AGRO - NOVEMBRO 2

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GRUPO DIÁRIO DA MANHÃ NOVEMBRO II- 2019

SAFRA DE TRIGO COM A MAIOR INCIDÊNCIA DE PULGÕES, ALERTA EMBRAPA Maior incidência ocorreu por causa do clima quente e seco do inverno na região Sul. Perdas na lavoura de podem chegar a 60% dependendo da cultivar utilizada

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Foto: Emerson Foguinho/Seapdr

Seapdr assina convênio para garantir serviços da Emater

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) anunciou nesta terça-feira (19) que foi autorizada pela Procuradoria-Geral do Estado a assinar termo de colaboração com a Emater/RS-Ascar para garantir os serviços de assistência técnica e extensão rural por um período de 180 dias, a partir de 1º de janeiro de 2020. O termo de co-

laboração estende os efeitos do convênio mantido entre a Seapdr e a Emater e envolve o aporte de cerca de R$ 90 milhões para o período. Ao mesmo tempo em que será celebrado o termo de colaboração, a Emater trabalha junto ao governo federal para a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas).

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DIA DE CAMPO NORTE

Foco será na produção integrada Produtores rurais, técnicos e estudantes dos cursos agropecuários interessados em participar do Dia de Campo Norte, em 04 de dezembro, já podem fazer as inscrições. De acordo com o gestor de projetos da Regional Norte do Sebrae RS Ronaldo Kloeckner, as vagas serão limitadas. A atividade ocorrerá na propriedade de Evandro Auler, na Comunidade de São Roque, no município de Sertão. Mesmo com chuva será realizada. A programação inclui visita na propriedade rural na parte da manhã, com estações demonstrativas do sistema de

Pastejo Rotatínuo, de Gestão da Propriedade e Produtivo. Ao meio-dia, será servido o almoço e no turno da tarde haverá uma palestra técnica sobre o Programa de Produção Integrada em Sistemas Agropecuários (PISA) no Rio Grande do Sul. A metodologia, desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, tem sido trabalhada junto a produtores pelo Programa Juntos para Competir, elaborado e executado por Farsul, Senar-RS e Sebrae RS. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (54) 3522-3077 ou pelo e-mail: beatrisvd@sebraers.com.br.

100 auditores fiscais agropecuários devem ser nomeados até o fim do ano O Mapa está autorizado a nomear 100 candidatos aprovados e não convocados no concurso público realizado em 2017 para o cargo de Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico Veterinário. As nomeações deste ano são excedentes, já que a seleção de 2017 ofereceu 300 vagas que já foram preenchidas em 2018. A portaria foi publicada na quinta-fei-

ra,21, no Diário Oficial da União e estabelece que a nomeação deverá ocorrer até 31 de dezembro de 2019. A convocação dos aprovados foi solicitada ao Ministério da Economia pela ministra Tereza Cristina, em março deste ano. O pedido da ministra se baseou no decreto 6944/09, que permite a nomeação de até 50% do total de vagas originais ofertadas pelo edital.

Mapa fixa padrões visuais de qualidade para frutas, legumes e verduras O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou os padrões visuais de qualidade para 17 produtos hortícolas. Os padrões estabelecem os requisitos para que uma fruta, legume ou verdura seja considerada própria para o consumo. O objetivo é auxiliar o consumidor a identificar esses produtos, assim como os fiscais. Os padrões foram criados em conjunto com a Ceagesp de São Paulo e a Embrapa Hortaliças. Os padrões cumprem a Instrução Normativa MAPA nº 69/2018 e

estabelecem que os produtos devem estar: inteiros, limpos, firmes, sem pragas visíveis a olho nu, fisiologicamente desenvolvidos ou com maturidade comercial. Não podem: ter odores estranhos, estar excessivamente maduros ou passados, apresentar danos profundos, ter podridões, estar desidratados, murchos ou congelados. Os primeiros hortícolas com padrão visual definido são: abacate, alface, banana, batata, caqui, laranja, mamão, manga, melão, melancia, maçã, uva, morango, nectarina, pêssego, tangerina e tomate.

região de abrangência:

Água Santa, Almirante Tamandaré do Sul, Barracão, Cacique Doble, Camargo, Capão Bonito do Sul, Carazinho, Casca, Caseiros, Ciríaco, Coqueiros do Sul, Coxilha, David Canabarro, Ernestina, Gentil, Ibiaçá, Ibiraiaras, Lagoa dos Três Cantos, Lagoa Vermelha, Machadinho, Marau, Mato Castelhano, Maximiliano de Almeida, Muliterno, Não-Me-Toque, Nova Alvorada, Paim Filho, Passo Fundo, Pontão, Sananduva, Santa Cecília do Sul, Santo Antônio do Palma, Santo Antônio do Planalto, Santo Expedito do Sul, São Domingos do Sul, São João da Urtiga, São José do Ouro, Tapejara, Tupancí do Sul, Vanini, Vila Lângaro e Vila Maria

Diretora ComerciaL: Eliane Maria Debortoli Editor: Kleiton Vasconcellos - RP 10.791 jornalista responsável : Ana Cláudia Capellari COLABORADORES: Alessandro Tavares e Adriano dal Chiavon Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, Foto de Capa: Foto Divulgação | Embrapa sala 3 Passo Fundo PROJETO GRÁFICO: Henrique Peter (54) 3316-4800


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SEGURO RURAL

100% do orçamento é liberado

O agronegócio prospera

Documento assinado pela Agptea e Conselho dos Diretores das Escolas Agrícolas alerta para problemas em pesquisas

Eng. Agr. Claudio Dóro InovAgri – Planejamento Rural

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou nesta semana que foi liberada a parcela que faltava para execução integral do orçamento previsto, para 2019, do Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR), totalizando R$ 440 milhões. Em março deste ano, o orçamento foi contingenciado em R$ 70 mi-

lhões, o que reduziu a disponibilidade inicial para R$ 370 milhões. No final do mês de outubro, houve o desbloqueio de R$ 50 milhões, e agora foram liberados os R$ 20 milhões restantes. Com esse orçamento de 2019, será possível atender em torno de 100 mil apólices, 58% a mais que no ano anterior, quando os produtores tiveram acesso à subvenção em 63.241 apólices.

O que é o seguro rural ? O produtor rural adquire uma apólice de seguro para a lavoura/atividade com o auxílio financeiro do governo federal. Em caso de quebra da safra por causa de evento climático adverso (seca ou excesso de chuvas, por exemplo) ou variação de preços, as obrigações financeiras do produtor serão pagas pela seguradora.

ESCOLAS AGRÍCOLAS

Pacote de reformas do governo pode comprometer trabalho Documento assinado pela Agptea e Conselho dos Diretores das Escolas Agrícolas alerta para problemas em pesquisas A Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) e o Conselho de Diretores das Escolas Agrícolas Estaduais protocolaram ofício aos deputados estaduais com posição contrária ao pacote elaborado pelo executivo gaúcho. As entidades pedem a retirada do projeto de reforma estrutural do Estado, especialmente no que tange ao Plano de Carreira do Magistério e Funcionários de Educação. O documento destaca o trabalho essencial que as 26 escolas técnicas agrícolas estaduais realizam e contribuem com a formação de técnicos no Estado, o que auxilia também no processo de sucessão familiar e permanência dos jovens no campo. Entre as consequências alertadas pelo documento estão a des-

qualificação do processo pedagógico no Estado, afastamentos, desligamentos e desinteresse pela profissão, com grande contingente de profissionais precisando fazer “bico” em outras atividades, professores com formação e qualificação sendo substituídos por contratados com formação inadequada ou sem formação para a função, entre outros. De acordo com o presidente da Agptea, Fritz Roloff, os projetos realizados nas escolas técnicas agrícolas necessitam de tratamento diferenciado devido a lidar, especialmente, com animais e lavouras, que não podem esperar. “Teremos uma rotatividade de pessoal nas escolas muito grande e precisamos nos projetos agrícolas pesquisas de continuidade. Não podemos imagi-

nar que um plantel de animais e de lavouras e hortas não tenha uma gestão contínua”, observa. O ofício lembra ainda que o avanço tecnológico e a necessidade de inserir a juventude no campo, no mundo da tecnologia, seja ela para sala de aula, laboratórios ou Unidades Educativas de Produção (UEPs), servem como laboratórios de aprendizagem das escolas para a realização de práticas pedagógicas. O documento ressalta que as Escolas Técnicas Agrícolas são responsáveis por preparar o jovem sucessor rural para as pequenas, médias e grandes propriedades, sabendo que a Agropecuária é o setor que representa a base da economia do Estado do Rio Grande do Sul.

O Brasil tem pouca participação no comercio internacional. Pela sua dimensão e potencial, deveria ter maior protagonismo no fluxo de mercadorias, exportando e importando mais. Porem sua participação é tímida, que segundo a Organização Mundial do Comercio-OMC, o Brasil participa apenas com 1,16%, com valor de US$ 240 bilhões exportados, ocupando a vigésima sétima posição mundial nas exportações. Dentre os produtos exportados, cinco tem origem da agropecuária: soja em grão, carne de frango, farelo de soja, carne bovina e grão de café, cabendo destacar que evoluímos bastante, pois no início do século XX, 70% das exportações brasileiras eram apenas de café. O protagonismo do café cedeu ao crescimento de outros produtos agrícolas: soja, carnes e celulose, o que nos tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas, perdendo para os Estados Unidos e União Europeia. No cômputo geral ainda estamos engatinhando no mercado global, pois concentramos nossas vendas em produtos de baixa tecnologia ( commodities agrícolas e minerais),e com baixo valor agregado. As causas são diversas a enfrentar para termos maior participação neste mercado , começa pelas barreiras tarifárias e não tarifárias impostas pelos nossos parceiros, além do elevado custo Brasil, baixa eficiência da nossa mão de obra, excesso de burocracia, alta carga de impostos, infraestrutura deficiente, além da falta de foco na agregação de valor e a falta de agressividade nas negociações. Nosso Presidente está empenhado em abrir novos mercados e fortalecer os existentes, vamos aguardar esperançosos que esta iniciativa resulte em avanço positivo para o comercio bilateral com o Brasil.


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Safra 2019 registra a maior população de pulgões da década

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e acordo com dados da Rede de Monitoramento de Pragas e Cerais de Inverno, que reúne diversas instituições de pesquisa em trigo no Brasil, a safra 2019 de trigo foi a que mais registrou a população de pulgões nos últimos 10 anos. Temperaturas acima da média e tempo seco favoreceram o aumento do pulgão, que é um transmissor de vírus nos cereais de inverno, como trigo, aveia e cevada. O pesquisador da Embrapa Trigo, entidade que faz parte desta rede, Douglas Lau, explica que o pulgão se alimenta do sistema vascular da planta e que, por consequência, afeta a formação da planta como um todo. Quanto mais cedo ocorrer a infecção, mais partes da planta são afetadas. “Nas fases iniciais, pode se ter redução do sistema radicular da planta, redução da estatura da planta, a degeneração do sistema vascular, na fase final pode se ter grãos que não se formam de forma adequada, eles são normalmente de tamanho menor e enrugados. Afeta significativamente a produtividade como a qualidade do grão que vai ser formado”, diz. Para se evitar os pulgões, Lau argumenta que existem diversas ferramentas. A primeira utilizada na história foi o controle biológico. “Nos anos 1970 eram muito elevadas às populações e optou-se por voltas as regiões de

origem dos pulgões para se buscar os inimigos naturais, para ver se o sistema voltava a ter equilíbrio”, conta o pesquisador. A tentativa de trazer vespinhas, explica Douglas, deu certo e pode ser considerado o maior case de sucesso no mundo na redução dessas populações. Elas depositaram ovos nos pulgões e desses ovos larvas eram formadas. As larvas comiam o pulgão e o matavam. Na média das cultivares de trigo que existem atualmente no mercado, a perda de potencial produtivo pode chegar a 60%. Em outras menos tolerantes, Douglas menciona uma perda que beira os 80%. “Há, ainda, para se evitar, o manejo químico. Se tem um ano favorável e um material que tem potencial de perda muito grande, existem duas opções, o tratamento de sementes e a aplicação de inseticidas em parte área”, pontua. No tratamento de sementes, são utilizados fungicidas sistêmicos, que vão entrar na planta e que quando o pulgão se alimentar da planta, vai morrer. “Hoje se recomenda que quando 10% das plantas de uma lavoura têm pulgões se faça a aplicação de inseticida em parte área e isso tem que ser monitorado. O que temos procurado é monitoras as populações de pulgões para saber em que patamares elas estão e que quando elas atingem determinados patamares o adequado para fazer o manejo com inseticida”.

Fotos: Divulgação Embrapa

Maior incidência ocorreu por causa do clima quente e seco do inverno na região Sul. Perdas na lavoura de podem chegar a 60% dependendo da cultivar utilizada

Pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau


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O QUE FAZER DEPOIS QUE APARECEU O PULGÃO? “Pouco a se fazer”, responde Lau. “O ideal é monitorar a lavoura e já nos primeiros sinais fazer o manejo para proteger. Depois que se tem um número ‘x’ de plantas infectadas, não se tem muito que fazer”. No caso do vírus, salienta, a infecção é sistêmica, ou seja, em questão de horas vai produzir milhares de descendentes que vão infectar outras plantas. “Não temos nenhum ‘vericida’ para tratar isso, temos o fungicida que é para o fungo. Aquela planta infectada vai depender dos seus próprios mecanismos de defesa para a resistência. Se é uma planta muito suscetível ela vai apresentar os sintomas e na frente se verá as perdas de produtividade”, alerta. DIAGNÓSTICO Até chegar ao diagnóstico correto de pulgão, erros e confusões podem aparecer. Douglas ressalta que o sintoma de amarelecimento da planta pode ser confundido com uma deficiência nutricional. O tamanho reduzido da espiga com o efeito de geada. Não identificar no início é fator de preocupação, já que mais plantas da lavoura poderão ter seu potencial produtivo colocado em cheque.

altas. Nesse ano, a região 1, até em Santa Catarina e Paraná, chamou a atenção pela quantidade de pulgões capturados e pelo momento, elas começaram a aumentar já no início de agosto”. A ocorrência de pulgões pode ser explicada pela pouca chuva. “Por exemplo, em 2018 a chuva acumulada de junho a setembro em Passo Fundo foi de 734 mm; em 2019 a precipitação acumulada somou apenas 267 mm no mesmo período, bem abaixo da média histórica. O tempo seco, a temperatura média próxima a 14°C, com disponibilidade de plantas nas lavouras, formou um ambiente muito favorável para a reprodução e dispersão dos insetos”.

MAIOR INCIDÊNCIA O monitoramento foi retomado em 2008 e desde então apenas o ano de 2012 havia chamado a atenção. Em 2019, o cenário mudou. “Na região 1 do trigo,

que pega Passo Fundo e segue até Vacaria, tivemos vários relatos de populações de pulgões. Já na região 2, para os lados de Santa Rosa, que é uma região mais quente, as populações não foram tão

CONSEQUÊNCIAS Para o pesquisador, ainda não se tem uma noção clara sobre as consequências em longo prazo do pulgão. “A infecção em início de ciclo pode se refletir nas espigas de coloração alterada e alguns materiais ficam com danos que parece que foi causado por outras coisas, como o percevejo. Um sintoma característico é de uma espiga escurecida. Aqui na região se convencionou a chamar de espiga chocolate, que fica parecendo um chocolate mesmo, em um tom que não é normal e que se nota a presença do vírus e a interação com outros patógenos”, finaliza.

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A tecnologia que transforma as áreas rurais Fotos: Comunicação Coprel

Há quase 52 anos, homens e mulheres se uniram em prol de um sonho: iluminar a vida das famílias do campo e desenvolver a nossa região através do pioneiro projeto de eletrificação rural.

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oje, uma nova tecnologia chega ao interior. Algo totalmente novo, porém, mais uma vez tem a ver com a “luz”. É a tecnologia da fibra ótica, que transmite alta quantidade de dados por meio de sinais transformados em feixes luminosos, com auxílio de conversores integrados aos transmissores. A internet está chegando até as residências e empresas com a velocidade da luz, inclusive no interior. Isto é possível com o apoio de diversas entidades que se unem à Coprel Telecom para transformar a vida das pessoas com a tecnologia de fibra ótica da Triway. A falta de uma infraestrutura adequada de acesso à internet nas pequenas comunidades e zonas rurais dos municípios tem sido responsável por uma parcela importante do número de famílias, especialmente os jovens, que deixam o interior buscando melhores condições de vida nas cidades. A Coprel percebe essa demanda há vários anos, principalmente através das reuniões de líderes da cooperativa, que destacam a dificuldade para o jovem continuar na propriedade da família em locais onde não há acesso à internet. Para Juçara Hilgert, dona de casa, que reside em Santa Clara do Ingaí, no interior de Quinze de Novembro, a comunicação era uma das grandes dificuldades de residir no interior. “Antes eu saia buscar um sinal, porque sinal de telefone era só procurando. Eu já tinha WhatsApp, mas demorava bastante pra responder. Agora, com internet, fica mais fácil”. Desde o começo de 2018, a localidade de Alfredo Brenner, na área rural de Ibirubá, conta com a tecnologia da internet e telefonia via fibra ótica. Elias Maisner, juntamente com o pai Ireno e o

Alex D’agustin

Família Maisner

irmão Anderson possuem uma revenda de tratores usados na localidade. “Se nós não tivéssemos internet não teria nem como tocar a firma, pois precisamos para o site, de nota fiscal, dentre outros serviços. Com a fibra ótica, mudou muito, melhorou bastante”. Os jovens participam do planejamento, buscam conhecimento e acessam as novas tecnologias. Além disso, a comunicação e lazer também estão presentes. Como é o caso de Alex D’agustin, da comunidade de São Brás, na zona rural de Marau. Um exemplo de como a internet pode gerar ainda mais renda e ampliar os negócios da família. “A gente sabe que a última tecnologia é a fibra ótica. Então a gente parte para isso buscando a inovação, buscando melhorar. Nós sabemos que a internet hoje não é uma necessidade, é primordial todos nós termos. Quem está conectado ao mundo está sempre buscando melhorar. Hoje já temos um aplicativo para o gado leiteiro que usamos muito e é via internet. A gente está sempre buscando informações, notícias voltadas a essas atividades. Então a internet é primordial”, destaca o jovem cooperante Alex D’agustin. Grandes projetos são viáveis através de importantes parcerias com a prefeitura e outras entidades, além dos próprios cooperantes que viabilizam financeiramente a infraestrutura. Os projetos de Internet via fibra ótica no interior de Ibirubá, Quinze de Novembro e Marau contaram com o apoio das prefeituras para que fosse possível levar a melhor tecnologia para o interior. Esta intercooperação foi premiada a

nível nacional, no Anuário TeleSintese de comunicação. Um dos eventos mais importantes do setor de telecomunicações de todo o Brasil. A tecnologia, que também leva telefonia para as áreas rurais, revolucionou os negócios da família Maisner. “O telefone da Coprel é um telefone que a gente não tem mais preocupação. Melhorou muito em todos os aspectos. Para nós que temos uma firma no interior e não ter mudado para a cidade, foi muito gratificante, uma impulsão para nós continuarmos aqui no interior. A comunicação hoje, para nós, é praticamente 100% via internet. Hoje o pessoal procura o maquinário no nosso site. A nossas vendas melhoraram muito depois que passamos a utilizar o site, mais de 100%”. As janelas para o futuro se abrem com acesso aos recursos de informática, tecnologia e comunicação. Como é o caso da dona de Casa Juçara Hilgert, que pode ter acesso à educação de dentro sua casa. Ficou muito bom, porque a gente consegue se comunicar, fazer pesquisas, ler, tudo através da internet. Eu gosto de pesquisar de tudo um pouco. Espero com o tempo fazer uma faculdade à distância, ir me aperfeiçoando. Eu agradeço muito a Coprel e a prefeitura por terem acreditado nesse projeto. A internet apresenta-se para essas famílias rurais como um investimento, que proporciona à propriedade as condições necessárias para acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento tecnológico, visto que muitos softwares de gestão da propriedade ou de equipamentos dependem da internet.

Mas não é suficiente oferecer a tecnologia sem garantir a qualidade, por isso, para chegar ao interior é preciso de uma estrutura robusta que integre os municípios com disponibilidade de banda no interior, com velocidade compatível com as necessidades de acesso à sites, aplicativos e outras tecnologias. Oferecer acesso à internet e telefonia de qualidade visando oferecer condições para que o jovem permaneça ou retorne à propriedade, com melhores condições de trabalho e de renda é o grande objetivo da oferta da tecnologia no interior. Velocidade e atendimento de verdade, são diferenciais da Triway/Coprel Telecom para que a internet proporcione o mesmo impulso ao desenvolvimento do campo, nos dias atuais, comparado à evolução proporcionada pela energia elétrica, há mais de 50 anos.

Juçara Hilgert


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ÔMEGA GREEN NO PARAGUAI

Bancos e empresas globais estão entre os fornecedores do complexo de combustíveis avançados planta de biocombustíveis avançados Ômega Green terá entre seus fornecedores empresas globais líderes nas áreas financeira, tecnológica e de engenharia. O empresário brasileiro Erasmo Carlos Battistella, presidente do Grupo ECB, anunciou nessa semana os nomes das empresas selecionadas em um evento que contou com a presença do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, autoridades do governo paraguaio, diplomatas estrangeiros, executivos de bancos e empresários de operadoras logísticas do país. Lançado em fevereiro deste ano, o projeto Ômega Green é o maior investimento privado no Paraguai e contempla a construção da primeira planta de biocombustíveis avançados do Hemisfério Sul. O complexo será localizado na cidade de Villeta, a 45 quilômetros de Assunção, num terreno adquirido pelo Grupo ECB. Nele serão produzidos diesel renovável ou HVO, sigla em inglês para óleo vegetal hidrodratado, e querosene de aviação renovável ou SPK, na em inglês, combustíveis que emitem menos gases de efeito estufa e que serão destinados à exportação para países signatários do Acordo de Paris, como Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia. Erasmo Battistella apresentou ao presidente Mario Abdo os avanços desde o começo do projeto, como o início das certificações internacionais para a comercialização dos biocombustíveis nos principais mercados consumidores e as reuniões já realizadas em 15 países desde fevereiro nesse sentido. “Nosso compromisso com o Paraguai e com o governo é que estamos vindo ao país não para competir, mas para construir juntos e agregar valor às matérias-primas produzidas aqui. O Ômega

Foto: Carlos Antonio López | Divulgação

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Em evento com a presença do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez e autoridades, o empresário Erasmo Carlos Battistella apresenta as empresas e profissionais responsáveis pelos projetos financeiro, tecnológico e de infraestrutura

Evento de apresentação ocorreu nesta semana e reuniu o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, autoridades do governo paraguaio, diplomatas estrangeiros, executivos de bancos e empresários de operadoras logísticas do país

Green vai exportar sua produção, trazendo benefícios econômicos, ambientais e sociais aos paraguaios”, afirmou o empresário. “Nos próximos meses, vamos trabalhar para garantir a venda de parte da produção de biocombustíveis por pelo menos cinco anos, avançar nos passos finais da estruturação financeira do investimento e concluir todos os detalhes técnicos de engenharia e tecnologia.” A ministra de Indústria e Comércio, Liz Cramer, destacou a importância de atrair ao Paraguai investimentos transformadores e alinhados com as tendências mundiais de sustentabilidade, como o Projeto Ômega Green. “Hoje é um dia importante para dimensionar que uma das missões atribuídas a nós pelo presidente da República era atrair investimentos de alto impacto, e isso está sendo cumprindo já neste primeiro ano de governo”, disse a ministra. “Seguimos

trabalhando juntos para consolidar este grande sonho que já é uma realidade.” EMPRESAS EUROPEIAS E NORTE -AMERICANAS A estruturação financeira ficará a cargo dos bancos Barclays e UBS, escolhidos por suas amplas presenças internacionais e extensa experiência no financiamento de grandes projetos multinacionais. Executivos das duas instituições – Marco de Carvalho, CEO do Barclays no Brasil e Head de M&A LatAm, e Enrique Vivot, Head de Cone Sul no UBS, participaram do evento realizado hoje pelo ECB Group no Paraguai. Com investimento total de US$ 800 milhões, o complexo deve acrescentar estimados US$ 8 bilhões no produto interno bruto (PIB) do Paraguai, em 10 anos. Entre os fornecedores selecionados está também a Honeywell UOP, detentora da tecnolo-

gía de refino de combustíveis renováveis UOP Renewable Jet Fuel Process™, e a Crown Iron Works, empresa americana de tecnologia de produção de biocombustíveis avançados a partir do processamento de gorduras vegetais e gorduras animais não comestíveis. José Fernandes, vice-presidente da Honeywell responsável pela América Latina, e Marcos Felipe, gerente da Crown Brasil, representaram suas respectivas companhias. O processo UOP para produção de querosene de aviação renovável (UOP Renewable Jet Fuel Process) foi originalmente desenvolvido para produzir o Honeywell Green Jet Fuel™ para o exército americano. Ele é uma extensão do processo Ecofining™, desenvolvido pela Honeywell em parceria com Eni SpA, que converte gorduras naturais não comestíveis, gorduras animais e outras matérias primas em Honeywell Green Diesel™, quimicamente idêntico ao diesel fóssil. O Honeywell Green Diesel™ proporciona melhor rendimento que o biodiesel comercial e o diesel derivado de petróleo e pode ser usado em veículos em diversas misturas e sem necessidade de modificações no motor. SOBRE O GRUPO ECB Fundado em 2011, pelo empresário Erasmo Carlos Battistella, o ECB Grupo é uma holding com investimentos e participações estratégicas em empresas de agroenergia, atuando em toda a cadeia em áreas como produção de biodiesel, máquinas agrícolas e geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis. O portfólio de investimentos inclui participação em empresas como BSBIOS, R.P. BIO SWITZERLAND SA, ECB GROUP PARAGUAY e ECB GROUP BRASIL.


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HABITAÇÃO RURAL

Demanda do Sindicato por crédito está disponível para pronafianos

Gerente do Banco do Brasil de Carazinho Leonardo Blum da Silva e presidente do STR, Elio Bernardi, detalharam a linha de crédito

O

s agricultores de Carazinho e municípios da região, em especial os pequenos produtores rurais, poderão acessar crédito para habitação rural via Pronaf. A possibilidade está disponível no Banco do Brasil. Os valores podem ser utilizados para construção de uma moradia ou reforma de alguma já existente.

Conforme o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Carazinho, Elio Bernardi, em entrevista a Rádio Diário AM 780, a linha de crédito era uma demanda antiga do sindicato. “Nós tínhamos disponíveis recursos para reformas de galpões, estábulos, para maquinário, animais, mas não havia a disponibilização de crédito para

FEBRE AFTOSA

Campanha de vacinação termina amanhã

Na região de Passo Fundo, 36% dos pecuaristas já comprovaram a vacina no rebanho

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul termina neste sábado (30). Bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses devem ser imunizados. De acordo com dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), 4,3 milhões de animais em 240 mil propriedades recebem a vacina. Segundo a médica veterinária da Inspetoria Veterinária da Regional de Passo Fundo, Ana Paula Burin, das 9578 propriedades

envolvidas na campanha, destas 36% já comprovaram a vacinação. As vacinas podem ser adquiridas em uma das 600 casas agropecuárias credenciadas na Secretaria para a comercialização deste produto. Após imunizar o rebanho, o produtor terá até o dia 6 de dezembro para comprovar a vacinação junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária local e apresentar a classificação do rebanho por sexo e idade, e a nota fiscal de compra das doses aplicadas.

a moradia. Mas, agora conseguimos atender esse pleito do STR e também dos pequenos agricultores que poderão financiar a construção ou a reforma da sua casa”, destaca Bernardi. Para acessar a linha de crédito especial, os produtores precisam estar aptos ao Pronaf e encaminhar um projeto via parceiros do Banco do Brasil, como Emater-RS/Ascar e Cotrijal, como explica o Gerente-Geral do Banco do Brasil de Carazinho, Leonardo Blum da Silva, também em entrevista à Diário AM 780. “O financiamento habitacional na zona rural já era uma demanda antiga. Em outras ocasiões foram disponibilizadas algumas linhas, mas elas eram um tanto burocráticas. Mas agora, o Pronaf Mais Alimentos veio para facilitar. Ela é de fácil acesso. Basta ter a carta de aptidão ao Pronaf e encaminhar um projeto via parceiros, como Emater-RS/Ascar, Cotrijal, entre outros, para o banco que será possível acessar o crédito”, detalha o gerente. Financiamento de até R$ 50 mil O financiamento dos recursos para obras de melhorias em residências possibilitam acessar valores para construir, reformar, adequar a estrutura, ampliar, pintar e demais ações em imóveis usados como moradia. Conforme o gerente

do Banco do Brasil, a linha de crédito permite financiar até R$ 50 mil com juros de 4,6% ao ano e prazo de até 10 anos para quitar o valor. “Os projetos necessários para o financiamento são bem simplificados. Eles podem ser efetuados pelos próprios assistentes técnicos que atendem o produtor. Então, além da simplificação, essa linha de crédito conta com as mesmas condições do Mais Alimentos, que era destinado para máquinas, galpões e animais, e agora também é destinado para moradias”, informa Silva. Conforme o gerente do Banco do Brasil, a agência carazinhense da instituição financeira possui um valor de R$ 400 mil destinados para financiar moradias da zona rural. “Se registrarmos uma grande demanda, podemos aumentar esse montante disponibilizado para a linha de crédito para mais de R$ 1 milhão”, relata Leonardo Blum da Silva. A liberação dos valores acontecerá até o fim deste ano e as primeiras famílias já estão sendo selecionadas pelo Banco do Brasil para acessarem o crédito. “Para as famílias interessadas basta procurar um agrônomo ou técnico da Cotrijal ou da Emater-RS/ Ascar, que eles já estão com os modelos de projetos e irão auxiliar os produtores nas obras”, detalha Bernardi.

Foto: Divulgação

Foto: Nathan Schultz | Diário

Agência do Banco do Brasil em Carazinho tem mais de R$ 1 milhão disponível para financiamentos de construções e reformas com juros de 4,6% ao ano


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