Eliane Fachinetto
ENCANTADO
Novo albergue aMPlIa vagas Para Presos
O secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, assinou na quarta-feira (11) um convênio para construção de um albergue junto ao Presídio Estadual. A solenidade foi realizada na sede do Fórum de Encantado com a presença de prefeitos da Comarca, demais autoridades e do superintendente da Susepe, Gelson dos Santos Treisleben PÁGINA 6
POEIrA EM rOCA Moradores fazem protesto contra autoridades pela falta do asfalto Joilson Pereira
Eliane Fachinetto
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EMErGêNCIA EM ENCANTADO
Estiagem de dois meses causa prejuízos na cidade e no interior Página 14
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Coluna
Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2012
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milton@rdencantado.com.br
Curtas e quentes... 1 - Elmar Schneider deverá ser um dos coordenadores da campanha de Luiz Fernando Schmidt em Lajeado. é parte de uma estratégia para neutralizar Ana Amélia Lemos em 2014. 2 - Em Estrela, Roque Schwertner foi convidado para ser candidato a vice prefeito, na chapa que teria Rafael Mallmann como candidato ao palácio municipal. 3 - Na cidade das flores, Colinas, Gilberto Keller é candidato à reeleição. Dizem alguns que seria por dois anos. Após este prazo, postularia uma candidatura à Câmara dos Deputados. 4 - O mesmo Gilberto Keller, coordenador regional do PMDB, afirma que, em Lajeado, o partido trabalha candidatura própria, sendo Ito Lanius o nome escolhido para tentar conquistar a prefeitura. 5 - Na cidade de Estrela, Elmar Schneider pode ser vice do candidato da situação. Vamos esperar para ver. 6 - César Beneduzzi é candidato à reeleição em Capitão. Espera manter a atual coligação. 7 - Alvimar Lisot é o nome preferencial da situação para ser candi-
dato à prefeitura de Doutor Ricardo. 8 - O PSDB de Encantado, após o estardalhaço da fundação, é um silêncio só, para que lado irá pender? 9 - Já tem gente colocando o PT ao lado de Agostinho Orsolin, com candidato a vice e tudo, será? Acho difícil. 10 - A loucura desta época pré-período eleitoral é tanta que esta semana alguém de Encantado me apontou três chapas para a eleição de 2012: a) PMDB e PDT, com Orsolin e Everaldo b) PSDB e PTB, com Adroaldo e José Calvi c) PP e PT, com Costi e Luciano. Impossível de acontecer, apesar de, na política, nada ser impossível. 11 - Tarso Bastiani gostaria de ser candidato à reeleição. A pergunta é: o partido permitirá ou escolherá Moras como candidato da situação em Muçum. 12 - O PP de Vespasiano Corrêa deve indicar Marcelo Portaluppi como candidato.
Comentário 1: hahaha, caiu mesmo Comentário 2: Hoje o bairro St. Clara tá guerreiro, tá caindo o mundo aqui e por enquanto temos internet e luz Comentário 3: voltou no centro! Vergonha Comentário 4: Mais um dia com quedas e falta de energia elétrica. E o único vereador que vejo comentar algo é o Jonas Calvi. E não tem outro político ou vereador competente para nos ajudar? Pra fala bonito todos falam. Não esqueçam é ano de eleição e: PALAVRAS ILUDEM. ATITUDES PROVAM!
Pelo Mundo do Facebook Foi criado um Grupo no mundo do Face: o Grupo Encantado (que não é o de Comunicação), com 317 membros. É fechado, você só entra por convite e alguns assuntos da comunidade estão sendo discutidos por lá, o que, particularmente, acho extremamente interessante. Selecionei alguns tópicos interessantes. Como é fechado no Face, vou preservar os nomes. Quem faz parte sabe. Falta de luz Post: Começou a chover em Encantado... eheh daqui a pouco vai faltar luz! aguardem..
Comentário 5: Pois é ..... Sobre está causa temos apenas um representante.. guerreiro incansável !! Não é de hoje que o nosso vereador Jonas Calvi está comprometido com esta questão !! Buscando melhorias na nossa rede elétrica, junto à descompromissada AESSul !! Boora lá povo !! Booora lá vereadores !! Com certeza vocês possuem mais representatividade, voz ativa !! Boora lá !!! Comentário 6: Quem sabe não nos mobilizamos e criamos nós um mega abaixo-assinado hein. Se nos unirmos, pegarmos alguns representantes comprometidos em distribuir as folhas, e arrecadá-las depois de assinadas.. Acredito que não haverá nenhum encantadense que não assinará !!!! O que vocês acham povo ? acho que juntos podemos conseguir !!!!
Nota do colunista: Senhores vereadores, um novo tempo esta aí, vocês foram chamados, tomem a frente na questão da constante falta de energia elétrica. E tenho a certeza que esta será uma das primeiras medidas do novo presidente Eldo Orlandini. Ao grupo do Face, resta botar a cara na rua e fazer este abaixo-assinado com um número superior a 70% do número de domicílios atendidos pela AES SUL. Contem com a coluna e com a RádiO ENCANtAdO AM. Outro post: Os postes da cidade de Encantado resumem-se a esta frase: Firmes que nem prego na areia. Nota do colunista: Pelo que se viu na quarta-feira, verdade absoluta.
Mais um post: e aí, AES Sul?! e aí?! tô cheia de coisa pra fazer aqui, caramba! O colunista pergunta: e aí AES, até quando nossos agricultores vão ficar 12, 15, 20, 30 horas sem energia elétrica. Até quando?
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Estrela assinadas escrituras de imóveis vendidos em concorrência pública
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Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2012
Programa Segundo Tempo inicia mais uma etapa Ilocir José Führ
Ilocir José Führ
Secretário da Smel, Nardir Steffens
Brönstrup acompanhou a assinatura de André Lenhard e Renato Hauschid Estrela - As escrituras de dois imóveis do município, vendidos por meio de concorrência pública, foram assinadas na última semana, no Salão Nobre da Prefeitura. Na oportunidade, o prefeito Celso Brönstrup recebeu a visita de André Luis Lenhard e Renato Hauschid. Lenhard adquiriu terreno com 382,44 metros
quadrados localizado na rua Guilherme Bohmer, no bairro Boa União. O espaço foi arrematado por R$ 25.420,78. Já Hauschild arrematou área de terra com benfeitoria localizada na Linha Lenz. O terreno mede 3.638,80 metros quadrados e a residência 89,61 metros quadrados, sendo que o valor total da transação foi de R$ 23.005,00.
Nova direção da Aspume visita prefeito O prefeito Celso Brönstrup recebeu a visita da nova direção da Associação dos Servidores Públicos Municipais de Estrela (Aspume) na terça-feira (10). Na oportunidade, a entidade esteve representada pelo presidente Sérgio Carlos Follmann e o tesoureiro Gilmar Ernani da Silva. "É sabido de todos que a Aspume
passa por uma situação financeira complicada", observou Follmann. Já Silva salientou que o objetivo da nova direção é justamente "trabalhar pela normalização da situação financeira e, acima de tudo, recuperar a credibilidade dessa entidade, que possui cerca de 500 servido-
res públicos associados". Celso Brönstrup agradeceu pela visita de cortesia e desejou sucesso à nova direção da Aspume. O prefeito se colocou à disposição da entidade, no sentido de colaborar para que a direção realize um trabalho que contemple a coletividade dos servidores públicos.
Estrela - A 6ª edição do Programa Segundo Tempo/Colônia de Férias, aberta na quarta-feira (11), é uma parceria entre o Governo Federal e prefeitura, por intermédio do Ministério do Esporte e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel). São mais de duas centenas de crianças participantes, distribuídas em seis núcleos, com a coordenação de monitores. O projeto traz atividades múltiplas que contemplem a diversão e a aprendizagem de seu público-alvo no período de férias. A solenidade aconteceu nas dependências do ginásio de esportes da Soges. Integrando a mesa oficial, se manifestaram a major Nádia Gerhardt, comandante da Brigada Militar; o ve-
reador Juarez Fülber, presidente do Poder Legislativo e Nardir Steffens, secretário da Smel. Todos destacaram a importância do projeto, na formação de cidadãos. Steffens enfatizou que os projetos sociais têm a finalidade de renovar a esperança para essas crianças. Destacou, também, que o foco desta 6ª edição do projeto é na necessidade de se respeitar as diferenças. "As crianças devem se conscientizar que todos temos defeitos e que errar é humano", salientou. O projeto ocorre de segunda a quinta-feira, das 14h às 17h. Mais informações na SMEL, através do telefone 3981-1047 ou e-mail segundotempo@estrela-rs.com.br.
Investimento de r$ 400 mil garante ligação gratuita entre usuários Josué Garcia
Estrela - Mais um importante investimento da prefeitura de Estrela na área da telefonia rural foi concluído na última semana, com a interligação das centrais telefônicas do município, num servidor de voz de última geração, garantindo que os 1220 usuários da telefonia rural possam efetuar chamadas gratuitas entre eles, somente discando os quatro últimos dígitos do número. O investimento de R$ 400 mil foi provido pelo fundo municipal da telefonia, que arrecadou, em 2011, a cifra de R$ 1.063.000,00. De acordo com o coordenador do setor de Telefonia Rural, Joel da Silva, o servidor é um dos mais modernos do mercado, e
converge a tecnologia de voz e de dados permitindo a ampliação da banda de internet aos 425 assinantes. "Hoje estamos distribuindo aos usuários de internet 300 a 600 kbps e com isso passará para 500 kbps a 1 MB, possibilitando uma melhor navegação e estabilidade", garante. Com a otimização e flexibilização das linhas, os assinantes da zona rural também passam a ligar gratuitamente para a Secretaria Municipal de Agricultura solicitando os serviços. Os novos números funcionam na plataforma VOIP (Voz sobre IP, ou seja, a voz em forma de dados trafegando pela Internet). Para ligar solicitando um veterinário,
basta discar 9555 e falar com o setor de telefonia 9557. Para o secretário municipal de Agricultura, Paulo Floriano Scheeren, investir em tecnologia no meio rural é apostar num futuro promissor para os empreendedores do campo. "Hoje um agricultor tem as mesmas demandas que uma empresa localizada na cidade necessita, por isso se faz necessário buscar a melhor tecnologia para garantir um serviço de ponta e que traga retorno e satisfação para os assinantes", menciona. Ele ainda ressalta que o setor de telefonia do município está buscando mais tecnologia que deverá superar as existentes no mercado convencional.
Secretário de Agricultura, Paulo Floriano Scheeren
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Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2011
Geral agM pede apoio a deputados e senadores contra a extinção de 29 municípios gaúchos
Meu jubileu Dom Sinésio Bohn Bispo Emérito de Santa Cruz do Sul Fiquei muito surpreso quando Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre, me convidou para celebrar com ele, na Catedral de Porto Alegre, nosso jubileu de ordenação sacerdotal. Foi há 50 anos, no dia 23 de dezembro de 1961, na Igreja Sagrado Coração de Jesus, na Via Aurélia Nova, em Roma. Minha Primeira Missa foi no altar da manjedoura na Basílica de Santa Maria Maior, trazida a Roma por Santa Helena, a mãe do imperador Constantino. A ordenação foi emocionante. Desde aquele dia nunca deixei de celebrar, a não ser em viagem ou doente. A celebração jubilar contou com a presença de muitos padres da Arquidiocese de Porto Alegre e vários bispos, entre os quais Dom Canísio Klaus meu sucessor na Diocese de Santa Cruz do Sul. Lembrei-me de minha família, dos meus pais e dos nove irmãos. Lembrei-me da oração do terço, à noite, durante o qual os pequenos dormiam e eram levados para a cama sem acordar. Minha avó paterna costumava dizer: “Vale a pena gastar a sola dos sapatos para assistir uma primeira Missa”. A ideia de ser padre veio-me depois da primeira Comunhão. Falei para Jesus: Eu vou ser padre! Só entrei em dúvida quando notei que a menina do vizinho olhava diferente para mim e gostava da minha presença. Certo dia eu disse para mim mesmo: a vizinha é bonita e querida, mas ser padre é mais bonito. E nunca mais duvidei. Aliás, durante a viagem para Roma, um grupo de passageiros costumava reunir-se no convés do navio para conversar, tomar bebidas alcoólicas e comer sorvete. Insistiam comigo para não ser padre, mas assumir uma profissão lucrativa. Certo dia veio uma tempestade, que jogava o navio como uma caixinha de fósforo. Passada a tempestade, quem podia refugiava-se dentro do navio. Veio uma onda atrasada, jogou todo mundo num monte, para desespero dos passageiros. Quando vi, corri para ajudar as pessoas desesperadas. Naquela tarde, o grupo me convidou. Ganhei porção dupla de sorvete e me disseram: “Tu vai ser padre, pois tu, em vez de fugir, vieste em socorro de todos”. Fiz parte da primeira turma de alunos do Seminário de Bom Princípio, em 1948. O Seminário São José de Gravataí deixou saudades. Foi lá que Dom Dadeus e eu fomos enviados para Roma, onde fizemos os estudos de Filosofia, Teologia e Direito Canônico. De volta ao Brasil, fui Vigário Paroquial na Paróquia São Jorge, no Partenon e depois, na Paróquia São Pedro, no bairro Floresta. De lá fui ao Seminário de Viamão. Acompanhei 83 padres até o altar e 640 seminaristas, nos diversos graus de formação. Mesmo resistindo muito ao convite de ser bispo, acabei aceitando sob a insistência do Núncio Apostólico. Tinha feito a promessa de nunca dizer não à Igreja. Fui Bispo Auxiliar de Brasília, Bispo de Novo Hamburgo e o 2º Bispo de Santa Cruz do Sul. Agora estou treinando ser Bispo Emérito e celebro 50 anos de ministério sacerdotal, minha vocação desde criança. Agradeço a Deus e quantos ajudaram a viver a vocação de servir. É assim que sou feliz. Pastoral da Comunicação Paróquia São Pedro
Coqueiro Baixo, Westfália, Canudos do Vale, Coronel Pilar e Forquetinha integram a lista das cidades ameaçadas Juremir Versetti/Divulgação AGM
Porto Alegre - A Associação Gaúcha Municipalista (AGM) está contatando com todos os deputados federais e senadores gaúchos para que os parlamentares atentem para o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4711), planejada pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. A referida ação, se julgada procedente, extinguirá 29 municípios no Rio Grande do Sul e, com isso, eles voltarão a ser distritos, sendo que todos os atos administrativos praticados pelas últimas três administrações serão considerados nulos, ou seja, serão desativadas as Câmaras de Vereadores, os concursos públicos serão considerados inexistentes e, por consequência, todos os servidores serão demitidos. A ação visa atacar a Lei que deu embasamento à emancipação dos seguintes municípios: Almirante Tamandaré do Sul; Arroio do Padre; Boa Vista do Cadeado; Boa Vista do Incra; Bozano; Capão Bonito do Sul; Capão do Cipó; Coronel Pilar; Cruzaltense; Itati; Mato Queimado; Pinhal da Serra; Rolador; Santa Margarida do Sul; São José do Sul; São Pedro das Missões; Westfália; Canudos do Vale; Forquetinha; Jacuizinho; Lagoa Bonita do Sul; Novo Xingu; Pedras Altas; Quatro Irmãos; Paulo Bento; Santa Cecília do Sul; Tio Hugo; Coqueiro Baixo e Aceguá. A AGM, que no mês de dezembro
Scorsatto quer conversar com o presidente da Assembleia Legislativa de 2011 realizou a reunião para a reativação do Comitê Especial G30, composto pelos municípios com emancipação administrativa em 2000, está empenhada no apoio da manutenção das cidades em virtude do retrocesso que seria a extinção destes municípios após três administrações.
O presidente da Associação, José Scorsatto, também deverá procurar o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, para que a Casa Legislativa se manifeste contra o ato. “A Lei já gerou efeitos que nunca poderão ser apagados da história destes municípios e de seus munícipes, disse Scorsatto.
Colégio São José destaca aprovados em vestibular Roca Sales – O Colégio Scalabriniano São José comemora a aprovação dos alunos nos vestibulares. Os estudantes conquistaram vagas nas principais universidades e faculdades do Estado. Conforme a diretora Rosane Inês Volken, o êxito alcançado é fruto do empenho e dedicação dos alunos e professores, além do incansável apoio dos pais. “O trabalho desenvolvido comprova a consistência e seriedade da proposta pedagógica e o comprometimento do corpo docente com a Missão do Colégio Scalabriniano São José, cuja essência é o trabalho voltado à formação integral das crianças e adolescentes”, comentou.
Letícia Baroni – Arquietetura e Urbanismo Luana Funck – Ciências Biológicas Natália Agostini – Engenharia Ambiental Priscila dos Santos Nunes – Engenharia Civil UCS Lucas Anderle Matuella – Direito Unisc Letícia Baroni – Arquitetura Gabriella Radaelli – Direito Guilherme Santana – 1º lugar Psicologia
Confira a relação dos aprovados: UnivAtES Bárbara Vígolo – Estética e Cosmética Clécio Luiz Tomasi Júnior – Ciências Biológicas – Bacharelado Daiane Funk – Administração de Empresas Gabriella Radaelli – Direito Gabrielle Zilio Scottá – Biomedicina Giseli Sofia Nietiedt – Psicologia Gustavo Magedans – Administração Jackson José dos Santos – Engenharia Ambiental Jéffersoan Spader – Administração João Henrique Daldon – Engenharia Ambiental João Henrique Vivian – Tecnologia em Logística Júlio Bazanelkla – Letras Leonardo Vidal Fronchetti – Engenharia Civil
PUC Gabriel Lorenzi – Engenharia Química Maíne Rolante – Direito FEEvALE – novo Hamburgo Bruna Lasta – Turismo 2º Ano PUC Eduardo Zen – Ciências da Aeronáutica UnivAtES Betina Fontana – Arquitetura Fernando Capitânio – Engenharia Civil Mônica Chiesa – Engenharia da Computação
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Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2012
Entrevista COMBATE ÀS DrOGAS
“Temos que insistir”, diz juíza Manifestação é da diretora do Fórum de Encantado, Dra. Juliane Pereira Lopes, sobre trabalho de combate ao uso de drogas, principalmente, entre adolescentes DIOGO FEDrIzzI José Raimundo Tramontini
tando nas duas varas de Encantado, o que exigiria uma terceira Vara judicial, com mais um juiz, com mais servidores. Além de ter esse número excessivo de processos, temos também problema com a deficiência de servidores. Tivemos vários funcionários que se removeram da cidade ultimamente, e não houve, com a agilidade necessária, a vinda de novos servidores. Só ultimamente é que vieram servidores do último concurso. Foi um ano um pouco complicado para a Comarca de Encantado. Mesmo assim, dado ao esforço dos nossos servidores, a gente tem conseguido ao menos manter as coisas funcionando num nível razoável. Efetivamente, não é aquilo que gostaríamos.
em casa porque os pais trabalham, que não vão à escola, que não trabalham, até porque a lei tem a restrição da idade, e que ficam dedicadas ao fazer nada o dia inteiro. Isso acaba gerando um problema mais tarde. Isso é o que temos visto. Se essas crianças tivessem o que fazer, uma atividade para ocupar esse tempo em que elas têm para não fazer nada, não tenho dúvida que teríamos uma reincidência menor, um menor consumo de drogas, maior adesão à escola. O problema não se resolve só no Judiciário. Precisa uma ação conjunta de toda a sociedade para conseguir resolver. EnCAntAdO
tEM COMbAtidO O
PRObLEMA dA dROgA, MAS A SUbStitUiçãO é MUitO RáPidA?
QUAntAS AUdiênCiAS POR diA? dra. Juliane - São mais de 300 audiências por mês. É um número bastante alto. Já seria se não fosse toda essa situação. Não tenho dúvida que a gente tem feito o dia durar umas horas a mais. Se o dia tivesse umas duas horas a mais para mim seria muito bom. COMO tEM SidO O tRAbALHO RELACiOnAdO à inFânCiA E JUvEntUdE?
Encantado - O Fórum da Comarca de Encantado conta atualmente com cerca de 24 mil processos em tramitação nas duas Varas Judiciais, que compreendem sete municípios: Encantado, Muçum, Roca Sales, Anta Gorda, Doutor Ricardo, Relvado e Vespasiano Corrêa. Durante um bom período do ano passado, os trabalhos ficaram sob a responsabilidade da juíza Juliane Pereira Lopes. A magistrada, que também responde pela Vara da Infância e da Juventude e pelo Cartório Eleitoral, avaliou 2011 como um ano difícil, principalmente, pela carência de servidores. Na entrevista, concedida ao programa Bom Dia Região dos Vales, da Rádio Encantado AM, ela mos-
“...A droga hoje é um mercado. A Polícia faz e tem feito regularmente ações intensas de combate ao tráfico e retira os traficantes da rua. E eles estão sendo retirados e mantidos presos. O problema é que, em seguida, esse local é substituído, esse ponto de venda é substituído por outra pessoa”... Juliane Pereira Lopes juíza de Encantado tra preocupação também com a difícil realidade das crianças viciadas em drogas. Confira os principais trechos da entrevista. QUE
AvALiAçãO A SEnHORA FAz
dE 2011?
dra. Juliane - No ano pas-
sado, enfrentamos alguma dificuldade depois que a colega juíza (Caren Letícia Pereira ) entrou em licença e, mais tarde, foi promovida para outro município. Isso acarretou uma sobrecarga de trabalho. Estamos hoje com quase 24 mil processos trami-
dra. Juliane - É uma das coisas que nos preocupa muito. Não vou te dizer que em termos de quantidade, eu tenha muitos processos da infância e da juventude. Mas em termos das preocupações que eles geram, não tenho dúvida, de que é um dos processos que nos exige mais atenção. São problemas difíceis de resolver. São, às vezes, os mesmos problemas. A gente tenta, mais de uma vez, várias medidas e não consegue ver um resultado concreto. Então, são processos que nos preocupam muito. A
REinCidênCiA ExtRAPOLA A
QUEStãO dO
FóRUM. tERiA
QUE
HAvER OUtRAS EntidAdES PREOCUPAdAS?
dra. Juliane - Com certeza. No Fórum fizemos uma parte do trabalho. E esse trabalho não pode se realizar se não tivermos instituições que acolham as crianças, que as façam ocupar esse tempo. É muito triste de falar, mas o que se vê são crianças muito cedo encontrando o caminho das drogas, que ficam
dra. Juliane - A droga hoje é um mercado. A Polícia faz e tem feito regularmente ações intensas de combate ao tráfico e retira os traficantes da rua. E eles estão sendo retirados e mantidos presos. O problema é que em seguida esse local é substituído, esse ponto de venda é substituído por outra pessoa. Alguém ocupa esse lugar e aí se retoma o combate da repressão. A repressão sozinha não consegue evitar. O trabalho tem que ser muito bem feito e tem sido assim aqui na Comarca de Encantado, só que esse trabalho demanda tempo para conseguir reunir provas de que realmente... não basta as pessoas dizerem ‘olha todo mundo sabe que em tal lugar se vende drogas’. Mas esse ‘todo mundo sabe’ na hora de vir alguém testemunhar e dizer que realmente se vende droga naquele lugar, ninguém vem. Todo mundo sabe que o fulano é traficante, mas na hora de vir afirmar ‘eu sei que tem um movimento estranho na casa dele, eu sei que tem alguma coisa de diferente’, as pessoas não têm essa cultura de vir e de afirmar. Então isso exige um trabalho maior por parte dos policiais, porque eles têm que fazer um trabalho de acompanhamento, de investigação, de visualizar o local, e isso tudo envolve o risco. Porque no momento em que essa ação é descoberta, o trabalho todo vai por água abaixo. Nós da Justiça somos, digamos assim, os últimos a saber das coisas. Essa investigação começa toda na Polícia e depois vem para nós. (segue na outra página)
Entrevista A diFiCULdAdE SãO AS PROvAS? dra. Juliane - Essa é a dificuldade, que o trabalho seja bem feito no sentido que as provas venham. E a apreensão da droga, na questão do tráfico, é uma dificuldade muito grande. Às vezes, a droga não está escondida na casa da pessoa que vende, ela está escondida em um terreno baldio, na casa do vizinho. Então, isso tudo precisa ser descoberto para a Polícia ter êxito nesta ação. E 2012 COMO UM AnO ELEitORAL? dra. Juliane - É um ano atípico para nós. Porque a gente acumula a função da jurisdição normal, da Justiça Comum, com a Justiça Eleitoral. E a eleição municipal demanda muito trabalho. Já estamos nos preparando. Em 2012, temos uma redução de audiências, uma redução de atividades que são feitas na Justiça Comum para a gente poder se dedicar ao ano eleitoral. Temos também muita expectativa, a organização, a preparação para que tudo corra bem nas próximas eleições. vOLtAndO AO COMbAtE AO CRiME, COMO tEM SidO O tRAbALHO COnJUntO EntRE A POLíCiA E O JUdiCiáRiO?
dra. Juliane - A Polícia não trabalha sozinha e o Judiciário também não. Se a Polícia não trabalhar, nada chega ao Judiciário, e não poderemos fazer nada. Mesmo que saibamos que fulano cometeu tal crime. Se a Polícia não investigar, o Judiciário não tem condições de condenar. Por isso temos que trabalhar integrado. E aqui na Comarca estamos encontrando nos últimos anos a felicidade de poder trabalhar Polícia Civil, Brigada Militar, Promotoria de Justiça e o Judiciário de uma forma conjunta. E isso acaba dando os resultados que a comunidade tem percebido. nESSES 24 MiL PROCESSOS QUE COMARCA, A tEndênCiA é dE AUMEntAR AO LOngO dOS PRóxiMOS AnOS OU diMinUiR? dra. Juliane - Aumentar. Isso não tem dúvida. A gente tem acompanhado um crescente. As facilidades de acesso à Justiça estão se implementando. As pessoas conseguem ter esse acesso, acesso a um advogado, à defensoCORREM nA
ria pública, que aqui na Comarca é muito bem estruturada. Então, realmente os processos têm aumentado. E o Judiciário tem procurado desenvolver uma gestão de estratégia para conseguir lidar, porque hoje em dia, as pessoas falam ‘ah, a Justiça é lenta’. Algumas vezes, as pessoas ficam melindradas de me dizer isso. Mas eu concordo com elas. Não tem problema nenhum. Realmente, nós estamos lentos. O sentimento que a gente trabalha, servidor e juízes, é de que a gente está com uma sobrecarga de trabalho, tentando fazer o melhor, e tendo aquele sentimento de que não consegue, de que realmente não funciona. Porque a gente tem uma deficiência muito grande de servidores, de juízes. E o poder Judiciário se estrutura basicamente em pessoal. Não precisa investimento em máquinas, em nada físico. Ele precisa investimento em pessoal. E a lei de responsabilidade fiscal limita o quanto o Judiciário pode investir em pessoal. Então trabalhamos o Judiciário sempre no limite da responsabilidade fiscal, sem possibilidade de aumentar esse número de pessoas e ao mesmo tempo enfrentando a carência. A LEi tERiA QUE SER MOdERnizAdA
desde o dia 15 de dezembro de 2011, a juíza Mariana Costa Gama Nunes de Oliveira está atuando na Segunda Vara do Fórum de Encantado. Ela veio da Comarca de Santo Augusto.
dade, nós é que devemos evitar o mau uso da Justiça. A gente tem tentado práticas para coibir este tipo de ação. Evitar recursos, multar quem recorre sem necessidade, ou recorre por uma situação que já está decidida. Isso precisa ser feito. E A QUEStãO dA LitigânCiA dE MáFé nA JUStiçA, é CORRiQUEiRA?
vidORES?
dra. Juliane - Existe. A gente tem tentado punir isso. Existe uma previsão de multa para quem litiga de má-fé. Tem-se tentado aplicar esta multa. Mas sempre se esbarra na dificuldade de provar até que ponto a pessoa acha que tem um direito e não tem, ou até que ponto deliberadamente ela sabe que não tem esse direito e vai tentar buscar apoio na Justiça.
E AS PESSOAS têM USAdO APEnAS PARA AtRASAR O CUMPRiMEntO dA SEntEnçA?
dra. Juliane - Usam, não tem dúvida. Não posso criticar quem usa, porque é um instrumento que está posto, está permitido. Na ver-
13 Diogo Fedrizzi
OU O PRObLEMA Só é A FALtA dE SER-
dra. Juliane - Com certeza, a lei teria que ser modernizada. Já é muito falado sobre o excesso de recursos. Isso é uma realidade. Algumas vezes, para uma decisão ser cumprida, leva-se seis meses, um ano, em que as pessoas estão recorrendo. Aquela decisão já está dada, e não conseguimos que ela seja cumprida porque tem um recurso. E isso, conforme a pessoa estiver bem assessorada, e tiver a intenção de realmente atrasar o cumprimento de uma decisão, hoje em dia, é possível dizer tranquilamente que a pessoa consegue atrasar o cumprimento de uma decisão. Isso é lamentável.
Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2012
nA QUEStãO dA dROgA COMO UM
dade. Acho que ainda se pode fazer muita coisa. Temos dificuldade, por exemplo, para encontrar uma vaga para internação de um adolescente usuário de entorpecente. Então, o sistema de saúde como um todo precisaria estar melhor. A gente tem dificuldade para colocar esse adolescente depois que volta de uma internação. Porque senão não adianta nada. Imagina, ele está usando drogas, eu interno, ele desintoxica e volta. E aí? Vai voltar para o mesmo meio, para a mesma família, para a mesma situação? Em uma semana, menos do que isso, ele estará usando drogas de novo. Então, teríamos que ter mais instrumentos para fazer essa reinserção. Existem ainda carências. Vamos trabalhando na medida daquilo que a gente dispõe.
tOdO, AS COOPERAçõES COMUnitáRiAS E EMPRESARiAiS têM PROCURAdO AJU-
QUAL O CASO dE MEnOR idAdE QUE
POdER JUdiCiáRiO dE EnCAn-
A SEnHORA PEgOU dO USO dE dROgAS
dAR O tAdO?
AQUi nO FóRUM?
dra. Juliane - Acredito que aqui em Encantado a sociedade se preocupa como um todo em relação a isso. Temos visto na imprensa essas manifestações em relação às drogas. O problema é que esse trabalho tem que ser contínuo. Não adianta fazermos no momento um trabalho e em seguida ele diminuir de intensi-
dRA. JULiAnE - Eu já falei com crianças de 11 anos que usavam entorpecentes. Mas o Conselho Tutelar já me relatou situação de crianças com nove anos. É um absurdo. É uma idade em que a criança deveria estar brincando e não usando drogas. Muitas vezes estão acompanhando irmãos mais velhos, de 13, 14
anos. São famílias que estão desestruturadas, que estão precisando de uma intervenção, de um apoio. É muito triste dizer isso. A gente vê essas crianças se envolvendo com droga, em seguida começam a praticar furtos, porque tem que manter o vício, ou começam a traficar. A gente age em relação a isso já um pouco tarde. Quando chega para nós no Judiciário é porque a situação já está sem possibilidade de recuperação. Temos um apoio muito grande do CAPS, temos criado ações para termos uma relação melhor com o CAPS. Conseguimos a internação, é compulsória, é contra a vontade do adolescente, mas só funciona para deixá-lo livre da droga. Se ele tiver vontade de usar, ele volta para casa e em seguida pode começar a conviver com os mesmos amigos de antes, com o mesmo descontrole por parte da família, e volta a usar a droga. Mas não podemos desistir. É o que tenho procurado passar para a assistência social, para o Conselho Tutelar, para o pessoal que trabalha diretamente com isso. Por mais que se diga ‘olha, tal pessoa é irrecuperável, tal adolescente não tem mais jeito’. Temos que insistir. Nada justifica que a gente desista de investir naquele adolescente.
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Especial
Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2012
Placas espalhadas pela rodovia empoeirada, na localidade de Fazenda Lohmann, refletem a indignação dos moradores com as autoridades políticas pela demora na construção do asfalto no trecho de oito quilômetros que liga roca Sales a Colinas rEPOrTAGEM E FOTOS: JOILSON PErEIrA
Poeira e mais poeira
Roca Sales - Quem transita pela RS 129, no trecho que cruza a localidade de Fazenda Lohmann, no interior de Roca Sales, nota que, em pelo menos 10 residências, os moradores colocaram, em frente a suas casas, placas com os dizeres: “Chega de promessas. Sem asfalto, sem voto!”. O protesto foi uma iniciativa de Valmir Petry, morador há 33 anos naquela localidade. Segundo sua esposa, Ivete Petry, ele encontrou manifestação se-
melhante em Teutônia e resolveu fazer o mesmo. “Nós estamos aqui há 33 anos e já passaram várias vezes medindo e prometendo fazer o asfalto”, conta Ivete, que revela que não houve reunião na comunidade para coordenar o ato. Volnei Klauck, há 25 anos residindo em Fazenda Lohmann, relata que o protesto cresceu na comunidade de forma espontânea. “Começou com um vizinho e a gente achou interessante e resolveu apoiar”, declara.
Ivete Petry mora há 33 anos na localidade As más condições da estrada preocupam pelo risco de acidentes, mas a principal reclamação é a poeira. Elaine Ponízio, que mora na comunidade há 14 anos, relata que a casa tem que permanecer fechada por causa do pó e também por prejudicar a saúde. “Minha mãe tem 74 anos e tem problemas de respiração e a poeira só piora. Eu queria que as autoridades passassem todos os dias aqui com o carro deles para ver como é” reclama. José Bronca mora há mais de 40 anos no local e diz que está cansado das promessas de
A rodovia é de responsabilidade do Estado, mas os moradores, como Elaine Ponízio, afirmam que a campanha está em um primeiro passo. Ainda não há programação de levar este protesto às autoridades estaduais.
melhoria. “Já mediram duas vezes para iniciar o asfalto e, até o momento, nada”. Bronca ainda aponta outra causa do aumento de veículos transitando na rodovia. “Depois do pedágio, esse trecho virou rota de fuga para não pagar”, opina. O filho dele, Marcelo Bronca, atribui o aumento no tráfego a outra questão. “Depois que colocaram asfalto até Colinas, aumentou bastante a circulação de veículos por aqui, principalmente, de caminhões, levantando muita poeira”.
Protesto justo Outro morador que foi um dos pioneiros desta manifestação, Rudinei Ponízio, que mora há quase 30 anos na localidade, conta que não houve mobilização coordenada “Eu coloquei a placa na minha casa e os viziPaulo Pagno está há três anos em Roca nhos também foram colocando, ninguém no loteamento Morada do Sol, foi de casa em casa pedindo se a campanha ganhou adeptos. queriam colocar as placas, Paulo de Oliveira Pagno, mocada um simplesmente as corador há três anos, também locou. Acho que é um protesto viu as placas dos moradores justo”, conta. de Fazenda Lohmann e tamPonízio acredita que por bém quis protestar. Pagno reser ano eleitoral o protesto clama que além de as más pode ter mais visibilidade. condições da pista prejudica“Como só passam a cada dois rem o veículo, a casa precisa anos, sejam os candidatos a estar sempre fechada para miprefeito ou a deputados, que nimizar os efeitos da poeira. pedem apoio e prometem que “A casa parece que está semvão ajudar, mas nada muda” pre suja, fica o dia todo feafirma. chada, mas a poeira é muita” E mesmo perto da cidade, relata.
Encantado
Jornal Opinião Encantado, 13 de janeiro de 2012
seCa
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encantado decreta emergência Fotos: Eliane Fachinetto
Encantado – O município decretou na terça-feira (10) situação de emergência nas áreas rural e parte da urbana afetadas por estiagem, que se estende por mais de 60 dias. Segundo levantamento da Secretaria Municipal da Agricultura, a falta de chuva ocasionou a escassez de água nas fontes naturais e açudes nas propriedades rurais, utilizadas para consumo humano e animal, perdas nas lavouras anuais e hortifrutigranjeiros, na criação de aves e suínos, além da diminuição na produção de leite. O milho é a cultura mais atin-
gida no município, com perda estimada de 60%. A Secretaria Municipal da Agricultura orienta os produtores para que façam o aproveitamento do milho para a produção de silagem, que é utilizada na alimentação do rebanho bovino. Para a realização deste trabalho, a secretaria auxilia os produtores com subsídio de horas de máquinas. O município tem feito também o transporte diário de água para abastecer as propriedades rurais, nas linhas Azevedo, Cedro, Guabiroba, São Luís, São Marcos, Barra do Coqueiro e Bairro Porto XV.
Caminhão do município transporta água para os produtores rurais
Seca prejudica alimentação do rebanho bovino
Produção de milho é a mais prejudicada no município
Encantado, 13 de janeiro de 2012
laJeaDeNse INaugura Novo esTÁDIo No DoMINgo Página 25
Família se diverte com a rivalidade GrENAL no interior de roca Joilson Pereira
Página 26 DOUTOr rICArDO Prefeito rolante comanda primeira reunião do G10 Página 20