Entenda o que é o tsunami meteorológico que atingiu praia de Laguna e causou estragos
ANO 26 - EDIÇÃO 2638 - R$ 2,00
Terça-feira e quarta-feira
PÁGINA 06
14 e 15 de Novembro de 2023
www.diarioomunicipio.com.br
Reforma Tributária poderá deixar setor de serviços mais caro
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Governador participa de encontro com Defesas Civis do Codesul PÁGINA 03
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Semana será marcada por chuva frequente e volumosa em SC
Artigo/opinião Gregório José Lourenço Simão Jornalista/Radialista/Filósofo
Assembleia de Talheres na “Casa do Povo” Num buffet luxuoso, as louças e talheres se reuniam em um silencioso parlamento, onde a porcelana fina e os garfos de prata discutiam os destinos das iguarias servidas. Cada prato, uma cadeira no congresso das delícias, e cada talher, um representante das facções gastronômicas. Ali, talheres de elite e as finas porcelanas conspiravam em um parlamento silencioso, representando a distorção de poder na sociedade gastronômica. Os garfos de prata, arrogantes e afiados, protagonizavam acordos que aprofundavam a desigualdade no cardápio, enquanto os pratos de porcelana, símbolos de uma classe alta gastronômica, se aliavam em busca de uma distribuição mais justa de sabores. No salão, aqueles representantes de diferentes grupos políticos se reuniam enquanto talheres de plástico, pratos de isopor e guardanapos simples de papel relegados a um canto, eram os marginalizados da sociedade de banquetes. Os talheres de plástico, relegados à margem, representavam a falta de voz daqueles que, embora alimentem os políticos, pouco participam ou compreendem as negociações nos bastidores. Só utilizados e valorizados em períodos pré-eleitorais onde todos abusavam de seus usos falsos com pratos e temperos populares deixando o caviar, a lagosta e o sushi para receberem pratos típicos das camadas esquecidas da população. As discussões ferviam entre os talheres de prata, que buscavam privilégios cada vez maiores, e as louças, que clamavam por uma distribuição mais justa dos sabores. Os guardanapos de linho fino, sempre imparciais, tentavam mediar os conflitos, mas o aroma da injustiça pairava no ar. Enquanto isso, nos bastidores do parlamento culinário, a comida destinada aos menos afortunados minguava. Eram pratos cada vez mais vazios e as necessidades ignoradas, enquanto os garfos de prata, indiferentes, entravam em bocas desdentadas com sorrisos falsos e amarelados naqueles banquetes de privilégios. Os pratos vazios eram a prova do descaso dos legisladores do banquete. Os talheres de plástico se viam esquecidos, incapazes de competir na política dos sabores. A parábola da “Assembleia dos Talheres” reflete a triste realidade de uma sociedade desigual, onde a extravagância e os privilégios se sobrepõem à necessidade básica de alimentação para todos. Enquanto os políticos discutem seus acordos e mordomias, a falta no prato dos mais pobres e carentes é ignorada, criando um abismo cada vez maior entre os que se deliciam e os que apenas sonham com um banquete justo e igualitário. O contraste entre a opulência dos que detêm o poder e a ignorância dos que os colocaram lá é evidente. Enquanto os representantes das classes gastronômicas discutem e se banquetear com privilégios, a maioria faminta é deixada às margens, alheia aos processos que moldam o destino de seus pratos. É uma crítica contundente à falta de transparência e participação das massas na elaboração das políticas que impactam diretamente suas vidas.
A
semana do feriado da Proclamação da República será marcada por chuva frequente e volumosa. As mudanças no tempo são provocadas por conta da atuação de duas frentes frias, que deixarão o tempo chuvoso em grande parte da próxima semana, informou a Defesa Civil de SC. Terça-feira (14) Na terça, tempo instável em todas as regiões catarinenses. A chuva e os temporais começam na madrugada nas áreas de divisa com o RS e se estendem para o restante do estado no decorrer do dia, com o avanço da frente fria. Há condições para temporais com chuva intensa, vendaval e queda de granizo no estado, principalmente na divisa com o RS, onde são esperados os maiores volumes acumulados de chuva. O risco é moderado a alto para ocorrências como destelhamentos, alagamentos e enxurradas. As temperaturas mínimas variam entre 17 e 22°C em todo estado e as máximas ficam abaixo dos 25°C, com exceção do Norte catarinense, onde se aproximam de 30°C. Quarta-feira (15) No feriado da quarta-feira, o tempo ainda permanece úmido no estado, com o sol aparecendo por alguns momentos
Entre em contato:
em meio a nuvens e com condições para pancadas de chuva e temporais isolados, principalmente na madrugada e posteriormente no final do dia, devido ao calor e à formação de uma nova frente fria no RS. O risco é moderado para ocorrências relacionadas a alagamentos, destelhamentos e enxurradas pontuais. O vento de norte/noroeste novamente ganha força à tarde, com rajadas próximas a 60 km/h. As temperaturas mínimas variam entre 15°C, na Serra, e 20°C, nas demais regiões. À tarde as máximas voltam a oscilar em torno dos 30°C na maioria das regiões, com sensação de ar abafado. Tendência para os próximos dias Entre a quinta (16) e a sexta-feira (17) a frente fria avança para SC, ao mesmo tempo que começa a se afastar para o mar, combinada a um sistema de baixa pressão no sul do Paraguai e ao fluxo de calor e umidade da região amazônica, o que mantém a presença de nuvens no estado, bem como a condição para chuva e temporais, que tendem a ser mais abrangentes na quinta-feira (16), sobretudo do centro ao Sul do estado novamente.
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Governador participa de encontro com os representantes das Defesas Civis dos estados que integram o Codesul N
esta segunda-feira (13), uma reunião técnica do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul) discutiu ações e estratégias para o trabalho em conjunto dos estados quando o assunto é a prevenção e resposta a desastres. O encontro aconteceu na sede da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil em Florianópolis. A sugestão de criar um grupo de trabalho foi feita pelo governador Jorginho Mello durante os encontros com os governadores do Codesul. Desde 2016 o trabalho de integração das Defesas Civis não acontecia. O objetivo, segundo Jorginho Mello, é trocar informações entre os órgãos de cada estado e garantir ajuda entre os estados quando for necessário. “A ideia é montar uma estrutura para que os estados do Codesul possam se ajudar quando houver algum tipo de evento cli-
mático extremo. Criar protocolos de ações é fundamental para salvar vidas e salvar patrimônios. Esse grupo será muito importante para fortalecer as nossas Defesas Civis”, informou o governador Jorginho Mello. Participaram do encontro representantes da Defesa Civil do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Durante a agenda nessa segunda, o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil de SC, Coronel Luiz Armando Schroeder Reis, apresentou a estrutura da Defesa Civil catarinense e falou sobre o trabalho realizado pelos profissionais do órgão. “Essa união dos estados é fundamental para a troca de experiência entre as defesas civis. Temos as questões que envolvem as chuvas aqui no Sul do Brasil e a seca e queimadas no Mato
Grosso do Sul. A vivência de cada estado pode contribuir para que a gente defina estratégias para minimizar os impactos”, reforçou Coronel Armando.
A intenção desse grupo de trabalho do Codesul é criar uma agenda de encontros com os representantes das Defesas Civis. “O governador Jorginho Mello pediu
que a gente organizasse essa agenda e retomasse esse grupo que estava parado desde 2016. Nosso estado já é exemplo nacional quando o assunto é Defesa Civil e
essa troca de experiências é fundamental para uma resposta mais eficiente a essas catástrofes”, disse a secretária do Codesul Santa Catarina, Vânia Franco.
Agronegócio
Brasil tem um dos melhores custos para produção de carne de porco O
agronegócio do Brasil alcançou um dos menores custos do mundo para produzir o porco. O país lidera com mais baixo custo de produção, quando comparado a 17 outras nações que se destacam nesse tipo de criação. Os números são da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O Brasil mantém a liderança mundial, entre 17 países, no valor do custo de produção em dólares por quilo vivo de suíno”, informa a estatal. A lista de países citada pela estatal também é formada por outras 14 nações da União Europeia (Alemanha, Áustria, Bélgi-
ca, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Reino Unido, República Tcheca e Suécia) e duas norte-americanas (Canadá e Estados Unidos). No Brasil, o custo médio para a alimentação do porco oscila entre US$ 1,28 e US$ 1,13 por quilo do animal vivo — os valores registrados em Santa Catarina e Mato Grosso, respectivamente. A média nas nações que fazem parte da pesquisa ficou em US$ 1,72, de acordo com a Embrapa. Na composição do custo, o maior peso aparece para a alimentação.
E o agronegócio brasileiro é o maior produtor mundial de um dos alimentos mais usados na nutrição desse animal: a soja. O Brasil e a produção de carne de porco Atualmente, o Brasil é um dos maiores fornecedores de carne de porco da planta. De acordo com a Embrapa, em 2022, a produção nacional fechou em 5 milhões de toneladas, praticamente. Trata-se da quarta maior do planeta, mas ainda com muito espaço para cres-
cer. A China, por exemplo, produziu 55 milhões de toneladas — o volume mais expressivo do planeta. Considerando os registros de 2022 — o mais atual — o rebanho
nacional está no maior volume da história brasileira, até o momento. A marca chegou a 44,4 milhões de cabeças, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em 2022, o agronegócio do Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de carne de porco. Ao mesmo tempo, o mercado nacional consumiu 3 milhões de toneladas desse alimento.
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CCR ViaCosteira informa cronograma semanal de obras na BR-101 Sul/SC A
CCR ViaCosteira informa seu cronograma de obras semanal a ser realizado entre os dias 13 e 19 de novembro. Entre as ações a serem desempenhadas pelas equipes da concessionária estão os trabalhos de permanentes de recuperação de pavimento, manutenção e conservação da rodovia. Para a execução desses os serviços são necessários interdições de faixas, podendo ocasionar lentidão ou retenção de veículos em alguns segmentos. A Concessionária reforça aos usuários para que redobrem a atenção e respeitem a sinalização e os limites de velocidade ao passar pelos locais, uma vez que operários estão nas imediações da pista. Para evitar possíveis transtornos nos locais com restrições de tráfego, recomenda-se que os usuários, sempre que possível, programem seus deslocamentos. As condições do trân-
sito estão disponíveis no site www.ccrviacosteira. com.br ou por meio do Disque CCR ViaCosteira 0800 255 5550 e WhatsApp (48) 3211-3130, disponível 24 horas por dia para emergências e informações. A CCR ViaCosteira destaca que o cronograma de obras é dinâmico e poderá sofrer alterações. Em caso de condições climáticas desfavoráveis, os serviços serão reprogramados. RECUPERAÇÃO DE PAVIMENTO E REPAROS LOCALIZADOS EM GERAL Interdição de faixa (das 7h às 17h) - DIURNO Paulo Lopes/Passo de Torres: Fresagem, correções emergenciais no pavimento, levantamento deflectométrico, levantamento topográfico, drenagem, sondagens, iluminação e vídeo registro, entre os kms 245 e 465 – ambos os sentidos;
Laguna: Recuperação e manutenção na ponte Cabeçudas km 314 – ambos sentidos; Interdição de vias marginais (das 7h às 18h) Entre Paulo Lopes e Passo de Torres: manutenção de pavimento e serviços em geral entre os kms 245 e 465 – ambos os sentidos; Imbituba: Implantação de novas vias marginais entre os kms 271 e 278 – ambos os sentidos; *sem bloqueio de faixa Imbituba: Implantação de nova passarela no km 277 – ambos os sentidos; Capivari de Baixo/Tubarão: Implantação de novas vias marginais entre os kms 328 e 333– ambos os sentidos; *sem bloqueio de faixa Capivari de Baixo: Implantação de nova passarela no km 326 – ambos os sentidos; Capivari de Baixo: Ade-
quação de dispositivo no km 328 – ambos os sentidos; Sangão: Adequação de dispositivo no km 357 – ambos os sentidos; Sangão: Implantação de rotatória nos kms 359 – ambos os sentidos; Içara: Implantação de rotatória nos kms 369 – pista sentido norte; Maracajá: Implantação
de dispositivo no km 402 – ambos os sentidos; TRABALHOS DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO Sem interdição de faixa Sinalização vertical, limpeza de pista, limpeza, reparo e pintura de obras de arte especiais, limpeza de barreira de concre-
to e reparo de drenagem, poda de árvores e arbustos, sinalização horizontal, limpeza de placas de sinalização, implantação de delineador, defensa metálica, roçada e coleta de lixo entre Paulo Lopes e Passo de Torres (km 245 ao 465) – ambos os sentidos com interdição de faixa. Assessoria de Comunicação da CCR ViaCosteira
Falta de energia ainda atinge unidades consumidoras em Sangão M
ais de 50 unidades consumidoras continuam sem energia nesta segunda-feira (11), em Sangão. Conforme a Celesc o sistema elétrico foi bastante afetado devido ao forte vendaval neste último sábado (11). As comunidades mais afetadas são a de Rio Rincão e Rio São Cristóvão. Segundo a Celesc alguns cabos de rede foram destruídos com o vendaval e precisam ser trocados, equipes estão no local trabalhando na retomada e os trabalhos devem prosseguir até o o fornecimento, devido a proporção dos problemas. Não há uma previsão de quando a energia será reestabelecida, mas que os trabalhos devem continuar durante todo o dia de segunda-feira (11), e manhã de terça-feira (12). Em caso de necessidade de registro de falta de energia os consumidores podem fazê-lo através do Aplicativo CELESC ou 0800 048 0196.
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Reforma Tributária poderá deixar setor de serviços mais caro A
provada no Senado na última semana, e com o texto pendente de nova apreciação na Câmara dos Deputados, a reforma tributária poderá encarecer os serviços em geral. Isso porque o setor, sem cadeia produtiva longa, se beneficiará menos de créditos tributários, uma forma, segundo o governo, de compensar a cobrança de impostos. Além disso, a tributação será aplicada com uma alíquota de IVA dual, estimada em 25%, mais alta que os atuais 9,25% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cobrado sobre empresas com lucro presumido, situação que engloba a maioria das empresas prestadoras de serviço. Alguns tipos de serviço, no entanto, terão alíquota diminuída em 60%. O Senado incluiu na lista os segmentos de comunicação institucional e de eventos. Serviços prestados por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) sem fins lucrativos serão isentos. Os serviços de transporte coletivo intermunicipal e interestadual migraram da alíquota reduzida para regime específico. O Senado também incluiu agências de viagem, serviços de saneamento e de telecomunicações também em regimes específicos, que preveem sistema de coleta e alíquotas diferenciadas. O relator na Casa, senador Eduardo Braga (MDB-AM), também proibiu a incidência do Imposto Seletivo sobre os serviços de energia e de tele-
comunicações. A Câmara havia concedido a redução de 60% na alíquota aos serviços de transporte coletivo, de saúde, de educação, cibernéticos, de segurança da informação e de segurança nacional serão beneficiados. Em audiência na Câmara dos Deputados no fim de junho, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que outros elementos deverão compensar as alíquotas mais altas. Primeiramente, ele citou o crescimento econômico decorrente da reforma tributária como fator de geração de empregos e de negócios. Além da expansão da economia, Appy afirmou que o fim da cumulatividade (tributação em cascata) trará ganhos às empresas de serviços, que poderão usar créditos tributários atualmente não aproveitados. Ele também citou a simplificação do sistema e a redução do litígio e do custo do investimento como fatores que estimularão os serviços. Na cerimônia de instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do Conselhão, no último dia 4, o secretário disse que a carga tributária para alguns tipos de serviço cairá de 7% a 13% com a reforma tributária. Serviços de internet Assim como para os serviços em geral, as empresas de streaming (exibição de vídeos, filmes e séries) de internet pagarão alíquota maior. O mes-
mo ocorre com aplicativos de transporte e de entrega de comidas. O Ministério da Fazenda assegura que a redução do preço da energia elétrica compensará esses aumentos, resultando em pouco impacto para o consumidor. Cigarros, bebidas, alimentos com açúcar e agrotóxicos A reforma tributária institui a possibilidade de instituição do Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Na prática, essa tributação atingirá bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos com excesso de açúcar ou de sal. Assim como o IVA dual, a alíquota do Imposto Seletivo será determinada posteriormente à reforma tributária. Para os cigarros e as bebidas alcoólicas, não deverá haver grandes alterações de preços, porque há décadas esses produtos pagam grandes alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como política de saúde pública. Para os demais produtos com riscos sanitários e ambientais, o Imposto Seletivo resultará em encarecimento. A inclusão dos agrotóxicos e defensivos agrícolas, no entanto, ainda será discutida em lei complementar. Para facilitar a aprovação da reforma tributária pela bancada ruralista, o governo concordou em excluir do Imposto Seletivo os insumos agrícolas, inclusive os agrotóxicos, que se beneficiam
da alíquota de IVA reduzida em 60%. Heranças Atualmente, as heranças e doações no Brasil pagam Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Cada estado define a alíquota, mas o imposto médio correspondia a 3,86% em 2022, sem progressividade (alíquotas maiores para heranças maiores) na maioria das unidades da Federação. A reforma tributária estabelecerá que a alíquota será progressiva, para que as famílias mais ricas paguem mais e também permitirá a cobrança sobre heranças e doações vindas de outros países. Para facilitar as negociações, no entanto, o relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), isentou a transmissão para entidades sem fins lucrativos com finalidade de relevância pública e social, inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades religiosas e institutos
científicos e tecnológicos. Uma lei complementar definirá as condições para essas isenções. Cashback A reforma prevê a possibilidade de cashback, devolução parcial do IVA dual aos mais pobres, a ser definido por meio de lei complementar. Ainda não está claro se o mecanismo abrangerá apenas as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou se abrangerá um limite maior de renda, como famílias com renda de até três salários mínimos. No Senado, o mecanismo foi aperfeiçoado. As famílias mais pobres também receberão cashback na conta de luz e no botijão de gás. Nos dois casos, o ressarcimento ocorreria no momento da cobrança, entrando como desconto na conta de luz ou como abatimento na compra do botijão. Os detalhes serão regulamentados pela lei complementar.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, em março, Appy apresentou sugestões sobre como ocorreria essa devolução. Segundo ele, o cashback poderia ter como base o Cadastro de Pessoa Física (CPF) emitido na nota fiscal, com o valor da compra e a inscrição no Cadastro Único sendo cruzadas para autorizar a devolução. O secretário citou o exemplo do Rio Grande do Sul, que implementou um sistema de devolução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2021 a famílias inscritas no Cadastro Único com renda de até três salários mínimos por meio de um cartão de crédito. Inicialmente, o governo gaúcho devolvia um valor fixo por família e agora começou a devolver por CPF, com base no cruzamento de dados entre o valor da compra e a situação cadastral da família. Em locais remotos, sem acesso à internet, Appy sugeriu um sistema de transferência direta de renda, complementar ao Bolsa Família.
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Entenda o que é o tsunami meteorológico que atingiu praia de Laguna e causou estragos U
m fenômeno conhecido como tsunami meteorológico surpreendeu frequentadores da praia do Cardoso, em Laguna, provocando a invasão súbita da água do mar em estabelecimentos comerciais e causando danos a veículos estacionados na região na tarde de sábado. Esse tipo de evento é raro e ocorre devido a distúrbios atmosféricos que podem provocar ondas significativas. Este evento é o segundo do tipo registrado na cidade desde 2016. Na ocasião, as ondas alcançaram até três metros de altura. A Defesa Civil informou que não havia previsões que indicassem tal fenômeno ou aler-
tas de mar agitado na área. O tsunami meteorológico é resultado de variações na pressão atmosférica causadas por sistemas meteorológicos como as linhas de instabilidade, que podem gerar rajadas de vento fortes e alterações súbitas na pressão que empurram a água do mar em direção à costa. A linha de instabilidade que passou pelo Litoral Sul foi a responsável por gerar as condições para o fenômeno deste sábado. As linhas de instabilidade podem causar “pulsos” de pressão atmosférica que se movimentam através da plataforma continental, amplificando a altura da onda
à medida que se aproxima da costa, resultando em uma rápida subida da maré. As ondas geradas por esse fenômeno podem se intensificar devido à ressonância com a velocidade da linha de instabilidade, aumentando o risco de ressaca e inundações costeiras. O impacto desse tipo de onda nas áreas litorâneas depende da topografia da região. Em praias com pouca inclinação e sem a proteção de dunas, como é o caso de Laguna, a água pode avançar significativamente terra adentro, atingindo grandes extensões da costa.
Perdas da safra de cebola com as chuvas em SC equivalem a um mês do consumo no país O
s danos causados pelas intensas chuvas de outubro em Santa Catarina resultaram em perdas significativas na safra de cebola, equivalendo a aproximadamente um mês do consumo nacional desse produto. Como o principal produtor do país, contribuindo com cerca de um terço do volume total cultivado, o Estado experimentou uma notável queda na produção em comparação ao ano anterior, que foi marcado por uma supersafra histórica, movimentando R$ 1 bilhão. O engenheiro agrônomo Daniel Schmidt, coordenador do projeto de cultivo de cebola da Epagri no Alto Vale, estima uma redução de pelo menos 25% na produção deste ano, resultando em uma diminuição de 140 mil toneladas em relação à expectativa inicial de 570 mil toneladas. Esse volume perdido, segundo Schmidt, corresponde
ao consumo nacional de cebola por um período de um mês. As adversidades climáticas, caracterizadas pelo mau tempo persistente em outubro e enchentes em áreas cruciais como o Alto Vale do Itajaí, afetaram cerca de 70% do cultivo estadual. Os produtores enfrentaram desafios desde o plantio, com solo excessivamente úmido dificultando operações essenciais, até o escoamento de produtos nas áreas cultivadas devido ao excesso de chuvas nas semanas seguintes. Alagamentos e umidade exacerbada propiciaram a proliferação de bactérias, enquanto a escassez de sol prejudicou a formação dos bulbos, resultando em uma maior quantidade de cebolas com problemas de apodrecimento ou diâmetro inferior ao habitual, especialmente nas variedades precoces.
As expectativas para as cebolas de ciclo médio, representando aproximadamente 80% da produção total, são incertas, uma vez que os produtores aguardam para avaliar possíveis perdas. O presidente da Associação de Produtores de Cebolas de Santa Catarina, Jelson Guesser, destaca a necessidade de acionamento dos seguros de safra, especialmente para aqueles que financiam a produção por meio de recursos bancários. Quanto aos preços, os reflexos das perdas na safra devem ser sentidos apenas em 2024, com a possibilidade de preços
mais baixos devido à diminuição do tamanho das cebolas colhidas. O aumento da oferta, principalmente se a produção do ciclo médio não puder ser armazenada adequadamente, pode resultar em redução de preços a partir de janeiro e fevereiro. Schmidt alerta que, em anos normais, Santa Catarina possui a capacidade de armazenar cebolas até metade do ano seguinte, mas as condições atuais indicam uma menor capacidade de armazenamento, podendo levar à necessidade de importação e, consequentemente, a um aumento nos preços.
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Brasil
Estupros e assassinatos de mulheres crescem em 2023 N
os seis primeiros meses deste ano, o número de assassinato de mulheres cresceu 2,6% na comparação com 2022. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança divulgados nesta segunda-feira, 13, mostram que o número de mortes de mulheres chegou a 1,9 mil no primeiro semestre. Se considerados apenas os feminicídios — assassinatos em razão da condição de gênero —, o número de mulheres mortas foi de 722 contra 704 no primeiro semestre do ano passado.
Em 2022, o Brasil registrou o menor número geral de assassinatos da década, de acordo com dados do mesmo fórum, divulgados em 20 de julho. O crescimento de casos de violência sexual contra mulheres neste ano é ainda maior. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança, o número de estupros e de estupros de vulnerável (pessoas com menos de 14 anos ou sem condições de consentir por doença ou enfermidade) saltou 15%. Em números absolutos, 34 mil mulheres foram vítimas desse crime.
Do total de casos de estupros, 70% tiveram meninas de até 13 anos como vítimas, informou o fórum. No caso dos estupros de crianças, o acontece na própria casa, geralmente cometido por familiares. Os dados foram apurados por meio de levantamento nos boletins de ocorrência em delegacias de Polícia Civil do Distrito Federal e dos Estados e, por isso, deve ser levada em consideração a subnotificação de casos de violência sexual. Sudeste foi a região com maior alta no nu-
mero de mulheres assassinadas O Sudeste é o responsável pelo crescimento da média nacional de assassinato de mulheres. A alta foi de 16,2% com 273 vítimas. Nas demais regiões, não houve aumento dos casos neste semestre. No Centro-Oeste, a redução foi de 3,6% (81 vítimas); no Norte, de 2,8% (69 vítimas); no Nordeste, 5,6% (187 vítimas). Os dados mostram ainda que três dos quatro Estados da Região Sudeste apresentaram crescimento dos regis-
tros de feminicídios. Em São Paulo, a alta foi de 33,7%, passando de 83 casos nos seis primeiros meses de 2022 para 111 casos em 2023. No Rio de Janeiro, os
feminicídios tiveram uma queda de 3%, enquanto os homicídios dolosos de mulheres cresceram 6,4%, chegando a 149 vítimas, contra 140 no ano passado.
PRF faz escolta Polícia Civil lança portal com imagens inusitada na BR-101 dos criminosos condenados mais procurados de Santa Catarina A
A
Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou uma escolta inusitada durante esse sábado, dia 11, na BR-101. Uma baleia, da espécie cachalote pigmeu, que havia encalhado em São Francisco do Sul, foi levada para reabilitação em Florianópolis.
O animal, de 3,5 metros de comprimento, encalhou pela manhã de sábado na praia de Ubatuba. A baleia precisava de transporte urgente até o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, em Florianópolis. Os policiais abriram caminho em meio ao trânsito
congestionado da BR-101 e chegaram ao destino, no bairro Rio Vermelho, por volta das 23 horas. Segundo os veterinários da Associação R3 Animal, a cachalote tem boas chances de recuperação e, depois de reabilitada, será devolvida ao mar.
Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Capturas (DCAP), da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), lança nesta terça-feira, 14, o Portal Foragidos. Pela ferramenta é possível conhecer a relação de pessoas que foram condenadas pelo Poder Judiciário e que estão foragidas. De acordo com o titular da DECAP, delegado Allan Antunes Marinho Leandro, o portal é uma importante ferramenta para que o cidadão possa cola-
borar com a Polícia Civil e com a Justiça, em relação à captura dos foragidos mais procurados no estado e não somente catarinenses ou com mandados de prisão expedidos pela justiça de Santa Catarina. “O cidadão poderá prestar infor-
mações de paradeiro, veículos, pessoas com quem o foragido está se relacionando, para que a gente possa encontrar esse criminoso que, em sua maioria, está há muitos anos foragido”, assinalou o delegado Allan.
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Terças-feiras Sangão das 9h às 17h
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