CONFINS DA TERRA Revista Transcultural da Missão Novas Tribos do Brasil Ano 46 nº 148 / JAN - MAR 2012
Viagem pelas Tribos do Brasil
KAPINAWÁ
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CONFINS DA TERRA
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ATUALIDADE
Tribo Pacaas Novos Edward Luz Presidente da Missão Novas Tribos do Brasil A serra dos Pacaas Novos surge imponente como um “muro de contenção” da cidade de Guajará Mirim, no extremo oeste do estado de Rondônia, às margens do Rio Mamoré, que faz divisa com a Bolívia. Atrás deste “muro de contenção” viceja uma história rica e vibrante, tão atual como vivida no século passado. O povo “Wari” são os atores desta história, assumindo o papel principal. São conhecidos pelos não Wari como Pacaas Novos, povo indígena que vive na região, com seus mais de 5.000 membros espalhados às margens dos rios e também nos arredores da serra que lhe deu o nome. A historia é rica, mas descrevo somente um pequeno capítulo vivido na recente viagem que fiz a este adorável povo. Minha esposa, um casal de amigos e eu visitamos este trabalho para participar das Conferencias Bíblicas dos Pacaas Novos em dezembro de 2011. O acesso à aldeia Lage Novo foi fácil, pois há estrada com piçarra e inclusive os moradores desfrutam de energia elétrica. As casas simples acomodavam os mais de 500 visitantes que chegaram das outras aldeias e nós, os não wari, não passávamos de dez pessoas. Todas as reuniões foram desenvolvidas na língua materna e nos valemos de tradutores para participarmos das mesmas. O que mais chamava a atenção era o interesse pelo conhecimento bíblico e o esforço que faziam para que todos compreendessem o que era ensinado. Afirmo, com toda convicção, que poucos seminários teológicos alcançariam a profundidade daquelas discussões mesmo só dispondo de folhas xerocopiadas de algumas partes (cartas do apóstolo Paulo) do Novo Testamento que foram traduzidas pelo esforço da equipe da MNTB que ali atua há mais de quatro décadas. Falei em três ocasiões, mas foi para responder perguntas dentro do texto preestabelecido. Findo o encontro, depois da Ceia do Senhor, embarcamos em uma pequena lancha para visitar a aldeia Santo André, serpenteando pelo lindo e farto rio Pacaas Novos. Fomos recepcionados por um jovem cacique e seu irmão, que nos conduziram em visita turística pela pequena aldeia. Ali vivenciamos o momento mais impactante desta viagem. Vimos um idoso assentado em um assoalho elevado do chão. Desfrutava de boa saúde embora tivesse perdido a visão. Era magérrimo e o seu longo cabelo preto se espalhava por seu esquálido ombro. O seu sorriso era largo e retribuiu carinhosamente ao meu abraço cativando-me totalmente. Fui informado de que ele era o pai do Rúbem, eminente líder e um dos pastores da igreja naquela aldeia e avô dos dois irmãos que nos ciceroneavam. Para a nossa surpresa nos conduziram à margem do rio e ali nos contaram a seguinte história: “Quando o nosso avô era jovem junto com outros guerreiros da aldeia, escondidos, vigiavam o movimento dos seringueiros que vinham em um pequeno e rústico barco e que aportariam próximo deles. Estavam dispostos ao ataque e só esperavam o momento oportuno e disto eles entendiam, pois estavam acostumados a estas pequenas guerras.’’ Sim, havia pequenas batalhas com seringueiros bolivianos
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Edward Luz junto de um dos antigos guerreiros Wari e brasileiros, que invadiam aquelas terras e, com armas de fogo, atacavam impiedosamente os indígenas. Os wari estavam sendo exterminados e, para sobreviver, precisavam atacar de surpresa porque as suas flechas não eram páreo para as espingardas. Este era um destes momentos idênticos às guerras que lemos em nossos livros de história das civilizações. Esta pequena tribo somente se defendia e o momento oportuno chegou: “Quando alguns seringueiros desembarcaram eles começaram o ataque que foi rápido e fulminante. As flechas sibilavam cortando o ar e alcançando o alvo. Os seringueiros, pegos de surpresa, tentavam voltar para o barco e no fervor da batalha uma criança ficou do lado de fora. Um dos guerreiros Wari, jovem e aguerrido, a alcançou e a decapitou. A escaramuça durou poucos instantes, pois os seringueiros sobreviventes fugiram no barco para a outra margem e os guerreiros wari embrenharam-se no interior da selva.” Nesta mesma época o governo federal tentava contatar os Wari (Pacaas Novos) e convidou a MNTB para participar deste projeto. A tarefa não era fácil, mas foi levada a cabo pela divina providencia de nosso querido Deus. Os missionários enfim foram morar com os Wari e iniciaram o aprendizado da língua, a tradução da Bíblia, alfabetização e desenvolvimento comunitário. Enfim o povo Wari encontrou alguém que o valorizava, respeitava e que interromperia o triste processo de extinção daquela valorosa e destemida etnia. A salvação foi integral, abrangendo a vida física e eterna. Hoje aquele ancião se alegra sabendo que o seu povo vive em paz. Ele escuta a algazarra das crianças brincando no pátio de sua bonita aldeia e cantando corinhos que glorificam ao Deus criador em sua língua materna. Nas reuniões da Igreja ele ouve, maravilhado, seu filho e netos ensinando as verdades de amor do Evangelho de Jesus. Faz muito tempo que o seu povo não precisou guerrear mais e ele agora passa os dias descansando perto do lugar onde aconteceu aquela pequena batalha, porém ainda se lembra de que era o jovem e aguerrido guerreiro daquele difícil dia.
Viagem dos indígenas para participar da conferência
REFLEXÃO
À PROCURA DA PAZ Foto: Arquivo MNTB
“Ora, o Senhor da paz, Ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós.” (II Ts 3.16)
Pr. Adelvan Souza Santos Missionário da MNTB, membro da equipe que atua junto ao povo Kapinawá
‘‘As pessoas, hoje, querem e até procuram a paz, mas o grande equívoco é que, onde ela tem sido procurada, jamais será achada’’
O mundo atual vive em busca da paz. Observamos um esforço em todos os níveis de governo para garantia de segurança social em seus próprios países, e até as Nações Unidas se empenha para estabelecer relacionamentos pacíficos entre os povos. Mas a realidade que nos cerca é bastante contrária à paz; a humanidade não conhece a paz. A cada novo dia parece mais difícil acreditar na paz, pois em cada amanhecer, as primeiras notícias que chegam aos nossos ouvidos, ou até assistimos ao vivo, são catastróficas. Além de intempéries como os terremotos, tsunamis, tornados e inundações nossos jornais estão recheados de guerras, invasões, rebeliões, furtos, roubos, assaltos seguidos de morte, sequestros, assassinatos, suicídios, vingança, acidentes envolvendo motoristas alcoolizados e casos e mais casos de pedofilia. E ainda lembramos que uma boa parte da nossa juventude potencialmente produtiva, à procura de paz, gasta a vida nas drogas. Toda essa realidade deixa as multidões cada vez mais desoladas e descrentes na paz! O que será de nossos filhos num mundo cujo futuro é decadência e desolação? O que será dessa nova geração que, diferentemente da infância bem mais saudável e tranquila que tivemos, está aprendendo a viver exposta a todo tipo de risco? Saem de casa em paz, porém não sabem como retornarão. O que será de uma sociedade que repudia todo tipo de abuso contra menores, mas é a favor de programas licenciosos e perversivos envolvendo adultos e crianças? Que será de uma sociedade que não se pronuncia contrária à exibição de programas televisivos, cujo objetivo maior é elevar os índices de audiência das emissoras, independentemente do estrago moral e ético que isso esteja causando no seio familiar, tirando-lhe a paz? Em termos sociais, a paz é resultado de uma sociedade igualitária, justa e fraterna. Mas o que vemos a não ser corrupção que se alastra em todos os setores da sociedade? Bem descreve Salomão no Livro de Eclesiastes o círculo vicioso de corruptos e corruptores nos dias atuais que há 2.800 anos já o deixava perplexo. “Se vires em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram.” (Ec 5.8) Aqui está a explicação para o quase total desaparecimento de recursos destinados para fins sociais, mas que ao longo da trajetória até ao seu destino vai sofrendo um arrasador decréscimo que em alguns casos chega a
100%. Não pode haver paz sem justiça. É o que o profeta Isaías nos diz: “o efeito da justiça será paz; e o fruto da justiça será repouso e segurança para sempre.” (Is 32.17) Como este mundo chegou ao caos em que se encontra? Em termos práticos, este mundo caótico está sendo produzido pela imperiosa ambição do homem deste século, que não dá a mínima importância às retas e justas opiniões do seu Criador. É simplesmente um mundo sem a menor consideração com o Príncipe da Paz; por isso vivemos num mundo sem paz. As pessoas, hoje, querem e até procuram a paz, mas o grande equívoco é que, onde ela tem sido procurada, jamais será achada. Busca-se a paz e segurança em melhores condições econômicas, mas a paz não depende de um aumento substancial do patrimônio, nem no status social buscado desenfreadamente por muitos. Qual o segredo para se alcançar a paz? Para achá-la cada homem e mulher vai precisar trilhar um caminho inverso àquele até agora trilhado. Vai ter que buscar paz naquele que é o Príncipe da Paz (Is 9.6). Entra em cena Jesus, o Príncipe da Paz, fazendonos uma profunda revelação, registrada no evangelho segundo João. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Jesus nos revela que existem dois príncipes neste mundo, com alvos bem definidos e totalmente opostos; enquanto Jesus, o Príncipe da Paz, promove a reconciliação do homem com Deus e a harmonia entre os homens, Satanás, o Príncipe deste mundo, é o grande promotor dos transtornos sociais e morais, éticos e familiares, se “opondo e se levantando contra tudo que considera divino” (II Ts 2.4). Não é isto que está acontecendo diante de nossos olhos? Consciente ou inconscientemente a humanidade vem sendo guiada espiritualmente pelos “principados e potestades, pelos dominadores deste mundo tenebroso.” (Ef 6:12) Diante de um cenário tão desagregador, qual deve ser a nossa postura? Nosso amado Jesus nos tranquiliza e nos enche de paz e esperança quando nos instrui a erguer as nossas cabeças, “porque a nossa redenção se aproxima” (Lc 21.28). Aquele momento tão aguardado e ansiado por nós está chegando, a paz que este mundo procura será achada em plenitude, quando o Príncipe da Paz vier segunda vez, em glória, honra e majestade, e vai estabelecer seu reino eterno, “reino de paz”, e todos o servirão. (Dn 7.27)
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Link J vem Linkando você a Missões
TESTEMUNHO ‘‘Crescimento espiritual, conhecimento bíblico e caráter transformado’’
A
Foto: Arquivo MNTB
pós uma "fuga" de aproximadamente nove anos, finalmente obedeci ao "IDE" de Jesus. Vendo a necessidade de um preparo teológico, com o objetivo de melhor servir ao meu Salvador, fui à busca de seminários onde faria este curso. Filtrando alguns por causa do ensino baseado na filosofia, humanismo e onde pouco se ensina da palavra de Deus, lembrei-me do Instituto Bíblico Peniel, recebi "carta branca" para o meu preparo e, iniciei meus estudos em fevereiro de 2011. O Instituto Bíblico Peniel, além de proporcionar um excelente preparo teológico, visa moldar o caráter de seus alunos, pois o objetivo de Jesus é que sejamos semelhantes a Ele. Jesus almeja ter na Sua Igreja servos e não uma "avalanche" de doutores em teologia e filosofia com seu caráter reprovado. Este ano chego ao fim do curso e posso falar que minha vida mudou, conceitos religiosos mudaram, meu caráter foi e está sendo transformado, e tudo isso só foi possível graças ao confronto direto com a Palavra de Deus, ensinada e vivida pelos professores que são missionários a serviço do reino. Se eu fosse começar tudo novamente eu não escolheria outro lugar senão o Instituto Bíblico Peniel, um lugar onde posso crescer espiritualmente, ampliar a visão de evangelismo transcultural e ser desafiado a levar o evangelho aos confins da terra. Instituto Bíblico Peniel, um local onde você pode viver face a face com Palavra de Deus. Edward B. de Oliveira
Foto: Arquivo MNTB
Edward B. de Oliveira
Instituto Bíblico Peniel
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Confins da Terra
Foto: Arquivo MNTB
Foto: Arquivo MNTB
Foto: Arquivo MNTB
Alunos e professores que participam da peça o Clamor de Batume
Instituto Bíblico Peniel
Acampamento Xtreme em Peniel
KAPINAWÁ
QUEM SÃO OS KAPINAWÁ Kapinawá se diz ser a “rama nova” dos caboclos que viviam nas furnas da aldeia Macaco. A tribo foi reorganizada como povo etnicamente diferenciado, suas terras demarcadas em 11/12/1998 pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, com extensão é de 12.403 hectares.
Pernambuco
Arquivo MNTB
Arquivo MNTB
LOCALIZAÇÃO: Suas terras abrangem os municípios de Buique, Ibimirim e Tupanatinga em Pernambuco. POPULAÇÃO: São 500 famílias, que perfazem um total de aproximadamente 2.000 indígenas, distribuídos em 22 aldeias. Quiri D'alho, Lagoa, Puiu, Maria Preta, Santa Rosa, Colorau, São João, Cajueiro, Carnaúba, Ponta da Vagem, Riachinho, Tabuleiro, Pau-Ferro Grosso, Caldeirão, Baixa da Palmeira, Coqueiro, Batinga, Mina Grande, Julião, Palmeira, Lagoa da Areia e Macambira. Ainda reivindicam estudo de terras onde se encontram sítios arqueológicos e inscrições feitas por seus antepassados em paredes de pedras. MEIOS DE SUBSISTÊNCIA: Os Kapinawá praticam a agricultura de subsistência, plantando milho, mandioca, feijão, batata doce, jerimum e outras hortaliças. Além desta cultura, a região onde estão os Kapinawa é rica em cajueiros nativos. Eles colhem a fruta para si e comercializam a castanha nas indústrias do Ceará. Em geral, cada família tem uma pequena criação de gado para produção de leite e para o corte. Criam ovelhas e bodes. Os idosos Kapinawa podem também desfrutar seus direitos como aposentadoria, pensões e programas sociais do governo. Isso tem feito grande diferença na qualidade de vida da população nos últimos anos. RELIGIÃO: No que tange à Religião, além de os Kapinawá se declararem católicos, manifestam sua religiosidade de outras formas, no Ritual do Toré. Sob a liderança de um Pajé, os pontos do Toré refletem suas crenças que são cantadas em dança de roda com ritmo bem marcado pela pisada no chão, enquanto buscam comunicação com seus antepassados. CARACTERÍSTICAS CULTURAIS: Uma das características mais marcantes no povo Kapinawá é quanto a sua receptividade. É um povo que gosta muito de dar presentes. É muito comum oferecerem produtos da terra como, macaxeira, jerimuns, melancias, castanha do caju torrada e beijus quando alguém os visita. Outra característica é que sempre nos períodos de colheita fazem um mutirão, reunindo familiares.
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A VOZ DO ÍNDIO
CARTA ÀS IGREJAS CROCK (ROBERTO) TRIBO GAVIÃO DO MARANHÃO – MA
TESTEMUNHO DOS IRMÃOS EM CRISTO SEKI E JAPU
Foto: Arquivo MNTB
Que a graça de Deus esteja com vocês neste ano novo! Eu e a minha família agradecemos a vocês pelas suas orações que tem sido uma benção para nós. Em dia 31 de dezembro meu filho caçula, Athirson, e mais seis alunos tiveram a formatura do curso de alfabetização na nossa língua Gavião, até a chegada do novo ano. A nossa comunidade toda aproveitou para festejarmos juntos, e foi um tempo muito bonito e gostoso! Estes formandos continuarão seus estudos em português. Eles agora têm o privilégio de poderem ler a Bíblia em Gavião por si mesmos. Mais uma vez quero dar um desafio para orarem pelo meu povo Gavião. Existe um conflito entre dois grupos familiares, um destes grupos sendo a família de minha esposa. Com isso afeta a mim, a nossa família, e os demais na tribo. Estamos pedindo a Deus para arrependimento, perdão e reconciliação na parte dos envolvidos. Com essa aflição na família de minha esposa fiquei desanimado para trabalhar direto na roça. Mas ainda estou com esperança de plantar uma roça pequena, na qual estou trabalhando. Devo pelo menos plantar arroz, milho, e fava para o nosso alimento neste ano. Para finalizar quero desejar um ano de saúde para os irmãos. Peço que continuem orando pelas minhas necessidades. É meu desejo de continuar firme andando com nosso Deus, e servindo a Ele entre meu povo. Recebam um abraço do irmão Croc e família. E que Deus os abençoe!
Foto: Francisco Carvalho
SOBRE O VERDADEIRO NATAL
Missionário Francisco e o irmão Seky
É
só agora que estou conhecendo Natal. Meu povo não conhecia o Natal porque não conhecia a Palavra de Deus. Mas agora temos a Palavra de Deus na nossa língua. Alguns de nossos parentes já conhecem Jesus. Por isto queremos comemorar Natal com vocês. É tão bom que muito tempo atrás Deus se tornou homem, se tornando nosso Salvador. uando não conhecíamos a Palavra de Deus, só fizemos festas e bebemos muito. Não sabíamos o que significa Natal. Muitos de nossos parentes ainda não conhecem Deus. Por isso peço que orem por eles, para que também possam chegar a conhecer Jesus.
Q
Foto: Francisco Carvalho
Crock
Testemunho escrito por uma índia kapinawá. “Antigamente nos morava em casa de barro, de chão batido. Quando alguém fazia uma casa nova, e tinha que apilar o chão, nois marcava um samba do coco. Na pisada firme, a noite toda, o chao ficava bem aprainado e duro(cic).” Maria de Julia, kapinawa.
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Confins da Terra
Irmão Japu com esposa e filho
ENTREVISTA
AMIZADE A chave para a evangelização Valmir e Mara são missionários da Missão Novas Tribos do Brasil e atuam desde 2003 junto ao povo Kapinawá em Pernambuco
Confins da Terra – Mara, você está servindo ao Senhor como missionária desde quando e como isso aconteceu? Mara – Conheci a Cristo como meu Salvador e Senhor em 1978, quando um dedicado casal de missionários, Eduardo e Margareth Harper, me anunciou a palavra de Deus, ainda em Belém-PA, onde eu morava. A verdade do Evangelho transformou a minha vida. Depois de ver a manifestação da graça de Deus em minha vida, percebi que a coisa mais sublime que poderia fazer era dedicar minha vida para que outros também conhecessem o amor de Deus, compartilhando essa dádiva com outros. Nos anos 1983-1985 cursei o Instituto Bíblico e Missionário Macedônia, em PaudalhoPE, escola da Missão Novas Tribos do Brasil, e desde aquele tempo tenho dedicado minha vida a levar a Palavra de Deus àqueles que não a conhecem. Confins da Terra - Como surgiu seu interesse em trabalhar com o povo Kapinawá, em Pernambuco? Mara - Conhecendo a realidade das nações indígenas brasileiras e as necessidades de evangelização, criou-se em mim um grande desejo de levar a Palavra de Deus a um desses povos. O interesse pelos Kapinawá surgiu desde 1995,
quando meu esposo fez uma viagem para conhecer os povos indígenas de Pernambuco. Deus pôs um amor em nossos corações por esse povo ao qual queremos servir. Viemos para cá em 2003, e desde esse tempo Deus tem confirmado em nossos corações sua vontade para conosco em relação aos Kapinawá, a quem Ele ama, e quer fazer crescer seu Reino entre eles. Confins da Terra – Você poderia nos dizer uma dificuldade que você enfrentou ao mudar-se para fazer missões no sertão nordestino? Mara – Quando viemos para cá em 2003, nossas filhas Jóice, Priscila e Raquel estavam no começo da sua adolescência. Vínhamos do interior de São Paulo, onde deixamos nossos familiares e amigos; aqui ainda teríamos que criar outro círculo de amizades. Esse processo foi um pouco demorado para elas, mas com o apoio dos jovens da igreja, isso foi sendo superado aos poucos. Também, nossas filhas permaneciam na cidade para seus estudos, enquanto viajávamos para visitar as aldeias. Hoje elas já estudam em nível universitário, e residem na capital. Como tantos outros pais, esse também se tornou para nós um desafio a ser vencido para podermos realizar a obra que o
Senhor nos confiou. Confins da Terra – Depois de nove anos no campo, você poderia contar algo que lhe dá muita alegria em servir neste ministério? Mara – Sem dúvida alguma, o fato de que temos amizades verdadeiras entre o povo e podermos dizer que formamos uma nova família; acredito que foi Deus mesmo quem nos pôs em seus corações. Assim, juntamente com meu esposo, consideramos o maior privilégio poder compartilhar as verdades do evangelho com as famílias indígenas e ver que dia a dia cresce neles o interesse de conhecer mais a Deus como Ele se revela na Sua Palavra. Confins da Terra – Qual é o seu sonho como missionária para essa comunidade? Mara – Nosso sonho e oração é que surja uma comunidade que reflita o reino de Deus neste lugar, que a palavra de Deus penetre os seus corações, e estabeleça sua justiça, sua paz e alegria verdadeira domine seus corações. Acreditamos que homens e mulheres, jovens e crianças de todas as linguagens e culturas hão de estar diante do Cordeiro de Deus dando honras a Ele, como único Senhor; e haverá muitos representantes do povo Kapinawá ali. Confins da Terra
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EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA
Encontro e Reencontro
C
erto dia, quando passava por uma aldeia indígena de onde seguiria para meu campo de trabalho, fui solicitada para cuidar de uma recém nascida. Logo que entrei na maternidade típica – uma cobertura rústica de palha afastada da casa – vi um lindo nenê no colo da mãe. Fui chegando, assentei-me num toco e comecei o procedimento de limpeza do umbigo. Era um dia de festa na aldeia e havia muitos parentes de outros locais participando. Enquanto estava concentrada no trabalho ouvi a conversa do pai com seus parentes discutindo sobre a criança. A dúvida seria se ela deveria viver ou ser enterrada, já que aparentava ter os antebraços curtos. Para este povo, antigamente, havia uma crença de que não poderia sobreviver um defeituoso. Era apenas a força de uma crença. Considero este povo muito especial. Quando entendi a situação comecei a orar em pensamento e pedir socorro do Senhor por aquela criança. Foram minutos de muita tensão, mas de certeza da presença de Deus, afinal Ele havia me levado ali porque tinha um propósito. Pensei até impulsivamente de fugir correndo e levá-la comigo, mas sabia que deveria apenas ficar orando. Depois de um tempo o pai me chamou e perguntou: “Enfermeira, você acha que ela tem defeito?” Respondi: “Você sabe que não vou mentir para você, mas não vejo nada. Mas, caso seus braços sejam curtos, isso não impedirá de ela fazer roça, trabalhar como uma mulher normal.” Ele então me disse: “Então vou dar o nome.” Na cultura deste povo, no momento em que o bebê recebe um nome do pai, não poderá mais ser morto. A partir daquele momento ela (a menina) ficou livre para viver. Louvado seja Deus! Este acontecimento deu-se há 26 anos. No parentesco deste povo, conforme sou adotada entre eles, ela é considerada minha neta. Para resguardá-la vou chamá-la de Mila. Os anos passaram e
Eldna de Lima não mais a encontrei. Sempre perguntava por ela e ouvia que era uma menina bonita e inteligente. Missionária da APMT, No ano passado voltamos a trabalhar a uns 14 km de sua anticasada com o Rev. Silas ga aldeia e ali recebemos muitas de Lima. visitas do seu povo e perguntei a seu respeito. Soube que estava morando bem perto. Um dia meu marido e eu fomos à primeira aldeia encontrar uns amigos. Enquanto conversava com as mulheres chegou uma jovem senhora bonita e me disse: “Você é a esposa do vovô Sirasi?” “Sim!” lhe respondi. Ela olhou-me alegre e disse: “Eu sou a Mila!” fiquei muito feliz. Dei-lhe um abraço e conversamos um pouco de como Deus a guardou. Ela ficou pensativa e disse: “Eu gosto muito de Deus, tinha um livro dele e lia, levava para todo lado, mas numa viagem na canoa, choveu muito e molhou, ficou estragado. Agora não tenho outro. Você me dá outro?” “Sim”, respondi. No final da conversa convidei-a para me visitar e ouvir mais sobre Jesus e a Palavra de Deus. Passou-se quase um mês e um dia ela veio com os quatro filhos para ouvir a Palavra de Deus. Foi um dia inteiro de estudo bíblico e meu esposo falou muito sobre Jesus e eu cozinhei para todos. Ela nem parecia piscar tão interessada no assunto. No final entendeu claramente a razão de Jesus ter ido à cruz e ter ressuscitado. Seu semblante mudou e os olhos brilharam. À noitinha ela voltou para sua aldeia muito feliz por ter ouvido a mensagem sobre Jesus, o prometido que Deus enviou. Oremos por Mila e a sua influência. com o seu povo.
Flash dos Institutos Instituto Missionário Shekinah As aulas de Shekinah tiveram início no dia 04/02/2010 com 13 alunos, cinco que cursam o 2º semestre de estudos, seis são novos alunos e um casal de missionários que decidiu fazer reciclagem de algumas matérias. Durante o período de Carnaval houve um mini acampamento em Shekinah, quando receberam a Igreja Batista de Nova Alvorada – MS. Durante a terceira semana do mês de fevereiro houve uma tempestade de vento e uma árvore caiu sobre uma casa, que ficou praticamente destruída. Graças a Deus ninguém estava na casa, só houve danos materiais. Existem três assentamentos rurais num raio de 30 quilômetros do Instituto. Os irmãos de Shekinah visitaram estes acampamentos e planejam iniciar visitas a estes moradores com objetivos evangelísticos. Será um trabalho de fé, pela distância e principalmente a dependência do Senhor por sabedoria e portas abertas.
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Instituto Missionário Shekinah Pedidos de Oração: Ä Sabedoria no treinamento e discipulado dos alunos. Ä Suprimento para as reformas e construções necessárias. Ä Direção no ministério de evangelismo. Ä Suprimento de um veículo mais novo para o Instituto. Ä Mais um casal para ajudar na liderança de Shekinah.
BIOGRAFIA
MISSIONÁRIO RONALDO DA CRUZ ção física, emocional e psicológica de toda a família. Desde cedo Ronaldo gostava de cantar. Curiosamente combinava seu jeito jovem com o gosto por músicas e cantores da velha guarda: Feliciano Amaral, Oséias de Paula e outros. Música de qualidade compunha o repertório dele. Melodias que mais tarde usaria para compor músicas de conteúdo bíblico, em idioma Maxakali, que agora esse povo indígena, a quem serviu por anos, entoa com saudades de Ronaldo. Acometido de um câncer, Ronaldo passou por uma operação cirúrgica que lhe trouxe a cura daquele mal, mas lhe deixou sequelas. Sua esposa e amigos testemunhavam cada dia as dores, por vezes, lancinantes que Ronaldo sentia em sua vida pós-cirurgia. A “Rude Cruz”, muitas vezes cantada em versos por Ronaldo, foi carregada por ele mais que ao centro do nome; resignadamente a levou no corpo. Mais que bom-humor, esse homem sabia achar alegria no Senhor, de quem lhe advinham as forças para viver. Estivemos em Paulo Afonso-BA, em seu funeral juntamente com um grupo de missionários e pastores ligados à vida e ministério de Ronaldo e família. Foi um verdadeiro culto. A liturgia da sua vida foi o motivo de adoração a Deus. Em meio à dor, entranhavelmente presente estava a alegria que pautou sua existência. Nas despedidas seu nome foi honrado, mas em toda a vida e no momento final, exaltada foi a cruz. A Deus seja a glória. Valmir Brisola
Foto: Rebeca Neat
Acho que Ronaldo veio ao mundo para tornar as coisas mais leves. É o que nos parecia quando chegou ao Instituto Bíblico e Missionário Macedônia em 1982. Era ainda um meninão, recémformado no ensino médio, que ingressava no treinamento missionário. Sua convicção missionária era clara: “Deus me quer usar na evangelização dos indígenas!” Enquanto isso, levava uma vida feliz. Gostava de conversar, mas também trabalhava muito. Bemhumorado sabia levar as coisas sérias com jeito descontraído. Numa tarde de sexta-feira era dia de reunião da Mesa Administrativa do Instituto e horário de trabalho para os alunos. Pouco antes de chegarem os líderes, encontrava-se ele na cadeira do diretor, fazendo a agenda e distribuindo tarefas. A primeira delas: “Hoje não haverá trabalho para os alunos”. Com um sorriso no rosto, nosso diretor, Sr. Alton Cothron, só podia dizer: “Esse é o Ronaldo.” – E, gaiato, Ronaldo seguiu para seus afazeres. Voltando para a sua igreja nos períodos de férias dava um ótimo testemunho, que serviu para desafiar a irmã Ceiça Souza para a obra missionária. Anos mais tarde encontraria Kátia, ali, no Instituto, depois de haver estado entre os índios no Pará. Juntos formariam um casal alegre. Testemunhamos o casamento deles ali em Natal; união pela qual Deus lhes presenteou com as filhas: Rebeca, Karine, Sarah e Raquel, que amam ao Senhor e o servem. Em 1988 exerceu ministério entre o povo Pankararu – PE até 1990, depois do qual se dirigiu para o Instituto Missionário Shekinah já casado com Kátia. Em 1992 iniciou seu ministério entre o povo Maxacali/MG tendo como colegas Adair e Zilene Gomes os quais formaram a primeira equipe da MNTB a trabalhar com este povo. Haroldo e Frances Popovich, missionários da SIL (Sociedade Internacional de Linguística), foram os primeiros a contatar esta tribo, receberam a equipe da MNTB e os introduziram nesta etnia. Ronaldo estudou bastante a língua nativa e depois de algum tempo já conseguia transmitir ensino bíblico ao povo, traduzir as lições e porções bíblicas para a língua maxacali. Moravam em Baatinga – BA por ser um local próximo de uma das aldeias. Enquanto morava em Baatinga, iniciou a evangelização na cidade e aos poucos os novos convertidos foram aparecendo e graças a Deus já existe uma igreja na cidade. Deixa quatro filhas: Rebeca decidiu ser missionária e estuda no Instituto Bíblico Peniel; Karine, candidata para a obra missionária, estava presente no acidente e as gêmeas : Raquel e Sara foram operadas logo após o acidente em Itabuna – BA. Kátia também precisou fazer tratamento médico para cuidar das sequelas do acidente. Oremos pela recupera-
Ronaldo e sua família Confins da Terra
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Notícias dos Foto: Izaquiel Melgarejo
TRIBO ARAWETÉ - PA Equipe missionária: Luiz Sérgio e Dirce Macedo Após um tempo de tratamento de saúde e refrigério, Sérgio e Dirce, se preparam para o retorno à aldeia. Vamos apoiá-los! Precisarão fretar uma embarcação para levá-los até a aldeia com alimentos, combustível, etc Estão animados para retornar, pois sabem que tantos têm o coração aberto para aprender de Deus.
TRIBO TAPEBA -CE TRIBO HIXKARYANA - AM Equipe missionária: Izaquiel e Marília Melgarejo; Maria Perpétua da Silva. Izaquiel e Marília aproveitam o tempo de férias e divulgação com parentes, igrejas e amigos. Já estão preparando o retorno agendado para meados de abril, se assim o Senhor permitir. Em seu relatório Izaquiel destacou o grande interesse dos Hixkaryana em ouvir a Palavra de Deus. Em abril está planejada a entrega de 750 Novos Testamentos, 2ª edição, em Hixkaryana. A revisão do Novo Testamento será feita pelos próprios indígenas em forma de mutirão, com o auxílio da missionária Maria. O objetivo de acelerar esta revisão é para que mais Novos Testamentos sejam impressos. Interceda por este ministério. Há muito por fazer!! Faça parte deste projeto!
Equipe missionária: Luiz e Maria do Carmo Nicola; Paulo e Eliane Simões; Rogério e Isis Inácio; Silvia Chris Messias Paulo e Eliane nos animaram contando as preciosidades que Deus tem realizado entre o povo Tapeba. Mais uma vez, a EBF (Escola Bíblica de Férias), foi realizada no mês de janeiro com histórias bíblicas, muitas músicas e brincadeiras para a criançada. A equipe continua preparando lições bíblicas contextualizadas para que o povo Tapeba e também os caucaenses compreendam as verdades da Palavra de Deus. As aulas de alfabetização já estão a todo vapor. Novo projeto da equipe: Curso de Montagem e Manutenção de Computadores e Redes, já fazendo parte do PID (Projeto de Inclusão Digital). O mesmo será um grande recurso para a comunidade.
Foto: Rogério Inácio
Meio de transporte usado para chegar na tribo
TRIBO TREMEMBÉ - CE Equipe missionária: Cleonilson e Cleuza Soares; Helena Machado; Isaías e Tatiana Com ânimo renovado e muita disposição, o casal, Cleonilson e Cleuza e a linda Isabelly, é a nova família na equipe Tremembé, desde janeiro de 2012. Com os corações repletos de muita gratidão a Deus, esta família já está a todo vapor na adaptação para enfrentar os desafios que este ministério exige. Fazer amigos em alto mar não deve ser tarefa muito fácil para a maioria de nós, mas é lá onde a maior parte dos homens desta aldeia, trabalha como pescadores. Que desafio hein?!
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Isis dando aula de alfabetização
TRIBO JAMAMADI - AC Equipe missionária: Carlos e Deleuza Morales;
Donald Austim
Carlos e Deleuza têm muitos motivos para se alegrar com a nova integrante da equipe jamamadi, nasceu a filhinha Ester Isabele. Vamos lembrar deste casal que, por enquanto, está sozinho, devido a mudança de ministério da família Pimentel. Márcio e Franci Pimentel nos contaram em sua carta da grande alegria em ver o povo interessado no ensino bíblico. 50% da aldeia assistiu regularmente aos ensinos e cinco pessoas decidiram confiar no Redentor Amado. Quanta alegria!
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Campos
Dalvani com algumas mulheres Gavião
TRIBO GAVIÃO – RO Equipe missionária: Adilton e Vilma Campos; Donald e Dalvani Austin; Shogi e Eula Wakahara; Valmir e Ana Lourdes Ferreira. As lições bíblicas que foram revisadas no ano passado estão sendo ensinadas desde fevereiro deste ano. Quanto somos gratos a Deus! Vamos nos unir a este povo em oração para que outras lições e a Palavra de Deus sejam traduzidas
TRIBO HIXKARYANA – AM Ä Sabedoria para Maria ao tomar decisões
enquanto espera o retorno do casal Izaquiel e Marília; Ä Sabedoria na tradução das lições e revisão da Bíblia; Ä Desenvolvimento da equipe no aprendizado da língua; TRIBO TREMEMBÉ – CE Ä Adaptação e sabedoria para Cleonilson e
Cleuza no novo ministério; Ä Louvar a Deus pelo apoio recebido de
igrejas e suprimento para a família Soares; Ä Sabedoria a toda equipe no relaciona-
mento com o povo e de uma forma especial, como alcançar os homens que passam grande parte do seu tempo em alto mar. TRIBO ARAWETÉ – PA Ä Agradecer a Deus o suprimento para os
tratamentos de saúde e as oportunidades com pessoas e igrejas; Ä Louvar a Deus pela vida do povo Araweté e corações abertos para ouvir o Evangelho. TRIBO TAPEBA – CE Ä Louvar a Deus pela saúde e forças que
tem dado a equipe; Ä Pelo entendimento dos estudos bíblicos
que são dados; Ä Sabedoria na criação dos filhos; Ä Pela comunhão da equipe TRIBO JAMAMADI – AC Ä Gratidão a Deus pelo nascimento da
Ester Gabriele; Ä Louvar a Deus pelas vidas que decidiram
confiar Nele e pelo crescimento espiritual; Ä Sabedoria e forças para Carlos e Deleuza
enquanto estão sozinhos. TRIBO GAVIÃO – RO Ä Sabedoria no relacionamento com a
equipe e os indígenas; Ä Fortalecimento da liderança da igreja
gavião; Ä Firmeza e maturidade dos crentes; Ä Salvação dos povos Gavião, RO; Cinta Larga, Zoró e Arara; Sabedoria na tradução das lições bíblicas e da Bíblia.
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Missionária Clemilda Neves Ø Louvar a Deus pelo sucesso na cirurgia e todo suprimento; Ø Sabedoria neste tempo com igrejas e familiares; Missionários Rafael e Isabel Mapa Ø Louvar a Deus pelos médicos que Ele providenciou e t ambém todo suprimento; Ø Louvar pelo suprimento das passagens e retorno; Ø Sabedoria na continuidade do ministério em Moçambique. GUINÉ CONACKRY Missionária Ana Lúcia Barros Ø Suprimento de um melhor sustento financeiro; Ø Louvar pelo suprimento das passagens de retorno a Guiné; Ø Suprimento para tratamentos antes de retornar; Missionária Maria Regina Bueno Ø Gratidão a Deus pelo que já supriu para o projeto; Ø Interceder para o suprimento completo do projeto; Ø Louvar a Deus pelo tempo precioso com a igreja, parentes e amigos; Ø Louvar pelo suprimento para todo o tratamento dentário ; Ø Sabedoria na realização de cada projeto junto ao povo.
Prezado leitor: Se você deseja cooperar em algum dos projetos apresentados orando ou contribuindo, entre em contato conosco, para mais informações.
divulgação@mntb.org.br
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Foto: Clemilda
MOÇAMBIQUE
Foto: Clemilda Neves
CONTINENTE AFRICANO
Mulheres Nampula em Moçambique
CONTINENTE AFRICANO MOÇAMBIQUE Missionários em Moçambique: Clemilda Neves; Rafael e Isabel Mapa; Fernando Machado. Clemilda nos conta do amor de Deus ao providenciar Seu cuidado na cirurgia que precisou se submeter dias atrás. O final de março se aproxima e Clemilda dá louvores ao Senhor pelas passagens que já estão compradas para retornar a Moçambique. Rafael e Isabel nos convidam a louvarmos juntos ao nosso Deus pelo tempo que passaram no Brasil, onde experimentaram da Sua graça através de tantos queridos. Foram tantos exames, tanto vai-e-vem, mas foram cuidados pelo Senhor. Animados, já estão em Moçambique de volta às atividades no ministério que o Senhor tem confiado em suas mãos. A Igreja em Moçambique lançou uma campanha para realizar o projeto de construção de mais uma sala para as crianças, pois vão dividi-las por faixa etária. Isabel dá aulas para as crianças e está muito animada com a possibilidade de uma sala nova. GUINÉ CONAKRY Missionárias em Guiné Conakry: Ana Lúcia Barros e Regina Bueno Ana Lúcia Barros que trabalha entre o povo Djakankè, louva ao Senhor pela maneira maravilhosa como a tem sustentado e fortalecido sua mente e seu corpo. Trabalhar na área social, ajudando com transporte e educação tem sido uma excelente oportunidade para estabelecer relacionamentos. Vamos apoiá-la neste ministério com nossas orações. Maria Regina, após onze meses de tratamento dentário e outros aqui no Brasil, pode louvar ao Senhor pelo suprimento de cada detalhe.Com as forças renovadas, viajou dia 12 de março para continuar o ministério que Deus tem colocado em suas mãos entre o povo Landuma. Já foram alcançados 30% dos recursos para a construção do prédio onde serão trabalhadas diversas áreas para atender às necessidades do povo naquela região. Além do ensino da Palavra de Deus, este espaço servirá para receber crianças para reforço escolar e alfabetização, treinamento para professores e treinamento às mães com bebês em desnutrição. Alimentos que fazem parte da cultura como o peixe, a banana, os ovos, entre outros, serão incentivados na alimentação alternativa. Curso de artesanato para meninas adolescentes que ainda não têm filhos pode ajudar muito a gerar recursos. Você pode alcançar este povo sem sair de casa: Ore!
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