ED.1859 - QUI 10-09-2020

Page 1

ANO 23 - EDIÇÃO 1859 - R$ 2,00

QUINTA-FEIRA 10 DE SETEMBRO DE 2020 www.omunicipio.com

Estado confirma 192.982 casos, 182.300 recuperados e 2.460 mortes por Covid-19 PÁGINA 05

Amurel está classificada como Risco Potencial Gravíssimo para Covid-19

Criciúma apresenta pacote com três reforços para a Série C

PÁGINA 02

PÁGINA 06


02

• www.omunicipio.com

10 de Setembro de 2020

GERAL

Amurel está classificada como Risco Potencial Gravíssimo para Covid-19 A

Associação dos Munícipios da Região de Laguna, Amurel, voltou a figurar entre a região de risco gravíssimo para o novo coronavírus, conforme o mapa de monitoramento do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), da Secretaria de Estado da Saúde. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9). No último levantamento, divulgado na semana passada, eram cinco as regiões de risco gravíssimo e as cidades que abrangem Laguna não estavam na lista. Agora, além de Laguna, as regiões do Alto Vale do Rio Peixe e a Nordeste, que inclui parte dos municípios do Norte do Estado, entre eles Joinville, segue em risco gravíssimo desde 14 de julho. Os níveis de risco são avaliados a partir da combinação de quatro fatores: isolamento social, investigação, testagem e isolamento de casos, reorganização de fluxos assistenciais e ampliação de leitos. As recomendações são sugeridas aos gestores municipais, pelo governo estadual, a partir da classificação de cada região no mapa de risco. O Estado já teve 12 das 16 regiões de saúde em nível gravíssimo. Nesta terça-feira (8), o governo do Estado informou que há 190.397 pacientes com teste positivo para Covid-19, dos quais 180.529 estão recuperados e 7.426 permanecem em acompanhamento. Até esta

data, 2.442 óbitos foram causados pelo coronavírus. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,28%. Foram confirmados casos em todos os 295 municípios catarinenses e 218 cidades registraram pelo menos um óbito. O local com a maior quantidade de casos é Joinville, que contabiliza 18.281 casos. Na sequência, aparecem Florianópolis (11.713), Blumenau (10.851), Balneário Camboriú (6.825), Itajaí (6.692), São José (6.144), Criciúma (6.078), Chapecó (6.069), Palhoça (5.486) e Brusque (5.063).

Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Salmos 127:1

Expediente Fundado em 07 de junho de 1997

Fones: (48) 3624-2456

Editor Chefe: Reinor Marcolino - Reg.SC 02.423-JP Designer/Diagramação: Fabio Julio Gonçalves Desenhos: Vitor Bitencourt Colaboradores: Jaison Bez Fontana, Evandro Marques Pacheco, Arilton Barreiros, João Carlos Idalêncio. Impressão: Gráfica Alternativa - Criciúma

Whatsapp: (48) 99671-3638

Rua Bernado Schimitz - Centro - Jaguaruna - SC

E-mail: diarioomunicipio@gmail.com Site: www.omunicipio.com Facebook: http://www.facebook.com/ jornalomunicipiojaguaruna Circulação: Gravatal, Jaguaruna, Sangão,

Treze de Maio, Pedras Grandes, Morro da Fumaça, Capivari de Baixo e Tubarão. Assessoria Jurídica: Diógenes Luiz Mina de Oliveira - OAB/SC 26.894

Matérias assinadas e colunas são de responsabilidade de seus autores


10 de Setembro de 2020

www.omunicipio.com •

03

GERAL

Pesquisadores de SC desenvolvem sistema para consultas médicas a distância I

magine pegar o seu celular, clicar em um aplicativo e começar uma transmissão online com um médico. Isso parecia algo improvável há alguns meses, mas a pandemia causada pelo novo coronavírus levou o setor da saúde a buscar soluções para evitar a contaminação. Além de proteger as pessoas, o uso da tecnologia pode ampliar a oferta de serviços e ainda reduzir custos. É o que defende uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que desenvolve um sistema de teleatendimento para a rede pública de saúde. Todos os municípios catarinenses poderão contar com a plataforma, que tem previsão de ser finalizada até novembro deste ano. O projeto foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 97 mil para o grupo. O desenvolvimento do sistema deveria durar um ano, mas os pesquisadores vão antecipar a conclusão para disponibilizar a plataforma o quanto antes para a Secretaria de Estado da Saúde. Segundo o professor Douglas Dyllon Jeronimo de Macedo, do Departamento de Ciência da Informação da UFSC e coordenador do projeto, a proposta pode melhorar significativamente os níveis de saúde dos pacientes, além de dar mais agilidade no atendimento. “Imagine pessoas que estão em condição enferma em casa, doentes tendo que sair de casa, muitas vezes tendo que pegar conduções públicas. Nesse momento nem está tendo condução para chegar de fato ao local que está dando assistência à saúde. Imagine conseguir fazer a consulta de casa”, explica o professor. Santa Catarina já é destaque no país no desenvolvimento de tecnologias para a saúde, mas não havia um sistema se-

melhante porque a legislação não permitia. Até então os gestores públicos não imaginavam uma crise mundial sanitária e a necessidade de atendimento remoto. A pandemia causada pelo novo coronavírus veio mudar esse cenário. Um projeto de lei federal já foi aprovado e sancionado, permitindo as consultas a distância durante o período da pandemia, cenário que poderá ser mantido com regulamentação específica. O professor Douglas reforça que o sistema de teleatendimento desenvolvido na UFSC não é só uma videoconferência como se tem visto no mercado. Há um rigoroso trabalho para garantir a privacidade dos profissionais de saúde e dos pacientes, além da geração de dados para abastecer os prontuários eletrônicos e garantir acesso às informações durante o tratamento. “Há toda uma tarefa de gestão até esse paciente chegar numa sala virtual em que o médico esteja esperando ele”, destaca. Essa gestão inclui a criação de um fluxo para que a pessoa receba a informação sobre a consulta, saiba como acessar a sala virtual e tenha todo o atendimento necessário, o que não exclui a consulta presencial. Pelo contrário, o sistema de teleatendimento será um complemento ao serviço já disponível, ampliando as ferramentas de acompanhamento do paciente. O projeto coordenado pelo professor Douglas se propõe a pensar tudo isso de forma segura e dentro dos procedimentos adotados pelo Ministério da Saúde e na realidade da saúde pública catarinense e do país. Mas para que o sistema faça parte do dia a dia dos profissionais e dos pacientes, vai passar por validações técnicas além de aprovação dos governos, que serão os responsáveis pela gestão da plataforma. “Nosso projeto é completamente focado na

rede pública. Quem vai avaliar essa viabilidade e de fato fazer a oferta são o Estado e os municípios. Na nossa avaliação, isso implicaria numa melhora significativa nos níveis de saúde para os pacientes”, defende. O projeto-piloto deve estar pronto em setembro, quando passará por melhorias. Já em outubro serão feitas as validações para entregar ao Estado em novembro, na metade do prazo inicial que seria de um ano. “É uma meta muito ousada. Mas a gente precisa responder isso para a sociedade. É muito importante que isso seja feito dessa forma”, destaca o professor. Telemedicina já desenvolvida no Estado Não é a primeira vez que a tecnologia é uma aliada da rede de saúde em Santa Catarina. O Estado já conta com um robusto sistema de telediagnóstico responsável hoje por mais de 80 mil exames por mês. A rede começou a ser desenvolvida em 2004 para reduzir o transporte de pacientes dos pequenos municípios para as grandes cidades para fazer desde exames simples até os mais complexos. De lá para cá, a rede foi se expandindo e hoje está presente em todos os 295 municípios catarinenses. Conta com 650 instituições de saúde conectadas, desde unidades básicas até hospitais de alta complexidade. São aproximadamente 35 mil profissionais da saúde operando o sistema. Com essa integração foi possível realizar 9,5 milhões de exames desde 2005. Segundo o coordenador do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) da UFSC, o professor Aldo von Wangenheim, só foi possível desenvolver essa rede tecnológica pela parceria da universidade com o Governo do Estado. “Hoje o STT é pro-

vavelmente a maior rede de telemedicina que existe no hemisfério sul. Nós realizamos em média 80 mil exames por mês. São 80 mil pacientes que deixam de pegar a estrada para fazer um exame, para serem atendidos, para ter um resultado. Isso é uma revolução na saúde do Estado”, destaca. Além da parceria com a Secretaria Estadual da Saúde, o projeto contou com apoio da Fapesc para desenvolvimento de pontos específicos da plataforma. Um exemplo foi a teledermatologia, que permitiu a realização a distância de exames dermatológicos. Essa parte do projeto foi aprovada no Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), também da fundação e que está agora com inscrições abertas até 5 de outubro. Já em operação, o serviço de teledermatologia está disponível em 300 pontos espalhados por todo o Estado, o que colaborou para reduzir o tempo de espera de exame dermatológicos de seis meses para 72 horas. “Com isso, uma quantidade enorme de filas de pessoas que estavam esperando pelo atendimento médico se eliminou. É impensável hoje você imaginar o Estado de Santa Catarina sem a telemedicina”, confirma o professor Aldo. Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, o uso da tecnologia, da ciência e da inovação sempre fez parte das ações relacionadas à saúde, desde os equipamentos para exames até estruturas para realização de cirurgias, por exemplo. “O teleatendimento é mais uma aplicação da tecnologia na área da saúde, onde o profissional espe-

cializado numa das áreas da medicina pode atender diversos casos em várias regiões, reduzindo tempo e custo. A Fapesc é apoiadora de estudos ligados à telemedicina desde seus primeiros projetos no Estado de Santa Catarina e continuaremos na vanguarda”, reforça. Já a gerente de Ciência e Pesquisa da Fapesc, Deborah Bernett, destaca o quanto o projeto do STT é um exemplo de sucesso em pesquisa com resultados aplicados diretamente na sociedade. “O projeto está subdividido em diferentes etapas e metas que se estendem a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em tecnologias móveis distribuídas na área da saúde, todas apoiadas pela fundação em programas de apoio específicos” comenta. Live sobre as novas tecnologias O coordenador do projeto do teleatendimento, o professor Douglas Dyllon Jeronimo de Macedo, participará junto com o professor Aldo von Wangenheim de uma live para falar sobre os projetos de teleatendimento e telemedicina. A transmissão contará com a participação do presidente da fundação, Fábio Zabot Holthausen, junto com a gerente de Ciência e Pesquisa, Deborah Bernett. Quem quiser acompanhar, basta acessar na próxima quinta-feira, 10, às 17h, o canal do YouTube da Fapesc ou a página do Facebook. Soluções para a Covid-19 O sistema de teleatendimento é um dos cin-

co projetos aprovados no edital 06/2020 da Fapesc, que destinou R$ 500 mil para pesquisas de curto prazo relacionadas à Covid-19 em SC. Entre esses estudos, estão contemplados desenvolvimento de testes rápidos mais seguros, a ativação de um laboratório na Serra catarinense para análise dos casos da doença, além de estudo para uso da vacina tríplice viral para imunização e redução dos sintomas da Sars-Cov-2. No mesmo período, a Fapesc lançou o edital 07/2020 destinando R$ 500 mil para soluções que possam ser usadas quase que imediatamente no combate à pandemia e seus efeitos. Foram aprovados produtos como a criação de um painel para doações a projetos de recuperação econômica, produção de tecido pulmonar para realização de testes de medicamentos e estudos relacionados ao novo coronavírus, além tecnologias para higienização de ambientes. A Fapesc também foi parceira de edital do governo federal que investiu R$ 50 milhões para estudos relacionados ao novo coronavírus. A fundação destinou R$ 1,2 milhão em bolsas de mestrado e pós-doutorado para os estudos catarinenses aprovados, que incluem desde o desenvolvimento de vacina contra Covid-19 até mapeamento do atendimento dos pacientes infectados em hospitais universitários como também o impacto da doença nos pacientes.


04

• www.omunicipio.com

10 de Setembro de 2020

GERAL

Fapesc e Instituto Federal Catarinense (IFC) lançam edital para fortalecer pesquisas no estado

P

esquisadores do Instituto Federal Catarinense (IFC) poderão submeter suas propostas ao Edital de Chamada Pública lançado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). No total, serão R$ 300 mil em recursos. As pesquisas abrangem diferentes áreas do conhecimento e devem contribuir para o desenvolvimento do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação de Santa Catarina. Para participar, os pesquisadores devem ter vínculo com o IFC e passar por seleção em Edital de Chamada Pública

interno. Depois, os projetos selecionados deverão ser submetidos na Plataforma Fapesc entre 19 e 24 de novembro de 2020. Cada projeto aprovado receberá até R$ 30 mil. Para isso, o IFC está disponibilizando R$ 150 mil e a Fapesc outros R$ 150 mil. “A Chamada Pública realizada com o Instituto Federal Catarinense faz parte de um programa de fomento à pesquisa científica junto às instituições de ensino catarinense. Serão desenvolvidas chamadas semelhantes com outras instituições do Estado visando ao fortalecimento da pesquisa, da ciência e da formação dos pesqui-

sadores para que Santa Catarina avance em termos de conhecimento e inovação”, explica o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen. O IFC possui 15 campi, distribuídos nas cidades de Abelardo Luz, Blumenau, Araquari, Brusque, Camboriú, Concórdia, Fraiburgo, Ibirama, Luzerna, Rio do Sul, Santa Rosa do Sul, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, Sombrio e Videira, uma unidade urbana em Rio do Sul, além da Reitoria, instalada na cidade de Blumenau. “Os programas, os projetos e as ações de pesquisa do IFC constituem um processo educativo para a investiga-

ção e a reflexão, visando à inovação, ao empreendedorismo e à solução de problemas científicos e tecnológicos, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico sustentável local e regional. Diante disso, a retomada do Acordo de Cooperação Técnica e Financeira com a Fapesc fortalece os Grupos de Pesquisas e pesquisas realizadas nos Programas Stricto Sensu do IFC e, por consequência, impacta no desenvolvimento da pesquisa no Estado de Santa Catarina e no IFC”, destaca a professora Fátima Peres Zago de Oliveira, pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFC.

Essa não e a primeira vez que Fapesc e IFC lançam um edital em conjunto. Em 2015, por exemplo, foram selecionados 34 projetos que receberam apoio para realizarem suas pesquisas. Cooperação com Instituições de Ensino Superior O edital do IFC é o primeiro de outros que serão lançados dentro do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc. “Estamos firmando parcerias, por meio de Acordos de Cooperação Técnica e Financeira, com diversas Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado. Os acordos se

consolidam por meio de grupos de pesquisas nas diversas áreas do conhecimento, além da promoção do desenvolvimento e transferência de tecnologia para atendimento das demandas da sociedade”, relata a gerente de Pesquisa da Fapesc, Deborah Bernett. “Além do IFC, instituições como a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), universidades do Sistema Acafe, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) são algumas das que já aderiram a essa parceria na busca da simplificação e agilização do acesso aos recursos destinados à pesquisa”, complementa Deborah.


www.omunicipio.com •

10 de Setembro de 2020

05

GERAL

Governo zera imposto de importação do arroz até o final do ano A

Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia, decidiu nesta quarta-feira, dia 9, zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado. A isenção tarifária valerá até 31 de dezembro deste ano. De acordo com a pasta, a redução temporária está restrita à cota de 400 mil toneladas, incidente arroz com casca não parboilizado e arroz semibranqueado ou branqueado, não parboilizado, de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Até então, a Tarifa Externa Comum (TEC)

incidente sobre o produto era de 12%, para o arroz beneficiado, e 10% para o arroz em casca. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê-Executivo de Gestão da Camex, a partir de um pedido formulado pelo Ministério da Agricultura. O colegiado é integrado pela Presidência da República e pelos ministérios da Economia, das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Alta nos preços O objetivo da isenção tarifária temporária é conter o aumento ex-

pressivo no preço do arroz ao longo dos últimos meses. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), o preço do arroz variou mais de 107% nos últimos 12 meses, com o valor da saca de 50 kg próximo de R$ 100. Os motivos para a alta são uma combinação da valorização do dólar frente ao real, o aumento da exportação e a queda na safra. Em alguns supermercados, o produto, que custava cerca de R$ 15, no pacote de 5 kg, está sendo vendido por até R$ 40.

Estado confirma 192.982 casos, 182.300 recuperados e 2.460 mortes por Covid-19

S

anta Catarina já registrou 192.982 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 182.300 se recupera-

ram e 8.222 estão em acompanhamento. O número foi divulgado nesta quarta-feira, dia 9. Desde o início da pandemia, 2.460 óbi-

tos foram causados pela Covid-19. A taxa de letalidade atual é de 1,27%. Já foram confirmados casos em todos

os 295 municípios catarinenses e 217 cidades registraram pelo menos um óbito. O local com a maior quantidade de pessoas que já contraíram Covid-19 é Joinville, que registra 18.781 casos. Em seguida, estão Florianópolis (11.836), Blumenau (10.984), Balneário Camboriú (6.858), Itajaí (6.774), São José (6.202), Criciúma (6.195), Chapecó (6.141), Palhoça (5.537) e Brusque (5.146). Dos 1.535 leitos de UTI existentes pelo

Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, há 1.057 ocupados, sendo 422 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A ocupação é de 68,9% e há 478 leitos livres atualmente. Taxa de letalidade O boletim desta quarta-feira traz uma novidade. A partir de agora, o documento mostra informações atualizadas diariamente sobre a taxa de óbitos por milhão de habitantes e o índice de letalidade de to-

dos os estados brasileiros. Santa Catarina é o estado que apresenta a menor taxa em todo o país. Os dados são referentes ao dia anterior, a exemplo dos índices de isolamento. A taxa de letalidade representa a proporção de infectados que chega a óbito – ou seja, pacientes que morrem vítima da Covid-19, em relação ao total de infectados. Ela é um instrumento importante para o monitoramento e estudo de epidemias.


06

• www.omunicipio.com

10 de Setembro de 2020

GERAL

Criciúma apresenta pacote com três reforços para a Série C U

m volante, um meio-campo e um atacante. Foi este o pacote de três reforços apresentados pelo Criciúma na tarde desta quarta-feira, dia 9. Do Atlético-MG vieram Adriano (volante) e Alessandro Vinícius (meio-campo). Já no ataque, o contratado foi Zeca, que estava no Goiás. Todos os atletas chegam ao Tigre por empréstimo até o fim do Campeonato Brasileiro da Série C. O mais experiente deles é Zeca, de 23 anos. Formado nas categorias de base do Bahia, o atacante já defendeu as cores do Ypiranga (BA), do Boa Vista, de Portugal, e nas últimas duas temporadas estava no Goiás. Na atual temporada, o jogador atuou em quatro partidas pela equipe goiana, sendo três jo-

gos pelo Campeonato Brasileiro da Série A e um pelo Campeonato Goiano. Ele não marcou nenhum gol. Agora, disputará a Série C nacional. “Eu não vejo muita diferença entre uma Série A e uma Série C. Eu venho acompanhando a equipe do Criciúma e é um time que tem condições de jogar na Série A. A questão de grupo, o nível de qualidade dos atletas é parecido”, afirmou Zeca. Caso Roberto Cavalo precise, ele acredita estar pronto para ir para o jogo. “O Michel (atual centroavante do Criciúma) é um grande jogador. Vi que ele vem dando conta do recado. Mas estou chegando para agregar ao grupo e à disposição para ser utilizado. Sou um atacante de área, com mo-

bilidade, que gosta de buscar o jogo e espero ajudar da melhor maneira possível”, acrescentou. Adriano, de 21 anos, é outro jogador que chegou a atuar pela equipe principal do clube que defendia antes de chegar ao Criciúma. No Galo Mineiro, o volante fez duas partidas pelo Campeonato Mineiro de 2020, que terminou com o título do Atlético-MG. No Tigre, disputará vaga com dois dos titulares absolutos de Roberto Cavalo, que são os volantes Foguinho e Eduardo. “Eles são bons jogadores, com ótima qualidade. Mas o campeonato é longo e creio que irão surgir as oportunidades e posso substituir eles a altura. O Adriano é um cara trabalhador, aguerrido, que

busca sempre fazer as coisas certas dentro e fora de campo, dando seu melhor tanto na parte técnica quanto tática. Vou me entregar e colocar muita disposição para vencer”, disse o atleta que foi formado nas categorias de base do Atlético-GO e depois contratado para as categorias de base Atlético-MG em 2018.

Mateus Arence é apresentado oficialmente no Hercílio Luz M

ateus Arence está de volta ao Hercílio Luz. O meio atacante, que fez parte do acesso em 2017 para a Série A estadual, integra o elenco para a disputa a Série B do Campeonato Catarinense 2020. De volta ao Leão do Sul, Arence exaltou a felicidade em estar vestindo mais uma vez a camisa colorada. “Estou muito feliz por estar de volta ao clube e participar de uma competição que já conheço. Espero repetir o que foi realizado em 2017 e conseguir o acesso”, disse Arence. De acordo com jogador, de lá para cá, ele ganhou maturidade e acredita que isso fará diferença nas quatro linhas. “O Arence de 2017 era imaturo. O treinador falava comigo e eu não

captava rápido. Creio que com a construção da minha família acabei me tornando mais responsável. Arence de agora é mais maduro e isso fará diferença com certeza!”, enfatizou. Quando questionado sobre o favoritismo do Hercílio Luz, o atleta responde confiante que a preparação antecipada os deixa um passo à frente na competição. “Estamos nos preparando com antecedência e isso nos deixa um passo na frente para conquistar o acesso. Com pé no chão e trabalhando forte o objetivo principal será alcançado”, declarou o jogador. A prioridade é o acesso, mas o título conta muito. "Infelizmente em 2017 não pude jogar as

finais e esse ano quero estar na final e trazer essa taça para o clube”, salientou. Apesar de já ter jogado a série B do Catarinense, esta competição tem um fator diferente: Arence não contará com a presença do torcedor nas arquibancadas. “Contávamos muito com a torcida, sua presença é importante para empurrar a equipe. Em 2017, lembro de um jogo

contra o Operário de Mafra, longe de Tubarão, onde me surpreendi com a presença do hercilista nas arquibancadas. Em um lance de escanteio os torcedores gritavam para eu jogar na cabeça do meu colega Baggio e não é que deu certo? O cruzamento achou o Baggio e ele marcou um gol. Vai fazer muita falta, mas tenho certeza que estarão mandando energia de longe”, finalizou.

Por fim, o Tigre também apresentou o meia Alessandro Vinícius. “Mais conhecido como Vinícius”, pontuou o jogador, de 21 anos, que surgiu para o futebol nas categorias de base do próprio Atlético-MG, onde estava, e chegou a fazer três jogos pelo elenco profissional, no ano passado.

“Jogo mais ofensivamente. Gosto de ir para o um contra um e finalizar de média e longa distância. Eu jogo nas três funções [do meio campo] e também posso atuar mais no meio, como armador, um meio-campo mais clássico, que também finaliza de fora da área”, exaltou suas características.


www.omunicipio.com •

10 de Setembro de 2020

07

GERAL

Governo do Estado detalha plano para preparar retorno das aulas presenciais O

Governo do Estado finalizou o Plano de Contingência Estadual para Educação (PlanCon) com o objetivo de preparar as instituições de ensino para o retorno às atividades presenciais em Santa Catarina. O documento foi detalhado para a comunidade escolar na manhã desta quarta-feira, dia 9, em uma transmissão on-line. As atividades presenciais no estado foram paralisadas em 19 de março e estão suspensas até 12 de outubro. O retorno depende da evolução da doença no estado, porém deve ser opcional e iniciar por alunos do terceiro ano do Ensino Médio e por estudantes com maior dificuldade em assimilar o conteúdo letivo. O PlanCon estipula oito diretrizes de ações operacionais para o retorno das aulas presenciais, incluindo medidas sanitárias, pedagógicas, de transporte, de alimentação, de gestão de pessoas e de informação e comunicação. Ainda descreve metodologias para o treinamento, capacitação e finanças. O plano foi criado pelo Comitê Estratégico de Retorno às Aulas da Secretaria de Estado da Educação, formado por mais de 15 instituições, e o Comitê Técnico Científico da

Defesa Civil de Santa Catarina. Para facilitar o processo de elaboração do Plano de Contingência Escolar, o Comitê Técnico-Científico da Defesa Civil de Santa Catarina criou um modelo padrão pré-elaborado, chamado PlanCon Edu Escolas. O material inclui um caderno de apoio com perguntas e respostas, que subsidiam a elaboração do plano, e um tutorial de metodologias ativas para contextos extremos, com objetivo de auxiliar os professores em suas atividades pedagógicas. “Estamos construindo uma resposta mais eficaz e eficiente para mitigar os riscos e possíveis impactos da Covid-19”, destacou o secretário da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior. Segundo ele, o Plano de Contingência Escolar é uma medida essencial de preparação para uma retomada mais segura, tanto para os estudantes, quanto para os profissionais da educação e familiares. “Os materiais que estão sendo entregues aumentam a segurança das instituições envolvidas e ampliam a preparação das regionais, unidades municipais e escolares para planejarem o retorno, para quando for possível,

estabelecendo seus protocolos e planos de ação”, completou. O secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, frisou que chegar a um modelo para a consolidação do PlanCon é resultado do levantamento de um conjunto detalhado de demandas específicas da Educação. Estas necessidades e cuidados foram apontados pelo Comitê Estratégico de Retorno às Aulas, com seus grupos de trabalho atuantes desde o mês de junho. “Vamos orientar a construção dos planos de contingência da Educação nos municípios, a fim de cumprirmos o protocolo para cada escola. Organizamos a capacitação com a Defesa Civil e a Secretaria de Estado da Saúde para as 16 regiões de saúde, para escolas de todas as redes de ensino”, ressaltou Uggioni. O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, informou sobre o trabalho das equipes técnicas na construção do plano e no combate ao coronavírus. “Essa união de esforços é extremamente importante porque mostra que o diálogo, a construção coletiva e o olhar propositivo são capazes de trazer resultados. Deste modo, Santa Catarina é vista como exemplo para o Brasil para enfrentamento ao coronavírus”, destacou Motta Ribeiro. Planejamento para retomada das atividades presenciais Na rede estadual, a Secretaria de Estado da Educação planeja retomar as atividades presenciais a partir dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio e pelos estudantes que estão com maior dificuldade em assimilar o conteúdo letivo. Uggioni explica que o retorno previsto será com atividades de reforço pedagógico, e não com as aulas normais como ocorriam no período antes

da pandemia. “Nós teremos nas escolas professores por área do conhecimento para tirar as dúvidas e reforçar todo aquele conteúdo que foi trabalhado nas atividades não presenciais. Assim, teremos menor quantidade de alunos nas unidades escolares, o que nos ajuda a cumprir os protocolos de distanciamento social. São medidas que evidenciam a grande preocupação do Governo do Estado com a qualidade da aprendizagem”, explicou o secretário de Estado da Educação. A portaria conjunta nº 612/2020 da Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria de Estado da Educação suspende até 12 de outubro as aulas presenciais nas unidades das redes pública e privada de ensino municipal, estadual e federal, relacionadas à educação infantil, ensino fundamental, nível médio, educação de jovens e adultos e ensino técnico em Santa Catarina. Ainda não há data determinada para o retorno das atividades presenciais, algo que será comunicado com a devida antecedência e apenas quando as informações técnicas da Secretaria de Estado da Saúde indicarem condições favoráveis para tal decisão. “As aulas só retornarão quando a Secretaria de Saúde confirmar que as condições sanitárias no estado em relação à Covid permitam a retomada com segurança”, destacou Uggioni. Próximos passos para execução do Plano de Contingência nas escolas Com a apresentação do Plano de Contingência às redes estadual e municipais, o Governo do Estado inicia a fase de preparação e capacitação de formadores para auxiliar na elaboração dos planos de contingência das escolas. O objetivo é preparar os

profissionais e a estrutura física da escola para que o retorno à sala de aula possa ocorrer de forma segura, quando houver condições sanitárias e epidemiológicas adequadas. As capacitações de formadores serão realizadas regionalmente de acordo com as 16 regionais da Saúde de Santa Catarina, seguindo a matriz usada pelo Governo do Estado para Avaliação do Risco Potencial para Covid-19. Haverá a participação de representantes da Educação, Saúde, Defesa Civil, universidades e das instituições que integram o Comitê Estratégico de Retorno às Aulas Presenciais. Criação dos planos específicos de cada escola Será disponibilizado o modelo para a elaboração do Plano de Contingência Escolar e, no âmbito municipal, serão envolvidos também os representantes da Educação, Saúde, Proteção e Defesa Civil, conselhos municipais de educação e alimentação, bem como os gestores educacionais. O objetivo é orientar o uso PlanCon Edu Escolas para facilitar a criação dos protocolos do plano de ação, específicos de cada unidade de ensino. A elaboração deve ser coletiva, com apoio da comunidade escolar, definindo ainda questões relativas como a organização do comitê escolar e formas de mitigar

possíveis riscos. Todo o cronograma das capacitações será disponibilizado para os envolvidos nos próximos dias. Entidades parceiras na construção do plano Para a presidente da Undime-SC, Patrícia Lueders, a atuação coletiva foi fundamental na elaboração do documento. “Temos consciência dos desafios que a educação enfrentará no retorno às aulas presenciais, por isso apresentamos alternativas para auxiliar gestores, professores e a comunidade escolar no planejamento seguro, a partir de um protocolo mínimo subsidiado por estratégias de contingência. Conseguimos priorizar a qualidade da educação, assim como bem-estar e a saúde de todos”, explica a presidente. Já o presidente da Fecam e prefeito de Rodeio, Paulo Weiss, destacou o momento singular na história de Santa Catarina no âmbito da educação. “Acreditamos que esse planejamento, que se estrutura pela ação colaborativa, e esse fluxo de trabalho, que se estrutura para garantir a segurança de todo o cidadão do território estadual, garantirá o retorno aos espaços escolares e permitirá que todos se sintam acolhidos, preparados, bem orientados e organizados para receber nossos estudantes”, frisou o presidente.

(48) 3628-1261 (48) 98843-6550 (48) 98836-1632

Rodovia BR-101, - km-341 S-03 Humaitá de Cima, Tubarão, SC - Cep: 88708-350


08

• www.omunicipio.com

10 de Setembro de 2020

GERAL

Estado repassa mais R$ 15 milhões para assistência social O

governador Carlos Moisés, o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Paulo Roberto Weiss, e os deputados estaduais Luciane Carminatti e Altair Silva pactuaram o repasse de mais duas parcelas para o cofinanciamento das políticas de assistência social neste ano em Santa Catarina. Na prática, isso significa mais R$ 15 milhões para o setor. Dessa maneira, o Estado fechará 2020 com R$ 53 milhões repassados, um aumento de 233% em relação ao repasse do ano anterior (R$ 15,9 milhões). O acordo foi fechado em uma reunião no Centro Administrativo. Após a audiência, o governador destacou o interesse da atual gestão em ampliar as políticas públicas para o desenvolvimento social. “Quere-

mos a inclusão de todas as pessoas nas políticas públicas essenciais no que diz respeito à assistência básica. É isso que estamos fazendo. Num momento de pandemia, a necessidade acabou crescendo nos nossos 295 municípios. Esse esforço de garantir mais recursos para o desenvolvimento social é colegiado. Todos estão de parabéns”, afirmou. A secretária do Desenvolvimento Social, Maria Elisa De Caro, ressaltou que a previsão no começo do ano era para um desembolso de aproximadamente R$ 17 milhões em assistência social e que o ano terminará com um aporte total de R$ 53 milhões. Ela destaca que o incremento representa um avanço para o setor. Além disso, também foi debatida a necessidade de criar uma legislação para o re-

passe diretamente do fundo estadual (criado recentemente) para os fundos municipais, de maneira desburocratizar o processo. Na opinião da deputada Luciane Carminatti, é necessário incrementar as previsões orçamentárias para a assistência,

especialmente por conta da pandemia de Covid-19, que trará consequências socioeconômicas no médio e longo prazo. “É muito importante que esse debate continue a partir do ano que vem. Além da regularidade do valor a ser pactuado mensalmente fundo a fundo, nós precisamos

incrementar o orçamento. Mesmo com a pandemia, nós sabemos que talvez o recurso não seja suficiente, mas temos que reconhecer que houve um aumento significativo para financiar toda a política da assistência social”, afirmou. O presidente do Con-

(48) 3624 2423

selho Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas), Luan Maciel, destacou que o repasse total de R$ 53 milhões para a assistência social é histórico e que o diálogo com o primeiro escalão do Governo é salutar para a ampliação das políticas públicas para o setor.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.