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IA e cidades Inteligentes Pág

IA e cidades inteligentes

As cidades já são local de moradia e trabalho de mais da metade da população do mundo. A crescente tendência de urbanização aponta que em 2050 pelo menos 70% da população do planeta estará habitando as cidades. E todos que nela habitam e trabalham dependem da infraestrutura para desenvolverem suas atividades. E esta infraestrutura é uma extensa e complexa rede de componentes que incluem pessoas, empresas, sistemas de transporte, comunicação, segurança pública, água, saneamento, energia, saúde e assim por diante. Interrupções em algum dos seus componentes, como no fornecimento de energia ou no sistema de telecomunicações tem o potencial de paralisar toda a cidade e suas atividades.

Claramente que esta infraestrutura evolui para se tornar mais e mais tecnológica. E esta ten-

dência é irreversível, uma vez que o mundo está se tornando cada vez mais instrumentado, interconectado e inteligente. Um mundo ou uma cidade mais instrumentada consegue obter e tratar dados de forma muito mais rápida e eficiente. Um exemplo pode ser a instalação de sensores que monitorem em tempo real a rede de distribuição de água e detetem o grau de contaminação e vazamentos no instante em que estes ocorram. Com uso de algoritmos de IA podemos analisar e fazer previsões de congestionamentos, antes que eles aconteçam, criando alternativas que minimizem seus impactos. A tecnologia digital já nos permite medir e controlar coisas que não conseguiamos antes. Por sua vez, a interconexão permite que estes sensores troquem informações entre si e com sistemas de computação na retaguarda, acionando e coordenando ações corretivas e preventivas de forma inteiramente automática. Como resultado, a cidade se torna mais inteligente, utilizando modelos e algoritmos analíticos de aprendizado de máquina em cima das informações obtidas por estes sensores, melhorando de forma significativa o processo de tomada de decisão da gestão pública.

Nos próximos anos veremos uma evolução muito intensa das soluções que envolvam o conceito das cidades inteligentes, ou sejam, soluções que façam a convergência do mundo digital com o mundo físico da infraestrutura das cidades. Veremos mais e mais soluções inovadoras que embutirão em seus processos e algoritmos tecnologias embarcadas, como sensores e atuadores, que serão capazes de absorver, transmitir e analisar informações em escala massiva, permitido reações de forma automática às mudanças nos próprios ambientes que estejam monitorando e controlando.

Mas, para chegarmos lá, ainda temos que dar muitos passos. As cidades, para adotarem o conceito de cidades mais inteligentes devem antes de mais nada definir um “Road Map para Cidade Inteligente”, que contemple: uma estratégia de longo prazo, mas com objeti-

Cezar Taurion

VP Estratégia e Inovação Cia Técnica

vos e ações concretas de curto prazo; Priorize os investimentos que produzam maior impacto na própria sociedade; Integre os diversos sistemas que compõem a complexa rede de conexões da infraestrutura da cidade; eOtimize os seus serviços e operações.

Embora seja um princípio básico, muitas cidades não possuem um plano diretor adequado e atualizado. E muitos dos planos diretores existentes são meros relatos de desejos e visões futurísticas, sem compromissos com o mundo real. Na imensa maioria das vezes os sistemas das cidades reagem às situações de crise, não atuando de forma preventiva. Por exemplo, após um crescimento desordenado em determinada região da cidade, toma-se medidas corretivas para melhorar o gargalo do trânsito formado pela multiplicação de veiculos nas vias não preparadas para tal volume de trânsito. Um sistema preventivo coordenaria o crescimento populacional da região com os sistemas de trânsito, segurança pública, saneamento, e demais envolvidos. Os especialitas em trânsito estimam que uma grande cidade deve rever suas metas e estratégias de circulação a cada cinco anos. Quais cidades fazem isso?

Portanto, o primeiro passo na direção de se tornar uma “cidade inteligente” não é sair comprando tecnologias, mas definir o que a cidade quer ser daqui a 15 ou 20 anos. Uma “cidade inteligente” é uma cidade que oferece qualidade de vida e atratividade para novos negócios, variáveis profundamente influenciadas pelo grau de eficiência percebida dos “core systems” da cidade, como transporte, segurança pública, saúde, educação e outros.

Como fazer? Uma sugestão simples é começar com um diagnóstico ou assessment que analise a situação atual dos sistemas que compõem a cidade e ajude a construir a visão do que será esta cidade 20 anos à frente. Cada cidade tem características, prioridades e vocações próprias e a estratégia de ação que pode dar certo em uma, não poderá ser automaticamente transplantada para outra. Um exemplo é o sistema de trânsito. Em algumas cidades existe um deslocamento de manhã em direção ao centro e à tarde no sentido inverso. Em outras, os deslocamentos são em todos os sentidos, sem fluxo e contrafluxos definidos. Assim, as soluções para um modelo característico de trânsito nem sempre funcionarão adequadamente para outros.

Algumas cidades têm sua economia baseada no modelo industrial e outras na economia de serviços. As demandas por determinadas infraestruturas apresentam características diferenciadas. Por exemplo, nas economias industriais ainda existe uma certa concentração do deslocamento em determinados horários. Nas economias baseadas em serviços, os deslocamentos diluem-se por todo o dia. Os modelos de trânsito devem refletir estas diferenças.

O plano diretor deve buscar integração de todos os elos que compõem a rede de sistemas das cidades. A visão da cidade e de seus sistemas deve ser holística. Em economias baseadas em serviços, o uso de “home office”, já amplamente disseminado pela pandemia, e a consequente disponibilidade de banda larga deve ser priorizado. Estamos falando da integração dos planos dos sistemas de transporte, comunicações e energia. Uma decisão que envolva um sistema não pode ser tomada sem analisar o impacto nos demais. Por exemplo, uma decisão sobre o sistema de energia deve considerar o seu impacto nos sistemas de água, transporte e de negócios da cidade.

O plano diretor também deve definir claramente os objetivos de curto prazo que serão

alcançados. Especificações como “melhorar o trânsito” deve ser acompanhado de metas bem definidas como “redução do tempo médio de viagem entre os bairros X e Y de 30 para 15 minutos em um ano”. Ou “diminuir o nível de evasão escolar nas escolas públicas em 30% em um período de 3 anos”. Para a disseminação das tecnologias digitais, hoje tão essenciais quanto saneamento, deveremos ter métricas como definir em um período determinado de tempo o percentual da cidade coberta ou iluminada por banda larga padrão 5G, percentual das residências com computadores, percentual da população com acesso à Internet, percentual da população acessando serviços de e-gov, percentual de órgãos públicos com websites e apps disponíveis aos cidadãos, percentual de compras públicas efetuadas por pregões eletrônicos, e assim por diante.

Vamos exemplificar com algumas estratégias hipotéticas. A primeira pode ser diminuir os congestionamentos. A gestão e operação dos sistemas de transporte tem grande influencia na economia das cidades. Congestionamentos impactam negativamente a qualidade de vida e diminuem a produtividade econômica. Algumas estimativas apontam que os congestionamentos impactam negativamente o PIB das cidades entre 1,5% a 4%. A melhoria no trânsito traz beneficios mensuráveis. Estima-se que uma simples redução de 5% no tempo de viagem nos deslocamentos pode gerar uma melhoria de 0,2% a 0,5% do PIB da cidade.

Outra estratégia é a segurança pública. A atratividade turística e econômica de uma cidade tem relação direta com o seu nível de segurança pública. E segurança pública não implica apenas em contratação de mais policiais, mas principalmente no uso de sistemas mais inteligentes que integrem recursos como câmeras inteligentes à sistemas de deteção e análise de ocorrências policiais em tempo real. Com sistemas de IA podemos identificar padrões de incidentes de modo a que a força policial aja preventivamente, eliminando potenciais focos de problemas, antes que eles ocorram. Além disso, o sistema de segurança pública deve estar integrado com o sistema de saúde (sistema de resposta à emergências), e transporte (gestão do trânsito).

Um método simples, mas proveitoso de melhorar a qualidade do diagnóstico é a adoção de benchmarks comparativo com cidades que tenham características similares. Também o compartilhamento de “best practices”, já comum nas empresas privadas, pode e deve ser adotado na gestão das cidades.

As tecnologias digitais são a força impulsionadora de transformações e melhorias. Coletar e analisar dados em tempo real abre oportunidades antes inimagináveis na gestão da infraestrutura das cidades. Podemos pensar em formas inovadoras de criar novas políticas públicas, sustentadas pelo massivo uso de tecnologias como sensores e atuadores. O envolvimento da população também é potencializado com o uso de tecnologias como redes sociais. Uso de apps disponíveis nos smartphones permite aos cidadãos reportarem, acompanharem e discutirem problemas locais como despejo ilegal de lixo, atos de vandalismo e outras ações que afetam a comunidade, interagindo e cobrando ações dos gestores públicos. Mas, a tecnologia, isoladamente não resolve os problemas. No final das contas, pessoas, processos e gestão são fundamentais para a cidade se tornar mais inteligente. A tecnologia é a ferramenta com que os cidadãos e os gestores contarão para tornar os processos mais eficientes.

Sobre Automação: Não é mais SE, mas QUANDO

Muitas empresas no Brasil ainda se perguntam se a tecnologia de automação deve ser adotada. Porém a grande decisão é Como e Quando eu devo adotar as tecnologias de automação para o meu negócio.

Não há mais espaço para uma empresa atuar sem obter o aumento de produtividade, redução dos erros e a velocidade que a automação traz ao negócio. Imagine que seus concorrentes estarão todos atuando com essa tecnologia, como você irá competir se não tiver as mesmas armas?

O ideal é seguir boas práticas para adotar novas tecnologias visando minimizar riscos e maximizar os resultados. Entretanto, como se trata de uma tecnologia recente, ainda não existem boas práticas formais disseminadas no mercado sobre automação de processos. Por isso gostaria de compartilhar algumas recomendações que podem ajudar nessa jornada:

Automação não é um projeto

Devemos encarar as tecnologias de automação como algo inerente às atividades do negócio. Não pense que a tecnologia vem para complementar, pelo contrário, ela poderá criar uma nova forma dos processos fluírem no seu negócio. Em alguns anos você não conseguirá ver a s ua empresa ou departamento sem esse tipo de tecnologia.

Algo muito parecido ao que aconteceu com as tecnologias de ERP na década de 80/90, hoje não conseguimos vislumbrar uma empresa de sucesso ser gerida sem um sistema de gestão.

Foque em Compartilhar o Conhecimento

No primeiro momento temos a intenção de querer controlar a forma como os robôs serão aplicados ao negócio, mas essa centralização faz com que as áreas de automação se tornem gargalos para a digitalização dos processos e, consequentemente, dos negócios.

Foque mais na governança e no compartilhamento de conhecimento tornando seu time de especialistas em tutores para que as áreas de negócios da empresa possam desenvolver seus próprios robôs com a tutoria técnica do time de governança de automações, focando seus esforços mais no controle de qualidade e reuso dos códigos do que na construção dos novos robôs.

Crie sua Biblioteca Privada de Robôs

Se você analisar, verá que 80% dos processos de negócios são feitos em 20% dos softwares da companhia. Com isso em mente, crie uma biblioteca de robôs para serem reutilizados na construção de robôs, assim você escalona o desenvolvimento e faz com que toda empresa capitalize o conhecimento através da reutilização de processos comuns às áreas. Um exemplo prático: Criar um Robô para fazer o login no seu sistema de gestão. Essa ação será feita por vários outros fluxos, portanto crie essa biblioteca para os usuários e assim eles podem começar a criar seus robôs juntando peças ao invés de construir tudo do zero.

Fernando Baldin, Diretor de Produto da Woopi, empresa do Grupo Stefanini

Construa seu Pipeline de Automação

Mapear os processos a serem automatizados é uma mistura de conhecimento técnico e negócio. Acordar sobre os pontos chaves para priorizar as oportunidades é um assunto que deve ser discutido antes da empresa comprar qualquer software de automação.

Não existe fórmula mágica, mas existem alguns conceitos básicos como: Buscar atividades de alto volume e baixa complexidade, com repetição diária ou semanal, que interagem com menos sistemas possíveis. Tudo isso vai ajudar a diminuir a complexidade do desafio em questão.

Nos primeiros meses, o cliente está na infância da jornada, vale focar mais no aprendizado que o retorno efetivo ao negócio, mas após os primeiros fluxos serem construídos a maturidade vai ajudando a entender os caminhos mais interessantes a serem priorizados dentro do negócio.

Tecnologia e inteligência artificial: da otimização de processos à geração de valor e confiança às empresas e seus times

Arealidade que nos foi imposta nos últimos dois anos, por conta da pandemia, evidenciou a necessidade de uma transformação digital rápida das empresas que, neste novo cenário, vislumbram acompanhar o movimento do mercado, dos consumidores, concorrentes e também de seus colaboradores. Hoje, para alavancar o crescimento dos negócios, acredito ser praticamente impossível dissociar o uso da tecnologia e da inteligência artificial dos processos diários. E quando falo em processos, me refiro à rotina por completo, desde a produção à dinâmica das equipes que, com um respaldo de ferramentas tecnológicas, conseguem obter, por exemplo, informações sobre pontos a serem aprimorados, automatizações, escalabilidade, e fazer acompanhamentos de forma rápida e precisa, o que, consequentemente, torna-as mais confiantes e livres para criar e buscar oportunidades de crescimento dentro de cada setor.

São muitos os exemplos do impacto positivo que a tecnologia pode gerar ao departamento de RH de uma empresa. Vale destacar que contar com a tecnologia em processos burocráticos – como a coleta e o armazenamento seguro de documentos dos colaboradores – pode ser crucial para que esse funcionário se sinta parte de um todo.

Além, é claro, da personalização e automatização no envio de comunicados e holerites, e até mesmo o acesso dos colaboradores à agenda de atividades da empresa – de maneira fácil, na palma da mão, por meio de um aplicativo de celular. Isso permite que o RH consiga ter mais tempo para se dedicar ao desenvolvimento das pessoas, de suas soft skills, criando um ciclo saudável de crescimento corporativo.

Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Boston Consulting Group, revelou, inclusive, que 63% das companhias que apostam em inteligência artificial viram a eficiência do trabalho aumentar. 61% notaram um avanço na confiança das equipes, e 71% perceberam que até mesmo o processo de aprendizagem melhorou. É inegável que a inovação se tornou protagonista e vem promovendo mudanças em diversos departamentos essenciais a uma organização. Não à toa, 52% das empresas latino americanas estão usando a tecnologia para gerar valor, 33% a utilizam para promover melhorias em processos já existentes, e 51% das empresas que usam inteligência artificial conseguiram lucrar com ajuda dessa tecnologia.

Esses números escancaram a relevância dessas ferramentas que, de uma forma estratégica e humanizada, levantando informações e analisando-as, principalmente, têm o poder de contribuir ao desenvolvimento, motivação e integração do time – e não apenas à otimização de softwares, hardwares ou equipamentos. Elas levantam fatores determinantes que podem definir quem vai avançar a passos largos e se adaptar rapidamente, de maneira sustentável, às novidades que forem surgindo. Vantagens há de sobra, mas para acessá-las é preciso se moldar, se transformar, e ter um olhar mais apurado para fugir de modelos padronizados. A inteligência artificial está aí e, diferente do que muitos pensam, não é para automatizar e igualar tudo, mas sim para identificar especificidades a serem exploradas e melhor trabalhadas.

Renan Conde, Diretor de vendas da Factorial

Automação de processos logísticos no ramo de mineração e metalurgia

Scott Zoldi

Chief Analytics Officer FICO

logísticos no ramo de Depois de tantos anos tentando – e falhando – se manter entre os temas mais ‘hypados’, em 2021 a Inteligência Artificial foi subestimada no tribunal da opinião pública. Mas, felizmente, os cientistas de dados estão acordando para a fragilidade do poder de decisão da tecnologia e criaram controles compensatórios, que incluem a IA Auditável e a IA Humilde.

Neste ano, veremos ambas se juntando a IA Explicável e a IA Ética, sob o guarda-chuva da IA Responsável – considerada um padrão que deve ser utilizado no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial confiáveis e seguros.

Antes de falarmos sobre os conceitos de IA Auditável e Humilde, faz sentido recapitular pontos sobre o que aconteceu com a IA em 2021, que teve uma curva de crescimento e disparou durante a pandemia.

A inteligência artificial tornou-se um problema real

Uma pesquisa da PwC constatou que 86% das empresas pesquisadas disseram que a IA se tornou uma tendência tecnológica.

Algumas falhas da IA ficaram aparentes em 2021 e há intermináveis artigos negativos, podcasts e conversas sobre essa fragilidade. Bernard Marr trouxe à tona uma discussão concisa sobre os impactos negativos da inteligência artificial em que lista ao menos cinco pontos de atenção:

. Viés da inteligência artificial . Perda de empregos . Mudança na experiência humana . Ataques hackers . Terrorismo via IA

Um caminho a seguir: ética por design

Em 15 de setembro de 2021, com o lançamento da norma IEEE 7000 – que traz a premissa de ser o primeiro padrão a mostrar às empresas de tecnologia uma maneira muito prática de construir tecnologia, valor humano e social, em vez de apenas dinheiro -, o mundo deu um passo gigantesco para alcançar a IA Responsável.

Sara Spiekermann, da Universidade de Economia e Negócios de Viena , que estava envolvida nos esforços do IEEE 7000, diz que o que determina uma boa IA é aquela oferece às empresas o controle sobre: . A qualidade dos dados utilizados no sistema de IA . Os processos seletivos que alimentam a IA . Design de algoritmo . A evolução da lógica da IA . As melhores técnicas disponíveis para um nível de transparência que mostre como a IA está aprendendo e chegando às suas conclusões

Acredito que transparência e ética por design são os únicos caminhos a seguir. Escrevi e falei extensivamente sobre essa crença desde 2020, quando previ que seria o ano em que a IA cresceria.

Com o IEEE 7000, parece que alcançar esse objetivo está cada vez mais próximo.

IA Auditável e IA Humilde

Para construir sistemas de IA que cumpram a implementação de padrões da IA Responsável, como o IEEE 7000, dois novos ramos de IA se tornarão comuns em 2022:

IA Auditável, é a inteligência artificial que produz uma trilha de cada detalhe sobre si mesma e engloba todos os pontos mencionados acima: dados, variáveis, transformações e processos de modelo, incluindo aprendizado de máquina, design de algoritmos e lógica de modelo. A IA Auditável deve ser apoiada por estruturas de governança de desenvolvimento de modelos firmemente estabelecidas e adotadas, como as baseadas em blockchain. A IA Auditável aborda essencialmente o requisito de transparência da norma IEEE 7000.

As aspirações para alcançar a IA Responsável irão além das promessas vazias, para modelar etapas de governança de desenvolvimento que são formais, transcritas programatica-

mente e imutavelmente apoiadas pela tecnologia blockchain.

É importante ressaltar que a IA Auditável fornece uma prova de trabalho de adesão aos padrões de desenvolvimento do modelo de IA Responsável, e apoia diretamente sua função conectada, a AI Humilde.

Já a IA Humilde, é a inteligência artificial que sabe que não tem certeza sobre a resposta certa. A IA Humilde aborda a incerteza da decisão e usa medidas de incerteza (como um score numérico de incerteza) para quantificar os níveis de confiança do modelo em sua própria decisão, com detalhes da decisão individual e o elemento de dados.

Dito de outra forma, a IA Humilde nos ajuda a ganhar mais confiança em cada pontuação que produz e no consumidor que ela impacta.

Embora eu tenha escrito sobre a IA Humilde no passado, vejo um movimento de abandono dos modelos complexos para modelos mais simples que melhor suportem as evidências.

A capacidade de determinar se um modelo é apropriado vai variar entre os itens pontuados, por exemplo, para alguns clientes o modelo é muito certo e tem grande confiança estatística, e para outros não.

Este é um componente crítico da IA Responsável, de tal forma que quando a confiança do modelo é insuficiente, esses clientes podem ser pontuados por um modelo de recuo que tem melhor confiança estatística e, portanto, receber um resultado mais justo.

Isso se alinha diretamente com o IEEE 7000, e aproveita a percepção de que a decisão do modelo de IA pode ser mais ou menos certa para diferentes indivíduos. A IA Responsável exige que essa incerteza se reflita na decisão.

Automatização de processos já é uma necessidade dentro das empresas

Thiago Souza,

head de marketing e co-fundador da Dootax A busca pela facilidade nos processos se tornou ainda mais necessária nos últimos anos devido à pandemia de Covid-19 que se alastrou pelo mundo. Na primeira edição da Tax Trends realizada em 2021, um dos assuntos comentados na pesquisa e nos painéis foi a tendência de aumento da automação que já havia sido iniciada no ano anterior.

A automação colabora na redução de erros humanos, já que o serviço será totalmente robotizado e substituirá uma tarefa manual e repetitiva. Um dos lemas da Dootax é justamente esse: “menos braço e mais cérebro”, levando em conta que este processo reduz custos, valoriza o seu capital humano em coisas que realmente requerem mais importância, melhora o tempo de resposta, experiência do cliente, entre outros benefícios ao negócio.

Em 2020, um estudo feito pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil com o apoio da equipe de pesquisas GfK apontou que 74% das indústrias brasileiras possuem algum tipo de sistema de gestão que controla os setores financeiro, comercial, fiscal e entre outros.

A robotização já é a realidade de muitas empresas e ela só não é utilizada por todas, pois também existe uma relutância do “novo” em alguns negócios.

O serviço prestado por startups como a Dootax é um grande exemplo de automação que ajuda grandemente as empresas, diminuindo processos longos e repetitivos, e pequenos erros poderiam ser prejudiciais, como no departamento fiscal, a emissão de guias em duplicidade, atraso no pagamento gerado por multas, entre outros.

RPA

Um estudo realizado pelo Institute of Management Accountants (IMA), apontou que parte das equipes de contabilidade dedicam até 75% do tempo realizando atividades repetitivas. Com isso, a automação de processos robóticos, conhecida pela sigla RPA (robotic process automation), se tornou ainda mais uma necessidade e vem crescendo cada vez mais com o passar dos anos.

Essa tecnologia tem como intuito robotizar tarefas e diminuir fluxos intensos de trabalho e juntada a outras tecnologias de inteligência artificial, pode trazer um resultado ainda melhor. Além disso, ela pode ser utilizada em todos os setores de uma empresa, desde o RH até o financeiro e contábil.

Segundo o estudo da Robotic Process Automation Market, o mercado de RPA terá uma taxa de crescimento anual de 31,5% entre os anos de 2021 a 2026. E no último ano já foi possível perceber essa movimentação no mercado.

A automação dos processos não é mais um futuro, ela é a realidade e quem não se adaptar a ela ficará muito distante do que o cenário atual pede e precisa.

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Como a expansão dos mercados autônomos influencia na indústria?

Eduardo Palu de Cordova,

CEO no market4u

Como a expansão dos mercados autônomos influencia na indústria?

Os mercados autônomos são uma realidade ainda considerada nova, mas que veio com força para ficar em condomínios residenciais, comerciais, clubes e até mesmo em shoppings.

Atualmente, já é possível encontrar esse tipo de estabelecimento em mais 80 cidades brasileiras e com crescimento exponencial por todo o país.

O que é inegável nesse modelo de negócio é a praticidade que ele proporciona para os clientes, já que podem fazer suas compras de maneira fácil, rápida e sem precisar de outras interferências. A pergunta é: como isso influencia na indústria? Respondo com convicção: na forma de distribuição de itens e produtos. Por meio desse novo formato, esse processo é totalmente modificado e se torna muito mais ágil, prático e autônomo, assim como o nome do segmento já diz.

Outro ponto interessante e que também tem influenciado mudanças na indústria é que mudou a forma de contato com os consumidores, pois nos mercados autônomos toda a comunicação, pagamentos e relacionamentos são realizados por meio de aplicativos em celulares.

A partir disso, a indústria se viu com um leque de oportunidades e mais autonomia para praticar suas ações de marketing e conexão com os clientes. Uma questão importante de ser ressaltada aqui é que a relação indústria e novas franquias é de ganha-ganha e isso é extremamente positivo para todos, inclusive para o consumidor final.

São melhores preços, praticidade e variedade de itens que podem estar sempre em rotatividade. A ativação de lançamentos também se torna algo real e possível, ganhando ainda mais movimento.

Vale lembrar que os mercados autônomos se baseiam em transações honestas e feitas virtualmente. Assim, o público em geral, principalmente os moradores dos prédios podem realizar suas compras de forma segura e sem atendentes no local.

Esse fato é um dos atrativos principais desse segmento e faz com que haja cada vez mais aderência e interação desses clientes.

Construir um segmento sólido e intuitivo é nossa missão e planejamos expandir para além dos condomínios residenciais. Hoje em dia, já estamos chegando em prédios de empresas, shoppings e muitos outros espaços ainda podem ser ocupados.

Todo esse leque de atuação nos permite enxergar um futuro promissor e que, claro, poderá gerar aumento de renda e ajudar na economia nacional em todos os pontos da cadeia da indústria brasileira.

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