Edição Especial | E-Continuum | Novembro 2011

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e-continuum Edição Universidade Aberta | Novembro 2011

Edição Especial | Formação a Distância e Online

Fórum Nacional «Formação à Distância e Online» Especialistas da formação debatem a formação no século XXI


EDITORIAL Mudam-se os tempos mudam-se as vontades

A

verdade desta afirmação de Camões mantém-se ainda hoje, no século XXI, intacta. Mas o que diriam os padres jesuítas do século XVI se entrassem nas nossas escolas e vissem o que e como se ensina? E o que pensam ainda, actualmente, muitos professores, muita gente, nós e vós estimados (as) leitores (as), sobre a qualidade do ensino à distância? Muitas interrogações e receios subsistem (e continuarão a subsistir) em torno da educação, tudo o que é novo assusta, e a educação online, que as novas tecnologias estão a permitir, só é mais um papão entre tantos outros. Mas estereótipos e preconceitos desconstroem-se. O debate está aceso e todos nós podemos e devemos participar neste desafio que nos é lançado. Pesquisas indicam que o que tem travado a difusão do e-learning são dois grandes, e curiosos, obstáculos: em primeiro, o conservadorismo e a acomodação quanto aos métodos tradicionais de aprendizagem e, em segundo, a falta de hábito, de conhecimento, afinidade quanto ao uso das tecnologias utilizadas no e-learning. Sendo assim, não será pois na educação ao longo da vida, na comunicação e informação, que se deverá continuar a apostar para se romper com as barreiras colocadas pelos defensores do ensino tradicional e presencial?

No compreender a educação como aberta e reconhecer que o conceito de “à distância” não é novo? No perceber as diferenças que separam o ensino presencial e à distância? E, também, no admitir conhecer e reflectir sobre as vantagens do elearning? Aceitar que novos meios se incorporem nos/aos já existentes, de forma complementar e contínua, usufruir das potencialidades das novas tecnologias e da flexibilidade, de tempo e espaço, que estas nos proporcionam, neste processo que é o de ensino-aprendizagem, é o modo, certamente tão exigente quanto inevitável, que nos é proposto para que possamos todos contribuir para a qualidade da nossa educação/formação. Sim, as “vontades” mudam, vão mudando, mas ainda não bem ao mesmo ritmo dos “tempos”que correm! Gerações de EaD sucedemse, modelos de educação online aparecem, Second Life’s espreitam…num contínuo movimento. Aceleremos então…informemo-nos, debatamos e avancemos caros (as) amigos (as) e-leitores (as). Carlos Galveias, Eulália Aguiar e Nathalie Ferret EDITORES

Ficha Técnica Jornal E-Continuum | Edição Especial Propriedade Universidade Aberta | Unidade Aprendizagem ao Longo da Vida (UALV) | 9ª Edição do Curso de Formação de Formadores Online | Presidente do Conselho de Administração António Quintas-Mendes | Directores Manuela Francisco e João Proença | Editores Carlos Galveias, Eulália Aguiar e Nathalie Ferret | Jornalistas Ana Moura, Carlos Monteiro e Maria Odília Baleiro | Especialistas em Formação Aida Rosatella, Ângela Aires, António Albano, António Franco, Carla Dias, João Baptista, Jorge Clemente, José Leonardo Andrade, Liliana Martins, Sofia Rita, Teresa Reis, Agostinho Botelho, Felisberto André, Inês Costa, Maria Fernandes e Miguel Saldanha Na cloud em Novembro de 2011


Dia Mundial da EaD (Educação a Distância)

“Portugal e o mundo em rede: a formação a distância”

Perspectiva do evento no Palácio Nacional da Formação, em Lisboa

N

o Palácio Nacional da Formação em Lisboa teve lugar um Fórum, que decorreu entre os dias 10 e 17, coincidindo com o dia Mundial para a EaD - dia 17 de Novembro de 2011. Em Portugal, várias instituições do ensino superior aderiram a esta iniciativa e organizaram este Fórum para debater a temática da formação a distância, as questões críticas e os grandes desafios que se colocam à educação no mundo tecnológico e globalizado. Foram convidadas e participaram muitas instituições nacionais e estrangeiras com relevante trabalho produzido neste âmbito. Este fórum contou com a presença do Sr. Presidente da República que presidiu à sessão de abertura e o encerramento foi feito pelo Sr. Primeiro. Muitas universidades portuguesas estiveram envolvidas, na medida em que já há alguns anos vêm também apostando neste tipo de ensino/formação. Estiveram presentes também os respetivos reitores, os coordenadores de cursos a distância, os e-formadores, os e-tutores e outros especialistas. Este evento contou ainda com a presença e participação de várias especialistas nacionais e internacionais e os jornalistas que fizeram a cobertura deste Fórum. Destacamos alguns participantes de diferentes associações/organizações mundiais do TIcEduca, TecMinho (Portugal); a EDEN (European Distance and e-Learning Network) - organização a comemorar 20 anos e que tem um vasto e reconhecido trabalho de investigação nesta área - e ainda a Online EDUCA Berlin, associação também com quase vinte anos. Foram amplamente debatidas as problemáticas ligadas à formação a distância, as grandes transformações introduzidos pelas tecnologias, designadamente a Web que veio possibilitar novos formatos e modelos

de aprendizagem alternativos e inovadores, como a formação online, as suas vantagens e impactos no mundo de hoje. Uma das universidades que liderou este evento foi a Universidade Aberta, com sede em Lisboa, que lançou este tipo de ensino em Portugal em 1988, dirigindo-se a um público adulto e sénior que desejasse voltar a estudar ou aprofundar os seus conhecimentos. Os participantes neste fórum foram divididos por várias salas onde decorreram sessões simultâneas sobre as mais variadas temáticas, como por exemplo: formação aberta, formação a distância; conceitos e problemáticas; gerações e modelos de formação, formação online/ formação elearning; o impacto das tecnologias nas diferentes gerações; a quarta geração tecnológica: aprendizagem em rede e impacto no mundo globalizado de hoje. De acordo com a literatura disponível e opinião de reputados especialistas nesta área a formação a distância tem vindo a assumir, no quadro das organizações educativas, um papel preponderante, sobretudo a partir da década de noventa com a generalização e suporte da Web, permitindo, cada vez mais, a aprendizagem interativa e em rede. Vimos e ouvimos os debates, as reflexões e tomámos notas das conclusões e linhas de ação que foram propostas para que os apoios, os critérios, a legislação se alterem e facilitem o desenvolvimento da EaD nas suas mais variadas vertentes. Alguns especialistas foram entrevistados pelos nossos colegas jornalistas do “eContinuum” da Associação Nacional de Formadores em EaD e Online. Neste jornal constarão várias rubricas sobre esta temática tão complexa quanto atual. Odília Baleiro | JORNALISTA


Observatório O da Formação

Palácio Nacional da Formação recebeu na última semana o Fórum Nacional sobre Formação a Distância e Online.

O evento contou a presença da sua Excelência o Presidente da República Dr. Aníbal Cavaco Silva e do Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, reunindo neste espaço especialistas de diferentes quadrantes da área da Formação. O Presidente da República considerou que Portugal apresenta hoje excelentes condições para que a formação a distância e online seja ainda mais uma realidade e constitua um factor de aproximação entre os diferentes actores intervenientes nos processos de aprendizagem, contribuindo de uma forma decisiva para o desenvolvimento local, regional e nacional através da realização de percursos formativos enriquecedores. Pedro Passos Coelho referiu ao longo da sua intervenção que o país enfrenta uma necessidade de alterar o paradigma da formação nacional, aumentando por um lado a qualidade das aprendizagens e do impacte das mesmas na sociedade assim Criaram-se diversos grupos de trabalho com objectivos específicos

como a relação custo-benefício dos ciclos formativos, apontando o caminho já realizado por diferentes instituições nacionais na área da formação a distância e online, ainda que considere que existe uma grande margem para evolução neste domínio em Portugal. Solicitou aos especialistas que constituíssem após este Fórum um Livro Verde sobre a temática, de forma a relançar o debate nacional sobre a importância da Formação a Distância e Online e o seu contributo para a diferenciação e aumento das qualificações dos alunos. O e-Continuum acompanhou diariamente as actividades desenvolvidas pelos especialistas no Fórum e reuniu as principais questões em debate, dando assim o seu contributo para alterar o estereótipo de que “só a Formação Presencial é uma Formação de qualidade sendo a Formação a Distância e Online uma espécie de formação de segunda”. Carlos Monteiro | JORNALISTA


ENTREVISTA A Palavra aos Especialistas Teresa Reis Ana Moura - Boa Noite, Dra. Teresa Reis. Em primeiro lugar, agradeço a sua disponibilidade para realizarmos esta entrevista Teresa Reis – Nós é que agradecemos a oportunidade de estarmos aqui! Ana Moura - A formação presencial (FP) era, até há bem pouco tempo, considerada, por muitos, como uma formação de qualidade enquanto a formação a distância (EAD) era relegada para 2º plano, como um parente pobre no campo da formação. O Fórum Nacional para a Educação a Distância, em que foi oradora, trouxe um debate muito rico, e muito vivo, sobre a importância, e as potencialidades, da Educação a Distância e On-line. Eu gostava que nesta entrevista nos centrássemos na origem e desenvolvimento da EAD. Ana Moura -Concluímos que não podemos dissociar a EAD da evolução das tecnologias da comunicação. Quer falar-nos um pouco disto? Teresa Reis - A evolução da educação à distância acompanhou o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e influenciou a classificação das gerações de educação a distância. Por acaso, no trabalho que apresentei, não mencionei as datas

que o computador estava em expansão, que segundo Garrison assistiu-se à EaD cuja aprendizagem era mediada por computador ou CAL (computer assisted learning). Neste sentido, e para difusão e distribuição de conteúdos era utilizado o correio electrónico, cd's, DVD's. Estima -se que essa 3.ª geração surgiu por volta dos anos 80. Por sua vez, a 4.ª geração apareceu a partir de 1994, época em que assistimos ao boom de ambientes colaborativos de trabalho em rede. Ana Moura – Mas podemos falar, já, de uma 5ª e uma 6ª Geração? Teresa Reis - Recentemente surgiram novas gerações, nomeadamente, a partir de 2004 a 5.ª Geração conhecida por M-Learning que acompanha a propagação na utilização do telemóvel. Por fim, a geração designada por Second Life aparece, nos dias, de hoje como a mais recente geração de EaD aliada ao surgimento de ambientes virtuais 3D com avatares cada vez mais populares nos dias de hoje. Ana Moura – Consegue resumir numa expressão toda esta evolução? Teresa Reis - Há uma expressão que relata de forma muito reduzida toda esta evolução da tecnologia e da EAD: "A tecnologia não determina a sociedade, incorpora-a.

«A evolução da educação à distância acompanhou o desenvolvimento das tecnologias» supostas do surgimento de cada uma das gerações pelo que posso aqui abordar um bocadinho dessa evolução. Ana Moura - De facto a sua apresentação, neste Fórum, em conjunto com a Dra. Sofia Rita, também com a Dra. Liliana, fala-nos das várias gerações de Ensino a Distância. Para si, de quantas gerações podemos falar? E quando podemos considerar que começou o Ensino a Distância? Teresa Reis - Segundo Garrison, a 1ª geração EAD surgiu por volta de 1833. Tratava-se de uma aprendizagem, por correspondência, que recorria para sua distribuição ao correio postal. Por volta dos anos 70, altura esta em que a TV, Rádio e o telefone eram meios de comunicação muito populares, pode afirmar que nasceu uma 2ª geração que recorria a estes meios para a distribuição e difusão de conteúdos: TeleEnsino! Teresa Reis - Seguiu-se a 3ª geração designada por Multimédia Interactivo em

E nem a sociedade determina a tecnologia, usa-a.” Ana Moura – Não estamos só a falar de um conceito ou da história das tecnologias da informação (que já de si é muito interessante) estamos a falar da mediatização de conteúdos e da própria relação pedagógica. Quer falar um pouco das diferenças em cada uma das gerações? Teresa Reis - Realmente as diferenças são várias! O ensino por correspondência consistia numa aprendizagem muito rudimentar - e pobre - que tinha como únicos recursos os documentos escritos e impressos. No Tele-ensino a mediatização da EAD, ainda que pobre, ganhou um pouco mais de "cor", uma vez que incorporou ao texto - o som, a imagem estática e a imagem vídeo; difundida por emissões radiofónicas e televisivas. Na 3.ª geração a novidade está na interactividade dos média, pois são utilizados suportes digitais difundidos através de CD's, DVD's. Por sua vez, no e-learning a mediatização

dos conteúdos dá-se na continuação dos multimédia interactivos mas ao qual se acresce o ambiente colaborativo que está assente páginas Web. No M-learning, temos uma mediatização dos conteúdos via multimédia interactiva, colaborativa e móvel. Finalmente, como a última geração Second Life é muito recente, há pouca informação a este respeito, no entanto podemos afirmar que a sua mediatização faz-se através dos sistemas do Second life. Como podemos ver este é um processo contínuo, cujos meios não são substituídos, mas sim incorporados nas novas tecnologias e gerações de EAD! Ana Moura - Dois dos autores que mais contribuíram para a discussão em torno da classificação das gerações de EAD Garrisson e Nipper - estão de acordo ao afirmar que o surgimento do correio electrónico e da conferência por computador conduziram a novos paradigmas da formação EAD, nomeadamente, a comunicação entre professores e alunos e dos alunos entre si. Concorda com esta afirmação? Teresa Reis - Sem dúvida, aliás ficou provado! Na 1ª e 2ª Gerações - Ensino por correspondência e Tele-Ensino - só existia a comunicação e interacção professor/aluno e, mesmo assim, o nível de contacto era raro ou pouco frequente, respectivamente. Não existia qualquer interacção de aluno/aluno e nem tão pouco de aluno/alunos Ana Moura – O aparecimento do computador é um marco? Teresa Reis – Com o aparecimento do computador surgiram também novas formas de comunicação elevando o nível de interacção entre todos os intervenientes. Na 3.ª geração a comunicação professor/aluno passou a realizar de forma frequente, e apareceram as primeiras interacções aluno/aluno e aluno/alunos, ainda que pouco significativas. Com o e-learning, e o surgimento de comunidades virtuais em rede, a comunicação professor/aluno passou a decorrer permanentemente, também, assistimos a interacções mais intensas entre aluno/aluno e aluno/alunos. Finalmente com a quinta geração - MLearning - atingimos um ponto máximo de interactividade entre todos os intervenientes. No entanto, para a 6ª geração- Second life a mais recente, estas relações ainda não estão bem definidas; estaremos, hoje, a escrever a história destas relações. Ana Moura - Digamos que na 3º e 4º geração se criaram condições que vieram valorizar a componente social da construção do conhecimento, verdade? Componente realçada, pelos cépticos, nas criticas à EAD. Considera possível, num grupo com este regime de aprendizagem, chegarmos a ter interacções tão, ou mais positivas, entre os participantes, ou, aqui, a formação presencial ganha vantagem? [continua]


Teresa Reis - Sem dúvida, que a componente social ganhou relevo na 3.ª e 4ªgerações, uma vez que as abordagens pedagógicas passaram a ser desenhadas através da interacção frequente entre professor/aluno e na adopção de estratégias de trabalho colaborativo envolvendo alunos e professores no seu todo. O grau de acessibilidade, conectividade, flexibilidade e interactividade - aqui observados-constituem vantagens inequívocas da EAD; comparativamente aos modelos de formação presencial. No entanto, poderá existir um nível de complementaridade e de articulação entre ambos os tipos de formação; determinados módulos podem ocorrer na modalidade de formação online e, coexistir, uma componente presencial explorada, por exemplo, em sala de aula. Ana Moura - De facto há, até, quem argumente e indique muitos exemplos em que os grupos de Comunicação Mediada por Computador ultrapassam o nível de afectividade e emoção de grupos paralelos e face-a-face; a comunicação é muito rica – para pertencermos a um grupo, ou nos identificarmos com um grupo, não precisamos de estar face-a-face.

especialistas nesta área. Com o desenvolvimento rápido do Ensino a Distância, aumentou, também, a investigação, em torno destas temáticas. Ana Moura - Dra. Teresa Reis chegamos ao fim da nossa entrevista; agradecemos a disponibilidade e simpatia; esperamos que lhe tenha agradado termos escolhido o Facebook para realizar a nossa entrevista. Em Portugal as redes sociais são, ainda, muito utilizadas para a partilha com os amigos, mas podem ser, na nossa opinião, ferramentas, tal como outras ferramentas da Web2 – Wiki, Blogs, etc para trabalhar e aprender on-line. Teresa Reis – Concordo consigo, são ambientes propícios para a troca de ideias, experiências e recursos; contribuindo assim para um ambiente colaborativo, características estas muito importantes para uma aprendizagem em ambientes virtuais. Concluímos esta entrevista dizendo que a evolução dos modelos de EAD não significam a exclusão dos modelos anteriores; eles coexistem - o seu peso relativo vai-se, no entanto, modificando.

Teresa Reis – Exacto! Essa é uma vertente já muito estudada por

Observatório

Geração da Distância?

A

especialista Liliana Martins abriu o debate sobre as diferentes gerações de ensino a distância, apresentando à audiência cinco gerações diferentes que surgiram ao longo do desenvolvimento deste tipo de ensino. Longe vão os tempos da geração de ensino por correspondência, considerada a primeira geração da educação a distância, que utilizavam os serviços de correio postal para a distribuição dos conteúdos e recolha de avaliações. A segunda geração designada por “Pacote Multimédia” surge a partir de 1970 e caracteriza-se pela utilização de recursos como: o manual impresso, emissões de rádio e televisão, áudio e vídeo cassetes, sendo a interacção aluno - aluno inexistente. Na década de 80, assiste-se ao surgimento da terceira geração - “Multimédia Interactivo”, que segundo a especialista a “tecnologia de suporte predominante é o correio electrónico, sendo que a comunicação entre professor e aluno passa a ser mais frequente enquanto a comunicação entre aluno é ainda pouco significativa.

Com a evolução tecnológica da década de 90, surge a quarta geração de ensino a distância - E- Learning, a qual pela descrição da Liliana Martins “é marcada pela introdução de várias tecnologias de suporte como por exemplo o correio electrónico, os fóruns, blog´s, chat´s, videoconferências ou as wikis”. A mediatização dos conteúdos segundo a especialista sofre uma enorme evolução “ sendo a continuação da multimédia, mas numa vertente mais vasta que a interactiva a colaborativa, através de páginas Web”. No arranque do século XXI, surge a quinta geração de ensino a distância, tendo-lhe sido atribuída a designação de M- Learning ou Aprendizagem Móvel. A especialista Teresa Reis deu a sua contribuição para o esclarecimento das principais características desta geração, a qual resulta da evolução tecnológica móvel, utilizando recursos como por exemplo “telemóveis, PDS´s. leitores de MP3, Computador ultra portátil, smartphone e eBook”. Para além das tecnologias já utilizadas na anterior geração, esta geração incorpora tecnologias como o Small Mensage System (SMS), Instante Messangers (IM) e o podcasts, existindo nitidamente “uma mediatização de conteúdos através de multimédia móvel”. Trata-se pois de uma geração em que apresenta “um elevado nível de portabilidade, acessibilidade, flexibilidade, interactividade e conectividade”.

Ana Moura | JORNALISTA

Teresa Reis terminou a sua intervenção citando uma afirmação de Geoff Stead: “ num espaço de cinco anos, o mobile learning passa de uma teoria explorada por académicos e entusiásticos das tecnologias para o mundo real e como um valioso contributo para a aprendizagem”. O debate entre os especialistas sobre uma possível formação da sexta geração foi aceso, conduzindo à apresentação da mesma como a geração “Second Life”. António Albano, especialista em gerações de ensino a distância, caracterizou esta geração como “comunidades online, onde é possível a interacção entre indivíduos em ambiente gráfico 3D, representando cada um o seu papel que é visível a todos os intervenientes: um Avatar”. Refere ainda que “as potencialidades educativas e pedagógicas são imensas, entendendo-se aqui a pedagogia como um modo de organizar e gerir a comunicação num espaço de aprendizagem, podendo desenvolver-se actividades num ambiente que é controlado, para a aprendizagem em que a componente lúdica se encontra presente. Concluindo a sua apresentação António Albano referiu que no contexto da “aprendizagem online, a interacção entre avatares pode reduzir a falta de interacção real entre os intervenientes de uma formação online, pois é possível recriar o ambiente de uma sala de aula tradicional”. Carlos Monteiro | JORNALISTA


Radar N

E-Continuum

a edição especial do e-Continuum o radar apresenta esta semana duas perspectivas diferentes sobre o Ensino a Distância, num exercício que pretende transmitir ao leitor a ideia de que a diferença está muitas vezes na atitude que temos sobre os eventos que surgem no percurso de cada um de nós e a forma como essa característica influencia os resultados obtidos. O jornalista Carlos Monteiro falou com Álvaro Empresário, 55 anos, engenheiro mecânico e empresário que dedica o seu tempo livre à leitura, desporto, economia, formação, viagens e lazer.

Carlos Monteiro recolheu ainda as opiniões de Joaquim Trabalhador, um comercial de 42 anos que iniciou a sua vida profissional após a conclusão do 12º ano de escolaridade. No seu tempo livre aprecia o tempo dedicado à sua família, desporto, actualidade e informação. Radar E-Continuum: Quando contactou a primeira vez com o EaD? Álvaro Empresário: “Foi há na década de 90, quando senti necessidade de actualizar conhecimentos na minha área de formação e adquirir outras competências vitais para alavancar o meu projecto empresarial.” Joaquim Trabalhador: “O desafio surgiu este ano quando por decisão da direcção comercial, fui confrontado com a necessidade de aumentar as minhas qualificações, sob pena de manter o meu posto de trabalho, cargo que ocupo há cerca de 25 anos. Neste momento sou estudante do primeiro ciclo de estudos em Gestão da Universidade aberta.”

Radar E-Continuum: Vantagens que identifica no EaD?

Joaquim Trabalhador num momento familiar

Álvaro Empresário: “Como principais vantagens refiro: Ÿ a flexibilidade de acesso ao ensino, derrubando as barreiras de espaço e tempo, vitais no contexto actual; Ÿ contacto com diferentes indivíduos em ambientes virtuais de aprendizagem, partilhando pelo menos um objectivo comum: a aprendizagem; Ÿ contacto e a utilização privilegiada de Tecnologias de informação; Ÿ elevada relação custo-benefício no desenho do ciclo formativo individualizado.”

Joaquim Trabalhador: “As principais vantagens que identifiquei neste primeiro contacto são: Ÿ conciliar a minhas actividades profissional e familiar com a aquisição de novas habilitações: Ÿ aceder à formação em qualquer local e horário; Ÿ contactar com alunos que tal como eu partilham desta necessidade, contribuindo assim para aumentar os meus níveis de motivação; Ÿ definir os meus objectivos de aprendizagem e aprender ao meu ritmo.” Radar E-Continuum: Desvantagens que identifica no EaD? Álvaro Empresário: “Considero que apesar de estarmos numa situação de transição, o mercado do EaD em Portugal ainda apresenta algumas fragilidades, nomeadamente no que respeita à oferta de percursos de aprendizagem diferenciados e de qualidade elevada.” Joaquim Trabalhador: “Como principais desvantagens que para já consigo identificar estão associadas: Ÿ à comunicação estabelecida por meio de computador, limitando o contacto que posso estabelecer com os colegas; Ÿ organização e autodisciplina de estudo, de forma a poder acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos do curso.” Radar E-Continuum: Aconselha o recurso ao EaD como uma alternativa credível de formação? Álvaro Empresário: “Sem sombra de dúvida que recomendo vivamente a todos os potenciais interessados contactar com esta modalidade de ensino, retirando cada um as suas próprias conclusões após a vivência desta experiência.” Joaquim Trabalhador: “Considero que ainda estou numa fase prematura para que possa aconselhar a um amigo uma experiência no EaD, ainda assim desafio todos aqueles que como eu enfrentam necessidade de assegurar o seu posto de trabalho a aumentar e actualizar as suas qualificações, seja qual for a forma de ensino que prefiram. Carlos Monteiro | JORNALISTA


Observatório

Formação... A que Distância?

D

urante o Fórum Nacional a especialista Carla Dias, referiu que no decurso das suas investigações sempre se confrontou com a falta de clarificação em torno dos conceitos como “educação a distância” ou elearning, conduzindo por vezes a dificuldades de comunicação entre os diferentes intervenientes nos processos de aprendizagem, o que torna premente iniciar uma sistematização capaz de reunir consenso em torno da terminologia e significado destes conceitos. Durante a sua intervenção foi perceptível que o prefixo “e” associado a learning tem a sua origem na palavra electrónico, desmitificando assim a associação comummente realizada à internet, razão pela qual não se utiliza i-leraning. A abrangência do “e” envolve conceitos como: Exploration, Expirience, Engagement, Ease of use, Empowerment. Assim, o eLearning associa elementos de inovação e distinção, existindo uma relação estreita com a internet e a World Wide Web. A especialista citou no final da mesa redonda sobre o e-larning a definição que no seu entender melhor simplifica e esclarece um conjunto de conceitos tão intrinsecamente ligados à pedagogia do eLearning: “ Elearning is the use of network tecnhology to design, deliver, select, administer, and extend Leraning” (Elliot Masier - 1999). Carlos Monteiro | JORNALISTA

Banda Desenhada E-Continuum por Ana Moura

A especialista Carla Dias moderou um debate sobre Ensino a Distância


Observatório

Fique Online ou prefere Offline?

L

iliana Martins, especialista na área da formação online, abriu no Fórum Nacional da Formação o debate sobre os modelos de Educação Online, definido como “um conjunto de acções de ensino aprendizagem que são desenvolvidas através de meios como a Internet, a Videoconferência e a Teleconferência”. Ficou patente na sua intervenção que a educação online acarreta questões pedagógicas específicas as quais impõem novos desafios para a educação nas modalidades presencial e a distância. A especialista encerrou o tema com a apresentação dos diferentes modelos de educação online: modelos centrados nos meios, modelos centrados no professor e modelos centrados nos alunos. As diferenças entre cada um dos modelos assentam no destaque dado a cada um dos elementos intervenientes do processo de aprendizagem. Neste contexto, no primeiro modelo assume -se a tecnologia como o papel central em todo o processo, no modelo centrado no professor o foco está direccionado para este interveniente, assumindo um papel de transmissão de informação através das Tecnologias de Informação e comunicação (TIC). No modelo centrado no aluno é assumido que este pode ser o gestor do seu próprio processo de aprendizagem, requerendo a construção de actividades que se adaptem aos diferentes tipos de alunos e às respectivas necessidades. Ainda que a formação online esteja a ser implementada tanto em instituições de educação a distância como em instituições presenciais convencionais, em ambas existe o potencial risco de utilizar ambientes virtuais para dar continuidade às metodologias clássicas e modelos centrados no professor, constituindo esse um aspecto relevante a considerar no desenvolvimento e integração das TIC em processos de aprendizagem. Carlos Monteiro | JORNALISTA

E-Learning por Liliana Martins

O

crescimento das exigências em torno da qualificação dos recursos humanos tem favorecido a procura de programas de formação, quer pelos indivíduos que procuram manter ou aumentar a sua competitividade no mercado de trabalho, quer pelas próprias empresas, que apostam no alargamento das competências dos seus colaboradores. No entanto, a esta tendência opõe-se outra: a crescente exigência da vida profissional, com a correspondente falta de tempo para outras actividades, nomeadamente a formação. Antes dos recentes desenvolvimentos tecnológicos, no que diz respeito à Internet,

a formação requeria um esforço significativo, que se sobrepunha às responsabilidades profissionais e familiares. Actualmente, porém, o e-learning tem vindo a afirmar-se como sendo uma solução alternativa à formação presencial tradicional, mais rápida, eficaz e cada vez menos dispendiosa. O e-learning pode ser definido como um método de ensino a distância, que usa as novas tecnologias multimédia e a Internet para promover a qualidade da formação, facilitando assim o acesso a recursos e serviços, bem como trocas de informações entre os diversos intervenientes envolvidos.

O e-learning é entendido como uma forma de ensino a distância, baseada nas tecnologias de informação e comunicação, i.e., um método de difusão de conhecimento e desenvolvimento de competências, realizado via Internet. Desta forma, a formação deixa de estar dependente de locais, horários e formadores, entre outros factores, disponibilizando, a cada formando, um processo de aprendizagem adaptado ao seu próprio ritmo e às suas necessidades especiais. O domínio de aplicação do e-learning não conhece hoje fronteiras; desde a escola primária ao ensino superior, passando pelas


empresas, o e-learning constitui-se como uma alternativa válida à abordagem tradicional de ensino e formação. Neste âmbito, o desenvolvimento de soluções eficazes de e-learning resultará em melhorias directas na qualidade de vida da população; este meio de aprendizagem a distância proporciona um benefício significativo aos cidadãos que têm dificuldades em conciliar as suas responsabilidades familiares e profissionais com a necessidade e desejo de adquirir, ou aprofundar, competências para satisfação pessoal e/ou progressão na carreira. Vantagens Aquando da implementação de soluções de e-learning, são normalmente identificadas as seguintes vantagens:

aperceber-se dos fortes benefícios que o elearning lhes fornece no que respeita ao atingir dos seus objectivos de negócio, tais como aumentar as vendas e os resultados ou adoptar melhores práticas. O impacto a longo prazo nos objectivos de negócio é, talvez, a maior vantagem das soluções de elearning.

informação pode ser desenvolvida tendo em conta o nível do utilizador; os cursos e programas podem ser adaptados aos seus pontos fortes e pontos fracos; consegue-se, assim, um maior nível de impacto de aprendizagem e uma maior taxa de construção de conhecimentos. Criação da “Memória da Organização”

Acesso just-in-time a informação actualizada Os conteúdos baseados na Web permitem aos formadores a actualização imediata das lições e materiais em toda a rede, mantendo-se assim os conteúdos actualizados e consistentes e permitindo aos formandos o acesso imediato aos dados mais actuais. A informação pode ser consultada quando necessário, ao invés de ser assimilada numa sala de aula e posteriormente esquecida.

Em qualquer parte, Em qualquer altura, Qualquer pessoa Os computadores são, hoje em dia, elementos essenciais na vida da maioria dos profissionais, sendo um meio de formação eficaz em projectos de e-learning. Desenvolvimentos tecnológicos, tais como o

Uma solução de e-learning proporciona a oportunidade de consolidar o capital intelectual da organização (que se encontra, por vezes, disperso e difícil de encontrar) e potenciar esse mesmo capital intelectual como uma vantagem competitiva. A rápida evolução da concorrência e o crescimento dos mercados revelou a necessidade de processar e reciclar informação e de adquirir mais conhecimentos num curto espaço de tempo. Muitas organizações necessitam de uma eficiente gestão de informação e da sua partilha por uma população por vezes globalmente distribuída. O e-learning permite que essas organizações instruam os seus colaboradores ou os seus parceiros com informação e processos permanentemente actualizados.

Maior retenção dos conteúdos através de formação personalizada da World Wide Web, o das redes empresariais de alta capacidade e o dos computadores de grande velocidade, tornam este tipo de formação acessível 24 horas por dia, sete dias por semana. Tal facto permite às empresas, e às organizações em geral, distribuir, fácil e comodamente, formação e informação pertinente por várias localizações. Colaboradores, parceiros de negócios e até mesmo clientes podem aceder à formação sempre que necessário, em casa ou no escritório.

Os formandos podem manter o seu próprio ritmo e “navegar” segundo as suas necessidades ou interesses, aumentando deste modo a percepção dos conteúdos. Tal facto tem um impacto significativo na capacidade e rapidez de aprendizagem dos formandos, quando comparada com a formação com orientador/formador. A

distribuição dos conteúdos em unidades menores, denominadas “módulos”, contribui também para tornar mais elevados os níveis de aprendizagem. Maior colaboração e interacção entre os formandos Economia substancial de custos Normalmente, as empresas e as organizações verificam que o maior benefício imediato que pode obter com o elearning é a eliminação das despesas e dos inconvenientes de levar os formadores e os formandos para uma sala de aula. É fácil, portanto, constatar que as organizações têm substanciais economias de custos com a substituição do formador pela exploração pedagógica de conteúdos electrónicos. A opção pelo e-learning permite também que os cursos sejam estruturados com sessões mais curtas e prolongados por várias semanas, permitindo que os colaboradores possam empenhar-se nas suas responsabilidades diárias, não tendo que dedicar um ou mais dias apenas à formação. As empresas e organizações estão também a

Condicionantes Apesar do e-learning ser considerado um método de formação a distância com inúmeras vantagens, há certos factos que, conjugados, podem condicionar a implementação de soluções deste tipo, em alguns países, e reduzir a taxa de utilização deste sistema por parte de potenciais formandos. Entre esses factos, destacam-se:

Ÿ contexto económico, social e cultural em

que alguns países encontram; Ÿ iliteracia por parte da população de

alguns países; Ÿ implementação débil e pouco

As técnicas de ensino e comunicação, que criam um ambiente interactivo online, podem incluir: case studies, relatórios, demonstrações, simulações, vídeos, consultas online, ensino personalizado, grupos de debate, equipas de projecto, espaços de diálogo (chat rooms), e-mail, bulletin boards, sugestões, tutorials, FAQ´s e wizards. O ensino a distância pode ser mais estimulante e favorecer um raciocínio mais crítico, quando comparado com a tradicional formação em sala, uma vez que permite o tipo de interacção que ocorre mais significativamente em grupos pequenos.

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Uniformidade dos assuntos

Ÿ

A informação distribuída é consistente para todos os utilizadores, pelo que se reduz a possibilidade de interpretações erradas. A

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estruturada de projectos de formação a distância; fraca qualidade dos conteúdos formativos e elevado descrédito relativamente às verdadeiras vantagens desta modalidade formativa; resistência por parte de certas empresas, universidades e outras entidades à implementação de soluções de formação inovadoras deste tipo; fraca capacidade de investimento do tecido empresarial; dificuldades no acesso à Internet por parte de alguns potenciais formandos; preferência por parte de alguns formandos por cursos externos que adoptam uma metodologia tradicional; necessidade de contacto presencial e consequentemente de auto-motivação.


Um sistema de e-learning deverá integrar, de uma forma coerente, os conteúdos e as metodologias formativas sobre uma plataforma tecnológica, que permite fazer a gestão desta formação online. Apesar das plataformas tecnológicas serem fáceis de adquirir no mercado, a forma como os conteúdos e as metodologias formativas são desenvolvidos e colocados no site são considerados condicionadores importantes para que um sistema deste tipo tenha sucesso, durante e após a sua implementação. Assim, o insucesso de alguns sistemas de e-learning deve-se essencialmente à inexistência de uma estratégia clara ao nível das metodologias e dos conteúdos as principais causas deste insucesso são as seguintes: Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

falta de interactividade dos conteúdos do curso; maior importância dada ao aspecto gráfico do que ao conteúdo; desenvolvimento dos cursos sem ter em atenção as necessidades dos formandos; barreiras tecnológicas existentes, principalmente devido a incompatibilidades de software utilizado; utilidade dos cursos para os formandos apenas numa primeira utilização; falta de estratégia e metodologia formativa. Liliana Martins | ESPECIALISTA FORMAÇÃO In «empre-learning - Promoção de estruturas de e-learning inovadoras, em língua portuguesa, que permitam o aumento de competências e aumentem a empregabilidade» http://www.spi.pt/empre-learning/Downloads/empre-Learning.pdf

A questão que se impõe: Formação a Distância e Formação Presencial As Diferenças O ensino a distância independentemente da forma ou das formas de comunicação utilizadas apresenta potencialidades que importa ter em consideração quando se analisam as diferentes formas de ensinar e aprender.

enfoque dado à aprendizagem. O mais importante no ensino a distância não é a maior ou menor proximidade física entre os diversos intervenientes, mas a quantidade e qualidade da comunicação estabelecida entre eles.

São muitas e de grande significado as suas vantagens, das quais se podem destacar a abertura, a flexibilidade e personalização da aprendizagem, a mediatização, a cooperação e interactividade, a facilidade na distribuição da informação e os baixos custos.

Ferramentas de comunicação de que o eLearning se pode socorrer podem assumir três formas principais: as ferramentas de comunicação síncrona, de que são exemplos o IRC, a videoconferência e a audioconferência, as ferramentas de comunicação assíncrona, onde se destacam o e-mail, os fóruns e as Listas de Discussão, finalmente as ferramentas de comunicação híbrida, por exemplo o MSN, que permite a conversação em tempo real entre duas pessoas ou em pequenos grupos e o envio de documentos, mesmo quando o destinatário está offline (este mesmo MSN detecta os contactos que se encontram online).

Para além destas vantagens é inquestionável tratar-se de uma forma de estudo/aprendizagem que pode aproximar as pessoas, que contribui para a democratização do saber e, opinião quase unânime, desenvolve o espírito crítico, a responsabilidade, a autonomia e incentiva a educação continuada e o aprender a aprender. Formas de ensino a distância diferem sobretudo quanto ao grau de interactividade, à forma de comunicação utilizada, ao objectivo da sua utilização e ao

Outra forma é a que actualmente nos permite o “Google docs” e o “Office Live Workspace” da Microsoft. Ambos, com uma interface gráfica muito amigável, permitem o trabalho colaborativo em tempo real num

processador de texto, numa folha de cálculo ou numa ferramenta de criação de apresentações semelhante ao PowerPoint. das grandes vantagens do e-Learning tem a ver com a utilização de mais capacidades do indivíduo de modo a que a aprendizagem se realize de formais fácil e eficaz. O multimédia, de um modo geral, fornecenos som, imagens e texto, tudo embutido num pacote electrónico ao qual não falta a animação e mesmo a dramatização de cenas geradoras de emoção. Para utilizar esta panóplia de meios em pleno, temos apenas de pôr em prática a conhecida frase atribuída a Confúcio, com mais de 2500 anos: “o que ouço esqueço, o que vejo recordo e o que faço aprendo”. Temos de criar no processo de aprendizagem formas de integrar conteúdos interactivos (ligados ao aprender fazendo) com os demais estímulos (som, texto, etc.) de modo a construirmos algoritmos mentais eficazes e resistentes à erosão do tempo. É aqui que o e-Learning começa a marcar a diferença relativamente ao modelo presencial, pois podemos fornecer conteúdos


multimédia em suporte on-line que obedecem totalmente às características da matéria a ensinar ou às idiossincrasias do sujeito que aprende. das suas virtudes há alguns aspectos que o ensino a distância tem dificuldades em superar, designadamente o da proximidade, o da afectividade e o da modelagem prestada por um professor/educador/formador presente, embora o avanço das novas tecnologias permita a curto prazo uma aproximação virtual bem mais próxima do real.

formação a distância, bem como capacidade de selecção dos conteúdos, do modelo curricular e dos recursos adequados à situação e ao público-alvo da acção de formação. Diferenças entre a formação presencial e a formação à distância: Ÿ O acesso - Na Formação presencial, o

acesso é limitado no tempo. Na formação à distância temos acesso 24 horas, sete dias por semana. Ÿ A da qualidade dos materiais - Na

Daqui resulta que o ensino a distância requer um público com características próprias, características essas que têm a ver com a idade, a capacidade de automotivação e a autodisciplina porque a colocação do estudo por e-Learning na lista das prioridades diárias é algo que exige essa mesma autodisciplina. tipo de estudo exige também da parte do formador/tutor uma presença muito assídua. A ele cabe a estimulação, o acompanhamento, a orientação e o necessário e atempado feedback ao formando/tutorado. É este acompanhamento que, além de sugerir pistas e orientar o aluno, vai ainda afastar a sensação de isolamento que o mesmo pode sentir no decorrer do processo. A concepção de um curso ou de uma acção de formação utilizando como suporte uma das plataformas tecnológicas implica conhecimentos na área do currículo e da didáctica e de diferentes modalidades de

Formação presencial ela pode ser variável, pois o formador expõe os assuntos. Na formação à distância ela é consistente, recorrendo a variados materiais e tecnologias interactivas. Os materiais são em quantidade adequada e actualizados com muita regularidade, uma vez que são o principal meio que o formando tem para atingir os seus objectivos Ÿ A autonomia do aluno - Na formação

presencial, o aluno está mais dependente do professor, é um ensino mais centrado no formador. Na formação à distância aprende de uma forma mais autónoma, progredindo na aprendizagem de acordo com o seu próprio ritmo de trabalho. Ÿ A forma como é feita a actualização da

informação - Na Formação presencial é difícil. Na formação à distância é fácil. Ÿ Os custos - Na Formação presencial os

custos são grandes. Na formação à distância os custos são baixos.

Ÿ Tipo de comunicação - Ao contrário da

formação presencial, a formação à distância permite dois tipos de tecnologia de suporte: a síncrona (permite comunicações à distância mas coincidentes no tempo, em que ambos os intervenientes têm que estar presentes) e a assíncrona (permite comunicações à distância, mas não coincidentes no tempo, em que os intervenientes podem estar presentes em tempos diferentes). Para concluir, é indiscutível que o desenvolvimento das Novas Tecnologias está a dar lugar a novas alternativas educacionais e cria formas de aprendizagem inovadoras e mais aliciantes. Podemos, assim, referir dois argumentos de peso para o investimento no ensino à distância: Ÿ Facilita o acesso à educação a um maior

número de pessoas, alargando o nível cultural da população, democratizando o acesso às fontes de informação e conhecimento; Ÿ Proporciona formação profissional a

pessoas que estão afastadas de centros de formação presencial, evitando-se a necessidade de deslocação e reduzindose os custos; Ÿ Prepara e forma os cidadãos ao longo da

vida, sendo as TIC facilitadoras da partilha de recursos e da criação de comunidades de aprendizagem e comunidades de prática. Ângela Aires | Especialista Formação


Observatório Estar PRESENTE no Futuro, qual a sua Escolha?

ngela Reis, conceituada especialista no estudo dos modelos de formação presencial e a

Âdistância foi convidada a estar presente no Fórum Nacional de Formação, moderando a

mesa redonda sobre este tema. Na sua introdução a especialista refere que “ o ensino à distância independentemente da forma ou das formas de comunicação utilizadas apresenta potencialidades que importa ter em consideração quando se analisam as diferentes formas de ensinar e aprender (...), das quais se podem destacar a abertura, a flexibilidade e personalização da aprendizagem, a mediatização, a cooperação e interactividade, a facilidade na distribuição da informação e os baixos custos”. Ao longo do intenso debate sobre o Ensino a Distância ficou saliente que “é inquestionável tratar-se de uma forma de aprendizagem que pode aproximar pessoas, que contribui para a democratização do saber e, opinião quase unânime, desenvolve o espírito crítico, a responsabilidade, a autonomia e incentiva a educação continuada e o aprender a aprender.” Destaca-se ainda que “o mais importante no ensino a distância não é a maior ou menor proximidade física entre os diversos intervenientes, mas a quantidade e qualidade da comunicação estabelecida entre eles”. João Afonso Baptista, especialista interveniente neste espaço de discussão reforçou ainda a diferença que considera essencial entre a formação presencial e a formação a distância, a qual se prende com “a possibilidade dada pela formação a distância esbater as barreiras espaciais e temporais de acesso à formação, funcionando deste modo como meio facilitador de acesso à formação a mais pessoas e a públicos condicionados por aqueles motivos”. A finalizar a mesa redonda a especialista Ângela Reis concluiu que por um lado, “é importante deixar claro que o ensino a distância não põe em causa o ensino clássico/presencial, antes estimula a integrar as novas tecnologias, adaptando o ensino às novas realidades técnicas e sociais” e por outro, “o modelo ou metodologia de formação presencial e de formação a distância é o mesmo,” alterando neste último “ o suporte físico de apoio ao formando, isto é, na formação presencial temos a dinamização feita pelo formador, num determinado espaço físico e com materiais palpáveis, enquanto na formação a distância temos a plataforma de E-Learning como interface física entre o formando e o formador”. Carlos Monteiro | JORNALISTA

Banda Desenhada E-Continuum por Ana Moura

Está s decorrer o Fórum Nacional de EAD

EAD??

O que é EAD?

A EAD á a Educação a Distância... não "à distância"... pois refere-se a um regime de aprendizagem.

Mas podemos dizer que as pessoas aprendem à distância?

Sim, em toda a parte, em qq momento, em qq lugar... no início era a distância percorrida por uma carta... hoje é à distância de um «clic», num computador, num telemóvel, num MP3...


A Educação Conjunto de normas pedagógicas que dizem respeito ao desenvolvimento geral do todo (articulado). Conhecimento e prática. Instrução. Aberta Solução de continuidade no tempo ou no espaço. No caso especifico "abertura de portas", sem condicionantes ao nível do grau de ensino do aprendente (aprendizagem ao longo da vida). "Educação aberta" ou "Ensino aberto» Refere-se ao processo de tornar a aprendizagem disponível para os alunos - independentemente de quem são, de onde ou de quando desejam estudar (tipo contexto informal). «Aberto» Termo utilizado para explicitar o acesso livre para os alunos independentemente das suas qualificações anteriores ou idade. A experiência internacional mostra que a educação a distância e aprendizagem aberta tendem complementar-se. Características Ÿ Proporciona actividades sem restrições e/ou dá liberdade ao participante para definir os conteúdos da sua aprendizagem; Ÿ Pode acontecer de forma Presencial ou a Distância; Ÿ Processo aberto de aprendizagem, sem imposições ou regras por parte de quem ensina; Ÿ Modo de ensino-aprendizagem que depende da dedicação do aluno, do seu interesse; Ÿ Um modelo de ensino pode ser aberto apenas para alguns aspectos, como por exemplo, o tempo ou o espaço. A Educação Aberta é uma filosofia de educação Sistemas "abertos" de aprendizagem em todo o mundo promotores de um dos desenvolvimentos mais significativos no campo da educação durante as últimas duas décadas: Ÿ Aceitação Ÿ Disseminação Ÿ Crescimento da educação a distância Educação a Distância «Em toda a parte, em qualquer momento e em qualquer lugar!» (UNIVERSIDADE ABERTA) Definição Sistema tecnológico de comunicação bidireccional, que pode ser massivo e substitui a interacção pessoal, em sala de formação, entre formador e formando, como meio preferencial de ensino, pela acção sistemática e conjunta de diversos recursos didácticos e pelo apoio a uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos. Pressupostos Ÿ Distância física facilitador-aprendente Ÿ Estudo individualizado e independente Ÿ Comunicação bidireccional Ÿ Processo de ensino-aprendizagem mediatizado Ÿ Uso de tecnologias Ÿ Estruturas curriculares flexíveis Ÿ Produção massiva de materiais de ensino/aprendizagem Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Abertura Diversidade e amplitude de cursos Atende a uma população numerosa e dispersa Níveis e estilos de aprendizagem diferenciados

«Educação Aberta» Definição e articulação dos conceitos por Carla Dias e João Baptista

Flexibilidade Ÿ De espaço, tempo e ritmos de aprendizagem Ÿ Combinação trabalho, estudo e família

Como? Eficácia Formando é o sujeito da sua própria aprendizagem. Deverá receber suporte pedagógico, administrativo, cognitivo, através da integração dos meios de comunicação bidireccional. Formação permanente: Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Actualização pessoal e profissional Economia Evita deslocações Educação Aberta vs Educação a Distância? | Educação Aberta = Educação a Distancia? Educação a distância e aprendizagem aberta podem complementar-se: A educação a Distância pode (e deve) contemplar Educação Aberta - ”abertura à diversidade de públicos”.

A Educação Aberta por sua vez pode ser veiculada através da Educação a Distância - democratização do ensino e abertura a públicos diversos - a educação aberta parece-nos não distinguir a educação a distância da presencial - acesso livre para os alunos, independentemente das suas qualificações anteriores ou idade. A educação designada aberta foi, e é, a impulsionadora da expansão da distância, pois esta última viabiliza a “abertura”: espacial (eliminação de fronteiras físicas) permite o acesso a qualquer altura, e a partir de qualquer lugar (desde que com acesso às ferramentas necessárias para o desenvolvimento da formação, como computador e internet no caso do e-learning).


Observatório Existirá Abertura para tanta Educação?

O

debate sobre as questões associadas à Educação Aberta e Educação à distância foi moderado pelos especialistas Carla Dias e João Baptista. Este tema foi bastante participado, tendo em consideração a sua pertinência no contexto actual. Será que a Educação Aberta equivale a Educação à Distância? O que aproxima e o que distingue estes conceitos? Os especialistas definem no seu artigo a educação aberta como “o processo de tornar a aprendizagem disponível para os alunos, independentemente de quem são, de onde ou de quando desejam estudar.” Ao longo das suas intervenções os especialistas referem que “ a Educação a Distância e Aprendizagem Aberta tendem a complementar-se.” Neste contexto “ a Educação a Distância pode (e deve) contemplar Educação Aberta”, integrando está o conceito de abertura a diferentes públicos. Por outro lado, “ a Educação Aberta pode por sua vez ser veiculada através da Educação a Distância”, assistindo-se a “uma democratização do ensino e abertura a públicos diversos”, permitindo desta forma o “acesso livre para os alunos, independentemente das suas qualificações anteriores ou idade. Para João Baptista e Carla Dias a “educação designada aberta foi, e é, a impulsionadora da expansão da educação a distância, pois esta última viabiliza a “abertura” espacial” e a temporal desde que “com acesso às ferramentas necessárias para o desenvolvimento da formação”, como por exemplo acesso a um computador e internet no caso do E-Learning. A encerrar as suas intervenções os especialistas deixaram a referência que serve de suporte ao conceito de aprendizagem da Universidade Aberta “Em toda a parte, em qualquer momento e em qualquer lugar”. Carlos Monteiro | JORNALISTA

Notas e Depoimentos em Destaque no Fórum EaD por Maria Odília Baleiro EDUCAÇÃO ABERTA A Educação Aberta, caracteriza-se por se enquadrar num modelo que defende o acesso livre e gratuito aos recursos educativos (textos, vídeos, simulações, jogos, aulas), disponibilizados online, permitindo que o aluno/formando/aprendiz não só os utilize como os possa modificar, em contexto colaborativo e interactivo. António Albano

AFERIÇÃO DO CONCEITO Há claramente a existência de falta de rigor na utilização das diferentes expressões associadas à Educação a Distância, pelo que é urgente a clarificação de diversos conceitos e definições. ALGUNS CONCEITOS "A Educação a Distância é educação onde não há simultaneidade física entre professor e aluno no processo de aprendizagem. Elearning é um tipo de EAD, mas que usa suporte electrónico, ou melhor, que usa suporte de Tecnologia da Informação - TI"

to design, deliver, select, administer, and extend LEARNING.” Elliot Masier (1999 Carla Dias

A aplicação das tecnologias da informação e da comunicação à área da formação levou à criação duma nova modalidade de aprendizagem a distância que serve este objectivo: o e-learning. Vantagens e Desvantagens. Comunicação síncrona e assíncrona.

Carla Dias

“E-Learning is the use of network technology

Permite uma aprendizagem com um elevado nível de portabilidade acessibilidade, flexibilidade, interactividade e conectividade. 6ª Geração – second life?

Liliana Martins Teresa Reis

FORMAÇÃO PRESENCIAL/FORMAÇÃO A DISTÂNCIA Na Formação presencial, o acesso é limitado no tempo. Na formação à distância temos acesso 24 horas, sete dias por semana; Facilita o acesso à educação a um maior número de pessoas, alargando o nível cultural da população, democratizando o acesso às fontes de informação e conhecimento; Ângela Aires

“Sistema tecnológico de comunicação bidireccional, que pode ser massivo e substitui a interacção pessoal, em sala de formação, entre formador e formando, como meio preferencial de ensino, pela acção sistemática e conjunta de diversos recursos didácticos e pelo apoio a uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos”

5.ª Geração - M-Learning ou MobileLearning prende-se com utilização de dispositivos móveis como telemóveis, PDA's, leitores de Mp3, Computador ultraportatil, smartphone, eBook, etc... Segundo os autores René Cruz-Flores e Gabriel LopezMorteo (2007)

Gerações de educação a distância: o que diferencia cada geração 1ª Geração - partir 183?... - Ensino por correspondência 2ª Geração - a partir 1970 - Pacote Multimédia 3ª Geração - a partir 1985 - Multimédia Interactivo 4ª Geração -a partir 199?... - E-learning 5ª Geração - a partir 2004 – M-Learning Liliana Martins

VERBAS ”... As verbas a atribuir este ano para a Formação dependem muito do impacto que este encontro possa ter junto das autoridades e da população em geral." Teresa Reis

FALTA DE FORMADORES QUALIFICADOS “…a falta de professores/ formadores qualificados para esta forma de ensinar/formar e assim desmistificar ensino/formação a distância” Ângela Aires

Depoimentos em destaque… à saída do Fórum. Participantes nacionais e estrangeiros Tony Bates, EDEN President, I repeat the same what I wrote in European Report on the future of learning (Nov 2011)


Notas e Depoimentos em Destaque no Fórum EaD por Maria Odília Baleiro “I agree completely with the need to make learning more relevant, more engaging for young people, and more heavily dependent on the intelligent use of technology for teaching and learning…” Lifelong learning is essential, and so is the need for major institutional change to adapt to the learning needs of the 21st century…” It should stimulate a really useful debate about the future of learning, and how educational institutions need to change, or whether new models of organization that may not be institutionalized will need to be developed” Professor António Quintas-Mendes, coordenador do curso FFO da Universidade Aberta, palestrante neste fórum. “Faço um balanço muito positivo deste evento. Embora tenham ficado muitas questões em aberto, as conclusões e as linhas de acção lançadas são determinantes para relançar o debate sobre a importância da EaD e estou convicto que contribuirá para alterar o cenário da EaD em Portugal” Formadores da 9ª edição do Curso FFO da Universidade Aberta Manuela Francisco “Foi um evento com muita qualidade. Os debates centraram-se nas questões críticas que envolvem este modelo de educação/formação”. João Proença “Além disso, gostámos de ouvir as questões colocadas pelos nossos formandos nas diferentes sessões. Demonstram algum conhecimento, reflexão e espírito crítico no que respeita aos temas do Fórum”. Odília Baleiro | JORNALISTA

Consulte os trabalhos e apresentações realizadas pelos especialistas Observatório Fórum Nacional da Formação:

Caminhos, Desafios e Oportunidades

A

comparência de sua Excelência o Presidente da República e do Primeiro-ministro na abertura deste fórum, foi sem dúvida um marco importante neste evento, reconhecendo assim a importância a pertinência da realização deste espaço de debate para o panorama nacional. Entre os especialistas é unânime que existem uma forte margem de progressão na melhoria do sistema de Educação a Distância nomeadamente no que respeita à diversificação da oferta formativa e dos seus públicos alvo, à criação e melhoria dos sistemas de suporte tecnológico e de assistência técnica, assim como contribuir para uma desmistificação do próprio conceito de Ensino a Distância, o qual tem contribuído para uma maior resistência à adopção e massificação deste tipo de ensino em Portugal.

No decurso das várias intervenções os especialistas referem que os desafios colocados à Educação a Distâncias são idênticos aos que se colocam no contexto de qualquer modalidade de educação e apontam os seguintes desafios principais: os de ordem didáctica (associada à construção de conteúdos de forma a permitir uma adaptação a diferentes necessidades e características dos alunos), os de ordem financeira (na procura de soluções custo-benefício mais sustentáveis), os de ordem tecnológica (na media em que é através da sua mediação que a aprendizagem ocorre, torna-se necessário saber como utilizar estrategicamente a tecnologia, compreendendo que está é um meio para atingir um objectivo de aprendizagem), os de integração (existindo a necessidade de reinventar modalidades de formação que possam adaptar-se às realidades social, económica e cultural em que o indivíduo se inscreve), os de aprendizagem (num contexto em que o conceito de Aprendizagem ao Longo da Vida ganha ainda mais relevância, esbatendo a diferenciação entres os espaços de aprendizagem - escola Vs trabalho), e por último os desafios de ordem organizacional (constituindo o processo de reorganização das entidades uma oportunidade para a definição de objectivos comuns ao nível das aprendizagens, através da criação de uma verdadeira cultura de conhecimento do nível do grupo para o nível da comunidade).

Neste contexto ficou patente as principais oportunidades que se colocam à Formação a Distância em Portugal, sendo a partilha e a troca de experiências uma alavanca essencial para o desenvolvimento da aprendizagem de pares e colaborativa, contribuindo desta forma para incrementar as oportunidades disponíveis de formação inicial e contínua dos estudantes, sendo um potencial factor de contribuição para a competitividade económica das empresas nacionais. Após uma semana intensa de partilha entre especialistas nestes domínios e o público em geral, foram apontadas directrizes futuras para a Formação em Portugal, destacandose a qualificação de Professores e Formadores para ciclos de Ensino a Distância como uma questão central, numa tentativa de colmatar a carência de profissionais qualificados no panorama nacional. Os especialistas consideram ainda que o caminho futuro deverá incrementar ainda mais o desenvolvimento de Novas Tecnologias, de forma a criar alternativas educacionais e formas de aprendizagem inovadoras e atractivas, facilitando assim o acesso à educação. Este Fórum deixou bem claro que o Ensino a Distância tem “pernas para andar” sendo uma solução para uma sociedade que se movimenta à velocidade da Luz... Carlos Monteiro | JORNALISTA


Educação a Distância. E-Learning. Geração Digital

“A revolução da tecnologia da informação acentuará o seu potencial transformador. O século XXI será marcado pela conclusão da Auto-estrada da Informação Global, pela telecomunicação móvel e pela capacidade da informática, descentralizando e difundindo o poder da informação, concretizando a promessa do multimédia e aumentando a alegria da comunicação interactiva” Manuel Caslells (2003) in o Fim do Milénio 1.Definition of key terms used in elearning

15.From Digital Divide to Digital Opportunity - UNESCO

http://www.cemca.org/e-learning_guidebook.pdf

www.unesco.org/webworld/.../shimmon.shtml

2.e-Learning

16.From Digital Divide to Digital Opportunity - UNESCO

http://elearning2006.no.sapo.pt/

www.unesco.org/webworld/.../shimmon.shtml

3.Formação de e-Tutors e e-Formadores http://www.etutors-portal.net/portal-contents-pt-pt/pedagogypt-pt/folder.2007-09-16.1500310910--ptpt/index_html?set_language=pt

17.Transforming the Digital Divide into Digital Opportunities for Rural Populations

4. Características essenciais do ensino a distância

portal.unesco.org/.../ev.php-URL_ID=17415&U...

http://www2.ufp.pt/~lmbg/com/eLes04%20paulorurato.pdf

18.E-Learning and distance education resources

5.Educação a distância. Historial

http://www.tonybates.ca/

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4958/1/O-que-eeducacao-a-distancia-EAD/Paacutegina1.html

6.Educação Aberta e a Distância em Portugal www.lmi.ub.es/teeode/THEBOOK/files/portugue/html/5port.ht m

7.Declaração sobre Educação Aberta. Australia.2007

19.European report on the future of learning http://www.tonybates.ca/2011/11/11/european-report-onthe-future-of-learning/

20.O Futuro do Ensino e Aprendizagem On-line no Ensino Superior: A Pesquisa diz ... www.educause.edu/EDUCAUSE+Quarterly/.../157426

www.capetowndeclaration.org

8. Conceito Educação Aberta www.educacaoaberta.org/ http://ocw.mit.edu/index.htm www.cnx.org

21. EDEN. The European Distance and ELearning Network www.eden-online.org

9.Conceito de educação aberta http://www2.ufp.pt/~lmbg/com/eLes04%20paulorurato.pdf

Links | Úteis 10.ICT & The Future of Distance Education. Changing demographics. The spread of ICTs in the world. Distance Education in 2020

22. ONLINE EDUCA BERLIN. Conference on Technology Supported Learning and Training www.online-educa.com/

http://tojde.anadolu.edu.tr/tojde12/articles/reddy.htm

23.Universidade Aberta. Lisboa 11.Estratégias para o uso das TIC http://www.slideshare.net/projectotisa/estrategias-para-o-usodas-tic

12.Digital Agenda for Europe http://ec.europa.eu/information_society/digitalagenda/index_en.htm

13.Europa 2020: estratégia para o crescimento da União Europeia http://europa.eu/legislation_summaries/employment_and_soci al_policy/eu2020/em0028_pt.htm

14.Distance Learning. Unesco 19452005 http://www.unesco.org/bpi/pdf/memobpi38 _distancelearning_en.pdf

www.univ-ab.pt http://repositorioaberto.univ-ab.pt/handle/10400.2/5

24.Universidade do Minho Repositório Institucional repositorium.sdum.uminho.pt/

25.ERTE.(Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas). DGIDC. ME http://www.crie.min-edu.pt/index.php?section=1

26.PORDATA - Base de Dados Portugal Contemporâneo - Estatísticas http://www.pordata.pt/Tema/Portugal/Educacao-17

27. «Literacy is a human right», «Literacy as Freedom. Inclusion».UNESCO http://www.unesco.org/new/en/education/themes/education -building-blocks/literacy/un-literacy-decade/

Odília Baleiro | JORNALISTA


«Uma breve explicação sobre a terminologia de educação/ensino a distância e não à distância. Apesar de ser polémico, o termo mais correto é "a" distância uma vez que se refere a um regime de ensino e não propriamente a uma distância mensurável. Vejamos: "o professor está À distância de 1 metro" aqui a distância é mensurável e e resulta da contração de «... a a distância" a mesma ideia pode ser aplicada se dissermos "a aula hoje é NA sala B" Porém, quando nos referimos a um regime podemos dizer que é "em sala" ou "a distância"... em ambos os casos a sala e a distância não são qualificados nem quantificados. Deu para entender ou gerei mais confusão? Em todo o caso, não considero errado a utilização de ambas "a distância" e "à distância" por ser uma questão essencialmente de linguística. O importante é que dominem o conceito.» Manuela Francisco


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