MONOGRAFIA ARQUITETURA E URBANISMO - DIEGO NETTO

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ME MO RI AL

O ATO



DOCENTE: DIEGO NETTO PENA MATRICULA: 201307326511 ORIENTADOR: André Fagundes

MEMORIAL | O ATO A ARQUITETURA COMO MOLA PROPULSORA DA INFORMAÇÃO POSSIBILITANDO O DEBATE

Niterói 2020


SU MÁ RIO

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APRESENTAÇÃO AGRADECIMENTOS .....01 INTRODUÇÃO .....03

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REFERÊNCIAL TEÓRICO O MOTIVADOR .....05 A PERTINÊNCIA .....06 O OBJETIVO .....07 PROBLEMATIZANDO.....10


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REFERÊNCIAL PROJETUAL MEMORIAL DA RESISTÊNCIA [SP].....27 MUSEU DO HOLOCAUSTO [ISRAEL] .....33

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SITIO E CARACTERIZAÇÃO O TERRENO.....42 ANALISANDO O ENTORNO.....44 HISTORIANDO .....45 CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO .....47 O PALÁCIO .....48 FATO A FATO .....53

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PROPOSTA PROJETUAL CONCEITO .....57 PARTIDO .....58 PROGRAMA .....59 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA .....60 PRÉDIMENSIONAMENTO.....61 CROQUIS .....62 ENSAIOS [IMPLANTAÇÃO] .....63 MATERIALIDADE .....65 A PROPOSTA .....67 CHARGE .....74 BIBLIOGRAFIA .....76


Primeiramente quero agradecer a Deus, por me guiar no caminho do bem e me aconselhar nos momentos de indecisões.

A GRA DE CI MEN TOS

As três mulheres mais importante na minha vida, Adriana Netto (mãe), Jaqueline Netto (Tia / madrinha) e a matriarca Joventina de Souza (vó). Mulheres estas, responsáveis por minha criação, base educacional que mesmo diante das dificuldades de um cotidiano simples, fizeram questão de me fazer acreditar, em mim e que mesmo a passos lentos, deveríamos andar, rumo a nossas metas. Ainda sobre uma mulher muito especial, Viviane Faria, meu mais verdadeiro, sincero e singelo obrigado. Obrigado por estar ao meu lado em todos os momentos de minha formação. Por passar noites em claro ou cochilando, mas com a aquela luz da tela do computador clareando todo o ambiente, pelas palavras de conforto quando eu pensava em desistir, por que o computador simplesmente decidia não responder e enfim por me fazer enxergar além do que se vê aos olhos. No âmbito educacional, meus sinceros agradecimentos a todo corpo docente da Universidade Estácio de Sá – campus Niterói, em especial ao Gustavo Martins, o 1º professor de projetos, a Mariana Vaz e Paulo Aguiar, que sempre estiveram dispostos a ajudar em todas as orientações, fossem essas internas ou externas e principalmente ao André Fagundes, que aceitou me orientar no desenvolvimento deste artigo que é o encerramento de um ciclo. Aos amigos que fiz, no meio acadêmico, agradeço por toda companhia nos trabalhos em grupo, resenhas e aulas externas, em especial a Franklin Barcellos por se mostrar um cara super generoso, deixando isso bem claro, quando me levou a aula e me trouxe para casa, depois que fiz uma cirurgia, por ser o cara para trocar ideias, o companhia “careta” no bar, já que não bebemos e dividir comigo a melhor pesquisa de todo o curso – “Monumento aos Pracinhas”. Agradeço também a Thamires Mota, por abrir a porta de sua casa para tarefas coletivas, por se posicionar sobre projetos, muitas vezes de maneira contraria, mas sempre em prol de um bom resultado e por dividir comigo autoria de projetos bem legais ao longo do curso.

Meus reconhecimentos e toda gratidão - espero cruzar nossos caminhos em breve.

Infinitamente obrigado a todos,

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Diego Netto



O presente artigo tem como proposito apresentar o desenvolvimento de projeto de arquitetura para conclusão do título de bacharel em Arquitetura e urbanismo, na instituição de ensino Estácio de Sá – Campus Niterói. O artigo tem como objetivo, nortear o desenvolvimento de projeto arquitetônico, com ênfase em promover um espaço arquitetônico democrático, livre e interativo. Para isso toma-se como ponto partida, possibilitar o conhecimento ao individuo, com o individuo, para o individuo, através de um espaço, que tenha como principal característica contar a histórias, receber debates de diferentes temas, discussões e posicionamentos. Sendo assim, este é elaborado a partir de análise de textos, artigos e trechos de livros de estudiosos da temática aqui pertinente. É sabido que desde a Grécia antiga, o lugar de debate, denominado ágora, define-se como um espaço público de fundamental importância para constituição do espaço urbano na Atenas clássica, tal espaço possuía papel determinante na configuração da democracia ateniense, sendo um local por excelência de manifestação pública, comércio, atos políticos e civis. Com avanço das tecnologias, o acesso a qualquer espécie de informação, sejam elas de fontes confiáveis ou não, faz com que, os usuários principalmente nas redes socais, tornem-se ativos, proferindo opiniões, muitas vezes com base em dados irreais. Paralelamente a este movimento contemporâneo, existe a defasagem educacional no ensino básico brasileiro, já que fatos ocorridos nos processos analisados, desde a colonização até os anos de 1990, não fazem parte da ementa do ensino fundamental ou se fazem, são superficialmente tratados. Toma-se como inicial ao estudo, a analise dos principais fatos históricos entendidos como autoritários no desenvolvimento da formação da história brasileira, levando em consideração o recorte temporal explicitado anteriormente, fatos estes, marcados por reviravoltas econômicas, legislativas e principalmente culturais. Vale ressaltar que serão tomados como autoritário, movimentos que notabilizaram-se, por reprimir as liberdades, preconizadas nas legislação vigente. Não é pretendido aqui, apontar verdades e/ou definir diretrizes que determine que a intervenção militar ou qualquer outra intervenção autoritária tenha sido positiva ou negativa. O verdadeiro objetivo é possibilitar a democratização da informação legitimada e a referência espacial no que diz respeito ao assunto que aqui se trata.

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IN TRO DU ÇÃO


UM POVO QUE NÃO CONHECE SUA HISTÓRIA, ESTÁ CONDENADO A REPETI-LA. EDMUND BURKE

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REFERÊNCIAL

TE Ó RI CO

PROBLEMATIZANDO O TEMA APONTAMENTOS E DIRETRIZES COMO FORMA DE JUSTIFICATIVA


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O MOTIVADOR

A PRESENÇA DE JOVENS E ADOLESCENTE EM MANIFESTAÇÕES EM APOIO A UM IMPOSSIVEL INTERVENÇÃO MILITAR;

ABANDONO DA HISTÓRIA, AUSÊNCIA DO TEMA HISTÓRICO NO ENSINO MÉDIO, NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADOLESCENTE;

O NÃO RECONHECIMENTO DO GINÁSIO CAIO MARTINS, ESTÁDIO CONSTRUÍDO NA CIDADE DE NITERÓI, EM ICARAÍ, FOI PRIMEIRO ESTÁDIO DA AMÉRICA LATINA USADO COMO PRESIDIO POLITICO;

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A PERTINÊNCIA

A OPINIÃO SEM CARA, DAS REDES SÓCIAS, PERMITIU QUE TODOS DISSEMINASSEM AS SUAS, SEM MUITAS VEZES PENSAR NO PRÓXIMO;

OS RECENTES E COTIDIANOS DEBATE EM REDES SOCIAIS CADA VEZ MAIS PRESENTE;

O DESCOMPROMISSO COM O “CONTAR’ A HISTÓRIAS NO ÂMBITO EDUCACIONAL DE BASE.

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O OBJETIVO

DEMOCRATIZAR A INFORMAÇÃO, POSSIBILITANDO ESCOLHAS DECIDIDAS INDIVIDUALMENTE EM PROL DO COLETIVO;

ACESSO A INFORMAÇÃO QUALIFICADA E LEGÍTIMA;

PROMOVER UM ESPAÇO ARQUITETÔNICO DEMOCRÁTICO, LIVRE E INTERATIVO. PARA ISSO TOMASE COMO PONTO PARTIDA, POSSIBILITAR O CONHECIMENTO AO INDIVIDUO, COM O INDIVIDUO, PARA O INDIVIDUO

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&

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PRO BLE MA TI ZAN DO 11


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O ano era 2013, em meio a manifestações políticas, ocorridas nas cidades grandes e capitais brasileiras, originadas, principalmente por insatisfações no reajuste do valor da passagens do transporte público, tal fato foi tomado como ponto de partida e desencadeou uma série de protestos, sendo este, contando sempre com o envolvimento de grande parcela da população, as manifestações ocorreram de forma pacifica, gritos de o “gigante acordou” dava o tom e faixas com dizeres, tanto no Rio, quanto em São Paulo, “Se a tarifa não abaixar, São Paulo vai parar.” Este movimento ficou conhecido como junho de 2013. De acordo com dados colhidos nas policias militares de cada cidade, ficaram diferentes números, no entanto todos significativos e expressivos, com valores a cerca de 3 milhões de pessoas as ruas. De acordo com o instituto de pesquisa, polícia militar e pesquisadores, os protestos de 2013 registraram números superiores aos das manifestações das Diretas Já, movimento pelo fim da ditadura entre os anos 1983 e 1984. Também deve-se levar em consideração que o Brasil, sediaria a copa do mundo de futebol de 2014, com isso tal fato também tornou-se ponto de questionamento das manifestações que se seguiam e as exigência que deveriam ser atendidas, no que diz respeito aos requisitos da FIFA, Federação Internacional de Futebol Associação. Essas exigências também foram parar nos cartazes, frases como “Queremos escolas e hospitais no padrão FIFA” e “Estamos atrapalhando a copa? Desculpem a falta de educação.” dentre tantas outras.

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Apesar de ter tido como principal motivador, o aqui já citado, aumento nas tarifas do transporte público, as mobilizações populares deixou ter esse assunto como protagonista e passou a dar lugar aos escândalos de corrupções, envolvendo nomes de políticos e empresários com grande representatividade no cenário socioeconômico do pais, muitas vezes, tais escândalos, tinham envolvidos nomes como da então presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dentre tantos outros que viriam a fazer parte das delações das investigações da operação LAVA JATO, liderada pelo Juiz Sergio Moro, responsável pelos processos em primeira instancia desta operação. Em diversos momentos dos protestos, o juiz Sergio Moro, teve seu nome exaltado, em faixas, camisas e cartazes, além de inúmeros momentos de aplausos. Mediante a tantos indícios de corrupção envolvendo a principal personalidade política do pais, deste caso, a presidente de Brasil, os protestos passam a ter um viés muito mais relacionado ao conteúdo das investigações, que a cada momento passam a ter mais novidades vinculadas a pessoas ligadas aos governantes nacionais do que ao motivador inicial. Com isso, as manifestações passam a serem conduzidas com objetivo de dar início ao pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A HISTORIA É UMA RESPOSTA A PERGUNTAS QUE O HOMEM DE HOJE NECESSARIAMENTE SE PÕE. LUCIEN FEBVRE HISTORIADOR MODERNISTA FRANCÊS

A cada manifestação acontecida, tornavam-se mais comum aparições de faixas e cartazes que incitavam ou faziam menção a intervenção militar, ocorrida no Brasil, no período de 1964 à 1985, assim os números de adeptos a esses tipo de pedido crescia gradativamente, principalmente em meio aos jovens e adolescentes que destes protestos participavam. Já em 2016, as manifestações, definitivamente tomam outro rumo, e os integrantes de movimentos pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, disseminam o discurso de corrupção do governo petista, com avanços das investigações da operação LAVA JATO, as manifestação ganham proporções, até então desconhecidas e o grito de ‘’ FORA DILMA’’ ecoa nos quatros cantos do país.

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De acordo com o arquiteto Guilherme Wisnik, professor da faculdade de arquitetura e urbanismo de São Paulo. “O arquiteto lida com a cidade, o espaço público. A ideia do espaço público para o arquiteto é fundamental, por que ela é o lugar de democracia, o espaço urbano público é o lugar onde as diferenças acontecem, onde as pessoas se encontram e há dissenso e a concordância também.” Se é fundamental para o arquiteto a ideia de espaço público, por que ela é o lugar de democracia, compreende-se que é de total importância a disseminação dos espaço que viabilizem ambientes de convívios, encontros, debates e discussões de diferentes aspectos, sendo eles, sociais, culturais, étnicos, de gêneros, dentre tantos outros. De acordo com o arquiteto Paulo Mendes da Rocha; “Deve-se planejar, projetar um horizonte que possam ser, em minha opinião, promissores. Portanto essa nossa opinião nunca é individual, mas é uma opinião que envolve a ideia de todos, para todos, em tese, aquilo que possa parecer melhor para todos nós em relação ao futuro das gerações que ão de vir”.

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Ainda sobre o pensar arquitetura, o espaço interativo arquitetônico tem como principal característica a troca, essas interações interpessoais são promovidas através do espaço de convívio democrático e livre. De acordo com o arquiteto Marko Brajovic, ao falar em palestra no Live Talks 2016, do pavilhão do Brasil na Expo Milano 2015. Que define como conceito base a rede, onde pessoas não só interagem com os sistemas de luz e sons que captam, mas também uma multissensorialidade dos cheiros das plantas que são presentes e essa sinergia entre os plantios propõe uma eventual arquitetura distribuída.


Em meio ao mergulho na história brasileira, perpassando por diferentes aspectos cotidianos e fazendo um link com as manifestações políticas do século XXI e seus respectivos pedidos, que se estendem até os dias atuais, com as eleições presidenciais de 2018 e aos anos que se seguiram.

permite a compreensão em dois aspectos.

Um dos aspectos que se tornou relevante na atualidade é o uso das redes sociais, que passam a ter um papel de protagonismo na fomentação de informações, que se propagam velozmente na rede, sejam elas verdadeiras ou não, que ficaram conhecidas como Fake News.

No entanto, paralelamente, há um certa camada da população que passam a disseminar que a intervenção militar poderia ser uma possível solução para os problemas do país, mergulhado em uma crise econômica, e sanitária que diferente do que se pensa, com precedentes de maiores proporções da história.

Com essa aproximação, por intermédio das redes sociais, em sua grande parte pelo aplicativo de mensagem instantânea Whatsapp, a política passa a fazer parte do dia-a-dia das pessoas, agora aquela curta conversa sobre o tempo no elevador, deu lugar a assuntos envolvidos a políticas e as propostas dos candidatos a cada cargo governamental. Não sendo diferente as conversa informais nas mesas de bares e em outros tantos lugares, caracterizados pelo convívio social.

Essa aproximação do usuário das redes sociais com o assunto em questão,

Primeiramente, sim, as pessoas estão mais interessadas em discutir o futuro do pais, discursão esta sem “cara a cara” e a quem, serão dadas a legitimidade e poder das decisões a serem tomadas para o bem comum de todos.

Analisado as perspectivas contemporâneas, torna-se cabível o questionamento, aqui feito; É importante ressaltar que este artigo não tem nenhuma pretensão de fazer juízo de valores, em responder tais questionamento, sobre ser ou não ser positivas a intervenção ou qualquer outro momento autoritário registrado nos escritos da história brasileira, as respostas para estas e tantas outras perguntas que poder ser feitas dentro deste contexto e sim que permitir as reflexões pertinentes as tema.

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POR QUE O BRASIL, NÃO RECONHECE

AO RECONHECER, POR QUE O BRASIL, NÃO TRATAR ESSES ASSUNTOS, ASSIM COMO GRANDE PAÍSES EUROPEUS ?

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SUA HISTÓRIA EM MOMENTOS AUTORITÁRIOS ?

POR QUE O MITO DA DESCOBERTA DO BRASIL, AINDA É CONTADO PELA PERSPECTIVA EUROPÉIA?

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Diante destas indagações, problematiza-se o tema, que apesar de em muito momentos ter alta carga emocional contida, precisam estar ao alcance do conhecimentos de todos, ou de grande parcela da população que gostaria de ter acesso as informações, mas que por ser tratado com tanto sigilo, contradições e assim por inúmeras vezes causam, certa estranheza ao ser tratado. Com intuito de democratizar, esclarecer, informar e possibilitar o acesso de pessoas de qualquer classe social, que possam, de acordo com suas curiosidade, entender o processo histórico político do pais, os caminhos percorridos e as tarefas a serem executadas, colocando sempre o coletivo em primeira instancia. A partir destes princípios, propõe-se um memorial voltado a temática, com objetivo de democratizar a informação, possibilitando escolhas decididas individualmente em prol do coletivo.

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A ideia é que exista exposições, debates, reflexões, discursões de temas variados atuais e históricos e a partir deste ponto qualificar o direito de pensar, o direito à liberdade de expressar as opiniões e de entender quais os caminhos a serem percorridos, quando o objetivo é a sociedade como um todo e não mais uma fatia desta. Ainda que o pensamento não vá de acordo com a maioria, é preciso saber defender e aceitar a opinião do próximo.

Em se tratando de um espaço de cunho cultural, é possível que sejam oferecidas apresentações teatrais, palestras educacionais, oficinas de diferentes temáticas que possibilitem que todo e qualquer ser humano possa se qualificar e ingressar mercado de trabalho de forma digna e ainda podendo receber eventos de pequeno a médio porte.

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“O estado deve ser reciclado para se converter em elementos de industrialização”

CRONOLOGIA

MARCOS POLÍTICOS NO BRASIL

Washington Luís é Deposto da presidência

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

COLONIZAÇÃO DOS ÍNDIOS

1530

1539

CHEGADA DOS 1º AFRICANOS ESCRAVIZADOS

SERINGAIS EXTRAÇÃO DE MATERIA PRIMA [BORRACHA]

1850

“GOLPE MILITAR” IMPÉRIO - REPUBLICA

1864

GUERRA DO PARAGUAI

[1864 – 1870]

1888

1889

“GOLPE MILITAR” GETULIO VARGAS ASSUME O GOVERNO

1890

CÓDIGO PENAL DETERMNA CRIME - VADIAGEM - CAPOEIRA - CURANDEIRISMO

Neste código, é como se os negros ouvissem:

“Vocês estão libertos, porém tudo que fizeram, passa a ser crime.”

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1930


“Arrumar a casa e devolver o poder a quem o povo eleger em1965.”

Desenvolvimento industrial

Industrialização Acelerada

“GOLPE CIVIL MILITAR”

GETULIO VARGAS É DEPOSTO GETULIO VARGAS VOLTA A PRESIDÊNCIA

1937

1945

1951

“ESTADO NOVO” GOLPE DENTRO DO GOLPE

1954

JUSCELINO KUBITSCHEK SE TORNA PRESIDENTE

1956

GETULIO VARGAS SE SUICIDA

- FECHAMENTO DO PARLAMENTO - ABOLIÇÃO DOS PARTIDOS - ABOLIÇÃO DE TODAS AS LIBERDADES INDIVIDUAIS - GOVERNO ALIADO AO MOVIMENTO NAZISTA - PARTICIPAÇÃO NA 2º GUERRA MUNDIAL

“Saio da vida para entrar para a história.”

JOÃO GOURLART É DEPOSTO

1961

1964

PLANO COLLOR

1990

JÂNIO QUADRO SE TORNA PRESIDENTE

JÂNIO QUADRO RENUNCIA [AGOSTO]

JOÃO GOULART SE TORNA PRESIDENTE [SETEMBRO]

Proibição do maiô (concurso de miss); Uso de biquíni; Proibição de Lança perfume em bailes de carnaval

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BIBLIOGRAFIA

ANALISES E CONTEXTUALIZAÇÃO

(...) Cantam o hino também nacional e declaram todos que a pátria está salva. Minha filha, ao meu lado, exige uma explicação para aquilo tudo. -

É carnaval, papai? Não. É campeonato do mundo? Também não.

Ela fica sem saber o que é. E eu também fico. Recolho-me ao sossego e sinto na boca um gosto azedo de covardia. (02.04.1964) (CONY; CARLOS HEITOR, O ato e o fato – O som e a fúria que se viu no golpe de 1964. ed.9ª. Editora Nova fronteira. 2014 / p. 21).

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CONY, EM SEU DIALOGO PUBLICADO, FAZ ENTENDER A INDEFINIÇÃO QUE SE SEGUIU NOS ANOS 60. COMO EM TANTOS OUTROS MOMENTOS AUTORITÁRIOS.

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3 PRO REFERÊNCIAL

JE TU AL 25

VISITANDO AS REFERÊNCIAS ANALISANDO OBRAS


“DEVE-SE PLANEJAR, PROJETAR UM HORIZONTE QUE POSSAM SER, EM MINHA OPINIÃO, PROMISSORES. PORTANTO ESSA NOSSA OPINIÃO NUNCA É INDIVIDUAL, MAS É UMA OPINIÃO QUE ENVOLVE A IDEIA DE TODOS, PARA TODOS, EM TESE, AQUILO QUE POSSA PARECER MELHOR PARA TODOS NÓS EM RELAÇÃO AO FUTURO DAS GERAÇÕES QUE ÃO DE VIR. ” PAULO MENDES DA ROCHA

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

MEMORIAL DA RESISTÊNCIA – SÃO PAULO

Arquiteto: Ramos de Azevedo

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

MEMORIAL DA RESISTÊNCIA – SÃO PAULO Memorial da Resistência de São Paulo é um museu que preserva as memórias da resistência e da repressão políticas do estado de São Paulo. É uma instituição dedicada à preservação de referências das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano por meio da musealização de parte do edifício que foi sede, durante o período de 1940 a 1983, do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP, uma das polícias políticas mais violentas do país, principalmente durante o regime militar. O objetivo é fazer dessa instituição um espaço voltado à reflexão e que promova ações que contribuam para o exercício da cidadania, o aprimoramento da democracia e a valorização de uma cultura em direitos humanos.

www.conhecendomuseus.com.br/museus/ memorial-da-resistencia-de-sao-paulo/

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

MEMORIAL DA RESISTÊNCIA – SÃO PAULO

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

MEMORIAL DA RESISTÊNCIA – SÃO PAULO

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

MEMORIAL DA RESISTÊNCIA – SÃO PAULO

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DIFERENTES MODOS DE CONTAR A HISTÓRIA, MAS SEM DEIXAR DE CONTA-LAS.

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS MUSEU DO HOLOCAUSTO - ISRAEL

Arquiteto: Moshe Safdie

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS MUSES DO HOLOCAUSTO - ISRAEL É o memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto. Foi estabelecido em 1953 através da Lei Yad Vashem passada pela Knesset, o Parlamento de Israel. Localizado no sopé do Monte Herzl, no Monte da Recordação (Har HaZikaron), em Jerusalém, Yad Vashem é um complexo de cerca de 18 hectares que contém o moderno Museu da História do Holocausto, vários memoriais, como o Memorial das Crianças e a Sala da Memória, o Museu de Arte do Holocausto, esculturas, lugares comemorativos ao ar livre, como o Vale das Comunidades, a sinagoga, arquivos, um instituto de pesquisa, biblioteca, uma editora e um centro educacional, a International School for Holocaust Studies (Escola Internacional para o Estudo do Holocausto). Os Não-Judeus que salvaram Judeus durante o período do Holocausto, com risco das próprias vidas, são honrados pelo Yad Vashem como “Justos entre as Nações.”

https://terrasantaviagens.com.br/museudo-holocausto/

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS MUSES MUSES DO DO HOLOCAUSTO HOLOCAUSTO -- ISRAEL ISRAEL

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS MUSES DO HOLOCAUSTO - ISRAEL

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS MUSES DO HOLOCAUSTO - ISRAEL

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS MUSES DO HOLOCAUSTO - ISRAEL

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CARACTERIZAÇÃO

TER RE NO

A LOCALIZAÇÃO ESTAR BEM LOCALIZADO PARA INFORMAR


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O TERRENO Situado entre a Cinelândia e o parque do flamengo (aterro do flamengo), o terreno escolhido é o que outrora abrigou o palácio Monroe, demolido em 1976, de forma autoritária, numa ação legitimada, por interesses pessoais, através de um discurso que desprestigiava a obra em estilo eclético que representou o Brasil nas comemorações do centenário de reintegração do estado da Louisiana aos EUA, que pertenceu a França até 1803. O premiado palácio (prêmio de melhor arquitetura, o grande prêmio medalha de ouro), abrigou o câmara dos deputados tribunal superior eleitoral, senado federal, quando o rio de janeiro ainda possuía o título de capital do brasil Serviu também, como centro de convenções, salão de festas oficiais, espaço de velório de personalidades e assim se tornou cartão postal do estado. Apesar de sua demolição ter sido atribuída a construção da linha do metrô, no trecho, entre as estações glória e estação cinelândia, tal obra foi dada por concluída, sem que houvesse qualquer prejuízo a sua estrutura, logo outros motivos devem ser considerados aos fatos.

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Atualmente praça mahatma Gandhi, contém um chafariz austríaco, em homenagens ao palácio Monroe e abriga um estacionamento em seu subsolo, o que permite pensar que de fato a historia perpetuada que o palácio tivesse sido demolido por causa da obra do metrô, não foi o principal motivador de sua demolição. Entendido como um elo de articulação entre a Cinelândia e o parque da flamengo, formando um eixo central, desde as escadarias do teatro municipal do rio de janeiro até o monumento aos pracinhas, podendo ser estendido ao pão de açúcar, culminando em uma bela paisagem natural. Seu entorno imediato, é composto por instituições de ensino e culturais como teatros e museus, pontos de transportes públicos, como estação de ônibus, metrô e VLT (veículo leve sobre trilhos) e pontos de atração PGT (polo gerador de tráfego) como praça passeio público, obelisco, monumentos a personalidades. No aterro, MAM (Museu de Artes Modernas do rio de janeiro), praças Paris, Monumento aos Pracinhas.

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HIS TÓ RI AN DO 45


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A CARACTERIZAÇÃO

TERRENO – PRAÇA MAHATMA GANDHI ÁREA: APRÓX.: 9600,00M² ASPECTOS FÍSICOS: RETANGULAR IRREGULAR / PLANO / POUCO ARBORIZADO / 4 FRENTES

POTENCIALIDADES: • • • • •

INSTITUIÇÃO DE ENSINO; PASSEIO PÚBLICO; LIGADO A CINELÂNDIA; ATERRO DO FLAMENGO; CONEXÃO EM DIFERENTES MODAIS;

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O PALÁCIO Em 1958 o Rio de Janeiro ainda era Capital Federal, mas Brasília a essa altura era mais que um sonho. No ano seguinte ela começaria a ser construída.

O Monroe ainda abrigava o Senado Federal. Imponente, lá estava ele cercado de modernos prédios os quais podemos ver na foto. Um misto de poder com divertimento, Cinema Odeon (logo atrás do Monroe), Cine Império (demolido), Capitólio (demolido), O Bar Amarelinho, lá no Fundo o Teatro Municipal. Indo para a esquerda o Hotel Serrador, o Passeio Público e o prédio da Mesbla (o do relógio). O vazio atrás desse prédio será ocupado pela catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, o prédio da Petrobrás e do BNDES, muitos anos depois. A quantidade de carros nas ruas do Rio já era uma preocupação… O Aterro do Flamengo viria a ser uma solução para desafogar o transito, mas ele só seria construído pelo Governador Carlos Lacerda na década de 60. Nessa época só existia a área onde está o MAM e o Monumento aos Mortos da 2ª Guerra. Os bondes disputavam com os ônibus o transporte dos cariocas. O Metrô era um sonho, mas em menos de 20 anos ele estaria nessa região (Estação Cinelândia)… Em 1964 os militares deporiam João Goulart e iniciariam o período de uma terrível ditadura militar no Brasil. O Monroe duraria apenas mais 12 anos… O sonho de haver um sistema metroviário no Rio é antigo, porém só em 1966 é que se abriu uma frente de estudos para a inicialização da viabilidade das obras. A Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro então foi criada em 1968. O primeiro canteiro de obras se deu na Gloria em 1970, mas as obras ficaram paralisadas entre 1971 e 1974. Em 1975 as obras foram retomadas e seguiram em direção ao Centro da Cidade.

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A estação seguinte a da Gloria seria a Estação Cinelândia. No meio do traçado dos trilhos estava o Palácio Monroe. O que fazer? O intuito do Metrô sempre foi preservar prédios de importância histórica que estivessem próximos ao traçado dos trilhos, como o Teatro Municipal e a Câmara de Vereadores, mas o Monroe estava bem no meio do traçado. A solução foi fazer uma modificação no traçado original da linha. Um desvio que passaria ao lado do Monroe, para que fosse poupada a sua demolição. Decidida essa etapa e estudada a obra, pôs-se em pratica a construção do desvio. Por causa do terreno e da proximidade das fundações do Monroe foi empregada uma moderna tecnologia para que tudo corresse bem. O escoramento do terreno foi feito com cuidado para que não houvesse perigo dele ceder e por em risco o Monroe. As fundações do Palácio eram verificadas duas vezes ao dia. As obras continuavam e o tombamento do Monroe (pedido em 1970) não saía. No entanto continuava uma batalha para a sua preservação.

A escadaria de mármore da entrada do Palácio foi desmontada por uma equipe de técnicos vinda especialmente da Itália. A retirada da escada era necessária, pois coincidia com as paredes da vala a ser aberta. A escadaria foi desmontada cuidadosamente e guardada no interior do Palácio. A escavação da vala, colocação das contenções necessárias, entre outras medidas, resultaram no sucesso da operação e no final o Palácio não havia sido abalado em nada. A feitura de tal empreitada e seu sucesso foram alvo de matérias em revistas especializadas. Da parte do Metrô o Monroe estava salvo. No entanto, aproveitandose da sua obra, o então Presidente da Republica Ernesto Geisel, autorizou o Patrimônio da União a providenciar sua demolição em 1976.

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A obra, os esforços, então haviam sido em vão, para a frustração e tristeza daqueles que preservaram o Monroe e que tiveram um exaustivo trabalho que foi completamente ignorado e também para a tristeza de muitos cariocas que viram ruir um pedaço da historia da cidade e da historia do Brasil. Trabalho esse que é ignorado por muitos cariocas e inclusive jornalistas, que no mínimo deveriam ter a obrigação de saber que o Monroe foi poupado pelo progresso, mas que continuam insistindo em publicar a historia que o Metrô foi o culpado pela demolição do Palácio. Então toda vez que você estiver chegando ou saindo da Estação Cinelândia (em direção à Zona Sul) preste atenção na ligeira curva que o trem faz e lembre-se dessa frase publicada num manifesto contra a demolição: “… restará aos usuários do Metrô perceberem que, onde foi o Monroe, haverá uma misteriosa curva…”. Enquanto o Metrô desviava o trajeto da linha para poupar o Palácio Monroe de sua demolição, três figuras muito conhecidas dos brasileiros pediam ferrenhamente a sua demolição. Eis seus nomes: GENERAL ERNESTO GEISEL: Quarto presidente militar desde o Golpe de 64. Empossado pelo Colégio Eleitoral em 1974. Nutria um ferrenho horror pelo filho do Coronel Arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar, projetista do Palácio Monroe, . A raiva que Geisel sentia dele foi originada quando o filho de Souza Aguiar foi promovido no Exercito em detrimento de Geisel. Por puro ódio e vingança, Geisel aproveitou seu poder de Presidente da Republica e simplesmente autorizou a demolição do Monroe, acabando com o premiado projeto do pai de seu inimigo. ROBERTO MARINHO: Jornalista. Chefe das Organizações Globo. É de conhecimento público o apoio dado por Marinho aos militares desde a época do Golpe. Aproveitando a grande circulação do Jornal O Globo, fez uma enorme campanha a favor da demolição do Monroe aproveitando-se da obra do Metrô.

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Quase que diariamente O Globo publicava editoriais exigindo o desaparecimento do Palácio. Fica claro que esse apoio aos militares visava sempre ter os benefícios que o governo federal podia proporcionar. No ultimo editorial publicado pelo Globo podia-se ler as seguintes palavras: “POR DECISÃO DO PRESIDENTE DA REPUBLICA, O PATRIMÔNIO DA UNIÃO JÁ ESTÁ AUTORIZADO A PROVIDENCIAR A DEMOLIÇÃO DO PALÁCIO MONROE. FOI, PORTANTO, VITORIOSA A CAMPANHA DESSE JORNAL QUE HÁ MUITO SE EMPENHAVA NO DESAPARECIMENTO DO MONSTRENGO ARQUITETÔNICO DA CINELÂNDIA. (…) O MONROE NÃO TINHA QUALQUER FUNÇÃO E SUA SOBREVIVÊNCIA ERA CONDENADA POR TODAS AS REGRAS DE URBANISMO E DE ESTÉTICA. EM SEU LUGAR O RIO GANHARÁ MAIS UMA PRAÇA. QUE ESSA BOA NOTICIA, QUE COINCIDE COM O FIM DAS OBRAS DE SUPERFÍCIE DO METRÔ DA CINELÂNDIA SEJA MAIS UM ESTIMULO À REMODELAÇÃO DE TODA ESSA ÁREA DE PRESENÇA TÃO MARCANTE NA HISTORIA DO RIO DE JANEIRO”.

LUCIO COSTA: Arquiteto. Defendia também a demolição do Monroe. Com qual intuito? O de dar chance à arquitetura brasileira moderna? Ou ser mais um agraciado pelo Governo Federal quando fosse preciso? Costa chegou ao cúmulo de passar abaixo-assinados em associações de arquitetos para endossar a demolição do Monroe. Foi mal visto na época por seus colegas que nunca o perdoaram por esse gesto criminoso. Do lado oposto à demolição estavam arquitetos, o CREA, o Jornal do Brasil, o Juiz Federal Dr. Evandro Gueiros Leite (que sugeriu que o Monroe sediasse o Tribunal Federal de Recursos, que estava sem sede), o Serviço Nacional do Teatro, a Fundação Estadual dos Museus, a Secretaria Estadual de Educação, e várias outros entidades importantes e principalmente o povo carioca. Em vão… Portanto, essas três figuras pisotearam e riram dos apelos de todos e foram os principais responsáveis pelo desaparecimento de um importante pedaço de nossa historia.

A foto mostra parte do desvio feito no traçado já junto à Praça Floriano.

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Depois de aprovada com o aval oficial do Presidente General Ernesto Geisel, a demolição do premiado Palácio começou entre janeiro e março de 1976. O valioso prédio começou a sucumbir. Aos poucos um importante pedaço da historia de nosso país começava a virar pó, pedra e escombros. A empresa que foi contratada para demolir o Monroe pagou apenas CR$ 191 Mil (cento e noventa e um mil cruzeiros) com direito de venda de todo o material. Com a venda do bronze e ferro do Monroe ela faturou nada menos que CR$ 9 Milhões. Tudo foi vendido… Vitrais, lustres de cristal, pinturas valiosas, estatuas de mármore de carrara e bronze, móveis em jacarandá a balaustrada de mármore. Havia uma escada de ferro em caracol que foi vendida pela pechincha de CR$ 5,00 (cinco cruzeiros), o metro. Sem contar muitas outras peças. Grande parte do piso, com mais de 2000 metros quadrados, foram para o Japão. Tudo por causa do tipo de madeira: peroba do campo. Seis dos dezoito anjos de bronze foram parar na fazenda de Luiz Carlos Branco em Uberaba, além de alguns balcões de mármore e vitrais. Os leões que ficavam na escadaria na entrada do Monroe hoje estão no Instituto Ricardo Brennand em Recife, Pernambuco. E esse foi o triste fim do Palácio Monroe. Destruído única e exclusivamente pelo sentimento de ódio e vingança de um homem, apoiado pela mídia mafiosa e manipuladora e pela ideia tresloucada de que o Monroe devia desaparecer por não ser um representante da arquitetura brasileira. O respeito pela historia de um país, pelo esforço de quem o projetou, do suor dos operários que o construíram e pelos apelos de inúmeras pessoas sensatas não foi sequer considerado. Três homens puderam, pelo poder (mesmo que temporário), pisotear tudo e todos. O que resta agora são fotos, memórias, lembranças e lágrimas. Terminada a demolição o terreno ficou vazio. As obras da Estação Cinelândia do Metrô continuavam. A partir daí o Metrô tornou-se, erroneamente, o grande vilão de toda essa historia. E até hoje grande parte dos cariocas atribuem a ele a demolição do Monroe. O Monroe não existia mais. Em seu lugar surgiu uma praça. Nela hoje está um belo chafariz que foi originalmente posto na Praça XV. Depois passou para a Praça Onze, Praça da Bandeira e terminou no lugar do Monroe pouco tempo depois da sua demolição. Chafariz belíssimo comprado na Áustria pelo Governo Imperial em 1878. Em homenagem ao Palácio é chamado de Chafariz do Monroe. Em 2002, durante a construção do estacionamento subterrâneo que se localiza debaixo da praça onde ele ficava os operários encontraram uma caixa metálica contendo vários objetos relativos à construção do Monroe, entre esses objetos estavam uma pedra do Palácio e uma edição espacial do Jornal do Brasil. https://diariodorio.com/a-histria-do-palcio-monroe-e-de-sua-destruio

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FATO A FATO O PALÁCIO MONROE

1904 - EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE SAINT LOUIS, EM MISSOURI, NOS ESTADOS UNIDOS, ATÉ ENTÃO PALÁCIO SÃO LUIZ;

1º ARQUITETURA BRASILEIRA PREMIADA; 1906 - SERVIU DE SEDE PARA ABERTURA DE 3º CONFERÊNCIA PAN-AMERICANA; ABRIGOU O SENADO FEDERAL | CAMARA DOS DEPUTADOS | TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL; SERVIU TAMBEM, CENTRO DE CONVENÇÕES | SALÃO DE FESTAS OFICIAIS | ESPAÇO DE VELÓRIO DE PERSONALIDADES; SE TORNOU CARTÃO POSTAL DO RIO DE JANEIRO; PRESIDENTE GEISEL | ROBERTO MARINHO | LUCIO COSTA

FRANCISCO MARCELINO DE SOUZA AGUIAR – ARQUITETO DEMOLIÇÃO 1976;

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NEGAÇÃO X AUTORITARISMO 54


5 PRO PROPOSTA

O PROJETO COMPREENDENDO A ESPACIALIDADE E SUAS DIRETRIZES

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JE TU AL


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CON CEI TO DEMOCRATIZAR A INFORMAÇÃO, FACILITAR O ACESSO A INFORMAÇÃO DE CONTEÚDO HISTÓRICOS BRASILEIRO.

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REFLETIR E PROJETAR

A HISTÓRIA COM FATOS OBSCUROS E NÃO [RE]CONHECIDOS.

PAR TI DO ASSIM COMO UM DIAMANTE LAPIDADO A HISTÓRIA É FORMADA POR FRAGMENTOS DE FATOS, QUE POR MENOR QUE ELES SEJAM, CADA UM DELES SÃO MUITO IMPORTANTES PARA O FORMAÇÃO DE UMA PEÇA, ÚNICA.

A HISTÓRIA COM FATOS DEVIDAMENTE RECONHECIDOS E TRATADOS, TORNANDO-O ASSIM CLARO E ÚNICO.

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DEBATES / REUNIÕES

PROGRAMA PROJETANDO [ PROGRAMA DE NECESSIDADE ]

SETORIZAÇÃO

ACESSO EXPOSIÇÃO

APOIO ADM

ACESSO

EXPOSIÇÃO

ADMINSTRAÇÃO

APOIO

SERVIÇO

FOYER

PESQUISA

A. FUNCIONÁRIOS

MANUTENÇÃO

BRIGADA DE INC.

LOJA

EXPOSIÇÃO 01*

VESTIÁRIO

G. VOLUMES

EXPOSIÇÃO 02*

REUNIÃO

BILHETERIA

DEBATES / REUNIÕES

DEPÓSITO

SANITÁRIOS

SANITÁRIOS OBSERVATÓRIO

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SERVIÇO

CONTROLE

MONITORAMENTO


ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA PROJETANDO

DEBATES REUNIÕES

ADMINISTRAÇÃO

EXPOSIÇÃO 2

LOJAS

ACESSO

REUNIÃO

SANITÁRIOS

WC FUNCIONÁRIOS

EXPOSIÇÃO 1

FOYER

A.FUNCIONÁRIOS

G. VOLUMES

MANUTENÇÃO CONTROLE

BILHETERIA

ESP. PESQUISA

BRIGADA DE INCÊNDIO SALA MONITORAMENTO

CONEXÕES VISITANTE SERVIÇO

ACESSO SERVIÇO

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PRÉ DIMENSIONAMENTO PROJETANDO

25 PESSOAS [7x10,70=75m²] EM AMBAS

15 PESSOAS [5x5,85=29,25m²]

5 PESSOAS [2x3,00=6m²]

DEBATES REUNIÕES

10 PESSOAS [4x4,50=18m²]

6 PESSOAS [4x2,90=11,70m²]

20 PESSOAS [6x7,50=45m²]

ACESSO

ADMINISTRAÇÃO

1 PESSOAS [1,3x1,54=2,00m²]

EXPOSIÇÃO 2

LOJAS

REUNIÃO

SANITÁRIOS

WC FUNCIONÁRIOS

EXPOSIÇÃO 1

FOYER

4 PESSOAS [2,60x3,00=7,80m²]

A. FUNCIONÁRIOS

G. VOLUMES

MANUTENÇÃO

5 PESSOAS [2x3,00=6,00m²]

CONTROLE

BILHETERIA

2 PESSOAS [2x1,20=2,40m²]

ESP. PESQUISA

77,40m²

28,50m²

9,60m²

2 PESSOAS [2x2,40=4,80m²]

BRIGADA DE INCÊNDIO SALA MONITORAMENTO

15 PESSOAS [8x3,66=29,28m²]

ÁREA TOTAL PRÉ DIMENSIONADA = 330,00m²

61 208,53m²

2 PESSOAS [2x3,00=6,00m²]

2 PESSOAS [2x2,40=4,80m²]

5,85m²

1 PESSOAS [1,50x1,50=2,25m²]

2 PESSOAS [1,50x2,40=3,60m²]


ENSAIANDO A IMPLANTAÇÃO

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CROQUI PROJETANDO

63


CROQUI PROJETANDO

64 64


CROQUI PROJETANDO

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A MATERIALIDADE PROJETANDO

ESTRUTURA METÁLICA

AÇO CORTEN

CABO DE AÇO

66


A PRO POS TA 67


68


A PROPOSTA PROJETANDO

69


A PROPOSTA PROJETANDO

70


A PROPOSTA PROJETANDO

71


A PROPOSTA PROJETANDO

72


A PROPOSTA PROJETANDO

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O BRI GA DO 75

MEMORIAL | O ATO A ARQUITETURA COMO MOLA PROPULSORA DA INFORMAÇÃO POSSIBILITANDO O DEBATE


BIBLIOGRAFIA JORNAL O SÃO GONÇALO – 1964, o ano em que a bola não rolou no Caio Martins - 2020 – Disponível em: https://www.osaogoncalo.com.br/esportes/7697/1964-o-ano-em-que-a-bola-nao-rolou-no-caio-martins ESTADÃO – O Estado de São Paulo - Manifestantes vão às ruas de todo o País para protestar contra o governo Dilma - 2016 – Disponível em: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,manifestacoes-em-todos-os-estados-superam-as-de-marco-do-anopassado,10000021047 G1 – Portal de notícias do canal Globo.com - Vítimas da ditadura mostram revolta com pedidos de intervenção militar - 2016 – Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/03/vitimas-da-ditadura-mostram-revolta-com-pedidos-deintervencao-militar.html

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BIBLIOGRAFIA FOLHA DE SÃO PAULO – Golpe de 1964 teve quartelada e discurso que só ficou no papel - 2020 – Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/03/golpe-de-1964-teve-quartelada-e-discurso-que-so-ficou-nopapel.shtml PORTAL DO TCC – Como fazer introdução de TCC - 2020 – Disponível em: http://www.portaldotcc.com.br/como-fazer-monografia/introducao/ DIARIO DO RIO.COM– A história do Palácio Monroe e de sua destruição - 2020 – Disponível em: https://diariodorio.com/a-histria-do-palcio-monroe-e-de-sua-destruio/ RIO MEMÓRIAS – Palácio Monroe – Uma cidade que se apaga - 2020 – Disponível em: https://www.riomemorias.com.br/memorias/palacio-monroe CONHECENDO MUSEUS – Memorial da Resistência de São Paulo - 2020 – Disponível em:

http://www.conhecendomuseus.com.br/museus/memorial-da-resistencia-de-sao-paulo/

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