Revista Ambiente Sustentável

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Ambiente Sustentável Edição nº 2 – 2013

Pu b l i c a ç ã o d o C TA - Se r viç os e m Me io Ambie n te

Petróleo e Gás As oportunidades advindas com um dos setores que mais crescem no Brasil e a busca pela harmonia socioeconômica e ambiental.

20os an



A importância de uma boa consultoria ambiental

artigo

Muitos devem se perguntar qual é realmente o papel desta, que se configura como uma das mais importantes e virtuosas atividades técnicas nos tempos atuais, atividade essa capaz de agregar de maneira multidisciplinar, num único trabalho, tantos profissionais de tantas formações e escolas. Talvez esteja aí o grande valor de mercado de um serviço de consultoria ambiental. A conjunção de olhares de diferentes profissionais que possam, por meio de seus conhecimentos, da sua historia técnica e, por que não, de seus princípios em prestar uma importante contribuição dentro de um processo altamente analítico e de grande responsabilidade, trazer a possibilidade de influenciar decisões relevantes repercutindo positivamente ou negativamente a decisão sobre o início ou até mesmo a suspensão de um projeto já no seu nascedouro. Daí a contribuição de uma avaliação ambiental estratégica. A consultoria ambiental, muitas vezes mal interpretada, não existe para satisfazer ou atender a um negócio, não existe para acomodar o inviável, tampouco para se posicionar conservadorista ou desenvolvimentista. A consultoria ambiental existe para se posicionar sempre de forma íntegra, alheia aos interesses pessoais e de terceiros, para estar ao lado da razão, da necessidade do homem e da oportunidade coletiva diante das suas diferentes componentes muito bem expostas nos estudos ambientais: a biológica e toda sua relevância para o equilíbrio e harmonia no ecossistema; e a socioeconômica com o homem, diante de suas necessidades mais vitais e do ambiente físico (solo, água e do ar) sem o qual nenhuma forma de vida viabilizar-se-ia. Na relação com o órgão licenciador, os especialistas confirmam, por meio de seu trabalho, o conhecimento adquirido na academia e na prática de seus longos anos de estudos, sua convicção. Esta vai ser levada a termo por outro profissional, que nada mais precisa do que se apoderar desse importante instrumento, lançando-se sobre ele para então proceder sua análise, buscando acreditar neste como se produzido por si mesmo. O analista licenciador, então, desempenhará o seu ofício dedicando-se à análise e parecer sobre a viabilidade ambiental de um empreendimento frente a possíveis perdas que o ambiente natural pode sofrer, enfrentando o peso do número de empregos envolvidos e sua importância para a economia regional. Diante da inegável oportunidade que se abre a cada ano em todo o mundo e, principalmente, no Brasil, com um mercado cada vez mais exigente e seletivo, não resta outro caminho para as consultorias ambientais que o da capacitação, do aprimoramento de sua força de trabalho ao mesmo tempo dos investimentos contínuos em infraestrutura física, logística e qualidade. A história de consultoria de 20 anos do CTA, a ser muito comemorada em 2013, não deixa dúvida de que não há reconhecimento senão pela via do trabalho, do comprometimento e da confiança, pela via da Parceria, palavra esta em que se aprendeu muito cedo a levar a sério. É a plena convicção de que não basta olhar para fora; é preciso um olhar para dentro e, de forma muito especial, para dentro dos olhos de cada colaborador. Assim é o CTA, nascido pelo desejo de seus fundadores, fortalecido a cada dia pela força de seus colaboradores, pelo idealismo que, ao longo do tempo, conquistou clientes e o interesse de profissionais que se associaram a esta empresa e que hoje forma um time de quase 300 funcionários e que, por mais que sintamos ser precoce, ousaremos em dizer sobre o legado de uma empresa que se notabilizou pela seriedade, pelo respeito e pelo trabalho. A Diretoria


sumário

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Reportagem Especial

Para os próximos cinco anos, o crescimento do mercado de petróleo e gás será intensificado.

26 Política Nacional de Resíduos Sólidos Brasil sem lixões até 2014.

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Programa de Educação Ambiental Technip A participação na construção dos relacionamentos.

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Volare

Primeira montadora de veículos comerciais do Espírito Santo.

CTA

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Investindo em ações para o bem-estar dos seus colaboradores.

50 Licenciamento Ambiental Atendimento à licença de operação da PCH Jucu tem execução técnica do CTA.


editorial

O panorama da indústria de petróleo e gás é otimista e tem como projeção a expansão da atividade de Exploração & Produção (E&P) para os próximos anos no país e no estado do Espírito Santo. O Estado é o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil desde 2006 e tem a expectativa de saltar da marca atual de 350 mil barris de petróleo por dia, para 500 mil barris/ dia, até 2015. Tal cenário requer um olhar atento aos desafios socioambientais que a ascendente cadeia produtiva de E&P exige. Nesta edição são apresentados, em uma Reportagem Especial, alguns dos trabalhos executados pelo CTA – Serviços em Meio Ambiente, nas Bacias do Espírito Santo e de Campos, junto a importantes empreendimentos de atividade de E&P da Petrobras, já em fase de operação e em processo de licenciamento como o Super Porto do Açu, da LLX. Somado aos empreendimentos que compõem a cadeia produtiva de petróleo e gás estão o Itaoca Terminal Marítimo e a Base de Apoio Logístico Offshore – terminal marítimo sob a responsabilidade da C-Port Brasil Logística Offshore, empresa do Grupo Edison Chouest (ECO). Os dois projetos que têm como objetivo atender à demanda das atividades de apoio logístico da E&P encontram-se em fase de licenciamento ambiental e tiveram seus respectivos Estudos de Impacto Ambiental (EIAs) e Relatórios de Impacto Ambiental (RIMAs) elaborados pelo CTA. A publicação traz em destaque também o know-how do CTA na execução técnica de outros estudos ambientais, em empreendimentos pioneiros que chegam ao Espírito Santo, como a primeira montadora de veículos comerciais, da Volvo, e a primeira unidade industrial para produção de papel tissue, da Carta Fabril. Integram-se ainda os estudos executados pelo CTA para a Cipasa Urbanismo – empresa paulista que atua há mais de 20 anos na área de loteamento; bem como o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (Pacuera) da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Jucu, o Plano de Comunicação Ambiental e a elaboração do Catálogo de Espécies Residentes na Área de Influência da PCH Jucu. Os estudos realizados para o Grupo EDP atendem à licença de operação da PCH, que possui a capacidade instalada de 4,84 megawatts, o que corresponde ao fornecimento de energia para cerca de 24 mil residências. A geração de energia também é abordada nesta publicação por meio de outro estudo executado pelo CTA, o de ampliação da Usina Alcooleira Bionergética e de sua Usina Termelétrica. Também estão inseridos neste exemplar, assuntos importantes de destaque na pauta de discussão ambiental, como a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esse último tema tem se tornado referência no Espírito Santo, ganhando força por meio de iniciativas públicas e privadas, a exemplo da Central de Gestão Ambiental (CGA) Linhares, da Vital Engenharia e da ampliação da Central de Tratamento da Marca Ambiental. O relacionamento com as comunidades do entorno desses empreendimentos, assim como a participação das mesmas no processo de licenciamento ambiental, são contemplados, nesta edição, no Programa de Comunicação Social da Paranapanema, uma ação proativa, fruto de um entendimento entre a Paranapanema e o CTA, com vistas à divulgação da empresa no município de São Mateus, no Norte capixaba; nas Reuniões Devolutivas do Projeto de Monitoramento de Desembarque Pesqueiro, trabalho executado pelo CTA para Petrobras durante dois anos, junto a 28 comunidades pesqueiras, nos 14 municípios da costa capixaba; bem como por meio do Programa de Educação Ambiental (PEA) da Technip, desenvolvido de acordo com as novas regras estabelecidas na Instrução Normativa (IN) Nº 02/2012 do Ibama, na qual reafirma o papel estratégico da organização e da participação da coletividade na gestão dos recursos naturais e na busca de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.


Reportagem especial

Foto: www.altus.com.br

Petr贸leo e G谩s


Para os próximos cinco anos, o crescimento do mercado de petróleo e gás será intensificado. As descobertas do pré-sal estão entre as razões dessa ascensão, que promete seguir adiante. A previsão é que, nos próximos dez anos, haja a triplicação das reservas e da produção brasileira.

O Espírito Santo é, desde 2006, o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil. Atualmente produz cerca de 350 mil barris por dia e, com a chegada de novas plataformas ao litoral do Estado, a previsão é de que, até o final de 2015, esse número alcance a marca de 500 mil barris/dia. A bacia de Campos se destaca neste cenário, pois concentra 80% da produção de petróleo, na margem continental brasileira. Lá estão em operação 400 poços e 30 plataformas de produção. A bacia estende-se por 100 mil quilômetros quadrados do estado do Espírito Santo, nas imediações da cidade de Vitória, até Arraial do Cabo, no litoral Norte do estado do Rio de Janeiro. Segundo o plano de negócios e gestão da Petrobras de 2012-2016, US$ 13,2 bilhões estão destinados para implementação de projetos da área de exploração e produção no Espírito Santo. O principal projeto a entrar em operação nesse período é a P-58, plataforma do tipo FPSO (plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa a produção) com capacidade para produzir diariamente 180 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. Com início de operação previsto para o início de 2014, a plataforma fará a produção do pós-sal e do pré-sal de vários campos na região do “Parque das Baleias”. O gás produzido pela P-58 será transportado através do Gasoduto Sul-Norte Capixaba, até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, onde será processado e entregue, pelo Gasene, ao mercado. Além do desenvolvimento da produção, a Petrobras mantém as atividades de exploração, visando à descoberta de novas jazidas que possam ser incorporadas às reservas da Companhia. Nesse cenário destaca-se a importância do CTA - Serviços em Meio Ambiente, que vem atuando junto à Petrobras com competência e profissionalismo, na busca pela harmonia socioeconômica e ambiental, atributos esses nos quais as atividades de E&P e a ascendente cadeia produtiva de petróleo e gás exigem.


Foto: Felipe Tozetti

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Monitoramento de Cetáceos CTA executa estudos nos Campos de Peroá e Cangoá

Monitorar a ocorrência e a distribuição de baleias e golfinhos. Esse é o objetivo do Monitoramento de Cetáceos, projeto realizado pela Petrobras, sob a execução técnica do CTA, nos Campos de Peroá e Cangoá, localizados ao Sul do Banco dos Abrolhos, no estado do Espírito Santo. Nessa área ocorrem atividades de exploração e produção de gás natural, a exemplo de perfurações dos poços e da operação da plataforma Peroá 1 (PPER 1).


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Foto: Felipe Tozetti

A equipe de campo do CTA é sempre formada por um coordenador e cinco observadores de bordo, além da tripulação da embarcação. O projeto conta ainda com uma equipe de pesquisadores e doutores, todos especialistas em monitoramento de cetáceos.


Ambiente Sustentável técnico de Licenciamento Ambiental do CTA, “a metodologia aplicada orienta que, durante o primeiro semestre do ano, apenas uma campanha é realizada por mês, visando ao monitoramento de cetáceos. No segundo semestre, são realizadas duas campanhas mensais, uma para o monitoramento de cetáceos e outra com foco específico nas baleias jubarte”. O gerente do CTA informou ainda que o Banco de Abrolhos é berço dessas baleias, que

fazem daquela região seu refúgio de amamentação e reprodução entre os meses de julho a novembro. “Por se tratar da mais importante área de reprodução dessa espécie no Atlântico Sul Ocidental, durante o segundo semestre, tal esforço adicional é direcionado a essa espécie”.

racterização físico-química do ambiente. Além disso, são realizados registros fotográficos que permitem identificar cada animal por suas características de cor, marcas e, especialmente, pelos desenhos das caudais. As jubartes são também co-

nhecidas pelo seu canto melancólico, realizado pelos machos durante as temporadas de acasalamento. Segundo especialistas, uma das funções prováveis desse canto seja atrair as fêmeas.

As jubartes realizam migrações sazonais entre as áreas de alimentação, nos polos, e as de reprodução, em regiões tropicais. Buscam

águas quentes, tranquilas e pouco profundas, para acasalar e ter um único filhote, que nasce após uma gestação de aproximadamente 11 meses, medindo cerca de quatro metros de comprimento e pesando algo em torno de uma tonelada. Para o monitoramento, são percorridas quatro linhas de transecção de 40 milhas náuticas, cujo centro está localizado na plataforma PPER-1, formando raios de 20 milhas náuticas ao redor dessa unidade de produção.

Foto: Felipe Tozetti

O Monitoramento de Cetáceos teve início em janeiro de 2007, visando a atender as exigências para autorização das atividades de perfuração de poços de gás natural nessa região. A metodologia de trabalho foi desenvolvida e aplicada pelo Instituto Baleia Jubarte, com apoio de técnicos da Petrobras, entre 2007 e 2011 e, a partir do segundo semestre de 2012, passou a ser executada pelo CTA. Como explica o oceanólogo Sergio Fantini, gerente

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No decorrer dos registros de ocorrência de cetáceos e baleias jubarte, são feitas referências à localização, identificação da espécie, tamanho e composição dos grupos avistados, comportamentos observados, entre outros dados de ca-

“Cabe ressaltar que esse

trabalho, realizado pela primeira vez pelo CTA, traz à empresa não apenas a experiência nova, mas a oportunidade única de contribuir para o aumento do conhecimento em torno dos cetáceos que visitam as águas capixabas”, concluiu Sergio Fantini.


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Foto: Jonathas Barreto

CTA consolida dois anos de Programa de Monitoramento de Praia


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O Projeto de Monitoramento de Praias das Bacias de Campos e do Espírito Santo (PMP-BC/ES) completa dois anos de execução na região litorânea, sob realização técnica do CTA – Serviços em Meio Ambiente. O monitoramento acontece diariamente com objetivo de se registrar ocorrências de encalhes de aves, quelônios e mamíferos marinhos, incluindo atendimentos veterinários e necropsias. A iniciativa, que faz parte de condicionantes ambientais de licenças da Petrobras, estende-se entre os municípios de Conceição da Barra – Norte do Espírito Santo até Saquarema – Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, tendo como principal foco avaliar se há relação entre as ocorrências de encalhe dos animais marinhos com as atividades de Exploração e Produção (E&P) de petróleo e gás natural da Petrobras, que são desenvolvidas nas Bacias de Campos e do Espírito Santo, conforme explica o gerente técnico de Projetos Especiais do CTA, Bruno Berger. Segundo o gerente do projeto, a Petrobras realiza esse trabalho há aproximadamente 10 anos, em vários trechos do litoral brasileiro, contando com especificidades de cada região.

Monitoramento do elefante-marinho na Praia Grande, município de Fundão/ES.


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Registro de lobo-marinho no litoral do Rio de Janeiro. O modelo implementado pelo PMP-BC/ES, nestes últimos dois anos, tem sua base focada na gestão integrada, possibilitando monitorar em longo prazo e continuamente as porções de praia pré-definidas. “Muitas espécies que ocorrem no Brasil têm sido registradas. Hoje podemos garantir que tudo que encalha na praia conseguimos Soltura de albatroz após reabilitação.

registrar. Essa garantia é o resultado mais importante desse projeto, pois disponibiliza um banco de dados sistematizado e consistente que vem sendo constituído”, afirmou Bruno Berger. O gerente falou ainda sobre a interface do PMP-BC/ ES com instituições de referência. “As informações geradas por nós são compartilhadas com essas ins-

tituições, já reconhecidas por sua atuação nessa área há mais de uma década. Com isso, há oportunidade de gerar conhecimento”. Outra característica marcante desse trabalho é a integração com as comunidades litorâneas, que têm como apoio um número telefônico 0800-0 para avisar sobre encalhes.


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Filial CTA São João da Barra

Visando a expandir os negócios que vêm realizando por meio de sua Matriz em Vitória – Espírito Santo, o CTA inaugurou a filial na região Norte Fluminense. De acordo com o diretor Geral do CTA, Humberto Ker, a empresa quer fazer uma parceria com o município, atendendo à crescente demanda por serviços na área ambiental no Norte Fluminense. “Viemos com um propósito firme, que é o de manter um relacionamento com as pessoas daqui, de prestar nossos serviços para empresas que já estão instaladas aqui na região, bem como para futuros empreendimentos que chegarão à região”.

Bruno Berger, que já atua como gerente de projetos na matriz capixaba e é sócio-gerente do CTA em São João da Barra, falou sobre o compromisso do CTA no município. “Queremos encarar esse desafio junto ao crescimento do município. Vamos dar o apoio necessário, valorizando o relacionamento com todas as pessoas daqui, inclusive, contratando mão de obra local”. A filial Norte Fluminense do CTA fica na Rodovia BR-356, S/N – São João da Barra/RJ. O CTA também possui um escritório de representações na capital Fluminense - Rua da Assembleia, Nº 10, Sl 3615 Centro/RJ.

Filial em São João da Barra.

Viemos com um propósito firme, que é o de manter um relacionamento com as pessoas daqui, de prestar nossos serviços para empresas que já estão instaladas aqui na região, bem como para futuros empreendimentos que chegarão à região.

Humberto Ker - Diretor Geral do CTA


Reuniões Devolutivas Retorno e compartilhamento de informações da atividade pesqueira no Espírito Santo Após dois anos de Projeto de Monitoramento de Desembarque Pesqueiro (PMDP), a Petrobras concluiu as ações do trabalho com a etapa das Reuniões Devolutivas. Os eventos contaram com a participação de representantes de 28 comunidades pesqueiras, que tiveram acesso às informações coletadas nos 14 municípios da costa capixaba. O projeto realizado pela estatal entre junho de 2010 e junho de 2012, sob a execução técnica do CTA – Serviços em Meio Ambiente, buscou identificar, por meio do acompanhamento contínuo e sistemático de desembarques, as possíveis alterações no setor, como variações na produção, esforço de pesca, espécies mais capturadas e preço da primeira comercialização, a fim de captar possíveis modificações na dinâmica socioeconômica das comunidades pesqueiras, em função das atividades de produção e exploração de petróleo e gás da Petrobras na costa capixaba. O projeto atende ao licenciamento ambiental federal das atividades de perfuração da Petrobras na área geográfica do Espírito Santo. As 12 Reuniões Devolutivas


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foram realizadas nos municípios litorâneos da Região Metropolitana, do Sul e do Norte do Estado. De acordo com a Petrobras, as devolutivas são um espaço de retorno à comunidade pesqueira para o compartilhamento do conteúdo monitorado. Elas fazem parte de uma lição aprendida na Bacia de Campos, onde foi realizado um PMDP, e na vivência em outros projetos com comunidades pesqueiras aqui do Espírito Santo. Os participantes dos eventos

tiveram acesso aos dados coletados nos dois anos do Projeto de Monitoramento de Desembarque Pesqueiro por meio de informativos. Com uma linguagem clara e de fácil entendimento, o conteúdo das publicações foi distribuído por município monitorado. O evento também abriu espaço para o debate das informações apresentadas no estudo, bem como a análise dos problemas e, sobretudo, a identificação das possíveis soluções. Segundo Anderson Lanusse, gerente de

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Relacionamento com Comunidades do CTA, as devolutivas são uma forma de construção de confiança e respeito. “Nesses eventos é possível a apropriação da informação do setor da pesca, que muitas vezes não consegue ser visualizada, por ser uma atividade realizada por pequenos grupos ou mesmo individualmente na pesca artesanal”. Para Emanuel Pêgo (Nego da Pesca), presidente da Associação de Pescadores de Jacaraípe – município de

Serra, as devolutivas do monitoramento de pesca são motivo de satisfação para comunidade pesqueira, pois se tratava de uma espera antiga. “Esse resultado é muito importante para ter informações sobre nossa pesca. No passado não havia pesquisas na área. Nossa solicitação em relação às devolutivas e estudos foram feitas após muita cobrança ao Ibama. Com os resultados em mãos podemos continuar cobrando nossos direitos em relação à pesca e tomar consciência da produção”.

As devolutivas do monitoramento de pesca são

motivo de satisfação para comunidade pesqueira. Emanuel Pêgo (Nego da Pesca)


Terminais marítimos Atendimento à demanda das atividades de apoio logístico da exploração de petróleo e gás As perspectivas em torno da cadeia produtiva do petróleo e gás movimentam negócios, atraem investidores e geram boas oportunidades para empreendimentos no setor naval e de logística para o atendimento às atividades de exploração e produção. Até 2015, somente a Petrobras deve dobrar sua produção de óleo no litoral capixaba, batendo em 500 mil barris por dia. Para isso, plataformas com inúmeras necessidades preparam-se para chegar ao Espírito Santo. A expectativa é que, junto a esses empreendimentos, outros investimentos venham a reboque para o suprimento dessas unidades marítimas. Dentre os empreendimentos anunciados, estão o Itaoca Terminal Marítimo e a Base de Apoio Logístico Offshore – terminal marítimo sob responsabilidade da C-PORT Brasil Logística Offshore, empresa do Grupo Edison Chouest (ECO). A proposta é que os dois terminais sejam instalados no município de Itapemirim. A implantação de terminais de apoio logístico para atividades de exploração e produção de petróleo e gás no Sul do Espírito Santo é estratégica, em razão da localização privilegiada, próxima às Bacias do Espírito Santo, de Campos/RJ e de Santos/SP. Os dois projetos encontram-se em fase de licenciamento e tiveram seus respectivos Estudos de Impacto Ambiental (EIAs) e Relatórios de Impacto Ambiental (RIMAs) elaborados pelo CTA - Serviços

em Meio Ambiente. Segundo Alessandro Trazzi, diretor Técnico do CTA e coordenador geral dos EIAs/ RIMAs, a escolha da melhor opção para implantação dos dois empreendimentos foi avaliada de forma criteriosa. “O processo de seleção das áreas de instalação dos terminais envolveu uma equipe multidisciplinar, que definiu a opção mais favorável sob o ponto de vista ambiental, socioeconômico e técnico, segundo as expectativas dos projetos de engenharia das plantas dos terminais. Somado a isso, ambos devem ser instalados em uma área já definida pelo Plano Diretor Municipal (PDM) como zona industrial e de abastecimento, cuja área marinha adjacente apresenta profundidade adequada à atividade, o que vem favorecer sobremaneira uma menor interferência no ambiente, e ainda, uma intervenção controlada, com menor impacto sobre os aspectos ambientais”. A chegada desses empreendimentos promete contribuir para o desenvolvimento e a geração de renda em Itapemirim. Em ambos os casos, será priorizada a contratação de mão de obra local, tanto na fase de implantação quanto na fase de operação. De acordo com diretor de operações do Itaoca Terminal Marítimo S.A. - Itaoca Offshore, Álvaro de Oliveira Jr., em atividade plena, o terminal marítimo do Itaoca Offshore deverá gerar cerca de 450 empre-

Instalação da C-Port em Port Fourchon, Louisiana - EUA.

Diagnóstico ambiental realizado para o EIA /RIMA do Itaoca Terminal Marítimo.


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gos diretos e 1.000 indiretos. “Durante a construção, a previsão é de abertura de 500 vagas. Além do volume de emprego direto, a construção do empreendimento será uma ótima oportunidade para que empreendedores e fornecedores regionais desenvolvam ou ampliem seus negócios”. “A mobilização de mão de obra na Base de Apoio Logístico Offshore acontecerá nas diferentes frentes de obras previstas”, adiantou Roberto Toledo, representante da C-Port no Espírito Santo. Segundo ele, durante o pico das atividades, previsto para ocorrer na execução do quebra-mar, cerca de 1.600 trabalhadores estarão envolvidos na implantação do empreendimento. Diagnóstico ambiental realizado para o EIA /RIMA da Base de Apoio Logístico Offshore, terminal marítimo sob responsabilidade da C-PORT Brasil Logística Offshore .


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Base de Apoio Logístico Offshore

A Base de Apoio Logístico Offshore será voltada para o completo suporte ao desenvolvimento das atividades de Exploração e Produção (E&P) de óleo e gás em alto mar e ao atendimento das necessidades urgentes das empresas que já estão em operação nas Bacias petrolíferas do Espírito Santo, Campos e Norte de Santos. O Grupo Edison Chouest Offshore é constituído por uma família de empresas que desenvolvem as mais diversificadas e dinâmicas tecnologias e operações de logística multimodais, projetos e construções navais e offshore no mundo. Referência mundial para o setor logístico offshore, o Grupo

ECO possui, inclusive, embarcações próprias para apoio às unidades marítimas.

A localização do empreendimento é estratégica, já que a região onde se

pretende instalar o terminal dispõe de uma infraestrutura com boas empresas para prestação de serviços correlatos. Soma-se a isso a existência de mais de 950 fornecedores locais qualificados para atendimento da indústria de E&P. Roberto Toledo - representante da C-Port no Espírito Santo.

Layout da Base de Apoio Logístico Offshore

Com localização prevista em Itaipava, distrito de Itapemirim, a Base de Apoio Logístico Offshore tem a expectativa de instalar 18 berços de atracação no terminal. Como todos serão cobertos, a operação poderá ocorrer em quaisquer condições de tempo, permitindo assim uma alta rotatividade das embarcações. Outra característica do empreendimento é que no próprio terminal haverá uma área exclusiva para guarda de materiais, equipamentos e máquinas necessários para a manutenção/ operação das unidades marítimas. Sob a ótica da logística, tempo é economizado mediante a entrega praticamente imediata dos materiais solicitados. O investimento previsto para o planejamento e construção para plena operação da Base de Apoio Logístico Offshore é de mais de R$ 1 bilhão.


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Itaoca Terminal Marítimo

Layout do Itaoca Terminal Marítimo

O Itaoca Terminal Marítimo será um empreendimento de apoio logístico às atividades de exploração e produção de petróleo e gás, com capacidade para atendimento a aproximadamente, 18 embarcações por dia, na sua fase de operação plena, por meio dos 11 berços que serão instalados. Segundo adianta Álvaro de Oliveira Jr., o terminal foi projetado para atender a demanda prevista para os próximos vinte anos. “A eficiência operacional e a revisão dos processos vão possibilitar ganhos de produtividade que ampliam a capacidade de atendimento sem a necessidade de novos investimentos na área de atracação. Na área de armazenagem, estão contemplados investimentos em galpões, de acordo com a demanda dos clientes”. Destacando-se como uma

empresa genuinamente brasileira, o Itaoca Terminal Marítimo terá investimento de R$ 450 milhões. Localizado no distrito de Itaoca, município de Itapemirim, o empreendimento aposta em um projeto greeenfield dedicado ao fornecimento de serviços e apoio logístico para o mercado petrolífero offshore da costa do Sudeste brasileiro, em especial em soluções completas para o suporte à operação exploratória de petróleo e gás nas Bacias de Campos e Espírito Santo. O modelo de negócio prevê o aluguel do espaço para fornecedores de serviços à indústria petrolífera, com grande área de estocagem contínua ao cais, o que elimina a necessidade de longos transportes de insumos e cargas. Tal configuração tem como objetivo reduzir os custos operacionais e logísticos.

A eficiência operacional e a revisão dos

processos vão possibilitar ganhos de produtividade que ampliam a capacidade de atendimento sem a necessidade de novos investimentos na área de atracação. Na

área de armazenagem, estão contemplados investimentos em galpões, de acordo com a demanda dos clientes.

Álvaro de Oliveira Jr. -Diretor de operações do Itaoca Terminal Marítimo S.A. - Itaoca Offshore.


Monitoramento de tartarugas marinhas no Porto do Açu Convívio harmônico entre a biodiversidade marinha local e o desenvolvimento econômico sustentável

Considerado como o maior empreendimento porto-industrial da América Latina, o Complexo Industrial do Superporto do Açu tem a expectativa de movimentar cerca de 350 milhões de toneladas por ano, entre exportações e importa-

ções. Situado no município de São João da Barra, Norte do estado do Rio de Janeiro, sua localização é estratégica para a indústria do petróleo, por ser próximo às Bacias de Campos e do Espírito Santo, podendo ser utilizado como base à ope-

ração da Bacia de Santos. O empreendimento logístico da empresa LLX Logística S.A., por meio de suas subsidiárias, LLX Açu Operações Portuárias SA. (LLX Açu) e LLX Minas Rio Logística Comercial Exportadora SA. (LLX Minas Rio), pos-


sui área superior a 90 km², onde serão instalados: siderúrgicas, polo metalomecânico, unidade de armazenamento e tratamento de petróleo, estaleiro, indústrias offshore, plantas de pelotização, cimenteiras, termelétrica e indústrias. O Complexo Industrial do Superporto do Açu prevê atração de investimentos de US$ 40 bilhões e geração de 50 mil empregos. Visando atender às questões socioambientais e o cumprimento à condicionante ambiental para licença de instalação do empreendimento portuário, é realizado o Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas (PMTM). A ação realizada pela LLX,

Soltura de filhotes de tartarugas marinhas em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro.

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sob a execução técnica do CTA-Serviços em Meio Ambiente, abrange uma área de 62 km de praias, entre os municípios de São João da Barra e Campos dos Goytacazes, ambos no estado do Rio de Janeiro. Segundo o gerente de Projetos Especiais do CTA, Bruno Berger, o monitoramento na área de influência do complexo portuário inclui o registro das ocorrências reprodutivas e não reprodutivas de tartarugas marinhas, a avaliação do sucesso reprodutivo, a reabilitação dos animais debilitados, entre outras ações, desenvolvidas por profissionais das áreas de biologia, oceanografia e medicina veterinária. A atividade conta ainda com um centro de atendimento veterinário, que funciona 24 horas. A con-

cepção desse projeto teve como base diretrizes do Centro Tamar/ICMBio, que atua como supervisor do seu desenvolvimento. De acordo com André Taouil, analista ambiental da LLX, a execução desse serviço vai além do formal atendimento às restrições expressas nas licenças ambientais. Ele materializa a obtenção direta de dados biológicos necessários ao conhecimento e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas regularmente registradas na região, o que poderá, em breve, permitir a criação de planos de manejo específicos e regras portuárias que viabilizem o convívio harmônico entre a biodiversidade marinha local e o desenvolvimento econômico sustentável dos empreendimentos.

Fotos: Noemia Sato

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Programa de Comunicação Social da Paranapanema Ação proativa, fruto de entendimento entre a Paranapanema e o CTA, com vistas à divulgação da empresa no município de São Mateus.

A chegada de um novo empreendimento a uma localidade traz consigo inúmeros questionamentos e expectativas. A transmissão de informações responsáveis, embasadas e confiáveis são fundamentais para o conhecimento de seus stakeholders (partes interessadas). Quando falamos de relacionamento com esse grupo, ponderamos sobre questões bastante delicadas que envolvem, entre outros, a comunicação. No processo de licenciamento ambiental, a execução da comunicação social apresenta-se como uma ação estratégica, principalmente para minimizar possíveis conflitos que possam surgir com a implantação de um empreendimento. Com vistas à divulgação de sua unidade industrial no município de São Mateus, a Paranapanema realizou um Programa de Comunicação Social direcionado aos moradores de São Benedito e vizinhança – área do entorno do empreendimento que se encontra em fase de licenciamento ambiental. A Paranapanema assumiu

uma postura proativa no sentido de buscar o envolvimento da comunidade no contexto da chegada do empreendimento no município de São Mateus. Vale destacar que essa ação não foi exigência do órgão ambiental no processo de licenciamento ambiental, mas sim fruto de um entendimento entre a Paranapanema e o CTA, empresa responsável pela execução do Programa de Comunicação Social. De acordo com o gestor industrial da Paranapanema, engenheiro Paulo Jesus Aniceto, “a realização do programa foi fundamental para o estabelecimento de um diálogo entre a Paranapanema e a comunida-

de local, momento este, em que a empresa pôde expor os fatores positivos inerentes à sua chegada ao município de São Mateus, além de um feedback dos moradores em relação as suas expectativas relacionadas ao empreendimento”. O trabalho de Comunicação Social da Paranapanema em São Mateus – na comunidade de São Benedito e propriedades rurais localizadas na área de influência do empreendimento demonstrou o interesse dos moradores locais e a receptividade dos mesmos com as ações a serem realizadas como: a contratação de mão de obra local, trata-


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mento dos efluentes e coleta seletiva. Também foram repassadas informações sobre o empreendimento, as principais etapas, os canais de comunicação com o empreendedor, ofertas de cursos de capacitação e outras medidas, por meio de um diálogo franco e transparente com a comunidade. Para a cientista social, Marianne Malini, o diálogo contínuo com a comunidade tem se tornado uma

premissa no processo de instalação dos novos empreendimentos, tanto pelo caráter participativo e envolvimento comunitário, quanto pelo fortalecimento das relações. A analista ambiental do CTA, empresa responsável pela execução técnica do Programa, também reforçou o quanto esse processo é importante para a aceitação do empreendimento pela comunidade diretamente envolvida.

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A Paranapanema é a maior produtora não integrada de cobre refinado no Brasil e líder de vendas com participação de cerca de 38% em volume de vendas no mercado doméstico. Além disso, é a segunda maior produtora de semi-elaborados de cobre no Brasil (laminados, barras, tubos, conexões e ligas de cobre) tendo, nesse caso, participação em torno de 34% em volume de vendas no mercado doméstico.

Visando a expandir sua produção para atender à crescente demanda do mercado interno e externo, a Paranapanema pretende se instalar no município de São Mateus/ES devido às facilidades de escoamento de produção, disponibilidade de mão de obra e incentivo federal, estadual e municipal. A atividade prevista para o empreendimento será voltada à fabricação de produtos de cobre e suas ligas.

As atividades do Programa de Comunicação Social Prévio foram realizadas na Comunidade São Benedito – São Mates, e nas propriedades rurais adjacentes ao local onde se pretende instalar o empreendimento.


Ambiente Sustentável

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Política Nacional de Resíduos Sólidos Brasil sem lixões até 2014

A questão do lixo configura-se, junto ao saneamento básico, como o problema ambiental urbano de maior destaque vivenciado no mundo, sobretudo no Brasil. A questão do lixo está diretamente ligada ao modelo de desenvolvimento da sociedade moderna, vinculada ao incentivo do consumo. Como consequência disso, os resíduos sólidos urbanos vêm sendo gerados em larga escala, deixando como ônus uma considerável acumulação de dejetos, que nem sempre possuem um lugar e um tratamento adequado.

e no Congresso Nacional, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) representa um marco jurídico e um importante instrumento para organizar a gestão de resíduos sólidos no Brasil. Regulamentada em 02 de dezembro de 2010, a Lei Federal Nº 12.305 incentiva a reciclagem e a sustentabilidade. A PNRS define como principais pontos o fechamento de lixões a céu aberto até 2014, o encaminhamento, somente de rejeitos (não recicláveis) aos aterros sanitários e a elaboração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos nos municípios.

Após duas décadas de discussões nos fóruns técnicos

Segundo a secretária de Estado do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos, Patrícia Salomão, atualmente o Estado possui quatro aterros sanitários licenciados, contudo há um acréscimo na quantidade de unidades. “O número de empreendimentos que estão em processo de licenciamento é um indicativo de que a política de resíduos sólidos tem gerado resultados. Em 2007, apenas um aterro aguardava licença e, em 2012, temos seis aterros em processo de licenciamento no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Acreditamos que esse número tende a crescer de forma gradativa, conforme avançarmos com a implantação da Política Estadual de Resíduos Sólidos”.


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Empreendimentos sob a execução técnica do CTA A Central de Gestão Ambiental (CGA) Linhares, é um dos empreendimentos que se encontram em fase de licenciamento ambiental. A Central terá como objetivo tratar e realizar a destinação final, ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados na região de Linhares/ES. A CGA será capacitada a receber os diferentes resíduos de vários municípios e indústrias, articulada com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para o tratamento e disposição final. O empreendimento da Vital Engenharia tem o CTA – Serviços em Meio Ambiente como a empresa responsável pela execução técnica dos estudos ambientais. A Marca Ambiental atua no segmento de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, desde 1995. Atualmente, a empresa recebe uma média de 2.000 toneladas/dia de resíduos, beneficiando diversos municípios do Espírito Santo, assim como, empresas privadas, unidades de saúde, indústrias e empresas do segmento portuário e do petróleo e gás, promovendo o tratamento adequado dos resíduos por meio do uso de diferentes tecnologias licenciadas pelos órgãos de controle ambiental. Para os próximos anos, estima-se um crescimento na ordem de 20% e, para aumentar o seu parque de soluções ambientais, a empresa vem desenvolvendo uma série de estudos em sua Central de Tratamento com vistas a essas ampliação. Para tanto a empresa conta com os serviços do CTA – Serviços em Meio Ambiente para a elaboração de estudos e projetos ambientais. Dentre os trabalhos desenvolvidos pelo CTA na Marca Ambiental, destacam-se o diagnóstico ambiental para elaboração de Relatório de Controle Ambiental (RCA), apoio técnico em processos de licenciamento, auditorias de desempenho e monitoramentos. O projeto da Marca Ambiental prevê um amplo programa que não só contempla a coleta, o transporte e a disposição final de resíduos, mas também o reaproveitamento, a reciclagem e a geração de energia limpa. Marca Ambiental


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Resíduos Sólidos no Espírito Santo

O Espírito Santo tem se tornado referência tanto na discussão do tema de resíduos sólidos como na realização de ações efetivas em busca de soluções para os problemas decorrentes de seu gerenciamento adequado.

Resíduos Sólidos do Espírito Santo (Cogeres), formado por representantes de 72 instituições públicas, privadas e da sociedade civil, o Cogeres foi criado por meio do Decreto 1.697-R/2005 e reestruturado por meio do Decreto Nº 2.363-R/2009. Somada a essa ação, a secretária destacou ainda a formalização do Programa Capixaba de Materiais Rea-

parte de um processo que objetiva provocar uma gradual mudança de atitudes e hábitos na sociedade capixaba, cujo foco vai desde a redução da geração dos resíduos até a disposição final dos rejeitos, passando pelas formas intermediárias de tratamento.

Como marco da gestão estratégica em resíduos sólidos no Estado está o A fim de garantir o debate programa “ES Sem Lixão”, e o engajamento de todos projeto estruturante fruto do Plano de Desenvolvimento “Espírito Santo Temos seis aterros em processo de licen2025”, que tem como objetivos macros a imciamento no Iema. Acreditamos que esse plantação de três sistenúmero tende a crescer de forma gradativa, mas regionais para destinação final adequada conforme avançarmos com a implantação dos resíduos sólidos urbanos e a erradicação de da Política Estadual de Resíduos Sólidos. todos os lixões existentes no Estado. Patrícia Salomão - Secretária de Estado de Meio Ambiente Em estudo realizado no ano de 2007, o Instituto Es- proveitáveis (PCMR), por os segmentos ao longo do tadual de Meio Ambiente meio do Decreto 2.363- processo participativo, bem e Recursos Hídricos (Iema), R/2009, que tem em vista como auxiliar na consolidaconstatou que 26 municí- a formulação de políticas ção das políticas públicas de pios capixabas depositavam públicas e a promoção de resíduos sólidos, está previsseus resíduos sólidos urba- eco-mercado, em incentivo ta a formação de um Grupo nos em três aterros sanitá- à reciclagem. de Sustentação. De acordo rios ambientalmente licencom Patrícia Salomão, o Art. ciados, enquanto os outros “Agora estamos em fase de 23 da Lei Nº 9.264/2009, que 52 municípios utilizavam elaboração do Plano Esta- instituiu a Política Estadual 102 lixões espalhados pelo dual de Resíduos Sólidos. de Resíduos Sólidos, define território capixaba. O Plano deverá abranger que a gestão participativa todo o território do Espírito será realizada por meio do De acordo com a secretária Santo, para um horizonte de Comitê Gestor de Resíduos de Estado do Meio Ambien- vinte anos, com revisões a Sólidos (Cogeres). “A particite e Recursos Hídricos, Patrí- cada quatro anos, segundo pação da sociedade foi uma cia Salomão, outro marco da o conteúdo definido pelo das principais premissas do gestão foi o engajamento Art. 17 da Política Nacio- Governo Federal, quando da sociedade civil no pro- nal de Resíduos Sólidos e elaborou o manual de oriencesso que resultou na Lei Art. 26 da Lei Estadual Nº tação dos Planos de Gestão Nº 9.264/2009 que instituiu 9.264/2009”. Para a secre- de Resíduos Sólidos. O Coa Política Estadual de Resí- tária, a elaboração do Pla- geres terá papel fundamenduos Sólidos. Elaborada no no Estadual de Resíduos tal no apoio à elaboração do âmbito do Comitê Gestor de Sólidos do Espírito Santo é PERS capixaba”.


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Pioneirismo: CTA realiza estudo ambiental da primeira fábrica de papel do Estado

Unidade da Carta Fabril no estado do Rio de Janeiro. O Espírito Santo prepara-se para receber a primeira unidade industrial para produção de papel Tissue (papel higiênico, papel toalha, guardanapos e lenços de papel). O empreendimento da Carta Fabril, que se encontra em processo de licenciamento ambiental, será instalado no município de Aracruz. A unidade industrial atenderá à demanda do mercado interno e parte será destinada ao mercado externo. O investimento proporcionará para a região relevante desenvolvimento econômico, seja por via das demandas de produtos e serviços, ligados direta e indiretamente ao empreen-

dimento, seja pela geração de emprego e renda. “O fato de o empreendimento estar próximo à fonte de matéria prima vem reduzir impactos ligados, por exemplo, ao transporte e sobrecarga de vias de acesso”, afirmou Sérgio Fantini, gerente técnico de Licenciamento Ambiental do CTA – empresa responsável pela execução técnica dos estudos ambientais da unidade industrial. De acordo com Fantini, esse ponto, somado à disponibilidade hídrica para o abastecimento das atividades, a au-

sência de corredores ecológicos e unidades de conservação na área de influência do empreendimento, bem como o fato da área de intervenção, onde está prevista supressão de vegetação, ser atualmente utilizada para o cultivo de eucaliptos, destacam-se como fatores positivos e como principais justificativas ambientais para a implantação do empreendi-

mento na área escolhida. O Grupo Carta Fabril é um dos maiores grupos empresariais no segmento de higiene pessoal no Brasil. Com parques industriais instalados no Rio de Janeiro e em Goiás, está presente em todo território nacional, por meio de produtos líderes e com participação destacada nos mercados em que atua.




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Espírito Santo fortalece a matriz energética com a produção de biocombustíveis O Brasil é líder mundial na produção de cana-de-açúcar e de seus derivados. A ampliação de sua produção está relacionada com a expansão da área plantada e o aumento de produtividade da cultura. A perspectiva é de que, nos próximos anos, haja mais crescimento na produção e na produtividade, de forma que o país deverá continuar a ocupar importante posição nesse mercado. A cadeia produtiva da cana-de-açúcar possui como principais produtos o etanol e o açúcar. Durante o processo sucroalcooleiro, é gerado um subproduto, o bagaço de cana, que pode ser aproveitado como combustível em caldeiras para a geração de eletricidade para o próprio processo, além de excedentes que podem ser comercializados. Segundo projeção do estudo da Matriz Energética Nacional 2030 – do Ministério de Minas e Energia, as entidades do setor e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sinalizam uma produção de

36,8 milhões de m³ de etanol em 2015. Uma projeção tendencial, com base na evolução histórica, aponta, para 2030, produção de 67 milhões de m³ de etanol. O estudo indica ainda uma maior diversificação da matriz energética brasileira. Em 1970, apenas dois energéticos (petróleo e lenha) respondiam por 78% do consumo de energia; em 2000, eram três os energéticos que explicavam 74% do consumo (além dos dois já citados, mais a energia hidráulica); para 2030, projeta-se uma situação em

que quatro energéticos serão necessários para explicar 77% do consumo: além do petróleo e da energia hidráulica, entram em cena a cana-de-açúcar e o gás natural. Em um cenário macroeconômico de aproveitamento das potencialidades nacionais em meio a um ambiente externo favorável, a competitividade da cana-de-açúcar para fins energéticos é o principal elemento que justifica a expansão da produção de etanol, inclusive com excedentes exportáveis. Nesse contexto, há um aumento

da produção dos demais derivados da cana-de-açúcar, em especial da biomassa destinada à geração de energia elétrica. O estudo do Ministério de Minas Energia destaca ainda que parte da biomassa produzida será destinada à produção do etanol, pelo processo de hidrólise. No final do horizonte, há uma redução da disponibilidade de etanol para exportação em decorrência do crescimento do consumo interno de energia no setor de transportes, em face, prin-


cipalmente, do aumento da frota de veículos leves flex fuel. Ainda contribuem para essa redução, eventuais limitações que possam surgir a uma maior expansão da área ocupada com a cultura da cana-de-açúcar, como por exemplo, a substituição de áreas utilizadas na produção de alimentos. O uso mais intenso do etanol como combustível automotivo reduz a demanda de gasolina, aliviando pressões sobre a demanda e o refino de petróleo.

CTA realiza EIA/RIMA para Usina Alcooleira Bioenergética Boa Esperança Com vistas à ampliação da Usina Alcooleira Bioenergética Boa Esperança e de sua Usina Termelétrica, o empreendimento localizado no Extremo Norte Capixaba, encontra-se em fase de licenciamento ambiental. A expansão se dará visando à produção de álcool e a potência máxima de geração de energia elétrica da ordem de 40MW. A empresa Bioenergética Boa Esperança foi adquirida em 2010 e

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pretende expandir a capacidade atual da usina sucroalcooleira, bem como de sua usina termoelétrica, alimentada com bagaço de cana. O coordenador de Estudos de Impacto do CTA – empresa responsável pela execução técnica dos estudos ambientais, Marcos Eugênio Lopes, explica que, desde a sua implantação e em maior escala a partir da metade do Século XX, as indústrias do setor sucroalcooleiro desenvolveram instalações próprias de geração elétrica, por meio de

pequenos aproveitamentos hidrelétricos e óleo diesel. “Posteriormente, face à indisponibilidade de energia elétrica e aos seus custos, adotaram-se sistemas de geração, em processo de cogeração, ajustados às necessidades do processamento industrial da cana-de-açúcar, utilizando o bagaço. Mas, como a quantidade do bagaço produzida é muito elevada (aproximadamente 30% da cana moída), existe um grande potencial de geração de eletricidade para venda comercial”.

Foto: www.turismo.al.gov

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A participação na construção dos relacionamentos Programa de Educação Ambiental, executado pelo CTA, preconiza as novas regras estabelecidas pelo Ibama Novas regras foram preconizadas para Educação Ambiental no âmbito do licenciamento ambiental no ano de 2012. Por meio da Instrução Normativa (IN) Nº 02 de março de 2012 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Ibama), são estabelecidas diretrizes e procedimentos para orientar e regular a elaboração, implementação, monitoramento e avaliação de programas e projetos de educação ambiental apresentados como medidas

Curso de educação ambiental para os Agentes Comunitários de Saúde da Ilha do Príncipe, com o tema “Educação Ambiental e plantas medicinais: interligando saberes”.

mitigadoras ou compensatórias, em cumprimento às condicionantes das licenças ambientais emitidas pelo órgão federal. O programa de educação ambiental a que se refere o documento propõe reafirmar o papel estratégico da organização


Ambiente Sustentável

e da participação da coletividade, na gestão dos recursos naturais e na busca de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

cipativas na elaboração de Programas de Educação Ambiental com a Instrução Normativa Iema Nº 03, aprovada no início de 2009.

O estado do Espírito Santo foi um dos pioneiros na adoção de práticas parti-

Muitas empresas ainda estão se adequando a essas exigências. Em 2012, o CTA

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foi parceiro da Technip no Programa de Educação Ambiental (PEA). O projeto conseguiu envolver os moradores da comunidade de Ilha do Príncipe – Vitória, e as três escolas municipais do bairro (duas de ensino fundamental e uma de

educação infantil) para realizar o diagnóstico participativo anterior à execução das ações do Programa, de acordo a legislação federal e estadual. Segundo a educadora ambiental, Priscila Angonesi, um processo de Diagnóstico Participativo intenciona desenvolver processos de pesquisa a partir das condições e possibilidades dos participantes, baseando-se nos seus próprios conceitos e critérios de explicação. “Em vez de apresentar ideias previamente formuladas, a intenção é de que os próprios participantes analisem a sua situação e valorizem diferentes opções para melhorá-la, objetivando uma participação qualificada e a gestão do seu território”. A coordenadora do PEA e analista ambiental do CTA, empresa responsável pela execução técnica do programa, acrescentou ainda que a finalidade principal do diagnóstico participativo é apoiar a autodeterminação da comunidade pela participação e, assim, fomentar um desenvolvimento sustentável. “Com isso, foi possível identificar os projetos prioritários de cada grupo envolvido buscando potencializar as ações que já estavam planejadas por eles, mas que não eram executadas por falta de recurso ou de orientações técnicas”.


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Jessika Dantas Lima participou das ações do projeto como moradora de Ilha do Príncipe, como membro da diretoria da Associação de Moradores e integrante da equipe do PEA. Em uma das atividades foi convidada para estagiar no projeto. Estudante do 5º período do curso de Ciências Biológicas, ela teve a oportunidade de executar na prática a Educação Ambiental, a qual até então só havia conhecido na teoria na faculdade. Como moradora, Jessika avalia o PEA: “Os moradores tiveram maior envolvimento nesse projeto este ano. Acredito que isso seja em razão da metodologia utilizada. O fato de os grupos participantes terem sido ouvidos e colaborado para a construção das ações que foram realizadas foi importante. Além disso, tiveram a oportunidade de aprender nas oficinas alternativas para geração de renda”. Para Mykaella Sbardellotto, engenheira ambiental da Technip, o Programa de Educação Ambiental da Technip está disseminando o conhecimento sobre o meio ambiente, por meio da realização dos eventos de conscientização para os moradores e da assessoria pedagógica com os alunos das escolas municipais da comunidade de Ilha do Príncipe para a preservação da natureza e a conscientização dos funcionários da Technip para o consumo sustentável dos recursos naturais.

Comemoração do Dia da Árvore com os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei).


Projeto de canteiros susterntáveis Ambientena EMEF Moacyr SustentávelAvidos.

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Evento integrado de encerramento do Programa de Educação Ambiental com escolas e comunidade.

Stand de apresentação das atividades desenvolvidas nas escolas no evento Technip em Movimento Social - Dia das Crianças.


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Programa de Educação Ambiental com Trabalhadores da Technip

Além do PEA com a comunidade foi desenvolvido também o Programa de Educação Ambiental com Trabalhadores (PEAT). Dentro das ações da iniciativa realizada com os colaboradores, foi desenvolvido um ciclo de palestras técnicas que abordou temas variados, como: energia sustentável, água, educação ambiental em resíduos sólidos, corredores ecológicos, biodiversidade e espécies ameaçadas do Espírito Santo e emissões atmosféricas. A programação do PEAT contemplou uma visita técnica pelo Manguezal da Baía de Vitória em comemoração ao Dia da Árvore. A visita contou com a participação de 50 funcionários da Technip. O passeio com saída do píer de Iemanjá percorreu a Baía de Vitória com destino à Estação Ecológica do Lameirão, uma Unidade de Conservação Municipal. O trajeto passou por pontos como a Terceira Ponte, o Convento da Penha, Porto de Vitória e Ilha das Caieiras. “Sempre tive vontade de realizar um passeio como este, mas não havia oportunidade. Da escuna é possível avistar o Convento da Penha e a Terceira Ponte com outro olhar”, destaca o colaborador da empresa, Renato Bello Dias. Profissionais de diferentes setores da empresa interagiram de forma motivadora. O passeio pela Baía de Vitória é algo novo para muitos, inclusive para o campista Lucas Souza. Ele está a trabalho na capital capixaba e não conhecia nenhum ponto turístico de Vitória. “Eu imaginava o mangue de uma forma mais feia e poluída. Estou encantado com o mangue dessa região, muito bonito, limpo e largo”.

Visita técnica com os colaboradores pelo Manguezal da Baía de Vitória em comemoração ao Dia da Árvore.

Priscila Angonesi, coordenadora do Programa de Educação Ambiental da Technip, destacou que a qualidade da água da baía aparentemente melhorou. “Já realizamos outras ações na Baía de Vitória e havia muito mais lixo na água. Especialmente a partir da área da Estação Ecológica vemos somente folhas do mangue e outros materiais naturais, isso é muito positivo”. A educadora ambiental acrescentou ainda a importância de se preservar o manguezal como berçário de muitas espécies de peixes e moradia de


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Ação junto aos colaboradores da Technip no Dia da Árvore.

Palestra Técnica.

caranguejos. A escolha de comemorar o Dia da árvore próximo ao mangue aproxima os colaboradores da natureza e da cultura local. Para auxiliar a visita técnica e orientar sobre as atrações locais, o CTA fez uma parceria com o projeto Ecobase Ilha das Caieiras, desenvolvido pelo Instituto Capixaba de Ecoturismo (ICE). “Durante três anos, preparamos os jovens locais para conduzirem visitas monitoradas de educação ambiental. Eles foram capacitados para prestar esse serviço e promover o turismo de base comunitária. Hoje o Jonatas (jovem da comunidade de Ilha das Caieiras, envolvido no projeto de turismo de base comunitária) está tendo a oportunidade de divulgar o trabalho e a região do manguezal que ele conhece bem, pois cresceu na região”, garante Filipe Ramaldes, do Instituto Capixaba de Ecoturismo.


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A nova operação vai gerar, a partir do segundo semestre de 2013, 220 novos postos de trabalho, entre mão de obra direta e indireta.


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Volare: primeira montadora de veículos comerciais do Espírito Santo tem estudo ambiental realizado pelo CTA A Volare, principal fabricante brasileiro de miniônibus e uma unidade de negócios da Marcopolo S.A., é a primeira montadora de veículos comerciais a anunciar uma operação fabril no estado do Espírito Santo. O empreendimento encontra-se em fase de licenciamento ambiental e tem o CTA como empresa contratada para execução técnica dos estudos ambientais. O objetivo da Volare é ampliar sua atuação nos mercados brasileiro e internacional e, para isso, decidiu Assinatura do protocolo de intenções pela construção de uma com o Governo do Estado para nova unidade em local mais construção da fábrica de miniônibus, no central do país. Isso permunicípio de São Mateus. mitirá que a fabricante esteja mais próxima de seus clientes das regiões Norte e Nordeste do Brasil e também de veículos, com diferentes modelos e versões, que atenfacilitará as exportações e o atendimento de clientes do dem desde o transporte alternativo ou de cooperativas até mercado externo. De acordo com o diretor executivo da veículos especiais, como unidades móveis. Mas um dos Volare, Milton Susin, a nova operação envolverá investi- grandes propulsores deste sucesso foi o foco no segmento mentos iniciais de R$ 35 milhões e entrará em funciona- escolar. mento no segundo semestre de 2013, com capacidade de 1.000 unidades/ano. “Estamos muito felizes em ser a pri- A empresa foi a primeira, ainda em 1999, a acreditar na meira montadora de veículos do estado do Espírito Santo. necessidade do mercado brasileiro por um veículo próprio A nova unidade permitirá que a Volare siga a sua trajetória para o transporte de estudantes, lançando o Escolarbus, de contínuo crescimento, como vem fazendo nesses seus primeiro miniônibus desenvolvido especificamente para este segmento. Aos poucos, o modelo foi conquistando o 14 anos de história”, comentou o executivo. seu espaço e, com o lançamento do Programa Caminho De um produto a uma marca internacional de da Escola, transformou o cenário do transporte escolar no Brasil, com mais de 15 mil unidades fornecidas. Essa vocaminiônibus ção da Volare para inovar fez com que também surgisse, no final do ano passado, o primeiro modelo do mercado A história e trajetória da Volare misturam-se ao sucesso do com tração nas quatro rodas. mercado brasileiro de miniônibus. Em pouco mais de uma década, passou de um modelo de miniônibus para uma É assim que a fabricante se prepara e planeja o futuro, com marca de veículos reconhecida internacionalmente. Assim inovação e produtos desenvolvidos para as mais diferentes como o segmento brasileiro que cresceu e se diversificou, necessidades de seus clientes e dos passageiros, do Brasil a Volare saiu da produção de 20 miniônibus por mês para e do mundo. A sustentabilidade está diretamente ligada ao 25 unidades por dia. transporte coletivo, que deve crescer bastante e se tornar cada vez mais essencial ao dia a dia da sociedade. A moEsse crescimento está estreitamente ligado à importância bilidade urbana dependerá, mais e mais, da integração de que o transporte coletivo ganhou no país e também à sua modais e de veículos de diferentes configurações, capacisegmentação. Crescimento e segmentação aos quais a Vo- dades e tamanhos. E é com essa premissa e vocação que a lare soube se adaptar e desenvolver modelos específicos Volare pretende conquistar ainda mais espaço na próxima para cada novo nicho, ampliando, assim, a sua presença década, expandindo sua presença nacional e internacioem todos. Desde o primeiro modelo, destinado ao trans- nalmente, e ultrapassar rapidamente a marca dos 50 mil porte urbano, a Volare desenvolveu uma família completa miniônibus produzidos.


Avaliação Ambiental 42 Estratégica Ambiente Sustentável

Visão de futuro As perspectivas econômicas do Brasil são bastante otimistas. O crescimento do investimento no país tem sido quase o dobro da média mundial. Indicadores apontam para 2013 um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que deve ficar entre 3% e 3,5%, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre). Para acompanhar o processo de crescimento do país, é necessário atuar com maior comprometimento em relação ao planejamento da agenda ambiental brasileira. Nesse contexto, a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) vem se consolidando no cenário internacional e tem sido considerada cada vez mais na pauta de discussões ambientais no Brasil. Essa importante ferramenta para

o embasamento da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) tem por objetivo auxiliar, antecipadamente, os tomadores de decisões no processo de identificação e avaliação dos impactos e efeitos, maximizando os positivos e minimizando os negativos, que uma dada decisão estratégica poderia desencadear no meio ambiente e na sustentabilidade do uso dos recursos naturais, qualquer que seja a instância de planejamento. No âmbito da legislação, a proposta de lei para sua regulamentação está em discussão desde 2003, tendo passado por muitas etapas de discussão desde que a repercussão do instrumento foi iniciada no Brasil. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi o primeiro órgão a realizar seminá-

rios e publicar uma apostila sobre o tema em 2002, tendo sido o responsável pelas principais iniciativas no que diz respeito à recomendação da AAE no país. Atualmente, foram identificados três estados que preveem o uso da AAE – Bahia, São Paulo e Minas Gerais. O estado do Espírito Santo atravessa um período muito especial, de grande expectativa econômicas. Com um ambiente atraente para novos investimentos, as perspectivas da economia capixaba sinalizam para um momento positivo, que demonstram excelentes oportunidades tanto no setor público quanto no privado. Os recursos previstos para o Estado até 2015 chegarão à ordem de R$ 98,8 bilhões, distribuídos em 1.129 projetos, cerca de 15% a mais

que o registrado pelo Instituto Jones Santos Neves no estudo anterior relativo a 2009-2014. Segundo Humberto Ker, diretor Geral do CTA, o Espírito Santo apresenta o cenário ideal para atuar com maior comprometimento em relação ao planejamento. A AAE apresenta-se como o primeiro nível dos estudos ambientais, pois considera os cenários de médio e longo prazo, relacionados aos planos, programas e projetos governamentais, com vistas a avaliar a viabilidade técnica e ambiental do empreendimento em questão. “Ao promover a AAE, o empreendedor terá ciência se a área é ou não apta para receber o empreendimento, caracterizando-se como um verdadeiro suporte ao processo


Ambiente Sustentável

decisório do investimento naquela região”. O diretor acrescentou ainda que esse instrumento, quando trabalhado em conjunto à iniciativa pública, visa a diminuir os impactos negativos na região, construindo um futuro desejável de responsabilidade sustentável. De acordo o coordenador de Estudos de Impacto do CTA, Marcos Eugênio Lopes, o desenvolvimento de estudos que antecedem o licenciamento ambiental ainda é pouco utilizado pelos empreendedores. Para o doutor em Engenharia Ambiental, “o planejamento no Brasil é colocado em segundo plano, isso é uma questão cultural. Observa-se que a maioria dos estudos é iniciada quando já existe um projeto conceitual

contratado e até mesmo efetuada a compra do terreno onde se pretende instalar o empreendimento”. Para Cláudio Denicoli, presidente do Iema, a AAE se trata de uma avaliação realizada a várias mãos. Para uma avaliação ambiental estratégica atingir seus objetivos, Estado e municípios devem estar juntos e em consonância. “É necessário um forte trabalho de ordenamento territorial, diagnóstico e avaliação das fragilidades socioeconômicas e de infraestrutura, tudo isso junto à visão de sustentabilidade. A questão ambiental é forte em uma AAE, mas ela é o elo entre todas as vertentes estudadas em uma determinada região. Não se realiza uma AAE só com a visão ambiental, o olhar deve ser amplo

43 e agregador, de forma que se avaliem quesitos ambientais propriamente ditos como água, solo, fauna, flora e qualidade do ar, com capacidade de suporte desses recursos, não onerando educação, saúde, seguran-

ça e qualidade de vida. Se proposta com um olhar de governança, é a melhor ferramenta a ser utilizada para diagnosticar a fundo uma região, trazendo como resultado a viabilidade ou não de grandes projetos”.

O Espírito Santo apresenta o cenário

ideal para atuar com maior comprometimento em relação ao planejamento. A AAE apresenta-se como o primeiro nível dos estudos ambientais, pois considera os cenários de médio e longo prazo, relacionados aos planos, programas e projetos governamentais, com vistas a avaliar a viabilidade técnica e ambiental do empreendimento em questão. Humberto Ker de Andrade - Diretor Geral do CTA


Estudo Ambiental Preliminar CTA realiza diagnóstico ambiental dos empreendimentos urbanísticos da Cipasa A viabilidade de implantação de um projeto está intimamente ligada às características ambientais da área onde se pretende instalar um empreendimento. A fim de obter as diretrizes para o embasamento do projeto urbanístico e a ocupação de seus empreendimentos, a Cipasa Urbanismo realizou, sob a execução técnica do CTA – Serviços em Meio Ambiente, Diagnósticos Ambientais nos municípios de Aracruz, Vila Velha e Guarapari. A empresa paulista que atua na área de loteamentos há mais de 20 anos chega ao Espírito Santo em função dos expressivos resultados recentes de crescimento do Estado, do importante volume de investimentos previstos para os próximos anos e do forte processo de expansão das suas cidades. “A Cipasa acredita no potencial do Espírito Santo e, assim como todo o Brasil, o Estado tem passado por uma nova dinâmica de crescimento e consumo, principalmente na questão da migração social e aumento de renda, gerando um impacto direto na demanda e solução por habitação”, como afirma o diretor de Desenvolvimento da Cipasa, Luiz Roberto Stucchi. De acordo com o diretor Técnico do CTA, Alessandro Trazzi, o trabalho realizado para Cipasa constitui-se em uma Avaliação Ambiental

Preliminar (AAP), que, além de auxiliar na determinação do grau de complexidade do estudo de licenciamento a ser adotado (por exemplo, EIA/RIMA, RCA, PCA, etc.), determina a condição em que o projeto pode ser executado, estabelecendo as condições particulares de implantação e funcionamento de um empreendimento. “Por meio deste

estudo preliminar é possível entender melhor a área em termos de restrições ambientais (solos, vegetação, geologia, recursos hídricos), para então definir o projeto conceitual e urbanístico do empreendimento. A proposta é que, por meio dele, sejam fornecidas as diretrizes para o embasamento do projeto urbanístico e da ocupação


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da área de implantação dos empreendimentos, levando em consideração suas características ambientais”. Segundo Luiz Roberto Stucchi, a Cipasa se preocupa com o meio ambiente e tem como premissa analisar as características das áreas em que os empreendimentos serão projetados, preservando a maior parte

dos recursos naturais existentes. “A empresa cumpre todas as leis impostas para a implementação de um loteamento, bem como as determinações de órgãos ambientais. Ao ingressar em um novo projeto, a Cipasa tem como ponto inicial analisar os possíveis impactos rigorosamente, a fim de mitigá-los e compensá-los”.

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Por meio deste estudo preliminar é possível entender melhor a área em

termos de restrições ambientais (solos, vegetação, geologia, recursos hídricos),

para então definir o projeto conceitual e urbanístico do empreendimento. Alessandro Trazzi - Diretor Técnico


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CTA: Ações socioambientais CTA investe em talento do surfe capixaba Terceiro lugar no ranking do Circuito de Surfe Linharense, Cid Alves Martins foi beneficiado pelo CTA – Serviços em Meio Ambiente com uma prancha para fazer aquilo de que mais gosta: surfar. O instrumento esportivo foi doado numa ação promovida no mês em que é comemorado o Dia do Esportista. A relação de Cid com o surfe começou aos 14 anos, quando entrou na escolinha que fica em Regência, no município de Linhares. Hoje, aos 23 anos, disputa anualmente, na categoria amadora no campeonato que acontece na cidade, além da participação em competi-

ções profissionais no Estado. O atleta se mostrou satisfeito com a iniciativa do CTA: “Não temos muito apoio e é difícil conseguir patrocínio, temos que agarrar as oportunidades que aparecem”. Além de pegar onda, Cid trabalha em uma base do CTA que fica localizada na Reserva Biológica de Comboios. Lá, realiza um trabalho com animais marinhos. Perguntado se há algum cuidado dos surfistas locais com a preservação dos bichos, Cid é enfático: “Há uma preocupação enorme, não só com os animais, como também, com o lixo nas praias. Sempre que alguém se depara com um animal em situação de risco, entramos em contato com as entidades responsáveis e, muitas vezes, nós mesmos ajudamos no resgate”.

Em defesa da Baía de Vitória: CTA apoia 4ª Volta Ecológica O CTA apoiou pelo segundo ano consecutivo a “Volta Ecológica da Baía de Vitória”. A quarta edição do evento foi realizada juntamente com o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias. O evento tem como objetivos encorajar as ações de despoluição e recuperação ambiental da baía e dos rios que nela deságuam, por meio da conscientização do uso racional deste recurso natural, visando beneficiar a comunidade metropolitana e realçar a importância histórica, cultural e econômica da baía para a vida da população. Segundo o presidente do Instituto Ecobacia, Alberto Pêgo, “quando a comunidade participa e vê a carga abusiva de poluentes que é jogado na baía: lixo, esgoto, agrotóxico fica mais fácil ocorrer a conscientização”, destacou Pêgo. No mesmo dia da Volta Ecológica aconteceu um mutirão de limpeza, em parceria com algumas prefeituras da Região Metropolitana. “Os rios que desembocam na baía continuam descarregando os resíduos sólidos, é necessário ações em conjunto para acabar com a poluição da baía”, salientou Alberto.


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Reaproveitar: uma nova maneira de fazer Baseada na prática dos 3Rs: reduzir a quantidade de resíduos, reutilizar materiais e reciclar por meio da coleta seletiva, o CTA – Serviços em Meio Ambiente está produzindo ecobags a partir de faixas e banners utilizados em eventos e projetos da empresa. O material, que era descartado após o período de divulgação, agora tem um destino mais sustentável. Ao mesmo tempo em que contribui para o meio ambiente, a confecção das bolsas retornáveis gera renda para Associação de Mulheres do bairro Vista Dourada - Cariacica, apoiada pela Ação Comunitária do Espírito Santo (Aces). De acordo com Vanderléia Kiefer, superintendente interina da Aces, a proposta de confecção das ecobags, junto à associação, teve início em 2011, por meio de um processo de capacitação, objetivando a geração de renda. “Considerando as habilidades locais e as especificidades, o planejamento da atividade envolveu o fortalecimento e a busca de novas oportunidades”. A Aces é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) comprometida com o desenvolvimento humano da rede social que integra. As ações implementadas nas comunidades que compreendem seu entorno de atuação estão diretamente relacionadas ao conceito de pertencimento. Atenta a essas questões, a Aces atua com o incentivo e o fortalecimento de comunidades por meio do desenvolvimento de projetos que capacitem seus beneficiários para uma futura gestão.

Projeto Pequeno Cidadão: despertando para a cidadania e consciência ambiental Proporcionar a conscientização de menores carentes em relação à cidadania e aos cuidados com o meio ambiente, contribuindo para a descoberta de potenciais, valorização de capacidades profissionais e elevação de autoestima. Esse é o objetivo projeto Pequeno Cidadão, uma iniciativa da Comissão de Responsabilidade Socioambiental do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES), com a parceria do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), TRT e CTA – Serviços em Meio Ambiente. O projeto Pequeno Cidadão irá trabalhar com dez crianças, entre 10 e 13 anos, selecionadas pelo Juizado da Infância e Juventude. Elas irão participar de oficinas de fotografia, desenho e pintura, com a orientação de servidores do TRT-ES. Também terão a oportunidade de conversar com profissionais das áreas nas quais manifestarem interesse. O juiz da Infância e Juventude, Paulo Luppi, destacou a responsabilidade social do projeto, ao tirar da ociosidade crianças em situação de risco, que precisam, temporariamente, ficar abrigadas em casas de acolhimento, afastadas de suas famílias.


CTA investe em ações para o bem-estar dos seus colaboradores O CTA oferece um ambiente agradável, com a programação de atividades lúdicas para seus colaboradores. Dentre as ações promovidas pela empresa, estão as corridas de Kart, no Kartódromo Internacional de Serra. Os eventos mensais despertam o interesse dos colaboradores a cada edição. De acordo com o diretor de Planejamento, Edmilson Bom Oliveira, as corridas, que são divididas nas modalidades feminino e masculino, têm como objetivo proporcionar um ambiente integrado, bem como a motivação e a integração da equipe por meio do esporte. “Esta não é a única atividade de interação entre os colaboradores. Outras ações são desenvolvidas pela empresa

para promover a união e o espírito de equipe entre o quadro de profissionais”. A primeira edição da corrida teve as inscrições esgotadas logo no primeiro dia, lotando a pista de colaboradores engajados a conhecer de perto a modalidade.Giovanna Lage, subgerente de Licenciamento Ambiental, participou da modalidade pela primeira vez e foi a vencedora da categoria feminina. “É uma competição saudável, uma brincadeira, que integra os colaboradores de diferentes setores da empresa”, declarou Giovanna. O vencedor da corrida de abertura da ação, Carlos Henrique Maciel, informa sobre o interesse em participar e o envolvimento

da equipe CTA. “Sou muito competitivo e quando soube da iniciativa por parte da empresa, não perdi a oportunidade. A interação pós-kart está sendo incrível, o pessoal está até marcando corridas extras”, informa o coordenador de informática.

Ações são desenvolvi-

das pela empresa para promover a união e o espírito de equipe entre o quadro de profissionais.

Edmilson Bom - Diretor de Planejamento


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CTA doa livros para o projeto Biblioteca Transcol O CTA-Serviços em Meio Ambiente beneficiou o projeto Biblioteca Transcol com a doação de publicações. Dentre as obras entregues aos coordenadores do projeto – Ricardo Trazzi e Rodrigo Trazzi – estão Dias de chuva e Tempestade, de Nancy Pickard, e Alta Tensão, de Harlan Cobren. Somados a elas, o projeto também recebeu exemplares da campanha de doação de livros realizada entre os colaboradores do CTA. O Biblioteca Transcol é um projeto que visa incentivar a leitura nos segmentos da sociedade que possuem dificuldade de acesso aos livros. O projeto teve início em 2007 e, hoje, conta com oito unidades em terminais da Grande Vitória.


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Licenciamento Ambiental Atendimento à licença de operação da PCH Jucu tem execução técnica do CTA


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Responsável pelo abastecimento de água de 60% da Grande Vitória, a bacia do rio Jucu, está totalmente inserida no estado do Espírito Santo. O rio Jucu divide-se em dois braços, o braço Sul e o braço Norte.

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A bacia hidrográfica do rio Jucu fornece boa parte da água utilizada no abastecimento da região de Domingos Martins e da população de Vila Velha, Viana, Cariacica e Vitória. Suas águas são de grande importância também para o desenvolvimento industrial, a irrigação de lavouras, o turismo, a pesca e a geração de energia. Localizada no braço Sul do manancial, no município de Domingos Martins, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Jucu possui a capacidade instalada (potência) de 4,84 megawatts, o que corresponde ao fornecimento de energia de cerca de 24 mil residências. A fim de atender as deman-

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das inerentes à licença de operação desse empreendimento, o Grupo EDP realizou, sob a execução técnica do CTA, duas importantes condicionantes ambientais: o Programa de Comunicação Ambiental e elaboração do Catálogo de Peixes Residentes na Área de Influência da PCH Jucu e o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (Pacuera PCH Jucu). A EDP no Brasil, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, atua na geração, comercialização e distribuição de energia elétrica. No setor de geração, no Espírito Santo, conta com sete PCHs – Viçosa, Alegre, Fruteiras, Jucu, Rio Bonito, São

João e Francisco Gros, além de duas Usinas Hidrelétricas (UHE) – Suíça e Mascarenhas. Tendo como objetivo a preservação ambiental, o setor de geração do Grupo EDP possui em sua estrutura organizacional um setor responsável por planejar, coordenar, desenvolver e controlar as atividades de meio ambiente e recursos hídricos de seus empreendimentos. De acordo com o gestor executivo de Operação e Manutenção Hídrica da EDP, José Cherem Pinto, “em todos os empreendimentos do Grupo EDP existe a preocupação com o cumprimento dos requisitos legais, recuperação e preservação ambiental”.

A ictiofauna local e o rio Jucu Elaborado de forma ilustrativa, o Catálogo de Peixes Residentes na Área de Influência da PCH Jucu tem como objetivo a elaboração e a apresentação de informações da ecologia e biologia das espécies do entorno do empreendimento, além de fornecer informações úteis ao desenvolvimento de pesquisas futuras que possam ocorrer na região. Além disso, a publicação visa ser uma importante ferramenta de comunicação ambiental entre os diversos atores sociais que fazem uso, de forma direta e indireta, dos recursos naturais presentes na área.

Peixes de Água Doce do Rio Jucu

Na área de influêcia da PCH Jucu

Para elaboração do catálogo foram utilizadas informações do levantamento da ictiofauna da área de influência da PCH Jucu, realizado pelo CTA no período de 2000 a 2004, em que formam encontradas 18 espécies de peixes sendo 15 nativas e três exóticas. A família mais encontrada foi


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Conhecer para preservar O Programa de Comunicação Ambiental foi desenvolvido de forma a destacar a importância da preservação dos recursos hídricos, tendo como temática a fauna de peixes (ictiofauna) local e o rio Jucu. Apesar de sua importância, o manancial sofre com problemas como assoreamento, esgotos, desmatamento, queimadas, erosão, agrotóxicos e ocupação desordenada das margens do rio. O programa também realizou atividades em parceria com as escolas da Área de Influência (AI) da PCH, além de divulgar informações relativas à ictiofauna residente na AI da PCH Jucu. Segundo Jaely Merlim, gestora do Programa de Comunicação Ambiental do CTA, o Iema considerou importanPalestra técnica realizada na EEFM Teófilo Paulino, em Domingos Martins. te um Programa que desse destaque para região e a preservação dos recursos hídricos, tema bastante abordado nas escolas. “Ao longo do programa foram envolvidas duas escolas, uma de ensino fundamental e outra de ensino médio. Cerca de 550 alunos assistiram às palestras, além de exposições de banners com as espécies encontradas”.

a da Characidae representada pelas piabas, piabinhas e lambaris. A publicação foi complementada ainda com revisões bibliográficas e pesquisas realizadas pelo projeto BIOdiversES.

Em todos os empreendimentos do Grupo EDP existe a preocupação com o cumprimento dos

requisitos legais, recuperação e preservação ambiental.

José Cherem Pinto - Gestor Executivo de Operação e Manutenção Hídrica da EDP.

Evento de lançamento do catálogo.


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Proteger, conservar e manejar a fauna, a flora, as águas e a comunidade local

O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (Pacuera) propõe o zoneamento das regiões em torno dos reservatórios, com o objetivo de definir áreas que podem ser ocupadas e que devem ser preservadas ou recuperadas. Assim, o plano busca compatibilizar a legislação com a necessidade do empreendimento e da comunidade do entorno. O Pacuera da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Jucu englobou etapas básicas de diagnóstico e zoneamento socioambientais e proposição de medidas de conservação, recuperação e/ ou potencialização. Segundo Marcos Eugênio Lopes, coordenador de Estudos de Impacto do CTA, a fim de nivelar as informações levantadas nos estudos de campo, foi realizada uma

Oficina com profissionais envolvidos nos Planos.

oficina com os profissionais envolvidos no plano, na qual foram discutidas de forma integrada as propostas de zoneamento do entorno da PCH Jucu. “O procedimento também foi adotado no Pacuera elaborado para Usina Hidrelétrica Mascarenhas (UHE Mascarenhas), que visa atender às condicionantes ambientais da Licença de Operação (LO) da UHE Mascarenhas, sob a responsabilidade da Energest”. Os dois estudos encontram-se em fase de elaboração. “Dentre as etapas do plano, ainda está prevista a realização de uma consulta pública em que os interesses da comunidade e do empreendimento poderão ser discutidos com as informações técnicas do plano”, concluiu o coordenador.

UHE Mascarenhas: maior hidrelétrica do Grupo EDP no Espírito Santo A Usina Hidrelétrica Mascarenhas (UHE Mascarenhas) está localizada no rio Doce, entre os municípios de Baixo Guandu/ ES e Aimorés/MG. A usina possui um reservatório com 3,9 km² de área e volume aproximado de 21.800.000 m³. A UHE Mascarenhas começou a operar na década de 70 e conta hoje com quatro unidades geradoras. Até maio de 2013, com três das quatro UG repotenciadas, a UHE Mascarenhas estará com sua potência total ampliada, passando de 180,5 MW para 198 MW, sendo a maior hidrelétrica da EDP no Espírito Santo.


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