Oeste Semanal Edição 14

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Chineses querem quase a metade da soja da Bahia ADE

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Ano I ❑ Nº 14 ❑ Luís Eduardo Magalhães, 11 a 17 de junho de 2011

❏ Leia as colunas de

Tiragem desta edição

Sebastião Nery, Luciano Demetrius, Tizziana Oliveira e Rafael Dias

5.000 exemplares

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ID

ST

Oeste

AC

Esmagadora que será montada em Barreiras terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas/ano – Página 5

I EV

Operação prende três empresários por sonegação. Pág. 7

Preço do exemplar em banca

R$ 1,00

O conquistador do Oeste baiano UNIVERCIDADE

Grande empresário do agronegócio, que apostava no Cerrado desde os bancos escolares, fala da conquista do Oeste baiano, da grilagem, do desmatamento na Amazônia, da parceria com os Horita e do líder chinês Deng Xiaoping. Páginas 8 e 9

Prefeito pede duplicação da 020/242 ao Ministério dos Transportes. Página 6

Arrombamentos espalham onda de medo em Luís Eduardo. Página 11


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INFORMAÇÃO E OPINIÃO

Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 11 a 17 de junho de 2011

PREZADO LEITOR Sindicato diz que metade da carne consumida na Bahia é clandestina abate clandestino é um problema sério na Bahia e atinge aproximadamente 50% da carne consumida no estado. O texto acima não é a repetição da denúncia feita por este Oeste Semanal, em sua edição número 5 (Mais da metade da carne consumida em Luís Eduardo é clandestina), estendida ao estado. O parágrafo faz parte de matéria distribuída na quarta-feira, 8, pela Assessoria de Imprensa do Sindicato da Indústria de Carnes do Estado da Bahia (Sincar). A conclusão é de estudo que será apresentado no próximo dia 17, sexta-feira, durante o 1º Encontro Baiano sobre Abate e Comércio Ilegal de Carnes. O evento, que tem à frente o Ministério Público Estadual, com apoio do Sincar, será realizado no Fiesta Convention Center, das 9h às 18h, em Salvador. Diz ainda a matéria distribuída pela assessoria do Sindicato patronal: “Além dos sérios riscos à saúde humana, o abate clandestino de animais traz prejuízos econômicos aos comerciantes de carne, também conhecidos como açougueiros e magarefes, que deixam de ganhar ou são remunerados bem abaixo do preço de mercado pelos subprodutos do abate, como couro e vísceras”. E prossegue: “Este é um dos argumentos do Sincar para motivar os comerciantes a procurar por estruturas regulares, como frigoríficos inspecionados, para abater seus animais, não importando que seja apenas uma rês, ou muitas”. De acordo com o diretor do Sincar, Manoel Maírton de Sousa, sair da clandestinidade garante segurança e lucro para o comerciante. “Segurança de vender um produto inspecionado e dentro dos parâmetros legais, o que evita confiscos e até detenção. E lucro pela valorização dos subprodutos”, diz Sousa. Na nota distribuída aos jornais, o diretor do sindicato explica que o couro de um animal que é abatido indevidamente, geralmente, sofre danos, como furos e riscos, e vale em torno de R$ 10. O mesmo material poderia valer R$ 40, se fosse devidamente manejado, com critérios profissionais que só os frigoríficos oferecem. Os atravessadores pagam em média 20% do valor de mercado pelo couro e, no caso das vísceras, as chamadas “fateiras” pagam cerca de 40% do valor real do material, que invariavelmente é manejado e limpo de forma incorreta. De acordo com o diretor do Sincar, o abate legalizado traz outras vantagens para o comerciante. “Ele leva seu animal no frigorífico e recebe a carne pronta para vender, do mesmo animal, que é identificado da hora que entra até a hora que sai da indústria”, exemplifica. “Quando os animais são abatidos clandestinamente, o açougueiro contrata auxiliares que o acompanham de madrugada até a fazenda onde estão os bovinos, arca com o transporte de ida e volta do grupo, e com o carreto para retornar com a carcaça para os mercados e feiras. Como a prática é ilegal, estão expostos a fiscalizações e eventuais confiscos”, diz a matéria recebida por este jornal do sindicato. A notícia informa ainda que “na Bahia, os frigoríficos prestam serviço de abate terceirizado, que consiste em abater animais de comerciantes mediante uma taxa de abate. Esta taxa, segundo o presidente do Sincar, Julio Farias, tem retorno imediato quando descontados os custos de logística que o açougueiro teria no abate ilegal, e somados os ganhos pela valorização dos subprodutos. Além disso, o Estado concede isenção fiscal de ICMS para quem compra animais para comercializar a carne, uma vitória dos representantes das indústrias contra a concorrência desleal da clandestinidade”.

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O erro do jornal, quando publicou a denúncia em sua edição número 5, foi não ter ouvido o Sindicato da Indústria de Carnes do Estado da Bahia (Sincar). A matéria não teria se restringido a Luís Eduardo Magalhães.

Publicação da Oeste Comunicação Integrada Ltda. Rua Jorge Amado, 1.327 – Jardim Paraíso – CEP 47.850-000 – Luís Eduardo Magalhães/BA Inscrição municipal 007132/10 CNPJ 12.835.627/0001-41 - Telefone (77) 3628-0686

oestesemanal@diariodooeste.com.br

Veículos armados

Alhos por bugalhos

Luís Eduardo Magalhães precisa de educação no trânsito. A desatenção e o desrespeito às regras não podem ser proporcionais ao tamanho do veículo. O veículo potente e caro não dá ao motorista o direito de se sobrepor ao menor nas filas de espera, nem de voar pela BR. Enquanto não houver educação no trânsito, famílias continuarão a chorar por vítimas da violência ao volante.

Uma feira de máquinas e equipamentos agrícolas não é festa popular. Mesmo assim, no sábado, último dia da Bahia Farm Show, era grande a presença de populares. Quem foi lá viu.

O Bradesco de novo Já foi dito aqui que o Bradesco não cuida de seus caixas eletrônicos. Com freqüência, os que se localizam fora da agência local estão sem dinheiro. Na terça-feira, 7, de manhã, o descuido entrou pela agência. Não havia envelopes para depósito no balcão e em apenas dois dos nove caixas eletrônicos eles podiam ser encontrados. Resultado: até para depositar a fila era imensa.

Correio preguiçoso Aqui também se falou da agência oficial dos Correios em Luís Eduardo, mais propriamente de despacho via Sedex endereçado a funcionário deste jornal, que seria devolvido ao remetente porque o entregador não encontrou o endereço, que estava claramente exposto no envelope padrão. Nesta semana, empresa de São Paulo informou que envelope com nota fiscal enviada ao jornal foi devolvido porque o endereço não foi encontrado. Senhores dos Correios, a rua do jornal tem nome, há número no muro e uma placa de mais de cinco metros.

Contra a Aiba A Câmara Municipal aprovou moção de aplausos à Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) pela realização da Bahia Farm Show. A aprovação não foi unânime. O vereador Mariussi votou contra sob o argumento de que a Aiba é de Barreiras e de que a feira “não serve para o povo de Luís Eduardo Magalhães”. A que povo serve o edil não disse.

SÓCIOS-DIRETORES Antonio Calegari / Pedro Callegari

CIRCULAÇÃO Aroldo Vasco de Souza

REDAÇÃO João Penido (editor), Antonio Calegari, Luciano Demetrius Leite, Raul Beiriz Marques, Rafael Dias, Sebastião Nery, Tizziana Oliveira, Henrique Cabelo (fotógrafo e diagramação), Paulo Cezar Goivães (projeto gráfico)

IMPRESSÃO Gráfica F. Câmara Csg 09 – LOTE 03 – GALPÃO 03 – Taguatinga Sul – Distrito Federal – Fone (61) 3356-7654

PUBLICIDADE Juliana Cadore (contato)

TIRAGEM* 5 mil exemplares *Tiragem jurada pela editora, comprovável quando da

Corredores de Brasília O prefeito Humberto Santa Cruz não se cansa de percorrer salas de ministérios em Brasília e colhe resultados: uma creche para o bairro de Vereda Tropical e outra para o Jardim das Acácias. E cobertura para quadras esportivas de seis escolas.

Alô, Barreiras Para agregar informações à matéria sobre a esmagadora de soja que os chineses vão implantar em Barreiras, repórter deste jornal tentou falar pelo telefone, na terça-feira, 7, com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura da vizinha cidade (3614-7160/7161), com a Secretaria do Agronegócio, Abastecimento e Desenvolvimento Econômico (36139752/9755) e com o gabinete da prefeita Jusmari Oliveira (3614-7165). Não conseguiu, embora tentasse por mais de uma hora. Ou os telefones davam sinais de ocupados ou ninguém os atendia.

Versão diferente A propósito da notícia “Colisão de carros dirigidos por irmãos mata dois”, publicada na página 17 da edição nº 12 de Oeste Semanal, o pedreiro Marcos Antonio Feitosa e o encarregado de obras Eliandro Francisco da Silva, respectivamente pai e tio do estudante Alex Sandro da Silva Feitosa, 14 anos, uma das vítimas, estiveram na redação de Oeste Semanal e negaram que no momento do acidente estivessem praticando racha. Disseram também que na ocasião se dirigiam a uma fazenda para buscar melancias que posteriormente seriam vendidas. Marcos Antonio disse que o acidente ocorreu quando tentava ultrapassar o outro veículo. Sua picape derrapou e capotou, provocando as duas mortes.

impressão do jornal, na Gráfica F. Câmara, a par tir das 23 horas das sextas-feiras e quando do início da distribuição das edições, na Rua Jorge Amado, 1.327 – Jardim Paraíso – Luís Eduardo Magalhães, a par tir das 7 horas da manhã dos sábados. As publicações da Oeste Comunicação – Oeste Semanal e DiariodoOeste.com.br não publicam matérias redacionais pagas sem caracterizá-las como Informe Publicitário. A Oeste Comunicação também edita o site online DiariodoOeste.com.br.


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Mais de meio bilhão em negócios Giro financeiro da Bahia Farm Show surpreende e supera expectativas, crescendo mais de 80% RAUL MARQUES Da Oeste Comunicação

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Bahia Farm Show 2011 fechou com crescimento de mais de 80% na movimentação financeira e passou a ser a quinta maior feira de agronegócios do Brasil. Segundo informou o diretor-superintendente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), organizadora do evento, Alex Rasia, R$ 570 milhões foram negociados neste evento, o que perfaz um crescimento de 80,37% em relação a 2010, quando foram movimentados R$ 316 milhões. “Havia uma demanda reprimida desde a boa safra de 2010, sem contar que nessa safra o clima foi excelente e a produção foi recorde. Todos parecem ter

comprado agora nesta feira. O resultado também nos surpreendeu”, disse Alex Rasia. Os dados informados pelo diretor da Aiba foram levantados junto aos agentes financeiros presentes ao evento, como Bradesco, Banco do Brasil, BNB e Desenbahia. Segundo números da Aiba, em área de exposição, a feira cresceu 27%. Em relação ao público, foram 44.277 pessoas, ante 38.458 em 2010, o que significa crescimento de 15,13%. Se este número é menor em relação ao crescimento financeiro da feira, trata-se de um crescimento bem expressivo em termos individuais. Significa que o gasto médio por pessoa presente à feira foi de R$ 12.873, frente aos R$ 8.216 na feira anterior. Isso equivale a um crescimento de 56,68% no gasto por pessoa.

AS CANETAS, REALMENTE, TINHAM TINTA A expressão usada por um expositor da Bahia Farm Show e repetida pelo diretorsuperintendente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), organizadora do evento, Alex Rasia, de que o “visitante da feira tem tinta na caneta” está comprovada com os resultados deste ano. Com os R$ 570 milhões em giro financeiro, a Bahia Farm Show assume a quinta posição entre as feiras de agronegócios no País e ostenta a liderança nas vendas por visitante. A feira de Luís Eduardo Magalhães teve média de R$ 12.873,50 de venda por visitante, superando em 7,7% a média da maior feira do Brasil, a Agrishow, realizada no final de abril e início de maio, em Ribeirão Preto, São Paulo, que teve venda média de R$ 11.952,43 por visitante. A terceira colocada em venda por visitante é a Expodireto Cotrijal, realizada entre 14 a 18 de março deste ano, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, com R$ 6.109,98. Existem duas feiras que estão no ranking das seis maiores, mas não podem ter os números contabilizados. A Show Rural Coopavel (Cascavel), que foi realizada em abril, mas não teve seus resultados divulgados, e a Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul, com giro na ordem de R$ 1,1 bilhão no ano passado. A Expointer só acontecerá

entre agosto e setembro próximos, mas se levarmos em consideração os números do ano passado, a Bahia Farm Show ainda tem a liderança nas vendas por cada pessoa presente ao evento. A Expointer teria venda equivalente a R$ 2.039,21 por visitante. Para ultrapassar a Bahia Farm Show, a Expointer tem que apresentar crescimento superior a 531% no faturamento, mantendo-se igual quantidade de visitantes. Os números da Agrishow impressionam. A maior feira agrícola do país movimentou R$ 1,755 bilhão. Os números – assim como os da Bahia Farm Show – também tomaram por base os dados das instituições financeiras do evento: Bradesco, Banco do Brasil e Santander. Na Bahia Farm Show, os números foram fornecidos pelo Bradesco, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Desenbahia. As operações financeiras na Agrishow tiveram expansão de 52,6 % sobre 2010, ante 80,37% da feira de Luís Eduardo Magalhães. A expressão tinta na caneta ganha mais forma quando se compara o público presente com o giro financeiro. O público da feira em Ribeirão Preto chegou a 146.832 visitantes, ante 44.277 na Bahia Farm Show. Ou seja: o público da Bahia Farm Show equivale a 30,1% do da feira de Ribeirão Preto. Em giro financeiro, este percentual sobe para 32,47%.

Para o prefeito de Luís divisão do banco que coorEduardo Magalhães, dena área que engloba 72 Humberto Santa Cruz, o municípios e 52 pontos de evento fortalece a econoatendimento e agências mia, aumentando as no Oeste da Bahia, Clerice oportunidades . “O sucesdizia que a instituição so é fruto do empenho de atingiria facilmente o alvo todos os realizadores e de R$ 100 milhões. parceiros”, frisou. Clerice tinha razões “Batemos recordes de proNa última sexta-feira, 3, para o otimismo. O Banco dução e produtividade nas o jornal Oeste Semanal já do Brasil negociou R$ 123 lavouras nesta safra, e estes havia previsto que o resulmilhões, 23% acima do resultados refletiram na Bahia tado seria maior que R$ alvo estabelecido. “O Farm Show. O produtor se capi400 milhões, tomando por resultado foi excelente. talizou e reinvestiu suas marbase as informações presNão esperávamos tanta gens no negócio, ampliando tadas apenas por duas insreceptividade do mercaáreas plantadas e, consequentituições financeiras: Bando”, disse Clerice, infortemente, adquirindo mais tecco do Brasil e Bradesco. mando, ainda, que faltanologias. É incrível a avidez Pelos números apresentavam computar as operaque o produtor tem por novidos pelo Bradesco e Banco ções que foram acertadas, dades. Temos uma responsabido Brasil, até a tarde de mas ainda não conlidade muito grande com o sexta-feira, 3, as operações tratadas.“Ficam sempre mundo, de produzir alimentos indicavam crescimento de algumas operações encaem abundância e acessíveis, até 27%, mas as vendas de minhadas que estão sendo otimizando a relação com os sexta-feira e de sábado, dia analisadas pela nossa área recursos naturais como a água de maior público no Farm de crédito. Ainda temos e o solo. Só assim, com técnica Show, acabaram surpreenmuitos contratos que e tecnologia, é que se consedendo a todos. Tanto que serão somados aos R$ 123 gue vencer o desafio da produna sexta-feira e no sábado milhões”, disse Clerice. Do tividade” vários estandes permanetotal de financiamentos, WALTER HORITA ciam cheios de clientes, cerca de 60% foram de Presidente da Aiba com destaque para os das máquinas agrícolas, com instituições financeiras, cerca de 20% para equipaonde gerentes de crédito e mento de armazenagem. funcionários trabalhavam incessantemente na A Bahia Farm Show de 2012 já tem data aprovação de propostas, que somente entrariam marcada. Começará no dia 29 de maio e termipara os números da feira no sábado, 4. nará em dois de junho. Pelo que aconteceu Os números surpreenderam profissionais este ano, quando todos os estandes foram vendo mercado financeiro, como o superinten- didos antecipadamente, é melhor se apressar dente regional de Varejo do Banco do Brasil da na reserva de espaço, como alerta Alex Rasia. região de Barreiras, José Marino Clerice, um “A demanda por estandes superou a oferta. dos mais otimistas em relação aos resultados Não ampliamos a área do parque de exposição, da Bahia Farm Show. Responsável por uma como faremos na Bahia Farm Show 2012.

RANKING DAS FEIRAS DE AGRONEGÓCIOS, POR GIRO FINANCEIRO 1. Agrishow 2. Expointer 3. Expodireto Cotrijal 4. Show Rural Coopavel 5. Bahia Farm Show 6. Tecnoshow Comigo

Ribeirão Preto Esteio Não-Me-Toque Cascavel Luís Eduardo Rio Verde

Fonte: Aiba/sites das feiras na Internet

São Paulo R$ 1,755 bilhão Rio Grande do Sul R$ 1,144 bilhão, no ano passado. Rio Grande do Sul R$ 984 milhões Paraná (números não divulgados; posição estimada) Bahia R$ 570 milhões Goiás R$ 500 milhões


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A maior campanha do comércio A de Natal já está sendo preparada pela Acelem, com mobilização de grandes empresas FOTOS DE HENRIQUE CABELO

RAUL MARQUES Da Oeste Comunicação Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães (Acelem) prepara a maior campanha de incentivo ao comércio de todos os tempos. Será a campanha de Natal, informou o presidente da Acelem, Carlinhos Antonio Pierozan. Ele disse já ter feito contato com várias grandes empresas para poder aumentar a participação da sociedade local e a quantidade de brindes sorteados na campanha. “Já fizemos contato com Bunge, Galvani, Coringa, Mauricéa, Aiba, Abapa, sindicatos e grandes lojas de Luís Eduardo para termos a maior campanha do comércio local”, disse Pierozan. As iniciativas da Acelem não param por aí. A associação também planeja fazer campanha semelhante à “Liquida Barreiras”, realizada no município vizinho, para aproveitar a capitalização da população de Luís Eduardo na época da colheita e da safra. Carlinhos Pierozan disse que o Clube de Diretores Lojistas em Barreiras (CDL) conseguiu obter incentivo do governo do Estado, o que possibilita a realização de campanha deste porte e que a Acelem já entrou em contato com a Fazenda estadual para obter igual incentivo. “Eles (os comerciantes de Barreiras) têm um parcelamento do ICMS referente ao mês de campanha, em três vezes. Vamos fazer o mesmo aqui. Só depende das negociações”, disse Carlinhos, lembrando que talvez o melhor mês para fazer campanha deste porte seja em maio, para aproveitar o ápice da safra. Sobre as próximas campanhas, Pierozan lembra que a do Dia dos Pais já está sendo elaborada, com quase dois meses de antecedência, para evitar os atropelos acontecidos em outros eventos deste porte. Em relação à possível criação de um Clube dos Diretores Lojistas (CDL) em Luís Eduardo Magalhães, Carlinhos não vê qualquer problema. “Eu, pessoalmente, não gostaria de ver o comércio dividir forças, mas o CDL só viria a somar forças com a Acelem”, disse.

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Mamãe, você é 10! A última campanha realizada pela Acelem para o Dia das Mães teve boa receptividade do comércio local. Vários lojistas destacam a importância da realização destas promoções de incentivo ao comércio local, embora teçam críticas a alguns pontos na formulação das campanhas. No entanto, os comerciantes que atenderam os premiados da campanha “Mamãe, Você é 10!” eram os mais felizes em ter feito uma venda que gerou o prêmio máximo: duas motos. O comerciante mais feliz em ter feito uma

venda premiada é o sócio proprietámento, as campanhas mantêm os rio da Madeirão, Waner Bada. Além compradores em Luís Eduardo, incende agradecer ao cliente pela aquisitivando o comércio local a atender às ção de produtos em sua loja, Bada necessidades dos consumidores. “É destacou a importância da campamais um ponto para você consolidar nha para o seu comércio. sua loja no mercado. O cliente não sai “Campanhas como esta do Dia das daqui para fazer compra em Brasília Mães expandem a sua marca, o ou em Goiânia só para dizer que comnome da sua loja na comunidade. Foi prou fora ou aproveitou o bom preço”. excelente para nossa empresa”, Régis Vogt criticou a forma abrupta disse. Bada contou que a Madeirão é como foi feita a campanha do Dia das uma antiga parceira da Acelem e que Mães e sugeriu que seja adotado um participa de todas as campanhas sistema de liquidação igual ao de para incentivar compras nas lojas da Barreiras. WANER BADA RÉGIS FRANCISCO VOGT cidade. O presidente da Acelem reconhe“Temos 15 anos na região. Desde ceu que por problemas operacionais quando Luís Eduardo era Mimoso realmente houve um atraso na camdo Oeste. Nada melhor para reforçar panha para o Dia das Mães, mas que as vendas de uma empresa do que isso não vai acontecer mais. A demouma campanha que coloque em evira na entrega dos prêmios foi quesdência a logomarca de sua empresa e tionado por Silvana Francisco Cunha mantenha o comprador de Luís de Souza, gerente administrativa da Eduardo”, disse, sem esquecer que Farmácia São Sebastião. No seu parte do crescimento de sua loja está entendimento, ninguém quer partiintimamente ligado ao surgimento cipar de uma campanha no Dia das de Luís Eduardo Magalhães, já que, Mães para ganhar o prêmio somente entre outros produtos, vende madeino mês seguinte. Carlinhos Pierozan, ra para obras. contudo, a contesta e diz que os prêNa sua loja, o comprador felizardo mios foram entregues ainda no mês foi Carlos André dos Santos, que de maio. “Na promoção do Natal, ganhou uma motocicleta Moto Biz, SILVANA FRANCISCO DE SOUZA vamos tentar distribuir a entrega de IARA KIRSCH de 125 cilindradas, modelo KS, da brindes e prêmios aos vencedores o marca Honda. Carlos André, por mais rápido possível”, disse. ocasião da entrega do prêmio, disse Silvana de Souza disse que a camque iria vender a moto para comprar panha do Dia das Mães foi boa para a materiais de construção para a casa loja, mas que gostaria que todas as que estava construindo, entre eles, demais fossem elaboradas com madeira. Sinal de mais vendas para maior antecedência pelo pessoal da Waner Bada. Acelem, com a participação de todos Outra empresária que se mostrava nas decisões. “Tinham que ser feitas muito satisfeita por ter vendido o reuniões prévias com todos os assocupom premiado ao vencedor era ciados para que fosse apresentado o Iara Kirsch, dona da Kaibem material da campanha. A escolha do Armarinho e Presentes. “Foi até uma material seria dos comerciantes e história curiosa. O rapaz que veio não do pessoal da Acelem”, disse. fazer uma compra queria um desA gerente administrativa da farmáconto acima do que a loja pode dar. cia disse também que, a seu ver, os JOSÉ ADELMO LOBO Só tínhamos dois cupons na loja e JADER SOUZA BORGES eventos da Acelem deveriam ser só da fizemos tudo para que ele levasse. associação, sem contar com o patrocíNo final, ele comprou, colocou o nio de determinadas lojas. “Não é cupom em nome da esposa e foi sorteado. para os casais de apaixonados. injusto eu pendurar em meu estabelecimento Nossa loja é pé quente”, disse Iara Kirsch. A um cartaz com a logo de uma empresa conCampanhas mais longas. Sócio-propri- corrente? O evento tem que ser só da ganhadora da motocicleta Action, Iros, foi Maria Martins dos Anjos, que acabou rece- etário do Super Marabá, Jader Souza Borges Acelem”, criticou Silvana. bendo a moto de presente do marido, que é um dos que critica as campanhas, mas faz Quanto a esta questão, Carlinhos Pierozan colocou os dois cupons da compra em seu questão de participar de todas que apare- disse que serão feitos dois cartazes diferentes cerem. Por ser de um ramo no qual nem sem- para a próxima campanha. “Em um deles, nome. Iara Kirsch lembra que era interessante, pre o crescimento das vendas está relaciona- que será distribuído, colocaremos a logo de para que campanhas como essa dessem resul- do às datas festivas para presentes, o empre- todos os patrocinadores. No outro, para tado, ter maior participação dos mais de 600 sário é defensor de campanhas mais longas, divulgação nas lojas, só haverá a marca da associados da Acelem às reuniões. “Quanto em períodos diferentes, para aproveitar, por Acelem”, disse o presidente da associação. mais união tiver, melhores serão os resulta- exemplo, festas religiosas além do Natal, Salão da sorte. José Adelmo Batista Lobo, dos”, disse. Sem saber da supercampanha que como a Páscoa e o Dia de São João. “São datas a Acelem prepara para o Natal, a empresária em que tradicionalmente vendemos mais, dono do Adelmo e Salão, tinha razões em tritambém solicita que seja feito por parte da inclusive a Quaresma, em razão da Semana plo para comemorar a campanha “Mamãe, associação um plano inovador para estimular Santa. Podia-se fazer campanhas nestes Você é 10!”. As duas primeiras pelo fato de ter sido a única loja a ter dois clientes premiados: as vendas na cidade. “A Acelem tem que bus- períodos”, disse. Jader Borges defende a união dos comer- João Messias Marques, sorteado com um car um plano novo, diferente, que fuja deste sistema de cupons. Inovar é necessário para ciantes da cidade em torno de uma só promo- faqueiro, e Cassio Donizete, que ganhou uma aumentar a participação dos consumidores. ção, para evitar a sobreposição de promoções, o máquina fotográfica. “A outra razão é que Tem que haver alguma diferenciação na pró- que acaba perturbando o consumidor. “Tem este evento fortaleceu ainda mais a minha estabelecimento que faz promoção junto com a empresa”, disse. xima campanha”, disse. José Adelmo contou que está há oito anos Sobre os resultados obtidos com a campa- campanha da Acelem. Não deviam existir camnha “Mamãe, você é 10!”, Iara Kirsch disse panhas em épocas da promoção da Acelem. em Luís Eduardo, dos quais quatro à frente do salão. Disse ser sempre favorável a toda e que as vendas ficaram dentro das expectati- Isso atrapalha quem vai comprar”, disse. Embora tenha ficado de fora da campanha qualquer campanha que valorize a cidade, vas, embora ela esperasse crescimento maior. Mesmo assim, Iara Kirsch preparava do Dia das Mães, o sócio da JK Materiais de inclusive eventos esportivos. “O importante as forças para o Dia dos Namorados, neste Construção, Régis Francisco Vogt, é outro é estar na mídia. É divulgar seu trabalho e domingo, 12. Sua loja vende vários objetos defensor destas promoções. No seu entendi- aumentar a clientela”, disse.


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AGECOM/BA

Chineses querem quase a metade da soja da Bahia Esmagadora em Barreiras terá capacidade para 1,5 milhão de toneladas/ano Da Redação, com informações da Assessoria de Imprensa do Governo da Bahia

maior rapidez . A previsão é de que as obras da fábrica possam ser iniciadas ainda este ano. A estimativa é que inicialmente sejam gerados 300 empregos diretos, número que na fase final do projeto deve passar de mil. Os empregos indiretos devem chegar à casa de sete mil. Eduardo Salles informou que outras processadoras de soja podem se instalar na Bahia, sem o risco de faltar o grão. O secretário anunciou que os chineses pretendem ter um porto privado, além de trazer uma indústria têxtil ao Oeste baiano. “Os chineses não vêm para comprar commodities, mas sim para agroindustrializar, gerando emprego e renda no interior do estado”. Em dois anos são 16 agroindústrias anunciadas, acrescentou Salles.

grupo chinês Chongqing Dragonfly Oil, que construirá uma fábrica de beneficiamento de soja em Barreiras, com investimento inicial de US$ 300 milhões, pretende esmagar até 1,5 milhão de toneladas de soja por ano, quase a metade da produção anual do Estado, que na safra 2010/2011 alcançou 3,6 milhões de toneladas. A pedra fundamental da esmagadora de soja Até US$ 4 bilhões. A Chongqing do braço brasileiro do grupo chinês, a indústria Universo Verde Agronegócios, foi lançado Dragonfly Oil é um braço da Chongqing no domingo, 5, em terreno de 100 hectares Grain Group Corporation, estatal chinesa cedido pela Prefeitura de Barreiras, às mar- que tem como uma das atividades a industrialização e comércio de óleo aligens da BR-020/242, no sentido ARQUIVO mentício de origem vegetal. O Barreiras-Luís Eduardo, logo governador da província de após a Emape. Na segundaChongqing, Huang Qi Fan, inforfeira, 6, foi assinado em mou que o grupo pretende invesSalvador o memorando de tir até US$ 4 bilhões na Bahia. A entendimento com o Governo esmagadora de soja, segundo Qi do Estado, para a instalação da Fan, é apenas o primeiro investifábrica, entre os governadores mento do grupo na Bahia. Ele Jaques Wagner, da Bahia, e anunciou que “este estado tem Huang Qi Fan, da província de grande produção de algodão e Chongqing. Dois meses atrás, vamos implantar uma indústria durante viagem de Wagner a têxtil em Barreiras”. Pequim, em companhia da preA indicação acontece no momensidente Dilma Roussef, fora to em que o algodão foi o grande assinado o protocolo de intendestaque da safra 2010/2011 na ções para a instalação da fábrica. EDUARDO SALLES região. A área plantada com a cultuO secretário de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, ra aumentou 51% em relação ao ano-safra Eduardo Salles, informou a Oeste Semanal anterior. Isso fez com que a produção saltasse que agora se inicia o processo burocrático da de 372 mil toneladas de pluma em 2009/10 obtenção das licenças ambientais, o que levará para 600 mil toneladas de pluma nesta safra, pelo menos 60 dias. Ele disse que, em virtude uma variação positiva de 62%. Atualmente, a do grande porte da empresa, a qual pretende Bahia é o segundo maior produtor de algodão ainda implantar uma indústria têxtil na região do País, com fios semelhantes aos do Egito. O governador de Chongqing disse ainda que Oeste, o Estado tem todo o interesse em obter a concessão das licenças pelo Ibama com a o grupo tem interesse de investir na área de

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Os governadores da Província de Chongqing, Huang Qi Fan, e da Bahia, Jaques Wagner mineração, citando a produção baiana de ferro. “Este local (a Bahia) tem as melhores condições de trabalho. Decidimos investir aqui porque sentimos segurança no governo do Estado e de Barreiras”, afirmou Qi Fan, acrescentando que “a China tem o que a Bahia precisa, e a Bahia tem o que a China necessita”, fazendo referência à experiência das indústrias chinesas e à capacidade da Bahia de produzir alimentos com qualidade e regularidade. O presidente da Chongqing Dragonfly Oil, Hu Junlie, informou que o projeto contempla, além do beneficiamento de alimentos, armazenagem de grãos e logística. “Vamos construir um polo industrial com capacidade inicial de esmagar 1,5 milhão de toneladas de soja, refinar 300 mil toneladas de óleo e armazenar 400 mil toneladas de grãos”. Ele disse que o grupo vai investir também numa fábrica de fertilizantes e num porto seco, para armazenamento de grãos e integração com a rede de escoamento.  A efetivação do investimento é resultado da participação do governador na comitiva brasileira que foi à China no mês de abril. “Quando há uma cobertura institucional do governo estadual, os investidores estrangeiros que, nesse caso, são os chineses, se sentem mais à vontade. Como foi dito pelo governador chinês, este investimento pode crescer, pois eles pensam em instalar na região uma indústria têxtil, além de demonstrar interesse em trabalhar com a logística do porto. A segunda maior economia do mundo é um porto vantajoso para nossos produtos”, disse o governador Jaques Wagner. O acordo estabelece uma cooperação internacional e compromete o governo a fornecer informações para subsidiar a decisão

de investimentos de empresas da província, nos segmentos de agronegócios, infraestrutura/logística e indústrias. O governador de Chongqing, Huang Qi Fan, disse ainda que o grupo tem interesse de investir em terminal da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), com a construção de armazéns, tanques de depósitos de óleo alimentar e plataformas de logística. “É muito importante para o nosso estado que empreendedores de outros países façam investimentos aqui, mas não a qualquer preço. É parte do nosso papel, acompanhar os entendimentos, analisar as propostas e articular as secretarias para maximizar os esforços de atração de investimentos dentro das diretrizes do governo e de seus interesses”, afirmou o secretário de Relações Internacionais e da Agenda Bahia, Fernando Schmidt.

Em Brasília. Na terça-feira, 7, o presidente da empresa Chongqing Dragonfly Oil, Hu Junlie, o governador da província de Chongqing, Huang Qi Fan, e o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, encontraram-se, em Brasília, com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Ao vice-presidente Michel Temer, Huang Qi Fan reivindicou a instalação de um consulado brasileiro em Chongqing, e de um consulado da China na Bahia, evidenciando o desejo de estreitar as relações com o Brasil. “Vou apoiar a sugestão”, prometeu Temer. Também participaram do encontro a representante do governo da Bahia, em Brasília, Sonia Carneiro, e integrantes da comitiva chinesa. Michel Temer elogiou a rapidez e a transparência das decisões do governo da Bahia.


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CIDADE

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Agora, a duplicação da 020/242 Prefeito Humberto Santa Cruz pede e ministro dos Transportes manda Dnit fazer estudo da obra DA REDAÇ‹O prefeito Humberto Santa Cruz pediu ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a duplicação das BRs 020/242, no trecho entre Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. O pedido foi feito durante audiência com o ministro na quartafeira, 8, em Brasília. O deputado estadual Mário Negromonte Júnior, do PP, acompanhava o prefeito. Alfredo Nascimento foi receptivo à reivindicação e solicitou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de transportes (Dnit) a realização de estudo de viabilidade técnica e econômica da duplicação. Na conversa com o ministro, o prefeito Humberto Santa Cruz enfatizou que o trecho Luís Eduardo-Barreiras tem movimento intenso, com trânsito de veículos entre o Centro-Oeste e o litoral do Estado e entre o Centro-Oeste e o Nordeste, além de parte do movimento da BR 135. “Novas indústrias estão chegando e a nossa produção aumentou muito. Precisamos de acesso mais rápido para escoamento. Luís Eduardo é um pólo da região e a pista dupla

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PREFEITURA MUNICIPAL

seria fundamental para nossa economia”, disse Santa Cruz ao retornar da viagem a Brasília. Segundo o prefeito, o trecho de 90 km é feito pelas BRs 020 e 242, que se fundem em uma só rodovia, suportando os veículos nos dois sentidos. “Temos muitos acidentes neste trecho, e esse projeto desafogaria o intenso trânsito, facilitando o tráfego e dando mais segurança a motoristas e pedestres”, disse o prefeito. O pedido de duplicação do trecho Luís Eduardo-Barreiras tem o apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O vice-presidente da entidade, Sérgio Pitt, lembra que a modernização do Porto de Aratu aumentará ainda mais o tráfego de carga no trecho Luís EduardoBarreiras. Pitt disse que a duplicação também é necessária para conter o excessivo número de acidentes. “Quando falamos da rodovia, sempre lembramos de pessoas conhecidas que perderam a vida em acidentes entre Luís Eduardo e Barreiras”, disse o vice-presidente da Aiba. Até Taguatinga. Nos contatos mantidos no

O deputado Negromonte Júnior, o ministro Nascimento e o prefeito Santa Cruz, na audiência Ministério dos Transportes, o prefeito Humberto Santa Cruz recebeu a notícia de que o edital de licitação para o asfaltamento do trecho entre o entroncamento da BA 460 com a BR 242 até a divisa com Tocantins sairá até 25 de julho. A obra de asfaltamento de 49 quilômetros está orçada em R$ 53 milhões. Outra informação foi a de que a licitação para a operação tapa-buraco em trecho da BR 242 próximo a Luís Eduardo começará até 30

de julho. O prefeito lembra que na quarta-feira, 14, serão abertos os envelopes com propostas de empresas no processo de licitação da obra de duplicação das BRs 242/020, no perímetro urbano de Luís Eduardo Magalhães. “Esta é uma obra muito importante. Além de desafogar o intenso trânsito na travessia da cidade vai contribuir para a redução do número de acidentes”, disse o prefeito. OESTE COMUNICAÇÃO

Projeto para drenagem em toda Luís Eduardo A Prefeitura tem pronto projeto de macrodrenagem de toda Luís Eduardo Magalhães. A obra está orçada em R$ 44 milhões. “Além de escoar toda a água que corre pelas ruas, as galerias vão evitar a ocorrência de enchentes na época das chuvas”, disse o prefeito Humberto Santa Cruz. O projeto foi apresentado ao secretário nacional de Defesa Civil  do Ministério da Integração Nacional, Humberto Vianna,

pelo prefeito Humberto Santa Cruz, na quarta-feira, 8, em Brasília. No encontro, o prefeito recebeu do secretário a promessa de liberação de R$ 2 milhões, já incluídos no Orçamento da União deste ano, para obras de drenagem no bairro Santa Cruz. Ficou acertado na conversa entre o Santa Cruz e Vianna que o projeto de drenagem de toda a Luís Eduardo será discutido logo após a liberação dos R$ 2 milhões, que ocorrerá ainda este mês.

Grávidas recebem kits para os bebês Um total de 20 kits foram distribuídos na última quinta-feira, 9, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no bairro Santa Cruz, em Luís Eduardo Magalhães. As futuras mamães ganharam conjunto de produtos que inclui banheira, toalhas, travesseiros, meias, luvas, fraldas descartáveis, macacão, algodão, sabonete, coeiros e cotonetes. Também fizeram parte dos kits peças artesanais e fraldas em tecido, confeccionadas pelas próprias mulheres. “Investir nos bebês é uma forma de contribuir para a melhoria da cidade e da nação, pois esses serão os cidadãos de amanhã”, ressaltou a secretária de Saúde, Maira de Andrada Santa Cruz, ao agradecer a participação de todas as mulheres.

A unidade de saúde que será inaugurada na Vila Buriti

Prefeito entrega unidade de saúde à Vila Buriti Ações do projeto Humaniza LEM serão realizadas neste sábado, 11, a partir das 8h, na Vila Buriti, em Luís Eduardo Magalhães. Na ocasião, o prefeito Humberto Santa Cruz inaugurará a Unidade de Saúde Buriti, que atenderá 400 famílias da Vila Buriti, Galinho e Muriçoca. O prefeito também inaugurará o campo de futebol e o poço artesiano. Compõem a agenda de ações do Humaniza LEM a entrega de próteses den-

tárias, oficinas artísticas, apresentações teatrais, cinema, atividades esportivas, gincanas, palestras, orientações de saúde, atividades voltadas para o meio ambiente, entre outras. Na área social, serão prestados serviços de atendimento jurídico, para a emissão de carteira de trabalho, procura de emprego, serviços de atendimento da Casa da Família, entre outros.


Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 11 a 17 de junho de 2011

Operação prende empresários em Luís Eduardo e em Barreiras DA REDAÇ‹O Os empresários Douglas Amorim, dono da empresa Douglas de Souza Amorim Ltda., Adelino Gueler, da Brasil Cargas, e Rubens Junior, da All Busnisse, foram presos nesta quinta-feira, 9, em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, pela Operação Barreira, de combate a fraudes fiscais na comercialização de produtos agrícolas. Os empresários Flávio Fernandes, da All Busnisse, e Marcos Velosos, da Agrovita, de Luís Eduardo Magalhães, ainda estavam sendo procurados pela Polícia na tarde desta sexta-feira, 10. A operação foi realizada pelas secretarias da Fazenda e de Segurança Pública. De acordo com o jornal A Tarde, o esquema de sonegação foi detectado pelo Departamento de Investigação da Secretaria da Fazenda. A investigação teria constatado a existência de fraude na comercialização de milho, soja e algodão. Ainda segundo o jornal, a operação apreendeu documentos e equipamentos com as provas dos crimes. Segundo a Polícia, o esquema de sonegação vinha ocorrendo há pelo menos dois anos, gerando prejuízos ao Estado de mais de R$ 1 milhão. As fraude estariam ocorrendo na comercialização de milho, soja e algodão.

Colheita e benefício de café com

profissionalismo e honestidade

AGRONEGÓCIO/CIDADE

Plano Safra só no dia 29 AGÊNCIA BRASIL

Governo aumenta montante de recursos DA REDAÇ‹O A divulgação do Plano Safra 2011-2012, que terá recursos de R$ 107 bilhões, - R$ 7 bi-lhões acima do plano anterior - foi adiada para o próximo dia 29. O anúncio seria feito na sexta-feira, 17, mas devido a compromissos da presidenta Dilma e à viagem do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a Paris, a data foi transferida para o dia 29, no fim do mês. Segundo o ministro, a nova política de

apoio ao setor agropecuário trará incentivos específicos a três setores: o sucroalcooleiro, o de produção de suco de laranja e a pecuária. Rossi disse que o plano vai incentivar a recuperação dos canaviais do país, que perderam produtividade nos WAGNER ROSSI últimos anos. Também trará medidas para combater a volatilidade do

DEMANDA POR CRÉDITO RURAL CRESCEU 19% Guilherme Araujo Do Ministério da Agricultura A aplicação do crédito rural na agricultura empresarial, entre julho de 2010 e abril de 2011, foi de R$ 76,4 bilhões do total de R$ 100 bilhões disponíveis. Se comparado com mesmo período da safra passada, quando foram liberados R$ 64 bilhões, houve crescimento de 19% nas aplicações de custeio, comercialização e investimento no setor. “A taxa de juros subsidiada das linhas de crédito rural possibilita a contratação de mais crédito para o produtor rural, a cada safra, junto ao governo federal. Esse dinheiro destina-se a investimentos em tecnologia no campo e ao aumento contínuo da produção”, afirma a coordenadora de Crédito e Financiamento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Miriam Custódio. Os recursos destinados ao custeio e à

comercialização alcançaram R$ 57 bilhões no período, o que representa 75% do valor previsto para a safra (R$ 75,5 bilhões). A taxa de juros aplicada na concessão do crédito varia de 6,25% a 6,75 % ao ano. Para os programas de investimento, foram disponibilizados R$ 18 bilhões na safra 2010/2011. Desse total, R$ 10,5 bilhões são destinados às ações que utilizam recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – Moderfrota, Moderagro, Moderinfra, Produsa, Propflora, Prodecoop, Moderfrota Pronamp, Procap-Agro e Programa ABC. Já foram financiados R$ 4 bilhões do montante disponível. No mesmo período da safra 2009/2010, foram utilizados R$ 3 bilhões para esses programas. Com relação ao total previsto para investimentos com linhas de crédito especiais a juros controlados (R$ 6,4 bilhões), foram aplicados R$ 8 bilhões.

Duas mulheres morrem em colisão RAUL MARQUES Da Oeste Comunicação

Contatos: Fábio - 77 815-9980 Valmir - 34 9984-1405 Fabiano - 34 3831-4294

val ca feptc@hotmail.com

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Uma colisão entre um Fiat Siena prata e um Montana vermelha matou duas mulheres e feriu outras quatro pessoas por volta das 16 horas no domingo, 5, na BR 020/242, no trecho em frente à fazenda Novo Horizonte. O Montana seguia no sentido Luís Eduardo e forçou a ultrapassagem de um caminhão. O motorista do Montana, Sandevaldo de Araújo Silva, percebeu que não ia obter sucesso na ultrapassagem e jogou a picape para o acostamento, acabando por acertar o Siena, que ia no sentido Barreiras. Os carros colidiram quase de frente, no lado do carona, o que provocou a morte das duas mulheres. O Montana era conduzido por Sandevaldo de Araújo Silva, cuja habilitação estava vencida desde 16 de outubro de 2006 e, segundo informaram os policiais rodoviários que foram ao local do acidente, ele estava

alcoolizado, conforme constatado em teste. No lado do carona, viajava sua mulher, Vanderlene Borges, caixa da Faedo Tintas, que morreu no acidente. Sandevaldo foi levado para o centro de saúde Gileno de Sá Oliveira. Assim que foi medicado, Sandevaldo foi encaminhado à delegacia. Segundo policiais rodoviários, Sandevaldo só não foi levado à delegacia imediatamente por necessitar ficar em observação médica. No Siena, viajavam um casal com dois filhos. Teresinha de Jesus Barros dos Santos morreu durante o choque. Ela era funcionária da Moraes Radiadores, em Barreiras. Wilson Moraes dos Santos, o condutor do Siena, teve ferimentos leves, e foi atendido no centro de saúde Gileno de Sá Oliveira. Jonatas Barros dos Santos, um dos filhos do casal, teve ferimentos leves e foi medicado no centro de saúde. Já Rodrigo Barros dos Santos, de 15 anos, foi encaminhado ao Hospital do Oeste, em Barreiras, com várias fraturas pelo corpo.

preço da laranja e ainda terá ações para renovação de pastagens do país. De acordo com o ministro, a intenção do governo é “dar uma certa igualdade entre aqueles produtos que tinham certa prioridade no passado, por serem commodities de exportação, e os produtos voltados mais diretamente ao consumo interno.” O plano também conterá ações para estimular a produção de grandes e pequenos agropecuaristas. O ministro participará, na França, da reunião do G-20 com ministros da Agricultura, quando serão abordados temas como a regulação do mercado de commodities agrícolas, com o objetivo de reduzir os impactos de especulações sobre o setor.


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O conquistador do Oeste baiano C UNIVERCIDADE

ANTONIO CALEGARI Da Oeste Comunicação

omo o Oeste americano, o Oeste da Bahia também tem conquistadores. O maior deles não lutou com índios, mas enfrentou grileiros e a truculência oficial. É modesto, apesar do imenso território que domina. Diz não se considerar grande empresário, mas apenas uma pessoa que ama o Brasil de modo intenso. Estamos falando de Ronald Levinsohn, o primeiro grande empresário a acreditar no Cerrado da Bahia como celeiro de produção agrícola. Desde os bancos escolares, quando não se convenceu da afirmação contida no livro Geografia do Brasil, de Haroldo de Azevedo, de que o Cerrado era uma terra imprópria para agricultura. Ronald Levinsohn saiu do Rio Grande do Sul, foi estudar nos Estados Unidos, voltou, tornou-se grande no mercado financeiro e popularizou a caderneta de poupança com a Delfin. Sem esquecer o Cerrado. No início da década de 70, para salvar uma construtora paulista em dificuldade, Ronald Levinsohn ficou com mais de 400 mil hectares da empresa Estrondo, nome que manteve na companhia que administra as terras atualmente, RONALD LEVINSOHN a Agronegócio Estrondo. A trajetória empresarial de Ronald Levinsohn se divide em três fases. A primeira foi no mercado financeiro, quando transformou a Caderneta Delfin em sinônimo de poupança no País. Foi torpedeado em pleno sucesso pelo regime militar ao se recusar a financiar a campanha do coronel Mário Andreazza à presidência da

República. “A intervenção na Delfin foi eminentemente política. Só de imóveis, a Delfin tinha mais de 26 mil na época”, diz um jornalista que cobriu a intervenção à época. A vingança do grupo que queria fazer Andreazza presidente e torpedeou a Delfin foi desfeita por decisões de tribunais superiores e do Banco Central, que lhe devolveram todos os bens, incluindo as terras no Oeste da Bahia. A segunda fase foi quando transformou um colégio de subúrbio, no Rio de Janeiro, no conglomerado UniverCidade, hoje com mais de 18 mil alunos. No agronegócio, Ronald Levinsohn vive a terceira fase de sua caminhada. Passou o comando da Agronegócio Cachoeira do Estrondo para filhas e netos, mas continua atento aos negócios. Recentemente, a Estrondo vendeu 80 mil hectares à família Horita e estabeleceu parceria em outros 25 mil hectares. Mesmo com a venda, a Estrondo continua com 298 mil hectares, a maior parte no município de Formosa do Rio Preto. Na Estrondo, o cultivo de soja e algodão é dividido com a preservação ambiental. Lá, são vistas onças pardas e pintadas, em meio a outras espécies nativas que a empresa protege em suas reservas. Ronald Levinsohn é arredio a entrevistas. Certamente em homenagem ao Cerrado e ao Oeste da Bahia, aceitou falar a Oeste Semanal. Grande empresário do agronegócio, Ronald Levinsohn, como se verá na entrevista a seguir, não tem viés ideológico. Ao mesmo tempo em que defende a atividade rural, condena o desmatamento na Amazônia e pede que se observe "o grande Deng Xiaoping, que transformou a China miserável na potência de hoje, em menos de 40 anos".

Oeste Semanal - O sr. foi o primeiro grande empresário a acreditar no Cerrado, no início da década de 70, quando ninguém imaginava que solo com árvores retorcidas pudesse se transformar em celeiro agrícola. O que o levou a ter aquela visão? Ronald Levinsohn - Não sou grande empresário, me considero uma pessoa que ama o Brasil de modo intenso. Deus me deu a paixão pelo saber, e a curiosidade pela tecnologia, que herdei de meu avô, um engenheiro mecânico que só pensava em refrigeração (inédita no país à época) e conservação de alimentos. Veio montar um frigorífico e acabou tendo que construir um porto próprio e ajudar na implantação de uma malha ferroviária no Rio Grande do Sul para trazer gado, processá-lo e exportar carne, couro e tudo o mais. Meu avô era um executivo de uma multinacional (Swift), que trouxe a família da Inglaterra para passar quatro anos na cidade de Rio Grande, onde, em 1926, orientou a construção de um grande frigorífico e optou por viver neste país maravilhoso. Meu pai, também um apaixonado pelo nosso país, casou-se com Maria Nilza Mello Guimarães, de uma família de magistrados e cartorários.

comandada pelo grande político Antonio Balbino. Gente de minha idade, como meu amigo Nelson Taboada, acreditava na região. O pessoal da Cooperativa Agrícola de Cotia, o professor Allysson Paulinelli, que viria a ser ministro da Agricultura no governo Geisel, e o Alvaro Orioli, da Campo Consultoria e Agronegócio, eram meus gurus. Uma de minhas empresas recebeu as terras da Estrondo em dação, em pagamento de uma construtora paulista que atravessava dificuldades. Passei quase dois anos analisando documentos junto à Procuradoria Geral do Estado da Bahia e à Secretaria de Agricultura. A documentação e a posse foram consideradas perfeitas. Depois chegaram os grileiros que dominavam os cartórios e o Judiciário com documentos de inventários forjados no Piauí, na Bahia e em Goiás. Gente que fazia inventários de gente que havia morrido há mais de cem anos só para grilar. Um espetáculo de falsidades. Meu companheiro Paulo Eduardo Carneiro Ribeiro, hoje advogado emérito, de tradicional família baiana, passou a estudar direito de terras e pesquisar toda a história das propriedades da Bahia desde os tempos

Ele me ensinou que a incompetência do Estado brasileiro e sua burocracia algemavam e ameaçavam o povo brasileiro, que é capaz de aprender qualquer coisa que lhe ensinava em um mínimo de tempo. Gente que não havia na Europa daquele tempo... Queixava-se de que o Governo não pensava em infraestrutura . Estudei em escola pública, no Colégio Lemos Júnior, e não consegui acreditar no que dizia Haroldo de Azevedo em seu livro Geografia do Brasil, no qual afirmava que o Cerrado era uma terra imprópria para agricultura... Quando fui para os Estados Unidos para estudar nos idos de 1954, para conhecer as coisas da vida, como dizia meu pai inglês e minha mãe riograndina, aprofundei meu interesse pela tecnologia. Passei a raciocinar que a tecnologia acabaria com as limitações, que impediam uma visão mais moderna do velho professor Azevedo. Aquela imensa terra seria transformada em celeiro do país. Não deu outra.... Comecei a me interessar pelo Oeste da Bahia no princípio dos anos 70, quando o pessoal de Salvador considerava a região um lugar remoto e o chamava de Além-São Francisco. Uma espécie de capitania que era

coloniais. Ele teve ajuda de juristas do porte de Calmon de Passos, Orlando Gomes, Santos Cruz, Newton O’Daya e outros que não me recordo, quando toda a documentação foi dada como boa, firme e valiosa. Oeste Semanal - O sr. enfrentou muita violência ao longo desse tempo. Empregados seus foram assassinados. O sr. deve ter passado por situações muito difíceis e perigosas, não? Ronald Levinsohn - Isso faz parte do desbravamento. Aqui tinha grileiros e bandidos. Nos Estados Unidos foi pior, havia os índios ferozes. Quando adquiri a propriedade, tive o aconselhamento de diversas autoridades especialistas em terras na Bahia, principalmente da Procuradoria Geral do Estado, que havia realizado um grande inquérito sobre grilagem. Fiquei sempre tranquilo. Jamais negociei com grileiros ou cedi às suas investidas de “acertos”. Como advogado, e pertencente a família Melo Guimarães, composta por magistrados, procuradores e cartorários, sempre recorri à Justiça, que nunca me faltou. Ganhamos todas as causas. Oeste Semanal - Ao longo do tempo, o sr. teve enfrentamentos também com ambientalistas...


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ARQUIVO PESSOAL

Ronald Levinsohn - O projeto agrícola elaborado para a Fazenda Estrondo era o mais adiantado naquela época. Nossa preocupação com o meio ambiente era e é total. Constituimos a maior reserva verde do Estado da Bahia e a única em condomínio ao longo dos rios que permitem o trânsito livre de animais nativos. É um projeto muito elogiado por ambientalistas no exterior, especialmente por técnicos da Fundação Clinton, que o visitaram. Na Estrondo, convivemos com casais de onças pardas e pintadas e com todas as espécies de animais nativos. É só verificar para constatar. Não tive enfrentamento algum com o Ibama. Fomos perseguidos, assim como cerca de 40 outras empresas dedicadas ao agronegócio, por um grupo de radicais. Parece que houve uma disputa entre grupos de funcionários do Ibama que se acusavam mutuamente. Acabou estourando em cima dos mais fracos, os empresários... Fomos acusados de não termos licença de desmate. Depois que descobriram que tínhamos recebido regularmente essas licenças, nos acusaram de as haver conseguido através de favorecimento de funcionários que sequer conhecíamos. Mais uma vez recorremos à Justiça e, em Brasília, tivemos ganho de causa, como não podia deixar de ser. Apesar de o Tribunal Federal de Brasília mandar arquivar o processo, o Ibama parece que não se conformou e entrou em Juízo com os mesmos pedidos que haviam sido rejeitados anteriormente e mandados arquivar. Não sei detalhes dessa questão. Mas desconfio que certa mídia entusiasma uma perseguição aos agricultores, que respondem por grande parte das exportações brasileiras, geram empregos, cumprem as leis. Trabalhamos lado a lado com os verdadeiros ambientalistas. Eu e meus companheiros frequentamos seminários sobre sustentabilidade e vivemos preocupados com os queimadores de campos. Estamos regularizando a situação dos ribeirinhos e formando parcerias para educá-los sobre as políticas de meio ambiente e dar-lhes meios lícitos de sustento e de aprendizado de seus filhos, que não conseguem estudar. Sempre estivemos ao lado dos verdadeiros amantes do meio ambiente e da preservação. A Fundação Roberto Marinho foi o primeiro órgão privado, antes

Ricardo Horita, Walter Horita e sua esposa Fátima, Ronald Levinsohn e Wilson Horita.

de qualquer agente estatal, a defender a preservação. Oeste Semanal - Mesmo com a venda de milhares de hectares aos irmãos Horita, o Agronegócio Condomínio Cachoeira do Estrondo ainda é dono de 298 mil hectares no Oeste baiano. A venda para por aí? Ronald Levinsohn - Fui procurado por mais de 40 empresas e fundos interessados em comprar as terras da Estrondo. Preferi vender a quem fosse agricultor, tivesse honra, conceito e experiência no Oeste da Bahia. Foi o Nelson Taboada, meu velho amigo de Salvador, que me indicou o Walter Horita. Quem costurou a operação foi o conceituado corretor de áreas de Barreiras, o Marcello Thomaz Cazuni Padilha, da Fragatta Consulting. Isso foi obra do Senhor do Bonfim, confraria da qual ele é o grande provedor. Minha parceria com os irmãos Horita é definitiva e chegou para aumentar produtividade, baixar custos e criar condições de juntos colaborarmos com obras sociais. O meio ambiente faz parte de nossas conversas do dia-a-dia. Minha família vendeu 80.000 hectares e começamos uma parceria em outros 25.000 hectares. Oeste Semanal - O sr. passou a Agronegócio Estrondo para filhas e netos. Isso significa que o sr. está se aposentando? Ronald Levinsohn - Passei meus haveres para meus filhos e netos quando organizei minha sucessão há alguns anos. Estou meio aposentado há algum tempo, mas o pessoal lá de casa diz que vivo no computador o dia todo. Oeste Semanal - O sr. sempre teve atuação ousada – no mercado financeiro, no agronegócio e na educação. Deve se sentir realizado, não? Ronald Levinsohn - Eu não creio que sou ousado. Ajudei os sábios a implantar o Sistema de Habitação e fui pioneiro na divulgação da Caderneta de Poupança. Nada inventei. Só trabalhei muito, minhas organi-

zações cresceram e começaram a incomodar os poderosos, os donos do pedaço. Passei anos para provar que tudo foi armação de um militar que queria ser presidente da República e precisava de financiadores na banca. Até que se descobriu que foi uma grande farsa em cima de mim. Saí do episódio sem mágoa ou rancores. O importante é que o Brasil, hoje, possui um sistema financeiro forte e dos mais modernos do mundo. Nossos bancos são mais poderosos do que os europeus e da maioria dos norte-americanos. Minha passagem na educação foi filantrópica. Criei, inovei e, recentemente, passei o bastão para o Marcio André Mendes da Costa, que é um grande advogado e patriota como poucos. Realizado na profissão, escolheu a educação por ser o setor mais carente do país. O Gustavo Ioschpe mostrou no Jornal Nacional o estado de nossas escolas. Não tenho comentários. Oeste Semanal - Depois do assassinato de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em Unaí (MG), em 2004, a fiscalização trabalhista transformou-se em operações armadas, com a presença da Polícia Federal. Muitos produtores que já sofreram essas fiscalizações armadas dizem em off terem se sentido como se fossem bandidos perigosos, tal o aparato. O sr. chegou a passar pela experiência? Ronald Levinsohn – Sim, já passamos por essa bandidagem oficial. Os fiscais do trabalho são radicais e usam uma legislação de 1941, a CLT, que Getúlio Vargas copiou de Mussolini... Os fazendeiros, acossados, matam esse pessoal. Isso é uma vergonha nacional. Precisa haver modernidade da legislação, fim da truculência dos fiscais e melhor compreensão das insuficiências do Estado por parte dos agricultores. A agricultura brasileira se tornou atrativo das politicagens internacional e nacional, que vivem atrás de média na mídia. O que esse pessoal faz repercute no mundo inteiro. Creio que isso vai acabar numa regra mundial de preservação. O que devemos preservar é, especialmente, a Amazônia, que vem sendo devastada impunemente. Existe um grupo, que constitui a maioria, que trabalha em defesa do meio ambiente em vários organismos do Estado, quer no plano federal,

estadual e municipal. O triste é ver que a preservação ambiental, um dever de todos os brasileiros, virou uma questão política de certo pessoal que aparenta não acompanhar o que se passa no mundo globalizado e descolonizado... Tivemos um caso em que um caminhão ia para Formosa do Rio Preto levando maquinário para reparo e encontrou na estrada trabalhadores da Estrondo, que iam para casa passar o fim de semana. Parou, deu carona para todos, que se sentaram na boléia. Ao chegar à cidade, lá estava uma patrulha que prendeu o motorista e começou um processo sobre trabalho escravo... Parece brincadeira. Acredito que o novo Código Florestal será a Constituição do Campo e irá começar uma série de modernidades, que a Presidenta Dilma falou que vai implantar na agricultura para acabar com essas barbaridades que acontecem por aí. Mais uma vez se confirma que o Brasil é o país dos contrastes. O congressista relator do projeto que irá disciplinar novamente o uso do campo é um conceituado líder comunista, o deputado Aldo Rebelo... e os que combatem seu projeto são justamente seus companheiros esquerdistas... O PC do B, seu partido, sempre seguiu a linha chinesa, que evoluiu muito e deixou os filósofos europeus de lado... Estamos na época da implantação do sistema nuvem, que possibilitará comunicação televisiva instantânea em nosso planeta e tem gente discutindo reforma agrária como se estivéssemos no início dos 1900... Temos que observar o grande Deng Xiaoping, que transformou a China miserável na potência de hoje, em menos de 40 anos. O Brasil, a meu ver, deve seguir quem deu certo, independentemente das ideologias, coisa que já acabou, mas os sul-americanos, de um modo geral, ainda não se deram conta. Nós estamos trabalhando em parceria com vários órgãos do Estado da Bahia para manter a preservação ambiental, resolver a questão dos ribeirinhos e servir de exemplo a nível mundial. Várias organizações norteamericanas e européias virão visitar a Estrondo e há quem pense, em Hollywood, em fazer um grande documentário sobre essa controvertida questão brasileira da preservação do meio ambiente.


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SEBASTIÃO NERY O lobo da Alsácia RIO - O major Sanches Osório, da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA) e ministro da Comunicação Social do Governo Provisório do general Spínola, em 1974, em Portugal, conta em seu livro “O Equívoco do 25 de Abril” que foi ao gabinete militar da Presidência, onde estavam os generais Galvão de Melo, Silvério Marques, Diogo Neto, Pereira de Melo, vários coronéis, tenentes-coronéis e majores. Convocaram o primeiro-ministro coronel Vasco Gonçalves, que entrou no gabinete e estendeu a mão ao general Galvão de Melo: - Como está, meu general? O general ficou imóvel. - O meu general não me aperta a mão? - Não, eu não falo a filhos da puta. - O meu general é um estupor. O general Diogo Neto interpôs-se entre os dois e disse a Gonçalves: - Tu és uma vergonha, meu comunista ordinário, que queres levar o país para uma guerra civil. Se abres a boca, parto-te a cara.

25 de abril O ministro Sanches Osório disse ao primeiro ministro: - O governo incitou os partidos, o que é desonesto. - Isto é uma calúnia. O senhor está a insultar-me. - Não estou. São os fatos tais como se passaram. O general Diogo Neto virou-se para o primeiro-ministro: - És um merda. O general Silvério Marques acrescentou: - Olha-me de frente. Tenho quatro estrelas, mas só duas são da Revolução. Deixo-as

aqui, atiro-as à tua cara. Tu vais dar ordem ao teu partido, ao PC, para acabar com a rebelião. Chegou o Presidente, general Spínola, que ainda viu parte da cena. Era no Palácio de Belém, em 27 de setembro de 1974. Portugal estava vivendo a metáfora do cão da Alsácia. O menino tinha um cão. Um lindo lobo da Alsácia. A mãe não gostava do cão. O pai gostava. O pai estava em casa, o cão ficava solto, alegre, guardando o jardim. E o menino feliz. O pai viajava, a mãe prendia o cão. O cão ficava amarrado, triste, dormindo no seu canto. O menino, infeliz. Quando o pai voltava, soltava o cão. O cão saia desesperado de seu canto, corria para o

jardim e comia todos os cravos dos canteiros. De raiva.

Mario Soares O menino e o cão desta história eram portugueses. Os cravos desta história eram portugueses. Esta era uma história portuguesa. Eu a ouvi de amigos em Lisboa, numa noite de amargas lembranças anti-fascistas. E nunca mais consegui pensar em Portugal sem lembrar do lobo da Alsácia. Portugal passou cinqüenta anos preso, amarrado, triste, dormindo no seu canto. Infeliz. De repente, soltaram-no. Saiu desesperado para o jardim da liberdade. O perigo é que passasse a comer os canteiros dos cravos vermelhos. De ódio. Foram três gerações espezinhadas, mutiladas. O 25 de Abril de 1974 foi a revolução francesa deles, com 200 anos de atraso, em nome da liberdade, da igualdade, da fraternidade. Foi um Maio de 68 que deu certo. Jovem, explosivo, incontido, anárquico. Quase desesperado. Portugal foi salvo, literalmente, pela Constituinte de 75. O Partido Socialista Português, do rotundo estadista Mario Soares, ganhou brilhantemente as eleições, construiu um governo democrático de respeitabilidade internacional e deu a paz a Portugal.

Pombal Da janela do hotel Fênix em Lisboa, eu via o Marques de Pombal, elegante e orgulhoso,

a cabeleira encaracolada, o olhar aberto, soberbamente de pé no meio da praça, contemplando em pedra a cidade-monumento que ressuscitou da poeira do terremoto. No fim, perdeu a guerra contra os jesuítas. Portugal tinha continuado um país de jesuítas. O país das palavras, das fórmulas, tocando nas fórmulas e nas palavras para não tocar nas coisas. Você ia a Trás-os-Montes e encontrava aldeias medievais. Entraram séculos, saíram séculos, e Portugal pouco avançara do sistema feudal. Descobriu mundos, pulou oceanos e inventou um jesuitismo só dele, que muito explica o antes e o depois do 25 de Abril: o capitalismo escritural.

Os banqueiros Era tudo papel, letra, número. Tudo escrituração. Fábricas feitas sem um tostão. Na escrita. Negócios de bilhões feitos sem um tostão. Na escrita. Setenta por cento da economia nacional eram controlados por sete grupos. Na escrita. Daí terem também descoberto, eles, os banqueiros jesuítas, o que nem Hitler, nem Mussolini jamais sonharam: o fascismo do crédito. Se o crédito nascia, vivia e morria na escrita, o crédito era só deles. Como capitalismo é dinheiro, e portanto crédito, o satânico silogismo estava amarrado: deles eram a economia, o governo, o Estado, o país. Nós, netos de Portugal, como eu, fiquemos tranqüilos. Portugal vai sair dessa crise, como saiu em 1975. E com a mesma arma : a democracia.

ARQUIVO PESSOAL

PISANDO EM FORMAS Calçada Portuguesa é uma técnica tradicional de pavimentação. Desenvolvida em Portugal – como o nome sugere – essa técnica pode ser vista por todo o Brasil e em outras antigas colônias portuguesas. A designer Mariana Uchoa, residente em Nova York, preparou o livro gráfico “Stepping on shapes” (Pisando em formas), que celebra as estampas criadas pelas pedras. Mariana compilou fotografias de calçadas de várias partes do mundo. Como o público alvo são designers, ela redesenhou as estampas estilizadas, e incluiu um CD com os arquivos em vetor. “O profissional vai poder usar esses incríveis grafismos para desenvolver peças próprias, como estamparia de tecidos, ou ilustrações para impressos”, disse. “Me lembro de andar pelas calçadas do Rio de Janeiro quando criança e seguir as linhas como um jogo”, diz. Ao perceber que a técnica estava se extinguindo por conta do alto custo de manutenção e da baixa durabilidade, ela teve a iniciativa de preparar o livro. “Os grafismos dos desenhos me impressionavam, e sempre fiquei com a ideia de fazer algo com eles; o livro servirá como um registro histórico da nossa cultura, e possivelmente lembrará a todos da sua beleza”, disse. O livro ainda não tem lançamento previsto no Brasil.

Mariana com exemplar de “Stepping on shapes”, em Nova York, tendo ao fundo cenário de Manhattan.


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CIDADE

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FOTOS DE HENRIQUE CABELO

Após a porta ter sido destruída durante arrombamento, morador do Jardim das Acácias colocou grades em todas as portas e janelas e está aumentando o muro existente nos fundos da casa

O medo dos arrombamentos População teme sair e ter a casa furtada. Teme também não sair e ficar exposta a invasores LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação

ARQUIVO

onda de arrombamentos em Luís Eduardo Magalhães – houve 50 registros na Delegacia de Polícia em 41 dias, de 30 de abril a 9 de junho - está deixando a população com medo tanto de sair de casa como de ficar. “Se você sair de casa, corre o risco de ela ser arrombada. E ainda de ser assaltado na rua. Se ficar, também corre o risco de a casa ser arrombada com você dentro, como já ocorreu”, diz o proprietário de uma loja de material de construção situada no bairro Santa Cruz, que não quis se identificar. Ele tem medo, também, de sofrer represálias. Sua loja, anexa a sua casa, já foi arrombada cinco vezes em dez anos, justificou. A professora Luziane Almeida da Silva Freitas, que teve sua casa arrombada por duas vezes no mês de maio, uma no dia 11 e outra no dia 30, não esconde o temor. “Eu fiquei uma semana sem trabalhar. Tomo calmantes para não entrar em pânico. Há dias que saio de casa porque dá mais medo ficar em casa do que na rua”, conta. De sua casa, no bairro Santa Cruz, foram levados computador, impressora, aparelho de modem, aparelhos de telefone celular, R$ 840,00 e diversos objetos de uso pessoal. Ela está impressionada porque acreditava que sua casa era segura. “Para chegar até a porta principal, é preciso passar por dois portões. Os muros são altos e têm cacos de vidro na parte de cima”, diz. “Infelizmente não temos segurança, ficamos chocados porque temos que nos trancar em casa enquanto os bandidos estão pelas ruas”. A maioria dos entrevistados por Oeste Semanal sobre a onda de arrombamentos tem medo de se identificar. “Melhor eu não me expor. Minha casa já foi arrombada, quero evitar constrangimento. Vou até vender minha casa por causa dos ladrões”, disse a moradora de uma casa, também no Santa Cruz, vizinha a um terreno baldio. Para se defender, ela colocou uma cerca

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Para entrar no local, foram elétrica na residência, inultiquebrados dois cadeados. “São mente. “Não adiantou eu me usados alicates e até pé-de-cabra proteger, a casa foi arrombada para arrebentar portas e cadeaassim mesmo”. dos”, disse Costa. Na maioria das vezes, os À frente de onde vai funcionar moradores só providenciam proo lava jato, Costa mantém um teção depois do fato consumado. comércio de pneus de motos. O É o caso da funcionária pública local nunca foi invadido durante Martha Starck, que no dia os sete meses de funcionamento. seguinte ao furto de impressora, Diante da experiência anterior, laptop, palmtop e relógio em sua ele diz: “Reforcei a segurança casa, no Jardim das Acácias, dos dois locais”. Quanto ao resolveu instalar cerca elétrica RIVALDO LUZ equipamento furtado do lavasobre o muro da residência. “A gente só pensa que vai acontecer com os jato, ele adianta que isso não compromete o outros. Até pouco tempo atrás nunca havia início do funcionamento do novo negócio. ouvido falar de casos assim no bairro. Agora, “Vou abrir em julho e com aspirador novo, não dá para desanimar”, disse Costa. a atenção é redobrada”, disse a moradora. José Miranda, morador do Santa Cruz, foi Foi também no Jardim das Acácias que um casal reforçou a segurança do imóvel com outro que teve seu comércio invadido antes grades de ferro nas portas e janelas. Até o mesmo de começar a funcionar. Ele está para muro da parte dos fundos da casa foi elevado, abrir uma frutaria ao lado de sua casa. “Os por ter sido o modo usado por ladrões para ladrões arrombaram a porta da minha casa, que faz limite com a frutaria. Como não entrar na casa . O motorista Jerônimo Gomes do encontraram nada que pudessem levar da Nascimento, pai da mulher que teve a casa frutaria, eles invadiram a casa e levaram um arrombada, acredita que os assaltantes aparelho de tv e outro de DVD”, disse. O vizinho do lado direito de Miranda teve moram no bairro. E aponta: “Naquele terreno ali em frente é que os ladrões ficam prejuízo maior: na mesma noite, os ladrões durante a noite”, afirma. No local, há três levaram de sua casa R$ 700, uma máquina casas para locação, o que facilita a permanên- fotográfica e equipamentos eletrônicos. Para reparar o prejuízo com os furtos, a cia de desocupados. ajuda da família também conta nessas horas. Lojas arrombadas antes de abrir. Os O lavrador Domingos Barbosa dos Santos, ladrões chegam a arrombar algumas lojas pai de duas vítimas de casas arrombadas no antes mesmo de eles começarem a funcionar. Santa Cruz, conta que auxilia tanto na coloO lava jato de Neucione Araújo Costa, também cação da porta da casa de um dos filhos, como no Jardim das Acácias, com previsão de inau- faz vigília à noite na residência do outro, que guração no próximo mês de julho, já foi alvo está sem condições de substituir a porta dos arrombadores. Dali foi levado um aspi- arrombada. “Estou há quatro noites cuidanrador de pó específico para limpeza de veícu- do da casa”, diz. “Também ajudo a improvisar los. Mesmo residindo ao lado do estabeleci- uma porta na casa de outro filho”. mento, Costa diz que a ação dos ladrões é rápiMaior demanda por antifurtos. O medo da e feita por pessoas que estudam o ambiente a ser invadido. “Quem arrombou sabia o que ia de arrombamentos acaba beneficiando empresas de segurança. Daniane Lange, geencontrar”, afirma Costa.

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rente-financeira de uma empresa de segurança, diz que a procura por equipamentos de segurança aumenta com o medo dos arrombamentos. “Pelo menos 80% dos nossos serviços tiveram aumento de dois anos para cá. É muita gente com receio de ter sua casa arrombada”, disse. Há cinco anos no setor, a empresa é especializada nos serviços de câmeras de monitoramento interno, portão eletrônico, cercas elétricas e alarmes. “Infelizmente, as pessoas ainda têm o estigma de que investir em segurança custa caro. Poucos se dão conta de que o prejuízo com o furto ou roubo é muito maior”, disse Daniane.

Polícia faz mapeamento. A depender da Policia Civil, o medo vai dar lugar a uma certeza: a de que os crimes poderão ser combatidos antes mesmo de serem cometidos. Segundo o delegado de Polícia Civil Rivaldo Luz, um mapeamento está sendo elaborado para detectar os pontos de maior ocorrência de arrombamentos, a forma de ação dos ladrões, o que utilizam para invadir casas e o que é mais visado pelos arrombadores. “Na delegacia temos tentando levantar todas as situações de arrombamento. Com o mapa, vai ser mais fácil fazer um trabalho preventivo”, diz. Ele discorda das vítimas que deixam de prestar queixa de arrombamento na Delegacia, pois isso prejudica o trabalho da polícia. “Entendo o lado da pessoa que se diz revoltada, principalmente se seu patrimônio foi alvo dos arrombadores mais de uma vez. Mas é necessário que o cidadão colabore e denuncie”, afirmou. Outra forma de coibir os arrombamentos, afirma Rivaldo, é a partir do próprio morador. “O ladrão procura o lugar mais suscetível ao furto. O uso de equipamentos de segurança é importante. Se a pessoa não tem condições de instalá-los, avise seu vizinho, que não deixe sinais de que a casa está sem ninguém”, aconselhou.

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SOCIEDADE TIZZIANA OLIVEIRA tizzianaoliveira@diariodooeste.com.br

Agrosul, 20 anos de história

Viagem interrompida A nuvem de cinzas expelida pelo vulcão chileno Puyehue impediu que os casais Márcia e Carlito Winter e Rute Granich e Osmar Martins viajassem na quinta-feira, 9, para a charmosa Buenos Aires. A nuvem chegou à Argentina, fechando os aeroportos de Buenos Aires e de algumas cidades do Sul do Brasil. A viagem, por enquanto, fica para uma próxima ocasião.

Degustação A dona da Amaretto Empório, Alessandra Zanoto e sua equipe de funcionários aproveitaram a Bahia Farm Show para mostrar novidades. O grupo promoveu em seu estande degustações do vinho frisante Glamm. O vinho é diferenciado dos demais e se assemelha a um espumante. A degustação se estendeu por todos os dias da feira, entre 15 e 19 horas.

DIRETORES DA AGROSUL Marcelino e Olmiro Flores homenageiam o cliente Dércio Bosa e sua esposa Selanira Bosa. Agrosul Máquinas, concessionária da John Deere em Luís Eduardo Magalhães, realizou jantar no espaço Quatro Estações na quinta-feira, 2, em comemoração aos seus 20 anos. O som da dupla Gian & Giovani animou a todos os convidados com muito carisma. O evento teve a presença 1.200 convidados, entre clientes, parceiros e dirigentes como o vice-presidente de Divisão Agrícola da John Deere, Aaron Wetzel, que parabenizou toda a equipe. No evento, os diretores da Agrosul Marcelino e Olmiro Flores prestaram homenagem a parceiros e clientes, entre eles Dércio Bosa, primeiro cliente a comprar adubo, em 1991, e Wilson Elger, primeiro a adquirir um trator. A Agrosul também homenageou a Apae, doando uma Kombi. No dia seguinte, Gian & Giovani visitaram a matriz da Agrosul, sendo recebidos por funcionários entusiasmados.

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Planeta Pet

Encontro de gestantes

O Planeta Pet foi inaugurado sexta-feira, 3, com coquetel, repetido no sábado, 4. Trata-se de um novo e sofisticado espaço para o seu bichinho de estimação. 0s proprietários Taisa Juliani, Patrícia Pereira e Odmar Pereira são veterinários. A nova pet shop disponibiliza clínica veterinária, centro de estética, setor de aquarismo e hospedagem, entre outros serviços.

Foi realizado na quarta-feira, 1, o primeiro encontro de apresentação do Curso para Gestante no Carpe Diem SPA Urbano. No encontro, as futuras mamães tiveram a oportunidade de conhecer o conteúdo do curso e de fazer “amigas de barriga” como disse uma das mães, Caroline. O curso tem duração de um mês e é ministrado pela enfermeira Mariana Junqueira e por 12 profissionais da área da saúde, incluindo médico obstetra, pediatra, dermatologista, fisioterapeuta, nutricionista, educador físico e psicóloga. Aborda temas relacionados com a gestação, incluindo a “Massagem Bebê Shantala”. As gestantes interessadas ainda podem se inscrever.

Aniversariantes O jornalista Anton Roos comemora aniversário na segunda, 13. Priscila Akemi Morimoto aniversaria na quinta-feira, 16.

WALTER HORITA, Angélica Penteriche, prefeito Humberto Santa Cruz, Luana Sartori e Carlinhos Pierozan no estande da Nitral Urbana no Bahia Farm Show.

Bebê à vista Mais um bebê está sendo preparado para vir ao mundo. Radiante, grávida de oito meses, Leticia Chiodi espera a chegada da sua primeira filha. Ela contou detalhes da gravidez e falou da expectativa para a chegada de Antonella Chiodi Xavier. Disse que vive momento de muita alegria. O parto está previsto para até 15 de julho.

LETICIA CHIODI

JULIANO CAVALHEIRO e Josi Bublitz, proprietários da Oranjje Comunicação, com Gian & Giovani. Depois do show da dupla ser taneja em Luís Eduardo, o quar teto foi para mais um show, em Luziânia, em Goiás.

PING-PONG

SAEKO YANAGAWA, FOTÓGRAFA Por que Luís Eduardo Magalhães?  Oportunidade de trabalho. Saudade: Minha infância.  Sonho: Conhecer muitos países.  Inspiração: Pessoas comuns.  Profissão: Paixão e dedicação.  Filhos: Amor sem pedir nada em troca.  Livro: Anjos e Demônios, Dan Brown.  Lugar: Minha cidade (Guarapuava-PR).  Viagem inesquecível: Ilha do Mel.  Medo: Da menina do filme O Exorcista.  Comida: Feijão e arroz.  Pessoa: Daniel, meu amigo e companheiro de todas as horas.  Arrependimento: Do que não fiz.  Não Vive Sem... Minha filha.  Tecnologia: Fundamental.  Futuro: Colheremos amanhã o que plantarmos hoje.

ODMAR PEREIRA, Patricia Pereira, Taisa Juliani e seu noivo Frederico Vargas

NA BAHIA FARM SHOW, o diretor do Grupo Porto Brasil, Silvanir Rodrigues Porto; o engenheiro agrônomo do grupo Comparin, Jamil Poyer; o diretor da Gefoscal, Pierre Barreto; e o pecuarista de gado de elite e criador de cavalos de raça Loreni Comparin.


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ESPORTES

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A esperança bateu na trave Luís Eduardo perde na disputa por pênaltis e vê Barreiras se classificar às semifinais do Intermunicipal LUCIANO DEMETRIUS Da Oeste Comunicação

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pós ser derrotada por 4 a 3 no tempo normal, a seleção de Luís Eduardo Magalhães também fracassou na cobrança de pênaltis (3 a 2) e foi eliminada do Intermunicipal de Seleções do Oeste, no sábado, 4, no campo da Bunge. O atacante Radinho fez a última cobrança no canto esquerdo do gol, enquanto o goleiro Gledson, de Barreiras, foi para o lado oposto. Mas a bola foi contra a trave. Assim terminava a participação da equipe comandada por Reginildo França (Régis) na competição. Saindo lentamente do campo – após muitos minutos de desconsolo no gramado, sem entender o que havia acontecido -, Radinho fez uma retratação pela oportunidade que deixou escapar. “Peço desculpas à nossa torcida. Sei que isso não altera o resultado, mas é uma forma de justificar a má atuação da equipe durante os 90 minutos. Erramos e por isso perdemos”, disse o atacante que salvou Luís Eduardo da desclassificação já no tempo normal, ao marcar o terceiro gol, curiosamente de pênalti, o que forçou a disputa por pênaltis. Por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, em Barreiras, dia 28 de maio, a seleção de Luís Eduardo jogava pelo empate no encontro de volta. Vitória por um gol de diferença de Barreiras levaria a disputa da vaga nas semifinais para os pênaltis. À equipe visitante restava a vitória por dois gols de vantagem.

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lado do lateral-esquerdo Júnior se sobressaía na equipe. Marcinho recebeu na intermediária e de fora da área arriscou o chute no canto direito de Gledson. Para o segundo tempo, Régis tirou o meia Binho Geladeira e colocou Nem, a fim de articular o ataque. Antes, no intervalo, o técnico não escondia sua indignação. “Eu vou ter que pedir pra eles entrarem em campo. Não há como explicar a forma como estamos perdendo”, disse. O quadro, porém, foi outro. Aos quatro minutos, Barreiras aumentou a vantagem tão logo Luís Eduardo sofria a segunda alteração com a entrada do meia Alan no lugar do zagueiro Andinho. Ginor falhou em frente a Zaroi e Renatinho, com facilidade, e empurrou para as redes. Aos 11 minutos, em um descuido próximo da pequena área, Ginor atrapalhou-se, Luisinho aproveitou o vacilo e avançou até a grande área para dar o toque e fazer o terceiro gol dele na partida e o quarto de Barreiras.

O jogo. Na pior atuação da seleção de Luís Eduardo em toda competição, Barreiras tirou proveito das falhas da defensiva do time da casa e, em menos de 15 minutos de jogo, já vencia por 2 a 0. Aos nove minutos, Luisinho recebeu na meia-lua da grande área, dominou com a esquerda e chutou contra a meta do goleiro Zaroi. Aos 14 minutos, o zagueiro Jerrão falhou na cobertura e permitiu que o mesmo Luisinho aproveitasse o espaço da marcação e emendasse para ampliar. Luís Eduardo só viria a despertar aos 29 minutos, em gol do meia Marcinho, que ao

Reação. Aos 16 minutos Macumba entrou para consertar a defesa, no lugar de Jerrão. Aos 20 minutos Deimison substituiu Júlio para dar mais fôlego ao ataque. Aos 26’, Macumba salvou Luís Eduardo de levar o quinto gol, em jogada de Andrei que invadiu a grande área, mas o zagueiro cortou a tempo. Um minuto depois, o time da casa teve um pênalti a seu favor. Após cruzamento na grande área, o zagueiro Rangel tocou a boa com a mão. Aos 28’, Patrício cobrou no canto direito inferior de Gledson. Após o gol, o atacante foi substituído por Hernandes. Aos 37’, o meia Miltinho avançou pela direita e quando ia fazer o cruzamento foi derrubado pelo volante Ricardo. O árbitro Arnaldo Alves dos Santos Filho marcou mais um pênalti para Luís Eduardo. O jogador atingido sofreu um desmaio e precisou ser socorrido pois na queda bateu a cabeça contra o gramado. Após três minutos de paralisação, Radinho cobrou o pênalti e diminuiu para Luís Eduardo. O placar de 4 a 3 forçava a disputa da vaga na cobrança de penalidades.

Seletivo terá jogos na Bunge

Jiu-Jitsu campeão em Barreiras

DA REDAÇ‹O Após conhecer seus dois últimos classificados para a terceira fase (Portelinha eliminou Boa Vista ao empatar por 2 a 2 e vencer nos pênaltis, por 3 a 2, e o Juventus passar pelo Flamenguinho, por 2 a 0, no domingo, 5, a Liga Desportiva de Luís Eduardo Magalhães confirmou as chaves e a tabela para a próxima fase da competição. Na chave G estão Massa Bruta, Portelinha e União. Na chave H, Cica/Mazinho, Juventus e Vento em Popa. O domingo será o dia exclusivo para a disputa dos jogos, nos horários de 8h30 e das 15h30. A novidade é que os confrontos serão realizados no campo de grama da Bunge, local que abrigou os jogos da seleção de Luís Eduardo Magalhães no Intermunicipal. Na terceira fase os jogos serão no mesmo grupo e os dois primeiros se classificam. Confira a tabela ao lado.

DA REDAÇ‹O O Team Edson Carvalho, equipe da Academia Vidal, representou Luís Eduardo Magalhães no Campeonato dos 120 anos de

TABELA SELETIVO AMADOR TERCEIRA FASE Domingo Portelinha Domingo União Domingo Massa Bruta Domingo Juventus Domingo Cica/Mazinho Domingo Vento em Popa

CHAVE G 12/6 x 19/6 x 26/6 x CHAVE H 12/6 x 19/6 x 26/6 x

8h30 Massa Bruta 8h30 Portelinha 8h30 União 15h30 Cica/Mazinho 15h30 Vento em Popa 15h30 Juventus

RADINHO era o retrato da desolação da seleção de luís eduardo após a eliminação

PARATINGA E BARRA ESTÃO NAS SEMIFINAIS As seleções de Paratinga e Barra garantiram vaga nas semifinais ao golearem Catolândia e São Desidério, respectivamente, no domingo, 5. Paratinga, que já havia vencido no jogo de ida, por 2 a 1, confirmou seu favoritismo ao fazer 4 a 1 no adversário, no estádio Waldemiro Cruz, em Paratinga. Barra, que havia perdido no primeiro encontro para São Desidério, por 1 a 0, reverteu a vantagem do rival com goleada por 4 a 0, no estádio Andradão. As duas equipes, assim como Barreiras, estão automaticamente garantidas no Intermunicipal da Federação Baiana de Futebol, a ser dis-

putado no segundo semestre. A última vaga para as semifinais vai ser definida no domingo, 12, entre Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe. No jogo de ida, domingo, 5, no Turíbio de Oliveira, Santa Maria derrotou São Félix por 2 a 0, em jogo atrasado das quartas de final. Na partida de volta, São Félix vai precisar vencer por pelo menos três gols de vantagem. Santa Maria da Vitória pode perder por até um gol de diferença. Caso São Félix vença por dois gols de vantagem, a vaga será decidida na cobrança de pênaltis.

Desclassificação. Toni, Roberto e Evandro marcaram a favor de Barreiras. Gledson (no travessão) e Juninho (em chute que Zaroi defendeu) desperdiçaram. Pelo lado de Luís Eduardo Magalhães, Zaroi e Hernandes converteram. Miltinho e Alan

(ambos com defesa de Gledson) e Radinho (no chute em que a bola acertou a trave), perderam suas cobranças. Resultado: com a vitória por 3 a 2, Barreiras se classifica às semifinais do Intermunicipal de Seleções do Oeste.

Barreiras, no dia 26 de maio, com uma campanha próxima da perfeição. Dos 36 atletas, 34 deles conquistaram medalhas, sendo 20 primeiros lugares, 13 segundos colocados e 1 uma terceira posição. O treinador Flavio Vidal disse que além da performance, o que mais agradou foi a conquista de medalhas em várias categorias. “Fomos ao pódio desde os três anos até os 39 anos”, salientou ele que também ganhou medalha (justamente na categoria até 39 anos). Com este resultado, Team/Luís Eduardo foi campeã geral da competição. Os atletas que chegaram ao primeiro lugar foram: Matheus Vieira (14 anos), Rodriga Miranda (13 anos), Flavio Cauã (5 anos), Geneilson de Oliveira (14

anos), Flavio Vidal (39 anos), Idna (10 anos), Geuvana da Silva (8 anos), Pablo Rodrigues (9 anos), Juliana Rodrigues (15 anos), Gabriel Santos (11 anos), Redrenson Souza (11 anos), Letícia Santos (11 anos), Deise Mendes (13 anos) Weube Paz dos Santos (11 anos), Bruna Alechendra (9 anos), Yuri Silva (12 anos), A equipe se prepara para o Campeonato Sul-Americano de Jiu-Jitsu, nos dias 18 e 19 de junho, em Salvador. O evento é promovido pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE). A equipe Team Edson Carvalho/Luís Eduardo Magalhães vai participar nas categorias infanto-juvenil, juvenil, adulto, master e sênior).

AGENDA E PLACAR DO FUTEBOL AMADOR Seletivo Amador Domingo, 5/6 Boa Vista 2 x 2 Portelinha* *Nos pênaltis, Portelinha 3a2 Flamenguinho 0 x 2

Juventus* *Classificado à terceira fase Intermunicipal de Seleções Sábado, 4/6 Luís Eduardo 3 x 4

Barreiras Pênaltis, Barreiras 3 a 2 Domingo, 5/6 Santa Maria da Vitória 2 x 0 São Félix do Coribe Barra 4 x 0 São Desidério Paratinga 4 x 1 Canápolis


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GENTE JOVEM RAFAEL DIAS rafaeldias@diariodooeste.com.br

Na estrada

Festa

Carlinhos e Elizete Brentan viajaram na última semana à terra natal, Campo Grande (MS). Lá o casal visitou parentes e amigos, matando a saudade de todos que ficaram por lá. Aproveitaram e foram a Sidrolândia, que fica a pouco mais de sessenta quilômetros da capital sul-mato-grossense, onde moraram por muitos anos e cultivam bons amigos. A família Brentan já mora na Bahia há quase duas décadas.

Uma festa diferente e com grandes atrações está pintando na cidade. A “Neverland, bemvindos ao mundo da Fantasia” irá ocorrer no próximo dia 18. Será uma festa com o tema do livro Alice no País das Maravilhas, com DJ TESS˘LIA uso de fantasia obrigatório. No line-up já estão confirmados a ex-bbb Tessália (DJ), e o trio do grupo Blush (DJ Luiza Bernardi , Ariane Zolner (sax) e Bia Cervellino (violino). Uma ótima pedida para os baladeiros de plantão.

Na noite André Oliveira, Daniel Carvalho, Adriano Oliveira e Bruno Callegari, no Serra Dourada.

A dupla sertaneja João Pedro e Maicon se apresentou na noite do último sábado, 4, juntamente com o cantor Rick Monteiro, em uma casa noturna da cidade. Tocando sucessos sertanejos, eles fizeram seu papel e animaram a noite dos presentes. João Pedro e Maicon são uma das mais novas duplas da cidade e já contam com um público fiel.

Aniversários Também no Brasil x Holanda, Gabi e Renata Rossato e Magali Coli

No Serra Dourada ndré e Adriano Oliveira, Bruno Callegari, Daniel Carvalho, Lívia Figueiredo, Gabriela e Renata Rossato, Matheus, Pedro, Carla, Gabriela e Luís Carlos Fagundes foram alguns dos muitos luiseduardenses presentes no jogo amistoso entre Brasil e Holanda, no último sábado, 4, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Apesar da fraca atuação dos jogadores, o jogo foi divertido para todos os espectadores, pelas brincadeiras do pessoal que estava nas arquibancadas. O público foi de quase 40 mil pessoas; o que mais deixou os presentes desolados foi a ausência de gols na partida, tanto dos holandeses quanto dos brasileiros, o que resultou em vaias no fim da partida. Os luiseduardenses voltaram para casa com o grito de gol entalado na garganta.

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Nas paradas

Na Balada, entre 20 horas e meia noite.

Quando se faz uma coisa com gosto e bem feita, o sucesso é questão de tempo. Para Américo Junior, que, além de ser corretor de imóveis, atua em rádio como locutor, sempre animando a noite dos ouvintes, o sucesso já é presente. Nesta última profissão desde 2001, ele trabalha sempre com gosto, como um hobby. Nas dias de semana é possível ouvir seu programa Ritmo da Noite, que toca os hits de maior sucesso, entre as 20 e 23 horas; nos sábados, é a vez do programa

Uma baixa

O LOCUTOR. Américo Junior

Perdemos um soldado. O velho jargão pode ser dito pelos amigos de Ravy Kuskosky. Isso porque ele deixou a cidade, pelo menos até o final do ano, quando pretende voltar. Ele abandonou a cidade devido a um acidente que sofreu na semana passada. No período de recuperação Ravy decidiu voltar a sua cidade natal, Petrolina (PE), onde moram seus pais.

FAMIL¸A. Pamela Sakumoto e Giovani Barcelos e a pequena Nicole Sakumoto Barcelos

Na segunda, 6, Ilton Jose Granich; na terça, 7, Amanda Minks e Fábio Hideki Tanigut; na quarta, 8, Vanessa Christina Porfírio; na quinta 9, Murilo Leal; na sexta, 10, Danilo Leite; neste sábado, 11, Carol Sampaio, Vinicius Orestes e Dimas Oliveira Duarte Filho; e no domingo, 12, CamilaTadiotto. ❑ O pessoal da Pla Máquinas Agrícolas comemorou na quinta, 9, os 19 anos da colega Carla Miranda CARLA MACHADO Machado.

Um ano A pequena Nicole de Andrade Sakumoto Barcelos completou seu primeiro aninho de vida e a festinha para comemorar foi realizada em Barreiras, no último sábado, 4. Ela é filha de Giovanni Barcelos, sócio-proprietário da Balanças Satélite, e de Pamela Sakumoto, estudante de Direito.

ÂHominho-AranhaÊ Os papais corujas Cinara Cezimbra e Marcelo Garcia, pais de Arthur Garcia, organizaram na quinta-feira, 2, uma festa no Colégio Mimoso Do Oeste (C.M.O) na qual ele estuda, para comemorar o terceiro aninho de vida de Arthur. O tema da festinha foi o Homem-Aranha.

Tênis

O filme mais visto no último fim de semana no Brasil foi “X-men - primeira classe”, lançado na sexta-feira,3.  O segundo colocado foi “Piratas Do Caribe: Navegando em águas misteriosas”, com o famoso capitão Jack Sparrow. Na terceira posição ficou a comédia “Se beber não case! Parte 2”. O quarto colocado foi “Velozes e Furiosos 5”, filmado no Rio de Janeiro. Completando a lista, uma surpresa: a animação “Rio”, com a famosa arara Blu.

Jader Borges e Rodrigo Faedo participaram de um torneio de tênis que aconteceu em Barreiras, no Castelo Tênis Club, no último fim de semana. O torneio se dividiu nas categorias feminina classe C, e masculina, classes B e C. O torneio foi bem disputado e em bom nível, contando com a presença de vários adeptos do esporte na região. A campeã da categoria feminina foi Fernanda Stoffel, de Barreiras. No masculino, o campeão da classe C foi Marcelo Cartaxo, de Barreiras, e o da classe B, Rodrigo Faedo, de Luís Eduardo.

ANIVERSARIANTE. Jordânya Rafaelly de Oliveira Pilati completou mais um ano de vida no último dia 2.

ANIVERS˘RIO DE 3 ANOS. Marcelo Garcia, Arthur Garcia e Cinara Cezimbra

Os 5 mais vistos


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Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 11 a 17 de junho de 2011

L I N H A S D E ATA Q U E LUCIANO DEMETRIUS lucianodemetrius@diariodooeste.com.br

LUCIANO DEMETRIUS

BATE-BOLA HENRIQUE CABELO

EQUIPE da Ottomar - A, campeã da categoria infantil (nascidos em 1996 e 1997) no I Torneio de São João, realizado no ginásio Terra Agrícola, domingo, 5. O título foi conquistado após vitória sobre o MEC, por 4 a 2.

Seis em busca do título ica/Mazinho, Juventus, Massa Bruta, Portelinha, Vento em Popa e União. O Seletivo Amador entra na terceira fase com as seis equipes divididas em duas chaves (veja tabela completa na página 13). Destes, quatro vão sobrar para as semifinais antes da decisão. Levando em consideração a campanha nas duas fases anteriores (de grupos e eliminatória), Massa Bruta, União e Vento em Popa são os únicos com 100% de aproveitamento. Com quatro jogos disputados, venceram em todas as vezes que entraram em campo. Para “desempatar”, o Vento em Popa fica em vantagem no saldo de gols (marcou 15 e sofreu quatro, o que dá diferença de 11 gols a favor). Depois vem o surpreendente Massa Bruta (12 pró e seis contra, saldo seis), seguido pelo União (também com saldo seis, mas com menos gols: nove marcados e três sofridos). O Portelinha é a equipe que menos somou ponto entre os seis classificados. Em três jogos, está com cinco pontos (uma vitória, dois empates e uma derrota). Em termos de ataque, o Vento em Popa também fica na frente com 15 gols anotados. Cica/Mazinho tem o segundo melhor ataque, com 14 bolas nas redes adversárias. Quem chegou menos vezes ao gol foram Portelinha e União, cada um com nove gols.

C

BRASILEIRÃO 2011 SÉRIE B QUARTA RODADA 7/6 ABC 2 x 0 Goiás São Caetano 1 x 1 Ponte Preta 4ª RODADA- SEXTA-FEIRA - 10/06/2011 *Paraná Clube x Salgueiro *Guarani x Ituiutaba *Duque de Caxias x Vitória SÁBADO - 11/06/2011 16h20 Náutico x Bragantino 16h20 Grêmio Barueri x Portuguesa 16h20 ASA x Sport 16h20 Vila Nova-GO x Criciúma 21h00 Icasa x Americana *Não encerrado até o fechamento desta edição

Há sete anos, eram 30 praticantes. Hoje, seguramente, já são 100 os praticantes de tênis em Luís Eduardo Magalhães”. A afirmação é do técnico Régis Barboza, que chegou de Santa Rosa (RS) com o propósito de difundir o tênis numa região em que a palavra prosperidade é a mais usada para defini-la em termos econômicos. “Esse número de interessados no tênis vai aumentar”, confia o treinador que dá aulas nas quadras do Hortifruti e no condomínio Pedra do Sonho, no espaço Recanto do Tênis (Jardim Paraíso). Quando você chegou à região, não temia que o tênis demorasse a atrair adeptos? O receio sempre existe, mas eu apostei na ideia. Na cidade havia 30 pessoas que praticavam, que gostavam do esporte. Eu, por exemplo, comecei com apenas três alunos. Com o tempo o interesse foi aumentando. Hoje eu tenho 50 alunos. E qual faixa etária tem mais interesse neste esporte? Logo que cheguei, predominava o público adulto. Atualmente há uma mescla dos que estão acima dos 30 anos com crianças e adolescentes entre oito e 15 anos. Qual o interesse dos praticantes? É pela competição ou como forma de combater o sedentarismo? A maioria é formada pelo que chamo de tenista social. São empresários que se reúnem nos finais de semana. O ambiente tenístico leva ao entretenimento, às novas amizades. Mas há também praticantes que se inclinam para as competições. Neste caso são os praticantes mais novos que se interessam. Os grupos que você treina já participaram de competições? O último que participamos foi o II Aberto de Tênis de Barreiras, com 15 atletas e conseguimos vencer na categoria B com o Rodrigo Faedo. Também estivemos em outras competições estaduais e regionais. Em julho vamos participar de uma

RÉGIS BARBOZA competição em Palmas (TO). Em Luís Eduardo Magalhães já foram sediados eventos de tênis? Sim, tivemos em 2010 o Hortifruti Open com a participação de 60 tenistas que vieram de Goiânia, Salvador e Palmas. Vieram participar os campeões tocantinense, baiano e goiano. O tênis tem apoio na cidade? Sim, e todo apoio vem da iniciativa privada. Posso garantir que temos uma oscilação entre 15 e 20 patrocinadores que bancam as viagens dos atletas e também as competições que promovemos. Em maio você participou do Workshop Internacional de Tênis, em São Paulo. O que pode trazer de novidades sobre o esporte? Foi um dos melhores eventos que participei na área esportiva. Havia nomes de referência do tênis nacional e internacional. O que teve de novidades foram os treinamentos avançados e específicos, as últimas informações do tênis e conhecimentos gerais sobre o esporte. É uma conquista para o tênis brasileiro receber nomes importantes num só evento. E qual a dica que você passa aos interessados em praticar tênis? Que não se acanhe e vá jogar. É preciso fazer com que o esporte lhe faça bem, não importa a faixa etária.

Sem quadra

Contagem regressiva

Pela segunda vez foi adiada a inauguração do ginásio Poliesportivo de Esportes, no Jardim das Acácias. Inicialmente, o espaço seria aberto em 15 de maio. Depois, transferido para 13 de junho. Nas duas ocasiões a alegação é que “faltam datas na agenda das atrações que serão chamadas para a festa de abertura”. Agora, não tem data marcada.

Dia 17 de julho é a provável data da decisão do Seletivo Amador, competição promovida pela Liga Desportiva de Luís Eduardo Magalhães (Ldlem). Existe pressa para conclusão das obras do estádio Municipal a fim de que sua inauguração coincida com a final do campeonato. Por enquanto, o campo da Bunge é o palco dos jogos do Seletivo.

BRASILEIRÃO 2011 - SÉRIE A - QUARTA RODADA - 11/06 18h30 18h30 18h30 21h00

Cruzeiro Avaí São Paulo Vasco

16h00 16h00 16h00 16h00 18h30 18h30

Bahia Atlético-GO Internacional Corinthians Atlético-PR Botafogo

x Santos x América-MG x Grêmio x Figueirense 4ª RODADA - 12/06/2011 x Atlético-MG x Ceará x Palmeiras x Fluminense x Flamengo x Coritiba

Arena do Jacaré Ressacada Morumbi São Januário Estádio de Pituaçu Serra Dourada Beira-Rio Pacaembu Arena da Baixada Engenhão


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Oeste Semanal ❒ Luís Eduardo Magalhães, 11 a 17 de junho de 2011


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