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MARCIO AGUIAR
Diretor da divisão Enterprise da NVIDIA na América Latina
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Inteligência Artificial no agronegócio: como a tecnologia tem beneficiado o setor
AInteligência Artificial (IA) já está presente em inúmeras aplicações e soluções em todo o mundo, que vão desde pesquisas científicas até tecnologias médicas. No entanto, muitas vezes não imaginamos o quanto a IA também pode ajudar em setores como o agronegócio e meio ambiente.
De acordo com projeções da Markets & Markets, o investimento no setor deve saltar para US$ 4 bilhões em 2026, e considerando que a população mundial vai crescer em 2 bilhões de pessoas até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), tal aspecto irá gerar uma necessidade de aumento em 60% na produção de alimentos. Por isso, a IA é uma tecnologia importante para se investir e conhecer no mundo do agronegócio.
Muitas startups já utilizam o poder das GPUs da NVIDIA para trabalhar com IA em prol da humanidade, com foco desde salvar a população de abelhas em torno do mundo até a agricultura, no cultivo de citros.


Do Redesenho à Automação:
Não existe transformação sem tecnologia, mas a aplicação pura e simples da tecnologia não traz transformação. A verdadeira digitalização só ocorre quando repensamos nossos processos e então aplicamos a tecnologia para transformá-los. A iProcess existe já 22 anos para unir o redesenho de processos através das práticas de BPM (BusinessProcessManagement) com a capacidade de automatizá-los usando tecnologias de transformação digital orientada a processos. Com um time de especialistas que respiram processos em tempo integral, a iProcess é uma empresa que oferece uma jornada completa de transformação, do redesenho á capacitação, do licenciamento à automação.
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Uma folga para as abelhas, e adeus para ervas daninhas
Uma startup de Israel, chamada Arugga, criou robôs para realizar o trabalho das abelhas: polinizar plantações. Com o uso do módulo NVIDIA Jetson Xavier NX, é possível aumentar em até 20% os rendimentos e colheitas de plantações usando a tecnologia. Além disso, com ajuda da análise de vídeo inteligente NVIDIA Metropolis, é possível também coletar dados e detectar, por exemplo, qual o momento certo para iniciar o processo de polinização.
Outro uso inteligente para o setor está no exemplo da startup Greeneye, de Tel Aviv, que desenvolveu pulverizadores inteligentes acionados por IA, que eliminam com precisão (e na dose certa) as ervas daninhas de plantações. Isso pode gerar uma redução de até 90% no uso de produtos químicos e herbicidas, assim como evitar a contaminação da água e do solo.
Todas estas aplicações surgiram por meio do programa global NVIDIA Inception, que é destinado a impulsionar startups, com a ideia de revolucionar e aprimorar indústrias com avanços em IA e ciência de dados. O programa oferece capacitação e todas as ferramentas que desenvolvedores e engenheiros precisam para criar as mais diversas soluções de IA as quais oferecem inúmeros benefícios, neste caso, para produtores, plantios e colheitas.
O uso da IA em plantações de citros
Com o uso da IA, é possível capturar imagens, com visão frontal e lateral, gerar diversos tipos de dados como avaliação dos frutos das árvores, um a um, realizar estimativas de safra, detecção de doenças e até mesmo realizar o cálculo da volumetria de copa. Tudo isso de forma automática. A novidade já está em testes e em uso por 14 propriedades de produtores de citros ao redor do mundo.
Os dados fornecidos pela ferramenta, que normalmente são coletados e usados a cada ano pelos produtores, podem ser utilizados em tempo real, e ajudam a evitar falhas e realizar de forma mais eficiente o replantio, por exemplo.
Além de fornecer informações precisas sobre produção, a tecnologia também permite contabilizar as perdas. É uma solução que não só facilita a vida do agricultor, mas também economiza tempo nas operações.
Um dos usos está em usar os sensores de IA para ter benefícios na programação e direcionamento, para aproveitar as quadras que tem um calibre maior de fruto. Ou seja, isso resulta em mais rendimento pós-colheita.
Há muitos benefícios, por exemplo, se comparados a soluções tradicionais, como a análise realizada por imagens aéreas. É possível aproximar a imagem de cada árvore e analisar uma por uma. Com essas informações em mãos, o produtor pode tomar decisões mais assertivas e evitar futuros problemas, que anteriormente ou sem o uso da IA, não seria possível. Isso gera economia e uma produção maior e mais eficaz.
Assim como em outros mercados os quais a NVIDIA tem uma participação ativa e disruptiva, há muito o que agregar no campo do agronegócio com as soluções. Especialmente quando trabalhamos em parceria com cientistas, pesquisadores, empresas e startups que oferecem seu poder criativo para desenvolver inovações que irão melhorar a qualidade de vida das pessoas.
LUCAS RIBEIRO
Fundador e CEO da ROIT
Inteligência Artificial também é assunto para CFOs, os executivos de finanças das corporações
Quando falamos em transformação digital e hiperautomação das corporações, imediatamente o tema é atrelado aos executivos responsáveis pela área de tecnologia, os CTOs (Chief Technology Officer). Mas, como costumo pontuar, esse processo só ocorre de forma plena e efetiva se houver uma cultura digital dentro da organização, se for um compromisso de todas as suas estruturas. Portanto, é assunto para todo mundo.
Inclusive e sobretudo para os CFOs (Chief Financial Officer), ou seja, os diretores e executivos financeiros. E por quê? Porque está na gestão contábil e fiscal das organizações um dos grandes gargalos para a digitalização. Ao mesmo tempo, está na gestão contábil e fiscal eficiente, isto é, ágil e precisa, livre de erros que geram desperdícios, o alicerce para a sustentabilidade financeira da empresa. É dizer: para a sobrevivência da empresa.
Recentemente, reli um artigo nesse sentido, publicado dois anos atrás, quando o mundo vivia o ápice do isolamento e distanciamento social por causa da pandemia de covid-19, e escrito por Veena Gundavelli. Ela é fundadora e CEO da Emagia, empresa global que proporciona a organizações a transformação digital de suas áreas financeiras. Reli com o intuito de refletir sobre o que e quanto avançamos em colocar o assunto em prática.


Àquela altura, em seu texto Veena sinalizava a importância da Inteligência Artificial para o processamento de documentos como notas fiscais, extratos, recibos, certificados, entre tantos outros que compõem os fluxos de um setor financeiro. A executiva observava o fato de que a automação robótica de processos (RPA), só ela, não era mais suficiente, diante da circulação em meio digital desses documentos, intensificada pelo inevitável trabalho remoto na pandemia. RPA é indispensável para trabalhos operacionais, repetitivos, mas, você sabe, gestão pede mais que isso.
Veena Gundavelli alertava: CFOs, é preciso prestar atenção para a “Inteligência Artificial de captura de dados cognitivos”. Passados dois anos, os fatos mostram que a advertência fazia todo sentido. Não dá mais para as organizações postergarem, muito menos abrirem mão da hiperautomação de processos contábeis, fiscais e financeiros. Principalmente, não dá mais para restringir digitalização de processos ao fato de estarem on-line ou, no máximo, processados por robôs.
Entenda-se por hiperautomação a aplicação combinada entre RPA e Inteligência Artificial. A robotização é imprescindível para fluxos que só tomam tempo e ocupam profissionais em tarefas mecânicas, realizáveis com incomparável rapidez e acuidade por robôs. Por sua vez, a Inteligência Artificial identifica, extrai, analisa os mais diferentes tipos de documentos, nos mais variados formatos e, muitas vezes, em idiomas distintos também. Ambas devem ser convergentes.
Em setembro de 2020, Veena Gundavelli dizia que os CFOs deveriam começar “agora” o ingresso nessa transformação digital. Em 2022, e agora não são palavras da minha fonte, mas minhas: quem não começou, deve começar. O quanto antes. Não se trata mais de um “diferencial”. Trata-se de manter uma organização adequada ao que a contemporaneidade exige. É questão de eficiência, de sustentabilidade, de entender um novo mundo que já começou.
Até porque esse “novo mundo” não é “nada de outro mundo”. Nada de ficção científica. A hiperautomação de fluxos complexos, com o tal “fim da contabilidade e da gestão financeira” que anunciamos em um grande outdoor em Curitiba, em 2019, enfim, chegou (fomos até notícia https://acontecendoaqui. com.br/tech/fintech-curitibana-causapolemica-em-todo-o-brasil-com-outdoorsque-dizem-adeus-contabilidade/). A gestão contábil, fiscal e financeira sem praticamente nenhum humano operando em uma empresa já é absoluta realidade, pé no chão. Tampouco é bicho de sete cabeças, algo só compreensivo por expertos em computação e tecnologia. Cada vez mais as soluções nesse sentido são operacionalizáveis de forma simples, intuitiva.
Aqui na ROIT, a Esteira de Hiperautomação é a maior evidência de como uma solução de ponta, tecnologicamente falando, pode ser acessível a quem mais precisa dela, seus usuários. Com fluxos em nuvem, articulando RPA com Inteligência Artificial, proporcionamos ao setor financeiro das empresas agilidade e rigor só possíveis de serem alcançados pelas tecnologias mais robustas e altamente especializadas. O time de profissionais fica com aquilo que lhe cabe, e que só ele saber fazer: cuidar da gestão, a partir de informações verdadeiras e, talvez o mais importante, em tempo real. Isto é, das análises e decisões estratégicas, do planejamento e da rápida execução; aplicar seu talento e competência em prol da organização e sua cadeia produtiva.
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