada, nos seus armazéns, de um sistema tecnológico que contempla duas máquinas automatizadas e duas semiautomatizadas, bem como um sistema de frio para dar resposta célere às encomendas. Todavia, as últimas decisões governamentais no setor do medicamento criaram uma nova realidade, com o mercado a decrescer cerca de 17 por cento. Mesmo assim, o volume de negócios aproxima-se dos 180 milhões de euros. Numa dimensão mais regional, a Empifarma, com sede em Montemor-o-Velho,
promove, comercializa e distribui produtos farmacêuticos no canal farmácia de ambulatório em todo território nacional. Com um volume de negócios a rondar os 50 milhões de euros/ano, apostou na automatização, com um “fast mover” com capacidade para duas mil referências, beneficiando de uma capacidade instalada de nove mil metros quadrados. Em Coimbra, a Proquifa, sociedade Químico Farmacêutica, tem sido contemplada nos últimos cinco anos com o prémio PME Excelência, o que revela “ a consistência do seu crescimento, bem como a solidez da sua estrutura financeira e o reconhecimento dos agentes do setor económico”, refere o administrador da empresa, Luís Monteiro. Com sede na zona da Adémia, Coimbra, tem 21 funcionários e uma frota de oito viaturas, especializou-se na distribuição por grosso de medicamentos de uso humano, tendo obtido, desde 2009, um crescimento de volume de negócios anual entre 10 e 15 por cento, alcançando em 2014 a fasquia dos 19 milhões de euros. A jusante, na área do retalho, no total do concelho existem 49 farmácias, e 157 no distrito. Em resultado das política de austeridade que afetou o setor nos últimos cinco anos, atualmente 15 por cento das farmácias do distrito são alvo de penhoras e quase quatro por cento estão em processo de insolvência. | António Rosado
Produção Distribuição
ribuição e comércio de retalho de medicamentos representa uma fileira importante da inenorme dimensão das unidades hospitalares e de cuidados primários da região
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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO//PLURAL
PLURAL: política do medica
A cooperativa que resultou da fusão da Cofarbeira, Farbeira e Farcentro movimenta diariamente cerca de 63 volume de negócios da ordem dos 180 milhões de euros, em 2013, tem conseguido garantir os investimento Como analisa o mercado de distribuição de medicamentos em Portugal? O mercado de distribuição em Portugal é muito regulado pelo estado através do organismo tutelar que é o Infarmed IP, estrutura esta que por sua vez reporta ao Ministério da Saúde. Podemos dizer que está praticamente tudo regulado, desde as margens dos operadores aos preços dos medicamentos, salvo cerca de 10% das suas referências, os chamados medicamentos de venda livre, em que o preço varia de acordo com as condições comerciais obtidas. Outra característica do nosso mercado de distribuição de medicamentos é a sua enorme qualidade, desde a produção à dispensa, passando pela distribuição grossista, todos operam em respeito de normas de qualidade publicadas na legislação portuguesa como são as GMP (Good Manufacturing Practices), as Boas Práticas de Distribuição, ou as Boas Práticas de Farmácia. Que expressão tem esta indústria na economia nacional? Não me vou pronunciar, até porque não tenho os dados da totalidade do sector do medicamento e que envolve a Indústria Farmacêutica de base nacional e multinacional, os grossistas e as cerca de 2800 farmácias. O que poderei dizer é que o mercado do medicamento em 2014 de vendas às farmácias atingiu o valor de quase dois mil milhões de euros só em medicamentos. O sector grossista em particular gerou em 2014 um EBITDA de cerca de 25 milhões de euros e emprega directamente cerca de 1200 pessoas. Que expressão tem a produção de medicamentos na Região Centro em relação ao todo nacional? A Plural não faz parte do sector da produção de medicamentos, mas sim do sector grossista. Pelo que se sabe a Região Centro
Miguel Silvestre, Presidente da Direção da Cooperativa Plural
tem pelo menos quatro unidades fabris, em Coimbra a Bluepharma, em Condeixa uma unidade pertencente ao grupo da Medinfar, o Laboratório Basi em Mortágua e a fábrica da Labesfal em Campo de Besteiros, Tondela. O que significa que a expressão desta região no todo nacional é extremamente pequena. Entretanto, também a distribuição de medicamentos adquiriu um novo fôlego com a fusão, há uma década, de três empresas existentes na região Centro, resultando na Plural. Que crescimento tem registado esta empresa? De facto assim foi, não tanto pela sua quota de mercado nacional mas pela dimensão atingida pela Plural, uma vez que só por esta via, a da fusão entre as empresas da Região Centro, é que foi possível acompanhar os crescimentos entretanto ocorridos e assim adquirir uma certa relevância no contexto nacional da distribuição grossista. Saliento ainda que devido a esta fusão é que foi possível partir para a
abertura de vários armazéns de Norte a Sul do país deixando assim a empresa de estar apenas localizada numa dada Região e ser hoje caracterizada como uma empresa nacional. Por outro lado, só desta forma é que foi possível fazer os investimentos necessários para manter o nível de competitividade e de exigência deste sector e ser uma empresa que hoje é reconhecida, seja pelos clientes seja pela própria concorrência, como uma das melhores entre as melhores. Que volume de produtos é movimentado diariamente? A Plural movimenta diariamente cerca de 63 mil produtos, fornecendo assim cerca de 900 farmácias situadas de Norte a Sul do país. De que forma a política do medicamento prejudicou a atividade das farmácias e, consequentemente toda a fileira do medicamento a montante? A política do medicamento dos últimos
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dicamento foi devastadora
cerca de 63 mil produtos, fornecendo assim cerca de 900 farmácias situadas de Norte a Sul do país. Com um nvestimentos necessários para manter o nível de competitividade e de exigência do setor anos foi devastadora para o sector da distribuição do medicamento, principalmente para as farmácias. Digo principalmente para as farmácias uma vez que a distribuição grossista já operava com uma margem extremamente reduzida e não tinha outra alternativa que não fosse a de manter essa mesma margem, sendo que para o conseguir teve que fazer grandes e importantes ajustamentos como a redução de postos de trabalho e a eliminação de alguns serviços que não tinham impacto significativo na qualidade final dos serviços prestados, ganhando assim um grau de eficiência nunca antes alcançado. Pelo lado da farmácia as consequências das medidas tomadas no sector do medicamento, medidas estas iniciadas ainda no Governo anterior, geraram importantes perdas desde logo na margem destes operadores uma vez que o Governo apenas teve a preocupação de descer o preço dos medicamentos mantendo a mesma fórmula remuneratória. Ora, uma vez que a fórmula remuneratória assentava exclusivamente num valor percentual, uma coisa é ter 20% sobre 30, outra é ter 20% sobre 5, mantendo-se inalterados todos os restantes custos de operacionalidade como o número e a qualificação dos colaboradores das farmácias, as horas de funcionamento, etc etc, gerando assim uma enorme perda de liquidez. Por outro lado, esta situação originou ainda um outro problema que foi a desistência da Banca comercial em apoiar a farmácia, o que fez com que tivesse acontecido uma grande perda de tesouraria e, com isso, grandes dificuldades no pagamento atempado aos fornecedores e sempre que isso acontecia havia naturalmente cancelamento de fornecimentos por parte dos grossistas. Recentemente, a Plural festejou os seus 40 anos de existência. Quais as principais conquistas ao longo deste percurso? As conquistas foram muitas e boas, uma
vez que não há sequer comparação possível entre o que existia inicialmente e o que é hoje a Plural 40 anos depois. A Plural é um exemplo de sucesso do sector cooperativo nacional e do sector grossista em particular. Desde logo pela sua presença no território nacional, pela sua dimensão no mercado, pela qualidade dos serviços que presta e pelo avanço tecnológico conseguido. Como definiria a Plural numa palavra? Responsabilidade. Tendo a Plural nascido por farmacêuticos, considera este ponto uma vantagem competitiva? Sem dúvida que é uma vantagem competitiva, só não sei é dizer-lhe se o será ou não para sempre. O que é certo que volvidos que foram 8 anos desde que o governo de Sócrates liberalizou a propriedade das farmácias, as farmácias continuam a ser na sua grande maioria propriedade de farmacêuticos. Para além disso, hoje, comprar ou concorrer à abertura de uma farmácia só interessa aos farmacêuticos por razões estritamente profissionais e não empresariais, porque são o seu local de trabalho e só desta forma é que podem exercer a actividade para a qual se licenciaram. Na sua opinião, qual a importância de uma empresa ser gerida por profissionais directamente ligados à área em que actuam, neste caso no sector farmacêutico? Essa questão sempre foi e será importante, uma vez que são os próprios dirigentes que melhor conhecem a realidade dos seus próprios clientes e, por isso, conseguem por um lado identificar muito mais facilmente as necessidades e, por outro, manter o mesmo nível de preocupações e de objectivos políticos. Os interesses e os objectivos da Plural são os mesmo dos das farmácias e esta correspondência entre ambas são uma enorme vantagem para
estas entidades que respiram o mesmo ar e têm o mesmo código genético. Situação esta que já não é possível de todo encontrar fazendo o mesmo paralelismo com outras empresas concorrentes da Plural, como é o caso, por exemplo, entre as empresas multinacionais e as farmácias, sendo que neste caso os interesses e os objectivos são mesmo antagónicos. Sendo um sector muito competitivo e marcado pela presença de multinacionais e empresas cooperativas, qual tem sido o factor de diferenciação da Plural? Essa questão foi em parte respondida na resposta anterior, pois o facto por si só de a Plural ser uma empresa cooperativa já traz uma certa e importante vantagem competitiva uma vez que a margem de comercialização e os serviços prestados por estas obrigaram às restantes a fazer o mesmo. Daqui pode inferir-se que se algum dia as empresas cooperativas desaparecerem a margem que é transferida para as farmácias pode não ser a mesma que é hoje o que leva naturalmente a pensar-se que essa situação poria em causa a existência das farmácias independentes tal como hoje as conhecemos. Mas esta é a componente política da “coisa” e a componente comercial e concorrencial tem sido trabalhada e com resultados notáveis para mérito da Plural. A Plural foi pioneira em Portugal em muitos aspectos e em muitos serviços que são hoje praticados pelas empresas grossistas em geral. Não é de certeza a nossa natureza cooperativa que condiciona a qualidade dos nossos serviços e os resultados da nossa actividade, bem antes pelo contrário. O nível de competitividade a que chegámos foi e continua a ser o resultado de uma gestão olhada e pensada tendo em atenção, por um lado, o equilíbrio e a sustentabilidade financeira e, por outro, a prestação de um serviço de enorme qualidade, mantendose assim viva a nossa competitividade.
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PRODUÇÃO
PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO//BLUEPHARMA
IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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Bluepharma: ao serviço da inovação e do País A visão da Bluepharma consiste na aposta contínua no investimento – nas pessoas, nas instalações e em novos equipamentos – com vista a inovar e internacionalizar
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Em 2001, um grupo de profissionais do setor farmacêutico adquiriu à multinacional alemã Bayer uma das melhores e mais modernas unidades industriais do país, localizada em Coimbra. Desde essa fábrica convencional, adquirida a 28 de fevereiro, a Bluepharma é hoje um das empresas mais dinâmicas, com maior investimento e inovação do setor nacional da indústria farmacêutica. Assim, tornou-se numa empresa que investiga, desenvolve e licencia tecnologia, fabrica e regista os seus produtos para cerca de 100 marcas internacionais localizadas em 34 países no mundo. “Em Portugal, era necessário, por um lado, poupar dinheiro, e, por outro, trabalhar, e a Bluepharma cumpre essas premissas, criando valor e proporcionando uma saúde sustentável a todos os que necessitam de recorrer ao sistema”, contextualiza Paulo Barradas. Esta foi uma ideia «concretizada em equipa», explica o presidente, e os elementos mantêm-se desde a sua fundação: Maria Isolina Mesquita, Sérgio Simões e Miguel Silvestre são sócios-fundadores e administradores da Bluepharma. A visão da Bluepharma consiste na aposta contínua no Investimento – nas pessoas, nas instalações e em novos equipamentos – com vista a Inovar e
Paulo Barradas, CEO da Bluepharma
Internacionalizar. Uma “política de três I”, complementada por uma aposta em parcerias (nacionais e internacionais) e na qualidade. A Bluepharma foi a primeira empresa farmacêutica em Portugal a obter a tripla certificação integrada em Qualidade, Ambiente, Saúde Ocupacional e Segurança, sendo também a primeira empresa portuguesa certificada pela Food and Drug Administration (FDA) para a produção de formas sólidas de
medicamentos. Tem sido igualmente reconhecida com diversos prémios, entre os quais o Prémio PME Inovação COTEC-BPI 2012 e o Prémio PME Excelência 2013. O projeto continua, no sentido «de transformar a Bluepharma numa empresa internacional e inovadora», através da aposta em profissionais qualificados. “Continuamos com muito sonho, muita ambição”, conclui Paulo Barradas.
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Saúde e Direito André Dias Pereira, professor da Faculdade de Direito de Coimbra e diretor do Centro de Direito Biomédico, é, para além do Prof. José Manuel Silva (Bastonário da Ordem dos Médicos), o membro do CNECV oriundo de Coimbra. Eleito pela Assembleia da República, destacam-se no seu currículo, os 15 anos de dedicação ao Direito da Medicina, em Portugal e no estrangeiro, sendo atualmente diretor do Centro de Direito Biomédico e Tesoureiro da Associação Mundial de Direito Médico, sendo ainda professor convidado nos cursos de verão de Direito da Saúde em Toulouse e Salerno.
científicos nos domínios da biologia, da medicina ou da saúde em geral e das ciências da vida. Desde os problemas da reprodução medicamente assistida, até ao cuidado da pessoa idosa, o Conselho, prestes a comemorar os 25 anos de existência, tem dado um contributo muito importante nos grandes debates legislativos em torno das chamadas “questões de sociedade”. Coimbra vai receber a Associação Mun-
dial de Direito Médico? De 2 a 6 de agosto de 2015, realiza-se em Coimbra o 21.º Congresso Mundial de Direito Médico, contando com cerca de 200 comunicações de especialistas de todo o mundo (inscrições de mais de 37 países) onde se debaterão, sobretudo, os temas do Envelhecimento, as Tecnologia de Informação e as Migrações e o Direito da Saúde, decorrendo ainda, em simultâneo um Congresso Internacional sobre Bioética islâmica. Como se transpõe para a prática os conhecimentos acumulados na área do Direito da Saúde? A colaboração com o escritório FAF – Advogados, designadamente com o Dr. Ferreira Ramos e a Dr.ª Filomena Girão, permitem manter uma interface com a prática judicial, dando resposta a solicitações que clínicas, médicos e pacientes vão colocando no dia-a-dia.
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Quais as tarefas do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV)? O CNECV, criado em 1990 e a funcionar junto da Assembleia da República desde 2009, é um órgão consultivo independente, que tem por missão analisar os problemas éticos suscitados pelos progressos
André Dias Pereira Professor da FDUC e diretor do Centro de Direito Biomédico
www.euvg.pt geral@euvg.pt www.euvg.pt geral@euvg.pt
ensino superior
estudos básicos de saúde estudosanimal básicos de saúde animal medicina veterinária medicina veterinária ensino superior licenciatura licenciatura
mestrado integrado mestrado integrado
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(coord. Professor Doutor Humberto Rocha)
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II Curso de Pós-Graduação em Osteopatia II Curso de Osteopatia para (coord. Professor Doutor Borges de Sousa) Profissionais de Saúde II Curso de Osteopatia para (coord. Professor Doutor Borges de Sousa) Profissionais de Saúde (coord. Professor Doutor Borges de Sousa)
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IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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Desfibrilhadores podem mudar realidade da morte súbita Rui Providência Research Fellow in Arrhythmia and Cardiac Electrophysiology, The Heart Hospital, University College of London NHS Trust Cardiologista, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
As doenças cardiovasculares são a mais frequente causa de morte na população adulta e a quinta causa de morte na população jovem. Sabe-se que em grande parte dos casos ocorre morte súbita, habitualmente no contexto de arritmia cardíaca maligna (taquicardia ou fibrilhação ventricular). Os desfibrilhadores automáticos externos são dispositivos inteligentes de uso simples (ou até mesmo automáticos) que podem mudar o curso de tal realidade. Estes aparelhos de pequenas dimensões possuem o seguinte modo de funcionamento: 1 deteção de arritmia, se esta tiver sido a causa do evento trágico; 2 entrega de um choque elétrico, caso a arritmia seja uma das mencionadas acima (taquicardia ou fibrilhação ventricular). Se o choque for entregue nos primeiros momentos a probabilidade de recuperação é quase total. Porem, se houver atrasos, por cada minuto que passa, a possibilidade
de sobrevivência diminui cerca de 10%. Tal ocorre não só porque a arritmia se pode tornar mais resistente ao “tratamento por choque” (desfibrilhação), mas também porque entretanto o indivíduo em paragem pode desenvolver lesões cerebrais decorrentes da falta de aporte de fluxo sanguíneo. Nestas situações de paragem, além da desfibrilhação (se adequável), ou enquanto se aguarda pela chegada de uma equipa ou aparelho com capacidade para tal, é da maior importância o suporte básico de vida, com realização de massagem cardíaca e, idealmente, de ventilação eficaz. Atualmente, a lei já solicita a sua presença obrigatória em estabelecimentos com área de venda igual ou superior a 2,000 m2, conjuntos comerciais com área bruta igual ou superior a 8,000 m2, aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem com fluxo médio diário superior a 10,000 passa-
geiros, e recintos desportivos, de lazer e recreio com lotação superior a 5.000 pessoas. Talvez esta seja uma utilização demasiado restritiva destes aparelhos, e sobram dúvidas de que a lei esteja a ser cumprida na íntegra… talvez por isso, se saiba que a quantidade de desfibrilhadores automáticos externos disponíveis no nosso país seja francamente reduzida, e que estes se localizam maioritariamente nos grandes centros. A título de exemplo, o número de desfibrilhadores por milhão de habitante no Reino Unido é cerca de 2 a 3 vezes maior por milhão de habitante do que aquele que encontramos no nosso País. Se atendermos ao anteriormente exposto e ao facto de que estes dispositivos são provadamente custo-eficazes, compreende-se que se seja desejável o seu uso amplo e disseminado, de forma a colocar um travão neste verdadeiro problema de Saúde Pública.
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Empresa especializada na comercialização e distribuição de dispositivos médicos. O DAE é um dispositivo electrónico portátil que em situações de paragem cardiorespiratória analisa o ritmo cardíaco e, nas situações indicadas, aplica um choque eléctrico com o intuito de se retomar um ciclo cardíaco normal e assim evitar a morte da vítima. A Nossa Vida é Salvar Vidas
60 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDEINSTITUCIONAL
Complexa re saúde nas m
Administração Regional de Saúde do Centro tem serviços prestadores de cuidados de saúde. As tr
A
tendendo à complexidade do serviços de saúde em cada região, cabe à respetiva Administração Regional de Saúde a “orientação, a organização e o funcionamento das instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde”. No caso da região Centro é à ARS Centro, liderada por José Tereso. Este organismo – que responde diretamente ao Ministério da Saúde – tem por missão garantir à população da respetiva área geográfica de intervenção “o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde, cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde na sua área de intervenção”. A ARS Centro é composta por cinco departamentos e por um gabinete, de acordo com o disposto nos seus estatutos (publicados em anexo à portaria nº 164/2012 de 22 de maio), em vigor desde 29 de maio de 2012. Os departamentos são responsáveis por cinco grandes áreas: saúde pública, planeamento e contratualização, gestão e administração geral, recursos humanos, instalações e equipamentos. A estes serviços acresce o Gabinete Jurídico e do Cidadão. Para dar resposta às exigências e necessidades, a direção é responsável por oito grandes áreas de ação: 1) Contratualizar os programas e projetos específicos de aquisição de cuidados de saúde com as entidades prestadoras de cuidados de saúde; 2) Promover as medidas necessárias para a otimização do funcionamento das instituições e serviços; 3) Contratar com entidades privadas a prestação de cuidados de saúde, no âmbito das convenções; 4) Licenciar unidades privadas prestadoras de cuidados de saúde; 5) Celebrar contratos-programa com institui-
a rede de serviços de s mãos da ARS Centro ções públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, nos termos da legislação aplicável; 6) Decidir a criação, modificação ou extinção de unidades funcionais e definir as regras necessárias ao seu funcionamento, articulação e, quando existam, formas de partilha de funções comuns; 7) Dar parecer sobre os projectos dos quadros ou mapas de pessoal das instituições e serviços públicos prestadores de cuidados de saúde, de harmonia com as respectivas necessidades de recursos humanos; 8) Autorizar a mobilidade do pessoal das instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde no âmbito da Região Centro. Do quadro de pessoal fazem parte cerca de 400 profissionais, onde se destaca um maior contingente de 134 técnicos superiores, que vão desde engenharia à economia, serviço social e política social. A área dos técnicos superiores de saúde abrange 36 profissionais, a que se acrescentam 122 assistentes técnicos e 42 assistentes operacionais. O quadro de pessoal integra ainda 28 médicos, 38 enfermeiros e 14 técnicos de diagnóstico e terapêutica. Ordens Profissionais Neste contexto, as três Ordens profissionais na área da Saúde são parceiras privilegiadas. Nos seus estatutos, a Ordem dos Médicos (OM) determina que a sua atividade “é exercida com total independência em relação ao Estado, formações políticas ou outras organizações”. Liderada pelo bastonário (médico de Coimbra), José Manuel Silva, tem à frente da Secção
Regional Carlos Cortes. A OM “pugna pela ideia de que a defesa dos legítimos interesses dos médicos passe em primeiro lugar pelo exercício de uma medicina humanizada que respeite o direito à saúde de todos os cidadãos, nele se consagrando ainda o princípio da criação de um Serviço Nacional de Saúde”. Da parte da Ordem dos Farmacêuticos, o principal foco de atenção, atualmente, vai para medicamento e a responsabilidade da sua utilização. O bastonário, Carlos Maurício Barbosa, constata que o medicamento é “uma parcela muito importante da despesa em saúde – sendo frequentemente apontados como a segunda rubrica que absorve mais recursos, logo a seguir aos gastos com pessoal –, mas também é verdade que têm trazido à sociedade os maiores ganhos em saúde no último século”. Uma preocupação que se reforça porque a OMS estima que 50% dos medicamentos não são corretamente usados pelos doentes. Na região Centro, a presidente da Secção Regional da Ordem dos Farmacêuticos de Coimbra é Ana Cristina Rama. Desde 2009 que existe também a Ordem dos Enfermeiros, colocando como prioridade o “desenvolvimento, regulamentação e controlo do exercício da profissão de enfermeiro, assegurando a observância das regras de ética e deontologia profissional”. O atual bastonário é Germano Couto, sendo que Isabel de Jesus Oliveira é a presidente do Conselho Diretivo Regional do Centro. | António Rosado
Institucional
Centro tem por missão “a orientação, a organização e o funcionamento das instituições e saúde. As três ordens profissionais do setor também têm uma palavra a dizer
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PRODUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO//ORDEM DOS MÉDICOS
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Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos defende a
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Carlos Cortes, Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
O seu mandato tem sido pautado pela observação e denúncia da falta de condições de infraestruturas do SNS (centros de saúde e hospitais). Está surpreendido com o que tem encontrado nas suas visitas? A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos tem estado preocupada com o estado da Saúde. É sua função estatutária defender a qualidade da saúde. Por isso, esta equipa da Ordem dos Médicos decidiu iniciar visitas aos Centros de Saúde e aos Hospitais da região porque sabia que não o poderia fazer convenientemente só a partir de gabinetes. Era imprescindível existir um contacto presencial com os problemas. Por um lado, queríamos conhecer as realidades das unidades de saúde e, pelo outro, fomos surpreendidos por uma avalanche de preocupações e denúncias recebidas na Ordem dos Médicos. Tínhamos solicitado aos 8000
médicos da região Centro que expusessem as dificuldades e as insuficiências dos seus locais de trabalho. Houve uma enorme adesão, têm chegado queixas semanalmente. A realidade ultrapassou, em muitos casos, aquilo que já tinha sido denunciado. Os mínimos exigidos para uma adequada qualidade e dignidade de prestação de cuidados de saúde não existem em muitos casos. Verificamos que muitos profissionais trabalham sem apoio e em condições insuficientes para tratarem os seus doentes. Considera que o SNS está em causa. Se sim, em que áreas? O Ministério da Saúde está longe de contribuir positivamente para a melhoria das condições do SNS. A missão explícita deste Ministério da Saúde foi contribuir para equilibrar as contas deficitárias de outros Minis-
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IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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medicina humana
os defende a valorização incondicional do exercício da profissão médica térios mais despesistas. A preocupação pela Saúde foi esquecida e abafada pelas cortes indiscriminados. O SNS está em causa? Ele foi riscado do mapa das preocupações principais deste Ministério. Os seus princípios e valores foram esquecidos. É a constatação que faço. Basta ver, por exemplo, a recente polémica dos medicamentos para os doentes portadores de hemofilia. Neste caso, os critérios de qualidade desapareceram dos critérios de escolha desses fármacos. Assim, por mais esforços desenvolvidos pelos profissionais, é difícil termos bons cuidados de saúde. A saúde em Portugal é cada vez mais um privilégio dos ricos e dos bem relacionados? Quando se dificulta o acesso aos cuidados de saúde aumentando as taxas moderadoras, como nunca antes se tinha verificado,
dificultando a utilização de transportes, esquecendo que o SNS deveria ser uma prioridade em tempo de crise; então, pode dizer-se que o SNS deixou de responder a quem mais dele necessita. O SNS não deveria ser um privilégio nem dos ricos nem dos pobres, deveria tratar todos por igual independentemente da sua condição económica. É um valor do SNS e também é um valor da medicina humana que os profissionais de saúde não desistem de querer praticar! Grande parte dos médicos do serviço público também exerce no privado. É por serem mal pagos pelo SNS ou uma ambição de fazer mais? É reconhecido que o vencimento dos médicos não está adequado à sua diferenciação técnica, às suas responsabilidades e ao seu desempenho. Isso acontece, aliás, na gene-
ralidade das profissões de saúde. O trabalho dos profissional de saúde é desvalorizado. Recentemente, um jornal de âmbito nacional confirmava isso mesmo, salientando que foram estas as profissões mais atingidas pela crise. Cumprindo o seu horário de trabalho, qualquer trabalhador deve estar livre para se dedicar a outras atividades: descanso, lazer, aperfeiçoamento científico e técnico, trabalho... O importante é manter um separação clara entre o serviço público e o privado. Como classifica a qualidade dos serviços prestados nas diferentes áreas na região Centro, em comparação com outras regiões? A realidade do Centro espelha a realidade nacional. Encontramos bons exemplos e maus exemplos, dirigentes empenhados e outros menos empenhados.
DOS MÉDICOS NA DEFESA DA SAÚDE E DOS DOENTES”
ÉDICOS NA DEFESA DA SAÚDE E DOS DOENTES” omcentro.com O.MEDICOS@omcentro.com
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SRCOM / AVENIDA D. AFONSO HENRIQUES, Nº39 - 3000-011 COIMBRA
Com sede em Coimbra, a Associação Lusófonoa do Direito da Saúde quer fomentar um diálogo permanente e profícuo com universidades, profissionais e cidadãos no espaço lusófono A ALDIS (Associação Lusófona do Direito da Saúde) foi constituída há poucas semanas, com sede em Coimbra. Qual a relevância da ALDIS no mundo da Saúde? A importância da ALDIS será tão grande quão melhor e mais rapidamente atingirmos os objectivos a que nos propomos. Vivemos uma época de grandes mudanças, de grandes desafios para o País e para cada um de nós. No plano da saúde, os desafios são imensos e complexos.
Ferreira Ramos, Associado fundador da ALDIS
O R P E aD A E quais sãoT os objectivos queIa ALDIS se propõe? Os objectivos da ALDIS são tão claros quanto ambiciosos: a) Promover a universalização, assegu Supermercado rar a divulgação dos mais basilares prin cípios do Direito da Saúde, promover a dignificação da pessoa; Farmácia Farmácia b) Promover a investigação e o ensino na área do Direito da Saúde, nomea damente, do Direito da Medicina e da Praia de Mira Cantanhede Farmácia e do Medicamento, bem como de outras áreas jurídicas instrumentais ou afi ns ao Direito da Saúde; criar e partilhar conhecimento entre sentar, também nesta área, um papel c) Emitir opinião fundamentada a Loja 1 Supermercado universos tão díspares e, paradoxalmendeterminante. respeito dos projectos legislativos que, São seguramente objectivos ambi- te, tão próximos. nos países de língua oficial portuguesa, incidência sobre o Direito da ciosos porque queremos fomentar um Temos uma história comum, enriquetenham Farmácia Farmácia diálogo permanente e multidisciplinar cida pelas nossas diferenças que partiSaúde; Língua, que é a E entendemos que são objectivos cla- entre Universidades, profissionais e lhamos numa mesma ros porque identificam pontos centrais cidadãos. E a lusofonia de quatro Con- terceira língua global com que a Europa fala com o Mundo. do desenvolvimento do Mundo e das tinentes não é tarefa fácil. Entendemos, assim, a Loja lusofonia como pessoas. Na Saúde (na prática clínica e 2 Av. doenfrenBrasil um enorme desafio, que a ALDIS E porquê a lusofonia? na investigação) não pode valer tudo. ! u i Edf. D. Afonso já abr I, fração N Desde logo, porque é entusiasmante ta com uma enorme esperança. Não vale tudo. E o Direito deve repre
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ALDIS: olhar o Direito da Saúde no horizonte da Lusofonia
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IRETÓRIO DE SAÚDE // DIÁRIOASBEIRAS
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Faculdade de Farmácia Universidade de Coimbra
O FUTURO COMEÇA AQUI
ENSINO Mestrado Integrado (1.º e 2.º ciclos) Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
Pós-Graduações
Licenciaturas (1.º ciclo) Ciências Bioanalíticas Farmácia Biomédica Mestrados (2.º ciclo) Ano Lectivo 2015/2016 Design e Desenvolvimento de Fármacos Farmacologia Aplicada Segurança Alimentar Tecnologias do Medicamento Ano Lectivo 2016/2017 Análises Clínicas Biotecnologia Farmacêutica Química Farmacêutica Industrial
Doutoramento (3.º ciclo) Doutoramento em Ciências Farmacêuticas (tronco comum) Áreas de especialização: Biofarmácia e Farmacocinética Biologia Celular e Molecular Bioquímica Biotecnologia Farmacêutica Bromatologia e Hidrologia Farmacognosia e Fitoquímica Farmacologia e Farmacoterapia Farmácia Clinica Microbiologia e Parasitologia Qualidade Farmacêutica Química Farmacêutica Sociofarmácia Tecnologia Farmacêutica Toxicologia
L
Ano Lectivo 2015/2016 Medicamentos e Produtos de Saúde à Base de Plantas Design e Desenvolvimento de Fármacos (correspondente à parte lectiva do Mestrado em Design e Desenvolvimento de Fármacos) Segurança Alimentar (corresponde à parte lectiva do Mestrado em Segurança Alimentar) Tecnologias do Medicamento (corresponde à parte lectiva do Mestrado em Tecnologias do Medicamento) Farmacologia Aplicada (corresponde à parte lectiva do Mestrado em Farmacologia Aplicada)
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Ano Lectivo 2016/2017 Medicamentos e Produtos de Saúde à Base de Plantas Análises Clínicas (correspondente à parte lectiva do Mestrado em Análises Clínicas) Biotecnologia Farmacêutica (correspondente à parte lectiva do Mestrado em Biotecnologia Farmacêutica) Química Farmacêutica Industrial (corresponde à parte lectiva do Mestrado em Química Farmacêutica Industrial)
8:
8: No
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INVESTIGAÇÃO A Faculdade de Farmácia dá destaque à investigação multidisciplinar em áreas estratégicas das Ciências Farmacêuticas, através de um esforço de cooperação científica nacional e internacional com diferentes unidades e centros de investigação de referência. A título exemplificativo: Centro de Estudos Farmacêuticos (CEF) Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de
Coimbra (CNC)
Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) Centro de Química de Coimbra (CQ) AIBILI (Association for Innovation and Biomedical Research on
U
Light and Image)
REQUiMTE (Rede de Química e Tecnologia)
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Localização e Contactos Pólo das Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra (Polo III) Azinhaga de Santa Comba, 3000-548 Coimbra Coordenadas GPS: 40.219679, -8.4181 Tels. +351 239 488 400 (Unidade de Ensino e Investigação); +351 239 487 360 (Unidade Central) E-mail: gbdirector@ff.uc.pt URL: http://www.uc.pt/ffuc
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Faculdade de Farmácia Universidade de Coimbra PRESTADORA DE SERVIÇOS DE SAÚDE Laboratório de Análises Clínicas HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
EXECUÇÃO DE ANÁLISES NAS VALÊNCIAS DE:
8:30h – 17:30H (incluindo hora de almoço) Nota: O laboratório encerra no mês de Agosto
Bioquímica; Hematologia; Imunologia / Endocrinologia; Microbiologia.
HORÁRIO DE COLHEITAS:
Microbiologia e alguns parâmetros especiais.
RESULTADOS NO PRÓPRIO DIA- Exceção para a valência de
8:30 h – 12:00 h
POSTO DE COLHEITAS:
POLÍTICA DA QUALIDADE
Serviços Médicos Universitários (SASUC) Rua Venâncio Rodrigues nº2 – Coimbra
O Laboratório de Análises Clínicas compromete-se a atingir elevados níveis de Qualidade, ética e técnica, trabalhando segundo as boas práticas profissionais de modo a que os serviços prestados tenham reconhecida credibilidade quer perante os clientes quer perante os outros laboratórios de ensaio, para acrescentar valor ao diagnóstico clínico.
HORÁRIO DE COLHEITAS: 8:30h – 11:30 h(Excepto Agosto)
SEDE: Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Pólo das Ciências da Saúde - Azinhaga de Santa Comba 3000-548 Coimbra Telefone: 239 488 470Fax: 239 488 503 Email: anclin@ff.uc.pt
TRANSPORTES:
Linhas de autocarro dos SMTUC: 6,27,29,35,36,37 Paragem - Rotunda Mota Pinto - (Entrada principal do CHUC)
CONTROLO DE QUALIDADE É política do laboratório apostar na qualidade dos serviços por ele prestados, tendo instituído a implementação de Controlos de Qualidade Internos e Avaliação Externa da Qualidade, participando ativamente no Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
O Laboratório de Análises Clínicas possui convenções com as seguintes Entidades
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UCQFarma- Unidade de Controlo da Qualidade de Produtos Farmacêuticos COMPETÊNCIAS: Controlo da qualidade físico-química e farmacotécnica de matérias-primas, medicamentos, produtos cosméticos e de higiene corporal, águas, ambiente e alimentos entre outras matrizes Desenvolvimento e otimização de formas farmacêuticas e produtos cosméticos, validação de metodologias analíticas e estudos de estabilidade
SEDE:
Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Pólo das Ciências da Saúde - Azinhaga de Santa Comba 3000-548 Coimbra http://www.uc.pt/ffuc/ Email: ucqfarma@ff.uc.pt / Telef: 239 488 438
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