+ Saúde 08/06/2019

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DIÁRIO DA MANHÃ PASSO FUNDO E CARAZINHO

SÁBADO E DOMINGO, 8 E 9 DE JUNHO DE 2019

ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR

Treino semanal promete definir corpo em 20 minutos Por meio de impulsos elétricos, atividade movimenta mais de 300 músculos do corpo ao mesmo tempo | Págs 4 e 5


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endereços

aconteceu

Passo Fundo Centro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494

Rua Teixeira Soares, 808 - Centro (54) 3316-4000 Hospital São Vicente de Paulo - IOT (54) 3045-9700 Hospital de Clínicas de Passo Fundo Rua Tiradentes, 295 - Centro/Annes (54) 2103-3333 Hosp. Psiquiátrico Bezerra de Menezes

Os oncologistas clínicos do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado e Dr. Alex Seidel, participaram do Innovation Day, que ocorreu nesta sexta-feira, 24 de maio, em Porto Alegre. O evento foi promovido pelo grupo Roche e abordou as atualizações do câncer de mama e de pulmão. A programação contou com temas como imunoterapia e terapia alvo, o surgimento de novos biomarcadores e assuntos relacionados ao futuro dos tratamentos destes dois tipos de câncer.

R. Ouro Preto, 240 - Vila Dona Eliza (54) 3046-7501 Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 - Centro (54) 3316-4500 Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José (54) 3318-0200 Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 - Centro (54) 3313-5100 Bombeiros 193

Carazinho Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde ‎(54) 3329-2506 / 3329-2448 Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Sec. Municipal de Saúde e HCC

Tricô do bem

Médico do HSVP defende tese de Doutorado O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Daniel Navarini, integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, realizou a defesa pública de sua Tese de Doutorado no dia 08 de maio. Dr. Navarini fez doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e foi aprovado com Conceito A, de todos os membros da banca de avaliação, recebendo o título de Doutor em Cirurgia pela UFRGS. A tese de doutorado foi orientada pelo Prof. Dr. Richard R. Gurski e co-orientada pelo Dr. Carlos Augusto Madalosso e o desenvolvimento do artigo científico teve colaboração do

Dr. Alexandre Tognon, Dr. Fernando Fornari, Fábio Barão e Dr. Guilherme Campos, de Virginia,US. Dr. Navarini é especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Membro Titular/Especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Professor da Faculdade de Medicina da UPF, Mestre e agora Doutor em Cirurgia pela UFRGS.

(54) 3331-4510

Diretora Comercial: Eliane Maria Debortoli

jornalista responsável Aline Prestes - RP 19.015

Bombeiros

Editor Interino: Kleiton Vasconcellos - RP 10.791

Foto de Capa: Foto: divulgação internet

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Oncologistas participam de evento sobre câncer de mama e de pulmão Foto: Divulgação CTCAN

Rua Uruguai, 2050 - Centro

No dia 22 de maio, Enfermeiras e alunos do Curso Técnico de Enfermagem da Escola de Educação Profissional do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, participaram de um evento junto ao 1º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar. Correspondente ao Maio Amarelo, a ação tinha o objetivo de visar a redução de acidentes e mortes no trânsito. O evento aconteceu na sede do Batalhão Rodoviário da Brigada Militar, na saída para Marau e teve como público alvo os motoristas caminhoneiros que passavam pelo local para a realização de exames de saúde, além de receber orientações voltadas a saúde e prevenção de doenças.

Fotos: Assessoria de Comunicação HSVP/ Divulgação

Hospital São Vicente de Paulo

Enfermeiras e alunos do da Enfermagem do HSVP participam de ação

Uma vez por semana, as voluntárias do Programa de Ação Social e Educativa do Centro de Referência e Atenção ao Idoso (Pasec/Creati), ligado à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade de Passo Fundo (VREAC/UPF), se reúnem para fazer tricô. Além de uma ação que tem como propósito ajudar quem precisa, a atividade é uma terapia para as integrantes do Creati, que, em sua maioria, estão aposentadas e agora trabalham para ajudar o próximo. O trabalho funciona por meio de arrecadações e doações e as peças confeccionadas são doadas para creches, escolas, pediatria e maternidade e também para instituições de longa permanência para idosos de Passo Fundo. Os interessados em doar novelos de lã ou em se tornar voluntário devem entrar em contato pelo telefone (54) 3316-8580. Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800


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teste do pezinho

Tire as principais dúvidas sobre o exame Foto Divulgação

Realizado a partir de sangue coletado do calcanhar do bebê, permite identificar, prevenir e combater doenças graves

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o dia 6 de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A data foi criada para lembrar que, com apenas uma pequena picada no calcanhar do recém-nascido, o exame de triagem neonatal detecta doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que podem causar lesões irreversíveis no bebê. A maioria das doenças detectadas pelo teste pode ser tratada antes mesmo que os sintomas apareçam. A descoberta precoce proporciona melhores resultados nos tratamentos e maior qualidade de vida para as crianças. Mas você sabe como funciona esse exame popularmente chamado de “teste do pezinho” e que é obrigatório no país? A pediatra Ana Paula Sakamoto, tira algumas dúvidas sobre o exame.

Qual a importância de realizar o teste? O teste do pezinho, ou triagem neonatal, de acordo com a pediatra, é capaz de identificar recém-nascidos com alta probabilidade de apresentar algumas doenças. A médica lembra que o teste por si só não faz o diagnóstico, pois a maioria dos bebês não manifesta nenhum sinal ou sintoma nos primeiros dias de vida. Por isso, quando o resultado dá positivo é preciso realizar exames específicos, para então, confirmar o diagnóstico. Por que o sangue é retirado do calcanhar? A escolha por retirar as gotas do calcanhar é feita por ser uma região rica em vasos sanguíneos, tornando a intervenção menos dolorosa ao bebê.

Quando deve ser feito o teste? O ideal é que o teste seja coletado 48 horas após o nascimento do bebê, de preferência entre o terceiro e o quinto dia de vida. Este período, segundo a especialista, deve ser respeitado para aumentar o raio de identificação de doenças, já que nas primeiras horas de vida algumas enfermidades não são detectadas. Assim como realizar o procedimento antes do tempo sugerido não é aconselhável, coletar depois deste período também. Ana Paula ressalta que isso pode atrasar as intervenções e o tratamento específico caso seja detectado algum problema.

Teste do pezinho é capaz de identificar, prevenir e combater doenças graves

A amamentação pode interferir no resultado? Sim. De acordo com a especialista, é importante que a coleta seja feita após 48 horas de amamentação, pois a análise pode sofrer influência das alterações hormonais e metabólicas que naturalmente ocorrem com a transição da vida fetal para a vida pós-natal. No caso da fenilcetonúria, doença que pode ser identificada no teste, é necessário que o bebê tenha recebido alimentação proteica, ou seja, leite materno ou fórmula láctea, por no mínimo 24 horas antes da coleta.

Há diferentes testes de pezinho? Qual a diferença entre eles? Atualmente existem quatro tipos de exames, e a escolha, como lembra Ana Paula, deve ser ponderada entre os pais e a equipe médica. Teste Básico: Obrigatório por lei em todo país e disponível na rede pública. Neste tipo, são testadas as doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito, Doenças Falciformes (DF) e outras Hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) ou Hiperplasia Congênita da Supra-renal e Deficiência de Biotinidase (DB). Teste Ampliado ou MAIS: Neste procedimento está incluso o teste de todas as doenças do Básico, mais Deficiência de G6PD, Galactosemia, Leucinose, Toxoplasmose congênita. Teste Expandido ou SUPER: Compõe a triagem de 48 doenças – 10 doenças triadas no teste Ampliado mais 38 outras doenças. Teste para imunodeficiências congênitas (SCID e AGAMA): Detecta um grupo de doenças genéticas graves que se caracterizam pela não produção de células de defesa T e/ou B, nem de anticorpos protetores.


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eletroestimulação muscular

É possível definir o corpo com um treino semanal de 20 minutos? Fotos Divulgação

Tecnologia promete movimentar 300 músculos do corpo ao mesmo tempo, através de impulsos elétricos

Por ser rápida, a eletroestimulação muscular é uma ótima opção para quem tem a agenda apertada ALINE PRESTES aline@diariodamanha.com ANA CAROLINE HAUBERT anacaroline@diariodamanha.com

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ocê já deve ter visto fotos nas redes sociais de pessoas, principalmente famosos, usando um colete repleto de fios e placas. A roupa em questão é o equipamento de eletroestimulação muscular, uma tecnologia alemã que

virou mania fitness das estrelas e chegou na região. Através de um aparelho que emite uma corrente de baixa frequência bipolar e movimenta até 300 músculos ao mesmo tempo e o melhor, garantindo ser necessário apenas de 20 minutos de treino semanal. Os exercícios são feitos com velocidade lenta e sem peso, já que as muitas sensações fazem com que executar o treino até o fim já seja um desafio. O intuito é, claro, obter um corpo sarado mais

rapidamente e melhorar a performance em outras práticas. Os atletas Usain Bolt e Cristiano Ronaldo, por exemplo, já se declararam fãs. Em Passo Fundo, a prática é oferecida pelo educador físico, doutorando em farmacologia e treinador certificado da Miha, Iuri Della Pace. Iuri explica que havia escutado sobre a técnica ainda no início de 2017 e começou a pesquisar sobre a tecnologia, base dados e artigos científicos. “Eu queria saber se havia comprovação científica,

porque não adianta a gente trazer um equipamento sem saber se realmente funciona, se cumpre o resultado prometido. Foi assim que conheci a Miha, que oferece um sistema completo de treino, a com praticidade e conforto para que toda a musculatura, inclusive a mais profunda, seja estimulada simultaneamente por impulsos elétricos”, relata. Para realizar o treinamento é necessário utilizar um traje funcional de alta tecnologia, que inclui um colete com eletro-


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Iuri Della Pace educador físico, doutorando em farmacologia e é treinador certificado da Miha em Passo Fundo

físico explica que cada aluno deve ser observado seu estado de saúde, se tem histórico de problemas cardíacos, doenças tumorais, entre outros. “Antes de um novo aluno realizar uma aula, eu avalio cada detalhe da sua saúde, levando em conta se ele pode realizar a prática ou não, porque

afinal, como qualquer atividade é preciso observar a característica da pessoa”, comenta Iuri. Por ser rápido, é um método ótimo para quem tem a agenda apertada, mas não é permitido fazer todos os dias, segundo Iuri. “O ideal é realizar um in-

tervalo de quatro dias, claro dependendo da intensidade. Pela contração muscular muito intensa, acorre aumento das enzimas musculares, que acaba gerando fadiga. É necessário dar tempo para o corpo metabolizar tudo isso para poder ter um novo estímulo”.

MITOS E VERDADES DA ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR É possível levar um choque elétrico sério durante o exercício? MITO: O treinamento com eletroestimulação imita o princípio natural de contração muscular, que é um resultado da interação entre o cérebro, o sistema nervoso central e o tecido muscular. O equipamento usa um estímulo de baixa frequência para ativar as contrações exclusivamente dos músculos esqueléticos e um personal trainer irá garantir que o treinamento seja ajustado de forma ideal a quem pratica. É possível gastar a mesma quantidade de calorias em uma sessão de eletroestimulação que gastamos em uma hora de musculação? VERDADE: As estimativas variam entre 300 e 500 calorias por aula. Mas esta medição é difícil, pois o tempo que o corpo leva para se recuperar de um treino com eletroestimulação de corpo inteiro, que trabalha cerca de 300 músculos e de uma maneira profunda, é mais longo do que o tempo necessário para a recuperação de um treino convencional. E este processo de recuperação demanda energia, aumentando o metabolismo e contribuindo para a perda de gordura. Pacientes cardíacos podem praticar as sessões de eletroestimulação? VERDADE: Há estudos que apontam efeitos extremamente positivos na utilização da eletroestimulação em pacientes cardíacos. Vale lembrar que o treinamento com eletroestimulação tem como principal objetivo o fortalecimento muscular, algo importante no processo de recuperação de diversas patologias. Mas, naturalmente, há vários tipos diferentes de problemas cardíacos, com diferentes níveis de intensidade. Por isso, nestes casos, é recomendável uma avaliação médica individual.

Para fazer os exercícios de eletroestimulação existe limite de idade? Uma Idade mínima ou uma idade máxima? MITO: Não existe um limite de idade. Definimos uma idade mínima de 16 anos, mas o treino com eletroestimulação é muito versátil e pode ser realizado por pessoas de diferentes idades. Além da experiência positiva com nossos alunos – temos diversos alunos com idade superior aos 60 anos – há também um corpo de pesquisas que apontam os benefícios deste tipo de treinamento para pessoas da terceira idade. A partir dos 40 anos o corpo passa a perder massa muscular. Deste momento em diante um exercício de fortalecimento passa a ter importância também no aspecto de saúde e qualidade de vida. Uma característica interessante é que o treinamento com eletroestimulação não tem impacto, o que pode facilitar a atividade à indivíduos com alguma restrição articular ou de mobilidade. Crianças não podem praticar? VERDADE: Por política, estabelecemos uma idade mínima em 16 anos. Idosos podem fazer as sessões de eletroestimulação? VERDADE: Não há restrição para pessoas com mais idade. Eletroestimulação substitui o aeróbico? MITO: O treino com eletroestimulação é o mais eficiente método de treinamento de força que existe atualmente. A conveniência do método – os resultados são obtidos com apenas um treino por semana – vem de um desenvolvimento tecnológico de ponta e de um forte embasamento científico. Porém, a eletroestimulação não é uma solução mágica, capaz de substituir todas as atividades físicas ou uma rotina de vida saudável. Os efeitos em termos de condicionamento cardio respiratório não são significativos e por isso sugerimos e incentivamos nossos alunos a praticar outras atividades.

Fonte: Miha Brasil

dos que, ao ser umidificado com água, permite a condução da eletricidade. O colete é conectado a uma unidade de controle, com inúmeras funções de treinamento. “A Miha possui três funções básicas: fortalecimento, metabolismo e relaxamento muscular. A partir destas, é possível a geração de múltiplas outras aplicações de acordo com os objetivos e a necessidade de cada usuário. Para entender, o treino convencional hoje, ele atinge até três níveis de fibra muscular, como a eletroestimulação é possível atingir até oito níveis de fibra muscular”, explica Iuri. Além disso, Iuri cita os benefícios obtidos com a eletroestimulação muscular, explicando que antes da décima sessão os resultados já são evidentes. “Tonificação de diferentes músculos, redução de gordura corporal e flacidez, aumento da capacidade dos treinos de alto desempenho, melhora na força, aptidão, resistência e estética corporal; estímulo do fluxo sanguíneo na pele, aumento duradouro de consumo de energia pelo corpo, entre outros”, relata. Já sobre contraindicações o educador


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espaço de convivência

HCC oferece ambiente acolhedor a pacientes e familiares da Oncologia Fotos Divulgação HCC

A obra foi viabilizada com recursos doados pela família Pacheco, como forma de homenagem a filha , falecida há alguns anos

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Inauguração ocorreu no dia 04 deste mês

serviço de Oncologia do Hospital de Caridade de Carazinho é referência para uma população de aproximadamente 200 mil habitantes. Nele, são atendidos pacientes oriundos de 20 municípios, sendo sete pertencentes à 6ª Coordena-

doria Regional de Saúde (CRS), com sede em Passo Fundo, e 13 à 15ª CRS, com sede em Palmeira das Missões. Muitas dessas pessoas deslocam-se a Carazinho com o transporte oferecido por seus municípios, o que, por vezes, resulta em algumas horas de espera antes

Obra foi viabilizada com recursos doados pela família Pacheco

e após o atendimento. Diante desse fato, com o objetivo de proporcionar a esses pacientes e a seus familiares um ambiente acolhedor, confortável e aconchegante para esses momentos de espera, o HCC inaugurou, no dia 04 deste mês, um novo espaço de convivência. A obra foi viabilizada com recursos doados pela família Pacheco, como forma de homenagem a filha Bruna Pacheco, falecida há alguns anos. Além disso, contou com a parceria do arquiteto Vinícius Weber. Durante o ato de inauguração, Risoleidi e Jânio Pacheco elogiaram trabalho realizado pela direção do hospital e ressaltaram sua satisfação em contribuir com o bem-estar dos pacientes atendidos pela instituição. “Nosso objetivo é ajudar a comunidade, proporcionando mais conforto aos pacientes e a seus familiares. Será muito gratificante vê-los utilizando esse espaço. E queremos lançar um desafio: que a nossa atitude motive outras famílias a também praticarem ações como esta”, ressaltaram. O presidente do HCC, Jocélio Cunha,

por sua vez, agradeceu à família Pacheco pela atitude solidária, que irá beneficiar toda a região de abrangência do serviço de Oncologia, além de pacientes de outros setores, que também poderão usufruir do espaço. Segundo ele, mais que ofertar à comunidade uma estrutura hospitalar de qualidade, a instituição de saúde prioriza a humanização do atendimento, visando sempre o bem-estar, o cuidado atencioso e o acolhimento da comunidade. “O objetivo da direção do HCC é melhorar, cada vez mais, os serviços e a estrutura da instituição. E isso só está sendo possível graças ao apoio de empresas, entidades e famílias de nossa comunidade, através desses gestos de cidadania e solidariedade”, salientou. Localizada no andar subsolo do prédio do hospital, próxima à rampa de acesso ao setor de Oncologia, o novo espaço de convivência do HCC é climatizado e conta com cadeiras para descanso, televisor e um painel onde as senhas de atendimento serão projetadas.

Espaço fica localizado no andar subsolo do prédio do hospital, próximo à rampa de acesso ao setor de Oncologia


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Hospital de Olhos Lions

Evento deve reunir cerca de 500 pessoas Neste sábado, 21º Festival do Porco a Pururuca movimenta a comunidade em Passo Fundo Os companheiros Leões do Lions Clube Passo Fundo 2000 esperam receber cerca de 500 pessoas na 21ª edição do Festival Porco a Pururuca. O evento acontece neste sábado (08) a partir das 20 horas e 30 min no CTG Lalau Miranda em Passo Fundo. Parte do lucro arrecadado será revertido ao Hospital de Olhos Dyógenes Martins Pinto Lions. No palco de mais uma tradicional edição do evento, a Banda Exclusiva ficará a cargo da animação da festa. Os ingressos, que dão direito ao jantar e ao baile, ainda podem ser adquiridos pelo valor de R$ 75,00 com os integrantes do Lions Clube 2000. De acordo com uma das integrantes do clube e organizadora do evento, Rita Danielli, o grupo trabalha há várias semanas na divulgação e organização do evento. “É uma promoção que o Lions 2000 promove há vários anos e sempre sentimos um grande engajamento da comunidade. O objetivo maior é aliar solidariedade e boa gastronomia, já que revertemos parte do lucro para a manutenção do Hospital de Olhos Lions. Ao longo do ano, os clubes se mobilizam para auxiliar na manutenção desta que é

a maior obra leonística do Distrito LD7”, comemorou. Na edição de 2018, a promoção reuniu mais de 450 pessoas entre companheiros leões e convidados. Ao todo, treze leitões foram preparados e consumidos pelos participantes, que enfrentaram o frio para apreciar a boa gastronomia e ainda colaborar com uma das principais instituições de saúde da visão da região. A intenção deste ano é repetir o sucesso do evento e bater recorde de público. Todos os recursos arrecadados por meio de doações são revertidos em melhorias em prol do Hospital de Olhos Dyógenes Martins Pinto, que passa atualmente pelo processo de ampliação e modernização de sua estrutura. Além de possuir uma área total de 4.000 m², com área física construída já existente de 2.560 m², o plano de modernização e ampliação vai tornar possível uma área construída de 3.807m², quando tudo pronto. O Hospital de Olhos é referência em atendimentos para uma área que compreende 143 municípios de toda a macrorregião Norte, em que se localizam 76 clubes de Lions do Distrito LD-7.

Infecções respiratórias de repetição em crianças que frequentam escolas Rita de Cassia do Rosário Nunes Professora da Faculdade de Medicina da UPF, orientou os alunos Carlos Roberto Giacometti Junior e Matheus Orlandi

Com a chegada do frio, o qual favorece a sobrevivência dos vírus respiratórios por mais tempo no ambiente, cresce a procura por atendimento médico devido às doenças respiratórias, principalmente nas crianças, já que até os 3 anos de idade o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, tornando as crianças nessa faixa etária mais suscetíveis às infecções respiratórias, apresentando, em média, 4 a 8 dessas infecções ao ano. Já naquelas que possuem muitos irmãos, que frequentam escolinhas e creches ou que convivem com fumantes este número pode dobrar, sem que isso signifique doença. É importante diferenciar os quadros virais dos bacterianos para que se possa instituir o tratamento correto. Quadro virais geralmente são autolimitados, com duração de 7 a 10 dias, e a criança não costuma apresentar sintomas sistêmicos, ou seja, não fica “caidinha” e não há prejuízo do sono ou alimentação. Já os quadros bacterianos normalmente costumam ser mais demorados e estão associados a piora do estado geral. Devemos observar se o crescimento e o desenvolvimento da criança estão sendo afetados, se a resposta ao tratamento apropriado é rápida e se ocorre total recuperação entre os quadros agudos, pois crianças com dificuldade de ganho de peso, necessidade de repetidas internações hospitalares e uso frequente de antibióticos devem ser investigadas de forma mais detalhada para a possibilidade de existir algum quadro que esteja facilitando a ocorrência dessas infecções repetidas. Imunodeficiência primária, fibrose cística e alterações congênitas do coração são possíveis causas que precisam ser investigadas. A transmissão, no caso das infecções virais, ocorre pelo contato com as mãos contaminadas com o vírus, pelas partículas que ficam suspensas no ar ou eliminadas através da tosse, espirro e secreções, incluindo a saliva. Como as crianças levam tudo à boca acabam por disseminar facilmente os vírus através dos brinquedos e outros objetos contaminados. Já as infecções bacterianas acontecem por uma alteração da defesa natural do hospedeiro, normalmente causada por uma infecção viral prévia. Sendo assim, hábitos simples como lavar as mãos, evitar manter as áreas de aglomeração totalmente fechadas e manter a caderneta vacinal sempre em dia auxiliam na diminuição dessas infecções. Estratégias para fortalecer o sistema imunológico da criança, como ter uma alimentação saudável e tomar sol também são benéficas.


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projeto UPF

Benefícios do óleo ozonizado no tratamento de osteoartrose

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Se comprovada a eficácia do tratamento, população terá um medicamento de fácil acesso e mais barato para tratar a doença tas pessoas que sofrem da doença trazem a medicação de outros países e relatam seus benefícios. Por esse motivo, elas identificaram a necessidade de verificar a eficácia – ou não – do tratamento. “Meu foco no momento é comprovar o benefício do óleo ozonizado via tópica para doença de artrose. Essa medicação já é usada no exterior e algumas pessoas a trazem de fora e relatam benefícios. Como a osteoartrose é a segunda doença crônica mais prevalente no Brasil e na previdência social, cabe a nós encontramos soluções para esse problema público”, explica.

PESQUISA CLÍNICA

Envolvida com o ozônio desde 2014, quando ainda era acadêmica do curso de Farmácia, Ana Paula e a professora Charise já publicaram dois artigos a respeito do tema. O primeiro deles, com o título “Ozone generated by air purifier in low concentrations: friend or foe?”, publicado em 2017, abordava a toxicidade do ozônio. Já em 2018, orientadora e mestranda publicaram uma revisão sistemática sobre o ozônio na osteoartrose, em um trabalho intitulado “Ozone therapy as an integrating therapeutic in osteoartrosis treatment: a systematic review”. Após anos de estudo, a dupla colocou em prática o teste em humanos, que inicia no diagnóstico da doença e segue até o pós-tratamento dos pacientes. A pesquisa clínica é realizada no Centro Ambulatorial do HC e no curso de Farmácia da UPF. Além de Ana Paula e da professora Charise, a equipe também conta com a participação dos médicos ortopedistas Renato Tadeu dos Santos e Diego Collares, dos bolsistas de iniciação científica Silvia Cristina Fagundes e Micheila Alana Fagundes, e da mestranda do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação (PPGBioexp) Gabriela Dall Pizzol. O estudo está sendo desenvolvido com 80 pacientes – 37 do grupo de tratamento e 43 do grupo de placebo. “Para a população ficar sabendo do nosso trabalho, disponibilizamos informações nas redes sociais e na Rádio Uirapuru, que divulgou o estudo. Em questão de duas semanas, tínhamos todos os pacientes de que precisávamos. Pacientes não apenas de Passo

Fundo, mas de várias cidades da região norte do estado. Foi incrível a repercussão da população”, conta. A produção do óleo ozonizado é feita a partir de uma parceria entre a empresa Sentinela, de Ronda Alta, e uma empresa de Caxias do Sul, que também está colaborando na ajuda dos custos para os exames laboratoriais. “Como precisávamos realizar o diagnóstico de artrose nos pacientes como critério de inclusão no estudo, fizemos uma parceria com a Empresa Cedil, de Passo Fundo, que está realizando todos os raios X para nossos pacientes. O óleo, material básico para a produção do medicamento, foi uma parceria com a indústria farmacêutica Cristália. Portanto, com isso, os pacientes que participam do estudo não têm custo nenhum e estão satisfeitos com os resultados”, completa. Até agora, a equipe já realizou a parte experimental e a análise dos dados. No momento, eles estão escrevendo o artigo principal com os dados que conseguiram. Em virtude da legalidade, esses dados ainda não podem ser divulgados, mas, segundo a mestranda, não foram registrados efeitos colaterais, apenas coceira em alguns pacientes, em virtude do óleo mineral utilizado. “Também percebi que os pacientes gostaram do tratamento, entretanto, ainda não sabemos se é resultado da eficácia ou efeito placebo”, ressalta Ana Paula.

NOVO MEDICAMENTO

Apesar de ainda não ser legalizada no Brasil, em 2018, durante o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública, o Ministério da Saúde incluiu a ozonioterapia como uma Prática Integrativa e Complementar (PICs) do SUS. De acordo com Ana Paula, caso seja comprovada a eficácia do medicamento, o próximo passo da pesquisa é conseguir o registro na Anvisa e oferecer à população um medicamento novo para a artrose, de fácil acesso e mais barato que os que estão hoje no mercado. “Também pretendemos, como próximo passo, ajudar com estudos científicos e de forma técnica a legalização da ozonioterapia no Brasil”, pontua a mestranda. Fotos: Alessandra Pasinato | UPF

opularmente conhecida como artrose, a osteoartrose é a mais frequente entre as doenças designadas como “reumatismos”, representando de 30% a 40% das consultas em ambulatórios de reumatologia e responsável por 7,5% dos afastamentos de trabalho. Muito comum na população idosa – a doença atinge 85% das pessoas com mais de 75 anos –, ela decorre de uma lenta e progressiva degradação da cartilagem articular, um tecido elástico que recobre as extremidades ósseas e amortece os impactos. Os principais sintomas são dor ao se movimentar, sensação de rigidez e barulho nas articulações, que podem se repetir por vários dias. O tratamento, normalmente, é feito com exercícios, fisioterapia e medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. A falta de tratamentos totalmente eficazes, no entanto, diminui a qualidade de vida dos portadores da doença. Uma das alternativas, de baixo custo e que parece realmente efetiva no tratamento da dor crônica, é a ozonioterapia. A técnica começou a ser utilizada na Alemanha e na União Soviética na Primeira Guerra Mundial, se dissipando pela Europa, China e América. Hoje, porém, apenas Rússia, Cuba, Espanha e Itália legalizaram o procedimento. Para comprovar a eficácia desse tratamento, pesquisadores da Universidade de Passo Fundo (UPF) desenvolvem, desde 2010, um estudo que busca comprovar o benefício do óleo ozonizado via tópica para doença de artrose. Coordenada pela professora do Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano (PPGEH) Dra. Charise Dallazem Bertol, a pesquisa “Óleo ozonizado via tópica na osteoartrose: estudo clínico triplo cego placebo controlado” é desenvolvida por uma equipe multidisciplinar e está em fase de análise dos dados. Dentre os benefícios já identificados, estão o fato de que o óleo ozonizado favorece e acelera o processo de regeneração e cicatrização tecidual, reduz a inflamação e a dor. Na inflamação crônica, como é caso da osteoartrose, ainda não há relatos que comprovem ou não a ação do óleo ozonizado. De acordo com a mestranda do PPGEH Ana Paula Anzolin, que desenvolve a pesquisa junto com a professora Charise, a ozonioterapia já é usada no exterior e mui-

s

“Óleo ozonizado via tópica na osteoartrose: estudo clínico triplo cego placebo controlado” é desenvolvida por uma equipe multidisciplinar e está em fase de análise dos dados

A pesquisa clínica é realizada no Centro Ambulatorial do HC e no curso de Farmácia da UPF


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