Pode até parecer piada, mas não é. É essa mesmo a proposta que estamos fazendo. E não, não estamos pedindo a volta da escravidão ou a implantação de uma monarquia absolutista. Embora você provavelmente ache que não, a monarquia é hoje a forma de governo onde a democracia, a liberdade de expressão e a satisfação popular estão mais presentes. Segundo o Índice de Democracia da The Economist, por exemplo, dos 10 países mais democráticos do mundo, 7 são monarquias. Caso você também não saiba, nós também já fomos uma monarquia (de 1822 a 1889), e foi nesse tempo que o Brasil viveu sua melhor fase como Nação independente. Tínhamos liberdade política e de imprensa, nossa economia crescia sadia (desde 1840 nossa taxa de crescimento era de 4,81%), a inflação era controlada (em 67 anos de Império, a inflação média foi de 1,58%), os impostos eram baixos, nossa moeda estava ao lado d a l i b r a e d o d ó l a r, t í n h a m o s reconhecimento internacional e fomos pioneiros em diversas coisas. O Império do Brasil era uma nação muito bem vista por seu potencial de crescimento e estabilidade, e seu segundo monarca, D. Pedro II, um homem muito admirado por sua sabedoria e respeito à coisa pública. Situação bem diferente do Brasil republicano de ontem e de hoje.
É claro que tínhamos muitos problemas, mas o Brasil Imperial tinha algo que nós não podemos dizer que temos no Brasil republicano de hoje: uma política de continuidade e respeito à coisa pública, duas coisas fundamentais para qualquer nação funcionar bem.
Segundo o historiador João de Scamtimburgo, "o que atrasou política, econômica e socialmente o Brasil foi a primeira República, e suas consequências se estenderam pelo futuro". Foi por meio de um golpe de Estado seguido de uma ditadura que a República foi implantada, e desde lá, de golpe em golpe (golpe de Estado e golpe no povo) a República tem se mantido. O período republicano faz um verdadeiro contraste com o período imperial. Dos nossos 125 anos de República, por exemplo, mais da metade são de ditaduras. São 4 golpes de Estado (1889, 1930, 1937 e 1964), seis repúblicas, hiperinflação (no período Collor fomos à casa dos quatrilhões), um histórico de cerceamento das liberdades, estagnação econômica, corrupção desenfreada, instabilidade crônica e por aí vai. Não se pode dizer que a República seja a única responsável por tudo de errado que acontece no Brasil atual, mas com certeza ela criou e mantém condições para que as soluções de nossos problemas se tornem cada vez mais complicadas, ou mesmo impossíveis. A monarquia não pretende ser uma panaceia que cura milagrosamente
todos os males, mas é certo que ela colabora para sanar ou pelo menos minorar muitos deles. A forma de governo monárquica traz consigo uma influência altamente positiva sobre o andamento dos negócios públicos, sejam eles políticos, econômicos ou sociais. Isso porque o monarca cumpre, em primeiro lugar, uma função fiscalizadora e moralizadora, acompanhando o trabalho dos governos e dos ministros como o dono de uma empresa vigia o trabalho de seu gerente e subordinados, e, em segundo lugar principalmente - por que ele cumpre um papel arbitral no funcionamento do sistema, colaborando para que ele não seja atingido por graves crises, como a que vivemos hoje.
Se houvesse alguma séria ameaça à estabilidade institucional ou algum esquema de corrupção por parte do parlamento ou do primeiro-ministro, por exemplo, o monarca teria como intervir, e isso poderia se dar por duas formas: dissolvendo o parlamento e convocando novas eleições ou simplesmente demitindo o primeiro-ministro, para resumir. É assim em países como a Noruega, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Canadá, etc, e pode ser uma realidade para o Brasil também. Nossos príncipes continuam sendo educados para cumprir esse papel arbitral e assumir suas funções em prol da Nação. Cabe a nós aclamá-los.
Quer entender melhor essa proposta ?