BIODESIGN PÓS ANTROPOCENO OBJETOS VIVOS E A TRANSMUTAÇÃO DO PLANETA Diego Zadoroguoi Perez Guerra; (?); Atibaia, São Paulo, Brasil; fineart.diego@hotmail.com
___________________________________________________________________________ RESUMO: Autopoiético seria considerar inerente a todo ser vivo criar a si próprio; (MATURANA; VARELA, 1997) ; organicamente moldar a expansão do seu ser dentro de sua própria lei natural. A adaptação evolutiva e a autopoiese correm síncronas com o desenvolvimento de um ser; de uma espécie. E neste movimento de expansão do existir, os impactos são diretamente correlatos à transformação do seu ambiente. Pensando em como a humanidade modificou tanto seu planeta a ponto de instaurar uma nova era geológica (CRUTZEN, 2006) e nos impactos que o conjunto de ações individuais geram; podemos inferir que a maneira como consumimos nosso entorno está cada vez menos sustentável. Beirando o esgotamento completo. Segundo Stamets, em seu livro Mycelium Running, existem organismos capazes de salvar o planeta, simplesmente por existirem. E se das coisas nascem coisas (MUNARI, 2017) e tendo o designer como produtor das mesmas, quais prejuízos estão imbuídos em nosso comportamento modificam o entorno? Mesmo numa cadeia cíclica promovida por Braungart e McDonough, com seu Cradle to Cradle c hegamos apenas no ponto de mitigar os danos causados ao ambiente, promovendo também o lado social. Num contexto mais a fundo dentro do impacto do produto no ambiente, os mesmos autores chegaram na Triple Top Line; onde o impacto ao ambiente é positivo. Beneficiando o entorno. Seria apenas teoria se desconsiderarmos a vasta expansão do biodesign no mundo.
Com toda a investigação científica e munidos do ferramental do design, estão transformando o cenário mundial com criação de materiais alternativos, e até mesmo vivos! Reunindo o pensamento biológico-ambiental de Stamets, se faz possível desenvolver objetos capazes mesmo de salvar o mundo Palavras-chave: Biodesign; Materiais Alternativos; fungos; Ecologia; Transformação.
Referências CRUTZEN P.J. In: Ehlers E., Krafft T. (eds) Earth System Science in the Anthropocene.
Springer, Heidelberg, 2006. disponível em https://doi.org/10.1007/3-540-26590-2_3 acesso em 23 Out. 2020 MATURANA R., Humberto; VARELA GARCIA, Francisco J; ACUÑA LLORENS, Juan. De máquinas e seres vivos: autopoiese: a organização do vivo. 3.ed. Porto Alegre: Artes Médicas: 1997. 138 p
MUNARI B., Das coisas nascem coisas. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008 (Obra completa) MCDONOUGH W., BRAUNGART M., Cradle To Cradle : Remaking the Way We Make Things. New York : North Point Press, 2002. (Obra completa) MCDONOUGH W., BRAUNGART M., Design for the Triple Top Line: New Tools for Sustainable Commerce, Corporate Environmental Strategy, 2002 STAMETS P., Mycelium Running: How mushrooms can save the world. Berkley: Ten Speed Press, 2005. (Obra completa)