• ÍNDICES ALARMANTES • COMO PREVENIR • 10 DICAS
CADERNO ESPECIAL ABRIL 2015 Banco de Imagens Google
EXCESSO DE PESO
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24 de abril de 2015
EXCESSO DE PESO
Pesquisa revela índices alarmantes
Pesquisa do Ministério da Saúde alerta que 52,5% dos brasileiros estão acima do peso, embora o índice de obesidade esteja estável. Por outro lado, aumento da prática de atividade física e alimentação com menos gordura apontam que a população está buscando hábitos mais saudáveis
MAIS
EXERCÍCIOS
O índice de obesidade está estável no país, mas o número de brasileiros acima do peso é cada vez maior. Pesquisa do Ministério da Saúde, Vigitel 2014, alerta que o excesso de peso já atinge 52,5% da população adulta do Brasil. Essa taxa, nove anos atrás, era de 43% - o que representa um crescimento de 23% no período. Também preocupa a proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade, 17,9%, embora este percentual não tenha sofrido alteração nos últimos anos. Os quilos a mais na balança são fatores de risco para doenças crônicas, como as do coração, hipertensão e diabetes, que respondem por 72% dos óbitos no país. “O mais importante para o Brasil neste momento é deter o crescimento da obesidade. E nós conseguimos segurar esse aumento. Isso já é um grande ganho para a sociedade brasileira. Em relação ao sobrepeso, não temos o mesmo impacto da obesidade, de estabilização, mas também não temos nenhuma tendência de crescimento disparando”,
Apesar do avanço de fatores de risco como excesso de peso e colesterol alto, a população brasileira está mais atenta a hábitos saudáveis, com crescimento do número de pessoas que se exercitam regularmente e daquelas que mantém uma alimentação adequada, com maior presença de frutas e hortaliças e menos gordura. Segundo o Vigitel 2014, o brasileiro está se exercitando mais, com aumento de 18% nos últimos seis anos do percentual de pessoas que praticam atividade física no lazer. Este ano, 35,3% dos entrevistados disseram dedicar pelo menos 150 minutos do seu tempo livre na semana com exercícios, enquanto o índice de 2009 era de 29,9%. Os homens são mais ativos que as mulheres, 41,6% deles praticam o recomendado de atividade física contra 30% entre o público feminino. Os jovens,
destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro. “No Brasil não há tendência de disparos como nos outros países em que o crescimento da obesidade é avassalador. Em comparação com nossos vizinhos conseguimos deter o crescimento, quando é essa a tendência”, reforça. O índice de obesidade do Brasil está abaixo, por exemplo, da Argentina (20,5%), Paraguai (22,8%) e Chile (25,1%). Entre os homens e as mulheres brasileiros, são eles que registram os maiores percentuais. O índice de excesso de peso na população masculina chega a 56,5% contra 49,1% entre elas, embora não exista uma diferença significativa entre os dois sexos quando o assunto é obesidade. Em relação à idade, os jovens (18 a 24 anos) são os que registram as melhores taxas, com 38% pesando acima do ideal, enquanto as pessoas de 45 a 64 anos ultrapassam 61%. A pesquisa demonstra ainda que as pessoas com menor escolaridade, 0 a 8 anos de estudo, registram o maior
em ambos os sexos, são os que mais se exercitam, com índice de 50%. Mais uma vez, a escolaridade aparece como um fator importante. Enquanto 47,8% das pessoas que tem 12 anos ou mais de estudo praticam exercícios no tempo livre, entre os de escolaridade menor (até oito anos de estudo) o índice é 22,9%. Embora o número de pessoas que disseram praticar atividade física é maior que aqueles que não se exercitam, ainda é alto o índice da população fisicamente inativa, ou seja, que afirmam não ter feito nenhuma atividade nos últimos três meses: 15,4% dos entrevistados. Os mais inativos são os idosos com 65 anos ou mais (38,2%), mas 12% dos jovens de 18 a 24 anos disseram também não ter feito esforços físicos. Apesar disso, o hábito de ver televisão cai: o índice de pessoas que passam mais de três horas de frente para
índice, 58,9%, enquanto 45% do grupo que estudou 12 anos ou mais está acima do peso. O impacto da escolaridade é ainda maior entre as mulheres, em que o índice entre os mais escolarizados é ainda menor, 36,1%. As mesmas diferenças se repetem com os dados de obesidade. O índice é maior entre os que estudaram por até 8 anos (22,7%) e menor entre os que estudaram 12 anos ou mais (12,3%). Além do avanço do excesso de peso e da obesidade, outros indicadores levantados pelo Vigitel também apontam para o maior risco de doenças crônicas entre os brasileiros. Do total de entrevistados em todo o país, 20% disseram ter diagnóstico médico de colesterol alto. Nesse caso, são as mulheres que registram percentual acima da média nacional, de 22,2%, contra 17,6% entre os homens. Em ambos os sexos, a doença se torna mais comum com o avanço da idade e entre as pessoas de menor escolaridade. Entre os que têm mais de 55 anos o índice ultrapassa 35%.
a telinha passou de 31% para 25,3% em nove anos. O sedentarismo está relacionado ao aparecimento de doenças crônicas, como câncer, hipertensão, diabetes e obesidade. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, 31% dos adultos com 15 anos ou mais não são suficientemente ativos. Esse índice no Brasil, segundo o Vigitel 2014, que soma apenas as pessoas com mais de 18 anos, é de 48,7%. O desafio assumido pelo Ministério da Saúde é reduzir esse percentual a 10% até 2025. Segundo a OMS, 3,2 milhões de mortes todo ano são atribuídas à atividade física insuficiente e o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade global, responsável por pelo menos 21% dos casos de tumores malignos na mama e no cólon, assim como 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas.
24 de abril de 2015
MENOS SAL E GORDURA
Outro hábito positivo para a saúde do brasileiro é que as frutas e hortaliças estão presentes na rotina da população. Do total de entrevistados, 36,5% disseram consumir esses alimentos cinco ou mais dias da semana. Mas o índice cai para 24,1%, equivalente a um quarto da população, quando se considera a quantidade recomendada pela OMS – cinco ou mais porções diárias, 400 g. As mulheres são as que mais diversificam seus pratos. O consumo recomendado de frutas e hortaliças entre elas sobe para 28,2% enquanto entre os homens cai para 19,3%. Já o consumo de carnes com excesso de gordura caiu. Entre 2007 e 2014, o percentual de entrevistados que disseram consumir esses alimentos passou de 32,3% para 29,4%. Nesse caso, os homens consomem duas
vezes mais, com 38,4%, enquanto entre as mulheres o índice é de 21,7%. Apesar da busca por carnes mais magras, o sal continua bem presente no prato do brasileiro. A frequência de adultos que consideram seu consumo de sal muito alto ou alto foi de 15,6%, sendo maior entre os homens (17,4%). Esse percentual cai com a idade, mas aumenta com os anos de escolaridade. Segundo o Vigitel 2014, a percepção da população ainda é baixa em relação ao consumo de sal em excesso. O percentual deve ser ainda maior, uma vez que o estudo da POF/IBGE de 2008 mostrou que, naquela época, o consumo de sódio do brasileiro excedia em mais de duas vezes o limite máximo recomendado pela OMS, cinco gramas por dia. A média nacional é de 12 gramas.
Por que se preocupar? Tanto o sobrepeso como a obesidade colocam o coração numa situação de verdadeira "pressão". Essa alta sobrecarga no músculo cardíaco, originária da obesidade, pode aumentar a possibilidade de doenças sérias, tais como: - DIABETES;
Beba líquidos
- DOENÇAS CARDÍACAS; - PRESSÃO ARTERIAL ALTA; - DERRAMES (acidente vascular encefálico); - CÁLCULOS NA VESÍCULA; - COLESTEROL ALTO (ruim LDL); - QUASE TODOS OS TIPOS DE CÂNCER; - MORTE PREMATURA.
10 Dicas 1. Tenha uma alimentação saudável: ou seja, adote uma dieta com
Prefira alimentos cozidos e assados
O consumo de refrigerantes e doces também está caindo. Dados de 2014 apontam que 20,8% da população toma refrigerante cinco vezes ou mais na semana, menor que o índice de 2007 (30,9%). Já os alimentos doces estão na rotina cinco ou mais dias da semana de 18,1% da população, sendo mais presentes nas refeições das mulheres (20,3%) que dos homens (15,8%). A pesquisa mostrou ainda mudanças na alimentação relacionadas às rotinas mais modernas das famílias. Do total, 16,2% da população substitui o almoço ou a janta por lanche sete ou mais vezes na semana. Mesmo assim o consumo do feijão, tão popular no prato do brasileiro, permanece alto: 66% dos adultos consomem feijão cinco ou mais dias na semana.
Dieta com poucas calorias
Pratique exercícios
Evite bebidas alcoólicas
Conheça o teor calórico de cada alimento
poucas calorias;
2. Limite os alimentos gordurosos e ricos em açúcar: prefira as
preparações cozidas, assadas, grelhadas ou refogadas. Evite doces, alimentos enlatados, embutidos e outros produtos industrializados; 3. Pratique exercícios: a prática regular e orientada de atividade física é fundamental, pois aumenta a queima de calorias e promove uma série de benefícios à saúde. Opte por um esporte que lhe agrade, como caminhar, andar de bicicleta e nadar; 4. Mantenha distância de bebidas alcoólicas: o álcool é também muito calórico. Cuide para não beber muito regularmente, principalmente as bebidas mais fortes e a cerveja; 5. Conheça bem o teor calórico de cada alimento; 6. Procure realizar de cinco a seis refeições ao dia, em pequenas quantidades; 7. Mastigue bem os alimentos; 8. Estabeleça horários regulares para alimentar-se: ingira alimentos de 3 em 3 horas; 9. Consuma frutas, verduras e legumes; 10. Beba bastante líquidos como água, chás e sucos naturais.
Faça de 5 a 6 refeições ao dia
Ingira alimentos de 3 em 3 horas
Mastigue bem os alimentos
Coma frutas, verduras e legumes
Excesso de peso - Brasil
PANORAMA SAÚDE Sábados, 10h
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•52,5% estão acima do peso - índice era 43% em 2006 •17,9% da população é obesa •20% dos adultos possuem colesterol alto •12 gramas/dia é o consumo médio de sal - duas vezes maior que o recomentado pela OMS •72% dos óbitos provém de doenças crônicas *Fonte: Ministério da Saúde
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Radicef, agora com tomografia Cone Beam Giovani David Emmer, dentista radiologista, sócioproprietário da Radicef Digital, empresa que atua na prestação de serviços de imagem para as mais diversas áreas da odontologia, é o entrevistado desta edição. Emmer nasceu em Relvado, é dentista formado pela UFPel em 1999, especialista em Radiologia Odontológica em 2003. Atualmente, cursa mestrado em radiologia em Campinas e mora em Lajeado. O que é a Radicef, onde atua e há quanto tempo está no mercado? A Radicef é uma empresa especializada na prestação de serviços de imagens para a Odontologia. Tem atualmente quatro unidades de atendimento, com atuação no Vale do Taquari e no Vale do Caí. Trabalha no segmento de radiologia odontológica desde o ano de 2003. Quais os exames realizados pela clínica? São realizadas radiografias de uso na odontologia tais como radiografias intra-orais, panorâmicas, radiografias para implantes, documentações para ortodontia (pasta para colocação de aparelho) e recentemente ampliamos a gama de serviços em Encantado, oferecendo também Tomografia Computadorizada Cone Beam. A tomografia computadorizada é oferecida somente na unidade de Encantado? Não. Temos tomógrafos também em Lajeado e São Sebastião do Caí. Aqui em
Encantado, foi o upgrade mais recente, seguindo os planos de expansão da empresa. Além destes exames, a clínica realiza outros tratamentos odontológicos como implantes ou aparelhos dentários? Não. Embora a clínica conte com dentistas para fazer atendimento a pacientes, estes profissionais têm dedicação exclusiva para a radiologia, para que a gente possa oferecer sempre o máximo possível de qualidade e trazer as inovações para os nossos clientes e seus pacientes. Quando se fala em radiação, algumas pessoas podem ficar preocupadas. Existe algum tipo de perigo na realização desse tipo de exame? Sempre é bom ter cuidado em não se expor à radiação se não for necessário. Atualmente, com modernos equipamentos, vestimentas de proteção, correta indicação e correta execução técnica, conseguimos reduzir consideravelmente as doses que chegam aos pacientes. Você fala em plano de expansão da empresa. Pensa em ampliar? E por que escolheu Encantado em 2015 para fazer este “upgrade”? É o ano do Centenário do município. Nasci em Relvado, enquanto pertencia a Encantado. Sempre procuro interagir nas comunidades onde minha clínica está inserida e, de certa forma, com o
investimento financeiro feito neste empreendimento aqui no município, retribuo para a sociedade a confiança que recebo há tantos anos e isso me deixa muito feliz. Faz 15 anos que sou dentista, e destes, 12 anos que trabalho exclusivamente com radiologia. Durante este período, muitas mudanças tecnológicas ocorreram, novas pesquisas, novos equipamentos. Atualmente estou na fase final do curso de mestrado em Campinas-SP, onde tenho a oportunidade de comparar a realidade dos quatro cantos do Brasil e posso dizer, conscientemente, que o nosso Vale do Taquari é uma região diferenciada em vários aspectos. Temos uma população exigente e trabalhadora, que (me atenho na área da Odontologia que é onde eu conheço) de modo geral dá uma aula de profissionalismo, buscando sempre se aperfeiçoar e trazer o que tem de melhor para o seu paciente. Estou muito satisfeito com o elevado nível profissional dos meus colegas da região. Em relação à tomografia...serve só para quem precisa fazer implante dentário? Não. A tomografia hoje é amplamente utilizada para diversos fins, tais como patologias, tratamentos de canal, pesquisas de fraturas, implantes, ortodontia, localizar dentes inclusos, entre outros fins. Tenho certeza que com o incremento dos exames tomográficos, teremos
Rejane Bicca
Emmer tem 12 anos de experiência na área de odontologia melhores diagnósticos , aumentando ainda mais o índice de sucesso dos tratamentos odontológicos . Raio X ou tomografia? O dentista que analisa quais exames de imagens o paciente precisa e o encaminha à clínica de radiologia para realizar. Em casos especiais, na clínica, pode–se optar por exames complementares que sejam necessários para aquele diagnóstico.
exclusivamente com radiologia de forma imparcial, mantemos um canal permanente de comunicação com os dentistas, envio de documentações via e-mail, via web, com cerificação digital, possuímos experiência de mais de uma década com esse tipo de trabalho com constante aperfeiçoamento e sobretudo temos a consciência de que quanto melhor o nosso trabalho, melhor será o produto final, que é o sorriso do paciente.
Por que o dentista deveria indicar seu paciente para realizar sua radiografia ou tomografia na Radicef? Porque temos equipamentos com tecnologia de ponta, profissionais habilitados para o atendimento, trabalhamos
Muitas empresas oferecem vantagens semelhantes. Existe ainda “alguma carta na manga”? Na minha avaliação, a odontologia é uma ciência que está passando por um período de transição, pois muitos casos que até
então eram mais difíceis de se diagnosticar devido à dificuldade de visualização, hoje estão sendo esclarecidos com o uso de ferramentas de informática. De nada adianta alta tecnologia se não nos dispomos a passar o conhecimento. É aí que eu entro. Eu estimulo e ensino meus colegas dentistas a entrar neste novo e estranho mundo tecnológico. E isso é trabalhoso, desgastante, mas o resultado é fabuloso. Quais os dias de atendimento e telefones da Radicef? A Radicef atende de segunda a sexta-feira pela manhã e tarde, na Rua Júlio de Castilhos, sala 304 (galeria Peretti) em Encantado. Telefones: 9858-4045/99245056/8302-2259/9294-4419.