12 minute read

Não me chamem para falar da mulher na tecnologia, mas sim sobre tecnologia - Pág

Não me chamem para falar da mulher na tecnologia, mas sim sobre tecnologia

Isaiane de Mendonça,

Advertisement

Fundadora da AutoForce

Desde que me formei em Ciência da Computação, o que mais ouço é: como é ser mulher e atuar com tecnologia e ainda mais -- dentro do setor automotivo -- ao lado de um público majoritariamente masculino? A resposta é simples, acredito tanto na minha força e em minha capacidade como profissional que essa questão de gênero se contrapõe.

Embora eu tenha presenciado a realidade que é optar por um curso na faculdade em que os homens se destacam por sua grande maioria, afinal, minha sala de aula era composta por 40 alunos onde apenas oito eram mulheres, ainda acredito na hipótese de que a área escolhida pelas pessoas vai (e precisa ir) além dos estereótipos e questões culturais.

Em linhas gerais, o ingrediente principal para o sucesso, independentemente de ser mulher ou homem, é se destacar no mercado escolhido, desde que haja dedicação e um ambiente que promova igualdade entre os gêneros.

O fato é que a sociedade - de hoje e de antigamente - ainda condiciona mulheres a terem inseguranças e questionamentos diante de situações diárias de sua vida pessoal e profissional, mas desde que entrei para o universo da tecnologia, consigo perceber que é nítido o quanto é possível contribuirmos para a criação de soluções tecnológicas, independente se a escolha é ser web designer ou estar ocupando um cargo de front-end ou back-end.

A evolução das mulheres na tecnologia tem avançado consideravelmente, contudo é preciso levarmos em conta que ainda é necessário quebrar paradigmas e naturalizar a presença feminina em qualquer cargo que ela deseja ocupar. Segundo dados de uma pesquisa da National Science Foundation, agência governamental dos Estados Unidos, o número de mulheres que estão considerando seguir uma carreira na área de tech aumentou, porém ainda existe uma lacuna no quesito volume de oportunidades, já que apenas 38% das formandas estão atuando no campo e os homens seguem com 53%.

Acredito que esse número só irá mudar quando o mindset da empresa mudar, desde do recrutamento a dia a dia, a empresa precisa começar a pensar em diversidade e se preparar para ela, se ela prezar por experiência sempre vai contratar homens héteros brancos, pois historicamente foram eles os acolhidos pelo mercado, se pensar em diversidade e priorizar contratação de pessoas diversas, a empresa irá contribuir para o aumento de pessoas de outros “grupos” no mercado e principalmente que elas desenvolvam experiência.

Não é uma decisão fácil, pois tendemos a buscar os ganhos imediatos de ter uma pessoa experiente no time, mas o que eu venho aprendendo é que, não adianta sacrificar o médio longo prazo pelo curto prazo, um time diverso tem maior poder, e ter pessoas que não tiveram a oportunidade de terem oportunidades vem com um peso maior da gratidão, e serão missionários e não mercenários.

Mas, mesmo que o número de mulheres que optam pela área ainda seja menor que o dos homens, o protagonismo feminino vem ganhando espaço na área de TI. Ainda precisamos evoluir muito quando o assunto é mulheres que representam a tecnologia e, infelizmente ainda não temos um histórico tão extenso de personalidades que atuaram na área, mas nomes como Ada Byron, responsável pela primeira descrição de um algoritmo destinado ao processamento em um computador e Grace Murray Hopper, cientista da computação da Marinha dos EUA que popularizou linguagens de programação, fizeram a diferença na história da tecnologia.

Sem contar que antigamente, analistas de software eram uma função tecnicamente feminina, quantas fotos temos de mulheres operando máquinas gigantescas, as “telefonistas”, filmes como Estrelas, além do tempo trazer essa temática de mulheres influenciando na ciência, na tecnologia. Quando essa função se tornou “cara”, começou a ser assumida por homens, enquanto foi “inferior” eram assumidas pelas mulheres.

Não há como negar que mulheres que atuam hoje na área, servirão de inspiração para pessoas que, no futuro, querem fazer parte deste legado. Mas, antes, temos a missão de desmistificar a presença da mulher na tecnologia e entender que ela tem voz, sabedoria e know how para falar sobre qualquer assunto. Então, não me chamem para falar da mulher na tecnologia, ela já está inserida nesse ambiente e fazendo história por onde passa.

Como a migração para a nuvem acelera a transformação digital

Marcelo Carreira,

Diretor de marketing da Access À medida que as organizações recuperam os níveis pré-covid, o Cloud Computing é uma tecnologia poderosa disponível à sua disposição para acelerar os planos de transformação. A computação em nuvem dá às organizações o poder de coinovar com provedores de serviços em nuvem e oferece soluções digitais inteligentes que são acessíveis, adaptáveis e ágeis.

De acordo com o Relatório Flexera, aqui estão algumas estatísticas recentes sobre computação em nuvem:

- 93% das empresas têm estratégias multinuvem em vigor; 87% optaram por uma estratégia de nuvem híbrida;

- 20% das empresas gastam mais de US$ 12 milhões por ano em nuvem pública;

- 59% das empresas esperam que o uso da nuvem supere os planos anteriores por causa do Covid-19;

- 73% das associações pretendem melhorar a utilização existente da nuvem para aumentar a economia de custos.

Como as organizações em todo o mundo estão agora voltadas para a transformação digital, a computação em nuvem oferece consistentemente vantagens de disponibilidade, adaptabilidade, agilidade e flexibilidade aprimoradas.

Para entender o que a nuvem traz para as empresas, confira abaixo oito benefícios da computação em nuvem e seu impacto na transformação digital.

1 - Mobilidade

A nuvem é onipresente e você não pode fugir. Este recurso está em toda parte, permitindo facilidade de acesso aos dados e oferecendo comunicação fluida. Com o cloud, é possível que vários usuários trabalhem simultaneamente em um projeto, sem falhas. Isso, portanto, diminui o custo, bem como fabrica um modelo de trabalho robusto.

A mobilidade que a nuvem oferece é um de seus melhores elementos. As organizações agora podem interagir facilmente à distância, por meio de uma variedade de gadgets, como telefones celulares, iPads e laptops. O acesso remoto possibilita tempo de resposta rápido, resolução instantânea de problemas e colaboração consistente, todos objetivos da transformação digital. A mobilidade empresarial é ideal para consultores, trabalhadores remotos e empresas com locais de trabalho espalhados por várias cidades.

2 - Segurança de dados aprimorada

Como a plataforma aberta e o acesso simples ao cloud podem abrir caminho para hackers mal-intencionados, não se pode simplesmente fazer uma transposição no território da nuvem. A criptografia robusta de registros e conjuntos de dados pode aliviar as ameaças internas. Eles podem ser movidos facilmente sem dar aos hackers a menor oportunidade de atacar. O

Como a migração para a nuvem acelera a transformação digital

roubo de dados ainda é um perigo oculto, e uma melhor criptografia garante melhor segurança -- mais um objetivo da transformação digital.

3 - Eficiência de Custos

Mudar para a nuvem é, sem dúvida, um empreendimento caro. Seja como for, executado de forma adequada, o ROI da migração para a nuvem justifica facilmente os investimentos iniciais. Ao calcular os custos de computação em cloud, é necessário entender que o ROI pode ser estendido aos ciclos de vida do produto ou até mesmo otimizado dos ativos. Uma vez na nuvem, os requisitos da empresa para software adicional são eliminados, economizando tempo e dinheiro.

Com a computação em nuvem, você paga apenas pelos recursos que considera pré-requisitos para seu trabalho e design organizacional. Essa eficiência de otimização de tempo e dinheiro da nuvem a tornou a nova principal escolha dos CEOs que agora a implantam como um componente obrigatório dos serviços de transformação digital.

4 - Autoridade Completa

Para as empresas, a transformação digital se traduz em controle adequado sobre todas as operações do negócio, garantido pela computação em cloud. No caso de dados confidenciais, a “inovação em nuvem” permite que os clientes tenham uma visão elevada de seus dados, permitindo que eles rastreiem e modifiquem a disponibilidade, facilidade de uso e capacidade de implantação.

A computação cloud oferece controle ao gerenciamento e facilita os fluxos de trabalho, dando aos funcionários acesso exclusivo às suas respectivas funções. Isso permite uma compreensão clara das entregas e uma abordagem simplificada para a execução de tarefas.

5 - Adaptabilidade e Flexibilidade

Concentrar-se em uma estrutura de TI interna pode causar um colapso ou uma execução ineficiente de tarefas. A ausência de racionalização de processos pode levar a tempos de resposta baixos e a não levar em consideração os requisitos do cliente. A computação em nuvem pode moderar isso oferecendo flexibilidade para infraestruturas de TI, que permitirão que as organizações tenham flexibilidade e espaço para delinear planos.

A nuvem não é limitada por baixas capacidades de transferência de dados e é muito diferente das infraestruturas de tecnologia internas tradicionais. A computação em nuvem oferece flexibilidade adequada que permite que o gerenciamento faça mudanças de última hora e ainda não enfrente disfunções operacionais. A capacidade de decidir e executar decisões de negócios rápidas sem sofrer com o efeito da infraestrutura de TI torna a nuvem um ativo altamente desejado que acelera a transformação digital.

6 - Recuperação de desastres

A maior catástrofe que uma organização pode enfrentar é a perda de dados. No entanto, a nuvem é um cofre para backups de dados, que ajuda as organizações a recuperar seus dados perdidos com eficiência e segurança. A nuvem reduz o tempo desperdiçado em erros técnicos, atrasos no servidor e outras desvantagens funcionais, que podem custar quase seis horas por semana em recursos temporais.

7 - Escalabilidade

A escalabilidade pode ser caracterizada como a capacidade do produto de intensificar seu efeito sobre os clientes e atender às necessidades apresentadas. A escalabilidade é possivelmente o atributo mais procurado da transformação digital, e a computação em nuvem reduz o desperdício de recursos e melhora os negócios e o ROI, aumentando assim a escalabilidade.

8 - Atualizações automatizadas

Imagine lidar com uma tarefa significativa e, de repente, você recebe uma mensagem de “atualização de software necessária”. Nada é mais monótono e tedioso do que as atualizações manuais, principalmente para uma empresa que deseja a transformação digital. Mas a nuvem também lida com isso. Com atualizações de software cíclicas automatizadas, os usuários agora podem concentrar seu tempo e energia no trabalho, enquanto seus ativos de computação em nuvem dispensam custos e despesas gerais.

Go to Site

A urgência do reequilíbrio do planeta

Sônia Martinêz,

Jornalista e Idealizadora da Fonte Sustentável

Asustentabilidade nos impõe o desafio de garantir as nossas necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de terem suas necessidades asseguradas. Em um mundo que nas últimas décadas delineou o desequilíbrio social, econômico e ambiental em um ritmo jamais visto, a mudança de paradigma requer um trabalho coletivo hercúleo.

Reequilibrar a casa em que vivemos, o planeta, é urgente e vital para a continuidade da vida na Terra, que há tempos passa por um esgotamento de recursos naturais decorrente da ação humana. Há quem escolha fechar os olhos e acreditar que a sustentabilidade não passa de modismo, capitaneado por um punhado de pessoas que adoram abraçar árvores. Moda é efêmera. Portanto, teoricamente, logo essa conversa de sustentabilidade seria página virada.

Mas não! Os frequentes estudos e alertas feitos por instituições respeitadas mundialmente reafirmam a necessidade imediata de cuidarmos do planeta, tendo como guia o desenvolvimento sustentável, caminho em que o sistema econômico prioriza o respeito ao meio ambiente, sem prejuízo ao lucro. Atualmente, estamos experimentando uma dose amarga do que o colapso do planeta pode causar a todos, indiscriminadamente. A natureza, nas respostas que vem dando à ação humana, não tem feito distinção de cor, gênero ou classe social, assim como a pandemia, que não poupa ninguém. Sabemos que hoje, por exemplo, em função da agressão à natureza, não temos o mesmo ciclo de chuvas do passado, o que afeta diretamente toda e qualquer existência de seres vivos na Terra.

As mudanças climáticas que enfrentamos mostra que o cerco aperta a cada dia. Só nos últimos anos, assistimos a desastres naturais (ondas de calor, inundações, estiagens atípicas) sem precedentes na história recente da humanidade. Segundo a Organização para as Nações Unidas (ONU), nas últimas duas décadas, as mudanças climáticas praticamente dobraram a ocorrência de desastres naturais, ocasionando prejuízos econômicos na casa de trilhões de dólares e muito sofrimento humano. Por aqui, tivemos duas catástrofes bastante recentes – Bahia e Rio de Janeiro.

Parte das grandes empresas entendeu que é preciso começar a virar o jogo para o bem dos negócios, ainda que pressionadas pelo setor financeiro. Os sinais de avanço das organizações, com a adoção do conceito ESG (ambiental, social e governança), estão em um mapeamento da Consultoria Deloitte, divulgado há dias.

O levantamento reuniu dois mil executivos de 21 países, incluindo o Brasil. Dentre os líderes locais entrevistados, 83% se mostraram preocupados e afirmaram compreender que é preciso agir já para frear os efeitos das mudanças climáticas. Oito meses antes da pesquisa, esse índice era de 68%.

Os brasileiros também se mostraram confiantes (89%) de que é possível mitigar os impactos das mudanças climáticas com ações imediatas. Apenas 17% afirmaram estar descrentes de que é possível começar a reverter o aquecimento global. Avaliam que não há mais o que fazer. No estudo anterior, essa taxa ficou em 46%.

Segundo o documento da Deloitte, além do otimismo, os brasileiros estão à frente de outros países em ações práticas. 80% garantiram que suas organizações trabalham com materiais mais sustentáveis, contribuindo, assim, para a redução da emissão de gases de efeito estufa, enquanto a média global está em 67%.

Em nível de conscientização e engajamento dos funcionários, o índice nacional bateu em 73%, contra a média mundial de 57%. Dentro das práticas sustentáveis adotadas, a eficiência energética foi o destaque, com iniciativas em 71% por parte das empresas pesquisadas, contra 66% da média mundial.

O posicionamento das corporações avaliadas pela Deloitte inspira. No entanto, é preciso lembrar que a principal força motriz da economia nacional está nas pequenas e médias empresas, universo em que a sustentabilidade ainda passa longe, em sua maioria, e há muito a ser feito.

Existe a falsa ideia de que a adoção de práticas sustentáveis é exclusiva das grandes corporações. Qualquer organização, independente do seu porte ou atividade pode (e deve) construir a sua jornada sustentável, dentro da sua realidade. O importante é dar o primeiro passo. Somos um exército de oito bilhões de pessoas no globo e evitar o colapso do planeta, do qual somos 100% dependentes, é dever de cada um de nós.

Go to Site

This article is from: