Diário da Manhã
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GOIÂNIA, QUINTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2018
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Fábio Nasser
A HORA DA COLHEITA NAS CONSCIÊNCIAS
ARQUIVO DM
Espírito do jornalista Fábio Nasser enviou nova psicografia, anteontem, onde reergue os ânimos de Batista Custódio, seu pai; e avisa que as mudanças, no mundo atual, seguem vigiadas por Deus como um Sentinela posto nas consciências. As pessoas imprudentes deverão, agora – avisa o espírito –, encarar a colheita absoluta das turbulências que semearam para si
Filho de Batista Custódio, Fábio Nasser envia psicografias desde 2001
PSICOGRAFIA DE
FÁBIO NASSER Arthur da Paz Especial para Diário da Manhã
P
or que não ouviram, os reis
deste tempo, as espumas de Castro Alves? Por que não ouviram, estes Neros rudes, a voz do poeta baiano? Por que olvidam que a coroa lhes posta a cabeça, pelo voto popular, tornar-se-á um sulco traçado em suas testas enrugadas quando petrificarem nas covas? Por que não abriram a porta, quando a dor clamou? Por que não agasalharam os desgraçados, quando o frio lhes entrecortava a pele? Não ouvis? Não vis? A noite é sombria! É rijo o tufão! Tremei! O mundo não se subordina a reis fantasmas, não mais! Serão banidos dos tronos imundos! Aos grandes, que tombam, é palácio o mausoléu! Bem sabeis, leitor, que o jornal Diário da Manhã avança os horizontes erguendo a bandeira da liberdade da expressão, responsável com o futuro do Estado e com a reformulação do jornalismo neste pedaço de cá da Terra. Seguimos incompreendidos junto ao silencioso clamor dos Espíritos do Alto, que entre brados, nas psicografias, intuições e comunicações variadas, nos lançam botes salva-vidas da moral humana. E no entanto, o poder se alia ao materialismo, num mecanismo macabro de ensurdecimento voluntário ante os gritos de Deus, que ordena que suas criaturas pratiquem o bem e sejam bons uns para com os outros. A cada hasteada de liberdade, em nosso noticiário e editorial, um machado invisível de setores obscuros nos cômodos do governo, sob a ciência do trono, tenta nos amputar o ideal de permitir que todos tenham voz. O Diário da Manhã seguirá o seu papel democrático e sabe que estará sob os golpes equacionados dos que ocupam os atalaias do egoísmo nas tramas oficiais. Sempre foi assim na digladiação entre justos e injustos e sempre será este o viés estreito dos que optam seguir o caminho da incorruptibilidade, na honra e no ideal.
O MAIOR EXEMPLO
Os episódios onde idealistas são martirizados pelos poderes estão ilustrados em toda História humana. Jesus é seu maior exemplo. Condenado pelo juízo da plateia; sujado pelas mãos lavadas de Pilatos; coroado de espinhos pelos executores da lei; apedrejado, no caminho, pelo povo; tornado nu pelo ódio e pela incompreensão; chegou ao Gólgota, crucificado com os pregos atravessados às mãos puras e santas; as mesmas que estenderam o seu perdão sobre todas as pessoas para todos os tempos. E como nós o retribuímos? Não. A voz do povo não é a voz de Deus, é apenas a voz do povo e de sua ignorância. Dizer o contrário é a demagogia secular dos poderosos na sua magia de iludir as multidões. Jesus não reclamou, embora nunca tenha se calado. Apenas assistiu o espetáculo do horror huma-
20/FEV
Meu pai, abençoe-me. A vez pede que lhe traga esperança e forças. O senhor tem recebido provas da presença amorosa de Deus em sua vida. E a cada dia um novo tempo se aproxima. É natural que os janeiros pesem nos sonhos, mas a liberdade de expressão é ainda uma criança a brincar em seu coração. Pai, o senhor gosta de saber que Deus está no comando de absolutamente tudo. Nada corre desenfreadamente sem vigília. Os dias turbulentos, o próprio homem imprudente os buscou e agora a colheita chega absoluta.
“
Os dias turbulentos, o próprio homem imprudente os buscou e agora a colheita chega absoluta” no, compadecido pelo sofrimento que nós, como rebanho, haveríamos ainda de experimentar. Alma mais limpa que pisou no Planeta, o Nazareno esquecido continua na extensão do seu convite ao bem. Ele chega por meio da intuição e da mediunidade, além de sua própria história, que é o que já deveria bastar. Mas não nos basta. A hipocrisia humana tem sede, atravessou séculos e ainda está assentada nas consciências que se adormeceram nas macias ilusões do materialismo econômico. Continuamos os mesmos e, além de esquecer Jesus, esquecemos que a vida, na carne, finda ao túmulo. E depois? No materialista o depois não existe, então tudo lhe é lícito. No idealista, porém, a vida continua e a alma prossegue, então, tudo lhe é ponderado; abandona a ilha do egoísmo e vai contemplar a vastidão das coletividades no regaço de Deus, na prática do amor, à espera de nova reencar-
Psicografada na noite de 20/2/2017, pela médium Mary Alves, nas Obras Sociais Mãos Unidas, Rua JDA-4 lt. 19 qd. 04, Jardim das Aroeiras, Goiânia-GO, (62) 3208-5695
Feliz é o homem de bem, que dorme em paz consigo mesmo. E as glórias de Deus estarão na Terra quando o homem fazer ao próximo o que deseja para si mesmo. Aí seremos todos filhos dignos de um Pai Misericordioso. Continue a buscar a água da rocha.
nação até alcançar os píncaros da evolução em uníssono com a Suprema Perfeição. Esta é a teologia do Cristo, afinal, ele e o Pai eram um só em mesma sintonia, inclusive na imperativo da evolução, quando Jesus deu uma de suas poucas ordens aos homens: “Sedes perfeitos!”
O INTERCÂMBIO
As centenas de psicografias que o jornalista Batista Custódio já recebeu, além das outras milhares de mensagens mediúnicas desde a década 50, do Século XIX, espraiadas por pesquisadores e estudiosos do intercâmbio espiritual e cientistas da parapsiquê, alarmam a urgência de uma mudança definitiva na conduta dos homens sobre a Terra, pois que, em acordo com todas as missivas mais sérias, seremos novamente expulsos do paraíso: escolha nossa. Por isso, legiões do Alto levantaram o véu que isolava os cemitérios e trouxeram de volta aqueles que julgávamos estarem mortos. E é pela voz dos que aqui já viveram, e que hoje habitam a erraticidade, que nos são explicitadas as consequências de nossa moralidade enquanto tateamos o solo da vida terrena. A outra ordem de Jesus, a mais importante, é a de entreamarmo-nos uns aos outros, e Fábio Nasser veio, nesta psicografia do dia 20 de fevereiro, recebida à noite pela médium Mary Alves, enfatizar que “as glórias de Deus estarão na Terra quando o homem fazer ao próximo o que deseja para si mesmo”, e que só assim, praticando o bem absoluto, é que “seremos todos filhos
Sei que me entenderá. Vovó Romana pede cuidado com o seu sistema imunológico. E nós estaremos sempre ao seu lado. Com o amor do seu, sempre seu filho
Fábio Nasser Custódio dos Santos”
dignos de um Pai Misericordioso”, avalia o espírito na última mensagem. Afinal, como queremos misericórdia para nós mesmos se não temos misericórdia para com os outros? Abandonemos as ilusões. A justiça é a métrica da vida e, sempre foi, sempre é e sempre será o “a cada qual conforme suas obras”. Na carta, Fábio Nasser informa que veio, desta vez, dar ânimo ao seu pai que atravessa as lutas sacrificantes no ideal continental do jornal Diário da Manhã: “a vez pede que lhe traga esperança e forças”, e ilumina seu pai ao escrever que Batista Custódio “tem recebido provas da presença amorosa de Deus em sua vida”. Estas provas, segundo Batista Custódio, surgem por diversas maneiras, em especial no trato com o jornal Diário da Manhã, que nas horas decisivas consegue os recursos para sua subsistência e manutenção de suas operações jornalísticas.
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As glórias de Deus estarão na Terra quando o homem fazer ao próximo o que deseja para si mesmo”
A PERSEGUIÇÃO
Já informamos ao leitor que este diário atravessa trincheira difícil e que tudo tem sido feito, por agentes externos ao jornal e internos ao Poder, para asfixiar economicamente o Diário da Manhã. Quando da nossa contrapartida, vamos investigar as razões em que o DM fica privado de recursos legais, por parte desses atores políticos, a resposta é clara, embora sai espremida pelos cantos das bocas envolvidas: “é ordem do chefe”. O fato é que há censores dentro do governo do Estado que vêm há muito tempo prejudicando o Diário da Manhã e que querem a censura do veículo para impedi-lo de publicar qualquer coisa que fale da oposição. Entretanto, o jornal não recuará e continuará dando espaço para todos os políticos que configuram a cena pública de Goiás. Essa perseguição oficial, sob a “ordem do chefe”, também enfrentará seu ocaso. Pois a esperança é de que, segundo Fábio Nasser, “um novo tempo se aproxima” e lá, na nova situação, não será possível que os maus subsistam. Este tempo será o das consciências despertas e afinadas na lira do bem. Ainda na psicografia, o jornalista também esclarece a seu pai que no cansaço dos seus 82 anos é natural que “os janeiros pesem nos sonhos”, entretanto, quem acompanha o jornalista Batista Custódio operando as letras, todos os dias, em seu escritório e orquestrando, todas as noites, as edições, em seu Diário da Manhã, sabe, assim como Fábio,
que “a liberdade de expressão é ainda uma criança a brincar em seu coração”. Incansável, sua idade não lhe faz jus. Porém, o peso da maldade alheia realmente lhe abafa o peito, que ao longo de sua vida sempre buscou o otimismo e a alegria. Consciente desta verdade, Fábio Nasser alivia: “Pai, o senhor gosta de saber que Deus está no comando de absolutamente tudo”, e que além disso, acrescenta o espírito, “nada corre desenfreadamente sem vigília”.
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Feliz é o homem de bem, que dorme em paz consigo mesmo” ABALO DOS TEMPOS
Na sequência, Fábio explica que as convulsões que chacoalham o planeta, a política e os diversos setores do Brasil e da Terra têm causa: “Os dias turbulentos, o próprio homem imprudente os buscou e agora a colheita chega absoluta”, e como em toda causa, seus efeitos são irrevogáveis. Trata-se da resposta obrigatória ao livre plantio. Quem semeou o bem, o colherá. E quem preservou-se na iniquidade, verá frutificar, em sua consciência e coração, o peso do mal. Pois “feliz é o homem de bem, que dorme em paz consigo mesmo”, instrui Fábio Nasser, apontando gentilmente que seu pai tenta trilhar esse caminho estreito. Com toda a luta em prol do Diário da Manhã, Fábio Nasser avisa que o jornalista Batista Custódio precisa continuar “a buscar a água da rocha”, numa metáfora clara que desenha o tamanho da dificuldade do veículo em conseguir seus recursos básicos, e mesmo assim tem conseguido tirar da rocha das adversidades o suor dos recursos para conseguir quitar-se com a lei. Devido a esse esforço lacerante, o espírito avisa, em nome da mãe do jornalista Batista Custódio, a vovó Romana, que é preciso cuidar da saúde e, relembra, já despedindo-se, que a Espiritualidade estará “sempre ao seu lado”. Voltemos a questionar. Por que aos que suplicam o pão, os reis fantasmas entregam fragmentos de fome? Por que aos filhos das necessidades, somente são entregues as cabeças erguidas da indiferença? Castro Alves, sábio, por isso alertou do alto de sua poesia para o destino dos maus: “Então, nas sombras infindas, / S’esbarram em confusão [...] As almas angustiadas [dos reis], / Como águias desaninhadas, / Gemendo voam no ar. / E enchem de vagos lamentos / As vagas negras dos ventos, / Os ventos do negro mar”.