X Rota das Fontes Mais uma edição do Raid de BTT da APA
Mão Amiga Lar com valência para apoiar idosos com Alzheimer
Presidência Aberta O Presidente da Câmara um dia por Alcanhões
número 0, ano I | gratuito | online | maio de 2015
a sua revista digital
a
12 FESTA DO VINHO
+
Grande mostra do produto que leva o nome da Vila pelo Mundo
color spring as cores da primavera na Vila
ENTREVISTA EXCLUSIVA
Pedro Mena Esteves
presidente da Junta de Freguesia de Alcanhões
ecos de Alcanhões
Esta é uma publicação online que acompanha o blogue com o mesmo nome e que pretende ser uma voz ativa das gentes de Alcanhões
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número 0
CONTEÚDOS 3. Editorial O gosto pela Terra deu origem a esta publicação. Mas o que são Ecos de Alcanhões?
4. a 12 Festa do Vinho O vinho a levar o nome de Alcanhões a todo o país e além fronteiras.
6. Entrevista Exclusiva Pedro Mena Esteves - Presidente da Junta de Freguesia de Alcanhões.
ecosALCANHÕES
8. Breves
EQUIPA EDITORIAL David Branco
Notícias de Alcanhões
10. X Rota das Fontes Passeio e raid BTT em Alcanhões
12. Fotografia color spring - as cores da Primavera na Vila de Alcanhões
14. Agora falo eu Artigos de opinião
18. Associativismo Notícias das associações
20. Alzheimer Mão Amiga - o espaço que vai nascer em Alcanhões para apoiar idosos que sofrem desta doença.
22. Recortes de Outrora O que mostravam os ‘Ecos de Alcanhões’ de outros tempos.
de
COLABORADORES António Mendes Cristina Araújo David Branco Filipe Almeida Francisco Duarte Gustavo Ferra Inês Almeida Inês Branco Jaime Cunha João Pepino Jorge Henriques Luís Justino Miguel Antunes Pedro Mena Esteves Pedro Rui Branco Samuel Pimenta Silvana Carvalho GRAFISMO David Matos Branco, Multimedia Creative - www.david.pt FOTOGRAFIAS David Branco Vasco Moiteiro VERSÃO WEB ecosdealcanhoes.wordpress.com
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EDITORIAL | Ecos...
ALCANHÕES SEMPRE
O GOSTO PELA TERRA DEU ORIGEM A ESTA PUBLICAÇÃO. MAS O QUE SÃO ECOS DE ALCANHÕES?
Não se trata de uma ideia peregrina pois o nome ‘Ecos de Alcanhões’ não é de agora. Muitos podem não o identificar, mas muitos outros são os que já tiveram nas mãos ou à frente dos olhos um exemplar do jornal da vila com esse mesmo nome.Nos finais da década de 40 do século passado, era esse o nome do jornal de Alcanhões. Após uns anos a “marinar” a ideia, lá chegou a hora de voltar a ter esta publicação para dignificar as memórias.
por David Branco S U R G E AG O R A A R E N OVA DA E D I ÇÃO D E S TA P U B L I CAÇÃO , N U M F O R M AT O AT UA L . F E I TA P O R P E S S OA S QUE TÊM EM COMUM O GOSTO PELA NOSSA VILA, HISTÓRIA, PA S S A D O , P R E S E N T E E FUTURO. A ideia base é simples: divulgar as gentes da nossa terra, os ecos dessas gentes laboriosas que desde cedo partiram para além fronteiras em busca de vidas melhores, mas que nunca esquecem as suas raízes. Lembrar também os que diariamente levam o nome de Alcanhões às mais variadas faces da nos-
sa sociedade. Alunos, professores, enfermeiros, médicos, serventes, carpinteiros, motoristas, treinadores, pescadores, arquitetos, consultores, analistas, padeiros, pintores, advogados, vendedores e muitos outros que por motivos profissionais e pessoais vivem ou se deslocam diáriamente noutras partes do nosso Portugal, mas que sempre regressam à sua terra natal, uns mais frequentemente que outros, mas que mantêm as ligações dê por onde der. Esta revista e o seu blogue são mais uma forma de mostrar os ecos desses cidadãos, mas também mostrar os ecos desta terra
aos que nela vivem, trabalham, aos que nela passam e aos que nela têm as suas raízes. Mostrar o que fomos, o que nos enraizou, o que somos no presente e o que perspectivamos vir a ser no futuro. Esta é uma publicação de gentes de todas as idades, de várias áreas e espalhadas um pouco por todo o país e pelo mundo. O que têm estas pessoas em comum? As suas raízes na Vila de Alcanhões. Somos terra de escritores, de cantores, de artistas, de artesãos, de produtores, de empresários, de gentes com obras brilhantes em todos os ramos da sociedade. Vamos mostrar os ecos dessas pessoas, vamos mostrar os ecos de Alcanhões. Obrigado. Primeira edição ecosALCANHÕES | 3 de
FESTA DO VINHO
1 1 P R O D U T O R E S LO CA I S A C O N C U R S O E 16 O ENCONTRO DE TOCADORES
A LCA N H Õ E S R E C E B E U A 12 A E D I ÇÃO DA F E S TA D O V I N H O . U M A T R A D I ÇÃO Q U E J Á C R I O U A S S UA S R A Í Z E S E E S TÁ A C R E S C E R A CA DA E D I ÇÃO A já tradicional Festa do Vinho de Alcanhões, que decorre em conjunto com o também já tradicional Encontro de Tocadores, teve mais uma edição no passado dia 28 de março de 2015. Este ano contou com 11 produtores locais a concurso com os seus vinos tintos e brancos. Estes são um importante pilar na realização desta festa, pois sem o fruto do trabalho das produções destes produtores não faria sentido manter-se um certame como este na nossa Vila. De ano para ano esta festa tem crescido, melhorado e trazido às ruas e tabernas da nossa localidade mais e mais pessoas, para provar os nectares desta terra e também para conviverem e apreciarem um espectáculo ínico como o que se tem proporcionado ao longo destas já 12
edições. Na “rota das adegas” que se iniciou como já é costume na Adega do Nelson Soares, participaram além desta, as adegas do ‘Escrevaninha’, Pedro Rocha, Duarte Durão e Filhos, ‘Chambeta’, Marco Durão e Adega Cooperativa de Alcanhões. A visita decorreu num ambiente de festa, animada com a música dos vários grupos musicais que vieram participar no Encontro de Tocadores organizado pelo Rancho Folclórico de Alcanhões e com muita gente nas ruas, muita juventude e muita animação. Na fase final desta visita, nas instalações da Adega Cooperativa de Alcanhões, decorreu o jantar convívio após a entrega dos prémios do Concurso de Vinhos, cujas provas decorreram na manhã desse sábado nas instalações da Escola Primária de Alcanhões. Os resultados deste ano foram os seguintes: O Prémio de Melhor Vinho Branco, teve como terceiro classificado a Agro Vinícula Duarte Durão & Filhos, Lda., como segundo classificado Manuel Rosa Cândido, Lda. e como vencedor a
Adega Cooperativa de Alcanhões, CRL. Já nos Vinhos Tintos, o terceiro lugar coube a Marco António C. Lopes Durão, o segundo lugar à Adega Cooperativade Alcanhões, CRL e o vencedor nesta categoria foi a Agro Vinícola Duarte Durão & Filhos, Lda. Pelas 22h00 na sala de ensaios do Rancho Folclórico de Alcanhões teve lugar a edição 16 do Encontro de Tocadores, que juntou os vários grupos de várias partes do país que estiveram neste dia na nossa Vila. Esta é uma parte da festa muito enriquecedora e de uma partilha cultural muito grande, dada a elevada qualidade dos grupos participantes, mais uma vez comprovada nesta edição. A adesão da população não foi tão grande como na tarde na Visita às Adegas, o que é pena pois é um espectáculo digno de apreciar e que muito dignifica a nossa Vila.
A ANIMAÇÃO POR PARTE DOS GRUPOS FOI UMA CONSTANTE Primeira edição ecosALCANHÕES | 5 de
ENTREVISTA P R E S I D E N T E DA J U N TA D E F R E G U E S I A D E A LCA N H Õ E S , P E D R O M E N A E S T E V E S É U M A PA I X O N A D O P O R E S TA T E R R A Q U E S E N T E C O M O S E F O S S E A S UA E O N D E S E SENTE FELIZ. EIS AS QUESTÕES QUE NOS RESPONDEU
PEDRO MENA ESTEVES
Para ti Alcanhões é... Não sendo eu natural de Alcanhões como sabem, ainda assim sinto Alcanhões como se fosse a minha terra. As gentes de Alcanhões sempre me receberam bem, comecei a frequentar esta terra em 1988 pela mão de um amigo (VARITO) infelizmente já falecido. Aprendi a gostar desta Vila conhecendo amigos e mais tarde a minha mulher. Em 2004 escolhi vir viver para cá, construindo uma casa e com isto contribuir para que os meus filhos vivessem as raízes desta terra. Por isso hoje sinto-me feliz em Alcanhões junto da minha família. É fácil ser-se presidente de uma freguesia como Alcanhões? Hoje em dia nada é fácil! É preciso ter-se muita força de vontade e criatividade para enfrentar as dificuldades
encontradas diariamente. As Freguesias nos últimos anos sofreram um corte na receita de cerca de 25% do seu orçamento, o que veio criar ainda mais dificuldades à gestão corrente da Freguesia. Também nos foi cortado, por parte do orçamento da CMS desde 2011, a atribuição de verbas para realização de obras novas, o que naturalmente torna difícil a vida de qualquer presidente de junta. O que gostarias de ver feito/ resolvido em Alcanhões no próximo mês e no próximo ano? Gostaria de ver feito muita coisa, infelizmente a conjuntura económica não nos permite fazer tudo, ainda assim temos alguns projetos prontos a serem concretizados, destaco a beneficiação de alguns arruamentos
para o próximo mês e requalificação interior da unidade de saúde de Alcanhões para o próximo ano. Gostaria de requalificar também o parque infantil. Temos ainda trabalhado e penso estar para breve também a resolução de uma das grandes lacunas de Alcanhões, que é termos um espaço que sirva todos os fregueses da terra, assim como as instituições e associações da freguesia. Fala-nos um pouco sobre o presente e o futuro de Alcanhões no panorama do ambiente, cuidados de saúde, equipamentos desportivos, infância e juventude e património. Relativamente ao ambiente, temos ainda alguns problemas. Nos últimos tempos foram feitos alguns investimentos ao nível do saneamento básico, e nos resíduos sólidos foram colocados mais ecopontos para que se possa fazer a reciclagem. Sentimos hoje o problema da recolha dos resíduos que nem sempre é feita com a regularidade que se exige, no entanto temos alertado e pressionado a CMS para a necessidade de colocar mais contentores, assim como a limpeza urgente dos mesmos.
Nos cuidados de Saúde penso que Alcanhões está bem, porque temos o privilégio de termos um médico e serviço de enfermagem todos os dias na nossa Vila. Equipamentos desportivos e infância, existem mas necessitam de requalificação, ainda assim temos vindo a mantê-los e cuida-los para que tenham o mínimo de dignidade. Neste caso é de aproveitar a oportunidade para apelar sobretudo aos jovens que frequentam os espaços, que nos ajudem a cuida-los também. Temos recolhido com alguma regularidade vidros e pedras nessas instalações, o que podem colocar em riscos as crianças mais novas que também usam os espaços. No património, destaco o ringue polidesportivo, o edifício da unidade de saúde de Alcanhões e parque infantil, património que não estava legalizado e hoje podemos dizer oficialmente que é património da Freguesia, temos ainda a sede da Junta e o terreno do estaleiro, temos vindo a fazer a manutenção dos espaços escolares e mercado diário, assim como o riquíssimo património ao nível dos fontanários. Como vês a ligação da população
de Alcanhões com a sua Terra? Essa é uma pergunta difícil! Sendo eu natural de uma Freguesia pequena, onde imperava o espirito bairrista, talvez possa dar a minha opinião com mais frieza em relação a essa questão. Penso que não é nada positivo, as pessoas darem muita atenção às politiquices e tricas pessoais, sendo que na maior parte das vezes confundem as instituições com as pessoas, o que na minha opinião é uma pena. Alcanhões só tem a ganhar se conseguirmos implementar um espirito bairrista nas novas gerações, e que exista um espirito de partilha e entre ajuda, deviamos todos ser mais unidos e dar as mãos em prol de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Alcanhões merece mais união! Que mensagem deixas às gentes de Alcanhões, mesmo às que têm cá as suas raízes mas que estão fora? A mensagem que gostaria de deixar é que sejam todos muito felizes e aos que vivem fora de Alcanhões, que se mantenham ligados à terra e sempre que possível possam visitala, nomeadamente nos eventos organizados pelas instituições. Primeira edição ecosALCANHÕES | 7 de
PRESIDÊNCIA ABERTA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM NA NOSSA FREGUESIA POR UM DIA
FREGUESIA
No passado dia 13 de maio, o Sr. presidente da Câmara Municipal de Santarém (CMS), Dr. Ricardo Gonçalves, bem como elementos do seu executivo estiveram na nossa freguesia, no âmbito de uma série de visitas às freguesias que andam a realizar. Para além da visita a alguns pontos críticos da nossa Vila, que carecem de intervenção, teve ainda reunido com alguns fregueses e com o executivo da Junta de Freguesia. Estas reuniões/visitas tiveram como objetivo, informar o Sr. Presidente da CMS de algumas das necessidades urgentes da Freguesia, como por exemplo o reforço e limpeza dos contentores do lixo, a beneficiação de vários arruamentos, a colocação de passadeiras elevadas em várias ruas da Vila, a recuperação da escola primária EB1, pintura do Jardim de Infância, recuperação geral do parque
A D E G A C O O P E R AT I VA D E A LCA N H Õ E S G A N H A M E DA L H A E M B R U X E L A S
PRÉMIOS
A Adega Cooperativa de Alcanhões foi reconhecida pela qualidade dos seus vinhos e ganhou a medalha de Prata no Concours Mondial de Bruxelles. Este Concurso, que conta com 20 anos de organização, é uma referência em matéria de competições internacionais de vinhos sendo conhecido e reconhecido pelos profissionais e consumidores do mundo inteiro. Parabéns! Que venham mais reconhecimentos destes.
infantil, recuperação do Ringue polidesportivo e Balneários, recuperação urgente no interior da unidade de saúde de Alcanhões, asfaltamento da estrada das Sopas, apoio para a conservação dos Fontanários, necessidade de alargar o PDM e problemas relacionados com o saneamento básico. Esperamos que este dia tenha os frutos esperados.
VÍCIOS NÃO TÊM HONRA LIVRO DO POETA ALCANHOENSE ANTÓNIO MENDES
ALCANHOENSES
Uma hóstia psicoactiva de absolvição e redenção para os vícios. Psiconautas dos alucinogénios fazemse à estrada num sniff virtual e numa base reinventada de tripps clonadas em pastilhas da juventude. Este é o ponto de partida para esta obra do escritor e artista de Alcanhões, António Mendes. O livro pode ser comprado na ‘Galeria’ em Alcanhões ou online no site da Chiado Editora.
19 A 21 DE JUNHO MAIS UM ANO E MAIS UMA EDIÇÃO DO ARRAIAL DE SÃO JOÃO NA “RUA NOVA”.
ARRAIAL DE SÃO JOÃO
Este ano realiza-se entre os dias 19 e 21 de junho o Arraial de São João, a festa que decorre na rua dos Combatentes da Grande Guerra e na rua Dr. António Monteiro, conhecidas como “Rua Nova”. Este Arraial é conhecido pela forma como decorre, em plena rua, cortada ao trânsito nestes dias e onde as tasquinhas e lugares de venda de artesanato e quermesse são nas casas e garagens dos moradores dessas ruas. São esperados três dias de muita animação, tradição e com os melhores petiscos da região. Assim que nos cheguem mais informações iremos partilhar. Marque já na sua agenda esta data e venha festejar este Santo Popular.
SAMUEL PIMENTA ESCRITOR DE ALCANHÕES CONSIDERADO UM DOS 100 ‘LISBOETAS’ QUE DEVE CONHECER.
JACINTO REGO DE ALMEIDA POETA NATURAL DE ALCANHÕES, TERRA ONDE VIVE ATUALMENTE, LANÇA NOVO LIVRO NO BRASIL.
ALCANHOENSES
ALCANHOENSES
O jovem escritor de Alcanhões Samuel Pimenta é um dos nomes da lista de 100 Lisboetas que toda a gente deve conhecer, lista essa elaborada pelo sítio da internet Lecool. ‘Alfacinha’ por devoção, Samuel foi escolhido para esta lista pelo seu trabalho enquanto escritor e embaixador da cultura e literatura portuguesas no Mundo.
Jacinto Rego de Almeida lançou dia 26 de Março, em Brasília, o seu novo livro, “Paquita”, numa sessão no auditório do Centro Cultural Português, na Embaixada de Portugal no Brasil. Rego de Almeida, que escreve romances, crónicas, contos e literatura de viagem, tem três livros publicados no Brasil e sete em Portugal. Primeira edição ecosALCANHÕES | 9 de
BTT EM ALCANHÕES
X ROTA DAS FONTES
D I A 31 D E M A I O É D I A D E B T T E M A LCA N H Õ E S . E S TA É A “ X R OTA DA S F O N TES”, UM RAID BTT ORG A N I Z A D O P E L A A PA - A S S O C I AÇÃO P O P U L A R D E A LCA N H Õ E S . M A I S U M A N O E S TA P R OVA C O N TA C O M D O I S P E R C U R S O S D E D I F I C U L DA D E S D I F E R E N T E S , PA R A AG R A DA R AO S AT L E TA S D E D I F E R E N TES EXIGÊNCIAS.
DE ANO PARA ANO, A PROVA TEM VINDO A ATRAIR ATLETAS DE TODO O PAÍS
Em 2015, e como em equipa vencedora não se mexe, a APA aposta na realização de um Passeio de 25 km e Raid de 45 km, apostando na qualidade de trilhos e do percurso. O Passeio de 25 km é dirigido para quem já tem alguma experiência na prática do BTT e/ou ciclismo, para quem gosta de fazer passeios em terra batida, essencialmente para quem gosta de pedalar em sintonia com a natureza envolvente. Apresenta dificuldade técnica e física média/alta com vertente competitiva, e haverá direito a entrega de prémios no final, para os três primeiros femininos e masculinos à geral, incentivando assim à prática desportiva, desfrutando a aproveitando os caminhos a percorrer e as paisagens da nossa terra e terras vizinhas. Terá uma altimetria de cerca de 300 metros. Quanto ao Raid de 45 km, com características de uma maratona, este apresenta uma dificuldade técnica e física alta, sendo requerida uma preparação de nível elevado para que possa terminar em boas condições físicas e mentais. Em questões de altimetria, a variação é de cerca de 650 metros.
AS PAISAGENS DOS CAMPOS ENVOLVENTES A ALCANHÕES E ÀS LOCALIDADES VIZINHAS SÃO UM CENÁRIO IDEAL PARA A PRÁTICA DE DESPORTO
Com uma vertente competitiva alta, serão premiados os três primeiros classificados à geral, masculinos e femininos. Ambos os percursos são realizados em ambiente agradável, essencialmente em estradas de terra batida e single track’s, cruzando em alguns momentos estradas principais e secundárias, sempre com a máxima segurança garantida pela organização e pelas dezenas de voluntários, jovens da terra, que se juntam a este evento para apoiar a direção da APA. Será certamente um evento a não perder.
Paralelamente à prova de BTT, a APA preparou outro evento: ‘Alcanhões em Movimento’. Em 2015, esta organização, seguindo o exemplo dos anos anteriores, continua a alargar horizontes. E querendo que sejam cada vez mais pessoas a participarem neste evento desportivo da nossa vila, apresentamos mais uma novidade na comemoração dos 10 anos do RAID BTT “Rota das Fontes”. Para além do já bem sucedido BTT Infantil e que conta com cada vez mais participantes para nosso
orgulho, este ano a Associação Popular de Alcanhões vai promover um Passeio Pedestre. Todos os dias ouvimos falar na cada vez maior necessidade de manter um estilo de vida saudável, prevenindo desta forma males maiores que advêm da sedentarização e da falta exercício regular. Que melhor forma de começar do que num passeio pedestre por caminhos, talvez desconhecidos para alguns, em perfeita sintonia com a natureza e respirando esse ar puro que Alcanhões ainda se pode orgulhar de poder oferecer aos habitantes da sua freguesia. Este decorre também no dia 31 de Maio e o seu início será no Largo Glauco de Oliveira (largo do Arneiro), pelas 9h30. Mais informações Para mais informações sobre a prova, o passeio pedestre, classificações, valores e para realizar as inscrições, pode consultar o blogue criado para o efeito em http:// rotadasfontes2015.blogspot.pt/ Na próxima edição da revista digital Ecos de Alcanhões iremos ter a reportagem fotográfica deste dia dedicado ao desporto e à natureza. Primeira edição ecosALCANHÕES | 11 de
< SPRING COLORS
A Primavera é a estação das flores, das cores e da harmonia com a Natureza. Na nossa vila muitas são as cores nesta altura do ano. Aqui deixamos alguns exemplos disso.
< DETALHES O próximo tema será o detalhe nos edifícios, gentes, paisagens, lugares, etc. de Alcanhões. Envie-nos as suas fotografias, Obrigado! Pode fazê-lo para o e-mail ecosdealcanhoes@gmail.com
de
AG O R A FA LO E U ... ARTIGOS DE OPINIÃO DOS NOSSOS COLABORADORES
OPINIÕES A R T I G O S D E O P I N I ÃO D O S N O S S O S C O L A B O R A D O R E S . N E S TA E D I ÇÃO O T E M A G E R A L É ‘ A LCA N H Õ E S ’ . F O R A M C O N V I DA D O S A E S C R E V E R APENAS COM ESTE TEMA COMO BASE E D E AC O R D O C O M A S S UA S E X P E R I Ê N C I A S , VIVÊNCIAS E MEMÓRIAS. E I S O S E C O S D E A LCA N H Õ E S ... O surgimento de um blogue, ou de uma conta do facebook com notícias de Alcanhões é motivo de satisfação e merece aplauso e saudação. Convidado a participar fiquei sem saber sobre o que escrever. Iniciativas destas remetem-me para a recordação de outro tempo em que, também levados pela necessidade da comunicação, nos envolvemos em iniciativas de aproximação escrita à população que, com maior ou menor sucesso, tiveram o seu papel e motivaram o empenho dos que se envolveram. Em 1975, 12 de Setembro, na comemoração do primeiro aniversário da APA, inaugurou-se a biblioteca, dinamizada, construída e gerida por um grupo de jovens cujas idades mediavam os 18/ 20 anos. Nessa altura era “moda” fazer jornais de parede. Lá tinhamos o nosso. Recortes de jornais, resultados de provas
desportivas, anuncios de actividades... preenchia-se uma parede e actualizava-se semanalmente. Mas era pouco. Era preciso comunicar para fora daquelas paredes. Apareceu o “PRESENTE”, jornal com um nome que muita discussão suscitou. Mas saíu. E fazêlo? A APA nem máquina de escrever tinha! Então, era assim: À sexta-feira à tarde ia-se buscar a máquina da Casa do Povo. Durante o fim de semana batiam-se os textos em folhas de stencil. A máquina tinha que ser devolvida na segunda-feira antes da abertura dos serviços: o que houvesse para escrever tinha que ficar para a semana seguinte... A impressão, em folhas A4, era feita no FAOJ – Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (que seria mais tarde Instituto da Juventude). Se a impressora – uma rotativa para stencil – estivesse a funcionar a coisa corria bem, se não, havia que aguardar... E, de espera em espera, de obstáculo em obstáculo, lá saiam aquelas quatro folhas do “Presente”. Sairam cinco ou seis edições. Nada mau, para aquele tempo. “Presente” de um tempo que era o despontar da liberdade de fazer, de participar, de comunicar, de ser, de querer, de mudar. Com muita pena minha nunca mais consegui ver um exemplar que fosse. Quarenta anos depois clicamos numa tecla de computador e facilmente comunicamos. Ainda bem que podemos comunicar. Força, jovens deste tempo. Jaime Cunha
Falar de Alcanhões é falar de história, é falar da vida, é falar de mim. Nasci, cresci, e vivo. Viverei. Não sou dos de fugir, não acredito que o sucesso mora longe. É possível criar aqui, tenho fé que aqui se consegue algo de bom. Afinal a história, a minha história, tem muito de bom, e muito daqui. Resta procurar. Achar não pode ser assim tão difícil, afinal conheço-lhe todos os cantos. Quantas horas naquele ringue? Quantas campainhas tocadas, para depois sair a correr com os amigos? Pensando bem, talvez não devesse mencionar isso... Oh, para o diabo, fizeram o mesmo. Horas a jogar às escondidas, apanhada, policia e ladrão, etc?
Alcanhões é a vila que guardo um carinho bastante especial. Foi aqui que nasci, foi aqui que fiz os meus primeiros amigos, foi aqui que conheci uma primeira cultura. Cultura essa que para conhecer é necessário conhecer a vila, ou então conhecer um de nós. Nesta vila as pessoas são únicas, os costumes são ímpares e as histórias são infinitas, portanto seria inevitável ignorar esse facto. Nós, jovens criamos o futuro e para tal, foi necessário unir as nossas vontades, ideias e objectivos para podermos definir algo concreto como uma associação que represente, defenda e apoie os jovens da nossa maravilhosa vila.
Os chapéus de papel, os barcos? Porque é que nunca fixei como fazer aquilo? Quantos quilómetros naquela bicicleta? Qual Tour de França, experimentem o Casal Monteiro e vão ver o que é bom. Casal Monteiro que só não é de Alcanhões para quem nunca lá passou dias e dias. Alcanhões é vida. E não posso ajudar a deixar morrer, o lugar que me deu a vida. E se me virem por aí, relembrem-me de como se faz o chapéu de papel. Agradecido Gustavo Ferra
Acredito na inovação e apoio novas ideias mas, é fundamental conservar o que é nosso, as casas, os campos as paisagens enfim, o que é de Alcanhões, nunca esquecendo as pessoas que marcaram esta vila. Contudo é importante, nesta terra de liberdade, o povo defender os princípios de Alcanhões, é importante as pessoas unirem-se e contribuírem para o desenvolvimento da vila e é muito importante ter a consciência que somos nós que fazemos Alcanhões, porque sozinhos vamos rápido mas, juntos vamos longe! Francisco Duarte Primeira edição ecosALCANHÕES | 15 de
foto: Miguel Antunes
N365, km46 (Alcanhões) Sabia algo das suas gentes, das suas memórias, das suas vidas. Sabia-a árabe, muçulmana e romana, as suas histórias de reis e rainhas, de conspiradores e comendadores, sabia das suas conquistas e dos seus distantes canhões... Sabia-a fértil e produtiva nas longas e extensas planícies da lezíria, conhecia os seus cabeços, talhos e retalhos que me povoavam inevitavelmente. Mas desconhecia-a, desconhecia-a profundamente... Amava a sua pobre e singular existência, a forma como todos os seus caminhos iam dar a lugares conhecidos, os dias de festas, as romarias e procissões, os encontros e reencontros.
cia. De a saber sempre ali, acho-a minha e eu dela, irremediavelmente todos os fins-de-semana quando a visito. Hoje sei que cada viagem se assume como única, diferente e surpreendente, por mais igual que seja. O momento de chegada, aquele que ingenuamente gosto de dizer como meu, é agora o momento do marco de cal e cimento do km46 da velhinha estrada N365. Um momento de paragem, de tempo e reencontro com este lugar, que há muito me conhecera, mas que talvez eu nunca o tivera conhecido como agora.
São lugares como este que vale a pena viver, conhecer e voltar a conhecer, olhar e voltar a encontrar. São lugares como este que devemos voltar a valorizar. As histórias, memórias e o que as suas gentes nos têm para contar, enchem-nos e transportam-nos para uma outra e distante realidade. Esta é, pois, a magia que sinto de cada vez que, por entre o portão verde de ferro dos meus avós, oiço o som do cimento a roçar-lhe - e como é bom ouvi-lo! Sei que cheguei. Sei que, por fim, cheguei ao lugar onde pertenço, ao lugar onde sempre pertenci, e que agora também conheço. Sei que cheguei e que tenho todo um outro novo mundo à espera, por onde posso viajar e por onde posso passar a conhecer e a conhecer-me. Esta é a história do nosso romance, o romance que tenho com este lugar. O lugar onde cresci, onde aprendi, de onde parti e ao lugar onde, agora, quero voltar. Miguel Antunes Santarém, 16 de Maio de 2015, 03.50h
De há muito nos conhecíamos... Mas só comecei a conhecê-la melhor, quando juntos iniciámos o romance da sua - e da nossa viagem. Conhecer e redescobrila foi um acto doloroso, de longa e lenta persistência... de dúvida e permanência, de tempo e silêncio. Tempo para olhar, tempo para ver. Foram assim, vinte e três anos de muitas e longas viagens. Talvez a distância ao lugar onde realmente habito, me dê a capacidade de a amar, na sua mais vulgar essênAlcanhões, vista do Casal Novo, 24 de Maio de 2015, Miguel Antunes
Juventude como pilar de sustentabilidade e desenvolvimento da nossa vila Começo este texto por enaltecer a iniciativa do David Branco em impulsionar esta plataforma “Ecos de Alcanhões” e por consequência me ter convidado a pontualmente escrever sobre algum tema ou emitir alguma opinião, certo de que não sou mais do que um cidadão atento e disponível para em conjunto com os demais elevar o nível social e comunitário da nossa vila. Na última década, experimentámos um Mundo cada vez mais global, com mudanças cada vez mais profundas e aceleradas, e tem sido recorrente a nível geral questionar-nos sobre qual o papel social que estará reservado para os jovens. Decidi levantar este tema, por encontrar motivos suficientes para acreditar que a nossa juventude, a juventude de Alcanhões tem o que é preciso para, enaltecendo o trabalho de outras gerações até então, poder garantir a sustentabilidade e desenvolvimento da nossa terra. Temos hoje em Alcanhões, embora sem dados concretos, o maior contingente jovem que me lembro de conhecer nas idades entre os 13 e os 17. Devemos, na minha modesta opinião, olhar para esta gente, como impulsionadores de mudanças positivas e renovação de ideias. Digamme lá, não o devemos aproveitar, em benefício da nossa terra? Alcanhões sempre foi uma vila dinâmica, com pessoas pró-ativas e com iniciativa, capazes de levantar projetos e fazer crescer sonhos. É precisamente dessa renovação que falo, precisamos orientar os nossos jovens para esses caminhos. Seja no associativismo local, onde já dão cartas hoje, ou mesmo na política local, devemos cada vez mais integrar os jovens e ouvir as suas opiniões, para garantir numa primeira instância que não se perdem os valores que mencionei, bem como se renovam e renascem novos ou velhos projetos e sonhos. Nos tempos que correm, neste Mundo cada vez mais “desligado” dos valores com que crescemos, colocar os jovens no centro do desenvolvimento, é factor estratégico e essencial para que se possa apostar em sociedades mais justas, que favoreçam a participação cidadã e democrática, a fim de garantir uma maior equidade e igualdade de oportunidades para todos. Deste modo, para finalizar, que já vai longo este meu primeiro texto, espero que se possibilite cada vez mais a inclusão social dos jovens e se garanta também o favorável diálogo intergeracional, que trará com certeza novas ideias e novos rumos a Alcanhões! Viva a Juventude!! Pedro Rui Branco
Primeira edição ecosALCANHÕES | 17 de
N OVA E S T R U T U R A D O T E L H A D O DA S E D E DA A PA AGORA DECORREM TRABALHOS DE LIMPEZA
BOAS
NOTÍ CIAS
EDIFÍCIO DA APA JÁ TEM COBERTURA NOVA Decorria o ano de 2004 quando a cobertura do edifício da APA cedeu e acabou por cair. Parecia terminar assim a história daquela que foi a casa mais movimentada de Alcanhões. Teatros, cinema, festas, exposições, ginástica, jogos, conferências e por aí a fora, tudo a que aquelas paredes deram guarida, estava agora no chão. Não sou muito velho, mas ainda me lembro de andar ali na ginástica, participar ali num teatro, assistir a tantos outros, ir ali jogar pingue pongue ou matraquilhos, tentar, dirante os bailes da pinha e as festas subir às arrecadações do primeiro andar, que outrora foram sala de projeção de cinema, ir ao baile da pinha, às festas de natal de final da escola... os bailes de carnaval... mas agora, estava tudo no chão. A última memória que me ocorre da vida dentro daquelas paredes foi já com a zona do bar restaurada, onde comecei a ir, às escondidas quase, beber uma mini e jogar alguns jogos, ou simplesmente olhar para aquelas prateleiras cheias de taças de glórias de outros tempos. 2004... onze anos passaram desde então, muito se lutou e batalhou
para que a APA (associação) chegasse hoje onde chegou. Muitos são os que ouço terem pena de se ter acabado com o futebol, por exemplo, mas é um mal que eu aceito e compreendo, um mal em prol da aquisição de património para se poder erguer obra, um mal em prol da compra de um campo de futebol e de um edifício sede até então emprestados. Hoje, onze anos depois, tiro o chapéu à atual direção pelo trabalho, esforço e dedicação a esta associação. Hoje, o edifício sede da APA tem novamente um telhado, está novamente a ganhar vida para poder escrever mais umas décdas de história na vida cultural e associativa de Alcanhões. Espero muito em breve poder estar de novo dentro daquelas paredes a ver um teatro ou numa festa, ou mesmo numa atividade cultural com a população de Alcanhões. Para já, orgulho-me de ser sócio desta associação e do trabalho que esta tem feito para garantir um futuro de glórias, como no passado. Parabéns APA, Parabéns Alcanhões. DB
ASSOCIATIVISMO
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N OT Í C I A S R E L AC I O N A DA S C O M A S A S S O C I AÇ Õ E S DA N O S S A T E R R A . T E M O S T O D O O G O S T O E M D E D I CA R E S TA S D UA S PÁG I N A S ÀO A S S O C I AT I V I S M O D E A LCA N H Õ E S
DIA MUNDIAL DO DADOR DE SANGUE 14 de junho - Foz do Arelho O Grupo de Dadores de Sangue de Alcanhões convida a juntarem-se a esta comemoração, organizando uma viagem ao evento. Inscrições: 243429366 ou 969470149.
DIA DA CRIANÇA O lar Evangélico Nova Esperança promove várias atividades para crianças no dia 1 de junho pelas 15h30 e até às 19h00 no acampamento Ebenézer em Alcanhões. As atividades são, entre outras, pinturas faciais, modelagem de balões, piscina e lanche. Marcações para os telefones 918522517 ou 919133228.
CENTRO DE DIA EM FESTA Dias 3 e 4 de julho o Centro Social Paroquial de Santa Marta vai organizar mais uma das suas festas. Esta decorre no espaço desta instituição. Mais informações em breve. CASA DA MATANÇA SERÁ NOVA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DE CAÇADORES DE ALCANHÕES E VALE DE FIGUEIRA Esta associação apresentou à Junta de Feeguesia de Alcanhões uma proposta para requealificação deste imóvel (tendo em conta o projecto já existente) em contrapartida do restuaro do mesmo. Como este estava cedido pela Câmara Municipal à Freguesia, foi necessário redigir o protocolo de cedência, o que ficou firmado no passado dia 13 de maio em reunião com a Junta de Freguesia de Alcanhões e o Sr. Presidente da Câmara de Santarém, Dr. Ricardo Gonçalves. Assim, este imóvel, abandonado e em ruínas à mais de 30 anos, será alvo de restauro e será a futura sede desta associação, que até então tinha as suas instalações fora da freguesia e num espaço alugado a terceiros. Alcanhões ganha assim mais um edíficio histórico restaurado e com a utilidade merecida. Primeira edição ecosALCANHÕES | 19 de
MÃO AMIGA Lar com valência para apoiar idosos com Alzheimer vai surgir em Alcanhões. P R O J E T O É P I O N E I R O N O D I S T R I T O D E S A N TA R É M E U M D O S P R I M E I R O S N O PA Í S A PA R D E O U T R O S D O I S J Á E X I S T E N T E S N A Z O N A D E L I S B OA E N O N O R T E .
O Alzheimer é uma doença que afeta milhares de pessoas atualmente. Cientes disso e perante a falta de unidades especializadas em acompanhar e apoiar portadores desta demência mental, a direção técnica do Centro Social Paroquial de Santa Marta elaborou um projecto para a criação de uma unidade com a valêcia de lar de idosos, a acrescentar às suas atuais valências (Centro de Dia e Apoio Domiciliário), com especificações e espaços próprios para apoiar e receber idosos portadores da doença de Alzheimer. Em Portugal apenas estão a funcionar outras duas instituições com esta especifidade, e nenhuma delas no distrito de Santarém (estando uma na fase de projeto por poarte da Santa Casa da Mi-
sericórdia de Pernes), pelo que o projecto, que inicialmente contava com 19 camas para doentes de Alzheimer viu a ocupação ser aumentada, por conselho da Segurança Social para poder servir um maior número de idosos - 30. Esta obra, vai ser candidata a fundos europeus dentro do programa Portugal 2020, que se estima que arrnaque com a sua fase de candidaturas em breve, na esperança de encontrar apoios para a execução das obras de alargamento necessárias à estrutura já existente no Centro de Dia. Parte da ocupação desta nova valência será, normalmente, para funcionar como Lar de idosos “tradicional”, enquanto que outra parte da ocupação será para
idosos portadores de Alzheimer. Além das camas terá outros equipamentos específicos, como uma Sala Snoezelen, sala essa que proporciona conforto, através do uso de estímulos controlados, e oferece uma grande quantidade de estímulos sensoriais, que podem ser usados de forma individual ou combinada com os efeitos da música, notas, sons, luz, estimulação táctil e aromas. Outra das particularidades de um espaço com esta valência é a própria construção adaptada aos portadores desta doença, que passa pela identificação das diferentes divisões com cores distintas, bem como os fardamentos dos funcionários serem com cores fortes, para uma melhor percepção por parte dos utentes. Este projeto implica também a contratação de mais pessoal especializado, o que criará mais postos de trabalho na freguesia,
“A Doença de Alzheimer é a forma mais
comum de Demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos.
pois necessita ter serviço médico quase permanente, enfermagem, psicologo e outros cuidados de saúde. Do atual edifício e das atuais valências, os serviços comuns vão ser aproveitados, como o refeitório e cozinha, lavandaria, sala de convívio, entre outros. Este projecto, a ser executado, será lançado já com os protocolos e parcerias com a Segurança Social estipulados e a funcionar, para que este organismo possa apoiar e encaminhar para a instituição as pessoas que identifique com estas carências. Servirá não só a população de Alcanhões e freguesias vizinhas como poderá receber utentes de qualquer parte do país, visto serem poucas as unidades que, atualmente, prestam este tipo de apoio, e as que o prestam (duas apenas) estarem com listas de espera de entrada muito longas, de cerca de 400 pessoas. A capacidade total será de 30 camas, e o edifício será no prolongamento do atual, para a zona que
hoje serve de parque de estacionamento (no acesso ao Centro de Dia, a zona de olival que fica do lado direito, quando se sobe). É de louvar um projeto com estas características e com esta dimensão e importância na nossa Vila. Será uma mais valia para a nossa população idosa e população em geral. Alzheimer A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos. É um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária. O nome desta doença deve-se a Alois Alzheimer, médico alemão que em 1907, descreveu pela primeira vez a doença. À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de
tamanho e número, formam-se tranças neurofibrilhares no seu interior e placas senis no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer e isto traduz-se numa incapacidade de recordar a informação. Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afetando as várias áreas cerebrais vão-se perdendo certas funções ou capacidades. Quando a pessoa perde uma capacidade, raramente consegue voltar a recuperá-la ou reaprendê-la. Os sintomas, nas fases iniciais da Doença podem ser muito subtis. No entanto, começam frequentemente por faltas de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano. Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada. DB “Esquecimento é não saber da chave do carro. Alzheimer é ter a chave na mão e não se lembrar para o que serve.” Primeira edição ecosALCANHÕES | 21 de
FOTOGRAFIAS retiradas do grupo Raízes de Alcanhões
1.
RECORTES D 2.
3.
O namoro em Alcanhões na década de 40, do século passado
7.
6. Fotografias de outros tempos que nos mostram como era o quotidiano da Vila de Alcanhões P E D E - S E A Q U E M T E N H A F OT O G R A F I A S A N T I G A S Q U E Q U E I R A PA R T I L H A R , Q U E N O S I N F O R M E . R E C O L H E M O S , D I G I TA L I Z A M O S E V O LTA M O S A E N T R E G A R . O B R I G A D O !
DE OUTRORA 1. João Mira “Bonanza” 2. Carlos Caçao e Mário Santos 3. Francisco Escapa, Rui Jorge e Carlos Caetano. 4. Teatro de Carnaval antigo 5. Rogério Filipe, António Inês, José Machado, José Péguinho e Alexandre 6. Rogério Filipe - APA 7. Procissão da Festa de Nossa Senhora das Maravilhas nos anos 70 do século XX
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4.
5. Primeira edição ecosALCANHÕES | 23 de
Retratos de gentes de Alcanhões pela lente de Vasco Moiteiro. A LCA N H Õ E S M O R A S N O A LT O , M E S M O AO C I M O D O P L A N A LT O , O R G U L H O S A D E B A I R R I S M O . O TEU POVO TE VENERA, COM AMIZADE SINCERA E V E R DA D E I R O C I V I S M O . i n : p o e m a p a r a a l c a n h õ e s d e a l b e r t o l e i r i a ( fa d o )
GENTES