NEWS
DORPER CONFIRA O PADRÃO RACIAL DORPER & WHITE DORPER
ABC &
ORGÃO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO
DORPER B
R
A
S
I
ASSOCIAÇÃO
L
BRASILEIRA DOS CRIADORES DE DORPER
O PRIMEIRO LABORATÓRIO DE GENÉTICA ANIMAL DA AMÉRICA DO SUL
PATERNIDADE POR DNA DE: OVINOS, CAPRINOS, EQUINOS E BOVINOS DETECÇÃO DE DOENÇAS GENÉTICAS NOVO: SEXAGEM DE AVES
NOVO: BOOROOLA Gene de Partos Múltiplos, Dorper, Texel, Corriedale, Ideal, Poll Dorset
Fone: 55 11 3884.7410 | linkgen@linkgen.com.br 2
www.linkgen.com.br 3
Presidente: Valdomiro Poliselli Junior
Ano II | Número 2 | Mar/2012
Sumário
Diretor: Leonardo A. Vidal
??? .....................................................................
Coordenação Bárbara Garcia José Henrique Castilho Site www.abcdorper.org.br e-mail secretaria@abcdorper.org.br Telefones para contato 11-3816 0186 / 11-7003-0191 Endereço Sede: SQS Quadra 06 conj.A Bl. E Edifício Brasil XXI - Brasilia/DF CEP 70322-915 Escritório Administrativo: Av. Professor Frederico Herman Junior, 296 Alto de Pinheiros - São Paulo/SP CEP 05459-010 Departamento Comercial: secretaria@abcdorper.org.br 11-3816-0186 / 11-7003-0191 Colaboraram nesta Edição: Antônio Castilho, Paulo Franzine e Fernando Leite Diagramação Estúdio DDR Comunicação www.ddrcomunica.com.br | ddrcomunica@gmail.com CTP, impressão e acabamento Art Printer Gráficos e Editores Ltda. Tel.: (11) 2947-9700 Distribuição nacional nas bancas Fernando Chinaglia Rua Teodoro da Silva, 907 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20563-900 Tel.: (21) 575-7766 A revista Dorper News É uma publicação editada pela ArtPrinter Rua Rafael Ficondo, 590 Vila Brasilina - São Paulo - SP CEP 04163-050 Fone/Fax: (11) 2947-9700 Os artigos e depoimentos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da Revista Dorper News. Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo sem prévia autorização.
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Palavra do Presidente
Ao longo dos anos, o homem busca uma
praticamente todos os estados da federa-
requisitos de produtores, varejistas e consu-
adversas como são capazes de produzir uma
nova forma de produzir alimentos de forma
ção, fez com que produtores e investidores
midores em geral.
carne com alto padrão de qualidade, sabor
eficiente, rentável e acima de tudo, susten-
em geral, buscassem alternativas para
tável. Hoje, cada um dos setores produtivos
conseguir produzir uma carcaça padroni-
busca na técnica, no manejo adequado e na
zada obedecendo a diversidade das regi-
genética diferenciada, a profissionalização
ões do país.
que se faz cada vez mais necessária com o constante crescimento populacional e com o surgimento de novas demandas, tanto no Brasil como no mundo. A valorização da riqueza natural de nossa terra, o respeito com as condições do meio ambiente e a preservação dos recursos, devem ser encarados como os maiores desafios de produtores consAntonio de Azevedo Castilho Neto Presidente ABCDorper
cientes e preocupados em produzir sem
agredir
os
a
saída para reescrever a história do setor e conseguir
produtividade da ovinocultura no Brasil.
o nosso primeiro passo em busca da moder-
dos e os produtores fizeram suas escolhas orientados por critérios como: a tradição regional, o apoio de técnicos e estudos de origens tanto empíricas como de fontes científicas. Todos buscavam o animal adequado
carne de ovinos, dentro de um
praticamente todos os estados da federação, fez com que
se
para
produzir
carne de sabor diferenciado
e
acabamento
na
carcaça
dentro
das
condições
de
alimenta-
ção
e
manejo
regional,
tempo
desses animais
O desenvolvimento das raças Dorper e White Dorper sob
conviver
e produzir bem em
as características de enorme
diversas
diversidade ambiental e o
regiões, climas e
diversidade
de alimentação,
ganho de peso em condições
juntamente com
extremas, foi fundamental
suas caracterís-
Corriedale,
Hamshire
Down,
Suffolk,
O crescimento da demanda de carne de
Morada Nova, Ile de France e outras, até
ovinos, dentro de um padrão regular de
o presente momento, nenhum deles con-
qualidade e oferta de produtos, vindo de
seguiu resultados que atendam a todos os
8
cruzamento com as demais raças já existentes,
produzindo
um rápido e eficiente resultado
a
curto
prazo. Vamos mostrar um pouco dessa nova
com que os tipos Dorper e White Dorper se
vação e empreendedorismo puro. Tudo isso
transformem nas raças que vão dominar a
com o apoio de uma genética de alto valor, de
ovinocultura no Brasil.
registros técnicos de muitos anos de desen-
Dorper sob as características de enorme
mais das raças Santa Inês, Texel, Merino,
como base para o
ver, por descobertas, trabalho dedicado, ino-
cada região.
cadeia produtiva.
Dorper
caça, precocidade e sabor da carne, fizeram
O desenvolvimento das raças Dorper e White
Mesmo considerando a difusão dos ani-
White
história. Um novo capítulo cercado, a meu
consumidores de
de
e
ticas de rusticidade, acabamento de car-
geral, buscassem alternativas
exigências
e
adaptabilidade para
nidade, da convergência das raças Dorper
enorme
produtores e investidores em
alcançar a esta-
engorda
A
de
na produção de carnes e a estruturação da
genético para se trabalhar.
origens e raças foram amplamente avalia-
O crescimento da demanda de
bilidade da oferta, o aumento da eficiência
capacidade de adaptação e enorme material
As páginas que se seguem vão representar
oferta de produtos, vindo de
encontrando
um animal de rápido crescimento, grande
sidades do mercado, acelerar a produção e a
existentes no país.
brasileira estamos
-africanas das raças Dorper e White Dorper
diferenciado, textura e maciez. Além de ser
Até os dias de hoje, animais de múltiplas
padrão regular de qualidade e
ovinocultura
surge no país os animais de origem sulcomo a solução para atender a essas neces-
diferentes biomas
Na
Após muitos anos de estudos e experiências,
diversidade ambiental e o ganho de peso em condições extremas, foi fundamental para atender às necessidades do produtor brasileiro. Todavia, tudo isso se tornou mais
volvimento de sul-africanos e australianos. Enfim, vamos mostrar o início de uma nova ovinocultura no país, fundamentada por todas as qualidades dos animais das raças Dorper e White Dorper associadas agora à terra, ao sol, à água, à técnica e à paixão do nosso povo.
completo com a constatação de que essas
Desfrutem dessa experiência maravilhosa
raças não somente produzem sob condições
do conhecimento. 9
Avaliando o trabalho realizado, durante estes quatro anos, na manipulação genética das raças Dorper e White Dorper, a Cabanha Five Star’s, tem muito do que se orgulhar. Através das conquistas que seus animais obtiveram nas pistas, nas mais concorridas e conceituadas exposições, hoje a seleção Five Star’s é reconhecida como uma das mais importantes do Brasil. Esse Reconhecimento é a motivação para que o trabalho continue sendo realizado de forma competente e profissional, com o objetivo da difusão das raças para toda cadeia produtiva, que necessita de animais de alta performance. Com um trabalho de forte pressão de seleção, o que gerou confiança em diversos criadores para utilizarem à genética Five Star’s em seus rebanhos, e com alegria maior em saber que
O melhor da genética em prol da ovinocultura
os frutos colhidos foram de grande expressão dentro da criação Nacional. O saudável relacionamento de amizade entre os criadores, que tornam cada encontro, nos diferentes eventos, uma confraternização; Alem da aprovação e dos elogios recebidos de todos os
Contatos: Amin Jabur Filho
bido, impulsionam a continuar o trabalho.
José Carlos (Fazenda)
19 3651-1466
mestres/ criadores Sul- Africanos, das quais a seleção Five Star’s se engrandece em ter rece-
19 9776-4303 ou
pinhalzinhodn@bol.com.br Adilson Santos
19 9256-7555
19 3876-1811 ou 19 9610-8613
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Palavra do Governo
Em busca de novas oportunidades Mendes Ribeiro Filho Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Apoiar os pequenos produtores para que
A ovinocultura é forte estimuladora à
ainda possuir um ciclo curto de produção e
É, sem dúvida, um bom momento de
se tornem médios e grandes e conquistem
manutenção do homem no campo e possui
retorno. Sem falar na compatibilidade com
mercado
novos mercados tem sido uma das priorida-
grande potencial de geração de emprego
outros cultivos, permitindo a integração
Internamente, fruto do crescente aumento
des do Ministério da Agricultura, Pecuária e
e renda em regiões com baixo IDH (Índice
lavoura-pecuária.
do salário mínimo e dos programas fede-
Abastecimento (MAPA). A força do homem
de Desenvolvimento Humano). Ao empre-
do campo está justamente na riqueza que
gar, no país, mais de 400 mil pessoas
produz da terra.
demonstra que, além do potencial econô-
O Brasil continuará trilhando seu caminho no combate à fome e à miséria, quanto mais
mico que voltou a crescer, possui um forte cunho social.
O cenário econômico está reagindo e as perspectivas são positivas, apesar do Brasil não ser autosuficiente em carne de ovinos. Importamos principalmente do Uruguai, embora nossa consumo anual per capita
que
precisa
ser
explorado.
rais de geração de emprego e renda, o número de pobres no Brasil caiu de 64 para 46 milhões em menos de uma década. O mercado consumidor cresce à medida que cresce o seu poder aquisitivo, permitindo o consumo de carnes
próspera for nossa agropecuária, quanto
A atividade também apresenta outras
ser de apenas
mais o homem permanecer no campo e os
vantagens como a facilidade de produção
1,2 kg, muito
... um bom momento de
mais nobres.
jovens encontrem na atividade da família o
a pasto; de ser explorada em pequenas
abaixo de outros
Mas há um longo
arrimo para os seus futuros.
áreas; gerar baixo impacto ambiental e
países.
mercado que precisa ser explorado. Internamente,
para que o setor
Por outro lado, os
produtores
voltaram investir
a nos
fruto do crescente aumento do salário mínimo e dos
recupere
os
bons
indicadores. É preciso reduzir a informalidade
de
programas federais de geração
resultado da baixa
ovinos e o preço
de emprego e renda, o número
produtiva. Um setor
rebanhos
da lã, ao con-
organização da cadeia
trário de anos
de pobres no Brasil caiu de 64
organizado se torna
anteriores, vem
para 46 milhões em menos de
titivo, em condições
reagindo graças a
mercados,
que estão apostando na manufatura da lã. O governo tem acenado com novas linhas
mais forte, e compede
uma década.
buscar
novos
mercados. A conse-
como o chinês,
14
caminho pela frente
quência imediata é a valorização do produto, seja carne ou lã.
de crédito, com a criação de políticas
O Ministério da Agricultura está ao lado dos
específicas para o setor e a criação da
produtores e quer resgatar sua capacidade
Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do
de servir à sociedade e ao agronegócio bra-
MAPA, em 2004, representaram avanços
sileiro, aumentando a renda dos produtores
significativos.
e agregando valor à cadeia produtiva.
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Histórico Decididos a iniciar um trabalho empresarial na ovinocultura com objetivo de desenvolver animais Dorper e White Dorper de elite, Leonardo Vidal e Jorge Suel Cury, implementaram seu plano estratégico de longo prazo, no início de 2006 a partir de 2009 o Felipe Dias também faz parte da Cabanha MO, cuidando do dia-dia dos animais. A base deste plano na formação de machos e matrizes de elite, era a importação de embriões Sul Africanos, selecionados rigorosamente entre os mais importantes criadores daquele país. Para a execução deste plano, foi adquirida uma área na cidade de Jundiaí /SP, estrategicamente localizada, no qual instalações de confinamento, de apoio veterinário e pasto foram minuciosamente estudados. Hoje, 3 anos depois, a Monte Olimpo possui uma estrutura física, comercial e estratégica de alto padrão que a posiciona como uma das Cabanhas de ponta, que serão responsáveis pelo desenvolvimento de rebanhos Dorper e White Dorper de altíssima qualidade no Brasil.
Transferência de Embriões (T.E.) - Rigor na escolha Dentre os pontos chaves do seu plano estratégico, o mais relevante foi o rigor na escolha dos embriões Sul Africanos importados que deveriam obedecer e atender as exigências do perfil dessas raças no Brasil. A África do Sul tendo sido o berço do desenvolvimento dessas raças, tornouse o país modelo e referência, possuindo Cabanhas altamente profissionalizadas e reconhecidas pela qualidade de seus animais.
Primeiros Embriões da T.E. Os primeiros animais de elite originados das duas primeiras importações de embriões Sul Africanos, já são a confirmação do sucesso da estratégia escolhida. Animais de porte, fortes, de excelente perfil e conformação que atendem as maiores exigências na formação de matrizes e campeões para o desenvolvimento do rebanho brasileiro.
Tecnologia Reprodutiva
Padrões de Qualidade A Monte Olimpo valoriza os seus padrões de qualidade em todas as atividades que desenvolve: Instalações, equipamentos e insumos - Instalações adequadas para um confinamento ideal, equipamentos modernos para o manuseio, “solariuns”, protetores contra chuva e ventos, ração e medicamentos apropriados. Treinamento de pessoal – A Monte Olimpo fornece interna e externamente treinamentos constantes em todas as áreas de atuação, para todos os profissionais de seu quadro.
GENÉTICA SUL AFRICANA FORMANDO CAMPEÕES DORPER / W.DORPER
Os treinamentos exigidos vão desde manuseio de plantel, passando pelo estudo da genética, indo até o desenvolvimento mercadológico e estratégico de marketing.
Jorge Jorg Jo rge rg e Cury Cury Cu ry e Leonardo Leo eona nard na rdo rd do Vidal Vida Vi dal selecionando dal da sele se leci leci le cion ion onan ando an do cruzamentos do cru ruza ruza zame ame ment ntos nt tos para par ara a a importaçao impo impo im port rtaç rt taç açao ao dos dos embriões emb mbri bri riõe iõe ões de ões de seu seu eu plantel pla lant lant ntel el 16
CABANHA MONTE OLIMPO
A Monte Olimpo utilizará a T.E (transferência de embriões) e a I.A (inseminação artificial) para o melhoramento genético de seu plantel, com o objetivo de alcançar gradativamente os melhores perfis genéticos em Dorper e White Dorper...
VINHEDO / SP
SÃO PAULO / SP
JUNDIAÍ / SP
(55 19) 8305-0003 (55 19) 7807-5317 ID NEXTEL: 89*8953 Contato: Felipe Dias felipe@bfdias.com.br
Rua: Rafael Ficondo, 590 – Vila Brasilina – cep: 04163-050 Tels: 11 2947-9700 / 11 9397-9382 Contato: Leonado Vidal E-mail: leonardo@artprinter.com.br
Estrada Municipal do Pinheirinho Av . Cristian Stackeheth, 280 – Pinheirinho – cep: 13215-872 Tel: 11 7852-2677 Contato: Joel Gomes
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Palavra do criador Sul Africano
WHY DORPER? In Brazil a very fast growing Dorper and
A problem that the Brazilian stud breeders
White Dorper stud industry has been esta-
are facing is that the commercial use of
blished – from 170 registered animals in
sheep is much undervalued. No stud can sur-
2000 to about 35.000 in 2011. Not all the
vive without a big commercial flock of meat
embryos imported to Brazil made a positive
producing animals. It is thus very important
contribution to the quality of the Dorpers, as
that the breeders association and breeders
well as White Dorpers, but the genetic pool
work together to establish commercial dorper
is very big. A vast difference in type and con-
farmers and to improve the consumption of
formation is found on nearly all Dorper and
lamb meat by the public. This will ensure a
White
Dorper
farms.
I found
A vast difference in type and
a lot of confu-
conformation is found on
sion of type and
Dorper farms. I found a lot
the intensive farming
of confusion of type and
practice in Brazil,
nions of visiting
conformation when I visited
very dry and arid
some farms. All the different
Brazilian
2) Wool producing sheep breeds are labor
growing sheep breed in the world. Embryos
intensive. The unavailability and rising costs
of
from South Africa and Australia, as well as
of labor, had farmers looking for an easy care
are
live animals from Australia are being expor-
sheep with no wool and good meat qualities.
towards.
has run into difficulties, because
with the Merino’s and from the second to third generations excellent meat animals
1) Wool has been replaced by synthetic
with little wool are produced. In a few years
fiber in the manufacturing industries
time the number of Dorpers in Australia will
resulting in a negative influence on the
far exceed that of Merinos for which the
price of wool.
country has been traditionally famous. 18
dorper to adapt to
the different opi-
The Dorper and White Dorper is the fastest
They are used in cross breeding programs
animals.
when I visited
left
In countries like Australia, the wool industry
stud
The ability of the
as judges have
The change to Dorper in Australia is big.
good
nearly all Dorper and White
breeders as well
ted worldwide.
for
market
conformation some farms. All
Daan Bosman inspetor e jurado da Associaçao Sul Africana de Criadores de Dorper
continuing
opinions of visiting breeders
Breeders unsure what
working The
ABC Dorper and White
as well as judges have left
they
Brazilian Breeders unsure of what they are working towards.
Dorper
has made the decision to use judges in the future who have similar visions of the conformation and type that is most desirable. Dorper workshops and training of local judges and inspectors will form part of this
contradictory to the areas where the dorper was bred, has contributed
hugely
to the popularity of the breed all over the world.
Today
Dorpers are found on all the continents and the popularity is
growing every day. In South Africa there is currently between 7 and 8 million Dorpers, which makes it the largest sheep breed in the country.
decision. This will serve to guide breeders in
In South Africa and Namibia Carcass com-
the correct direction.
petitions have been dominated by Dorpers 19
Palavra do criador Sul Africano
and White Dorpers for the last 20 years – a compliment to the breeders for the quality conformation and fat distribution on the carcass.
1) Feeding : 65% of the birth weight of the lamb is added in the last 5 weeks of pregnancy. Do not feed pregnant ewes on quality concentrates.
In South Africa Dorpers and White Dorpers are kept on natural veld and grazing conditions. The ability of the breed to produce
Keep them on lower grades of feeding. 2) Genetic influence:
and reproduce under sub optimal conditions
There is a big difference in the birth weight
is excellent.
of lambs from different rams. Select rams
Brazilian breeders are having a lot of problems with ewes that are unable to lamb without assistance. Reasons for this problem could be:
to mate to your young ewes that produce lower birth weights. 3) Handling: Special care should be taken in the last weeks of pregnancy in the handling of your ewes. Too much handling can result in birthing complications. The numbers of Dorpers and White Dorpers in Brazil have grown vastly over the last ten years. It is now time to improve the overall quality of your sheep and to select for the correct conformation and type to place Brazil firmly in the world market for Dorpers. How to do this is a topic we will explore next time.
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Palavra do criador Sul Africano
PORQUÊ DORPER? Em alguns países a indústria da lã tem
geração deste cruzamento tem-se obtido
passado por dificuldades, o que pode ser
animais com excelente qualidade de carne
explicado por:
e pouca lã. Em alguns anos o número de
1) A lã tem sido substituída por fibras sintéticas nas indústrias têxteis, o que influencia negativamente o preço da lã; 2) A criação de ovinos para produção de lã exige muito trabalho por parte dos criadores. A
Daan Bosman Traduçao: Carlos Vilhena e Regina Valle Conselho técnico ABCDorper
animais Dorper será muito superior ao de Merino, raça pela qual a Austrália é tradicionalmente famosa. No Brasil no mês de Janeiro de 2012 eu visitei alguns criatórios encontrei muita variação de tipo e
falta de mão
eu visitei alguns criatórios
de obra e a
encontrei muita variação
conformação
dos
animais.
opi-
niões
As
divergentes
As raças Dorper e White Dorper são as
pastejo em pastagens naturais. As raças
elevação dos
raças ovinas que mais crescem no mundo.
possuem uma excelente habilidade para
custos dessa
de tipo e conformação
tanto dos criadores
produzir e se reproduzir em condições sub-
mão de obra
-ótimas de criação.
têm
dos animais. As opiniões
visitam o Brasil bem
A habilidade do Dorper de se adaptar as condições de manejo intensivo praticadas
levado
Sul Africanos que
os criadores
divergentes tanto dos
como dos jurados
a buscarem
criadores Sul Africanos que
criadores brasileiros
no Brasil, em contradição as áreas muito
No Brasil se estabeleceu um crescimento
secas e áridas onde o Dorper teve sua
muito rápido do rebanho de animais Dorper
uma ovelha
e White Dorper registrados – de cerca de
fácil
170 animais registrados no ano de 2000
cuidar (criar),
para cerca de 35.000 animais em 2011.
sem
lã
Nem todos os embriões importados pelo
com
carne
os criadores brasileiros
ABCDorper tomou a
Brasil trouxeram uma contribuição positiva
com
boas
para a qualidade da raça Dorper, bem
qualidades.
inseguros quanto ao trabalho
para os seus even-
origem, tem contribuído enormemente para sua popularidade em todo o mundo. Hoje o Dorper é encontrado em todos os continentes e sua popularidade cresce a cada dia. Na África do Sul atualmente há cerca de 7 a 8 milhões de Dorpers, o que faz dela a raça mais criada no país. Nos últimos 20 anos na África do Sul e Namíbia as competições de carcaças ovinas têm
como para a raça White Dorper, mas o “pool” genético é muito grande. É possível
Foi
de
difícil
introdução
e
a
visitam o Brasil bem como dos jurados têm deixado
que vêem realizando
das
têm
deixado
inseguros ao
trabalho
os
quanto que
vêem realizando. A decisão de convidar tos dos próximos anos, jurados que têm opiniões simila-
sido dominadas pelas raças Dorper e White
encontrar uma grande diferença no tipo e
raças Dorper e White Dorper na Austrália,
res sobre a conformação e tipo desejáveis.
Dorper – uma honra para os criadores pela
conformação em quase todos os criatórios
pois a predominância era de raças lanadas,
A realização de “workshops” e treinamentos
qualidade na conformação e distribuição de
de Dorper e White Dorper.
a alguns anos a raça Dorper e White Dorper
de jurados e inspetores técnicos também
predominantemente, tem sido utilizadas
fazem parte dessa decisão. Estas ações
em programas de cruzamento com a raça
servirão para orientar os criadores a direção
Merino, que a partir da segunda ou terceira
certa a seguir.
gordura na carcaça.
A África do Sul tem exportado embriões para
Na África do Sul os animais Dorper e White
todo o mundo, já a Austrália tem exportado
Dorper são mantidos sob condições de
animais vivos além dos embriões.
22
23
Palavra do criador Sul Africano
Um problema que os criadores de animais PO
em
(Puros de origem) têm enfrentado é a falta de
suplementação.
valorização dos animais comerciais. O rebanho PO não tem como sobreviver se não houver um grande rebanho comercial de animais para produção de carne. Assim, é muito importante que a Associação e os criadores trabalhem juntos para estabelecer produtores comerciais
condições
mais
baixas
de
2) Influência genética: há uma grande diferença para peso ao nascer de cordeiros filhos de diferentes carneiros. Para acasalar as borregas utilize carneiros que produzem cordeiros com menores pesos ao nascer.
de Dorper e melhorar o consumo de carne
3) Manejo: nas últimas semanas de gestação
de cordeiro pela população. Isso garantirá um
as ovelhas necessitam de cuidados espe-
contínuo comércio de bons animais PO.
ciais. Manejar demais as ovelhas nesse perí-
Os criadores brasileiros têm tido alguns pro-
odo pode resultar em problemas de parto.
blemas de parto com borregas que não con-
O número de animais das raças Dorper
seguem parir sem assistência. As razões
e White Dorper no Brasil tem crescido
para este problema podem ser:
muito nos últimos dez anos. Agora é hora
1) Alimentação: 65% do peso do peso ao nascer dos cordeiros é formado nas cinco últimas semanas de gestação. Não se deve alimentar as ovelhas prenhes com concentrado. Mantenha-as 24
de melhorar a qualidade dos seus animais e selecionar para a conformação e tipo corretos, para colocar o Brasil firmemente no mercado mundial destas raças maravilhosas. Como fazer isso é um tema que exploraremos numa próxima vez. 25
26
27
28
29
A diversidade da cultura ovino brasileira
Mercado de lã e carne desponta novamente no cenário nacional Paulo Afonso Schwab, presidente da ARCO (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos)
A história aponta o início da cultura
como os efeitos da chegada das fibras
a produção de carne elevando a procura
Portanto pode-se concluir que a demanda
de ovinos do Rio Grande do Sul com
sintéticas ao mercado têxtil, fazendo
pela criação de ovinos levando os criado-
ainda é maior que a oferta, havendo um
aptidão quase que exclusiva para a pro-
o preço da lã cair substancialmente.
res a vender sem muito critério seus ani-
mercado comprador, em crescimento,
dução de lã. Sendo esta a “moeda de
Assim, deixando de ser a lã a única fonte
mais. Essa venda sem controle, pode-se
apreciado mundialmente, e que não pos-
troca” da época, até os anos 70 vivia-se
de renda dos criadores de ovinos do sul
assim dizer, fez cair consideravelmente o
sui restrições e,principalmente, religiosas
a apoteose da lã e o consumo da carne
do país abrindo um grande espaço para a
rebanho ovino na época. Ainda nos anos
e culturais. Ressaltando que para se con-
ovina ficava restrita às estâncias para o
carne que até então não recebia a devida
90 sentia-se os efeitos da crise da lã e da
seguir entrar neste mercado, é preciso
consumo das famílias e funcionários. O
importância e que através de criadores
diminuição no efetivo do rebanho ovino bra-
oferecer um produto padronizado, com
mercado da carne, na época, ainda era
visionários e desafiadores descobriram
sileiro que só começou a se recuperar no
constância de fornecimento e qualidade
dominado pelos bovinos.
um grande e potencial mercado para a
final da década
carne de ovinos.
e
Mesmo que não houvesse, na década de 70, a tão falada globalização, pôde-
A pouca procura pela lã,o aumento no
-se sentir no Brasil e no RS, os efeitos
preço dos insumos, a expansão da fron-
da China e da Rússia comunistas, bem
teira agrícola orientou a ovinocultura para
levando
a
ovinocultura
a
garantida. Deve-se
o rebanho de ovinos no
então, como
despontar
em
país chega a 16 milhões de
estados
das
cabeças, esse número não
regiões Norte, Nordeste,
abastece o mercado nacional
Centro-Oeste
e ainda há os mercados
e Sudeste do Brasil.
internacionais que são
Hoje, segundo a
potenciais consumidores da
ARCO, o reba-
carne ovina,
nho de ovinos no país chega a
16 milhões de cabeças, esse número não abastece o mercado nacional e ainda há os mercados internacionais que são potenciais consumidores da carne ovina, como por exemplo, com destaque para os Estados Unidos, Arábia Saudita, China e México, que somados importam aproximadamente 22,5% da carne ovina mundial, e a União Européia que, sozinha, importa 48,7% deste produto. 30
as
trabalhar propriedades verdadeiras
empresas traçando gias,
rurais, estraté-
planejando,
treinando a mão de
obra,
anali-
sando
custos
e
dados
consisten-
tes, usando uma assistência técnica constante e bem
capacitada, dentre outros. Isso é o que se considera porteira à dentro, que e que está ao alcance dos produtores. Porteira a fora deve-se promover a organização e estruturação de uma cadeia produtiva mais concreta, envolvendo todos os segmentos, produtores, frigoríficos, comércio, governo e consumidores para trabalhar em prol de uma ovinocultura de corte forte e com capacidade de concorrer nos grandes mercados mundiais. 31
32
33
História da raça
O Dorper e White Dorper no Brasil Carlos Vilhena Vieira Eng. Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa – MG, Diretor Técnico da ABC Dorper.
A partir da visão de vários pesquisadores
sejam consideradas excelentes produto-
EMBRYO CENTER- África do Sul, já que
trabalhos científicos e de mensuração zootéc-
e profissionais da área de Melhoramento
ras de carne, seria um erro a tentativa de
o protocolo sanitário entre os dois paí-
nica dos animais nascidos no Brasil, come-
Animal, em encontros de trabalho no
introduzi-las no Nordeste como forma de
ses permitiria somente a importação de
çaram a vender alguns destes animais em
Nordeste, decidiram que seria interes-
aumentar a produção de carne ovina na
embriões congelados, não sendo possível
Leilões Públicos, dando assim a possibilidade
sante para a produção de carne de capri-
Região. Como alternativa a estas raças, a
importar animais
vivos ou sêmen, pois
de vários criadores adquirirem animais da raça
nos e ovinos no Nordeste a introdução
DORPER deveria ser a raça considerada”.
existe o risco de introduzir doenças não
Dorper primeiramente na região Nordeste.
de animais de raças ainda não existentes
Assim em 1998 um grupo fez a primeira
desejadas no Brasil.
Estes criadores começaram então a mul-
no Brasil, um destes profissionais o Dr.
viagem oficial a África do Sul para conhe-
Algumas Fazendas foram visitadas como de
Wandrick Hauss de Souza, representante
cer a raça Dorper e em maio de 1999,
HOTZÉ E CILLIERS, BEN CRONJE, BEN
da EMEPA-PB, que fizeram as seguintes
uma segunda visita para a compra dos
GROBBELLAR,
ponderações sobre a produção de carne
300 embriões da raça Dorper foi acer-
ALBERT
ovina: “ embora as raças Texel e Suffolk
tado entre a EMEPA – PB e a RAMSEM
N I E K E R K ,
VAN
E R N E S T COONAN
e
RON VAN DER
tiplicar esta raça com bastante velocidade, através inclusive da tecnologia de Coleta e Transferência de Embriões.
o Dr. Johan Stein , coletou e congelou os embriões, que foram exportados
MERWE. A partir
posteriormente para o Brasil
deste ponto foram
junto com embriões das
selecionadas matrizes e repro-
raças caprinas,
resultados
foram extraordinários, assim outras regiões
também
começaram
a
criar a raça Dorper como
no
Sul,
Estado do Paraná e
dutores que foram
Sudeste,
Estado de São
para a Central de embriões RAMSEM na
Paulo. Em 2004 através do criador Hélio
cidade de Bloemfontein, o Dr. Johan Stein ,
Duarte, começam algumas importações de
coletou e congelou os embriões, que foram
animais vivos e embriões agora vindos da
exportados posteriormente para o Brasil
Austrália, pois este País tem ótimas condi-
junto com embriões das raças caprinas,
ções sanitárias.
Boer e Savanna, sendo descongelados por ele mesmo na Estação de Pendência, em Soledade, EMEPA-PB, em receptoras da raça Santa Inês, em abril de 2000 nascem os primeiros ovinos Dorper oficialmente introduzidos no Brasil.
34
Os
Nestas importações chegaram ao Brasil os primeiros exemplares de WHITE DORPER, que fazem parte da mesma raça com diferença na cor, cabeça e pescoço totalmente brancos, com ótima habilidade materna, acabamento precoce de carcaça, comprimento
Parabenizando a EMEPA-PB e seus pes-
e bem adaptadas as condições climáticas
quisadores,
do Brasil, porém estes animais, embriões
que após realizarem vários
35
História da raça
e sêmen foram devidamente selecionados
e atraindo muitos outros selecionadores para
na Austrália pelos criadores, que já tinham
esta maravilhosa raça, como Ruben Osta da
um melhor conhecimento das características
RHO Agropecuária, Antonio Castilho da Sam
raciais do que as primeiras importações de
Michele e Jaqueline e Jamer Mascarenhas
Dorper, então em 2004 começam a
Atualmente as raças
nascer os primeiros
Dorper e White Dorper tem
WHITE DORPER
da
Cabanha
Interlagos, como
exemplo.
Posteriormente
trazidos legalmente
conjuntamente o maior número
para o Brasil, na
de registros dentro da ARCO e
Dorper
o maior número de animais em
Nordeste,
propriedade criador
do
Valdomiro
Poliselli Junior da VPJ Pecuária, que
exposições como a FEINCO
depois começou a
a
raça
White começa
a se expandir no berço
da raça Dorper cabeça
preta,
através do criador
vender em leilões, obtendo ótimos resultados
Luiz Carlos Costa, do Rancho Comagrivel.
Os resultados começaram a aparecer rapida-
criadores que não pouparam esforços para
mente e através de muito esforço dos cria-
este crescimento enorme e com a ajuda
dores as raças obtiveram um crescimento
da ABC Dorper, Associação Brasileira dos
enorme, atraindo cada vez mais investidores
Criadores de Dorper, que nasceu em Curitiba
de muita seriedade como , Maria Helena
no Paraná, através do Dr. Valfrido e Taeke
e Mario de Castro, que em 2007 decidem
Greidanus , posteriormente mudou a sede
também montar um rebanho das raças
para Jaguariúna – SP, com a Presidência de
Dorper e White Dorper, conquistando os
Valdomiro Poliselli Junior e atualmente pelo
títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor
criador Antonio Castilho.
Nacional nos anos 2009, 2010 e 2011.
36
O futuro é muito promissor são muitas as
Atualmente as raças Dorper e White
qualidades nas raças Dorper e White Dorper,
Dorper tem conjuntamente o maior número
além de que o consumo per capta ano no
de registros dentro da ARCO e o maior
Brasil anda próximo a 600 g por habitante
número de animais em exposições como
ano, muito abaixo da média mundial 1.600
a FEINCO, onde em 2011 foram expostos
g por habitante / ano, acredito que temos
mais de 1.000 animais e julgados mais de
muito o que aprender em termos de produ-
800 animais um recorde comparado a 2005
ção de carne ovina e nos tornarmos talvez
onde o número não chegava a 100 animais
em vinte anos exportadores desta proteína
Dorper em exposição. Isto graças a todos os
animal tão desejada em todo o mundo. 37
38
39
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40
Anúncio Jornal Agrovalor
41
O cruzamento industrial
Características e padrão de carcaça de cordeiros cruzados com White Dorper & Dorper Hugo Cavaletti
A utilização de práticas zootécnicas como
qualidade das carcaças de animais da raça
de um aporte nutricional adequado e da
Foram utilizados trinta e seis cordeiros,
o cruzamento industrial, envolvendo raças
Sta. Inês não se equipara com a de animais
elevada capacidade de converter alimentos
sendo doze de cada genótipo: Santa Inês
maternas com ciclo poliéstrico não estacio-
de raças reconhecidamente de corte, assim
em componentes corporais como múscu-
(SI), ½ Dorper-Santa Inês (½ D-SI) e ½
nal, permite a produção escalonada de cor-
como seus cruzamentos.
los e gordura. Por meio de cruzamentos
White Dorper-Santa Inês (½ WD-SI),
com raças de corte, é possível melhorar
abatidos com três diferentes espessuras
o desempenho, pois os genes da raça
de gordura subcutânea. Os cordeiros
paterna são os principais responsáveis pelo
receberam ração total misturada calculada
aumento do desempenho dos cordeiros
para ganho de peso diário de 0,3kg. Foram
cruzados (Leymaster & Smith, 1981).
realizadas avaliações por USG (entre a 12ª
deiros ao longo de todo o ano, e carneiros de raças destinadas à produção de carne, que conferem cordeiros com maiores ganhos e carcaças de melhor qualidade.
A recente introdução das raças Dorper e White Dorper no Brasil tem gerado interesse por parte dos produtores, pois elas foram desenvolvidas para apresentar
A terminação de cordeiros em confina-
características desejáveis como boa con-
mento total, aliada ao uso de dietas com
formação e distribuição de gordura na car-
S e g u n d o
alto teor de concentrado, permite que os
caça, rápido desenvolvimento, resistência a
Leymaster (2002),
cordeiros expressem seu potencial direcio-
verminoses e poliestria não estacional (De
a
nando grande parte dos nutrientes ingeridos
Waal & Combrinck, 2000; et al.), ou seja,
deve
para deposição dos tecidos de importância
carcaças de qualidade, com freqüência
características de
econômica, músculos e gordura, resultando
e em pouco tempo. Em estudos recen-
carcaça e desem-
em carcaças de melhor qualidade, com
tes, Souza et al. (2008) e Cartaxo et al.
penho
conformação e acabamento superiores a
(2009), ao avaliarem cordeiros Sta Inês e
situações especí-
animais criados em pasto. Esta prática tam-
½ Dorper-Sta.Inês, obtiveram melhoria na
ficas de produção
bém desvincula a produção de cordeiros da
conformação, aumento na espessura de
e comercialização.
componentes corporais como
sazonalidade na produção de forrageiras,
gordura subcutânea e carcaças mais bem
No Brasil, muitos
permitindo que sejam ofertados animais
acabadas para os cordeiros ½ Dorper- Sta.
estudos
foram
músculos e gordura
com acabamento e pesos adequados ao
Inês, em relação ao Sta. Inês puro, isto
realizados
com-
longo de todo o ano. Macedo ET Al. (2000)
apenas para animais abatidos na condição
parando o cruzamento entre ovelhas Santa
obtiveram maior retorno econômico em
corporal gorda. Tais avaliações remetem
Inês e carneiros de raças de corte.
cordeiros terminados em confinamento,
as diferenças no crescimento e deposição
comparando-os aos animais terminados em
dos tecidos musculares e adiposos em
pasto. Os autores atribuíram este resultado
função do genótipo. Sistemas intensivos
ao melhor desempenho, à diminuição na
de produção de carne ovina, em que os
mortalidade e à redução dos gastos com
animais são mantidos confinados, atin-
anti-helmínticos.
gindo peso corporal ao abate, 32-36 kg,
Neste contexto, a raça Santa Inês tem se destacado como raça materna pela poliestria não estacional. Porém, de um modo geral, a 42
entre 100 e 120 dias de idade, exigem elevados ganhos de peso diário. O ganho de peso depende, dentre outros fatores,
raça
paterna imprimir
ideais
a
e 13ª costelas) e pesagens a cada sete
O ganho de peso depende, dentre outros fatores, de um aporte nutricional adequado
dias, sendo que os abates ocorriam
à
medida
que os cordeiros atingiam a espes-
e da elevada capacidade
sura de gordura
de converter alimentos em
2,0; 2,5 e 3,0
pré-determinada: mm.
O
ganho
de
peso
diário
foi
maior
para
os cordeiros ½ D-SI (0,311 kg) e ½ WD-SI (0,319 kg). O confinamento dos ½ WD-SI (R$2.301,60) e ½ D-SI (R$ 1.911,75) resultou em
Foram avaliados os efeitos do genótipo e
maior renda líquida que os cordeiros SI
da espessura de gordura ao abate, deter-
(R$856,60). Os cordeiros abatidos com
minada por ultrassonografia(USG), sobre o
3,0 mm obtiveram renda líquida de R$
desempenho, renda líquida, características
2.432,95, enquanto os abatidos com 2,5
quantitativas e qualitativas de carcaça, carac-
mm obtiveram R$ 1.331,57, e os com 2,0
terísticas físicas da carne, deposição de mús-
mm obtiveram R$ 1.269,57. Os cordeiros
culo, estimado pela profundidade do músculo
½ WD-SI (3,21) tiveram melhor conforma-
Longissimus lumborum, e deposição de
ção que os SI (2,50) e os ½ D-SI (3,00)
gordura subcutânea de cordeiros confinados.
não diferiram (P>0,05). A cobertura de 43
O cruzamento industrial
Classificação de gordura Figura 2: As carcaças com menor quantidade de gordura como um grau 1, enquanto as carcaças com o grau mais gordura como a 5.
gordura foi maior para os cordeiros abati-
cortes de segunda, quando comparados
de cortes de primeira para os cordeiros ½
subcutânea (EGSU) e profundidade do
dos com 3,0 mm os quais apresentaram
aos abatidos com 2,0 mm. Os índices de
D-SI e ½ WD-SI e suas carcaças não dife-
músculo Longissimus lumborum (PMLU),
maior peso corporal ao abate, peso das
compacidade da carcaça (ICC) e da perna
riram (P>0,05) em nenhuma característica.
ambos foram avaliados por USG, em
carcaças quente e frio, índice de compa-
(ICP) foram melhores para os cordeiros
Para verificar a existência de diferenças no
função dos dias em confinamento para
cidade da carcaça, e menor proporção de
cruzados. Foi verificada maior proporção
desenvolvimento da espessura de gordura
cada genótipo. Concluindo que cordeiros
44
45
O cruzamento industrial
½ Dorper-Santa Inês e ½ White DorperSanta Inês apresentam desenvolvimento mais precoce, podendo ser abatidos com mais músculos e mais gordura em menor tempo. Os cordeiros Santa Inês depositaram menor quantidade de músculos a uma taxa mais acentuada que os cruzados
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Classificação de carcaças variam um pouco, mas os princípios gerais permanecem os mesmos. • A carcaça é classificada de acordo com sua musculosidade e da quantidade de gordura sobre ela.
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comprada às necessidades dos clientes
da carcaça de cordeiros terminados em
e o sistema de classificação parcialmente
confinamento e abatidos em diferentes
ajuda a
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• A gordura é avaliada através da classificação de gordura de 1 (muito magro) à 5 (muito gordo).
de Zootecnia, v.38, n.4, p.697-704, 2009. CLOETE,
• Rendimento de carne vendável é avaliado através da classificação da musculosidade da carcaça de: E - musculosos até P- levemente musculado (Figura 1): 46
FOWLER,
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lambs. Meat Science, v.79, n.4, p. 716-
vivo prediction of carcass composition and
721, 2008.
muscularity in purebred Texel lamb 47
48
49
50
51
A genética
A criação de uma genética de alto padrão Luiz Alberto Vicente Teixeira e Eduardo Teixeira Vice Presidente ABCdorper Bahia
Genética - Genética (do grego genno;
na Africa do Sul há 50 anos atrás , obser-
fazer nascer) é a ciência dos genes, da here-
vando a multiplicação de individuos que
ditariedade e da variação dos organismos.
mostrem melhoria
Ramo da biologia que estuda a forma como
desejáveis,ou seja o que o mercado esta
se transmitem as características biológicas
procurando,numa raça que é especializada
de geração para geração.
em produção de carne .
Selecionador:
O padrão racial nos á um norte de onde
1) aquele que seleciona; que escolhe
das características
• Aprumos – Animais a campo, para pro-
cuidadosamente, 2) aquele que seleciona a partir de determinados critérios ou características. Segundo as definições acima, o trabalho dos criadores selecionadores Brasileiros da raça Dorper e White Dorper é dar continuidade a um trabalho iniciado por fazendeiros
Buriá - 533 ( Evoluindo na raça)
queremos chegar :
duzir carne, tem que andar em busca de comida e água,para tal,precisam de bons aprumos . • Cabeça – Forte, com mandibulas fortes para poder comer bem. • Balanço – Mostrando o equilibrio de
produção de carne e funcionalidade em
que alegrias ,porem hoje ja encontramos um
todo o corpo.
padrão excelente de animais nas exposições
• Comprimento – quanto maior mais rendimento de carcaça . • Acúmulo e distribuição de gordura – importante para a qualidade da carne. • Cobertura – importante manter lã e pelo pois denota a carga genética balanceada das duas raças mães (rusticidade do Persian e Carcaça do Dorset) se fugimos para o
Ferramentas “Não podemos corrigir aquilo que não conhecemos e não conhecemos aquilo que não medimos” Portanto precisamos implementar,tecnolog ias,ferramentas de medição e indicadores
do persian e perdemos carcaça, se vamos
que possam nos ajudar a selecionar os bons
para a lã,vem juntos os genes de Dorset e
genes do nosso rebanho e que nos trarão
perdemos a rusticidade e fertilidade .
mais lucratividade ,para conseguir evoluir
da raça e do nosso rebanho Dorper, requer uma constante observação de todas as características positivas e negativas
pre-
sentes nele e utilizarmos genéticas melhoradoras, visando corrigir e injetar o que precisamos melhorar.
52
cionar e multiplicar o que temos de melhor.
cabelo ,estamos selecionando os genes
Portanto manter o crescimento e evolução
Nossos primeiros reprodutores - Buriá 003(Centro) e Buriá 027 ‘a Direita.
e isto denota que estamos conseguindo sele-
podemos usar : • Dedicação e observação do nosso rebanho. • Tecnologias de reprodução avançadas, TE, FIV, inseminações, multiplicando o temos de melhor ,com mais velocidade porem com um custo mais alto ,porém
Importamos milhares de embriões da Africa
com relação custo beneficio positivo
do Sul e Australia , tivemos mais decepção
para o criador, se bem utilizada. 53
????
• Indices zootecnicos, a exemplo de peso
A técnica das DEPs(diferença esperada
na apartação , ganho de peso até a
de progenie) foi desenvolvida nos EEUA,
confirmação,rendimento das carcaças
e é aplicada no Brasil desde a década de
dos produtos que vão para o abate.
70 e possibilita comparar, tecnicamente,
• Medição de olho de lombo – Associado com rendimento de carcaça.
animais de uma mesma raça independentemente deles serem de um mesmo rebanho e de apemas um proprietário ou
• Rusticidade, tolerância a verminoses etc..
de vários outros. Trata-se, portanto, de uma ferramenta científica de seleção
• Indice de partos multiplos,relacionando
para alterar a genética de rebanhos em
a determinadas genéticas e a genes
qualquer direção desejada. Os valores de
especificos
DEP permitem aos criadores comparar
como
o
geneBooroola,
no Brasil, temos marcadores
destes
genes desenvolvido e pesquisado pela Embrapa Sul.
adequadamente todos os animais de uma raça sob a mesma base. Somente assim , associando ferramentas de
• as medições de DEPs, (diferença esperada de progenie).
medição junto com a avaliação de jurados alinhados com os padroes raciais juntamente
Buria 1565- Beleza com aptidões produtivas. com a nossa decisão de selecionador ,de
• Fomentar a organização de toda a cadeia
para onde queremos evoluir é que tomare-
da carne ovina , que é onde esta a base
mos decisões de acasalamento e melhorias
do mercado consumidor de genética
genéticas no nosso rebanho.
,sabendo que no Brasil a base produtiva
Porem esta implementação de DEPs, não pode ser mais um ponto de aumento de
• Formar e escolher e apoiar Jurados
a disponibilização do Software e o gerencia-
alinhados com a nossa visão de futuro
mento do banco de dados deveria partir da
da raça,para não ficarmos na “montanha
ARCO, e a coleta de dados pelos criadores
russa” dos julgamentos. • Desonerar a produção de genética, jul-
Conflitos e dualidades :
gando cada vez mais animais funcionais
Devemos como selecionadores primordialmente ,implementar metas de melho-
rústicos e produtivos independente de tamanho.
rias ,com visão estrategica de futuro, que
• Caminhar para a implementação dos
tornem a nossa atividade, uma atividade
DEPs , como ferramenta de evolução da
sustentável e de longo prazo, promovendo o
nossa Raça Dorper e White Dorper.
crescimento da raça.
Criar e desenvolver uma genética de alto pro-
padrão é um trabalho que nunca termina
finali-
,pois a busca de melhorias é continua e
dade da raça, que é a produção de
interminavél, e só se consegue realizar este
carne,fertilidade,rusticidade.
desafio com dedicação e paixão.
• Selecionar genéticas e genes dutivos,
54
e no nordeste,na Agricultura familiar.
custos e uma sugestão,como contrapartida,
e técnicos de registro.
Buriá 783- Uma genética sensacional
de carne ovina esta no pequeno criador
alinhados
com
a
55
56
57
???
VPJ PECUÁRIA DA GENÉTICA AO PRATO Em 2003, quando ainda não se falava em
homogeneidade terão os cortes”, declara
Dorper no Brasil, o empresário Valdomiro
Antonio Augusto, gerente da unidade
Poliselli Junior, que atua no segmento de
industrial de Pirassununga-SP.
pecuária há mais de 20 anos, em postura
PROGRAMA CORDEIRO PRIME CERTIFICADO
empreendedora fez a primeira importação de grande volume de embriões e animais vivos da África do Sul e Austrália, dando
Preocupada com a falta de organização
início a um arrojado processo de seleção
e integração da cadeia produtiva, o que
e criação do maior e mais representativo
dificulta aos criadores se beneficiarem
rebanho de Dorper e White Dorper POI da
desta oportunidade de negócios, a VPJ
América Latina.
Alimentos implantou o Programa Cordeiro
A criação VPJ detém o título de melhor cria-
Prime Certificado, que traz a possibili-
dor e melhor expositor nacional das raças
dade aos criadores de agregar valor ao
Dorper e White Dorper do ano de 2007 e
negócio da ovinocultura. Por meio do
2008, além de possuir no plantel as seis
programa, a empresa oferece orientação
grandes campeãs nacionais dos últimos 8
técnica, melhoramento genético atra-
anos. Reprodutores consagrados e recordis-
vés da comercialização de reprodutores
tas de preços e de venda de sêmen também
selecionados, planejamento de abates
estão no rebanho da VPJ. O destaque fica
animais de fácil manejo, extremamente rús-
incomparáveis. Estes atributos impulsiona-
para o reprodutor VPJ Bradock 010, único
ticos, criados a pasto e adaptados às mais
ram ainda mais a produção e comercializa-
macho com dupla tatuagem e que vem
adversas condições climáticas, o que esta
ção no país.
fazendo um excelente trabalho na criação
proporcionando alto desempenho em todas
de carneiros para produção de carne de alta
as regiões do Brasil.
qualidade. “Somos incansáveis na busca pelo melhoramento genético e acreditamos na genética como divisor de águas para a produção de carnes nobres e valorizadas em nosso País”, comenta Poliselli, proprietário da VPJ Alimentos.
A VPJ Alimentos é uma das únicas empresas brasileiras que produz carne ovina,
A carne de cordeiro é mundialmente conhe-
bovina e suína com total controle da cadeia
cida como sendo uma das mais saudáveis,
produtiva indo do desenvolvimento gené-
por possuir um dos mais baixos índices de
tico à comercialização de cortes nobres,
colesterol, além de ostentar sabor e maciez
produzidos dentro de um rigoroso controle de qualidade, padronização e constância na entrega.
A raça, que é a mais importante em produção de carne nobre do mundo, foi desenvolvida por imigrantes ingleses no deserto da África do Sul e se configura em 58
“Não classificamos carnes e sim os animais antes de serem abatidos, pois quanto mais padronizados estes forem, maior 59
periódicos, incremento da produção e
Por meio do programa, a VPJ Alimentos
compra garantida dos cordeiros, premia-
detém atualmente a melhor carne ovina do
ções especiais de acordo com tabela de
mercado, presente nos mais renomados
peso e idade de abate.
restaurantes, sofisticados empórios e redes
A premiação do Programa é estabelecida seguindo alguns critérios. Para os animais cruza com no mínimo ½ sangue Dorper ou
de supermercados do país.
GENÉTICA
White Dorper, com 120 dias de idade e peso
A criação de animais Dorper e White
vivo de 30 a 45 quilos, o percentual pago a
Dorper da VPJ conta hoje com as mais
mais varia entre 9% a 10% sobre o preço
importantes
base da região. Para os cordeiros com 120
reprodutores do Brasil, o que garante a
a 180 dias de idade e com peso de 30 a 45
qualidade genética e o desempenho dos
quilos, o valor correspondente gira em torno
cruzamentos para o abate.
de 7% a 8%. Já para os de 30 a 39,99 quilos, com 180 a 240 dias de vida, o índice pago é de 4%, podendo chegar a 5%. Os de mesma idade, mas com peso entre 40 a 45 quilos, não recebem premiação.
matrizes
e
os
melhores
O crescimento acelerado dos cordeiros cruzados com Dorper ou White Dorper, através do fenômeno da heterose ou choque sangue, faz com que estejam prontos para o abate em aproximadamente 120 dias de
Dentro das regras estabelecidas no Programa
idade, que resulta em uma carne muito mais
Cordeiro Prime, os animais cruza com qual-
saudável e macia, com baixíssimo índice
quer outra raça carniceira que tenham idade
de colesterol. A verticalização do processo
de 120 a 150 dias e pesem entre 30 a 45
industrial é um dos grandes diferenciais da
quilos não são contemplados. Os cordeiros
VPJ. Sendo responsável por toda a cadeia
de 150 a 240 dias com peso entre 30 a 45
produtiva, da genética ao prato.
quilos desta mesma categoria são penalizados, sofrendo desvalorização de até 20%. A filosofia do Programa Cordeiro Prime Certificado é integrar produtores de cordeiros em várias regiões do país para que possam atender a forte demanda do mercado consumidor de forma organizada agregando maior valor aos seus negócios. 60
61
62
63
64
65
A produção de carne
Um olhar para o futuro
compor o plantel já foram iniciadas e bre-
contando com profissionais especializados
vemente a propriedade receberá os ovinos
em genética, pastagens, irrigação, manejo
que serão utilizados na primeira etapa do
e comercialização.
projeto. De acordo com o planejamento, o projeto se divide em módulos e alcançará seu ápice ao final de sete anos. Para tanto, o empreendimento conta com
Ruben Humberto Osta, Décio Ribeiro dos Santos Royal Sheep Farm of Xique Xique
Da visão inovadora de três empresários
oportunidades para incrementar a cadeia
nasce, no interior da Bahia, um projeto sem
de produção no setor.
precedentes para a produção industrial da carne de cordeiro: “The Royal Sheep Farm of Xique-Xique”. Esse projeto tem como objetivo principal atender a demanda
acesso
à
Mas isso não é tudo! O empreendimento busca, também, ser de caráter autossustentável, beneficiando e desenvolvendo a
... a iniciativa do trio de
comunidade local, contemplando
genética de qua-
empresários contribuirá
a integração de
lidade de repro-
para o desenvolvimento
pequeno e médio
dutores da raça
Após profundos estudos e diversas via-
Dorper que serão
gens pelo interior do país, os três criadores
utilizados
decidiram pelo melhor local para implantar
matrizes
em Santa
socioeconômico no interior
produtores
de
porte da região. Dessa forma, a
da Bahia
iniciativa do trio
o projeto e adquiriram uma propriedade no
Inês,
interna de consumo de carne de ovinos,
Oeste da Bahia, mais especificamente na
num produto final de excelente qualidade,
contribuirá para o desenvolvimento socioe-
cada vez mais crescente. Importante
cidade de Xique-Xique, que além do clima
animais precoces para o abate, ou seja,
conômico no interior da Bahia, que é vista
salientar que, atualmente, o plantel bra-
propício para a criação de ovinos está loca-
com 32 quilos aos quatro meses, fruto
por eles como a Nova Zelândia brasileira,
sileiro gira em torno de 14 milhões de
lizada às margens do Rio São Francisco.
desse excelente cruzamento já consa-
numa referência ao país que possui um dos
matrizes o que supre apenas 40% do
As obras de infraestrutura para receber
grado na ovinocultura. Todo o projeto tem
maiores e mais tradicionais rebanhos de
mercado consumidor, gerando enormes
o primeiro módulo de animais que irão
uma visão empresarial e gestão de ponta,
ovinos do mundo.
66
resultando
de
67
empresários
AnĂşncio Sammichele
DORPER E WHITE D ORPER GenĂŠtica de qualidade. Venda de animaais e embriĂľes $POUBUPT t MJOP!TBNNJDIFMF DPN CS t BDBTU!VPM DPN CS 68 6 8
XXX TBNNJDIFMF DPN CS 69
Gourmet
O Cordeiro da nova cozinha do Brasil
O cordeiro braseado é servido com o molho do assado e acompanha batata bolinha com casca, sal e alecrim, salada verde com vinagre de Jerez e mostarda de Dijon. Os que apreciam um sabor mais intenso podem Belarmino Iglesias Filho
Apesar de não ser tão popular quanto a
Criamos os cordeiros na Fazenda Rubaiyat,
carne bovina, a carne de cordeiro é muito
em Dourados, Mato Grosso do Sul. Nossos
nutritiva, rica em minerais e fonte de proteí-
animais são resultantes do cruzamento de
nas e vitaminas.
machos Sufollk e White Dorper com fêmeas
Nos últimos anos o consumo de carne de cordeiro cresceu no Brasil e sua qualidade melhorou bastante. Hoje em dia, os bons restaurantes possuem um ou mais pratos de
da raça Santa Inês. Engordados no pasto de forma natural, são abatidos jovens, com aproximadamente 120 dias de vida, por isso sua carne é bem tenra.
cordeiro no cardápio.
A Paleta de cordeiro braseada é mari-
Nos nossos restaurantes, A Figueira e Baby
até três dias, a carne é regada com um caldo
Beef Rubaiyat, servimos a Costelinha de
de frango temperado com tomilho e sálvia e
cordeiro
Beef
assada no forno de barro por duas horas.
Rubaiyat, acabamos de introduzir no cardá-
O resultado é uma carne saborosa, macia e
pio a Paleta de cordeiro braseada.
suculenta, que se desmancha com o garfo.
grelhada,
nada em vinho branco e ervas frescas por
e
no
Baby
70
• 4 galhos de tomilho fresco • 3 folhas de louro fresco • 30 gramas de sal fino
ainda acrescentar os três molhos – mos-
• 50 gramas de alho fresco
tarda, vinagrete e chimichurri – que chegam
• misturar os ingredientes numa bacia, e
à mesa em panelinhas de cobre.
Receita da paleta de cordeiro braseada Marinada para cordeiro para 1 a 2 quilos de carne ( a carne deve
colocar as carnes. • marinar de 1 a 3 dias. Antes de cozinhar, retirar a carne da marinada e secar muito bem com perfex.
estar descongelada antes de entrar na marinada)
Receita para brasear cordeiros
• 3 litros de água
• para 1 a 2 quilos de carne
• 300 ml de vinho branco
• cebola branca 200 gramas
• 10 gramas de pimenta do reino em grãos
• cenoura 140 gramas
• 4 galhos de alecrim fresco
• alho porro 60 gramas 71
Gourmet
Em seguida acrescentar o caldo. Cozinhar
• alho inteiro 20 gramas
a 140 graus por aproximadamente 2 horas. Pode sérum pouco mais – a carne
• salvia fresca 1 ramo
tem de se desprender do osso, mas não
• alecrim 1 ramo
ficar ressecada.
• azeite de oliva 50 ml
Deixara a carne esfriar dentro do caldo. Uma vez fria, colocar em um saco a vácuo
• sal fino 3 gramas
• 200 gramas de alho porro picado
• 4 litros de caldo de frango
• 150 gramas de salsão picado sem as
• osso da paleta dourado no forno
folhas • 600 gramas de cebola branca cortada fina
• 1 pé de porco cortado em 2 dourado no forno. Preparo
• 3 ramos de alecrim
Dourar no azeite as verduras mais a carne, o
• 1 folha de louro
alho, as ervas e grãos.
peça de carne mais os sucos numa travessa,
• 6 folhas de salvia
Acrescentar o caldo de frango , o osso e o
Preparo.
levando ao forno quente até dourar.
• 2 ramos de tomilho
Secar a peça de carne.
Molho para o cordeiro
• 5 dentes de alho descascado
• pimenta do reino 3 gramas
com um pouco do caldo. Aquecer na água quente e então colocar a
• caldo de frango 600 ml.
Picar os vegetais, temperar a carne, misturar tudo e colocar, sem o caldo, no forno (o restaurante utiliza o combinado profissional a 180 graus até dourar).
• 1 kg de carne de cordeiro cortada em cubos de 2 cm • 400 gramas de cenoura descascada cortada em cubos de 1 cm
72
• 5 graos de zimbro • 20 graos de pimenta do reino • 200 ml de azeite de oliva
pé de porco. Deixar reduzir por 3 horas. Coar 4 vezes retirando a gordura. No restaurante, as peças de cordeiro são servidas para 2 pessoas, pesando 1,4 kg sem osso. 73
Malu 085
Fundada em 2009 na cidade de São Roque – SP, a 60 km da capital paulista, a CABANHA MALU Danilo tem como missão contribuir com o melhoramento Abbondanza e Phillip Strauss de ovinos das raças Dorper e White Dorper no Brasil. Com produção anual de mais de 500 animais de alta seleção e genética, a CABANHA MALU conta com profissionais altamente capacitados, instalações desenvolvidas e planejadas especialmente para a estadia e manejo dos seus campeões, inclusive com auditório p para palestras, capacitação de mão de obra p apresentação de animais. Como meta e ap do melhoramento genético, a CABANHA MALU adquiriu 06 reprodutores e 26 matrizes embarcadas da Austrália após uma rígida seleção feita no rebanho do criador Mr. Phillip Strauss, o qual esteve presente em nossa propriedade, transmitindo muito de sua experiência e conhecimento aos nossos colaboradores e, contribuindo enormemente para o nosso aperfeiçoamento profissional. Além disso, a partir de 2012, temos a valiosa colaboração anual do consultor e especialista na raça Dorper e White Dorper, Mr. Daan Bosman, sul africano de renome incontestável para direcionar os trabalhos de seleção dos nossos animais. É assim e por tudo isso, que a CABANHA MALU oferece com segurança:
cabanha
D N A 74 7 4
D E
C A M P E Õ E S 75
MALU D O R PE R
fone: fo o 011 38119814 / www.maludorper.com.br
Cabanha Malu Dorper
????
Ovinocaprinocultura capixaba: mercado em expansão Zezinho Boechat presidente da ACCOES jboechat@extremaeventos.com.br 27 3281 8006 Pedro Cani Gerente de pecuária da SEAG gep@seag.es.gov.br 27 31321472
Apesar de ser um dos cinco menores
estado, Pedro Cani, um dos idealizadores do
estados brasileiros em extensão territorial,
Programa.
o Espírito Santo está acostumado a pensar e fazer grande, quando o assunto é o meio rural. Segundo maior produtor de café do país, primeiro lugar na exportação de mamão, entre os primeiros em diversos produtos, o estado decidiu ser destaque também na ovinocaprinocultura, em especial na produção de ovinos. Abriu com chave de ouro a temporada nacional de leilões em 2012 com o Grande Encontro de Verão que resultou em R$ 760 mil em negócios e promete muito mais ao longo do ano,
O programa inclui capacitação dos diversos elos da cadeia produtiva, do criador aos pontos de venda, passando pelos frigoríficos (já são dois credenciados para o abate de ovinos
o Grande Encontro de Verão que aconteceu
comitiva de mais de 30 produtores e téc-
no estado) e pelos técnicos e extensionistas
nos dias 13 e 14 de janeiro na Fazenda
nicos capixabas vai invadir a maior feira lati-
nos 78 municípios. Inclui ainda ações de
Terras de Guará, no charmoso balneário de
noamericana do setor mostrando o potencial
marketing em restaurantes e supermercados
Guarapari. Cerca de 90% dos lotes colo-
do estado.
para incentivo ao consumo e parcerias com
cados à venda no Leilão Elite, transmitido
bancos para financiamento aos produtores.
em rede nacional pelo canal Terraviva, foram
Só o banco do estado, o Banestes, destinou
arrematados por produtores capixabas.
mais de R$ 1 milhão para compras de matri-
Mas o principal momento está reservado para ocorrer durante a GranExpoES, de 8 a 12 de agosto, no município de Serra, na
Atualmente são cerca de quarenta criadores
Grande Vitória. A 36ª Exposição Estadual
associados à Accoes e o número está em
Agropecuária vai ser anfitriã de pelo menos
Estrelas
franco crescimento. Só durante o Grande
três grandes eventos da ovinocaprinocultura:
Encontro de Verão surgiram cerca de 15
a 6ª Exposição Nacional da Raça Dorper, a
Cordeiro Capixaba e do empreendedorismo
Os nomes dos criatórios capixabas já come-
novos criadores. “O Espírito Santo já está no
Copa Sudeste da Raça Santa Inês e a Copa
dos criadores.
çam a ser conhecidos em todo o país, tanto
mapa da ovinocultura brasileira. Marcamos
Sudeste de Cabras Leiteiras. O espaço des-
no Santa Inês quanto no Dorper. Só para se
presença nos grandes eventos do setor em
tinado ao setor promete repetir o sucesso
ter uma ideia, algumas das grandes estre-
2011 e vamos nos fortalecer ainda mais
alcançado em 2011 e ir mais além, com
las das raças hoje pertencem ao Espírito
em 2012”, reforça o presidente da Accoes,
ampliação do número de estandes e baias e
Santo, entre elas a ovelha Santa Inês Di Lari
Zezinho Boechat.
a apresentação de aulas-show de culinária e
inclusive com a realização da 6ª Exposição Nacional da Raça Dorper, em agosto. O trabalho é resultado das ações do Programa
O Programa Cordeiro Capixaba foi lançado em agosto de 2010 por uma iniciativa da Secretaria da Agricultura do estado, em parceria com Sebrae/ES e Accoes – Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Espírito Santo. De olho no mercado crescente prevê multiplicar por dez
zes e reprodutores em 2012.
Thione 1434, grande Campeã da Nacional 2011 e os reprodutores Dorper Five Star Babaganuche e o multicampeão Sting.
cortes (Vitrine da Carne).
Nacional do Dorper
“Realizar a Exposição Nacional da Raça
De fato o mercado capixaba de ovinos vai
Dorper em terras capixabas é oferecer aos
o rebanho de ovinos do estado até 2017
“Não é à toa que o Espírito Santo foi escolhido
ganhar bons reforços com a participação
nossos produtores acesso aos melhores
e para isto os parceiros estão trabalhando
para ser homenageado durante a Feinco”,
em eventos em 2012. Um belo estande na
reprodutores
em ritmo acelerado. “O desafio é grande,
lembra o presidente da ABCDorper, Antônio
Feinco, organizado pela Accoes em parceria
técnica de alto nível e as novidades tecnoló-
mas o estado tem vocação para isto, uma
Castilho. Ele destaca o empreendedorismo
com a Secretaria Estadual da Agricultura e
gicas do setor. O Espírito Santo terá muito
vez que se trata de uma atividade que gera
e o trabalho heróico dos criadores capixabas
o Sebrae, é o começo das ações de divul-
orgulho em receber os criadores e fornece-
renda em pequenas áreas”, afirma o gerente
no fomento à ovinocultura. Os resultados
gação da ovinocaprinocultura capixaba pelo
dores de todo o país”, afirma o secretário da
de pecuária da secretaria da agricultura do
dos esforços puderam ser medidos durante
país. Além da presença institucional, uma
Agricultura Enio Bergoli.
76
77
e
matrizes,
programação
Arte MOV
78
79
????
A Comercialização de Ovinos Dorper no Nordeste do Brasil Ricardo José S.Falcão Presidente Nucleo Dorper da Bahia
É incontestável a contribuição que as raças
significativamente para a evolução e a sele-
participar do evento. Vamos torcer para que
das matrizes nos rebanhos. As fêmeas
Dorper e White Dorper trouxeram à melhoria
ção das raças. A utilização da biotecnologia,
no menor tempo possível no Brasil seja um
devem ser preservadas, evitando-se o abate
da padronização das carcaças na ovinocul-
vem permitindo a manipulação de gametas
país livre de Aftosa e sem barreiras
de animais que não completaram o ciclo
tura do Nordeste, onde encontramos a
e possibilitando considerável melhoramento
grande maioria do rebanho deslanado do
genético e conseqüente aceleração e multi-
pais, em especial o Santa Inês.
plicação da qualidade dos rebanhos.
O alto custo dos reprodutores das raças
Além disso os criadores vem estruturando
na pecuária bovina, aonde se tem cria e
Ambas as raças se adaptam muito bem às
Dorper no inicio sua criação da raça no
suas propriedades e montando pequenos
engorda, possibilitando a otimização dos
condições climáticas e geográficas brasileiras
Brasil, fez com que o mercado demorasse
laboratórios que permitem a realização de
frigoríficos com o aumento da quantidade e
e podem contribuir muito com toda a ovino-
em absorver essa genética nos cruzamentos
coletas e transferências de matrizes das
qualidade de animais padronizados como o
cultura nacional, nos quatro cantos do país..
industrias. Mas atualmente esta realidade foi
mais diversas linhagens. Também com isso
mercado exige.
Trabalhar com esta ferramenta é ter a seu favor
modificada, as raças Dorper e White Dorper
os novos criadores tem mais facilidade de
estão
presentes
em todas as expo-
adquirir
prenhes
os criadores vem estruturando
nos diversos esta-
suas propriedades e
nhos do Nordeste
dos do Nordeste
montando pequenos
,inclusive
nas
cidades do interior
laboratórios que permitem
,onde os peque-
a realização de coletas e
nos e médios produtores podem ter
transferências de matrizes
mais acesso a toda
das mais diversas linhagens.
esta genética. Um
melhores
a cada dia, e, possamos muito em breve organizar fases distintas na criação como
de animais dos
sições e leilões,
A ovinocultura esta se profissionalizando
reba-
Para que isso ocorra é necessário a adoção
reprodutivo.Talvez esta seja uma maneira de nos livrarmos de uma estagnação em nossos rebanhos que dura década.
a possibilidade do incremento da produção.
de políticas públicas e conscientização dos
O Dorper e o White Dorper chegaram no
criadores para que se incentive a retenção
Brasil para ficar!
e das outras regiões do Brasil e do Mundo. Sem
dúvida,
barreira
a
sanitária
entre as Zonas livres de Aftosa e as Zonas de
bom exemplo foi mostrado na cidade de Feira de Santana, palco de duas Exposições Nordestinas nos anos de 2010 e 2011,com a presença dos principais rebanhos do Brasil. Realizaram-se grandes leilões, atingindo médias semelhantes à dos principais leilões da raça.
transição tem dificultado muito a integração e participação dos criadores em diversos eventos da região, como ocorre no Nordeste do Brasil, a exemplo da ultima exposição nacional sediada na Bahia, que contou com a participação de poucos criadores da Zona de transição devido ao desconforto propor-
A implantação de diversas centrais de gené-
cionado pela quarentena ,levando a maioria
tica em vários Estados do Brasil contribuiu
dos criadores a se acomodar e desistir de
80
81
????
O churrasco de cordeiro Sylvio Lazzarini
Alguns amigos e clientes me questionam
Castilho, também de S.Paulo. Valdomiro é
se carnes de carneiros ou ovelhas podem
um produtor de carnes reconhecidamente
oferecer bom churrasco. Melhor o cordeiro,
de boa estirpe; não só de cordeiros, mas de
que é o filho de ambos – eu respondo sem-
bovinos também. Há alguns anos, introduziu
pre sem pestanejar. Esta é uma questão que
no seu plantel a raça Dorper, importada da
ganhou corpo de uns anos para cá.
África do Sul. Trata-se de uma raça que
No Brasil, o consumo de cordeiro sempre foi muito baixo justamente porque, em primeiro lugar, a carne de boi, a preferida de 9 entre 10 brasileiros, ainda figura na preferência popular; em segundo lugar, porque, tempos passados, a carne ovina ofertada nos grandes centros, era advinda de raças com aptidão genética para produzir lã e, em razão disso, eram abatidos com
produz animais precoces para o abate, com boa quantidade de gordura entremeada nas fibras da carne (marmoreio) e excelente acabamento. Tem feito um sucesso grandioso em vários restaurantes do Brasil, como no Varanda, que dirijo. Chefes de reconhecida capacidade buscam a sofisticação de pratos, servindo aos clientes o que há de melhor quando se fala em raça “Dorper Premium”.
sacrificada e servia de alimento à comitiva.
assando em fogo médio, ou seja, com uma
À noite, enquanto o rebanho pernoitava des-
altura mínima de 15 cm do braseiro, por
cansando, os vaqueiros reuniam-se à volta
aproximadamente 1 hora, dependendo da
do fogo para, nos bate-papos, lembrar da
intensidade do calor. As peças devem ser
família e dos amigos distantes, saboreando
viradas de tempo em tempo. Nada de regar
a carne de cordeiro, lentamente assado no
com molhos, hortelãs, ervas, etc. Isto fica
calor do fogo. Surgia, assim, o famoso “fogo
por conta do molho que deve ser servido à
de chão”, que deu o nome à espetacular
parte e para quem gosta.
idade avançada. Daí resultava aquele odor
No restaurante Piselli, do meu amigo
churrascaria, hoje comandada pelo meu
desconfortável e até impróprio quando do
Juscelino, em São Paulo; no Giuseppe Grill,
bom e velho amigo, Jandir Dalberto.
preparo do churrasco.
no Rio de Janeiro, também de propriedade
Por anos, esta prática deixou uma péssima impressão, tanto que, por um bom período de tempo, consumidores em geral consideravam a carne de cordeiro ruim, não só por causa da falta de maciez, mas, principal-
de outro grande amigo, o Marcelo Torres ou mesmo em Brasília, no famoso BSB Grill, comandado pelo meu irmão-amigo Issa, o amigo leitor poderá encontrar o que há de melhor em matéria de cordeiro Dorper Wite.
“carré” e para as “bisquetinhas”. Por último,
para-se uma cruz de ferro onde se amarra
a paleta e o pernil, que sempre demoram
o cordeiro inteiro pelas patas dianteiras
mais para assar. Lembre-se que, tal qual
e traseiras, como se fosse um crucifixo.
carne bovina, alguns preferem o cordeiro ao
Abre-se um braseiro em formato de meia
ponto, e até mal passado, de forma a manter
lua, de forma a deixá-lo assando por duas
a extrema suculência. Acompanhamentos? Farofa e arroz a carreteiro.
No âmbito doméstico, há várias maneiras
ou três horas, tendo-se o cuidado de reparar
quando se iniciava o cozimento ou o assado.
de se preparar um bom cordeiro. Eu prefiro
as brasas de quando em quando.
Hoje em dia a coisa mudou, e muito. Pode-se encontrar no mercado carnes de alta qualidade e boa procedência, graças ao trabalho de abnegados e profissionais produtores.
exatamente como nos bons e velhos tempos em que os arrieiros ou “bruaqueiros” (vaqueiros gaúchos) guiavam e comandavam as comitivas que buscavam o rebanho de ove-
Assunto para discutir a parte é a questão
Mas, na falta desses apetrechos, a alter-
das bebidas. Vinho ou cerveja? Eu prefiro os
nativa correta é adquirir um “kit cordeiro”
vinhos. Se o tempo estiver muito quente vá
disponível nas lojas especializadas, inclusive
para os brancos, mas se você estiver chur-
na Intermezzo Gourmet, que também dirijo.
rasqueando no outono ou inverno, então,
lhas e carneiros em lugares distantes para
As peças devem ser separadas, para então
Este é o caso dos meus amigos Valdomiro
o abate nos matadouros das cidades. Uma
acrescentar o sal grosso – que deve ser
Poliselli, de Mogi Mirim, São Paulo, e Antonio
ou outra ovelha, no meio do caminho, era
sempre moído na hora – de forma a deixá-las
82
em forma de aperitivo. Passe depois para o
É fácil reparar estes bons momentos: pre-
mente, pelo já dito condenável odor exalado
assa-lo inteiro, no chamado fogo de chão,
Comece, então, servindo as costelinhas,
não hesite: vá direto a um bom vinho tinto. Ai a coisa pega de vez mesmo; e como... Bom apetite! 83
84
85
A técnica no Dorper
Sincronização do estro e IATF com protocolos de curta e de longa duração em ovelhas e borregas Dorper e White Dorper Fausto S. D’Angieri Zootecnista, Consultor em Agropecuária, Consultor Pfizer Ovinos. Manoel Claudio da Cunha Junior – Médico Veterinário CRMV/SP: 21.776, Dorper Campo Verde.
vários métodos disponíveis para este fim,
inseminação artificial em tempo fixo (IATF)
o efeito macho e o flushing alimentar,
com uso consagrado na espécie ovina a
mas o mais eficiente e indispensável na
décadas (MORAES et al., 2002).
IATF é a sincronização de estro, método que emprega a utilização de fármacos que
Atualmente vários são os protocolos de sin-
permitem o controle eficaz do momento da
cronização de cio disponíveis. Os protocolos
ovulação (BICUDO et al., 2003).
variam principalmente com base no tempo
nica eqüina (eCG) no momento da retirada
se destacando na ovinocultura mundial
(BICUDO et al., 2003).
do dispositivo, permite grande eficiência
produção está mais que comprovada e sua exploração já se concretizou em todo território nacional, sendo muito aceita e usada em rebanhos comerciais na produção de carne. Como forma de seleção e de aprimoramento dentro do melhoramento genético, de maneira geral são utilizadas técnicas de manejo e reprodução com intuito de multiplicar este material genético de ponta de forma mais rápida, segura e com resultado. Dentro de um programa de seleção genética, uma técnica muito utilizada nos rebanhos PO de Dorper e White Dorper é a Inseminação Artificial em Tempo
Podemos citar algumas vantagens da IA por laparoscopia (AISEN, 2008), como: melhoramento genético; maior difusão de machos superiores em programas de seleção e melhoramento; uso de machos jovens; incremento da pressão de seleção;
genético;
controle
de
enfermidades;
dos registros; utilização de machos com incapacidade copulatória não hereditárias;
de centenas de fêmeas por ano. Diversas
(MORAES et al., 2002). Deve-se levar em
com que as fêmeas ficam com o implante
das de maneira sistemática entre 48 e 55
e o manejo todo de sincronização é menor,
horas após a retirada dos dispositivos vagi-
podendo trazer facilidades, rapidez e benefí-
nais, constituindo assim em um sistema de
cios financeiros.
PROTOCOLOS UTILIZADOS PROTOCOLO CURTO DE 6 DIAS CIDR D 0D
1
D 2D
3
D 4D
5
D 6D
7
D8
7
D 8D
D 6 CEDO: RETIRADA CIDR: + 2,0 ml (10 mg) Lutalyse + 400 UI eCG
PROTOCOLO CURTO DE 9 DIAS CIDR D 0D
1
D 2D
3
D 4D
5
D 6D
9 D 10 D 11
consideração que a IA por laparoscopia D 9 CEDO: RETIRADA CIDR: + 2,0 ml (10 mg) Lutalyse + 400 UI eCG
exige requisitos mínimos de intensificação do manejo reprodutivo, como por exemplo, a adoção de técnicas de sincronização de cio, emprego de rufiões, manejo sanitário
PROTOCOLO LONGO DE 1 4 DIAS
adequado, manejo nutricional, etc.
técnicas de IA têm sido propostas na ovi-
Para que se obtenham resultados satisfató-
nocultura, porém a eficiência das manobras
rios em um programa de IA por laparoscopia
para transposição da cérvix tem sido incons-
é essencial a associação de técnicas de
tante e com taxas de prenhes inferiores aos
indução/sincronização do estro. Existem
86
inseminações por laparoscopia são realiza-
temporada.
para que haja retorno econômico adequado
rem espermatozóides para a inseminação
dos protocolos curtos é do menor tempo
reprodução sincronizada e/ou fora de
tempo pré-determinado.
a poucos machos selecionados produzi-
do momento ovulatório das ovelhas, e as
organização do manejo da propriedade e
copia exige um módulo mínimo do rebanho
de melhoramento genético animal, devido
positivo intravaginal. Uma grande vantagem
material genético; transporte do material
grupo de fêmeas sincronizadas em um
maior amplitude de resultado nos programas
9 e de até 6 dias de permanência do dis-
na manifestação do estro e agrupamento
res (teste de progênie); conservação do
A viabilização da técnica de IA por laparos-
minação artificial (IA) é a que proporciona
dias, e ainda temos os protocolos curtos de
identificação precoce de machos superio-
Fixo (IATF), que consiste em inseminar um
Entre as biotécnicas da reprodução, a inse-
14 dias, podendo ser feito também com 12
ciados a aplicação de gonadotrofina coriô-
da inseminação artificial por laparoscopia
qualidade com eficiência. No Brasil sua
mal. O mais clássico é o protocolo longo de
com progesterona natural ou sintética, asso-
As raças Dorper e White Dorper vem pela sua capacidade em produzir carne de
que o implante de progesterona fica no ani-
O uso de dispositivos vaginais impregnados
CIDR D 0D
1
D 2D
3
D 4D
5
D 6D
7
D 8D
9 D 10 D 11 D 12 D 13 D 14 D 15 D 16 D 14 CEDO: RETIRADA CIDR: + 400 UI eCG
87
???? Recentemente foi realizado um estudo na
borregas (D= 57; WD= 69) e 121 ovelhas
Dorper Campo Verde em Jarinu – SP, em
(D= 83; WD= 38). No momento de retirada
parceria com Departamento de Reprodução
do dispositivo foi administrado 400UI de
90%
Animal, FMVZ ,USP, Pirassununga - SP e
eCG (Folligon, Intervet, Brasil) e apenas
80%
a Pfizer Saúde Animal, onde foram compa-
nos grupos CIDR 6 e 9, 10mg de Dinoprost
rados 3 protocolos de sincronização para a
(Lutalyse, Pfizer, Brasil). Foram introduzidos
inseminação de borregas e ovelhas PO das
rufiões para estimulação sexual, sem anota-
60%
raças Dorper e White Dorper.
ção de manifestação de estro.
50%
O objetivo do trabalho foi comparar três
As inseminações foram feitas por via lapa-
40%
protocolos de sincronização do estro com
roscópica 48 horas após a retirada do CIDR
30%
diferentes tempos de priming e inseminação
com 0,4ml de sêmen fresco diluído em PBS
em tempo fixo, em 247 ovelhas puras das
(1:5) com concentração média de 150 x 106
20%
raças Dorper (D; n=140) e White Dorper
espermatozóides por corno uterino. Para que
(WD; n=107), utilizando o dispositivo Eazi-
o momento da IATF não sofresse variação
breed CIDR® (CIDR, Pfizer, Brasil). Cento
entre grupos, as inseminações do grupo CIDR
e sessenta e nove animais foram sincroni-
6 e metade do CIDR 14 foram realizadas três
zados em novembro de 2011 com protocolo
dias antes do grupo CIDR 9 e demais do
analisados por regressão logística (PROC
comparativamente as borregas (71,1 vs.
de 14 dias (CIDR 14), 39 com 9 dias (CIDR
CIDR 14, com tempo médio de inseminação
LOGISTIC do programa SAS 2010), com
66,7%; p=0,02).
9) e 39 com 6 dias (CIDR 6), dos quais 126
de 2,4 minutos por animal. Os dados foram
nível de significância de 5%. O modelo incluiu
Taxa de Gestação entre Raças e Ordem 78,30% 71,10%
70%
66,70% 57,90%
10% 0%
Ovelha Dorper
Borrega Dorper
os efeitos do tratamento na taxa de gestação
Taxa de Gestação entre os Protocolos
fertilidade por categoria animal (borregas vs.
100%
ovelhas) e entre raças (D vs WD).
90%
Apesar do maior número de animais em
79,49%
CIDR 14, não foi observado efeito da
80% 70%
(CIDR 14 vs. CIDR 6 vs. CIDR 9 dias), na
68,64%
66,67%
60%
duração do tratamento taxa de gestação
Borrega White
A alta taxa de fertilidade obtida nas borregas de 8 a 14 meses de idade (73,1%) permite indicar a IATF por via laparoscópica, visto a dificuldade de inseminação e menor resultado quando da inseminação de nulíparas por via vaginal. Comparativamente aos protocolos clássicos
(66,7% CIDR 6; 79,5% CIDR 9; 68,6
de 14 dias, ambos os protocolos de curta
CIDR 14; p=0,36).
duração resultaram em adequada taxa de
Não houve diferença de fertilidade à sincronização e IATF entre o total de ovelhas
50%
Ovelha White
(66,9%) e borregas (73,1%) tratadas
gestação, o que permite recomendá-los em programas de IATF com sêmen fresco por via laparoscópica em ovinos das raças Dorper e White Dorper, otimizando o uso de reprodu-
40%
(p=0,76) e entre raças (D= 69,3%; WD=
30%
de 70% (173/247). Para a raça White
Em adição, os protocolos curtos favorecem
Dorper, a taxa de gestação de borregas foi
o manejo reprodutivo do rebanho, pois redu-
superior a das ovelhas (78,3 vs. 57,9%;
zem de 30 (CIDR 14) para 15 dias o tempo
p=0,02) e na Dorper favoreceu as ovelhas
de preparo e manejo do rebanho.
71,1%), com taxa de gestação média
20% 10% 0% Proticolo Curto 6 dias
88
Protocolo Curto 9 dias
Protocolo Longo 14 dias
tores de elevado mérito genético do rebanho.
Bicudo, S.D.; Sousa, D.B.; Takada, L., Possibilidades e limitações da inseminação com sêmen ovino refrigerado. Rev. Bras. de Reprodução Animal. v.27, p.120-127, 2003. Moraes, J.C.F.; Souza, C.J.H.; Gonçalves, P.B.D. Controle do estro e da ovulação em bovinos e ovinos. Biotecnias aplicadas à reprodução animal. Varela, São Paulo, 2002, p.25-55. Aisen, E.G., Reprodução ovina e caprina. Medvet, São Paulo, 2008, 1ºed., p.101-113 D’Angieri, F.S.; Cunha Junior, M.C., Maturana Filho, M.; Traldi, A.S. Short and long protocols for estrous synchronization and timed-AI in Dorper and White Dorper ewes.17th International Congress on Animal Reproduction ICAR 2012, Vancouver, Canada. Em vias de publicação.
89
90
91
White Dorper – Nacional 2011 Salvador/BA
Ajudando a fazer Campeões Dorper – Nacional 2011 Salvador/BA Grande Campeã Interlagos Realeza TE 654 Expositor Cabanha Interlagos TE Embrião Importado da Australia por
Grande Campeão Interlagos Baily TE 535 Expositor Cabanha Interlagos TE
Grande Campeão Interlagos TE Ravi 324 Expositor Cabanha Interlagos TE
Grande Campeã Dorper Campo Verde TE 1684 Expositor Mario A. de Castro TE
Res. Grande Campeã Interlagos Sugar IA 866 Expositor Jamer e Jaqueline Marques uess Sêmen Importado da Australia por
Res. Grande Campeão Dorper Campo Verde TE 1513 Expositor Dorper Campo Verde TE
Re Grande Campeã Interlagos Sadie TE 811 Res. Exp Expositor Cabanha Interlagos Em Embrião Sul-africa e Inovulado
(19) 3876-3367 / 9207-7917 / 9207-7934 92
Res. Grande Campeão Dorper Campo Verde TE 2195 Expositor Mario A. de Castro TE
www.sergionadal.vet.br sergionadal@ sergionadal.vet.br 93
Os registros Genealógicos
Os principais cuidados com os registros dos animais Dorper e White Dorper no Brasil Eng. Agr. Giancarlo Antoni Inspetor Técnico ARCO-ASPACO giancarloantoni@ig.com.br / (11) 9868-5965
O registro genealógico dos ovinos no Brasil é realizado através dos Inspetores Técnicos, (Eng. Agrônomo, Veterinário ou Zootecnista), credenciados pela Associação
artificial (IA), transferência de embriões (TE) e ou fertilização in vitro (FIV), todos os sistemas deverão ser informados a ARCO antes do nascimento dos cordeiros(as).
Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO),
Nos casos de IA, TE e FIV, e necessária que
entidade responsável por este serviço desde
a declaração seja realizada por um médico
1942, localizada na cidade de Bagé-RS,
veterinário responsável pelo procedimento,
Outro ponto importante é com relação à
homologada pelo Ministério da Agricultura
em formulário específico devidamente pre-
identificação dos cordeiros (as), é que eles
Pecuária e Abastecimento (MAPA).
enchido, carimbado, datado e assinado.
sejam inspecionados ao pé das mães antes
Vamos dar ênfase nos animais Puros de
Assim que os cordeiros (as) começarem a
Origem (P.O.), porque estes representam
nascer, a identificação dos mesmos, (sejam
Variando normalmente de 30 a 90 dias de
maior interesse econômico no momento.
de MN, IA ou ainda oriundas de receptoras
idade.
A sistemática do Registro Genealógico Ovino Brasileiro é idêntica para todas as raças reconhecidas pelo Registro Genealógico dos Ovinos (R.G.O.), portanto as Raças Dorper & White Dorper são submetidas ao mesmo
utilizadas na TE ou FIV), deverão ser precisas com relação a data do nascimento e identificação da respectiva mãe, para evitar-mos erros nas informações, mesmo porque, no momento da inspeção ao pé da
de pelo menos 01 (um) produto.
OBS: todos estes formulários poderão ser
do desmame.
Todos os documentos deverão ser claramente preenchidos e enviados para ARCO respeitando os prazos pré-determinados abaixo:
dias após o término do período de
Em relação ao padrão racial das Raças
para teste de parentesco, nos percentuais
Cobertura; (período Maximo de cober-
Dorper & White Dorper, a ARCO adotou o
exigidos pelo MAPA de 3% para MN, 10%
tura 90 dias)
padrão original sul-africano, que foi estabe-
para IA e 100% nos casos de TE ou FIV.
lecido desde a sua formação na África do
Material este que deverá ser encaminhado
Sul (pais berço das duas raças).
para os laboratórios credenciados no MAPA
zootécnica do rebanho, que deve ser realizada pelo criador, com responsabilidade e segurança. As coletas de informações verdadeiras são uma obrigação indiscutível do criador.
a comprovação do parentesco, os borregos (as) acima de oito meses, perfeitamente notificados, enquadrados no padrão racial, livres de defeitos físicos, filhos (as) de carneiros e ovelhas já confirmadas, poderão também obter a confirmação definitiva.
Independentemente do sistema de reprodução ser: monta natural (MN), inseminação 94
OBS: Não haverá inspeção ao pe da mãe sem que haja coleta de amostra para DNA
para as tatuagens nos animais são:
do rebanho: orelha esquerda; -código de rebanho (numero seguido de uma letra): orelha direita; -símbolo ARCO (que caracteriza animais P.O.s): virilha esquerda por ocasião da inspeção ao pe da mãe; ou na
genético (pelo, sangue, sêmen, etc...),
Tudo começa por uma boa escrituração
a data de postagem no correio!
- numero da identificação seqüencial dentro
• Notificação de Cobertura: até 30(trinta)
e reconhecidos pela ARCO. Somente após
nos.com.br, será considerada como envio,
Os locais pré-determinados pela ARCO,
mãe, devemos realizar a coleta de material
regulamento.
obtidos pelo site da ARCO – www.arcoovi-
orelha direita abaixo do código de rebanho, por ocasião da confirmação definitiva. Por ocasião da comercialização dos animais, existem autorizações específicas para cada
- Notificação de Nascimento: até 05(cinco)
caso, seja: Provisória, Definitiva ou em
meses após a data do último Nascimento;
Comodato (que deverá estar especificada a
(período Maximo até 210 dias a partir
data de inicio e término), como também em
do primeiro nascimento) -Transplante
casos do empréstimo de reprodutores.
de Embriões, Fertilização in Vitro,
se solicitada e sendo autorizada pela
Em caso de duvida ou maiores esclarecimentos recorrer a Superintendência do Serviço do Registro Genealógico dos Ovinos – ARCO via telefone: (53) 3242-8422 – 3242-6130 ou pelo site www.arcoovinos.com.br – email: arco@
Superintendência do S.R.G.O. – ARCO.
arcoovinos.com.br
Inseminação artificial: até 30(trinta) dias após a realização do procedimento. • Confirmação definitiva: de 08 até 36 meses de idade ou acima
somente
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Diretoria
NĂşcleos
YAL SHEEP FA RM E RO OF TH
Ovinocultura um mercado em expans達o.
Fr a ncisco
XIQ UE - XI Q U E
Rio S 達o
B A H IA
BR A Z I L
Xique-Xique
BAHIA Salvador