Spotted

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A EVOLUÇÃO DO NAMORO: DOS VELHOS TEMPOS PARA ERA DA INTERNET

Caroline Rocha Santos1 Kamila Fernandes de Jesus2 Letícia Ferreira da Cunha3


Priscila Casagrande4

RESUMO O artigo mostra a evolução da comunicação e dos relacionamentos desde a idade antiga até hoje em dia. O objetivo é mostrar e entender como os jovens estão se relacionando através das redes sociais e das páginas criadas chamadas Spotted, que são destinadas a envio de recados anônimos. O artigo trata mais especificamente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos. Foram entrevistados jovens que, através da página, enviaram e receberam os recados. A fim de saber o porquê do envio anônimo, sem se expor, e saber como os usuários atingidos se sentiram. Após a análise da pesquisa, foi possível compreender que as redes sociais, principalmente o Facebook, auxiliam na aproximação das pessoas, porém, o Spotted, não é considerado um meio de conseguir um relacionamento, porque todas as publicações estão em anonimato, onde as pessoas atingidas podem acabar não levando a sério. PALAVRAS-CHAVE: Namoro, Internet, Spottes

INTRODUÇÃO

A forma de se comunicar do ser humano vem evoluindo a cada ano, como também a maneira de se relacionar. É de fácil percepção de que os namoros, hoje em dia, estão completamente diferentes do que eram antigamente. Com o auxílio da internet, é possível ficar mais fácil à aproximação das pessoas, porém, até que ponto isso pode ser um fator positivo? O objetivo do artigo é justamente tentar compreender como essas mídias auxiliam no desenvolvimento e no relacionamento das pessoas. Apresentando como as pessoas se comunicavam e se relacionavam antes e a evolução até os dias de hoje. Recuero (2000) ressalta que a primeira grande revolução na comunicação aconteceu com o desenvolvimento da linguagem, na tentativa do homem se comunicar com seus semelhantes e também para sua própria sobrevivência. Séculos mais tarde a linguagem teve seus sons codificados em símbolos, na sequência o alfabeto foi inventado. Com a criação desta nova convenção teve início a civilização como conhecemos hoje.


Entre as grandes rupturas pelas quais a humanidade já passou, a linguagem se destaca como a mais importante, seja oral ou escrita, pois é por meio dela, atravessada pelos múltiplos significados produzidos em suas variações, que o homem reconhece e dimensiona o mundo que o cerca e descobre seu papel como sujeito diante da realidade, do cotidiano e da história. (MERLEAU-PONTY, 2006 apud ESPINDOLA, 2012, p.17)

Na atualidade, fazem necessários novos modos de pensar e de conceber a forma de se relacionar, indo ao encontro de ferramentas que proporcionam e demonstram essa nova realidade. Frente a isso, o artigo apresentado ressalta a influência das redes sociais nos dias de hoje.

EVOLUÇÃO DO NAMORO

Pensando sobre a evolução dos tempos, o namoro foi mudando de nomes, de métodos, de causas, de efeitos. Afinal, o que significa namorar nos dias de hoje? Luft (2009) define namorar como procurar inspirar amor a, cortejar, galantear; ser namorado de; apaixonar-se, enamorar-se, possuir-se de amor; andar em namoros com alguém. As considerações sobre o amor ditas por Shakespeare, Fernando Pessoa ou outros escritores do passado ainda se fazem presente nos dias de hoje, tocando nossos corações. Por outro lado, no nosso mundo real, acaba exigindo adaptações que podem ser vistas como “mudanças”, mesmo em áreas tão essenciais do ser humano. Ou seja, assim como nossa sociedade, os relacionamentos amorosos, principalmente entre os adolescentes, estão sempre sofrendo modificações e quem não se adéqua, muitas vezes, é visto como "anormal". Já houve a época em que a mocinha ficava romanticamente à janela, e o seu admirador lhe fazia lindas serenatas. Geralmente os pais escolhiam os companheiros para os seus filhos. Depois os casais conquistaram o namoro vigiado no portão, com hora marcada, o qual não ia além de leves toques de mãos. Era uma fase de grande emoção, beijinhos às escondidas. Em seguida, veio à permissão de atravessar o portão e se instalar no sofá da sala. Em muitos casos, beijo na boca era só depois do casamento. A moça tinha horário


certo para voltar do baile, para onde só podia ir acompanhada de um parente mais velho. Por volta dos anos 60 surgiu o famoso "é proibido proibir”... E o sexo acabou banalizado pela facilidade em consegui-lo. As pessoas começaram a querer "experimentar" as outras pessoas antes de assumir um compromisso. Diante disto, surgiu o "ficar", onde o relacionamento já começa com prazo de validade prestes a vencer, às vezes em algumas horas. Numa só noite “ficam” com o maior número possível de parceiros e acham essa prática perfeitamente natural, já que a própria sociedade tem colaborado para massificar e generalizar esse conceito como uma verdade absoluta e característica imprescindível do adolescente. Tiba (1994) conceitua o ficar como sendo um relacionamento no qual um rapaz e uma garota ficam juntos sem assumir quaisquer compromissos de que no dia seguinte ainda estarão juntos novamente. Assim, a falta de compromisso é a marca registrada do ficar. A pessoa só fica quando está a fim, não precisa estar apaixonada e nem cair de amores pela outra pessoa, já que não existem compromissos. O ficar é o namoro sem compromisso. Com os novos tempos, os encontros virtuais facilitados pela internet mudaram ainda mais os comportamentos. Termos novos são criados, termos antigos são reinterpretados. Não há verdades absolutas e sim opiniões e verdades particulares. Enquanto há casais que mal começaram a namorar e já estão se casando, outros vivem relações de dois, quatro, até dez anos, antes de subirem ao altar. Os namorados podem passar a noite juntos e pode rolar sexo logo no primeiro encontro, e tem até mesmo aqueles que já amam incondicionalmente, morrem de amores e se conheceram apenas uma semana atrás. Enfim, existem muitos modos de envolvimento entre pessoas, alguns moderninhos como no caso da internet, pelos sites de relacionamentos como, por exemplo, o Facebook e Spotted, mas também não podemos nos esquecer de que ainda existem os tradicionais. É impossível que as coisas voltem a ser como antes. As relações entre pessoas são descompromissadas e se estabelecem de maneira cada vez mais superficial. Na verdade, hoje em dia é muito mais fácil encontrar alguém, o difícil mesmo é manter o relacionamento. •

INTERNET

A internet é sem duvida o mais completo meio de comunicação que o homem desenvolveu e a presença da tecnologia de informação na sociedade contemporânea e a


lógica virtual mudou significativamente na dialética relação do sujeito com o mundo, revolucionado a dimensão humana. No final do século XIX, o computador era somente utilizado pelo homem como uma máquina que calculava. Hoje em dia, o sentido do computador está muito mais amplo e com conceitos nunca imaginados antes da criação da internet em 1950. (ESPINDOLA, 2012). Junto com a criação da internet passamos a conhecer um mundo totalmente diferente, um mundo que está conectado. Ela criou uma nova possibilidade de relacionamento interpessoal diferente das antigas cartas e do telefone. Com o perfil em um campo virtual ficou mais fácil iniciar amizades, que podem evoluir para um relacionamento.

CIBERESPAÇO

O ciberespaço é um ambiente que existe no mundo de comunicação em que não se faz necessária à presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação, fundamental para a criação de uma imagem anônima. É o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de tecnologia.

O termo ciberespaço foi criado pelo escritor de ficção científica William Gibson, sendo projetado em seu livro Neuromancer, de 1984. Nesse, o autor trata de um real que se constitui por meio do engendramento de um conjunto de tecnologias, enraizadas de tal forma na vida em sociedade que lhe modifica as estruturas e princípios, transformando o próprio homem, que de sujeito histórico torna-se objeto de uma realidade virtual que os conduz e determina. Na interpretação de Sfez (1994), esse contexto encerra as condições para que os seres humanos pensem estar na expressão (na vivência efetiva das coisas), quando encontram-se na representação (na simulação das coisas). (GONJITO et al. 2007)

Segundo Lévy (2000) primeiramente para entender ciberespaço precisamos construir o conceito de virtual, porque ambos estão ligados apesar de terem conceitos distintos. O virtual é considerado pelo autor como o que está em potência no real. Levando a compreender o ciberespaço como um espaço de interação e comunicação entre as pessoas, através das redes de computadores, no qual as informações são de natureza digital e as


relações virtuais. As novas tecnologias criaram um espaço virtual que se tornou fundamental na vida das pessoas, com o funcionamento e características próprias que aprimoraram a forma de pensar, interagir com os outros e a forma de viver. Criou-se também uma nova temporalidade, a relação espaço e tempo mudou, um dia tem 26 horas, mas elas parecem passar muito mais rápidas quando estamos conectados, perdemos a relação espaço e tempo e misturamos o mundo virtual com o real.

O tempo parece andar bem mais rápido no Ciberespaço, onde alguns dias de convívio são suficientes para sentir-se íntimo e estabelecer relações bastante intensas de amizade ou mesmo de amor, que podem ter uma certa duração ou esvanecerem com a mesma velocidade com que se estabeleceram. Esta “compressão” da temporalidade exerce uma forte influência na sociabilidade on-line, que apresenta-se extremamente dinâmica e fluida, com os grupos sendo constantemente renovados através da contínua saída e entrada de pessoas (SILVA, 2000, apud COLETA, 2006, p.279)

FACEBOOK

O site mais popular de relacionamento na atualidade foi criado em fevereiro de 2004 por um grupo de universitários da Harvard. A ideia inicial era para ser um site de relacionamento entre os estudantes da própria Universidade. Deste modo surgiu o chamado The Facebook, que teve 22 mil acessos em apenas 2 horas. Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes são os fundadores do maior website de relacionamento. O acesso ao Facebook foi crescendo aos poucos entre os jovens universitários americanos, que eram convidados a ingressar na rede. Em poucos meses, o website era o mais acessado entre as Universidades. Em menos de um ano já tinha 1 milhão de usuários ativos. Em pouco tempo passou a ser expandido entre as escolas intencionais. Em setembro de 2006, o Facebook foi aberto para o público em geral, rapidamente virou febre entre os jovens do mundo inteiro.


Passou a receber investimentos bilionários, tornou-se uma grande empresa e aos poucos a página de relacionamento tornou-se vitrine mundial. Aos 23 anos, Mark Zuckerberg, o criador de todo o sistema do Facebook, tornou-se o bilionário mais jovem do mundo. Segundo os dados entregues pela empresa à Securities and Exchande Commission (SEC), órgão regulador americano o Brasil lidera o crescimento da rede social Facebook, em todo o mundo, com alta de 146% no total de usuários no último ano. Em junho de 2012, o País alcançou 54 milhões de usuários da rede social e a rede social possuía 955 milhões de usuários ativos por mês. Tabela: Crescimento do número global de usuários da rede social Facebook

Fonte: iG São Paulo (2007)

SPOTTED

O Spotted conquistou diversos países e não poderia ser diferente aqui no Brasil, se popularizou principalmente entre o público na faixa etária dos vintes anos. Na Universidade


do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) o Spotted: Unisinos foi fundado no dia 12 de abril de 2013, conta com 4.441 “curtidas”. Com o conceito basicamente de “viu alguém interessante e não sabe o nome dessa pessoa ou não teve coragem de puxar um assunto?” Mande um recado para o perfil do Spotted descrevendo como que é a pessoa ou descrevendo a situação em que ela se encontrava no momento quem que você a viu, que os moderadores do Spotted publicam na página do Facebook e garante o seu anonimato. O moderador vai cuidar da proteção de identidade de quem enviou o recado e da publicação, que é geralmente uma cantada ou indireta para uma pessoa relacionada àquela página. Depois de publicadas, quem vai cuidar das mensagens são os próprios usuários. Como tudo isso acontece em uma página aberta na rede social, onde outros seguidores acompanham a troca de indiretas, o processo fica mais dinâmico e divertido do que uma simples troca de mensagens ou bilhetes. Para melhor compreensão da ideia do Spotted, segue abaixo exemplos de recados enviados pelos usuários. "Gatinho que estuda Publicidade e Propaganda, faz uma cadeira de fotografia na sexta, é colorado e mora em Canoas. O vi hoje, 13/06, carregando um violão, usava uma flanela linda e tinha um olhar sensual: Estou apaixonada por você, seu lindo! Aguardo o convite para o vinho, tainha ou simplesmente um bacon. P.S.: Sei que tu fala bem, se expressa bem e tem facilidades." "Ontem dia 12/06 às 18h50min entrou no trem na estação Sapucaia e desceu na estação Unisinos, uma menina linda que ficou de pé ao meu lado. Ela vestia uma jaqueta preta de couro, botas marrom claro, bolsa amarela, segurando uma pasta vermelha com preto e estava com um rabo de cavalo. Percebi que tu me olhou algumas vezes, só queria dizer que tu é muito linda, quero te conhecer."

Figura: Perfil do Spotted: Unisinos


Fonte: Facebook (2013)

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo preliminar da literatura, que contribuiu à definição do objeto de estudo e consequentemente à caracterização do mesmo, definiram-se os instrumentos e procedimentos para a coleta de informações, assim como a metodologia da analise. Caracteriza-se como uma pesquisa de cunho qualitativa, essa perspectiva metodológica possibilita

levantar

problemáticas

com

base

em

uma

realidade

vivenciada.

( DENZIN;LINCOLN, 2000). O campo de estudo é uma Universidade da região do vale dos Sinos. Participaram deste estudo 10 usuários do Spotted: Unisinos.

Foram divididos em 3 subcategorias:

moderadores, pessoas que enviaram um recado anônimo através da rede social e as pessoas que receberam o recado. Foi garantido o anonimato dos participantes. No decorrer da pesquisa a subcategoria “moderadores” foi retirada, devido a não aderência dos participantes, pois não responderam há tempo. Os instrumentos para coleta de informações foi um questionário contendo 3 questões sobre o assunto pesquisado, enviado através da própria rede social, Facebook.

Questões abordadas:

a) Aos que mandaram: - Você acredita que esse tipo de abordagem pode dar certo? - Porque ter vergonha de expor o que sente para alguém? - Você acha que as redes sociais podem prejudicar a forma em que as pessoas se relacionam? Que falar sem olhar nos olhos é mais fácil?


b) Aos que receberam: - O que você sentiu quando viu que a indireta era pra você? - Você iria atrás da pessoa que mandou aquilo? Ou preferia que ela falasse pessoalmente? - Você acha que a rede social pode ajudar ou prejudicar a forma de se relacionar? •

RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com a pesquisa realizada constatou-se que no primeiro momento os usuários que enviaram os recados, têm como o principal intuito de impactar o receptor, porque tem em mente que esse tipo de contato indireto não é levado muito a sério.

“Acredito que talvez isso não vá virar um relacionamento, mas com certeza isso vai chamar atenção da pessoa e de repente pode surgir pelo menos uma pequena aproximação.”

Pode-se observar que, entre as pessoas que receberam o recado, ocorreu exatamente o esperado pelos usuários que enviaram as mensagens, porém acabaram levando na brincadeira:

“Achei muito engraçado. Primeiro, porque eu não estava acostumado a receber indiretas, e muito menos diretas. Segundo, porque a sensação de que alguém estava me olhando enquanto eu estava na Unisinos é estranha. É comum ter sempre alguém de olho, mas quando essa pessoa começa a descrever detalhes do que eu estava fazendo, se torna engraçado e esquisito.”

Com base na análise da pergunta referente à vergonha de expor seus sentimentos a alguém, podemos notar que a questão gira em torno de dar o “primeiro passo” para uma aproximação e não em si, ter vergonha de expressar-se.

“Não é exatamente ter vergonha de expor o que sente, mas sim de ter um primeiro contato, é difícil se aproximar da pessoa sem conhecer, e através da internet isso fica mais fácil.”


Contudo, os receptores do recado do Spotted, afirmam terem preferência por um contato pessoal devido ao fato de que em diversas ocasiões os emissores não se manifestarem e fica pairando a dúvida de quem os mencionou.

“Eu, sinceramente, preferia que a pessoa tivesse vindo atrás, porém não se identificou. Eu iria, se soubesse quem é”.

Na sequência apresentamos uma pergunta que agrega a hipótese das redes sociais prejudicarem ou cooperam na forma das pessoas se relacionarem. As respostas obtidas foram que para um princípio de relacionamento pode ajudar, mas com o tempo é preciso arriscar os contatos físicos.

“A internet ajuda a iniciar um relacionamento, mas para dar continuidade pode prejudicar. Na internet falamos mais do que deveríamos, porque não tem a emoção do momento e assim fica mais fácil de expressar.”

No fechamento das entrevistas, finalizamos com a pergunta do que as pessoas achavam sobre a influência das redes sociais na forma de se relacionar. E se ela mais prejudica ou ajuda no mesmo.

“Eu não sei, exatamente. Eu acho que as redes sociais mudaram de forma brusca os relacionamentos. Depende de cada pessoa se ela vai ajudar ou atrapalhar. Acho que, na parte de relações "amorosas", facilitou bastante hahaha Mas existem vários exemplos de gente meio paranoica, quanto a isso, e gente bisbilhoteira demais. Por isso acho que é bom buscar um equilíbrio e, também, não ficar postando cada molécula de ar que respira durante o dia”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A Internet já faz parte do dia-a-dia da maioria desses jovens. Muitos já estão


adaptados às tecnologias digitais, já que não conheceram o mundo sem essa tecnologia, como foi na geração de seus pais, numa época em que o principal veículo de comunicação era a televisão. Através dos resultados obtidos na nossa pesquisa ficou evidente que a internet auxilia no relacionamento, principalmente o Facebook, como o primeiro passo de aproximação, mas a grande maioria acredita que a forma tradicional de encontros ainda é a melhor maneira. As pessoas referiram que o Facebook pode ajudar no primeiro contato, pois é uma maneira mais fácil de aproximação e mais desinibida. Referente ao contato pelo Spotted não pode ser considerado com um objeto de conseguir um relacionamento, porque todas as publicações estão em anonimato, onde as pessoas acabam não levando a sério. Desde antigamente, até hoje, todos sabemos que a melhor maneira de se aproximar de alguém, é se mostrar e falar o que realmente sente. Contudo, se relacionar através de redes sociais, não significa que as relações sociais cotidianas deixaram de existir, mesmo sendo diminuídas com o uso intenso da rede. As novas formas de comunicação possibilitadas através da rede, misturando texto, som e imagem, causaram uma revolução nos hábitos e costumes, característicos da Cibercultura. Os jovens passam mais tempo online e interagem mais através da Internet do que em qualquer outro meio de comunicação, tivemos como resultado que a Net é o principal veículo de informações e notícias dos tempos modernos. O mundo passou e ainda passará por inúmeras transformações que nos faz pensar em como podemos acompanhar as informações jorradas em nossas vidas, nas 24 horas que nos é permitido por dia. A internet causou um impacto na sociedade, a partir do momento que ela quebrou a distância entre os indivíduos e fez com que estes se revelassem para o mundo, mostrando suas particularidades e curiosidades, a fim de mostrar esse mundo tão grandioso em informação, o virtual. A nossa realidade é simplesmente essa, vivemos em uma rede em que somos conectados e compartilhamos tudo o que existe no virtual, levando-os para o real e vice versa.


REFERÊNCIAS COLETA, Andressa dos Santos Menezes. et at. O amor pode ser virtual? O relacionamento amoroso pela internet. Rev Psicol. Estud 13(2):277-285,ND.2008 Jun. DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Ivonna S. e colaboradores. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. ESPINDOLA, Polianne Meire. Comunicação: Das Visualidades às audivisualidades e das mídias às multimídias. 1 ed. São Leopoldo- RS : Unisinos, 2012. GONTIJO, Cynthia Rúbia Braga et at . CIBERESPAÇO: QUE TERRITÓRIO É ESSE?. Educação Tecnológica pelo CEFET-MG, 2007. Disponível em:< http://ticsproeja.pbworks.com/f/Ciberespaco.pdf>. Acesso em 13 de junho de 2013. História do Facebook. In: Publioline. Disponível em: <http://www.queroanunciarnofacebook.com.br/historia-facebook.htm> Acesso em 13 de junho de 2013. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000. LUFT , Celso Pedro. Mini Dicionário Luft. . São Paulo : Ática, 2009 RECUERO, Raquel da Cunha. A Internet e a Nova Revolução na Comunicação Mundial. 2000. Disponivel em: <http://www.pontomidia.com.br/raquel/revolucao.htm> Acesso em 12 de junho de 2013. SCHELLE, Fernando. Facebook tenta transformar rápido crescimento no Brasil em receita. In: Economia & Negócios. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,facebook-tenta-transformar-rapidocrescimento-no-brasil-em-receita,119331,0.htm > Acesso em: 12 de junho de 2013. SFEZ, Lucien. Crítica da comunicação. São Paulo, Loyola, 1994. TIBA, Içami. Adolescência: o despertar do sexo. São Paulo: Gente, 1994. TOZETTO, Claudia. Com 146% mais usuários em um ano, Brasil lidera crescimento do Facebook. In: Tecnologia. Disponível em : <http://tecnologia.ig.com.br/2012-08-03/com-146mais-usuarios-em-um-ano-brasil-lidera-crescimento-do-facebook.html > Acesso em: 12 de junho de 2013.


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