PERCURSO DA LINGUÍSTICA À SEMIÓTICA | CID SEIXAS

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demasiadamente comprometida com o idealismo: “Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto” (Saussure, 1916). De fato, o objeto de estudo de Saussure depende inteiramente do seu ponto de vista. Num ponto de vista diferente teremos objetos diferentemente classificados.

Barthes e o eco Os estudos semiológicos se tornam ainda mais polêmicos quando Roland Barthes propõe a inversão da ótica saussuriana. Nos seus discutidos Elementos de Semiologia, ele pondera que não existem na vida social do nosso tempo outros sistemas da amplitude da linguagem verbal, isto é, da língua. Diz ainda que a Semiologia tem se ocupado de códigos de interesse irrisório e que, quando passa a conjuntos dotados de profundidade sociológica, esses sistemas apenas traduzem estruturas da língua. Conclui então: “É preciso, em suma, admitir desde agora a possibilidade de revirar um dia a proposição de 36

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