Aptare ed.38 - fev/mar/abr 2021

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Imagens: divulgação

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EM MOVIMENTO :: ideias e recursos para o paciente e para o cuidador

AGENTE DUPLO O documentário Agente Duplo, da diretora Maite Alberdi, vai representar o Chile no Oscar deste ano na categoria filme internacional. O longa tem como personagem principal um viúvo recente que se infiltra numa ILPI para checar o tratamento de uma de suas residentes, a pedido de um detetive particular contratado pela filha dela. Segundo a diretora, a ideia inicial era fazer um filme sobre um investigador privado. Quando ela encontrou um que aceitasse ter suas atividades filmadas, nenhum dos casos parecia interessante o suficiente – até o caso da ILPI. Mas, como quem fazia esses trabalhos estava indisponível, o detetive teve de entrevistar idosos para o papel. O candidato escolhido foi Sergio Chamy, que rouba a cena com seu jeito atrapalhado e carismático. Sua falta de habilidade com a tecnologia e a falta de discrição o tornavam o exato oposto de um investigador, o que acaba por render episódios divertidos no filme. E o que tinha tudo para ser um documentário sobre as más condições da casa acaba se tornando uma espécie de narração da vida na velhice dentro de uma ILPI e a solidão que se experimenta nela. Por isso Chamy é tão cativante: ele faz questão de se conectar com os outros moradores com carinho e atenção, o que resulta em cenas emocionantes. O filme provoca uma reflexão necessária sobre a relação da sociedade com as ILPIs. “A casa de repouso não pode significar uma morte simbólica para essas pessoas. Não é à toa que quem vai fica com medo de perder contato”, afirmou a diretora.

James Estrin / NYT

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EDITORA AOS 80 Alegando questões de privacidade, muitas comunidades de aposentados nos EUA se recusaram a divulgar os nomes de residentes que tiveram Covid-19 ou mesmo que morreram da doença. Também não eram divulgados os nomes de funcionários que tivessem ficado doentes nem de pessoas que tivessem se exposto ao vírus numa visita ao médico, por exemplo. Para Diana Wiener, de 80 anos, residente de uma comunidade ao norte de Nova York, essa decisão não caiu bem. Segundo ela, a falta de informações pode ser perigosa numa situação de pandemia. Diana sentia que ela e seus vizinhos estavam sendo tratados como crianças. Por isso, resolveu sozinha dar um jeito na situação: lançou uma newsletter para os residentes, com informações que considerava importantes – inclusive os casos de Covid-19 –, que chamou de The Buzz. Com o apoio de amigos, conseguiu fazer a primeira edição – foram 170 cópias entregues por debaixo da porta dos 146 apartamentos da comunidade. A iniciativa causou um burburinho entre os moradores, e outras pessoas se dispuseram a participar, com sugestões de pauta, textos e até mesmo contribuições em dinheiro. The Buzz já está na nona edição e só ganha força entre os residentes como forma de se fazer ouvir. E Diana já tem planos para seu projeto: começar um movimento de newsletters de residentes pelo país. Fonte: The New York Times

Fonte: Exame

VIDAS IDOSAS IMPORTAM Na onda do movimento Vidas Negras Importam, que tomou conta dos EUA no ano passado, o Brasil ganhou uma versão voltada

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para a defesa do público 60+. Vidas Idosas Importam é uma mobilização promovida pelo grupo Intercâmbio 60+ – Movimento Nacional de Ativistas dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa, com o objetivo de unir pessoas de diferentes gerações, instituições e movimentos da sociedade civil, pela valorização do cidadão sênior, pela defesa de seus direitos e pela sua participação na sociedade. A ideia é, através de ati-

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