Coletânea Trabalhos Finais

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Universidade de Brasília Universidade Aberta do Brasil 2013

Coletânea dos Trabalhos Finais Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a Distância

Decanato de Ensino de Graduação Instituto de Ciências Biológicas

Alice Melo Ribeiro e Lívia Penna Firme Rodrigues (Organizadoras)

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Universidade de Brasília

Reitor Vice-Reitora Decanato de Ensino de Graduação Diretoria de Ensino de Graduação a Distância Instituto de Biologia

Prof. Dr. Ivan Camargo Profa. Dra. Sônia Nair Báo Prof. Dr. Mauro Luiz Rabelo Profa. Dra. Nara Pimentel Profa. Dra. Andrea Maranhão Profa. Dra. Eliana Pinheiro

Coordenadora Geral do Curso de

Profa. Dra. Alice Melo Ribeiro

Licenciatura em Biologia a Distância

Organização Alice Melo Ribeiro Lívia Penna Firme Rodrigues

Revisão e Normalização Marcela Passos Editoração e capa Lorene Souza

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) _____________________________________________________________________________________________________________________

Coletânea dos Trabalhos Finais do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a distância da Universidade de Brasília / Universidade Aberta do Brasil 2013 / Alice Melo Ribeiro e Lívia Penna Firme Rodrigues (Org.). - Brasília: Editora UnB, 2015. 74 p. : il. ISBN 978-85-66507-06-5 Disponível somente em formato digital. 1. Educação à distância. 2. TCC. 3. Curso de Biologia a distância UnB/UAB. Ribeiro, Alice Melo e Rodrigues, Livia Penna Firme (org.) _____________________________________________________________________________________________________________________

2015. Universidade de Brasília. Decanato de Ensino de Graduação. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica. Obra construída com recurso da Universidade Aberta do Brasil/CAPES.

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Aos alunos, professores e tutores que atuaram e atuam em nosso curso de Biologia a distância da Universidade de Brasília, em parceria com a Universidade Aberta do Brasil. A todos que acreditam e utilizam a tecnologia na sala de aula e acompanharam as mudanças na educação, o papel do professor e buscam aumentar a autonomia e a liberdade no processo ensino-aprendizagem.

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Apresentação ............................................................................................................................................. 09 Prof.ª Dra. Alice Melo Ribeiro Prof.ª Dra. Livia Penna Firme Rodrigues Prof.ª Dra. Nara Pimentel Prof.ª Dra. Andrea Maranhão Capítulo 1

Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a distância e a disciplina Projeto de Pesquisa em Educação Científica .......................................................................... 11 Prof.ª Dra. Alice Melo Ribeiro Prof.ª Dra. Livia Penna Firme Rodrigues Capítulo 2

O aluno no projeto final de curso ................................................................................................. 13 Estudante: Katia Segovia Capítulo 3

Botânica na educação infantil: elaboração de material paradidático ....................... 15 Estudante: Celina Lima Ramalho Orientadora: Prof.ª Dra. Lucia Helena Soares e Silva Capítulo 4

Educação ambiental pelas trilhas do parque - possibilidades, potencialidades e desafios da E.A. como elemento de ligação com a escola: estudo de caso no Parque Nacional de Brasília, DF ........................................... 20 Estudante: Giorgenes Martins de Souza Orientador: Prof. Dr. Carlos Hiroo Saito Capítulo 5

Caderno do saber – Fitopatologia ................................................................................................ 25 Estudante: Esdras Molina Orientadora: Prof.ª Dra. Alice Melo Ribeiro Co-orientador: Prof. Dr. Juvenil Enrique Cares Tutora Colaboradora: Eleusa Cristina Cruz

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Capítulo 6

Expectativa do estudante da educação de jovens e adultos, nível médio, do Centro Educacional 06 de Ceilândia - DF quanto a sua perspectiva de vida acadêmica e profissional ........................................................................ 27 Estudante: José Divino Guedes Orientadora: Prof.ª Dra. Alice Melo Ribeiro Tutora Colaboradora: Eleusa Cristina Cruz Capítulo 7

Desenvolvimento de um tutorial para o professor de Biologia: programando simulações computadorizadas para o ensino médio ........................ 31 Estudante: Clóvis Aparecido Juiz Junior Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Gonçalves Tutor Colaborador: Flávio Ambrósio Capítulo 8

Elaboração de material didático para o ensino de Ciências e Biologia para alunos surdos .................................................................................................................................. 34 Estudante: Renata de Paula Nardini Orientador: Prof. Ms. Gláucio de Castro Júnior Tutora Colaboradora: Eleusa Cristina Cruz Capítulo 9

Obesidade e estilo de vida: uma revisão bibliográfica ..................................................... 38 Estudante: Francine Priscila Aguiar Orientadora: Prof.ª Dra. Lívia Penna Firme Rodrigues Capítulo 10

A promoção da alimentação saudável na escola: estudo de caso na Escola Abílio Fontes em Itapetininga, SP................................................................................... 41 Estudante: Simone de Barros Paixão Orientadora: Prof.ª Dra. Lívia Penna Firme Rodrigues

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Capítulo 11

Gravidez na adolescência: os caminhos para a prevenção na Escola Nestor Fogaça da rede pública de ensino fundamental e médio ................................. 44 Estudante: Samanta de Almeida Santos Matsui Orientadora: Prof.ª Dra. Lívia Penna Firme Rodrigues Capítulo 12

O uso do protocolo de avaliação rápida de rios como ferramenta pedagógica para aplicação em aulas de ciências em escolas do Distrito Federal e entorno ................................................................................................................... 48 Estudante: Uziel da Silva Alves Orientadora: Prof.ª Dra. Claudia Padovesi Fonseca Tutor Colaborador: Stefano Salvo Aires Capítulo 13

Anticoncepcionais hormonais: estruturas, mecanismos de ação e efeitos colaterais ..................................................................................................................................... 52 Estudante: Patrícia Aparecida Do Nascimento Freitas Orientadora: Prof.ª Dra. Eliana C. Pinheiro Tutor Colaborador: José Luiz Jivago de Paula Rôlo Capítulo 14

O uso de substâncias sintéticas com estruturas similares ao hormônio do crescimento (GH) como anabolizantes: estrutura, mecanismo de ação e efeitos colaterais ............................................................................................................ 56 Estudante: Maria Ildescleide Soares Orientadora: Prof.ª Dra. Eliana C. Pinheiro Tutor Colaborador: José Luiz Jivago de Paula Rôlo Capítulo 15

O uso de substâncias sintéticas com composições similares a andrógenos – testosterona como anabolizante: estrutura, mecanismo de ação e efeitos colaterais ...................................................................................... 59 Estudante: Pollyanna Valdelice Baltazar Silva de Souza Orientadora: Prof.ª Dra. Eliana C. Pinheiro Tutor Colaborador: José Luiz Jivago de Paula Rôlo

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Capítulo 16

O papel da imagem no ensino de Biologia ............................................................................. 62 Estudante: Rayane Silva Leal Orientador: Prof. Dr. Marcos Antonio Santos-Silva Tutor Colaborador: Stefano Salvo Aires Capítulo 17

Quando os morcegos vão à escola: efeitos da sensibilização em relação aos morcegos ........................................................................................................................................... 67 Estudante: Jane Cláudia Santos Sousa Orientadora: Adriani Hass Tutora Colaboradora: Flavia Sibele Foltran Fialho Capítulo 18*

Guia Informativo - Informações Auxiliares para Diagnose e Controle de Vírus em Espécies de Hortaliças das Famílias Solanaceae e Asteraceae ................................................................................................................... 71 Estudante: Tallyrand Moreira Jorcelino Orientadora: Rita de Cássia Pereira Carvalho Capítulo 19*

Ensino de Ciências: aproximações e distanciamentos entre os alunos de Licenciatura em Biologia, nas modalidades presencial e a distância ....................................................................................................................... 73 Estudante: Katia Maria Vieira Godinho Segovia Orientadora: Zara Faria Sobrinha Guimarães

Considerações Finais ............................................................................................................................ 74 Prof.ª Dra. Alice Melo Ribeiro Prof.ª Dra. Livia Penna Firme Rodrigues

(*) Versão reduzida. O tema deste trabalho será abordado com maior profundidade na segunda edição desta obra.

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Diretoria de Ensino de Graduação a Distância/UnB e IB/UnB

Apresentação Alice Melo Ribeiro, Lívia Penna Firme Rodrigues, Nara Pimentel e Andrea Maranhão

O Instituto de Biologia (IB) da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB)/CAPES, oferta, desde 2009, a graduação de Licenciatura em Ciências Biológicas a distância (CLBaD). Os cursos de graduação a distância da UnB, no âmbito do Sistema UAB/Capes, são voltados para professores da educação básica da rede pública, atendendo também o público em geral. Dentro da Universidade, a Diretoria de Ensino de Graduação a Distância é responsável por orientar, coordenar, dar suporte tecnológico e assessorar os projetos dos Institutos e Faculdades da UnB, para a oferta regular dos cursos de graduação a distância e integração das ofertas nas unidades acadêmicas. É também a Diretoria de EaD que media a relação com o MEC e com os municípios e estados participantes do Sistema UAB/Capes – principal fonte de fomento. O IB é responsável pela oferta semestral de disciplinas, organização do curso, contratação de professores, seleção de tutores e pela organização dos encontros presenciais.

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O CLBaD visa atender uma formação interdisciplinar do licenciado, superando as fragmentações que a excessiva interdisciplinaridade trouxe aos currículos de Biologia e que tanto comprometem a formação docente para atuar na educação básica. A Biologia é hoje uma das áreas do conhecimento com maior deficiência de professores graduados e capacitados para o seu ensino. O fluxograma do curso, o mesmo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas presencial, contém a disciplina Projeto de Pesquisa em Educação Científica, obrigatória, de 4 créditos, 60 horas, em que o aluno faz o seu trabalho final de curso, o TCC. Assim, este livro, intitulado Coletâneas dos Trabalhos Finais do Curso de

Licenciatura em Ciências Biológicas a distância da Universidade de Brasília /Universidade Aberta do Brasil 2013, apresenta os trabalhos de alguns estudantes formandos que desenvolveram seus TCCs com professores e tutores e se propuseram a publicar esta obra coletiva, a fim de compartilhar o momento de consolidação do CLBaD e a formação de uma turma vitoriosa, que acreditou na EaD. Os trabalhos apresentados poderão inspirar estudantes de Biologia a distância que ainda não terminaram o seu curso e contribuir para a prática docente de Biologia, a partir da leitura e estudo de diversos temas da área apresentados no livro. Espera-se, assim, contribuir para estimular mais jovens brasileiros a acreditarem e confiarem na EaD no Brasil.

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Capítulo 1

Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a distância e a disciplina Projeto de Pesquisa em Educação Científica

Alice Melo Ribeiro e Lívia Penna Firme Rodrigues

O CLBaD é ofertado pelo IB/UnB em parceria com a UAB/Capes. O fluxograma atual é igual ao do curso presencial de Licenciatura em Ciências Biológicas, o que requer dos alunos a distância o mesmo grau de responsabilidade e comprometimento exigido no presencial. Na disciplina Projeto de Pesquisa em Educação Científica, do último semestre do curso, o estudante de Biologia planeja, executa e relata seu trabalho final de curso, o TCC, acompanhado individualmente por um orientador e/ou um tutor. O TCC pode ser realizado a partir de um projeto de pesquisa ou extensão do qual participe ou de seu orientador; de uma revisão bibliográfica sobre um tema de seu interessou ainda ser um relato sobre uma intervenção realizada na escola ou comunidade onde vive. A primeira turma do CLBaD, ingressa em 2009, cursou a disciplina Projeto de Pesquisa em Educação Científica no primeiro semestre de 2013. Em 2012, os alunos foram convidados a aproximarem-se do seu tema de TCC, na busca por um professor orientador na área de seu interesse e que tenha tido sucesso ao longo do curso. A partir dessa primeira aproximação, ainda em 2012, o aluno elaborou seu projeto de TCC, com a participação de um tutor, especialista na área de interesse do referido trabalho. As disciplinas optativas oferecidas contribuem para que os estudantes conheçam outras matérias e linhas de pesquisa cujos temas possam ser utilizados no TCC, bem como outros professores, possíveis orientadores. Essa disciplina organizou-se a partir desse projeto inicial, que foi analisado e avaliado por uma banca composta por três professores, sendo um deles o coordenador de TCC. A defesa do projeto ocorreu em dezembro de 2012 e, ao longo do primeiro semestre de 2013, o tema escolhido foi desenvolvido pelo aluno, a partir de pesquisa bibliográfica e coleta de dados, com postagens regulares na plataforma, acompanhado regularmente pelo 11


orientador e pelo tutor. Na disciplina, também foram tratados temas como a correta utilização das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) nas citações bibliográficas e plágio. Ao final do semestre, o TCC foi apresentado a uma banca de professores, sob a presidência do respectivo orientador. Esse processo nem sempre foi fácil para o estudante a distância, que muitas vezes não conseguia ter o desenvolvimento esperado, interrompendo o processo, em alguns casos, ou mudando de tema, em outros. Mesmo assim, os TCCs foram concluídos e apresentados e a qualidade de cada trabalho dependeu do empenho e maturidade do estudante, refletindo não apenas a formação recebida no CLBaD, mas também sua história de vida, considerando que muitos estudantes matriculados no CLBaD já são professores do ensino básico ou já fizeram outro curso superior. Alguns trabalhos concluídos estão apresentados nesta Coletânea, cumprindo a missão de permitir o acesso de mais pessoas ao ensino superior, contribuindo para a formação de professores de Biologia e a melhoria da qualidade do ensino de Biologia na educação básica do País.

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Capítulo 2

O aluno no projeto final de curso

Katia Segovia Depoimento de uma aluna da turma

Se os cursos de graduação objetivam preparar o aluno para o exercício profissional, os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) visam à avaliação deste aprendizado. Exige-se do aluno projeto de colaboração com a pesquisa acadêmica, que demanda tempo e dedicação. A pesquisa deve abordar tema selecionado com coerência, consistência e referencial teórico adequado, que seja específico a um tema pré-definido dentro de uma área de conhecimento, abordando questões e análises de um problema, a construção de uma teoria ou o desenvolvimento de um produto (UnB, 2014). Os passos iniciais são óbvios, porém, exigem atenção para detalhes que podem converter-se em situações de difícil contorno em caso de sua inobservância. Detalhes esses que transitam desde a definição do tema a ser desenvolvido à escolha do orientador. Nada nasce do nada, nem tampouco um TCC que exige capacidade de disciplina, esforço mental e até teimosia por parte do aluno, e neste sentido, o professororientador pode tornar-se um grande aliado como fio condutor, norteando os múltiplos estímulos inerentes ao seu processo de elaboração (FREITAS, 2002). Nesse sentido, pesquisa de Leite Filho e Martins (2006) identifica a relação orientador-orientado como relevante fator de influência sobre o resultado final do TCC, o que reforça a necessidade de interação harmoniosa entre os atores envolvidos. Desta forma a escolha do orientador requer especial carinho, visto que será este o elemento de confiança que vai ensinar “o caminho das pedras” e dar legitimidade acadêmica ao trabalho (FREITAS, 2002). Em um curso de Educação a Distância (EaD), devido às suas especificidades, todas as dificuldades inerentes à escolha do orientador coaduna-se com a distância e com a falta do contato físico, o que exige ainda mais atenção por parte do aluno para uma escolha acertada. No entanto, o elemento dificultador converte-se em vantagem, considerando a identidade própria da EaD, que apresenta desenhos diversos e múltiplas

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combinações de linguagens e recursos educacionais e tecnológicos, ao oferecer aos seus egressos, além da autonomia para aprender sempre (NEVES, 2005), a ampliação da compreensão acerca da construção do conhecimento significativo, por meio da interação e da interatividade (MEC, 2007). Portanto, a relação orientador-orientado na elaboração do TCC na EaD deixa um saldo de aprendizagem para o longo da vida da formação cidadã autônoma, com capacidade mutante que desenha novos contornos de acordo com os propósitos que assume na sua trajetória (PEREIRA; MORAIS, 2010) somando-se como um elemento a mais no constructo da emancipação humana.

Referências BARTH-TEIXEIRA, E. et al. Relação orientador-orientadores e seus reflexos na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): uma avaliação no curso de administração da Unijuí . In: COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2001. Florianópolis Anais...Florianópolis, 2011. BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília: MEC, agosto de 2007. FREITAS, Maria Ester. Viva a tese? um guia de sobrevivência. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001. NEVES, C.M.V. A Educação a Distância e a formação de professores. In: ALMEIDA, M.E.B.; MORAN, J.M. (Org.) Integração das Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da educação, SEED, 2005.204p. PEREIRA, E.W. et al. História da educação a distância e os desafios na formação de professores no Brasil. Educação Superior a Distância: Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede (CTAR). Brasília: Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Editora da Universidade de Brasília, 2010. p. 65 a 89. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, UnB. Projeto Final de Curso. Disponível <http://www.unb.br/oportunidades/projeto_final_de_curso> Acesso em: 23 out. 2014.

em:

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Capítulo 3

Botânica na educação infantil: elaboração de material paradidático

Celina Lima Ramalho, Lucia Helena Soares e Silva

O ensino de Botânica vem sendo negligenciado em todos os níveis da educação básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tendo como consequência a desmotivação e o desconhecimento, por parte dos alunos, acerca desta disciplina. Segundo Ferreira (2009), a Botânica é considerada uma ciência que apresenta grandes dificuldades no processo ensino-aprendizagem, levando à falta de interesse e baixo rendimento. Freitas et al. (2011) identificaram que a maior dificuldade na disciplina de Biologia para os alunos do ensino médio, em um colégio de Curitiba, focava-se no conteúdo de Botânica. Silva et al.(2011) enfatizam que os alunos, de uma maneira geral, mostram-se desestimulados para estudarem Botânica, disciplina mal vista e mal compreendida desde os primeiros ciclos de formação estudantil até o ensino médio. Outras dificuldades encontradas são: a falta de material didático e laboratórios adequados nas escolas, bem como de equipamentos e tecnologias que possam contribuir para a melhoria do aprendizado (CASTELO-BRANCO et al., 2011). Diante deste panorama, torna-se premente a necessidade de projetos para o ensino de Botânica na educação infantil e na primeira fase do ensino fundamental (OLIVEIRA, 2005, KINOSHITA et al., 2006, SILVA et al.,2011), objetivando despertar o interesse e proporcionar o aprendizado significativo de maneira lúdica e integrada às diversas áreas das Ciências, enfatizando a percepção da criança como parte integrante do meio em que vive. O ensino de Botânica, desde a educação infantil, deve incentivar a conscientização ecológica e o respeito pela natureza, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel no meio em que vivem. Freitas et

al. (2011) ressaltam que a utilização de atividades lúdicas e as práticas como ferramentas pedagógicas no ensino de Botânica são importantes recursos que levam à reflexão e materialização dos conteúdos trabalhados. A palestra proferida por Alberto Sampaio “Botânica na Escola Primária e no Escotismo”, irradiada pela Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1930, já enfatizava a importância do ensino de Botânica nas escolas primárias

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para o aprendizado das crianças sobre o valor da natureza e a necessidade de sua conservação (CAPANEMA, 2006).

Palavras-Chave: Botânica na Escola; Educação Ambiental; Ensino Fundamental.

Objetivos

Geral: desenvolver material paradidático específico, com base nos resultados de dois anos do projeto Conhecendo a natureza, defendendo a vida, visando à facilitação do aprendizado em Botânica/Educação Ambiental na educação infantil e no ensino fundamental (séries iniciais).

Específicos  Apresentar experiências de dois anos de intervenção no ensino de Botânica/Educação Ambiental, realizadas na Escola Classe 415 Norte, dentro do projeto “Conhecendo a natureza, defendendo a vida”.  Divulgar metodologias adequadas para a prática de ensino de Botânica/Educação Ambiental na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.  Compilar o material de dois anos (2002 e 2003) do projeto supracitado para a elaboração de cartilhas de divulgação das experiências bem-sucedidas, para que essas possam ser reproduzidas em outras escolas.

Metodologia Sob a coordenação das Professoras: Dra. Conceição Eneida dos Santos Silveira e da Dra. Lucia Helena Soares e Silva, ambas do Departamento de Botânica da Universidade de Brasília, foi desenvolvido, entre os anos de 2002 e 2012, junto à Escola Classe 415 Norte, projeto de extensão visando ao ensino de Botânica na educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental (1o ao 5o anos), propiciando a introdução de conceitos botânicos e a familiarização das crianças com as ciências, no intuito de evitar a rejeição observada em todos os níveis de escolarização, inclusive na universidade (SILVA et al., 2011). A cada ano do projeto, atrelou-se o ensino de Botânica a outras ciências como: Zoologia (2002-2003), Paleontologia (2004), Física e Química (2005), Artes Plásticas (2006 e 2010), 16


Astronomia (2007), Botânica Aplicada (2008 e 2009) e Saúde (2008 e 2011). Os resultados obtidos nos dois primeiros anos do Projeto foram compilados e adaptados à formulação de material paradidático a ser utilizado pelas redes públicas e privada do Distrito Federal. O material que serviu de base para o desenvolvimento desse trabalho pertence a um acervo contendo boa parte do material produzido durante os dez anos do Projeto “Conhecendo a

Natureza, defendendo a vida”, desenvolvido junto a essa escola. O acervo inclui materiais como: fotografias, projetos pedagógicos referentes a cada turma/ano, material paradidático como livros elaborados pelos alunos, contos, convites ilustrados das feiras de Ciências, camisetas estampadas com desenhos dos alunos, entre outros, sob a guarda da Escola Classe 415 Norte e da Universidade de Brasília (Profa. Lucia Helena Soares e Silva).Todo o material referente aos anos de 2002 e 2003 foi analisado, organizado e classificado por ano, série e turma em que foi desenvolvido e serviu de base para a elaboração das cartilhas. Também foram utilizadas informações de 13 livros digitais (paradidáticos), publicados em 2010. Essas publicações são produtos de uma parceria firmada entre a Biblioteca Nacional de Brasília – BNB, Escola Classe 415 Norte e Departamento de Botânica da Universidade de

Brasília.

Os livros estão disponíveis no endereço:

<www.bnb.df.gov.br>

ou

ou <http://www.bnb.df.gov.br/index.php/produtos-e-servicos-para-voce/bnb-infantil/item list/category/190-projeto-bnb-vai-até-você> e constituíram em rico material de pesquisa. Para cada um dos anos (2002 e 2003), foi criada uma cartilha, acompanhada por seis encartes para serem montados/coloridos por estudantes de 4 e 5 anos, matriculados no I e II Jardins, respectivamente. Os encartes retratam paisagens e/ou situações de cada um dos seis biomas brasileiros (Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos). A ideia dos encartes foi uma tentativa de inserir o estudante nos estudos sobre os biomas. Outra preocupação foi a de que, caso este material ultrapassasse as fronteiras do Distrito Federal, poderia permitir que alunos de outras regiões brasileiras pudessem trabalhar com um material contextualizado com o ambiente em que vive, porém, sem perder a chance de conhecer os demais biomas. Cada cartilha apresenta uma parte com textos voltados aos professores, contendo metodologias e experiências bemsucedidas, passíveis de reprodução, e outra parte com linguagem apropriada à idade das crianças que irão utilizá-las, neste caso específico, voltadas à fase pré-escolar.

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Resultados, Conclusão e Recomendações O tema desenvolvido nos anos de 2002 e 2003 do Projeto “Conhecendo a

Natureza, defendendo a vida” foi a interação planta x animal e todas as relações envolvendo esses grupos de organismos. As cartilhas montadas enfocaram os projetos didáticos criados por cada professor/série, e as experiências e atividades desenvolvidas por cada turma/faixa etária. As atividades realizadas com os estudantes, e relatadas nas cartilhas, incluíram visitas ao Parque Olhos d’água (parque público vizinho da escola); visita ao Jardim Botânico de Brasília (JBB), visita à Fazenda Água Limpa (FAL) (pertencente à Universidade de Brasília), para observação de alguns dos ecossistemas do Cerrado (como o Cerrado em sentido restrito e as Matas de Galeria); coletas de material botânico para estudo em sala (folhas, ramos, frutos e sementes); observação de animais in loco(aves, mamíferos, répteis e invertebrados) e suas relações com as plantas (alimentação e abrigo por exemplo); tomadas de fotografias e pesquisas em bibliografias específicas e internet sobre a polinização de flores e dispersão de frutos. A compilação dos dados e as experiências obtidas nos dois anos do projeto para a confecção das cartilhas criadas e o retorno de aprendizagens registradas durante as apresentações das Feiras de Ciências, depoimentos de professores e ex-alunos mostraram que é possível introduzir o assunto Botânica (aparentemente dificílimo) para estudantes de séries iniciais de ensino, desde que sejam utilizadas as ferramentas e a linguagem adequadas à idade dos estudantes. Os dados mostraram ainda que estudantes dessas faixas etárias recebem as informações e as processam de maneira natural e sem pré-conceitos adquiridos por aqueles que recebem informações de forma ineficiente e equivocadas. Os estudantes passam a demonstrar o gosto pelo estudo das plantas e a compreender a importância e o papel dos vegetais para a sobrevivência do homem na terra, respeitando e conservando, dessa maneira, o ambiente em que vivem.

Referências BBC BRASIL. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121127_educacao_ranking_eiu_jp.shtml.>. Acesso em: nov. 2012. CAPANEMA, C. M. Em cada palavra uma semente fértil de nova árvore: Alberto Sampaio e a divulgação de práticas de proteção à natureza no Brasil. In: ENCONTRO DA ANPPAS, 3., 2006, Brasília. Anais...Brasília, 2006. CASTELO-BRANCO, A. L.; VIANA, I. B.; RIGOLON, R. G. A utilização do jogo “Perfil Botânico” como

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estratégia para o ensino de Botânica. In: ENPEC, 8., 2011, Campinas. Anais... Campinas, São Paulo, 2011. FERREIRA, A. R. A importância de uma horta escolar no ensino de Botânica. Monografia (Especialização) – CECIMIG, UFMG, Minas Gerais, 2009. FREITAS, R. L.; FURLAN, A. L. D.; KUNZE, J. C.; MACIEL, M.; SANTOS, A. C. Q.; COSTA, R. R. Uso de jogos como ferramenta didática no ensino de Botânica. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, 10., 2011, Curitiba. Anais... Curitiba, Paraná: PUCPR, 2011. GIRARDI, G. Marcelo Gleiser: a ciência se torna fascinante quando você não fica só na teoria. Nova Escola, Ed. 181, agosto/2005. KINOSHITA, S. L.; TORRES, R. B.; TAMASHIRO, J. Y.; FORNI-MARTINS, E. R. A Botânica no ensino básico: relatos de uma experiência transformadora. São Carlos, SP: RiMa, 2006. OLIVEIRA, A. B. O ensino da Botânica como instrumento para Educação Ambiental. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Instituto de Biologia, UFPEL, Pelotas, Rio Grande do Sul, 2005. SILVA, L. H. S.; SILVEIRA, C. E. S.; VIEIRA, A. B. D. Conhecendo a natureza, defendendo a vida: um elo entre universidade e comunidade. Participação – Revista do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília, ano 11, n. 19, p. 38-46, 2011.

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Capítulo 4

Educação ambiental pelas trilhas do parque - possibilidades, potencialidades e desafios da E.A. como elemento de ligação com a escola: estudo de caso no Parque Nacional de Brasília, DF

Giorgenes Martins de Souza e Carlos Hiroo Saito

Neste trabalho de pesquisa, buscou-se analisar a Educação Ambiental desenvolvida com os professores no Parque Nacional de Brasília (PNB) e avaliar a percepção dos educadores sobre as diversas atividades realizadas durante o curso de capacitação em Educação Ambiental e os instrumentos utilizados, entre eles, a sensibilização em contato direto com a natureza e suas potencialidades. Subsidiariamente, refletiu-se sobre o papel da Unidade de Conservação da Natureza, os serviços ambientais prestados à comunidade por essa área protegida, a criação de laços de pertencimento com a ela e, ainda, sobre a necessidade da mitigação dos impactos negativos nessa unidade de conservação da natureza. Ao mesmo tempo, buscou-se o prolongamento das atividades, na escola, que contribuam para a formação de uma consciência que perceba a vida como uma relação de interdependência entre os fatores ecológicos e socioambientais. Além disso, por meio de pesquisa-ação e planejamento coletivo, foi possível construir uma proposta de atividades para serem vivenciadas com os alunos durante o curso de capacitação, seguido de aplicação de formulários e análise dos dados da percepção ambiental desenvolvidas pelas trilhas do Parque.

Palavras-Chave: Educação Ambiental; Percepção Ambiental em Trilhas; Potencialidades; Vulnerabilidades; Possibilidades de Continuidade e Prolongamento com a Escola.

Objetivos Avaliar o efeito do curso de capacitação de professores com metodologia vivencial e prática, aliado ao planejamento coletivo e dialógico, na implantação, prolongamento e continuidade de projetos de Educação Ambiental nas escolas, tendo o

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professor como multiplicador e o Curso Elementos de Educação Ambiental do NEA/PNB como estudo de caso.

Metodologia Estudo do caso no Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Parque Nacional de Brasília, localizado na cidade de Brasília, DF, com professores do ensino fundamental participantes do curso de capacitação. Para aprofundamento da análise, foram selecionadas duas escolas particulares e duas escolas públicas. O trabalho de pesquisa foi dividido em três momentos: no primeiro um diagnóstico inicial, por meio de abordagem cooperativa e questionário; no segundo momento, acompanhamento do processo de capacitação e do planejamento coletivo; no terceiro momento, aplicação de formulário investigativo sobre a percepção dos professores em relação ao curso, às possibilidades de prolongamento com a escola, análise e consolidação dos dados.

Resultados, Conclusão e Recomendações Os resultados apresentados neste trabalho, após a análise dos dados e relatos das percepções dos professores, corroboram a ideia inicial de que o curso favorece o prolongamento de ações educativas socioambientais nas escolas. O interesse espontâneo é verificado na participação do curso por parte dos professores, fato primordial para ter ocorrido o desenvolvimento das atividades. Por outro lado, quanto aos alunos, a sensibilidade que demonstram ao participarem de atividades socioambientais na prática, em um ambiente rico em diversidade de paisagens e ecossistemas, é nítida. Assim, a experiência vivencial em área protegida contribuiu para que os professores participantes do curso de capacitação, ao voltarem para as suas escolas, levassem consigo, além de novos conhecimentos, percepção, motivação e disposição para melhorarem suas práticas docentes. Em novos encontros no Parque, percebeu-se uma mudança de valores dos professores, com o desenvolvimento de uma nova relação de subjetividade em relação ao ambiente. Tanto os dados analisados, como as declarações que professores e alunos demonstraram, além do comprometimento espontâneo, agradável, contribuíram para um fortalecimento dos laços afetivos com essa unidade federal de conservação da natureza.

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Referências AVES, D.; PERALVA, L. M. Olhar Perceptivos: atividades de sensopercepção em ações de educação ambiental: Caderno de roteiros. Brasília: Ibama, 2010. BERNARDES, M. B. J.; PRIETO, E. C. Educação ambiental: disciplina versus tema transversal. Revista Eletrônica Mestr. Educ. Ambiental, v. 24, p. 173-185, jan.-jun., 2010. BORBA, O. Planejando e agindo na prática educativa: o papel dos registros na organização dos momentos pedagógicos. In: MION, R. A.; SAITO, C. H. Investigação-ação: mudando o trabalho de formar professores. Ponta Grossa: Gráfica Planeta, 2001, p. 58-67. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei Federal n. 9.985/2000. Ambiente.

Brasília: Ministério do Meio

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Capítulo 5

Caderno do Saber – Fitopatologia

Esdras Molina, Eleusa Cristina, Juvenil Enrique Cares e Alice Melo Ribeiro

A proposta deste trabalho é a introdução de temas transversais voltados ao assunto Fitopatologia para estudantes da educação básica, no ensino fundamental. Para tanto, foi criado um instrumento pedagógico, tipo cartilha, que trata de doenças comuns encontradas no Tomate, Milho e Feijão. Tais hospedeiros foram escolhidos devido ao seu cultivo amplamente ocorrente na Região Sudeste, mais especificamente no interior de São Paulo. Para discorrer sobre as doenças mais comuns que atingem tais culturas, o Caderno do Saber explana, de forma simples e objetiva, alguns conceitos, tais como o que significa Fitopatologia, patógenos, tipos de patógenos, entre outros. O Caderno do Saber, além de explanar conceitualmente noções básicas sobre fitopatologia, ainda apresenta uma ilustração atrativa e esclarecedora para identificar e elucidar, de forma criativa, as principais doenças que acometem as culturas de Feijão, Tomate e Milho.

Palavras-Chave: Fitopatologia; Patógeno; Doenças de Plantas; Hospedeiros; Vetores.

Objetivos O trabalho visa produzir uma cartilha denominada “Caderno do Saber” destinada a estudantes do ensino fundamental da educação básica, trabalhando o tema “fitopatologia”, abordando um mapa geral e seus conceitos básicos. O “Caderno do Saber” tem uma linguagem reflexiva, proposta para um trabalho transversal, em que o estudante possa ter a oportunidade de se posicionar na sociedade como cidadão, ciente de seus deveres e direitos, nas questões ambientais e de produção de alimentos. Para tanto,os estudantes terão a oportunidade de conhecer algumas doenças de plantas manifestadas no Brasil e mais especificamente na região interiorana do estado de São Paulo.

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Metodologia A produção do “Caderno do Saber” foi embasada em conceitos clássicos de fitopatologia pesquisados em artigos e livros com bibliografia conhecida. Para ilustrar a cartilha, foram anexadas fotos que apresentam as principais doenças que acometem as culturas de milho, feijão e tomate, mais suscetíveis no interior do estado de São Paulo. A cartilha foi trabalhada em papel especial do formato A4 e estruturada em forma de livreto com quatro folhas, totalizando espaço útil de 8 páginas. A estrutura apresenta informações com o rigor científico necessário e com os aspectos lúdicos necessários para atender aos estudantes do ensino fundamental da educação básica. A impressão do material foi feita em gráfica especializada para garantir a qualidade de diagramação e de impressão, bem como a qualidade fotográfica.

Resultados, Conclusão e Recomendações O “Caderno do Saber” trata de temas voltados à Fitopatologia de uma forma atrativa e com uma proposta transdisciplinar para estudantes do ensino fundamental da educação básica. Esta transdisciplinaridade propõe um rompimento com o universo fechado entre as disciplinas, visando a uma leitura estruturada na multiplicidade do conhecimento. Neste sentido, a estrutura física e pedagógica do trabalho apresentou alguns conceitos básicos dentro da fitopatologia, ilustrações atrativas e preocupadas em desenvolver o lúdico em sua exposição, com uma abordagem sucinta sobre o estudo da fitopatologia como um ramo das ciências biológicas e agronômicas, que se ocupa do estudo das doenças que afetam as plantas, além de um breve histórico sobre a importância da fitopatologia para a agricultura brasileira.

Referências AMABIS, Jose M. Fundamentos da Biologia Moderna. 2. ed. São Paulo: Moderna,1997. BLUM, L.B.B. Conceitos em Fitopatologia. In: BLUM, L. E. B.; UESUGI, C. H.; CARES, J. E.; VALE, H.M.M. Fitopatologia e microrganismos fitopatogênicos. Brasília: Editora e Gráfica Positiva, 2012. p.13. GALLI, F., BERGAMIN F. A. Manual de Fitopatologia. Princípios e Conceitos. São Paulo: Editora Ceres. v. 1. 1997 POZZA, E.A; ALVES, E. Princípios e conceitos em manejo de doenças de plantas. Lavras: UFLA/FAEPE, 1999.68p.

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Capítulo 6

Expectativa do estudante da educação de jovens e adultos, nível médio, do Centro Educacional 06 de Ceilândia – DF quanto a sua perspectiva de vida acadêmica e profissional

José Divino Guedes, Eleusa Cristina e Alice Melo Ribeiro

Este trabalho trata da análise referente às perspectivas pós-curso do ensino médio de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Centro Educacional 06 (CED 6), Ceilândia, Distrito Federal (DF). A questão principal diz respeito à pretensão dos alunos do CED 06 sobre a perspectiva da sua vida acadêmica e profissional, investigando se pretendem continuar estudando e/ou se a certificação do ensino médio trará alguma mudança no campo profissional ou nova qualificação no mercado de trabalho, e quais suas expectativas futuras. Por meio dos resultados apontados, pretende-se, posteriormente, propor fóruns, discussões e sugestões, com o objetivo desestimular as adequações curriculares necessárias para atender os docentes desta modalidade educativa.

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Expectativa do Aluno; Ascensão Profissional.

Objetivos Conhecer as perspectivas dos alunos da EJA no CD 06 de Ceilândia, DF, póscurso de ensino médio; pesquisar seus interesses futuros com relação à vida acadêmica e profissional; averiguar o interesse dos alunos após a conclusão do ensino médio e suas expectativas; verificar se há pretensão em continuar os estudos, ingressando na formação superior; diagnosticar se os alunos conseguem entender sea continuidade dos estudos trará algum impacto na sua formação intelectual e/ou profissional.

Metodologia A pesquisa foi realizada no CED 06, escola pública que pertence à Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia- DF, localizada na QNP 16 Área Especial, no Setor P Sul. Fundada em 18 de fevereiro de 1980, atualmente oferece três modalidades de ensino: 27


ensino fundamental (9º ano) e ensino médio, ambas no turno diurno, e EJA no noturno. Para responder ao problema da pesquisa, foram realizados os seguintes procedimentos: pesquisa de campo com o primeiro momento de observação da rotina dos alunos na escola e o segundo momento com a aplicação de questionário aos alunos da EJA. O questionário constou de 12 perguntas sendo duas subjetivas e nove objetivas. O aluno não foi identificado, mantendo-se assim o anonimato do entrevistado. As referências bibliográficas, por meio de livros e artigos disponibilizados na internet, foram fontes de pesquisas que serviram para fundamentar e responder ao problema do projeto e desta forma validar os dados obtidos. A coleta de dados ocorreu entre 24 e 30 de abril de 2013. Ao todo foram aplicados 126 questionários que representam 30% do número total de estudantes da referida escola.

Resultados, Conclusão e Recomendações Ao analisar os dados, foi possível entender o paradigma que representa as expectativas e as pretensões dos alunos daquela Instituição de Ensino e as vertentes idealizadas por eles. A presente pesquisa mostrou que a maioria dos entrevistados tem o desejo de prosseguir no desenvolvimento acadêmico e/ou profissional tão logo concluam o ensino médio. Esse desejo torna-se evidenciado com a idealização de um futuro próspero, com relação ao mercado de trabalho, e a continuidade da escolarização, por meio de ingresso a cursos de nível superior, projetando, desta forma, uma ascensão profissional e social. Compreende-se que esses alunos procuram na conclusão do ensino médio na modalidade EJA o resgate do tempo perdido fora da escola, ou o ajuste idade/série daqueles

alunos

que

optaram

por

essa

modalidade

devido

à

frequente

repetência/desistência no ensino regular. Com isso, se abrem novas possibilidades que podem surgir a partir da finalização dessa etapa em suas vidas e essa motivação encontrada na escola representa, também, um ganho social que integra cidadão e sociedade. Compreende-se que esta pesquisa não representa uma realidade do DF, sendo restrita às expectativas dos alunos que frequentam a EJA no CED 06 da Ceilândia. Por outro lado, torna-se um ponto de partida para uma pesquisa em um número maior de escolas de modalidade EJA no DF, com o objetivo de obter resultados em um universo maior de alunos da rede pública e com isso diagnosticar fatores que contribuam para compreender as

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especificidades desses alunos, criando novas condições e estratégias para essa modalidade de ensino.

Referências ARROYO, M. G. Educação de Jovens e Adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/16821721/76737339/name/Texto_1C.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2013. BRANDÃO, R. C. O que é Educação. São Paulo: Abril Cultura, 1985. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1997. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Ministério da Educação e Cultura, Brasília-DF, 23 dez. 1996. Seção 5, p.27833. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 27 set. 2012. BRASÍLIA (DF). Lei Orgânica do Distrito Federal, de 20 de outubro de 2005. Dispõe da Educação, da Cultura e do Desporto. Disponível em: <http://sistemasweb.desenvolvimento.gov.br/investimento_web/arquivos/legislacao_leiorganica.pd f>. Acesso em: 27 set. 2012. ______. Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: <http://www.se.df.gov.br/?page_id=228>. Acesso em: 27 set. 2012. ______. Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: <http://www.se.df.gov.br/wp-content/uploads/pdf_se/links_paginas/eja_escolas_12.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2013. ______. Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Números da Educação no Distrito Federal. Disponível em: <http://www.se.df.gov.br/?page_id=6758>. Acesso em: 19 de abr. 2013. ENS, R; RIBAS, M. Políticas Educacionais e o Acesso e Permanência na Educação de Jovens e Adultos, 2012. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1685/70 9>. o Acesso em: 1 jun. 2013. FUCK, I. T. Alfabetização de Adultos. Relato de uma experiência construtivista. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. GADOTTI, M. Formação de pessoas adultas: a última experiência de Paulo Freire. Disponível em: <http://forumeja.org.br/pf/sites/forumeja.org.br.pf/files/Formacao_pessoas_adultas%20gadotti.pdf >. Acesso em: 27 set. 2012. GERHARDT T. E; SILVEIRA D. T. Métodos de pesquisa - UAB/UFRGS. In: Curso de Graduação Tecnológica, Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível <http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf>. Acesso em: 14 maio 2013.

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Capítulo 7

Desenvolvimento de um tutorial para o professor de biologia: programando simulações computadorizadas para o ensino médio

Clóvis Aparecido Juiz Junior, Flávio Ambrósio e Carlos Alberto Gonçalves

As simulações são excelentes ferramentas didáticas e devem ser utilizadas pelo professor como mais um material de apoio didático. Sabe-se que os programas disponíveis para a construção de simulações exigem um alto nível de conhecimento de programação de códigos para computador. Sabe-se, também, que a maioria dos professores do ensino médio não possui esse conhecimento. Motivado por esse problema, foi desenvolvido este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que apresenta um tutorial para que o professor aprenda a criar suas próprias simulações. Para esse fim, o professor aprende a programar o Vectorian Giotto, que é uma ferramenta acessível de programação em linguagem flash. No decorrer do tutorial, o professor constrói uma simulação simples, ao mesmo tempo em que aprende os comandos básicos do programa.

Palavras-Chave: Material de Apoio Didático; Simulação Computadorizada; Programação em Flash; Aprender a Programar.

Objetivos Mostrar ao professor a utilidade de simulações computadorizadas como material de apoio didático. Orientar o professor na criação de uma simulação.

Metodologia Todo o processo que levou a este TCC pode ser resumido nas seguintes etapas: revisão da literatura; prospecção do mercado de programas de computador para a identificação de um software compatível com os objetivos do trabalho; estudo do software eleito; desenvolvimento de uma simulação que foi usada como modelo no tutorial; desenvolvimento do tutorial, que se focou em fazer o professor reconstruir a simulação

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modelo passo a passo; desenvolvimento de um questionário de avaliação para a avaliação do tutorial; teste do tutorial por professores voluntários; preenchimento do questionário de avaliação pelos voluntários; e apreciação dos resultados do questionário pelo autor do trabalho.

Resultados, Conclusão e Recomendações Os resultados, baseados na análise dos dados levantados pelo Questionário de Avaliação, mostraram que o tutorial foi bem compreendido pelos cursistas; a sequência de apresentação dos conteúdos foi adequada; o tema “simulação” era desconhecido para a maioria; o tema “aplicação de simulação no ensino” era desconhecido para a maioria; a maioria conseguiu chegar ao final do tutorial e a maioria classificou o tutorial como “útil ao professor”. É possível esperar que o tutorial estimule o professor do ensino médio a desenvolver suas próprias simulações e a seguir estudando e aprofundando-se no tema.

Referências ADOBE FLASH PLAYER. Disponível em: <http://get.adobe.com/br/flashplayer/>. Acesso em 03 jun. 2013. ADOBE. Disponível em: <http://www.adobe.com/br/>. Acesso em: 3 jun. 2013. EXTENDSIM. Disponível em: <http://www.extendsim.com>. Acesso em: 3 jun. 2013. GONÇALVES, Carlos Alberto et al. Propagação do Potencial de Ação. Disponível em: <http://www.temasdemedicina.com.br/default.asp?Pag=5&Destino=Template&Codigo_Produto=2 8947&Livro=Propagacao do Potencial de Ação - (em CD)>. Acesso em: 3 jun. 2013. LOTT, Joey; SCHALL, Darron; PETERS, Keith. ActionScript 3.0 CookBokk: Soluções para plataforma em flash e desenvolvedores para aplicativos flex. Disponível em: <http://www.cocomartini.com/bookstore/index.php/default/actionscript-3-0-cookbook-solutionsfor-flash-platform-and-flex-application-developers.html>. Acesso em: 20 jun. 2013. MARTINS, José Antônio; FIOLHAIS, Carlos; PAIVA, João. Simulações Mathworks: a linguagem de computação técnica. Disponível em: <http://www.mathworks.com/products/matlab/?nocookie=trueON LINE NO ENSINO DA QUÍMICA E DA FÍSICA>. Acesso em: 3 jun. 2013. REVISTA Brasileira de Informática na Educação, Norteamérica, v. 11, n. 2, p. 111-117, dez. 2012. Disponível em: <http://ceie-sbc.educacao.ws/pub/index.php/rbie/article/view/2203>. Acesso em 03 jun. 2013. STARLOGO. Disponível em: <http://education.mit.edu/starlogo>. Acesso em: 03 jun. 2013.

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Capítulo 8

Elaboração de material didático para o ensino de Ciências e Biologia para alunos surdos

Renata de Paula Nardini, Eleusa Cristina Cruz e Gláucio de Castro Júnior

O presente TCC buscou traçar uma análise consistente sobre a educação especificamente sobre a educação de surdos. Desde os primórdios até atualidade, a inclusão de alunos surdos tem sido foco de discussão entre grandes teóricos na elaboração de material didático, para o ensino de Ciências e Biologia. Considerando um professor surdo como um instrumento essencial para comunicação e para a capacitação profissional, foi realizada uma investigação cautelosa sobre o processo de aprendizagem dessas pessoas que consiga ultrapassar a falta de uma educação bilíngue e atingir o ideal de compreensão e até mesmo de motivação do aluno com essa necessidade específica. A comunicação por meio da LSB (Língua de Sinais Brasileira) é o método de linguagem com estrutura semântica e pragmática própria, que difere um pouco da Língua Portuguesa. As questões de convivência e adaptação a esta língua, bem como a demanda que a educação de surdos acarreta são meras eventualidades que podem ser superadas. Os resultados obtidos por meio de questionários aplicados aos profissionais e ao próprio aluno com deficiência auditiva, na observação do ambiente escolar e dos materiais didáticos e na realização de uma oficina didática, apontaram uma compreensão, inclusão e satisfação do uso das estratégias de ensino compartilhadas com os profissionais da escola, durante a realização deste TCC. Verificou-se, também, a percepção do professor sobre as especificidades desse aluno, permitindo uma efetiva orientação e capacitação dos profissionais da educação de surdos, como parte de uma sociedade que busca por igualdade.

Palavras-Chave: Educação de Surdos; Surdos; Inclusão; LSB; Cultura Surda.

Objetivos Conhecer a importância da prática docente na elaboração de materiais didáticos que valorize a Libras no ensino de Ciências e Biologia para alunos surdos; identificar como 34


ocorre o aprendizado e a aquisição do conhecimento pelos alunos, por meio do acesso aos materiais didáticos, com a utilização de uma estrutura teórica que teça a relação entre materiais didáticos e a Libras.

Metodologia Todo o processo que levou a este TCC pode ser resumido nas seguintes etapas: i) Aplicação, na escola escolhida para a realização desta pesquisa, aos professores de Biologia da sala, ao intérprete e à aluna surda de um questionário com perguntas que orientaram o projeto a respeito das aulas, das dificuldades que eles têm para elaborar materiais didáticos para o aluno surdo que estuda na escola e da dificuldade de acesso ou uso de materiais didáticos oferecidos pela unidade escolar. Por meio da entrevista com a aluna surda que estuda na escola, esta expôs sua experiência de aprendizagem a respeito dos materiais utilizados e da interação dela com seus professores e demais estudantes; ii) observação da rotina da sala de aula, a fim de verificar o uso de materiais didáticos elaborados pelos professores ou cedido pela instituição, para que o processo de aprendizagem se efetive, bem como a interação que a discente tem com o restante da sala de aula e esta para com a aluna surda; iii) Realização de uma oficina de elaboração do Quadro de Reciclagem, na qual os professores e alunos foram convidados a participar. Ao final, as preparações da oficina foram expostas e houve discussões com os envolvidos sobre os materiais coletados no lixo escolar, da quantidade de lixo que é mais descartado na escola, sobre a importância e os benefícios da reciclagem e o uso da linguagem de Libras neste processo. Neste estudo, o tema empírico escolhido para analisar a elaboração de materiais didáticos foram a reciclagem e a forma de abordar o tema por meio da linguagem de Libras. Após a discussão, um livreto de reciclagem com várias imagens foi distribuído a cada participante do grupo, contendo informações e dados simples, numa forma de estimular mais ainda a reciclagem de produtos no dia a dia. Este momento foi conduzido pela própria pesquisadora, com o auxílio de intérprete de Libras para a comunicação.

Resultados, Conclusão e Recomendações Os resultados mostraram dados que contemplam três categorias: a) condições da escola: nesta categoria a preocupação foi resumir as opiniões sobre as condições da escola que está recebendo o aluno surdo. Outro ponto importante observado nesta 35


categoria são as sugestões que o intérprete dá para a melhora na adaptação da escola. As respostas dos entrevistados convergiram para um mesmo ponto, que a escola possui apenas o intérprete como auxílio para receber os alunos. O intérprete foi o que mais criticou a preparação da escola, pois é ele o responsável em “traduzir” o que o professor diz para o aluno. O intérprete é o que mais pondera as condições da escola do aluno surdo. b) Materiais didáticos: a pesquisa possibilitou uma constatação importante que é a responsabilidade do professor em ensinar e não delegar a responsabilidade de ensinar para o intérprete. Verificamos que o professor tem consciência de que ele é o responsável por ensinar, mas como ele não consegue se comunicar com o aluno Surdo, ele acaba deixando o aluno de lado, delegando essa responsabilidade para o intérprete, no papel de mediador da comunicação, mas preocupado e consciente de seus atos e de seu papel na formação da aluna surda. c) Opinião da aluna surda sobre as aulas de Biologia: objetivamos investigar, por meio do relato das suas experiências, como está acontecendo a aprendiz agem nas aulas de Biologia, a fim de contribuir na formação de professores que possam futuramente atuar na educação de Surdos. O enfoque desta ca teoria foi destacar a opinião da aluna com relação às aulas de Biologia, bem como a maneira que ela acha que poderia ser adotada para a melhor compreensão da disciplina. O painel didático que foi elaborado na oficina contribuiu para o aprendizado da aluna, por meio do uso de estratégias visuais e explicativas da correlação do uso, meio e fim de cada item dos materiais a serem reciclados. Além disso, percebeu-se que os outros alunos estão tendo uma oportunidade de entender a singularidade da colega Surda e respeitá-la, pois durante as aulas se conversou a respeito da Língua Brasileira de Sinais, esclarecendo-se que não se trata apenas de um suporte para que a aluna Surda possa compreender as aulas, mas de outra língua e outra cultura e que aprendê-la tornará o saber desses alunos ainda mais rico. O saldo desse trabalho foi positivo e permitiu que o professor, que a princípio não acreditava na possibilidade da criação de materiais didáticos para o ensino de suas aulas, com o uso de materiais como papel, cola, tesoura e imagens, ampliasse sua visão sobre algumas metodologias, além da tradução de todo o material escrito utilizado em Língua Portuguesa para a Língua de Sinais Brasileira.

Referências BRASIL. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, Disponível <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10436.htm>. Acesso em: 23 jan. 2013.

em

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Capítulo 9

Obesidade e estilo de vida: uma revisão bibliográfica

Francine Priscila Aguiar, Lívia Penna Firme Rodrigues

A obesidade é um problema de saúde pública que se instalou em decorrência de uma mudança no estilo de vida das pessoas, causada pela migração da zona rural para o modo de vida urbano, onde a alimentação e a vida moderna mudaram os hábitos da população, levando à ocorrência do sobrepeso e da obesidade. A obesidade é uma patologia em que há o acúmulo de gordura no corpo podendo ser do tipo Ginoíde (presente na região gluteofemoral), Androide (excesso de gordura tronco abdominal), ou as duas formas associadas. Atualmente há uma preocupação com a gordura nas vísceras, a chamada obesidade visceral (esteatose) (MAHAN; STUMP, 2005). Pessoas obesas têm maior probabilidade de desenvolver doenças como hipertensão arterial, diabetes, arteriosclerose, triglicérides elevados, problemas nas articulações, dificuldades respiratórias, gota, pedras na vesícula e até algumas formas de câncer. É fato conhecido que, nos últimos 20 ou 30 anos, a dieta ocidental tem se tornado mais calórica e a atividade física, reduzida, assim, o número de obesos vem crescendo de forma considerável. Esse problema não está associado apenas a países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos, mas é um problema independente da classe social e do poder aquisitivo (HELITO; KAUFFMAN, 2006). Frente a essa realidade atual, observa-se a necessidade de se conhecer a obesidade, seus riscos à saúde, prevenção e tratamento.

Palavras-Chave: Obesidade; Obesidade e Doenças Associadas; Prevenção da Obesidade.

Objetivos Compreender a obesidade e quais os fatores que levam uma pessoa a ser ou não ser obesa; identificar os riscos à saúde provocados pela obesidade; descrever os métodos antropométricos utilizados para avaliar o peso ideal do paciente referente à idade, ao sexo e à altura; descrever sobre a importância da mudança do estilo de vida para prevenir

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a obesidade; desenvolver material pedagógico de conscientização sobre a obesidade para alunos do ensino médio.

Metodologia A metodologia constou das seguintes etapas: - Etapa 1: Revisão Bibliográfica sobre o tema em livros didáticos e nas plataformas existentes, utilizando-se as palavras-chave obesidade, obesidade e doenças associadas e prevenção da obesidade; - Etapa 2: Análise da bibliografia, adotando-se como critério de escolha as datas de publicação, preferindo-se os dos últimos cinco anos, e os estudos epidemiológicos nacionais referentes ao tema; - Etapa 3:

Elaboração de material informativo aos alunos de ensino médio sobre a

obesidade e métodos de prevenção.

Resultados, Conclusão e Recomendações Foram selecionados os principais conceitos referentes ao tema e que podem contribuir com a conscientização dos estudantes, contribuindo para a promoção da saúde na escola, já que o sobrepeso e a obesidade, devido à elevada incidência, são considerados, atualmente, problema de Saúde Pública no Brasil. Foram descritos o conceito de obesidade em seus vários graus e diferenças de ocorrência no sexo masculino e feminino; métodos utilizados para a determinação da gordura corporal, como o teste de bioimpedância, considerado pela comunidade científica como de alta precisão na avaliação da composição corporal; como surgem as células de gordura no corpo ainda na primeira infância; fatores responsáveis pela ocorrência da obesidade em indivíduos e comunidades; influência dos hormônios, hereditariedade e dieta no aumento e manutenção do peso corporal; descrição e utilização do Índice de Massa Corporal (IMC); riscos à saúde provocados pela obesidade, entre outros. Posteriormente, foi elaborado um material pedagógico de conscientização sobre a obesidade, dirigida aos alunos do ensino médio, para uso em sala de aula. Recomenda-se a utilização de recursos pedagógicos bem ilustrados e com informações pertinentes a uma alimentação e estilo de vida saudáveis, pois podem cooperar para a reflexão sobre o tema, contribuindo para a prevenção da obesidade em todas as fases da vida. 39


Referências ANDERSON, Linnea; DIBBLE, MARJORIE; TURKKI, Pirkko; MITCHELL, Helen S; RYNBERGEN, Henderika J.; TRUGO, Nadia Faria Frizzo. Nutrição. 17. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982. BALBINO, J.; SILVA, S. Obesidade infantil pode trazer riscos. Disponível em: <http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2012/10/obesidade-infantil-pode-trazer-riscosalertam-especialistas.html>. Acesso em: 30 out. 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Vigitel Brasil 2009. Brasília-DF, 2010. 152 p. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar da população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2006, 210 p. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade>. Acesso em: 7 mar.2013. CAMELO JR., J. C.; MONTEIRO, J.P. Caminhos da Nutrição e Terapia Nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. CUPPARI, Lilian Cuppari (Coord.). Guia de Nutrição. Nutrição clínica no adulto. 2. ed. rev e empl. Barweri. São Paulo: Manoele, 2005(Guias de Medicina ambulatorial e hospitalar/ editor Nestor Schoi. HELITO, Salim Helito; KAUFFMAN, Paulo. Saúde. São Paulo: Nobel, 2006. MAHAN, L. K.; STUMP, S. E. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca,2005.

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Capítulo 10

A promoção da alimentação saudável na escola: estudo de caso na Escola Abílio Fontes em Itapetininga, SP

Simone de Barros Paixão, Lívia Penna Firme Rodrigues

Nesse trabalho foi abordada a Promoção da Alimentação Saudável na Escola, fazendo-se uma análise da problemática na escola escolhida e buscando-se soluções pedagógicas para abordar o tema em aulas de Educação para a Saúde. É fato conhecido que a alimentação inadequada é um dos fatores responsáveis pelo aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, hipertensão arterial, diabetes, câncer entre outras, além de doenças por deficiência de nutrientes, como a anemia. A alimentação saudável é também essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança e a preservação de sua saúde. Além de discorrer sobre os possíveis efeitos da alimentação no desempenho cognitivo, identificaram-se, por meio de uma pesquisa, os erros concernentes à alimentação dos educandos na escola Abílio Fontes, que inspirou a criação de material pedagógico no formato de um jogo de tabuleiro chamado “Quero ser saudável”, que, de forma lúdica e objetiva, apresenta conceitos educativos e informativos sobre a alimentação saudável.

Palavras-Chave: Alimentação Saudável; Hábitos Alimentares; Educação para a Saúde.

Objetivos Promover a alimentação saudável na Escola Abílio Fontes; Discorrer sobre os possíveis efeitos da alimentação no desempenho cognitivo; Identificar os erros concernentes à alimentação dos educandos na escola Abílio Fontes; Desenvolver material pedagógico para a promoção da alimentação saudável.

Metodologia Estudo do caso na Escola Abílio Fontes, localizada na cidade de Itapetininga, SP, com alunos do ensino fundamental II. A facilidade de comunicação e o acesso à Direção

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foram determinantes para a escolha da escola. Foi aplicado um questionário investigativo, objetivando encontrar as principais deficiências alimentares dos alunos do ensino fundamental. Foram escolhidas, de forma aleatória, quatro salas de aula – uma sala de 6º ano, uma sala de 7º ano, uma sala de 8º ano e uma sala de 9º ano e entrevistados 140 alunos. Foi distribuído aos alunos um termo livre, esclarecendo a participação, assinado pelo pai ou responsável.

Resultados, Conclusão e Recomendações Encontraram-se erros alimentares que estão vinculados ao costume familiar e que são reforçados pela mídia e pela influência de colegas. Os principais erros encontrados são: alimentação pouco variada, consumo elevado de açúcar e alimentos açucarados, ingestão elevada de gorduras e de gorduras saturadas, alto consumo de sal, saltar refeições, baixo consumo de alimentos ricos em fibras, baixa ingestão de frutas e vegetais, baixa ingestão de leguminosas e verduras, maior consumo de carnes do que peixe e baixo consumo de água. Sugerem-se três vertentes que propomos ao educador trabalhar em sala de aula: conscientizar os alunos sobre os maus hábitos que se pretende corrigir, pesquisar a razão destes hábitos existirem e mudar de forma gradual os maus hábitos. Diante de tal realidade, há necessidade de buscar meios didáticos e recreativos para despertar sobre a problemática e as suas consequências, levando à mudança de hábitos, evitando problemas de obesidade e de saúde. Como ferramenta para que tal proposta seja efetuada, sugerimos o uso de jogos educativos, como o proposto neste TCC.

Referências BARBOSA, V. L. P. Prevenção da obesidade na infância e na adolescência: exercício, nutrição e psicologia. Barueri (SP): Manole, 2004. BIZZO, M. L. G., LEDER L. Educação nutricional nos parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental. Revista Nutr. Campinas, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732010000600007>. Acesso em: 24 out. 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Alimentação saudável, maio de 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/211_alimentacao_saudavel.html>. Acesso em: 1 o jul. 2013. CHIZZOTTI, A. A pesquisa em ciências sociais e humanas. São Paulo: Cortez,1995. FAGIOLI, D.; NASSER, L. A. Educação nutricional na infância e adolescência: planejamento, intervenção,

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Capítulo 11

Gravidez na adolescência: os caminhos para a prevenção na Escola da rede pública de ensino fundamental e médio “Nestor Fogaça”

Samanta de Almeida Santos Matsui, Lívia Penna Firme Rodrigues

A gravidez na adolescência é uma realidade que preocupa os gestores da saúde pública, assim como a comunidade escolar. Segundo Moreira et al. (2008), muitas adolescentes acabam praticando o aborto em condições impróprias e ilegalmente quando a gestação é indesejada. Fato alarmante, pois além de colocarem em risco a própria vida, contribuem para o aumento do índice de criminalidade do país. Para Soares (2008), o fato da mulher se tornar mãe, independente da faixa etária, já carrega consigo conflitos, podendo ser um fator de risco para a depressão pós-parto, pois a mulher terá que enfrentar mudanças em sua identidade. A gravidez não planejada na adolescência pode causar evasão escolar, riscos à saúde e contribuir para aumentar os índices de desigualdades sociais. A análise da literatura existente sobre o assunto é fundamental, pois permite que profissionais que trabalham com adolescentes desenvolvam ações com o intuito de promover saúde contribuindo para a prevenção da gravidez na adolescência.

Palavras-Chave: Adolescente; Gravidez na Adolescência; Sexualidade; Educação em Saúde; Práticas Pedagógicas.

Objetivos

Geral: conhecer o problema da gravidez precoce no Brasil enfatizando o papel da escola na formação de uma sociedade saudável.

Específicos: descrever a gravidez precoce no Brasil; Descrever a sexualidade e as suas consequências na realização humana; Identificar as mudanças que ocorrem na adolescência; Revisar práticas pedagógicas para tratar a gravidez precoce nas escolas da rede pública de

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ensino fundamental e médio. Proporcionar ações para a redução da gravidez na adolescência.

Metodologia Revisão bibliográfica sobre os riscos de uma gravidez não planejada na adolescência com busca de dados disponíveis nas plataformas existentes, artigos em periódicos nacionais, livros já publicados e em trabalhos acadêmicos tipo monografias, dissertações e teses referentes ao período de 1997 a 2010. Após a leitura, os dados foram analisados e organizados nas categorias: sexualidade e a realização humana, mudanças que ocorrem na adolescência, gravidez precoce e práticas educacionais. Posteriormente foi elaborado um projeto com ações para prevenção de gravidez precoce para ser aplicado na escola "Nestor Fogaça" da rede pública do ensino fundamental e médio do município de São Miguel Arcanjo, Estado de São Paulo, com a finalidade de promover saúde na perspectiva de contribuir para a diminuição do índice da gravidez adolescente. Foram realizadas oficinas de trabalho com os adolescentes da escola que são estratégias que se mostram eficientes para enfrentar a problemática, pois favorecem as trocas de experiências, a reflexão e as discussões dos temas, aumentando as possibilidades de que novas atitudes e práticas sejam adotadas pelos membros do grupo.

Resultados, Conclusão e Recomendações É muito complexa a aprendizagem envolvendo a sexualidade, tarefa essa atribuída quase que exclusivamente aos professores de Ciências e Biologia, tornando-se necessários estudos que melhorem a qualidade do ensino e desenvolvam meios para promover práticas preventivas em toda a comunidade escolar. A proposta de conciliar a prática pedagógica e a promoção de saúde deve ser considerada dentro de um contexto maior, pois a formação de uma sociedade consciente dos seus direitos e deveres, sabendo dos seus limites e conhecedora de si, irá refletir em todo o processo de desenvolvimento do país. Sendo assim, o papel da escola na promoção da saúde deve transpor tabus, gerar esclarecimento, no qual aluno e professor possam aprender e reaprender no processo ensino, aprendizagem. Sabemos também que as modificações do padrão comportamental dos adolescentes, no desenvolvimento de sua sexualidade, vêm necessitando da atenção dos profissionais de saúde e da educação, devido a suas repercussões, no qual podemos 45


citar entre elas a gravidez precoce. A gravidez na adolescência é um assunto que deve ser esclarecido e debatido constantemente com os jovens de hoje, porque o surgimento de uma gravidez não planejada pode acarretar profundas "cicatrizes", no qual sonhos e metas necessitam ser adiados, mudando a vida como um todo. Aliado a isso, tem-se os riscos à saúde gerados pela gravidez precoce. Educar os adolescentes para que desenvolvam medidas de prevenção com o intuito de promover saúde não se faz sem que haja fortes laços entre os profissionais da área da educação e a colaboração de outros setores e da própria comunidade. Para tanto, recomenda-se o enriquecimento da equipe de profissionais nas escolas. Programas educacionais destinados a pais e adolescentes, com enfoque multidisciplinar, precisam ser realizados e avaliados para assegurar efetivamente a prevenção da gravidez precoce. Acabar com preconceitos e mitos é uma boa estratégia para ajudar os adolescentes a conquistarem uma vida sexual responsável. Neste sentido, as oficinas de trabalho com adolescentes representaram o ponto inicial de um processo a ser complementado pela família e por políticas sociais locais voltadas para os adolescentes, contemplando a heterogeneidade e a complexa rede de influência na qual está envolvida essa fase da vida. Tal metodologia possibilita trabalhar, simultaneamente, os aspectos cognitivos e afetivos da sexualidade, lidando, de modo articulado, com ideias, valores, práticas e comportamentos. Uma vez vencida a barreira da questão de discutir o significado do ser adolescente, encarando-o como ser cidadão, ele poderá viver sua sexualidade de maneira responsável e feliz.

Referências ALTMANN, H. Orientação sexual nos parâmetros curriculares nacionais. Rev. Estudos Feministas, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ref/v9n2/8641.pdf>. Acesso em: 15 out. 2012. BRASIL. Ministério da Educação. Indagações sobre Currículo (versão preliminar). Coordenação de Antonio Flávio Moreira e Miguel G. Arroyo. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, nov. de 2006. ______. Ministério da Saúde / Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 132 p.

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Capítulo 12

O uso do protocolo de avaliação rápida de rios como ferramenta pedagógica para aplicação em aulas de ciências em escolas do Distrito Federal e entorno

Uziel da Silva Alves, Stefano Salvo Aires, Claudia Padovesi Fonseca

O presente trabalho de pesquisa pretendeu desenvolver uma ferramenta pedagógica de fácil aplicação em ambiente escolar de ensino fundamental a partir de observações visuais e empíricas. A ferramenta pedagógica desenvolvida foi a aplicação de protocolo de avaliação rápida de rios. O trabalho foi desenvolvido na Escola Prudente de Morais, localizada no município de Santo Antônio do Descoberto – Goiás, localizada no entorno Sul do Distrito Federal, na cidade de Santo Antônio do Descoberto-GO. O protocolo foi adaptado para ser desenvolvido em córregos e seus mananciais próximos à escola e serviu de apoio ao professor nas aulas de Ciências e de Biologia. O desenvolvimento do presente projeto visou à sensibilização da comunidade escolar para o diagnóstico visual de avaliação ambiental destes ambientes aquáticos e suas nascentes. A avaliação foi realizada com o intuito de atender as especificidades locais e que fornecerá informações quanto às características do estado de conservação ou degradação da área de entorno dos córregos, os córregos e seus mananciais. Com estas informações iniciais e básicas, o presente projeto pretendeu, além do fornecimento de informações quanto às características do estado de conservação ou degradação destes ambientes aquáticos, também despertar interesse quanto à avaliação constante e ao monitoramento de mananciais próximos as suas residências e cidades. O balizamento da avaliação ambiental foi realizado com o uso de um protocolo com itens de caracterização ambiental e sua pontuação, cujo resultado define a situação do ambiente avaliado. Os resultados obtidos pela presente pesquisa evidenciaram a facilidade na sua aplicação e entendimento pela comunidade, além de motivar e sensibilizar os alunos para questões de preservação dos recursos hídricos, desenvolvendo habilidades que não seriam possíveis perceber dentro de uma sala de aula.

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Palavras-Chave: Água; Protocolo de Avaliação Rápida; Ensino de Ciências.

Objetivos Desenvolver uma ferramenta pedagógica de fácil aplicação em ambiente escolar de ensino fundamental a partir de observações visuais e empíricas, para avaliação e monitoramento de qualidade ambiental e da água em rios e suas nascentes. Adaptar e aplicar protocolo de avaliação ambiental pré-existente para ser utilizado em aulas de Ciências e de Biologia em escolas da região como referência e balizamento de sua aplicação.

Metodologia O trabalho foi desenvolvido na Escola Prudente de Morais, localizada no município de Santo Antônio do Descoberto – Goiás, localizada no entorno Sul do Distrito Federal, na cidade de Santo Antônio do Descoberto-GO. A partir de um protocolo de avaliação rápida de rios pré-existente (CALLISTO et al., 2002), um protocolo novo foi elaborado e adaptado para ser utilizado em rios e seus mananciais localizados perto da escola. Para a realização do presente trabalho, foram delineadas três etapas sucessivas de atividades. A primeira etapa consistiu em ministrar uma aula teórica para os alunos, com a abordagem dos aspectos sobre poluição de rios, dos principais impactos ambientais, natural e antropogênico, condições de preservação, e de outros aspectos relacionados. A segunda etapa consistiu na elaboração de um protocolo novo, a partir da adaptação de um protocolo pré-existente. E a terceira fase consistiu na aplicação do protocolo formulado em atividade realizada no campo e na posterior discussão em classe com os resultados obtidos, para o seu ajuste e validação. Após o reconhecimento da área de estudo com o alinhamento das características ambientais e de uso da área, o protocolo formulado foi aplicado nos trechos dos rios. A partir de uma tabela de caracterização da área, cada item foi pontuado conforme o seu nível de preservação ou de alteração ambiental. A tabela incluiu (1) o tipo de ocupação da área, a cobertura vegetal das margens do rio e o nível de erosão de suas margens; (2) as características da água, como odor, transparência e oleosidade; (3) as características do leito do rio como odor e oleosidade; (4) além de verificar a cobertura vegetal do leito do rio e o tipo do fundo (se arenoso, argiloso ou pedregoso); e (4) as características do fluxo de água, número e frequência de rápidos e nível de deposição de sedimentos. Com a pontuação obtida pela soma dos itens avaliados acima, o trecho do rio foi classificado como ambiente 49


natural, alterado ou impactado. Por fim, houve uma discussão com as classes e seus professores, para apresentar os seus relatos e percepções, quanto à viabilidade e aplicação da presente ferramenta pedagógica em escolas de ensino fundamental na região.

Resultados, Conclusão e Recomendações A aplicação do protocolo de avaliação rápida de rios como ferramenta pedagógica em aulas de Ciências e Biologia para alunos de ensino fundamental foi de fácil aplicação. A participação dos professores foi primordial para o desenvolvimento pleno das atividades. Os alunos, por sua vez, demonstraram sensibilidade e percepções, tanto visual como empírica, conforme a proposta central do presente projeto. A abordagem da presente ferramenta pedagógica possibilitou ampliar o diagnóstico e prospecção de cenários futuros quanto à importância de preservação ambiental das águas, bem como às questões relacionadas aos impactos ambientais, como o crescimento desordenado da população na área urbana e a poluição dos rios e seus mananciais com o lançamento de esgoto e o lixo nos cursos d´água. A partir dos resultados obtidos com o presente projeto, aliado às declarações dos professores e alunos, foi aberta uma perspectiva futura de compromisso e fortalecimento quanto à preservação das águas na região, para que seu uso pela população local seja contínuo e duradouro.

Referências ANA. Agência Nacional de Águas. Lei das Águas. Disponível em: <http://www2.ana.gov.br/Paginas/institucional/SobreaAna/legislacao.aspx>. Acesso em: 5 nov. 2012. BACCI, Denise de La Corte; PATACA, Ermelinda Moutinho. Educação para a água. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 22, n. 63, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142008000200014&lang=pt>. Acesso em: 5 nov. 2012. BARROS, Jorge Gomes do Cravo. Gestão Integrada dos Recursos Hídricos – implementação do uso das águas subterrâneas. Origem, Distribuição e Preservação da Água no Planeta Terra. Brasília: MMA/SRH/OEA, 2000, 171 p. Disponível em: <http://revistadasaguas.pgr.mpf.gov.br/edicoes-darevista/edicao-06/edicoes-da-revista/edicao-06/artigos/origem-distribuicao-e-preservacao-daagua-no-planeta-terra>. Acesso em: 4 nov. 2012. CALLISTO, M. et al. Aplicação de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em atividades de ensino e pesquisa, MG-RJ. Acta Limnologica Brasiliensis, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 91-8, 2002.

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Capítulo 13

Anticoncepcionais hormonais: estruturas, mecanismos de ação e efeitos colaterais

Patrícia Aparecida do Nascimento Freitas, José Luiz Jivago de Paula Rôlo, Eliana de Cassia Pinheiro

O trabalho consiste em uma apresentação dos métodos anticoncepcionais hormonais para jovens estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares. Baseia-se em pesquisas que comprovamos baixos índices de conhecimento a respeito do tema por parte deles, além das pesquisas que demonstram o crescimento das taxas de gravidez na adolescência e dificuldades relacionadas ao planejamento familiar, que podem ser verificados como um problema social atual. Para tanto, apresenta um referencial teórico que demonstra

tal necessidade,

bem como uma

apresentação dos métodos

anticoncepcionais hormonais e uma revisão bibliográfica explicativa que mostra a metodologia contraceptiva mais comum entre utilizada na atualidade, a fisiologia do sistema reprodutor feminino como parte do contexto para compreensão do mecanismo de ação dos anticoncepcionais hormonais e mecanismo de ação desses métodos hormonais em si, seus efeitos colaterais, funcionalidade, e outras características relacionadas ao uso regular dos Métodos Anticoncepcionais Hormonais (MHA).

Palavras-Chave: Educação Sexual; Métodos Anticoncepcionais Hormonais; Ensino de Ciências.

Objetivos

Geral: elaborar uma aula sobre o tema “Mecanismo de Ação dos Métodos Anticoncepcionais Hormonais”, que poderá ser apresentada para alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares do Distrito Federal, de forma simples e abrangente.

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Específicos  Despertar em professores e alunos das escolas públicas e particulares do DF a reflexão em torno da importância de do tema abordado.  Ressaltar a importância de se conhecer o funcionamento do próprio organismo.  Desmistificar o uso de anticoncepcionais hormonais.

Metodologia: pesquisas bibliográficas.

Resultados, Conclusões e Recomendações As pesquisas realizadas abordaram uma série de mitos em relação aos fenômenos fisiológicos, como os seguintes: “A menstruação é necessária para limpar o organismo”, “Adolescentes não devem usar contraceptivos, pois terão redução da fertilidade no futuro”, “A primeira relação sexual da vida nunca engravida”, “Anticoncepcionais engordam e aumentam as varizes”, que prejudicam a vida sexual dos adolescentes. No entanto, alguns medicamentos, como os laxantes, diminuem o tempo de trânsito intestinal prejudicando a absorção do componente anticoncepcional. Alguns remédios também são indutores de certas enzimas hepáticas, que ativadas podem acelerar a retirada do etinilestradiol de circulação, diminuindo o efeito previsto da substância. Ocorre, por exemplo, com alguns antibióticos. Os mecanismos de contracepção disponíveis são um advento que pode ser utilizado de maneira consciente e cuidadosa mesmo por pessoas mais jovens, já que se revelou uma necessidade de tal conhecimento por parte do público jovem no país. É muito importante, para o bem comum, o conhecimento sobre temas relacionados à saúde e desmistificação de temas relevantes.

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Capítulo 14

O uso de substâncias sintéticas com estruturas similares ao hormônio do crescimento (GH) como anabolizantes: estrutura, mecanismo de ação e efeitos colaterais

Maria Ildescleide Soares, José Luiz Jivago de Paula Rôlo, Eliana de Cassia Pinheiro

O Hormônio do Crescimento (GH)é um hormônio anabólico, sintetizado e secretado pela hipófise anterior e responsável pelo crescimento ósseo dos tecidos moles e cartilagens, além deter importante papel na resposta metabólica corporal ao jejum. Ou só do GH sem indicação clínica é considerado ilegal e perigoso à saúde. O uso de substâncias sintéticas similares ao GH, visando à melhora do desempenho e da aparência física, é considerado anabolizante (bomba), apesar de não haver evidências científicas comprovando sua ação no aumento de força, poder ou desempenho atlético, mesmo em aplicações de doses altas. Ou só de GH tornou-se um problema sério entre jovens nas academias, buscando o aumento da massa muscular, que desconhecem seus inúmeros efeitos colaterais, quando ingerido em altas doses.

Palavras-Chave: GH; Proteínas Musculares; Efeitos Adversos; Ensino Médio.

Objetivos

Geral: desenvolver uma aula que leve informações necessárias para o esclarecimento a respeito da estrutura, mecanismo de ação e efeitos colaterais dos anabolizantes similares ao Hormônio do Crescimento(GH)no organismo humano, a ser apresentada a alunos e professores do ensino médio de escolas públicas e particulares do Distrito Federal e Entorno.

Específicos  Apresentar a estrutura, o mecanismo de ação e os efeitos colaterais de substâncias similares ao Hormônio do Crescimento(GH). 56


 Esclarecer os alunos e os professores sobre os efeitos adversos dos anabolizantes do tipo Hormônio do Crescimento(GH)em uma linguagem acessível e compreensível.  Desestimular o uso de drogas anabolizantes pelos jovens e adolescentes.

Metodologia: pesquisa bibliográfica e preparo de aulas para a Educação Básica sobre o tema pesquisado (utilizando power point).

Resultados, Conclusão e Recomendações A busca por corpos esculturais e um padrão de beleza pré-determinado leva jovens e adolescentes a fazerem uso de hormônios sintéticos, com a promessa de corpo perfeito e saudável. A mídia virtual, as academias e os amigos fazem indicações de substâncias. anabolizantes, sem informações efeitos colaterais produzidos por esses produtos, sendo que alguns desses efeitos adversos podem ser irreversíveis. Busca-se com este trabalho levar informações claras e precisas aos jovens de escolas públicas e particulares do Distrito Federal e Entorno sobre a fisiologia, o mecanismo de ação e os efeitos adversos causados por essas substâncias, com o objetivo de desestimular o uso desses produtos. Tais informações serão levadas aos estudantes por meio de uma aula em

PowerPoint.

Referências AMARAL, F.; ARGENTINA, D.; GRILLO, M. L.; ZANINI, R.; JACOBUS, A.P.; RODRIGUES, D. O.; LOSS, E. S. Testosterona estimula rapidamente a liberação de insulina de ilhota pancreática através de um mecanismo de membrana: Salão de Iniciação Científica. Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2005. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/52388>. Acesso em: 18 out. 2012. BAHIA, L. Inter-relações entre SHBG e esteroides sexuais com medidas antropométricas, pressão arterial e lipídeos em mulheres com diabetes mellitus tipo 2. Arq. Bras. Endócrino Metab [online], v. 44, n. 3, p. 239-247, 2000. ISSN0004-2730. BOFF, S. R. Esteroides anabólicos e exercício: ação eefeitoscolaterais. R. bras. Ci. E Mov 010, v. 18, n. 1, p. 81-88. Disponível em: <http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/1316/1666>. Acesso em: 26out. 2012. BRONSTEIN, Marcello D. Reposição de GH na "somatopausa": solução ou problema? Arq. Bras. Endocrinol Metab [online], v. 47, n. 4, p. 323-330, 2003. ISSN0004-2730. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n4/a05v47n4.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2013. COSTENARO, F. etal.; Diabetes Melito e Acromegalia: interações entre hormônio de crescimento e

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Capítulo 15

O uso de substâncias sintéticas com composições similares a andrógenos – testosterona como anabolizante: estrutura, mecanismo de ação e efeitos colaterais

Pollyanna Valdelice Baltazar Silva de Souza, José Luiz Jivago de Paula Rôlo e Eliana C. Pinheiro

Os anabolizantes têm sido usados por atletas que buscam aumentar massa e força musculares, bem como por não atletas para melhora a aparência. Assim, é preocupante o aumento da frequência do seu uso entre os adolescentes. Os anabolizantes mais comuns podem ter sua estrutura baseada no Hormônio de Crescimento (GH) ou em andrógenos, como a Testosterona. Os esteroides anabolizantes são derivados sintéticos do hormônio testosterona (MELLION,2006). Os usuários encontram-se mal informados, não tendo conhecimento sobre a composição destas substâncias ou sobre as consequências de seu uso, dos riscos e dos seus efeitos colaterais. O objetivo desse trabalho é o de desenvolver uma aula em Power Point sobre ou só de substâncias sintéticas com composições similares a andrógenos, seus mecanismos de ação e efeitos colaterais, tendo por público-alvo alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares do DF e entorno. Tal trabalho pretende contribuir para a conscientização dos alunos sobre os mecanismos de ação dos esteroides anabolizantes e, principalmente, sobre os seus efeitos colaterais, desencorajando o seu uso.

Palavras-Chave: Anabolizantes; Efeitos Adversos; Testosterona; Ensino Médio.

Objetivos

Geral O objetivo geral desse Trabalho de Conclusão de Curso – TCC é o de desenvolver uma aula em Power Point sobre o uso de substâncias sintéticas com composições similares a andrógenos, seus mecanismos de ação e efeitos colaterais, tendo por público-alvo alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares do DF e entorno. 59


Essa apresentação visa a levar informações necessárias para que os alunos do dessa modalidade de ensino compreendam a ação e, principalmente, os efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes.

Específicos Informar alunos e professores de escolas públicas e particulares do DF e entorno sobre:  A estrutura dos hormônios esteroides em cujas estruturas se baseiam os similares sintéticos usados como anabolizantes;  Identificar os mecanismos de ação da testosterona a e dos esteroides e anabolizantes;  Conhecer os efeitos negativos do uso de esteroides anabolizantes.

Conclusão O presente trabalho sugere uma forma de trazer o tema dos esteroides anabolizantes para o ensino médio e seus professores. Dessa forma, após extensa revisão bibliográfica, foram criados slides no Power Point como intuito de fornecerão público-alvo maiores informações sobre os mecanismos de ação e, principalmente, as consequências do uso indiscriminado de tais substâncias. Inicialmente, realizamos uma explanação acerca do Hormônio do Crescimento e a Testosterona, a partir dos quais os anabolizantes, artificialmente, tentam imitar a ação no corpo humano. Após isso, definimos os efeitos adversos e colaterais dos esteroides anabolizantes, ressaltando principalmente os danos causados pela utilização sem acompanhamento médico, que podem incorrer desde impotência até a morte. Os jovens insatisfeitos com sua aparência física procuram os anabolizantes na tentativa de ganhar músculos rapidamente. O potencial efeito do uso indiscriminado de esteroides anabolizantes necessita cada vez mais ser divulgado aos alunos do ensino médio e aos seus professores, para que tenham total esclarecimento sobre os mecanismos de ação e, principalmente, sobre os seus efeitos colaterais, desencorajando o seu uso. A conscientização dos alunos quanto ao abuso dos esteroides desmistifica seus efeitos benéficos e acentua seus malefícios.

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Capítulo 16

O papel da imagem no ensino de Biologia

Rayane Silva Leal, Stefano Salvo Aires e Marcos Antonio Santos-Silva

Entre os vários recursos que o professor de Ciências ou Biologia dispõe, estão: aulas expositivas, laboratórios e saídas de campo. Em muitas destas, o uso da imagem é parte essencial. Este trabalho é resultado de uma pesquisa feita com os alunos do primeiro ano do ensino médio e teve como objetivo mostrar de que forma a utilização da imagem no ensino de Biologia pode ser benéfica, auxiliando na compreensão dos conteúdos, facilitando o aprendizado de conceitos muitas vezes abstratos, auxiliando a visualização de objetos muito pequenos para serem vistos a olho nu, enfim, facilitando o aprendizado. A imagem está presente no cotidiano dos alunos e professores, isso facilita a familiarização do aluno ao conteúdo abordado. Pretendemos ainda discutir como a utilização da imagem pode contribuir para o aprendizado desses alunos e como deve ser abordada a imagem em sala de aula. Considerando sua importância, procuramos ainda mostrar como a imagem vem sendo pouco utilizada ou pior, como vem sendo utilizada de forma incorreta. Bem empregada em sala de aula, a imagem pode ser um grande recurso do professor, servindo ainda como atrativo para o aluno que ao visualizar tende a se interessar mais pelo conteúdo, servindo também como um estímulo à pesquisa e busca por parte do aluno.

Palavras-Chave: Ensino de Biologia; Educação; Botânica; Imagem; Aprendizagem.

Objetivos

Geral: mostrar como a utilização, de forma correta, da imagem no ensino de Ciências ou Biologia pode ser benéfica para facilitar a compreensão por parte dos alunos.

Específicos  Analisar como o uso da imagem interfere no aprendizado da disciplina de Biologia.  Observaras diferenças de aulas ministradas com e sem imagens. 62


 Visualizar a aplicabilidade das imagens em aulas de Biologia.  Estimular a utilização de imagens em sala de aula, como ferramenta essencial no ensino de Biologia.

Metodologia A escola na qual este trabalho foi desenvolvido foi o Centro de Ensino Educacional 02, situado na Região Administrativa do Guará em Brasília - DF. Esta escola tem sido o local de realização de vários outros projetos, o que mostra um grande interesse por parte da direção e seus professores. Foram ministradas aulas, com e sem ouso de imagens, para os alunos do primeiro ano do ensino médio, de acordo com o que foi acertado com os professores e a direção da escola, visando ao melhor aproveitamento do projeto. Seguiuse o seguinte roteiro de atividades: i) na primeira semana, ocorreu uma reunião com o professor responsável pelas turmas de primeiro ano para a definição dos temas a serem abordados, tendo sido escolhido o conteúdo de Botânica: o Reino Plantae, suas principais características, e as diferenças entre as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas; ii) na segunda semana, ocorreu a aplicação do pré-teste para avaliar o conhecimento prévio do aluno sobre o tema que foi abordado em sala; iii) na terceira semana foi realizada a aula sem a utilização de imagens para as turmas A e D. Na aula de 50min, foram abordadas as principais características do Reino Plantae, e as características individuais das briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, bem como suas características evolutivas. Em seguida, foi aplicado o mesmo teste para avaliar o que foi aprendido com a aula nessas turmas; iv) ainda na terceira semana foi realizada a aula com a utilização de imagens para as turmas B e F. O conteúdo da aula foi o mesmo dado nas turmas A e D, porém, nas turmas B e F, foram utilizadas imagens em cartazes, as imagens do livro e apresentação no Power Point. Em seguida foi aplicado o mesmo teste para avaliar o que foi aprendido na aula com imagens. v) os questionários foram recolhidos e foi feita uma estimativa de aprendizado, comparando a porcentagem de erros e acertos nas 4 turmas e avaliando quais tiveram o melhor desempenho e quais questões ficaram mais fáceis depois da aula; vi) por fim, já na quarta semana, foi realizado um debate com alguns alunos que tiveram aulas com e sem imagens, os alunos não eram obrigados a participar, por isso cerca de metade dos alunos que fizeram os testes participaram do debate. O objetivo do debate foi visualizar a diferença da aceitação do conteúdo entre as quatro 63


turmas e perceber se houve ou não alguma diferença entre os alunos que tiveram aulas com e sem imagens.

Resultados, Conclusão e Recomendações Após a realização das quatro aulas propostas, sendo duas com imagens e duas sem imagens, um questionário, com três questões, foi aplicado. Participaram de forma voluntária 82 alunos, com idade média de 15,4 anos, distribuídos em quatro turmas. Alguns alunos confundiram conceitos e misturaram nomes, isso ocorreu principalmente nas turmas A e C, que tiveram aula sem imagens. Como suposto, as turmas que tiveram aula com o uso de imagens tiveram um resultado melhor do que as turmas que tiveram aulas sem elas. É interessante notar também que a turma A é a que apresenta, em média, os melhores resultados na escola, entretanto, a participação nesta pesquisa foi baixa, talvez a falta de algum outro estímulo, como nota de participação tenha influenciado na falta de interesse. Entretanto, de forma surpreendente, a turma F que tem, em média, o menor rendimento, foi a que mais se interessou pela pesquisa com grande participação e atenção às aulas. A empolgação dos alunos em relação ao uso do data show e cartazes ilustrados pode ter um reflexo no maior aproveitamento desses. De fato, percebe-se que as aulas, nas quais o professor utiliza um recurso diferente do convencional, tornam-se mais atraentes e por isso mesmo os alunos tendem a se interessar mais. Sendo assim, mesmo após esta rápida avaliação, percebe-se que as imagens são fortes aliadas na hora de transmitir o conhecimento, pois auxiliam e facilitam o entendimento de conceitos, por parte dos alunos e faz com que estes se interessem mais, já que conseguem visualizar o que o professor está tentando ensinar. A imagem utilizada de forma correta pode assim muito ajudar tanto o professor quanto os alunos no processo de ensino e aprendizagem.

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Capítulo 17

Quando os morcegos vão à escola: efeitos da sensibilização em relação aos morcegos

Jane Cláudia Santos Sousa, Flavia Sibele Foltran Fialho, Adriani Hass

A relação dos seres humanos com as espécies animais costuma dar-se pela utilidade desses, exceto quando são identificados por meio de mitos elaborados culturalmente devido à aparência ou aos hábitos das espécies. Os morcegos são mamíferos placentários pertencentes à ordem Chiroptera e despertam os mais variados sentimentos: desconfiança, medo e asco. Considerando a problemática vivenciada no Centro Educacional 120 da Samambaia, onde comumente morcegos são apedrejados pelas/os alunas/os, este trabalho teve como objetivos identificar os preconceitos, medos e informações errôneas a respeito dos morcegos. Para se chegar ao imaginário construído acerca dos morcegos, foram aplicados questionários estruturados que mostraram que 88% das/os alunas/os não conhecem a biologia do grupo. Já 62,95% não acham que eles são importantes para o ambiente. É importante ressaltar que ações contínuas e graduais mostram-se cada vez mais necessárias quando o objetivo é conscientizar, e não apenas memorizar conceitos. Devemse utilizar instrumentos didático-pedagógicos, desta forma, os alunos tornarão multiplicadores do novo conhecimento a que tiveram acesso, passando a defender o animal e meio em que estão inseridos. Neste contexto, a função do educador é a de guiar a atividade, instigar a busca, despertar a vontade do saber. Formulando as próprias dúvidas, sem respostas prontas, os alunos se envolvem mais no processo do conhecimento e não são apenas receptores de informações.

Palavras-Chave: Educação Ambiental, Morcegos, Preconceitos.

Metodologia A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e junho de 2013, com os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental do CEF 120 de Samambaia, localizado na Quadra 122 da Região Administrativa de Samambaia, Distrito Federal.

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1ª Etapa Para identificar os preconceitos, medos e informações errôneas a respeito dos morcegos e conceitos pré-existentes, foi aplicado questionário. A aplicação do questionário contou com a colaboração dos professores regentes na disponibilização de horários para a atividade, bem como da Coordenação Pedagógica e Direção da escola. A pesquisa contou com o uso de questionários impressos para as etapas de avaliação prévia. O questionário foi elaborado contento 12 perguntas variando entre perguntas do tipo abertas e fechadas, com o objetivo de identificar as informações e melhor avaliar as concepções para análise das questões estruturadas. A metodologia utilizada foi a de pesquisa-ação (THIOLLENT apud REIGOTA, 1999, p. 144-5) por despontar como uma metodologia de pesquisa social, caracterizando-se como importante contribuição capaz de orientar a elaboração de projetos em educação ambiental. Assim, a possibilidade de articular a metodologia da pesquisaação com a resolução de problemas ambientais locais permite evitar que o risco do reducionismo contamine a prática educativa, não se restringindo a mera resolução do problema abordado. A metodologia da pesquisa-ação é classificada em três esferas: a resolução do problema concreto que demandou a concentração de esforços dos atores sociais envolvidos na questão, a produção de conhecimento teórico propriamente dito, e finalmente a transformação/conscientização dos participantes como público-alvo (GUIMARÃES, P. R. F. et al. “Pesquisa –ação em educação ambiental; curso de pedagogia da FURG”).

2ª Etapa Nesta segunda fase foi elaborado um Workshop com intuito de informar aos alunos sobre a biologia dos morcegos, ressaltando sua importância no ambiente e seu papel nos ecossistemas. Para isso, foi elaborada uma palestra intitulada: “Quando os morcegos vão à escola”. Foi confeccionada uma camiseta para as palestrantes com a arte “Eu amo os morcegos”. Para melhor compreensão dos alunos, foi elaborado um folder com intuito de ajudar na identificação dos morcegos de pertencentes a cada grupo alimentar, por meio de suas características específicas. E a entrega de material paradidático (Cartilha: “Morcegos, nem vilões, nem bonzinhos” – trabalho elaborado pelos alunos da disciplina de “Metodologia de Ensino de Ciências” – 2º2012, IB/UnB (Universidade de Brasília), exemplares de morcegos pertencentes à coleção didática da Universidade de Brasília e 68


ilustrações científicas cedidas por um professor também do IB/UnB utilizados como ferramentas ilustrativas de educação ambiental para melhor compreensão pelos alunos.

Resultados e Conclusões Foram coletados questionários de 357 alunos, antes e depois do projeto de sensibilização. Houve uma mudança de conhecimento significativa com relação à importância, ao papel dos morcegos no ambiente e ao reconhecimento das espécies. Percebe-se que após o workshop a maioria dos alunos mudou suas opiniões quanto à diversidade de habitat e o modo de vida dos morcegos. Os palestrantes ressaltaram que os morcegos podem se abrigar numa variedade de ambientes e que não somente as cavernas são as preferidas por eles. Conclui-se que após a execução do projeto no Centro de Ensino Fundamental 120 da Samambaia, os alunos mudaram suas opiniões e concepções e aceitação dos morcegos no convívio escolar. Houve uma contribuição de toda a sociedade escolar (professores, coordenadores e alunos) na divulgação das informações sobre os morcegos e uma colaboração para que o workshop fosse realizado da melhor maneira possível. A metodologia utilizada (questionários do tipo aberto-fechado) permitiu a avaliação do grau de conhecimento e nível de informações dos alunos em relação ao grupo de estudo e com isso identificar se houve algum avanço nas possíveis mudanças de conceitos após as atividades.

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Capítulo 18

Guia Informativo - Informações Auxiliares para Diagnose e Controle de Vírus em Espécies de Hortaliças das Famílias Solanaceae e Asteraceae

Tallyrand Moreira Jorcelino e Rita de Cássia Pereira Carvalho

Este guia, mais uma contribuição ao setor produtivo agrícola, contém informações destinadas a auxiliar a diagnose correta de espécies virais que causam doenças em plantas. Este é o passo inicial para o controle de muitas doenças de importância econômica que ocorrem no cultivo de hortaliças para o mercado brasileiro. O guia apresenta ilustrações de sintomas e textos simplificados sobre as principais doenças que afetam as culturas do tomateiro, do pimentão e da alface, indicando ainda medidas de controle, principalmente via variedades resistentes. Este trabalho foi elaborado visando constituir um importante instrumento de orientação às decisões dos produtores rurais, extensionistas, profissionais da agricultura, pesquisadores, estudantes, compradores e consumidores finais. Assim, seu objetivo foi elaborar um documento ilustrado e sistematizado com informações gerais e de controle (principalmente via variedades resistentes) das principais viroses de ocorrência em hortaliças das famílias botânicas Solanaceae e Asteraceae. O trabalho seguiu como metodologia o formato de revisão bibliográfica, reunindo informações sobre as culturas do tomateiro, alface e pimentão; baseando-se em resultados obtidos por instituições de pesquisa agropecuária do País, já publicados. As informações levantadas foram organizadas e separadas nos seguintes tópicos: etiologia/taxonomia (família, gênero e espécie-tipo), tipo de ácido nucleico, acrônimo, transmissão (semente, mecânica, organismo vetor e tipo de relação estabelecida entre vírus e vetor), gama de hospedeiros, número de espécies de vírus definitivas e tentativas no gênero – de acordo com o Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV). Buscou-se utilizar imagens para ilustrar os sintomas, que foram obtidas em de plantas a campo e em estufas experimentais da Estação Biológica da Universidade de Brasília, e da Embrapa Hortaliças. Os resultados mostraram que várias espécies de vírus afetam o desenvolvimento e a produção das culturas do tomateiro, alface e pimentão, levando a importantes prejuízos econômicos. Para a diagnose e o controle das doenças causadas por vírus é relevante ter acesso a conhecimentos e 71


técnicas oriundas de resultados de pesquisas realizadas por institutos de pesquisa e universidades públicas e privadas. Para fins teóricos e práticos, reuniu-se neste guia informações sobre doenças viróticas que são relatadas e encontradas em publicações relacionadas a essas três culturas de importância ao mercado das hortaliças, juntamente com ilustrações de identificação visual de sintomas das doenças no campo e/ou em casa de vegetação. Devido às técnicas de melhoramento genético em plantas existentes, um método de controle das doenças viróticas é o uso de sementes de cultivares disponíveis no mercado com resistência e/ou tolerância aos vírus, que favorece a qualidade dos produtos agrícolas que são levados ao varejo.

Referências AMARO, G. B.; SILVA, D. M.; MARINHO, A. G.; NASCIMENTO, W. M. Recomendações Técnicas para o Cultivo de Hortaliças em Agricultura Familiar. Circular Técnica 47, Embrapa Hortaliças, Brasília/DF, janeiro/2007, 16p. BOITEUX, L. S., FONSECA, M. E N., VIEIRA, J. V.; PEREIRA-CARVALHO, R. C. Breeding for Resistance to Viral Diseases. Plant Breeding for Biotic Stress Resistance. Springer Berlin Heidelberg, 166 p, 2012. DIANESE, E. de C. Estratégias para o Desenvolvimento de Resistência Ampla e Durável em Solanum (Secção Lycopersicon) a Potyvirus e Tospovirus. Tese, Departamento de Fitopatologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília, 2009, 156p. HULL, R. Matthew’s Plant Virology. 4 ed. San Diego: Academic Press, 1001p. 2002. JONES, D. R. Plant Viruses Transmited by Whiteflies. European Journal of Plant Pathology, 109:195219, 2003. KING, A.M.Q., LEFKOWITZ, E., ADAMS. M.J., CARSTENS, E.B. (eds). Virus Taxonomy: Ninth Report of the International Committee on Taxonomy of Viruses . Academic Press, San Diego, 2012. LOPES, C. A & ÁVILA, A. C. Doenças do Pimentão: Diagnose e Controle. Embrapa Hortaliças, Brasília, 2003, 96p. LOPES, C. A.; ÁVILA, A. C. Doenças do Tomateiro. Organizadores. Brasília. Embrapa Hortaliças. 2005, 151 p. ISBN 85-86413-05-4. LOPES, C A.; QUEZADO-DUVAL, A. M.; REIS, A. Doenças da Alface. Brasília, Embrapa Hortaliças, 2010, 68p.

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Capítulo 19

Ensino de Ciências: aproximações e distanciamentos entre os alunos do curso de Licenciatura em Biologia, nas modalidades presencial e a distância

Katia Maria Vieira Godinho Segovia e Zara Faria Sobrinha Guimarães

A Educação a Distância vem ganhando visibilidade no cenário educacional nacional. No entanto, ainda enfrenta alguns paradigmas quanto à diferença entre esta modalidade e a presencial. Diante dessa perspectiva, este trabalho procurou lançar olhares ancorados na inserção do pesquisador no objeto da pesquisa, buscando identificar, analisar e tabular critérios para utilizar no estudo de aproximações e distanciamentos do que venha a ser a importância do Ensino de Ciências entre alunos do Curso de Licenciatura em Biologia da Universidade de Brasília nas modalidades, presencial e à distância. Para tal, a investigação parte da perspectiva da construção do conhecimento do futuro docente, com base na sociabilização profissional, como fator contribuinte para sua ocorrência, conforme relata Imbernón (2011), da resistência quanto à formação do docente da área de Ciências Biológicas na modalidade à distância, e dos desafios para convergência do ensino presencial e à distância no Projeto UnB (Seminário de Educação e Tecnologia, 2012). Evidenciou-se que a representação dos alunos da modalidade presencial e à distância apresentaram aproximações em alguns aspectos e distanciamentos em outros, mostrando que partilhamos nosso mundo com os outros e que as pessoas e os acontecimentos nos servem de apoio, de forma convergente, ou pelo conflito, para compreendê-lo, administrá-lo ou enfrentá-lo (JODELET, 2011).

Referências IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2010. JODELET, D. As Representações Sociais. Rio de Janeiro: Editora da UERJ. 2001. SEGOVIA, K.M.V.G. et al. Curso de Licenciatura em Biologia à Distância: Possibilidade e Realidade. VII Seminário Ibérico/ III Seminário Ibero-americano CTS no ensino das Ciências. Madri, Espanha, 2012.

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Considerações Finais

O projeto de pesquisa em educação científica, o TCC, do nosso curso de Licenciatura em Biologia a distância da UnB foi, pela primeira vez, ofertado como disciplina obrigatória para esta turma, UAB3, nos polos Ceilândia /DF e Itapetininga/SP. Assim, tanto os professores como os alunos estavam vivenciando esta experiência pela primeira vez na UnB e em um curso a distância, o que torna ainda mais desafiador. Observou-se que a diversidade dos projetos foi muito grande e o desenvolvimento de cada um seguiu o ritmo personalizado da equipe envolvida e principalmente a natureza do tema e o perfil do aluno. Assim, alguns iniciaram e desenvolveram com sucesso, finalizaram no prazo estabelecido, outros chegaram próximos aos resultados e às análises e finalizaram após o término da disciplina. Momento único para o curso. Rico. Desafiador. O processo aconteceu e todos chegaram aonde deveriam chegar, cada um em seu tempo. Espera-se que essas páginas possam trazer um pouco da riqueza do conhecimento que muitos alunos adquiriram e vivenciaram ao longo dos anos de graduação na Universidade de Brasília no curso de Biologia a distância.

Alice Melo Ribeiro Lívia Penna Firme Rodrigues

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