Jornal Opinião 15 de Fevereiro de 2013

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FESTA EM ROCA SALES

spray de pimenta

S E R IA C AU S A D E T U M U LT o CÂMARA DE VEREADORES Luciano Moresco sugere projeto para erradicar analfabetismo Página 7 FERROVIA NORTE-SUL Roca Sales quer apoio da região para garantir traçado Página 8 MUÇUM

Presidente do Legislativo quer união entre vereadores

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DEFESA DOS ANIMAIS

Evento na localidade de Marquês do Herval, conhecida como Picão, terminou em confusão depois que o suposto artefato de pimenta, usado pelos seguranças para apartar uma briga, se espalhou pelo salão atingindo os frequentadores. Polícia e SAMU foram chamados. Registros do caso já foram feitos na Delegacia de Polícia. PÁGINA 5

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FIM DO HORÁRIO DE VERÃO À meia-noite deste sábado (16) atrase o relógio em uma hora

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série

Superação

VAGNER E ORSOLIN Reencontro após seis anos do acidente

Henrique Pedersini

Líder da Associação

encantadense desabafa Página 15

Novo Papa rezará Missa no dia 28 de julho

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COLUNA

JORNAL OPINIÃO n 15 de fevereiro de 2013

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milton@rdencantado.com.br

Spray de pimenta, artefato de guerra? No início desta semana, um ouvinte da Rádio Encantado AM 1580, nos informava sobre um acontecimento na Localidade de Marquês do Herval, também conhecida por Picão, no município de Roca Sales, ocorrida no último domingo (10). Segundo ele, após o início de um tumulto, seguranças contratados para cuidar das pessoas na festa teriam usado, de forma indiscriminada, um gás, que poderia ser o chamado Spray de Pimenta. A informação dava conta de um tumulto no local, mas, logo após várias ligações, as notícias revelavam um aparato que se deslocou ao local: policiais, enfermeiros, ambulância do SAMU. As fotos mostram os participantes todos do lado de fora do salão onde se realizava o evento. Já existem na Delegacia de Polícia de Roca Sales registros referentes ao fato. E estes deverão ter o despacho da delegada Márcia Scherer para determinar o que será feito a partir deste momento. Na coluna, estamos trazendo parte de um texto, que foi escrito por Jeferson Botelho Pereira, e o titulo é “Aspectos penais sobre o uso, posse ou porte de spray de pimenta”, cujo link é, http://jus.com.br/ revista/texto/13104/aspectos-penaissobre-o-uso-posse-ou-porte-de-spray-de-

pimenta#ixzz2Ksm5UhzW. O referido spray é considerado no Reino Unido como arma ofensiva, sendo a venda e posse do spray de pimenta ilegais. No Canadá, é classificado como arma proibida, na Finlândia, é classificado como arma de fogo, o que acontece também com a Suécia. Na Austrália, nem mesmo a Polícia pode usar, pois é considerada arma proibida. Em alguns países, a utilização é permitida por pessoas maiores de 18 anos. Leia parte do texto sobre o Spray de Pimenta e sua possível regulamentação: No Brasil, existe o Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército, com nova redação determinada pelo Decreto 3665, de 20 de novembro de 2000, que em seu artigo 3º, apresenta algumas definições, como no inciso V, que define aquilo que é entendido com “agente químico de guerra”: substância em qualquer estado físico (sólido, líquido, gasoso ou estados físicos intermediários), com propriedades físico-químicas que a torna própria para emprego militar e que apresenta propriedades químicas causadoras de efeitos, permanentes ou provisórios, letais ou danosos a seres humanos, animais, vegetais e materiais, bem como provocar efeitos fumígenos ou

incendiários; E no inciso LXIX fornece a definição de “produto controlado pelo Exército”, como sendo produto que, devido ao seu poder de destruição ou outra propriedade, deva ter seu uso restrito a pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral e psicologicamente, de modo a garantir a segurança social e militar do país. Logo em sequência, o referido decreto, ainda em seu artigo 3º, inciso LXXXI, define o termo uso restrito, como sendo a designação “de uso restrito” é dada aos produtos controlados pelo Exército que só podem ser utilizados pelas Forças Armadas ou, autorizadas pelo Exército, algumas Instituições de Segurança, pessoas jurídicas habilitadas e pessoas físicas habilitadas; No artigo 16, o Decreto de fiscalização dos produtos controlados, entende como uso restrito, inciso XI, armas e dispositivos que lancem agentes de guerra química ou gás agressivo e suas munições; Segundo o Exército, a repressão ao porte ilegal do spray “é responsabilidade da Polícia Federal”. Mas a PF não tem dados sobre apreensão de spray de pimenta e diz que são as polícias estaduais que devem

reprimir o uso ilegal. Perguntas que não querem calar sobre o episódio do último domingo em Roca Sales: 1 - O gás que tirou as pessoas do salão (conforme mostram as fotos), e mobilizou um aparato de segurança pública e da área de saúde, era Spray de Pimenta? 2 - Se for, a sua venda está autorizada no Brasil? E existem notas fiscais comprovando a sua origem, por parte da segurança contratada pelo local? 3 - Existe treinamento para usar esse spray, ou isto não é necessário? 4 - É legal o uso, e ele é restrito apenas a esta festa, ou é uma rotina em outras ocasiões? 5 - O uso do gás no local acalmou ou acirrou os ânimos? 6 - É necessária uma investigação de autoridades, como Polícia Civil ou Ministério Público, referentes aos fatos da semana passada? As fotos mostram como a festa terminou. Com certeza, a comunidade não a realizou para que terminasse assim, muito pelo contrário, queria que fosse um sucesso.


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Boletins da Jornada na Rádio Encantado AM segundas, quartas e sextas - 8h30min e 18h30min

Novo Papa rezará Missa no Brasil no dia 28 de julho “Entramos em um momento de oração em agradecimento a Bento XVI e ao novo papa, já escolhido por Deus. E os trabalhos da JMJ Rio2013 continuam da mesma forma, continuam os preparativos”, disse o arcebispo do Rio e presidente do COL, Dom Orani João Tempesta, durante entrevista coletiva nesta semana, na Basílica Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel. “Nós tivemos várias vezes com o Santo Padre e quando falávamos sobre a Jornada Mundial da Juventude para o ano de 2015 ele nos dizia que estaria muito longe, distante, e o Papa já estaria muito idoso. Quando fechamos a data para o ano de 2013 Bento XVI disse: ‘o Papa irá a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Eu ou o meu sucessor’. (...). Temos que rezar pela atitude corajosa do Santo

Diogo Daroit Fedrizz

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Site Uol

Bento 16 surpreendeu os católicos ao renunciar o comando da Igreja Padre, coragem de perceber que chega o momento de deixar o trabalho. Nossa data da JMJ continua firme, toda a missão continua, e temos certeza que será um belo momento para jovens do Brasil e do mundo”, afirmou Dom Orani.

Sobre a presença do novo Papa durante a Jornada, o arcebispo explicou também que quando a JMJ foi realizada em Colônia, na Alemanha, o Papa João Paulo II havia organizado tudo, mas quem participou e conduziu foi Bento XVI. “Sem dúvida o tempo é curto, pois além de um líder religioso o Papa é um chefe de Estado, mas creio que vai depender de quem for eleito e não podemos adiantar nada. É costume é que o Papa continue a rotina do antecessor pelo menos é o que nós vemos sempre e caso isso aconteça seremos uma das

O Conclave

primeiras cidades que o novo pontífice irá visitar”, destacou Dom Orani. Após a renúncia de Bento XVI, que será realizada oficialmente no dia 28 de fevereiro, às 20h de Roma (17h de Brasília), segundo anunciou o próprio pontífice em sua carta de renúncia, terá início a Sé Vacante – tempo que transcorre entre o momento em que um papa morre ou renuncia até a escolha do sucessor –, e de acordo com o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a Igreja Católica deve ter um novo Papa até a Páscoa, no próximo dia 31 de março.

Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave. Para poder participar da escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos e cinco cardeais brasileiros são candidatos a ocupar o posto: Dom Raymundo Damasceno, atual arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Dom Cláudio Hummes, de 78 anos, Arcebispo Emérito de São Paulo; Dom Odilo Scherer, de 63 anos, atual Cardeal Arcebispo de São Paulo; Dom João Braz de Aviz, de 66 anos, que mora em Roma e é Prefeito das Congregações dos Religiosos em Roma; e Dom Geraldo Majella Agnelo, de 79 anos, atual Arcebispo Emérito de Salvador (BA).


notícias da Acompanhe às sessões Terças-feiras, às 18h

Diogo Daroit Fedrizzi

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Luciano propõe pacto para erradicar analfabetismo Devido ao ponto facultativo do Carnaval, sessão aconteceu na quarta-feira (13) e não teve manifestações de tribuna

Fotos: Diogo Daroit Fedrizzi

O vereador Luciano Moresco (PT) elogiou a atitude da Secretaria de Educação de Encantado em aderir ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, programa do governo federal com o objetivo de que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade. “Temos que saudar esta iniciativa que vai envolver uma série de órgãos que atuam no município, como Judiciário, Ministério Público e Conselho Tutelar”. Ao mesmo tempo, o petista sugeriu que a Administração crie um Pacto Municipal para erradicar o analfabetismo. “Considero uma proposta arrojada,

mas necessária. Penso que deva ser uma das metas do Centenário do município”, disse. Luciano apresentou dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revelam o número de 800 pessoas, acima dos cinco anos, declaradas analfabetas em Encantado. O vereador reconhece a dificuldade de alcançar 100% das pessoas alfabetizadas, já que muitos dos analfabetos têm mais de 70 anos, mas acredita que deva ser dada a oportunidade para aqueles que tenham vontade de aprender. “Vou insistir nesse projeto e ampliar o debate. Investir em educação é investir no presente e no futuro”.

O vereador Adroaldo Conzatti (PSDB) sugeriu a criação de uma Comissão Externa na Câmara de Vereadores para tratar da viabilidade de instalação da UTI no Hospital Santa Teresinha. Após a audiência pública realizada na semana passada, que contou com a participação do diretor da Casa de Saúde, Vagner dos Anjos, e do secretário municipal de saúde, Marino Deves, o tucano concluiu que não houve clareza nas informações quanto a prazos, custos e origem dos recursos. Conzatti citou o exemplo do Instituto do Coração de Porto Alegre que, recentemente, inaugurou a nova UTI, com capacidade para 14 leitos, construída numa área de 500 metros quadrados e custo de R$ 900 mil entre obras e novos equipamentos. “A exposição feita na audiência nos deixou preocupados. As coisas não ficaram definidas e nem claras quanto a custos de projetos”, disse. “A comissão vai buscar informações e ajudar, porque a UTI é muito impor-

tante para a comunidade”. O vereador também fez comentários sobre o valor investido na UTI da capital, R$ 900 mil. “Em Encantado, se projetam valores muito maiores do que este. E no Instituto do Coração de Porto Alegre foi feita uma construção de primeira linha. Vamos ver o que está acontecendo”, salientou. A Comissão deverá ser formada por cinco vereadores, cada um representante de um partido. O presidente Jonas Calvi solicitou que as bancadas indiquem os membros para integrarem o grupo. Ele lembrou ainda que na década de 80, quando estava no comando do município, as Irmãs que administravam o Hospital de Encantado não conseguiram manter o trabalho e devolveram o controle da Casa de Saúde para o município. “Não queremos que isso aconteça novamente”, acrescentou. Conzatti também pediu ao Executivo para que faça um trabalho de pintura no prédio do Centro Adminis-

Luciano Moresco (primeiro à direita) quer ampliar o debate sobre o analfabetismo em Encantado

Conzatti quer aprofundar debate sobre UTI trativo Municipal. “É uma obra que foi feita para durar 100 anos, não só para essa geração, mas para as futuras também. Precisamos dar manutenção”.

“A exposição feita na audiência nos deixou preocupados. As coisas não ficaram definidas e nem claras quanto a custos de projetos”, vereador Adroaldo Conzatti

Conselhos Municipais Os vereadores aprovaram a indicação dos nomes para integrarem dois conselhos municipais. Osvaldo Delazari e Victório Alba para o Conselho de Desenvolvimento Integrado e Gustavo Radaelli e Luis Ricardo da Silva para o Conselho Antidrogas.

Sessões às terças

Aprovado

O único projeto que estava na ordem do dia foi aprovado por unanimidade. A matéria autoriza o Executivo a permutar uma área de terra urbana, de propriedade do município, por uma área de terra urbana de propriedade de Luciana Gonzatti Fedrizzi.

Por sugestão da Mesa Diretora, os vereadores aprovaram a mudança do dia das sessões. A partir de agora, as reuniões acontecem às terças-feiras, às 18h. A bancada de oposição (Valdecir Gonzatti, Adroaldo Conzatti, Gustavo Scatolla e Celso Cauduro) votou contra à mudança.


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GERAL

JORNAL OPINIÃO n 15 de fevereiro de 2013 Diogo Daroit Fedrizzi

Roca Sales - O prefeito Nélio Vuaden quer mobilizar colegas gestores e lideranças regionais para que o traçado da Ferrovia Norte Sul passe por Roca Sales. A batalha é para garantir o percurso previsto no projeto original. Vuaden projeta o desenvolvimento da região, aproximando o Vale do Taquari ao Porto de Rio Grande. “Temos um local privilegiado. O entorno da Estação Férrea, hoje administrada pela América Latina Logística (ALL). possui uma grande área para construir pavilhões industriais, por exemplo. É uma área nobre”, comenta. O gestor acrescenta o transporte ferroviário vai possibilitar o aumento na exportação e importação. “Hoje, muito pouco sai ou vem para Roca Sales via trem. Principalmente, material de construção e alguma coisa de grãos. Nossa região precisa de grãos, temos empresas como a Dália, Languiru, BR Foods, Minuano. Com o trem, com certeza, vai baixar o custo final dos produtos e facilitar a logística”. Vuaden já solicitou espaço para falar sobre o assunto na próxima reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), marcada para o dia 15 de março, em Colinas. Uma audiência pública no município também deve ser agendada em breve.

O Traçado original

FERROVIA NORTE SUL

Roca quer mobilizar região para garantir traçado

Neste ano, duas empresas farão estudo técnico para definir percurso dos trens que seguirão até o Porto de Rio Grande

“Meu medo é que, por inércia, a gente perca uma conquista”, alerta Goergen

Vuaden falará sobre o assunto na reunião da Amvat

O alerta sobre a falta de mobilização da região partiu do vice-presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias na Câmara Federal, deputado Jerônimo Goergen, durante a Marcha dos Prefeitos a Brasília recentemente. O político lembra que quando estava na Assembleia Legislativa presidiu a Comissão de Implantação da FerroSul, movimento que gerou a decisão do governo federal de implantar a Ferrovia Norte Sul até o Porto de Rio Grande. A lei que prevê o traçado é de 1985 e projeta a entrada no Rio Grande do Sul por Erechim, Passo Fundo, Roca Sales, Triunfo, Camaquã, Pelotas e Rio Grande. “Para Roca Sales está previsto uma estrutura de parada do trem”, afirma Goergen. Ele salienta também que existe um movimento forte da região de Soledade, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul para alterar o traçado original. “Esses municípios já têm, inclusive, apoio do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), eles já buscaram apoio do governo”, acrescenta. “E nós temos a posição para que se mantenha o traçado”. No final do ano passado, a Valec Engenharia, empresa pública respon-

sável pelas obras da Ferrovia Norte-Sul, contratou duas empresas que farão o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental. O trabalho foi dividido em dois lotes: o primeiro trecho, ligando Panorama (SP) a Chapecó (SC), ficará sob responsabilidade da Contécnica; o segundo lote, no trecho Chapecó (SC)-Porto de Rio Grande (RS), teve com vencedor o consórcio STE-Prosul. “Esse estudo é definitivo. Vai garantir se o traçado será mantido ou alterado”, explica Goergen. Segundo o parlamentar, a mobilização pode servir para o desempate de critérios subjetivos. “Caso o estudo determine a possibilidade de manter o percurso ou optar por outra área, a mobilização vai contribuir para segurar o percurso original. Claro, se houver uma discrepância de dados técnicos,

ambientais, a decisão será técnica”, diz. “Mas o meu medo é que por inércia, a gente perca uma conquista que nem nos mobilizamos para ter e tivemos. Agora temos que garantir que permaneça”. Goergen entende que a Amvat é o ponto de partida para liderar entidades, como sindicatos e associações. Ele sugere ainda a criação de um Grupo Regional para discutir o assunto com o secretário estadual de Infraestrutura, Caleb de Oliveira. “A outra região já ganhou apoio da Infraestrutura para, junto ao Codesul, mudar a proposta de traçado. Então vamos ter que fazer o mesmo caminho, buscar o governo do Estado e o Codesul para manter a proposta original. Além da participação dos deputados estaduais e federais para colocar peso político”, argumenta.

Deputado Jerônimo Goergen


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o ã ç a r e Sup ersini Henrique Ped

Waldir Azevedo compôs a música “Brasileirinho”, que entre seus versos diz: “O brasileiro quando é do choro é entusiasmado quando cai no samba”. E ainda: “Nunca mais esquecerei o tal chorinho Brasileirinho”. Tais frases escancaram a capacidade do povo brasileiro em se renovar, em buscar forças para vencer na vida, mesmo quando não é possível enxergar mais nada. Detalhe: Waldir Azevedo nasceu no dia 27 de janeiro. O vigésimo sétimo dia do mês de janeiro, com certeza, está eternizado para algumas pessoas como sendo um dia trágico. O motivo principal é o incêndio ocorrido na boate Kiss de Santa Maria, onde mais de 230 pessoas perderam a vida, lugar onde foram com o objetivo de se divertirem. E o número de mortos ainda não é o resultado final da desgraça, pois várias pessoas seguem internadas em hospitais pelo Estado. As autoridades já iniciaram os trabalhos com a finalidade de apurar o que realmente aconteceu no local, e consequentemente, punir os responsáveis. A data não será a mesma para os que saíram com vida da boate Kiss, para os amigos, familiares, população de Santa Maria e para as milhares de outras pessoas que prenderam sua atenção em rádios e canais de televisão durante todo aquele fatídico domingo. A data 27 de janeiro, só que do ano de 2007, também é marcante para Vagner Lorenzi, 32 anos. O motivo: um acidente que não ficará apenas em sua lembrança, mas também as sequelas que o deixaram paraplégico. Entretanto, pouco mais de seis anos

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12 horas

à espera de socorro

Henrique Pedersini

Após seis anos do acidente, Orsolin e Vagner se reencontraram em Muçum depois, veio a recuperação e a adaptação com a nova realidade. Ele encontrou no esporte a ferramenta necessária para vencer desafios e mostrar às pessoas que não há dificuldade que não possa ser superada. Na época do acidente, Vagner trabalhava com os pais em um bar da família em Muçum. A coincidência do acidente automobilístico de Vagner com a data da tragédia em Santa Maria não é a única curiosidade dessa história. O então prefeito Agostinho José Orsolin foi o responsável pelo seu resgate. A reportagem do Grupo Encantado de Comunicação promoveu o encontro entre os dois pela primeira vez após o acontecimento, na residência de Vagner, localizada em Muçum.

O acidente Na noite do sábado de 26 de janeiro de 2007, Vagner combinou de ir com os amigos até o salão de festas Buzzoli, em Doutor Ricardo. O rapaz comunicou os pais, Danilo e Ana. “Era por volta da meia noite quando ele disse que estava indo para Doutor Ricardo com alguns amigos. Eu pedi muito para que ele não fosse. Assim como todas as mães, sempre fui preocupada com os perigos do trânsito. Ele decidiu ir, entrou no bar, falou com a gente rápido e foi para essa festa”, contou a mãe. Ele e mais quatro amigos estavam na festa, até que Vagner falou aos companheiros que voltaria para casa. Os amigos permaneceram no evento, enquanto o motorista retornaria sozinho para Muçum. “Eu acabei saindo da festa, não tinha um destino próprio. Acho que se não tivesse me acidentado poderia ir para casa ou algum outro lugar se avistasse algum conhecido”, disse. De acordo com ele, não chovia naquela

noite. Na altura de Linha Bonita, em Doutor Ricardo, Vagner desviou a atenção para o porta-luvas para pegar um CD e trocar com o que estava no aparelho. Bastou o breve instante de desatenção para perder o controle do carro e sair da pista. “Eu não estava correndo. As pessoas perguntam até hoje qual era a velocidade que eu estava. O mais curioso é que eu não costumava correr, mesmo no acidente eu estava devagar. O que realmente aconteceu foi uma desatenção minha, que desviei o olhar para trocar o CD do aparelho, por isso abri o porta-luvas e o carro saiu de controle e acabei me acidentando. Notei que não haviam os chamados “cocurutos” na pista. Se eles tivessem ali, eu poderia ter percebido para onde o veículo estava indo”, lembrou. O carro era um Uno Mille. O automóvel atravessou a pista e caiu em um barranco, no lado direito de quem trafega no sentido Encantado - Doutor Ricardo. O carro chegou a capotar, de acordo com a vítima do acidente, lançando-o para fora. O Uno também desceu a ribanceira ao capotar, mas foi em outra direção.


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“O que fiz foi me arrastar pelo chão. Foram cerca de 20 metros que me arrastei, inclusive minha calça acabou caindo até o joelho, mas eu não consegui puxar porque não sentia minhas pernas”, Vagner Lorenzi

angústia por ajuda

O acidente ocorreu por volta das 2h30min da madrugada do domingo, 27 de Janeiro. Vagner foi encontrado apenas por volta das 14h30min daquele dia, ficando por cerca de 12 horas à espera de socorro. “Eu acredito que desmaiei ao cair. Quando acordei, eu só conseguia ver uma das rodas do carro, que estava em outra direção. O que fiz foi me arrastar pelo chão. Foram cerca de 20 metros que me arrastei, inclusive minha calça acabou caindo até o joelho, mas eu não consegui puxar porque não sentia minhas pernas”, descreveu. Como estava longe do asfalto, era di-

Henrique Pedersini

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fícil alguem o encontrar na parte da noite. “Quando eu ouvia o barulho dos motores dos carros, e a luz dos faróis se aproximando, eu gritava para me ajudarem, mas não tinha como ouvir, eu estava longe. Depois eu dormi e acordei por duas ou três vezes. Confesso que depois de gritar e insistir tanto pensei em fazer uma besteira, achei que não conseguiria sair vivo daquele lugar e não queria ficar ali sofrendo”, revelou. Outra preocupação do rapaz era que tivesse mais alguém no carro. “Naquela altura eu não lembrava nada do que tinha acontecido, eu só enxergava uma parte do carro e estava torcendo para que não houvesse mais ninguém no veículo comigo, pois pelo estado que vi, acreditava que se estivesse alguém ainda dentro dele, não haveria chance de escapar”, relatou.

Superação O acaso salva Vagner Era por volta das 14h quando o então prefeito de Encantado, Agostinho José Orsolin, se dirigia até um dos morros na localidade, para observar algumas terras que são de sua propriedade. Orsolin parou o veículo e se aproximou da margem da estrada. “Eu estava na praia e decidi voltar um dia antes, no sábado, para ir à festa de um amigo. No domingo almocei com a família e avisei que estava indo nesse morro, perto de onde o encontrei. Eu não pretendia ficar por muito tempo, pois já havia deixado o carro manobrado para voltar na sequência. Foi quando passou outro carro na rua, ouvi uma voz de fundo: ´Socorro, me ajuda´. Apenas na segunda vez que ouvi os gritos, identifiquei de onde eles vinham”, lembrou Orsolin. Naquele final de semana, ocorreu um assalto em Encantado e reféns foram encontrados amarrados no município de Arvorezinha. Quando escutou gritos, Agostinho pensou que fosse alguma vítima que estava presa no matagal. “Desci uma parte do barranco e achei o Vagner deitado. O curioso é que o encontrei de ponta-cabeça, o que certamente dificultou para ele se

arrastar”, descreveu. Vagner arrastou-se por cerca de 20 metros morro acima, apoiado em cipós que encontrou. Ele recorda que foi difícil se deslocar, em razão da lesão que teve e também por que não conseguia se apoiar em nada. “Eu perdi a conta de quantos cipós eu quebrei tentando subir, e cada vez eu ficava mais sem esperança de que conseguiria sair daquele lugar tão cedo”, destacou Vagner. A mãe do rapaz lembra que, durante o dia, vários familiares passaram pelo lugar. “A minha própria mãe, primos, meu cunhado, que moram em Anta Gorda passaram pelo lugar, mas da estrada não era possível visualizar nada”, disse Ana. Ao encontrar o acidentado no barranco, Orsolin atendeu a um pedido feito pelo rapaz. “Ele queria saber se tinha mais gente no carro. Eu fui e não achei ninguém. O veículo estava espetado de uma porta a outra por uma árvore, se alguém estivesse nele, não sairia com vida. Percebi que o para-brisa tinha quebrado totalmente, suponho que ele tenha caído para fora do veículo, antes de capotar”, especulou Orsolin. Já Vagner comentou que teve dois momentos de alívio. “A sensação quando percebi que tinham me achado foi como se eu tivesse nascido novamente e também quando ele me certificou de que não havia ninguém mais no Uno Mille, foi que tive outro alívio muito grande, mesmo estando esgotado de tanto rastejar e gritar por socorro”, relatou.

Vagner (à direita, com a camisa do Grêmio). Família também precisou se adaptar à nova realidade


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Superação Resgate rápido

Agostinho Orsolin iniciou o resgate ao acidentado. De acordo com ele, estava tranquilo, pois a vítima não tinha ferimentos visíveis no corpo. “Eu liguei para o Nilton Rolante, que era prefeito de Doutor Ricardo na época e ele assegurou que já estava enviando ambulância rapidamente. Liguei para o Sandro Barreto (assessor de imprensa na época), para ele conseguir outra ambulância caso fosse preciso. Logo depois chegou o Corpo de Bombeiros, a Brigada Militar e o Tiago Luzzi, que auxiliou no resgate também. “Eu estava tranquilo porque ele Henrique Pedersini

não se queixava de dor e não tinha ferimentos visíveis”, relembrou Orsolin. Como a calça havia caído durante a tentativa de se locomover no mato, o celular do jovem tocava e o rapaz não tinha como atender. “Ouvi que me ligaram duas ou três vezes, depois acabou a bateria do telefone, mas eu não conseguia alcançá-lo”, disse Vagner. Assim que foi encaminhado à ambulância, ele começou a sentir as dores. “Eu disse logo para os enfermeiros que não estava sentindo as minhas pernas. Quando me colocaram na maca, as dores começaram. Senti algo no meu olho e dor em um dos ombros. Fui levado para o hospital de Encantado primeiramente. Acordei muito depois e daí sim comecei a ter consciência do que havia acontecido e passei a

lembrar aquela madrugada pouco a pouco”, disse. Orsolin recebeu do jovem um número de telefone dos pais de Vagner e também a orientação de não avisá-los logo sobre o ocorrido. Ana comentou que mesmo sem saber do acidente, não conseguiu dormir a noite toda. “Não sei se por acaso ou não, eu sentia muita dores nas pernas, a noite inteira. Quando acordei pela manhã, passou na rua um dos rapazes que estava com ele. O rapaz até confirmou que o meu filho tinha vindo embora antes. Pensei então que ele tinha ido dormir na casa de algum outro amigo. Isso era comum. Só depois que chegou a notícia para nós”, recordou a mãe. Em uma frase, Vagner sintetizou o sentimento após ser encontrado e encaminhado ao Hospital: “Nasci de novo”.

Bicicleta de Vagner foi comprada pela internet e custou R$ 2,5 mil

Adaptação e viagem para Brasília Indagado sobre as mudanças na vida após o acidente, Vagner fala que teve que aprender tudo novamente. “Foi um processo difícil. Tem toda a questão natural do psicológico, da ambientação com a nova realidade, da própria aceitação, mas é algo natural. Ainda hoje, as pessoas me pedem para contar tudo novamente como aconteceu. Perguntam como faço várias coisas. É um processo de ambientação”, comentou. Sobre a lição que ficou para ele em relação ao acidente, Vagner foi objetivo. “A lição que fica é não beber quando se está dirigindo. Acho que isso é o mais importante”, ponderou. Ao longo do processo de recuperação, ele esteve internado no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Segundo o muçunense, a experiência foi muito importante e marcante. “A partir da minha ida para Brasília foi que o processo de recuperação evoluiu. O Hospital Sarah Kubitschek é extraordinário. Conheci pessoas com história de vida semelhante e por vezes até mais traumáticas que a minha. Eu sempre quis ir para lá.

Teve pessoas da região que sofreram acidentes e vieram me visitar. Fui para lá seis ou sete meses após o acidente”, relembrou. Atualmente, Vagner considera que o principal problema que enfrenta é a acessibilidade. “Existem locais em Muçum, Encantado e região que não possuem ainda a acessibilidade necessária. Algumas festas na região, por exemplo, não contam com banheiros adaptados. Acho que essa é a principal dificuldade, mas se percebe que os empresários estão preocupados em oferecer condições para cadeirantes e demais pessoas que precisam de adaptações”, salientou. Após o acidente, Vagner concluiu o Ensino Médio através de supletivo na própria cidade e ainda participou de curso para radialista, além de ter cursado um semestre de faculdade em Guaporé. Não foi somente Vagner que precisou de adaptação. A família também teve que se habituar às necessidades dele. “Quando ele voltou para casa, precisamos pegar uma cama do hospital, que era adaptada, e colocamos na sala, 60 dias depois ele voltou ao quarto”, recorda o pai Danilo Lorenzi. Um espaço foi construído junto a casa. O lugar atende as necessidades de Vagner, com quarto e banheiro. “Hoje ele chega de carro (também adaptado) e vai direto para cadeira e daí para o banheiro ou cama dele, não há a necessidade da nossa ajuda para isso”, destacou o pai.

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Esporte: O novo caminho No processo de recuperação, Vagner teve no esporte um dos principais aliados. O ciclismo e o caiaque são as atividades praticadas por ele. A bicicleta foi adquirida recentemente. É com ela que o muçunense se desloca diariamente. “Eu a comprei pela Internet, de um grupo de amigos que construíram para um projeto da universidade e colocaram à venda. Ela se desenvolve em razão do movimento que é feito com as mãos, tem freio e tudo mais, só não é adequada para competição em virtude do número de marchas. Essa tem seis marchas, uma profissional tem 24. A que comprei custa R$ 2,5 mil e o meu tio buscou para mim em Curitiba, de caminhão. Uma profissional chegar a custar o dobro. Como eu pretendo participar de campeonatos, precisarei de uma bicicleta com mais recursos, estou buscando alguns patrocínios para participar de competições”, disse Vagner. A canoagem também é um esporte praticado por ele. O desportista adquiriu até um caiaque que utiliza em seus treinamentos. “Infelizmente não é tão fácil em razão das dificuldades para entrar no caiaque. Também existe a dificuldade de acesso, pois os locais onde tem rios na região não dispõem de rampa para cadeirantes, além disso, existe ainda a questão da falta de espaço adequado para prática e ainda tem o fato de que Muçum não tem uma associação registrada. Eu teria que me deslocar para treinar e competir em outra cidade. Se for necessário, eu farei isso, mas se existisse tudo aqui em Muçum, ficaria mais fácil”, avaliou. Vagner apontou a Lagoa da Garibaldi como local ideal para treinamento. A ideia dele é que seja feita uma parceria entre Encantado e Muçum e outros municípios, para que essas pessoas possam também usufruir esse espaço. Recentemente, Vagner viajou até São Paulo, onde conheceu Fernando Fernandes, desportista, ex-participante do Big Brother Brasil, que também ficou paraplégico após um acidente e disputa competições. O rapaz não recebe mais nenhum benefício. “Tiraram meu benefício em razão de uma inclusão com empresas que está sendo feita. Recebi por um ano e depois por mais seis meses, depois tiraram. O advogado até entrou com um recurso e não deu certo”, explicou. Atualmente Vagner é considerado totalmente apto para trabalhar. Até o final do ano passado, o muçunense trabalhava na Prefeitura. A família até entende que Vagner poderia trabalhar, mas lembra que as empresas não estão preparadas para atender as necessidades de pessoas com deficiência.

“A lição que fica é não beber quando se está dirigindo. Acho que isso é o mais importante”, Vagner Lorenzi


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ENCANTADO

JORNAL OPINIÃO n 15 de fevereiro de 2013

“AEDA não está morta”, diz presidente Henrique Pedersini Encantado - Durante a segunda-feira (11), a presidente da Associação Encantadense de Defesa dos Animais (AEDA), Salete dos Santos Ferreira externou algumas constatações a cerca da maneira como as pessoas vêm tratando os animais e até mesmo a necessidade de pessoas adotarem os animais e oferecer a eles as condições básicas para permanecer em um ambiente. A declaração foi através da rede social Facebook e foi postada no Grupo Encantado RS. Quem publicou a manifestação da presidente foi outra pessoa que também faz parte da Organização que auxilia animais abandonados. “Me manifestei em ra-

Salete dos Santos Ferreira confirma que Associação segue com os trabalhos. Entretanto, não recebe mais animais, apenas cuida e disponibiliza para doação.

zão de que essa questão precisa ser colocada à tona novamente, afinal as pessoas precisam se conscientizar que ter um animal não é apenas um passatempo, mas também um compromisso, que demanda tempo, recursos e conhecimento”, diz Salete. Outra questão levantada pela presidente, ressalta a função da AEDA. “A associação foi criada e funciona para ajudar os animais abandonados e também para auxiliar pessoas que tenham interesse em adotá-los. Hoje tenho mais de 20 animais que estão em minha casa, infelizmente trabalho e não consigo cuidar deles todos os dias, até tem uma outra menina que faz parte da Organização que inclusive é paga por mim, pois ela trabalha e preciso

recompensá-la pela ajuda que oferece”, relata. Alterações Após a declaração de Salete, houve a consciência que a AEDA acabaria, mas ela esclarece algumas mudanças que terá de fazer a partir de agora. “Eu acabei adotando os animais e montei uma estrutura em casa, não me importo de cuidá-los, mas infelizmente não tenho mais condições de receber nenhum cachorro e nenhum gato, fechei a porta para o recebimento de mais bichos. Existem pessoas que adotam alguns animais e devolvem duas semana depois, porque querem vacinação paga, castração feita, coisas que acabamos conseguindo com muito esforço em alguns

casos”, declara. Salete comentou que tem uma profissão e que dedica muito tempo para a AEDA. Ela comentou ainda sobre a questão de violência em relação a animais. “Eu tenho um trabalho, um compromisso, as pessoas acham que por eu ser a presidente, eu devo largar meu trabalho e sair correndo para buscar um cachorro ou um gato, é complicado. Além do mais existem pessoas que têm coragem de maltratar os bichinhos, às vezes fico horas registrando boletins de ocorrência contra maus tratos. Recentemente fui buscar um cachorro em um bairro de Encantado que tinha sido agredido por machadadas, felizmente, agora o cachorro está melhor, mas fizemos todo

O texto publicado no Facebook Diante de tantos problemas enfrentados no dia a dia e diante da falta de compreensão e da cobrança que as pessoas nos fazem, as quais não entendem o objetivo do trabalho voluntário, não entendem que cada pessoa envolvida tem sua vida própria, tem emprego e família, que não pode estar 24 horas resolvendo as questões dos animais. Embora tentamos da maneira melhor possível, solucionar os problemas que se apresentam, nosso trabalho em prol dos animais é encarado como “obrigação” onde somos remunerados pela dedicação. Diante do exposto faço o seguinte questionamento: a) O povo sabe quanto se gasta para manter limpo um canil? b) Sabe quanto se gasta de água por mês? A AEDA não paga água, mas alguém o faz por ela. c) Sabe quantos galões de desinfetante são gastos por mês para a desinfecção do ambiente (a AEDA não compra mas alguém compra e paga para ela). d) Sabe quantos sacos para lixo se gasta para embalar cocô? e) Sabe quanto se gasta de sabão em pó para lavar cobertores? f) Sabe quantos sacos de ração para gato e para cachorro se consome? g) Sabe quanto se gasta em medicamentos para os animais doentes? h) Sabe quanto custa uma castração de macho ou fêmea?

i) Sabe quanto custa uma corrida de táxi? (OBS: A AEDA não dispõe de SAMU e nem ambulância para animais) j) Sabe que um cachorro faz xixi nas plantinhas e as mata? l) Sabe que os gatos fazem do teu gramado um banheiro coletivo e alguém tem que limpá-lo? m) Sabe quanto custa uma lata de NAN e mamadeira para alimentar filhotes recém nascidos e abandonados, sem contar o fato de levantar várias vezes a noite para alimentá-los e fazer o papel de gata na hora do xixi e cocô? n) Sabe o que é ficar sem almoço para apanhar cadela no cio embaixo de carros em plena via pública? o) Sabe que é deixar de almoçar para limpar o olho de um cachorro com bicheira? p) Sabe o que dedicar o seu sábado e o seu domingo para dar banho em 22 cachorros, catar seus bernes e carrapatos? q) Sabe que a AEDA não tem Folha de Pagamento? r) Sabe o que é em pleno meio dia resgatar cachorro preso a um túmulo no cemitério? s) Sabe o que é entrar em bueiros e subir em telhados para resgatar gatos? t) Sabe o que é ter o seu local de trabalho invadido por pessoas com animais pingando sangue? u) Sabe o que é estar atendendo aos clientes e alguém te liga para

resgatar animais em pleno expediente? v) Sabe o que é passar o domingo atendendo pessoas que acham lindo o trabalho da AEDA mas querem adotar um poodle, onde só há vira-latas; x) Sabe o que é ouvir pessoas querendo adotar animal preto por que branco suja muito? z) Finalmente, sabe o que é colocar a tua casa, o teu espaço, para servir de lar temporário para os animais por que na cidade não existe canil ou gatil municipal? Você faria isso? Não precisa responder, nos já sabemos a resposta. Portanto, se você sabe tudo isso não aponte seu dedo e nos diga qual é a nossa obrigação; é um bom momento para refletir sobre os deveres como cidadãos e como munícipes, não apenas exigir os seus direitos. Não interessa se você faz parte ou não da AEDA, faça você a sua parte e não espere que os outros façam por você. Grande parte da população diz amar os animais e não pode vê-los sofrer, sentem muita pena. Animal não precisa de Piedade; precisa de casa, comida e muito afeto. Piedade não enche barriga, não cura feridas e não minimiza dores. Doações espontâneas e trabalho voluntário, isso sim faz a diferença. É por essas e por outras que a AEDA em breve vai fechar as suas portas, cada um que cuide e resolva seu próprio problema.

um trabalho para recuperá-lo.”, fala Salete. A presidente ainda diz que é preciso que as pessoas se imponham e ao verem agressões a animais chamem a polícia e tenham a coragem de dizer o que viram e de assinar o boletim de ocorrência. Para adotar um animal, basta assinar um termo de compromisso. Endereço A sede da AEDA está situada na Travessa Fidêncio Nardini, 34, Bairro Vila Moça. A associação ainda fornece o número de conta 44514-2, na Agência 748 do Banco Sicredi para quem deseja efetuar doações. O site é www.aedaencantado.com.br, ou pelo e-mail atendimento@aedaencantado.com.br.

Animais abandonados

Facebook Aeda


GERAL

JORNAL OPINIÃO n 15 de fevereiro de 2013

GIRO PELO VALE GUAPORÉ O Sicredi Região dos Vales realiza as assembleias nucleadas nos 18 municípios de abrangência para a apresentação dos resultados alcançados em 2012. Hoje, às 20h30min, o encontro acontece em Guaporé.

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Edson Brum reassume Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa

ARROIO DO MEIO O Conselho Municipal dos idosos vai reunir os presidentes dos 20 grupos da terceira idade, às 14h, da próxima quarta-feira (20), no auditório da Secretaria de Educação. Será oficializado o calendário de atividades para 2013. VENÂNCIO AIRES A Associação dos Piscicultores e a Emater projetam vender 18 toneladas de peixes na feira programada para a Semana Santa, de 27 a 29 de março. O lançamento será às 20h de 16 de março, com um jantar no restaurante Pingão. A tabela de preço já foi definida. A carpa capim será vendida por R$ 7,00 o quilo e as demais carpas (cabeça grande, húngara e prateada) por R$ 6,00 o quilo. Outras espécies como traíra e jundiá terão preço livre.

PROGRESSO Implantado logo depois das eleições de outubro de 2012, o turno único nas repartições públicas municipais está chegando ao final. A partir da próxima segunda-feira (18) retornam os atendimentos nos dois turnos diários, em todos setores da prefeitura. O prefeito Edegar Cerbaro avalia os resultados alcançados no período como importantes para enfrentar a queda da receita da prefeitura.

LAJEADO O projeto para a nova UTI pediátrica do Hospital Bruno Born já foi protocolado na Secretaria Estadual de Saúde. Segundo Élcio Callegaro, diretor administrativo da Casa de Saúde, o projeto passou a ser prioridade para 2013, prevendo um investimento de R$1,5 milhão para a área física e cerca de R$ 1 milhão para a compra e instalação de equipamentos. A nova ala ficará fisicamente separada da UTI Neo-natal. NOVA BRÉSCIA Na última sessão da Câmara de Vereadores foi apreciada apenas uma indicação. A matéria sugere ao prefeito Gilnei Agostini manter o funcionamento da Creche durante todo o ano, sem a interrupção em janeiro. ARROIO DO MEIO Cerca de dois mil alunos da rede municipal de ensino retornam no dia 20, às salas de aula. Antes disso, nos dia 18 e 19, os 180 professores e as equipes diretivas das 13 escolas municipais de Ensino Fundamental terão atividades de preparação para o ano letivo.

SANTA CLARA DO SUL A comissão organizadora da segunda edição da “Santa Flor” evento social, cultural e econômico, recebe até o dia 22 as inscrições de jovens dispostas a disputar o título de Rainha e Princesas para a divulgação do município. O desfile final ocorre dia 23 de março no Clube Centro de Reservistas.

LAJEADO O prefeito de Lajeado, Luís Fernando Schmidt, e o diretor presidente da Bebidas Fruki, Nelson Eggers, firmaram termo de cessão de uso de duas áreas do município pela indústria para perfurar os poços artesianos. A empresa já conseguiu a licença de exploração do Departamento Nacional de Produção Mineral, que atestou a probabilidade de haver grande vazão de água nos poços. Segundo Eggers, com a exploração dos reservatórios, a meta da Fruki é expandir o volume de produção em até 15% em relação a 2012.

Edson Brum e o ex-presidente da Comissão, Ernani Polo Porto Alegre - O deputado estadual Edson Brum (PMDB) foi empossado ontem na presidência da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa para o biênio 2013-2014. Ele ocupa o lugar de Ernani Polo (PP). Brum já havia comandado a CAPC na legislatura anterior, nos anos de 2009 e 2010. Ele afirmou que continuará defendendo o setor primário em seus mais diversos segmentos. O peemedebista também será membro titular da Comissão, de Constituição e Justiça (CCJ). No discurso, o presidente da Assembleia, Pedro Westphalen (PP), afirmou que o mandato deve ser um instrumento para que povo tenha melhores dias. Ele espera que as comissões já comecem o trabalho na próxima semana. O PT preside quatro comissões, o PDT fica com duas, assim como o PMDB, e o PSB, o PTB e o PSDB ficam cada um à frente de um colegiado. PRESIDENTES E VICES DAS COMISSÕES

Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo Presidente: Edson Brum (PMDB) Vice-presidente: Maria Helena Sartori (PMDB) Comissão de Assuntos Municipais Presidente: José Sperotto (PTB) Vice-presidente: Cassiá Carpes (PTB)

Comissão de Cidadania e Direitos Humanos Presidente: Jeferson Fernandes (PT) Vice-presidente: Valdeci Oliveira (PT) Comissão de Constituição e Justiça Presidente: Heitor Schuch (PSB) Vice-presidente: Raul Pont (PT)

Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável Presidente: Luis Lauermann (PT) Vice-presidente: Daniel Bordignon (PT)

Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia Presidente: Ana Affonso (PT) Vice-presidente: Altemir Tortelli (PT) Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle Presidente: Marlon Santos (PDT) Vice-presidente: Juliana Brizola (PDT) Comissão de Saúde e Meio Ambiente Presidente: Adilson Troca (PSDB) Vice-presidente: Pedro Pereira (PSDB)

Comissão de Segurança e Serviços Públicos Presidente: Nelsinho Metalúrgico (PT) Vice-presidente: Miriam Marroni (PT)

Comissão Mista do Mercosul e Assuntos Internacionais Presidente: Álvaro Boessio (PMDB) Vice-presidente: Alexandre Postal (PMDB) Comissão Mista de Participação Legislativa Popular Presidente: Dr. Basegio (PDT) Vice-presidente: Décio Franzen (PDT)








Encantado, 15 de fevereiro de 2013

Encantado apresenta a candidata ao Miss RS CADERNO MIX

ESPORTE Clubes são convocados para discutir Campeonato Amador de Encantado São José de Muçum conquista o Torneio do Boi Lajeadense faz bonito no Gauchão 2013 Vôlei Verão é neste final de semana A opinião de Jairo Bicca e Nilson Debortoli Páginas 16 a18 IPTU Carnês de 2013 serão entregues pelos Correios PÁGINA 2 GAROTA VERÃO Victória Bertozzi Lahude busca vaga à final PÁGINA 3


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