O livro "Commercio da Louzã — 500 dias até à República" remete-nos para as páginas memoráveis de uma publicação do concelho da Lousã, do início do século XX.
Vale como documento — pela reprodução de alguns dos textos publicados naquele periódico; como registo que interessa carregar até ao presente, como convite ao conhecimento, por parte das gerações mais jovens, de uma experiência de jornalismo assaz diferente da que se vive nos dias de hoje.
Vale também como convite à leitura dos jornais de antanho, fascinantes mananciais de relatos e registos narrativos de um jornalismo que assumia uma causa. A República como pretexto para uma evocação, porque nunca será demais exortarmos o sagrado valor da Liberdade, tão bem definida nas páginas do "Commercio da Louzã" como "a noiva eterna das almas juvenis, o ideal sublime por que combatem todos".