DIARIO - 08 05 by Diario da Manha

EDIÇÃO FIM DE SEMANA

Foto Arquivo Pessoal

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA, SÁBADO E DOMINGO, 8, 9 E 10 DE MAIO DE 2020 | ANO 84 - nº 93 - distriBuiÇÃo Gratuita

HOSPITAL DE OLHOS LIONS

EMENDA PARLAMENTAR A CAMINHO Foto Matheus Moraes | Diário

Recurso de R$ 200 mil, oriundo de proposição do deputado federal Danrlei de Deus (PSD-RS) com suporte do vereador Roberto Gabriel Toson (PSD), foi empenhado e irá contribuir com aquisição de equipamentos na instituição referência em oftalmologia no Norte do Rio Grande do Sul. | Pág. 4

UM DIA DAS MÃES DIFERENTE Em meio à pandemia do coronavírus, o Diário apresenta uma série de histórias de uma data que não será comum em diferentes formas. Em reportagens especiais, você vai conhecer quem superou a Covid-19, quem está distante do filho, quem foi surpreendida com “charreata” e quem aproveita o tempo em casa para ampliar os vínculos com os pequenos. Neste domingo (10), a data será comemorada com o cuidado e as orientações necessárias em cada família. | Págs. 8 a 11.

JBS de Passo Fundo interditada por mais 15 dias

Bandeira vermelha é mantida na região

Decisão da Prefeitura de Passo Fundo suspende todas as atividades do frigoríﬁco. Indústria tinha retorno marcado para sábado (9). | Pág. 28

Indicador prevê que fechamento do comércio deve continuar em Passo Fundo; nova avaliação deve acontecer no sábado (9). | Pág. 28

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA, SÁBADO E DOMINGO, 8, 9 E 10 DE MAIO DE 2020

COLUNISTAS Dom Rodolfo Luis Weber

Nadja Hartmann

Arcebispo de Passo Fundo

nadja@diariodamanha.com

HONRAR A MÃE “Não faz bem a ninguém perder a consciência de ser filho. Em cada pessoa, “mesmo quando se torna adulta ou idosa, quando passa também a ser progenitora ou desempenha funções de responsabilidade, por baixo de tudo isso permanece a identidade de filho. Todos somos filhos. E isto recorda-nos sempre que a vida não no-la demos sozinhos, mas recebemo -la. O grande dom da vida é o primeiro presente que recebemos”. Estas são palavras do Papa Francisco, escritas na exortação apostólica “Sobre o Amor na Família”, nº 188. Ele continua: “Por isso, o quarto mandamento pede aos filhos “que honrem os pais” (Êxodo 20,12). Esse mandamento vem logo após aqueles que dizem respeito ao próprio Deus. Com efeito, contém algo de sagrado, algo de divino, algo que está na raiz de todos os outros tipos de respeito entre os homens. (...) O vínculo virtuoso entre gerações é a garantia de futuro e de uma história verdadeiramente humana. Uma sociedade de filhos que não honram os pais é uma sociedade sem honra” (nº 189). Na condição de todos sermos filhos, lembra-nos que de tudo o que há de essencial em nossa vida nos foi dado sem a nossa colaboração. O fato de existirem pessoas que me inseriram na vida, que me fizeram experimentar o amor, que me deram a fé e me abriram o olhar para Deus – tudo isso foi recebido gratuitamente. Tudo isto é graça. Não conseguiríamos ter feito nada se antes não o tivéssemos recebido. Neste ponto de vista, a celebração do dia das mães depende que quase totalmente dos filhos. É dia de honrar os pais, em particular, neste domingo a mãe. A celebração dos Dia das Mães, deste ano, devido a pandemia, para muitas mães e filhos terá um sabor próprio. A mudança do ritmo de vida imposta pela pandemia proporcionou, em muitos lares, uma convivência mais longa e próxima, mais tempo para o diálogo. Possibilitou o simples e profundo “estar juntos”. Dias de descobertas de qualidades mútuas ou mesmo da descoberta fragilidades, vazios e carências. Também é verdade, que a pandemia, em outras situações, distanciou outras mães e filhos gerando as angústias próprias do distanciamento e em outros casos a vivência da dor e outros de luto. A sabedoria bíblica de “honrar os pais”, certamente não está ultrapassada. Mesmo que a palavra honra não seja mais não frequente no ambiente familiar, merece ser resgatada no seu sentido sagrado de estimar, respeitar, acatar e venerar as mães. O heroísmo delas é da doação incansável e permanente. As ações rotineiras, que parecem serem desprezíveis, são na verdade as ações essenciais do cuidado e da educação dos filhos. Que todas as mães sejam abençoadas por Deus.

Sintonia I

A sintonia entre poder público, entidades e setor privado sempre foi e sempre será determinante para o desenvolvimento de qualquer município... Sintonia essa que não necessariamente representa falta de autonomia ou mesmo soberania na tomada de decisões...Pois é essa harmonia que já vem sendo construída há algum tempo em Carazinho que pode estar representando o diferencial no enfrentamento da pior crise enfrentada na história recente...Foi esse trabalho feito em parceria que, por exemplo, garantiu a criação em tempo recorde de leitos UTI Covid-19 no HCC, com a cedência de equipamentos do município. Uma solução que até bem pouco tempo atrás, em administrações anteriores, seria totalmente impraticável, já que Executivo e direção do HCC viviam às turras...

Sintonia II

É esta parceria que pode salvar vidas, e que, inclusive, garantiu que o comércio de Carazinho permanecesse aberto apesar do município ter sido incluído na zona vermelha do governo do Estado...Na semana passada, enquanto o governador anunciava o decreto determinando o fechamento do comércio na região, lideranças se mobilizavam para garantir o atendimento de pacientes graves em Carazinho, permitindo assim, que o comércio permanecesse aberto...Pena que a gente não veja essa mesma sintonia entre os poderes em nível federal...Talvez, se fosse assim, a situação do Brasil não seria tão grave como vem se desenhando... A propósito: após o pronunciamento do governador Eduardo Leite na tarde de ontem, o mais provável é que a abertura do comércio de Carazinho só tenha ganhado uma “sobrevida”...Em reunião hoje entre o Comitê e o Ministério Público, é provável que o MP exija o fechamento a partir da semana que vem...

Recomposição de perdas

O projeto aprovado pelo Congresso, que garante R$ 60 bilhões de ajuda financeira para estados e municípios, irá representar cerca de R$ 8,5 milhões de recursos para Carazinho...Uma cifra importante, sem dúvida, mas que na verdade não se trata de dinheiro a mais no caixa, mas sim de recomposição de perdas previstas na arrecadação, como destaca o secretário da Fazenda, Adroaldo De Carli. Ou seja, o projeto garante que os municípios deixem de perder, garantindo o fluxo de caixa para custeio...A primeira parcela deve ser depositada no caixa das prefeituras dia 15 de maio...A tabela com os valores que cada município irá receber pode ser conferida na página da Famurs, no link: https://bit.ly/2yze92n.

Fundador

Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979)

PresidenteS-EméritoS

Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

Contratações

Vale lembrar que o projeto de socorro financeiro aos municípios e estados prevê o congelamento de salários de servidores, além da proibição de aumento de gastos com pessoal, a exceção de justificada a necessidade de contratação de profissionais para atuarem do combate à Covid-19...Esse é o caso do projeto do Executivo que está em análise na Câmara e que prevê a contratação temporária de 38 profissionais para atuarem na área da Saúde, entre eles, oito médicos e doze Técnicos de Enfermagem...

Contrapartida

E são em momentos de crise que estamos vivendo que cada voto na urna tem que se valer... Porém, infelizmente não é isso que estamos vendo por parte dos parlamentares eleitos pelos carazinhenses...Só o HCC encaminhou ao todo 93 pedidos para deputados federais, estaduais e senadores, e até agora, os únicos que confirmaram efetivamente a destinação de emendas com recursos foram o deputado estadual Sérgio Turra e o deputado federal Afonso Hamm, ambos do PP...O deputado carazinhense Márcio Biolchi protocolou um projeto no Ministério da Saúde, de R$ 1 milhão para a UTI do HCC, mas até agora não teve liberação...

E dai??

...Vale lembrar, que depois de Márcio, os deputados federais que mais receberam votos em Carazinho foram Marcel van Hattem e Giovani Cherini. Já os estaduais eleitos com mais votos de carazinhenses foram Vilmar Zanchin, Juliana Brizola e Mateus Wesp...E dai??? O que dizem os cabos eleitorais deles no município???

Nova data

Pra não dizer que não falei de eleições, começa cada vez mais ganhar corpo a hipótese de adiamento das eleições municipais para uma nova data, provavelmente com o primeiro turno acontecendo em 15 de novembro, já que mesmo quem concorda que não há clima para campanha eleitoral, não discorda do argumento que um mandato-tampão dos atuais gestores pode abrir precedentes perigosos para a democracia...Porém, independentemente da data, a verdade é que agora qualquer movimento que possa ser interpretado como campanha eleitoral é tiro no pé...Além disso, os candidatos já tem que ir pensando numa boa explicação para justificar os gastos de uma campanha eleitoral em tempo de pandemia...

Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto DIRETOR EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto

Diretora Comercial: Eliane Maria De Bortoli Editores: Kleiton Vasconcellos - RP 10.791 Matheus Moraes - RP 18.498 EDITORA GERAL: Nadja Hartmann www.diariodamanha.com

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POLÍTICA

Edgar Oliveira Garcia advogado edgar_garcia1@hotmail.com

AINDA TEMOS ESPERANÇAS A nossa vida é recheada de esperanças, sonhos e objetivos. Sem isso que sentido teria o nosso viver? Pois é. Vivemos em tempos sombrios, onde os políticos brasileiros se assenhorearam da Nação. Os governadores agem contra a sociedade, apoiados em falácias. O vírus disseminado no Brasil deixa em débito muitas personalidades. Começa lá na China, onde o vírus espalhou, sem a imediata comunicação ao mundo. A segunda conta está aqui no Brasil. O Carnaval foi o primeiro vetor de disseminação em grande escala. O vírus já passeava pelo Brasil, quando o Carnaval aconteceu. Agora a crise está instalada. Não bastasse isso, ainda temos que ver uma mídia suja, que festeja as mortes pela Covid 19. A guerra política interfere diretamente no combate ao vírus. A cidadania brasileira é refém dos governadores e prefeitos. Agora eles são protagonistas. Procuram dividendos políticos em meio à crise. Alguns prefeitos mandam cavar centenas de covas coletivas. Apenas o Brasil mostrou para o mundo, para levar o terror à sua população. Esse não é o maior problema. O Brasil se tornou um filme de terror, capitaneado por seus governadores. Vários deles se uniram para tirar dinheiro da União, com o apoio irrestrito do Presidente da Câmara Federal. O objetivo é quebrar o governo federal e tirar o Presidente. Enquanto isso, o comércio e a indústria vão quebrando. É indiscutível a responsabilidade dos governadores. A falência dos pequenos comércios deve ser debitada na conta deles. Quando à disseminação do vírus: a política de todos os governadores do Brasil tem sido ineficiente. Isolar as pessoas não trouxe resultados positivos. Ao mesmo tempo estão gastando dinheiro a rodo, sem atingir metas de diminuição do contágio. Muita demagógica sem resultados. Esperamos recuperar a economia brevemente. Sabemos que os governadores não vão recuperar as empresas e empregos. Rezamos todos os dias para que o vírus inverta sua curva para baixo. E temos a esperança que os atuais governantes, deputados, senadores, vereadores e prefeitos jamais se elejam novamente.

Emenda de R$ 200 mil para Hospital de Olhos Lions é empenhada Proposição do Deputado Danrlei de Deus (PSD-RS) com suporte do vereador de Passo Fundo, Roberto Gabriel Toson (PSD), irá refletir em aquisição de equipamentos para a instituição que atende a região Norte do Estado Fotos Divulgação

Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto Lions investirá valor em dois equipamentos para salas cirúrgicas

por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com

emenda parlamentar de R$ 200 mil para investimentos no Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto Lions foi empenhada pela Câmara dos Deputados na manhã de quinta-feira (7). Esse é o último processo antes do valor ser liberado para a aquisição de equipamentos para a instituição, na busca por melhorar o atendimento à população de Passo Fundo e região. A proposição, que partiu do gabinete do deputado federal do PSD-RS, Danrlei de Deus e conta com o suporte do vereador de Passo Fundo, Roberto Gabriel Toson (PSD), responsável pela articulação junto a Brasília. Os recursos estão previstos no Orçamento Geral da União (OGU) de 2020 junto ao Ministério da Saúde. De acordo com o vereador Betinho Toson, a luta pela emenda acontece há um ano. Conseguir o empenho dela significa valorizar a saúde da região. “Em breve vamos contar com esse valor, já que estamos na última parte do processo. Quando falamos de Passo Fundo, em razão da demanda, sabemos que qualquer verba para saúde é pouca. Muitas vezes não se valoriza isso por não estar passando por uma situação de necessidade de saúde. Agora, com essa pandemia, todo mundo enxerga. A região sul atende milhões de pessoas. E nós sempre focamos em buscar esses recursos, porque isso, definitivamente, muda a vida das pessoas”, declara. O administrador do Hospital de Olhos Lions, Ivan Freitas, ressalta que o aporte

será fundamental no processo de ampliação e modernização que a instituição passa. Segundo ele, o valor será utilizado para a aquisição de um microscópio cirúrgico para o novo bloco cirúrgico e um campímetro para o centro diagnóstico. “Nesse período de modernização que estamos passando no Hospital, a emenda será para compra de dois grandes equipamentos para as salas cirúrgicas. Vai chegar em boa hora para aumentar o volume cirúrgico, já que atendemos para toda macrorregião. É uma ação de muita importância para a instituição, além de ser um incremento da cirurgia no SUS”, afirma. Atualmente, a cobertura do Hospital de Olhos Lions com o SUS chega a 78% do atendimento. DEPUTADO DESTINA R$ 9 MI PARA A REGIÃO A emenda é considerada uma con-

Danrlei de Deus (PSD-RS)

quista para a região. A articulação junto ao deputado Danrlei, em recursos para Passo Fundo e região, já soma R$ 9 milhões para o Norte do Rio Grande do Sul. Segundo Toson, o deputado Danrlei de Deus, com raízes em Passo Fundo, demonstra que os investimentos desmistificam a falácia de que “político só aparece para pedir votos”. “Historicamente, até onde sei, ninguém mandou mais recursos para a região. O Danrlei tem vínculo com a cidade. Isso acaba com a falácia de que muitos políticos vêm de fora para buscar voto e só aparecem em eleição. Quem olhar os números dele em Passo Fundo vê que tenho razão. Ele está em Passo Fundo todos os anos, independente de eleição. A gente busca os recursos e ainda bem que temos deputados que olham para a nossa região”, completa o vereador.

Roberto Toson (PSD)

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PASSO FUNDO

INSS disponibiliza perícia remota Atendimento presencial segue suspenso até dia 22 de maio. Unidade de Passo Fundo oferece plantão telefônico para esclarecimento de dúvidas Foto: Divulgação

por ALINE PRESTES aline@diariodamanha.com

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que a realização de perícias médicas de forma presencial continua suspensa até o dia 22 de maio, em razão do decreto de estado emergencial de saúde devido à pandemia do novo coronavírus. Os segurados que conseguiram realizar agendamento para realizar perícias médicas nas agências devem desconsiderar a marcação, ou seja, não há a necessidade de comparecimento presencial neste momento. A análise dos requerimentos de benefícios continua a ser feita de forma normal, com base nos atestados enviados através do Meu INSS, site e aplicativo, conforme explica o Gerente Executivo da regional, Adriano Faciolli. “O segurados devem anexar o atestado médico pelo Meu INSS, aplicativo ou site e deve observar os seguintes requisitos: estar legível e sem

A agência da região de Passo Fundo disponibiliza um plantão telefônico das 8h às 14h diariamente

rasuras; conter a assinatura do profissional emitente e carimbo de identificação, com registro do Conselho de Classe; conter as informações sobre a doença ou CID; conter o prazo estimado

de repouso necessário”, aponta. Destaca ainda, que além do atestado médico conforme a orientação supracitada, a juntada de documentos de identificação, e no caso de trabalhador

rural, a Declaração do Trabalhador Rural ou Certidão emitida pela Funai e para o trabalhador rural, comprovantes do exercício da atividade rural. Adriano ressalta também so-

bre a antecipação de R$ 1.045 para os segurados do auxíliodoença que não conseguiram realizar a perícia e enviaram o atestado pelo Meu INSS. “O benefício tem duração máxima de três meses, contatos a partir da data do início do pagamento. Caso o valor do auxílio doença devido ao segurado ultrapasse um salário mínimo, a diferença será paga posteriormente em uma única parcela”, comenta. CONTATO Para quem tiver dúvidas ou precisar de mais informações deve entrar em contato pelo Meu INSS (site e app), ou ligar na Central 135, que funciona de segunda a sábado de 7h às 22h horas. Além disso, a agência da região de Passo Fundo disponibiliza um plantão telefônico das 8h às 14h, os números para contato são: 54 3601-6114, 54 3601-6124, 543601-6113 e 54 3601-6111. Destaca-se que somente deverá ser buscado o plantão para orientar sobre a emissão de senhas de acesso ao MEU INSS.

Com o Coronavírus não será diferente. A Assembleia Legislativa tomou medidas importantes e continua trabalhando seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. • VOTAÇÃO DE PROJETOS EMERGENCIAIS DE COMBATE AO CORONAVÍRUS. • DESTINO DE R$ 30 MILHÕES DO ORÇAMENTO PARA A SAÚDE. • FÓRUM COM SETORES PRODUTIVOS PARA A RETOMADA DA ECONOMIA GAÚCHA, MEDIANTE PROTOCOLO.

FAÇA A SUA PARTE, JUNTE-SE A NÓS. A ATITUDE AGORA É DE SOLIDARIEDADE.

Foto ALRS: Joel Vargas

O MUNDO JA PASSOU POR CRISES, GUERRAS, CATASTROFES E ATE PANDEMIAS. O QUE ELAS TÊM EM ASSEMBLEIA COMUM? SUPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE.

Primeira parcela do auxílio emergencial já beneficiou 55 milhões de brasileiros Caixa Econômica Federal pagou R$ 35 bilhões, conforme superintendente de rede, Eduardo Rochemback

Foto: Adriano Dal Chiavon | Diário

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economia

ats Alta procura gerou filas nas agências por ALESSANDRO TAVARES

redacao.carazinho@diariodamanha.com

por MARA STEFFENS

redacao.carazinho@diariodamanha.com

pref pf

Caixa Econômica Federal praticamente encerrou o pagamento da primeira parcela do Auxílio Emergencial do Governo Federal destinado a beneficiários do Bolsa Família, a trabalhadores informais, microempreendedores individuais e autônomos. Durante entrevista à Rádio Diário AM 780 de Carazinho, o superintendente de rede da Caixa, Eduardo Rochemback anunciou que pouco mais de 50 milhões de brasileiros sacaram os valores que variaram entre R$ 600 e R$ 1.800. O montante pago pelo banco chega a R$ 35 bilhões. “Coube a Caixa esta missão nobre do pagamento do Auxílio Emergencial que foi definido em lei. Quase todos que solicitaram e tiveram direito reconhecido já fizeram o saque. Agora aguardamos a definição do calendário para pagamento da segunda parcela”, citou. Sobre a formação de filas em algumas agências, Rochemback declarou que a Caixa desenvolveu funcionalidades para evitar a situação, como a criação de aplicativos para facilitar o cadastramento e a movimentação dos valores e que estes foram melhorados ao longo do processo. Neste sentido, há expectativa que para a segunda etapa as filas sejam bem menores. “O escalonamento do pagamento foi feito justamente para evitar aglomerações. O aplicativo Caixa Tem oferece a possibilidade de pagamentos com o benefício sem precisar sacara o dinheiro. O cidadão pode pagar água, luz, telefone até boletos. Ele também funciona

para transferência de valores para outras contas, sem a necessidade de ir ao banco”, exemplificou. Quem não teve como operar o processo pelo aplicativo teve de recorrer à uma agência. “Como tínhamos previsão, a Caixa criou o calendário para que não tem o aplicativo e precisou ir até a agência para a geração do código de saque. Este processo fez com que na semana passada e nesta houvesse formação de filas nas unidades. Aprimorando o processo, já não tínhamos fila por volta das 9h30min da manhã. Acreditamos que o próximo escalonamento poderá as diminuir ainda mais”, projetou. Segundo Rochemback, existe a expectativa, neste sentido, que o calendário de pagamento da segunda parcela seja mais espaçado. “Ainda não sabemos se será na mesmo modelo do primeiro, com dois meses de aniversário a cada pagamento, ou se um mês por vez, para preservar a condição de não aglomeração de pessoas”, comentou. Operando o aplicativo O superintendente explicou que quando baixou o aplicativo, o cidadão cadastrou uma senha de acesso que valerá até encerrar o pagamento. A cada parcela, no entanto, ele precisa gerar um código de pagamento que possui validade de no máximo duas horas. “Então se a pessoa sai de casa com a intenção de sacar o seu benefício, ela se aproxima de uma lotérica, por exemplo, ela gera o código no aplicativo e imediatamente vai até o terminal para fazer o saque. Tivemos relatos de dificuldade de geração então a Caixa contratou empresas de ponta na tecnologia para melhorar a performance do sistema. Já está disponível uma nova versão

mais ágil”, declarou. Se depois desse processo, o usuário ainda não conseguiu sacar o valor, a orientação é procurar uma agência para pedir auxílio aos empregados da Caixa estão habilitados para este fim. A expectativa, segundo Rochemback, é que devem ser pagos no total mais de R$ 100 bilhões de Auxílio Emergencial. Outros serviços ofertados

Além de ser a responsável por fazer o pagamento do Auxílio Emergencial, a Caixa continua operando com outros serviços considerados essenciais neste momento de pandemia. Aqueles relacionados com o FGTS são alguns deles. “O trabalhador demitido sem justa causa precisa do fundo para sua manutenção. A Caixa também criou funcionalidades para que a pessoa movimente estes valores remotamente. Pode ser através do aplicativo, onde ele consegue transferir os valores para uma outar conta que ele movimente, se assim preferir. Também pode fazer o saque no autoatendimento ou na agência”, informou o superintendente. Em relação aos financiamentos habitacionais, aqueles que o possuem podem solicitar, também via aplicativo, a pausa no seu pagamento. “A pessoa pode ter a sua renda diminuída neste período então há a possibilidade de solicitar a pausa no pagamento de até três prestações, com possibilidade de incorporação de outras em atraso”, mencionou. Ainda dentro deste universo a Caixa ainda possui linhas de crédito para auxiliar empresas e uma linha especial ofertada através de uma parceria com Sebrae que dispensa a apresentação de garantias.

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ESPECIAL

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DIA DAS MÃES

Renascimento ao lado dos filhos Neusa Petuco ficou dez dias internada no Hospital de Clínicas de Passo Fundo após o diagnóstico de Covid-19. Expectativa é poder comemorar o Dia das Mães ao lado da família

por ALINE PRESTES aline@diariodamanha.com

“S

Desejo de Neusa é que tudo passe para reencontrar os três filhos

co, fiz o teste e me internaram. Os profissionais me orientaram sobre o isolamento e iniciaram rapidamente o tratamento. O resultado do teste chegou alguns dias depois. A minha luta foi tremenda, mas a minha confiança em Deus foi maior”, afirma. Repleta de fé e apoio familiar através de aplicativos de mensagens, Neusa lembra os dias que

passou internada e a gratidão que tem com a equipe do hospital. “Nos falávamos através do telefone, duas três vezes por dias, foi difícil ficar longe, mas eu sabia que o senhor Jesus nesta hora não iria me abandonar e me deu a vitória completa. É um milagre minha vida, nasci de novo. Sou grata a Deus e ao Hospital de Clínicas, quero dar parabéns para equipe médica e de enfermagem pelo aconchego, por ter me cuidado muito bem, na alimentação, no falar, no amor, carinho e me dando forças”, finaliza.

Ela é muito especial, sentimos muita falta nos dias em que ficou internada. Agora, nós que-

Fotos: Arquivo Pessoal

ó posso agradecer a Deus porque até aqui ele me cuidou e guardou”, afirma Neusa Petuco de 60 anos, paciente recuperada da Covid-19, após 10 dias internada no Hospital de Clínicas de Passo Fundo. Mãe de três filhos, ela precisou enfrentar a doença distante – de forma física – da família, em meio ao medo, sofrimento e solidão. Neusa relata que se cuidava e protegia da forma indicada pelos órgãos de saúde. Porém, em uma segunda-feira, ela precisou ir à lotérica e acredita que neste momento tenha ocorrido a contaminação. “Eu seguia o isolamento, naquele dia saí protegida, com máscara, respeitei a distância de 2 metros indicada. Não posso afirmar que peguei naquele local, mas no dia seguinte já comecei sentir os primeiros sintomas”, relembra. Sintomas parecidos com resfriado foram os primeiros que Neusa sentiu, mas uma tosse e o início de falta de ar fizeram com que ela procurasse ajuda médica. “Procurei um médi-

remos que ela se sinta amada e abraçada”, afirma Guilherme. No dia em que Neusa recebeu alta do hospital, Guilherme foi encontrar a mãe e registrou os momentos para enviar para a família. “No dia que a mãe recebeu alta eu fui buscar ela e gravei o momento para enviar para meus irmãos. Todos se emocionaram assistindo o vídeo. Minha irmã de Canoas viu o vídeo e disse que chorou assistindo. Foi um momento único para mim, mas apesar da alta, só vamos poder oficializar o abraço a partir do dia 9, que foi quando o médico orientou”. Para o dia das mães o desejo de Neusa é comemorar a recuperação ao lado do marido e o filho que mora no pátio de casa. “Nós vamos fazer um churrasco para comemorar. O desejo era estarem todos os filhos, mas por enquanto precisamos continuar seguindo os cuidados”, finaliza.

“NÓS QUEREMOS QUE ELA SE SINTA AMADA”

Guilherme Petuco de 33 anos, relembra os dias em que a mãe ficou no hospital. “Ficamos muito preocupados, havia muitas notícias ruins, muitas mortes e isso nos assustava. Foi muito difícil ficar longe, não poder acompanhar esse momento ao lado da mãe. Falávamos diariamente por mensagens, ligações de vídeo e fomos vendo que ela foi melhorando”, conta. Preocupados os três filhos, acompanhar a luta da mãe através de mensagens, torciam para que tudo ficasse bem logo. “Naquela semana que ela ficou no hospital praticamente todo dia teve mortes em Passo Fundo, inclusive de um conhecido. Nossa cabeça ficou um turbilhão, mas agora é um alívio.

Neusa ficou internada por 10 dias no Hospital de Clínicas de Passo Fundo

ESPECIAL

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DIA DAS MÃES

“Tem coisas que nossas filhas ensinam para a gente” Foto Arquivo pessoal

Mãe de duas meninas, Renata vive uma rotina diferente durante a quarentena e aprende com as pequenas como enfrentar o momento

por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com por REBECCA MISTURA rebecca@diariodamanha.com

urante o período de quarentena, a mudança na rotina impacta também as relações entre mães e filhos, que mais do que nunca passam a depender do diálogo na convivência em casa. É dessa maneira que Renata Linck Felin, mãe da Manuela, 8, e da Bárbara, 5, tem conciliado a continuidade do trabalho – que permanece presencial durante a pandemia – com a permanência das filhas em casa, que já se aproxima dos dois meses. “No início, como é uma novidade para todo mundo de ficar em casa e não poder sair, a preocupação inicial sempre foi o ano letivo, as crianças muito tempo em casa, aos poucos eu e meu marido fomos tendo contato com a escola e foram vindo novas orientações, até que nos adaptássemos à nova ferramenta”, relata.

Renata e as duas filhas, Manuela e Bárbara, reforçam vínculos ao se adaptar ao momento de pandemia

Renata é assistente social, e como profissional da área da saúde, o home office não é uma possibilidade desde o início da pandemia de Covid-19. “Eu venho para casa de meio dia, auxilio, deixo material organizado e

sempre olho no portal o que está disponível, o que vai precisar para as aulas à distância. A mais velha no início ela ficou um pouco resistente, ela ficava quieta… Agora como já faz um tempo mais longo ela está mais adaptada. A pequena

tem mais dificuldade, é mais complicado prender a atenção, foi um pouco mais difícil. Mas ela tem se concentrado mais. Eu tenho diariamente conversado com elas, sobre essa situação, como elas estão, então estamos conseguindo”, conta.

Vínculos fortalecidos “As crianças são muito resilientes, tem coisas que nossas filhas acabam ensinando pra gente, então elas conseguem contornar a situação”, afirma a mãe, que se emociona ao relembrar do diálogo que teve com a pequena Manuela. “Um dia fui conversar com ela, perguntei como ela está com esta situação, vi que ela estava mais quieta, e ela disse que estava tudo bem, que ela estava adorando ficar em casa e que não era para eu me preocupar, que ela sabia que isso era temporário, pra ver como eles são resilientes mesmo”, conta. “Essa capacidade que eles estão tendo de lidar com isso tudo é bem melhor do que nós adultos, a gente fica muito estressado, às vezes não temos paciência e elas vão conduzindo de uma forma que isso tudo vai passar, vamos resolver, isso logo vai embora”.

ESPECIAL

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DIA DAS MÃES

“Charreata” em Carazinho eterniza de forma especial a espera pela bebê Alice Fotos Divulgação

Segunda filha de Tathiele Tonin e Elton de Anhaia chega no fim do mês, e por conta da pandemia eles não poderiam realizar o tradicional chá de fraldas. A cunhada e uma amiga encontraram um jeito criativo para não deixar o momento passar em branco

Enfeitados com balões, veículos percorreram ruas da Vila Rica até a residência da família

O casal e a primogênita com os presentes recebidos

por MARA STEFFENS mara@diariodamanha.com

m uma época em que se deve priorizar o isolamento social, comemorar datas especiais tem sido um desafio para muitas pessoas. O coronavírus tem impedido as pessoas de reunir familiares e amigos para as celebrações, mas não tem dificultado que os criativos coloquem em prática alguma ideia diferenciada para não deixar passar em branco um momento significativo. Tathiele Tonin e o esposo Elton de Anhaia esperam ansiosamente pela chegada de Alice. A menina deve nascer no fim deste mês e fará companhia à primogênita Cecília, que tem 8 anos. Os pais planeja-

vam organizar um chá de fraldas para deixar a espera ainda mais animada. No entanto, a pandemia impediu que a comemoração saísse da forma tradicional. Mas pensando em que este momento familiar tão importante não poderia passar em branco, Daniele Mariano Salles, irmã de Elton, e Inaiara Soares, amiga do casal, organizaram a “Charreata da Alice”, um jeito bem diferente e – até onde se sabe – inédito em Carazinho. “A Inaiara me mandou um vídeo sobre uma carreta e perguntou o que eu achava da ideia e se eu organizaria algo neste sentido para a Tati. Disse que sim porque eu já estava pensando em algo para distraí-la porque ela está em casa há dois meses sem sair por conta da pandemia

e estava triste de não poder fazer o chá”, conta Daniele. A cunhada convocou a família e os amigos para a charreata e todos de pronto aceitaram. “Então no domingo (3) reunimos cerca de 30 veículos e ela ficou muito feliz. Foi um meio de ajudá-los porque não está sendo fácil ficar somente dentro de casa, especialmente nesta reta final da gravidez. Assim ela pode sentir o amor das pessoas, mesmo de dentro dos carros. Foi bem legal”, enaltece Daniele. A charreata saiu da casa de Daniele, nas imediações do CTG Pedro Vargas, e percorreu as principais ruas da Vila Rica até a casa da família, que reside próximo a EMEI Esperança. “Enquanto passávamos, as pessoas saiam para fora das casas e tiravam fotos. Minha cunhada e meu irmão ficaram muito contentes”, menciona a cunhada, que se encarregou de receber os presentes para evitar que Tathiele ficasse exposta. “Foi indescritível. Às vezes ainda paro para pensar: foi um sonho” Tathiele, que é servidora pública, conta que jamais imaginou que ganharia uma surpresa semelhante. Praticamente confinada desde o dia 18 de março ela está afastada do trabalho por conta da gravidez. No domingo, pouco tempo antes da charreata, o marido pediu que ela se arrumasse, pois a levaria para dar uma volta de carro, como faziam de vez em quando para diminuir o desgaste de ficar em casa. “Até pensei em fazer chá de fraldas, mas com tudo isso não teria como. Eu notei que naquele dia ele estava estranho.

A família com as organizadoras da charreata

Minha filha não sabia de nada. De repente vi aqueles carros, enfeitados com balões, fiquei nervosa. Quando percebi que eram meus amigos, meus familiares fiquei muito emocionada. Chorei muito. A gente sabe que eles nos amam, mas não imagina que sejam capazes de fazer algo assim por nós”, enaltece. Ao agradecer a cunhada e amiga pela iniciativa, a mamãe declarou que era um ato de puro amor e carinho. “Já é difícil estar confinado, estando grávida então! Não pude preparar quase nada para minha filha. Meu marido fez tudo para mim. Primeiro eles (os participantes) passaram abanando, todos de máscara, com cartazes. Depois passaram novamente, paravam um pouco para entregar o presente e atiravam beijos, de longe. Foi indescritível. Às vezes ainda paro

para pensar: foi um sonho. Me sinto abençoada em perceber que tem amigos e tem uma família tão boa para fazer algo assim”, menciona. Além de fraldas, Tathiele ganhou lenços umedecidos, algumas peças de roupas e outras lembrancinhas. Os cartazes com as dedicatórias para ela e para a filha serão guardados como recordação. “Sinceramente, se tivesse planejado um chá tradicional seria bonito, mas não seria tão lindo como foi essa ideia. Foi muito mais especial. Acho que nunca conseguirei explicar direito o que senti. Foi um dos melhores dias da minha vida. Me senti muito amada, mesmo não podendo abraçar as pessoas. Eu vi o olhar das pessoas, todos choraram comigo. Foi maravilhoso”, assegurou. Segundo a mãe, Alice deve chegar no dia 25 de maio, de parto cesáreo por conta da posição em que está.

ESPECIAL

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DIA DAS MÃES

11 Fotos: Matheus Moraes | Diário

Orgulho do tamanho do Brasil

A mãe mostra fotografia antes de um dos filhos morar em Alegrete

Bianca e João Augusto conversam pela internet com Pedro Henrique Distantes a mais de 500 quilômetros do filho mais velho, Bianca Araujo, de Passo Fundo, não estará junto com ele no seu dia, mas sente gratidão por ver o crescimento de Pedro Henrique no Exército Brasileiro

por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com

nfrentar o distanciamento em que a comunidade vive ultimamente em razão da pandemia do coronavírus não é uma novidade para Bianca Elisa Araujo, mãe de dois jovens, de Passo Fundo. Há três anos, ela convive a 516 quilômetros de distância do filho mais velho, Pedro Henrique Rissardo, de 20 anos. Para quem trabalha e luta diariamente para oferecer o melhor aos filhos, passar o dia das mães deste domingo (10) longe de um filho é duro, mas gratificante ao ver o cidadão em que ele está se tornando. Em Alegrete, no pampa gaúcho, desde 2017, Pedro Henrique precisou trancar o curso de

Engenharia Química, em Passo Fundo, para iniciar uma trajetória recente, mas que já orgulha a família: defender as cores do Brasil e representar a pátria no Exército Brasileiro. “Ele começou a estudar e em uma semana cursou o curso. Foi pro Exército, gostaram dele, pediu para trancar a faculdade para ficar lá, porque gostaram dele e iam efetivá-lo. Quando ele me disse, quase infartei ao ver a mensagem. Mas faz parte, hoje ele está bem encaminhado e sendo um orgulho”, afirma. Atualmente, Pedro participa de um curso para obter a graduação de cabo no Exército. As aulas, que ocorrem durante o dia, aliado ao trabalho de Bianca no setor de medicina do trabalho do Hospital São

Vicente de Paulo (HSVP), muitas vezes interrompem o contato diário entre mãe e filho. Diariamente, alguns minutos no turno da noite são o escape para trocar alguma palavra entre os dois. Para amenizar a saudade, as redes sociais são as ferramentas utilizadas para conversar, seja por telefone ou, quando a saudade aperta mais, por chamada de vídeo. “Essa situação me fez aprender na vida. Hoje meu filho está sendo um bom exemplo lá. É difícil falar com ele, porque ele está no curso de cabo, em atividade, só se libera à noite. A rotina dele complica para a gente se comunicar”, afirma. No fim do ano passado, Bianca fez a última tentativa de ter o filho novamente mais próximo de si. Próximo do período de festas de Natal e Ano Novo, ela remodelou o quarto de Pedro Henrique na sua residência, na Vila Luiza. A ideia era tentar cativar o filho para retornar para casa. De bate-pronto, ele disse que ficaria em Alegrete, que já tinha alugado uma casa para morar, já que a sua vida, agora, era em outra cidade. “Quando ele precisa, eu ajudo, mando dinheiro. Agora ele vive a vida ele,

UNIMED

realizando seus sonhos”, declara. Neste domingo (10), Bianca não sabe sequer se terá contato com o filho em razão das aulas da graduação, já que não obtém folga. “Se ele tiver liberado, vou tentar falar com ele, fazer chamada de vídeo. Não sei como vai ser. Viajar ele não vai ter como, por liberação, por toda essa situação da pandemia. Até porque é uma viagem de oito, nove horas. É muito difícil”, lamenta. Antes de Pedro Henrique ir para o Exército, a mãe convivia com os dois filhos em todas as datas importantes. Há três anos, precisou se adaptar. Essa não é a primeira vez que o filho estará longe da mãe no dia dela. De acordo com Bianca, nos últimos três anos, apenas em um conseguiu estar presente junto ao filho mais velho. “Ficamos juntos no primeiro ano dele lá, porque foi perto da formatura. Depois disso, ficou difícil. Agora, por exemplo, por causa do curso e da pandemia, não temos previsão de nos vermos”, completa a mãe. EM CASA, O XODÓ Por outro lado, Bianca possui um xodó em casa. João Augusto

Rissardo, de 15 anos, é o “parceiro” da mãe. Com mais tempo em casa, já que as aulas foram suspensas presencialmente nas escolas, mas acontecem via internet, o menino é o que faz a mãe ainda não ter se mudado. “O João Augusto é o meu nenê, meu parceiro. Estamos sempre juntos, é um grude. Hoje estou em Passo Fundo muito por causa dele também, porque ele já tem a vida dele aqui, a escola. Se tivesse apenas o Pedro, já teria me mudado, não ia conseguir ficar longe”, explica. A história de Bianca com os filhos carrega superação e amor. Os filhos surgiram de um relacionamento que, posteriormente, veio a acabar. O pai das crianças precisou mudar de cidade por motivos profissionais. Assim, Bianca praticamente criou os filhos sozinha. “Sou muito apegada a eles, demais. Faz dez anos que crio eles sozinha. A minha missão, meu objetivo, é ser tudo pra eles. Faço tudo o que posso por eles. Não dou o que querem, dou o que posso. Eles são meus tesouros, minha razão de viver, de lutar todos os dias. É tudo por eles”, enfatiza.

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AGRO INDÚSTRIAS

Setor sairá da pandemia fortalecido, afirma Francisco Turra Foto: Édi Pereira | Divulgação ABPA

Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) declara que 70% dos frigoríficos não apresentam nenhum caso de contágio de coronavírus e defende a manutenção do serviço essencial. Nesta semana, entidades representativas defenderam que medidas foram adotadas pelas unidades para evitar a disseminação por MARA STEFFENS mara@diariodamanha.com por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com

Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, a Associação Gaúcha de Avicultura – ASGAV e o Sindicato de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul – SIPARGS receberam com preocupação as informações de ações como as impetradas pelos órgãos fiscalizadores atuantes no Rio Grande do Sul contra as unidades frigoríficas de Lajeado, Passo Fundo e outras. Em nota divulgada nesta semana, as entidades consideraram o fechamento de unidades produtoras equivocado e que a medida esconde riscos, especialmente no quadro atual da pandemia. Um dos riscos elencados na nota das entidades é a falta de alimentos. O fechamento de unidades pode provocar a ausência de produtos em estoques e nas gôndolas, o que por consequência pode aproximar a sociedade do caos. Outro impacto citado pelas associações na manifestação é o impacto ambiental causado pela falta de abate de frangos e suínos. Cada unidade processa milhares de unidades diariamente e a interrupção do processo as destinará para aterros sanitários. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, reforçou a preocupação das entidades. “Em primeiro lugar produzimos alimentos, é obvio que é uma coisa prioritária. Imagine que além da pandemia surgir a notícia de que os supermercados estão vazios. Seria um caso. Haveria uma disputa a tapa pelos produtos como na Venezuela aconteceu”, declarou. Na visão de Turra, embora as entidades não estejam na linha de frente da produção, estão cientes do papel que precisam cumprir neste momento. “Preparamos um protocolo rígido para perpassar e distribuir entre os colaboradores, que vai desde o distanciamento social, cuidados com os grupos de riscos, a medição de temperatura das pessoas, entre

anos

Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, reforçou que setor trabalha por se tratar de serviço essencial, que é a alimentação, e que a comunidade precisa compreender o momento

outras. Dialogamos com o Ministério Público do Trabalho, com procuradores regional, com o Dr. Bruno Bianco (secretário especial do Trabalho do Governo Bolsonaro) e outros setores, cumprindo com nosso papel de apoiar”, informou. Ele ainda cita o caso dos Estados Unidos para explicar o protocolo enviado aos colaboradores das empresas desde os primeiros dias de pandemia no Brasil. “Lá nos EUA não se prepararam quando o vírus chegou. Aqui foi mandado normas, protocolo, no primeiro dia. Lá [EUA], foi de improviso. Eles tiveram que fechar várias empresas grandes por causa de um resultado de 40% a menos de produção, assim o preço foi para as nuvens”, conta. Setor sairá fortalecido, diz o presidente da ABPA De acordo com Turra, a situação do coro-

O amor de mãe nos permite realizar o impossível!

Feliz dia das Mães! www.bsbios.com

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navírus é pequena se comparado ao número de trabalhadores em frigoríficos em nível estadual e nacional. No Rio Grande do Sul, a margem de trabalhadores gira em torno de 120 mil pessoas, enquanto os casos notificados em fábricas estão na casa dos 200 casos notificados. “O número é baixo diante do processo macro. Brasil afora, temos notícias de 400 casos notificados num universo de 500 mil empregos só entre fábricas”, afirma. Segundo Turra, 70% dos frigoríficos não apresentam nenhum caso. Mesmo com toda a situação, as exportações mantêm resultados positivos. “A exportação de frango está ótima. O resultado no quadrimestre foi de 40% de crescimento nos suínos em relação ao ano passado; no frango, 6% mais alto que 2019”, completa. “O setor sairá fortalecido, não tenho dúvida, porque a demanda lá fora será ainda maior. Internamente, no Brasil, o consumo será menor por

causa da força da queda de renda, mas a demanda irá continuar”, explica Turra. Comportamento no “feriadão” de Páscoa Na concepção de Turra, o fim de semana de Páscoa foi usado por muitas pessoas para visitar familiares, inclusive em outras cidades. Este comportamento pode ter provocado a disseminação do vírus. “Este feriado ofereceu indicativos de que o vírus nunca esteve na JBS. Foi levado para lá por alguém que conviveu com uma pessoa infectada. Esta é a grande verdade”, declarou ele, referindo-se que não foi a empresa a causadora do foco. Depois disso, conforme o presidente, os protocolos de segurança foram reforçados para evitar a multiplicação dos casos. “Foram feitos testes, porém somos vulneráveis, não estamos numa redoma. Quem trabalha em qualquer lugar não está imune e o mundo ainda não descobriu algo concreto contra o vírus”, destacou. Os produtores Turra disse que existe preocupação com os produtores que estão sendo prejudicados com a interrupção da produção. Também não há como outras unidades frigoríficas assumiram o abate das que não estão operando por causa da capacidade limitada que possuem. “A luta responsável é a de apertar o cerco, arrumar melhor, dar mais proteção ao trabalhador, mas não pensar que é lá (no frigorífico) é o foco. O foco é tudo. Ele pode estar no local mais sagrado que existe”, comentou. Neste sentido, Turra defendeu que assim como as empresas são responsáveis por oferecer a proteção necessária para seus colaboradores, todas as pessoas também precisam estarem cientes de seu papel no combate a Covid-19. “Para resolver o problema, além de apertar os conceitos de proteção, deve haver a responsabilidade das pessoas que trabalham também, de não ir para lugares incertos, sem máscara, sem cuidado porque pode voltar com o vírus, perder a vida, perder o emprego que também é sagrado”, pontuou, acrescentando que o setor não demitiu nos últimos meses e até contratou.

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AGRO

FEBRE AFTOSA

Cobertura vacinal chega a 90% no rebanho gaúcho Foto: Ministério da Agricultura

Secretaria da Agricultura apresenta resultados de campanha de vacinação antecipada e apresenta caminho para Estado ser declarado zona livre de aftosa sem vacinação

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) apresentou na quintafeira (7) resultados preliminares da campanha antecipada de vacinação contra a febre aftosa, realizada de 16 de março a 24 de abril, e os próximos passos para o Rio Grande do Sul ser declarado zona livre de aftosa sem vacinação. Este ano, os pecuaristas gaúchos vacinaram ao menos 90,09% do rebanho de 11.254.305 milhões de animais (de um total de 12.492.170 milhões de bovinos e bubalinos). Os dados ainda estão sendo computados pela Seapdr e serão finalizados até 29 de maio. “O percentual de 85% já é considerado satisfatório, e a cobertura vacinal deve ser maior”, afirmou o secretário Covatti Filho, em live no Facebook. Conforme o secretário, a decisão pela suspensão da vacinação contra a febre aftosa depende do trabalho técnico do Departamento de Defesa Agropecuária para implementar e manter as ações de controle da enfermidade, da anuência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio de auditorias, do interesse e comprometimento dos setores produtivos no processo e da articulação política – Executivo e Legislativo – para a sustentabilidade do programa. “Estamos preparando a secretaria para a mudança de status sanitário. Queremos tornar o Estado livre de aftosa, livre de vacina e livre para crescer e abrir mercados mais exigentes e que remuneram melhor”, ressaltou Covatti.

O objetivo é tornar o Estado território ivre da frebre aftosa,abrindo mercado em países mais exigentes

da Saúde Animal (OIE) para a certificação. Logo após, em agosto, o Mapa fará a supervisão de acompanhamento do plano de ação e marcará nova auditoria para setembro. Em seguida, o Mapa deve realizar nova auditoria e encaminhar pedido para deliberação da OIE, em outubro. Em maio de 2021, a OIE pode reconhecer o Rio Grande do Sul como Estado livre de aftosa sem vacinação Medidas do Estado

O Estado já apresentou o plano estratégico e os projetos técnicos e de planejamento para defesa de sanidade Passo a passo para a evolução animal, com vigilância ativa, análise de rede e cuidados com a fronteira. De do status sanitário Neste mês de maio, inicia-se a conta- acordo com o secretário, a mudança de gem de um ano da Organização Mundial status sanitário será uma decisão téc-

nica, não política. “Estamos trabalhando tecnicamente em consonância com entidades representativas do setor e órgãos governamentais e de fiscalização. Todas as decisões serão com base em análises técnicas”, garantiu Covatti. A Seapdr elaborou plano de ação para atender às ações apontadas em relatório final de auditoria do Mapa. O plano contém 18 medidas, a maioria envolvendo correções de procedimentos como preenchimento de documentos e relatórios. Os dois principais apontamentos dizem respeito à contratação de 150 auxiliares administrativos para ampliar o quadro de pessoal e de fiscalização e a aquisição de 100 veículos, sendo 72 pelo Estado e 28 pelo governo federal.

Segundo o secretário adjunto da Seapdr, Luiz Fernando Rodriguez Junior, o Estado deve atender as medidas dentro do prazo estipulado, que é em agosto deste ano. A Seapdr também já publicou instrução normativa proibindo venda e aplicação da vacina e impedindo o ingresso de animais vacinados no Estado nos próximos 12 meses. O prazo para digitação e envio dos relatórios oficiais da campanha de vacinação termina em maio. Conforme a Seapdr, o custo anual estimado para a vacinação contra a febre aftosa é de R$ 228 milhões, considerando custos de vacina (US$ 2), logística, mão de obra e perda de peso dos animais - 20 milhões de cabeças, em duas etapas de vacinação.

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de unhas) que auxiliam a fixação dos microrganismos na pele e dificultam a limpeza efetiva.” salienta a infectologista do HC. No caso dos profissionais de saúde, o hábito de higienizar as mãos com frequência integra os protocolos de segurança do paciente das instituições de saúde. “As mãos são consideradas as principais ferramentas dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois é através delas que eles executam suas atividades. Assim, a segurança dos pacientes, nesses serviços, depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos desses profissionais.” pontua.

Técnica que auxilia na prevenção da Covid-19 deve ser realizada de forma correta

dia 5 de maio foi definido pela Organização Mundial da Saúde como data para conscientização sobre um gesto simples e que pode auxiliar na prevenção de diversas doenças: a higienização das mãos. Em virtude da pandemia do coronavírus, a ação recebe ainda mais atenção e tem sua importância reforçada não apenas para os profissionais de saúde, mas para toda a população, como uma atitude eficaz na prevenção da Covid-19. Conforme explica a médica infectologista do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo, Dra. Clarissa Oleksinski, o cuidado com a higiene das mãos ajuda no combate a diversos tipos de infecções. “A higiene das mãos é amplamente reconhecida como uma das principais estratégias para

a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde. O uso das técnicas adequadas de higiene de mãos contribui para evitar a disseminação de microrganismos, especialmente os multirresistentes”, diz. A higienização das mãos se tornou parte da rotina de todos, devido campanhas de prevenção ao coronavírus. “Para a população em geral, a higiene de mãos contribui de sobremaneira para evitar a transmissão de doenças infectocontagiosas. Dentre essas infecções podemos citar a influenza (gripe), a Covid-19, diversas infecções virais como herpes, rotavírus, hepatite (neste caso hepatite A), infecções bacterianas causadoras de diarreia, meningites, conjuntivites.” salienta a especialista.

A rotina de higienização das mãos Dra. Clarissa Oleksinski orienta sobre quais são os momentos em que é necessário lavar as mãos. “Sempre ao chegar em casa vindo da rua, ao manipular dinheiro, após utilizar o banheiro e antes de se alimentar ou preparar alimentos.” Porém, é necessário atenção para a higienização correta para que o procedimento seja eficaz. “A pressa em terminar o procedimento é o maior erro que as pessoas cometem. A lavagem completa das mãos deve durar entre 40-60 segundos, acompanhada de uma quantidade suficiente de água e sabão para cobrir todas as áreas das mãos e punhos. Deve-se atentar também para a presença de adornos (anéis, pulseiras, joias

Foto: Divulgação HC

Foto: Freepik

Higienização correta das mãos

Álcool em gel ou água e sabão: quando cada um é indicado? Uma das principais dúvidas da população é quando usar álcool em gel ou lavar as mãos com água e sabão, Dra. Clarissa esclarece que ambos têm a mesma eficácia. “Álcool em gel e água e sabão tem a mesma eficácia e são intercambiáveis, o que significa que podemos utilizar um ou o outro método. A higiene de mãos com água e sabão deve ser preferida quando há sujeira visível nas mãos, considerando o tempo necessário para cumprir todo processo (40-60 segundos). Já o álcool em gel é mais prático e pode ser utilizado quando não há sujeira visível nas mãos, devendo durar de 20-30 segundos, lembrando também de cobrir todas as áreas das mãos com a preparação alcoólica.” evidencia.

Dra. Clarissa Oleksinski é médica infectologista do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo

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Tecendo caminhos de cuidado na medicina de família e comunidade

Sobre mudanças Daviane Mezaroba Benvegnú Psicóloga formada pela Universidade de Passo Fundo, Psicanalista em Formação e membro associado no PROJETO – Associação Científica de Psicanálise, que tem como finalidade promover, transmitir e difundir o pensamento psicanalítico formando uma comunidade científica produtiva em Passo Fundo e região. Conta com atividades internas de seminários de cunho formativo para profissionais e estudantes e outras abertas à comunidade, sempre visando à inserção social da Psicanálise e integração entre o nosso afazer e a concepção de que as intervenções na cultura, educação e nas áreas médicas afins.

Natália Pedó Foto: Divulgação UPF

Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo e médica de Família e Comunidade

empos difíceis estes. Tempos de angústias, incertezas e medo. Tempos que nos pedem paciência, confiança e, sobretudo, cooperação. A crise do coronavírus parece ser apenas a ponta de um iceberg, trazendo reflexões sobre a nossa humana vulnerabilidade. Sobre nossa capacidade de cuidarmos uns dos outros. Sobre nosso sistema de saúde e a sua importância, agora mais do que nunca. Sobre um SUS que é de todos. Sobre um cuidado que dá certo quando tecido por muitas mãos. Nesse contexto, a Medicina de Família e Comunidade (MFC), especialidade médica que vem atuando há mais de 30 anos no Brasil, emerge na linha de frente ao cuidado em saúde da população brasileira, sobretudo vinculada à Atenção Primária à Saúde (APS). É uma especialidade predominantemente clínica, que desenvolve práticas em saúde dirigidas às pessoas, famílias e comunidades. Seu cuidado é centrado na pessoa (e não na doença), pautado na criação de um vínculo médico e indivíduo continuado, humanizado e terapêutico. O processo de saúde – adoecimento é visto como um fenômeno complexo, em constante interação com fatores biológicos, psicológicos, socioambientais e espirituais. Em países desenvolvidos, como Canadá e Inglaterra, a MFC é, também, a especialidade médica de

excelência da APS, a porta de entrada do SUS. Local onde, geralmente, estes médicos atuam lado a lado às suas comunidades. Compartilhando angústias e incertezas. Medo da morte. Desemprego. Preconceitos. Mas, também, acima de tudo, alegrias, olhares, abraços, sorrisos e conquistas. Neste exato momento milhares de MFCs estão espalhados Brasil afora fazendo o que fazem diariamente: enfrentando as crises lado a lado às pessoas de quem cuidam. Neste sentido, os MFCs são a base para o desenvolvimento de um serviço de saúde de alta qualidade, resolutivo e de baixo custo, com papel estratégico no pleno desenvolvimento da APS. Que cada MFC que, neste momento, está na linha de frente trabalhando incansavelmente se sinta valorizado. Que em tempos sombrios não esqueçamos que toda crise é uma oportunidade de reflexão e de traçar novas rotas. E que nesta nova trajetória as comunidades desassistidas venham a ser ocupadas por MFCs e equipes multiprofissionais que teçam, lado a lado, o cuidado humanizado e acolhedor que merecem. Para finalizar cito texto publicado recentemente pelo historiador e escritor Yuval Noah Harari, também citado pelo MFC Daniel Knupp, presidente da SBMFC: “Em tempos sombrios, onde a realidade tanto se parece com o filme de ficção já assistido diversas vezes, acalenta pensar que não apenas há uma luz no fim do túnel dessa nossa história mas que essa luz pode trazer nuances e matizes de cores mais cheias de vida do que aquelas que existiam no mundo que deixamos para trás”.

uando criança tive o privilégio de conviver com minha avó materna e lembro-me que foi numa dessas tardes de verão, quando eu ainda podia desfrutar de sua companhia sentada na varanda, que, ao avistar passar em frente a nossa casa um caminhão lotado de pessoas na boleia e carregado de coisas, assim ela falou: - Veja lá, estão de muda! Confesso que achei gracioso o modo da velha se referir a passagem do pequeno Mercedes Bens azul que transportava uma série de caixas de papelão, colchão, sofá e móveis enrolados em cobertores. Foi só dar o tempo de o caminhãozinho desaparecer no final do morro, que comecei a sabatina na intenção de que a vó esclarecesse sobre a origem e o destino daquela gente. Onde descarregariam aqueles objetos todos? Houve espaço suficiente para todos os seus pertences naquela carroceria? Sem obter uma resposta que desse conta de minha curiosidade, permanecemos nós duas em silêncio, numa brecha de tempo em que ela seguiu pensando, e eu, aflita por não tido a angústia de minha incerteza aplacada. Hoje, já passados tantos anos desde a cena ao lado de minha vó, torno a interrogar: Seria mesmo possível fazer uma mudança, seja ela qual for, sem precisar lidar com o desamparo? Teria alguma maneira de se realizar uma travessia, mudar de lugar, de vida, sem perder as referências? Foi resgatando esta terna lembrança que pude compreender que os períodos de mudanças têm dessas coisas: não se é mais o que era antes, mas também não é possível saber ao certo o que será. Fazer uma mudança frente à vida e ao modo

HOSP OLHOS

como nos relacionamos com ela, nos exige uma dose de coragem pois não poderíamos fugir de se deparar com o medo de perder nossa identidade. Abandonar um lugar conhecido para ir em direção a outro que não se sabe ao certo qual é, significa abrir mão de ilusões e desistir da crença de que permanecer no mesmo lugar poderia ser o caminho mais seguro. Ao que me parece, muito pode-se alcançar sobre este tipo de mudança, que se trata de algo bem profundo, quando nos disponibilizamos a trilhar os caminhos de uma análise pessoal. E os tratamentos psicanalíticos estão aí à serviço de contribuir nessa lida com as mudanças, quaisquer que sejam! Desta maneira, quando encaramos um processo interno de revisão sobre nós mesmos e sobre o mundo, as coisas vão acontecendo mais ou menos aos moldes da historieta que contei: Como entender o quê deve ir conosco e o que carece ficar para trás? Quem sou eu e o quero da vida? O que daquilo de nós mesmos que já não precisamos mais e que merece uma despedida e quais são os nossos bens, que fizeram parte de nossa história, que podemos aproveitar? Mudança diz respeito a um tempo de transição, de passagem de um lugar para outro, de movimentos. Quem está de muda, como dizia minha vó, sofre por ter que suportar o tormento de tudo estar fora do lugar. É como ter que transportar a mobília da casa, e pensemos a casa como nosso mundo interno, que por um período fica como que desmontado, precisando encontrar uma outra forma de encaixe. E por fim, saber que depois desse processo, nada mais será como antes.

Fotos: divulgação

DiÁriO DA MANhÃ - PASSO FUNDO e cArAziNhO, Sexta-feira, SÁBaDO e DOMiNGO, 8, 9 e 10 De MaiO De 2020

Olha Quem São Elas... Lindamir Rech, comemorou seu aniversário no dia 4 de maio, sendo alvo do muitas felicitações, embora o tempo não nos deixe muito espaço para comemorações o importante é ser lembrado com carinho os abraços estão a caminho e logo, logo chegarão. Desejamos a esta grande profissional da área da psicologia, mãe e esposa dedicada tudo que de melhor existir em sua vida, muita saúde paz e felicidade. Na foto uma lembrança maravilhosa de Linda esta com suas filhas maravilhosas Sofia e Virginia.

lurdesconto@hotmail.com Colunista do diário da Manhã

Na foto um ensaio lindo digno de ser registrado da mamãe Mayara Brotto Rosado Facco e a graciosa filha Cecília...Tem lembranças como esta que alegram a nossa alma e o nosso coração para sempre.

Quem esteve feliz da vida na ultima semana foi nossa querida Vânia Regina Bergonsi com o aniversário de seu filhote Luiz Augusto, eu como ela diz o seu Baby que comemorou seus 22 Anos de vida... vamos aproveitar as lindas palavras dessa mãe ao filho...com os votos renovados para este novo ciclo de sua vida que seja cheio de luz, saúde paz amor, alegrias e muitas vitórias ...Na foto Vânia Regina Bergonsi com o filho aniversariante.

Nádia Basso Da Silva profissional da psicologia Clínica e Especialista em Psicologia Jurídica, também comemorou seu aniversário do dia 2 de maio, data sempre lembrada por todos os seus amigos e familiares, em especial as pessoas de casa. Fazer ani-

versário é sempre uma comemoração de vida, vivemos mais um ano, aprendemos mais, temos mais histórias para contar, muitas pessoas que amamos longe, mais lindas mensagens chegaram e fizeram bem para nossa alma e nosso coração. Felicidades. Na foto uma lembrança familiar Nádia Basso da Silva, com o esposo Carlos Silva e a filha Ana Carolina Basso da Silva linda de viver ex- Rainha do Clube Comercial.

Bonitas palavras da mãe... Parabéns para uma princesa!! Marizete Artuso ao saudar a filha pelo seu aniversário “Ela nasceu em plena colheita pra dizer que veio pra lida! Essa taurina teimosa que sabe o que quer” Parabéns pelo seu aniversário querida Carolina Artuso, muita saúde e muito sucesso. E que a sua vida seja sempre símbolo de colheita farta. Na foto mãe e filha...

Nas palavras da aniversariante Mariana Momm Crusius, filha do casal de médicos Marcelo Crusius e Silvana Momm Crusius, podemos sentir que se trata de alguém muito especial...sabe que vivemos um tempo onde o pequeno é grande e a empatia é solidária em todos os momentos...”Meu aniversário foi simples e pequeno mas cheio de amor, esperança e fé. Obrigada amigos queridos pelos desejos de saúde e felicidades”. Parabéns minha linda pelo seu aniversário. Conserve sempre este teu sorriso lindo, e esta esperança, pois teu futuro te aguarda com mil conquistas para celebrar e sonhos para realizar.

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, Sexta-feira, SÁBADO E DOMINGO, 8, 9 e 10 DE MAIO DE 2020

O Nosso Carinho Especial Reconhecimento!!! aos aniversariantes!!!

Na ultima quinta feira dia 07 de maio, o Sr. Enio De Oliveira comemorou seus 70 anos. Na mesma data em que sua progenitora comemorou seus 92 anos. Prestigiado cidadão Passo Fundense sempre voltado para o bem comum, somando forças na política e no bem estar do povo desta terra. Não poderíamos deixar esta data duplamente comemorativa passar em branco, mesmo neste novo cenário mundial. Sabemos que as comemorações com a pandemia que assola o mundo, estão restritas aos mais próximos, mas as mensagens os abraços e o carinho chegaram por outras vias. E alegraram o coração dessa aniversariante, temos certeza, logo passará tudo e virão os novos temos, com muitas celebrações e abraços presenciais de familiares e amigos.Queremos através desta mensagem saudá-lo com os votos de muita saúde, paz e felicidade, e para a sua mãe que comemora 92 anos, tudo o que de melhor existir que Deus a abençõe grandemente. Na foto Sr. Enio com as Mulheres de sua vida sua filha Janaina De Oliveira e sua mãe Maria Antonia, aniversariante do dia. Sempre quando salientamos mulheres maravilhosas e suas filhas não podemos esquecer de pessoas que na verdade fazem a diferença em seu universo feminino, como por exemplo Sueli Marini uma grande mulher profissional,Mãe, esposa. E sua filha Fernanda Marini se supera em sua área de Marketing a levar alegria as pessoas sempre, pois além de trabalhar ela busca realizar projetos que envolvam atividades motivacionais para as crianças com dificuldades, que se realizam com o que presenciam. Parabéns e Feliz Dia das Mães ambas.

Comemorou seus 13 anos de vida, este ano de uma forma diferente à distância, mas os cumprimentos puderam chegar de todos os lados a jovem Eloize Munaretto Jerke. Na foto com sua mãe Ada Cristina. Nossos melhores votos de felicidades a Eloize

No último dia 5 de maio Terça-Feira, trocou de idade nosso querido amigo Jorge Roberto Anunciação, o pai de Geórgia e de Ramon e esposo de Sandra Martins Anunciação. Jorge é uma pessoa especial e para encontrar as palavras certas para saudá-lo precisaria muito adjetivos, mas tem alguns que a gente não abre mão: O Médico devotado ao exercício de sua profissão, o Pai presente de forma singular e o esposo amoroso, cronista, leio todas suas crônica retratam fatos que contemplam o cotidiano, sempre bem humorado, gosto da sua forma de abordagem. Eu ainda diria que Jorge é um ser humano gratuíto e solidário (são palavras que bem o definem). Agora em tempos de pandemia, mais do que nunca receba o nosso reconhecimento pelo seu competente trabalho na linha de frente salvando vidas. De forma alguma poderia deixar de falar no amigo, aquele amigo que todo mundo quer ter, que sabe ouvir e falar na hora certa, graças a seu carisma emblemático. Para este aniversariante sem dúvida o que de melhor existir sem restrição. Na foto o aniversariante com sua esposa Sandra Martins Anunciação e a filha Georgia.

Hoje Nosso Dia é Delas hoje e sempre...

Comemorou seu aniversário Marcia Biavatti Peruffo, uma pessoa de atividades mil voltadas a área do bem, ela atua como voluntária na Liga de Combate ao Câncer, em projetos sociais, somando forças como o Brasil sem Frestas,participa de eventos benemerentes empenhando sempre a sua prestigiosa colaboração, não poderíamos deixar o aniversário passar sem as nossas felicitações, mesmo que há distância, os abraços ficam para depois. Na foto Márcia esta com as voluntárias da Liga Feminina de Combate ao Câncer

Quem comemorou aniversário também foi à médica especialista em Cardiologia e Medicina Interna Rô C. Motta Deponti, ela que está atuando na linha de frente junto aos pacientes da Covid-19 no Hospital São Vicente de Paulo e na Secretaria da Saúde, empenhada em salvar vidas, receba o nosso carinho com os votos de muita saúde, força e parabéns pelo profissionalismo, nosso reconhecimento ao valor de seu trabalho. Na foto a aniversariante está com o esposo Jean Deponti.

Dia das Mães Ainda dá tempo de garantir o melhor presente garantir o melhor presente para a pessoa mais especial: sua mãe! A Botas Gabriel traz para você diversos modelos de botas, sapatos, sapatilhas, bolsas, cintos e carteiras que irão criar looks incríveis!

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Liga de Combate ao Câncer de Carazinho

Nesta semana a Liga de Combate ao Câncer de Carazinho recebeu a doação de 100 máscaras, para serem distribuídas aos seus pacientes. A doação foi feita pela Sra Rosane Ma, juntamente com um cartão, agradecendo e reconhecendo todo o trabalho que a Liga faz.

2 Aninhos da Carmel A pequena Carmel Pasquatto Suzin, na segunda-feira (4), completou 2 anos de idade. Filha de Guilherme Gomes Suzin e Adriele Pasquatto. Com o Corona Vírus a comemoração foi em casa, só para os mais íntimos, mas o bolo e os parabéns não faltaram. Carmel, continue sendo esse serzinho de luz, encantamento, fofura e amor.

15 Anos da Giovana No dia 30 de abril, foi uma data muito especial e inesquecível para Giovana Moraes da Silva, pois ela completou 15 anos de idade. Os pais, Ivana Moraes e Gustavo da Silva, tem muito orgulho da menina mulher que ela se tornou. As comemorações tiveram que ser remarcadas para quando acabar a pandemia. Giovana, muitas felicidades, saúde e sucesso! Que você realize todos os seus sonhos!

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CORONAVÍRUS

PASSO FUNDO

Foto Arquivo Diário

Prefeitura interdita atividades da JBS por mais 15 dias

Bandeira vermelha é mantida na região de Passo Fundo Foto Felipe Dalla Valle | Palácio Piratini

Na ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, todos em Passo Fundo por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com por REBECCA MISTURA rebecca@diariodamanha.com

Frigorífico retornaria neste sábado (09)

Com retomada do funcionamento prevista para este sábado (9), a Prefeitura de Passo Fundo emitiu uma interdição cautelar com a suspensão de todas as atividades no frigorífico JBS, por 15 dias a partir desta quinta-feira (7). A medida é fundamentada no entendimento da Vigilância em Saúde do Município de que foram desrespeitadas regras sanitárias e epidemiológicas, o que pode colocar em risco a saúde de toda a população. Ainda no entendimento da Vigilância, a empresa deveria providenciar monitoramento de todos os trabalhadores afastados, o que não teria ocorrido. A interdição municipal não tem relação com a decisão da Justiça do Trabalho, que trata da relação entre empregados e a empresa. A interdição municipal trata da busca da proteção de toda a população.

econo

Histórico A unidade da JBS em Passo Fundo foi totalmente interditada no dia 24 de abril, após fiscalização da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério da Economia. O motivo da interdição foi o fato de o frigorífico ter se tornado um foco de coronavírus com 19 trabalhadores testados positivos para a doença. Junto a isso, o Ministério Público do Trabalho também abriu inquérito devido a facilidade de contaminações entre funcionários pela falta de cuidados. O número de infectados por coronavírus entre os funcionários ainda subiu para 48. O juiz do trabalho da 2ª Vara do Trabalho de Passo Fundo, Luciano Ricardo Cembranel, determinou na segunda-feira (04) que a JBS poderia retomar a partir deste sábado (9). A unidade da JBS em Passo Fundo tem mais de 2.400 trabalhadores.

m transmissão realizada por rede social, na tarde de quinta-feira (7), o governador Eduardo Leite anunciou que a bandeira vermelha deve ser mantida nas regiões de Passo Fundo e Lajeado. O indicador no nível vermelho prevê que o comércio deve seguir fechado. “O número de internações ontem subiu, então mesmo que haja novos leitos, esse crescimento no número de internações, tanto em Passo Fundo quanto em Lajeado, não torna possível o abrandamento das restrições nesse momento”, anunciou Leite. Na última segunda-feira (4), o governador anunciou a habilitação de 136 leitos de UTI aos hospitais do Estado, que dependiam de liberação do Ministério da Saúde. Na denominada “Região Covid” de Passo Fundo, que abrange 24 hospitais, é possível observar uma taxa de ocupação 83.5% dos leitos de UTI. São 96 leitos ocupados de um total de 115. Destes, 20 são pacientes confirmados com Covid-19.

Eduardo Leite afirmou que bandeiras serão reavaliadas semanalmente no Estado

DIA DAS MÃES e o comércio Mesmo com o reconhecimento do Dia das Mães como importante data para o comércio, o governador ressalta a política de conciliação da vida e atividades econômicas, mas que prioriza as vidas. “O município de Passo Fundo no momento tem o mesmo número de mortes de Porto Alegre, e o sistema de saúde lá compromete também o atendimento a outros municípios, que conjuntamente tem esse nível de restrição”, diz. “Tentando fazer

essa conciliação, nós mantivemos as atividades sem aglomerações e contato, por meio de alternativas como delivery e drive-thru, sem estimular a circulação de pessoas e manuseio de produtos, que são riscos”, enfatiza. NOVA AVALIAÇÃO NO SÁBADO Na transmissão, Leite ainda afirmou que no sábado (9) deve haver reavaliação das bandeiras, com levantamento dos dados da semana, mas não sinaliza que deve flexibilizar os indicadores das duas regiões.

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COLUNISTAS

RODA VIVA

Arlete Rohde Mãe é Mãe Sempre. Em todas as circunstâncias: boas, difíceis, conflitantes. Ser mãe é ser um milhão de coisas ao mesmo tempo: educadora, amiga, conselheira, confidente. De tudo um pouco. Ser mãe é saber escutar com o coração, aconselhar com a razão e consolar com ternura. É ter sensibilidade para os problemas que surgem no caminho da vida dos filhos, pequenos ou grandes. E amar sempre. Mãe é mãe desde o nascimento do filho, ser pequenino e indefeso, que precisa de cuidados e muito carinho. Exige muita paciência (que só mãe saber ter) para zelar ao lado do berço noites sem fim, levantar de madrugada para as tradicionais trocas de fraldas e mamadeiras, compreender seu choro e resmungos, quando ele ainda não consegue falar...

Mas, tem também a alegria da primeira palavra balbuciada, dos primeiros passos dados com segurança, das primeiras fraldas abandonadas... Então vem a infância com todos os lances de pequenas birras à mesa, para não comer salada verde, preocupações com as quedas de bicicleta e esfolar dos joelhos; as lágrimas com as primeiras brigas, a saudade de amiguinhos que se mudam para outras cidades... a desilusão por etapas não conquistadas. A adolescência surge, quando é o período que exige mais compreensão da mãe. São as indecisões do filho, seus medos infundados, suas dúvidas com o que fazer, o desgaste na escolha dos compromissos, a falta de confiança nos mais velhos. Também o direito de querer sair à noite, da liberdade de ir para onde quiser, dos momentos de insubordinação e rebeldia, que levam a mãe a ter que recorrer à autoridade do pai...

Filhos criados “Filhos criados – cuidados dobrados” diz o ditado, que é uma verdade em todos os tempos. As corridas de carro, as boates, a Universidade na cidade grande, as primeiras namoradas... Mas tem também a alegria da formatura, do primeiro emprego, do casamento, da formação de uma nova família, dos netos queridos chegando... E a mãe descansa quando? Nunca. Mãe é para sempre. Contudo, as alegrias e partilhas feitas ao longo do tempo são muitas, e cheias de significado. Cada mãe tem uma história (bonita) para contar, e de que se orgulhar. Neste domingo, consagrado a todas as mães que elas tenham momentos de descanso e felicidade. Parabéns mães de hoje e sempre

Desfile de máscaras

Mensagens de esperança

Vejo máscaras por todo o lado. Brancas, coloridas, com bichinhos, flores e corações. Máscaras negras que lembram os bandidos dos faroestes de antigamente... Usem máscaras aconselham as autoridades. E elas aparecem em toda parte. Nas ruas, no interior de ônibus, trens, automóveis. São um item a mais para completar o traje diário de todas as pessoas, até das crianças. São também a proteção indispensável contra o coronavirus que está atacando pra valer, no mundo inteiro. Portanto, o lembrete: Usem máscaras, amigos.

Elas superlotam o mundo virtual. São importantes, mas algumas, repetitivas. Trago duas de revistas que me impressionaram sobremaneira: “Toda crise tem início, meio e fim. E há algumas palavras de ordem para enfrentar uma crise: serenidade, solidariedade, esperança e mudança.” (Abílio Diniz, empresário,Veja) “Queria que as pessoas entendessem: o futuro só será sombrio se deixarmos. Que precisamos ter amor próprio, gratidão e passar isso adiante.”(MelissaTobias, designer, também na Veja).

A FÉ CEGA Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XIX, há um item que trata da condição da fé inabalável. Em tempos de pandemia mundial, conheci, nesta semana, um rapaz que dizia não estar preocupado com o Novo Coronavirus por ser uma pessoa de muita fé. Em seu discurso, as medidas de isolamento social, utilização de máscara em locais públicos, procedimentos de assepsia (lavar as mãos, utilizar álcool gel etc...) seriam dispensáveis ante sua crença. Lembrei-me de uma leitura de o Evangelho e a transcrevo na íntegra: “A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.” Era um rapaz de muita fé, sem dúvidas, mas a sua cegueira era tamanha que, por maior que fosse o que chamava de fé, não passava de um escravo de uma religião, sem liberdade para utilizar de sua inteligência e da possibilidade de decidir o que lhe seria melhor. Devemos ter fé, mas aquela que possa ser definida como a fé raciocinada.

SEGURANÇA

por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com

PRF intercepta drogas que vinham para Passo Fundo Apreensão de 20 quilos de cocaína e dez quilos de cocaína ocorreu na BR 470, em Santa Catarina

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Caminhoneiro que se acidentou morre em hospital Olides Campagnolo estava internado no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e não resistiu à colisão

O caminhoneiro Olides Campagnolo, de 51 anos, que havia se acidentado na colisão de dois caminhões na terça-feira (7) morreu no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo na tarde de quinta-feira (7). O motorista estava internado no HSVP des-

de terça-feira, após o acidente na BR-285, nas proximidades da unidade da Coca-Cola. O acidente envolveu duas carretas, com placas de Nova Alvorada e de Canoas. O motorista que morreu ficou preso nas ferragens após a colisão. O outro condutor não ficou ferido.

Foragido com grande ficha criminal é preso em Passo Fundo

Dois homens, de 19 e 38 anos, foram presos por tráfico de drogas

ma apreensão de 20 quilos de cocaína e dez quilos de cocaína que vinha para o Rio Grande do Sul foi interceptado na manhã de quinta-feira (7) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina. O flagra ocorreu na BR 470, em Campos Novos/SC. Os policiais do Núcleo de Operações Especiais da PRF abordaram um Fiat/Linea, com placas de Campo Largo/PR, na rodovia. O veículo seria usado como batedor

A Brigada Militar, por meio do 2º Esquadrão, efetuou a prisão de um foragido na madrugada desta quarta-feira (6), na Rua Martins Fontes, no bairro São Luiz Gonzaga, em Passo Fundo. De acordo com informações da polícia, a guarnição realizava atividades de policiamento ostensivo e preventivo e realizou a abordagem em um homem.

Em consulta ao sistema, foi constatado que tratava-se de um foragido do sistema prisional, com vasta ficha criminal. Ele tinha antecedentes criminais por roubos e furtos. O preso foi conduzido até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para registro da ocorrência e posteriormente recolhido ao Presídio Regional de Passo Fundo (PRPF).

de um outro que viria na sequência. Em seguida, os policiais rodoviários federais interceptaram um Ford Fiesta, com placas de Curitiba, no Paraná, onde estavam as drogas guardadas dentro de uma mala de viagem no porta-malas. Os motoristas dos dois carros, de 19 e 38 anos, ambos paranaenses, confessaram que estavam levando a cocaína e maconha desde Curitiba até Passo Fundo. Eles foram presos por tráfico de drogas.

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por KLEITON VASCONCELLOS kleiton@diariodamanha.com

Atletas da região falam sobre o futebol de Hong Kong Fotos Divulgação

Atacante Léo Peres, de Passo Fundo, permanece na Ásia, enquanto Everton, natural de Soledade, voltou ao Brasil com a parada das competições

Léo Peres atua no Eastern District

pandemia do novo Coronavírus iniciou em Wuhan, na China. A Covid-19 logo se espalhou pelo mundo e paralisou diversas atividades, entre as quais o futebol. Atuando em Hong Kong, próximo de ontem teve início a pandemia, dois jogadores da região falam sobre a situação do esporte no pequeno país. Um, inclusive, permaneceu na Ásia, enquanto outro retornou ao Brasil. Natural de Passo Fundo, Léo Peres está há meia década no futebol de Hong Kong. Além de jogador, também exerce a função de coach - treinador – em escolinhas. “Quando a doença apareceu aqui, foi tudo muito novo, não havia nenhuma experiência em outro país. Aqui o governo tomou inciativas de início, fechando escolas e locais com aglomeração. Assim sendo, o esporte parou. Teve muito êxito, o povo teve disciplina nos cuidados” conta Peres. Com a decisão do governo em fechar escolinhas, academias e campos, a solução encontrada pelo passo-fundense foi dar aulas individuais, seguindo os protocolos de cuidado. Desta forma, a rotina sem os jogos inclui treinos de manutenção do condicionamento físico pela manhã e aulas para os alunos pela tarde. Quanto ao futebol, tudo parado. Atacante do Eastern District FC, da divisão intermediária, Léo Peres conta que o time disputou 12 jogos válidos pelo primeiro turno do campeonato. Mas a competição está paralisada desde janeiro. “A Liga foi encerrada, sem acesso ou descenso. Agora vai iniciar em setembro uma nova edição” diz. Já a liga principal tentou continuar, mas houve um pico de casos de Covid-19 e o campeonato foi cancelado. A Copa também parou, mas vai retornar em junho para encerrar em setembro. Léo Peres optou por não voltar ao Brasil. Conforme ele, “não sabíamos como seria uma viagem longa ao Brasil, passando por vários aeroportos. Acabou que eu resolvi es-

Jogador Everton está há cinco anos em Hong Kong

perar e como havia compromissos com aulas aqui, segurei o retorno. Mas não descarto a possibilidade de ir ao Brasil ainda em maio ou junho”.

Everton voltou A temporada em Hong Kong paralisou na décima rodada, em virtude da pandemia do Coronavírus. Dentre os vários brasileiros que disputam o torneio., um gaúcho vem se destacando. Autor de quatro gols em nove jogos - sua equipe está com uma partida pendente - e já há cinco anos no país, Everton retornou ao Brasil nessa pausa. Natural de Soledade, o atacante do Eastern falou sobre o futebol honconguês. “São onze equipes disputando a primeira divisão. Meu clube é um dos principais do país. Já estou neste time há duas temporadas, defendi outros três times aqui (BC Rangers, Yuen Long e Won Tai Shin). São jogos muito disputados pois eles exigem muito do condicionamento físico. Além da Liga, temos outras três Copas no país, e Graças a Deus estamos no final de duas. A previsão de retorno da Liga é em agosto, mas o meu retorno ao país é em junho”, disse. Everton quase largou o futebol e acabou jogando futebol amador até os 23 anos, até que surgiu a oportunidade de tentar a sorte no futebol asiático. Hoje com 28 recordou o início. “Nas categorias de base eu tive uma passagem pelo Juventude, de Caxias e depois passei no Paranavaí, do Paraná, então depois sai para servir o exército onde fiquei um ano e depois já com 20 anos estava jogando apenas amador e com 24 anos tive a oportunidade de ir para Hong Kong para um teste. Fui aprovado e já estou a 5 anos. Já fui artilheiro na temporada retrasada, vice-campeão também. É um país muito bom para se viver”, comentou. Na Liga, a equipe de Everton ocupa a quinta colocação, com 16 pontos. a liderança é do R&F, que tem quatro pontos a mais e um jogo a mais.

Com a paralisação dos jogos, Léo ajudou na campanha contra o coronavírus

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Passo Fundo Shopping prioriza segurança e conforto para o Dia das Mães pelos canais on-line ou telefone e retirar os produtos sem sair do carro na porta do shopping. Em um período em que o cuidado é a palavra chave para a segurança de todos, as mães poderão receber um carinho de seus filhos, mesmo que a distância. O funcionamento é de segunda a domingo, das 12h às 18h, e o ponto de retirada dos produtos é no estacionamento externo, junto à porta de entrada da Presidente Vargas. Após a venda realizada, cada loja agendará com o seu cliente a data e horário para retirada, mas também pode receber por telentrega, como já vem acontecendo.

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om a proximidade do Dia das Mães, o Passo Fundo Shopping implementou o sistema take-away, ampliando as possibilidades de atendimento, já que as lojas que estão funcionando com delivery e/ou telentrega seguem normalmente. O formato está de acordo com as novas medidas de isolamento social orientadas pelo governo do estado e prefeitura municipal no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Denominado de Delivery Point, o novo sistema permite aos consumidores comprar nas lojas do shopping diretamente

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