Guia Pés Descalços: Para trabalhar com organizações e mudança social

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Coletivo PĂŠs Descalços Š Copyright Coletivo PĂŠs Descalços (veja a pĂĄgina 5 para mais detalhes) ISBN 978-0-620-43240-5 Primeira impressĂŁo: Julho de 2009 Autores iniciais: Doug Reeler, Rubert Van Blerk, James Taylor, Desiree Paulsen, Sue Soal (Community Development Resource Association – Ă frica do Sul) Editor e cartunista: Andy Mason (N.D.Mazin) Co-autores: Catherine Collingwood (Consultora independente, Ă frica do Sul) Christine Mylks (Voluntary Service Overseas (VSO) International) Karabo Monatisi (Treatment Action Campaign, Ă frica do Sul) Khayalethu Mofu (Treatment Action Campaign, Ă frica do Sul) Manas Ranjan (ActionAid, Ă?ndia) Maureen Mbuyongha Anfumbom (Voluntary Service Overseas (VSO), CamarĂľes) Nomusa Sokhela (Church Land Programme, Ă frica do Sul) Phakama Pyoos (Treatment Action Campaign, Ă frica do Sul) Saani Yakuba (ActionAid, Gana) Simon Brown (Voluntary Service Overseas (VSO), Nepal) Tracey Martin (Voluntary Service Overseas (VSO), Nepal) Website: Laura Garcia-Puig (Voluntary Service Overseas (VSO), Nepal) e Rubert Van Blerk (Community Development Resource Association, Ă frica do Sul) Layout: Paula Wood (Paula Wood Design, Ă frica do Sul) Administração e Finanças: Linda Njambatwa e Vernon Weitz (Community Development Resource Association, Ă frica do Sul) Contribuiçþes: Rama Naidoo (The Democracy Development Programme, Ă frica do Sul) e Azer Hasanov (Oxfam, UK) Contato: Por favor, contate-nos por email. Sobre a versĂŁo em portuguĂŞs: fonte@fonte.org.br. Sobre a versĂŁo em outros idiomas: contact@barefootguide.org. Pode-se fazer o download gratuito deste livro a partir dos seguintes sĂ­tios da internet: www. fonte.org.br ou www.barefootguide.org. Centro de Recursos PĂŠs Descalços VocĂŞ encontra um crescente nĂşmero de exercĂ­cios, textos de leitura complementar, livretos e estudos de caso que acompanham o Guia PĂŠs Descalços em www.barefootguide.org.

,PSUHVVR RULJLQDOPHQWH HP SDSHO 6DSSL 7ULSOH *UHHQ FXMD IRQWH SULPiULD p R UHVtGXR GD ÀEUD GH FDQD GH Do~FDU $ ÀEUD p RULJLQiULD GH à RUHVWDV VXVWHQWiYHLV H VHX EUDQTXHDPHQWR p UHDOL]DGR DWUDYpV GH SURFHVVR totalmente livre de cloro.


Produzido pelo Coletivo Pés Descalços 2009

Illustrated by

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Conteúdo 1

Introdução – Bem vindo! O que é o Guia Pés Descalços? As pessoas do Coletivo Pés Descalços Honrando as fontes desse guia Copyright e licenciamento

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Primeiro Capítulo Dando forma ao nosso mundo Novas maneiras de olhar para as organizações e para o desenvolvimento social Porque as organizações têm importância Vendo o que está lá, apoiando o que é possível Vendo o futuro em organizações locais soberanas Principais aspectos de uma organização soberana Olhar para organizações: máquinas ou organismos vivos? Princípios-chave e idéias norteadoras deste livro Vendo a maneira como as organizações mudam Vizualizando a futura organização da sociedade

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Segundo Capítulo De dentro para fora Para compreender a nós mesmos, outras pessoas e como mudamos Fazendo boas perguntas Uma boa facilitação e uma liderança facilitadora A trimembração do ser humano Fases do desenvolvimento humano Os quatro temperamentos As polaridades da liderança

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Terceiro Capítulo Conversa ao pé do ouvido Como criar e trabalhar as relações nas organizações Por que os relacionamentos são tão importantes? Enxergando através das organizações Poder, relacionamento e mudança Tipos de poder

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As cinco bases do poder Por que é importante conversar sobre poder? O que é necessário? Pedras que podem ser encontradas no nosso caminho Algumas dicas práticas

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Quarto Capítulo Olhando através do espelho Observando e compreendendo organizações e comunidades Ajudando a entender a organização – alguns princípios e dicas A quem as avaliações organizacionais ajudam? As fases do desenvolvimento organizacional As fases do desenvolvimento na prática Os elementos e os ciclos da organização Técnicas para observar as organizações

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Quinto Capítulo Entrando em territórios desconhecidos Facilitando mudanças nas organizações Temas comuns na facilitação de mudanças Facilitando mudanças emergentes O ciclo de ação-aprendizagem como uma ferramenta Facilitando mudanças transformativas As sete tarefas do processo U Facilitando mudanças projetáveis O ciclo do projeto -XQWDQGR RV ÀRV

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Sexto Capítulo Encontrando um lar para a mudança Apoiando, embasando e sustentando a mudança Por que a mudança organizacional é algo tão difícil de realizar? Gerenciando as transições da mudança transformativa Sugestões práticas para líderes na implementação da mudança

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Sétimo Capítulo Sobrevivendo à mudança Organizações que aprendem e inovam Hora para a mudança de paradigma 2 TXH VLJQLÀFD VHU XPD RUJDQL]DomR TXH DSUHQGH Por que as organizações e as pessoas resistem à aprendizagem? Narração de histórias e aprendizagem de adultos Tipos de aprendizagem Níveis de aprendizagem Para lideres de aprendizagem ... falando praticamente... Planejamento, monitoramento e avaliação (PMA) Mapeando resultados – uma abordagem de desenvolvimento do PMA Aprendizagem horizontal e novas formas de organização

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ABRINDO OS OLHOS Naquele dia vi sob as nuvens escuras A luz passando sobre a ĂĄgua E ouvi a voz do mundo falar ousadamente. Soube entĂŁo o que na verdade jĂĄ sabia A vida nĂŁo ĂŠ a memoria do que jĂĄ passou Nem as pĂĄginas de um grande livro Que aguarda por ser lido. É o abrir dos olhos por tempos fechados. A visĂŁo de coisas longĂ­nquas Vistas atravĂŠs do silĂŞncio que guardam. SĂŁo segredos mantidos por eternidades Contado aos ventos pelo bradante coração. É MoisĂŠs ajoelhando-se no deserto diante do arbusto iluminado. É o homem jogando fora seus sapatos como se para entrar nos cĂŠus E, atĂ´nito, se deparasse consigo prĂłprio, $EHUWR DĂ€QDO DSDL[RQDGR SHOR VyOLGR FKmR David Whyte

WHYTE, David. Songs for coming home. Langley : Many Rivers Press, 1984.


OlĂĄ!

INTRODUĂ‡ĂƒO Ă€ EDIĂ‡ĂƒO BRASILEIRA

...esta ĂŠ versĂŁo traduzida para o portuguĂŞs do Barefoot Guide!

Esta  Ê  a  versĂŁo  traduzida  para  o  portuguĂŞs  do  Barefoot  Guide  for  Working  with  Organizations  and  Social  Change  -­â€?  escrito  pelo  coletivo  Barefoot  -­â€?  e  aqui  apresentado  como  Guia  PĂŠs  Descalços:  Para  trabalhar  com  organizaçþes  e  mudança  socialǤ –‡š–‘ ‘”‹‰‹Â?ÂƒÂŽÇĄ „‡Â? …‘Â?‘ ‹Â?ˆ‘”Â?ƒ­Ă™Â‡Â• ‘ƤÂ…Â‹ÂƒÂ‹Â•ÇĄ ’‘†‡ •‡” ‡Â?…‘Â?–”ƒ†‘ Â?‘ •‹–‡ www.barefootguide.org.  Os  e-­â€?mails  para  contato,  em  inglĂŞs,  sĂŁo  contact@barefootguide.org  e  feedback@ barefootguide.org. Se  preferir  a  versĂŁo  em  portuguĂŞs,  acesse  www.fonte.org.br  e  faça  o  download.  Para  eventuais  dĂşvidas  e  sugestĂľes,  em  portuguĂŞs,  escreva  para:  fonte@fonte.org.br.  A  tradução  deste  guia  foi  realizada  pelo  Instituto  Â‘Â?–‡ ‡ ƤÂ?ƒÂ?…‹ƒ†ƒ ’‡Žƒ Ǥ Â?•–‹–—–‘ ‘Â?–‡ Âą —Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ †ƒ •‘…‹‡†ƒ†‡ …‹˜‹Ž Â„Â”ÂƒÂ•Â‹ÂŽÂ‡Â‹Â”ÂƒÇĄ •‡Â? ƤÂ?• ÂŽÂ—Â…Â”ÂƒÂ–Â‹Â˜Â‘Â•ÇĄ …‘Â?’‘•–ƒ ’‘” ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• que  trabalham  pelo  desenvolvimento  social  e  humano,  buscando  potencializar  a  atuação  de  iniciativas  sociais  por  Â?‡‹‘ †ƒ …‘Â?Â•Â—ÂŽÂ–Â‘Â”Â‹ÂƒÇĄ †‡ ’—„Ž‹…ƒ­Ă™Â‡Â• ‡ ’‡•“—‹•ƒ• ‡ †ƒ ˆ‘”Â?ƒ­ Â‘ †‡ ‰‡•–‘”‡• ‡ ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘Ǥ Veja  mais  em  www.fonte.org.br. Ao  traduzir  esse  material,  procuramos  oferecer  acesso  a  um  conhecimento  que  nos  parece  importante  para  quem  estĂĄ  mobilizado  em  promover  mudanças  e  desenvolvimento  social  e  organizacional.  O  conteĂşdo  aqui  ÂƒÂ’”‡•‡Â?–ƒ†‘ ÂƒÂ†Â˜ÂąÂ? †ƒ ’”ž–‹…ƒ †‡ ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• “—‡ ƒ–—ƒÂ? ‡Â? †‹ˆ‡”‡Â?–‡• Â’ÂƒĂ€Â•Â‡Â•ÇĄ …‘Â?‘ ƒ ˆ”‹…ƒ †‘ —Žǥ ƒ ‘˜ƒ Zelândia  e  o  Brasil.  Â•Â’‡”ƒÂ?‘•ǥ ‡•’‡…‹ƒŽÂ?‡Â?–‡ǥ ’‘†‡” ‹Â?•’‹”ƒ” ƒ“—‡Ž‡• “—‡ –”ƒ„ƒŽŠƒÂ? Â?‘ ”ƒ•‹Ž ‡ ‡Â? ‘—–”‘• Â’ÂƒĂ€Â•Â‡Â• †‡ ÂŽĂ€Â?‰—ƒ portuguesa,  encorajando-­â€?os  a  fazer  parte  de  um  movimento  de  aprofundamento  desta  (sua)  prĂĄtica. ‡•–ƒ ‡†‹­ Â‘ÇĄ ‘• Â?‘Â?‡• †ƒ• ’‡”•‘Â?ƒ‰‡Â?• ˆ‘”ƒÂ? ÂƒÂ†ÂƒÂ’Â–ÂƒÂ†Â‘Â•ÇĄ Â?ĥ ĥ –”ƒ†—–‘”ƒ• „—•…ƒ”ƒÂ? •‡” Ƥ¹Â‹Â• Â?• Â’ÂƒÂŽÂƒÂ˜Â”ÂƒÂ•ÇĄ conceitos  e  histĂłrias  apresentados  na  edição  em  inglĂŞs. Esperamos  que  desfrutem! E,  por  favor,  nĂŁo  hesitem  em  nos  contatar  pelo  e-­â€?mail  fonte@fonte.org.br.

Boa  leitura! .! 3 ÇŁ ”ƒ†—­ Â‘ÇŁ Â?ƒ ‹‰Ž‹‘Â?‡ǥ —…‹ƒ ‡‹š‘–‘ ƒŽ‹Ž ‡ ƒ”‹ƒÂ?‰‡Žƒ †‡ ƒ‹˜ƒ Ž‹˜‡‹”ƒ ‡˜‹• Â‘ †ƒ –”ƒ†—­ Â‘ÇŁ Â?ƒ ƒ—Žƒ ƒ…Š‡…‘ Šƒ˜‡• ‹‘”‰‹ ‡˜‹• Â‘ ‡ ‘”‹‡Â?–ƒ­ Â‘ †‡ –‡š–‘ǣ Žƒ†›• ”‹•–‹Â?ƒ ‹ ‹ƒÂ?Â?‹ †ƒ’–ƒ­ Â‘ †‘ ’”‘Œ‡–‘ ‰”žƤ…‘ ‡ ‡†‹–‘”ƒ­ Â‘ÇŁ ‹ƒ ƒ••‡” ‘‘”†‡Â?ƒ­ Â‘ÇŁ Â?–‘Â?‹‘ —‹œ †‡ ƒ—Žƒ ‡ ‹Ž˜ƒ ‡ Ž‘”ƒ ‘˜ƒ–‘ ”‡’”‘†—­ Â‘ †‡•–‡ Â?ƒ–‡”‹ƒŽ ‡•–ž ƒ—–‘”‹œƒ†ƒ •‘„ ƒ Ž‹…‡Â?­Âƒ ”‡ƒ–‹˜‡ ‘Â?Â?‘Â?• ––”‹„—–‹‘Â?ÇŚ ‘Â?ÇŚ ‘Â?Â?Â‡Â”Â…Â‹ÂƒÂŽÇŚ Šƒ”‡ Ž‹Â?‡ Í—ǤÍ” Â?’‘”–‡† ‹…‡Â?•‡Ǥ ‡”Â?‹••Ù‡• ’ƒ”ƒ ÂƒÂŽÂąÂ? †‘ ‡•…‘’‘ †‡•–ƒ Ž‹…‡Â?­Âƒ ‡•– Â‘ †‹•’‘Â?Ă€Â˜Â‡Â‹Â• Â?‘ •‹–‡ ™™™Ǥ„ƒ”‡ˆ‘‘–‰—‹†‡Ǥ‘”‰Ǥ

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Bem-vindo! INTRODUÇÃO

...ao Guia Pés Descalços: Para trabalhar com organizações e mudança social

Por favor, tire os seus sapatos... O Q UE É O G UIA P ÉS D ESCALÇOS? Este é um guia prático, do tipo “faça você mesmo”, para À ­Ù funcionarem e se desenvolverem de uma maneira mais saudável, humana e efetiva: para que possam continuar empenhadas em contribuir para a constituição de uma sociedade mais humanitária. ± ­ e, além de um site de suporte, inclui conceitos, abordagens, histórias e atividades experimentadas e testadas. O propósito deste guia é ajudar a estimular e enriquecer a prática de qualquer pessoa que esteja apoiando organizações e movimentos sociais nos Ƥ ǡ ǡ para ir ao encontro das necessidades desse nosso mundo complexo. Embora ele seja direcionado para À ­Ù civil, esperamos que seja útil a todos os interessados em promover organizações saudáveis e humanas, Ǥ ± ­ ± oferecido gratuitamente ao mundo e pode ser baixado no site www.barefootguide.org, onde também possui uma biblioteca crescente com outros materiais adicionais ȋ ² Ȍ ǡ À ǡ ǡ estudos de caso e diagramas. ǡ ² das organizações existirem, sobre o real papel que elas ocupam e sobre a importância de apoiar a soberania das organizações locais e dos movimentos sociais para que ­ Ƥ ­ Ǥ 2

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Aqui  vocĂŞ  vai  encontrar  vĂĄrias  abordagens  -­â€?  que  ampliam  a  nossa  compreensĂŁo  sobre  nĂłs  mesmos  e  sobre  o  nosso  papel  como  ÂŽĂ€Â†Â‡Â”‡• ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡• ÇŚ “—‡ „—•…ƒÂ? ‡Â?–‡Â?†‡” ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ” Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• Â?ĥ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•Ǥ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ†‘ †ƒ• ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• ‡ ĥ †‹Â?Â&#x;Â?‹…ƒ• de  poder  nas  organizaçþes  e  nos  processos  de  mudança  orga-­â€? nizacional  tambĂŠm  serĂŁo  explorados.  AlĂŠm  disso,  levantamos  algumas  questĂľes  que  contribuem  para  a  leitura  das  organiza-­â€? çþes,  tais  quais:  como  as  organizaçþes  tendem  a  se  comportar  nas  suas  vĂĄrias  fases  de  desenvolvimento?;  como  podemos  facil-­â€? ‹–ƒ” Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ•ǍǢ “—ƒ‹• ‘• †‡•ƒƤ‘• “—‡ –‘†‘• Â?ו Â?‘• †‡’ƒ”ƒÂ?‘• ƒ‘ –‡Â?–ƒ” ‹Â?’Ž‡Â?‡Â?–ƒ” ‘— •—•–‡Â?–ƒ” Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ•ÇŤ ‘” ƤÂ?ÇĄ ‡•–‡ ‰—‹ƒ tambĂŠm  oferece  apoio  aos  processos  de  construção  de  orga-­â€? Â?‹œƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ ‹Â?†‹…ƒÂ?†‘ …ƒÂ?‹Â?Š‘• ’ƒ”ƒ ƒ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? …‘Â?–ÀÂ?Â—ÂƒÇĄ tanto  a  partir  das  nossas  prĂłprias  experiĂŞncias,  como  a  partir  da  experiĂŞncia  de  outros.  QUEM  Ă‰  O  C OLETIVO  P ÉS  D ESCALÇOS? Esse  guia  Ê  oferecido  a  vocĂŞ  por  um  time  colaborativo  global  Â†Â‡ ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• ‡ ÂƒÂ–Â‹Â˜Â‹Â•Â–ÂƒÂ•ÇĄ …‘Â?’‘•–‘ ’‘” ƒŽ‰—Â?• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• ‹Â?†‡’‡Â?†‡Â?–‡• ‡ ‘—–”‘• ’‡”–‡Â?…‡Â?–‡• Â?• •‡‰—‹Â?–‡• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ-­â€? ­Ă™Â‡Â•ÇŁ ‘Â?Â?—Â?‹–› ‡˜‡Ž‘’Â?‡Â?– ‡•‘—”…‡ ••‘…‹ƒ–‹‘Â? Č‹ ˆ”‹…ƒ †‘ Â—ÂŽČŒÇĄ ‘Ž—Â?–ƒ”› ‡”˜‹…‡ ˜‡”•‡ƒ• Č‹ Â‡Â’ÂƒÂŽÇĄ ƒÂ?ÂƒÂ”Ă™Â‡Â• ‡ ƒÂ?ÂƒÂ†ÂžČŒÇĄ …–‹‘Â? ܠ Č‹ ƒÂ?ƒ ‡ AÂ?Â†Â‹ÂƒČŒÇĄ ”‡ƒ–Â?‡Â?– …–‹‘Â? ƒÂ?’ƒ‹‰Â? Č‹ ˆ”‹…ƒ †‘ Â—ÂŽČŒÇĄ Š—”…Š ƒÂ?† ”‘‰”ƒÂ?Â?‡ Č‹ ˆ”‹…ƒ †‘ Â—ÂŽČŒǤ ‘Â?–”‹„—‹­Ă™Â‡Â• •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ–‹˜ƒ• –ƒÂ?„¹Â? ˆ‘”ƒÂ? ”‡…‡„‹†ƒ• †‘ ‡Â?‘…”ƒ…› ‡˜‡Ž‘’-­â€? Â?‡Â?– ”‘‰”ƒÂ?Â?‡ Č‹ ˆ”‹…ƒ †‘ Â—ÂŽČŒ ‡ †ƒ šˆƒÂ? Č‹ ‡‹Â?‘ Â?Â‹Â†Â‘ČŒǤ NĂ“S  PRECISAMOS  DA  SUA  DEVOLUTIVA ו ˜‡Â?‘• ‡••‡ ‰—‹ƒ …‘Â?‘ —Â? –”ƒ„ƒŽŠ‘ ‡Â? ƒÂ?†ƒÂ?‡Â?–‘ǥ para  ser  atualizado  anualmente  baseado  nas  devolutivas  Â‡ …‘Â?–”‹„—‹­Ă™Â‡Â• †‘• •‡—• —•—ž”‹‘•Ǥ ƒÂ?­ÂƒÂ?‘•ǥ ‡Â?– Â‘ÇĄ ‡••ƒ edição  piloto  com  esse  convite:  para  que  qualquer  pessoa  Â“—‡ —•‡ ‘ —‹ƒ ¹• ‡•…ƒŽ­Â‘• ’‘••ƒ Â?‘• ‡Â?˜‹ƒ” •‡—• …‘Â?‡Â?-­â€? tĂĄrios,  baseados  em  suas  prĂłprias  experiĂŞncias.  Estamos  ansiosos  para  que  esse  guia  seja  testado  em  vĂĄrios  contextos  diferentes.  Isso  ajudarĂĄ  a  expandir  nossa  compreensĂŁo  sobre  o  real  trabalho  com  o  qual  ÂŽĂ€Â†Â‡Â”‡• ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡• ‡•– Â‘ •‡ †‡’ƒ”ƒÂ?†‘ Â’ÂƒÂ”ÂƒÇĄ ‡Â?– Â‘ÇĄ aprimorĂĄ-­â€?lo. ‘••ƒ Â‹Â†Â‡Â‹ÂƒÇĄ Â?‡••‡ Â?‘Â?‡Â?–‘ǥ Âą ’”‘†—œ‹” ‡†‹­Ă™Â‡Â• revisadas  anualmente  -­â€?  atĂŠ  chegar  o  momento  em  que  ele  nos  supere  para  se  tornar  algo  completamente  diferente!  Se  ele  se  mostrar  realmente  útil,  pretendemos  Â–Â”ÂƒÂ†Â—ÂœÂ‹ÇŚÂŽÂ‘ ’ƒ”ƒ ˜ž”‹ƒ• ÂŽĂ€Â?‰—ƒ• ‡ –ƒÂ?„¹Â? ’”‘†—œ‹” —Â?ƒ edição  impressa  em  cores  e  capa  dura,  para  venda.  Â‘••‘ •‹–‡ ȋ™™™Ǥ„ƒ”‡ˆ‘‘–‰—‹†‡ǤÂ‘Â”Â‰ČŒ –‡Â? —Â? formulĂĄrio  para  devolutivas  on-­â€?line.  Â‘Â…² –ƒÂ?„¹Â? ’‘†‡ Â?ƒÂ?†ƒ” —Â? ‡njÂ?ƒ‹Ž ’ƒ”ƒ ”ƒ…‡› ƒ”–‹Â?ÇĄ “—‡ Ž‹†‡”ƒ ‡••‡ ’”‘…‡••‘ǥ …‘Â? ƒ •—ƒ Â†Â‡Â˜Â‘ÂŽÂ—Â–Â‹Â˜ÂƒÇĄ comentĂĄrios  e  sugestĂľes:  feedback@barefootguide.org 3

PERGUNTAS SUGERIDAS PARA A DEVOLUTIVA Í•Ǥ ••‡ ‰—‹ƒ ‹Â?•’‹”‘— ˜‘…² ƒ ˆƒœ‡” alguma  mudança  no  jeito  de  fazer  ou  abordar  o  seu  trabalho?  Seria  útil  se  vocĂŞ  pudesse  nos  contar  uma  histĂłria  breve  de  como  vocĂŞ  usou  este  guia  e  quais  os  retornos  que  vocĂŞ  teve. Í–Ǥ —ƒ‹• Â…ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘Â• ˆ‘”ƒÂ? ‡•’‡…‹ƒŽ-­â€? mente  úteis?  Por  quĂŞ? Í—Ǥ ‡Â? ƒŽ‰‘ ƒ Â?ƒ‹• “—‡ ˜‘…² gostaria  de  ver  no  guia? ͘Ǥ ‘…² –‡˜‡ †‹Ƥ…—Ž†ƒ†‡ †‡ entender  alguma  parte  do  guia? 5.  Existe  algo  no  guia  que  vocĂŞ  discorde?  Por  favor,  nos  conte  o  Â’‘”“—² ‡ •‹Â?Â–ÂƒÇŚÂ•Â‡ Â? ˜‘Â?–ƒ†‡ ’”ƒ contribuir  com  alternativas. Envie  sua  devolutiva  para           fonte@fonte.org.br WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


CONTRIBUA COM SUAS FERRAMENTAS E RECURSOS × ± ­Ù Ǥ atividades, leituras, estudos de casos e até mesmo poemas ou imagens que você achou útil em sua ï Ǥ × ÀǦ ǡ mas todas as contribuições serão consideradas com seriedade e reconhecidas, se utilizadas. Envie suas contribuições por e-­‐mail para fonte@fonte.org.br

AS PESSOAS DO COLETIVO PÉS DESCALÇOS

iree Paulsen, es Taylor, Des am J , rk le B an o Sul) ler, Rubert V iation, África d ais: Doug Ree esource Assoc R t en Escritores inici m op el munity Dev azin) Ȍǡ Sue Soal (Com y Mason (N.D.M ǡ nd A a: st ni tu ar Ƥ ȋ bom (VSO Editor e c yongha Anfum bu M ǣ en a do re au onal), M ofu (TAC, Áfric (VSO Internaci Khayalethu M ks i, yl is amme, M at gr e on ro tin P M d ris o Ch yoos, Karab (Church Lan P la a he m ok ka O, S ha a P us , ia), Nom cey Martin (VS Camarões) (ActionAid, Índ on Brown, Tra n im ja S , an R a) an as G an , Sul), M (ActionAid Saani Yakuba África do Sul), ptle epal), Urs Hau Nepal) a-­‐Puig (VSO, N ci o Sul) ar d G a ra ic fr au Á L : n, Website ood Desig W a ul Pa ( d oo W e Layout: Paula da Njambatwa e Finanças: Lin ) ul Administração do S (CDRA, África cy Vernon Weitz (The Democra o do ai N a am R : es çõ ) ui ul S rib Cont frica do Programme, Á Development Unido) no ei R , (Oxfam e Azer Hasanov

CONTATO Por favor, entre em contato conosco através do e-­‐mail: fonte@fonte.org.br

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HONRANDO AS FONTES DESSE GUIA ² Ǥ × À de outras publicações, de pessoas que trabalharam com a gente, de nossa própria experiência e daquilo que aprendemos com ± Ƥ ǡ À e lugares diferentes. Algumas dessas ideias foram trabalhadas, e adaptadas, com base na nossa experiência concreta de campo. 2 À × ƪ Ǥ À ­ ×Ƥ ǡ ǡ -­‐ goed, cujas ideias sobre desenvolvimento humano se traduzem atualmente em toda uma escola de pensamento sobre o desen-­‐ volvimento de pessoas, organizações e sociedade. Ȃ -­‐ nizacional (www.npi-­‐academie.nl), que foi fundado por Bernard ǡ ͕͙͘͝ǡ ± ­ Ǥ Eles trabalharam com esse impulso, adicionando e desenvol-­‐ vendo suas próprias ideias e conceitos, muitos dos quais estão Ǥ ǡ ǡ Ǥ À-­‐ cios e conceitos. ÀƤ ǡ Ƥ -­‐ sionais são: Ǧ ­ Ǧ Ǧ Ƥ Ǧ Ǧ ­ Ǧ Ǧ Ǧ Ǧ ­ Ǧ Ǧ Ǧ 2 À -­‐ ÀǦ nas futuras revisões do guia.

Rudolf Steiner

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Bernard Lievegoed

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COPYRIGHT E LICENCIAMENTO À Ǥ Ǥ Ǥ ǡ Ǧ Ǥ ǡ Ƥ Ƥ Ǥ ­ ± ­ ± Ǧ Ǧ ÀǦ ǡ ǡ Ø ǡ Ƥ Ǥ ² ÀǦ Ǧ impressas como folhetos. ² ­ × ǡ Ƥ Ǧ ± ­ ǣ ­Ù ­ ǡ ± ­ Ǥ Ǥ ǡ Ǥ ­ ǣ www.barefootguide.org. ǡ Ǧ Ǥ Ǥ Ǥ hospede arquivos de download do livro diretamente no seu site, pois ofereceremos versões corrigidas e atualizadas do guia, de tempos em tempos. Para discutir o que está acima, por favor, escreva para contact@barefootguide.org. LINGUAGEM J URÍDICA ȋ ± ­ ǣ ­Ù ­ Ȍ ȋ ± ­ Ȍ ­ Ǧ Ǧ -­‐ Ǧ ͗Ǥ͔ Ǥ Ù ± ­ À no site www.barefootguide.org.

Você pode: -­‐ Compartilhar -­‐ copiar, distribuir e transmitir essa obra. Ǧ Ǧ Ǥ Sob as seguintes condições: Ǧ ­ Ǥ ² Ƥ ȋ qualquer forma, não de maneira que sugira que eles endossam você ou o uso que você faz desta obra). Ǧ Ǥ ² Ƥ Ǥ -­‐ Compartilhamento pela mesma licença. Se você alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta, você poderá distribuir a obra resultante somente sob licença semelhante ou idêntica a esta. Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro os termos da licença desta obra. A melhor maneira de fazer isso é com um link para esta página da web. ­Ù × ± ­ Ǥ nesta licença prejudica ou restringe os direitos morais dos autores.

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Se vocĂŞ me der um peixe, vocĂŞ terĂĄ me alimentado por um dia. Se vocĂŞ me ensinar a pescar, entĂŁo vocĂŞ terĂĄ me alimentado atĂŠ que o rio esteja contaminado ou sua margem tenha sido ocupada pelo desenvolvimento. Mas se vocĂŞ me ensinar a me organizar, entĂŁo, qualquer que seja R GHVDĂ€R HX SRGHUHL PH XQLU D PHXV pares e, juntos, inventaremos nossa prĂłpria solução.

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Dando forma CAPĂ?TULO 1

ao nosso mundo Novas maneiras de olhar para as organizaçþes e para o desenvolvimento social

ו •‘Â?‘• Â?ƒ‹‘”‡• “—‡ ‘ Â?‘••‘ †‡•‡•’‡”‘Ǥ Os  aspectos  negativos  da  humanidade  Â‘ • Â‘ ‘• Â?ƒ‹• ”‡ƒ‹• ‡ ƒ—–²Â?–‹…‘•Ǣ A  coisa  mais  autĂŞntica  em  nĂłs É  a  nossa  capacidade  de  criar,  de  superar, ‡ Â•Â—Â’Â‘Â”Â–ÂƒÂ”ÇĄ †‡ –”ƒÂ?•ˆ‘”Â?ÂƒÂ”ÇĄ †‡ ƒÂ?ÂƒÂ”ÇĄ E  de  sermos  maiores  do  que  nosso  sofrimento. ‘Â?‘• Â?ƒ‹• „‡Â? †‡ƤÂ?ܠԥ ’‡Ž‘ Â?‹•–¹”‹‘ ‡ ƒ‹Â?†ƒ ‡•–ƒ”Â?‘• ÂƒÂ“Â—Â‹ÇĄ ‡ †‡ ’‘†‡”Â?‘• ‹” ÂƒÂŽÂąÂ?ÇĄ ƒ‹• ÂƒÂŽÂ–Â‘ÇĄ ƒ‹Â?†ƒ …”‹ƒ” …‹˜‹Ž‹œƒ­Ă™Â‡Â• Â?‡ŽŠ‘”‡•ǥ ‡ ’‘†‡”Â?‘• ‡Â?…ƒ”ƒ” ĥ …”—ƒ• Â”Â‡ÂƒÂŽÂ‹Â†ÂƒÂ†Â‡Â•ÇĄ E  de  sobrevivermos Ao  desespero  maior  Que  o  futuro  maior  possa  trazer.

Dz ‘Â?‘• Â?ƒ‹• „‡Â? †‡ƤÂ?ܠԥ pelo  mistĂŠrioâ€?

‡ Dz ‡Â?–ƒŽ Ƥ‰Š–dz ’‘” ‡Â? Â?”‹ǥ Í•Í?Í?Í?

ŽžǨ ‘— ‘ ¹‘ǤǤǤ VocĂŞ  jĂĄ  pensou  por  que  as  organizaçþes  tĂŞm  importância  ou  de  que  tipo  de  organizaçþes  precisaremos  no  futuro?  SerĂĄ  que  uma  Dz‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Ž‘…ƒŽ •‘„‡”ƒÂ?ÂƒÇł ’ƒ”‡…‡ ƒŽ‰‘ ‹Â?–‡”‡••ƒÂ?–‡Ǎ Â?ƒ organização  Ê  uma  mĂĄquina  ou  um  ser  vivo?  E  como  serĂĄ  que  as  organizaçþes  mudam?  VocĂŞ  Ê  um  â€œcriativo  culturalâ€?? Se  estas  perguntas  parecem  interessantes  para  vocĂŞ,  continue  lendo!

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O JAMES VAI CONTAR ESTA HISTĂ“RIA... Uma das minhas histĂłrias favoritas ĂŠ sobre um grupo de mulheres rurais que estavam sendo apoiadas por uma agĂŞncia de desenvolvimento para começarem uma horta em sua comunidade. A intenção inicial do projeto era a de melhorar a qualidade da dieta alimentar GRV PHPEURV GD FRPXQLGDGH 0DV VHXV UHVXOWDGRV Ă€QDLV IRUDP PXLWR alĂŠm disso. Na verdade, as mulheres aprenderam tanta coisa e ganharam tanta coragem ao fazerem parte desse grupo que as suas ambiçþes brotaram tanto quanto as suas sementes. Em pouco tempo, elas estavam produzindo mais do que suas famĂ­lias conseguiam consumir e começaram a vender o excedente. Apresentaramse diante do chefe de sua vila e, respeitosamente, solicitaram e receberam mais terra. Em seguida, elas botaram para trabalhar uns KRPHQV TXH HVWDYDP j WRD SRU DOL H Ă€]HUDP FRP TXH HOHV FHUFDVVHP sua nova terra e construĂ­ssem um galpĂŁo para as suas ferramentas. NĂŁo demorou muito para que sua posição na comunidade mudasse tambĂŠm. Elas se tornaram uma força mobilizadora. As mulheres começaram a envolver outras pessoas no seu trabalho e o projeto passou a incluir aspectos amplamente divergentes da vida FRPXQLWiULD WDQWR HFRQ{PLFRV FRPR SROtWLFRV 1R Ă€QDO IRL D VXD organização, e nĂŁo a horta em si, que gerou o maior impacto na comunidade.

PORQUE

AS ORGANIZAÇÕES TÊM IMPORTÂNCIA

Organizaçþes  sĂŁo  importantes.  Elas  possibilitam  que  juntemos  a  força  individual  que  temos,  como  seres  humanos,  para  realizar  coisas  Â“—‡ Â? Â‘ Â’Â‘Â†Â‡Â”Ă€ÂƒÂ?‘• ˆƒœ‡” •‘œ‹Â?Š‘•Ǥ Žƒ• Â?‘• ’‡”Â?‹–‡Â? Â?‘„‹Ž‹œƒ” …‘Ž‡-­â€? –‹˜ƒÂ?‡Â?–‡ Â?‘••ƒ• ˆ‘”­ÂƒÂ• ‹Â?†‹˜‹†—ƒ‹• ’ƒ”ƒ ‡Â?ˆ”‡Â?–ƒ”Â?‘• Â?‘••‘• †‡•ƒƤ‘• humanos  com  um  maior  leque  de  possibilidades. ĥ ’‘” “—‡ ƒ–—”ƒÂ?‘• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• “—‡ Â? Â‘ ˆ—Â?…‹‘Â?ƒÂ?ÇĄ ’‘” “—‡ toleramos  velhas  estruturas  que  nos  fazem  infelizes  e  que  pioram  ainda  mais  os  problemas  que  estĂŁo  se  propondo  a  resolver?  Por  que  nĂŁo  prestamos  mais  atenção  aos  tipos  de  organizaçþes  que  criamos?  Particularmente  agora,  quando  Ê  de  fato  preciso. ‡•–‡ ’‘Â?–‘ †ƒ Â?‘••ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒÇĄ ƒ Š—Â?ƒÂ?‹†ƒ†‡ ‡Â?ˆ”‡Â?–ƒ ‡•…‘ŽŠƒ• ‡ †‡…‹•Ù‡• •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ–‹˜ƒ• ‡ —”‰‡Â?–‡•Ǥ • ’‡••‘ƒ• “—‡ ˆƒœ‡Â? ॥ĥ escolhas  e  tomam  essas  decisĂľes  sĂŁo  aquelas  que  tĂŞm  o  poder  de  uma  organização  por  trĂĄs  delas:  as  do  governo,  com  suas  burocracias;  os  executivos,  com  seus  impĂŠrios  corporativos;  ou  as  pessoas  comuns,  com  organizaçþes  locais  e  movimentos  sociais  por  trĂĄs  delas. Quando  pessoas  comuns  sĂŁo  capazes  de  criar,  unir  e  fortalecer  as  suas  prĂłprias  organizaçþes,  e  por  meio  delas  dar  voz  e  agir  em  prol  do  que  pensam,  sentem  e  querem,  elas  adquirem  mais  poder  sobre  as  escolhas  e  decisĂľes  que  afetam  suas  vidas.  Para  as  milhares  de  pessoas  incontĂĄveis  que  vivem  na  pobreza  e  sem  acesso  a  seus  direitos  bĂĄsicos,  ÂƒÂ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• –‘”Â?ƒÂ? Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ —Â? ˆ—–—”‘ †‹ˆ‡”‡Â?–‡Ǥ ‘†‡Â?‘• •‡”

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Capitalismo exuberante

Mudança climática

Esgotamento de recursos Danos ambientais es

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Crise ÀQDQFHLUD

Pobre

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Sociedade civil

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Movimentos sociais

Caos urbano

Poluição das águas

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desm trutura s e a r f In Organizações comunitárias

As massas Doenças

Favelas

NESSE MOMENTO DA HISTÓRIA, A HUMANIDADE SE DEPARA COM ESCOLHAS URGENTES

tentados a ver as organizações locais e movimentos sociais como as marretas que irão derrubar os muros da marginalização e da opressão, reivindicando direitos. Podemos até ter a esperança de que, ao vencer Ƥ ǡ Ǥ ǡ ­ ǡ ± Ƥ Ǥ ² -­‐ Ƥ entre opressor e oprimido, entre esquerda e direita ou entre ricos e pobres, pode trazer ganhos permanentes.

Uma mentalidade de combate pode prejudicar a nossa criatividade para enxergar novas possibilidades.

ǡ ǡ ­ À ǣ Ǥ ² que a “guerra” contra a pobreza, a marginalização e a opressão só será vencida se entrarmos para guerrear, para lutar. Se de fato enxergarmos ǡ Ƥ que a vitória nunca estará ao nosso alcance. Ø ǣ Ƥ ǡ Ǧ favor, caso percam uma ou duas batalhas. E o que é ainda pior: uma mentalidade de combate pode prejudicar a nossa criatividade para Ǥ e olhar para as possibilidades de uma transformação mais profunda. 10

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Considere isto:

RECUSANDO-SE A DISPUTAR JOGOS DE GUERRA A questão não é ganhar o jogo de disputas deste ou daquele jeito, a questão é o jogo em si. Em muitos aspectos estamos todos presos a este jogo, tanto os ricos quanto os pobres, escravizados por um sistema que em longo prazo não atende aos interesses de ninguém. O jogo em si precisa ser transformado a partir de uma lógica -­‐ ou Ǧǡ À -­‐ rentes, de maneira que as pessoas e as organizações que o jogam experimentem novas formas de relacionamento, de organização e de engajamento entre si.

Combatendo a realidade existente, você nunca muda nada. Para mudar alguma coisa, construa um novo modelo que faça o modelo existente se tornar obsoleto.

R. Buckminster Fuller

OS ZAPATISTAS NO MÉXICO

PEQUENOS PRODUTORES E REDES DE COMÉRCIO JUSTO

JORNALISMO CIDADÃO REDES DE CÓDIGO ABERTO COMUNIDADES VIRTUAIS CREATIVE COMMONS (LICENÇAS FLEXÍVEIS)

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UM NOVO PENSAMENTO ESTÁ TOMANDO CONTA... Já existem sinais de que um novo pensamento está se alastrando. Considere o seguinte: ± ǡ À ± ǡ ± ͔͝ǡ ǡ -­‐ hecendo que se ganhassem e assumissem o poder, se tornariam como os demais partidos: amarrados e corruptos. Ao invés disso, concentraram-­‐se em transformar a sua relação com o conceito de governo em si e começaram a mudar a maneira como eles próprios Ǥ ǡ partir das bases, desenvolvendo um autogoverno soberano, auten-­‐ ticamente deles: uma imagem de possibilidades futuras. Em todo o mundo, os pequenos produtores rurais estão reor-­‐ ganizando suas relações uns com os outros e com seus clientes, criando as feiras de pequenos produtores, diminuindo, assim, sua dependência das corporações agropecuárias por meio de movi-­‐ ± Ǥ sistemas bancários ético-­‐comunitários, como o Grameen Bank ou os esquemas de poupanças diárias estão crescendo, permitindo que milhões de pessoas tenham acesso a recursos para investir no futuro e construir, ao mesmo tempo, novas formas de cooperação e de comunidade. A internet está quebrando o monopólio dos meios de comuni-­‐ cação antigos e elitistas, possibilitando formas surpreendentes de ǡ × ± ȋ de base de Obama seria um exemplo interessante), mas em todo Ǥ × ǡ ȋ ­ ƪ À Ȍ ­ Ƥ muitas relações, especialmente entre os jovens. Ideias estão sendo trocadas, horizontalmente, em um ritmo extraordinário. É fato: novos modelos já estão emergindo. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


CRIANDO ESPAÇO PARA ALTERNATIVAS Estamos  explorando  e  ocupando  novos  territĂłrios  nĂŁo  sĂł  ao  confrontar  antigas  hierarquias  e  assumindo  antigos  espaços  de  poder,  mas  ao  criar  espaço  para  a  oferta  e  construção  de  alterna-­â€? –‹˜ƒ•Ǥ †‡•ƒƤ‘ ‡Â?‡”‰‡Â?–‡ǥ ‡ ‡š’‡”‹Â?‡Â?Â–ÂƒÂŽÇĄ ‡•–ž ‡Â? …”‹ƒ” Â?‘˜ƒ• formas  de  organização  e  trabalho  em  rede  e  novas  formas  de  engajamento,  em  vez  de  continuar  a  recriar  formas  antigas  de  luta.  Â—‹–ƒ• ‹Â?‹…‹ƒ–‹˜ƒ• ˆ”—•–”ƒ†ƒ• ‡ Ž‹­Ă™Â‡Â• ƒ’”‡Â?†‹†ƒ• ƒ‹Â?†ƒ ˜ Â‘ –‡” ÂŽÂ—Â‰ÂƒÂ”ÇĄ mas  algo  novo  estĂĄ  se  movendo  com  o  qual  vale  a  pena  aprender.

“QUE TIPO DE ORGANIZAÇÕES O FUTURO PEDE?â€? No Ă€QDO RV DJUHVVRUHV sempre destroem a si mesmos, abrindo caminho para outros que sabem como cooperar e conviver. A vida ĂŠ muito menos uma luta competitiva pela sobrevivĂŞncia do que um triunfo da cooperação e da criatividade.

PARA ALÉM DO CINISMO —‹–‘• ƒ–‹˜‹•–ƒ• •‘…‹ƒ‹• ˜‡‡Â? …‘Â? …‹Â?‹•Â?‘ ĥ ƒ„‘”†ƒ‰‡Â?• “—‡ nĂŁo  estĂŁo  centradas  na  luta  e  enxergam  algumas  destas  chamadas  inovaçþes,  como  os  fĂłruns  para  diferentes  stakeholders,  equiva-­â€? lentes  a  processos  de  cooptação  sutil,  como  um  truque.  E,  de  fato,  Â‡ÂŽÂƒÂ• ’‘†‡Â? •‡”Ǥ ĥ ‡Žƒ• Â? Â‘ –²Â? “—‡ •‡”ǥ ’”‹Â?…‹’ƒŽÂ?‡Â?–‡ •‡ ˆ—Â?†ƒ-­â€? mentadas  por  organizaçþes  comunitĂĄrias  de  bases  fortes. ƒ”ƒ “—‡ –‘†ƒ• ॥ĥ ‹Â?‘˜ƒ­Ă™Â‡Â• ˆƒ­ÂƒÂ? —Â?ƒ †‹ˆ‡”‡Â?­Âƒ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ–‹˜ƒ e  duradoura  para  todo  mundo,  as  vozes  ativas  e  as  pessoas  comuns  tĂŞm  que  estar  envolvidas  por  meio  das  suas  prĂłprias  organizaçþes  locais  soberanas,  autĂŞnticas  e  orientadas  para  o  futuro.  Essas  devem  ser  as  bases  de  construção  para  qualquer  movimento  futuro. QUE TIPO DE ORGANIZAÇÕES O FUTURO PEDE? ‘˜ƒÂ?‡Â?–‡ †‡˜‡Â?‘• Â?‘• ’‡”‰—Â?–ƒ” ‡ ‹Â?•‹•–‹” ’ƒ”ƒ “—‡ ‡•–ƒ questĂŁo  continue  sendo  feita:  que  tipo  de  organizaçþes  o  futuro  pede? A  nossa  experiĂŞncia  nos  faz  acreditar  que  as  organizaçþes  que  funcionarĂŁo  no  futuro  serĂŁo  mais  interdependentes  e  participa-­â€? tivas,  mais  humanas,  menos  hierĂĄrquicas  e  competitivas,  livres  das  velhas  discriminaçþes.  SerĂŁo  as  que  atuam  mais  em  rede,  que  sĂŁo  ågeis  e  capazes  de  reconhecer  as  diversas  forças  e  reais  neces-­â€? sidades  de  seus  membros,  menos  ligadas  a  velhos  dogmas  e  mais  Â…ƒ’ƒœ‡• †‡ ƒ’”‡Â?†‡” …‘Â? ƒ Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹Âƒ ‡š’‡”‹²Â?…‹ƒǤ ו …‘Â?‡­ÂƒÂ?‘• a  testemunhar  organizaçþes  como  estas  emergindo  e  acreditamos  que  a  sociedade  civil  tem  papel  fundamental  a  desempenhar  na  experimentação  e  inovação  desses  formatos.

Fritjof Capra

RO...

DESENHANDO AS ORGANIZAÇÕES PARA O FUTU InterdependĂŞncia Participação Valores humanos

DENTRO

12

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FORA

Lixo da histĂłria WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


Vendo o que está lá, apoiando o que é possível Organizações locais começam pequenas e, muitas vezes, se tornam mais do que pretendiam inicialmente, como a organização das mulheres citadas anteriormente. O fato de as pessoas, sob as À ǡ -­‐ nizar em conjunto é uma celebração ao desejo e ao impulso para o desenvolvimento e para a organização, que são inatos. Ƥ ǡ ­Ù sociais, de ativistas ou de funcionários do governo pode ajudar, mas a vontade das pessoas para desenvolverem suas próprias organiza-­‐ ções é inata e não precisa ser importada, apenas desbloqueada e ǡ Ǥ ǡ modelos de organização têm se mostrado propensas a matar as iniciativas locais e a falhar por não conseguir fazer com que as pessoas se apropriem desses modelos. Podemos facilmente concordar que organizações locais são uma coisa boa, mas será que qualquer tipo de organização serve? ­Ù Ǧ À Ǧ ƪ ǡ Ƥ conta de uma liderança fraca? Ou tornarem-­‐se destrutivas para seu × ï ǡ ­ À ǫ morrerem porque não foram capazes de aprender e se adaptar ­ ǫ mesmas coisas que as organizações estão tentando mudar no ǫ ­Ù ǡ defendem uma partilha mais equitativa do poder nas comunidades, estão organizadas de forma tradicionalmente hierárquica. ± ­Ù que exploram, excluem, esgotam, diminuem ou minam o potencial das pessoas ou do meio ambiente.

UM SENSO DE SOBERANIA Está claro para nós, já há algum tempo, que para as organizações ou comunidades mudarem, elas precisam ter um forte senso de soberania na sua forma de tomar decisões e de se relacionar com o mundo. Esse senso foi sendo alcançado aos poucos, de maneira quase despercebida, como resultado do trabalho de desenvolvimento e de apoio a À -­‐ ções da sociedade civil, que por sua vez eram membros de comunidades dedicadas ­ ­Ù Ǥ ­Ù da sociedade civil que, apesar de enormes Ƥ ǡ ­ À Ǥ 13

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VENDO O FUTURO EM ORGANIZAÇÕES LOCAIS SOBERANAS A palavra soberania é bastante utilizada por organizações de Ƥ falam de soberania alimentar ou de soberania de sementes como Ƥ ² ǡ ­ ǡ tomada de decisões conscientes e de livre escolha, e não sujeitas controlar ou explorar seu trabalho. Soberania é um termo particularmente poderoso quando ­Ù ǡ mesmas qualidades autênticas, essa resiliência adquirida por si × ǡ À ǡ ideia de uma organização como a expressão da vontade dos seus × Ǥ Ƥ ǡ da soberania alimentar, só podem existir se estiverem enraizados em organizações fortes e soberanas.

Soberania alimentar

Soberania das sementes

Soberania é tanto uma qualidade organizacional a ser desenvolvida, como um direito a ser respeitado e defendido. Se desenvolvimento diz respeito à mudança ou transformação do poder, deve haver um FRQFHLWR TXH GHÀQD R OXJDU HP TXH HVVH SRGHU SRVVD VHU PDQWLGR com legitimidade e sustentabilidade – as organizações locais e os movimentos sociais soberanos parecem ser o local óbvio para isso.

SOBERANIA NÃO É FÁCIL ­Ù ǡ organizações locais buscando continuamente se realinhar para Ƥ Ǣ ­ seu trabalho, a sua linguagem, a sua estrutura, ou seja, toda a sua ǡ À Ƥ curto prazo e seus restritos ciclos de projetos. As organizações ­ Ƥ -­‐ ores e do governo, para que estes alcancem os objetivos dos seus projetos que, na realidade, foram externamente formulados, contando com alguns poucos processos participativos que possam trazer um sabor local. E tudo isso, ainda, apoiado por organizações Ƥ ǡ ± Ƥ ­ Ǥ ± À ­ Ǥ

SOBERANIA

ORGANIZACIONAL

CUIDADO COM OS MISSIONÁRIOS ATUAIS Algumas das maiores organizações sociais internacionais que trabalham pela defesa de direitos começaram a reconhecer a importância de apoiar as organizações locais e movimentos sociais por eles serem extremamente ­Ù Ǥ ǡ Dz dzǡ a testemunhar organizações locais ou “parceiros” sendo avaliados, até mesmo ǡ ǡ Ƥ ­ “boas práticas” desenvolvidos no hemisfério norte: e para que isso seja feito nos conformes são promovidos cursos de capacitação. 14

MUDANDO OS BLOCOS DE PODER

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­Ù populares emergentes sendo transformados em organizações Dz Ƥ dzǡ a representar apenas os interesses da comunidade que se alinham Ƥ -­‐ nizações dominantes. Elas vão se tornando mais comportadas, À ǡ Ƥ Ƥ mais pelas injustiças das quais elas se originaram, tornando-­‐se uma pálida sombra de seu potencial e, na pior das hipóteses, uma barreira para o desenvolvimento autêntico. Às vezes nos perguntamos ­Ù Ƥ Ǧ ǡ À e “amolecendo”, ingênua e involuntariamente, os locais para mais uma rodada de globalização pós-­‐colonial. Isto é desenvolvimento sem soberania local, algo que há tempos vem acompanhando a ampliação da pobreza das populações Ǥ ± ± À o setor de desenvolvimento admitir esse papel velado sem expor a sua própria falta de soberania e estrutura.

PARA ALÉM DA AVENIDA DOS SONHOS DESFEITOS...

Oh meu Deus! Tudo parece tão sem esperança...

O que algumas organizações sociais sem recursos podem fazer contra mega corporações?

- Quem disse? o!

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Elas são tão enormes e poderosas e somos tão fracos e LQVLJQLÀFDQWHV

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“Existem organizações e movimentos de soberania em todos os continentes resistindo a esta tendência, muitas vezes apoiados SRU ÀQDQFLDGRUHV H organizações sociais com uma abordagem de desenvolvimento diferenciada. O setor social precisa procurá-los e aprender com eles.” 15

A SITUAÇÃO ESTÁ LONGE DE SER DESESPERADORA A situação está longe de ser desesperadora. Existem organizações e movi-­‐ mentos de soberania em todos os continentes resistindo a esta tendência, Ƥ ­Ù uma abordagem de desenvolvimento diferenciada. O setor social precisa procurá-­‐los e aprender com eles. Existem muitas iniciativas, programas e projetos que são muito promissores, desde que possam se ajustar ou se transformar no sentido de integrar uma abordagem mais organizacional. ǡ ǡ Ƥ ǡ Ƥ ǡ ­ ­ ± ­Ù locais e de movimentos sociais autênticos e soberanos. Pode haver um cres-­‐ Ƥ -­‐ alguns até trazendo essa abordagem de desenvolvimento -­‐, mas acredit-­‐ amos que esta é uma disciplina que precisa ser aprendida por mais gente e que precisa se tornar o foco da prática do setor de desenvolvimento social como um todo e não apenas em uma parte deste segmento. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


Principais aspectos de uma organização soberana Quais são alguns dos principais aspectos da identidade de uma organização ou de um movimento soberano?

Organizações soberanas Propósito e princípios

...essa organização se esforça para conhecer e trabalhar a partir da sua própria intenção. Ela funciona “a partir de” e Dz dz À ǡ Ƥ Ǥ ...é uma expressão autêntica da vontade e da voz dos seus próprios constituintes. Ela pode prestar serviços, mas não se presta a servir aos propósitos de outra organização e, Ƥ ǡ ± À Ƥ ² de fora. ...uma organização soberana é culturalmente e estruturalmente única: não um clone de algumas “melhores práticas” de um modelo externo.

vontade

única

política

cooperativa

...uma organização soberana é politicamente consciente, conhece seus direitos e responsabilidades e compreende as relações de poder de que faz parte. ...uma organização soberana é capaz de cooperar e trabalhar com colegas e parceiros, sem perder sua identidade. Soberania não denota um comportamento isolado, embora possa haver fases de independência, de desenvolvimento interno e de busca pela própria identidade, antes de se abrir para a colaboração. ...soberania é tanto uma qualidade, quanto um processo de À Ǥ se adaptar vai determinar a sua soberania em um mundo mutante e volátil, portanto, vai determinar o crescimento Ƥ Ǥ ­ com muitas e variadas fontes, principalmente a partir de sua própria experiência, mas também por meio de suas diversas relações horizontais de aprendizagem com os

contínua

voz

cultura

consciência

senso de identidade aprendizagem

Organizações com uma espinha dorsal forte

“O que é preciso é um profundo respeito por aquilo que é local e intrínseco e por uma prática sutil que possa dar um suporte inteligente e cuidadoso onde for necessário.”

ENCONTRANDO OS DESAFIOS REAIS DA PRÁTICA DE DESENVOLVIMENTO Ƥ ­Ù Ƥ -­‐ dades e processos. Para isso, é necessário olhar com calma para aquilo que está vivo nas comunidades: o que é autêntico, o que tem potencial, acompanhado de um profundo respeito pelo que é local e nativo e de uma prática sutil que possa dar um suporte bem pensado e cuidadoso onde for preciso.

± ­ Ƥ trabalhando em sua própria soberania, observando seus propósitos e valores derivados das necessidades e direitos das pessoas e organizações que eles escolheram apoiar. 16

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Olhando o mundo por meio das organizações Minha sensação é que as pessoas veem as organizações como veículos que servem para fazer coisas no mundo: não percebem que é na construção da organização que estão moldando o mundo.

James Taylor

± ­ À organizações, formais e informais, todas fundamentalmente À ǡ ­ Ǥ organizações. As comunidades, por sua vez, são parte de “organizações” ainda Ǥ ǡ ­Ù ǡ ǡ Ǥ ǡ À locais, as quais, coletivamente, formam as estruturas dos governos estaduais até chegarmos aos estados-­‐nação. A s nações são, em si, parte de comunidades mais amplas de nações regionais e globais. O mundo dos negócios tem sua própria forma de organização: das lojas locais e mercados, até as megacorporações globais. × ǡ ǡ -­‐ ções para podermos estar juntos e para fazermos coisas que não À Ǥ ­Ù tão grande do que somos que, assim como o ar que respiramos, nos Ƥ × Ǥ fazer com que as necessidades, habilidades e capacidades de um À ­Ù ǡ -­‐ dade tem conseguido proezas de criatividade quase inimagináveis Ǧ ± À ­ Ǥ E não é apenas ‘o que’ as organizações fazem que muda o mundo. Os tipos de organizações que criamos e a forma como nos orga-­‐ nizamos também determinam, em muito, a natureza e a qualidade Ǥ Dz × dz Dz ­Ù dzǤ

Olhar para organizações: máquinas ou organismos vivos? A vida procura se organizar, mas ela usa o caos para chegar lá. Organização é um processo, não uma estrutura.

Margaret Wheatley 17

­Ù Ǧ ±ǡ ǡ Ƥ ­ predominante do que é uma organização no mundo de hoje. Esta visão mecânica das organizações é reconfortante para os gestores que esperam controlar ou dirigir suas organizações de À Ǥ × ± À ­ ǣ ǡ À sem emoção. Ao fazer isso, eles acabam estrangulando os impulsos ǡ À ± À em relação ao futuro. Para nós, as organizações são caóticas e multifacetadas, são sistemas vivos, porque são povoadas por seres humanos em relações ï À envolvidos. Assim como as pessoas precisam ser abordadas com mais amor, curiosidade e admiração para que se obtenha o melhor delas, as organizações também podem responder distintamente ­ Ǥ Ƥ ǡ -­‐ ções burocráticas e maçantes de organizações vibrantes e criativas? WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


SISTEMAS VIVOS: O QUE OS FAZ PULSAR? Quando entendemos uma organização como algo diferente das pessoas que a fazem, como algo que não é humano, acabamos por reforçar tudo o que está no cerne dos erros do mundo: orga-­‐ nizações mecânicas e desumanas, comportamentos que visam o controle por meio de dominação e exclusão sistemática. Se entendemos uma organização como uma máquina (consci-­‐ Ȍǡ ­ À ǡ ǡ ­ × ǡ À × é planejada e organizada. 2 À À ǡ mas se quisermos realmente entender o que faz uma organização pulsar, teremos que observá-­‐la como um sistema vivo com as seguintes qualidades:

“Quando entendemos uma organização como algo diferente das pessoas que a fazem, como algo que não é humano, acabamos por reforçar tudo o que está no cerne dos erros do mundo.”

Ǧ À e ações das pessoas na organização; -­‐ A prática real -­‐ não apenas o que o plano diz, mas o que é feito de fato, o seu real trabalho e os pensamentos que estão no âmago do fazer; -­‐ As relações humanas entre as pessoas e entre a organização e o mundo exterior; -­‐ A cultura e os hábitos que descrevem os comportamentos roti-­‐ neiros, originais e singulares de cada organização; -­‐ O desenvolvimento da organização -­‐ a maneira como ela responde, aprende, cresce e muda ao longo do tempo. Ao contrário dos sistemas mecânicos que degradam com o tempo, os sistemas vivos se desenvolvem ao longo do tempo. Se estivermos interessados em trabalhar com a vida da organização, é nesses lugares que vamos encontrá-­‐la. Ao nos concentrarmos apenas nos aspectos formais, mais mecânicos, é provável que reforcemos o que já não está vivendo e sufoquemos o que está vivo. Ao prestar mais atenção a estes aspectos vivos, nós estaremos mais propensos a dar vida e interesse para o que é mecânico, de tal modo que eles apoiem, e não obstruam, a ação criativa humana.

A abordagem viva de sistemas nos ajuda a ver que a saúde ou a disfunção em qualquer um está enraizada no outro, em ciclos virtuosos e viciosos.

A ABORDAGEM VIVA DE SISTEMAS A abordagem viva de sistemas nos ajuda a ver que esses elementos estão dinamicamente e historicamente relacionados, que a saúde ou disfunção em qualquer um está enraizada no outro, em ciclos virtuosos e viciosos. Assim, o baixo desempenho orga-­‐ nizacional pode ter muito a ver com relações e culturas baseadas no ƪ ² Ǥ investimento no desenvolvimento da equipe, que em seu estado de Ƥ que já não funciona mais, sem a vontade ou mesmo tempo para Ƥ Ǥ ± ǡ Ƥ Ƥ × machado. 18

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“Então, em vez de tentar construir clones das “boas práticas”, podemos perguntar “Qual é o verdadeiro trabalho desta organização e quais são as formas de organização que podem melhor apoiar este trabalho?”

À mais escondidas e complexas e para os ciclos de saúde e disfunção organizacional, em vez de usar o modo simplista e mecânico de pensar em causa e efeito que domina nosso mundo. Este mundo habitado por sistemas vivos, dinâmicos e mutantes, desenvolveu uma extraordinária diversidade. Gestores com um modelo mental mecânico tentam “gerenciar a diversidade” ou Ǧ À Ǧ ǡ o seu caos e suas tensões. Ao fazer isso, eles matam a criatividade que a diversidade tem para oferecer.

CLONES DE “BOAS PRÁTICAS” OU CRIATIVIDADE SINGULAR ­Ù ȋ ± base na nossa experiência), devemos assumir que não existem duas organizações iguais. A maioria das organizações, criativas e bem sucedidas, tende a quebrar as regras das “boas práticas” e encontrar suas próprias maneiras, únicas e singulares, de trab-­‐ alhar, adequadas ao tipo de atividades que fazem e ao tipo de Ǥ organizações sejam elas mesmas e que encontrem sua criativi-­‐ dade, o melhor de si. Então, em vez de tentar construir clones das “boas práticas”, podemos perguntar: “Qual é o verdadeiro trabalho desta organização e quais são as formas de organização que podem melhor apoiar este trabalho?”. Ironicamente, quando vemos uma organização de sucesso, buscamos copiá-­‐la, o que prej-­‐ udica a possibilidade de nosso próprio sucesso com base na nossa própria singularidade!

CLONES ORGANI ZACIONAIS OU ORGANIZAÇÕES DIVERSAS E ÚNICAS?

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PRINCĂ?PIOS-CHAVE E IDEIAS NORTEADORAS DESTE LIVRO Este livro ĂŠ orientado por muitos princĂ­pios e ideias, vĂĄrios deles aprendidos com outras SHVVRDV PDV WRGRV DĂ€QDGRV H DĂ€DGRV D SDUWLU GD H[SHULrQFLD 2IHUHFHPRV TXDWUR ´JXLDVÂľ TXH acreditamos, sejam particularmente verdadeiros e Ăşteis no nosso trabalho.

Desenvolvimento (e vontade de se desenvolver) ĂŠ um processo natural e inato. Qualquer que seja o estado em que encontremos as organizaçþes, elas jĂĄ estĂŁo em desenvolvimento. Elas podem estar se desenvolvendo de forma saudĂĄvel ou nĂŁo, da forma como gostariam ou mesmo com consciĂŞncia, ou elas podem estar paralisadas em algum lugar. O fato ĂŠ que elas vĂŞm se desenvolvendo muito antes dos facilitadores entrarem em suas vidas e continuarĂŁo a fazĂŞlo por muito tempo depois que eles se forem. NĂłs nĂŁo podemos “entregarâ€? desenvolvimento – ele jĂĄ vem acontecendo como um processo natural que precisamos aprender a ler, respeitar e trabalhar.

Desenvolvimento ĂŠ muitas vezes complexo, imprevisĂ­vel e caracterizado por crises. O que ĂŠ preciso e quanto tempo demora para ajudar uma mulher em crise a encontrar coragem para lidar com um marido abusivo? Ou talvez para se ajudar uma comunidade D HQFRQWUDU D FRQĂ€DQoD QHFHVViULD SDUD OLGDU FRP vereadores corruptos? Quando uma organização SDUHFH HVWDU j EHLUD GH LPSORGLU HVVH p R VHX Ă€P ou a sua chance de renovação? Quais sĂŁo as forças complexas e inesperadas que contribuem para que XPD LQLFLDWLYD VRFLDO TXH DQWHV Ă RUHVFLD SDVVH D murchar e morrer? O desenvolvimento ĂŠ inerentemente imprevisĂ­vel e propenso Ă crises. No entanto, quase que milagrosamente, as crises de desenvolvimento costumam estar “grĂĄvidasâ€? de oportunidades para um novo movimento, que traz mudanças qualitativas. 3URĂ€VVLRQDLV H[WHUQRV RX Ă€QDQFLDGRUHV PXLWDV vezes, evitam oferecer apoio quando as organizaçþes estĂŁo passando por uma crise, pensando que isso ĂŠ um sinal de falha, quando justamente o oposto pode ser possĂ­vel. Reconhecer e trabalhar com as crises, com todas as suas imprevisibilidades ĂŠ o cerne da abordagem “desenvolvimentistaâ€? (orgânica).

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A capacidade prĂłpria, das pessoas e das organizaçþes, de aprender com a experiĂŞncia ĂŠ a base do seu desenvolvimento, independĂŞncia e interdependĂŞncia. Aprender com a experiĂŞncia ĂŠ algo tĂŁo velho quanto as montanhas, ĂŠ um dos processos naturais e orgânicos pelo qual as pessoas se desenvolvem - embora seja raramente utilizado de forma consciente. Aprendemos ao fazer, ao pensar sobre o TXH Ă€]HPRV H Dt DR ID]HUPRV XP SRXFR PHOKRU QD YH] VHJXLQWH Aprendemos tambĂŠm, especialmente bem, a partir dos nossos pares, de forma horizontal, quando eles compartilham conosco suas experiĂŞncias e nĂłs as ligamos Ă nossa prĂłpria experiĂŞncia. $SUHQGHU D DSUHQGHU GH IRUPD HĂ€FD] a partir da prĂłpria experiĂŞncia, permite que as pessoas se orgulhem de sua prĂłpria inteligĂŞncia e conhecimento e construam uma independĂŞncia saudĂĄvel dos especialistas externos.

O poder ĂŠ sustentado e transformado por meio das relaçþes. NĂłs vivemos, aprendemos e nos desenvolvemos a partir de trĂŞs tipos de relaçþes: a relação consigo prĂłprio, as relaçþes interpessoais, com as pessoas ao nosso redor, e as relaçþes externas, com o resto do mundo. O poder ĂŠ sustentado por meio das relaçþes. Ora ĂŠ a luta que temos com nĂłs mesmos para reivindicar nosso poder interior; ora ĂŠ o poder que alguns tĂŞm sobre outros ou o poder que nĂłs temos em relação aos outros; ora ĂŠ o poder que o Estado exerce em relação aos VHXV FLGDGmRV 6HP DV UHODo}HV R SRGHU VLJQLĂ€FD pouco, ele nĂŁo tem força - para o mal ou para o bem. Se queremos mudar o poder, temos de mudar as relaçþes.

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Vendo a maneira como as organizações mudam TIPOS DE MUDANÇA

MUDANÇA EMERGENTE

MUDANÇA TRANSFORMADORA

Os sistemas vivos estão constantemente mudando. O que precisamos e buscamos é uma mudança saudável e, para isso, costumamos nos perguntar: “Como podemos mudar nossa orga-­‐ ­ ǫdzǤ ï primeiro: “Como as organizações tendem a mudar? Como esta orga-­‐ ­ Ǧ ­ À ǫ são as condições e possibilidades que existem para esta mudança?”. Saber como uma organização está mudando, quais são as condições que ela tem para mudar e ainda incorporar nosso trabalho nesses processos de mudança, já em curso, são aspectos centrais da abor-­‐ dagem “desenvolvimentista” (orgânica). Existem três tipos principais de mudança social, observados, que ± ­Ù Ǥ MUDANÇA E MERGENTE ­ ­ ǡ À ǡ À ǡ ǡ -­‐ ções e sociedades mudam gradualmente e inconscientemente. Esse processo de aprendizagem acontece a partir da experiência, da tentativa e erro, tentando melhorar e aprimorar o que sabem e o que fazem, construindo a partir do que já está lá, passo a passo, de maneira incerta, mas ainda assim aprendendo e se adaptando: ainda que bem ou mal. É a mudança caracterizada pelo processo de ação-­‐aprendizagem. MUDANÇA T RANSFORMADORA ­Ù ± Ƥ de crise. Quando o crescimento e a complexidade superam a capa-­‐ cidade organizacional ou quando necessidades importantes deixam de ser observadas, a organização torna-­‐se instável ou perde seu À ­ a aparecer. Os sintomas deste tipo de mudança, muitas vezes, ƪ ǡ geral, como uma tensão organizacional que vai crescendo até Ǥ ǡ ƪ ǡ ǡ Ǧ Ǥ entanto, situações de estagnação ou de crise são muitas vezes opor-­‐ ­ Ƥ Ǥ Esse tipo de mudança geralmente acontece por meio de À Dz dz atitudes, abordagens, crenças e valores que se escondem por trás da crise e enfrentamos nossos medos, dúvidas e ressentimentos. À Ǥ

MUDANÇA PROJETÁVEL

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MUDANÇA P ROJETÁVEL Quando as organizações estão razoavelmente estáveis e saudáveis, e quando as condições externas não estão completa-­‐ À ǡ ǡ ǡ ­Ù ­ projetável. Em tais condições, as pessoas muitas vezes podem olhar para longe, criar visões do que elas querem e fazer planos para fazê-­‐ las acontecer. Por isso, “projetos”.

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CRIANDO CONDIÇÕES PARA UMA MUDANÇA PROJETÁVEL ȋ suas organizações) vivem em situações muito instáveis e imprevi-­‐ À ȋ ­ Ȍǡ esforços para iniciar mudanças projetáveis (projetos) muitas vezes ǡ ² Ƥ Ǥ externos preferem condições projetáveis (elas existindo ou não), porque elas oferecem a promessa, ou a ilusão, de um investimento mais seguro, baseado em resultados. Por isso, muitas vezes, eles À Ǥ ǡ ǡ ± emergente ou por entre as condições de transformação que advêm ǡ Ƥ ­Ù ­ ƪ ­ Ǥ

Vizualizando a futura organização da sociedade ǡ Ƥ ǡ -­‐ tite da sociedade. Ele vê a sociedade como sendo composta por três campos de interação: a sociedade civil, o governo e as empresas. Ele Ǥ Ƥ a importância da tensão criativa entre estes três subsistemas para um desenvolvimento saudável da sociedade. As forças criativas da sociedade se tornam vivas onde estes três subsistemas se encon-­‐ tram, nas suas tentativas de moldarem uns aos outros. A sociedade Ƥ ² À -­‐ ǡ Ƥ ÀƤ Ǥ Perlas começa descrevendo as importantes funções de cada um ² Ǥ ² Ø ǡ ǡ que lida com “a produção, distribuição e consumo de bens e serviços para a satisfação adequada das necessidades humanas”. Seu papel ± Dz Ƥ necessidades humanas”, organizando a sociedade para trabalhar Ǥ À ǡ ǡ ± Dz lida com a igualdade em todos os aspectos das relações humanas”.

Nicanor Perlas

SOCIEDADE POLÍTICA

SOCIEDADE CIVIL: O “CAMPO CULTURAL” Perlas vê a sociedade civil como o “campo cultural” da sociedade e descreve-­‐o como “o subsistema da sociedade preocupado com o desenvolvimento das capacidades humanas na sua totalidade e ­ ǡ Ƥ ǡ ǡ ± de sagrado. Cultura é a esfera que atribui identidade e sentido, que representa a voz mais profunda da comunidade. Este é o reino que ǡ À -­‐ nizações, permitindo que eles sejam participantes competentes ǡ À ǡ dzǤ A sociedade civil, como as pessoas e organizações, desempenha, portanto, um papel de humanização, único e profundo, no desen-­‐ volvimento da sociedade. 22

SOCIEDADE

SOCIEDADE

CIVIL

ECONÔMICA

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“O futuro de uma sociedade justa, saudável e livre exigirá a transformação da organização de todos os setores da sociedade”.

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Em

Sistema

Governo Sociedade civil

Academia

as

s pre

CRIATIVOS CULTURAIS À ǡ governo e nas empresas, trabalhando para mudar os seus mundos por meio dos valores da sociedade civil -­‐ ele os chama de “cria-­‐ tivos culturais”. É provável que estes criativos culturais, como À ǡ organizacionais. O futuro de uma sociedade justa, saudável e livre exigirá a trans-­‐ formação da organização de todos os setores da sociedade: do governo -­‐ de burocrática e autocentrada para uma organização que protege os seus cidadãos sem medo, garantindo igualdade e justiça; das empresas -­‐ de sua obsessão por retornos trimestrais em curto prazo para investidores, em longo prazo, em meios de subsistência sustentáveis; e da sociedade civil -­‐ de sua vitimização combativa À ǡ a comunidade e para a sociedade. Em cada caso, esses papéis vão exigir novas formas de orga-­‐ nização -­‐ sistemas vivos, que realmente nos permitam mobilizar coletivamente nossos poderes individuais para enfrentar os desa-­‐ Ƥ Ǥ

judiciário

OS CRIATIVOS CULTURAIS AJUDAM A TRANSFORMAR A SOCIEDADE 23

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De dentro para fora

CAPÍTULO 2

Para compreender a nós mesmos, outras pessoas e como mudamos Ǩ ± ǤǤǤ Mas esse capítulo é sobre você. Para você ajudar outros a se compreenderem melhor, talvez você tenha que começar a se conhecer melhor. Veremos como você, seja um líder ou um facilitador, pode fazer perguntas melhores e realmente facilitar processos. Abriremos muitas “janelas” através das quais você poderá ver melhor a si mesmo e aos outros. Eu acho que você vai gostar da experiência... Também pode acabar descobrindo que você é muito mais interessante do que havia pensado! Aproveite!

O LÉO VAI CONTAR ESTA HISTÓRIA... Há muitos anos, uma colega me deu um conselho maravilhosamente simples: “Se você quer saber o que realmente está acontecendo dentro de uma organização ou de um grupo com o qual você está trabalhando, deve prestar mais atenção ao que está acontecendo dentro de você. Seus próprios sentimentos muitas vezes dão as pistas mais importantes”. O que ela estava querendo ressaltar, acho eu, é que os nossos corações também são órgãos de percepção. Por meio dos nossos sentimentos, nosso instinto ou nossa intuição, somos capazes de ouvir HP XP QtYHO PDLV SURIXQGR 0DV DSUHQGHU D RXYLU H FRQÀDU HP VHXV SUySULRV VHQWLPHQWRV QmR p WDUHID IiFLO (X IXL FULDGR SDUD GHVFRQÀDU dos meus sentimentos – dizem que eles não são lógicos, portanto, não GHYR FRQÀDU QHOHV 'HVDSUHQGHU DWLWXGHV WmR DUUDLJDGDV FRPR HVVDV não é nada fácil. Eu ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas o conselho que a minha amiga me ofereceu representou uma nova janela para olhar o mundo. Estar em contato mais próximo com os meus sentimentos e com a minha intuição, certamente ajudou a me sentir mais vivo.

Se você quiser ser um facilitador ou um líder efetivo, primeiro, você tem que se olhar no espelho.

O DISCURSO NA PRÁTICA À ǡ Ƥ ± ajudar os outros a verem e ouvirem a si mesmos e uns aos outros de forma mais clara, primeiro precisamos entrar em contato com os nossos próprios pensamentos, sentimentos e desejos. Se real-­‐ mente queremos ver e ouvir as pessoas com as quais estamos ǡ ǡ × Ȃ nosso discurso em prática. 24

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FAZENDO BOAS PERGUNTAS POR QUE PRECISAMOS DE BOAS PERGUNTAS? Â? †‘• •‹Â?ƒ‹• †‡ —Â? ŽÀ†‡” ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘” Âą ƒ •—ƒ …ƒ’ƒ…‹†ƒ†‡ †‡ ˆƒœ‡” ĥ perguntas  certas,  no  momento  certo.  A  arte  da  liderança  depende  dessa  habilidade  de  fazer  perguntas  que  farĂŁo  a  diferença. Essa  capacidade  depende,  por  sua  vez,  da  habilidade  de  ouvir  Â‡ÂˆÂ‡Â–‹˜ƒÂ?‡Â?–‡Ǥ  Â‘ Âą Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ ’‡”…‡„‡” “—‡ ĥ Šƒ„‹Ž‹†ƒ†‡• †‡ ’‡”‰—Â?–ƒ” e  de  ouvir  funcionam  bem  juntas.  Ouvir  as  pessoas  atentamente  nos  ÂƒÂŒÂ—†ƒ ƒ ˆƒœ‡” „‘ƒ• ’‡”‰—Â?–ƒ•Ǥ •‡ Ƥœ‡”Â?‘• „‘ƒ• ’‡”‰—Â?Â–ÂƒÂ•ÇĄ ‡Â?– Â‘ÇĄ estaremos  mais  propensos  a  obter  respostas  que  valem  a  pena  ser  ouvidas! ‘Â?‘ ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• ‘— ŽÀ†‡”‡•ǥ ‘ ’”‘…‡••‘ †‡ “—‡•–‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘ …‘Â?‡­Âƒ …‘Â? ƒ ‰‡Â?–‡Ǥ ĥ ‘ ‘„Œ‡–‹˜‘ ƤÂ?ƒŽ Âą ƒŒ—†ƒ” ĥ ’‡••‘ƒ• a  ouvirem  o  mundo  com  mais  profundidade  e  a  formularem  boas  perguntas  sobre  ele  por  conta  prĂłpria.  Esse  Ê  o  cerne  do  empoderamento.

ENDA MOCLAIR, UMA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO CAMBOJA, CONTA ESSA HISTĂ“RIA... Antes de cada reuniĂŁo com parceiros, a gente desenvolvia diferentes cenĂĄrios e perguntas, selecionando metĂĄforas adequadas e experiĂŞncias conectadas ao saber local para contĂĄ-las. PensĂĄvamos em todos os que estariam presentes, nos colocĂĄvamos no lugar deles e tentĂĄvamos criar empatia com as suas experiĂŞncias e contextos: “Quem sĂŁo eles? Quais sĂŁo as suas histĂłrias? Quais foram as suas H[SHULrQFLDV GH YLGD DWp R PRPHQWR" &RPR LVVR SRGH LQĂ XHQFLDU o modo deles perceberem a situação? Como as nossas prĂłprias UHVSRVWDV SRGHP LQĂ XHQFLDU DV UHVSRVWDV GHOHV"Âľ $ SDUWLU GHVWD perspectiva, reavaliĂĄvamos nossas perguntas e tentĂĄvamos moldĂĄ-las para que encorajassem um bom diĂĄlogo.

3HUJXQWDV HĂ€FD]HV ‡ ƒ…‘”†‘ …‘Â? ”‡Â?‡ ‡‘Â?ÂƒÂ”Â†ÇĄ ˆƒœ‡” ’‡”‰—Â?–ƒ• ‡Ƥ…ƒœ‡• Âą ‘ Œ‡‹–‘ mais  fĂĄcil  de  obter  as  respostas  certas.  Parece  simples,  mas  esse  ¹ —Â? ’‘Â?–‘ “—‡ …‘•–—Â?ƒÂ?‘• ’‡”†‡” †‡ ˜‹•–ƒǤ ‡”‰—Â?–ƒ• ‡ƤÂ…ÂƒÂœÂ‡Â•ÇĄ diz  ela,  sĂŁo  poderosas  e  provocativas,  sem  serem  demasiado  agres-­â€? sivas.  SĂŁo  perguntas  que  questionam  â€œo  queâ€?  ou  â€œcomoâ€?  e  quase  nunca  o  â€œpor  queâ€?.  A s  perguntas  que  usam  â€œpor  queâ€?,  ela  adverte,  sĂŁo  boas  para  extrair  informaçþes,  mas  podem  deixar  as  pessoas  na  Â†Â‡ÂˆÂ‡Â?•‹˜ƒǤ —–”‘ –”—“—‡ ’ƒ”ƒ ˆƒœ‡” ’‡”‰—Â?–ƒ• ‡Ƥ…ƒœ‡• Âą ƒ‰—ƒ”†ƒ” ƒ ”‡•’‘•–ƒ …‘Â? Â?ƒ‹• ’ƒ…‹²Â?Â…Â‹ÂƒÇĄ †ƒÂ?†‘ Â?• ’‡••‘ƒ• Â?ƒ‹• ‡•’ƒ­Â‘ ’ƒ”ƒ pensarem  de  forma  mais  profunda.  â€œQuando  vocĂŞ  estĂĄ  trabalhando  em  conjunto  com  outras  pessoas  Â’ƒ”ƒ ”‡•‘Ž˜‡” —Â? ’”‘„Ž‡Â?ƒdzǥ †‹œ ‡‘Â?ÂƒÂ”Â†ÇĄ DzÂ†Â‹ÂœÂ‡Â”ÇŚÂŽÂŠÂ‡Â• “—ƒŽ Âą ‘ ’”‘„-­â€? Ž‡Â?ƒ Â? Â‘ Âą •—Ƥ…‹‡Â?–‡ǥ ’‘‹• ‡Žƒ• ’”‡…‹•ƒÂ? †‡•…‘„”‹” ‘ ’”‘„Ž‡Â?ƒ ’‘” si  mesmas.  VocĂŞ  pode  ajudĂĄ-­â€?las  a  fazer  isso  elaborando  perguntas  provocativas  a  elasâ€?.  Em  vez  de  fazer  suposiçþes  sobre  o  que  acha  que  a  outra  pessoa  pode  saber,  vocĂŞ  pode  perguntar:  â€œQual  vocĂŞ  acha  que  Ê  o  problema?â€?.

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ĥ ’‡”‰—Â?–ƒ• ‡Ƥ…ƒœ‡• • Â‘ ‹Â?‹• •‡ ˜‘…² Â? Â‘ –‡Â? …ƒ’ƒ…‹†ƒ†‡ †‡ •—•’‡Â?†‡” •‡—• Œ—Ž‰ƒÂ?‡Â?–‘• ‡ ‘—˜‹”Ǥ •–‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ –‡” ƒ ‹Â?–‡Â?­ Â‘ †‡ compreender  o  que  a  pessoa  estĂĄ  realmente  falando  ou,  ao  menos,  o  que  ela  estĂĄ  querendo  dizer.  O  que  estĂĄ  por  trĂĄs  de  suas  palavras?  Â‡Â‹ÂšÂ‡ †‡ Žƒ†‘ ĥ •—ƒ• Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• ‘’‹Â?‹Ù‡•ǥ ’ƒ”ƒ “—‡ ‡Žƒ• Â? Â‘ „Ž‘“—‡‹‡Â? a  sua  compreensĂŁo  e  a  sua  capacidade  de  apreender  informaçþes  Â‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡•ǥ ‡ ’”‡•–‡ ƒ–‡Â?­ Â‘ Â? •—ƒ ‹Â?–—‹­ Â‘ ‘— ‹Â?•–‹Â?–‘ ’ƒ”ƒ ‘„–‡” informaçþes  adicionais.

“Por trĂĄs de perguntas HĂ€FD]HV HQFRQWUD VH D capacidade de suspender julgamentos e ouvir.â€?

EXERCĂ?CIO FAZENDO PERGUNTAS MELHORES Este exercĂ­cio contĂŠm uma ferramenta de ação-aprendizagem muito simples, mas poderosa. Ele usa a abordagem orientada por perguntas para fazer mudanças, ajudando os SDUWLFLSDQWHV D HQFRQWUDUHP XPD SHUJXQWD VLJQLĂ€FDWLYD 2V SDUWLFLSDQWHV VmR LQFHQWLYDGRV D UHĂ HWLU VREUH D H[SHULrQFLD TXH GHX RULJHP j SHUJXQWD HP SULPHLUD LQVWkQFLD H HP VHJXLGD sĂŁo encorajados a melhorar, aprofundar ou repensar a sua pergunta. EntĂŁo, sĂŁo convidados a dizer o que irĂŁo fazer para encontrar uma resposta para a questĂŁo. O exercĂ­cio nĂŁo faz com que os participantes encontrem respostas rĂĄpidas ou simples Ă s suas perguntas, mas os ajuda a dar o prĂłximo passo em seu prĂłprio processo de questionamento. Este exercĂ­cio pode ser adaptado para vĂĄrias situaçþes e ser conduzido individual ou coletivamente. Nesta versĂŁo, os participantes trabalharam em duplas. 1. JUNTANDO SUAS PERGUNTAS – ESCOLHENDO UMA QUE IMPORTA Use alguns minutos pensando e escrevendo algumas perguntas inquietantes que vocĂŞ tem em relação Ă sua prĂĄtica ou Ă sua vida. &HUWLĂ€TXH VH GH TXH YRFr HVWi FRQWLGR QD pergunta. Por exemplo: “Como posso ganhar PDLV FRQĂ€DQoD GHVVD RUJDQL]DomR"Âľ 1mR deve ser uma questĂŁo que outra pessoa esteja perguntando como, por exemplo, “Por que o governo nĂŁo oferece um apoio melhor aos pequenos agricultores?â€?. Escolha uma de suas perguntas e pense em como ela surgiu para vocĂŞ. Anote tambĂŠm os sentimentos que vocĂŞ tem que acompanham esta pergunta. 2. TRAZENDO Ă€ TONA A EXPERIĂŠNCIA POR TRĂ S DA PERGUNTA De onde esta questĂŁo vem, realmente? Tente se lembrar de uma ou duas experiĂŞncias que levaram vocĂŞ a fazer essa pergunta... e imagine-se novamente nesta experiĂŞncia. Escreva todas as lembranças ou observaçþes importantes do que estava acontecendo. Que sentimentos acompanham esta histĂłria?

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3. COMPARTILHANDO EM DUPLA Exponha a sua pergunta e a sua história para o seu parceiro na dupla (que deve estar ouvindo você com curiosidade!). Depois disso, essa pessoa deve dizer o que chamou sua atenção (a dela) sobre a história e sobre a pergunta para, em seguida, dizer o que ela pensa sobre o que realmente estava acontecendo - a verdadeira história por trås da história. Quais conselhos ela tem para a sua pergunta? 4. REPENSANDO A SUA PERGUNTA ORIGINAL Agora tente melhorar a sua indagação. Talvez uma questão melhor passe pela sua cabeça. Anote-a. Escreva tambÊm os sentimentos que acompanham essa nova (ou melhorada) questão. 5. E AGORA? Anote o próximo passo que quer dar para responder à sua pergunta. 6. COMPARTILHANDO COM O GRUPO Se estiver trabalhando em um grupo maior, compartilhar em grupo todas as questþes e os sentimentos que os acompanham pode ser útil. Compartilhar questþes profundas e verdadeiras Ê algo que costuma promover conversas saudåveis.

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UMA BOA FACILITAĂ‡ĂƒO E UMA LIDERANÇA FACILITADORA ALGUNS PRINCĂ?PIOS

? DE QUEM É ESSE PROCESSO, AFINAL?

Â?ƒ ז‹Â?ƒ ’‡”‰—Â?–ƒ ’ƒ”ƒ ˆƒœ‡”Â?‘• Â?‘• ’”‘…‡••‘• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?-­â€? ento  organizacional  e  comunitĂĄrios  Ê:  â€œQuem  estĂĄ  participando  do  processo  de  quem?â€?  nj ‘Â?‘ ŽÀ†‡”‡• ‡ ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ ‡Â?–‡Â?†‡Â?‘• “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• Œž ˜²Â? •‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‡Â?†‘ ƒ‘ Ž‘Â?‰‘ †‡ •—ƒ Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹Âƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒǤ ‘••‘ ’ƒ’‡Ž Âą ajudĂĄ-­â€?las  a  ver  esse  caminho  e  a  paisagem  ao  redor,  mais  nitidam-­â€? ente,  para  que  possam  fazer  as  suas  prĂłprias  escolhas.  Estamos  participando  do  seu  processo! ÇŚ ‡Â?‘• ’”‘ˆ—Â?†‘ ”‡•’‡‹–‘ ‡ …—”‹‘•‹†ƒ†‡ ’‘” “—‡Â? • Â‘ ĥ Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ pelo  que  elas  sabem,  pelo  que  vemos  delas  e  atĂŠ  mesmo  pelo  que  ainda  nĂŁo  vemos  (hĂĄ  sempre  mais  do  que  os  olhos  podem  ver). -­â€?  Estamos  interessados  e  queremos  ouvir  profundamente  o  que  as  pessoas  pensam,  o  que  sentem  e  o  que  querem.

“Como lĂ­deres e facilitadores entendemos que as pessoas jĂĄ vĂŞm se desenvolvendo ao longo de sua prĂłpria histĂłria.â€?

ÇŚ Œ—†ƒÂ?‘• ĥ ’‡••‘ƒ• ƒ –”ƒœ‡”‡Â? Â? –‘Â?ƒ •‡— ’”×’”‹‘ …‘Â?Š‡…‹Â?‡Â?–‘ -­â€?  e  os  recursos  que  tĂŞm  -­â€?  e  a  apreciarem  e  comemorarem  o  seu  prĂłprio  poder. -­â€?  Ajudamos  as  pessoas  a  fazerem  suas  prĂłprias  perguntas,  formarem  seus  prĂłprios  julgamentos  e  fazerem  suas  prĂłprias  escolhas,  mesmo  que  discordemos  delas. -­â€?  Ajudamos  as  pessoas  a  aprenderem  com  suas  prĂłprias  experiĂŞn-­â€? cias  e  com  a  experiĂŞncia  dos  outros.  Ainda  mais  importante,  nĂłs  ÂƒÂ• ƒŒ—†ƒÂ?‘• ƒ ƒ’”‡Â?†‡” …‘Â?‘ ƒ’”‡Â?†‡” †‡ ˆ‘”Â?ƒ ‡ƤÂ…ÂƒÂœÇĄ ’ƒ”ƒ “—‡ possam  pensar  de  forma  independente. ÇŚ ”ƒ„ƒŽŠƒÂ?‘• ’ƒ”ƒ ‘ „‡Â? †‡ –‘†ƒ ƒ …‘Â?—Â?‹†ƒ†‡ ‘— ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ‡ nĂŁo  para  os  interesses  de  poucos.

FACILITE, NĂƒO “FACIPULEâ€?! Ei, espere um pouco! Este nĂŁo ĂŠ um livro para DMXGDU RV SURĂ€VVLRQDLV de desenvolvimento a ajudarem outras pessoas a se transformar?

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Sim, mas para ajudar os outros devemos começar com um pouco de DXWRFRQKHFLPHQWR $Ă€QDO HVWDPRV tentando ser facilitadores, nĂŁo “facipuladoresâ€?! “Facipuladoresâ€??

e DTXHOHV SURÀVVLRQDLV TXH PDQLSXODP ÀQJLQGR HVWDU IDFLOLWDQGR

Uhuu! Chega de “facipuladores�! Viva os facilitadores, viva!

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UMA HISTĂ“RIA

RAFTING* Tony Watkins Essa história Ê um ótimo exemplo da diferença entre uma liderança de comando e uma liderança facilitadora.

Por  sorte  eu  pude  fazer  Â”ƒˆ–‹Â?‰ Â?‘ ”‹‘ ‘–— duas  vezes,  no  ano  Â’ƒ••ƒ†‘Ǥ ƒ Â?ƒ‰Â?Ă€Ƥ…ƒ viagem  de  quatro  dias  atravessamos  uma  das  últimas  åreas  de  natureza  virgem  Â†Âƒ ŽŠƒ †‘ ‘”–‡ǥ Â?ƒ ‘˜ƒ ‡ŽÂ&#x;Â?†‹ƒǤ A  primeira  expe-­â€? dição  foi  liderada  pelo  Buzz,  um  guia  americano  com  boa  experiĂŞncia  em  rafting  e  muitas  histĂłrias  de  grandes  rios  para  contar.  Com  Â—Â? ŽÀ†‡” …‘Â?‘ ‘ Â—ÂœÂœÇĄ Â?‘ ‰”—’‘ǥ nĂŁo  havia  motivo  para  ter  medo  de  Â?‡Â?Š—Â?ƒ †ƒ• …‘””‡†‡‹”ƒ• †‘ ‘–—Ǥ Passamos  a  metade  do  primeiro  dia  em  uma  årea  mais  calma  do  rio,  desenvolvendo  o  trab-­â€? alho  em  equipe  e  de  coordenação.  PrecisĂĄvamos  dominar  algumas  corredeiras  e  a  disciplina  para  responder  aos  comandos  sem  titubear  foi,  sem  Â†ĂŻÂ˜Â‹Â†ÂƒÇĄ ‡••‡Â?…‹ƒŽ ’ƒ”ƒ ‹••‘Ǥ ƒ ÂˆĂŻÂ”Â‹Âƒ ‡Â? ‡„—Ž‹­ Â‘ de  uma  corredeira  nĂŁo  haveria  espaço  para  erro:  quando  Buzz  gritava  acima  do  barulho  da  ågua,  uma  reação  instantânea  era  essencial.  Ă—• †‘Â?‹Â?ƒÂ?‘• ‘ ‘–—Ǥ Â? …ƒ†ƒ —Â?ƒ †ƒ• corredeiras,  lutamos  contra  o  rio  e  o  superamos.  Os  comandos  gritados  por  Buzz  eram  equiparĂĄveis  ÂƒÂ’‡Â?ĥ Â? ÂˆĂŻÂ”Â‹Âƒ †‘• Â?‘••‘• ”‡Â?‘•ǥ Â? Â?‡†‹†ƒ “—‡ levĂĄvamos  o  bote  exatamente  para  onde  o  Buzz  queria  que  ele  fosse. ‘ ƤÂ?ƒŽ †ƒ Œ‘”Â?ÂƒÂ†ÂƒÇĄ Â?‘• •‡Â?Â–Ă€ÂƒÂ?‘• –”‹—Â?-­â€? ˆƒÂ?–‡•Ǥ ÂƒÂ˜Ă€ÂƒÂ?‘• ˜‡Â?…‹†‘Ǥ ‘Â?•‡‰—‹Â?‘• ’”‘˜ƒ” “—‡ ÂąÂ”ÂƒÂ?‘• •—’‡”‹‘”‡•Ǥ Â•ÂƒÂ„Ă€ÂƒÂ?‘• “—‡ ÂąÂ”ÂƒÂ?‘• Â…ÂƒÂ’ÂƒÂœÂ‡Â•ÇĄ Â?‘• •‡Â?Â–Ă€ÂƒÂ?‘• ‘• „‘Â?•ǥ ‘• ’‘†‡”‘•‘•Ǥ Â?‹•–¹”‹‘ ‡ ƒ Â?ƒŒ‡•–ƒ†‡ †‘ ‘–— –‹Â?ŠƒÂ? •‹†‘ superados. ƒ •‡‰—Â?†ƒ ˜‡œ ‡Â? “—‡ ‡— †‡•…‹ ‘ ‘–—ǥ ƒ experiĂŞncia  conquistada  poderia  ter  sido  de  valor  inestimĂĄvel,  mas  o  guia  dessa  vez  era  um Â

nativo  neozelandĂŞs  de  fala  mansa.  Aparentemente,  seria  quase  impos-­â€? Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ ‘—˜‹” ƒ •—ƒ ˜‘œ acima  do  barulho  das  corredeiras. Quando  nos  aprox-­â€? imamos  da  primeira  corredeira,  ele  nem  sequer  levantou  a  voz.  Ele  nĂŁo  tentou  assumir  o  comando  nem  sobre  nĂłs,  nem  sobre  o  rio.  Suave  e  silenciosamente  ele  sentiu  o  clima  do  rio  e  observou  cada  pequeno  rede-­â€? Â?‘‹Â?Š‘ †‡ ž‰—ƒǤ  Â‘ Š‘—˜‡ †”ƒÂ?ÂƒÇĄ Â?‡Â? ‰”‹–‘•Ǥ  Â‘ Šƒ˜‹ƒ —Â?ƒ …‘Â?’‡–‹­ Â‘ para  ser  vencida.  Ele  amava  o  rio. Passamos  por  cada  umas  das  corredeiras  com  graça  e  beleza  e  depois  de  um  dia  de  descida,  o  rio  nĂŁo  tinha  se  tornado  um  inimigo,  mas  sim  nosso  amigo.  O  calado  nativo  nĂŁo  era  o  nosso  ÂŽĂ€Â†Â‡Â”ÇĄ ƒ’‡Â?ĥ ƒ ’‡••‘ƒ …—Œƒ •‡Â?•‹„‹Ž‹†ƒ†‡ ‡”ƒ Â?ƒ‹• †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹†ƒ “—‡ ƒ Â?‘••ƒǤ • ”‹•ƒ†ƒ• Â•Â—Â„Â•Â–Â‹Â–Â—Ă€ÂƒÂ? ƒ tensĂŁo  da  conquista. ‘‰‘ǥ ‘ Â?ƒ–‹˜‘ •‹Ž‡Â?…‹‘•‘ ˆ‘‹ …ƒ’ƒœ †‡ •‡ ”‡…‘ŽŠ‡” ‡ †‡‹šƒ” “—‡ Â?‘• ”‡˜‡œž••‡Â?‘• …‘Â?‘ ŽÀ†‡”‡•Ǥ Â? ƒ…‡Â?‘ •‹Ž‡Â?…‹‘•‘ ‡”ƒ •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ …ŠƒÂ?ƒ” nossa  atenção  para  as  coisas  que  a  nossa  falta  de  experiĂŞncia  nos  impedia  de  ver.  Se  alguĂŠm  cometia  um  erro,  dĂĄvamos  risada  e  passĂĄvamos  a  vez  para  que  a  pessoa  seguinte  assumisse. ו …‘Â?‡­ÂƒÂ?‘•ǥ ‡Â?– Â‘ÇĄ ƒ ’‡Â?‡–”ƒ” Â?‘• Â?‹•–¹-­â€? ”‹‘• †‘ ‘–—Ǥ Â‰Â‘Â”ÂƒÇĄ …‘Â? Â?‘••‘ …ƒŽƒ†‘ ‰—‹ƒ Â?ÂƒÂ–Â‹Â˜Â‘ÇĄ Â‘Â—Â˜Ă€ÂƒÂ?‘• ‘ ”‹‘ ‡ ‘ŽŠž˜ƒÂ?‘• …‘Â? ƒ–‡Â?­ Â‘ ’ƒ”ƒ –‘†ƒ• ĥ …‘‹•ƒ• “—‡ Â? Â‘ –ÀÂ?ŠƒÂ?‘• •‡“—‡” Â?‘–ƒ†‘ na  primeira  vez. ‘ ƤÂ?ƒŽ †ƒ ˜‹ƒ‰‡Â?ÇĄ Â? Â‘ –ÀÂ?ŠƒÂ?‘• ˜‡Â?…‹†‘ Â?ƒ†ƒ ÂƒÂŽÂąÂ? †‡ Â?ו Â?‡•Â?‘•Ǥ ו Â? Â‘ Â“Â—Â‡Â”Ă€ÂƒÂ?‘• †‡‹šƒ” ’ƒ”ƒ –”ž• ‘ Â?‘••‘ ƒÂ?‹‰‘ǥ ‘ ”‹‘Ǥ  Â‘ Š‘—˜‡ —Â?ƒ competição,  entĂŁo,  nada  havia  sido  vencido.  Em  Â˜Â‡Âœ †‹••‘ǥ –ÀÂ?ŠƒÂ?‘• Â?‘• –‘”Â?ƒ†‘ Dz—Â?Çł …‘Â? ‘ ”‹‘Ǥ

* Rafting: esporte no qual as pessoas descem remando rios e corredeiras em um bote ou caiaque. 28

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AS QUATRO JANELAS

Existem dezenas de maneiras diferentes de entender melhor a nĂłs mesmos - ĂŠ parecido com olhar pelas diferentes janelas de uma casa. Cada janela nos dĂĄ um ponto de vista diferente. Neste capĂ­tulo, vamos olhar por quatro “janelasâ€?, destinadas a nos ajudar a olhar para nĂłs mesmos como indivĂ­duos, como membros de comunidades e como seres humanos.

MODELOS E METĂ FORAS PARA COMPREENDERMOS A NĂ“S MESMOS

‡•–‡ Â…ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ÇĄ ˜ƒÂ?‘• ‡š’Ž‘”ƒ” “—ƒ–”‘ Â?ƒÂ?‡‹”ƒ• †‡ ‘ŽŠƒ”Â?‘• ’ƒ”ƒ ‘ •‡” humano: www.barefootguide.org

t t t t

a  trimembração  do  ser  humano; as  fases  do  desenvolvimento  individual; os  quatro  temperamentos;  as  polaridades  da  liderança.

Como  vĂĄrios  dos  modelos  usados  neste  livro,  estas  â€œjanelasâ€?  surgiram  Âƒ ’ƒ”–‹” †‡ Â†ÂąÂ…ÂƒÂ†ÂƒÂ• †‡ –”ƒ„ƒŽŠ‘ •‘…‹ƒŽ …‘Â?†—œ‹†‘ ’‘” ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ‡Â? –‘†‘ ‘ Â?—Â?†‘Ǥ ‡Â?’”‡ “—‡ Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ –‡Â?–ƒÂ?‘• †ƒ” alguma  ideia  sobre  as  origens  destes  modelos,  seus  principais  pensadores  e  tambĂŠm  aonde  procurar  outras  informaçþes  sobre  o  assunto. Â

NILO NOS TRAZ UM POUCO DE CONTEXTO‌ NĂłs, seres humanos, somos criaturas complexas por natureza e compreender a nĂłs mesmos e uns aos outros tem sido um dos nossos passatempos favoritos - e muito necessĂĄrio - desde sempre. Ao longo dos sĂŠculos, temos desenvolvido metĂĄforas, modelos e sistemas de crença que nos ajudam a entender melhor a nĂłs mesmos e o nosso lugar no mundo. Um dos mais antigos sistemas de compreensĂŁo dos seres humanos se baseia na ideia de que somos compostos por trĂŞs aspectos principais: corpo, mente e espĂ­rito. Apesar de todos os avanços da ciĂŞncia moderna e tecnologia, esse sistema de crença ainda tem lugar. Ele ĂŠ comum Ă maioria das religiĂľes do mundo, e tambĂŠm fornece informaçþes a muitos outros ramos do conhecimento humano. Ainda que as tradiçþes religiosas orientais tendam a enfatizar a integração entre mente, corpo e espĂ­rito, as tradiçþes ocidentais tendem a considerĂĄ-las como HOHPHQWRV VHSDUDGRV $ WUDGLomR FLHQWtĂ€FD QHZWRQLDQD 29

ou “positivistaâ€?, chamada assim em homenagem a Isaac Newton (1643-1727), tem evitado sequer falar sobre espĂ­rito. Deixando de lado os aspectos da vida que nĂŁo podem ser empiricamente comprovados por PHLR GD REVHUYDomR FLHQWtĂ€FD RV FLHQWLVWDV RFLGHQWDLV preferiram deixar todo o material espiritual a cargo da Igreja. +RMH WHPRV DFHVVR D PRGHORV FLHQWtĂ€FRV TXH demonstram claramente que o sistema newtoniano ĂŠ profundamente falho. Novos modelos atuais, com base na fĂ­sica quântica, teoria de sistemas, ecologia profunda e outros sistemas avançados de pensamento, trabalham com a percepção de que tudo estĂĄ interligado e que ĂŠ impossĂ­vel olhar para alguma coisa isoladamente. Esta maneira de pensar o mundo tem VLGR FDUDFWHUtVWLFD GD Ă€ORVRĂ€D RULHQWDO H GD UHOLJLmR por milhares de anos. Enquanto o mundo muda, o GRPtQLR GDV WUDGLo}HV FLHQWtĂ€FDV SRVLWLYLVWDV HVWi retrocedendo e modelos integrados - que combinam o melhor dos sistemas de pensamento ocidentais e orientais -, estĂŁo evoluindo. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


A PRIMEIRA JANELA A TRIMEMBRAĂ‡ĂƒO DO SER HUMANO Escutando a cabeça, o coração e os pĂŠs

Ouvir  e  perguntar  sĂŁo,  sem  dĂşvida,  as  duas  habilidades  mais  Â‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡•Ǥ 2 ‹Â?Â…Â”Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ Â?ĥ •‡ ˆ‘”Â?‘• …ƒ’ƒœ‡• †‡ ‡•…—–ƒ” ’”‘ˆ—Â?-­â€? damente  as  pessoas,  fazer  perguntas  muito  boas  e  conseguir  que  as  pessoas  façam  o  mesmo,  nosso  trabalho  jĂĄ  terĂĄ  mais  de  meio  caminho  andado. Assim,  esta  Ê  uma  janela  muito  prĂĄtica.  Pense  nela  como  um  modelo  para  ouvir  as  pessoas.  SerĂĄ  que  vocĂŞ  Ê  capaz  de  ouvir  â€œnas  entrelinhasâ€??  VocĂŞ  pode  escutar  o  subtexto,  logo  abaixo  do  texto  principal?  VocĂŞ  pode  ouvir,  nĂŁo  apenas  o  que  as  pessoas  estĂŁo  dizendo,  mas  o  que  elas  estĂŁo  querendo  dizer?  VocĂŞ  Ê  capaz  de  se  conectar  com  o  que  elas  estĂŁo  realmente  sentindo,  e  nĂŁo  apenas  com  o  que  elas  dizem  que  estĂŁo  sentindo?  VocĂŞ  consegue  deter-­â€? minar  o  que  elas  realmente  querem? Chamamos  isso  de  escuta  profunda.  Ă‰  uma  das  habilidades  mais  Â‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡• †‡ —Â? ŽÀ†‡”ǥ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘” ‘— ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒŽ †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘Ǥ Â

OUVINDO OS 3 NĂ?VEIS... JUNTOS! ‡Â?‘• ƒ –‡Â?†²Â?…‹ƒ †‡ ‡Â?ˆƒ–‹œƒ” ‘ Â’ensar  e  o  pensamento  racional,  sem  nos  darmos  conta  de  que  as  nossas  decisĂľes  na  vida  vem  da  poderosa  combinação  entre  o  pensar,  o  sentir  e  o  querer.

Cabeça, coração e pÊs

Somos seres que pensam – nós pensamos sobre as coisas que SHUFHEHPRV D ÀP GH FRPSUHHQGr las.

—‹–‘ ˆ”‡“—‡Â?–‡Â?‡Â?–‡ǥ ‘ “—‡ ’‡Â?•ƒÂ?‘•ǥ ‘ “—‡ •‡Â?–‹Â?‘• ‡ ‘ “—‡ queremos  sĂŁo  coisas  diferentes.  Ă€s  vezes  elas  podem  atĂŠ  mesmo  ser  Â‘’‘•–ƒ•Ǥ †‡•ƒƤ‘ …‘Â?•‹•–‡ ‡Â? ’”‡•–ƒ” ƒ–‡Â?­ Â‘ Â? Â‘ ƒ’‡Â?ĥ Â? ÂŽĂ—Â‰Â‹Â…Âƒ ‡ ƒ‘ „‘Â? •‡Â?•‘ǥ Â?ĥ –ƒÂ?„¹Â? Â?• ’‘†‡”‘•ƒ• Â?‡Â?•ƒ‰‡Â?• ‡Â?–”‡‰—‡• pelas  emoçþes  e  pela  vontade.

LÉO COMPARTILHA ESSA CENA‌ Imagine que eu sou um membro sĂŞnior da equipe e vocĂŞ ĂŠ um novo membro da equipe. Eu peço a vocĂŞ que sente-se FRPLJR H UHĂ LWD VREUH R VHX WUDEDOKR 9RFr GL] ´6LP WXGR bem!â€?. A princĂ­pio parece ser uma boa ideia, mas logo vem a ansiedade. VocĂŞ jĂĄ passou por essa experiĂŞncia antes e nĂŁo foi nada positivo. EntĂŁo, embora o convite soe como algo bom, lĂĄ no fundo vocĂŞ nĂŁo quer fazĂŞ-lo. Sua mente racional e sua vontade estĂŁo em desacordo. VocĂŞ pode atĂŠ nĂŁo estar consciente disso. Mas no momento em que sentamos um ao lado do outro, todos os tipos de emoçþes começam a fazer efeito: vocĂŞ me parece estar na defensiva e eu começo a me preocupar com o seu trabalho. Enquanto isso, a realidade demonstra que o seu trabalho caminha bem. O truque ĂŠ escutar nĂŁo apenas a sua reação lĂłgica, mas tambĂŠm os seus sentimentos e a sua vontade. Como membro sĂŞnior da equipe, eu deveria ter sido mais sensĂ­vel Ă s suas ansiedades e ter perguntado como vocĂŞ se sente ao UHĂ HWLU VREUH R VHX WUDEDOKR FRPLJR $R RXYLU D VXD UHVSRVWD HX GHYHULD WHU procurado pistas sobre os seus verdadeiros sentimentos e nĂŁo apenas ouvido as suas palavras. 30

Somos seres que sentem - nós experimentamos o mundo por meio das nossas emoçþes.

Somos seres que querem - nossos desejos e necessidades nos motivam a agir.

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ESCUTANDO NOSSAS CABEÇAS, CORAÇÕES E PÉS... JUNTOS ESCUTANDO A CABEÇA Este é o nível do pensar formado por percepções, pensamentos, fatos, conceitos, argumentos, ideias e sacadas espirituais. (VFXWDU VHP MXOJDU VLJQLÀFD PDQWHU D PHQWH DEHUWD e estar genuinamente interessado na origem do pensamento daquela pessoa, em como ela pensa e quais as suposições que ela faz. ESCUTANDO O CORAÇÃO Este é o nível do sentimento feito de emoções, humores e experiências não verbais. Podemos ouvir os sentimentos prestando atenção ao tom de voz, expressões faciais, olhos e gestos. Escutar com HPSDWLD VLJQLÀFD FRORFDU VH QR OXJDU GD RXWUD SHVsoa. Ouvir os silêncios pode revelar sentimentos de discordância ou inadequação, tédio ou raiva. ESCUTANDO OS PÉS Este é o nível da vontade, em que você escuta o que as pessoas realmente querem. Muitas vezes, quem fala está apenas vagamente consciente de suas próprias intenções e desejos. É surpreendente como poucas pessoas estão plenamente conscientes do que as motivam e do que elas realmente querem em uma situação. Uma escuta hábil pode revelar o que está “por trás” dos pensamentos e “por baixo” dos seus sentimentos. A linguagem corporal pode revelar a vontade - uma forte presença corporal pode demonstrar um desejo forte, enquanto um corpo mais ausente pode revelar uma vontade fraca.

PENSAR

SENTIR

QUERER

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DESAFIOS BÁSICOS PARA ESCUTAR EM 3 NÍVEIS As pessoas têm suas próprias maneiras de ver o mundo e de pensar sobre as coisas. Tome cuidado para não presumir que elas veem as coisas da mesma maneira que você. Ouvir os verdadeiros sentimentos de alguém dá pistas importantes sobre o que realmente importa para essa pessoa. O nível da vontade costuma ser o lugar onde mora a resistência à mudança. Ajudar as pessoas a escutarem, transformando sua própria vontade é um dos mais SURIXQGRV GHVDÀRV GD PXGDQoD

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ALGUNS D ESAFIOS D A E SCUTA P ROFUNDA Ø ǡ é surpreendente que a gente ainda consiga acompanhar o que outras pessoas estão dizendo. Seguir os pensamentos de quem fala, real-­‐ mente, não é tarefa tão fácil de ser realizada. Para isso, somos obrigados a suspender os nossos próprios pensamentos, sentimentos e vontades. Feito isso, seremos mais capazes de escutar o que realmente está sendo dito. OUVIR O S T RÊS N ÍVEIS... J UNTOS Experimente descobrir se o que a pessoa está dizendo realmente ƪ ǡ Ǥ ± separar estes três componentes, por isso é fundamental uma escuta habilidosa. SEGUIR O S S ENTIMENTOS Ƥ levar para a direção errada. É por isso que a escuta dos verdadeiros sentimentos de alguém é tão necessária para descobrir o que realmente Ǥ Ƥ -­‐ ǡ À ǡ ǡ Ǥ entram em contato com os seus próprios sentimentos, portanto, muito do nosso trabalho está relacionado a ajudar as pessoas a acessarem seus sentimentos e descrevê-­‐los. ­ ± pessoas sobre seus sentimentos. Incentivá-­‐las a expressar a gama de sentimentos que estão experimentando -­‐ especialmente aqueles contra-­‐ ditórios -­‐ pode ser bastante revelador. ² diferentes. Como você pode ajudá-­‐las a construir seu próprio vocabu-­‐ lário, sem sugerir pra elas o que estão sentindo? Como seres humanos, somos capazes de guardar uma mistura de × Ǥ × -­‐ ções de amor e ódio. Eu posso estar feliz por ver você, mas chateado Ǧ Ǥ sentimentos mistos pode ajudar a compreender o motivo das pessoas se comportarem da maneira que se comportam, sendo, tantas vezes, de maneiras tão confusas! NÃO PRESSIONE! ² Ƥ devem ser pressionadas a fazê-­‐lo em público. Experiências traumáticas de suas vidas podem tê-­‐las levado a esconder seus sentimentos para se protegerem de reviver o passado. Algumas pessoas somente revelarão À ǡ Ƥ ­ Ǥ A A RMADILHA DA I MPACIÊNCIA Quando estamos escutando alguém, muitas vezes percebemos o que a pessoa está dizendo antes mesmo dela terminar. Esperar alguém relatar uma longa explicação para algo que parece ser um ponto óbvio pode ser bastante cansativo. A s reações mais comuns costumam ser ou 32

Um Exercício divertido Em duplas, sentem-se frente a IUHQWH H FRQWHP R TXH À]HUDP ontem... Mas ambos devem falar ao mesmo tempo! Façam isso por um minuto. Agora conversem sobre o que aconteceu e, em seguida, perguntem-se quantas vezes vocês acabam tendo esse tipo de atitude na vida cotidiana, mesmo sem perceber.

ALGUMAS

IDEIAS PRÁTICAS Veja como conseguir que as pessoas entrem em contato com seus próprios pensamentos e sentimentos antes de participar de uma conversa: - Antes de uma conversa em grupo, dê alguns minutos para os participantes pensarem sobre o assunto por conta própria, para que, assim, eles possam entrar em contato com seus próprios pensamentos e sentimentos a respeito do tema. - Sugira que eles conversem brevemente com a pessoa ao lado para testar suas ideias. Isso geralmente leva a uma maior participação em grupo. - Se for o caso, estimule as pessoas a expressarem seus sentimentos e o que desejam, não apenas seus pensamentos. - Cuidado: algumas pessoas, ao responderem sobre o que sentem, podem dizer “eu acho que...”. Isto será sempre um pensamento, não um sentimento. - A escrita é uma ótima técnica para ajudar as pessoas a se concentrarem. Dê aos participantes a oportunidade de sentarem calmamente e de anotarem as suas ideias, os seus sentimentos e desejos e, também, de pensarem em questões que interessam a eles.

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A paralisia da vontade Por que não agimos de acordo com nossos pensamentos e sentimentos? Me sinto totalmente paralisado.

Muitas vezes nos sentimos impotentes, porque sabemos que precisamos mudar, mas não conseguimos. Algo nos impede. Estamos vivendo uma paralisia da vontade.

interrompê-­‐las ou pensar em outra coisa enquanto elas terminam Ǥ × ǡ ǡ cair nessa armadilha da impaciência. Precisamos continuar a ouvir, conscientemente, os sentimentos por trás dos pensamentos e a vontade sendo expressa pelo locutor. Isto é uma escuta profunda. FORMAS D E P ENSAR O que isso tudo quer dizer é que as pessoas têm suas próprias ǡ × Ƥ ² À Ǥ Se nós não permitirmos que a outra pessoa tenha referen-­‐ ciais diferentes dos nossos, muito provavelmente vamos “bater dz Ǥ ǡ ǡ ± vezes achamos que sabemos do que eles estão falando, quando na verdade não sabemos. × ± ǣ Dz você quer dizer”. E todos nós também vimos este “sei exatamente” ² À Ǥ Ǥ Supor que todo mundo pensa da mesma forma é uma grande fonte de confusão.

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DESAFIOS:

CONHEÇA A SI MESMO

Geralmente, isso é resultado de:

'~YLGD RX DXWRGHVFRQÀDQoD Duvidamos se as pessoas ou situações podem realmente mudar para melhor. Nós duvidamos da nossa própria FDSDFLGDGH GH HQIUHQWDU RV GHVDÀRV do futuro.

Ódio ou ódio de si mesmo Nos ressentimos ou mesmo odiamos outras pessoas por mágoas do passado. Nós odiamos a nós mesmos SHOR TXH À]HPRV

Medo Temos medo de deixar o que sabemos, mesmo que ele não sirva. Tememos o desconhecido que pode estar por vir. A transformação pode exigir trazer à tona estas dúvidas, ódios e medos, para que possamos lidar com eles. 33

- EXPRESSE A SI MESMO – ATUE A PARTIR DE SI MESMO

Martin Buber

Há três princípios na vida do ser humano: o princípio do pensamento, o princípio da fala e o princípio da DomR $ RULJHP GH WRGRV RV FRQÁLWRV HQWUH PLP H PHXV companheiros é que eu não falo o que quero dizer e eu não faço o que eu falo.

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CONHEÇA A S I M ESMO Pense mais sobre seus próprios pensamentos! Ques-­‐ tione mais as suas próprias perguntas! Entre em contato com os seus próprios sentimentos! Saiba mais sobre o que você quer! EXPRESSE A S I M ESMO Saber o que você pensa, sente e quer facilita sua expressão, fazendo com que você saia de uma situ-­‐ ­ À Ǩ ATUE A PARTIR D E S I M ESMO Atue a partir de seus próprios pensamentos, senti-­‐ mentos e vontades! Seja você mesmo! Faça o que Ǩ Ǩ WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


A SEGUNDA JANELA FASES DO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL Compreendendo a histĂłria de vida de um indivĂ­duo “Contar histĂłrias estĂĄ no cerne do trabalho de desenvolvimento.â€? O LÉO VAI CONTAR ESSA HISTĂ“RIA... ž †‡œ ƒÂ?‘• ’ƒ”–‹…‹’‡‹ †‡ —Â?ƒ Ƥ…‹Â?ƒ ‹‘‰”žƤ…ƒ †‡ “—ƒ–”‘ Â†Â‹ÂƒÂ•ÇĄ Â?ƒ ‹†ƒ†‡ †‘ ƒ„‘ Č‹ ˆ”‹…ƒ †‘ Â—ÂŽČŒǤ Pediram-­â€?nos  para  olhar  para  trĂĄs,  para  as  nossas  vidas,  revivendo  algumas  experiĂŞncias-­â€?chave  por  meio  de  histĂłrias.  Eu  me  deparei  examinando  a  minha  prĂłpria  histĂłria  de  vida  como  se  Â‡Â— ‡•–‹˜‡••‡ ‡•–—†ƒÂ?†‘ —Â? ”‘Â?ƒÂ?…‡ ‘— ƒ „‹‘‰”ƒƤƒ †‡ alguĂŠm.  Eu  pensei  muito  sobre  as  relaçþes  com  as  outras  Â’‡••‘ƒ• “—‡ …‘Â?Â•Â–Â‹Â–Â—Ă€Â”ÂƒÂ? ƒ Â?‹Â?Šƒ ˜‹†ƒ ‡ǥ ‡Â?– Â‘ÇĄ –‡Â?–‡‹ imaginar  a  minha  prĂłpria  histĂłria  futura,  olhando  o  lugar  aonde  eu  gostaria  que  a  vida  me  levasse. Olhar  para  o  meu  prĂłprio  passado,  presente  e  futuro,  dessa  forma,  foi  uma  experiĂŞncia  tĂŁo  dolorosa  quanto  alegre.  Foi  a  imagem  mais  completa  de  mim  mesmo  que  Â‡Â— Œž Šƒ˜‹ƒ ˜‹•–‘Ǥ ÂƒĂ€ †ƒ ‘Ƥ…‹Â?ƒ Â?‡ •‡Â?–‹Â?†‘ Â?ƒ‹‘” ’‘” †‡Â?–”‘ǥ …‘Â? Â”ÂƒĂ€ÂœÂ‡Â• Â?ƒ‹• ’”‘ˆ—Â?†ƒ• ‡Â? ”‡Žƒ­ Â‘ ƒ‘ ’ƒ••ƒ†‘ e  com  uma  nova  visĂŁo  do  que  eu  era  capaz  de  fazer  no  futuro. — ƒ…Š‘ “—‡ ˆ‘‹ ÂƒĂ€ “—‡ ‡— ’‡”…‡„‹ “—‡ …‘Â?–ƒ” ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒÂ• estĂĄ  no  cerne  do  trabalho  de  desenvolvimento.  Contar  histĂłrias  Ê  uma  prĂĄtica  que  ajuda  as  pessoas  a  tomarem  consciĂŞncia  de  suas  prĂłprias  narrativas,  de  seu  prĂłprio  passado,  presente  e  futuro,  de  tal  forma  que  elas  possam  se  apropriar  disso  e  começar  a  criar  o  futuro  que  desejam. ‡•†‡ “—‡ ’ƒ••‡‹ ƒ …‘Â?Š‡…‡” ‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ „‹‘‰”žƤ…‘ǥ …‘Â?‡…‡‹ ƒ Â?‘–ƒ” “—‡ ˜ž”‹‘• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ‘ —•ƒ˜ƒÂ?Ǥ ‹˜‡”•‘• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• Â?‡ …‘Â?–ƒ”ƒÂ? •‘„”‡ ƒ ‡Ƥ…ž…‹ƒ †‡•–ƒ –¹…Â?Â‹Â…ÂƒÇŁ ‘• “—‡ –”ƒ„ƒŽŠƒÂ? …‘Â? Â?—ŽŠ‡”‡• Â˜Ă€Â–Â‹Â?ĥ †‡ ˜‹‘Ž²Â?Â…Â‹ÂƒÇĄ Â?ĥ ˆƒ˜‡Žƒ• †ƒ ‹†ƒ†‡ †‘ ¹š‹…‘ǥ ‘• “—‡ –”ƒ„ƒŽŠƒÂ? …‘Â? Œ‘˜‡Â?• ‡Â? ’”‘‰”ƒÂ?ĥ …—Ž–—”ƒ‹• ‡Â? ÂŠÂƒÂ›Â‡ÂŽÂ‹Â–Â•ÂŠÂƒÇĄ Â?ƒ ‹†ƒ†‡ †‘ ÂƒÂ„Â‘ÇĄ ‡ ƒ“—‡Ž‡• “—‡ –”ƒ„ƒŽŠƒÂ? …‘Â? ’‡“—‡Â?‘• ƒ‰”‹…—Ž–‘”‡• †‘ ƒ•˜‹Â?‰‘ǥ Â?‘ Zimbabwe.  O  traço  comum  em  todas  essas  situaçþes  Ê  o  Â—•‘ †‡ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒÂ• ’ƒ”ƒ ƒŒ—†ƒ” ĥ ’‡••‘ƒ• ƒ ”‡…‘Â?•–”—À”‡Â? ‘• seus  enredos  de  vida  individuais  e  das  suas  comunidades  Č‹Â‡ ‡Â? …‡”–‘ •‡Â?–‹†‘ǥ ”‡ƒ˜‡”‡Â? ƒ •—ƒ ÂƒÂ—Â–Â‘Â”Â‹ÂƒČŒǤ ‘ ’”‘…‡••‘ de  reescrevĂŞ-­â€?las,  as  pessoas  passam  a  apreciar  a  riqueza  de  seus  prĂłprios  processos  e  a  relevância  de  seu  prĂłprio  conhecimento  local. ‹Â?Šƒ ˜‹†ƒ …‘Â?‘ —Â? Ž‹˜”‘ Â? —Â?ƒ †ƒ• •‡••Ù‡• †ƒ Ƥ…‹Â?ƒ ‹‘‰”žƤÂ…ÂƒÇĄ ’‘” Â?‡‹‘ †‡ ‡š‡”…À…‹‘• †‡ ‡•…”‹–ƒ ‡ †‡•‡Â?Š‘ǥ Â?ו Â”Â‡Â‡Â•Â…Â”Â‡Â˜Ă€ÂƒÂ?‘• Â?‘••ƒ• vidas  como  se  cada  um  de  nĂłs  fosse  o  tema  de  um  livro.  Â‹Â˜Â‡Â?‘• “—‡ †‹˜‹†‹” Â?‘••ƒ• ˜‹†ƒ• ‡Â? Â…ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘Â• ‡ ’ƒ••ƒ” ‘ Ƥ‘ †ƒ Â?ƒ””ƒ–‹˜ƒ ÂƒÂ–Â”ÂƒÂ˜ÂąÂ• †‡Ž‡•ǥ –”ƒœ‡Â?†‘nj‘• ÂƒÂ–Âą ‘ Â?‘Â?‡Â?–‘ presente.  EntĂŁo,  nĂłs  tivemos  que  tentar  imaginar  o  nosso  Â’”ך‹Â?‘ Â…ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘Ǥ

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Ao  olhar  para  a  minha  vida  como  um  livro,  fui  capaz  de  ver  os  padrĂľes  do  meu  comportamento  ao  longo  dos  Â…ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘Â• …‘Â?•–”—À†‘•Ǥ ‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǥ ’‡”…‡„‹ “—‡ ˜ž”‹ƒ• vezes  eu  tinha  me  sentido  impotente  na  companhia  de  homens  mais  velhos.  Em  inĂşmeras  ocasiĂľes,  recorri  a  um  comportamento  imaturo  ou  rebelde  quando  me  sentia  Â†Â‡Â•ÂƒƤƒ†‘ ‘— †‹•…‘”†ƒ˜ƒ †‡ Š‘Â?‡Â?• Â?ƒ‹• ˜‡ŽŠ‘•Ǥ Â‰Â‘Â”ÂƒÇĄ ‡— ‡”ƒ …ƒ’ƒœ †‡ ˜‡” …‘Â?‘ ‡•–‡• †‡•ƒƤ‘• ’‘†‡”‹ƒÂ? –‡” •‹†‘ –”ƒ–ƒ†‘• †‡ ˆ‘”Â?ƒ Â?ƒ‹• ‡Ƥ…ƒœǤ ‡” ‘• Â’ÂƒÂ†Â”Ă™Â‡Â• †‘ Â?‡— prĂłprio  comportamento  foi  uma  grande  ajuda.  Isto  me  permitiu  reconhecer  e  antecipar  essas  reaçþes,  de  modo  a  fazer  escolhas  diferentes  no  futuro. ž …‘‹•ƒ• Â?‘ Â?‡— ’ƒ••ƒ†‘ †‡ “—‡ ‡— Â? Â‘ Â?‡ ‘”‰—ŽŠ‘ e  hĂĄ  alguns  profundos  arrependimentos  que  ainda  sĂŁo  Â—Â? ˆƒ”†‘ ’ƒ”ƒ Â?‹Â?Ǥ –”ƒ„ƒŽŠ‘ „‹‘‰”žƤ…‘ ƒŒ—†‘— ƒ Â?‡ perdoar  e  largar  esses  pesos  que  eu  ainda  carregava.  Ele  tambĂŠm  me  ajudou  a  perdoar  os  outros,  libertando  assim  um  pouco  da  dor  e  da  amargura  que  estava  me  puxando  para  baixo. Ao  mesmo  tempo,  fui  capaz  de  ver  todas  as  coisas  boas  Â“—‡ ƤÂœ Â?ƒ Â?‹Â?Šƒ ˜‹†ƒǤ ‘ ”‡…‘Â?Š‡…‡” Â?‹Â?Šƒ• Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• conquistas,  fui  capaz  de  ganhar  uma  nova  percepção  das  minhas  prĂłprias  forças. Cada  um  de  nĂłs  usa  suas  liçþes  de  vida  de  forma  Â†Â‹ÂˆÂ‡Â”‡Â?–‡Ǥ  Â‘ Šž Â?‡ŽŠ‘” Â?ƒÂ?‡‹”ƒ †‡ ‘„•‡”˜ƒ” ‹••‘ †‘ que  na  vida  das  pessoas  idosas.  Alguns  parecem  presos  ao  passado,  sempre  reclamando  sobre  oportunidades  perdidas.  Outros,  apesar  da  idade,  ainda  estĂŁo  Â‡Â?–—•‹ƒ•Â?Ġԥ …‘Â? ‘• †‡•ƒƤ‘• †ƒ ˜‹†ƒǤ ƒ”ƒ Â?‹Â?ÇĄ ॥ĥ ’‡••‘ƒ• ’ƒ”‡…‡Â? ‡š–”‡Â?ƒÂ?‡Â?–‡ •ž„‹ƒ•Ǥ ‡•–ƒ…ƒÂ?nj•‡ como  seres  humanos. Obviamente,  examinar  a  prĂłpria  histĂłria  de  vida,  assim,  Â? Â‘ Âą –ƒ”‡ˆƒ ˆž…‹ŽǤ ĥ Â?—Â?ƒ ‘Ƥ…‹Â?ÂƒÇĄ …‘Â? ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ ‡ acompanhado  de  parceiros,  Ê  muito  mais  encorajador  do  que  tentar  sozinho.  A  tendĂŞncia  a  excluir  todas  as  coisas  que  nĂŁo  queremos  lembrar  Ê  muito  grande.  Ă‰  por  isso  que  contar  histĂłrias  requer  uma  plateia,  mesmo  que  a  plateia  seja  de  apenas  uma  pessoa.  A  arte  de  contar  histĂłrias  começa  quando  vocĂŞ  compartilha  sua  histĂłria  com  ÂƒÂŽÂ‰Â—ÂąÂ?ÇĄ ‡Â? “—‡Â? ˜‘…² …‘Â?ƤƒǤ ÇĄ …Žƒ”ƒÂ?‡Â?–‡ǥ …‘Â?‘ —Â? ŽÀ†‡” ‘— ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”ÇĄ Âą importante  que  vocĂŞ  tenha  lutado  com  a  sua  prĂłpria  histĂłria  antes  de  começar  a  ajudar  outras  pessoas  a  trabalharem  com  as  delas.

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FASES ARQUETĂ?PICAS Estas fases nĂŁo sĂŁo apenas encontradas no pensamento ocidental, mas parecem ser um arquĂŠtipo comum em muitas culturas.

DEPENDĂŠNCIA A fase dependente segue do nascimento atĂŠ os 20 anos.

INDEPENDĂŠNCIA A fase independente dura dos nossos 20 aos nossos 40 anos.

INTERDEPENDĂŠNCIA A fase interdependente, frequentemente, entra em ação na meiaidade, mas pode chegar muito mais cedo.

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FASES  D O  D ESENVOLVIMENTO  H UMANO ‡Â?Š—Â? ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘ Â?ƒ•…‡ …‘Â?’Ž‡–‘ ‘— ’Ž‡Â?ƒÂ?‡Â?–‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹†‘Ǥ Ao  longo  da  vida,  nĂłs  continuamos  a  aprender  e  a  crescer,  mas  em  geral  o  que  aprendemos  Ê  frequentemente  determinado  pela  fase  da  vida  em  que  estamos.  Este  processo  pode  ser  visto  como  algo  Â…‘Â?–ÀÂ?—‘ ‘— …‘Â?‘ ƒŽ‰‘ “—‡ •‡ Â?‘˜‡ ‡Â?–”‡ ˆƒ•‡• ‘— ‡–ƒ’ƒ•Ǥ ’‡•ƒ” de  cada  percurso  de  vida  ser  diferente,  a  vida  humana  tem  certas  fases  em  comum. Existem  muitas  interpretaçþes  dessas  fases  e  podemos  encontrar  muitos  modelos  diferentes  de  desenvolvimento  humano  na  psico-­â€? logia  do  desenvolvimento  moderna.  Estes  modelos  remetem  aos  fundamentos  teĂłricos  estabelecidos  por  AristĂłteles  e  outros  estu-­â€? diosos  clĂĄssicos,  que  foram  posteriormente  elaborados,  durante  o  Â•ÂąÂ…—Ž‘

ÇĄ ’‘” ‡•…ƒ”–‡• ‡ ‘—–”‘• ƤÂŽĂ—Â•Â‘ÂˆÂ‘Â• †‘ Ž—Â?‹Â?‹•Â?‘Ǥ ‘ •¹…—Ž‘ ÇĄ ”‡—† †‡Ž‹Â?‡‘— …‹Â?…‘ ‡•–ž‰‹‘• †‘ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ’•‹…‘••‡š—ƒŽ ‡ —†‘Žˆ –‡‹Â?‡” †‡•…”‡˜‡— Í•Í” ‡•–ž‰‹‘• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹-­â€? mento  ao  longo  da  vida  humana.  Independentemente  do  modelo  Â“—‡ •‡ Â‡Â•Â…Â‘ÂŽÂŠÂƒÇĄ Ƥ…ƒ …Žƒ”‘ “—‡ ‡•–ƒ• • Â‘ –‘†ƒ• ˜ƒ”‹ƒ­Ă™Â‡Â• †‘ Â?‘†‡Ž‘ ÂƒÂ”Â“Â—Â‡Â–Ă€Â’Â‹Â…Â‘ “—‡ †‹˜‹†‡ ƒ ˜‹†ƒ Š—Â?ƒÂ?ƒ ‡Â? –”²Â• ÂˆÂƒÂ•Â‡Â•ÇŁ ‹Â?ˆÂ&#x;Â?Â…Â‹ÂƒÇĄ Â?ƒ–—”‹-­â€? †ƒ†‡ ‡ ˜‡ŽŠ‹…‡Ǥ ‘ “—‡ †‹œ ”‡•’‡‹–‘ Â?• Â?‘••ƒ• ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• …‘Â? ‘• ‘—–”‘•ǥ estas  fases  sĂŁo  caracterizadas  por  trĂŞs  estados  de  existĂŞncia:  dependĂŞncia,  independĂŞncia  e  interdependĂŞncia.  Estas  fases  nĂŁo  sĂŁo  apenas  encontradas  no  pensamento  ocidental,  mas  parecem  ser  um  arquĂŠtipo  comum  a  muitas  culturas.  Antigos  ensinamentos  Â…Š‹Â?‡•‡•ǥ ’‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǥ –ƒÂ?„¹Â? ”‡ƪ‡–‡Â? ˆƒ•‡• •‡Â?‡ŽŠƒÂ?–‡•ǥ …‘Â?Š‡-­â€? cidas  como:  tempo  para  aprender,  tempo  para  lutar  e  tempo  para  tornar-­â€?se  sĂĄbio. Voltando  ao  modelo,  a  fase  dependente  dura  desde  a  nossa  concepção  atĂŠ  sermos  capazes  de  fazer  o  nosso  prĂłprio  caminho  Â?ƒ ˜‹†ƒ ÇŚ ‰‡”ƒŽÂ?‡Â?–‡ Â?‘ …‘Â?‡­Â‘ †‘• Â?‘••‘• Í–Í” ƒÂ?‘•Ǥ ˆƒ•‡ ‹Â?†‡-­â€? pendente  surge  quando,  como  jovens  adultos,  nĂłs  questionamos  ou  rejeitamos  o  que  nos  foi  â€œdadoâ€?  atĂŠ  entĂŁo  e  nos  esforçamos  para  ÂˆÂ‘”Â?—Žƒ” ĥ Â?‘••ƒ• Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• ‹†‡‹ƒ• ‡ Â?‘• –‘”Â?ƒ”Â?‘• ƤÂ?ƒÂ?…‡‹”ƒÂ?‡Â?–‡ ƒ—–‘••—Ƥ…‹‡Â?–‡•Ǥ •–ƒ ˆƒ•‡ ’‘†‡ †—”ƒ” ÂƒÂ–Âą Â?‡ƒ†‘• †‘• ͔͘ ƒÂ?‘•Ǥ fase  interdependente  surge  quando  hĂĄ  um  reconhecimento  maduro  de  que,  para  alcançar  o  potencial  completo  da  vida,  precisamos  cooperar  ativamente  com  outras  pessoas,  de  maneira  a  retribuir  algo  para  o  mundo.  Esta  fase  geralmente  entra  em  ação  na  meia-­â€? idade,  mas  pode  chegar  muito  mais  cedo.  AS  D EZ  FASES  D O  D ESENVOLVIMENTO  I NDIVIDUAL ‡ ƒ…‘”†‘ …‘Â? ‡”Â?ƒ”† Â‹Â‡Â˜Â‡Â‰Â‘Â‡Â†ÇĄ ĥ –”²Â• ’”‹Â?…‹’ƒ‹• ˆƒ•‡• †ƒ vida  ainda  podem  ser  divididas  em  dez  fases,  cada  uma  com  sete  ÂƒÂ?‘• †‡ †—”ƒ­ Â‘Ǥ ’”‘„Ž‡Â?ƒ …‘Â? ƒ ˆ‘”Â?—Žƒ­ Â‘ †‡ ‹‡˜‡‰‘‡† Âą que  enquanto  todos  parecem  concordar  com  a  existĂŞncia  das  trĂŞs  fases  principais,  as  faixas  etĂĄrias  que  se  aplicam  a  estas  fases  podem  Â˜ÂƒÂ”‹ƒ” †‡ —Â?ƒ …—Ž–—”ƒ ‘— •‘…‹‡†ƒ†‡ ’ƒ”ƒ ‘—–”ƒǤ Â? Â’ÂƒĂ€Â•Â‡Â• ‘Â?†‡ ƒ ‡•’‡”ƒÂ?­Âƒ Â?ÂąÂ†Â‹Âƒ †‡ ˜‹†ƒ Âą Â?‡Â?‘” †‡˜‹†‘ Â? ’”‡˜ƒŽ²Â?…‹ƒ †‡ †‘‡Â?­ÂƒÂ• ‹Â?ÂˆÂ‡Â…Â…Â‹Â‘Â•ÂƒÂ•ÇĄ ’‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǥ Â?‡Â?‘• ’‡••‘ƒ• ‡•– Â‘ Â•Â—Â•Â…Â‡Â–Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ƒ ƒ–‹Â?-­â€? ‰‹”‡Â? ƒ ‹†ƒ†‡ †‡ ͚͗ ƒÂ?‘• “—‡ǥ •‡‰—Â?†‘ –‡‹Â?‡”ǥ •‹Â?ƒŽ‹œƒ ‘ ‹Â?À…‹‘ †ƒ ˆƒ•‡ “—‡ ‡Ž‡ …ŠƒÂ?‘— †‡ Dz ‡Â?’‘ ‹˜”‡dzǤ ƒ Â?‡•Â?ƒ ˆ‘”Â?ƒ “—‡ ‡Â? •‘…‹‡†ƒ†‡• …‘Â?‘ ƒ Â?Â‘Â•Â•ÂƒÇĄ ‘Â?†‡ǥ ’‘” …‘Â?–ƒ †‡ Â?‘”–‡• ’‘” ‘— outros  fatores,  algumas  crianças  encontram-­â€?se  com  as  responsabi-­â€? Ž‹†ƒ†‡• †‡ …—‹†ƒ” †‡ —Â?ƒ ˆƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹Âƒ ‹Â?Â–Â‡Â‹Â”ÂƒÇĄ ‡Â?“—ƒÂ?–‘ ƒ‹Â?†ƒ ‡•– Â‘ Â?ƒ adolescĂŞncia,  a  transição  da  infância  para  a  idade  adulta  pode  ser  acelerada,  alĂŠm  de  muito  traumĂĄtica. Por  esta  razĂŁo,  adaptamos  o  modelo  de  Steiner  para  tornĂĄ-­â€?lo  mais  ƪÂ‡ÂšĂ€Â˜Â‡ÂŽÇĄ Â?ƒÂ?–‡Â?†‘ ĥ •—‰‡”‹†ƒ• †‡œ ˆƒ•‡• •‡Â? ÂƒÂ–Â”Â‡ÂŽÂžÇŚÂŽÂƒÂ• ƒ ˆƒ‹šƒ• ‡–ž”‹ƒ• ‡•’‡…ÀƤ…ƒ•Ǥ WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


AS DEZ FASES DO DESENVOLVIMENTO

DEPENDĂŠNCIA 1

De 0 a Âą 20 anos

A FASE DA IMITAĂ‡ĂƒO - Quando uma criança nasce ela ĂŠ completamente dependente de seus pais para as necessidades humanas bĂĄsicas: comida, abrigo e calor, bem como para as QHFHVVLGDGHV HPRFLRQDLV GH DPRU H FRQĂ€DQoD - As crianças aprendem principalmente atravĂŠs da imitação e do exemplo, portanto brincar ĂŠ extremamente importante na idade inicial. Isso permite que a criança tenha a oportunidade de imitar e copiar o FRPSRUWDPHQWR KXPDQR TXH Yr DR VHX UHGRU $V Ă€JXUDV da mĂŁe e do pai sĂŁo os primeiros modelos para as crianças aprenderem o equilĂ­brio entre o masculino e o feminino em cada uma delas. - As crianças aprendem a usar a linguagem numa idade ainda muito inicial e constroem cerca de atĂŠ 60% do seu vocabulĂĄrio nesse perĂ­odo. - As crianças tĂŞm uma imaginação muito fĂŠrtil e nessa fase elas nem sempre podem distinguir entre a fantasia e a realidade. - Nesta etapa ĂŠ importante que a FULDQoD GHVHQYROYD DXWRFRQĂ€DQoD e um bom conceito de si mesma e da sua capacidade.

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TESTANDO A AUTORIDADE

- O mundo exterior se torna cada vez mais importante nesta fase (tal como escolas, professores e amigos, que serão integrados à sua visão de mundo). - Outros exemplos, alÊm dos seus pais, vão surgir, tais como professores e amigos. - As crianças podem começar a contestar a autoridade, especialmente dos seus pais. Isto tambÊm pode ser visto como um processo de aprendizagem. - As crianças dão início à articulação do seu pensamento, particularmente em torno de questþes como: o bem e o mal, a competição, a beleza e a feiura, a verdade e a mentira e a fantasia e a realidade. Muitas vezes, elas desenvolvem um sentido em relação aos seus próprios valores neste período. - Nesta fase, as crianças geralmente estão prontas para assumir alguma responsabilidade.

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QUEM SOU EU?

- A adolescĂŞncia pode ser vista como um momento em que a pessoa busca sua prĂłpria individualidade e LGHQWLGDGH QR PXQGR PXLWDV YH]HV GHVDĂ€DQGR H explorando as noçþes de autoridade durante essa busca. - É o momento do crescimento da consciĂŞncia sexual e do questionamento da sexualidade. É o inĂ­cio da feminilidade/masculinidade marcada por PRGLĂ€FDo}HV ItVLFDV WDLV FRPR D PHQVWUXDomR QDV meninas e as alteraçþes da voz nos meninos. - Ideais e Ă­dolos se tornam importantes, tais como cantores e estrelas de cinema. Muitas vezes, existe XPD IRUWH LGHQWLĂ€FDomR FRP XP GHWHUPLQDGR JUXSR ou herĂłi/heroĂ­na. - Este pode ser um perĂ­odo de emoçþes intensas, tais como a insegurança, a solidĂŁo, o tĂŠdio e a raiva. Estes estĂŁo, por vezes, relacionados com a busca ‘pelo sentido da vida’ que o adolescente pode estar experimentando. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


AS DEZ FASES DO DESENVOLVIMENTO (CONTINUAĂ‡ĂƒO...)

INDEPENDĂŠNCIA Âą 18 AOS 45 ANOS

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- Esta pode ser vista como uma fase exploratĂłria, quando o jovem adulto quer ter tantas novas experiĂŞncias quanto possĂ­vel. É uma busca por sensaçþes, por experimentaçþes de fronteiras e limites, ĂŠ o momento de andar pelo mundo e viajar, mas tambĂŠm o momento GH WHU H FULDU Ă€OKRV 2 MRYHP DGXOWR SRGH PXGDU GH emprego ou mesmo do lugar onde mora muitas vezes, ao longo deste perĂ­odo. - É momento de maior independĂŞncia, em que o espaço prĂłprio e o estilo de vida se tornam importantes e Ă s vezes, afastam o jovem da sua famĂ­lia. - O medo da conformidade prevalece em alguns casos, na medida em que o jovem quer construir uma vida que seja diferente e emocionante.

6 “MINHA PRĂ“PRIA FILOSOFIAâ€?

- Este ĂŠ um momento em que hĂĄ uma tendĂŞncia para a especialização e disposição para aprofundar a compreensĂŁo sobre alguma temĂĄtica. - Como adulto, hĂĄ mais capacidade criativa acessĂ­vel para responder a diferentes situaçþes. - É um momento em que as pessoas podem ter encontrado o seu lugar no mundo, desfrutando dessa descoberta. É a fase de se estabelecer. - Existem perigos a ser enfrenWDGRV DTXL FRPR R GH Ă€FDU preso a uma rotina e nĂŁo acessar novas energias criativas.

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UM MOMENTO PARA A CRIATIVIDADE

A PASSAGEM DO MEIO

- Este perĂ­odo poderia ser quase descrito como uma “segunda adolescĂŞnciaâ€?, pois traz um profundo questionamento sobre a prĂłpria identidade. e XP SHUtRGR HP TXH D DXWRGHVFRQĂ€DQoD p comum, pois os pressupostos de vida sĂŁo GHVDĂ€DGRV SHOD H[SHULrQFLD - Pode ser difĂ­cil aceitar e reconhecer que muitos desejos ainda nĂŁo foram realizados. Junto com isso vĂŞm os primeiros sinais de declĂ­nio fĂ­sico, a inevitabilidade do envelhecimento e a realidade da morte, que chegarĂĄ em algum momento. - Pode ser um perĂ­odo doloroso e muito emotivo. Algumas pessoas reagem a isso apresentando comportamentos escapistas, tais quais: alcoolismo, vĂ­cio em trabalho ou passatempos caros. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


AS DEZ FASES DO DESENVOLVIMENTO (CONTINUAĂ‡ĂƒO...)

INTERDEPENDĂŠNCIA 7

A FASE PIONEIRA

- Emergir da crise com novos valores e VLJQLĂ€FDGRV SRGH VHU XPD H[SHULrQFLD HGLĂ€FDQWH 1HVWH SRQWR DOJXPDV SHVVRDV podem fazer mudanças de vida radicais, como buscar novos empregos ou carreiras ou abordar a vida com atitudes diferentes. - Os momentos sĂŁo mais bem apreciados por meio da nova atitude. - Uma liberdade recĂŠm-descoberta pode trazer novos interesses e forças. - A pessoa pode encontrar maior capacidade de conectar o mundo “interiorâ€? e o “exteriorâ€?, enquanto incorpora as opiniĂľes dos outros. - A experiĂŞncia de vida gera um senso de real autoconhecimento.

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UM TEMPO PARA A REVISĂƒO

- QuestĂľes que nĂŁo foram totalmente trabalhadas mais cedo, na vida, podem voltar com reparaçþes. - Pode haver a percepção de que o trabalho da vida nĂŁo estĂĄ terminado e que hĂĄ pouco tempo para colocar as coisas em ordem. - É um tempo para se lidar com os aspectos negativos da prĂłpria personalidade. - O medo de tornar-se velho demais para cuidar de si mesmo e de ter que se tornar dependente dos outros pode ser doloroso. - ConsciĂŞncia LQWHQVLĂ€FDGD GD morte e a tentativa de chegar a um acordo com ela. 38

Âą 40 ANOS AOS... 8

A HORA DA SABEDORIA - Um tempo tranquilo, no qual se desenvolve um novo respeito pela natureza. É o momento em que Ê possível descobrir a própria singularidade. - Se a pessoa ainda não aceitou que a MXYHQWXGH ÀFRX SDUD WUiV HOD FRUUH R ULVFR de ter um discurso, ou um comportamento, que denota desdÊm, menosprezo. Devese desenvolver um respeito pelo papel da juventude na vida. - Um senso de sabedoria enraizada na experiência, no autoconhecimento e no conhecimento do mundo pode ser desenvolvido. - O interesse no desenvolvimento em longo prazo tambÊm pode surgir.

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TEMPO LIVRE

1HVWHV DQRV Ă€QDLV R WHPSR WRUQD VH ´OLYUHÂľ se nĂłs decidirmos que somos responsĂĄveis e temos a capacidade de amar verdadeiramente. Do contrĂĄrio, seremos carentes, mas incapazes de dar amor incondicional. - HĂĄ uma escolha importante a ser feita: a pessoa pode optar por se apegar ao passado ou pode soltar e deixĂĄ-lo partir para, graciosamente, dar e aceitar amor. - HĂĄ uma percepção retrospectiva da vida; ĂŠ possĂ­vel considerar que embora as pessoas sejam imperfeitas elas, principalmente e genuinamente, se esforçam por algo melhor. Este ĂŠ o verdadeiro respeito pelo indivĂ­duo.

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A TERCEIRA JANELA Encontrando  o  nosso  fogo,  ar,  ågua  e  terra  interiores A partir dos elementos båsicos do Fogo, Ar, à gua e Terra surgem os quatro temperamentos humanos båsicos.

FOGO Pessoas com temperamento do fogo muitas vezes se comportam de maneira ardente. Apaixonadas, fortes, råpidas tanto para sentirem raiva como para perdoarem, muitas vezes anseiam por assumir posiçþes de liderança.

INTRODUĂ‡ĂƒO O  modelo  dos  quatro  temperamentos  jĂĄ  existe  hĂĄ  muito  tempo.  Â—ĥ ‘”‹‰‡Â?• ”‡Â?‘Â?–ƒÂ? ƒ‘ ƒÂ?–‹‰‘ ‰‹–‘ ‘— ƒ ‡•‘’‘–Â&#x;Â?Â‹ÂƒÇĄ Â?ĥ ˆ‘‹ ˆ‘”Â?ƒŽ‹œƒ†‘ ƒ’‡Â?ĥ ’‘” ˜‘Ž–ƒ †‡ ͔͔͘ ƒǤ Ǥǥ “—ƒÂ?†‘ ƒÂ?–‹‰‘• Â?¹†‹…‘• ‰”‡‰‘• ‘ ƒ••‘…‹ƒ”ƒÂ? Â? –‡‘”‹ƒ †‘• “—ƒ–”‘ ‡Ž‡Â?‡Â?–‘•ǣ Â‡Â”Â”ÂƒÇĄ Â‰Â—ÂƒÇĄ ” ‡ ‘‰‘Ǥ Â‹Â’Ă—Â…Â”ÂƒÂ–Â‡Â• †‡•‡Â?˜‘Ž˜‡— ‡••ƒ ƒ••‘…‹ƒ­ Â‘ ’ƒ”ƒ ƒ –‡‘”‹ƒ dos  quatro  humores.  Ele  acreditava  que  alguns  comportamentos  ÂŠÂ—Â?ƒÂ?‘• ‡”ƒÂ? …ƒ—•ƒ†‘• ’‘” ƪ—‹†‘• Â…Â‘Â”Â’Â‘Â”ÂƒÂ‹Â•ÇĄ “—‡ ‡Ž‡ …ŠƒÂ?‘— †‡ DzŠ—Â?‘”‡•dzǤ • “—ƒ–”‘ Š—Â?‘”‡• • Â‘ÇŁ ‘ •ƒÂ?‰—‡ǥ ƒ „ÀŽ‹• ƒÂ?ÂƒÂ”Â‡ÂŽÂƒÇĄ ƒ „ÀŽ‹• Â?‡‰”ƒ ‡ ƒ ƪ‡—Â?ƒǤ Â?„‘”ƒ ‡••ƒ –‡‘”‹ƒ –‡Â?Šƒ •‹†‘ ƒÂ?’ŽƒÂ?‡Â?–‡ †‡•ƒ-­â€? …”‡†‹–ƒ†ƒ ’‡Ž‘• Â?¹†‹…‘•ǥ ‘ ÂƒÂ”Â“Â—ÂąÂ–Â‹Â’Â‘ †‘• —ƒ–”‘ —Â?‘”‡•ǥ Ž‹‰ƒ†‘ ƒ‘• —ƒ–”‘ ‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘• ‡ ƒ‘• —ƒ–”‘ Ž‡Â?‡Â?–‘•ǥ –‡Â? ”‡•‹•-­â€? –‹†‘ ƒ‘ –‡Â?’‘Ǥ Â?‘†‡Ž‘ †‘• —ƒ–”‘ ‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘• Č‹ ƒÂ?‰—ÀÂ?‡‘ǥ ‘Ž¹”‹…‘ǥ ‡ŽƒÂ?…׎‹…‘ ‡ Ž‡—Â?ÂžÂ–Â‹Â…Â‘ČŒ …‘Â?–‹Â?—ƒ ƒ •‡ ’”‘˜ƒ” Ž ‡Â? diversos  contextos.

Ă GUA Pessoas com temperamento do elemento ĂĄgua sĂŁo calmas, relaxadas, descontraĂ­das, fĂĄceis de lidar e pacientes – talvez atĂŠ mesmo um pouco lentas em relação Ă s outras.

AR Alegres, positivas, falantes e otimistas, as pessoas com temperamento do elemento ar amam fazer malabarismos com as tarefas que tem nas mĂŁos, mas, Ă s vezes, deixam a bola cair.

TERRA Cautelosas, sĂŠrias, crĂ­ticas e sensĂ­veis, as pessoas com temperamento do elemento terra podem ser excessivamente crĂ­ticas sobre si mesmas e sobre os outros. 39

O  SanguĂ­neo ‡•–ž Ž‹‰ƒ†‘ ƒ‘ •ƒÂ?‰—‡ǥ Â? ‡•–ƒ­ Â‘ †ƒ ’”‹Â?ƒ˜‡”ƒ (Ăşmida  e  quente)  e  ao  elemento  Ar. O  ColĂŠrico ȋ‘— Â„Â‹ÂŽÂ‹Â‘Â•Â‘ČŒ ‡•–ž Ž‹‰ƒ†‘ Â? „‹Ž‡ ƒÂ?ÂƒÂ”Â‡ÂŽÂƒÇĄ Â? –‡Â?’‘”ƒ†ƒ †‡ verĂŁo  (quente  e  seca),  e  ao  elemento  Fogo. O  MelancĂłlico  Â‡Â•Â–ž Ž‹‰ƒ†‘ Â? „‹Ž‡ Â?Â‡Â‰Â”ÂƒÇĄ Â? ‡•–ƒ­ Â‘ †‘ ‘—–‘Â?‘ Č‹ÂˆÂ”Â‹Âƒ ‡ Â•Â‡Â…ÂƒČŒ ‡ ƒ‘ ‡Ž‡Â?‡Â?–‘ ‡””ƒǤ O  FleumĂĄtico  Â‡Â•Â–ž Ž‹‰ƒ†‘ Â? ƪ‡—Â?ÂƒÇĄ Â? ‡•–ƒ­ Â‘ †‘ ‹Â?˜‡”Â?‘ Č‹Â…ÂŠÂ—Â˜Â‘Â•Âƒ ‡ ÂˆÂ”Â‹ÂƒČŒ ‡ ƒ‘ ‡Ž‡Â?‡Â?–‘ ‰—ƒǤ • —ƒ–”‘ ‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘• ’‘†‡Â? •‡” Â?—‹–‘ ‹• ’ƒ”ƒ Â?‘• ajudar  a  entender  sobre  nĂłs  mesmos  e  uns  aos  outros.  Ele  tambĂŠm  nos  ajuda  a  valorizar,  celebrar  e  fazer  uso  dos  dons  que  temos  e  dos  dons  das  pessoas  com  quem  trabalhamos. ‘ ‡Â?–ƒÂ?–‘ǥ †‡˜‡Â?‘• –‡” …—‹†ƒ†‘ ’ƒ”ƒ ‡˜‹–ƒ” ‡•–‡”‡×–‹’‘• †‡ Â?ו Â?‡•Â?‘• ‡ †ƒ“—‡Ž‡• “—‡ Â?‘• …‡”…ƒÂ?Ǥ ‡Â?„”‡nj•‡ǥ ’‘” Â?ÂƒÂ–Â—Â”Â‡ÂœÂƒÇĄ somos  seres  complexos  e  uma  combinação  de  muitas  coisas.  Os  Â—ƒ–”‘ ‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘• • Â‘ ƒ’‡Â?ĥ —Â?ƒ ŒƒÂ?‡Žƒ ’ƒ”ƒ ‡Â?š‡”‰ƒ” ‘ •‡” humano.

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EM CARTAZ

Os Quatro Temperamentos!

UMA V ISÃO G ERAL D OS 4 T EMPERAMENTOS FOGO -­‐ O temperamento de Fogo é também entendido como Colérico. Pessoas deste temperamento são enérgicas, ambiciosas, apaixonadas e, muitas vezes, querem incutir estes valores nas outras pessoas. Elas ǡ À ǡ -­‐ dentes, mas podem se tornar compulsivas. São decididas, orientadas À Ǥ Ƥ -­‐ ǡ ­ Ǥ ǡ tendem a ser altamente orientadas para resultados, com bom senso e capacidade de tomada de decisão. Por outro lado, podem ser impaci-­‐ entes com reuniões ou com outros membros da equipe, podendo não perceber seu efeito sobre as pessoas ao seu redor. AR Ǧ ± ± À Ǥ Ar indica uma personalidade alegre, falante e atrativa. Pessoas de ar são divertidas, entusiasmadas, habilidosas com as pessoas e possuem um Ƥ ­ Ǥ ǡ Ǥ -­‐ alho, elas geram uma atmosfera positiva e, muitas vezes, se oferecem Ǥ ǡ Ƥ ǡ muitas tarefas ao mesmo tempo. Sua energia criativa e entusiasmo podem inspirar os outros, mas elas tendem a perder o foco da tarefa quando esta deixar de ser novidade. ÁGUA Ǧ -­‐ mática. Pessoas desse temperamento são tranquilas e se dão bem com todo mundo. Elas se mantêm calmas e tranquilas na maior parte do tempo e podemos pensar nelas como pessoas capazes e “pau pra dzǤ À ²Ǧ ǡ -­‐ Ǥ ǡ ² × percepção dos processos e dos momentos certos para cada coisa. Elas são boas mediadoras e trabalham bem sob pressão, mas precisam de Ǥ ² Ƥ ƪ Ǥ TERRA Ǧ ± ± × Ǥ ǡ beleza e têm muita sensibilidade para lidar com os outros. Elas podem Ƥ ×Ƥ ± ǡ À Ǥ ± ǡ ǡ À Ǥ À -­‐ Ǥ ǡ muito bem organizadas, costumando manter seus espaços de trabalho Ǥ À ǡ -­‐ tentes e minuciosas, conscientes dos detalhes. Elas podem encontrar soluções criativas, mas costumam esperar pelo pior. Se não houver um ǡ ­ Ǥ

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ALGUMAS IDEIAS PARA TRABALHARMOS COM O MODELO DOS QUATRO TEMPERAMENTOS O modelo oferece uma linguagem maravilhosa para falarmos sobre as diferenças e semelhanças individuais. Ele tem ajudado muitas pesVRDV D ÀFDUHP PDLV j YRQWDGH FRP as relações tensas que vivenciam no trabalho e, também, a se apreciaUHP PDLV H D VH DÀUPDUHP FRP PDLV FRQÀDQoD SRGH FRQWULEXLU SDUD XPD cultura de trabalho mais contemplativa e tolerante. O modelo também pode ser utilizado para processos de seleção de novas pessoas na equipe. Ele não deve ser visto como um equivalente moderno dos testes psicológicos usados pelas empresas, mas sim como um conjunto mais delicado de diretrizes que pode indicar como as pessoas tendem a se relacionar com seus colegas de trabalho. O Capítulo 6 apresenta algumas ideias de como esses diferentes temperamentos reagem às mudanças.

Um exercício divertido Tente fazer isso! Pense em todas as palavras que você associa com cada um dos quatro elementos: fogo, ar, água e terra... Então se pergunte quais delas também descrevem qualidades humanas. Pode ser que surjam palavras como paixão (fogo), calma (água), profundidade (terra), luz (ar). Quais dessas palavras melhor descrevem as suas qualidades?

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QUADRO DOS TEMPERAMENTOS

NO TRABALHO 2ULHQWDGR SRU UHVXOWDGRV Yr D LPDJHP GR WRGR 2UJDQL]D EHP XVD EHP R WHPSR e RULHQWDGR SRU SURJUDPDo}HV H SODQRV 3HUIHFFLRQLVWD SRVVXL SDGU}HV DOWRV )D] SHUJXQWDV GLItFHLV e FRQVFLHQWH GRV GHWDOKHV 3HUVLVWHQWH H SUHFLVR 2UGHQDGRU H RUJDQL]DGR /LPSR H DUUXPDGR (FRQ{PLFR 9r RV SUREOHPDV HVSHUD R SLRU (QFRQWUD VROXo}HV FULDWLYDV *RVWD GH JUiÀFRV ÀJXUDV OLVWDV 5HVLVWH j PXGDQoD

AR

NO TRABALHO ´3RQWD ÀUPHµ %RP HP SURFHVVRV Yr R WRGR GR LQtFLR DR ÀP 0HGLD SUREOHPDV (YLWD FRQÁLWRV $FKD GLItFLO VHU RXYLGR 7UD] ERDV VROXo}HV QD KRUD FHUWD 3UHFLVD GH SUD]RV e ERP VRE SUHVVmR 'HPRUD PDV HQFRQWUD R FDPLQKR fácil

EMOCIONALMENTE 3HUVRQDOLGDGH WUDQTXLOD 'HVFRQWUDtGR H IiFLO GH OLGDU &DOPR WUDQTXLOR H UHFROKLGR 4XLHWR ² HVFRQGH VXDV HPRo}HV ´3DX SUD WRGD REUDµ 7HP VHX ULWPR SUySULR OHQWR Demora a se irritar, mas explode quando muito provocado

EMOCIONALMENTE 3URIXQGR H SHQVDWLYR 6pULR H SURSRVLWDO )LORVyÀFR H SRpWLFR $SUHFLDGRU GD EHOH]D 6HQVtYHO DRV RXWURV $OWUXtVWD 'HSULPH VH IDFLOPHQWH $XWRFUtWLFR &RQVFLHQFLRVR ,GHDOLVWD H ÀHO D princípios

NO TRABALHO 2ULHQWDGR SRU UHVXOWDGRV Yr D LPDJHP GR WRGR 2UJDQL]D EHP XVD EHP R WHPSR %XVFD VROXo}HV SUiWLFDV 3DUWH ORJR SDUD D DomR 'HOHJD WUDEDOKR (VWDEHOHFH REMHWLYRV $ RSRVLomR R ID] FUHVFHU 3RGH QmR SHUFHEHU VHX HIHLWR VREUH DV RXWUDV SHVVRDV e LPSDFLHQWH FRP UHXQL}HV &RVWXPD WHU UHVSRVWDV 3RGH FULDU WUDEDOKR GHVQHFHVViULR É bom para pensar, julgar e decidir

EMOCIONALMENTE 3HUVRQDOLGDGH DWUDHQWH &RPXQLFDWLYR FRQWDGRU GH KLVWyULDV e R DQLPDGRU GD IHVWD 7HP VHQVR GH KXPRU (PRFLRQDO H H[SDQVLYR (QWXVLDVPDGR H H[SUHVVLYR $OHJUH H FRQWDJLDQWH 6H LUULWD UiSLGR PDV ORJR HVTXHFH &XULRVR PDOHiYHO

EMOCIONALMENTE 'LQkPLFR HQpUJLFR H DWLYR 0XLWR ÀHO D SULQFtSLRV 1HFHVVLGDGH FRPSXOVLYD GH PXGDU 3UHFLVD FRUULJLU RV HUURV 7HP PHGR GH IDOKDU 'HFLGLGR H REVWLQDGR 1mR p IDFLOPHQWH GHVHQFRUDMDGR ,QGHSHQGHQWH H DXWRVVXÀFLHQWH ([DOD FRQÀDQoD ,PSDFLHQWH GH UHDomR UiSLGD H ´HVTXHQWDGRµ 3UHIHUH HVWDU FHUWR D VHU SRSXODU

NO TRABALHO *HUD XPD DWPRVIHUD SRVLWLYD 6H RIHUHFH FRPR YROXQWiULR SDUD DMXGDU QmR VDEH GL]HU ´QmRµ FRP IDFLOLGDGH )D] PXLWDV FRLVDV DR PHVPR WHPSR 7HP GLÀFXOGDGH GH WHUPLQDU R WUDEDOKR )LFD HQWHGLDGR TXDQGR DOJR GHL[D GH VHU QRYLGDGH 3HQVD QRYDV DWLYLGDGHV &ULDWLYR H GLYHUVR (QpUJLFR H HQWXVLDVWD ,QVSLUD RXWURV D VH DSUR[LPDUHP $GDSWDWLYR PDV QmR VDEH TXDO é o seu lugar

TERRA

FOGO

ÁGUA LEMBRE-SE! -­‐ A maioria das pessoas tem dois temperamentos dominantes e um temperamento que é pouco presente. É o temperamento pouco presente que, muitas vezes, pode ajudar uma pessoa a descobrir os seus Ƥ Ǥ ǡ Ƥ seu fogo, o que eles realmente querem. -­‐ Os temperamentos devem ser utilizados para valorizar os dons que temos e os dons dos outros. Eles ± Ƥ Ƥ ǡ -­‐ vamente a nós mesmos ou as outras pessoas. Ǧ ǡ Ƥ ­ ² ­ ǡ ­ Ǥ de temperamentos pode levar algum tempo. Ǧ ­Ù Ƥ ǡ pois eles se complementam em muitos aspectos. 41

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OS QUATRO TEMPERAMENTOS NO TRABALHO: DICAS E DESAFIOS

DICAS  PARA  A S  P ESSOAS  COM  T EMPERAMENTO  D E  FOGO -­â€?  Â‡Â?–‡ •‡” …‘Â?•…‹‡Â?–‡ †‡ ‘ •‡— prĂłprio  poder  e  de  como  vocĂŞ  afeta  os  outros  emocionalmente. ÇŚ ‡•’‡‹–‡ ‘• †‘Â?• †‡ ‘—–”‘• –‡Â?’‡”ƒ-­â€? mentos,  especialmente  daqueles  que  sĂŁo  mais  cuidadosos,  menos  decisivos  ou  mais  lentos. -­â€?  Permita  que  os  processos  aconteçam  e  nĂŁo  se  apresse  em  julgar  -­â€?  espere  uma  participação  mais  ampla. DICAS  PARA  T RABALHAR  COM  P ESSOAS  DE  FOGO -­â€?  VĂĄ  direto  ao  ponto  com  elas.  Seja  claro  e  decisivo. ÇŚ ”ƒ‰ƒ „‘Â?• ƒ”‰—Â?‡Â?–‘•ǥ „ƒ•‡ƒ†‘• ‡Â? fatos  e  detalhes. ÇŚ  Â‘ •‡ “—‡‹š‡ǥ ƒ Â? Â‘ •‡” “—‡ •‡Œƒ ƒ„•‘Ž—–ƒ-­â€? mente  necessĂĄrio. ÇŚ •–‡Œƒ ’”‡’ƒ”ƒ†‘ ’ƒ”ƒ •‡” †‡•ƒƤƒ†‘Ǥ -­â€?  Pense  nas  consequĂŞncias  e  em  planos  â€œBâ€?. -­â€?  Ajude-­â€?os  a  ver  a  necessidade  de  colocar  os  outros  â€œno  barcoâ€?. DICAS  PARA  A S  P ESSOAS  COM  TEMPERAMENTO  D E  T ERRA -­â€?  Olhe  para  alĂŠm  de  si  prĂłprio. -­â€?  Olhe  para  o  lado  mais  leve  das  coisas.  -­â€?  Seja  mais  complacente  consigo  mesmo. DICAS  PARA  T RABALHAR  COM  P ESSOAS  DE  T ERRA  nj …‡‹–‡ “—‡ Âą Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ ’ƒ”ƒ ‡Ž‡• ƒ…‡‹–ƒ” mudanças. -­â€?  Encontre  experiĂŞncias  que  podem  ser  rela-­â€? …‹‘Â?Ġĥ Â? Â?‘˜ƒ •‹–—ƒ­ Â‘Ǥ ÇŚ ‡…‘Â?Š‡­ÂƒÇĄ Â?ĥ Â? Â‘ ’‡”…ƒ –‡Â?’‘ …‘Â? ĥ †‹Ƥ…—Ž†ƒ†‡• †‡ •‡ –”ƒ„ƒŽŠƒ” …‘Â? ƒ ’‡••‘ƒǤ ÇŚ ² †‡•…”‹­Ă™Â‡Â• …‘Â?’Ž‡–ƒ• †‘• ’ŽƒÂ?‘• ƒŽ–‡”-­â€? nativos  que  vocĂŞ  sugerir,  incluindo  suas  ÂŒÂ—•–‹Ƥ…ƒ–‹˜ƒ• ‡ •‡—• ’”‘„Ž‡Â?ĥ ȋ•‡ ÂŠÂ‘Â—Â˜Â‡Â”ČŒǤ ÇŚ  Â‘ •‡Œƒ ‡š…‡••‹˜ƒÂ?‡Â?–‡ ’‘•‹–‹˜‘ •‡Â? ”ƒœ Â‘Ǥ ÇŚ •‡ †ƒ ’•‹…‘Ž‘‰‹ƒ ”‡˜‡”•ƒ ÇŚ Â?• ˜‡œ‡• alimentando  resistĂŞncia  e  negativi-­â€? dade  vocĂŞ  vai  provocĂĄ-­â€?los  a  serem  mais  otimistas.

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DICAS  PARA  A S  P ESSOAS  COM  T EMPERAMENTO  D E  A R ÇŚ ² •‡‰—‹Â?‡Â?–‘ Â?• Â…Â‘Â‹Â•ÂƒÂ•ÇĄ •‡Œƒ completo  e  abrangente. ÇŚ ‘…ƒŽ‹œ‡ ‡ ‹†‡Â?–‹Ƥ“—‡ Ž‹Â?‹–‡• internos  e  externos. -­â€?  Ouça  profundamente  e  com  cuidado. DICAS  PARA  T RABALHAR  COM  PESSOAS  D E  A R ÇŚ ‡Œƒ ‹Â?ˆ‘”Â?ƒŽ ‡ †‡•…‘Â?Â–Â”ÂƒĂ€Â†Â‘ÇĄ Â? Â‘ •‡ apresse  para  ir  direto  ao  ponto. ÇŚ ”‹‡ —Â? …Ž‹Â?ƒ ’‘•‹–‹˜‘ ‡ ’”‘’À…‹‘ ƒ‘ trabalho.  nj •‡ ‡ ˆƒ…‹Ž‹–‡ …‘Â? ‹Â?ƒ‰‡Â?• ˜‹˜ƒ•Ǥ ÇŚ  Â‘ •‡Œƒ Â?—‹–‘ ‡•–”—–—”ƒ†‘Ǥ -­â€?  Estabeleça  os  limites,  os  planos  de  mudança. -­â€?  Cobre  os  prazos  deles.

DICAS  PARA  A S  P ESSOAS  COM  T EMPERAMENTO  D E  à GUA -­â€?  Encontre  seu  fogo! -­â€?  Seja  mais  orientado  para  agir  e  ser  decidido. -­â€?  Preste  mais  atenção  ao  produto. DICAS  PARA  T RABALHAR  C OM  PESSOAS  D E  à GUA ÇŚ ‘Â?‡ •‡— –‡Â?’‘ǥ Â? Â‘ ƒ’”‡••‡ ĥ …‘‹•ƒ•Ǥ -­â€?  Seja  claro  e  cuidadoso. ÇŚ ² ‹Â?ˆ‘”Â?ƒ­Ă™Â‡Â• ‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡•ǥ •‡Â? muitos  detalhes. ÇŚ ² ƒŽ–‡”Â?ÂƒÂ–Â‹Â˜ÂƒÂ•ÇĄ „‡Â? …‘Â?‘ –‡Â?’‘ ’ƒ”ƒ anĂĄlise. ÇŚ  Â‘ ‡•’‡”‡ ”‡•’‘•–ƒ• ‹Â?Â‡Â†Â‹ÂƒÂ–ÂƒÂ•ÇĄ –‡Â?Šƒ paciĂŞncia. -­â€?  Entenda:  quando  for  o  momento  certo,  eles  vĂŁo  agir.

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A QUARTA JANELA AS POLARIDADES DA LIDERANÇA Em busca de boa liderança e facilitação

“ Â

Eu ouço pessoas, por toda parte, dizendo que o problema do nosso tempo ĂŠ que nĂŁo existem mais grandes lĂ­deres. Se olharmos para trĂĄs, nĂłs sempre os tivemos. Mas, para mim, parece que hĂĄ uma razĂŁo muito profunda do porquĂŞ nĂŁo existam mais grandes lĂ­deres. É porque eles nĂŁo sĂŁo mais necessĂĄrios. A mensagem ĂŠ clara. NĂŁo queremos mais ser conduzidos a partir do exterior. Cada um de nĂłs deve ser o VHX SUySULR OtGHU 6DEHPRV R VXĂ€FLHQWH SDUD VHJXLU D OX] TXH hĂĄ dentro de nĂłs mesmos e, por meio desta luz, criaremos uma nova comunidade. Lourens van der Post

Lourens van der Post

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LÊo compartilha uma experiência de liderança colaborativa Em vez de eleger líderes fortes, podemos gerar liderança entre nós.

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SerĂĄ que lĂ­deres e liderança sĂŁo a mesma coisa? NĂŁo necessariamente. Existem muitos tipos de liderança. No CDRA (uma organização social sul-africana), nĂłs temos VHVV}HV GH UHĂ H[mR PHQVDLV HP TXH FRPSDUWLOKDPRV QRVVDV experiĂŞncias uns com os outros e pensamos sobre o que elas VLJQLĂ€FDP SDUD D QRVVD SUiWLFD IXWXUD 0XLWDV YH]HV ID]HPRV mudanças concretas ou melhorias em nosso trabalho ou em nossa organização baseados nas questĂľes levantadas nessas reuniĂľes. Esta ĂŠ uma forma de liderança em que todos nĂłs somos lĂ­deres. Para mim, esta parece ser a essĂŞncia da democracia participativa, na qual, em vez de eleger lĂ­deres fortes, podemos gerar liderança entre nĂłs. 2 GHVDĂ€R HVWi HP JDUDQWLU TXH HVVHV SURFHVVRV GH OLGHUDQoD sejam bem desenhados e facilitados, permitindo que todas as vozes falem e que haja um direcionamento. Talvez isso traga um papel diferente para os lĂ­deres, uma maneira diferente de liderar - uma forma de liderança facilitadora. A questĂŁo da liderança parece estar “na boca do povoâ€?, atualmente. Com a bagunça que estĂĄ o nosso planeta precisamos, mais do que nunca, de uma boa liderança. Mas serĂĄ que a gente SUHFLVD GDTXHOHV OtGHUHV IRUWHV H Ă€UPHV RX GHYHUtDPRV SURFXUDU outro tipo? TĂĄticas com base na força parecem nĂŁo ter ajudado o mundo, recentemente.

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COMPREENDENDO O MODELO DE POLARIDADES DA LIDERANÇA Polaridade  Ê  a  relação  entre  dois  opostos,  mas  que  nĂŁo  estĂŁo  em  oposição,  como,  por  exemplo,  o  dia  e  a  noite,  o  doce  e  o  azedo,  o  masculino  e  o  feminino  ou  o  temperamento  de  fogo  e  de  ågua.  Suas  diferenças  podem  ser  interessantes,  mas  o  modo  como  as  suas  diferenças  coexistem  Ê  ainda  mais  interessante.  Eles  sĂŁo  opostos  complementares. ‘ …‘Â?–‡š–‘ †ƒ Ž‹†‡”ƒÂ?­Âƒ ‡ †ƒ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ­ Â‘ÇĄ ƒ …‘Â?•…‹²Â?…‹ƒ †ƒ• ’‘Žƒ”-­â€? ‹†ƒ†‡• ’‘†‡ ƒ—Â?‡Â?–ƒ” ƒ ‡Ƥ…ž…‹ƒ †‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ organizacional. Os  seis  papĂŠis  bĂĄsicos  da  liderança,  de  acordo  com  o  modelo  de  Â‘Žƒ”‹†ƒ†‡• †ƒ ‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÇĄ • Â‘ÇŁ

Sustentar os opostos ao mesmo tempo e respeitar as tensþes Ê fundamental para uma liderança criativa.

Inspirar                    Energizar Focar                         Embasar ‡•ƒƤƒ” ’‘‹ƒ” Esses  papĂŠis  se  relacionam  de  acordo  com  trĂŞs  conjuntos  de  Â’Â‘ÂŽÂƒÂ”Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡Â•ÇŁ Â?Â•Â’Â‹Â”ÂƒÂ”Č€ Â?‡”‰‹œƒ”Ǣ Â‘Â…ÂƒÂ”Č€ Â?„ƒ•ƒ”Ǣ Â’Â‘Â‹ÂƒÂ”Č€ ‡•ƒƤƒ”Ǥ †‹ƒ‰”ƒÂ?ƒ ƒ„ƒ‹š‘ ˆ‘”Â?‡…‡ —Â? Â?‘†‡Ž‘ •‹Â?’Ž‹Ƥ…ƒ†‘ †‡ ’‘Žƒ”‹-­â€? dades,  demonstrando  como  os  papĂŠis  e  as  qualidades  da  liderança  precisam  estar  equilibrados  entre  si.

IDENTIFICANDO OS PAPÉIS DA LIDERANÇA

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Inspirar

Focar

Energizar

Embasar

'HVDĂ€DU

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. Čƒ 2

FOCAR (orientada para o futuro) Ajudar as pessoas a planejar, encontrar sentido e clareza, pensar e formular estratÊgias sobre como chegar ao futuro que desejam, priorizar. Qualidades - concentração, pensamento, anålise - temperamentos de fogo e de terra.

INSPIRAR (orientada para o futuro) Ajudar as pessoas (comunidades, organizaçþes) a encontrar visĂľes inspiradoras ou imagens de futuro que orientem seu trabalho ou vida, encontrar VLJQLĂ€FDGR QR VHX WUDEDOKR RX YLGD HVSHUDQoD em si mesmos. Qualidades - imaginação, criatividade, narração de histĂłrias (histĂłrias futuras) temperamentos de ar e de fogo.

APOIAR (orientada para o presente) Nutrir, criar empatias, dar conforto, trazer segurança e prover ambientes seguros. Qualidades - empatia, gentileza, escuta temperamento de ågua e ar.

DESAFIAR (orientada para o futuro) Colocar-se, confrontar positivamente o que nĂŁo estĂĄ funcionando, dizer a verdade, romper barreiras, fazer perguntas difĂ­ceis, assumir riscos. Qualidades - coragem, respeito, positividade, questionamento temperamentos de fogo, terra e ar.

ENERGIZAR (orientada para o presente) Ajudar as pessoas a encontrar energia e motivação no que estĂŁo fazendo agora. Ajudar a remover estigmas como o machismo e o racismo, a liderança opressora, ou mesmo mĂĄs condiçþes de trabalho que sugam a energia. Qualidades - abertura, ausĂŞncia de preconceito, capacidade de criar ritmo – temperamentos de ar e ĂĄgua.

EMBASAR (orientado para o passado) Ajudar as pessoas a aprenderem com a prĂłpria experiĂŞncia, valorizando a prĂłpria histĂłria, aceitando e perdoando os prĂłprios erros; ajudĂĄ-las a serem mais cuidadosas para que possam aprender com mais liberdade. 4XDOLGDGHV UHĂ H[mR FDOPD perdĂŁo, objetividade

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OS 6 PAPÉIS DA LIDERANÇA FACILITADORA

vs

INSPIRAR (orientada para o futuro) Ajudar as pessoas (comunidades, organizaçþes) a encontrar visĂľes inspiradoras ou LPDJHQV GH IXWXUR TXH RULHQWHP VHX WUDEDOKR RX YLGD HQFRQWUDU VLJQLĂ€FDGR QR VHX trabalho ou vida; esperança em si mesmos. ENERGIZAR (orientada para o presente) Ajudar as pessoas a encontrar energia e motivação no que estĂŁo fazendo agora. Ajudar a remover estigmas como o machismo e o racismo, a liderança opressora, ou mesmo mĂĄs condiçþes de trabalho que sugam a energia.

O QUE APRENDEMOS SOBRE ESTES DOIS PAPÉIS E SUA POLARIDADE. $OJXQV OtGHUHV VmR ERQV HP LQVSLUDU RX WUD]HU LQVSLUDomR PDV Ă€FDP FRQIXVRV TXDQGR RV PHPEURV RX VXD HTXLSH parecem estar com pouca energia. Assim, as pessoas podem estar animadas com a visĂŁo de futuro da comunidade ou da organização, mas talvez estejam desgastados por algum tipo de discriminação. Quando as organizaçþes carecem de ritmo (como reuniĂľes de equipe regulares), elas podem tornar-se imprevisĂ­veis, deixando as pessoas inseguras, estressadas e cansadas. As pessoas obtĂŠm energia ao ter certos ritmos em suas vidas. Pode haver uma tensĂŁo saudĂĄvel entre estes dois papĂŠis. De certa forma o papel de energização estĂĄ dizendo para o papel inspirador: â€œĂ“timo ter vocĂŞ a bordo, mas, por favor, seja realista!â€?. O papel inspirador pode reVSRQGHU ´2N WXGR EHP PDV QmR YDPRV Ă€FDU SUHVRV QR SUHVHQWH R IXWXUR QRV FRQYLGD D SHQVDU HP DOJR PDLRU do que somos hoje!â€?.

vs

FOCAR (orientada para o futuro) Ajudar as pessoas a planejar, encontrar sentido e clareza, pensar e formular estratĂŠgias sobre como chegar ao futuro que desejam, priorizar. EMBASAR (orientado para o passado) Ajudar as pessoas a aprenderem com a sua experiĂŞncia, valorizarem a sua histĂłria, aceitarem seus erros, perdoarem e serem mais cuidadosas para que possam aprender com mais liberdade.

O QUE APRENDEMOS SOBRE ESTES DOIS PAPÉIS E SUA POLARIDADE. A relação entre focar e embasar estĂĄ intimamente relacionada com o ciclo de ação-aprendizagem (veja o &DStWXOR 8P Ă X[R FRQWtQXR HQWUH DSUHQGHU FRP R SDVVDGR H SHQVDU VREUH R IXWXUR SRVVLELOLWD R VXUJLPHQto de uma organização ou comunidade saudĂĄvel, independente e adaptĂĄvel. A relação entre estes dois papĂŠis ĂŠ cĂ­clico (como dia e noite). Cada um deve receber a atenção necessĂĄria para que o outro seja saudĂĄvel.

vs

DESAFIAR (orientada para o futuro) Posicionar-se, confrontar positivamente o que não estå funcionando, dizer a verdade, romper barreiras, fazer perguntas difíceis, assumir riscos. APOIAR (orientada para o presente) Nutrir, criar empatia, dar conforto, trazer segurança e prover ambientes seguros.

O QUE APRENDEMOS SOBRE ESTES DOIS PAPÉIS E SUA POLARIDADE. Aposto que você vai reconhecer essa aqui logo de cara. Quando uma pessoa comete um erro... ela precisa VHU GHVDÀDGD RX SUHFLVD GH XP RPEUR DPLJR SDUD VH DSRLDU RX XP SRXFR GH FDGD XP" 6H XPD RUJDQL]DomR XPD OLGHUDQoD RX XP IDFLOLWDGRU p PXLWR GHVDÀDGRU LVVR SRGH DIDVWDU DV SHVVRDV RX SDUHFHU XP tanto autoritårio. Por outro lado, se ele apoiar demais, as coisas podem se tornar confortåveis demais, doces demais ou brandas demais. $ UHODomR HQWUH HVVHV GRLV SDSpLV p GH RSRVWRV FRPSOHPHQWDUHV &RPR SRGHPRV GHVDÀDU DV SHVVRDV R VXÀFLHQWH GH XP MHLWR SRVLWLYR GHQWUR GH XP DPELHQWH VHJXUR SDUD TXH HODV FRUUDP ULVFRV PDV DR PHVPR tempo, estejam dispostas a aceitarem feedbacks honestos, sabendo que se falharem serão apoiadas e não abandonadas? 46

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TRABALHANDO COM AS POLARIDADES DA LIDERANÇA

PENSAMENTOS NORTEADORES SOBRE OS INDIVĂ?DUOS

TODO MUNDO É DIFERENTE. Existe uma diversidade e tanto no mundo. Quanto mais pudermos apreciar esta diversidade, mais seremos capazes de trabalhar criativamente com ela. Diversidade ĂŠ a chave das organizaçþes saudĂĄveis.

TODO MUNDO É INTERESSANTE. Raspe a superfĂ­cie e atĂŠ mesmo a pessoa mais sem graça terĂĄ uma histĂłria interessante para contar. Achar que as pessoas sĂŁo sem graça diz mais sobre vocĂŞ do que sobre elas. TODO MUNDO VALE A PENA. Cada pessoa importa (atĂŠ mesmo vocĂŞ!). Se vocĂŞ nĂŁo acredita nisso, vocĂŞ estĂĄ no trabalho errado.

TODO MUNDO TEM VONTADE E CAPACIDADE DE MUDAR E DE SE DESENVOLVER. Isso pode estar escondido ou esquecido - o nosso trabalho ĂŠ trazer isso Ă tona, de volta Ă superfĂ­cie.

Â?‘†‡Ž‘ †‡ ‘Žƒ”‹†ƒ†‡• †ƒ ‹†‡”ƒÂ?­Âƒ ˆ‘”Â?‡…‡ —Â? Â?ƒÂ?ƒÂ?…‹ƒŽ †‡ “—‡•–Ù‡• “—‡ ‘• ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â• ‡ ĥ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ’‘†‡Â? —•ƒ” ’ƒ”ƒ •‡ ÂƒÂ˜ÂƒÂŽÂ‹ÂƒÂ”ÇĄ ’ƒ”ƒ …‡Ž‡„”ƒ” •‡—• ’‘Â?–‘• ˆ‘”–‡• ‡ ’ƒ”ƒ –”ƒ„ƒŽŠƒ” ‡Â? •‡—• †‡•ƒƤ‘•Ǥ  USANDO  O  M ODELO  N O  N Ă?VEL  I NDIVIDUAL A  organização  (ou  a  equipe)  pode  achar  esse  modelo  útil  para  Â‘„–‡” —Â?ƒ †‡˜‘Ž—–‹˜ƒ †‘• ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â• Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ Â?…‡Â?–‹˜‡ ĥ pessoas  a  fazerem  estas  perguntas  regularmente  e  darem  devolu-­â€? –‹˜ƒ• —Â?ĥ Â?• ‘—–”ƒ•Ǥ Perguntas  Inspiradoras/Energizantes:  O  quĂŁo  inspirador  Ê  o  meu  trabalho?  Eu  tambĂŠm  tenho  energia  no  dia  a  dia?  Eu  estou  fazendo  o  que  eu  realmente  quero  fazer?  O  que  estĂĄ  atrapalhando  meu  caminho? Perguntas  Focalizadoras/Embasadoras:  Eu  estou  focado?  Eu  tenho  uma  direção  clara?  Eu  sei  quais  sĂŁo  as  minhas  prioridades?  Eu  estou  continuamente  aprendendo,  tenho  achado  tempo  para  Â”‡ƪ‡–‹” ‡ ”‡ƒŽÂ?‡Â?–‡ ƒ’”‡Â?†‡” …‘Â? Â?‹Â?Šƒ ‡š’‡”‹²Â?Â…Â‹ÂƒÇŤ ‡”‰—Â?–ƒ• ‡•ƒƤÂƒÂ†Â‘Â”ÂƒÂ•Č€ Â’Â‘Â‹ÂƒÂ†Â‘Â”ÂƒÂ•ÇŁ ‡”ž “—‡ ‡— •‘— †‡•ƒƤƒ†‘ ’‘” ‘—–”‘• “—ƒÂ?†‘ ’”‡…‹•‘Ǎ — ’‡”Â?‹–‘ “—‡ ‘—–”‘• Â?‡ †‡•ƒƤ‡Â?ÇŤ — peço  ou  eu  tenho  o  apoio  que  preciso? USANDO  O  M ODELO  N O  N Ă?VEL  O RGANIZACIONAL As  questĂľes  sĂŁo  semelhantes,  mas  tĂŞm  uma  orientação  coletiva.  Â—‹–ƒ• Â˜Â‡ÂœÂ‡Â•ÇĄ ƒÂ?–‡• †‡ ˆƒœ‡” ĥ ’‡”‰—Â?–ƒ• …‘Ž‡–‹˜ƒÂ?‡Â?–‡ǥ ’‘†‡ •‡” Ž ‘„–‡” —Â?ƒ †‡˜‘Ž—–‹˜ƒ †‡ …ƒ†ƒ ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Ǥ  Â‘ Âą ”ƒ”‘ †—”ƒÂ?–‡ ’”‘…‡••‘• Â…Â‘ÂŽÂ‡Â–Â‹Â˜Â‘Â•ÇĄ “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• Ƥ“—‡Â? ‡Â? •‹Ž²Â?…‹‘ “—ƒÂ?†‘ ĥ •—ƒ• ”‡•’‘•–ƒ• ”‡’”‡•‡Â?–ƒ”‡Â? —Â? †‡•ƒƤ‘ ’ƒ”ƒ ‘• Â?‡Â?„”‘• Â?ƒ‹• poderosos  do  grupo. Perguntas  Inspiradoras/Energizantes:  Em  que  lugares  sĂŁo  Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ˜‡” ƒ ‹Â?•’‹”ƒ­ Â‘ ‡ ‘• ’”‘’ו‹–‘• †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ÇŤ Â? “—‡ condiçþes  o  trabalho  e  a  cultura  da  organização  sĂŁo  motivadoras  ou  desmotivadoras?  O  que  estĂĄ  ajudando  ou  prejudicando? Perguntas  Focalizadoras/Embasadoras:  A  organização  Ê  clara  e  focada?  Ela  estĂĄ  aprendendo  com  a  sua  experiĂŞncia  de  forma  consci-­â€? ‡Â?–‡ǥ …‘Â?–ÀÂ?—ƒ ‡ Â•ÂƒÂ—Â†ÂžÂ˜Â‡ÂŽÇŤ ••‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ†‘ –‡Â? ƒŽ‹Â?‡Â?–ƒ†‘ ‘ •‡— Â?‘†‘ †‡ ’‡Â?•ƒ” ‘ ÂˆÂ—Â–Â—Â”Â‘ÇŤ “—‡ ƒ ‡•–ž ƒŒ—†ƒÂ?†‘ ‘— †‹Ƥ…—Ž–ƒÂ?†‘Ǎ ‡”‰—Â?–ƒ• ‡•ƒƤÂƒÂ†Â‘Â”ÂƒÂ•Č€ Â’Â‘Â‹ÂƒÂ†Â‘Â”ÂƒÂ•ÇŁ š‹•–‡Â? †‡•ƒƤ‘• ‡ Ž‹Â?‹–‡• nesta  organização?  Podemos  ser  honestos  uns  com  os  outros,  Â†Â‡ —Â?ƒ ˆ‘”Â?ƒ Â’Â‘Â•Â‹Â–Â‹Â˜ÂƒÇŤ ו Â?‘• ƒ’‘‹ƒÂ?‘• —Â?• ƒ‘ ‘—–”‘• “—ƒÂ?†‘ ’ƒ••ƒÂ?‘• ’‘” †‹Ƥ…—Ž†ƒ†‡• ‘— ˆƒŽŠƒÂ?‘•Ǎ

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CAPÍTULO 3

CONVERSA AO PÉ DO OUVIDO COMO CRIAR E TRABALHAR AS RELAÇÕES NAS ORGANIZAÇÕES

O amor é de uma grandeza superior à da opinião. Se as pessoas gostarem umas das outras, as mais diversas opiniões poderão ser conciliadas. Rudolf Steiner

Olá, eu sou Rubens... Não pule este capítulo! Nós vamos começar a explorar a importância das relações nas organizações e nas mudanças sociais... Nós vamos falar sobre “poder” nos relacionamentos e sobre como construir relações saudáveis que fazem a diferença.

CRIS CONTA UMA HISTÓRIA... No início do meu segundo ano como assessora de Desenvolvimento Organizacional (DO) para uma ONG do Nepal, notei que a tendência à frequente mudança nos objetivos dessa organização era um provável resultado do fato de ela viver em um constante “cabode-guerra”, em que a disputa interna pelo poder estava em jogo. O presidente anterior e o vigente tinham visões diferentes sobre o futuro da ONG e cada um deles contava com seu respectivo séquito de apoiadores. Cada vez que a corda dos vínculos pessoais pendia para um lado, a direção da organização mudava junto e os objetivos acordados caíam por terra. Por ter chegado há pouco tempo, eu ainda não estava envolvida nessa dinâmica de relações da ONG. Vários membros mais jovens da equipe conversavam comigo a respeito desta disputa pelo poder. Por ser uma pessoa “de fora”, eles conseguiam se abrir comigo de uma maneira que não 48

“Eles foram capazes de abrir-se para mim, como uma pessoa “de fora”, como não tinham sido capazes de fazer entre si.”

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QUESTĂ•ES PARA SE TRABALHAR: 1) O que realmente aconteceu aqui? 2) Quais os pensamentos que estavam por trĂĄs da abordagem e das açþes da autora desta histĂłria? 3) Que liçþes ou que GHVDĂ€RV HVWD KLVWyULD oferece para a sua prĂĄtica?

tinham sido capazes de fazer entre si ou mesmo com os seus superiores. Tendo isso em mente e tambĂŠm considerando a delicadeza da situação e das relaçþes pessoais envolvidas, era essencial que eu encontrasse um jeito sutil e adequado de trazer este assunto para as nossas conversas sobre as futuras prioridades da ONG. Para isso, eu engatei uma marcha lenta e passei vĂĄrios meses simplesmente observando e construindo relaçþes para que as pessoas me conhecessem, se sentissem confortĂĄveis comigo e FRQĂ€DVVHP QDV PLQKDV PRWLYDo}HV )RL H[WUHPDPHQWH LPSRUWDQWH HVWDEHOHFHU XP VHQWLPHQWR GH FRQĂ€DQoD HQWUH R &RQVHOKR H HX algo que levou meses e muitos chĂĄs da tarde, jantares nas casas de um e de outro, alĂŠm de muita conversa sobre nossas famĂ­lias e a vida em geral. Embora fazer tudo isso realmente tenha sido XP GHVDĂ€R SDUD R PHX FRQFHLWR RFLGHQWDO GH ÂśSURGXWLYLGDGH¡ H para a separação (tĂŁo comum para nĂłs ocidentais) entre “casaâ€? e “trabalhoâ€?, eu logo percebi que aquele tempo estava sendo muito bem usado. Comecei a fazer contatos e amizade com meus colegas, adicionando prazer ao trabalho e apreciação mĂştua pelas diferenças entre nossas respectivas culturas. Com o tempo, a construção desses relacionamentos foi muito importante para assegurar que o Conselho recebesse as minhas observaçþes sobre a disputa de poder como algo construtivo e diretamente relacionado Ă saĂşde e Ă competĂŞncia da ONG como um todo.

POR QUE OS RELACIONAMENTOS SĂƒO TĂƒO IMPORTANTES?

“Criar e fortalecer os relacionamentos tambĂŠm sĂŁo um propĂłsito fundamental do nosso trabalho e da nossa organização.â€?

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Â?†‡ ‡š‹•–‡ ƒ…‘ŽŠ‹Â?‡Â?–‘ǥ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ ‡ ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• –”ƒÂ?•’ƒ”‡Â?–‡•ǥ toda  uma  gama,  de  possibilidades  surpreendentes,  ganha  a  chance  Â†Â‡ †‡•ƒ„”‘…Šƒ”Ǥ ‡•…‘„”‹Â?‘• “—‡ •‘Â?‘• …ƒ’ƒœ‡• †‡ ˆƒŽƒ” Â?ƒ‹• honesta  e  livremente,  que  podemos  ser  mais  autĂŞnticos,  mais  cria-­â€? Â–Â‹Â˜Â‘Â•ÇĄ Â?ƒ‹• ’”‘†—–‹˜‘• ‡ ÂƒÂ–Âą Â?ƒ‹• ‰‡Â?‡”‘•‘•Ǥ ‡Â?‘• Â?‡Â?‘• Â?‡†‘ de  errar  e  somos  mais  capazes  de  aprender  coletivamente  com  os  nossos  erros.  E,  logicamente,  quando  escondemos  coisas  uns  dos  outros,  Â“—ƒÂ?†‘ Šž ˆƒŽ–ƒ †‡ …‘Â?ƤƒÂ?­ÂƒÇĄ ÂˆÂ”Â‹Â‡ÂœÂƒÇĄ Â?‡†‘ ‘— ˆƒŽ–ƒ †‡ Â…ÂŽÂƒÂ”Â‡ÂœÂƒÇĄ sentimos  que  as  possibilidades  murcham  junto  com  a  capacidade  Â†Â‡ ƒ’”‡Â?†‡” …‘Ž‡–‹˜ƒÂ?‡Â?–‡Ǥ ‡Â?–‹Â?‘njÂ?‘• †‹Â?‹Â?—À†‘• ‡ ƒ–”‘ƤƒÂ?‘• nossa  capacidade  de  sermos  positivos  ou  criativos. Â?ƒ ˜‡œ “—‡ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• • Â‘ —Â? …‘Ž‡–‹˜‘ †‡ ’‡••‘ƒ• –”ƒ„ƒŽ-­â€? hando  juntas,  em  uma  relação  com  um  propĂłsito  comum,  deveria  ser  óbvio  para  todo  mundo  que  boas  relaçþes  sĂŁo  vitais  para  a  saĂşde  da  organização  e  para  a  nossa  habilidade  de  trabalhar  juntos  Â’‘” —Â? Â?‡•Â?‘ ƤÂ? Â?ƒ ”‡ƒŽ‹œƒ­ Â‘ †‘• Â?‘••‘• ‘„Œ‡–‹˜‘• …‘Ž‡–‹˜‘• ‡ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ƒ‹•Ǥ ÂƒÂ•ÇĄ ĥ ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• Â? Â‘ • Â‘ ƒ’‡Â?ĥ —Â? Â?‡‹‘ ’ƒ”ƒ •‡ ƒ–‹Â?‰‹” —Â? ƤÂ?ÇŤ ‡Â?•‡ Â?‹••‘Ǥ Se  a  razĂŁo  pela  qual  escolhemos  trabalhar  juntos  estĂĄ  no  desejo  de  construirmos  uma  comunidade  saudĂĄvel  e  sustentĂĄvel,  entĂŁo  â€œcriar  e  nutrir  as  relaçþes  tambĂŠm  deve  ser  um  dos  objetivos  funda-­â€? Â?‡Â?–ƒ‹• †‡ Â?‘••‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ ‡ †‡ Â?‘••ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘dzǤ ‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ǥ ĥ ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• • Â‘ –ƒÂ?–‘ Â?‡‹‘ “—ƒÂ?–‘ ƤÂ?Ǥ WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


-­‐ Oh, venerável sábio, por ǡ Ǧ ǣ ± À ensinar a construir Ǥ relações? isso pode ser apren-­‐ dido.

-­‐ Observando os outros, ouvindo histórias, vendo a reação dos você diz e faz...

Ǧ ǡ eu errar?

Ǧ À ² rapidamente.

Como?

O CALOR HUMANO É A CHAVE ² À ensinado que o calor humano é a chave para processos de desen-­‐ Ǧ Ǥ Ƥ ­ Ǥ ­Ù ­ ǡ Ƥ facilitando o processo de mudança é fundamental, seja essa À Ǥ ± -­‐ ǡ Ƥ Ǥ Outro elemento importante é envolver a comunidade ou a organização em um casulo, ou em um ventre cálido no qual ­ ǡ Ǥ À ǡ -­‐ ǡ Ƥ ­ ǡ ǡ de forma ainda mais duradoura, na organização em si. A liderança ou o facilitador do processo pode ser um modelo Ǧ pessoas já conhecem. O calor humano permite que mudanças ± ­Ù ÀƤ ± Ƥ Ǥ ± romper barreiras e dissolver a rigidez, esse clima cálido permite ­ × Ǥ

“CALOR HUMANO PERMITE CONFIANÇA.”

Em situações de mudança e incerteza, D FRQÀDQoD HP TXHP HVWi facilitando essa mudança é fundamental.

Os relacionamentos em que o calor humano, a integridade e Ƥ ­ sua essência humana e, ao permitir que elas se abram para os outros, permite que elas se abram também para a possibilidade de mudanças.

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RUBENS CONTA A SUA HISTĂ“RIA... “Eu notei que quando as pessoas se conectavam e começavam a apreciar a companhia uns dos outros, a equipe passava a ser capaz de dar muito mais de si mesma.

HĂĄ alguns anos, quando eu gerenciava uma pequena HTXLSH GH DSRLR D SURĂ€VVLRQDLV GH HGXFDomR decidi que ao menos uma vez a cada trimestre eu organizaria uma saĂ­da para uma refeição juntos, em que pudĂŠssemos simplesmente nos divertir como seres humanos normais. Todos estavam convidados, inclusive o pessoal da administração e da limpeza. Esses eventos rapidamente se tornaram muito populares. Eu notei que quando as pessoas se conectavam e começavam a apreciar a companhia uns dos outros, a equipe passava a ser capaz de dar muito mais de si mesma quando se via diante dos imensos GHVDĂ€RV HQIUHQWDGRV QR WUDEDOKR TXH UHDOL]iYDPRV HP XP GLVWULWR escolar de uma comunidade acometida pela pobreza.

ENXERGANDO ATRAVÉS DAS RELAÇÕES

O armĂĄrio

HĂĄ algo que vocĂŞs acham que eu deva saber?

Alguns fenĂ´menos nĂŁo sĂŁo imediatamente visĂ­veis e nem mesmo as melhores ferramentas de avaliação RX OLVWDV GH YHULĂ€FDomR VmR FDSD]HV GH UHYHOi ODV

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Os relacionamentos sĂŁo a porta de entrada atravĂŠs da qual podemos começar a enxergar a organização ou a comunidade com a qual estamos trabalhando. ´(Q[HUJDU D RUJDQL]DomRÂľ VLJQLĂ€FD olhar atravĂŠs do que normalmente vemos na superfĂ­cie - o espaço fĂ­sico, as estruturas, os procedimentos, os sistemas, os recursos, as polĂ­ticas etc. -, para perceber a cultura e os valores, os pensamentos ocultos e os pressupostos que guiam e direcionam o modo como a organização realmente pensa e atua. Estes fenĂ´menos nĂŁo sĂŁo visĂ­veis de imediato e nem mesmo as melhores ferramentas de avalLDomR RX OLVWDV GH YHULĂ€FDomR VmR capazes de revelĂĄ-las. É somente ao enxergar o outro como um ser humano igual a si prĂłprio que as pessoas passarĂŁo a revelar esses “segredosâ€?. Resumindo, de maneira EHP VLPSOHV VH DV SHVVRDV FRQĂ€DP em vocĂŞ, elas estarĂŁo mais predispostas a dizerem o que realmente estĂĄ acontecendo.

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RUBENS CONTA OUTRA HISTÓRIA... Eu me lembro de um incidente que aconteceu comigo no primeiro dia de estágio, numa escola na Cidade do Cabo, quando eu ainda estudava para ser professor. Depois de uma reunião de orientação com o diretor da escola, fui para a sala dos professores. Faltava pouco tempo para tocar o sinal do primeiro intervalo do dia. A sala estava vazia. Sem pensar muito, eu me sentei numa confortável poltrona ao lado da janela da sala. Logo que a sala começou a se encher com o burburinho dos professores, eu comecei a experimentar uma crescente sensação de desconforto. Alguém sentou-se próximo a mim, mas mal me cumprimentou; outra pessoa apenas me olhou longa e friamente. Somente então me ocorreu que eu devia estar sentado na poltrona favorita de algum dos professores mais antigos. Imediatamente eu levantei-me, desculpei-me e fui sentar em uma cadeira dura no fundo da sala. Antes de vir para a escola eu havia feito minha pesquisa sobre ela. Escutei muito atentamente o que o diretor havia me dito na reunião de orientação, mas essa “regra” importante passou despercebida. Ela não constava de nenhum livro de condutas ou prospecto, e QHQKXPD OLVWD GH YHULÀFDomR TXH HX WLYHVVH IHLWR SRGHULD ter revelado sua existência.

“Não me ocorreu que eu poderia estar sentado na cadeira favorita de alguém.”

PODER, RELACIONAMENTO E MUDANÇA Se um processo de desenvolvimento não gera mudanças na natureza e na qualidade do relacionamento entre as pessoas, então, é muito provável que não tenha ocorrido um verdadeiro processo de desenvolvimento. Se nós, como lideranças ou facilitadores de processos de desenvolvimento, não estivermos interessados em trabalhar com as relações interpessoais e com todas as suas Ƥ ǡ sermos meros técnicos. E esse risco se faz presente graças a uma verdade em especial: o poder vive nas relações. ǡ À ­Ù cooperação, que oprimem, que fatigam e limitam o potencial das pessoas. Portanto, se quisermos ver mudanças ou transformação de poder, nós temos que ajudar a transformar as relações. ­ Ǥ ­Ù requerem diferentes tipos de poder (veja abaixo); e, na medida em que as coisas mudam, as relações e o poder também devem mudar para irem ao encontro da nova situação.

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“Se um processo de desenvolvimento não gerou mudanças na natureza e na qualidade do relacionamento entre as pessoas, então, é muito provável que não tenha ocorrido um verdadeiro processo de desenvolvimento.”

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RELAÇÕES  DE  PODER:  DEPENDENTE,  INDEPENDENTE  E  INTERDEPENDENTE As  trĂŞs  fases  do  desenvolvimento  individual,  caracterizadas  no  ÂƒÂ’À–—Ž‘ ‘‹•ǥ ˆ‘”ƒÂ? †‡Â?‘Â?‹Â?Ġĥ …‘Â?‘ †‡’‡Â?†‡Â?–‡ǥ ‹Â?†‡’‡Â?-­â€? dente  e  interdependente.  Essas  denominaçþes  tambĂŠm  descrevem  os  diferentes  tipos  de  relaçþes  entre  as  pessoas,  nas  diferentes  fases  da  vida.  Quando  eu  dependo  de  vocĂŞ  (por  exemplo,  de  sua  liderança),  Â˜Â‘Â…² –‡Â? ’‘†‡” •‘„”‡ Â?‹Â? ȋ‘ “—‡ ’‘†‡ ‘— Â? Â‘ •‡” ĂŻÂ–Â‹ÂŽČŒǤ ĥ ’‘†‡ ser  que  em  determinado  momento  eu  saia  dessa  dependĂŞncia  para,  quem  sabe  desenvolver  e  expressar  minha  prĂłpria  capacidade  de  liderança  e,  assim,  me  tornar  mais  independente.  Ser  mais  indepen-­â€? †‡Â?–‡ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ ‡Â?…‘Â?–”ƒ” †‡Â?–”‘ †‡ •‹ ’‘†‡” •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ Ƥ…ƒ” ‡Â? Â’Âą •‘œ‹Â?Š‘Ǥ ‡’‘‹• †‡ –‡” ’ƒ••ƒ†‘ —Â? –‡Â?’‘ ‡Â? “—‡ ‡— –‡Â?Šƒ …‘Â?•‡‰—‹†‘ Â?‡ Â?ƒÂ?–‡” ‡Â? Â’Âą •‘œ‹Â?Š‘ ’‘••‘ –‡” ƒ†“—‹”‹†‘ …‘Â?Ƥ-­â€? ança  e  habilidade  para  me  relacionar  com  vocĂŞ  de  uma  maneira  mais  interdependente,  de  tal  modo  que  agora  o  poder  pode  se  tornar  mĂştuo  ou  compartilhado.  Â‡Â?„”ƒ” ‹••‘ “—‡ ˆ‘‹ †‹–‘ ƒ…‹Â?ƒ ’‘†‡ •‡” †‡ ‰”ƒÂ?†‡ ƒŒ—†ƒ ’ƒ”ƒ ƒ liderança  ou  para  o  facilitador  de  um  processo  de  desenvolvimento.  Ă‰  muito  comum  na  fase  inicial  de  um  relacionamento,  as  pessoas  ou  as  organizaçþes  com  as  quais  estamos  trabalhando  se  sentirem  dependentes  de  nĂłs,  esperando  nossas  orientaçþes,  apoio,  acesso  Âƒ ”‡…—”•‘• ‡–…Ǥ ĥ •‡ ‘ Â?‘••‘ ‘„Œ‡–‹˜‘ Âą ‡Â?Â’Â‘Â†Â‡Â”ÂžÇŚÂŽÂƒÂ•ÇĄ ‡Â?– Â‘ÇĄ temos  que  ajudĂĄ-­â€?las  a  se  tornarem  independentes  de  nĂłs,  mais  ÂƒÂ—Â–Ă˜Â?‘Â?ĥ ‡ …ƒ’ƒœ‡• †‡ †‡…‹†‹” ‡ ‡Â?…ƒÂ?‹Â?Šƒ” •—ƒ• Â?‡…‡••‹†ƒ†‡•Ǥ —‹–‘ ˆ”‡“—‡Â?–‡Â?‡Â?–‡ Â?ו •× ’‡”…‡„‡Â?‘• “—‡ ‹••‘ ‡•–ž ƒ…‘Â?-­â€? tecendo  quando  as  pessoas  com  as  quais  trabalhamos  começam  a  Â?‘• †‡•ƒƤƒ” ‘— …”‹–‹…ƒ”Ǩ Quando  isso  acontece,  Ê  hora  de  dar  um  passo  para  trĂĄs  e  abrir  espaço  para  que  as  pessoas  trabalhem  esse  seu  novo  poder  emer-­â€? gente,  para  que  elas  cometam  seus  prĂłprios  erros  e  aprendam  com  Â‡ÂŽÂ‡Â•Ǥ ‡˜‡Â?‘•ǥ ‡Â?– Â‘ÇĄ †‡•ƒƤÂžÇŚÂŽÂƒÂ• ’ƒ”ƒ “—‡ ‡Žƒ• –‡•–‡Â? ‡ ˆ‘”–ƒŽ‡­ÂƒÂ? •‡— ’‘†‡”Ǎ ‡˜‡Â?‘• ÂƒÂŒÂ—Â†ÂžÇŚÂŽÂƒÂ• ƒ ƒ’”‡Â?†‡” “—ƒÂ?†‘ ‡Žƒ• …‘Â?‡–‡Â? ‡””‘•ǥ ‘— †‡˜‡Â?‘• Â†Â‡Â‹ÂšÂžÇŚÂŽÂƒÂ• ‡Â?…‘Â?–”ƒ” •‡— ’”×’”‹‘ …ƒÂ?‹Â?Š‘Ǎ  Â‘ hĂĄ  uma  resposta  fĂĄcil  para  estas  perguntas,  porque  tudo  depende  Â†Âƒ •‹–—ƒ­ Â‘ ‡ …ƒ†ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ ”‡“—‡” —Â? Œ—Ž‰ƒÂ?‡Â?–‘ †‹ˆ‡”‡Â?–‡Ǥ ĥ Âą sempre  bom  que  essas  perguntas  sejam  feitas. Â

“Muito frequentemente nĂłs percebemos que as pessoas estĂŁo se empoderando quando elas começam a nos GHVDĂ€DU RX FULWLFDU Âľ

OS EFEITOS DO EMPODERAMENTO - Ehh, muito obrigado por compartilharem seus pensamentos comigo...

$JRUD TXH HVWDPRV VXĂ€FLHQWHPHQWH empoderados, jĂĄ somos capazes de te dizer que vocĂŞ ĂŠ uma besta.

E agora, como ĂŠ que eu vou me relacionar com eles?...

-Um chato!

- Sim!...

- PatĂŠtico!

-MandĂŁo!

- Pouco inspirador...

-Uma grande besta. 53

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A DEPENDĂŠNCIA É SEMPRE UMA COISA RUIM? Sim  e  nĂŁo.  Crianças  pequenas  sĂŁo  muito  dependentes  de  seus  pais.  Esta  fase  de  dependĂŞncia  pode  ser  um  maravilhoso  processo  de  ensino  e  aprendizagem;  mas  a  partir  de  certo  momento,  as  crianças  começam  a  se  desenvolver  e  a  querer  entrar  no  mundo  dos  adultos  e,  neste  processo,  sentem  necessidade  de  ir  alĂŠm  dessa  dependĂŞncia  -­â€?  muitas  vezes,  antes  mesmo  de  seus  pais  se  darem  Â…‘Â?–ƒ †‹••‘Ǥ ‘”Â?ƒŽÂ?‡Â?–‡ǥ ‡••‡ Âą —Â? Â?‘˜‹Â?‡Â?–‘ “—‡ ‡Â?˜‘Ž˜‡ …‡”–‘ …‘Â?ƪ‹–‘ †‡ ’‘†‡”Ǥ ÂƒÂ•ÇĄ Â?ƒ Â?‡†‹†ƒ ‡Â? “—‡ ‡Ž‡ ˜ƒ‹ •‡ ”‡•‘Ž˜‡Â?†‘ǥ ˜ƒ‹ ƒŒ—†ƒÂ?†‘ ƒ …”‹ƒÂ?­Âƒ ƒ ƒÂ?ÂƒÂ†Â—Â”Â‡Â…Â‡Â”ÇĄ ˆ‘”–ƒŽ‡…‡Â?Â†Â‘ÇŚÂƒ ’ƒ”ƒ ƒ ˜‹†ƒ ƒ†—Ž–ƒǤ  Â‘ Âą •ƒ—†ž˜‡Ž Â?ƒÂ?–‡” ĥ crianças  dependentes,  superprotegendo-­â€?as  e  nĂŁo  permitindo  que  elas  demon-­â€? •–”‡Â? …‘Â?’‘”–ƒÂ?‡Â?–‘• ‹Â?†‡’‡Â?†‡Â?–‡• Â? medida  que  crescem. ‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÂ• –‡Â?†‡Â? ƒ –‡” •‡‰—‹†‘”‡• dependentes  de  vĂĄrias  maneiras,  tanto  diretas  quanto  sutis.  Isto  pode  ser  perfeitamente  saudĂĄvel  atĂŠ  a  hora  em  que  os  seguidores  passam  a  querer  e  se  tornar  aptos  para  assumir  mais  poder  e  responsabilidades  de  liderança,  mudando  o  padrĂŁo  de  relacionamento  anterior.  Â‘˜ƒÂ?‡Â?–‡ǥ ‹•–‘ “—ƒ•‡ •‡Â?’”‡ ƒ…‘Â?–‡…‡ …‘Â? —Â? …‘Â?ƪ‹–‘ †‡ ’‘†‡”ǥ Â?• ˜‡œ‡• ÂƒÂ–Âą com  uma  crise,  que  se  for  bem  conduzida,  tambĂŠm  pode  ser  um  processo  saudĂĄvel,  um  momento  para  testar  se  as  pessoas  estĂŁo  realmente  prontas  para  assumir  novos  papĂŠis.  As  organizaçþes  que  passam  de  uma  fase  de  desenvolvimento  Â’ƒ”ƒ Â‘Â—Â–Â”ÂƒÇĄ Â?‘”Â?ƒŽÂ?‡Â?–‡ǥ ˜‹˜‡Â?…‹ƒÂ? ‡••‡• …‘Â?ƪ‹–‘• †‡ ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â•Ǥ Â? ‡š‡Â?’Ž‘ –À’‹…‘ Âą ‘ †ƒ ’ƒ••ƒ‰‡Â? †ƒ ˆƒ•‡ ‡Â? “—‡ Šž —Â?ƒ †‡’‡Â?†²Â?…‹ƒ †‘ ’‹‘Â?‡‹”‘ ‘— fundador  da  organização  para  uma  liderança  mais  independente  e  compartil-­â€? hada.  Este  assunto  Â•Â‡Â”ž ƒ„‘”†ƒ†‘ …‘Â? Â?ƒ‹• †‡–ƒŽŠ‡• Â?‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ —ƒ–”‘Ǥ

UMA PALAVRA SOBRE O PODER DA VĂ?TIMA As pessoas que se sentem injustiçadas pela distribuição do poder ou marginalizadas, de maneira geral, recorrem ao chamado ‘poder da vĂ­tima’. Alguns exemplos ilustrativos: o adolescente descontente que faz “manhaâ€? para tentar fazer seus pais se sentirem culpados por terem lhe imposto alguns limites; ou comunidades pobres que aumentam sua poEUH]D H FDUrQFLD D Ă€P GH REWHU PDLV UHFXUVRV GH WHUFHLURV RX HPSUHJDdos que continuamente reclamam do quanto estĂŁo cansados e estressados, somente para angariar mais simpatia ou para desviar as crĂ­ticas ao seu prĂłprio trabalho. Em cada caso, a ‘vĂ­tima’ usa um tipo de poder RFXOWR SDUD HVWLPXODU FXOSD RX PHGR H LQĂ XHQFLDU D VLWXDomR D VHX IDYRU 6XDV UD]}HV SDUD ID]HU LVWR SRGHP VHU MXVWLĂ€FiYHLV RX QmR PDV SRU serem veladas e facilmente negadas se confrontadas, elas requerem respostas muito habilidosas daqueles que as recebem. As pessoas que usam o poder da vĂ­tima, em geral desconhecem outras maneiras disponĂ­veis de se lidar com as situaçþes em que se encontram; em outras palavras, elas desconhecem outros poderes que elas possuem.

QUESTĂ•ES PARA REFLETIR ‡ (P TXH VLWXDo}HV GH QRVVDV YLGDV H[SHULPHQWDPRV UHODçþes de dependĂŞncia saudĂĄveis e pouco saudĂĄveis? ‡ 'H TXH PDQHLUD UHDJLPRV D HVVDV VLWXDo}HV" ‡ 7HPRV GLĂ€FXOGDGH SDUD IDODU VREUH SRGHU" 3RU TXr" 2 que podemos fazer para conseguirmos conversar sobre poder? ‡ 4XH GHVDĂ€RV SHVVRDLV RX RUJDQL]DFLRQDLV QyV WHPRV DR enxergar e trabalhar com a questĂŁo do poder de uma maneira saudĂĄvel? 54

“... isto quase sempre DFRQWHFH FRP XP FRQĂ LWR de poder, Ă s vezes atĂŠ com uma crise, que se for bem conduzida, tambĂŠm pode ser um processo saudĂĄvel, um momento para testar se as pessoas estĂŁo realmente prontas para assumir novos papĂŠis.â€?

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TIPOS DE PODER HĂĄ vĂĄrias maneiras de se enxergar o poder. Esse modelo que apresentamos abaixo ĂŠ bem popular e pode ser facilmente relacionado com as fases de desenvolvimento individual. Em cada um dos tipos apresentados, SRGHPRV LGHQWLĂ€FDU XPD UHODomR GH SRGHU FRP RV RXWURV FRQVLJR PHVPR RX GH SRGHU VREUH RV RXWURV

PODER DEPENDENTE

PODER INDEPENDENTE

PODER INTERDEPENDENTE 55

PODER SOBRE O OUTRO (PODER DEPENDENTE) e R XVR TXH XPD SHVVRD ID] GH VXD LQĂ XrQFLD VREUH DOJR RX DOJXpP e DVVLP que a maioria das pessoas entende o poder e ĂŠ essa a razĂŁo pela qual elas evitam falar sobre ele. Mas um escultor exerce poder sobre a sua matĂŠria. O guitarrista demonstra poder sobre o seu instrumento. Um mecânico exibe o poder que tem sobre uma mĂĄquina. Esses sĂŁo exemplos positivos do uso de SRGHU VREUH REMHWRV LQDQLPDGRV 0XLWDV SHVVRDV XVDP GH VXD LQĂ XrQFLD VREUH outros para promover o bem comum: Nelson Mandela, Gandhi, Martin Luther King Jr., Madre Teresa, entre outros. É quando o abuso do poder sobre as pessoas acontece que passamos a vĂŞ-lo como algo negativo. 2 SRGHU VREUH R RXWUR QmR p SRU GHĂ€QLomR DOJR UXLP 2 SRGHU Vy VH torna destrutivo se alguĂŠm o usa de maneira irresponsĂĄvel, privando os outros ao acesso Ă s suas necessidades bĂĄsicas. Quando visto sob seu aspecto GHVWUXWLYR R SRGHU VREUH RV RXWURV p SHUFHELGR FRPR DOJR H[FOXVLYR FRQĂ Ltuoso e competitivo e a Ăşnica maneira de tomĂĄ-lo ĂŠ usurpando-o de alguĂŠm ou impedindo que outra pessoa o exerça. Nesse caso, o poder sobre o outro perpetua a desigualdade, a injustiça e a pobreza. Na maior parte das vezes, essa forma de poder ĂŠ exercitada quando as pessoas ganham um poder exclusivo, quando elas tomam o poder. É atĂŠ possĂ­vel de se ver isso acontecendo, quando pessoas de comunidades marginalizadas tomam o poder, de alguma maneira, e acabam adotando o mesmo comportamento caracterĂ­stico daqueles de quem elas tiraram o poder. PODER SOBRE SI MESMO (PODER INDEPENDENTE) Esse tipo de poder ĂŠ obtido ao se desenvolver o autoconhecimento, as habiOLGDGHV H D FRQĂ€DQoD SDUD PHOKRUDU D TXDOLGDGH GH QRVVDV YLGDV *DQKDU esse poder sobre si mesmo exige aprendizado, inclui alcançar o sucesso e desfrutar do sentimento de valor prĂłprio que advĂŠm do crescimento pessoal. Algo inato nos seres humanos nos leva a estabelecer metas, a realizĂĄ-las, a PHOKRUDU SDUWLQGR GR TXH RV RXWURV Ă€]HUDP DQWHV GH QyV H D QRV DGDSWDUPRV a novas situaçþes usando a criatividade. Esse algo inato ĂŠ a necessidade de exercitar o poder interno. No CapĂ­tulo Um nos referimos ao desenvolvimento como sendo “um processo natural, um poder interno que precisamos ler, respeitar e com o qual precisamos trabalhar.â€? PODER COMPARTILHADO COM O OUTRO (PODER INTERDEPENDENTE) Esse poder ĂŠ alcançado quando se trabalha com o outro em cooperação. Esse ĂŠ o mesmo poder que o da solidariedade humana, dos esforços coletivos pelos direitos humanos, das colaboraçþes criativas. É o lugar onde a necessidade de poder, a necessidade de amar e de pertencer se cruzam. Pense em qualquer grande realização da raça humana e vocĂŞ verĂĄ que todas elas mostram seres humanos trabalhando juntos ou construindo a partir das realizaçþes daqueles que vieram antes deles. O poder compartilhado com o outro diz respeito Ă busca do que hĂĄ de comum entre interesses diferentes e Ă construção de uma força coletiva. Organizaçþes saudĂĄveis e colaboração sĂŁo expressĂľes desse poder, assim como o sĂŁo os esforços coletivos e os movimentos sociais, quando utilizam a uniĂŁo advinda do uso do poder compartilhado com o outro para se opor ao poder abusivo sobre o outro.

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AS CINCO BASES DO PODER French e Raven, dois psicólogos sociais, desenvolveram, em 1959, um esquema com cinco bases de poder. Essas bases do poder se referem aos recursos ou estruturas usadas pelos detentores de poder para construir suas relaçþes com os outros. Em geral, o nosso poder estå baseado no uso das diferentes combinaçþes dessas mesmas bases.

Poder formal: esse ĂŠ o poder advindo da autoridade formal estabelecida pela posição que uma pessoa ocupa na sociedade ou na organização e que geralmente estĂĄ respaldado por uma polĂ­tica ou lei. Essa ĂŠ uma forma de poder sobre o outro. Poder compensatĂłrio: esse poder depende da capacidade daquele que o detĂŠm de distribuir recompensas materiais de valor, tais como dinheiro, benefĂ­cios, licenças, prĂŞmios desejados, promoçþes ou aumentos de salĂĄrio. No setor de desenvolvimento, este poder estĂĄ especialmente concentrado nas mĂŁos dos doadores e dos intermediĂĄrios que repassam fundos ou recursos. TambĂŠm ĂŠ um tipo de poder sobre o outro. Os doadores que distribuem recursos com um espĂ­rito de solidariedade e amor ao prĂłximo, em geral, se sentem desconfortĂĄveis com este poder e preferem desenvolver relaçþes de parceria baseadas num poder compartilhado com outros. Essa ĂŠ uma tensĂŁo muito presente no mundo do desenvolvimento social, mas que ainda nĂŁo foi resolvida e ainda assim ĂŠ raramente discutida entre doadores e receptores de recursos e fundos. Poder pessoal: refere-se ao poder ou a habilidade que algumas pessoas tĂŞm de atrair outras, de construir relacionamentos interpessoais sĂłlidos, de persuadir e de infundir lealdade. Esta forma de poder estĂĄ baseada no carisma e nas habilidades interpessoais de quem o detĂŠm. Este ĂŠ um exemplo de poder sobre si mesmo, mas pode ser tambĂŠm usado como poder sobre o outro. Nos lugares em que o mundo estĂĄ se tornando mais democrĂĄtico, deixando de ser conduzido pelo poder formal para orientar-se mais pelo consenso, esta IRUPD GH SRGHU VH WRUQD PXLWR VLJQLĂ€FDWLYD UHTXHUHQGR XP SURIXQGR IRFR QR HPSRGHUDmento individual. Poder do Expert: neste caso o poder das pessoas se origina de suas habilidades, conhecimentos e experiĂŞncias e da necessidade que a organização tem de usar essas habilidades e conhecimentos. Diferentemente dos outros tipos de poder, este ĂŠ normalmente muito HVSHFtĂ€FR H OLPLWDGR D XP FDPSR SDUWLFXODU QR TXDO R H[SHUW p WUHLQDGR H TXDOLĂ€FDGR H R manter-se bem informado e atualizado com informaçþes Ăşteis faz parte deste poder. Este ĂŠ tambĂŠm um exemplo de poder sobre si, mas facilmente pode se transformar-se em poder sobre o outro (usado positiva ou negativamente), principalmente quando as habilidades e o conhecimento do expert sĂŁo percebidos como algo de que se precisa desesperadamente. Poder coercitivo: p D DSOLFDomR GD LQĂ XrQFLD QHJDWLYD EDVHDGD QR PHGR (OH SRGH HVWDU combinado com qualquer um dos tipos acima descritos, alĂŠm de tambĂŠm poder se valer GD IRUoD ItVLFD SDUD DVVHJXUDU REHGLrQFLD GDTXHOHV TXH HVWmR VRE VXD LQĂ XrQFLD 2 SRGHU coercitivo tende a ser o mais Ăłbvio, mas ĂŠ tambĂŠm a forma menos efetiva de poder, na medida em que gera ressentimento e resistĂŞncia. Uma forma disfarçada de poder coercitivo p R SRGHU GD YtWLPD TXH FXOWLYD R VHQWLPHQWR GH FXOSD SDUD LQĂ XHQFLDU VLWXDo}HV D VHX IDYRU 4XHVW}HV SDUD UHĂ HWLU ‡ 4XDLV VmR RV WLSRV GH SRGHU TXH HX XWLOL]R RX QRV TXDLV PH DSRLR QRV YiULRV relacionamentos diferentes da minha vida? ‡ 4XDLV WLSRV GH SRGHU RXWUDV SHVVRDV XVDP VREUH PLP RX FRPSDUWLOKDP FRPLJR" ‡ 4XDLV WLSRV GH SRGHU VmR XVDGRV QDV UHODo}HV TXH JRYHUQDP QRVVD RUJDQL]DomR" ‡ 4XDLV WLSRV GH SRGHU QyV TXHUHPRV XVDU HP GLIHUHQWHV VLWXDo}HV IXWXUDPHQWH" 56

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POR QUE É IMPORTANTE CONVERSAR SOBRE PODER?

algumas DICAS PRÁTICAS Conversar sobre poder é sempre difícil e em algumas culturas é quase impossível. Não temos nem a linguagem necessária desenvolvida para falar de poder, nem a coragem para tocar no assunto, porque temos medo de que isto irá ameaçar ou atrapalhar nossos relacionamentos. Quase sempre poder está associado à coerção ou ao poder sobre outra pessoa e, assim, preferimos ignorar o assunto. De fato, não há técnicas fáceis ou ferramentas que nos ajudem nisso. Esperamos que os tipos e as bases de poder descritas acima possam ajudar a encontrar uma linguagem para se conversar sobre isso, depois de incitar o assunto com as perguntas sugeridas. Como se faria com qualquer situação delicada nesse caso, também, devemos prover um ambiente seguro e amigável e destinar WHPSR VXÀFLHQWH SDUD DV SHVsoas falarem. Pedir às pessoas que expressem seus sentimentos sempre ajuda a conduzir a conversa para aquilo que é importante. Mas temos que ter cuidado para que não encorajemos as pessoas a fazer acusações umas às outras. Uma dica é pedir às pessoas para que descrevam o que estão sentindo e, se possível, para descreverem as experiências TXH À]HUDP HVVHV VHQWLPHQWRV DÁRUDU

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Frequentemente, trabalhamos com pessoas que estão ou se sentem sem poder; nós as acompanhamos e as apoiamos em seu processo de Ǥ ± ­ tenham acesso a seus direitos e possam exercitar seu poder. Conversar sobre poder com transparência e consciência é um bom jeito de ajudar as pessoas a perceberem o poder que elas têm e a usá-­‐lo de maneira mais positiva. ­ ǡ ǡ Ƥ × ǡ ǡ Ǧ ± percebemos ou queremos. Em geral, ele é uma combinação do poder de expert com o poder compensatório. Se nem nós e nem as pessoas com quem nos relacionamos estivermos conscientes do nosso poder, das possibilidades, das limitações e do potencial mal-­‐utilizado desse ǡ Ƥ ƪ ­ que não desejamos, exercendo um destrutivo poder sobre o outro. Quase todo mundo que já trabalhou para uma instituição doadora, tem alguma história para contar de como uma palavra ao acaso ou uma sugestão feita a uma comunidade ou a uma organização parceira foi ouvida por elas como uma ordem. Como lideranças e facilitadores, nós precisamos estar conscientes de que mesmo sem querer, podemos provocar mudanças ou minar processos pela nossa simples presença.

TÂNIA CONTA SUA HISTÓRIA... Aquela era minha primeira semana como gerente e eu estava determinada a buscar um caminho diferente que reduzisse a hierarquia e estabelecesse D FRQÀDQoD HQWUH DV SHVVRDV TXH WUDEDOKDYDP DOL (X me reuni individualmente com cada membro da equipe e lhes perguntei a respeito do trabalho que faziam, suas histórias com a organização e o que elas esperavam de um gerente. O pessoal da segurança e da limpeza tinha por hábito preparar o almoço no escritório. Geralmente, eles cozinhavam pratos típicos do Nepal, uma comida boa, mas muito suave para o meu paladar acostumado com a comida tailandesa. Certo dia, um dos seguranças comentou comigo que um determinado prato estava especialmente picante. ‘Tudo bem’, eu disse, ‘eu adoro comida apimentada. Na verdade, quanto mais apimentada, melhor.’ Uma semana depois, eu notei que um dos membros da equipe estava com falta de ar. ‘Eu não consigo entender’, ele dizia, ‘nas últimas semanas a comida vem se tornando cada vez mais apimentada. Eu já quase não consigo comê-la!’ Este episódio me fez pensar que quando se tem um “poder formal”, é preciso ter muito cuidado com o que se diz!

ENCONTRANDO NOSSO PODER INTERNO Como facilitadores nós nos relacionamos com lideranças comuni-­‐ tárias que detêm e exercem poder (de vários tipos) e a quem outros À ǡ outro ou compartilhado. É importante ajudar estas pessoas a exer-­‐ cerem seu poder com consciência e responsabilidade para alcançar os objetivos coletivos, um dos quais pode ser encorajar e apoiar o empoderamento dos membros da comunidade.

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Individualmente,  todos  nĂłs  somos  pessoas  com  poder  no  âmbito  Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂŽÇĄ ‘ Â?‘••‘ ’‘†‡” ‹Â?–‡”‹‘”Ǥ ••‡ ’‘†‡” ˆ‘‹ …‘Â?•–‹–—À†‘ ‡ ‹Â?ƪ—‡Â?-­â€? ciado  -­â€?  tanto  positivo  como  negativamente  -­â€?  por  nossa  experiĂŞncia  e  pelos  nossos  processos  de  aprendizagem.  Ajudar  as  pessoas  -­â€?  sejam  elas  lideranças  ou  membros  de  organizaçþes  -­â€?  a  se  desenvolverem  e  se  fortalecerem  pessoalmente  Ê  um  aspecto  fundamental  do  processo  de  desenvolvimento  e  do  empoderamento  das  organizaçþes. Â

PERDER PODER.... NĂƒO! Eu estou passando o poder para vocĂŞ.

!

Estes sĂŁo os livros de regras

Agora vocĂŞ ĂŠ quem manda!

O QUE É NECESSĂ RIO? Para  se  construir  relaçþes  que  promovam  autĂŞnticos  processos  de  desenvolvimento,  apresentamos  abaixo  algumas  qualidades,  atitudes  e  habilidades  que  lideranças  e  facilitadores  podem  usar  e  que  certamente  farĂŁo  uma  grande  diferença: Â

7UDJD KRQHVWLGDGH LQWHJULGDGH FRQĂ€ança... e dĂşvidas!

Ă€s  vezes,  como  um  ÂŽĂ€Â†Â‡Â” ‘— ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”ÇĄ ˜‘…² nĂŁo  tem  a  resposta  e  procurar  orientação  de  outros  pode  ser  estimulante  para  eles.

‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ Âą —Â?ƒ “—ƒŽ‹†ƒ†‡ “—‡ †‡ƤÂ?‡ —Â? „‘Â? ”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘Ǥ ‘…² ’‘†‡ …‘Â?•–”—‹” …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ •‡Â?†‘ †‹‰Â?‘ †‡ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ ‡Â? –—†‘ “—‡ ˆƒœ ‘— ’”‘Â?‡–‡ ˆƒœ‡” Č‚ Š‘Â?Â‡Â•Â–Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡ÇĄ ƒ„‡”–—”ƒ ‡ ‹Â?–‡‰”‹†ƒ†‡ • Â‘ ƒ „ƒ•‡ †‡••ƒ …‘Â?•–”—­ Â‘Ǥ —‹–ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ‡ …‘Â?—Â?‹†ƒ†‡• –²Â? experiĂŞncias  negativas  com  lideranças  ou  pessoas  de  fora  e,  apesar  Â†Â‡ ‘ ”‡…‡„‡”‡Â? …ƒŽ‘”‘•ƒÂ?‡Â?–‡ǥ –ƒŽ˜‡œ •‡Œƒ Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ ’ƒ”ƒ ‡Žƒ• ƒ…”‡†‹-­â€? –ƒ”‡Â? ‡Â? ˜‘…² ÇŚ ‡ •‡ ‡Žƒ• Â? Â‘ •‡ •‡Â?–‹”‡Â? Â? ˜‘Â?–ƒ†‡ ’ƒ”ƒ •‡ ƒ„”‹” …‘Â? ˜‘…²ǥ ˜‘…² ‡•–ƒ”ž –”ƒ„ƒŽŠƒÂ?†‘ Â?• …‡‰ƒ•Ǥ Ser  completamente  honesto  sobre  aquilo  que  vocĂŞ  pode  ou  nĂŁo  Â’‘†‡ ‘ˆ‡”‡…‡” ”‡“—‡” …‘”ƒ‰‡Â? ‡ ˆ”ƒÂ?“—‡œƒǤ ‘Â?‘ ŽÀ†‡” ‘— ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”ÇĄ tem  hora  que  vocĂŞ  simplesmente  nĂŁo  tem  todas  as  respostas.  Pedir  ajuda  ou  orientação  de  outras  pessoas  pode  ajudar  a  empoderĂĄ-­â€? las.  Ser  transparente  a  respeito  de  suas  prĂłprias  dĂşvidas  poderĂĄ  encorajar  outros  a  tambĂŠm  serem  honestos. Â

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RUBENS CONTA A SUA HISTĂ“RIA... “Sentindo-se envergonhada e confusa, ela saiu dali pensando como faria para ganhar a simpatia daquelas pessoas tĂŁo amarguradas.â€?

A necessidade da comunidade estava clara: aquelas pessoas queriam uma ponte construĂ­da sobre o rio que sempre transbordava na estação das chuvas. As crianças da vila tinham que atravessar o rio para chegarem Ă escola e recentemente uma criança tinha se afogado. O governo anterior tinha feito muitas promessas que, por nĂŁo terem sido cumpridas, deixaram os moradores furiosos. Desde entĂŁo, todas as pessoas de fora que tentavam ajudar eram tratadas FRP XPD ERD GRVH GH VXVSHLWD (QWmR R TXH D SURĂ€VVLRQDO GH desenvolvimento deveria fazer nesta situação? Ela realmente queria ajudar, mas nĂŁo podia prometer a ponte que todos tanto queriam. Ao tentar explicar que a sua organização nĂŁo atuava neste tipo de ação, ela foi mandada embora dali pelo grupo, jĂĄ em “pĂŠ de guerraâ€?, que havia se juntado para a reuniĂŁo. Envergonhada e aturdida pela reação do grupo, ela saiu dali pensando como faria para ganhar a simpatia daquelas pessoas tĂŁo amarguradas.

Em  muitas  circunstâncias  do  trabalho  no  campo  social,  nĂłs  somos  as  pessoas  com  â€˜mais  recursos’.  Ao  nos  depararmos  com  outras  pessoas  que  sofrem  privaçþes  de  todo  tipo,  criamos  todo  tipo  de  expectativas,  Â–ƒÂ?–‘ Â?‡Žƒ• …‘Â?‘ ‡Â? Â?ו Â?‡•Â?‘•Ǥ —–”ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ Â’ÂƒÂ•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ †‡ ƒ…‘Â?-­â€? tecer  Ê  nos  sentirmos  completamente  desnorteados  ao  percebermos  que  nĂŁo  somos  capazes  de  oferecer  alguma  coisa  que  valha  a  pena,  o  que  acaba  reforçando  nas  outras  pessoas  sua  prĂłpria  sensação  Â†Â‡ †‡•‡•’‡”‘Ǥ Â?– Â‘ÇĄ ‘ “—‡ †‡˜‡Â?‘• ÂˆÂƒÂœÂ‡Â”ÇŤ  Â‘ Šž ”‡•’‘•–ƒ• ˆž…‡‹• para  estes  dilemas.  Pode  ser  que  realmente  nĂŁo  sejamos  capazes  de  ÂƒÂŒÂ—†ƒ” ‡ ÂƒĂ€ –ƒŽ˜‡œ –‡Â?ŠƒÂ?‘• Â?‡•Â?‘ “—‡ǥ •‹Â?’Ž‡•Â?‡Â?–‡ǥ Â?‘• ”‡–‹”ƒ”Ǥ  Â‘ –‡Â?‘• “—‡ …Š‡‰ƒ” …‘Â? Â”Â‡Â•Â’Â‘Â•Â–ÂƒÂ•ÇĄ Â?ĥ ’ƒ”ƒ •‡”Â?‘• Â?‹Â?‹Â?ƒÂ?‡Â?–‡ ‹•ǥ †‡˜‡Â?‘• ‰ƒÂ?Šƒ” ƒ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ †ƒ• Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ ‡•–ƒ„‡Ž‡…‡” †‹žŽ‘‰‘• honestos  e  apoiĂĄ-­â€?las  no  que  for  preciso.  Essa  Ê  a  única  maneira  pela  qual  ajudaremos  as  pessoas  a  encontrar  o  seu  prĂłprio  caminho.  Faça  do  tempo  seu  amigo! ”‹ƒ” ‡ Â?ƒÂ?–‡” ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• †‡ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ Â? Â‘ •× Ž‡˜ƒ –‡Â?’‘ǥ …‘Â?‘ –ƒÂ?„¹Â? exige  que  se  use  esse  tempo  investindo  na  qualidade  dele.  Frequent-­â€? ‡Â?‡Â?–‡ǥ Ž‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÂ• ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡• †‡ ’”‘…‡••‘• …‘Â?•‹†‡”ƒÂ? Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ Œ—•–‹Ƥ…ƒ” ‡••‡ –‡Â?’‘ ’ƒ”ƒ Â†Â‘ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ Œž “—‡ ”ƒ”ƒÂ?‡Â?–‡ ‡Ž‡ Â? Â‘ ’”‘†—œ ”‡•—Ž–ƒ†‘• Â?—‹–‘ Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ‘— ˆƒ…‹ŽÂ?‡Â?–‡ †‡Â?‘Â?•–”ž˜‡‹•Ǥ

E LÉO NOS CONTA OUTRA HISTĂ“RIA... 2V SURĂ€VVLRQDLV GH XPD 21* GH DJULFXOWXUD sustentĂĄvel de muito sucesso, que conheci no ZimbĂĄbue, me contaram que eles dedicam uma boa parte do seu tempo construindo relaçþes e tentando entender o que estĂĄ acontecendo nos distritos rurais em que trabalham. Eles atuam sem pressa e vĂŁo, assim, garantindo um processo cuidadoso e meticuloso de se deixarem conhecer, de conhecerem as pessoas, os recursos disponĂ­veis, os ativos e potenciais da comunidade e suas circunstâncias para, na verdade, ajudar a prĂłpria comunidade a se conhecer melhor. 6RPHQWH GHSRLV GH WHU IHLWR LVVR H GH WHU DGTXLULGR D FRQĂ€DQoD GDV pessoas e o conhecimento da comunidade, eles dĂŁo inĂ­cio ao trabalho GH DSRLDU PXGDQoDV (VVD SULPHLUD IDVH GH FRQVWUXomR GD FRQĂ€DQoD H do conhecimento mĂştuo pode levar atĂŠ 18 meses. Mas, depois disso, as coisas tendem a caminhar “de vento em popaâ€?, levando as pessoas a VH HQYROYHUHP GD PDQHLUD FHUWD QR OXJDU FHUWR 2V SURĂ€VVLRQDLV GHVVD ONG disseram que nos dois a trĂŞs anos que trabalharam lĂĄ, conseguiram realizar muito mais do que as ONGs (que começaram a “implementarâ€? seus projetos muito mais cedo), conseguiram em cinco anos de trabalho. 59

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 Â‘ ‡•–ƒÂ?‘• •—‰‡”‹Â?†‘ “—‡ǥ …‘Â?‘ ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ —•‡Â?‘• •‡Â?’”‡ Í•Íœ Â?‡•‡• ’ƒ”ƒ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‡” „‘Â?• ”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘•Ǥ ’‘Â?–‘ …”—…‹ƒŽ aqui  Ê  entender  a  importância  de  se  dedicar  o  tempo  que  for  necessĂĄrio  para  construir  e  manter  relacionamentos  de  quali-­â€? dade.  Se  nĂłs  nĂŁo  cuidarmos  disso  -­â€?  o  que  inclui  sermos  capazes  de  ÂŒÂ—•–‹Ƥ…ƒ” ‡••‡ –‡Â?’‘ ‰ƒ•–‘ ’ƒ”ƒ ‘• …‘Â?•‡ŽŠ‡‹”‘• ‘— ƤÂ?ƒÂ?…‹ƒ†‘”‡• ÇŚ ‡•–ƒ”‡Â?‘• †‡ƤÂ?‹–‹˜ƒÂ?‡Â?–‡ •ƒ„‘–ƒÂ?†‘ Â?‘••ƒ Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹Âƒ …ƒ’ƒ…‹†ƒ†‡ †‡ •‡”Â?‘• ‡ˆ‡–‹˜‘•Ǥ ”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• “—‡ …‘Â?–”ƒ–ƒÂ? ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ desenvolvimento  social  devem  incorporar  em  cada  aspecto  de  sua  existĂŞncia  e  de  sua  prĂĄtica  essa  noção  real  do  tempo  a  ser  investido  na  construção  e  na  manutenção  dos  relacionamentos  interpessoais.

Como vocĂŞ se relaciona com o tempo?

Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â•ÇĄ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ …‘Â?—Â?Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡Â•ÇĄ ’ƒ”…‡‹”‘• • Â‘ –‘†‘• •‡”‡• complexos  e  profundamente  fascinantes...  se  nĂłs  escolhermos  vĂŞ-­â€?los  dessa  maneira.  Em  que  medida  nĂłs  temos  um  interesse  real  e  autĂŞntico  e  uma  profunda  curiosidade  em  conhecĂŞ-­â€?los?  Quanto  mais  curiosos  formos,  maior  serĂĄ  o  potencial  que  temos  de  ver  e  revelar  o  que  estĂĄ  realmente  acontecendo. ‡Â?„”‡nj•‡ †‡ “—ƒÂ?†‘ ˜‘…² ‡”ƒ Â?ƒ‹• Œ‘˜‡Â?Ǥ —ƒÂ?†‘ …”‹ƒÂ?­ÂƒÇĄ ˜‘…² aprendia  muito  mais  rapidamente  do  que  em  qualquer  outra  Êpoca  de  sua  vida  justamente  porque  tinha  uma  enorme  curiosidade  Â?ƒ–—”ƒŽ ‡Â? ”‡Žƒ­ Â‘ ƒ‘ Â?—Â?†‘ Â? •—ƒ ˜‘Ž–ƒǤ ‡Â?„”‡nj•‡ †‡ “—ƒÂ?–ƒ• perguntas  vocĂŞ  fazia,  muitas  vezes  levando  seus  pais  ou  professores  ao  desespero.  O  que  aconteceu  com  aquela  curiosidade  vibrante?  Para  onde  ela  foi?  Ă€  medida  que  crescemos  e  que  nos  condicio-­â€? Â?ƒÂ?‘• Â? ˜‹†ƒ Â•Â‘Â…Â‹ÂƒÂŽÇĄ ƒ …”‹ƒÂ?­Âƒ …—”‹‘•ƒ †‡Â?–”‘ †‡ Â?ו ƒ†‘”Â?‡…‡ ‡ se  ela  nĂŁo  for  acordada,  nos  tornaremos  cada  vez  mais  lentos  em  nossa  aprendizagem. ‡” —Â? …—”‹‘•‘ ƒ’”‡…‹ƒ–‹˜‘ Âą Â?—‹–‘ †‹ˆ‡”‡Â?–‡ †‘ “—‡ Ƥ…ƒ” •‡ metendo  onde  nĂŁo  Ê  chamado  ou  procurar  assuntos  que  nĂŁo  sĂŁo  da  sua  competĂŞncia.  Ser  um  curioso  capaz  de  apreciar  o  outro  ou  o  seu  entorno  Ê  um  indicativo  de  sua  intenção  de  aprender  com  outras  Â’‡••‘ƒ• ‡ ‰”—’‘•Ǥ ‡•–‡ Âą —Â? ‡š…‡Ž‡Â?–‡ …‘Â?Â„Â—Â•Â–Ă€Â˜Â‡ÂŽ ’ƒ”ƒ ’‘–‡Â?-­â€? cializar  as  relaçþes.  Â—”‹‘•‹†ƒ†‡ Âą —Â?ƒ …‘‹•ƒ …‘Â?–ƒ‰‹‘•ƒǤǤǤ ‘••ƒ …—”‹‘•‹†ƒ†‡ ’‘†‡ estimular  outras  pessoas  a  se  interessarem  mais  por  elas  mesmas!

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Como um opressor ou como um amigo?

“O que aconteceu com a curiosidade de infância?â€?

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OUTRA CURIOSIDADE DO RUBENS... Dz ‡•’‡‹–‘ prĂłprio  (isto  Ê,  um  bom  relacionamento  consigo  mesmo!)  Ê  a  base  para  sĂłlidos  relac-­â€? ionamentos  com  os  outros.  Se  vocĂŞ  se  sente  bem  em  relação  a  si  mesmo,  Ê  mais  fĂĄcil  ver  o  que  hĂĄ  de  bom  nas  outras  pessoas  e  tratĂĄ-­â€?las  com  respeito.â€?

Eu trabalhei com uma pequena organização que recentemente havia mudado sua maneira de executar programas. Embora todos estivessem muito entusiasmados com essas novidades em suas prĂĄticas, eles ainda nĂŁo conseguiam expressar e articular essas mudanças de maneira FRHUHQWH H FRQĂ€DQWH &RPR FRQVHTXrQFLD GLVVR VXDV SUySULDV H[SHFWDWLYDV e tambĂŠm as de outras pessoas da organização se tornavam confusas e geravam dĂşvidas. Uma pesquisa feita com profundidade e um processo de revisĂŁo organizacional ajudaram as pessoas da organização a encontrar o novo sentido do propĂłsito de ser da organização que emergia dessas PXGDQoDV HP VXDV SUiWLFDV 2 TXH HX Ă€] IRL VLPSOHVPHQWH DMXGDU D organização a entrar em contato com suas prĂłprias ideias trazendo Ă tona a clareza e a humanidade nelas presente. Esse ĂŠ um trabalho de construção de identidade. As pessoas saĂ­ram desse processo com uma melhor compreensĂŁo de como isso tudo se traduzia em atividades do programa, alĂŠm de terem encontrado o modo de apresentar a si mesmos e de se relacionar com seus grupos de interesse.

A AUTOCONSCIĂŠNCIA DAS LIDERANÇAS E FACILITADORES A  autoconsciĂŞncia  das  lideranças  e  dos  facilitadores  de  um  processo  de  desenvolvimento  permite  que  as  organizaçþes  se  rela-­â€? cionem  com  outras  a  partir  de  um  centro  de  força.  Â‘ ’ŽƒÂ?‘ ‹Â?Â†Â‹Â˜Â‹Â†Â—ÂƒÂŽÇĄ …ƒ†ƒ —Â? –‡Â? •—ƒ• Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• ˆ‘”­ÂƒÂ• ‡ ˆ”ƒ‰‹-­â€? lidades,  o  seu  prĂłprio  temperamento,  suas  empatias  e  antipatias,  Â•Â‡Â—• ’”×’”‹‘• ’‡Â?•ƒÂ?‡Â?–‘•ǥ •‡Â?–‹Â?‡Â?–‘• ‡ –—†‘ Â?ƒ‹•ǤǤǤ ‡” …‘Â?Š‡…‹-­â€? mento  disso  ajuda  a  liderança  ou  o  facilitador  a  entrar  nas  relaçþes  Â†Â‡ Â?ƒÂ?‡‹”ƒ Â?ƒ‹• Â’Â”Â‘ÂˆĂ€Â…Â—Âƒ ‡ ’”‘˜‡‹–‘•ƒǤ Vamos  supor  que  vocĂŞ  tenha  problemas  de  relacionamento  com  alguĂŠm  numa  organização  e  isso  esteja  atrapalhando  o  seu  trabalho.  Pode  ser  que  esta  pessoa,  inconscientemente,  o  faça  lembrar-­â€?se  de  outra  pessoa  com  quem  vocĂŞ  tem  pendĂŞncias  nĂŁo  resolvidas  (um  Â’ƒ‹ ÂƒÂ‰Â”Â‡Â•Â•Â‹Â˜Â‘ÇĄ —Â? Â‡ÂšÇŚÂƒÂ?‹‰‘ ˆƒŽ•‘ ‡–…ǤČŒǤ ÂƒÂŽÂ˜Â‡ÂœÇĄ •‡— –‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘ forte  (fogo)  se  irrite  com  o  comportamento  de  seus  colegas  que  tĂŞm  um  temperamento  mais  lento  (ĂĄgua).  Em  qualquer  uma  dessas  Â•Â‹Â–—ƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ ‘ ’”‹Â?‡‹”‘ †‡•ƒƤ‘ Âą Ž‹†ƒ” …‘Â? •‡—• ’”×’”‹‘• •‡Â?–‹Â?‡Â?–‘•ǥ seu  passado  e  seu  presente  ou  sua  prĂłpria  natureza. ‡•’‡‹–‘ ’”×’”‹‘ ȋ‹•–‘ ¹ǥ —Â? „‘Â? ”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘ …‘Â?•‹‰‘ mesmo!)  Ê  a  base  para  sĂłlidos  relacionamentos  com  os  outros.  Se  vocĂŞ  se  sente  bem  em  relação  a  si  mesmo,  Ê  mais  fĂĄcil  ver  o  que  hĂĄ  de  bom  nas  outras  pessoas  e  tratĂĄ-­â€?las  com  respeito.  Se,  ao  contrĂĄrio,  vocĂŞ  nĂŁo  se  sente  bem  consigo  mesmo,  tenderĂĄ  a  projetar  esta  insatisfação  nas  outras  pessoas  ao  seu  redor,  encontrando  nelas  problemas  que,  de  fato,  sĂŁo  seus.  Esta  Ê  mais  uma  razĂŁo  para  se  autoconhecer  e  fazer  seu  prĂłprio  caminho  de  desenvolvimento. - Algumas vezes vocĂŞ me deixa doido!!

- SerĂĄ que pode ser uma questĂŁo de temperamento?

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LINGUAGEM  E  C ULTURA Basta  um  pequeno  desentendimento  para  que  uma  boa  relação  seja  estragada  ou  desfeita.  A s  chances  disso  acontecer  aumentam  muito  se  somos  pessoas  de  culturas  diferentes;  neste  caso,  perceber  que  Â†Â‹ÂˆÂ‡Â”‡Â?–‡• …—Ž–—”ƒ• ƒ–”‹„—‡Â? †‹ˆ‡”‡Â?–‡• •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ†‘• ’ƒ”ƒ ĥ Â?‡•Â?ĥ palavras  nos  ajuda  a  lidar  com  situaçþes  como  esta. A  linguagem  do  corpo  Ê  algo  muito  importante  tambĂŠm  e,  geral-­â€? mente,  Ê  a  maneira  como  as  emoçþes  se  manifestam.  O  espaço  individual  tambĂŠm  varia  de  cultura  para  cultura  e  estar  muito  Â’”ך‹Â?‘ ‘— Â?—‹–‘ ƒˆƒ•–ƒ†‘ Ƥ•‹…ƒÂ?‡Â?–‡ †‡ ÂƒÂŽÂ‰Â—ÂąÂ?ÇĄ ’‘†‡ ƒˆ‡–ƒ” ƒ Â?ƒÂ?‡‹”ƒ …‘Â?‘ •‘Â?‘• ’‡”…‡„‹†‘•Ǥ Â? ƒŽ‰—Â?• Â’ÂƒĂ€Â•Â‡Â•ÇĄ ˜‘…² ’‘†‡ partir  para  a  ação  de  cara;  em  outros,  se  vocĂŞ  nĂŁo  parar  para  cumprimentar  cada  pessoa,  elas  provavelmente  nĂŁo  estarĂŁo  muito  Â”‡…‡’–‹˜ƒ• Â?• •—ƒ• •—‰‡•–Ù‡•Ǥ ESCUTA  ATIVA Quando  foi  a  última  vez  que  vocĂŞ  realmente  se  sentiu  ouvido?  Estamos  falando  aqui  daquele  tipo  de  escuta  em  que  a  outra  pessoa  nĂŁo  parecia  estar  lhe  julgando  ou  dando  conselhos  rĂĄpido  demais  e  mostrava  estar  genuinamente  interessada  naquilo  que  vocĂŞ  estava  dizendo,  sem  nenhum  outro  assunto  em  pauta,  alĂŠm  de  querer  unicamente  lhe  entender  e  lhe  ajudar.  RUBENS TEM MAIS UMA HISTĂ“RIA PARA NĂ“S... Certa vez, em uma festa, encontrei-me com uma pessoa que eu nĂŁo via hĂĄ muito tempo. Neste tipo de situação, D WHQGrQFLD p Ă€FDUPRV QR EDWH SDSR OHYH H FLUFXODU SRU entre os convidados. Mas, esse homem que encontrei tinha acabado de ser indicado para uma posição de grande responsabilidade e claramente ele parecia estar tanto eufĂłrico como apavorado. Nossa conversa poderia ter tomado um dentre dois caminhos possĂ­veis. Como seu trabalho me interessava muito e, alĂŠm do mais eu tinha bastante experiĂŞncia no assunto, eu poderia, facilmente, ter me colocado no centro da conversa, dando-lhe conselhos e impressionando-o com meu conhecimento. Mas, neste caso, o mais provĂĄvel ĂŠ que a conversa morresse por ali e cada um de nĂłs saĂ­sse em busca de outro interlocutor. Eu optei pelo outro caminho. Eu realmente parei para escutĂĄ-lo, colocando minha prĂłpria animação, ideias e experiĂŞncias de lado para sĂł, de vez em quando, fazer uma SHUJXQWD DTXL RXWUD DOL (OH FRQWLQXRX IDODQGR H HX IXL Ă€FDQGR FDGD YH] mais interessado em escutar. Apesar de todo o barulho da festa ao nosso redor, a conversa foi se aprofundando substancialmente atĂŠ o ponto em que ele começou a levantar questĂľes muito interessantes sobre si mesmo e a ter LQVLJKWV VLJQLĂ€FDWLYRV VREUH R GHVDĂ€R TXH HOH HVWDYD HQIUHQWDQGR FRP XP dos integrantes de sua equipe. Nesse momento, eu achei que seria Ăştil fazer algumas sugestĂľes que ele poderia ou nĂŁo usar. NĂłs nos separamos com uma sensação de amizade renovada e com a vontade de nos encontrarmos novamente. Eu estava pronto para ir para casa tendo tido nĂŁo sĂł uma ‘social’ bem aproveitada, mas tambĂŠm a sensação de ter contribuĂ­do para o desenvolvimento de outra pessoa – simplesmente por tĂŞ-la escutado atentamente.

“Os relacionamentos podem ser rompidos com um pequeno desentendimento.�

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‡ ÂˆÂƒÂ–Â‘ÇĄ –‡Â?–ƒ” ȋ‡ “—‡”‡” †‡ Â˜Â‡Â”Â†ÂƒÂ†Â‡ČŒ ‡•…—–ƒ” ’‘†‡ •‡ –‘”Â?ƒ” —Â?ƒ experiĂŞncia  recompensadora  e  tambĂŠm  a  maneira  mais  rĂĄpida  de  nos  conectarmos  com  a  humanidade  em  outros  e  em  cada  um  de  nĂłs.

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PEDRAS QUE PODEM SER ENCONTRADAS NO NOSSO CAMINHO

... NA CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES SAUDÁVEIS E RESPEITOSAS MEMÓRIA DE OUTROS RELACIONAMENTOS Com que frequência você pensa sobre sua experiência de relacio-­‐ namento institucional com outras organizações? Assim como uma À ± atrás ao entrar em outra relação, uma organização que teve uma ­ À ± precavido e cauteloso ao construir novos relacionamentos. DEIXANDO OS PROBLEMAS “APODRECEREM” ǡ -­‐ ǡ À Ƥ ­ Ǥ -­‐ trada durante a implementação de um projeto. Se o assunto não for resolvido, estaremos alimentando a chance de transformar o À ǡ Ƥ-­‐ cando sentimentos e atitudes negativas.

LEMBRANÇAS QUE FEREM

PROBLEMAS APODRECENDO

RESPONSABILIZANDO O OUTRO PELAS DIFICULDADES DO RELACIONAMENTO Esta é uma atitude comum, mas fútil. Ela cria distância, levanta defesas e não ajuda a relação a se desenvolver. Se você não está feliz com um relacionamento, é melhor pensar no que deve ser feito para melhorá-­‐lo. É mais fácil você mudar o seu comportamento do que persuadir outra pessoa a mudar o dela. FOCO EXACERBADO EM TAREFAS precisam ser feitas, excluindo os sentimentos e necessidades das Ǥ ǡ ± ditado por cronogramas e resultados, o que reforça a ideia de que o foco principal deve recair sobre as tarefas. Contudo, se você ignorar os sentimentos das pessoas e continuar em frente, você acabará alienando os outros e não recebendo a ajuda que você À Ǥ não são máquinas; se você as trata com respeito e compreensão, ouvindo seus sentimentos, elas vão querer se dedicar mais e irão querer trabalhar mais umas com as outras.

FOCO EXACERBADO EM TAREFAS

COMBATE INÚTIL 63

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ALGUMAS DICAS PRÁTICAS USE A C ABEÇA, O CORAÇÃO E OS PÉS PARA S E E NVOLVER COM A S PESSOAS Ǧ ­Ù Ǥ ² ǡ sente e o que deseja e encoraje as outras pessoas a fazerem o ǡ À elas dizem.

ENCONTRE A S PESSOAS I NFORMALMENTE ­Ù Ǥ você tem um interesse real no desenvolvimento de relações, então deve procurar organizar encontros informais com seus parceiros ou colegas, em ambientes onde eles se sintam confortáveis, como Ǥ conseguem ser mais verdadeiras e falar sobre o que é importante para elas. Encoraje as pessoas a trazerem o aspecto pessoal para o grupo. ï ǡ ǣ -­‐ pantes para se apresentarem dizendo o que deixaram de fazer em casa, no escritório, no campo, para ir ao encontro. Esta pergunta oferece aos participantes a oportunidade de compartilhar parte de seus sentimentos. É muito comum os participantes falarem sobre assuntos importantes que os estão afetando naquele momento e dos sentimentos que os acompanham. A s pessoas também tendem a se sentir aliviadas quando têm a oportunidade de se abrir com as demais. Elas se sentem reconhecidas e, com isso, conseguem até colocar de lado as frustrações ou tensões que poderiam interferir no trabalho do grupo. O grupo também pode se sentir mais human-­‐ izado ao testemunhar o surgimento de um ambiente cuidado, o que pode contribuir para estabelecer um processo de trabalho produtivo.

TROCA D E I MAGEM Esta é uma técnica bastante útil para lidar com as percepções e desentendimentos que surgem nas relações de parceria entre duas ­Ù Ǥ ƪ Ǧ Dz × vemos”, “Como nós vemos o outro grupo” e “Como nós pensamos que o outro grupo nos vê”. Peça a cada grupo para anotar o que surge espontaneamente, usando imagens e metáforas. Quando os dois grupos se reunirem novamente em plenária, peça para Ƥ ǡ À percepção e enfrentando as questões problemáticas.

CONSTRUÇÃO D E ACORDOS Ǯ que eu posso fazer para te ajudar’; e no lado direito desta mesma folha, escreva a lista de coisas que ‘você pode fazer para me ajudar’. Convide a outra pessoa ou grupo para compartilhar as listas feitas. ­ Ǥ

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UMA ĂšLTIMA HISTĂ“RIA...

“Eu tinha que me lembrar que as pessoas nĂŁo sĂŁo seus comportamentos, que sĂŁo muitas vezes apanhados em relacionamentos ou situaçþes que trazem o pior delas.â€?

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Ao longo dos anos, venho trabalhando com vĂĄrias organizaçþes, cujos lĂ­deres ou membros me chocam com seu comportamento, sendo, por exemplo, abusivos com outros ou tolerando prĂĄticas que agridem os meus valores. Se a cada vez que isso acontecesse, eu nĂŁo tivesse me contido, eu teria facilmente desenvolvido uma profunda antipatia por aquelas pessoas com as quais eu estava trabalhando. Mas, fazer isto teria me impedido de trabalhar com elas. EntĂŁo, a cada caso eu tinha que escolher uma forma de abordagem. Eu tinha que me esforçar para lembrar que as pessoas nĂŁo sĂŁo apenas o comportamento que tĂŞm; elas tambĂŠm sĂŁo presas das teias de relaçþes e situaçþes que fazem com que elas deixem vir Ă tona o pior de si mesmas. Frequentemente, elas temem perder o controle, nĂŁo por serem loucas pelo poder, mas porque elas se sentem responsĂĄveis demais H WrP UHODo}HV SRXFR FRQĂ€iYHLV 4XDQGR HODV DJHP SRU PHLR GR medo, invariavelmente elas se tornam abusivas de muitas maneiras. EntĂŁo, eu busco me aproximar delas, apreciando o que quer que seja que elas estejam tentando fazer direito (porque sempre hĂĄ DOJXPD FRLVD (X WHQWR PRVWUDU D HODV FRQĂ€DQoD SDUD TXH HODV VH OHPEUHP GR EHQHItFLR GH FRQĂ€DU H VHU FRQĂ€iYHO 'HVVD PDQHLUD eu consigo lhes dar um feedback que as ajudem a se enxergar, a entender como elas prĂłprias acabam minando suas relaçþes com o seu comportamento e a discutir maneiras alternativas de se relacionar com as outras pessoas.

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OLHANDO ATRACAPÍTULO 4

VÉS DO ESPELHO Observando e compreendendo organizações e comunidades

Compreender as necessidades humanas é meio caminho andado para atendê-las.

Adlai Stevenson

Olá, eu sou o Kiko... Este capítulo é um abridor de olhos, realmente! Ele é cheio de “janelas” diferentes, histórias e dicas práticas, que nos ajudam a entender nossas organizações, como elas crescem e se desenvolvem e como nós podemos apoiá-las caso elas precisem lidar com mudanças.

LÉO CONTA A SUA HISTÓRIA... Meu primeiro contrato como um facilitador autônomo de desenvolvimento organizacional começou com uma ligação do diretor de uma ONG da Cidade do Cabo. Ele me chamou e disse TXH HVWDYD WHQGR GLÀFXOGDGHV FRP VXD HTXLSH GH administração. A seu ver, o desempenho da equipe estava aquém do que ele gostaria e ele queria que eu os entrevistasse para descobrir quais eram os problemas para, depois, escrever um relatório com recomendações de capacitação. Então, eu comecei entrevistando cada um dos integrantes da equipe para procurar os problemas. Depois de um tempo fazendo isso, comecei a perceber um padrão comum emergindo das entrevistas: parecia que o problema estava concentrado no diretor e na maneira como ele se relacionava com a equipe e não tanto na própria equipe, como ele havia suposto inicialmente. Ele tinha um comportamento errático e muitas vezes abusivo, por vezes até gritava com membros da equipe, lembrança que trouxe lágrimas aos olhos de quem me contava. Ninguém da equipe sabia o que se esperava deles e tinham medo de perguntar. Eu FRQVHJXLD YHU TXH DV SHVVRDV HVWDYDP FRP RV QHUYRV j ÁRU GD pele, abaladas. Com a autoestima em baixa, elas cometiam erros

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“Parecia que o problema estava com o diretor!”

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“Parece que esse cara nĂŁo ĂŠ apenas desorganizado e errĂĄtico - ele tambĂŠm ĂŠ muito abusivo. Uma das principais queixas das pessoas ĂŠ que ele grita com elas, desmerecendo-as na frente de outros membros da equipe.â€?

O facilitador estava tĂŁo errado quanto o diretor!

bobos, reagiam a tudo, quando nĂŁo iam embora, provocando um alto Ă­ndice de rotatividade de pessoas na equipe. Eu conversei com algumas pessoas que trabalhavam nos projetos e muito do TXH WLQKD VLGR GLWR IRL FRQĂ€UPDGR Depois das entrevistas, que incluĂ­ram um levantamento das competĂŞncias disponĂ­veis e a revisĂŁo dos sistemas usados pela administração, eu escrevi meu relatĂłrio. Nele, eu descrevi a administração como um sistema simples, direto e adequado, sendo que as capacidades necessĂĄrias para operĂĄ-lo eram plenamente compatĂ­veis com as competĂŞncias da equipe. DaĂ­, voltei minha atenção para o diretor e suas relaçþes com a equipe, expondo nua e cruamente o que tinha sido dito. Anexei uma anĂĄlise muito inteligente sobre o que observei, juntei uma sinopse das entrevistas (claro, que VHP FLWDU QRPHV UHVSHLWDQGR R SDFWR GH FRQĂ€GHQFLDOLGDGH H WHUPLQHL com um conjunto primoroso de recomendaçþes. Entreguei o relatĂłrio na data combinada e saĂ­ de lĂĄ me sentindo muito orgulhoso do meu SULPHLUR WUDEDOKR $Wp Ă€TXHL FRP H[SHFWDWLYDV GH VHU FKDPDGR SDUD ajudar a implementar algumas das minhas recomendaçþes. Um ou dois dias depois, fui convocado para uma reuniĂŁo com o diretor. Eu estava atĂŠ um pouco nervoso, porque atĂŠ aquele momento eu nĂŁo havia recebido sequer uma palavra sobre o relatĂłrio. O diretor e toda a equipe de administração estavam sentados de um lado de uma comprida mesa e, do lado oposto, havia uma Ăşnica cadeira: ela era para mim. O diretor incorporou o juiz, o promotor e o corpo de jurados! Ele estava furioso com o relatĂłrio e se recusava a acreditar nas coisas que as pessoas tinham dito (e que, diante dele, QHJDYDP WHU GLWR UHMHLWDQGR PLQKD DQiOLVH H SRU Ă€P PH GHPLWLQGR Eu tinha sido convocado, tinha sido acusado, julgado culpado e, por Ă€P EDQLGR Olhando para trĂĄs eu descobri que eu mereci este tratamento – e me surpreendi que eles ainda tivessem pagado pelo meu trabalho! “Parece que esse cara nĂŁo ĂŠ apenas desorganizado e errĂĄtico ele tambĂŠm ĂŠ muito abusivo. Uma das principais queixas das pessoas ĂŠ que ele grita com elas, desmerecendo-as na frente de outros membros da equipe.â€?

QUESTÕES PARA TRABALHAR ‡ 4XDLV IRUDP DV DWLWXGHV H YDORUHV TXH JXLDUDP R IDFLOitador de desenvolvimento organizacional nesta história? ‡ 4XH SUHVVXSRVWRV HOH WLQKD VREUH D PDQHLUD FRPR DV pessoas mudam? ‡ 2 TXH YRFr WHULD IHLWR" 6HULD GLIHUHQWH" ‡ 4XDO HUD R GHVDÀR GR GLUHWRU DR FRQWUDWDU R IDFLOLWDGRU" ‡ 4XH DSUHQGL]DJHQV YRFr SRGH H[WUDLU GHVWD KLVWyULD TXH pode ser útil para a sua pråtica? APRENDENDO COM ESSA HISTÓRIA

Vamos  rever  a  histĂłria  para  descobrir  o  que  exatamente  deu  errado. Â? ’”‹Â?‡‹”‘ ÂŽÂ—Â‰ÂƒÂ”ÇĄ Ƥ…ƒ …Žƒ”‘ “—‡ ƒ Â?‡–‘†‘Ž‘‰‹ƒ ƒ†‘–ƒ†ƒ ’‡Ž‘ facilitador,  embora  convencional,  era  inadequada.  Ele  entrevistou  a  equipe  e  observou  a  maneira  como  ela  trabalhava  e  o  sistema  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ƒŽǤ ƒ†ƒ Â‡Â”Â”ÂƒÂ†Â‘ÇĄ ÂƒÂ–Âą ÂƒĂ€Ǥ Â?– Â‘ÇĄ ‡Ž‡ ƒÂ?ƒŽ‹•‘— ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ e  chegou  a  algumas  conclusĂľes  baseadas  em  sua  prĂłpria  opiniĂŁo  de  especialista.  Embora  isso  seja  algo  muito  comum  de  se  fazer,  foi  justamente  nesse  ponto  que  os  problemas  começaram.  As  recomendaçþes  escritas  com  tanto  primor  e  o  tom  autoritĂĄrio  adotado  no  relatĂłrio  pioraram  a  situação  por  mostrarem  as  sombras  do  diretor.  Â•Â•Â‡ Â”Â‡ÂŽÂƒÂ–Ă—Â”Â‹Â‘ Č‚ “—‡ ˜‹”‹ƒ ƒ •‡” —Â? †‘…—Â?‡Â?–‘ †‡ †‘Â?Ă€Â?‹‘ ’ï„Ž‹…‘ †‡Â?–”‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Č‚ …‘Ž‘…‘— ‘ †‹”‡–‘” ‡Â? —Â?ƒ ’¹••‹Â?ƒ ’‘•‹­ Â‘Ǥ Ele  estava  diante  da  perspectiva  de  uma  queda  humilhante  diante  de Â

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sua  equipe.  Por  isso,  nĂŁo  Ê  de  se  surpreender  que  ele  tenha  revidado  com  a  clĂĄssica  fĂłrmula  â€œo  ataque  Ê  a  melhor  defesaâ€?.  O  facilitador  estava  tĂŁo  interessado  em  expor  a  verdade,  e  falar  sobre  a  opressĂŁo  da  equipe  administrativa,  que  nĂŁo  levou  em  conta  ÂƒÂ• Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ”‡ƒ­Ă™Â‡Â• †‘ †‹”‡–‘”Ǥ Â?‰‡Â?—ƒÂ?‡Â?–‡ǥ ‡Ž‡ ƒ…”‡†‹–‘— “—‡ ƒ verdade  libertaria  a  todos.  Ao  invĂŠs  disso,  sua  intervenção  acirrou  ainda  mais  a  divisĂŁo  que  existia  entre  o  diretor  e  a  equipe  administrativa;  e  a  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Ƥ…‘— ’‹‘” †‘ “—‡ ‡•–ƒ˜ƒ ƒÂ?–‡• †‡Ž‡ …Š‡‰ƒ”Ǥ ÇŤ Quase  tudo.  Considerando  que  as  questĂľes  mais  prementes  estavam  relacionadas  a  atitudes,  comportamentos  e  relaçþes  interpessoais,  ele  deveria  ter  investido  mais  tempo  construindo  relaçþes  e  angariando  Âƒ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ †ƒ• ’‡••‘ƒ• ƒÂ?–‡• †‡ ‡Â?‹–‹” •‡— ’ƒ”‡…‡”Ǥ Ž‡ǥ …‡”–ƒÂ?‡Â?–‡ǥ poderia  ter  explorado  mais  a  fundo  os  aspectos  que  estavam  dando  Â…‡”–‘ ‡ –‡Â?–ƒ†‘ –”ƒœ‡” Â? –‘Â?ƒ ĥ Â…ÂƒÂ”ÂƒÂ…Â–Â‡Â”Ă€Â•Â–Â‹Â…ÂƒÂ• ’‘•‹–‹˜ƒ• “—‡ ‡š‹•–‹ƒÂ? ‡ sobre  as  quais  todos  poderiam  concordar.  ÂƒÂ•ÇĄ ‘ Â?ƒ‹• ‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡ Âą ƒ Â?ƒÂ?‡‹”ƒ “—‡ ‡Ž‡ ‡•…‘ŽŠ‡— ’ƒ”ƒ •‡ relacionar  com  o  diretor,  que  era  justamente  a  pessoa  que  mais  precisava  de  ajuda  em  toda  a  organização.  Se  o  facilitador  tivesse  conversado  com  ele  em  particular  e  revelado  as  coisas  que,  a  portas  fechadas,  tinha  escutado  dos  integrantes  da  equipe  gestora,  talvez  a  Â”‡ƒ­ Â‘ †‘ †‹”‡–‘” ˆ‘••‡ ‘—–”ƒǤ ‹ƒÂ?–‡ †ƒ ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡ †‡ •‡ †‡’ƒ”ƒ” com  seus  prĂłprios  sentimentos  e  percepçþes,  talvez  ele  estivesse  mais  preparado  para  tentar  experimentar  um  novo  jeito  de  pensar.  ÂƒÂŽÂ˜Â‡ÂœÇĄ ‡Ž‡ ÂƒÂ–Âą ƒ…ƒ„ƒ••‡ ’‡†‹Â?†‘ †‡•…—Ž’ƒ• Â? •—ƒ ‡“—‹’‡ ’‡Žƒ •—ƒ falta  de  consideração  e  por  seu  comportamento  rude  e  autoritĂĄrio.  E,  na  melhor  das  hipĂłteses,  essa  maneira  de  agir  teria  ainda  revelado  que, Â

´2 GLUHWRU Ă€FRX HP XPD situação delicada. Ele foi confrontado com a perspectiva de uma queda humilhante diante de sua equipe.â€?

VocĂŞ estĂĄ demitido!

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“Um relatório escrito é realmente necessário?”

As organizações deveriam ser encorajadas a documentar seus próprios processos e a escrever seus próprios relatórios, tornando-se autores de seu próprio futuro.

Ƥ ǡ × ǡ ǡ pessoas. ­ ǡ À de autoanálise e verdade, sabe-­‐se lá o que o que poderia ter surgido! ǡ ­ compreender o que estava acontecendo na organização, conseguindo se abrir para aprender sobre aquela situação e, eventualmente, Ǥ ǡ × administrativa apresentar sugestões sobre como fazer as coisas dali em diante. Se o facilitador tivesse encerrado sua intervenção, Ƥ ï ǡ remanescentes, ele poderia abrir um espaço para que cada membro da equipe expressasse como estava se sentindo antes do grupo imaginar um futuro mais saudável; então, caberia a ele oferecer algumas formas práticas de ajudá-­‐los a fazer isso acontecer. E, para fechar com chave de ouro, o facilitador poderia ter criado um momento para todos Ƥ ­Ù ǡ uma sessão em que toda a equipe pudesse dizer qual a maneira que cada um gostaria de se dedicar para que as mudanças necessárias acontecessem. RELATÓRIOS E SCRITOS... S ERÁ Q UE E LES A JUDAM S EMPRE? Ƥ × facilitador. Será que era realmente necessário ter feito aquele × ǫ × resoluções, acordos, passos propostos e algumas das aprendizagens Ǥ ǡ ­Ù ƪ ǡ × escritos acabam se tornando trincheiras para a batalha entre posições polarizadas. Por outro lado, as organizações deveriam ser encorajadas a documentar mais seus próprios processos e a escrever seus próprios × Ǥ ǡ × Ǥ ­Ù ǡ ƪ acontecendo, sobre questões que estão surgindo ou mesmo algumas poucas dicas para ajudar a incorporar as aprendizagens, pode ser muito mais útil do que um relatório escrito.

AUTORES DO SEU PRÓPRIO FUTURO...

SSO “NO RIO P PRÓ RO” U FUT

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AJUDANDO A ENTENDER A ORGANIZAĂ‡ĂƒO ÇĄ A .! Ǥ REVELAR ‡˜‡Žƒ” ‡ …‘Â?’ƒ”–‹ŽŠƒ” ‘ “—‡ ‡•–ž ”‡ƒŽÂ?‡Â?–‡ ƒ…‘Â?-­â€? tecendo,  ajuda  as  pessoas  a  se  entenderem  melhor  e  a  compreender  melhor  a  prĂłpria  organização.  ÂšÂ’Ž‘”ƒ” ƒ ˆ—Â?†‘ ’ƒ”ƒ …‘Â?’”‡‡Â?†‡” Â? Â‘ ƒ’‡Â?ĥ os  problemas,  mas  tambĂŠm  para  apreciar  o  que  estĂĄ  dando  certo,  assim  como  as  possibilidades  futuras,  ÂƒÂŒÂ—†ƒ ‘ ‰”—’‘ ƒ …‘Â?•–”—‹” ‡•’‡”ƒÂ?­Âƒ ‡ …‘Â?Ƥ-­â€? ança  quando  os  problemas  tiverem  que  ser  enfrentados.  DESCREVER  Ao  investir  o  tempo  que  for  preciso,  procurando  descrever  o  que  estĂŁo  sentindo  e  os  compor-­â€? tamentos  que  observam  nelas  mesmas,  sem  se  julgarem,  as  pessoas  conseguem  fazer  observaçþes  bem  feitas  que  ajudem  a  compor,  de  uma  maneira  mais  autĂŞntica  e  menos  ameaçadora,  um  quadro  com  imagens  ricas  e  detal-­â€? hadas  de  sua  situação.   ESCUTAR  Garantir  que  todas  as  vozes  estĂŁo  sendo  ouvidas  Ê  uma  habilidade  de  grande  ajuda  Â’ƒ”ƒ ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ ƒ Â?ƒ‹‘” parte  das  vezes,  as  pessoas  mais  quietas  tĂŞm  as  informaçþes  mais  importantes. TRAZER  Ă€  SUPERFĂ?CIE  Â”ƒœ‡” Â? –‘Â?ƒ ƒ histĂłria  da  organização,  sua  criação,  fases  e  momentos  marcantes  de  seu  desen-­â€? volvimento,  ajuda  as  pessoas  a  extrair  coletivamente  importantes  aprendiza-­â€? gens  de  sua  prĂĄtica.  Ajuda  tambĂŠm  a  apreciar  seu  progresso,  em  vez  de  pautarem  o  seu  desenvolvimento  e  o  seu  desempenho  baseando-­â€?se  em  indica-­â€? dores  e  medidas  de  avaliaçþes  externas.  Â–Ă€Â’Â‹Â…Âƒ ’‡”‰—Â?Â–ÂƒÇŁ Dz ‘Â?‘ Â?‘• Â•ÂƒĂ€Â?‘• “—ƒÂ?†‘ comparados  aos  outros?â€?,  em  determinadas  circun-­â€? stâncias,  ao  invĂŠs  de  impulsionar  as  pessoas,  pode  acabar  minando  sua  coragem  e  sua  vontade.  TER  CUIDADO  Evite  as  explicaçþes  fĂĄceis  ou  simples.  Problemas  Â†Â‹ÂˆĂ€Â…‡‹•ǥ ‰‡”ƒŽÂ?‡Â?–‡ –²Â? Â?—‹–ƒ• …ƒ—•ƒ• ‡ …ƒ—•ƒ• Â?—‹–‘ …‘Â?Â’ÂŽÂ‡ÂšÂƒÂ•ÇĄ algumas  das  quais  surgiram  no  passado  e  outras  ainda  persistem  Â?‘ ’”‡•‡Â?–‡ ƒ‘ •‡”‡Â? …‹…Ž‹…ƒÂ?‡Â?–‡ ”‡ˆ‘”­ÂƒÂ†ÂƒÂ• ’‘” …À”…—Ž‘• ˜‹…‹‘•‘•Ǥ Assim  como  os  icebergs,  muitos  dos  problemas  que  percebemos  sĂŁo  ÂƒÂ’‡Â?ĥ Â?ƒÂ?‹ˆ‡•–ƒ­Ă™Â‡Â• •—’‡”Ƥ…‹ƒ‹• †‘• ’”‘„Ž‡Â?ĥ Â?ƒ‹• ’”‘ˆ—Â?†‘•Ǥ PRESTAR  ATENĂ‡ĂƒO  Prestar  atenção  aos  sentimentos  das  pessoas  ajuda  a  encontrar  valiosas  pistas,  podendo  levar  ao  que  realmente  importa.

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ALTERNATIVAS PARA A ABORDAGEM BASEADA EM PROBLEMAS A anĂĄlise organizacional baseada na anĂĄlise de problemas pode ser substituĂ­da por duas outras abordagens para se lidar com mudanças: a “Investigação Apreciativaâ€? e o “Desenvolvimento Social baseado em Ativosâ€?. Ambas, apontam para o desenho de processos de mudança, partindo dos recursos existentes, do que estĂĄ vivo e saudĂĄvel. Isso pode ser muito frutĂ­fero e nĂłs apoiamos esta forma de promover mudanças. 0DV TXDQGR XVDGDV VXSHUĂ€FLDOPHQWH HVVDV abordagens podem fazer com que problemas nĂŁo muito evidentes sejam varridos para debaixo do tapete, dando lugar a uma falsa imagem de que estĂĄ tudo bem. Como poderemos ver no CapĂ­tulo 5, algumas atitudes, valores ou pressupostos problemĂĄticos precisam emergir e ser confrontados, Ă s vezes atĂŠ desaprendidos, para podermos abrir o caminho para mudanças.

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A QUEM AS AVALIAÇÕES ORGANIZACIONAIS AJUDAM?

“Muitas vezes, avaliaçþes organizacionais podem acabar virando meros exercĂ­cios tĂŠcnicos e sem vida deixando de captar a verdadeira natureza da organização.â€?

Ferramentas de avaliação formais, muitas vezes, nĂŁo VmR VXĂ€FLHQWHPHQWH Ă H[tYHLV para levar em conta a histĂłria ELRJUiĂ€FD GD RUJDQL]DomR que ĂŠ Ăşnica.

—‹–ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• “—‡ ÂƒÂ’Ă—Â‹ÂƒÂ? ‘ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ †‡ ‘”‰ƒ-­â€? Â?‹œƒ­Ă™Â‡Â• †‡ „ƒ•‡ …‘Â?—Â?‹–ž”‹ƒ ‘— †‡ • ’ƒ••ƒ”ƒÂ? ƒ ”‡ƒŽ‹œƒ” Dzƒ—–‘ƒ˜ƒŽ‹ƒ­Ă™Â‡Â• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ÂƒÂ‹Â•Çł …‘Â? •—ƒ• ’ƒ”…‡‹”ƒ•Ǥ —‹–‘• †‘• mĂŠtodos  usados  para  analisar  ou  diagnosticar  organizaçþes  foram  convertidos  em  ferramentas  para  averiguar  o  funcionamento  delas  e  implantar  planos  de  melhorias.

INDO ALÉM DOS EXERCĂ?CIOS TÉCNICOS ĥ ॥ĥ ƒ˜ƒŽ‹ƒ­Ă™Â‡Â• ’‘†‡Â? ƒ…ƒ„ƒ” ˜‹”ƒÂ?†‘ Â?‡”‘• ‡š‡”…À…‹‘• tĂŠcnicos  e  sem  vida,  deixando  de  captar  a  verdadeira  natureza  da  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ • ˆ‡””ƒÂ?‡Â?–ƒ• ‡ ĥ Ž‹•–ƒ• †‡ ˜‡”‹Ƥ…ƒ­ Â‘ —–‹Ž‹œƒ†ƒ• –‡Â?†‡Â? ƒ ˆ‘…ƒŽ‹œƒ” Â?ƒ‹• ‘• ƒ•’‡…–‘• ˆ‘”Â?ƒ‹• ‡ Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• †ƒ ‘”‰ƒ-­â€? nização,  tais  como  a  estrutura,  os  procedimentos  e  os  sistemas  de  gestĂŁo  e,  especialmente,  os  sistemas  de  contabilidade  e  prestação  de  contas,  com  o  propĂłsito  de  assegurar  sua  capacidade  de  gerir  os  recursos  que  recebe  dos  doadores.  Estes  sĂŁo  os  aspectos  mais  Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ÇĄ Â?ĥ Šž Â?—‹–‘• ‘—–”‘• “—‡ ƒ ‰‡Â?–‡ Â? Â‘ consegue  perceber  usando  este  tipo  de  ferramenta  e  que,  no  Â‡Â?–ƒÂ?–‘ǥ • Â‘ ‘• “—‡ –‡Â?†‡Â? ƒ –‡” —Â?ƒ ‹Â?ƪ—²Â?…‹ƒ Â?—‹–‘ Â?ƒ‹‘” •‘„”‡ o  seu  funcionamento.   LEVANDO EM CONTA A DIVERSIDADE As  avaliaçþes  tendem  a  medir  como  a  organização  se  posiciona  em  Â”‡Žƒ­ Â‘ ƒ ’ƒ”Â&#x;Â?‡–”‘• †‡ƤÂ?ܠԥ ’‡Žƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ƤÂ?ƒÂ?…‹ƒ†‘”ƒ•Ǥ Ă— “—‡ ‡•–‡• ’ƒ”Â&#x;Â?‡–”‘• †‹Ƥ…‹ŽÂ?‡Â?–‡ Ž‡˜ƒÂ? ‡Â? …‘Â?–ƒ ƒ †‹˜‡”•‹†ƒ†‡ de  formas  presentes  nas  organizaçþes  do  setor  social.  Por  exemplo,  uma  ferramenta  de  avaliação  pode  questionar  se  a  organização  tem  Â—Â? …‘Â?•‡ŽŠ‘ †‹”‡–‘” …‘Â?•–‹–—À†‘ ‡ ÂƒÂ–Â‹Â˜Â‘ÇĄ “—ƒÂ?†‘ǥ †‡ ÂˆÂƒÂ–Â‘ÇĄ ƒ ’‡”‰—Â?–ƒ mais  adequada,  talvez,  fosse  sobre  a  necessidade  de  ter  ou  nĂŁo  um  Â…‘Â?•‡ŽŠ‘ †‹”‡–‘”Ǥ ÂƒÂŽÂ˜Â‡ÂœÇĄ —Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Ž‘…ƒŽ “—‡ –‡Â?Šƒ —Â?ƒ cultura  organizacional  mais  tradicional,  deva  mantĂŞ-­â€?la  ao  escolher  sua  forma  de  gestĂŁo.  JĂĄ  as  organizaçþes  de  carĂĄter  mais  inovador  podem  precisar  de  formas  completamente  diferentes  e  inovadoras  de  gestĂŁo. A ABORDAGEM DOS MOVIMENTOS SOCIAIS Organizaçþes  de  base  comunitĂĄria  e  movimentos  sociais  precisam  ser  abordados  com  cuidados  especiais,  pois  frequentemente  eles  surgem  e  funcionam  melhor  em  sistemas  aparentemente  desorganizados  ou  Â?—‹–‘ ‹Â?ˆ‘”Â?ÂƒÂ‹Â•ÇĄ •‡ …‘Â?’ƒ”ƒ†‘• ƒ Â?‘†‡Ž‘• Dz‡Ƥ…‹‡Â?–‡•dz †‡ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ 2 ƒ••‹Â? “—‡ ‡Ž‡• ƒ„”‡Â? ‡•’ƒ­Â‘ ’ƒ”ƒ ’‡••‘ƒ• Â? Â‘ ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒŽ‹œƒ†ƒ• ocuparem  a  posição  de  liderança  e  participarem  do  movimento.  Os  modelos  importados  de  avaliação  podem  acabar  transformando  essas  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ‡Â? …Ž‘Â?‡• ‹Â?‡Ƥ…‹‡Â?–‡• †‡ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒŽ-­â€? izadas,  levando-­â€?as  a  perder  suas  formas  prĂłprias  de  gestĂŁo  e  a  conexĂŁo  que  mantĂŞm  com  suas  bases  sociais. O PROBLEMA DOS JULGAMENTOS Avaliaçþes  tĂŞm  um  carĂĄter  de  julgamento.  Como  nenhuma  orga-­â€? nização  Ê  perfeita,  sempre  haverĂĄ  falhas  a  serem  apontadas.  A ssim,  as  avaliaçþes  podem  fazer  com  que  as  pessoas  se  sintam  desvalori-­â€? zadas  ou  incompetentes.  AlĂŠm  disso,  os  indicadores  usados  nessas  avaliaçþes  sĂŁo,  muitas  vezes,  importados  e  raramente  desenvolvidos  Â’‡Žƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• †‡ „ƒ•‡ …‘Â?—Â?‹–ž”‹ƒ ‘— ’‘” • ÂŽÂ‘Â…ÂƒÂ‹Â•ÇĄ ƒ ’ƒ”–‹” †‡ •—ƒ• Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• ‹†‡‹ƒ• •‘„”‡ ‘ “—‡ Âą ˜žŽ‹†‘ ‘— ŽǤ —ƒÂ?†‘ ‘ fez  sua  autoavaliação  organizacional,  usando  um  instrumento  de Â

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avaliação conhecido e muito empregado, a organização, que aos olhos de seus membros parecia ser forte e saudável, obteve uma ­ À Ƥ ser os seus pontos mais fortes e únicos -­‐ aquilo que os diferenciava de todas as outras organizações. Instrumentos formais tendem a ser incapazes de considerar o ǡ ǡ × Ƥ de uma organização. E por que isso é importante? Bem, uma orga-­‐ nização pode ter uma pontuação baixa ao preencher uma lista de Ƥ ­ ǡ ǡ Ǥ ­ ǡ ­ Ƥ áreas e uma capacidade de seguir melhorando por si só, sem ­ Ǥ ­ Dz dz ser muito destrutiva ao desconsiderar importantes conquistas da organização.

EVITANDO DIAGNÓSTICOS SIMPLISTAS × ǡ Dz ǡ ­ ǡ Ƥ necessária competência”, podem acabar jogando todo mundo para Ǥ ­ ± ǡ Ƥ -­‐ sionais sejam competentes e as razões que levam a um desempenho insatisfatório estejam relacionadas a outros fatores, tais como a falta Ƥ ­ ǡ ­ ­ se espera deles. Instrumentos avaliativos, que tendem a ver os prob-­‐ lemas de maneira compartimentada, podem facilmente falhar na Ƥ ­ Ǥ Consultores externos que aplicam instrumentos de avaliação Ƥ Ǥ Ƥ À ǡ À ­ formas de autoavaliação. As organizações são tão mais interessantes e complexas do que esses instrumentos sem vida permitem mostrar! Precisamos expandir nossas habilidades de apreciar as organizações como maravilhosas criações da natureza humana.

“É importante ter cuidado com instrumentos de avaliação que chegam ‘de fora’ da organização, mesmo como os deste livro, para não reduzir as formas locais de ver.”

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MANIA DE CHECAR TUDO... Assuntos de relacionamentos?

Calúnias?

ntos de Sentime ção? va desmoti

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Bem, está tudo bem, então!

3UREOHPDV GH FRQÀDQoD"

Nenhuma dessas coisas está na lista, então, não se preocupem com elas.

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CRIS CONTA UMA HISTĂ“RIA DO LESTE DA Ă FRICA

´$Ă€QDO GH TXHP p HVVD DYDOLDomR"Âľ Esta histĂłria vem da ĂŠpoca em que eu era gerente de projetos para uma organização canadense de desenvolvimento que trabalhava com voluntĂĄrios, proporcionando treinamento e acompanhamento para a formação de pessoas. Minha organização estava muito entusiasmada com a nova tendĂŞncia de avaliação organizacional que estava surgindo e nĂłs decidimos experimentar um modelo de autoavaliação, aplicando-o em uma de nossas mais antigas organizaçþes parceiras, no leste da Ă frica. Essa organização trabalhava na ĂĄrea rural com um amplo programa que abrangia desde a prevenção de HIV-AIDS atĂŠ microcrĂŠdito, alĂŠm de tecnologia de informação e treinamentos SURĂ€VVLRQDOL]DQWHV SDUD MRYHQV (OD HUD FRQGX]LGD por um lĂ­der carismĂĄtico, uma pessoa muito inspiradora e dinâmica. Minha diretora visitou essa organização durante dois dias, aplicando o processo de autoavaliação. Devido Ă s limitaçþes de tempo, foram feitas vĂĄrias conversas individuais com membros antigos da organização, mas a maior parte da pesquisa foi feita pela minha diretora a partir de suas prĂłprias observaçþes. Ela retornou ao nosso escritĂłrio, respondeu Ă pesquisa e preencheu as pontuaçþes correspondentes, tal como a ferramenta adotada pedia. Os resultados obtidos colocaram a organização na categoria de um desempenho “muito fracoâ€? e isso a deixou em dĂşvida se uma organização tĂŁo frĂĄgil estaria apta a “absorverâ€? nosso processo de capacitação. Durante a aplicação da ferramenta, diversos membros da equipe comentaram que havia distorçþes salariais e que alguns integrantes se sentiam desiludidos, preparando-se, portanto, para deixar a organização. Desse modo, de que maneira nosso trabalho com aquela organização poderia se sustentar? Com isso, nossa parceria com aquela organização foi questionada e muitas das atividades previstas foram canceladas. Eu, como diretora de projetos, fui instruĂ­da a preparar um plano estratĂŠgico de retirada. Eu senti que o modo como a avaliação foi usada havia sido injusto, jĂĄ que a ideia inicial era usar o instrumento de avaliação para entender melhor os pontos fortes e fracos do nosso parceiro e, entĂŁo, podermos desenhar intervençþes para melhor apoiĂĄ-la. Mas, em vez disso, nĂłs estĂĄvamos usando a autoavaliação como uma ferramenta para nosso prĂłprio processo de tomada de decisĂŁo, usando as fragilidades de nossas parceiras contra elas prĂłprias.

(X Ă€] GH WXGR SDUD YROWDU jTXHOD RUJDQL]DomR dedicar um pouco mais de tempo a ela e usar outros mĂŠtodos de anĂĄlise, alĂŠm da ferramenta que havĂ­amos aplicado. Era compreensĂ­vel que eu desse GH FDUD FRP D GHVFRQĂ€DQoD GHOHV HP UHODomR D outro processo avaliativo, jĂĄ que depois da visita da minha diretora muitas atividades importantes haviam sido canceladas. Eu tentei trazer de volta o HVStULWR GD DYDOLDomR DXWRUUHĂ H[LYD DR SURFHVVR H inclusive compartilhei alguns exemplos dos pontos fortes e fracos de minha prĂłpria organização como forma de fazer daquilo um exercĂ­cio de compreensĂŁo mĂştua. Passamos um bom tempo juntos, conduzindo entrevistas com todas as pessoas da equipe, facilitando workshops e compartilhando nossas perspectivas sobre quais eram as questĂľes HVVHQFLDLV SDUD R IXWXUR GD RUJDQL]DomR $R Ă€QDO desse processo, a organização havia desenvolvido uma compreensĂŁo compartilhada de suas prĂłprias fortalezas e fragilidades e terminou por decidir que queria estabelecer vĂ­nculos com vĂĄrias outras organizaçþes locais que poderiam oferecer-lhe os recursos que achavam ser necessĂĄrios para VH GHVHQYROYHUHP H VXSHUDUHP RV VHXV GHVDĂ€RV De fato, esse processo sinalizou uma mudança H WDPEpP R FRPHoR GR Ă€P GH QRVVD SDUFHULD mas dessa vez como o resultado de uma decisĂŁo conjunta e nĂŁo como uma conclusĂŁo abrupta feita pela minha diretora. 0XLWDV GH QyV RUJDQL]Do}HV Ă€QDQFLDGRUDV QRV esquecemos de avaliar nosso prĂłprio poder quando batemos Ă porta da organização que vamos avaliar. Isso mostra o quanto devemos nos esforçar e trabalhar internamente para conseguirmos estar Ă altura dos parâmetros que estipulamos para as organizaçþes com as quais trabalhamos. SĂł assim seremos capazes de viver de acordo com os conceitos de soberania e parceria que tanto pregamos.

VocĂŞ tem habilidade para se capacitar?

De que capacidade vocĂŞ estĂĄ falando?

Eu me sinto completamente incapaz!

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DUAS JANELAS... PARA AJUDAR A LER AS ORGANIZAÇÕES À × ­Ù ǡ À Ǥ À À À ǡ ǡ ­Ù ǡ ǡ Ǥ × ± À À da organização, tais como a estrutura, a governança e os processos ǡ À ǡ que ditam seu planejamento e sua maneira de se organizar. Aqui, nós vamos apresentar dois modos de se olhar para as organizações -­‐ são janelas que nos ajudam a enxergar com clareza À Ǥ ² À À À Ǥ na compreensão da história de vida, ciclos, cultura e rede de rela-­‐ ções de uma organização, as grandes imagens emergem justamente À Ǥ Cada uma dessas janelas nos ajuda a formular diferentes perguntas sobre as organizações com a qual estamos trabalhando. ± × -­‐ volvimento das Organizações, isto é, como elas se desenvolvem e ± Ȃ ǡ À Ǥ segunda janela se abre para os Elementos e Ciclos das Organizações, para que possamos ver a organização em ação. Esta segunda janela poderá lembrar o modelo Cabeça-­‐Coração-­‐Pé. Esses modelos são complementares e ajudam a compor uma imagem mais abrangente da organização, considerando também as dimensões de tempo e espaço. Mais modelos? Qual é a desses caras e seus modelos o tempo todo?

É que eu sou um ativista, cara. Eu não tenho tempo para modelos!

rto...

Tá ce

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FASES DE DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES

ELEMENTOS CHAVE E CICLOS DAS ORGANIZAÇÕES

Exceto para modelos da moda, é claro! É claro!

Oh!...

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A PRIMEIRA JANELA AS FASES DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Como as organizaçþes crescem e se desenvolvem? Organizaçþes  sĂŁo  como  seres  humanos.  Elas  nascem,  crescem  e  Â‡Â˜Â‡Â?–—ƒŽÂ?‡Â?–‡ǥ Â?‘””‡Â?Ǥ ‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ ‘‹•ǥ Â?ו †‹••‡Â?‘• “—‡ ‘• ‹Â?†‹-­â€? Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â• ’ƒ••ƒÂ? ’‘” –”²Â• ‡•–ž‰‹‘• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ǣ ‘ ‡•–ž‰‹‘ †ƒ dependĂŞncia,  o  estĂĄgio  da  independĂŞncia  e  o  da  interdependĂŞncia.  Assim  como  nĂłs,  as  organizaçþes  passam  por  fases,  ou  estĂĄgios  similares. ‡”Â?ƒ”† ‹‡˜‡‰‘‡† ‡ ”‹–œ ÂŽÂƒÂ•ÂŽÇĄ ”‡…‘Â?Š‡…‹†‘• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ †‡•‡Â?-­â€? volvimento  organizacional,  depois  de  observar  vĂĄrias  organizaçþes  conseguiram  distinguir  quatro  fases  diferentes  do  desenvolvimento  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ÂƒÂŽÇŁ ƒ ƒ•‡ ‹‘Â?‡‹”ƒǢ ƒ ƒ•‡ ƒ…‹‘Â?ƒŽǢ ƒ•‡ †ƒ Â?–‡‰”ƒ­ Â‘Ǣ e  a  Fase  A ssociativa.  Em sĂ­ntese, as quatro fases 1. A FASE PIONEIRA (VWD IDVH p FRPR XP FDQWHLUR GH Ă RUHV PXLWDV Ă RUHV PLVWXUDGDV QXPD disposição um pouco confusa, mas cheia de frescor e energia. É uma fase TXH VH FDUDFWHUL]D SHOD Ă H[LELOLGDGH PDV WDPEpP SRU PXLWD GHSHQGrQFLD HP UHODomR DR IXQGDGRU R SLRQHLUR TXH p YLVWR FRPR XPD Ă€JXUD SDWHUQDO 2. A FASE RACIONAL OU DE DIFERENCIAĂ‡ĂƒO “Direita Esquerda – Direita – Esquerdaâ€?. As organizaçþes nesta fase marcham independentes, mais conscientes e mais bem organizadas internamente. 3. A FASE DE MATURIDADE OU INTEGRAĂ‡ĂƒO Como um bom cozido, esta fase ĂŠ uma mistura do que hĂĄ de melhor: as organizaçþes tendem a ser independentes, organizadas e mais Ă H[tYHLV 4. A FASE ASSOCIATIVA As organizaçþes nesta fase sĂŁo interdependentes e mais conectadas com o seu meio. Veja o diagrama para uma visĂŁo global das fases.

Diferentemente do que ocorre com os seres humanos, as organizaçþes nĂŁo tĂŞm que passar de uma fase para outra. Algumas, como pequenas organizaçþes de base comunitĂĄria ou ONGs, ou, ainda, escritĂłrios GH SURĂ€VVLRQDLV OLEHUDLV tais como de arquitetos ou mĂŠdicos, podem permanecer muito bem na fase pioneira, enquanto outras, como alguns departamentos governamentais, vivem melhor se permanecerem na fase racional.

PIONEIRA

INTEGRADA

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RACIONAL

ASSOCIATIVA

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OS PRIMEIROS ANOS É como a primeira parte da vida de qualquer pessoa que nasce, cresce e se torna um jovem adulto. A primeira fase de uma iniciativa bem sucedida é frequentemente vibrante, excitante, cheia de surpresas Ƥ Ǥ ȋ Ȍ Ȃ ǡ ï ǡ Ȃ ­ ­ ǡ energia e uma grande ideia sobre aonde querem chegar. Os pioneiros tendem a ser seguidos por muitos entusiastas, geralmente amigos que acreditam em sua ideia e investem muito tempo e compromisso em fazê-­‐la nascer.

Controladores do tempo ra! ssa hliocençaou no Che3gmeses rdneidade! mate

A organização na fase pioneira tende a manter uma atmosfera familiar ǡ À claros. As reuniões tendem a acontecer a qualquer hora, dependendo Ǣ -­‐ tação. Espera-­‐se que os pioneiros sejam capazes de -­‐ e estejam aptos Ǧ Ù ǡ Ǥ -­‐ ­Ù ǡ ǡ ± À ǡ ƪ ǡ papéis diferentes, em momentos diferentes.

É isso aí, irmã! Hurra!!

CRESCIMENTO E CRISE Se uma organização é bem sucedida, ela atrai recursos e cresce rapi-­‐ Ǥ ǡ ǡ ­ Ǥ As novas pessoas que são contratadas não partilharam das alegrias e Ƥ Ǥ ǡ Ǥ ­ À ƪ ­ Ǥ Com o volume de trabalho e a equipe aumentando, tudo começa Ƥ Ƥ ­ Ǥ sempre o pioneiro está disposto a abrir mão do estilo informal de admin-­‐ ­ Ǧ Ƥ controle, do seu jeito. Só que a equipe, cada vez mais empoderada por sua própria experiência, também passa a querer tomar decisões sobre como gerenciar o trabalho que está sob sua responsabilidade. ­ Ǥ Ƥ × ­ Ǥ À organizacional são necessários para se lidar com o crescimento e a cres-­‐ ǡ À e bem compreendidas para que as pessoas consigam trabalhar juntas. ² mais antigos que, nostalgicamente, se lembram da informalidade do À Ǥ ­ ǡ ­ ƪ Ǥ LIDERANÇA E FACILITAÇÃO DA CRISE À ͕ǡ × ­ -­‐ formadoras. A Fase Pioneira envolve um tipo de mudança emergente, que tipicamente culmina numa crise que, por sua vez, tem o potencial de provocar uma mudança transformadora. É assim que a organização × ­ Ǥ Se a liderança for capaz de apreciar esse momento de crise e enxergar a necessidade de transformação, a organização se torna capaz de passar pela crise, alcançando uma nova fase de crescimento -­‐ ainda que isto lhe custe algum sofrimento. ǡ ± Ƥ ­

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Companheiras, sinto muito estar atrasada de novo! Tenho muito para fazer e muito pouco tempo! Desculpem-me, preciso atender esta ligação... É só um minutinho

! ! !

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“Insistir para que uma organização na Fase Pioneira se torne mais organizada do que realmente precisa ser ĂŠ a mesma coisa que acontece com pais que IRUoDP VHXV Ă€OKRV D assumir comportamentos de adultos antes da hora.â€?

Controladores do tempo

perceba  a  necessidade  de  buscar  apoio  externo,  contratando  um  facil-­â€? itador  para  ajudĂĄ-­â€?la  no  processo  de  mudança.  Essa  pode  ser  uma  boa  decisĂŁo,  capaz  de  evitar  uma  implosĂŁo  destrutiva.  Para  o  facilitador,  que  Ê  contratado  por  uma  organização  em  crise,  a  tarefa  imediata  Ê  conhecer  e  compreender  todos  os  sentimentos  e  as  ideias  que  estĂŁo  Â…‹”…—ŽƒÂ?†‘ ‡ Â?‡š‡Â?†‘ Â?‘ ‡“—‹ŽÀ„”‹‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ ÂƒÂ•ÇĄ ’ƒ”ƒ “—‡ –—†‘ isso  seja  transformado  na  fase  que  vem  a  seguir,  Ê  importante  enxergar  a  crise  como  uma  parte  natural  do  desenvolvimento  da  organização,  e  nĂŁo  como  um  fracasso. É  nesse  momento  que  o  facilitador  deve  ajudar  a  organização  a  enxergar  e  a  compreender  quais  os  aspectos  da  fase  pioneira  que  podem  ser  mantidos  e  quais  nĂŁo  funcionam  mais  e  precisam  ser  aban-­â€? donados  ou  â€œdesaprendidosâ€?.  Assim,  o  caminho  estarĂĄ  aberto  para  Â“—‡ —Â? Â?‘˜‘ …‘Â?Œ—Â?–‘ †‡ ’”‹Â?…À’‹‘• ‡ ˜ƒŽ‘”‡• –‡Â?Šƒ Ž—‰ƒ” ‡ ŽƒÂ?…‡ Â”ÂƒĂ€ÂœÂ‡Â•Ǥ •–‡ ’”‘…‡••‘ †‡ Â?—†ƒÂ?­ÂƒÇĄ …‘Â?Š‡…‹†‘ …‘Â? ’”‘…‡••‘ ‡Â? ÇĄ ’‘†‡ •‡” ˜‹•–‘ Â?ƒ‹• †‡–ƒŽŠƒ†ƒÂ?‡Â?–‡ Â?‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ Í™Ǥ Se  a  crise  nĂŁo  for  bem  conduzida,  a  organização  pode  morrer.  Ainda  mais  se  exacerbada  por  doadores  que  retiram  o  apoio  sob  a  falsa  impressĂŁo  de  que  a  organização  estĂĄ  falhando.  Algumas  vezes,  muito  tempo  antes  de  a  crise  se  instalar,  doadores  ou  lideranças  ingĂŞnuas  provocam  outro  tipo  de  crise,  insistindo  para  que  a  organização  se  torne  mais  organizada  do  que  realmente  precisar  ser,  ou  tentando  ÂˆÂ‘”­ÂžÇŚÂŽÂƒ ƒ ’ƒ••ƒ” ’ƒ”ƒ ƒ ƒ•‡ ƒ…‹‘Â?ƒŽ Č‹Âą ƒ Â?‡•Â?ƒ …‘‹•ƒ “—‡ ƒ…‘Â?–‡…‡ …‘Â? ’ƒ‹• “—‡ ˆ‘”­ÂƒÂ? •‡—• ƤŽŠ‘• ƒ ƒ••—Â?‹” …‘Â?’‘”–ƒÂ?‡Â?–‘• †‡ ƒ†—Ž–‘• antes  da  hora!).  Isto  pode  resultar  na  perda  da  energia  do  fundador  e  Â†Â‘ ‡•’À”‹–‘ †ƒ organização,  empurrando  a  organização,  antes  cheia  de  vida,  para  um  modo  burocrĂĄtico  de  funcionamento,  em  que  todo  o  entusiasmo  se  transforma  em  desalento  ao  esforço. Alguns  pioneiros  recusam-­â€?se  a  mudar  seu  estilo  de  liderança  e  acabam  perdendo  sua  insatisfeita  equipe,  levando  a  organização  ao  colapso,  ou  forçando-­â€?a  a  um  novo  recomeço  em  que  a  fase  pioneira  se  repete. “Insistir  para  que  uma  organização  na  Fase  Pioneira  se  torne  mais  organizada  do  que  realmente  precisa  ser  Ê  a  mesma  coisa  que  acontece  Â…‘Â? ’ƒ‹• “—‡ ˆ‘”­ÂƒÂ? •‡—• ƤŽŠ‘• ƒ ƒ••—Â?‹” …‘Â?’‘”–ƒÂ?‡Â?–‘• †‡ ƒ†—Ž–‘• antes  da  hora.â€?

“Sempre na hora�.

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OS  PRIMEIROS  ANOS  Se  a  organização  atravessou  as  tempestades  da  crise  da  fase  pioneira  e  a  liderança  aceitou  a  necessidade  de  mudança,  entĂŁo  ela  conseguirĂĄ  passar  para  a  prĂłxima  fase,  sem  grandes  perdas.  Ă‰  muito  comum  que  o  pioneiro  acabe  saindo  da  organização  durante  a  crise  para  fundar  outra  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Č‹ÂƒƤÂ?ÂƒÂŽÇĄ Âą ‘ “—‡ ‡Ž‡• ‰‘•–ƒÂ? †‡ ÂˆÂƒÂœÂ‡Â”ČŒÇĄ †‡‹šƒÂ?†‘ ‘ …ƒÂ?‹Â?Š‘ livre  para  uma  nova  liderança. ••ƒ ˆƒ•‡ †‹œ ”‡•’‡‹–‘ Â? –”ƒÂ?•‹­ Â‘ †‡ —Â? Â?‘†‡Ž‘ †‡ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ mais  pautado  pelos  aspectos  pessoais,  intuitivos  e  experimentais,  para  outro  mais  objetivo,  consciente,  claro,  planejado  e  mais  adequado  aos  propĂłsitos  de  crescimento.  Âƒ ƒ•‡ ƒ…‹‘Â?ƒŽ Â?ו …‘Â?‡­ÂƒÂ?‘• ƒ ˜‡” ‘• ‘„Œ‡–‹˜‘• ‡ ĥ Â’Â‘ÂŽĂ€Â–Â‹Â…ÂƒÂ• sendo  compartilhados  por  escrito.  Os  processos  de  tomada  de  decisĂŁo  sĂŁo  mais  claros,  com  sistemas,  manuais  de  procedimentos  e  relaçþes  mais  formais  sendo  exigidos.  A  visĂŁo,  a  identidade  e  o  propĂłsito  da  organização  se  tornam  mais  conscientes.  As  funçþes  de  liderança  Â”‡Žƒ–‹˜ƒ• ƒ‘• ’ŽƒÂ?‘•ǥ ’”‘…‡†‹Â?‡Â?–‘•ǥ Â‘Â„ÂŒÂ‡Â–Â‹Â˜Â‘Â•ÇĄ Â’Â‘ÂŽĂ€Â–Â‹Â…ÂƒÂ•ÇĄ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ interna  e  avaliaçþes  sĂŁo  estabelecidas.  A  equipe  passa  a  realizar  funçþes  mais  especializadas  nesta  fase.  ÂƒÂ?„¹Â? • Â‘ …”‹ƒ†‘• Â?‘˜‘• †‡’ƒ”–ƒÂ?‡Â?–‘• ‡ • Â‘ ‡•–ƒ„‡Ž‡…‹†‘• †‹ˆ‡-­â€? ”‡Â?–‡• Â?Ă€Â˜Â‡Â‹Â• †‡ ‰‡”‡Â?…‹ƒÂ?‡Â?–‘ǥ †‹˜‹†‹Â?†‘ ‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ †‡ ˆ‘”Â?ƒ Â?ƒ‹• WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


Ǥ ­ ǡ ± À o pioneiro iniciando, decidindo ou conduzindo tudo sozinho. Esse é o Ƥ ­ Ǥ ­Ù ǡ reuniões entre departamentos precisam ser criadas para conter o isola-­‐ mento que vem com a diferenciação. A essência dessa fase se caracteriza por uma organização que atua de maneira mais consciente e planejada. Isso não quer dizer que o processo seja fácil, uma vez que integrantes da equipe podem opor resistência por sentirem que a organização está virando um órgão burocrático. Com ǡ Ƥ ± ­ mecânica e alienante, por isso é tão importante ouvir todos os pontos de vista para mantê-­‐la viva e saudável. Funcionários mais antigos podem Dz± À dzǨ vivos alguns traços da Fase Pioneira pode ser recurso valioso para equili-­‐ brar esta fase. Organizações racionais não precisam ser burocracias alienantes, ǡ ǡ ǡ veremos mais adiante. Elas podem ser altamente produtivas, bem orga-­‐ nizadas e saudáveis. Essa fase pode levar a organização a se expandir tanto em tamanho quanto em complexidade, na medida em que libera uma nova energia ao trabalhar de maneira diferenciada. A maioria das grandes organizações no mundo, hoje, aponta para essa fase como sendo a de maior expansão. CRESCIMENTO E CRISE Com o tempo, uma nova crise pode surgir. Por meio da diferenciação, as ideias pioneiras se dispersam e outras pessoas da organização têm que carregar o impulso conscientemente. Elas fazem isso assumindo respon-­‐ Ǥ ǡ Ƥ presas a essa visão parcial, enxergando apenas aquilo que está sob a sua responsabilidade. E assim, o sentido coletivo do propósito se fragmenta e ­ À Ǥ ǡ ­ ǡ ǡ À Dz Ƥ ² dzǤ ­ equipe que, tendo-­‐se tornado mais experiente e mais empoderada, sente-­‐ se frustrada com a hierarquia que começa a reinar nas comunicações e nos processos de tomada de decisão e com a divisão do trabalho em áreas estanques. Essa compartimentagem da organização pode ter sido útil para por ordem no caos que caracterizava a fase anterior, mas, agora, ela começa a obstruir o desenvolvimento. As pessoas podem começar a se sentir insatisfeitas e desconectadas do propósito de seu trabalho e, ao perder o contato com o objetivo da organização como uma totalidade, passam a se sentir paralisadas e isoladas no processo, como os dentes enferrujados de uma engrenagem desconjuntada. ǡ ­ Ƥ quebrar as regras. A reação costumeira da gerência nesses casos é reagir Ƥ ǡ À -­‐ Ǥ ± ǡ probabilidade de que surjam resistências veladas por meio de uma perda de vitalidade, uma diminuição da motivação e baixa na produtividade, além de um aumento no número de faltas, alta rotatividade de funcionários e Ƥ ­ Ǥ ­ À Ǥ Dz À dz se tornam o centro de uma organização sombria -­‐ a isso nós damos o nome de “crise fria”. Por outro lado, a situação pode evoluir para uma “crise quente”, com Ƥ ² ƪ ǡ ± resultando em perda de produtividade e até em protestos e greves. Em qualquer um desses casos, a crise se aprofunda e alguma coisa tem que acontecer.

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Controladores do tempo

Chega de controlar tempo! Fora!

“A equipe pode começar a questionar ou quebrar regras.”

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“Muitas pessoas, que instintivamente não gostam da Fase Racional, quando surgem os problemas, sucumbem à tentação de enxergá-los como o ÀQDO GD FULVH H FRPHoDP a se preparar para entrar nessa outra fase que parece ser muito mais sexy e atraente: a Fase de Integração.”

LIDERANÇA E FACILITAÇÃO DA CRISE ȋ × Ǧ Ȍǡ ǡ ǡ × ­ ǡ À fase soam como algo mecânico e antiquado. Então, quando os prob-­‐ ­ ǡ ­ Ǧ Ƥ ­ ǣ ­ Ǥ ǡ ± Ǥ formato mais saudável, em que as organizações conseguem manter as relações humanas e os processos equilibrados com os aspectos mais mecânicos dessa fase. ǡ empoderamento e frustração, e a temperatura gelada ou fervendo da ± Ƥ -­‐ uamente, ir para a Fase de Integração passa a fazer todo o sentido. Isto ajudará a demolir as divisões e a mobilizar as melhores capacidades da equipe em direção a uma qualidade diferente de organização. ǡ externo para levar a cabo essa transição. Ƥ ± fase anterior: apreciar e manter aquilo que funciona e desaprender o ǡ À À À Ǥ ȋ ­ ǡ À ͙ȌǤ

Para além e da cris

Ac r é s ise ua Va m se os a gu d ian ir te!

da Saindoe cris

O m da anua l c p rise in ara i c ian tes

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a Fase de Integração!!

Cris e? Q e u crise ?

“A organização da Fase de Integração é alicerçada por uma visão comum e por um sentido compartilhado de valores e propósitos, e não mais por regras, procedimentos e políticas da Fase Racional.”

Companheiros! Nós lemos os manuais e fomos aos seminários... Então, agora é hora de irmos para...

Cris e 101

Grande parte dos manuais de gestão e liderança disponíveis hoje em dia focalizam as crises vividas por grandes empresas, descrevendo os GHVDÀRV TXH WLYHUDP TXH enfrentar para transitarem para a Fase de Integração. Infelizmente, estes manuais acabam sendo usados por muitas organizações que ainda estão transitando da Fase Pioneira para a Fase Racional, o que faz com que as sugestões ou recomendações apresentadas sejam exatamente o oposto do que elas precisam!

.! OS PRIMEIROS ANOS Esta fase consiste na integração dos melhores aspectos da Fase Ǥ 2 Ƥ e, portanto, mais efetiva na mobilização das diversas capacidades e relações presentes em uma equipe mais madura. Os funcionários com mais poder em mãos tendem a querer estru-­‐ turas organizacionais mais horizontais, simples e descentralizadas, ­ ­ ƪ Ǥ ² WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


Ƥ com um menor grau de hierarquização. A organização da Fase de Integração é alicerçada por uma visão comum e por um sentido compartilhado de valores e propósitos, e não mais por regras, À Ǥ

“Neste mundo globalizado em que vivemos há uma crescente percepção de que partilhamos de um mesmo destino. Em resposta a essa percepção, vem surgindo a necessidade de se construir relações interdependentes, conectando diferentes organizações, de alcance cada vez maior, por meio de parcerias criativas e autênticas.”

CRESCIMENTO E CRISE As crises na Fase de Integração não costumam nascer dentro da própria organização. Elas nascem do isolamento da organização, seja em relação ao meio em que ela está inserida ou em relação a outras organizações -­‐ talvez vistas como competidoras. Aqui, as oportunidades para o desenvolvimento futuro surgem de novas formas de cooperação e colaboração com outras organizações. LIDERANÇA E FACILITAÇÃO DA CRISE ­ ­ ocupada por pessoas maduras e com diferentes tipos de talentos, provavelmente muito orgulhosas de suas competências e de suas Ǥ Ƥ ± pessoas deixem de lado seu aspecto competitivo e seu orgulho e se disponham a se juntar a outras organizações. Isto requer lideranças e facilitadores visionários e perspicazes.

ǡ percepção de que partilhamos de um mesmo destino. Em resposta a essa percepção, vem surgindo a necessidade de se construir rela-­‐ ções interdependentes, conectando diferentes organizações, de alcance cada vez maior, por meio de parcerias criativas e autênticas. × Ƥ social e o desenvolvimento sustentável que irá nos proteger e ao nosso planeta, no futuro. A ideia de parcerias e colaborações entre organizações tem sido aventada há muito tempo e muito já se fez para que elas se concreti-­‐ ǡ Ƥ ± Ǥ ­Ù tipo já começaram a surgir, mas poucos de nós alcançaram a maturi-­‐ dade e o desprendimento demandados por essa fase. Portanto, há ² À ǡ organizações.

Aqui está a nossa nova Fase Associativa!

Sustentabilidade

Clap, clap!

Destino

Criatividade

Uhuuu! Interdependência

Autenticidade

Parcerias associativas. – Saúde!

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Fases do desenvolvimento organizacional

CRISES DA FASE PIONEIRA ‡ 3HUGD GR VHQWLGR GH LQWLPLGDGH GHVHQYROYLPHQWR GH FRQĂ LWRV HQWUH D QRYD H D velha geração ‡ 0HLRV LQIRUPDLV GH JHUHQFLDPHQWR Mi QmR GmR conta da crescente complexidade ‡ $XPHQWR GR FDRV H GD GHVRUJDQL]DomR LQWHUQD ‡ 3HUGD GH FRQĂ€DQoD QDV KDELOLGDGHV GR fundador ‡ 'HVHMR GRV QRYRV LQWHJUDQWHV GD HTXLSH GH exercer o poder de tomar decisĂľes ‡ )XQGDGRU H HTXLSH RULJLQDO UHVLVWHP jV mudanças ‡ 0RWLYDomR GLPLQXL FRQĂ LWRV DXPHQWDP

crise pioneirismo

CARACTERĂ?STICAS DA FASE PIONEIRA ‡ 2UJDQL]DomR SHTXHQD SUy[LPD j FRPXQLGDGH / clientes ‡ $ SHUVRQDOLGDGH GR IXQGDGRU PROGD D HVWUXWXUD e o jeito de trabalhar ‡ /LGHUDQoD FDULVPiWLFD ‡ $V IXQo}HV VmR DOWDPHQWH SHUVRQDOL]DGDV H distribuĂ­das de acordo com as habilidades da equipe ‡ ,PSURYLVDomR Ă H[LELOLGDGH ² GHSHQGrQFLD 'HVDĂ€RV FDRV DUELWUDULHGDGH GHSHQGrQFLD da equipe

A fase pioneira 81

CRISES DA FASE RACIONAL ‡ )UDJPHQWDomR GR VHQWLGR FROHWLYR GRV objetivos da organização ‡ )UXVWUDomR GD HTXLSH GLDQWH GH HVWUXWXUDV sistemas, polĂ­ticas e procedimentos mecânicos ‡ $V SHVVRDV VH VHQWHP SDUDOLVDGDV H LVRODGDV no processo, como se fossem dentes de roda enferrujados, em uma mĂĄquina desconjuntada ‡ 5HJUDV FRPHoDP D VHU GHVDĂ€DGDV RX quebradas; a gerĂŞncia endurece ‡ 5HVLVWrQFLDV YHODGDV SHUGD GH YLWDOLGDGH H GH produtividade ‡ )RIRFDV GH EDVWLGRUHV H VXUJLPHQWR GH ´FULVHV geladasâ€? ‡ 2X GH ´FULVH TXHQWHVÂľ FRP GHVDĂ€RV H resistĂŞncias declarados

racionalidade CARACTERĂ?STICAS DA FASE RACIONAL ‡ )RUPDOL]DomR GDV HVWUXWXUDV H dos papĂŠis ‡ 3ROtWLFDV LQWHUQDV VmR D EDVH GD gestĂŁo administrativa ‡ *HVWmR GLIHUHQFLDGD H[HFXWLYD racional e com divisĂŁo de tarefas ‡ 3HUĂ€O GD HTXLSH DGHTXDGR jV necessidades internas ‡ &RQWUROH ² SURFHGLPHQWRV sistemĂĄticos – independĂŞncia 'HVDĂ€RV H[FHVVR GH RUJDQL]DomR fragmentação, burocracia

A fase racional WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG

crise


Fases de crescimento e crises de desenvolvimento

CRISES DA FASE DE INTEGRAĂ‡ĂƒO ‡ ,VRODPHQWR H FRPSHWLomR FRP RXWURV ‡ 3HUGD GH RSRUWXQLGDGHV GH LQWHJUDomR e cooperação com outras organizaçþes

associação

crise integração

CARACTERĂ?STICAS DA FASE ASSOCIATIVA CARACTERĂ?STICAS DA FASE DA INTEGRAĂ‡ĂƒO ‡ 9LVmR H YDORUHV UHQRYDGRV desenvolvimento de uma cultura de cooperação ‡ 0DLV SURFHVVRV GH DXWR organização e maior autocontrole ‡ *HVWmR VLWXDFLRQDO H GH desenvolvimento, com estruturas mais horizontais ‡ )XQo}HV LQWHJUDGDV HTXLSHV autĂ´nomas (fator humano sendo considerado) ‡ $V PHOKRUHV TXDOLGDGHV GD IDVH pioneira e racional combinadas ‡ )OXLGD ² UHGH GH UHODo}HV DWLYD ² interdependente

crise

A fase de integração

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‡ 5HODFLRQDPHQWRV LQWHUGHSHQGHQWHV com outras organizaçþes e com o meio em que a organização estĂĄ inserida (compartilhamento de destinos) ‡ (VFROKD GH XP GLUHFLRQDPHQWR TXH VXSHUH os limites da competitividade para ir ao encontro das possibilidades da colaboração ‡ $FHLWDomR GH PDLRU UHVSRQVDELOLGDGH ‡ ,QWHUQDPHQWH VLPLODU j )DVH GD ,QWHJUDomR 'HVDĂ€RV D IRUPDomR GH JUXSRV FRP concentração de poder por meio de alianças estratĂŠgicas

A fase associativa Adiante!

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AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE AS FASES DAS ORGANIZAÇÕES

Nossa organização pode saltar da Fase Pioneira para a Fase da Integração ou para a Fase Associativa?

As pessoas fazem essa pergunta, pois essas duas últimas fases Ƥ ǡ ǡ Ǥ ǡ ± Dz ! dzǡ -­‐ Dz dz Ǥ ± a adolescência, ainda que, quando criança, queira ser um adulto. O mesmo acontece com as organizações: elas não podem queimar etapas simplesmente porque, em cada fase, há importantes lições a serem aprendidas e capacidades que precisam ser desenvolvidas, ­ Ǥ ǡ sua organização contratou pessoas mais experientes, se você se tentou humanizar as condições de trabalho, não há razões que impeçam a organização de avançar mais rápida e facilmente para a Ǥ À ­ ǡ ǡ ƪ -­‐ dade no trabalho em equipe, que podem ser introduzidas na Fase Ǥ As organizações também podem se associar a outras organiza-­‐ ções em qualquer estágio de seu desenvolvimento, mas isto não acontecerá facilmente, ou naturalmente, até que ela alcance a Fase Associativa.

Nossa organização pode permanecer numa mesma fase?

É natural pensar que as organizações, assim como as pessoas, tenham que passar por todas as fases, mas nem sempre é assim. ǡ ǡ ǡ ± melhor forma organizacional de realizar as tarefas que lhes são Ǥ ǡ ­Ù Ƥ Ǥ ǡ À Dz -­‐ çadas” -­‐ por exemplo, tornando-­‐se mais associativas -­‐ sem, no entanto, perder sua essência pioneira.

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Nossa organização pode evitar ou pular uma crise?

ǡ À Ǥ ± À destruam a organização. As crises permitem que desaprendamos aquilo que não serve mais, podendo alavancar a energia necessária ­ ­ Ǥ ­ deve ser capaz de antecipar tanto uma crise (com ou sem a ajuda de um facilitador externo), como deve ser capaz de assegurar que a crise não seja vista de maneira equivocada, ou que seja, ainda, manipulada a ponto de provocar um desastre.

Uma organização pode estar em mais de uma fase ao mesmo tempo?

É muito comum que organizações de grande porte tenham partes Ǧ Ǧ Ǥ nova seção ou departamento pode ser criado para implantar um novo produto ou serviço e a prática e cultura deste departamento ­Ù Ǥ Enquanto isto está acontecendo, o restante da organização pode Ǥ

O que acontece quando uma organização morre?

± ǡ Ǥ ­Ù -­‐ volvimento, nos deparamos, muitas vezes, com a estagnação: a recusa em deixar velhas ideias morrerem ou pessoas agarrando-­‐ × Ǥ × ­Ù ǡ ­ vitais originais já minguaram há tempos, mas elas continuam Ƥ Ǣ sustentadas por pouca coisa, como memórias de um longo e distante sucesso do passado; ou, ainda, outras que se mantém ± À conseguem se separar das estruturas decadentes, pois é tudo o que lhes restou das grandes realizações de suas vidas; assim, simplesmente não conseguem encarar a hipótese de fechar as portas. Quando somos chamados para trabalhar com organiza-­‐ ções que estão nessas condições, a natureza do nosso trabalho é quase clerical: temos que ajudar as pessoas a ter uma boa morte -­‐ uma morte gentil -­‐ e conduzir um funeral.

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Existe alguma coisa como a “boa morte” de uma organização?

“Como qualquer bom funeral, deve haver espaço para as pessoas expressarem sua dor e pesar e, ao fazê-lo, criarem o início de uma caminhada para uma nova vida.”

Como num bom funeral, a “boa morte” de uma organização requer que se aprecie tudo o que foi realizado, que seja celebrado o que foi a sua vida e que também se faça uma avaliação franca e honesta da qual possa emergir lições importantes. A ssim como nos bons funerais, deve haver espaço para as pessoas expressarem suas condolências e se lamentar e, ao fazer isto, criar espaço para uma nova vida. A boa morte de uma organização deve liberar as pessoas Ø ǡ -­‐ quer coisa que tenha falhado; deve ser um processo de superação e de perdão, de deixar as coisas partirem desta para melhor, tendo em mente que novas organizações sempre surgem no espaço que ǡ ­ Ƥ Ǥ

Eu estou pensando em começar uma nova organização!

Boa ideia!

Descanse em paz, querida organização.

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USANDO AS FASES DO DESENVOLVIMENTO NA PRÁTICA

ALGUMAS DICAS E TÉCNICAS ­ de fase. Se você é uma liderança ou um facilitador trabalhando com ǡ ± Ƥ ² ± Ƥ ǡ resolução de problemas. Se você tiver certeza de que está diante de uma crise caracter-­‐ À ǡ a pena compartilhar a descrição das fases com os membros da ­ Ƥ enfrentados. Isto poderá ajudar as pessoas a perceber que o que elas estão vivenciando é natural e, dessa maneira, reduzir o grau ǡ ȋ -­‐ ­ Ȍ Ǥ À ± ƪ ­ Ǥ entanto, há que se tomar cuidado para que as pessoas não queiram repensar a organização imediatamente usando essas novas ideias ǡ ǡ Ȃ Ǧ ǡ À apoiando-­‐as no desapego ao que está por trás da crise. Apressar processos só vai levar a organização a recair mais uma vez nos velhos modos e hábitos que geraram a crise.

%LRJUDÀD RUJDQL]DFLRQDO UMA FERRAMENTA ÚTIL Use esta ferramenta para descrever uma organização como se fosse uma imagem através dos tempos: isso ajudará as pessoas a perceberem as fases do desenvolvimento da organização. Use-a também para examinar cada ponto de virada ou crise na vida da organização, para entender qual o impacto que elas tiveram sobre a atual situação da organização e para que seja lançado um olhar mais amplo a respeito do que pode ser aprendido dessas crises: para que as pessoas consigam achar qual a direção para o futuro.

FAZENDO A BIOGRAFIA DA ORGANIZAÇÃO À ­ entender seu próprio processo de desenvolvimento é a narrativa da Ƥ Ǥ À ͖ǡ × Ƥ -­‐ À Ǥ × ­Ù Ǥ de trabalho, em geral, deixa as pessoas se sentindo mais conectadas e capazes de apreciar como a organização se desenvolveu e qual foi ­ ­ ǡ ajudando a construir uma compreensão mais profunda da história que está por trás da situação atual.

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E, aqui, eu começo mais uma vez a maravilhosa história da nossa organização...

Trabalhadores errantes anônimos Clube do Sopão Amigo. Oh, não!

Dá um tempo!

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A SEGUNDA JANELA OS ELEMENTOS E OS CICLOS DA ORGANIZAÇÃO

USANDO ESTA JANELA Este modelo pode ser usado como um guia para ver, explorar e compreender uma organização H SDUD LGHQWLÀFDU iUHDV D VHUHP pesquisadas quando houver necessidade de mudanças. Ele também pode ser usado como um ponto de referência para que as lideranças tenham em mente importantes aspectos da vida organizacional, que facilmente se perdem de vista no cotidiano do trabalho - muitas características fundamentais das organizações não são tão fáceis de se enxergar e tendem a passar despercebidas.

Cada ser humano é único, mas também são similares em muitos aspectos fundamentais. O mesmo pode ser dito das orga-­‐ ­Ù Ǥ ­ ± Dz dz À fundamentais das organizações e para o que pode ser descoberto a respeito da sua forma e do seu modo de funcionamento. ² Ǥ ² pode compreendê-­‐lo antes de ler os detalhes abaixo. ­ ǡ -­‐ nização. Os últimos incluem três ciclos: ͕Ǥ 2. Compreendendo o contexto ͗Ǥ × 4. Estratégias e abordagens 5. Atividades programáticas ou projetos, capacidades e recursos 6. Práticas de gestão e desenvolvimento, incluindo os três ciclos: i. Planejamento (estratégico e operacional) Ǥ iii. Avaliação Cada um desses elementos e ciclos é como uma lente através da qual podemos examinar a organização mais de perto.

1. Identidade organizacional Organizações soberanas tendem a ter uma ligação muito forte × Ǥ ǡ ǡ Ƥ uma habilidade coletiva -­‐ marcante -­‐ de pautar suas ações de acordo com o seu modo de pensar, de sentir e de querer. Bons À ǡ -­‐ À ­ Ǥ A identidade é o cerne da organização e se faz presente em três À ǣ

CABEÇA: princípios e ideias principais Aqui encontramos as ideias que orientam a organização e os conceitos essenciais que embasam o seu modo de pensar. Por exemplo: “O desenvolvimento não é algo que se possa enco-­‐ mendar a alguém de fora, pois todas as pessoas já estão se desenvolvendo e somente podem se desenvolver a partir delas mesmas”, ou “Como na natureza, a sobrevivência saudável se À ­ uma rica e diversa variedade de pessoas.”

CORAÇÃO: valores, cultura e relações ­ ǡ ­ Ù ǡ -­‐ ência e honestidade, mas nem sempre os valores expressados são postos em prática com facilidade. Por exemplo, uma organização pode considerar a transparência um valor muito importante, mas Ƥ Ǥ ­ promover a cooperação, mas na prática os funcionários competem

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entre si. Os valores determinam as relações e a cultura de uma orga-­‐ nização. Quando as pessoas falam com propriedade sobre “o nosso modo de ser e agir”, temos que questionar: com o que a organização realmente se importa? Quais as crenças (positivas ou negativas) que guiam seu comportamento e suas ações? Que valores estão sendo contestados ou provocam tensões? Os valores geralmente estão numa polaridade dentro de uma mesma ­ Ȃ ǡ ² Ƥ ou consenso coletivo e liberdade individual. As organizações saudáveis, geralmente, tentam aceitar essas polaridades. Podemos compreender muito sobre as organizações quando olhamos para a maneira como elas lidam com essas tensões. À ǡ ­ valores vivenciados na prática, aos tipos de relacionamentos e culturas que estão vivos na organização, desenterrando não somente o que as pessoas dizem, mas como elas se comportam Ǥ ² ­ enxergar isso, estará contribuindo para construir as bases que apoiarão um saudável processo de desenvolvimento da orga-­‐ nização como um todo.

PÉS: o trabalho que queremos realizar Qual o trabalho que as pessoas da organização realmente querem ǫ ± ­Ù ǡ Ǥ ± pessoas que estão naquele emprego para pagar as contas ou porque dá status. Embora não se possa acusar ninguém por isso, a organização sofrerá se seus funcionários não estiverem realmente interessados em trabalhar na verdadeira vocação da organização. A maior parte das organizações se compõe de uma grande varie-­‐ dade de pessoas. Essa diversidade implica em uma multiplicidade ǡ ­ Ƥ ǣ será que ela é capaz de acolher todas essas diferenças, garantindo liberdade para que todas elas se expressem, sem perder sua coesão?

2. Compreendendo o contexto

O trabalho que o mundo quer que façamos

­Ù -­‐ Ǥ ­Ù ǡ Ø À ­Ù ­ À ǡ nacional e global. As organizações precisam compreender as várias camadas do Ƥ precisa ser feito, como as condições que afetam a sua capacidade Ǥ ǡ permanente mutação; a realidade do ano anterior talvez não seja aplicável aos dias atuais. Portanto, uma organização que queira se manter saudável, tem que manter seus olhos abertos e ser capaz de se adaptar para ter certeza de que o trabalho que faz continua a ter relevância. Além de ter que descobrir o que quer fazer, a organização tem que descobrir o que o mundo precisa e quer que seja feito (e onde). Ao descobrir isto, a organização pode ir ao encontro do que o mundo pede, revelando a sua verdadeira razão de ser, o seu propósito.

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3. Propósito da organização O CASAMENTO ENTRE A NOSSA VONTADE E AS NECESSIDADES DO CONTEXTO

KIKO CONTA UMA HISTÓRIA... Você conhece aquela história do homem que fazia chicotes para cavalos que odiava carros? Pode parecer uma piada, mas isto realmente aconteceu. Uma das empresas inglesas mais bem sucedidas do início do século XX cresceu produzindo e vendendo chicotes para os condutores de carruagens. Eles tinham uma enorme paixão e orgulho pelo que faziam. Sua missão era ser a melhor fabricante de chicotes de toda a Grã-Bretanha. Mas eles cometeram um equívoco fatal. Eles se recusaram a aceitar que os automóveis estavam se tornando mais populares e acessíveis e que, muito em breve, substituiriam os veículos com tração animal. Como a demanda por chicotes desapareceu, as vendas da empresa foram caindo até a sua falência total. Por não conseguir enfrentar o fato de que seu produto não seria mais necessário, eles foram incapazes de fazer DV PXGDQoDV TXH WDOYH] RV WLYHVVHP SUHSDUDGR SDUD GLYHUVLÀFDU suas atividades, produzindo mercadorias para as quais houvesse demanda. Cega para a realidade de sua situação, essa grande empresa morreu. O propósito de uma organização expressa a razão pela qual ela está trabalhando, porque esse trabalho faz sentido e porque ela é relevante para as necessidades do mundo em que ela atua. Por exemplo: nosso propósito é capacitar as mulheres contaminadas pelo HIV-AIDS da região, para que sejam capazes de apoiar-se mutuamente e de se organizar para ter acesso a seus direitos, de modo a viverem mais e terem vidas mais felizes e saudáveis.

Você conhece aquela história sobre o fabricante de chicotes para cavalos que odiava carros?

O que? Monstro diabólico! Você me arruinou!

pro qua duto lida de de

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Â? ’”‘’ו‹–‘ „‡Â? †‡ƤÂ?‹†‘ ‘”‹‡Â?–ƒ ‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ‡ serĂĄ  a  referĂŞncia  pela  qual  vocĂŞ  medirĂĄ  a  contribuição  da  sua  orga-­â€? nização  para  as  mudanças  que  quer  fazer  no  mundo.  O  propĂłsito  deve  ser  inspirador  e  tem  que  ser  facilmente  compreendido  por  todos  aqueles  que  serĂŁo  guiados  por  ele.

PAIXĂƒO  E  RELEVĂ‚NCIA  Â‘ ‹Â?À…‹‘ †‘• ƒÂ?‘• Í?Í” †‘ •¹…—Ž‘ ÇĄ “—ƒÂ?†‘ ƒ Ž—–ƒ …‘Â?–”ƒ ‘ ƒ’ƒ”–Š‡‹† …Š‡‰‘— ƒ‘ ƤÂ?ÇĄ Â?—‹–ƒ• • ˆ‘”ƒÂ? ‹Â?…ƒ’ƒœ‡• †‡ •‡ ƒ†ƒ’–ƒ” ƒ Â?‘˜ƒ ”‡ƒŽ‹†ƒ†‡ ‡ ĥ …‘Â?’Ž‡š‹†ƒ†‡• “—‡ǥ ‡Â?– Â‘ÇĄ •—”‰‹”ƒÂ? Â?ƒ ˆ”‹…ƒ †‘ —ŽǤ Algumas  delas,  ainda  presas  a  um  ativismo  feroz,  foram  perdendo  sua  Â”‡Ž‡˜Â&#x;Â?…‹ƒǤ Â—Â–Â”ÂƒÂ•ÇĄ ƒÂ?‹Â?Ġĥ ’‡Žƒ• Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ•ÇĄ Ƥœ‡”ƒÂ? †‡ –—†‘ ’ƒ”ƒ colocar-­â€?se  a  serviço  do  novo  governo  e,  ao  fazerem  isso,  perderam  Âƒ ’ƒ‹š Â‘ ‡ ƒ …ƒ’ƒ…‹†ƒ†‡ Â…Â”Ă€Â–Â‹Â…ÂƒÇĄ –‘”Â?ƒÂ?†‘nj•‡ †×…‡‹• ’”‡•–ƒ†‘”ƒ• †‡ serviços  do  Estado.  Por  nĂŁo  terem  compreendido  claramente  o  que  queriam  fazer  nesse  novo  contexto,  essas  organizaçþes  tornaram-­â€? se  incapazes  de  ajustar  seus  propĂłsitos  para  ir  ao  encontro  da  nova  realidade. ÂƒÂ•ÇĄ “—ƒŽ Âą ‘ sentido  de  fazer  algo  que  real-­â€? mente  se  quer  fazer  se  nĂŁo  houver  relevância  n o  mundo?  Ou  serĂĄ  que  Ê  melhor  fazer  aquilo  que  se  sabe  necessĂĄrio,  mesmo  que  nĂŁo  seja  o  que  queremos  fazer?  Â‡Â? —Â?ƒ …‘‹•ƒ Â?‡Â? ‘—–”ƒǤ Â? ’”‘’ו‹–‘ „‡Â? †‡ƤÂ?‹†‘ •—”‰‡ da  sobreposição  entre  o  que  vocĂŞ  quer  fazer,  enquanto  orga-­â€? nização  -­â€?  cabeça/coração/pĂŠs  da  sua  identidade  organizacional  -­â€?  e  a  compreensĂŁo  daquilo  que  o  mundo  estĂĄ  precisando  ou  pedindo  para  ser  feito.  Isso  pode  ser  mais  claramente  visto  no  diagrama  de  Elementos  e  Ciclos  da  Organização,  que  serĂŁo  apresentados  na  Â’ž‰‹Â?ƒ Í–Í•Ǥ

VISĂ•ES  OU  IMAGENS-­â€?GUIA  Ajuda  muito  ter  uma  visĂŁo  poderosa,  uma  imagem  inspira-­â€? dora  dos  propĂłsitos  pelos  quais  vocĂŞ  quer  trabalhar  ao  longo  dos  anos.  Contudo,  Ê  preciso  ter  cuidado  para  nĂŁo  se  deixar  levar  por  Â—Â?ƒ ˆ‘”Â?—Žƒ­ Â‘ ˆƒÂ?–ƒ•‹‘•ƒ ȋ’‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǥ Dz ו ˜‹•—ƒŽ‹œƒÂ?‘• —Â? movimento  de  solidariedade  nacional,  com  milhares  de  grupos  de  ÂƒÂ—–‘ƒŒ—†ƒ ˆ—Â?…‹‘Â?ƒÂ?†‘ ‡Â? –‘†‘ ‘ Â’ÂƒĂ€Â• ‡ †‡Â?–”‘ †‡ Í™ ƒÂ?‘• ‘ …ƒ”‰‘ †‡ Â?‹Â?Â‹Â•Â–Â”ÂƒÇĄ Â?‘ ‹Â?‹•–¹”‹‘ †ƒ ÂƒĂŻÂ†Â‡ÇĄ •‡Â?†‘ ‘…—’ƒ†‘ ’‘” —Â?ƒ Â?—ŽŠ‡” Â•Â‘Â”Â‘Â’Â‘Â•Â‹Â–Â‹Â˜ÂƒÇłČŒǤ ĥ Â?‡Â? ’‘” ‹••‘ ˜‘…² ’”‡…‹•ƒ †‡‹šƒ” †‡ •‡” ‘—•ƒ†‘Ǩ Algumas  organizaçþes  preferem  desenvolver  uma  imagem-­â€?guia,  que  Ê  uma  imagem  detalhada  e  realista  de  onde  ela  deseja  estar  dali  a  um  ou  dois  anos.  Este  tipo  de  imagem  ajuda  a  integrar  as  ideias  e  desejos  de  todos,  de  modo  que  juntas  as  pessoas  possam  realmente  â€œverâ€?  o  futuro  do  qual  querem  ser  parte.  Outras  organizaçþes,  que  atuam  em  temas  ou  åreas  de  muita  incerteza  ou  imprevisibilidade,  preferem  nĂŁo  ter  nenhuma  das  duas  Â…Â‘Â‹Â•ÂƒÂ•ÇĄ Â?ĥ ‘’–ƒÂ? ’‘” –‡” —Â? …‘Â?Œ—Â?–‘ †‡ ’”‹Â?…À’‹‘•ǥ ˜ƒŽ‘”‡• ‡ ‘„Œ‡-­â€? –‹˜‘• †‡ …—”–‘ ‘— Â?¹†‹‘ Â’Â”ÂƒÂœÂ‘ÇĄ Â?ƒÂ?–‡Â?†‘nj•‡ ƒ••‹Â? ƒ„‡”–ƒ• Â?• Â?—‹–ƒ• possibilidades  de  futuro  que  vĂŁo  se  constituindo  a  partir  de  sua  Â’”ž–‹…ƒǤ ÂƒÂ•ÇĄ •‡Œƒ “—ƒŽ ˆ‘” ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ÇĄ ‘• ’”‘’ו‹–‘• †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ †‡˜‡Â? •‡” ĆŞÂ‡ÂšĂ€Â˜Â‡Â‹Â•ÇĄ ƒŒ—•–ƒÂ?†‘nj•‡ Â?• Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• “—‡ ƒ…‘Â?–‡…‡Â? Â?‘ contexto  e,  tambĂŠm,  ao  que  a  organização  aprende  a  partir  de  sua  Â’”ž–‹…ƒ •‘„”‡ ‘ “—‡ Âą Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ ˆƒœ‡”Ǥ

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Trabalhadores errantes anĂ´nimos Clube interplanetĂĄrio dos trabalhadores

errantes

Trabalhadores errantes do espaço exterior

Trabalhadores errantes da Terra

Vejam nossa visĂŁo para o futuro!

Ă€s vezes, planos e visĂŁo muito ambiciosos podem ser ilusĂľes.

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4.  EstratĂŠgias  e  abordagens ENCONTRANDO  O  SEU  VERDADEIRO  TRABALHO  A  abordagem  central  de  uma  organização  conta  qual  o  pensamento  que  permeia  profundamente  o  trabalho  que  ela  desempenha  e  quais  sĂŁo  os  processos-­â€?chave  por  meio  dos  quais  ela  realizarĂĄ  seus  propĂłsitos. ‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǣ Dz ‘••ƒ ƒ„‘”†ƒ‰‡Â? ˜‹•ƒ ƒŒ—†ƒ” Â?—ŽŠ‡”‡• ‹Â?ˆ‡…–ƒ†ƒ• ƒ desenvolverem  relacionamentos  mais  sĂłlidos  entre  si,  para  se  apoiarem  Â‡ ˆ‘”Â?ƒ”‡Â? —Â?ƒ „ƒ•‡ †‡ •‘Ž‹†ƒ”‹‡†ƒ†‡Ǥ ‡••ƒ ˆ—Â?†ƒ­ Â‘ÇĄ Â?ו “—‡”‡Â?‘• ÂƒÂŒÂ—Â†ÂžÇŚÂŽÂƒÂ• ƒ …‘Â?•–”—‹” ‡Â? …‘‘’‡”ƒ­ Â‘ÇĄ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ Â”Â‡Â…Ă€Â’Â”Â‘Â…Âƒ ‡ Šƒ„‹Ž‹†ƒ†‡• para  que  elas  sejam  capazes  de  ter  voz,  solidariedade,  organização  e  de  formular  estratĂŠgias  criativas  para  se  relacionar  com  o  Governo,  conse-­â€? ‰—‹Â?†‘ –‡” ƒ…‡••‘ ƒ‘• ”‡…—”•‘• ‡ •‡”˜‹­Â‘• ƒ “—‡ –²Â? †‹”‡‹–‘Ǥ ו –ƒÂ?„¹Â? ĥ ajudaremos  a  aprender  continuamente  a  partir  de  sua  prĂłpria  experiĂŞncia  e  a  aprofundar  a  prĂłpria  capacidade  de  pensar,  tornando-­â€?se  aos  poucos  mais  independentes  de  nĂłsâ€?.  Uma  EstratĂŠgia  Organizacional  fala  sobre  como  a  organização  irĂĄ  traduzir  sua  abordagem  em  açþes  concretas. ‘” ‡š‡Â?’Ž‘ǣ Dz ‘••ƒ Â‡Â•Â–Â”ÂƒÂ–ÂąÂ‰Â‹Âƒ Âą ƒŒ—†ƒ” ‰”—’‘• †‡ ƒ’‘‹‘ ˆ‘”Â?Ġԥ ’‘” mulheres  soropositivas,  que  sejam  capazes  de  dar  e  receber  conselhos  Â—Â?ĥ Â?• ‘—–”ƒ• ƒ ’ƒ”–‹” †‡ •—ƒ• Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• ‡š’‡”‹²Â?…‹ƒ•Ǥ ו ‹†‡Â?–‹Ƥ…ƒ”‡Â?‘• as  mulheres  soropositivas  por  meio  dos  hospitais  locais  e  centros  de  diagnĂłstico,  oferecendo-­â€?lhes  informaçþes  bĂĄsicas  sobre  estes  grupos  Â†Â‡ ƒ—–‘ƒŒ—†ƒǤ ו ˆƒ”‡Â?‘• ƒ–‹˜‹†ƒ†‡• †‡ …‘Â?•…‹‡Â?–‹œƒ­ Â‘ …‘Â? ‘• ‰”—’‘• para  ajudĂĄ-­â€?los  a  conhecer  seus  direitos  e  os  caminhos  legais  de  acesso  a  Â‡ÂŽÂ‡Â• Č‹Â–ÂƒÂ‹Â• …‘Â?‘ „‡Â?Â‡ÂˆĂ€Â…Â‹Â‘Â• ƤÂ?ƒÂ?…‡‹”‘•ǥ –”ƒ–ƒÂ?‡Â?–‘ǥ …‘–ƒ• †‡ ƒŽ‹Â?‡Â?Â–Â‘Â•ČŒǤ ƒÂ?„¹Â? ƒ”–‹…—Žƒ”‡Â?‘• ‘• ‰”—’‘• ‡Â?–”‡ •‹ ’ƒ”ƒ ƒÂ?’Ž‹ƒ” ƒ •‘Ž‹†ƒ”‹‡†ƒ†‡ por  meio  de  atividades  de  aprendizagem  e  para  formar  a  base  para  açþes  coletivas.  Ă€  medida  que  os  grupos  se  fortalecerem,  nĂłs  direcionaremos  nossas  açþes  para  aquilo  que  eles  desejarem,  o  que  poderĂĄ  levar  as  nossas  atividades  para  åreas  ainda  desconhecidasâ€?. ‘••ƒ ‡š’‡”‹²Â?…‹ƒ ˜‡Â? †‡Â?‘Â?•–”ƒÂ?†‘ “—‡ ’‘—…ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ‡•– Â‘ conscientes  de  suas  abordagens  para  lidar  com  mudanças  e,  por  isso,  ÂƒÂ…ƒ„ƒÂ? –”ƒ„ƒŽŠƒÂ?†‘ †‡ Â?ƒÂ?‡‹”ƒ ‡””ž–‹…ƒ ‡ ‹Â?’”‘†—–‹˜ƒǤ Č‹ ‘ …ƒ•‘ †ƒ• organizaçþes  pioneiras  isso  nĂŁo  Ê  um  problema  muito  sĂŠrio,  na  medida  em  que  elas  estĂŁo  experimentando  com  o  prĂłprio  trabalho).  Â—‹–ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ ƒ‘ ƒ–‡Â?†‡” ƒ ‡š‹‰²Â?…‹ƒ †‘• ƤÂ?ƒÂ?Â…Â‹ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ ˆ‘”Â?—ŽƒÂ? •‡—• ’”‘Œ‡–‘• —•ƒÂ?†‘ ‘ ¹–‘†‘ †‘ ƒ”…‘ ׉‹…‘ǥ ‡ ƒ…ƒ„ƒÂ? fracionando  seu  propĂłsito  em  objetivos  e  atividades  separadas  (conside-­â€? rando  que,  segundo  este  mĂŠtodo,  tudo  isso  convergiria  para  o  alcance  do  Â’Â”Â‘Â’Â‘Â•Â–Â‘ČŒǤ —ƒÂ?†‘ ĥ …‘Â?†‹­Ă™Â‡Â• ’ƒ”ƒ ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ • Â‘ •‹Â?’Ž‡• ‡ Â’Â”Â‡Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ȋ…‘Â?‘ †‡•…”‹–‘ Â?‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ Í•ČŒÇĄ ‹•–‘ ÂƒÂ–Âą ’‘†‡ ƒ…‘Â?–‡…‡”Ǥ ÂƒÂ•ÇĄ Â?ƒ Â?ƒ‹‘” ’ƒ”–‡ das  vezes,  quando  se  estĂĄ  lidando  com  cenĂĄrios  de  desenvolvimento,  o  risco  desses  mĂŠtodos  Ê  obter  uma  prĂĄtica  fragmentada,  nĂŁo  gerando  as  conexĂľes  e  tampouco  novas  possibilidades  necessĂĄrias  para  efetivar  mudanças. ‡•–‹Â?ƒ” –‡Â?’‘ †‡ ˜‡œ ‡Â? “—ƒÂ?†‘ ’ƒ”ƒ ’‡Â?•ƒ” ‡ ”‡’‡Â?•ƒ” ‘ ’”‘’ו‹–‘ǥ as  abordagens  e  as  estratĂŠgias  utilizadas  Ê  uma  maneira  de  trazer  vida  Â‡ ’”‘ˆ—Â?†‹†ƒ†‡ Â? ’”ž–‹…ƒ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ 2 ƒ“—‹ “—‡ ‘ …‹…Ž‘ †‡ ’ŽƒÂ?‡Œƒ-­â€? Â?‡Â?–‘ǥ Â?‘Â?‹–‘”ƒÂ?‡Â?–‘ ‡ ƒ˜ƒŽ‹ƒ­ Â‘ –‡Â? —Â? ’ƒ’‡Ž ˆ—Â?†ƒÂ?‡Â?–ƒŽǤ ƒÂ?–‡” o  foco  e  a  consciĂŞncia  de  onde  estĂĄ  o  verdadeiro  trabalho  da  organização  evita  a  realização  de  atividades  que  nĂŁo  foram  pensadas  a  fundo,  alĂŠm  de  poupar  tempo,  recursos  e  frustraçþes. Â

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DIAGRAMA ELEMENTOS E CICLOS DA ORGANIZAÇÃO

B.COMPREENDENDO A. IDENTIDADE O CONTEXTO ORGANIZACIONAL Condições sociais, econômicas, políticas Princípios e ideias (cabeça) e relacionamentos mantidos nos níveis local, Valores, cultura e relações (coração) A vontade nacional e global; o que o mundo precisa e da organização (pés) O que a organização quer que seja feito. quer fazer.

O ÇÃ go IA lon a AL e o AVns dsanda DAage en átic LO diz rep pr CICpren zo /ópria A pra pr

CICLO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

C. PROPÓSITOS Visão, missão ou vocação

D. ESTRATÉGIAS E ABORDAGENS

CICLO DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL

E. ATIVIDADES PROGRAMÁTICAS, CAPACIDADES E RECURSOS

DO TO as LO AMENelhori C I C OR e m NITagens prazo O M ndiz urto c e p A r de

F. PRÁTICAS DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO Ciclos de Ação-Aprendizagem: Planejamento, Monitoramento e Avaliação

PRÁTICA DA ORGANIZAÇÃO

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5. Atividades programáticas, capacidades e recursos ± À -­‐ nização. Com os propósitos claros e as estratégias e abordagens formuladas, esse elemento resolve a tarefa de formular as atividades através das quais a estratégia será implementada. Ao mesmo tempo, mobiliza as capacidades Ȃ ǡ ± ± Ȃ realizar essas atividades, os recursos materiais e os sistemas de apoio admin-­‐ istrativo necessários ao trabalho no campo e no escritório.

6.

Práticas de desenvolvimento e gestão

(incluindo os Ciclos de Ação-­‐Aprendizagem -­‐ Planejamento, Monito-­‐ ramento e Avaliação) ² Ǥ ǡ ­ Ǥ ­ do sangue em um corpo vivo, que continuamente alimenta a organização para que ela possa se renovar regularmente e se desenvolver ao longo do tempo. Este elemento também inclui a gestão dos demais elementos por meio de processos de aprendizagem e de sistemas e procedimentos de gestão ǡ × Ƥ organização. Dz ­ Ǧ dz ± À Ǥ ­Ù e aprendem com sua experiência e com a sua prática, não importa se consci-­‐ ente ou inconscientemente, mas as organizações mais efetivas são as que Ǥ À ͛ traz mais ideias e orientações a este respeito.

CICLO AÇÃO-­‐APRENDIZAGEM Planejamento, monitoramento e avaliação fazem parte do grande ­ Ǧ ­ Ǥ À planejamento, implementação, monitoramento e ciclos mais longos de planejamento estratégico, implementação e avaliação.

PLANEJAMENTO Planejamento é o processo que esclarece as intenções e objetivos ­ ǡ Ǧ ­Ù Ǥ componentes: planejamento estratégico e planejamento operacional. O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO usa o trabalho feito durante o desen-­‐ volvimento da identidade institucional e da compreensão do contexto Ȃ × Ȃ Ǧ -­‐ camente repensar estratégias e abordagens da organização. Se já tiver sido feita uma avaliação, ela deve ser usada para alimentar o processo de planejamento estratégico. O PLANEJAMENTO OPERACIONAL tem origem no trabalho realizado com as estratégias e abordagens. Esse planejamento dá origem aos planos de atividades e ao plano de desenvolvimento das capacidades Ǥ ± ƪ vindo do monitoramento continuado, permitindo o replanejamento periódico e o aperfeiçoamento do trabalho.

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MONITORAMENTO Este ciclo acontece em curto prazo e se caracteriza por ser um À ȋ ǡ ǡ Ȍ ƪ das estratégias, das abordagens, das atividades e dos sistemas de apoio, para assegurar que todos já estão em marcha, direcio-­‐ nados para ir ao encontro do Propósito. O monitoramento envolve ǡ Ǥ ǡ -­‐ nização vai se ajustando e aperfeiçoando constantemente.

AVALIAÇÃO Este é o ciclo de aprendizagem de longo prazo, que permite repensar o trabalho da organização (e a organização do trabalho) a partir da experiência acumulada ao longo do tempo. A avaliação permite extrair lições da prática e medir o quanto do seu propósito a organização está conseguindo realizar. A meta da avaliação é indicar como a organização apoia o trab-­‐ alho programático e de que maneira usa seu aprendizado para melhorar o seu futuro. A avaliação permite repensar a identidade da organização e reexaminar o contexto para ver se algo mudou. Qualquer mudança que tenha acontecido, nas condições que cercam a organização, precisa ser incorporada para se repensar seu propósito e, consequentemente, suas abordagens, estratégias e atividades.

Já é tempo de fazermos uma avaliação, para repensarmos nossos objetivos.

os

nim errantes anô s re o d a lh a Trab Não! Ai!

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Argh!

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UMA PALAVRA DE ALERTA Processos  conscientes,  organizados  e  sistemĂĄticos  de  ÂŽÂƒÂ?‡ŒƒÂ?‡Â?–‘ǥ ‘Â?‹–‘”ƒÂ?‡Â?–‘ ‡ ˜ƒŽ‹ƒ­ Â‘ Č‹ ČŒ ‘— †‡ Ação-­â€?Aprendizagem  podem  nĂŁo  ser  apropriados  para  orga-­â€? nizaçþes  na  fase  pioneira.  Jovens  organizaçþes  aprendem  predominantemente  a  partir  do  que  fazem;  e  Ê  importante  que  doadores  ou  facilitadores  nĂŁo  as  pressionem  para  moni-­â€? torarem,  replanejarem  ou  avaliarem  suas  açþes  de  maneira  Â?—‹–‘ Â”Ă€Â‰Â‹Â†ÂƒǤ •–ƒ Âą —Â?ƒ ˆƒ•‡ †‡ ’‘—…ƒ …‘Â?•…‹²Â?…‹ƒ •‘„”‡ si  em  que,  assim  como  uma  criança,  a  atuação  da  orga-­â€? nização  estĂĄ  muito  marcada  pela  intuição,  experimentação,  aprendizagens  por  acertos  e  erros  e  replanejamentos  em  movimento.  Â‡Â•Â•Â‡ ‡•–ž‰‹‘ǥ ƒ ‡š’‡”‹²Â?…‹ƒ ƒ‹Â?†ƒ Â? Â‘ Âą •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â?• Â?—‹–‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ–‹˜ƒ•Ǥ ‘”–ƒÂ?–‘ǥ ’‡”Â?‹–ƒÂ? que  as  organizaçþes  caminhem  mais  soltas.  Quando  surgir  a  percepção  da  necessidade  de  uma  abordagem  mais  consci-­â€? ‡Â?–‡ǥ ÂƒĂ€ •‹Â?ÇĄ ‘ˆ‡”‡­Âƒ ÂƒÂ’Â‘Â‹Â‘ÇĄ …ƒ•‘ ‡Žƒ• “—‡‹”ƒÂ?ÇĄ ’ƒ”ƒ ÂƒÂŒÂ—Â†ÂžÇŚÂŽÂƒÂ• a  desenhar  e  implementar  seus  sistemas  de  planejamento,  monitoramento  e  avaliação.

LÉO COMPARTILHA CONOSCO UMA EXPERIĂŠNCIA MUITO FRUSTRANTE... Uma vez, hĂĄ muito tempo, eu ajudei a fundar uma pequena organização de educação, que trabalhava com estudantes e professores na Cidade do Cabo. NĂłs havĂ­amos solicitado recursos a um pequeno nĂşmero de doadores e quando recebemos as GRDo}HV Ă€FDPRV PXLWR HQWXVLDVPDGRV 0DV MXQWR FRP RV recursos vieram as exigĂŞncias: uma documentação tĂŁo detalhada – planejamento anual, relatĂłrios trimestrais, avaliaçþes, instruçþes etc. – que sobrava pouco tempo para fazer o verdadeiro trabalho da organização. Havia outro fator ainda mais desgastante: cada documentação tinha seu prĂłprio formato e cada uma exigia um modo diferente de preenchimento. Eu LPDJLQHL TXH WDQWD H[LJrQFLD HUD D PDQHLUD TXH RV Ă€QDQFLDGRUHV tinham para se assegurar de que nĂłs estĂĄvamos desenvolvendo boas prĂĄticas com aqueles recursos; mas o fato ĂŠ que a excessiva demanda desses documentos gerava o efeito oposto, tirandome do trabalho de campo e impedindo-me de desempenhar o papel que eu havia planejado no processo de desenvolvimento da organização, enfraquecendo, assim, nossa prĂĄtica. Imaginem como eu estava frustrado com tudo aquilo.

‘ƒ†‘”‡• †‡˜‡Â? †‡‹šƒ” ĥ Ž‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÂ• ’‹‘Â?‡‹”ƒ• ˆƒœ‡”‡Â? •‡— trabalho  no  campo.  Eles  devem  ser  cuidadosos  para  nĂŁo  amar-­â€? ”ƒ”‡Â? ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ …‘Â? ”‡‰”ƒ• Â?—‹–‘ Â”Ă€Â‰Â‹Â†ÂƒÂ•ÇĄ ’”‘’ו‹–‘• †‡ longo  prazo,  relatĂłrios  muito  detalhados  -­â€?  que  consomem  muito  tempo  para  serem  redigidos  -­â€?,  relacionamento  com  doadores  e  preenchimento  de  requerimentos  burocrĂĄticos.  Este  Ê  um  daqueles  casos  em  que,  certamente,  menos  Ê  mais!

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USANDO O D IAGRAMA D OS E LEMENTOS E D OS C ICLOS ORGANIZACIONAIS PARA L ER A O RGANIZAÇÃO Quando uma organização pede ajuda a um facilitador para lidar ÀƤ ǡ ­ -­‐ alho é fazendo um levantamento, uma pesquisa. Basicamente, o facilitador começa simplesmente observando e escutando a orga-­‐ nização. O trabalho dele é segurar um espelho para que organização Ǥ -­‐ nais é um modelo muito útil que pode ajudar a formular questões para orientar esse processo. ­ Ƥ membros da equipe -­‐ individualmente ou em grupos -­‐ e observando as pessoas em atividade. Eventualmente, o facilitador pode pedir para participar de alguma atividade, apenas como meio de sentir a vida da organização. É muito frequente os facilitadores receberem pedidos de ajuda para a formulação do plano estratégico ou para conduzir algum trabalho de fortalecimento das relações interpessoais da equipe. Ou, então, serem chamados para ajudar num processo de reestrutu-­‐ ração ou para apoiar no desenho de um sistema de monitoramento e avaliação. Porém, qualquer que seja a solicitação, invariavelmente o prob-­‐ ± Ǥ ǡ ­ À pode surgir porque falta coesão ou porque há reincidentes focos de ƪ ­ Ǥ ­ × ǡ o facilitador pode descobrir que diferentes grupos têm diferentes interpretações dos objetivos da organização; e essa pode muito ƪ Ǥ Algumas vezes, os facilitadores são chamados para ajudar no planejamento estratégico, aparentemente porque o plano anterior não está funcionando, mas logo se percebe que não há nada de errado com o plano, mas, sim, com a cultura institucional ou com os ­ Ǥ ǡ não será a resposta e provavelmente irá fracassar também se os valores, os relacionamentos e a cultura da organização não forem revistos e trabalhados. Ao tornar a organização consciente dos elementos e dos ciclos organizacionais, o facilitador pode ajudá-­‐la a se enxergar melhor e assim tomar decisões para implementar modos mais apropriados de fazer o seu trabalho.

“Qualquer que seja a solicitação, invariavelmente, o problema é muito maior do que o que se pode enxergar à primeira vista.”

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O ARMÁRIO

eu sério do que É muito mais ado... havia imagin

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TÉCNICAS PARA OBSERVAR AS ORGANIZAÇÕES

“Uma vez que a FRQĂ€DQoD p HVWDEHOHFLGD as percepçþes mais Ă­ntimas se tornam possĂ­veis.â€?

„•‡”˜ƒ” —Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Â? Â‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ ÂƒÂ˜ÂƒÂŽÂ‹ÂžÇŚÂŽÂƒ ‘— ÂŒÂ—ÂŽÂ‰ÂžÇŚÂŽÂƒÇĄ mas  apenas  olhar  e  apreciar  o  que  ela  Ê  ou  onde  ela  estĂĄ  naquele  Â?‘Â?‡Â?–‘ ‡Â? “—‡ –‡Â?–ƒ „—•…ƒ” •‡— …ƒÂ?‹Â?Š‘ǥ •‡Â? Ƥ…ƒ” …‘Â?’ƒ-­â€? rando-­â€?a  com  outras  organizaçþes  ou  avaliando  o  que  ela  â€œdeveria  Â•Â‡Â”dzǤ —Â? …ƒÂ?’‘ ‡Â? “—‡ ˆ”ƒ•‡• …‘Â?‘ DzÂ?‡ŽŠ‘”‡• Â’Â”ÂžÂ–Â‹Â…ÂƒÂ•Çł ‡ Dzĥ dez  melhoresâ€?  sĂŁo  brados  retumbantes,  isso  pode  ser  um  grande  Â†Â‡Â•ÂƒƤ‘Ǩ ‘Â?‘ ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ –‡Â?‘• “—‡ †‡‹šƒ” †‡ Žƒ†‘ Â?‘••ƒ• ‹†‡‹ƒ• sobre  a  organização  ideal  e  realmente  apreciar  a  organização  que  Â–‡Â?‘• †‹ƒÂ?–‡ †‡ Â?וǤ ƒœ‡” ‹••‘ Â? Â‘ Âą ˆž…‹ŽǤ ‡’‘‹• †‡ ˜ž”‹‘• ƒÂ?‘• trabalhando  com  organizaçþes,  ainda  exige  muito  esforço  de  nossa  parte  colocar  de  lado  nossa  experiĂŞncia  que  dita  o  que  Ê  bom  e  o  que  nĂŁo  Ê  bom,  de  modo  a  nĂŁo  impormos  nossa  opiniĂŁo  aos  outros.

RUBENS COMPARTILHA UMA SIMPLES METĂ FORA Deixe-me levĂĄ-lo em uma viagem de volta Ă minha infância. Quero lhes contar sobre uma casa PXLWR HVSHFLDO TXH VLJQLĂ€FD PXLWR SDUD PLP (VVD FDVD SHUWHQFLD j IDPtOLD GH XQV YL]LQKRV GH TXHP eu gostava muito e lĂĄ eu passava muito tempo do meu dia. No começo, tudo o que eu via da casa, era seu exterior – a imagem que eu tenho da sua forma, do seu tamanho, das janelas cuidadosamente SLQWDGDV H GH VHX MDUGLP FRP PDUDYLOKRVRV FDQWHLURV GH Ă RUHV DLQGD p PXLWR FODUD SDUD PLP (X FRQVLJR DWp lembrar, exatamente, do tipo de telhado que aquela casa tinha. No começo, o interior da casa era um mistĂŠrio para mim. Eu ainda posso me lembrar da primeira vez em que minha mĂŁe e eu estivemos lĂĄ: dei uma rĂĄpida olhada atrĂĄs da porta principal antes de a minha mĂŁe me puxar dali. Na segunda vez em que eu estive lĂĄ, eu brinquei com as crianças no quintal e tive uma visĂŁo diferente da casa. Na vez seguinte, eu fui convidado para tomar um chĂĄ com biscoitos lĂĄ dentro e tive a oportunidade de explorar mais um pouco seu interior. Todos os cĂ´modos contavam alguma coisa sobre aquela famĂ­lia: o quarto caĂłtico das crianças, a cozinha agradĂĄvel, a sala de estar com sua confortĂĄvel mobĂ­lia antiga. Eu gostava especialmente da cozinha. A dona daquela casa adorava cozinhar e as estantes da cozinha eram abarrotadas de curiosas iguarias que nĂłs nĂŁo tĂ­nhamos em nossa casa. Na medida em que minha amizade com a famĂ­lia se fortalecia, eu começava a passar mais tempo com ela e a conhecer cada cantinho da casa. Ela se tornou o meu segundo lar. Por conhecer aquela casa tĂŁo bem, pude ter uma ideia muito melhor daquela famĂ­lia – como eles viviam, do que gostavam ou nĂŁo gostavam e as coisas nas quais eles mais acreditavam. Por exemplo, eles sempre se sentavam para jantar juntos, insistindo para que lavĂĄssemos as mĂŁos antes de comer e começando cada refeição com uma oração. Teria sido impossĂ­vel conhecer aquela casa tĂŁo bem, sem estabelecer um relacionamento que foi se desenvolvendo com o tempo atĂŠ eu vir a me tornar um hĂłspede querido, com o privilĂŠgio de passar horas de muita qualidade com aquela famĂ­lia. Trabalhar com comunidades e organizaçþes ĂŠ uma experiĂŞncia parecida com essa. No começo, vocĂŞ sĂł consegue vĂŞ-las por fora, mas, na medida em que seu relacionamento se estreita, sua visĂŁo da vida interior daquela organização ou comunidade começa a se expandir. Uma vez que a FRQĂ€DQoD VH HVWDEHOHFH FRPSUHHQV}HV PDLV SURIXQGDV tornam-se possĂ­veis. Como as pessoas permitem que vocĂŞ “entreâ€? na organização, seu conhecimento sobre ela torna-se mais consistente, sendo mais valioso. Certamente, construir relaçþes estĂĄ intimamente vinculado Ă compreensĂŁo das organizaçþes.

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Considerando-­â€?se  que  a  visĂŁo  Ê  apenas  um  dos  nossos  sentidos,  a  observação  de  uma  organização  depende  nĂŁo  somente  das  coisas  mais  óbvias,  mas  tambĂŠm  de  nossa  habilidade  de  apreender  aqueles  ÂƒÂ•Â’‡…–‘• “—‡ • Â‘ Â?‡Â?‘• Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ‘— “—‡ ‡•– Â‘ ˆ‘”ƒ †‡ Â?‘••‘ …ƒÂ?’‘ de  visĂŁo.  E  esses  aspectos  incluem  as  relaçþes  que  existem  dentro  da  organização,  da  sua  cultura  e  assim  por  diante. Â?‘†‡Ž‘ †ƒ• ƒ•‡• †‘ ‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ƒŽ ‡ ‘ diagrama  dos  Elementos  e  Ciclos  Organizacionais  sĂŁo  ferramentas  úteis  ou  janelas  que  orientam  nosso  processo  de  observação  das  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•Ǥ ƒ”ƒ Â—Â•ÂžÇŚÂŽÂƒÂ• †ƒ Â?‡ŽŠ‘” Â?ƒÂ?‡‹”ƒ Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ ƒ“—‹ •‡‰—‡Â? algumas  tĂŠcnicas  que  permitem  ir  mais  fundo  na  exploração  das  ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒÂ•ÇĄ ‡Ž‡Â?‡Â?–‘• ‡ …‹…Ž‘• †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ ‡Â?Šƒ ‡Â? Â?‡Â?–‡ que  estas  tĂŠcnicas  nĂŁo  devem  ser  usadas  separadamente,  mas  simultaneamente.

OBSERVAR PARTICIPANDO Participar  de  diferentes  aspectos  da  vida  organizacional  pode  trazer  compreensĂľes  mais  profundas.  Isso  pode  incluir  assistir  a  uma  reuniĂŁo  da  equipe,  por  exemplo,  ou  acompanhĂĄ-­â€?la  numa  visita  a  campo,  ou  compartilhar  uma  refeição  com  alguns  integrantes  da  equipe.  Ă‰  muito  comum  que  as  organizaçþes  que  nĂŁo  tĂŞm  o  costume  de  receber  gente  de  fora,  representem  o  que  elas  acham  que  vocĂŞ  quer  ver  e,  quando  as  coisas  nĂŁo  vĂŁo  lĂĄ  muito  bem,  tentam  atĂŠ  Â‡Â•Â…‘Â?†‡” ‘ “—‡ ‡•–ž ƒ…‘Â?–‡…‡Â?†‘Ǥ Â•ÂƒĂ€Â†Âƒ Âą •‡” …ƒ’ƒœ †‡ ‹” ÂƒÂŽÂąÂ? desse  estĂĄgio  inicial,  encontrando  uma  situação  mais  tranquila,  em  que  as  pessoas  se  sintam  livres  para  serem  elas  mesmas.  Para  os  facil-­â€? itadores  externos,  participar  da  vida  da  organização  ajuda  a  â€œentrar  Â?ƒ ’‡Ž‡dz Â†Â‡ÂŽÂƒÇĄ ƒŽ‰‘ “—‡ •× ‘„•‡”˜ƒÂ?†‘ †‡ ˆ‘”ƒ •‡”‹ƒ ‹Â?Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽǤ Assumir  o  comportamento  de  â€˜mosquinha  voadora’  pode  ser  muito  útil;  vocĂŞ  pode  rondar  a  recepção  ou  os  locais  onde  as  pessoas  costumam  se  reunir  para  tomar  cafĂŠ  e,  assim,  sentir  um  pouco  como  Â‡ÂŽÂƒÂ• •‡ …‘Â?’‘”–ƒÂ? ‡ •‡ ”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ? —Â?ĥ …‘Â? ĥ ‘—–”ƒ•Ǥ ĥ –‡Â?Šƒ cuidado  para  as  pessoas  nĂŁo  pensarem  que  estĂŁo  sendo  espionadas! ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹Âƒ …‘Â?–ƒ†ƒ ’‘” —„‡Â?• •‘„”‡ •‡—• ˜‹œ‹Â?Š‘•ǥ ‡Ž‡ Â?‘•–”ƒ …‘Â?‘ •× †‡’‘‹• †‡ …‘Â?Š‡…²njŽ‘• „‡Â? ‘ •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ •‡” …‘Â?˜‹-­â€? dado  a  partilhar  de  suas  refeiçþes  Ê  que  as  crenças  e  rituais  daquela  ÂˆÂƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹Âƒ •‡ –‘”Â?ƒ”ƒÂ? Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ’ƒ”ƒ ‡Ž‡Ǥ Â? —Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ÇĄ ‘• ˜ƒŽ‘”‡• e  padrĂľes  de  comportamento  podem  estar  tĂŁo  cristalizados  e  igno-­â€? ”ƒ†‘• “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• Â?‡Â? –²Â? …‘Â?•…‹²Â?…‹ƒ †‡Ž‡•Ǥ ‡•–ƒ• •‹–—ƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ ˆƒœ‡” ’‡”‰—Â?–ƒ• Â? Â‘ ƒŒ—†ƒ ƒ ”‡˜‡Žƒ” Â?—‹–ƒ …‘‹•ƒǤ ĥ ’ƒ”–‹ŽŠƒ” †ƒ ˜‹†ƒ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ’‘†‡ ˆƒœ‡” …‘Â? “—‡ ‘ ‹Â?Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ ’ƒ••‡ ƒ •‡ –‘”Â?ƒ” Â?ƒ‹• Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽǤ

OBSERVANDO POR MEIO DE PERGUNTAS, DA ESCUTA E DE ENTREVISTAS CONFIDENCIAIS ‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ Í–ÇĄ Â?ו †‡•–ƒ…ƒÂ?‘• ‘ ǎ’‡”‰—Â?Â–ÂƒÂ”ÇŻ ‡ ‘ ÇŽÂ‘Â—Â˜Â‹Â”ÇŻ …‘Â?‘ Šƒ„‹Ž‹†ƒ†‡• ˆ—Â?†ƒÂ?‡Â?–ƒ‹• ’ƒ”ƒ Ž‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÂ• ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡• Č‚ ‡ ‡•’‡-­â€? …‹Ƥ…ƒÂ?‡Â?–‡ ˜‹Â?‘• …‘Â?‘ ‡•…—–ƒ” …‘Â? ƒ ƒ„‡­ÂƒÇĄ …‘Â? ‘ ‘”ƒ­ Â‘ ‡ …‘Â? ‘• ¹•Ǥ ‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÂ• ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡• ’‘†‡Â? ƒ’”‡Â?†‡” Â?—‹–‘ …‘Â? ‡Â?–”‡˜‹•–ƒ• …‘Â?Ƥ†‡Â?…‹ƒ‹• Č‚ ˆƒœ‡Â?†‘ ’‡”‰—Â?–ƒ• ‡ ‘—˜‹Â?†‘ ”‡•’‘•–ƒ•Ǥ Estas  entrevistas  podem  ser  conduzidas  tanto  individualmente  como  em  pequenos  grupos. As  entrevistas  podem  revelar  informaçþes-­â€?chave  ou,  eventual-­â€? mente,  segredos  sobre  a  organização.  Isto  pode  colocar  o  facilitador  na  estranha  posição  de  ter  informaçþes  privilegiadas  que  nĂŁo  sĂŁo  do  conhecimento  de  todos  os  seus  membros.  Sua  tarefa  nĂŁo  Ê  nada  ÂˆÂžÂ…‹Žǣ Â?ƒÂ?–‡” ƒ …‘Â?Ƥ†‡Â?…‹ƒŽ‹†ƒ†‡ ‡Â?“—ƒÂ?–‘ ‡Â?…‘”ƒŒƒ ‘• ‘—–”‘• ƒ serem  abertos  e  transparentes  entre  si. Â

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!

Aiii!

“Assumir o comportamento de ‘mosquinha na parede’ pode ser muito Ăştil - mas tenha cuidado para as pessoas nĂŁo pensarem que estĂŁo sendo espionadas!â€?

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Um comentĂĄrio so-â€? bre questionĂĄrios ‡ 6H YRFr SUHFLVD XVDU questionĂĄrios prontos, para obter um conjunto de respostas consistentes sobre algumas questĂľes, entĂŁo, assegure-se de deixar espaço para as pessoas abordarem assuntos que suas perguntas nĂŁo cobrem. ‡ e PHOKRU FRPHoDU FRP questĂľes que sĂŁo abertas, e PHQRV HVSHFtĂ€FDV SDUD TXH D FRQYHUVD Ă XD 1R Ă€QDO GD entrevista, reserve um tempo SDUD YHULĂ€FDU VH DOJXPD pergunta do seu questionĂĄrio Ă€FRX VHP UHVSRVWD

“Encorajar as pessoas para que falem de suas experiĂŞncias, ilustrando suas opiniĂľes, ĂŠ uma forma de ajudĂĄ-las a rever suas formas de pensar sob uma nova luz.â€?

‡Â? ’‡••‘ƒ• “—‡ Ƥ…ƒ” Â‘ ˆ‡Ž‹œ‡• †‡ ŽŠ‡ †ƒ” …‡”–ƒ• ‹Â?ˆ‘”Â?ƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ †‡•†‡ “—‡ •‡—• Â?‘Â?‡• Â? Â‘ •‡ŒƒÂ? Â?‡Â?…‹‘Â?ĠԥǤ ‡•–‡ Â…ÂƒÂ•Â‘ÇĄ Âą Â?—‹–‘ importante  que  o  facilitador  cheque  a  veracidade  das  informaçþes  ÂƒÂ?Ă˜Â?‹Â?ÂƒÂ•ÇĄ ’ƒ”ƒ Â? Â‘ •‡ –‘”Â?ƒ” —Â? Â˜Â‡Ă€Â…Â—ÂŽÂ‘ †‡ ˆƒŽ•ƒ• ƒ…—•ƒ­Ă™Â‡Â•Ǥ • ’‡••‘ƒ• –‡Â?†‡Â? ƒ Ƥ…ƒ”‡Â? Â?ƒ‹• …‘Â?ˆ‘”–ž˜‡‹• ’ƒ”ƒ ˆƒŽƒ” ƒ„‡”–ƒ e  honestamente  se  sentem  que  estĂŁo  em  um  ambiente  seguro.  Criar  esse  ambiente  Ê  tambĂŠm  uma  tarefa  do  facilitador. —”ƒÂ?–‡ ĥ ‡Â?Â–Â”Â‡Â˜Â‹Â•Â–ÂƒÂ•ÇĄ Šž ƒ –‡Â?†²Â?…‹ƒ †‡ ĥ ’‡••‘ƒ• “—‡”‡”‡Â? fugir  de  assuntos  que  as  deixam  desconfortĂĄveis.  Se  vocĂŞ  percebe  que  hĂĄ  mais  coisas  para  serem  ditas,  peça  simplesmente:  â€œvocĂŞ  poderia  falar  um  pouco  mais  sobre  tal  assunto?â€?.  Geralmente,  um  pedido  singelo  desses  jĂĄ  ajuda  a  enunciar  informaçþes  importantes.  ÂƒÂ?„¹Â? …‘•–—Â?ƒ •‡” —Â?ƒ „‘ƒ ’”ž–‹…ƒ ‡Â?˜‘Ž˜‡” ĥ ’ƒ”–‡• ‹Â?–‡”‡•-­â€? sadas  (stakeholders)  de  fora  da  organização  nesse  processo.  Estas  pessoas,  que  podem  ser  representantes  dos  grupos-­â€?alvo,  parceiros,  funcionĂĄrios  do  governo  etc.,  podem  ter  perspectivas  muito  particu-­â€? lares  a  respeito  da  organização,  ajudando  a  compor  uma  imagem  mais  rica  e  detalhada  da  organização.

OBSERVANDO POR MEIO DE HISTĂ“RIAS REAIS E EXPERIĂŠNCIAS ‡Œƒ Â?ĥ ‡Â?Â–Â”Â‡Â˜Â‹Â•Â–ÂƒÂ•ÇĄ ‘Ƥ…‹Â?ĥ ‘— ’”‘…‡••‘• †‡ ‰”—’‘ǥ ĥ ’‡••‘ƒ• †‡˜‡Â? •‡” ‡Â?…‘”ƒŒƒ†ƒ• ƒ †ƒ” ‡š‡Â?’Ž‘• ‡•’‡…ÀƤ…‘• †‡ •—ƒ Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹Âƒ experiĂŞncia.  EntĂŁo,  essas  experiĂŞncias  podem  ser  bem  exploradas  para  permitir  o  surgimento  de  compreensĂľes  mais  profundas.  Encorajar  as  pessoas  para  que  falem  de  suas  experiĂŞncias,  ilust-­â€? rando  suas  opiniĂľes,  Ê  uma  forma  de  ajudĂĄ-­â€?las  a  rever  suas  formas  de  pensar  sob  uma  nova  luz.  A  seção  sobre  Ação-­â€?Aprendizagem  Č‹ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ Í™ČŒ –”ƒœ ‘”‹‡Â?–ƒ­Ă™Â‡Â• ’ƒ”ƒ –”ƒ„ƒŽŠƒ” ‡ ƒ’”‡Â?†‡” …‘Â? ƒ experiĂŞncia. OBSERVANDO POR MEIO DA ESCUTA DOS SENTIMENTOS Os  sentimentos  com  frequĂŞncia  fornecem  pistas  para  coisas  que  estĂŁo  escondidas  e  que  sĂŁo  importantes  para  as  pessoas.  Ajudar  as  pessoas  a  expressarem  seus  sentimentos  Ê  uma  tĂŠcnica-­â€?chave  para  Â†Â‡Â•Â…‘„”‹” ‘ “—‡ ˜‹˜‡ ƒ„ƒ‹š‘ †ƒ Â•Â—Â’Â‡Â”ÂˆĂ€Â…Â‹Â‡Ǥ ‡ ˜‘…² ’—†‡” ƒŒ—†ƒ” ĥ pessoas  a  se  expressarem  para  outras,  vocĂŞ  estarĂĄ  ajudando  a  pavi-­â€? mentar  uma  estrada  para  facilitar  processos  de  mudança.

VAMOS MOSTRAR AQUELES SENTIMENTOS! Eu realmente, realmente, quero que vocĂŞ expresse seus sentimentos reais...

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Eu devia imaginar... eu pedi por isso...

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OBSERVANDO POR MEIO DA ESCUTA DAS VONTADES (QUERER) Ajudar as pessoas a conhecerem melhor o que elas realmente querem pode ajudá-­‐las a entender melhor o seu próprio compor-­‐ Ǥ ǡ queremos, mas sabemos que lá no fundo de nossa consciência há uma necessidade, uma intenção, um anseio. mundo, mas uma conversa mais profunda pode revelar que, de fato, Ǥ À ± é verdadeira: pessoas que pensam que suas necessidades são dife-­‐ rentes podem perceber que querem as mesmas coisas que todas Ǥ ǡ À À ǡ ǡ -­‐ tilhar, será mais fácil delas encontrarem pontos em comum que as permitam caminhar para frente, juntas. Observando seus próprios sentimentos e reações Pense no seu primeiro encontro com uma organização. Você se sentiu relaxado e bem-­‐vindo? Você se sentiu inspirado ou confuso, quando ouviu o que a organização estava querendo fazer, e como ǫ Ȃ × Ȃ ajuda vital na leitura e na compreensão da organização. Observando por meio de pessoas de fora ² À × -­‐ ­ ǡ ² Ƥ ²Ǥ ǡ a fazer é se perguntar por quê. Pode ser que eles não estejam querendo ferir seus sentimentos, ou que eles sintam medo de ²Ǥ ²ǡ próprios sentimentos e sintam-­‐se envergonhados com isso. É muito ­ ­ Ƥ Ȃ ǡ Ȃ ­ ǡ com os integrantes e descobrir o que eles estão pensando, sentindo e querendo. Observando por meio de insights imaginativos Em alguns momentos os problemas estão tão escondidos ou são tão complexos, que nossa mente racional não é capaz de decifrá-­‐ los. É aqui que os insights imaginativos podem ajudar. Assim como os poetas e artistas são capazes de revelar o lado profundo da vida À ǡ × ± Ǯ ǯ À profundo. Para fazer isto não é necessário ser um bom desenhista Ǧ ǡ Ƥ ǡ como uma palavra ou uma analogia. Por exemplo, alguns poderão dizer que a situação se parece com “um trem descarrilado, descendo montanha abaixo” ou que “os relacionamentos na organização são como granadas prontas para explodir”.

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TRABALHANDO COM IMAGENS As imagens verbais ou pictóricas podem conter revelações muito surpreendentes para todo mundo – e também podem estimular conversas muito boas! Para explorar e examinar suas próprias impressões tente começar com uma boa metáfora sobre o lugar onde você se encontra. Se, por exemplo, enquanto você estiver observando uma organização surgir uma imagem de uma bandeja de FXERV GH JHOR LVVR SRGH VLJQLÀFDU que as pessoas com as quais você está lidando são frias e precisam ser ‘aquecidas’. Se a alternativa que surge em sua mente é a imagem de um ônibus descendo a toda velocidade uma ladeira, em direção a um enorme incêndio, talvez seja hora de acionar o freio... O compartilhamento dessas imagens com as pessoas com as quais você está trabalhando pode realmente ajudar a revelar algumas verdades escondidas.

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MAURA, UMA VOLUNTĂ RIA NA REPĂšBLICA DOS CAMARĂ•ES COMPARTILHA SUA HISTĂ“RIA CONOSCO Aprendendo sobre o “deixar irâ€? Desenvolvimento organizacional ĂŠ um fenĂ´meno novo para os nossos parceiros na RepĂşblica dos CamarĂľes. A organização em questĂŁo era um exemplo da situação em que o fundador/diretor detinha todo o poder e tomava todas as decisĂľes. A equipe, os voluntĂĄrios e atĂŠ os membros do Conselho, simplesmente nĂŁo tinham voz na condução da organização. Quando o diretor chegava ao escritĂłrio, todo mundo devia se levantar, cumprimentĂĄ-lo e recitar o slogan da organização. O diretor era bastante resistente Ă ideia de ter um processo de desenvolvimento organizacional facilitado por pessoas de fora, por medo de ser exposto ou traĂ­do. Mas o Conselho, apoiado por algumas pessoas da equipe, achava que esta era uma grande ideia. Seria uma oportunidade para os membros de a equipe expressar seus ressentimentos em relação ao diretor, que atĂŠ entĂŁo nĂŁo tinha demonstrado interesse algum em ouvir o que a equipe tinha a dizer. No entanto, havia um grupo a TXHP R GLUHWRU JRVWDYD GH HVFXWDU RV EHQHĂ€FLiULRV GD organização. E ele tambĂŠm se sentia confortĂĄvel com o envolvimento deles na autoavaliação da organização. Para permitir que a organização pudesse experimentar a sensação de estar no controle e ser dona de si prĂłpria, sugeriu-se a formação de um comitĂŞ de desenvolvimento organizacional para conduzir este processo. O diretor era membro deste comitĂŞ. Durante HVVH SURFHVVR RV PHPEURV GR FRPLWr Ă€FDUDP PXLWR LPSUHVVLRQDGRV DR RXYLU RV EHQHĂ€FLiULRV GL]HUHP R quanto eles apreciavam o trabalho da organização. Depois da autoavaliação, a organização pode ver mais FODUDPHQWH RV GHVDĂ€RV TXH WLQKD GLDQWH GH VL H DV SHVVRDV foram capazes de visualizar onde elas gostariam que a organização estivesse no futuro. Mas o facilitador, que estava muito impaciente, me chamou para dizer que o processo estava andando muito devagar e que a equipe e os voluntĂĄrios estavam sempre no campo executando outras atividades, em vez de estar concentrada no processo de desenvolvimento organizacional. 2 IDFLOLWDGRU Ă€FDYD GL]HQGR ´FRPR DV FRLVDV deveriam serâ€?, sem levar em consideração a realidade da organização, tais como seus recursos, os nĂ­veis de educação dos integrantes da equipe e dos voluntĂĄrios, a agenda de atividades etc. A organização passou D Ă€FDU QD GHIHQVLYD SRU HVWDU VH VHQWLQGR FULWLFDGD O diretor teve uma discussĂŁo com o facilitador, que o acusou de estar violando o processo de desenvolvimento organizacional... O diretor, entĂŁo, quis saber o que o IDFLOLWDGRU HUD GH IDWR VH XP Ă€VFDO RX XP IDFLOLWDGRU 1R Ă€P GD KLVWyULD HOHV Mi QHP VH FXPSULPHQWDYDP PDLV NĂłs tivemos que intervir para ajudar a resolver o impasse, ainda que nĂŁo diretamente com a organização. Planejamos uma reuniĂŁo separada com o facilitador,

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recordando-lhe seu papel e ajudando-lhe a entender que somente a organização pode decidir fazer com que as mudanças aconteçam. A Ăşnica coisa que ele podia fazer era ajudar a organização a ver as mudanças necessĂĄrias, mas nunca forçar a organização a fazĂŞ-las. E que a organização poderia atĂŠ aceitar facilmente mudanças, desde que nĂŁo se sentisse ameaçada. NĂłs o ajudamos a ver que o desenvolvimento organizacional nĂŁo ĂŠ uma coisa separada do cotidiano da organização; e que suas relaçþes eram inestimĂĄveis para o processo de mudanças. Tempos depois, nĂłs tivemos outra reuniĂŁo com o facilitador e o ouvimos falar de algumas mudanças muito VLJQLĂ€FDWLYDV 2 GLUHWRU R WLQKD FRQYLGDGR SDUD XPD reuniĂŁo com a equipe, com o objetivo de revisarem o plano de desenvolvimento organizacional. Eu notei que entre eles jĂĄ havia um pouco mais de amabilidade. Eles atĂŠ contaram algumas piadas e o facilitador admitiu que isso jĂĄ vinha acontecendo de vez em quando. Cinco meses mais tarde, o diretor, agora se sentindo menos ameaçado, começou a delegar algumas tarefas e tambĂŠm a planejar atividades com uma boa participação GD HTXLSH H GRV UHSUHVHQWDQWHV GRV EHQHĂ€FLiULRV (OH estava realmente muito admirado com a contribuição de sua equipe e dos voluntĂĄrios; e começou a perceber o potencial que eles tinham. Um dia ele me disse: “Maura, eu agora vejo as coisas de uma maneira diferente. Eu estava preocupado com o que aconteceria com esta organização se eu morresse. Agora eu vejo o valor de se investir nas pessoas e ajudĂĄ-las a aprender. Eu vou deixar que tudo siga o seu caminho. Eu achava que algumas pessoas da minha equipe nĂŁo soubessem nada. Eu sinto como elas estĂŁo entusiasmadas e eu nem mexi nas PRWLYDo}HV Ă€QDQFHLUDVÂľ Quando nĂłs organizamos uma visita de intercâmbio, ao invĂŠs dele aparecer, enviou em seu lugar uma pessoa da equipe. Embora as mudanças fossem graduais, eu estava muito impressionada com o que eu vi dois anos depois de estar trabalhando com aquela organização.

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E ntrando CAPÍTULO 5

em ter r itórios desconhecidos Facilitando mudanças na organização

“Nem tudo o que se vê pode ser mudado, mas nada pode ser mudado até que seja visto.”

James Baldwin

“Reformistas acreditam erroneamente que a mudança pode ser alcançada por meio da brutalidade”.

George Bernard Shaw

Olá, eu sou o Mario... Você pode ter ajudado as pessoas a compreender o que realmente está acontecendo em suas organizações, mas agora é o momento de ajudá-los a fazer algo sobre isso! 'DTXL HP GLDQWH D H[SHGLomR SRGH ÀFDU PDLV GLItFLO FRPR DR VH FKHJDU jV SDUWHV GR ULR RQGH D FRUUHQWH]D ÀFD mais forte, exigindo manobras habilidosas com o barco. Este capítulo traz algumas ideias para lidar com essas correntezas e um par de coletes salva-vidas para ajudálo a não se afogar. Provavelmente você vai cair na água, acredite, mas não se preocupe: você não será o único – e há maneiras de subir de volta ao barco!

Aqui vamos nós!

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LÉO NOS CONTA ESTA HISTĂ“RIA MORTO NA NEVE HĂĄ alguns anos, um facilitador estava “penandoâ€? durante um seminĂĄrio muito difĂ­cil numa pequena ONG, com aproximadamente 20 pessoas. A organização estava em pĂŠ de guerra consigo mesma, consumida por rivalidades e GHVFRQĂ€DQoDV HQWUH RV JHUHQWHV H RV SURĂ€VVLRQDLV GH FDPSR 2 GLUHWRU SHGLX D HVVH IDFLOLWDGRU TXH R DMXGDVVH D UHVROYHU R FRQĂ LWR Ele começou o processo pedindo Ă s pessoas para compartilhar suas experiĂŞncias e compreensĂľes sobre os problemas. O diretor e os JHUHQWHV FRQWDUDP R ÂśVHX¡ ODGR GD KLVWyULD H RV SURĂ€VVLRQDLV GH FDPSR contaram o deles, enquanto o pessoal da administração permanecia em silĂŞncio, como de costume. NĂŁo havia sequer uma concordância sobre quais eram os problemas. Eles descreviam o que parecia ser de duas organizaçþes diferentes e ‘os outros’ eram sempre os culpados. EntĂŁo, o facilitador pediu para cada um que fosse para o VHX UHVSHFWLYR JUXSR H Ă€]HVVH XPD LPDJHP GD VLWXDomR GH FULVH GD organização, usando papel e giz de cera. Quarenta minutos depois eles retornaram. Os gestores queriam PRVWUDU VXD LPDJHP SULPHLUR (UD D Ă€JXUD GH XPD PDFLHLUD FRP IUXWDV saudĂĄveis no alto e maçãs podres na base. Essa imagem nĂŁo foi de grande ajuda e talvez tenha atĂŠ contribuĂ­do para acirrar as divisĂľes HQWUH RV JUXSRV $ LPDJHP FRPSRVWD SHOR JUXSR GRV SURĂ€VVLRQDLV de campo era mais interessante: uma vista aĂŠrea de uma casa sem telhado e com muitos quartos, mas com todas as portas voltadas para fora da casa e nenhuma porta dentro da casa. Essa imagem suscitou um pouco de discussĂŁo e eles concordaram que havia problemas de comunicação na organização pelos quais todos eles eram responsĂĄveis. EntĂŁo, o grupo administrativo mostrou sua imagem: era a de um adorĂĄvel alce estendido na neve, com um arame farpado enrolado no pescoço e muito sangue jorrando. Ele estava morto. O facilitador disse lembrar-se do impacto dessa imagem sobre as pessoas que estavam na sala. Naquele momento, a organização mudou para sempre. Foi um choque para todos enxergar a verdade contada dessa maneira brutal pelo grupo da administração - formado sĂł por mulheres -, normalmente tĂŁo tranquilo. A partir desse momento, as conversas mudaram completamente, pois as pessoas tornaramVH PDLV KRQHVWDV H DEHUWDV XPDV FRP DV RXWUDV 1R Ă€QDO GR GLD XP caminho foi encontrado.

Eles descreviam o que parecia ser de duas organizaçþes diferentes.

Oh

!!!

MAĂ‡ĂƒS

PODRES

PROJETO DE CASA Cozinha - Quarto 1 - Sala de jantar Quarto 2 - Sala de estar - Banheiro

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QUESTĂ•ES  PARA  T RABALHAR: Čˆ “—‡ ”‡ƒŽÂ?‡Â?–‡ ƒ…‘Â?–‡…‡— Â?‡••ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒÇŤ Čˆ ‘” “—‡ ˜‘…² ƒ…Šƒ “—‡ ‘ ‡š‡”…À…‹‘ †‡ †‡•‡Â?Š‘ ˆ‡œ †‹ˆ‡”‡Â?­ÂƒÇŤ Čˆ ‘…² –‡Â? ƒŽ‰—Â?ƒ ‘’‹Â?‹ Â‘ •‘„”‡ ‘ ’ƒ’‡Ž †‘• ĠÂ?‹Â?Â‹Â•Â–Â”ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ como  os  mais  marginalizados  do  grupo?

“Foi um choque para todos enxergar a verdade contada dessa maneira brutal.�

Čˆ —‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ†‘• ‘— ‹†‡‹ƒ• ‹••‘ ‡•–‹Â?—Žƒ Â?ƒ •—ƒ Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹Âƒ Â’Â”ÂžÂ–Â‹Â…ÂƒÇŤ

TEMAS COMUNS NA FACILITAĂ‡ĂƒO DE MUDANÇAS Ao  trabalhar  com  organizaçþes  ao  longo  dos  anos,  notamos  que  Â˜ÂžÂ”‹‘• †‡•ƒƤ‘• ‡Â?ˆ”‡Â?–ƒ†‘• ’‡Žƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ‡”ƒÂ? Â?ƒ‹• ˆƒ…‹ŽÂ?‡Â?–‡ ‹†‡Â?–‹Ƥ…ž˜‡‹•Ǥ ••‹Â?ÇĄ ”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ?‘• ‡••‡• †‡•ƒƤ‘• Â?ƒ Ž‹•–ƒ ƒ •‡‰—‹”Ǥ • Â”ÂƒÂœĂ™Â‡Â• ’‡Žƒ• “—ƒ‹• ‡••‡• †‡•ƒƤ‘• •—”‰‡Â? • Â‘ •‡Â?’”‡ …‘Â?’Ž‡šƒ• ‡ diferem  muito  de  uma  organização  para  outra. RECONHECENDO  O  P OTENCIAL •–‡ Âą ‘ Â?ƒ‹‘” †‘• †‡•ƒƤ‘•ǥ ’‘‹• ĥ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• †‡•…‘Â?Š‡…‡Â? sua  reserva  de  recursos  e  sua  capacidade  criativa.   A  maioria  das  organizaçþes  tem  nas  pessoas  uma  rica  diversidade  de  talento  e  experiĂŞncia,  de  ideias  e  pontos  fortes  que  ainda  nĂŁo  foram  descobe-­â€? rtos  e  aproveitados. ENXERGANDO  A S  O PORTUNIDADES As  organizaçþes  geralmente  nĂŁo  enxergam  as  oportunidades  de  apoio  e  colaboração  existentes  fora  dela  e  deixam  de  investir  tempo  e  esforço  para  pesquisar  e  entrar  em  contato  com  outras  organizaçþes  para  descobrir  quais  as  possibilidades  existentes.  Existem  barreiras  competitivas  ou  territoriais  entre  organizaçþes  que,  f requentemente,  impedem  que  isso  seja  feito.

Como líderes ou facilitadores, como podemos ajudar pessoas a descobrirem a rica diversidade e o potencial de recursos existentes dentro da própria organização e entre outras organizaçþes?

! ÇŁ …‘Â?‘ ŽÀ†‡”‡• ‘— ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ …‘Â?‘ podemos  ajudar  pessoas  a  descobrirem  a  r ica  diversidade  e  o  poten-­â€? cial  de  recursos  existentes  dentro  da  prĂłpria  organização  e  entre  outras  organizaçþes?  . Č? A ČŽ À†‡”‡• •‡Â?’”‡ Ž—–ƒÂ? ’ƒ”ƒ ‡Â?…‘Â?–”ƒ” ‘ ‡•–‹Ž‘ ƒ†‡“—ƒ†‘ †‡ Ž‹†‡”ƒÂ?­Âƒ ‡ ’‘†‡Â? Ƥ…ƒ” ‹•‘Žƒ†‘•Ǥ ‘Â?‘ ‹••‘ ƒˆ‡–ƒ ‘ Â?‘†‘ †‡Ž‡• Ž‹†‡”ƒ”‡Â?ÇŤ 2 ‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡ •ƒ„‡” “—‡ ŽÀ†‡” Âą ƒ’‡Â?ĥ —Â?ƒ ˆ‘”Â?ƒ †‡ Ž‹†‡”ƒÂ?­ÂƒǤ ו tambĂŠm  podemos  encontrar  boa  liderança  em  nossos  processos  com  a  equipe,  especialmente  na  aprendizagem  coletiva  e  nas  reuniĂľes  estratĂŠgicas. X ÇŁ “—‡ –‹’‘ †‡ Ž‹†‡”ƒÂ?­Âƒ ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ precisa?  Onde  as  pessoas  estĂŁo  mostrando  uma  capacidade  de  lider-­â€? ança  saudĂĄvel,  que  pode  ser  fortalecida?  Onde  hĂĄ  liderança  pouco  Â•ÂƒÂ—†ž˜‡Ž ‡ ‹Â?‡ƤÂ…ÂƒÂœÇŤ RENOVANDO  O S  P ROPĂ“SITOS As  organizaçþes  e  as  pessoas  mudam  o  tempo  todo,  vendo  a  si  mesmas  e  ao  mundo  de  outro  jeito,  com  o  passar  do  tempo.  ConfusĂľes  em  torno  da  identidade,  do  contexto  e  do  propĂłsito  de  uma  organização  acabam  acontecendo.   As  coisas  lĂĄ  fora  tambĂŠm  estĂŁo  sempre  mudando:  as  circunstâncias  e  as  necessidades  do  mundo.  Assim,  os  propĂłsitos  precisam  mudar  para  se  adaptar  aos  novos  tempos.  As  pessoas  dentro  das  organizaçþes  precisam  renovar-­â€?se  regularmente Â

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Como podemos fortalecer e apoiar melhor o aprendizado por meio de nossas experiĂŞncias?

e  aprofundar  sua  compreensĂŁo  coletiva  do  propĂłsito  maior  da  organização. X ÇŁ “—ƒ‹• • Â‘ ĥ …‘‹•ƒ• Â?ƒ‹• ‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡• para  nĂłs?  O  que  nĂłs  realmente  queremos  fazer?  O  que  realmente  Ê  necessĂĄrio  que  façamos?  Onde  estĂĄ  o  verdadeiro  trabalho  e  o  propĂłsito  agora? APRENDENDO  A  PARTIR  D A  E XPERIĂŠNCIA  E  PARA  O  F UTURO O  trabalho  de  desenvolvimento  Ê  excessivamente  complexo  e  o  contexto  estĂĄ  sempre  mudando.  Poucas  respostas  nos  sĂŁo  dadas.  Â”‡…‹•ƒÂ?‘• Â?‘• ”‡–”‘ƒŽ‹Â?‡Â?–ƒ” ‡ ”‡ƪ‡–‹” ’ƒ”ƒ ƒ’”‡Â?†‡” ƒ ‡Â?…‘Â?–”ƒ” ‘ Â?‘••‘ …ƒÂ?‹Â?Š‘ ’ƒ”ƒ ‘ ˆ—–—”‘Ǥ ••‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ “—‡ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• •× poderĂŁo  se  manter  vivas,  com  sustentabilidade  e  desenvolvimento,  se  estiverem  continuamente  aprendendo  a  partir  de  sua  prĂłpria  experiĂŞncia  e  inovando  sua  prĂĄtica  e  seu  apoio  organizacional  para  encontrar  as  circunstâncias,  que  sempre  mudam. X ÇŁ ‘Â?‘ ‡•–ƒÂ?‘• ƒ’”‡Â?†‡Â?†‘Ǎ ‘Â?‘ podemos  fortalecer  e  apoiar  melhor  o  aprendizado  por  meio  de  nossas  experiĂŞncias?  Como  podemos  garantir  que  isso  seja  feito  regularmente  -­â€?  e  nĂŁo  como  exceção  -­â€?,  como  elemento  vital  do  ciclo  do  trabalho?

Quais sĂŁo os tipos de poder apropriados?

ǧ O  poder  vive  nas  relaçþes  e  se  um  dos  lados  estĂĄ  infeliz  com  o  tipo  de  poder  que  estĂĄ  sendo  exercido,  o  relacionamento  pode  adoecer  Â‡ Ƥ…ƒ” †‹•ˆ—Â?…‹‘Â?ÂƒÂŽÇĄ ‘”‹‰‹Â?ƒÂ?†‘ —Â?ƒ …”‹•‡Ǥ —‹–ƒ• ’‡••‘ƒ• Â? Â‘ –²Â? consciĂŞncia  dos  diferentes  tipos  de  poder  que  exercem  e  podem  Â‡ÂšÂ‡Â”…‡”Ǥ ‘ …ƒ’‹–—Ž‘ Í—ÇĄ †‡•…”‡˜‡Â?‘• Â?—‹–‘• †‡Ž‡•Ǥ X ÇŁ —ƒ‹• ‘• †‹ˆ‡”‡Â?–‡• –‹’‘• †‡ ’‘†‡” que  as  diferentes  pessoas  da  organização  tĂŞm?  Que  tipos  de  poder  governam  as  principais  relaçþes  e  comportamentos  da  organização?  As  pessoas  estĂŁo  conscientes  deles?  Eles  sĂŁo  funcionais  e  saudĂĄveis?  Quais  sĂŁo  os  tipos  de  poder  apropriados  para  governar  as  relaçþes  Â?‡••‡ ‡•–ž‰‹‘ †ƒ ˜‹†ƒ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ÇŤ ‡ “—‡ ‘—–”ƒ Â?ƒÂ?‡‹”ƒ ‘ ’‘†‡” poderia  ser  exercido?

Qual ĂŠ o nosso real trabalho?

COMPREENDENDO  A  C ULTURA  O RGANIZACIONAL Quando  regras  ocultas  e  hĂĄbitos  minam  as  relaçþes,  ou  quando  a  organização  diz  uma  coisa  e  faz  outra,  vocĂŞ  pode  estar  certo  de  que  Â‡Â•Â–ž Ž‹†ƒÂ?†‘ …‘Â? “—‡•–Ù‡• ”‡Žƒ…‹‘Â?Ġĥ Â? …—Ž–—”ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ƒŽǤ • regras  informais  e  prĂĄticas  da  organização  sĂŁo  f requentemente  mais  Â’‘†‡”‘•ƒ• “—‡ ĥ Â’Â‘ÂŽĂ€Â–Â‹Â…ÂƒÂ• ‡ ’”‘…‡†‹Â?‡Â?–‘• ˆ‘”Â?ƒ‹•Ǥ Geralmente,  o  problema  estĂĄ  relacionado  com  subculturas  que  competem  entre  si,  ou  com  diferentes  grupos  de  pessoas  que  carregam  sentimentos  fortes  e  velados  sobre  outras  pessoas,  dentro  da  organização.  Isso  pode  ser  um  problema,  mas  nem  sempre:  vĂĄrias  culturas  vivendo  lado  a  lado  tambĂŠm  podem  trazer  uma  boa  diversi-­â€? dade  e  uma  tensĂŁo  saudĂĄvel. X ÇŁ …‘Â?‘ ’‘†‡Â?‘• –‘”Â?ƒ” ‹••‘ Â?ƒ‹• –”ƒÂ?•-­â€? parente?  Como  podemos  nos  reconectar  com  nossos  valores  centrais  ou  construir  novos  valores  para  fundamentar  os  nossos  relaciona-­â€? mentos  e  a  nossa  cultura? COMPROMETIMENTO  C OM  N OSSA  P RĂ TICA ‡ ˜‡œ ‡Â? “—ƒÂ?†‘ǥ ƒ ’”ž–‹…ƒ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ †‡‹šƒ †‡ •‡” Â…ÂŽÂƒÂ”ÂƒÇĄ compartilhada  ou  compreendida  por  todos.

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X ÇŁ “—ƒŽ Âą ‘ Â?‘••‘ ”‡ƒŽ Â–Â”ÂƒÂ„ÂƒÂŽÂŠÂ‘ÇŤ Ԡԥ Â?ו …‘Â?’”‡‡Â?-­â€? †‡Â?‘• ‹••‘ …Žƒ”ƒÂ?‡Â?–‡Ǎ ‡Â?‘• —Â?ƒ ƒ„‘”†ƒ‰‡Â? Â?—‹–‘ „‡Â? ’‡Â?•ƒ†ƒ ‡ —Â?ƒ estratĂŠgia  com  a  qual  concordamos  e  nos  comprometemos? ESCLARECENDO  O S  P ROCESSOS Onde  hĂĄ  confusĂŁo  sobre  os  papĂŠis  de  cada  um,  ou  falta  de  entendimento  sobre  as  responsabilidades,  Ê  preciso  trazer  clareza.  Esclarecer  quais  os  papĂŠis  de  cada  Â—Â? ƒŒ—†ƒ ĥ ’‡••‘ƒ• ƒ •‡ •‡Â?–‹”‡Â? …‘Â?ƤƒÂ?–‡• ‡Â? ”‡Žƒ­ Â‘ Â? •—ƒ …‘Â?–”‹„—‹­ Â‘ ’ƒ”ƒ o  trabalho  da  organização  e  a  conhecer  quais  os  papĂŠis  dos  outros,  para  poder  Â…‘‘’‡”ƒ” †‡ ˆ‘”Â?ƒ ÂˆÂ”Â—Â–Ă€ÂˆÂ‡Â”ÂƒǤ

Como podemos desenvolver nossa capacidade para conseguir apoio?

X ÇŁ “—ƒ‹• • Â‘ ‘• Â’ÂƒÂ’ÂąÂ‹Â• “—‡ ’”‡…‹•ƒÂ? •‡” †‡•‡Â?’‡Â?-­â€? hados  e  quem  irĂĄ  assumi-­â€?los?  Quais  sĂŁo  as  principais  responsabilidades  de  cada  um  desses  papĂŠis? GARANTINDO  A  S USTENTABILIDADE

••‘ Âą •‡Â?’”‡ —Â? †‡•ƒƤ‘Ǩ Â? Â‰Â‡Â”ÂƒÂŽÇĄ ƒ Â?‘••ƒ ˆƒŽ–ƒ †‡ •—•–‡Â?–ƒ„‹Ž‹†ƒ†‡ ƤÂ?ƒÂ?…‡‹”ƒ ˜‡Â? †ƒ ˆƒŽ–ƒ †‡ Šƒ„‹Ž‹†ƒ†‡ †‡ ƒ’”‡•‡Â?–ƒ” ƒ‘• ’‘–‡Â?…‹ƒ‹• ƤÂ?ƒÂ?…‹ƒ†‘”‡• ‘• ’”‘’ו‹–‘•ǥ a  estratĂŠgia  e  as  capacidades  da  organização  de  maneira  convincente.   Algumas  Â˜Â‡ÂœÂ‡Â•ÇĄ ‹••‘ ƒ’‘Â?–ƒ ’ƒ”ƒ ‘ †‡•ƒƤ‘ †‡ †‡ˆ‡Â?†‡”ǥ ƒÂ?‰ƒ”‹ƒ” ‘— Ž‡˜ƒÂ?–ƒ” ‘• ”‡…—”•‘• necessĂĄrios.  E xistem  vĂĄrias  e  diversas  fontes  de  recursos  para  o  trabalho  no  campo  social,  mas  a  mais  importante  delas  Ê  a  fonte  coletiva  dos  recursos  encontrados  nas  prĂłprias  pessoas.  ! ÇŁ …‘Â?‘ ’‘†‡Â?‘• †‡•‡Â?˜‘Ž˜‡” —Â?ƒ …‘Â?†‹­ Â‘ …‘Â?˜‹Â?-­â€? …‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ ÂƒÂ’Â‘Â‹Â‘ÇĄ „‡Â? …‘Â?‘ ƒ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ ‡ Â‡Â•Â–Â”ÂƒÂ–ÂąÂ‰Â‹ÂƒÂ• …”‹ƒ–‹˜ƒ• ’ƒ”ƒ ‰ƒÂ?Šƒ” ‡••‡ apoio? Â

ENTRANDO NA MUDANÇA Aceitando  coletivamente  a  necessidade  de  mudança ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ ͘ ˆ‘…‘— Â?ƒ ÇŽ ‘Â?’”‡‡Â?• Â‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ǯǤ Â? ƒŽ‰—Â? ’‘Â?–‘ †‘ ’”‘…‡••‘ Ƥ…ƒ”ž …Žƒ”‘ ’ƒ”ƒ ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ “—ƒ‹• ĥ “—‡•–Ù‡•ǥ ‘• †‡•ƒƤ‘• ‡ ĥ ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡• “—‡ ’”‡…‹•ƒÂ? •‡” –”ƒ„ƒŽŠƒ†ƒ•Ǥ Ž‰—Â?ĥ vezes,  essa  consciĂŞncia  cresce  lentamente,  em  outras,  acontece  de  forma  rĂĄpida  e  inesperada. O  ponto  de  virada  crucial  no  processo  acontece  quando  a  organização  ÂƒÂ…‡‹–ƒ …‘Ž‡–‹˜ƒÂ?‡Â?–‡ ƒ Â?‡…‡••‹†ƒ†‡ †‡ Â?—†ƒÂ?­ÂƒǤ ĥ ƒÂ?–‡• †‡ •‡‰—‹” adiante,  deve  haver  uma  conscientização  coletiva  sobre  o  que  deve  ser  Â?Â—Â†ÂƒÂ†Â‘ÇĄ ÂƒÂŽÂąÂ? †‡ ˜‘Â?–ƒ†‡ •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ ‰ƒ”ƒÂ?–‹” ‘ ‡Â?‰ƒŒƒÂ?‡Â?–‘ †‡ todos  em  um  processo  de  mudança.

Ai, nĂŁo. NĂŁo outra vez...

Obviamente,  tambĂŠm  existe  a  possibilidade  de  as  pessoas  perce-­â€? „‡”‡Â? “—‡ Â?‘ ˆ—Â?†‘ ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ Dz˜ƒ‹ Â?—‹–‘ „‡Â?ÇĄ ‘„”‹‰ƒ†ƒdzǤ ‡••‡ caso,  o  negĂłcio  Ê  celebrar! “—‡ ˆƒœ‡” …‘Â? ǎ’‡••‘ƒ• Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‡Â‹Â•ÇŻÇŤ Existe  sempre  uma  ou  duas  pessoas  que  simplesmente  â€œnĂŁo  entendemâ€?.  Elas  nĂŁo  concordam  com  as  questĂľes  existentes  e  resistem  ao  chamado  de  mudança,  frustrando  atĂŠ  mesmo  aqueles  que  estĂŁo  ansiosos  para  continuar  com  o  trabalho.  Pode  ser  que  elas  se  sintam  ameaçadas,  ou  simplesmente  que  estejam  contentes  com  o  jeito  da  organização  atĂŠ  aquele  momento,  ou  talvez  queiram  apenas  chamar  atenção.  Como  podemos  responder  a  pessoas  assim?  Geral-­â€? mente,  nossos  instintos  democrĂĄticos  nos  impulsionam  a  â€œfazer  uma  votaçãoâ€?  e  legitimar  logo  sua  derrocada  para  poder  seguir  em  frente, Â

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Eu sinto muito, mas eu sĂł nĂŁo entendo...

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Â?‡•Â?‘ “—‡ ‡Žƒ• Ƥ“—‡Â? ’ƒ”ƒ –”ž•Ǥ

Pessoas “difĂ­ceisâ€? sĂŁo mais Ăşteis do que imaginamos.

ÂƒÂ•ÇĄ Â?—‹–ƒ …ƒŽÂ?ƒ Â?‡••ƒ Š‘”ƒǤǤǤ Ž‰—Â?ĥ Â˜Â‡ÂœÂ‡Â•ÇĄ ॥ĥ ’‡••‘ƒ• ÇŽÂ†Â‹ÂˆĂ€-­â€? ceis’  sĂŁo  mais  úteis  do  que  imaginamos.  Em  alguns  momentos,  elas  podem  desempenhar  um  papel  fundamental  de  testar  o  grupo,  de  Â”‡’”‡•‡Â?–ƒ” —Â?ƒ ˜‘œ …ƒ—–‡Ž‘•ƒ “—‡ Â? Â‘ •‡ ’”‘Â?—Â?…‹‘—ǥ ‘— †‡ †‡•ƒƤƒ” o  grupo  a  ir  mais  fundo.  Estas  vozes,  geralmente,  surgem  de  forma  Â†Â‡Â•ÂƒÂ‰Â”ƒ†ž˜‡Ž ‘— Â?Â‡Â‰ÂƒÂ–Â‹Â˜ÂƒÇĄ Â?ĥ ‹••‘ Â? Â‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ “—‡ †‡˜ƒÂ? •‡” ‹‰Â?‘-­â€? ”ƒ†ƒ•Ǥ ŽÀ†‡” ‘— ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘” ’‘†‡”ž ‰ƒÂ?Šƒ” Â?—‹–‘ ƒ‘ ƒ’‘‹ƒ” ‘ †‹”‡‹–‘ †‡ voz  dessas  pessoas,  ajudando-­â€?as  a  se  expressarem  de  forma  mais  clara  Â‘— Â?ƒ‹• ’‘•‹–‹˜ƒǤ ‡”‰—Â?–‡ Â?• ’‡••‘ƒ• •‡ Â? Â‘ Šžǥ Â–ÂƒÂŽÂ˜Â‡ÂœÇĄ ƒŽ‰—Â?ƒ …‘‹•ƒ “—‡ ˜ƒŽŠƒ ƒ ’‡Â?ƒ Â‡Â•Â…Â—Â–ÂƒÂ”ÇĄ —Â?ƒ “—‡•– Â‘ “—‡ ’”‡…‹•‡ •‡” …‘Â?•‹†‡”ƒ†ƒǤ ² espaço  para  vozes  discordantes. ‘…² Ƥ…ƒ”ž •—”’”‡•‘ …‘Â? ‘ “—‡ ‡Â?‡”‰‡ †‡••ƒ ’ƒ…‹²Â?…‹ƒ ‡ †‡••‡ respeito  por  todas  as  vozes.  Isso  ajuda  nĂŁo  apenas  a  emergir  algum  Â–‡Â?ƒ Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ Č‹ÂƒÂ?–‡• –ƒ”†‡ †‘ “—‡ Â?—Â?…ƒǨČŒÇĄ Â?ĥ –ƒÂ?„¹Â? …‘Â?•–”׋ —Â?ƒ …—Ž–—”ƒ Â•ÂƒÂ—Â†ÂžÂ˜Â‡ÂŽÇĄ “—‡ ‡Â?…‘”ƒŒƒ ’‡••‘ƒ• Š‡•‹–ƒÂ?–‡• ‡ Â?‡Â?‘• …‘Â?ƤƒÂ?–‡• a  encontrarem  a  sua  voz  e  a  se  colocarem  tambĂŠm. Â

DORA CONTA A SUA HISTĂ“RIA...

DifĂ­cil? O que exatamente vocĂŞ quer dizer com “difĂ­cilâ€??

A VOZ MARGINAL

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Eu estava facilitando a revisĂŁo organizacional de um programa, no Leste da Ă frica, e para isso tinha que cruzar o paĂ­s de ponta a ponta em uma caminhonete surrada e empoeirada. O motorista era um rapaz incrĂ­vel. Ele conhecia muito sobre a organização, talvez porque ele ouvisse muitas das conversas que aconteciam no veĂ­culo durante as longas viagens. Ele era capaz de conversar sobre todos os temas da organização, captando clara e VXFLQWDPHQWH RV SRQWRV GH YLVWD GRV SURĂ€VVLRQDLV GH FDPSR H GRV lĂ­deres. NĂłs o ouvĂ­amos atentamente. Dias mais tarde, em um dos VHPLQiULRV TXH Ă€]HUDP SDUWH GR WUDEDOKR HOH OHYDQWRX VH H GHVDĂ€RX seus colegas a nomear o problema que estava subjacente a todos os outros problemas que estavam enfrentando. Pedimos ao grupo TXH GHVHQKDVVH LPDJHQV TXH LOXVWUDVVHP D RUJDQL]DomR Ă€FDQGR PDLV claro qual era o problema. Mas, ainda assim, ninguĂŠm ousou dizer FODUDPHQWH DOJR TXH HVWDYD DSHQDV VHQGR LQVLQXDGR 1R Ă€QDO R PRWRULVWD Ă€FRX HP Sp QRYDPHQWH H FRPR XP &KH *XHYDUD PRGHUQR implorou ao grupo para ter coragem e falar. A sala continuou em silĂŞncio. NĂłs deixamos a tensĂŁo fermentar nesse silĂŞncio... AtĂŠ que ele nĂŁo aguentou, levantou-se e foi direto, falando sobre a pessoa TXH HVWDYD OHYDQGR D DGPLQLVWUDomR Ă€QDQFHLUD GD RUJDQL]DomR SDUD o buraco, enquanto a liderança enfraquecida nĂŁo fazia nada. A verdade estava dita e pĂ´de ser olhada.

Este  Ê  um  claro  exemplo  de  uma  voz  marginal  que  ocupa  o  espaço  e  usa  a  oportunidade  para  emergir. Isso  pode  tambĂŠm  apontar  para  a  questĂŁo  sobre  quem  nĂłs  estamos  incluindo  -­â€?  e  para  a  importância  de  se  incluir  todas  as  pessoas  -­â€?,  mesmo  quando,  num  primeiro  olhar,  elas  possam  nĂŁo  ser  vistas  como  importantes  para  o  processo  de  mudança.  Se  elas  sĂŁo  parte  da  organização,  mesmo  com  funçþes  humildes,  elas  tĂŞm  o  direito  de  serem  ouvidas.

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ENTRANDO NO MODO DE MUDANÇA Três caminhos a serem escolhidos

À ǡ × ² ­ ­Ù Ȃ ­ ǡ Ǥ ǡ Ƥ À ­Ù -­‐ tram quando estão atravessando diferentes tipos de mudança.

TIPOS DE MUDANÇA

OS D ESAFIOS DAS M UDANÇAS E MERGENTES As organizações que estão atravessando mudanças emergentes não estão em crise e, portanto, não estão prontas para grandes mudanças ou projetos. ­ ­ ǡ ser cuidadosos, especialmente quando somos os facilitadores externos. Organizações que estão na fase pioneira encontram-­‐se em um estado de ­ ǡ ǡ ǡ ± Ǧ -­‐ ­ Ǥ À Ƥ seus instintos, precisam ser audaciosos e experimentadores. Os doadores precisam dar apoio, mas não devem pedir muitas explicações. É a fase de se aprender fazendo. Conforme a organização amadurece, seja qual for a fase em que estiver, talvez surja a necessidade de se ter mais consciência sobre os processos ­ Ǥ ǡ -­‐ pequenas mudanças aqui e acolá -­‐ sejam feitas ou certos aspectos sejam Ǥ ­ Ƥ Ǥ ǡ Ǧ Ƥ Ǧ ainda mais, é o modo de exercitar essa consciência. OS D ESAFIOS DAS M UDANÇAS T RANSFORMATIVAS Ƥ ­ ­Ù Ƥ ǡ Ǥ Ƥ ǡ ǡ ± ­ e o modo como entende o seu contexto. A partir dessa compreensão pode emergir um sentido mais claro do seu propósito. Onde houver uma pretensa normalidade, que nos bastidores esconde rela-­‐ ­Ù ǡ ǡ ƪ ǡ surgir uma crise fria. Onde os problemas estiverem em campo aberto, com ƪ ǡ Ǥ Pode também haver um ‘gatilho’ externo como, por exemplo, uma severa ausência de recursos, uma mudança de governo, ou até uma repressão do governo, guerra, agitação civil etc. OS D ESAFIOS DAS M UDANÇAS P ROJETÁVEIS ­ ­ Ƥ-­‐ Ƥ ­ Ƥ Ǥ 2 Ǥ ­ assumir algo novo, fazer algo que pode alavancar a organização, levá-­‐la a outro patamar de desenvolvimento. Por exemplo, a abertura de uma nova área de trabalho, a expansão para uma nova região, a parceria em uma ­ Ƥ -­‐ jamento, monitoramento e avaliação ou administração.

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MUDANÇA EMERGENTE

MUDANÇA TRANSFORMATIVA

MUDANÇA PROJETÁVEL

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FACILITANDO MUDANÇAS EMERGENTES Ação-aprendizagem como o nĂşcleo do processo de mudanças emergentes

“Ao fazer as perguntas certas, os lĂ­deres e facilitadores conseguem conectar pessoas entre si para trazer Ă tona o que elas tĂŞm e podem construir. O empoderamento das pessoas possibilita a construção da comunidade e de UHODo}HV GH FRQĂ€DQoD lançando as bases para uma mudança mais consciente de aprendizado contĂ­nuo a partir de sua prĂłpria experiĂŞncia e dos seus pares.â€?

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ĥ …‘Â?†‹­Ă™Â‡Â• †‘• ’”‘…‡••‘• †‡ Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• ‡Â?‡”‰‡Â?–‡•ǥ ‘ †‡•ƒƤ‘ ĂŠ  trabalhar  lenta  e  cuidadosamente,  ajudando  as  organizaçþes  a  tomarem  consciĂŞncia  de  seus  relacionamentos,  de  suas  histĂłrias  e  de  suas  prĂĄticas.  Pode  ser  um  processo  bastante  intenso  ajudar  as  pessoas  a  compreender  a  identidade  emergente  da  organização,  a  crescer  e  a  aprofundar  o  conhecimento  sobre  si  mesmas,  suas  propostas  e  seus  Â”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘•Ǥ ‘”¹Â?ÇĄ Âą Â?—‹–‘ ‰”ƒ–‹Ƥ…ƒÂ?–‡ ˜‡” …‘Â?‘ ‘ …—”•‘ †‡••ƒ ƒ­ Â‘ ˜ƒ‹ ˆ‘”–ƒŽ‡…‡Â?†‘ ƒ ƒ—–‘…‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ ‡ ‘ •‡Â?•‘ †‡ •‘„‡”ƒÂ?‹ƒ †ƒ• pessoas. ‘Â?• ŽÀ†‡”‡• ‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡• –”ƒ„ƒŽŠƒÂ? ‹Â?–—‹–‹˜ƒÂ?‡Â?–‡ …‘Â? ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ‡Â?‡”‰‡Â?–‡ “—ƒÂ?†‘ •‡ ƒ’”‘š‹Â?ƒÂ? ‡ –”ƒ„ƒŽŠƒÂ? …‘Â? ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â•ÇĄ ‘”‰ƒ-­â€? nizaçþes  e  comunidades.  Eles  investem  seu  tempo  se  conectando  com  as  vidas  dessas  pessoas.  Assim,  sĂŁo  capazes  de  conhecer  o  que  estĂĄ  realmente  acontecendo  ou  mudando  na  realidade,  o  que  os  torna  aptos  Âƒ …‘Â?’”‡‡Â?†‡” ‘ “—‡ Âą Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ ‘ “—‡ Â? Â‘ Âą Â?ƒ‹• Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ ‡ “—ƒ‹• • Â‘ as  pedras  que  podem  surgir  no  caminho.  Ao  fazer  as  perguntas  certas,  Â‡ÂŽÂ‡Â• …‘Â?•‡‰—‡Â? …‘Â?‡…–ƒ” ’‡••‘ƒ• ‡Â?–”‡ •‹ ’ƒ”ƒ –”ƒœ‡” Â? –‘Â?ƒ ‘ “—‡ ‡Žƒ• tĂŞm  e  podem  construir.  O  empoderamento  das  pessoas  possibilita  a  Â…‘Â?•–”—­ Â‘ †ƒ …‘Â?—Â?‹†ƒ†‡ ‡ †‡ ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• †‡ …‘Â?ƤƒÂ?­ÂƒÇĄ ŽƒÂ?­ÂƒÂ?†‘ ĥ „ƒ•‡• ’ƒ”ƒ —Â?ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ Â?ƒ‹• …‘Â?•…‹‡Â?–‡ †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ†‘ …‘Â?–ÀÂ?—‘ ƒ partir  de  sua  prĂłpria  experiĂŞncia  e  dos  seus  pares. Existem  incontĂĄveis  estratĂŠgias  e  mĂŠtodos  que  podem  ser  usados  por  Â’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ‘— ŽÀ†‡”‡• ’ƒ”ƒ ƒ„‘”†ƒ” Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• emergentes,  de  maneira  consciente.  VĂĄrios  desses  mĂŠtodos  e  estra-­â€? Â–ÂąÂ‰Â‹ÂƒÂ• –²Â? ‘ …‹…Ž‘ †‡ ƒ­ Â‘ÇŚÂƒÂ’Â”Â‡Â?†‹œƒ‰‡Â? ‹Â?…Ž—À†‘Ǥ •–ƒ ƒ„‘”†ƒ‰‡Â? acompanha  e  busca  aprofundar  processos  de  mudança  existentes  para  Â–”ƒœ‡” ‘ ’‘–‡Â?…‹ƒŽ Â? –‘Â?ÂƒÇĄ ’‘” Â?‡‹‘ †ƒ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? …‘Â?–ÀÂ?—ƒǤ Ž‰—Â?• Â?¹–‘†‘•ǥ ‰‡”ƒŽÂ?‡Â?–‡ ƒ••‘…‹ƒ†‘• Â?• ƒ„‘”†ƒ‰‡Â?• ‡Â?‡”‰‡Â?–‡•ǥ incluem: Čˆ Â‡Â•Â“Â—Â‹Â•ÂƒÇŚÂƒ­ Â‘ ’ƒ”–‹…‹’ƒ–‹˜ƒ Čˆ ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? „ƒ•‡ƒ†ƒ ‡Â? ƒ­ Â‘ Čˆ „‘”†ƒ‰‡Â?• Ž‘…ƒ‹• „ƒ•‡ƒ†ƒ• ‡Â? …‘Â?Š‡…‹Â?‡Â?–‘• –”ƒ†‹…‹‘Â?ƒ‹• Čˆ ‘ƒ…Š‹Â?‰ǥ Â?‡Â?–‘”‹Â?‰ ‡–…Ǥ Čˆ „‘”†ƒ‰‡Â?• †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? Š‘”‹œ‘Â?–ƒŽ ȋ…‘Â?‘ –”‘…ƒ ‡Â?–”‡ comunidades  e  outras  redes  de  aprendizagem) As  abordagens  de  aprendizagem  horizontal  estĂŁo  se  tornando  mais  comuns  no  campo  de  desenvolvimento  social.  Essas  abordagens  carregam  o  compromisso  de  cultivar  relaçþes  colaborativas  de  apren-­â€? dizagem  como  a  base  para  açþes  coletivas,  em  circunstâncias  diversas.   Â—‹–‘• †‘• Â?ƒ‹• ‡ˆ‡–‹˜‘• Â?‘˜‹Â?‡Â?–‘• Â•Â‘Â…Â‹ÂƒÂ‹Â•ÇĄ Â?‘ Â?‡‹‘ —”„ƒÂ?‘ ‡ tambĂŠm  no  meio  rural,  sĂŁo  fundados  em  relaçþes  de  aprendizagem  horizontal  e  redes. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


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O ciclo de ação-aprendizagem como uma ferramenta

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$ DomR DSUHQGL]DJHP p XP FLFOR FRQWtQXR R Ă€P GH FDGD FLFOR GH aprendizagem se torna o começo do prĂłximo ciclo.

AĂ‡ĂƒO Fazer ou experimentar e, entĂŁo, rever a experiĂŞncia: ninguĂŠm sabe melhor sobre a vivĂŞncia de suas açþes do que vocĂŞ. Tornar-se mais consciente de sua experiĂŞncia enquanto vocĂŞ atua pode ter um impacto monumental sobre o prĂłximo passo.

O AĂ‡Ăƒ

REFLEXĂƒO 5HH[DPLQDU H SHQVDU VREUH D DomR RX D H[SHULrQFLD VLJQLĂ€FD analisĂĄ-la, avaliĂĄ-la, compreendĂŞ-la melhor ou, em um nĂ­vel mais profundo, tornĂĄ-la mais consciente. O problema ĂŠ que nĂłs nĂŁo fazemos LVVR DXWRPDWLFDPHQWH *HUDOPHQWH UHĂ HWLPRV RX QRV DSURIXQGDPRV apenas como resultado de uma crise. Uma abordagem proativa ĂŠ vital para se tornar um bom aprendiz da ação.

O REFLEXĂƒ

APRENDIZAGEM $ UHĂ H[mR QmR JDUDQWH D DSUHQGL]DJHP 0XLWR IUHTXHQWHPHQWH DV SHVVRDV ÂśUHĂ HWHP¡ VREUH VXDV SUiWLFDV H UHSHWHP RV PHVPRV HUURV 3RU LVVR D GLVWLQomR HQWUH UHĂ H[mR H DSUHQGL]DJHP QR FLFOR GH DomR aprendizagem ĂŠ importante. Aprender, aqui, se refere ao processo de destilar ou extrair as liçþes essenciais que jĂĄ foram generalizadas, partindo ‘do que realmente aconteceu’ para ‘o que tende a acontecer como resultado de tais circunstâncias’, trazendo para a superfĂ­cie as implicaçþes mais profundas e as orientaçþes para o futuro. Cuidado DR SXODU SDUD D DSUHQGL]DJHP DQWHV GH UHĂ HWLU FXLGDGRVDPHQWH SRLV ID]HQGR LVVR DV DSUHQGL]DJHQV WHQGHP D Ă€FDU UDVDV H VXSHUĂ€FLDLV

APRENDIZAGEM

PLANEJAMENTO Essa Ê a chave que conecta o aprendizado passado à ação futura. Os insights e aprendizados centrais do passo anterior, agora, devem ser traduzidos em decisþes que possam garantir a melhoria da pråtica. Essas decisþes devem, então, tornar-se parte do plano. Planejar algo desvinculado da aprendizagem construída no passado Ê sempre uma perda de tempo!

PLANEJAMENTO

CHAPTER FIVE: STEPPING INTO THE UNKNOWN 110

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O CICLO DE AĂ‡ĂƒO-APRENDIZAGEM

QuestĂľes orientadoras O REFLEXĂƒ

O AĂ‡Ăƒ

Por que isso aconteceu, quais as causas? O que ajudou? O que atrapalhou? Quais eram nossas expectativas? Que pressupostos nĂłs tĂ­nhamos? O que realmente nos tocou? NĂłs temos conhecimento de outras experiĂŞncias ou ideias que possam nos ajudar a olhar para essa experiĂŞncia de outra maneira?

O que aconteceu de VLJLQLÀFDWLYR" 'HVFUHYD os eventos. Quem estava HQYROYLGR R TXH HOHV À]HUDP" Que imagem emerge? Como eu/nós sentimos esses eventos?

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2 TXH LVVR VLJQLĂ€FD SDUD D SUiWLFD" 2 TXH queremos? O que queremos fazer? O que queremos que aconteça? O que nĂłs vamos fazer diferente? O que precisamos deixar para trĂĄs ou parar de fazer? Como nĂŁo repetir o mesmo erro? Quais os passos que daremos para que essa compreensĂŁo e esses aprendizados sejam incorporados na nossa prĂĄtica?

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APRENDIZAGEM

PLANEJAMENTO

O que deverĂ­amos ter feito de forma diferente? O que aprendemos de novo? Quais foram os nossos insights? 2 TXH IRL FRQĂ€UPDGR" 4XH QRYDV questĂľes emergiram? Que outras teorias nos ajudam a aprofundar essas aprendizagens? Que orientaçþes podem nos direcionar ao encontro do futuro?

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Facilitando mudanças transformativas Mudando a identidade de dentro para fora Imagine o seguinte cenário... Você entra em uma organização. As pessoas não estão falando umas com as outras, a atmosfera é tensa, há uma polidez que não parece ser verdadeira.

Há muita conversa acontecendo nos corredores. Fofocas fazem parte da vida organizacional, os SUREOHPDV VmR SHUVRQLÀFDGRV +i XPD GLYHUJrQFLD entre pontos de vista e as pessoas estão formando “panelinhas”, dividindo-se em turmas.

Quase não se fala sobre o verdadeiro trabalho da organização. As conversas e o tempo são gastos com questões interpessoais, resolvendo FRQÁLWRV VREUH TXHVW}HV LQVLJQLÀFDQWHV 3HTXHQRV problemas se transformam em grandes questões.

O líder ou está isolado disso tudo ou é o personagem central da fofoca; ele é acusado de estar protegendo um grupo ou uma pessoa em particular, ou até de favoritismo. Há baixa produtividade: o nível de energia, e a moral das pessoas, está em baixa. Tem gente sobrecarregada e gente ociosa.

Perdeu-se o sentimento de orgulho, o trabalho não é mais estimulante, os projetos estão falhando e os recursos minguando. Não se tem uma noção de direção ou clareza sobre o que a organização deve fazer. As pessoas não sabem o que se espera delas ou o que devem fazer. Esta é uma organização que está à beira de uma mudança transformadora ou de um colapso.

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O PROCESSO-U COMO O NÚCLEO DO PROCESSO DE MUDANÇA

O Processo-U de mudança

Í•Ǥ Í•Ǥ ‡•…”‡˜‡Â?†‘ ƒ situação Â

O  novo,  a  situação  desejada

Í›Ǥ ŽƒÂ?‡ŒƒÂ?†‘ ƒ nova  situação Â

Como  as  pessoas  enxergam  e  vivenciam  as  coisas.

Os  padrþes  de  comportamento  inconscientes.

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6.Criando  uma  imagem-­â€?guia  ou  visĂŁo Â

Â?ƒ ‹Â?ƒ‰‡Â? ‘— ˜‹• Â‘ de  futuro.

Í™Ǥ ‡Â?‘˜ƒÂ?†‘ ‘• ˆ—Â?†ƒÂ?‡Â?–‘• Č‚

Crenças,  valores  e  pressupostos.

Crenças,  valores  e  pressupostos.

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Í—Ǥ ‡˜‡ŽƒÂ?†‘ ‘• fundamentos Â

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Desapr

Í–Ǥ ”ƒœ‡Â?†‘ ƒ realidade  para  Âƒ Â•Â—Â’Â‡Â”ÂˆĂ€Â…Â‹Â‡

o o nov o

Os  passos  necessårios  para  se  alcançar  o  futuro  desejado.

Imagin a

A  situação  atual  (crise  quente  ou  fria)

͘Ǥ ‡•–ƒÂ?†‘ ƒ vontade  de  mudar  Â‡Â˜Â‡ÂŽÂƒÂ?†‘ ‡ Ž‹†ƒÂ?†‘ com  as  dĂşvidas,  o  ressentimento  e  o  medo.

2 3URFHVVR 8 IRL GHVHQYROYLGR HP SRU *ODVO H /HPVRQ ² YHU *ODVO ) &RQIURQWLQJ &RQĂ LFW $ )LUVW $LG .LW IRU +DQGOLQJ &RQĂ LFW Stroud: Hawthorn Press, 1999). Uma versĂŁo diferente, mas relacionada ao Processo-U, foi desenvolvida por Peter Senge, Otto Scharmer, Joseph Jaworski e Betty Sue Flowers (Presence: Human Purpose and the Field of the Future. Cambridge, MA, SoL, 2004.). NĂłs ainda usamos a versĂŁo mais antiga e mais simples, descrita aqui, mas assim como o ciclo de ação-aprendizagem, o Processo-U ĂŠ um arquĂŠtipo de mudança tĂŁo antigo como o prĂłprio desenvolvimento humano. (GLomR EUDVLOHLUD *ODVO ) $XWRDMXGD HP FRQĂ LWRV XPD PHWRGRORJLD SDUD UHFRQKHFLPHQWR H VROXomR GH FRQĂ LWRV HP RUJDQL]Do}HV (GLWRUD $QWURSRVyĂ€FD H $GLJR

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­ Ǥ × À Ǥ × À Ǥ ǡ valores, as crenças e pressuposições que estão na base das crises ou das paralisações. ǡ ­ À ­ positiva. O exemplo acima ilustra alguns exemplos de relacionamentos, culturas ou lideranças pouco saudáveis que devem ser deixados para trás, que devem ser desapre-­‐ ndidos para que uma nova vida possa ter lugar. ­ Ǧ de mudança, conforme ilustrado no diagrama da página anterior. Só é possível começar a trabalhar com mudanças transformativas se a crise ou o bloqueio puderem ser enfrentados. Um sinal de que as pessoas estão prontas para enfrentar a crise pode ser visto na organização por meio da aceitação dos problemas e da vontade incipiente das pessoas e das lideranças de mudar.

l ǤǤǤ Ǧ começará com a necessidade de trazer a crise ou o bloqueio para a super-­‐ À ǡ ­ ǡ os envolvidos ou implicados. A prática exigida aqui é a de se desvelar a crise coletivamente, buscando a concordância sobre as causas que geraram a crise, deixando-­‐as para trás, para, então, se criar um novo e bem resolvido futuro.

Comparado ao Processo-U, meus sete trabalhos foram absolutamente fáceis.

Hércules

As Sete Tarefas do Processo-U

A PRIMEIRA TAREFA – descrever a situação A primeira tarefa é fazer com que todos descrevam a situação da crise, compartilhando abertamente suas experiências. O que tem acontecido? A s pessoas devem contar as suas histórias da crise, dando exemplos reais de como cada um a tem observado e vivenciado, reve-­‐ Ǥ importantes. Compor uma descrição completa de todas as facetas da situação é importante para criar uma imagem inicial abrangente. ± pelo fato de suas experiências e vivências terem sido reco-­‐ nhecidas e validadas pelo grupo.

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A SEGUNDA TAREFA - Trazendo a realidade Ă tona A segunda tarefa ĂŠ trazer para a superfĂ­cie a imagem coletiva da realidade que estĂĄ subjacente Ă situação. Pergunte: “O que estĂĄ realmente acontecendo por trĂĄs dessas experiĂŞncias?â€?. Procure padrĂľes de comportamento, hĂĄbitos que as pessoas desenvolveram. Desenvolva imagens da crise. Peças Ă s pessoas para desenvolverem imagens, cenas, metĂĄforas que descrevam a crise. Isso pode ser muito revelador. NĂŁo prossiga atĂŠ que haja consenso sobre a imagem subjacente.

Aqui vai...

A crise

A TERCEIRA TAREFA – revelando os fundamentos A terceira tarefa ĂŠ revelar os fundamentos da crise. Comumente, as pessoas se referem a isso como o “nĂ­vel das atitudesâ€?. Quais sĂŁo os valores, as atitudes, as crenças e os pressupostos subjacentes que explicam o comportamento das pessoas? Como isso cria os padrĂľes e hĂĄbitos descritos na segunda tarefa? Isso nos faz chegar ao verdadeiro fundamento da crise. Esta terceira tarefa sempre envolve uma discussĂŁo difĂ­cil e requer das pessoas uma disposição para reconhecer as questĂľes que estĂŁo enraizadas lĂĄ no fundo do seu ser. Exemplos disso podem ser: “Eu tenho sido muito competitivoâ€?; “Eu nĂŁo tenho levado as mulheres a sĂŠrio nessa organizaçãoâ€?; “NĂłs nĂŁo temos cuidado das nossas vidas pessoaisâ€?; “Eu nĂŁo compartilho o poder porque nĂŁo acredito que outros possam fazer um bom trabalhoâ€?; “NĂłs somos os melhores, nĂŁo precisamos aprenderâ€?. Por meio desse processo ĂŠ possĂ­vel que as pessoas deixem para trĂĄs coisas que nĂŁo sĂŁo saudĂĄveis ou nĂŁo estĂŁo funcionando, desaprendendo-as mesmo. Ser capaz de dizer: “Eu posso ver que ao manter essas atitudes e valores causamos a crise em que estamos, e que isso nĂŁo ĂŠ mais apropriadoâ€? ĂŠ algo extremamente empoderador! Mas ĂŠ importante haver consenso. Lembre-se de que ‘sacadas’ ou LQVLJKWV LQGLYLGXDLV QmR VmR VXĂ€FLHQWHV 2 TXH LPSRUWD p TXH R JUXSR como um todo, componha essas imagens e compreensĂľes e que elas sejam verdadeiras para todos, independentemente de culpas ou arrependimentos. Certamente, bons valores e atitudes tambĂŠm serĂŁo revelados – nem tudo na organização ĂŠ um problema ou estĂĄ em crise – e isso deve ser apreciado e valorizado. NĂŁo jogue o bebĂŞ fora junto com a ĂĄgua suja da bacia! !

“Posso ver que meus valores estavam distorcidos.� “Eu fui muito competitivo.�

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A QUARTA TAREFA – testando a vontade de mudar ± Ǥ × até ver a necessidade de mudar e o que precisa ser mudado, mas isso ­ Ǥ × vontade de mudar. ± Ǧ ǡ de mudar é confrontada e transformada. Essa é uma mudança no À ± Ǥ ± Ƥ -­‐ pleto e sem sentido se a vontade também não tiver sido alterada.

: PROCURANDO A MUDANÇA...

Aqui não! No lixo da história?

ǡ ǡ ± À passe algum tempo sozinho pensando nas seguintes questões: “Que dúvidas eu tenho a meu respeito? E a respeito dos outros? Que ǫ eu possa ter feito? Qual o medo que eu tenho de mudanças? O que eu posso perder se abrir mão dessas coisas? O que vai acontecer se nós não mudarmos?”. ± suas respostas a essas questões com o grupo, uma por uma. Geral-­‐ mente, só assim nós nos damos conta de que muitos outros têm as mesmas respostas e que nós não estamos tão isolados. Assim, nossas dúvidas, medos e ressentimentos se tornam menores e a maior parte deles torna-­‐se administrável ou até mesmo desaparece.

Na sola do sapato?

± À ­ ­ ­ Ǥ ± Ǥ À ǡ ² Ƥ ǡ mão de parte do seu poder. -­‐ ǡ ² ǡ À ǡ pessoas estão prontas para ir para a tarefa seguinte. Como você saberá? É só olhar para observar se houve mudanças no humor e À Ƥ × ²Ǥ ǡ ² ­ À liberação de energia. As pessoas vão começar a se olhar mais nos ǡ ± À ǡ das pessoas estará mais ereta e ligeiramente projetada para frente, elas estarão mais sociáveis e tagarelas. Se isso estiver acontecendo, deixe que as pessoas aproveitem esse momento de interação, sem formalidades, antes de prosseguir.

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Por que você está me olhando? Tempo SDUD UHÁH[mR"

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A QUINTA TAREFA - renovando os fundamentos A quinta tarefa é renovar os fundamentos. Esta tarefa envolve uma renovação da identidade da organização: “que valores, atitudes, crenças, pensamentos ou visão de mundo nós queremos que sejam os novos fundamentos para o futuro?”. ± Ǥ ǡ ² deverá ajudar a organização a encontrar fundamentos novos ou renovados para o novo futuro que está sendo criado. ± ǣ Dz ­ ǡ ² ǫ Ƥ ǫ ǫdzǤ

Do que eu duvido?

A“Que SEXTA TAREFA - criando uma imagem guia ou visão futuro nós queremos?”

Uau!

Surpreendente!

Brilhante!

Colorido!

± Ȃ ǡ Ǥ ± Ȃ Ǧ Ǥ ± À À ­ ǡ ± ǣ Dz ­ Ȃ ² Ø ǡ ǡ Ƥ ǤǤǤ ² está vendo e vivenciando?”. Comece perguntando para que áreas da organização elas gostariam de desenvolver uma visão. Então, peça que descrevam o À Ǥ ǡ provavelmente você ajudará as pessoas a enxergarem se elas real-­‐ mente concordam com as mudanças, vendo não somente aquilo de que estão abrindo mão e deixando para trás, mas principalmente o que farão juntas, e como farão. ǡ Ƥ Ȃ À Ǩ

Como nós queremos que o futuro seja?

Do que me ressinto?

Do que eu me arrependo?

nho ue te Do q edo? m

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A SÉTIMA TAREFA - planejando a nova situação A sétima tarefa é planejar a nova situação. “Que passos nós devemos dar em direção à nova visão de futuro?” A nova imagem-guia, ou visão, pode ser bem ambiciosa. Tenha certeza de que ela é alcançável e que a organização está adequadamente equipada para a jornada. Mas lembre-se: para chegar lá, dê um passo de cada vez.

Ela é toda sua! Boa sorte!

“Tenha certeza de que sua visão é alcançável e que a organização está adequadamente equipada para a jornada.”

Passeio pela montanha visionária.

De s me lizade nto ter ra

Alugam-se bicicletas .Sob seu próprio risco.

Perigo: abutres

Pedras DÀDGDV Estou indo pra lá nisso?

Cuidado com o gigante

Cuidado:

pântano

Cuidado: ponte de madeira. Pode estar podre

!

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FACILITANDO MUDANÇAS PROJETÁVEIS O ciclo de projetos como o núcleo do processo

“Não dá para saltar sobre um precipício de dois metros em dois saltos de um metro.”

Anônimo

ǡ ± Ƥ ǡ À À ǡ para realizá-­‐las. Para assegurar seu sucesso, projetos precisam ter À ǡ condições internas, quanto nas externas a ele. Se as condições não são estáveis, a organização talvez tenha que realizar essa tarefa de estabilização antes de seguir adiante. Investir muito dinheiro numa organização jovem, às vezes, pode afundá-la!

ǡ ƪ ǡ isso precisa ser resolvido primeiro; ou se não há certeza sobre a ­ ǡ Ǥ ­ esteja nascendo e seja capaz de lidar apenas com pequenos projetos. À ­Ù ǡ ǣ Ƥ Ǣ

MÁRIO CONTA A SUA HISTÓRIA... Um doador deu a uma vibrante e bem-sucedida organização comunitária de jovens, em um bairro rural perto de Cape Town, cerca de $150.000, a maior quantia que essa organização já havia recebido em qualquer momento de sua história, até então. O dinheiro era para um grande projeto de desenvolvimento de jovens desenhado por nós (a comunidade não tinha a habilidade necessária) e também vendido por nós para a comunidade. O contentamento foi geral e todos se envolveram. Dois anos depois, toda a organização ruiu graças a FRQÁLWRV LQWHUQRV H R FRQWDGRU IRL SUHVR

emergente tenha que entrar em ação: um passo por vez, talvez começando com projetos menores, sem grandes compromissos, e lidando com as incertezas ao longo do caminho.

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Projetos  tĂŞm  um  lugar  fundamental  no  trabalho  de  desenvolvi-­â€? Â?‡Â?–‘ Â•Â‘Â…Â‹ÂƒÂŽÇĄ ‹Â?…Ž—‹Â?†‘ ‘ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ƒŽǤ ĥ ’”‘Œ‡–‘• ‡Â?‰ƒÂ?ƒÂ? Č‚ Šž Â?—‹–‘ Â?ƒ‹• ’‘” –”ž• †‡ —Â? ’”‘Œ‡–‘ †‘ “—‡ os  nossos  olhos  sĂŁo  capazes  de  enxergar.  Em  um  mundo  onde  a  questĂŁo  da  pobreza  Ê  urgente,  Ê  muito  tentador  para  estra-­â€? Â?Š‘• Č‚ •‡ŒƒÂ? ‡Ž‡• ‘ ‰‘˜‡”Â?‘ ‘— ˆ—Â?†ƒ­Ă™Â‡Â• …‘Â? —Â? Â?ƒÂ?†ƒ–‘ ’ƒ”ƒ ǎ‡””ƒ†‹…ƒ” ƒ Â’Â‘Â„Â”Â‡ÂœÂƒÇŻ Č‚ ‹Â?ƒ‰‹Â?ƒ” ’”‘Œ‡–‘• ‰”ƒÂ?†‹‘•‘• ‡ ‡Â?–”‡‰žnjŽ‘•ǥ via  organizaçþes  locais,  a  comunidades  (que  nem  imaginam  onde  estĂŁo  se  metendo),  sem  nem  considerar  quais  as  condiçþes  de  mudança  existentes.  E  esses  projetos  atĂŠ  sĂŁo  precedidos  por  mara-­â€? ˜‹ŽŠ‘•ƒ• ‘Ƥ…‹Â?ĥ ’ƒ”–‹…‹’ƒ–‹˜ƒ• ’ƒ”ƒ ‰ƒ”ƒÂ?–‹”‡Â? “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• †‡Ž‡ se  apropriem.  ÂƒÂ•ÇĄ ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹Âƒ †‘ •‡–‘” †‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ •‘…‹ƒŽ ˜‡Â? †‡Â?‘Â?•nj trando  que  essa  abordagem,  alĂŠm  de  arriscada,  tende  a  ser  um  Â†Â‡Â•Â’‡”†À…‹‘ †‡ †‹Â?Š‡‹”‘Ǥ ‡Â?‘• ˜‹•–‘ ’”‘Œ‡–‘• ‡ Â?ƒ‹• ’”‘Œ‡–‘• ”—‹Â?†‘ ’‘” Â? Â‘ ‡•–ƒ”‡Â? ƒŽ‹Â?Šƒ†‘• …‘Â? ƒ ”‡ƒŽ ˜‘Â?–ƒ†‡ †‘• „‡Â?‡Ƥ…‹ž”‹‘• ‘— por  nĂŁo  haver  uma  real  capacidade  de  apropriação  da  proposta.

Processos genuinamente participativos são possíveis usando-se abordagens de mudanças projetåveis.

MARCOS, UM PROFISSIONAL DESENVOLVIMENTO NO ĥ ’”‘…‡••‘• ‰‡Â?—‹Â?ƒÂ?‡Â?–‡ DE ’ƒ”–‹…‹’ƒ–‹˜‘• • Â‘ Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• CAMBOJA, CONTA A SUA HISTĂ“RIA... usando-­â€?se  abordagens  de  mudanças  projetĂĄveis.  Considerem  essa  histĂłria  do  Camboja: Tudo o que queremos fazer ĂŠ ajudar as pessoas a começarem a pensar por si mesmas de novo... quaisquer que sejam as açþes que surjam de suas conversas sobre seus problemas, nĂłs as apoiaremos. SĂŁo eles que planejam e pensam, resolvendo os problemas sozinhos. Uma ideia aparece e em poucas semanas ela surge de novo. Depois de um tempo, eles começam a nos pressionar para que nos juntemos a eles para fazer algo a respeito dessa ideia. Geralmente, uma ideia que começa assim se torna um projeto ao qual vĂĄrias pessoas da comunidade se juntam. Assim, eles conseguem sair do entorpecimento e vĂĄrias possibilidades sĂŁo criadas. Eu acho que a ligação entre as pessoas ĂŠ mais importante do que as UHJUDV YLQGDV GH IRUD 4XDQGR XP SURMHWR FRPHoD HX SUHĂ€UR TXH RV SUySULRV PHPEURV GHĂ€QDP DV UHJUDV H R FRPLWr GHFLGD TXDLV DV FLQFR ou seis que valerĂŁo. Se surge, depois, algum problema e uma solução ĂŠ encontrada, eu pergunto: ‘Aprendemos algo a partir disso? HĂĄ algo mais que nĂłs possamos acrescentar no modo de gerir o projeto?’. A primeira tarefa ĂŠ criar relaçþes, nĂŁo criar projetos. A maior meta de desenvolvimento de uma comunidade ĂŠ ajudar as pessoas que fazem parte dela a reconquistar a dignidade e a uniĂŁo.

DOIS  T IPOS  D E  PROJETOS Čˆ Â? –‹’‘ †‡ ’”‘Œ‡–‘ •‡ …ƒ”ƒ…–‡”‹œƒ ’‘” —Â?ƒ ƒ„‘”†ƒ‰‡Â? „ƒ•‡ƒ†ƒ Â?‘ ’”‘„Ž‡Â?ÂƒÇĄ ‡••‡Â?…‹ƒŽÂ?‡Â?–‡ ‹†‡Â?–‹Ƥ…ƒÂ?†‘ ’”‘„Ž‡Â?ĥ ‡ „—•…ƒÂ?†‘ ”‡•‘Ž˜²njŽ‘•Ǥ Â?ƒ –‘”Â?‡‹”ƒ •‡ “—‡„”ƒ ‡ ƒ…ŠƒÂ?‘• ƒŽ‰‘ ’ƒ”ƒ …‘Â?Â•Â‡Â”Â–ÂžÇŚÂŽÂƒǤ Â? •‹•–‡Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ…‹‘Â?ƒŽ Â? Â‘ ‡•–ž ˆ—Â?…‹‘Â?ƒÂ?†‘ „‡Â?ÇĄ ‡Â?– Â‘ ‘ ’”‘„Ž‡Â?ƒ Âą ‹†‡Â?–‹Ƥ…ƒ†‘ ‡ …‘Â?•‡”–ƒ†‘Ǥ Čˆ —–”‘ –‹’‘ †‡ ’”‘Œ‡–‘ •‡ …ƒ”ƒ…–‡”‹œƒ ’‘” —Â?ƒ ƒ„‘”†ƒ‰‡Â? criativa  de  pessoas  que  imaginam  ou  procuram  criar  uma  situação  futura  melhor,  nĂŁo  como  uma  solução  direta  para  um  problema  Â‡Â•Â’‡…ÀƤ…‘ǥ Â?ĥ …‘Â?‘ —Â?ƒ ‹Â?ƒ‰‡Â? †‡ —Â?ƒ Â?‘˜ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ Â?ƒ “—ƒŽ ‘• ˜‡ŽŠ‘• ’”‘„Ž‡Â?ĥ ’ƒ••ƒÂ? ƒ •‡” Â?‡Â?‘• ‘— ’‘—…‘ ”‡Ž‡˜ƒÂ?–‡• Č‚ —Â? salto  de  imaginação  sobre  o  futuro. Čˆ ”‘‰”ƒÂ?ĥ Â?ÂƒÂ‹Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ ‡Â? Â‰Â‡Â”ÂƒÂŽÇĄ ’”‡…‹•ƒÂ? †‡ ƒÂ?„‘• ‘• –‹’‘• de  projeto.

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Eu tenho um plano!

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TEMPO DE MOLDAR...

DESENHANDO Â PROJETOS... Â CUIDANDO Â DOS Â DETALHES

ANTONIO, UM ESCULTOR, DIVIDE ESSA “SACADA�...

O que vocĂŞ acha do meu sapo?

Se vocĂŞ pegar um pedaço de barro e quiser fazer um sapinho, por exemplo, eis o que vocĂŞ deve fazer: primeiro imaginar esse sapinho para, entĂŁo, começar a apertar e amassar o barro para chegar a algo que, toscamente, pareça ter a forma de um sapo. Logo, vocĂŞ estarĂĄ pondo olhos e boca e trabalhando nas pernas e nos pĂŠs do ‘seu’ sapo. Mas, ao dar um passo atrĂĄs para olhar sua obra, vocĂŞ descobre que aquilo ali estĂĄ longe de ser um sapo, pois a forma de sapo nĂŁo estĂĄ lĂĄ. VocĂŞ foi logo fazendo os detalhes sem antes ver se a forma geral estava certa. Se, entĂŁo, vocĂŞ tentar mudar a forma, todo o trabalho que vocĂŞ dedicou aos olhos, Ă boca, aos pĂŠs e Ă s pernas terĂĄ sido desperdiçado.

EstĂĄ parecendo um cachorro...

וǥ ‰‡”ƒŽÂ?‡Â?–‡ǥ ˆƒœ‡Â?‘• ‹••‘ …‘Â? ’”‘Œ‡–‘•Ǥ ‘” “—²Ǎ ‘”“—‡ Â?ו queremos  ver  os  detalhes,  quem  faz  o  quĂŞ,  quando  e  como,  mais  o  Â…—•–‘ Č‚ …‘Â?Š‡…‡” ‘• †‡–ƒŽŠ‡• Â?‘• –”ƒœ •‡‰—”ƒÂ?­Âƒ ‡ …‘Â?ˆ‘”–‘Ǥ Â?– Â‘ÇĄ nĂłs  corremos  para  planejar  as  atividades  antes  de  termos  desenhado  o  processo  geral,  a  estratĂŠgia  maior.  Algumas  metodologias  de  plane-­â€? ŒƒÂ?‡Â?–‘ †‡ Â’Â”Â‘ÂŒÂ‡Â–Â‘Â•ÇĄ …‘Â?‘ ‘ ƒ”…‘ ׉‹…‘ǥ ”‡ˆ‘”­ÂƒÂ? ‹••‘ Č‚ †‡’‘‹• “—‡ ‘• ”‡•—Ž–ƒ†‘• ˆ‘”ƒÂ? †‡ƤÂ?‹†‘•ǥ ĥ ƒ–‹˜‹†ƒ†‡• ’‘†‡Â? •‡” Ž‹•–ƒ†ƒ• ‡Â? †‡–ƒŽŠ‡•Ǥ ƒ”‡…‡ Â?—‹–‘ ”‡ƒŽ‹•–ƒ ‡ ’”ž–‹…‘ǥ Â?ĥ Ƥ…ƒ ˆƒŽ–ƒÂ?†‘ —Â? Â’ÂƒÂ•Â•Â‘ÇŁ o  desenho. ‡ ĥ …‘Â?†‹­Ă™Â‡Â• †‡ Â?—†ƒÂ?­Âƒ • Â‘ Â’Â”Â‡Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡Â‹Â• ‡ Â?ו ’ƒ••ƒÂ?‘• —Â? bom  tempo  desenhando  o  processo  maior  ou  a  estratĂŠgia,  suas  fases  Â‡ ‡•–ž‰‹‘•ǥ ˜‡Â?†‘ …‘Â?‘ ‡••ƒ Ž‹Â?Šƒ †‡ –”ƒ„ƒŽŠ‘ •‡ …‘Â?‡…–ƒ Â?Â“Â—Â‡ÂŽÂƒÇĄ compreendendo  como  o  todo  serĂĄ  desdobrado  ao  longo  do  tempo,  os  detalhes  vĂŁo,  logo,  tornar-­â€?se  óbvios,  sendo  mais  fĂĄcil  acabar  de  preencher  o  que  falta. Â

Este plano de projeto estĂĄ me deixando louco!

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NĂŁo se preocupe... Um plano de projeto sempre deve ser visto como um rascunho!

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O CICLO DO PROJETO

1. A necessidade e a vontade O que jĂĄ estĂĄ funcionando? Qual ĂŠ a verdadeira necessidade? As pessoas realmente querem isso? As condiçþes H[WHUQDV VmR VXĂ€FLHQWHV para prover nosso apoio?

8. Avaliando e celebrando Como o projeto funcionou? Que impacto vemos? O que ajudou/atrapalhou? Quais sĂŁo os aprendizados para o futuro? O que vem agora?

2. VisĂŁo, propĂłsito, resultados e valores Qual ĂŠ a imagem que temos de um projeto realizado com sucesso? Como ele vai ao encontro das reais necessidades encontradas? Seu impacto vai contribuir para o quĂŞ? Que resultados, propĂłsitos e valores guiarĂŁo o trabalho?

6.Monitoramento 2EVHUYDomR UHà H[mR e celebração do progresso. O trabalho estå alinhado com os propósitos e com os valores? O que estå ajudando/atrapalhando? Quais são os aprendizados aqui? Que ajustes são necessårios?

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3. EstratĂŠgia e planejamento Partindo do desenho do projeto para as atividades HVSHFtĂ€FDV ² SRU TXHP quando, com o que?

7. Comunicando o progresso Como estamos nos desempenhando no papel de informar e colocar “no barco� as partes interessadas? 5. Implementar o plano

4. As pessoas e os recursos Quem vai liderar e quem farĂĄ o trabalho? Que apoio eles precisam? Que recursos estĂŁo disponĂ­veis?

TRĂŠS DESAFIOS-CHAVE DO CICLO DE PROJETO PREPARAĂ‡ĂƒO ÂƒČŒ ‡” …‡”–‡œƒ †‡ “—‡ ‡š‹•–‡ —Â?ƒ Â?‡…‡••‹†ƒ†‡ ‡ —Â?ƒ ˜‘Â?–ƒ†‡ ˆ‘”–‡• ‡ Â”Â‡ÂƒÂ‹Â•ÇĄ “—‡ Â?ƒ•…‡”ƒÂ? ‡ ’‡”–‡Â?…‡Â? Â?• pessoas  envolvidas  no  projeto; b)  A  visĂŁo-­â€?guia  e  os  valores.  Investir  tempo  no  processo  coletivo,  que  revele  e  desenvolva  a  visĂŁo  e  os  Â˜ÂƒÂŽÂ‘”‡•ǥ –”ƒœ ƒ ǎ…‘Žƒ ‹Â?Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽÇŻ “—‡ Â?ƒÂ?–¹Â? ĥ ’‡••‘ƒ• –”ƒ„ƒŽŠƒÂ?†‘ Œ—Â?–ƒ• ÇŚ ‡••‡ Âą —Â? ‹Â?˜‡•–‹Â?‡Â?–‘ Â?ĥ ”‡Žƒ-­â€? çþes  que  sĂŁo  vitais  para  o  sucesso; c)  Investir  no  desenho  da  estratĂŠgia,  como  descrito  acima,  antes  de  mergulhar  no  detalhamento  de  atividades. MONITORAMENTO  C OMO  P ROCESSO  D E  A PRENDIZAGEM ‡Â?Š—Â? ’”‘Œ‡–‘ •‡”ž ’‡”ˆ‡‹–ƒÂ?‡Â?–‡ Â’Â”Â‡Â˜Â‹Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ ‡ Â?‡Â?Š—Â? ’ŽƒÂ?‘ ’‘†‡ ƒÂ?–‡…‹’ƒ” ƒ …‘Â?’Ž‡š‹†ƒ†‡ †‘ “—‡ acontecerĂĄ  realmente  quando  o  trabalho  começar.  Aprender  a  partir  da  ação  e  mudar  o  plano  de  acordo  com  a  experiĂŞncia  trazida  pela  realidade  sĂŁo  açþes  que  sempre  deverĂŁo  ser  feitas.  Pode  atĂŠ  acontecer  do  propĂłsito,  e  da  estratĂŠgia  geral  do  projeto,  ter  que  ser  revisitado  depois  que  a  implementação  tenha  começado.  Projetos  devem  sempre  ser  vistos  como  rascunhos. COMUNICAĂ‡ĂƒO Como  as  coisas  vĂŁo  mudar  em  função  das  realidades  nĂŁo  antecipadas,  Ê  fundamental  que  as  partes  inter-­â€? ॥Ġĥ Ƥ“—‡Â? ÂƒÂ–Â—ÂƒÂŽÂ‹ÂœÂƒÂ†ÂƒÂ•ÇĄ •‡Œƒ ƒ …‘Â?—Â?Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡ÇĄ ‘• †‘ƒ†‘”‡• ‘— ‘ …‘Â?•‡ŽŠ‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘Ǥ ••‘ Â?‹Â?‹Â?‹œƒ †‡•‡Â?–‡Â?†‹Â?‡Â?–‘• ‡ Â?ƒÂ?–¹Â? ĥ ‡š’‡…–ƒ–‹˜ƒ• Â?‘ Â?‡•Â?‘ Â?Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ ‘ “—‡ ƒŒ—†ƒ ƒ ƒ••‡‰—”ƒ” …‡”–ƒ ‡•–ƒ„‹Ž‹†ƒ†‡ Â?ĥ …‘Â?†‹­Ă™Â‡Â• †‡ Â?—†ƒÂ?­Âƒ Č‚ ‡••‡Â?…‹ƒŽ ’ƒ”ƒ Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• ’”‘Œ‡–ž˜‡‹•Ǥ

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MĂ RIO CONTA A SUA HISTĂ“RIA... Se o seu coração estiver no lugar certo... liderança facilitadora “VocĂŞ disse que ele estĂĄ esperando hĂĄ duas horas e vocĂŞ nem lhe ofereceu uma xĂ­cara de chĂĄ?â€?, gritou o diretor de uma ONG de um bairro pobre de Karaput, um distrito tribal empobrecido da Ă?ndia. “Mas como eu podia saber que HOH HUD R GLUHWRU GD DJrQFLD Ă€QDQFLDGRUD" (OH QmR PH disse! Ele chegou no Ă´nibus noturno, na estação central, pegou o ‘rickshaw’ e veio para o escritĂłrio. Quando eu perguntei a ele sobre o seu trabalho, ele sĂł disse que tinha vindo para encontrar vocĂŞ e nada mais!â€?. O assistente talvez nĂŁo tivesse culpa. Vestido com calças largas e gastas e sapatos velhos, sem cadarços e meias, Sriramappa nĂŁo parecia em nada com um diretor de XPD JUDQGH DJrQFLD Ă€QDQFLDGRUD GRV DQRV HP pleno sĂŠculo XX. Mas como diretor da OXFAM em Orissa, um dos estados mais pobres da Ă?ndia, ele foi o facilitador de um grande movimento contra a remoção de milhares de famĂ­lias do local onde seria construĂ­da uma siderĂşrgica. Ele encontrou meios inovadores de apoiar um movimento nacional de tribos locais para que elas tivessem o direito de se autogovernar nas suas vilas e aldeias. Ele facilitou a coalizĂŁo entre vĂĄrias ONGs para lutarem com a exploração de madeira,

VocĂŞ o deixou esperando duas horas e nem lhe ofereceu...

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retornando Ă s populaçþes naturais daquele lugar o GLUHLWR GH H[WUDomR GDV Ă RUHVWDV QDWLYDV FRQVHJXLQGR a anulação do arrendamento feito por uma companhia privada. Sriramappa sabia muito bem que para manter as SHVVRDV XQLGDV YRFr GHYH VH LGHQWLĂ€FDU FRP HODV H DQGDU DR VHX ODGR 3DUD VH LGHQWLĂ€FDU FRP SHVVRDV TXH VDFULĂ€FDUDP VXDV YLGDV DSRLDQGR OXWDV GH comunidades, vocĂŞ precisa ser humilde e valorizar as FRQWULEXLo}HV VLJQLĂ€FDWLYDV TXH RV LQGLYtGXRV TXH VmR parte do movimento social - estĂŁo fazendo. As ONGs internacionais nĂŁo devem reclamar para si os crĂŠditos do apoio e das contribuiçþes feitas. O que importa ĂŠ a genuinidade dos seus esforços. Se percebida, faz milagres na construção de uma rede de solidariedade e relaçþes. Uma pessoa de fora tem muito a contribuir para o processo de mudança com pesquisa, documentação, um pouco de defesa dos direitos etc... Mas isso ĂŠ apenas trabalho de manutenção. Para fazer mudanças, vocĂŞ tem que ser parte da mudança tambĂŠm. Se sĂł a sua cabeça estĂĄ na direção correta mas nĂŁo o seu coração ou os seus pĂŠs - vocĂŞ atĂŠ pode escrever livros sobre mudança, mas nem tente ajudar a concretizĂĄ-las.

uma xĂ­cara de chĂĄ?!

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JUNTANDO OS FIOS O que Ê preciso quando estamos liderando ou facilitando mudanças?

“ Â

Se vocĂŞ sĂł tem um martelo como ferramenta, vocĂŞ tende a ver todo problema como um prego.

â€? Â

Abraham Maslow

VocĂŞ  jĂĄ  deve  ter  se  dado  conta,  se  Ê  que  jĂĄ  nĂŁo  sabia  antes,  de  que  a  prĂĄtica  de  facilitar  mudanças  nĂŁo  Ê  um  conjunto  de  procedimentos  fĂĄceis  a  serem  apre-­â€? ndidos  e  implementados.  Aqui,  seguem  algumas  linhas  gerais  de  orientação  para  lembrĂĄ-­â€?lo  do  trabalho  essencial  de  um  saudĂĄvel  processo  de  mudança: ÇŚ ž ƒ‘ ‡Â?…‘Â?–”‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ‘Â?†‡ ‡Žƒ ‡•–‹˜‡” Č‚ •—ƒ ’”ž–‹…ƒ †‡˜‡ ÂƒÂ†ÂƒÂ’Â–ÂƒÂ”ÇŚÂ•Â‡ ƒ‘ ’”‘…‡••‘ †ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ‡ Â?• …‘Â?†‹­Ă™Â‡Â• †‡ Â?—†ƒÂ?­ÂƒǤ 2 Â?—‹–‘ …‘Â?—Â? encontrar  facilitadores  que  tĂŞm  uma  abordagem,  um  desenho,  uma  ferra-­â€? menta,  um  martelo  que  eles  sabem  usar  bem  e  usam  para  todas  as  situaçþes  Č‹Â•Â‡ÂŒÂƒ ­ Â‘ÇŚ ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â?ÇĄ Â?“—¹”‹–‘ Â’Â”Â‡Â…Â‹ÂƒÂ–Â‹Â˜Â‘ÇĄ ”‘…‡••‘nj ÇĄ ‹…Ž‘ †‡ ”‘Œ‡–‘ ‡–…ǤČŒǤ Ԡĥ ‡Žƒ• • Â‘ ˆ‡””ƒÂ?‡Â?–ƒ• Â’Â‘Â†Â‡Â”Â‘Â•ÂƒÂ•ÇĄ †‡•†‡ “—‡ ѥĠĥ Â?ĥ condiçþes  corretas. ÇŚ ”‹‡ —Â? ƒÂ?„‹‡Â?–‡ •‡‰—”‘ ’ƒ”ƒ •‡ …‘Â?‡…–ƒ” …‘Â? ’‡••‘ƒ• †‡ –‘†‘• ‘• Â?Ă€Â˜Â‡Â‹Â• Č‚ ’ƒ”ƒ “—‡ –‘†ƒ• ĥ ˜‘œ‡• •‡ŒƒÂ? Â‘Â—Â˜Â‹Â†ÂƒÂ•ÇĄ –‘†ƒ• ĥ Â˜Â‹Â•Ă™Â‡Â• •‡ŒƒÂ? ‡š’”‡••ƒ• ‡ –‘†ƒ• ĥ ‹†‡‹ƒ• •‡ŒƒÂ? …‘Â?’ƒ”–‹ŽŠƒ†ƒ•Ǥ —­Âƒ ĥ ˜‘œ‡• †ƒ• ’‡••‘ƒ• Â†Â‹ÂˆĂ€-­â€? ceis  e  marginalizadas,  que  vivenciaram  e  que  enxergam  as  questĂľes  mais  Â’”‘ˆ—Â?†ƒ• ‡ Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‡Â‹Â•ÇŁ ‡Žƒ• ’‘†‡Â? –‡” ‡Â? Â? Â‘• ƒ …Šƒ˜‡ ’ƒ”ƒ ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ”‡ƒŽǤ ÇŚ —­Âƒ ƒ …ƒ„‡­ÂƒÇĄ ‘ …‘”ƒ­ Â‘ ‡ ‘• ’¹• Č‚ ’”‘…—”‡ ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ Â?‘ “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• ’‡Â?•ƒÂ?ÇĄ •‡Â?–‡Â? ‡ “—‡”‡Â?Ǥ •‡ ‘• •‡—• ’”×’”‹‘• ’‡Â?•ƒÂ?‡Â?–‘• ‡ •‡Â?–‹-­â€? mentos  como  guia.  Seja  cuidadoso  para  nĂŁo  impor  a  sua  vontade,  o  que  vocĂŞ  quer.

A CONFISSĂƒO DOS LĂ?DERES... Eu sinto muito, mas nĂŁo tenho a menor ideia do que fazer daqui para frente!

SĂŠrio?

Uau! dor!

Isso ĂŠ tĂŁo encoraja

Verdade?

Eu posso sentir o meu cÊrebro começando a trabalhar!

Incrível! Como Ê essa sensação?

ÇŚ ”‘…—”‡ ‘”‹‡Â?–ƒ­ Â‘ †ƒ• ’‡••‘ƒ• Č‚ …‘Â?‘ ŽÀ†‡” ‘— ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘” Šƒ˜‡”ž Â?‘Â?‡Â?–‘• em  que  vocĂŞ  nĂŁo  estarĂĄ  seguro  sobre  o  que  fazer  a  seguir.  Pode  ser  empoderador  para  todos  os  envolvidos  ouvir  vocĂŞ  dizer  simplesmente  que  nĂŁo  estĂĄ  seguro  sobre  o  que  fazer  e  perguntar  a  elas,  pessoas  comuns,  o  que  elas  pensam  que  estĂĄ  acontecendo  e  que  ideias  elas  tĂŞm. ÇŚ ‘Â?•–”—ƒ —Â?ƒ …‘Â?—Â?‹†ƒ†‡ ƒ—–²Â?–‹…ƒ Č‚ ƒŒ—†ƒÂ?†‘ ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ƒ ‡Â?…‘Â?–”ƒ” maneiras  de  se  comunicar,  permitindo  que  todas  as  vozes  sejam  ouvidas,  ÂƒÂŒÂ—†ƒÂ?†‘ ĥ ’‡••‘ƒ• ƒ •‡ …‘Â?‡…–ƒ”‡Â? ‡Â? —Â? Â?Ă€Â˜Â‡ÂŽ Â?ƒ‹• Š—Â?ƒÂ?‘ “—‡ ˜ž ÂƒÂŽÂąÂ? do  que  estĂĄ  prescrito  nos  â€˜procedimentos  de  reuniĂŁo’. -­â€?  Preste  sempre  atenção  para  nĂŁo  perder  de  vista  o  que  estĂĄ  funcionando  bem  Â‡ ƒŒ—†‡ ĥ ’‡••‘ƒ• ƒ ˜‡”‡Â? ‹••‘ Č‚ ‹••‘ –”ƒœ ‡“—‹ŽÀ„”‹‘ ‡ ’Ù‡ ‡Â? ’‡”•’‡…–‹˜ƒ ‘ “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• •‡Â?–‡Â? •‡” —Â? ’”‘„Ž‡Â?ÂƒÇĄ ÂƒÂŽÂąÂ? †‡ –”ƒœ‡” Â? –‘Â?ƒ ‡•’‡”ƒÂ?­Âƒ ‡ recursos  em  potencial.  nj ‡•‡Â?˜‘Ž˜ƒ ‡ ‡Â?…‘”ƒŒ‡ —Â?ƒ Ž‹†‡”ƒÂ?­Âƒ …‘Â?’ƒ”–‹ŽŠƒ†ƒ ‡ Â†Â‹Â•Â–Â”Â‹Â„Â—Ă€Â†ÂƒǤ ‹†‡”-­â€? ança  coletiva  ou  compartilhada  pode  surgir  onde  hĂĄ  processos  de  decisĂŁo  por  meio  de  consenso  como,  por  exemplo,  boas  reuniĂľes  ou  momentos  Â†Â‡ ƒ­ Â‘ÇŚÂƒÂ’Â”Â‡Â?†‹œƒ‰‡Â?Ǥ Ž‹†‡”ƒÂ?­Âƒ Â†Â‹Â•Â–Â”Â‹Â„Â—Ă€Â†Âƒ Âą ƒ“—‡Žƒ ‡Â? “—‡ Â?ƒÂ?†ƒ–‘• ‡•’‡…ÀƤ…‘• • Â‘ ƒ••—Â?ܠԥ ’‘” †‹ˆ‡”‡Â?–‡• Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ …‘Â?•–”—‹Â?†‘ǥ ƒ••‹Â?ÇĄ —Â?ƒ experiĂŞncia  de  liderança  entre  um  conjunto  maior  de  pessoas.

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A TĂ‚NIA RECITOU ESSE POEMA PARA NĂ“S... O facilitador

Eu passei um inverno com eles, observando o que eles falavam, o lado para o qual o diretor virava ao fazer uma pergunta; A ordem sutil de chĂĄ e cafĂŠ. Eles perguntaram: “Quando nĂłs começaremos a mudar?â€? Eles disseram: “Vai ser bom se vocĂŞ conseguir fazer isso. O que ĂŠ mesmo o que vocĂŞ faz?â€? Eu sorri e ri com eles de suas piadas; Eu perguntei o que eles achavam que eram: animais, plantas, minerais, mĂĄquinas. 1R FRPHoR HOHV Ă€FDUDP KHVLWDQWHV H UHFLWDUDP a missĂŁo da instituição e falaram, eloquentemente, da visĂŁo, missĂŁo, metas. Sem coração. Mas um dia, durante o almoço, uma secretĂĄria quieta cochichou que eles eram uma orquestra em que apenas alguns dos instrumentos haviam sido negligenciados e que a maioria estava fora do tom. Eu fui a um ensaio e com certeza lĂĄ encontrei FRUGDV TXHEUDGDV XPD Ă DXWD MRJDGD um tambor de couro rasgado. Mas continuei escutando. Um membro do conselho me levou ao estaleiro. “NĂłs somos um navioâ€?, ele disse, “mais ou menos sĂłlidos, mas maltratados pela tempestade.â€? Eu olhei atravĂŠs da janela e realmente o horizonte estava torto. A mulher que dirigia o RH me lembrou do valor do grupo. Mas a mulher que fazia o chĂĄ me disse “ninguĂŠm fala comigoâ€?.

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Eu era o tear no qual eles teciam as roupas GR VHX SDVVDGR GR VHX SUHVHQWH H ÀQDOPHQWH GR seu futuro. Eu fui a tela na qual eles pintaram o quadro do seu progresso. Eu tinha trazido um saco de ferramentas, mas, para ser franca, eu nunca o abri. Eles tinham as suas próprias, pouco comuns, mas bem adaptadas pelo uso dos músicos durante o mar revolto. Enquanto eles remendavam buracos e emendavam cordas, fui seu porto temporårio. Por um tempo eu fui popular e gozei de certa notoriedade, mas vagarosamente eles se tornaram absortos em sua própria música, estipulando seu rumo próprio. Eles estavam tão ocupados em escutar uns aos outros, que esqueceram de mim. Eu os deixei navegando no Amazonas tocando uma valsa de Strauss conduzidos pela mulher que fazia o chå. s amo ! s est ó om t N . . o . Puxa te fora d tida! men a ba triste a t l a F

Sopre isto!

Ai, que vergonha!

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CAPITULO 6

Encontrando um lar para a mudança Apoiando, embasando e sustentando a mudança

Devemos acolher a dor e usá-la como combustível para a nossa jornada.

Kenji Miyazawa

Oi! Eu sou a Márcia... A mudança é mais do que um evento - é um processo imprevisível de idas e vindas! Este capítulo ajuda a compreender como as mudanças podem lançar raízes para que não sejamos arrastados de volta para os modos de trabalhar impraticáveis. Nós sugerimos ideias para que se crie uma base sólida para a mudança organizacional e WDPEpP SDUD OLGDU FRP RV GHVDÀRV HQFRQWUDGRV DR ORQJR GR caminho. Aproveite!

O RUBENS REFLETE SOBRE UMA HISTÓRIA QUE CONHECEMOS MUITO BEM... Logo após as primeiras eleições democráticas de 1994, o novo governo sul-africano mergulhou em profundas reformas. A educação não seria mais uma ferramenta de desigualdade e opressão, mas sim um sistema que libertaria e prepararia os jovens para ocuparem seu lugar na sociedade. Quase que imediatamente foi iniciado um trabalho para introduzir um novo currículo escolar que revolucionaria o antigo sistema de educação do Apartheid e para pavimentar o caminho de mudança para as próximas gerações. Foi lançada uma enorme campanha pública e insumos saídos de todas as esferas foram canalizados. Uma lei foi aprovada pelo parlamento, dando origem a uma iniciativa de âmbito nacional denominada Currículo 2000. O lançamento do novo currículo de educação, baseado em resultados, foi seguido por um movimento

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“Mais de 50% das escolas na África do 6XO HVWmR RÀFLDOPHQWH FODVVLÀFDGDV SHODV autoridades de educação como disfuncionais.”

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ação a educ ! o x i a Ab ada segreg

Educação para a transformação

Educação baseada em resultados

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Nov abor a dag em

No crité vos r aval ios de iaçã o No siste vo gove ma de rn esco ança lar

nacional de capacitação. Durante meses, centenas de coordenadores de áreas disciplinares foram treinados nos novos currículos de aprendizagem do 1o ao 12o ano. Eles, por sua vez, treinaram milhares e milhares de professores, de cada uma das escolas, nos conteúdos, métodos e valores do novo currículo. Foi, então, implementada uma abordagem gradual a partir do primeiro grau. Diretores de escolas receberam orientação e manuais de políticas sobre como estruturar suas escolas para melhor acomodar as necessidades do novo currículo. Os professores eram agora obrigados a trabalhar em equipe; a divisão da matéria em disciplinas foi substituída por áreas de aprendizado e o processo de avaliação foi completamente reformulado. Era para ser uma transformação profunda e abrangente. Esta mudança curricular foi acompanhada por três outras grandes mudanças nas políticas. Em primeiro lugar, a punição física, abominada pelo novo governo, foi banida em um só golpe legislativo (sem muito tempo ou recursos dedicados ao desenvolvimento ou enraizamento de formas alternativas de disciplina nas escolas). Em segundo lugar, de 20% a 30% dos SURIHVVRUHV IRUDP GHPLWLGRV SDUD TXH DV HVFRODV SXGHVVHP ÀFDU GR “tamanho certo”, de acordo com normas internacionais. Em terceiro lugar, todos os diretores das escolas tiveram que abrir mão de uma SDUWH VLJQLÀFDWLYD GD VXD DXWRULGDGH SDUD GDU OXJDU j JRYHUQDQoD democrática a ser realizada pelo corpo de pais. Ao longo deste ano (2008), os mesmos alunos que estrearam o novo currículo doze anos atrás, estão fazendo seus últimos exames como jovens adultos. As expectativas são muito baixas e são esperadas falhas generalizadas. Uma década depois da implementação do “novo” currículo, ele é considerado pela maioria uma grande decepção e o sistema de ensino se encontra em meio a uma crise nacional, que inclui o colapso da disciplina em sala de aula, o esgotamento dos professores e a maior taxa de evasão já vivida. Nasce um novo cenário de cinismo, acompanhando o sentimento de fracasso e de exaustão sentido pelos professores. Muitas pessoas, mesmo aquelas em áreas mais carentes, lembramse dos maus e velhos tempos com nostalgia. Mais de 50% das HVFRODV QD ÉIULFD GR 6XO HVWmR RÀFLDOPHQWH FODVVLÀFDGDV SHODV autoridades de educação como disfuncionais.

Nove anos depois... Os mesmos velhos problemas – só que piores! O que você acha que vai ser quando crescer?

Desempregado, eu espero...

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Absorva estes!

OBSERVAÇÕES  A DICIONAIS ƒŽ ‡”ƒ ƒ ‡•…ƒŽƒ ‡ ‘ ”‹–Â?‘ †‡ –”ƒÂ?•ˆ‘”Â?ƒ­ Â‘ Â?ĥ ‡•…‘Žƒ• “—‡ percebeu-­â€?se  que  a  implementação  deveria  ser  centrada  na  formação  Â‡Â? Â?ƒ••ƒ †‡ ’”‘ˆ‡••‘”‡•Ǥ ĥ ‘ – Â‘ Â?‡…‡••ž”‹‘ ƒ…‘Â?’ƒÂ?ŠƒÂ?‡Â?–‘ ‡ ƒ’‘‹‘ Â?• ‡•…‘Žƒ• ’ƒ”ƒ –”‡‹Â?ÂžÇŚÂŽÂƒÂ• ‡ ‹Â?…‡Â?Â–Â‹Â˜ÂžÇŚÂŽÂƒÂ• Â?‘ —•‘ †‘ Â?‘˜‘ sistema,  nĂŁo  aconteceu  na  escala  necessĂĄria  e  nem  foi  feito  com  uma  abordagem  de  desenvolvimento.  A s  decisĂľes  e  os  planos  para  a  mudança  foram  elaborados,  mas  os  recursos  e  o  apoio  nĂŁo  estavam  lĂĄ  para  fazer  com  que  realmente  acontecessem. 2 …‡”–‘ “—‡ ˆ‘”ƒÂ? ‹Â?…‘”’‘”ƒ†‘• ƒ‘ Â?‘˜‘ …—””À…—Ž‘ ˜ƒŽ‘”‡• Â?ƒ‹• cuidadosos  e  voltados  ao  desenvolvimento,  mas  os  coordena-­â€? dores  tentaram  treinar  os  professores  atĂŠ  mesmo  nisso,  como  se  valores  fossem  simples  habilidades  que  pudessem  ser  transferidas.  ÂŽÂąÂ? †‹••‘ǥ ‘• Â?‘˜‘• ˜ƒŽ‘”‡• Â? Â‘ ‡•–ƒ˜ƒÂ? ”‡ƪ‡–‹†‘• Â?‘• …‘Â?’‘”-­â€? –ƒÂ?‡Â?–‘• †‘• †‹”‡–‘”‡• ‡Â? ”‡Žƒ­ Â‘ ƒ‘• ’”‘ˆ‡••‘”‡• Č‚ ƒƤÂ?ƒŽ ‡Ž‡• tinham  sido  igualmente  treinados.  Os  professores  continuam  sendo  submetidos  ao  mesmo  estilo  da  gestĂŁo  autoritĂĄria  do  departamento  de  educação  anterior  ao  Apartheid. Â?‘˜‘ …—””À…—Ž‘ ˆ‘‹ ‹Â?Â–Â”Â‘Â†Â—ÂœÂ‹Â†Â‘ÇĄ ’ƒ”–‹Â?†‘nj•‡ †‘ ’”‡••—’‘•–‘ de  que  o  que  os  professores  estavam  prontos,  pois  pertenciam  ao  sistema  antigo.  EntĂŁo,  eles  eram  obrigados  a  aprender  uma  linguagem  completamente  incipiente  (e  nada  fĂĄcil),  alĂŠm  dos  Â…‘Â?–‡ï†‘• †‘ Â?‘˜‘ …—””À…—Ž‘Ǥ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ˆ‘‹ – Â‘ ‡š–”‡Â?ƒ “—‡ ÂƒÂ–Âą mesmo  o  que  estava  sendo  trabalhado  foi  â€œtransformadoâ€?.  â€œO  bebĂŞ  foi  jogado  fora  junto  com  a  ågua  suja  do  banhoâ€?. ’”‘‹„‹­ Â‘ †ƒ ’—Â?‹­ Â‘ ÂˆĂ€Â•Â‹Â…ÂƒÇĄ ‘ ”‡†‹Â?‡Â?•‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘ †‘ …‘”’‘ de  professores  e  a  instituição  dos  coletivos  de  pais  eram,  em  si,  processos  enormes  de  transformação,  mas,  na  verdade,  cada  um  deles  jĂĄ  era  uma  mudança  de  grande  porte  para  as  escolas  absor-­â€? verem.  A  escala  e  o  ritmo  da  mudança  exauriu  a  todos.

Novos valores

-­â€?  O  que  realmente  aconteceu  aqui? ÇŚ “—‡ Âą “—‡ ˆƒœ •‡” – Â‘ Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ Â?—†ƒ” Č‹Â?‡•Â?‘ •‡Â?†‘ ƒŽ‰‘ Â?‡…‡••ž”‹‘ e  que  faz  todo  sentido)?  Como  fazer  com  que  as  mudanças  ÂŽÂƒÂ?…‡Â? Â”ÂƒĂ€ÂœÂ‡Â• ‡ •‡ –‘”Â?‡Â? ’ƒ”–‡ †‘ Â?‘†‘ †‡ ˆ—Â?…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘ †ƒ organização? ÇŚ ‘Â?‘ ’‘†‡Â?‘• ‹” ƒ‘ ‡Â?…‘Â?–”‘ †‡••‡• †‡•ƒƤ‘• …‘Â? —Â? Â?ƒ‹‘” Ă€Â?†‹…‡ de  sucesso  ao  acompanhar  e  apoiar  as  organizaçþes  durante  as  mudanças?

Hum?

ALGUNS APRENDIZADOS DESSA HISTĂ“RIA - Embasar, sustentar uma mudança nĂŁo ĂŠ um processo que pode ser resolvido com treinamentos e manuais de novas polĂ­ticas. Transformação organizacional requer acompanhamento, incentivo, mĂŁos dadas, coaching, aprendizagem e “desaprendizagemâ€?, e toda uma sĂŠrie de outros processos de apoio. NĂŁo importa quĂŁo grande seja a necessidade e a determinação, atalhos nĂŁo sĂŁo possĂ­veis. Se processos de apoio nĂŁo forem oferecidos, uma mudança sustentĂĄvel nĂŁo vai acontecer. - Mudança ĂŠ algo exaustivo – existe atĂŠ um termo que as pessoas usam para isso: fadiga de mudança. A capacidade das pessoas e das

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organizaçþes de aguentar mudanças tem limites TXH VH XOWUDSDVVDGRV VLJQLĂ€FDUmR GHVFXLGR imprudĂŞncia. - Embora o estĂ­mulo para uma mudança (por exemplo, um novo currĂ­culo) possa vir de fora, a mudança e a transformação que realmente importam sĂŁo as que, com o tempo, vĂŁo acontecendo dentro. Na verdade, a transformação ĂŠ tanto um processo relacional, quanto psicolĂłgico. O plano considerou pouco as barreiras internas que teriam de ser superadas para permitir que os professores assumissem as mudanças de bom grado.

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POR QUE A MUDANÇA ORGANIZACIONAL É ALGO TÃO DIFÍCIL DE REALIZAR?

“O jeito antigo de se fazer as coisas, muitas vezes, é sempre extremamente resistente à mudança.”

Parece que a resistência sempre vem junto com um processo de mudança. Isso é bom ou ruim?

ǡ ­ ­ ² Ƥ mudança possa encontrar um lugar seguro para morar. Estamos inter-­‐ essados naqueles aspectos do processo de mudança organizacional ­ À ­ ǡ além da simples decisão de mudar e do planejamento da mudança. RESISTÊNCIA À M UDANÇA O jeito antigo de se fazer as coisas -­‐ que não são mais úteis para as organizações -­‐ é, muitas vezes, extremamente resistente e não ­ Ǥ ǡ ² tende sempre a acompanhar um processo de mudança. A resistência ± ǫ ² Ǣ ± ²Ǧ Ǧ Ǥ À ± ver a resistência como um elemento vital da mudança, não como algo Ø Ǥ 2 Ƥ ǡ ǡ aumenta a probabilidade de que a mudança realmente aconteça. Se você não encontrar resistência alguma quando estiver em busca de alguma mudança, isso pode ser um sinal de que essa resistência está escondida agora e que talvez surja mais tarde para surpreendê-­‐lo, ou ± Ƥ importam se as coisas vão mudar ou não. ­ ± razão muito boa: talvez elas estejam vendo e experimentando coisas na mudança que os outros precisam estar cientes. Até que essas coisas sejam reconhecidas ou ouvidas, é comum que as pessoas resistam e tentem puxar a organização de volta para o lugar onde ela estava.

Na minha experiência, quando a resistência é trazida à tona, reconhecida e endereçada, ela não só melhora o processo de mudança, mas às vezes gera um comprometimento e uma energia extra para o trabalho.

A resistência pode ser muito saudável e, quando encarada, pode trazer boas energias.

A não ser que tenhamos resistência àqueles que estão resistindo

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O  efeito  dos  Temperamentos ‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ ‘‹• †‡•…”‡˜‡Â?‘• ‘• —ƒ–”‘ ‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘•Ǥ ƒ†ƒ —Â? –”ƒœ †‡•ƒƤ‘• ‡ …‘Â?–”‹„—‹­Ă™Â‡Â• ‡•’‡…ÀƤ…ƒ• ’ƒ”ƒ ‘ ’”‘…‡••‘ †‡ mudança: -­â€?  O  temperamento  de  fogo  geralmente  Ê  ansioso  por  mudanças  e  estĂĄ  disposto  a  assumir  riscos.  Isto  pode  trazer  boas  energias  ao  processo  de  mudança,  mas  tambĂŠm  pode  colocĂĄ-­â€?lo  em  perigo  se  os  riscos  forem  muito  grandes. -­â€?  O  temperamento  de  ågua  geralmente  aceita  a  mudança,  mas  pode  hesitar  e  atĂŠ  mesmo  parecer  resistente.  Ă‰  provĂĄvel  que  eles  estejam  esperando  o  momento  certo  para  agir,  procurando  o  caminho  mais  fĂĄcil  para  passar. -­â€?  O  temperamento  de  ar  ama  mudança  e  traz  otimismo,  sem  pensar  muito  em  como  ou  por  que  ela  Ê  necessĂĄria.  Quando  exac-­â€? erbada,  essa  qualidade  pode  ser  muito  arriscada,  mas  as  pessoas  deste  temperamento  contribuem  com  a  positividade  e  esperança  necessĂĄrias  para  o  processo. ÇŚ –‡Â?’‡”ƒÂ?‡Â?–‘ †‡ –‡””ƒ Âą …ƒ—–‡Ž‘•‘ ‡Â? ”‡Žƒ­ Â‘ Â? Â?—†ƒÂ?­Âƒ ‡ precisa  de  muito  convencimento.  Eles  podem  ser  excessivamente  pessimistas,  mas  suas  preocupaçþes  sĂŁo  muitas  vezes  mal  inter-­â€? pretadas  como  negatividade  destrutiva.  Eles  podem  ser  vistos  Â…‘Â?‘ ‘„•–ž…—Ž‘• “—ƒÂ?†‘ǥ Â?ƒ Â˜Â‡Â”Â†ÂƒÂ†Â‡ÇĄ Ž‡˜ƒÂ?–ƒÂ? “—‡•–Ù‡• Â?• “—ƒ‹• vale  a  pena  prestar  atenção,  economizando  um  monte  de  prob-­â€? lemas  posteriores. ƒ†ƒ ˜‘œ –‡Â? ƒŽ‰‘ ƒ …‘Â?–”‹„—‹”Ǥ ‘Â?‘ —Â? ŽÀ†‡” ‘— ÂˆÂƒÂ…Â‹ÂŽÂ‹Â–ÂƒÂ†Â‘Â”ÇĄ ƒ‘ –”ƒ„ƒŽŠƒ” …‘Â? —Â? ‰”—’‘ †‹˜‡”•‹Ƥ…ƒ†‘ †‡ Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ ‡•’‡”‡ǥ ‹Â?…‡Â?-­â€? tive  e  respeite  cada  uma  dessas  vozes.  Se  elas  nĂŁo  aparecem  por  si  prĂłprias,  entĂŁo  veja  se  vocĂŞ  pode  ajudĂĄ-­â€?las  a  aparecer.  Crie  opor-­â€? tunidades  para  a  impaciĂŞncia,  para  as  dĂşvidas  e  para  as  ansiedades  serem  ouvidas.

Precisamos mudar agora!

Calma aí‌ a mudança vai chegar‌

Ah, fala sĂŠrio... a mudança ĂŠ tĂŁo bacana‌

Não seja tão irresponsåvel! A mudança tambÊm Ê dor, sabia?!

DA  D EPENDĂŠNCIA  Ă€  I NDEPENDĂŠNCIA A  certa  altura  do  processo,  as  pessoas  querem  seguir  sozinhas  no  Â’”‘…‡••‘ †‡ Â?—†ƒÂ?­ÂƒÇĄ •‡Â? ƒ ƒŒ—†ƒ †‡ ˆƒ…‹Ž‹–ƒ†‘”‡•Ǥ ƒ Â˜Â‡Â”Â†ÂƒÂ†Â‡ÇĄ ‡•–‡ ’‘†‡ •‡” —Â? •‹Â?ƒŽ †‡ “—‡ ‡•–ƒÂ?‘• –‡Â?†‘ ²ÂšÂ‹Â–‘Ǥ ƒŽ˜‡œ ‘ Dz‡˜‡Â?–‘dz †ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ’‘” •‹ •× Œž –‡Â?Šƒ •‹†‘ •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• ’‘••ƒÂ? ÂŽÂ‡Â˜ÂžÇŚÂŽÂ‘ ƒ†‹ƒÂ?–‡ •‡Â? —Â?ƒ Ž‹†‡”ƒÂ?­Âƒ ‘— ˆƒ…‹Ž‹–ƒ­ Â‘Ǥ ĥ tambĂŠm  pode  ser  que,  apesar  de  terem  achado  uma  nova  direção  Â‡ ‡•–ƒ”‡Â? …‘Â?ƤƒÂ?–‡•ǥ •‹Â?–ƒÂ? †‹Ƥ…—Ž†ƒ†‡• ’ƒ”ƒ ‹Â?’Ž‡Â?‡Â?–ƒ” ĥ mudanças  sem  algum  tipo  de  apoio. Descobrimos que depois GH XP DYDQoR VLJQLĂ€FDWLYR WHU VLGR alcançado, as organizaçþes tendem a se desprender de nĂłs, facilitadores, como se o principal trabalho jĂĄ tivesse sido feito, e tentam encontrar seu prĂłprio caminho para implementar as decisĂľes que tomaram no processo que facilitamos. Ă€s vezes existem FRQVLGHUDo}HV GH RUoDPHQWR PDV JHUDOPHQWH Ă€FDPRV pensando se nĂŁo ĂŠ o caso deles jĂĄ estarem fartos de nossa ajuda e do lĂ­der estar mesmo ĂŠ querendo voltar a liderar.

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“Todos concordaram em começar a usar ‘diĂĄrios de prĂĄtica’, em que eles registrariam o que era feito no campo, as VXDV UHĂ H[}HV H RV VHXV aprendizados.â€?

?

PADRĂ•ES  T EIMOSOS  D E  COMPORTAMENTO  Â‡Â•Â?‘ “—‡ ‘ ’”‘…‡••‘ †‡ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ‡ ‘ ’ŽƒÂ?‘ ‡•–‡ŒƒÂ? „‡Â? ˆ‘”Â?—-­â€? lados  e  com  o  devido  suporte,  Ê  comum  que  as  organizaçþes  escorreguem  de  volta  para  seus  velhos  hĂĄbitos  e  para  os  seus  Â–‡‹Â?‘•‘• Â’ÂƒÂ†Â”Ă™Â‡Â• †‡ …‘Â?’‘”–ƒÂ?‡Â?–‘Ǥ ו –‘†‘• •ƒ„‡Â?‘• “—‡ Â?ƒ vida,  em  geral,  Ê  isto  que  acontece  e  nĂŁo  seria  diferente  para  orga-­â€? nizaçþes  que  tentam  mudar.  Podemos  voltar  a  velhos  hĂĄbitos  sem  nem  perceber.  Ă‰  preciso  consciĂŞncia,  lembretes  e  prĂĄtica  para  nos  treinarmos  nos  novos  padrĂľes  de  comportamento.

A MĂ RCIA COMPARTILHA ESTE ESTUDO DE CASO... Boa ideia... mas ĂŠ difĂ­cil se livrar de um velho hĂĄbito. 'RLV SURĂ€VVLRQDLV PXLWR FRPSURPHWLGRV FRP a organização de defesa de direitos Ă terra para a qual trabalhavam jĂĄ hĂĄ alguns anos, costumavam sair a campo para trabalhar com as comunidades que tentavam recuperar suas terras. Eles se acostumaram a conversar durante as viagens de carro de volta pra casa, contando um ao outro sobre as pessoas que encontraram, retomando o que aconteceu, compartilhando impressĂľes e aprendizados e discutindo sobre o que eles poderiam fazer diferente da prĂłxima vez. Isso foi de grande serventia para sua prĂĄtica, pois era uma maneira muito fĂĄcil e natural de “planejar, monitorar e avaliarâ€? e, como resultado, eles IRUDP VH WRUQDQGR FDGD YH] PDLV HĂ€FD]HV DR ORQJR GRV DQRV Em dado momento, a organização, com apoio e participação GHVVHV SURĂ€VVLRQDLV GH FDPSR GHFLGLX LPSODQWDU XP VLVWHPD PDLV colaborativo de aprendizagem, para que a experiĂŞncia dos GLIHUHQWHV SURĂ€VVLRQDLV GH FDPSR SXGHVVH VHU FRPSDUWLOKDGD de forma mais ampla e contribuĂ­sse para o desenvolvimento de novas prĂĄticas e de processos de pesquisa. Todos concordaram em começar a usar “diĂĄrios de prĂĄticaâ€?, em que eles registrariam R TXH HUD IHLWR QR FDPSR DV VXDV UHĂ H[}HV H RV VHXV aprendizados. A ideia era usar os diĂĄrios como uma base para compartilhar e contribuir com a prĂĄtica de outros. Os diĂĄrios foram comprados e entregues antes da viagem seguinte. 0DV DTXHOHV GRLV SURĂ€VVLRQDLV GH FDPSR HVWDYDP WmR DFRVWXPDGRV jV VXDV UHĂ H[}HV LQIRUPDLV H HĂ€FD]HV QR FDUUR que, de um jeito ou de outro, eles sempre se esqueciam de usar seus diĂĄrios e quando se lembravam, escreviam anotaçþes bem EUHYHV (OHV FRQWLQXDYDP D FRQĂ€DU HP VHXV EDWH SDSRV LQIRUPDLV PDV XP PrV RX GRLV GHSRLV DR FKHJDUHP jV VHVV}HV GH UHĂ H[mR sobre a prĂĄtica, perceberam que haviam esquecido vĂĄrios dos detalhes interessantes e que sĂł podiam compartilhar sua prĂĄtica FRP RV RXWURV GH PRGR PXLWR VXSHUĂ€FLDO

QUESTĂ•ES  PARA  T RABALHAR -­â€?  Se  esta  fosse  a  sua  organização,  o  que  vocĂŞ  teria  feito  para  ÂƒÂ’‘‹ƒ” ‘— ‹Â?…‡Â?–‹˜ƒ” ‘• ’”‘Ƥ••‹‘Â?ƒ‹• †‡ …ƒÂ?’‘ ƒ ”‡ƒŽÂ?‡Â?–‡ fazerem  um  esforço  para  usarem  os  diĂĄrios  de  prĂĄtica,  jĂĄ  que  todos  concordaram  com  a  ideia  inicial?  E  o  que  vocĂŞ  faria  agora?

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GERENCIANDO AS TRANSIÇÕES DA MUDANÇA TRANSFORMATIVA

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O processo de transformação ĂŠ essencialmente um processo GH PRUWH H UHQDVFLPHQWR H QmR GH PRGLĂ€FDomR PHFkQLFD

William Bridges

‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ ‹Â?…‘ǥ ƒ’”‡•‡Â?–ƒÂ?‘• ‘ ”‘…‡••‘nj ÇĄ “—‡ †‹•…‘””‡— sobre  a  necessidade  de  desaprender  atitudes,  valores,  pressup-­â€? ostos  etc.,  que  estĂŁo  nos  segurando  ou  nos  mantendo  em  crise.  ïÂ˜Â‹Â†ÂƒÂ•ÇĄ Â?‡†‘• ‡ ”‡••‡Â?–‹Â?‡Â?–‘• ƒÂ?–‹‰‘• –²Â? “—‡ •‡” –”ƒœ‹†‘• Â? tona  e  enfrentados.  Isso  cria  as  condiçþes  para  uma  nova  mudança  Â?ƒ•…‡”Ǥ ĥ Â?ƒ Â?‡†‹†ƒ ‡Â? “—‡ ĥ Â?—†ƒÂ?­ÂƒÂ• ’ŽƒÂ?‡Œƒ†ƒ• …‘Â?‡­ÂƒÂ? ƒ •‡” ‹Â?’Ž‡Â?‡Â?Â–ÂƒÂ†ÂƒÂ•ÇĄ ’‘†‡ •‡” “—‡ ॥ĥ Â†ĂŻÂ˜Â‹Â†ÂƒÂ• ‡ Â?‡†‘•ǥ ”‡•À†—‘• de  antigos  valores,  atitudes  e  hĂĄbitos  inĂşteis  voltem  a  rondar  por  ali.  ÂŽÂ‡Â• …‘Â?–‹Â?—ƒ” Â‘ ƒ ‡š‡”…‡” ƒŽ‰—Â?ƒ ‹Â?ƪ—²Â?…‹ƒ •‘„”‡ ‘ ’”‘…‡••‘ †‡ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ƒ Â?‡Â?‘• “—‡ •‡ŒƒÂ? Â?ƒ‹• —Â?ƒ ˜‡œ –”ƒœ‹†‘• ’ƒ”ƒ ƒ Â•Â—Â’Â‡Â”ÂˆĂ€Â…Â‹Â‡ e  olhados  com  atenção. ‹ŽŽ‹ƒÂ? ”‹†‰‡• …ŠƒÂ?‘— ‡•–‡ ’‡”À‘†‘ †‡ –‡Â?’‘ ‡Â?–”‡ ‘ ˜‡ŽŠ‘ ‡ ‘ novo  como  transição.

SĂ BIAS PALAVRAS DE WILLIAM BRIDGES

Podemos achar que transição ĂŠ apenas outro termo para designar mudança. Mas nĂŁo ĂŠ. Mudança ĂŠ sua mudança para uma nova cidade ou para um novo emprego. É o nascimento de seu novo bebĂŞ ou a morte de seu pai. É a troca do seu plano de saĂşde do trabalho antigo para o novo, ou a substituição do seu gerente por um novo, ou a aquisição que a sua empresa acabou de fazer. Em outras palavras, a mudança ĂŠ situacional. A transição, por outro lado, ĂŠ psicolĂłgica. Ela nĂŁo diz respeito aos eventos em si, mas sim Ă UHRULHQWDomR LQWHUQD H j DXWRUUHGHĂ€QLomR TXH YRFr WHP TXH ID]HU D Ă€P de incorporar qualquer uma dessas mudanças em sua vida. Sem uma transição, uma mudança ĂŠ apenas uma reorganização dos mĂłveis da casa. A menos que a transição aconteça, a mudança nĂŁo vai funcionar, pois ela nĂŁo terĂĄ sido “feitaâ€?. Qualquer que seja a palavra usada, a verdade ĂŠ que nossa sociedade fala muito sobre mudança, mas raramente lida com a transição. E infelizmente, para nĂłs, ĂŠ a transição que nos cega e que, muitas vezes, ĂŠ a fonte dos nossos problemas...

Acusaçþes agressão medo dúvidas ressentimentos recriminação mal-entendidos

Velhos hĂĄbitos Ainda nĂŁo estĂŁo mortos!

”‹†‰‡• ƒƤ”Â?ƒ “—‡ ĥ –”ƒÂ?•‹­Ă™Â‡Â• • Â‘ …‘Â?’‘•–ƒ• ’‘” –”²Â• ‡•–ž‰‹‘•ǣ

Í•ČŒ ‘ ƤÂ?ÂƒÂŽÇĄ 2)  a  zona  neutra,  e  Í—ČŒ ‘ Â?‘˜‘ ‹Â?À…‹‘Ǥ

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1. O F INAL Com o tempo, as pessoas se acostumam e se sentem confor-­‐ táveis com os padrões estabelecidos em sua organização. O Ƥ Ƥ ±ǡ ǡ abrir espaço para que um novo começo possa crescer e se desen-­‐ volver. Isso nunca é fácil e não podemos assumir que o evento ­ ǡ ×ǡ Ƥ desapegarem do antigo. É importante perceber que o jeito antigo de fazer as coisas, ǡ Ǥ -­‐ idade, ele pode ter servido muito bem a organização no passado, ­ daquela época. Algumas pessoas que estavam intimamente ligadas com esses modos de fazer do passado podem sentir que ± À trabalhavam anteriormente e até mesmo a eles. Pode ser que o engajamento deles com as mudanças futuras gerem problemas. Garantir que as suas contribuições sejam reconhecidas e cele-­‐ bradas pode ajudar essas pessoas a deixar o passado para trás. Em termos práticos, esta fase pode envolver reuniões regu-­‐ lares, onde o processo de mudança é revisado. A s pessoas podem ƪ ǡ práticas, atitudes etc. ainda estão sendo mantidos, apesar do compromisso de se livrar deles. Seria importante para as pessoas perceberem que este apego ao passado é bastante natural e espe-­‐ rado, e que vai demandar esforço da parte deles deixá-­‐los de lado. Pode ser importante criar espaços para viver o luto em relação ao passado. Em muitos casos, os eventos de mudança podem ser bastante duros, com cortes de pessoal e perda de status para acomodar as novas descrições de cargos ou nomeações. Quando a mudança é particularmente drástica, pode ser útil para a lider-­‐ ança organizar um evento simbólico onde a organização celebra o passado e o coloca para descansar, como em um funeral de um ente querido. Gestos simbólicos como este abrem caminhos psicológicos que nos ajudam a abrir mão do que se foi.

2. A ZONA N EUTRA modo de fazer as coisas ainda não vai se traduzir no novo começo ­ ­ Ǥ À “entre”, por meio do qual a organização ainda tem que encon-­‐ Ǥ 2 Ǥ 2 À ­ ­ Ǥ membro da equipe pode ter que se reportar a uma pessoa dife-­‐ rente e as expectativas dos novos papéis podem não estar claras. As pessoas podem não ter as novas competências exigidas para os seus novos papéis. Algumas consequências da mudança podem não ter sido totalmente previstas, criando insegurança e frust-­‐ ração entre a equipe. Isso também pode levar alguns membros da equipe a deixar a organização, criando ainda mais incerteza e até mesmo ressentimento por aqueles deixados para trás, a quem cabe carregar o fardo largado. A produtividade tende a cair e isso pode desencadear uma grande ansiedade.

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× ­ Ǥ Bridges diz:

$ =RQD 1HXWUD p XP SRQWR PXLWR GHVDÀDGRU QD transição de um processo de mudança organizacional. Ela demanda paciência, a habilidade de tranquilizar e de manter a calma por parte da liderança, exige trabalho em equipe e muita comunicação. Isso tudo, acompanhado de metas claras e um bom plano para se chegar lá, vai dar à mudança a oportunidade de se DFRPRGDU H ÀQDOPHQWH FXPSULU D SURPHVVD TXH HOD IH] para o futuro, ou para o novo começo, da organização.

William Bridges

ǡ ± ± ± ǡ ï problemas aparentemente insolúveis podem ser resolvidos de Ǥ À ± ± -­‐ tuno para a organização experimentar novas formas de fazer as coisas, de inovar. É necessário o vazio da zona neutra para destravar esse potencial. O caminho para o consenso” Capacetes devem ser usados ao longo de todo trajeto

3. U M N OVO COMEÇO A transição deve terminar com um novo começo, revisitando-­‐se a visão. Isso não deve ser feito prematuramente, antes dos velhos hábitos estarem mortos e enterrados, antes dos fortes laços com o passado terem sido desamarrados, deixando apenas memórias. A nova visão, certamente, não será uma experiência nem de perto Dz dzǤ Facções e oposições vão continuar, mas esperamos que melhor Ƥ Ǥ deve dar corpo e forma para a nova missão, visão e direção estra-­‐ tégica, fazendo com que as pessoas acreditem que vale a pena se comprometer com elas. O autor se refere a São Paulo. Ele estava no encalço de Jesus de Nazaré, quando teve uma visão em que o próprio Jesus lhe disse para pegar a estrada e ir para Damasco. Ele foi cegado pela luz dessa visão e seus companheiros tiveram que conduzi-lo para Damasco, onde ele recuperou sua visão e decidiu atender ao seu chamado.

Essa é a estrada para Damasco?

É, na verdade, o caminho pedregoso que leva a Consenso!

Você não vai precisar mais disso!

Bagagem residual

m age Bag ual d resi

Lixo da história

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- Psss! O que vocĂŞ acha?

SUGESTĂ•ES PRĂ TICAS PARA LĂ?DERES NA IMPLEMENTAĂ‡ĂƒO DE MUDANÇAS

- Psss! O que vocĂŞ acha?

5HĂ H[mR

Ventilação

Mais rĂĄpido!

ÇŚ ‡ ˜‘…² Ƥœ‡” ’ƒ”–‡ †ƒ Ž‹†‡”ƒÂ?­ÂƒÇĄ …‘Â?•‹†‡”‡ …‘Â?Ƥƒ” ƒ‘ ”‡•–‘ †ƒ ‡“—‹’‡ ‘• †‡•ƒƤ‘• ‡ †‹Ž‡Â?ĥ †ƒ Â?—†ƒÂ?­ÂƒÇĄ convidando-­â€?os  a  dar  suas  sugestĂľes. ÇŚ ‡Â?„”‡nj•‡ †‡ ˆƒœ‡” ”‡—Â?‹Ù‡• ”‡‰—Žƒ”‡• †‡ ”‡˜‹• Â‘Ǥ Esses  processos  sĂŁo  extremamente  importantes  Â’ƒ”ƒ ‰‡”ƒ” …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ ‡ •‡‰—”ƒÂ?­ÂƒÇĄ ‡Â? —Â? ’‡”À‘†‘ que  pode  ser  muito  caĂłtico.  Essas  reuniĂľes  de  revisĂŁo  podem  ser  feitas  durante  as  reuniĂľes  de  equipe  semanais  ou  mensais  preexistentes.  O  processo  de  ação-­â€?aprendizagem  tambĂŠm  Ê  uma  boa  ferramenta  Â’ƒ”ƒ •‡” —•ƒ†ƒ Â?ĥ ˜ž”‹ƒ• ƒ­Ă™Â‡Â• …‘Â?–ÀÂ?Â—ÂƒÂ•ÇĄ ‡Â? “—‡ se  quer  construir  uma  imagem  precisa  de  uma  situ-­â€? ação  em  processo  de  mudança  para  fazer  os  ajustes  necessĂĄrios  ao  seu  plano.  SessĂľes  assim  podem  ajudar  a  mapear  um  caminho  sensato  em  meio  ao  caos. ÇŚ ² ‡•’ƒ­Â‘ ’ƒ”ƒ ĥ ’‡••‘ƒ• †ƒ”‡Â? ˜ƒœ Â‘ ƒ‘• •‡—• sentimentos.  Isso  ajuda  a  diluir  algumas  tensĂľes  que  Â‰Â‡Â”ƒŽÂ?‡Â?–‡ ƒ…‘Â?’ƒÂ?ŠƒÂ? ĥ –”ƒÂ?•‹­Ă™Â‡Â• ‡ ƒ –”ƒœ‡” Â? tona  emoçþes  profundas.  -­â€?  Ă€s  vezes,  ter  representantes  de  uma  â€œequipe  de  mudançaâ€?  pode  ser  muito  útil.  Em  diferentes  Â’”‘‰”ƒÂ?ĥ ‘— •‡••Ù‡•ǥ —Â? …‘Ž‡‰ƒ †‡ …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ poderia  representar  os  demais,  durante  o  processo,  Â‡ …‘Â?—Â?‹…ƒ” ƒ˜ƒÂ?­Â‘• ‡ †‡•ƒƤ‘•Ǥ

Isso ĂŠ o que eu acho

VocĂŞ tĂĄ O doido? quĂŞ?

Oi, Bianca – você tem um minuto?

Nem pensar!

Matar Bang! Bang!

-­â€?  A s  pessoas  podem  ter  perguntas  angustiantes  sobre  a  mudança  e  se  os  seus  dirigentes  nĂŁo  as  responderem  eles  vĂŁo  encontrar  respostas  de  alguĂŠm,  em  algum  ÂŽÂ—‰ƒ”Ǥ ĥ –ƒŽ˜‡œ ‡Žƒ• Â? Â‘ •‡ŒƒÂ? ĥ ”‡•’‘•–ƒ• …‡”–ƒ•Ǥ A  importância  da  comunicação  durante  a  transição  Ê  mais  do  que  fundamental.  Ela  deve  ser  frequente  e  envolver  todos  os  membros.  Isso  ajuda  a  lidar  com  algumas  das  fofocas  e  boatos  que  sĂŁo  partes  inevi-­â€? –ž˜‡‹• †ƒ ”‡•‹•–²Â?…‹ƒ Â?ƒ–—”ƒŽ Â? Â?—†ƒÂ?­ÂƒǤ -­â€?  Procure  um  grupo  de  pessoas  de  fora  da  organização  Â’ƒ”ƒ –”‘…ƒ” ‹†‡‹ƒ•Ǥ À†‡”‡• †‡ ‘—–”ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ que  viveram  uma  mudança  semelhante,  sĂŁo  os  conselheiros  ideais.  nj  Â‘ ˆ‘”…‡ ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ ’ƒ”ƒ “—‡ ‡Žƒ ƒ…‘Â?–‡­Âƒ ”ƒ’‹†ƒÂ?-­â€? ‡Â?–‡Ǥ ‡Â?Šƒ ‰”ƒÂ?†‡• Â˜Â‹Â•Ă™Â‡Â•ÇĄ Â?ĥ Â? Â‘ •‡ ƒ’”‡••‡Ǥ ² pequenos  passos  e  traga  todos  com  vocĂŞ. Â

Mudança real

– Oba!

ÇŚ ‡Œƒ ‰—‹ƒ†‘ ’‘” •‡—• Â˜ÂƒÂŽÂ‘Â”Â‡Â•ÇĄ ’”‹Â?…À’‹‘• ‡ ’”‘’ו‹–‘•Ǥ ÇŚ ‡Â?„”‡nj•‡ †‡ …‡Ž‡„”ƒ” …ƒ†ƒ …‘Â?“—‹•–ƒǤ

Finalmente!

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Sobrevivendo CAPÍTULO 7

à Mudança Organizações que aprendem e inovam

“ “

Em tempos de mudança, os aprendizes herdarão a terra, enquanto os que já aprenderam se encontrarão muito bem equipados para lidar com um mundo que já não existe mais.

Eric Hoffer

Nós fazemos o caminho caminhando.

Provérbio africano

Olá, eu sou a Cris... Se quisermos sustentar os benefícios trazidos pela mudança e manter as coisas vivas precisaremos, então, investir em aprendizagem contínua. Nesse capítulo, examinaremos o que é necessário fazer para que isso aconteça, olhando tanto para a aprendizagem individual e coletiva, como para o modo de despertar vida aos processos de planejamento, monitoramento e avaliação. Algumas histórias sobre “aprendizagem horizontal” - como uma plataforma viva para novos tipos de organização e colaboração - também serão exploradas.

: O que é aprendizagem horizontal?

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Eu não sei, mas parece legal!

OFICINA DE APRENDIZAGEM HORIZONTAL

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TAC

A CAMPANHA DE TRATAMENTO EM AĂ‡ĂƒO (TAC) ĂŠ o maior movimento social da Ă frica do Sul. Por meio de um trabalho incansĂĄvel, esse movimento social pressionou o governo a ampliar o acesso a drogas antirretrovirais. A força motriz veio principalmente de agĂŞncias e da mobilização de pessoas portadoras de HIV e AIDS. A TAC, por meio de campanhas, lançou mĂŁo das vantagens das novas polĂ­ticas e do espaço legal criado no perĂ­odo pĂłs-apartheid a seu favor.

“Quando caminho pelos escritĂłrios da TAC, sinto-me em ĂĄrea livre: a imagem ĂŠ a de uma vela e de uma porta aberta.â€?

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JOANA CONTA COMO É TRABALHAR PARA O TAC... Eu juntei-me Ă TAC em 2001, quando estava na faculdade. Membros da TAC, da regiĂŁo de Khayelitsha, tinham o costume de nos visitar para que nos unĂ­ssemos Ă sua causa, embora ela tivesse sido proibida pela faculdade – o que nĂŁo nos preocupava. A TAC promovia vĂĄrios eventos culturais para jovens e as cançþes nos aproximavam, pois quando alguĂŠm canta e começamos a cantar juntos, tudo parece fazer sentido. As pessoas reĂşnem novos versos, fazendo com que a mĂşsica e a mensagem cresçam. Na TAC, temos a chance de desempenhar um papel, cada um GH QyV ([LVWH FRQĂ€DQoD DPRU H OLEHUGDGH 4XDQGR FDPLQKR SHORV escritĂłrios da TAC, sinto-me em ĂĄrea livre: a imagem ĂŠ a de uma vela e de uma porta aberta. Embora nĂŁo seja possĂ­vel ver, Ă s vezes hĂĄ bagunça e desorganização, mas isso nĂŁo importa, pois estamos todos juntos. HĂĄ muita gente com diferentes modos de pensar, especialmente entre os jovens. A maioria ĂŠ voluntĂĄria e alguns sĂŁo coordenadores em tempo integral. O escritĂłrio central pediu que cada segmento da TAC se reunisse toda sexta-feira Ă tarde para compartilhar os resultados e planejar - e nĂłs temos muito para compartilhar. NĂłs nos sentamos e compartilhamos. Sempre começamos com uma canção e um jogo, entĂŁo, um por um compartilha o que quer que seja, mas QmR IRUoDPRV QDGD &RQWDPRV R TXH Ă€]HPRV R TXH GHX FHUWR RX errado e tentamos consertar as coisas. Cada um de nĂłs escreve cuidadosamente o que foi dito para contar Ă queles que nĂŁo estiveram lĂĄ. O coordenador elabora um pequeno relatĂłrio para o escritĂłrio central. Ao planejar, seguimos o estado de espĂ­rito das pessoas e realmente aproveitamos os encontros. A TAC providencia pĂŁo e chĂĄ e, algumas vezes, o dinheiro do transporte. Na TAC, permanecemos vivos e conectados. É um centro comunitĂĄrio. O espĂ­rito ĂŠ de fogo e calor.

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Questões para trabalhar: Ȉ ­ × ǫ Ȉ ± organizada? Ȉ ² ǫ Ȉ ­ ± disso para a vida da organização? Ȉ ² ǡ ï organização ou a sua prática?

UM R ITMO D E A PRENDIZAGEM × Ȃ ­Ù Ƥ ǡ ǡ Ƥ ǡ ǡ ­ Ǥ Ƥ × ± -­‐ À Ǥ ǣ Ǧ ƪ ǡ trabalho tão importante quanto qualquer outro. E seus encontros são agradáveis! ǡ ǡ Ƥ ǡ -­‐ ­Ù Ù Ǥ ǡ ǡ ­ ǡ ǡ Ȃ toda a organização se reúne, semana a semana, para pensar sobre si mesma, para se reconstituir e para acender nova chama entre eles... e para se divertir juntos. Seus encontros também são ocasiões cult-­‐ urais únicas, começando com uma canção e um jogo, uma oração, um tempo de camaradagem. Eles compartilham suas histórias e Ǥ ± Ǥ ± Ǥ é necessário nenhum sistema de gestão de aprendizagem ou de Ǥ ǡ ǡ ­ Ǥ verdade, essa bagunça e essa desorganização provavelmente possi-­‐ bilitam maior participação, uma qualidade emergente em espaços humanos e arejados, criando uma atmosfera de liberdade compartil-­‐ À Ƥ ­Ù Ǥ À poderoso para o planejamento, como quando a Carla diz: “Ao ǡ À dzǤ

“Na verdade, essa bagunça e essa desorganização provavelmente possibilitam maior participação, uma qualidade emergente em espaços humanos e arejados, criando uma atmosfera de liberdade compartilhada na qual todos os indivíduos se sentem à vontade e YDORUL]DGRV R VXÀFLHQWH para trazer suas diversas contribuições.”

MAIS PODER PARA AS COMUNIDADES POR MEIO DA ORGANIZAÇÃO

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Para ser franco...

A CRIS LEMBRA A HISTĂ“RIA DO LENHADOR... (UD XPD YH] XPD YHOKD TXH DQGDYD SHOD Ă RUHVWD prĂłximo a sua casa, quando encontrou um homem que cortava uma ĂĄrvore. Eles se cumprimentaram e ele continuou o trabalho com o seu machado. Ele estava trabalhando duro, determinado a completar o trabalho e ver o resultado antes do entardecer. Ela o observou por um tempo e, entĂŁo, desapareceu. Um pouco mais tarde, ela retornou trazendo uma pedra e um pequeno balde com ĂĄgua. Quando ele parou seu trabalho por um instante, para enxugar a testa, ela entregou a pedra e o balde a ele e disse: “Eu estou vendo que o senhor estĂĄ muito ocupado. Mas, para ser franca, acho que o senhor precisa parar um pouco para UHVSLUDU H DĂ€DU VHX PDFKDGRÂľ “VĂĄ embora, mulherâ€?, respondeu o lenhador, “eu estou ocupado demais e nĂŁo tenho tempo para isso!â€?. 4XDQGR QyV DĂ€DPRV QRVVRV PDFKDGRV" 4XDQGR LQYHVWLPRV QRVVR tempo em aprender, em melhorar e repensar o que fazemos? Quantos de nĂłs tambĂŠm nĂŁo estamos ocupados demais?

O QUE SIGNIFICA SER UMA ORGANIZAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM?

â€œĂ‰ uma organização que nutre a si mesma...â€?

‹†‡‹ƒ †‡ —Â?ƒ Dz‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â?Çł Œž ‡š‹•–‡ ’‘” ÂƒĂ€ ˆƒœ –‡Â?’‘Ǥ Ԡĥ ĥ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ƒ’”‡Â?†‡Â?ÇĄ ‡•–‡ŒƒÂ? ‡Žƒ• …‘Â?•…‹‡Â?–‡• disso  ou  nĂŁo,  pois  as  pessoas  que  estĂŁo  nela  aprendem  constan-­â€? –‡Â?‡Â?–‡Ǥ ĥ ƒ••‹Â? …‘Â?‘ ĥ Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ Â?‡Â? –‘†ƒ• ĥ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• aprendem  direito.  Para  ser  uma  â€œorganização  de  aprendizagemâ€?  vocĂŞ  tem  que  tentar  ser  uma,  esforçar-­â€?se  para  aprender  regular-­â€? mente  com  consciĂŞncia:  Ê  preciso  reservar  um  tempo  para  aprender.  Â‡Â” ƒ ƒ–‹–—†‡ …‘””‡–ƒ Â? Â‘ Âą •—Ƥ…‹‡Â?–‡ǤǤǤ ˜‘…² –‡Â? “—‡ ˆƒœ‡” ĥ …‘‹•ƒ• de  forma  diferente! Â?ƒ „”‡˜‡ †‡ƤÂ?‹­ Â‘ ’ƒ”ƒ •‡‰—‹”Â?‘•ǤǤǤ Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ “—‡ ƒ’”‡Â?†‡ǥ †‡Ž‹„‡”ƒ†ƒÂ?‡Â?–‡ǥ ”‡•‡”˜ƒ —Â? tempo  regular:  para  aprender  a  partir  de  suas  experiĂŞncias;  para  Â’‡Â?•ƒ” •‘„”‡ ‘ “—‡ •—ƒ• ˜‹˜²Â?…‹ƒ• •‹‰Â?‹Ƥ…ƒÂ? Â?ƒ •—ƒ ’”ž–‹…ƒǢ ’ƒ”ƒ desenvolver  suas  capacidades  de  forma  a  melhorar  continuamente  a  qualidade  de  seu  trabalho;  para  repensar  seus  propĂłsitos,  quando  necessĂĄrio,  e  para  fortalecer  o  modo  como  se  organiza  para  fazer  o  seu  trabalho. A learning organisation deliberately puts regular time aside to learn from its experience, to think about what this means for practice and to develop its capabilities, in order to continually improve the quality of its work, to rethink its purpose when necessary and to strengthen how it organises itself to do the work.

”‡‰”ƒ †‡ ‘—”‘ Âą …‘Â?•‡‰—‹” ”‡•‡”˜ƒ” Í•Í™Ψ Â†Â‘ –‡Â?’‘ ‘”‰ƒ-­â€? Â?‹œƒ…‹‘Â?ƒŽ ’ƒ”ƒ ƒ’”‡Â?†‡” Č‚ ƒŽ‰—Â?• ’‘†‡Â? …ŠƒÂ?ƒ” ‹••‘ †‡ ’‡•“—‹•ƒ e  desenvolvimento.

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Por que é tão importante ser uma organização que aprende? ...Porque nós precisamos estar vivos para mudar Pense como as coisas parecem mudar todos os dias, todas as semanas, todo mês! O ano passado parece ter passado há cinco anos! Em muitas comunidades, as condições de vida estão se deteriorando, os preços estão subindo, o clima está mudando, a doença e o crime aumentando, nossas crianças são muito diferentes do que fomos, a internet muda o ǡ Ƥ Ù ǡ ǤǤǤ Ƥ vez mais longa. ­ ǡ Ƥ Ǥ ­ ǡ regulares, olha em volta para ver o que está mudando e pensa sobre o que está fazendo e onde precisa mudar para continuar atualizada.

“Se queremos democratizar o mundo, devemos democratizar a aprendizagem. Ajudar pessoas comuns a aprender sobre o mundo para melhorar os rumos e os acontecimentos da própria vida, é uma condição fundamental para a mudança.”

...Porque nós precisamos ser responsáveis por cada um e pelo mundo ­ ǡ À ǡ Ǥ ­ ± Ø complexo, algumas vezes um processo entre a vida e a morte, então, ± À Ƥ Dz dz maneira -­‐ temos que nos responsabilizar, temos que compreender se o ± ï Ǥ ² único caminho a seguir, de maneira que faça sentido para nós, é adot-­‐ ando uma abordagem de aprendizagem honesta, capaz de oferecer ao ƪ Ǥ ...Porque o mundo é realmente complicado e precisamos tentar entendê-­‐lo! Ȃ Ƥ do observador casual. Os livros, os textos e os especialistas graduados não parecem ter as respostas. Portanto, pessoas como você, pessoas que estão trabalhando para melhorar as vidas dos outros e as suas próprias, precisam se unir para procurar as respostas por meio da sua própria experiência e das experiências dos outros. Se somarmos ² ǡ ­Ù quais pertencemos, contribuiremos muito mais para que o mundo faça sentido. você? mudança

o monstro do colapso global

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“Se  queremos  democratizar  o  mundo,  devemos  democratizar  a  aprendizagem.â€?

ǤǤǤ ‘”“—‡ •‡ Â?ו Â? Â‘ Ƥœ‡”Â?‘• ‹••‘ ‘ ’‘†‡” •‡Â?’”‡ ’‡”–‡Â?…‡”ž ƒ‘• ricos  e  poderosos,  que  realmente  investem  em  aprendizagem  Â‘ •‡ ‡Â?‰ƒÂ?‡ǥ ‘• ”‹…‘• ‡ ’‘†‡”‘•‘• ‹Â?˜‡•–‡Â? ‡Â?‘”Â?‡• “—ƒÂ?–‹ƒ• †‡ tempo  e  dinheiro  em  aprendizagem,  pesquisa  e  desenvolvimento  para  encontrar  novos  caminhos,  cuidando  de  seus  prĂłprios  inter-­â€? esses.  Se  quisermos  democratizar  o  mundo,  devemos  democratizar  a  aprendizagem.  Ajudar  pessoas  comuns  a  aprender  sobre  o  mundo  para  melhorar  os  rumos  e  os  acontecimentos  da  prĂłpria  vida  Ê  uma  condição  fundamental  para  a  mudança.

DESENHANDO NOSSA PRĂ“PRIA ABORDAGEM DE APRENDIZAGEM NA ORGANIZAĂ‡ĂƒO

EXISTE ALGUM MODELO DE “MELHORES PRĂ TICASâ€? QUE AS ORGANIZAÇÕES QUE APRENDEM PODEM SEGUIR? Essa ĂŠ uma questĂŁo complexa. Muitas organizaçþes desenvolveram “boas prĂĄticasâ€? de aprendizagem e muitas delas puderam ser as melhores em sua prĂłpria situação. Podemos aprender muito com organizaçþes e comunidades que aprendem, mas as organizaçþes precisam desenvolver suas prĂłprias abordagens e prĂĄticas. É possĂ­vel tomar por emprĂŠstimo ou experimentar ideias daqui e dali, desde que nĂŁo se pretenda transformar-se em cĂłpia de algum modelo de “melhores prĂĄticasâ€?. Cada organização tem um jeito Ăşnico de trabalhar e aprender, portanto, se quiser ser criativa e bem-sucedida deve permitir que sua singularidade seja expressa.

Assim como existem diversas organizaçþes, existem diversas formas de aprender. Cada organização precisa experimentar e descobrir que tipo de abordagem e que prĂĄtica de aprendizagem sĂŁo as melhores para DSRLDU PHOKRUDU H GHVDĂ€DU R VHX WUDEDOKR Para desenhar a prĂłpria abordagem de aprendizagem ĂŠ importante entender mais sobre a temĂĄtica “aprendizagemâ€?.

Ă€Â˜Â‡Â‹Â• †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? ‘†‡Â?‘• ƒ’”‡Â?†‡” ‡Â? ˜ž”‹‘• Â?Ă€Â˜Â‡Â‹Â• †‹ˆ‡”‡Â?–‡•ǥ •‡Œƒ …‘Â?‘ ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â•ÇĄ como  grupos  ou  como  organizaçþes.  Ă‰  importante  prestar  atenção  a  Â…ƒ†ƒ Â?Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ “—ƒÂ?†‘ †‡•‡Â?Šƒ”Â?‘• ĥ ƒ–‹˜‹†ƒ†‡• †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? ‡Â? ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•Ǥ ‡Œƒ ‘ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ ‘‹•ǥ ’ž‰‹Â?ƒ Í–Í?Ǥ

APRENDENDO  N O  N Ă?VEL  D A  C ABEÇA Isso  envolve  adquirir  e  desenvolver  ÂˆÂƒÂ–‘•ǥ …‘Â?Š‡…‹Â?‡Â?–‘• ‡ ‹†‡‹ƒ•Ǥ ‘‹• †‡•ƒƤÂ‘Â•ÇŚÂ…ÂŠÂƒÂ˜Â‡ †‡••‡ Â?Ă€Â˜Â‡ÂŽ • Â‘ÇŁ ˆƒœ‡” „‘ƒ• perguntas  e  pensar  de  forma  criativa. APRENDENDO  N O  N Ă?VEL  D O  C ORAĂ‡ĂƒO Aqui,  desenvolvemos  uma  sĂŠrie  de  emoçþes  e  tambĂŠm  a  sensibilidade  para  lidar  com  elas,  bem  como  a  nossa  capacidade  de  sentir,  de  criar  empatia,  de  Â•Â‡Â”Â?‘• ”‡…‡’–‹˜‘• …‘Â? ”‡Žƒ­ Â‘ Â?• ƒ–‹–—†‡• e  a  Êtica  que  valorizamos  -­â€?  e  que  guiam  nosso  pensar  e  fazer. APRENDENDO  N O  N Ă?VEL  D OS  P ÉS  E  DAS  M ĂƒOS

••‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‡” ‡ †‡•…‘„”‹” as  habilidades,  capacidades  e  tambĂŠm  a  vontade  que  estĂĄ  por  trĂĄs  do  que  se  faz  (por  exemplo,  coragem,  entusiasmo,  Â…‘Â?ƤƒÂ?­ÂƒČŒǢ …ƒ’ƒ…‹–ƒ” ‘• ƒ’”‡Â?†‹œ‡• ƒ conectar  o  aprendizado  do  coração  e  da  cabeça  com  a  ação,  com  a  prĂĄtica;  ajudar  os  aprendizes  a  desbloquear  sua  vontade,  a  lidar  com  questĂľes  como  a  dĂşvida  e  o  medo  de  falhar.

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DESAPRENDENDO Um dos maiores bloqueios para o aprendizado pode vir justamente do que nós jå sabemos, acreditamos e queremos. Nós nos agarramos ao que sempre funcionou algumas vezes por uma boa razão, mas se a necessidade e a situação tiverem mudado, teremos que atravessar um processo difícil para deixar para trås velhos caminhos e abrir espaço para que novas ideias, crenças e desejos criem raízes. (Veja o Processo-U, no Capítulo 5, pågina 112)

CRIATIVO ART�STICO CÉREBRO DIREITO

ANAL�TICO CIENT�FICO CÉREBRO ESQUERDO

APRENDIZAGEM DO LADO ESQUERDO E DO LADO DIREITO DO CÉREBRO No nĂ­vel de aprendizagem da cabeça, precisamos estimular nĂŁo DSHQDV R ODGR HVTXHUGR GR FpUHEUR RQGH R SHQVDU OyJLFR FLHQWtĂ€FR e analĂ­tico estĂĄ, mas tambĂŠm o lado direito do nosso cĂŠrebro, onde estĂŁo as nossas capacidades criativas, artĂ­sticas e intuitivas. Muitas pessoas nĂŁo se sentem Ă vontade para expressar o seu lado criativo, entĂŁo, esse aspecto precisa receber uma atenção especial. SABEDORIA Sabedoria ĂŠ uma habilidade que todos temos e que vem de boas H[SHULrQFLDV H UHĂ H[mR 4XDQGR VRPRV ViELRV HVWDPRV FRQVWUXLQGR a partir da nossa experiĂŞncia (boa ou mĂĄ) para enxergar o que estĂĄ sob a superfĂ­cie e comunicar o que foi visto em palavras e açþes. A sabedoria vem da habilidade de observar ou ouvir profundamente, de passar por toda a complexidade - pelo excesso de informação para encontrar a essĂŞncia e as realidades mais simples.

“

Eu nĂŁo daria nada pela simplicidade que estĂĄ deste lado da complexidade. Mas daria minha vida pela simplicidade que estĂĄ do outro lado.

�

Oliver Wendell Holmes

“A aprendizagem pode chegar a nĂłs de vĂĄrias maneiras.â€?

TIPOS Â D E Â A PRENDIZAGEM

A  aprendizagem  pode  chegar  a  nĂłs  de  vĂĄrias  maneiras,  por  meio  Â†Â‡ †‹ˆ‡”‡Â?–‡• ƒ„‘”†ƒ‰‡Â?•ǥ Â?¹–‘†‘• ‡ –”ƒ„ƒŽŠ‘ Â?‘• †‹ˆ‡”‡Â?–‡• Â?Ă€Â˜Â‡Â‹Â•Ǥ Aqui,  estĂŁo  algumas  das  abordagens  fundamentais  para  a  apre-­â€? ndizagem  que  vocĂŞ  deve  ter  em  mente  ao  desenhar  processos  de  aprendizagem: aç

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.! ǧ Čƒ EXPERIĂŠNCIA Č‹Â˜Â‡ÂŒÂƒ ÂƒÂ’Ă€Â–Â—ÂŽÂ‘ ͙ǥ ˜‡Œƒ ’ž‰‹Â?ĥ Í•Í”ÍœÇŚÍ•Í•Í”ČŒ ƒ ƒ­ Â‘ÇŚÂƒÂ’Â”Â‡Â?†‹œƒ‰‡Â? Â?ו ˜‹˜‡Â?…‹ƒÂ?‘• —Â?ƒ ‡š’‡”‹²Â?Â…Â‹ÂƒÇĄ ”‡ƪ‡-­â€? –‹Â?‘• •‘„”‡ Â‡ÂŽÂƒÇĄ Â‡ÂšÂ–Â”ÂƒĂ€Â?‘• ĥ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â?•ǥ ’ŽƒÂ?‡ŒƒÂ?‘• —Â?ƒ abordagem  nova  ou  melhorada,  tentamos  realizĂĄ-­â€?la  e,  entĂŁo,  de  Â?‘˜‘ ”‡ƪ‡–‹Â?‘• ‡ ƒ’”‡Â?†‡Â?‘• ‡Â? …‹…Ž‘• …‘Â?–ÀÂ?—‘• ‡ Â?‡ŽŠ‘”ƒ†‘•Ǥ ו —•ƒÂ?‘• ƒ ƒ­ Â‘ÇŚÂƒÂ’Â”Â‡Â?†‹œƒ‰‡Â? Â?ƒ Â?ƒ‹‘” ’ƒ”–‡ †‘ –‡Â?’‘ǥ ‰‡”ƒŽ-­â€? mente  de  forma  inconsciente.  Ă‰  um  caminho  muito  natural  de  se  aprender.  Se  nos  tornarmos  mais  conscientes  de  como  aprendemos,  poderemos  melhorar  a  qualidade  da  nossa  aprendizagem. Existe  a  ação-­â€?aprendizagem  rasa  Č‚ “—ƒÂ?†‘ —•ƒÂ?‘• ƒ Dz–‡Â?–ƒ–‹˜ƒ ‡ ‡””‘dz Č‚ ‹•–‘ ¹ǥ Â?ו –‡Â?–ƒÂ?‘• —Â?ƒ –¹…Â?‹…ƒ ‡ •‡ ‡Žƒ Â? Â‘ ˆ—Â?…‹‘Â?ƒ” tentamos  outra,  atĂŠ  encontrarmos  uma  que  funcione... ‡š‹•–‡ ƒ ƒ­ Â‘ÇŚÂƒÂ’Â”Â‡Â?†‹œƒ‰‡Â? ’”‘ˆ—Â?†ƒ Č‚ “—ƒÂ?†‘ Â?ו ‘„•‡”˜ƒÂ?‘• ‘ “—‡ ‡•–ƒÂ?‘• ˆƒœ‡Â?†‘ ‘— –‡Â?‘• ÂˆÂ‡Â‹Â–Â‘ÇĄ ”‡ƪ‡–‹Â?‘• •‘„”‡ ‹••‘ ‡

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O que você prefere, horizontal ou vertical?

Eu sou mais a abordagem integrada.

À ǡ diferente. Algumas vezes, a aprendizagem rasa, por “tentativa e erro”, é o Ȃ ­Ù ǡ as variáveis são poucas e o custo de falhar é baixo; em outras vezes, ± Ȃ ­ ± e repetir os mesmos erros não é uma opção. A A PRENDIZAGEM H ORIZONTAL Está relacionada com a ação-­‐aprendizagem, mas envolve apre-­‐ nder a partir da experiência de outros, não só a partir das próprias experiências. Por exemplo, a aprendizagem entre pares, intercâm-­‐ bios entre comunidades ou grupos de aprendizagem de produtores rurais, são formas de aprender particularmente poderosas, muito práticas e rápidas. Esse tipo de aprendizagem pode também reduzir o isolamento da comunidade e construir bons relacionamentos de solidariedade. A narração de histórias é um método poderoso de aprendizagem horizontal. APRENDIZAGEM V ERTICAL Essa aprendizagem pode ser encontrada em cursos, escolas, universidades, livros etc. A aprendizagem vertical acontece, quando especialistas, professores, palestrantes, autores etc., nos trans-­‐ ï À Ǥ Ser autodidata pode ser muito empoderador, além de permitir ­ ƪ À À ² Ǥ um conselheiro -­‐ ou até de um grupo de estudos -­‐ para conseguir estudar. APRENDIZAGEM I NTEGRADA E T RABALHO ² -­‐ À ­Ù Ǥ aprendizagem usam mais de um tipo e constroem sólidas pontes entre eles e o trabalho. Por exemplo, cursos que oferecem um misto de processos horizontais e verticais, permitem que os participantes extraiam o melhor de ambas as abordagens.

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA DESENHAR A APRENDIZAGEM

“Os intercâmbios de aprendizagem podem trazer surpreendentes e úteis percepções entre os participantes.”

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Orientações práticas para desenhar a aprendizagem À ² -­‐ gurar que os processos de aprendizagem sejam produtivos e agradáveis. TRABALHE D E D IVERSAS FORMAS Ao desenhar processos de aprendizagem organizacionais, é À aprendizagem, de usar diferentes tipos de aprendizagem (conforme mencionados acima), e que funcionem para diferentes situações. As experiências de aprendizagem não só renderão mais frutos, mas você descobrirá como as pessoas gostam de ser estimuladas a À Ǥ Ǥ ­ ² tente usá-­‐las, experimentando-­‐as. A aprendizagem entre pares, ou a aprendizagem horizontal, é particularmente poderosa. Os intercâmbios de aprendizagem podem trazer surpreendentes e úteis percepções entre os participantes. WWW.BAREFOOTGUIDE.ORG


USE  R ITUAIS  L OCAIS,  ATIVIDADES  E  M ETĂ FORAS ‘Â?Â‡Â…Â–ÂƒÂ”ÇŚÂ•Â‡ …‘Â? ƒ …—Ž–—”ƒ Ž‘…ƒŽ ƒŒ—†ƒ ‘ ‰”—’‘ ƒ ‰ƒÂ?Šƒ” …‘Â?ƤƒÂ?­Âƒ ‡ ƒ se  sentir  mais  seguro  em  relação  aos  processos  de  aprendizagem  e,  Â…‘Â?•‡“—‡Â?–‡Â?‡Â?–‡ǥ Â?ƒ‹• Ž‹˜”‡ ‡ Â? ˜‘Â?–ƒ†‡ ’ƒ”ƒ …‘Â?’ƒ”–‹ŽŠƒ”Ǥ ‡ ĥ pessoas  quiserem  compartilhar  suas  experiĂŞncias  e  ideias,  elas  nĂŁo  podem  ter  medo  de  ser  criticadas,  zombadas  ou  punidas  por  serem  ÂŠÂ‘Â?‡•–ƒ•Ǥ ƒŽ˜‡œ Ž‡˜‡ –‡Â?’‘ ’ƒ”ƒ “—‡ —Â? ƒÂ?„‹‡Â?–‡ •‡‰—”‘ ˜‡Â?Šƒ a  fazer  parte  da  cultura  do  grupo,  mas  faça  tudo  o  que  puder  para  proteger  o  direito  das  pessoas  de  falarem  honestamente. ǧ 3 ž •‡Â?’”‡ Â?—‹–‘ ƒ ‰ƒÂ?Šƒ” …‘Â? ĥ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹ÂƒÂ• †ƒ• Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ …‘Â? ƒ sua  experiĂŞncia  real.  Ajude-­â€?as  a  fazerem  boas  perguntas  sobre  as  Â•Â—ĥ Â’Â”Ă—Â’Â”Â‹ÂƒÂ• ‡š’‡”‹²Â?…‹ƒ• Č‚ ˜‡Œƒ Dz ƒœ‡Â?†‘ ’‡”‰—Â?–ƒ• Â?‡ŽŠ‘”‡•dzǥ na  pĂĄgina  25  e  â€œQuestĂľes  orientadorasâ€?,  do  ciclo  de  ação  apren-­â€? †‹œƒ‰‡Â?ÇŻÇĄ Â?ƒ ’ž‰‹Â?ƒ Í•Í•Í”Ǥ

“Conectar-se com a cultura local ajuda o grupo a ganhar FRQĂ€DQoD Âľ

LIGUE  A  A PRENDIZAGEM  Ă€  N OVA  AĂ‡ĂƒO ƒ Â?‡†‹†ƒ ‡Â? “—‡ ĥ ’‡••‘ƒ• ˜ Â‘ ƒ’”‡Â?†‡Â?†‘ǥ ‹Â?Â…Â‹Â–Â‡ÇŚÂƒÂ• ƒ ˆƒœ‡” ƒ ligação  entre  o  que  foi  aprendido  e  suas  atividades,  mesmo  que  isso  seja  sĂł  o  prĂłximo  passo.  Encoraje-­â€?as  a  experimentarem,  a  tentarem  novas  ideias,  a  aplicarem  novas  aprendizagens  ao  seu  trabalho  e  a  Â…‘Â?–‹Â?—ƒ”‡Â? ”‡ƪ‡–‹Â?†‘ •‘„”‡ ĥ •—ƒ• Â?‘˜ƒ• ‡š’‡”‹²Â?…‹ƒ•Ǥ FAÇA  O  A PRENDIZADO  S ER  A LGO  D IVERTIDO Intercale  as  sessĂľes  mais  sĂŠrias  com  atividades  mais  leves,  sejam  elas  jogos,  comer  juntos,  cantar  juntos,  ir  a  algum  lugar  juntos...  apre-­â€? nder  pode  ser  cansativo,  por  isso  precisamos  variar  os  mĂŠtodos,  os  passos,  o  ritmo  e  atĂŠ  mesmo  os  ambientes.

Eu gosto do que ele diz sobre introdução de variedade!

É mesmo?

“Aprender pode ser cansativo, por isso precisamos variar os mĂŠtodos, os passos, o ritmo e atĂŠ mesmo os ambientes.â€?

E A EM RN G TO DIZA OM C EM N A RE D G AP ERTI IZA L D TA DIV EN R ON RIZ HO AP

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A

OFICINA DE APRENDIZAGEM HORIZONTAL torne a aprendizagem divertida – faça coisas juntos - introduza variedade - varie os mĂŠtodos - mude os passos.

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CUIDADO...

rochedo

lugar duro

PARA  N ĂƒO  D EIXAR  A S  P ESSOAS  E SGOTADAS  Se  uma  organização  passa  as  quatro  semanas  do  mĂŞs  trabalhando  dia  e  noite,  qual  a  chance  real  dela  ser  produtiva?  As  pessoas  podem  ter  trabalhado  mais,  mas  elas  realizaram  mais  trabalhos?  Conhecemos  vĂĄrias  organizaçþes  que  trabalham  muito  fazendo  coisas  que  realmente  nĂŁo  valem  mais  a  pena,  repetindo  os  mesmos  erros  e  lutando  para  Â‡Â?…‘Â?–”ƒ” ƤÂ?ƒÂ?…‹ƒÂ?‡Â?–‘ ’ƒ”ƒ ’”‘‰”ƒÂ?ĥ “—‡ Œž ‡•– Â‘ †‡•‰ƒ•–ƒ†‘• ‡ •‡Â? ˜‹†ƒǤ ƒ Â?ƒ‹‘” ’ƒ”–‡ †‡••ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â•ÇĄ ĥ ’‡••‘ƒ• ‡•– Â‘ ‹Â?ˆ‡Ž‹œ‡• ‡ Â?—‹–‘• Ƥ…ƒÂ? – Â‘ ‡•–ƒˆƒ†‘• “—‡ ƒ…ƒ„ƒÂ? ‹Â?†‘ ‡Â?„‘”ƒǤ 2 realmente  trĂĄgico,  porque  geralmente  essas  organizaçþes  tĂŞm  muitas  pessoas  altamente  competentes  e  comprometidas,  pessoas  boas  que  realmente  poderiam  fazer  diferença. —‹–ƒ• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• ‰—ƒ”†ƒÂ? •‡Â?‡ŽŠƒÂ?­ÂƒÂ• ‡Â? —Â? ƒ•’‡…–‘ Č‚ nenhuma  delas  leva  a  aprendizagem  organizacional  a  sĂŠrio.  O  tempo  reservado  para  a  aprendizagem  entre  pares  Ê  visto  como  um  luxo  para  elas,  um  encaixe  a  ser  feito  apenas  se  houver  um  tempinho  sobrando  do  â€œverdadeiro  trabalhoâ€?  da  organização.  A  aprendizagem  nĂŁo  Ê  vista  como  uma  parte  vital  de  todo  o  ciclo  de  trabalho. Â

“O trabalho de mudança social tornou-se muito complexo para esse estilo individual de “aprendizagem-estrelaâ€? funcionar.â€?

A ǧ ‘” “—‡ —Â?ƒ ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ “—‡ –‡Â? ŽÀ†‡”‡• ’ƒ”–‹…—Žƒ”Â?‡Â?–‡ ‹Â?’”‡••‹‘Â?-­â€? ƒÂ?–‡•ǥ “—‡ • Â‘ ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â• ‡š–”‡Â?ƒÂ?‡Â?–‡ ‡š’‡”‹‡Â?–‡• ‡ ‡Â?Â’Â‘Â†Â‡Â”ÂƒÂ†Â‘Â•ÇĄ ˆ”‡“—‡Â?–‡Â?‡Â?–‡ Ƥ…ƒÂ? – Â‘ ÂƒÂ“Â—ÂąÂ? †ƒ• ‡š’‡…–ƒ–‹˜ƒ•ǤǤǤǍ Â?ƒ ”ƒœ Â‘ Âą “—‡ ‡••‡• ŽÀ†‡”‡• ‰‡”ƒŽÂ?‡Â?–‡ Â? Â‘ ƒ…ŠƒÂ? “—‡ ’”‡•–ƒ” ƒ–‡Â?­ Â‘ Â? ƒ’”‡Â?-­â€? dizagem  organizacional  seja  necessĂĄrio.  Por  quĂŞ?  Ora,  porque...  porque  eles  jĂĄ  sabem  o  que  fazer  e  quando  eles  nĂŁo  sabem,  eles  simplesmente  acham  a  solução  por  conta  prĂłpria.  E  eles  esperam  que  todos  os  outros  façam  a  mesma  coisa,  porque  Ê  assim  que  sempre  foi  feito.  Eles  sĂŁo  Â…‘Â?Š‡…‹†‘• …‘Â?‘ ‘• ƒ’”‡Â?Â†Â‹ÂœÂ‡Â•ÇŚÂ‡Â•Â–Â”Â‡ÂŽÂƒÇŁ • Â‘ ‹Â?Â†Â‹Â˜Ă€Â†Â—Â‘Â• ƒŽ–ƒÂ?‡Â?–‡ ‡ƤÂ…ÂƒÂœÂ‡Â•ÇĄ ĠÂ?‹”ƒ†‘• ‡ ”‡•’‡‹–ƒ†‘•Ǥ EXISTEM  QUATRO  PROBLEMAS  OU  QUESTĂ•ES  QUE  DERIVAM  DESSA  S Ă?NDROME. ...Primeiro,  o  trabalho  de  mudança  social  tornou-­â€?se  muito  complexo  Â’ƒ”ƒ ‡••‡ ‡•–‹Ž‘ ‹Â?†‹˜‹†—ƒŽ †‡ Dzƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â?ÇŚÂ‡Â•Â–Â”Â‡ÂŽÂƒÇł ˆ—Â?…‹‘Â?ƒ” Č‚ Š‘Œ‡ em  dia  o  trabalho  organizacional  requer  mĂşltiplos  insumos  e  pensam-­â€? ento  coletivo  para  a  descoberta  de  soluçþes  viĂĄveis. ...Segundo,  poucos  de  nĂłs  sĂŁo  â€œaprendizes-­â€?estrelaâ€?.  A  maioria  de  nĂłs,  em  geral,  luta  para  aprender  por  conta  prĂłpria  e  temos,  portanto,  necessidade  de  compartilhar  nossas  experiĂŞncias,  escutar  opiniĂľes  e  levantar  boas  discussĂľes  para  desenvolver  nossas  observaçþes,  percepçþes  e  planos.  AlĂŠm  do  mais,  somos  seres  sociais  que  gostam  de  aprender  juntos. ǤǤǤ ‡”…‡‹”‘ǥ ‡Â? Â?‘••ƒ• ”‡Žƒ­Ă™Â‡Â• †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? …‘Žƒ„‘”ƒ–‹˜ƒ ‡ espaços  de  aprendizagem,  temos  a  chance  de  testar  e  experimentar  Â’‘Â?–‘• †‡ ˜‹•–ƒ ‡ ‹†‡‹ƒ• †‹ˆ‡”‡Â?–‡•Ǥ ‡••ƒ ˆ‘”Â?ÂƒÇĄ –ƒÂ?„¹Â? …‘Â?•‡‰—‹Â?‘• ƒ’”‡Â?†‡” —Â?• •‘„”‡ ‘• ‘—–”‘•Ǥ ‡ ‘• ŽÀ†‡”‡• †‘ –‹’‘ Dzƒ’”‡Â?Â†Â‹ÂœÇŚÂ‡Â•Â–Â”Â‡ÂŽÂƒÇł nĂŁo  encorajam  ou  participam  destas  atividades,  roubam,  entĂŁo,  da  Â‘”‰ƒÂ?‹œƒ­ Â‘ ‡••‡ ‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡ ˆ—Â?†ƒÂ?‡Â?–‘ ’ƒ”ƒ ‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ ‡Ƥ…‹‡Â?–‡ ‡ colaborativo. ǤǤǤ Â—ÂƒÂ”Â–Â‘ÇĄ •‡ Â?‘••‘• DzÂŽĂ€Â†Â‡Â”Â‡Â•ÇŚÂ‡Â•Â–Â”Â‡ÂŽÂƒÇł Â? Â‘ ‡•–‹˜‡”‡Â? …‘Â?‘•…‘ ‡Â?“—ƒÂ?–‘ ‡•–‹˜‡”Â?‘• ƒ’”‡Â?†‡Â?†‘ ȋ“—‡ ’‘†‡ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ” Â?‡ŽŠ‘”ƒ” ‘— repensar  o  nosso  trabalho),  como  eles  vĂŁo  compreender  as  boas  Â‹Â†Â‡Â‹ÂƒÂ• “—‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‡”Â?‘•Ǎ ••‹Â?ÇĄ ‡•–ž …”‹ƒ†ƒ ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ Â’Â”Â‘Â’Ă€Â…Â‹Âƒ ’ƒ”ƒ …‘Â?ƪ‹–‘• †‡ –”ƒ„ƒŽŠ‘Ǥ —ƒ ƒ—•²Â?…‹ƒ ’‘†‡ Â?‘• –‘”Â?ƒ” ‹Â?•‡‰—”‘• ‡ Â?‘• impedir  de  pensar  e  planejar  por  nĂłs  mesmos.

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POR QUE AS ORGANIZAÇÕES RESISTEM A APRENDER? MUITO O CUPADO “Estou aqui para trabalhar... Estamos muito ocupados para inve-­‐ stir tanto tempo... aprendizagem é um luxo!” × Ǥ ­ -­‐ ração da energia gasta -­‐ comer e dormir -­‐, também precisamos ƪ -­‐ gias e ideias. MÁS E XPERIÊNCIAS Dz ï Ƥ senti vergonha.” ± ǡ À ǡ ǡ apoiar e aprender uns com os outros, sem medo. PROCESSOS M AÇANTES Dz × ƪ ǡ Ǩdz Precisamos nos instrumentalizar com processos de aprendizagem Ƥ ­ Ǥ É M UITO D IFÍCIL COMEÇAR Dz × ­ ǡ ± À Ǥdz Comece com coisas que já estão fazendo, não importando se são ǣ Ǥ Ǧ Ǥ ǡ Ù ǡ na cozinha, depois do trabalho, ou em seu caminho de volta, você pode ter conversas realmente úteis que o ajudem a aprender com a experiência. Pense sobre como você pode melhorá-­‐las. Quem mais À ǫ ONDE E STÁ TODO M UNDO? Dz × ǡ ǡ então paramos.”; “Parecia que aquela aprendizagem era apenas para alguns.”; “As pessoas importantes não têm tempo para apre-­‐ nder conosco.” 2 À aprendizagem coletiva: requer uma liderança habilidosa.

ra

ir fo s é ca o m a Nós v daqui.

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Ei! Esperem por mim! LUGAR NENHUM

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SANDRA HILL, DO CDRA, FALA SOBRE AS “SEMANAS EM CASA�

“Uma maneira de se tornar uma organização que aprende ĂŠ reservar tempo regular para que os membros da organização aprendam juntos.â€?

SEMANA EM CASA

Uma maneira de se tornar uma organização que aprende ĂŠ reservar tempo regular para que os membros da organização aprendam juntos. No CDRA nĂłs temos a ‘Semana em Casa’, uma semana inteira dedicada a processos de aprendizagem organizacional que realizamos todos os meses do ano. Todos os colegas, baseados no campo e no escritĂłrio, comparecem. Essa semana caseira segue um padrĂŁo bĂĄsico, mas nĂŁo uma rotina restrita: Segunda-feira: um dia para se reconectar com os demais, FRPSDUWLOKDU R FDIp GD PDQKm H DV QRWtFLDV VHJXLGR GH XPD RĂ€FLQD criativa, dada por um artista. NĂłs cantamos, pintamos, esculpimos, tocamos percussĂŁo, dançamos etc. Ă€ tarde, escrevemos breves UHODWyULRV UHĂ H[LYRV GH GXDV SiJLQDV VREUH QRVVDV H[SHULrQFLDV D respeito de um tema particular relacionado ao trabalho. 7HUoD IHLUD FRPSDUWLOKDPRV QRVVRV UHODWyULRV UHĂ H[LYRV FRP RV outros. A ĂŞnfase nĂŁo estĂĄ em resolver problemas ou oferecer FRQVHOKRV PDV HP RXYLU FRP DWHQomR H FXLGDGR REVHUYDU H UHĂ HWLU sobre o que ĂŠ ouvido - e aprender. Depois de anos, grande parte das nossas aprendizagens vieram por meio desses processos UHĂ H[LYRV Quarta-feira: estudos de casos, revisĂŁo de um artigo escrito para uma conferĂŞncia ou publicação, ou uma oportunidade para que as HTXLSHV VH HQFRQWUHP SDUD SUHSDUDU XP FXUVR RX RĂ€FLQD RX LQLFLDU uma pesquisa. Quinta-feira: reuniĂŁo de trabalho voltada para a gestĂŁo de SURJUDPDV LQIRUPDo}HV Ă€QDQFHLUDV H RXWURV DVVXQWRV LQWHUQRV seguido por um encontro de alocação estratĂŠgica para considerar pedidos, perguntas, contatos e convites. Algumas vezes, fazemos supervisĂŁo pessoal neste dia. Sexta-feira: grupo de estudo sobre um livro importante para aprofundar a nossa prĂĄtica, seguido por um fechamento das TXHVW}HV PDLV SUHPHQWHV H D FROHWD GH QRVVDV UHĂ H[}HV H FRQYHUVDV para subsidiar açþes futuras. O CDRA tem realizado essas semanas caseiras hĂĄ 15 anos. Reservar este tempo para aprendizagem, realmente nos ajuda a focar e aprofundar nossa prĂĄtica. A “receitaâ€? que temos usado estĂĄ sempre evoluindo, mas contĂŠm os seguintes ingredientes bĂĄsicos:

A r RAM assa p PROG e IRA var A la RÇA-FE R I E s E F DA- eias T erdida N U m p o SEG parar meias iscutir s e d r s – ĂłrfĂŁ ura IRA EXPOSIĂ‡ĂƒO proc RTA-FE s meias -caça meias ĂłrfĂŁs QUA ema da “meia -FEIRA l A RA prob TA-FEI sâ€? SEXT nçado a N e I QU iniciant eia av m a e par cção d A e t e MAN rgĂŞncia E d S e A XIM ia de em Ă“ R P e em to d

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MEIAS: O ELO PERDIDO O MELHOR DA... PSICOMEIA HOJE

O PRÉ-MEIà TICO

A “OUTRA� MEIA

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ELEMENTOS-CHAVE PARA A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL ͕Ǥ Ƥ À À ± ­ própria experiência e aprender com nossas próprias ações; outro À ± × ǡ -­‐ À Ǣ À ± probabilidade de mudar aumenta quando a aprendizagem envolve Dz dz Ȃ ­ ǡ ­ ± Ǥ 2. Encontrar as nossas próprias perguntas pessoais e organizacionais × ǣ ­ ǫ Ƥ ǫ ǫ × ­ ­ ǡ ǣ ­Ù ǫ Ƥ ǡ ­ ǡ ǫ ǡ ǡ ƪ ǡ -­‐ ndizagem: “Quais são as formas e processos de organização que mudam o poder no mundo?” 3. Criar oportunidades para encontrar e expressar a nossa voz × ² ǡ ² encontra o seu poder. Como eu encontro minha voz? Como eu sei ǫ ǡ ï Ǥ Dz dz ǡ À -­‐ ­Ù ǡ ÀƤ ǡ ǡ Ƥ ǡ ǡ acontecendo no dia a dia e em nós mesmos. Geralmente, estabel-­‐ ecemos um tempo para as pessoas pensarem individualmente. ǡ ­ ² ƪ Ù ǡ ǡ caseiras fazemos uma coleta dessa prática. 4. Compreender a natureza da comunidade e nutri-­‐la ­Ù Ǥ ǡ ǡ À destrutiva. A interação, conversas e desacordos entre nós geram novos modos de ver as coisas, novas ideias e novas compreensões. A aprendizagem organizacional acontece entre nós. Quanto melhor for a qualidade das relações, mais seguro será o ambiente e maior será a vontade de cada um de nós, de compartilhar a nossa voz. 5. Aprender criativamente e construir um elo entre a arte e o desenvolvimento À aprender com a totalidade do cérebro, com ambos os lados: o direito e o esquerdo. Processos criativos nos ajudam a passar do pensam-­‐ ento racional, lógico, intelectual -­‐ lado esquerdo do cérebro -­‐, para um modo de pensar mais imaginativo, criativo e intuitivo -­‐ lado direito do cérebro. Quando usamos o nosso cérebro, aumentamos a chance de ter mais insights, de ver o “quadro” de forma mais ampla, de lembrar que estamos trabalhando em direção ao desconhecido.

“Os an alf XXI não abetos do sé cu se não po rão aqueles lo dem le que r e escr mas aq eve ueles q u e não s r, capaze erão s de a desapr ender e prender, re $OYLQ 7R aprender.” IÁHU

6. Apoiar a aprendizagem com liderança Dz dz equipe de três pessoas, que consultam os colegas e planejam cada processo, assegurando a continuidade e a profundidade da aprendizagem.

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HISTÓRIAS, APRENDIZAGEM E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL...

“Os antigos tecem suas histórias no futuro de suas crianças.” Por Lebogang Mashile

O que histórias folclóricas, ǡ Ƥ ǡ ǡ estudos de caso e novelas ² ǫ eles são diferentes tipos de histórias. Você consegue imaginar um dia na sua vida sem contar uma ou duas × ǫ verdade, nossa vida toda é um desdobramento de dramas, × ǡ À-­‐ tulos do passado e do presente, com os futuros ainda esperando para serem escritos. × ǡ ­ ǡ adorávamos ouvir histórias e desde o começo dos tempos elas ocupam um papel fundamental no desenvolvimento das crianças. ǫ × ǡ elas entram nas crianças e se expandem, abrindo espaços nos quais a imaginação pode explorar, voar e crescer, onde elas podem se perder, onde elas podem se recriar e experimentar novas verdades. Sabemos que as histórias são mestres Ƥ ­ ǡ Ǧ baixo de portas trancadas, por sob sua resistência ­ ǡ Ǧ × ² ǡ suas próprias lições de casa. É um caminho que as crianças aprenderam através das épocas, em todas as culturas. crianças nesse aspecto? Quando ouvimos uma boa história, uma experiência interessante, ela pode nos despertar para algo novo e, se ela é bem contada, testemunhamos o momento em que a história nos penetra para se tornar uma parte da experiência da qual aprenderemos. Bons processos de aprendizagem sempre

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extraem algo da experiência, das histórias, para alimentar nossos pensamentos e ideias para ações no futuro. Se quisermos trabalhar com apre-­‐ ndizagem em organizações e t r a ns f o r m a ç ã o social, temos que aprender a trabalhar com histórias de pessoas, com suas experiências. Ƥ ǡ ­ social tem a ver com pessoas mudando suas vidas, aprendendo sobre histórias passadas para mudar suas histórias futuras. × histórias, mas também mudamos e nos transformamos ao contá-­‐las. Quando mulheres que sofreram abusos, das favelas da ± ǡ histórias umas para as outras, elas transformam ǡ À ǡ × de sobrevivência e a partir disso criam novo repertório de empoderamento. Qualquer pessoa é capaz de contar uma história Ȃ × ǣ nossos companheiros o que aconteceu no trab-­‐ alho, ao explicar para uma criança porque algo é perigoso, ou ao descrever algo estranho que vimos para um amigo. Assim, quanto mais praticamos, × Ǥ × escrevê-­‐las ou gravá-­‐las para que outros as leiam ou escutem. ± Ȃ artistas, escritores, dançarinos, atores, cantores Ȃ × Ǥ ² -­‐ dores de histórias tradicionais. Procure estas pessoas, convide-­‐as a entrar, aprenda com elas.

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PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAĂ‡ĂƒO (PMA)

“

“NĂłs temos sido diletantes e amadores Com algumas de nossas melhores noçþes Para o melhoramento humano. NĂłs temos sido como crianças mimadas: 1yV WHPRV VLGR FRPR FULDQoDV WLUkQLFDV Exigindo provas quando ĂŠ preciso ouvir.â€?

�

(De Mental Fight, por Bem Okri)

(VWD VHomR ROKD SDUD DOJXQV GRV PDLV SURIXQGRV GHVDĂ€RV GDV abordagens e atividades de Planejamento, Monitoramento e Avaliação, por meio das quais as organizaçþes gerenciam, melhoram, repensam e prestam contas de sua prĂĄtica.

POIS BEM... CHEGOU A HORA DE MUDAR O NOSSO JEITO DE PENSAR...

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RESULTADOS

“Se erros e falhas nĂŁo estiverem sendo cometidos, ĂŠ porque o processo nĂŁo estĂĄ sendo DWLYR R VXĂ€FLHQWH Âľ Coenraad van Houten

‡Â?‘• Â?‘• –‘”Â?ƒ†‘ ‘„•‡••‹˜‘• …‘Â? ‡ -­â€? 3 Ǥ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ †‡ ’”‘Œ‡–‘• –‘”Â?‘—nj•‡ ƒ ˆ‘”Â?ƒ predominante  de  desenvolver  organizaçþes,  passando  a  ocupar  Â‘ Ž—‰ƒ” “—‡ ’‡”–‡Â?…‡ Â?• ‘”‰ƒÂ?‹œƒ­Ă™Â‡Â• Ž‘…ƒ‹•Ǥ ”‘Œ‡–‘• ‡š‹‰‡Â? “—‡ nos  esforcemos  para  prever  consequĂŞncias,  resultados,  impactos,  geralmente  anos  antes  do  tempo. O  pressuposto  (e  a  esperança!)  que  estĂĄ  por  trĂĄs  disso,  Ê  de  que  ÂƒÂ‘ –‡” …Žƒ”‡œƒ †‡ ‘Â?†‡ “—‡”‡Â?‘• …Š‡‰ƒ” ƒ‘ ƤÂ?ÂƒÂŽÇĄ –‡”‡Â?‘• …Žƒ”‡œƒ •‘„”‡ ‘ “—‡ ’”‡…‹•ƒÂ?‘• ˆƒœ‡” ’ƒ”ƒ …Š‡‰ƒ” ŽžǤ ו ’”‡•—Â?‹Â?‘• “—‡ isso  nos  darĂĄ  uma  boa  direção.  E  presumimos  que  isso  nos  tornarĂĄ  capazes  de  assumirmos  a  responsabilidade  por  esses  resultados.  ÂƒÂ•ÇĄ ‹Â?ˆ‡Ž‹œÂ?‡Â?–‡ǥ Â?ƒ Â?ƒ‹‘” ’ƒ”–‡ †ƒ• Â˜Â‡ÂœÂ‡Â•ÇĄ ‡•–ƒÂ?‘• ‡””ƒ†‘• quanto  a  tudo  isso! Algumas  vezes,  planejamentos  baseados  em  resultados,  func-­â€? ionam  quando  as  condiçþes  sĂŁo  favorĂĄveis  ou  projetĂĄveis  (veja  pag.  Í–Í”ÇŚÍ–Í•ČŒǤǤǤ Â?ĥ •‡ Â? Â‘ ˆ‘”‡Â?ÇĄ ‡Â?– Â‘ÇĄ ‘ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ †‡ ’”‘Œ‡–‘• impĂľe  uma  falsa  lĂłgica,  baseando-­â€?se  em  condiçþes  que  nĂŁo  existem  e  sobrecarregando  as  pessoas  com  resultados  e  planos  excessiva-­â€? mente  ambiciosos  e  pouco  realistas. Â

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Ah! Um morango delicioso!

CONSEQUĂŠNCIAS

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Gestão por resultados Indo direto ao ponto: no complexo mundo das transformações, a gestão de resultados traz muito mais problema que ajuda. Por quê? Confusão e decepção surgem entre doadores e parceiros. Quem recebe doações está sempre tendo que explicar porque o plano original não funcionou, porque “falhou”. Nós podemos nos fechar para possibilidades que não foram previstas inicialmente. ± que podem acontecer. Quantas vezes ignoramos resultados não planejados, que poderiam ter tido um enorme impacto se tivessem sido apoiados quando surgiram? Ter o nosso direcionamento pautado pela necessidade de gerar resultados cria um medo e uma ansiedade destrutivos. × ­ ÀƤ ǫ × conseguiremos mais recursos? Eu serei promovido? O que deveria nos motivar passa a nos torturar -­‐ e o medo mina a honestidade. Assim, quando chega a hora de “mensurar o nosso desempenho”, procuramos e “encontramos” os resultados que ǡ Ǥ ǡ nos tornamos sutilmente desonestos. E mais importante: isso destrói o caminho para a aprendizagem a partir da experiência! Se, por causa do medo de falhar, deixarmos de ser completamente honestos, nunca aprenderemos de forma verdadeira e, assim, nunca melhoraremos. Então, que alternativas existem?

Caramba! Como a cenoura se torna a vara?

­Ù À ǡ ainda assim é importante ter um propósito e alguns objetivos; mas ÀƤ Ǥ Por exemplo, uma iniciativa de desenvolvimento local pode ter a proposta de revelar e fortalecer as lideranças femininas e as rela-­‐ ­Ù Ƥ ­ ­ Ǥ determinar exatamente quem serão essas mulheres, ou quanto tempo isso levará, ou como isso será alcançado, ou, ainda, como fazer com que isso aconteça, pode ser completamente incerto. Ao À ǡ -­‐ dendo com a experiência, podemos permitir que sejam reveladas diferentes possibilidades, contemplando o que as próprias pessoas preferem realizar e incrementando o propósito original. Então, de todas as maneiras tenha em mãos alguns resultados ȋƪ À Ȍ ² ­ ǤǤǤ ǡ ± você focalize a qualidade do processo de mudança e o modo como todos aprendem ao longo do caminho, garantindo lugar para o apre-­‐ À Ǥ Se pudermos ser menos obsessivos com resultados e mais inter-­‐ essados em criar as condições para relacionamentos e práticas de aprendizagem honestas e colaborativas, aumentaremos a proba-­‐ bilidade de criarmos uma organização que é capaz de descobrir e demonstrar suas capacidades, realmente produzindo resultados.

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O CICLO PMA E A AĂ‡ĂƒO-APRENDIZAGEM

MONITORAMENTO Este Ê o processo contínuo de UHà H[mR VREUH D H[SHULrQFLD realizado em curto prazo, para garantir que o trabalho esteja nos trilhos, indo em direção ao propósito. O PRQLWRUDPHQWR HQYROYH UHà HWLU sobre o que estå acontecendo, extrair aprendizagens e melhorar a pråtica para que o replanejamento contínuo tenha lugar.

PLANEJAMENTO Planejamento Ê um processo que esclarece quais as intençþes e o propósito das organizaçþes, desenvolvendo as abordagens e as atividades para alcançålas. O planejamento tem dois componentes: o planejamento estratÊgico e o planejamento operacional.

Nós jå tocamos nos fundamentos do Planejamento, Monitoramento e Avaliação (PMA), no Capítulo 4 (påginas 91 a 93).

AVALIAĂ‡ĂƒO A avaliação envolve o ciclo de aprendizagem e a revisĂŁo de longo prazo do trabalho da organização e da organização do trabalho, baseada na experiĂŞncia e no progresso alcançado.

AP RE N

Ciclo de açãoaprendizagem

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ĂƒO

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GEM ZA DI

PLANEJAMENTO

MONITORAMENTO

Esperem! Parem!

P A

AVALIAĂ‡ĂƒO

Corram!

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O ciclo PMA Ê essencialmente uma forma de ciclo de açãoaprendizagem (veja påginas 109-110), aplicada ao apoio organizacional da pråtica. Imagem/Do círculo menor para o maior: Ciclo de açãoaprendizagem.

É a hora do PMA de novo!

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ERRANTES ANÔNIMOS

Por  que  precisamos  de  PMA? Planejamento,  monitoramento,  avaliação  e  relatórios  nos  ajudam  a  gerir,  melhorar,  repensar  e  prestar  contas  de  nossa  pråtica,  ao  longo  do  tempo.  Vamos  olhar  de  perto  para  cada  uma  dessas  coisas.

Mais uma vez, nos perguntamos: por que precisamos de PMA?

GESTĂƒO  DA  PRĂ TICA Por  meio  dos  ciclos  de  planejamento,  monitoramento  e  replanejamento  nĂłs  somos  capazes  de  acompanhar  nossas  Âƒ­Ă™Â‡Â• ‡ ˆƒœ‡” ‘• ƒŒ—•–‡• Â?‡…‡••ž”‹‘• Č‚ …‘Â?‘ ˆƒœ ‘ …ƒ’‹– Â‘ †‘ navio,  que  mantĂŠm  uma  mĂŁo  no  timĂŁo,  um  olho  na  bĂşssola  e  o  outro  olho  no  horizonte,  constantemente  ajustando  e  checando  para  manter  o  navio  no  rumo  certo. MELHORANDO  A  PRĂ TICA Boa pergunta!

Para nos perseguir, talvez?

Por  meio  de  bons  processos  de  monitoramento  e  aval-­â€? ‹ƒ­ Â‘ Č‹Âƒ “—‡ –ƒÂ?„¹Â? Â’Â‘Â†Â‡Â”Ă€ÂƒÂ?‘• …ŠƒÂ?ƒ” †‡ ƒ’”‡Â?†‹œƒ‰‡Â? †‡ …—”–‘ ‡ †‡ Ž‘Â?‰‘ Â’Â”ÂƒÂœÂ‘ČŒÇĄ ’‘†‡Â?‘• ”‡ƪ‡–‹” •‘„”‡ ƒ Â?‘••ƒ experiĂŞncia,  aprender  com  os  nossos  erros,  capitalizar  os  nossos  sucessos,  aprofundar  a  compreensĂŁo  do  nosso  trabalho  e  dar  continuidade  ao  desenvolvimento,  fortaleci-­â€? mento  e  melhoria  de  nossa  prĂĄtica. REPENSANDO  A  PRĂ TICA A  partir  de  uma  boa  avaliação,  seja  em  curto  ou  longo  Â’Â”ÂƒÂœÂ‘ÇĄ –‘”Â?ÂƒÇŚÂ•Â‡ Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ ”‡’‡Â?•ƒ” ƒ Â?‘••ƒ ’”ž–‹…ƒ Â?‘ momento  em  que  as  mudanças  acontecem  no  contexto,  nas  Â?‡…‡••‹†ƒ†‡• ‡ ‡Â? Â?ו Â?‡•Â?‘•Ǥ ‡ƒŽÂ?‡Â?–‡ǥ ‘ …‘Â?–‡š–‘ Š‘Œ‡ em  dia  parece  estar  cada  vez  mais  mutĂĄvel  e  isso  requer  que  repensemos  as  coisas  quase  que  continuamente.

Eu pergunto: quem monitora os monitores? Quem avalia os avaliadores?

Č? ČŽ ו Â? Â‘ –”ƒ„ƒŽŠƒÂ?‘• ‹•‘Žƒ†ƒÂ?‡Â?–‡Ǥ ‡ ‡•–ƒÂ?‘• Ž‹†‡”ƒÂ?†‘ ou  auxiliando  pessoas,  entĂŁo  nĂłs  devemos  a  elas  uma  lider-­â€? ança  ou  ajuda  de  qualidade,  com  a  garantia  de  que  nĂŁo  as  estamos  prejudicando.  A  melhor  forma  de  fazer  isso  Ê  dar  e  receber  comentĂĄrios  honestos. Se  estivermos  recebendo  recursos  de  outras  pessoas,  Â’”‡…‹•ƒÂ?‘• ’”‡•–ƒ” …‘Â?–ƒ• ƒ ‡Žƒ•Ǥ Â‘ÂƒÂ†Â‘Â”Â‡Â•ÇĄ Âą …‘Â?’”‡‡Â?Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽÇĄ Ƥ…ƒÂ? ƒÂ?•‹‘•‘• ’ƒ”ƒ –‡” ’”‘˜ƒ• †‘• ”‡•—Ž–ƒ†‘• ƒŽ…ƒÂ?­ÂƒÂ†Â‘•ǥ mas  a  probabilidade  de  ter  resultados  seria  maior  se  eles  pedissem  outro  tipo  de  demonstração: Em  primeiro  lugar,  os  doadores  podem  pedir  um  relato  ÂŠÂ‘Â?‡•–‘ †‘ —•‘ †‡ ”‡…—”•‘• ȋ‹•–‘ ¹ǥ ƒ—†‹–‘”‹ƒ• ƤÂ?ƒÂ?Â…Â‡Â‹Â”ÂƒÂ•ČŒǤ

Onde vocĂŞ estĂĄ indo?

Em busca da existĂŞncia nĂŁo planejada, nĂŁo monitorada, nĂŁo avaliada.

Adeus!

Em  segundo  lugar,  um  relato  honesto  de  nossas  experiĂŞn-­â€? cias,  de  nossa  aprendizagem  e  de  como  estamos  traduzindo  essa  aprendizagem  em  melhorias  para  melhorar  ou  repensar  Âƒ Â?‘••ƒ ’”ž–‹…ƒ Č‚ ‡Â? ‘—–”ƒ• Â’ÂƒÂŽÂƒÂ˜Â”ÂƒÂ•ÇĄ ’”‘˜ƒ” “—‡ Â?‘••‘ esforço  estĂĄ  sendo  efetivamente  usado  para  gerenciar,  melhorar  e  repensar  a  prĂĄtica.

Boa sorte!

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MAPEANDO O PMA NO CAMPO DO DESENVOLVIMENTO ENCONTRANDO OS NOSSOS Ù -­‐ Ǥ ± Ƥ ² À ǡ ǡ × Ǥ diagrama abaixo, descrevemos três atores princi-­‐ ǡ ­ À Ǥ ×

para gerenciar, melhorar, repensar e prestar contas de sua própria prática; depois, cada um tem uma ­ Ǥ ² Ǥ ² Ƥ ȋ só tem alguns!).

PMA E OS RELATÓRIOS ACIMA E ABAIXO DO CAMPO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Prestação de contas para a própria comunidade

DOADORES (Governo, empresas, estrangeiros, ONGs internacionais)

A. PMA do próprio doador / sistemas de aprendizagem B. Planejamento e relatório ONG-Doador

ONGs

C. PMA e sistemas de aprendizagem internos da ONG D. PMA de campo entre OCBs e ONGs

ORGANIZAÇÕES DE COMUNIDADES DE BASE (OCBS) E MOVIMENTOS SOCIAIS

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E. PMA e sistemas de aprendizagem próprios de OCBs e movimentos sociais

Prestação de contas para a própria comunidade

'HVDÀRV GRV GRDGRUHV Lidar com a pressão de sua própria comunidade por provar resultados rapidamente; Desenvolver uma prática mais consciente sobre como doar dinheiro de forma a gerar desenvolvimento; Reduzir seu isolamento de campo e ser mais sensível a realidades complexas. 'HVDÀRV GDV 21*V Focalizar o PMA nas necessidades da comunidade e na prática do programa e não apenas nos relatórios solicitados pelos doadores; Comunicar o poder coletivo dos doadores e ajudá-los a desenvolver boas práticas; Desenvolver um sistema de PMA baseado na qualidade da aprendizagem para melhorar continuamente tanto a prática, quanto a prestação de contas para as comunidades. 'HVDÀRV GDV 2&%V H GRV PRYLmentos sociais Ter mais controle sobre os seus processos de desenvolvimento e sobre as suas relações com outros atores; Criar processos de PMA que sejam efetivos e apropriados às suas necessidades e culturas; 7HU ÀUPH]D SDUD TXH D SUHVWDomR de contas para a comunidade tenha prioridade sobre a prestação de contas para os outros atores.

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EXPLORANDO O PMA MAIS PROFUNDAMENTE

PLANEJAMENTO

AVALIAÇÃO

O planejamento é um processo que esclarece as intenções e o propósito das organizações. O planejamento torna consciente a verdadeira identidade de uma organização, convertendo-­‐a em ação. Portanto, ele deve ser feito de forma apropriada, fazendo sentido para a própria organização. Ȉ a projeção de um futuro imaginado, podemos esperar que uma mudança de planos aconteça na medida em que a implementação e os aprendizados vão Ǥ ser vistos como rascunhos prontos para serem refeitos. Ȉ que lhes apresentem seus planos (como os doadores), devem desenvolver a habilidade de interpretar os planos de seus parceiros na linguagem e no formato À ǡ ­ Ǧ condições. Abordagens de planejamento locais devem ser encorajadas.

Avaliação é o processo de rever e aferir o valor de alguma coisa. Ela se diferencia do monitoramento por ir além da implementação das atividades, para estimar o ­Ù × -­‐ belecido. A avaliação é ameaçadora por questionar a identidade e a razão de ser fundamental de uma organização. Se bem feita, ela é uma fonte de percepções e aprendizagens profundas. Ȉ ­ controlada pela organização que aprenderá com ela. Você pode nos ajudar a nos avaliarmos, mas é pouco realista esperar que eu aprenda quando você me avalia. Ȉ como facilitadores e questionadores. Ȉ ­ -­‐ hada de um processo de facilitação que ajude a ­ × Ù Ƥ próprios processos de mudança baseados em suas aprendizagens. Ȉ × ­ deveria ser enfatizada como indicador da qualidade de uma avaliação. O padrão de qualidade deveria ser medido pela contribuição para a compreensão Ǥ boa avaliação deveria trazer uma sensação de maior autocontrole e responsabilidade. Ȉ ­Ù ǡ impor recomendações de especialistas externos, podem minar severamente a soberania de uma organização. Ȉ Ƥ social podem demonstrar e ilustrar o impacto por meio de estudos de casos particulares, mas medir Ƥ pesquisa, com habilidades, recursos e tempo que Ƥ ² Ǥ precisam custear as pesquisas de impacto sobre os Ƥ ± mais amplo, aliviando a pressão dos sistemas de ǡ ­Ù -­‐ izar a aprendizagem. (consulte a próxima sessão elaboração deste ponto) As avaliações podem ter como expectativa, unica-­‐ mente, avaliar o impacto das intervenções diretas.

MONITORAMENTO À deve questionar constantemente e com curiosidade as atividades e seus efeitos emergentes. O monitoramento (com aprendizagem) implica o compromisso de se afastar da ação de vez em quando para poder observar como ela está se saindo quando comparada ao que foi imaginado e planejado. O monitoramento deve ser visto como ƪ -­‐ ndizagem a ter lugar, considerando a melhoria da prática e incluindo a possi-­‐ bilidade de se repensar e replanejar. O monitoramento também pode ser uma Ƥ ­ funcionando bem na prática. Se o monitoramento for separado da aprendizagem, corre o risco de se tornar uma função controladora.

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MAPEANDO RESULTADOS UMA ABORDAGEM DE DESENVOLVIMENTO DO PMA por Christine Mylks, Terry Smutylo e Doug Reeler A  pressĂŁo  para  monitorar  e  avaliar  nosso  trabalho,  para  investigar  se  nossos  esforços  tornaram  melhor  a  Â˜Â‹Â†Âƒ †ƒ• Â’Â‡Â•Â•Â‘ÂƒÂ•ÇĄ Âą ƒŽ‰‘ ˆƒÂ?‹Ž‹ƒ” ’ƒ”ƒ Â?—‹–‘• †‡ Â?וǤ  Â‘ ĂŠ  raro  este  tipo  de  mudança,  ou  â€œimpactoâ€?,  estar  bem  distante  do  nosso  trabalho  e  depender  tambĂŠm  da  ação  de  outros.  O  caminho  que  liga  nosso  trabalho  ao  mundo  melhor  que  buscamos,  pode  ter  muitas  idas  e  vindas,  alĂŠm  de  muitos  outros  viajantes. ו –”ƒ„ƒŽŠƒÂ?‘• ‡Â? •‹–—ƒ­Ă™Â‡Â• complexas,  nas  quais  mudanças  sustentĂĄveis  relativas  ao  bem-­â€? estar  resultam  de  mĂşltiplos  fatores,  positivos  e  negativos.   Â‹Â•Â•Â‘…‹ƒ” ƒ Â?‘••ƒ …‘Â?–”‹„—‹­ Â‘ †‡ ‘—–”ƒ• ‹Â?ƪ—²Â?…‹ƒ• Âą ‘ Â?ƒ‹‘” †‡•ƒƤ‘ ‡Â? –‘†‘ Â?‘Â?‹–‘”ƒ-­â€? mento  e  avaliação. Por  exemplo,  uma  avaliação  Â’‘†‡ ‹†‡Â?–‹Ƥ…ƒ” —Â?ƒ Â?‡ŽŠ‘”‹ƒ Â?ƒ saĂşde  das  crianças  dois  anos  depois  de  iniciado  um  programa  de  educação  em  saĂşde  para  curandeiros  tradicionais.  ÂƒÂ• ’‘†‡Â?‘• †‹œ‡” “—‡ ‘ ’”‘‰”ƒÂ?ƒ ˆ‘‹ ƒ ĂŻÂ?‹…ƒ …ƒ—•ƒ de  melhoria  sem  pesquisar  o  que  mais  aconteceu  na  Â˜Â‹Â†Âƒ †‡••ƒ• …”‹ƒÂ?­ÂƒÂ•ÇĄ Â?‡••‡• †‘‹• ƒÂ?‘•Ǎ ‘••‘ –”ƒ„ƒŽŠ‘ com  curandeiros  tradicionais  pode  ter  sido  um  fator  na  Â?‡ŽŠ‘”‹ƒ †ƒ Â•ÂƒĂŻÂ†Â‡ÇĄ Â?ĥ Âą Â’Â‘Â•Â•Ă€Â˜Â‡ÂŽ “—‡ ‹••‘ •‡Œƒ ƒ’‡Â?ĥ —Â?ƒ ’‡“—‡Â?ƒ ‡ ‹Â?•‹‰Â?‹Ƥ…ƒÂ?–‡ …‘Â?–”‹„—‹­ Â‘ ‡Â?–”‡ ˜ž”‹‘• outros  fatores  importantes.  A  maior  produtividade  nas  colheitas,  o  uso  de  mosquiteiro  nas  camas,  vacinas,  coisas  sem  qualquer  ligação  com  o  nosso  trabalho  podem  ter  Â…‘Â?–”‹„—À†‘ ‡Â?‘”Â?‡Â?‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ ƒ Â•ÂƒĂŻÂ†Â‡ †ƒ• …”‹ƒÂ?­ÂƒÂ•Ǥ — Â?‘••‘ ’”‘‰”ƒÂ?ƒ ’‘†‡ –‡” •‹†‘ •‹‰Â?‹Ƥ…ƒ–‹˜‘ ƒ’‡Â?ĥ ’‘” ‘„”ƒ †ƒ …‘Â?–”‹„—‹­ Â‘ †‡ ‘—–”ƒ• ‹Â?–‡”˜‡Â?­Ă™Â‡Â• Č‚ –ƒŽ˜‡œ —Â?ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ Â?ƒ ˆ‘”Â?ƒ …‘Â?‘ ‘ ‹Â?‹•–¹”‹‘ †ƒ ÂƒĂŻÂ†Â‡ ƒŽ‘…ƒ seus  recursos. AVALIANDO  O  IMPACTO ‡†‹” ĥ …ƒ—•ƒ• †‡ Dz‹Â?Â’ÂƒÂ…Â–Â‘Çł †‡ ’”‘…‡••‘• …‘Â?’Ž‡š‘• de  desenvolvimento  pode  requerer  recursos  de  pesquisa  e  habilidades  muito  alĂŠm  da  capacidade  das  atividades  de  Â?‘Â?‹–‘”ƒÂ?‡Â?–‘ ‡ ƒ˜ƒŽ‹ƒ­ Â‘ †‘• ’”‘‰”ƒÂ?ĥǤ ‡ ÂˆÂƒÂ–Â‘ÇĄ —•ƒ” nossos  limitados  sistemas  de  monitoramento  e  avaliação  para  avaliar  impacto  pode  ser  perigosamente  enganoso  se  nĂŁo  reconhecermos  e  compreendermos  a  importância  de  outras  contribuiçþes. Enquanto  o  marco  lĂłgico  e  outros  modelos  podem  Â•Â‡Â” ‹• ’ƒ”ƒ •‹Â?’Ž‹Ƥ…ƒ” ‡ ”‡•—Â?‹” ‘• …‘Â?’‘Â?‡Â?–‡• ‡ os  propĂłsitos  de  um  programa,  para  que  estes  sejam  comunicados  a  alguns  interessados,  eles  nĂŁo  oferecem Â

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uma  base  adequada  para  o  monitoramento  e  a  aval-­â€? iação.  Eles,  geralmente,  oferecem  a  falsa  esperança  de  que  um  sĂł  programa  tem  a  capacidade  de  ter  algum  â€œimpactoâ€?  sozinho.  A  simplicidade  de  modelos  lĂłgicos  pode  nos  ajudar  a  ilustrar  como  uma  intervenção  partic-­â€? ular  supostamente  funciona.  Entretanto,  ao  medir  nossos  resultados,  esta  simplicidade  geralmente  nos  engana  por  deixar  de  fora  as  maneiras  emergentes,  complexas,  circulares  ou  Â‡Â? ”‡†‡ “—‡ • Â‘ Â…ÂƒÂ”ÂƒÂ…Â–Â‡Â”Ă€Â•Â–Â‹Â…ÂƒÂ• †‘ modo  como  a  mudança  social  e  a  transformação  social  realmente  acontecem. Infelizmente,  em  muitos  programas,  as  organizaçþes  patrocinadoras  requerem  a  utilização  do  monitoramento  e  da  avaliação  para  â€œprovarâ€?  que  seus  esforços  causaram  mudanças  duradouras  para  os  pobres.  O  tempo  e  o  esforço  gastos  com  isso  nos  desviam  de  uma  compreensĂŁo  mais  profunda  sobre  a  complexidade  que  Ê  parte  do  desen-­â€? volvimento,  nos  afastando  da  exploração  e  da  aprendizagem  sobre  como  â€œmelhorarâ€?  a  forma  como  trabalhamos  com  organizaçþes  e  comunidades. MAPEAR  RESULTADOS  COMO  UMA  ALTERNATIVA  DE  DESENVOLVIMENTO ”‹‰‹Â?ƒŽÂ?‡Â?–‡ †‡•‡Â?˜‘Ž˜‹†‘ ’‡Ž‘ ÇŚ ‡Â?–”‘ Â?–‡”-­â€? Â?ƒ…‹‘Â?ƒŽ †‡ ‡•“—‹•ƒ ‡Â? ‡•‡Â?˜‘Ž˜‹Â?‡Â?–‘ ÇŚÇĄ †‡ Â–Â–ÂƒÂ™ÂƒÇĄ ƒÂ?ÂƒÂ†ÂžÇĄ ‘ ƒ’ƒ †‡ ‡•—Ž–ƒ†‘• •‡ „ƒ•‡‹ƒ ‡Â? Í–Í” ƒÂ?‘• de  aprendizagem  com  trabalho  de  campo,  em  muitos  lugares  do  mundo. ! ÇŁ

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Dz ˆ‘…‘ †‘ ƒ’ƒ †‡ ‡•—Ž–ƒ†‘• ‡•–ž ‡Â? pessoas  e  organizaçþes.  A  originalidade  da  metodologia  Ê  a  mudança  de  foco  em  produtos  Â†Â‡ —Â? ’”‘‰”ƒÂ?ƒ ȋ‹•–‘ ¹ǥ ƒ ”‡Ž‡˜Â&#x;Â?…‹ƒ Â’Â‘ÂŽĂ€Â–Â‹Â…ÂƒÇĄ ‘ ÂƒÂŽĂ€Â˜Â‹Â‘ †ƒ Â’Â‘Â„Â”Â‡ÂœÂƒÇĄ ƒ ”‡†—­ Â‘ †‘ …‘Â?ĆŞÂ‹Â–Â‘ČŒÇĄ ’ƒ”ƒ o  foco  em  mudanças  de  comportamento,  rela-­â€? cionamentos,  açþes  e/ou  atividades  das  pessoas  e  da  organização  com  que  um  programa  de  desenvolvimento  trabalha  diretamente.â€?

Â?ƒ‰‡Â?Č€ ‡Â?Â–Â”ÂƒÂŽÇŁ Â?ƒ Â?—†ƒÂ?­Âƒ Â?ƒ ‘”‹‡Â?-­â€? tação:  ...  do  produto  para  o  comportamento...

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RASTREANDO MUDANÇAS I NCREMENTAIS Ǧ Ǧ ­ -­‐ mentos e relacionamentos relevantes para as mudanças das condições daquilo que buscamos fazer. Ele nos oferece um caminho para tornar À ǡ ± ǡ ­ no modo como as pessoas e as organizações agem em relação ao dire-­‐ Ǥ Dz ƪ ² dz ǡ relação entre nossas intervenções e as mudanças correspondentes no modo como as pessoas se tratam umas as outras e ao ecossistema. Ele também nos ajuda a evitar as armadilhas que muitos sistemas de moni-­‐ toramento e avaliação nos induzem a crer: a de que nós “causamos” mudanças que estão longe do nosso alcance, mudanças que envolvem muitos outros atores, mudanças que ocorrem longe de onde estamos de fato atuando.

O que há? Nada e com você?

PARCEIROS D E FRONTEIRA E A PRENDIZAGEM Dz dz ǡ ­Ù À pelo nosso trabalho com eles. Podemos ver o impacto de nosso trab-­‐ Ƥ ȋ Ȍ ƪ ² Ǥ Eles são os melhores indicadores do nosso impacto, pois devem ser capazes de contar quais são os efeitos, oferecendo um feedback direto, nos permitindo, então, medir a efetividade de nossa prática e ganhar À Ǥ de fronteira também têm seus próprios parceiros de fronteira que eles ƪ Ǥ Ǧ À ­Ù ­Ù Ǧ com quem trabalham. Isso vai ajudá-­‐los a desenvolver uma compreensão mais profunda do contexto no qual estão inseridos, usando essa compreensão para melhorar sua efetividade. Assim, o monitoramento se torna não um meio para gerar “provas de impacto”, mas uma forma de alcançar uma orientação útil para o trabalho que está sendo feito.

MICHAEL TRIEST COMPARTILHA A SUA HISTÓRIA SOBRE O MAPA DE RESULTADOS... Agora gostamos do Mapa de Resultados. Mas nem sempre foi assim. No começo, ele não nos entusiasmou muito, mas com o tempo isso foi mudando. Nosso primeiro contato com o MR foi em um projeto de educação ambiental, com três professores de ensino médio de colégios do Zimbabwe – nesse caso, ele nos ajudou a pensar e a distinguir entre as estruturas do projeto e o papel das estruturas operacionais locais dos doadores. Isso permite que as estruturas locais continuem a existir depois que o doador encerra a sua participação – o que é excelente para a sustentabilidade, como pudemos comprovar. O Mapa de resultados nos levou a fazer um acordo sobre o que gostaríamos que acontecesse ao trabalharmos juntos, tais como “Esperamos ver...”, “Gostaríamos de ver...” e “Adoraríamos ver...”. Isso foi atrativo e prático. Mas é aí que mora o perigo. Nada no MR força você a realmente ir fundo, então vai depender do quanto de coração, do quanto de uma abordagem de baixo para cima, do quanto de “sentimento” você coloca na organização das suas consultas e da cooperação. Vai depender de quanto você está realmente interessado nas pessoas com

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quem você trabalha – como em todos os sistemas. Do contrário, você acaba com um monte de documentos que parecem ser muito interessantes, mas que não chegam ao ponto principal - como em todos os sistemas. A coisa boa do MR é que mesmo que você coloque tudo a perder, a abordagem lhe dá a oportunidade de se comunicar profundamente, de conversar, de interagir. Nós estamos tentando usar o MR no programa de “Educação de qualidade e vulnerabilidade”, do VVOB Zimbabwe. Também deixamos de lado temporariamente os documentos para integrar uma pesquisa participativa sobre o que foi realmente importante para nós e para os nossos parceiros para, então, descobrir que as ligações com o modelo do MR foram feitas facilmente. A estrutura desse modelo, com sua ênfase em “pensar sobre monitoramento desde o começo”, ajudou muito a aprendizagem organizacional, revelando o que nós aprendemos conforme o programa crescia organicamente. Por isso, nós preferimos usar o MR à “estrutura do marco lógico”, em ambientes complexos.

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APRENDIZAGEM HORIZONTAL – E NOVAS FORMAS DE ORGANIZAĂ‡ĂƒO...

CRIS COMPARTILHOU ESSA HISTĂ“RIA INSPIRADORA...

Uma abordagem lateral de desenvolvimento Dona Letela, diretora de uma pequena escola rural no Lesoto, estava na janela de sua sala olhando as crianças brincar no jardim, lĂĄ fora. Ela estava pensando no que fazer com o nĂşmero crescente de crianças que chegavam Ă escola com fome e conforme as professoras relatavam, cansadas e irritadas. Como se poderia esperar que elas aprendessem? NĂłs temos crianças famintas, cujos pais sĂŁo produtores rurais, e aqui os campos continuavam vazios. Certamente, hĂĄ algo que podemos fazer, nĂŁo? Ela começou a visitar alguns pais, fazendo perguntas, conversando com eles sobre a ideia de plantar alimentos na escola, ouvindo suas ideias e os encorajando a conversar entre eles. Quando sentiu que era chegada a hora, ela convidou os pais para uma reuniĂŁo na qual eles concordaram em assumir a responsabilidade de fazer uma horta na escola para alimentar suas crianças. Mas eles teriam que fazer isso de uma maneira diferente do que estavam acostumados, pois as hortaliças exigem cuidados o ano todo com o plantio e a colheita, diferente do milho que eles plantam - uma cultura anual. 3HUJXQWDQGR QD FLGDGH 'RQD /HWHOD Ă€FRX VDEHQGR GH XPD associação regional de ONGs, chamada Pelum, que promovia agricultura orgânica em pequena escala. Ela escreveu para essa organização e logo recebeu uma resposta da associação concordando em enviar dois monitores, por algumas semanas, para ensinarem um grupo de pais o jeito de combinar seus prĂłprios mĂŠtodos com permacultura, o que possibilitaria o plantio de coisas diferentes durante o ano, sem a necessidade de usar fertilizantes e pesticidas FXVWRVRV )HOL]PHQWH D DVVRFLDomR FRQVHJXLX IXQGRV Ă H[tYHLV SDUD atender rapidamente o seu pedido. Os monitores começaram usando seu tempo para desvelar o que os pais jĂĄ sabiam sobre hortas, antes de apresentar a eles os princĂ­pios e mĂŠtodos fundamentais da permacultura. Durante o processo, eles envolveram os pais em todos os aspectos do planejamento e do desenvolvimento de um sistema de horta integrada para toda a escola. Menos de dois meses depois, todas as crianças começaram a receber refeiçþes nutritivas todos os dias na escola, plantadas por seus pais, colhidas e preparadas pelos alunos de ciĂŞncias domĂŠsticas. E nĂŁo muito depois, dona Letela ouviu que, assim como ela mesma, muitos pais começaram a adotar alguns desses mĂŠtodos em suas prĂłprias casas. Logo a notĂ­cia correu e uma delegação de pais e professores da vizinhança da escola foi atĂŠ lĂĄ pedir para que eles os ensinassem a fazer o mesmo. Nesse momento, pais ensinaram pais, produtores ensinaram produtores. E isso continuou a se espalhar pela regiĂŁo. Em trĂŞs anos, 58 escolas e comunidades tinham começado iniciativas similares, cada uma ensinada por uma escola vizinha. A LGHLD FRQWLQXRX D VH HVSDOKDU FRP DSRLR RĂ€FLDO SDUD RXWURV TXDWUR municĂ­pios, envolvendo 200 escolas. Dona Letela criou, entĂŁo, na escola um pequeno centro de aconselhamento, com uma pessoa para dar informaçþes e para colocar as pessoas em contato entre si – essa pessoa ĂŠ paga por doação conseguida de fora. A escola de Dona Letela vem testando um projeto piloto, em que o cultivo orgânico de horta ĂŠ parte do currĂ­culo escolar.

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X •ƒÂ?†‘ ĥ ’‡”‰—Â?Â–ÂƒÂ•ÇŚÂ‰Â—Â‹Âƒ †‘ …‹…Ž‘ de  ação-­â€?aprendizagem  (pĂĄgina  Í•Í•Í”ČŒÇĄ ‡š–”ƒ‹ƒ †‡••ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹Âƒ aprendizagens  e  implicaçþes  que  possam  ser  úteis  para  a  sua  prĂłpria  prĂĄtica.

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TIRANDO A P OEIRA DA A PRENDIZAGEM H ORIZONTAL O que é aprendizagem horizontal e como ela se relaciona com ǫ × ­ Ǧ -­‐ dizagem. Como sua companheira próxima, muito do que foi dito para a ação-­‐aprendizagem vale para a aprendizagem horizontal. Aprender com nossos vizinhos e pares é, certamente, uma prática antiga, tão natural quanto o aprender da ação. A ação-­‐aprendizagem e a apre-­‐ ndizagem horizontal estão quase sempre entrelaçadas, em um só Ȃ ǡ um sitiante demonstra aos seus vizinhos como controlar pragas, ou um companheiro conta a sua história sobre como o pessoal de sua À ± Ǥ todos exemplos de ambas as aprendizagens.

Eu não sabia que aprendizagem horizontal podia ser tão fascinante!

Nem eu!

M AGE L A T IZON

NDIZ

APRE

HOR

“A aprendizagem horizontal, assim como a ação-aprendizagem, são processos naturais e inatos nos quais podemos assentar a transformação.”

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Quando a Educação chegou com professores especialistas, doutores, enfermeiras, advogados, técnicos de agricultura etc. -­‐ para a maioria das pessoas como parte da dominação colonial -­‐, o resultado foi de que as crenças das pessoas nos valores, conhe-­‐ cimento e ideias de suas próprias experiências e de seus vizinhos passaram a ser gradualmente minadas. Culturas e práticas de apre-­‐ ndizagem horizontal e conhecimentos comunitários foram sendo soterrados enquanto emergia, depois de algumas poucas gerações, uma dependência vertical continuamente reforçada pela sociedade moderna. Conhecimento e aprendizagem se tornaram commodities externas, cada vez mais distantes da vida orgânica das comuni-­‐ dades, tirando das pessoas não só o acesso ao conhecimento e ao potencial local, mas também enfraquecendo as antigas relações de ² Ǥ e práticas de aprendizagem horizontal, de mãos dadas com a ação-­‐ aprendizagem, certamente é algo que se torna fundamental em uma prática de desenvolvimento, essencial para o propósito. Isso não quer dizer que professores e especialistas não tenham papéis importantes. Eles, geralmente, têm tanto a experiência como À bobagem negar o acesso a eles. Eles podem ter uma maior clareza À ǡ Ǥ ± Ǧ Ǥ novo conhecimento só deve ser introduzido depois de se explorar o conhecimento e as experiências próprias, para que esse novo conhe-­‐ cimento ou o conhecimento especializado possa complementar e expandir o que as pessoas já sabem, em vez de ignorar, negar ou substituir o conhecido, como geralmente acontece. Os anciãos das comunidades têm um papel importante porque seu relacionamento com os aprendizes, no seu contexto, é geralmente À Ǥ -­‐ dade, eles compartilham muitos aspectos de uma relação de pares, como pessoas de dentro, mas também trazem com eles histórias e histórias, conhecimento local e sabedoria, cultura e tradição. Ao ser compartilhado, esse conhecimento não está vindo de fora ou de cima, mas está profundamente enraizado na comunidade desde o ǡ ǡ ­ Ǥ ² de poder em relacionamentos com mais velhos, eles representam algo muito diferente do que acontece entre aprendizes e profes-­‐ Ƥ Ǥ A aprendizagem horizontal, assim como a ação-­‐aprendizagem, são processos naturais e inatos nos quais podemos assentar a transformação.

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DIFERENTES T IPOS D E A PRENDIZAGEM H ORIZONTAL -­‐ zontal para a mudança social sendo praticados atualmente, e mais, sendo experimentadas com... Intercâmbio de conhecimentos comunitários Esta é a prática mais comum que conhecemos. Em geral, acon-­‐ tece quando uma comunidade visita outra para aprender coisas ÀƤ ǡ ­ ǡ ± ǡ conservação de sementes, cuidado de crianças etc. A comunidade visitante também pode compartilhar sua experiência e seu conheci-­‐ mento para que a troca seja mais igualitária. Grupos de aprendizagem em pares × À experiências reais, inovações e aprendizagens, assim como os

ǡ página seguinte.

OFICINA SOBRE APRENDIZAGEM HORIZONTAL Grupos de aprendizagem entre pares - intercâmbio de conhecimentos - pesquisa de produtores rurais

Eu sou totalmente a favor da aprendizagem entre pares.

É mesmo?

Intercâmbios de conhecimentos e grupos de aprendizagem entre pares podem chegar a constituir programas em conjunto e até mesmo redes, movimentos, federações, sindicatos etc., por meio dos quais grupos menores podem se unir para trabalhar com prob-­‐ lemas sistêmicos maiores. ESQUEMAS D E P OUPANÇA E C RÉDITO Os coletivos de poupança se formam em cooperativas de Ǥ ­ -­‐ hando, inspirando e ensinando novos grupos a se formar; também há movimentos de grupos mais amplos se unindo para mobilizar empréstimos maiores e acessar recursos e mesmo para formar À -­‐ mentação de mudanças. PESQUISAS E COLETA D E DADOS Executar pesquisas participativas, horizontais e locais, analisar e compartilhar essas informações sobre a situação, seus problemas, possibilidades e necessidades da comunidade, para informar as iniciativas locais e para gerar informação a ser usada para engajar o governo. PESQUISAS R EALIZADAS P ELOS P RODUTORES R URAIS Esse tipo de pesquisa envolve abordagens participativas de inves-­‐ tigação, experimentação e inovação de práticas locais, levando a À Ǥ

“Certamente é fundamental para uma prática de desenvolvimento, centrada no propósito da organização, restaurar ou renovar as culturas e práticas de aprendizagem horizontal lado a lado com a aprendizagem da ação.”

FEIRAS E F ESTAS D E A PRENDIZAGEM Onde pessoas se juntam abertamente, em ocasiões festivas, para promover e compartilhar seus conhecimentos e inovações umas com as outras.

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CRIS COMPARTILHA OUTRA HISTÓRIA INSPIRADORA...

“Os facilitadores, com a permissão dos lavradores, começaram a documentar e a publicar aqueles métodos e inovações na forma de quadrinhos, em suaíle (a língua local).”

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A história dos produtores rurais da Tanzânia Uma ONG da Tanzânia tentou por décadas ensinar aos lavradores, modernos métodos aprendidos em escolas de agricultura do norte do país. Mas aqueles que aceitaram os novos métodos acabaram não se dando muito bem. Na verdade, muitos destes acabaram mais pobres do que aqueles que aceitaram e depois ignoraram os conselhos dados. Eventualmente, uma nova geração de monitores se deu conta de que entre todos os lavradores havia muito mais conhecimento sobre produção rural nas condições locais do que o conhecimento que eles traziam e, assim, decidiram mudar sua abordagem. Eles começaram a sugerir que os lavradores formassem grupos de aprendizagem, sem ter muita certeza de onde isso ia dar. Os lavradores eram encorajados a se encontrar regularmente e a compartilhar seus métodos de trabalho e inovações - e a convidar alguns antigos lavradores que tinham insistentemente mantido seus métodos desgastados, continuando a plantar sementes menos produtivas, porém resistentes à seca. Os monitores (agora facilitadores) não insistiam para que houvesse quaisquer formalidades, comitês ou pautas, apenas encontros para compartilhar o que eles já sabiam. Levou certo tempo para os primeiros grupos começarem a encontrar seus próprios processos, para resolver como queriam aprender juntos, mas eles acabaram encontrando o seu caminho, que por sua vez os levou ao tipo de melhoria de prática que a ONG tentava, há tempos, promover. Os facilitadores, com a permissão dos lavradores, começaram a documentar e a publicar aqueles métodos e inovações na forma de quadrinhos, em suaíle (a língua local), tornando-os acessíveis, com a história de suas origens, a um grupo maior de pessoas. Logo, eles começaram a ser procurados por outros lavradores para ajudar a montar grupos de aprendizagem similares e começaram a contar com a ajuda dos Grupos de Produtores Rurais já estabelecidos. Mas também começaram a ouvir falar de grupos em outros lugares, que surgiram espontaneamente. Mais surpreendente, ainda, foi que alguns grupos, por si só, começaram a embarcar juntos em projetos de desenvolvimento rural, enquanto outros estavam elegendo representantes para se aproximarem GRV FRQVHOKRV PXQLFLSDLV D ÀP GH SHGLU VHUYLoRV TXH OKHV HUDP devidos, especialmente melhores estradas e facilidades de mercado. Não demorou muito para que alguns grupos se juntassem para se transformar em braços do Mviwata, o sindicato nacional independente de pequenos produtores rurais.

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O PAPEL D OS FACILITADORES E XTERNOS ǡ intercâmbios entre comunidades e grupos de aprendizagem de ǡ À -­‐ rentes papéis. PREPARAÇÃO Antes do processo há, geralmente, muito preparo para ajudar os participantes a esclarecer qual o propósito do intercâmbio, apoiar À ­ ǡ necessário, ajudar a mobilizar recursos etc.

SOBERANIA ALIMENTAR

APOIO ǡ -­‐ cação de aprendizagens e na implementação dos planos. ENCONTROS E C OMPARTILHAMENTOS ǡ ± compartilhamento de participantes seja mais predominante do que Dz dz Ƥ Ǥ ǡ -­‐ câmbios de sucesso não foi facilitada por alguém de fora.

SOBERANIA DAS SEMENTES

O QUE APRENDEMOS SOBRE APRENDIZAGEM HORIZONTAL

Processos de aprendizagem horizontal são, muitas vezes, Ǥ À ǡ Ƥ Ǥ ǡ pessoas da comunidade encontram seus próprios caminhos para compartilhar experiências e conhecimento. MENOS HIERÁRQUICO Processos de aprendizagem horizontal podem encorajar a emersão de lideranças menos hierárquicas e mais facilitadoras e capacitadoras. COMPARTILHAMENTO ǡ ± ǡ apropriação entre os participantes, afora uma vontade crescente de compartilhar riscos e responsabilidades. CONHECIMENTO NATIVO Processos de aprendizagem horizontal reconhecem o conhecimento e as práticas orgânicas ou nativas, valorizando o conhecimento de Ǥ ǡ mobilizam a diversidade de práticas e formas de saber: processos de aprendizagem informais, nativos e culturais. SINERGIA ­ ­ -­‐ fação sinérgica de várias necessidades.

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SOBERANIA

ORGANIZACIONAL

TRANSFERINDO BLOCOS DE PODER

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INTERAÇÃO Possibilita a empatia e o apoio entre pares. Proveem ambientes seguros, mais humanos e abertos para uma interação mais natural.

“Processos de aprendizagem horizontal reconhecem o conhecimento e as práticas orgânicas ou nativas, valorizando o conhecimento de quem faz e não apenas de quem pensa.”

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AUTÊNTICO ² Ƥ ƪ ­ podem ser experimentadas. MUDANÇA CULTURAL Ƥ Ǥ COMPARTILHANDO HISTÓRIAS REAIS Compartilhar histórias reais e fazer demonstrações onde há ­ ǡ Ƥ ­ ǡ À -­‐ Ǥ × narrativas e atividades e, aos contadores de histórias, entrar em sua vida, adquirindo novos sentidos e incentivando a aprendizagem experiencial para todos os envolvidos. A partir disso, pode emergir À Ǥ ± ideia moderna, mas provavelmente foi o sangue do desenvolvim-­‐ ento saudável de comunidades, desde os tempos imemoriais.

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UMA ĂšLTIMA HISTĂ“RIA PARA ENCERRAR...

NĂłs ouvimos essa histĂłria de um pequeno lavrador, tambĂŠm um agente comunitĂĄrio da provĂ­ncia de Limpopo. Ele contou como um grupo de 60 vilas reviveu uma prĂĄtica tradicional, de encontro anual, para um festival de divisĂŁo de sementes. Isso caiu em desuso desde que a indĂşstria agrĂ­cola, introduzida no campo pelos escritĂłrios de extensĂŁo rural do governo, começou a mostrar aos pequenos lavradores o jeito moderno de fazer as coisas, criando profundas e preocupantes dependĂŞncias das empresas produtoras de sementes, fertilizantes H SHVWLFLGDV 8PD RĂ€FLQD UHDOL]DGD SRU XPD 21* ORFDO SDUD conscientizar os lavradores sobre o risco iminente das sementes JHQHWLFDPHQWH PRGLĂ€FDGDV Ă€QDOPHQWH GHUUXERX DV UHJUDV H provocou a renovação da velha prĂĄtica. Agora, numa vila diferente a cada ano, os lavradores voltam a mandar os representantes de cada vila para se reunirem por vĂĄrios dias, cada um trazendo sacos de seus feijĂľes e grĂŁos para cozinhar e provar e, entĂŁo, partilhar as sementes gratuitamente, com conselhos sobre como plantĂĄ-las melhor. Tudo isso gera o renascimento de outras prĂĄticas culturais, de mĂşsicas e danças e histĂłrias que expressam a identidade renovada da comunidade e sua interdependĂŞncia.

SEMENTES DE UMA COMUNIDADE GLOBAL

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SEMENTES

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QUANDO A LGUÉM E SCUTA V OCÊ P ROFUNDAMENTE Quando alguém escuta você profundamente ± À que você tem desde a infância e vê-­‐la se encher com água fria e fresca. Quando ela se equilibra perto da boca você é compreendido. Quando ela transborda e toca sua pele você é amado. Quando alguém escuta você profundamente ² Ƥ ganha vida nova e o lugar onde você escreveu seu primeiro poema começa a brilhar no olho de sua mente. É como se ouro tivesse sido descoberto! Quando alguém escuta você profundamente seus pés descalços pisam a terra e a amada terra que parecia distante agora achou seu lar dentro de você. Por John Fox, de Finding What You Didn’t Lose www.poeticmedicine.org.

O que você está planejando?

Apenas monitorar... e avaliar...

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