Os dois barcos

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OS DOIS BARCOS

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JOSÉ GABRIEL BLOISE DE MEIRA


OS DOIS BARCOS

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Revisão

Valéria Marques

Impressão e Acabamento

Gráfica Betânia

Copyright (c) 2010 José Gabriel B. de Meira Todos os direitos reservados a

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José Gabriel Bloise de Meira

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José Gabriel Bloise de Meira (2010) Os dois barcos Religioso /José Gabriel B. de Meira Editora Mensagem Para Todos, 2010


Agradeço a Deus em primeiro lugar; tambÊm à minha esposa, milhas filhas e todos aqueles que apoiaram este trabalho.


O autor

José Gabriel Bloise de Meira é obrei­ ro credenciado (Presbítero) da 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular de Itapetininga. Pos­ sui pós-graduação em Teologia pelo Seminário Presbiteriano de Campinas. Também é médico oftalmologista e funcionário público federal. Casado com Carmen Lúcia, pai de duas filhas: Lúcia Helena e Lia Vitória.


Índice

Prefácio, 8 1. Tudo começa com a Fé, 11 2. Águas que descem dos montes, 17 3. Não há mais esperança, 21 4. Jesus quer entrar no seu barco, 27 5. Jesus convida a entrar nas águas, 31 6. Conselhos de quem tem experiência, 35 7. Um mergulho nas águas do Espírito, 39 8. Obediência, 43 9. Dois barcos, 47 10. Diante da santidade de Deus, 51 11. Seguir a Jesus, 55


Prefácio

Sinto-me honrado em comentar sobre o tema “Os Dois Barcos” pois aprendi muito ou­ vindo esta mensagem, que a partir de agora es­ tará à disposição de todos. Assuntos referentes a fé, esperança e os importantes conselhos do Senhor Jesus irão trazer crescimento e amadu­ recimento à vida espiritual. Este material escrito certamente nos abençoará ricamente. Que você tenha uma boa leitura! Revº. José Jorge de Lima Pastor da 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular de Itapetininga, Superintendente da Região 580, Primeiro Secretário do Conselho Estadual da IEQ de São Paulo.

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Lucas 5:1-11

“Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: Fazete ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. OS DOIS BARCOS

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Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique. Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. Pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros, bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram.”

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Tudo começa com a fé

“Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus...” Os antigos diziam que “Deus ajuda quem cedo madruga”. Eles estavam certos. Davi acor­ dou cedo no dia em que venceu o gigante Golias (I Samuel 17:20). Gideão levantou-se de madru­ gada quando, com apenas trezentos homens, venceu os midianitas (Juízes 7:1). Mas talvez o maior exemplo de alguém que foi abençoado por acordar cedo tenha sido o de Maria Madalena: OS DOIS BARCOS

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ela poderia ter ficado em casa, dormindo, pois havia uma grande pedra no túmulo de Jesus que ela não poderia remover sozinha; mas mesmo diante dessa dificuldade ela acreditou, levantouse bem cedo e foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado (João 20:1). Alguns até dizem que Jesus apareceu primeiro para uma mulher, logo após sua ressurreição, porque Ele queria que a notícia corresse bem rápida... Mas isso já é outra história. O texto que vamos abordar neste livro está no início do capítulo 5 do Evangelho de Lucas e começa com uma multidão que buscou a Jesus logo pela manhã para ouvir a Palavra de Deus. Esta citação nos faz lembrar das pessoas que acordam cedo para ir à Igreja, principalmente aos domingos. Certamente que os fiéis que vão à Escola Bíblica Dominical para ouvir a Palavra de Deus são pessoas abençoadas. Já temos aqui uma grande lição para nossa vida prática: quem fica em casa dormindo pode perder grandes bên­ çãos. Esta pesca milagrosa começou com muita disposição, ânimo, coragem e principalmente:

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muita fé e perseverança daqueles que buscaram a Jesus no meio da multidão. Cristo disse que “o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mateus 11:12). A simbologia do levantar cedo mostra que não podemos ficar acomoda­ dos. Precisamos ter mais iniciativa e buscarmos o reino de Deus de forma persistente, como fez essa multidão, a ponto de “apertar” a Jesus, com sede de ouvir Suas Palavras. O período de quinhentos anos entre o An­ tigo e o Novo Testamento é chamado período de silêncio da Bíblia. Durante cinco séculos não houve profeta em Israel. Entre o livro de Mala­ quias e os Evangelhos temos centenas de anos sem grandes manifestações sobrenaturais. É cer­ to que na Bíblia católica romana existe o livro de Macabeus, mas ele não é considerado canônico pois o autor, no final de seus escritos, pede des­ culpas por algum erro que possa ter cometido, considerando que sua obra pode ter ficado im­ perfeita ou até medíocre (II Macabeus 15:38). Ora, se Deus inspirou o autor do livro, então ele

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não deve pedir desculpas por supostos erros. Por esse e outros motivos não temos nenhum livro na Bíblia escrito nesse chamado período de silêncio. Mas após tantos anos sem um grande profeta em Israel, o evangelista Lucas (que é quem narra melhor os fatos que precedem o nascimento de Cristo) nos conta que o sacerdote Zacarias entrou no santo dos santos, como fazia uma vez ao ano, e o povo que aguardava fora do santuário permanecia orando (Lucas 1:10). É de se admirar que, mesmo após vários séculos sem grandes milagres, ainda havia pessoas que acreditavam em algo sobrenatural. Isso é fé. É a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem (Hebreus 11:1). Quando Deus falou com Moisés do meio da sarça ardente, o Senhor disse: “Certamente vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor” (Êxodo 3:7). Mesmo após muitos anos de escravidão, havia pessoas que acredita­ vam em Deus e clamavam pelo socorro divino. Isso é fé. Assim como o resgate do povo do Egito aconteceu em resposta a um clamor, da mesma

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forma a vinda de João Batista, precursor de Jesus Cristo, ocorreu quando ainda existiam pessoas que acreditavam. A pesca milagrosa não foi diferente, e teve seu inicio justamente com pessoas que buscavam o Messias. Jesus já tinha feito alguns milagres, mas ainda não era tão conhecido. A região de Israel é pequena, hoje percorrida facilmente de carro, mas na época a dificuldade de locomoção era grande, inclusive pelo clima desértico. Mesmo Jesus estando no início de seu ministério já havia uma multidão que acreditava e buscava. Foram estes fiéis, esforçados, que presenciaram a pesca milagrosa. Quem ficou em casa dormindo dei­ xou de ver fatos extraordinários.

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