O Livro das Grandes Palavras

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Agradecimentos a todos que toparam colaborar e acreditam no engrandecimento do nosso vocabulário.

Organização, textos e design: Damião Santana WWW.GRENFGRENF.COM Recife, maio de 2017


superlativo e eloquente O palavrão é uma forma superlativa de se comunicar. Eficiente, o método raramente é mal entendido. Não há ambiente à prova de palavrões, e quando este entra em campo, todos os vetores apontam para a figura do juiz. Pobrezinho desse profissional, aliás, pobrezinha da mãe dele. Ambos são vítimas do palavrão mais comum ou talvez o mais odiado, pois tem grande poder: atinge duas gerações do indivíduo. Os palavrões não são usados apenas para agredir, existem casos em que servem para celebrar e mesmo elogiar. A ciência diz que o palavrão se origina na parte mais primitiva do cérebro, uma parte pouco desenvolvida, quase animal. Os impropérios podem ser populares ou mesmo grã-finos e cultos. Sejam eles chulos, escatológicos, chocantes ou mesmo infantis e engraçados, ninguém está livre deles. Seja falar ou ouvir. Vamos ver?


VÁ TOMAR NO CÚ Possivelmente a expressão mais usada para exprimir desafeto, raiva ou desprezo. A sigla VTNC é usada em pequenos espaços.

Débora Cabral (PE) É designer e ilustradora. Atualmente estuda artes plásticas no Canadá e se ocupa com bordados e muitas xícaras de café. www.behance.net/deboracabral

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PUTA QUE PARIU Expressão de desagravo ou espanto, também pode ser usada em combinação com um sonoro “vá pra...” .

Estevão Vieira (RS) É músico, ilustrador, quadrinista e designer gráfico. www.behance.net/quadrupede

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DESGRAÇA Infelicidade, calamidade, tragédia.

Alix (BA) Alixvaldo Barnabé, advogado pouco praticante, dono de um Fusca 64 e admirador de Odair José, Bukowski, Coltrane e Daminhão Experyença.

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PUSILĂ‚NIME Aquele que revela pusilanimidade, fraqueza moral; covarde, medroso, fraco.

Eva Uviedo (SP) Ilustradora e artista visual, nasceu na Argentina, vive em SĂŁo Paulo e odeia falar de si mesma na terceira pessoa. Desde 2007 ilustra livros, revistas, jornais, capas de livros e discos e outros projetos. www.evauviedo.com.br

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ZÉ RUELA É o famoso sem noção, o cara idiota, bobo, vacilão especialista em fazer merda.

Leandro Lassmar (MG) É ilustrador e atua no mercado de ilustração editorial. www.behance.net/lassmar

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BUNDA MOLE Pessoa fraca, covarde. Pessoa pouco ativa, desanimada.

Raul Souza (PE) Ilustrador, animador e designer grĂĄfico. Raul vive em Recife e colabora com publicacĂľes diversas. www.behance.net/raulsouza

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ENERGÚMENO Possuído pelo demônio, possesso. Indivíduo alienado, idiota, louco, insensato.

Bruno Aziz (BA) É cartunista, designer gráfico auto-didata e ilustrador editorial desde 2000, com atuação no Jornal A Tarde, onde publica tiras e charges. www.flickr.com/photos/brunoaziz

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ESTOPÔ MALIGNO Algo exageradamente nocivo e aplicado à pessoa de conduta má, de espírito ruim, de ruindade sem tamanho.

João Lin (PE) É artista visual com atuação na produção de quadrinhos, cartum, ilustração, videoarte e intervenção urbana. www.joaolin.com.br

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ALMA SEBOSA Pessoa nociva à sociedade. Indivíduo de má índole, que pratica o mal, sem escrúpulos, ladrão.

André Valente (SC) Ilustrador e quadrinista, nasceu em Florianópolis, mas viveu por um tempão em Brasília. Pai de três filhos, se mudou (com a família toda) pra França pra perseguir o sonho de ser um Mestre dos Quadrinhos. Quando não está cuidando da prole, finge que está trabalhando, estudando ou desenhando, mas todo mundo sabe que na real ele tá viciado num tower defense da vida. www.oandrevalente.tumblr.com

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CARALHO Usado para expressar indignação ou admiração; pênis.

Simone Mendes (PE) Ilustradora; Desenhista de Sentimento; Artista. www.simonemendes.art.br

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PORRA Indica irritação ou desagravo; sêmen.

André Kitagawa (SP) É um quadrinista e ilustrador brasileiro. Colaborou com veículos como o site Cybercomix e as revistas Graffitti, HQ Brasil, Coyote e Front. Ganhou o Salão Internacional de Humor de Piracicaba em 2000 e o Troféu HQ Mix de 2003 na categoria “Desenhista Revelação”. Lançou o álbum Chapa Quente em 2006.

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MIZERA A miséria quis se tornar um palavrão e virou mizera. Significa destruição, fome, doença, tragédia, vida sem futuro. Tudo de ruim.

Juliana Lapa (PE) É artista visual, natural de Carpina, vive e trabalha em Recife. Sua principal técnica é o desenho à grafite e pastel à óleo. www.cargocollective.com/julianalapa

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TABACUDO Pessoa sem noção, donzela, mal instruída, lesa.

Roger Vieira (PE) É olindense e trabalha com artes gráficas desde 2010. Ilustrou para editoras nacionais, expôs em salões de humor no Azerbaijão e em Limeira-SP e publicou de forma indepedente o quadrinho “Não tenho uma arma (2017).” Atualmente faz charges e quadrinhos para o jornal Folha de Pernambuco. www.behance.net/Roger_Roll

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QUE SACO Quando se fala de uma coisa muito chata, aborrecida. Faz referência ao saco escrotal.

Flora Fontes (PE) É formado em Design Gráfico, atua no mercado publicitário e desenvolve trabalhos como ilustrador. Ministrou workshops de Sombreamento em Nankin pela Zupi Academy e também já teve suas ilustrações publicadas em algumas revistas, zines e livros como Zupi, Revista Rosa, Computer Arts e J’adore. www.cargocollective.com/florafontes

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Esta obra foi impressa em maio de 2017 na Gráfica Provisual, Recife, PE. Tem miolo em papel Chambril Avena 80 g/m² e capa em Arjo Wiggins Color Plus Cancun 120 g/m². Os textos foram compostos em Open Sans. Este colofão “vai se fuder” foi ilustrado por Caio Gomes (DF).



Ju Lisboa (ES)


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