JORNAL ESPÍRITA
ANO 2011
EDIÇÃO ESPECIAL
ILE OMIN ASÉ OMO ERINLÉ VINTE ANOS Há vinte e um anos atrás, uma preta velha chamada Tia Maria, dava início ao que hoje chamamos de A FAMÍLIA Ile Omin Axe Omo Erinlé. Foi em 23 de Abril de 1990, que um grupo de cinco pessoas liderado por Dona Marlene, resolveu começar um trabalho espiritual. Com o passar do tempo, o pequeno grupo que antes era composto por Alexandre, Neuzinha, Ronaldo, Andréa e a Dirigente Marlene, cresceu, bem como o trabalho espiritual, exigindo de seus fundadores um espaço maior para a realização dos trabalhos. Alexandre integrante do grupo necessitou dar obrigações no ritual de umbanda na Cabana de Pai Miguel das Almas. Com o passar do tempo a ampliação do pequeno espaço aconteceu, e logo foi reinaugurado, agora o espaço seria conhecido como Tenda Espírita Oxóssi Caçador, porém agora, com Alexandre a frente dos Trabalhos. E não parou por aí, todo esse crescimento trouxe consigo ainda mais
responsabilidades espirituais. Foi no ano de 2004 que Alexandre (dirigente da casa até o presente momento) iniciou-se no Candomblé, quando conheceu o Babalorixá Valdir de Áyrá, que consagrou então a Casa antes conhecida como Tenda Espírita Oxossi Caçador, como Ile Omin Axe Omo Erinlé. Muitos já conhecem esta história, história essa que até já foi contada aqui neste mesmo jornal há quase 5 anos atrás, quando começamos a circulação do Ofá de Prata, porém hoje é diferente, voltamos ao assunto para festejar o crescimento desta família e para lembrar que se queremos chegar a algum lugar, devemos nos unir num único propósito espiritual, pois somente unidos, chegaremos a algum lugar. As vezes com passos longos, outras, com passos pequenos. Mas sem nunca perder a fé em nossos Orixás.
PARABÉNS FAMÍLIA ILÊ OMIN ASÉ OMO ERINLÉ
Orixá do mês: OXÓSSI Oxóssi, caçador por excelência, está ligado diretamente a terra virgem. Oxóssi é considerado um dos orixás reais por isso é chamado de Aláketu, título oficial do rei de Ketu. O símbolo que o representa é um arco de flecha de ferro (Ofá). Entre seus paramentos figura o oge, chifres de touro selvagem, substituídos no Brasil por chifres de touro doméstico, seu som é de uma força inigualável e é um poderoso meio de comunicação entre o Àiyé e o Òrun.
Outro emblema que caracteriza Oxóssi é o ìrùkèrè um dos principais instrumentos utilizados pelos caçadores, e detém poderes sobrenaturais de controlar e manejar todo tipo de espíritos da floresta. Sincretismo No Rio de Janeiro, é sincretizado como São Sebastião. Em Salvador, como São Jorge. Arquétipo As pessoas consideradas filhas de Oxóssi são alegres, expansivas, preferem agir à
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noite, como os caçadores. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido. Sabem lutar e alcançar o que almejam, como que lançando uma flecha e acertando o alvo. Sabem dominar, mas quando raivosos, ferem as pessoas com palavras e atitudes, como se fosse dada uma flechada. Quando amam, são
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zelosos e fiéis, não toleram ser enganados. São muito trabalhadores e honestos. Dança Oxóssi dança como se estivesse agressivamente caçando com seu arco e flecha.
FÓRUM DE DISCUSSÃO
Mediunidade e Espiritualidade Não importa a qual religião, doutrina ou linha de pensamento o médium esteja ligado ou quais ensinamentos ele siga. O importante é que o médium seja espiritualizado e a forma como ele entende e usa sua mediunidade. Houve um tempo em que o refrão “o melhor médium é o evangelizado”, criado pelos espíritas, chegou a ser tomado como lei. Acontece que, como a mediunidade só passou a ser sistematicamente estudada e treinada dentro das casas espíritas, era natural que, para eles, o melhor médium fosse o mais evangelizado, uma vez que o Espiritismo é uma doutrina baseada no Cristianismo, nos ensinamentos deixados por Jesus nos Evangelhos. O desvio começou quando esse parâmetro se tornou popularmente difundido, como se o médium que professasse qualquer outra religião ou doutrina, ou que não professasse nenhuma religião ou doutrina,
não pudesse ser um bom médium, responsável, voltado para o crescimento espiritual de si próprio e das pessoas com quem convive. No entanto, mais importante do que a crença professada pelo médium, é a forma como entende, exerce e usa sua mediunidade. E, nesse aspecto, pouco importa se segue os ensinamentos de Jesus, Buda ou Krishina, pois todos eles, em essência, dizem as mesmas coisas, ensinando que somos todos espíritos imperfeitos ainda, encarnando e desencarnando sucessivamente, e todos iguais perante o Criador. Assim, importa mais saber como o médium vê o próximo e o que deseja para ele; se usa sua mediunidade, ainda que
inconscientemente, para levar o bem a todos, indistintamente, e para aprender e crescer; se ele entende que é um espírito e, como tal, deve levar sua vida aqui na terra. A condição temporária de médium é apenas mais uma tarefa, mais um trabalho a ser cumprido, que não o exonera de todas as outras tarefas comuns a todos os outros seres humanos. Ao contrário, como médium, ou seja, como intermediário entre os homens encarnados e os homens desencarnados, ele deve conhecer bem a natureza humana e, para isso deve viver bem “no” mundo, sem viver “para” o mundo. (...) Fonte: revista Espiritismo & Ciência Especial
Jogo de Búzios Pai Alexandre
CALENDÁRIO DA CASA 07/05/11 – Festa de Preto-velho – 18h 15/05/11 – Evento – 18h
Segundas às Quintasfeiras das 14:00 às 20:00h. Tel.: 3392-6041
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