Colunas do caráter cristão - Mansidão

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Auto-controle & Mansid達o

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Copyright © Josué Gonçalves Supervisão: J. G. da Silva Revisão e Correção: Aline Campos Capa & Editoração: Douglas Maia Primeira Edição/ Dezembro de 2008 Todos os direitos reservados pelo autor. É proibida a reprodução parcial ou total sem permissão escrita do autor. Editora Mensagem Para Todos Ltda. Rua Outono, 126 – V. Bernadete Bragança Pta – SP – Cep 12900-000 Tel. (0XX11) 4033-6636 Loja Virtual: www.familiaegraca.com.br e-mail: familiaj@uol.com.br

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Ao Pastor amigo Paulo Lima, pela parceria com o nosso ministĂŠrio.

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Sobre o Autor

Josué Gonçalves é terapeuta familiar, pastor e

presidente do Min. Família Debaixo da Graça, em Bragança Pta - SP, onde mora com a esposa Rousemary, e os três fi­ lhos Letícia, Douglas e Pedro. O pastor Josué é membro da CGADB – Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil e da AEVB – Associação Evangélica Brasileira. É conferencista internacional, tendo ministrado em todo o Brasil e em países como Japão, EUA, Canadá, Inglaterra, Luxemburgo, Itália, Alemanha, Irlanda do Sul e Portugal. Possui várias obras publicadas na área familiar e de liderança.

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Índice

a conquista de sí mesmo “Aquele que é escravo de suas paixões e instintos, nega, de fato a sua liberdade”.

introdução.......................................14 01 Sansão, um homem forte e ao mesmo tempo fraco................................15 02 O que envolve domínio próprio............17 03 Porque Sansão não conquistou a si mesmo................................................22 04 Desenvolvendo e exercitando o auto-controle............................................23 Conclusão.................................................26

mansidão “Osmansossabemcolocarinteligêncianas suas emoções”.

introdução.............................................30 01 A importância do auto-exame...............31 02 Colocando inteligência nas emoções.............................................34 03 Como desenvolver a mansidão..............41 Conclusão.................................................42 9


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Prefácio De todos as virtudes do fruto do Espírito, as duas que mais tem ocupado meu tempo de estudo, nestes últimos meses, são: “O Domínio Próprio e Mansidão”. Jesus deu tanta importância a estas virtudesdocaráter,quedisse:“...aprendeidemim,que sou manso...” (Mt 11.28). Aprender sobre auto-controle e mansidão é crescer como ovelha do Sumo Pastor para viver com sabedoria entre os “lobos”. Com razão disse Júlio Schavantes, “Nenhum homem é verdadeiramente livre se não é capaz de dominar a si mesmo”. Uma das principais virtudes dos homens bem sucedidos é o domínio de si mesmo. Um líder não exercerá bem sua função liderando pessoas, se não liderar primeiro a si mesmo. O apóstolo Paulo, um dos cristãos mais bem sucedidos na sua missão, insistiu em suas car11


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tas sobre a importância desta virtude para viver conforme o que Deus planejou. É por esta razão que eu sempre afirmo: “Não basta o homem ter talento, é preciso caráter”. Ao estudarmos sobre estas virtudes, compreendemos que tudo fica mais fácil quando permitimos que o Espírito Santo assuma o controle da nossa natureza. Quando isto acontece, a pessoa se torna um ser humano melhor, como marido, esposa, filho, genro, nora, sogra (o), líder, amigo, e irmão. A verdade é que depois que alcançamos esta compreensão, passamos a reproduzir a vida de Cristo em tudo o que fazemos. O que faltou para Sansão começar e terminar bem? Lembre-se, qualquer pessoa que deseja começar e terminar bem, em qualquer área da vida, precisa aprender, sobre: “a conquista de si mesmo e mansidão”, seja dentro ou fora dos portões da igreja. Neste livro vamos aprender com os erros de Sansão, um homem que poderia terminar sua história de outra forma. As pessoas inteligentes aprendem com os próprios erros, as sábias, aprendem com os erros dos outros. Depois de você, meditar neste texto, não se esqueça que esta luta para dominar a si mesmo só vai terminar quando o nosso corpo mortal se re­ vestir de imortalidade. 12


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Minha esperança é que você seja enriquecido com esta mensagem e cresça como discípulo de Cristo. Este é o propósito final desta série de livretos sobre “colunas do caráter”.

Josué Gonçalves Novembro de 2008 Bragança Pta, SP

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A conquista de si mesmo

“Aquele que é escravo de suas paixões e instintos,nega,defatoasualiberdade”. (Júlio Schwantes)

2 Pedro 1.5-8

5-Porissomesmovós,empregandotodaadiligência, acrescentaiàvossaféabondade,eàbondadeoconhecimento, 6 - e ao conhecimento o domínio próprio, e ao domíniopróprioaperseverança,eàperseverançaa piedade, 7-eàpiedadeafraternidade,eàfraternidadeoamor. 8-Poisseemvóshouverestascoisasemabundância, nãovosdeixarãoociososneminfrutíferosnoplenoconhe­ cimentodenossoSenhorJesusCristo.(Grifodoautor.)

Gálatas 5.22, 23

22-MasofrutodoEspíritoé:amor,gozo,paz,longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 - mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei (Grifo do autor). 15


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introdução

“Comocidadederribada,quenãotemmuros, assimohomemquenãotemdomíniopróprio” (Pv 25.28).

Autocontrole no grego é “egkrateia”. Na passagem de 1 Coríntios 7.9 essa palavra é usada em relação ao controle do impulso sexual; mas, em 1 Coríntios 9.25, refere-se a toda forma de autocontrole e autodisciplina que um atleta precisa exercer para ser bem-sucedido em suas tentativas de obter a coroa da vitória. É provável que Paulo utilize esta palavra para listar as virtudes do fruto do Espírito (Gl 5.22, 23), porque nos versículos anteriores (v. 19-21), ele listou as obras da carne que se manifestam quando não há domínio próprio. Aristóteles usou a mesma palavra para designara“capacidadedeseconterodesejopormeioda razão...deserresolutoedispostoasuportaracarência natural e a dor”. Os filósofos estóicos percebiam claramente a verdade expressa por essa virtude do domínio próprio. Eles procuravam fazer com que a razão dominasse a vida inteira, controlando as paixões e firmando a alma. Tomás de Kempis, umsantohomem,disse:“nenhumconflitoétãosevero como o daquele que luta para dominar o eu”. Todo cristão precisa saber que o domínio próprio é uma conquista diária, em que as pequenas vitórias de hoje preparam as grandes vitórias de amanhã. (1 Co 9.24-27). O apóstolo Paulo co16


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loca o “domínio próprio” como uma das virtudes do fruto do Espírito que precisa ser desenvolvida no crente (Gl 5.22). O autocontrole é o desafio de cada dia. Não importa o nível de maturidade do cristão, esta é uma batalha que vai durar até o dia do arrebatamento da igreja ou da partida de cada um para estar com o Senhor. Esta é a luta da qual a Bíblia fala: “... o que a nossa natureza humanadesejaécontraoqueoEspíritoquer,eoqueo Espíritoquerécontraoqueanaturezahumanadeseja. Osdoissãoinimigos,eporissovocêsnãopodemfazero que querem” (Gl 5.17, 18 - BLH).

sansão, um homem forte e ao mesmo tempo fraco (Jz 14 – 16).

São de S. Júlio Schwantes as palavras: “Aquelequeéescravodesuaspaixõeseinstintos,nega, defatoasualiberdade.Nãoélivrenemdefatoenemde direito.Submetendo-seaodomíniodanaturezainferior, abdicaasuarealezaesuafiliaçãodivina”.Sansãotinha tudo para começar e terminar bem a sua história, mas não foi assim. A história de Sansão deve levar o crente a refletir sobre como está agindo e reagindo em sua luta contra as concupiscências da carne. À semelhança de Sansão, toda pessoa tem áreas vulneráveis ao pecado. É por isso que o autocontrole é uma virtude que não pode faltar no caráter do cristão. Sansão não levou isso a sério. 17


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Nenhum outro homem na Bíblia se compara a Sansão quando se trata de força física extraordinária. Debaixo da unção divina, ele realizou sete impressionantes proezas:

1.1 Estrangulou um leão sem usar ne­nhum tipo de arma (Jz 14.6). 1.2 Massacrou trinta homens em Asquelão (Jz 14.19). 1.3 Com trezentas raposas ele queimou os campos dos filisteus (Jz 15.4). 1.4 Pela segunda vez massacrou os filisteus. 1.5 Com uma queixada ele matou mil homens (Jz 15.15). 1.6 Removeu os portões de Gaza (Jz 16.3). 1.7­ Por fim, derrubou o templo de Dagom (Jz 16.23-31).

Apesar destas proezas, Sansão foi derrotado pelos inimigos e reduzido a escravo nas mãos dos filisteus, tudo porque não foi capaz de conquistar a si mesmo. O fracasso de Sansão nos ensina que “uma fraqueza que o homem não domina, logo será a causa da sua própria destrui­ ção”. Um dos homens que desenvolveu esta qualidade em seu caráter foi o apóstolo Paulo. Ciente de que o autocontrole seria o segredo da 18


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sua vitória sobre a velha natureza, preferiu esmurrar o seu corpo, reduzindo-o a escravidão para que, pregando aos outros, não viesse a ser desqualificado (1 Co 9.27). Se Sansão tivesse feito o mesmo, sua história teria outro final. Aprendemos com os erros de Sansão algumas lições: 1) Aqueles que não se sujeitam a disciplina própria, serão disciplinados pelas circunstâncias da vida; 2) As pessoas que são escravas de suas paixões, correm o risco de morrerem como escravas; 3) Cada pessoa lavra os termos da sua própria sentença. O destino do homem é o resultado das escolhas que ele faz; 4) Quem nunca cai em si, um dia cairá nas mãos do ini­ migo; 5) Quem brinca em se deixar amarrar, um dia poderá ficar amarrado para sempre.

o que envolve o domínio próprio

O domínio próprio não está relacionado apenas ao instinto sexual, mas sim em muitas ou­ tras áreas na vida do cristão. Dentre as áreas a se­ rem dominadas, consideraremos apenas quatro: 2.1 o domínio do apetite (Gl 5.21). “Glutonaria”. Originalmente, esta palavra indicava, no grego, um cortejo festivo, em honra ao Deus pagão do vinho, Dionísio. Era uma refeição, um banquete festivo; mas com freqüência, seus par19


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ticipantes perdiam o domínio próprio e tudo se transformava em ocasião de “glutonaria” e “orgia”, sendo possível que a lista de vícios preparada por Paulo, queria levar-nos a compreender ambos os sentidos da Palavra. Dentro do nosso contexto, nos dias atuais, aqueles que perdem o controle e comem exageradamente, estão praticando as obras da carne. Não seria exagero afirmar que, na maioria das vezes, a obesidade é um problema espiritual. Quando uma pessoa come além do necessário está praticando a glutonaria e destruindo o templo do Espírito Santo, que é o seu corpo (1 Co 6.19). Se os cristãos que sofrem com problemas de obesidade levassem a sério esta virtude do fruto do Espírito, não seria necessário fazer cirur­ gia do estômago; tomar remédios para inibir o apetite. A menos que a obesidade seja resultado de um problema glandular ou genético. Há um pensamentoquediz:“Osglutõescavamaprópriasepultura com os dentes”. Conheço um homem cristão que morreu literalmente por comer em excesso. Na verdade, o número de pessoas que estão morrendo por este mesmo motivo é preocupante. Que o Se­ nhor ministre ao coração das pessoas esta verdade liber­tadora.

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