Português: Novas Regras Ortográficas
Português: Novas Regras Ortográficas
Goiânia/GO 2009
© SESI – Serviço Social da Indústria
Recurso didático elaborado pela docente Lení Guilherme de Menêses, a ser utilizado na Rede SESI de Educação.
Equipe técnica que participou da elaboração desta obra Diretor de Educação e Tecnologia Manoel Pereira da Costa
Revisão Ortográfica e Normatização Contextual Serviços Editoriais
Gerente de Educação Básica Selva Oliveira de Araújo Almeida
Design Instrucional, Diagramação, Ilustração, Projeto Gráfico Editorial Equipe de Recursos Didáticos do Núcleo de Educação a DistânciaSENAI/SC em Florianópolis
Gerente de Tecnologia e Inovação Cristiane dos Reis Brandão Neves Apoio Técnico Ariana Ramos Massensini
S515p SESI-GO. Português: Novas Regras Ortográficas. Goiânia, 2009. 61p. : Il. 1.Educação a distância. 2. Português. 3. Regras ortográficas. 4. Conteúdo I. Autor. II. Título CDD – 469.5
SESI – Departamento Regional de Goiás Av. Araguaia, nº 1544 – Setor Vila Nova CEP: 74.610-070 – Goiânia/GO Fone: (62) 3219-1300 www.sesigo.org.br
Sumário Apresentação da disciplina....................................................................................07 Plano de estudos..................................................................................................09 Módulo 1. Acordo Ortográfico...........................................................................11 Aula 1 – Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.........................................12 Aula 2 – Bases do Acordo................................................................................14 Aula 3 – Prazo e Limite para a Adequação ao Acordo Orotgráfico...................15 Aula 4 – O Porquê da Mudança......................................................................16 Módulo 2. Alterações no Alfabeto ....................................................................19 Aula 1 – O Alfabeto: a Inclusão do K, W, Y.....................................................20 Aula 2 – Maiúsculas e Minúsculas...................................................................22 Aula 3 – Uso do H...........................................................................................23 Aula 4 – Cai o Trema.......................................................................................24 Aula 5 – O Dígrafo..........................................................................................25 Aula 6 – Grafemas Consonantais.....................................................................26 Aula 7 – Homofonia de Grafemas Consonantais: Dupla Grafia e Palavras com Mais de Um Sentido........................................................................................27 Módulo 3. Regras de Acentuação......................................................................29 Aula 1 – Acentuação Gráfica...........................................................................30 Aula 2 – Vogais Átonas...................................................................................32 Aula 3 – Palavras Oxítonas..............................................................................33 Aula 4 – Palavras Paroxítonas .........................................................................34 Aula 5 – Palavras Proparoxítonas.....................................................................36 Aula 6 – Nas Conjunções Verbais: O Que Muda?............................................37 Módulo 4. Uso do Hífen.....................................................................................43 Aula 1 – O Hífen nas Palavras Compostas.......................................................44 Aula 2 – Nomes Geográficos, Espécies Botânicas, Zoológicas e Afins...............45 Aula 3 – Nas Locuções e Sequências de Palavras..............................................46 Aula 4 – Formações com Prefixo......................................................................47 Aula 5 – Formações com Sufixo.......................................................................50 Aula 6 – O Hífen nos Casos de Ênclise, Próclise e Mesóclise............................50 Palavras da autora................................................................................................53 Conhecendo a autora...........................................................................................55 Glossário...............................................................................................................57 Referências...........................................................................................................59
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Apresentação
Olá! Tudo bem? Eu sou a Beth. Seja bem-vindo ao curso sobre o Novo Acordo Ortográfico! Coube a mim a honra de apresentar e norteá-lo neste curso, com carga horária prevista para 40 horas.
Aqui você conhecerá as mudanças ocorridas na grafia da língua portuguesa após o Novo Acordo Ortográfico, de uma maneira que irá facilitar ao máximo a sua compreensão e assimilação das novas regras. No Módulo I você irá conhecer o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, suas Bases, o prazo para adequação e as razões da mudança. No Módulo II apresentaremos as mudanças introduzidas no alfabeto pelo Acordo, como a reinserção das letras K, W e Y, o uso do H, os dígrafos, os grafemas consonantais e a homofonia das palavras. No Módulo III estudaremos as regras de acentuação gráfica e, por fim, no Módulo IV conheceremos o uso do hífen nas palavras compostas, em nomes geográficos, nas locuções e sequências de palavras, nas formações com prefixo e sufixo, e nos casos de ênclise, próclise e mesóclise. Não é nossa intenção dar cabo do assunto, uma vez que existem muitos pontos sobre o Acordo Ortográfico que ainda são polêmicos e requerem discussão mais aprofundada para se chegar a um consenso.
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Plano de estudos Objetivo Geral Aprimorar a leitura e a escrita para o uso efetivo das novas regras ortográficas.
Objetivos Específicos Conhecer as novas regras ortográficas. Identificar os países envolvidos no novo Acordo. Desenvolver habilidades de leitura e escrita. Saber o que mudou. Comparar o antes e o depois. Aplicar as novas regras na comunicação escrita, na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a vida.
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Módulo 1 Acordo Ortográfico
Para iniciar Em 1986, o Rio de Janeiro foi palco para a reunião dos seis representantes de países que tinham a língua portuguesa como língua materna: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe. A temática da reunião girava em torno de um assunto comum a todos eles, qual seja: a simplificação do sistema de acentuação gráfica. Seriam suprimidos os acentos gráficos de todas as palavras paroxítonas e proparoxítonas, os quais foram totalmente descartados na época. Em 12 de outubro de 1990, os seis países reuniram-se novamente contando, agora, com a presença dos representantes de Guiné Bissau e do TimorLeste, este último, à época ainda não se tornara independente e o outro não pudera comparecer. Em 1990 em Portugal, os representantes chegaram a um acordo final. Todos os países envolvidos se comprometiam a transformá-lo em lei e que Portugal e Brasil se encarregariam de publicar um vocabulário ortográfico da língua portuguesa, o qual seria validado para todos sob a incumbência da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa. O Acordo firmado tem como objetivos principais facilitar, simplificar e aproximar a grafia dos países lusófonos, além de valorizar aquilo que lhes é comum – a língua portuguesa. A qual em 1911, após a proclamação da República portuguesa, sofreu a sua primeira alteração gráfica, de forma unilateral. O Brasil não foi consultado à época, porém, jamais deixou de empenhar esforços para que a unificação acontecesse. Agora é fato consumado, só nos resta adequarmo-nos às novas regras e colocálas em prática e mostrarmos ao mundo o poder, o peso e o valor dessa língua. Acompanhe a divisão das aulas: Aula 1 – Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa Aula 2 – Bases do Acordo Aula 3 – Prazo e Limite para Adequação ao Acordo Ortográfico Aula 4 – O Porquê da Mudança
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AULA 1 – ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA Você verá a seguir o projeto de texto da ortografia unificada da língua portuguesa aprovado em Lisboa, em 12 de outubro de 1990, pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, com a adesão da delegação de observadores da Galiza (Portugal), que constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional. Considerando que o texto do Acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos países signatários, a República Popular de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo Verde, a República de Guiné-Bissau, a República de Moçambique, a República Portuguesa e a República Democrática de São Tomé e Príncipe acordam no seguinte (BRASIL, 2008):
Artigo 1o É aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que consta como anexo I ao presente instrumento de aprovação, sob a designação de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) e vai acompanhado da respectiva nota explicativa, que consta como anexo II ao mesmo instrumento de aprovação, sob a designação de Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990).
Artigo 2o Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências necessárias com vista à elaboração, até 1 de janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas.
Artigo 3o O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor em 1 de janeiro de 1994, após depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo da República Portuguesa.
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Artigo 4o Os Estados signatários adotarão as medidas que entenderem adequadas ao efetivo respeito da data da entrada em vigor estabelecida no artigo 3o. Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente credenciados para o efeito, aprovam o presente Acordo, redigido em língua portuguesa, em sete exemplares, todos igualmente autênticos. Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. PELA REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA JOSÉ MATEUS DE ADELINO PEIXOTO Secretário de Estado da Cultura PELA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CARLOS ALBERTO GOMES CHIARELLI Ministro da Educação PELA REPÚBLICA DE CABO VERDE DAVID HOPFFER ALMADA Ministro da Informação, Cultura e Desportos PELA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU ALEXANDRE BRITO RIBEIRO FURTADO Secretário de Estado da Cultura PELA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE LUIS BERNARDO HONWANA Ministro da Cultura PELA REPÚBLICA PORTUGUESA PEDRO MIGUEL DE SANTANA LOPES Secretário de Estado da Cultura PELA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE LÍGIA SILVA GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO COSTA Ministra da Educação e Cultura
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Você percebeu que o conteúdo visto anteriormente é a réplica do Decreto que institui o Acordo Ortográfico no Brasil? É importante que você tenha apreendido sobre ele, podendo retomá-lo caso haja necessidade.
AULA 2 – BASES DO ACORDO Na aula passada você conheceu o Decreto que instituiu o Acordo Ortográfico no Brasil. Nesta aula você conhecerá as Bases do Acordo. Visando à padronização do idioma nos oitos países, onde a Língua Portuguesa é oficial, o referido Acordo foi instituído em 21 Bases. São elas: Base I – Alfabeto e grafia de nomes próprios estrangeiros; Base II – Uso do “h”; Base III – Grafemas consonânticos; Base IV – Sequências consonânticas; Base V – Vogais átonas; Base VI – Vogais nasais; Base VII – Ditongos; Base VIII – Acentuação gráfica; Base IX – Acentuação gráfica; Base X – Acentuação gráfica; Base XI – Acentuação gráfica; Base XII – Acentuação gráfica; Base XIII – Acentuação gráfica; Base XIV – Uso do trema; Base XV – Uso do hífen; Base XVI – Uso do hífen; Base XVII – Uso do hífen; Base XVIII – Uso do apóstrofo; Base XIX – Uso de letras maiúsculas e minúsculas; Base XX – Divisão silábica; Base XXI – Grafia de assinaturas e firmas.
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Saiba mais Neste curso não iremos tratar de todas as Bases acima discriminadas. Você verá apenas as principais mudanças geradas pelo Acordo, porém, caso queira aprofundar mais seu conhecimento sobre as novas regras acesse o site: <http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/ start.htm?tpl=home>.
AULA 3 – PRAZO E LIMITE PARA ADEQUAÇÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO Na aula passada você conheceu um pouco sobre as Bases do Acordo. Nesta aula você irá saber a respeito do prazo estabelecido para nos adequarmos a ele e para as editoras cuidarem da impressão e da distribuição do material didático segundo escala preestabelecida. Vale ressaltar, você é o principal responsável pela sua aprendizagem, assim sendo, bom estudo! Após 19 anos de sua elaboração, finalmente, sai do papel o Tratado sobre o Novo Acordo Ortográfico. Não é de hoje que os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) almejam unificar as ortografias do idioma que lhes são comuns – o Português. Trabalho este a cargo da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Academia das Ciências de Lisboa (ACL), iniciado em 1980 e que após dez longos anos de discussões e negações finalmente ficou pronto, porém não acabado, restam, ainda, muitas dúvidas. No Brasil, o texto foi aprovado em 1995 pelo Congresso Nacional, embora sua implementação ficasse à espera da aprovação dos parlamentares de Portugal. Com o decreto assinado pelo Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva no dia 28 de setembro de 2008 (publicado no DOU de 30.09.2008), na ABL do Rio de Janeiro, ficou definida a data em que a nova ortografia entraria em vigor: 1 de janeiro de 2009.
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Fique por dentro Ficou estabelecido que até 2012 será permitido o uso das duas grafias, inclusive em vestibulares, provas, concursos públicos ou similares. Já as editoras deverão adequar todo material didático impresso numa escala assim formalizada para distribuição. A partir do ano de 2010, os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental deverão receber os livros já devidamente adequados à nova norma ortográfica, o mesmo deverá ocorrer com as turmas do 6º ao 9º ano e consequentemente ao Ensino Médio, isso respectivamente nos anos de 2011 e 2012.
Os catedráticos no assunto acreditam que quatro anos é prazo suficiente para que todos os usuários lusófonos (que têm a língua portuguesa como língua materna) se adéquem às novas regras ortográficas, uma vez que somente cerca de duas mil palavras sofrerão alterações, o que perfaz a porcentagem mínima de 0,5% dos verbetes. No entanto, em Portugal esse quantitativo é bem maior: cerca de umas dez mil palavras ou 1,5% do vocabulário de lá. As regras não são difíceis de serem assimiladas, requerem compreensão, atenção e vontade para que se efetivem.
Dica Você viu o que pensam os catedráticos sobre o assunto acima tratado e os prazos estabelecidos. É bom ficar atento para se adequar à nova grafia, porém, não se apavore, você pode usar as duas grafias até 2012.
AULA 4 – O PORQUÊ DA MUDANÇA Essa mudança veio para unificar e fortalecer a escrita de algumas palavras; a forma de falar, o vocabulário e a sintaxe continuarão do mesmo jeito. Com os países lusófonos unidos, a tendência é que ganhem mais espaço, até mesmo em fóruns internacionais, pois o intercâmbio de informações e textos ficará mais fácil. Além disso, a unificação da escrita visa, também, aproximar as oito nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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Você sabia que grande parte das mudanças previstas no Acordo Ortográfico não irão afetar o modo de escrever, de grafar o português no Brasil? Pois é, mas têm relação direta com o modo da escrita atual de Portugal. Por exemplo, em Portugal e em outros países lusófonos grafava-se herva e húmido, com h inicial, hoje eles terão de escrever da forma escrita aqui no Brasil: erva e úmido. Como se não bastasse, também deverão desaparecer as letras c e p das palavras nas quais elas não são pronunciadas, e isso deverá ser encarado como regra oficial. Vale ressaltar que o Novo Acordo Ortográfico respeita a divergência fonética de Portugal e Brasil.
Veja como era e como ficará a escrita em Portugal: Era assim:
Ficará assim:
acção
ação
adopção
adoção
afectivo
afetivo
exacto
exato
director
diretor
No Brasil permanecem, por exemplo: adepto, convicção, erupção, pacto, etc. Em Portugal continuam: amnistia, facto, amígdala, carácter, sector, etc. Observe a grafia do excerto abaixo do escritor português: Miguel Sousa Tavares, (2008, p. 95-165). [...] Não ficara rico, mas hoje era uma das forças vivas da terra, um comerciante respeitado e invejado, com crédito na banca e lugar de membro efectivo na Associação Comercial e nos Bombeiros. [...] [...] Fechou o jornal, pensativo, acendendo um cigarro cujo fumo ficou a ver elevar-se em direcção ao tecto, como o Conde Zeppelin se elevara sobre o Terreiro do Paço, nessa manhã. [...] Esperamos que você tenha compreendido o porquê da mudança ortográfica fazendo bom uso das informações aqui apresentadas. Há muito ainda o que aprender. Estamos apenas começando... Vamos juntos!
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Módulo 2 Alterações no Alfabeto
Para iniciar Na aula passada você conheceu o porquê das mudanças no Novo Acordo Ortográfico. Nesta, você verá as alterações ocorridas no alfabeto: o que continua, o que foi suprimido, o que foi mudado e as adequações feitas, visando um bem-estar geral. Você deverá ficar atento, muito embora acreditamos que muito do que será mostrado aqui você já tenha visto e saiba, porém, rever nunca é demais, não é mesmo? Outrossim, gostaríamos de deixar bem claro que muitos conteúdos aqui inseridos serão breves, sem muito aprofundamento por tratar-se de uma retomada, para seguirmos adiante. Então, prossigamos! Acompanhe a divisão das aulas deste módulo: Aula 1 – O Alfabeto: a Inclusão do K, W, Y Aula 2 – Maiúsculas e Minúsculas Aula 3 – Uso do H Aula 4 – Cai o Trema Aula 5 – O Dígrafo Aula 6 – Grafemas Consonantais Aula 7 – Homofonia de Grafemas Consonantais: Dupla Grafia e Palavras com Mais de Um Sentido
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AULA 1 – O ALFABETO: A INCLUSÃO DO K, W, Y Para início de conversa você percebeu a mudança ocorrida no alfabeto, não é verdade? Antes do Acordo, o alfabeto era composto de 23 letras, com o seu advento voltam as letras K, W e o Y, perfazendo um total de vinte e seis letras. Vamos revê-las? a A; b B; c C; d D; e E; f F; g G; h H; i I; j J; k K; l L; m M; n N; o O; p P; q Q; r R; s S; t T; u U; v V; w W; x X; y Y; z Z.
Na verdade, as referidas e destacadas letras reintegram o alfabeto. São nossas velhas conhecidas na composição de nomes próprios estrangeiros e seus derivados e também como das siglas e dos símbolos químicos. São usadas em três casos distintos e especiais, vamos conhecê-los? 1 ANTROPÔNIMOS (nomes próprios) e palavras formadas a partir dos mesmos, bem como em TOPÔNIMOS (nomes de cidades, Estados, países...) normalmente palavras que designam locais e seres animados e inanimados. Tais como: Darwin – darwinismo; Kafka – kafkiano; Weber – weberiano; Shakeaspeare – shakespeariano; Kuwait – kuwaitiano; Byron – byroniano.
2 Em abreviaturas e símbolos usados nacionalmente e internacionalmente e/ou palavras adotadas como unidade de medida: Kg – quilograma; Km – quilômetro; Yb – itérbio; Kw – quilowatt; Yd – jarda.
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3 Em listas telefônicas, listas presenciais, etc., sempre numa sequência alfabética, lógica e linear.
Fique por dentro Vale lembrar, que na língua portuguesa do Brasil, usa-se o ç (cê cedilhado) como representante gráfico de sons produzidos por outras letras, como por exemplo: oração, muçulmano, araçá, etc.
Esse assunto requer muita atenção, esperamos que você tenha entendido até aqui, porém, para dominar o conteúdo fazem-se necessários dedicação e estudo. Para maior compreensão, veja algumas informações extras no quadro abaixo.
1- As letras K, W e Y são consideradas vogais ou consoantes? Nesse aspecto a letra K será uma consoante quando vir postada antes de a, o, u, assim como a letra c; e o dígrafo qu de querer, por exemplo. O W será vogal ou semivogal na pronúncia de palavras de origem inglesa, v.g.: Waffle, Wallace, New York, nas quais terão som de /u/. E em palavras de origem alemã o W será consoante assim como o /v/: Walter, Wagner, etc. Porém existem nomes que dependendo da pronúncia têm sonido de /v/ ou do /u/ – Darwin. Já o Y trata-se de som vocálico pronunciado como /i/ com a função de vogal ou semivogal: yard (jarda), yen (unidade monetária e moeda do Japão). 2- Como ficam os genitivos e seus derivados? Antes do Novo Acordo Ortográfico, quem nascia no Acre era denominado acreano. Hoje, após o Acordo, é acriano, fazendo jus à nova recomendação, que recomenda também as formas –iano e –iense, em vez de –eano –eense. Vale lembrar que as formas acima inscritas já eram comuns em alguns genitivos, como por exemplo, italiano. A regra em questão vale para adjetivos e substantivos e seus derivados, por exemplo: machadiano, lobatiano, etc. Os sufixos –iano e –iense mantêm o i nos substantivos e adjetivos derivados, até mesmo quando as formas primitivas vêm com e. Os nascidos em Cabo Verde serão cabo-verdianos, porém os nascidos em Guiné-Bissau continuarão guineenses pelo fato do nome Guiné terminar em e tônico. A troca se dará quando o nome de origem terminar em e átono.
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Lembre-se sempre: todo processo de aprendizagem requer leitura e releitura atenciosa para a compreensão de todo e qualquer assunto tratado!
AULA 2 – MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS Conforme podemos observar, apesar de regulamentadas pelo Acordo Ortográfico, o uso das maiúsculas e das minúsculas, na prática, não foi alterado. Assim sendo, vejamos os exemplos.
As letras minúsculas no início das palavras são empregadas: a
em todas as palavras de uso corrente;
b em nomes de dias, meses e estações do ano; c
no uso de fulano, beltrano e sicrano;
d em nomes de pontos cardeais (mas não em suas abreviaturas: oeste-W); e
em axiônimos e em hagiônimos (caso em que se pode usar também as maiúsculas) – v.g.: doutor/Doutor Miguel;
f
em nomes que designam domínios do saber (caso em que se pode usar também as maiúsculas) – ciências/Ciências, português/Português.
As letras maiúsculas no início das palavras são empregadas: a
em antropônimos reais ou fictícios – Machado de Assis/Quincas Borba;
b em topônimos reais ou imaginários – Brasil/República das Bananas; c
em nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos – Aurora, Atena;
d em nomes de instituições: Universidade de São Paulo; e
em nomes de festas e festividades – Ano-Novo, Páscoa, Natal;
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f
em títulos de periódicos – Folha de São Paulo;
g
em pontos cardeais ou termos equivalentes, quando utilizados em termos absolutos – Norte e Sul (substituído regiões norte e sul do Brasil), Ocidente (para designar países da Europa ocidental);
h em siglas, símbolos e abreviaturas de uso nacional e internacional – IBGE, UFG, ONU, H2O2; i
quando, por opção, decide-se inseri-las em termos hierarquicamente, logradouros públicos, no início de versos, edifícios ou templos – Avenida Castelo Branco, Catedral da Sé.
AULA 3 – USO DO H Você observou as mudanças ocorridas no nosso alfabeto, reviu as letras componentes do mesmo, assim como a inclusão das letras K, W e Y no referido alfabeto e quando utilizá-las, não é mesmo? Pois agora você saberá quando e como usar o H. Quanto ao uso do H, o que podemos dizer é que diversas palavras grafadas com essa letra inicial, apesar de estarem etimologicamente corretas, deixaram de ser praticadas também nas junções de outras palavras. Dessa forma, o Acordo Ortográfico veio simplesmente formalizar algo já há muito praticado, conforme veremos abaixo.
Cai o H inicial das palavras herva e húmido. Antes do Acordo: herva húmido
Depois do Acordo: erva úmido
Palavras de origem erudita mantêm o “H”inicial: Antes e depois do Acordo: hercúleo e herbáceo.
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Palavras compostas e ligadas pelo hífen, o H continua: super-homem
co-herdeiro
pré-histórico
macro-história
anti-histamínico
sobre-humano
Em diversas palavras e interjeições a letra H continua, não caiu, conforme veremos abaixo: hoje, híbrido, higiênico, hum! hã? O H no final, somente nas interjeições: Oh!
Ah!
Você acabou de ver quando e como usar o H nas palavras. Para efetivar o seu conhecimento basta colocá-lo em prática. Saiba, porém, que em caso de necessidade o estudo deve ser retomado, isto quantas vezes se fizer necessário.
AULA 4 – CAI O TREMA Já é do nosso conhecimento que o trema não será mais usado tanto nas palavras portuguesas como nas aportuguesadas, não é verdade? No entanto, vale lembrar que o trema nada mais é que um sinal gráfico de dois pontos colocados em cima da letra u indicando que esta deverá ser pronunciada nos grupos gue, gui, que e qui e que não será mais usado na língua portuguesa, reafirmamos. No entanto, é bom que se diga que a pronúncia deverá continuar a mesma, sem nenhuma alteração sonora. Antes do Acordo: agüentar eloqüente conseqüência freqüente cinqüenta ligüiça argüição sagüi pingüim seqüestro tranqüilo anhangüera
Depois do Acordo: aguentar eloquente consequência frequente cinquenta linguiça arguição sagui pinguim sequestro tranquilo anhanguera
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Fique por dentro Todavia, é bom que se diga: o trema deverá ser mantido em nomes próprios de origem estrangeira, assim como nos seus respectivos derivados. Eis alguns exemplos: hübneriano, de Hübner; mülleriano, de Muller; Bündchen.
AULA 5 – O DÍGRAFO Nesta aula você revisará o conceito sobre o dígrafo ou digrama; saberá que este se forma a partir da união de duas letras para representar um único fonema. Então, somente a título de revisão: são dígrafos rr, ss, sc, sc, xc, ch, lh, nh, qu (quando o u não represente nenhum fonema), an, en, am, em... Os primeiros são classificados como dígrafos consonantais, os outros são dígrafos vocálicos ou nasais formados por uma vogal mais m ou n. Consonantais: murro, cresça, chave, molho, ninho, quero, etc. Nasais: espanto, conto, mundo, sempre, pombo.
Observação: vale lembrar que: sc e xc são dígrafos diante de e ou i; antes de a, o ou u são encontros consonantais.
Conforme você percebeu, o conteúdo ficou bastante resumido, pois objetiva tão somente a revisão daquilo que julgamos ser do conhecimento de todos. Caso você queira se aprofundar mais no assunto, poderá se valer de uma boa gramática, existem muitas no mercado, vale a pena o investimento.
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Homofonia: vocábulo que tem o mesmo som de outro com grafia e sentido diferentes (exemplo: paço = palácio real; passo = marcha). Grafema: a menor unidade contrastiva num sistema de escrita (exemplo: l; a; ^; são grafemas na escrita do português atual).
AULA 6 – GRAFEMAS CONSONANTAIS Para iniciarmos esta conversa é necessário sabermos o significado da palavra homofonia e grafema. Então vamos lá! Ao escrevermos é necessário distinguirmos de modo correto os grafemas consonânticos, que representam sons idênticos. Eis alguns, confira! a ch e x: achar, archote, chorar, flecha, bexiga, Oxalá, puxa, cochilo, faixa, guincho, etc. b g e j: mágico, angico, ferrugem, relógio, angélico, jenipapo, vantagem, girafa, jejum, sujeito, etc. c
s, ss, c, ç e x: anseio, dança, posse, pessoa, cansaço, passeio, canção, sintaxe, máximo, coxo, etc.
d s, x e z: música, explicação, estância, exercício, felizmente, luz, capuz, juiz, etc.
Saiba mais Afinal para que servem, mesmo, os sons e as letras? Segundo os gramáticos William R. Cereja e Thereza C. Magalhães em seu livro Gramática reflexiva: texto, semântica e interação (2005, p 71): Os sons e as letras são a base da linguagem verbal. Sem o som não há fala; sem as letras, não há a escrita [...]. Assim, os sons e as letras, como unidades básicas de construção da linguagem verbal, têm papel decisivo na preservação e na transmissão da cultura.
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AULA 7 – HOMOFONIA DE GRAFEMAS CONSONANTAIS: DUPLA GRAFIA E PALAVRAS COM MAIS DE UM SENTIDO Apesar dos esforços empregados na padronização da língua portuguesa, foi impossível padronizá-la devido às palavras que têm dupla pronúncia, dupla grafia ou duplo sentido; às vezes no mesmo país. Eis alguns exemplos: prêmio / premio (Brasil); negócio / negocio (Brasil); fato (Brasil) / facto (Portugal); atual (Brasil) / actual (Portugal); contrato (Brasil) / contracto (Portugal); objeto (Brasil) / objecto (Portugal).
Essa dificuldade também é observada na acentuação de muitas palavras que têm a mesma grafia e pronúncia, porém, com significados diferentes. Eis alguns exemplos: manga (parte de uma peça de roupa) e manga (fruta da mangueira); acerto (substantivo) e acerto (flexão do verbo acertar).
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Módulo 3 Regras de Acentuação
Para iniciar Neste módulo iremos tratar de assuntos de suma importância. Os mesmos foram divididos em seis aulas, conforme disposição abaixo, as quais deverão ser observadas com muita atenção, carinho e dedicação. Tudo isso eu sei que você tem, então, mãos à obra! Acompanhe a divisão das aulas: Aula 1 – Acentuação Gráfica Aula 2 – Vogais Átonas Aula 3 – Palavras Oxítonas Aula 4 – Palavras Paroxítonas Aula 5 – Palavras Proparoxítonas Aula 6 – Nas Conjunções Verbais: o Que Muda?
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AULA 1 – ACENTUAÇÃO GRÁFICA Na última aula do Módulo II aprendemos um pouco mais sobre grafemas consonânticos e homografias de grafemas consonantais. Hoje iniciamos um assunto novo, que convenhamos, não é tão novo assim – regras de acentuação gráfica. Você deve se lembrar que os acentos são utilizados para representar graficamente alguns sons ou aproximá-los da pronúncia real de certas palavras, não é verdade? Existem na nossa língua os seguintes acentos: o grave ( ` ); o agudo ( ´ ); o circunflexo ( ^ ); o til ( ~ ); o trema ( ¨ ), você está lembrado? Acompanhe! 1 O acento agudo é usado na definição dos seguintes elementos: as vogais tônicas fechadas i e u – Jundiaí, quadrúpede, faísca, difícil, etc.; as vogais tônicas abertas e semiabertas a, e e o – herói, óculos, afável, parabéns, etc.
De acordo com a nova regra ortográfica, NÃO se acentuam os ditongos abertos EI e OI nas palavras paroxítonas: ideia, heroico, assembleia, boia, etc.
2 O acento grave ( ` ), indicador da fusão escrita e oral de duas vogais idênticas – crase –, é usado nos seguintes casos: no artigo feminino a (s) – Sou alérgico à penicilina; nos pronomes demonstrativos – aquele (s), aquela (s) e aquilo – “Filho encaminhe-se àquele guichê.”; no pronome demonstrativo a (s) – “Prefiro esta bolsa àquelas outras”.
3 O acento circunflexo ( ^ ) indica o timbre semifechado das vogais tônicas a, e e o: flâmula, freguês, providência, almôndega, prêmio, avô, etc. 4 O trema ( ¨ ), acento que recaia sobre a letra u em sílabas (gue, gui, que e qui), foi abolido, porém, nos nomes próprios estrangeiros e em seus derivados permanece: mülleriano de Müller; hübneriano de Hübner.
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Você deverá ficar atento para não confundir. Apesar do fim do trema nas palavras de origem portuguesa e/ou aportuguesadas, não haverá mudança na pronúncia. As palavras nas quais se usavam o trema deverão ser pronunciadas como antes (foneticamente falando apenas), veja:
Antes do Acordo: agüentar lingüística tranqüila lingüeta freqüente
Depois do Acordo: aguentar linguística tranquila lingueta frequente
5 O til ( ~ ) é colocado sobre as letras a e o para indicar a nasalização das mesmas – não, anão, pão, ações, caminhão. 6 A cedilha ( s ) é colocada debaixo do c para representar o som ss antes das vogais a e u – ação, caçula, caiçara, estimação, praça, etc. 7 O apóstrofo ( ‘ ) indica a supressão de um fonema, normalmente uma vogal. Fato comum no coloquialismo e em palavras compostas ligadas pela preposição de – vinha d’alho (vinha de alho), galinha d’angola (galinha-de-angola).
Dica Na língua portuguesa quase todas as palavras têm acento tônico, porém somente algumas têm acento gráfico. Como distingui-los? No acento tônico, as sílabas de determinadas palavras são pronunciadas com maior intensidade sonora. Já o acento gráfico indica a sílaba tônica de determinadas palavras.
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A acentuação serve para nos auxiliar na representação escrita da linguagem. Ao ouvirmos alguém falando, percebemos e distinguimos facilmente uma sílaba átona de uma sílaba tônica. Porém isso, normalmente, não acontece e às vezes não é fácil quando lemos, o que pode dificultar a leitura. Dessa forma, os sinais de acentuação são usados para a distinção, na escrita, de palavras que possuam grafias idênticas, porém, de tonicidade diferente. Veja alguns exemplos: mágoa e magoa; público e publico; bebê e bebe; bobo e bobó; secretária e secretaria; sabia e sabiá. Você recordou algumas regras de acentuação gráfica, esperamos que tenha sido de grande valia uma vez que precisará desse conhecimento para melhor compreensão das aulas sucessivas. Reiteramos uma vez mais que não estamos preocupados com a quantidade e sim com a qualidade do conteúdo.
AULA 2 – VOGAIS ÁTONAS Você aprendeu que quando se divide uma palavra, na língua portuguesa, observase que algumas sílabas são tônicas, ou seja, são pronunciadas com maior intensidade. Outras palavras, porém, são pronunciadas com menor intensidade – as sílabas átonas. E que, quando grafamos o que se fala, faz-se necessário representá-las observando os seguintes elementos básicos: a
a intensidade de cada sílaba;
b a frequência, o tom em que a palavra é dita; c
o timbre da palavra (o sonido da mesma);
d a duração de cada som.
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Fique por dentro Devemos ficar atentos, pois nem toda sílaba tônica é marcada por um acento. Só nos resta observar as sílabas mais intensas, com acento ou não. Sob a ótica da tonicidade das palavras podemos defini-las em três grupos distintos, quais sejam: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
AULA 3 – PALAVRAS OXÍTONAS Com o advento do Novo Acordo Ortográfico observa-se que tudo permanece como era, ou seja, não houve mudanças. Vamos rever? a
As oxítonas terminadas em vogais a, e e o, seguidas ou não pelo s, continuam acentuadas: avó, paletó, café, bobó, sofá...
b Nas vogais a, e e o que perderam as consoantes finais “r”, “s” e “z” em flexões verbais conjugadas juntamente com os pronomes lo(s), la(s) permanecem acentuadas: amá-los, vendê-los, resolvê-lo-ei, salvá-lo-as, dissolvê-lo. c
Continuam acentuadas as palavras oxítonas terminadas com os ditongos em e ens: harém, refém, parabéns, vinténs.
d Continuam acentuadas as oxítonas terminadas com ditongos, éis, éu(s) e ói(s): anzóis, fiéis, réus, papéis, herói, heróis, troféu, troféus. e
As vogais tônicas i e u das oxítonas antecedidas de vogais com as quais formam ditongos levam acento agudo se não formarem uma sílaba com a consoante que as segue: Piauí, tuiuiú, tuiuiús, sanduíche.
f
Na vogal tônica e oxítona dos verbos terminados em air e uir, seguidas por lo(s) e la(s), com certeza são acentuadas: atraí-la, instruí-las, possuí-la.
g
Com as vogais i e u de palavras oxítonas antecedidas de vogais e que com as quais não formem ditongos, ou que precedem nh ou formem sílaba com a consoante seguinte (l, m, n, r, e z) não devem ser acentuadas: raiz, moinho, ruim.
h Com os ditongos tônicos iu e ui, precedidos de vogal, também não levam acento: contraiu, distraiu, destruiu, subtraiu.
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Usa-se o acento circunflexo nos verbos ter e vir quando na terceira pessoa do plural do presente do indicativo: têm, vêm.
Então, valeu rever o conteúdo? Esperamos que sim, afinal, precisamos ter certeza daquilo que afirmamos, na escrita, então, devemos ser impecáveis, você não concorda?
AULA 4 – PALAVRAS PAROXÍTONAS Dando continuidade à nossa temática – acentuação gráfica –, é importante frisar como se identificam as paroxítonas. Identificam-se as palavras paroxítonas pelo acento na penúltima sílaba, ou cuja sílaba tônica é a penúltima. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, algumas regras permanecem enquanto outras foram mudadas. A seguir algumas palavras que permanecem inalteradas. 1 As paroxítonas em cujas sílabas tônicas estão inseridas as vogais a, e e o, além das que têm as vogais i e u nas sílabas tônicas terminadas em l, n, r, x e os, no singular e no plural permanecem acentuadas: açúcar, amáveis, clímax, fórceps, bíceps, fácil. 2 As paroxítonas com a, e e o nas sílabas tônicas, as com i e u nestas sílabas e que terminam em ã, ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns us permanecem acentuadas: álbum, álbuns, órfã, órfãos, júri, júris, órgãos.
De acordo com a nova reforma ortográfica, NÃO se acentuam os ditongos abertos ei e oi nas palavras paroxítonas: assembleia, ideia, boia, heroico, paronoico.
3 Continuam acentuadas as terceiras pessoas do singular do presente do indicativo, as segundas pessoas do singular do imperativo e, obviamente, suas formas verbais: contêm, obtêm.
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De acordo com a nova reforma ortográfica, NÃO se acentuam as vogais i ou u tônicas das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo: feiura, baiuca, boiuno, boiúna, etc.
4 Foi eliminado o acento agudo das palavras paroxítonas que possuam o u tônico precedido das letras g ou q, seguidas de e ou i: averigue, apazigue, arguem, obliqúe, etc. 5 Foi eliminado o acento circunflexo nos encontros vocálicos oo: voo, moo, coo, abençoo. 6 Eliminação do acento circunflexo nos encontros vocálicos ee: veem, leem, deem. 7 Foram eliminados os acentos agudo e circunflexo nas seguintes palavras homógrafas (acento diferencial).
Antes do Acordo: pára (verbo parar) e para (preposição)
Depois do Acordo: para (verbo parar) e para (preposição)
pela (verbo pelar) e péla (substantivo)
pela (verbo pelar) e pela (substantivo)
O verbo pôr continuará acentuado, para que se diferencie da preposição por. O verbo pôde, no pretérito perfeito do indicativo, também continuará com o acento, para que se diferencie da flexão pode, do presente do indicativo. Quanto ao acento circunflexo, será facultativo quando: demos/ demos (forma verbal); fôrma (substantivo) e forma (substantivo e verbo). É, esse assunto foi um pouquinho mais extenso, não é verdade? Porém de muita importância. Caso tenha ficado algo que você não apreendeu, retome os estudos assim que julgar necessário. O diferencial na sua competência é você quem faz, certo?
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AULA 5 – PALAVRAS PROPAROXÍTONAS Bem, nós sabemos que todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas não é mesmo? Porém deve-se ficar atento quanto às exceções. 1 Todas as regras de acentuação das proparoxítonas foram mantidas: árabe, trôpego, música, álibi, estereótipo, médico. 2 Acentuam-se os hiatos tônicos em i(s) e u(s). Se na mesma sílaba forem seguidos de outra letra diferente de s, não receberão o acento gráfico: saí, saíste, caiu, cair, caindo, juiz, ruim. 3 As palavras proparoxítonas reais ou aparentes com o e e o o nas sílabas tônicas, seguidas pelas consoantes m e n, permanecem acentuadas. No entanto, a diferença na acentuação varia entre Brasil e Portugal.
Brasil: acadêmico gênio anatômico fenômeno
Portugal: académico génio anatómico fenómeno
Vale ressaltar para não confundir: nos países falantes da língua portuguesa onde a pronúncia da vogal tônica for aberta continuarão sendo acentuadas com o acento agudo e, obviamente, serão pronunciadas com timbre aberto. No Brasil, em que a pronúncia é fechada, continuarão recebendo o acento circunflexo e pronunciadas, também, com timbre fechado. Entendeu? Então continuemos!
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AULA 6 – NAS CONJUNÇÕES VERBAIS: O QUE MUDA? Dando continuidade ao conteúdo proposto, veremos o que muda em relação às conjunções verbais. Vamos lá? Neste quesito, segundo o Novo Acordo Ortográfico algumas formas verbais oxítonas e paroxítonas perdem o acento. Tomaremos como base os critérios adotados pelo ilustre gramático Evanildo Bechara (2008, p. 34-38). 1
Mudam os verbos arguir e redarguir, os quais perdem o acento agudo na vogal tônica u nas formas rizotônicas – aquelas cuja sílaba tônica está no radical.
Presente do indicativo Arguo (leia-se argúo, mas não se acentua) Arguis (leia-se argúis, mas não se acentua) Argui (leia-se argúi, mas não se acentua) Arguímos (a sílaba tônica é í) forma arrizotônica Arguís (a sílaba tônica é ís) forma arrizotônica Arguem (leia-se argúem, mas não se acentua)
Presente do subjuntivo Argua (leia-se argúa, mas não se acentua) Arguas (leia-se argúas, mas não se acentua) Argua (leia-se argúa, mas não se acentua) Arguamos (aqui a sílaba tônica é a) forma arrizotônica Arguais (aqui a sílaba tônica é ais) forma arrizotônica Arguam (leia-se arguam, mas não leva acento)
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2 Muda os verbos do tipo: aguar, apaziguar, aproximar, apropinquar, averiguar, enxaguar, obliquar, delinquir e os afins poderão ser conjugados de duas formas. Ou tem as formas rizotônicas (sílaba tônica no radical com o u do radical tônico, porém sem o acento agudo).
Presente do indicativo Averiguo (leia-se averigúo, mas não leva acento) Averiguas (leia-se averigúas, mas não leva acento) Averigua (leia-se averigúa, mas não leva acento) Averiguamos (aqui a sílaba tônica é gua) Averiguais (aqui a sílaba tônica é guais) Averiguam (leia-se averigúam, mas não leva acento) Ou então: Averíguo Averíguas Averígua Averiguamos Averiguais Averíguam
Visando deixar para você, a aplicação da nova regra acordada mais clara, as formas arrizotônicas foram incluídas nos exemplos abaixo, sempre 1ª e 2ª pessoa do plural. Vale ressaltar que as formas arrizotônicas em que a sílaba tônica se encontra fora do radical.
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Presente do subjuntivo Averigue (leia-se averigúe, mas não leva acento) Averigues (leia-se averigúes, mas não leva acento) Averigue (leia-se averigúe, mas não leva acento) Averiguemos (leia-se averigüemos, mas não leva trema) Averigueis (leia-se averigüeis, mas não leva trema) Averiguem (leia-se averigúem, mas não leva acento) Ou então: Averigúe (sem o trema, mas com o u pronunciado) Averígues (sem o trema, mas com o u pronunciado) Averígue (sem o trema, mas com o u pronunciado) Averiguemos (sem o trema, mas com o u pronunciado) Averigueis (sem o trema, mas com o u pronunciado) Averíguem (sem o trema, mas com o u pronunciado)
Presente do indicativo Enxaguo (leia-se enxagúo, mas não leva acento) Enxaguas (leia-se enxagúas, mas não leva acento) Enxagua (leia-se enxagúa, mas não leva acento) Enxaguamos (aqui a sílaba tônica é gua) Enxaguais (aqui a sílaba tônica é guais) Enxaguam (leia-se enxagúam, mas não leva acento)
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Ou então: Enxáguo Enxáguas Enxágua Enxaguamos Enxaguais Enxáguam
Presente do subjuntivo Enxague (leia-se enxagúe, mas não leva acento) Enxagues (leia-se enxagúes, mas não leva acento) Enxague (leia-se enxagúe, mas não leva acento) Enxaguemos (leia-se enxagüemos, mas não leva trema) Enxagüeis (leia-se enxagüeis, mas não leva trema) Enxaguem (leia-se enxagúem, mas não leva acento) Ou então: Enxágue (sem o trema, mas como o u pronunciado) Enxágues (sem o trema, mas como o u pronunciado) Enxágue (sem o trema, mas como o u pronunciado) Enxaguemos (sem o trema, mas como o u pronunciado) Enxagueis (sem o trema, mas como o u pronunciado) Enxáguem (sem o trema, mas como o u pronunciado)
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Presente do indicativo Delinquo (leia-se delinqúo, mas não leva acento) Delinques (leia-se delinqúes, mas não leva acento) Delinque (leia-se delinqúe, mas não leva acento) Delinquimos (leia-se delinqüimos, mas não leva trema) Delinquis (leia-se delinqüis, mas não leva trema) Delinquem (leia-se delinqúem, mas não leva acento) Ou então: Delinques (sem trema, mas com u pronunciado) Delinque (sem trema, mas com u pronunciado) Delinquimos (sem trema, mas com u pronunciado) Delinquis (sem trema, mas com u pronunciado) Delinquem (sem trema, mas com u pronunciado)
Presente do subjuntivo Delinqua (leia-se delinqúa, mas não leva acento) Delinquas (leia-se delinqúas, mas não leva acento) Delinqua (leia-se delinqúa, mas não leva acento) Delinquamos (aqui a sílaba tônica é qua) Delinquais (aqui a sílaba tônica é quais) Delinquam (leia-se delinqúam, mas não leva acento)
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Ou então: Delínqua Delínquas Delínqua Delinquamos Delinquais Delínquam
O verbo delinquir, conhecido como defectivo, é tratado como verbo que tem todas as formas.
Verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as pessoas.
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, são aceitas as duas possibilidades na pronúncia. Embora, segundo a tradição da gramática brasileira, para o caso, só se aceitava sua conjugação nas formas arrizotônicas.
Formas arrizotônicas são aquelas cuja sílaba tônica está no radical.
Vale lembrar que, como o assunto é extenso talvez seja preciso que você o retome, afinal, quem faz a diferença é única e exclusivamente você!
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Módulo 4 Uso do Hífen
Para iniciar Já caminhamos muito, não é mesmo? Mas ainda não chegamos ao final! Neste módulo você verá um assunto bastante polêmico, que é a questão da hifenização em palavras compostas, em nomes geográficos, nas locuções, nas formações prefixais e sufixais e na hifenização em casos de ênclise, próclise e mesóclise. Será necessário atenção, muita dedicação e estudo. Acompanhe a divisão das aulas deste módulo: Aula 1 – O Hífen nas Palavras Compostas Aula 2 – Nomes Geográficos, Espécies Botânicas, Zoológicas e Afins Aula 3 – Nas Locuções e Sequências de Palavras Aula 4 – Formações com Prefixo Aula 5 – Formações com Sufixo Aula 6 – O Hífen nos Casos de Ênclise, Próclise e Mesóclise
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AULA 1 – O HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS Neste quesito você perceberá que várias regras existentes foram reformuladas, com maior clareza, objetividade e simplicidade, visando uma melhor compreensão. Porém ainda não se fez de forma racionalizada como gostaríamos, é bom que se diga. Vejamos então como é que fica. 1 O hífen é empregado em palavras compostas sem elemento de ligação quando o primeiro termo, reduzido ou por extenso, estiver representado por forma: adjetiva, substantiva, verbal ou numeral. Veja! Arco-íris, ano-luz, decreto-lei, médico-cirurgião, tio-avô, azul-escuro, sul-africano, primeiro-tenente, porta-retrato, quebra-mar, etc. Vale ressaltar que nas formas empregadas adjetivamente como: anglo, euro, afro, franco, luso, sino e outras semelhantes, deverão ser grafadas sem o hífen, quando empregados: afrodescendente, afrofilia, francolatria, lusofonia, sinologia, etc.
Grafa-se com hífen: afro-lusitano, anglo-saxão, euro-asiático, etc
Alguns compostos, que com o passar do tempo perderam a noção de composição e passaram a ser grafados de forma aglutinada, também são citados: girassol, pontapé, madressilva, etc. Da mesma forma serão aglutinados também: paraquedas (e seus afins) mandachuva, etc. 2 O hífen é empregado nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro elemento estiver representado nas formas: além, aquém, recém, bem e sem. Observe: além-mar, aquém-mar, recém-nascido, bem-estar, bem-mandado, bem-humorado, sem-cerimônia, etc. No entanto, em diversos compostos o advérbio bem é aglutinado ao segundo termo: benfeitor, benquisto, benquerer, etc. 3 O hífen é usado em palavras compostas sem elemento de ligação quando o primeiro elemento é mal e o segundo se inicia por vogais ou pelas consoantes l e h: mal-estar, mal-amado, mal-humorado, etc.
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No entanto, em diversos compostos o advérbio mal se aglutina ao segundo elemento: malcriado, malgrado, malditoso, malvisto, etc.
AULA 2 – NOMES GEOGRÁFICOS, ESPÉCIES BOTÂNICAS, ZOOLÓGICAS E AFINS Como você percebeu o assunto não findou, veremos agora como fazer uso do hífen na composição de nomes geográficos, espécies botânicas, zoológicas e afins. Vamos ver como é que fica? Para início de conversa, eis algumas regrinhas básicas: usa-se o hífen em nomes geográficos compostos por grã e grão, formas verbais ou compostas com adjetivos: Grão-Pará, Quebra-Dentes, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Grã-Bretanha, etc.; são escritos sem hífen outros compostos geográficos tais como: América do Sul, São Caetano, Castelo Branco, Cabo Verde, etc. Já os topônimos Guiné-Bissau e Timor-Leste, são exceções.
Os adjetivos gentílicos (aqueles referentes aos locais de nascimento), derivados de nomes geográficos compostos que contenham ou não elementos de ligação, deverão ser hifenizados: mato-grossense, juiz-forano, cruzeirense-do-sul, belo-horizontino, etc.
Espécies Botânicas, Zoológicas e Afins Usa-se o hífen em compostos que indicam espécies botânicas, zoológicas, ou em áreas afins, ligadas ou não por preposição ou outro elemento qualquer: andorinha-domar, dente-de-leão, bem-te-vi, erva-doce, mal-me-quer, coco-da-baía, etc.
Nos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas escritas com o hífen pela norma acima, não deverão ser hifenizados em aplicações diferentes dessas espécies, a saber: bico-de-papagaio (com hífen) referindo-se à planta, e bico de papagaio (sem hífen) significando nariz grande; nãome-toques (com hífen) com referência a certos tipos de plantas, e não me toques (sem hífen) com o significado de “melindres”.
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AULA 3 – NAS LOCUÇÕES E SEQUÊNCIAS DE PALAVRAS Dando prosseguimento aos nossos estudos, trataremos agora da hifenização nas locuções e posteriormente das sequências de palavras. Vamos lá? Nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, conjuncionais e prepositivas não se emprega o hífen, a não ser em alguns casos específicos em que seu uso já se consolidou, como: arco-da-velha, água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia, etc. Ressalte-se que, se na locução houver algum elemento no qual já exista o hífen, este será conservado. É o caso de: cara de mamão-macho, bem-te-vi de igreja. Eis alguns exemplos de emprego sem hífen de locuções. a
Locuções substantivas: fim de semana, sala de jantar, cão de guarda, cara de pau.
b Locuções adjetivas: cor de cuia, cor de café com leite, cor de vinho, etc. c
Locuções pronominais: quem quer que seja, nós mesmos, etc.
d Locuções adverbiais: à vontade, depois de amanhã, por isso, etc. e
Locuções prepositivas: ao longo de, abaixo de, à parte, a par de, quanto a, a fim de, etc.
Sequência de palavras Em se tratando de determinadas sequências de palavras, usa-se o hífen para combinar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares: AngolaBrasil, Tóquio-Rio de Janeiro, Brasil-Paris, etc. Você estudou o assunto inerente ao uso adequado do hífen. Esperamos que tenha tido êxito e alcançado seus objetivos. Porém, caso tenha ficado alguma dúvida, o ideal é retomar o conteúdo para desfazê-la, correto?
AULA 4 – FORMAÇÕES COM PREFIXO
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Nesta aula você continuará vendo um assunto muito importante sobre o uso do hífen com prefixos e, posteriormente, com sufixos. Ressaltamos que o interesse, a atenção e o estudo criterioso sobre este conteúdo serão o diferencial para a aquisição do saber. Então, continue estudando com o interesse e o bom ânimo que fez você chegar até aqui.
Você precisa saber que nas formações com prefixo aconteceram algumas mudanças. Em alguns casos o hífen permanece noutros foi eliminado.
Permanência do Hífen a
Quando o primeiro elemento termina com uma vogal idêntica à que inicia o segundo: anti-inflamatório; arqui-inimigo; auto-observação; micro-onda; infra-auxiliar; micro-ônibus; sobre-exceder; supra-auricular.
Deverão estar inclusos neste princípio geral todos os prefixos terminados por uma vogal: agro (terra), alfa, ante, anti, arqui, áudio, auto, bi, bio, contra, infra, iso, macro, mega, poli, pseudo, neuro, multi, etc.
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Porém se o primeiro elemento terminar em uma vogal diferente da que inicia o segundo elemento, deve-se grafá-las junto sem hífen: antiaéreo, agroindustrial, autoajuda, autoaprendizagem, contraindicação, extraescolar, intrauterino, plurianual, socioeconômica, etc. Recomenda-se também evitar a supressão de vogais no final do primeiro elemento ou início do segundo elemento, veja! Eletracústico, ao invés de eletroacústico; arteriosclerose, etc.
Quanto aos prefixos co, pro, pre e re, estes deverão unir-se ao segundo elemento, mesmo quando iniciado por o ou e: coabitar, coautor, coerdeiro, coordenar, cogente, coirmão, proativo, proeminente, preenchido, preestabelecer, reeleição, reescrita, refazer, etc. Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento terminar em consoante igual a que inicia o segundo elemento: inter-racial, hiper-requintado, sub-base, super-revista, inter-religioso. Usa-se o hífen quando o primeiro elemento termina com acento: prédatado, pós-graduação, pré-requisito, pré-histórico, pré-natal, etc. Deve-se empregar o hífen quando o primeiro elemento termina com as letras m ou n e o segundo elemento se inicia com uma vogal ou com as letras: h, m, n, b ou p:
pan-americano; pan-hispânico; pan-africano; circum-navegação; pan-brasileiro; pan-psiquismo, etc. Deve-se usar o hífen quando o primeiro elemento é um dos prefixos: ex (cessação, anterioridade), sota, soto, vice, vizo:
ex-presidente; ex-diretora; ex-marido;
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sota-capitão; sota-vento; soto-almirante; vice-diretor; vice-reitor, etc. Deve-se empregar o hífen quando o primeiro elemento terminar em vogal, r ou b e o segundo elemento iniciar com h:
anti-herói; anti-hemorrágico; auto-hipnose; extra-hepático; geo-história; hiper-hidrose; sobre-humano; sub-humano; super-homem, etc. b Em palavras nas quais não há perda do som da vogal final do primeiro elemento, e o elemento seguinte iniciar com h, serão usadas duas formas gráficas: carbo-hidrato ou carboidrato. c
Quando houver perda de som da vogal final do primeiro elemento, a grafia consagrada deverá ser mantida, v.g.: clorídrico, filarmônica. Devem permanecer como estão as palavras que já são de uso consagrado, v.g.: reidratar, reumanizar, reaver, reabilitar, etc.
d Nos prefixos des e in, quando o segundo elemento perde o h inicial, não se usa o hífen: desumano, desumanizar, inumano. e
Quando o primeiro elemento terminar com vogal e o segundo iniciar com r ou com s, duplica-se uma dessas consoantes (conforme necessário), também em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e técnico, não se usa o hífen, v.g.: antessala, contrarregra, antisséptico, cosseno, antesocial, infrarrenal, microssistema, minissaia, etc.
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AULA 5 – FORMAÇÕES COM SUFIXO Deve-se usar o hífen somente nas palavras terminadas com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas como: açu (grande), guaçu (grande), mirim (pequeno). Da mesma forma deve-se empregar o hífen quando o primeiro elemento começar com vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir a distinção gráfica dos elementos mediante acento, v.g.: anajá-mirim, amoré-guaçu, andáaçu, Ceará-mirim, capim-açú.
TABELINHA VAPT-VUPT PARA USO DO HÍFEN 1º Elemento
2º Elemento
Prefixo terminado com vogal
Iniciado com vogal igual à vogal final do primeiro elemento ou iniciado com h
Prefixo terminado com r
Iniciado com h ou r
Prefixo que termina com d (ad)
Iniciado com d, h ou r
Prefixo: circun, pan
Iniciado por vogal ou pelas consoantes: h, m, n, b, p
Prefixo: ex, pós, pré, pró, sota, soto, vice, vizo
Qualquer elemento
Elemento terminado por vogal com acento gráfico (ou quando a pronúncia exige, v.g.: capim-açu)
Açu, guaçu, mirim
AULA 6 – O HÍFEN NOS CASOS DE ÊNCLISE, PRÓCLISE E MESÓCLISE Nesta aula você verá o conceito sobre ênclise, próclise e mesóclise e como aplicálas no seu dia a dia. Trata-se de uma informação extra, de forma sucinta, visando apenas acrescentar algo que julgamos pertinentes. Esperamos que você perceba na ação um gesto de carinho e respeito por você. Então vamos lá!
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Vejamos o enunciado abaixo:
Rui, vou amá-lo eternamente. Preciso vê-lo, abraçá-lo e senti-lo para não me perder no vazio que ficou. Ênclise: é a colocação, neste caso, do pronome átono após o verbo ex.: amá-lo, vê-lo, abraçá-lo, sentí-lo). Próclise: é a colocação do pronome átono antes do verbo (o sentir, o amar). Mesóclise: é a colocação do pronome átono entre o radical do verbo e a sua terminação (amá-lo-ei, abraçá-lo-ei, senti-lo-ei), nas formas verbais do futuro do presente e futuro do pretérito, ou em combinações de pronomes do tipo de fugiram-se-me os problemas, restaram-se-lhe as dúvidas.
1 Emprega-se o hífen tanto na ênclise quanto na mesóclise: senti-lo, partirlhe, contorná-lo-ei, batizá-lo-ei, amá-lo-ei, etc. 2 Não se emprega o hífen para ligar o presente do indicativo do verbo haver à preposição de (hei de, hás de e haverão de).
Você percebeu que no caso acima tratado não houve mudanças? Porém como trouxemos à baila os diversos empregos do hífen, essas informações, extras, jamais poderiam deixar de ser mostradas. Concorda comigo? Uma vez que o saber não ocupa espaço e aprender nunca é demais. No entanto, se ficou alguma dúvida, retome os estudos e desfaça-as.
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Palavras da autora Chegamos ao final do curso Novo Acordo Ortográfico. Esperamos que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão e adequação às novas regras ortográficas. E que você possa usar com propriedade tudo o que conseguiu apreender no transcorrer do curso, que ora termina. Seja o diferencial onde quer que você esteja inserido, divida o que aprendeu, semeie a luz do saber, auxilie na construção de um mundo melhor para todos, indistintamente, onde o ser prevaleça sobre estar. Ser gente, ser indivíduo, ser cidadão, ser humano, Ser feliz! Sucesso!
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Conhecendo a autora Lení Guilherme de Menêses é graduada em Letras Habilitação Português/Inglês pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e Pós-Graduada em Literatura Brasileira pela Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). Participou dos cursos extracurriculares: Didática do Português e Qualidade nas Relações Humanas (CETEB). Atua como professora de Língua Portuguesa e Literatura no Colégio do SESI de Campinas desde 1999 e professora orientadora do Curso GESTAR – II/2008, promovido pela FUNDESCOLA/DIPRO/FNDE/ME/SEE-GO.
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Glossário Antropônimos – relativo a nomes próprios de pessoas. Base – tudo quanto serve de fundamento, apoio ou sustentáculo. CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Erudito – que tem saber vasto e variado, que revela muito saber. Grafemas – a menor unidade contrastiva num sistema de escrita. Homofonia – semelhança de sons ou de pronúncias. Lusófono – país cuja língua oficial é a Língua Portuguesa. Signatário – quem ou aquele que assina ou subscreve em documento.
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Referências BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2008. BIBLIOTECA DA TORRE do Tombo. Disponível em: <http://www.iantt.pt>. Acesso em: 20 jun. 2008. BIBLIOTECA NACIONAL de Portugal. Disponível em: <http://www.bn.pt>. Acesso em: 20 jun. 2008. BRASIL. Decreto nº. 6.586, de 29 de setembro de 2008, publicado no Diário Oficial da União de 30 de setembro de 2008. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/_decretos2008. htm>. Acesso em: 01 mar. 2009. CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva: texto, semântica e interação. 2. ed. São Paulo: Atual, 2005. CUNHA, C. Gramática da língua portuguesa. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1972. FERREIRA, A. B. de H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. FERREIRA, M. B.; ANJOS, M. dos (Coord.; Ed.). 3. ed. Revista e atualizada. Curitiba: Positivo, 2004. FUNDAÇÃO BIBLIOTECA Nacional. Disponível em: <http://www.bn.br>. Acesso em: 20 jun. 2008. HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. VILLAR, M. S.; FRANCO, F. M. de M. ( Eds.) 2. ed. Com alterações. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. [Instituto Antônio Houaiss de lexicografia]. SILVA, M. O Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa: o que muda, o que não muda, 1. ed. São Paulo: Contexto, 2009. TAVARES, Miguel Sousa. Rio das Flores. Editora Companhia das Letras, São Paulo, 2008. TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996. TUFANO, D. Guia prático da nova ortografia: Saiba o que mudou na ortografia brasileira. 1. ed. Melhoramentos, 2008.
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