EXPODIRETO 2020

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, QUINTA-FEIRA, 05 DE MARÇO DE 2020

CADERNO ESPECIAL

Terceiro dia de feira registra mais de 70 mil visitantes Somados os três dias, público chegou a 143.500 pessoas no Parque

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Foto Divulgação | Cotrijal

terceiro dia da 21ª Expodireto Cotrijal registrou a participação de 70 mil visitantes no Parque, em Não-Me-Toque, segundo a organização da feira. Na soma dos três primeiros dias, a Expodireto já recebeu 143.500 pessoas, o que, conforme o vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schroeder, é considerado “excelente”. Nessa quarta-feira (4), o destaque da programação ficou com o 16° Fórum Estadual do Leite, que debateu questões ligadas à tecnologia na produção leiteira. Pela tarde da tarde, o Fórum do Trigo expôs a importância do cereal de inverno para as lavouras gaúchas. Os números dos negócios, ainda de acordo com a Cotrijal, não foram divulgados, mas a expectativa é otimista. A partir de hoje (5), a movimentação deve se intensificar nas instituições financeiras e estandes de maquinários. A programação da quinta-feira será marcada pelo 13º Fórum Florestal do RS, no auditório central, a partir das 09h.

Comercialização

AGROINDÚSTRIA

Setor de veículos estima aumento de até 25% nas vendas

Mais de 200 produtores apresentam a riqueza da agricultura familiar

Nos primeiros dias da feira, expositores já registram elevação na comercialização de veículos. Condições especiais de preços e pagamentos são principais apostas para atrair clientes. | Pág. 5

Pavilhão na Expodireto Cotrijal reúne agroindústrias de 129 municípios gaúchos é uma oportunidade de aumento nos negócios e visibilidade. | Pág. 7


DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, QUINTA-FEIRA, 05 DE MARÇO DE 2020

agenda BADESUL, A GENTE DÁ VALOR PARA O AGRONEGÓCIO!

Ionara Lenz de Paula Foto Alexsandro Wiroski | Diário

19 anos - Victor Graeff/RS

RECONHECIMENTO Foto Divulgação | Cotrijal

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Programação para o 4º Dia de Feira

09:00 - 12:00 – 13º Fórum Florestal do RS no Auditório Central 09:00 - 18:00 – Programação da Área Internacional no Pavilhão Internacional 10:00 - 11:00 –Arena Agrodigital: Palestra: A tecnologia espacial focada no agronegócio Palestrante: Fábio Teixeira – CEO e fundador da Hypercubes 10:00 – 12:00 – Lançamento do Dia C, na Casa do Sistema Ocergs-Sescoop-RS 10:30 - 15:30 – Programação Espaço da Natureza Cotrijal no Espaço da Natureza Cotrijal 14:00 - 17:00 – Painel: Integração LavouraPecuária - O que o produtor tem a dizer no Auditório da Produção 14:00 - 16:30 – Fórum Soja Brasil no Auditório Central

Painel Rádio Diário AM 780

11h às 12h30 – Visão agronômica sobre o comportamento de clima e condução de solo Convidados: Cotrijal, UPF, Embrapa, Emater e Aprosoja RS

“Esse é o nosso reconhecimento pelo que vocês têm feito, ajudando para que a feira tivesse essa mobilização e que fosse realmente um orgulho para todos os gaúchos e brasileiros. Alegria pelo nosso calendário ter esse momento, para confraternizarmos, mas o principal objetivo é agradecer”. A manifestação do presidente da Cotrijal, Nei César Manica, durante o tradicional Café da Manhã com a Imprensa, demonstrou o reconhecimento da direção da cooperativa ao trabalho dos jornalistas na feira. Os profissionais foram recebidos, na manhã de ontem na Casa da Família Cotrijal. O vice-presidente da cooperativa, Enio Schroeder, destacou que o café da manhã é uma tradição que cresce a cada ano. Nesta edição, segundo ele, a feira está recebendo cerca de 500 profissionais de imprensa durante os cinco dias de feira. O reconhecimento do presidente também foi estendido aos patrocinadores da 21ª edição da Expodireto/Cotrijal: Banco do Brasil, Bradesco, Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Banrisul, Syngenta, Intacta 2 Extend e Yara.

A jovem Ionara Lenz de Paula é um exemplo de sucessão no agro que começa desde cedo. Filha de agricultores, Ionara concluiu recentemente o ensino médio e planeja permanecer na propriedade para seguir no setor rural. Para auxiliar nessa decisão, a jovem participa há vários anos da Expodireto em busca de atualização. “Meus pais sempre me motivaram, então, por minha parte pretendo seguir no meio rural e estar na Expodireto é muito importante, porque a cada ano você encontra uma tecnologia diferente em diversas áreas, desde maquinário até a animais. Além disso, há o Fórum do Jovem Cooperativista, onde sempre tem palestrantes que abordam pontos importantes que você pode aplicar no campo”, destaca Ionara.

Fotos Gabriel Loss | Diário

AS VISITAS À CASA DIÁRIO

Reitora da UPF, Bernadete Dalmolin, acompanhada dos vicereitores Cristiano Cervi e Antonio Thomé e das coordernadoras do marketing da Universidade, Daniela Jardim e Valdirene Salvador

Vice-reitor de Extensão de Assuntos Comunitários da UPF Rogerio da Silva e professor Rodrigo Luz, coordenador da Escola de Extensão

Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PresidenteS-EméritoS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003) Presidente: Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente: Ilânia Pretto Martins Pinto DIRETOR EXECUTIVO: Túlio Pretto Martins Pinto

Diretora Comercial: Eliane Maria De Bortoli CADERNO ESPECIAL Editora: Nadja Hartmann | Diagramação: Henrique Peter

rEPORTAGENS: Adriano Dal Chiavon, Ana Cláudia Capellari, e Matheus Moraes. www.diariodamanha.com

Debate sobre juros selic com os convidados: SR Carazinho, Fetag, Farsul, Sicredi e Secretário de Agricultura, Covatti Filho.

A Escola do Chimarrão presenteou a redação do Diário da Manhã com um mate personalizado nessa quarta-feira (4). A Escola atende todos os visitantes na Casa da Cotrijal.


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Instituições bancárias prospectam o dobro de resultados Fotos: Matheus Moraes | Diário

Com linhas de financiamento próprias, bancos buscam oferecer boas condições de crédito para os produtores garantirem investimentos na Expodireto Cotrijal

Superintendente executivo de Unidade de Expansão do Agronegócio do Banrisul, Odir Zalamena, e diretor comercial de distribuição e varejo do Banrisul, Fernando Postal

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uem busca fazer negócios na Expodireto Cotrijal conta também com o auxílio das instituições bancárias, parceiras de longa data dos produtores rurais para aquisição de insumos, maquinários, equipamentos, entre diversos investimentos no mundo do agro. Para este ano, as instituições visam melhorar ainda mais os números dos anos anteriores. Investimentos em irrigação

O Badesul, agência de fomento do Estado, estima uma prospecção em torno de R$ 300 milhões na Expodireto Cotrijal, uma marca superior ao ano passado, quando foram captados R$ 162,9 milhões com 140 projetos. Neste ano, em razão da estiagem, a procura pela comunidade tem sido por projetos voltados a irrigação. Financiamentos direcionados à aquisição de colheitadeiras, tratores, implementos agrícolas, equipamentos de irrigação, açudes, correção de solos, armazenagem, energia fotovoltaica e para tantos outros fins também são oferecidos para modernização do setor primário gaúcho. De acordo com o superintendente comercial do Badesul, César Cardozo, o movimento tem sido positivo. Para a feira, o Badesul separou R$ 100 milhões de capital próprio para colocar à disposição dos produtores rurais. “Temos recebidos bastante produtores com

uma procura forte pela irrigação. Temos grande procura por máquinas, equipamentos, além de correção de sola, armazenagem também. A nossa expectativa é dobrar em prospecção do ano passado”, destaca. Pequeno e médio produtor

Protagonista no fortalecimento do agronegócio gaúcho, o Banrisul iniciou a preparação para a feira ainda em janeiro, com visitação aos produtores e aproximação com os clientes. “Nós acreditamos que a feira é onde vamos expor, concretizar negócios, ganhar visibilidade de marca. Mas a feira começa muito antes para nós”, pontua o diretor comercial de distribuição e varejo do Banrisul, Fernando Postal. O objetivo é dobrar o volume de negócios em relação ao ano passado. “Queremos oferecer linhas de crédito, assessoria, para que o nosso produtor, o dono de empresa que vende máquina, insumo, possa ser atendido. Nós queremos abraçar todas as camadas do agronegócio”, completa. Um diferencial do Banrisul é o financiamento de recursos próprios para atender o pequeno e médio produtor. “O banco trabalha com duas fontes de recursos, os próprios e o de repasses do BNDES. O banco alocou recursos para atender nas mesmas condições do BNDES para esses dois públicos. É uma característica

Superintendente comercial do Badesul, César Cardozo

que temos e que atendemos aqui na feira”, esclarece o superintendente executivo de Unidade de Expansão do Agronegócio, Odir Zalamena. Os financiamentos para clientes com limites de crédito pré-aprovado podem ser contratados no mesmo dia durante a feira. Outra instituição bancária que oferece recursos para financiamento é o Sicredi. Neste ano, a cooperativa disponibiliza R$ 220 milhões para o público. Novas linhas De acordo com o diretor executivo do Sicredi Coope-

Diretor executivo do Sicredi Cooperação RS/SC, Nélio Heller

ração RS/SC, Nélio Heller, a feira é a grande oportunidade de negócios. Por isso, o Sicredi oferece alternativas aos produtores para linhas de energia renovável, além de linha de veículos e demais segmentos da feira além da agricultura. “O Sicredi está aqui para atender todos associados, seja na agricultura familiar, empresarial, ou de outros nichos de negócios”, afirma. Quanto às linhas de crédito, Heller relatou que o Sicredi analisa todo o contexto da taxa de juros para oferecer as melhores opções aos agricultores. “Como

sempre, enquanto repassador do BNDES, temos todas as linhas de repasse do BNDES, além de ter linhas de recurso próprio para o produtor rural para aquisição de máquinas, equipamentos. A gente observa o contexto da Selic, buscamos uma opção boa para os produtores”, ressalta. Em 2019, o Sicredi protocolou 1.006 pedidos de financiamentos, que totalizaram mais de R$ 190 milhões, com ticket médio de cerca de R$ 190.000 por pedido. As linhas destinadas à agricultura familiar foram as mais procuradas, com 61% do total de pedidos.


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Fórum do trigo ressalta importância da cultura para as propriedades

16ª edição do evento seguiu a tendência de exaltar e incentivar o meio tecnológico para alavancar a cadeia produtiva do leite Foto: Divulgação Cotrijal

Foto: Divulgação Stara

Palestrantes presentes no evento apresentaram números que mostram resultados positivos obtidos ao longo de 25 anos em lavouras onde produtores optaram pela cultura

Inovação na produção leiteira é foco de Fórum na Expodireto

Presidente da Cotrijal, Nei César Manica, presidente da CCGL, Caio César Vianna e o vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schroeder

Nesta edição do Fórum do Trigo, realizado durante a 21ª Expodireto Cotrijal, o foco das palestras foi a apresentação de dados que comprovam a importância do trigo para as propriedades rurais. O evento ocorrido na tarde desta quarta-feira (04) contou com três painéis abordando os aspectos econômicos, financeiros e agronômicos da cultura e suas vantagens para as propriedades e agricultores. Na fala sobre economia rural conduzida pelo pesquisador Claudio Knapp Junior, da Fundação ABC, foram apresentados os resultados obtidos em lavouras de trigo monitoradas por um período de 25 anos no norte do Paraná e sul de São Paulo. O estudo buscou analisar se o trigo é, verdadeiramente, uma cultura que não gera resultados financeiros para os produtores, como costumeiramente é citado pelos agricultores. Conforme o palestrante, os resultados colhidos ao longo da pesquisa mostram que, diferente do senso comum, a cultura do trigo apresentou resultados positivos. “Apesar de observarmos um aumento do custo de

produção de 1995 a 2020 de 582%, ante um aumento de preço pago ao produtor de apenas 420% nesse mesmo período, se o produtor não tivesse utilizado o trigo como cultura de inverno e preferido outra cobertura vegetal, ele teria registrado um resultado negativo de aproximadamente R$ 6 mil por hectare nesses 25 anos. Mas, ao utilizar o trigo, nessas 25 safras os produtores analisados tiveram um resultado positivo no fluxo de caixa nas lavouras de aproximadamente R$ 8 mil”, detalha Knapp Junior. Além disso, no período da pesquisa, na grande maioria das safras os produtores ganharam dinheiro com a cultura, mesmo que em apenas sete deles o preço pago ao agricultor foi maior do que o custo de produção. “Há um fenômeno comportamental que mostra que resultados negativos ficam ‘martelando’ mais na cabeça do produtor. Mas, quando a safra teve, de fato, resultado positivo, o dinheiro acabou entrando no bolo geral da propriedade e se perdeu. Isso ajuda a explicar o senso comum de que o trigo não é lucrativo”, afirma o pesquisador.

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Foto Ana Cláudia Capellari | Diário

Palestrante Claudio Knapp Junior mostrou que a maioria das safras de trigo foi lucrativa no período de 25 anos quando foi feita pesquisa para analisar resultados da cultura

m um auditório lotado, produtores, pesquisadores e lideranças do agronegócio assistiram o 16º Fórum Estadual do Leite, que ocorreu na quarta-feira (4). O evento é uma promoção da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL) e Cotrijal. Nesta edição – e assim como em toda a programação da 21º Expodireto – o foco foi direcionado para as inovações na produção leiteira. Conforme o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, o Fórum Estadual do Leite é uma das mais ricas programações da feira e que proporciona a toda a cadeia produtiva debates e conhecimentos técnicos. “Não podemos perder a oportunidade de debater um importante setor. Lutamos pela renda do produtor, já que a produção leiteira é uma das que mais gera emprego”, disse. Já o presidente da CCGL, Caio César Vianna pontou que é necessário enxergar como algo integrado ao restante da propriedade de um agricultor, e não de forma isolada; Salientou, também, que todos os elos da cadeia produtiva leiteira são feitos “com muitas mãos” e que em breve a região Sul do Brasil será um importante fornecedor de leite para o mundo. Ainda antes da primeira palestra, que tratou sobre a utilização das tecnologias na atividade leiteira e a pecuária 4.0, o gerente de produção animal da Cotrijal,

Professor da Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, Dr. João H. C. Costa, durante palestra no Fórum

Renne Granato, ressaltou que a cadeia produtiva do leite é “complexa”, mas que acredita que com o uso das tecnologias “os produtores terão mais ganhos dentro da porteira”. O primeiro palestrante do evento, o professor da Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, Dr. João H. C. Costa, destacou para os participantes que toda a tecnologia já conhecida veio para facilitar o bom produtor rural, que utiliza técnicas de manejo adequadas para o rebanho. No entanto, pontuou que, de nada serve as tecnologias se o pecuarista não souber utilizar para gerar lucros. “Na indústria leiteira, os dados são fundamentais e já começam quando o caminhão de leite sai com o leite da propriedade. Temos diversos desafios e a falta de dados atrapalha”. Nesse sentido, o professor ainda argumentou que a pecuária 4.0 ou de precisão é composta pelo foco na prevenção e no manejo individual, a utilização racional das informações e os dados matemáticos para medir as diversas variáveis da produção. O 16º Fórum Estadual do Leite ainda contou com outras duas palestras: uma sobre sistemas de ordenha robotizada base pasto e outra sobre como o modelo de gestão ‘Agro+Lean’ pode auxiliar o produtor rural. IDEIAS FOR MILK Ligado às questões centrais do Fórum está o Ideas For Milk, desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite, de Minas Gerais. Criado há quatro anos com o objetivo de incentivar e estimular o desenvolvimento digital da cadeia produtiva do leite, o Ideas for Milk é, hoje, um dos principais palcos para starups do setor. Segundo a supervisora do Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Gado de Leite, Carolina Pereira, um dos pilares do projeto é o desafio entre as startups. “Estamos aqui na Expodireto com as cinco finalistas do desafio em 2018 e em 2019. Quando começamos com o Ideas, o leite 4.0 ainda era algo distante e hoje já é realidade”. Uma dessas startups presente é a a Z2S, do engenheiro eletricista Elias Sgarbossa, formado pela Universidade de Passo Fundo (UPF). O Diário contou a história de Elias e da Z2S em novembro, através do caderno Agrodiário.


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Setor de veículos comemora aumento de até 25% nas vendas

Nos primeiros dias da feira, expositores já registram elevação na comercialização de veículos. Condições especiais de preços e pagamentos são principais apostas para atrair clientes

Diferenciais para atrair o produtor O público que visita a feira é atraído por condições especiais e preços promocionais, como os que estão sendo propostos pela

Foto Adriano Dal Chiavon | Diário

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s expositores de veículos presentes na 21ª Expodireto Cotrijal registraram bons números de vendas nos primeiros dias da feira. Conforme o gerente da Car House, revendedora Toyota, Joel Ticz, a empresa registrou crescimento de 25% nos dois primeiros dias da exposição deste ano no comparativo com o mesmo período de 2018 e crescimento de 18% no comparativo com os dois primeiros dias da feira do ano passado. “Estamos com ofertas para o público que é produtor rural, que é o foco específico da feira. Estamos com o modelo da pick-up Hilux 2020 que vem com controle de estabilidade e de tração, que nas versões anteriores não vinham de fábrica, além de sete airbags. A movimentação está muito boa no estande e nossa expectativa é incrementar ainda mais as vendas, como é tradicional nos vários anos em que o Grupo Car House está presente nesta que é uma das maiores feiras do Estado” ressalta Ticz.

Salwipa revenda Volkswagen está com condições e formas de pagamento especiais

Salwipa, revenda Volkswagen. Para o gerente, Alencar Weber, a principal aposta é nos preços e nas formas de pagamento. “Estamos com as caminhonetes Saveiro a R$ 46.990 no preço promocional e os diversos modelos da Amarok, com valores que variam entre R$ 118 mil a R$ 180 mil. Ambos os veículos trazem ótimo custo benefício, segurança, motor potente e muitos outros diferen-

ciais. Ainda, temos condições de pagamentos com taxas especiais para pessoas físicas e jurídicas, opções de parcelas com vencimento de seis em seis meses, além da possibilidade de parcela anual e prestações que podem chegar até a 60 meses para você pagar. Por isso, venha até ao estande que uma equipe especializada da Volkswagen estará pronta para melhor atender”, convida Weber.

Car House, revenda Toyota, conta com ofertas diferenciadas e já registra aumento nas vendas nesta edição da feira

Joel Ticz, gerente da CarHouse, Toyota


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Foto: Divulgação Stara

Stara promove evento para valoriza a mulher no agro

Nadja Hartmann nadja@diariodamanha.com

Aumenta pressão do setor A falta de anúncios por parte do governo federal na segunda-feira, primeiro dia da feira, não foi bem digerido pelas lideranças do setor. Tanto que a palavra de ordem que passou a circular nas reuniões e debates foi o aumento da pressão junto às autoridades do setor. Diante de uma das piores estiagens dos últimos tempos no RS, o setor interpretou como uma grande insensibilidade dos governos, na esfera federal e estadual, vir até a feira e não apresentar nenhuma alternativa que possa amenizar os prejuízos... No amor ou na dor... ...Até mesmo o presidente da Cotrijal Nei César Manica, abandonou o tom diplomático ontem, e afirmou que se “o setor não é ouvido por amor, será ouvido pela dor...” Ou seja, a estratégia é aproveitar a movimentação da Expodireto e iniciar uma grande mobilização pela prorrogação das dívidas dos produtores gaúchos, a exemplo do que foi feito em 2005, ano da última grande seca no Estado. Uma reunião marcada para a próxima sexta-feira, quando deputados e senadores devem voltar a circular no Parque, deve marcar o início desta mobilização... Encontro de mulheres ocorreu no stand da Stara

O espaço reservado para as mulheres na Stara ficou lotado para a 1ª edição do evento “Lugar de Mulher é no Agro. Lugar de Mulher é na Stara”, realizado na quarta-feira (4). Produtoras de todo o Rio Grande do Sul se reuniram para debater a importância do agronegócio e o papel da mulher na divulgação do setor.A influenciadora digital e produtora rural Camila Telles foi a convidada

da Stara e apresentou para as mulheres argumentos para a valorização do setor agrícola, presente em todos os momentos, desde na alimentação, vestuário e combustíveis. O encontro é uma iniciativa da Stara, com o objetivo de fomentar a participação e a valorização da mulher no agronegócio. Hoje (5), outras duas edições devem acontecer e podem ser acompanhadas pelas redes sociais da Stara.

TELHA CERTA

sicredi

Ficou devendo... Aliás, não foi só a falta de anúncios para o setor por parte do governo federal, que ainda não foi bem digerido pelas lideranças, a ausência do presidente da República – nunca confirmada, mas mesmo assim, esperada e cogitada -, também causou certa frustração, em especial no presidente Nei Manica, que até poucos dias antes da feira, mantinha tratativas com o ministro Ônyx Lorenzoni para que o presidente Bolsonaro comparecesse na abertura. Em tom de desabafo, Manica chegou a dizer que até entendeu a ausência de Bolsonaro no ano passado em função da saúde ainda fragilizada do presidente, mas que esse ano, ele ficou “devendo” ao setor que o apoia quase de forma incondicional... Nova bandeira ...E é apostando nesse apoio quase que incondicional que as entidades, lideradas pela Farsul, devem ir à Brasília levar a reivindicação pela prorrogação das dívidas dos produtores. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini, apesar da redução de juros ainda ser uma bandeira importante, a prioridade agora passou ser a prorrogação das dívidas. Uma bandeira, aliás, que não pode ficar restrito ao agro, mas a todos os setores da economia gaúcha, que serão fortemente impactados pela descapitalização dos produtores, que não conseguirão pagar suas dívidas e muito menos, pensar em investimentos na próxima safra... Plano Safra Falando em próxima safra, representantes do Sistema Farsul e da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), estiveram reunidos para discutir propostas para o plano agrícola 2020/2021. O objetivo é, a partir das demandas identificadas, elaborar um documento que será entregue à Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, até o fim deste mês, com os pedidos e sugestões relativas à política agrícola do Governo Federal para o Plano Safra 2021. De acordo com o economista-chefe da Farsul e vice-presidente da Comissão de Política Agrícola da CNA, Antonio da Luz, entre os temas levantados estão a insuficiência de recursos, o seguro rural, o impacto dos juros pagos pelos produtores e sugestões para a melhor aplicação dos recursos públicos. Janela I Sabe-se que a feira, além de ser um palco político, também é um palco dos políticos tanto em nível federal, estadual, quanto municipal, com grande circulação – e muitas selfies – de prefeitos e vereadores, a maioria já em campanha eleitoral, quando deputados se transformam em cabos eleitorais de luxo dos candidatos...Aliás, falando em campanha, hoje é o dia D para muitos políticos já eleitos que irão concorrer em outubro. A partir desta quinta, está aberta a janela eleitoral, que permite a troca de partido sem a perda de mandato. Do legislativo de Não-Me-Toque, já está praticamente certa a revoada de pelo menos dois vereadores, do atual presidente Everaldo Quadros de Meira, até hoje do PDT, e da ex-presidente, vereadora Marina Trennephol Crestani, que deixa o PP. Ambos devem fazer parte da nominata de candidato do Dem, que já tem pré-candidato à Prefeito definido no município, o empresário Gilson Trennephol. Hoje, a Câmara de Não-Me-Toque recebe a imprensa para uma coletiva no estande instalado no Parque... Janela II Já em Carazinho, a abertura da janela partidária deve oficializar a saída dos vereadores Estevão De Loreno e Tenente Costa, do PP, que provavelmente devem fazer parte da nominata do MDB em outubro. Mas as movimentações não devem parar por aí… Afinal, hoje é só o primeiro dia...


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Palestras simultâneas são destaque na Arena Agrodigital Fotos: Matheus Moraes | Diário

Palco subdividido em até quatro auditórios permite realização de palestras ao mesmo tempo para cada público por meio da frequência do rádio e do fone de ouvido

Inovação: palestras são assistidas com som via fone de ouvido

Espaço de 320 lugares pode ser subdividido em quatro auditórios com 80 lugares

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principal destaque da 21ª Expodireto Cotrijal, a Arena Agrodigital é o local em que reúne conhecimento, tecnologia e interatividade. Logo ao ingressar no espaço, os visitantes podem perceber o palco principal, que se subdivide em até quatro auditórios para palestras. Apenas nesta edição, serão 70 palestras realizadas, além de quatro aulas magnas. Mas para que todas as palestras sejam realizadas – muitas simultaneamente -, é necessário todo o suporte de tecnologia. No horário em que quatro palestras são realizadas ao mesmo tempo, por exem-

plo, o visitante inscrito em cada palestra ingressa num espaço destinado para 80 pessoas com um fone e um rádio. As monitoras de cada espaço sintonizam na frequência, e o público pode acompanhar a fala do palestrante pelo fone de ouvido, sem que os outros visitantes precisem escutar. O método, conhecido como “Arena silenciosa”, permite que cada público ouça o seu palestrante e acompanhe no telão próprio de cada espaço de 80 lugares. Em casos de palestras magnas – nesta edição serão 4 -, o auditório funciona como um todo, para 320 pessoas, e o público que

circula pela Arena consegue acompanhar o conteúdo por meio das caixas de som ambiente. Em caso de estudantes que queiram certificado, é necessário realizar o cadastro na palestra via aplicativo da Arena Agrodigital. Assim, ao tentar ingressar no espaço da palestra, ele deverá que a monitora faça a leitura do QR Code de cadastro da palestra no smartphone para liberação da entrada. Posteriormente, o estudante receberá o certificado para utilização de horas complementares. Espaço de conhecimento A Arena possui o mote da integração,

num local onde todos podem se enxergar sem barreiras. Aliado a isso, a Cotrijal planejou o espaço para que clientes possam realizar palestras privadas e abertas. “Como vendemos os estande sdo agro com a possibilidade de dar palestra, temos a opção de 4 espaços para 80 pessoas. Hoje não se consegue assistir 70 palestras em um único local, além de que, para palestras, geralmente 80 lugares já são o suficiente. Esse é um grande atrativo. A tendência é que no ano que vem a transformação digital seja toda por aqui”, explica o coordenador da Arena Agrodigital, Luiz Felipe Lopes.

Mais de 200 produtores apresentam a diversidade da agricultura familiar Pavilhão na Expodireto Cotrijal reúne agroindústrias de 129 municípios gaúchos é uma oportunidade de aumento nos negócios e visibilidade

Proprietário de uma vinícola, Antonio Carlos está pela primeira vez na Expodireto

conferir os produtos de expositores de 129 municípios gaúchos. Do total de empresas deste ano, 157 são agroindústrias e 69 de flores e artesanatos. Um desses empreendimentos é o de Antonio Carlos Ferreira Junior, de Braga, no interior do Estado. Antonio é proprietário da Vinícola Cantina Santa Fé e está no Pavilhão da Expodireto pela primeira vez. “A feira é de renome internacional e sabemos que é um bom mercado para fazer negócio, alavancar as vendas. Além de vender, podemos conhecer pessoas novas, conversar e mostrar os nossos produtos”, diz. Ele vende sucos de uva integral, vinhos tinto e branco. Antonio conta que foi estimulado a estar na Expodireto pela Fetag/ RS, Emater-RS/Ascar e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-Sul) O espaço é coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

(Seapdr) e conta com a parceria das três entidades citadas anteriormente e a Cotrijal. Em 2019, o Pavilhão superou a marca de R$ 1,05 milhão em vendas. Nas vendas, Antonio diz que a intenção é superar a meta estabelecida. “Os sucos de uva estão saindo muito bem”. “É MARAVILHOSO ESTAR AQUI” A proprietária da Cervo Agroindústria, Tânia Maria Cervo, se desloca de Faxinal do Soturno, município próximo de Santa Maria, para a Expodireto há quatro anos. Com bolachas, biscoitos, bolachas, pães e cucas italianas, Tânia diz que a feira é uma “vitrine muito grande”. “A aceitação dos nossos produtos é muito boa, as pessoas nos mandam mensagem durante o ano e perguntam quando vamos voltar”, comenta. Sobre as vendas, Tânia afirma que sentiu um pouco a redução, mas nada que afetasse o

seu negócio. “É a questão da estiagem, entendemos isso, aqui é uma região agrícola, mas está tudo muito bom”, completa. “TEMOS A ESPERANÇA QUE VAMOS SUPERAR” Para o assessor de política agrícola e agroindústria Sul Fetag-RS, Jocimar Rabaioli, em termos de vendas, em relação ao primeiro dia da 20ª edição, há uma “pequena redução”. “Temos a esperança de

que vamos conseguir superar o número da edição passada”, pontua. Entretanto, Rabaioli argumenta que o objetivo do espaço não é somente o faturamento. “É sobre estar aqui em uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina, o que mostra a pujança da feira, que alia negócios a agricultura familiar, com a diversidade de produtos”. Ele considera que a variedade de produtos é o que faz o sucesso do espaço, já consideFotos Ana Cláudia Capellari | Diário

Sucos, geleias, queijos, salames e até vinhos e espumantes: a diversidade de produtos do Pavilhão da Agricultura Familiar da Expodireto Cotrijal fascina aqueles que visitam o espaço. Nesta edição da Expodireto Cotrijal, o número de empreendimentos passou de 186 para 226, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Até a sexta-feira (6), o público pode

Tânia e Elaine Cervo Cervi participam do Pavilhão há quatro anos e contam que é “maravilhoso” estar na feira


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Mais interesse pela vida no campo erspectivas positivas para o setor do agronegócio, mas que foram impactadas em razão da estiagem que afeta a região neste ano é o que os jovens presentes na Expodireto Cotrijal destacam. A presença da juventude do agronegócio sempre é um foco importante da feira. Nesse cenário, inclusive, o Grupo Diário da Manhã contribui com o tema promovendo o Fórum do Jovem Cooperativista em parceria com a Cotrijal e apoio da UPF. Neste ano, o evento chega a sua 9ª edição e acontece na manhã desta sexta-feira (06). Entre os jovens presentes na feira contatados pela equipe de reportagem do Diário, apesar da preocupação com a estiagem, a maioria é unânime em citar a importância da exposição para a tão importante atualização no campo e a tendência de permanecer no meio rural. Entre os que irão efetuar a sucessão rural no campo, está o jovem de 22 anos Willian Doneda, morador de Nicolau Vergueiro. “Minha intenção é não sair da agricultura, tenho como foco permanecer no agronegócio, porque é uma área que gosto muito e não trocaria por nenhuma outra”, fala otimista Doneda. Quem também possui planos para dar sequência ao trabalho iniciado pelos pais é Andrei Gheno, de 19 anos, de São Valentim do Sul. Gheno também cita a busca por novas tecnologias, principal objetivo

porque o tempo não está muito favorável, então, vamos adiar o investimento e esperar para ver o que acontece”, comenta Ismael Heckler, de 14 anos, que reside em Nicolau Vergueiro e trabalha junto com a família no setor agrícola.

Foto Adriano Dal Chiavon | Diário

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Jovens que visitam a Expodireto estão em busca de conhecimento e de atualização tecnológica para auxiliar “a tocar” a propriedade da família

Apesar da estiagem, jovens presentes na feira estão em busca de tecnologias para se atualizarem

para sua presença na feira. “Trabalho e moro com meus pais e desde sempre sobrevivemos da agricultura. Por conta disso, a gente sempre busca conhecer as novas tecnologias e a Expodireto é importante para isso. Inclusive, nós até fechamos muitos negócios na feira porque sempre encontramos bons preços e melhores formas de pagamen-

to”, relata o jovem. Apesar das expectativas positivas, a estiagem que castiga o Rio Grande do Sul está impactando os planos de investimentos de boa parte dos produtores rurais. “Rotineiramente a gente quase sempre adquire algum produto na feira, porém, neste ano a busca na exposição é mais por conhecer as novas tecnologias,

Experiência que deu certo Um caso de sucessão rural que deu certo e já mostra frutos é o da família Reisdörf, de Almirante Tamandaré do Sul, onde os dois filhos de Luiz Carlos Reisdörf – Letícia Reisdörf Strack, de 31 anos, e Luiz Augusto Reisdörf, de 39 anos – atuam na propriedade do pai. Conforme Letícia, formada em Medicina Veterinária, a decisão de permanecer no campo influenciou a decisão da família em investir. “A gente sempre trabalhou de forma junta e clara e sempre estivemos estudando a viabilidade de qualquer investimento. Essa relação clara e aberta foi o que contribuiu, porque a gente vê que em algumas situações os filhos até querem permanecer e investir, mas acabam esbarrando em uma centralização dos pais”, cita Letícia. Já o irmão, formado em agronomia pela UPF, decidiu voltar depois de um período trabalhando na cidade. “Estivemos trabalhando fora, estudando fora, mas sempre estivemos acompanhando a propriedade e em um determinado momento, pelo amor que temos com a agricultura e a organização da propriedade, decidimos retornar para contribuir com conhecimento e dedicação”, afirma o primogênito.

PAINEL DIÁRIO AM

Com taxa Selic baixa,juro para o agro ficou caro

N

Setor primário espera que os Ministérios da Economia e Agricultura observem o comparativo no próximo plano safra

a manhã desta quarta-feira (04), o painel proposto pelo Grupo Diário, através da Rádio Diário AM 780, trouxe como tema o atual cenário de juros para o agronegócio considerando os atuais patamares da Taxa Selic. O economista chefe da Farsul, Antônio da Luz, comenta que para o produtor, o patamar de juros praticados para o agro, não está em patamares confortáveis. “Me parece que houve um erro no plano safra. Diferente dos juros de mercado, o crédito agrícola é um crédito diferenciado não de mercado e sim de negociação, em última análise de política. Mesmo diminuindo o juro do plano safra para 8.5% o governo deveria imaginar que haveria desiquilíbrio com o que agricultura esta pagando”, diz o economista. Ele destaca também que há 10 anos o juro agrícola era 75% da Selic , já na safra 2018 passou para 112% e agora o juro agrícola está 150% maior que a Selic média do ano. “O Spreed bancário está completamente desconectado do histórico do crédito rural no Brasil. E quando vemos estes juros não adianta ficar reclamando dos operadores financeiros, pois quem atribui juros são os Ministérios da Economia e Agricultura”.

Momento crítico O presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini, que participou do debate ao lado do vice, Paulo Vargas, comenta que há tempos o setor vem tratando do percentual de juros, e destaca que diante do alto custo de produção frente a estiagem, o ano será difícil de enfrentar. “Estamos há um bom tempo reclamando das taxas de juros e chegou um momento crítico que os agricultores não vão suportar, ainda mais vindo os problemas que vem pela frente. A seca é severa e a quebra na soja pode chegar na média de a 40 a 45 %. Toda esta tecnologia é importante para o agro continuar produzindo, mas as taxas hoje estão incompatíveis. Na média dos últimos 10 anos, o juro comparado a taxa Selic era de 80%. Hoje a Selic está em 4,25% e o agro com 8%. Isto nosso setor não suporta” diz Tombini. MP do Agro O secretário de Agricultura do Estado, Covatti Filho destaca que na questão de custeio, a médio prazo a a MP do Agro recém aprovada na Câmara pode mudar o cenário dos custos financeiros. “Fiquei

contente com posicionamento da ministra em fazer o seguro de renda , isto é muito importante. A MP do Agro também dará oportunidades e deve modificar a situação no sistema de custeio da agricultura. Na seca que estamos passando este aumento no valor destinado ao seguro no ano passado vai nos ajudar muito aqui no estado”, diz o secretário que destaca que tem agenda na próxima semana no Ministério para tratar do plano safra 2020- 2021 e da prorrogação de dividas para os agricultores gaúchos considerando as perdas com a estiagem nesta safra. “Nossa pauta será de pressão e a bancada está comprometida”, concluiu. Recursos O gerente de créditos direcionados do Banco Cooperativo Sicredi, Sila Nunes de Souza , frisa que as instituições financeiras de fato mapearam o descontentamento dos produtores, e assim tem ofertado em alguns casos outros recursos próprios.“ A partir do momento que foi diagnosticado, passamos a ofertar algo que fique a contento e com maior direcionamento do produtor para o crédito livre, onde se tem operacionalização simples, ágil, e uma

contra partida justa para ambos os lados, porém este efeito não se estende ao pequenos produtores que precisam sim de politica pública”, diz Souza. O diretor executivo do Sicredi Cooperação RS/ SC, Nélio Heller , destaca que como cooperativa de crédito, o Sicredi procura atender a demanda de seu cooperado, porém frisa que o descompasso da taxa para o segmento agro está tão grande que as instituições financeiras não conseguem na modalidade livre atender a grandes empreendimentos. Pronaf Representando a Fetag no painel promovido pelo Diário, Maiquel Roberto Junges destaca que ainda na segunda feira (02), a Fetag encaminhou a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pautas dos pequenos agricultores a serem observadas no próximo plano safra. “A redução de juros é uma das solicitações, que linha de crédito seja ao entorno de 1,5% a 1,8% e com volume específico para agricultura familiar. E que haja recursos para aquisição de terras para pronafianos que é importante para a sucessão na agricultura familiar”, comenta Junges.


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