Ds dia 21 01 2016

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diário do

SUL

FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA ANO: 46.º NÚMERO: 12.694

PERIODICIDADE DIÁRIA QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2016

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Distinção atribuída pela importância da obra ficcional do autor

Ensaísta

João de Melo junta-se aos galardoados

Rossio - Évora

João de Melo, escritor açoriano, ficou a conhecer ontem a atribuição do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2016, atribuído pela Universidade de Évora. Este galardão incide sobre o conjunto da obra de um autor que se tem distinguido em vários domínios da literatura, nomeadamente nos contos, ensaios, mas sobretudo na ficção. A edição deste ano foi a que contou com mais candidatos, oriundos de três países, desde que foi criado o galardão em 1997. O júri salientou a grande qualidade das candidaturas apresentadas, mas deliberou, por maioria, atribuir o Prémio Vergílio Ferreira 2016 ao escritor João de Melo, por considerar que a sua obra ficcional, “reveladora de um imaginário transfigurador poderoso, faz da sua obra uma das mais relevantes da sua geração”. .... PÁG. 5

Conclusões do Seminário da MetAlentejo

Procuram-se mais respostas para a área da saúde mental Beja

Desporto - Ciclismo

Novo comandante da PSP toma hoje posse

Évora volta a ser palco da etapa final da Volta a Portugal

.... ÚLTIMA PÁG.

.... PÁG. 5

Greve e vigília em suspenso

.... PÁG. 11

HESE promete rever condições dos enfermeiros

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Pub.


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diário do SUL

Regional

QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul fez 25 anos

Governante foi a Elvas apontar Cersul como exemplo para o país

Cersul

n Roberto Dores

O

Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, apontou o trabalho levado a cabo pela Cersul - Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul – como um “exemplo” a seguir no país. Nos comemorações dos 25 anos do agrupamento radicado no concelho de Elvas, o governante admitiu que a oportunidade de reunir empresas e produtores permite “provocar efeitos de escala”, dotando o setor de uma maior capacidade comercial. “Temos aqui um modelo de grande dimensão que deve ser replicado até para a pequena agricultura”, sublinhou Amândio Torres, admitindo que a solução encontrada pela Cersul possibilita “fazer o que quer que seja na área agrícola”. O secretário de Estado falava em Santa Eulália na sede do Agrupamento Fundado em 1990 pela vontade de um grupo de 30 agricultores liderados por José Luís Tello Rasquilha, que idealizou a conceção e desenvolvimento da empresa, bem como do seu modelo de negócio. O fundador, que recentemente cessou as funções de presidente do Conselho de Administração da Cersul, foi homenageado, admitindo que não fez “nada sozinho” e que aquilo que hoje está de pé “é o resultado do trabalho de muita gente. Tivemos a sorte de escolher bons colaboradores e pessoas muito competentes”, disse ao “Diário do Sul”.

Já o atual presidente, Luís Bulhão Martins, falava de “um conjunto de felicidades que se cruzaram” ao longo destes 25 anos, quando a Cersul já inclui 175 empresas associadas, com cerca de 2 mil colaboradores. “Isto permite ainda alavancar a prestação de serviços e acaba por mexer com a economia de Elvas”, sustentou, aludindo ainda ao trabalho que “não se vê”. Ou seja, “o conhecimento de quem está no terreno, as relações entreassociados,oscompromissos comerciais, relações com a indústria. Temos ido até onde somos capazes”, acrescentou o dirigente que já lamenta queda de faturação para este ano nos cereais, para um total de 15 milhões de euros. Perto de menos 20% face a um ano dito normal 2014. Ao Governo foi pedido que “olhe” para a agricultura, até porque as notícias não são boas. Luís Bulhão Martins salientou que atual Política Agrícola Comum deixou de assegurar o rendimento mínimo aos produtores de cereais, destacando a difícil situação que o setor atravessa nos últimos três anos, devido à baixa dos preços, tendo a Cersul apostado na defesa da produção nacional, conseguindo melhorar Conselho de Adminsitração da Cersul a valorização da produção, através de produtos específicos de A diminuição do preço dos cereais leva qualidade e com características mesmo a Cersul a ponderar novos que os diferenciam positivamente no mercado caminhos para o futuro, apontando a (cereais para elaboração de baby-food,lotes de diversificação das áreas de negócio como trigo mole de qualidade superior e homogénea, uma solução. usados como corretores ou melhoradores pela Sobre a baixa do preço dos cereais, o indústria de panificação). secretário de Estado disse que “deve ser procurada forma de diminuir a quota de importação. É uma mancha que urge limpar, teremos de conseguir pontos de encontro para chegar a esse objetivo” e garantiu que “o complexo agro-florestal é uma das prioridades do atual Governo”.

Luis Bulhão Martins e Amândio Torres descerram a placa comemorativa dos 25 anos

FotoFamiliaCersul25Anos

José Luís Tello Rasquilha entrega a sua medalha de “Comenda da Ordem de Mérito Agrícola” a Luís Bulhão Martins

Almoço comemorativo dos 25 anos da Cersul Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara de Elvas, Nuno Mocinha, destacou a importância da Cersul para o setor empresarial do concelho, bem como as suas implicações noutras regiões do Alentejo. “É um exemplo a seguir. Tomara eu que noutros setores de atividade também os empresários se juntassem e criassem escala. Por vezes, é preciso ter esta escala para chegar a determinados tipos de mercados e de alguma forma influenciálos numa perspetiva positiva”.

José Luís Tello Rasquilha, fundador e mentor da Cersul


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Tema de Abertura QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

NOTA NOTA DO DO DIA DIA

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DIRECTOR MADEIRA PIÇARRA

1 – O que me faz impressão é os Bancos poderem

falir. Estávamos habituados a ver neles o lugar mais seguro para as economias dos cidadãos e não parecia fácil que viessem a falir porque se confiava que havia um Banco Central que fiscalizava e acompanhava todos os dias as operações duvidosas. Por outro lado também se confiava nos auditores permanentes, bem pagos pela Banca, a zelarem pelos depositantes. Por tudo isto ficamos surpreendidos com a queda dos Bancos e com as consequências tão gravosas sobre os seus clientes de boa fé.

Mais uma razão para que esses auditores e Banco Central facilmente se aperceberem do que estava a pôr em risco a estabilidade do sistema bancário.

2 – Na verdade discordo das decisões tomadas

face aos Bancos que cairam. O Estado deveria ter nacionalizado esses Bancos e ter mantido as suas estruturas nomeando administratores de carreira. Deveria assim garantir os valores aos depositantes, pagando-lhe juros e não deixando que lhes fizessem o desmanchar de feira que optaram.

Por outro lado também se sabe que a causa dessas falências não foram devidas às Pequenas e Médias Os bancos não faliram. Não foram reorganizados Empresas ou ao utilizador do cartão de crédito nas por culpa do Estado. mãos de qualquer pessoa da classe média baixa.

(...) Por tudo isto ficamos surpreendidos com a queda dos Bancos e com as consequências tão gravosas sobre os seus clientes de boa fé. Os bancos não faliram. Não foram reorganizados por culpa do Estado. (...) Agora também na TV

Canal 502 e escolha Rádios Nacionais Pub.

Migrações

Ex-PR de Timor-Leste diz que Europa deve “acelerar” recolocação

O

diário do SUL

antigo Presidente da República de TimorLeste, José RamosHorta, defendeu que a Europa tem de “acelerar” o acolhimento dos refugiados e que “é importante” que não vire “as costas” a esta onda migratória. “O importante é que não virem as costas àqueles que procuram refúgio na Europa” e que criem “condições para que eles se sintam bem-vindos” e possam integrar-se a sociedade, disse Ramos-Horta. O antigo chefe de Estado timorense falava em Évora, após participar numa conferência sobre cooperação e desenvolvimento sustentável, em que discursou sobre “Cooperação: Liberdade, Justiça e Paz no Mundo”. A atual vaga migratória para a Europa foi um dos temas que abordou e, questionado pela Lusa, Ramos-Horta comentou o anúncio da União Europeia (UE) da recolocação, até agora, de 322 refugiados em 10 dos 28 Estadosmembros, ao abrigo do mecanismo acordado por chefes de Estado e do Governo da UE para acolher 160 mil pessoas. Trata-se de um número que “surpreende, mas também em parte não, por causa dos medos,

da burocracia existente” na UE, disse o Prémio Nobel da Paz de 1996. Ramos-Horta reconheceu que, neste processo, é necessário “um certo escrutínio”, mas considerou que “é muito pouco” o total de 322 migrantes recolocados. “Tem que ser acelerado porque estamos a falar de milhares de mulheres e de crianças” e, quanto mais demora [se verificar] nos campos na Turquia e nos lugares de espera e de processamento, mais abusos e traumas essas crianças” sofrem, o que “vai afetar o seu crescimento” e a forma “como percecionam a Europa”, afirmou. Segundo o antigo Presidente da República timorense, a Europa enfrenta “um dilema” devido a esta onda migratória, que ainda apor cima acontece “num período de grande depressão económica”, mas tem de “saber gerir esta situação”. “É fácil criticarmos os europeus” por “não terem coração”, mas “o desafio maior” que se coloca aos líderes na UE, “primeiro, é terem uma política comum” para os refugiados e “convencerem uma Polónia ou uma Hungria”, países do leste que “nunca tiveram relações históricas com países em desenvolvimento”,

a “aderirem a esse espírito da solidariedade europeia”, afirmou. Os líderes europeus, defendeu, devem também “reinventar ou inventar políticas e mecanismos” para “absorver esta vaga de refugiados”, cuja “esmagadora maioria é genuína” e formada por pessoas que “fogem da extrema pobreza e dos conflitos”. “Não tenham medo dos imigrantes e dos refugiados”, alertou Ramos-Horta, lembrando que “um dos sucessos dos Estados Unidos”, tal como de outros países pelo mundo, é o facto de ser “um país de imigrantes”. “Os imigrantes e refugiados não causam desemprego, não causam pobreza. Eles inventam emprego e criam um restaurante ou outro negócio, quando não conseguem encontrar trabalho numa fábrica. Podem ser uma mais-valia, sobretudo numa Europa envelhecida e que precisa de mão-de-obra”, sustentou. O debate desta manhã na Universidade de Évora intitulouse “Cooperação e Desenvolvimento Sustentável: Rumo a um Mundo Melhor”, organizado pelo polo da cidade alentejana do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova.

DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

CONTACTOS (geral): Tels:

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DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA EDITORES EXECUTIVOS: PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214) JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216) e-mail: administracao@diariodosul.com.pt

FOTOGRAFIA - DIÁRIO DO SUL COORDENADORES PUBLICITÁRIOS: ANTÓNIO OLIVEIRA / CARLOS EVARISTO DINIZ e-mail: publicidade@diariodosul.com.pt

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REDACÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva (Cart. Prof. N.º 4479); Marina Pardal (Cart. Prof. N.º 9157) e-mail: redacao@diariodosul.com.pt COLABORADORES:

A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Mário Simões; João Aranha; J. Correia; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; Dr. Bravo Nico; Dr.ª Lurdes Pratas Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Henrique Lopes; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; José Palma Rita; Diamantino Dias; Carlos Cupeto.

Piçarra - Distribuição de Jornais, Lda.

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Manuel José Madeira ..................... 8,12% Manuel José S.M. Piçarra ............ 22,97% Paulo Jorge S. M. Piçarra ............ 22,97% Maria da Conceição Piçarra ......... 22,97% José Miguel S.M. Piçarra.............. 22,97% ESTATUTO EDITORIAL: ver em www.diariodosul.com.pt Impressão Rotativa: Grafialentejo - ÉVORA TIRAGEM: 4.500/Edição N.º Registo: 100262 NIPC: 506 754 413 • ISSN: 1647-6816

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Sociedade

QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

otros mundos

A Constituição da República e o Poder Local Democrático

www.otrosmundos.cc

Alimentação

n Carlos A. Cupeto*

M

uitos percebemos que somos o que comemos. Mais, sabemos que a nossa qualidade de vida e bem estar, para além do fumar ou não fumar, do fazer ou não desporto etc., depende, em grande medida, da qualidade da nossa alimentação. Deixo já claro que nada disto tem a ver com dietas milagrosas que sustentam chorudos negócios. Tão pouco com o deixar de ter prazer à mesa. Tudo isto tem, sim, a ver com um modo de vida mais salutar e sustentável, na nossa terra. Vantagens para todos, a começar por cada um e por aqueles que nos são mais próximos. É incontornável admitir que cada vez mais os portugueses estão atentos a estes temas e demonstram vontade para alterar algumas práticas e hábitos. Se houver alguma dúvida basta ter atenção ao que os grupos económicos que sustentam as grandes superfícies estão a fazer em matéria de

comércio de proximidade – por todo o país as grandes marcas criaram pequenas lojas. Desde logo, o comprar à porta de casa é cada vez mais apetecível, como antigamente. São só vantagens económicas, sociais e de ganho de tempo, entre muitas outras. Se a compra for de produtos da época a produtores locais, tanto melhor sobre todos os aspetos, mas sobretudo pela qualidade dos produtos. Entre muitas outras vantagens há uma subtil mas com muita relevância: a planificação das compras, prevenindo o risco de comprar o que não se necessita. Esta opção/tendência convida a uma outra que, sobretudo nos meios urbanos de maior dimensão, andou durante anos e anos esquecida e desprezada – o cozinhar em casa. Esta opção conduz-nos inevitavelmente a comer muito melhor. Cozinhar em casa exige-nos alguma planificação, designadamente nas quantidades, na conservação e até na pré-preparação ao fim de semana, quando temos mais tempo, para usar durante a semana. E qual é o segredo para a qualidade da alimentação? Cada vez mais especialistas baseiam o sucesso da alimentação para a saúde nos legumes, legumes e mais legumes: crus, estofados, misturados, frios ou quentes,

O que foi e o que há de vir

E

m 2015 cumpriram-se os 40 anos em cena desta estrutura teatral que Évora viu nascer logo a seguir à revolução do 25 de Abril. Foi no dia 2 de Janeiro de 1975 que Mário Barradas chegou ao Teatro Garcia de Resende acompanhado por um grupo de profissionais das artes cénicas, para dar corpo e forma ao primeiro projecto da descentralização do teatro neste país que tinha acabado de sair de uma longa noite fascista. Daí para cá fomos cumprindo paulatinamente a missão de serviço público que sempre orientou o trabalho que temos realizado, quer na relação sistemática com os públicos escolares ajudando a conhecer os nossos autores dramáticos e todo o universo teatral, quer através da regular circulação de espectáculos em todo o território rural desta região que elegemos como o principal espaço de intervenção da companhia. Assumimos, desde a primeira hora, a gestão e muita da programação deste magnífico teatro centenário que integra hoje uma rede europeia de teatros históricos. Contribuímos para a preservação da memória teatral desta cidade que viu o próprio Gil Vicente estrear aqui alguns dos seus autos e intervimos

também na salvaguarda do importante espólio de teatro popular do Alentejo que são os Bonecos de Santo Aleixo, cujo processo deu origem à realização da BIME-Bienal Internacional de Marionetas de Évora que se apresentou ao público, pela primeira vez, no ano imediatamente a seguir (1987) à classificação da cidade como Património Mundial. Muito mais poderíamos referir do que tem sido a intervenção deste colectivo teatral que, ano após ano, vai procurando acompanhar também os balanços desta sociedade que habitamos, mas agora é o momento para tornar público o registo das actividades que realizámos durante o ano de 2015. O Cendrev realizou 126 sessões que tiveram o envolvimento de 8.026

tudo o que a imaginação nos possibilita. Se o pudesse, partilhava agora mesmo convosco umas catacuzes com arroz e feijão que acabei de saborear e que levam à motivação deste escrito. É agora tempo dos poejos, dos cardos, dos espargos e de outras iguarias que nos garantem saúde e bom gosto à mesa. Como tudo se educa, até o gosto, reduzir as quantidades de sal é fácil e traz grandes benefícios. Procure a alternativa das ervas aromáticas picantes, frescas ou secas; raízes como o gengibre e sementes podem ser os nossos melhores aliados quando se trata de somar sabor a um prato sem aumentar as calorias ou as gorduras más. Finalmente, disfrute a fruta, a da época e cá da terra, pois claro. A fruta é muito nossa amiga; se não o sabemos, ignoramos ou esquecemos, estamos perdendo tempo, dinheiro e saúde. Por último, uma forte palavra sobre os produtores locais; as comunidades e os pequenos produtores locais vão encontrando as formas de organização que melhor se ajustam ao seu funcionamento e às dinâmicas sociais e económicas de cooperação e ajuda mútua, de modo a responder às necessidades locais e assim merecerem o nosso carinho.

n Hortênsia Menino

Geógrafa O Poder Local Democrático, nascido com a revolução de Abril, é parte integrante do regime democrático e do sistema de poder que o suporta. Uma conquista que viu inscritos na Constituição da República os seus princípios democráticos essenciais: um poder local amplamente participado; plural, colegial e democrático; de eleição direta e proporcional; dotado de uma efectiva autonomia administrativa e financeira; ocupando um lugar na organização democrática do Estado não subsidiário, nem dependente do poder central. O Poder Local, tal como a Constituição o determina, é uma emanação e uma expressão directa da vontade popular, uma afirmação do caráter progressista e avançado do regime democrático resultante de Abril. Esta consagração na Constituição da República Portuguesa aprovada a 2 de Abril de 1976 foi a confirmação da rutura com as entidadesmeramenteadministrativas, nomeadas pelo Estado Novo e subservientes ao salazarismo. As profundas transformações sociais, culturais e económicas que se desenvolveram a partir da intervenção do Poder Local Democrático, ao nível da qualidade de vida das populações, na valorização do território são inseparáveis das suas

características democráticas, bem como da dinâmica popular que acompanhou a sua institucionalização no processo da Revolução de Abril. No seguimento da Constituição de 1976, a primeira legislação (de 1977) foi fortemente influenciada pela mobilização popular, uma ampla participação e pelo impulso revolucionário, tendo como características importantes: a consagração da autonomia; ampla participação nos órgãos; existência de conselhos municipais; possibilidade de delegação de competências nas comissões e associações de moradores. Este período culmina com a publicação em Janeiro de 1979 de uma Lei de Finanças Locais, que veio dar suporte material e financeiro ao princípio da autonomia. Esta conquista de Abril conhece, desde há muitos anos, por efeito da política de direita, uma ofensiva crescente que mina a sua natureza e autonomia, que fragiliza o próprio regime democrático, afasta as populações das instituições democráticas e dificulta a capacidade de resposta na resolução dos seus problemas. O avanço da contrarrevolução trouxe consigo a vontade, os instrumentos, as políticas e traduziuse no incumprimento e nas dificuldades ao cumprimento da legislação do Poder Local a que acresceu a publicação de sucessiva legislação com vista à redução do número de eleitos, redução das estruturas representativas da expressão e participação popular, o aumento dos poderes do Presidente e a redução do papel dos órgãos deliberativos.

Ao mesmo tempo e em relação às questões do financiamento, a entrada na União Europeia e o acesso aos Fundos Estruturais se por um lado permitiu novas origens de fundos, por outro criou condições para o acentuar do caráter de dependência face ao poder central e às instâncias comunitárias, com prejuízo para a autonomia administrativa e financeira. A actual ofensiva em curso em Portugal contra o Poder Local encontra expressão, na prática continuada de medidas, parte integrante da política de direita, que conduziram ao estrangulamento financeiro com a redução de verbas a transferir, à retirada de autonomia administrativa e financeira e a uma pressão permanente para a entrega aos privados de funções que actualmente se exercem a nível da autarquia local. Um dos exemplos é a intervenção nos setores das águas, saneamento e resíduos, com a privatização da empresa pública de gestão de resíduos. Quando se assinalam 40 anos da aprovação da Constituição da República Portuguesa, no próximo dia 2 de Abril é importante referir que a afirmação e defesa do Poder Local Democrático são componentes da luta mais geral em defesa do regime democrático de Abril, e os ataques de que é alvo e a luta pela manutenção e aprofundamento das suas características e pelo reforço da sua intervenção são indissociáveis do rumo e das opções que prevalecerem na política nacional. Valorizar e defender o cumprimento da Constituição é valorizar e defender o Poder Local Democrático e os valores de Abril!

CENDREV — Balanço de actividades 2015

espectadores, este conjunto de sessões foram concretizadas com os espectáculos “Onde é que eu já vi isto, perguntou ele” de Rui Pina Coelho, “Antes de Começar” de Almada Negreiros, “Estes Autos Que Ora Vereis” textos de Gil Vicente, “Purgatório” de Abel Neves e Bonecos de Santo Aleixo. Deste conjunto de sessões, 60 foram realizadas em Évora e 66 em digressão que levaram o Cendrev a Campo Benfeito (Serra de Montemuro), Cáceres (Espanha), Faro, Coimbra, Estremoz, Portalegre, Sevilha (Espanha), Vila Viçosa, Borba, Arraiolos, Mora, Portel, Redondo, Montemor-o-Novo, Estremoz, Vendas Novas, Viana do Alentejo, Alandroal, Mourão, Braga, Nª Srª de Machede, Los Santos de Maimona (Espanha), Torre de Coelheiros, Azaruja, Serpa,

Canaviais, Boa Fé, Guadalupe, S. Miguel de Machede, Sabugueiro, São Manços, Graça do Divor, S. Sebastião da Giesteira, Lisboa, Redondela (Espanha), Santiago do Cacém, Varsóvia (Polónia), Vila Real de Trás-os-Montes, Covilhã, Ponta delgada (Açores), Igrejinha e Vimieiro. O Cendrev acolheu em regime de intercâmbio as companhias: AL Teatro de Silves, Baal17 de Serpa, Teatro Guirigai de Los Santos de Maimona, Companhia Karlik Danza Teatro de Cáceres, La Fundición de Sevilha, ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve de Faro, Companhia de Teatro de Braga, A Escola da Noite de Coimbra, Teatro do Montemuro e Teatro das Beiras da Covilhã, realizaram 16 sessões a que assistiram 1.305 espectadores. No Teatro Garcia de Resende realizaram-se ainda

mais 90 sessões da programação organizada com a Câmara Municipal, a que assistiram mais 12.693 espectadores. O Cendrev garantiu ainda a concretização de 9 visitas guiadas ao TGR onde participaram 246 pessoas, o acolhimento de 12 alunos em estágio do curso profissional de artes do espectáculo da Escola André de Gouveia e a realização de duas oficinas sobre os Bonecos de Santo Aleixo, uma em Évora e outra em Ponta Delgada. Para concretizar todo este programa de trabalho contámos, além das equipas do Cendrev, com a participação de Rui Pina Coelho, Rita Abreu, Luís Correia Carmelo, André Capela, Joaquim Soares e Grupo Cantares de Évora, Pedro Bilou, Paulo Nuno Silva, Alexandra Mariano, José Neto, Paulo Pires, Abel Neves,

Sérgio Vida, João Bacelar, Tójó, Margarida Abrantes, Rui Belo e Zélia Parreira. Contámos também com a parceria e o apoio da autarquia na programação do TGR e na viabilização, em conjunto com as juntas de freguesia, de programas de acção no concelho de Évora, o apoio da DGArtes, da Direção Regional de Cultura do Alentejo, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, CCDR Alentejo, DGEST e da Biblioteca Pública de Évora. Como não acreditamos nas inevitabilidades e contribuímos todos os dias com o nosso trabalho para podermos ter uma vida melhor, esperamos que as recentes mudanças na administração do Estado revertam também a degradante situação dos trabalhadores da cultura.


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UÉ distinguiu ensaísta com Prémio Vergílio Ferreira 2016

João de Melo junta-se aos galardoados com a importância da obra ficcional “Patrono concordaria com esta atribuição”

n Maria Antónia Zacarias

J

oão de Melo, escritor açoriano, ficou a conhecer ontem a atribuição do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2016, atribuído pela Universidade de Évora. Este galardão incide sobre o conjunto da obra de um autor que se tem distinguido em vários domínios da literatura, nomeadamente nos contos, ensaios, mas sobretudo na ficção. A edição deste ano foi a que contou com mais candidatos, oriundos de três países, desde que foi criado o galardão em 1997. O júri salientou a grande qualidade das candidaturas apresentadas, mas deliberou, por maioria, atribuir o Prémio Vergílio Ferreira 2016 ao escritor João de Melo, por considerar que a sua obra ficcional, “reveladora de um imaginário transfigurador poderoso, faz da sua obra uma das mais relevantes da sua geração”. A cerimónia de entrega do prémio está marcada para o próximo dia de 1 março, data em que se assinala a morte do escritor, este ano integrada num grande congresso internacional comemorativo do centenário do seu nascimento, intitulado “Vergílio Ferreira: Entre o Silêncio e a Palavra Total”. O júri do prémio que pretende, assim, homenagear o escritor de “Aparição” foi composto este ano pelos professores António Sáez

Delgado (presidente), Elisa Esteves, Gustavo Rubim, Carlos Reis e pela escritora Lídia Jorge, vencedora da última edição do prémio. Em declarações ao “Diário do Sul”, Carlos Reis, ensaísta e professor português, especialista em estudos queirosianos e membro do júri explicou a dificuldade que foi escolher o vencedor “porque todos eram bons candidatos, mas o João de Melo, no parecer de várias pessoas do júri reúne a qualidade

de ser um escritor também ensaísta, depois o facto de ter escrito dois ou três livros e, a meu ver, nem é preciso mais porque marcaram e marcam a nossa ficção contemporânea, um deles ‘Gente Feliz com Lágrimas que é um livro admirável´”. A seu ver, um prémio como este tem também uma função de alertar o público para escritores que hoje já não estão tanto na ordem do dia como já estiveram ou cujo contributo não pode ser ignorado. “Por tudo isto, penso

que João de Melo é uma boa atribuição”. Carlos Reis considerou ainda que quem pensa a literatura, quem ajuda a atribuir prémios, quem reflete sobre quem deve ou não ser premiado também tem que estar atento ao papel, “às vezes um pouco negativo, que essa espuma dos dias mediática exerce sobre o juízo que nós fazemos acerca dos escritores e é preciso colocá-los em pé de igualdade desse ponto de vista”.

Instado sobre se Vergílio Ferreira concordaria com esta decisão, o professor foi perentório: “Aí é que não temos muitas dúvidas!”. E acrescentou: “A nossa colega de júri, Lídia Jorge lembrou e muito bem que o Vergílio Ferreira ficou muito bem impressionado quando João de Melo, jovem escritor ainda, publicou o ‘Gente Feliz com Lágrimas’, o que não deixa de ser simpático o facto do patrono do prémio ter um apreço especial por esse livro em especial e pelo próprio escritor”. Recorde-se que João de Melo nasceu nos Açores em 1949. Iniciou-se cedo na escrita de contos, crítica literária e poemas. A incorporação no exército, com o posto de furriel e a especialidade de enfermeiro, em 1970, e a posterior ida para Angola, onde permaneceu 27 meses numa zona de guerra, marcá-lo-iam em termos pessoais e literários, sendo tema de vários livros seus, de que se destaca, na ficção “Autópsia de Um Mar de Ruínas”, romance que

é uma referência na literatura portuguesa sobre a guerra colonial. Já após a Revolução de Abril de 1974, João de Melo licencia-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, mantendo sempre colaboração em diversas revistas literárias (ColóquioLetras, Vértice e, mais tarde, Sílex, Ler, etc.). No início da década de 80 torna-se professor do Ensino Secundário, atividade em que reparte até hoje o seu tempo com a escrita literária. O seu último livro foi publicado em 2014 e intitula-se “Lugar Caído no Crepúsculo”.

Procuram-se mais respostas para a área da saúde mental na região

Seminário da MetAlentejo potenciou criação de novas parcerias n Marina Pardal

A criação de possíveis parcerias entre diferentes entidades, com o objetivo de conseguir mais soluções para a área da saúde mental, foi um dos resultados do primeiro seminário organizado pela MetAlentejo – associação para o bem-estar psicossocial da comunidade. A iniciativa decorreu na passada sexta-feira, no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA), em Évora, reunindo cerca de 110 participantes. “Saúde Mental no Alentejo: que caminhos para o futuro?” foi o tema central do evento, que, para além da sessão de abertura, contou com três painéis distintos, mas que se focaram nesta problemática. Um sobre o papel das IPSS, outro sobre trabalho em rede e ainda outro relacionado com o contexto escolar. A psiquiatra Teresa Reis, presidente da Direção da MetAlentejo, traçou um “balanço extremamente positivo” desta iniciativa. “O feedback que tivemos é que tinha corrido tudo muito bem”, referiu, salientando que “cumprimos os objetivos que

A psiquiatra Teresa Reis, presidente da Direção da MetAlentejo, durante o painel sobre o trabalho em rede.

A sessão de abertura do seminário “Saúde Mental no Alentejo: que caminhos para o futuro?”

tínhamos para o seminário”. A esse respeito, Teresa Reis realçou que “na primeira sessão conseguimos trazer modelos de boas práticas para servirem de exemplo àquilo que será o futuro da MetAlentejo, para ajudar a definir as respostas que nós queremos ter e criar através da nossa associação”. De acordo com a mesma responsável, “a segunda mesa, onde se abordou o trabalho em rede, também correu muito bem e a MetAlentejo conseguiu falar dos seus proje-

tes a falar sobre a saúde mental nos mais jovens”. Disse ainda que “ao longo de todo o dia, o debate com a assistência também foi muito profícuo e ficaram inclusive algumas ideias no ar para projetos futuros”. Para encerrar o evento foi projetado o filme “Pára-me de repente o pensamento”, que incluiu um debate com a produtora, Rosa Silva. Segundo a presidente da MetAlentejo, “debatemos o problema da institucionalização e o caminho a

tos, nomeadamente o programa de rádio ‘Saúde Mental sem Tabus’ que temos em parceria com o grupo Diário do Sul”. Acrescentou ainda que “houve instituições de fora que elogiaram bastante o programa como forma de promover a saúde mental e prevenir os problemas da doença mental”. Relativamente à mesa da tarde, dedicada sobretudo às escolas, Teresa Reis garantiu que “também cumpriu os seus objetivos, pois conseguimos ter vários intervenien-

percorrer ao nível da reabilitação e da reintegração da pessoa com doença mental, focando o não encerramento em instituições de grandes dimensões, afastados da família e da sociedade”. Para a mesma responsável, “este seminário não tinha o objetivo de fazer o balanço de nada, mas sim de ser um começo para nos conhecermos e conseguirmos interagir mais facilmente, bem como criar parcerias para novos projetos e para novas soluções para os problemas de saúde mental no Alentejo”.

Sublinhou ainda que “ficou no ar a possibilidade de uma parceria no âmbito da educação, seja ao nível de informação ou de darmos algum apoio formal às escolas”. Para além disso, Teresa Reis focou “a importância de pensar em projetos de residências e espaços sócio-ocupacionais”, considerando que “conseguimos alertar para essa necessidade premente no distrito de Évora, até porque estiveram presentes responsáveis destas áreas, como o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo ou a diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Évora”. Evidenciou também que “houve uma série de instituições da região que ficaram mais disponíveis para, em conjunto com a MetAlentejo, encontrarmos essas soluções e pormos em prática esses projetos”. A mesma responsável assegurou que “a ideia é promover mais seminários e, se não for possível realizar um anualmente, esperamos conseguir fazê-lo ano sim, ano não, de forma a renovar os laços e a discutir as questões, com o objetivo de manter este diálogo entre as instituições que trabalham com pessoas com doença mental”.


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diário do SUL

Regional

QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Évora

Matilde Ornelas expõe xailes no Castelo de Viana do Alentejo

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Évora informa sobre os serviços prestados durante o mês de Dezembro passado, por este Corpo de Bombeiros, assim discriminados: Transporte de doentes para o H.D. Évora e outros ....1089 Km percorridos nestes serviços ......................... 34998 Horas dependidas nos mesmos ............................ 1550 Acidentes ................................................................. 15 Doenças súbitas ..................................................... 423 Km percorridos nestes serviços ........................... 5043 Horas dependidas nos mesmos .............................. 328 Transporte de doentes p/Hospitais Lisboa/Setúbal/outros... 99 Km percorridos nestes serviços ......................... 29042 Horas dependidas nos mesmos ............................ 1000

Incêndios .................................................................. 22 Km percorridos nestes serviços.............................. 150 Inundações, aberturas portas e outros ...................... 43 Km percorridos nestes serviços ........................... 2361 Horas dependidas nos mesmos.............................. 149 Serviços a casas de espectáculo ............................... 31 Km percorridos nestes serviços ............................. 279 Horas dependidas nos mesmos ................................ 75 Total de serviços .................................................. 1722 Total de Km percorridos .................................... 71873 Total de horas despendidas .................................. 3102 Homens que desenvolveram estes serviços ............. 83

PORTALEGRE

PSP identifica 8 indivíduos por tráfico de estupefacientes n João Trindade

APSP de Portalegre entre outras ocorrências deu a conhecer as seguintes actividades: acção no âmbito do combate ao tráfico e consumo de estupefacientes, tendo sido identificados 8 indivíduos; acções no âmbito da actividade de Pub.

segurança privada, tendo sido fiscalizados 10 vigilantes; 11 operações de fiscalização rodoviária, tendo sido controladas 955 viaturas/ condutores e detectadas 49 infracções, das quais destacamos:3 por desrespeito à sinalização semafórica (sinal vermelho), 18 por excesso de velocidade.

Foi inaugurada no passado dia 15 de janeiro, no Castelo de Viana do Alentejo, a exposição “Xailes de Coração”, de Matilde Ornelas. A exposição que surge no âmbito das comemorações do 118º Aniversário da Restauração do Concelho de Viana do Alentejo inclui 14 xailes, cada um com um significado, uma história, uma simbologia e trabalhados para serem parte de um momento. Nascida a 20 de abril de 1955 no concelho de Portel, Matilde Ornelas vive atualmente em Viana do Alentejo. Sempre com grande interesse pelas artes, a sua “paixão pelos xailes

começou há alguns anos atrás, quando assistia às noites de fados”, revelou. E, foi assim que “por brincadeira de início comecei a fazer xailes em crochet para as fadistas”. Matilde Ornelas considera os xailes símbolos de amizade, muitas vezes utilizados para decorar as salas das noites de fado. A inspiração vai busca-la à sua filha, já falecida, uma forma que encontrou para continuar a viver. Foi rodeada de familiares e amigos que Matilde Ornelas inaugurou a sua primeira exposição, onde abre as portas do seu coração. O presidente da Câmara Munici-

pal de Viana do Alentejo realçou, mais uma vez, a importância do ciclo de exposições que “visa valorizar os artistas do concelho e o seu trabalho dando-o a conhecer não apenas à população local, mas a todos aqueles que nos visitam”. Esta é a forma encontrada pelo Município e pela Junta de Freguesia de Viana do Alentejo para enaltecer o trabalho de quem tem contribuído para a dinamização e promoção do concelho. Presente na inauguração esteve também Ana Cristina Paes, Técnica Superior da Direção Regional de Cultura do Alentejo que considerou a “parceria efetuada com o municí-

pio muito proveitosa e funcional na gestão do Castelo de Viana do Alentejo”. Ana Cristina Paes revelou ainda que esta gestão partilhada é a única forma de garantir a programação do espaço, uma programação que considera ser de qualidade e, ao mesmo tempo, servir a comunidade. A exposição, promovida pelo Município de Viana do Alentejo e Junta de Freguesia local, com o apoio da Direção Regional de Cultura do Alentejo, está patente ao público até dia 13 de março e pode ser visitada de manhã entre as 9h30 e as 13h00 e durante a tarde das 14h00 às 17h30.

Município de Vila Viçosa promove Prémio de Pintura Henrique Pousão 2016 O município de Vila Viçosa, vai promover o Prémio de Pintura Henrique Pousão 2016, uma iniciativa que pretende evocar o pintor, nascido na localidade, e estimular os artistas alentejanos, revelou a autarquia. Mestre de pintura impressionista, o pintor Henrique Pousão é considerado um dos maiores nomes da pintura portuguesa da segunda metade do século XIX. O concurso tem um prémio de 2.500 euros e, segundo a autarquia, “contempla total liberdade temática”, sendo “admitidas todas as tendências e correntes estéticas, desde que se enquadrem na disci-

plina de pintura”. De acordo com o município, podem concorrer ao prémio de pintura todos os artistas naturais do Alentejo ou residentes na região, com o máximo de duas obras inéditas e originais, da sua exclusiva propriedade. Uma condição indispensável para a participação é que as obras não tenham sido apresentadas a nenhum outro prémio ou concurso e que não estejam incluídas em catálogos ou publicações. As obras concorrentes devem ser entregues até 30 de setembro na Câmara Municipal de Vila Viçosa.

Instituído em 1985 pelo município de Vila Viçosa, este prémio, segundo a autarquia, pretende contribuir para a evocação de Henrique Pousão, “ilustre pintor calipolense e proeminente figura da arte e da cultura do século XIX”. Nascido a 01 de janeiro de 1859, em Vila Viçosa, Henrique César de Araújo Pousão viveu apenas 25 anos, tendo falecido em 1884. Henrique Pousão é também um dos mais ilustres antigos alunos da Universidade do Porto, formado em Desenho Histórico, Arquitetura Civil, Escultura e Pintura Histórica

na Academia Portuense de BelasArtes, antecessora direta da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. A maior parte das pinturas do artista pode ser vista no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, e no Museu do Chiado, em Lisboa.

PORTALEGRE

“Escola de Artes 1º financiamento paga salários em atraso” n João Trindade

Em comunicado de imprensa o SPZS revela que tem vindo a acompanhar com preocupação a situação da Escola de Artes do

Norte Alentejano/Conservatório de Portalegre, sendo possível divulgar no momento os seguinte factos: a Escola de Artes do Norte Alentejano, recebeu já a 1ª tranche de financiamento relativa a este ano lectivo. Con-

sideram, que a bonança que esta tranche financeira traz, não resolve o problema de fundo do Ensino Artístico Especializado. Por sua vez, Artur Correia, actual presidente da Comissão Administrativa da Escola adiantou que

“há muita preocupação com os problemas de dívida ainda por resolver. Quanto ao valor da 1ª tranche ascende a 221.400euros, é uma solução para pagamento de quatro salários em atraso a docentes e funcionários.

Nerpor pede soluções para o Simplex “Com o objectivo de contribuir para o SIMPLEX e transmitir ao Governo as alterações que tornem a vida dos cidadãos e empresários

em particular, mais fácil e eficaz, a NerporAE Grupo Empresarial da Região de Portalegre, solicita o envio de sugestões e propostas de

simplificação de procedimentos burocráticos relativos a quaisquer processos de índole administrativa. Esta iniciativa é dirigida a

todas as instituições públicas, nomeadamente autarquias, repartições, tribunais, serviços da administração pública.


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Regional

QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

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Diz candidato Henrique Neto

Porto de Sines é solução para economia nacional n Bruno Calado Silva Fotos Exclusivas

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oi numa ação de campanha no Mercado 1º de Maio, no último sábado,16, que o candidato a Presidente da República (PR) Henrique Neto, disse ter encontrado um "desânimo generalizado" junto dos comerciantes e pequenos horticultores, referindo-se à "enorme oferta de produto" que contrasta com a "procura escassa". Para o candidato a fraca procura interna é reveladora de uma economia nacional "empobrecida, decadente" e sem propostas de quem "tem governado o país". Acusando toda a classe política de não ter uma "estratégia e uma visão" sobre como inverter a situação, Neto assegurou que a salvação económica do país passa pelo aumento das exportações. Mas, ao percorrer algumas artérias de Évora, foi sublinhando que nem os sucessivos governos, nem os

outros candidatos a PR sabem "o que há fazer" para vender mais ao estrangeiro. E "é aqui que o Alentejo pode e deve ter um papel fundamental para o desenvolvimento da economia nacional". Em final de vista ao interior alentejano, Henrique Neto assegurou mesmo que a solução passa pelo litoral, com uma nova visão sobre a utilização do porto de águas profundas do Alentejo Litoral. "O comércio no Atlântico vai aumentar imenso por força da do abatimento das barreiras alfandegárias e pela redução dos custos dos transportes marítimos", vaticinou. Por força

disso, o candidato defendeu que se os navios "descarregarem contentores com componentes em Sines" estes podem ser transformados "nas industrias criadas entretanto" em produtos prontos para o consumo "que voltam a sair por via marítima". Ou seja "com esta política são criados novos postos de trabalho" fica "a mais-valia da transformação e aumentam-se as exportações". Mas se por um lado o candidato defendeu solução atlântica para parte do Alentejo, quanto ao resto do território disse não ter um modelo pensado e limitou-se a assegurar

que só "o crescimento económico nacional" pode vir a ser a tábua de salvação no combate ao empobrecimento e à desertificação. E para Neto, ultimamente não só os alentejanos que estão mais pobres. Ainda em Évora, responsabilizou o atual Governo pela "opção de venda do Banif" que considerou "má para o país". Recordou que o Governo "à primeira oportunidade quebrou a promessa de ser duro com a União Europeia, baixou-se e está a por todos os portugueses a pagar mais um banco" que vai "custar ao Estado mais 3000 milhões de euros". Já a 19 de Janeiro, o candidato e militante socialista, manifestou o seu pesar pela morte de António Almeida Santos, que "deixa uma marca inconfundível na política nacional". Em comunicado enviou pêsames à família de Almeida Santos e ao Partido Socialista.

Greve e vigília em suspenso

HESE promete rever salários e horários dos enfermeiros n Bruno Calado Silva Fotos Exclusivas

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Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) anunciou na última terça-feira, 19, que vai proceder, em fevereiro e com efeitos retroativos, à atualização salarial dos enfermeiros com contrato individual de trabalho e carga horária de 35 horas. A decisão do HESE surge depois de o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) ter anunciado uma vigília de seis dias e uma greve de três de enfermeiros daquela unidade. A vigília começou na quartafeira, às 8 horas, e estava previsto que se repetisse na quinta e na sexta-feira e, posteriormente, em simultâneo com a greve, agendada para 2, 3 e 4 de fevereiro. Entretanto num comunicado de 19 de janeiro, o conselho de administração do HESE assumiu “realizar a atualização salarial”

dos enfermeiros com “contratos individuais de trabalho com a carga horária de 35 horas”. A administração garantiu ainda que a reposição salarial vai acontecer “em fevereiro, com efeitos retroativos a 1 de outubro”. Perante a decisão da administração do hospital, o coordenador do SEP no Alentejo, Edgar Santos, admitiu que “era isto” que os enfermeiros “pretendiam”. Perante a decisão do HESE,

os enfermeiros reuniram ontem em plenário e decidiram suspender para já a vigília. Quanto à paralisação ficou acordado “aguardar pela notificação oficial da posição da administração do hospital para cancelarem o pré-aviso de greve”, disse Edgar Santos ao Diário do Sul. “Achamos que a administração do HESE é uma ‘pessoa de bem’ e por isso estamos confiantes que vai cumprir o que anunciou”, referiu ainda.

Segundo o sindicalista, o protesto devia-se ao facto de os enfermeiros com 35 horas laborais se sentirem “prejudicados e discriminados” face aos colegas que, também com contratos individuais de trabalho, têm carga horária de 40 horas.

Na base deste diferendo estava o Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho, assinado em setembro, para “repor o vencimento dos enfermeiros com contrato individual de trabalho ao mesmo nível do dos enfermeiros com vínculo público”, “porque os

primeiros “ganhavam menos” do que os segundos, disse Edgar Santos à agência Lusa. Segundo o SEP, o HESE só estava a aplicar este acordo aos enfermeiros “que estavam a fazer 40 horas semanais” e não aos cerca de 80 profissionais que têm horário de 35 horas.


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Regional

QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

Sessão pública da Candidatura de Edgar Silva

A Constituição e as Funções Sociais do Estado

A

candidatura de Edgar Silva promoveu uma sessão pública, no dia 15 de Janeiro, na Universidade de Évora, sob o tema “Os Valores de Abril na Constituição. As Funções Sociais do Estado que contou com uma presença de mais de três dezenas de pessoas. Participaram na iniciativa Renato do Carmo, José Manuel Jara, Manuel Pires da Rocha, Santana Castilho e Alexandre Varela, Mandatário distrital de Évora da candidatura de Edgar Silva. Nas suas intervenções os oradores salientaram, consensualmente, a importância de serem garantidas as Funções Sociais do Estado, tal como a Constituição da República as consagra, e não como a política de governos anteriores, nomeadamente o governo PSD/

CDS, que retiraram direitos aos portugueses, pondo em causa aspectos fundamentais da sua vida, em nome de uma austeridade, dita inevitável. Foi referido que os últimos quatro anos foram de precarização do trabalho, de baixos salários da emigração de mais de 500.000 portugueses e de corte nas pensões sociais, entre outras medidas gravosas, que agravaram

a situação social e económica do país. Isto porque como disse Renato do Carmo “um relatório recente da OCDE refere que a diminuição das desigualdades beneficia a sociedade num todo. Pensar que é possível um crescimento num país assimétrico e cada vez mais desigual é um erro. A política de igualdade é também uma política de poupança e de investimento e não de custo,

de luxo, de desperdício, como é, por vezes, considerada”. Igualmente, a nível da saúde, foi afirmado que a tentativa de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que de acordo com a Constituição deve permitir o acesso à saúde de forma “tendencialmente gratuita”, tinha

como um dos objectivos a sua privatização. José Jara referiu que “os direitos sociais são direitos onde se procura a justiça social e esses direitos foram conquistados pela luta e estão consagrados na Constituição”. Sobre a educação foi salientado que o governo PSD/CDS, nos últimos quatro anos, criou novos problemas e agravou os existentes, como o afastamento de professores, 29.084 em dois anos, a redução, sem critério, de funcionários necessários ao seu funcionamento, a amputação autocrática da oferta da Escola Pública para benefício das escolas privadas. Para Santana Castilho “isto foi um retrocesso inimaginável a que só faltou a recuperação do estrado e do crucifixo”. Acerca da Cultura referiu-se que falar de políticas culturais é

falar de opções de classe dado que é-se de uma cultura quando se pretende conformar-se com uma determinada realidade e é-se de outra cultura quando se pretende transformar essa realidade. Manuel Pires da Rocha afirmou que “parece ser a opção correcta de Cultura a que reivindica para os humanos uma cultura integral, enquanto ferramenta de realização individual e colectiva”. Os ataques à Cultura, nos últimos quatro anos, traduziramse pela atribuição indigna de 0,1 % do Orçamento de Estado para a Cultura, cerceando, globalmente, toda a criatividade, todo o desenvolvimento, toda a fruição. Ressalta como conclusão das intervenções dos oradores e de vários participantes nesta sessão, que esta campanha eleitoral já deu para perceber quem defende o Estado Social e quem “disfarçadamente” procura continuar a política do anterior governo e que esse é o grande desafio das opções de voto nestas eleições presidenciais.


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Publicidade QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

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Sociedade QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

ÉVORA

Atropelamento Junto à Cruz da Picada, uma mulher de 30 anos foi atropelada com gravidade na EN 114. As autoridades e bombeiros acorreram ao local e investigam o acidente.

Morreu o arquiteto Nuno Teotónio Pereira com 93 anos O arquiteto Nuno Teotónio Pereira, de 93 anos, uma das mais destacadas figuras do urbanismo e da habitação em Portugal, morreu ontem, em Lisboa, disse à

agência Lusa fonte da Ordem dos Arquitetos. De acordo com a mesma fonte, Nuno Teotónio Pereira “faleceu em casa, rodeado pela família”.

NECROLOGIA

Grupo extremista Estado Islâmico confirma morte de ‘Jihadi John’ O grupo extremista Estado Islâmico confirmou a morte do ‘jihadista’ britânico conhecido por “Jihadi John”, dizendo que ele

SERVILUSA

ZULMIRA ROSA ROCHA

É com pesar que comunicamos o falecimento da D. ZULMIRA ROSA ROCHA, de 89 anos, natural de Arraiolos. O seu corpo esteve em câmara ardente na Igreja N. Srª dos Remédios (Arraiolos) onde dia 20/01/2016 foi celebrada a encomendação pelas 11:00H, seguindo o seu funeral para o Cemitério de Arraiolos. Tratou do funeral a Agência Funerária Dias Lojas em Évora e Arraiolos Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

Dia 25 de Janeiro faz 7 anos de falecimento

Os seus irmãos, Pe. Joaquim Chorão Lavajo e Pe. Adriano Chorão Lavajo Simões celebram Missa pelo seu eterno descanso às 9H respetivamente na Igreja do Carmo (de que ele foi Pároco longos anos) e na Igreja da Sagrada Família.

(800 204 222

FERNANDA PALMIRA DA SILVA RIBEIRO

Participação e Agradecimento

Informamos todas as Associações do Distrito de Évora que no passado dia 8 de Janeiro de 2016 tomou posse a nova Direção da Associação de Idosos e Reformados do Bacêlo.

Direção da AIRB para o Quadriénio 2016/2019 Presidente Direção - Maria Isabel Limpinho Vice-Presidente - Arlete Bartolomeu Secretário - Vicente Conceição Tesoureiro - Feliciano Figueiras Vogal - Jacinta Barroseiro Pãozinho

Agência Funerária Pestana

(800 204 222

JOAQUINA MARIA DA ASSUNÇÃO SOUSA Participação Agradecimento Seus filhos, noras, genro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar o falecimento da sua ente querida no passado dia 19 de Janeiro de 2016, informam que o corpo se encontra em camâra ardente na Igreja Nossa Senhora de Fátima (Bacêlo) - Évora, hoje dia 21 de Janeiro de 2016, pelas 10:30 será celebrada encomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito funebre para o Cemitério do Espinheiro - Évora, agradecendo desde já a quem se dignar a assitir a tão piedoso acto, assim como a todos os que de alguma forma lhes manifestaram o seu pesar. Agência Funerária Pestana

CORINA DO NASCIMENTO PINHO AMARAL

ANA MARIA JACINTA PEREIRA FIALHO

9 anos de eterna saudade

Missa de 1.º Aniversário Faleceu a 21 de Janeiro de 2015

As filhas, genros, netos, bisneto e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar a todas as pessoas das suas relações e amizade que será celebrada Missa pelo eterno descanso do seu ente querido, no dia 24 de Janeiro (domingo), pelas 11h30m, na Igreja da Sagrada Família, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a tão piedoso ato.

Faz anos que me deixaste E por sermos uma só Fiquei triste e magoada Sofri calada sem dó O tempo foi caminhando E a saudade s’acalmou Amo-te do mesmo jeito Mas minha dor serenou

CUSTÓDIO JOSÉ SIMÕES Missa de 1.º Mês

Seus filhos, netos, bisnetos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar a todas as pessoas das suas relações e amizade que será celebrada Missa pelo eterno descanso do seu ente querido, dia 24 de Janeiro, pelas 11h30m, na Igreja da Sagrada Família (Álamos), agradecendo desde já a quem se dignar assistir a tão piedoso ato. O nosso muito obrigado.

Comunicado

Seus filhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar o falecimento da sua ente querida no passado dia 20 de Janeiro de 2016, informam que o corpo se encontra em camâra ardente Capela Mortuária do Hospital Espirito Santo Évora, hoje dia 21 de Janeiro de 2016, pelas 14:30 será celebrada encomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito funebre para o Cemitério do Espinheiro - Évora, agradecendo desde já a quem se dignar a assitir a tão piedoso acto, assim como a todos os que de alguma forma lhes manifestaram o seu pesar.

SERVILUSA

Pe. LOURENÇO CHORÃO LAVAJO

morreu durante um ataque cometido por um ‘drone’ no reduto da organização extremista em Raqqa, na Síria, em novembro.

21.04.1912 21.01.2007

Sinto-te sempre comigo E a ti peço protecção Continuas a meu lado Querida MÃE do coração

Pub.


diário do SUL

Regional QUINTA-FEIRA , 21 DE JANEIRO DE 2016

“Reforma Agrária, 40 anos, 3 vozes do Teatro” com dois espetáculos em Évora

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VOLTA A PORTUGAL REGRESSA AO ALENTEJO

Évora volta a ser palco da etapa final da “Alentejana” Alcácer do Sal vai ter partida da penúltima etapa da Volta a Portugal

O Grupo Cultural e Desportivo dos Bairros de Santa Maria e Fontanas recebeu, no dia 14 de janeiro, pelas 18:30,a peça de teatro evocativa da Reforma Agrária no Alentejo. “Reforma Agrária, 40 anos, 3 vozes do Teatro” é o nome da peça de teatro que se baseou em entrevistas, depoimentos, discursos e excertos de outros espetáculos teatrais que pretende evocar vários episódios daquela tentativa de reestruturação da organização fundiária portuguesa que foi levada a cabo nos anos subsequentes ao 25 de Abril de 1974. Através da interpretação de Álvaro Côrte-Real, Rosário Gonzaga e Vitor Zambujo, e da encenação de Luís Varela, revisitou-se a

Reforma Agrária mas também os primeiros anos da Escola de Formação Teatral do Centro Cultural de Évora, hoje CENDREV. Com o apoio da União das Freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras, aquele espetáculo é um testemunho importante das conquistas da Revolução de Abril quando o Povo do Alentejo decidiu assumir o seu destino e buscou uma forma mais justa de distribuição da terra e dos bens agrícolas, conseguindo gerar mais trabalho e mais riqueza para a região e para o país. O espetáculo “Reforma Agrária, 40 anos, 3 vozes do Teatro” irá decorrer também na Associação de Moradores do Bairro de Almeirim, pelas 17:00 do dia 23 de janeiro.

O ciclismo ao mais alto nível esta de volta ao Alentejo e a Évora. Com efeito após oito anos de ausência a prova maior do ciclismo nacional, a Volta a Portugal vai voltar às estradas alentejanas. Alcácer do Sal vai ser palco da partida da antepenúltima etapa da prova, que ligará aquela localidade alentejana a Setúbal, que é no corrente ano a “Cidade Europeia do Desporto”. A apresentação foi realizada, em Setúbal, numa conferência de imprensa com a presença de Joaquim Gomes, diretor da Volta e, Vítor Proença, presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Maria de Lurdes Meira, presidente da Câmara de Setúbal e Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. Para o presidente da edilidade de Alcácer do Sal Vítor Proença, este será “um momento de festa para a população decorrente da atitude proativa e empenhada da autarquia”. Será a segunda vez que uma etapa da competição vai começar

Delmino Pereira, Vítor Proença, Maria de Lurdes Meira e Joaquim Gomes

naquela cidade do litoral alentejano. Em 1990, Alcácer do Sal viu partir uma etapa da 52ª Volta em direção ao Algarve. Com a ligação entre Alcácer do Sal e Setúbal os corredores vão passar por outras localidades alentejanas como Montemor-o-Novo e Vendas Novas.

Entretanto uma das principais provas do calendário velocipédico português e que continua a ser a única que não tem vencedores repetidos, a Volta ao Alentejo em Bicicleta, deverá voltar a ter Évora como palco do encerramento da prova. Segundo conseguimos apurar a

Volta ao Alentejo começa no próximo dia 16 de Março em Portalegre com a primeira etapa a terminar em, Castelo de Vide, seguindo-se as etapas entre Monforte e Montemoro-Novo, Portel e Beja, Aljustrel e Grândola e finalmente Santiago do Cacém e Évora. MS

PROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 06:30 Bom Dia Portugal 10:00 A Praça 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Os Nossos Dias 15:00 Agora Nós 18:00 Portugal em Direto 19:00 Campanha Eleitoral Presidenciais 2016 19:15 O Preço Certo 20:00 Telejornal 20:45 As Palavras e os Atos 21:40 Fatura da Sorte 21:45 The Big Picture 22:30 Bem-vindos a Beirais 23:15 Terapia - Ep. 14 23:45 5 Para a Meia-Noite 01:00 Dexter 02:00 Central Parque 02:45 Os Nossos Dias 04:15 Televendas 05:30 Hora dos Portugueses (Diário) 05:45 Online 3 06:00 Manchetes 3

RTP 2 07:00 Zig Zag 11:05 Kennedy - 7 Dias Na Vida Do Presidente 12:30 Vida Selvagem 13:30 Caça Ao Polvo 14:00 Sociedade Civil 15:00 A Fé Dos Homens 15:30 Euronews 16:00 Zig Zag 20:30 A Teoria do Big Bang 21:00 Jornal 2 21:45 Campanha Eleitoral - Presidenciais 2016 22:00 Trepalium 22:45 Super Diva - Ópera Para Todos 23:20 A Traveler´S Guide To The Planets 00:10 Rockefeller 30 00:35 No Ar 01:05 Universidade Aberta 01:35 Um Crime, Um Castigo 02:35 Sociedade Civil 03:35 Euronews 06:32 Repórter África

SIC 06:00 Edição Da Manhã 08:45 A Vida Nas Cartas: O Dilema 10:00 Queridas Manhãs 13:00 Primeiro Jornal 14:30 Dancin’ Days 15:45 Grande Tarde 18:30 Babilónia 19:00 Tempo de Antena 19:15 Babilónia 20:00 Jornal Da Noite 21:30 Coração D’Ouro 22:30 Poderosas 23:30 A Regra Do Jogo

TVI 06:30 Diário da Manhã 10:10 Você na TV! 13:00 Jornal da Uma 14:45 Mundo Meu 16:00 A Tarde é Sua 19:00 Campanha Eleitoral: Presidenciais 2016 19:15 A Quinta - O Desafio: Diário 20:00 Jornal das 8 21:41 A Única Mulher 22:45 Santa Bárbara 23:45 A Quinta - O Desafio: Extra 00:45 Eureka 01:45 Autores 02:45 Fascínios 03:44 Sonhos Traídos 05:00 Televendas

Farmácia de Serviço DISTRITO DE ÉVORA ALANDROAL – Alandroalense ARRAIOLOS – Misericórdia BORBA – Carvalho Cortes ESTREMOZ – Costa ÉVORA - Central MONTEMOR-O-NOVO – Freitas MORA – Falcão, Central MOURÃO – Central PORTEL – Fialho REDONDO – Xavier da Cunha REGUENGOS MONSARAZ – Paulitos VENDAS NOVAS – Ribeiro VIANA DO ALENTEJO – Nova VILA VIÇOSA – Torrinha

DISTRITO DE BEJA ALJUSTREL – Pereira ALMODÔVAR – Ramos ALVITO – Nobre Sobrinho BARRANCOS – Barranquense BEJA – Central CASTRO VERDE – Alentejana CUBA – Misericórdia FERREIRA DO ALENTEJO – Singa MOURA – Ferreira da Costa SERPA – Serpa Jardim VIDIGUEIRA – Pulido Suc. DISTRITO DE PORTALEGRE ALTER DO CHÃO – Alter; Portugal ARRONCHES – Esperança; Batista AVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – Campo Maior CASTELO DE VIDE – Freixedas CRATO – Misericórdia; Matos ELVAS – Lux FRONTEIRA – Vaz GAVIÃO – Gavião MONFORTE – Jardim NISA – Ferreira Pinto; Moderna PONTE DE SÔR – Cruz Bucho PORTALEGRE – Portalegrense SOUSEL – Mendes Dordio; Andrade LITORAL ALENTEJANO ALCÁCER DO SAL – Alcarense GRÂNDOLA – Costa; Silva Ângelo SANTIAGO DO CACÉM – Jerónimo SINES – Atlântico

Tempo Quinta-feira, 21

Évora

Aguac. Máx.: 14º C Min.: 10º C

Beja

Aguac. Máx.: 16º C Min.: 11º C

Portalegre

Aguac. Máx.: 11º C Min.: 9º C

diário do sulTV meo meo6438917000 Évora Concelho do Mundo: Roteiro dos Chafarizes

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Telefones de Urgência Évora - PSP- 266760450 - GNR - 266748400 - Protecção Civil- 266777150 - Bombeiros Voluntários- 266702122 - Hospital Espírito Santo - 266740100 - Taxis- 266734734 - Estação Caminhos Ferro - 707210220 - SEF- 266 788 190 / 808 202 653 - Universidade de Évora- 266740 800 - Acção Social U.E.- 266 745 610 - Piscinas Municipais- 266 777 186 Elvas - Bombeiros Voluntários- 268636320 - PSP - 268639470 - GNR - 268637730 - Hospital Santa Luzia - 268 637600 - Centro Saúde - 268622719 - EDP - LTE - 800505505 - Serviço de Águas - 268622267 - Câmara Municipal Elvas - 268639740 - Táxis - 268622287 - Estação Caminhos Ferro - 707210220 - Rodoviária do Alentejo - 268622875 - Tribunal Judicial Elvas - 268639156

- Repartição Finanças - 268622527 Beja - PSP - 284313150 - GNR - 284311670 - Protecção Civil - 284313050 - Bombeiros Voluntátios - 284311660 - Hospital de Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno) - Câmara Municipal - 284311800 - Serv. Protecção Civil - 284311814 - Posto de Turismo - 284311913 - EMAS - 284313450 / 284313455 - EDP - 284005000 / 800506506 - Táxis de Beja - 284 322 474 - Gare Rodoviária - 284313620 - Caminhos de Ferro CP - 707210220 Portalegre - PSP- 245300620 - GNR -245330888 - Protecção Civil- 245201203 - Bombeiros Voluntários - 245300120


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ANO: 46.º NÚMERO: 12.694 PVP: 0,75€ QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2016

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Gripes? Constipações? Farmacêutica do HESE aconselha utentes

Pico da epidemia está para breve, “mas toma de antibióticos é decisão do médico” n Maria Antónia Zacarias

Com a chegada do tempo frio, o número de constipações, gripes e infeções bacterianas aumenta. O diretor-geral da Saúde, Francisco George afirma, contudo, que este inverno está a ser normal, salientando que o pico da epidemia chega dentro de duas a três semanas. De acordo com a farmacêutica hospitalar do Hospital do Espírito Santo de Évora, Filipa Tatá, as gripes e constipações são ambas infeções virais mas causadas por vírus diferentes, considerando que a toma de antibióticos destina-se única e exclusivamente a tratar infeções bacterianas, cabendo ao médico realizar o diagnóstico

correto e decidir, caso seja necessário, qual o antibiótico a utilizar. A farmacêutica salienta que, no caso da gripe, os sintomas manifestam-se de forma súbita: malestar, febre alta, dores no corpo. Nas constipações, ao contrário da gripe, os sintomas são limitados às vias respiratórias superiores: nariz entupido e irritação na garganta. Raramente ocorre febre alta e dores no corpo. Filipa Tatá afirma que para o tratamento das constipações e gripes recomenda-se a ingestão de muitos líquidos (água) e repouso “para que o organismo tenha capacidade de superar a infeção viral”. E acrescenta: “Os medica-

mentos utilizados são apenas para tratar os sintomas. A utilização de antibióticos não traz qualquer benefício”. Contudo, adverte que se suspeitamos de complicações ou se os sintomas persistem, os doentes devem contactar o médico. A mesma responsável sublinha que para prevenir a ocorrência destas infeções é recomendável a vacinação. “Todas as pessoas com

idade superior a 65 anos, doentes diabéticos ou com doença cardíaca, assim como pessoas com um sistema imunitário débil, devem ser vacinadas”, frisa. Mas, afinal, quando devemos tomar antibiótico? A farmacêutica faz questão de evidenciar que os antibióticos “destinam-se única e exclusiva-

mente para tratar infeções bacterianas. Não são uma solução para tratar gripes e constipações”, adiantando que apenas um médico pode realizar o diagnóstico correto e decidir qual o antibiótico a utilizar. “Um antibiótico tomado hoje pode não ser o ideal para os mesmos sintomas noutro momento. É muito importante tomar os antibióticos de forma responsável e correta. Devemos cumprir todas as indicações do médico e não devemos interromper só por nos sentirmos melhor”, alerta. A técnica avança ainda que deve entregar-se na farmácia todos os antibióticos restantes do tratamento “para não cair na tentação

de voltar a tomar sem indicação médica”. Filipa Tatá realça que “as pessoas devem utilizar o antibiótico como algo de grande valor. A descoberta do antibiótico foi um dos maiores êxitos da medicina, aumentou em muitos anos a esperança de vida e diminui drasticamente a mortalidade infantil!”. Nesse sentido, considera que para que a população possa continuar a beneficiar destes resultados, “é urgente reservar os antibióticos e utilizá-los apenas quando necessário e prescritos pelo médico. Ao proteger o antibiótico está a cuidar de si e de todos nós!”. É este o conselho do Serviço Farmacêutico do Hospital de Évora.

Portalegre apenas com “investimentos mínimos” A presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, eleita por um movimento independente, disse que o município “apenas” pode fazer “investimentos mínimos” este ano, na sequência do chumbo do orça-

mento, em dezembro, pela assembleia municipal. Com uma dívida a fornecedores de 35,1 milhões de euros, a autarca, que falava numa conferência de impressa nos Paços do Concelho, acusou a oposição de

estar a “obrigar” o executivo a pagar dívida sem a “deixar restruturar”, através do recurso ao Fundo de Apoio Municipal (FAM) que estava previsto no orçamento. “O FAM não é eterno. Nós está-

vamos [em dezembro] dentro do índice para podermos ir voluntariamente ao FAM, agora vamos ter um ano só a pagar dívida com investimentos mínimos”, lamentou. O orçamento foi chumbado no decorrer de uma assembleia

municipal extraordinária, realizada no dia 28 de dezembro, com os votos contra do PS, PSD/CDSPP, CDU e de um eleito pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), que gere o município. Pub.

BEJA

Novo comandante da PSP toma posse hoje O novo comandante distrital de Beja da PSP, superintendente Adílio Ruivo Custódio, toma posse

hoje, numa cerimónia na cidade, anunciou a força de segurança. Segundo a PSP, a cerimónia de

tomada de posse vai decorrer às 15:30 no salão nobre do edifício do antigo Governo Civil de Beja.

PORTALEGRE

Encontro sobre cuidados paliativos O Hospital Doutor José Maria Grande, em Portalegre, vai acolher, hoje e amanhã, o segundo Encontro de Cuidados Paliativos da Unidade Local de

Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), dedicado ao tema “Cuidados sem Fim”, foi hoje divulgado. A iniciativa pretende promo-

ver um espaço de troca de conhecimentos e de experiências, bem como de atualização em temas relacionados com os cuidados paliativos.

MARVÃO

Debate sobre produção da Figueira-da-Índia A Associação de Desenvolvimento Local “Terras de Marvão” anunciou que vai promover, hoje, um workshop sobre opor-

tunidades e potencialidades para a produção da Figueira-daÍndia. A iniciativa vai decorrer a

partir das 14:00, no salão dos bombeiros de Marvão, em Santo António das Areias, no distrito de Portalegre.

REDONDO

Serra D´Ossa com percurso pedestre O município de Redondo, no distrito de Évora, anunciou que vai ser inaugurada, no sábado, a Rota dos Eremitas da Serra D´Ossa,

estando este traçado inserido no projeto TransAlentejo - Percursos Pedestres de Alqueva. Dar a conhecer a encosta sul da

Serra D´Ossa, o seu património e história, é um dos objetivos da criação deste percurso, que será inaugurado a partir das 10:00.


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