Fábio Nasser - O sonho do alvorecer

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Diário da Manhã

DM.COM.BR

GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2015

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FÁBIO NASSER

O SONHO DO ALVORECER Arthur da Paz Diretor de Redação

Diário da Manhã

O

espírito do jornalista Fábio Nasser veio no último dia 11 de agosto, noite de terça-feira, nas Obras Sociais Mãos Unidas, no Jardim das Aroeiras em Goiânia, pelas mãos da médium Mary Alves, incandescer de esperança o coração de seu pai, o editor-geral deste Diário da Manhã. O editorialista prepara um novo artigo que caminha para grande volume de laudas e que será um manifesto de sensatez em tempos de cenário mundial tão conturbado. Especialmente, aqui no Brasil, aonde para onde se olha, na superfície desta nação, boia a bolorenta imundície execrada das pessoas com responsabilidade pública e que, hoje, está correndo o nojo ao céu aberto da Nação, e o odor saturou os olfatos da civilidade. Batista Custódio, desde a infância, edificou seu caráter como um líder semeador de sonhos. O semblante dos mártires, que irradia o peso da seriedade, desenha seu olhar percuciente e, na boca, leva, encantado, o sorriso da criança que vai ao céu para colher estrelas e lançá-las para os povos como os pequenos floristas fazem ao espalhar as pétalas nos corredores sagrados dos matrimônios. O editor-geral sempre fez, com a máxima responsabilidade, aquilo que o notabilizou nacionalmente: escrever. Dada sua autoridade moral, esculpida nos exemplos paulatinos onde o suor é derramado na camisa a ponto de que, torcê-la, enche-se o balde, Batista Custódio segue no trilho estreito entre a asfixia econômica de uma empresa de comunicação e o sonho da liberdade absoluta de imprensa, institucionalizado nas oito páginas diárias do caderno OpiniãoPública. Por isso, não se deve estranhar a frequência obtusa com que se chegam recados e orientações de espíritos que já se foram, e que, com ele, compactuaram do mesmo ideal. A morte não mata as afinidades de uma alma. Ninguém se santifica ou profana-se com a foiçada da caveira legendária, decepadora de espíritos. Somos o que somos, aqui e Lá, e continuaremos a ser o que estamos, caso não optemos pela mudança do pensamento e das atitudes. Contudo, nossa indi-

l Em nova psicografia, filho do editor-geral do Diário da Manhã vem trazer ânimo e reafirmar que esse mundo atravessa momento de transição e “será um lugar de paz, amor, união, justiça e fraternidade” l Mas para chegar a este estado, será preciso que as “pedras soltas” rolem vidualidade continuará a mesma. Não à toa, Alfredo Nasser, Pedro Ludovico, Humberto de Campos, Fábio Nasser e outros espíritos buscam Batista Custódio, por reconhecer nele o poderoso dínamo espalhador de ideias e sonhos que estão sepultados no coração das multidões que se fizeram um lacrimatório de dores nos tirocínios inconsequentes das corrupções, pequenas ou grandes. Não cabe mais na Terra a dor que se oculta no peito das civilizações. Por isso, é natural que cabisbaixemos ensimesmados os nossos ânimos. Nenhum sonhador suporta por tanto tempo ver as crueldades dos abusos dos egoístas, ou o individualismo dos poderosos misantropos que se digladiam em ambiente público para defender aquilo que lhes é cômodo no privado. Batista, como muitos de nós, brasileiros, deve estar de cora-

ção cansado. Seus 60 anos como comunicador já viram demais. E agora, escrevendo seu atual artigo que deve ser publicado em breve, confessou a este que vos fala estar redigindo seu texto com absoluta cautela, mas com passos firmes. Lapidando períodos e depois, comandado pela intuição, refazendo-os por completo. Uma verdadeira peça que precisará iluminar a mensagem com a cristalina reflexão dos criadores de obras-primas. Letra a letra, suor a suor à luz da Ciência, da Filosofia e do Amor à dimensão da coletividade.

A MENSAGEM Na sua última missiva, Fábio Nasser vem reforçar o que ele mesmo disse na carta anterior e também o que disse o seu tio Alfredo Nasser, que foi ministro da Justiça no Brasil, ao jornalista Batista Custódio, dizendo da importância de seus textos.

Fábio Nasser faleceu em 17 de janeiro de 1999, e desde 2001 envia psicografias a seu pai e ao povo goiano, orientando o povo ao bem “Meu pai, abençoe-me. Peço desculpas pela insistência das palavras, mas nós dois sabemos que o momento exige cuidado e firmeza”. Reconhecendo a delicadeza do momento para seu pai,

o filho Fábio Nasser aconselha, carinhoso: “Venho pedir para que recupere o seu encanto pela vida e a fé pelas pessoas”. Preocupando meu coração, pois o próprio Batista ensinou-me várias vezes uma frase célebre:

è A MENSAGEM “Meu pai,abençoe-me. Peço desculpas pela insistência das palavras,mas nós dois sabemos que o momento exige cuidado e firmeza. Venho pedir para que recupere o seu encanto pela vida e a fé pelas pessoas. Esse mundo,meu pai,será um lugar de paz,amor,união,justiça e fraternidade. E natural para que isso ocorra,as pedras soltas precisam descer. Por mais difíceis sejam os dias e as lutas, Fac-símile da mensagem original. Psicografa dia 11/08/2015 estaremos juntos,um ajudando o outro. O tio Alfredo conta com inúmeros amigos Reino futuro. a ajudar nesse momento de transição. Receba o abraço do seu,sempre seu Peço-lhe que não ceda ao desencanto. Guarde o seu coração na poesia de um Fábio Nasser Custódio dos Santos”

“não temo o avançar dos maus, mas o desestímulo dos bons”. Fábio vem, então, pescar na consciência de seu genitor o futuro. “Esse mundo, meu pai, será um lugar de paz, amor, união, justiça e fraternidade”. Cenário que, se observarmos com os olhos imediatistas do agora, jamais conseguiremos pintar em nosso imaginário. Porém, com essas palavras, Fábio vem falar da imortalidade da alma, da vida futura, e que nem todo sonho pode caber em um só espaço de reencarnação, e que as grandes ideias da humanidade são famigeradas através dos séculos para, enfim, haver condições da árvore crescer. Por isso, observando a natureza da vida humana, Fábio acrescenta: “E natural para que isso ocorra, as pedras soltas precisam descer.” E como filho amoroso, vem reafirmar ao coração de seu pai: “Por mais difíceis sejam os dias e as lutas, estaremos juntos, um ajudando o outro”, provando-nos que as almas continuam simpáticas e afetuosas umas às outras, mesmo em espectros e dimensões diferentes da vida, no corpo ou fora dele. Respondendo uma pergunta que Batista Custódio fez, em meditação e prece, sobre estar sendo ajudado na condução do novo artigo que está em vias de ser finalizado, Fábio avisa: “O tio Alfredo conta com inúmeros amigos a ajudar nesse momento de transição”. O filho vem novamente cobrar do pai, que navega seus oito decênios, a chama da vida, alertando-o gravemente: “Peço-lhe que não ceda ao desencanto.” E falando de sonhador para sonhador, de idealista para idealista, Fábio recita: “Guarde o seu coração na poesia de um Reino futuro.” Força meu pai. Lembre-se ainda mais de Jesus que chegou a dizer que “o filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mateus 8-20). As almas missionárias não têm direito a pausa neste planeta. Vieram para mudar. E só poderão descansar o espírito na consciência da grande tarefa realizada. Deus continuará sendo o rachador de oceanos enquanto sua fé for este sacrário iluminado explodindo ardentemente em teu peito. E Fábio, carinhoso, repete o mantra do filho que tanto ama o pai, encerrando docemente a carta: “Receba o abraço do seu, sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos”.

Alckmin oferece R$ 50 mil por informações sobre chacina Quem desejar recompensa deve repassar informações pelo sistema do Web Denúncia. Página funciona 24h por dia e garante anonimato do informante AGÊNCIA BRASIL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou ontem uma recompensa da R$ 50 mil por informações que ajudem a elucidar a chacina ocorrida na Grande São Paulo na noite da última quinta-feira (13), quando 18 pessoas foram assassinadas, em um intervalo de duas horas, nos municípios de Osasco, Barueri e Itapevi. Para receber a recompensa, o denunciante deve repassar as informações pelo sistema do Web

Denúncia. A página funciona 24h por dia e garante o anonimato do informante. “A polícia está toda empenhada em esclarecer e prender os criminosos. Quem tiver informações e der uma indicação que leve ao esclarecimento do crime ou à prisão dos criminosos terá a recompensa”, disse o governador. A oferta é um avanço, diz o ouvidor das Polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves: “Para a sociedade civil, isso é uma coisa muito boa. Existe, agora a possibilidade, de elucidar tudo isso daí”.

Na opinião de Neves, outra mudança importante da postura do governo estadual é que a possibilidade de o crime ter sido cometido por policiais militares está sendo tratada abertamente. “O próprio governo reconhece a possibilidade de [os culpados] serem policiais militares. Isso é sinal de que está prosperando a esperança para que se acabe com essa sina no estado”, acrescentou. Para o ouvidor, os indícios da participação de policiais são muito fortes. Segundo ele, o vídeo que mostra os assassinos mascarados rendendo pessoas em um bar antes de executá-las, evidencia o uso de táticas da corporação: “Quando eles vão colocar aquelas pessoas com a mão na parede, de cos-

tas, aquilo é Polícia Militar que faz. É contenção”. Neves apontou ainda o modo de empunhar a arma e a organização para garantir retaguarda. “Os caras são profissionais e fazem aquele procedimento padrão”, concluiu.

CAMPINAS Segundo o ouvidor, a ação da semana passada é muito parecida com a da chacina ocorrida em Campinas, interior paulista, em janeiro de 2014. Seis policiais estão sendo processados pelos 12 assassinatos cometidos na ocasião. “O interessante dessa chacina é que ela é semelhante, de uma forma muito clara, àquela de Campinas, em janeiro do ano passado. Porque começou com a morte de um

policial em um posto de combustível”, comentou. Desta vez, um cabo da PM foi assassinado no último dia 7 em Osasco. De acordo com o ouvidor, a maior dificuldade em investigações como essa é a falta de testemunhas. “É o temor de testemunhar da população. O temor de denunciar, de indicar provas. O próprio investigante, a autoridade, precisa de materiais para acusar alguém. E de repente fica sem nenhum.” Ontem, o Secretário de Estado Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, reuniu-se com os diretores do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa para falar sobre o caso. Uma força-

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo: indícios da participação de policiais serão apurados pela Secretaria de Segurança, mas gestor aguarda informantes interessados em recompensa tarefa foi montada para apurar as mortes em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar.


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