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ÍNDICE LOUCOS POR TARANTINO...............................................04 QUENTIN TARANTINO......................................................07 FILMOGRAFIA.................................................................08 PRÊMIOS E INDICAÇÕES................................................09 THE GOOD IDEAS WILL SURVIVE...........................................................................11 CRÍTICA DE FILME (BASTARDOS INGLÓRIOS)................................................11 DIE MOTHERFUCKER, DIE...............................................14 MELHOR DIÁLOGO...........................................................15 TARANTINO INDICA..........................................................15 PLAYBOY ENTREVISTA TARANTINO......................................................................17 AS INFLUÊNCIAS DE TARANTINO......................................................................23 ENGLISH MOTHERFUCKER DO YOU SPEAK IT?! SINOPSE.........................................................................25 Super Taranta | 03


LOUCOS POR TARANTINO CAMILLA FLORES Cobra Californiana

Camilla adoração por cinema – especialmente os filmes de ação - cultura pop, rock e obviamente Tarantino. Sonha em realizar uma vingança sangrenta como em Kill Bill, dar muitas porradas, mas no fundo quer ser tão sábia (e badass) quanto Jules Winnfield em Pulp Fiction. Best Tarantino movie: a saga da Noiva para Kill Bill. D’ASCHERI RAMIREZ El condor

Tarantino wannabe, nosso querido peruano com alma brasileira já até roteirizou um filme totalmente inspirados no diretor estadunidense. “Mi Hermana No” conta com muita vingança, sangue, romance tórrido, humor e as viradas no enredo típicas de Tarantino. Best Tarantino movie: Pulp Fiction - Tempo de violência 04 | Super Taranta


MOEMA MARQUES Boca de algodão

Moema tem fama de quieta, mas se pudesse faria uma coisa e uma coisa apenas – kill nazi. Nas festas a fantasia sempre aparece de Mia Wallace procurando um Vincent Veja capaz de realizar uma performance digna de You never can tell. Best Tarantino movie: Bastardos Inglórios, com direito a sotaque italiano impecável de Brad Pitt.

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QUENTIN TARANTINO por Hattori Hanzo Seu nome completo é Quentin Jerome Tarantino, nascido em Knoxville, Tenesse, no dia 27 de março de 1963, com um DNA que vai de sangue irlandês a Cherokee. Aos 8 anos de idade mudou se para Los Angeles, e aos 22, escreveu seu primeiro roteiro Captain Peachfuzz and the Anchovy Bandit. Seus primeiros roteiros foram vendidos, o que o tirou do anonimato. Mais tarde esses filmes seriam dirigidos por nomes como Tony Scott e Oliver Stone, respectivamente Amor à queima – roupa (1993) e Assassinos por Natureza (1994). Seu primeiro trabalho como diretor foi em Cães de Aluguel , em 1992, iniciando o que seria sua marca própria: muita violência, sangue jorrando, diálogos ácidos, uma pitada de humor. Tarantino cria um universo paralelo em seus filmes, com personagens que parecem ser

uma continuação de outros, caso de Rufus,interpretado por Samuel L. Jackson em Kill Bill 2, que parece ser uma reencarnação do lendário Jules Winnfield, de Pulp Fiction. Ou os irmãos Vega em Pulp Fiction e Cães de Aluguel. Isso sem contar que todo filme do mestre tem cenas em que os personagens saboreiam cereais, close em pés femininos (uma de suas taras), marcas

próprias para cigarros Red Apple ou a lanchonete “Big Kahuna Burgers”, que aparecem em outros filmes, não só do diretor. Tudo muito pop, com uma trama que se não fosse tão sangrenta seria confundida com novela mexicana, com diálogos que entraram pra historias, atores sempre presentes em seus filmes, e claro, uma legião de fãs que deliram com o trabalho de Tarantino.

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FILMOGRAFIA COMO DIRETOR

1987 - My Best Friend’s Birthday 1992 - Cães de aluguel 1993 - Amor à queima-roupa 1994 - Assassinos por natureza 1994 - Pulp Fiction - Tempo de Violência 1995 - Grande Hotel (segmento: O homem de Hollywood) 1995 - Dance Me to the End of Love 1996 - Um Drink no Inferno 1996 - Eles Matam e nós Limpamos 1997 - Jackie Brown 2003 - Kill Bill: Volume 1 2004 - Kill Bill: Volume 2‎ 2007 - À Prova de Morte 2009 - Bastardos Inglórios

Panhandle Slim 1994 - Pulp Fiction - Tempo de violência Jimmie Dimmick 1994 - Sleep With Me ( Vem Dormir Comigo) Sid 1994 - Somebody to Love bartender 1995 - Destiny Turns On the Radio Johnny Destiny 1995 - Grande Hotel (segmento: O homem de Hollywood) Chester 1995 - A Balada do Pistoleiro rapaz na pick-up 1995 - Dance Me to the End of Love noivo 1996 - Um Drink no Inferno Richard Gecko 1996 - Girl 6 Q.T 1997 - Jackie Brown (voz - não creditado) voz da secretária eletrônica 2000 - Little Nicky, um diabo diferente diácono 2001 - Alias (série de TV) McKenas Cole 2007 - Planeta Terror Segurança (sem nome) 2007 - sukiyaki western django Ringo 2007 - Grindhouse - Death Proof (À Prova de Morte) Warren, barman

COMO ATOR

COMO PRODUTOR

1987 - My Best Friend’s Birthday 1992 - Cães de aluguel 1994 - Pulp Fiction - Tempo de violência 1995 - Grande Hotel (segmento: O homem de Hollywood) 1997 - Jackie Brown 2003 - Kill Bill: Volume 1‎ 2004 - Kill Bill: Volume 2 2005 - CSI: Perigo a Sete Palmos (episódio final da 5ª temporada deCSI) 2005 - Sin City - A cidade do pecado (diretor convidado) 2007 - À Prova de Morte 2009 - Bastardos Inglórios 2014 - Kill Bill 3 (anunciado no dia 16 de Outubro de 2009)

COMO ROTEIRISTA

1987 - My Best Friend’s Birtday Clarence Pool 1992 - Eddie Presley atendente do asilo 1992 - Cães de aluguel Mr. Brown 1994 - The Coriolis Effect (voz)

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1987 - My Best Friend’s Birthday 1992 - Past Midnight 1994 - Killing Zoe 1995 - Grande Hotel 1996 - Um Drink no Inferno 1996 - Eles Matam e nós Limpamos

1998 - God Said, ‘Ha!’ 1999 - Um Drink no Inferno 2 Texas Sangrento 2000 - Um Drink no Inferno 3 - A Filha do Carrasco 2003 - My Name Is Modesty: A Modesty Blaise Adventure 2005 - O albergue (produtor executivo) 2005 - Daltry Calhoun, Hostel (O albergue) 2006 - Freedom’s Fury 2007 - Planeta Terror 2007 - À Prova de Morte 2007 - O Albergue 2 (completo) 2007 - Killshot (completo) 2008 - Hell Ride 2009 - Bastardos Inglórios


PRÊMIOS E INDICAÇÕES Oscar

BAFTA

 Venceu na categoria de Melhor Roteiro Original em 1995, juntamente com Roger Avary, por seu trabalho em Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).

 Venceu na categoria de Melhor Roteiro Original em 1995, juntamente com Roger Avary, por seu trabalho em Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).

 Indicado na categoria de Melhor Diretor, por seu trabalho em Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).

 Foi indicado ao Prêmio David Lean de direção por Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).

 Indicado na categoria de Melhor Diretor, por seu trabalho em Inglourious Basterds - Bastardos Inglórios (2009).

 Indicado na categoria de Melhor Diretor, por seu trabalho em Inglourious Basterds - Bastardos Inglórios (2009).

 Indicado na categoria de Melhor Roteiro Original, por seu trabalho em Inglourious Basterds - Bastardos Inglórios (2009).

 Indicado na categoria de Melhor Roteiro Original, por seu trabalho em Inglourious Basterds - Bastardos Inglórios (2009). Emmy Awards

Globo de Ouro  Venceu na categoria de Melhor Roteiro, juntamente com Roger Avary.Por seu trabalho em Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).  Indicado na categoria de Melhor Diretor, por seu trabalho em Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).  Indicado na categoria de Melhor Diretor, por seu trabalho em Inglourious Basterds - Bastardos Inglórios (2009).  Indicado na categoria de Melhor Roteiro, por seu trabalho em Inglourious Basterds - Bastardos Inglórios (2009).

 Indicado na categoria de Melhor Direção para Série Dramática, por seu trabalho em CSI: Crime Scene Investigation (2005), episódio “Grave Danger”.

Grammy  Indicado na categoria de Melhor Trilha Sonora, por seu trabalho em Kill Bill: Vol. 2 (2004). Festival de Cannes  Ganhou a Palma de Ouro de Melhor Filme em 1994, por Pulp Fiction - Tempo de Violência’ (1994). Independent Spirit Awards  Recebeu os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Roteiro, juntamente com Roger Avary, no por Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994).

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“THE GOOD IDEAS WILL SURVIVE” Quentin Tarantino No set de gravação de Bastardos Inglórios, o diretor Quentin Tarantino resolveu fazer um “Wall of Shame” com seus atores em situações digamos, no mínimo embaraçosas. Munido de um pênis de plástico, o diretor aproveitou o intervalo entre as gravações em que os atores tiravam um cochilo e colocou perto da boca dos mesmos, fotografando tudo. Nem o galã Brad Pitt escapou ileso da brincadeira. O jeito é esperar pra saber se não se tratava de mais uma ideia para o próximo filme de Tarantino.

CRÍTICA DE FILME – “Bastardos Inglórios” (2009) Por Rodrigo Carreiro, 26 anos Jornalista

Assistir a um filme de Quentin Tarantino é apreciar a capacidade técnica que o diretor exerce sobre sua obra, um domínio total danarrativa. Em “Bastardos Inglórios” ele não decepciona nesse quesito, vai além e cria um roteiro intricado e com cenas memoráveis de suspense e um jogo de tensão que poucas vezes ele já fez.

“Bastardos Inglórios” conta a história de um grupo do exército americano que tem o único objetivo matar nazistas – sempre de forma cruel. Eles desenvolvem um plano para matar Hitler e seus generais numa grande noite de estréia de cinema, ao passo que uma judia sobrevivente de um massacre faz o mesmo. Alguns elementos clássicos de um longa de Tarantino estão presentes aqui também. É cu-

rioso perceber que normalmente lembramos muito bem de vários personagens de seus filmes, mas nos recordamos e nos admiramos ainda mais é com as cenas e a ação dramática que eles realizam. A força está no “como” e não no “quem”, é por isso que atores famosos pouco importam numa obra de Tarantino. Em “Bastardos Inglórios” é a mesma coisa: Brad Pitt, como o tenente Aldo Raine, é apenas mais um em meio a tantos

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bons personagens e as cenas em que ele participa é que o tornam grandioso, e não ele em si. É um mérito e tanto do diretor-Tarantino, claro, aliado a um roteiro que consegue conjugar agilidade com cenas claudicantes do ponto de vista do suspense. Nesse sentido, três momentos se destacam – curiosamente uma no início, uma no meio e a outra no final. A primeira é a cena de abertura, um momento grandioso do roteirista-Tarantino ao criar um diálogo provocante e incendiário, que está prestes a explodir a qualquer momento – só não sabemos em qual. Ele acerta, por exemplo, no momento exato de mostrar que existem pessoas escondidas na casa, demonstrando que ele aprendeu muito bem com o mestre Hitchcock. O diálogo é sempre cheio de ironias e muito bem pontuado e editado, assim como um outro momento de destaque, a cena da taverna, em que os Bastardos se infiltram em meio a alemães beberrões. A resolução final da cena é algo esplendoroso – rápida, intensa e provocante. Quando tudo termina a gente sabe, viu tudo, mas fica perdido e querendo ver tudo de novo. No roteiro, a história tem certa dificuldade em se amarrar em determinados momentos. Temos os Bastardos em sua missão obstinada e a história paralela da bela judia Soshana (Mélaine Laurent), que sofreu na pele os horrores da guerra e que luta pela vingança (olha o tema presente aqui de novo…). No meio disso tudo, tem os nazistas, sempre tratados pelo roteiro como obtusos generais,

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com certa inteligência, mas propensos a decisões equivocadas. O único que destoa é Hans Landa, um sagaz perseguidor de judeus e sempre um passo à frente de suas vítimas, interpretado com maestria por Cristoph Waltz. As cenas em que ele está presente chamam atenção, paradoxalmente ao que falei acima, por ele mesmo, pela capacidade de internalizar o personagem e mostrar ao espectador que, sim, é possível que um cara daquele tenha realmente existido. O toque real do longa, no entanto, reside apenas no pano de fundo do nazismo e de alguns de seus nomes históricos, porque a condução da história e sua conclusão são completamente ficcionais. Talvez um dos pontos fracos do filme seja o próprio nome e a propagada feita em cima deles, isto é, o filme não é sobre os Bastardos Inglórios, e sim sobre o sentimento de vingança de grupos distintos participantes da guerra. A engrenagem da história não se limita a nenhum dos dois, tendo seu tempo bem dividido entre eles – mais uma vez Tarantino usa a divisão por capítulos. Os Bastardos, no entanto, dão um tom sarcástico ao longa que, por si só, já traz um tema extremamente delicado. As cenas em que Aldo Raine e companhia matam nazistas e conspiram contra eles são excelentes, bem colocadas e distribuídas pelo filme. Tarantino só peca em algumas outras cenas desnecessárias, que só alongam a história e não contribuem para nada. Apesar disso, o diretor enche a mão e joga alto ao apostar na paixão pela sétima arte. O cinema

é tratado aqui como a arte intocável, pois é apreciada mesmo quando realizada por seres humanos detestáveis. A fruição do cinema como uma arte pura e simples é o primordial, e talvez essa seja uma lição importantíssima que ele queira passar para os espectadores. Não é à toa que ele cita vários diretores e atores durante o filme e conduz o roteiro para o desfecho que tem o cinema como ponto chave de conclusão, acrescido de uma trilha belíssima de David Bowie perfeitamente encaixada no desfecho. “Bastardos Inglórios” talvez seja o grito de sobriedade e admiração de Tarantino pelo cinema. Um belo grito. “I steal from every movie ever made.” Quentin Tarantino


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DIE MOTHERFUCKER, DIE - As melhores mortes do cinema por Tarantino 1) “Tenebre” (1982)

A primeira escolha de Tarantino é o filme de terror “Tenebre”, dirigido pelo italiano Dario Argento. Na cena acima, o braço da vítima é cortado fora e o sangue jorra na parede. Bem tosco, bem engraçado.

2) “Jason X” (2001)

A segunda cena de morte predileta do cineasta é do filme “Jason X”. O assassino pega uma loura gostosa pelos cabelos, mergulha a cara dela em nitrogênio líquido e depois bate com o rosto da coitada na pia e tudo quebra como pedaços de vidro. Boa!

3) “The Prowler” (1981)

Um garota toma banho em “The Prowler” enquanto o namorado passeia pela casa. O assassino chega, enfia uma espada na cabeça dele e depois vai até o banheiro. Com um garfo de fazendeiro enorme, ele ataca a pobre vítima que fica sangrando e gritando no banho.

Escolher a melhor morte que Tarantino já criou não é fácil, ainda mais quando se é fã do trabalho que o diretor e roteirista desenvolve. Mas certamente podemos escolher o melhor discurso pra se ouvir antes de morrer (ou matar) Jules Winnfield e sua citação de uma passagem da bíblia. Ezequiel 25: 17 “O caminho do homem justo é cercado por todos os lados, pela tirania dos homens maus e iniqüidade dos egoístas. Abençoado àquele que em nome da caridade e da boa vontade conduz os fracos através do vale das trevas, leva consigo seus irmãos e acha a última ovelha desgarrada. E eu atingirei com raiva furiosa e vingança grandiosa àqueles que tentarem envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá que meu nome é Senhor quando minha lei se abater sobre vós.” 14 | Super Taranta


MELHOR DIÁLOGO - Pulp Fiction - Mia: “Don’t you hate that?” - Vincent: “What?” - Mia: “Uncomfortable silences. Why do we feel it’s necessary to yak about bullshit in order to be comfortable?” - Vincent: “I don’t know.” - Mia: “That’s when you know you found somebody special. When you can just shut the fuck up for a minute, and comfortably share silence.” Tradução: - Você não odeia isso? - O que? - Silêncios desconfortáveis. Por que sentimos a necessidade de tagarelar besteiras para ficar confortável? - Não sei. - É quando você sabe que encontrou alguém especial. Quando você pode simplesmente calar a boca por um minuto e dividir o silêncio confortavelmente. Filme: Pulp Ficiton. Conversa entre os personagens de Uma Thurman e John Travolta.

TARANTINO INDICA Na eleição de 2002 do Sight and Sound Directors, Tarantino revelou sua lista de doze melhores filmes de todos os tempos: 1. The Good, the Bad and the Ugly (Três homens em conflito) 2. Rio Bravo 3. Taxi Driver 4. His Girl Friday (Jejum de Amor) 5. Rolling Thunder (A Outra Face da Violência) 6. They All Laughed (Muito Riso e Muita Alegria) 7. The Great Escape (Fugindo do Inferno) 8. Carrie (Carrie, a Estranha) 9. Coffy 10. Dazed and Confused (Jovens, Loucos e Rebeldes) 11. Five Fingers of Death 12. Hi Diddle Diddle Super Taranta | 15


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PLAYBOY ENTREVISTA TARANTINO - (Maio/2009)

PLAYBOY - Como é para um jovem ser transformado da noite para o dia de rato de cinema em um astro de rock, como aconteceu com você quando Pulp Fiction foi lançado? Quentin Tarantino - Vamos deixar uma coisa bem clara: estamos usando o termo astro de rock porque você o trouxe à tona. PLAYBOY - A fama súbita mudou o jeito das mulheres em relação a você? Diretores-roqueiros também têm fãs dispostas a algo mais do que um autógrafo? Tarantino - Antes mesmo de Pulp Fiction, comecei a descobrir como é cool ser diretor. Quando passei a freqüentar o circuito dos festivais, estava transando o tempo todo. Nunca havia saído do país, e eu não só estava transando adoidado como transando com garotas estrangeiras. Quando não transava, estava dando uns amassos numa garota italiana que era a imagem escarrada de Michelle Pfeiffer. PLAYBOY - Era com esses tipos de mulher que você sonhava quando ganhava um salário mínimo? Tarantino - Não, não vivi a Vingança dos Nerds. Sempre gostei de mulheres interessantes e bonitas. Nunca andei por aí achando que eu era um idiota que não poderia descolar ninguém. Nunca achei que

nenhuma garota fosse inatingível, desde que ela tivesse tempo de me conhecer melhor. Mas, quando você passa boa parte de seu tempo alugando filmes na Video Archives [locadora onde Tarantino trabalhava], é muito difícil de encontrar garotas, a não ser que elas estejam a seu redor. Durante o tempo em que estive trabalhando na locadora, minhas únicas namoradas foram freguesas. Fora isso, eu saía com meus amigos sem namoradas e ia ao cinema. No minuto em que comecei a trabalhar em lugares onde tinha contato com mais mulheres, a história tornou-se bem diferente. Quando comecei a encontrar garotas no circuito dos festivais, me senti como Elvis. Fiquei malucaço por um tempo -- dando os maiores amassos. Adoro beijar. Beijo bem. PLAYBOY - E a respeito das massagens nos pés que você popularizou em Pulp Fiction? Tarantino - Sou conhecido por fazer uma ótima massagem nos pés. Mas com Cães de Aluguel e Pulp Fiction a coisa ficou fora de controle. Tinha que recuperar o tempo perdido. O que garotos bonitões fazem aos 20 anos, eu estava fazendo aos 30. Posso ir a qualquer bar que nunca coloquei os pés antes e, em dois minutos, ter duas garotas ao meu redor, se não mais. Geralmente vou para casa com alguns números de telefone no bolso mesmo que não peça por eles. Se for a um bar de strip-tease e jogar as cartas certas, posso levar uma stripper para casa. Se uma stripper dança para mim já no fim da noite, ela provavelmente vai me convidar para um café ou coisa parecida. PLAYBOY - Depois da fama, qual foi a sua maior surpresa com as mulheres? Tarantino - Uma coisa pela qual não esperava era receber correspondência com conteúdo sacana das fãs. Acho o máximo. PLAYBOY - Você quer dizer fotografia delas peladas? Tarantino - Nunca recebi fotografia de fãs peladas. Eram garotas de 12, 13 ou 25 anos, que tinham grandes taras por mim e que me escreveram sobre isso. Também recebi cartas sacanas muito legais. As garotas andaram filosofando sobre minha sexualidade. Algumas das fotos e cartas eram brilhantes. PLAYBOY - As melhores delas, por favor. Tarantino - Uma garota me mandou uma latinha de bolas de tênis com uma foto e um bilhete, que dizia: “Agora que você tem bolas, me liga”.

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PLAYBOY - Você ligou? Tarantino- Liguei, mas ela estava em Saint Louis e eu não quis viajar até lá. Respondi algumas cartas. Jamais vou esquecer uma das garotas. Acho que nem cheguei a ligar para ela. Estava com medo de que fosse muito jovem. Na fotografia, parecia ter 20 anos, mas também podia ter 15. Era uma jovem negra. Estava rodando Um Drink no Inferno, com George Clooney. Fui bater no trailer dele. Ao ler a carta para ele, George disse: “Uau”. PLAYBOY - Ele recebe boas cartas também. Tarantino- Nos divertíamos lendo as cartas sacanas um do outro. Esta era muito criativa. Primeiro, ela falava sobre os filmes que gostaria de assistir comigo, usando uma linguagem de garota cinéfila cool. Depois, entrava na baixaria, mencionava beijos por horas e escrevia: “Eu quero te vestir como uma camareira francesa e, enquanto sento numa cadeira vestida com cinta-liga, calcinha e fumando um cigarro, farei você tirar cada fiozinho do carpete. E não vou ser boazinha! Você vai ter que ficar de quatro, e eu quero o carpete completamente limpo enquanto fumo meu cigarro”. PLAYBOY - Já se passaram seis anos desde Jackie Brown. Por que tanto tempo? Houve rumores de que você teve crise de ansiedade e bloqueio para escrever. Tarantino- Não tive bloqueio nenhum. Escrevi muito durante esses seis anos. Escrevi um longo filme de guerra chamado Inglorious Bastards [Bastardos Inglórios], que foi como uma novela gigantesca. Poderia resultar em três filmes diferentes. Não fiquei ansioso ao escrever Kill Bill nem estava com medo de que o mundo visse meu filme. Apenas queria que ele fosse muito bom. Gastei um ano para escrever apenas uma longa seqüência de luta em Kill Bill. PLAYBOY - Os cineastas Orson Welles e Peter Bogdanovich também fizeram filmes revolucionários no começo de suas carreiras. Mais tarde, porém, não conseguiram repetir o feito e pareceram algemados à expectativa do público. Isso é perigoso? Tarantino- Adoro ser algemado a expectativas. Nunca tive problema com isso. Não estou tentando recriar o fenômeno de Pulp Fiction, mas pretendo continuar inovando. Nada a respeito do sucesso e reconhecimento que Pulp Fiction teve foi ruim ou negativo. Blade Runner só foi valorizado dez anos

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depois de pronto. Achava que minha vida seria assim. Não imaginava essa explosão já durante o lançamento do filme. PLAYBOY - O que é inovador em Kill Bill? Tarantino- Não penso dessa forma. As pessoas irão ver o filme e filtrá-lo de volta para mim. Venho tendo essa conversa há algum tempo, porque, para algumas pessoas, Cães de Aluguel seria o melhor que eu poderia fazer. E agora esse pobre e estúpido garoto está tentando superar Cães de Aluguel? Se alguém tivesse me perguntado que tipo de inovação houve em Pulp Fiction, teria que dizer nenhuma. Era apenas o que queria ver num filme, o que achava que seria cool. Não me surpreendo quando as pessoas ficam surpresas. Elas não assistiram a todos os filmes que eu vi e não estão enfastiadas com filmes como eu estou. Preciso fazer essas coisas para a experiência de filmar valer a pena.

PLAYBOY - Este filme era para ser uma pequena produção antes de seu grande filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Agora Kill Bill tornou-se tão grande que precisou ser dividido em duas partes, que custaram seis vezes mais que Pulp Fiction. Como isso aconteceu? Tarantino- Quando Ethan Hawke, então marido de Uma Thurman, leu o roteiro pela primeira vez, disse: “Quentin, se este é o épico que você está fazendo antes de fazer seu épico, receio por seu épico”. Kill Bill tornou-se um grande épico do gênero exploitation [filmes com temática negra e pancadaria típicos da década de 70]. Espero que seja a produção que todo amante dos filmes de exploitation estava esperando, sem a pretensão de ser um grande épico.


PLAYBOY - Não é esquisito dividir um filme em duas partes? Tarantino- Não havia nada que me impedisse de dividi-lo. Sempre desenhei filmes para serem maleáveis, sempre criei diferentes versões para a Ásia e para os Estados Unidos e a Europa. Não faço filmes para os americanos, faço filmes para o mundo. No último mês de filmagens, Harvey Weinstein [copresidente do estúdio Miramax] veio nos visitar no set e sugeriu dividir o filme em duas partes. Em apenas uma hora, eu já havia equacionado como tudo funcionaria. De cara, nós filmamos duas seqüências de abertura. Este é o meu tributo ao cinema de lutas marciais e alguma coisa estava me incomodando em lançar um filme de pancadaria com duração de três horas. Pareceu-me pretensioso um filme de arte meditando sobre um filme de pancadaria. Dois filmes de 90 minutos sendo lançados rapidamente, um depois do outro, não é pretensioso, é ambicioso. PLAYBOY - A abundância de sangue em Kill Bill vai limitar a audiência? Tarantino- Eu gosto de Kill Bill porque é violento para caramba, mas também porque é divertido para caramba. O filme não se passa em nosso universo, e sim no universo cinematográfico. É um filme que sabe que é um filme. Você pode gostar dele ou não, mas, se é um amante de cinema e conhece o negócio, acabará ao menos sorrindo ao assisti-lo. Em determinado momento, Harvey Weinstein estava preocupado que a violência espantasse o público feminino. Eu disse: “Não se preocupe. Elas vão amar o filme. Elas vão se sentir revigoradas por ele”. Acho que garotas de 13 anos vão amar Kill Bill. Quero que jovens garotas possam ver esse filme. Elas vão amar a personagem de Uma Thurman. Elas têm minha permissão para comprar ingresso em um multiplex para outro filme e entrar de bico em Kill Bill. Esse é um dinheiro que abro mão. Quando era garoto, costumava ir aos cinemas quando eles não tinham o título dos filmes no ingresso. Sou bicão de cinema há muito tempo. PLAYBOY - Você idealizou Kill Bill com Uma Thurman no set de Pulp Fiction. Depois ela e o ex-marido, o ator Ethan Hawke, tiveram um filho. Você teve que decidir se esperava até ela dar à luz ou se a substituiria. Essa grande espera deve ter lhe deixado tentado a trocá-la, não? Tarantino- Pensei muito nisso durante duas ou

três semanas. Era uma decisão que precisava tomar. PLAYBOY - Como ela o convenceu do contrário? Esta é a mais suculenta personagem dela desde Pulp Fiction. Tarantino- Uma estava tão entregue ao papel, tão enamorada deste filme, que eu teria partido o coração dela caso tivesse optado por outra atriz. Mas ela também não queria arruinar minha vida, afinal estava tendo o bebê e o filme era meu. Ela me deixou decidir. E decidi. Tinha que ser com ela. Se você é Sergio Leone, consegue Clint Eastwood para fazer Por um Punhado de Dólares e ele fica doente, você espera por ele. Se você é Joseph von Sternberg fazendo Marrocos e Marlene Dietrich quebra a perna, você espera. PLAYBOY - Warren Beatty assinou contrato para interpretar o personagem Bill. Ele foi substituído por David Carradine, o que manteve viva sua tradição de reciclar atores esquecidos do passado, como John Travolta, Pam Grier, Robert Foster. Por que Warren não fez o filme? Tarantino- Ele queria muito. Mas, quando chegamos mais próximos do início do trabalho, as coisas mudaram. Na hora H, ele achou que seria um compromisso maior do que eu deixei transparecer. Bill não aparece até quase o final do primeiro filme, mas Warren teria que passar por um treinamento de três meses de kung fu, ao qual todo mundo foi submetido. E ele não estava preparado para treinar por tanto tempo. PLAYBOY - Ele teria que ter deixado afamília. Tarantino- Assim como todos. Vivica Fox deixou a família por um longo tempo. E as cenas dela foram rodadas durante apenas uma semana e meia. Ela enfrentou três meses de treinamento, incluindo um mês em Pequim, e a cena dela foi rodada seis meses depois. Ela não gostou disso, mas, quando aquela semana e meia chegou, ela arrasou como você não poderia imaginar. Eu precisava dessa dedicação. PLAYBOY - Quem pensou em Carradine? Tarantino- Warren Beatty. Pensei em Carradine depois de ler a autobiografia dele, mas nunca disse a ninguém. Warren, de repente, sugeriu o nome dele e eu ri. No minuto em que ele falou em Carradine, me convenci. PLAYBOY - David Carradine tem a reputação de ser um pouco excêntrico. Tarantino- Sou grande fã dele. Junto com pou-

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cos atores, como Jack Nicholson e Christopher Walken, David é um dos grandes gênios loucos da comunidade de atores. Há também o aspecto de ter Gordon Liu representando Hong Kong e Sonny Chiba representando o Japão, além de David Carradine, estrela do seriado Kung Fu, representando os Estados Unidos - uma reunião dos três países que fizeram o que o gênero de artes marciais é hoje.

PLAYBOY - Você passou quatro meses na China rodando Kill Bill. Como um cara se diverte num país comunista? Tarantino- A vida noturna na China é uma loucura. A Sixth Street, em Austin, tem um monte de bares. Bem, em Pequim, eles têm cinco ruas como aquelas e os bares ficam abertos durante a noite toda. Quando terminávamos de filmar após seis dias seguidos, saíamos para as baladas. A gente ficava fora a noite de sábado inteira e dormíamos o dia todo no domingo. No momento, a China é a capital mundial do ecstasy. Eles têm ecstasy que vai além do ácido. É demais. A gente se divertiu muito na China. PLAYBOY - Você tomou ecstasy? Tarantino- Tomei. A primeira vez que fui à Grande Muralha da China, estava rolando uma rave, que durou a noite inteira. Havia bandas de rock e fogos de artifícios. A gente estava fumando maconha e tomando ecstasy. Foi o máximo. Eu e uma parte

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da equipe técnica nos divertimos como roqueiros. É um grande jeito de ver a Muralha pela primeira vez. PLAYBOY - Você escreve sobre bad guys que passam pelos piores problemas imagináveis. Qual foi a pior situação que já teve de se livrar? Foi quando passou um tempo na cadeia? Tarantino- Fui para a cadeia em três situações diferentes, todas por violações de trânsito. Estava com 20 anos e quebrado. Ganhava 8 mil dólares por ano. Se me pegavam por alguma imprudência no tráfego, eu tinha que ir para o xadrez, pois não podia pagar multa ou fiança e isso quer dizer cana na certa. Você cumpre os dias na prisão e depois tenta evitar que te peguem novamente. PLAYBOY - Você socou um produtor de Assassinos por Natureza num restaurante de Hollywood e se atracou num bar de Nova York com um cara que criticou o jeito que você se refere aos negros em seus filmes. Você perde a esportiva facilmente? Tarantino- Não acho que tenho o pavio curto. Posso entrar numa discussão e a coisa esquentar. Mas não vou às vias de fato por conta própria, porque sei que não existe um limite para mim. Dependendo de quão grossa a merda fica, vou até o fim se achar necessário. Mas não quero. A vida será muito mais fácil se eu não brigar. Posso ficar com muita raiva de um cara sem bater nele. Mas, no minuto em que ele engrossar, estarei lá. PLAYBOY - E valeu? Tarantino- Sim. Pou! Dei-lhe uma porrada. Os leões-de-chácara me seguraram, o cara tentou morder o meu peito. Ele tirou um naco de mim, bem


do meu mamilo. Que grande filho da puta! PLAYBOY - Isso parece uma cena de seus filmes. Provavelmente você nunca imaginou que seria ordenhado alguma vez na vida. Tarantino- A única razão pela qual não me machuquei ainda mais é que ele foi com muita sede ao pote. O cara abriu demais a boca para tentar tirar um baita naco de mim. Acabou com carne demais na boca. Se ele tivesse dado uma mordida pequena, provavelmente eu não teria um de meus mamilos agora. PLAYBOY - Ele custou os 30 mil dólares que você esperava? Tarantino- Não, pois fiz uma coisa esperta. Disse a mim mesmo que não iria ligar para meu assessor de imprensa, não contaria a ninguém. Não queria criar um clima de que eu tinha apenas cinco dias antes que o cara descobrisse quem eu era. Só dois meses mais tarde contei aos amigos. PLAYBOY - Brigas ajudam a compor sua mística. Por que as pessoas ficam tão intrigadas com você? Tarantino- Por dois motivos. Primeiro, porque ficam fissuradas com meus filmes. Talvez eu as excite com filmes que elas nunca viram antes. Segundo, minha história pessoal se encaixa no grande sonho americano, como elas provavelmente assistiram na televisão ou leram em entrevistas. Sou um cara aberto, o que você vê é o que eu realmente sou. Isso é, aliás, uma coisa que me enojou um pouco na mídia. Algumas vezes tive a impressão de que eles estavam tirando sarro de mim pelo que eu sou. Pode parecer uma reclamação infantil, mas, uma vez que você é adulto, as pessoas não tiram mais sarro de você. Pelo menos não na cara. PLAYBOY - Você virou uma caricatura. Tarantino- olta e meia leio sobre alguém tirando sarro da minha aparência, meu cabelo, meu maxilar ou do jeito que falo. Já superei isso, mas fiquei magoado. Não estava esperando por isso. Quem precisa dessa merda? Não quis passar por isso durante o colégio. Foi por essa razão que caí fora da escola. A imprensa está sempre reclamando de todo mundo ser tão resguardado. Não sou resguardado e estou pagando por isso. Mas já superei essa fase. PLAYBOY - Tanto por Cães de Aluguel quanto por Pulp Fiction você foi acusado de tomar emprestado idéias de filmes obscuros de Hong

Kong. Fale sobre suas influências na cena de Pulp Fiction na qual Bruce Willis e Ving Rhames estão trocando sopapos, vão parar numa loja de penhores e são capturados por homossexuais estupradores, de onde veio aquilo? Tarantino- Não sei exatamente como essas coisas acontecem. Sou daqueles que não se preocupam muito em ser analítico antes do tempo. Apenas deixo as histórias tomarem o rumo que elas tomam. PLAYBOY - Na questão do estupro homossexual, pode-se comparar a cena na loja de penhores com a de Amargo Regresso, de John Boorman. Tarantino- Roger Avary [co-roteirista de Pulp Fiction] surgiu com a idéia. Ele tinha escrito um roteiro inteiro para um filme. Mas eu não queria fazer a coisa toda, apenas uma seqüência que se encaixasse em Pulp Fiction. Comprei aquele roteiro apenas para adaptar a parte que gosto. Queria fazer isso porque significava retrabalhar algo que causou impacto em Amargo Regresso. Aquele estupro anal selvagem surgiu tão de repente que eu achei engraçado. Entrevista de Quentin Tarantino para Revista PLAYBOY.

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AS INFLUÊNCIAS DE TARANTINO - ROBERTE RODRIGUEZ O jeito único de fazer cinema que tarantino adotou ao longo de sua carreira gerou inspirações. A maior delas é Robert Rodriguez, um cineasta de 42 anos, natural do Texas, especializado em produzir filmes com muitos tiros, sempre com baixo custo. É hoje um colaborador de Quentin Tarantino em filmes como Sin City (e aqui também Frank Miller), Planeta Terror e chega aos cinemas em breve com Machete, uma obra que recheada de homenagens a Tarantino.

Filmografia

2011 - Sin City 2 (em pré-produção) 2010 - Machete 2009 - Shorts (A Pedra Mágica) 2007 - Grind House (Primeira parte: Planet Terror) 2005 - The Adventures of Sharkboy and Lavagirl in 3-D (As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl) 2005 - Sin City (co-dirigido com Frank Miller, e com o “diretor convidado” Quentin Tarantino) 2003 - Once Upon a Time in Mexico (Era uma vez no México) 2003 - Spy Kids 3D (Pequenos Espiões 3D) 2002 - Spy Kids 2: Island of Lost Dreams (Pequenos Espiões 2) 2001 - Spy Kids (Pequenos Espiões) 1998 - The Faculty (Prova Final) 1996 - From Dusk Till Dawn (Um Drink no Inferno) 1995 - Four Rooms (Grande Hotel) (continuação de “The Misbehavers”) 1995 - Desperado 1992 - El Mariachi

MACHETE

todos os mexicanos como terroristas e convencer a prefeitura a construir uma enorme muralha elétrica para mantê-los fora do país. Porém, contrariando todas as expectativas, Machete sobrevive e parte em busca de vingança, ajudado por Sartana Rivera (Jessica Alba), uma agente do Departamento de Imigração dividida entre o que dita a lei e o que manda seu coração; Luz (Michelle Rodriguez), uma vendedora de tacos com mãos rápidas e um coração revolucionário; Padre (Cheech Marin), seu irmão, um padre que é bom com bênçãos, mas melhor com armos; e April Booth (Lindsay Lohan), a filha de Booth e uma socialite viciada em adrenalina e com um gosto por armas de fogo. No caminho de Machete, estão não apenas McLaughin e suas conexões políticas e Booth e sua infindável lista de assassinos, mas também o Tenente Stillman (Don Johnson) e sua cruel patrulha da fronteira e Torres e seu cartel de traficantes impiedosos. Elenco: - Danny Trejo - sampoli. - Michelle Rodriguez - Luz/Shé. - Lindsay Lohan - April Booth. - Jessica Alba - Sartana Rivera. - Cheech Marin - Padre. - Steven Seagal - Torres. - Robert DeNiro - Senador John McLaughlin. - Jeff Fahey - Michael Booth. - Rose McGowan - Cherry Darling. - Don Johnson - Tenente Stillman.

Machete (Danny Trejo) é um agente federal e imigrante mexicano que cai em uma armadilha arquitetada por seu arquiinimigo, o traficante de drogas Torres (Steven Seagal), que resulta na morte de sua esposa e o torna um renegado. Três anos depois, Machete, que agora trabalha como operário, aceita uma oferta do empresário Michael Booth (Jeff Fahey) para matar o Senador John McLaughin (Robert DeNiro), que quer expulsar todos os imigrantes ilegais do México. Machete aceita, apenas para ser traído pelos homens de Booth e usado como bode expiatório em um plano arquitetado por McLaughin para retratar

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L. Jackson) ENGLISH MOTHERFUCKER DO YOU SPEAK IT?! (Samuel Pulp Fiction

Reservoir Dogs (1992) Sinopse: Joe Cabot (Lawrence Tierney), um experiente criminoso, reuniu seis bandidos para um grande roubo de diamantes, mas estes seis homens não sabem nada um sobre os outros e cada um utiliza uma cor como codinome. Porém durante o assalto algo ao saiu , pois diversos policiais esperavam no local. Mr. White (Harvey Keitel) levou Mr. Orange (Tim Roth), que na fuga levou um tiro na barriga e morrerá se não tiver logo atendimento médico, para o armazém onde tinha sido combinado que todos se encontrassem. Logo depois chegou Mr. Pink (Steve Buscemi), que está certo que um deles é um policial disfarçado e eles precisam descobrir quem os traiu. Em um clima de acusações mútuas a situação fica cada vez mais insustentável.

Nice Guy Eddie: We got places all over the place. Joe: He was the only one I wasn’t 100% on. I should have my fuckin’ head examined, going on a plan like this when I wasn’t 100%. Mr. White: [shouting] That’s your proof? Joe: You don’t need proof when you have instinct. Mr. Blonde: Was that as good for you as it was for me? Mr. Blonde: Eddie, you keep talking like a bitch, I’m gonna slap you like a bitch. Mr. Blonde: I might break you in, Nice Guy, but I’d make you my dog’s bitch. Mr. Brown: I’m blind, man. I’m fucking blind. Mr. Orange: You’re not blind, you’ve just got blood in your eyes.

Jackie Brown (1997) Sinopse: Jackie Brown é uma aeromoça, funcionária de uma companhia aérea de segunda linha, que reforça o seu baixo salário trazendo para o país dinheiro sujo de um traficante de armas, Ordell Robbie. Um dia, ela é pega por policiais com uma alta soma numa mala. Mas estes lhe oferecem a liberdade se os ajudar a pegar o traficante.

Ordell Robbie: I’m serious as a heart attack. Ordell Robbie: Look, I hate to be the kinda nigga does a nigga a favor, then, BAM!, hits a nigga up for a favor in return. But I’m afraid I gots to be that kinda nigga. Beaumont: Whatchu mean? Ordell Robbie: I need a favor, nigga! Ordell Robbie: Girl, don’t make me put my foot in your ass. Winston: Look man, there’s only three reasons why you can’t make your court date. One, you’re in a hospital. Two, you’re in jail. Three, your ass is dead.

Bastard Inglorious (2009) Sinopse: No primeiro ano da ocupação da França pela Alemanha, Shosanna Dreyfus testemunha a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Waltz). Shosanna escapa por pouco e parte para Paris, onde assume uma identidade falsa e se torna proprietária de um cinema. Em outro lugar da Europa, o tenente Aldo Raine (Pitt) organiza um grupo de soldados americanos judeus para praticarem atos violentos de vingança. Posteriormente chamados pelo inimigo de “os Bastardos”, o esquadrão de Raine se une à atriz alemã Bridget von Hammersmark (Kruger) em uma

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missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. O destino conspira para que os caminhos de todos se cruzem em um cinema, onde Shosanna pretende colocar em prática seu próprio plano de vingança. BASTARDOS INGLÓRIOS de Quentin Tarantino combina histórias de opressão, infames, verídicas e heróicas da Segunda Guerra Mundial.

Lt. Aldo Raine: We’re gonna be doin’ one thing and one thing only... killin’ Nazis. Sgt. Donny Donowitz: We punch those goons out, take their machine guns, and burst in there blasting! Marcel: [in French; subtitled] What the fuck are we supposed to do? Shosanna Dreyfus: [in French] It looks like we’re supposed to have a Nazi premiere. Marcel: Like I said, what the fuck are we supposed to do? Shosanna Dreyfus: My name is Shosanna Dreyfus and THIS is the face... of Jewish vengeance! Shosanna Dreyfus: [threatening a French film developer] You either do what the fuck we tell you, or I’ll bury this axe in your collaborating skull.

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