APRESENTACAO

Page 1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação

Educação Infantil do campo: Como está a oferta na região Sul do Brasil?

Crisliane Boito Bolsista Iniciação Científica Voluntária/2011 IC-BIC/2012 E-mail:crisliane.boito@ufrgs.br Orientadora: Simone Santos de Albuquerque


COMO SURGIU A PESQUISA? PESQUISA NACIONAL Caracterização das Práticas Educativas com crianças de 0 a 6 anos residentes em área rural

Diretrizes Complementares de Educação infantil do Campo/Resolução nº2 de 28 de abril de 2008

DCNEI/09- Diretrizes Curriculares Nacionais De Educação Infantil -

EC 59/2009- Obrigatoriedade de matricula de crianças de 4 e 5 anos até 2016

I Encontro Nacional de Educação Infantil do Campo GT de Educação Infantil Reuniões/Audiências


ENTÃO...

É uma pesquisa de cooperação Técnica- MEC e UFRGS;

PESQUISA NACIONAL Caracterização das Práticas Educativas com crianças de 0 a 6 anos residente s em área rural

Teórica e Metodológica;

Apoio cinco núcleos regionais de pesquisa (norte – UFPA; nordeste – UFCG; sudeste – UFMG; sul – UFRGS; centrooeste – UNEMAT/Sinop) ; Movimento coletivo: Universidade, Movimentos Sociais, Ministério da Educação.

Pesquisa Quantitativa e Estudo Qualitativo estão em fase final de Análise.


OBJETIVOS: • Realizar mapeamento acerca da ofertada pelo poder público, das famílias e comunidades para crianças de 0 a 6 anos de idade, moradoras em territórios rurais.

• Verificar se e como as experiências de Educação Infantil ofertadas pelo poder público atendem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e as Diretrizes Operacionais da Educação do Campo, com vistas a subsidiar a expansão da Educação Infantil do Campo.


METODOLOGIA:


PESQUISA QUANTITATIVA: Questionários aplicados em cada região Regiões

Municípios na amostra

Centro-Oeste

150

Nordeste

320

Norte

150

Sudeste

300

Sul

210

Total

1130

Fonte: Elsa Mundstock elsa.mundstock@ufrgs.br


PESQUISA QUALITATIVA: Problematizações sobre a oferta •Direito ao acesso: Oferta e Demanda; •Acesso a creche e a pré-escola; •Invisibilidade dos bêbes; •Especificidades da EI do Campo; •Transporte; •Calendário; •Professores- Formação; •Infra-Estrutura; •Alimentação; •Saúde e Higiene; •Obrigatoriedade:impactos; •Relação com a comunidade e famílias.


Educação Infantil do campo: Como está a oferta na região Sul do Brasil?


REGIÃO SUL: Demanda e Oferta de Creche e Pré- escola – crianças residentes em área rural EDUCAÇÃO INFANTIL

Demanda

Oferta

VARIÁVEIS Nº de Crianças residentes em Área Rural de 0 a 3 anos Nº de Crianças residentes em Área Rural de 4 a 6 anos Nº de Crianças residentes em Área Rural de 0 a 6 anos Nº de Matrículas em Creche de Crianças residentes em Área Rural Nº de Matrículas em Pré- Escola de Crianças residentes em Área Rural Nº de Crianças residentes em Área Rural de 0 a 6 anos matriculadas

SUL

BRASIL

197.986 1.957.458 172.883 1.633.123 370.869 3.590.581 17.018

169.655

62.328

859.107

79.346

1.028.762

Fonte: Pesquisa Nacional Caracterização das práticas educativas com crianças de 0 a 6 anos de idade residentes em área rural. Fonte: Dados do IBGE-INEP-2010


ENTÃO... Demanda e Oferta de Creche e Pré- escola – crianças residentes em área rural EDUCAÇÃO INFANTIL

IDADE 0 a 3 anos

Região Sul 4 a 6 anos 0 a 3 anos Brasil 4 a 6 anos

PORCENTAGEM 8,6 % das crianças residentes em área rural estão matriculadas. 36 % das crianças residentes em área rural estão matriculadas. 8,6 % das crianças residentes em área rural estão matriculadas. 52,6 % das crianças residentes em área rural estão matriculadas.

Fonte: Pesquisa Nacional Caracterização das práticas educativas com crianças de 0 a 6 anos de idade residentes em área rural. Fonte: Dados do IBGE-INEP-2010


PROBLEMATIZAÇÕES: 1. Até 2016 com a EC-59/2009 a Região Sul deverá ampliar a oferta de 4 a 6 anos em 65% = 110.550

mil vagas.

2. Para cumprir a obrigatoriedade, há grande chance de “esquecimento” da ampliação de vagas de 0 a 3 anos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entendemos que a educação das crianças do campo nasce para denunciar a exclusão das populações do campo, dos indicadores sociais, econômicos e educacionais. Apresenta-nos assim, a responsabilidade de reconhecer e problematizar a dinâmica da terra e por isso nos mobiliza a reconhecer uma nova dinâmica social, cultural e educacional, em especial quando tratamos das crianças bem pequenas.


BIBLIOGRAFIA: • •

• • • • • •

ARROYO, M; CALDART, R; MOLINA, M. Por uma educação do campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. ARROYO, M.; FERNANDES, B. M. A educação básica e o movimento social do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 1999. Coleção por uma Educação Básica do Campo, n.2 BENJAMIN, C; CALDART, R. Projeto popular e escolas do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 2000. Coleção por uma Educação Básica do Campo, n.3. BOGDAN,R.;BIKLEN,S. Investigação qualitativa em educação:uma introdução á teoria e aos métodos. Porto:Porto,1994. BRASÍLIA, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 1999. Coleção por uma Educação Básica do Campo, n.2. Cadernos de Educação- Educação Infantil, , Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra, nº.12, novembro, 2004. CALDART, R., KOLLING,E.J., CERIOLI, P.R. (orgs) Educação do Campo: identidade e políticas públicas. Brasília: DF:articulação nacional. Por uma Educação do Campo. N. 4, 2002. CALDART, R. S; CONCEIÇAO, J. D. (orgs.) Como se formam os sujeitos do campo? Idosos, adultos, jovens, crianças e educadores. Brasília: PRONERA: NEAD, 2006. CAMINI, Isabela. Escola itinerante: na fronteira de uma nova escola. São Paulo: Expressão Popular, 2009.


• • •

• • • •

• •

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo: Parecer CNE/CEB N. 36/2001 e Resolução CNE7CEB N. 0172002. GRAUE, E.; WALSH, D. Investigação etnográfica com crianças: teorias, métodos e ética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. KOLLING, E. D; CERIOLI, P. R; CALDART, R. Educação do campo: identidade e políticas públicas. Brasília, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 2002. Coleção por uma Educação Básica do Campo, n.4. MEC. Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo. Resolução CNE/CEB n.1. 3 de abril de 2002 MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução N.05,de 17 de Dezembro de 2009. MEC. Referências para uma Política Nacional para a Educação do Campo: Cadernos de Subsídios. Brasília, 2004. MOLINA, M. C; JESUS, S. M. S. A. Contribuições para a construção de um projeto de educação do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 2004. Coleção por uma Educação Básica do Campo, n.5. SILVA, A.P.S e PASUCH, J . Orientações Curriculares para a Educação Infantil do Campo. Texto Consulta Pública. SANTOS, C. A. Educação do campo: campo – políticas públicas – educação. Brasília: Incra; MDA, 2008.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.