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Planejamento urbano e saneamento

O planejamento urbano de uma cidade exige amplo estudo que projete as etapas do desenvolvimento e do crescimento a partir das características do município e de acordo com o seu plano diretor. Cabe aos gestores do setor otimizar os recursos financeiros e implementar, cada vez mais, as obras necessárias nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem.

Mas quando focamos o saneamento básico no Brasil, percebemos o quanto é complexo e desafiador o planejamento urbano das nossas cidades. O crescimento populacional, muitas vezes associado à ocupação desordenada dos espaços, leva as instituições responsáveis pelo setor a ter dificuldades para suprir a demanda nos grandes centros.

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Habitação, saneamento, saúde e educação são temas que precisam ser compatibilizados com urgência. Assim como dar prioridade a investimentos na área específica do saneamento. Para tanto, é imprescindível desenvolver políticas públicas que apliquem critérios técnicos e legais capazes de subsidiar planos e ações.

Na seção entrevista, o arquiteto e urbanista, professor adjunto do Departamento de Urbanismo da Ufrgs, Júlio Celso Borello Vargas, diz que o poder imobiliário desafia o saneamento porque em muitas situações o planejamento urbano não acompanha o crescimento desordenado das cidades. E que cabe aos gestores públicos a determinação do estabelecido em seu plano diretor, que é o instrumento básico da política de desenvolvimento como será a expansão urbana.

A reportagem “Expansão do saneamento depende de recursos e gestão” destaca a importância de o Brasil investir em infraestrutura e planejamento urbano para alcançar a sonhada universalização do saneamento em 2033. Não é fácil suprir as demandas geradas pelo deslocamento populacional dentro dos espaços urbanos. Planejamento urbano e saneamento são temas que devem andar juntos. Na seção opinião, a gerente de Planejamento do Dmae, Airana Ramalho do Canto, relata as práticas e dificuldades do saneamento em Porto Alegre no artigo “Planejamento do saneamento integrado ao desenvolvimento urbano”.

E, para marcar os 25 anos da Revista Ecos lançamos nesta edição um selo alusivo, com o objetivo de comemorar esta conquista.

Maria de Lourdes da Cunha Wolff · Editora

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