Diario do SUL • 17-12-2013

Page 1

ADRAL “Alentejo deve reinventar capacidade organiza conferência produtiva com recurso à inovação” PÁG. 8

diário do

SUL

FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA ANO: 44.º NÚMERO: 12.168

PERIODICIDADE DIÁRIA TERÇA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2013

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Rossio - Évora

MUSEU do RELÓGIO comemora PÓLO de ÉVORA

2.º aniversário com lançamento do modelo “Évora II”

Évora II. Este é o nome do mais recente modelo lançado pelo Museu do Relógio, no passado domingo. O simbolismo é duplo, já que assinala o segundo aniversário do pólo de Évora, ao mesmo tempo que é o segundo relógio dedicado a esta cidade alentejana. PÁG. 10

DESPORTO

Atleta da AAUÉ é Campeã Nacional Universitária de Kickboxing

Pub.

S. MIGUEL DE MACHEDE

Casa de S. José Operário recebeu voluntariado e presentes dos “Pais Natais” da

PÁG. 10

PÁG. 15 Pub.


diário do SUL

Tema de Abertura

2

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

DIRECTOR MADEIRA PIÇARRA

NOTA NOTA DO DO DIA DIA

estudantes a singrar na vida e apoiando o voluntariado na região ao mesmo tempo que cuida do Património que lhe foi confiado.

Há acontecimentos na vida do Alentejo que têm repercusão no País pelo mérito dos homenageados e pelo reconhecimento que lhe é devido. Evocando os 50 anos da Fundação Eugénio de Almeida o Presidente da República agraciou-a com a insignia de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, em cerimónia no Palácio de Belém. A distinção honra sobremaneira a memória de um homem que viu bem longe como apoiar as causas sociais artísticas e educativas de Évora e do Alentejo. Se a ele se ficou devendo a generosidade da Fundação; o carinho pelos Salesianos; a visão de trazer para Évora os Estudos Superiores da Companhia de Jesus, raiz da Universidade reaberta; a devoção de ir buscar os frades Cartuxos que rezam pelo povo da cidade; por tantas mais provas de generosidade pessoal a quem dele se abeirava fez muito bem o supremo magistrado da Nação em distinguir a Fundação Eugénio de Almeida cuja obra em cinquenta anos já deu trabalho a tanta gente; já honrou o nome na sua actividade empresarial sustento da obra; na sua acção mecenática ajudando

(...) A distinção honra sobremaneira a memória de um homem que viu Acompanhei desde sempre que bem longe o engenheiro Vasco Maria como apoiar as Eugénio de Almeida teve a causas sociais bondade de me falar o artísticas pensamento e a sua formação e educativas cívica e moral. Por isso sinto de Évora grande alegria em ver que deixou memória para a eternidade e do Alentejo. e agora que faria 100 anos se vivo fosse merece que o (...) lembremos aos jovens. Pela sua postura de homem humilde fica na galeria dos grandes beneméritos do nosso tempo. Ele dedicou a maior parte da sua vida à cidade de Évora e a Ordem do Infante outorgada dia 5 reconhece os serviços relevantes à Pátria e à sua História. Os estatutos datam de 1963 e o benemérito engenheiro morreu em 1975 mas felizmente passaram pela Fundação dedicados servidores e alguns em horas bem difíceis na sociedade portuguesa inteligentemente ultrapassadas. No acto da homenagem esteve o Conselho de Administração Oiça também na cujo presidente sintetizou em palavras simples a missão da FEA e agradeceu a honra recebida. O mérito destes 50 anos também

pela manhã ou em www.diariodosul.com.pt

GNR apreende em Évora cerca de 12 mil euros de tabaco irregular

A

Destacamento de Ação Fiscal de Évora da GNR anunciou a apreensão, em dois estabelecimentos da cidade alentejana, de cerca de 12 mil euros de vários tipos de tabaco com estampilha fiscal irregular. Durante a operação de fiscalização, que decorreu nos últimos quatro dias, foram visados 11 estabelecimentos comerciais da cidade de Évora, tendo o tabaco em situação irregular sido detetado em dois deles. A apreensão feita pelos

militares do Destacamento de Ação Fiscal de Évora, pertencente à Unidade de Acão Fiscal da GNR, engloba tabacos aromáticos, maços de cigarros e tabaco de corte fino para enrolar. “Esse tabaco não tinha estampilha fiscal para este ano, como obriga a lei, mas sim de

diário do SUL

DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA PROPRIEDADE: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA ADMINISTRAÇÃO / e-mail: administracao@diariodosul.com.pt EDITORES EXECUTIVOS: PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214); JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216); FOTOGRAFIA - DIÁRIO DO SUL e LUSA COORDENADORES PUBLICITÁRIOS: ANTÓNIO OLIVEIRA / CARLOS EVARISTO DINIZ

2006, 2007 e 2008”, revelou à agência Lusa o capitão João Fonseca, da Unidade de Ação Fiscal. De acordo com a legislação, acrescentou, o tabaco com estampilha fiscal de cada ano só pode ser comercializado “até ao segundo mês do ano seguinte”. A situação detetada em Évora, referiu a GNR, viola o disposto na Portaria n.º 1295/2007 de 01 de outubro, configurando “uma contraordenação aduaneira de Introdução Irregular no Consumo”, punível pelo Regime

Geral das Infrações Tributárias. Segundo a GNR, a operação de fiscalização realizada na cidade alentejana pretendeu, sobretudo, “sensibilizar os comerciantes deste tipo de produto para as regras a obedecer nesta atividade”. No comunicado divulgado, a Unidade de Acão Fiscal afiançou ainda que vai continuar a desenvolver este tipo de fiscalização e sensibilização em matéria fiscal, por todo o país, para contribuir para “um regime fiscal equitativo”.

REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO: Trav.ª de St.º André, 6-8 - Apart.: 2037 - 7001-951 ÉVORA Codex Tel.: 266 744 444 - FAX: 266 741 252 REDACÇÃO DE PORTALEGRE: TELEF. e FAX: 245 207465 REDACÇÃO / e-mail: redacao@diariodosul.com.pt REDACÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva (Cart. Prof. N.º 4479); Gabriel Raimundo (Cart. Prof. N.º 8642). Colaboradores Especializados: Marina Pardal (TP1082); Maria Luisa Silva (CO 899) COLABORADORES: A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; Dr. Ana Paula Fitas; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Dr. Afonso de Carvalho; Monarca Pinheiro; Mário Simões; António Candeias; João Aranha; J. Correia; Francisco Pandega; Sampaio da Silva; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; José Eliseu, Dr. Bravo Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Pe. Senra Coelho; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Nelson Lage; Dr. Henrique Lopes; Dr. Francisco Costa; Dr. José Nascimento; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; Dr. Manuel Caldeira Pais; José Palma Rita.

Jovem de 20 anos morreu em colisão entre dois automóveis perto de Castro Verde Um jovem, de 20 anos, morreu e um homem, de 52 anos, ficou ferido sem gravidade numa colisão entre dois automóveis ocorrida no Itinerário Principal (IP) 2, perto de Castro Verde (Beja), disse à Lusa fonte dos bombeiros. O acidente ocorreu cerca das 08:15, ao quilómetro 392.7 do IP2, e o morto e o ferido eram os condutos dos automóveis que colidiram, explicou a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja. Segundo a fonte, as operações de socorro envolveram quatro viaturas e 13 elementos das

corporações de bombeiros de Castro Verde e Ourique, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Beja, a ambulância de Suporte Imediato de Vida de Castro Verde e uma patrulha da GNR. Também no distrito de Beja, duas pessoas ficaram feridas num despiste de um automóvel ocorrido cerca das 09:45 na Estrada Nacional 260, entre a aldeia de Baleizão e a cidade de Serpa. As operações de socorro envolveram duas viaturas e cinco elementos dos Bombeiros de Beja e uma patrulha da GNR.

ADMINISTRAÇÃO e PUBLICIDADE:

• Tel: 266 730 410 • Fax: 266 730 411 administracao@diariodosul.com.pt

E-mail’s:

redacao@diariodosul.com.pt publicidade@diariodosul.com.pt

IMPRESSÃO ROTATIVA Piçarra - Distribuição de Jornais, Lda. ÉVORA TIRAGEM: 5.000/Dia N.º Registo: 100262 NIPC: 123 329 019 ISSN 1647-6816

MEMBRO:

NOTÍCIAS DE PORTUGAL

Todos os direitos reservados. Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, mesmo que comerciais.

DISTRIBUIÇÃO (porta a porta)


diรกrio do SUL

Publicidade TERร A-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

3


4

diário do SUL

Opinião

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

O SENTIDO NEGATIVO DA VIVÊNCIA..

Profetas da desgraça e militantes do negativo Mira Ferreira COLABORADOR

P

essoas há cujo comportamento se pauta, invariavelmente, por ser do contra como é usual dizer-se e pode sintetizar-se, afinal contra tudo e contra todos. E também pessoas as quais e

que na sua postura, na maioria das circunstâncias, se assumem numa indiscriminada crítica do bota-a-baixo, que porventura verdadeiramente se pode considerar de destrutiva a todos os níveis. E para todos os efeitos. São pessoas que normalmente que se negam pura e simplesmente ao diálogo, à troca de impressões ou de conhecimentos, talvez porque aprofundadas as questões esses

conhecimentos serão poucos ou mesmo nulos. Em boa verdade estas posturas desprezíveis das mais elementares regras da sociabilidade, implicam num determinado desvanecimento das próprias raízes de vivência comum e uma saturação do que deveria ser o gosto e o interesse do dialogismo. Numa palavra — quantas iniciativas, boas ideias e boas

Democracia e despesismo

n Pe. Madureira da Silva

A

democracia nasceu grega e, na cidade antiga de Atenas, os políticos (isto é, os habitantes da polis) eram um pequeno grupo de homens livres – gente rica, ociosa, pretensamente culta, votada ao cultivo da retórica e das belas artes e que trabalhava só administrativamente – que se reuniam em assembleia na praça pública para, expressando-se livremente, deliberar sobre os diversos assuntos de interesse da sua polis. As mulheres, os escravos (eliotas), os militares sem patente, os prisioneiros, os emigrantes e estrangeiros não participavam da polis por não serem cidadãos. Não existia a noção politizada de povo como hoje se concebe. Não havia eleições. O povo não fazia parte

da democracia governativa nem sequer tinha voz fosse no que fosse. A existência da escravatura em Atenas é que permitia ao homem livre ter tempo para se ocupar da vida da polis (da política, portanto). Dito de outra maneira: a democracia grega existia graças à escravidão. Os direitos humanos eram assunto só para gente fina! O cidadão ateniense encontrava no cuidado da Cidade-Estado a motivação para fazer alguma coisa de útil. A democracia nasceu, assim, com pouco incentivo para a seriedade. Séculos mais tarde – não por razões de cidadania mas para negar o ócio – os árabes também ocupavam o tempo e ganhavam a vida... negociando. Quão longe estamos dessa conceção de democracia ao pensarmos nas democracias modernas. Nestas, para que se respeite a vontade da maioria e se protejam os direitos de todos, o povo [e não só o grupo dos políticos-cidadãos] detém o poder soberano sobre o legislativo e o executivo. Atendendo à etimologia da palavra, o povo é quem governa. É verdade que governa, mas só o faz através

Comentários Da Agricultura

(Continuação) “Venho de novo escrever mais umas linhas sobre a agricultura em Portugal. Vou referir-me para o que para trás ficou e que diz respeito às verbas vindas da Europa, a fundo perdido, e não foram poucas, que mal aproveitadas e mal geridas, perdeu-se assim o comboio que nos levaria a boa estação. Quem perde o comboio no primeiro apeadeiro nunca mais o apanha. E foi o que aconteceu. Agora estamos à espera numa qualquer “sala”, do quê. E de quem? De um Salvador? Quando se perde a esperança e a vontade pouco há para fazer. Os fundos de que Portugal beneficiou para o desenvolvimento da agricultura em Portugal, volatizaram-se e não mais se sabe onde se foram condensar. Foram cometidos erros graves que se pagam caros: deram-se subsídios com suspeitas de controlo deficiente a quem mantivesse os solos de pousio para descanso dessas terras, por tempo indeterminado; por cada cabeça de gado registado na respectiva exploração agrícola, sem qualquer verificação eficaz, etc, etc... E assim, foi criada uma situação de comodismo por parte dos agricultores, pois que, com esta atitude não corriam qualquer risco, e foi um dos motivos da degradação em que a agricultura hoje se encontra. Muito mais aqui poderia ser referido mas é apenas para lembrar que a quota que foi atribuída a Portugal para o período 2014 a 2020, seja devidamente encaminhada para o fim a que foi destinada

dos seus legítimos representantes, democraticamente eleitos. Uma das fraquezas de que mais padece é, por isso, permitir que objetivos lançados a longo prazo possam ser postos de lado pelo governo seguinte, adiando assim decisões importantes, ou seja, não permite que haja um rumo para a nação em causa. Não é isto que tem acontecido em Portugal desde que temos democracia? Já repararam que os governantes se encostam à pesada herança dos governos anteriores para se desculparem da própria ineficácia e dos desastres em que colocam o País? Já repararam nos atávicos esquecimentos burocráticos para reduzir os deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério? Já repararam no esquecimento em acabar com os milhares de Institutos Públicos, Fundações Públicas e Empresas Municipais que não servem para nada e são um sorvedouro do dinheiro dos contribuintes? Os meios de comunicação social falam-nos do legado do governo socialista em 2011: a pior dívida pública dos últimos

vontades podiam ser incrementadas ou desenvolvidas em prol da sociedade se as energias dessas pessoas referidas, que primam pela negativa, pelo bota-a-baixo fossem orientadas no sentido de uma colaboração activa para que as “coisas” fossem para adiante, se concretizassem objectivamente. Afinal, será o homem o homem ao serviço do próprio, numa fermentação viva e actuante, numa agregação colectiva do mesmo combate, tendo em vista “construir”, em substituição de destruir. Especialmente em tempos difíceis e complicados como os que nos estão reservados no presente e irão prosseguir — a força edificante, criadora é inequivocamente essencial.

160 anos; a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (duplicou em 6 anos); a maior dívida externa dos últimos 120 anos. A dívida externa bruta, que em 1995 era de 40% do PIB, passou, em 2010, a 230%. A dívida externa líquida, que em 1995 era de 10% do PIB, passou, em 2010, a 110%. A dívida pública que em 2005 era de oitenta e dois mil milhões de euros, passou, em 2010, a cento e setenta mil milhões. Portugal passou, nos últimos 10 anos, a ser o 3.º país do mundo com o pior crescimento económico (atrás do Haiti e da Itália) e o 4.º país do mundo com maior contração de dívida. Atualmente ocupa o 4.º lugar do TOP dos países do mundo em risco de bancarrota. Em 2011 só Portugal, Grécia e Costa do Marfim estão em recessão no mundo; e as perspetivas avançam que, em 2012, só Portugal estará em recessão no mundo. Do plano tecnológico às parcerias público-privadas, da reforma da administração às soluções para a saúde, educação, energia e justiça, os apregoados sucessos revelam um enorme vazio e o País compreende a inanidade das políticas, os vícios na estrutura, os custos escondidos e adiados. Portugal tem vivido

— desenvolvimento e modernização da agricultura — tornando-a mais competitiva. Esperamos que sim, para evitar tanta saída de divisas com as importações de produtos para que temos óptimas condições de produção. E também esperamos que os responsáveis tenham aprendido a lição. Estevâo D. Leal (Eng. Tec. Agrário)

Breves

Grândola: Encontrado na Serra

Ali foi encontrado na Serra de Grândola onde se perdera durante 20 horas um homem de 85 anos. Estava sem problemas de saúde mas desorientou-se.

• Dinheiro regressa

Os portugueses retiraram depósitos no estrangeiro no valor de 12 mil milhões de euros que lá estariam desde 2010. A lei especial ajudou ao regresso.

• Beja: Charter promete

O operador português da charter “Windavia” espera fazer passar por Beja 10.000 passageiros em 2014. 4.ª feira fez o 1.º voo de LisboaBeja-Lisboa. Espera voar no verão a partir de França, por Troia.

CRÓNICA DE ESTREMOZ

AS CIM! n Luís Assis

A

s Comunidades Intermunicipais, criadas recentemente, poderão ter um papel fundamental no desenvolvimento regional, assim saibam aproveitar os desafios que se lhes colocam nos próximos anos. Assume particular relevância a CIMAC, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, que tem o deve e a obrigação de promover a estruturação da região em interligação com as do Baixo Alentejo e as do Alto Alentejo. No âmbito do distrito de Évora, a CIMAC poderá ter um papel fundamental na estruturação do desenvolvimento regional através do próximo quadro comunitário, todo ele virado para o desenvolvimento económico e para a criação de emprego. Sendo a CIMAC composta pelos representantes de todos os executivos e assembleias municipais do Distrito de Évora, tem o poder de ter uma visão integral do distrito e, assim, coordenar os vários projectos de investimento, que melhor servirão o distrito. Esta visão de conjunto do distrito permite-lhe ter conhecimento dos locais com maiores necessidades e daqueles em que melhor o investimento servirá para o desenvolvimento do distrito, desde que ponham os interesses do Alentejo acima dos interesses partidários. Este será um trabalho importante para que se inverta a desertificação humana no Alentejo e se criem condições para promover o investimento económico, criando postos de trabalho e, consequentemente, riqueza na região. A CIMAC terá, por isso, um papel regional invulgar e terá a capacidade de, em representação da região, coordenar e promover as reivindicações necessárias ao crescimento económico do Alentejo junto das Direcções Regionais e do próprio Governo. É, por isso, importante, que desde logo, a CIMAC inicie um trabalho de levantamento das necessidades de investimento no Alentejo e quais os que serão mais apropriados face à mão de obra existente e aos recursos de que dispomos e aqueles que melhor valorizarão a região, os seus recursos e os seus produtos. Paralelamente a esta actividade na região, a CIMAC deverá promover a coordenação com as restantes regiões do Alentejo para que em con-

junto promovam os projectos estruturantes de ligação entre estes e as regiões limítrofes para promover uma forme equilibrada de promoção do investimento público onde ele é necessário, como por exemplo na linha de alta velocidade para transporte de mercadorias, a ligação da IP2, de entre outras. Para além do desenvolvimento económico através do próximo QREN, a CIMAC deverá ter, também, um papel fundamental na articulação dos serviços públicos existentes em todos os concelhos do distrito, para que possa propor a sua optimização, melhorar a sua eficiência e eficácia junto das populações. Esta articulação irá beneficiar e potenciar a prestação dos serviços públicos, com evidentes melhorias para as populações e uma maior capacidade reivindicativa junto do Governo em Lisboa, pois em vez de representar um concelho, representa 14 concelhos, 168.034 habitantes e uma área de 7.393 km2. Mas a sua articulação com os diversos municípios é, também ela, importante, porque será dessa articulação que nascerá a sua capacidade de promover o desenvolvimento integrado da região, quer a nível dos serviços públicos, quer a nível da potenciação da actividade económica existente. É, também, por isso, importante que a CIMAC promova os produtos produzidos no distrito junto dos mercados, quer interno, quer externos, porque terá uma força representativa completamente diferente da de um município. A interligação entre as várias regiões do Alentejo, norte, sul interior e litoral, sempre foi um princípio em que assentou a cultura Alentejana, promovendo a troca dos vários produtos entre as regiões, provendo, assim, às necessidades de todos, com um claro ganho de desenvolvimento económico equilibrado. É, pois, fundamental, que o Alentejo se una em torno das CIM das suas regiões, para que estas promovam a articulação entre as mesmas, para que não se dupliquem investimentos e todas elas ganhem com a visão de conjunto do Alentejo. As Comunidades Intermunicipais, se aproveitarem os desafios que se lhes colocam, serão verdadeiros órgãos representativos e de representação das sua regiões!


diรกrio do SUL

Publicidade

TERร A-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

5


6

diário do SUL

Opinião TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

Pub.

VIDAS CRUZADAS…

A REAL REPÚBLICA DO PRÁ-KYS-TÃO

n

A. Póvoa velez

C

hego a PORTEL e não vejo ninguém. Respiro aliviado, mas algo inquieto, pois o Mandraka e o Raposo, acompanhados pelo Conde já tinham chegado e eu não sabia onde estavam. Minutos mais tarde batem ao portão e dizemme que foram visitar o castelo de Portel, no que fico agradado, pois estive ali recentemente com o meu amigo OSTON e a vista do castelo sobre o casario, branco e rasteiro por um lado e a vasta planície alentejana entrecortada com a serra de Portel, num dia de sol luminoso, como era esse sábado é simplesmente deslumbrante. Pena que não tenham igualmente visitado, o interessante museu etnográfico e regional da junta de freguesia de Portel, com um acervo riquíssimo e um repositório de objetos e memórias tão próximas mas ao mesmo tempo tão distantes do modo de estar e de viver daquela comunidade. Poderiam igualmente ter visitado na capela de Santo António, um Pub.

Pub.

edifício de rara beleza e excelentemente conservado na sua azulejaria, uma interessante exposição de presépios de CORTIÇA da coleção do general CANHA DA SILVA, cerca de três dezenas de exemplares de uma coleção de nível internacional que tem mais de duas mil peças, e representa presépios de todo o mundo. Mais tarde chegam o FROES e o ERNESTO, vindos de Santarém, desta vez desacompanhados do inseparável garrafão que costumam trazer e quando metem o bico no TEM AVONDO do Manuel da Cruz produtor vinícola de Portel, até “lembem” os beiços. Logo de seguida chegam o SURDO e o Dr. JORGE ANDRÉ, vindos de OLHÃO, com um saco de ameijoas da região, que o Froes, que é um mestre de culinárias e prepara as melhores lampreias do MUNDO insiste em cozinhar. Entretanto começam a atacar no Abreu Callado tinto, pois tive que esconder o TEM AVONDO, nos paios e queijos da região, nas azeitonas e nos pezinhos de coentrada que a ADELINA tinha preparado com tanto esmero e o ambiente começa a aquecer. A sopa de cação a que tinha acrescentado umas gotas de vinagre, começa a libertar um cheiro insuportável e tenho que ir buscar as malgas para a servir pois ninguém já tem paciência para esperar pelo BANHA que ainda só vem em Beja. Depois da sopa de cação que o

ERNESTO e o FROES atacam três vezes sem dó nem piedade, atiramse de novo aos pezinhos de coentrada e quando todos já estavam a comer o bolo de mel com nozes ainda o Froes se deliciava com os penantes do suíno. Depois de falarmos de todos e sempre os mesmos assuntos e personagens que connosco conviveram na República, numa verdadeira romagem de saudade verbal, reeditada em cada ano no centenário da CASA, sou eu em quem lança o tema das obras no Palácio da NAU onde está implantada a REAL-REPÚBLICA-DO PRÁ-KYSTÃO a que uma reportagem na SIC, de véspera, conferia atualidade. Localizada na baixa coimbrã, junto ao saudoso e emblemático cinema SOUSA BASTOS, hoje uma ruína que a todos envergonha a República do Prá-Kys-Tão é porventura a mais emblemática das repúblicas da cidade, que urge preservar para que não venha a ter o mesmo destino que o seu desgraçado vizinho. Nessa empresa de reabilitação os antigos prás têm uma palavra a dizer e uma obrigação moral e intelectual de contribuir para as obras apesar dos tempos difíceis que todos atravessamos. Quando se fala no tema, o SURDO que não enjeita as suas responsabilidades financeiras nas obras, acha que os ATUAIS e as ATUAIS, pois muitos dos prás são agora, quem diria, raparigas, não se esforçam o suficiente para garantir o financiamento necessário e logo ali telefona para a república para embirrar com tudo e com todos. Longe, muito longe, vão os tempos em que as raparigas só subiam as escadas do nº 2 da rua das esteirinhas para ir ao castigo, pois são agora elas quem predomina na CASA. Uma coisa é certa a Républica do Prá-Kys-Tão não pode cair e a NAU do palácio não pode afundar. Para isso todos, sobretudo os ANTIGOS temos que nos mobilizar para ajudar na reconstrução e angariar os vinte mil euros necessários para as obras mais urgentes. Afinal de contas, foi aqui que vivemos, porventura, os melhores anos das nossas vidas. (Continua)

Crónicas ao correr da pena (597)

46664 Fernando Pinto fernandopinto@netvisao.pt ““Durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, lutei contra a dominação negra. Acalentei o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e realizar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer”.( Julgamento de Rivonia, 1964) Corria o ano de 1964 quando o prisioneiro sentenciado com prisão perpétua Nelson Rolihlahla Mandela deu entrada na Prisão de Robben Island, Cidade do Cabo, República da África do Sul. Foi-lhe dado o número 466 desse ano: 466/64 ou simplesmente 46664. Este número iria correr mundo e tornar-se em si, um símbolo da luta sem quartel contra o odioso regime de segregação racial instituído no país dos boers. Longo e penoso foi o caminho até à liberdade, longas e duras foram todas as conversações que levaram a República da África do Sul (RAS) ao que ela é hoje. Como principal obreiro de todo esse caminho perfila-se um homem: Nelson Mandela! Ele foi sem dúvida o osso mais duro de roer para os defensores do apartheid sul-africano. Tão duro que os venceu! Pub.

Seria injusto não relembrar aqui a coragem política de Frederik De Klerk, o último presidente a ser eleito exclusivamente pela minoria branca e que decidiu libertálo. Mandela tinha sido até então inflexível, rejeitando todos os acordos que lhe foram sendo propostos em troca da sua libertação, só a aceitando contra a realização de eleições gerais. Esse enorme passo, foi De Klerk que o aceitou! Poder-se-á dizer que foi forçado a isso, mas a verdade é que poderia ter resignado, abandonado o cargo ou simplesmente deixado deflagrar a explosiva situação que então se agudizava na RAS mas não: teve a coragem de negociar com Mandela e assim contribuiu para evitar incalculáveis confrontações. Ele e Mandela ficarão ligados por esse acto à mais pacífica de todas as transições radicais que se verificaram no Mundo nos últimos decénios, senão mesmo nos últimos séculos. Ele e Mandela ficarão para sempre ligados por um Prémio Nobel da Paz que, com justiça, lhes foi atribuído (justiça que nem sempre aconteceu até hoje). Mas o que fez de Mandela um ser humano extraordinário foi a forma exemplar e única como ele se foi comportando ao longo do tempo, em todos os domínios. Desde a sua “Campanha do Desafio” de 1952, em que se desafiavam as leis do recém-instalado apartheid, à Comissão de Verdade e Reconciliação dos anos 90, passando pelo plano de sabotagem do apartheid do início dos anos 50 e por toda a sua imensa luta e comportamento ao longo dos 27 anos que esteve preso, Mandela provou ser um político arguto, clarividente, confiável e de um

imenso humanismo. De nada valerá às dezenas de chefes de Estado que se acotovelaram no seu funeral proclamarem a exemplaridade do seu legado e o sublime feito da reconciliação conseguida: o seu exemplo jamais foi ou seria seguido pela esmagadora maioria deles. A presença de tantos chefes de Estado não é mais que uma vã e algo hipócrita tentativa de se colarem à imensa aura de respeitabilidade, de independência e de humanismo que emana da figura de Mandela. Em vão: a classe política nunca foi tão menosprezada nem esteve tão desvalorizada como hoje (por culpa própria, diga-se), e a comparação com Mandela não faz mais que engrandecer a sua aura de coerência, de humanismo e de sentido político (por mérito próprio, diga-se também). Quem pretenda ver nas atitudes de Mandela apenas a conciliação (que permitiu a transição de um sistema para o seu –quase- contrário), estará branqueando o que de facto ele propôs e se passou. A grande arma de Mandela nessa transição foi a Comissão Verdade e Reconciliação, em que cada um começava por assumir os actos que tinha cometido durante a luta (a verdade), transformando depois essa catarse (a reconciliação) e não em vingança, como é costume nos tribunais. Não se tratou nem do apagamento dos factos, nem do seu branqueamento através do esquecimento, mas da sua assunção e da sua aceitação. É aqui que reside a magnanimidade e a grande visão política de Mandela porque, através deste simples artefacto, deixa de haver vencedores e vencidos, condenados justos e injustos, ou o escamoteamento de factos! A base de tudo, pela assunção dos seus próprios actos, é a verdade! Foi assim possível lançar as bases de uma nova sociedade baseada na verdade e na pluralidade que, se bem acredito, ainda virá a dar mais e melhores frutos que os que já deu. As assimetrias económicas e sociais terão de se esbater e os favorecimentos baseados na cor, credo ou filiação partidária poderão mais facilmente ser desmontados. Desejavelmente, com nenhum ou pouco derramamento de sangue. É o que espero ver nos anos mais próximos como legado do prisioneiro 46664, como legado de Nelson Mandela. Obrigado, Madiba!


diário do SUL

Regional

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

7

Baixo Alentejo

Sindicatos de Beja contestam encerramento de serviços públicos n Redacção

U

ma vigília em defesa dos serviços públicos, a realizar hoje à tarde a partir das 17 horas, e a participação, em Lisboa, na quintafeira, em idêntica ação de protesto, desta feita contra o Orçamento de Estado para 2014, marcam a “semana de luta” da CGTP no distrito de Beja. De acordo com Casimiro Santos, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Beja, a “semana de luta” da CGTP, ontem iniciada, aponta ao protesto contra as “políticas do Governo”, recordando que o OE2014 é “terrível”. O dirigente sindical justifica assim os apelos que têm sido dirigidos ao Presidente da República para demita o Governo o convoque eleições antecipadas. Em declarações ao Diário do Sul, o sindicalista considera que o País está a “rebentar pelas costuras” e que urge sair em defesa dos serviços públicos. Por isso, a realização, hoje

à tarde, de uma vigília pelos serviços públicos, no Largo dos Correios, na cidade Pax Julia. “A escolha do local é simbólica, tendo em conta a privatização dos Correios, mas o protesto é contra a situação que está a viver em sectores como o ensino e a saúde”, explicou. Casimiro Santos disse ainda que os sindicatos de Beja tencionam deslocar a Lisboa, na quinta-feira, uma “delegação alargada” para pedir ao Presidente da República que vete o Orçamento do Estado para 2014 e convoque eleições antecipadas. No retrato do distrito, Casimiro Santos destaca dois pontos – o desemprego e a situação dos imigrantes clandestinos. “O desemprego no distrito atinge mais de 15 mil pessoas. Há muita gente no desemprego que não está inscrita”, diz, alertando para os sinais alarmantes, como a fome, que vão surgindo pelo país. Casimiro Santos alerta ainda para a situação preocupante que

Em São Miguel de Machede:

N

o passado domingo, dia 15 do corrente, a SUÃO-Associação de Desenvolvimento Comunitário realizou a sua tradicional Festa de Natal, nas instalações da Escola Comunitária de São Miguel de Machede. Com uma sala cheia de sócias/os e amigas/os, a tarde foi passada com muita animação preparada pelos participantes do Curso de Educação de Adultos e do Gabinete do Desenrascanço Estudantil. Os presentes tiveram a oportunidade de ver um filme Pub.

deriva da contratação de mão-deobra clandestina no distrito: “Há problemas muito graves na comunidade romena na região, com gente a viver em condições subhumanas. Não há regras mas há situações de promiscuidade e os empresários que aceitam estas situações deveriam ser responsabilizados”. Autarquias contra OE Na contestação ao OE2014 constam também as autarquias do

Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Em comunicado, o Conselho Intermunicipal da CIMBAL refere que as medidas inscritas no OE “impedem os municípios de honrarem os seus compromissos, junto de quem mais deles necessita – os munícipes”. “O Orçamento do Estado para 2014, aprovado pela maioria PSD/ CDS no Governo, fere profundamente os direitos constitucionais, ao contribuir largamente para empobrecer a maior parte dos

portugueses, os quais irão ver o seu rendimento disponível emagrecer cada vez mais como a redução nos salários e pensões de reforma e invalidez. Situação que se agudizará ainda mais com o lançamento de uma panóplia de impostos que irá afetar drasticamente o consumo dos cidadãos. Contribuindo desta forma para o aumento do desemprego e da emigração, sobretudo jovem”, sustentam os autarcas que integram o Conselho Intermunicipal, dirigido por João Rocha (Beja), António Tereno (Barrancos) e Nelson Brito (Aljustrel). Os autarcas do Baixo Alentejo sustentam que o OE retirará, em 2014, cerca de 70 milhões de euros aos municípios portugueses, “levando à continuação do incumprimento da Lei das Finanças Locais, nalguns casos e pondo em causa a prestação dos serviços públicos e a coesão social, tão necessários, sobretudo, nestes territórios envelhe-

cidos e de baixa densidade”. Os Municípios da CIMBAL recusam ainda o modelo de atendimento de serviços públicos, corporizado no conceito dos “Espaços do Cidadão”. Este modelo foi apresentado aos autarcas, ainda em novembro, em reunião convocada pelo secretário de Estado para a Modernização Administrativa, Joaquim Pedro Cardoso da Costa, mas sem que tenham sido equacionadas contrapartidas financeiras para esta delegação de competências classificada como “encapotada”. Em nota de imprensa enviada às redações, a CIMBAL diz que repudia o referido modelo e que os autarcas “apresentaram argumentos que defendem as populações no que concerne ao impedimento de encerramento de serviços, como por exemplo: finanças, correios, conservatórias, centros de saúde, centros de emprego e unidade de segurança social, entre outros”.

Suão realiza festa de Natal

com a síntese de toda a actividade da instituição, em 2013, na qual se destacou o reconhecimento nacional da SUÃO, evidenciada através da atribuição do Prémio EDP Solidária

2013 (pela Fundação EDP) e do Prémio de Boas Práticas Associativas 2013 (pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude). O Presidente da Direcção,

Bravo Nico, em intervenção que realizou para todos os presentes, realçou o trabalho realizado por todas as funcionárias da SUÃO e todos os responsáveis institucionais e

voluntários da instituição. Por fim, agradeceu o contributo que todos sócios têm dado, através da sua presença e participação nas actividades e projectos da SUÃO.

No final, os habituais comes e bebes (sendo os doces oferecidos pelos participantes), com muito convívio e alegria, como é sempre habitual nas actividades da SUÃO.


8

diário do SUL

Regional

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

ADRAL organizou conferência sobre estratégias para o horizonte 2020

Alentejo deve reinventar a capacidade produtiva com recurso à inovação n Maria Antónia Zacarias Fotos Exclusivas

O

imperativo da mobilização colectiva para o crescimento, a reindustrialização como forma de reinventar a capacidade produtiva e a aposta na transferência de conhecimento assente na inovação foram as principais estratégias apontadas para o desenvolvimento do Alentejo. Estas ideias resultaram de uma conferência denominada “Inovação e Desenvolvimento Regional – Perspectivas actuais para a região do Alentejo”, organizada pela Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL) em parceria com mais duas instituições, e que decorreu na passada quinta-feira, na Pousada dos Lóios. Num contexto em que se verificou uma queda do consumo privado, da despesa pública e do investimento, vários especialistas presentes na iniciativa defenderam a necessidade de continuar a investir nos projectos âncora que caracterizam a região como a cortiça, os vinhos, os azeites, entre tantos outros tornando-os mais transacionáveis com a finalidade de atingir novos mercados, nomeadamente o americano, o brasileiro e o chinês. Ao mesmo tempo, apontaram as redes de conhecimento como os grandes desafios para o horizonte 2014/2020, tendo sido afirmado que Évora se tem afirmado, há alguns anos, como na linha da frente das Tecnologias de Informação e da Comunicação, sendo, por isso, considerada como uma grande potenciadora para que esse desenvolvimento seja atingido. O presidente do Conselho de Administração da ADRAL, Alfredo Barroso explicou a realização desta conferência, afirmando que o objectivo “foi colocar em cima da mesa as boas soluções para a região. Falámos de inovação, visto que é uma das apostas que está a ser assumida e no próximo quadro comunitário nós pretendemos que o Alentejo seja uma região de ponta”. Para isso, o mesmo

dirigente disse ser imprescindível despertar consciências, mostrar algumas coisas aos empresários e sensibilizar para o empreendedorismo “para que se entenda, de uma vez por todas, que se os outros fazem, nós também somos capazes de fazer”. Alfredo Barroso salientou que o Alentejo foi a região que “melhor soube aproveitar os fundos comunitários para pôr em prática ideias, então temos que continuar este caminho”. Uma intenção subscrita pelo director-geral da ADRAL que assegurou que estão em elaboração já projectos para ajudar os actores sociais a dinamizar a região. Luís Cavaco reiterou, por isso, a necessidade de não descurar os clusters tradicionais, “que são marca da nossa identidade”, mas reforçá-los associando-os a outros inovadores, dando o exemplo do sector aeronáutico, em particular, da Embraer que fez um cockpit de avião com materiais como a cortiça. “O futuro da região está nessa conciliação de esforços, encaminhando as acções para colocar a tecnologia e a inovação ao serviço das empresas”, reiterou. UÉ quer ser o actor principal da transferência de conhecimento Um das partes interessadas na afirmação da região é a Universidade de Évora como salientou o vice-reitor, Manuel Cancela d’Abreu. “A Universidade de Évora quer ser um pilar fundamental no desenvolvimento do Alentejo, baseado no conhecimento e na inovação”, frisou, acrescentando que “já passámos o desenvolvimento nas obras públicas, temos agora que passar para um mais inteligente”. O mesmo dirigente eviden-

Alfredo Barroso, presidente do Conselho de Administração da ADRAL acompanhado por Luís Cavaco, director geral da ADRAL.

Vice reitor da Universidade de Évora, Manuel Cancela d’Abreu assumiu o papel preponderante da academia para o desenvolvimento do Alentejo.

ciou o esforço que a academia alentejana está a fazer na formação de quadros “com grandes competências através dos seus cursos de 1.º, 2.º e 3.ºciclos, apostando na formação das pessoas que estão na região para que estas sejam um veículo de desenvolvimento quando vão para as empresas ou quando assumem o risco e aventuram-se no empreendedorismo”. Manuel Cancela d’Abreu apontou igualmente a investigação como um contributo para a região, assegurando que deve saber transformar-se em inovação, “quer nos processos, quer nos produtos. A ideia é colocar o conhecimento à disposição da sociedade, podendo este ser solicitado pelas próprias empresas ou ser aproveitado aquele que já existe”. É neste âmbito que se integra o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA), de que a Universidade de Évora é a principal acionista, “e que tem uma função muito importante ao fazer a ligação entre o mundo académico e empresarial”, referiu. O vice-reitor explicitou que o PCTA visa facilitar os contactos entre a universidade e as empresas que estão aqui a instalar-se, cooperando “na transferência de conhecimento e inovação para o tecido empre-


diário do SUL

Publicidade

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

9 Pub.

No passado dia 06 de Dezembro (6ª Feira), pelas 19h 30m, sob a exclusiva Organização da Santa Casa da Misericórdia de Évora decorreu, na Igreja da Misericórdia desta Cidade, o 1º CONCERTO DE NATAL que incluiu magníficas interpretações musicais da Orquestra de Câmara da GNR (Lisboa), conduzida pelo Maestro Capitão João Cerqueira, da GNR; da Soprano do Teatro de São Carlos de Lisboa - D. Ana Sêrro; Coral de São Domingos de Montemor-o-Novo, orientado pelo Maestro João Luís e, ainda, por um Conjunto de violas e guitarras portuguesas, excelentemente coordenado pelo guitarrista, Joel Coelho. Ao mesmo tempo e, também, com a amável intervenção do Grupo de Teatro “Temporal”, da Universidade de Évora, coordenado pela Ana Nunes e pelo António Vieira, foi encenado um Presépio ao vivo o qual, numa bela e silenciosa coreografia, bem representada e ilustrada por este grupo académico (vestidos pelo Atelier de Maria Gonzaga e Rosário Mendes Moreira, de Lisboa) se enquadraram as peças musicais do Concerto. Após o aplauso final e os “encores”, no Largo contíguo à Igreja actuou, posteriormente, a divertida Tuna Académica Seistetos, da Universidade de Évora, cujo apoio a esta Instituição já vai sendo natural e simpaticamente habitual. Num amplo convite (de entrada livre), que a S.C.M.E. em tempo divulgou aos Irmãos e amplamente dirigiu à população de Évora, em geral e a algumas Instituições de Solidariedade Social do Distrito contámos, de igual modo e activamente, com as simpáticas, gentis e amáveis presenças solidárias da Caritas Diocesana, Associação Pão e Paz, Liga Portuguesa Contra o Cancro, Associação dos Diabéticos, Lar Chão de Meninos e Bombeiros Voluntários de Évora. Durante esta iniciativa, a Santa Casa da Misericórdia de Évora procedeu, também, à recolha de bens usados, por

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA

CONCERTO DE NATAL AGRADECIMENTO exemplo: vestuário diverso e agasalhos, calçado, acessórios pessoais, brinquedos, livros, CD´s, etc., destinados a quem deles mais precisa, na nossa área geográfica. Porém, este Concerto da Misericórdia só foi mesmo possível com a ajuda muito amiga e solidária, disponibilidade, empenho, compreensão e gentileza dum vasto conjunto de Entidades (públicas e privadas) que, discreta e desinteressadamente, nos apoiaram sempre acreditando, desde o primeiro momento, na sua finalidade social e principais objectivos. Por isso e de igual modo salvaguardando Todos os que, respeitosamente, nos solicitaram o anonimato e a sua não pública divulgação, a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Évora vem agradecer, profunda e publicamente, o gentil apoio e amável colaboração que muitos nos prestaram na organização e montagem deste 1º CONCERTO DE NATAL DA S.C.M.E. a saber: 1. À Câmara Municipal de Évora, na pessoa do seu Exmo. Sr. Presidente o qual, logo após a Tomada de Posse nos garantiu, inequivocamente, o Alto Patrocínio do Município através de todo o apoio possível e conveniente e incluindo, até, esta iniciativa na Programação de Natal de 2013, em Évora; 2. Ao Exmo. Sr. General Comandante do Comando Geral da GNR (Lisboa) também pelo seu Alto Patrocínio e o qual, em estreita ligação com o Sr. Comandante do Comando Distrital, em Évora,

gentilmente nos disponibilizaram e proporcionaram a magnífica presença e brilhante exibição da Orquestra de Câmara da GNR (Lisboa), sob a condução do Maestro Cap. João Cerqueira; 3. A um notável grupo de Entidades nacionais e locais que, amavelmente, acederam em ser incluídas na nossa Comissão de Honra; 4. Aos nossos “mecenas”, que acreditaram na qualidade e na dignidade do Evento e dos quais destacamos, as seguintes Fundações: Eugénio de Almeida, Calouste Gulbenkian, Casa de Bragança e Palácio Cadaval; 5. Aos vários Patrocinadores que, na medida do possível e apesar das actuais dificuldades conjunturais, nos concederam importantes donativos e contributos diversos, dos quais divulgamos, os seguintes: MEO/PT; DELTA; DIVINUS Gourmet; PUBLIPLANÍCIE; DIÁRIO DO SUL; AVS (Corretores de Seguros); MACIF (Seguros); A DEFESA; CORVAL SOM; RÁDIO DIANA ; Atelier Maria Gonzaga e Rosário Mendes Moreira e o Grupo de Teatro “TEMPORAL”, da UÉ; 6. À Soprano Ana Sêrro (do Teatro de São Carlos, Lisboa); ao Coral de São Domingos de Montemor-o-Novo; à Tuna Académica Seistetos da UÉ e a todos os Órgãos da Comunicação Social, de Évora; 7. A Todos os Colaboradores da Câmara Municipal de Évora, Corval Som, Diana Rádio, Bombeiros Voluntários e à Direção das Messes de Oficiais e Sargentos do Exército (Évora); 8. Aos Colaboradores e Técnicos da S.C.M.E.

que, uma vez mais, realizaram um excelente trabalho de equipa, com boa coordenação, muita alegria e grande empenho transmitindo profissionalismo, um excelente espírito de colaboração e grande objectividade; 9. Aos Nossos Irmãos, Utentes da Instituição e população em geral que, de forma livre, espontânea e muito atenta, participaram e aplaudiram este 1º Concerto de Natal, da Santa Casa da Misericórdia de Évora; 10. Por último, a nossa profunda e sincera gratidão ao Sr. Cónego Manuel Maria Madureira da Silva que, empenhadamente e com grande carinho, simpatia e dedicação, na qualidade de Irmão da Misericórdia, grande Amigo e também como Suplente da nossa Mesa Administrativa aceitou, de imediato, o nosso Convite assumindo, em pleno, a coordenação artística deste Concerto, de elevado nível musical e cultural. Para Todos e eventualmente para aqueles que, por qualquer lapso da nossa parte tenhamos esquecido, o nosso mais profundo e sincero - Muito Obrigado! E visto que, de Natal e boa música “enchemos” a linda Igreja da nossa Misericórdia e a qual tão bem mereceu este maravilhoso CONCERTO NATALÍCIO, para TODOS, os nossos melhores votos de BOAS FESTAS, um SANTO NATAL e que 2014 venha mais bondoso, com mais saúde, sobretudo para todos os que menos podem!? Évora, Dezembro 15, 2013 SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA p/ MESA ADMINISTRATIVA Luís Alfacinha de Brito PROVEDOR Pub.


10

diário do SUL

Regional

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

Pub.

No dia em que o pólo eborense comemorou o segundo aniversário

Museu do Relógio lança modelo ÉVORA II n Marina Pardal

É

vora II. Este é o nome do mais recente modelo lançado pelo Museu do Relógio, no passado domingo. O simbolismo é duplo, já que assinala o segundo aniversário do pólo de Évora, ao mesmo tempo que é o segundo relógio dedicado a esta cidade alentejana. O director do Museu do Relógio, Eugénio Tavares d’Almeida, recordou que “este segundo aniversário tem um valor muito emocional, pois foi há dois anos atrás que esta inauguração ocorreu no âmbito de um projecto do seu fundador, António Tavares d’Almeida, e que faleceu poucos dias depois de ter realizado este sonho”. Acrescentou ainda que, “pelo reconhecimento que temos tido de centenas de amigos do museu e de alguns turistas achámos que dentro do conceito de realizarmos um relógio por ano em homenagem a uma cidade ou região de Portugal, este ano deveríamos voltar a homenagear Évora (tal já tinha acontecido em 2005), que acolhe uma parte da colecção deste museu”. Nesse sentido, Eugénio Tavares d’Almeida salientou que “criámos uma peça em parceria com uma grande manufactura de relógios alemã, que fez exclusivamente este relógio para nós e que foi 100 por Pub.

Eugénio Tavares d’Almeida, director do Museu do Relógio.

cento idealizado e desenhado pelo museu”. Évora II é um relógio mecânico automático totalmente manufacturado, com um valor de 298 euros, realçando o director do museu alguns pormenores desta peça. “Nos dígitos dos minutos, destaca-se o número dois em romano, que aparece em grande também nas horas, em que está representado o Templo Romano, onde as duas torres prin-

cipais fazem a sombra dando o dois romano que presta a dita homenagem”, explicou. De acordo com o responsável, “este relógio não foi concebido só para coleccionadores, apesar de ser uma edição limitada de 100 peças”, considerando que “por ser uma homenagem à cidade, pode levar a que os eborenses e alentejanos queiram adquirir uma peça diferente que se pode eternizar no tempo”.

Foi precisamente no dia 15 de Dezembro de 2011 que decorreu a inauguração oficial do pólo de Évora do Museu do Relógio, que tem a sua sede em Serpa. O balanço dos dois anos apresenta-se como positivo, referindo Eugénio Tavares d’Almeida que “neste período recebemos em Évora perto de 18 mil visitantes, incluindo também muitas crianças das escolas e algumas excursões”. No entanto, lembrou que “o principal visitante do museu é o turista cultural, um ou dois casais que vêm visitar a cidade, e que tenta enriquecer-se um pouco culturalmente”. Segundo o director do Museu do Relógio, há a sublinhar “o ‘feedback’ dos nossos visitantes e de todos amigos que confiam no museu, já que é raro o visitante que quando volta a Évora não volte ao museu com um casal amigo, por exemplo”. Justificou esse facto com uma certa “nostalgia” que este espaço representa pela “parte romântica da história do museu ou a história que está por detrás de algumas peças”. Esse saldo positivo também está espelhado na parte de restauro que tem “catapultado a imagem do museu”, garantiu o responsável, assegurando que esta é uma das “nossas apostas, pois é a principal fonte de sustentabilidade”. A par disso, há ainda a Loja do Museu, onde é possível encontrar artigos, como é o caso destes relógios exclusivos. É ainda de realçar que o Museu do Relógio, no conjunto dos dois espaços (Serpa e Évora), tem uma exposição permanente de mais de 2 300 peças. Pub.

O novo modelo lançado pelo Museu do Relógio, o Évora II.

Alentejana Revalida título de Campeã Nacional Universitária de Kickboxing A atleta da AAUE Filipa Correia revalidou a quinze de dezembro em Vila Real de Trás-os-Montes o título de Campeã Nacional Universitária de Kickboxing na categoria light-kick -60 kg. Filipa Correia é natural de Cuba do Alentejo e estudante de medicina Veterinária na Universidade de Évora. A AAUE fez-se representar em Vila Real com uma comitiva de oito pessoas, entre as quais sete atletas.


diário do SUL �������������������� ���������� ����������������������������

Publicidade TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

�������������� ����������������������� ������������������ ������������������������� �������

�������������������������������� �����������������������������

�����������

�������������������� ����������������

��������������������������� �������

��������������

������������������������������ �������

��������������������� ��������������������������� ������������������������������� �������������������� ���������������� �������

��������������� ����������������� ���������������� ���������������� �������

����������� ������������������������ ������������������������� ������������������������������� ��������������������������������� �������������������������� ����������������������� �������

������������������ �������������������������������� �������������������������������� ������������������������� �������

�������������� ������������������������������� ��������������������������������� �������������������������������� ��������������������������� ������������ �������

�������������������� ����������� ��������������������������� ������������������������� ����������� �������

�������� ������������������������������� ������������������������� ����������������� ��������������������������������� �������������������������������� ������������������������������ ��������������������������������� �������

�������� ������������������������� ������������������������ ��������������������������������� ���������������������� �������

Arlindo Lareiras

. Salamandras a partir de 125,00€ . Recuperadores com ventilação a partir de 534,99€ e Salamandras a pellets com comando 1090,00€. . Temos vidros para salamandras e recuperadores; fazemos a colocação do cordão nas portas e fazemos também a respectiva limpeza das chaminés. . Temos recuperadores em todas as medidas para lareiras já existentes e fazemos a colocação dos mesmos. . Temos todas as medidas de tubos inox e preto e acessórios

PROMOÇÃO

Tubos de inox de 1 metro desde 12,90, chapéus de inox desde 15,00€, várias medidas. Com fabrico próprio de lareiras por medida e churrasqueiras por medida

Horário: de segunda-feira a sábado das 9h às 13h e das 15h às 19h Agente de recuperadores e salamandras Fogo Montanha, Invicta, Supra, ADF, Chazelles, Chama, Nórdica e Jotul. Fazemos montagens das salamandras e recuperadores e fazemos a assistência técnica.

Estrada Nacional 114 (Sentido Évora - Montemor-o-Novo a 100 metros depois do Pingo Doce (ex. Feira Nova)) | T 919775898

- 266734394 | arlindolareiras@sapo.pt

11


12

Publicidade TERร A-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

diรกrio do SUL


diário do SUL

Sociedade

TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

13

Pub.

O Alentejo celebrou O “Terra madre day 2013” Victor Lamberto*

ACEITA-SE IDOSO/IDOSA SINGULAR OU CASAL

Com acompanhamento médico e de enfermagem. Quartos amplos, duplos e individuais com wc privativo Ambiente familiar e máxima higiene. Espaço exterior envolvente com bastante arvoredo. Aceitamos idosos dependentes ou autónomos Situado em Évora Venha conhecer-nos! Tm: 961711292

Celebrou-se, um pouco por todo o mundo, em torno do dia 10 de Dezembro, o “Terra Madre Day”, acontecimento colectivo à escala global que festeja o alimento bom, limpo e justo, e que envolveu, na edição deste ano, a realização de mais de 750 eventos distribuídos por todos os continentes, unindo mais de 189.000 pessoas em 130 países! O “Terra Madre Day”, celebrado pela primeira vez em 2009, e que contou, logo nessa primeira edição, com a participação do Slow Food Alentejo, é um dia de festa para os amigos da rede Terra Madre e do Slow Food (e.g. associados, produtores, comunidades do alimento, cozinheiros, académicos, músicos, jovens) que se reúnem numa celebração colectiva para festejar o movimento Slow Food e o alimento bom, limpo e justo, com realce para os alimentos locais e para as comunidades do alimento locais. Através de centenas de eventos, diversificados e únicos, organizados um pouco por todo o mundo, o Slow Food mostra, através desta celebração mundial do alimento local, que uma

revolução alimentar global assenta em raízes locais. Note-se que o “Terra Madre Day” ocorre anualmente por volta de 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos do Homem, que comemora a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, cujo artigo 25.º proclama o direito de toda a pessoa a um padrão de vida capaz de assegurar a si, e à sua família, saúde e bem-estar... inclusive alimentação… Tendo presente o lema do “Terra Madre Day 2013” (“Festejemos comendo local: salve produtos em extinção”), o Slow Food Alentejo realizou, no dia 8 de Dezembro, o evento “Sabores, saberes e espaços da tradição”. Este foi um convivial almoço em espaço rural nos arredores de Évora, numa genuína tradicional “venda e taberna” (das últimas resistentes!), em torno de sabores bem nossos, mas pouco conhecidos, menorizados (e.g. tupinambo, toucinho, sopa de mogango) e incluiu a degustação de algum património da Arca do Gosto (e.g. escorcioneira, batateira), tendo os sabores sido confeccionados segundo a tradição e por mãos do povo. O encontro envolveu o convívio

e a troca de experiências em torno de tradicionais saberes e sabores da mesa, procurou homenagear as comunidades do alimento envolvidas, dar a conhecer os desenvolvimentos mais recentes nos projectos em curso (e.g. escorcioneira, “enchidos singulares” de Azaruja, tupinambo, geoturismo Slow) e incluiu a apresentação de próximas candidaturas à Arca do Gosto (e.g. vinho de talha, pão de bolota) e uma incursão por jogo tradicional, de antanho, único, que tem vindo a ser recuperado e divulgado... O repasto foi acompanhado por cantares tradicionais alentejanos, proporcionados por habituais frequentadores da taberna, tendo terminado, pela hora de jantar, com muita música, convívio, populares petiscos e vinho de talha! Assim se deram a conhecer ou se recordaram, e se “degustaram”, em alegre e prolongado convívio, sabores, saberes, formas de vida e espaços tradicionais em riscos de extinção, que o Slow Food Alentejo tem vindo a recuperar, a promover, a defender… Refira-se que o encontro teve como parceiro o novel Núcleo Alentejo do 4.Clube.Portugal, dada a especial

atenção que o Slow Food Alentejo tem vindo a prestar, desde 2010, aos Slow Cars, no âmbito do seu inovador Geoturismo Slow (projecto iniciado em 1999), através da realização de passeios de cariz slow, que permitem o usufruto pleno de amplas paisagens alentejanas, dos seus saberes, sabores e espaços, de uma forma lenta - “passeios slow em carros slow, por uma região slow com gastronomia slow saboreada em espaços slow”… E, assim, e uma vez mais, o Alentejo participou na comemoração do dia 10 de Dezembro, o “Terra Madre Day”, em comunhão com mais de 189.000 pessoas, das Américas à Oceânia, do Afeganistão ao Zimbabwe, no seio da rede global de convivia do Slow Food e das comunidades locais do alimento do Terra Madre e demais organizações parceiras, em favor de um alimento bom, limpo e justo. O sucesso, que se repete desde a primeira edição, em 2009 (20.° aniversário do Slow Food), evidencia, uma vez mais, a diversidade e a força deste movimento global… Obrigado a todos que participaram e… junte-se a nós em 2014!

* gastronauta inquieto; leader do Convivium Alentejo (Slow Food) slowfoodalentejo@gmail.com

Marvão acolhe polo da Universidade de Évora dedicado à arqueologia Um polo da Universidade de Évora (UE) dedicado aos estudos arqueológicos vai ser instalado na aldeia de Beirã, no concelho de Marvão (Portalegre), anunciou o município. “A vinda deste polo para Marvão é importante, pois nós temos um património megalítico muito

interessante que a Universidade de Évora poderá explorar”, disse o presidente da Câmara de Marvão, Vítor Frutuoso, em declarações à agência Lusa. Para o autarca, este é “mais um contributo” para que a região do Alto Alentejo se mantenha “viva” e em particular a aldeia de Beirã,

que nos últimos anos “ficou empobrecida” com a retirada dos serviços relacionados com os caminhos-de-ferro. De acordo com o município, um grupo de investigadores da UE e das universidades espanholas de Cáceres e Madrid, conjuntamente com a Associação de

Estudos do Alto-Tejo, preveem concentrar também naquele polo a investigação arqueológica que têm desenvolvido naquela região nos últimos anos. Para além de uma sala de aulas e espaço laboratorial, o polo poderá acolher, em pernoita, até 15 pessoas.

NECROLOGIA NATIVIDADE MARIA PEREIRA COSTA Dia 15/12/2013, na Igreja da Misericórdia, pelas 9 h, realizou-se o Faleceu dia 14/12/2013 em Évora, a sra. D. Natividade Maria Pereira préstito fúnebre para o Cemitério de Elvas. Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício Costa, de 72 anos de idade, natural de Orada (Borba) e que residia em Évora. Dia 16/12/2013, na Igreja da Sagrada Família (Álamos), pelas 9 h, MARIA JOANA CANHOTO PASTORINHO PEREIRA realizou-se o préstito fúnebre para o Cemitério de Elvas. Faleceu no dia 13 de Dezembro de 2013, em Évora, Maria Joana Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício Canhoto Pastorinho Pereira, viúva, de 72 anos, natural e residente em Santo Aleixo - Monforte. Dia 14-12-2013, na igreja de Santo Aleixo, pelas 16h00m, realizouse o préstito fúnebre para o cemitério de Santo Aleixo. MANUEL VICENTE BARRAS Agência Funerária Pestana - Évora - Servilusa Faleceu dia 13/12/2013, em Aguiar, o sr. Manuel Vicente Barras, de 87 anos de idade, natural de Viana do Alentejo e que residia em Viana do Alentejo. MARIA LEONOR Dia 15/12/2013, na Capela de Aguiar, pelas 9 h, realizou-se o Faleceu no dia 14 de Dezembro de 2013, em Évora, Maria Leonor, préstito fúnebre para o Cemitério de Aguiar. viúva, de 82 anos, natural de Cabeção - Mora e residente em Évora. Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício Dia 15-12-2013, na igreja de Sagrada Família (Álamos) - Évora, pelas 10h30m, realizou-se o préstito fúnebre para o Cemitério do Espinheiro - Évora. ANTÓNIA MARIA BARRANCOS BOTAS Agência Funerária Pestana - Évora - Servilusa Faleceu dia 14/12/2013 em Évora, a sra. Antónia Maria Barrancos Botas, de 88 anos de idade, natural de Redondo e que residia em Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais Évora. sentidas condolências.


14

diário do SUL

Entretenimento TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

RTP 1 06:30 Bom Dia Portugal 10:00 Praça da Alegria 12:15 Os Nossos Dias 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Windeck - O Preço da Ambição 14:36 Depois do Adeus 15:39 Portugal no Coração 18:00 Portugal em Direto 18:53 O Preço Certo 19:52 Direito de Antena 20:00 Telejornal 21:07 Bem-vindos a Beirais 21:52 Quem Quer Ser Milionário 22:49 5 Para a Meia-Noite 23:55 Diários do Vampiro 00:45 A Árvore (Filme) 02:26 Ler +, Ler Melhor 02:37 Regresso a Sizalinda 04:00 Televendas 06:04 Nós

PROGRAMAÇÃO TELEVISÃO RTP 2 SIC TVI 07:00 Zig Zag 15:02 5 Minutos Com Um Cientista 15:09 Dois Homens e Meio 15:31 National Geographic 16:21 Iniciativa 16:25 Sociedade Civil 18:00 A Fé dos Homens 18:35 Iniciativa (R/) 18:40 Ler +, Ler Melhor 18:48 Zig Zag 20:50 Ler +, Ler Melhor (R/) 21:01 5 Minutos Com Um Cientista (R/) 21:11 National Geographic 22:00 Síntese 24 horas 22:22 Agora (Diários) 22:31 Mad Men 23:23 Viver é Fácil 23:47 Voo Directo - A Vida a 900 à Hora 00:37 E:2 - Escola Superior de Comunicação Social 01:03 Agora (Diários) (R/) 01:09 Euronews

06:00 SIC NOTÍCIAS 07:00 Edição da Manhã 08:50 A Vida nas Cartas - O DILEMA 10:15 QUERIDA JÚLIA 13:00 PRIMEIRO JORNAL 14:30 Rosa Fogo 15:40 Boa Tarde 18:15 Senhora do Destino 19:15 Sangue Bom 20:00 Jornal da Noite 21:45 Sol de Inverno 23:00 Amor à Vida 00:00 A Guerreira 01:00 Investigação Criminal 01:55 Investigação Criminal Los Angeles 02:55 CARRO DO ANO 03:00 Investigação Criminal Los Angeles 04:00 Televendas

06:30 Diário da Manhã 10:15 Você na TV! 13:00 Jornal da Uma 14:30 A Outra 16:00 A Tarde é Sua 18:00 Doce Fugitiva 18:30 I Love It 19:30 Casa dos Segredos 4 - Diário da Tarde 20:00 Jornal das 8 21:30 Euromilhões 21:45 Belmonte 22:45 Casa dos Segredos 4 Nomeações 00:00 Casa dos Segredos 4 - Extra 01:45 Série - Uma Família muito Moderna II 02:30 Filme - Homens Misteriosos 05:00 TV Shop

Padroeiro dos presépios Estamos no Mês de Natal, o Mês dos Presépios, uma vez que em quase todos os lares encontramos a ancestral forma de anunciar e comemorar o nascimento do Deus Menino. Também encontramos Presépios nos mais diversos estabelecimentos e lugares públicos. Por isso e como informação dizemos que o Padroeiro dos Presépios é São Francisco de Assis que nasceu entre 1181 e 1182 na Cidade de Assis, em Itália. Depois de, em jovem, ter levado uma vida de rico com festas, noitadas e ter combatido na guerra contra a Perugia, onde foi prisioneiro. Após a libertação voltou a casa, Pub.

tendo sido acometido de doença grave, reflexos dos tempos de prisão. Afecções que o acompanharam para toda a vida (visão e aparelho digestivo). Recuperado combateu contra o exército de Frederico II. Contudo e apesar de ter tido a oferta de soldados, melhores armas e outros apetrechos de guerra, resolveu após um sonho ou visão, alterar a sua maneira de viver, rejeitando o dinheiro e as coisas mundanas, que antes eram o seu belo prazer, pelo que foi deserdado por seu pai. Aos vinte e cinco anos renunciou aos bens paternos e entrou para a vida religiosa, fundando a Ordem dos Frades Menores e a

Ordem Terceira. Na noite de 24 de Dezembro de 1253, São Francisco de Assis recriou pela 1ª. vez um Presépio, numa Gruta na Floresta de Greccio, uma pequena aldeia do norte de Itália.

O nascimento de Jesus foi recriado com animais verdadeiros, tendo sido colocado no feno a Imagem do Menino Jesus, ladeada pelas figuras de Maria e José. Em virtude de naquela Época não serem permitidas representações litúrgicas em Igrejas, foi necessário solicitar autorização especial ao Papa Honório III. É reconhecido em 1986 como Santo Padroeiro dos Presépios. Terminamos com um dos pensamentos de São Francisco de Assis. “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente estará fazendo o impossível” Armando Ribeiro

diário do sulTV meo

643891

ADRAL organizou workshop para empresas no concelho de Marvão Faça Like na nossa página do facebook

Farmácia de Serviço DISTRITO DE ÉVORA ALANDROAL – Alandroalense ARRAIOLOS – Vieira BORBA – Central ESTREMOZ – Grijó ÉVORA - Galeno MONTEMOR-O-NOVO – Freitas MORA – Falcão MOURÃO – Central PORTEL – Misericórdia REDONDO – Xavier da Cunha REGUENGOS MONSARAZ – Moderna VENDAS NOVAS – Santos Monteiro VIANA DO ALENTEJO – Viana VILA VIÇOSA – Torrinha DISTRITO DE BEJA ALJUSTREL – Dias ALMODÔVAR – Aurea ALVITO – Nobre Sobrinho BARRANCOS – Barranquense BEJA – Santos CASTRO VERDE – Alentejana CUBA – Misericórdia FERREIRA DO ALENTEJO – Salgado;

Tempo

MOURA – Ferreira da Costa; SERPA – Central; VIDIGUEIRA – Costa DISTRITO DE PORTALEGRE ALTER DO CHÃO – Alter; Portugal ARRONCHES – Esperança; Batista AVIS – Nova de Aviz CAMPO MAIOR – Central CASTELO DE VIDE – Roque CRATO – Saramago Pais; Matos ELVAS – Lux FRONTEIRA – Costa Coelho; GAVIÃO – Gavião; Pimentel; MONFORTE – Jardim NISA – Seabra; Moderna; PONTE DE SÔR – Cruz Bucho; PORTALEGRE – Portalegrense SOUSEL – Mendes Dordio; Andrade LITORAL ALENTEJANO ALCÁCER DO SAL – Misericórdia GRÂNDOLA – Costa; Silva Ângelo SANTIAGO DO CACÉM – Corte Real SINES – Central

Terça-feira, 17

Évora

Aguaceiros Máx.: 17º C Min.: 5º C

Beja

Aguaceiros Máx.: 17º C Min.: 8º C

Portalegre

Aguaceiros Máx.: 13º C Min.: 8º C

Telefones de Urgência Évora - PSP- 266760450 - GNR - 266748400 - Protecção Civil Civil- 266777150 - Bombeiros Voluntários- 266702122 - Hospital Espírito Santo - 266740100 - Taxis- 266734734 - Estação Caminhos Ferro - 808208208 - SEF- 266 788 190 / 808 202 653 - Universidade de Évora- 266740 800 - Acção Social U.E.- 266 745 610 - Piscinas Municipais- 266 777 186 Elvas - Bombeiros Voluntários- 268636320 - PSP - 268639470 - GNR - 268637730 - Hospital Santa Luzia - 268 637600 - Centro Saúde - 268622719 - EDP - LTE - 800505505 - Serviço de Águas - 268622267 - Câmara Municipal Elvas - 268639740 - Táxis - 268622287 - Estação Caminhos Ferro - 808208208 - Rodoviária do Alentejo - 268622875 - Tribunal Judicial Elvas - 268639156

- Repartição Finanças - 268622527 Beja - PSP - 284313150 - GNR - 284311670 - Protecção Civil - 284313050 - Bombeiros Voluntátios - 284311660 - Hospital de Beja Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno) - Câmara Municipal - 284311800 - Serv. Protecção Civil - 284311814 - Posto de Turismo - 284311913 - EMAS - 284313450 / 284313455 - EDP - 284005000 / 800506506 - Táxis de Beja - 284 322 474 - Gare Rodoviária - 284313620 - Caminhos de Ferro CP - 808208208 Portalegre - PSP- 245300620 - GNR -245330888 - Protecção Civil Civil- 245201203 - Bombeiros Voluntários - 245300120


diário do SUL

Empresarial TERÇA-FEIRA , 17 DE DEZEMBRO DE 2013

15

Fotos Exclusivas

Projecto de voluntariado é promovido a nível nacional

“Pais Natais” da oferecem ar condicionado à Casa de S. José Operário n Marina Pardal

Veja esta reportagem no canal

O

s utentes da Casa de S. José Operário de S. Miguel de Machede foram visitados pelos “Pais Natais” da EDP Distribuição. Integrada na campanha de voluntariado “Parte de Nós - Natal 2013”, promovida pela empresa a nível nacional, a iniciativa decorreu na passada sexta-feira. Esta instituição, com sede em Évora, acolheu de “braços abertos” o lanche natalício preparado pelos voluntários e que incluiu a oferta de um ar condicionado para a sala de convívio. Para além disso, foram deixadas na casa algumas mantas compradas pelos voluntários e outros colegas da empresa, que também fizeram questão de participar. O director-adjunto da Direcção de Rede e Clientes Sul da EDP Distribuição, Eugénio Sousa, também participou na festa. Em entrevista ao Diário do Sul salientou que “este projecto tem cerca de dois anos e envolve uma boa parte dos colaboradores do grupo EDP”, realçando que “dá a oportunidade das pessoas participarem nesta missão de ajudarem quem mais precisa e da empresa cumprir o seu papel social, quer com horas dos funcionários, quer também com alguns bens materiais que por vezes são importantes para estas ‘famílias’ necessitadas”. Em relação à prenda, Eugénio Sousa referiu que “o ar condicionado foi oferta da Direcção de Rede e Clientes Sul da EDP Distri-

A oferta da EDP Distribuição à Casa de S. José Operário de S. Miguel de Machede.

buição”, acrescentando que “o lanche foi feito pelos próprios voluntários, com um pequeno complemento por parte da empresa”. Na sua opinião, “os nossos colaboradores gostam de ter este papel de missão social e nota-se o seu entusiasmo na acção, ficam mais motivados”. Hélder Matos, engenheiro na

Teresa Pereira (Obra de S. José Operário) e Eugénio Sousa (director-adjunto da Direcção de Rede e Clientes Sul da EDP Distribuição).

EDP e coordenador da equipa de voluntários, corroborou essa ideia, sublinhando que “tira-nos um pouco do nosso dia-a-dia de trabalho permite-nos ajudar outras pessoas que necessitam mais de apoio”. Reforçou ainda que “é uma acção que nos preenche muito”. A presidente do Conselho de Administração da Obra de S. José Operário, Teresa Pereira, agrade-

ceu a oferta, considerando ser de grande importância para esta instituição. “Nós temos uma salamandra na sala de convívio que deixa sair algum fumo, mas não tínhamos dinheiro para comprar um ar condicionado”, explicou. Nesse sentido, “quando a EDP nos fez a proposta de oferecer uma prenda, pensámos neste equipamento”, frisou, brincando com o facto de “até estar relacionado com a electricidade”. Teresa Pereira disse ainda que “na nossa casa em S. Miguel de Machede temos as valências de lar de idosos (oito utentes), centro de dia (20) e serviço de apoio domiciliário (10 utentes)”, adiantando que “o ar condicionado foi instalado na sala de convívio dos utentes, onde eles passam mais tempo”. Para além de S. Miguel de Machede e Évora, a Obra de S. José Operário tem valências em N.ª Sr.ª de Machede e em Montoito. Pub.

O ar condicionado oferecido pela EDP Distribuição ficou instalado na sala de convívio da instituição.

Os voluntários serviram o lanche aos utentes da Casa de S. José Operário.

Os voluntários da Direcção de Rede e Clientes Sul da EDP Distribuição que participaram na acção


ANO: 44.º NÚMERO: 12.168 PVP: 0,75€ TERÇA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2013

“Obstáculos constitucionais” não dão perspectiva positiva de futuro para a economia, diz Passos Coelho

O

primeiro-ministro disse que “os obstáculos de natureza constitucional” que não permitem reduzir a despesa não dão “uma perspetiva positiva de futuro para a economia portuguesa”. “Se nós andarmos todos os anos a sofrer um desgaste imenso por querer reduzir a despesa, porque ela tem de ser reduzida, e depois temos obstáculos de natureza constitucional que não o permitem, isso não dá uma perspetiva positiva de futuro para a economia portuguesa”, afirmou Pedro Passos Coelho. “O que nós precisamos é reduzir sustentadamente a nossa despesa”, insistiu, frisando que o país só poderá diminuir a carga fiscal quando tiver excedente orçamental. “É negativo que se enraíze a ideia de que resolvemos os nossos

problemas orçamentais aumentando os impostos. Isso é uma ilusão. Podemos, no curto prazo, não ter outra alternativa,

mas é muito mau pensar que, para futuro, só conseguimos resolver os nossos problemas de défice, aumentando os impostos”,

acrescentou Pedro Passos Coelho. Para o chefe do Governo, aumentar a carga fiscal “representa uma solução de curto prazo, mas uma péssima solução de médio e longo prazo”. O primeiro-ministro disse não poder garantir se haverá redução de impostos até 2015. Antes, tinha afirmado que só aumentou os impostos este ano porque houve necessidade de compensar o chumbo do Tribunal Constitucional relativo à medida do Orçamento do Estado que previa a suspensão dos subsídios na função pública. Elogiando o trabalho dos empresários portugueses e o crescimento da exportação, sublinhou que a economia do país “consegue dar mostras de vitalidade e reanimação”, tendo entrado em 2013 numa “inversão de tendência”.

Ajuda Externa: 10.ª avaliação

dependente das alternativas a eventual chumbo do Constitucional A aprovação da décima avaliação ao programa português pela ‘troika’ fica dependente da apresentação de alternativas pelo Governo caso o Tribunal Constitucional chumbe a convergência de regimes de pensões, disseram à Lusa fontes envolvidas na avaliação. A análise do Tribunal Constitucional ao diploma que estabelece a convergência dos regimes de pensões será conhecida esta semana, e em caso de chumbo, a conclusão com sucesso da décima avaliação do programa da ‘troika’, e consequente desembolso dos 2,7 mil milhões de euros, ficará dependente da apresentação pelo Governo de alternativas para compensar esse eventual chumbo, disseram as mesmas fontes envolvidas na avaliação. Questionado na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da décima avaliação, o vice-primeiro-ministro e restantes elementos do Governo presentes optaram por dizer que não especulariam sobre um eventual chumbo. “O Governo não vai entrar em

especulações sobre questões que estão sob avaliação do Tribunal Constitucional. Nós somos institucionalistas, isso significa respeitar o tempo próprio de decisão das instituições, nós cumpriremos com as decisões do tribunal e cumpriremos com os objetivos estabelecidos com a missão externa, não é este o momento de fazer qualquer outro comentário”, afirmou Paulo Portas. Confrontado novamente com a questão, o ministro disse apenas que a questão estava respondida, remetendo para as respostas anteriores em que não esclareceu este ponto. Maria Luís Albuquerque tinha dito antes, durante a conferência de imprensa, que não foi discutido qualquer cenário, e mesmo que não via razões para presumir que a medida fosse chumbada. A Agência Lusa confrontou o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia com esta questão, mas até ao momento não foi possível obter qualquer esclarecimento. Pub.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.