Diário da Manhã
ARQUIVO DM
WWW.DM.COM.BR
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2017
11
Fábio Nasser
O golpe mais doloroso vem revestido de ingratidão O beijo do amigo Judas feriu mais fundo a alma do Cristo que a lança do soldado romano, pois o punhal da traição é ainda mais mortal quando vem embainhado no afeto. De todos os golpes recebidos pelo jornalista Batista Custódio, os mais danosos são aqueles desfechados pelas pessoas que já se sustentaram em seus ombros em tempos difíceis. Vitoriosas, se valem do poder que Batista lhes ajudou a conquistar para o chantagearem, com a intenção de usar a força de suas palavras ou calarem sua liberdade quando não conseguem usá-la a serviço dos seus interesses mesquinhos. Mas o espírito de Fábio Nasser o estimula: “Prossiga firme!”. Encorajado, Batista prossegue fiel às suas convicções PSICOGRAFIA DE
FÁBIO NASSER Ton Alves Especial para Diário da Manhã
O
nome do poeta e historiador Caio Salústio Crispo ocupa, na História, uma posição no mínimo injusta. Deveria ser ele, e não Suetônio, a ser considerado o maior biógrafo do grande militar, político e estadista Júlio César, o fundador do maior e mais poderoso império de todo o Ocidente em todos os tempos. E foi Salústio quem melhor narrou, com toda a propriedade de testemunha ocular, o cruciante momento do assassinato do imperador de Roma por um grupo de senadores aristocratas reacionários e corruptos nos “idos de março” de 44 a.C. O que mais impressiona na narração de Salústio é a reação de Júlio César diante do ataque feroz dos tribunos enciumados. O historiador conta que mesmo recebendo dezenas de golpes de adaga em todo seu corpo, o primeiro César não esboçou qualquer reação ou emitiu sequer um gemido. Apenas tentou tapar o rosto com o braço. Apenas ao se virar e sentir-se sendo apunhalado pelo filho adotivo Marcus Junius Brutus é que Júlio César teria gritado a plenos pulmões. Perceber-se traído por alguém a quem protegera, cuidara e tratara como filho era um sofrimento grande demais para aquele soldado que havia enfrentado e vencido centenas de batalhas. A dor da traição atinge mais funda e dolorosamente a alma, pois é provocada por alguém que tem acesso à parte mais íntima do nosso ser. Talvez o golpe de Brutus, a quem ele considera filho, tenha sido o mais mortal de todos os recebidos por César, mesmo que tenha atingido apenas sua omoplata. Era o golpe de adaga desferido por dentro, por quem habitava o escaninho mais fundo dos seus afetos. Era o sinal concreto e doído da traição. Com um beijo, uma punhalada, uma delação ou mesmo pela criação sorrateira de obstáculos aos projetos e sonhos, o traidor derrama sobre um bem querer a peçonha nojenta da morte. E mais nefasta ainda quando esse crime moral é cometido por um ente querido, um filho, mesmo que adotivo, ou um neto. Nestes quase quarenta anos em que venho convivendo com o jornalista Batista Custódio, tenho presenciado muitas das traições que esse símbolo do jornalismo vem recebendo. Porém, sei que as mais danosas delas partem de pessoas que gravitam, como satélites, ao redor da sua luz. Nesta e em outras vidas. São parceiros políticos que recebem seu apoio em tempos de lutas
Meu pai, abençoe-me. O período é propício para demonstrar gratidão a todos os corações do bem. E precisaria deixar a certeza de que somos vigilantes com as forças que precisariam somar às suas, mas acabam desvirtuando-se por franca fraqueza de caráter. A vida vem mostrando aos seus olhos perfil a perfil de quem verdadeiramente o ama e permanece de fato ao seu lado. São as obras e não as palavras que garantem essa certeza. Sabemos que agora sente a extrema solidão por saber que não é compreendido em seus ideais. Mas corações generosos e vigilantes permanecem ao seu lado, mesmo que não os perceba em toda extensão de seus cuidados.
“
A dor da traição atinge mais funda e dolorosamente a alma, pois é provocada por alguém que tem acesso à parte mais íntima do nosso ser” Ton Alves
e lhes devolvem esquecimento em tempos de vitórias. Que, através da chantagem financeira desejam encabrestar o editor geral do Diário da Manhã para usar a força das suas palavras a serviço de mesquinhos e nefastos interesses. E quando Batista se nega a compactuar com suas tramoias tentam, desesperadamente, calar a voz que um dia lhes defendeu e lhes serviu de guindaste para alçar aos postos que, por ambição, desejaram.
19/DEZ
Psicografada na noite de 19/12/2017, pela médium Mary Alves, nas Obras Sociais Mãos Unidas, Rua JDA-04 lt. 19 qd. 04, Jardim das Aroeiras, Goiânia-GO, (62) 3208-5695
Chefe, não permita que a sua lucidez seja questionada. Afinal, a sua experiência é que mantém a posição de fortaleza com que se levanta todas as manhãs. Esses que o criticam não vivenciam as suas madrugadas insones, na preocupação do amanhã. Mas o senhor sabe que a sua fé incomoda. Prossiga firme. Centenas de nós permanecemos ao seu lado.
Outra hora são parentes próximos que, engordados pelos frutos do árduo trabalho de Batista, e que nunca fizeram o menor esforço pelo bem da sua empresa, vêm a público atacar aquele a quem só devia agradecer e respeitar de joelhos. Contudo, Batista recusa suas manobras, e recebe dessas pessoas a traição em pagamento do apoio que antes receberam. E permanece firme. Quase ininterruptamente sua lendária Olivetti produz textos reveladores, onde fatos, datas nomes e detalhes ficam registrados. Quando vierem a público, esses textos serão como a ventania que reduz a escombros os castelos da corrupção erguidos sobre a areia das vaidades, e as palhoças da falsa moral de quem “cospe no prato em que comeu”. Dias atrás, o editor-geral do DM me falou dos sofrimentos que lhe estavam sendo impingidos por pessoas da sua confiança e até mesmo de quem usufruía de seu afeto e cuidado, a quem Batista protegeu, defendeu e apoiou. Sofria por entender que deveria dar um basta na situação, para o bem de todos. Afinal, as crianças, os néscios e o desavisados precisam, volta e meia,
Essas palavras vieram para acalentar o seu coração tão machucado e sensível. Precisamos ser fortes. O tio Anicésio está feliz aqui entre nós. E a todos desejamos as bênçãos generosas de Deus, trazendo luz e paz à humanidade. Ulisses, obrigado parceiro. Com o amor do seu, sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos”
“
Tentam, desesperadamente, calar a voz que um dia lhes defendeu e lhes serviu de guindaste para alçar aos postos que, por ambição, desejaram” Ton Alves
de um puxão nos cabrestos, para seu próprio bem. Mas, para o meu amigo jornalista e mestre de vida esta era uma tarefa difícil. Sempre esperava que o próprio discernimento de cada um lhes mostrasse os rumos certos. Não era fácil para ele esta decisão. Principalmente porque, com ela, estava reconhecendo a falência do caráter de pessoas que lhes eram tão caras e que um dia usufruiu da sua confiança e que ao nascerem afoguearam sua esperança de um herdeiro capaz. Mas sentiu que deve fazê-lo. E por isso estava acabrunhado, sofrendo a retaliação covarde de quem um dia servira. Em orações, pediu o consolo divino, pois seu coração lhe dizia estar agindo correta e justamente. Mesmo assim, às vezes temia ter sido
severo demais em suas advertências. Esperava que algum sinal indicasse que eram exageradas suas preocupações. Na noite de terça-feira passada, dia 19, mais uma vez o espírito do jornalista Fábio Nasser se manifesta na psicografia de Mary Alves para consolar, como de costume, seu pai e “chefe”. Em uma mensagem carinhosa, cheia de devoção filial, Fábio diz ao pai que, por ser estes tempos natalinos próprios para as demonstrações de afeto, vinha explicar os motivos sublimes dos fatos terrenos. Fábio conta que os espíritos estão “vigilantes”. Pois, reconhecem que muitas das pessoas que destinadas a ajudar Batista em sua grande empreitada acabam por abandonarem suas missões e até mesmo se colocaram em atitude contrária ao
propósito de suas presenças neste mundo. Isto acontece “por franca fraqueza de caráter”,desses indivíduos, explica Fábio. O primogênito explica a Batista que o desenrolar dos acontecimentos “vem mostrando aos seus olhos perfil a perfil de quem verdadeiramente o ama e permanece de fato ao seu lado”, ou seja, as atitudes e o comportamento explícito das pessoas revelam muito mais de suas intenções que suas palavras. “São as obras e não as palavras que garantem essa certeza,” exemplifica. O espírito de Fábio Nasser, que sempre vem em socorro do pai através de suas dezenas de mensagens, garante a Batista que, no momento, o sentimento de solidão e abandono parece dominar sua alma. Afinal, com a defecção de alguns, as rebeldias e incompreensão de outros, o grande jornalista sente-se apequenado pelos fatos. “Sabemos que agora sente a extrema solidão por saber que não é compreendido em seus ideais.” No entanto, o filho mais uma vez garante ao pai a assistência que vem dos céus: “Corações generosos e vigilantes permanecem ao seu lado, mesmo que não os perceba em toda extensão de seus cuidados”, reitera. Fábio, no estágio da vida eterna quem que se encontra, diz a Batista as mais fortes e certeiras palavras de conforto. Afiança que a experiência e a maturidade moral com que Batista conduz seus projetos garantirão seu sucesso. E convida ao “chefe”, como costumava chamar o pai, a não permitir que a clareza de suas ideias seja colocada em dúvida. Afinal, a mente de cada um é tão jovem e viçosa como claros são seus sonhos e justos os seus propósitos. “Chefe, não permita que a sua lucidez seja questionada. Afinal, a sua experiência é que mantém a posição de fortaleza com que se levanta todas as manhãs.” E acrescenta: “Esses que o criticam não vivenciam as suas madrugadas insones, na preocupação do amanhã.” “Prossiga firme”, ordena Fábio carinhosamente. Segundo ele, centenas de espíritos permanecem ao seu lado de Batista, dando-lhe força e discernimento. E antes de despedir-se mais uma vez, Fábio Nasser ainda explica: “Essas palavras vieram para acalentar o seu coração tão machucado e sensível. Precisamos ser fortes.” Essa mensagem renova o coração ferido de Batista. Cura as feridas, mas não extingue as cicatrizes, pois elas são os sinais de que, contra todos os males e maldades, a força do ideal reto e da justa intenção vai empurrando os grandes para frente enquanto os fracos tombam a beira dos caminhos.
Ton Alves, jornalista, colaborador do Diário da Manhã, frei capuchinho, professor de filosofia, ex-assessor da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)