Oeste Semanal - Edição 03

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Noticías de Luís Eduardo quando elas acontecem estão no site DiariodoOeste.com.br

SEBASTI‹O NERY A coluna do grande jornalista, na página 10 E + as de Tizziana Oliveira, Luciano Demetrius e de Rafael Dias

SAÚDE Ano I ❑ Nº 3 ❑ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

Gileno já faz cirurgias eletivas

HENRIQUE CABELO

O PREFEITO fala ao Oeste Semanal

LUÍS EDUARDO, ANO 12

Infraestrutura, o desafio do prefeito Santa Cruz D E S M ATA M E N T O

Aldo Rebelo admite tirar moratória do relatório do Código Florestal

Luís Eduardo: o Bric baiano no encalço de Barreiras Cidade entra no décimo-segundo ano com taxa de crescimento muito acima dos Brics - Brasil, Rússia, Índia e China. E ameaça a hegemonia de Barreiras. Estudo da Urban Systems estima que Luís Eduardo ultrapassará a vizinha em empregos formais já em 2013, em cenário agressivo, e em 2022, em cenário moderado. Em número de empresas e em população, em cenário agressivo, Luís Eduardo superará Barreiras em 2018.

HANS, O VISIONÁRIO ÁLBUM DE FAMÍLIA

LAVOURA

Vácuo na extensão rural impede aumento da produtividade Tiragem desta edição especial

10.000 exemplares

PIONEIRO. Hans Joachim Weprajetzky foi o primeiro a acreditar no potencial agrícola da região de Luís Eduardo Magalhães, ainda nos anos 60.


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INFORMAÇÃO E OPINIÃO

Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

PREZADO LEITOR É preciso acelerar para alcançar o crescimento

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uís Eduardo é o Bric baiano”, sentenciou o jornalista João Penido quando levantava dados sobre o fantástico crescimento do município. Não há exagero na frase. Talvez, a denominação mais apropriada fosse a de Superbric. Luís Eduardo cresce mais do que qualquer dos Brics – Brasil, Rússia, Índia e China. O IBGE está atrasado na divulgação detalhada do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, o que impede comparação mais próxima. O último dado de crescimento da economia do município é de 2008, quando a expansão foi de 32% sobre o desempenho de 2007. Nesse ano, o PIB local já havia crescido 38,5% sobre 2006. Nem a China chega a tais percentuais. A localização estratégica – na bifurcação das BRs 020 e 242 – compensa a pequena extensão territorial do município. A presença de grandes empresas, entre elas a Bunge, com a maior processadora de soja da América Latina, atrai para a Cidade significativa parcela da produção agrícola do Oeste e, como conseqüência, o movimento financeiro das operações com commodities. E resulta em giro que impulsiona o comércio e os serviços. Luís Eduardo é, sem dúvida, um dos dez maiores pólos do agronegócio do País. Estudo da Urban Systems projeta, em cenário moderado, que a Cidade ultrapassará Barreiras em empregos formais em 2022. Em cenário agressivo, superará já em 2013. Ainda em cenário agresivo, ultrapassará Barreiras em número de empresas, em 2018; e em população, também em 2018. Crescimento acelerado demanda infraestrutura em igual velocidade. Ou, mais apropriadamente, de alta velocidade, para compensar a defasagem acumulada de anos passados. Este o desafio para o prefeito Humberto PREFEITURA Santa Cruz: dotar a cidade de mecanismo que sustente esse crescimento. Não é tarefa fácil. Engenheiro por formação, o prefeito tem a exata noção dessas demandas. Teve que dedicar 1/3 de seu mandato para acertar desacertos da administração anterior – herdou a Prefeitura com muitas dívidas -, mas ainda lhe restam quase dois anos de mandato. Ainda é possível fazer muito. Preparar a Cidade para o futuro, no entanto, não é tarefa somente do gestor da Cidade. É de todos os cidadãos, principalmente da iniciativa privada. Projetos como o da construção do aeroporto, que SANTA CRUZ partiu de um grupo de empresários, precisam se multiplicar. O Poder Público nem tudo pode, faltam recursos. O futuro de Luís Eduardo não pode esperar. Aqui, não precisamos esperar pelo crescimento. Temos que correr para alcançá-lo.

SÓCIOS-DIRETORES Antonio Calegari / Pedro Callegari

Publicação da Oeste Comunicação Integrada Ltda. Rua Jorge Amado, 1.327 – Jardim Paraíso – CEP 47.850-000 – Luís Eduardo Magalhães/BA Inscrição municipal 007132/10 CNPJ 12.835.627/0001-41 - Telefone (77) 3628-0686

oestesemanal@diariodooeste.com.br

REDAÇÃO João Penido (editor), Antonio Calegari, Elson Liper, Luciano Demetrius Leite, Rafael Dias, Sebastião Nery, Tizziana Oliveira, Olívia van der Vliet, Henrique Cabelo (fotógrafo e diagramação), Paulo Cezar Goivães (projeto gráfico) CIRCULAÇÃO Aroldo Vasco de Souza

É proibido cortar Técnico agrícola lembra a este jornal que, desde 1994, está proibido na Bahia o corte de angico, espécie de árvore que foi decepada na semana passada,  na Aveida Enedino Alves da Paixão, em Luís Eduardo. A proibição consta da Resolução 1.009, do Conselho Estadual de Meio Ambiente, datada de 6 de dezembro de 1994.

Juiz titular O juiz Claudemir da Silva Pereira é o titular da Vara Criminal de Luís Eduardo Magalhães desde esta sexta-feira, 25. Com a posse, o magistrado, antes lotado em Formosa do Rio Preto e substituto em Luís Eduardo, ficará na Cidade até promoção para comarca maior.

Caixas ainda sem dinheiro O vexame bancário do Carnaval, quando clientes das agências bancárias da Cidade foram deixados sem dinheiro, não foi suficiente para que os bancos garantissem a existência de dinheiro nos caixas eletrônicos. “O caixa do Bradesco no Hortifruti só serve para irritar os clientes. Nunca tem dinheiro”, disse uma leitora em telefonema à redação. Na sexta-feira, 18, o jornal confirmou: operação indispoível, dizia mensagem na tela do caixa a quem queria fazer saque.

JORNAL DO LEITOR Pela arborização Parabéns pelo artigo de destaque sobre a falta de arborização na cidade de Luís Eduardo Magalhães. Eu morava na cidade de Maringá-PR, e realmente lá não passava 1/3 do desgosto que tenho em andar pelas ruas daqui; não há sombras, e há dias em que é praticamente um “inferno” caminhar do carro até a porta de um estabelecimento comercial. É realmente preciso que comerciantes, prefeitura e cidadãos em geral se conscientizem que arborização se converte em qualidade de vida, em beleza. Já deixei muitas vezes de comprar numa loja simplesmente porque não havia sombra para estacionar e devido ao forte sol, acabei desistindo. A prefeitura deveria entender que com uma arborização planejada, a ação dos ventos e da chuva seria bem mais fraca. Mas aqui parece não se ter interesse nenhum em qualidade de vida . É uma pena... o potencial comercial de uma cidade tende a aumentar se a mesma tem um bom projeto de arborização, e não o contrário, como julgam os comerciantes locais. Novamente parabéns pela matéria. Sem mais. ALESSANDRA SANTOS

Se a moratória passar Se o Congresso Nacional mantiver como está o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de mudança do Código Florestal, o preço da terra vai despencar e travar o desenvolvimento do Oeste da Bahia, prevê produtor rural, quando questionado sobre os efeitos da moratória de cinco anos no desmatamento. A esperança do produtor é a de que entidades ruralistas consigam sensibilizar os congressistas a excluírem o Cerrado e a Caatinga do desmatamento zero.

Resta uma esperança A Eletrobras estuda adquirir o controle de mais três ou quatro distribuidoras de energia brasileiras nos próximos anos, apesar do foco principal da empresa estatal ser a geração e transmissão. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, João da Costa Carvalho Neto. A estatal já tem seis distribuidoras e controla 10% da distribuição.

Resta uma esperança ao Oeste da Bahia. Que a Eletrobras compre a Coelba.

Edição especial A terceira edição de Oeste Semanal circula com tiragem inédita na Cidade: 10 mil exemplares, o dobro da tiragem normal.

Foto Cysse continua O Foto Cysse continua recebendo contas da Coelba. A criação de agência da concessionária na Cidade não tirou o serviço do foto, que inclui encaminhamento de demandas de usuários.

Correção Diferentemente do publicado na última edição, a rua onde mora José Adelmo, que não recebeu mudas de árvores pedidas à Prefeitura, é a Barbatimão.

IMPRESSÃO Gráfica F. Câmara Csg 09 – LOTE 03 – GALPÃO 03 – Taguatinga Sul – Distrito Federal – Fone (61) 3356-7654

Jardim Paraíso – Luís Eduardo Magalhães, a par tir das 9 horas da manhã dos sábados.

TIRAGEM* 5 mil exemplares

As publicações da Oeste Comunicação – Oeste Semanal e DiariodoOeste.com.br não publicam matérias redacionais pagas sem caracterizá-las como Informe Publicitário. ... A Oeste Comunicação também edita o site online DiariodoOeste.com.br.

*Tiragem jurada pela editora, comprovável quando da impressão do jornal, na Gráfica F. Câmara, a par tir das 2h30 dos sábados e quando do início da distribuição das edições, na Rua Jorge Amado, 1.327 –

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CIDADE

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Hans, o ale mão visio ná rio Ele chegou em 1967 e foi o primeiro a vislumbrar o potencial agrícola do Cerrado baiano LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação

ÁLBUM DE FAMÍLIA

HENRIQUE CABELO

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s primeiros habitantes da região de Luís Eduardo Magalhães de que se tem notícia foram os irmãos Laurindo e Domingos Barbosa, segundo relata Maria Dania Junges, no livro “O Município e a Saga dos Pioneiros”. Tinham lavoura de subsistência e levavam as sobras para vender em Barreiras, no lombo de animais e em caminhadas de até quatro dias. O primeiro a vislumbrar o Cerrado baiano como potencial agrícola foi o alemão Hans Joachim Weprajetzky. Ele veio para a região em 1967, instalou-se em área que os filhos ainda preservam, às margens da BR-020, saída para Brasília. Hans Joachim realizou várias experiências de lavouras, de sequeiro e de irrigada. Além disso, trouxe vacas nelore e tentou formar cooperativa com investidores americanos. Com a xenofobia reinante durante o regime militar, ficou sem os cooperados e teve que migrar para Goiás 11 anos após a chegada. Hans Joachim não desistiu. Passada a onda antiamericana, ele voltou a Luís Eduardo. Perdeu parte das terras, mas não desanimou. E trouxe a tecnologia para a região. - Ele tentava de tudo. Queria ter certeza do que seria melhor para produzir em larga escala - conta o filho Hans Siegfried Weprajetsky. De Berlim à Bahia. A trajetória do primeiro morador de Luís Eduardo Magalhães a plantar em escala comercial começa em sua cidade natal - Berlim, na Alemanha. A família saiu do país europeu quando Hans Joachim Weprajetzky estava com cinco anos, em virtude dos estragos no país por causa da Segunda Guerra Mundial. Primeiramente, ele desembarcou na França, onde se formou em hotelaria. Em seguida, foi para os Estados Unidos, para depois chegar ao Brasil. A primeira parada foi em São Paulo, aos 18 anos, e por lá atuou profissionalmente no ramo de turismo. No final dos anos 50, Hans Joachim seguiu para a futura capital do país, ainda em construção. - Meu pai sempre acreditou nos locais prósperos - conta o filho Siegfried. “O ‘seu’ Hans foi atrás das promessas de que Brasília era o lugar do futuro”. No Distrito Federal, Hans Weprajetzky montou uma companhia de turismo; no início, transportava estrangeiros num carro de aluguel. A chegada à região Oeste da Bahia aconteceu em 1967. Hans Weprajetzky adquiriu 165 mil hectares de terra do pagamento de uma dívida e logo se uniu a outros investidores estrangeiros que vinham em busca de prosperidade no Brasil. A maioria era de norte-americanos, dentre eles Wilburn Lorens e Gorman Smith. Em pouco tempo foi criada uma cooperativa para facilitar o trabalho que pretendiam desenvolver na área agrícola. Mas o que era pra ser uma solução tornouse um dilema: as terras adquiridas perderam a validade. “De repente, todos estavam irregulares. Surpreendentemente, apareceram novos donos”, conta resignado o filho Hans Siegfried. “Havia uma perseguição política naquela época contra os estrangeiros. Era uma visão estreita, limitada, dos políticos locais”, lembra.

EM NOME DO PAI. Hans Siegfried (acima, à direita) conta com entusiasmo a trajetória de seu pai, Hans Weprajetzky (acima, à esquer-

da), o pioneiro que sempre primou pela inovação. “Meu pai tentava de tudo”. Carro, Avião e Fax . A propriedade de Hans local, Hans Joachim resolveu migrar para o Weprajetzky “encolheu” para vizinho Estado de Goiás, em 60 mil hectares e os norte1978. americanos deixaram para - Por lá era dado apoio ao trás tudo o que investiram. produtor rural. Então meu Hans Restou a Hans Weprajetzky a pai deixou as terras aqui para Weprajetzky criação de gados, cruzando a pastagem do gado - conta o comprou 165 mil várias raças, e a inovar ao trafilho. Na ocasião, a fazenda zer as primeiras sementes de Johá tinha duas mil cabeças hectares de soja (do México) e trigo de bovinos e atendia ao terra, que (Estados Unidos) à região. Exército e ao comércio de O pioneirismo de Hans Barreiras. ‘encolheram’ Weprajetzky é visto em ouNo início dos anos 80 para 60 mil tras ações como a de abrir a houve o retorno à região do primeira pista de pouso dos Oeste baiano. Agora com Gerais, a de implantar o Posto auxílio do governo federal (o 94 com restaurante e a de ser presidente da República o primeiro a trazer carro, avião, caminhão e João Batista Figueiredo lançou à época a fax para a região. campanha “Plante que o João garante”), o foco foi na produção de arroz. Posto e laranja. Em 1971 ergueu o posto de Hans Weprajetzky foi o primeiro a utilizar combustíveis Novo São João, que funcionou máquinas agrícolas na região. O otimismo foi até 1975, segundo Hans Siegfried. dizimado pelo longo período de chuvas que Para compensar as perdas, entre 1973 e afetou o Nordeste naquele ano. Insatisfeito 1976, Hans Weprajetzky investiu na produ- com as perdas, ele trocou a agricultura pela ção de laranja irrigada e abastecia o 4º pecuária e passou a se dedicar à criação bovina. Batalhão do Exército e uma cooperativa de Em 1981 o panorama da região mudou empreiteiros. Aliadas a essa cultura também drasticamente para o plantio de soja. “Foi estavam as produções de tangerina e limão quando os produtores experientes nesse (este em menor escala). ramo chegaram para a região”, diz Hans Exausto pela perda de boa parte de sua Siegfried. propriedade e sem apoio algum do governo A dedicação à criação de gados, em Luís

Eduardo Magalhães, se estendeu até 1987. Paralelamente ao trabalho com a pecuária, Hans Joachim administrou um escritório de corretagem de gado e comercialização de madeiras em Formosa, no nordeste de Goiás. Ainda em 1987, ele realizou negócios do escritório nos Estados Unidos. Hans Joachim faleceu em 10 de fevereiro de 2003, aos 64 anos. Os Barbosa. Os irmãos Laurindo e Domingos Barbosa, hoje com 71 e 74 anos, respectivamente, residem na área rural de Barreiras e produzem para o próprio consumo. Juntos chegaram a plantar 100 hectares de terra em Luís Eduardo Magalhães. De acordo com o livro “O Município e a Saga dos Pioneiros”, eles relembraram o início em Luís Eduardo Magalhães como um período em que “se vivia mais sossegado, mas havia mais dificuldades”. Enedino. Enedino Alves da Paixão e sua família foram os primeiros a se instalar no que seria Luís Eduardo. Em 1974, Enedino (popularmente conhecido por “Negão”), natural de Muritiba, se instalou com a esposa Maria Firmino de Jesus e oito filhos no entroncamento das BRs 242/020. Faleceu em 1992. Dona Maria Firmino mora em casa modesta no bairro Santa Cruz e não quis falar sobre aqueles tempos.


CIDADE

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FOTOS: ÁLBUM DE FAMÍLIA

HANS WEPRAJETZKY. Com os investidores norte-americanos (centro), no final da década de 60; acesso das primeiras instalações da fazenda Johá (foto à direita).

MUDANÇA. Em 1981 Weprajetzky trocou a agricultura pela pecuária...

ARROZ. Hans trouxe a primeira colheitadeira à região em 1980.

...e nos anos 60, trouxe o primeiro avião à região e abriu campo de pouso


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Arnaldo Horácio, o empreendedor Ele foi ao Sul para atrair investidores, oferecendo áreas três vezes maiores e pagamento facilitado “O MUNICÍPIO E A SAGA DOS PIONEIROS”

último dia de hospedagem, contudo, surgiu o concreto convite para visitar a fazenda Mimoso, com 186 mil hectares, situada entre lguma coisa me diz que o Oeste vai a saída para o atual Estado de Tocantins até crescer e prosperar!”. A frase dita as imediações do aeroporto de Barreiras. por José Cardoso de Lima, em Feita a visita e a área ter agradado, o negó1979, ao sobrinho e também genro Arnaldo cio foi fechado. Já antevendo a região como Horácio Ferreira era a aposta de que a região viável para além de uma simples fazenda, Oeste da Bahia tinha tudo para evoluir. Arnaldo Horácio Ferreira investe em empreMas qual a garantia de sucesso numa área sas próprias. isolada e sem nenhuma referência econômiEm 1981, ele inicia o processo empresarial ca? As terras eram úteis para o plantio? com o Posto Mimoso, o Hotel Aleluia e a Tinham ao menos serventia para o pasto? Ou Carig (Colonizadora e Administradora Vale a região poderia ter outra vocação, além da do Rio Grande), além de empreendimentos agricultura ou da pecuária? nos ramos de transportes, de alimentação e Arnaldo refletiu, mas só retornou à região, agropecuária. curiosamente, para o funeral daquele que lhe Quem relata os detalhes da trajetória do fez a profecia. O tio e também empreendedor é o neto sogro faleceu no mesmo ano Rodrigo Ferreira de Sousa, em que afirmou sua preatualmente coordenador de Em 1979 ele monição. pós-graduação da faculdade comprou área Na ocasião, o jovem que que leva o nome do avô. prestou atenção nas palavras Uma das passagens curiode186 mil hecdo tio e sogro hospedou-se no sas da ousadia de Arnaldo tares; em 1981, hotel Barreiras, um local Horácio Ferreira é a de seus fundou empreneutro onde os coronéis passeios pela propriedade esbarravam em seus desafecom a esposa Maria Cardoso sas de diversos tos, mas que resolviam suas Ferreira (mais conhecida por setores “diferenças” fora do estadona Lilia). belecimento. Dizia ele, a bordo de seu Tão logo participou das últijeep : “Aqui vou construir a mas homenagens a José Cardoso de Lima, o nova Brasília!”. Ela, ironicamente, respondia: sobrinho e genro Arnaldo Horácio Ferreira “o sol da Bahia atingiu tua cabeça?” manteve contato com um corretor de imóveis Em 1984, Arnaldo Horácio Ferreira abriu o que lhe propôs a aquisição de alguns terrenos na loteamento Rancho Grande e, visionário, já região. pensava em como atrair novos investidores e moradores para a região. Realizou estudos Ousadia. Apesar da proposta por “alquei- com o Embrapa (Empresa Brasileira de res que se encaixavam dentro do que ele Pesquisa Agropecuária) para saber da viabili(Arnaldo Horácio Ferreira) queria”, nas pala- dade do solo e foi até a região Sul manter convras do corretor, o negócio não evoluía. No tato com produtores locais.

HENRIQUE CABELO

LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação

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ARNALDO HOR˘CIO FERREIRA

RODRIGO FERREIRA DE SOUZA

Arnaldo Horácio Ferreira oferecia áreas até três vezes maiores do que a pertencente aos sulistas e propunha repassar a escritura após a terceira colheita. Devido à ousadia, era taxado por exagerado e louco. Audacioso, afirmava que agindo assim tornaria mais atrativos os negócios que fazia com os novos produtores. Em 1986, num café da manhã com a esposa e o Sr. Castro (dono do mercado Castro), o amigo perguntou: “Arnaldo, tudo o que há aqui provém da empresa Mimoso. Então por que você não muda o nome do loteamento também para Mimoso?” De imediato, a esposa de Arnaldo emendou com outra sugestão: “E por que não Mimoso do Oeste, numa homenagem à região?”.

Barreiras quanto para Mimoso (do Oeste) relata Rodrigo Ferreira de Sousa. Antes de tornar-se município, porém, o distrito de Mimoso do Oeste já havia mudado de nome, em 1998, para Luís Eduardo Magalhães, por meio da lei aprovada pela Câmara Municipal de Barreiras. A emancipação só ocorreria quinze meses depois, em 30 de março de 2000, após plebiscito realizado pouco antes, no dia 19.

Chegam Cotia e Ceval. No mesmo ano, o prefeito de Barreiras, Baltazarino Araújo Andrade, foi consultado por Arnaldo Horácio Ferreira e aprovou a mudança de nome do loteamento. A partir daí dois acontecimentos alavancaram o loteamento de Arnaldo Horácio Ferreira: um foi a chegada da Cooperativa Agrícola de Cotia, em 1986, que procurou o prefeito Baltazarino para se instalar na região. A Cotia recebeu da Prefeitura de Barreiras, em doação, 300 hectares, com cinco anos de isenção de taxas de água, energia elétrica e telefone, em troca da geração de empregos. O outro acontecimento foi a vinda da Ceval. Em 1988, a empresa solicitou uma área ao prefeito Baltazarino para montar seu parque industrial. Porém, conta a lenda que o prefeito estava em um carteado e não recebeu o emissário da Ceval. Aborrecida com a desfeita, a Ceval viria a instalar-se na região três anos depois, em 1991. Desde o final dos anos 80 o distrito de Mimoso do Oeste já era bastante visado por investidores interessados em abrir negócios na região, principalmente sulistas. O processo de emancipação acelerou-se, mas havia reservas por parte dos políticos de Barreiras para conceder a autonomia. - Mas era inviável não emancipar um distrito que estava tão distante da cidade. A continuar daquele jeito, seria ruim tanto para

Distrito industrial. No ano de 2001, Arnaldo Horácio Ferreira, em mais um ato visionário, assinou contrato de compra e venda com a Prefeitura para a futura implantação do Centro Industrial do Cerrado em Luís Eduardo Magalhães. Sua intenção ao vender quase 300 hectares de terra era de fortalecer a região com a agroindústria, quando a vocação local estava focada apenas no agronegócio. No entanto, ele não veria o nascimento do distrito industrial. Arnaldo Horácio Ferreira faleceu em 4 de outubro de 2002. Seu neto Rodrigo Ferreira de Sousa, coordenador de pós-graduação da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (FAAHF) diz que a faculdade que leva o nome do avô era um sonho dele, o de investir em educação. Rodrigo conta que a avó Maria Cardoso Ferreira, esposa de Arnaldo Horácio, levou a ideia adiante em 2004, pois até então não havia sido feita qualquer homenagem ao marido falecido. Enquanto olhava para o terreno vazio ao lado do Centro de Eventos (área doada à igreja católica por Arnaldo Horácio, onde são realizadas festas de casamentos, de formaturas e outras comemoraçõs), a avó de Rodrigo viu que ali era possível por em prática o antigo sonho de Arnaldo Horácio. “Meu avô se preocupava com a educação”, conta o neto. Já em 2005, foi criada a faculdade. P.S. Rodrigo Ferreira de Sousa corrige a informação corriqueira na cidade de que Mimoso do Oeste nasceu de um posto de gasolina (o Posto Mimoso, atual Posto Porto). “Na verdade, o posto dava suporte a uma cidade que estava nascendo”, afirma.


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CIDADE

A saga dos primeiros a plantar soja Em 1981, eles começaram o cultivo de soja na região de Luís Eduardo, “na base do chute” início da cultura da soja na região de Luís Eduardo Magalhães, então Mimoso do Oeste, distrito de Barreiras, ocorreu nos anos 1981/82, graças a ousadia de pioneiros vindos do Sul do país, notadamente do Rio Grande do Sul e do Paraná. Destacavam-se entre eles Antonio José Guadagnim, Hilário Kappes, os irmãos Adelar e Jaime Cappellesso, Ovídio José de Souza e Luís Ricardi, inicialmente em sociedade com Alcides Trento, posteriormente desfeita. De acordo com Adelar Cappellesso, os pioneiros plantaram inicialmente, no total, cerca de 500 hectares. Ele próprio, junto com o irmão Jaime, plantou 100 hectares. “No começo foi uma coisa feita mais no chute; a produtividade era muito baixa, e o solo exigia melhorias. Foram quatro ou cinco anos de muitas dificuldades, até os produtores introduzirem variedades mais adequadas e melhorarem o solo”, recorda. Em 1981, Antonio Guadagnim iniciou o plantio na Fazenda Cerro Largo, em São Desidério. “Sendo engenheiro agrônomo, senti a necessidade de realizar a experiência da soja nesta região. Antes disso eu havia plantado arroz sequeiro, entre 1979 e 1981”, conta Guadagnim. No início, ele plantou dez hectares com três variedades de soja: Júpiter, Cristalina e Tropical. Por sua vez, Luís Ricardi investiu em outros 100 hectares na Fazenda Odisséia, de sua propriedade, no sentido Mimoso do Oeste-Goiás, com recursos próprios. “Não tínhamos nenhum tipo de apoio bancário; o Banco do Brasil em seu Manual de Crédito não autorizava financiamento para plantio de soja na Bahia; nem o Banco do Brasil nem a população de Barreiras acredi-

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tavam nesse tipo de cultura na região”, lembra Guadagnim. Financiamento. Para comprovar que os produtores não estavam equivocados, os resultados ficaram dentro das expectativas. Na primeira safra a produção de Guadagnim chegou a 35 sacos por hectare. Em 1982, ele ampliou a área plantada para 200 hectares ao mesmo tempo em que Luís Ricardi ampliava a sua para 400. “Com a ajuda de um baiano influente na época, o deputado federal Prisco Viana, os produtores de soja conseguiram a autorização de crédito no Manual (de crédito Rural) do Banco do Brasil”, diz o engenheiro agrônomo. A partir dessa possibilidade de financiamento aumentou o interesse de agricultores em investir no plantio da soja. “A soja tem maior estabilidade de preço, maior rentabilidade e melhora o solo com enriquecimento de nitrogênio”, explica Guadagnim. Apesar do otimismo com a liberação de crédito, as dificuldades persistiam, tais como no calcário que era transportado de Maruin, interior de Sergipe, o que provocava situações caóticas nas estradas de acesso à região oeste da Bahia. Guadagnim, no entanto, valoriza o plantio de arroz sequeiro como motivador da vinda de produtores de outras regiões do País para investir na região oeste da Bahia. “Com arroz de sequeiro só se consegue produzir no máximo dois anos consecutivos na mesma área. Portanto, a cultura do arroz foi a primeira produção agrícola do cerrado baiano, gerando assim estabilidade e fixação do agricultor sulista na Região da Bahia”, finaliza. HENRIQUE CABELO

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IN¸CIO DIF¸CIL. Adelar Cappellesso relata as adversidades enfrentadas pelos pioneiros

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Nasce o município putativo Criado a toque de caixa ao arrepio da legislação, Luís Eduardo Magalhães quase sai do mapa PARTIDO DA REPÚBLICA

CÂMARA DOS DEPUTADOS

SENADO FEDERAL

WIKIPÉDIA

DA REDAÇ‹O

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município de Luís Eduardo Magalhães correu o risco de desaparecer do mapa, pelo menos temporariamente. Desmembrado apressadamente de Barreiras em março de 2000, só foi mantido no mapa por decisão do Supremo Tribunal Federal, em maio de 2007. O município foi criado em ano de eleições municipais, sem que existisse a lei complementar federal prevista na Constituição. O plebiscito foi restrito ao distrito de Mimoso do Oeste e o estudo de viabilidade municipal só ATORES. Jusmari, Oziel, Luís Eduardo e ACM, os principais protagonistas da emancipação foi publicado após a consulta popular. A emancipação só poderia vir por lei aprovada pelo Congresso Nacional. Para apressar a emancipação política, a dos por lei federal. leceu a figura do município putativo, tal qual então deputada Jusmari Oliveira e seu mariApesar da emenda aprovada, 28 municí- o casamento putativo e a sociedade de fato. do Oziel Oliveira buscaram o apoio do pai do pios foram criados no País à época, entre eles Isso com base nos princípios da reserva do recém-falecido deputado Luís Eduardo o de Luís Eduardo. impossível, da continuidade do Estado Magalhães. A questão foi parar nos tribunais e chegou a Federativo, da segurança jurídica, da conAntonio Carlos Magalhães ainda domina- gerar atrito entre a Câmara fiança, da força normativa va o Estado e a homenagem ao filho sensibili- dos Deputados e o Supremo. dos fatos e da situação zou o velho cacique.                                                                                          excepcional consolidada, Criação de O projeto foi rapidamente aprovado pela Ação procedente. Em maio de conforme constata a advomunicípios Assembléia. 2007, o STF decidiu que a ação gada Ravênia Márcia de - A emancipação política de Luís Eduardo de inconstitucionalidade impeOliveira Leite. provocou atrito Magalhães só foi possível graças à mudança trada pelo Partido dos entre a Câmara do nome, com a qual eu não concordei por Trabalhadores que questionava Fato consumado. Depois amor próprio, assim como grande parte da a emancipação de Luís Eduardo do julgamento da ação de dos Deputados e população - disse à época Arnaldo Horário Magalhães era procedente. Luís Eduardo, e de outra, da o Supremo Ferreira, conforme registro no livro O A Corte, contudo, não anucriação do município de Tribunal Federal Município e a saga dos pioneiros, de Maria lou o ato de criação e deu Santo Antônio do Leste, em Dania Junges. prazo de dois anos para que o Mato Grosso, em outubro de Para conter a criação desordenada de cida- Congresso aprovasse leis 2007, a então presidente do des, em 12 de setembro de 1996 o Congresso complementares para regulaSTF, Ellen Gracie, encamihavia aprovado a Emenda Constitucional 15, mentar a situação. nhou ofício ao então presidente do Senado, segundo a qual municípios só podem ser criaNo julgamento da ação, o Supremo estabe- Renan Calheiros (PMDB-AL), comunicando

sobre a decisão tomada. A carta, porém, encontrou Renan envolvido com as denúncias de que um lobista pagava a pensão que ele dava a uma filha nascida de um relacionamento extraconjugal, segundo relato de Renato Lago, da revista IstoÉ. Renan esqueceu o ofício numa gaveta. Quando renunciou à presidência do Senado, nada disse sobre o assunto ao seu sucessor, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), ainda de acordo com Rudolfo Lago. Somente em agosto do ano seguinte Garibaldi encontrou o ofício nos arquivos do Senado e o encaminhou para Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara dos Deputados, por onde começa qualquer lei. O presidente da Câmara não gostou dos termos da carta e enviou outra ao então presidente do Supremo, Gilmar Mendes, lembrando-o de que o STF não tem autoridade para pautar o Congresso. Enfim, as regras. Em outubro de 2008, o Senado aprovou projeto de lei complementar vindo da Câmara, que convalidou municípios legalmente criados e estabeleceu regras para criação, incorporação, fusão, desmembramento e instalação de municípios. Como foi alterado pelos senadores, o projeto voltou à Câmara, onde, meses depois, virou lei. A lei complementar aprovada não convalida municípios cuja criação o Supremo haja considerado irregular. E assim foi e assim ficou. O PT ficou quieto, Luís Eduardo continua município, Oziel Oliveira completou seu segundo mandato como prefeito e elegeu-se deputado federal, Jusmari dividiu o domicílio e tornou-se prefeita de Barreiras. FOTO VESPA

1997. Jardim Paraíso, a Galvani, Mimoso I, Mimoso II e Santa Cruz com muitos espaços vazios, três anos antes da emancipação de Luís Eduardo Magalhães.


Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

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CIDADE

Corrida para ultrapassar Barreiras Luís Eduardo poderá ter em breve mais empregos, empresas e população do que a cidade vizinha JO‹O PENIDO Da Oeste Comunicação

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studo realizado pela empresa paulista Urban Systems sobre o desenvolvimento socioeconômico de Luís Eduardo Magalhães prevê que o município, em cenário “agressivo” (ou projeção geométrica), deverá ultrapassar Barreiras em número de empregos formais, já em 2013; em número de empresas, em 2018; e em população, também em 2018. Em cenário “moderado” (ou tendência de crescimento), Luís Eduardo ultrapassará Barreiras em número de empregos formais, em 2022. Porém, não ultrapassará Barreiras nem em número de empresas, nem em população. O estudo da Urban Systems começou em novembro de 2009. O trabalho foi concluído em janeiro de 2010 e o estudo foi entregue à Prefeitura em abril. (Veja Box sobre o estudo e sua metodologia).

Foi constado que a TGCA da microrregião de Barreiras havia sido de 1,69%, enquanto Luís Eduardo apresentara a maior taxa, de 8,3%.

Empresas. De acordo com o estudo, em 2008 Luís Eduardo tinha 1.277 empresas, ou 54% das 2.364 empresas de Barreiras. (São consideradas apenas as pequenas, médias e grandes empresas, sem incluir as individuais). Para projetar o crescimento, a Urban Systems tomou como base do cenário agressivo o crescimento médio do número de empresas no período 2003 a 2008, replicado ano a ano. Trata-se, portanto, de um crescimento em projeção geométrica, sem considerar qualquer queda ao longo do tempo. O estudo prevê que o número de empresas de Luís Eduardo pode duplicar em 2014, triplicar em 2017 e quadruplicar em 2018. Assim, em 2014 Luís Eduardo teria 2.803 empresas, ante 3.548 em Barreiras. O percentual de Luís Eduardo em relação a População. Para projetar o crescimento Barreiras subiria para 79% (ante os 54% de demográfico, a Urban Systems partiu de esti- 2008). mativa do IBGE, que apontava 52.054 habiEm 2017, Luís Eduardo teria 4.153 empretantes em Luís Eduardo em 2009. sas, ante 4.346 em Barreiras. O percentual de Os dados, contudo, foram superados pelos Luís Eduardo subiria para 95,5%. do Censo 2010, que apontou 60.179 habitanEm 2018, Luís Eduardo já ultrapassaria tes em Luís Eduardo naquele ano. Ou seja, o Barreiras, com 4.734 empresas, ante 4.650. crescimento populacional de Luís Eduardo Em 2019, essa diferença de 84 empresas a ocorreu em velocidade maior do que previra mais em Luís Eduardo seria ampliada para o IBGE. 421, com 5.397 empresas em Luís Eduardo e Assim, a Urban Systems, através do consul- 4.976 em Barreiras. tor André Cruz, refez as proNo cenário moderado, ou jeções demográficas especialtendência de crescimento, mente para o Oeste Semanal. Barreiras continuaria à frenO número de Pelo novo cálculo, Luís te de Luís Eduardo em Eduardo ultrapassará número de empresas pelo empresas de Luís Barreiras em população em menos até 2025, quando terEduardo pode 2018, no cenário agressivo. minam as projeções da Naquele ano, Luís Eduardo Urban Systems. duplicar em 2014, deverá ter 192.031 habitanContudo, a diferença no triplicar em 2017 tes, ante 176.812 em número de empresas entre Barreiras, uma diferença de Barreiras e Luís Eduardo, e quadruplicar em 15.219 habitantes. que era de 56% em 2005 2018, sobre 2008 A diferença aumentaria (1.956 empresas em para 39.535 habitantes em Barreiras e 854 em Luís 2019 (222.005 habitantes em Eduardo), baixa para 28% Luís Eduardo e 182.535 em Barreiras), e para em 2025 (4.931 empresas em Barreiras e 68.348 habitantes em 2020 (256.657 habitan- 3.741 em Luís Eduardo). tes em Luís Eduardo e 188.309 em Barreiras). Já no cenário tendência de crescimento, Empregos. De acordo com o estudo da Luís Eduardo não ultrapassaria Barreiras em Urban Systems, no cenário agressivo o númepopulação.Em 2010, a diferença a favor de ro de empregos formais em Luís Eduardo Barreiras chega a 77.249 habitantes (137.428 aumentaria 570% em dez anos (de 2010 a em Barreiras e 60.179 em Luís Eduardo). 2020), passando de 14,4 mil para 82 mil. A diferença, porém, vai se estreitando atraLuís Eduardo ultrapassaria Barreiras por vés do tempo. Em 2018, seria de 34.620 habi- pequena diferença já daqui a dois anos, em tantes, caindo praticamente à metade da de 2013, quando teria 24.276 empregos formais 2010. (ante 24.098 em Barreiras). A vantagem É interessante notar que no estudo origi- aumentaria em 2014, com 28.889 empregos nal, a Urban Systems tomou como base o em Luís Eduardo e 28.261 em Barreiras. crescimento populacional médio (denomiNo cenário tendência de crescimento, o nado Taxa Geométrica de Crescimento número de empregos formais em Luís Anual (TGCA) de cada um dos sete municí- Eduardo ultrapassa o de Barreiras em 2022. pios da microrregião de Barreiras no período Naquele ano, Luís Eduardo deverá ter 36.362 de 2007 a 2009. empregos formais, ante 33.942 em Barreiras.

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Luís Eduardo Magalhães passa do forte desenvolvimento agrário para o desenvolvimento urbano, com a instalação de indústrias e do crescimento e qualificação dos seus estabelecimentos de apoio de comércio e serviços. Também observamos importantes investimentos estruturais como ferrovias ligando norte, sul, leste e oeste, novos portos no litoral baiano e com isto o nascimento de uma nova era na logística nacional que podem favorecer Luís Eduardo Magalhães. Isso vem atraindo para a cidade diversas empresas e funcionários, o que poderá consolidá-la como um dos principais centros urbanos do oeste da Bahia nos próximos anos

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Paulo Takito, diretor da Urban Systems.

O ESTUDO E SUA METODOLOGIA O estudo da Urban Systems faz projeções de crescimento de sete municípios do Oeste baiano da microrregião de Barreiras : além de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, Baianópolis, Catolândia, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves e São Desidério. Para o cálculo da projeção do crescimento econômico dos sete municípios foram utilizados os dados do número de empresas e do número de empregados (com registro no Ministério do Trabalho) no período 2005- 2008). O estudo apresenta dois tipos de projeções: tendência de crescimento e curva de crescimento agressivo (ou progressão geométrica). A primeira projeção tem como base o cálculo de Tendência, fórmula estatística que corrige o crescimento de acordo com a tendência de crescimento do período analisado. Isso impede que haja apenas uma

progressão geométrica do crescimento. Já a curva de crescimento agressiva tem como base o crescimento médio no período de 2003 a 2008, replicado ano após ano. O cenário é considerado agressivo por levar em conta um crescimento constante (sem qualquer queda). Apresenta, portanto, um crescimento em Progressão Geométrica (PG). Para a projeção de crescimento da população, o cenário agressivo tomou como base o crescimento populacional médio, denominado Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA) de cada município no período de 2007 a 2009, replicada ano após ano. O cenário é considerado agressivo por considerar um crescimento constante da economia no nível médio daqueles três anos, sem considerar um desaceleramento, apresentando portanto um crescimento em Progressão Geométrica (PG).

PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO POPULACIONAL Cenário Referencial Agressivo

Município Barreiras LEM Barreiras LEM

2007 2008 129.501 135.650 44.265 48.977 129.501 135.650 44.265 48.977

2009 2010 137.832 137.428 52.054 60.179 137.832 137.428 52.054 60.179

2011 138.748 64.939 141.826 69.572

2012 138.919 71.942 146.364 80.432

2013 139.856 77.449 151.048 92.986

2014 140.282 83.954 155.881 107.500

2015 141.048 89.794 160.870 124.279

2016 141.588 96.077 166.017 143.678

2017 142.279 102.065 171.330 166.104

2018 142.869 108.249 176.812 192.031

2019 143.526 114.303 182.470 222.005

2020 144.139 120.443 188.309 256.657


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CIDADE

CRESCIMENTO ECONÔMICO - NÚMERO DE EMPRESAS POR MUNICÍPIOS

CRESCIMENTO ECONÔMICO - NÚMERO DE EMPREGOS FORMAIS POR MUNICÍPIOS

Fonte: URBAN SYSTEMS

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CIDADE

Infraestrutura, o maior desafio de Santa Cruz JO‹O PENIDO Da Oeste Comunicação

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rover infraestrutura que consiga acompanhar, mesmo que à distância, o rápido crescimento de Luís Eduardo Magalhães, que traz consigo demandas cada vez maiores por parte da população, é o principal desafio do prefeito Humberto Santa Cruz nos quase dois anos que lhe sobram de mandato. Mas ele mesmo reconhece: “Não temos condição de aumentar a infraestrutura na mesma velocidade do crescimento”. Por isso, a Prefeitura vem procurando estabelecer parcerias público-privadas com os governos federal e estadual e com a iniciativa privada. Nesta entrevista ao Oeste Semanal, o prefeito conta como é (difícil) administrar uma Cidade que tem tudo por fazer, e que no início de sua gestão, em 2000, devia R$ 11 milhões ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que impedia a Prefeitura de obter recursos e financiamentos junto aos governos do Estado e da União.O prefeito gastou praticamente metade do mandato arrumando a casa, renegociando dívidas, preparando projetos (que agora começam a sair do papel), e reequipando e ampliando as redes de saúde e educação. Agora, pretende transformar a Cidade num verdadeiro canteiro de obras. Mesmo porque, pelas suas previsões, a população de Luís Eduardo, que mais que triplicou nos primeiros 10 anos, passando de 18 mil para 60 mil habitantes, deve duplicar em mais cinco anos (até 2016), e triplicar até 2025, quando teria 180 mil habitantes. Haja infraestrutura para suportar tal crescimento.

Oeste Semanal - Como é administrar uma cidade que tem tudo por fazer? Humberto Santa Cruz – Atrás de um crescimento acelerado vem uma série de problemas. Muitas pessoas chegam a Luís Eduardo achando que aqui é um Eldorado. Elas pensam que aqui tem emprego fácil, mas em geral não têm capacitação, não têm qualquer preparação, o que gera problemas sociais. Além disso, criam-se problemas de infraestrutura para acompanhar o crescimento. Não temos condição de aumentar a infraestrutura na mesma velocidade do crescimento. A cidade cresceu de 18 mil habitantes, em 2000, para 60 mil, em 2010. São necessárias novas escolas e postos de saúde, um hospital, mais pavimentação, etc. Para se ter uma ideia, tínhamos ao final da administração anterior, em dezembro de 2008, 10 mil alunos na rede municipal de educação. Em março de 2010, no início do ano letivo, tínhamos 12 mil alunos; e em março de 2011, o número já tinha pulado para 14 mil. O senhor encontrou a Prefeitura endividada e primeiro teve que acertar o caixa. O rombo era muito grande? - Nossa primeira preocupação, ao assumir a Prefeitura em janeiro de 2009, foi a de promover ajustes e arrumar a casa. O município tinha uma dívida de R$ 11

milhões com o INSS, o qual simplesmente não era pago. Isso impedia Luís Eduardo de ir atrás de recursos junto aos órgãos estaduais e federais e de aprovar qualquer projeto. Luís Eduardo não pode depender de recursos próprios. Nosso orçamento para este ano é de apenas R$ 121 milhões. Quando assumimos, a primeira coisa que fizemos foi renegociar a dívida com o INSS. Em geral, as prefeituras só pagavam o INSS, ou qualquer outro imposto, quando eram fiscalizadas. Nós começamos a pagar o INSS pontualmente, a partir de janeiro de 2009, no primeiro mês da nova administração. Hoje, não devemos nem um tostão ao INSS. Pagamos em dia tanto as parcelas da renegociação quanto o recolhimento mensal. Além disso, havia, como ainda há, grandes distorções e alta inadimplência em relação ao pagamento, pelos contribuintes, do IPTU. A inadimplência hoje chega a 32% entre os imóveis prediais e a 71% entre os loteamentos vazios. Nos loteamentos, havia o seguinte problema: o empreendedor comprava um lote e não fazia o asfaltamento e não colocava o custo do asfalto entre os demais custos. A lei não exigia que ele fizesse o asfaltamento, e a Prefeitura também não exigia o asfaltamento ao aprovar o loteamento. Devia ter exigido, mas não exigiu. Hoje, estamos exigindo o asfaltamento , bem como as redes de água e o esgotamento, entre outros itens.


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O que foi feito para melhorar a arrecadação, notadamente do IPTU? - É necessário sobretudo haver uma mudança de atitude, para acabar com a cultura do calote. As pessoas pensam assim: não vou pagar o IPTU porque não vejo resultados práticos na aplicação dos recursos. Havia ainda distorções nos valores cobrados. Havia bairros que pagavam demais, e outros de menos. Por exemplo, um imóvel no bairro Cidade Universitária no valor de R$ 50 mil pagava mais IPTU do que um imóvel de R$ 400 mil no Centro da Cidade, que tinha IPTU de R$ 100. Por isso, criamos uma comissão para corrigir as distorções, da qual participaram a Acelem, corretores, empresas de loteamentos e a Câmara Municipal. Essa comissão trabalhou exaustivamente por três a quatro meses e atualizou a Planta de Valores. Foi um trabalho conjunto. Eu, como prefeito, limitei a 50% do valor do imóvel a base de cálculo para a cobrança dos imóveis que tinham um IPTU exagerado. Além disso, ficaram isentos do IPTU todos os que tinham valor até R$ 50 por ano. Isso pegou a população de baixa renda. Ficaram isentos 32% dos imóveis prediais da Cidade. Anteriormente, havia um perdão informal desse pagamento. Agora, é uma coisa formal, legalizada. Também é importante haver uma mudança de postura em relação ao ISS. Nosso primeiro trabalho foi o de educar as pessoas a deixarem a informalidade. Criamos uma lei específica para as microempresas individuais (MEI), a primeira do Oeste da Bahia, e hoje já temos mais de 1 mil delas cadastradas. Também concedemos isenção do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), de 2% sobre o valor do imóvel, para os inscritos no programa Minha Casa, Minha Vida, de modo a dar mais condições de as pessoas pobres terem sua casa. O tempo que sobra, depois do acerto das contas, é suficiente para a realização de todos os seus projetos? - Desde 2010, com os impostos em dia, sem dever nada aos governos estadual e federal, pudemos fazer projetos e celebrar convênios e buscar recursos e financiamentos, por exemplo junto à Caixa Econômica Federal, ao Ministério das Cidades, ao BNDES, ao Desembahia, etc. Passados dois anos do início da gestão, vamos agora olhar Luís Eduardo Magalhães para dentro. Em primeiro lugar, com projetos sociais que atendam às necessidades básicas da população. Por exemplo, com cestas básicas e com o kit construção que estamos distribuindo aos atingidos pelas chuvas do início de março, que inundou bairros populares como Mimoso I e II. Faremos isso por um período. O essencial é capacitar as pessoas de modo a que possam estar empregadas. Nesse sentido, trouxemos o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) para Luís Eduardo, o que foi muito importante. Vamos continuar a fazer projetos. Hoje, nada se faz no Brasil sem que haja um projeto. É preciso cadastrar, nos diversos programas estaduais e federais, projetos bons, de qualidade, caso contrário eles não têm chance de ser aprovados. Nesse ano, passadas as chuvas, vamos transformar a cidade num verdadeiro canteiro de obras. Quais serão as principais obras ? Entre elas, destacam-se a construção de uma praça muito bonita e de um ginásio poliesportivo no Jardim das Acácias, a conclusão do estádio de futebol, em Santa Cruz, com capacidade para 5 mil pessoas, e a implantação de sinalização vertical e horizontal no Centro, paralelamente à duplicação do trecho urbano das BR 020 e 242, a ser executada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

CIDADE

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Devo anunciar ainda no primeiro semestre a instalação de uma indústria têxtil em Luís Eduardo

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HUMBERTO SANTA CRUZ

A poeira e a lama são os problemas que mais incomodam os moradores. Quantos quilômetros de ruas o senhor pretende asfaltar até o final de seu governo? - O mais importante é estabelecer um conceito de asfaltamento. A primeira decisão foi a de que o asfaltamento ocorrerá nas ruas onde passam as linhas de ônibus. Isso nos permitirá exigir das concessionárias que coloquem melhores veículos para atender a população. Estamos mandando a lei de concessão para a Câmara de Vereadores, de modo a dar segurança jurídica às concessionárias; hoje esta segurança é muito precária. Nossa meta é asfaltar 60 quilômetros na nossa administração. Foram 20 quilômetros em 2010 e, em princípio, serão mais 20 neste ano e mais 20 em 2012. Mas, como fizemos o Orçamento Participativo, ouvindo as reivindicações de cada bairro da Cidade, a maior demanda dos bairros foi por praças. Por isso, vamos investir muito em praças este ano, então é possível que a meta dos 60 quilômetros de asfalto possa diminuir, com parte dos recursos sendo deslocado para a construção de praças. Quais serão os principais investimentos em Saúde, uma das áreas mais carentes da Cidade? - A prioridade está sendo viabilizar a construção de um hospital em Luís Eduardo. Esse é um trabalho que não aparece. Não é só construir o hospital, mas mantê-lo, o que custa muito caro. Para se ter uma idéia, o custo de manter um hospital é o mesmo de construir um hospital por ano. Esse hospital teria quantos leitos? 60, 100? Não cabe ao prefeito determinar o número de leitos. É importante lembrar que o hospital vai atender gente de outras cidades, que se deslocarão a Luís Eduardo em busca de aten-

dimento, o que demandará mais recursos. Para se ter uma noção de grandeza, no ano passado foram feitas mais de 100 mil consultas nos postos de saúde, no Gileno de Sá e na policlínica, que conta com 20 médicos especializados. É como se cada habitante de Luís Eduardo tivesse ido fazer duas consultas por ano. Outra obra importante foi a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A construção já está pronta, mas faltam os equipamentos a serem fornecidos pelo Governo Federal. Só a construção da UPA custou R$ 1 milhão. A população precisa saber disso, saber para onde vai o dinheiro arrecadado com o IPTU. Quando a UPA estiver em funcionamento, os atendimentos de emergência serão feitos nela, e não mais no Gileno ou em Barreiras. Também é importante ressaltar que neste mês de março começamos a realizar cirurgias eletivas, como hérnia e partos, na maternidade Gileno de Sá, que conta com três médicos de plantão e duas salas cirúrgicas em funcionamento, a segunda delas instaladas este ano. A maternidade passa a fazer 100 partos por mês. Agora, o cidadão de Luís Eduardo Magalhães nasce em Luís Eduardo, e não mais em Barreiras. Temos na fila de atendimento para as cirurgias eletivas cerca de 300 pessoas. Vamos zerar essa fila até o fim do ano. A manutenção do Gileno custa R$ 500 mil mensais. Digo isso para que a população tenha maior noção de onde é aplicado o dinheiro do IPTU. Como o senhor está enfrentando o assistencialismo do deputado Oziel Oliveira? É possível enfrentar o assistencialismo com uma administração responsável?

- Não cabe comparar. O deputado Oziel fez coisas importantes quando foi prefeito de Luís Eduardo. Não tenho o menor problema em dar continuidade a bons projetos, que tragam benefícios para o cidadão. Por exemplo, foi ele quem primeiro procurou o Dnit para o

PREFEITURA ENTREGA MERCADO E POSTO DE SAÚDE NO ANIVERSÁRIO Para comemorar o aniversário de 11 anos de Luís Eduardo Magalhães, a Prefeitura abrirá ao público o novo mercado municipal, no bairro Santa Cruz, e o posto de saúde do Mimoso III. O mercado será aberto no domingo, 27, e o posto de saúde inaugurado na quintafeira, 31. O prefeito Humberto Santa Cruz deverá participar dos dois eventos. Outros atos da programação acontecem neste sábado, 26, com a participação do prefeito Humberto Santa Cruz, no início do Mutirão pela Vida Contra o Câncer de Mama, às 8 horas, e no lançamento do Recicla Saúde, na feira do Jardim das Acácias. Às 11 horas, o prefeito lançará a pedra fundamental da Praça do Jardim das Acácias. No domingo, 27 o prefeito participará,

às 7h30 da solenidade de largada, nas imediações do Posto Ursa, da corrida de 5 mil metros e, em seguida à prova, do início do passeio ciclístico. A programação do aniversário prevê missa às 19h30 na igreja Matriz e implantação do Salão das Artes na Praça de Alimentação da Praça da Matriz, às 21h15. No dia 29, estão programados dois shows com bandas famosas: É o Tchan, às 20 horas, e Cheiro de Amor, às 22 horas. À meia-noite, haverá queima de fogos. No dia 30, haverá apresentação de bandas locais a partir das 17 horas e a partir das 23 horas. No intervalo, às 21 horas, apresentação da banda gospel Ministério Nívea Soares.

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projeto de duplicação do centro urbano da BR 020/242. Eu fui ao Rio discutir um projeto que já estava em discussão, elaborado pela empresa JBS. Procurei ajudar indicando locais propícios à instalação de balanças de pesagem e de passarelas. Vou ajudar a criar essa criança. Tenho hoje com Oziel uma relação de prefeito com deputado federal. O que há é uma diferença de estilo. O meu é de agir de maneira clara e transparente. Há sociedades (empresariais) que não dão certo, como há casamentos que não dão certo. No futuro, como o senhor gostaria de ser lembrado? - Como disse ao ser eleito, o que pretendo fazer ao final do mandato é subir no ponto mais alto de Luís Eduardo e ver uma cidade mais bonita e um povo mais feliz. Eu faço política com “P” maiúsculo. Tenho credibilidade para fazer isso, sei que é possível administrar uma Cidade fazendo uma política com “P” maiúsculo e ter o reconhecimento da população. Na última eleição, destacou-se que o exprefeito Oziel obteve 10 mil votos no município e pouco se falou nos 3 mil votos do deputado João Leão, apoiado pelo senhor. Três mil votos para quem não era conhecido na cidade não seria um bom resultado? - Acredito que sim. O deputado João Leão passou de 190 votos na eleição anterior para 3 mil. Ele trouxe o aeroporto de Luís Eduardo, trouxe energia para casas populares, e continua fazendo muitas coisas em prol da cidade. Estudo da Urban Systems indica que Luís Eduardo, em cenário agressivo,  poderá ultrapassar Barreiras em número de empregos formais já em 2013. Em população e no número de empresas, em 2018. O senhor acredita nessa possibilidade? - Acho que a nossa população, que mais que triplicou nos primeiros 10 anos, passando de 18 mil para 60 mil habitantes, deve duplicar em mais cinco anos (até 2016), e triplicar até 2025, chegando a 180 mil habitantes. Até pelo desenvolvimento do agronegócio e por melhor infraestrutura, como a Ferrovia Oeste-Leste, cujas obras já foram iniciadas. O que o senhor espera anunciar para a população? - Devo anunciar ainda no primeiro semestre a instalação de uma indústria têxtil emLuís Eduardo, o que poderá dar início a um pólo têxtil. Essa indústria, de um grupo local, começaria com a fiação. Numa segunda fase viriam tecelagens e malharias, verticalizando a cadeia produtiva. O Governo do Estado e o Governo Federal têm colaborado com a cidade e com sua administração? - Sim. O problema é que depois que conseguimos aprovar um projeto, a liberação de recursos demora. A morosidade é grande. A Caixa Econômica está sobrecarregada. Tem de dar conta de tudo do Ministério das Cidades. Já montei com a Caixa um cronograma de reuniões mensais, na tentativa de agilizar a liberação de recursos. Mas, não posso me queixar. Nem todos os projetos foram atendidos, mas vários foram. Por exemplo, a secretaria de Infraestrutura fez a primeira PPP (Parceria Pública Privada) com o Governo do Estado e com produtores para a construção de uma estrada vicinal de 50 quilômetros, que sai da BR 020, em Luís Eduardo, e vai até a serra existente na divisa com Tocantins, conhecida como “linha Timbaúva”.


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CIDADE

Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011 FOTOS DE: HENRIQUE CABELO

A soja, maior cultura, ocupa 46% da área plantada na região Oeste da Bahia

Caroço de algodão estocado na Taji, no distrito industrial de Luís Eduardo Magalhães

Luís Eduardo, o Bric baiano Município cresce em ritmo de gigantes e seu PIB com certeza já ultrapassou o de Barreiras JO‹O PENIDO Da Oeste Comunicação

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ais pujante dos pólos do agronegócio brasileiro, Luís Eduardo Magalhães aguarda a divulgação de dados regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009 para comemorar sua inclusão entre as dez maiores economias da Bahia. O Município fechou 2008 (último dado disponível) na décima-terceira posição. Seu Produto Interno Bruto (PIB), que em 2006 foi de R$ 841 milhões, saltou para R$ 1,165 bilhão em 2007 (+ 38,5%) e para R$ 1,538 bilhão em 2008 (+ 32%). Com certeza, já ultrapassou o PIB de Barreiras, que foi de R$ 1,186 bilhão em 2006, de R$ 1,407 bilhão (+ 27%) em 2007 e de R$ 1,597 bilhão  (+ 13,5%) em 2008. De 2006 a 2008, Luís Eduardo cresceu 82,8% e Barreiras, 34,6%. A renda per capita em 2008 foi uma das maiores da Bahia – R$ 31.422,34 -, superando os R$ 11.773 de Barreiras. Crescimento acelerado. Luís Eduardo é uma das cidades que mais crescem no Brasil, o que justifica o título de Bric baiano, alusão aos países que mais crescem no mundo

MUNICÍPIOS BAIANOS QUE MAIS EXPORTARAM EM 2010 Município Camaçari São Francisco do Conde Mucuri Dias D’Avila Luís Eduardo Eunápolis Ilhéus Barreiras Ipojuca

US$ Bilhão 2,38 1,47 0,923 0,607 0,486 0,441 0,268 0,262 0,188

Fonte: Superintêndencia de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

(Brasil, Rússia, Índia e China). A população, que era de 18 mil habitantes em 2000, na emancipação, pulou para 60 mil no Censo de 2010 do IBGE (aumento de 328%) e, segundo estudo da Urban Systems, poderá ultrapassar Barreiras em 2018, se o ritmo de crescimento continuar frenético. A Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA) da população de Luís Eduardo foi de 8,3% entre 2007 e 2009, enquanto a dos municípios da microrregião de Barreiras ficou em 1,69%, de acordo com a Urban Systems. O Bric baiano é impulsionado pelo agronegócio. Embora seu território tenha apenas 405 mil hectares, dos quais 56% estão ocupados por lavouras, Luís Eduardo tem sua economia movimentada por grande parte da produção agrícola da região Oeste, que impulsiona sua agroindústria, o comércio e os serviços.

Embora detenha em torno de 15% da produção agrícola do Oeste, o Município movimenta mais da metade do que é colhido, via processamento de grãos ou via exportação. Aqui estão instaladas a maior esmagadora de soja da Bunge e da América Latina e grandes exportadoras, como a Louis Dreyfus. O município é o quinto maior exportador do Estado, com vendas de US$ 486 milhões no ano passado, apesar da queda de 9,52% na comparação com 2009. Barreiras exportou US$ 262 milhões. Para o mercado externo, saíram de Luís Eduardo no ano passado 1,1 milhão de toneladas de soja e derivados, 38,8 mil toneladas de algodão e derivados, 4,3 mil toneladas de mamão e 1,5 mil toneladas de café em grão. Agricultura.A principal atividade é a agricultura, de alta tecnologia e produtividade, que ocupa extensas áreas, muitas delas irrigadas

por pivôs. A agricultura familiar ocupa 12.500 hectares, correspondentes a 3% do área total.   As principais culturas são a soja, o algodão, o milho, o café, destacando-se no momento o rápido crescimento do algodão. Luís Eduardo produz também arroz, feijão, mandioca, sorgo, mamão, laranja, limão, abacaxi, banana, goiaba, abacaxi e maracujá, segundo o Censo Agropecuário de 2009 do IBGE. A pecuária é de alta qualidade tanto na área genética quanto na tecnológica. Destaca-se no momento a implantação da empresa de confinamento Captar, para engorda de bois. Serão 12.500 cabeças por ano, de 2011 a 2014, totalizando 50 mil bois em quatro anos. A pecuária contará este ano com a instalação, pela Secretaria de Agricultura, de um abatedouro e do Serviço de Inspeção Municipal, os quais abrirão caminho para o abastecimento local de carnes e a fabricação de embutido.

PIB 2006 INTERIOR BAIANO

PIB 2007 INTERIOR BAIANO

PIB 2008 INTERIOR BAIANO

Município R$ bilhão Camaçari 9,534 São Francisco do Conde 6,673 Feira de Santana 3,853 Candeias 2,236 Simões Filho 2,152 Vitória da Conquista 1,904 Lauro de Freitas 1,770 Itabuna 1,579 Paulo Afonso 1,544 Ilhéus 1,534 Dias D’Avila 1,332 Juazeiro 1,313 Barreiras 1,186 Jequié 1,132 Alagoinhas 0,951 Ipojuca 0,934 Eunápolis 0,913 Luís Eduardo 0,841 Fonte: IBGE

Posição 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª

Município R$ bilhão Camaçari 10,401 São Francisco do Conde 7,144 Feira de Santana 4,721 Candeias 2,479 Simões Filho 2,404 Vitória da Conquista 2,373 Lauro de Freitas 2,106 Paulo Afonso 2,037 Itabuna 1,752 Ilhéus 1,706 Juazeiro 1,467 Barreiras 1,407 Jequié 1,289 Dias D’Avila 1,202 Luís Eduardo 1,165 Alagoinhas 1.080 Eunápolis 1,033 Mucuri 1,008 Fonte: IBGE

Posição 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª

Município R$ bilhão Camaçari 10,474 São Francisco do Conde 9,002 Feira de Santana 5,263 Candeias 3,173 Simões Filho 2,771 Vitória da Conquista 2,619 Lauro de Freitas 2,300 Paulo Afonso 2,037 Itabuna 1,945 Ilhéus 1,632 Barreiras 1,597 Luís Eduardo 1,538 Juazeiro 1,451 Jequié 1,387 Dias D’Davila 1,156 Alagoinhas 1,155 Eunápolis 1,120 São Desidério 1,027 Fonte: IBGE

Posição 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª


CIDADE

Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

Em todos os setores, números impressionantes da cidade que não pára

L

Comércio. O comércio de Luís Eduardo é suficiente para atender a demanda de seus habitantes, tanto na área de alimentos quanto em produtos e implementos agropecuários e construção civil. O próximo passo será a chegada dos shopping-centers. Dois grupos já compraram terrenos na cidade para construí-los. O comércio prospera com o avanço do agronegócio, com destaque para o de máquinas agrícolas e o de combustíveis.   O comércio de máquinas agrícolas na Construção. O número de alvarás para cons- região Oeste da Bahia cresceu 25% em 2010, truir triplicou de 2009 para 2010, passando faturando cerca de R$ 400 milhões. No comércio de combustíveis destaca-se o de 320 para 940. Em 2011, até 15 de fevereiro, Posto Imperador, com área de 73 mil metros foram 147 alvarás. O número de “habite-se” expedidos dupli- quadrados. O posto recebe 6.900 caminhões por mês e cou, passando de 408 em 2009 para 834 em 2010. Em 2011, até 15 de fevereiro, foram vende uma média de 1,8 milhão de litros de diesel por mês. Na época de colheita, as venexpedidos 127 “habite-se”. A cidade tem edifícios residencias de alto das chegam a 3 milhões de litros de diesel por luxo, de seis a doze andares, bem como con- mês. Comércio e serviços concentram 58,9% domínios horizontais com campo de golfe e dos empregos formais do pista de pouso para pequemunicípio. O número total nos aviões.  de trabalhadores formais em Luís Eduardo deverá aumenIndústria. O parque industrial Número de tar 570% em dez anos (de de Luís Eduardo é composto empresas 2010 a 2020), pulando de por empresas líderes em seus 14,4 mil para 82 mil, de acorsegmentos, inclusive vinte dobrou em dois do com a Urban Systems. multinacionais, entre elas a anos, passando Há seis bons hotéis na americana Dow Agroscience, de 1.827 em cidade, com diárias ainda a francesa Louis Dreyfuss e a baratas em relação a outras espanhola ESA. 2008 para 4.600 cidades do interior e ao Entre as empresas pioneiem 2010. poder aquisitivo da popularas que se instalaram no ção local. No luxuoso Saint município, destaca-se a Louis, com oito andares e Ceval, indústria de esmagaelevador panorâmico, as diámento de soja incorporada pela Bünge Alimentos, hoje a maior unidade rias vão de R$ 119 a R$ 350 (na suíte presidencial).  esmagadora de soja da América Latina. No entanto, os hotéis aproveitam a superOutra pioneira é a Galvani, único grupo brasileiro na produção integrada de fertili- lotação da cidade durante a Bahia Farm zantes fosfatados, que começou a operar em Show, de 31 de março a 4 de junho, para eleLuís Eduardo em 1992, quando a cidade var os preços, alguns deles chegando a  triainda era distrito de Barreiras, chamado plicá-los.  Mimoso do Oeste. No Centro Industrial do Cerrado (CIC), Empresas. O número de empresas existentes que ocupa área de 260 hectares (ou 3,1 mil- em Luís Eduardo (incluindo micro empresas hões de metros quadrados) na cidade, há 68 individuais) mais que dobrou em dois anos, empresas, sendo 27 instaladas e 41 em insta- saltando de 1.827 em 2008 para 4.600 em lação. Essas indústrias, quando estiverem 2010. Luís Eduardo foi o primeiro município do produzindo a plena capacidade, terão gerado Oeste a criar lei específica para micro empre5 mil empregos diretos. Dentre os grandes grupos nacionais insta- sas, em 2009, e tem hoje mais de 1 mil lados no Centro incluem-se Mauricéa, cadastradas.  A cidade está em primeiro lugar na Bahia e Icofort, Coringa, Mongipex e São Braz. uís Eduardo é um dos cinco municípios brasileiros que sediam um dos maiores eventos de equipamentos de alta tecnologia destinados ao agronegócio, a Agrishow. Este evento,  que teve a sua primeira edição em  Ribeirão Preto (SP), e depois se expandiu por Rondonópolis (MT) e Cascavel (PR), adotou em Luís Eduardo o nome de Bahia Farm Show, sendo realizado entre 31 de maio e 4 de junho.

entre as primeiras do Brasil no percentual de empresas formalizadas em relação à população. Se uma empresa completar um ano de vida na cidade, pode-se dizer que está instalada definitivamente. No Brasil, é preciso completar cinco anos, período em que fecham 80% das que se instalam, de acordo com o Sebrae. Luís Eduardo, contudo, enfrenta graves problemas em praticamente todas as áras de infraestrutura, da energia às telecomunicações, passando por transportes, esgotamento

15

sanitário, galerias de águas pluviais, pavimentação asfática e habitação para famílias de baixa renda. São constantes os apagões de energia elétrica e os serviços de telefonia, fixa ou celular, não são eficientes. Para funcionarem sem interrupções, indústrias e bancos, por exemplo, são obrigadas a instalar geradores próprios.  Para não ficarem sem internet, contratam mais de um provedor. A regularidade das chuvas neste início de ano é garantia de que Luís Eduardo manterá o ritmo de crescimento acelerado.

PARA ONDE LUÍS EDUARDO EXPORTA TOTAL DA ÁREA

2010 (Jan/dez) US$ FOB Part. % 486.286.790 100,00

2009 (Jan/dez) US$ FOB Part. % 538.035.395 100,00

Total principais países

486.286.790 100,00

527.584.981

98,06

-7,83

136.736.436 105.476.599 63.296.753 50.833.148 22.902.855 15.509.905 15.449.664 14.457.594 12.145.058 10.562.224 5.548.998 5.427.161 5.372.759 4.546.301 2.903.323 2.428.755 2.380.047 2.254.406 1.829.797 1.676.231 1.339.327 963.049 840.750 811.702 335.907 180.730 73.711 3.600 0 0

28,12 21,69 13,02 10,45 4,71 3,19 3,18 2,97 2,50 2,17 1,14 1,12 1,10 0,93 0,60 0,50 0,49 0,46 0,38 0,34 0,28 0,20 0,17 0,17 0,07 0,04 0,02 0,00 0,00 0,00

198.710.300 19.446.881 76.673.857 1.496.779 47.226.987 21.627.144 12.565.444 6.395.152 55.158.455 6.774.914 39.779.578 2.858.708 1.443.785 1.870.240 1.266.985 387.904 7.528.665 283.668 0 791.050 2.233.120 845.357 627.445 2.271.163 0 0 538.506 46.840 11.697.093 7.038.961

36,93 3,61 14,25 0,28 8,78 4,02 2,34 1,19 10,25 1,26 7,39 0,53 0,27 0,35 0,24 0,07 1,40 0,05 0,00 0,15 0,42 0,16 0,12 0,42 0,00 0,00 0,10 0,01 2,17 1,31

-31,19 442,38 -17,45 —-51,50 -28,29 22,95 126,07 -77,98 55,90 -86,05 89,85 272,13 143,09 129,15 526,12 -68,39 694,73 0,00 111,90 -40,02 13,92 34,00 -64,26 0,00 0,00 -86,31 -92,31 0,00 0,00

0

0,00

10.450.414

1,94

0,00

União Européia - UE 307.396.308 Ásia (excl. Oriente Médio) 122.142.236 Demais Europa Ocidental 50.833.148 Mercosul 3.506.028 Aladi (exclusive Mercosul) 1.339.327

63,21 25,12 10,45 0,72 0,28

348.425.997 153.373.239 1.496.779 791.050 3.477.618

64,76 28,51 0,28 0,15 0,65

-11,78 -20,36 —343,21 -61,49

0,22

30.470.712

5,66

-96,49

Alemanha Portugal China Turquia Reino Unido Romênia França Japão Coréia do Sul Indonésia Espanha Paquistão Taiwan Tailândia Bangladesh Holanda Itália Vietnã Paraguai Argentina Venezuela Bélgica Malásia Estados Unidos Filipinas Israel Austrália Canadá Noruega Guatemala Demais países

2010/09 Var. % US$ -9,62

PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS

Demais blocos

1.069.743

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (Secex)

O QUE LUÍS EDUARDO EXPORTA Principais produtos Total da área Total dos principais produtos expor tados

US$ FOB 486.286.790 486.286.790

Outros grãos de soja, mesmo triturados Bagaços e outs. resíduos sólidos, da extr. do óleo de soja Algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado Mamões (papaias) frescos Outros tipos de algodão não cardado nem penteado Café não torrado, não descafeinado, em grão Lecitinas e outros fosfoaminolipídios Línteres de algodão, em bruto Outros ácidos graxos monocarbox. ind. e óleos ácid. refin, Óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade<=5L Pimentões e pimentas, frescos ou refrigerados Figos frescos Mangas frescas ou secas

236.448.287 171.641.906 64.630.616 5.442.449 2.995.175 2.847.141 1.608.245 417.083 255.888 0 0 0 0

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (Secex)

2010 (Jan/Dez) Part. % Kg líquido 100,00 1.148.685.273 100,00 1.148.685.273 48,62 35,30 13,29 1,12 0,62 0,59 0,33 0,09 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00

605.422.819 498.164.306 36.807.039 4.373.470 1.538.742 899.340 666.980 511.757 300.820 0 0 0 0

US$ FOB 538.035.395 538.035.395 246.043.673 235.820.740 40.564.817 4.388.221 0 6.479.436 2.285.061 0 203.996 2.233.120 15.236 650 445

2009 (Jan/Dez) Part. % Kg líquido 100,00 1.246.638.419 100,00 1.246.638.419 45,73 43,83 7,54 0,82 0,00 1,20 0,42 0,00 0,04 0,42 0,00 0,00 0,00

576.292.664 630.068.831 30.213.113 3.798.405 0 2.424.780 1.540.340 0 299.740 1.988.400 11.697 137 312

Var. % US$ Fob 2010/2009 -9,62 -9,62 -3,90 -27,22 59,33 24,02 0,00 -56,06 -29,62 0,00 25,44 0,00 0,00 0,00 0,00


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CIDADE

Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

Enfim, sinais de trânsito Sinalização será nas vias paralelas ao trecho urbano da BR-020, do Posto Ursa ao Imperador

O secretário de Infraestrutura, Sérgio Verri, diz que a Prefeitura definirá onde as carretas poderão circular na Cidade, e também em quais horários JO‹O PENIDO Da Oeste Comunicação

A

poderão circular na Cidade, mas também em que horas”, adianta o secretário. Essa obra será fundamental para a cidade, cuja frota de veículos registra forte crescimento. Somente em 2010 foram quase 3 mil novos veículos circulando na cidade. O número total pulou de 10.501 em 2009 para 13.374 em 2010, ou seja, quase um quarto dos 60 mil habitantes de Luís Eduardo estão motorizados.

obra de infraestrutura mais visível a ser iniciada neste ano em Luís Eduardo Magalhães será a implantação de sinalização vertical (sinais de trânsito) e horizontal (placas e tartaruguinhas) no Centro, nas vias paralelas ao trecho urbano da BR-020/242, do Posto Ursa até o Posto Imperador. Asfaltamento. Outra obra de bastante visiO trabalho será concomitante à duplicação bilidade será a continuação do asfaltamento do trecho urbano da BR-020, a ser efetuada da cidade. Vinte quilômetros foram asfaltatambém neste ano pelo Departamento dos em 2010, e pelo menos mais 20 serão Nacional de Infraestrura de Transportes asfaltados em 2011. (Dnit). - A meta do prefeito - Assim que a chuva der um Humberto Santa Cruz é tempo, iniciaremos as obras da asfaltar 60 quilômetros nos Serão primeira fase, com retirada de quatro anos de sua gestão rotatórias, operação tapa(2009-2012). A prioridade é concluídas este buracos, recapeamento com asfaltar as ruas nas quais pasano as obras do lama asfáltica e pintura – inforsam ônibus – diz Sérgio Verri. ma o secretário municipal de Para tanto, estão sendo feiestádio de Infraestrutura, Sérgio Verri. tas parcerias com proprietáfutebol, com O fim das rotatórias não rios, sindicatos, lojas e capacidade para significa que serão colocaempresas. O custo do asfalto dos quebra-molas. Haverá, varia de R$ 35 a R$ 40 o 5 mil pessoas sim, na segunda fase, sinais metro quadrado. A Prefeitura luminosos (ou semáforos) entra com 30% a 50% do nos principais cruzamentos total (no caso das avenidas). da BR-020, bem como tartaruguinhas nos Também serão concluídas as obras no demais cruzamentos, com placa “PARE” estádio de futebol, no bairro Santa Cruz, para quem não está na preferencial. retomadas em 2010, com capacidade para 5 - Vamos definir quais serão as vias prefe- mil pessoas nas arquibancadas. renciais, até hoje motivo de confusão geneEntre as obras “invisíveis”, destaca-se a ralizada. Os motoristas simplesmente não conclusão da primeira fase do esgotamento sabem qual é a preferencial – diz Sérgio Verri. sanitário do município, que abrange os bairAlém disso, serão estabelecidos horários ros do Centro, Mimoso 1, II e III, Santa Cruz, para as carretas circularem fora da BR. Florais Léa e Jardim Paraíso. “Vamos estabelecer não só onde as carretas Serão construídas também neste ano uma

AS DEZ PRINCIPAIS OBRAS DE 2010 ● Construção de quatro postos de saúde (bairros Vereda Tropical, Novo Paraná, Florais Léa e Mimoso 3). ● Construção de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Avenida Brasília. ● Ampliação de cinco escolas públicas com mais 19 salas de aula; aluguel de dois prédios para abrigar duas escolas construídas especificamente para este fim, uma em Santa Cruz e outra no Jardim das Acácias. ● Reforma e cobertura da quadra poliesportiva da escola Ottomar Schwengber. ● Reforma da maternidade Gileno de

Sá Oliveira ● Implantação do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU, telefone192) ● Reativação da construção do estádio de futebol, cujo campo estará operacional em abril. A instalação de arquibandas e banheiros será concluída em meados do ano. ● Cobertura e reforma da feira livre de Santa Cruz. ● Construção e entrega de 200 casas populares em Santa Cruz. ● Instalação de mais 700 pontos de iluminação pública.

AS SETE PRINCIPAIS OBRAS DE 2011 ● Implantação de sinalização vertical e horizontal no Centro. ● Uma praça no Jardim das Acácias. ● Uma praça com duas quadras poliesportivas (dois campos de vôlei e um de futebol) ao lado da escola municipal Ottomar Schwengber. ● Uma praça em Santa Cruz, onde era praça no Jardim das Acácias; uma praça com duas quadras poliesportivas (dois campos de vôlei e um de futebol) ao lado da escola municipal

o “buracão”, já aterrado, com campo de futebol. ● Conclusão das obras do estádio de futebol. ● Construção do balneário Rio de Pedras. ● Continuação do esgotamento sanitário.

Ottomar Schwengber; uma praça no Santa Cruz, onde era o “buracão”, já aterrado, com campo de futebol; e um balneário no Rio de Pedras.


CIDADE

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HENRIQUE CABELO

Dengue 4 chega à Bahia; pode ocorrer nova epidemia Dois moradores de Salvador já foram contaminados DA REDAÇ‹O

SECRET˘RIA MAIRA: A Saúde é prioridade da atual administração municipal

Rede pública de Luís Eduardo já realiza cirurgias eletivas Operações começaram na terça-feira; 300 estão na fila OLIVIA VAN DER VLIET Da Oeste Comunicação A terça-feira, 22, foi marcada pelo início da realização de cirurgias eletivas na rede municipal da saúde de Luís Eduardo Magalhães. Três homems com hérnia ingnal e duas mulheres que fizeram ligadura de trompa foram os primeiros pacientes a serem operados no centro de saúde Gileno de Sá, principal unidade da Secretaria de Saúde do município. Cerca de 300 pessoas aguardam na fila de espera para se submeterem a cirurgias de média complexidade, entre elas hérnia, vesícula, fimose, postectomia, hemorróidas, ligaduras de trompas e cesarianas. Serão realizadas ainda cirurgias ortopédicas. Os procedimentos cirúrgicos mais procurados pelos que estão na fila são os relacionados à obstetrícia (partos). No momento, 179 mulheres em fase de pré natal e que são atendidas nas unidades de saúde do município aguardam a data do parto.

Para a realização das cirurgias, a Prefeitura de Luís Eduardo equipou o centro cirúrgico do Gileno de Sá com novos aparelhos. O Gileno de Sá dispõe de uma equipe de nove cirurgiões. As cirurgias eletivas na rede pública até então precisavam ser feitas em Barreiras, com os custos pagos pela Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães. Para o prefeito Humberto Santa Cruz, esta medida contribuirá significativamente para a redução da demanda cirúrgica existente no município. Ele informou que pretende “zerar a fila” até o final do ano. “A saúde é uma das prioridades em nosso Plano de Governo. Por isso todos os esforços estão sendo feitos para dar melhor qualidade de vida a todos”, ressalta.   “O cronograma de atendimento da Saúde é uma ferramenta que permite o controle desses processos cirúrgicos, priorizando as necessidades de cada paciente”, reforça a secretária de Saúde, Maira Santa Cruz.

Clínica de Radiologia dará laudo na hora A Clínica de Radiologia Ecorad abrirá as portas para atendimento na próxima segunda-feira, 28. O médico radiologista Arismar Leon disse que o diferencial no atendimento será o laudo emitido em tempo real para os serviços de Raio X, mamografia e ultrassom.

No próximo mês, a clínica oferecerá ainda o serviço de pediatria, com a médica Márcia Regina Leon. A médio prazo, estão previstos os serviços de tomografia e ressonância magnética. A nova clínica está localizada na Avenida Tancredo Neves, bairro Jardim Paraíso.

Campanha amor à Cidade distribuirá adesivos e cartilhas “Eu amo, eu cuido, eu vivo em Luís Eduardo Magalhães”. Com esse slogan, a Prefeitura Municipal, por meio da Sema - Secretaria de Meio Ambiente abriu na terça-feira, 22, no auditório do Fórum,  a Campanha de Amor à Cidade. A ação integra a programação de comemoração ao 11º Aniversário de  Luís Eduardo Magalhães, no próximo dia 30.

Serão distribuídos 500 adesivos da campanha à população, além de cartilhas contendo orientações sobre educação ambiental. “É preciso amar o lugar onde se vive. Quem mora aqui deve votar aqui, participar, opinar, integrar os propostas e projetos de melhoria da qualidade de vida”, disse a secretária de Meio Ambiente, Fernanda Aguiar.

A Secretaria da Saúde da Bahia admitiu na terça-feira, 22, que o estado pode ter uma nova epidemia de dengue este ano. Desta vez do tipo 4, que ainda não tinha chegado ao Estado. “É provável que possa ocorrer epidemia, então a nossa luta é trazer à população novamente a proposta da atitude, do agir perante a dengue”, alertou o chefe de gabinete da secretaria estadual da Saúde, Washington Couto. O alerta foi feito após a confirmação, esta semana, de dois casos de contaminação da dengue tipo 4. A dengue tipo 4 ainda não tinha entrado no país até o ano passado, mas já ameaçava o Brasil por epidemias em países vizinhos e do Mercosul. Os dois infectados são moradores dos bairros de Tancredo Neves e Cosme de Farias, em Salvador, e já estão recuperados. A Bahia é o segundo Estado do Nordeste que confirma a presença da doença. Na semana passada, o Piauí registrou seu primeiro caso. A dengue tipo 4 foi identificada inicialmen-

te em Roraima, em julho do ano passado. Risco de epidemia. Por sua vez, o secretário municipal de Saúde, Gilberto José, disse que o trabalho de prevenção continua e será intensificado, em Salvador. “Trabalhamos o ano todo porque o mosquito também atua o ano inteiro. O que nós fizemos foi intensificar o trabalho nas áreas onde ocorreram os casos e tentar estender a toda a cidade” , disse Gilberto José. Em todo o Estado foram notificados este ano 9.584 casos de dengue. Três pessoas morreram, nas cidades de Jequié, Madre de Deus e Porto Seguro. No ano passado foram registrados 11.679 casos, com quatro mortes. Além da Bahia, já foram confirmados casos de dengue tipo 4 no Piauí, Roraima, Amazonas e Pará. Até o seu reaparecimento em Roraima, o vírus da dengue tipo 4 havia ficado 28 anos sem circular no país. Todos os tipos de dengue causam os mesmos sintomas, como dor de cabeça, dores no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito. Mas o Ministério da Saúde alerta para que a população brasileira não tem imunidade contra a dengue tipo 4, aumentando o risco de epidemia, caso ocorra dispersão para outros estados.


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Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

SEBASTIÃO NERY Uma longa caminhada SALVADOR - A história do homem é a história de seus caminhos. E a busca de seus caminhos é a procura de seus transportes. Heráclito, o grego, já sabia 500 anos antes de Cristo: “O caminho para cima e o caminho para baixo são o mesmo”. A História é sempre o caminho que o homem escolheu, seja qual seja. E o transporte para percorrê-lo. Na floresta, o homem andava a pé. Descobriu que era mais fácil subir no lombo dos animais. E veio o cavalo, o animal mais amigo do homem (desculpem-me os que acham que é o cachorro). Nas gravuras e desenhos das velhas civilizações, nas pinturas das cavernas e nos museus, sempre houve mais cavalos do que qualquer outro animal.

Surfistas e índios

Filhos do mar

Descoberto o cavalo, o homem viu que os rios e os mares eram seu mais próximo e mais permanente caminho. O Egito era filho do Nilo como a Mesopotâmia e a Babilônia eram filhas do Tigre e do Eufrates, a Índia do Ganges, Roma do Tibre, Paris do Sena, Viena do Danúbio. Os surfistas das ondas gigantes acham que a prancha nasceu em um estúdio de Hollywood. Mas foram os índios peruanos, desde séculos atrás, os primeiros a subirem em toras de madeira e deslizarem sobre mares e oceanos. Os vikings, lá em seus museus de Oslo e Estocolmo, mostram o espetáculo da aventura humana. Naqueles barquinhos de tábua lisa, velas pandas e bico fino, desceram do pólo norte para Veneza, Sicília, Grécia.

O Oriente, o Novo Mundo, o Brasil, são todos filhos do mar e de seus barcos, que dobravam cabos e descobriam continentes. Os piratas afundavam nas águas do Reno quando se deixavam encantar pela voz de Loreley, loira e linda, lá em cima dos penhascos de Bacharach. Mas as rotas de rios e mares foram desbravadas sobre barcos. Até que o vapor, a eletricidade, a máquina, deram ao homem comando sobre seus transportes: o barco a vapor, o trem, o bonde, o automóvel. E nunca mais o homem perdeu a esperança. Roma chegou à África, Marco Pólo ao Oriente, Colombo à América, sobre os mares. A Inglaterra dominou o mundo dominando a energia: trem, bonde, automóvel. E Santos Dumont ensinou o homem a voar.

Transiberiana Se a Rússia queria mandar dos Urais à China, teve que construir 13 mil quilômetros da Transiberiana, ligando Moscou à Mongólia. Se a Inglaterra sonhava perpetuar seu império, teve que desenrolar estradas de ferro pelos cinco continentes. Se Paris, Londres, Nova Iorque, Moscou, Roma, Berlim, queriam levar sua gente ao trabalho, tiveram que cavar o chão como tatus, nos seus metrôs. Até que o chão vomitou petróleo e o mundo nunca mais foi o mesmo. A civilização americana fez do automóvel o crachá do seu império de gasolina, asfalto e borracha. A cidade moderna cada dia mais se enrosca no conflito entre carro demais e rua de menos, gente demais para transportar e avenidas de menos para abrirem caminhos.

TGV e BRT O século XX foi o século do trem, do bonde e do metrô. O século XXI será do Trem Bala e do ônibus como centro do transporte público. Só eles levam mais em menos tempo. De tão caro, o metrô fica inviável. E daí nasceram o TGV (Trem de Grande Velocidade) e o BRT (Bus Rapid Transit). Um, ligando cidades e países. E o outro ligando bairros e periferias. Cada país,

cada cidade lhes dá nomes diversos, mas todos eles irmãos na fórmula mágica: pistas de trilhos ou pistas de asfalto, exclusivas, protegidas, demarcadas. TGV e BRT são os mares do século XXI. O TGV já está cortando a Europa quase inteira. É um avião no chão, a 400 ou 500 quilometros de velocidade. O avião chega antes. Mas só leva centenas. O TGV “voa” um pouco menos, mas carrega mais de mil e pára nas estações. O avião, ou pára no chão ou cai no abismo.

Lerner No Ocidente, foi um brasileiro, como Santos Dumont, que pôs para andar o primeiro BRT: Jaime Lerner, prefeito de Curitiba, em 1975. E teve o bom gosto de arranjar-lhe um nome popular e decente : “Ligeirinho”, porque BRT é uma sigla gringa intragável. Tanto que, nas cidades do mundo que o adotam, os nomes vão mudando. Enrique Peñalosa, prefeito de Bogotá, revolucionou a capítal da Colômbia, desde 2001, com seu “Transmilenio”. Desde 75, quando foi lançado em Curitiba, o “Ligeirinho” (apelido do BRT) tem inspirado, alem da Colômbia, mais de 200 paises: China, Mexico, Estados Unidos, África, Turquia. E o Rio e Salvador vêm ai.

Pedreiro morto com 20 Aldo Rebelo admite facadas no Santa Cruz tirar moratória do relatório do Código LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação

O pedreiro Valdemir Hosano dos Santos, 38 anos, foi encontrado morto num terreno baldio, na rua Irecê, bairro Santa Cruz, nas proximidades das casas populares, às 6h30 desta sexta-feira, 25. O corpo da vítima apresentava 20 perfurações sendo quatro na cabeça, oito nas costas e sete no abdômen, além de um corte profundo na garganta que quase o degolou. Valdemir era pai de um casal de filhos que moram em Xique-Xique. Há pouco mais de um mês ele residia num quarto de pensão no mesmo bairro em que foi assassinado. Em contato com um comerciante da região do crime, que preferiu não se identificar, ninguém da vizinhança percebeu movimento estranho durante a madrugada. “Só vi a aglomeração no terreno quando vim abrir o mercado, perto das 7h da manhã, e os moradores das casas próximas não viram nada de anormal”. Segundo José Gomes dos Santos, proprietário da pensão em que Valdemir morava, a vítima não tinha inimigos e nunca reclamou de ameaças. “Ele saía durante o dia pra trabalhar e nos finais de semana tocava numa banda de música. O que eu sei é que às vezes ele saía para beber nos bares, mas não era de se envolver em confusão”, afirma. De acordo com informações aos policiais militares que atenderam a ocorrência,

recentemente o pedreiro havia vendido instrumentos musicais. A investigação trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) por alguém que soubesse do valor fruto da venda dos equipamentos.

Esfaqueado. Deu entrada no centro de saúde Gileno de Sá Oliveira, às 5h40, de sexta-feira, 25, o trabalhador braçal Givaldo Ferreira Lima, 27 anos, com ferimentos por faca nas costas, tórax e na perna esquerda. Ele foi vítima de tentativa de homicídio na rua Ibitiba, no bairro Santa Cruz. Após receber atendimento, ele conversou com a reportagem do Oeste Semanal sobre o fato. Falando com dificuldades, ele relatou que foi atacado por um desconhecido sem motivo algum. “Passei por perto de um estranho, ele me deu as facadas e saiu correndo”, disse. Apesar do quadro de saúde estável, Givaldo foi transferido para o Hospital do Oeste, em Barreiras, por causa do corte profundo na perna esquerda. Transferência. Onze dos 85 presos da Delegacia de Polícia de Luís Eduardo Magalhães foram transferidos, na quintafeira, 24, para o Complexo Policial de Barreiras. A medida foi para atenuar o quadro de superlotação das duas celas da delegacia e evitar tentativa de fuga que aconteceu na quarta-feira, 23. Apesar da transferência, o local que comporta 20 presos está com 74 atualmente.

DA REDAÇ‹O o participar em Salvador do 12º Simpósio Nacional do Agronegócio Café Agrocafé, que terminou na quarta-feira, 24, o deputado Aldo Rebelo, prometeu avaliar o pedido dos agricultores quanto à retirada das áreas de cerrado e caatinga do Nordeste da moratória florestal prevista no seu relatório sobre o Novo Código Florestal, a ser votado pelo Congresso Nacional. - Recebi a manifestação diretamente dos agricultores, e também de suas entidades, como a  Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Federação da Agricultura (Faeb), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf ), dos secretários da Agricultura e do Meio Ambiente, da bancada federal da Bahia, e creio que também vai haver manifestação por parte da bancada do Senado. Vou examinar com todo o critério e com todo cuidado – disse Rebelo. O deputado explicou que a elaboração do relatório, embora leve sua assinatura, é um trabalho coletivo, que busca o equilíbrio das negociações. “Acredito que há razões muito bem postas nos argumentos apresentados aqui na Bahia e vou procurar uma solução adequada, que não

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prejudique o desenvolvimento do estado e proteja o meio ambiente”, garantiu o parlamentar. Durante a abertura no Agrocafé, o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, entregou ao deputado Aldo Rebelo um manifesto dos produtores, assinado conjuntamente pela Faeb e pela Fetraf, pedindo a exclusão do cerrado e da caatinga do Nordeste da Moratória Florestal. “O projeto do novo código, como um todo, é bom para a agricultura e para o meio ambiente, mas o Artigo 47 é danoso tanto para a agricultura empresarial como para a familiar, e atinge em cheio a economia baiana, que tem no setor um dos seus mais importantes lastros”, afirmou Salles. O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, também presente, disse que o Agrocafé, com o tema ‘Estrela Guia do Desenvolvimento Sustentável’, teve em seu foco a questão ambiental e foi ainda, um espaço importante para divulgar a produção da cafeicultora e também para incentivar a troca de informações entre produtores, poder público e investidores. Um dos mais importantes do gênero no calendário brasileiro de café, o Agrocafé é promovido pelos cafeicultores da Bahia, através da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé). Veja página 21


CIDADE

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Rapaz é morto no Mimoso II Testemunhas viram vítima ser perseguida por três homens antes do homicídio montador de móveis Rafael Araújo da Silva, 22 anos, foi encontrado morto nas proximidades de uma empresa de reciclagem, no bairro Mimoso II, por volta das 8h20 de terça-feira, 22. O rapaz estava com perfurações na cabeça

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causadas por blocos de concreto encontrados no local do crime. De acordo com o investigador Erivelton, da Delegacia de Polícia Civil de Luís Eduardo Magalhães, um telefonema de pessoa moradora próxima ao local em que Rafael foi encontrado

levou os policiais a encontrar o corpo. “Essa mesma pessoa ligou para a Delegacia por volta das 7h40 e nos relatou que havia três pessoas perseguindo o rapaz pouco antes dele ser encontrado morto por moradores da região”, disse.

Homem tenta pagar casa noturna com nota falsa e é preso A tentativa de repassar cédulas falsas foi frustrante para Eduardo da Silva. Na madrugada de domingo, 20, às 2h40, ele foi autuado pelos policiais Paz, Fernandes e Souza, que atenderam a ocorrência na casa noturna Estação G, no bairro Santa Cruz. Silva pagou a conta com uma nota de R$ 20,00, mas a atendente desconfiou da veracidade da cédula e chamou o proprietário do estabelecimento, Everaldo Zarpelon, que acionou a polícia. Outras 16 notas de R$ 20,00 foram encontradas com Silva. Levado à Delegacia de Policia de Luís Eduardo Magalhães, Silva argumentou que sacou as notas do caixa eletrônico do Banco do Brasil, agência da rua Piauí. Ele também contou que estava em compania de uma garota, a qual não soube precisar a idade e nem o nome, e de um amigo, que Silva também disse não saber identificar. O amigo saiu da casa noturna antes da polícia chegar. Segundo o soldado Paz, era evidente a falsidade das cédulas. “Qualquer pessoa conseguiria identificar que era uma nota falsa. Não precisava nem manusear a cédula, bastava olhar para notar a diferença de uma nota verdadeira”, contou.

Loja assaltada no centro da Cidade LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação A agência da Bradesco Expresso, da loja de produtos ortopédicos Ortolem, na rua Paraná, no Centro, foi assaltada por volta das 13h40 de segunda-feira, 21. Dois homens armados e usando capacetes anunciaram o assalto a clientes e funcionários do estabelecimento. No momento do assalto havia cerca de 15 clientes, segundo a gerente Denise de Souza Oliveira, da Ortolem, que fica em frente à agência. Os assaltantes levaram celulares e cartões de crédito dos clientes e dinheiro do caixa que a gerente prefere não citar valores. Os dois homens iniciaram o assalto pelo último cliente da fila de atendimento, na porta de acesso da agência. Um dos assaltantes portava um revólver e outro estava com duas armas. Duas funcionárias foram rendidas e uma delas teve a arma apontada para a cabeça. Após o roubo, os dois homens fugiram numa moto CG 125 em direção ao Porto Brasil. Um dos clientes assaltados, Odirlan Luiz Gomes, 25 anos, prestou queixa na Delegacia de Polícia Civil. Ele estava na fila do caixa eletrônico do Bradesco, no interior da Ortolem, e teve roubados a carteira com documentos e R$ 540 em dinheiro.

Acidente mata condutora de moto na BR 242 Às 13h30 de domingo, 20, uma ultrapassagem perigosa causou um acidente com morte na BR 242, Km 887, próximo da empresa Bunge, no Centro de Luís Eduardo Magalhães. De acordo com relatos de testemunhas aos policiais rodoviários que atenderam à ocorrência, um caminhão fez ultrapassagem perigosa e bateu de frente com uma motocicleta. Albertina Gomes de Almeida, 45 anos, que conduzia a moto, morreu no local do acidente. Glória Pereira Vaz, que estava na carona da motocicleta, sofreu ferimentos graves e foi conduzida ao Hospital do Oeste, em Barreiras. O motorista do caminhão fugiu sem prestar atendimento às vítimas e ninguém conseguiu anotar o número da placa, modelo e cor do veículo. As informações foram prestadas pelo inspetor Vanderlúcio, da Delegacia 10/10 da Polícia Rodoviária Federal de Barreiras. (Luciano Demtrius)

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Presos abriram buraco no teto da cela 1 da delegacia

Descoberta tentativa de fuga em delegacia LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação Um bloco de concreto de 30 cm x 30 cm, dois aparelhos de telefone celular, quatro brocas de furadeiras, um envelope com pequena quantidade de maconha e um estoque (arma branca improvisada) foram encontrados em revista policial no final da manhã de quarta-feira, 23, na Delegacia de Polícia de Luís Eduardo

Magalhães. O bloco foi extraído do teto da cela 1 da delegacia, num rombo que serviria de acesso para fuga dos presos. A tentativa de fuga era investigada por agentes que estavam em alerta há um dia. Na sexta-feira, 18, uma revista de rotina havia sido realizada e nenhuma anormalidade foi verificada. O local tem capacidade para 20 presos, mas atualmente as duas celas estão com 82 internos.

Presos por corrupção de menores, no Mimoso II Everton Juliano Domingues, Clayton Almeida Oliveira e Rômulo Davi Souza Dias foram presos por policiais militares à 1h de quarta-feira, 23, no Mimoso II. Os três tentaram fugir após abordagem policial, na rua Espírito Santo. Clayton fez uso de uma faca para intimidar os policiais.

Os PMs conseguiram dominar os suspeitos e os três revelaram que duas menores que estavam em sua companhia consumiam bebidas alcoólicas numa casa próxima de onde foram abordados. Os suspeitos e as adolescentes foram encaminhados para a Delegacia de Polícia.

Piso Classe ‘A’ a partir de

RS 10,90 Massa corrida Coral 18 litros

R$ 31,90 Argamassa

R$ 6,80 Loja 1 - BR 020 - Jardim Imperial

☎ 3628-1823 / 3628-9621 Loja 2 - Centro

☎ 3628-2324 / 3628-8703


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SOCIEDADE TIZZIANA OLIVEIRA tizzianaoliveira@diariodooeste.com.br

Bella Forma, 15 anos

ano de 2011 é ímpar para a Academia Bella Forma, a qual completa 15 anos de trabalho na cidade de Luís Eduardo Magalhães. Logo fica comprovado que esta empresa cresce a cada dia junto com o município. “Estou feliz sim! Realizada também, mas sei que ainda buscamos mais e vamos conseguir se Deus assim permitir, Muito obrigada!”, diz a proprietária, Mônica Lisboa. A festa da academia reunirá diversos convidados e funcionários. O evento será no dia 30 de abril na praça do Jardim do Paraíso, a partir das 17 horas. A academia tem profissionais habilitados, como professores de Educação Física, os quais fazem avaliação física e prescrevem programas individualizados. Hoje ainda pode-se contar com nutricionista, que prescreve de acordo com os objetivos do aluno. Parabéns pelo sucesso da academia, e aos alunos, que fazem parte desses quinze anos de história!

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Gastronomia asiática Os apreciadores da culinária asiática já podem comemorar, pois Luís Eduardo conta agora com o restaurante Yaki Nori, totalmente inovador. Os empresários Osmar e Daniella Bitencourt, em parceria com Roni Oliveira, sushiman, inauguraram quinta, 17, o Yaki Nori. No cardápio, com mais de 150 pratos, destacam-se as culinárias japonesa, chinesa e tailandesa. Tudo é preparado na hora e servido na mesa de forma artesanal, sempre primando pela qualidade. Trata-se de local moderno, com ambiente sofisticado e agradável, maravilhoso. O horário de funcionamento é a partir das 19 horas, de terça à domingo.

Formatura em Goiânia Karísia Amaral prestigiou a formatura em Direito do amigo Felipe Pacheco, em Goiânia, sábado, 19. Ela divertiu-se no baile da formatura com as melhores amigas

Allana David, Ingrid Platon e Ana Carolina Ferreira Rocha.

Camarão & Cia. Elementos da Bahia em todos os detalhes: na decoração, na música, na religiosidade e principalmente no sabor marcante do azeite de dendê. O empresário GG Oliveira, no ramo há 13 anos, inaugurou recentemente o restaurante Camarão & Cia, com a proposta de trazer os sabores do mar em clima descontraído, aconchegante e muito familiar. Além dos 60 pratos tradicionais de peixes e frutos do mar, o restaurante oferece também carnes exóticas e pizzas. O restaurante, charmoso e com excelente atendimento, funciona de segunda a segunda, almoço e jantar. Ele conta com o serviço de entrega. Merece uma visita! O lugar tem alma baiana.

Nova Escola Municipal A população do bairro Jardim Paraíso dis-

Allana David, Ingrid Platon, Karísia Amaral e Ana Carolina Ferreira Rocha

PING-PONG Ismaile Sullivan, proprietário do King’s Pub Três coisas são necessárias para você ser feliz: Deus, dinheiro e saúde O que você gosta: De estar em uma roda cheia de amigos O que você odeia: Ficar de ressaca Profissão: Designer gráfico e empresário do ramo gastronômico Sonho: Morar no litoral O que te assusta: Toshio (do filme O Grito) Hobbies: Assistir seriados Comida: Filé a parmegiana Bebida: Chopp da Brahma Saudade: Do meu avô João

põe de mais uma escola da rede municipal de educação infantil. Desde segunda-feira, 14 de março, as aulas já estão acontecendo. A diretora Sandra Farina diz que ainda não houve celebração, pois a cada dia chegam mais crianças. A escola atenderá cerca de 170 estudantes e ainda restam cerca de 90 vagas do 1º ao 4º ano, nos turnos matutino e vespertino.

Niver Giovanni Henke Parabéns especial a Giovanni André Henke, engenheiro civil que completou 30 anos, na quintafeira, 17. Comemorou com os amigos reunidos no King’s Pub.

Grávida e bela

GIOVANNI HENKE

Kaziany Barbosa de Oliveira, designer de moda e Felício Antônio Duarte, engenheiro florestal, estão esperando seu primeiro filho. Grávida de onze semanas, ela está radiante. Ambos estão muito felizes. Parabéns aos futuros papais.

Felício Antônio Duarte e Kaziany Barbosa de Oliveira

Dinheiro: um mal necessário Música: Light my fire (The Doors) Não vive sem... Minha TV no quarto O que não pode faltar em uma viagem: Boa companhia ISMAILE SULLIVAN Descreva-se em três palavras: Paciente, sonhador e amigo Qual o poder que você gostaria de ter na vida real? Voar igual ao Superman O que é tecnologia para você? iPhone 4 O que você gostaria de fazer no futuro? Investir em bolsa de valores


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Bahia precisa desmatar e crescer Secretário de Agricultura baiano defende desmatamento de 1,8 milhão de Hectares para plantio ELSON LIPER Da Oeste Comunicação secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, fez um discurso inflamado na noite desta quinta-feira, 24, em defesa do direito da Bahia em desmatar 1,8 milhão de hectares de terra, para avançar com o plantio de grãos e outras commodities. Ele participou da solenidade de inauguração do Centro de Treinamento do Sindicato Rural, em Luís Eduardo Magalhães, quando fez severas críticas ao projeto do novo Código Florestal em discussão no Congresso, que prevê uma moratória de cinco anos no desmatamento em todo o país. “É uma covardia com a Bahia, pois nós podemos desmatar ainda uma área de um milhão e oitocentos mil hectares, correspondendo à mesma área que nós temos plantada agora. Por que essa injustiça agora? Se o Sudeste e o Sul são regiões que já se desenvolveram?”, questionou Salles, muito aplaudido pelos produtores rurais que participavam da festa. Eduardo Salles disse, ainda, que conta com o apoio do segmento do agronegócio baiano, para convencer os parlamentares e o relator do projeto, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para que a moratória seja retirada do texto do novo Código Florestal. Aldo Rebelo, por sua vez, já vem dando sinais de que, de fato, vai retirar a moratória do texto original do projeto, mesmo sob forte reação das bancadas de oposição e ambientalista. “A legislação florestal quer expulsar os agricultores das várzeas dos rios e fechar a fronteira agrícola. Comigo, não, violão”, tuitou Aldo Rebelo, dando mostras de que cumprirá a palavra dada aos produtores e políticos baianos. Há ainda outras negociações com o governo. Pressionadas pelo prazo de um decreto presidencial que passará a autuar produtores rurais que não cumpriram a legislação ambiental a partir de junho, produtores se sentem em xeque, já que 90% dos proprietários rurais estão na ilegalidade.

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Vem aí a universidade do agronegócio Os produtores rurais poderão contar em breve com uma universidade voltada inteiramente para o agronegócio. A criação da Unirural foi anunciada nesta, quinta-feira, 24, pelo superintendente do Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar), Geraldo Machado, durante a solenidade de inauguração do Centro de Treinamento Regional do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães. O novo centro, que vai disponibilizar mais de 60 modalidades de cursos para trabalhadores e produtores da região, poderá ser uma das bases da Unirural, que será fundamentada no ensino à distância. Geraldo Machado defendeu a capacitação

Santa Cruz, Salles, Geraldo Machado, Oziel Oliveira e Kolln inauguram o Centro urgente, não só dos técnicos e trabalhadores do campo, mas, principalmente dos próprios produtores rurais. “Estamos vivendo um momento muito difícil, onde o agronegócio avança rapidamente pelo mundo. Não há mais lugar para amadores”, alertou. O prefeito de Luís Eduardo, Humberto Santa Cruz, também comemorou a inauguração do novo centro, lembrando que a capacitação profissional será o diferencial para os produtores da região. “Esse centro é um exemplo que o produtor rural dá. É uma amostra do que é possível fazer, quando uma classe se une. É mais do que dar o peixe. É ensinar a pescar”, disse Santa Cruz. Coletivismo. O presidente do Sindicato Rural, Vanir Kolln fez questão de enfatizar que o Centro de Treinamento representa a vitória do coletivismo sobre o individualismo. “O importante é que no Centro de Treinamento devem sonhar o sonho do conhecimento, onde sempre continuará prevalecendo o coletivismo e não o individualismo. Semente que germinará e fortalecerá a solidariedade e o respeito à maioria. Aqui ensinaremos que somente a união fortalece e que a defesa de interesses individuais ou de pequenos grupos nos empobrece pessoal e economicamente”, disse Kolln. Para o deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA), profissionais qualificados enriquecem o patrimônio do produtor. “Muitas vezes o produtor deixa de comprar um carro novo para o filho e investe numa colheitadeira. Esse equipamento que vale mais do que dez carros é entregue a um funcionário, que deverá saber lidar bem com ele”, disse Oliveira. O centro que abriga o novo espaço de aprendizado teve investimento de R$ 3,5 milhões, recursos obtidos totalmente junto aos produtores rurais das cidades atendidas pelo sindicato (Luís Eduardo Magalhães, Angical, São Desidério, Correntina, Jaborandi, Baianópolis, Cristópolis e Riachão das Neves). O padre Eraldo Bispo da Silva também elogiou o projeto e abençoou a sede. O Centro de Treinamento Regional vai capacitar entre 5 mil e 10 mil trabalhadores por ano. Após a solenidade de inauguração milhares de pessoas assistiram ao show de Mato Grosso e Mathias .

Comitiva empresarial viaja para a China O secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles embarca para a China, no dia 5 de abril, onde participará de rodadas de negócios em Hong Kong e Pequim, acompanhado de cinco empresários, sendo um do Oeste baiano. Segundo Salles, a idéia é avançar nas discussões e acordos que possam garantir mais divisas para o estado e a industrialização do agronegócio no Anel da Soja. A viagem dá continuidade às ações para buscar novos mercados para os grãos e

demais produtos da Região Oeste da Bahia, com 1,8 milhão de hectares plantados e que deverá ter uma safra recorde este ano. O foco principal é a Ásia, que vem encontrando dificuldades em garantir o abastecimento de grãos, principalmente soja e milho, em contratos de longo prazo. Uma missão coreana já esteve em Luís Eduardo Magalhães este mês e pelo menos mais um grupo deverá chegar ao estado entre abril e maio. No caso da Coréia, mais de 70% das 14 milhões de toneladas de grãos consumidos naquele país são importados. O Brasil, no entanto, detém menos de 10% deste mercado. A viagem de Eduardo Salles com os empresários baianos vai anteceder à visita que a presidente Dilma Rousseff fará à China, entre os dias 12 e 15 de abril. Esta será a mais longa viagem da presidente, que visitará Pequim, Sanya e Boal. A viagem será basicamente econômica, embora a agenda inclua reuniões com o presidente chinês, Lu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao. A pedido de empresários e em favor do equilíbrio da balança comercial, Dilma busca um acordo sobre o acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês. A presidente participará de um seminário econômico da cúpula dos Brics — bloco formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia e China — e do fórum dos países asiáticos. No fórum, Dilma foi convidada pelo presidente chinês para discursar depois dele. Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo a Câmara de Comércio Brasil-China, as relações comerciais entre os dois países cresceram nos últimos anos 47,5%.

Há 17 anos no mercado do Oeste da Bahia ■ Perfis estruturais ■ Telhas metálica ■ Corte dobra de chapa sob-medida ■ Pé-direito de concreto armado ■ Fabricação de material para serralheria em geral ■ Fabricação de arames de aço para enfardamento de algodão

Luís Eduardo 77 3628-7150

Barreiras 77 3613-4510


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GENTE JOVEM RAFAEL DIAS rafaeldias@diariodooeste.com.br

Festa dupla A festa de Juliana Bueno, que completou 17 anos no ultimo dia 19, teve uma dupla comemoração: uma por conta de seu aniversário e outra marcando a sua despedida, pois ela está se mudando para Varginha, em Minas Gerais. Como muitos estudantes da região, ela vai em busca de estudo mais qualificado para se preparar para o vestibular, que será no fim do ano.

15 anos

Tributo ao Legião Urbana. À frente, Marilia Damico e Aline Vargas; ao fundo, Vanessa Feitosa, Dayane Figueiredo e Rogério Honório.

Para os fãs do rock nacional King´s Pub inovou ao oferecer um prato cheio aos fãs de rock´n roll na cidade. Um tributo ao Legião Urbana, na noite da quinta-feira, levou o público adepto do estilo a relembrar os tempos em que a banda brasiliense levantava o público nos quatro cantos do Brasil. O tributo ficou por conta da banda Combo, de Barreiras. Na ocasião os músicos também comemoravam um ano de formação da banda, uma pitada a mais para animar a galera. Com os músicos muito empolgados, a noite foi de sucessos. O set – list da banda contava com as músicas mais famosas do Legião Urbana: Será, Pais e Filhos e Vento no litoral estavam na lista. Depois de uma pausa rápida para a apresentação do DJ Ruriá, a banda tocou varias clássicas do rock, levando o público ao delírio. No fim, os músicos agradeceram aos fãs pela animação, enquanto os que estavam na platéia gritavam pedindo que a banda continuasse tocando mais um tempinho. E tem mais para os roqueiros: dia 7 de abril se apresentará a banda Beatles Cover.

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Novo Point? O Huba Strike Boliche é um local para todos que buscam diversão, seja com família ou com amigos. Além do boliche, o Huba vem inovando com música ao vivo às quartas –feiras, com os estilos pop, sertanejo e MPB.

A animação fica por conta de bandas regionais. Na última quarta a dupla Denis e Deniel comandou a festa. O boliche continua funcionando normalmente, agora com um atrativo a mais. Além da quarta-feira, os idealizadores já planejam mais um dia da semana para realizações de outros eventos e promoções.

A noite foi de gala, em especial para Renata Gatto, filha do produtor rural Roberto Gatto. A festa pelos 15 anos foi extremamente organizada, com muita gente bonita e elegante. Renata convidou amigos e familiares para a celebração no CTG Sinuelo dos Gerais. A animação ficou por conta do DJ Alex MS, que animou os cerca de 600 convidados. A festa entrou pela madrugada, deixando os convidados e a aniversariante muito animados; e com gostinho de quero mais no próximo ano.

Viagem internacional André Oliveira, que cursa o 9° período de agronomia na Faahf, curtiu um cruzeiro com familiares e amigos. Ele partiu de Itajaí (SC) e seguiu até as cidades de Montevideo no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina. Em cada parada conhecia a cultura, culinária e ainda os vários pontos turísticos da região. Ele disse que valeu cada minuto da viagem.

Domingo com Samba Domingo é um dia bom para descansar, mas também um ótimo dia para escutar um sambinha e saborear uma feijoada muito

Família Gatto. Comemorando os 15 anos de Renata, Roberto, a própria Renata, Lucas, Creuza e Isadora.

Em viagem pela Argentina. André Oliveira, em um dos pontos turisticos que visitou.

Equipe Huba Strike. Kasthyoni Trentin e Diego Hupfer

Festa dupla no Villa Borghesi. Juliana Bueno e Flávia Zorzo

bem preparada na hora do almoço. Foi isso que aconteceu no King´s Pub no último domingo, dia 20. Com a banda André Bittencourt & Cia embalando os presentes, a festa durou até tarde. Nem a chuva que caiu acabou com o ânimo de quem estava lá. O King´s Pub cada vez mais desponta entre os bares como um dos lugares mais ecléticos de Luís Eduardo.

Aniversariante Comemorou mais um ano de alegrias e vitórias a estudante de Direito Thaís Millena Ribeiro, ao lado de familiares e amigos. A festa foi no último domingo, 20.

Sucesso Nacional

THAÍS

O cinema nacional vai muito bem, obrigado, e já tem um novo recordista em 2011. Estrelado por Deborah Secco, Bruna Surfistinha estreou em 342 salas, arrecadando cerca de R$ 4,2 milhões no primeiro fim de semana, no qual atraiu cerca de 400 mil espectadores. Com a média de 1.100 pessoas por sala, o filme assumiu a liderança do ranking semanal de público. Foi a maior abertura nacional do ano . Foi também a sétima melhor estreia dos últimos 20 anos da produtora TV Zero. No fim do seu terceiro fim de semana, o filme já atingiu mais de 1,5 milhão de espectadores. Para nós que moramos em Luís Eduardo, resta esperar até a chegada do DVD, ou então o deslocamento à Brasília para pegar um cineminha.

Em viagem pela Argentina. Francis e Lucia Capeleto e Ilton Granich (à esquerda); Eleceone Oliveira, Livia Dias e André Oliveira (à direita).

Tributo ao Legião Urbana. Carol Redlich e Marcos Leandro Serrer


AGRONEGÓCIO

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Produtores rurais lotam a tenda armada na Fundação Bahia, em Luís Eduardo, para assistir à palestra de Antônio Luíz Fancelli, no Encontro Técnico da Cultura do Milho

Há um vácuo na Extensão Rural Especialista diz que novas tecnologias garantiriam produção até 30% maior em todo o país FOTOS DE HENRIQUE CABELO

ELSON LIPER Da Oeste Comunicação produtividade de grãos cultivados no Brasil poderia ser até 30% maior por hectare, se os pequenos e médios produtores deixassem de lado a cultura das receitas eternas de cultivo e buscassem novos modelos que vêm dando resultados melhores no exterior, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Quem garante é Antônio Luiz Fancelli, especialista do Departamento de Proteção Vegetal da Universidade de São Paulo (USP), que, no último sábado, 19, apresentou dados e novas técnicas de cultivo e manejo em palestra aos produtores do Oeste baiano, no Encontro Técnico do Milho, realizado na sede da Fundação Bahia, em Luís Eduardo. Segundo ele, os campeões de produção da Itália e dos Estados Unidos têm como principal fundamento o conhecimento pleno do clima da região em que produzem, o que faz muita diferença. “O clima não pode ser mudado. Se vai chover muito, ou não, se será um ano muito

A

quente. Isso não pode ser alterado. Mas, ter o domínio dessas variações climáticas, com cultivo e manejo diferenciado para cada variante, aí sim, faz a diferença. Precisamos entender mais o ambiente para buscar a melhor estratégia”, explica Fancelli. O especialista afirma ainda que nos modelos tradicionais a produção fica mais exposta. E reforça que as “receitas” de cultivo não têm mais vez na agricultura moderna. “O produtor brasileiro ainda trabalha a lavoura como uma receita, que é passada adiante. O problema maior é mudar a cabeça do produtor brasileiro, que ainda trabalha com receita de bolo. É uma questão cultural”, lamenta Fancelli. Críticas à Embrapa. O desconhecimento das novas tecnologias e dos modelos mais modernos de produção é um hiato que precisa ser resolvido, segundo Antônio Luiz Fancelli. De acordo com ele, a responsabilidade pelo pouco acesso dos pequenos e médios produtores a estes conhecimentos é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que não busca,

Embrapa reconhece falhas: na Emater O assessor da presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Joaquim Gomide, admitiu, na terça-feira, 22, ao Diário do Oeste, a existência de um vácuo nos programas de extensão rural. Ele, no entanto, lembra que essa não é uma função da Embrapa. “Na realidade, foi uma infelicidade dele (Antônio Luíz Fancelli), que não conhece a Embrapa. A missão da Embrapa é a de gerar tecnologia. A Embrapa não pode assumir a Extensão rural, que, de fato, tem um vácuo, desde o fim da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), que o governo vem tentando reerguer. Mas é difícil se retomar todo um trabalho”, disse Gomide. Ele acrescentou que é preciso se rediscutir todo o modelo de ensino, geração de tecnologia e assessoramento rural do país. “De fato existe este vácuo. As políticas

públicas estão muito centradas na liberação de recursos financeiros. É preciso um fórum entre todos os setores envolvidos e o governo, sem acusações de uns contra os outros, para se debater e recuperar a extensão rural no Brasil”, disse Gomide. Modelo ruim. Joaquim Gomide enfatizou, ainda, que o problema da extensão rural não atinge somente os pequenos e médios produtores. “Os grandes também não têm acesso às novas tecnologias. O único assessoramento que eles têm vem dos grandes fabricantes de defensivos agrícolas”, lamenta. Joaquim Gomide lembra ainda que a reestruturação da extensão rural passará também pela inovação tecnológica. “Nos anos 70 e 80 não se falava em transgenia, o que hoje é a realidade do produtor”, disse.

Fancelli, „A Embrapa infelizmente acabou. Os produtores não têm acesso à tecnologia‰. nem difunde essas novas tecnologias. “A Embrapa, infelizmente, acabou. Não leva esse conhecimento ao pequeno e médio produtor. Os grandes podem pagar especialistas e, com isso, terem produção maior. Mas o

pequeno e médio produtor só conseguem ter acesso a esse tipo de informação em iniciativas isoladas como esta (palestra promovida pela Fundação Bahia), quando o pesquisador vem ao campo. Esse não é o modelo correto”, garante.

SEMENTES DE PIOR QUALIDADE O excesso de chuva e as intempéries climáticas nas principais regiões de lavoura do país já causaram danos à qualidade das sementes para a safra 2012. O alerta foi dado no sábado, 19, pelo especialista do Departamento de Proteção Vegetal da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Luiz Fancelli, em palestra aos produtores do Oeste baiano, na sede da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. Segundo Fancelli, muitos produtores de semente já iniciaram o plantio, mesmo sabendo que as condições atuais não são favoráveis à produção de sementes de qualidade. “Evidentemente, que os produtores mais conscientes estão esperando por um momento melhor e não está fazendo sementes. Mas tem produtores que já estão produzindo e vão esperar para ver o que dá depois”, lamentou. Para Antônio Luiz Fancelli, a escolha criteriosa das sementes será o diferencial para os bons resultados da safra do ano

que vem. O especialista adverte, no entanto, que ainda há no país a prática de se comprar do mesmo fornecedor, por amizade ou critérios pouco técnicos. O especialista do Departamento de Proteção Vegetal da Universidade de São Paulo (USP) reforça que o mais importante na hora de se escolher as sementes é o teste do vigor e não somente da germinação, como de costume. “Mais do que nunca, no ano que vem, será fundamental buscar empresas idôneas e exigir o teste de vigor. O produtor, normalmente, se preocupa muito com a germinação. A semente pode germinar bem e a planta morrer. O que adiantou? O importante para este período de sementes de pior qualidade é o teste de vigor”, aconselha. O estudo “A importância do milho na sustentabilidade do agronegócio” foi apresentado a mais de cem produtores e técnicos, Fancelli abordou ainda a baixa produtividade do produtor brasileiro frente aos novos modelos de produção existentes na Europa e nos Estados Unidos.


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ESPORTES

Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 26 de março a 1º de abril de 2011

L I N H A S D E ATA Q U E LUCIANO DEMETRIUS lucianodemetrius@diariodooeste.com.br

HENRIQUE CABELO

BATE-BOLA O casal Wilma dos Santos Ferreira e Orlando Teodoro Ferreira mantém-se unido além dos laços matrimoniais. Os dois têm em comum o amor pelo futsal. Tanto é que a rotina deles é a dedicação ao esporte como meio de vida. Desde 2000 eles administram o ginásio de esporte Terra Agrícola, no Jardim Paraíso. Em 2001 apostaram no esporte com uma ideia inusitada: a de criar um time na categoria feminina. E por que o futsal feminino? “Porque muitas meninas chegavam até o ginásio interessadas naquele esporte que só os meninos praticavam”, explica Wilma.

LUCIANO DEMETRIUS

ORLANDO FERREIRA E WILMA FERREIRA

ROMA. Vitória na estreia diante do Estrela do Oeste por 1 a 0

Primeiro gol é do Boema harles, do Boema, abriu caminho para a artilharia no Seletivo Amador 2011. Ele fez o gol que abriu a vitória de seu time diante do Boa Vista por 2 a 0 no sábado, 19, no Santa Cruz. Aneilton fechou o placar. O jogo foi válido pela primeira rodada do grupo A. Receberam cartão amarelo Jailson e Osni (Boa Vista) e Edmion, Aneilton e Manuel (Boema). Osni, do Boa Vista, foi expulso. No mesmo dia e também pelo grupo A, no campo Ottomar, o Roma venceu o Estrela do Oeste, por 1 a 0, gol de Acioly aos 15 minutos do segundo tempo. O único cartão amarelo do jogo foi para Sandro, que havia sido substituído e estava no banco de reservas, no segundo tempo, por xingar a arbitragem. Boema e Roma dividem a liderança com três pontos. No domingo, 20, o Massa Bruta passou pelo Floraes Léa por 2 a 1. Cherles e Valderney fizeram os gols do Massa; Eduardo descontou para o Floraes. O árbitro Luís Souza Oliveira Filho distribuiu oito cartões amarelos: Flomério, Francimário, Josimar, Eduardo e Lourival (Florais Lea); Adriano, Joiossara e Marcos (Massa Bruta). O Floraes Léa lidera o grupo D com três pontos, seguido por Saqueiro e Santa Cruz, com um ponto cada. O Massa Bruta ainda não pontuou. No Ottomar, pela abertura do grupo B, o União venceu o Juventus por 1 a 0, gol de Eustáquio aos 33 minutos do segundo tempo. Receberam cartão amarelo Francisco, Aurino e Damião (Juventus) e Edinásio (União). O União lidera o grupo B com três pontos.

C

Jogos e arbitragem O Seletivo Amador de Luís Eduardo Magalhães segue com cinco jogos nestes sábado, 26, e domingo, 27, válidos pela 1ª rodada. No sábado, Acadêmicos x Chapada Diamantina, pelo grupo B, às 16h, no campo ao lado da escola Amélio Gatto, no bairro Santa Cruz (arbitragem de Romilso Alves dos Santos, auxiliado por Nelson dos Santos das Virgens e Marcos Antônio da Costa); no mesmo horário, pelo grupo E, Maclaren x Oliveira, no campo ao lado da escola Ottomar Schwengber, com Leomir Pereira do Carmo (Josenildo Almeida Lopes e Marcos dos Santos).

Domingo Flamenguinho x Ipiranga, às 8h30, no Santa Cruz (grupo E), com Romilson Alves dos Santos (Nelson dos Santos das Virgens e Marcos Antônio da Costa); também às 8h30, Mimoso III x Sica Mazinho, no Ottomar, com Glauter Vilais Figueiredo (Fabiano de Assis Souza e Michael Jackson Lopes Pereira); à tarde, a partir das 16h, Mangueirão x MEC, no Santa Cruz, com

Luís Souza de Oliveira (Josenildo Almeida Lopes e Marcos dos Santos). Os dois jogos são pelo grupo C.

VI Copa da Soja A taxa de inscrição para equipes interessadas é de R$ 250,00. O prazo aos interessados vai até 1º de abril. Até o momento confirmaram presença representantes das cidades baianas de Santa Maria da Vitória, Irecê e Riachão das Neves e da goiana Posse. O contato do ginásio Terra Agrícola para mais informações é 77-3628-4624.

Corrida A corrida comemorativa ao aniversário da cidade, neste domingo, 27, terá percurso de 5 km. A saída é na BR 242, em frente ao posto Ursa e segue pelas ruas Rondônia, Piauí, Castro Alves e Pernambuco até a chegada em frente à sede da Prefeitura. Quatro postos de atendimento aos competidores estarão disponíveis ao longo do percurso da prova. A largada está prevista para as 7h30. Ao término da corrida será realizado um

Bate-bola – Lançar um time de futsal feminino era um desafio porque na cidade não havia um time nessa categoria. Quais seriam as adversárias? Wilma – Essa foi a primeira dúvida logo após montarmos o grupo. A saída foi pegar a estrada e enfrentar equipes de outras cidades da região. O máximo que a gente conseguia, em Luís Eduardo, era por em quadra as meninas do Agrícola contra elas mesmas. Orlando – O engraçado é que pensávamos assim: “Temos time, mas vamos jogar contra quem?” BB – Havia equipes que competiam em qualidade satisfatória? Wilma – Sim, foi nestes jogos fora da cidade que as meninas adquiriram experiência. A cada partida elas evoluíam. BB – Mas havia o desgaste, custos com deslocamento! Wilma – E era o que mais preocupava, as jogadoras tinham sua vida, seus empregos, estudos, família. Era difícil conseguir reunir o grupo para muitas viagens. BB – O interesse em criar a Copa Soja partiu dessa necessidade? Wilma – Partiu daí mesmo. A gente jogava em vários lugares da região e sentia a necessidade de promover uma competi-

passeio ciclístico no mesmo trajeto.

Artes Marciais O coordenador de Artes Marciais e Lutas da Secretaria de Esportes e Lazer, Armando Martins de Almeida, elabora um plano de mídia para que atletas e professores das modalidades mantenham contato direto com os veículos de comunicação. A intenção é divulgar os trabalhos realizados e as competições destes esportes na região.

Interrompido O jogo da semifinal entre Solução e Radiador Goiano pela V Copa Barreiras I de Futsal, em Barreiras, foi suspenso aos sete minutos do segundo tempo, na quarta-feira, 23. A quadra poliesportiva do bairro Barreiras I é descoberta e a forte chuva que atingiu a região impossibilitou a continuidade da partida. Os 13 minutos restantes vão ser disputados na quarta-feira, 30, mantendo o placar de

ção para também mostrar aos outros que nós tínhamos um time e uma sede. Orlando – Nós pensamos: “Se temos uma quadra pra treinar, também podemos usar o espaço para organizar competições”. BB – A aceitação das equipes de outras cidades foi imediata? Wilma – Desde a primeira edição o número de inscritos só aumentou. Começamos (em 2006) com seis equipes. Em 2007 subiu pra sete e continuou assim em 2008; em 2009 foram oito participantes e batemos o recorde em 2010, com nove equipes. E acredito que neste ano vamos continuar com pelo menos nove inscritos. BB – O que representa essa dedicação pelo futsal, seja com a manutenção do ginásio e com a equipe feminina? Wilma – É a satisfação que faz a gente continuar. Temos muitas dificuldades e pouco retorno financeiro. É tão bom quando viajamos, fazemos até rifa pra manter a competição que é o prazer pelo esporte e por ver as meninas evoluindo que superamos qualquer dificuldade. Orlando – O time é nossa família que mora com a gente no ginásio, no lugar em que elas treinam.

1 a 1. O Solução é o único representante de Luís Eduardo Magalhães na semifinal e o vencedor enfrenta o Sandra Regina na decisão, dia 2 de abril.

Preparação Além dos treinos semanais e do coletivo, aos domingos, no campo da Bunge, a seleção amadora de futebol de Luís Eduardo participa de torneio em Teresina de Goiás (GO). A competição, no sábado, 26, e domingo, 27, contará com 20 equipes de Goiás, Tocantins e Bahia. A participação no torneio faz parte dos preparativos do grupo comandado por Reginildo França (Régis) para o Intermunicipal 2011 (que surpreendentemente não terá a seleção de Barreiras por questões financeiras). Acompanhe as informações atualizadas do campeonato Seletivo Amador, do Brasil e do mundo no site www.diariodooeste.com.br


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