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GERIATRIA
mai | jun | jul 2021
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JOÃO SENGER Pós-graduado em geriatria/especialista pela AMB; mestre em saúde coletiva; pesquisador do Projeto Veranópolis/RS; professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Gerontologia/UCS
A
Introdução
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- A sarcopenia se tornou o foco de pesquisas intensas, com o objetivo de traduzir o conheci mento atual sobre sua fisiopatologia em diagnósticos e tra tamentos aprimorados. - Atualmente, os conhecimentos nos levam ao tratamento da sarcopenia com base na nutrição e atividade física, focada nos exercícios de resistência. - A suplementação de peptídeo de colágeno em combinação com treinamento de resistência melhora a compo sição corporal por aumentar a massa magra, a força muscular e a perda de tecido adiposo, quando comparado com dieta proteica.
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tualmente o crescimento populacional se deve, em sua maior parte, a um menor número de pessoas morrendo do que a um maior número de pessoas nascendo a cada ano (WHO, 2002). O grande desafio é melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que envelhecem, principalmente considerando que a parcela da população que mais cresce é dos muito idosos, que estão chegando com muita fragilidade, mais dependentes e com muitas enfermidades associadas. Segundo editorial do JAMDA intitulado “A terceira transição: A evolução clínica orientada para o paciente idoso contemporâneo” (2017), essas enfermidades seriam fragilidade, sarcopenia, anorexia, perda de peso, quedas, déficit cognitivo e polifarmácia (LEOCADIO, 2017). Assim, é fundamental que a funcionalidade seja mantida, o que vai garantir a independência (habilidades físicas) e a autonomia (habilidades
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O uso de peptídeos de colágeno na sarcopenia
cognitivas) na velhice. A sarcopenia é uma síndrome relacionada à idade, caracterizada por perda progressiva e generalizada de massa muscular esquelética e força. Trata-se de um dos principais contribuintes para o risco de fragilidade, deficiência funcional em idosos, deficiência relacionada a saúde e qualidade de vida, e morte prematura (JANSSEN, 2014). Portanto, precisamos melhorar as habilidades funcionais e a capacidade intrínseca para conseguirmos uma melhor qualidade de vida (WHO, 2015). A funcionalidade está intimamente ligada à presença ou não de sarcopenia, pois compromete a independência. Os gráficos na Figura 1, nos quais foi utilizada a escala Sarcoscore para avaliação de sarcopenia, mostram que existe comprometimento das atividades básicas da vida diária e das atividades instrumentais da vida diária na presença de sarcopenia, o que prejudica funcionalidade e qualidade de vida (SARCOSCORE, 2020).
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