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2017.NOV.#01
TOP 10 ROCK
Nostalgia pura no top top
Janis Joplin Little Girl Blue Especial
MOTHER LOVE BONE
Na foto: Andrew Wood
Resenha
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fender.com
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SUMÁRIO
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JANIS LITTLE GIRL BLUE
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MOTHER LOVE BONE O BERÇO DO GRUNGE
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EDITORIAL Essa revista juntou dois mundos, a comunicação e a música. Ambas são paixões dos editores e idealizadores do projeto. O mundo do rock em si é um gosto em comum da dupla criativa, que resolveu inserir com muito carinho nesta edição, grandes ícones da história desse estilo musical, como a rainha do Rock’n Roll, Janis Joplin e uma das precursoras do grunge, Mother Love Bone.
A revista traz uma resenha do documentário Little Girl Blue, cuidadosamente analisado pela nossa editora, Janis Alcântara. O filme dirigido por Amy Berg foi um dos conteúdos mais bem detalhados sobre a rainha do rock que mudou a música de maneira intensa e apaixonada na década de 60. Douglas Diniz traz quase que um dossiê da banda americana Mother Love Bone, banda que foi um prenúncio do que seria a cena de seattle alguns anos depois. O conjunto que não atingiu a fama que merecia, foi uma das principais influências do que viria a ser o futuro da música. Trazemos também nesta edição, o TOP 10 ROCK, as músicas mais tocadas na parada britânica. Parada, que é uma das mais difíceis de penetrar, não à toa, os maiores nomes do rock mundial vieram dela (Led Zeppelin, Black Sabbath, Beatles…). Os ouvidos dos súditos da rainha estão bem nostálgicos nesses dias, não só devido a alguns filmes em cartaz, mas também por causa de saudades que alguns ídolos nos deixaram. Esperamos que curtam e aproveitem essa edição que fizemos com tanto carinho!!! For Those About To Rock, We Salute You… Redação
Douglas Diniz Editor
Janis Alcântara Editora
Carina Nascimento Revisão
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JANIS LITTLE GIRL BLUE by Janis Alcântara
Dir. Amy Berg 2015
Em julho de 2016 foi lançado um documentário sobre a trajetória de um ícone da música mundial, a rainha do Rock, Janis Joplin. O documentário explora a dificuldade da artista na infância e adolescência para crescer em uma sociedade conservadora e racista do interior do Texas (Port Arthur), que exigia um comportamento padrão das meninas. O título já diz: “Pequena Garota Triste”. Joplin era uma mulher complexa
que combinava doçura e rebeldia, força e vulnerabilidade, independência e carência, além de inúmeras outras contradições aparentes que a tornavam tão fascinante. O filme lembra momentos marcantes, como a formação da banda Big Brother and the Holding Company, a viagem pelo Brasil e o vai e vem com as drogas. Repleto de “figurações” célebres, Little Girl Blue é enriquecido ainda pelo que
JANIS: LITLLE GIRL BLUE expõe sobre a admiração de Janis por Bob Dylan e sobre sua relação com o Grateful Dead, além de incluir vislumbres de ícones como Jimi Hendrix (sim, também falecido aos 27), The Who e de eventos que viriam a atingir status míticos, como Woodstock e a tour no Canadá feita a bordo de um trem que carregava Joplin, o Grateful Dead, The Band e outros. A história da garota branca com voz feroz, com soul, que invadiu a cena musical dominada pelos homens, contada por Amy J. Berg
5 tem relatos de familiares e amigos da cantora que a acompanharam lutando contra seus demônios interiores e vícios, e que em apenas poucos anos e carreira marcou para sempre a história do rock and roll. Janis ficou eternizada na música como uma lenda dos anos 60 e agora podemos sempre rever seus momentos com o trabalho de Amy J. Berg que está no catálogo da Netflix.
Janis: Little Girl Blue 2015 | EUA | 1h 43m Dir. Amy Berg Biografia | Documentário Zeta Filmes (Brasil)
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Coluna Musical
MOTHER LOVE BONE O BERÇO DO GRUNGE
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MOTHER LOVE BONE O BERÇO DO GRUNGE by Douglas Diniz
1988-1990 Andrew Wood † Bruce Fairweather Greg Gilmore Jeff Ament Stone Gossard
Desconhecido do grande público, Mother Love Bone foi um dos grandes expoentes da prolifera cena de Settle, o Grunge. Movimento que trouxe ao mundo bandas como Soundgarden, Pearl Jam, Mudhoney e os senhores do planeta, Nirvana. A morte de Kurt Cobain não foi à primeira perda do movimento, Andrew Wood havia morrido em Março de 1990 decorrida de uma overdose de heroína. Vício que tentou tratar numa reabilitação de um
mês e depois de ter passado 116 dias limpo, não aguentou a abstinência. Wood morreu a apenas alguns dias do lançamento do primeiro LP da banda. A BANDA Os guitarristas Bruce Fairweathe e Stone Gossard e o baixista Jeff Ament se uniram ao baterista Greg Gilmore e ao vocal de Wood para formar a banda. Fairweathe, Gossard e Ament já vinham de uma banda chamada Green River, banda de um único
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disco que ditou o estilo do movimento e as espontaneidades das apresentações. Wood nasceu em Columbus (Mississipi – EUA), onde formou sua primeira banda, os Malfunkshun, tendo como principal influencia o Kiss e os trejeitos do Glam Rock. Se tornou popular pela instabilidade no palco, protagonizando momentos como parar o concerto para comer uma tigela de cereais. Não houve mais que a gravação de algumas maquetas que foram compiladas numa coletânea após a morte de Andrew. A banda (Malfunkshun) se desmanchou após uma Jam com Ament e Gossard – que tinham acabado de sair do Green River. Em 1998, a produtora Stardog/Mercury Records fecha contrato com a já formada Mother Love Bone e lançam o EP “Shine”. No mesmo ano, a banda entrava em estúdio para a gravação do álbum “Apple”, o único registro de estúdio da conjunto. ANDREW WOOD Wood era uma figura andrógena e carismática. Seu desempenho em palco era marcante, sempre representando o rock and roll no seu mais alto nível
de espontaneidade e loucura. Atitude que definiu o grunge, podendo perceber a influência em bandas remanescentes até hoje, como o Foo Fighters e Pearl Jam. Ele (Andrew) era a personificação do movimento, foi a fonte de expiração para todos que queriam arrebentar no palco. Um “hippie da era moderna” como seus amigos descreviam, sempre pregava a paz e o amor, mas ainda era um fiel representante do sexo, drogas e rock and roll. O ÁLBUM A história do Mother Love Bone era pra ter sido bem diferente. O álbum estava previsto para sair em Março de 1990, por causa da morte de Wood, foi adiado alguns meses, foi lançado apenas em Julho. Perdendo a ansiedade dos fãs que esperavam algo tão igual ou melhor que o EP “Shine”. A obra não consegui chegar nem à Billboard 200. O álbum trás influencias do hard rock como LED ZEPPELIN e o carisma do glam rock. Foi uma o embrião do grunge.
Apple (1990) Mother Love Bone Stardog/Mercury Records 57:59m Prod. Terry Date
Andrew Wood
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As faixas This Is Shangrila, Stardog Champion e Stargazer são as que mais se destacam no LP. Quando lançado, Gossard e Ament já estavam trabalhando num projeto próprio que viria a se tornar Ten (1991), álbum de estréia da banda Pearl Jam, que se tornara um dos maiores sucessos da época. A banda que era a promessa do sucesso em Seattle se esfacelou com a morte de Wood. Alguns de seu circulo social ainda carregam a estigma da morte do companheira. A figura de Andrew foi essencial para o nascimento do movimento grunge, não só pelas capacidades musicais, mas também pela espontaneidade nos palcos, carisma e a poder de transformar o que sente em ondas sonoras. Onda que diziam o que os jovens da época não sabiam falar. TEMPLE OF THE DOG Chris Cornell (1964 – 2017), vocalista do Soundgarden, colega de quarto e principal laço de Wood, quis manter a memória do amigo viva. Cornell se uniu a Gossard, Ament, Mike McCready, Matt Cameron e um jovem que acabava por entrar na cena chamado Eddie Vedder para formar o Temple of The Dog (nome tirado da música de Wood, Man of Golden Words).
HELLO, FUTURE.. A banda consequentemente acabou após a morte de Wood, que era o espírito do grupo. Bruce Fairweathe não emplacou nada após o fim do conjunto. Jeff Ament, Stone Gossard formaram o Pearl Jam com Eddie Vedder e Dave Krusen (que saiu após a mixagem de Ten para entrar numa clinica de reabilitação) e estão muito bem, obrigado! Greg Gilmore foi peça importante para a formação do novo ícone do grunge, mas também não emplacou nada.
Mother Love Bone pode não ter o devido reconhecimento do público, mas sua influência na cena underground do qual surgiu o “ultimo grande movimento do rock” foi essencialmente importante. O grunge poderia ter existido sem eles, mas com certeza demoraria mais décadas para nascer e talvez não representasse a legião de jovens angustiados do período.
O projeto só adquiriu devido reconhecimento quando o álbum Ten (1991) do Pearl Jam atingiu o sucesso internacional. O Temple of The Dog (1991), lançado pela produtora A&M Records traz alguns hits, como o dueto de Cornell com Vedder em Hunger Strike e também a Say Hello to Heaven que ficou na cabeça dos jovens da época por um bom tempo e até hoje, é passível de arrancar algumas lágrimas.
There’s just one thing left to be said Say hello to heaven Temple of the Dog - Say Hello to Heaven
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Cry for me and rub it in Cry for the savior and the prophet’s son Dream of me and Julie Ann Mother Love Bone - Stargazer
Temple of the Dog (1991) Temple of the Dog A&M Records 54:59m Prod. Rick Parashar
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TOP 10 ROCK
As mais tocadas na celebre parada britânica, de acordo com a UK Top Rock Singles Chart, da The Official Chats. Essa semana, as coisas andam bem nostalgicas, tem Red Hot Chili Peppers, Linkin Park e os donos do Hard Rock: Led Zeppelin. Saca só....
1 Led Zeppelin “Immigrant Song”
1 IMMIGRANT SONG Led Zeppelin
A música foi um dos poucos singles lançados pela banda britanica. Graças a pressão da gravadora - a Antlatic Records, o compacto foi lançado em 5 de outubro de 1970 e chegou em #16 na parada americana e uma das mais famosas do grupo. Umas das poucas a serem autorizadas em filmes, a trilha participou de School Of Rock (Richard Linklater, 2003) e graças a inclução em Thor: Ragnarok (Taika Waititi) agora em 2017, volta a parada da coroa em #1.
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#2. Can’t Stop
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Red Hot Chili Peppers (By the Way)
#3. Iris
Linkin Park “Numb”
Goo Goo Dolls (Dizzy Up the Girl)
#4. Numb
Linkin Park (Meteora)
#5. Sweet Child O’ Mine
Guns N’ Roses (Appetite for Destruction)
#6. Don’t Stop Me Now Queen (Jazz)
#7. Bohemian Rhapsody
Queen (A Night at the Opera)
#8. Back In Black
AC/DC (Back In Black)
#9. The Sky Is A Neighborhood Foo Fighters (Concrete And Gold)
#10. Livin’ On A Prayer
Infelizmente, após a morte do vocalista Chester Bennington, o Linkin Park alcançou a #4 posição mesmo após alguns meses do acontecimento. Numb foi lançada em 2003, no álbum Meteora, um dos mais bem sucedidos da banda, que ainda não tem um destino claro
Bon Jovi (Slippery When Wet)
9 Foo Fighters “The Sky Is A Neighborhood”
Concrete and Gold, do Foo Fighters saiu em Setembro desse ano e agradou não só a critíca, como seu publico. Com a produção de Greg Kurstin, que vem do pop, o recente trabalho traz uma pegada de rock clássico e apresenta Rami Jaffee como tecladista. O projeto ainda traz Sir Paul McCartney e Dave Koz como participações especiais.
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