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Conclusão: O Olhar Caleidoscópico
do inconsciente III CONCLUSÃO: O OLHAR CALEIDOSCÓPICO
O texto procura evidenciar o modo através do qual Freud coloca a linguagem como meio de acesso ao inconsciente e condição necessária da consciência.
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Tomando a língua como base dos processos simbólicos do homem, a descoberta freudiana não se detém diante da sedução pelas várias semióticas, ou sistemas expressivos, mas recua à semiótica verbal: núcleo das formações simbólicas.
Se as psicoterapias modernas pretendem superar a psicanálise pela crença na insuficiência da palavra para falar o homem, Freud tem a seu favor a mais sólida tradição
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cid seixas
filosófica e linguística com relação ao papel desempenhado pelas formas verbais, cuja predicação estrutura o pensamento consciente.
O Projeto de 1895 é a primeira sistematização de alguns temas fundamentais da psicanálise, marcando a passagem da neurologia para a psicologia do inconsciente. O conceito de representação está associado à compreensão do aparelho psíquico como sistema semiótico, onde as representações podem ser equiparadas aos signos da teoria saussuriana.
O homem não se diferencia na cadeia zoológica por ser racional, mas por ser o único animal simbólico.
A histeria também se inscreve na ausência de verbalização do conflito, substituindo os signos da fala pelos sintomas da conversão. Já a esquizofrenia traz consigo a afetação do discurso, conduzindo à desorganização do sentido socialmente compartilhado ou à quebra do contrato social da linguagem.