GRUPO DIÁRIO DA MANHÃ JANEIRO I - 2020
FALTA DE CHUVA COLOCA EM RISCO PRODUÇÃO DE VERAÕ Redução na quantidade de chuvas e temperaturas extremas indicam perdas na safra 2019/2020. Produtores investem em estratégias de manejo de solo que podem amenizar os impactos do déficit hídrico | Pág 4
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Fetag/RS elege nova diretoria para a gestão 2020/2022 Foto: Divulgação / Fetag-RS
O dinheiro trabalha 24 horas por dia
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Eng. Agr. Claudio Dóro InovAgri – Planejamento Rural
Você se dedica diuturnamente à sua propriedade rural, é um especialista na bovinocultura de leite, suinocultura, avicultura, produtor de grãos, frutas ou hortigranjeiros, obedece às orientações técnicas, faz tudo com capricho e esmero, mas tem a sensação que sobra pouco no final do mês ou da safra. O problema pode ser que você não esteja sabendo manejar o dinheiro, pois, saber lidar com o dinheiro é tão importante quanto saber lidar com a criação, com as plantas, com as maquinas agrícolas e com o clima, pois a escassez do primeiro pode reduzir a rentabilidade do segundo. A renda da propriedade precisa ser convertida em capital líquido (soma do que você tem menos o que você deve). Este capital é que garantirá o seu futuro na atividade e a sua aposentadoria. Guarde uma parte do que sobra de cada atividade desenvolvida na sua propriedade fazendo uma reserva, pois esta servirá para vencer as crises ou para aproveitar as oportunidades do mercado que normalmente surgem. Não importa o tamanho e o volume de recursos que gira na sua propriedade, o importante é ter o controle do fluxo de entrada e da saída do dinheiro e fazer uma poupança para enfrentar as safras frustradas ou para poder adquirir os insumos na entressafra ou ainda poder aplicar no mercado financeiro, visando maximizar a rentabilidade dentro da porteira. Agindo assim, você driblará as crises e o seu dinheiro será o seu melhor peão. Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 Passo Fundo (54) 3316-4800
região de abrangência:
Água Santa, Almirante Tamandaré do Sul, Barracão, Cacique Doble, Camargo, Capão Bonito do Sul, Carazinho, Casca, Caseiros, Ciríaco, Coqueiros do Sul, Coxilha, David Canabarro, Ernestina, Gentil, Ibiaçá, Ibiraiaras, Lagoa dos Três Cantos, Lagoa Vermelha, Machadinho, Marau, Mato Castelhano, Maximiliano de Almeida, Muliterno, Não-Me-Toque, Nova Alvorada, Paim Filho, Passo Fundo, Pontão, Sananduva, Santa Cecília do Sul, Santo Antônio do Palma, Santo Antônio do Planalto, Santo Expedito do Sul, São Domingos do Sul, São João da Urtiga, São José do Ouro, Tapejara, Tupancí do Sul, Vanini, Vila Lângaro e Vila Maria
Diretora ComerciaL: Eliane Maria Debortoli Editor: Matheus Moraes - RP 18.498 jornalista responsável : Ana Cláudia Capellari Foto de Capa: Foto Divulgação | Embrapa PROJETO GRÁFICO: Henrique Peter
A chapa eleita para a gestão 2020/2024 é composta pelos seguintes nomes: Presidente Carlos Joel da Silva – (Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí)
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pós o término de mais um processo eleitoral, onde mais de 600 delegados estavam aptos a votar, a nova diretoria da Fetag-RS foi eleita para a gestão 2020/2024, na terça-feira (14). A votação teve expressiva participação de agricultores e agricultoras familiares de todo o estado. Com 95% de aprovação, a nova diretoria da Fetag-RS têm como maior desafio fortalecer a agricultura familiar, potencializar a produção mantendo qualidade, e ao mesmo tempo, gerando renda. Juntamente ao presidente, foram eleitos vice-presidentes, secretários, tesoureiros, coordenadora estadual de mulheres, suplentes e conselho fiscal, num total de 26 vagas preenchidas.
1º Vice-presidente Eugênio Edevino Zanetti (Serra) 2º Vice-Presidente Elisete Kronbauer Hintz (Ijuí) Secretário Geral Jaciara Maria Muller (Vale do Caí) 1º Secretário Pedrinho Signori (Santa Rosa) 2º Secretário Diana Hanh Justo (Litoral) a Tesoureiro Agnaldo Barcelos da Silva (Missões II) 1º Tesoureiro Sergio de Miranda (Passo Fundo) 2º Tesoureiro Marlene Weber Klassmann (Alto Jacuí) Coordenadora de Mulheres Maribel Costa Moreira (Sul)
Coragem para fazer jornalismo de verdade
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SAFRA 2019/2020
Governo do Estado anuncia medidas para diminuir impacto da estiagem Foto: Felipe Dalla Valle | Palácio Piratini
Defesa Civil distribui reservatórios móveis de água para as comunidades mais afetadas pela falta de chuva
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iante do cenário de estiagem que fez com que, até sexta-feira (10), pelo menos 28 municípios decretassem situação de emergência, o governador Eduardo Leite se reuniu com representantes das secretarias de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e do Meio Ambiente e Infraestrutura e com a Defesa Civil para discutir medidas para serem tomados. Atento às dificuldades enfrentadas pelos municípios e aos temores dos produtores rurais, cujas culturas são afetadas pela falta de chuva, Leite solicitou que as pastas, com o auxílio de órgãos de análise de dados, elaborassem um mapeamento das principais culturas afetadas e das estimativas climáticas para os próximos meses. O secretário adjunto de Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez, adiantou que a falta de chuva deve se estender durante todo o mês de janeiro, podendo, inclusive, perdurar em fevereiro. Neste momento, as culturas mais afetadas são milho, fumo, soja e feijão. “O milho é a base da cadeia produtiva, e deve afetar também a produção de leite. É uma cultura sensível. O feijão não foi afetado em algumas regiões, mas, em outras, as perdas variam entre 30% e 40%. O fumo
foi bastante atingido pelo calor e falta de chuva, que enfraquece a folha. A soja também sofreu impactos severos nas regiões de Passo Fundo e de Não-Me-Toque”, detalhou Rodriguez. Além dos 28 municípios com decreto de situação de emergência, conforme o mais recente boletim da Defesa Civil, da tarde desta sexta (10/1), outros sete já registraram pedido no Sistema Integrado de Informações. Mas ainda não formalizaram o decreto. O órgão está distribuindo reservatórios móveis para as comunidades mais afetadas. Até o momento, 21 cidades receberam o empréstimo de 34 unidades de viniliq pipa (tanque flexível para transporte de água), com capacidade de 4,5 mil litros. DEMANDAS DO SETOR GAÚCHO AO MAPA Nesta semana, entidades como a Federação dos Municípios (Famurs), a Federação de Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e a Federação da Agricultura (Farsul), junto da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e a Emater-RS/Ascar, elaboraram um documento com dez demandas do setor agropecuário para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Confira algumas ações 1. Prorrogação de TODAS as dívidas dos produtores rurais que tenham origem no crédito rural pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias, tempo que se entende hábil para busca de soluções definitivas para os prejuízos decorrentes da estiagem;
6. Ampliação do zoneamento do plantio da soja para 31 de janeiro e do milho para 29 de fevereiro, com intuito de aumentar a janela de plantio, viabilizando o amparo do crédito oficial para o plantio mais tardio das culturas;
2. Prorrogação das parcelas de TODOS os contratos de investimentos, inclusive os do âmbito do PSI, vincendas em 2020, para um ano após a última parcela, que hoje consta nestes contratos; 3. Repactuar em até 10 (dez) anos os valores do crédito agropecuário, mantendo os encargos contratuais;
7. Aumento da cota em 50% (cinquenta por cento) por animal e 50% (cinquenta por cento) por limite de DAP do milho de balcão CONAB, como forma de suplementação da dieta da pecuária e ampliação dos locais de distribuição;
4. Criar linhas de crédito, dentro do Manual do Crédito Rural, para as cooperativas, empresas e fornecedores, que permitam às mesmas repactuarem as dívidas dos produtores rurais atingidos pela estiagem; 5. Criação de uma linha de crédito emergencial para Agricultores Familiares com teto máximo de R$20.000,00 (vinte mil reais), com prazo de 5 (cinco) anos, sem taxas de juros. O crédito tem por objetivo a manutenção do capital de giro, principalmente para aqueles produtores que utilizaram os recursos próprios ou, ainda, para aqueles que fazem a compra e negociação direta nas casas de insumos agropecuários;
8. Antecipação dos pedidos do Programa Troca-troca de forrageiras e, também, o aumento do valor por beneficiário de R$ 300,00 (trezentos reais) para R$ 500,00 (quinhentos reais). O objetivo é antecipar o plantio e ampliar a disponibilidade das forrageiras de inverno para a pecuária; 9. Rebate ou prorrogação nos pagamentos do Programa Troca-troca, para amenizar o endividamento dos agricultores afetados pela estiagem; 10. Apoio estadual e federal de assistência social para agricultores familiares e trabalhadores de baixa renda não segurados, que não têm acesso ao crédito rural e que dependam exclusivamente da agricultura de subsistência.
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Estiagem desafia experiência do produtor no RS Redução na quantidade de chuvas e temperaturas extremas indicam perdas na safra de verão 2019/2020. Produtores investem em estratégias de manejo de solo que podem amenizar os impactos do déficit hídrico com umidade relativa do ar abaixo de 60% e insolação 30% superior à média. Até o dia 9 de janeiro, a umidade relativa do ar estava -8% abaixo do normal. O cenário foi um pouco diferente na região noroeste do RS, onde o volume de chuvas pode ser considerado satisfatório, com 332 mm acumulados entre novembro e dezembro na estação em São Luiz Gonzaga. O problema na região foi devido às altas temperaturas do ar, com máximas próximas a 40ºC na maioria dos dias. As mínimas também superaram os 18ºC. Em teoria, uma planta consome entre 5 a 7 mm de água por dia, valor que pode variar em função do ambiente, como calor/ frio, radiação solar disponível e capacidade de armazenamento de água no solo, entre outros. Avaliando a quantidade de chuva em Passo Fundo, 47 mm em todo o mês de dezembro supriria as necessidades da planta por apenas uma semana. “Esta é a maior estiagem nos últimos dez anos. Ainda mais expressiva do que o verão de 2013, última estiagem registrada no RS, quando choveu 66,4 mm em dezembro”, conta o analista do laboratório de meteorologia da Embrapa Trigo, Aldemir Pasinato.
Foto: Ana Cláudia Capellari | Diário
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egundo levantamento inicial realizado na primeira semana de janeiro pela Rede Técnica Cooperativa (RTC), com base em informações coletadas junto a 22 cooperativas associadas a rede, as perdas no milho estão estimadas em 33% e na soja em 13%. A falta de chuvas afetou mais o milho em função do estágio das lavouras que atravessavam o desenvolvimento vegetativo e a floração. No momento, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS(09/01/20), 75% da soja está em desenvolvimento vegetativo e outros 22% das lavouras estão em plena floração. ESTIAGEM OU SECA?
De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Genei Antonio Dalmago, estamos atravessando um período de estiagem no Rio Grande do Sul, quando as lavouras reduzem o potencial produtivo por falta de água. “Se o quadro de falta de água se mantiver, podemos evoluir para uma condição de seca mais intensa, com risco de perda total da lavoura”, informa Genei. Os dados meteorológicos coletados junto as estações do INMET confirmam a estiagem em diversos municípios do Estado. Além da distribuição irregular das chuvas nos meses de novembro e dezembro, houve diversos registros de temperaturas extremas, com valores até 1ºC acima da média histórica, com máximas passando dos 40ºC em vários municípios gaúchos. A estação meteorológica da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, registrou poucas e esparsas chuvas no período de 10/11/19 a 09/01/20 (veja no gráfico). Em novembro, as precipitações somaram 115 milímetros (mm) e estiveram concentradas na primeira semana do mês, seguida de 20 dias sem chuva. O mês também registrou temperaturas do ar mais altas, com mínimas em torno dos 15ºC e máximas acima dos 30ºC. Em dezem-
ESTRESSE TÉRMICO
Produção de soja no interior de Não-Me-Toque
bro, foram 25 dias sem chuvas, com pancadas isoladas que resultaram em 47,6 mm no mês, o que
representa apenas 27% da média histórica. No final de dezembro, as temperaturas passaram dos 36ºC,
De acordo com o pesquisador Genei Antonio Dalmago, muitas plantas estão apresentando estagnação no crescimento em função do estresse térmico que veio associado ao estresse hídrico. “Mesmo nos casos em que existe disponibilidade hídrica, as plantas estão enfrentando altas temperaturas do ar, mesmo à noite, quando não sofrem diretamente com a radiação solar mas aumentam a respiração, o que se traduz em perda de reservas que iriam para os grãos. Quando a planta está sob constante estresse térmico, ela para de crescer e, em determinadas situações, interrompe o processo de fotossíntese”.
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Kuhn lança duas novas máquinas na Show Rural Coopavel, em Cascavel Foto: Divulgação | Kuhn
Uma das maiores feiras de agronegócio do país vai ocorrer de 3 a 7 de fevereiro
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KUHN vai participar da feira Show Rural Coopavel, maior evento de tecnologia para o agronegócio da América do Sul, que acontece de 3 a 7 de fevereiro, na cidade Cascavel (PR). Na sua primeira grande feira do ano, a KUHN lança duas novas máquinas: Profile Automixer, um misturador de ração vertical autocarregável, e uma nova versão do pulverizador Eco Ranger. O estande da empresa vai contar com cobertura e todo o conforto para receber clientes, amigos e público, além de equipe de vendas, marketing, pós-vendas e diretoria, localizado na rua L (número 7.1 a 7.9). O Show Rural Coopavel também será o momento de lançamento da plataforma MyKuhn, ambiente online direcionado ao cliente final que terá acesso a informações exclusivas de especialistas, gerenciamento de frota e ofertas. Robson Zofoli, Diretor Comercial da KUHN, destaca que o Show Rural Coopavel abre o circuito dos grandes eventos do agronegócio no Brasil, sendo um termômetro para a indústria de máquinas. “É o primeiro contato mais direto do ano que temos com o grande público e com repercussão internacional. Os produtos que estamos lançando vêm para complementar nossa oferta no segmento de alimentação animal e ampliam a oferta de produtos produzidos no país. Ambos têm foco em trazer mais versatilidade para pequenas e médias propriedades, fazendo o ciclo completo”, afirma Zofoli. MISTURADOR DE RAÇÃO VERTICAL AUTO CARREGÁVEL A KUHN é atualmente a líder mundial em misturadores de ração. O Profile Automixer 6.1DS é um lança-
Stand da empresa na feira Show Rural Coopavel, Cascavel
mento que se destaca pelo autocarregamento de ingredientes. Entre suas características, ele possui fresa de alta capacidade (largura de 2 m) alinhada à largura da máquina, com controle automático de alívio da fresa, responsável por evitar travamentos em situações de aumento de pressão no sistema hidráulico e sistema de corte por facas aparafusadas. Esse conjunto, além de eficiente, preserva a estrutura das fibras para uma maior qualidade nutricional e durabilidade ao sistema de autocarregamento. O vagão com a tecnologia K-NOX da KUHN nas paredes laterais, proporciona maior resistência física contra os efeitos corrosivos e abrasivos causados pelos ingredientes durante o processo de mistura. Além disso, conta com redução planetária e sistema hidráulico independente que, aliados ao conceito do sem fim misturador interno, necessitam de baixa potência para um
menor consumo de combustível. Essas características, além de facilitar e reduzir as manutenções, proporcionam longa vida útil e uma excelente qualidade na mistura, capaz de maximizar o potencial nutricional de cada ingrediente que compõe as receitas. SIMPLICIDADE ALIADA AO CUSTO-BENEFÍCIO O Eco Ranger 18 m é o novo pulverizador arrasto da KUHN – que traz como principal benefício alta performance e rendimento. O Eco Ranger possui barra vertical, com resistência garantida, estrutura reforçada para atender os diversos desafios do campo e várias opções de comando, desde o mais básico ao completo, trazendo o pacote eletrônico das máquinas grande. O Eco Ranger tem rendimento operacional garantido, com mesmo conceito do barramento da boxer, agora sobre um pulverizador de arrasto.
LANÇAMENTO PLATAFORMA MYKUHN Durante o Show Rural Coopavel também será lançado a MyKuhn, plataforma de relacionamento com o cliente final em que o agricultor tem acesso a toda documentação técnica da sua máquina, artigos e dicas de especialistas, contato dos revendedores mais próximos, ofertas exclusivas e consulta de peças. “É uma grande novidade que estamos trazendo para o Brasil, uma nova maneira de trazer a comunicação digital para o dia a dia no relacionamento com nossos clientes. Eles poderão interagir diretamente conosco recebendo informações sobre o produto, novas tecnologias, lançamentos e informações de revendedores”, ressalta Robson Zofoli. Quem já tem equipamentos KUHN poderá fazer seu cadastro na plataforma MyKuhn no estande, levando o número de série do seu equipamento.
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Vendas externas do agronegócio somaram US$ 96,8 bilhões
Milho, carnes e algodão foram os destaques do Brasil nas exportações do ano passado
As vendas externas do agronegócio somaram US$ 96,8 bilhões no ano passado, o que representou 43,2% do total exportado pelo Brasil, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2018, a participação do agronegócio nas exportações totais do país foi de 42,3%. Os destaques foram milho, carnes e algodão, que lideraram as exportações agrícolas. O milho registrou volume recorde de exportação, com 43,25 milhões de toneladas. O recorde anterior foi registrado em 2017, com 29,25 milhões de toneladas do cereal exportadas. O total exportado foi 4,3% menor em comparação ao volume de 2018. “Tal redução ocorreu em função da queda do índice de preço das exportações do agronegócio brasileiro, que caiu 6,9% em 2019. Essa queda foi compensada pela elevação de 2,7% no índice de quantum das exportações, ou o equivalente ao incremento de
2,7% no volume exportado em 2019”, diz nota técnica da Secretaria. MILHO
A produção de milho na safra 2018/2019 também foi recorde, somando 100 milhões de toneladas, gerando um excedente exportável de milho de praticamente 20 milhões de toneladas em relação à quantidade exportada em 2018. Com o volume comercializado no exterior (+88,5% em 2019 na comparação com 2018), as exportações de milho atingiram US$ 7,34 bilhões em 2019 (+ 87,4%). Já a soja teve redução de quase 10 milhões de toneladas nos embarques. Queda que foi compensada em parte pelas vendas das carnes (bovina, suína e de frango), milho e algodão. CARNES
As vendas externas das carnes passaram de US$ 14,68 bilhões em 2018 para US$ 16,52
bilhões em 2019, alta de 12,5%. O impacto da peste suína africana em diversos países, principalmente no rebanho chinês, ajudou no incremento das exportações brasileiras de carnes. A carne bovina foi a principal carne exportada pelo Brasil, com US$ 7,57 bilhões em vendas externas no ano de 2019 (+15,6%). Este valor é recorde para toda a série histórica. O volume exportado de carne bovina também foi recorde, atingindo 1,85 milhão de toneladas. A China se tornou o principal país importador de carne bovina brasileira, responsável por 26,8% do volume total exportado. Com isso, ultrapassou a região administrativa especial de Hong Kong, que ficou na segundo posição, com 18,6%. ALGODÃO
O destaque do setor de fibras e produtos têxteis foi para o aumento das vendas de algodão não cardado nem penteado, que subiram de US$ 1,69 bilhão em 2018 para US$ 2,64 bilhões em 2019 (+56,5%).
Foto: Divulgação | Mapa
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Inovação e energia para realização dos sonhos
U
m sonho que se tornou realidade, e uma vida no interior regada à felicidade. Ronaldo e Juliane Moreschi vivem na localidade de Nossa Senhora do Rosário, interior de David Canabarro, fazendo a gestão da propriedade de 15 hectares, produzindo frutas, legumes e verduras. Na diversificação de culturas, a uva se destaca como a principal fonte de renda da família. A mão-de-obra é exclusivamente familiar e os alimentos produzidos são: uva, brócolis, couve-flor, repolho, berinjela, tomate, melão, melancia e pêssego. Há 15 anos, Ronaldo trabalha com brócolis, no entanto, o sonho de cultivar a uva no sistema protegido por cobertura plástica se tornou possível com o auxílio da Coprel. “Quando eu decidi fazer esse parreiral coberto, eu precisava de irrigação. Procurei a Coprel e instalamos a rede bifásica. A Coprel é fundamental, pois me deu a condição de poder produzir e irrigar, além da uva, brócolis e outros alimentos”, explica. Com o propósito de cultivar produtos diferentes do fumo – principal atividade desenvolvida pelas famílias da região, Ronaldo e Juliane inovaram e conquista-
Foto: Divulgação | Comunicação Coprel
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Ronaldo e Juliane Moreschi, de David Canabarro, cultivam diversas variedades de uvas em sistema protegido, gerando renda e qualidade de vida no interior
ram um nicho de mercado, apresentando ao consumidor um produto diferenciado: frutas frescas, e na hora. Quem chega na propriedade da família, além de escolher a variedade da uva, tem a opção de levar para casa outros alimentos da agricultura familiar. Em 1,5 hectare de parreiras, são mais
de 20 variedades de uvas cultivadas na plasticultura, sistema de produção que cria um microclima que favorece o desenvolvimento de uvas viníferas. Estas variedades, cujo manejo é mais complexo, necessitam o uso da cobertura plástica e tratamento fitossanitário diferenciado. Algumas destas variedades
são: Itália, rubi e benitaka, garantindo, durante quatro meses do ano, uvas que atendem a todos os paladares. Além da irrigação das uvas, a energia da Coprel também é utilizada para irrigação do brócolis, couve-flor, repolho e berinjela, garantindo a qualidade e sabor dos vegetais. De acordo com Juliane, é uma imensa alegria produzir alimentos: “é gratificante poder agradar o nosso consumidor. Eu e meu marido fomos crescendo juntos, buscando sempre inovar na propriedade e ter muitos produtos”. Há 15 anos casados, Ronaldo e Juliane possuem dois filhos: Gabriel, 12 anos, e Alessandra, de 8 anos, que seguem os passos dos pais buscando conhecer a aprender sobre o cultivo da terra. Com muito amor pelo trabalho no campo e a satisfação de produzir alimentos, a família deseja investir futuramente em uma agroindústria de vinhos. Para este, e outros sonhos dos cooperantes, a Coprel está ao lado, seguindo com o propósito de investir no meio rural, para que as famílias tenham cada vez mais qualidade de vida e renda melhor.
anos
Em 2020 a BSBIOS completa 15 anos
Gerando empregos, contribuindo com a economia e promovendo a sustentabilidade do planeta. Ser sustentável é nossa missão! BR 285 | Km 294, s/nº | Bairro Petrópolis CEP 99050-700 | Passo Fundo - RS | Fone 54 2103-7100
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ABCCC divulga calendário de modalidades da raça Crioula para 2020 Foto: Fagner Almeida | ABCCC
Carazinho está na lista de cidades contempladas
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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) divulgou o calendário de algumas de suas modalidades da raça para o ano de 2020. Entre elas estão as datas das Exposições Passaporte para a Nacional da Morfologia, que ocorre durante a Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). De março a julho, ocorrerão 19 eventos em seis Estados brasileiros confirmados até o momento e garantir vaga na modalidade. Em cada uma das cidades, até oito animais, quatro machos e quatro fêmeas, podem ter seus passaportes carimbados para uma das competições mais esperadas do ciclo. Outra prova que teve seu calendário divulgado foi a Paleteada. A ABCCC divulgou a data das três semifinais do ciclo, que ocorrerão de 27 a 29 de março de 2020 em Pelotas (RS), de 23 a 26 de abril em Bagé (RS) e de 10 a 12 de julho em local a definir.
De acordo com o regulamento, duas classificatórias habilitarão 30 duplas participantes para final e a última habilitará 20. Os conjuntos classificados não participarão das demais semifinais e cada uma delas terá um número de reservas para casos de vagas remanescentes. Já o Freio do Proprietário está marcado para a data entre 23 e 27 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. E a Marcha Anual de Resistência ocorrerá de 23 de maio a 6 de junho em Jaguarão (RS), com concentração prevista a partir do dia 23 de abril. O ciclo de finais já tem seu início em janeiro de 2020, com a grande decisão do Crioulaço, que ocorrerá de 16 a 19 janeiro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. No próximo ano, a premiação ultrapassa os R$ 95 mil e promete troféus até o quarto lugar para todas as categorias. Para garantir uma vaga na disputa, os competidores já podem fazer a inscrição no site da ABCCC: www. abccc.com.br.
CALENDÁRIO DAS EXPOSIÇÕES PASSAPORTE 27 a 29 de março - Campo Grande (MS) 21 a 23 de março - Canguçu (RS) 02 a 05 de abril - Bagé (RS) 14 e 15 de abril - Outonal de Esteio (RS) 16 a 19 de abril - Londrina (PR) 23 a 24 de abril - Pelotas (RS) 30 de abril a 02 de maio - Uberaba (MG) 22 a 23 de maio - Carazinho (RS) 23 e 24 de maio - Encruzilhada do Sul (RS) 27 a 31 de maio - Uruguaiana (RS) 29 a 30 de maio - Caxias do Sul (RS) 05 a 07 de junho - Ponta Grossa (PR) 12 a 14 de junho - Cuiabá (MT) 18 a 20 de junho - Avaré (SP) 19 a 20 de junho - São Borja (RS) 25 a 26 de junho - Viamão (RS) 26 a 27 de junho - Lages (SC) 03 a 05 de julho - Araranguá (SC) Região 08 - local e data a definir