ED.2152 - SEG 08-11-2021

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ANO 24 - EDIÇÃO 2152 - R$ 2,00

SEGUNDA-FEIRA 08 DE NOVEMBRO DE 2021 www.omunicipio.com

Portaria amplia ocupação de público nos estádios de Santa Catarina PÁGINA 03

Tigre conquista o acesso à série B PÁGINA 06

Manifestantes protestam contra a situação da Barra do Camacho em Jaguaruna PÁGINA 03


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GERAL

Início de semana com mais nuvens em SC Segunda-feira (08/11): Tempo: no Meio-Oeste, Planalto Sul, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Planalto Norte, sol com aumento de nuvens e pancadas isoladas de chuva entre a tarde e à noite. Nas demais regiões, sol com aumento de nuvens. Temperatura: mais amena, especialmente no Litoral. Vento: sul a sudeste, fraco a moderado. Sistema: massa de ar seco no interior do Sul do Brasil e cavado. Terça-feira (09/11): Tempo: sol com algumas nuvens em SC. Mais nebulosidade no início do dia do Planalto ao Litoral com chuva isolada no norte de SC. Temperatura: mais amena no leste do Estado, com maior elevação no oeste. Vento: sul a sudeste, fraco a moderado. Quarta-feira (10/11): Tempo: no Litoral, mais nebulosidade, devido à circulação marítima, com chance de chuva fraca e isolada à noite. Nas demais regiões, sol com aumento de nuvens. Temperatura: em elevação, especialmente no Oeste. Vento: sul a sudeste, fraco a moderado. Quinta-feira (11/11): Tempo: do Planalto ao Litoral, mais nebulosidade, devido à circulação marítima, com chuva isolada ao longo do dia, alternando com períodos. Nas demais regiões, sol com aumento de nuvens. Temperatura: em elevação, especialmente no Oeste. Vento: sudeste, fraco a moderad

Mês de outubro teve registro de chuvas acima da média em parte do estado mês de outubro foi marcado pela chuva significatiO va em boa parte de Santa Catarina. É o que aponta o Boletim Hidrometeorológico Integrado divulgado nes-

ta última sexta-feira, 5. A chuva ficou acima da média climatológica para o mês no Oeste, no Litoral Norte, no Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis. Ainda assim, alguns municípios do Oeste permanecem com o abastecimento urbano afetado pelos efeitos da estiagem que se prolonga desde 2019. Historicamente, os volumes de chuva esperados para outubro são altos, com média climatológica entre 175 e 200 mm na metade Oeste e entre 125 e 175 mm no Leste, de forma geral. Essa média foi superada nas regiões Oeste, da Grande Florianópolis e Litoral Norte, onde os volumes de precipitação registrados variaram de 200 a 300 mm, com casos pontuais que se aproximaram dos 400 mm. Nas áreas do Leste de SC, os altos acumulados de chuva estão relacionados à circulação marítima. No Oeste, a atuação de áreas de baixa pressão combinadas com calor e umidade favoreceram a ocorrência de temporais. Os registros que indicaram menores volumes de chuva, durante o mês de outubro, foram nos Planaltos e no Litoral Sul, onde os índices não atingiram a média climatológica para o período. Mesmo com a chuva, o Índice Integrado de Seca (IIS), que leva em consideração tanto a precipitação quanto os impactos sobre a vegetação, permanece indicando estiagem em uma grande parte do Estado, mas em menor intensidade do que nos meses anteriores. Quase 27% dos municípios catarinenses estão em situação de normalidade em relação à seca, cerca de 61% registram seca fraca e pouco mais de 12% seca moderada. Conforme o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, a manutenção dos impactos da estiagem, mesmo com as chuvas de outubro, são reflexo do longo período em que as precipitações ficaram abaixo do esperado. Desde 2019 o estado enfrenta períodos frequentes de escassez hídrica. “Como a vazão dos rios e o armazenamento de água no solo chegaram a níveis muito baixos, será necessário um período longo de chuvas regulares para que se verifique uma recuperação mais consistente, especialmente no Oeste, por isso mantemos o alerta para um uso consciente da água”, explica Porto Ferreira. Abastecimento urbano A situação do abastecimento urbano também melhorou. Dos 267 municípios que enviaram informações, 214 estão com o abastecimento normal, 43 em atenção, seis em alerta e quatro em estado crítico, com dois

municípios do Extremo Oeste catarinense em situação de racionamento. Na edição anterior do Boletim Hidrometeorológico, de primeiro de outubro, eram 206 com abastecimento normal, 58 em estado de atenção, 11 em alerta e quatro em estado crítico. “Mesmo com as chuvas que ajudaram a amenizar a situação da estiagem, é necessário ainda o monitoramento dos órgãos envolvidos e o auxílio da população para o uso consciente da água, em especial nas regiões que ainda sofrem o impacto da estiagem e que precisam, ainda, que os rios voltem aos níveis normais para o abastecimento”, complementa Luiza Burgardt, gerente de fiscalização de saneamento da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc). Previsão para novembro Conforme dados divulgados no Boletim Hidrometeorológico, o primeiro período de novembro, entre os dias 4 e 11, deve ser marcado pelo tempo instável por conta da atuação de uma área de baixa pressão e passagem de uma frente fria. A chuva deve ocorrer de forma frequente e os acumulados previstos podem ficar entre 50 e 75 mm de forma geral. A presença de calor e umidade deve contribuir para a ocorrência de temporais, o que pode levar a volumes de chuva ainda maiores, de forma pontual e ocorrendo em curto espaço de tempo. Já no segundo período, entre os dias 12 e 19 de novembro, a chuva deve ser mais irregular, por conta da influência de um sistema de alta pressão em grande parte dos dias. No Litoral, o sistema também deve favorecer a circulação marítima, que deixa a região com mais nebulosidade e chuva persistente. Os volumes de chuva previstos são de 20 a 40 mm no Estado. Contudo, é importante o acompanhamento das atualizações semanais devido às incertezas inerentes à previsão que ultrapassam três dias. A previsão para o trimestre novembro e dezembro de 2021 e janeiro de 2022 é de que a chuva seja dentro a acima da média no Litoral e dentro a abaixo da média climatológica no Oeste. Boletim Hidrometeorológico O Boletim Hidrometeorológico é uma publicação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), por meio da Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), e da Defesa Civil de Santa Catarina, com a parceria da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e outras agências reguladoras.

Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força. Salmos 73:4

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Portaria amplia ocupação de público nos estádios de Santa Catarina

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e forma gradual, acompanhando a melhora nos indicadores da pandemia e a evolução da vacinação no estado, que ultrapassa os 70% da população acima dos 12 anos com esquema vacinal completo, a Secretaria de Estado da Saúde vem estabele-

cendo novos regramentos sanitários contra o coronavírus. Neste sentido, a portaria nº1213, publicada nesta última sexta-feira, 5, amplia a capacidade de ocupação dos estádios para 50% do público sentado, além de permitir o acesso a menores de 18

anos. O novo regramento traz alterações com relação a portaria nº1015, de 13 de setembro. A partir de agora, será permitida a presença do público de 12 a 17 anos com comprovante de vacinação com registro de pelo menos uma dose de va-

cina contra a Covid-19 ou apresentação de laudo de exame RT-qPCR realizado nas últimas 72 horas ou, ainda, de Pesquisa de Antígeno para SARS-Cov-2 por swab realizado nas últimas 48 horas com resultado "negativo, não reagente ou não detectado". Já os menores de 12 anos podem acessar os estádios desde que estejam acompanhados de pais ou responsáveis, respeitando as regras de distanciamento e cumprindo as regras de uso de máscaras, com exceção dos casos previstos em lei. No caso dos maiores de 18 anos, o regramento segue o previsto na portaria anterior, com exigência de comprovante de vacinação completa (duas doses

ou dose única de vacina contra a COVID-19) ou apresentação de laudo de exame RT-qPCR realizado nas últimas 72 (setenta e duas) horas ou de Pesquisa de Antígeno para SARS-Cov-2 por swab realizado nas últimas 48 (quarenta e oito) horas com resultado "negativo, não reagente ou não detectado". A portaria também permite o aumento da capacidade de público que poderá chegar a 50% das cadeiras ou similares do setor de acordo com a tabela disponibilizada. Segue sendo exigido, por parte dos estádios, que esteja disponível um plano de contingência atualizado. Nele deverá estar descrita a caracterização do estádio

e sua ocupação máxima de público sentado, além da definição do calendário dos jogos, os fluxos de entrada e saída, as medidas para situações de urgência e emergência, monitoramento de riscos, contingenciamento, medidas de comunicação das regras sanitárias, manutenção de distanciamento e averiguação de comprovação vacinal. Com relação às sedes das torcidas organizadas, também há novo regramento. Os espaços poderão funcionar, inclusive em dia de jogos, respeitando a ocupação máxima simultânea de 50% de lotação do espaço, conforme alvará do corpo de bombeiros, sendo proibida a aglomeração de torcedores no local.

Manifestantes protestam contra a situação da Barra do Camacho em Jaguaruna M

anifestantes bloquearam a ponte do Camacho, por quase cinco horas neste último sábado (6). Eles cobravam a presença do prefeito Laerte Silva para explicações sobre as obras de desassoreamento do canal, que ainda não iniciaram, apesar de convênio já firmado com o Estado. Pelo menos até o dia 19 ainda transcorre o prazo para recursos da fase de habilitação das empresas concorrentes. A liberação do trânsito só ocorreu após negociação entre os manifestantes e a Polí-

cia Militar, que por volta das 14h, um oficial da PM chegou com uma posição do vice-prefeito Henrique Fontana, segundo o qual a obra já está licitada e depende agora do cumprimento das etapas do processo. A Senhora, Maria Aparecida dos Santos, líder do protesto e presidente da União das Associações de Pescadores da Ilha (UAPI), disse que uma das demandas do grupo é a execução de uma obra paliativa para amenizar o assoreamento até a definição da empresa vencedora da licitação.


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Boletim com os indicadores econômicos do estado atualizados é divulgado A

Secretaria de Esta do do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) lançou nesta última sexta-feira, 5, o Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina de novembro. O documento destaca os resultados do Ranking de Competitividade dos Estados, recentemente divulgado pelo Centro de Liderança Pública, CLP. Santa Catarina foi reconhecida pelo CLP com o Destaque Internacional do Prêmio de Competitividade dos Estados. Vice-líder pelo quinto ano consecutivo, o Estado se destaca ocupando a 1ª posição nos pilares de Segurança Pública e na Sustentabilidade Social e a 2ª colocação nos de Educação e Eficiência da Máquina Pública. O boletim traz ainda a atualização dos indicadores econômicos e fiscais

do Estado, referentes aos últimos dados disponíveis, demonstrando o bom momento da economia catarinense, bem como comparações com os demais estados e a média nacional.

ção, mas as perspectivas de inflação e juros podem representar um novo obstáculo para a sustentação do crescimento”, explica o economista da SDE, Paulo Zoldan.

se teve o segundo melhor desempenho do país até agosto, tanto no acumulado do ano, como nos últimos 12 meses”, acrescenta Zoldan. Comércio

Indústria Serviços Em agosto, na comparação de 12 meses, relativos ao mesmo período anterior, o setor de Serviços alcançou o maior crescimento em volume entre os 12 maiores estados do país. Acumula uma alta de 12,4% no período, acima dos 5,1% da média brasileira. No acumulado do ano, o crescimento foi 17,2% frente a média nacional de 11,5%. “Com uma crescente percepção de melhora nos indicadores da pandemia e mais consumidores circulando, as atividades de serviços estão em plena recupera-

A Indústria acumula um crescimento de 20,5% no ano, quando comparado com o mesmo período de 2020, sendo o dobro do desempenho nacional (10,4%). A produção da indústria catarinense já superou em 4,9% o patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), o segundo melhor desempenho do país, atrás apenas de Minas Gerais. “Apesar de todos os reveses ocasionados pela pandemia, que agora incluem a elevação dos preços de energia e de commodities e a falta de insumos e componentes, a indústria catarinen-

O volume de venda do comércio, um dos setores mais afetados pela pandemia, teve o maior crescimento do Sul do país, de 13,6% no acumulado do ano, sendo o segundo maior do eixo Sul-Sudeste, em agosto. A média brasileira no mesmo período foi 9,8%. "A meta agora é trabalhar para ampliar a oferta energética e o investimento em infraestrutura e logística para seguirmos competitivos na atração de empresas e das novas oportunidades que estão por vir”, avalia o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lu-

ciano Buligon. Sobre o Boletim Econômico O Boletim Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina traz dados estatísticos da economia e das receitas e despesas do Estado. O boletim reúne as mais recentes estatísticas econômicas oficiais, abrangendo informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB), emprego, balança comercial, produção agrícola e industrial, vendas e recei-

tas do comércio, consumo de energia elétrica, consumo aparente de cimento, vendas de óleo diesel, inflação e câmbio, expectativas de agentes econômicos, receitas tributárias e dados fiscais do Governo, entre outros indicadores da economia estadual. Os dados são atualizados mensalmente propiciando o monitoramento do nível da atividade econômica no estado, sua comparação com o país e o delineamento das tendências de curto prazo da economia.

IGP anuncia amanhã a emissão da nova carteira de identidade em Santa Catarina O

Instituto Geral de Perícias (IGP) vai anunciar hoje segunda-feira, dia 8, detalhes sobre a nova carteira de identidade no estado e informações sobre o início das operações de emissão do documento. O evento acontece às 15 horas, na sala de reuniões do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, em Florianópolis. Com o início do projeto, Santa Catarina será o primeiro estado do país a emitir a identidade com numeração única para RG e CPF. O lançamento contará com a participação do perito-geral do IGP, Giovani Eduardo Adriano, do presidente do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc), Sérgio André Maliceski, além do delegado Adjunto da Receita Federal do Brasil em Florianópolis, Douglas Barbosa Lucas, e do diretor de Identificação do IGP, Fernando de Souza.


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Bônus incentiva redução do consumo de energia com desconto na conta de luz A

campanha nacional "Consumo Consciente Já" está a todo vapor no país e a Celesc, em união de esforços com o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), tem investido na orientação da população para a mudança de hábitos que impactam no consumo de luz. A intenção é contribuir para a garantia do fornecimento de energia elétrica do país - que vive a maior escassez hídrica dos últimos 91 anos. Um dos principais incentivos para que o cliente embarque nessas mudanças é o Programa de Incentivo à Redução Vo-

luntária do Consumo de Energia Elétrica. A cada quilowatt-hora (kWh) do volume de energia economizado, o cliente garante R$0,50 de desconto dentro da meta de 10% a 20%. Assim, além de ajudar o país a enfrentar a escassez hídrica, ao receber o bônus o consumidor terá uma economia maior. O cálculo será feito com base no somatório do consumo entre setembro e dezembro de 2021, na comparação com a soma das mesmas quatro faturas de 2020. Se houver uma redução no consumo de 10% ou mais, o desconto será creditado na conta de janeiro de 2022. Os consumidores aptos a receberem o bônus são os da baixa tensão

(grupo B) e os de média e alta tensão (grupo A), das classes de consumo residencial, industrial, comércio, serviços e outras atividades, rural e serviço público, incluindo aqueles

residenciais com benefício da Tarifa Social. Como ter acesso ao bônus O consumidor não pre-

cisa fazer cadastro ou registro na distribuidora de energia elétrica para ter direito ao recebimento do bônus. O bônus apurado será informado na primeira conta de luz re-

cebida após o cálculo do consumo referente ao mês de dezembro de 2021, e creditado como abatimento do valor a pagar na conta de luz subsequente.

Setor de eventos vê sinais positivos de retomada das atividades segmento de eventos e feiO ras, um dos mais prejudicados pela pandemia de covid-19, já vê sinais positivos, com retomada de emprego e da atividade ainda neste ano e previsão de aceleração, em 2022. Segundo entidades setoriais, as medidas preventivas contra o novo coronavírus chegaram a atingir 97% deste setor que é responsável por 4,32% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), esta área permite a movimentação anual de R$270 bilhões, nas mais de 590 mil atividades que promove a cada ano no país. “Com a paralisação que atingiu 97% do setor em 2020, cerca de 350 mil eventos foram cancelados e o ramo deixou de faturar, ao menos, R$90 bilhões. Em 2021, mais de 530 mil eventos deixaram de ser realizados”, dis-

se à Agência Brasil o presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, referindo-se a eventos como shows, festas, congressos, rodeios, teatro, eventos esportivos e sociais. Segundo ele, o mercado de eventos estava “pujante” até o início da pandemia, e era responsável por cerca de 23 milhões de empregos. Desde a chegada da covid-19, o setor deixou de faturar, só em 2021, pelo menos R$140 bilhões e demitiu cerca de 450 mil pessoas. “Nosso setor movimenta, anualmente, R$4,65 bilhões em impostos federais, R$75,4 bilhões em consumo e R$2,97 bilhões em massa salarial”. A presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil), Fátima Facuri, disse que o setor representado pela entidade (feiras e eventos corporativos) movimentou, em 2019, 4,75% do PIB e gerou 13 milhões de empregos. “Se con-

siderarmos toda cadeia de serviços, o que inclui sonorização, montadoras e 53 setores que atuam em eventos, nossa movimentação beira R$1 trilhão”, explicou. O presidente da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (Ubrafe), Abdala Jamil Abdala, estima que ao longo de 18 meses de paralisação, “mais de R$1,5 trilhão não foram gerados em volume de negócios sem a realização de feiras e eventos”. “Só no estado de São Paulo, o impacto negativo para as empresas diretamente ligadas ao setor de feiras e eventos de negócios foi de R$24,5 bilhões”, acrescenta. Retomada Todas entidades consultadas pela Agência Brasil avaliam que a situação dos setores de feiras e eventos já começa a apresentar sinais positivos. Abdala, da Ubrafe, diz que, com a flexibilização das restrições em quase todo o

Brasil, percebe-se uma “retomada gradual das atividades, ainda com algumas restrições de público total em alguns destinos”. Levantamento feito entre os associados da Ubrafe, tem confirmados mais de 80 eventos ainda em 2021. “Deveremos ter um calendário com mais de 700 eventos para 2022”, disse. Na avaliação da Abeoc, a cadeia de serviços está voltando a empregar principalmente montadores e sonorização técnica. “Estamos saindo de um patamar em que 98% do previsto não aconteceu. Agora, 5% já está sendo retomado. A roda da economia já está girando e vai voltar a movimentar toda a cadeia aérea e de hotelaria, restaurantes e centros de convenções, entre outros”, disse Fátima Facuri. Já a Abrape prevê que o setor volte a operar com 50% da oferta regular do mercado nos próximos três meses. “Em 2022, a perspectiva é que 100% da

programação de eventos tenha voltado, o que representa mais de 590 mil eventos no ano”, antecipa Caramori. Para a Ubrafe, neste momento se faz necessária a “reorganização do capital humano nas empresas como um todo, pois devido ao tempo sem nenhuma atividade, muitos profissionais migraram para outros setores”, disse ele. “Porém este momento também traz novas oportunidades àqueles que permaneceram no segmento de investimento em profissionalização do setor”. Radar de eventos A Abrape defende uma “volta integral e o quanto antes” dos eventos. Essa retomada, no entanto, deve, em um primeiro momento, estar restrita a um público que esteja 100% imunizado. Para atingir esse objetivo, a entidade lançou uma plataforma com base científica que preten-

de auxiliar governos estaduais e municipais a tomarem decisões relacionadas ao retorno do setor de eventos de cultura e entretenimento em todo o país. “Trata-se do Radar de Eventos do Brasil, que cria um índice seguro com data exata para a retomada das atividades, cruzando dados atualizados e projetados do panorama de vacinação e número de vítimas da covid-19”, explica o presidente da entidade. Segundo ele, o radar cruza dados do volume total de vacinados e projeções de novos óbitos diários até dezembro de 2021 no país. A partir do impacto do aumento da imunização na queda no número de casos e vítimas, estabeleceu-se um índice de três óbitos por 1 milhão de habitantes como referência para avaliar a retomada segura e imediata dos eventos. “É um método semelhante ao utilizado para o mesmo propósito nos Estados Unidos e Reino Unido”, justifica.


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Tigre conquista o acesso à série B O

Criciúma está de volta à Série B do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste último sábado (06/11), o Tigre garantiu o retorno à segunda divisão da competição nacional ao vencer o Paysandu pelo placar de 1 a 0 no estádio da Curuzu, em Belém do Pará. O gol carvoeiro foi marcado por Henan, de cabeça, no segundo tempo. A partida foi válida pela última rodada do quadrangular da Série C. Com o resultado positivo, a equipe comandada pelo técnico Cláudio Tencati fechou a segunda fase da competição nacional

com 9 pontos somados. Para conquistar o acesso, o Tigre precisava que o Ituano pontuasse contra o Botafogo-PR em Itu. A equipe paulista garantiu a vitória pelo placar de 3 a 1 e confirmou a presença na decisão da Série C. O Tigre se manteve no G4 da Série C durante toda a competição. A equipe encerrou a primeira fase na 4ª posição do grupo B com 30 pontos somados. Em 18 jogos, foram nove vitórias, três empates e seis derrotas. Na segunda fase, o Criciúma venceu duas, empatou três e sofreu apenas uma derrota.

Sub-17 do Criciúma está na final do Campeonato Catarinense

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equipe Sub17 do Criciú ma está na final do Campeonato Catarinense da categoria. O Tigre enfrentou o Barra na tarde deste último sábado (06/11) no Centro de Treinamento do adversário, em Camboriú, e empatou pelo placar de 1 a 1 com gol de Maicon. Como o Tigre havia vencido o jogo de ida das semifinais pelo placar de 1 a 0, os carvoeiros garantiram a

vaga na decisão. A decisão será contra o Avaí, vencedor do confronto contra o Hercílio Luz. As equipes aguardam a Federação Catarinense de Futebol (FCF) para conhecerem as datas da final. O Campeonato Catarinense Sub-17 iniciou com sete equipes: Avaí, Barra, Brusque, Concórdia, Chapecoense, Criciúma e Her-

cílio Luz. A disputa ocorreu em turno único, classificando os quatro melhores para as semifinais, que foram disputadas em jogos de ida e volta, assim como as finais. Na primeira fase, o Sub-17 do Tigre somou 12 pontos e ficou na 3ª colocação. Em seis rodadas disputadas, foram quatro vitórias e duas derrotas. O Sub-20 do Tigre tam-

bém está na decisão da competição estadual. Os carvoeiros garantiram a vaga na final após passar pelo Concórdia nas semifinais. O jogo de ida contra o Avaí ocorre na terça-feira (09/11), às 19h30min, no estádio da Ressacada, em Florianópolis. A volta está programada para o sábado (13/11), às 15 horas, no estádio Heriberto Hülse.


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Motorista foge de local de acidente na BR-101, em Jaguaruna U

m acidente de trânsito foi registrado na noite deste último sábado (6) na BR-101, em Jaguaruna. Segundo os Bombeiros Voluntários, a batida envolveu dois veículos e um deles fugiu. No local da ocorrência, no bairro Costa da Lagoa, os socorristas encontraram um Ford Fiesta com cinco ocupantes: um homem de 34 anos, a esposa dele, de 26, e três crianças de um, quatro e oito anos de idade. Segundo os bombeiros, ninguém se feriu e o responsável pelas crianças assinou a recusa de atendimento. A CCR Via Costeira e a PRF também estiveram no local dando apoio na ocorrência.

Polícia Militar é acionada para conter agressão entre casal, em Tubarão

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Policial Militar de Tubarão foi acionada para atender ocorrência de lesão corporal leve, no Bairro Humaitá de Cima. O caso foi por volta das 21 horas deste sábado. Chegando ao lo-

cal a guarnição conversou com a mulher de 35 anos, ela contou que foi empurrada pelo namorado (39 anos), caiu e sofreu lesões. A vítima relatou à polícia que o casal começou a discutir desde às 12h30 até

o momento da agressão. A polícia conduziu o casal à delegacia e durante depoimento a mulher informou à guarnição que ela teria iniciado as agressões contra o namora-

do. De acordo com a PM, o casal aparentava ter ingerido bebida alcoólica e os dois tinham lesões pelo corpo. Diante dos fatos foi confeccionado o boletim de ocorrência policial


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Empresário catarinense se torna o 5º maior produtor de grãos do país O

empresário Ricardo Faria, que no início do ano passado criou a companhia de grãos Terrus, acaba de assinar a compra da Insolo — empresa de agronegócio —, por R$1,8 bilhão. Juntas, as companhias têm 120 mil hectares de área para produção e devem ter uma receita de R$1 bilhão neste ano safra. Agora, Faria assume a quinta posição no ranking de maiores áreas de produção do país. Considerando tamanho, fica atrás do líder, o Grupo Bom Futuro, com 530 mil hectares, que é seguido por SLC Agrícola, Amaggi e Scheffer. A Insolo pertencia ao

Fundo Endowment, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Junto com a empresa vem toda inteligência desenvolvida em biodefensivos naturais (fungos e bactérias), que são usados no lugar de defensivos agrícolas tradicionais para proteger o plantio. A aquisição ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e será encaminhada para análise na segunda-feira 8. O empresário também é dono da Granja Faria, a maior produtora de ovos do país, que prevê um faturamento de R$1,2 bilhão para 2021.

(48) 3624 2423


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