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Falando da Vida

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Voz do Pastor

Voz do Pastor

Liturgia

A Liturgia como lugar privilegiado da Palavra de Deus

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AExortação Apostólica Verbum Domini, do A assembleia litúrgica é o contexto por Papa Bento XVI, tem como finalidade tratar da Paexcelência para a leitura e interpretação da Sagralavra de Deus na vida e na missão da Igreja. No da Escritura. “É na Liturgia que Deus fala ao Seu numero 52 da exortação, retomando a teologia da povo, e Cristo continua a anunciar o Evangelho”. A Constituição Litúrgica Sacrosancum Concilium, Bíblia, testemunho mais eloquente da Revelação, explicita o papel fundamental da Palavra de Deus unida à Tradição da Igreja, tem na Liturgia seu ludurante o momento celebrativo: gar de cumprimento. Considerando a Igreja como “Casa da PaA Palavra de Deus, na sagrada Liturgia, é lavra”, deve-se antes de tudo dar atenção à Lituralgo vivo e atual. Sua ação salvífica se concretiza gia sagrada. Esta constitui, efetivamente, o âmbito de modo privilegiado nos Sacramentos, em parprivilegiado onde Deus nos fala no momento preticular na Eucaristia. As leituras que compõem o sente da nossa vida: fala hoje ao seu povo, que Lecionário têm como finalidade transmitir o conescuta e responde. Cada ação litúrgica está, por teúdo da Sagrada Escritura de modo acessível e sua natureza, impregnada da Sagrada Escritura... pedagógico. Mais ainda, deve-se afirmar que o próprio Cristo A Liturgia é a celebração dos mistérios “está presente na sua palavra, pois é Ele que fala de Cristo no tempo. Na Liturgia não proclamamos ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura”. Com apenas uma Palavra, não fazemos simplesmente efeito, a celebração litúrgica torna-se uma conuma leitura da História da Salvação, mas a mesma tínua, plena e eficaz proclamação da Palavra de atualiza-se: a Liturgia proclama e realiza os mistéDeus. (VD 52) rios da salvação na vida do povo de Deus.

Oser humano não foi feito para sofrer, pelo menos de acordo com as nossas bases instintivas. Quando somos expostos a situações que envolvem dor, a tendência natural é reagir com inconformismo e indignação e o pensamento que prevalece dentro de nós é: Não quero isso pra mim. O fato de não aceitarmos um determinado acontecimento, nos lança numa cadeia de sentimentos e emoções que se combinam e se multiplicam e isso só faz piorar as coisas. É dentro desse contexto que começa a depressão e, por conseguinte, uma série de outros problemas ligados a ela. A Psicologia nos coloca diante de uma questão interessante quando se trata de lidar com a dor seja em relação a uma doença física ou a um acontecimento que nos perturba como no caso da pandemia onde temos que ficar isolados socialmente. O que fazer? Aceitar ou resignar-se. Essas são as duas posturas que podemos ter diante das perdas que nos afligem. A princípio, parece que querem dizer a mesma coisa, mas na verdade há uma grande diferença entre elas. Aceitar uma situação difícil significa parar de gastar energia com culpa e autorrecriminações e ao invés disso, focar a atenção naquilo que podemos fazer de forma concreta para conviver melhor com a dificuldade. Resignação, por outro lado, é entregar- -se passivamente e desistir de lutar considerando- -se incapaz de enfrentar o problema. Imaginemos uma pessoa que sofre de uma doença incurável. Aceitar o fato a coloca numa posição ativa diante da doença fazendo-a focar nas possibilidades que ainda tem, buscando viver o momento presente, valorizando as mínimas coisas que é capaz de fazer independentemente de suas limitações. No mesmo exemplo, a resignação faria dela uma pessoa apática e lamentosa em relação ao ocorrido. Atrairia para si o olhar de pena por parte daqueles que a cercam.

Padre Fernando Gonçalves

Comissão Diocesana de Liturgia

Sempre que a Palavra de Deus é proclamada, é o Espírito que fala por meio da voz do leitor e doa o fervor para que a mesma e única Palavra seja interpretada de modos diversos, uma vez que o mesmo Espírito Santo foi quem inspirou a Escritura. Diante do exposto ate aqui, recordamos aos leitores que não basta ler! O leitor deve saber proclamar o texto. Sua leitura proclamada deve atingir a atenção e o coração dos ouvintes. O leitor deve projetar a sua voz para fora, de forma que fique nítida aos ouvidos da assembleia. Será que em nossas comunidades podemos ser mais capri

Falando da Vida

Aceitação ou Resignação O que fazer quando o sofrimento é maior do que nós mesmos?

chosos na proclamação da liturgia da Palavra?

Romildo R. Almeida

Psicólogo Clínico

Em outras palavras ela não aceita o destino, apenas se submete a ele de maneira passiva justificando com a frase: “fazer o que? Deus quis assim”. A ciência tem demonstrado que a maior parte das doenças afeta muito mais a nossa mente do que nosso corpo e que o processo de cura conta com uma participação importante do psiquismo. Saber administrar os próprios pensamentos cultivando uma vida serena é condição básica para se obter uma vida melhor. Portanto, levante a cabeça e siga em frente. Desenvolva atitudes de gentileza e acolhimento e autocompaixão. Afinal, se Deus te ama, você também tem que se amar. Aceite-se exatamente como você é.

Vida Presbiteral

Padre Cristiano Aparecido de Sousa

Representante dos Presbíteros

O Sacerdote e a Palavra: “Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas”

Odecreto Presbyterorum Ordinis, que legisla sobre o ministério e a vida dos sacerdotes, inicia o capítulo II falando sobre as funções dos presbíteros e destaca, dentre elas, o presbítero como ministro da Palavra de Deus. Creio que, com o início do mês de Setembro, temos uma oportunidade ímpar para falar acerca do relacionamento entre o sacerdote e a Palavra. Que lugar ocupa a palavra na vida do presbítero? “Como primeiro dever, anunciar a todos o Evangelho de Deus” (PO4). Não se trata simplesmente de um convite, mas antes, uma intimação do próprio Cristo, Palavra eterna do Pai. “Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a todas as criaturas” (Mc 16,15). Por ocasião da ordenação diaconal, o candidato recebe o Livro dos Evangelhos acompanhado destas palavras: “Recebe o Evangelho de Cristo que tens missão de proclamar. Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas”. Este deve acompanhá-lo, marcar todo o seu ministério. Não se pode conceber um sacerdote que não ama a Palavra de Deus. Por meio da Palavra, o sa

Este foi o tema da Semana Nacional da Família deste ano. De fato, o tema se tornou bastante oportuno para a maneira como esta semana da família foi vivida em nossa diocese, devido a este tempo de isolamento social. Nossas famílias deram testemunho de como a Igreja doméstica pode e está a serviço do Senhor testemunhando os valores e a riqueza do “ser família”. Evidentemente não somos uma Igreja virtual, nada substitui a “espiritualidade do encontro” – Maria quando vai visitar sua prima Isabel é recebida com alegria – porque somos a Igreja do encontro, a grande família de Deus que se reúne no amor, mas nos servimos dos mais variados recursos nestes tempos de pandemia para mostrar à nossa sociedade a alegria da família cristã católica. Nossa Diocese viveu de forma distinta a cerdote se forma e forma. O lugar da Palavra na vida do sacerdote é, portanto, central. É um dos amores da vida sacerdotal! Em que consiste pregar o Evangelho? Em poucas palavras, consiste em anunciar Cristo Jesus, sua paixão, morte e ressurreição, núcleo central do querigma. E, ao mesmo tempo, o único anúncio transformador. Por meio do anúncio da palavra, o sacerdote, como o próprio Jesus, conduz o povo das escrituras ao altar do pão, assim como fez Jesus caminhando com os discípulos de Emaús. A Palavra, portanto, abre nossos olhos, descerra nossos ouvidos, retira nossa cegueira. A palavra faz arder o coração. Aqui manifesta-se que o que lemos é o que cremos. O sacerdote, por meio da meditação constante da palavra, numa intimidade existencial, se deixa ser alcançado pelo Senhor que se revela a nós nas escrituras. Bendita seja a Palavra. Recordo-me aqui das palavras do Papa emérito Bento XVI: “nossa religião não é religião do livro, mas religião da Palavra, a Palavra que se fez carne”. É este o grande ensinaSemana Nacional da Família este ano. Tivemos a missa de abertura presidida por nosso bispo D. Edmilson, com a presença de alguns sacerdotes e uma representação significativa de todas as paróquias de nossa diocese mostrando assim nossa comunhão eclesial e nosso amor pelas famílias. A pastoral familiar presente em quase todas as paroquias de nossa diocese e os párocos promoveram momentos diversificados de comunhão, fraternidade, formações e oração em prol das famílias. Quanta riqueza pastoral e espiritual experimentaram nossas famílias na comunhão eclesial de nossas Igrejas domésticas! As famílias abriram as portas de suas casas numa verdadeira acolhida virtual a todas as pessoas, rezamos juntos, nos conhecemos, nos formamos e nos alegramos na comprovação de que “o desejo de família permanece vivo...e isto incentiva a Igreja” (Sínodo das famílias). A alegria do amor presente na família dos mento vindo dos presbíteros. Um ensinamento eterno, não adequado às modinhas dos tempos, mas uma verdade que atravessa gerações. Uma verdade eterna. Aqui o sacerdote ensina o que crê. Desde o amanhecer até o anoitecer, a Palavra deve marcar as ações do sacerdote. “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés” (Sl 119,115). Sem a Palavra que dirija as ações, o sacerdote se apresentará perdido, nas trevas. Com a Palavra, portanto, o sacerdote saberá por quais caminhos deverá andar e conduzir os fiéis que dele dependem. Sabendo que “Desconhecer a Sagrada Escritura é desconhecer a Cristo” (São Jerônimo), então, aquilo que se ensina deve ser por ele vivido. A pregação da Palavra é, portanto, um dos mais importantes ofícios da vida do sacerdote que levará os fiéis a uma profunda experiência de encontro com Cristo, a Palavra eterna do Pai. O amor do sacerdote pela Palavra fará também os fiéis se debruçarem sobre o Livro Santo. A Palavra, que alimenta e dá a Vida, satisfará os anseios mais existenciais dos fiéis e também do Sacerdote.

Pastoral Familiar

Assessor Diocesano da Pastoral Familiar

Eu e minha casa serviremos ao Senhor

Padre Carlos Vicente Lima

filhos de Deus nos contagia e nos ensina a superar todos os obstáculos. Confiamos a Maria nossa Mãe, que guarda solicitamente no tesouro de seu coração todos os acontecimentos de cada uma de nossas famílias (AL 30) este momento de dificuldade em que vivemos, mas também pedimos a ela que nos ajude a interpretá-lo à luz da fé , de modo a reconhecermos a mensagem de Deus presente na história!

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