PERSPECTIVAS PASTORAIS PARA 2020
À luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, do Plano Diocesano de Pastoral e dos compromissos junto à CNBB Centro-Oeste. Pág. 6 e
7
ESPIRITUALIDADE DO NATAL DIOCESE EM AÇÃO Cinco dioceses participaram do XX ERIM em Uruaçu.
O Natal do Senhor é muito distante da lógica humana.
Pág.
Pág.
3
4
VOCÊ SABIA QUE Dimensão pastoral sob o olhar do Direito Canônico.
Pág.
11
2
Dezembro de 2019
Diocese de Uruaçu
PALAVRA DO ADM. DIOCESANO
Perspectivas pastorais à luz da Avaliação Diocesana de Pastoral Pe. Francisco Agamenilton Damascena Administrador Diocesano
E
m maio passado o episcopado brasileiro apontou as Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para os anos 2019 a 2023. O seu centro é as comunidades eclesiais missionárias, figurada pela casa, sustentada sobre os pilares da Palavra de Deus, da espiritualidade e liturgia, da caridade e da ação missionária. A Diocese de Uruaçu tem um Plano de Pastoral cujo término se dá exatamente neste ano. O intuito era construir um novo plano em base às novas diretrizes do episcopado e à realidade diocesana. Porém, em razão da sede vacante, não o faremos. Para prosseguir na missão decidimos tomar o atual plano pastoral e reforçarmos aqueles pontos consonantes com as novas diretrizes e o compromisso pastoral do Regional Centro-Oeste da CNBB. Deste
modo, para 2020 a Diocese de Uruaçu se lança na missão com os seguintes objetivos: formar o Povo de Deus para a redescoberta e valorização das Sagradas Escrituras na vida pessoal e comunitária; trabalhar para que seja parte integrante do itinerário de iniciação cristã a inserção pastoral; fortalecer a Pastoral Familiar em base à Familiaris Consortio e Amoris Laetitia”; fortalecer o acompanhamento do discípulo missionário após os encontros, ajudando-o com oração e formação a assumir com dedicação e perseverança sua identidade missionária. Que Deus nos dê a graça de levarmos a bom termo estas ações evangelizadoras. Vivendo o advento diocesano do nosso novo bispo, Caminhemos Juntos. Deus está conosco e nos abençoa. Imaculado Coração de Maria, sede a nossa salvação!
Cúria Diocesana Rua Leopoldo de Bulhões, Centro, Qd. 19, Lts. 5/7, nº 25, CEP: 76.400-000 Caixa Postal 32 Uruaçu-GO Fone: (62) 3357-1230 E-mail: imprensa@diocesedeuruacu.com.br Presidente: Pe. Francisco Agamenilton Damascena Administrador Diocesano Coordenador Executivo: Pe. Raynner Leonardo
Diocese de Uruaçu
Dezembro de 2019
3
ESPIRITUALIDADE DO NATAL Editorial “Chamou os que ele quis… para estarem com ele… e para enviá-los a anunciar…” (Mc 3,13-15) As novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023) nos provocam a todos quanto aos desafios da evangelização no mundo atual. Um desses desafios é o tempo, que nos exige a renovação de forças missinárias para bem cumprir a tarefa de anunciar a palavra de Deus. Palavra essa que se traduz também em promover a paz, superar a violência, construir pontes, levar esperança ao próximo. Outro desafio e não menos importante é testemunhar o Cristo com a própria vida em todas as circunstâncias. Junto as novas DGAE, a Igreja de Uruaçu continuará a caminhar respaldada pelo Plano Diocesano de Pastoral (PDP). A diocese também assumiu cinco compromissos junto ao Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) sendo este o compromisso geral: “queremos ser cristãos em comunidades eclesiais missionárias” (referência ao PDP 145). Temos compromissos de sobra para crescer e desenvolver nossas linhas de ação pastoral. Que 2020 seja um ano de comprometimento evangélico para todos nós, sobretudo pela opção preferencial pelos pobres que nos conduz à caridade. A presente edição do Jornal Caminhar Juntos traz ainda conteúdo voltado para as perspectivas pastorais para 2020, começando pela Palavra do Administrador Diocesano. Em Diocese em Ação, trazemos alguns eventos que aconteceram em nossa Igreja particular, como o XX Encontro Regional da Infância e Adolescência Missionária e o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Artigo sobre a Espiritualidade do Natal, reflete sobre o sentido do nascimento de Cristo a partir de uma visão histórica da época. Boa leitura e um Feliz e Santo Natal!
Colaborador: Pe. Elias Silva Jornalista responsável: Fúlvio Costa (MTB 8.674/DF) Redação e fotos: Setor de Comunicação e Pascom da Diocese de Uruaçu Produção: Rennan Keven Diagramação: Francisco Matias Revisão: Meirivan de Assis Ferreira Rocha Impressão: Gráfica Conexão Tiragem: 3 mil exemplares
Deus que quer estar conosco a todo o custo! Pe. Peter Olas Diocese de Žilina- Eslováquia Mestrando do Studium Biblicum Franciscanum Jerusalém
N
ovamente estamos no tempo do Advento, com o qual iniciamos a preparação de 4 semanas para as festas da Natividade de Nosso Senhor. Como todos os anos, tentamos limpar nossas casas, fazer doces, comprar presentes e aprofundar nosso relacionamento com Deus, preparando nossos corações para recebê-lo. Tentamos fazer algumas boas obras para outros: talvez ajudamos pessoas abandonadas ou pobres, ou organizamos um concerto de Natal. Como é que tudo isso começou? Tudo começou num pequeno povoado de Israel, na região da Galiléia, em Nazaré. Nesse tempo lá tinha cerca de 150 habitantes. Na era de uma espera intensa e tensa pelo Messias - ainda que segundo as expectativas humanas entra o Arcanjo Gabriel com o anúncio do nascimento do Messias Jesus Cristo. O Arcanjo Gabriel está tenso a esperar pela resposta de Maria. Ele precisa do seu consentimento. Graças ao seu “sim”, o Filho de Deus, Jesus, torna-se carne, e Maria, mãe de Deus. Como é que Maria reage? Em vez de gritar nas ruas de Nazaré que ela se tornou a mãe do Messias tão esperado, ela corre para Isabel, sua parente, para ajudá-los com os preparativos para o nascimento da criança tão esperada, da qual ela acaba de aprender com o arcanjo. “Naqueles dias, Maria levantou-se e foi depressa para a região montanhosa, para uma cidade de Judá. Quando ela entrou na casa de Zacarias, saudou Isabel”. (Lc 1,39-40). Esses versículos expressam a determinação e a coragem de Maria. Para uma menina como Maria, mais ou menos 14 anos, era certamente uma prova de coragem e confiança em Deus. É difícil imaginar o que estava acontecendo no coração de Maria e José no caminho de Belém. Talvez se tenham perguntado como conseguiriam fazer a criança crescer. Talvez eles começassem a entender que ele não seria aceito ou compreendido.
Durante a sua estadia em Belém, aconteceu o maior acontecimento da história humana - Deus tornou-se homem de amor para o homem! Maria “deu à luz o seu filho primogénito, envolveu-o em faixas e colocou-o numa manjedoura, porque para eles não havia lugar no alojamento” (Lc 2, 7). Muitas vezes aqueles que são capazes de entrar na lógica de Deus são os mais pobres, abandonados, desvalorizados, como eram os pastores de então. Eles fizeram o trabalho humilde, mas foram capazes de reagir imediatamente ao anúncio feliz dos anjos e apressaram-se a adorar a Deus no estábulo. O primeiro Advento e o Natal talvez não estivessem de acordo com as expectativas humanas, mas as intenções de Deus são sempre melhores do que as nossas. Durante este Advento, vamos parar por um momento e pensar um pouco sobre o que se trata. Vamos meditar sobre o amor de Deus e Sua obra salvadora na história humana. E não sejamos tão cheios de pessoas, problemas e obrigações que não deixemos lugar para Deus entrar.
4
Dezembro de 2019
Diocese de Uruaçu
Pastoral da Educação do Regional CentroOeste promove encontro de formação em O evento ocorreu no dia 26 de ou- partilha de práticas de pastoral da Rialma tubro, no salão da Paróquia Nossa educação. Eles abordaram temas
V
Senhora das Graças, em Rialma. O encontro contou com palestras feitas pelo prof. Valdivino, assessor regional desta pastoral, e padre Francisco Agamenilton, administrador diocesano de Uruaçu, além de
encontro e as paróquias São Sebastião e São José Operário participaram com a acolhida de algumas dioceses e na organização da manhã de sábado. Foram três dias de muita alegria e celebração da vida. Houve a apresentação do painel temático a partir dos trabalhos que foram realizados nos grupinhos da IAM, interligado ao tema do Mês Missionário Extraordinário, missão de porta em porta, gincana e noite cultural, caminhada missionária pelas ruas da cidade com a recitação do terço missionário e encerrando na praça da catedral. Todos
Dois veículos zero km foram doados, pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) à Comunidade Terapêutica Vida Nova e à instituição acolhedora Casa de Maria Mãe e Mestra. A cerimônia de entrega aconteceu na manhã do dia 4 de novembro. Os veículos são uma Pickup Strada Fiat cabine du-
está na Diocese de Uruaçu desde 2017. A casa tem capacidade para acolher até 20 crianças, de 0 a 12 anos. Já a Comunidade Terapêutica Vida Nova, trabalha com dependentes de substâncias psicoativas, oferecendo as essas pessoas, uma nova chance e novas oportunidades, propiciando a recuperação da dig-
pla que custou cerca de R$ 55 mil, doado para a Comunidade Terapêutica Vida Nova e uma Spin Premier Chevrolet com capacidade para 7 passageiros no valor de R$ 90 mil, para a Instituição Acolhedora Casa de Maria Mãe e Mestra. Em sua fala, a promotora de justiça Daniela Haun, disse que o dinheiro revertido para a compra dos veículos é fruto de trabalho do MPGO, principalmente que envolveram ações de improbidade administrativas. A Casa de Maria Mãe e Mestra de Uruaçu foi inaugurada em junho deste ano. A organização é administrada pela Missão Maria de Nazaré (MMN) Nova Comunidade que
nidade, a vivência dos valores humanistas e cristãos. O evento contou com a presença de várias autoridades, entre elas, o administrador diocesano, padre Francisco Agamenilton; o juiz de Direito, Dr. Leonardo Naciff; a promotora do MPGO, Dra. Daniela Haun; a 1ª dama do município de Uruaçu, Anne Lígia; o presidente da Câmara Municipal de Uruaçu, Antônio dos Reis; o diretor da Comunidade Terapêutica Vida Nova, Rodrigo Santana; o diretor da Casa de Maria Mãe e Mestra, Mateus Dias; entre outros. Após a cerimônia foi servido um delicioso café da manhã.
como “o que é pastoral da educação” e “espiritualidade do educador”. A Diocese de Uruaçu se fez presente com leigos vindos das cidades de Barro Alto, Goianésia, Minaçu, Uruaçu e Rialma.
XX ERIM reuniu 215 missionários
Aconteceu nos dias 11 a 13 de outubro, o XX ERIM (Encontro Regional da Infância Missionária). O evento foi sediado na Diocese de Uruaçu, que acolheu representes de cinco dioceses. Da nossa diocese participaram cinco paróquias que contam com a Infância e Adolescência Missionária (IAM). Ao todo participaram 215 pessoas, sendo 158 crianças e 57 assessores. O tema do encontro foi, “Batizados e Enviados – A Infância Missionária em missão no mundo”. As três paróquias da cidade de Uruaçu estiveram envolvidas no XX ERIM. A paróquia Sant’Ana sediou o
Dezembro de 2019
5
Comunidade Terapêutica Vida Nova e Casa de Maria Mãe e Mestra recebem veículos doados pelo Ministério Público de Goiás
DIOCESE EM AÇÃO
ivendo a dinâmica da Igreja em saída, a equipe da Pastoral da Educação do Regional Centro-Oeste promoveu encontro de formação para as dioceses de Uruaçu, Goiás e Rubiataba-Mozarlândia.
Diocese de Uruaçu
participaram da Santa Missa presidida pelo administrador diocesando, padre Francisco Agamenilton, e concelebrada por outros padres, juntamente com a comunidade. Foi uma celebração bastante rica, com
uma catequese sobre a missão no mundo e o papel da IAM nas suas comunidades. O XX ERIM encerrou com a avaliação do encontro e o almoço, na quadra do seminário São José.
DNJ 2019 proporciona experiência com Deus para mais de 1 mil jovens da Diocese de Uruaçu A Diocese de Uruaçu realizou no dia 27 de outubro, na Paróquia São Francisco de Assis – Niquelândia-GO, o DNJ (Dia Nacional da Juventude). Com a direção do padre Gilson Jardene e do Setor da Juventude Diocesano, o evento teve a participação de cerca de 1 mil jovens, que puderam ter uma experiência com Deus. O DNJ foi marcado por vários momentos, com uma espiritualidade viva e contagiante. Os jovens fizeram um percurso na cidade, carregando uma Cruz, expressando assim sua fé e se colocando à disposição do Espírito Santo para assim cumprir sua missão como jovens. Os participantes foram recebidos com o momento de animação, dirigido pelo Ministério de Música Emanuel. Houve também show católico da banda Filhos do Rei, seguida da pregação realizada pelo administrador diocesano de Uruaçu, padre Francisco Agamenilton. Após esse momento, padre Gilson Jardene conduziu a adoração ao Santíssimo Sacramento refletindo com os jovens sobre o amor que levou Jesus à cruz. O tema do Dia Nacional da Juventude 2019 foi “Jovens, faça florescer a civilização do amor” e o lema “Só em Cristo é possível edificar de maneira eficaz a civilização do amor. (São João Paulo II)”.
6
Dezembro de 2019
Diocese de Uruaçu
Diocese de Uruaçu
Dezembro de 2019
7
CAPA
Diocese de Uruaçu escolhe prioridades pastorais para 2020, em Avaliação Diocesana Anual Compromissos assumidos junto ao Regional Centro-Oeste da CNBB
Fúlvio Costa
Jornalista e Assessor de Comunicação da Diocese de Uruaçu
A
conteceu nos dias 29 e 30 de novembro, no CTL, em Uruaçu, a Avaliação Diocesana de Pastoral, da nossa Diocese. Foram convocados a participar do evento, todo o Clero, os diáconos, um representante de cada congregação religiosa presente na diocese, um representante de cada nova comunidade, um leigo de cada paróquia e santuário, os coordenadores das pastorais, movimentos, organismos e serviços presentes na diocese e um membro da Escola Diaconal São Lourenço. Em pauta, a avaliação da caminhada de 2019 e em base às novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019 -2023) foram feitas escolhas pastorais a partir do Plano Diocesano de Pastoral. Foi um momento significativo da Igreja Diocesana em que os participantes puderam discutir, apresentar sua caminhada pastoral e apontar horizontes para o crescimento da ação pastoral da diocese. O administrador diocesano, padre Francisco Agamenilton, em sua exposição sobre as DGAE
e o Plano Diocesano de Pastoral (2015-2019) destacou que o desafio da Igreja é “tirar coisas novas daquilo que sempre tivemos, que é Jesus Cristo”. Isso pode ser feito por meio da valorização das pequenas comunidades missionárias, um dos pontos-chaves das novas diretrizes da ação evangelizadora. Padre Agamenilton também disse que as comunidades eclesiais missionárias são o referencial da Igreja, por isso é preciso investir trabalho nessa dimensão. “Precisamos constituir comunidades missionárias, isto é, criá-las e onde já existem, trabalhar para que se tornem missionárias”, pontuou.
Operar pastoral As ações pastorais, conforme o administrador diocesano, devem valorizar a participação das pessoas. Isso quer dizer não tratar o povo de Deus como massa e considerar a pessoa na sua totalidade. Eis, portanto, o desafio da pluralidade e do acolhimento. Ele também apontou que a Diocese de Uruaçu precisa crescer em caridade. “A caridade leva à defesa da vida desde a concepção até a morte natural. Esse ponto contempla também a natureza”.
Com relação à missa, padre Agamenilton disse que é o ponto de encontro, a culminância da missão, o ponto de chegada. É onde todas as comunidades se encontram, mas é também o ponto de partida. A porta da casa é onde as pessoas são acolhidas e de onde a Igreja também parte em missão. Já a ação missionária deve atingir quem está dentro e fora da Igreja. “Esse é o paradigma, não é evangelizar só para nós mesmos”, afirmou. A liturgia, por sua vez, é o coração da Igreja. “Crescemos muito em liturgia. Nossa Igreja particular é rica nesse aspecto, mas nos falta avançar em caridade”.
Santa Missa Na manhã do sábado (30) as atividades do dia começaram com a Santa Missa presidida pelo padre Agamenilton. A liturgia celebrava a Festa de Santo André – Apóstolo. Em sua homilia, o administrador diocesano lembrou que ali selava-se mais um ano de ações pastorais em nossa diocese. “Nesta manhã celebramos essa Eucaristia, sacramento de comunhão. Ao final de um ano de missão, de trabalhos, de fadigas, de alegrias”.
Quadro das escolhas das prioridades pastorais para 2020
Pontos do Plano Diocesano de Pastoral (PDP) 2015-2019
PALAVRA PDP 139: “Formar o Povo de Deus para a redescoberta e valorização das Sagradas Escrituras na vida pessoal e comunitária”.
PÃO PDP 125: “Trabalhar para que seja parte integrante do itinerário de iniciação cristã a inserção pastoral, tendo em vista que “a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. (EG, n. 10)”.
CARIDADE PDP 156: “Fortalecer a Pastoral Familiar, considerando a Família “um dos eixos transversais da ação evangelizadora”. (cf. DGAE, n. 111) a) Formar nas paróquias, a partir do pós-matrimônio, casais que possam acompanhar os neocasados em sua nova jornada, de modo a inspirar-lhes a proposta do Reino de Deus e inseri-los na vida eclesial. b) Favorecer aos casais de segunda união a integração nas pastorais, associações e movimentos sob a orientação da Familiaris Consortio e Exortação pós-sinodal sobre a família Amoris Laetitia”.
AÇÃO MISSIONÁRIA PDP 116: “Fortalecer o acompanhamento do discípulo missionário após os encontros, ajudando-o com oração e formação a assumir com dedicação e perseverança sua identidade missionária”.
Compromisso geral: queremos ser cristãos em comunidades eclesiais missionárias (referência ao PDP 145). 1. Motivar as pastorais, movimentos, organismos e serviços, para que integrem em sua vivência os elementos específicos das comunidades eclesiais missionárias, com seus pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. 2. Propor itinerários e elaborar subsídios que favoreçam a animação bíblica nas comunidades eclesiais missionárias, especialmente por meio da Lectio Divina (referência ao PDP 142). 3. Formar Ministros Leigos da Palavra, com espírito missionário, conforme Documento 108 da CNBB – Ministério e Celebração da Palavra (referência ao PDP 141). 4. Capacitar leigos no conhecimento da Doutrina Social da Igreja (referência ao PDP 153). 5. Implantar e aperfeiçoar os Conselhos Missionários em todos os níveis: paroquial, arqui/diocesano e regional (referência ao PDP 114).
8
Dezembro de 2019
Diocese de Uruaçu
Diocese de Uruaçu
VOCACIONAL
9
Dezembro de 2019
FORMAÇÃO
Pastoral Familiar
O que é uma Equipe Vocacional Paroquial?
Pe. Marcélio Fernandes de Godoy
Assessor diocesano da Pastoral Familiar
ORAÇÃO VOCACIONAL
Pe. Elias Silva Coordenador Nacional Pastoral Vocacional - CNBB
É
uma equipe de pessoas que são chamadas por Deus a desenvolver uma atividade vocacional na comunidade, a qual se preocupam com todas as vocações, partindo do chamado universal e levando a todos à reflexão sobre seu chamado especifico. É uma equipe integrada e integradora das pastorais, é uma verdadeira “cuidadora” da reflexão, propagação e manutenção do tema vocacional. Nela precisa haver uma grande integração, sempre ressaltando o chamado batismal e mandado missionário de todos. Por este motivo é essencial para o frutuoso trabalho a inserção nesta equipe
das mais diversos estados de vida, para que os jovens possam perceber o chamado universal que Deus realiza, e claro culminando em um chamado particular. É de suma importância o seu caráter eclesial, sendo ressaltado pela comunhão, com os pastores e diretrizes eclesiais, mantendo assim uma profunda comunhão com o Bispo, Equipe Regional da Pastoral Vocacional e caminhando junto com a Equipe Diocesana da Pastoral Vocacional. Se na sua paróquia não tem uma Equipe Vocacional Paroquial se informe com seu pároco e entre em contato com o Centro Vocacional Diocesano São José. Todos juntos em prol das vocações!
Pai Santo, “todo dom precioso e toda dádiva perfeita” de ti procedem. Teu Filho Jesus Cristo anunciou o teu Reino de amor e nos chamou a segui-lo. No Espírito Santo fomos batizados para responder generosamente à essa vocação. Por isso te pedimos, renova esse convite na Igreja, para que adolescentes e jovens possam escutar os teus apelos com olhos atentos aos sinais dos tempos. Que a Virgem Maria, Senhora Aparecida, acompanhe a todos que ouvem a tua voz e com ela possam proclamar: “eis-me aqui, faça-se em mim, conforme a tua Palavra!” Amém!
A
Comissão Diocesana da Pastoral Familiar vem trabalhando seriamente com incansável missão em apresentar às Paróquias as linhas mestras para o bom desenvolvimento das atividades pastorais em prol da família nos seus três setores: Pré-Matrimônio, Pós-Matrimônio e Casos Especias. É evidente que estamos passando por um esfriamento espiritual em todas as dimensões pastorais em nossa Diocese. Acredito que não é em virtude deste período de transição pela ausência do bispo. Haja vista que essa situação está enraizada em todo o Regional Centro-Oeste, pelas partilhas que temos observado nos encontros regionais. As questões propostas no Pré-congresso que já está acontecendo em nossas paróquias, não pretendem ser reduzidas apenas a um momento de reflexão, mas, acima de tudo, querem estimular a família e a Igreja a se moverem para fazer escolhas pastorais verdadeiras à luz das diretrizes do papa Francisco. O que mais necessitamos hoje em nossas pastorais é de uma boa preparação dos jovens para o casamento; e isso não é fácil. Não basta um rápido “Curso de noivos”. É preciso uma preparação mais séria e mais profunda com estudos e reflexões dirigidas em grupos, de maneira muito bem elaborada e prática. A Comissão Diocesana Pastoral Familiar apresenta também o livro (“Encontros para Novos Casais”), de André Luís e Rita Massarico. Trata-se de um
trabalho da Pastoral Familiar que organiza grupos de acompanhamento matrimonial para orientar recém-casados, em seus primeiros anos de casamento. Sabemos que nos primeiros dez anos da união conjugal – durante os quais o conhecimento mútuo levará à consolidação do matrimônio – se observa o maior número de separações, e os primeiros cinco anos são decisivos para o futuro dos casais. Este trabalho promove uma ligação entre o setor Pré-matrimônio e o setor Pós-matrimônio. O principal objetivo é dar continuidade ao “despertar” proporcionando a disposição e juventude dos novos casais. A Comissão Diocesana tem como meta primordial nesse período de Pré-Congresso: formar agentes qualificados; acolher toda Pastoral Familiar nos seus três setores, a partir da realidade em que se encontra; apoiar a implantação da Pastoral Familiar nas paróquias que ainda tem dificuldades; apoiar a Pastoral Familiar e seu papel
educador em todas as Foranias, e outros. O diretório da Pastoral familiar diz: “é necessário a urgente atuação dos agentes de pastoral para resgatar as novas famílias que estão se dissolvendo (Cf. nn. 279-282, 287-291). A Comissão Diocesana Pastoral familiar convida-os a uma especial atenção ao atendimento também dos “Casos Especiais”, que vem aumentando de forma assustadora.. Esta pastoral se fundamenta em dois princípios: o primeiro é da compaixão e da misericórdia; o outro é o da verdade e da coerência (Cf “Reconciliatio et Penitentia” de João Paulo II, 1984, RP, 34). Portanto, se conseguirmos fazer um trabalho que atende todos esses requisitos, teremos sucesso. Nossa Diocese precisa de uma renovação nas atividades espirituais. Se cruzarmos os braços da forma como já vem arrastando há décadas nunca vamos conseguir alcançar a meta proposta pelo Santo Padre Papa Francisco.
10
Dezembro de 2019
Diocese de Uruaçu
Diocese de Uruaçu
IGREJA NO BRASIL E NO MUNDO
Dezembro de 2019
11
VOCÊ SABIA QUE?
Igreja da Amazônia: novos caminhos
Pe. Marcelo Gualberto Monteiro Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo Co-Catedral do Alto Solimões - AM
E
ntre cheias e vazantes dos Rios que ditam a vida do povo amazônico vamos chegando ao fim de mais um ciclo da vida para iniciar mais outro, sempre na esperança que tempos melhores virão. E assim foram todos os dias em nossa missão por aqui, junto com o povo vivendo a esperança de um dia melhor, onde os mais distantes possam ser lembrados pelo menos em oração pelo humanos, temos sempre a certeza que no coração de Deus estaremos presentes e nunca seremos esquecidos. Uma das grandes Esperanças para os povos amazônicos e que reflete diretamente aqui em nossa comunidade foi o Síno-
do para Amazônia, onde o mundo acostumado na perspectiva o “Copiar / Colar” percebeu que nem sempre o mesmo jeito de lá, tem eficácia aqui, sendo assim necessário escutar a voz de Deus em meio ao povo Amazônico, que tem sim o desejo, porém se esbarra em um estrutura colonial de evangelização ainda impregnada de modo especial em quem nunca pisou nestas terras amazônicas. Vivenciamos momentos belíssimos de preparação para o Sínodo de modo especial as mais de 15 escutas diretas que fizemos para que o povo de nossa paróquia também fossem representados, tudo que foi vivenciado em Roma vemos sim como sopro do Espírito para os novos caminhos da Igreja na Amazônia. Queremos ser uma Igreja de Presença este é o grande clamor, para isso necessitará mudança de estrutura, que não afeta a essência da Igreja e até experiência que já existem na própria Igreja Romana, porém não é comum e pode haver contrários. Nossa Paróquia vive uma mescla de Alegria por este momento entusiasmante, mas também a dificuldade de nossa Igreja Matriz, que irá fazer 60 anos de Construção em 2020 teve sua torre derrubada por um temporal o que causou sérios danos e ocasionou a interrupção das atividades como as missas dominicais. Portanto, esperançoso que tenhamos colaboradores tanto para reconstrução da Igreja Templo na qual estendemos nossa mão para que nos ajude, como colaboradores para que reconstruamos na Amazônia estes novos caminhos da Igreja Povo de Deus.
O que o Direito Canônico tem a ver com a Pastoral? Pe. Crésio Rodrigues
Aprovados os 120 pontos do Documento Final do Sínodo da Amazônia Defesa dos povos indígenas, rito amazônico, novos ministérios, diaconado das mulheres, inculturação e ecologia integral são alguns dos temas que passaram pela aprovação da Assembleia do Sínodo para Amazônia, depois de três semanas de discussões, de 6 a 27 de outubro de 2019. Confira alguns dos principais assuntos aprovados PASTORAL URBANA E AS FAMÍLIAS O texto conclusivo do Sínodo se detém no tema da Pastoral Urbana, com um foco particular nas famílias: nas periferias
da cidade, elas sofrem pobreza, desemprego, falta de moradia, além de vários problemas de saúde. Torna-se, portanto, necessário defender o direito de todos
à cidade como desfrute justo dos princípios de sustentabilidade, democracia e justiça social. DEFESA DA VIDA - O Documento reafirma o empenho da Igreja em defender a vida “desde a concepção até o seu fim” e em promover o diálogo intercultural e ecumênico para conter as estruturas de morte, pecado, violência e injustiça. PECADO ECOLÓGICO E DIREITO À ÁGUA POTÁVEL - Proposta a definição de “pecado ecológico” como “ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade, o meio ambiente”, as futuras gerações e a virtude da justiça.
Vigário Judicial da Diocese de Uruaçu e pároco da Paróquia São José Operário
P
essoas pouco esclarecidas podem julgar que o Direito Canônico não serve para nada na Igreja. A repulsa ao DC se explica fácil: o ser humano não gosta de normas, quer liberdade ilimitada. Todavia, a convivência social exige limites e ordem para que seja pacífica. Direitos e deveres fazem parte de toda instituição. Na Igreja se desenvolvem a evangelização e o apostolado, a Liturgia e as obras filantrópicas, os serviços aos fiéis que a compõem e à sociedade civil; sem Leis seria uma anarquia.
A pastoral é o modo de conduzir as pessoas ao salvador Cristo Jesus. A realidade normativa dos princípios da Igreja foi por ela desenvolvida, visando um serviço seguro e justo, dentro da verdade revelada, não arbitrário ou aleatório. Pastoral tem a ver com o Bom Pastor. A conversão de uma pessoa e o discipulado rumo a perfeição não deve ocorrer em seitas heréticas, grupos com falsas doutrinas ou ideologias apartadas de Jesus. É no DC que se aponta normas para garantir pastores legítimos e alimento autêntico (palavra e sacramentos), procura expressar o que é certo nas relações dos fiéis entre si e deles com seus pastores: o sacerdote próprio, o bispo e o papa. Em forma de normas, o código de DC traz a doutrina resumida no Catecismo.
Ao dizer o justo, o DC zela pela sua garantia na comunidade cristã. O amor não dispensa mas supõe a justiça: quem é injusto não ama, cumprir o dever é condição para aperfeiçoar o amor. “A caridade supera a justiça, porque amar é dar ao outro o que é meu; mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é dele (Caritas in Veritate, Bento XVI - 2009). Quem deseja fazer pastoral sem respeitar o DC se equivoca e faz besteiras. O clímax da pastoral é a celebração comunitária da mesma fé, sacramentos e obediência; tal celebração tem umas normas bem definida e sedimentada nestes dois milênios. Logo, o DC serve ao apostolado, é um direcionamento para que, em vista da Vida Eterna, a Igreja adote os meios honestos e eficazes no processo pastoral.
REFLEXÃO
À procura da felicidade Lucas Tomaz Graduado em Letras, mestrando em Linguística, integrante da Pastoral dos Músicos da Paróquia São Vicente, Planaltina-DF
D
esde que me entendo por gente, admiro a capacidade que o Natal tem de me modificar profundamente, fazendo-me pensar nas coisas que realmente importam na vida. Mas o que importa nesta vida tão corrida, acidental e fugaz? Certamente todos nós temos as nossas obrigações, nossas lutas diárias, nossas lágrimas corriqueiras e os medos que atormentam aquela pequena-grande parte de nosso interior à qual quase ninguém tem acesso. A busca por ser alguém melhor é, então, não apenas uma idealização, mas uma necessidade: tornamo-nos melhores para podermos cuidar dos nossos queridos; tornamo-nos melhores para cuidarmos de nós mesmos; tornamo-nos melhores para buscarmos a felicidade. Santo Agostinho dizia que
que o objetivo do homem é buscar a felicidade, que não pode ser encontrada meramente nos livros de história, nos presentes natalinos, nos pequenos momentos de prazer do dia a dia ou naquela série legal a que assistimos no final da noite, ao lado de uma pessoa amada, ou apenas sozinho, aproveitando o gosto de uma boa pipoca com manteiga. Mas se a felicidade não pode ser encontrada de maneira completa em todas essas coisas elencadas, onde mais podemos encontrá-la? Aí que está o “x” da questão, apresentado a nós de maneira definitiva e compassiva, vindo até nós de maneira humilde e amorosa: nossa felicidade só se completa ao buscarmos Deus e, nesse processo complexo de busca pelo intangível, alcançarmos a Deus, completa o filósofo. Ao final de cada ano, deparamo-nos com uma necessidade quase instintiva de olharmos o quanto fomos felizes e o quanto ainda podemos ser felizes. Nesse processo, criamos listas de “coisas-a-se-fazer”, destacamos listas de “coisas-a-não-se-repetir”, e assim
viramos o ciclo vicioso, de a cada ano sempre buscarmos nossa completude. Caros leitores, essa busca é vã se não olharmos para o Natal: só nos tornaremos verdadeiramente felizes se entendermos que o Menino Jesus veio para nos trazer a felicidade que tanto buscamos. O nosso 25 de dezembro deve se repetir todos os dias: Deus, em sua bondade, resolveu nos dar uma forma de sermos felizes por inteiro, e a única forma de alcançarmos esse objetivo é marcando um encontro pessoal com Ele, na manjedoura, no estábulo, em Belém, em nossos corações. Que possamos marcar esse encontro com o Menino Jesus, para que o nosso sorriso no rosto seja, de fato, genuíno, seja, de fato, felicidade. Para fechar essa breve reflexão, reflitamos sobre as belas palavras de Chesterton, sobre o Natal, o qual apontava esse esplêndido e derradeiro paradoxo do Natal: “que o nascimento do desabrigado seja comemorado em todos os lares”. Que o meu lar e o seu lar sejam, então, abrigos para o desabrigado. Feliz Natal!
Que o ANO NOVO seja para todos os diocesanos, uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita paz para o nosso mundo. Esses são os votos da Diocese de Uruaçu! UM ABENÇOADO 2020
Feliz Ano Novo!
DIOCESE DE URUAÇU